Conspectus Generalis

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Conspectus Generalis
Conspectus Generalis Congregationis Sanctissimi Redemptoris Edição portuguesa Gubernium Generale C.Ss.R. Romae 2009 Conspectus Generalis Congregationis Sanctissimi Redemptoris Edição portuguesa Editio Gubernii Generalis C.Ss.R.
Valsele Tipografica, Materdomini 2009
ÍNDICE APRESENTAÇÃO ....................................................................... 7 0011 REGIÃO DA EUROPA‐SUL ............................................... 9 0060 0100 0200 1500 1800 3300 3402 4400 Região da Bélgica‐Sul ............................................. 11 Província de Roma ................................................. 17 Província de Nápoles .............................................. 23 Província de Madri ................................................. 31 Província de Estrasburgo ........................................ 39 Província de Lisboa ................................................. 45 Região Vietnamiens (Vietnamitas na França) ................ 51 Província de Lyon‐Paris .......................................... 55 0012 REGIÃO DA EUROPA‐NORTE ......................................... 61 0500 0502 0800 1100 1300 1600 1603 1604 1700 1704 4200 5000 Província de Viena .................................................. 63 Região de Copenhague ............................................ 69 Província de Munique ............................................ 73 Província de Londres .............................................. 77 Província de Dublin ................................................ 83 Província de Praga .................................................. 89 Vice‐Província de Bratislava ................................... 97 Vice‐Província de Michalovce .............................. 105 Província de Varsóvia ........................................... 113 Região de São Geraldo ......................................... 123 Província de Lviv ................................................... 133 Província de São Clemente .................................. 139
4 Conspectus Generalis 2009 0013 REGIÃO DA AMÉRICA DO NORTE ................................ 147 0700 0704 0706 1900 3100 3401 Província de Baltimore ....................................... 149 Vice‐Província de Richmond .............................. 157 Região do Caribe de língua inglesa .................... 161 Província de Santana de Beaupré ...................... 169 Província de Yorkton .......................................... 175 Vice‐Província Extra Patriam (Vietnamitas nos EUA) .......................................... 181 4500 Província de Denver ........................................... 187 4600 Província de Edmonton‐Toronto ........................ 193 0014 REGIÃO DA AMÉRICA LATINA ..................................... 199 0059 0061 0101 0705 1304 1502 1506 1507 1701 1702 1904 2200 2201 2300 2303 Missão de Cuba .................................................. 203 Região de Suriname ........................................... 211 Vice‐Província de Pilar ........................................ 215 Vice‐Província de Assunção ............................... 223 Vice‐Província de Fortaleza ................................ 233 Vice‐Província de Caracas ................................... 241 Vice‐Província de San Salvador .......................... 249 Vice‐Província do Peru‐Norte ............................. 255 Vice‐Província de Resistencia ............................. 259 Vice‐Província da Bahia ...................................... 269 Região de Porto Príncipe .................................... 281 Província de Buenos Aires .................................. 287 Vice‐Província do Peru‐Sul ................................. 295 Província de São Paulo ....................................... 303 Vice‐Província de Recife ..................................... 315
ÍNDICE 2400 2600 2800 3000 3500 3600 3900 4100 4300 4501 4800 5 Província de Quito ................................................ 321 Província do Rio de Janeiro .................................. 329 Província de Bogotá ............................................. 335 Província de Santiago ........................................... 341 Província de Porto Alegre .................................... 347 Província do México ............................................. 355 Província de San Juan ........................................... 361 Província de Campo Grande ................................ 367 Província de Goiás ................................................ 373 Vice‐Província de Manaus .................................... 379 Província da Bolívia .............................................. 389 0015 REGIÃO DA ÁSIA‐OCEANIA ........................................ 397 0058 0802 1902 2100 2101 2102 2103 3400 3800 3801 3803 4503 4700 4900 5100 Região da Coréia .................................................. 399 Vice‐Província de Kagoshima ............................... 403 Vice‐Província de Tóquio ..................................... 409 Província de Camberra ......................................... 413 Vice‐Província de Manila ...................................... 421 Região de Aotearoa .............................................. 433 Vice‐Província de Ipoh ......................................... 437 Província do Vietnã .............................................. 441 Província de Bangalore ........................................ 449 Região de Colombo .............................................. 457 Região de Mumbai ............................................... 463 Vice‐Província de Bancoc ..................................... 467 Província de Cebu ................................................. 473 Província da Indonésia ......................................... 479 Província de Liguori .............................................. 487 6 Conspectus Generalis 2009 0016 REGIÃO DA ÁFRICA .................................................... 495 0202 1103 1509 2202 2801 3301 3804 4000 4401 4504 5005 Região de Madagascar ....................................... 497 Região de Zimbábue ........................................... 503 Missão da Costa do Marfim ............................... 509 Missão de Moçambique ..................................... 513 Missão de Gana .................................................. 519 Vice‐Província de Luanda ................................... 527 Missão do Quênia .............................................. 535 Província da África do Sul ................................... 539 Vice‐Província de Burkina‐Níger ........................ 545 Vice‐Província da Nigéria ................................... 551 Vice‐Província de Matadi ................................... 557 AGRADECIMENTOS ............................................................... 563 APRESENTAÇÃO A Comissão Preparatória Central do XXIV Capítulo Geral oferece aos Capitulares e a toda a Congregação esta nova edição do Conspectus Generalis C.Ss.R. Ela contém os relatórios apresentados pelas várias unidades da Congregação (38 províncias, 24 vice‐províncias, 13 regi‐
ões e 5 “missões”). Esta edição do Conspectus Generalis foi organizada conforme as seis Regiões (Europa‐Sul, Europa‐Norte, América do Norte, América Lati‐
na, Ásia‐Oceania e África), em vez de seguir a enumeração das uni‐
dades determinada pelo governo geral para finalidades administra‐
tivas. Esta opção foi escolhida para refletir a crescente cooperação entre as unidades da mesma Região. As informações sobre as quatro regiões que compõem a Província São Clemente (Flandres, Holanda, Colônia e Helvética) encontram‐se no relatório provincial. As “missões” não são estruturas jurídicas da Congregação. Todavia, sendo que representam os primeiros esforços da Congregação numa determinada área, incluímos uma descrição dessas iniciativas. Aí es‐
tão os relatórios individuais sobre as fundações em Cuba, Costa do Marfim, Moçambique, Gana e Quênia, ao passo que as informações sobre as missões na República Popular da China, Beirute, Iraque e Sibéria encontram‐se no relatório da província‐mãe. Estes relatórios foram enviados em várias línguas e foram traduzi‐
dos, editados e agora publicados nas cinco línguas oficiais para pu‐
blicações do Capítulo Geral: espanhol, francês, português, italiano e inglês. Os relatórios refletem a situação da Congregação na data de 1 de janeiro de 2009. 8 Conspectus Generalis 2009 Os mapas mostram as cidades ou distritos onde estão situadas as co‐
munidades, casas, residências ou outros estabelecimentos de cada unidade. Estas informações baseiam‐se na edição de Inscriptiones C.Ss.R. do ano 2008. Espera‐se que estes relatórios aumentem o conhecimento do estado atual da Congregação como um todo por meio de um olhar mais a‐
tento sobre cada uma das 80 unidades. JOSEPH P. DORCEY, C.SS.R. SECRETÁRIO GERAL EM NOME DA COMISSÃO PREPARATÓRIA CENTRAL Domingo da Páscoa 12 de abril de 2009 0011 REGIÃO DE EUROPA‐SUL 0060 – Região de Bélgica‐Sul Primeira casa, em Tournai: 1832 Província Belga: 2 de julho de 1841 Divisão em duas Províncias independentes: Bélgica‐Sul e Flandres – 29 de julho de 1961 Redução a Região: 1 de janeiro de 2005 Membros: 31 Evolução durante os últimos seis anos Número de confrades: 25 padres e 6 irmãos Número de confrades exclaustrados: 1 padre e 1 irmão Média de idade: 76 12 Conspectus Generalis 2009 Número de casas: 1 em Namur Número de residências: 2, Céroux e Tournai Evolução recente A assembléia da Região, desejando pôr em prática a decisão do úl‐
timo Capítulo da Província, aprovou a revalorização de nossa antiga casa de Namur, a fim de aí abrir uma casa de repouso para os con‐
frades idosos, aposentados e/ou relativamente inválidos. A segunda residência, que tínhamos em Namur, foi transformada e mobiliada para ser alugada a estudantes das Faculdades universitá‐
rias de Notre‐Dame de la Paix. A nossa casa de Tournai foi vendida bem como a nossa igreja, que foi desativada. As relíquias de nosso Venerável Padre Passerat foram transferidas para Bischenberg, casa da Província de Estrasburgo, ou‐
trora residência do Venerável Padre Passerat. A comunidade de Tournai vive num novo edifício, inteiramente construído no mesmo nível na extremidade de nosso antigo jardim. A casa, porém, perdeu seu status de «domus formata», e tornou‐se uma simples residência no fim de 2004. A comunidade de Namur, que se tornou idosa demais para continu‐
ar o atendimento pastoral da igreja, é uma comunidade congolesa, dependente da Vice‐Província de Matadi, na República Democrática do Congo, que, de maneira independente, encarregou‐se totalmen‐
te deste serviço. Esta comunidade congolesa ocupa uma parte de nossa casa, e orga‐
niza a sua vida, como comunidade, de maneira totalmente indepen‐
dente da comunidade belga. Além do serviço da igreja, que se tor‐
nou o fraterno ponto de encontro do mundo cristão africano negro residente em Namur, a comunidade congolesa está engajada em 0011 EUROPA‐SUL 13 nível diocesano e serve também de ponto de contato para seus con‐
frades que eventualmente vêm seguir na Bélgica cursos universitá‐
rios complementares. As obras apostólicas da Região • Alguns confrades ainda trabalham em paróquias, inseridos no meio de equipes pastorais diocesanas. Não temos ne‐
nhuma paróquia sob a nossa responsabilidade, com exce‐
ção da comunidade congolesa de Namur que se encarrega de um setor pastoral da diocese. • Outros confrades exercem ainda cargos pastorais de ca‐
pelania e/ou pregação, principalmente em comunidades religiosas. • A Região tinha cedido um confrade para ajudar na anima‐
ção espiritual da igreja da comunidade de Luxemburgo (Província de Estrasburgo), mas por causa da idade, este confrade voltou para a nossa casa de Namur em 2006. • Missão no exterior: ƒ Congo: desde 2005 não mais estamos presentes. ƒ Haiti: nosso último confrade residente em Porto Prín‐
cipe faleceu em 2003. ƒ Brasil: dois confrades estão até hoje a serviço da Mis‐
são de Propriá. • Nosso Colégio do Cristo Rei em Ottignies: ƒ No colégio, cedido em 1998, por convenção do tipo de contrato enfitêutico, por 99 anos, ao ensino cató‐
lico belga, não trabalha mais nenhum confrade. Um último confrade que lá ensinava religião, retirou‐se em 2006. 14 Conspectus Generalis 2009 ƒ Com o fim de guardar esta instituição, que conta em nossos dias mais de 1.100 alunos, no seio das institui‐
ções cristãs de formação, solicitamos à Província francófona belga dos Padres Jesuítas que lhe garan‐
tisse a assistência religiosa e o enquadramento peda‐
gógico necessários. ƒ Após três anos de «tentativas» de colaboração e de aproximação mútua, foi assinada em 2007 uma con‐
venção entre o Colégio e as instituições educativas jesuítas. O futuro, portanto, está garantido, positi‐
vamente, deste lado, e o enorme investimento que a Província da Bélgica‐Sul tinha feito na construção e na organização deste colégio continuará a dar frutos. Desafios e futuro Fundamentalmente os problemas da nossa Região são os de muitas Igrejas européias de hoje e mais especialmente os da Bélgica cada vez mais secularizada. Entramos num mundo novo no qual desco‐
brimos a prodigiosa mudança antropológica, e portanto também religiosa, da qual somos as testemunhas inquietas. A possessão tranqüila do sentido do universo não existe mais, somos convidados a abandonar nossas seguranças de outrora e a caminhar para hori‐
zontes ainda amplamente desconhecidos! Identificar, entre nós, a pobreza, no sentido de indigência material, não é bem difícil. Ela se encontra por toda parte, seja no terceiro mundo que espera de nós uma partilha mais eqüitativa das riquezas da nossa terra, seja a dos desempregados, dos imigrantes em busca de uma vida melhor, dos doentes ou das pessoas com deficiência. Mas uma outra pobreza nos atormenta: a dos homens e mulheres que, hoje em dia, diante dos admiráveis avanços científicos e da glo‐
balização, estão à procura de uma espiritualidade renovada, inquietos 0011 EUROPA‐SUL 15 por pensar de outro modo, através de uma teologia nova, as grandes «pobrezas espirituais» contemporâneas. Infelizmente, para nós prati‐
camente não existe mais a possibilidade de tomar parte nisto. Pois o futuro, devemos pensá‐lo antes de tudo como um acompa‐
nhamento dos confrades idosos – os «pobres» da nossa casa – que atualmente e cada vez mais, precisam de toda atenção, do apoio e do serviço daqueles cuja saúde permite ainda “servir“. Neste caso, seria desumano e malsão inquietar os confrades em vista de uma procura das chamadas “iniciativas novas”. Como ressaltava, aliás, muito bem o relatório da última visita canônica: «A página chamada [Província da Bélgica‐Sul] foi lida e deve ser simplesmente virada. Pensar em vocações, em tal situação, não tem nem sentido nem jus‐
tificação razoável.» Nós nos contentamos, portanto, de assegurar ainda, digamos até meio termo, diversos serviços que prestamos à Igreja local, em cola‐
boração estreita com o clero diocesano. O texto original é o francês. 0100 – Província de Roma (Itália) Primeira casa: 1755 Tornou‐se Província: 2 de julho de 1841 Membros atuais: 48 Introdução: Evolução no último sexênio Nos últimos 6 anos a Província Romana continuou o seu lento mas inexorável declínio; o número dos congregados diminuiu pelo fale‐
cimento de vários confrades. A idade média é de 68,95 anos. Atualmente somos 48 assim repartidos: 44 sacerdotes 1 diácono permanente 1 diácono próximo da Ordenação presbiteral 3 irmãos 18 Conspectus Generalis 2009 Temos ademais um noviço e um postulante, além de vários jovens que da PJVR batem à nossa porta e constituem motivo de esperança para o futuro da Província. As comunidades são atualmente 10. Roma – Monterone Roma – San Gioacchino Scifelli Frosinone Bussolengo Modena Veneza Marzocca Francavilla al Mare San Sperate A estas se acrescenta a residência de Roma – Montespaccato, onde residem 2 confrades que cuidam da paróquia de San Giovanni Neu‐
mann e pertencem à comunidade de Roma – San Gioacchino. O ex‐estudantado de Cortona está desde certo tempo transformado em Hotel e nele não mora nenhum confrade, embora a casa conti‐
nue canonicamente erigida. Situações em que trabalha a Província e iniciativas A situação sócio‐política na qual trabalha a Província Romana é muito variada e a geografia bastante vasta: com efeito se passa do bem‐estar econômico do norte da Itália (Bussolengo e Modena) à realidade caracterizada pelo turismo e pela imigração (Veneza, Marzocca e Francavilla); do território provincial ao sul de Roma (Frosinone e Scifelli, comunidades históricas, de notável importân‐
cia na história da Congregação), ao outro lado do mar na bela ilha da Sardenha. Também dentro da própria cidade de Roma é bem 0011 EUROPA‐SUL 19 diversa a situação do centro, onde fica a paróquia de San Gioacchi‐
no, daquela da extrema periferia onde se situa a paróquia de San Giovanni Neumann em Montespaccato, onde é notável a presença de imigrantes, quer italianos quer estrangeiros. O que reúne as co‐
munidades em todo este território do centro‐norte da Itália, é o sen‐
tido de pertença e portanto o desejo de anunciar a Copiosa Reden‐
ção, sobretudo aos mais abandonados. Desde 2005 a casa de Roma – San Gioacchino tornou‐se sede do es‐
tudantado interprovincial das duas Províncias italianas; a respectiva comunidade formativa, na qual estão presentes também confrades das duas Províncias, é nomeada pelos dois Conselhos provinciais de Roma e de Nápoles. A casa hospeda também um padre da Província Liguori e um da Vi‐
ce‐Província de Pilar que freqüentam a U.P.S.; até três anos atrás, hospedava também para os estudos e a formação confrades da Pro‐
víncia de Lviv, das Vice‐Províncias de Michalovce e de Bratislava e das Regiões do Iraque e do Líbano. Ultimamente foi reativada com força a Pastoral da Juventude (PJVR), sobretudo na casa de San Sperate, de Francavilla al Mare e de Roma, nas duas paróquias de San Gioacchino e de San Giovanni Neumann. A comunidade de Bussolengo, desde sempre a serviço do anexo Santu‐
ário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, viu reconhecido em 2007 o bem que nele se opera, com a promoção a Santuário Diocesano Ma‐
riano por decisão do Bispo de Verona Dom Flávio Roberto Carraro. As Missões populares, que desde sempre constituíram o principal compromisso da Província, se enfraqueceram nos últimos anos; hou‐
ve uma evidente diminuição dos pedidos da parte dos párocos; isto levou a Província a aderir aos pedidos dos Bispos de nos entregar no‐
vas paróquias: de várias partes se pode notar que este fato levou a uma forte diminuição do dinamismo missionário, com o desloca‐ 20 Conspectus Generalis 2009 mento da atenção primária à pastoral ordinária com prejuízo da ex‐
traordinária que, ao invés, sempre distinguiu a missão da Província. Atualmente nos interrogamos, com realismo mas não com resigna‐
ção, sobre o Plano Pastoral Provincial e sobre as prioridades apostó‐
licas, em particular sobre a vida comunitária e sobre a oportunidade de fechar alguma comunidade, e de deixar ao respectivo clero dio‐
cesano alguma paróquia, para permitir e favorecer uma nova vitali‐
dade. A tal propósito é convocado o Capítulo provincial para os pri‐
meiros dias do ano novo 2009. Atividades atuais As Missões populares, embora tenham diminuído depois da grande procura dos últimos anos do século passado, quando se tinha em vista o Grande Jubileu de 2000, constituem sempre um compromis‐
so muito importante para a Província, que porém, infelizmente, tem sempre dificuldade de responder devido ao pequeno número de confrades que a elas se podem dedicar, já que estão ocupados nas paróquias. Da parte de muitos confrades, há o pedido de rever tam‐
bém o esquema da Missão que, precedida de um ano de prepara‐
ção, no qual procura envolver as “realidades vivas” da Paróquia, prevê 15 dias intensos, com a visita a todas as famílias, encontros familiares de oração e de reflexão, e celebrações comunitárias. Mesmo propondo sempre aos párocos também a renovação da Mis‐
são um ano depois, raramente se pode realizá‐la. Uma atenção particular é reservada aos jovens, para os quais normal‐
mente se prevê um programa específico, com a participação também dos jovens da PJVR, que se tornam missionários para os da sua idade. A pregação extraordinária não se limita às Missões: os confrades são chamados também para tríduos por ocasião das festas populares, novenas, reflexões marianas para o mês de maio, pregações de reti‐
ros para irmãs. 0011 EUROPA‐SUL 21 Uma palavra à parte merece a atividade no Santuário de Nossa Se‐
nhora do Perpétuo Socorro em Bussolengo: é muito forte a procu‐
ra da parte do povo e a disponibilidade dos nossos, para acolher os peregrinos e sobretudo para o sacramento da Reconciliação. Isto justifica a nossa presença também em Modena e em Veneza, onde é ainda estável o confessionário a nós confiado. As paróquias atendidas diretamente pela Província são atualmente 8: 2 em Roma, 2 na Diocese de Frosinone, 2 atendidas pela Comu‐
nidade de Francavilla al Mare, e 2 pela de Marzocca. Uma palavra particular merece a Pastoral da Juventude. A Provín‐
cia aderiu desde o início às indicações do Secretariado Geral com as Linhas Gerais da PJVR; sempre participou, com jovens qualifica‐
dos, das várias reuniões européias, no sexênio que termina, nas de Bonn e de Limerick. Organiza em todo verão acampamentos‐escola para meninos e jovens das várias idades; programa também “a‐
campamentos” na Vice‐Província de Pilar com projetos específicos. Atualmente os grupos mais consistentes são os de San Sperate, de Francavilla al Mare e de Roma com as duas paróquias de San Gio‐
acchino e Montespaccato (San Giovanni Neumann). Está previsto um recomeço também em Bussolengo. Os leigos, que em todas as nossas comunidades, em vários níveis e com diverso empenho nos assistem e apóiam, precisam de maior formação, apreço e valorização. A imprensa também tem sua importância na vida da Província, com a publicação de várias revistas, das quais a mais importante é a de Bussolengo com cerca de 5.000 assinantes. A publicação das obras de Santo Afonso pode‐se dizer que jamais foi interrompida: atualmente há neste sentido um programa de colaboração efetiva com a emissora “Rádio Maria” e a editora Shalom. 22 Conspectus Generalis 2009 A Província continua a ser próxima da Vice‐Província de Pilar e da Missão de Cuba, sobretudo com consistente ajuda econômica direta e através da sensibilização de empresários que financiam obras im‐
portantes, como a de Atyrá no Paraguai, as adoções a distância de muitos meninos e jovens, e dos seminaristas da casa de formação. Perspectivas Mesmo se tudo parece levar a pensar o contrário, a Província espera num futuro, e o terá, se esta é a vontade de Deus. Da parte dos con‐
frades a esperança jamais definhou, e é alimentada pelo fato de que certamente é ainda válida e importante a Missão da Congregação na Itália centro‐setentrional. Ponto fundamental desta esperança que continua a viver é o fato de que todos os confrades, inclusive os mais idosos, não obstante a idade avançada, continuam a trabalhar e a sen‐
tir‐se ainda úteis para o anúncio da Copiosa Redenção de Cristo Jesus. Nesta perspectiva parece que não mais se pode adiar a revisão do próprio número das nossas comunidades, para que a qualidade da vida comunitária possa crescer e se torne um motivo de atração pa‐
ra os jovens em discernimento vocacional. A esperança se funda também no bom trabalho que se está fazendo com os jovens nos grupos da PJVR e que não pode deixar de produ‐
zir os frutos esperados. Sinais neste sentido não faltam: vários são os jovens que estão seguindo o seu caminho vocacional, e que ba‐
tem à nossa porta para consagrar‐se ao Senhor; estamos certos de que o Senhor continua a chamar também para a nossa Província e, sobretudo que não deixará faltar a sua graça aos jovens chamados para que sejam fiéis à sua vocação, e aos formadores a fim de que possam ajudá‐los com um atento discernimento e um adequado e frutuoso acompanhamento. O texto original é o italiano.
0200 – Província de Nápoles (Itália) Dados estatísticos A Província Napolitana da Congregação do Santíssimo Redentor é composta de: Bispos 1 Sacerdotes 116 Irmãos 12 Estudantes 11 Dos quais: Residentes na Argentina 2 sacerdotes Residentes em Madagascar 26 sacerdotes, 4 irmãos e 6 estudantes professos 24 Conspectus Generalis 2009 Situação atual A Província atualmente trabalha em três diversos contextos geográ‐
ficos, culturais e religiosos: Itália Meridional com 16 comunidades Madagascar com 7 comunidades Argentina com 1 comunidade São três contextos diversos interligados por uma única opção prefe‐
rencial: a opção pelos pobres, entendendo ‘pobreza’ no sentido es‐
piritual e econômico‐social. O contexto de pobreza se experimenta quer na Argentina, onde o empenho dos confrades está voltado em favor da população “Huar‐
pes”, (uma minoria étnica até algum tempo atrás nem sequer reco‐
nhecida pelo Estado, que vive no deserto criando bois e cabras), quer, sobretudo, em Madagascar, onde a Província, em obediência ao que prescreve o Estatuto 021, se dedica à promoção humana e social da população (construção de igrejas, escolas, dispensários e ambulatórios), sem descuidar o compromisso principal que é o de anunciar a “Copiosa Redemptio”. O contexto italiano é diferente do das terras de missão, mas muito mais variegado; a Província está presente na Itália meridional em 4 regiões: Campania, Puglia, Calabria e Sicilia, além de alargar o seu raio de ação na Basilicata. O contexto político social onde os confrades da Província Napolita‐
na atuam é caracterizado por fortes resíduos de clientelismo, ele‐
vada taxa de desemprego, não só entre os jovens, poderosas forta‐
lezas do crime organizado (Camorra na Campania, ‘Ndrangheta na Calabria, Máfia na Sicilia e Sacra Corona Unita na Puglia); as situa‐
ções de pobreza, no sul da Itália, estão espalhadas como num cou‐
ro de leopardo. 0011 EUROPA‐SUL 25 Os Redentoristas estão presentes sobretudo nos grandes aglomera‐
dos de periferia, onde mais aparece aquele claro‐escuro sob o perfil social‐econômico e religioso presentes um pouco em todo o sul do país; estão presentes também nos lugares históricos que marcam o início da nossa fundação, guardando suas lembranças para transmi‐
ti‐las também à posteridade. O contexto religioso no qual os Redentoristas estão presentes e tra‐
balham é muito variegado porque muda de uma região à outra e numa mesma região, do contexto rural ao urbano. Em grandes li‐
nhas podemos falar de uma religiosidade popular difusa, com ocor‐
rências acentuadas de devocionalismo, não faltando o pioneirismo de experiências no campo da pastoral. Trabalhos apostólicos e atividades missionárias A Província Napolitana escolheu, como destinatários privilegiados do seu empenho de evangelização: • os abandonados da zona rural e das periferias urbanas com uma particular atenção aos jovens; • em Madagascar os ainda não batizados e os que já aderi‐
ram à fé. Seu compromisso de evangelização é vivido através de: • missões populares; • missões no exterior; • missão permanente nas nossas comunidades, empenhadas no ministério paroquial ou na assistência espiritual. Outras formas do nosso apostolado são: • a pastoral do Santuário de São Geraldo; • a pastoral juvenil vocacional. 26 Conspectus Generalis 2009 A Província atende pastoralmente dois santuários/lugares de romaria: • O Santuário de São Geraldo Majela em Materdomini, com uma presença de cerca de 1 milhão de romeiros todo ano; • A Basílica de Santo Afonso com o museu anexo em Pagani, meta de vários grupos de romeiros; Ao todo cuidamos de 14 paróquias redentoristas: 8 na Itália e 6 em Madagascar. A Província tem três casas para retiros: • Ciorani • Materdomini • Casa Anastasio em Scala. Na Província são editadas as seguintes revistas/publicações: • Vita nostra (órgão de informação provincial) • In cammino con San Gerardo com cerca de 90.000 exem‐
plares, enviados tanto para a Itália como para o exterior; • S. Alfonso (Pagani) • Gli Amici di S. Alfonso (Agrigento); • Obiettivo Madagascar (notícias e informações de Mada‐
gascar); • Segno (Palermo) • Páginas de formação cristã • Opúsculos da Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista Além dessas publicações periódicas, imprimem‐se vários opúsculos na “Editrice San Gerardo”, na Valsele Tipografica. Acrescentem‐se a isto os três sitos de caráter provincial, que difun‐
dem a missão e a espiritualidade redentorista: (www.sangerardo.eu – www.pgvrna.it – www.adozionimadagascar.it. 0011 EUROPA‐SUL 27 Existe uma Caminhada espiritual de Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista (PJVR), iniciada em 1986 e na qual atuam cinco confra‐
des jovens, ajudados por um bom número de animadores leigos que colaboram com empenho nas várias iniciativas. A PJVR exerce, na fidelidade aos documentos do Governo geral, as seguintes atividades: • Proposta de espiritualidade redentorista aos jovens; • Formação de animadores; • Missões para jovens; • Itinerários vocacionais. A PJVR da Província Napolitana tem promovido encontros entre jo‐
vens e Redentoristas em nível interprovincial e toma parte nos en‐
contros internacionais de jovens. Atualmente o coordenador provincial é também o responsável pela região Europa‐Sul. Na Província estão presentes também os Leigos Associados Reden‐
toristas (LAR). Oficialmente a caminhada deles começou em 1995. São pessoas provenientes da PJVR e pertencentes a várias comuni‐
dades provinciais. Seu principal compromisso é o de compartilhar a espiritualidade redentorista e oferecer‐nos sua colaboração em nossas atividades apostólicas. Os LAR, além de cuidar de sua formação por meio de encontros promovidos pelo coordenador provincial, se empenham efetiva‐
mente em algumas atividades: • Colaboram nas atividades apostólicas das comunidades lo‐
cais e participam em suas orações; • Auxiliam no Santuário de São Geraldo, no período de maior afluxo de romeiros, através da catequese sacramental; 28 Conspectus Generalis 2009 • Ajudam as missões estrangeiras da Província mediante a coleta de fundos e materiais; • Ultimamente estão se preparando para a missão popular, onde vão colaborar principalmente na formação das famílias. Formação A formação inicial, postulantado e pós‐noviciado, é um processo que há 4 anos está sendo feito em comum com a Província Romana na casa religiosa de S. Gioacchino em Roma. O noviciado, por sua vez, é uma etapa que reúne, num único proje‐
to, as Províncias da Europa‐Sul, e a casa escolhida foi a de Ciorani, rica de recordações que remontam ao início da fundação da Con‐
gregação. Nos anos anteriores já tinham sido feitas várias experiên‐
cias de formação para os noviços em nível interprovincial, mas ofici‐
almente a caminhada começou no ano 2006‐07 com a elaboração e a aprovação da Ratio Novitiatus Interprovincialis. Faz alguns anos que a Província está empenhada na Formação per‐
manente. Os temas que ela trata são tirados das indicações do Go‐
verno Geral, das escolhas práticas da Província e dos documentos da Igreja Universal. Atualmente a formação permanente está assim subdividida: • Formação anual por comunidades provinciais ou por mais comunidades; • Encontros anuais de formação para os Superiores das co‐
munidades; • Encontros anuais para os que trabalham nas missões po‐
pulares; • Encontros anuais para os párocos; • Encontros anuais para os confrades jovens ordenados de‐
pois de 1990. 0011 EUROPA‐SUL 29 Outras atividades Note‐se ainda que, em nível provincial, alguns confrades, com sacrifí‐
cio e dedicação, exercem algumas atividades que promovem a Provín‐
cia Religiosa e cujos resultados nem sempre são visíveis no imediato: • O Arquivo Provincial: o qual, pela importância dos docu‐
mentos das origens da Congregação, vem a ser um dos mais importantes da nossa família religiosa. Atualmente o arquivista provincial cuidou de informatizar boa parte dos documentos guardados; • A Associação Musical S. Afonso: através da dedicação de dois confrades, pudemos recuperar todos os cânticos de nossas origens. Eles dois cuidaram de gravar esses cânticos em CD e promovendo concertos divulgam‐nos em todo o território italiano ao mesmo tempo que conservam sua memória. Responsabilidades Os desafios dos tempos nos obrigam a rever, seja os métodos apos‐
tólicos, seja a colocação das nossas casas nas quais trabalhamos e servimos a Congregação e a Igreja. As escolhas que a Província está fazendo, levando em conta também a presença de várias comunida‐
des históricas às quais estamos ligados para conservar a memória da Congregação, obedecem a alguns critérios: • Fidelidade à intuição carismática da Congregação; • Novo impulso missionário • Conservação da memória histórica da Congregação Com base nesses critérios, a Província Religiosa, na fidelidade criati‐
va à intuição original, está optando pelos seguintes rumos: 30 Conspectus Generalis 2009 • Deixar «hibernando» algumas comunidades onde a nossa presença não é mais nem incisiva nem importante para a evangelização; • Abertura de novas comunidades em contextos onde há ur‐
gência pastoral de uma nova evangelização (por ex.: aber‐
tura da nova comunidade em Schiavonea na Calabria), que têm como finalidade a formação dos agentes de pastoral local e diocesana e a aproximação ao mundo dos jovens quase totalmente abandonados nesses contextos; • Experiência de novas formas de missões populares, que abrangem inteiras dioceses ou territórios não assistidos su‐
ficientemente pela pastoral ordinária, por um tempo ade‐
quado, até que o próprio território tenha um pastor que o possa assistir e leigos formados. O texto original é o italiano. 1500 – Província de Madri (Espanha) Introdução A situação estatística da Província de Madri em dezembro de 2008 é a seguinte: Número de Comunidades 20 Total de Confrades Sacerdotes Irmãos Teólogos professos Confrades de outras Unidades 171 141 22 8 4 32 Conspectus Generalis 2009 Situação atual Os Redentoristas espanhóis somos conscientes da situação atual de secularização da sociedade espanhola, da perda de significado da Igreja e da fé católicas no tecido social, assim como da paulatina de‐
cadência dos diversos carismas da Vida Consagrada. A nossa nação está integrada para todos os efeitos na Comunidade Européia, rece‐
be um grande fluxo de imigrantes (fundamentalmente da América Latina e Europa Oriental) e padece as conseqüências da crise eco‐
nômica internacional. Durante estes últimos 7 anos, em cada comunidade e em nível pro‐
vincial, nos interrogamos de novo quem são os destinatários princi‐
pais do nosso carisma: novas situações familiares, acolhida aos imi‐
grantes e transmissão da fé às novas famílias e aos jovens. Obras apostólicas redentoristas e atividades missionárias Missões paroquiais A equipe missionária CESPLAM se dedica à evangelização mediante missões paroquiais. É composta de oito membros em tempo integral e, eventualmente, se somam a eles outros congregados. Este minis‐
tério se realiza, quando as circunstâncias o pedem, juntamente com outras Congregações. O seu trabalho missionário é feito não só na Espanha, mas também na América Latina. É avaliado positivamente pelos bispos e responsáveis da pastoral diocesana. Ministério paroquial e de santuários Das 20 comunidades que temos, 14 atendem o ministério paroquial. Existe a preocupação de que este ministério se realize com dina‐
mismo missionário e espírito evangelizador. Trabalha‐se com inte‐
resse em campos pastorais como a Pastoral Juvenil Vocacional Re‐
dentorista, a atenção às pessoas separadas e divorciadas, acolhida a imigrantes, formação de adultos, iniciação cristã na fé de crianças e 0011 EUROPA‐SUL 33 jovens, etc., a Província tem também 6 santuários nos quais se cele‐
bra de forma mais específica o sacramento da reconciliação. Casas de retiro O Mosteiro‐Santuário de Nossa Senhora de El Espino (Burgos) é uma comunidade redentorista dedicada à acolhida de grupos e à promo‐
ção de encontros cristãos: exercícios espirituais, convivências, jor‐
nadas, encontros, etc. Durante o mês de julho recebe diferentes ati‐
vidades provinciais tais como a “Missão dos Jovens” da PJVR e o “Encontro de Santo Afonso”, de leigos e religiosos Redentoristas. Publicações A Editora "Perpetuo Socorro", junto com a revista mensal do mesmo nome, já ultrapassou o centenário da sua fundação. Está situada na Casa Provincial; anualmente publica livros de pastoral aplicada e temática redentorista, vende objetos religiosos e promove a devo‐
ção ao ícone do Perpétuo Socorro. Ministério teológico moral O Instituto Superior de Ciências Morais completou mais de 25 anos de existência. Encontra‐se em processo de reestruturação. Desde mais de um quarto de século se dedica à formação específica em Teologia Moral. Organiza congressos e encontros de formação. Atu‐
almente está iniciando uma nova etapa enquanto aborda aspectos de pastoral evangelizadora e solidariedade. Publica a revista trimes‐
tral "Moralia" e conta com uma prestigiosa biblioteca especializada e aberta ao serviço dos demais. ONG Redentorista “Associação para a Solidariedade” (Comissão de Justiça e Paz Provincial) A “Associação para a Solidariedade” é uma “organização não gover‐
namental para o desenvolvimento” da Província redentorista de Ma‐
dri, que canaliza a solidariedade e a opção pelos pobres de nossas 34 Conspectus Generalis 2009 comunidades e confrades em favor dos países de missão, preferen‐
temente naqueles lugares onde trabalham os Redentoristas; preo‐
cupa‐se com a sensibilização diante das situações de injustiça e promove a aplicação dos objetivos do milênio marcados pela UNES‐
CO. Foi aprovada como instituição provincial no XIX Capítulo Provin‐
cial. Além de financiar projetos, coordena o Voluntariado Redento‐
rista, que facilita a colaboração com as nossas missões dos leigos das nossas comunidades e paróquias. Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista A Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista é uma aposta provincial para a evangelização dos jovens. A Província designa um delegado provincial da PJVR e outro para a exclusiva Pastoral Vocacional. Am‐
bos trabalham conjuntamente e colaboram com os membros da e‐
quipe da PJVR, formada por 12 confrades e por alguns jovens leigos e alguma religiosa Oblata do SSmo Redentor. Em momentos significa‐
tivos contamos com a presença das Irmãs Redentoristas. Cada co‐
munidade desenvolve o processo da PJVR ao longo do curso pasto‐
ral. Como atividades conjuntas se realizam a celebração da Páscoa da Juventude e a Missão dos Jovens de El Espino com mais de 25 anos de história. Ao mesmo tempo, e em colaboração com o CES‐
PLAM, buscam‐se novas formas de missão com jovens. Colaboração com os Leigos redentoristas Os leigos estão presentes nos secretariados e instituições provinci‐
ais, nas paróquias e santuários, nos demais âmbitos pastorais, no ISCM, no Colégio Gamo Diana, na residência geriátrica de Santa Fé e, de maneira eventual, na equipe missionária CESPLAM. Os mem‐
bros da Associação de Antigos Alunos Redentoristas colaboram também com o nosso trabalho pastoral. No início de cada curso pastoral, convoca‐se um encontro de Agentes Pastorais, leigos e re‐
ligiosos, para abordar temas comuns e fazer o calendário das ativi‐
dades provinciais. A ONG provincial Associação para a Solidariedade 0011 EUROPA‐SUL 35 é coordenada por leigos e religiosos, de maneira conjunta, a servi‐
ço do financiamento de projetos de desenvolvimento em países de missão. Em cada verão se celebra o encontro Santo Afonso para leigos e religiosos Redentoristas com estudos concretos sobre a espiritualidade, o carisma e a história da Congregação. Formação inicial e contínua A Província possui todas as etapas de formação: Postulantado, No‐
viciado interprovincial (Ciorani) e Estudantado. O Postulantado tem a sua sede na Comunidade de Valencia e os postulantes realizam os seus estudos na Faculdade de São Vicente Ferrer – Dominica‐
nos. O Estudantado tem sua sede na Comunidade de São Geraldo de Madri e os estudantes estudam na Universidade Pontifícia Co‐
millas (Jesuítas). A formação permanente dos confrades é respon‐
sabilidade do Secretariado de Formação e Espiritualidade Redento‐
rista; para isto, organiza o curso trienal de Dinamização e o curso de formação para maiores de 65 anos assim como os Exercícios Espirituais para os congregados. Testemunho da Comunidade Todas as comunidades organizam um Projeto de Vida Comunitária no princípio de cada triênio. É um instrumento que seve para a con‐
versão contínua e a fidelidade à Palavra que anunciamos em comu‐
nidade. Para intensificar a nossa identidade missionária, a Província e as comunidades locais apóiam a Equipe Missionária itinerante CES‐
PLAM. Têm sido organizados diversos encontros provinciais, uns como assembléias abertas a todos os confrades e outros em forma de sessão anual do Capítulo Provincial, com uma maior abertura à participação. Colaboração com outras Unidades da Congregação Participamos ativamente em tudo o que se refere à nossa Região, Europa‐Sul. Também colaboramos com a América Latina e a África, 36 Conspectus Generalis 2009 seja com presença missionária, seja participando em outros eventos como, por exemplo, congressos, celebrações, encontros, aniversá‐
rios, retiros, etc. O Conselho Provincial reuniu‐se várias vezes com o Conselho Provincial de Portugal. Ambas as Províncias compartilham atividades abertas a todos os confrades das Províncias de Madri e de Lisboa. Dois confrades estão presentes nos Secretariados Gerais de Evangelização e Espiritualidade. Outros três confrades colaboram com o Governo Geral em Roma. Quatro confrades de outras tantas Províncias estão integrados em diversas comunidades. Desafios Conscientes do contexto em que vivemos, consideramos necessário priorizar a nossa identidade carismática como missionários Redento‐
ristas em nossa vida comunitária e em nossa atividade missionária. Para isto, enfrentamos os seguintes desafios: • Apostar numa pastoral missionária, preferentemente entre os mais abandonados. A missão redentorista é a nossa forma privilegiada de serviço à Igreja e ao mundo. A Mis‐
são nos desafia a aproximarmo‐nos dos imigrantes, pobres, excluídos, jovens, separados/divorciados, anciãos, enfer‐
mos, etc. • Cuidar de nossa consagração a Cristo Redentor para que seja testemunho de novas vocações. A oração pessoal e comunitária, o crescimento espiritual e o aprofundamento na Palavra de Deus são a melhor qualificação para o servi‐
ço missionário. A vocação deve ser renovada sempre para vivermos com alegria a entrega a Cristo e o serviço à Igreja e à humanidade. Uma vivência feliz, profunda e radiante de nossa própria fé e vocação estimulará a pergunta voca‐
cional nos jovens que nos conhecem. 0011 EUROPA‐SUL 37 • Cultivar a vida fraterna redentorista em seus aspectos mais essenciais. A comunidade redentorista é testemunho da fra‐
ternidade universal que Deus oferece como caminho de sal‐
vação. Sabemos que a comunidade é já por si missionária, posto que anuncia profeticamente um mundo novo. Por is‐
so queremos dar os passos necessários para que cada co‐
munidade da nossa Província seja e se sinta realmente pro‐
fética. Que cada confrade se sinta unido espiritualmente aos outros membros da comunidade e busque a comunhão fra‐
terna. Que os Projetos de Vida Comunitária sejam autênti‐
cos instrumentos para partilhar cada dia mais e melhor a fé, os trabalhos pastorais e a busca de novas formas de missão. • Continuar dando passos na missão compartilhada com os leigos. Muitos passos já foram dados neste sentido com leigos que compartilham de nosso carisma e desejam vin‐
cular‐se ainda mais à nossa vida e missão. Alguns desses leigos já receberam uma formação adequada e estão tra‐
balhando ao nosso lado. Inclusive celebramos com alegria a incorporação à nossa Província de 19 Missionários Leigos do Santíssimo Redentor. • Programar e pôr em prática uma reestruturação da Provín‐
cia que nos capacite para enfrentar o futuro imediato. Este processo de reestruturação provincial já está em marcha. Com o fim de que continue caminhando, foi iniciado um plano de prioridades que ajudará a estabelecer uma gestão e organização com futuro que leve a Província a uma me‐
lhor disposição para a missão. • Criação de uma comunidade internacional. Foi constituída uma nova comunidade internacional em Barcelona, aten‐
dendo aos desejos do Bispo local. À missão do santuário somou‐se a atenção pastoral aos imigrantes ucranianos 38 Conspectus Generalis 2009 mediante a presença de um confrade ucraniano e também abriu‐se a outras nacionalidades que desejem trabalhar com outros grupos sociais da cidade. Conclusão A Província de Madri já completou os cem anos de caminhada como Província, tempo no qual se tem caracterizado pela sua vitalidade apostólica e pela sua vocação missionária. Como parte da Europa Ocidental, está experimentando a força do secularismo, o envelhecimento de seus membros, a escassez de vo‐
cações. Porém ainda mantém um número suficiente de membros e a suficiente vitalidade para que a nossa presença continue sendo Boa Notícia na Igreja e na sociedade espanholas. É necessário, sim, partindo da realidade, recuperar ideais, unir os confrades num projeto comum e tomar uma série de decisões que nos ajudem a revitalizar a vida apostólica dos congregados e das comunidades. O texto original é o espanhol. 1800 – Província de Estrasburgo (França e Luxemburgo) Os confrades e as comunidades A Província de Estrasburgo conta no dia de hoje com 42 membros: • 31 Padres e 11 Irmãos, com uma média de idade de 71 anos • 1 jovem faz o noviciado em Ciorani (Província de Nápoles) • 1 Padre da Província da Irlanda e 1 Padre da Província São Clemente trabalham em nossa casa de Luxemburgo, em par‐
te em favor da paróquia européia. 40 Conspectus Generalis 2009 Faixas etárias: Mais de 90 anos Entre 80 e 90 Entre 70 e 80 Entre 60 e 70 Entre 50 e 60 Entre 40 e 50 Entre 30 e 40 6 10 13 9 0 2 2 A média de idade é elevada, bem como as doenças. As nossas casas estão situadas no leste da França e no Luxemburgo. A Província conta ainda com seis casas: Trois‐Epis, Bischenberg, Haguenau, Luxemburgo, Sarreguemines, Riedisheim e uma resi‐
dência: Montreuil, perto de Paris. Duas delas, Sarreguemines e Ri‐
edisheim, serão fechadas em breve. Uns dez confrades moram sozinhos para uma missão em favor das populações menos favorecidas, ou em paróquia ou em casa de retiro. Já faz dez anos que vivemos uma colaboração missionária com a Vice‐Província do Peru‐Sul, concretizada por um contrato. Quatro confrades peruanos fazem parte do contingente de nossa Provín‐
cia, o que traz juventude e esperança para o espaço redentorista em nossas regiões. No espírito das Federações de Unidades, trabalhamos em diversos níveis com a Província de Lyon‐Paris. Encontro anual comum entre os Conselhos, no nível das assembléias das Províncias, trabalho comum dos secretariados na evangelização e na pastoral da juven‐
tude, encontros no setor econômico e gestão das caixas. 0011 EUROPA‐SUL 41 Situação atual Em nossas sociedades secularizadas, a fé não é mais uma coisa ób‐
via, ao passo que antes era vivida como uma evidência. Já não há missões, o principal compromisso redentorista no passado, por fal‐
ta de pessoal, por causa das mudanças de mentalidades e dos mo‐
dos de vida. Nosso empenho missionário tem buscado novas maneiras de estar‐
mos próximos das pobrezas de hoje passando por projetos pessoais. Daí uma certa dispersão, mas também uma tomada de consciência de que a pobreza e os abandonados têm rostos múltiplos, desde as pobrezas materiais, os marginalizados pelas precariedades geradas pela sociedade …, ou ainda as grandes aspirações espirituais, perce‐
bidas sobretudo nos lugares de romaria. O próximo é aquele ao qual nos fazemos próximos! O espírito da secularização conduz a mutações e a um apelo à con‐
versão cotidiana perante a Igreja local e em solidariedade com ela, a vida religiosa que perde seus pontos de referência e as novas reali‐
dades do mundo. Os trabalhos apostólicos e o serviço missionário • Os confrades de nossas casas garantem ainda, não obstante a idade e as doenças, serviços de caráter pastoral. Todas as nos‐
sas casas têm uma capela ou uma igreja aberta ao público. • Além disso, o trabalho se desenrola com um amplo leque de compromissos: ƒ Lugares de romaria – trabalho paroquial – inserções de proximidade junto aos migrantes e a missão ope‐
rária – capelania dos doentes e de casas de retiro – animação de retiros. 42 Conspectus Generalis 2009 ƒ Isto parece impressionante para o pequeno número de pessoas e as saúdes frágeis, pois 4/5 dos confra‐
des estão na idade da aposentadoria. • Há também espaço para a inovação. Desde alguns anos nos empenhamos em duas prioridades, que são: • A constituição de uma comunidade jovem para a animação da romaria de Nossa Senhora de Trois‐Epis e da sua casa de acolhida, um lugar redentorista para o presente e o futuro, aberto para o homem de hoje. • A pastoral juvenil e vocacional com uma associação que reú‐
ne jovens leigos e Redentoristas, o Camino. Para realizar estas duas prioridades, fizemos um contrato de solida‐
riedade missionária com a Vice‐Província do Peru‐Sul, que mantém de modo permanente ao menos quatro confrades em nossa Provín‐
cia. Esta experiência surgiu em 1999 e começa a dar frutos. A colaboração com os leigos nos parece essencial para continuar a nossa missão, sobretudo em Trois‐Epis e Bischenberg. Fazemos en‐
contros regulares para partilhar com eles o nosso espírito e a nossa missão redentoristas. Conclusões • Não obstante a idade elevada dos confrades, queremos res‐
saltar o desafio da presença dos Redentoristas em nossas regiões que pode e deve ser promovido, graças à solidarie‐
dade ativa da Congregação. Nós temos o nosso lugar em qualquer parte do mundo, no espírito de Santo Afonso, e mais particularmente lá onde hoje ela mesma faz experiên‐
cia da pobreza. 0011 EUROPA‐SUL 43 • Será preciso reduzir os imóveis e não conservar senão dois, no máximo três. • Ser bem sucedida a colaboração com os confrades do Peru‐Sul; • Continuar o trabalho a serviço das duas prioridades: Trois‐
Epis e a pastoral dos jovens para construir um futuro novo. • Guardar a serenidade e o espírito do «servo bom e fiel», tes‐
temunha de esperança. O texto original é o francês. 3300 – Província de Lisboa (Portugal) Situação atual A Província de Lisboa (Portugal) foi ereta em 13 de Junho de 1962. Tem neste momento 47 confrades, constituídos em 7 Comunida‐
des e assim distribuídos: 42 Padres, 4 irmãos e 1 estudante clérigo professo. No presente ano tivemos em atenção incluir nas atividades da Pro‐
víncia as celebrações dos 275 anos da Fundação da Congregação, dos 100 anos da Canonização de S. Clemente bem como, em co‐
munhão com a Igreja universal, o jubileu dos 2000 anos do nasci‐
mento de S. Paulo. 46 Conspectus Generalis 2009 A Província exerce a sua missão num país marcado pela conjectura européia e internacional que se caracteriza por uma crise econômica acentuada afetando de modo especial as camadas médias sociais e o mundo do trabalho. Um secularismo do Estado e uma descristianização crescente da so‐
ciedade abala o tecido social nos valores tradicionais com especial incidência sobre a família e a juventude. A Igreja procura repensar o seu papel de intervenção nesta nova sociedade e da missão que a impele a uma nova evangelização. A Missão redentorista procura, segundo as suas possibilidades, em‐
penhar‐se neste processo de re‐evangelização, procurando exercer a sua presença apostólica em campos de fronteira junto dos mais a‐
bandonados. A saber, junto das periferias da cidade, na missão itine‐
rante em zonas dos grandes aglomerados populacionais e nas zonas rurais, onde se faz sentir uma presença débil da Igreja, apostando num serviço qualitativo de evangelização e segundo o carisma, de aproximação ao povo e, de protagonismo dos leigos na resposta possível, às suas necessidades, sobretudo espirituais. A imagem da missão redentorista realizada aparece como positiva, de modo global, junto da Igreja e da população em geral. Comunidades e animação As 7 Comunidades da Província desenvolvem o seu trabalho missio‐
nário em Paróquias (11), na Pastoral das nossas Igrejas, na pregação extraordinária, na comunicação social, na ação social, na imigração e no serviço do governo e da animação da Província. Para animar permanentemente as comunidades, a Província apresen‐
ta em cada triênio o Plano Provincial, procura incentivar o novo perfil do superior das comunidades através de encontros de superiores e 0011 EUROPA‐SUL 47 solicitando em cada triênio a apresentação do projeto de cada co‐
munidade em ordem à dinamização da vida da comunidade. Promove e programa os tempos e conteúdos anuais de formação permanente no campo da Animação espiritual (Retiros), da vida comunitária (Assembléia provincial) e do serviço à missão (Semana de Pastoral). As comunidades recebem a visita provincial como incentivo e ani‐
mação da vida redentorista. Há necessidade que o conselho provincial seja eixo que imprime um ritmo novo à vida da Província, tanto quanto é possível. Trabalhos apostólicos e serviços missionários Pastoral Juvenil e Vocacional: No triênio realizaram‐se na nossa casa de formação três encontros anuais de Jovens, culminando com a pe‐
regrinação da família redentorista a Fátima. Além disso tiveram lugar os encontros de discernimento e acompanhamento vocacional. Uma equipa formativa orienta a formação dos candidatos existentes. O Secretariado para a Pastoral Vocacional, em processo, procura conscientizar a Província no empenho de todos neste sector. Pregação extraordinária: Tem lugar, na Província através de missões populares, semanas de Evangelização, retiros, tríduos, conferências, Jornadas de reflexão. Pastoral Permanente investe nas 11 paróquias confiadas aos Reden‐
toristas e sua inserção em zonas junto dos mais abandonados; no a‐
companhamento pastoral das nossas Igrejas de residência, salientan‐
do o acolhimento à reconciliação e aos movimentos de evangelização centrados, fundamentalmente, na Palavra de Deus e na família. Pastoral com os Emigrantes e Imigrantes: Inserção junto dos emi‐
grantes portugueses na Suíça e apoio à imigração, sobretudo do leste 48 Conspectus Generalis 2009 a partir do P. Anatoly, ucraniano de origem e ao serviço dos residen‐
tes na zona norte de Portugal. Pastoral da Comunicação Social: Embora com dificuldades, continua a funcionar a Editorial Perpétuo Socorro e a revista Miriam, como apoio prioritário à missão itinerante e à evangelização em geral, o Redentor, boletim orientado para a missão redentorista junto dos Leigos e o IR, Informação Redentorista, como elo de comunhão in‐
terna na Província. O Centro de Caridade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aposta no serviço social junto da escola, dos mais idosos e no apoio à saú‐
de. Celebra este ano os seus 50 anos, jubileu que mereceu um pro‐
grama para comemorar o evento. É uma Obra que funciona a partir dos Leigos em comunhão com o espírito da missão redentorista. Centro Social Padres Redentoristas: Obra de prestígio comprovado na cidade do Centro do País e que aposta na qualidade de apoio às crianças a partir da Infância e 1º ciclo. Colaboração com os Leigos: A Província sente a necessidade de criar um movimento comum de Evangelização onde os Leigos tenham o seu lugar de relevo na Missão Redentorista. Os passos no terreno vão sendo dados na medida do possível. Há preocupação em criar um projeto para avançar no campo da formação e da ação apostóli‐
ca comprometida. Abertura das Comunidades Redentoristas e testemunho: É de grande importância, no campo da missão e como atrativo vocacio‐
nal, o testemunho comunitário. Teremos de continuar a avaliar e aprofundar esta dimensão na nossa missão para maior afirmação como comunidades, sinais de esperança. A Vice‐Província como apelo permanente à solidariedade: A Pro‐
víncia tem como preocupação pôr de manifesto o carinho e o apoio 0011 EUROPA‐SUL 49 devido à Vice‐Província. O Superior provincial visitou a Vice‐
Província e participou no seu último Capítulo aportando esta solida‐
riedade que deve ser permanente. Atentos ao processo de reestruturação: Participação em encontros de formação, animação espiritual e de governo em conjunto com a Província de Espanha. Preocupações que se tornam desafios Algumas preocupações que nos desafiam são: • A crescente média de idade dos confrades condiciona em al‐
guns aspectos o dinamismo comunitário e missionário da Província, realidade que não é fácil de superar. Isto reflete‐se nas dificuldades de mudança de mentalidade e espírito de abertura, face às exigências da Nova Evangelização. • O sentimento de vazio face ao frágil número de candidatos, à continuidade do Carisma, não obstante o esforço empreen‐
dido no campo vocacional. • A inserção dos Leigos, não só na mentalidade, mas sobretu‐
do no apostolado missionário da Província é um desafio que se abre sempre com urgência. • A dificuldade de concretizar projetos, iniciativas nas diversas áreas, por falta de conjugação de esforços e de capacidades criativas. • Alguma dispersão de atividades que limitam as forças para investir em sectores importantes. • Dificuldade em fazer transparecer o caráter profético como afirmação do carisma e de comunidades, fermento visível de esperança na nossa sociedade. 50 Conspectus Generalis 2009 • Dificuldade em viver o carisma desde a conversão interior na escuta do Espírito, como o grande protagonista da Missão. Acontecimentos motivadores Capítulo provincial: A Província realizou o seu XIV Capítulo Provincial em janeiro de 2008. E um Capítulo é sempre uma graça do Espírito que nos motiva e nos relança na nossa vida como consagrados à Missão. Importa fazer dele sempre uma referência para a vida da Província. A Visita do Governo Geral: Esta realizou‐se em fevereiro de 2008 contando com a presença dos Visitadores PP. Serafino Fiore e Ray‐
mond Douziech. A par das bênçãos que apontaram, os desafios que nos deixaram constituem elementos de reflexão permanente em ordem ao futuro. O trabalho missionário da Província tem obrigação de alargar o seu horizonte de cristandade e procurar respostas adequadas ao secula‐
rismo e indiferença religiosa. O texto original é o português. 3402 – Região Vietnamiens (Vietnamitas na França) Dados históricos • Por Rescrito (Prot. N° 3400 0400/95) de 12.01.96, foi erigi‐
da a Região 3402 dos confrades vietnamitas na França. • A Região 3402 foi erigida em conformidade com a Consti‐
tuição 97 3° e o Estatuto Geral 090. • A Região 3402 está colocada sob a jurisdição da Província do Vietnã. 52 Conspectus Generalis 2009 • Em 24.02.97 é aprovada a convenção pelo Provincial do Vietnã e por seu Conselho. • A convenção é aprovada em 14.03.97 pelo Superior Geral, Juan Lasso de la Vega. • No começo, a Região era formada por oito confrades na França (dos quais dois faleceram) e um em Roma, o Irmão Plácido. • Nada é claro, porém, na Convenção, a respeito da pertença à Região dos confrades vindos depois, por exemplo, a Roma para estudar ou trabalhar. Situação geral da Região Nossa Região é um caso particular. Não temos casa. Não formamos uma comunidade e, portanto não temos vida comum, (exceto os que vivem com os confrades franceses na casa de Montparnasse), sendo que vivemos longe uns dos outros. Tampouco temos uma verdadeira caixa comum de partilha dos bens: uns são estudantes que vieram para a França a fim de estudar com a ajuda dos amigos de fora, os outros, com bolsas. Alguns são idosos, vivendo com um mínimo de recursos. Alguns confrades, porém, puseram em comum o pouco que lhes resta e com isto temos até hoje contribuído regu‐
larmente para o Fundo de Solidariedade da Congregação. Mantemos um contato regular com a Província do Vietnã. Um dos nossos, o Pe. Nguyễn Tiến Lãng vai regularmente dar curso de teolo‐
gia aos estudantes da Província. Temos também boas relações de fraternidade e de cooperação com a Província de Lyon‐Paris. Prestamos serviços na casa de Montparnasse. Alguns dos nossos fazem um trabalho pastoral regular, em tempo integral ou parcial, como vigários paroquiais em paróquias de Paris 0011 EUROPA‐SUL 53 ou na periferia da capital. Todos os outros o fazem ocasionalmente, na França ou noutro país. Alguns aceitam missões de três meses ou mais no exterior. Atualmente somos 10 na Região: Pe. Louis Nguyễn Văn Qui Ir. François Xavier (Plácido) Nguyễn Văn Diễn (Roma) Pe. Jean Bosco Phạm Minh Thiện Pe. Barnabé Ðoàn Thanh Dũng (Superior Regional) Pe. Paul Trần Ngọc Anh Pe. Joseph Phạm Ðán Bình Pe. Joseph Nguyễn Tiến Lãng Pe. Joseph Nguyễn Ngọc Vũ Pe. Joseph Hồ Ðắc Tâm Pe. Joseph Nguyễn Văn Hội O Pe. Antoine Phạm Văn Tịnh que estava em Praga, voltou definiti‐
vamente para o Vietnã no final de 2008. O texto original é o francês. 4400 – Província de Lyon‐Paris (França) Primeira casa: 1845 Criação da nova Província: 16 de abril de 1996 A nova Província é o fruto da fusão das Províncias de Lyon e de Paris. Introdução No dia 1o de novembro de 2008, a Província conta com 80 professos: 67 padres e 13 irmãos. Não temos estudantes professos. 56 Conspectus Generalis 2009 Existem 5 comunidades: Champagne au Mont d'Or 12 residentes e 7 adscritos Valence 10 residentes e 5 adscritos Paris 8 residentes e 8 adscritos Les Sables d'Olonne 8 residentes e 8 adscritos Haubourdin 5 residentes e 2 adscritos. (Esta comunidade será desativada em 1o de novembro de 2009.) Em Marselha, a comunidade pessoal, onde há 4 confrades. O motivo por que alguns são adscritos é que eles fazem um trabalho apostólico, por ex., numa paróquia, ou porque moram numa casa de repouso especializada. Assim, temos 13 confrades em casa de re‐
pouso com atendimento médico. (10 padres e 3 irmãos). Faixas de idade: menos de 60 anos de 61 a 70 anos de 71 a 80 anos de 81 a 90 anos mais de 90 anos 2 – 1 padre e 1 irmão 13 – 9 padres e 4 irmãos 27 – 23 padres e 4 irmãos 36 – 32 padres e 4 irmãos 2 padres Situação atual A França é um país da União Européia; é o mais secularizado con‐
forme se diz. Desde 1905, é marcada pela separação entre Igreja e Estado. Foi preciso o pós‐guerra 1914‐1918, para que a presença dos religiosos e religiosas fosse tolerada. Os católicos têm, no entanto, pleno lugar na sociedade e podem praticar sua fé sem dificuldade. A liberdade religiosa é total. A cultura no seu conjunto não faz mais referência à fé cristã, mesmo se existem valores evangélicos vividos na sociedade. 0011 EUROPA‐SUL 57 Contudo, a Igreja é muito ativa. Sem dúvida, as comunidades cristãs não reúnem um grande número de fiéis na missa, mas elas são vivas e evangélicas. A Igreja da França ama a liturgia. Ela está muito enga‐
jada no serviço aos pobres. E nós, Redentoristas, damos o primeiro lugar aos pobres. Onde estão eles? Sobretudo nas periferias de nos‐
sas grandes cidades. Os pobres são os imigrantes, os sem endereço fixo, os desempregados, as famílias incompletas, as mães solteiras que cuidam sozinhas da educação dos filhos. Faltam padres nos su‐
búrbios e na zona rural eles já não existem. Economicamente, a Igreja na França não é rica. Seus recursos pro‐
vêm exclusivamente da generosidade dos fiéis. Serviço missionário e trabalhos apostólicos 5 confrades trabalham diretamente com os pobres: os sem teto, o movimento de Emaús, os Irmãos dos Pobres, em movimentos de grupos das periferias. 2 confrades são capelães em casas de repouso com atendimento médico. 2 confrades são capelães de hospital. Um confrade se ocupa do diálogo inter‐religioso em tempo integral. Não temos mais missões populares, nem temos paróquias reden‐
toristas próprias. Não temos santuários. Todas as nossas capelas são abertas ao público, sobretudo em Valence (100 a 150 pessoas) e em Sables d'Olonne, como também em Haubourdin. Mas alguns confrades podem pregar retiros espirituais. 18 confrades trabalham em paróquias. Só um é pároco e 17 são vigários paroquiais. A única publicação que nos resta é a revista «Amitié missionnaire rédemp‐
toriste» (Amizade Missionária Redentorista), que dá notícias da 58 Conspectus Generalis 2009 missão redentorista em Burkina‐Faso e Níger. A pastoral dos jovens e das vocações é feita com a Província de Estrasburgo. Problemas As dificuldades são motivadas pelo nosso envelhecimento e pela falta de vocações. Planejar é difícil para nós. Mantemos o que po‐
demos fazer atualmente. Todavia, duas iniciativas são recentes: • a vinda de dois jovens confrades redentoristas sacerdotes, da Província do Vietnã. Após um ano de estudo no Institu‐
to Católico de Paris para aprender a língua francesa, eles são atualmente vigários paroquiais na periferia de Paris, onde residem muitos estrangeiros. • a federação com a Província de Estrasburgo. Dia 11 de março de 2008 foi redigido um Documento que tem por fim unir as nossas duas Províncias em tudo o que é possível viver juntas: por exemplo, ƒ a pastoral dos jovens e das vocações; ƒ a pregação de retiros em Trois‐Epis; ƒ colocar em comum a obra do Apôtre du Foyer (A‐
póstolo do Lar); ƒ assegurar o serviço comum da gestão referente às aposentadorias e aos seguros de saúde; ƒ ter um único Secretariado de Evangelização, que auxilie na animação de nossas reuniões comunitárias e prepare a Assembléia geral interprovincial a cada dois anos. Assim, em junho de 2007 em Trois‐Epis: os Migrantes entre nós e na Europa. E em junho 0011 EUROPA‐SUL 59 de 2009, em Lisieux: santa Teresinha em ligação com o centenário da canonização de são Clemente Maria Hofbauer; ƒ Um encontro anual de nossos dois Conselhos pro‐
vinciais e dos ecônomos provinciais. A nossa esperança se apóia na Federação de nossas duas Provín‐
cias Lyon‐ Paris e Estrasburgo. Ela se apóia também na presença dos confrades vietnamitas que formam comunidade com os con‐
frades franceses. Na comunidade de Paris há 8 franceses e 7 con‐
frades vietnamitas, dois dos quais estão estudando para se torna‐
rem formadores dos jovens Redentoristas no Vietnã. Nossa espe‐
rança vem do desenvolvimento promissor da Vice‐Província do Burkina‐Faso e Níger. O segredo da esperança: comunidades fervorosas, fraternas e missio‐
nárias, fiéis o mais possível e até o fim ao nosso carisma alfonsiano. O texto original é o francês. 0012 REGIÃO DE EUROPA‐NORTE 0500 – Província de Viena (Áustria) Estatística Membros da Província de Viena: 50 Sacerdotes Estudantes clérigos de votos temporários Irmãos de votos perpétuos Diácono permanente 44 2 3 1 Casas canonicamente erigidas: 6 A casa em Leoben foi supressa em setembro de 2008. Dois sacer‐
dotes continuam trabalhando na igreja adjacente, Santo Afonso. 64 Conspectus Generalis 2009
A casa canonicamente erigida de Oberpullendorf foi assumida pela Província de Varsóvia. Membros de outras Províncias que trabalham ou estudam na Áus‐
tria: 11 Innsbruck: Um sacerdote da Província de Liguori (Índia): faz o doutorado; um sacerdote da Província de Lviv: ajuda na pastoral da casa (Vigário); um sacerdote e dois diáconos da Província de Lviv e um diácono da Vice‐Província de Bratis‐
lava: estudam teologia. Viena – Maria am Gestade: um sacerdote da Vice‐Província de Bratislava: faz o doutorado e colabora na Pastoral Voca‐
cional. Viena‐Hernals: um sacerdote da Província de Praga: faz o doutorado. Oberpullendorf (Província de Varsóvia): três sacerdotes cuidam da paróquia. Situação religiosa na Áustria Habitantes: 8,2 milhões, dos quais 75% são católicos romanos; o se‐
gundo grupo maior é formado pelas pessoas que deixaram a Igreja; 4% são muçulmanos e 3% são protestantes. Freqüentam regularmente a igreja (todo domingo): dos 6% em Vie‐
na aos 40% nas regiões alpinas. Os Redentoristas na Áustria A Província redentorista na Áustria é a oitava maior comunidade religiosa do país. Por isso, vários confrades são os representantes eleitos dos religiosos em alguns conselhos diocesanos. O Superior 0012 EUROPA‐NORTE 65
provincial é o presidente da Conferência dos Religiosos de Viena e o vice‐presidente da Conferência dos Religiosos da Áustria. Principais atividades pastorais • Missão (missões religiosas de várias formas): Existe agora planejamento e cooperação juntamente com a Província de Munique (um trabalho apostólico da Federação). • Ministério da confissão e do aconselhamento: "Gesprächs‐
insel" (Viena); "Gesprächsoase" (Innsbruck), igrejas especi‐
almente dedicadas ao atendimento das confissões. • Ministério paroquial: Além das paróquias a nós confiadas, vários sacerdotes trabalham como párocos ou administra‐
dores de outras paróquias diocesanas. • Retiros: oito sacerdotes estão normalmente ocupados em pregar retiros. • Pastoral da Juventude: Eggenburg, (especialmente para jovens menos favorecidos), "Capacitação de Aprendizes" e Katzelsdorf, um colégio preparatório. A Federação vai co‐
meçar novas iniciativas nesta área. • Pastoral Vocacional: é agora uma preocupação especial em Viena; dois novos sacerdotes dela se ocupam em tem‐
po integral. • Meios de Comunicação: ƒ Publicação de revistas: "Klemensblätter", "Ethica" e "Grenzgebiete der Wissenschaften" (Resch Verlag, Innsbruck). ƒ Página na internet: www.redemptoristen.com (jun‐
to com a Província de Munique). 66 Conspectus Generalis 2009
ƒ Fórum de Pregação: oferece semanalmente uma pregação no site web: www.predigtforum.at. ƒ Publicação de pequenos livros e escritos (vários fo‐
lhetos sobre santos e sobre outros temas espiritu‐
ais anualmente). ƒ Cooperação com o rádio e a TV. ƒ Trabalho científico dos sacerdotes (professores). • Co‐operação com colaboradores leigos: Existem associa‐
ções e relacionamentos. "Freundeskreise" (Círculo de Ami‐
gos) foram fundados nos últimos anos. • Pastoral Social: Em algumas comunidades se faz cada dia a "Armenausspeisung" (sopa dos pobres). Temos "serviços sociais" e atendimento aos imigrantes na comunidade de Hernals e em Innsbruck. • Formação/Educação: ƒ Postulantado e estudos: Centro Vocacional, Würz‐
burg (Alemanha) ƒ Noviciado (Federação): Innsbruck. ƒ Innsbruck: uma casa para estudos de pós‐graduação (aberta a todas as Províncias) • Pastoral das romarias: Maria Puchheim e Viena – Maria am Gestade. • Uma casa de repouso para idosos: em Maria Puchheim, começou em 1.10.2008. 0012 EUROPA‐NORTE 67
Preocupações e desafios • A falta de sacerdotes jovens para as muitas obras e os no‐
vos projetos. • O futuro do ginásio/colégio preparatório de Katzelsdorf. • Atendimento digno e profissional para os confrades idosos. • A renovação das casas de Puchheim e Maria am Gestade. • A transformação da casa de Leoben numa “casa para es‐
tudantes”. • Novos projetos pastorais que devemos continuar: ƒ Ministério do aconselhamento em Viena e Innsbruck ƒ Pastoral das romarias em Viena e Puchheim ƒ Uso da internet e dos outros meios de comunicação ƒ Pastoral da Juventude: Eggenburg. • Continuar a colaboração com as Províncias de Lviv (Ucrâ‐
nia) e Liguori (Índia), com relação ao pessoal. • O “Ano de São Clemente” 2009 Conclusão Com a Federação, em 15 de março de 2008 um novo passo foi dado na colaboração. Desejamos encontrar novas formas de cooperação com as outras Províncias vizinhas e com a Ucrânia e a Índia. Estamos caminhando – não obstante todas as limitações – com gran‐
de esperança e confiança. Que São Clemente nos assista em todo o nosso trabalho e especialmente na promoção das vocações! O texto original é o inglês. 0502 – Região de Copenhague (Dinamarca) Primeira Casa: 1899 (Odense) Ereção canônica da Região: 1 de dezembro de 1995 Membros: 13 (4 pertencem a outras Províncias) História A Vice‐Província de Copenhague tornou‐se Região da Província de Viena no dia 1 de dezembro de 1995. 70 Conspectus Generalis 2009
Estatística No dia 1 de janeiro de 2009 a Região tinha: • 13 confrades (12 sacerdotes e 1 estudante professo de vo‐
tos temporários): 8 poloneses, 2 dinamarqueses, 2 india‐
nos e 1 austríaco. • 3 casas: Copenhague, Odense e Næstved. • 3 escolas: ƒ Copenhague: 513 alunos (154) ƒ Odense: 182 alunos (65) ƒ Næstved: 428 alunos (54) As cifras entre parênteses são os alunos católicos. Duas escolas pertencem à Congregação, a terceira tornou‐se independente, mas mantemos uma in‐
fluência significativa sobre a direção dos alunos, a seleção dos professores, o orçamento da escola e a associação de pais. Agora nenhum de nós ensina na escola, mas celebramos regularmente uma missa na escola para os alunos. • 6 paróquias Principais trabalhos apostólicos • Apostolado com imigrantes poloneses, filipinos e vietnamitas. • Entre outros apostolados redentoristas, está a pastoral carcerária em Copenhague. • Na pastoral paroquial cuidamos também dos idosos e da‐
mos ênfase especial ao trabalho com jovens. Problemas e desafios • Os católicos são uma minoria (0.5% da população). A maioria é protestante. 71 Conspectus Generalis 2009
• Há muitos matrimônios mistos. • A prática da religião nas famílias é praticamente nula, qua‐
se um tabu. • É difícil para os imigrantes, com suas práticas religiosas tradicionais, adaptar‐se a um ambiente não religioso. • Materialismo. • Secularização. • Crianças e jovens, mesmo os que recebem a Primeira Euca‐
ristia e a Crisma, abandonam a prática religiosa. • Os jovens são facilmente influenciados pela atmosfera de “liberdade” em nossa sociedade, até da “liberdade” para experimentar drogas, álcool e sexo em idade precoce. • Alguns são levados a sentir‐se embaraçados por serem ca‐
tólicos, especialmente os filhos de imigrantes. • Com todos esses problemas,como lemos os “sinais dos tempos?” Como é que nós, uns poucos Redentoristas com nossas limitações (idade, cultura, língua), discernimos qual deve ser nossa contribuição aqui e agora? • Temos de apoiar e encorajar os imigrantes na prática de sua religião, do modo como foram educados, embora ao mesmo tempo ajudando‐os a se integrar nas diretrizes da Igreja Católica dinamarquesa. Isto, na prática, significa tra‐
balhar mais com os jovens, que aprendem bem a língua do país, mas que estão em busca de uma identidade. • Há um grande potencial no DUK (Jovens Católicos Dina‐
marqueses), o organismo juvenil diocesano. • Devemos treinar os leigos, especialmente os jovens, a se envolverem mais nesta obra vital, no estilo da Pastoral Ju‐
venil Redentorista. O texto original é o inglês. 0800 – Província de Munique (Alemanha) Estatística Primeira casa: 1841 Erigida a Província: 10 de janeiro de 1853 Número de confrades: 80 Número de comunidades: 7 (Uma delas é a casa de formação em Würzburg, onde há estudantes das Províncias de Munique, Viena e São Cle‐
mente. Desde o último Capítulo geral, fechamos a casa de Riedlingen.) 74 Conspectus Generalis 2009
Situação atual Situação Social • Continua o processo de secularização. • A crise econômica causa ansiedade. • O desemprego é elevado. • Há problemas com os novos imigrantes. Situação da Igreja • As dioceses se reestruturam: tentando diminuir despesas e poupar dinheiro, juntando ou fechando paróquias, etc. Federação • No dia 15 de março de 2008 foi inaugurada a federação entre as Províncias de Munique e Viena. Acreditamos que a Federação é uma boa maneira de encontrar novas res‐
postas e criar nova energia e iniciativa para os desafios pastorais. Missão e ministério apostólico Paróquias Bickesheim, Gars, Schönenberg e Würzburg Todas estas são paróquias ligadas a comunidades redento‐
ristas nossas. Centros Espirituais Bickesheim: santuário para peregrinos, centro para confissão na região e paróquia consolidada. Cham: casa de retiros, igreja e centro para confissão na região. Forchheim: igreja e centro para confissão na região. 0012 EUROPA‐NORTE 75
Gars: paróquia consolidada, igreja, centro para confissão na região, santuário do Beato Gaspar Stanggassinger, Ins‐
tituto para formação contínua de professores. Schönenburg: paróquia, santuário para peregrinos, pastoral juvenil e vocacional, trabalho de pastoral rural e centro para confissão na região. Outros trabalhos missionários importantes Missões Paroquiais: a proclamação explícita da fé Pastoral Juvenil e Vocacional Preocupações Numa sociedade secularizada e em dioceses que passam por mu‐
danças estruturais, estamos em busca de modos contemporâneos de proclamar nossa fé. Quanto ao ministério que exercemos em nossas comunidades, centros espirituais, paróquias e missões paro‐
quiais, nós o consideramos como uma resposta importante aos de‐
safios de nosso tempo. Em nossa Província há muitos confrades idosos que precisam de um atendimento especializado. É nosso dever providenciar o melhor atendimento possível. Preocupação importante e primária para nós é a pastoral juvenil e vocacional. O texto original é o inglês. 1100 – Província de Londres (Grã‐Bretanha) Primeira casa 1848 Erigida a Província: 24 de maio de 1865 Número de confrades: 63 Situação atual e evolução recente Na preparação para o último Capítulo geral, informávamos que a sociedade britânica estava sendo cada vez mais caracterizada pela secularização. Esta tendência tem continuado e a freqüência à igre‐
ja diminui a cada ano. 78 Conspectus Generalis 2009
A vigilância constante dos meios de comunicação e os ataques fre‐
qüentes à Igreja institucional e aos seus componentes, a ênfase da‐
da aos casos de abuso sexual e um ceticismo geral quanto a uma religião organizada – tudo isto tem levado a uma erosão dos valores cristãos neste país. Recentemente, os ônibus de Londres começaram a ostentar imensos pôsteres, colocados pela Sociedade Secular Na‐
cional, onde se lê: “Provavelmente Deus não existe – então, vá em frente com sua vida”. O clero é muitas vezes visto como inexpressivo, sendo chamado principalmente para funerais, e ocasionalmente para batismos e casamentos. Somos uma Província idosa, que atualmente mantém nove casas na Inglaterra e na Escócia. O Capítulo provincial aceitou um Plano Pro‐
vincial que inclui um processo de reestruturação; espera‐se que ele vai reorientar nossa missão e nossa vida comunitária. O atual Conse‐
lho Provincial Extraordinário está trabalhando neste processo de re‐
estruturação, em preparação para a Assembléia da Província e a próxima sessão do Capítulo provincial. É desafiador e difícil, mas te‐
mos plena consciência da urgente necessidade de reestruturar para a missão e para responder às urgentes necessidades pastorais. Atualmente temos uma equipe missionária, a qual recebe mais pe‐
didos de missões populares do que consegue atender. A nossa casa em Londres, (Clapham) está destinada para uma nova iniciativa in‐
terprovincial, na qual esperamos cooperar em sintonia com as Pro‐
víncias de Dublin e São Clemente. Isto significa que são feitas duas reuniões dos três Conselhos provinciais todo ano. Continuamos a manter quatro outras paróquias no país, como tam‐
bém dois Centros Pastorais Internacionais e as Publicações Redento‐
ristas. Os Centros de Pastoral oferecem um programa misto de reti‐
ros e também cursos de renovação de longa data, que têm ajudado 0012 EUROPA‐NORTE 79
milhares de homens e mulheres em várias partes do mundo. Muitos desses homens e mulheres estão trabalhando entre as populações mais pobres e em situações pastorais muito desafiadoras. Ambos os Centros são freqüentemente usados por outras organizações cristãs para suas próprias reuniões. As Publicações Redentoristas gozam de alto conceito entre os católi‐
cos e entre outros cristãos pela qualidade de suas publicações pasto‐
rais – inclusive os boletins paroquiais semanais. São muito populares as publicações que tratam da preparação aos sacramentos e outros temas litúrgicos. Além disso, Publicações Redentoristas é um distri‐
buidor internacional de uma vasta gama de livros religiosos. Recen‐
temente foi feita uma importante mudança na administração inter‐
na para fazer frente ao desafio de gerir uma empresa profissional a serviço da Palavra escrita. O Diretor redentorista e a Equipe admi‐
nistrativa são apoiados por reuniões regulares da Comissão Reden‐
torista Provedora. Publicações Redentoristas continua mantendo boas ligações com organismos semelhantes de outras Províncias. Em particular, esta‐
mos realizando projetos de edição conjunta com as Comunicações Redentoristas de Dublin e com Publicações Liguori em St. Louis. A Província tem também responsabilidade pela Região do Zimbá‐
bue. A situação nesse país deteriorou‐se dramaticamente nos últi‐
mos anos. Não obstante os muitos e sérios desafios à vida diária ordinária, há uma florescente comunidade de formação com mais de vinte jovens nas diferentes etapas da formação inicial. Eles permanecem otimistas e com esperança de um futuro melhor. O primeiro sacerdote zimbabuense foi nomeado recentemente Supe‐
rior regional. A comunidade cuida de duas paróquias urbanas, e os confrades estão grandemente envolvidos nos principais programas de alimentação por causa do crescente número de pessoas muito pobres. Há um bom relacionamento entre a Província e a Região, e 80 Conspectus Generalis 2009
nossas paróquias no Reino Unido têm dado grande apoio aos po‐
bres e necessitados do Zimbábue. A Província é largamente abençoada pelo fato de cada apostolado ser dirigido por Redentoristas muito dedicados e cheios de entusiasmo e energia, e a maioria é capaz de trabalhar com nossos leigos numa at‐
mosfera de parceria. Contudo, percebemos também que precisamos alçar a parceria com os leigos a um novo nível de consciência e de prática. Continua havendo grande espírito de cuidado fraterno entre os confrades e interesse recíproco nas alegrias e nas tristezas. O futuro No começo do triênio, o Conselho provincial identificou três áreas principais de preocupação quanto ao futuro, que são: a renovação do apostolado, vocações e finanças. Sem dúvida, temos outras preo‐
cupações, mas essas três continuam sendo nossa prioridade. • Apostolado: Respondendo aos sinais dos tempos, inicia‐
mos, como ficou dito, uma nova equipe missionária. Conti‐
nuamos também a avaliar o impacto de nossos mais recen‐
tes empreendimentos missionários em Edimburgo (Paró‐
quia no interior da cidade e Missão) e Middlesbrough (Cen‐
tro da Cidade – Porta Aberta para os pobres e necessita‐
dos, com Eucaristia diária). As nossas paróquias têm uma característica específica redentorista e a atmosfera missio‐
nária prevalece. • Vocações: Continuamos a fazer propaganda vocacional, oferecemos links em nosso sito e acolhemos jovens para fins de semana de discernimento. É um trabalho difícil, mas produz fruto e temos esperança de que alguns dos jovens que participaram desses encontros se juntem a nós. 0012 EUROPA‐NORTE 81
• Finanças: Como todas as Províncias do mundo, fomos atin‐
gidos pela recente restrição ao crédito. No entanto, duran‐
te anos estivemos seriamente desprovidos de fundos, e is‐
to é fonte de ansiedade para o atual Governo provincial, e também é um desafio para tentar juntar algum capital para o apostolado e como salvaguarda para a nossa formação (inicial e contínua) e para os nossos confrades idosos. Na Província de Londres estamos cônscios de que, como muitas ou‐
tras Províncias, vivemos uma fase crítica de nossa história. Grandes coisas têm sido realizadas desde que os primeiros Redentoristas chegaram a esta ilha em 1840. O nosso trabalho na Irlanda nos pri‐
meiros anos, o qual levou à fundação da Província irlandesa – e suas obras em muitas partes do mundo – fazem parte de nossa história. Igualmente o envio de confrades para a Austrália em 1884 produziu muitos frutos, não só na Austrália, mas nas várias Províncias e Vice‐
Províncias que eles fundaram. A África do Sul, que recebeu desta Província os seus primeiros Redentoristas em 1912, também se tor‐
nou Província de pleno direito. E agora Zimbábue está se consoli‐
dando como Região dentro da Congregação. Para nós é importante recordar o legado do passado e esperar que este impulso missioná‐
rio seja mantido nos anos que virão. O texto original é o inglês. 1300 – Província de Dublin (Irlanda) Primeira casa: Mount St. Alphonsus, Limerick – 1853 Província erigida: 28 de janeiro de 1898 Membros: 135 Evolução durante os últimos seis anos O número total de membros (135) inclui 5 estudantes professos e 1 noviço. 8 confrades têm menos de 40 anos, 21 estão entre os 40 e 59 anos, 80 têm entre 60 e 79 anos, e 26 têm 80 anos ou mais. Temos 13 irmãos na Província, sendo que o mais novo deles tem 62 anos. 84 Conspectus Generalis 2009
Há na Província 8 comunidades, duas das quais estão em Belfast na Irlanda do Norte. Há três equipes missionárias, três paróquias, uma casa de retiros e uma comunidade dedicada primariamente à pasto‐
ral da juventude. Sete confrades trabalham na pastoral paroquial na Irlanda, em paróquias não redentoristas, dois confrades assumiram o ministério paroquial nos EUA, um trabalha no santuário nacional de Nossa Senhora de Knock, um se ocupa das pessoas que viajam, um trabalha na Sibéria, um é capelão no Colégio Redentorista São Clemente de Limerick, dois são capelães respectivamente das co‐
munidades brasileira e filipina, seis servem em hospitais como cape‐
lães, dois exercem o ministério nas comunidades internacionais em Copenhague e Luxemburgo, e quatro estão residindo em Roma. Novas Iniciativas: Nossa mais recente assembléia‐capítulo, de maio de 2008, estabeleceu como prioridades protegidas: A Proclamação da Palavra, a Pastoral dos Jovens e dos Adultos Jovens e as Comuni‐
cações Redentoristas. A Proclamação da Palavra: Um confrade foi nomeado ‘Delegado Provincial’ para a Proclamação da Palavra, com a responsabilidade geral pela boa qualidade da pregação de todos os Redentoristas e dos colaboradores leigos que assumem este ministério. Esse Dele‐
gado trabalha com as Equipes de Missão e com seus coordenadores, com os coordenadores da Novena, com as Comunicações Redento‐
ristas, com o Promotor Vocacional, com o Delegado Provincial para a Pastoral dos Jovens e dos Adultos Jovens e com as Equipes das igre‐
jas e paróquias. As missões paroquiais redentoristas continuam sendo muito popu‐
lares e bem sucedidas. Há indicações de que nesses tempos de in‐
certeza econômica, a fome do povo pela Palavra de Deus é particu‐
larmente aguda, e o desafio é continuar a satisfazê‐la com meios criativos. A criação de sitos que dão acesso ‘ao vivo’ pela Internet, às celebrações em dois de nossos santuários tem se comprovado 0012 EUROPA‐NORTE 85
um imenso sucesso. A cooperação com os leigos em nossas equipes missionárias precisa crescer mais; algumas equipes têm como mem‐
bros leigos, homens e mulheres, que trabalham com tempo limita‐
do, ao passo que outras equipes possuem cooperadores leigos espe‐
cialmente ad hoc. Pastoral dos jovens e dos adultos jovens: As três equipes que se dedicam a essa pastoral (em Cork, Belfast e Esker) continuam a prosperar. A iniciativa de desenvolvimento educacional SERVE tam‐
bém está florescente. Todo ano, três jovens da Província São Cle‐
mente fazem um estágio como voluntários da pastoral da juventude na Província de Dublin. O Programa de Estudos sobre Pastoral da Juventude, coordenado pelos confrades e pelos colaboradores lei‐
gos Redentoristas, espalhou‐se pelas dioceses da Irlanda. Assim, o próximo documento dos Bispos da Irlanda sobre Pastoral da Juven‐
tude está baseado em nossa experiência redentorista de Pastoral dos Jovens e dos Adultos Jovens nos últimos 20 anos e o processo de redação do documento teve a participação de Redentoristas e de seus colaboradores. Um colaborador leigo foi nomeado Delegado para a Pastoral dos Jovens e dos Adultos Jovens. Um outro colabo‐
rador leigo foi nomeado Delegado para a Proteção das Crianças. Em Limerick, acaba de ser aberto o novo e bonito Colégio Redento‐
rista São Clemente. Prossegue o Projeto de Capelania das Escolas de Limerick lá fundado, coordenado por um jovem colaborador leigo. Na paróquia Cherry Orchard, um confrade é o presidente do projeto do Corpo Dirigente para a criação e manutenção de novas escolas primárias locais. Comunicações Redentoristas (RC): Antes conhecida como Publica‐
ções Redentoristas, RC publica a revista Reality, a revista Face Up pa‐
ra jovens, folhetos de Missa, impressos para crianças e outros livros religiosos. Os editoriais de Reality continuam a difundir comentários proféticos e desafiadores sobre a Irlanda de hoje; Face Up é a única 86 Conspectus Generalis 2009
publicação religiosa mensal para jovens na Irlanda. RC está agora promovendo uma presença mais forte na internet. Nos últimos anos, foram criadas novas estruturas nas Comunicações Redentoristas que estão, pela primeira vez, dando agora um pequeno lucro. Peregrinações: Devido ao grande sucesso das peregrinações nos passos de Santo Afonso, de São Clemente e de São Columba, a Pro‐
víncia de Dublin organizou duas peregrinações à Terra Santa em 2008. Em preparação para elas, houve dois anos de estudos bíblicos; individualmente, nas comunidades locais e como Província. Foram preparados textos especiais para o estudo e para as próprias pere‐
grinações, que se mostraram muitos inspiradores e estimulantes. Formação contínua: Nos últimos anos, houve alguns seminários pro‐
vinciais muito úteis para os confrades sobre a sexualidade humana, sobre o desenvolvimento de comunidades apostólicas mais fortes e sobre São Paulo. Houve também um seminário para Redentoristas e cooperadores leigos sobre a Parceria na Missão: Redentoristas e Lei‐
gos Proclamando Juntos a Copiosa Redenção. Outros trabalhos apostólicos: Junto com outros lugares não reden‐
toristas, as nossas igrejas em Limerick, Belfast, Esker e Dundalk con‐
tinuam a promover novenas muito freqüentadas em honra de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e de São Geraldo. Esses eventos gi‐
gantescos, alguns dos quais reúnem até 10 mil pessoas num só dia, servem como um tipo de “peregrinação anual de fé” para muitos, inclusive para grande número de jovens. O Centro de Retiros de Esker e o Centro da Juventude de Galway continuam a oferecer um atendimento muito necessário, com o tra‐
balho conjunto de confrades e cooperadores leigos. No convento de Clonard em Belfast, a pastoral ecumênica e a pasto‐
ral da reconciliação continuam sendo uma prioridade neste período de acordo pós‐político. 0012 EUROPA‐NORTE 87
Teologia e formação: Temos cinco estudantes professos e um novi‐
ço. Um confrade se ocupa da pastoral vocacional e um é o Diretor da Formação. Atualmente os nossos estudantes freqüentam o Instituto de Filosofia e Teologia Milltown, onde um de nossos confrades é o Presidente interino. O nosso noviço faz o noviciado em Glenview nos EUA. Três confrades ensinam teologia moral na Academia Alfonsiana de Roma, e um outro é o Decano de Teologia e ensina no Seminário Nacional de Maynooth. Parceria com outras Unidades: Já faz alguns anos que os OPCs (Con‐
selhos Provinciais Ordinários) das Províncias de São Clemente, Lon‐
dres e Dublin têm feito reuniões regulares para analisar as possibili‐
dades de maior parceria em áreas como a formação, comunicações, novas iniciativas missionárias (por ex. o Projeto Clapham) etc. A Pro‐
víncia de Dublin continua a dar apoio de vários modos ao ministério de várias outras Unidades e ao de toda a Congregação. Delegado para recursos humanos e desenvolvimento ético: Um cooperador leigo foi nomeado recentemente Delegado para Recur‐
sos Humanos e Desenvolvimento Ético, visando um aproveitamento mais efetivo do pessoal leigo e uma colaboração maior com os leigos em nível de comunidade e de Província. Alguns desafios • O contínuo planejamento do futuro com relação à postura e aos recursos continua sendo um desafio. A casa de retiros São Clemente em Belfast e o Centro Pastoral de Marianella em Dublin foram fechados desde o último Capítulo Geral. • Tendo sido muito o tempo dedicado à reestruturação físi‐
ca, a última Visita Geral identificou a necessidade de apro‐
fundar a identidade missionária da Província e de continu‐
ar a nutrir a nossa vida comunitária. 88 Conspectus Generalis 2009
• Tentar encontrar novos meios de pregar o Evangelho nu‐
ma Irlanda mais secularizada e ainda atormentada pelos escândalos de abuso sexual de menores continua a ser um desafio. • É também um desafio encontrar novas maneiras de pregar o Evangelho em tempos de muita incerteza econômica, enquanto, ao mesmo tempo, se tenta garantir uma admi‐
nistração responsável do patrimônio da Província. O texto original é o inglês. 1600 – Província de Praga (República Tcheca) Introdução A Província de Praga abrange a área da República Tcheca. Tem qua‐
tro comunidades, situadas em Svatá Hora, Tasovice, Frýdek e Králíky. A Província de Praga tem 20 membros (19 padres, 1 estudante pro‐
fesso). Há um total de 26 confrades trabalhando no território da Província (três membros da Província de Varsóvia, um membro da Província do Vietnã, um da Vice‐Província Extra Patriam e um da Vice‐Província de Michalovce). Um membro da Província obteve ex‐
claustração por três anos e está trabalhando numa diocese. 90 Conspectus Generalis 2009
Situação atual Após a queda do comunismo em 1989, a Tchecoslováquia voltou a ser um país democrático. Todavia, quarenta anos de supressão da liberdade religiosa deixaram sua marca, que ainda é evidente em nossa sociedade. Além disso, as tendências modernas que chegam do Ocidente à República Tcheca não dão grande apoio à religião. Conforme o último censo feito em 2001, 32.2% da população de cerca de 10,2 milhões de pessoas têm fé, i.e. 3,3 milhões; 59% se declaram sem religião. Dos que têm fé, 83.4% pertencem à Igreja Católica Romana, i.e. 2,741 milhões, o que representa 26.8% do total da população da República Tcheca. Porém, dizem que só 5% da população vão à igreja regularmente. A Igreja Católica está dividida em duas Províncias: Boêmia e Morá‐
via. A Província da Boêmia compõe‐se de uma arquidiocese e qua‐
tro dioceses; a da Morávia compõe‐se de uma arquidiocese e duas dioceses. A terceira entidade dentro da Igreja Católica Tcheca é o Exarcato Apostólico. Culturalmente, a República Tcheca é decididamente influenciada pelo Catolicismo enraizado em nossa sociedade desde o começo do estado boêmio (século X) até a primeira guerra mundial. Este fato é visivelmente expresso na extraordinária riqueza e na admirável be‐
leza das igrejas, mosteiros, capelas, pinturas, esculturas etc. inspira‐
das na fé católica e visível tanto nas cidades como nas aldeias. Quanto à situação política, a República Tcheca é um estado democrá‐
tico que respeita os direitos humanos e a liberdade. Porém, a partici‐
pação do povo na política é fraca, por ex., nas eleições é bem baixa a afluência às urnas. O partido comunista ainda é o terceiro mais forte. Quanto às relações Estado‐Igreja, até agora não há justiça, i.e., as propriedades da Igreja nacionalizadas durante a era comunista ainda 0012 EUROPA‐NORTE 91
não foram devolvidas. Também por causa disto, ainda não há rela‐
ções diplomáticas entre a República Tcheca e a Santa Sé. A situação sócio‐econômica da República Tcheca em geral está me‐
lhorando. No entanto, aumenta a distância entre ricos e pobres. A situação ambiental está melhorando em todo o país, em compa‐
ração com a situação durante o regime comunista. Os pobres mais abandonados devem ser identificados como sendo os que não têm fé ou que a perderam. A abertura, a disponibilidade e a acolhida dos confrades que trabalham em lugares de romaria podem ser consideradas como um apostolado em benefício dos po‐
bres, porque as pessoas que têm sérios problemas muitas vezes vão aos santuários em busca de esperança e sentido para suas vidas. Obras apostólicas e serviço missionário Os principais ministérios exercidos na Província são santuários, pa‐
róquias, casas de retiros, pastoral dos imigrantes e recentemente publicações. A Província não tem estrutura alguma para a formação inicial. Ser‐
ve‐se do programa de formação da Vice‐Província de Bratislava. Assim, pelo contrato os postulantes são enviados para Bratislava para os estudos de filosofia. O Noviciado de Podolínec acolhe os noviços. Os estudantes professos estudam teologia no Aloisianum de Bratislava. Um confrade é nomeado coordenador da formação. A maioria dos confrades nas comunidades locais aproveita da for‐
mação contínua oferecida por suas respectivas dioceses, que orga‐
nizam dias de estudo. Há leigos trabalhando nos lugares de romaria e uns poucos leigos ajudando nas missões populares. Esta co‐operação com os leigos é considerada bastante positiva. 92 Conspectus Generalis 2009
Svatá Hora Paróquia e Santuário: Embora nominalmente seja paróquia, é de fato um dos santuários mais populares da República Tcheca e espe‐
cialmente da Boêmia; situa‐se na Arquidiocese de Praga. Fazem‐se regularmente as celebrações litúrgicas e dá‐se oportunidade para o sacramento da reconciliação. O santuário é divulgado por diferentes meios. De 2 em 2 meses publica‐se a revista de Svatá Hora. O santu‐
ário tem um site em 8 línguas diferentes e mensalmente há uma transmissão por rádio. Há um Museu da Romaria e uma loja de lem‐
branças, que são freqüentados pelos romeiros. Svatá Hora é impor‐
tante, não só como centro religioso, mas também como monumen‐
to cultural. Por isso, há dois tipos de visitantes – romeiros e turistas – que são cerca de 250 mil anualmente. O santuário emprega 20 pessoas. No nível cultural, promovem‐se concertos ocasionais e pe‐
ças de teatro, especialmente durante o verão. A igreja de São Caetano na cidade de Praga foi devolvida recente‐
mente aos Redentoristas. Assim, toda sexta‐feira à noite um confra‐
de vai de Svatá Hora a Praga para celebrar a Eucaristia. Há também uma cerimônia eucarística semanal, presidida por leigos. A Casa de Retiros: A Casa de Retiros de Svatá Hora oferece cerca de 50 programas todo ano e é 40% ocupada. Só uma pequena parte dos programas é coordenada pelos confrades, mas este espaço é aberto a diferentes grupos, alguns com seus próprios animadores. A estrutura atual é do tempo do regime comunista; existem planos para transformá‐la num centro mais moderno para retiros e confe‐
rências, com acomodações confortáveis para peregrinos e turistas. Pastoral dos Imigrantes: Uma realidade importante na República Tcheca é a presença de imigrantes que vêm de outros países euro‐
peus e também do Vietnã e da Coréia. O Provincial tomou a iniciati‐
va de convidar confrades de língua vietnamita para servir aos muitos 0012 EUROPA‐NORTE 93
imigrantes, espalhados por todo o país. Este trabalho começou em 2004 com a chegada de dois confrades do Vietnã. A princípio houve dificuldades de acomodação e um retornou. Em 2007, chegou outro confrade vietnamita, da Vice‐Província Extra Patriam, e assim estabi‐
lizou‐se a pastoral. Esses dois confrades residem habitualmente em Svatá Hora, onde organizam o atendimento para seus compatriotas que estão dispersos em diferentes cidades e distritos da Boêmia. Junto com os imigrantes vietnamitas, eles pretendem construir um centro que possa servir às pessoas como um local permanente, em vez de oferecer uma mera pastoral sacramental móvel. Tasovice Santuário: São Clemente Hofbauer nasceu em Tasovice e o seu san‐
tuário é divulgado no país quando se pregam as missões paroquiais. Todo ano há uma romaria a pé saindo de Viena e presidida pelo Ar‐
cebispo. Houve um ligeiro aumento no número dos romeiros, e mais numerosos ainda se esperam no ano que vem, centenário da cano‐
nização do Santo. A maioria das celebrações é feita na capela, cons‐
truída no lugar de sua casa paterna. Paróquia: A igreja matriz de Tasovice é onde São Clemente Hofbau‐
er foi batizado. O confrade que atende a paróquia de Tasovice é res‐
ponsável também por mais duas paróquias, num total de cinco igre‐
jas. São basicamente paróquias rurais. Equipe Missionária Itinerante: Há uma equipe missionária de dois confrades, dedicados exclusivamente à pregação das missões. Pre‐
gam a missão tradicional de oito dias, com os temas clássicos. As paróquias são preparadas anteriormente por meio de publicidade, reuniões na paróquia e pregação nos domingos precedentes. O pro‐
grama da missão inclui um dia especial para a juventude, a exibição de um filme e ocasionalmente um concerto. Há vários pedidos de missões e eles pregam cerca de 15 a 20 missões por ano, e fazem 94 Conspectus Generalis 2009
muitos esforços para difundi‐las pelo país afora. Em algumas ocasi‐
ões, são ajudados por outros confrades da Província ou da Vice‐
Província de Bratislava. Acontece às vezes a colaboração dos leigos. Frýdek Santuário: A basílica de Frýdek é o lugar de romaria mais importante da Diocese de Ostrava–Opava. É conhecida como a Lourdes da Silé‐
sia. No primeiro sábado de cada mês, organiza‐se uma romaria ao santuário partindo dos vários decanatos da diocese. Normalmente o bispo participa dessas devoções. Paróquia: A paróquia de Frýdek é a maior da Província e é realmen‐
te atuante e viva. Os confrades atendem a cinco igrejas. Além disso, existem 3 casas de repouso e uma seção para doentes terminais. Tem havido alguma pastoral para os ciganos e os confrades partici‐
pam de reuniões ecumênicas. A paróquia tem vários grupos e mo‐
vimentos de leigos. Králíky Santuário: O santuário é particularmente ativo de maio a dezembro. Durante a época das romarias, vários tipos de romaria são organiza‐
dos para grupos específicos como homens, mulheres, etc. A cate‐
quese é feita por meio da publicação de folhetos sobre a oração e os sacramentos, e também por meio de brochuras sobre vários assun‐
tos e biografias de santos. Casa de Retiros: A casa de retiros de Králíky foi desenvolvida com o ge‐
neroso auxílio da Fundação Muttergottesberg–Stiftung Franz Jentsch‐
ke. Recentemente, foi contratado um grupo profissional para adminis‐
trar a casa e já foram feitas reformas materiais. Uma equipe composta de Redentoristas e de alguns leigos elabora a programação do santuá‐
rio e da casa de retiros. A equipe fez algumas propostas novas e inte‐
ressantes, algumas das quais já foram executadas com êxito. O centro 0012 EUROPA‐NORTE 95
está vivendo um renascimento e há certamente alguns sinais de que este ministério vai crescer mais eficazmente nos meses vindouros. Preocupações A Província enfrenta falta de pessoal. A maioria dos confrades não é propensa a assumir responsabilidade, e está convencida de que so‐
mente o Provincial e até certo ponto também os membros do Con‐
selho são os únicos responsáveis por todos e por tudo na Província. A Província tem de lutar com sérias dificuldades financeiras. Existe uma equipe missionária composta de confrades vietnamitas exercendo o trabalho pastoral para os vietnamitas (cerca de 30 mil pessoas) que moram em diversas partes da República Tcheca. Este ministério parece estar em crescimento e dar frutos (ver acima). Uma missão internacional deve começar em Karlovy Vary em 2009. O lugar foi identificado como abandonado em mais de um sentido, e tem certo número de imigrantes. O impulso surgiu alguns anos atrás na reunião dos Superiores (Vice‐)Provinciais da Europa Norte. Após muita discussão e relutância, o processo de finalização foi deslan‐
chado numa reunião em Gars em maio de 2008. Este grupo de tra‐
balho inclui as Unidades de Praga, Viena, Varsóvia, Bratislava e Mi‐
chalovce. É uma missão que dá esperança e é um desafio; um esfor‐
ço concreto para a missão e a solidariedade dentro da sub‐região. Conclusão Não obstante as dificuldades e suas possibilidades limitadas, a Pro‐
víncia está assumindo iniciativas novas, que contribuem para a re‐
novação paulatina da missão redentorista na República Tcheca. O texto original é o inglês. 1603 – Vice‐Província de Bratislava (República Eslovaca) Introdução A Vice‐Província de Bratislava é relativamente jovem. Foi fundada a 29 de maio de 1940. De abril de 1950 até janeiro de 1990, não pôde funcionar adequadamente porque era o tempo do regime comunista totalitário. A despeito disto, a Vice‐Província está ainda muito viva e pouco a pouco vai crescendo. Há novas casas e novos membros. Os jovens amadurecem gradualmente e as estruturas necessárias a uma Vice‐Província estão sendo constituídas. 98 Conspectus Generalis 2009
A Vice‐Província é formada por seis comunidades: Bratislava‐
Puškinova, Bratislava‐Kramáre, Kostolná, Banská Bystrica‐Radvaň, Podolínec e Gaboltov. Alguns confrades estão vivendo sozinhos, fora da comunidade. Quatro confrades trabalham como capelães de co‐
munidades de freiras (um deles atende as Irmãs Redentoristas de Kežmarok). Quatro confrades estão vivendo fora da comunidade com a aprovação do Conselho Vice‐Provincial (dois estão num perí‐
odo de experiência de exclaustração para eventual incardinação em dioceses). Três confrades estão no exterior (dois estudam e ajudam na Província de Viena e um é missionário no Madagascar). Temos 43 confrades na Vice‐Província: • 34 sacerdotes e um diácono, • 4 estudantes (um de votos perpétuos e três de votos tem‐
porários), • 4 irmãos (três de votos perpétuos e um de votos tempo‐
rários). Temos 3 noviços e 3 postulantes. A média de idade na Vice‐Província é 44 anos. Situação atual A Eslováquia, após a sua independência em 1993 e a sua entrada na União Européia, deu início a boas reformas econômicas e tem feito um progresso constante. Diminuiu o desemprego e o povo passou a gozar de um nível de vida mais elevado. Certamente o nosso país vai ser influenciado pela crise econômica global, mas ela não é tão evi‐
dente por enquanto. As novas possibilidades de negócios particula‐
res, viagens e lucros acarretam novos problemas morais. Especial‐
mente nas áreas urbanas, mas também na zona rural, os valores da família e suas raízes religiosas estão ameaçados. 0012 EUROPA‐NORTE 99
O divórcio agora é mais freqüente na Eslováquia. Está aumentando o número das uniões livres, sem obrigações nem compromisso. O nú‐
mero de filhos por família está diminuindo. Em muitas famílias os filhos são criados sem pais, porque estão ocupados no trabalho e muitas vezes viajando para o exterior por motivo de trabalho. Mes‐
mo nas regiões de forte tradição católica, há uma crise de fé, especi‐
almente entre os jovens e a classe média. O número dos viciados em drogas, em internet, no trabalho, etc., está aumentando. A seculari‐
zação está tendo um grande impacto sobre as escolas, na cultura e nos meios de comunicação. Ainda se pode dizer que a Eslováquia é um país bastante católico; são muitas as pessoas que vão à missa e que procuram o sacramento da reconciliação – especialmente nas festas religiosas. O povo ainda está ligado à Igreja, até certo ponto. Mas os sacerdotes têm uma tarefa muito desafiadora porque os fiéis são mais exigentes e vêm com muitos problemas. Eles percebem a autenticidade da vida cristã e a vocação sacerdotal ainda interessa a alguns. Procuram uma Igreja que se interessa por eles e por seus problemas e sofrimentos, e deseja ajudá‐los. Atualmente há um número suficiente de padres na Eslováquia. As paróquias são ade‐
quadamente servidas de pessoal, mas muitos padres estão desani‐
mados e parecem não conseguir achar seu rumo na situação nova e mudada. Parece que não estão preparados para o trabalho individu‐
al com as pessoas, grupos e movimentos. Nestas comunidades a centelha de uma fé viva se mantém acesa e muitos jovens aí encon‐
tram refúgio. Mas com freqüência ficam sem padre que os dirija. A sociedade em evolução traz miséria para os que não se adaptam nem se integram (por ex. os sem‐teto, os ciganos, os solitários, etc.) e muitas pessoas sentem ansiedade diante das rápidas mudanças. Têm aumentado entre os jovens as doenças graves e as mortes, abalando toda a família. O comunismo deixou as áreas urbanas sem igrejas e sem educação religiosa por muitos anos. O povo nessas áreas não é 100 Conspectus Generalis 2009
religioso, especialmente os filhos dos que não foram educados na fé. Os habitantes das cidades pequenas não estão abandonados pasto‐
ralmente: eles têm padres, capelães ou colaboradores leigos. Ainda há alguma fé e auxílio da parte da família ampliada. Trabalho apostólico e serviço missionário Como Redentoristas, concentramos nossa atenção nos “mais aban‐
donados.” Recentemente começamos um trabalho pastoral em duas zonas urbanas, Kramáre em Bratislava e Radvaň em Banská Bystrica. Lá existem famílias jovens com filhos. Há famílias incompletas que precisam de ajuda e de apoio pastoral. Estamos buscando meios de atingir e ajudar os jovens que se extraviaram. Fiéis leigos cooperam conosco eficazmente nesta situação. Nossas casas nas áreas urbanas estão abertas ao povo. São escolas de vida de comunidade e de ora‐
ção. Nós Redentoristas oferecemos o sacramento da reconciliação e somos disponíveis para aconselhar e ajudar as pessoas em situação difícil. Existe a possibilidade de que esses centros se tornem missões permanentes. Há cinco hospitais em Kramáre. Alguns deles são para pacientes do país inteiro. Nos hospitais encontramos pessoas neces‐
sitadas e tentamos infundir‐lhes a esperança em Deus. É um lugar de muitas conversões e milagres. Na Eslováquia oriental (Gaboltov) estamos cuidando dos romeiros de um santuário mariano. No tempo do verão fazem várias romari‐
as, por exemplo, a grande romaria arquidiocesana e também a dos ciganos, a dos homens e a dos coroinhas. Gaboltov é um grande centro de oração e de celebração do sacramento da reconciliação. Consideramos como pregação do Evangelho aos “pobres” o serviço pastoral nas escolas católicas, onde damos orientação espiritual aos professores, retiros para alunos e atendimento aos sem‐teto. Os nossos estudantes e candidatos trabalham nessas atividades. Faze‐
mos vários encontros com jovens em grupos de formação. Também 0012 EUROPA‐NORTE 101
ajudamos as religiosas que com freqüência dão atendimento pasto‐
ral nas periferias, subúrbios e zonas marginais, fazendo um grande trabalho na Igreja. A Vice‐Província tem duas casas de retiro, uma em Kostolná e ou‐
tra em Modadečky, que estão suficientemente ocupadas durante o ano todo. As missões paroquiais são a prioridade básica da Vice‐Província de Bratislava. Foram formadas três equipes de missão. Pregam cerca de 30 missões por ano. São missões de oito dias, e as pregações tratam dos temas básicos da vida cristã. Temos muitos pedidos e algumas missões nas cidades são realizadas com várias equipes, muitas vezes com a cooperação da Vice‐Província de Michalovce ou outras comu‐
nidades religiosas. Uma especialidade das nossas missões é a efici‐
ente participação de cooperadores leigos. Eles pertencem às comu‐
nidades de missão que residem em nossas casas (sobretudo, Calvary – Bratislava e River of life – Podolínec, Gaboltov). São formados com os Redentoristas que pregam missões. Os leigos também ajudam na casa editora, a qual publica uma revista com meditações diárias a‐
propriadas para as missões e alguns livros para aprofundar e fortale‐
cer a fé. Sob a nossa direção, os leigos administram os sitos de inter‐
net, instrumentos modernos para a evangelização (www.cssr.sk, www.redemptoristi.sk, www.ludovemisie.sk). Todo mês são feitos encontros de oração em Podolínec, freqüen‐
tados pelos jovens. Foi lançado um CD com cânticos de louvor e adoração próprios para jovens. Nossos colaboradores jovens parti‐
cipam ativamente das reuniões internacionais organizadas pelos Redentoristas. Preparamos um vídeo sobre a vida dos Redentoristas na Eslováquia, cuja introdução foi feita pelo atual Superior Geral, Revmo. Pe. Jose‐
ph W. Tobin, C.Ss.R. O vídeo contém um convite aos jovens para 102 Conspectus Generalis 2009
participarem de nosso apostolado durante as missões. Este material pode ser usado na TV, nos programas da missão e também na pas‐
toral vocacional. Mantemos contato com jovens interessados em nossa vida apostólica. Um confrade tem como primeira responsabi‐
lidade a promoção vocacional. Temos novos candidatos, vindos principalmente das missões, mas precisamos melhorar o ministério da promoção vocacional em todo o território da Vice‐Província. Alguns confrades estão fazendo estudos de pós‐graduação. Outros estão estudando línguas estrangeiras. Enviamos confrades para os cursos de espiritualidade e para os cursos para formadores organi‐
zados pelo Governo Geral. Estamos nos servindo do “tirocinium” na Polônia para a formação de missionários. Para os confrades jovens, estamos também organizando a formação para a missão diretamen‐
te durante a pregação da missão, onde os missionários experientes partilham suas experiências com os jovens. Reuniões gerais de toda a Vice‐Província estão contribuindo para a formação contínua. Te‐
mos convidado professores para essas reuniões. Duas vezes convi‐
damos peritos do Centro de Espiritualidade Redentorista em Roma. Também pregamos retiro na República Tcheca (Svatá Hora) e na Po‐
lônia (Tuchów). A Vice‐Província de Bratislava coopera com as Províncias vizinhas de vários modos. Temos a formação básica em comum com a Província de Praga. Os formadores se reúnem regularmente para tratar das questões da formação inicial. Colaboramos em algumas missões – a última vez foi em Pilsner, 2008 – com ajuda mútua e material. Do mesmo modo, cooperamos com a Vice‐Província de Michalovce em algumas missões e estamos ajudando por meio de conferências e consultas na formação contínua. A partir de 1o de dezembro de 2008, um membro da Vice‐Província de Michalovce vai residir numa das comunidades da Vice‐Província de Bratislava e trabalhar com o Nún‐
cio papal. Estamos contando com as reuniões de formação comum 0012 EUROPA‐NORTE 103
com a Província de Praga e suas Vice‐Províncias. Os nossos respecti‐
vos Conselhos vão se reunir em fevereiro de 2009. Começou uma boa cooperação com a Província de Viena. Fizeram‐se reuniões dos Conse‐
lhos das Unidades e desde então dois de nossos confrades estão em Viena e um estuda em Innsbruck. Os nossos estudantes estudam re‐
gularmente a língua alemã. Nós também participamos de várias ativi‐
dades da Província de Varsóvia e consultamos os confrades de lá so‐
bre o nosso plano pastoral, etc. Os nossos estudantes participam da comum preparação na Polônia antes da profissão perpétua. Desafios e perspectivas A Vice‐Província sofre uma certa fragmentação, que é efeito dos mui‐
tos anos de domínio comunista. Após a visita do Governo Geral em 2008, o desafio de integrar e unir os membros tornou‐se mais urgen‐
te. As comunidades têm sido reorganizadas e estamos preparando um plano pastoral que, segundo esperamos, vai unir todas as nossas atividades pastorais. Já fizemos reuniões de missionários e de superi‐
ores. Planejamos missões em toda a Unidade. Há muitos pedidos e um acúmulo de trabalho, de modo que precisa ser bem organizado. Não queremos planejar a formação contínua e depois não executá‐
la. Os projetos de vida comunitária em nossas comunidades devem ajudar nesta área. No futuro queremos realizar missões permanen‐
tes em paróquias urbanas e criar oportunidade para a evangelização do povo. Há uma necessidade de direção espiritual, especialmente entre os jovens. Isto pode contribuir para a promoção vocacional. Temos uma nova missão programada em Karlovy Vary (Diocese de Plzeň/Pilsner na Boêmia ocidental). No dia 27 de junho de 2009, uma equipe missionária internacional vai começar suas atividades. O superior será o nosso Pe. Václav Hypius. Cremos que essa missão vai transcorrer bem e rezamos para que assim seja. 104 Conspectus Generalis 2009
Conclusão A Vice‐Província de Bratislava é ainda relativamente jovem e marca‐
da pelas atividades dissidentes durante o tempo do comunismo. Os confrades jovens amadurecem gradualmente e estão prontos para aceitar os novos desafios e implementar a missão da Congregação no mundo moderno. Queremos permanecer fiéis ao nosso carisma e concentrar‐nos na pregação das missões porque acreditamos que, desta forma, podemos dar uma grande contribuição à Igreja. Ao mesmo tempo, não queremos negligenciar a formação, a vida comu‐
nitária e a abertura a toda a Congregação. Esperamos a celebração do XXIV Capítulo Geral, que nos trará novo incentivo e inspiração. O texto original é o inglês. 1604 – Vice‐Província de Michalovce (República Eslovaca) Introdução A Vice‐Província de Michalovce tem atualmente 39 confrades: 1 Bispo 31 Sacerdotes (1 de votos temporários que entrou como padre diocesano) 1 Diácono 4 Irmãos (de votos perpétuos) 2 Estudantes (de votos temporários, está fazendo o ano pastoral) 106 Conspectus Generalis 2009
Os confrades vivem e trabalham em três comunidades na Eslová‐
quia (Michalovce, Stropkov, Stará Ľubovňa) e em duas comunida‐
des na Ucrânia (Korolevo e Užhorod). Devido ao nosso pequeno número, e por sugestão dos Visitadores gerais, suprimimos a casa de Korunkova, onde era o noviciado. Embora os bispos nos tenham oferecido outros lugares para trabalhar, por enquanto não aceita‐
mos nenhuma nova fundação. Situação atual Desde 1 de janeiro de 2004, a Eslováquia faz parte da União Européia. Vai começar a adotar o euro como moeda a partir de janeiro de 2009. Após uma longa espera, foi resolvida a questão referente à Província da Igreja greco‐católica (bizantina) na Eslováquia. A Eparquia de Pre‐
sov foi elevada ao status de Arquidiocese. O Bispo de Presov foi no‐
meado Arcebispo e Metropolita. A Exarquia de Kosice foi erigida em Eparquia e o bispo Dom Milan Chautur, C.Ss.R., nosso confrade, foi nomeado Eparca. Ao mesmo tempo, uma terceira Eparquia foi consti‐
tuída, com sede em Bratislava, onde foi nomeado um novo bispo. A Igreja greco‐católica na Eslováquia tem atualmente bastantes padres e vocações sacerdotais. Depois de anos de perseguição, a Igreja está bem viva e as vocações são uma manifestação desta boa condição. Os padres em sua maioria são casados e parece que esta possibilidade influencia fortemente a decisão de tornar‐se sacerdote diocesano. A situação, depois dos anos agitados logo após a queda do comunis‐
mo, normalizou‐se um pouco. A transição do comunismo para o capi‐
talismo causou e ainda está causando muitas pressões. Os partidos políticos estão se formando devagar e tudo está caminhando para os padrões que prevalecem nos países da Europa ocidental. Aos poucos cresce a economia do país e assim a situação econômica do povo me‐
lhora gradualmente. Depois de anos de colapso e estagnação, o cres‐
cimento é visível. O preço do desenvolvimento financeiro é a grande 0012 EUROPA‐NORTE 107
migração de pessoas do leste para o oeste do país ou para o exterior, rumo à Europa ocidental. A situação econômica na Eslováquia varia muito de um lugar ao outro. Na parte leste, onde vivemos e traba‐
lhamos, os salários são muito inferiores e há muito desemprego. Não obstante, se a pessoa está empregada, pode viver modestamente. Por outro lado, está surgindo um pequeno grupo de elite, uma classe de ricos. Além desses que agora melhoraram de vida, há também os que vivem à margem da sociedade. É justamente essa faixa que é com freqüência a mais negligenciada espiritualmente. Um grupo es‐
pecífico em nossa sociedade é o dos ciganos, que são pobres, e não apenas materialmente. Vivem de fato à margem da sociedade. Trabalhos apostólicos e serviço missionário As Missões populares são uma prioridade na Vice‐Província de Mi‐
chalovce (cf. Estatuto vice‐provincial 003). Dois padres estão pregan‐
do missões em tempo integral. Em cooperação com dois outros con‐
frades, eles organizam as missões e as renovações das missões. Os outros confrades colaboram de acordo com as necessidades do lu‐
gar. Ajudam nas confissões ou reforçando a equipe missionária. Con‐
seqüentemente, mais de 130 missões e renovações de missões fo‐
ram pregadas na Vice‐Província desde que esse trabalho recomeçou em 1997. Resolvidos os problemas iniciais de organização referentes ao trabalho missionário, recebemos muitos pedidos de missões. Mui‐
tas vezes temos de esperar até dois anos para atender o pedido. As missões fazem um grande bem espiritual às paróquias onde são pre‐
gadas. O povo geralmente fica muito animado e encorajado no de‐
curso da missão. Os párocos em geral estão satisfeitos com o modo como se realizam as missões e muitos, depois de serem transferidos para outra paróquia, pedem que também na sua nova paróquia se‐
jam pregadas as missões. Os bispos estão satisfeitos com as missões e nos encorajam a continuar esse trabalho com maior zelo. Porém, 108 Conspectus Generalis 2009
do nosso ponto de vista, percebemos que não temos confrades em número suficiente para intensificar esse tipo de trabalho, que é exi‐
gente e difícil. Variam as condições nas missões, e nem todos são ca‐
pazes de se adaptar. Leigos, jovens e uma equipe de evangelização muitas vezes nos ajudam a realizar as missões populares. O nosso trabalho na região ucraniana próxima aos Cárpatos está aos poucos assumindo um novo estilo. Queremos criar oportunidades para que o trabalho das missões se desenvolva também lá. Embora estejamos presentes nessa região desde 1990, ainda não consegui‐
mos criar uma estrutura mais concreta de missão. Pregamos algu‐
mas missões, mas de caráter esporádico. Estamos buscando novos meios e melhores oportunidades para divulgar a Palavra de Deus nessa região. Até agora temos ajudado o bispo local no atendimento às paróquias, porque atualmente esta é uma grande carência local. Recentemente começamos a trabalhar numa das paróquias em U‐
zhorod, praticamente no centro da Eparquia de Mukacev. Temos planos de construir ali o centro de uma futura Região da Vice‐
Província. Pensamos que seria melhor instituir uma Unidade inde‐
pendente na região Transcarpatiana ou Subcarpatiana da Ucrânia. Os retiros espirituais e o trabalho com a juventude são outras for‐
mas de atividades apostólicas. Há uma grande tradição em nossa Vice‐Província de pregar retiros espirituais para o clero e o laicato. Damos continuidade a este trabalho. A casa de Stropkov serve espe‐
cialmente como local de retiros espirituais para diferentes grupos. Infelizmente, também aqui enfrentamos o problema da falta de con‐
frades para fazer todo o trabalho nesta área. Todas as nossas comunidades se ocupam da pastoral da juventude. Este trabalho tem diferentes aspectos: coros, movimentos, esportes, acampamentos de verão, grupos de formação e assim por diante. O trabalho com os jovens no movimento "Lite‐Life" é especialmente frutuoso. É um movimento que tem sua própria estrutura e seu modo 0012 EUROPA‐NORTE 109
de trabalhar. Isto favorece a nossa pastoral da juventude, porquanto não precisamos achar novos modos ou meios de trabalhar com os jovens. Alguns confrades estão empenhados ativamente neste mo‐
vimento, que oferece muitas oportunidades de encontrar os jovens e partilhar com eles a nossa espiritualidade. Um outro lugar privilegiado para o trabalho é a paróquia. Um bom número de confrades ainda faz este tipo de trabalho apostólico. Essa atividade dá frutos concretos, e no passado era uma das mais impor‐
tantes e despertava muitas vocações para a nossa Congregação. A Vice‐Província possui uma editora chamada "Misionar". Seu traba‐
lho principal consiste em redigir e imprimir a revista "Misionar", e nos últimos anos também a "Ludova citanka" [leitura espiritual po‐
pular]. Além destas publicações, Misionar ocasionalmente lança di‐
versos livros, não necessariamente de caráter redentorista. A revista "Misionar" tem uma longa história (desde 1942) e, pelo número de exemplares (cerca de 4.700), é um bom meio de evangelização na sociedade midiática de hoje. Trabalhamos em estreita cooperação com a editora "Arcibratstvo sv. ruzenca" [Irmandade do Rosário]. Neste ramo trabalha um confrade. A Irmandade tem sua sede em Michalovce e hoje em dia conta com mais de 20 mil associados. Ícones e Mosaicos – Esta é uma forma de evangelização nova e muito interessante. Um de nossos confrades seguiu um curso de dois anos em Roma no Centro Alletti. Adquiriu nova experiência no trabalho com mosaicos. Esperamos criar um ateliê onde a pintura de ícones, a criação de mosaicos e vitrais possa servir à evangelização. Estamos procurando o melhor modo de organizar e financiar o ateliê. Os pro‐
blemas são muitos. Um confrade contribui para a formação de sacerdotes no seminário diocesano. Um outro trabalha na Nunciatura Apostólica em Bratisla‐
va. Aceitamos esses trabalhos a pedido do Arcebispo, para colaborar 110 Conspectus Generalis 2009
com a Igreja local. Muitos de nossos padres cooperam nas estrutu‐
ras da Eparquia: comissões de liturgia, pastoral da juventude etc. A nossa formação inicial é feita na Polônia. É um grande auxílio para nós, pois uma pequena Vice‐Província como a nossa não possui em número suficiente confrades bem preparados para a tarefa de for‐
mar os jovens missionários Redentoristas. Por outro lado, alguns candidatos, especialmente os da Ucrânia, ficam desanimados diante da perspectiva de ter de fazer sua formação inicial na Polônia. Nos anos recentes, sofremos um declínio no número de vocações, não obstante termos uma pastoral vocacional bem constituída e fa‐
zermos reuniões regulares com os poucos jovens que vêm a nós com o desejo de assumir uma vida de consagração religiosa. Mas um bom número desses que vêm às reuniões, na hora de tomar a deci‐
são, preferem ir para o seminário diocesano. Desde que começamos o nosso trabalho na Ucrânia, muito poucos se interessaram em en‐
trar na Congregação. Muitos dos que vêm a nós não conseguem fa‐
zer a transferência para um novo local de estudos em Cracóvia. Por isso, estamos considerando a possibilidade de os futuros candidatos fazerem seus estudos na Ucrânia, no seu próprio ambiente. Temos dado maior ênfase à formação contínua nesses últimos a‐
nos. Fazemos regularmente reuniões trimestrais de toda a Vice‐
Província. Começamos a promover retiros vice‐provinciais. Redigi‐
mos também uma Ratio Formationis vice‐provincial. Não obstante todos esses esforços, ainda há alguns confrades passando por uma série crise vocacional. Por várias razões: descontentamento pelo modo como vivemos em nossas comunidades, falta de vontade de trabalhar pelo bem comum, busca da própria realização e também as diferentes idéias sobre o que significa ser Redentorista. Muitos confrades entraram na Congregação quando os confrades viviam sós em casas paroquiais e tinham seu próprio apostolado e seu esti‐
lo de vida. Com a queda do comunismo e o retorno às comunidades 0012 EUROPA‐NORTE 111
religiosas, percebemos às vezes as grandes diferenças de caráter e, para muitos, a vida comunitária tem se mostrado difícil. Questões Os ciganos são um grande desafio para nós. Até agora não tivemos a coragem ou não encontramos o melhor caminho para chegar até eles, apesar do fato de serem eles obviamente os pobres mais a‐
bandonados, aos quais o carisma redentorista nos chama a servir. Nossas comunidades paroquiais estão despovoando‐se com a saída de muitos jovens em busca de trabalho e de emprego. A maioria vai para o exterior. É mister procurar soluções para esses problemas pastorais. Uma possibilidade poderia ser as comunidades interna‐
cionais dedicadas a trabalhar com pessoas forçadas a emigrar por causa de trabalho, tendo sido arrancadas de seu ambiente e cultura. Uma comunidade internacional poderia ser criada na República Tcheca em Karlove Vary, onde um membro de nossa Vice‐Província poderia trabalhar, adquirindo boa experiência nesse ramo. Nos últimos tempos, foi de novo levantada a questão sobre como os Redentoristas do leste europeu devem viver. Somos filhos de Santo Afonso e, ao mesmo tempo, herdeiros da tradição cristã oriental, que ainda considera a vida consagrada como monástica. Existe em nossa Vice‐Província uma constante indagação sobre como, enquan‐
to cristãos orientais, viver a espiritualidade alfonsiana do melhor modo. O trabalho pastoral especialmente no território Subcarpátio requer uma grande abertura às necessidades e expectativas do povo que vive nesta região. Cooperamos com os bispos na procura de uma resposta. Os Superiores das várias Ordens religiosas se reúnem para buscar soluções para os diferentes problemas. Aprendemos juntos como honrar o Beato Metódio Dominik Trčka, sacerdote mártir. O dom desse beato confrade sacerdote dá ânimo a 112 Conspectus Generalis 2009
todos nós. Como divulgar sua devoção é também um desafio. Um confrade está nomeado especificamente para este fim. Está reunin‐
do material dos arquivos sobre a vida do beato mártir e está lendo o material existente sobre a história de nossa Vice‐Província. Estamos pensando em dar início ao processo de beatificação de um outro confrade, Jan Mastiliak, que passou muito tempo na prisão no tem‐
po do comunismo e foi um grande confessor e um santo homem. Um problema que impede a ampliação de nossas atividades é a falta de recursos financeiros. A Vice‐Província, após passar anos constru‐
indo estruturas básicas, não tem recursos suficientes para assumir um "cuidado pastoral especial", onde são necessários não apenas recursos humanos, mas também materiais. Conclusão A Vice‐Província de Michalovce deseja continuar a obra de procla‐
mar a Palavra de Deus aos que mais necessitam ouvi‐la. Estamos conscientes de que o serviço a Deus e ao povo é exigente e requer o dom total de si mesmo. Olhando para o passado, aprendemos de nossos predecessores a força de sua fé e do seu amor em situações difíceis. Olhamos também para o futuro com esperança, porque es‐
tamos certos de que a nossa vocação e o nosso serviço não são algo apenas nosso, mas afinal são a obra de Deus. O Beato Metódio Do‐
minik Trčka pronunciou esta bela frase: "Senhor, Deus, aqui me tens." Queremos também estar diante de Deus com esta mesma atitude de submissão à missão. Consagramos a Deus nossas pessoas e tudo o que fazemos. O texto original é o inglês. 1700 – Província de Varsóvia (Polônia) Primeira casa: 1893 Fundação da Província: 8 de dezembro de 1909 Número dos membros: 370 (1.10.2008) Situação atual O governo da Província é constituído por: Superior Provincial – Pe. Ryszard Bożek, C.Ss.R. Vigário Provincial – Pe. Piotr Chyła, C.Ss.R. Conselheiro ordinário – Pe. Marek Saj, C.Ss.R. Conselheiro extraordinário – Pe. Marek Kotyński, C.Ss.R. Conselheiro extraordinário – Pe. Mirosław Pawliszyn, C.Ss.R. 114 Conspectus Generalis 2009
Estatística Neste ano de 2008 a Província de Varsóvia é constituída por 370 confrades professos, 6 noviços e 16 postulantes: Sacerdotes 328 Irmãos leigos 20 Na Polônia trabalham 255 sacerdotes e 18 irmãos. No exterior trabalham 73 sacerdotes e 1 irmão. Os membros da Província de Varsóvia fora da Polônia trabalham nos seguintes países: Inglaterra 1 sacerdote Argentina 4 sacerdotes Áustria 3 sacerdotes Bielo‐Rússia 9 sacerdotes Brasil 1 sacerdote Boêmia 3 sacerdotes Dinamarca 2 sacerdotes Espanha 1 sacerdote Canadá 1 sacerdote Caribe 2 sacerdotes Alemanha 17 sacerdotes Ucrânia 4 sacerdotes EUA 14 sacerdotes Itália 11 sacerdotes, 1 irmão A Província de Varsóvia possui atualmente 24 casas no território da Polônia (inclusive duas casas de descanso: Kościelisko e Łomnica, uma casa de retiros e de descanso em Rowy que está em construção e um conjunto de casas de retiro em Rynias, que funcionam plena‐
mente só no tempo do verão); existem também 7 comunidades no exterior: 3 nos EUA (Manville, Chicago‐Cicero, Perth Amboy), 1 na Áustria (Oberpullendorf), 1 na Alemanha (Munique da Baviera), 1 na 0012 EUROPA‐NORTE 115
Ucrânia (Truskawiec‐Mościska) e 1 na Bielo‐Rússia (Grodno). A maior parte dos confrades vive em comunidade; são poucos os que vivem e trabalham sós. Formação A partir do ano acadêmico 2008/2009, os estudos serão feitos no Seminário Maior dos Redentoristas da Província de Varsóvia em Tu‐
chów. Depois da unificação dos dois cursos do Seminário, a forma‐
ção terá a seguinte estrutura: um ano de postulantado, um ano de noviciado, seis anos de estudos de filosofia e de teologia. O ofício do Reitor do Seminário foi separado do ofício do Superior da comuni‐
dade da casa. Estudantes professos (os estudantes de teologia) 22 (20 em Tu‐
chów e 2 fazem a prática pastoral) Noviços 6 Postulantes (estudantes de filosofia) 3 Postulantes – candidatos para o sacerdócio 11 Postulantes – candidatos para irmão 2 Ao todo, os seminaristas (inclusive os postulantes que querem tor‐
nar‐se padre ou irmão) são 38. No postulantado estão I ano II ano III ano IV ano V ano VI ano prática pastoral 11 3 4 7 6 3 2 116 Conspectus Generalis 2009
Trabalhos apostólicos e prioridades As missões e os exercícios espirituais paroquiais são as prioridades da Província. Cerca de 70 confrades trabalham diretamente nesta área. A atividade missionária e os exercícios espirituais pregados pe‐
los Redentoristas da Província de Varsóvia são definidos no Diretório das Missões Populares (2004). Cada ano aproximadamente 3 Padres são enviados para o Tirocínio Pastoral a fim se preparar para traba‐
lhar neste campo. Nossas missões paroquiais seguem quatro mode‐
los diversos: o modelo tradicional, o modelo querigmático, o modelo de evangelização e as missões de renovação da paróquia. Dezesseis comunidades nossas na Polônia cuidam de paróquias. Por isto, um grande grupo de Confrades (cerca de 90) trabalha na pasto‐
ral paroquial e nas atividades a ela ligadas: a pastoral juvenil, a pas‐
toral estudantil, a catequese, o acompanhamento dos vários grupos, o atendimento aos hospitais. A Província cuida também de cinco santuários, dos quais quatro são marianos. Entre as atividades da Província de Varsóvia têm um lugar importan‐
te as missões no exterior. Além das que existem desde muito tempo, como as da América do Sul, e da ajuda às Unidades vizinhas, depois da queda do comunismo tomamos como desafio particular a missão nos territórios dos países da ex‐União Soviética. A 25 de outubro de 2006 foi constituída a Região de São Geraldo, que compreende as casas dos Redentoristas na Rússia e no Cazaquistão (6 comunida‐
des). Esta Missão foi assumida de modo especial e responde aos si‐
nais dos tempos, tornando possível a realização da nossa missão en‐
tre os mais abandonados. Em 2007 a nossa Província respondeu positivamente à proposta da Santa Sé de tomar parte na fundação da prelazia territorial da Pata‐
gônia, em cooperação com a Vice‐Província de Resistencia, man‐
dando para lá 4 padres. 0012 EUROPA‐NORTE 117
A Rádio Maria constitui uma dimensão importante e sempre mais ampla da atividade da Província. Esta rádio transmissora entrou po‐
sitivamente na história da vida eclesial da Polônia e fora de suas fronteiras pela oração, a catequese e a formação espiritual e social. A Rádio Maria possui cerca de 5 milhões de ouvintes na Polônia, e graças aos satélites as suas transmissões podem ser ouvidas em quase todo o mundo, também nos Estados Unidos, onde os imigran‐
tes poloneses são particularmente numerosos. Atualmente se ocu‐
pam do trabalho estável da Rádio 10 Confrades. A sua atividade é ao mesmo tempo um claro exemplo de cooperação com os leigos, que são milhares em todo o nosso país. Uma outra manifestação da cooperação com os leigos é o seu com‐
promisso na atividade missionária e paroquial. Aqui é preciso ressaltar algumas formas de compromisso como: o Grupo Missionário "Ws‐
chód" ("Oriente"), que junto com os leigos organiza os exercícios espi‐
rituais na ex‐União Soviética, a Associação "Nadzieja" ("Esperança”), que faz um trabalho com as crianças com deficiência e com as suas famílias, a Associação dos Amigos das Missões, e também alguns que dão aulas de reforço para as crianças pobres e os jovens. Para esses grupos realizam‐se encontros regulares de formação e retiros. Foi elaborado um Programa para a Formação dos Colaboradores Lei‐
gos Redentoristas, aprovado pelo Governo Provincial no mês de outu‐
bro de 2005 e realizado sob a direção do Secretariado para os Leigos. No mês de fevereiro de 2007 nasceu a primeira Comunidade Aberta em Toruń com a participação dos Redentoristas e dos missionários leigos, os quais compartilham da mesma espiritualidade redentoris‐
ta e executam o mesmo trabalho apostólico. Os membros leigos da Comunidade Aberta moram num edifício à parte e têm direito de tomar parte em alguns momentos da vida da comunidade em To‐
ruń, como: a oração, as festas, os encontros referentes à atividade apostólica, os dias de retiro e os exercícios espirituais. Os membros 118 Conspectus Generalis 2009
da comunidade redentorista participam regularmente de alguns momentos da vida, da oração e do trabalho dos leigos que moram na casa da Comunidade Aberta. Um aspecto importante do trabalho apostólico é o apostolado atra‐
vés da imprensa (a publicação trimestral Homo Dos e a editora), o periódico "Studia Redemptorystowskie" ("Estudos Redentoristas”), a pastoral dos marinheiros (o Coordenador Regional da pastoral dos marinheiros na Região da Europa e o Diretor da Pastoral dos mari‐
nheiros na Polônia). Na Província se dá destaque ao ministério da pastoral vocacional. Em 2000 surgiu em Cracóvia um centro especial para as vocações, cuja tarefa é animar e apoiar as vocações, em cooperação com os confrades das outras casas. Uma dimensão particular da vida da Província é constituída da for‐
mação inicial, na qual trabalham muitos confrades. Os nossos cen‐
tros de formação são abertos aos estudantes das Províncias vizinhas. É um fenômeno que destaca a união e a cooperação entre as várias Unidades da Congregação e ao mesmo tempo exerce um influxo po‐
sitivo sobre os estudantes, ajudando‐os a aumentar o senso do valor universal da nossa vocação. As iniciativas e os acontecimentos mais importantes • A constituição da Região de São Geraldo (Rússia e Caza‐
quistão) em 2006 • A aceitação do ministério na Patagônia (Argentina) • A criação do Centro Pastoral e Missionário dos Redentoris‐
tas em Cracóvia 0012 EUROPA‐NORTE 119
• A revisão dos Estatutos Provinciais e a atualização do Plano Pastoral, previsto para a próxima sessão do Capítulo Pro‐
vincial em 2010 • O Plano Pastoral da Província aprovado no mês de feverei‐
ro de 2007 para o triênio 2007–2009 • A animação do diálogo entre o Governo, os Confrades e as Comunidades, o aumento do senso da co‐responsabilidade pela valorização do trabalho dos secretariados, das comis‐
sões e de cada comunidade • A maior valorização do fluxo das informações e da comuni‐
cação recíproca em nossa Província • A maior estima pela função dos irmãos na vida da Província através da formação contínua e dos encontros freqüentes no âmbito do Sub‐secretariado dos Irmãos e da comissão provincial • Os exercícios espirituais provinciais no espírito do tema do sexênio corrente • As celebrações do centenário da fundação da Província de Varsóvia previstas para 2009 • As celebrações do centenário da canonização de São Cle‐
mente previstas para 2009 • O aumento do nosso compromisso apostólico em outras Províncias • A cooperação com as Províncias vizinhas em matéria de formação. 120 Conspectus Generalis 2009
Novas iniciativas • Reuniões anuais dos formadores da Europa Central e do Leste • Reuniões anuais dos superiores, dos párocos e dos forma‐
dores • Encontros dos irmãos leigos, duas vezes ao ano • Reuniões anuais dos missionários e seminários de treina‐
mento • Encontros anuais dos jovens em Tuchów • Reuniões dos sacerdotes que trabalham na pastoral, dos párocos e dos catequistas • A introdução do programa de Formação Fundamental para a paróquia • A elaboração de um novo Diretório para as Missões na Província. Problemas e desafios • Pouca atenção à necessidade de um permanente aprofun‐
damento da vida espiritual (formação contínua) • Os problemas ligados ao voto de pobreza e ao uso correto dos bens nas comunidades, o egoísmo no juízo e a tendên‐
cia a garantir sua existência • Muito pouca abertura às necessidades das outras comuni‐
dades • A diminuição das vocações na Congregação em relação às outras Congregações ou dioceses – é preocupante; 0012 EUROPA‐NORTE 121
• A atenção aos confrades jovens nos primeiros anos após a ordenação sacerdotal; • A necessidade de organizar melhor a pastoral dos jovens na Província; • A necessidade de uma abertura maior à cooperação com os leigos. É necessário aprofundar a reflexão sobre os seguintes temas: • A formação contínua na prática das comunidades; • A função dos irmãos leigos na comunidade; • A inserção dos leigos na comunidade de vida e de aposto‐
lado; • A busca de novas iniciativas pastorais; • A promoção da espiritualidade redentorista com o uso das casas de retiro. Tarefas a realizar • Discussão nas comunidades sobre o Plano Pastoral da Pro‐
víncia; • A elaboração do Diretório Pastoral para as paróquias; • O esforço para elaborar os Projetos de Vida Comunitária; • Cartas do Provincial ou do Governo Provincial a todos os confrades sobre o programa de alguns temas particulares, algumas vezes ao ano; • A animação da vida comunitária e da espiritualidade, seja em nível de Província seja em nível local; 122 Conspectus Generalis 2009
• Organização dos cursos de história e de espiritualidade re‐
dentorista no âmbito da formação contínua; • A elaboração e o sustento da formação concreta dos Re‐
dentoristas para a cooperação responsável e para a dire‐
ção dos grupos dos colaboradores leigos, para poder inseri‐
los no carisma e na espiritualidade redentorista, que pode visar a formação e a organização do laicato redentorista; • Um melhor aproveitamento das vastas possibilidades dos meios de comunicação: Rádio Maria, Homo Dos e a tipo‐
grafia em Tuchów para a promoção dos valores redentoris‐
tas; • Maior estima pela cooperação com as (Vice‐)Províncias vi‐
zinhas, para conhecer melhor a herança espiritual e viver a identidade redentorista de modo mais consciente. O texto original é o italiano. 1704 – Região de São Geraldo (Rússia e Cazaquistão) Introdução A Região de São Geraldo é uma das mais novas Unidades da Congre‐
gação, tendo sido erigida em 25 de outubro de 2006. Queremos agradecer a todos que nos demonstraram boa vontade e nos acompanharam no dar os “primeiros passos”. De modo especial, somos gratos à Província de Varsóvia, ao Governo geral e aos que nos apoiaram através do programa FICOM‐RUS e também de outros projetos. 124 Conspectus Generalis 2009
Embora tenhamos a idade de apenas dois anos, já realizamos três Assembléias Regionais Gerais. A primeira teve lugar em Orenburg de 24 a 27 de outubro de 2006, quando inicialmente organizamos a nossa Região. A segunda foi em Orsk em 19 e 20 de setembro de 2007, no fim da visita provincial. A terceira em Pionierskij, de 15 a 18 de abril de 2008, foi uma Assembléia eleitoral. Durante estas As‐
sembléias discutimos nossa vida e missão, e elegemos o governo regional. Foram também nomeadas as Comissões, com o encargo de planejar e coordenar partes específicas de nossa vida. Estrutura e pessoal Pertencem à Região de São Geraldo 17 confrades: um da Irlanda, um da Bielorússia e quinze da Polônia. Temos um estudante do Caza‐
quistão. Moramos e trabalhamos em cinco lugares da Rússia (Pioni‐
erskij, Togliatti, Orsk, Orenburg, e Kemerovo) e em um lugar do Ca‐
zaquistão (Petropavlovsk). O Governo regional • Superior Regional: Pe. Dariusz Paszyński, C.Ss.R. • Vigário Regional e Conselheiro: Pe. Artur Wilczek, C.Ss.R. • Conselheiro Regional: Pe. Grzegorz Ruksztełło, C.Ss.R. (também ecônomo regional) As Comissões • Comissão Regional para Missões e Retiros • Comissão Regional para a Pastoral Juvenil e Vocacional Re‐
dentorista • Comissão Regional para Liturgia e Publicações • Comissão Regional para as Finanças 0012 EUROPA‐NORTE 125
Trabalho apostólico Trabalho pastoral nas paróquias O trabalho pastoral mais básico que fazemos na Rússia e no Caza‐
quistão é o atendimento pastoral ordinário e a organização das pa‐
róquias a nós confiadas pelos bispos locais. Nossas comunidades es‐
tão presentes em três dioceses da Rússia e numa arquidiocese do Cazaquistão. No Cazaquistão, Petropavlovsk pertence à arquidiocese de Nossa Senhora em Astana. Na Rússia, Pionierskij pertence à ar‐
quidiocese de Nossa Senhora em Moscou; Togliatti, Orsk e Orenburg pertencem à diocese de São Clemente em Saratov, e Kemerovo per‐
tence à diocese da Transfiguração do Senhor em Novosibirsk. As paróquias que servimos, como a maioria das paróquias católicas romanas da Rússia e do Cazaquistão, são comunidades pequenas. São “diásporas” católicas de rito latino, numa sociedade onde a maior parte do povo é de religião ortodoxa ou muçulmana. Porém, a maioria do povo da sociedade russa é ou atéia, ou indiferente ou está em busca da fé. As paróquias católicas são oásis espirituais num deserto de descrença e indiferença. A colaboração com muitas Irmãs religiosas é muito importante e útil. Trabalho pastoral entre os católicos O trabalho pastoral é, acima de tudo, sacramental. Mas também or‐
ganizamos algumas atividades especiais para pequenos grupos de paroquianos, como as Férias com Deus para crianças e adolescentes, encontros para jovens e acólitos, reuniões de famílias, etc. Ao encontro dos católicos (em cidades e distritos) Muitas pessoas com “raízes católicas” moram onde trabalhamos. São, sobretudo, de origem polonesa, alemã, lituana, bielo‐russa e ucraniana. Com muita freqüência, para importantes eventos da vida, como os enterros, vêm até nós espontaneamente. As nossas 126 Conspectus Generalis 2009
paróquias abrangem muitas cidades e distritos adjacentes. Muitas vezes temos de percorrer mais de 200 km para chegar a alguma parte de nossas paróquias. Propostas para ateus e pessoas que buscam a Deus Um de nossos muitos projetos para ateus e pessoas que buscam a Deus é o Colégio de Teologia Católica em Orenburg, cujos alunos são católicos, ortodoxos e pessoas em busca de Deus. Além de es‐
tudar a teologia católica, os estudantes podem também aprender sobre outras religiões e credos. É um esforço ecumênico de esti‐
mular o conhecimento de todas as religiões e uma noção positiva sobre elas. Temos também outras propostas. Por exemplo, um concerto mensal de música clássica em Orsk reúne numerosos ou‐
vintes. Desta forma, muitos desses ouvintes chegam a encontrar a Igreja Católica pela primeira vez. Às vezes esse povo em busca po‐
de aprender alguma coisa sobre o Catolicismo, como aconteceu durante uma exposição sobre Madre Teresa de Calcutá em Orsk. Acontece também que, antes de grandes e importantes eventos da Igreja, convidamos os membros indiferentes das famílias de nossos paroquianos para participarem da celebração litúrgica. É muito freqüente termos uma resposta positiva a este convite. É um novo modo de começar a evangelização. Atividade caritativa A atividade caritativa está destinada aos pobres e necessitados, pouco importando a sua filiação política ou religião. Convidamos nossos paroquianos a participar de atividades caritativas. Organiza‐
mos ações especiais de caridade das quais podem participar, por exemplo, fazendo uma doação extra ou trazendo “1 kg de alimento para os pobres”. Além do trabalho pastoral, gastamos bastante tempo com adminis‐
tração, construção e reforma de imóveis, tão necessários em nosso 0012 EUROPA‐NORTE 127
caso, mas isto toma uma parte do nosso tempo e da nossa energia que poderíamos empregar na pastoral. Missões e retiros Desde o início, os Redentoristas na Rússia e no Cazaquistão têm prega‐
do missões e retiros, com ênfase na evangelização e na catequese. Du‐
rante os últimos tempos, temos pregado muitas missões e retiros nas paróquias católicas ao longo do rio Volga e nas montanhas do Cáucaso. Também pregamos muitos retiros, nos quais promovemos a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e fundamos a Nova Perpétua. Um trabalho importante agora é nos preparar para o Jubileu da Mis‐
são Siberiana e Caucásica. Cem anos atrás, em 1908, os Redentoristas poloneses pediram e obtiveram do czar permissão para visitar as pa‐
róquias católicas espalhadas pelos Urais e pela Sibéria. Em 1909 rece‐
beram licença de pregar missões nestas paróquias. Para celebrar este jubileu, vamos pregar missões em todas essas mesmas paróquias. Trabalho para as dioceses Muitos confrades trabalham em diferentes tarefas em nível diocesa‐
no, o que mostra a grande confiança que os bispos locais têm em nós. São nossas tarefas diocesanas: • Pe. Branagan, Kemerovo – decano, diocese da Transfigura‐
ção do Senhor em Novosibirsk • Pe. Jurkowski, Orsk – diretor e editor do jornal diocesano, “KLIMENT”; presidente da Comissão de Catequese na dioce‐
se de São Clemente em Saratov (toma parte nas reuniões da Comissão de Catequese da Conferência dos Bispos Católicos da Rússia; organiza cursos de catequese de uma semana pa‐
ra catequistas leigos na diocese duas vezes ao ano; organiza retiros de dois dias de formação duas vezes ao ano; coorde‐
na o trabalho em três centros catequéticos da diocese, etc.) 128 Conspectus Generalis 2009
• Pe. Labkou, Orsk – diretor diocesano do ministério pastoral dos acólitos na diocese de São Clemente em Saratov • Pe. Mroczek, Orenburg – diretor da Comissão de Liturgia da diocese de São Clemente em Saratov (toma parte nas reuniões da Comissão de Liturgia da Conferência dos Bis‐
pos Católicos da Rússia, trabalha com propostas para tex‐
tos litúrgicos, etc.) • Pe. Paszyński, Orsk – vice‐decano, participa do Conselho dos Sacerdotes Diocesanos • Pe. Ruksztełło, Pionierskij – diretor do Centro de Retiros em Kulikovo na arquidiocese de Nossa Senhora em Moscou. Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista Avaliamos muito positivamente o encontro de jovens realizado em Petropavlovsk, Cazaquistão, em maio de 2006, e também a presença de nossos jovens no Encontro da Juventude Redentorista Européia que teve lugar em Limerick, Irlanda, em 2007. Esperamos preparar e organizar o próximo encontro para a nossa juventude, de novo em Petropavlovsk, Cazaquistão, nos dias 1 a 4 de maio de 2009. Parte muito importante de nosso serviço pastoral é a pastoral voca‐
cional. Somos conscientes de que cada um de nós deve assumir a responsabilidade pelas vocações. Sabemos também que uma vida autêntica e um alegre serviço de Deus são a melhor promoção voca‐
cional. Mas isto não basta. Surgiu entre nós a idéia de jejuar pelas vocações. Cada comunidade, segundo suas possibilidades, estabele‐
ce um dia semanal de jejum a pão e água. Temos outras idéias tam‐
bém: convidar adolescentes, especialmente os acólitos, para um dia ou uma semana de “portas abertas” em nossos conventos, escrever sobre vocação em nosso site de internet, etc. Pe. Dmitrij Labkou, C.Ss.R. foi eleito para coordenar essas ações em nossa Região. 0012 EUROPA‐NORTE 129
Evangelização pelos meios de comunicação e publicações Já faz alguns anos que a Região vem mantendo o site: www.redemptor.ru. Nele se pode encontrar informação, material catequético e até homilias e sermões para os domingos e festas. Pe. Paweł Jurkows‐
ki, C.Ss.R. é o responsável pelo site. Preparamos alguns livros para publicação: a Novena Perpétua, ora‐
ções aos Santos e Beatos Redentoristas e orações da comunidade. Situação econômica Nossos gastos normais são garantidos pela assistência financeira mensal oferecida pela Província de Varsóvia, cerca de USD$ 150 para cada confrade, e também por espórtulas de Missas. Alguns bispos também nos dão apoio regularmente. A manutenção das atividades paroquiais, as despesas da igreja, os gastos com as atividades pastorais e caritativas, salário dos funcio‐
nários, manutenção dos carros e motoristas, etc., são uma grande dificuldade para nós. Por alguns anos temos recebido ajuda dos Redentoristas da Europa ocidental mediante o programa de solida‐
riedade FICOM. Temos também um bom apoio da parte de algu‐
mas paróquias irmãs. Porém, isto cobre apenas uma parte do que é necessário. Nossa experiência de vida nos mostra que cada comu‐
nidade deve buscar auxílio financeiro na Polônia ou em outros paí‐
ses. Conseguimos isto fazendo apelos missionários ou pregando retiros. Em média, cada uma de nossas paróquias, para suas ativi‐
dades e despesas normais, precisa de mais ou menos €20.000 por ano. O programa FICOM, paróquias irmãs, nossos benfeitores e as doações de nossos paroquianos fornecem a cada paróquia €4.000, somente 20% do que precisamos. A quantia restante, €16.000, ca‐
da comunidade deve arrecadar. Estas despesas não incluem traba‐
lhos de construção, reforma e manutenção dos imóveis. 130 Conspectus Generalis 2009
Planos de construção Atualmente estamos tocando duas construções. A primeira é em Kemerovo – igreja e casa paroquial. A segunda é em Orsk – casa pa‐
roquial. Os confrades em Togliatti estão planejando construir igreja e casa da comunidade. Estão ainda na fase do planejamento. Vemos uma grande necessidade de construir a igreja e esperamos que num futuro próximo conseguiremos realizar este sonho. Nesses lugares onde atualmente não há uma grande obra de construção em anda‐
mento (como em Petropavlovsk ou Orenburg) alguns trabalhos es‐
tão começando ou vão começar em breve – consertos, término de obras começadas que ficaram inacabadas e “trabalho legal“ (proces‐
sos para pedir autorização para construção e uso da terra). €500,000 é o que precisamos para terminar os projetos de construção em Kemerovo. O custo total das obras em Togliatti será de €2.500.000. Consertos, edificações e “processos legais” são muito ca‐
ros. Precisamos de milhares de euros. Cada comunidade terá de le‐
vantar esses fundos. É importante conseguir este dinheiro e fazer a obra o mais cedo possível, pois os custos continuam aumentando a cada ano. “Patrimônio” – plano decenal Temos um plano econômico decenal preliminar. Um objetivo fun‐
damental é criar um patrimônio de €1.000.000 durante os próximos dez anos. Depois, algumas atividades pastorais e a manutenção po‐
dem ser financiadas com os juros do patrimônio. Duas coisas são muito importantes: 1) uma hábil administração de nossas finanças, de modo que aumentem as entradas e 2) um aumento sistemático de nosso capital de fontes externas. Em 2006, 2007 e 2008 recebemos renda do Plano de Coope‐ 0012 EUROPA‐NORTE 131
ração Missionária. Porém, já estamos à procura de novas fontes com as quais possamos aumentar os fundos da Região de 2009 a 2017. Educação Em agosto de 2007, Pe. Waldemar Warzyński deixou a Região para fazer estudos superiores. Está estudando teologia moral e elemen‐
tos da Espiritualidade Oriental. Estuda na Academia Alfonsiana e no Pontifício Instituto Oriental em Roma. Vai voltar para continuar o trabalho na Região no outono de 2009. Com uma licença em teolo‐
gia moral, poderá trabalhar nas áreas de pastoral, educação e peda‐
gogia da Região (por exemplo, dando cursos de teologia). Temos algumas idéias sobre um “plano educacional” para a Região. Esperamos enviar outro confrade para estudar depois que o Pe. Warzyński voltar. Planejamos também expandir nosso conheci‐
mento de línguas estrangeiras. O estudo das línguas é importante para o nosso trabalho e vai nos ajudar em nossa busca de fundos para a nossa missão. Todos estamos convencidos da importância do estudo de línguas. Espiritualidade Este ano houve dois retiros para os sacerdotes da Região. Mais dois retiros estão programados para o ano que vem. Dificuldades Pessoal Há uma necessidade urgente de aumentar o pessoal da Região. As comunidades de Kemerovo, Orsk, Orenburg e Petropavlovsk têm a‐
penas três confrades. Apenas dois confrades compõem as comuni‐
dades de Togliatti e Pionierskij. Enviar reforço para esses postos a‐
vançados deve ser considerado muito seriamente, lembrando que os confrades muitas vezes estão fora da comunidade pregando missões 132 Conspectus Generalis 2009
e retiros. Há também muitas dificuldades com a imigração e proble‐
mas de vistos, etc. Finanças A nossa situação financeira já foi apresentada acima. No entanto, gostaríamos de enfatizar o nosso determinado desejo de alcançar a independência financeira por volta de 2018. Temos o compromisso de “dar a vida pela copiosa redenção” e as‐
sim alegremente procuramos fazer a vontade de Deus. Esperamos que nossos planos e obras apostólicas são nosso modo de fazer a vontade de Deus. Embora a vida exija ajustamentos e correções, cremos que estamos a caminho de cumprir nossa missão redentoris‐
ta na Rússia e no Cazaquistão. Confiamos que São Geraldo, que es‐
colhemos como nosso patrono, seja nosso representante particular diante de Deus. Temos muita fé em São Geraldo, autor de milagres. Procuramos imitar seu exemplo em nosso serviço missionário. O texto original é o inglês. 4200 – Província de Lviv (Ucrânia) Situação atual A Província de Lviv realiza a sua missão com 118 confrades em 14 comunidades, entre os quais: 5 bispos, 77 sacerdotes, 1 diácono permanente, 12 estudantes de votos perpétuos, 16 estudantes de votos temporários, 4 irmãos de votos perpétuos, 3 irmãos de votos temporários e 8 noviços. A atual situação religiosa e política da Ucrânia é muito instável. Des‐
de 2003, a situação social e econômica caminhou para uma maior democratização. Mudanças positivas tem sido expressas particu‐
larmente na “Revolução Laranja”. Não obstante as falhas políticas 134 Conspectus Generalis 2009
ocasionais, a sociedade ucraniana continua a caminhar para uma Euro‐integração maior. Apesar disto, deve‐se dizer que o desenvolvimento das estruturas religiosas e eclesiais está intimamente inter‐relacionado com as ten‐
dências sócio‐políticas das autoridades estatais. A situação da Igreja Ortodoxa, agora dominante em nosso país, demonstra claramente essa situação. Mas as Igrejas e os grupos religiosos das minorias nacionais também funcionam com bastante êxito. São exemplos dignos de menção a Igreja Armênia Apostólica e a Igreja Católica Romana, como também a florescente comunidade judaica. As políticas e os processos de e‐
migração obviamente exercem um papel importante. Quanto à Igreja Greco‐Católica Ucraniana (UGCC), à qual pertencem os Redentoristas Ucranianos, suas atividades pastorais se estende‐
ram consideravelmente pela Ucrânia central e oriental nestes últimos seis anos. A transferência da residência patriarcal da UGCC para a capital da Ucrânia é um sinal de estabilização da situação e de retor‐
no às suas raízes históricas. Isto tem causado a reativação de iniciati‐
vas sociais entre diferentes grupos sociais e a realização de projetos nos quais a Igreja tem um papel importante. A reabertura da Univer‐
sidade Católica Ucraniana (UCU), que estava fechada durante o regi‐
me comunista, é uma força propulsora do desenvolvimento e da re‐
novação da formação teológica. Um dos principais fatores de conso‐
lidação para o clero é a organização de assembléias, durantes as quais muitas questões essenciais são discutidas, tarefas urgentes são assumidas e resolvidos os problemas. A Província de Lviv tem ofere‐
cido às dioceses o melhor de seus recursos humanos para o êxito de seu ministério e o desenvolvimento de novas estruturas. Isto natu‐
ralmente causa uma considerável falta de confrades qualificados, especialmente de formadores capacitados, e no momento a Provín‐
cia está vivendo essa realidade e ressente isto profundamente. 0012 EUROPA‐NORTE 135
Trabalhos apostólicos e serviço missionário A Província de Lviv estendeu recentemente suas atividades ao leste e ao norte da Ucrânia. Em 2008 uma nova casa foi oficialmente a‐
berta em Chernihiv. Também continuam a expandir‐se os trabalhos missionários em Berdyansk e Kamyanets‐Podilsky. A transferência dos nossos estudantes para o campus da UCU e nossa relação e co‐
operação com a Província de Varsóvia no campo da formação inicial, abriu uma nova fase na vida da Província. Após mais de dez anos, a colaboração com a Província de Viena prossegue com sucesso e tem sido uma forma muito importante de cursar a teologia para os nos‐
sos estudantes ucranianos. A Província de Lviv é muito grata tam‐
bém à Província de Dublin por oferecer‐nos oportunidades para es‐
tudar inglês na Irlanda. Os Redentoristas ucranianos se ocupam com uma ampla variedade de atividades pastorais. Pregamos missões conforme os pedidos que chegam e as possibilidades das paróquias e o calendário litúrgico da Igreja. O período do verão é particularmente movimentado, repleto de trabalhos apostólicos. Durante este tempo, os Redentoristas co‐
laboram ativamente com os leigos por meio da organização de cam‐
ping para a juventude, peregrinações e retiros. Ao mesmo tempo, a pastoral ordinária e diária continua sendo um dos melhores modos de influenciar permanentemente as paróquias com a nossa espiritu‐
alidade redentorista. A catequese das crianças e dos adultos é feita nas várias comunidades paroquiais, na Escola catequética Z. Kovalyk de Lviv e em numerosos grupos de estudo religioso. A Congregação do Santíssimo Redentor também realiza a sua mis‐
são na Ucrânia por meio da pastoral carcerária, da direção espiri‐
tual, da organização “Fé e Luz” (para pessoas com deficiência men‐
tal), atendimento pastoral nos serviços de conselho escolar para crianças de famílias problemáticas, direção espiritual para irmãs de 136 Conspectus Generalis 2009
várias congregações, coordenação da Arquiconfraria de Nossa Se‐
nhora do Perpétuo Socorro e pastoral universitária na UCU. Ao mesmo tempo, alguns confrades continuam lecionando na UCU e no Seminário Ortodoxo de Kharkiv. Nós, Redentoristas, nos esforçamos igualmente por atender as ne‐
cessidades atuais da Igreja e da sociedade. Entre as iniciativas recen‐
tes estão o trabalho pastoral entre os imigrantes ucranianos em al‐
guns países como Espanha, Portugal, Bélgica, Rússia, Canadá e Esta‐
dos Unidos. Em 2008 a Província de Yorkton passou para os Reden‐
toristas ucranianos os edifícios e a paróquia em Newark, New Jersey (EUA). Foi iniciado o processo de canonização do Beato Mykolay Charnetskyi, C.Ss.R.. Foi planejada a construção de um centro de pe‐
regrinação separado. A abertura de uma casa de retiro no Convento Santo Afonso de Lviv vai criar novas oportunidades para a pregação. A Pastoral Juvenil Vocacional Redentorista está sendo realizada em toda paróquia redentorista, especialmente durante os acampamen‐
tos de verão para crianças e jovens. A publicação de nossas duas re‐
vistas “Lei e Misericórdia” e “Encontro” é feita com a participação ativa de estudantes leigos. Neste momento, está havendo uma ati‐
vidade intensa por parte dos jovens das paróquias locais em vista da preparação do Congresso Internacional da Juventude Redentorista, que terá lugar em Lviv, em 2010. Preocupações, problemas, dificuldades e desafios Hoje em dia a Ucrânia, bem como a maioria dos outros países do mundo, sofre pressão causada pela crise financeira global, cujas conseqüências obviamente vão se tornar um desafio pastoral para os Redentoristas. Não é apenas questão de problemas econômicos. Inclui também os problemas associados com a imigração de um considerável número de jovens para a Europa Ocidental em busca de emprego. Os Redentoristas estão tentando responder a essas 0012 EUROPA‐NORTE 137
necessidades espirituais dos ucranianos no exterior, por meio de serviços pastorais recentemente organizados nas paróquias. Os Redentoristas ucranianos consideram como os mais abandonados essa gente desesperada, confusa e pobre, e assim nós acorremos com a Palavra de Deus precisamente a estes em primeiro lugar. Entre as dificuldades básicas da Província de Lviv, que está ainda no estágio formativo do seu desenvolvimento, mencionamos a falta de formadores hábeis e experientes em todos os níveis e a pouca idade dos superiores locais e de outros com sérias responsabilidades. Exis‐
tem problemas também com os projetos inacabados de construção, especialmente da nova casa para os nossos estudantes, e dificulda‐
des relacionadas com a extensão do nosso trabalho missionário na Ucrânia oriental e central, por causa da mínima assistência financei‐
ra dos bispos locais. O sustento financeiro dos confrades em todo lugar missionário depende totalmente da Província. O texto original é o inglês. 5000 – Província São Clemente (Europa) 5001 – Região de Flandres 5003 – Região de Colônia 5006 – Missão de Beirute 5002 – Região da Holanda 5004 – Região Helvética 5007 – Missão de Iraque Estatística Unidades Membros Bispos Padres Diáconos Irmãos Estudantes Casas 5001 76 67 8 1 6 5002 61 1 46 14 3 5003 102 90 1 11 8 5004 37 27 1 9 5 5006 3 3 2 5007 6 4 1 1 2 TOTAL 285 1 237 2 43 2 26 140 Conspectus Generalis 2009
Situação atual As quatro Províncias (Flandres, Amsterdã, Colônia e Helvética), par‐
tindo de diferentes situações, uniram‐se para formar a Província São Clemente em 1 de agosto de 2005. As razões para esta união foram as mudanças sociais e eclesiais (por ex., uma sociedade idosa, secularização, uma situação de crescente “diáspora” situação dos cristãos), o número decrescente de confrades e a média de idade sempre em aumento. Persegui‐
mos dois objetivos: atender a nossos confrades idosos e doentes e tentar cumprir nossa missão de Redentoristas nesta parte da Euro‐
pa. As Províncias de Munique e Viena também participaram do diá‐
logo e das negociações iniciais. Infelizmente, não conseguimos mo‐
tivar essas Províncias para se tornarem co‐fundadoras. Sem levar em conta o número dos membros, as quatro Províncias foram representadas em igual número no grupo da negociação como também no primeiro Capítulo provincial. Todos os membros se tornaram membros da nova Província São Clemente. As ex‐
Províncias foram transformadas em Regiões da nova Província. Ca‐
da Região fez o seu contrato próprio com a Província. A Província é responsável pelo ministério e pela formação. A nova Província as‐
sumiu também todos os direitos e obrigações das ex‐Províncias, inclusive as suas missões. O Conselho provincial extraordinário é formado pelo Conselho provincial ordinário e os quatro Superiores regionais. As Regiões têm uma importante função para contatos dentro da Região e a transição para uma Província comum. O Capí‐
tulo provincial aprovou os novos Estatutos provinciais e os critérios para o ministério futuro. Fez também recomendações a respeito da “comunidade sênior” e para novos projetos pastorais. A comissão para o ministério aconselha o Governo e presta excelente auxílio para planejar e completar o nosso trabalho. 0012 EUROPA‐NORTE 141
Com quatro sistemas nacionais diferentes, a administração financei‐
ra teve tarefas especiais e enfrentou muitos desafios. O comitê de finanças fez progressos no tocante à comparabilidade e à compatibi‐
lidade dos orçamentos regionais, trabalhando em vista de um orça‐
mento provincial global. Holandês, alemão e francês são as línguas da Província. Além des‐
tas, o inglês como quarta língua que se torna cada vez mais co‐
mum. No futuro vamos precisar do inglês para a comunicação den‐
tro da Província e para qualquer treinamento no exterior em países de língua inglesa. O retiro provincial anual, seguido de um “dia da Província”, i.e., uma reunião provincial na qual celebramos os jubileus do ano, já se tornou uma tradição firme. Isto é comprovado pelo grande número de Re‐
dentoristas e de leigos que participam. Há também um “dia dos lei‐
gos” anual, uma assembléia dos leigos e Redentoristas. Nessa reunião torna‐se especialmente evidente que a cooperação dos leigos aconte‐
ce em diferentes níveis da Província: o grande número de participan‐
tes vindos das Regiões de Flandres e da Holanda mostra a grande im‐
portância da cooperação dos leigos nessas Regiões em comparação com o menor número nas Regiões de Colônia e Helvética. Todas essas reuniões são úteis para a experiência de criar uma única Província e encorajam a co‐operação com os leigos. Temos a im‐
pressão de que fizemos algum progresso em unificar as quatro Regi‐
ões numa só Província, mas ainda existem muitas tarefas a serem feitas e não temos tempo a perder. Trabalhos apostólicos e serviço missionário Esperamos promover em cada Região ao menos um projeto com a perspectiva de longo prazo. Deve ser missionário tanto na procla‐
mação da Boa Nova como no trabalho na área social e pastoral. 142 Conspectus Generalis 2009
Enfocamos a pastoral da juventude no “Jugend‐Kloster” (comuni‐
dade jovem) em Kirchhellen, no Collegium Josephinum, a nossa es‐
cola em Bonn, e no Colégio Coração Eucarística, a nossa escola em Essen (Flandres). Também oferecemos, por um ano, a possibilidade para moços e moças viverem junto com a comunidade em nossa casa de Kirchhellen. Por meio do RVM (Ministério Redentorista Vo‐
luntário) muitos jovens têm tido a oportunidade de fazer uma ex‐
periência de um ano no exterior, trabalhando com os Redentoris‐
tas em projetos sócio‐pastorais. Na Região da Holanda, atendemos a dois santuários: Wittem (São Geraldo e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro) e Roermond (Santu‐
ário de Nossa Senhora da Areia); a pastoral do santuário oferece vá‐
rios serviços e convida a todos que estão em busca do sagrado. Em Zenderen (Holanda) dirigimos um centro religioso. Novos projetos em Gand (Flandres) e na Suíça estão ainda na fase de planejamento. Junto com as Províncias de Londres e Dublin estamos examinando a oportunidade de um projeto interprovincial em Lon‐
dres. Visando maior cooperação com os leigos, o Capítulo provincial apoiou o desenvolvimento de um evento de treinamento e educa‐
ção em junho de 2009. A partilha do carisma redentorista por Re‐
dentoristas e leigos é importante para grupos, lugares e instituições. Serve para melhor clarear nossa própria identidade e tratar nossos recursos com transparência. Para essas tarefas estabelecemos a “A‐
cademia Clemente Hofbauer” em 8 de novembro de 2008. Preocupações A primeira forma de pregar o Evangelho comum a todas as comunida‐
des é o testemunho de nossa própria vida comunitária. O objetivo da dimensão missionária de nossa vida e de nosso trabalho devem ser desenvolvidos amplamente. A idade de nossos confrades, sempre em aumento, nos coloca diante da tarefa de ajudá‐los a viver suas vidas de 0012 EUROPA‐NORTE 143
uma forma significativa. O grupo de estudo “idade” para a Região de Colônia apresentou sugestões valiosas. É evidente que muitos confra‐
des idosos ainda têm pesadas responsabilidades (por ex., como supe‐
riores de comunidade), com as quais não podem mais ser sobrecarre‐
gados. “Enquanto ainda podem trabalhar,” os confrades idosos conti‐
nuam também a servir. Cada vez mais nossas forças são ameaçadas de ficar completamente exaustas pela preocupação com os confrades idosos e doentes. A energia disponível para o ministério é cada vez menor. Com o estabelecimento de comunidades seniores, tentamos reverter essa tendência. Por “comunidade sênior“ entendemos uma comunidade que aluga uma parte de sua casa para os idosos que nos assistem com serviços diários. Deste modo, nossos confrades idosos e doentes são assistidos, com bem pouca administração para nós. As‐
sim, os que ainda querem trabalhar terão tempo para o ministério. A comunidade de formação em Würzburg (junto com as Províncias de Munique e Viena) é um bom exemplo de cooperação interpro‐
vincial. Não obstante, para a formação dependemos da assistência de outras Províncias. Aqui agradecemos especialmente as Províncias de Denver, Dublin, Londres, Santana de Beaupré, Roma e Nápoles que nos têm ajudado com multa disposição e rapidez. De acordo com uma decisão do XXIII Capítulo geral, todo aquele que deseja ingressar em nossa Província, deve saber ou aprender inglês. Com relação ao pessoal, enfrentamos o desafio de, por um lado, en‐
contrar pessoas para o governo e a administração e, por outro, ga‐
rantir o atendimento em nossos serviços pastorais. Além disso, até agora foi dada prioridade à procura de pessoas para a formação. Estamos empenhados em intensificar a cooperação e a comunicação com outras Províncias e não excluímos a possibilidade de outras uniões. Achamos muito importante a cooperação e a comunicação entre as Unidades do noroeste da Europa e dentro da Região da Europa‐Norte. 144 Conspectus Generalis 2009
No Líbano e no Iraque temos feito todo esforço para continuar a he‐
rança da Província belga. Não obstante, resta ver se essas missões são viáveis ou não. No Iraque, surgem muitas questões por causa da situação política. A missão no Líbano (atualmente com apenas três confrades) tem futuras possibilidades somente se se puder achar outros confrades para trabalhar lá formando uma comunidade. No‐
vos candidatos serão aceitos somente se o seu acompanhamento contínuo puder ser garantido. Quanto à Vice‐Província de Matadi, o ultimo missionário flamengo voltou para a Província em meados de 2006. O Governo provincial foi à Vice‐Província para uma visita em 2007. Foi uma boa oportunidade para encontrar os confrades. Aprendemos também alguma coisa so‐
bre o país e sua gente, sobre a Igreja e a sociedade, e explicamos a situação da Província de São Clemente. 0012 EUROPA‐NORTE 145
Financeiramente a Vice‐Província depende quase totalmente da Província São Clemente e do Governo geral. Em vista da atual inse‐
gurança política e da crise econômica, parece‐nos indispensável ten‐
tar encorajar e desenvolver iniciativas locais que durem para o futu‐
ro, i.e., garantir as condições básicas para a vida diária e para o tra‐
balho dos confrades. Atenção especial deve ser dada ao apoio finan‐
ceiro à formação inicial. Já começamos com a assistência a um servi‐
ço de desenvolvimento congolês que, em cooperação com as comu‐
nidades, elabora e inicia pequenos projetos. Ainda precisamos de uma avaliação mais precisa da situação para uma melhor coordena‐
ção entre as necessidades e o apoio. Por enquanto, consideramos as freqüentes reuniões com os confrades e o contato pessoal como o modo mais eficiente de exprimir o nosso apoio. 146 Conspectus Generalis 2009
Considerações Finais O estabelecimento de uma nova Província foi realizado com um alto grau de confiança mútua e de boa vontade, que também facilitaram o serviço do Governo provincial desde o começo. A prontidão de muitos para tomar parte nas tarefas da Província conforme suas possibilidades contribuiu substancialmente para o desenvolvimento da Província. A nova Província parece caminhar bem. Nas quatro Regiões há 276 confrades morando em 23 comunidades (inclusive a comunidade de formação); 31 têm menos de 60 anos. Estamos prestes a fechar um certo número de comunidades. Nós Redentoristas acreditamos que ainda temos uma missão nesta parte da Europa. Além das outras tarefas que devem ser cumpridas, estamos também em busca de parceiros, que queiram viver conos‐
co. De outra forma, como Província que diminui, certamente vamos perder nosso dinamismo missionário no futuro e talvez também nossa vida. O texto original é o inglês. 0013 REGIÃO DE AMÉRICA DO NORTE 0700 – Província de Baltimore (EUA) Dados estatísticos Membros Sacerdotes Irmãos TOTAL 146 15 161 150 Conspectus Generalis 2009 Estudantes Filosofia – Casa da Filosofia, Whitestone, Queens, Nova York Província de Baltimore Região do Caribe 1 postulante 4 (3 postulantes, 1 estudante clérigo de votos temporários) Vice‐Província de Richmond 1 postulante Província de Denver 7 (5 postulantes, 1 estudante clérigo, 1 irmão de votos temporários) TOTAL 13 Noviciado – Villa Redeemer – Noviciado da América do Norte, Glenview, Illinois Província de Baltimore 1 (noviço clérigo) Região do Caribe 0 Vice‐Província de Richmond 1 (noviço irmão) TOTAL Noviciado 2 Teologado – Casa da Teologia, Washington, Washington, D.C. Província de Baltimore 1 estudante clérigo de votos temporários Região do Caribe 2 (1 estudante clérigo de votos temporários, 1 postulante clérigo) Vice‐Província de Richmond 0 TOTAL 3 0013 AMÉRICA DO NORTE 151 Casas da Província de Baltimore • Nova York, Brooklyn (Residência Provincial) • Nova York, Brooklyn (Paróquia, N.S. do Perpétuo Socorro) • Nova York, Queens (Whitestone, Casa de Formação – Filosofia) • Nova York, Manhattan (Paróquia, Santa Cecília) • Nova York, Manhattan (Paróquia, Santíssimo Redentor) • Nova York, Manhattan (Residência, N.S. do Perpétuo Socorro) • Nova York, Bronx (Paróquia, Imaculada Conceição) • Nova York, Bronx (Centro de Comunicação, N.S. do Perpétuo Socorro) • Nova York, Bethpage (Paróquia, São Martinho) • Nova York, Saratoga Springs (Paróquia, São Clemente) • Nova York, Canandaigua (Casa de Retiros) • Nova York, Esopus (Casa de Retiros) • Nova York, Esopus (Paróquia, Sagrado Coração) • Maryland, Annapolis (Paróquia, Santa Maria) • Maryland, Annapolis (Paróquia, São João Neumann) • Maryland, Baltimore (Paróquia, São Miguel) • Maryland, Baltimore (Paróquia, Sagrado Coração) • Maryland, Baltimore (Paróquia, N.S. de Fátima) • Maryland, Baltimore (Residência, Stella Maris, Casa de Repouso) • Pennsylvania, Filadélfia (Paróquia, São Pedro) • Pennsylvania, Filadélfia (Santuário São João Neumann) • Pennsylvania, Filadélfia (Paróquia, Visitação de Maria) • Pennsylvania, Filadélfia (Pastoral dos Sem Teto, Beato Sarnelli) • Pennsylvania, Ephrata (Paróquia, São Clemente) 152 Conspectus Generalis 2009 • Pennsylvania, Lititz (Paróquia, São Tiago) • Massachusetts, Boston (Paróquia, N.S. do Perpétuo Socorro) • Massachusetts, Springfield (Pastoral Hispânicos, Capela S. Francisco) • Nova Jersey, West End (Casa de Retiros) • Ohio, Lima (Paróquia, São Geraldo) • Delaware, Seaford (Paróquia, N.S. de Lourdes) • Washington, DC (Casa de Formação – Teologia) Situação atual A parte leste dos Estados Unidos é uma área que apresenta mudan‐
ças significativas. Embora a população seja ainda numerosa, o su‐
deste e o oeste estão crescendo mais rapidamente do que a parte leste do país. Muitos novos imigrantes estão chegando ao leste dos Estados Unidos, provenientes da América do Sul, América Central, México, Caribe e Extremo Oriente. As grandes cidades do leste, co‐
mo Nova York, Boston, Filadélfia e Baltimore, têm crescido com os novos imigrantes. Embora a fé religiosa seja forte nos Estados Unidos e em muitos desses imigrantes, a costa leste e a costa oeste dos EUA tendem a ser mais secularizadas do que o centro da nação. O secularismo e o materialismo são duas forças muito poderosas em nossa terra. A‐
lém disso, a cultura pop e os meios de comunicação exercem e‐
norme influxo. Muitos americanos se interessam por questões que não são realmente importantes. Muito disto provém do que se vê na televisão. Há uma grande tensão em torno da questão da imigra‐
ção para os EUA, e muitos políticos procuram explorar esse tema em benefício próprio. O mundo inteiro parece ter sido abalado pela convulsão na economia global, e isto certamente é sentido no leste dos EUA. Uma parte do grande otimismo que por muito tempo foi 0013 AMÉRICA DO NORTE 153 uma característica de nosso povo foi perdida. Aqui também, há uma tendência em nossos políticos de tentar colocar em antago‐
nismo os diferentes grupos econômicos. Há divisões profundas en‐
tre os partidos políticos e um crescente cinismo quanto à habilida‐
de de nossos líderes de resolverem os problemas. Muitos compa‐
triotas nossos se sentem contrariados pelo fato de que nossa na‐
ção parece afastada de várias outras nações do mundo. Outras pessoas sentem ressentimento por causa do antiamericanismo que percebem no que lêem. Existem ainda fortes efeitos remanescentes dos escândalos de abusos sexuais que o nosso país e a Igreja sofreram desde 2002. As pessoas ainda têm grande respeito pelo seu clero local, mas há muito menos confiança na hierarquia do que havia antes. Porém, esta tragédia pro‐
duziu bons resultados, no sentido que existe agora uma preocupação maior pela proteção dos menores. Ao mesmo tempo, há padres e re‐
ligiosos que perderam sua confiança no lidar com jovens. O recrutamento vocacional para o clero e a vida religiosa continua a declinar nos EUA desde o Vaticano II. Há muitas paróquias sem pa‐
dre residente. Algumas dioceses atuam bem no planejamento pas‐
toral para o futuro, ao contrário de outras muitas. São numerosos os sacerdotes de outros países que têm vindo para os Estados Unidos para trabalhar como missionários entre nós. Embora existam pro‐
blemas de cultura e de língua, esses missionários têm sido de grande ajuda para a comunidade católica. Só que a presença deles não re‐
solve nossa escassez de vocações. Um dos desafios de viver num país com sérios problemas vocacio‐
nais é que cada vez mais católicos e outras pessoas enfrentam o de‐
safio de serem abandonados pela Igreja. Ainda que haja muitas ve‐
zes um desejo de assumir projetos especiais para os pobres abando‐
nados, fazer este bom trabalho significa que muitos católicos terão menos assistência em suas paróquias. Em palavras simples, alguém 154 Conspectus Generalis 2009 pode alegar que quase todos estão se tornando de certa forma a‐
bandonados por causa da falta de clero. Conseqüentemente, fazer opções pastorais vem a ser uma forma de triagem. Atuação missionária e obras apostólicas A nossa Província tem um grande compromisso com os pobres, em particular com os novos imigrantes para a nossa terra, com os que vivem nas áreas urbanas pobres de algumas grandes cidades do leste do país, com nossas escolas católicas freqüentadas por muitas crian‐
ças pobres em áreas onde faltam escolas públicas, com os programas sociais que fornecem comida e roupa para os necessitados, e com o atendimento às religiosas idosas que muitas vezes são esquecidas pe‐
la Igreja. Nossos missionários pregam onde quer que forem convida‐
dos, mesmo se a paróquia não pode arcar com as despesas da missão. Nossas casas de retiro acolhem pessoas de todos os níveis sócio‐
econômicos, em especial os que têm o vício da droga e do álcool. Em nossas paróquias temos bons programas para a juventude, que não só visam educar os jovens na fé católica, mas também no transmitir experiências de serviço aos pobres. Temos um santuário atuante em Filadélfia, aonde convergem pessoas de muitas partes do leste dos EUA para pedir a intercessão de nosso santo confrade João Neumann. Celebramos os sacramentos em inglês, espanhol, chinês, vietnamita, português e na língua norte‐americana de sinais para surdos. A nossa Província promoveu recentemente duas longas missões com grande apoio de outras Unidades. Uma delas evangelizou toda a diocese de Portland, Maine, e a outra atingiu um inteiro distrito de Staten Island em Nova York City. Estamos também empenhados em ter os leigos colaborando conosco em muitos de nossos projetos. Existe uma crescente solidariedade entre todas as Unidades da Amé‐
rica do Norte. Todos os Provinciais têm se reunido duas vezes ao ano e os Conselhos provinciais ordinários se reúnem uma vez ao ano. 0013 AMÉRICA DO NORTE 155 Partilhamos os recursos nos campos da pastoral, espiritualidade e formação. A Província de Baltimore tem a Região do Caribe de língua inglesa e as Vice‐Províncias de Richmond e Assunção. A Vice‐
Província de Assunção está prestes a se tornar Província. A Região do Caribe, embora jovem e um tanto frágil, é promissora em termos de vocações. A Vice‐Província de Richmond vive muitas das mesmas situações que a Província de Baltimore. Porém, devido à nossa ca‐
rência de pessoal, é difícil enviar reforço para essas Unidades. Preocupações Uma área de grande preocupação é como oferecer atendimento à saúde para nossos numerosos confrades idosos e doentes. São ho‐
mens que serviram a Congregação com grande dedicação e fidelida‐
de. Procuramos permitir‐lhes que vivam seus últimos dias no ambi‐
ente de uma comunidade redentorista. Esse atendimento é um va‐
lor essencial para nós, mas é também bastante custoso. A Província de Baltimore é imensamente grata a todo o apoio em termos de pessoal que tem recebido de outras Unidades da Congre‐
gação. Trabalhando em nossa Província ou no Caribe, temos confra‐
des da Bélgica, Nigéria, Colômbia, Alwaye, Bangalore, Vietnã e Polô‐
nia. Eles estão bem integrados na vida e na pastoral de nossa Pro‐
víncia e são um grande testemunho de nossa solidariedade congre‐
gacional. Temos também Unidades trabalhando dentro de nossa Província – Campo Grande, São Paulo e Varsóvia – com as quais te‐
mos fraternas relações. A Província de Baltimore muitas vezes desempenhou um papel im‐
portante nas realidades financeiras da Congregação. Temos uma longa tradição de generosidade e de apoio ao Governo Geral e a outras Unidades da Congregação em necessidades particulares. Somos orgulhosos desta história e procuramos continuá‐la. Mas as novas realidades da economia mundial e a instabilidade do mercado 156 Conspectus Generalis 2009 financeiro diminuíram nossos recursos. O que antes podíamos fa‐
zer com bastante facilidade é agora muito mais difícil e, às vezes, impossível. Conclusão A Província de Baltimore é uma Província com uma grande história. É uma Província com muitos e grandes confrades idosos. Ao mes‐
mo tempo, temos bons jovens, menos numerosos que antes, mas dotados de grande zelo e entusiasmo pela Congregação e por sua missão. Somos uma Província que enfrenta grandes desafios e mu‐
danças, mas que está indo adiante com um espírito de confiança e de esperança. O texto original é o inglês. 0704 – Vice‐Província de Richmond (EUA) Primeira Casa: 1926 Vice‐Província erigida em: 26 de abril de 1942 Membros: 32 (20.10.2008) Acontecimentos dos seis últimos anos Durante esses anos, deixamos os seguintes lugares, devolvendo‐os ao cuidado de seus respectivos bispos e dioceses: • Hapeville (Georgia) – Paróquia São João Evangelista • Jacksonville (Flórida) – Paróquia Santo Rosário 158 Conspectus Generalis 2009 • Wachula (Flórida) – Paróquia São Miguel e duas estações missionárias • Venice (Flórida) – Centro Diocesano de Retiros Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (na data de 25.12. 2008) Em outubro de 2008, trabalhamos nestas cidades e ministérios: • Hampton (Virginia) – Paróquia São José, Paróquia Santa Maria, Paróquia São Vicente (afro‐americanos), Casa de Retiros Sagrada Família. • Sumter (Carolina do Sul) – Paróquia Santana e Paróquia São Judas (uma comunidade) • Concord (Carolina do Norte) – Paróquia São Tiago e Paró‐
quia São José. • New Smyrna Beach (Flórida) – Paróquia Sagrado Coração e estação missionária São Geraldo em Edgewater, Vila Santo Afonso e a Residência vice‐provincial. Assim, em outubro de 2008, temos sete fundações. Destas, quatro são casas canonicamente erigidas e três são residências. Em outubro de 2008, há 32 membros na Vice‐Província (29 sacerdo‐
tes e 3 irmãos). Desses, 23 estão atuando, 8 estão já idosos e 1 faz um ano sabático. Iniciativas e nova construção Começamos duas novas iniciativas nos últimos seis anos. A Diocese de Charlotte, Carolina do Norte, nos chamou para intensificar nosso tra‐
balho pastoral com os hispânicos na área em torno de nossas comu‐
nidades em Concord/Kannapolis, Carolina do Norte. Com o auxílio de dois confrades da Vice‐Província de San Salvador, duplicamos nosso 0013 AMÉRICA DO NORTE 159 atendimento pastoral aos hispânicos em nossas duas paróquias e ar‐
redores; temos duas comunidades hispânicas muito vibrantes. Recentemente assumimos o encargo de uma paróquia de população de maioria afro‐americana (São Vicente) em Newport News, Virgini‐
a. Durante os dias de “integração”, esta paróquia assumiu os paro‐
quianos afro‐americanos da paróquia de Santo Afonso em Newport News. A Diocese de Richmond é uma diocese verdadeiramente “missionária”, que tem muita carência de sacerdotes. Então, ficamos satisfeitos por assumir os cuidados de uma paróquia pobre e de “minoria” histórica. Uma nova igreja foi construída em nossa paróquia São Tiago em Concord, Carolina do Norte. Situação atual A nossa situação atual é que, com um número muito menor de missionários, vivemos e trabalhamos numa área de grande cresci‐
mento populacional, de problemas de imigração e de rápido au‐
mento da população católica. O número dos católicos que chegam para os estados do sul representa uma pesada exigência para o pequeno número de sacerdotes e religiosos disponíveis para servi‐
los. Muitos desses católicos recém‐chegados são hispânicos, e mui‐
tas vezes moram em áreas rurais onde é difícil achar apoio espiri‐
tual na Igreja católica. Em geral, a fé dos católicos é muitas vezes desafiada por não católicos agressivos e proselitistas que ocupam boa parte do sudeste do país. Por um lado, há grande necessidade de alimentar e apoiar nossos fiéis católicos; por outro, somos desa‐
fiados a procurar nossos irmãos cristãos não católicos, com os quais partilhamos a vida e o trabalho. Acima de tudo, o incrível in‐
fluxo dos católicos hispânicos em nossa região nos encontra lutando para chegar até eles e incluí‐los no nosso ministério. Muitos hispâni‐
cos que imigram para as grandes cidades dos estados do norte dos 160 Conspectus Generalis 2009 EUA têm amplas opções de praticar sua fé; mas aqui no sudeste, com freqüência eles são deixados abandonados e esquecidos. A maior parte do nosso ministério é nas paróquias, as quais possu‐
em escolas católicas ou são filiadas a elas; e todas essas paróquias têm grupos de jovens e programas de educação religiosa. Temos uma casa de retiros e um pregador de missões (vietnamita) em tempo integral. Preocupações Acima de tudo, o nosso maior desafio é trabalhar na promoção vo‐
cacional. Vemos um imenso campo missionário na Vice‐Província: trabalhar com os pobres, imigrantes, minorias, marginalizados ou abandonados. Mas somos limitados em nossa resposta, por causa da idade avançada e da doença de confrades, e por causa da falta de novos membros que nos ajudem em nossos esforços. Somos gratos pelo auxílio que recebemos de outras Unidades da Congregação, mas este auxílio não cancela nossa necessidade de incentivar e pro‐
mover vocações locais. Apesar dos nossos muitos desafios, a nossa Vice‐Província possui um notável espírito de entusiasmo, generosi‐
dade e abertura para novos esforços. Somos abençoados com um grupo maravilhoso e intrépido de confrades “seniores”, e confiamos que sua perseverança, bom exemplo e espírito de esperança vão nos ajudar a atrair outros para a nossa missão. O texto original é o inglês. 0706 – Região do Caribe de língua inglesa De onde viemos No dia 4 de março de 1858 os primeiros Redentoristas chegaram ao Caribe, às Ilhas Virgens, colônia da Dinamarca na época. Naque‐
le dia, faz 150 anos, o Pe. Joseph Prost chegou a Christiansted. Ele era um Redentorista austríaco que tinha sido pioneiro na missão redentorista na Irlanda de 1851 a 1854. Seguiram‐no em 19 de maio o Pe. Louis Dold e o Irmão Henry Voss da Província America‐
na. Pelos anos afora temos trabalhado em numerosas ilhas. Na di‐
ocese de St. Johns Antigua, os Redentoristas fundaram praticamen‐
te todas as paróquias, construíram as igrejas, escolas e casas paro‐
quiais. O mesmo aconteceu em várias paróquias do Haiti e Domini‐
ca. Os Redentoristas também fundaram muitas paróquias em Porto Rico, República Dominicana, Cuba e Suriname. 162 Conspectus Generalis 2009 Em 1902, foi erigida a Vice‐Província das Antilhas, abrangendo as Ilhas Virgens dinamarquesas e Dominica. Em 1918, as Ilhas Virgens foram reunidas a Porto Rico para formar a Vice‐Província das Antilhas Americanas, enquanto que Dominica, St. Kitts, Antigua e Montserrat se tornaram a Vice‐Província das Antilhas; os nomes foram mudados em 1936 para Vice‐Províncias de Porto Rico e de Roseau respectivamente. Após 52 anos de existência, em 1 de Janeiro de 1988, a Vice‐
Província de Roseau foi supressa, e as comunidades se tornaram parte da Província de Baltimore. Em 1 de janeiro de 2008 foi o 20º aniversário de nossa união com a Província de Baltimore. Nos últimos 20 anos temos visto considerável crescimento na Regi‐
ão. Quando nos unimos com a Província, a então Vice‐Província de Roseau consistia apenas dos confrades de Dominica. As casas em St. Lucia e St. Croix faziam parte da Província. De uma Vice‐
Província formada por 10 confrades numa só ilha, crescemos para uma Região formada por 27 confrades em quatro ilhas. Quando nos unimos com a Província de Baltimore tínhamos um estudante, na República Dominicana. Agora temos seis estudantes. Em 1988, os confrades de Dominica concentravam‐se basicamente numa comunidade relativamente grande em Roseau, enquanto que os outros confrades viviam a sós ou com um outro confrade em várias paróquias espalhadas pela ilha. Agora, devido ao investimento da Província em residências de comunidade, temos várias comunida‐
des maiores. Também por causa do investimento da Província na Região, temos uma das melhores casas de retiros do Caribe. O con‐
siderável investimento da Província de Baltimore, em pessoas e em dinheiro, na Região, produziu fruto. De uma Vice‐Província peque‐
na, idosa e em diminuição, nos tornamos uma Região maior, mais jovem e florescente, com grande esperança para o nosso futuro. Onde estamos agora Atualmente a Região tem 27 membros, cuja proveniência é: 13 do Caribe (52% dos membros, média de idade: 55) 2 de St. Kitts 2 de Antigua 1 de St. Thomas 1 de Granada 7 de Dominica 2 da Bélgica (8% dos membros, média de idade: 82) 5 dos EUA (20% dos membros, média de idade: 54) 7 emprestados de outras Unidades (28% dos membros, média de idade: 37) 1 de Toronto 3 da Nigéria 2 da Polônia 1 da Índia 164 Conspectus Generalis 2009 Apostolados atuais Administramos a Casa de Retiros Holy Redeemer, uma das melhores casas de retiros do Caribe, com um dos melhores edifícios e localiza‐
ções. Quem lhe deu a bênção foi o Bispo Boghaert, no dia 1 de maio de 1991. A nova ala foi benta a 26 de maio de 1998 pelo Bispo Gilbert. Sentimos orgulho por este ministério. Infelizmente, também custa mui‐
to caro a sua manutenção. Alguns se perguntam se não devemos deixá‐
la por ser constantemente inviável economicamente. Perto da casa de retiros fica a Residência St. Alphonsus, onde mora a comunidade. Em Belfast, Dominica, temos a casa St. Clement’s, a partir da qual cui‐
damos de duas paróquias. Em St. Lucia temos a comunidade em See‐
los House, Palmiste, Vieux Fort. Nela residem os que exercem o minis‐
tério pastoral em três paróquias. Em St Croix, onde tudo começou, temos duas paróquias: Holy Cross, Christiansted, e St Patrick’s, Frede‐
ricksted. Indo mais para o sul, nas ilhas de Trinidad e Tobago, temos uma comunidade na paróquia de St. Theresa, Barataria, e a partir dela cuidamos da paróquia de Santa Cruz. 0013 AMÉRICA DO NORTE 165 Estrutura da Região O governo da Região é formado pelo Conselho Regional Ordinário, eleito a cada três anos. Dele fazem parte o Superior regional, Mark Owen, o Vigário regional, Joe Krastel, e o segundo Conselheiro, Vanty Auguiste. Pe. Vanty é também o ecônomo regional. Temos seis comunidades mais a casa de formação, e os reitores de cada uma das comunidades constituem os superiores da Região. Encontramo‐nos umas duas vezes por ano e formamos uma espé‐
cie de Conselho Regional Extraordinário. Os membros da Região se encontram para duas assembléias regio‐
nais cada ano, uma na primavera, outra no outono, cada vez numa ilha em rodízio. De três em três anos, fazemos uma assembléia elei‐
toral em dezembro, antes do Capítulo Provincial de Baltimore, que é em janeiro, de modo que o Superior Regional eleito ou reeleito possa tomar parte no Capítulo Provincial. 166 Conspectus Generalis 2009 Para onde vamos – questões que nos preocupam Idade: No passado, os confrades mais idosos que se sentiam incapa‐
zes de continuar no ministério ativo simplesmente voltavam para a sua Província de origem para viver seus últimos anos, com melhor atendimento médico do que era possível aqui; morriam e eram se‐
pultados longe do povo pelo qual tinham dado a vida. Agora os con‐
frades estão ficando mais tempo no Caribe, e estamos enfrentando o desafio de cuidar deles adequadamente. Pessoal: Temos contínua escassez de pessoal. Agradecemos a Deus por nossos confrades emprestados da Índia, Polônia e Nigéria. Espe‐
ramos receber alguma ajuda também dos confrades do Haiti. Colaboração Inter‐Caribenha: Além da nossa colaboração com as Unidades da Região América do Norte, o que é certamente uma boa coisa, especialmente para os nossos estudantes, temos ainda espe‐
rança de maior colaboração entre as Unidades do Caribe. Estamos separados pela língua e a cultura, mas demos os passos iniciais para trabalharmos juntos. Finanças: Temos a tarefa de nos tornarmos independentes financei‐
ramente. Atualmente dependemos quase inteiramente da Província de Baltimore. Uma nova comunidade em Trinidad: Em resposta ao pedido de nos‐
so Arcebispo Redentorista de Trinidad e Tobago, e em resposta a uma real necessidade pastoral, aceitamos, desde 2007, assumir duas das dez paróquias sem padre nesta Arquidiocese. Acrescentando Trinidad à nossa Região, dobrou imediatamente o número de católi‐
cos da área que servimos, chegando a 530.000. Esperamos que Tri‐
nidad seja uma fonte de vocações. Formar comunidades maiores e multi‐ministeriais: Estamos saindo do modelo tradicional de uma comunidade paroquial. Gostaríamos 0013 AMÉRICA DO NORTE 167 de partir para a formação de comunidades de quatro ou mais. Re‐
almente, dois ou três confrades não são suficientes para uma vida comunitária de qualidade. Em 2006, os Visitadores recomendaram que nos concentrássemos na vida comunitária. Formar comunida‐
des maiores faz parte de um sério esforço para responder a esta recomendação. Recrutamento vocacional: Dominica tem sido definitivamente o me‐
lhor lugar para a promoção das vocações que têm perseverado. Fi‐
camos “felizes” uns anos atrás por herdarmos um grande grupo de estudantes do seminário de St. Lucia, que fechou, embora, em re‐
trospecto, fomos muito precipitados em aceitá‐los, pois todos saí‐
ram. Fomos abençoados com alguns estudantes de Granada, fruto de uma missão e também do trabalho de uma Irmã. Todos saíram, exceto um. O nosso número atual é muito menor do que alguns a‐
nos atrás. Anos atrás tínhamos até 20 estudantes. Agora baixamos para seis: três estudam filosofia em Nova York e três estudam teolo‐
gia em Washington. The Collaborator: Esta revista é o nosso único meio de comunicação inter‐regional, publicada seis vezes por ano. É também nosso único noticiário. Toma bastante tempo o preparo de cada edição. Nosso 150º Aniversário: No dia 4 de março de 2008 fez 150 anos que os Redentoristas chegaram ao Caribe. Celebramos a data com uma Missa em St. Croix e com uma missão geral em todas as paró‐
quias das Ilhas Virgens dos EUA no Advento de 2008. O texto original é o inglês. 1900 – Província de Santana de Beaupré (Canadá) Primeira casa: 1878 Erigida a Província: 26 de julho de 1911 Membros: 81 membros O desenvolvimento nos seis últimos anos Atualmente, a Província conta 81 membros: 63 sacerdotes, 17 ir‐
mãos e 1 professo clérigo. 170 Conspectus Generalis 2009 De 117 Redentoristas seis anos atrás, a Província diminuiu seu con‐
tingente de 35 membros. O envelhecimento e a doença são as cau‐
sas. A composição de nossas casas também se alterou. Fechamos e vendemos a residência João Neumann e não renovamos o contrato em Welland, Ontário. Neste contexto, a Província caminha para uma reestruturação. A aplicação do conceito da estação missionária e a promoção da co‐
munidade internacional do santuário são os dois pólos de organi‐
zação dessa reestruturação. Em 2005 nós nos comprometemos por seis anos a atender às neces‐
sidades pastorais da diocese de Bathurst criando uma estação mis‐
sionária em Tracadie‐Sheila, N.B.; três (3) sacerdotes e um (1) irmão trabalham lá; quando terminar o trabalho deles na paróquia, um quarto sacerdote se juntará à equipe, no final de junho de 2009. A estação missionária de Big Cove desenvolveu‐se e passou a chamar‐
se Elsipogtog; 3 sacerdotes voltaram para lá a fim de exercer suas funções durante esse triênio. Em Montreal, estamos negociando a venda do convento Santo Afonso, onde moram 10 sacerdotes e 6 irmãos. Uma nova estação missionária acaba de nascer, na residên‐
cia Nossa Senhora do Rosário, em Montreal; ela responde à nossa missão de evangelização junto dos empobrecidos e das populações imigrantes; compõe‐se de dois (2) sacerdotes, um noviço e um pos‐
tulante. O modelo de estação missionária é também aplicado à casa de Desbiens: três (3) sacerdotes e um irmão vivem e trabalham jun‐
tos; a médio prazo, este convento deverá ser vendido. O Pavilhão Santíssimo Redentor conta 8 sacerdotes e 3 irmãos. Em Santana de Beaupré, coabitam duas comunidades: uma comu‐
nidade de Santana (25 sacerdotes e 5 irmãos) e a nova comunidade internacional do santuário (5 sacerdotes e 1 irmão). Esta última está em recrutamento para tornar‐se verdadeiramente internacio‐
nal com a vinda de novos confrades estrangeiros. 0013 AMÉRICA DO NORTE 171 Situação atual Desde os anos 60’, o Québec, onde se encontra a parte mais im‐
portante de nosso contingente, conheceu uma boa prosperidade econômica e cultural. É uma região cada vez mais inquieta e enga‐
jada na questão ambiental. A prática religiosa caiu fortemente, porque a Igreja católica não responde à sede de mística que se en‐
contra nas pessoas. Existe um certo laicismo que se torna cada vez mais gritante, sobretudo nos meios de comunicação. O crescimento econômico não impediu o aumento do número de pobres e itinerantes nas cidades e um povoamento das regiões. Do ponto de vista religioso, os jovens parecem inquietos e fazem da religião um supermercado, embora entre os pais que pedem o ba‐
tismo para seu filho e os poucos jovens que se casam na Igreja, no‐
ta‐se uma raiz de fé que deixa prenunciar um futuro melhor. Muitos adolescentes abandonam a escola para serem economica‐
mente independentes de seus pais, o que os leva às vezes a se jun‐
tar às gangues de rua. Trabalhos apostólicos Trabalhamos em 23 comunidades cristãs reagrupadas e transfor‐
madas em estações missionárias e animadas por uma equipe de confrades de pelo menos três. Seis dentre elas estão situadas no bairro Villeray de Montreal, o segundo bairro mais pobre de todo o Canadá. Três outras em Novo Brunswick estão a serviço dos autóctones, onde encontramos problemas de pobreza (falta de trabalho), de alcoolismo, de droga, de sexo e de falta de instrução. O conjunto das outras comunidades está no meio rural. 172 Conspectus Generalis 2009 Continua funcionando a Fraternidade Santo Afonso onde acolhe‐
mos os inválidos da sociedade para ajudá‐los a sobreviver. Está igualmente aberta a nossa Casa Santo Agostinho que recebe periodicamente grupos para renovação. A romaria de Santana de Beaupré é animada por uma comunidade internacional, constituída de Redentoristas. Ela está sendo formada. Os romeiros, que são sempre mais numerosos, recebem o que pro‐
curam: Palavra de Deus, Eucaristia, reconciliação e aconselhamento. A Revista de Santana, ao mesmo tempo que promove a devoção à Santa, contribui amplamente para a missão da Igreja. Em todas as nossas atividades, damos um lugar cada vez mais im‐
portante aos leigos: as Corporações da Basílica, do Museu, da Re‐
vista, os Conselhos de pastoral paroquial, os Conselhos de liturgia, os Auxiliares de Santana e o grupo de jovens que participa da pas‐
toral da Basílica. Pastoral Juvenil e Vocacional: temos uma equipe de PJVR que par‐
ticipa da Pastoral Juvenil e Vocacional de certas dioceses e criou um projeto particular para os Redentoristas. Estudo e formação: levando em conta o pessoal restrito e idoso que somos, parece que as nossas atividades em formação universi‐
tária ou permanente não estão num grau suficiente. Mas temos dois padres jovens fazendo doutorado em teologia prática. Diga‐
mos porém que participamos da formação permanente oferecida pelas dioceses onde trabalhamos. Temos um estudante que fez o noviciado em Glenview, Estados Unidos. Atualmente ele faz um estágio pastoral em nossa estação missionária de Montreal e em união com o seminário maior de Montreal. Temos também um candidato fazendo o postulantado. 0013 AMÉRICA DO NORTE 173 Nossos problemas mais visíveis Um pessoal idoso e cansado. Vários confrades ativos trabalham sós. Uma disponibilidade dos confrades nem sempre presente para os serviços comunitários e as urgências pastorais da Província. Uma busca de um estilo de vida individualista e bastante burguês. Uma vida de oração em comunidade bastante reduzida. Uma visão da Igreja e das orientações pastorais diferente, o que tor‐
na mais difícil o trabalho pastoral. O texto original é o francês. 3100 – Província de Yorkton (Canadá) Número de confrades: 22 [6 bispos, 15 sacerdotes, 1 estudante] Número de comunidades: 4 Contexto A Província de Yorkton hoje se situa geograficamente nas provín‐
cias de Saskatchewan e Manitoba no oeste do Canadá e atende pastoralmente a Igreja católica ucraniana. A população do oeste do Canadá é predominantemente branca, de classe média, e cada vez mais urbana e multi‐étnica. Os membros da Igreja católica ucrania‐
na já são da quarta e quinta geração e continuam a experimentar a 176 Conspectus Generalis 2009 assimilação dentro da cultura dominante. Há uma população tradi‐
cional mais velha, aumentada por um pequeno número de imi‐
grantes que mantêm sua identidade ucraniana dentro da Igreja. Em geral, as áreas rurais estão em declínio e a paróquia típica é de idosos e decrescente em número. Os membros mais novos se en‐
contram nas cidades e são atraídos por determinadas paróquias. O atendimento às necessidades pastorais básicas nas paróquias for‐
ma a base do apostolado. Dentro do contexto da Igreja católica ucraniana, os “pobres” são identificados como os doentes, os idosos e os jovens. Na sociedade em geral, os “pobres” incluem as pessoas das nações primitivas, os operários pobres, os desempregados, os doentes mentais, os no‐
vos imigrantes, os refugiados e entre esses as mulheres e as crian‐
ças particularmente. Desde o último Capítulo Geral, nossa Província retirou‐se de dois centros paroquiais: Newark, N.J. e Wynyard, Saskatchewan. A pa‐
róquia de Newark, com o consentimento do Arcebispo, foi entre‐
gue aos cuidados da Província de Lviv. Wynyard retornou ao cuida‐
do pastoral da eparquia. Além disso, um membro de nossa Provín‐
cia foi escolhido para Eparca de Saskatoon, Saskatchewan, Canadá. Trabalhos apostólicos e serviço missionário Apostolado paroquial: A maioria dos confrades se ocupa do aten‐
dimento pastoral de paróquias. Todas as comunidades, com exce‐
ção de uma, estão diretamente ligadas a paróquias. Atualmente, temos cinco paróquias: 3 em Saskatchewan e 2 na cidade de Win‐
nipeg. Dois de nossos centros têm várias pequenas comunidades rurais a seus cuidados. A necessidade de continuar a nossa presen‐
ça em paróquias é especialmente forte em Saskatchewan, por cau‐
sa da falta de clero diocesano. 0013 AMÉRICA DO NORTE 177 O Lar da Acolhida: Em 2009 estaremos já no 16o ano deste nosso ministério de cidade interiorana. Adultos jovens continuam a se comprometer pelo menos por um ano de suas vidas para viver com os Redentoristas a fim de fazer experiência de comunidade cristã e de pastoral entre os pobres e marginalizados em Winnipeg, Manito‐
ba. Quinze jovens, entre rapazes e moças, fizeram isto desde que o ministério começou em 1993. O ministério consiste em formar co‐
munidade por meio de tempos de oração e celebração e um aposto‐
lado em favor das crianças da redondeza. Já que a participação dos leigos é essencial para esse ministério, o Lar da Acolhida é um mode‐
lo de colaboração com os leigos e inspira um compromisso com o nosso carisma. A Igreja católica ucraniana local é desafiada a fazer “opção pelos pobres” através do testemunho do Lar da Acolhida. Assumimos o cuidado de uma vizinha paróquia ucraniana católica, que oferece ao Lar da Acolhida a oportunidade de usar locais mais amplos quando necessário e acolher a paróquia local dentro desse serviço aos abandonados. Santuário do Mártir Velychkovsky: Nos seus 6 anos de existência, o Santuário tem desenvolvido seu singular ministério próprio. Ele ofe‐
rece horas regulares semanais para romeiros, grupos e outros inte‐
ressados em visitar o Santuário. Um museu e uma loja de lembran‐
ças convidam a um conhecimento pessoal da vida do Beato mártir, o bispo Vasyl, e podem‐se encontrar muitos objetos, inclusive relí‐
quias de segunda e terceira classe. O próprio Santuário conserva os restos mortais do Beato Vasyl e oferece espaço para a oração pes‐
soal e para devoções de pequenos grupos. Na igreja é feita uma ce‐
lebração semanal em honra do Beato Vasyl, seguida de unção diante das relíquias do Beato. No dia 27 de junho, o santuário do Mártir recebe uma romaria anual, e vive um dia repleto de celebrações li‐
túrgicas, pregações, confissões e uma procissão pelas ruas. Muitas graças têm sido referidas, atribuídas à intercessão do Beato Vasyl. 178 Conspectus Generalis 2009 Mais recentemente, foi feita no verão uma romaria aos lugares da Ucrânia onde o Beato viveu e trabalhou como Redentorista e como Bispo clandestino, e espera‐se que se torne um evento anual. Tam‐
bém este ministério é possibilitado através dos generosos esforços de voluntários e de uma equipe de leigos dedicados. Pastoral de adultos jovens: Nossa Pastoral Vocacional Redentorista de Adultos Jovens prossegue mediante os esforços de um colabora‐
dor leigo em tempo integral. O nosso programa anual SERVE é pro‐
movido por esta entidade, como também o programa mais recente dos Adultos Jovens em Ação, que reúne bimensalmente adultos jo‐
vens para refletir sobre a sua vocação batismal e engajá‐los na ação com e para os pobres e marginalizados. A nossa Pastoral Juvenil Vo‐
cacional Redentorista está também ativamente envolvida nos diálo‐
gos norte‐americanos. Parceiros na missão: Os nossos parceiros na Missão são colaborado‐
res leigos que passaram por um programa de estudos de dois anos com os Redentoristas, e depois fizeram um compromisso público de estar em relação com os Redentoristas por meio da formação de comunidades e experiências pastorais. Temos três centros onde nossos Parceiros se reúnem, geralmente uma vez ao mês, para ora‐
ção, reflexão e convivência. É preciso discernimento para a direção futura desses grupos. Desafios e esperanças Uma das maiores e mais imediatas preocupações para nós é a di‐
minuição do nosso pessoal e a falta de vocações. Somos gratos por termos atualmente um estudante, que está se formando numa Província vizinha. Após muitos anos sem um Promotor Vocacional, designamos um confrade para fazer esse trabalho em meio expe‐
diente durante esse triênio. Embora ele precise ajudar também 0013 AMÉRICA DO NORTE 179 numa paróquia, há esperança de ter alguém disponível para alar‐
gar as perspectivas vocacionais. As muitas iniciativas boas que estamos promovendo e os ministé‐
rios que dão esperança e vida podem correr risco dentro de poucos anos. Embora para o nosso trabalho envolvemos mais leigos e até contratamos mais pessoas, não podemos reduzir mais a nossa pre‐
sença nas paróquias sem ao mesmo tempo correr o risco de sérios desafios para a nossa receita. Um exemplo de decisão difícil tomada como resultado direto de nossa falta de pessoal foi o fim de nossa equipe missionária de tempo integral que pregava renovações paroquiais e retiros. Vários confrades vão continuar a fazer este trabalho numa base ocasional, mas limitando‐se muitas vezes a retiros de três dias durante a Qua‐
resma. Além disso, a outra obra no Santuário do Mártir Vasyl, inclui aprofundar a pesquisa da vida do Beato, a documentação das gra‐
ças e a promoção de sua causa. Este é um ofício de tempo integral que não podemos exercer. A nomeação de um formador é outra preocupação, sobretudo com um estudante que precisa ser forma‐
do dentro de nossa tradição bizantina e com a esperança de atingir novos candidatos. A nossa Província tem continuado a colaborar com a Província de Lviv. Atualmente, dois confrades de Lviv estão trabalhando conos‐
co. Em troca, a Província de Yorkton oferece assistência financeira a Lviv. Geralmente há um cansativo período de transição que inclui a adaptação à cultura e a aprendizagem do inglês essencial; só de‐
pois é que podem colaborar na maioria de nossos ministérios. Neste sexênio a Província de Yorkton celebrou o Centenário da presença dos Redentoristas do rito oriental na América do Norte. Foi recordado especialmente o Pe. Achilles Delaere, C.Ss.R., um belga que adotou o rito oriental e tornou‐se o fundador da nossa 180 Conspectus Generalis 2009 Província em 1906. Muitos e maravilhosos festejos e eventos tive‐
ram lugar em toda a Província desde o outono de 2006 até o verão de 2007. Foram promovidos seminários para os quais nos reunimos a fim de refletir sobre temas apropriados ao nosso contexto. Foi completada e publicada uma história de nossa Província sob o títu‐
lo “Redenção e Ritual.” Os confrades gostaram dos retiros que foram promovidos pela Comissão Norte‐Americana de Espiritualidade. A colaboração entre as Províncias continua a tornar disponíveis para nós importantes recursos, que nós muito apreciamos. Conclusão A Província de Yorkton tem muito a agradecer. Ela tem uma herança de fazer muito com pouco e sempre perseverando com a confiança na providência de Deus. Os crescentes desafios do mundo em torno a nós hoje e as necessidades dos fiéis continuam a exigir de nós um espírito de serviço generoso. No entanto, as exigências do apostola‐
do e a diminuição do nosso pessoal nos convidam a discernir mais profundamente onde concentrar nosso tempo e energias. Conscien‐
tes de que não podemos fazer tudo o que fazíamos, “a opção em favor dos pobres” deve permanecer o critério para nossas decisões. O texto original é o inglês. 3401 – Vice‐Província Extra Patriam (Vietnamitas nos USA) A Vice‐Província Extra Patriam foi fundada em 1984 pelos Redento‐
ristas vietnamitas que deixaram o Vietnã em 1975, após a queda do governo sul‐vietnamita. Estatística Os atuais membros são: Sacerdotes Sacerdotes fazendo um período de experiência antes da incardinação 25 2 182 Conspectus Generalis 2009 Irmãos de votos perpétuos Estudantes clérigos de votos perpétuos Estudantes clérigos de votos temporários Número TOTAL de confrades professos 6 2 3 38 Noviços clérigos Postulantes 5 12 Número de comunidades: 4 Casa São Clemente 3417 W. Little York Road Houston, TX 77091 Casa São Geraldo Majela 3452 N. Big Dalton Avenue Baldwin Park, CA 91706 Casa São João Neumann 3910 S. Ledbetter Drive Dallas, TX 75236 Casa N.S. do Perpétuo Socorro 2458 Atlantic Avenue Long Beach, CA 90806 As casas São Clemente e São João Neumann são destinadas princi‐
palmente para a formação inicial. A casa São Geraldo Majela é também usada de dois em dois anos para o noviciado. A casa Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é também usada para o escritório da Revista OMPH (Nossa Senhora do Perpétuo Socorro) e o escritório do Programa radiofônico OMPH. Damos assistência pastoral em duas outras paróquias: Paróquia de N.S. do Perpétuo Socorro na Diocese de Dallas, Texas Paróquia de N.S. de La Vang na Diocese de Tucson, Arizona Também trabalhamos como capelães em quatro comunidades da Arquidiocese de Los Angeles. 0013 AMÉRICA DO NORTE 183 Situação atual Após a queda do governo do Vietnã do Sul em 1975, um grande número de vietnamitas veio para os Estados Unidos como refugia‐
dos. Alguns Redentoristas também fugiram do país naquele tempo. Como outros imigrantes nos Estados Unidos, os refugiados vietna‐
mitas precisavam de sacerdotes que pudessem falar sua língua du‐
rante o tempo de transição. Por esta razão, a Vice‐Província Extra Patriam foi estabelecida inicialmente. Trinta e três anos depois, as condições sociais, culturais e sócio‐econômicas mudaram radical‐
mente. Os mais abandonados não são apenas os economicamente pobres, mas também os doentes, as pessoas com deficiência, os idosos, as mães solteiras, os divorciados, os imigrantes ilegais, etc., que encontramos diariamente. Ademais, nos anos recentes, há ca‐
da vez mais trabalhadores vietnamitas deixando os EUA para se empregar na Ásia, no Leste europeu, no Oriente Médio, etc. Trata‐
se de empregos mal remunerados na maioria das vezes. Estes tra‐
balhadores também são considerados entre os mais abandonados. Trabalhos apostólicos e serviço missionário Trabalhamos em duas paróquias e em quatro comunidades em três diferentes Estados: Califórnia, Texas e Arizona. Nosso ministério pas‐
toral oferece atendimento e direção espiritual a famílias, jovens e do‐
entes nos hospitais, etc. Alguns confrades pregam missões paroquiais e retiros para jovens, sobretudo para comunidades vietnamitas nos EUA e no Canadá, durante os tempos do Advento e Quaresma. No próximo ano, a revista Nossa Senhora do Perpétuo Socorro vai cele‐
brar o seu 25o aniversário, continuando a missão de divulgar a devo‐
ção a Maria Santíssima. A Rádio OMPH serve fielmente os ouvintes vietnamitas com seu programa diário de uma hora. Dois anos atrás lançamos também um programa de TV de uma hora. É um desafio manter este programa, pois dependemos unicamente de voluntários. 184 Conspectus Generalis 2009 Uma metade da casa de São Clemente é destinada a retiros. Os reti‐
ros são, em sua maioria, de um dia ou são conferências, porque não podemos manter uma equipe em tempo integral. Em 2006, foi‐nos solicitado atendimento pastoral para os vietnamitas que trabalham na República Tcheca, e enviamos um confrade, que reside na casa pro‐
vincial da Província de Praga em Svata Hora. Estamos avaliando a ex‐
periência e a situação para ver se é possível um projeto a longo prazo. O Projeto “Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” finalmente se materializou: estamos construindo uma capela de 1.000m², com capacidade para cerca de 500 pessoas, no terreno da casa São Cle‐
mente em Houston. O término das obras está previsto para setem‐
bro de 2009. Esta capela será usada para a celebração das profissões e ordenações da Vice‐Província e para a pregação de missões, etc. Desafios e esperanças Despertar vocações é sempre a nossa primeira prioridade. Feliz‐
mente, cada ano somos abençoados com cerca de cinco estudan‐
tes. Para rezar pelas vocações, temos toda noite uma hora de ado‐
ração ao Santíssimo Sacramento em comum em nossas duas casas de formação. Em média, celebramos uma ordenação por ano. Des‐
de 1984, ano da fundação de nossa Vice‐Província, vinte e cinco Redentoristas foram ordenados sacerdotes e três irmãos fizeram profissão perpétua. Gostaríamos de oferecer aos confrades e estudantes mais ensina‐
mentos sobre a espiritualidade redentorista, porém as oportunida‐
des são limitadas. Esperamos que o Centro para Espiritualidade Redentorista possa algum dia dar cursos de verão nos Estados Uni‐
dos, que seriam mais acessíveis para nós. Nossos programas de Rádio e TV dependem de voluntários para a sua operação. Não temos uma equipe profissional assalariada. 0013 AMÉRICA DO NORTE 185 Contamos com as contribuições mensais dos ouvintes, o que não é uma estável e constante fonte de entradas. Embora seja sempre di‐
fícil de manter, o programa de rádio continua forte no seu 13º ano. Esperamos alcançar estabilidade financeira para o programa. Conclusão Nós Redentoristas somos chamados a “continuar o exemplo de Je‐
sus Cristo Salvador, pregando aos pobres a Palavra de Deus.” (Const. 1) Esse chamado nos desafia a uma vida radical de consa‐
gração por meio da profissão dos votos, especialmente na socieda‐
de em que vivemos. Seguir os passos de Santo Afonso é continuar vivendo fielmente esse modo radical de vida. Continuamos a dirigir nossas vidas como Santo Afonso claramente ensinou. O texto original é o inglês. 4500 – Província de Denver (EUA) Primeira Casa: 1860 Erigida a Província: 17 de junho de 1996 203 Membros: 166 padres, 2 diáconos permanentes, 30 irmãos, 5 estudantes professos Situação atual A Província de Denver foi criada em 1996, pela união das Províncias de St. Louis e Oakland. Tem três Vice‐Províncias: Manaus (4501), Bancoc (4503) e Nigéria (4504). A 31 de janeiro de 2005 a Vice‐
Província de New Orleans (4502) foi supressa e todos os seus mem‐
bros e comunidades tornaram‐se parte da Província de Denver. 188 Conspectus Generalis 2009 Queremos crer que o objetivo de formar esta nova Província foi favorecer a Missão redentorista no meio‐oeste e oeste dos EUA. Era nossa convicção que unindo forças teríamos a melhor chance de continuar a responder às urgentes necessidades pastorais dos abandonados, especialmente dos economicamente pobres. Para este fim, foi elaborado um plano pastoral, que exigiu de nós o aban‐
dono de alguns compromissos ministeriais, para podermos assumir outros e começar novas iniciativas em áreas que correspondem ao nosso carisma. Durante a primeira fase do plano (2002‐2005), deixamos alguns traba‐
lhos pastorais de longa data e começamos algumas iniciativas novas. Este processo às vezes doloroso foi avaliado e tem continuado duran‐
te a segunda fase (2005‐2008). A Província de Denver desligou‐se de compromissos pastorais em dez lugares diferentes, enquanto come‐
çava novas iniciativas em lugares muito pouco atendidos pela Igreja. Iniciativas Em 2004 a Província de Denver criou uma comissão para examinar as possibilidades de novas iniciativas que ajudassem a cumprir as metas do plano pastoral e continuar a renovar a Província no espí‐
rito de Santo Afonso. As novas iniciativas deveriam oferecer assis‐
tência a dioceses pobres e sem clero suficiente dentro dos limites da Província de Denver. Paróquia Nossa Senhora das Dores/Paróquia Beato Francisco X. Seelos – Biloxi, Mississippi Biloxi foi escolhida como local de uma nova iniciativa. A equipe che‐
gou em agosto de 2005, justamente alguns dias antes do devastador furacão que demoliu grande parte da propriedade e da infra‐estrutura da área ao redor. Os Redentoristas reconstruíram a paróquia, ajuda‐
ram no esforço de recuperação e continuam a desenvolver‐se. 0013 AMÉRICA DO NORTE 189 Paróquia dos Santíssimos Nomes de Jesus e Maria Memphis, Tennessee Esta paróquia também foi aceita como uma nova iniciativa em 2005. Seus membros são principalmente afro‐americanos. Está situada numa das partes mais pobres dos Estados Unidos. A presença reden‐
torista causou um renascimento nessa comunidade. A freqüência à igreja aumentou cinco vezes e muitos programas de serviço social foram iniciados, com o apoio dos Redentoristas, para atender à po‐
pulação menos favorecida de Memphis. Equipe Missionária Hispânica – Liberal, Kansas A Equipe Missionária Hispânica não renovou seu contrato com a Dioce‐
se de Dodge City após oito frutuosos anos. A população hispânica era servida com muita competência pela equipe redentorista e uma nova paróquia, a de Santo Antônio, foi criada e entregue aos Redentoristas. Principais trabalhos apostólicos Atualmente nos ocupamos de catorze paróquias e três centros de retiros. Existem duas equipes missionárias estabelecidas, uma em Chicago, Illinois, e a outra em Liguori, Missouri, e várias equipes de missão ad hoc. As missões paroquiais são ainda um meio eficaz de cumprir a nossa missão, e nossas equipes missionárias continuam tendo muito trabalho. Em 2008, as Equipes missionárias, com o auxílio de vários confrades da Província, pregaram uma histórica missão na dioceses de New Ulm, Minnesota, realizando a missão em todas as paróquias da diocese. Entre outros ministérios importantes da Província está o “apostola‐
do da pena” em Liguori Publications e o cuidado de nossos enfermos e idosos no St. Clement Health Care Center. Temos a principal res‐
ponsabilidade pela Vice‐Província da Nigéria e continuamos a apoiar a Vice‐Província de Manaus financeiramente e com pessoal. 190 Conspectus Generalis 2009 A crescente população hispânica na Província de Denver continua a nos desafiar e proporciona novas oportunidades para o ministério. O contrato permanente com a Província do México continua com a partilha de pessoal e de recursos. Mais confrades estão estudando espanhol para se aproximar dos marginalizados. O trabalho da Equi‐
pe Missionária Hispânica está bem comprovado e agora aguarda seu próximo compromisso missionário. Formação O programa do pré‐noviciado transferiu‐se de St. Louis, Missouri para Whitestone, Nova York, em parceria com a Província de Baltimore. Os estudantes fazem seus estudos superiores na St. John’s University. O noviciado norte‐americano em Glenview, Illinois, continua sendo uma experiência positiva para os noviços das Unidades participan‐
tes. Além das Províncias da América do Norte, outros noviços têm vindo de todas as partes do globo, inclusive Irlanda, Alemanha e Ira‐
que. Os noviços participam de um Programa de Noviciado inter‐
comunitário, que reúne candidatos e candidatas de várias comuni‐
dades religiosas para apoio mútuo e para ouvir conferencistas e par‐
ticipar de programas relacionados com a vida religiosa. Após o noviciado e a profissão temporária, nossos estudantes vão para a Seelos House em Chicago, Illinois. Seguem o curso de teologia na Catholic Theological Union, escola de teologia patrocinada por mais de 25 comunidades religiosas. Esta educação prepara os nossos novos membros para o ministério. A equipe de pastoral vocacional é composta de dois confrades, um irmão e um padre, que coordenam todos os esforços no recruta‐
mento e discernimento vocacionais. Seus escritórios mudaram‐se da Seelos House em Chicago para a comunidade do pré‐noviciado em Whitestone, Nova York. 0013 AMÉRICA DO NORTE 191 O futuro Como outras partes da América do Norte, continuamos a lutar para atrair novas vocações. A controvérsia sobre abusos sexuais se acal‐
mou significativamente nos últimos anos, mas ainda afeta a moral dos confrades e os esforços da equipe de promoção vocacional. A grande diversidade na população de muitas de nossas paróquias, especialmente os hispânicos, continua a desafiar nosso número de‐
crescente de confrades ativos. Se continuar a atual tendência de di‐
minuição de vocações, vamos precisar de repensar a possibilidade de sairmos de mais outras comunidades e ministérios no futuro pró‐
ximo. Há, no entanto, um lampejo de esperança: em 2008, tivemos três estudantes professos e um sacerdote ordenado. Em 2009, have‐
rá dois estudantes professos e três sacerdotes ordenados. Esses números, ainda que pequenos, representam uma melhora com rela‐
ção aos anos passados. Além disso, os jovens que entraram na Con‐
gregação estão se mostrando excelentes confrades e estão nos dan‐
do muita esperança para o futuro. Em 2005 a Vice‐Província de New Orleans foi supressa e reunida com a Província de Denver. As variadas experiências e ministérios desses confrades contribuíram para a vitalidade da Província, embo‐
ra essa mudança tenha tornado ainda mais imensa a Província de Denver que já é geograficamente grande, fazendo com que as via‐
gens e o governo se tornem ainda mais desafiadores. A Região da Nigéria tornou‐se Vice‐Província em 2007. Lá continua havendo um considerável número de vocações, ilustrando uma inte‐
ressante diferença entre a África e a América do Norte. A Vice‐
Província da Nigéria tem confrades emprestados a várias Unidades diferentes da Congregação (Tailândia, Denver, Caribe, etc.), e esta colaboração deve continuar no futuro próximo. 192 Conspectus Generalis 2009 Sentimos ainda um grande senso de responsabilidade pelo bem‐
estar de nossas Vice‐Províncias, especialmente Nigéria e Manaus. Infelizmente, por causa de nossa idade avançada, não podemos en‐
viar o mesmo número de confrades como no passado. Bancoc con‐
tinua se tornando cada vez mais auto‐suficiente e, neste sentido, serve de modelo de sucesso para a nossa Província. A colaboração entre as Províncias da América do Norte está cres‐
cendo. Reuniões e comissões interprovinciais, tais como as reuniões do Conselho Provincial Ordinário e do Instituto para Estudos Históri‐
cos Redentoristas, junto com a partilha dos programas da formação inicial, têm criado solidariedade entre os confrades e resultaram em trabalhos apostólicos interprovinciais de muito sucesso. Continuamos a esforçar‐nos para realizar a missão transmitida a nós por Santo Afonso. Continuamos a encontrar força em nosso empe‐
nho missionário e esperamos que o nosso trabalho vá continuar en‐
contrando força em nossos esforços missionários e esperamos que nosso trabalho leve a todos a Copiosa Redenção. O texto original é o inglês. 4600 – Província de Edmonton‐Toronto (Canadá) Introdução A Província de Edmonton‐Toronto é a Unidade de língua inglesa exis‐
tente no Canadá. Há 65 Redentoristas em nossa Província, incluindo três confrades de outras Províncias que estão trabalhando conosco. Dentre os confrades, 1 é arcebispo, 57 são sacerdotes, 1 é diácono e 6 são irmãos. Há 9 comunidades, que atendem a 12 paróquias. Uma dessas comunidades é uma comunidade de discernimento/formação, com 1 postulante e 1 estudante professo (ambos para outras Provín‐
cias norte‐americanas). Uma outra comunidade é uma casa de repou‐
so, e uma terceira é a comunidade da administração provincial. 194 Conspectus Generalis 2009 Situação atual O Canadá é um país bem desenvolvido, com uma economia relati‐
vamente forte. É um dos países mais multiculturais do mundo, com um alto nível de imigração. Isto é verdade especialmente nos cen‐
tros urbanos. Nas maiores cidades, mais da metade da população não nasceu no Canadá. O Canadá é uma democracia que funciona com o sistema parla‐
mentar. Atualmente, um governo conservador está no poder. O Canadá não é densamente povoado; os habitantes são cerca de 33,4 milhões em 10 milhões de km². A população urbana é 84% do total. Os católicos são a denominação religiosa dominante no país. Mais de 43% da população se declaram católicos. Porém, a prática reli‐
giosa está em declínio. A estimativa da prática religiosa entre os católicos (excetuando Quebec) vai de 20% a 35%, dependendo do local. A prática religiosa entre os católicos com menos de 35 anos é muito menor. Por outro lado, a prática religiosa entre os imigran‐
tes recentes é muito mais alta. Embora o Canadá tenha gozado de várias décadas de prosperida‐
de, há uma faixa de pobres que não participou dos benefícios des‐
sa economia em expansão. Com a recente crise econômica, isto tem se tornado ainda mais marcante. Entre os ‘pobres mais aban‐
donados’, podem‐se identificar vários grupos: ƒ os aborígines canadenses (tanto nas reservas, como nos centros urbanos) ƒ os refugiados e os imigrantes recentes (sobretudo nos centros urbanos) ƒ os pobres urbanos que migraram para as cidades (especi‐
almente adultos jovens) 0013 AMÉRICA DO NORTE 195 ƒ os sem teto (nas cidades maiores) ƒ os pobres da zona rural nas ‘margens’ do país (Norte, No‐
roeste e Leste em particular). Existem também áreas inteiras abandonadas do ponto de vista e‐
clesiástico. O Norte, o Leste, e as Planícies estão experimentando uma dramática escassez de sacerdotes e de outros ministros pasto‐
rais. Em muitas situações, essas áreas sofrem também a pobreza, desemprego crescente, e a falta de estruturas e instituições da so‐
ciedade: escolas, hospitais e clínicas, serviços sociais, etc. Esta situ‐
ação é sobremodo crítica em Newfoundland e em certas partes das Planícies (Saskatchewan e a região de Peace River em Alberta). Trabalhos apostólicos e serviço missionário A Província de Edmonton‐Toronto tem nove comunidades espa‐
lhadas pelo Canadá, de St. John’s até Vancouver. Sete comunida‐
des trabalham em doze paróquias. Além disso há confrades nessas comunidades que se dedicam aos materialmente pobres, pastoral dos jovens e dos adultos jovens, missões paroquiais, pregação de retiros e outros serviços. Paróquias: Oito das paróquias atendidas pelos Redentoristas estão em áreas do país onde há poucos sacerdotes. Três de nossas paróquias atendem principalmente a comunidade de imigrantes em centros ur‐
banos. Uma paróquia atende diretamente uma comunidade aborígine. Dedicação aos pobres: Está em andamento uma iniciativa para ser‐
vir diretamente os pobres, os sem teto nas cidades, e os imigrantes pobres em seis de nossas comunidades. Essas iniciativas vão desde a oferta de refeições e abrigo até bancos de alimentos e depósitos de roupas, aconselhamento e outros tipos de assistência. 196 Conspectus Generalis 2009 Pregação paroquial/Missões paroquiais/Retiros: Nossa equipe mis‐
sionária conta com um diácono permanente casado e sua esposa (ambos são Missionários Leigos), e também dois confrades em tem‐
po integral, e vários confrades que colaboram em tempo parcial. Comunicações sociais: Temos na TV um programa semanal de De‐
voções em honra de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Este tra‐
balho ocupa vários confrades na produção, coordenação e corres‐
pondência (junto com leigos voluntários), e também recorre a ou‐
tros confrades como pregadores. Jovens e adultos jovens: Tem sido um ministério prioritário em nos‐
sa Província por muitos anos. Além do engajamento de confrades, temos um missionário leigo em tempo integral e um estudante de teologia em tempo parcial trabalhando conosco. A programação in‐
clui retiros, retiros para estudantes do ensino médio, SERVE, Diálo‐
gos, Programa Global de Pastoral da Juventude, e Círculos Liguori. Justiça, Paz e Integridade da Criação: Dois confrades se ocupam em tempo integral deste trabalho, que envolve a conscientização, advocacia, palestras e correspondência. Santuário: Cuidamos do Santuário Nacional de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Toronto (na igreja de São Patrício). As devoções semanais reúnem até 2,5 mil pessoas. O santuário é também um cen‐
tro onde se celebra diariamente o sacramento da reconciliação. Refugiados/Imigrantes/Migrantes: Junto com outras congrega‐
ções religiosas na Arquidiocese de Toronto, estamos engajados ati‐
vamente no ministério aos recém‐chegados ao Canadá como com‐
panheiros, advogados e assistentes. 0013 AMÉRICA DO NORTE 197 Preocupações Somos uma Província idosa que nos anos recentes passou por um declínio sério no número de confrades atuantes. Não obstante es‐
tarmos atuando em muitos ministérios, diretamente com os aban‐
donados e os pobres, estamos conscientes de que não podemos continuar esses esforços sem o auxílio de outros. Junto com nossos Parceiros na Missão – Missionários Leigos do Santíssimo Redentor e Associados Redentoristas – começamos e reforçamos várias iniciativas novas durante o sexênio. Os círculos de Associados Redentoristas cresceram em número e no empenho na maioria dos lugares onde os Redentoristas vivem e trabalham. Nossos parceiros trabalham conosco em todo ministério. Continuamos também a buscar modos de colaborar em parceria com outras Províncias redentoristas. A presença e o ministério de três confrades em nossa Província atualmente reforça a missão dos Redentoristas no Canadá. Esperamos ampliar essa colaboração nos próximos anos. O número pequeno de rapazes e moças que respondem a uma vo‐
cação para o sacerdócio e/ou para a vida religiosa apresenta um sério desafio não só para os Redentoristas, mas também para toda a Igreja no Canadá. Isso é também um reflexo do declínio da práti‐
ca da fé católica entre a geração mais jovem do país. Temos esperança. Durante esse sexênio, trabalhamos seriamente para elaborar e viver um Plano de Vida Comunitária. Decidimos priorizar a dedicação aos materialmente pobres, os jovens e os a‐
dultos jovens, e a evangelização explícita. Esses empenhos nos de‐
ram critérios para as escolhas que fazemos quanto aos nossos mi‐
nistérios. Por meio de seminários e assembléias, retiros e Capítulos provinciais, temos trabalhado para engajar toda a Província em nossa vida apostólica e em nossa visão para o futuro. 198 Conspectus Generalis 2009 Conclusão Há uma missão hoje para os Redentoristas no Canadá. A fidelidade a essa missão vai exigir um maior esforço de colaboração: ƒ com nossos Parceiros na Missão (Associados Redentoris‐
tas e Missionários Leigos); ƒ com os confrades de outras (Vice‐)Províncias, que darão um rosto internacional à nossa Província; ƒ com a Igreja local e com os homens e mulheres de boa vontade. Essa colaboração vai mudar a Província de Edmonton‐Toronto, e essa conversão não é fácil. Começamos e esperamos continuar nesse espírito. O texto original é o inglês. 0014 REGIÃO DA AMÉRICA LATINA 0059 – Missão de Cuba Breve história e situação atual Redentoristas da Espanha estiveram trabalhando como missionários em Cuba desde 1927 até 1976, quando tiveram de sair da ilha. Iniciando uma nova etapa de presença redentorista em Cuba, no dia 23 de maio de 2001 chegaram do Paraguai dois Redentoristas para assumir a Missão em Nueva Gerona, Ilha da Juventude, também conhecida como ‘Isla de los Pinos’. Uns anos mais tarde, a 25 de setembro de 2005, os Redentoristas assumiram o encargo da Paróquia “Cristo Redentor”, em Havana. 204 Conspectus Generalis 2009 Os primeiros a chegar foram os Padres Pedro Sanabria e Felipe Martínez, da Vice‐Província de Assunção. Porém, a Missão era (e ainda é) um projeto das duas Unidades do Paraguai (Vice‐Província de Assunção e Vice‐Província de Pilar). Mais tarde chegou o Pe. Roque Ríos (Vice‐Província de Pilar) e depois o Pe. Nelson Acosta (Vice‐Província de Assunção). Ambos tiveram de voltar para o Paraguai depois de pouco tempo passado em Cuba. Nos primeiros meses de 2004, o Pe. Pedro Sanabria voltou para o Paraguai. O Pe. César Báez (da Vice‐Província de Assunção) chegou a Cuba em 2004 para trabalhar na Ilha da Juventude. O Pe. Sergio Campara (da Vice‐
Província de Pilar/Província de Roma) uniu‐se à Missão em maio de 2006. O Pe. José Pablo Patiño (da Província de Bogotá, Colômbia) uniu‐se à Missão em fevereiro de 2007. Está previsto que em janeiro de 2009, o Pe. Felipe Martínez volte para o Paraguai e que, em março de 2009, se una à Missão o Pe. Walter Hidalgo (da Vice‐
Província de San Salvador, América Central). Atualmente há quatro sacerdotes Redentoristas na Missão: dois na paróquia “Nuestra Señora de los Dolores e San Nicolás de Bari”, em Nueva Gerona (Ilha da Juventude), e outros dois na paróquia “Cristo Redentor” em Havana (Regla). Contexto O contexto social, político, econômico e cultural em que se trabalha em Cuba é muito complexo. O mesmo acontece com o contexto eclesial. Diante da situação real, que oferece muito pouco para viver ou sobreviver com grande dificuldade, se encontram os cubanos que não conseguem despertar do sonho de querer ter mais, como qualquer pessoa. Muitos querem emigrar, mas são poucos os que o conseguem. Às vezes tentam fazê‐lo por qualquer meio. Contudo, as visitas de parentes e turistas têm aumentado. Nisto há óbvias 0014 AMÉRICA LATINA 205 vantagens de tipo econômico para quem vive na Ilha. Há precariedade e carências generalizadas de todo tipo, desde veículos, alimentação, medicamentos e livros até inclusive de alfinetes. Sem mercado livre, o monopólio estatal não satisfaz e não pode satisfazer a tudo e a todos. Há crianças, jovens e mestres que fazem de conta que vão à escola, mas ficam passeando pelas ruas. Há trabalhadores que vão ao trabalho, mas que nunca chegam lá, ficam olhando, conversando ou esperando o fim de seu turno. Há doentes que precisam de cuidados urgentes, mas simplesmente não há remédios. Muitos vão ao exterior, em alguma “Missão solidária” do país ou do partido, com a esperança de ganhar algum dinheiro a mais. Muitos deles não voltam mais ao país. Apesar de algumas mudanças estéticas, muitos crêem que nada vai mudar com o atual sistema político e econômico. O sistema prossegue com seus pontos de força por inércia e com uma debilidade congênita: a falta de liberdade de expressão e de organização. Para além da ideologia e da propaganda dominante e exclusiva, o sistema e a situação real dificultam muito a vida do povo. 500 anos de dramática história cubana e 50 de vigência do sistema atual, com suas luzes e sombras. Apesar de todos os esforços, a idiossincrasia própria do povo cubano não mudou muita coisa. O próprio sistema educativo, tão particular e tão apregoado, deixa muito a desejar e não resulta tão efetivo como se quer fazer crer. Dada a sua idiossincrasia e história particular, o povo cubano, em comparação com outros, nunca pôde desenvolver uma forte religiosidade. Portanto, aqui há uma autêntica Missão “ad gentes”. Muitas pessoas e famílias, dado o amálgama sócio‐religioso, nunca bem alcançado, entre o europeu, o crioulo e o africano, adotam crenças mais de tipo sincretista, em várias tradições de feitiçaria afro‐cubana, com claro substrato mágico ou supersticioso. 206 Conspectus Generalis 2009 Ultimamente também tem tido grande influxo, especialmente entre os jovens e pessoas de média idade, o materialismo comunista. Há uma certa confusão ou analfabetismo religioso. Faltam mais sacerdotes, porém nestes últimos 10 anos os sacerdotes passaram de 230 a 330 no total, e há seis novos bispos. Pouco a pouco vieram chegando novas Congregações de religiosos e religiosas. Em Cuba, a Nova Evangelização tem plena vigência em sentido direto e forte. Apesar de tudo, os poucos templos existentes se enchem agora facilmente. É preciso ter em mente dois pontos importantes dentro do contexto eclesial atual: 1) No dia 30 de agosto de 2008 foi inaugurado em El Cobre o Tríduo de Anos em preparação ao IV Centenário da Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba e de todos os cubanos. Na prática, isto significa a organização da Missão Nacional de Cuba dentro da Missão Continental da América Latina e do Caribe, proclamada pela Conferência Episcopal Latino‐americana em Aparecida. 2) O Plano Global de Pastoral 2006‐2011 para toda Cuba. Trabalho missionário Os Redentoristas evangelizam atualmente a partir de duas paróquias dentro da jurisdição da Arquidiocese de Havana. Uma é a paróquia “Nuestra Señora de los Dolores e San Nicolás de Bari”, na Ilha da Juventude. A ilha tem 2.300 km2 de superfície e uma população de, aproximadamente, 90.00 habitantes. São atendidas 20 comunidades cristãs, mais ou menos vivas e ativas. Trabalha‐se em 3 diferentes zonas pastorais: Nueva Gerona (norte), Santa Fe (sul) e La Demajagua (oeste). Tudo isto forma uma só paróquia. Enfatizam‐se principalmente os seguintes aspectos: a formação de novos catequistas, a formação bíblica, o catecumenato de adultos, o batismo e todos os sacramentos, o Movimento Familiar Cristão, as Equipes Docentes Cristãs e a Infância Missionária. Os missionários, 0014 AMÉRICA LATINA 207 apesar de tantas carências, estão comprometidos com a formação de comunidades cristãs. Por falta de capelas, as reuniões e celebrações se realizam em várias casas de famílias. Busca‐se a formação de novos leigos comprometidos, catequistas, animadores, etc. Em Havana atendemos a paróquia “Cristo Redentor”. O Cardeal Arcebispo de Havana, Dom Jaime Ortega e Alamino, criou esta paróquia especialmente para que os Redentoristas a atendessem. O território fazia parte do Santuário Nacional da Virgem de Rega (conhecida como a “Virgem Negra”), muito famosa na capital do país. É um dos centros de religiosidade popular mais ativos do conhecido sincretismo cubano. A nova residência foi preparada para acolher candidatos à vida apostólica redentorista. Houve alguns candidatos, mas não puderam perseverar. Dificuldades Devido à situação política e social, não é fácil chegar a Cuba, nem viver ou trabalhar pastoralmente ali. Sente‐se frustração porque o trabalho é lento e a solidão se torna cada vez maior. Não obstante, do ponto de vista da fé, vale a pena, custe o que custar. É uma terra ideal para o trabalho missionário dos Redentoristas. O trabalho apostólico é sistemático e contínuo em ambas as paró‐
quias. Havia esperança de contar com candidatos à vida redentoris‐
ta. No começo, uns 6 jovens manifestaram interesse mas não perse‐
veraram, talvez por falta de consistência pessoal e vocacional. Tudo custa mais que em outras partes, no sentido material e pasto‐
ral. Há muitos entraves. A vida em Cuba não é fácil. Os missionários levam uma vida pobre, cheia de precariedades, mas não faltam moti‐
vos de consolo. Custa muito adquirir um carro novo, tão necessário para o trabalho pastoral na Ilha da Juventude. Até agora não foi pos‐
sível consegui‐lo. 208 Conspectus Generalis 2009 Dado o ambiente sócio‐político, não se pode ocultar o risco de que o povo use critérios ou linguagem próprios do mundo político e os misture com a linguagem e os critérios do Evangelho. Notam‐se sé‐
rios bloqueios na evangelização. Muitas tentativas fracassam sem remédio por falta de visão aberta, livre e comprometida. Desafios Apesar da escassez de recursos e do pouco pessoal disponível, co‐
meçou, sem dúvida, uma Nova Evangelização em Cuba. Não resulta nada fácil, mas é urgente recriar com leigos comprometidos estrutu‐
ras básicas, templos e capelas, conselhos pastorais e econômicos. O grupo de missionários é muito pequeno. Há necessidade de mais pessoal para fortalecer a Missão. É preciso pensar na ampliação e no crescimento da presença redentorista em Cuba, com mais pessoas e assumindo novos postos missionários. Os bispos de Cuba esperam maior presença redentorista. Um grande desafio é a responsabilidade de implantar, manter, con‐
solidar e propiciar o crescimento da presença redentorista em Cuba. É importante que haja continuidade na Missão, continuidade dos missionários e continuidade no projeto missionário. Deve‐se insistir no trabalho de promoção vocacional e começar a estabelecer condi‐
ções para a formação inicial dos futuros candidatos cubanos à vida redentorista. Isto deveria ser prioritário na Missão. O sustento financeiro da Missão é outro grande desafio. Tudo custa muito. Porém, em vista do futuro, já se está trabalhando na criação e no fortalecimento de um Fundo de apoio missionário para Cuba na Sub‐região Norte da América Latina e Caribe. 0014 AMÉRICA LATINA 209 O futuro O futuro da Missão é esperançoso. Em geral, há muito trabalho pastoral. A Missão vai crescendo. Trabalha‐se principalmente com os mais abandonados, sobretudo os mais necessitados de auxílio espiritual. Agora estamos num processo de transição. Os Redentoristas do Paraguai continuam como responsáveis pela Missão até 31 de dezembro de 2010. A partir de 1º de janeiro de 2011, os responsáveis serão os Redentoristas da Sub‐região Norte da América Latina e Caribe. A Missão em Cuba representou um grande desafio para os confrades do Paraguai. A transição caminha normalmente, mas é lenta. Há muitas necessidades e urgências pastorais em Cuba; por isso, esta Missão deve continuar sendo, com toda certeza, uma prioridade para os Redentoristas. O texto original é o espanhol. 0061 – Região de Suriname O Suriname é um país situado na costa norte da América do Sul e pertence à região caribenha. Em tempos idos era conhecido como a Guyana Holandesa, mas desde 1975 é um país independente. A sua população gira em torno de meio milhão de habitantes, tendo uma grande diversidade étnica (indígena, africano, indiano, javanês, eu‐
ropeu) e religiosa (principalmente cristãos, hindus e muçulmanos). Há bastante pobreza e a migração, principalmente para a Holanda, é uma característica marcante. 212 Conspectus Generalis 2009 Do passado Há uma presença redentorista no Suriname desde 1866 quando o primeiro grupo de confrades holandeses aqui desembarcou. Du‐
rante mais de cem anos vieram muitos confrades da Holanda e o Suriname foi constituído em Vice‐Província da Província de Ams‐
terdã. Nos anos oitenta e noventa do século passado o número de confrades caiu significativamente. Neste contexto, há dez anos, o Governo Geral pediu à URB (União dos Redentoristas do Brasil) pa‐
ra reforçar a presença missionária redentorista no Suriname. A par‐
tir de 2001 este pedido tem sido atendido. Em julho de 2008 o Go‐
verno Geral constituiu o Suriname como uma Região da Congrega‐
ção, tendo como Superior regional o presidente da URB. Pedro Donders é o grande apóstolo que de destaca na história do Suriname. Conhecido principalmente pelo seu trabalho junto aos leprosos, ele labutou durante quarenta e cinco anos (1842‐1887) no Suriname. Espera‐se que em 2009, o ano do bicentenário do seu nascimento, ele será declarado santo. O presente Atualmente são seis confrades no Suriname, dos quais dois são su‐
rinameses, um é holandês e três são provenientes da URB. Moram dois confrades em cada uma das três comunidades. Duas destas comunidades se situam na capital Paramaribo e a outra em Gro‐
ningen que dista c. 50 km da capital. Os diversos compromissos missionários Os confrades são responsáveis pelas paróquias da Catedral (SS. Pe‐
dro e Paulo), Sagrado Coração de Jesus (ambas em Paramaribo), São Judas Tadeu (Groningen) e a Região Pastoral de Paramaribo Sul. 0014 AMÉRICA LATINA 213 Os confrades prestam serviços pastorais também a vários outros grupos, tais como, os de língua francesa, os de língua portuguesa e espanhola e os de língua inglesa. Há dois anos os Redentoristas iniciaram a Rádio Katólica. Esta e‐
missora está tendo uma boa audiência e transmite programas em vários idiomas, tais como, holandês, sranang tongo, português, es‐
panhol e inglês. Recentemente a Rádio montou o seu próprio site web – www.radiokatolica.com – e através deste é possível acessar os programas transmitidos pela rádio, bem como outras informa‐
ções sobre a vida da Igreja no Suriname. Alguns confrades participam de comissões da diocese de Parama‐
ribo, que é a única do país inteiro. Olhando para o futuro Está previsto que mais dois confrades provenientes da URB aqui virão no decorrer de 2009. O Suriname oferece amplas oportunidades para a vivência do ca‐
risma redentorista. A Pastoral Vocacional é, entre outros, um gran‐
de desafio para os confrades. Espera‐se que a Congregação possa desenvolver‐se nesta terra. O texto original é o português e o inglês. 0101 – Vice‐Província de Pilar (Paraguai) Breve resenha histórica Movidos pelo espírito missionário de “anunciar a todos a Boa Nova”, os Redentoristas norte‐americanos da Província de Campo Grande, Brasil, cruzaram pela primeira vez o rio Apa em direção à pequena cidade de Bella Vista Norte, no ano de 1930, dando início à missão redentorista no Paraguai. O fruto desta incursão missionária é a atu‐
al Vice‐Província de Assunção, dependente da Província de Baltimo‐
re, EUA. No ano de 1945 chegaram os missionários Redentoristas à comunidade de Pilar, departamento de Ñe’embucú. 216 Conspectus Generalis 2009 Comunidade de Pilar Na década de 1950‐1960 chegam a Pilar, no extremo sul do Para‐
guai, 12 missionários Redentoristas da Província Romana e iniciam as tarefas de: adaptar‐se ao clima, costumes, idiomas e conhecer os trabalhos pastorais em favor do povo. Tomam consciência da reali‐
dade e fazem contato com o campo do Ñe´embucú, que está todo a seu encargo. Muitos pântanos, poucos caminhos, muitos quilôme‐
tros a cavalo. As missões populares pouco a pouco se estendem por toda a região oriental. Ao mesmo tempo, em casa, entre os que não saíam ao campo, o Espírito não descansava nos ânimos dos que assumiam com coração de pastores a vida da cidade: pensavam na cidade de Pilar, na juven‐
tude, em todo o departamento. As necessidades de Pilar, sua juven‐
tude, os operários e as mulheres sem trabalho, a necessidade de formação, o êxodo para a Argentina pareciam queimar o coração do Pe. Federico Schiavon. Partilha com os demais companheiros de comunidade os seus sonhos, amadurece os projetos: formação, ca‐
pacitação para o trabalho. Dentro da comunidade, o Padre Federico se compromete de forma especial com a dotação à paróquia de elementos básicos para um programa escolar que garanta uma formação cristã aos futuros membros da sociedade pilarense. Daí o variado leque de obras pa‐
roquiais que foram surgindo. A atividade paroquial e o nome de Nossa Senhora do Pilar são como os dois centros que coordenam as energias dos sacerdotes e da comunidade pilarense. No dia 1º de setembro de 1973 se concretiza a FROSEP (Fundação Redentorista de Obras Sociais e Educacionais de Pilar). Em 1982, por iniciativa do Pe. Atilio Cordioli e com o apoio de muitos leigos, surge a “Comuni‐
dade Abel”, instituição de ajuda aos doentes pobres. Atualmente funciona como um centro médico dirigido por leigos. 0014 AMÉRICA LATINA 217 Comunidade de Carapeguá De Pilar, sem estrada asfaltada, a 350 quilômetros de Assunção, era difícil para os missionários viajar pelo Paraguai. Entre as várias op‐
ções apresentadas com vistas à fundação de uma nova comunidade, optaram por Carapeguá. A 8 de setembro de 1960, depois de várias experiências missionárias, foi fundada a comunidade de Carapeguá, a uns 83 quilômetros de Assunção, com um carisma especificamente missionário. O trabalho das missões já ficou estruturado. Em 1965 tem início o pré‐seminário com jovens vindos de Pilar e das missões. Para Carapeguá é um período de muita atividade e de bastantes conflitos. A comunidade de Carapeguá se transforma num centro de espiritualidade missionária e de formação humana e cristã. No ano de 1977, acompanhados pelo Pe. Edmundo Rosa, e mais tarde pelo Pe. Atilio Cordioli, três moças começam a aventura de viver os con‐
selhos evangélicos iluminadas pelo carisma missionário de Santo Afonso. Surgem assim as Missionárias Redentoristas, que hoje em dia contam com o reconhecimento diocesano, e estão pastoralmen‐
te presentes em três cidades. Atualmente, nenhum confrade reside nesta comunidade de Carapeguá, devido a um fechamento provisó‐
rio decidido por uma Assembléia extraordinária da Vice‐Província de Pilar para avaliar a conveniência ou não da nossa presença nesta zo‐
na. Tanto o colégio como a casa de retiros são administrados pelas Missionárias Redentoristas por um período de cinco anos. Comunidade de Assunção Situada no bairro Félix Estigarribia, iniciou a sua presença missioná‐
ria no dia 1º de abril de 1971 com dois sacerdotes italianos, um irmão e dois estudantes professos numa pequena casa alugada. Em 1980 foi inaugurada a nova paróquia, sob a proteção da Virgem do Pilar. Atualmente é a casa vice‐provincial, paróquia e seminário de filosofia (pré‐noviciado). 218 Conspectus Generalis 2009 No dia 5 de setembro de 1994, a Região de Pilar foi elevada a Vice‐
Província de Pilar, sendo o primeiro Superior vice‐provincial o Pe. Sergio Campara. Comunidade de Atyrá Por ocasião do Jubileu do ano 2000, a família Acerbi, Daniele e Loretta (italianos), deram à Vice‐província de Pilar um terreno de 58 hectares na cidade de Atyrá, a uns 60 quilômetros de Assunção, com vistas a um projeto pastoral. Com este propósito, o Padre Atilio Cordioli foi nomeado para dar início à construção de uma casa de retiros que a‐
tualmente é o Centro Polifuncional Marianella. No ano de 2006, o bispo de Caacupé nos entrega o cuidado pastoral da Paróquia de São Francisco de Assis de Atyrá. Com estas duas realidades se formou a comunidade de Atyrá como comunidade inter‐vice‐provincial com três confrades, dois de Pilar e um de Assunção. Comunidade de Naranjito, Itapúa Devido à escassez de pessoal e à impossibilidade de continuar assis‐
tindo pastoralmente esta zona, a Vice‐Província de Assunção cede o cuidado pastoral de Naranjito à Vice‐Província de Pilar. Em janeiro de 2008 tem início esta nova comunidade da Vice‐Província de Pilar com dois confrades. Eles atenderão pastoralmente duas paróquias e uma comunidade. A zona, em sua maioria, está povoada por “brasiguai‐
os”, ou seja, descendentes de brasileiros, muitos dos quais se natura‐
lizaram paraguaios ou nasceram no Paraguai. Um dos confrades des‐
ta comunidade está encarregado de planejar missões populares. A Vice‐Província de Pilar conta com 17 confrades. Desses, 14 são sa‐
cerdotes e 3 são estudantes professos de votos temporários. Atualmente contamos com três comunidades: • Casa vice‐provincial e paróquia Virgem do Pilar, Assunção. • Comunidade Nossa Senhora do Pilar, Pilar. 0014 AMÉRICA LATINA 219 • Comunidade Naranjito, Itapúa‐Encarnação. Também existem outras três comunidades formadas conjuntamente com a Vice‐Província de Assunção: • Comunidade de Areguá: Paróquia Nossa Senhora da Cande‐
lária. • Comunidade de Atyrá: Paróquia e casa de Retiros Marianella. • Comunidade ou Missão de Cuba Situação atual O Paraguai é um país eminentemente cristão‐católico, “batizado mas não evangelizado” como dizem alguns teólogos. Há fortes ex‐
pressões da religiosidade popular mas também se nota a busca de uma expressão social da fé. No nível político, desde quase 20 anos estamos tentando viver como uma democracia, depois de uma longa ditadura e sob um partido político que governou o país durante 60 anos. Desde agosto de 2008 o país é governado por um presidente ex‐bispo. A situação social indica falta de trabalho, emigração forçada, pouca alfabetização, acumulação de bens em mãos de uns poucos, corrup‐
ção generalizada, injustiça social, contaminação ambiental. Os pobres mais abandonados são os indígenas que, em sua maioria, vivem na zona ocidental, a saber, no Chaco. Mas também há muitos pobres tanto nas zonas periféricas da capital como no interior do país. Nos últimos anos, a faixa de pobreza aumentou consideravelmente. 220 Conspectus Generalis 2009 Obras apostólicas Assunção: Paróquia Virgem do Pilar. Pilar: Basílica Menor Nossa Senhora do Pilar, Paróquia Santíssimo Redentor, Paróquia Santo Atanásio, Paróquia São Patrício e Paróquia São Carlos Borromeu. Itapúa: Paróquia de Naranjito, Paróquia de Tirol e Comunidade de Cressburgo. Areguá: Paróquia Nossa Senhora da Candelária: comunidade inter‐
Vice‐provincial. Atyrá: Comunidade inter‐vice‐provincial. Casa de Retiros Marianella e paróquia São Francisco de Assis. Cuba: Comunidade inter‐vice‐provincial. Missões populares: Um confrade está trabalhando na programação de missões populares. Cada ano são programadas duas ou três mis‐
sões. Nas férias de janeiro e na Semana Santa, os seminaristas traba‐
lham nestas missões populares. Fundação FROSEP (Fundação Redentorista de Obras Sociais e Edu‐
cacionais de Pilar): Conta com 15 instituições educativas. Esta Fun‐
dação ajuda, também micro‐empresários com pequenos emprésti‐
mos para que dêem início a atividades comerciais. Esta fundação nasceu dentro da Vice‐Província graças ao sonho de um confrade que se propôs cooperar na formação de crianças e jovens da cidade de Pilar. A fundação já tem 30 anos de existência. Tem personalida‐
de jurídica e, portanto, é reconhecida pelo Estado paraguaio, e tem seu próprio estatuto jurídico. Hoje em dia, a nossa presença na fun‐
dação se efetua através de um confrade, que é o presidente, porque assim o determinam os seus estatutos. Estamos num processo de discernimento para decidir se a Vice‐Província continua ou não a‐
companhando esta fundação. 0014 AMÉRICA LATINA 221 Casa de retiros: Na cidade de Carapeguá, a casa “Santo Afonso”, ce‐
dida temporariamente às Irmãs Missionárias Redentoristas da cidade de Pilar e da cidade de Atyrá, é um centro polifuncional chamado “Marianella” e se encontra sob os cuidados das duas Vice‐Províncias. Colégios: A Vice‐Província conta com o colégio “Santo Afonso”, na cidade de Carapeguá, dirigido provisoriamente pelas Irmãs Missio‐
nárias Redentoristas. Pastoral juvenil e vocacional: Contamos com um confrade que a‐
companha esta pastoral juntamente com outro confrade da Vice‐
Província de Assunção. Formação: Em 1982 foi iniciado um sistema de formação conjunta‐
mente com a Vice‐Província de Assunção. Atualmente são quatro os formadores: três da Vice‐Província de Assunção e um da Vice‐
Província de Pilar. Há duas casas de formação da Vice‐Província de Assunção, e uma casa da Vice‐Província de Pilar. Problemas e desafios Todos os confrades estamos, graças a Deus, com muitas atividades pastorais. Esta situação, por outro lado, põe em evidência a dificul‐
dade de consolidar a vida comunitária, com o risco de uma “satura‐
ção prematura”. Atualmente, algumas de nossas “comunidades” são formadas por três confrades; outras, somente por dois. Cada um dos confrades está empenhado em diversas atividades que requerem muito tempo de atenção, dificultando assim o encontro comunitário. Começamos este triênio com uma grande dificuldade econômica. A Vice‐Província iniciou o ano com um capital suficiente para sustentar apenas por seis meses os compromissos assumidos: subsidio às comu‐
nidades, formação, estrutura vice‐provincial, gastos extraordinários tais como os de saúde e manutenção dos veículos … Isto nos tem leva‐
do a cortar os subsídios e a manter somente os gastos da formação. 222 Conspectus Generalis 2009 A Província romana nos assiste cada três meses para cobrir os gastos de um mês de formação. Graças a Deus temos conseguido algum au‐
xílio na Itália para sustentar a formação até dezembro deste ano. Nos‐
sos trabalhos pastorais e os bens imóveis que possuímos não produ‐
zem o necessário. São suficientes apenas para a nossa manutenção ordinária. A Vice‐Província de Pilar, em todos estes anos de sua exis‐
tência, nunca se projetou na produção de bens para sustentar a sua estrutura. Sempre viveu da ajuda ocasional dos “amigos e familiares italianos”. Com a mentalidade de gastar o capital sem produzir o ne‐
cessário para repô‐lo, nenhuma estrutura, por mais dinheiro que se tenha, pode resistir. Esta situação indica que já não estamos em con‐
dições de continuar mantendo o sistema de formação. Toda esta rea‐
lidade tem causado reações negativas dos confrades para comigo, como Vice‐Provincial, e contra o Governo provincial. Tanto a Província Romana como o Governo Geral estão a par desta situação e estamos trabalhando para encontrar uma solução para o problema. Finalmente, o grande desafio é a criação da Província Redentorista Paraguaia. O Governo Geral nos indicou a data para esta criação. Es‐
tamos trabalhando nesta direção. Graças a Deus, os dois Superiores vice‐provinciais temos acolhido favoravelmente a indicação do Go‐
verno Geral. Mas nem todos os confrades têm o mesmo entusiasmo dos Superiores vice‐provinciais. De novo, o grande problema é o eco‐
nômico. Os confrades da Vice‐Província de Assunção esperam que a Vice‐Província de Pilar possa contribuir com um bom capital para dar início à Província paraguaia. É uma pressão que não estamos certos de satisfazer, porque não sabemos o que a Província romana tem, ou possa estar disposta a dar como “dote”. Confiamos que, com o impul‐
so do Espírito e a disponibilidade de todos os confrades, até chegar à data marcada seremos a Província redentorista do Paraguai. O texto original é o espanhol. 0705 – Vice‐Província de Assunção (Paraguai) Breve história Desde o ano de 1930, quando chegaram os primeiros Missionários Redentoristas a Bella Vista, Amambai, até 1971, quando foi criada a Região de Assunção, o que é atualmente a Vice‐Província de Assunção dependia da Vice‐Província de Campo Grande (Brasil). Desde 1930 até 1983 vieram Missionários Redentoristas diretamente da Província de Baltimore. Já no final da década de 40 surgiam as pri‐
meiras vocações de paraguaios. Atualmente restam dois confrades 224 Conspectus Generalis 2009 norte‐americanos e os demais são paraguaios; alguns estudaram na Argentina, outros nos Estados Unidos, outros no Brasil e já em núme‐
ro cada vez maior, no Paraguai. Em 1981 a Região foi elevada à categoria de Vice‐Província. Em 1951 foi desmembrado o território para o que haveria de ser a Vice‐
Província de Pilar. Prioridades No início do presente triênio, em março de 2008, decidiu‐se em As‐
sembléia que as prioridades deste triênio serão: 1. a pastoral 2. a administração dos bens 3. a formação inicial A pastoral Não há a menor dúvida de que na Vice‐Província de Assunção todos têm o seu trabalho e as tarefas pastorais são variadas. Trabalhamos preferentemente em paróquias, em lugares que foram ou são “de fronteira”. Nas paróquias mais urbanas, as tarefas de evangelização são mais reduzidas em espaço geográfico, e se procura chegar a to‐
das as pessoas através do método da setorização do território. No ambiente rural, visitam‐se periodicamente as comunidades que compõem a paróquia, priorizando estas tarefas, desde as maiores comunidades até as menores. Conforme a região, o apostolado é fei‐
to em espanhol, em guarani, ou em português. Vale a pena destacar que, à imagem do modelo que nos havia lega‐
do a nossa Província‐Mãe, trabalha‐se muito na formação acadêmi‐
ca, espiritual e moral das crianças e dos jovens. A necessidade que levou os primeiros confrades a esta opção pastoral, e que nos move atualmente, é a de preencher o vazio existente entre as famílias 0014 AMÉRICA LATINA 225 mais necessitadas e optar por uma formação acadêmica adequada onde o estado não tem possibilidades. O mesmo se deve dizer da necessidade de uma formação religioso‐cristã que leve a formar ci‐
dadãos conscientes e coerentes com esta sociedade. Através de décadas, diversas pessoas têm colaborado com o trabalho de evangelização redentorista. Muitas delas têm sido colaboradores que, com suas limitações, têm acompanhado os missionários em su‐
as viagens pastorais; outros têm prestado os serviços domésticos ne‐
cessários para as nossas comunidades; e um grupo grande de educa‐
dores consagrou a sua vida à educação em nossas instituições. Desde o principio, alguns destes colaboradores sentiram uma atração parti‐
cular pela mística redentorista e serviram à Congregação a partir des‐
sa perspectiva. Muitos são os “leigos redentoristas” que, com maior ou menor formação sobre nosso carisma e nossa espiritualidade, continuam próximos do projeto pastoral. A pastoral, em suas diversas manifestações, ocupa a maioria dos confrades e consome também uma enorme porcentagem de nos‐
sos recursos econômicos. Trabalha‐se muito e trabalha‐se bem. Cada comunidade prepara suas forças para dinamizar o trabalho pas‐
toral na convivência comunitária. Esta, de comum acordo, estrutura o seu dia‐a‐dia em três encontros comunitários: a liturgia matinal das horas, o almoço coletivo, e o recreio doméstico no fim do dia. Está prevista uma reunião comunitária e um dia de retiro comunitário to‐
do mês. Os retiros maiores se realizam individualmente. Não temos tido retiros comunitários vice‐provinciais já há vários anos. As nossas comunidades, devido ao número de confrades e à ampli‐
dão da obra pastoral, se compõem de poucos membros. Esta opção, talvez se possa questionar, mas a experiência revela um contato sig‐
nificativo entre confrades e comunidades. 226 Conspectus Generalis 2009 São quatro as Comunidades canonicamente erigidas na Vice‐
Província: Bella Vista; Amambai, Nossa Senhora do Perpétuo Socor‐
ro (Pedro Juan Caballero); Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (As‐
sunção); Santíssimo Redentor (Assunção). Temos Estações Missioná‐
rias em Edelira, Areguá, Cuba (Nueva Gerona e Havana) e Bela Vista (Brasil). As casas de formação são: Beato Pedro Donders, aspiranta‐
do e residência vice‐provincial; casa Santíssimo Redentor, postulan‐
tado em território da Vice‐Província de Pilar; e São Geraldo, residên‐
cia dos estudantes. Vale a pena esclarecer que o lugar onde se reali‐
za o postulantado é oficialmente o Noviciado dos Redentoristas do Paraguai, agora desativado, em razão do plano da URSAL de reunir todos os noviços em Cochabamba (Bolívia). Atendemos 11 Paróquias e 3 quase‐paróquias distribuídas em três departamentos (províncias) do território nacional. A evangelização visa aproximar a mensagem de Cristo às pessoas para que se realizem transformações sociais oportunas. Se, por sua parte, a palavra dos nossos missionários não deixa de ter um impacto social, realizam‐se também atividades que, por suas características, poderi‐
am ser consideradas como “obras sociais”: escolas primárias (7), colé‐
gios secundários (4), clínicas (2), emissoras de rádio (2), refeitórios comunitários (6), e o trabalho diário de uma pastoral social que impli‐
ca atenção pontual às pessoas necessitadas. Dentro das circunstân‐
cias políticas que vivemos, a palavra da Igreja que partilhamos com os nossos fiéis de diversas maneiras tem um forte impacto social. Administração de bens O impulso que provém de elementos muito específicos tem criado o que poderíamos considerar como um “novo cenário” econômico‐
financeiro, que nos obriga a adequar‐nos a uma administração sis‐
temática de nossos bens. O estado paraguaio, ao exigir a implemen‐
tação da lei de “Adequação Fiscal”, nos tem obrigado a realizar na 0014 AMÉRICA LATINA 227 prática um minucioso estudo de nossos bens, junto com a elabora‐
ção sistemática de relatórios econômicos que nos permitem conhe‐
cer nossas possibilidades reais. Por sua vez, chegou‐se a um acordo com a Província de Baltimore sobre a criação de um patrimônio fi‐
nanceiro em vista de uma futura autonomia. Em terceiro lugar, a visão missionária da Congregação vai criando o seu próprio perfil de estruturas e de pessoas capazes de assumir facilmente novos com‐
promissos missionários. Estes três elementos nos indicam o caminho de futuras estruturas transformáveis ao impulso das necessidades pastorais. Para tanto, precisaremos de meios econômicos, os quais, como agora percebe‐
mos, temos, sim, à nossa disposição, e que devemos administrar a‐
dequadamente. O acordo com Baltimore sugere, ainda que de for‐
ma indireta, que chegou o momento de empreender o caminho da própria autonomia no Paraguai. Formação Nos últimos anos, tendo sido feito um trabalho mais sistemático de formação vocacional, conseguiu‐se chegar a ter um número impor‐
tante de seminaristas, entre os quais se deve destacar o número de estudantes professos (14) que podem augurar‐nos um bom número de confrades como reforço e substituição. O nosso sistema de formação passou por duas dificuldades nestes últimos triênios. Em primeiro lugar, não temos podido manter a mesma equipe de formadores porque, devido a diversas razões, no início de cada triênio tiveram de ser substituídos. Disto resulta que a experiência acumulada por cada formador não teve continuidade. A segunda dificuldade deriva do fato de que uma grande porcentagem dos nossos seminaristas provém do interior, de lugares onde a for‐
mação acadêmica primária e secundária não é suficientemente ade‐
quada. Chegam para nós jovens de presumida capacidade intelectual, 228 Conspectus Generalis 2009 mas que nem sempre conseguem superar os obstáculos de profes‐
sores exigentes e de matérias complexas; pelo menos para a sua ex‐
periência prática. Assim acontece o fenômeno da deserção. É certo que também os jovens, vítimas do ambiente social atual, quase sempre chegam ao seminário com uma diminuta disposição para sacrificar‐se pela sua vocação. Um fenômeno conhecido por toda a Congregação é que, no Paraguai, o sistema de formação é mantido indistintamente por formadores da Vice‐Província de Pilar e da Vice‐Província de Assunção, e que os se‐
minaristas provêm de ambas as Unidades. Isto acontece desde 1981, com a conseqüente proximidade entre os confrades jovens que foram companheiros de estudo. Como parte de uma formação permanente mais intensiva, e no de‐
sejo de que os confrades se exponham mais amplamente à experi‐
ência internacional e interprovincial, foi enviado um confrade para estudar teologia moral na Academia Afonsiana, foi autorizada a fu‐
tura entrada de outro confrade para fazer o curso de missiologia, e o caminho fica aberto para estes estudos superiores para aqueles que assim o desejarem e a Congregação os destinar. Governo vice‐provincial O governo vice‐provincial consta de 5 membros em seu conselho extraordinário vice‐provincial. O superior maior é o Pe. Pedro Sanabria (59 anos); o Pe. Ramón Val‐
dez é o vigário vice‐provincial (49); o Pe. Osvaldo Duarte, conselhei‐
ro ordinário (43), e os conselheiros extraordinários são os RR.PP. Vi‐
cente Soria (37) e Virginio Benítez (34), este último é também secre‐
tário vice‐provincial. O ecônomo vice‐provincial é o Pe. Vicente Soria. Os formadores são: o Pe. Ranulfo Verón no estudantado; o Pe. Francisco Cano (VPP), no 0014 AMÉRICA LATINA 229 postulantado; e o Pe. Nelson Acosta, com o Irmão Gervásio Benítez, no aspirantado. O arquivista vice‐provincial é o Pe. Pedro Gennaro. São reitores de suas respectivas comunidades: Bella Vista, Amambai: Pe. Rubén Forcado; Pedro Juan Caballero: Pe. Osvaldo Duarte; Perpé‐
tuo Socorro, Assunção: Pe. Ramón Valdez; Santíssimo Redentor: Pe. Ramón Candia; Edelira: Pe. Ronaldo Ocampos; Areguá: Pe. Virgínio Benítez; Nueva Gerona (Cuba): Pe. Sergio Campara (VPP); Cristo Re‐
dentor (Havana): Pe. Felipe Martínez e a residência vice‐provincial: Pe. Pedro Sanabria. O Conselho Extraordinário se reúne na primeira 2ª feira de cada mês; e de três em três meses se reúne também com o Conselho Extraordinário de Pilar. Conserva‐se um livro de atas das reuniões. Os formadores, membros do Secretariado de Formação, reúnem‐
se uma vez ao mês. Relações com a Vice‐Província de Pilar Se podemos considerar um elenco de fatores que nos aproximam da Vice‐Província de Pilar, certamente devemos indicar estes: • Ambos os Conselhos (10 confrades) reúnem‐se de três em três meses para tratar em comum temas de pastoral, de formação e de outros projetos. • Há confrades de ambas as Unidades em Edelira, Areguá, At‐
yrá (casa de retiros) e em Cuba. • A formação é uma experiência comum desde décadas. • A atenção à Pastoral Juvenil e Vocacional também se realiza em forma conjunta. • Foram adquiridos em comum veículos, propriedades, e se busca a participação de confrades de ambas as Unidades em cada encontro congregacional. 230 Conspectus Generalis 2009 • O contacto entre os Superiores Maiores de ambas as Unida‐
des é fluido. • 90 % dos confrades são paraguaios. Por outro lado, poder‐se‐iam indicar temores que intranqüilizam alguns confrades de ambas as Unidades: • Ainda que hoje em dia haja muita semelhança pastoral, as tradições de origem são diferentes (note‐se que aqui se expe‐
rimenta a diferença histórica de nossa própria Congregação). • As prioridades pastorais podem ser semelhantes, mas há di‐
ferenças. • A tradição da disposição dos bens é um pouco diferente para cada Vice‐Província. • Há conhecimento mútuo entre os confrades, mas os mode‐
los de convivência comunitárias são diferentes. Formalmente, na vida real há uma proximidade vital muito eviden‐
te. Os temores não impedem, porém, que se pense numa proximi‐
dade maior. Projetos Das prioridades do triênio surgem os seguintes projetos Pastoral: No fim do triênio deixaremos a Missão em Cuba. A Mis‐
são no Uruguai, embora já atendida, é uma opção para o futuro. Com as futuras ordenações, pensa‐se no reforço de algumas co‐
munidades, sem que tenhamos de abandonar a possibilidade real de uma nova fundação dentro do país. Estamos atentos à colabo‐
ração inter‐provincial. Administração dos bens: Ao conhecimento das reais condições e‐
conômicas deve somar‐se a maior autonomia econômica de cada 0014 AMÉRICA LATINA 231 comunidade, antes de poder pensar numa independência financei‐
ra vice‐provincial. Formação: Há um confrade em formação para ser formador. Deve‐
se sistematizar a formação acadêmica prévia à entrada dos candida‐
tos no seminário. Pensa‐se na possibilidade de voltar a estudar a Fi‐
losofia no Instituto Superior de Teologia. Conclusão O relativamente pequeno número de confrades que compõem esta Unidade manifesta um impulso pastoral que se deve manter, e in‐
clusive orientar‐se para novos empreendimentos. A questão de uma única Unidade Redentorista no Paraguai tem certamente seus méritos e, cada vez é mais oportuno o diálogo que leva a este fim. Creio que, apesar de desentendimentos pontuais, este grupo con‐
serva o espírito missionário da Congregação e, com uma motivação adequada, pode inserir‐se nos princípios da reestruturação con‐
gregacional. O texto original é o espanhol. 1304 – Vice‐Província de Fortaleza (Brasil) Primeira Casa: 1960 Vice‐Província fundada: 5 de fevereiro de 1962 Membros: 45 234 Conspectus Generalis 2009 Introdução Estatísticas básicas • 45 confrades • 39 sacerdotes • 01 irmão professo • 05 estudantes professos • Idade dos confrades Confrades com mais de 70 anos 14 Confrades de 60 a 69 anos 4 Confrades de 50 a 59 anos 9 Confrades de 40 a 49 anos 4 Confrades de 30 a 39 anos 8 Confrades de 20 a 29 anos 6 TOTAL 45 Comunidades • Ceará: 7 Comunidade Central São Clemente – Fortaleza Comunidade São João Neumann – Fortaleza Comunidade Santo Afonso – Fortaleza Comunidade Pedro Donders – Caucaia Comunidade José Ferreira Caminha – Aracati Comunidade de São Raimundo Nonato – Fortaleza. Comunidade Francisco Seelos – Fortaleza • Piauí: 3 Comunidade São Geraldo – Teresina Comunidade de Nazária – Nazária Comunidade Bom Jesus – Bom Jesus • Em Paramaribo – Suriname – 1 confrade • Na Vice‐Província do Recife – Madalena – 1 confrade • Na Província de Dublin – 2 confrades 0014 AMÉRICA LATINA 235 Realidade do Nordeste do Brasil • Religiosa: crescimento das seitas por fora e dos carismáti‐
cos por dentro da Igreja. • Eclesial: clericalismo acentuado, falta profetismo, a opção pelos pobres – há mais teoria que prática. • Cultura: urbanização, midiática, religião do shopping, mais ênfase na estética que na ética. • Política: continua a corrupção, descrédito, mas há sinais de renovação (movimento “fé e política”.) • Ambiental: aquecimento global sentido na pele com secas e enchentes. Cresce a consciência da necessidade de mu‐
dar, aumenta a reciclagem. • Os mais abandonados: nas periferias, no campo, a juven‐
tude, os encarcerados, povo da rua, menores, enfermos. Situação da Vice‐Província Organização: A Vice‐Província de Fortaleza sentiu a necessidade de revisar seus compromissos pastorais levando em conta os recursos humanos. Para isso demos início ao processo de reagrupamento, avaliando todas as atividades da Vice‐Província em vista de uma in‐
tensificação de nossas atividades missionárias frente às realidades mais desafiantes, com a redução de nossa presença em áreas pasto‐
rais consideradas menos urgentes. Conseguimos devolver paróquias às suas respectivas dioceses, reforçando o trabalho em outras áreas mais urgentes e pastoralmente abandonadas. Estamos elaborando nosso Projeto vice‐provincial para os próximos 6 anos. Econômico: Em vista da viabilidade econômica da Vice‐Província, temos começado um processo de conscientização e de busca de maiores recursos econômicos no Brasil. 236 Conspectus Generalis 2009 Ambiental: Vemos uma maior conscientização por parte das pesso‐
as em cuidar do meio ambiente. O número de congressos, assem‐
bléias, seminários em favor da vida têm aumentado. Por outro lado, encontramos uma parte que não se importa com o meio ambiente, fazendo queimadas de nossas árvores e desvalorizando a água. Nos‐
so papel frente a isso é conscientizar o povo da defesa da vida: hu‐
mana e cósmica. Política: Frente a um modelo de sociedade que quer calar a voz do povo mais simples e desfavorecido e frente às manifestações em busca de seus direitos, nós Missionários Redentoristas, através da conscientização, comunicação e inseridos no meio do povo, damos um grito de liberdade de expressão e de luta pelos direitos, procu‐
rando articular a sociedade civil e os formadores de opinião. Apoia‐
mos comitês contra a corrupção política. Identificar os pobres: Os pobres são todos aqueles que necessitam de uma palavra de conforto, ânimo para suas vidas, passam por situações precárias, são privados de sua liberdade, todos os que sofrem. Nós os encontramos nos hospitais, nos presídios, nas ruas, em nossa vizinhança, em nossa própria igreja, nas esquinas, nas casas de prostituição, nas comunidades eclesiais de base. Trabalhos apostólicos • Paróquias (atualmente temos três, já deixamos cinco) • Santuários, Novenas de NSPS • Áreas Pastorais, urbanas e rurais • A periferia – favelas, animação das CEBs (Comunidades E‐
clesiais de Base) • Pastorais Sociais: Pastoral Carcerária, Pastoral do povo da rua e Pastoral do menor 0014 AMÉRICA LATINA 237 • Hospitais Públicos • Ações Missionárias, (formação dos Missionários Redento‐
ristas Leigos) • Formação • Teologia moral – Um confrade leciona no Instituto de Teologia. • Administração • Promoção Vocacional • MCS (Rádio, TV, Jornal) • Suriname 238 Conspectus Generalis 2009 Marcas da Vice‐Província • Critério: “vamos aonde a Igreja não pode ou não quer ir...” • Queremos ser uma presença profética na Igreja que apa‐
renta recuar, sendo presença nos presídios, hospitais pú‐
blicos, favelas, periferias, paróquias mais pobres. • Acolhendo as ovelhas sem pastor, nas novenas, nos san‐
tuários. • Ter a coragem de deixar paróquias bem estruturadas para assumir outras mais desassistidas e precárias. • Preocupados com a comunicação e a mídia. • Aprofundar e avançar nas experiências de parceria. • Pastoral vocacional: temos 05 membros trabalhando na pastoral vocacional e 45 vocacionados. • Formação inicial: na formação inicial nós temos: 05 aspi‐
rantes, 08 postulantes, um noviço e cinco junioristas. Desafios • Como continuar o processo de reestruturação com a quan‐
tidade de compromissos assumidos e com certa resistência de confrades? • Temos que enfrentar o desafio da missão redentorista na cidade grande. • Estar mais junto à juventude. • Concretizar melhor a opção pelos pobres na prática. • Como conseguir clarear cada vez mais a ação redentorista no terceiro milênio com os problemas do planeta, do mundo contemporâneo e as exigências do Evangelho? 0014 AMÉRICA LATINA 239 • Como obter soluções com a precária situação econômica que possuímos? • Como avançar em nosso trabalho com os leigos? • Como cuidar bem dos confrades idosos? • Como manter todos os trabalhos missionários que assu‐
mimos com o número limitado de confrades? Esperanças • Perseverança, energia, doação dos veteranos. • A chegada de uma nova geração de Redentoristas, genero‐
sos e dedicados. • Programa de pastoral vocacional e formação. • Missionários/as Redentoristas Leigos. • Os pobres continuam a nos converter a sermos Redento‐
ristas melhores. • Parceria, mesmo que ainda tímida (precária), entre as U‐
nidades de Recife, Fortaleza, Bahia e Manaus. O texto original é o português. 1502 – Vice‐Província de Caracas (Venezuela) Primeira casa: 1925 Ereção da Vice‐Província: 23 de outubro de 1925 (VP de Madri) Membros: 39 em 31 de dezembro de 2008 Estado/evolução durante os últimos seis anos Na data de 31 de dezembro de 2008, a Vice‐Província se compõe de 39 membros professos que se distribuem da seguinte maneira: sa‐
cerdotes: 33; irmãos coadjutores: 1; estudantes de votos perpétuos: 1; estudantes de votos temporários: 4. Em período de formação, sem votos: estudantes de filosofia: 6. 242 Conspectus Generalis 2009 Em relação à data de 1 de novembro de 2002, a evolução, do ponto de vista numérico foi a seguinte: seis sacerdotes a menos; um irmão a menos e flutuou o número de formandos. A diminuição do núme‐
ro de sacerdotes se deve a falecimentos (2); regresso à Província de origem (3) e um saído da Congregação. Em compensação, nestes seis últimos anos a Vice‐Província teve a alegria de celebrar a orde‐
nação sacerdotal de oito jovens. Dois sacerdotes se encontram em exclaustração simples e um com licença de ausência. A média de idade da Vice‐Província, incluídos os formandos, é de 53 anos; excluindo estes, é de 56 anos. Durante este sexênio, em relação às casas ou residências houve poucas mudanças: a casa de Las Brisas del Paraíso, em Caracas, abrigou a experiência de uma comunidade mista (religiosos e leigos) no triênio 2005‐2008. De resto, continuamos nos seguintes lugares: Caracas (3 comunidades) • residência vice‐provincial, comunidade e paróquia • filosofado • comunidade num bairro próximo da residência vice‐
provincial. Barquisimeto (duas comunidades com suas respectivas paróquias, mais o Centro de Pastoral Santo Afonso); Valencia (comunidade com paróquia), San Cristóbal (comunidade e sua paróquia) e Mérida (residência de missionários). A comunidade de Maracaibo, embora em território venezuelano, pertence a à Província de Bogotá desde 1995. 0014 AMÉRICA LATINA 243 Iniciativas Realizou‐se a experiência da comunidade mista leigos‐religiosos, como acima foi dito, no triênio 2005‐2008. Foi aprovada uma nova Ratio Formationis e, em conseqüência, foi implementada a nova e‐
tapa de Transição para o Ministério e se acentuou a preparação dos congregados jovens. Foi fortalecida a Equipe Missionária e foi reno‐
vado o compromisso da Congregação com a Igreja venezuelana de manter o serviço das missões itinerantes. A celebração das Assem‐
bléias vice‐provinciais permitiu contribuir para uma dinâmica de par‐
ticipação da maioria dos membros da Vice‐Província na hora de to‐
mar decisões importantes e de elaborar novos projetos. Entre os planos para o futuro, a Vice‐Província poderia colocar a supressão de algumas comunidades a fim de fortalecer a Equipe Missionária e dar maior relevância à Promoção Vocacional. Outra iniciativa será a fusão de vários secretariados (missões, PJVR, leigos, e paróquias) num só secretariado de pastoral; neste sentido, o primeiro passo a dar será implementar uma missão conjunta entre todos os secreta‐
riados que ajude esta integração. O futuro: luzes, sombras, e desafios Antes de tudo, afirmamos que a Vice‐Província crê no futuro. Embo‐
ra com problemas e dificuldades, uns herdados e outros surgidos nos últimos anos, mas com confiança em Deus, assim como na vali‐
dade do carisma missionário e em nossas próprias capacidades, con‐
tinuamos apostando no futuro. Sombras • Pouca comunicação e interação entre os membros das comunidades, dando como desculpa a atividade pastoral, assim como as diferenças de geração e cultura. 244 Conspectus Generalis 2009 • Perante o modelo de vida comunitária tradicional, os con‐
gregados jovens se mostram críticos e evasivos, sem colo‐
car alternativas válidas que impliquem maior presença e participação deles mesmos na vida da comunidade. • Procuramos ser efetivos com os projetos PIVA, mas afeti‐
vamente não nos relacionamos com eles. • Não abrimos maiores espaços de participação aos leigos li‐
gados ao nosso carisma. • A situação econômica e sócio‐política do país nos mantém na incerteza sobre os projetos futuros. • A nossa maneira de conceber a vida religiosa reflete os mesmos problemas da cultura do mundo contemporâneo (independência, consumismo, individualismo, satisfações pessoais, a sexualidade, materialismo, etc.). Isto se deve ao fato de que a nossa espiritualidade, ou trata de evadir toda esta realidade do momento, ou simplesmente permitimos que se veja diminuída, ou inclusive anulada, pelo peso dos acontecimentos. Luzes • Há fé nas novas gerações, e isto permite pensar num futu‐
ro para a Vice‐Província. • Os nossos formandos nos permitem sustentar os sonhos de hoje para garantir a missão do futuro. • Há uma total disponibilidade para o serviço na grande mai‐
oria dos membros da Vice‐Província, independentemente de sua idade e nacionalidade. • O PIVA ajudou‐nos a organizar‐nos e a colocar‐nos objeti‐
vos claros para sermos mais efetivos em nosso ser e em nosso agir pastoral. 0014 AMÉRICA LATINA 245 • As nossas casas continuam sendo lugares de referência de atenção pastoral e espiritual para o nosso povo. • Mesmo quando a Equipe Missionária se viu reduzida em número no triênio passado, não deixou de realizarem‐se várias jornadas missionárias com a participação de boa parte dos membros da Vice‐Província. • Alguns confrades são, no dia‐a‐dia, verdadeiras testemu‐
nhas de uma vida espiritual profunda e comprometida com o serviço aos outros. Metas • Fazer uma análise realista da situação da Vice‐Província, diante do Capítulo, mas, sobretudo, em relação ao futuro. • Cultivar uma atitude integradora e dialogante, vencendo os fantasmas criados através da suspeita, dos rumores e da desconfiança. • Devemos esforçar‐nos por criar uma cultura do trabalho mediante a co‐responsabilidade e o sentido de pertença. • Temos que exercer a dimensão espiritual, pessoal e comu‐
nitária, para podermos enfrentar os desafios do mundo moderno sob o discernimento do Espírito Santo. Problemas • Um simples olhar na estatística nos diz que um dos pro‐
blemas mais importantes é o da idade dos membros da Vi‐
ce‐Província. O grupo mais numeroso da Unidade é o cons‐
tituído pelas pessoas que superam os 75 anos. • Outro problema sério é a estabilidade dos jovens sacerdo‐
tes. Por razões difíceis de definir, constatamos que, chega‐
do um certo momento da vida religiosa, uma porcentagem 246 Conspectus Generalis 2009 demasiado alta pede para deixar a comunidade. Isto agra‐
va cada vez mais a distância de gerações entre os dois gru‐
pos que formam esta Unidade. • A diferença de idade, que se une à diversidade de proce‐
dências e culturas, faz com que, em certas ocasiões, não seja fácil o diálogo nem tampouco a comunhão espontâ‐
nea e franca dos problemas existentes nas comunidades e na Vice‐Província em geral. Desafios Os desafios que esta Unidade tem à sua frente são numerosos e não pequenos: • Consolidar a vida religiosa e o carisma missionário redento‐
rista na Venezuela a partir dos religiosos autóctones. • Conseguir uma comunicação sincera e aberta entre jovens (venezuelanos) e idosos (espanhóis) a partir de uma tole‐
rância mútua e de uma aceitação crítica. • Estabilizar os processos formativos, seja na Venezuela seja em outras Unidades da Região, de modo que se vá gerando uma continuidade e consolidando um talante determinado que não esteja sujeito a tantos vaivens. • Comprometer toda a Vice‐Província na Pastoral vocacional. Hoje em dia, a Venezuela é uma terra rica em vocações mis‐
sionárias. O que precisamos é acerto para suscitá‐las e dina‐
mismo missionário para cuidá‐las e ajudá‐las a amadurecer. • Renovar nossos métodos evangelizadores, tanto em nível de pastoral paroquial como em nível especificamente de pastoral missionária. • Superar o ativismo improvisado e chegar a ações pastorais devidamente programadas e revisadas. 0014 AMÉRICA LATINA 247 • Crescer em sensibilidade social ante as dificuldades de todo tipo pelas quais o nosso povo está passando nestes anos. • Afiançar uma espiritualidade missionária que sirva de nor‐
te e orientação na escolha de nossos trabalhos pastorais. Esperanças Os próprios desafios indicados são expressão das esperanças que nos animam. Cremos que é possível tornar realidade esses desafios, ou, pelo menos, que devemos lutar para torná‐los realidade. De fato, al‐
guns desafios colocados estão sendo enfrentados com idealismo e passo firme. Porque cremos em Deus e no carisma redentorista, dei‐
xamo‐nos interpelar por tantas realidades que são a voz de Deus para nós hoje; e, ante tais realidades, não queremos permanecer surdos. O texto original é o espanhol. 1506 – Vice‐Província de San Salvador (América Central) Introdução Os Padres espanhóis Félix Ruiz de Samaniego (1888‐1937) e Pedro del Palacio (1870‐1958) desembarcaram em Puerto Limón, costa atlântica de Costa Rica, no dia 13 de maio de 1927, procedentes da diáspora mexicana. Nesse mesmo dia, no trem das seis da tarde, chegaram à cidade de Alajuela. Dom Antonio del Carmen Monestel, bispo de Alajuela, os recebeu com alegria e lhes ofereceu o Santuário do Santo Cristo de Esquipulas 250 Conspectus Generalis 2009 e da Agonia. Dia 25 de maio tomaram posse, interinamente, da pa‐
róquia. No dia 27 de junho de 1928 se abre a primeira fundação em Honduras; dia 23 de julho de 1929, em San Salvador, El Salvador. As fundações de Guatemala, Nicarágua e Panamá se estabeleceram entre os anos 1952‐1964. Depois de 82 anos de presença redentorista na América Central, contamos com 8 comunidades canonicamente erigidas, 2 residên‐
cias e 1 equipe missionária. Atualmente somos 56 membros profes‐
sos, dos quais: 49 são de votos perpétuos, 6 de votos temporários, 3 com licença de ausência, 1 em ausência ilegítima e 1 tramitando a sua redução ao estado leigo. Na realidade, portanto, temos: 56 sa‐
cerdotes, 3 diáconos, 5 irmãos e 6 juniores. Atualmente dois confrades trabalham na Vice‐Província de Rich‐
mond (EUA), dois em Roma (um faz o Doutorado em Direito Canôni‐
co e o outro trabalha na Casa Geral), um na Província de Madri e um na missão redentorista na ilha de Cuba. A média de idade é de 42,5 anos. Somos uma Unidade composta por seis países (Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica e Panamá) e sete nacionalidades (além dos centro‐americanos, con‐
tamos também com confrades espanhóis). A ereção canônica da Vice‐Província de San Salvador foi dia 2 de fe‐
vereiro de 1955. Obras apostólicas e atividades missionárias Os Redentoristas trabalhamos em 9 paróquias urbanas e numa igreja que não é paróquia. A maioria das paróquias estão situadas em zonas populares, bastante pobres. São territórios extensos e muito povoa‐
dos, pelo que podem muito bem ser chamadas “paróquias efetiva‐
mente missionárias”. Há muito trabalho. A messe é grande e os tra‐
balhadores são muito poucos. Há muito compromisso pastoral em 0014 AMÉRICA LATINA 251 diversas e extensas zonas. Não temos pessoal suficiente para atender bem todas as necessidades e responder às enormes exigências pas‐
torais de cada zona. O certo é que há muitas necessidades pastorais e muitas oportunidades missionárias. Pelo que dissemos, a realidade mencionada está a exigir uma reorga‐
nização, uma reestruturação, um discernimento para redimensionar o trabalho e encontrar o modo de focalizar melhor a missão dos Reden‐
toristas em cada um dos mencionados países centro‐americanos. A este respeito, a última visita do Governo Geral nos convidava a per‐
guntar‐nos: “Como reduzir alguns trabalhos? Há necessidade de fe‐
char algumas paróquias, algumas obras? Como fortalecer e tornar mais missionária a pastoral atual? Como assumir novas e criativas ini‐
ciativas missionárias a partir das comunidades locais?… É mister en‐
contrar um equilíbrio realista no processo de discernimento: Como realizar uma aproximação maior com os mais abandonados e margi‐
nalizados? Como realizar a missão com esta escassez de pessoal? Co‐
mo sustentar economicamente os projetos missionários?” Existe um Secretariado de Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista que coordena em nível vice‐provincial esta prioridade pastoral por meio de encontros e espaços de formação para animadores e asses‐
sores. Nas comunidades paroquiais locais há vários grupos de jo‐
vens. Porém, é possível fazer ainda mais com os jovens. A Pastoral Juvenil é uma prioridade pastoral, já que a maioria absoluta da po‐
pulação nestes países é constituída de jovens. Contamos com uma Equipe Missionária Itinerante que prega apro‐
ximadamente 10 missões por ano na América Central, com a colabo‐
ração dos confrades de todas as comunidades. Contamos, além dis‐
so, com o entusiasmo contagiante e comprometido dos missionários leigos – homens e mulheres – dos diferentes países. É uma experi‐
ência muito positiva e sem a qual não poderíamos responder aos pedidos de missão. 252 Conspectus Generalis 2009 Em geral, os confrades da Vice‐Província estamos dedicados ao tra‐
balho pastoral. A proximidade ao povo é muito boa e nota‐se que o povo nos estima. Fazemos esforços por trabalhar de forma coorde‐
nada, à maneira de comunidade apostólica. Nas paróquias traba‐
lhamos por setores, procurando seguir o Sistema Integral da Nova Evangelização (SINE). Organizamos pequenas comunidades, há ativi‐
dades pastorais em sintonia com os planos das dioceses onde traba‐
lhamos, há movimentos eclesiais, etc. Nota‐se que há o desejo de manter uma certa continuidade no trabalho e com as pessoas que atendemos; existe uma busca de linhas pastorais comuns. No entan‐
to, isto não é fácil, devido à variedade de experiências eclesiais e li‐
nhas pastorais diocesanas. O importante é, dentro dessa variedade, discernir como os Redentoristas podemos contribuir com o nosso próprio carisma e dinamismo missionário. Existe também o perigo do ativismo, da dispersão, do individualis‐
mo. Como o campo de trabalho é muito grande, existe o perigo de acomodar‐se ao mais simples e realizar um trabalho paroquial de estilo quase exclusivamente “sacramentalista”. Também existe o risco de dar uma atenção pastoral só aos fiéis que se aproximam, uma pastoral de reação em vez de uma pastoral propriamente mis‐
sionária, saindo em busca dos mais abandonados e necessitados. Em várias paróquias trabalha‐se com os movimentos eclesiais (Re‐
novação carismática, Cursillhos de Cristandade, e, especialmente, com os do Caminho Neocatecumenal). Responsabilidades Os Redentoristas da América Central nos propusemos, por meio de um “Projeto Integral de Vida Apostólica na América Central” (PI‐
VAC), as seguintes metas para o triênio 2008‐2011: 0014 AMÉRICA LATINA 253 • Efetivar a opção preferencial pela Pastoral Vocacional, com ênfase na promoção dos irmãos leigos. • Fortalecer a vida comunitária apostólica. • Reativar nossas opções pastorais: Paróquia, Comunhão de Comunidades; Equipe Missionária Itinerante; e fundação de uma Estação Missionária. • Redigir e implementar o diretório vice‐provincial de assuntos administrativos e econômicos. • Recapitalizar a economia vice‐provincial para a Missão. • Elaboração e aprovação da Ratio Formationis. • Renovação e adequação dos Estatutos vice‐provinciais. • Dar o passo para ser Província (05 de janeiro de 2011). Formação inicial Atualmente, as estruturas de Formação são as seguintes: • Pastoral Vocacional: Contamos com um coordenador em ní‐
vel vice‐provincial; também há em cada casa una comissão lo‐
cal de pastoral vocacional formada por um confrade e leigos. • Aspirantado Externo: Realiza‐se em cada país apoiando os jovens com interesses vocacionais que estão terminando os estudos secundários, e acompanhando‐os em seu discerni‐
mento e conhecimento da Congregação. • Postulantado: Seminário “São Clemente”, em São José da Costa Rica. O plano é de 4 anos: um ano introdutório e 3 anos de Filosofia no Instituto Teológico da América Central (ITAC). Isto se faz antes do noviciado intercongregacional da Conferência dos Religiosos. Atualmente há 8 candidatos no ano introdutório, 3 no primeiro de filosofia, 7 no segundo 254 Conspectus Generalis 2009 de filosofia e 1 pré‐noviço. A equipe de formação é formada por quatro sacerdotes. • Noviciado: Atualmente há 2 noviços no Noviciado sub‐
regional “Santo Afonso”, de Piedecuesta (Bucaramanga, Co‐
lômbia). A equipe de formação é interprovincial. • Juniorato: Teologado “Santo Afonso” em San Salvador, El Salvador. Os estudantes estudam na Universidade Centro‐
Americana “José Simeón Cañas” (UCA), dos Jesuítas. O pro‐
grama básico é de 5 anos: um ano propedêutico de teologia, um ano de experiência de comunidade apostólica e três anos de Teologia. Atualmente temos 5 estudando a Teologia pro‐
priamente dita. A equipe de formação é formada por quatro sacerdotes e um irmão. • Ano de Pastoral: Além destes, há um estudante professo fa‐
zendo o “ano de pastoral” no lugar de missão permanente que temos em Trojes, Honduras. • Acompanhamento aos confrades de 1‐5 anos de profissão: Existe um processo de acompanhamento a estes confrades, com encontros anuais a cargo de um membro do secretaria‐
do de formação. O texto original é o espanhol. 1507 – Vice‐Província do Peru‐Norte Introdução A Vice‐Província do Peru‐Norte tem três casas fundadas – Trujillo, Piu‐
ra e Lima – e uma residência do "EME" (Equipe Missionária Estável). Congregados: 1 Bispo, 19 sacerdotes na ativa, um fundador com estatuto especial para dedicar‐se à sua obra, um sacerdote em au‐
sência ilegítima da comunidade, outro com licença de ausência sem exercício do sacerdócio por um ano, 3 Irmãos de votos tempo‐
rários, 9 estudantes de votos temporários, 7 postulantes no filoso‐
fado e 5 aspirantes. 256 Conspectus Generalis 2009 Situação atual do Peru O povo do Peru em geral é um povo com uma religiosidade popular exuberante e escassa fé religiosa autêntica. A Igreja: Tem um grande prestígio, devido à religiosidade do povo. Na sua hierarquia há uma clara divisão: por um lado, o Cardeal com os bispos da linha do “Opus”, e por outro o presidente da Confe‐
rência Episcopal e os bispos que o seguem. As seitas vão ganhando número de fiéis, porém eles vão e voltam com relativa facilidade. Culturalmente: Não podemos dizer que seja uma sociedade culta, porém o seu nível cultural está acima do seu nível econômico. Têm muito interesse em estudar: curso primário, secundário, cursos breves para os que não têm acesso à universidade por diversas causas; o restante se sacrifica para profissionalizar‐se e superar‐se. Penso que há uma minoria de profissionais que são muito bons e têm boa preparação em todos os ramos do saber, mas em geral, os profissionais são medíocres. A cultura geral propriamente é baixa. Há 8% de analfabetos, mais mulheres que homens. Politicamente: Vivemos um democracia, e no poder está o partido APRISTA, o mais bem organizado de toda a América Latina. O pre‐
sidente é um grande demagogo, que governou o país sendo muito jovem e fez o pior governo da história do Peru, mas agora está se esforçando por apagar aquela imagem do seu primeiro governo. A economia, não obstante a crise mundial, se mantém num bom ní‐
vel e ouço dizer que temos 5% de crescimento do produto interno bruto, o que, comparado com o resto do mundo, é um dado muito positivo; mas na realidade não vemos que isto modifica a situação do povo mais humilde. O ambiente continua sendo de violência urbana e assaltos de todo tipo: a bancos, ônibus, instituições e cidadãos particulares. Pode‐se 0014 AMÉRICA LATINA 257 dizer que somos uma sociedade desprotegida e que se vive com mui‐
ta insegurança na cidade, porque as forças policiais não são eficazes. Os mais pobres no Peru são os desempregados e os camponeses de poucas posses. Os desempregados vivem nos aglomerados ur‐
banos nos cinturões das grandes cidades e os camponeses a que nos referimos, nas alturas da cordilheira dos Andes. Obras apostólicas Em cada uma das três casas temos o cuidado pastoral de uma pa‐
róquia, que sempre supera as 50 mil almas e numa passa dos 100 mil habitantes. Na casa de Piura, além disso, temos o atendimento ao Santuário do Perpétuo Socorro, que é referência para as confis‐
sões de toda a diocese. O EME (Equipe Missionária Estável) deixou no dia 31 de dezembro de 2008 a residência de Cascas e vai estabelecer‐se em Otuzco, ci‐
dade da serra com 45 povoados aos seus cuidados. Está a uma ho‐
ra e meia de Trujillo e vai ser o campo do tirocínio pastoral de nos‐
sos estudantes. Como trabalho primordial na Vice‐Província, temos a formação: promoção vocacional, aspirantado, postulantado, noviciado, teolo‐
gado e formação permanente em nossas comunidades (dirigida pelo Pe. Francisco Moreno) e em centros de formação especializa‐
dos. Queremos dar muita importância a este ponto, em vista do futuro da Unidade. Nas paróquias sempre damos atenção à ajuda social aos mais ne‐
cessitados. Na paróquia de Lima este aspecto é importantíssimo: mantêm três refeitórios populares, uma padaria e diversas oficinas para profissionalizar os mais pobres. 258 Conspectus Generalis 2009 Casa de retiros: Temos uma casa de retiro com uns 34 quartos na periferia de Lima (Cieneguilla), onde costumamos fazer as reuniões da Vice‐Província. Os padres que aí trabalharam puseram‐lhe o nome de "El Milagro". Na mesma propriedade há outra casa de re‐
tiro para grupos paroquiais. Publicações: Temos dois doutores em teologia moral: um dá aulas no seminário onde estudam os nossos estudantes e o outro publica artigos e assessora a Missão Continental. Existem também peque‐
nas publicações de livros e folhetos nos setores de catequese, pas‐
toral e liturgia. O texto original é o espanhol. 1701 – Vice‐Província de Resistencia (Argentina) Primeira casa: 1938 Ereção da Vice‐Província: 1 de fevereiro de 1955 Membros: 55 Estatística Neste momento, a Vice‐Província consta de 49 professos e 6 postu‐
lantes. Temos 38 sacerdotes, 2 diáconos, 2 irmãos de votos perpé‐
tuos, 1 irmão de votos temporários e 6 estudantes de votos tem‐ 260 Conspectus Generalis 2009 porários. Dos sacerdotes, 4 trabalham temporariamente, já que pertencem à Província de Varsóvia. Dos 49 professos, 25 são argentinos e os outros são poloneses. Estes confrades vivem em 15 comunidades. Há 3 residências: Margarita Belén, San Cayetano, e Ezpeleta. Geograficamente, trabalhamos no norte da Argentina; concreta‐
mente, nas províncias de Chaco e Misiones. Temos 3 comunidades na Província de Buenos Aires e, desde 24 de novembro de 2007, ou‐
tras 3 comunidades no sul da Argentina, na província de Chubut. Do ponto de vista eclesial, trabalhamos em 8 dioceses. Cuidamos de 13 paróquias e 1 quase‐paróquia. Um dos sacerdotes trabalha no Arquivo Geral da Congregação. Pregação explícita – Missões A Vice‐Província, apesar de ter muitas paróquias, tem como priori‐
dade a “pregação das missões especialmente onde há urgências pastorais da Igreja”. O esforço constante do Conselho se orienta para a constituição de uma equipe missionária própria, dedicada exclusivamente às missões. Atualmente, preparamos e pregamos as missões saindo de nossas paróquias, e juntamente com leigos e jovens. Através das missões se procura implementar o projeto de “paróquia evangelizadora”. Desde o ano 2000 foram feitas várias tentativas para pôr em práti‐
ca em algumas de nossas paróquias esse projeto; por exemplo, Es‐
píritu Santo e San Cayetano (Posadas); Nuestra Señora de la Asun‐
ción (Resistencia); Lourdes (Quilmes). A Equipe Missionária se en‐
carrega também da formação dos grupos missionários (leigos e jo‐
vens) por meio de encontros, retiros, jornadas e oficinas, prepa‐
rando e enviando material relacionado com a formação. Atualmente, 0014 AMÉRICA LATINA 261 como antes dizíamos, estamos preparando e pregando as missões saindo de nossas paróquias, e juntamente com os leigos. Temos somente 3 missionários de tempo integral, embora nos trabalhos missionários participem também outros integrantes da Vice‐
Província. Trabalho paroquial De acordo com as pautas e o espírito que caracteriza a “Nova Evan‐
gelização”, e como objetivo geral, nos propusemos alcançar a seguin‐
te meta: “Que nossas paróquias redentoristas se renovem perma‐
nentemente para serem Comunidades de Comunidades encarnadas em cada Diocese em comunhão com a pastoral diocesana, fortale‐
cendo sempre o caráter missionário próprio do nosso carisma. Prioridades pastorais Durante a segunda sessão do XII Capítulo vice‐provincial, realizada em Resistencia no ano jubilar de 2000, foram eleitas 3 prioridades que devem ser levadas em conta em nosso planejamento pastoral: Pasto‐
ral juvenil e vocacional, Formação missionária e Formação dos leigos. Tendo em conta essas 3 prioridades, é nosso desejo implementar o projeto de “paróquia evangelizadora” a partir da proposta que nos fazem os nossos bispos (da América Latina e Caribe), conforme o do‐
cumento final de Aparecida (Brasil, maio de 2007). Por isto, fazemos um esforço para que as nossas comunidades paroquiais tenham um caráter missionário sobretudo mediante a formação de grupos mis‐
sionários, formação de leigos, apoio aos movimentos eclesiais, boa organização da catequese, dedicação especial ao sacramento da re‐
conciliação, celebração das festas dos padroeiros com preparação es‐
pecial (Novena missionária). 262 Conspectus Generalis 2009 • Pastoral a partir da opção pelos pobres O trabalho pastoral a partir da opção pelos pobres se pro‐
põe: reforçar a pastoral rural tanto nos bairros como na pe‐
riferia, descentralizando a paróquia; propagar e consolidar uma boa catequese sobre a devoção popular a nossos san‐
tos e à Virgem Maria, assim como todo tipo de expressões de fé que levem à participação religiosa do povo simples; buscar caminhos de evangelização para casais e famílias, tendo em conta a situação sócio‐econômica que está influ‐
indo neles, assim como também as situações irregulares e a cultura anti‐vida e anti‐família, fruto do secularismo. Como pano de fundo, temos dois grandes desafios: o secula‐
rismo e a injustiça. Por isso o conteúdo da nossa evangeliza‐
ção pretende não ser outra coisa senão “suscitar, consolidar e amadurecer no povo a fé em Deus, Pai de Nosso Senhor Je‐
sus Cristo, apresentando‐a como um poder que cura, garan‐
te e promove a dignidade humana” (Linhas Pastorais para a Nova Evangelização da Conferência Episcopal Argentina, 16) • Pastoral Juvenil Vocacional Redentorista (PJVR) O objetivo da PJVR é que o jovem se encontre com Cristo Redentor. A experiência pessoal de encontro com o Ressusci‐
tado dará lugar à opção de viver a vida cristã em todas as su‐
as dimensões. Se levamos em conta os destinatários, tanto o objetivo como suas diversas etapas se concretizam em obje‐
tivos específicos que são outros tantos desafios da PJVR quando se leva a Boa Nova do Senhor ao jovem; quer dizer, maturidade humana e social; maturidade espiritual; forma‐
ção teológica; compromisso eclesial; perfil missionário. A PJVR se propõe compartilhar com os jovens o carisma re‐
dentorista mediante retiros para jovens, retiros de iniciação 0014 AMÉRICA LATINA 263 na Espiritualidade Redentorista em nível regional, congres‐
sos, acampamentos, participação nas Missões Leigas. Para conseguir tais objetivos, é necessária a colaboração de todos os confrades da Vice‐Província. A partir do Congresso de Leigos do ano 1993, dedicado à Pastoral Juvenil, teve iní‐
cio um trabalho mais organizado com os jovens: ƒ Foram eleitos dois delegados de cada paróquia para es‐
tabelecer um melhor contato entre as nossas paróquias no tocante à pastoral juvenil. ƒ Nossas paróquias foram divididas por zonas (Resistencia, Charata, Posada, Quilmes). Durante o ano, cada uma dessas zonas deve planejar as atividades que realizarão em conjunto, tais como: retiros, encontros, jornadas, formação de animadores, missões, etc. ƒ A comissão, segundo as suas possibilidades, cuida de proporcionar durante o ano material de trabalho para os grupos. ƒ Como urgências, podemos ressaltar: a formação de gru‐
pos de jovens ou de adolescentes; a formação de anima‐
dores jovens; a preparação de assessores jovens (também leigos); o fortalecimento do contato entre as paróquias nas suas respectivas zonas. A partir de 1994, realizam‐se na Vice‐Província Congressos de Jovens Redentoristas. Es‐
te ano teve lugar o XIII Congresso em Resistencia – Chaco. Note‐se que, desde algum tempo, a Pastoral Vocacional se insere na Pastoral Juvenil. • Formação dos Leigos O Congresso de Leigos Redentoristas começou em 1990 a cargo de um membro do Conselho vice‐provincial. A partir 264 Conspectus Generalis 2009 desta data, ficou decidido que se faça um Congresso Anual, do qual podem participar todos os agentes pastorais das pa‐
róquias redentoristas da Vice‐Província. A sede desta ativida‐
de evangelizadora é a Casa de Retiros “Santíssimo Redentor”, da Vice‐Província, na Paróquia “Nuestra Señora de la Asunci‐
ón” de Resistencia. O objetivo é reunir os esforços de evangelização, planejar juntos atividades que tenham seu impacto dentro desta so‐
ciedade secularizada. Outro objetivo é que o laicato mantenha na Vice‐Província comunicação e encontros como família redentorista. Houve participação do laicato em encontros de leigos celebrados em nível latino‐americano. A metodologia do trabalho nos Congressos, com referência aos temas que neles são trata‐
dos, é a seguinte: elege‐se um temário, à escolha dos con‐
gressistas, que seja de interesse e de atualidade para o lei‐
go. Entre os temas abordados, merecem destaque: Valores da Família; Família; o Leigo na atualidade; as seitas; os ca‐
samentos em situação irregular; a Missão; a solidariedade; o neoliberalismo em nossa Igreja; a família em seu contexto sócio‐cultural e pastoral; a Doutrina Social da Igreja. O tema do ano 2008 é “Espiritualidade Redentorista”. Os encontros duram três dias e na sua realização há um rodí‐
zio de um local a outro. Em cada Congresso são tomadas de‐
cisões que depois os congressistas participantes levam para suas comunidades para serem analisadas juntamente com os seus respectivos párocos; planejam‐se também ações que deverão tornar‐se efetivas. No final de cada Congresso é fei‐
ta uma avaliação a fim de saber quais mudanças se devem realizar, quais erros se devem corrigir e quais ações se de‐
vem reforçar. Atualmente continuamos a fazer Congressos 0014 AMÉRICA LATINA 265 Anuais em nível de Vice‐Província – com participação não só de missionários leigos, mas aberta também aos diversos a‐
gentes pastorais. Formação A Vice‐Província tem seu Noviciado próprio na Comunidade de San Pedro – Misiones (desde 1988), e o Estudantado na comunidade de La Plata (desde 1989). A formação acadêmica se realiza no Seminá‐
rio Interdiocesano “San José” de La Plata. Durante os estudos, os seminaristas trabalham pastoralmente nos fins de semana nas co‐
munidades vizinhas (Quilmes, Ezpeleta) e participam nos trabalhos missionários (Novenas e Missões). Durante as férias acompanham os grupos de Missionários Leigos Redentoristas e participam nas ativi‐
dades da Pastoral Juvenil e Vocacional. Vida comunitária e formação contínua A Vice‐Província se esforça para fortalecer numericamente as co‐
munidades pequenas, sobretudo abandonando algumas paróquias. Ao menos por enquanto, temos somente dois Padres que vivem sós, mas que mantêm contatos periódicos com a comunidade mais pró‐
xima. Atualmente nos foi apresentada outra realidade com o fato da missão assumida em Esquel (Chubut, sul da Argentina) e que, devido à distância, é impossível fazer encontros periódicos com os confra‐
des que ali trabalham, o que, por sua vez, impede também que mantenham a mesma comunicação que com o resto; não obstante isto, procura‐se consolidar a comunhão com eles. A vida em comum tem feito progressos, porém é preciso melhorar a vida fraterna, para o que estamos buscando melhores frutos por meio da formação contínua. Neste campo organizam‐se periodica‐
mente reuniões conjuntas entre Superiores, Formadores e Párocos. Cada ano é feito um encontro à maneira de retiro, para todos os 266 Conspectus Generalis 2009 membros da Vice‐Província. Semelhante celebração acontece com os Sacerdotes Jovens (até os 10 anos de ministério). Procura‐se promover reuniões regionais, realidade que é bem acolhida pelos confrades, a fim de fortalecer a vida fraterna e comunitária. Presença e trabalho pastoral na Prelazia de Esquel Os primeiros Padres chegaram à região de Esquel a 6 de agosto de 2007. Sua missão era a de ir conhecendo pouco a pouco e cada vez melhor a zona e a de ir se introduzindo na pastoral paroquial. O início oficial foi no dia 24 de novembro de 2007 e realizou‐se com a participação de numerosos sacerdotes da Vice‐Província e de leigos de nossas comunidades de Buenos Aires e do interior da Província. A 5 de janeiro de 2008 se incorporaram os três confra‐
des que tinham chegado da Província de Varsóvia. No dia 20 de janeiro de 2008 juntaram‐se ao grupo outros dois sacer‐
dotes; o último se incorporou a 20 de fevereiro de 2008. Estabelece‐
ram‐se em três comunidades: Esquel, Lago Puelo e Gobernador Costa. A chegada à província de Esquel (Chubut) foi muito bem preparada pelo bispo de diocese de Comodoro Rivadavia, Dom Virginio Do‐
mingo Bressanelli, que participou pessoalmente da preparação das comunidades que formariam as novas paróquias de Santa Maria de los Ángeles de Esquel e Nossa Senhora de Fátima de Lago Puelo. Na comunidade de Gobernador Costa, desde o primeiro dia começou‐
se já a visitar as famílias, já que a paróquia estava meio organizada. O objetivo principal foi dar‐se a conhecer a toda a população, para que houvesse uma participação maior do povo na vida da Igreja. Muitas das comunidades jamais tinham tido celebração da Semana Santa, e por isso a realização de tal celebração foi uma novidade total. 0014 AMÉRICA LATINA 267 Na zona do planalto, 90% habitada por povos indígenas, o proble‐
ma principal é a grande dispersão e o difícil acesso aos indígenas, além de uma grande confusão religiosa motivada muitas vezes pela pouca atenção que lhes tem dado a nossa Igreja. O povo em geral tem muita fome de Deus e necessidade de sentir a proximidade da Igreja e dos seus ministros; em conseqüência, a falta desses fatores de presença, somada a uma falta de base sóli‐
da e de não saber diferenciar os credos, fez com que se deixassem facilmente convencer e tenham mudado de religião. Este é um grande desafio para a evangelização. Esta missão é verdadeiramente própria de nosso carisma. Não de‐
vemos olhar para trás porque o trabalho é difícil ou porque a segu‐
rança não é plena. Confiamos no testemunho de nosso fundador Santo Afonso Maria de Ligório e no dos santos da nossa Congrega‐
ção e vemos que tampouco eles as tiveram. Pedimos a bênção de Deus e a vocês as suas orações. O texto original é o espanhol. 1702 – Vice‐Província da Bahia (Brasil) Primeira casa: 1972 Constituição da Vice‐Província: 09.11.1992 (VP de 1700 Varsóvia) 270 Conspectus Generalis 2009 Dados estatísticos Membros: 40 • Bispos: 1 • Sacerdotes: 32 • Irmãos: 2 • Diáconos: 3 • Junioristas: 2 Com relação à nacionalidade: • os brasileiros são 17, • os poloneses são 23. As comunidades: 9 Salvador • São Clemente: Sede da Vice‐Província, Arquivo e a Equipe Missionária • Santo Afonso: Centro Missionário Redentorista e Pastoral Juvenil Vocacional • São Geraldo: Casa de formação (postulantado) • São Lázaro: Santuário e Paróquia Bom Jesus da Lapa • Santuário • Paróquia • Beato Gaspar (aspirantado) Senhor do Bonfim • Paróquia Arraial d’Ajuda (Porto Seguro) • Santuário e Paróquia Situação atual A Vice‐Província atua no Estado da Bahia (13 milhões de habitan‐
tes), situado no Nordeste. É a parte mais pobre do país, castigada pelas secas, desemprego, analfabetismo. A extrema pobreza em que o povo vive, leva ao crescimento de migrações, desagregação das famílias, e a perda da dignidade de pessoas humanas, contribu‐
indo assim, para o crescimento da criminalidade. As temperaturas médias são altas; as distâncias são grandes e as estradas péssimas. Grandes são também os contrastes sociais dentro de uma mesma cidade. As nossas comunidades estão situadas em bairros pobres e a nossa ação missionária é realizada na partilha dessas condições precárias que essa gente vive. 272 Conspectus Generalis 2009 No Estado reside o maior número dos negros e mulatos do Brasil; daí, a forte influência da cultura africana nos costumes, religião e na arte. No campo religioso a situação não é fácil: poucos sacerdotes e religiosos, inúmeras comunidades, grandes paróquias. É notável o rápido crescimento e expansão de diversas seitas e grupos religiosos de origem protestante. Os mais pobres e abandonados, nas regiões onde desenvolvemos o nosso trabalho missionário, encontram‐se nas periferias das gran‐
des cidades. Também os jovens pertencem às categorias das pes‐
soas mais abandonadas pela Igreja. Trabalhos apostólicos e serviços missionários • Serviço missionário Missões Populares As missões são uma das prioridades apostólicas da Vice‐Província. A equipe missionária é composta de quatro confrades e é ajudada por outros confrades e missionários leigos. A missão numa paró‐
quia tem a duração, em média, de um ano. Durante esse tempo são realizados diversos encontros de formação missionária para leigos da paróquia. Uma missão abrange três etapas: preparação, a missão propriamente dita e a pós‐missão. Merecem destaque as novas iniciativas da equipe missionária: edi‐
ção do livro da pré‐missão, pós‐missão, do novo catecismo missio‐
nário e do novo missal missionário, adaptado aos tempos do ano litúrgico; impressos missionários; tentativas de implantação de no‐
vas formas da pós‐missão. Há um grande esforço para que o traba‐
lho das missões tenha a dimensão de colaboração e de parceria com outras Unidades Redentoristas do Brasil. 0014 AMÉRICA LATINA 273 Semanas Missionárias e Vocacionais e Retiros espirituais Os confrades da equipe missionária contam com a colaboração de outros confrades, formandos e missionários redentoristas leigos, para realizarem também as Semanas Missionárias e Vocacionais. Muitos retiros, tanto para os sacerdotes, como para os seminaristas, religiosos e leigos, foram pregados, ao longo dos últimos anos, pelos confrades da Vice‐Província. Centro Missionário Redentorista (CMR) Foi criado no ano de 2005, com o objetivo de unificar e animar as iniciativas que convergem ao fim principal da Congregação e que constituem a razão de ser dos missionários redentoristas da Bahia, tais como: evangelizar as áreas mais abandonadas, animar, desper‐
tar e formar os leigos para a vocação missionária, buscar respostas efetivas às urgências pastorais na nossa Igreja. Foi elaborado o Di‐
retório do Centro que define sua finalidade, estrutura, áreas de responsabilidade e manutenção. Missionários Redentoristas Leigos (MRL) A colaboração com os leigos, na Vice‐Província, continua progre‐
dindo. O Centro Missionário, responsável pelo acompanhamento e formação dos leigos, oferece cursos de formação missionária, com duração de dois anos. Em todas as nossas comunidades redentoris‐
tas existem grupos de Missionários Redentoristas Leigos. Muitos deles têm um vínculo com a Congregação, através dos compromis‐
sos missionários que assumiram na Vice‐Província e participam ati‐
vamente nas atividades de evangelização: Missões, Semanas Mis‐
sionárias e Vocacionais, tríduos e novenas em diversas paróquias. Alguns deles ajudam nos programas missionários radiofônicos. • Pastoral nos Santuários Trata‐se da segunda prioridade apostólica da Vice‐Província. Os San‐
tuários são um dos pólos catalisadores e o elemento de identidade 274 Conspectus Generalis 2009 da Unidade: tornam‐se uma missão permanente. O tempo da Roma‐
ria é um momento de encontro de quase todos os confrades da Vi‐
ce‐Província, nossos formandos e missionários leigos. A Semana de Estudos da Vice‐Província sobre a Pastoral nos Santu‐
ários, realizada em 2005, resultou na elaboração de parte do Plano de Ação Evangelizadora da Vice‐Província no que se refere aos San‐
tuários. Santuário do Bom Jesus, em Bom Jesus da Lapa Com a romaria quase permanente, durante o ano inteiro, o Santu‐
ário é visitado por cerca de um milhão de peregrinos de todas as partes do Brasil. Há um constante esforço para melhorar o atendi‐
mento dos romeiros, através de diversas iniciativas realizadas: ela‐
boração do projeto de desenvolvimento do santuário a curto, mé‐
dio e longo prazo; capacitação e formação de agentes de pastoral; investimentos na infra‐estrutura ‐ preocupação para ampliar o es‐
paço físico do santuário; qualificação do serviço e atendimento aos romeiros; publicações para peregrinos; promoção de romarias es‐
pecíficas; maior presença nos meios de comunicação, com desta‐
que para a transmissão da novena do Bom Jesus pela televisão; criação da página do Santuário na Internet; peregrinação com a imagem do Bom Jesus nas paróquias de onde vêm os romeiros. Santuário de Nossa Senhora d´Ajuda É o último santuário que a Vice‐Província assumiu (em 1999) e o mais antigo santuário mariano do Brasil, situado em Arraial d´Ajuda, Porto Seguro. Além dos romeiros, sempre mais numerosos, muitos são os turistas que têm em seu roteiro, a visita ao Santuário. É notável a revitalização da Romaria, fruto do sério e zeloso traba‐
lho dos confrades. Foi elaborado projeto de desenvolvimento do santuário e realizados importantes investimentos na sua infra‐
estrutura e suas dependências. As peregrinações com a imagem de 0014 AMÉRICA LATINA 275 Nossa Senhora d´Ajuda tornam‐se sempre mais freqüentes, tanto na diocese de Eunápolis como nas dioceses vizinhas. Santuário de São Lázaro Trata‐se de um Santuário urbano, em Salvador, marcado pelo sincre‐
tismo afro‐brasileiro e a religião africana candomblé. É de grande importância na Arquidiocese e bem freqüentado, sobretudo durante as festas dos santos padroeiros, São Lázaro e são Roque, com grande afluência de peregrinos nas segundas‐feiras durante todo ano. • Pastoral paroquial Os confrades da Vice‐Província assumem o trabalho pastoral nas paróquias em Bom Jesus da Lapa, Salvador (Ondina), Senhor do Bonfim e Arraial d´Ajuda. Atendem também uma frente missioná‐
ria em Salvador (Pituaçu), um bairro pobre com seis comunidades eclesiais, onde está situada a casa de formação (postulantado). O denominador comum dessas paróquias é o elevado número de habitantes e comunidades eclesiais (p.ex., na paróquia de Bom Je‐
sus da Lapa existem cerca de 100 comunidades, numa distância de até 100 km). Há muitos movimentos e grupos que dão vitalidade a nossas paró‐
quias e um engajamento vivo dos leigos. Todas essas paróquias e a frente missionária são resposta concreta dos Redentoristas às urgências pastorais do nordeste brasileiro. • Comunicações sociais Rádios: Nos lugares da nossa atuação missionária, temos acesso às rádios locais para transmitir a mensagem do Evangelho. Destaca‐
mos a Rádio Bom Jesus AM, propriedade da diocese, dirigida por um Redentorista e que se mantém no ar 24 horas por dia, num raio mais de 500 km. 276 Conspectus Generalis 2009 Livrarias: A Livraria Boa Nova, em Bom Jesus da Lapa, possui filiais em Itabuna e Arraial d´Ajuda. Além de evangelizar, através da di‐
vulgação dos livros religiosos e do material devocional, as livrarias tornam‐se a principal fonte de renda para manter a formação inici‐
al na Vice‐Província. Gráfica Bom Jesus: em Bom Jesus da Lapa, há mais de 30 anos ser‐
ve à evangelização, pela publicação de diversos materiais de cará‐
ter missionário, catequético, informativo e devocional. Há poucos anos, a Vice‐Província começou a fazer um importante investimen‐
to para criar nova e moderna infra‐estrutura da gráfica e da futura editora, adquirindo também novo maquinário. Sites vice‐provinciais na internet, boletins e informativos em nível das comunidades, paróquias e da Vice‐Província ajudam a divulgar o nosso carisma redentorista e constituem elo de união entre os con‐
frades da Unidade e com os Redentoristas de outras (vice) Províncias. • Formação inicial Pastoral Juvenil Vocacional Redentorista Em 2005, foi criado o Projeto da Pastoral Juvenil Vocacional Reden‐
torista (PJVR), integrando as Pastorais Vocacional e Juvenil. Foi ela‐
borado o Projeto “Por uma Cultura Vocacional na Vice‐Província da Bahia”, sob o título PRÓ‐VOCAÇÕES. Ele visa recriar e alimentar a alma do nosso grupo missionário, tocar no essencial da nossa vida e comprometer‐nos, ainda mais, na promoção de novas vocações e novos ministérios e implantar a cultura vocacional entre nós. A PJVR acompanha atualmente uns 110 jovens do estado da Bahia e de estados vizinhos. O acompanhamento é realizado através de: envio de material para o discernimento vocacional; correspondên‐
cia personalizada; Curso Vocacional por Correspondência; visitas às famílias dos vocacionados e encontros de animação vocacional e de seleção. 0014 AMÉRICA LATINA 277 Postulantado Nos últimos anos, os postulantes passaram a residir num bairro popular, em Salvador e freqüentar o curso completo de filosofia (3 anos), na Faculdade de São Bento. O jovem de hoje, candidato à Congregação, demonstra diversas deficiências que necessitam de mais tempo para serem trabalhadas nessa etapa inicial de formação. Noviciado Interprovincial Norte‐Nordeste, em Campina Grande‐PB É um projeto das Unidades Redentoristas do Norte‐Nordeste do Brasil, iniciado em 2005. Somos uma das Vice‐Províncias responsá‐
veis pela efetiva colaboração e manutenção desse projeto, além das Vice‐Províncias de Recife, Fortaleza e Manaus. Transferência dos junioristas para a Província do Rio de Janeiro Há dois anos, os junioristas da Vice‐Província continuam sua formação na casa de juniorato da Província do Rio, em Belo Horizonte. A decisão foi tomada para responder à recomendação do Governo Geral. A transferência dos junioristas foi um ganho em diversos sentidos. Eles percebem mais claramente que o que importa mesmo é a pertença à mesma Congregação, o mesmo ideal que nos une e não as diferenças regionais ou provinciais. • Formação permanente O Governo da Vice‐Província promove, cada ano, uma semana de Retiro Espiritual e uma Semana de Estudos das quais participam todos os confrades. Organiza, também, os cursos de Capacitação Missionária para os confrades e missionários leigos. Há outros en‐
contros periódicos de estudo e formação para: os novos, superio‐
res das comunidades, confrades das paróquias. Há também possi‐
bilidade de participar dos cursos e encontros organizados pela URB: promotores vocacionais, formadores, irmãos, ecônomos, mis‐
sionários. A Vice‐Província está investindo na qualificação do nosso 278 Conspectus Generalis 2009 serviço missionário, enviando os confrades para cursos de especia‐
lização e pós‐graduação no Brasil e no exterior. Preocupações e desafios O contexto sócio‐religioso nos desafia: a proliferação das seitas pentecostais, a religiosidade afro‐brasileira, o empobrecimento do povo nordestino, os novos excluídos, as grandes distâncias. O imenso volume do trabalho missionário e pastoral pode nos le‐
var ao ativismo, ameaçando o essencial da nossa vida espiritual e comunitária. Há urgência de ir ao encontro dos mais abandonados nas periferias dos grandes centros urbanos: na pregação das missões e na pasto‐
ral ordinária. A nossa atuação missionária no mundo dos jovens, os abandona‐
dos pela Igreja, deixa a desejar. Uma nova realidade na Vice‐Província – os confrades idosos e do‐
entes – precisa ser levada em consideração. A construção de pontes de diálogo e de fraterna convivência entre os confrades brasileiros e poloneses que pertencem à Vice‐
Província é tarefa diária. A criação da base econômica para sustentar nossa formação inicial e o trabalho missionário continua exigindo muito sacrifício. Conclusão Diante dos apelos da Igreja da América Latina que nos chama a re‐
pensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias (Documento de Aparecida, 11) cremos que nós, Redentoristas da Bahia, temos todas as condições para fazer frente a esse desafio. As instâncias de que dispomos e 0014 AMÉRICA LATINA 279 pelas quais zelamos: Equipe Missionária, Santuários, Centro Mis‐
sionário Redentorista, Missionários Redentoristas Leigos, constitu‐
em poderosos instrumentos de evangelização. Precisamos viver com fidelidade e dedicação a nossa vocação missionária e continu‐
ar o exemplo de Jesus Cristo Salvador, pregando aos pobres a Pala‐
vra de Deus (Const. 1). O texto original é o português. 1904 – Região de Porto Príncipe (Haiti) Primeira casa: Convento e igreja São Geraldo, 1929 Criação da Região: 11‐09‐1984 Membros: 41 (14‐12‐2008) História O território missionário do Haiti foi confiado à Província de Santana de Beaupré (1900) em 17 de maio de 1980. Foi erigido oficialmente como Região missionária de Porto Príncipe dia 11 de setembro de 1984. 282 Conspectus Generalis 2009 Estatísticas A Região de Porto Príncipe conta com 41 membros Redentoristas: 19 sacerdotes ordenados, dos quais 2 são estrangeiros; 1 diácono a ca‐
minho do sacerdócio; 2 irmãos de votos perpétuos; 19 estudantes professos e 5 pré‐noviços. Os confrades estão distribuídos por 6 casas, 5 das quais estão no Haiti e 1 em Guadalupe, na ilha Marie‐Galante. A casa‐mãe está si‐
tuada em Porto Príncipe, convento São Geraldo, adjacente à paró‐
quia São Geraldo, servindo a uma população numerosa de gente modesta, de umas 100 mil pessoas. A casa São Clemente é o esco‐
lasticado, onde vivem 13 estudantes de filosofia e 5 estudantes de teologia. O irmão estudante reside, este ano, em São Geraldo. Está concluindo seu último ano de ciências informáticas na universidade. Situada em Jérémie à Source Dommage à beira‐mar, a casa Santo Afonso abriga o pré‐noviciado e o noviciado; em 2008, ela recebeu 5 novos pré‐noviços. Duas paróquias de Château e de Fonfrède, na diocese de Cayes, estão sob a nossa responsabilidade. A casa de Grand Bourg (ilha Marie‐Galante) é onde moram nossos 3 confrades em missão em Guadalupe; atendemos a três paróquias desta ilha: Imaculada em Grand Bourg, São Luís na cidade de São Luís e Santana em Capesterre. Note‐se que dois de nossos confrades estão atual‐
mente estudando no exterior, um em Roma e outro no Canadá. Dois confrades estão na Comunidade internacional do Santuário de San‐
tana de Beaupré. Um confrade está nomeado para colaborar com os confrades da Província de San Juan na República Dominicana na pas‐
toral haitiana. Dois de nossos estudantes professos vão começar seus estudos no Escolasticado de Quiroga na Colômbia. Isto servirá de traço de união entre a Região e o Cone Norte das Unidades Re‐
dentoristas da América Latina. Perdemos um confrade sacerdote, falecido no dia 3 de agosto de 2008, na idade de 56 anos. Ele traba‐
lhava em Belle Fontaine, na zona considerada a mais difícil do país. Um confrade foi nomeado para substituí‐lo pelo período de um ano. 0014 AMÉRICA LATINA 283 Iniciativas – 2002‐2008 Sendo que o número dos confrades haitianos crescia constantemen‐
te, decidimos ampliar desde o ano 2003 o nosso campo pastoral na Região. Até então a nossa pastoral se limitava a dois lugares princi‐
pais: a paróquia São Geraldo e a Família Alfonsiana. Hoje em dia, aceitamos duas capelas que com muitas dificuldades erigimos em paróquia na diocese de Cayes. A experiência é sumamente enrique‐
cedora. Trata‐se das paróquias de Château e de Fonfrède. Em se‐
tembro de 2007, por insistência de Dom Ernest Cabo, da diocese de Basse‐Terre e Pointe‐à‐Pitre, consentimos em ampliar mais uma vez o nosso campo pastoral, aceitando três novas paróquias na ilha Ma‐
rie‐Galante em Guadalupe. Este ministério está sendo maravilhoso, no dizer das autoridades eclesiásticas de Guadalupe. Em 2008, duas novas iniciativas surgiram na Região: a nossa participação na Comu‐
nidade internacional do Santuário de Santana de Beaupré no Canadá e a colaboração da Região com a Província de San Juan na República Dominicana, na pastoral haitiana. Convém notar o envio de dois es‐
tudantes à Colômbia para estudos. Esta iniciativa tem por finalidade reforçar os laços entre a Região e os de língua espanhola. Trabalhos apostólicos A missão popular nos permite guardar certa proximidade com os pobres e dar um testemunho de Igreja em lugares onde muitos não podem ou não querem ir. Com a colaboração dos estudantes, um confrade coordena as atividades missionárias da Família Alfonsiana. Já percorremos mais de uma dezena de paróquias na arquidiocese de Porto Príncipe. O ministério paroquial em São Geraldo continua sendo um de nos‐
sos principais apostolados. Nossos estudantes cuidam também dos grupos de jovens. Um bom número de confrades sacerdotes lhes presta generosamente a colaboração. Esta presença nos dá a possi‐
bilidade de trabalhar entre as pessoas simples e abandonadas. 284 Conspectus Generalis 2009 Continuamos a acompanhar a Sagrada Família. São leigos que se re‐
únem em vista de reforçar as famílias cristãs e realizar missões junto às pessoas abandonadas da zona rural do Haiti. Colaboramos com eles no trabalho de evangelização. Um ministério muito significativo de nossa região é a celebração do sacramento do perdão. Certas pessoas chegam a nos identificar por este ministério. Com a Família Alfonsiana organizamos a pré‐missão, etapa em que preparamos as pessoas para viver a missão; a grande missão de duas ou três semanas e seu retorno durante o qual aprofundamos o que foi realizado. A nova missão da República Dominicana nos vai sensi‐
bilizar ainda mais à causa dos compatriotas haitianos que vivem na República Dominicana em condições freqüentemente desumanas. Isto vai manter constantemente a Região com as motivações primei‐
ras que estão na origem da fundação da Congregação: os mais po‐
bres e os mais abandonados. 0014 AMÉRICA LATINA 285 A missão de Guadalupe deu maior expansão à Região. De repente, a sua dimensão internacional se ampliou. Graças às recentes iniciati‐
vas, a mentalidade evoluiu muito: a Região se abre para o mundo e para as outras Unidades da Congregação. Problemas e desafios Os desafios que enfrentamos referem‐se à formação de nossos jo‐
vens estudantes, à missão, ao apostolado entre os jovens, ao autofi‐
nanciamento e às demasiadas dispersões. Formação A formação de nossos jovens continua sendo uma de nossas prio‐
ridades. Os jovens mostram lacunas sérias quando à formação inte‐
lectual, em conseqüência do descalabro do sistema educacional no país. A Região, não obstante seus poucos recursos, permite bastan‐
tes esforços e mobiliza muitos recursos humanos e materiais para este fim. Eles precisam de mais enquadramento. O que daria lugar à separação do escolasticado em duas seções: filosofia e teologia. Deseja‐se ardentemente um melhor discernimento em todas as etapas da formação. Missão Desde 1998, recomeçamos com as missões populares, tanto em nossa paróquia de São Geraldo como em Carrefour‐feuilles, onde o mês de julho é proclamado «mês de missão» como em outras paró‐
quias da arquidiocese de Porto Príncipe com a Família Alfonsiana. Reforçar este reagrupamento por meio de sessões de formação para os leigos que colaboram conosco é uma urgência, e o discernimento de novos métodos adaptados à realidade da nova evangelização é todo um desafio a enfrentar. 286 Conspectus Generalis 2009 Apostolado entre os jovens Os jovens representam a metade da população haitiana; estão entre as categorias mais abandonadas. Não podemos falar de missão sem fazer referência a esta faixa da população. Para isto, precisamos de um engajamento concreto junto deles por meio de uma dinâmica pastoral da juventude, que seja ao mesmo tempo adaptada à situa‐
ção atual deles como jovens e também de acordo com o carisma alfonsiano. Dispersão e autofinanciamento A dispersão dos membros no exterior e o autofinanciamento cons‐
tituem os maiores problemas para os quais temos de encontrar soluções. O futuro O futuro da Região de Porto Príncipe é muito promissor. É uma Re‐
gião em plena expansão. Ela conta já 41 membros, sem incluir os pré‐noviços e uma centena de candidatos ou vocacionados. Se ela encontrar um enquadramento necessário a seu desenvolvimento, a Região de Porto Príncipe está chamada a exercer um papel impor‐
tante na nova evangelização da Congregação. O texto original é o francês. 2200 – Província de Buenos Aires (Argentina) Dados estatísticos básicos Número de confrades Bispo: 1; Sacerdotes: 67; Diáconos: 5 (a caminho do sacerdócio); Irmãos: 5 (4 de votos perpétuos; 1 de votos temporários); Estudan‐
tes professos: 7 clérigos e 1 para irmão; Noviços: 4; Postulantes: 8. 288 Conspectus Generalis 2009 Número de comunidades 8 Casas canônicas na Argentina: Salta e sua projeção pastoral em Cachi (Valles Calchaquíes); Tucumán; Villa Allende; Goya; Rosario; Bella Vista; Las Vitorias e Mendoza. 5 Residências missionárias: três na Argentina: Huingan‐có (Neu‐
quén, um trabalho em conjunto com as Irmãs Missionárias Reden‐
toristas – IMR); São Geraldo (Casa de formação em Barrio Obligado – Grande Buenos Aires); Nossa Senhora de Lourdes (Paróquia na Diocese de Merlo‐Moreno – Grande Buenos Aires) e duas em Mo‐
çambique (África): Missão de Muvamba em Inhambane e Nossa Senhora das Graças em Maputo. Situação atual A atual situação da Argentina é o resultado de uma longa história que está por se cumprir, em 2010, ano do bicentenário do primeiro passo depois de nosso nascimento como nação independente da Coroa espanhola. Recentemente acabamos de sofrer uma grande crise em 2001 juntamente com o resultado específico que trouxe consigo a saída da convertibilidade que nos mantinha ajustados à paridade peso‐dólar. Se consideramos os últimos 30 anos, a nossa realidade depende das políticas neoliberais impulsionadas e avaliza‐
das pelos planos de ajuste estrutural impostos pelos organismos fi‐
nanceiros internacionais e executadas por governos militares e civis de diferente sinal partidário. Tudo isto faz de nós um país imprevisí‐
vel e com crescimentos díspares; nisto, quase sempre, um setor sai altamente favorecido, ao passo que outros podem somente emergir e, os demais, ficam relegados à cauda da história e outros se somam a ela empobrecidos. Estes se localizam nos cinturões das grandes cidades e em zonas rurais muito dispersas do interior do país. De‐
cresceu muito o tradicionalmente reconhecido nível educacional do povo, com os conhecidos desmandos na ordem social e cultural. Não 0014 AMÉRICA LATINA 289 obstante, continua havendo grandes produções culturais e formati‐
vas em todos os extratos sociais. Em nosso país, paradoxos deste tipo são habituais. Religiosamente, embora continue sendo um país majoritariamente cristão e, em grande parte, católico, a maioria faz questão de dizer que crê em Deus, mas a prática religiosa se reduz a menos de 5 % e, destes, os realmente comprometidos não superam a quarta parte. Como em outras zonas, a Igreja é considerada com respeito, em especial por seu trabalho social, mas pouco confiável em suas estruturas e muito discutida em suas posições morais, so‐
bretudo em torno a temas de moral sexual e familiar. Talvez esta situação diminua a sua credibilidade na hora de tomar posições a‐
certadas sobre a realidade nacional, a sua institucionalidade e os projetos das instâncias político‐sociais do país. Obras apostólicas e atividades missionárias Compromisso com os pobres: Em todas as nossas casas e residên‐
cias o serviço aos mais pobres constitui uma parte significativa do nosso apostolado. Missões populares/paroquiais: Embora atualmente se preguem em menor número, não perderam o seu interesse e buscam sem‐
pre melhorar a sua articulação a partir dos novos desafios do mo‐
mento. Anualmente pregamos uma ou duas missões, nas quais participam todas as comunidades. Pregam‐se também pequenas missões de bairro organizadas por algumas de nossas casas. Paróquias: Temos 9 paróquias na Argentina; 2 em Moçambique; e se atendem 3 em Uruguai (em processo de iniciação de nossa pre‐
sença interprovincial). Mais ou menos com os seguintes elementos todas elas: com Conselho Pastoral; Área Anúncio: Catequese (Ba‐
tismal, Comunhão, Confirmação, Pré‐matrimonial); Grupos de Jo‐
vens (Adolescentes e Jovens); Missão; Área Culto: Liturgia ‐ Oração ‐ Ministros da Eucaristia ‐ Pastoral da saúde; Área Serviço: Cáritas; 290 Conspectus Generalis 2009 Manutenção; etc. Em todos estes segmentos existe uma ampla participação dos leigos e coordenação entre os membros religiosos das distintas comunidades. Santuários/lugares de romaria: Consideramos como santuários as nossas casas de 1) Salta: Santuário do Perpétuo Socorro, onde se dá acolhida a variadas formas de religiosidade popular próprias dessa parte norte do nosso país como também das comunidades vizinhas bolivianas e 2) Tucumán com São Geraldo como patrono da juventu‐
de e das mães grávidas. Casas de retiros: contamos com 5 casas: em Salta: a Calderilla; em Villa Allende: Santo Afonso; em Rosário: Perpétuo Socorro; em Bel‐
la Vista: Perpétuo Socorro; em Mendoza: Potrerillos. A estas, acor‐
rem pessoas pertencentes tanto a nossas comunidades como às igrejas locais. Todas elas contam com estruturas simples e custos econômicos que favorecem um espaço acessível e popular. Pastoral Juvenil e Vocacional: Desde 1970 temos apostado em nos‐
sa Província por variados modos, mas com grande continuidade, em favor da Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista, tanto a nível de comunidades locais como a nível nacional. Isto se vem fazendo atra‐
vés de encontros para adolescentes e jovens, e também por meio de missões juvenis. O encontro anual de adolescentes realizou‐se este ano durante os dias 3 a 7 de janeiro em Villa Allende (Córdoba). A temática foi em torno da Reconciliação, acompanhada do tema da missão. O lema que nos acompanhou foi: «Reconciliando nossas vi‐
das, te anunciamos com alegria». O encontro de jovens deste ano teve lugar de 15 a 18 de agosto, também em Villa Allende (Córdoba), com o lema: «Construindo a nossa identidade com Cristo… humani‐
zemos a realidade». Ao menos dois retiros vocacionais se realizam cada ano: um em sentido amplo, e outro mais específico. O primeiro se orienta para um sentido vocacional cristão em geral; e o segundo 0014 AMÉRICA LATINA 291 é feito levando mais em conta a consagração religiosa. Sempre os fazemos mistos e conjuntamente com nossas Irmãs Missionárias. Colaboração com os leigos: Desde mais de 30 anos, em nossa Pro‐
víncia, se tem optado por uma crescente colaboração com os leigos em vista do carisma redentorista. Temos feito isto promovendo a participação ativa dos leigos em cada uma de nossas comunidades. Foi formado o que denominamos “SAL” (Serviço de Animação Lei‐
ga), integrado pelos leigos das diversas comunidades eleitos por eles mesmos e assessorados pelo encarregado que o Governo Pro‐
vincial designa dentre os congregados. A partir do SAL se organi‐
zam vários serviços para a animação conjunta de leigos e congre‐
gados, de modo especial durante o encontro anual no qual partici‐
pam os leigos com suas famílias, os religiosos e as Irmãs Missioná‐
rias. Este ano, esse encontro foi feito de 21 a 26 de janeiro em Villa Allende (Córdoba). A sua finalidade foi partilhar e refletir juntos acerca do tema: «A família a partir da Família Redentorista. Moral e Espiritualidade», e tudo com o lema «Em Família, com Amor, A‐
nunciamos o Senhor». Como fruto da caminhada de integração, foi publicado um “Documento orientador” sobre a participação dos leigos no carisma missionário redentorista. Formação inicial e contínua: A formação inicial é realizada mediante os dois anos de Postulantado em Villa Allende. Ali os formandos se‐
guem cursos introdutórios no CEFyT (Centro de Estudos Filosóficos e Teológicos), a cargo dos Missionários Claretianos. O Noviciado é in‐
terprovincial em Cochabamba, Bolívia. O Estudantado está em Bella Vista (Buenos Aires), e os estudos filosóficos e teológicos são feitos nas faculdades da Universidade dos Jesuítas, área São Miguel. Para a formação contínua, contamos com Assembléias anuais onde a pas‐
toral nos convoca e, em torno dela, buscamos espaços de formação específica. A isto se deve acrescentar o Retiro anual da Província e os encontros anuais específicos para Superiores, néo‐presbíteros e 292 Conspectus Generalis 2009 formadores. Cabe salientar que, nos últimos anos, foram enviados confrades para fazer estudos de formação específica fora do país: à Europa e à América Latina (Teologia Dogmática, Bíblia, Pastoral, Mis‐
siologia e Moral). Missão ad Gentes: Segundo o nosso critério, merece que se desta‐
que particularmente esta iniciativa da Província. O Capítulo de 1996 tomou a decisão unânime de iniciar a missão ad gentes. Du‐
rante dois anos, dois sacerdotes colaboraram com a Província de Denver na Nigéria e, ao voltar, foi‐lhes confiada a tarefa de animar nas comunidades o projeto de iniciar uma presença própria na Á‐
frica. Finalmente, no fim de 2002 foi fundada a primeira residência missionária da Província na zona rural de Moçambique (Missão de Muvamba). Em fevereiro de 2005 iniciamos a segunda residência na cidade de Maputo, capital de Moçambique. Aos 6 sacerdotes ali destinados juntaram‐se este ano os 3 primeiros missionários leigos. O projeto se orienta à evangelização missionária e ao estabeleci‐
mento da Congregação no país, com os seguintes objetivos: Objetivo geral: “Consolidar o processo de implantação da CSSR em terras de Moçambique para levar a cabo um anúncio inculturado, alegre e renovador da Boa Nova aos mais pobres”. Objetivos específicos: • Fazer uma clara opção pela Pastoral Juvenil e Vocacional Redentorista em ambas as comunidades. • Começar o caminho da formação inicial para a vida consa‐
grada através da criação de estruturas apropriadas. • Fomentar o conhecimento e a difusão da espiritualidade redentorista nos lugares onde trabalhamos. • Melhorar a qualidade de nossa vida comunitária para um maior sentido de co‐responsabilidade e pertença. 0014 AMÉRICA LATINA 293 • Priorizar a dimensão missionária da formação dos leigos pa‐
ra formar grupos missionários com os quais possamos tra‐
balhar. Responsabilidades Problemas: Talvez o nosso maior problema continue sendo o de su‐
perar certas tendências individualistas na hora de realizar determina‐
das atividades apostólicas. Daí deriva certa incapacidade para empre‐
ender determinados projetos comunitários que respondam às atuais urgências pastorais. Para isto, é preciso ter a coragem necessária para abandonar aquelas estruturas caducas que não ajudam a transmitir a vida cristã com autenticidade. Projetos, desafios e expectativas: No último Capítulo Provincial, e para poder superar a problemática anteriormente descrita, optou‐se por que, em cada casa, se buscassem os lugares mais abandonados a fim de estabelecer uma extensão missionária. Esta extensão missio‐
nária foi assumida não como casa canonicamente erigida, mas como residência missionária. Consiste numa nova paróquia muito populosa (cerca de 100.000 habitantes) no meio de uma diocese necessitada de clero e sociologicamente abandonada. Buscamos também apoiar e dar forma à Comunidade interprovincial do Uruguai. Vamos fazendo caminho com o Noviciado interprovincial da URSAL. Conclusão A Assembléia e o Capítulo provinciais assumiram como prioridade pastoral do triênio: “A Evangelização popular como resposta – a partir do nosso ca‐
risma de anúncio explícito do Evangelho – ao abandono espiritual, à realidade social, econômica, política e cultural de nossos desti‐
natários, com uma metodologia pastoral devidamente renovada. 294 Conspectus Generalis 2009 Partindo desta prioridade, devemos revisar, aprofundar e corrigir as nossas opções apostólicas mais importantes, como são: as mis‐
sões populares, a PJVR, a integração com os leigos, as IMR, e as a‐
tividades apostólicas ordinárias de nossas comunidades, etc.” A Evangelização popular, como uma categoria globalizante da meto‐
dologia das missões populares que tentamos superar, nos estimula na busca de novas formas de evangelização, especialmente dirigidas aos setores mais vulneráveis de nossa sociedade. Esta realidade a enten‐
demos como uma ação pastoral onde o Evangelho (como anúncio e testemunho) se vale da simbologia e da linguagem de nossos destina‐
tários (os mais abandonados, especialmente os pobres). Fazemos isto a partir de uma atitude de proximidade a suas vidas reais e concretas. Neste processo estamos atentos à cultura popular, especialmente a seus traços emergentes, de forma que possamos estabelecer de mo‐
do concreto um diálogo com o mundo. A este diálogo se incorporam as novas realidades sócio‐culturais a fim de evangelizá‐las desde a sua raiz e desde a sua própria dinâmica interior. Em definitivo, a evangeli‐
zação popular deveria ajudar‐nos a evangelizar, a partir do povo e com ele, todos aqueles a quem nos dirigimos sem excluir seu contex‐
to sócio‐religioso. Com eles celebramos o mistério da vida e forjamos, em chave evangélica e em união de vontades, uma alternativa à nova cidadania. Queremos que esta alternativa expresse a realidade da comunhão e da participação dos homens e das mulheres livres que caminham juntos a fim de realizar o Reino na história. Nós, juntamen‐
te com eles, tratamos de orientar‐nos para a pátria comum do Pai bom, justo e misericordioso. O texto original é o espanhol. 2201 – Vice‐Província do Peru‐Sul Primeira casa: 1884 Ereção da Vice‐Província: 22 de maio de 1988 Confrades: 68 Desenvolvimento nos últimos seis anos Atualmente somos 65 congregados, distribuídos em seis casas ca‐
nonicamente erigidas: Rímac, Casa de Formação, Arequipa, Cora‐
cora, Huanta e Santa Clara; e cinco residências, onde se exerce o apostolado redentorista: Paróquia Dos de Mayo, Paróquia San Juan Bautista, Paróquia Santiago Apóstol em Nazca, Paróquia San Juan Bautista de Marcona, Paróquia Inmaculada Concepção em Sivia. 296 Conspectus Generalis 2009 Desde a ereção canônica como Vice‐Província em 1988, tendo claras opções pastorais, trabalhamos incansavelmente pelas vocações sa‐
cerdotais e religiosas, por isso os frutos são hoje muitos favoráveis e esperançosos para a nossa pátria. Dos 65 congregados, 1 é de origem estrangeira, 3 sacerdotes estão perto de completar 80 anos, e temos um confrade da Província de Buenos Aires. Temos visto o crescimento favorável da nossa Vice‐
Província, que conta com uma maioria de congregados jovens e na‐
tivos, facilitando o trabalho missionário entre os nossos irmãos mais pobres do campo, especialmente nas zonas andinas. Hoje contamos com 14 estudantes de Teologia, 3 noviços, 9 estudantes de Filosofia e 7 aspirantes preparando‐se para iniciar os estudos superiores. Tudo isto são sinais claros do esforço e testemunho de nossos con‐
gregados. Conseguimos que as comunidades possam ter, pelo me‐
nos, quatro congregados; vemos assim, que o trabalho é cada vez mais coordenado e organizado, respondendo às expectativas da Vi‐
ce‐Província e do lugar. Cabe destacar que a maioria dos congrega‐
dos domina a língua quíchua, o que dá maior facilidade de comuni‐
cação com os camponeses desta língua. Iniciativas Entre as iniciativas surgidas nestes seis anos passados temos: Missões populares De acordo com as exigências de uma pastoral renovada, fomos nos adequando às circunstâncias no que se refere às missões populares e achamos conveniente pôr em prática os seguintes tipos de mis‐
sões: a tradicional, que consiste em visitas curtas a lugares de difícil acesso, onde não é possível uma preparação anterior a tal encontro com o povo; a missão por setores, que normalmente supõe um pro‐
cesso de três anos entre pré‐missão, missão e pós‐missão; a missão 0014 AMÉRICA LATINA 297 por assembléias familiares; neste tipo de missão destaca‐se a prepa‐
ração e formação dos leigos a fim de que possam dirigir eles mes‐
mos as assembléias familiares em seus respectivos setores; e, final‐
mente, tem lugar a pregação por um missionário na igreja. Vimos que dão melhores resultados para a cidade ou zonas urbani‐
zadas as missões por assembléias familiares, ao passo que a missão tradicional combina mais com os ambientes rurais, e com a particu‐
laridade que trata de encontrar lideres camponeses que, como ca‐
tequistas, possam dirigir suas comunidades já que é difícil o estabe‐
lecimento ali de um sacerdote. Promoção vocacional Desde o ano 1979, no qual foi reiniciado o processo de formação de vocações nativas, a Vice‐Província tomou como prioridade a pastoral vocacional. Hoje vemos florescer as vocações. Desde 1986 foram formadas equipes de promoção vocacional; atu‐
almente existe um diretório desta pastoral, no qual se explicam as etapas de convocação, acompanhamento e ingresso no Seminário. Cremos que existe um processo sério de seleção daqueles que aspi‐
ram a ingressar em nosso Instituto; devido a isto, nos organizamos da forma anteriormente descrita. Por outro lado, o Secretariado de Formação tem trabalhado seria‐
mente desde os seus inícios na elaboração dos diferentes diretórios de formação e na adequação da Ratio Studiorum a fim de que aque‐
les e esta respondam à nossa realidade. Centro Vocacional Redentorista Cabe mencionar que desde já alguns anos começamos com uma ex‐
periência nova com jovens que possuem inquietude vocacional. Esta experiência exige um forte trabalho do Formador pois percebemos que a deficiente formação educativa com que ingressam os nossos 298 Conspectus Generalis 2009 aspirantes não é suficiente. Este centro, dirigido por leigos formados em nossa espiritualidade, leva adiante esta experiência que vai dan‐
do seus frutos, posto que constitui uma grande ajuda para o jovem que busca encontrar sua vocação, seja leiga seja religiosa. Missionários leigos Desde a grande Missão de Lima, e com as experiências missionárias tidas no interior da nossa pátria, vemos que muitos jovens e adultos que foram preparados na pré‐missão, sentem o desejo de continuar trabalhando perto de nós segundo o nosso carisma. Isto nos levou a criar a Escola de Missionários Leigos. Esta Escola tem decaído atual‐
mente um pouco por causa da instabilidade dos que a dirigem, mas continua sendo um desafio para nós reativá‐la, sendo que contamos com pessoas interessadas em fazê‐lo que surgem de nossas missões. Leigos consagrados Alguns de nossos missionários leigos têm querido viver com maior intensidade a sua vida missionária. Sem perder sua condição de lei‐
gos, quiseram consagrar suas vidas ao serviço da nossa Congregação Missionária, pelo que estão sempre disponíveis para as atividades da nossa Vice‐Província. Atualmente contamos com três missionárias leigas consagradas; elas estão preparadas para o trabalho de reativar as escolas missionárias, iniciativa que valorizamos muito porque compreendemos o trabalho dos leigos. Estamos tratando de elaborar os Estatutos Gerais dos Leigos para que possam responder às exigências da zona. Plano pastoral Vice‐Provincial Faz dois anos, a Vice‐Província viu a necessidade de trabalhar de forma planejada mediante a coordenação dos seus projetos e traba‐
lhos pastorais. Devido a isto, durante toda uma assembléia fizemos um Curso de Planejamento Pastoral que foi de grande utilidade para toda a Vice‐Província. Em nossa última Assembléia concluímos nosso 0014 AMÉRICA LATINA 299 Plano, que será posto em prática durante este novo Triênio. Os Con‐
gregados se encontram preparados para poder acomodar‐se às no‐
vas diretrizes e exigências deste novo plano. Atenção aos imigrantes A situação de violência terrorista em nossa Pátria tem trazido como conseqüência o êxodo de muitas famílias do campo para as cidades, ou outros lugares onde encontram proteção apoiando‐se mutua‐
mente na Igreja. Devido a isto, todas as comunidades têm tomado consciência da necessidade do trabalho de animação e alimentação destes irmãos nossos emigrantes. Hoje vemos em Huanta o trabalho de apoio aos meninos órfãos, a atenção que se dá às pessoas que vivem em Coracora, a atenção aos anciãos em Rímac, e as organiza‐
ções solidárias nas Paróquias de Arequipa e Santa Clara. Tarefas apostólicas Dentre as tarefas que mais sobressaem podemos citar: Comunidade apostólica Para nós é importante a Comunidade como tarefa; nela tratamos de conscientizar os confrades para que busquem os meios necessários a fim de que todos possamos viver fraternalmente e onde todos nos sintamos acolhidos e aceitos. Retiros O acompanhamento espiritual implica necessariamente os retiros a sacerdotes, religiosos e leigos. Devido a isto, o nosso apostolado se orienta de forma mais fiel ao nosso carisma de redenção mediante os retiros semanais e mensais que realizamos. Formação Cremos que, se a nossa prioridade consiste nas vocações, necessa‐
riamente temos que dar bastante peso à formação inicial e perma‐ 300 Conspectus Generalis 2009 nente. Queremos dar ao trabalho a dimensão pedagógica, pela qual se possa compreender e entender a complexidade do Mistério do homem. Missões As missões populares estão incluídas dentro do carisma fundacional, embora seja certo que, devido à situação que padecemos, tivemos de limitar‐nos a dar de forma organizada só uma missão por ano e na qual podemos trabalhar em equipe. Para alguns, a missão popu‐
lar havia passado de moda; vemos, no entanto, que é o contrário, pois a nova evangelização exige que a pastoral seja mais eficaz. Pre‐
cisamente um dos muitos meios de evangelização são exatamente as missões populares. Pastoral juvenil e leiga Em nossos Estatutos vice‐provinciais se destaca muito o trabalho entre os jovens e com os leigos. Querendo ser fiéis às linhas pasto‐
rais do CELAM (Santo Domingo), estamos trabalhando na promoção do leigo. Esta obra tem exigido maiores esforços na formação contí‐
nua que deve possuir o missionário para adequar‐se às circunstân‐
cias tão instáveis dos jovens e dos leigos de hoje. Porém ainda existem sinais de temor e medo deste tipo de trabalho, porque o religioso teme ser suplantado pelo leigo; além disto, por outro lado, sendo os jovens de hoje tão instáveis, parece que a pas‐
toral juvenil suscita maiores complicações e desesperanças. Problemas e desafios Um dos grandes problemas surgidos neste tempo, e que nasce de nossas opções, é o problema econômico. Ele tem gerado muitas si‐
tuações críticas no tocante à convivência fraterna e ao desempenho de nossa obra missionária. Isto acontece porque a maior parte de nossas entradas se destina ao processo formativo de nossos futuros 0014 AMÉRICA LATINA 301 missionários, mas chegamos ao extremo de ter que adiar a entrada de nossos candidatos por falta de recursos. Esta situação se transformou para nós, paradoxalmente, numa graça de Deus, porque nos permitiu refletir mais profundamente na neces‐
sidade de uma maior solidariedade e esforço no trabalho, a fim de poder enfrentar esta dura crise. Atualmente, esta situação provocou novas iniciativas, a curto e longo prazo, para poder solucionar o pro‐
blema econômico, iniciativas que lentamente já estão dando os seus resultados. Foi possível enfrentar toda esta situação de crise econô‐
mica graças à ajuda do nosso Governo Geral e de Unidades que se dispuseram a apoiar‐nos em nossas situações de emergência. Isto nos fez experimentar que somos uma verdadeira Família Redentorista. O desafio que hoje devemos enfrentar são: as vocações, as missões, os jovens e os leigos. Cremos que, tendo bem claras as nossas prio‐
ridades e pondo em prática a grande riqueza espiritual que possuí‐
mos como Congregação, podemos juntos criar meios razoáveis e eficazes que possam desenvolver e tornar realidade as nossas op‐
ções. E tudo isto, sem deixar de nos sentirmos radicados em nossa cultura andina que nos impulsiona, também, a fazer‐nos seguidores fiéis do Santíssimo Redentor e de Santo Afonso. O texto original é o espanhol. 2300 – Província de São Paulo (Brasil) Estatísticas Número dos confrades: 188 Média de idade: 59 anos Sacerdotes: 141 Média de idade: 58 anos 304 Conspectus Generalis 2009 Irmãos: 30 Média de idade: 59 anos Estudantes professos: 17 Média de idade: 30 anos Número de comunidades: 18 1. Aparecida: Comunicações Afonso de Ligório – Rádio, TV, Editora, Internet 2. Aparecida: Pe. Gebardo Wiggermann – Paróquia e Me‐
morial CSSR 3. Aparecida: Santuário Nacional 4. Aparecida: Seminário Santo Afonso – CERESP 5. Araraquara – Igreja e Equipe Missionária 6. Campinas: Seminário São Clemente – Filosofia e Paróquia 7. Diadema: Paróquia e Teologia 8. Miracatu: Paróquia e Obra Social 9. Potim: Seminário São Geraldo – Formação para irmãos 10. Santa Bárbara D’Oeste: Seminário Santíssimo Redentor – Propedêutico 11. São João da Boa Vista: Paróquia e Equipe Missionária 12. São Paulo: Cidade Tiradentes – Paróquia, Obra Social e Teologia 13. São Paulo: Ipiranga – Alfonsianum – Casa de Teologia 14. São Paulo: Jardim Paulistano – Casa Provincial e Paróquia 15. São Paulo: Pesquisas Religiosas – Professores e Biblioteca Provincial 16. São Paulo: Sapopemba – Paróquia 17. Tietê: Noviciado, Equipe Missionária e Paróquia 18. Worcester – USA: Comunidades de Brasileiros 306 Conspectus Generalis 2009 Situação atual A Província de São Paulo está situada na Região Sudeste do Brasil, cuja população em 2008 é estimada em 170 milhões de habitantes. Nessa região concentra‐se cerca de 30% dessa população. O cresci‐
mento populacional e o desenvolvimento humano dessa região não ocorre de forma homogênea, concentrando‐se pólos de grande de‐
senvolvimento com bolsões de pobreza desafiadores. Se nas déca‐
das anteriores, o fluxo migratório era do campo para os grandes centros urbanos, hoje nota‐se uma concentração da população nas pequenas e médias cidades. A expansão da monocultura da cana de açúcar, motivada pelo programa de combustível não poluente tem caracterizado o esvaziamento da zona rural, principalmente onde se localizam algumas das tradicionais comunidades redentoristas (São João da Boa Vista, Araraquara, Tietê). Por outro lado, as comunidades mais recentes se concentram nas periferias das duas mais significativas regiões metropolitanas do Es‐
tado: São Paulo e Campinas. Nelas a mobilidade populacional e o fenômeno migratório configuram uma atuação pastoral junto a uma população flutuante que requer uma atividade apostólica de acolhi‐
da dos que chegam e de envio dos que partem. A macro‐região do Vale do Paraíba é contemplada com uma concen‐
tração de 50% dos congregados na menor arquidiocese do país e que se situa entre os dois pólos metropolitanos mais populosos: São Paulo e Rio de Janeiro. Sua população tem uma configuração muito especial pelo estilo de vida da região, marcado do ponto de vista religioso pelo Santuário Mariano de Aparecida. A presença, por sua vez, de uma comunidade redentorista na região denominada Vale do Ribeira adquire uma configuração especial por situar‐se junto a uma população ainda marcadamente rural no sentido tradicional e por ter um baixo índice de desenvolvimento econômico. 0014 AMÉRICA LATINA 307 Os confrades redentoristas nessa diversificada configuração geopolí‐
tica enfrentam uma situação sócio‐econômica diversa. O que exige uma perspicácia de leitura sócio‐analítica que os lhes permita apro‐
ximar‐se realmente da vida dessas populações. Trata‐se, por outro lado, de um contexto de pobreza com caracterís‐
ticas regionais bem específicas. Pois, a pobreza que se tem na região da comunidade de Miracatu difere em muito da pobreza que se en‐
contra nas periferias de São Paulo e mesmo Campinas. Assim como os pobres da região das comunidades tradicionais (São João da Boa Vista, Araraquara, Tietê) vivenciam a sua pobreza de forma confor‐
mada com a própria situação, marcados por uma passividade de uma mentalidade religiosa tradicional. Os membros das comunidades e‐
clesiais procedem das classes que têm uma posição econômica mais estável, ao passo que os pobres das periferias metropolitanas se pre‐
dispõem a um envolvimento sócio‐eclesial de caráter mais politizado. Do ponto de vista sócio‐cultural é preciso igualmente saber distin‐
guir as diversas regiões. Pois, o nível de instrução e o posicionamen‐
to dos indivíduos em superar a baixa qualidade de educação formal são igualmente diferenciados. Não é o caso de entrar em detalhes, contudo convém ter presente como se dá a diversificação na busca do aprimoramento cultural. Mesmo quando há o esforço e o desejo de buscar uma educação mais aprimorada, defronta‐se com o sis‐
tema educacional que não prepara os jovens para a vida nem para o mundo do trabalho. Se, por um lado, é verdade que a forma como se dá a concentração urbana dificulta um planejamento mais a longo prazo, por outro sente‐se cada vez mais a curto prazo os efeitos disso em termos de moradia, de transporte público, como também em termos de lazer e de espaços para o aprimoramento cultural e religioso. 308 Conspectus Generalis 2009 A qualidade de vida das populações na qual as nossas comunidades se inserem é igualmente diversificada repercutindo no estilo de vida dessas comunidades. Em cada uma dessas situações regionais a cons‐
ciência ecológica defronta‐se com problemas específicos repercutindo no estado de saúde, na expectativa de vida, na seguridade social. As comunidades religiosas redentoristas enfrentam também uma situação sócio‐política com desafios peculiares. Isso traz dificuldade para um anúncio evangélico que busque criar a coerência entre vida de fé e convivência social solidária. É desafiador um engajamento religioso coerente com as exigências de justiça nos diversos aspectos das relações humanas e sociais, e em vista das diversas faixas etárias. Todas as comunidades, independente de onde se situam, enfrentam os problemas de desajuste familiar, de violência contra a pessoa, de criminalidade gerada pelas drogas ou por esquemas de corrupção e de organizações criminosas. O que impõe atenção com a segurança das nossas casas. Diante disso, a atuação pastoral das comunidades redentoristas se defronta com uma situação complexa do ponto de vista social e reli‐
gioso, e isso requer criatividade apostólica e uma mística redentoris‐
ta que leve a uma inserção e convivência junto ao povo pobre eco‐
nômica e politicamente, abandonado pelo Estado, e muitas vezes atendido de forma ineficaz em suas necessidades espirituais e religi‐
osas pela própria organização eclesial. Atividades apostólicas e serviços sociais Vida Apostólica Os confrades da Província de São Paulo atuam apostolicamente em: 0014 AMÉRICA LATINA 309 • Atividades paroquiais em contexto de periferia urbana e ru‐
ral, e em paróquias com configuração eclesial tradicional. • Atividade missionária com três equipes dedicadas às Missões Populares. • Atividade pastoral de santuário no Santuário de Nossa Se‐
nhora Aparecida, que atrai aproximadamente 8,5 milhões de peregrinos no ano. • Atividades espirituais como retiro, encontro de oração e mo‐
vimentos de casais, mantendo um Centro Redentorista de Espiritualidade (CERESP) e uma casa de Encontros (Pedrinha). • Atividade apostólica de comunicação social, com uma co‐
munidade de confrades dedicados a ela, em termos de im‐
prensa através da Gráfica/Editora com os selos: Santuário e Idéias e Letras; em termos de radiodifusão, através da Ra‐
dio Aparecida, com abrangência em todo o Brasil pelas on‐
das SW, LW, MW, FM, e pela Rede Católica de Rádio; em termos televisivos através da TV Aparecida com alcance em todo o país; em termos da rede WEB com o site: www.redemptor.com.br e outros setorizados como o site www.missionariosredentoristas.com.br. • Atividade apostólica com uma comunidade de confrades de‐
dicados ao estudo e ensino da Teologia, através do Instituto São Paulo de Estudos Superiores, com curso autorizado ci‐
vilmente e com reconhecimento pontifício de graduação em teologia e de programa de pós‐graduação em teologia com concentração em Missiologia. • Atividade apostólica de promoção vocacional com uma e‐
quipe de padres e irmão com o intuito de despertar e acom‐
panhar os jovens que desejam ser redentoristas. 310 Conspectus Generalis 2009 • Atividade apostólica com envolvimento de leigos nas ativi‐
dades pastorais e na espiritualidade redentorista, bem como atuação junto aos ex‐seminaristas redentoristas. • Atividade apostólica de formação inicial, mantendo uma e‐
quipe de formadores que atuam em todas as etapas da for‐
mação: aspirantado, postulantado, noviciado, juniorato para candidatos à vida religiosa sacerdotal e de congregado leigo. • Atividade apostólica de formação continuada com cursos de reciclagem teológica, pastoral e espiritual, política de especialização de confrades em Teologia Moral, Dogmática, Direito Canônico, Comunicação Social, Ciências econômicas e administrativas. Atividades sociais de inclusão A atividade da Província de São Paulo no campo social consiste em vários projetos de assistência social através da Ação Reden‐
torista de Integração Social (ARIS). Esses projetos atuam em fa‐
vor de famílias, priorizando as atividades de promoção humana e cristã junto às crianças, adolescentes, idosos e mulheres em si‐
tuação de prostituição. Essas obras missionárias visam melhorar a qualidade de vida das pessoas e ampliar suas capacidades para a construção do próprio futuro, no sentido de colaborar na pro‐
moção de uma cultura de paz, fundamentada na justiça social. Projeto SOS Família, em Aparecida ‐ SP: busca a inclusão social de 40 famílias, oferecendo: vale alimentação; auxílio para realização de exames; medicamentos. Lar São Vicente de Paulo, em Aparecida ‐ SP: Atende idosos em situação de vulnerabilidade social, sem vínculo familiar. Projeto São Geraldo, em Potim ‐ SP: visa o atendimento de crianças e adolescentes (07 a 17 anos). Conta com laborató‐
rio de informática e oficina pedagógica. 0014 AMÉRICA LATINA 311 Educandário do Santíssimo Redentor, em Sacramento ‐ MG: atinge crianças (6 a 14 anos), através de oficinas de pintura, bordado, violão, informática, desenho, prática esportiva, horta e música. Lar Monsenhor Filippo, em Potim ‐ SP: dá assistência a crian‐
ças em regime de creche. Elas recebem alimentação, acom‐
panhamento psicossocial, atividades pedagógicas, recreação, atendimento médico, odontológico. Projeto São Clemente, Cidade Tiradentes, em São Paulo ‐ SP: Atende famílias em situação de vulnerabilidade social. São desenvolvidas ações que visam promover a cidadania. Instituto de Educação e Assistência Lúcia Filippini, em Mira‐
catu ‐ SP: consiste em ação preventiva e de resgate de me‐
ninas em situação de risco, assegurando condições de vida digna, integração comunitária, ingresso escolar, orientação e auxilio às famílias. Projeto Santo Afonso – Inclusão Digital, em São Paulo ‐ SP: através de laboratório de informática se volta para crianças (06 a 14 anos) e para pessoas da terceira idade, como for‐
ma de inclusão social. Projeto de Atenção à Mulher em Situação de Prostituição, em São Paulo ‐ SP: visa promover ações sócio‐educativas junto às mulheres, acompanhar a efetivação das políticas públicas voltadas para a mulher. Projeto Semeando o Futuro na Providência de Deus, com crianças e adolescentes, em Rosana ‐ SP (distrito Porto Pri‐
mavera): está voltado para crianças (06 a 14 anos), ofere‐
cendo oficinas de pintura, bordado, violão, informática, de‐
senho, prática esportiva, horta e música. Prioridades apostólicas A Província de São Paulo escolhe como prioridades apostólicas: • Missões populares As missões permitem evangelizar populações, grupos e mul‐
tidões pastoralmente mais abandonadas, respondendo a uma urgência pastoral e atingindo nossos destinatários. São um meio de proclamação explícita do Evangelho. Permitem suscitar e formar Comunidades. Permitem satisfazer às aspirações da religiosidade popular, ao mesmo tempo em que promovem a integração dessa religiosi‐
dade com o processo de conscientização crescente. 0014 AMÉRICA LATINA 313 Podem ser um meio eficaz de renovação periódica e vigorosa da vida cristã nas paróquias. São um meio eficaz para suscitar vocações sacerdotais, reli‐
giosas, redentoristas. • Pastoral de Santuário A pastoral no santuário nos permite fazer um trabalho com as camadas populares, com o povo simples e carente, que constitui a maioria dos romeiros. Permite celebrar a salvação em suas dimensões de conversa (celebração da Penitência) e de encontro festivo e fraterno (celebração da Eucaristia). A romaria torna visível a dimensão peregrinante da vida hu‐
mana, como caminhada de conversão, em busca da comu‐
nhão fraterna. Exprime também a universalidade da Igreja, enquanto encontro de membros de diversas comunidades, em ambientes de festa e alegria cristã. A pastoral no santuário permite a proclamação do Evangelho. Respeita e satisfaz às aspirações da religiosidade popular. Sustenta e alimenta o culto mariano. Colabora com as Igrejas locais, exercendo um papel supletivo na pastoral, ao mesmo tempo em que oferece um grande auxílio à pastoral de conjunto. É uma missão popular contínua, que complementa e torna atraente para os romeiros a pastoral própria das Missões. • Meios de Comunicação Social Os meios de comunicação social permitem atingir, nos luga‐
res mais distantes, milhões de pessoas que não têm possibi‐
lidade de serem atingidas de outro modo. Permitem uma catequese sistemática. 314 Conspectus Generalis 2009 Permitem formar a consciência crítica. A escolha dessa prioridade tem a seu favor o exemplo de Santo Afonso. • Paróquias e novas experiências pastorais São um serviço que podemos prestar à Igreja, visando a for‐
mação e a estruturação de comunidades. Ao mesmo tempo, elas permitem uma iniciação pastoral e possibilitam uma ra‐
zoável diversificação de trabalho e experiência da pastoral ordinária. Possibilitam centros de evangelização, de atendimento e de o‐
rientação espiritual, bem como da reconciliação sacramental. O texto original é o português. 2303 – Vice‐Província de Recife (Brasil) O mapa mostra a nossa área de atuação dentro da região nordeste do Brasil. São quatro estados oficiais que compreende o território da Vice‐Província de Recife. Depois do fim da missão belga no es‐
tado de Sergipe, ficou indefinida essa área entre a Vice‐Província de Bahia e a Vice‐Província de Recife. 316 Conspectus Generalis 2009 Estado do Rio Grande do Norte – 1 casa na capital Natal Estado do Pernambuco – 2 casas: Recife e Garanhuns, e 3 residências: Ibura‐Recife, Tacaratu e Cruzeiro do Nordeste Estado da Paraíba – 2 casas: Campina Grande Estado das Alagoas – 1 residência: Arapiraca casa de formação inicial Estatísticas básicas No dia 01.12.2008 a Vice‐Província contava com 41 membros. Deta‐
lhando melhor o número de confrades: 9 Holandeses (8 sacerdotes e 1 irmão). 4 da Província de São Paulo (2 sacerdotes e 2 irmãos). 3 Junioristas de votos temporários. 2 Clérigos de votos perpétuos. 18 Nordestinos nativos (16 sacerdotes e 2 irmãos). 5 Ausentes da casa (3 sacerdotes e 2 irmãos) A Vice‐Província conta com 9 comunidades (5 casas canônicas e 4 residências). Situação atual No sentido religioso estamos vivendo uma época de mudanças. Percebe‐se que não se sustenta e não se empolga uma evangeliza‐
ção tradicional de engajamento e compromisso com o Evangelho da vida. O religioso está envolvido por uma mística que acentua o glorioso, o sucesso, os aplausos. O sentimentalismo toma conta da vida das pessoas. A Igreja através da Conferência de Aparecida se deu conta de que é preciso mudar os métodos pastorais para atin‐
gir um maior número de indivíduos que precisam escutar a Boa 0014 AMÉRICA LATINA 317 Nova de Jesus Cristo. É necessário sair em busca dos afastados e que não praticam nenhuma religião. A cultura está marcada por contra valores que influenciam as novas gerações para relativiza‐
rem os princípios religiosos. Há muita descrença nos políticos em geral, mas muita coisa foi conquistada nos últimos anos. Há muita exclusão social. O econômico ainda é fator determinante da margi‐
nalização. Em nossa realidade nordestina brasileira os pobres de hoje são os que estão nas periferias dos centros urbanos sofrendo todo tipo de preconceito e risco de morte. Nesses ambientes a vio‐
lência assusta. São desempregados; jovens no mundo das drogas; famílias inteiramente desestruturadas; moradias inadequadas; do‐
entes e convivência com situações desafiadoras. 318 Conspectus Generalis 2009 Trabalhos apostólicos Estamos envolvidos com as diversas realidades pastorais do nosso tempo. Há preocupação em responder às prioridades essenciais da missão. Com bastantes dificuldades financeiras estamos dando conti‐
nuidade à missão na Escola Técnica Redentorista, acreditando que ela é a redenção para muitos jovens de famílias pobres do Estado da Pa‐
raíba. Temos áreas missionárias desafiadoras na Zona Rural dos Esta‐
dos de Pernambuco e Paraíba. Estamos reestruturando os trabalhos da Equipe de Missões Populares dentro das novas perspectivas de evangelização. Temos investido em centros de formação de leigos, casas de encontros e retiros. As paróquias estão investindo recursos para a formação dos missionários e, novas pastorais e serviços. O tra‐
balho com a juventude é uma prioridade, mas ainda não encontramos um método que facilite entender e entrar nesse mundo complexo. Não dispomos de recursos para investir na área da comunicação soci‐
al, mas percebemos que devemos ter alguma iniciativa futura nessa área. Há um consenso entre os confrades para manter vivas as inicia‐
tivas missionárias audaciosas e corajosas da fundação da Vice‐
Província pelos confrades holandeses, em 24 de agosto de 1953. Preocupações • Fortalecer o grupo com novas vocações, profissões e or‐
denações. • Dinamizar a vida comunitária e oracional. • Fundamentar melhor as novas iniciativas realizadas em parceria com as demais unidades do Norte e Nordeste do Brasil. • Estruturar melhor a Equipe de Missões Populares para en‐
frentar o desafio de evangelizar os grandes centros urba‐
nos e a juventude. 0014 AMÉRICA LATINA 319 • Realizar um trabalho mais integrado entre as paróquias da Vice‐Província para responder com mais eficiência às ur‐
gências pastorais. • É fundamental que se busquem com rapidez, alternativas de sustentação econômica. O grupo cresce e não há ne‐
nhuma fonte de garantia de sobrevivência futura. Os gas‐
tos com a formação são bastante elevados. • Fazer uma revisão de nossa ação missionária na Vice‐
Província para contemplar novas iniciativas. • A pastoral juvenil vocacional caminha para uma nova me‐
todologia. Conclusão Estamos confiantes na missão que Deus nos confiou. A Congregação do Santíssimo Redentor que, através do carisma missionário e com‐
promisso com os pobres, leva a Copiosa Redenção ao mundo caren‐
te de vida e de paz. Esperamos que a reestruturação que foi refleti‐
da e já tem dado passos concretos possa continuar a converter mui‐
tos confrades e tenhamos no futuro um corpo missionário mais for‐
te e comprometido com as urgências pastorais do nosso tempo. O texto original é o português. 2400 – Província de Quito (Equador) Introdução Os Redentoristas chegaram ao Equador em 1870. A princípio, Cu‐
enca e Riobamba no Equador, junto com Buga na Colômbia, Lima no Peru e Santiago e Cauquenes no Chile, constituíam a Vice‐
Província do Pacífico. De 1900 a 1947, Equador e Colômbia forma‐
ram a Vice‐Província do Pacífico‐Norte, tornando‐se depois a Pro‐
víncia de Buga‐Quito até 1960, quando foi estabelecida a Província de Quito independente. 322 Conspectus Generalis 2009 A Província de Quito foi fundada pela Província Galohelvética e re‐
cebeu um grande contingente de missionários franceses, tanto sa‐
cerdotes como irmãos. Todos eles foram grandes missionários que trabalharam com os indígenas; inclusive aprenderam o "quéchua" para poder comunicar‐se melhor. Entre os Irmãos sobressaiu João Batista Stiehle, arquiteto e construtor da Catedral de Cuenca. Padres como Pedro Didier, Paulo Charton, Paulo Chicaud, Marcelo Martin, Marcelo Mahé, René Simón, nos deixaram um grande legado de tra‐
balho apostólico e virtude na vivência da vida consagrada. Atualmente a Província de Quito conta com o seguinte pessoal: Padres 33 Irmãos de votos perpétuos 3 Teólogos de votos temporários 5 Noviços 2 Filósofos 3 Propedeutas‐Aspirantes 1 Somos um total de 41 membros professos na Congregação, distri‐
buídos nas seguintes comunidades: Quito – casa provincial e estudantado de filosofia Ambato – paróquia e aspirantado Riobamba – paróquia e antigo noviciado Cuenca – paróquia Loja – paróquia Manta – paróquia Guayaquil – paróquia Recreo‐Durán – casa de inserção (a experiência termina dia 31.01. 2009) Bogotá – teologado Piedecuesta – noviciado 0014 AMÉRICA LATINA 323 Situação atual do Equador Realidade religiosa e eclesial: O Equador se apresenta como um pa‐
ís eminentemente católico, com talvez uns 90% de católicos, e os outros 10% se dividem entre Protestantes e Indiferentes. Cabe notar que dos 90% dos batizados, nem todos vivem como cristãos, nem participam da vida da Igreja; alguns só vêm à igreja por ocasião de enterros, bodas, 15 anos, etc., mas falta continuidade de crescimen‐
to em relação com os sacramentos e a própria Palavra de Deus. O povo equatoriano é um povo que tem a Igreja como ponto de refe‐
rência e moralidade, não obstante um ou outro caso de imoralidade acontecido no país, tanto no campo econômico como no afetivo. Hoje temos na Igreja a presença de movimentos eclesiais que vie‐
ram dar força ao laicado. Todavia, é preciso prestar atenção neles para não caírem em fundamentalismos: cursilhos de cristandade, caminho neo‐catecumenal, João XXIII, carismáticos, Legião de Maria, focolarinos, pequenas comunidades ou assembléias cristãs. Além disso, os leigos colaboram muito na catequese paroquial, pastoral juvenil, pastoral social, e na pastoral litúrgica. No âmbito eclesial, o Equador contava até há pouco com um Cardeal, Mons. Antonio González Zumárraga (falecido recentemente). Na a‐
tualidade tem quatro arquidioceses: Quito, Guayaquil, Cuenca, Porto‐
viejo. As outras são dioceses. Na Amazônia há Vicariatos Apostólicos: Sucumbíos (Carmelitas); Orellana (Capuchinhos); Napo (Josefinos); Puyo (Dominicanos); Macas (Salesianos); Zamora (Franciscanos). O atual Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana é Dom Anto‐
nio Arregüi Yarza (Arcebispo de Guayaquil). Do ponto de vista religio‐
so, podemos notar também que entre os equatorianos se dá um es‐
friamento na procura dos sacramentos, especialmente do matrimô‐
nio; pois uma boa maioria prefere o matrimônio civil, ou a união livre; o divórcio aumentou também entre casais jovens, e isto cria certo temor do matrimônio religioso. Quanto à primeira comunhão e à 324 Conspectus Generalis 2009 crisma, cada um desses sacramentos é celebrado com dois anos de preparação, e em algumas dioceses se faz também o Ano Bíblico. Realidade cultural e política: O Equador é um dos países mais ricos em variedade de culturas e raças, e a maioria é constituída de mes‐
tiços (mistura de brancos com indígenas). Em menor porcentagem, há brancos, negros e indígenas, mas hoje em dia os mestiços têm muita força social e de convocação nos problemas do país. As cul‐
turas indígenas estão disseminadas na Serra e na Amazônia equa‐
toriana, ao passo que os Montubios são os camponeses da costa. Ademais, o Equador conta com as Ilhas Galápagos, onde moram sobretudo colônias que viajaram do continente para tais ilhas. O povo de cor negra está concentrado na Província de Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia, assim como também em algumas Pro‐
víncias da costa equatoriana e da serra. Quanto à política, o governo atual do Presidente Rafael Correa Del‐
gado, do partido Aliança País (cor verde), iniciou o governo com cer‐
ta tendência para o socialismo e se aliou com os governos de Hugo Chávez, da Venezuela, e de Evo Morales, da Bolívia. Este governo renovou a Constituição e fez que o povo a aprovasse num plebiscito no qual venceu o “sim”, embora a Igreja se tenha pronunciado pelo “não”, ao considerar que a Constituição é de tendência abortista, atenta contra a unidade familiar e a liberdade religiosa, e também pelo que se refere à educação. Em tudo isto houve fortes tensões entre o Presidente Correa e a Igreja, especialmente com Dom Arre‐
güi, Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana. A tensão di‐
minuiu com a aprovação da Constituição. O governo procurou os Jesuítas para que servissem de mediadores entre a Igreja e o Estado, a fim de restabelecer o mútuo diálogo e a comunhão. Atualmente, o Equador se encontra em tensão diplomática com a Colômbia porque a guerrilha entrou em território equatoriano e a Colômbia bombardeou o território de Angostura, onde morreu o 0014 AMÉRICA LATINA 325 principal cabeça da guerrilha colombiana, Raúl Reyes. Mas o co‐
mércio e o transporte não foram afetados por esta situação. O Go‐
verno pensa em convocar de novo eleições que terão lugar em março de 2009; e o fará com a finalidade de ganhá‐las e de conti‐
nuar com o processo anteriormente iniciado. Quanto ao campo econômico, a economia está dolarizada, realida‐
de que por um lado dá uma estabilidade maior, mas por outro lado produz carestia na cesta básica familiar. O governo subsidia ele‐
mentos básicos como o gás, fundamentando a economia nacional no petróleo; embora também o faça com a floricultura, a banana, o camarão, etc., que também sofreram a recessão econômica mun‐
dial. Boa parte das entradas do país é composta de remessa de di‐
visas que enviam dos EUA e da Europa os migrantes. No que diz respeito à situação dos pobres e mais abandonados, eles se encontram nas periferias das grandes cidades, entre os in‐
dígenas e os negros; mas existe também uma situação preocupan‐
te nos lares dos migrantes, que às vezes são destruídos pelas con‐
seqüências que acarreta a emigração que, além da sua contribui‐
ção para fortalecer a economia, produz também em muitos casos desunião familiar. A juventude merece também uma atenção es‐
pecial devido a seus estudos universitários e à globalização, que faz os jovens assumir atitudes opostas à fé, resistência a deixar‐se aju‐
dar ou os leva a cair às vezes no vício da droga, do alcoolismo, e na formação de gangues de marginais, etc. Obras apostólicas Atualmente trabalhamos em paróquias onde, além da pastoral or‐
dinária, tratamos de atender às necessidades das pessoas necessi‐
tadas e pobres que lá vivem. Damos muita importância à pregação e ao sacramento da reconciliação, assim como também à atenção aos leigos que trabalham nos distintos grupos que existem. Ulti‐ 326 Conspectus Generalis 2009 mamente, estamos tratando de criar o grupo de Missionários Lei‐
gos Redentoristas. Fizemos já com eles um encontro nacional e de‐
vemos continuar fortalecendo‐os em cada casa. Um novo desafio a enfrentar é a Pastoral Juvenil e Vocacional Re‐
dentorista em nossas paróquias, para a qual foram nomeados dois Padres a fim de potenciar essa pastoral. A mesma coisa foi feita com a pastoral vocacional em nossas paróquias, nomeando um responsável em nível nacional e outros em nível local. A respeito da opção pelos pobres, atendemos durante cinco anos a zona de Recreo‐Durám, onde foi realizado um trabalho muito bom, criando estruturas físicas e espirituais para os mais necessitados. Vamos encerrar esse trabalho em janeiro de 2009, e esperamos posteriormente assumir uma nova zona em outra região do Equa‐
dor, a fim de prosseguir um estilo de evangelização permanente com os mais necessitados e pobres. Também se criou a Equipe Missionária, constituída por padres jo‐
vens. Foi nomeado também um Padre de experiência missionária para que reforce esse trabalho missionário. Eles se encarregam de preparar e convocar para a missão que vai ser realizada, a fim de que todos exercitemos o nosso carisma missionário. Vemos como desafios para a nossa Província: o trabalho com as famílias dos emigrantes, a colaboração com as dioceses em nível de nossas paróquias, continuar potenciando obras sociais como aulas de corte e costura ao estilo do que existe em Cuenca, e cola‐
borar com as Irmãs Missionárias de Maria Co‐Redentora e o Insti‐
tuto Secular Perpétuo Socorro, que também têm todas elas obras sociais em favor da mulher marginalizada. Queremos também com‐
prometer os leigos no trabalho da promoção vocacional. Para que realizem esse trabalho, foi dado nestes dias um curso que os ajuda a concretizar esse compromisso. Do mesmo modo, continuaremos 0014 AMÉRICA LATINA 327 buscando um novo centro, ou casa de inserção, e daremos priori‐
dade a una zona necessitada e pobre. Enfim, quanto à Formação inicial e permanente, continuaremos envi‐
ando nossos noviços ao Noviciado Comum de Piedecuesta, Colômbia, e os teólogos a Bogotá, à nossa Faculdade de Filosofia‐Teologia, FUSA. Na formação permanente, continuamos colaborando com a Sub‐
Região Norte da América Latina e Caribe em todos os cursos de for‐
mação que se dão nos diferentes âmbitos de nossa vida redentorista; hoje contamos no Noviciado com a presença do Pe. Martín Medina, como Sócio desse centro de Formação. Resta‐nos como desafio, renovar nossos Estatutos Provinciais. Isto faremos no Capítulo Provincial do próximo ano, ao mesmo tempo que concluiremos a elaboração da Ratio Formationis do Equador, e o Dire‐
tório de Pastoral Juvenil, pois já temos o Diretório das Missões e A‐
postolado. Além disso, nesses dias, o Conselho está elaborando um Plano Trienal para as diversas áreas da nossa vida redentorista, a fim de que tudo se faça com o devido planejamento que, a seu devido tempo, nos permita avaliar a forma como se trabalha e insistir em que cada comunidade elabore o PVC (Plano de Vida Comunitária) para iniciar o triênio e poder levar uma vida comunitária, religiosa e apos‐
tólica de qualidade. O texto original é o espanhol. 2600 – Província do Rio de Janeiro (Brasil) Composição da Província Bispos Sacerdotes Clérigos (estudantes) de votos perpétuos Clérigos (estudantes) de votos temporários 2 46 2 4 330 Conspectus Generalis 2009 Irmãos de votos perpétuos Irmãos de votos temporários TOTAL de confrades professos 10 1 65 Casas oficialmente constituídas 10 Situação atual Depois da crise vivida nos anos 70, a Província passou por um in‐
vestimento muito grande em seu patrimônio humano, espiritual e econômico. De modo que, atualmente, colhe alguns frutos como a chegada das novas gerações na vida religiosa redentorista. Com isso, a dinâmica missionária também é enriquecida por muitos tra‐
balhos de evangelização. Como marca principal, é notável o clima de acolhimento em nossas paróquias e santuários; a formação continuada de nossos confrades e a saudável estrutura da Pastoral Vocacional e das casas de forma‐
ção. Além do mais, o cuidado com o patrimônio provincial ajuda a Congregação a acolher os confrades e o povo. Por fim, respondendo ao carisma redentorista e também às necessidades de nossa gente brasileira, um grande trabalho social tem sido feito com a criação de várias obras sociais que ajudam os mais carentes, seja na parte edu‐
cativa, cultural, de saúde ou até mesmo espiritual. Mesmo as grandes paróquias são freqüentadas por pessoas simples. Mas a presença em regiões periféricas como Cariacica, Juiz de Fora, Coronel Fabriciano, revela ainda mais a proximidade dos Redentoris‐
tas com os mais pobres e abandonados. Em Cariacica está sendo formado um Centro Missionário Redentorista com o objetivo de a‐
tualizar e aprofundar o específico da missão redentorista. No Brasil, os mais pobres se encontram nas grandes periferias e é por isso que, apesar de serem ainda pequenas iniciativas, há um grande esforço de trabalhos missionários em lugares assim desafiantes. Trabalhos apostólicos e serviços missionários Em todas as obras da Província do Rio há sempre um empenho em cuidar dos mais pobres. É fato notável a presença de muitas pes‐
soas que buscam nos missionários principalmente um apoio espiri‐
tual. Pessoas em crise por conta dos inúmeros desafios dos tem‐
pos atuais. O sacramento da confissão ou da escuta, ganha, nesse sentido, destaque especial. Outro ponto importante é a pregação nas missas paroquiais ou nos santuários. Sempre bem preparadas, tentam levar o Evangelho ao coração das pessoas em suas situa‐
ções particulares. As missões extraordinárias são garantidas com um trabalho intenso de Semanas e Tríduos Missionários e Voca‐
cionais, apesar de a grande força do grupo se concentrar nas grandes paróquias. 332 Conspectus Generalis 2009 Recentemente foi construído um Plano Paroquial para a Província que tem como elemento principal a missionariedade das Paróquias que estão em Belo Horizonte (centro), Rio de Janeiro (Centro e periferia), Coronel Fabriciano (Centro e periferia), Cariacica (Periferia). Em Cur‐
velo está a Basílica de São Geraldo, muito freqüentada principalmente por ocasião da Oitava que acontece em setembro. Na cidade de Cam‐
pos está o Santuário do Perpétuo Socorro que recentemente foi re‐
formado e iniciou um processo de algumas romarias e maior preparo das festas Marianas, principalmente a de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, titular daquele Santuário. Em Belo Horizonte está a Casa de Retiros São José, recentemente toda reformada e que acolhe principalmente bispos, clero, religiosos e grupos eclesiais também das frentes de trabalho da Província. Em Juiz de Fora, está o Seminário da Floresta, também Casa de Retiro com sua agenda sempre cheia. Em Coronel Fabriciano está a Rádio Educadora AM e FM como lugar principal da ação provincial junto aos meios de comunicação. Mas nos últimos triênios, há um grande investimento em jornais paroquiais, o “Akikolá” que é um boletim provincial, o Almanaque de São Geraldo, páginas na internet, etc. Alguns confrades sempre dão presença a outros setores como Tele‐
visão e Jornais em ocasiões especiais. O trabalho pela justiça e paz é mais visível nas pregações que sem‐
pre tocam pontos importantes para os dias atuais. Mas as obras so‐
ciais revelam um compromisso com doentes, pessoas com deficiên‐
cia, profissionalização de jovens, incentivo à cultura em lugares de grande violência. Todas as frentes de trabalhos da Província contam com um grande número de leigos evangelizadores e também profis‐
sionais. Os Missionários Leigos Redentoristas formam hoje várias unidades de fé e vida naqueles locais onde os Redentoristas estão. Têm um projeto de formação, oração e missão que recentemente está sendo aprofundado. 0014 AMÉRICA LATINA 333 A estrutura de formação inicial é saudável e também os confrades recebem todo incentivo para atualizações teológico‐pastorais in‐
clusive com estudos em Roma ou no Brasil mesmo. Áreas diferen‐
tes de pesquisas como espiritualidade, bíblia, psicologia, moral, ciência da religião têm recebido a atenção dos confrades. Em 2008 foi inaugurada uma Biblioteca Redentorista totalmente reformada e atualizada. Ela guarda um acervo enorme de livros deixado pelos Redentoristas do passado e que hoje é colocado ao acesso do público. Essa e outras iniciativas revelam também o cui‐
dado pela memória agradecida do grupo e pela sua história. Preocupações Talvez o maior desafio seja o vocacional, ou seja, contar com a che‐
gada de novos Redentoristas. O trabalho Vocacional e da Formação tem sido grande, mas ainda é necessário aumentar e garantir o fu‐
turo numérico dos confrades. Outro ponto que tem surgido cons‐
tantemente nos projetos e reflexões é a evangelização das novas gerações. Grande desafio é garantir a presença missionária no meio dos jovens e nas periferias das grandes cidades. Ainda: o gru‐
po é provocado a atualizar‐se sempre diante de problemas como bioética, ecologia e outras áreas. Os projetos provinciais, paroqui‐
ais e missionários que são construídos com participação de toda a Província garantem um foco conjunto em todas as obras e traba‐
lhos provinciais. Por fim, a grande conquista dos últimos anos na Província do Rio é: elaborar, executar e revisar os planos dos diver‐
sos setores provinciais com devido empenho do Governo Ordinário e dos Secretários. Conclusão Nota‐se que a Província encontra‐se hoje cheia de esperanças e com muitas iniciativas abertas pela frente, apesar de um número 334 Conspectus Generalis 2009 grande de idosos e alguns doentes. É elemento essencial para o fu‐
turo a continuidade de um Governo Provincial que saiba ser presen‐
ça e anime os confrades nas propostas escolhidas para a missão e no acompanhamento das novas gerações. Tudo somado, o clima é de confiança, o que facilita o encaminhamento de crises e dificuldades. Por fim, há esperanças para o futuro redentorista em terras capi‐
xabas, fluminenses e mineiras. O ardor missionário vai crescendo principalmente com a disponibilidade crescente dos confrades, como no caso do envio de um Redentorista ao Suriname no início de 2009. Que Afonso e o Perpétuo Socorro de Maria auxiliem sem‐
pre essas bandas de cá. O texto original é o português. 2800 – Província de Bogotá (Colômbia) Dados estatísticos O quadro dos membros da Província de Bogotá é o seguinte: Bispos Sacerdotes Sacerdotes ausentes Diáconos permanentes Clérigos de votos temporários Irmãos de votos perpétuos Irmãos de votos temporários Noviços coristas 4 143 26 1 24 17 4 7 336 Conspectus Generalis 2009 Postulantes coristas Postulantes irmãos Aspirantes coristas (propedêutico) Professos coristas de Gana (África) Noviços coristas de Gana (África) 44 5 18 4 1 Situação atual Colômbia A Província de Bogotá corresponde essencialmente ao território da República da Colômbia, embora a ela pertençam casas redentoristas em outros países. A extensão da Colômbia é de 1.140.000 km2. A população colombiana chega a 46 milhões de habitantes: a maioria mestiça e branca, com 7% de afrodescendentes e 2% de indígenas. A situação política e social do país é boa mas com sérias interroga‐
ções. Boa, porque o atual governo conseguiu a “segurança democrá‐
tica” (contra a guerrilha, o paramilitarismo e o narcotráfico) e o im‐
pulso ao “desenvolvimento econômico” em grande parte do país. Suscita interrogações, porque o sistema de governo é de cunho cla‐
ramente neoliberal, pró‐Estados Unidos e o investimento na defesa tem sido um dos maiores do hemisfério. Os mais pobres se encon‐
tram nos campos dos departamentos marginais; e nas cidades há cerca de 3 milhões de imigrados. A situação religiosa mudou nas últimas décadas: de um país clara‐
mente católico tradicional passou‐se a um país onde a religião mais importante ainda é a católica, mas onde as seitas protestantes e outras religiões ganharam espaços muito consideráveis e onde são cada vez mais numerosas as pessoas que não se sentem identifica‐
das com a Igreja como instituição. A Igreja católica já não é estatis‐
ticamente a instituição com maior credibilidade no país. Não obs‐
tante, continua na vanguarda da defesa dos direitos humanos, na 0014 AMÉRICA LATINA 337 evangelização e na busca da paz. Há mais de 60 dioceses no país, 6.500 sacerdotes e 12.600 religiosos. A Colômbia é o quarto país em biodiversidade no mundo e o único país americano com três cordilheiras que cobrem uma terça parte do seu território; os outros 2/3 (para o leste) são constituídos de extensas planícies e selvas amazônicas, muito pouco habitadas, po‐
rém muito cobiçadas atualmente pela sua grande riqueza em flora, fauna, petróleo e minerais. Obras apostólicas e atividades missionárias • Na Província de Bogotá funcionam 4 equipes de missioná‐
rios itinerantes, cada uma composta de 3 sacerdotes, que trabalham em tempo integral nas missões paroquiais. Na época das férias são apoiados por outros sacerdotes e pelos formandos postulantes e professos. • Funcionam 11 paróquias redentoristas estáveis, muito bem atendidas, com grande afluência de fiéis e aceitação dos bispos. Os fiéis pertencem à classe média ou popular. • Além das paróquias estáveis, funcionam 7 Estações Missio‐
nárias, a partir das quais se atendem bairros muito pobres e numerosos da periferia das cidades ou de lugares afastados. • A Província é responsável pelo Vicariato de Puerto Carreño (Vichada), onde trabalham, com pessoas muito marginali‐
zadas e pobres, um bispo redentorista e mais outros 9 re‐
dentoristas. • O Santuário do Señor de los Milagros de Buga é atendido pelos Redentoristas desde 1884 e o seu influxo religioso ul‐
trapassa as fronteiras do país. A devoção ao Milagroso exis‐
te em todas as nossas paróquias, especialmente em Bogotá, com extraordinária resposta por parte dos fiéis. 338 Conspectus Generalis 2009 • Há uma casa oficial de retiros e encontros, Villa Marianella (a uma hora e meia de carro de Bogotá). Também em Piedecu‐
esta (Santander) se prestam serviços de encontros e retiros. • A Província tem a Universidade San Alfonso (FUSA), reconhe‐
cida pelo Estado, com várias faculdades humanísticas e mais de 200 alunos religiosos e leigos, colombianos e estrangeiros. • Fora do país, a Província tem a Missão de Gana (África) e co‐
labora na Venezuela, Bolívia, Estados Unidos, Cuba e Roma. • As publicações são feitas através da revista da Universidade, “Universitas Alphonsiana”, a “Revista del Señor de los Mila‐
gros”, o “SIR” (Servicio Informativo Redentorista), e diversos folhetos publicados pelas Casas de formação, pelas Paró‐
quias ou pelas Equipes missionárias. Vários confrades produ‐
zem e dirigem, com grande êxito, Missas na TV ou programas de rádio, de alcance nacional ou internacional, e publicam CDs de música religiosa. Também há confrades que publicam livros, religiosos ou científicos, em espanhol ou outras lín‐
guas. Pensa‐se em organizar uma Editora redentorista. • Não está funcionando a Comissão de Justiça e Paz, mas um confrade tem licença da Província para ser o representante legal da Comissão Intereclesial de Justiça e Paz. Funciona também um Secretariado de Pastoral Social. • As Pastorais Juvenil e Vocacional funcionam independen‐
temente, mas em coordenação. Há encontros nacionais a‐
nuais intercalados dos grupos de jovens ou dos formandos. • Os Leigos possuem sua própria organização chamada IM‐
SA= Instituto Misionero Seglar Alfonsiano, com mais de 250 membros e uma vitalidade missionária e apostólica que se reflete nas missões e no trabalho paroquial e social. 0014 AMÉRICA LATINA 339 • A Formação tem sido um aspecto muito cuidado na Província: há 3 sacerdotes e um irmão na Promoção vocacional, um Se‐
minário menor em Manizales (Caldas), um Propedêutico em Piedecuesta (Santander) e ao lado deste, mas como casa com‐
pletamente independente, o Noviciado Sub‐regional que serve a 7 Unidades redentoristas, um Postulantado em Suba (Bogo‐
tá) e um Juniorato em Quiroga (Bogotá). Este último presta seu serviço a várias Unidades da região. Funciona também um Ge‐
raldinato (Medellín) para postulantes e juniores irmãos. A Formação contínua é realizada em cursos anuais para confra‐
des jovens, cursos de atualização, retiros comunitários provin‐
ciais e estudos universitários de mais de 15 confrades. • O testemunho da Comunidade é muito bom ante a hierar‐
quia eclesiástica e o povo humilde e pobre. Nós nos conside‐
ramos especialistas em acompanhar o povo em sua piedade popular. Responsabilidades Problemas • Nós nos “paroquializamos” muito e perdemos parte do di‐
namismo missionário em favor dos pobres e a serviço das paróquias ou dioceses, como queria o nosso pai Santo A‐
fonso. Também nos falta trabalhar para que a devoção ao Señor de los Milagros seja mais de conversão a Deus e me‐
nos de piedade externa. • A vida fraterna em comunidade diminuiu e se apresenta o perigo do “protagonismo” individual. Por isso, um dos obje‐
tivos destes anos é fortalecer a fraternidade redentorista em nossas casas e atividades. 340 Conspectus Generalis 2009 • Devemos fortalecer o espírito missionário ad intra e ad ex‐
tra e formar‐nos para a Comunidade redentorista em todo o mundo. • Os nossos processos formativos devem ser mais personali‐
zados e responder melhor às necessidades do complexo mundo de hoje. Projetos e Desafios • Pensamos em abrir novas frentes de promoção vocacional na Costa Norte do país. • Abrir mais nossas casas de formação para o serviço às Uni‐
dades da Sub‐região. • As Equipes missionárias itinerantes devem ser reforçadas em número e preparação. Discute‐se atualmente como fazê‐lo. • Construir, perto da nossa Basílica del Señor de los Milagros de Buga, um grande “Parque Temático Religioso” para a ca‐
tequese bíblica dos peregrinos. • Fortalecer a Universidad San Alfonso para o serviço às Uni‐
dades da América Latina e a muitas Comunidades religiosas. • Promover mais a Formação dos Leigos redentoristas e dioce‐
sanos, dedicando uma Casa à promoção e formação deles. • Organizar a Formação contínua para que se desenvolva re‐
almente “ao longo de toda a vida do redentorista” e não se limite a momentos ou atividades isoladas. O texto original é o espanhol. 3000 – Província de Santiago (Chile) É uma comprida e estreita faixa de terra conhecida como Chile Conti‐
nental. Limita a oeste com o Oceano Pacífico, a leste com a Cordilheira dos Andes, ao norte com o Peru e a Bolívia, ao sul com o passo Drake. É um país situado na América do Sul, cuja capital é Santiago. Quanto à população chilena, os habitantes são 16.598.074 habitantes (se‐
gundo as estatísticas do ano 2007). Por outro lado, o crescimento da população reduziu‐se durante os últimos anos e, em conseqüência, a taxa de natalidade diminuiu, e por isso o Chile está se tornando um país velho – seguindo os mesmos passos que os países europeus. A taxa de crescimento entre os dois últimos censos 1992‐2002 foi de 1,24% anual, e deve continuar decrescendo nos próximos anos. 342 Conspectus Generalis 2009 Isto se deve principalmente às melhorias das condições de vida da po‐
pulação, que fizeram aumentar a esperança de vida dos chilenos para 77,74 anos (período 2000–2005). Estas cifras permitem estabelecer um processo de envelhecimento da sociedade chilena de modo que, até o ano 2020, se estima que a sua maioria estará acima dos 35 anos, superando claramente o grupo jovem, dominante neste momento. Composição étnica O grosso da população chilena se divide em dois grandes grupos étnicos: crioulos e mestiços. Juntos, constituem cerca de 95% da população chilena. De acordo com o último censo (2002), 86,59% dos chilenos viviam em zonas urbanas, ao passo que 13,41% da população continuam ainda vivendo em zonas rurais. Em meados dos anos 1920, começou um forte processo de êxodo rural. Assim as cidades começaram a crescer e a expandir‐se, for‐
mando grandes áreas metropolitanas. A capital do país, Santiago, abriga cerca de 35,9% da população nacional. Sociedade O país está constituído principalmente pela classe média. No en‐
tanto, o nível de vida desta classe média é heterogêneo, variando amplamente de uma classe média alta a uma classe média baixa. Apesar dos bons índices econômicos do Chile e da notável redução das faixas de pobreza que, segundo os dados do Ministério do Plane‐
jamento e Cooperação passou de 38,6% em 1990 a 13,7% em 2006, o país apresenta, contudo, um grave defeito ainda: a desigual distribui‐
ção de renda da população, o que gera uma grande brecha social en‐
tre ricos e pobres. A quinta parte (ou 20% das famílias) mais rica do país ganha 13,10 vezes mais do que ganha a quinta parte mais pobre. 0014 AMÉRICA LATINA 343 Religião Os chilenos de 15 anos para cima se declaram católicos, o que e‐
quivale a 69,96% da população total. Isto representa uma diminui‐
ção no número de fiéis em comparação com o censo de 1992, no qual 76,4% da população com mais de 14 anos se declararam cató‐
licos; 15,14% declararam‐se evangélicos; 1,06%, Testemunhas de Jeová; 0,92%, mórmon; e 0,13%, judeu. Declaram‐se agnósticos ou ateus 8,3% do país; e 4,39% afirmou seguir outra religião. A Igreja Católica está separada do Estado desde 1925. Desta ma‐
neira, acabou o reconhecimento da religião católica como religião oficial do Estado, consagrando assim uma ampla liberdade de cul‐
to. Embora a relevância do catolicismo tenha ido declinando nos últimos anos, ainda é a religião predominante e ainda goza de al‐
guma influência na sociedade. Não obstante, nas últimas décadas, o desenvolvimento econômico e a globalização afetaram os costumes tradicionais do país, que se mantêm principalmente nas zonas rurais. Na atualidade, os habi‐
tantes das principais cidades do país assimilaram a influência das culturas européia e estado‐unidense em detrimento da identidade histórica nacional. Aspectos gerais A Congregação chegou ao Chile em 1876. Atualmente, a Província es‐
tá estruturada com base em oito comunidades, desde Coquimbo, dis‐
tante 465 km ao norte de Santiago e Puerto Montt, a 1050 km, ao sul. Nestas oito comunidades atendemos 11 paróquias. Os membros da Província são: Congregados sacerdotes (no Chile) Irmãos de votos perpétuos 33 2 344 Conspectus Generalis 2009 Diácono não permanente de votos perpétuos Estudantes de votos temporários Nos EUA Com licença de ausência Estudando em Roma No Uruguai TOTAL de professos Noviços Postulantes Média de idade dos congregados 1 6 1 1 1 1 46 1 2 53 Desde o ano 2000 até hoje tivemos: • 2001: cinco ordenações sacerdotais • 2006: uma profissão perpétua de irmão • 2007: duas ordenações sacerdotais • 2008: uma ordenação sacerdotal • 2008: uma ordenação de diácono Nos últimos anos, o número de entradas no Postulantado decaiu de forma considerável, tendo chegado um só postulante em 2007, e em 2008 nenhum. Isto faz com que tenha diminuído consideravelmente o número de professos e que, no futuro, diminua o número de congregados. Presença redentorista A presença dos Redentoristas em oito dioceses do país se caracte‐
riza por um trabalho significativo, que consiste no cuidado de pa‐
róquias e no exercício de outras atividades pastorais tais como missões, capelanias de religiosas, de colégios, presídios, hospitais 0014 AMÉRICA LATINA 345 ou de centros de estudos. As paróquias estão situadas em setores pobres da população e se caracterizam por ser paróquias com um forte compromisso de leigos, com uma atividade missionária per‐
manente e com ensino catequético. Instituto Alfonsiano Em 1982, a Província fundou no Chile o Instituto Alfonsiano de Teo‐
logia, como resposta à necessidade de proporcionar a sacerdotes e leigos comprometidos uma formação mais conforme com os prin‐
cípios do Concilio Vaticano II e com a realidade de nosso Continen‐
te e de nossa pátria. Atualmente conseguiu‐se estabelecer um convênio com uma Uni‐
versidade particular. Este convênio nos permite oferecer aos alu‐
nos os estudos de Ciências da Religião em seus diversos graus e títulos, com reconhecimento civil, uma vez realizados esses estu‐
dos em nosso próprio Instituto. Nova resposta pastoral por causa de uma emergência Na madrugada de sexta‐feira, 2 de maio de 2008, a cidade de Chai‐
tén se viu açoitada por contínuos tremores que deram lugar imedi‐
atamente a uma forte atividade vulcânica surgida no maciço que leva o mesmo nome. A chuva de cinzas tóxicas e o imprevisível comportamento do vulcão que poderia supor perigo para os habi‐
tantes, levaram as autoridades a tomar a decisão de evacuar a ci‐
dade. Pôs‐se em movimento todo uma operação a fim de transferir os habitantes a lugares mais seguros. No primeiro momento, 90% da população optou por deixar a cidade e, em sua grande maioria, foi transportada em barcaças a Puerto Montt, Chiloé e a outras ci‐
dades. As autoridades lhes concediam comida e alojamento. No dia seguinte, o Governo tomou a decisão de obrigar todos a abando‐
nar a cidade por causa do perigo iminente que corriam. 346 Conspectus Generalis 2009 Por esta razão, os nossos irmãos decidiram acompanhar a comuni‐
dade que ia sendo evacuada de forma rápida e urgente e que che‐
gava à nossa comunidade de Puerto Montt. Criou‐se então uma paróquia de acolhida para os emigrantes. O Pe. Oscar Guevara optou por ficar no lugar para acompanhar os poucos que ficaram em Chaitén. Poucos dias depois, ele teve que transferir‐se para Futaleufú (zona da cordilheira limítrofe com a Argentina) para acompanhar os emigrantes de Chaitén refugiados nessa zona. A maioria do povo saiu só com a roupa do corpo; no entanto, a an‐
gústia de um futuro incerto vai minando a sua integridade emocio‐
nal. Mas a fé em Cristo e a caridade apostólica de nossos confrades os mantêm de pé ao mesmo tempo que acompanham os habitan‐
tes de Chaitén que se viram obrigados a deixar seus lares. Dada a situação de emergência, que presumivelmente durará mui‐
to tempo, tivemos que reestruturar a comunidade religiosa que servia naquele lugar. A fim de encontrar novas formas e modos de fazer‐nos presentes na nova realidade surgida nesta comunidade da Diocese de Ancud, a atenção pastoral se realiza hoje de forma específica em benefício dos desabrigados que se encontram dis‐
persos nas diversas cidades do sul do país. O texto original é o espanhol. 3500 – Província de Porto Alegre (Brasil) Dados estatísticos básicos Número TOTAL de confrades professos Sacerdotes Irmãos professos Estudantes professos Média de idade 54 43 2 9 50.62 anos 348 Conspectus Generalis 2009 Número de casas 10 5 no Rio Grande do Sul 3 em Santa Catarina 2 no Pará Situação atual Religiosa: Há, na província, duas realidades distintas: Sul, com uma religiosidade tipo européia, mais racional e Norte – Frente Missio‐
nária de Belém – o sentimento religioso leva a uma mística, cultiva mais o afetivo e emocional. Em ambas as regiões, o conhecimento da catequese deixa a desejar. Uma das vertentes, talvez, tenha si‐
do a mudança de sistemática, dinâmica e pedagogia do conteúdo catequético no período pós‐conciliar. Também a dimensão sócio‐
política (ação libertadora) diminuiu a influência da prática religiosa 0014 AMÉRICA LATINA 349 e o empenho catequético. A mídia desbancou a escola e a família como instâncias de formação e educação à fé. O RS é o estado mais laicizado do Brasil, dizem os entendidos. Eclesial: Nota‐se um fenômeno surpreendente. A situação acima favoreceu uma adesão mais pessoal e consciente à fé. Há mais con‐
vicção. Caiu a prática tradicional. Os novos movimentos (carismáti‐
cos de vários matizes) nem sempre favoreceram a unidade eclesial. As seitas (denominações livres) pentecostais são agressivas em rela‐
ção à Igreja católica, tremendamente proselitistas; confundem o po‐
vo apropriando‐se de símbolos e linguagem católica. Cultural: Tomando‐se cultura como o modo geral de o povo agir, pensar, vestir, valores éticos e religiosos, cristãos e humanos, a mí‐
dia é que cria a opinião publica, nem sempre favorável à Igreja. Há destruição da cultura local. O povo pensa, fala, come, veste, usa o que a mídia apresenta como moda, tendo como ícone os EUA. Não há dúvida de que a mídia apresenta coisas instrutivas, orienta o povo em várias questões, há programas religiosos, temas canden‐
tes do mundo de hoje. Como cultura formal, há decréscimo do analfabetismo, maior acesso dos pobres a cursos universitários. Usa‐se mais tecnologia, desde a agricultura até a medicina. O nível do povo parece estar crescendo. Política: No sentido de defesa e exigência dos direitos humanos e civis, cresce a participação. No sentido de conquista do poder de go‐
vernar, nunca esteve tão acirrada. Instrumentalizaram as CEBS, co‐
optaram as lideranças cristãs para partidos políticos. No sentido de acesso a bens necessários à vida, está havendo distribuição de ali‐
mentos, cestas básicas, vale transporte, vale escolar ...; isso favore‐
ce os antigos “currais eleitorais”. Nota‐se dependência muito forte das camadas populares em relação ao governo atual. Os movimen‐
tos dos “sem”: sem‐terra, sem‐teto, sem escola, sem atendimento 350 Conspectus Generalis 2009 médico, etc. na busca de seus (pretensos) direitos, têm reivindica‐
ções justas mas deixam interrogações e inquietações pela metodo‐
logia “socialista” que usam. Sócio‐econômica: O governo alardeia melhoras (em parte verdadei‐
ras). Contudo, a miséria continua crescendo, haja vista as favelas que crescem e são o reino da violência desumana e absurda, tanto das forças da ordem como dos traficantes. O tráfico de drogas estra‐
ga a juventude. O poder de compra aumentou, não porém no ritmo da subida dos preços dos produtos. A propaganda oferece benesses inalcançáveis pelo povo mais simples. O êxodo rural, a favelização das cidades escancaram essas realidades a quem quer ver. A corrup‐
ção dos membros do núcleo do poder repercute negativamente na sociedade. Há muito progresso material, o que os dados sócio‐
econômicos comprovam. A educação e saúde têm melhoras. Ambiental: Mostra a degradação da terra, a destruição dos eco‐
sistemas e biomassas, com mais intensidade no Norte. No Sul, tem poluição das águas por detritos tóxicos (nas indústrias) e pelo uso de agrotóxicos (na lavoura). O aumento desenfreado de carros aumenta a carga de dióxido de carbono, o que ajuda no aqueci‐
mento global. Os pobres e abandonados, onde estão? A pobreza e marginalização tem causas estruturais econômico‐político‐culturais. Ela está no ros‐
to dos favelados das periferias; no rosto dos trabalhadores explora‐
dos com salários baixos e desempregados; no rosto das crianças a‐
bandonadas; no rosto dos excluídos (índios, negros, drogados, aidé‐
ticos); no rosto dos despossuídos (sem‐terra, sem‐teto, etc.), no ros‐
to dos doentes sem atendimento médico humano. Eles estão no centro das cidades, nas periferias urbanas, na zona rural de peque‐
nos agricultores. 0014 AMÉRICA LATINA 351 Trabalhos apostólicos e serviços missionários Se os pobres são a razão de ser da Congregação, podemos dizer: • Em nossas paróquias há sempre empenho grande em aten‐
der os lugares mais afastados, abandonados e pobres. Até se formam novas comunidades para atingir os mais isolados e abandonados. • Mesmo na formação, atendem‐se bairros e vilas onde a a‐
ção ordinária da paróquia não chega. Muitos seminaristas encontram nisso sua motivação vocacional. • Missões populares, nelas sempre se descobrem novos “centros”, para atingir os mais distantes geográfica, social, cultural e religiosamente. Aliás, a criação de novas comuni‐
dades é algo distintivo de nossas missões. • Santuários: santuário oficial, não temos nenhum. Belém é popular, com enorme afluência de povo. Em Lontras, o pe‐
queno “santuário” de Bom Jesus está começando a ser in‐
crementado. • Em todas as paróquias e vilas e missões, a linguagem sim‐
ples é notada pelo povo como identificação redentorista. • Pastoral Juvenil e Vocacional esteve bem fraca. Está sendo reorganizada com nova metodologia que deve estender‐se também às paróquias. Em algumas delas não há pastoral es‐
pecífica, mas os jovens estão em todas as pastorais paroqui‐
ais. A opção preferencial pelos jovens, como prioridade da Igreja latino‐americana, vem se arrastando desde Puebla, sem muito sucesso. • Nossa formação permanente não é sistemática, mas é de cursos avulsos, opcionais, retiros, assembléias. Temos alguns 352 Conspectus Generalis 2009 já fazendo cursos acadêmicos e a perspectiva é abrir mais oportunidades. • A formação inicial, no ensino médio, podemos dizer que é boa. Quase todos os que concluíram o ensino médio em Pas‐
so Fundo são aprovados nos vestibulares das faculdades elei‐
tas por cada um. • A filosofia, como exercício da racionalidade, coloca em xe‐
que a religiosidade familiar e os conceitos religiosos do en‐
sino médio. Com o tempo, será necessário um propedêuti‐
co que apresente a Vida consagrada como realização hu‐
mana de cada um. • A teologia (PUCRS), no dizer da direção, deve formar a “ca‐
beça”; “o coração e as mãos”, isto é, a pastoral, é deixada a cada diocese e congregação; por isso, sofre contestação. E aqui entra o específico redentorista a ser cultivado com in‐
tensidade e carinho por nós. • Leigos – O grupo do núcleo de Belém é ativo, mas um tanto falho na formação e transmissão de conteúdo. Os grupos de Porto Alegre e Passo Fundo querem sempre mais formação, mas são de pouca ação missionária itinerante, embora se‐
jam uma força em suas comunidades de origem. Preocupações • O cultivo vocacional deve ter nova dinâmica e trabalhar mais as motivações vocacionais que levem à opção pela Vi‐
da Consagrada. • A perseverança dos estudantes que se sentem atraídos por vasto leque de opções diversas da Vida Consagrada. 0014 AMÉRICA LATINA 353 • O espírito consumista, utilitarista, egocentrista de hoje. Quem faz a cabeça das pessoas não é tanto o ser redento‐
rista, mas a mídia que abre enorme leque. O ambiente cul‐
tural não parece favorecer a vida religiosa. • Como projeto, podemos indicar: fazer de nossas casas e pa‐
róquias “santuários” de convergência do povo (acolhimen‐
to, aconselhamento, confissões) e expansão da Congrega‐
ção do Santíssimo Redentor (palestras, retiros, cursos, for‐
mação de lideranças). A reestruturação oferece esperança nesse sentido. • Como os santuários são novos meios de missão permanen‐
te, Belém merece mais atenção. Há uma oferta, ainda em estudo, do santuário arquidiocesano Mãe de Deus, em Por‐
to Alegre; a província dará resposta por uma consulta no‐
minal. As missões precisam de uma linha central mais teo‐
lógica do que sociológica. A URB está projetando reuniões, em 2009, para isso. O texto original é o português. 3600 – Província do México Primeira casa: Veracruz, 1908 Erigida a Província: 2 de fevereiro de 1966 Dados estatísticos básicos Número de confrades regulares e ativos: 66 Presbíteros 57 Irmãos 4 Teólogos professos 5 356 Conspectus Generalis 2009 Formandos – pré‐noviços (terminaram a filosofia) 9 postulantes filó‐
sofos, 3 postulantes propedêuticos, 20 seminaristas menores. Número de comunidades – 11 (além dessas, conservamos Tlalpizá‐
huac como casa de retiros. Nela não habita nenhuma comunidade, mas a casa é administrada pelo Ecônomo provincial). Situação atual Situação religiosa e eclesial – O secularismo continua ganhando ter‐
reno no país. Cada vez é menor o número de católicos praticantes. Continua crescendo o número de seitas protestantes. Embora em porcentagem pequena, existem no México o Islã, o Budismo e ou‐
tras religiões. Nossa Senhora de Guadalupe é o símbolo mais conhe‐
cido do catolicismo mexicano e de todos os mexicanos em geral. Os jovens praticamente estão ausentes da Igreja. A autoridade moral da Igreja hierárquica diminuiu. A estrutura de poder da Igreja diocesana é forte. Com exceção das Congregações de tipo tradicional, toda a vida religiosa vive momentos de profundo discernimento e readaptação na estrutura eclesial e social. Há avan‐
ços representativos na revalorização do laicato. Situação cultural – O modelo familiar tradicional se encontra signifi‐
cativamente fraturado. É muito forte o influxo dos meios de comu‐
nicação: televisão, rádio, Internet, etc. Há muitos espaços de infor‐
mação e de expressão. Existe libertinagem no campo sexual e perda dos valores tradicionais em outros aspectos da vida. Existe no Méxi‐
co um forte influxo dos modelos culturais dos EUA. Situação política – O atual partido no poder é o PAM (Partido de Ação Nacional) que governa desde o ano 2000, depois de 72 anos de governo exercido pelo PRI (Partido Revolucionário Institucional). Es‐
tes dois partidos, junto com o PRDE (Partido da Revolução Democrá‐
tica), são as três principais forças políticas no país. Existe uma forte crise institucional no governo em todos os seus níveis e em seus três 0014 AMÉRICA LATINA 357 poderes, assim como em todos os partidos políticos. A sociedade está cansada da corrupção dos políticos. O sistema político já não responde à atual sociedade. Situação social – A sociedade está enfadada pela impunidade quando se trata de aplicar a lei. Vive‐se uma tremenda insegurança. O narco‐
tráfico mantém em suspense a sociedade e desafia a capacidade do Estado mexicano. É terrível o número de execuções entre os cartéis da droga. Neste campo, chegaram‐se no México a níveis de seqües‐
tros, execuções e roubos sem precedentes. Por outro lado, as cidades principais do país continuam crescendo de forma desproporcionada. Situação econômica – O México sofre fortemente o impacto da re‐
cessão originada nos EUA. Aumentaram os níveis de pobreza e de‐
semprego. O crescimento econômico do México tem sido muito baixo nos últimos anos. Ainda que atualmente os governos, em todos os níveis, ofereçam apoios e subsídios aos mais necessitados, a distância entre ricos e pobres, sem embargo, vem crescendo. O poder aquisiti‐
vo diminuiu. Os mais pobres se encontram na periferia das cidades e nas zonas indígenas. Em termos gerais, o sul do país é mais pobre. Obras apostólicas e atividades missionárias Continuamos com o apoio ao processo missionário em várias paró‐
quias pobres do país. Realizamos trabalhos de acompanhamento de 2 ou 3 anos normalmente, segundo uma metodologia que comporta análise da realidade, pregação querigmática (suscitar), formação de grupos e comunidades (animar) e criação e/ou fortalecimento de es‐
truturas de organização pastoral (consolidar). Apóiam estes projetos entre 8 e 16 missionários, conforme as agendas e as possibilidades. Atualmente missionamos uma comunidade de Santiago Tuxtla, Ve‐
racruz, e no começo de 2009 começaremos uma atividade apostóli‐
ca em Cidade Madero, Tamaulipas. Na Província, a atenção que 358 Conspectus Generalis 2009 prestam as comunidades se caracteriza pela pregação diária num esti‐
lo simples e popular. Trabalhamos muito atendendo confissões e as‐
sistindo aos doentes. Acompanhamos um grande número de grupos. Estamos vivendo um crescente processo de colaboração entre leigos e congregados, tanto em nível provincial como em nível de comuni‐
dades locais. Nos últimos 25 anos, temos contado sempre com o apoio de Missionários Itinerantes Leigos organizados com o nome de SEMIR (Seculares Missionários Redentoristas). Quatro de nossas re‐
sidências realizam atividades pastorais próprias de santuários. De nossas comunidades, só duas são paróquias, ao passo que uma ter‐
ceira está prestes a tornar‐se paróquia. Desde 1990 atendemos uma missão indígena na zona de Tarahuma‐
ra, em Chihuahua. Nesta missão, além da evangelização, se realizam projetos de defesa da terra, de saúde, educação, proteção da natu‐
reza e conservação dos costumes. O testemunho e o trabalho das comunidades são muito apreciados e valorizados pelos fiéis destina‐
tários e pela própria Igreja diocesana. Em nível de publicações e de meios de comunicação, contamos com uma revista bimestral, “Perpétuo Socorro”, uma página na Internet chamada “Gerardín”, que difunde a devoção a São Geraldo, e a página WEB da Província com o endereço “misionerosredentoristas.com”. Progressivamente foi se organizando cada vez melhor a PJVR através de projetos diversificados e com notável ajuda dos leigos. Os estudan‐
tes seminaristas em Guadalajara (filosofia) e México D.F. (teologia) fre‐
qüentam centros intercongregacionais que gozam de bom nível aca‐
dêmico e de bom ambiente com relação à sua experiência da vida reli‐
giosa. Contamos em San Luís Potosí com uma infra‐estrutura de bacha‐
relado para seminaristas menores e para o curso propedêutico. Vão se abrindo novos espaços para a formação e incorporação dos leigos na vida apostólica da Província de acordo com um plano provincial elabo‐
rado com a participação representativa de alguns desses leigos. 0014 AMÉRICA LATINA 359 Problemas • Prestar maior atenção ao cultivo da vida comunitária em al‐
gumas comunidades. • Fortalecer o sentido de consagração e de unidade como Pro‐
víncia. • Priorizar nossos projetos e nossas presenças no atual mapa da Província, segundo o número e a saúde dos membros que atualmente formamos a Província. Temos vários con‐
frades enfermos. Um terço da Província está composto por confrades de mais de 60 anos. Outro terço se encontra en‐
tre os 50 e 40 anos. E o outro terço está entre os 20 anos (uns poucos) e os 30 anos (os restantes). • Não temos conseguido o consenso requerido para fechar casas. Projetos • Estamos imersos num processo de sub‐regionalização na formação (encontro anual de presidentes de secretariados, perfis sub‐regionais para cada etapa, noviciado sub‐
regional, preparação para votos perpétuos, atualização sub‐regional em desenvolvimento humano e espiritualida‐
de, atualização teológico‐pastoral) PJVR, leigos, missões i‐
tinerantes, espiritualidade, economia, irmãos. Existem pla‐
nos sub‐regionais de trabalho em cada uma das áreas. A‐
poiamos o processo de presença missionária em Cuba. • Conforme o que foi determinado pelo XX Capítulo Provin‐
cial, em seu segundo período, temos como projeto, para o atual triênio, fortalecer em nível de Província a missão iti‐
nerante e a missão de Carichí (missão indígena). Em função destas duas prioridades, estamos vivendo um processo de 360 Conspectus Generalis 2009 revisão e de atualização de todas as áreas da vida de nossa Província. Este processo culminará com o próximo capítulo provincial previsto para 2010‐2011, com a revisão e atuali‐
zação dos nossos Estatutos e determinações provinciais, assim como do Plano Orgânico de Vida Apostólica da Pro‐
víncia. Para 2010 esperamos contar já com a iluminação do XXIV Capítulo Geral. • Está em andamento um projeto de revisão da nossa missão itinerante e da formação contínua na Província. Desafios • Dinamizar a participação e atualização das nossas missões i‐
tinerantes. • Acompanhar com esmero nossos formandos e cada um dos confrades. • Reformular nosso ser e nosso agir redentorista para estas circunstâncias de mudança de época no México. Concretizar este desafio em nosso próximo Capítulo Provincial. Expectativas • Decifrar os tempos e as formas mais eficazes para conse‐
guir a reestruturação da Congregação, como Unidade e como Sub‐região, a mudança de mentalidade, a abertura de fronteiras, a otimização de recursos, a solidariedade, o impacto econômico do processo, a socialização do proces‐
so a partir das comunidades locais. Esta empresa não tem sido fácil nem será fácil. O texto original é o espanhol. 3900 – Província de San Juan (Porto Rico e República Dominicana) A Província de San Juan abarca os territórios das nações de Porto Rico e da República Dominicana. Os Redentoristas chegaram a Porto Rico em 1886. Esta primeira tentativa de estabelecer a Congrega‐
ção durou até 1900 quando tiveram de abandonar Porto Rico por causa da presença norte‐americana. Os Redentoristas voltamos a Porto Rico chegando da Província de Baltimore no ano 1902. Em 1918 se erige como Vice‐Província. Em 1946 estabelecemos duas missões na República Dominicana. Em 10 de junho de 1984 se eri‐
giu em Província. 362 Conspectus Generalis 2009 Dados estatísticos A Província é composta de 9 comunidades e 1 residência. A Província tem 35 presbíteros na ativa. Temos 6 estudantes de votos tempo‐
rários e um noviço candidato a Irmão. Há 5 postulantes. Em pro‐
cesso de discernimento temos 16 candidatos. Há 8 congregados ilegitimamente ausentes. Três Irmãos estão fora da Província em missão de trabalhos especiais. Obras apostólicas Paróquia Missionária: A Província realiza sua tarefa missionária atra‐
vés de 4 paróquias em Porto Rico e 1 na República Dominicana. Du‐
rante o VI Capítulo Provincial ficou decidido que estas comunidades paroquiais deviam potenciar‐se de forma a poder adotar o modelo de paróquia missionária apresentado nos documentos da Congregação. Estações missionárias: Estabelecemos duas estações missionárias na República Dominicana. Uma delas ajuda no trabalho pastoral da dio‐
cese de Barahona e, partindo daí, trabalha com os imigrantes haitia‐
nos desta zona. A segunda estação missionária se encontra em El Cibao; tem como finalidade desenvolver o trabalho da Pastoral Juvenil e Vocacional. A partir desta estação missionária se coordena o trabalho de duas e‐
quipes de missão jovem que atuam na evangelização dos jovens na República Dominicana. Casa de Retiros: A casa Cristo Redentor é a nossa casa de retiros. Jovens e adultos acorrem a ela em busca da copiosa redenção. Pastoral Juvenil: A pastoral está organizada de acordo com o “Di‐
retório da PJVR”. Em cada zona da Província (República Dominica‐
na e Porto Rico) se estabeleceu uma espécie de subsecretariado que organiza e promove a ação pastoral. Em cada zona há um con‐ 0014 AMÉRICA LATINA 363 sagrado que é o coordenador do Secretariado. No começo do triênio estava melhor organizada na República Dominicana que em Porto Rico. Por este motivo, o Conselho decidiu dar prioridade a esta área em Porto Rico, oferecendo‐se diversos seminários sobre pastoral ju‐
venil, destinados aos agentes de pastoral das diversas obras apostóli‐
cas que levamos adiante. Foi nomeado um leigo que ajuda o Reden‐
torista na coordenação desta obra. Escolas: A Congregação tem cooperado com a Igreja em Porto Rico e na República Dominicana com a promoção da educação católica. Atualmente temos 5 escolas em Porto Rico. Estamos em processo de incorporar as escolas a uma corporação que lhes permita seu crescimento e desenvolvimento sem precisar da atenção direta dos Redentoristas. 364 Conspectus Generalis 2009 A formação inicial e contínua tem sido um grande desafio para a nossa Província. Ter uma equipe de formadores, estável através dos anos de forma que garanta a continuidade nos processos for‐
mativos, tem sido uma grande dificuldade. A formação inicial tem sofrido demasiadas mudanças em termos de lugar e de formado‐
res. Em alguns momentos, os formadores não tiveram nenhum ti‐
po de preparação para este ministério. Na atualidade temos dois promotores vocacionais, um na Repúbli‐
ca Dominicana e o outro em Porto Rico. Atualmente estamos de‐
senvolvendo um programa de discernimento vocacional na Repú‐
blica Dominicana com boa vitalidade e com diferentes programas destinados às várias etapas dos aspirantes à vida redentorista. Em Porto Rico começamos um processo que dê resposta à urgência da promoção vocacional. Tem sido positiva para a Província a experiência da formação inicial com outras Unidades. Participamos no noviciado sub‐regional San Alfonso em Piedecuesta, Colômbia. A Província optou por partici‐
par da experiência do teologado na FUSA e da Casa de formação de Quiroga. De um modo especial, agradecemos a oportunidade que nos proporciona a Província de Bogotá para que os nossos teólogos participem da experiência de formação de sua Unidade. Temos o postulantado na República Dominicana. Notamos que os nossos formandos apresentam lacunas na parte acadêmica, huma‐
na e também religiosa. Para responder a esta realidade, estabele‐
cemos um propedêutico a fim de prepará‐los a participar do pro‐
cesso de formação A Província não tem podido oferecer um programa de formação contínua. 0014 AMÉRICA LATINA 365 Leigos: Através dos anos temos feito várias tentativas de sistemati‐
zar os processos de colaboração com os leigos. Foram realizados seminários e programas para promover a colaboração. Nos últimos três anos desenvolveu‐se um programa sistemático de formação e integração para os leigos em Porto Rico. Estamos elaborando um diretório para os leigos assim como as di‐
retrizes e estatutos que definam a relação entre os leigos e a Pro‐
víncia. Tanto na República Dominicana como em Porto Rico, a par‐
ticipação desses leigos e leigas é entusiasta. Desafios Um dos maiores desafios que temos é o escasso número de Reden‐
toristas e a idade avançada que têm para estar disponíveis na hora de realizar a missão. Continuamos a envelhecer e o número de no‐
vos Redentoristas continua diminuindo. Na Província temos tido uma grande dificuldade com a escassa per‐
severança dos Redentoristas mais jovens. Durante os últimos anos, uma alta percentagem deixou a comunidade. Isto agrava a continu‐
idade dos projetos empreendidos e a direção que pode assumir a Província num dado momento. Um grande desafio é conseguir equipes de formadores e a coorde‐
nação entre a pastoral juvenil, a promoção vocacional e as casas de formação. A diminuição de pessoal e a falta de perseverança são uma preocupação para a nossa Província. A ausência de uma equipe missionária itinerante é um elemento que questiona a nossa missão redentorista no Caribe. O objetivo geral do projeto pastoral da Província continua de pé. Temos que revitalizar e transformar a nossa vida apostólica, de modo que se caracterize pela comunhão e a participação. 366 Conspectus Generalis 2009 Esperanças: Ante o clamor que surge dos povos de Porto Rico e da República Dominicana, causado pelas situações que solapam a digni‐
dade humana e atentam contra a vida, os Redentoristas da Província de San Juan, inspirados pelo zelo missionário de Santo Afonso, nos comprometemos a viver o nosso carisma com dinamismo e audácia. O texto original é o espanhol. 4100 – Província de Campo Grande (Brasil) Dados estatísticos básicos Número de confrades 68 confrades 4 irmãos 4 junioristas (estudantes com votos temporários) 60 confrades ordenados Número de comunidades 14 368 Conspectus Generalis 2009 Realidade sócio‐econômica do país O Brasil continua sendo um país do terceiro mundo, isto é, o nível de pobreza ainda é alto. Aumenta cada dia o número de empobre‐
cidos e miseráveis, que sobrevivem numa realidade de opressão. A exclusão social dos mais pobres é um escândalo e um pecado social evidente a todos. No nível religioso cresce o fenômeno das igrejas evangélicas protestantes de linha pentecostal, especialmente entre os mais pobres. Atuação dos Redentoristas Os Redentoristas da Província de Campo Grande caminham solida‐
riamente com os mais pobres, e são presentes em nossas comuni‐
dades obras sociais que alimentam a luta dos pobres por vida dig‐
na. Por exemplo, no Santuário do Perpétuo Socorro de Curitiba um grande centro de ação social acolhe os mais pobres para cursos e atendimentos. No Santuário do Rocio, em Paranaguá, na Paróquia em T. Borba também têm‐se obras sociais. Mas em todas as comu‐
nidades da Província os Redentoristas têm trabalhos voltados em defesa da vida, especialmente em defesa dos mais pobres Prioridades pastorais Os Redentoristas da Província definiram três prioridades pastorais: Santas Missões populares: duas equipes das Santas Missões atuam nos estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. É um tra‐
balho eminentemente Redentorista e ao mesmo tempo é uma res‐
posta à Conferência do CELAM em Aparecida que enfatizou a atua‐
ção missionária da Igreja. Santuários: três santuários são pastoreados pelos Redentoristas. Santuários de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Curitiba e Campo Grande; e Santuário Nossa Senhora do Rocio em Paranaguá. 0014 AMÉRICA LATINA 369 Nestes santuários além da devoção a Virgem Maria acontece um grande apostolado da reconciliação, onde as pessoas de várias regi‐
ões vêm para o sacramento da misericórdia. Os Redentoristas reali‐
zam um importante trabalho de acolhida nestes santuários. Paróquias missionárias: São três paróquias no estado de Mato Grosso do Sul e três paróquias no estado do Paraná. Estas paróquias estão situadas em regiões pobres que permitem os Redentoristas estarem em solidariedade com os empobrecidos. Também há uma paróquia em Newark, New Jersey, EUA, atendendo os brasileiros nesta região. Pastorais específicas Além das prioridades pastorais, existem vários apostolados que os Redentoristas desenvolvem: 370 Conspectus Generalis 2009 • Rádio Difusora: emissora que transmite programas religio‐
sos e educativos numa perspectiva Redentorista. • Colégios do Rosário e São José: são dois colégios que ofere‐
cem educação desde o nível infantil ao ensino médio. Escola Perpétuo Socorro em Telêmaco Borba. • Pastorais específicas: Comunidade Sarnelli (acolhida e edu‐
cação de jovens de rua), Comunidade Vida Nova (recupera‐
ção de padres alcoólatras), Copiosa Redenção (religiosas que atuam com jovens em situação de risco). • Publicações: há vários confrades que publicam livros na área teológico‐pastoral. Destaque para o Pe. Lourenço Kearns, C.Ss.R. que tem uma coleção de livros na área da teologia da vida religiosa. Formação • Pastoral das vocações: em torno de 60 jovens estão em co‐
municação com o promotor vocacional discernindo a voca‐
ção Redentorista. • Propedêutico: são sete jovens que estão neste processo formativo, preparando‐se para a Vida Redentorista. • Postulantado: são nove jovens que estão cursando filosofia. • Noviciado: dois noviços estão no noviciado interprovincial em Tietê. • Juniorato: cinco jovens estão próximos dos votos perpétuos. Desafios São vários os desafios que os Redentoristas da Província de Campo Grande enfrentam. 0014 AMÉRICA LATINA 371 Enumeremos alguns: • Individualismo: existe uma tendência em alguns confrades em buscar projetos individuais, ferindo a Constituição n. 21: “É lei essencial de sua vida: viver em comunidade e por meio da comunidade realizar o trabalho apostólico. Por esse mo‐
tivo, sempre se considere o aspecto comunitário ao se acei‐
tar um trabalho missionário”. A vida comunitária continua sendo um grande desafio. • Desânimo: alguns confrades perderam o ânimo apostólico e missionário. • Dimensão econômica: Devido à “dependência de dinheiro externo da Província de Baltimore”, ainda há vários confra‐
des que têm dificuldades em lutar pela auto‐sustentação. Por outro lado, a Província não planejou esta dimensão, confiando que “sempre existiriam os dólares americanos”. Hoje ainda se vive uma tensão por esta realidade na Provín‐
cia. No entanto, o economato tem trabalhado intensamente para obter a auto‐sustentação provincial. Conclusão Diante das realizações e dificuldades, percebe‐se uma grande genero‐
sidade e fidelidade de muitos confrades em nossa Província. Existe um esforço constante, da maioria, em viver o carisma Redentorista e assim encarnar o tema do sexênio que é “dar a vida pela Copiosa Re‐
denção”. Neste ano procurou‐se trabalhar mensalmente o tema da vida apostólica consagrada, proposta pelo Governo Geral. Neste pró‐
ximo ano, 2009, vamos trabalhar a temática de S. Clemente. Assim, nota‐se uma busca de viver o carisma Redentorista na Província de Campo Grande. O texto original é o português. 4300 – Província de Goiás (Brasil) Introdução A missão redentorista em Goiás foi iniciada com a chegada dos missionários bávaros em 12 de dezembro de 1894, na então cidade de Campininhas de Goiás (hoje bairro de Goiânia). Eles vieram para realizar o atendimento pastoral aos romeiros do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade. Durante toda sua história, a missão re‐
dentorista de Goiás esteve ligada à presença dos Redentoristas em São Paulo, constituindo assim, a Vice‐Província Bávaro‐Brasileira, e 374 Conspectus Generalis 2009 depois, parte da Província de São Paulo. Em 1964 a missão reden‐
torista de Goiás foi elevada a Vice‐Província de Brasília. E no dia 11 de dezembro de 1994 aconteceu a instalação da Província de Goi‐
ás. Atualmente a Província possui: • 08 casas canonicamente erigidas – Convento Sanctissima Trinitas (Trindade), Seminário São José (Goiânia), Convento Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Brasília), Convento São Clemente (Goiânia), Convento Mãe do Perpétuo So‐
corro (Goiânia), Convento Divino Pai Eterno (Trindade), Convento Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Goiânia), Seminário Pe. Pelágio (Trindade); • 06 residências – Comunidade Nossa Senhora da Guia (Goi‐
ânia), Comunidade Ir. Marcel Van (Goiandira), Comunidade São Geraldo (Paraíso do Tocantins), Comunidade Santo A‐
fonso (São Sebastião – DF), Comunidade Missionária de Confresa – MT, Comunidade Missionária de Vila Rica – MT; • 79 confrades – sendo que 1 é bispo, 62 são padres, 8 são irmãos e 8 são estudantes professos. Situação atual Nossa Província se encontra na região central do país, dentro do Bioma Cerrado, abrangendo os seguintes estados do Brasil: Goiás, Mato Grosso, Tocantins e o Distrito Federal. Nossas comunidades estão presentes em cinco circunscrições eclesiásticas (Arquidiocese de Goiânia, Arquidiocese de Brasília, Diocese de Ipameri, Diocese de Rubiataba‐Mozarlândia, Prelazia de São Félix do Araguaia e Prelazia de Cristalândia). Há dois confrades que colaboram missionariamente na Vice‐Província de Manaus. E atendemos variados grupos sociais nas diversas atividades que desempenhamos, mas, sobretudo os grupos mais abandonados nas periferias das grandes cidades e nos sertões rurais. Trabalhos apostólicos e serviços missionários Os missionários Redentoristas de Goiás encontram‐se comprome‐
tidos com a evangelização nas diversas comunidades apostólicas: atendimento pastoral aos peregrinos do Santuário do Divino Pai Eterno (Trindade) e no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro (Goiânia); pastoral paroquial (Goiânia, Trindade, Brasília, Uirapuru, Goiandira e Paraíso do Tocantins); evangelização em frentes missionárias (Confresa e Vila Rica); atendimento pastoral em periferias (Goiânia, Brasília). Temos ainda atuação marcante nos meios de comunicação social: subsídios evangelização popular, principalmente com o Natal em Família que é uma novena comunitária em preparação para o Natal e que é celebrada por todo o Brasil (Centro de Pastoral Popular – 376 Conspectus Generalis 2009 Goiânia); evangelização e defesa da cidadania pelo rádio, constitu‐
indo uma referência no jornalismo da região (Fundação Pe. Pelágio – Goiânia e Ipameri); evangelização a partir da devoção ao Divino Pai Eterno (Santuário, TV). A formação inicial da Província acontece em todas as fases: Aspiran‐
tado – Seminário Pe. Pelágio (Trindade); Postulantado de filosofia – Seminário São José (Goiânia) e Postulantado de irmãos – Comunidade Ir. Marcel Van (Goiandira); Noviciado – Convento Mãe do Perpétuo Socorro (Goiânia); Juniorato – Convento São Clemente (Goiânia). Quanto à formação permanente contamos com a programação anual: encontro dos padres novos; estudo provincial e assembléia provincial. Em todos os nossos trabalhos apostólicos se percebe um sensível ze‐
lo pastoral, seja na preocupação e responsabilidade com a pastoral ordinária da Igreja, seja com a solidariedade com os mais empobre‐
cidos. Destacamos nossas obras sociais: Centro Social Redentorista – que atende crianças carentes no setor Pontakaiana, em Trindade; Centro Social Pai Eterno – que também atende crianças carentes, no setor Samara, em Trindade; Vila São José Bento Cottolengo – um complexo de atendimento hospitalar e de reabilitação física, como também abrigo, escolas e centro de convivência para pessoas com deficiência física e mental, como também pessoas carentes. Preocupações Nossa Província ainda encontra problemas no que diz respeito à consciência da vida religiosa e a co‐responsabilidade para a realiza‐
ção da missão de maneira mais comunitária. Podemos, assim, definir a vida fraterna comunitária como o nosso maior desafio, do qual dependerá o bom êxito de nossa missão na Igreja e no mundo. Al‐
mejamos dar continuidade aos trabalhos apostólicos já assumidos, comprometidos com maior fidelidade ao anúncio do Evangelho do 0014 AMÉRICA LATINA 377 Reino e com o carisma missionário redentorista. A pregação de reti‐
ros é uma das atividades de nosso carisma missionário que é muito assumida pelos confrades da Província. Por causa disso, planejamos a construção o mais breve possível de um espaço destinado à reali‐
zação de retiros aos leigos, aos religiosos e ao clero. A Província de Goiás empenha‐se com esperança na causa da bea‐
tificação do Servo de Deus Pe. Pelágio Sauter, C.Ss.R. Pois, espera‐
mos que sua elevação à glória do altar estimule ainda mais os con‐
frades e todo o Povo de Deus do Centro‐Oeste do Brasil a intensifi‐
car o compromisso de ser discípulo e missionário de Jesus Cristo. A causa de beatificação do Pe. Pelágio se encontra em estágio avan‐
çado junto à Congregação para a Causa dos Santos. E ele é um re‐
ferencial na vida do povo goiano, um missionário redentorista cog‐
nominado Apóstolo de Goiás. Conclusão A Província Redentorista de Goiás, embora já conte com um número considerável de confrades, ainda encontra no seu limitado número de membros um desafio sempre atual diante das imensas urgências pastorais que lhe são apresentadas. Por isso, ao celebrar os quinze anos de sua instalação canônica, ela se renova internamente na ale‐
gria pela consagração e na fidelidade à missão evangelizadora. O texto original é o português. 4501 – Vice‐Província de Manaus (Brasil) Fundação Com a solicitação feita em 1 agosto de 1942 ao Pe. Francisco Fagen, superior provincial de St. Louis (EUA), por parte de Dom João da Mata Andrade do Amaral, o então arcebispo da Arquidiocese de Manaus, nasceu a Vice‐Província de Manaus. A Província de Saint Louis decidiu aceitar a Missão no Amazonas. Ela estava em fase de expansão, con‐
tando com 380 confrades entre irmãos e sacerdotes. O contexto da 380 Conspectus Generalis 2009 época, remete‐nos à segunda guerra mundial, onde a comunicação era lenta, dificultando as correspondências. A Amazônia estava em esquecimento devido à baixa do mercado da borracha. Isso significa que havia um total abandono da região. Foi neste panorama sócio‐
político, que aos 28 de julho de 1943, 06 confrades iniciaram a Missão Redentorista no Amazonas. Histórico Depois da chegada dos novos missionários, o arcebispo imediata‐
mente instalou uma nova paróquia: Nossa Senhora Aparecida. Os missionários tiveram dificuldades de adaptação, pois a situação era precária. A população de Manaus era de 100 mil habitantes, com o clima quente e úmido, havia muitos insetos e era isolada do mundo conhecido. Os missionários se inculturavam, trabalhavam e se ex‐
pandiam. Dentro de um ano, já estavam em 3 municípios: Manaus, Manacapuru e Coari. Em 1945, abriram mais uma comunidade em Codajás. Em 1947, fundaram a comunidade de Belém do Pará. A Província florescia e a Vice–Província também. Anualmente chega‐
vam novos missionários e abriam‐se novas frentes: Vila Amazônia em Parintins, Teresina no Piauí, em São Luís do Maranhão. Criaram um folheto editado na sede do Rio de Janeiro: “Lê e Vê”. Em 1948, Pe. Francisco Hirsch, apostando nas vocações amazonenses, iniciou uma Escola Apostólica em Coari, para prover o futuro. Aqui temos uma longa história do processo formativo: lugares, métodos, formadores, parcerias. Muitos candidatos, pouca perseverança. Com o “aggiornamento” do Vaticano II, começaram as mudanças na formação dos religiosos e presbíteros. Nós Redentoristas do Amazo‐
nas, tínhamos uma tradição de enviar nossos formandos menores do sexto e sétimo ano, para o seminário em Aparecida ‐ São Paulo e os maiores para os Estados Unidos. O nosso noviciado sempre foi realizado nas diferentes Províncias do Brasil. Em 1970, encerrou‐se o 0014 AMÉRICA LATINA 381 costume de estudar nos Estados Unidos, com o retorno do último presbítero ordenado neste sistema. Nos anos 60, fundou‐se o IPAR em Belém do Pará. Logo em seguida houve a fundação do CENESCH em Manaus, Amazonas. Daqui em dian‐
te, os nossos estudantes faziam sua formação religiosa e presbiteral em Manaus, e o noviciado continuou em parceria com outras Províncias. Este tempo foi de constantes mudanças de local, métodos e forma‐
dores. A Igreja estava em ebulição, as idéias e orientações da CNBB e da CRB estavam em contínuo discernimento. Falava‐se muito na formação dos autóctones, mais contato com a família e o povo, casas inseridas, inculturação, aculturação e multi‐
culturação. Nosso apostolado: missionários jovens e entrosados no meio do po‐
vo tiveram a sensibilidade de perceber as necessidades da região. Vieram trazer um rejuvenescimento a uma Igreja tridentina no meio da floresta. O povo os acolhia muito bem e as portas iam se abrindo. Pregaram as Santas Missões no Amazonas e em outras localidades do Brasil em colaboração com várias Províncias. Com a diminuição do número de confrades e com as novas formas de pastoral pós‐
Conciliar: mergulhamos nas CEBs, no MEB, no CDDH, na CPT, nas preocupações sociais provindas das Conferências do Episcopado La‐
tino‐Americano como a do Rio de Janeiro, Medellín, Puebla, etc. Nesta efervescência, distanciamos dos “modelos tradicionais” de San‐
tas Missões, por um período de tempo. No decorrer destas experiên‐
cias percebemos que o nosso carisma mesmo é Santas Missões, por isso decidimos reativar a organização de uma equipe missionária, por pequena que fosse, apesar de nosso minguado número. Este momen‐
to foi difícil, porque implicava em decisões de deixar uma paróquia da Prelazia para exercer mais especificamente nosso carisma de missio‐
nário redentorista. Iniciaram as Novenas Perpétuas de Nossa Senhora 382 Conspectus Generalis 2009 do Perpétuo Socorro, fizeram Desobrigas, fundaram Comunidades, Centro de Pastoral Regional CENESCH, Escolas, Hospitais, Olarias, a Rádio Educação Rural de Coari, hoje, Fundação do Santíssimo Reden‐
tor com Rádio e TV (Rede Vida), instalaram sistema de água encana‐
da, de luz, abriram oficinas, trabalharam com o MEB, com as Campa‐
nhas da Fraternidade, com a CNBB Nacional, com os Deficientes Audi‐
tivos, reuniram o Clero em nossa casa para encontros, lazer e outros. No auge de nossa história, chegamos a ter mais de 50 Missionários Redentoristas. O Concílio Vaticano II mexeu com muita gente, balançou a Vice‐
Província e a Província. Os números começaram a diminuir até hoje. Com a diminuição do número de confrades, o apostolado fica com‐
prometido. 0014 AMÉRICA LATINA 383 Situação atual Somos uma Vice‐Província com 38 confrades: 2 bispos, 2 padres da Vice‐Província da Nigéria, 5 padres e 1 irmão da Província de Den‐
ver, 4 padres da URB (União dos Redentoristas do Brasil), 8 padres da Vice‐Província de Manaus, 3 irmãos da Vice‐Província de Ma‐
naus, 13 junioristas e 15 Seminaristas no postulantado. Não temos nenhum noviço no ano de 2009. Temos um bom número no pro‐
cesso de formação inicial, mas nos deparamos com a dificuldade na questão de perseverança. Não há perspectiva de um aumento nu‐
mérico a curto prazo, porém, apesar das dificuldades detectadas, temos alimentado bastante esperança. Em geral a saúde dos con‐
frades é boa, mas a idade vai avançando, sobretudo a dos norte‐
americanos. Com este número reduzido de confrades, continuamos com os mesmos compromissos históricos: os trabalhos da Vice‐Província hoje compreendem oficialmente: Arquidiocese de Manaus e Prela‐
zia de Coari. Esta última foi criada em 1963 e confiada pela Santa Sé à Congregação do Santíssimo Redentor e o seu Bispo atual é Dom Joércio Gonçalves Pereira, C.Ss.R., da Província de São Paulo. Em Manaus trabalham 13 confrades: Sede Provincial (Casa VP) os 6 estão distribuídos entre administração e economia, Santas Missões Populares, Pastoral Juvenil Redentorista, uma área missionária; Comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: o formador e pároco juntamente com os 3 junioristas, dividem‐se para estudos, paróquia, projeto “Amigos do Redentor”, colaboração com a Ad‐
ministração Central em serviços bancários, correios e outros; Copi‐
osa Redenção: o superior e o vice‐formador (um irmão) com os 15 postulantes, dividem‐se estudos, colaboração em 7 comunidades, projeto “Gente Pequena”, “Projeto Reciclana” de reciclagem de pa‐
pel com menores infratores que estão sob liberdade condicionada, 384 Conspectus Generalis 2009 formação de lideranças, assessorias; os 4 do Santuário Nossa Se‐
nhora Aparecida, com a movimentada novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro às terças‐feiras. Em Coari os 7 confrades estão distribuídos na rádio, pastorais, cen‐
tro juvenil São Geraldo na formação e capacitação de crianças e jovens, visitas em torno de 150 comunidades ribeirinhas com uma equipe mista padre e leigos e outros. Em Manacapuru os 4 confrades distribuem‐se no acompanhamen‐
to pastoral das inúmeras comunidades, tanto na zona urbana quanto as comunidades rurais por estradas e rios. 01 confrade en‐
contra‐se em Campina Grande – Nordeste, colaborando durante o ano de 2009 com a Vice‐Província de Manaus, numa parceria entre as Unidades Norte e Nordeste. A região onde atua a Vice‐Província do Amazonas é composta de várias realidades culturais que formam a região Amazônica. Nosso trabalho está organizado na busca da continuidade com o que foi implantado há mais de 65 anos. Em nossa região ainda é predominantemente maior o número de católicos, mas com uma realidade eclesial carente por ausência de clero, embora que com um projeto da CNBB chamado “Mutirão para Amazônia”, tenha aumentado o número de sacerdotes, religi‐
osas e leigos missionários nas várias prelazias e dioceses. Temos uma Igreja com uma presença de leigos muito atuantes e que aos poucos tem investido muito em sua formação com a criação de centros de formação e cursos nos vários níveis acadêmicos. Esbar‐
ramos com um forte crescimento de seitas. Do ponto de vista cultural, nossa região é formada por uma mistu‐
ra de povos e culturas que numa miscigenação criou os povos da Amazônia. A pobreza extrema assola grande parte da população, causando desafios para a natureza e a sobrevivência dos povos 0014 AMÉRICA LATINA 385 desse lugar. Nós estamos presentes na luta do povo por melhor qualidade de vida, dignidade como pessoa humana, preservação do meio ambiente através dos vários trabalhos pastorais e sociais, principalmente nas paróquias da Prelazia, em sua extensa zona ru‐
ral e ribeirinha. Sem contar com o gritante desafio do mundo ur‐
bano concentrado em Manaus e nas sedes dos municípios, no que diz respeito a linguagem, mentalidade, ritmo de vida, perda de va‐
lores, secularização, violência, consumismo etc. Apesar disso, temos pensado positivo em nossas experiências mis‐
sionárias, que nos impelem a descobrir novos horizontes, novos desafios missionários. Esta visão é também a do Governo Geral e da Província. Hoje, em nossa Vice‐Província é de consenso que não podemos ficar neste quadro atual, mas devemos buscar novas frentes. Temos investido bastante na pastoral vocacional e tentado ir além de Manaus e da Prelazia de Coari, mas quando tudo parece encaminhado, nos deparamos com estado de saúde precário de forma repentina de confrades e/ou renúncia da vida consagrada Redentorista. Sem contar que nos últimos anos o retorno perma‐
nente dos mais novos para os Estados Unidos tem sido freqüente, com previsão com mais dois para o ano que vem. Há um ressurgimento das vocações provindas de outras regiões a‐
tingidas pelas Santas Missões. Estamos, em consonância com a Con‐
gregação, colaborando e trabalhando com os leigos Redentoristas. Estatísticas • Casas em Manaus ƒ Sede Vice‐Provincial, Bairro Aparecida ƒ Juniorato, Bairro de Educandos – Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro 386 Conspectus Generalis 2009 ƒ Postulantado, Bairro Redenção – Paróquia Nossa Senhora das Dores ƒ Santuário Nossa Senhora Aparecida – Bairro Aparecida • Casas na Prelazia de Coari ƒ Comunidade de Manacapuru – Paróquia Nossa Senhora de Nazaré ƒ Comunidade de Coari – Paróquia de Sant’Ana e São Sebastião • Casas de formação no Nordeste ƒ Caucáia com 4 teólogos ƒ Bela Vista com 2 teólogos • Noviciado ƒ Campina Grande: este ano não há nenhum noviço. • Auto‐sustentação ƒ Aluguel da antiga casa “Viva Memória” – Centro ƒ Aluguel da antiga casa VP – Centro ƒ Aluguel de uma casa que seria para a livraria – Aparecida ƒ Previsão de aluguel de mais casas – Aparecida ƒ Livraria Santuário – Aparecida Desafios, dificuldades, provas e projetos Nosso maior desafio é a auto‐sustentação e o número reduzido de confrades para atender tamanha demanda populacional na cidade e no interior. As despesas com a formação de novos missionários redentoristas e a manutenção da estrutura da Vice‐Província en‐
quanto estrutura a serviço da missão nessa região, constituem uma 0014 AMÉRICA LATINA 387 grande prova que procuramos superar com dinamismo e a ajuda que recebemos da Província de Denver. Estamos num grande pro‐
jeto de auto‐sustentação, investindo em imóveis, pequenos proje‐
tos com os seminaristas e uma livraria. Esperamos que a Vice‐
Província prospere em número e qualidade de confrades para a‐
tender os mais pobres da Amazônia. Nossa maior dificuldade está na limitação humana, seja no nível de formação inicial e em escala menor e não menos preocupantes no nível da formação perma‐
nente com relação à falta de perseverança, impedindo assim, que aumentemos em número e conseqüentemente, em novas frentes e projetos. O texto original é o português. 4800 – Província da Bolívia Primeira casa: 1910 Ereção da Província: 22 de Maio de 1997 Membros: 60 Desenvolvimento nos últimos seis anos Passados 10 anos desde a sua criação, a Província está se organizan‐
do. Os confrades continuam sendo de cinco nações diferentes: Fran‐
ça, Suíça, Polônia, Colômbia. Os jovens são bolivianos e as vocações uma grande esperança. São 60 os membros da nossa Província: 3 bispos, entre os quais um cardeal, 47 sacerdotes, 3 irmãos. 390 Conspectus Generalis 2009 Número de estudantes: 7 com votos temporários, 3 noviços e 15 postulantes. As 12 casas da Província são: • uma em Cochabamba, sede do Provincial, paróquia e no‐
viciado do URSAL (União dos Redentoristas do Sul da América Latina; • em cada uma das seguintes cidades, uma: Tarija, Tupiza, La Paz, Oruro; • quatro em Santa Cruz: a paróquia do Santíssimo Redentor, o Seminário Santo Afonso, a Equipe missionária São Cle‐
mente e Vallegrande, paróquia; • três no Vicariato de Reyes: Palos Blancos, São Borja e Rur‐
renabaque. Temos casa em 7 dos 9 departamentos que tem a Bolívia. Situação atual A Bolívia é um país de muitos contrastes, começando pelas dife‐
renças geográficas, idiomáticas, de costumes e por sua diversidade de etnias e povos. Os Redentoristas permanecem no planalto, nos vales e no trópico. São muitas as razões pelas quais trabalhamos nestas terras até entregar nossas vidas. A sociedade boliviana tornou‐se muito conflituosa devido às mudan‐
ças sociais, políticas, econômicas e culturais que têm provocado mais sofrimento e dor. Comprova‐se que existe discriminação, seja pela condição econômica, seja pelo sobrenome, ou mesmo só por ser indí‐
gena. A situação econômica se tornou insuficiente e insustentável e é onde se encontra a maior desigualdade, assim como na saúde e na educação. Entre os grupos mais vulneráveis estão pessoas com defici‐
ências, idosos e mulheres abandonados, os povos indígenas que são 0014 AMÉRICA LATINA 391 manipulados por motivos políticos segundo os governos de turno. Por outro lado, há falta de oportunidades de emprego e de melhores condições de vida. Nestes últimos anos tem ocorrido uma desinte‐
gração familiar devido às massivas emigrações de bolivianos/as para outras latitudes do mundo. Obras apostólicas Missões • Equipe missionária: A experiência que fomos adquirindo ao longo de todos esses anos (15) na missão popular, fez com que a Equipe missionária seja uma proposta para to‐
da a Igreja da Bolívia. Foi esta Equipe que orientou e ani‐
mou diversas dioceses, paróquias e comunidades. A Equi‐
pe faz a pré‐missão, a missão propriamente dita e a pós‐
missão, tudo do ponto de vista de um plano de renovação da missão. Graças à perseverança dos missionários, há quatro confrades em tempo integral para a Missão. • Territórios de Missão: São lugares afastados onde, em sua maioria, vivem indígenas, fazendo da presença redento‐
rista tanto um testemunho de vida no meio dos abando‐
nados, como fazendo outras vezes até o impossível para dar‐lhes uma vida digna. No Vicariato de Reyes, a nossa presença é entre os povos e lugares dos pampas, entre as etnias que habitam terras como os Chimanes, Mosetenes, etc. Estamos também entre os emigrantes do planalto que, graças à construção da estrada que sai de La Paz, têm cultivado uma parte destas terras. • Vallegrande, que é um amplo território de agricultores com muitas comunidades. Tupiza, centro mineiro de mui‐
tos povos vizinhos e comunidades quíchuas. 392 Conspectus Generalis 2009 Paróquias O dinamismo pastoral dos Redentoristas faz com que exista nas paróquias uma presença leiga com compromisso e dimensão missionários. Fez‐se a proposta, por isso, de trabalhar a partir de uma equipe paroquial que fosse formada pelo conselho pas‐
toral paroquial a fim de dinamizar as áreas de evangelização, os agentes pastorais e a promoção humana. Formação • Seminário Santo Afonso: está situado na cidade de Santa Cruz e nele se encontra o postulantado onde os jovens começam o seu caminho na formação para serem reden‐
toristas. • Teologado: as iniciativas tomadas pela Província boliviana fizeram com que alguns teólogos tenham sua formação em outros países. Temos alguns confrades professos realizan‐
do seus estudos de teologia na Vice‐Província irmã do Pe‐
ru‐Sul enquanto os outros continuam em Santa Cruz. • Noviciado do URSAL: Uma experiência que já está funcio‐
nando há três anos e atualmente se ampliou no cone Sul da América Latina. As Unidades da Argentina, Chile, Para‐
guai, Peru e Bolívia participam desta maravilhosa experi‐
ência de ser Redentoristas e de buscar um fim comum como é a Missão. • Formação Contínua: Com o fim de ter confrades bem pre‐
parados conforme o carisma e a espiritualidade da Congre‐
gação, e que possam responder aos desafios pastorais que apresenta a Igreja boliviana, a Província tem motivado muitos confrades jovens para que estudem a nossa reali‐
dade cursando filosofia, missiologia e teologia andinas. 0014 AMÉRICA LATINA 393 Promoção vocacional Diante do desafio de que a nossa Província jovem continue cres‐
cendo, o Conselho Provincial tomou as seguintes iniciativas: • Dar uma importância muito maior à Pastoral Juvenil e Vo‐
cacional Redentorista, nomeando um responsável que, com o seu diretório, está organizando encontros, acam‐
pamentos e cursos de formação sobre o carisma da Con‐
gregação. • Nomear um responsável que viaje por todas as nossas pa‐
róquias, e também por outros lugares, a fim de oferecer aos jovens oportunidades para ser Redentoristas e poder seguir de perto o interesse mostrado por aqueles jovens que desejam partilhar nossa vida. • Organizar duas vezes por ano, em diferentes lugares do país, encontros e reuniões de futuros candidatos a entrar na Província. Pastorais • Secretariado de Vida Apostólica: Uma das iniciativas que estamos conseguindo encaminhar é a reunião periódica do Secretariado de Vida Apostólica composto por todos os párocos das paróquias atendidas pelos Redentoristas, pela Equipe missionária, na qual o afã de responder às re‐
alidades pastorais de cada lugar é enorme, já que levam em conta o carisma redentorista e se propõem priorida‐
des para o trabalho pastoral nas paróquias. • Pastoral Juvenil Vocacional Redentorista: (cf., n. 3.) • Leigos Redentoristas: Está constituído de um Secretariado que trata de levar adiante o trabalho com todos os Leigos 394 Conspectus Generalis 2009 Redentoristas que trabalham em nossas paróquias. Anu‐
almente se realiza um encontro com os representantes de cada lugar. A sua contribuição e a sua colaboração fazem dos Redentoristas uma só família. • Pastoral Social: devido à realidade social que vive o país, os Redentoristas prestam especial atenção à pastoral so‐
cial. Isto faz com que se construam em muitos lugares centros de atendimento médico, Cáritas, colégios, assis‐
tência social, etc. Desafios A Bolívia está vivendo grandes mudanças históricas. Quebrantada pe‐
las decisões políticas e por sua situação de mediterraneidade, não consegue desenvolver‐se. As decisões políticas fizeram com que seja um país onde a religião já não faz parte oficial do governo. Como con‐
tinuar sendo Igreja quando a religião não faz parte oficial do Estado? Também do ponto de vista religioso cresceu a indiferença, o aban‐
dono da religião católica e o crescimento das seitas religiosas. Por outro lado, o crescimento das grandes festas de padroeiros fazem da Bolívia um país onde se vive uma religiosidade profunda. Como Redentoristas na Bolívia, a situação política e social nos con‐
vida a dar um grande testemunho missionário. Somos chamados a evangelizar integralmente todo o povo boliviano, com as suas di‐
versas culturas e com a sua situação de pobreza persistente, a fim de comunicar‐lhes a “copiosa redenção” com vida e esperança: • dar um especial protagonismo aos leigos • pôr mais ênfase na pastoral vocacional e, com ela, aten‐
der os jovens 0014 AMÉRICA LATINA 395 • assumir a promoção humana integral como serviço ur‐
gente à vida dos pobres e marginalizados da nossa socie‐
dade. • preparar o centenário da chegada dos Redentoristas à Bo‐
lívia em 2010. Conclusão Os Redentoristas na Bolívia, com a intercessão de Santo Afonso, com a fé posta no Redentor, caminhamos junto a nossos irmãos que ne‐
cessitam da redenção. O caminho é difícil, complicado e perigoso; mas, apesar de todos os problemas que encontramos atualmente, pode‐se dizer que, graças a Deus, os vamos superando e vendo com muita esperança o futuro da Congregação nesta terra boliviana. O texto original é o espanhol. 0015 REGIÃO DA ÁSIA‐OCEANIA 0058 – Região da Coréia Introdução Total de confrades Sacerdotes Irmãos 17 11 2 Estudantes professos 4 Comunidades 2 400 Conspectus Generalis 2009 Situação atual A nossa Região compõe‐se de dois países: Coréia do Sul e Coréia do Norte. A Coréia do Sul é uma nação democrática e respeita todas as religiões. A Coréia do Norte é um país comunista com uma pequena comunidade de cristãos conhecidos. Aí as atividades religiosas são estritamente controladas. Até agora não pudemos exercer nenhuma atividade apostólica na Coréia do Norte. A Coréia do Sul é considerada um país desenvolvido e a maioria das pessoas pertence à classe média. Os pobres em sua maioria são os agricultores e os operários nativos ou estrangeiros. A população da Coréia do Norte, calculada em 23 milhões, vive em grande pobreza. Na Coréia do Sul os católicos são 8% dos 48 milhões de habitantes. Em geral, a Igreja Católica goza de grande respeito por parte do povo. Mais de 25% da população são budistas, e cerca da metade da popu‐
lação não acredita em Deus. No momento, o país é afetado pela crise econômica mundial. Na vida social ordinária, predominam as culturas budistas e confucionistas. Em geral, a nossa vida de comunidade é boa. Temos alguns problemas com a participação nos atos comuns, por exemplo, nas orações da comunidade. A formação inicial é feita na Coréia. Há um programa de formação na comunidade dos estudantes, e os estudos teológicos são feitos no Seminário Regional da Arquidiocese de Seul. Trabalhos apostólicos e serviço missionário Principais trabalhos • Evangelização por meio do apostolado mariano, especial‐
mente pela novena perpétua a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro • Formação de sacerdotes, religiosos e leigos 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 401 Os nossos confrades trabalham também na pastoral dos sacramen‐
tos, liturgia paroquial, dias/tardes de recolhimento, conferências, atendimento aos hospitais, pastoral entre os operários estrangeiros, assistência aos refugiados norte‐coreanos, retiros, pastoral familiar e apostolado da oração. Trabalhamos regularmente na Arquidiocese de Seul, nas Dioceses de Chunchon, Incheon e Pusan, e ocasional‐
mente em outras dioceses. Preocupações • Estabelecer uma comunidade entre os pobres • Envolver homens e jovens no apostolado da novena perpétua • Trabalhar mais ativamente com os jovens • Recrutar mais vocações para a nossa comunidade redentorista Conclusão A nossa comunidade na Coréia tem apenas 18 anos e ainda não so‐
mos bem conhecidos no país. A península coreana e os países vizi‐
nhos oferecem muitas oportunidades para o trabalho apostólico. Esperamos continuar a partilhar o nosso carisma redentorista com o povo e colaborar na missão das Igrejas locais. O texto original é o inglês. 0802 – Vice‐Província de Kagoshima (Japão) Introdução A Vice‐Província de Kagoshima pertence à Província de Munique (Alemanha). Temos 15 confrades na Vice‐Província, todos sacerdotes. Sete são ja‐
poneses e oito são alemães. A média de idade é 64,5. A média de ida‐
de dos confrades japoneses é de 53,8. Entre os alemães a média che‐
ga a 75 anos. Nos últimos seis anos não temos tido postulantes, nem noviços nem estudantes. Temos 4 casas canonicamente erigidas e várias estações missionárias. 404 Conspectus Generalis 2009 Situação atual O número total de católicos registrados no Japão é de cerca de 450.000, equivalente a 0,36% da população, que é de aproxima‐
damente de 127 milhões. Somados aos Protestantes das diversas denominações, os cristãos batizados são perto de 1% da popula‐
ção. Os xintoístas e os budistas são uns 84% da população. Con‐
forme um relatório da Comissão Católica do Japão para os Migran‐
tes, há cerca de 560.000 católicos estrangeiros não incluídos nas estatísticas oficiais da Igreja. O número total de católicos no Japão, registrados ou não, é portanto ligeiramente superior a um milhão. As dioceses do Japão são 16. Nossas casas estão em duas dioceses: uma na arquidiocese de Nagasaki e três na de diocese de Kagoshi‐
ma. Uma destas, Taniyama, é a residência do Superior vice‐
provincial. A área em que moramos não é das mais ricas do país. O Japão é uma nação altamente industrializada, mas o sul, onde vivemos e trabalhamos, não é uma área rica. Por isso, há poucos jovens na região. Após o ensino médio, quase 90% dos estudantes sai para estudar ou para trabalhar em outros lugares e apenas uns poucos voltam para ficar. Nesta situação sócio‐econômica, é difícil identifi‐
car quais são os pobres mais abandonados. Do ponto de vista de nosso compromisso religioso, devemos estar aqui no extremo sul do Japão. Foi há 55 anos atrás que chegaram os primeiros Redentoristas a Kagoshima, convidados pelo bispo de Kagoshima para ajudar a construir a Igreja local. O mesmo compromisso continua ainda ho‐
je. Faz dois meses que o bispo de Kagoshima nos pediu para assu‐
mir uma nova paróquia porque não há sacerdotes seculares em número suficiente. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 405 Trabalhos apostólicos e serviço missionário Na sociedade japonesa existe respeito pelo Cristianismo e o Catoli‐
cismo, mas há também resistência a receber o batismo. Os meios de comunicação apresentam uma imagem muito positiva da Igreja, mas é ainda percebida como uma realidade de fora, estrangeira. O espírito do japonês tende a fundir ou unir os vários sistemas de pensamento e de crença. Basta olhar a moda, a música, a alimentação e a arquitetu‐
ra para perceber a mistura de influências. O mesmo acontece com a religião. Muitos japoneses não vêem dificuldade na co‐existência do Xintoísmo, Budismo e Cristianismo em seu sistema de fé religiosa. Outros desafios são: a migração dos jovens (especialmente da nossa área), para as cidades. O alto índice de suicídios (mais de 30 mil por ano), a diminuição da natalidade, as mudanças de atitude no tocan‐
te à freqüência à igreja, o pequeno número de batismos e a crescen‐
te presença de imigrantes. Por exemplo, 40 anos atrás na ilha de To‐
kunoshima havia 46.000 pessoas, das quais 1.000 mais ou menos eram católicas. O número de catecúmenos estava crescendo e a comunidade era florescente. Toda semana a igreja se enchia e entre eles havia muitas crianças. Atualmente há apenas 28.000 pessoas na ilha e somente 480 católicos. Há poucos catecúmenos, quase ne‐
nhuma criança nas igrejas e aumenta o número de idosos. Na vizi‐
nha ilha de Okino‐Erabu há somente 170 católicos, dos quais 80 são mulheres filipinas, casadas com homens não católicos. Elas muitas vezes são impedidas de ir à igreja. Já faz 55 anos que os Redentoristas estão no Japão. Desde o começo nos vimos como missionários cuja principal missão, conforme a ex‐
pectativa dos Ordinários locais, era construir comunidades paroqui‐
ais, alimentar a fé e fundar jardins da infância como meio de atingir os não cristãos. Atualmente damos atendimento pastoral a sete pa‐
róquias, duas quase‐paróquias e doze capelas. 406 Conspectus Generalis 2009 Prioridades Mais de 20 anos atrás, estabelecemos as prioridades para a nossa Vi‐
ce‐Província. Optamos por: 1) Pastoral paroquial orientada para a evangelização A característica principal de uma paróquia é sua intenção, abertura e disponibilidade para acolher e aceitar aquelas pessoas que so‐
frem com a experiência de seu próprio desamparo, quer material, quer físico, psicológico e espiritual, ou que não são plenamente aceitas no seu próprio ambiente social. 2) Procura e incentivo das vocações A fim de garantir a continuidade do trabalho missionário da Vice‐
Província no futuro, a Vice‐Província como um todo, e também cada confrade, deve fazer um contínuo esforço para descobrir, discernir e promover as vocações. 3) Ampliação ou extensão do trabalho pastoral extraordinário Baseada no carisma da Congregação, a Vice‐Província entende sua obrigação de no futuro se engajar mais na pregação extraordinária e no trabalho pastoral como as missões paroquiais e suas renovações, retiros, seminários de formação na fé, etc. Por que temos jardins da infância? Quarenta ou cinqüenta anos atrás, respondemos a uma necessidade de jardins da infância nas áreas ru‐
rais. Esse trabalho proporciona muitas chances de contato com os pais das crianças, mais com este do que com outros tipos de escolas. Num país como o Japão, com uma escassa minoria de católicos, o primeiro passo no trabalho missionário é cultivar muitos contatos e amizades. Os jardins da infância também proporcionam uma pequena renda para as comunidades que os dirigem. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 407 Além dos jardins da infância, as paróquias oferecem um grande nú‐
mero de serviços, como preparação para o casamento (também pa‐
ra não católicos), funerais (sempre uma grande oportunidade para um trabalho missionário), catequese, direção espiritual, aconselha‐
mento, estudo da Bíblia, atendimento aos doentes, confissões, cur‐
sos sobre o diálogo interreligioso, programas de música, romarias e grupos de literatura cristã. Para todas essas atividades a paróquia é uma base muito valiosa. Mas existem ainda outras possibilidades de trabalho pastoral e mis‐
sionário extraordinário. Por exemplo, por mais de doze anos um confrade tem trabalhado na pastoral dos doentes e agonizantes em todo o país. Ele treina agentes de pastoral por meio de programas de Educação Clínica Pastoral e fundou uma organização profissional para esses agentes. Um outro confrade dirige grupos de oração, num esforço de reunir leigos e Redentoristas para rezar juntos e aprofundar sua fé. Em termos de números, Kagoshima é uma diocese muito pequena, com apenas 9.500 católicos. A direção da paróquia deve obedecer ao Plano Pastoral da diocese. Os Redentoristas sempre tomam parte no planejamento diocesano. Na parte norte da diocese estamos treinando colaboradores pastorais leigos. Nas ilhas, também, existem colaboradores pastorais leigos treinados pelos Redentoristas. Estes são pequenos passos para treinar e formar missionários leigos redentoristas. Mas nossas melhores auxiliares são ainda as Irmãs das diferentes Congregações religiosas. Devemos men‐
cionar especialmente as Irmãs Missionárias do Santíssimo Redentor. A Vice‐Província não possui casa de retiros nem santuário especial. A nossa vida de comunidade é sui generis. O grande número de paróquias impede uma vida diária em comunidade. Há um esforço da parte de todos os confrades para se encontrarem mensalmente 408 Conspectus Generalis 2009 em nossa casa em Kagoshima‐Taniyama (exceto em dezembro). Todo mês há uma reunião de toda a Vice‐Província. Colaboração com outras Unidades Ao menos uma vez por ano o nosso Conselho vice‐provincial ordiná‐
rio tem reuniões com o Conselho vice‐provincial ordinário da Vice‐
Província de Tóquio, para discutir preocupações comuns e partilhar interesses comuns. Estas têm sido boas oportunidades para partilhar idéias, etc., mas têm resultado em pouca ação concreta. O mesmo pode‐se dizer das reuniões sub‐regionais (Coréia‐Tóquio‐Kagoshima). Por vários anos, as Vice‐Províncias de Tóquio e Kagoshima têm com‐
partilhado os formadores, o noviciado e programas de estudo. Um de nossos noviços foi enviado para a Coréia. Temos consciência de que qualquer tentativa de colaboração mais estreita deve partir de uma disposição para concordar em princípios básicos. Preocupações O nosso maior problema é a falta de vocações. Quinze anos atrás construímos um seminário menor. Durante os últimos sete anos ele não foi usado para este fim. Um confrade jovem trabalha na pastoral da juventude da arquidiocese de Nagasaki. Vemos alguma esperança para o futuro. Como dissemos acima, uma dificuldade é o pequeno número de jovens na área em que estamos trabalhando. A média de idade da Vice‐Província está aumentando e por isso é preocupa‐
ção nossa como seremos capazes de continuar os nossos atuais tra‐
balhos missionários. O texto original é o inglês. 1902 – Vice‐Província de Tóquio (Japão) Introdução A fundação A Vice‐Província de Tóquio foi fundada pela Província de Santana de Beaupré. Os primeiros missionários chegaram no dia 8 de maio de 1948 e a primeira casa foi fundada no mesmo ano de 1948. A Vice‐
Província foi erigida no dia 28 de novembro de 1955. Os membros da Vice‐Província Há 4 comunidades estabelecidas em nossa Vice‐Província. Somos um total de 20 confrades na Vice‐Província: 17 sacerdotes, 1 Irmão, e 2 estudantes professos. 410 Conspectus Generalis 2009 Na data de 1 de dezembro de 2008, dos 20 confrades, 14 são japo‐
neses e 6 são canadenses. Os 2 estudantes professos estudam no Seminário Maior e um pos‐
tulante está estudando na Universidade de Sophia. Prioridades para a ação apostólica • Respeito pela vida comunitária • As necessidades urgentes de nosso povo • Atender às necessidades dos Bispos Atualmente a maior parte de nossas energias é direcionada para as atividades paroquiais. As paróquias no Japão têm poucos católicos: a maioria tem entre 200 e 400 membros, mas em duas paróquias eles são mais de 1000. O número dos católicos não chega a 1% de toda a população do Japão. Podemos dizer, porém, que os nossos confrades Redentoristas estão dando o melhor de si no esforço de Evangelização. Sentimos que, mesmo depois de passados mais de 60 anos no Ja‐
pão, temos ainda necessidade de definir e esclarecer a Missão e a Identidade da presença e da missão Redentorista no Japão atual. Trabalho apostólico nas paróquias Alguns padres estão dando aulas de Bíblia e de catequese, às vezes com a assistência de paroquianos, mas muitas vezes trabalham sós. Podemos mencionar também outros meios ou métodos que os pa‐
dres usam em seu apostolado: • Alguns acompanham grupos por meio de seminários, retiros e encontros de oração. • Outros trabalham em jardins da infância, fazendo reuniões com os pais e com as crianças; outros, conforme seus talentos, pres‐
tam serviço em vários campos, atendendo às necessidades da Igreja católica japonesa. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 411 • Um dos nossos padres vive em Roma, trabalhando na Cúria Geral. • Temos também um confrade que ocupa o cargo de Diretor de uma Casa para Idosos, tentando promover os valores cristãos e trabalhando na Evangelização dessas pessoas. Outras atividades pastorais Temos um confrade em Manila, nomeado pelo falecido Cardeal Sin como Capelão dos japoneses em Manila, cuja atividade especial é re‐
solver os problemas que surgem dos casamentos interculturais e in‐
ter‐religiosos entre japoneses e filipinos. A Arquiconfraria de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Um dos padres é Diretor da Arquiconfraria de Nossa Senhora do Per‐
pétuo Socorro, erigida no Japão no dia 19 de novembro de 1953. Já tem mais de três mil associados. Atualmente, há mais de 1300 pesso‐
as em contato com a Arquiconfraria em todo o Japão. Cada semana, vêm alguns leigos para ajudar a propagar a devoção. Este trabalho é mais centrado na dimensão espiritual do que na da evangelização. Cursos de preparação para o matrimônio (CPM) Houve no passado, como iniciativa de alguns de nossos confrades, "Cursos de Preparação para o Matrimônio” (CPM). Os casais que par‐
ticipavam eram não só católicos, mas também não cristãos. Mas, por causa da redução do nosso pessoal, os Cursos terminaram enquanto ministério especial, e cada pároco dá o Curso em nível privado. Como atividade apostólica, podemos dizer que era, e ainda é, um modo de entrar em contato com católicos e com não cristãos, ajudando‐os a descobrir os valores do matrimônio, com a esperança de exercer um influxo positivo no seu modo de viver a vida familiar. Missões e retiros Embora tenhamos feito muitas experiências na área de Missões e Re‐
tiros, eles não têm sido um real sucesso e não são mais prioridade na Vice‐Província. Parece que não encontramos a fórmula adequada para 412 Conspectus Generalis 2009 um frutuoso apostolado no Japão. É bom informar que um dos nossos confrades foi convidado pelos Trapistas para pregar‐lhes um retiro de 8 dias no começo do ano 2008. Outros padres também são chamados para pregar retiros para Religiosas e retiros de 2 ou 3 dias. Os "Amigos dos Redentoristas" Os leigos que servimos desejam mostrar concretamente sua gratidão pelo auxílio espiritual e material que têm recebido dos Redentoristas e por meio deles. Além de participar de Retiros e Conferências Espiri‐
tuais, enviam dinheiro como forma de colaboração para promover as iniciativas redentoristas em outros países. A situação material da Vice‐Província Precisamos reduzir o grande número de nossas paróquias, pois ainda somos responsáveis por 16 paróquias em 4 dioceses. Problemas e desafios O equilíbrio entre inculturação, testemunho e promoção do Evange‐
lho não é tão fácil. É preciso montar uma competente "Equipe de Formação". A cooperação já existente entre as duas Vice‐Províncias do Japão não tem dado completa satisfação com o sistema de forma‐
ção de nossos novos candidatos. Temos atualmente 3 estudantes. O Noviciado: Não esperamos ter noviços nos dois próximos anos. A cooperação na “Região da Ásia” ainda é fraca. A barreira da língua ainda não foi superada para a participação nas reuniões. Unificação com a Vice‐Província de Kagoshima: Houve reuniões so‐
bre este tema com os Conselhos Ordinários das duas Vice‐Províncias, como também alguns intercâmbios de pessoal, e o processo de coo‐
peração segue adiante. O texto original é o inglês. 2100 Província de Camberra (Austrália) Pessoal A Província de Camberra conta com 82 confrades: 67 sacerdotes, 10 irmãos e 5 estudantes clérigos. Há sete casas na Austrália e uma na China. A maioria dos confrades vive em comunidade. Porém, há seis confrades morando sozinhos em lugares onde exercem o mi‐
nistério e oito confrades idosos em casas de repouso na Austrália. Um confrade residente na Inglaterra faz apostolado entre os surdo‐
cegos. Dois se ocupam de atividades acadêmicas em outros conti‐
nentes, um em Roma e o outro em Washington, D.C. 414 Conspectus Generalis 2009 Dos 82 membros da Província, apenas 19 (incluindo os 5 estudan‐
tes) têm menos de 65 anos de idade – a idade da aposentadoria na Austrália. Ainda que muitos continuem trabalhando depois dos 70 anos, deve‐se reconhecer que o fazem com menos vigor do que antes. Se 75% da força de trabalho já está na idade de se aposentar ou perto dela, há apenas 25% da capacidade de assumir uma ativi‐
dade missionária vigorosa. Situação atual A sociedade australiana é politicamente estável, multicultural e prós‐
pera. Pelo menos até a crise econômica do final de 2008, gozou de uma década mais ou menos de crescimento econômico sustentado, que paradoxalmente aumentou a renda pessoal e o endividamento familiar. Conforme o censo nacional de 2006, numa população de aproximadamente 20 milhões de pessoas, os católicos são cerca de 5 milhões ou 26%. Os maiores grupos depois deles são os anglicanos e os sem religião. O número de pessoas deste último grupo tem cresci‐
do constantemente nos anos recentes. A cultura é altamente secular, e embora um número significativo de pessoas se identifique como pertencentes a uma igreja, a freqüência global à igreja é baixa. Depois de mais de uma década de constante crescimento econô‐
mico, sobretudo na mineração, a Austrália tem gozado de uma prosperidade inédita. Contudo, o desemprego não desce abaixo dos 4%, e os números oficiais têm subestimado de modo significa‐
tivo a sua extensão. Mais de 2,2 milhões de pessoas (dentre os 20 milhões de australianos) vivem abaixo da linha clássica da pobreza, inclusive cerca de 412.000 crianças. A distribuição da riqueza é bas‐
tante desigual, e os grupos menos favorecidos se concentram em várias regiões ou subúrbios. A renda dos 20% mais ricos é 10 vezes a dos 20% mais pobres. A escassez de moradias aumentou os alu‐
guéis, deixando muitas pessoas sem ter onde morar. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 415 O sistema bancário da Austrália tem sido bem regulado e não so‐
freu tão duramente com o dos Estados Unidos, mas os mercados de crédito foram afetados negativamente, e os efeitos da crise econô‐
mica estão se difundindo pela economia australiana, cortando o lucro das exportações, aumentando o desemprego e ameaçando até as maiores indústrias como as fábricas de veículos. O colapso do preço das cotas diminuiu drasticamente as poupanças das pensões e aposentadorias e reduziu as pensões dos já aposentados. Muitas pessoas estão preocupadas com o modo como a crise econômica afetou ou pode em breve afetar a elas mesmas e a suas famílias. Apostolado A Província tem três prioridades apostólicas – evangelização paro‐
quial, serviço aos pobres e a missão na China. O número de confra‐
des que trabalham em tempo integral nesses ministérios é bastan‐
te pequeno. Há certo número de confrades trabalhando na evangelização paro‐
quial com tempo limitado, mas são menos de cinco os que o fazem em tempo integral. Quanto ao serviço aos pobres, temos um confrade que se dedica em tempo integral e um outro com tempo limitado entre os aborí‐
gines. Um outro cuida de uma paróquia onde vive um número sig‐
nificativo de indígenas. Um outro confrade mora e trabalha num subúrbio pobre de uma cidade regional. Três confrades trabalham em tempo integral ou limitado com a Sociedade São Vicente de Paulo em seu serviço aos pobres. Temos atualmente três confrades trabalhando na missão da China – dois pertencem à Província australiana e um à vietnamita. A co‐
munidade está em Nanning, no sul da China, e tem um bom rela‐
cionamento com o bispo local que é reconhecido pela Santa Sé e 416 Conspectus Generalis 2009 também pela Igreja Patriótica. Os confrades podem exercer um limitado ministério sacramental, especialmente entre o povo a‐
bandonado das áreas distantes. A Província tem um centro editorial (Majellan Publications) em Melbourne, que publica sua própria revista e um boletim semanal para uso nas liturgias dominicais das igrejas. A tiragem da revista é de 22.000 exemplares e a do boletim 35.000. O centro também distribui livros e panfletos publicados pelas editoras redentoristas dos Estados Unidos e da Inglaterra. Majellan Publications está ago‐
ra em transição para ser entregue aos leigos o trabalho editorial e administrativo. A Província tem uma igreja pública (North Perth) e duas casas de retiro (North Perth e Galong). Na igreja se celebram Missas nos domingos e dias de semana, novenas aos sábados e o sacramento da reconciliação. Ela atende a uma importante necessidade no lu‐
gar onde está situada mas, em vista de nossas dificuldades de pes‐
soal, o seu futuro não é claro. A casa de retiro em North Perth está confiada à direção de um leigo e é usada por vários grupos, religio‐
sos ou não. A participação dos confrades neste trabalho é mínima. A casa de retiros em Galong está numa etapa de transição da ad‐
ministração redentorista para a leiga e o futuro da presença reden‐
torista lá é incerto. Vários confrades se dedicam a ministérios acadêmicos e de pesqui‐
sa. Três ensinam na União Teológica Yarra em Melbourne, um ou‐
tro participa da Comissão Teológica Internacional e na Universida‐
de Católica da Austrália, e um confrade trabalha num instituto de bioética em Perth, e um outro ocupa em Melbourne o cargo de di‐
retor do Departamento de Pesquisas Pastorais da Conferência dos Bispos da Austrália. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 417 O campo principal de pesquisa e empenho para um desses confra‐
des é a área da justiça social. Muitos confrades estão comprometi‐
dos com a justiça social em geral, sobretudo no que se refere às questões indígenas, embora a sua prática muitas vezes se oriente para a dimensão pastoral ou caritativa. As formas de vida comunitária na Província são diversas e muito dependem do apostolado de cada casa e da situação dos confrades que lá residem. Duas casas da Província são grandes edifícios com instalações para o atendimento aos idosos. A vida comunitária nes‐
sas casas tende a refletir a idade e a mentalidade própria dos ido‐
sos. As outras comunidades são menores e têm formas de vida comunitária menos estruturadas. Desafios A Província tem um certo número de óbvios desafios. O primeiro é o do pessoal disponível. Nossa Província não é apenas idosa; é também uma Província que luta para encontrar quem aceite cargo de animação. Atualmente os superiores de três grandes casas são confrades na casa dos 70 anos. Embora para o futuro previsível vamos continuar contando com número suficiente para constituir uma Província, temos problemas para encontrar pessoas para ad‐
ministrá‐la. Temos 5 estudantes professos atualmente. São um dom que a Província do Vietnã nos fez e somos gratos por sua ge‐
nerosidade. Não obstante esperemos receber de 4 a 6 novos nos próximos dois anos, ainda vamos lutar com o problema de pessoal pelo menos nos próximos dez anos. Nosso declínio numérico significou uma redução no apostolado. Na Austrália a prática da fé entre os católicos caiu dramaticamente nos últimos anos. Por ora somos incapazes de abordar esta ques‐
tão. Não temos confrades de 30 ou 40 anos com os necessários dotes de experiência e energia para desenvolver novas formas de 418 Conspectus Generalis 2009 evangelização a fim de atingir aqueles que a Igreja não atinge ou não pode atingir. A missão na China enfrenta desafios particulares. Alguns deles po‐
dem ser antecipados, como as exigências de aprender uma nova língua e de se adaptar a uma nova cultura. Outros não podem ser previstos – como o acidente de carro em dezembro de 2007 em que um membro da comunidade da missão da China ficou grave‐
mente ferido e teve de voltar para a Austrália para um tratamento médico prolongado. Há o desafio de encontrar pessoas adequadas para um compromisso tão exigente. Há também problemas de co‐
municação quando duas Províncias tentam trabalhar juntas – neste caso, a Província da Austrália e a do Vietnã, com nossas línguas e culturas diferentes. Outro problema que enfrentamos é a formação. Embora tenhamos um significativo empenho de pessoal na formação, estamos nos questionando sobre o modo melhor de formar nossos atuais can‐
didatos. Por ser o inglês uma segunda língua para os nossos estu‐
dantes, é preciso que eles morem numa comunidade grande de confrades de língua inglesa. Porém, as casas onde temos nossas comunidades maiores são aquelas onde a maioria dos confrades são idosos. Além disto, nenhuma dessas casas tem uma igreja pú‐
blica ou algum apostolado junto dela. Não temos pessoal para abrir uma casa de formação onde haja bastantes confrades de língua inglesa e onde se possa viver uma forma de vida comunitária mais de acordo com as aspirações dos confrades jovens. Um outra questão a estudar é o futuro da nossa casa de North Per‐
th, onde já estamos há 100 anos. A casa tem uma grande igreja pú‐
blica adjacente, que em diferentes épocas da nossa história foi um lugar de grande atividade e inovação apostólica. Na arquidiocese e no estado da Austrália Ocidental, somos bem conhecidos e muito respeitados pela contribuição que demos à Igreja nesta parte do 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 419 país. No entanto, com a diminuição do nosso pessoal, ficou mais difícil nomear confrades para a igreja e para os outros apostolados em Perth. Um confrade mais jovem está trabalhando na pastoral da juventu‐
de em Perth, dando continuidade ao impulso das celebrações do Dia Mundial da Juventude na Austrália em 2008. Mas em geral, porque são muito poucos os confrades jovens na Província, o tra‐
balho com jovens é um desafio sumamente difícil. O texto original é em inglês. 2101 – Vice‐Província de Manila (Filipinas) Primeira Casa: 1932 Vice‐Província erigida: 17 de outubro de 1947 Membros: 32 Pessoal em novembro de 2008 Há quatro casas canonicamente erigidas na Vice‐Província de Mani‐
la. Todas estão situadas em Luzon. A primeira casa está em Bacla‐
ran, sede do Santuário Nacional de Nossa Senhora do Perpétuo So‐
corro e da administração vice‐provincial. A segunda está em Lipa, 422 Conspectus Generalis 2009 onde há um Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e ao lado a casa do noviciado. A terceira, em Legazpi, é a comunidade de missão e também a casa de formação para aspirantes e postulan‐
tes. A quarta é Mariposa, o centro de formação da Vice‐Província, com duas casas nas ruas 13 e 14, New Manila, Quezon City. A Missão Laoag em Ilocos Norte foi estabelecida no dia 1 de julho de 2005. Serve como centro missionário e como casa de formação para postulantes. Temos 33 padres, 3 irmãos de votos perpétuos, nenhum estudante de votos perpétuos e 6 estudantes de votos temporários. Os próximos três anos Direção Durante o triênio, nós, no Conselho, traçamos a seguinte direção para a Vice‐Província: Despertar em nós o espírito missionário e profético, seja qual for a tarefa que executamos. Nesta luz, exortamos toda a Vice‐Província a fortalecer e a aprofundar uma espiritualidade missionária, na fi‐
delidade ao nosso diálogo com a tradição e o contexto no qual nos encontramos. Esta identidade missionária e profética nos impele a uma orientação missiológica que responde aos novos rostos dos pobres de hoje. Esta orientação também nos leva a recontar a his‐
tória de Jesus em nosso contexto. Estratégia Para seguir nesta direção, a Vice‐Província vai empregar as seguin‐
tes estratégias: Propomos a estratégia missionária do “diálogo profético”. Os ele‐
mentos constitutivos deste diálogo profético são: proclamação e 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 423 testemunho; inculturação de nossa fé cristã; trabalho pela justiça e paz e integridade da criação; diálogo com as religiões e outras crenças religiosas; diálogo com as tradições indígenas e as ideolo‐
gias seculares; liturgia e contemplação; e reconciliação. Ao entrarmos em nosso diálogo profético, devemos ser ousados e humildes. Temos de ser ousados em nossa proclamação e teste‐
munho, mas humildes em reconhecer nossas limitações e “alteri‐
dade”. Como missionários e profetas, devemos preservar uma ati‐
tude constante, acolhedora e compassiva para com todas as pes‐
soas que servimos. Orientação À luz de nosso esforço e direção, esperamos que todas as comuni‐
dades encarnem esta consciência missiológica. Isto significa, por‐
tanto, que: 1. Não falamos de apostolado do Santuário, mas de missão do Santuário, nem tampouco falamos de serviço ou justiça so‐
cial, paz e integridade da criação (JPIC), mas de missão de apostolado social. 2. Vamos promover a compreensão de nossa formação como formação missionária, inculcar nos corações e mentes de nossos candidatos o zelo e o compromisso missionários. Nesta luz, encorajamos os confrades a mudar de perspecti‐
va olhando para a formação em termos de missão, daí a ne‐
cessidade de sustentar a sua identidade como formação missionária em comunidade. 3. Todas as comissões e secretariados estão direcionados para intensificar o caráter missionário comum das comunidades. 4. A nossa colaboração com os colaboradores leigos é enri‐
quecer e aumentar nosso dinamismo missionário. 424 Conspectus Generalis 2009 5. Nossos missionários leigos desenvolvem e testemunham seu caráter e identidade de missionários leigos. 6. O Governo e as finanças garantem que todas as dinâmicas da Vice‐Província caminhem para a direção trienal. Trabalhos apostólicos e serviço missionário Missão do Santuário Como conseqüência da orientação missiológica da Vice‐Província, o Conselho vice‐provincial extraordinário considera o santuário como uma genuína missão, que responde aos vastos desafios da enorme quantidade de gente que vem regularmente aos santuários. Todas as igrejas da Vice‐Província são santuários de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Não foram estabelecidos como paróquias, de modo que o enfoque pudesse ser na pregação das missões e no incentivo à devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O Governo geral, na sua visita em 2007, ressaltou essa opção, quan‐
do disse: “O Santuário oferece à Congregação uma oportunidade única de evangelização dos pobres abandonados, de pastoral da ju‐
ventude, de celebração da reconciliação e promoção da paz e da justiça como também de diálogo com o Islã. Não é exagero dizer que Baclaran é o maior ‘púlpito’ que temos na Congregação.” (Revmo. Pe. Joseph W. Tobin, na carta depois da visita geral de 2007). Embora todas as igrejas da Vice‐Província sejam santuários de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, o santuário de Baclaran é o maior, pois a ele acorre uma média de 90 a 110 mil peregrinos toda quarta‐
feira. Baclaran é agora uma das prioridades, não só da Vice‐
Província, mas de todos os Redentoristas nas Filipinas. Não é apenas um complemento da pregação das missões, mas é a própria missão. Existem esforços concretos feitos pela Vice‐Província de Manila e pela Província de Cebu em termos de colaboração na missão do 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 425 santuário de Baclaran. A Província de Cebu nomeou um confrade para trabalhar em Baclaran durante o triênio 2008‐2011. Missão Popular A Missão Popular é outro apostolado prioritário da Vice‐Província, isto é, construir comunidades cristãs. A Vice‐Província possui duas equipes de missão rural: uma em Legazpi e outra em Laoag. Ao realizar as missões, as equipes entram em entendimento com as Igrejas locais, com as autoridades civis e também com organiza‐
ções não governamentais e grupos da sociedade civil. As equipes de missão não são compostas apenas de sacerdotes e irmãos professos. São aumentadas e reforçadas com missionários leigos treinados, voluntários, seminaristas e líderes leigos locais. A equipe de missão urbana é apoiada fortemente pelas Irmãs Mis‐
sionárias do Perpétuo Socorro (MPS). A nova Equipe Missionária na parte norte das Filipinas (regiões de Ilocos e da Cordillera) estabelecida em julho de 2005, foi uma deci‐
são oportuna da Vice‐Província em termos de realização de novas formas de missão especialmente entre os povos indígenas, a socie‐
dade secular e os não católicos. O caráter desta nova fundação desafia a equipe missionária para apresentar estratégias e métodos diferentes e novos de missão. A fim de responder adequadamente a esses desafios, a equipe vê a necessidade de aprender novas habilidades, teorias e estudos sobre missiologia, inculturação, antropologia, religiosidade popular e indí‐
gena, secularismo, ecumenismo e diálogo ecumênico e, mais con‐
cretamente, aprender como pregar missões aos povos indígenas e em lugares onde não há católicos ou os católicos são uma minoria. Missão Urbana Também está adquirindo forma a missão urbana, que é tão genuína e importante como as missões populares. Trata‐se de um grande 426 Conspectus Generalis 2009 desafio, considerando o rápido crescimento da população que mi‐
gra das aldeias para as cidades. Como pretendemos pregar missões na megalópole? Baclaran está no coração de uma população de 14 milhões de pessoas. De fato, é uma “mina de ouro espiritual.” Cito novamente as palavras dos Visitadores gerais: “Vemos uma demo‐
grafia mutante em torno do santuário de Baclaran. Uma nova mis‐
siologia precisa levar em conta a crescente presença de pessoas de fé muçulmana. O grande número de jovens fora da igreja traba‐
lhando nas ruas nos recorda uma grande carência pastoral que pa‐
rece não ser observada. Também, a realidade dos operários que trabalham no exterior e o impacto que isto causa nas famílias pode necessitar de um organismo especial para lidar com esse fato ob‐
servável.” (Relatório da Visita de 2007) Apostolado de Missão Social A crescente situação de pobreza nas Filipinas impeliu a Vice‐
Província a transformar todos os seus serviços sociais num aposto‐
lado de missão social. Isto é concentrar as preocupações sociais da Vice‐Província no contexto do apostolado de missão social. A Vice‐
Província integrou seus serviços sociais dentro de sua missão total. Centro Sarnelli para Meninos de Rua Este centro cuida das necessidades espirituais e materiais dos meninos de rua mais abandonados em torno do santu‐
ário de Baclaran. Atualmente dois centros foram criados: Sarnelli I que é um centro de acolhida e Sarnelli II que serve de centro residencial para meninos que estão matriculados em escolas formais. Serviços médicos e dentários Três comunidades têm programas de saúde, que servem os que vão à igreja nos santuários e as pessoas nas áreas de missão. A maior parte é composta de pobres que não têm 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 427 como pagar os caros serviços médicos oferecidos pelo Go‐
verno e pelas clínicas e hospitais particulares. Os programas de saúde recrutam voluntários – médicos, enfermeiras e es‐
tagiários – para prestar serviços médicos gratuitos na clínica do santuário e, durante as missões de saúde, em nossas á‐
reas de missão. Centro de Vida Familiar São Geraldo O Centro de Vida Familiar São Geraldo foi fundado na co‐
munidade de Baclaran a fim de responder a muitos casos que não podem ser resolvidos apenas por meio do confes‐
sionário. Casos como aborto, infidelidade conjugal e outros problemas de relação matrimonial, homossexualismo, sexo antes do casamento, vício das drogas, abuso sexual e assim por diante. O centro tem conselheiros treinados e voluntá‐
rios para lidar com qualquer situação que aparece. Serviços Sociais Todas as comunidades têm cada qual o seu serviço social (SSD), que oferece assistência imediata às pessoas que che‐
gam com necessidades como remédio, alimento, transpor‐
te, abrigo, educação etc. O SSD mantém contatos e ligação com organizações não governamentais (ONGs) e agências do governo para referência e coordenação de casos. Os fundos para estes serviços vêm da Caixa para os Pobres de Baclaran e de I0% da entrada anual das comunidades. Programas Educacionais A maior parte das comunidades tem programas de bolsas que fornecem assistência financeira aos estudantes caren‐
tes que merecem. Os beneficiários são selecionados com base nos critérios indicados pelas comunidades. Os estu‐
dantes recebem ajuda financeira e também material escolar. Uma comunidade oferece bolsas de estudos desde o nível 428 Conspectus Generalis 2009 elementar até o ensino médio. As outras comunidades dão bolsa só para alunos do colegial. Cursos Profissionalizantes e de Produção de Renda O objetivo desse programa é ajudar jovens fora da escola, mães solteiras, transportadores de pessoas, vendedores e outros indigentes que residem em torno de Baclaran, dan‐
do‐lhes as condições necessárias para melhorar sua situa‐
ção econômica. Fundação Seminário Antipolo A Fundação Seminário Antipolo foi estabelecida em 1992 para ajudar a aliviar a condição da parte mais pobre da po‐
pulação filipina em áreas selecionadas de Luzon. São aten‐
didos os pescadores pobres, os agricultores sem terra, os operários das fazendas e os colonos do interior. A Fundação fornece fundos para bons projetos dos pobres, sobretudo os socioeconômicos, de cooperativa, saúde e educação. Justiça e Paz A Vice‐Província continua atuando na promoção da justiça e da paz por meio da pregação, ligação com grupos da socie‐
dade civil e dando apoio logístico a organizações populares que estão defendendo ativamente questões de justiça e paz. Outros Apostolados Dois confrades se ocupam do apostolado do ensino. Lecionam teo‐
logia moral em vários seminários e escolas teológicas na área de Manila. Um confrade está atendendo as necessidades pastorais da comunidade filipina na Itália. Formação Uma das realizações da Vice‐Província durante o último triênio foi a formulação da Ratio Formationis vice‐provincial. Atualmente está 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 429 sendo redigido pelo Secretariado para a Formação um Manual de Formação. Consciente da necessidade de futuros Formadores, a Vice‐Província espera treinar e formar futuros Formadores. Colaboração na formação Noviciado Regional A Vice‐Província é a anfitriã na formação dos noviços da Região Ásia/Oceania. Atualmente há quatro Unidades participando do no‐
viciado comum em Lipa, a saber, Cebu, Manila, Bancoc e Camberra (Austrália). Com a atual tendência para a reestruturação, o novici‐
ado comum de Lipa é a manifestação do auxílio aos candidatos pa‐
ra tomarem consciência da perspectiva mais ampla da realidade asiática. Os candidatos aprendem a viver num ambiente, contexto e história culturalmente múltiplos. Isto por sua vez os ajuda a apre‐
ciar mais a Região e com certeza facilitará no futuro uma colabora‐
ção e parceria na missão mais ágeis. Teologado Regional A Vice‐Província em seu Capítulo de abril de 2008 decidiu partici‐
par no teologado regional de Davao. Uma das conseqüências da formação após o noviciado em Davao é a importante mudança de orientação do Teologado Santo Afonso (TSA). O TSA não será mais para a formação seminarística apenas, mas será um Instituto Mis‐
sionário. Um novo documento do acordo foi redigido em vista des‐
ta mudança de orientação; doravante não apenas os candidatos Redentoristas, mas também estudantes de outras Congregações (masculinas e femininas) podem ser admitidos no instituto. Vai o‐
ferecer também breves cursos para os candidatos da Região que estiverem fazendo o ano pastoral, ou a preparação para a profissão perpétua ou a transição para o ministério. 430 Conspectus Generalis 2009 Colaboração com a Província de Cebu Em 2006, os Redentoristas nas Filipinas celebraram o Centenário da presença missionária redentorista no país, com o tema: “Cem Anos Anunciando a Copiosa Redenção de Cristo nas Filipinas”. Foi um desa‐
fio para ambas as Unidades, Cebu e Manila, reexaminarem a sua iden‐
tidade, missão e contribuição particular para a Igreja nas Filipinas e para a sociedade em geral. Reuniões regulares de ambas as Unidades vão continuar acontecendo neste triênio. São as seguintes reuniões: • Do Conselho Unido (duas vezes ao ano), • Do Secretariado de Formação Unido (duas vezes ao ano), • Do Secretariado para o Apostolado Unido, • Encontros da Juventude Redentorista (anuais) • Encontros da meia‐idade (anuais), • Assembléia dos Missionários Leigos, • Irmãos (anualmente), • Participação por meio de representantes de ambas as U‐
nidades em reuniões dos Capítulos provinciais e vice‐
provinciais, Conferências Missionárias, projetos comuns, vídeo vocacional, etc. Conclusão Os membros do Conselho concordam com a importância de ter um plano global a longo prazo para a infra‐estrutura e a missão da Vi‐
ce‐Província, especialmente em Baclaran. Já que o Santuário é um local aonde milhões de fiéis vêm para par‐
ticipar das celebrações regulares, especialmente nas quartas‐feiras, para as novenas e as confissões, o desafio é tornar o nosso Santuá‐
rio um centro de evangelização, reconciliação, promoção vocacio‐
nal e conscientização. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 431 Os santuários podem também servir de lugar para a colaboração entre diferentes Unidades da Congregação. Pode ser um lugar para: • Colaboração de comunidades internacionais, • Treinamento de confrades na transição para o ministério, para a prática da pregação e do atendimento de confissões, • Formação para confrades na área dos casos de moral, on‐
de novos e complicados casos são ouvidos diariamente nas confissões, • Peregrinações internacionais. O texto original é o inglês. 2102 – Região de Aotearoa (Nova Zelândia) Primeira Casa: 1905 Região Erigida em: 1995 (Região da Província de Camberra) Membros: 11 (17.12.2008) Estatística A Região tem 11 membros: 8 sacerdotes e 3 irmãos. Um sacerdote está emprestado à Província Liguori na Índia. Lá há dois postulantes clérigos. Houve duas ordenações sacerdotais, mas nenhuma profis‐
são de irmão desde a última edição do Conspectus (2003). A média 434 Conspectus Generalis 2009 de idade dos confrades é de 70.3 anos, havendo apenas dois abaixo dos 60 anos. Há quatro confrades trabalhando em outras Províncias. Três confrades faleceram em 2008. Há uma casa canonicamente erigida e duas residências, todas na área de Auckland. Situação atual A Nova Zelândia, com uma população de 4 milhões de habitantes, é uma pequena nação ocidentalizada e secular, com um contexto cristão; foi colonizada pelos imigrantes da Inglaterra e de outros países europeus. No censo nacional, o povo se diz cristão, mas tal‐
vez apenas 20% pratiquem sua fé. Muitos desses praticantes são imigrantes das Ilhas do Pacífico e da Ásia. A população indígena é o povo Maori e conta cerca de 250 mil pessoas. Pequenos grupos de imigrantes têm introduzido recentemente outras religiões (hindus, muçulmanos e budistas) no caldeirão cultural. A Igreja local onde vivem e trabalham os Redentoristas é a Diocese de Auckland, que abrange a área que começa no meio da ilha até o topo da Nova Zelândia. São 64 paróquias, entregues aos cleros dio‐
cesano ou religioso. Como em muitos países ocidentais, o clero é idoso, deixando prever futuros problemas de pessoal. A situação tem sido aliviada com a chegada de sacerdotes de ou‐
tros países, especialmente das ilhas do Pacífico e da Índia. Auc‐
kland é a maior cidade polinésia do mundo, por causa da grande migração vinda das ilhas do Pacífico para a Nova Zelândia. Este grupo é o mais carente entre a população local, e mora principal‐
mente na zona sul de Auckland. Faz mais ou menos 13 anos que somos Região da Província de Cam‐
berra. Inicialmente pensou‐se que esta unificação pudesse ajudar os Redentoristas a enfrentar os problemas da Nova Zelândia. Porém, 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 435 devido a circunstâncias muito semelhantes na Austrália, isto não se verificou. As duas Unidades têm um relacionamento feliz e harmo‐
nioso e continuam a procurar meios de reforçar a colaboração, mas nossa fraqueza comum limita as possibilidades. Os Conselhos pro‐
vincial e regional se reúnem anualmente e os eventos comuns são partilhados (formação contínua e retiros). Devido à limitação da idade e do número de confrades, o trabalho apostólico está restrito sobretudo à área de Auckland. Trabalha‐
mos na pastoral paroquial, com ênfase nos imigrantes das ilhas do Pacífico. Alguns confrades se dedicam a pregar retiros a religiosas e a grupos especiais. A pastoral da juventude é uma parte importan‐
te de nossa colaboração com os leigos. O nosso confrade da Pro‐
víncia Liguori (Índia) exerce um extenso apostolado como capelão da comunidade siro‐malabar de Auckland. Embora a Região esteja lutando com a falta de pessoal, somos ainda capazes de receber aspirantes ocasionais. Temos agora dois na for‐
mação inicial, vindos das ilhas do Pacífico; estudam teologia no se‐
minário local. No próximo ano, 2009, virá um novo aspirante de Fiji. Um dos nossos estudantes fará o noviciado no ano que vem. Como observamos no ultimo relatório, o sul do Pacífico ainda oferece vo‐
cações, embora essa vinha frutífera esteja dando sinais de mudança, com menos interesse na vida religiosa. No entanto, um recente fe‐
nômeno tem sido o renovado interesse dos jovens por sua fé, devi‐
do ao recente Dia Mundial da Juventude, celebrado na Austrália, com a presença do Papa Bento XVI. Apostolado Nossos problemas continuam sendo a falta de pessoal e a idade avançada. Esses fatores restringem muito qualquer trabalho que possamos fazer. Contudo, o que é feito, com o pequeno número de confrades válidos que temos, é realizado segundo o carisma da 436 Conspectus Generalis 2009 Congregação. O nosso trabalho pastoral concentra‐se nos imigrantes da Nova Zelândia, onde cremos que um verdadeiro trabalho reden‐
torista pode ser efetuado. Este ano nasceu uma nova iniciativa, a de assumir um núcleo paroquial com uma equipe redentorista de três sacerdotes. Uma das paróquias é a maior da Nova Zelândia, incluin‐
do principalmente gente das ilhas do Pacífico. O apostolado tradi‐
cional das missões populares agora cessou completamente. A idade dos confrades e o desinteresse local por esta forma de evangeliza‐
ção nos pressionaram a repensar nossas limitações apostólicas e a contribuição que ainda podemos dar, devido à nossa situação. A Região de Aotearoa, Nova Zelândia, é geograficamente pequena no mapa e tem apenas poucos Redentoristas. Todavia, olhamos com esperança para a nova aurora da Conferência dos Redentoris‐
tas. Aguardamos ansiosamente as novas iniciativas e a colaboração entre as Unidades da Região da Ásia‐Oceania. Já colhemos os be‐
nefícios da formação conjunta: um de nossos estudantes irá para o noviciado de Lipa nas Filipinas. Também apreciamos a nova inicia‐
tiva entre a Província Liguori e a Região de Aotearoa na Nova Ze‐
lândia, graças à qual um sacerdote já está aqui em nosso país cui‐
dando do atendimento pastoral à comunidade siro‐malabar. Dese‐
jamos que continue crescendo essa relação entre nós e as outras Unidades da Conferência. O texto original é o inglês. 2103 – Vice‐Província de Ipoh (Malásia/Cingapura) Primeira casa: 1936 Vice‐Província erigida: 30 de maio de 1967 Evolução durante os últimos 6 anos Número de confrades professos: 18 padres, 4 irmãos, 3 estudantes e 4 postulantes O nosso futuro se apresenta mais auspicioso com o aumento do nú‐
mero de aspirantes e postulantes. Assumimos o compromisso de promover e fomentar as vocações em toda a Malásia e Cingapura. Tem havido um reflorescimento das missões paroquiais. Foi erigida uma nova casa especialmente para os postulantes. 438 Conspectus Generalis 2009 Comunidade internacional A união de três Unidades (Ipoh, Cebu e Indonésia) tem se mostrado viável e bem sucedida. O motivo está na regular formação de comu‐
nidade e na revisão de vida. A comunidade internacional de Dalat renovou recentemente seu contrato com o Bispo de Sibu por mais 15 anos. Eles esperam obter status canônico posteriormente. Iniciativas e ministérios apostólicos Nós mantemos duas grandes paróquias na Malásia: uma na cidade de Ipoh e a outra na ilha de Bornéu, em Dalat. No entanto, os con‐
frades de nossas comunidades pregam missões paroquiais, realizam trabalhos de renovação paroquial, dão cursos de formação para lei‐
gos e retiros nas várias dioceses em toda a Malásia. Agora há uma nova casa para candidatos aspirantes em Cingapura. Lá residem três Redentoristas. A outra casa de formação, em Ponggol, será para os postulantes. A igreja de Santo Afonso (Igreja da Novena) continua sendo o ponto central da atividade redentorista na Vice‐Província. Continua atrain‐
do grandes multidões de devotos, mais que qualquer outra igreja em Cingapura. Tem havido também um aumento na freqüência às Missas diárias porque a área externa do conjunto da igreja foi trans‐
formada num dos maiores distritos comerciais, com uma das melho‐
res infra‐estruturas da região. Muitos lugares têm também usado o nome “Novena,” por exemplo, Centro Médico Especializado, Nove‐
na, Estação Ferroviária Novena, Novena Ville, e Praça da Novena, para citar apenas alguns. Infelizmente, não nos pertencem. As res‐
trições políticas em ambos os países não favorecem a fácil transfe‐
rência de pessoal. Somente por breves períodos são permitidas, com duração de apenas um mês, a não ser que se obtenha um visto. O inglês é a principal língua usada em ambos os países. Porém, man‐
darim, tamil e malaio são usados pelos vários grupos étnicos. A maior 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 439 parte do trabalho feito em Bornéu é nas línguas malaio e melanau, línguas indígenas. A comunidade internacional de Dalat empreendeu a tarefa de com‐
pilar um dicionário nativo e de inculturar a liturgia romana para o povo nativo de Bornéu. A reestruturação e a colaboração tem ajudado muito a Vice‐
Província em termos de recursos humanos. Os candidatos fazem o noviciado e estudam teologia nas Filipinas. Problemas e desafios Cingapura tornou‐se uma cidade global. Promoveu o primeiro Gran‐
de Prêmio de Fórmula Um realizado à noite. Uma rede de cassinos semelhante à da faixa de Las Vegas está sendo construída. Com a prosperidade econômica surgem os grandes problemas semelhantes aos de toda metrópole global. Entre eles, o alto custo de vida e a inflação elevada. Cingapura é uma cidade‐estado voltada para a ex‐
celência, elevadas expectativas e realizações em quase todos os as‐
pectos da vida. Esta pressão causa um elevado índice de suicídios, mesmo entre os estudantes das escolas. A liberdade religiosa está mais perto da tolerância religiosa. Ambos os países não têm problemas em implementar o ISA (Ato de Segu‐
rança Interna), que de fato é a prisão sem julgamento. Muitos cida‐
dãos estão ainda presos. Qualquer um considerado ameaça para a segurança nacional pode ser preso, mesmo se apenas luta pela justi‐
ça social e a liberdade religiosa garantida pela Constituição. Isto difi‐
culta a pregação, se o pregador ataca o governo ou as “estruturas do mal” que vão contra os valores do Evangelho. Na Malásia, o uso da palavra Allah, que significa Deus, é proibido. So‐
mente aos malaios é permitido usá‐la, embora seja um termo pré‐
islâmico e o termo árabe para Deus. A Igreja continua a usá‐lo, especi‐
almente em Bornéu, pois todos os livros litúrgicos usam este termo 440 Conspectus Generalis 2009 para Deus, o Todo‐poderoso. Os muçulmanos se arrogam o uso exclu‐
sivo desta palavra. A Igreja moveu processo contra o Governo por isto. É difícil construir igrejas na Malásia, pois o país privilegia uma de‐
terminada religião e raça. Ninguém tem sequer o direito de questio‐
nar os direitos dos malaios. As recentes eleições na Malásia deram esperança a outras raças e religiões, pois os partidos de oposição conquistaram um considerável número de cadeiras, algo que antes se julgava impossível. A Malásia é um país secular, mas está sendo promovido como um país muçulmano. Todas as oportunidades e promoções de emprego parecem favorecer uma só raça. A maioria das escolas e hospitais da Missão foram desapropriados e agora são administrados pelo gover‐
no. Muitos diretores de escolas não têm liberdade para ensinar a fé, até mesmo em suas próprias escolas católicas. Ao contrário, o Islã substituiu agora as tradicionais aulas de catecismo. Estas estão restri‐
tas ao âmbito das igrejas. Não obstante tudo isto, a Igreja na Malásia e Cingapura continua sendo um farol de esperança e uma voz para as massas. A Igreja lo‐
cal vai continuar a ser profética no testemunho e na vivência do Rei‐
no de Deus, no qual prevalecem a verdade, a justiça, o amor e a paz. Conclusão No nosso último Capítulo comprometemo‐nos a dar a vida pela co‐
piosa redenção. Foram também especificadas as nossas prioridades, que vão nos dar direção, inspiração e dedicação abnegada para atin‐
gir os mais abandonados em nossa Vice‐Província. Também nos comprometemos a sermos portadores de vida uns para os outros em nossas comunidades durante este triênio. O texto original é o inglês. 3400 – Província do Vietnã Estatística Somos atualmente 278 Redentoristas: Sacerdotes 172 Diáconos 4 Irmãos 31 Estudantes professos 71 Temos 19 casas e residências: Huế: 11 confrades Hà Nội: 17 confrades Sài Gòn: 38 confrades Phú Dòng: 4 confrades Mai Thôn: 26 confrades St. Clement: 4 confrades 442 Đà Lạt: 4 confrades Fyan: 4 confrades Nha Trang: 7 confrades Châu Ổ: 9 confrades Vĩnh Long: 8 confrades Pleiku: 17 confrades Cần Giờ: 10 confrades Conspectus Generalis 2009 Vũng Tàu: 4 confrades Cửa Lò: 4 confrades Buôn Ma Thuột: 4 confrades Phan Thiết: 2 confrades Mỹ Tho: 3 confrades Đà Nẵng: 2 confrades Situação atual Religiosa A maioria dos vietnamitas possui crenças religiosas. A maior parte acredita nos “ancestrais”, que é um modo tradicional de viver em união com os membros das famílias através de muitas gerações. O governo comunista tenta de muitos modos controlar e limitar a prática religiosa. Querem fazer do comunismo uma nova religião, na qual a pessoa humana é venerada como deusa. Eclesiástica A Igreja Católica no Vietnã é diversificada. Cada área do país tem uma tradição cultural diferente e diferentes crenças religiosas, for‐
madas por vários fatores. Um fator de especial importância é a situ‐
ação econômica. O governo comunista tentou estabelecer uma igreja controlada por ele próprio, mas fracassou. Tendo sido perseguidos e discriminados por um longo tempo, agora os católicos vietnamitas estão aos pou‐
cos tomando consciência do seu direito de praticar livremente sua fé religiosa. Alguns católicos do Vietnã até começaram a levantar a voz em defesa dos direitos humanos e civis. Os católicos são apenas 7% da população do Vietnã. A Igreja Cató‐
lica ainda é, por muitos, considerada como estando num período 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 443 de pré‐evangelização e de evangelização inicial. As 54 tribos mino‐
ritárias que vivem nas montanhas constituem um enorme campo para a primeira evangelização. A maioria das dioceses nas áreas da planície e da costa apenas administra suas paróquias e fazem pou‐
co apostolado fora. Um forte espírito de evangelização ainda não foi enfatizado na Igreja vietnamita. Cultura O comunismo tem dominado por tanto tempo, que muitos valores culturais foram deformados ou desapareceram totalmente. Há agora muitos recursos modernos no Vietnã e muitas pessoas a‐
tingiram um elevado nível de vida. O materialismo infiltrou‐se na cultura vietnamita. Os meios de comunicação se desenvolveram rapidamente e afeta‐
ram fortemente a mentalidade dos jovens. A educação é muitas vezes retrógrada e decepcionante. A praga da compra de diplomas e da sua falsificação destrói a integridade da educação. Política A situação política do país é muito complicada por causa da proximi‐
dade e da influência da China. O Vietnã é bloqueado pela China de muitos modos. Ela viola e invade o território e as águas territoriais. Além disso, geograficamente falando, o Vietnã efetivamente impede a expansão da China para o sul. No passado e ainda recentemente fortes nações têm sempre querido invadir o Vietnã. O governo vietnamita tenta manter um sistema comunista que é na verdade a ditadura de um regime de partido único. Mas as mudan‐
ças no Bloco oriental têm produzido muitas mudanças no Vietnã. Um pequeno segmento social da sociedade vietnamita (2 milhões de comunistas numa população de 84 milhões) goza de vantagens e privilégios especiais. Eles dominam todas as classes sociais. 444 Conspectus Generalis 2009 Sócio‐econômica A economia no Vietnã é imatura, atrasada e se desenvolve devagar. Após abrir a porta ao desenvolvimento, devido à fraca administração do governo, a malversação e corrupção se difundiram. O país está sendo explorado. O ambiente está ficando seriamente comprometido. Florescem os males da fraude, malversação, corrupção, desonestida‐
de, abusos da burocracia e do autoritarismo. Esses abusos prejudi‐
cam ainda mais quando são respaldados pela ditadura de um regime unipartidário. Por toda parte a população é vítima de flagrantes in‐
justiças. Propriedades foram confiscadas e as pessoas são reprimidas sem misericórdia quando reagem. O nível da moralidade decaiu seriamente. O sistema legal é frouxo e corrupto. A sociedade vietnamita é minada por produtos danosos fabricados no país ou importados da China. Como nos países capita‐
listas, o abismo entre os poucos ricos e a grande massa pobre au‐
menta sem cessar. Cada vez mais os poderosos vão acumulando mais riqueza, enquanto a vasta maioria do povo se torna mais pobre. Existem muitos males sociais: crimes comuns, falcatruas, acidentes de trânsito causados por motoristas bêbados, aborto, prostituição, con‐
sumo de drogas, exportação ilegal de mão de obra, comercialização de matrimônio, tráfico de crianças e de outras pessoas, imigração, etc. Todos esses males arruínam o tecido social e são detestáveis. Meio‐ambiente O meio‐ambiente no Vietnã está ficando gravemente danificado. As florestas estão sempre mais desaparecendo pela destruição in‐
discriminada e pelo corte ilegal de madeira. As fábricas soltam re‐
síduos tóxicos no meio‐ambiente sem suficiente tratamento. A ca‐
ça e a pesca ficaram gravemente comprometidas. A urbanização produz crescentes efeitos danosos sobre o meio‐
ambiente. As grandes cidades são altamente poluídas. Os projetos 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 445 destinados a melhorar o ambiente fracassam as mais das vezes de‐
vido à má administração, corrupção e malversação. Quem são os pobres mais abandonados? As tribos minoritárias nas áreas rurais e montanhosas são as pes‐
soas para as quais a nossa Província se sente especialmente cha‐
mada (ad gentes). As paróquias, que passaram longo tempo sem pregação ou celebra‐
ção dos sacramentos, são um campo especial para o nosso zelo a‐
postólico e missionário (missões paroquiais). As vítimas dos novos males sociais nas grandes áreas urbanas (abor‐
to, drogas, prostituição, meninos de rua, imigração, etc.) merecem nossa especial atenção porque muitas vezes são abandonadas. Trabalhos apostólicos e serviço missionário Os Redentoristas no Vietnã têm feito quase todo tipo de trabalho apostólico e serviço missionário. Estamos comprometidos com os pobres e continuamos a escolher os pobres, especialmente as minorias das montanhas. Temos cerca de 25 missionários que trabalham nas montanhas do centro do país. A nossa Província espera fundar mais centros missionários nas mon‐
tanhas do centro e do norte do Vietnã. Sài Gòn, Huế e Hà Nội são importantes centros para os catecúme‐
nos. Cada ano são batizadas nesses lugares duas mil pessoas. Para os mais abandonados nas grandes cidades como Sài Gòn, Huế e Hà Nội, promovemos os projetos pró‐vida: educação, popularização da informação, aconselhamento, atendimento aos sem teto na Casa São Geraldo, apoio a 30 mães solteiras todo ano durante a gravidez e cremação de fetos destruídos ou abandonados pelos pais (300 fetos por dia). 446 Conspectus Generalis 2009 Temos atividades para imigrantes, conforme suas profissões de empregadas domésticas, pequenos comerciantes, estudantes das minorias, etc. Em colaboração com as dioceses, tratamos e cuida‐
mos pastoralmente dos doentes terminais e das pessoas com AIDS. Nos últimos anos, depois de muitos anos de proibição, é possível de novo pregar missões paroquiais. Estão chegando de toda parte pedidos de missão. A agenda dos missionários está cheia, especi‐
almente nas Províncias do norte. Pregamos ao menos 30 missões por ano. Assumimos também missões paroquiais a fim de construir comuni‐
dades de fé, segundo o modelo tradicional. Rezamos a Novena Perpétua todo sábado nos Santuários de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Sài Gòn, Huế e Hà Nội. Temos uma casa de retiros em Mai Thôn (Sài Gòn), com mais de 100 eventos cada ano. Quanto aos meios de comunicação social, publicamos uns 80 livros todo ano, mantemos sitos na internet, como www.dcctvn.net e www.ttmvcssr.com, e editamos revistas como Ephata (notícias e obras de caridade) e Halleluia (catequese). Em 2008 especialmente o sito www.dcctvn.net nos ajudou na luta pela paz e pela justiça. Todos os confrades da Província estão unidos e comprometidos com esses projetos. Esperamos estabelecer um tipo de Instituto para a pesquisa e o estudo da teologia moral. Há uma boa colaboração com os leigos em muitas obras de carida‐
de social, catequese, administração dos Santuários, publicações, atividades pó‐vida, etc. Com 100 estudantes de filosofia e teologia, 10 noviços, mais de 100 postulantes e cerca de 50 padres jovens, a formação inicial e 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 447 contínua requer nossos melhores esforços. Porém, por causa da situação política e social, temos falta de professores e formadores, e por isso o programa de formação não é estável. Estamos ainda elaborando a Ratio Formationis da nossa Província. As Unidades que nos ajudam com bolsas de estudo são: Baltimore, Edmonton‐
Toronto, Dublin, Camberra, Lyon‐Paris e Bancoc. Também recebe‐
mos auxílio da Região da Ásia‐Oceania e do Governo geral. Espe‐
ramos que no futuro teremos muitos professores e formadores para ajudar a construir a nossa Província. Preocupações A luta por justiça e paz é uma luta desigual. Sentimos falta de espe‐
cialistas na área social e política. Temos apenas nossas orações e um grande amor à Igreja. A formação inicial e contínua não possui coisas como salas de aula, acomodações, bibliotecas, salas comuns, professores, livros, etc. Precisamos de recursos e de conhecimento para sermos mais com‐
prometidos com os pobres e com as vítimas das modernas doenças sociais. Possuímos apenas o nosso entusiasmo por esses trabalhos. Faltam‐nos pessoal e recursos para fundar mais comunidades em novas áreas de missão, e a política da perseguição religiosa ainda torna mais difíceis as novas iniciativas. Conclusão A Igreja ergueu a voz em defesa dos direitos humanos, da justiça e da verdade. Isto tem despertado a consciência do povo vietnamita e tem afetado as decisões do governo comunista. Esperamos que as consci‐
ências das pessoas (tanto das autoridades comunistas como dos cató‐
licos) será ainda mais esclarecida. Esta é nossa oportunidade de tes‐
temunhar e de servir a Boa Nova. 448 Conspectus Generalis 2009 São muitas as vocações no Vietnã. Esperamos, num futuro não muito distante, ser cada vez mais capazes de atender melhor às carências pastorais, tanto no Vietnã como no exterior, em toda a Congregação. O texto original é o inglês. 3800 – Província de Bangalore (Índia) Primeira Casa: 1940 Província erigida em: 15 de agosto de 1972 Membros: 140 Dados estatísticos A primeira fundação dos Redentoristas em Bangalore, Índia, come‐
çou em 1940 com os confrades irlandeses. Tornamo‐nos Vice‐
Província em 1969 e Província em 1972. Em 1990 a Província estabe‐
leceu uma Missão no Quênia, no leste da África. A Região de Mum‐
bai foi formada em 1999. Atualmente, a Província de Bangalore tem 19 comunidades. Três comunidades são residências e dezesseis são casas canonicamente erigidas. 450 Conspectus Generalis 2009 Pessoal Sacerdotes: na Índia: 104 no Quênia: 9 TOTAL 113 Irmãos: 1 Estudantes clérigos de votos perpétuos: 5 Estudantes clérigos de votos temporários: 16 na Índia + 5 no Quênia = 21 O Contexto da Índia e do Quênia A República da Índia A Índia, que em sânscrito se chama Bharat, é o segundo país do mundo em população após a China. É o berço de quatro religiões: hinduísmo, budismo, jainismo e sikismo. A Índia é uma sociedade multi‐religiosa. Em todas as diversas co‐
munidades que formam a nação há um crescente sentimento de pertença à própria religião, que às vezes corre o risco de ser super‐
ficial e de ser explorado financeiramente e politicamente. Prevale‐
cem os rituais, com detrimento da espiritualidade vivida. As festas religiosas e os centros de romaria estão se multiplicando. Ao mes‐
mo tempo, há um declínio no verdadeiro culto e uma falta de tole‐
rância para com as outras religiões. Os cristãos são uma pequena minoria (2,34% da população), e são reconhecidos no país por sua contribuição à educação, à saúde pú‐
blica e às mudanças sociais. Isto, no entanto, é também mal visto pelo setor financeiro e provoca perseguição porque as castas pobres e inferiores são promovidas e elevadas. Por outro lado, uma osten‐
tação de riqueza em edifícios faraônicos, hospitais com atendimento especializado, escolas para a elite e uma falta de atenção aos opri‐
midos são alvo de críticas. Cerca de 70% dos cristãos na Índia são 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 451 católicos e os outros são sobretudo protestantes. A Igreja católica é desafiada por novos movimentos evangélicos, para os quais muitos de seus membros são atraídos. A Igreja católica na Índia é uma comunhão de três igrejas individu‐
ais: a latina, a siro‐malabar e a siro‐malankara. Originalmente, a Província de Bangalore tinha membros de todos os três ritos. Em 1995 foi erigida a Vice‐Província de Alwaye para os membros do rito siro‐malabar. Esta Vice‐Província tornou‐se Província, com o nome de Liguori, no dia 27 de junho de 2008. A situação sócio‐econômica da Índia A Índia é um país em rápida mudança. Tem a 12a maior economia do mundo pela taxa de câmbio do mercado e a 4a maior em poder de compra. As reformas econômicas transformaram o país na 2a economia de mais rápido crescimento. Porém, ainda sofre com os altos níveis de pobreza, analfabetismo e desnutrição. As áreas ur‐
banas especialmente estão se tornando mais secularizadas, multi‐
culturais, e consumistas. As castas e o coletivismo dominam todos os aspectos da vida – da política, do social, da educação, da saúde e da religião. A migração para as cidades provoca as grandes favelas, a perda da dignidade humana e dos valores tradicionais e a deterio‐
ração da vida moral e das relações humanas. A globalização está influindo sobre todas as esferas da vida, especialmente a cultura, o que favorece o fundamentalismo e a violência. Na área rural, a vida é caracterizada por expectativas mais elevadas e maiores frustra‐
ções. Alguns são ricos, mas um grande número de pessoas sem ter‐
ra vive em abjeta pobreza. Preocupam sobretudo a condição da mulher, a mortalidade infantil e as várias formas de exploração. Os direitos humanos não são garantidos, a despeito da liberdade de‐
mocrática. Tanto na área urbana como na rural, os meios de comu‐
nicação têm grande impacto, pondo os valores mundanos em con‐
flito com os valores do Reino. Os jovens são particularmente vulne‐
ráveis. Nós, também, não estamos isentos dessas influências. 452 Conspectus Generalis 2009 A República do Quênia A república do Quênia é um país da África oriental. O nome do país vem do monte Quênia, um ponto de referência muito significativo, pois é o segundo maior pico do continente. O Quênia é um país variado, representado por muitas culturas diferentes. O Quênia é uma república democrática representativa, onde o pre‐
sidente é ao mesmo tempo chefe do estado e chefe do governo, com um sistema multipartidário. Até uma agitação ocasionada pelos controvertidos resultados da eleição de dezembro de 2007, o Quê‐
nia havia mantido uma notável estabilidade, não obstante as mu‐
danças no sistema político e as crises nos países vizinhos. As grandes religiões do mundo coexistem com as crenças nativas no Quênia. Esta convivência se manifesta não só no seio de comunida‐
des ou aldeias, mas até mesmo nos indivíduos. A espiritualidade indi‐
vidual é às vezes uma mistura de elementos de diferentes cultos, de tal modo que todas as religiões adotam um único caráter no Quênia. O Cristianismo foi levado por missionários europeus que começaram a se estabelecer no país durante o século XIX. A conversão aconteceu lado a lado com a assistência à saúde e à educação, com o resultado que os membros da Igreja cresceram em proporção à intensidade do trabalho feito pelas escolas, hospitais ou clínicas. Por causa da influ‐
ência inglesa, há mais cristãos quenianos ligados ao Protestantismo: entre 30 e 40% da população. Os quenianos católicos são entre 20 e 30%. Há ainda três grupos menores: os Adventistas, os Quakers e as Testemunhas de Jeová. As crenças cristãs são às vezes completadas por ritos tradicionais, dando origem a liturgias que podem parecer pouco ortodoxas do ponto de vista do mundo ocidental. Trabalhos apostólicos A pregação de missões e retiros a todos os setores da comunidade cristã tem sido aceita como o nosso trabalho tradicional na Província. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 453 As missões são pregadas principalmente durante o Advento e a Quaresma. Fora desses períodos, os confrades pregam retiros ou seminários para sacerdotes e religiosos, pregam novenas em pre‐
paração para as festas paroquiais e dão seminários para religiosos, catequistas ou leigos e cursos de orientação de vida para estudan‐
tes nas escolas. As missões são pregadas em inglês e em doze lín‐
guas indianas: hindi, bengali, kannada, konkani, malayalam, mara‐
thi, oraon, oriya, sadri, ho, tamil e telugu. Fazemos pastoral paroquial em catorze paróquias na Índia e numa no Quênia. Além da ordinária formação na fé para o povo, é dada especial atenção aos pobres. Isto é feito por meio de uma organi‐
zação de programas e atividades para as pessoas, em questões re‐
lacionadas com a saúde, a educação e a melhoria econômica. Uma parte de nossos confrades trabalha também na formação ini‐
cial. Temos na Província todas as etapas da formação, começando pelo juvenato até o ano de orientação, curso de filosofia, novicia‐
do, curso de teologia e ano pastoral. O Instituto de Teologia é aber‐
to a estudantes de outras congregações religiosas e a leigos. Alguns confrades se ocupam em tempo integral da Pastoral de Jus‐
tiça e Paz. Eles se identificam com as lutas das pessoas e colaboram em movimentos em vários lugares vizinhos. Desafios Apostolado No momento, a Igreja na Índia está enfrentando muitos desafios da parte de grupos fanáticos hindus. No passado recente, houve pessoas inocentes assassinadas, mulheres violentadas, igrejas e locais religiosos profanados, demolidos e incendiados e casas de cristãos destruídas em certos estados da Índia. Os cristãos são acu‐
sados de forçar a conversão. A verdadeira razão por detrás dessa 454 Conspectus Generalis 2009 alegação é o medo que têm os capitalistas do que a Igreja faz pelos pobres e marginalizados. Por meio da educação, dos serviços de saúde e dos programas de desenvolvimento, os pobres são capaci‐
tados para exigir seus direitos e são capazes de resistir à explora‐
ção. Isto tem irritado os ricos latifundiários e outros exploradores. No Quênia também, houve um conflito entre dois grupos étnicos du‐
rante as eleições de janeiro de 2008, causando muito sangue derrama‐
do e violência. Como proclamar a Boa Nova de Jesus Cristo nestas situ‐
ações? Este é o desafio que enfrentamos hoje na Índia e no Quênia. Muitas vezes nosso trabalho se limita aos católicos. Num país como a Índia, berço de grandes religiões, precisamos entrar no diálogo inter‐religioso e cooperar com as pessoas de outros credos. A e‐
vangelização tem que ser vista numa luz diferente da de converter os não cristãos. A nossa missão hoje deve também ocupar‐se com a preservação do ambiente e com a prática do diálogo inter‐
religioso. Precisamos também colaborar mais com os leigos. Formação Porque temos todas as etapas da formação, um certo número de nossos confrades trabalha na formação. Muitas vezes temos dificul‐
dade em encontrar pessoas adequadas para serem formadores bem treinados. Temos de ser também muito prudentes na aceitação de candidatos. Parece estar havendo uma diminuição na qualidade das vocações que recebemos. A Missão no Quênia Um grande desafio para nós é a continuação da missão no Quênia. Atualmente há sete confrades da Índia trabalhando no Quênia. Em 2008, os dois primeiros quenianos foram ordenados sacerdotes. As despesas de pensão, moradia e educação são elevadas em compa‐
ração com as da Índia. Vamos ter muita dificuldade para sustentar financeiramente esta missão no futuro. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 455 Conclusão Em vista dos talentos e do zelo demonstrados por muitos de nos‐
sos confrades jovens, temos esperança quanto ao futuro da Pro‐
víncia na Índia e no Quênia. Os confrades novos são vibrantes, com novas idéias e entusiasmo. Querem ser protagonistas no mundo atual dos meios de comunicação. Nossos formadores se dedicam bem à sua missão. Ainda que sejam muitas vezes criticados por outros, continuam fiéis à missão que lhes foi confiada. O tema do último Capítulo provincial foi “Concentrar‐nos na Mis‐
são na Índia”. Esperamos que este tema fosse estimular um novo despertar de nossa identidade redentorista na Índia e no Quênia. Queremos mobilizar nossos recursos para responder ao apelo dos mais abandonados. Estamos refletindo seriamente sobre as nossas prioridades apostólicas e os grupos destinatários. Estamos conscientes de que somos co‐responsáveis pela missão da Congregação além dos confins de nossa Província. Sob esse prisma, perguntamo‐nos a nós mesmos quais recursos podemos partilhar com as outras Unidades da Congregação e também quais recursos nossa Unidade poderia necessitar das outras. O texto original é o inglês. 3801 Região de Colombo (Sri Lanka) Dados estatísticos Somos onze padres e um irmão professo. Um confrade tem mais de setenta anos, quatro têm mais de sessenta, dois têm uns cinqüenta anos, um está na faixa dos quarenta, três na faixa dos trinta e um tem entre vinte e trinta anos. Temos quatro estudantes, dois dos quais são professos e dois não professos. As comunidades são três: Sancta Maria em Kandy; a casa de forma‐
ção em Ampitiya e Thimbirigasyaya em Colombo. 458 Conspectus Generalis 2009 Situação atual Sri Lanka é uma terra privilegiada, com belezas naturais e belas prai‐
as de areia. Mais de 80% da população mora nas cidades. O país é eminentemente agrícola: os arrozais crescem em muitas partes do país. O arroz é o alimento principal da maioria dos habitantes. Chá, borracha e coco são os principais produtos de exportação do Sri Lanka. No entanto, devido sobretudo à industrialização, agora a e‐
conomia está diversificada com as muitas indústrias que se abriram para a produção de roupas, equipamentos eletrônicos, cerâmica, etc., a maior parte destinada à exportação. Sri Lanka é um país multi‐étnico, com cingaleses, tamis, muçulma‐
nos, malásios e burguers. Sri Lanka é também um país privilegiado para o estudo das religiões. Aí se encontram as quatro grandes reli‐
giões do mundo, a saber, o Hinduísmo, o Budismo, o Cristianismo e o Islamismo. O Hinduísmo prevaleceu em toda a ilha e ainda é a reli‐
gião da maioria da população tamil. Foi substituído pelo Budismo 200 anos antes de Cristo, no tempo do estabelecimento do primeiro reino cingalês. Os portugueses colonizaram o Sri Lanka no começo do século XVI. Foi quando se introduziu o Cristianismo católico ro‐
mano. Quanto aos muçulmanos, sua presença original pode ser re‐
montada aos mercadores persas, no primeiro milênio da era atual. Foram depois seguidos pelos malásios e indianos do sul da Índia. “O Budismo foi reconhecido como religião do estado no século III a.C., no reinado de Anuradhapura, o primeiro reino cingalês. Sob a pressão de sucessivas invasões tamis, a capital deste reino passou para Polon‐
naruwa em 1055, para Kurunegala em 1293 e para to Gampola em 1341. Houve uma divisão do reino neste tempo. Após a colonização portuguesa das Províncias Marítimas, somente o Reino Kandy perma‐
neceu intacto, graças à sua posição central numa região montanhosa. Os portugueses chegaram em 1505 e foram substituídos pelos holan‐ 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 459 deses em 1658. Em 1798, Ceilão tornou‐se uma colônia da coroa bri‐
tânica e em 1815 o Reino Kandy foi também anexado pelos ingleses. A independência foi conquistada em 1948, mas já em 1931 tinha sido introduzido o sufrágio universal com relação aos negócios internos. Uma insurreição organizada pela juventude foi reprimida em 1971, e em 1972 a República do Sri Lanka foi proclamada.” (Social Compass Vol. XX, 1973/2, François Houtart, pgs. 100 – 101) Em 1983 os tamis no norte pegaram em armas exigindo um estado separado. Velupillai Prabahakaran (Pirpaharan), o líder do LTTE (Ti‐
gres da Libertação Tamil Eelam) assassinou os líderes tamis rivais e agora está chefiando uma guerra separatista contra as forças do go‐
verno. O LTTE é considerado uma das mais implacáveis organizações terroristas do mundo. Sri Lanka tem sido dominado politicamente pela maioria cingalesa budista (cerca de 72% da população). Há tamis e muçulmanos no Parlamento, mas os membros são na maioria cingaleses. Economi‐
camente, Sri Lanka não vai bem. Com a rúpia do Sri Lanka desvalori‐
zada em relação ao dólar, os lucros da exportação de bens e produ‐
tos agrícolas são baixos. Os cidadãos que conseguiram emprego no exterior, sobretudo no Oriente Médio, obtêm uma boa soma de moeda externa. A guerra que prossegue desde 1983 tem também contribuído para a precária situação econômica do país, devido aos elevados gastos com a defesa. A atual crise mundial está afetando também a economia do Sri Lanka. Dentro desse contexto, podemos perceber que os mais abandonados estão na zona rural, não apenas do sul mas também do norte. Sofre muito a população que migra por causa da guerra. A população que mora nas florestas ainda existentes está sofrendo também. Como re‐
sultado do aumento do custo de vida, há uma outra categoria de po‐
bres: os que vivem de uma renda fixa, especialmente os funcionários do governo, cujo salário é inadequado para atender as necessidades 460 Conspectus Generalis 2009 básicas de suas famílias. Em sua maioria não são bastante pobres para mendigar nem bastante ricos para manter o status de sua po‐
sição. São os que vestem ternos limpos, mas têm os bolsos vazios. A maior parte deles vive nas cidades ou nos subúrbios das grandes cidades. Trabalhos apostólicos e serviço missionário Os Redentoristas no Sri Lanka têm‐se empenhado muito no traba‐
lho com os pobres, especialmente nas áreas rurais, pregando mis‐
sões paroquiais populares e celebrando festas paroquiais anuais. Pregam também retiros para religiosos, sacerdotes e seminaristas. Tem havido alguns retiros para crianças e também para leigos. Um confrade é o conselheiro teológico da Conferência dos Bispos do Sri Lanka. Ele também ensina Teologia Moral na Academia Alfonsi‐
ana em Roma e no Seminário Nacional de Ampitiya Kandy e traba‐
lha no apostolado da pena. Anos atrás, foi começada uma Via Sacra na casa regional de Sancta Maria, Kandy. Tornou‐se agora um bem conhecido centro de romarias durante a Quaresma. É o primeiro desta espécie na Diocese de Kandy. Temos um programa de pré‐noviciado e tomamos parte no semi‐
nário maior nacional. O pré‐noviciado está situado em Colombo e tem quinze pré‐noviços atualmente. Em Ampitiya, Kandy, há uma casa de formação para os nossos estudantes que seguem os cursos do seminário nacional de Ampitiya. Embora essas duas etapas da formação sejam no Sri Lanka, os noviços são mandados para o no‐
viciado da Índia em Kotagiri. Um confrade trabalha como pregador de missões e promotor vocacional. Preocupações Não obstante o número de confrades seja pequeno, uma boa soma de trabalho é realizada pelos confrades, especialmente pregando 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 461 missões e retiros. Duas fases da formação inicial também têm lugar no Sri Lanka. Após a nomeação do novo Superior regional, Pe. Gregory Noronha, C.Ss.R., foi feita uma ampla consulta a todos os confrades da Regi‐
ão. Ficou evidente que não seria possível continuar pregando mis‐
sões e retiros durante o ano todo. O pequeno número dos confra‐
des foi uma das principais razões. Precisávamos, por isso, repensar de modo criativo, toda a missão redentorista no Sri Lanka. Em nos‐
sa revisão, sentimos fortemente que a presença redentorista deve ser mantida no Sri Lanka, mas pode assumir uma forma diferente. Por este motivo os confrades decidiram duas prioridades: • Fazer de Sancta Maria um centro de retiros em tempo inte‐
gral, e não só durante o tempo da Quaresma quando os pe‐
regrinos vêm para a Via Sacra. Considerando o nosso caris‐
ma de trabalhar para os pobres mais abandonados, ficou decidido dar prioridade especialmente às pessoas que mo‐
ram nas áreas rurais pobres do Lanka. Nosso objetivo não é o lucro, mas oferecer vários programas a baixo custo, como serviço em conformidade com a nossa missão primária en‐
tre os pobres. Deste modo seremos também uma contesta‐
ção para as outras três casas de retiro em Kandy, nas quais as taxas são muito altas, muito acima do que a grande mai‐
oria do povo comum pode pagar. • Fazer da promoção vocacional objeto de urgente preocupa‐
ção. Em razão de nosso pequeno número, deve ser empre‐
endido durante o triênio um esforço planejado para pro‐
mover vocações redentoristas. O ano de 2009 foi declarado Ano Vocacional na Região, já que coincide com o 70o ani‐
versário da presença redentorista no país. 462 Conspectus Generalis 2009 Esperanças, problemas e desafios São essas as esperanças e os planos da Região para o triênio. Exis‐
tem também desafios. Porém, para vermos a realização desses pro‐
jetos, precisamos encontrar os fundos necessários. É o problema que a Região está enfrentando hoje. Sancta Maria precisa ser reno‐
vada para se tornar um viável centro de retiros. Dentro de poucos anos alguns confrades estarão em idade avançada. Vão precisar de um lugar adequado para viver, onde possam receber o atendimento necessário, se preciso for. Poderiam receber uma conveniente aco‐
modação em Sancta Maria, onde poderiam, com sua vasta e variada experiência, ser de valor como confessores, conselheiros e diretores espirituais das pessoas que vêm a Sancta Maria para as várias pro‐
moções. Precisamos encontrar financiamento também para os pro‐
gramas de promoção vocacional e de formação inicial. Conclusão Temos confiança de que, com o auxílio de Deus e de toda a Congre‐
gação, especialmente do Governo geral, seremos capazes de realizar o que temos planejado fazer durante esse triênio. Rezamos a Santo Afonso e a todos os Santos e Beatos da Congregação para que ve‐
nham em nosso auxílio nesta hora de necessidade.
O texto original é o inglês. 3803 – Região de Mumbai (Índia) Dados estatísticos Membros: Sacerdotes: 30 Irmãos de votos perpétuos: 2 Estudantes professos: 7 Número de Comunidades: 6 464 Conspectus Generalis 2009 Situação atual A Região está situada nas dioceses de Maharashtra, Gujerat, Goa, Karwar, Mangalore e Belgaum. Em Maharashtra, temos duas co‐
munidades, uma em Mumbai e uma em Vasai. Em Goa temos três comunidades e em Mangalore uma comunidade. Mumbai População total: 16.951.356 Católicos: 615.296 Numa área de 17.309 kms² Línguas: inglês, marathi, konkanim, hindi, gujarati, tamil, malaya‐
lam, bengali Usamos as seguintes línguas: inglês, konkanim, marathi, hindi e tamil. Temos uma comunidade com 11 membros em Chembur. A Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro atende a mil famílias. A equipe paroquial é composta de quatro confrades. A Escola Nossa Senhora do Perpétuo Socorro tem mais de 3.000 estudantes, e é dirigida por um confrade. Mantemos uma “escola aberta” para os sem teto e uma escola para crianças com deficiência. Também organizamos uma escola para mulheres marginalizadas, que é dirigida por uma comunidade de religiosas. Goa População total: 1.600.000 Católicos: 525.000 Línguas: konkani, inglês, marathi, hindi, gujarati, português Usamos as seguintes línguas: konkani e inglês. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 465 Número de comunidades: 3 Número de paróquias: 1 Escola: 1 Está programada para começar em junho de 2009 uma casa de formação para estudantes de filosofia. Mangalore População total: 3.957.071 Católicos: 350.000 Línguas: Kannada, Konkanim, Inglês Uma comunidade de formação inicial Paróquia rural: 1 Na Região existem muitos grupos religiosos, culturais, políticos e sócio‐econômicos. Os mais pobres e mais abandonados são os favelados das áreas urbanas, os sem terra e os trabalhadores não sindicalizados das áreas rurais. Dentre esses, os migrantes em busca de trabalho, as mulheres, as crianças e os que não pertencem a nenhuma casta (Dalits), são particularmente vulneráveis. Dois terços da população têm menos de 25 anos. Trabalho apostólico e atividades missionárias Os confrades da Região têm feito tentativas iniciais para um traba‐
lho com os migrantes. Dois se ocupam dessa pastoral em tempo integral. Estamos atingindo os pobres por meio dos ministérios paroquiais que atendem as diferentes necessidades dos pobres. Estamos atingindo também os não cristãos mediante as escolas. 466 Conspectus Generalis 2009 Começou um diálogo inicial com os não cristãos. Entre outros, exercemos ainda os seguintes trabalhos apostólicos e atividades missionárias: pregação de missões e de retiros para sa‐
cerdotes e religiosos, pastoral da juventude, pastoral vocacional, ministério paroquial, um santuário dedicado a N. Sra. do Perpétuo Socorro, aconselhamento, pastoral matrimonial e familiar, cura interior, promoção da justiça e paz, comunicações sociais, colabo‐
ração com os leigos, formação inicial e contínua e o testemunho de nossas comunidades. Preocupações Desafios e problemas: • Um terço dos confrades é idoso. Três estão fora da Região. Não obstante, estamos exercendo muitas atividades. • A nossa formação é orientada para a pregação das missões. • Há uma tendência de trabalhar sozinho e não em equipe. Estamos tentando melhorar este ponto. • Cresce o ódio anti‐cristão da parte dos grupos fundamen‐
talistas hindus. O texto original é o inglês. 4504 – Vice‐Província de Bancoc (Tailândia) Primeira Casa: 1949 Ereção canônica da Vice‐Província: 6 de junho de 1956 Membros: 94 (na data de 15.08.2008) Desenvolvimento durante os últimos seis anos Em setembro de 2008, a Vice‐Província de Bancoc tinha um total de 94 membros. 468 Conspectus Generalis 2009 Sacerdotes Irmãos De votos perpétuos De votos temporários Estudantes clérigos De votos perpétuos De votos temporários Postulantes 47 10 10 20 TOTAL 94 3 4 Entre 2003 e 2008, 8 novos sacerdotes foram ordenados. • Temos oito comunidades e uma missão em Nakhon Sawan: ƒ 5 casas na região central: Santíssimo Redentor, Bancoc; São João Neumann (Ruamrudee, Escola Internacional), Minburi; Santo Afonso (Seminário Maior), Sampran; Mãe do Perpétuo Socorro (Seminário Menor), Sriracha; e um Centro Redentorista, Pattaya. ƒ 2 casas no nordeste: São Geraldo, Khon Kaen; e Santo Afonso, Nongkhai. ƒ 1 casa no norte da Tailândia; Casa Seelos, Chiangmai, com 3 centros coligados – Casa St. Theresa, Nan; St. Pa‐
trick, Mae Jaem (Karen); e o Centro Católico Hmong, Chiangmai. ƒ 1 Casa Missionária: Diocese de Nakhon Sawan, Kham‐
paeng Phet. • Em junho de 2004, foi inaugurada a Casa "Mãe do Perpétuo Socorro ", situada em Bang Na na Província de Samut Pra‐
kan; a casa é usada como Centro de Retiros. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 469 • Em abril de 2007, foi terminada na Escola Vocacional Reden‐
torista a construção do edifício do dormitório e das salas de aula para os alunos com deficiência. • Dia 6 de agosto de 2007, a Fundação Redentorista na Tailân‐
dia recebeu o Documento Oficial confirmando que a Escola Internacional de Ruamrudee é agora totalmente proprieda‐
de da Fundação Redentorista na Tailândia. • Dia 17 de maio de 2007, a Escola Internacional de Ruamru‐
dee (RIS) celebrou o seu 50o aniversário. Durante 35 anos a antiga escola esteve situada atrás da Igreja do Santíssimo Redentor. Estamos agora no 16o ano do novo Campus em Minburi. • Dia 19 de julho de 2008, celebramos na Igreja do Santíssimo Redentor em Bancoc o 60o aniversário da nossa missão na Tailândia. Iniciativas • Vários edifícios atrás da Igreja do Santíssimo Redentor em Bancoc serão demolidos para dar lugar a um novo estacio‐
namento e novas instalações para as atividades paroquiais. Uma nova casa paroquial também faz parte deste plano de edificações. • Os Redentoristas da Ásia estão intensificando a cooperação entre as Províncias e Vice‐Províncias. Já estamos enviando nossos seminaristas maiores para Davao e nossos noviços para Lipa City nas Filipinas. As vocações do Laos, Myanmar e Camboja poderão no futuro receber formação conjunta nas Filipinas. 470 Conspectus Generalis 2009 • Projetos Sociais em andamento: Escola para pessoas com de‐
ficiência na Província de Krabi, Orfanato na Província de Phang Nga. • Aceitamos o convite do Bispo da diocese de Nakorn Sawan para trabalhar na Província de Nakhon Sawan. • Dom Sommeng Vorachak, Bispo de Khammouane‐Savannakhet (Laos), convidou‐nos oficialmente para auxiliar na evangeli‐
zação em sua diocese. Principais trabalhos apostólicos • Pregação de Missões, retiros, seminários. • Atendimento pastoral em cidades e áreas distantes. • Meios de comunicação: revistas, livros e radiodifusão: esta‐
ções de rádio locais. • Obras sociais: ƒ Bancoc – nas favelas, Centro de Caridade para doen‐
tes com AIDS e meninos de rua. ƒ Pattaya – Escola para Deficientes Visuais, Atendimento a meninos de rua e trabalho para pessoas com defi‐
ciência. ƒ Nan e Nong Khai – Assistência a crianças e adultos portadores do vírus HIV e doentes com AIDS. ƒ Centros de Aprendizado em 50 prisões em todo o pa‐
ís. Professores de nossas escolas de Ruamrudee e da Escola Internacional de Minburi cooperam no pro‐
grama de ensino de inglês na prisão de Minburi. • Formação dos nossos sacerdotes e estudantes. ƒ Todo ano temos um programa chamado "Os Seis Bá‐
sicos " para introduzir jovens à vida do seminário. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 471 Problemas • Missão no norte: Precisamos de mais missionários para este apostolado no norte. Há urgente necessidade de catequistas experientes que queiram dedicar‐se em tempo integral ao trabalho de evangelizar os cristãos e outras pessoas que mo‐
ram em áreas distantes e isoladas. Desafios • Formação contínua para sacerdotes e seminaristas maiores. • Votamos para prolongar nossa condição de Vice‐Província até 2010. Assim, por enquanto, continuamos sendo a Vice‐
Província de Bancoc. • Nossa missão no norte entre as tribos das montanhas e os mais abandonados. O texto original é o inglês. 4700 – Província de Cebu (Filipinas) Situação atual Religiosa e Eclesial A maioria dos filipinos é cristã (católicos, protestantes, seitas locais como a Igreja filipina independente, Igreja de Cristo, Adventistas do sétimo dia, Igreja dos santos dos últimos dias, etc.). O Islamismo é também praticado nos últimos anos em todo o país pelos mu‐
çulmanos, mas dominam somente em algumas cidades e Provín‐
cias em Mindanao. Nas Filipinas há 85 circunscrições eclesiásticas: arquidioceses, dioce‐
ses, prelazias e vicariatos apostólicos em 17 províncias eclesiásticas. 474 Conspectus Generalis 2009 Existem mais de 100 institutos religiosos masculinos e mais de 300 institutos femininos, e pelo menos uma dúzia de institutos seculares e associações de leigos. Política As Filipinas recuperaram a democracia após anos de lei marcial sob um ditador. Nos últimos anos, porém, o país foi enumerado entre os mais corruptos do mundo, devido à elevada ocorrência de suborno e corrupção entre os oficiais do governo e a flagrante violação dos di‐
reitos humanos. Existe separação entre Igreja e Estado, mas, devido a estes abusos, é forçoso para a Igreja pregar contra as injustiças e as estruturas injus‐
tas, envolver‐se na promoção da paz e no trabalho de defesa e pro‐
moção do bem‐estar do povo comum, especialmente dos pobres A luta dos muçulmanos pela independência e o problema da insur‐
reição são os principais problemas atuais que o governo está enfren‐
tando no momento. Sócio‐Econômica A globalização é evidente num país onde as empresas multinacio‐
nais são numerosas, especialmente nas principais cidades, e gozam de muitos privilégios, ficando em desvantagem as pequenas indús‐
trias de propriedade dos filipinos. Os recursos naturais e minerais são explorados por essas companhias. As grandes empresas agríco‐
las produzem para exportação, afetando assim negativamente a produção de gêneros de primeira necessidade como o arroz para consumo interno. O governo conta sumamente com a renda dos operários no exterior para ajudar a manter viva a economia nacional, não obstante o grande número de operários despedidos no exterior. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 475 A distância entre ricos e pobres continua crescendo, os pobres da zona rural migram para as cidades, criando assim uma massa de mão de obra barata, carência habitacional, dependência de drogas, prostituição, aumento populacional, etc. Aumentou dramaticamen‐
te o número de pobres vivendo abaixo da linha de pobreza e a des‐
nutrição passou a fazer parte da vida normal dos pobres. Embora o governo ofereça educação elementar gratuita, somente uns poucos conseguem terminar o nível colegial e encontrar empre‐
go conveniente. Um bom número de profissionais, especialmente enfermeiras, professores e engenheiros, tornaram‐se o maior “pro‐
duto de exportação” do país, para ganhar dólares no exterior para a economia da nação. Um bom número de escolas e hospitais é propriedade de religiosos e do clero diocesano e por estes administrado, mas atendem princi‐
palmente as classes média e alta da sociedade, com um mínimo de serviços sociais para os pobres. Os pobres da zona rural podem ainda contar com o apoio dos paren‐
tes, mas os das áreas urbanas são privados deste apoio e muitas ve‐
zes explorados. Trabalhos apostólicos e serviço missionário A Província de Cebu cobre as áreas de Visayas e Mindanao nas Fili‐
pinas. As comunidades estão localizadas em Cebu, Davao, Iligan, Iloi‐
lo, Dumaguete e Tacloban. Recentemente fechamos a comunidade de Bacolod. A comunidade redentorista de missão itinerante, que não tem uma casa fixa como sua base, está trabalhando atualmente nos arredores de Davao. Temos outras duas equipes missionárias rurais, uma em Tacloban e outra em Dumaguete, e uma foi criada recentemente em Cebu, uma equipe missionária urbana para res‐
ponder às necessidades dos pobres da cidade. 476 Conspectus Generalis 2009 No ultimo triênio houve uma equipe missionária para a juventude situada em Iloilo. O último Capítulo provincial a suprimiu e pediu ao Conselho provincial que nomeasse em seu lugar um coordenador da missão jovem. As nossas igrejas estão localizadas nas cidades e nelas promovemos a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro; são conhecidas pelo nosso trabalho no confessionário e na promoção da justiça e paz e da integridade da criação. Com exceção de Iligan, nossas igrejas são ligadas a paróquias, que são ativas no estabelecimento de comunidades eclesiais de base, como também na formação de líderes. Nossas comunidades tam‐
bém oferecem vários serviços sociais. Temos um bom número de cooperadores leigos em nossos aposto‐
lados: missão, paróquias, obras sociais, formação e pastoral voca‐
cional. Para a sua formação inicial e contínua, temos o Instituto Al‐
fonsiano de Formação dos Leigos (ALFI). As irmãs Missionárias do Perpétuo Socorro (MPS) participam co‐
nosco no apostolado das missões (RIMT e Urbanas), retiros (Cebu) e paróquias (Cebu). O seminário do nível colegial está em Cebu. O aspirantado (para jo‐
vens profissionais) é em Davao. O postulantado fica em Dumaguete. O noviciado, em Lipa, é interprovincial. O teologado, em coligação com Manila, Bancoc e Ipoh, é em Davao. As nossas casas de retiro encontram‐se em Cebu, Bacolod e Iloilo. Preocupações Nos últimos anos, tem havido uma diminuição no número de jovens que entram para as nossas casas de formação. Muitos pais preferem que seus filhos procurem uma profissão que vai ajudar a gerar renda para a família. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 477 Entre os que ingressam no nosso seminário, são muito poucos os que chegam às últimas etapas da formação. O programa de forma‐
ção está sendo agora constantemente avaliado. O fortalecimento de nossos programas de formação é urgente, pois temos de aumentar nosso número e dar a nossos candidatos um treinamento que seja apropriado para missões locais e regionais. Precisamos de professores, assessores competentes e ajuda finan‐
ceira para formar os futuros missionários Redentoristas e para ex‐
pandir as atuais instalações do Teologado Santo Afonso em Davao. Queremos fortalecer o trabalho e o ministério do atendimento so‐
cial, enquanto intensificamos nosso envolvimento nas questões de justiça e paz e integridade da criação, o que nos obriga a articular nossas posições morais e denunciar as injustiças e a violência que impedem a paz. Já existem esforços de colaboração no noviciado e no teologado. Esperamos que essa colaboração seja em breve estendida aos pro‐
gramas de transição para o ministério da Região Ásia‐Oceania, a fim de estarmos preparados para futuras missões conjuntas, como as que já existem entre as Unidades de Bancoc, Ipoh, Cebu e Viet‐
nã, a fim de preparar‐nos para o trabalho missionário no Laos, Mi‐
anmar e Camboja. Estas preocupações e esforços exigem de toda a Província uma dis‐
posição para a conversão contínua e um aprofundamento de nossa espiritualidade para garantir que o tema de nosso último Capítulo, “Paixão por Cristo, Paixão pelos Pobres”, se torne realidade. O texto original é o inglês. 4900 – Província da Indonésia Dados básicos Confrades Sacerdotes Diáconos Irmãos (de votos perpétuos) Estudantes de votos perpétuos de votos temporários 63 0 1 51 8 43 480 Conspectus Generalis 2009 Distribuição dos confrades conforme a idade: 70‐79 5 60‐69 0 50‐59 3 40‐49 17 30‐39 38 menos de 30 52 Distribuição dos confrades conforme o ministério: Paróquias 24 Missões 14 Formação 11 Casa de Retiros 4 Administração da Província 5 Administração de órgão diocesano 2 Fundação social (Kolping) 1 Comunidades 7 comunidades (casas canonicamente erigidas) 1 residência (casa paroquial) Presença/missão nas Igrejas locais Diocese de Weetebula, Sumba Diocese de Larantuka, Flores Arquidiocese de Jakarta Diocese de Palangkaraya, Borneo Arquidiocese de Semarang Diocese de Sibu, Malásia Oeste 4 comunidades e 8 paróquias 1 comunidade e 2 paróquias 1 comunidade e 3 paróquias 1 residência e 2 paróquias 1 comunidade (de formação) 1 confrade (missão interprovincial) 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 481 Situação atual Situação geográfica Após 50 anos de presença missionária redentorista, entra‐
mos em mais cinco ilhas da Indonésia: Sumba, Jawa, Flores, Lembata e Kalimantan (Kalimantan Central). Religiosa A Indonésia tem uma população predominantemente muçul‐
mana e a maior população muçulmana do mundo: mais de 120 milhões). Os cristãos são aproximadamente 7% da popula‐
ção (3% são católicos e 4% de várias denominações protestan‐
tes). O povo de Sumba e Flores é em sua maioria cristão. Bom número de pessoas ainda mantém sua religião local em duas das ilhas em que trabalhamos: Sumba e Kalimantan Central. Eclesial Os cristãos são um grupo minoritário. Há 33 dioceses na In‐
donésia. A Igreja ainda está crescendo. Há muitos converti‐
dos ao Cristianismo. A conversão a outras religiões é prote‐
gida por lei. Os Redentoristas trabalham em 5 arquidioceses e dioceses. Temos bom relacionamento e colaboramos bem com as igrejas locais. Política Embora a Indonésia seja uma nação secular por lei, na prática o governo é sempre controlado pelos muçulmanos. A liber‐
dade para praticar a religião é garantida pelo governo. As re‐
lações entre as religiões são boas, embora os muçulmanos fundamentalistas estejam se tornando mais numerosos e mais fortes. Com muita freqüência a má notícia é que a religi‐
ão é usada pelos políticos e pelos poderosos para fins políti‐
cos. Ainda experimentamos suspeitas, desconfiança, conflitos 482 Conspectus Generalis 2009 e até fechamento e incêndio de igrejas. Uma de nossas igre‐
jas na Arquidiocese de Jakarta foi incendiada e até agora os paroquianos continuam a celebrar seus ritos religiosos de‐
baixo de uma tenda provisória. Cultural A Indonésia é muito rica em culturas. Há uma grande varie‐
dade de grupos étnicos com suas culturas próprias e distintas. Por exemplo, na pequena ilha de Sumba, existem pelo menos cinco diferentes grupos étnicos, cada qual com seu próprio dialeto. Na Indonésia há 3.500 ilhas habitadas. Unidade, har‐
monia, relações familiares, cooperação mútua e diálogo são uns dos valores mais respeitados entre o povo do país. Sócio‐econômica A grande maioria do povo é composta de agricultores. O se‐
tor empresarial está nas mãos de um pequeno grupo de prósperos habitantes das cidades e vilarejos. Há uma gran‐
de distância entre uma minoria de ricos e a maioria de po‐
bres. Os pobres mais abandonados são os agricultores po‐
bres, as pessoas sem instrução da zona rural, os jovens de‐
sempregados, os meninos de rua das grandes cidades, os favelados e os encarcerados. Apostolado Missões Paroquiais As Missões Paroquiais são a primeira prioridade entre os a‐
postolados da Província. Há duas equipes de missão: uma em Sumba e uma em Flores. O método de missão atualmente preferido é o da missão que se estende por vários meses, de 3 a 6, com os objetivos específicos de aprofundar a fé e de cons‐
truir comunidades cristãs (Comunidades Eclesiais de Base). 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 483 Nossa opção ou preferência para aceitar convites para pre‐
gar missões é sempre pelos lugares remotos e a zona rural. O povo destes lugares está entre os mais abandonados pela I‐
greja e são muito pobres economicamente. Ministério paroquial Atendemos a 16 paróquias: 3 na capital, Jakarta, e 13 paró‐
quias pobres em remotas áreas rurais. Desde o começo, a presença redentorista na Indonésia assumiu um compro‐
misso básico e uma opção pastoral pelos pobres da zona ru‐
ral. Vamos para lugares aonde os outros não querem ir ou hesitam ir por causa das condições difíceis do lugar. Casa de Retiros Pregamos retiros numa casa de retiros em Weetebula, Sumba, onde residem quatro confrades. Pastoral juvenil e vocacional Trabalhamos com grupos de jovens, de operários, de profis‐
sionais e estudantes das escolas e universidades. Leciona‐
mos em algumas escolas e seminários menores e cuidamos de pensões para estudantes. Obra Social Providenciamos ajuda de emergência. Temos um fundo de ca‐
ridade, bolsas para estudantes de escolas e universidades, um pensionato e damos seminários para profissionais. Pastoral da Justiça e Paz • Temos uma fundação para a promoção dos direitos legais e humanos. Temos um confrade que fez o curso de advocacia e defende as causas daqueles que têm pouco acesso à justiça. • Pastoral carcerária 484 Conspectus Generalis 2009 Colaboração com os leigos Temos colaboradores leigos nas missões paroquiais e na pas‐
toral paroquial. Pequenas publicações redentoristas Ensino da Teologia Moral no Seminário Maior (um professor) Formação • Formação inicial ƒ Temos todos os níveis da formação inicial: as‐
pirantado, postulantado, noviciado e estu‐
dantado. Há um bom número de candidatos e estudantes professos. Os nossos estudantes estudam no seminário maior da Diocese de Semarang. • Formação contínua ƒ Cinco confrades estão fazendo pós‐graduação em educação, psicologia, teologia pastoral, teologia bíblica e contabilidade. ƒ Há um Instituto de missão paroquial em Sumba ƒ Cursos, oficinas e seminários em nível provin‐
cial e interprovincial. Preocupações Problemas/desafios • Para o povo que servimos: ƒ Pobreza e empobrecimento, falta ou baixo nível de educação, desemprego, a forte religião cultural da população local. 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 485 • Para os Redentoristas: ƒ Limitações financeiras ƒ Falta de confrades especializados ƒ Falta de preparação para os formadores ƒ Poucos cooperadores leigos permanentes • Força e esperança ƒ Temos uma visão clara da missão para o serviço aos pobres. ƒ Temos uma direção clara e prioridades apostólicas. ƒ Temos um bom número de confrades e de candidatos. ƒ Temos uma boa equipe de trabalho. ƒ Temos apoio adequado e colaboração com as Igrejas locais. Conclusão Em 2007 a Província da Indonésia celebrou 50 anos de presença missionária e trabalho apostólico. A Província foi criada somente em 2002 e agora temos 115 membros professos. Abençoada com um bom número de vocações, a Província da Indonésia está ainda cres‐
cendo. Cresce não somente em número, mas também com relação à sua missão e ministério. Uma visão clara e comum da missão e um compromisso com o nosso carisma e missão redentorista, como também uma forte vida de comunidade, têm servido para fortalecer o crescimento da Província da Indonésia. Revitalizar nossa vida co‐
munitária e reorientar a nossa missão são os projetos para o futuro. O texto original é o inglês. 5100 – Província de Liguori (Índia) A Província Liguori é a mais jovem Província da Congregação atual‐
mente. A Vice‐Província de Alwaye ganhou o status de Província no dia 27 de junho de 2008, festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socor‐
ro. Levando em conta a reestruturação que está acontecendo em todo o mundo, propusemos um nome que não identificasse a Uni‐
dade com uma área geográfica particular, mas ultrapassasse as fron‐
teiras e fosse associada com a própria origem da Congregação. A Província Liguori percorreu a distância entre região e província em dezesseis anos. Começou como região em 1992, com 16 padres e 15 estudantes professos. Hoje a Província conta com 87 mem‐
bros professos, dos quais 50 são sacerdotes ordenados. Todos os 488 Conspectus Generalis 2009 membros pertencem ao rito Siro‐Malabar e esta é a única Unidade Siro‐Malabar da Congregação. Temos também orgulho de dizer que um de nossos confrades, Varkey Vithayathil, é Cardeal e chefe da Igreja Siro‐Malabar. Casas e pessoal A Província Liguori existe sobretudo no Kerala, situado na extremida‐
de sudoeste da Índia. Geograficamente, Kerala é um pequeno estado, mas tem uma população de cerca de 32 milhões de habitantes. Kerala tem três religiões principais. O Hinduísmo é a mais popular, com cerca de 57% da população. O Islamismo ocupa o segundo lugar com 23% e os cristãos são cerca de 20% da população. Os católicos praticam sua fé em três diferentes ritos: o Siro‐Malabar, o Siro‐Malankara e o Lati‐
no. Os católicos Siro‐Malabares são 3.903.000, quase 4 milhões, ao passo que os católicos Latinos são perto de 2 milhões. Os católicos Siro‐Malankaras são o grupo menor, 325.000 aproximadamente. Dizem que Kerala alfabetizou 100% do povo e é o estado líder em e‐
ducação. A Província tem oito casas canônicas em Kerala e uma resi‐
dência na diocese de Thuckalay em Tamil Nadu. Cinco de nossas ca‐
sas, inclusive a casa provincial, são casas de formação. A casa provin‐
cial está destinada a acolher os padres que fazem tirocínio pastoral. Estas casas estão espalhadas por sete dioceses (Thuckalay, Changana‐
cherry, Kanjirapalmente, Ernakulam, Palakkad, Thalassery e Manan‐
thavady); a distância de um extremo ao outro é de cerca de 800 km. A Província é muito jovem sob todos os aspectos. Considerando a idade da Unidade, estamos na adolescência, e considerando os seus componentes, mais de um terço tem menos de trinta anos. A verda‐
deira força da Província é o grande número de jovens, perto de 79% do total. A média de idade da Província é de 33.05, fazendo dela uma das mais jovens Unidades da Congregação. As faixas etárias são assim distribuídas: 0015 ASÍA‐OCEÂNIA Idade 80+ 70‐79 60‐69 50‐59 40‐49 30‐39 20‐29 TOTAL 489 Estudantes 37 Padres 1 (Card. Varkey) 2 5 1 9 26 6 Total 1 2 5 1 9 26 43 87 Todos os membros da Província são ou padres ou estudantes cléri‐
gos. Embora exista alguma tentativa de promover as vocações para a vida religiosa como irmãos, o maior esforço é em vista do sacerdó‐
cio. A Província não tem nenhum membro irregular. Ninguém está exclaustrado ou ausente ilegitimamente. Prioridades apostólicas Os confrades da Província Liguori escolheram assumir duas princi‐
pais formas de trabalho apostólico: missões paroquiais e pastoral da juventude. Pregamos diversas missões paroquiais durante o ano. Escolhemos duas épocas para uma atividade mais intensa de mis‐
sões paroquiais: Advento e Quaresma e os meses que precedem es‐
ses tempos litúrgicos. A Província tem um coordenador das missões nomeado pelo Superior provincial. Cabe a ele aceitar os pedidos de missão e designar os confrades para cada uma. Existe um louvável entusiasmo e interesse em realizar a missão tradicional confiada aos Redentoristas da Província. Uma das resoluções de nosso conselho missionário em julho de 2007 foi dar prioridade aos pedidos de missão das paróquias onde não estiveram outros grupos e dos lugares menos atendidos e mais abandonados. Os confrades fazem constantes esforços para assumir 490 Conspectus Generalis 2009 suas missões, muitas vezes com grande dificuldade e com o sacrifício de suas comodidades básicas, por causa da missão. Os estipêndios que recebemos pelas missões são nominais. Tem havido ocasiões em que os confrades voltam para casa sem nenhum estipêndio. Todos os confrades da Província gozam do privilégio do bi‐ritualismo. Consideramos isto como um privilégio para a missão, porque nos permite trabalhar nos diferentes ritos que se encontram em nossa área geográfica. A nossa abertura se manifesta especificamente no atendimento a padres, irmãs e leigos do rito Latino. Alguns têm um cuidado especial para estabelecer e manter contatos com sacerdotes e bispos, e ajudá‐los em épocas de necessidade pastoral. Esta atitude nos faz perceber que a nossa missão se estende para além dos limi‐
tes de um determinado rito ao qual pertencemos, até os ‘confins do mundo’ onde se pede o nosso serviço. Temos também um coordenador da pastoral da juventude, cuja fun‐
ção é semelhante à do coordenador da missão. Sua principal obriga‐
ção é aceitar pedidos e designar pessoas para o trabalho com jo‐
vens. Muitos dos confrades, especialmente os jovens, estão ativa‐
mente envolvidos na pastoral da juventude e nos programas exten‐
sivos às crianças. A nossa atividade apostólica geralmente se limita à área geográfica de Kerala e à língua malayalam, embora tenhamos viajado para ou‐
tros estados como Madhya Pradesh, Andhra, Karnataka, Tamil Nadu, Maharashtra e Nova Delhi, pregando em inglês e hindi. Alguns dos nossos têm até viajado para o exterior para atividades apostólicas. Em nossa Unidade, o ministério paroquial não era considerado parte do apostolado redentorista até recentemente. Houve uma mudança de atitude, por causa da associação dos Redentoristas com várias pa‐
róquias e com o clero diocesano. Agora, todos os confrades recém‐
ordenados trabalham em paróquias como vigários paroquiais antes de 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 491 se envolverem ativamente em outras atividades apostólicas. Assumi‐
mos também a responsabilidade pastoral por duas pequenas paró‐
quias e estamos à procura de outras, porque consideramos isto como uma das maneiras mais permanentes de servir os mais abandonados. Está sendo feito um esforço para usarmos os modernos meios de comunicação social na difusão do Evangelho. Existe em andamento um plano para fazer programas de TV e transmiti‐los com o auxílio de outras Ordens religiosas. Foi criada uma equipe para traçar planos concretos. A equipe já se reuniu algumas vezes para elaborar diretri‐
zes para a execução do plano. As mais recentes manifestações de intolerância religiosa afetaram o nosso programa negativamente. Porém, em caráter individual, alguns dos confrades têm apresentado alguns breves programas em canais de TV. Alguns fizeram programas infantis com o auxílio de mágicas, incorporadas no ministério com muita inteligência. Apostolado da pena Alguns confrades se esforçam por exercer o apostolado por meio de escritos. Há quem utilize sua habilidade para produzir novelas e li‐
vros com o objetivo de difundir a Boa Nova do Reino. Apostolados além‐mar A Província dá prioridade à solidariedade na missão além de nosso território geográfico. Temos adotado a política de partilhar o que podemos de nossos recursos. Deus nos tem abençoado com boas vocações, de modo que damos o que podemos. Vamos doar até não poder mais ou até que as prioridades nos mandem agir de ou‐
tra forma. Estamos trabalhando junto com as Províncias de Edmon‐
ton‐Toronto, Baltimore, Viena, e Camberra. Nove dos cinqüenta sacerdotes trabalham em colaboração com confrades nas comuni‐
dades e paróquias de outras Unidades. 492 Conspectus Generalis 2009 Desafios e esperanças Os maiores valores da Província são a dedicação, o trabalho sério e a forte vida de comunidade. O nosso compromisso com a nossa voca‐
ção, a nossa dedicação, a nossa unidade e o nosso trabalho sério dão grande testemunho do espírito religioso entre nós. O grau de com‐
promisso e dedicação torna a animação e a administração da Provín‐
cia uma alegre experiência. Atualmente não temos ninguém aposen‐
tado ou incapacitado. Todos estão ativamente envolvidos na missão da Província. Praticamente todos estão disponíveis para as missões e compromissados com as prioridades apostólicas da Província. Vivemos em unidade familiar como irmãos. Temos oito comunidades que dão testemunho. Pregamos Cristo, o Redentor do mundo. Pre‐
gamos 169 missões durante o ultimo triênio. Estamos cheios de en‐
tusiasmo. Os nossos confrades trabalham em países que se esten‐
dem desde perto do Pólo Sul até perto do Pólo Norte. Estamos na flor de nossa juventude, pois a maioria de nossos confrades tem me‐
nos de 40 anos de idade. Assim, com São Paulo, dizemos que isto é pura graça de Deus e nada mais. A marca de nossa identidade é a vida comunitária. Há um genuíno espírito e partilha fraterna em nossas comunidades. A diversidade de nossos antecedentes e a educação familiar única não são barreiras para vivermos como família redentorista. Às vezes estamos assober‐
bados de trabalho e atividades apostólicas, mas isto se transforma em luz por causa do apoio da comunidade. Há sempre uma cordial prontidão para manter a comunidade otimista com o espírito de par‐
tilha. Existem comunidades que têm feito esforços conscientes para viver uma vida exemplar de doação e cuidado. Alguns exemplos des‐
se bom espírito comunitário se expressam no cuidado pelos confra‐
des quando estão doentes, na correção fraterna, na edificação mú‐
tua e no trabalho conjunto para realizar a missão, na hospitalidade 0015 ASÍA‐OCEÂNIA 493 para com os hóspedes e visitantes da comunidade – todo hóspede se torna hóspede da comunidade – na proximidade que se cria com as famílias dos confrades, na participação nas funções e celebrações, na demonstração de compaixão nas dificuldades, etc. A Constituição 23 nota uma particular condição para o cumprimento de nossa missão: “Chamados a continuar a presença de Cristo e sua missão de redenção no mundo, escolhem os Redentoristas a pessoa de Cristo como centro de sua vida. Esforçam‐se por se unir sempre mais a Ele em comunhão pessoal.” O último Capítulo geral percebeu a seriedade dessa condição e exortou todos os Redentoristas a res‐
saltar o aspecto central de nossa espiritualidade. Pe. Geral pergunta: “É possível fazer de Cristo o centro de nossa atividade pastoral, se ele não está no “centro de nossas vidas” e “no coração de nossa comu‐
nidade?” (Communicanda 2 – Ai de mim se não prego o Evangelho, 19 – 1999). Esta pergunta ressoa no coração de cada confrade que vive em comunidade. Os confrades fazem um esforço consciente pa‐
ra dar a Cristo o lugar central em nossa vida comunitária. A caminho da expansão, um dos maiores desafios que enfrentamos é o de encontrar recursos para acompanhar o ritmo de nossos so‐
nhos e planos. Fundar casas e fazer apostolados que envolvem in‐
vestimentos financeiros supõem um auxílio financeiro considerável da parte de outras Unidades e do Governo geral. Os confrades mui‐
tas vezes lamentam que seus talentos não são aproveitados tanto quanto possível por falta de recursos. A nossa Província aguarda com esperança o seu crescimento e flo‐
rescência. Mais ainda, estamos cheios da esperança da Copiosa Re‐
demptio para todos. Quando olhamos o passado e pensamos no fu‐
turo, nossos corações vibram proclamando a glória de Deus. O texto original é o inglês 0016 REGIÃO DA ÁFRICA 0202 – Região de Madagascar Introdução As pessoas Sacerdotes Irmãos Estudantes Noviço Postulantes Pré‐postulantes Aspirantes 27 (20 malgaxes, 5 italianos [um é es‐
tudante], 1 mexicano, 1 eslovaco) 4 7 0 7 9 25 498 Conspectus Generalis 2009 As comunidades Vohemar Ampanefena Tana Foyer St. Alphonse Tana Maison Anjiro Andranokobaka Andilamena As paróquias Vohemar Ampanefena Alasora distrito Anjiro Andilamena 1971 1974‐89, reaberta em 2004 1992 1997 1999 2003 2008 com 50 igrejas na zona rural com 35 igrejas na zona rural são 5 igrejas na zona rural Mandroseza com 30 igrejas na zona rural com cerca de 40 igrejas na zona rural Situação atual A Igreja Católica conta 21 Dioceses. Só na Capital há um Bispo Auxili‐
ar. Faz pouco que duas dioceses (Mahajanga e Port‐Berge’) ganha‐
ram um bispo coadjutor. Existe a Conferência dos Bispos e o seu Conselho Permanente. Está dividida em 4 regiões: Região Eclesiástica do Centro 6 dioceses Região Eclesiástica do Norte 6 dioceses Região Eclesiástica do Sudeste 5 dioceses Região Eclesiástica do Sudoeste 4 dioceses A criação da Conferência Episcopal e das suas Comissões permite tornar mais próximas da cultura do Madagascar a Liturgia, a Cate‐
quese, o aprofundamento ecumênico e os esforços para o desenvol‐
vimento. Os movimentos da Ação Católica especializada ganham vida e impulso, enquanto se dá uma nova orientação aos tradicionais. 0016 ÁFRICA 499 Dos 24 bispos atuais, só 8 são estrangeiros. A Igreja Católica malgaxe está em movimento e procura renovar‐se continuamente celebrando um pouco por toda parte Sínodos nacio‐
nais e diocesanos de atualização e de aperfeiçoamento para uma pastoral mais adaptada ao III Milênio. A fundação do Instituto Católico do Madagascar (1997), que além do curso de Teologia e Filosofia, abriu uma Faculdade de Ciências Soci‐
ais, dá esperança de uma reflexão mais profunda em vista de um Cristianismo capaz de enfrentar os desafios do século XXI. Também o rejuvenescimento do Episcopado pode favorecê‐la. Braço direito da Igreja Católica é a União dos Superiores Maiores do Madagascar, que pontualmente todo ano publica a sua mensagem, sobretudo para os Religiosos, mas também para o Clero e para os Leigos. Situação econômica Madagascar é uma das Nações mais pobres do mundo, embora seus habitantes passeiem sobre um tapete de ouro e de pedras preciosas. O salário mínimo é de 72.000 ariary = 360.000 fmg = 29 euro men‐
sais. Não obstante, se nota, ao menos nas cidades, uma certa circula‐
ção de dinheiro, um certo progresso e um nível de vida superior ao de 15/20 anos atrás, devido talvez ao sistema de livre intercâmbio e da concorrência, como também à liberalização do mercado. O atual Presidente da República Malgaxe, não é mais aquele que subiu ao poder com o apoio da Igreja; toma iniciativas não bem acei‐
tas pela Igreja Católica, sobretudo aquelas referentes às reformas das Igrejas (FFKM). Mudou muito e procura assumir todos os pode‐
res tomando providências e doutrinando. Apesar disto, não se pode negar que tem uma certa vontade de “grandeur” à francesa e por‐
tanto está dando o que pode para renovar o aspecto do Madagascar. 500 Conspectus Generalis 2009 Gostaria de fazer o país chegar ao nível das grandes nações. Tem um interesse particular pela capital Antananarivo e está transformando‐
a, construindo grandes avenidas, trincheiras, mini‐rodovias e grandes e belos edifícios. Parece que está tomando pé a civilização do con‐
sumo, embora ainda se veja gente que pega comida nas latas de lixo. As lojas estão cheias de todos os produtos. Encontra‐se tudo o que é necessário. Ultimamente a China está invadindo o mercado malgaxe. Pergunta‐se então: onde estão os pobres? Quem são os pobres em Madagascar? Os pobres são: Os que não trabalham ou não querem trabalhar. Os mendigos, os ‘clochards’ por profissão. Os que perderam tudo por desastres naturais. Os agricultores que não tiveram uma boa colheita. Os anciãos que ficaram sozinhos, esquecidos ou abandona‐
dos pelos familiares. Os alcoólatras. Esses se encontram sobretudo na zona rural, nas periferias das grandes cidades e freqüentam principalmente a beira das estradas, as paradas de ônibus, as portas das igrejas ou das vendas, nas esqui‐
nas das ruas. Trabalhos apostólicos Nossa obra ou atividade entre os pobres: além da esmola aos que batem à nossa porta ou aos que encontramos pelas ruas, cuidamos dos pobres com a escolarização de milhares de crianças, adolescen‐
tes, jovens que estudam em nossas escolas e colégios e com o trata‐
mento médico gratuito de milhares de doentes que procuram os nossos dispensários. Em todas as nossas escolas é servida diariamen‐
te a refeição escolar e também, duas vezes ao mês, um almoço para os mais pobres do distrito de Alasora e para os presos de Vohemar. 0016 ÁFRICA 501 Com exceção das casas de formação, todas as outras têm paró‐
quias e comunidades onde exercemos a nossa atividade pastoral e missionária, o nosso apostolado dos jovens e das vocações. Temos um pequeno grupo de Leigos Associados Redentoristas (LAR) e em todas as nossas paróquias trabalhamos com os Conse‐
lhos paroquiais e com todos os Leigos associados nos movimentos eclesiais. Faz 4 anos que a Missão Malgaxe foi elevada a Região. Embora te‐
nhamos uma certa autonomia, dependemos quase totalmente da Província Mãe, a Província de Nápoles. Sem a sua assistência não podemos fazer nada ou só bem pouco. Todas as nossas Obras (es‐
colas, dispensários, etc.) dependem da ajuda externa ou estrangei‐
ra. Como tornar‐nos auto‐suficientes? É um verdadeiro problema. Na Itália existe um Fundo para as Missões Estrangeiras e aqui no lugar compram‐se vários terrenos para poder explorá‐los com o cultivo ou construções. Nosso desafio é o de viver de maneira pobre, libertando‐nos do desejo de ter e possuir. Um projeto que temos é o de abrir outras Missões e participar do programa de reestruturação da nossa Congregação, afirmando a nossa disponibilidade para ir aonde for pedida a nossa presença ou aonde o nosso Superior Maior quiser enviar‐nos. O texto original é o italiano. 1103 – Região de Zimbábue Introdução Primeira casa: 1960 Comunidades: 2 Região erigida em: 30 de janeiro de 1991 Número TOTAL de confrades Sacerdotes Diáconos Irmãos de votos perpétuos Confrades de votos temporários Estudantes pré‐noviços Postulantes 16 6 1 2 7 9 7 504 Conspectus Generalis 2009 Atual situação e evolução recente As histórias sobre os recentes acontecimentos em Zimbábue têm sido amplamente publicadas e são realmente dolorosas. Outrora considerado ‘o celeiro da África’, o país ficou arruinado com a fome, a doença, o desemprego e o colapso da infra‐estrutura. O domínio da lei, base de toda ordem social, entrou em colapso, deixando a maioria do povo muito vulnerável e sem recurso e sem alívio. Atualmente, conforme a Organização Mundial da Saúde, a expecta‐
tiva de vida em Zimbábue é de 33 anos para o homem e 34 para a mulher. Isto resultou num inaudito número de órfãos sem teto ou sob os cuidados dos idosos avós. Além disso, o número de famílias dirigidas por crianças é extraordinariamente alto. Severas epidemias de cólera no ano passado foram também a causa de um grande nú‐
mero de óbitos. Outras doenças que antes haviam sido debeladas, como a malária e a esquistossomose, reapareceram como reais a‐
meaças diante do total colapso do setor saúde. O sistema educacional também faliu. A fuga dos cientistas esgotou o número dos professores qualificados disponíveis e os poucos profes‐
sores que ficam sofrem com as difíceis condições de trabalho e a baixa remuneração. A maioria da infra‐estrutura educacional está deteriorada a tal ponto que as escolas se tornam um perigo físico e um risco moral, para mestres e alunos. Além de tudo isto, a inflação no país está na casa dos trilhões e há es‐
cassez de energia, água potável e alimentos. As fazendas não estão produzindo bastante alimento e a população em geral está desanima‐
da com o impasse político e com a horrível confusão sócio‐econômica. A intervenção de outros países africanos não se tem manifestado e o Ocidente, embora condene a situação, também parece ser impoten‐
te nesta área. O país tem aguardado uma solução do impasse políti‐
co desde março de 2008, e por toda parte há sinais de abatimento sem saída. 0016 ÁFRICA 505 Trabalhos apostólicos e serviço missionário As nossas duas comunidades redentoristas estão atuando tanto na área da caridade como no encorajar a prática e a difusão da fé cristã. Todas as nossas paróquias têm um significativo número de pobres e até de indigentes. No distrito de Hatcliffe continuamos a construir abrigos para os sem teto, vítimas da infame operação governamen‐
tal Murambatsvina (“tirar a sujeira”). Até hoje, participamos na construção de mais de mil abrigos. Também damos alimento aos pobres e oferecemos educação às crianças por meio de nossa parce‐
ria com duas Congregações de Irmãs. Conseguimos e distribuímos remédios contra o cólera e tabletes para purificar a água, ajudando a população carente. Em nossas paróquias dos outros distritos – Tafara e Mabvuku – tra‐
balhamos em serviços de alimentação, aulas de alfabetização e pro‐
jetos educacionais. Um de nossos centros cuida de alimentar 7.200 crianças, muitas das quais são órfãs e infetadas pelo vírus HIV. Um de nossos confrades trabalha na obra social da Arquidiocese no se‐
tor de nutrição e de atendimento de emergência; outros dois lecio‐
nam numa de nossas escolas para órfãos com AIDS. A Editora Redentorista de Zimbábue continua seu trabalho, a des‐
peito das enormes dificuldades, e vai passar para um novo edifício no começo de 2009. Temos muita esperança de que, transferindo‐se para outro prédio, a Editora Redentorista vai intensificar e consoli‐
dar seu apostolado de difundir a Palavra de Deus através das publi‐
cações e de outros meios. Há uma grande carência nesta área na Igreja local e nos sentimos privilegiados por tomar a iniciativa de o‐
ferecer livros e outros recursos para o nosso povo necessitado. A Formação continua sendo a principal força de nossa Região. Temos 25 jovens formandos. Os nossos postulantes estudam na casa Maria‐
nella em Tafara, e os estudantes cursam a filosofia no Pan‐African 506 Conspectus Generalis 2009 Arrupe College. Embora tenhamos no noviciado jovens nigerianos e sul‐africanos, a casa normal do noviciado é Rustenburg na África do Sul, onde nossos noviços, junto com os quenianos e os sul‐africanos, fazem o ano canônico. No ano passado, quando éramos a única Uni‐
dade que tinha noviços, não foi possível ter noviciado. Neste ano temos sete estudantes que terminaram a filosofia e estão prontos para o noviciado. A teologia é feita em Harare, no Teologado Inter‐
congregacional Holy Trinity, onde os nossos teólogos estudam junto com jovens de várias outras Congregações masculinas e femininas. Preocupações Há uma grande necessidade de evangelização, renovação e iniciativa no ambiente da Igreja local onde estamos trabalhando e vivendo a nossa vida de Redentoristas. Estamos bem conscientes da premente situação sócio‐político‐econômica do povo que somos chamados a servir em Zimbábue. A crise humanitária, que se manifesta numa mul‐
tidão de formas, é uma preocupação real com a qual temos de contar e conviver todos os dias. Sabemos que engajar‐nos nessas questões sociais e políticas à luz do Evangelho é parte integrante de nosso de‐
safio missionário. Também conhecemos e partilhamos os perigos que correm os que pensam e agem em solidariedade com os mais aban‐
donados. Constantemente nos esforçamos por viver o equilíbrio entre o estar profeticamente presentes a estas realidades e o permanecer fora do perigo iminente que ameaça a própria existência da nossa U‐
nidade em nosso frágil ambiente sócio‐político. Continuamos a receber pedidos de missões e retiros. No momento somos incapazes de atendê‐los, por causa do nosso número muito limitado. Não obstante, nos últimos dois anos, os nossos missioná‐
rios pregaram duas missões na África do Sul. Embora seja limitada a nossa capacidade de atuar na forma da missão tradicional, compen‐
samos isto manifestando uma clara identidade missionária em tudo o que fazemos. 0016 ÁFRICA 507 Desta pavorosa pobreza e miséria, nasce uma estranha bênção para os Redentoristas: é que temos uma nova proximidade dos pobres e do povo comum, que nos torna conscientes do ‘clamor dos oprimi‐
dos.’ Estamos trabalhando em íntima união com a Igreja local e com a sociedade civil, para ajudar o povo sofrido de nossa nação. Cremos que a nossa contribuição mais importante para colaborar na situa‐
ção em Zimbábue é a nossa esperança, fundada em nossa fé no Re‐
dentor. À medida que a situação no país continua a se deteriorar, constatamos muita desesperança e desamparo entre o povo. Cre‐
mos que, como Redentoristas, é aqui e agora que temos de ser uma presença de esperança para os estão caindo no desespero. O futuro Obviamente, a situação política, com suas ramificações sociais, em certo sentido, determina o futuro. Zimbábue tem fome da Palavra de Deus. Mantemos o que esperamos ser uma presença marcante em nossos cinco principais centros de Missa. Os nossos estudantes são cheios de zelo e de desejo de pregar aos mais abandonados. A expansão é o nosso destino se esperamos responder ao povo. No próximo ano, após o Capítulo geral, pretendemos realizar nossa primeira Assembléia Regional. No mesmo ano, 2010, estaremos co‐
memorando 50 anos da chegada dos primeiros Redentoristas ao Zimbábue. Esperamos que esse jubileu vai nos motivar e animar a assumir o futuro com entusiasmo. Já temos nosso primeiro Superior regional autóctone, e o governo da Região está nas mãos de pessoas muito próximas dos pobres e necessitados. Recebemos um maravi‐
lhoso apoio da Província de Londres e nos sentimos sumamente en‐
corajados pelo governo e por todos os confrades de lá. Do ponto de vista dos Redentoristas de Zimbábue, o futuro é promissor, com bo‐
as vocações e grande cooperação com a Igreja local e os leigos. 508 Conspectus Generalis 2009 Conclusão Como comunidade orante, confiamos na Providência de Deus para o futuro, e esperamos que os anos vindouros vão testemunhar uma importante reviravolta da situação atual de nosso povo empobrecido. O texto original é o inglês. 1509 –Missão da Costa do Marfim (África Ocidental) Introdução Nasce esta Unidade redentorista em 1993. A Província de Madri se retira nesse momento da Vice‐Província de Matadi, onde havia tra‐
balhado durante 24 anos com os confrades belgas. Mas, desejando continuar colaborando com a Igreja da África, Madri envia uma e‐
quipe missionária para a Costa do Marfim. A Missão da Costa do Marfim é um exemplo de colaboração entre as diferentes Unidades da Congregação. Com efeito, os quatro Padres que neste momento fazem parte da Missão são de outras tantas na‐
cionalidades: francês, mexicano, congolês e espanhol. 510 Conspectus Generalis 2009 São também parte da Unidade dois clérigos diáconos, de votos per‐
pétuos, e um outro de votos temporários. Os dois primeiros se inte‐
grarão à atividade da Missão dentro do breve espaço de tempo que os separa de sua próxima ordenação sacerdotal. A comunidade missionária atende dois postos de missão confiados respectivamente a dois Padres. A penúria de pessoal provoca uma verdadeira dificuldade para a vida comunitária. Basta que um dos dois únicos membros de cada comunidade caia doente ou tire férias, para que seu companheiro fique sozinho durante semanas ou meses. Situação atual Religiosamente é de se notar que a população da Costa do Marfim se reparte entre as religiões tradicionais, o islamismo e o cristianis‐
mo, na proporção de aproximadamente 20% para o primeiro grupo, 50% para o islamismo e 30% para o cristianismo. Por sorte o Islã da Costa do Marfim não é violento nem fundamentalis‐
ta. Tem mais influência no norte, ao passo que no sul está mais difun‐
dido o cristianismo. As duas casas dos Redentoristas estão no centro do país, onde a proporção entre muçulmanos e cristãos é equilibrada. Um fato é, porém, evidente: a Igreja Católica goza de um prestígio que ultrapassa a sua importância numérica. Assim, mesmo nos tem‐
pos de guerra civil que o país viveu, o letreiro “Missão Católica” so‐
bre um veículo tinha a eficácia de salvo‐conduto para circular livre‐
mente por todo o território nacional. Se a Costa do Marfim havia escapado do golpe de estado instituído em praticamente todos os países subsaarianos nos inícios de suas respectivas independências, finalmente em 2000 conseguiu equipa‐
rar‐se a todos esses países e superar a maioria deles, acrescentando uma guerra civil cuja seqüelas ainda permanecem. 0016 ÁFRICA 511 Portanto, encontrar os pobres mais abandonados, destinatários da obra missionária dos Redentoristas, não oferece aqui a menor difi‐
culdade. As nossas duas casas na Costa do Marfim estão claramente dedicadas aos pobres, tanto Tiébissou, na zona rural, como Bouaké, num bairro urbano periférico. Obras apostólicas e atividades missionárias As nossas duas casas existem e funcionam como paróquias. Temos o cuidado especial de confiar responsabilidades aos leigos, como ca‐
tequistas, animadores de comunidades e agentes de evangelização. Além do centro missionário, outros povoados – muito numerosos em Tiébissou e uns poucos em Bouaké – são atendidos por nossos Padres. Em cada uma dessas comunidades cristãs, às vezes muito pouco numerosas, tentamos estabelecer uma estrutura que permita aos cristãos viver e difundir o Evangelho. Inevitável no ambiente da Missão da Costa do Marfim é o compro‐
misso com os necessitados. Uma boa parte da energia dos Padres se dedica à promoção humana de uma população empobrecida pelos prolongados anos de guerra, ou pelo menos, de insegurança social e política. Gerem assim um centro de acolhida para alunos, um dis‐
pensário, uma mini‐empresa agro‐pecuária e a concessão de mini‐
créditos para ajudar o autofinanciamento econômico. Responsabilidades A escassez do número de operários da messe se apresenta como o problema mais grave que a Missão enfrenta: limita a atividade e a eficácia do trabalho de nossos confrades. Do lado da Província‐mãe Madri, a possibilidade de enviar novo pes‐
soal se apresenta muito hipotética. A única esperança de pessoal é a adesão de jovens do país à nossa Congregação. Dois dos professos nativos já são diáconos; a sua ordenação presbiteral terá lugar, se 512 Conspectus Generalis 2009 Deus quiser, proximamente. Desejado, esperado, imprescindível re‐
forço, porém ainda insuficiente. Por isso, se vê a solução no projeto de reestruturação das Unidades desta zona africana, constituindo uma Província autônoma, formada por confrades de Burkina‐Faso, Mali, Togo, Benin e Costa do Marfim. Pois parece evidente a importância da presença redentorista neste país, pelo significado da Costa do Marfim na zona francófona do O‐
este africano: tanto econômica como culturalmente continua sendo um país farol. Conclusão A missão da Costa do Marfim foi assumida como um ideal de missão “ad gentes” pela Província de Madri. Nos seus 16 anos de presença neste país, a Espanha já enviou 12 missionários. Por razões diversas, desde a morte de um deles num acidente, até problemas de saúde de outros, a maioria não permaneceu aqui. Consideramos, afinal, esta circunstância como uma graça de Deus, para que a Missão adote uma eclesiologia na qual é importante que os missionários da África sejam africanos, e que as Igrejas locais al‐
cancem a sua autonomia também no sentido de pessoal. Enquanto as velhas cristandades têm que impor‐se estratégias de res‐
trição, esta Igreja jovem e vigorosa só pensa em expansão, em difun‐
dir pelo mundo inteiro o reinado de Cristo. Permita o Santíssimo Redentor que a nossa Congregação escreva com elegância, competência e generosidade belas páginas de histó‐
ria da Igreja na Costa do Marfim. O texto original é o espanhol. 2202 – Missão de Moçambique Introdução Início da Missão: junho de 2002 Há duas comunidades: • Missão de Muvamba, (início 10/2002), na zona rural com 54 comunidades espalhadas num raio de 2.500 km², onde vi‐
vem 3 sacerdotes e 3 missionários leigos; • Paróquia de Nossa Senhora das Graças, na capital Maputo, situada no maior mercado informal do país, Xipamanine, onde vivem também 3 sacerdotes. Não há nenhum jovem no processo de formação, embora em am‐
bas as paróquias haja um pequeno grupo de “vocacionados”. 514 Conspectus Generalis 2009 A situação do país: alguns dados Superfície: 801.590 km² Costa: 2.470 km Recursos naturais: Carvão, titânio e gás natural População: 20.905.585 Índice de desenvolvimento humano: 168ª lugar Moeda: Metical (MZN) (1 US$= 25 MZ) PBI por habitante: 1.500 dólares Taxa de crescimento: 8,8% População abaixo do índice de pobreza: 64% Taxa de mortalidade infantil: 110/1.000 nascimentos Esperança de vida ao nascer: 40,9 anos Acesso a água potável – saneamento adequado: 27% ‐ 42% Médicos: 2 para cada 100.000 habitantes População com AIDS: 16,5% Taxa de alfabetização de adultos: 44,6% Língua oficial: português Cristãos: 32% (católicos 18,5%) Religião tradicional: 52,4% Muçulmanos: 11% Apesar dos índices econômicos favoráveis e da boa imagem de que goza o país internacionalmente, a situação da grande maioria da po‐
pulação é de extrema pobreza (calcula‐se em 64% o número das pessoas que vivem abaixo do índice de pobreza). A distância entre pobres e ricos vai se acentuando cada vez mais. O nível de desem‐
prego é muito alto. O Estado vive e funciona graças à ajuda interna‐
cional (60% do orçamento são financiados). No âmbito político, o processo democrático iniciado em 1994, de‐
pois da assinatura dos Acordos de paz, é afetado pela identificação 0016 ÁFRICA 515 do Estado com o partido governante, a FRELIMO, que atua de fato como partido único. A escassez de meios para exercer o controle por parte do Estado nos mares e nas florestas, além da corrupção reinante, determina uma precária situação ecológica, agravada também por ser Mo‐
çambique um país exposto às mais diversas calamidades naturais: ciclones, inundações e grandes secas que se sucedem cada ano nas diversas regiões. A corrupção e a criminalidade, junto com a expansão da AIDS (17% da população), são os maiores desafios visíveis que o governo en‐
frenta, sendo sua causa o vazio de valores morais que afeta grande parte da população, majoritariamente jovem. O impacto da globa‐
lização é muito forte entre os jovens, sobretudo nas cidades. Os pobres estão espalhados na zona rural e nos bairros periféricos das cidades mais importantes. Entre eles, os mais necessitados são as viúvas e as crianças órfãs. A situação geral da mulher é igual‐
mente preocupante. Há uma boa convivência religiosa. O povo, em geral, não mantém uma adesão forte a seu próprio credo, sendo muito freqüentes as mudanças de religião. Há uma forte influência da tradição. Tarefa pastoral Projeto de Vida Comunitária da Missão em Moçambique O projeto de vida da missão, que elaboramos para o triênio em curso, é o que orienta a nossa atividade apostólica em ambas as comunidades. Objetivo geral “Consolidar o processo de implantação da Congregação do Santíssi‐
mo Redentor nas terras de Moçambique a serviço de um anúncio inculturado, alegre e renovado da Boa Nova aos mais pobres”. 516 Conspectus Generalis 2009 Objetivos específicos • Fazer una clara opção pela Pastoral Juvenil Vocacional Redentorista em ambas as comunidades. • Começar o caminho da formação inicial para a vida con‐
sagrada redentorista através da criação de estruturas a‐
propriadas. • Fomentar o conhecimento e a difusão da espiritualidade redentorista nos lugares onde trabalhamos. • Melhorar a qualidade de nossa vida comunitária para um maior sentido de co‐responsabilidade e pertença. • Priorizar a dimensão missionária na formação dos leigos, para formar grupos missionários com os quais possamos evangelizar. A tarefa da formação missionária dos agentes de pastoral é um dos grandes desafios dentro de uma Igreja local cujo espírito, na hora de ir ao encontro do povo a fim de proclamar‐lhe Jesus Cristo, está mui‐
to pouco cultivado. Através de diferentes “campanhas” (do Rosário, da Cruz e da Palavra) ou de jornadas especiais (tríduos, novenas), tentamos semear em nossas paróquias esse espírito do qual está carente a Igreja local. A isto, e ao trabalho com os jovens, dedicamos nossos maiores esforços. A presença permanente dos Missionários Leigos Redentoristas que iniciamos este ano é uma contribuição valiosíssima para uma pasto‐
ral mais integral e para uma expressão mais rica de nosso carisma, especialmente entre os jovens. Cremos no valor testemunhal desta colaboração. Por vivermos no meio dos pobres, a nossa tarefa de animação pasto‐
ral em ambas as paróquias está necessariamente ligada a diferentes projetos de assistência, desenvolvimento e promoção social. Entre 0016 ÁFRICA 517 estes projetos, destacamos um sistema de apadrinhamento para fa‐
mílias em extrema pobreza, apoio alimentar para crianças e mães desnutridas, bolsas para estudantes do nível secundário e superior e pequenos projetos produtivos. Vários de nós servimos as dioceses onde estamos a partir da coor‐
denação de diferentes comissões: Justiça e Paz, Obras Missionárias Pontifícias, Economia, Pastoral da Juventude. Também participamos da Conferência dos Religiosos. Rumo ao futuro O grande desafio que temos é ir fazendo o caminho para a implan‐
tação de nossa Congregação nestas terras, onde as vocações, em geral, são escassas. Arraigar‐nos a partir de uma nova forma de pensar‐nos e de agir como Redentoristas (a realidade da necessária estruturação na Á‐
frica e a vivência do carisma junto aos leigos). Esta dupla colabora‐
ção (com os Redentoristas de outras Unidades e com os Missioná‐
rios Leigos que compartilham a missão) será a chave para que a Congregação do Santíssimo Redentor possa espalhar‐se por estas terras. Algumas interrogações nos acompanham neste caminho que estamos iniciando: O que é ser Redentorista no meio dos pobres deste país? Como anunciar a Boa Nova do Amor Redentor no meio de pessoas que mal sobrevivem? Como levar adiante uma PJ‐
VR no meio de jovens para os quais o futuro oferece huma‐
namente tão poucas possibilidades? Confiamos que Ele irá iluminando as respostas. O texto original é o espanhol. 2801 – Missão de Gana (África Ocidental) Introdução A Missão de Gana foi começada em 1994 com três missionários Re‐
dentoristas da Província de Bogotá e com o apoio do bispo de Ho, Região do Volta. No momento atual somos: ƒ 3 presbíteros ƒ Nenhum irmão leigo ƒ 4 estudantes professos estudam teologia em Ibadan, Nigéria 520 Conspectus Generalis 2009 ƒ 1 noviço faz seu ano canônico em Enugu, Nigéria ƒ 7 jovens estudam Filosofia em Kumasi‐Ejisu com os Mis‐
sionários do Espírito Santo ƒ 3 aspirantes fazem o ano propedêutico em Ho (Sokode) Por enquanto temos apenas uma comunidade, radicada em Ho (Skode) capital da Região do Volta. Situação atual Gana é um país, muito aberto ao fato religioso. 80% da população é cristã. A comunidade católica em Gana é aproximadamente 15% de uma população total de cerca de 22 milhões de habitantes, ra‐
dicados em 260.000 km² de superfície – Gana é o segundo país da África em densidade populacional, depois da Nigéria. A população muçulmana é de 14%. Destacam entre as religiões cristãs a Igreja Presbiteriana, a Anglicana e a Batista; junto com ou‐
tras seitas dirigidas por líderes pregadores de TV e rádio. Faz anos que a Igreja está em Gana. Tem feito um trabalho muito eficaz em todo o território de 19 dioceses. Todas as províncias do país têm sido missionadas amplamente. Existem dois seminários de teologia, comuns para todas as dioceses. Cada um deles conta com mais de 200 estudantes. Às vezes recebem estudantes de outros países da África, e também da Índia. Há também seminário de filo‐
sofia comum para todas as dioceses, e dois seminários, igualmente comuns, para o ano propedêutico. Várias dioceses têm seus semi‐
nários menores próprios. Os missionários do Espírito Santo funda‐
ram recentemente um filosofado na cidade de Ejisu (Kumasi) e pa‐
ra lá enviamos nossos jovens filósofos. Várias comunidades religio‐
sas de Gana enviam também para lá seus próprios filósofos. 0016 ÁFRICA 521 A Igreja Católica é muito estimada em Gana. Os dois últimos presi‐
dentes da nação eram católicos. A Igreja tem tido uma presença sig‐
nificativa na educação e na saúde. Geralmente, o “esquema missio‐
nário” inclui a casa paroquial, o templo, uma escola – ou colégio – e, às vezes, um hospital ou centro de saúde. Há várias associações de fiéis com grande dinamismo apostólico, como a Associação de Santo Antônio de Pádua e a do Sagrado Coração. É significativa também a Associação do Perpétuo Socorro, que não foi fundada nem promo‐
vida pelos Redentoristas, mas pelo Padre Agoha que conheceu e se informou sobre o ícone do Perpétuo Socorro em Roma, interessan‐
do‐se depois em propagar sua devoção em Gana. A Igreja Católica cresce moderadamente. Há um contexto em todo o país muito favorável ao diálogo inter‐religioso; o Estado, por sua parte, tem desenvolvido estruturas bastante eficientes para facili‐
tar este diálogo e a convivência pacífica dos diferentes grupos. O país se compõe de um conjunto de mais de 40 grupos étnicos importantes, com suas línguas e tradições culturais próprias, se‐
gundo as regiões. Destacam‐se as etnias Ashanti, Ewe (onde traba‐
lhamos), Fanti e Gha. A legislação é ao mesmo tempo nacional e local, segundo os tradicionais governos dos “chiefs” ou chefes de região. A última Constituição Nacional, elaborada em 1991, trata de harmonizar o grande conjunto nacional e estatal com as dife‐
renças particulares de cada etnia regional. Tarefa nem sempre fácil e, às vezes, exposta a conflitos. Há um real e aceito pluralismo cultural. Progrediu‐se enormemen‐
te na alfabetização geral (o nível de alfabetização em Gana é um dos mais altos da África), na atenção à educação primária e secun‐
dária. Progressivamente estão se abrindo universidades. Há uma universidade católica, recentemente constituída. 522 Conspectus Generalis 2009 O país, porém, está entrando numa cultura secularizada e leiga. As instituições governamentais tendem a ser cada vez mais leigas e afastadas das religiões, como se percebe no recente processo de reforma da educação, no qual se quis retirar dos programas a for‐
mação religiosa dos alunos, um fato que alarmou não só as Igrejas cristãs, mas inclusive os muçulmanos, que fizeram causa comum com as Igrejas em reclamar este direito. No nível político, Gana é um país estável. No dia 7 de dezembro de 2008 houve eleições democráticas com alto nível de transparência e maturidade política. Em meio a numerosos partidos pequenos, tanto de antiga como de recente formação, há dois partidos tradi‐
cionais fortes, que geralmente disputam o poder entre si e nele se alternam: o NPP e o NDC. No nível econômico, Gana é um país relativamente pobre, anexo ao Hipcus, a associação de países mais pobres. O salário mínimo é de uns 50 dólares mensais. A moeda corrente é o Gana‐Cedi, que desde julho de 2008 substituiu o antigo Cedi e o colocou em pari‐
dade com o dólar americano. A economia, assim dolarizada, afetou seriamente as classes mais pobres. Tem todas as características das economias neoliberais. No entanto, o governo conseguiu receber grandes ajudas econômi‐
cas externas, além do cancelamento de sua dívida externa, o que possibilitou um grade fluxo de novos capitais na economia nacio‐
nal. Devido a isto, nota‐se um grande movimento econômico e comercial em todo o país, especialmente nas diversas capitais. Me‐
lhoraram a rede de estradas, o sistema de saúde, o sistema educa‐
tivo e o sistema de comunicações. Mas Gana tem um crescimento desigual e socialmente não equilibrado, e quem sai perdendo é a faixa mais pobre da população. O setor agropecuário e rural conti‐
nua oprimido, assim como existem grandes cinturões de pobreza nas cidades. 0016 ÁFRICA 523 Com respeito à situação ambiental, deve‐se dizer que Gana – como todos os outros países da África ‐ foi anteriormente devastado pelo desmatamento: madeiras sempre exportadas a baixo preço para a Europa. Mas não existe um movimento nacional de recuperação das zonas verdes, especialmente nas zonas próximas ao Lago Volta que alimenta a grande represa de Akosombo, a qual gera energia elétrica para todo o país e é considerada elemento chave para o desenvolvimento futuro, especialmente pelas possibilidades de irrigação de vastos territórios baldios. Os mais pobres e abandonados Os pobres em Gana geralmente se encontram nas grandes cidades, onde se aglomeram os imigrantes das áreas rurais. A população mais deprimida se concentra na região norte do país, nos limites com Burkina‐Faso e Níger. São grupos humanos majoritariamente muçulmanos. Os pobres radicados em áreas rurais têm uma pobreza relativa. São pobres por carecerem de certos recursos comuns nas cidades, po‐
rém a maioria da população rural, normalmente pertencente a gru‐
pos étnicos e a "chieftancies" ou chefias regionais, costuma ter su‐
as terras de cultivo que semeiam na estação das chuvas. É gente pobre que sobrevive em condições humildes, mas não desumanas nem desesperadas, a não ser que alguma seca se prolongue e fi‐
quem sem as colheitas anuais. Obras apostólicas e atividades missionárias Atualmente não exercemos uma grande ação missionária, exceto a edificação material e espiritual de uma paróquia. Temos concentra‐
do o esforço e o trabalho na formação. Esperamos que com as voca‐
ções nativas possamos abrir novas frentes missionárias tanto na dio‐
cese de Ho, que nos acolheu, como em outras dioceses do país. 524 Conspectus Generalis 2009 Durante 10 anos temos atendido uma paróquia da diocese de Ho, composta de 7 capelas repartidas em 7 povoados. Desde 2003 de‐
cidimos entregá‐la à diocese e dedicar‐nos ao projeto redentorista próprio: formação de candidatos para a implantação da Congrega‐
ção em Gana e o trabalho próprio da atividade redentorista. Não temos uma grande pastoral vocacional devido a motivos eco‐
nômicos; só podemos sustentar um fluxo de dois candidatos por ano, o que não é difícil conseguir em Gana. A colaboração com os leigos é incipiente, através da paróquia em formação. A formação inicial está posta em marcha em todos os seus níveis. Temos o ano Propedêutico, que é feito conosco. Enviamos os estu‐
dantes de Filosofia a um instituto dos Missionários do Espírito San‐
to na cidade de Kumasi‐Ejisu. O noviciado e a teologia são feitos na Nigéria, segundo o mandato do Governo Geral. Somos uma comu‐
nidade pequena e apenas em desenvolvimento. A Província mãe encontra algumas dificuldades para providenciar pessoal por causa da diferença de idiomas, as distâncias e também devido a dificul‐
dades econômicas, especialmente para sustentar o processo for‐
mativo que, sendo em grande parte na Nigéria e não em Gana, re‐
sulta bastante mais caro. Estes são alguns dos principais problemas da Missão: os nossos candidatos vêm de ambientes onde a formação em ocasiões foi feita sob pressão; por isso achamos difícil adiantar uma formação centrada na responsabilidade pessoal e na própria iniciativa. Encontramos também problemas econômicos: a manutenção da obra missionária tem custos elevados, especialmente a formação. Os recursos próprios internos ainda não se conseguem. Expressa‐
mos nossa gratidão pela colaboração que nos têm prestado as Pro‐
víncias de Denver e de Baltimore. 0016 ÁFRICA 525 Projetos • Ir adiante com a paróquia redentorista em construção. • Organizar o trabalho com leigos. • Continuar aperfeiçoando o projeto formativo em colabora‐
ção com a Vice‐Província da Nigéria. • Fundar uma comunidade na zona onde se formam os nos‐
sos filósofos; e ter formadores na Nigéria onde se formam os nossos teólogos e noviços. • Trabalhar na organização de um plano de recursos econô‐
micos para sustentar a nossa presença. • No futuro, atender pastoralmente novas áreas, à medida que os Redentoristas nativos vão se incorporando à Con‐
gregação. Conclusão No começo, a comunidade redentorista em Gana desenvolveu du‐
rante 7 anos a sua ação missionária numa zona da diocese de Ho. Nos últimos 7 anos temo‐nos dedicado a pôr em andamento o pro‐
cesso formativo para implantar a Congregação em Gana. Com este objetivo ficou decidido também comprometer‐nos com uma obra pastoral própria. A esperança é poder oferecer à Igreja de Gana o serviço de animação extraordinária da pastoral e a atenção às zonas de urgência pastoral e da população mais abandonada. O texto original é o espanhol. 3301 – Vice‐Província de Luanda (Angola) Primeira comunidade: 1954 Ereção como Vice‐Província: 17 de janeiro de 1966 Membros: 28: 1 bispo, 22 sacerdotes, 1 diácono, 1 irmão, 3 estudantes professos. Comunidades: 6 528 Conspectus Generalis 2009 Situação do país Angola é país independente desde 1975, tendo vivido uma guerra civil de 27 anos, concluída em 2002. A situação de paz devolveu às populações uma perspectiva de esperança e tem permitido a re‐
construção paulatina das infra‐estruturas do país. No entanto, as condições de pobreza da maioria da população continuam a ser marcantes: Angola figura em 162º lugar, no IDH do PNUD 2007/08, apesar dos seus 2 milhões de barris de petróleo/dia. Também a falta de recursos próprios da Igreja e dos Redentoristas dificultam a recuperação das suas estruturas missionárias. Após 16 anos de re‐
gime marxista, vive‐se um período de aprendizagem democrática e de abertura religiosa. Os católicos constituem cerca de 50% da po‐
pulação, vindo a seguir outras Igrejas cristãs históricas; cresce o número de seitas e uma comunidade muçulmana começou a de‐
senvolver‐se nos anos 90; há ainda um leque variado de religiões tradicionais africanas. Os pobres mais abandonados encontram‐se nas regiões rurais, on‐
de a guerra destruiu a quase totalidade das estruturas sociais e e‐
clesiais, e na periferia das cidades, sobretudo no enorme cinturão de pobreza à volta da capital, Luanda. A missão durante o sexênio Vida comum Ao longo do sexênio, os Redentoristas conheceram um crescimento numérico lento. Entretanto, foram regressando à sua Província os confrades de São Paulo, restando, para além dos angolanos, apenas dois portugueses, um dos quais bispo. Em contrapartida, com o findar da guerra, alargou‐se o campo da missão, com variados desafios de reconstrução de estruturas e de capacidade de resposta às exigências apostólicas. Apesar do pequeno número de confrades, a Vice‐
0016 ÁFRICA 529 Província tem sido consciente da necessidade da comunidade como regaço fundamental da vida consagrada e missionária redentorista em Angola. Por essa razão, não temos podido atender a alguns pedi‐
dos de novas fundações. Os confrades têm sido estimulados a criar uma cultura de programação e avaliação da vida, por via do PVC, que ainda conhece dificuldades de concretização. Foi melhorada a comu‐
nicação intercomunitária, com a criação de um boletim de notícias e melhor fluxo de documentos da CSsR. Os retiros vice‐provinciais co‐
meçaram a ter uma freqüência regular nos últimos anos do sexênio. As Circulares vice‐provinciais e os retiros foram os meios principais de incentivo à vivência do tema do sexênio na unidade. Pastoral Pastoralmente, a Vice‐Província ocupa‐se da grande Paróquia da Sa‐
grada Família, no centro de Luanda, e do atendimento do povo sim‐
ples e pobre de áreas suburbanas e rurais nas outras províncias em que nos situamos. Duas grandes estações missionárias na área rural – Vouga e Menongue – vão reganhando vigor: alarga‐se o raio de ação missionária para áreas antes interditas pelo conflito armado e vão se reconstruindo algumas estruturas de cariz social: educação, saúde, promoção humana, tão necessárias às populações pobres dum país que renasce da guerra. As casas de formação – formadores e formandos – cuidam pastoralmente de áreas periféricas das cida‐
des do Huambo e Kuito‐Bié e do município da Humpata, próximo ao Lubango. As comunidades da Vice‐Província estão majoritariamente compro‐
metidas com realidades humanas de pobreza e marginalização. Mes‐
mo a Paróquia da capital inclui no seu interior bolsas de pobreza e, sobretudo, tem organizado uma área de pastoral social, que atende a meninos de rua e a pobres e deslocados de fora do perímetro paro‐
quial. 530 Conspectus Generalis 2009 Alguns confrades dedicam‐se à pregação de retiros e a uma evange‐
lização esporádica pelos meios de comunicação social públicos ou privados. Um confrade vem sendo o coordenador da Pastoral Juvenil a nível de Conferência Episcopal; a Vice‐Província, porém, não tem uma pastoral juvenil especificamente redentorista, estando‐se a es‐
boçar os primeiros passos nesse sentido. A colaboração com os lei‐
gos é uma pedra de toque em toda a nossa pastoral – sem eles, seria muito difícil responder aos imensos desafios com o número reduzi‐
do de confrades. Passos devem ainda ser dados para que, desta co‐
laboração, surja um leque de cristãos leigos que partilhem mais ex‐
plicitamente da nossa espiritualidade e missão. Ao longo do sexênio, foram pregadas duas grandes missões populares paroquiais: uma na nossa Paróquia da Sagrada Família (Luanda) e ou‐
tra numa Paróquia do Huambo, esta última com a colaboração de sa‐
cerdotes diocesanos e de outras congregações. Começam a surgir mais alguns pedidos de missões, mas a Vice‐Província, não tendo ain‐
da possibilidade de constituir uma equipa missionária permanente, decidiu assumir uma missão a cada dois anos. Formação A formação – como o restante da vida da Vice‐Província – ressente‐
se ainda dos efeitos da guerra passada e também da realidade dum país que renasce, com novas oportunidades de vida para os jovens. Ao longo do sexênio, vários jovens professos deixaram a Congrega‐
ção. A média dos jovens em formação tem sido de 30 a 33 nos es‐
tudos pré‐filosóficos (3 anos de Propedêutico), 8 a 12 na Filosofia, 1 a 2 no Noviciado, e 2 a 3 na Teologia. Os estudos do Propedêutico e da Filosofia são feitos em Angola, em Seminários Diocesanos (com a colaboração das Congregações Religiosas); os da Teologia, em Kin‐
shasa, no Teologado dos Oblatos de Maria Imaculada. Com a ajuda do Governo Geral, foi reconstruído um antigo edifício, para onde se 0016 ÁFRICA 531 mudou o Seminário Propedêutico. O Seminário de Filosofia está precisando de uma intervenção de fundo para que seja habitável. Há já alguns anos, vem acontecendo um processo de colaboração entre as Vice‐províncias de Luanda e Matadi (Congo) na formação redentorista dos nossos jovens professos, com equipas formadoras compostas de congoleses, angolanos e burkinabes. Esta realidade, que ainda conhece dificuldades de vária ordem, vai agora sendo inserida no processo de reestruturação da Congregação a nível de África. O mesmo começa a concretizar‐se com o noviciado – os no‐
viços angolanos irão, a partir de 2009, participar do Noviciado co‐
mum no Burkina‐Faso. No plano da formação permanente, alguns confrades, ao longo do sexênio, fizeram estudos de especialização: sociologia, eclesiologia, filosofia. Embora a oferta local não seja muito variada, os confra‐
des têm sido estimulados a participarem de encontros, semanas, seminários, etc., organizados a nível de Igreja local e de vida con‐
sagrada. Economia Há muito tempo os Redentoristas de Angola têm vivido da solidari‐
edade e ajuda do Governo Geral, das Províncias de Lisboa e Áustria e de benfeitores da Vice‐Província. Das seis comunidades da Uni‐
dade, apenas a da Sagrada Família se sustenta a si mesma e contri‐
bui com alguma ajuda para o economato da Vice‐Província. Com o término da guerra, estamos colocando em pé alguns proje‐
tos para a auto‐sustentação; alguns carecem de financiamento pa‐
ra a sua viabilidade, outros precisam de tempo para que comecem a frutificar. Mas temos esperança que, aos poucos, iremos vencen‐
do este repto. 532 Conspectus Generalis 2009 O futuro: problemas, desafios e esperanças Não obstante sermos uma unidade jovem e vivermos num país de esperança, começamos a interrogar‐nos acerca do lento crescimen‐
to numérico dos congregados e das defecções de jovens confrades nos últimos anos. A nova realidade que o país vive após o fim da guerra, com o alargamento de “oportunidades” para os jovens, com algum materialismo à mistura, coloca‐nos sérios desafios face ao futuro e nos faz lembrar que o nosso testemunho de vida consagra‐
da é a mais importante promoção vocacional e estímulo à perseve‐
rança dos formandos. Num país em reconstrução, cheio de potencialidades econômicas, mas fortemente marcado pela corrupção, pelo consumismo das eli‐
tes, pelas injustiças e exclusão social de grande percentagem da po‐
pulação, somos desafiados na nossa ação pastoral enquanto presen‐
ça profética. Somos também desafiados a abrir‐nos continua‐mente ao apelo de que “a preferência pelas condições de necessidade pas‐
toral... e a opção em favor dos pobres constituem a razão de ser da Congregação” (Const. 5), assim como à “disponibilidade constante para as coisas mais difíceis” (Const. 20). Numa Vice‐Província que viveu durante três décadas confinada aos centros urbanos, por força da guerra, tendo a maioria dos Redentoristas sido formada em tal contexto, requer‐se um esforço suplementar para não se perder de vista que no mundo rural vive a maioria dos abandonados da nossa sociedade. Outros reptos pastorais significativos são: a família fragmentada; o vasto mundo de jovens com poucas oportunidades de vida e pouca formação nos valores humanos e cristãos; a formação fundamental dos cristãos e a formação de líderes leigos, face ao grande número de seitas e ao sincretismo religioso; uma evangelização e reflexão ética que contribua para a moralização da sociedade. 0016 ÁFRICA 533 Os poucos recursos econômicos dificultam a reconstrução das nossas estruturas a serviço da missão. Essa situação econômica precária tem levado vários confrades a empenhar‐se no ensino público, como con‐
tributo à formação dos jovens, mas também como fonte de renda para o orçamento comunitário. Nesse empenhamento, porém, vai‐se correndo o risco de menor disponibilidade para a nossa missão espe‐
cífica. Doutro lado, à medida que vamos recuperando paulatina‐
mente as obras sociais integradas no nosso projeto evangelizador, vão‐se colocando problemas quanto à sua administração: é necessá‐
rio que os confrades se especializem nas várias áreas, como a gestão de recursos humanos e financeiros, a administração escolar e a admi‐
nistração hospitalar? Como contar, nessas áreas, com leigos capazes e fiáveis, e fazer que, ao mesmo tempo, tais obras possam ser também rentáveis à Vice‐Província, para uma sua paulatina autonomia finan‐
ceira? Acreditamos que nos encontramos numa encruzilhada, decisiva para o futuro da Congregação em Angola. Precisamos deixar que o Espírito nos guie, nos encha de audácia e de sabedoria no discernimento. Nes‐
ta tarefa serão de inspiração as opções de S. Afonso e de S. Clemente, como também as figuras dos confrades que rasgaram caminhos em situações desafiantes para que o carisma redentorista crescesse em Angola. O texto original é o português. 3804 – Missão do Quênia Dados estatísticos básicos Sacerdotes Estudantes professos Estudantes não professos Ano de orientação Noviços Comunidades Casas de formação Paróquias 9 (inclusive dois quenianos ordenados em 2008) 5 (2 no último ano de teologia e 3 no 2o ano) 2 (no 2o ano de filosofia) 5 0 2 2 1 536 Conspectus Generalis 2009 Situação atual Religiosa: Há um notável fervor religioso. Bom número de moços e moças está entrando para a vida religiosa e/ou sacerdotal. Existe também um bom espírito de cooperação entre as Congregações religiosas e o clero. A participação na Eucaristia é ativa, com boa freqüência. Cultural: O povo está bem consciente da sua herança cultural, e há muitas expressões culturais na liturgia e nas várias atividades soci‐
ais. Os cânticos em vernáculo e as danças tribais são muito comuns e bem apreciadas. Política: Desde o último ano, com a formação de um governo de coalizão, a situação política do país tem sido instável. A economia se enfraqueceu, mas não é tão ruim como a de alguns outros paí‐
ses. A corrupção está aumentando, especialmente no governo. Não obstante a recente e feroz violência, reina a paz no país. O po‐
vo pode viajar, atender às suas necessidades e ter uma vida social. Os pobres mais abandonados são em todo o país os jovens e as famílias com um só responsável. Trabalhos apostólicos Temos uma paróquia na cidade de Iruma, na Diocese de Meru, no norte do Quênia. A formação para os estudantes no ano de orien‐
tação (aspirantado) é feita na comunidade de Iruma. A paróquia tem 7 comunidades. As mais distantes estão a cerca de 15 km e 21 km. A paróquia de Iruma tem entre 1.300 e 1.400 famílias. A paróquia tem também ajudado o povo com um projeto de água que foi ampliado, oferecendo água para cerca de 850 famílias, para doze escolas, alguns dispensários e um hospital do governo. 0016 ÁFRICA 537 A casa de Karen, na periferia de Nairobi, no sul do Quênia, é a casa de formação para os estudantes de filosofia e de teologia. Os confrades se ocupam também com a pregação de retiros ou di‐
as de recolhimento para religiosos, sacerdotes e jovens nas esco‐
las, colégios e paróquias. Preocupações Problemas: Temos falta de pessoal. No futuro, podemos assumir a responsabilidade pelo ministério paroquial numa nova paróquia em Nairobi, conforme um acordo de longo prazo com o Bispo. Exis‐
te também a possibilidade de assumirmos uma paróquia em Tan‐
zânia. Tudo isto é um pouco difícil de administrar com o número atual dos confrades. São constantes os problemas das distâncias geográficas e da dificuldade de transporte. Enfrentamos também problemas financeiros, pois são limitadas as nossas fontes de renda e são consideráveis as despesas da manutenção de um programa de formação inicial. Continua aumentando o custo de vida. Novas iniciativas: Este ano começamos uma creche e uma escola primária em Iruma, Meru. Desafios: Crescem a manipulação e a corrupção na política, e o tri‐
balismo é explorado pelos líderes políticos para provocar divisão e agitação. Aumenta o número de famílias incompletas. Qual o lugar da vida religiosa nessa situação delicada? A pobreza continua sen‐
do um grande desafio. Esperanças: Esperamos continuar crescendo para termos uma for‐
te presença redentorista no leste da África. Esperamos ampliar nosso público e nossa área de atuação onde proclamar a Palavra, e reforçar nossa pastoral entre os jovens. O texto original é o inglês. 4000 – Província da África do Sul Introdução Atualmente há 25 confrades na Província da África do Sul: • 18 sacerdotes • 3 irmãos • 4 estudantes professos A Província é constituída de 5 comunidades: • 2 na área da Cidade do Cabo • 1 em KwaZulu Natal 540 Conspectus Generalis 2009 • 1 na diocese de Rustenburg (onde o bispo é um redentorista, Dom Kevin Dowling, C.Ss.R.) • a residência provincial em Johannesburg Este sumário da Província da África do Sul fala das várias localida‐
des mencionadas. Quer dar uma idéia das obras apostólicas em andamento e dos desafios que enfrentamos. Cidade do Cabo As comunidades da Cidade do Cabo, fundadas em torno de 1920 e 1930, agora representam as fundações mais antigas da África do Sul (após o fechamento da nossa casa em Pretória, fundada em 1912). As comunidades da Cidade do Cabo, uma em Bergvliet, e a outra em Retreat, atendem paróquias muito grandes. Bergvliet, que tem uma comunidade de 7 confrades, também cuida da grande penitenciária de Pollsmor (onde ficou preso Nelson Mandela!); nossos confrades exercem o ministério também em hospitais. Recentemente foram feitas grandes alterações no con‐
vento de Bergvliet, tornando a casa mais acolhedora para os visi‐
tantes e retirantes. Está previsto que a casa promoverá também seminários de ética de vez em quando. A comunidade da casa de retiros, além de zelar por uma paróquia grande e bastante pobre, também atende as Irmãs Carmelitas que moram perto. KwaZulu Natal Esta é a casa dos nossos estudantes. Eles seguem os cursos no vizi‐
nho Instituto Teológico São José de Cedara. Nós também somos res‐
ponsáveis pela paróquia local de Howick – um eventual desafio em termos de crescente integração entre negros, brancos, mestiços e indianos. Esta paróquia progrediu muito desde os dias do apartheid, 0016 ÁFRICA 541 quando as comunidades eram forçosamente separadas e alguns confrades foram até presos por serem contrários ao sistema desu‐
mano. A paróquia de Howick oferece excelentes oportunidade e ti‐
rocínio pastoral para nossos estudantes. Nossa casa de Merrivale é também sede das Redemptorist Pastoral Publications que cada semana lança mais de 50 mil exemplares do boletim paroquial chamado “The Catholic Link” para serem distri‐
buídos em todo o país; trata de assuntos de interesse e de apoio aos católicos, sendo que os números mais recentes foram uma sé‐
rie sobre “fé e ambiente”. Há também uma comunidade de Irmãs Redentoristas em KwaZulu Natal. Rustenburg A Diocese de Rustenburg corresponde a uma vasta área rural ao longo da fronteira da África do Sul com Botsuana. Estabelecida pe‐
los Redentoristas como uma região da Arquidiocese de Pretória, tornou‐se diocese separada sob o bispo Paxton Hallet, C.Ss.R. em 1988. O bispo Kevin Dowling, C.Ss.R., conselheiro geral de 1985 a 1990, sucedeu‐lhe em 1991. Depois dos dias serenos em que 15 Redentoristas trabalhavam na diocese, agora, devido à falta de vocações, estamos reduzidos a 3. Existe também falta de vocações locais para o sacerdócio diocesa‐
no. Isto tem obrigado o bispo Dowling a procurar novas Congrega‐
ções para virem trabalhar na diocese. Todavia, essas realidades têm despertado uma nova iniciativa da parte dos Redentoristas: formar uma ‘equipe missionária diocesana permanente’, com al‐
guns confrades, religiosas e leigos. A equipe viaja, sobretudo nos fins de semana, pregando e ensinando nos mais de 150 “centros de Missa” na diocese. 542 Conspectus Generalis 2009 Em Rustenburg também está sediada a equipe missionária redentoris‐
ta de dois confrades que percorrem o país inteiro, pregando ‘missões populares’ de duas semanas em várias paróquias da África do Sul. Recentemente, a casa de Rustenburg serviu de sede para o novici‐
ado conjunto das Unidades do Quênia, Zimbábue e África do Sul. Agora nenhuma dessas Unidades possui noviços. Dois confrades da comunidade de Rustenburg – um sacerdote e um estudante professo de votos perpétuos – estão morando na aldeia de Phokeng. A partir dessa base, 6 maiores centros são servidos, e um deles é um bairro vasto e informal chamado “Parque da Liber‐
dade”, composto de milhares de pessoas que moram em barracos de zinco e vieram para o local em busca de emprego nas minas de platina. Mas uma nova crise econômica se anuncia, pois a platina recentemente caiu de $2000 a onça para menos de $800 a onça. O desemprego e a pobreza só podem aumentar. Em Phokeng há também um grande abrigo para doentes de AIDS, construído pelo bispo Dowling. Centenas de pessoas, sobretudo jovens negras e até crianças têm sido recebidos lá a fim de morrer com dignidade. Linden, Johannesburg Como solução temporária, a residência provincial é uma casa em‐
prestada a nós no subúrbio de Linden, Johannesburg. Como casa provincial ela é central em relação ao resto da Província e tem a vantagem de estar perto do aeroporto de Johannesburg. Na mes‐
ma casa moram dois confrades que trabalham no Colégio Santo Agostinho, um dos quais dá cursos de filosofia e ética. 0016 ÁFRICA 543 A casa de Linden foi também aceita este ano (2008) em vista de pro‐
curar uma presença mais permanente nesta área, sobretudo por causa do crescente apelo aos Redentoristas de atender os milhões de migrantes que chegam a esta região vindos de outros países afri‐
canos. Calcula‐se que há atualmente mais de 3 milhões de refugia‐
dos do Zimbábue só na África do Sul. Um pequeno começo já acon‐
teceu. Talvez seja adequado comentar isto com mais detalhes. Missão aos imigrantes Recentemente a Província acolheu satisfeita três confrades da Nigé‐
ria para uma missão de duas semanas na catedral de Cristo Rei de Johannesburg. A idéia da missão foi remotamente inspirada pelas nossas atuais reflexões redentoristas sobre reestruturação, porém mais imediatamente causada pelas recentes violências contra os es‐
trangeiros no país. A missão procurou levantar o moral dos imigran‐
tes que sofreram com a xenofobia. A julgar pelo entusiasmo na Missa de abertura da missão, era claro que os Redentoristas nigerianos trouxeram um estilo único que sin‐
tonizou com as culturas e as experiências de muitos dos paroquia‐
nos da catedral, a maioria dos quais vem de outros países africanos. A missão foi muito bem aceita. Mas uma sugestão que dela surgiu é que na próxima vez deveria haver uma equipe mais internacional de missionários redentoristas, inclusive confrades do Zimbábue, República Democrática do Congo, Moçambique e outros, para mais adequadamente refletir a diversidade e a unidade das paróquias das cidades interioranas da África do Sul em mudança, constituída em grande parte de imigrantes de todos esses países. Esta idéia de comunidade apostólica internacional (mesmo se em nosso caso só por certos períodos) é algo encorajado na atual visão para reestru‐
turar a Congregação. 544 Conspectus Generalis 2009 Conclusão A África do Sul é descrita como uma ‘nação arco‐íris’, com pessoas de todas as raças e origens étnicas. Superou a desumanidade do apartheid e agora está tentando se construir como uma democra‐
cia nova, com muita ênfase na reconciliação e na cooperação. Te‐
mos isto sempre em mente em nossos vários ministérios. A distân‐
cia entre ricos e pobres é uma das maiores do mundo, para não falar da alta taxa de doentes de AIDS e de infetados com o HIV. Uma pequena Província de 25 confrades pode sentir‐se esmagada pelos desafios. A África do Sul é também vista como uma terra de oportunidade para pessoas de muitos outros países africanos. O fluxo imenso de imigran‐
tes tem submetido a duras provas a capacidade da Igreja de respon‐
der adequadamente com o seu ministério. Quanto a nós, Redentoris‐
tas, vemos que nossa melhor contribuição a ser dada é em termos das missões populares. Isto exige “reestruturar” a nossa mentalidade, e aprender a trabalhar em colaboração com os confrades de outras U‐
nidades da África, de onde vêm muitos dos imigrantes que estão na África do Sul. O texto original é o inglês. 4401 – Vice‐Província de Burkina‐Níger A Vice‐Província de Burkina‐Níger está situada na África ocidental e se estende, como bem indica o seu nome, pelos países do Burkina Faso e do Níger, onde a Congregação está presente desde 1946. Ela depende atualmente da Província de Lyon‐Paris. Ambos os países fazem parte da zona Sahel e se contam entre os mais pobres do mundo. A população do Níger é mais de 95% mu‐
çulmana. Os cristãos são pouco numerosos e em grande parte ori‐
ginários dos países limítrofes. No Burkina Faso, embora os muçul‐
manos sejam maioria, a Igreja está bem implantada e existem ain‐
da grupos numerosos que seguem as religiões tradicionais. 546 Conspectus Generalis 2009 Estamos bem integrados nas igrejas diocesanas que contribuímos para criar: o primeiro bispo da região de Fada N’Gourma, no Burki‐
na, e os dois primeiros bispos do Níger foram Redentoristas. Partici‐
pamos da pastoral diocesana, ainda que guardemos a nossa especi‐
ficidade redentorista, que se exprime de modo diferente segundo as diversas situações que encontramos. Nos dois países nós trabalhamos na “primeira evangelização”. No Burkina Faso, nos dois postos de missão ou paróquias missionárias em que trabalhamos, os confrades animam comunidades cristãs im‐
portantes com um grande número de catecúmenos em numerosas aldeias muitas vezes longe do centro. Eles formam e animam cate‐
quistas que trabalham num meio majoritariamente animista, com numerosos muçulmanos. Participam também do desenvolvimento do país por meio de numerosas ações: escolas primárias, saúde, a‐
gricultura, hidráulica, promoção da mulher e proteção das jovens pela luta contra a excisão e os casamentos forçados e precoces. Dois confrades são capelães nos conventos das Irmãs Redentoristas, situ‐
ados nas dioceses de Fada N’Gourma e de Bobo‐Dioulasso, no sudo‐
este do país. (Nossas casas estão marcadas em vermelho.) No Níger a situação é diferente, pois a quase totalidade da popula‐
ção é muçulmana. Trabalhamos em quatro postos de missão ou paróquias missionárias, três situadas na diocese de Maradi e uma na diocese de Niamey, num bairro da periferia da capital. Em nossa ação pastoral, enfatizamos o testemunho e a solidariedade com as populações. Em todos os nossos postos de missão animamos pequenas comunidades cristãs. Um acento particular é posto no encontro com o mundo muçulmano, com o qual entretemos muito boas relações, inclusive com os líderes religiosos muçulmanos. Em todas as nossas estruturas de solidariedade, saúde, agricultura, nu‐
trição, como em todos os projetos que animamos, e que são mui‐
to numerosos, trabalham muçulmanos ao nosso lado, e assumem 0016 ÁFRICA 547 certas responsabilidades. É um lugar privilegiado para o diálogo e o testemunho. A situação tornou‐se muito difícil no norte do Níger onde temos dois postos de missão, Agadez e Tchirozerine, e isto por causa da rebelião que lá reina já faz alguns anos. A missão de Tchirozerine, num ambiente touareg, foi atacada três vezes por bandidos arma‐
dos durante o ano de 2008. Ações de solidariedade e de desenvol‐
vimento tiveram de ser suspensas por causa do perigo proveniente dos grupos armados descontrolados e das minas anti‐pessoais que foram semeadas por todo lado. Mantemos neste posto de missão a escola primária com um inter‐
nato e um grande dispensário ou Centro de Saúde Integrado. Toda a região norte está em estado de guerra e os deslocamentos são 548 Conspectus Generalis 2009 muito difíceis. Sem dúvida os interesses criados pela exploração de novas minas de urânio, como também a pesquisa de petróleo es‐
tão na origem dessas agitações que ocasionam, como no Darfur no Sudão, migrações de populações com todo o cortejo de mortes de civis inocentes. Um outro ponto importante a salientar é a formação. Temos três casas de formação: o noviciado, que se tornou um noviciado inter‐
nacional: faz alguns anos que recebemos noviços do Congo (RDC), da Missão da Costa do Marfim e no ano de 2007‐2008 noviços vin‐
dos do Madagascar. O noviciado está situado em Fada N’Gourma, no Burkina, e atualmente temos seis jovens (três de nossa Vice‐
Província e três da RDC). Na capital do Burkina, Ouagadougou, te‐
mos as outras duas casas de formação, o postulantado São João Neumann, onde temos 16 jovens (dois da Missão da Costa do Mar‐
fim) e o teologado São Geraldo, com 19 estudantes professos, dos quais três são da Missão da Costa do Marfim. No nível da nossa Vice‐Província, recebemos jovens vindos do Ní‐
ger, Benin, Togo e um grande número do Burkina Faso. Uma equi‐
pe de quatro confrades, todos africanos, garante a animação voca‐
cional em todos esses países. Atualmente a Vice‐Província conta 54 confrades professos, entre os quais somente 12 vindos da Europa: oito franceses, um dos quais trabalha na Missão da Costa do Marfim, dois poloneses, um suíço e um espanhol. Os outros vêm dos países das sub‐regiões já citadas. Se se deve falar de comunidades internacionais, já as es‐
tamos vivendo. Uma das nossas preocupações tem sido a de enviar jovens para fazer estudos superiores em moral, teologia, missiologia, Escritura Sagrada e teologia da vida religiosa. 0016 ÁFRICA 549 Nosso sonho e nossa ambição é a de implantar nossa Congregação em toda a África ocidental de língua francesa. Temos convites vindos de outros países, em particular do Togo e do Benin. Cremos também que é possível colaborar com certos países de língua inglesa como Nigéria e Gana, que têm línguas locais comuns com nossos dois paí‐
ses. Alguns estudantes já fizeram longas estadias na Nigéria e cada ano um grupo de postulantes vai ao Gana para estudar um mês de inglês numa instituição religiosa. Um cuidado muito importante é o de chegar à independência econômica. Sem dúvida, nossos países são muito pobres,a afluência dos jovens é bastante importante e a sua formação é o nosso primeiro cuidado. Graças à solidariedade de nossa Província‐mãe, temos podido estabelecer as estruturas para a formação. É já um ponto importante. Resta‐nos agora, com a ajuda do Santíssimo Redentor, a intercessão dos Santos e Beatos Redento‐
ristas, como também a solidariedade de toda a Congregação, tornar realidade tudo isto e realizar este sonho de ver a Congregação bem viva em todo o nosso continente ao serviço da Copiosa Redenção. O texto original é o francês. 4504 – Vice‐Província da Nigéria Introdução – Dados estatísticos básicos Sacerdotes: 55 (44 na Nigéria, 3 fazendo ulteriores estudos e 8 em missão no exterior) Irmãos de votos perpétuos: 2 Estudantes professos: 67 Diáconos a caminho do sacerdócio: 5 Estudantes de votos perpétuos: 13 Número de comunidades: 13 Residências: 2 552 Conspectus Generalis 2009 Situação atual Religiosa: A parte norte da Nigéria é predominantemente muçul‐
mana, ao passo que a parte sul é de maioria católica. Esta diversida‐
de religiosa, que segue as linhas da etnia, nem sempre tem ajudado o país. Por exemplo, a introdução da lei da Shari'a nos estados do norte tem sido sempre uma fonte de grande conflito com as comu‐
nidades do sul predominantemente católicas instaladas no norte. Eclesiástica: A Igreja Católica é a maior Igreja cristã na Nigéria; pos‐
sui nove Províncias eclesiásticas e quarenta e sete bispos. Além da Igreja Católica, há outras comunidades cristãs. Um sério desafio para a Igreja Católica na Nigéria é a difusão do pentecostalismo e seu influxo entre os católicos. Cultural: A Nigéria é uma federação multiétnica dividida em 36 es‐
tados, tendo Abuja como território da Capital Federal. Há mais de 250 grupos etno‐linguísticos no país, mas os três grupos dominan‐
tes são o Hausa no norte, o Ibo no sudeste e o Yoruba no sudoeste. Política: O país atualmente é governado por um governo eleito democraticamente, depois de cerca de 18 anos de ditadura militar que terminou em 1999, quando houve eleições gerais. Porém, a situação política multipartidária está ainda um tanto volátil. Por exemplo, a última eleição geral, em abril de 2007, foi caracterizada pela interferência da Comissão Eleitoral Nacional e pelo uso das forças de segurança e de outros capangas contratados para intimi‐
dar os eleitores e os mesários nos postos de votação. O Grupo de Crise Internacional descreveu a eleição como "a de mais fraca or‐
ganização e de mais ampla fraude na história do país.” Sócio‐Econômica: Não obstante o fato de a Nigéria ser rica em recur‐
sos naturais, tais como estanho, carvão, chumbo, zinco, urânio, mi‐
nério de ferro, betume, petróleo e gás natural, para só citar alguns, 0016 ÁFRICA 553 a economia é governada, sobretudo, pelas flutuações do preço do petróleo. A Nigéria é o sexto maior país exportador de petróleo. As exportações de petróleo e de gás correspondem a mais de 90% das entradas com a importação e a cerca de 80% da renda do governo federal. Esta super‐confiança no petróleo afetou outros setores da economia, especialmente a agricultura. Porém a agricultura de subsistência e o comércio continuam sendo a atividade econômica básica da maioria dos nigerianos. O petróleo, ainda que seja uma bênção para o país, não deixa de acarretar problemas ecológicos e sócio‐econômicos. Quanto aos problemas ecológicos, a exploração do petróleo causou poluição ambiental no Delta do Níger, combustão de gás, explosões e aci‐
dentes, poluição de rios por vazamento de óleo (única fonte de so‐
brevivência para os pescadores e agricultores). A despeito de tudo isso, os sucessivos governos não têm feito muito para melhorar as condições de vida da população. O impacto dessa negligência é sentido sobretudo na região do Delta no Níger, que vive numa ter‐
rível pobreza, apesar de estar na região que produz a grande maio‐
ria da riqueza da Nigéria. A corrupção difusa e a falta de transparência em demonstrar como o dinheiro do petróleo é distribuído e empregado no nível do esta‐
do, somado ao fato de que nem o governo nem as companhias multinacionais de petróleo têm tratado adequadamente os pro‐
blemas ambientais como explosão de gás, derramamento de óleo, tem levado os jovens da região a fazer justiça com as próprias mãos, recorrendo a atividades paramilitares contra o governo, con‐
tra as multinacionais e contra os cidadãos desamparados. Isto tem provocado um efeito nocivo à vida sócio‐econômica do país, não só afetando a exploração do petróleo (que é o alicerce da economia do país), mas também ameaçando a segurança da população. 554 Conspectus Generalis 2009 Identificando os mais abandonados e onde estão Em termos de abandono sócio‐econômico, a maioria do povo nige‐
riano entra na categoria dos “mais abandonados.” Isto se deve à crescente distância entre ricos e pobres, não obstante o fato de eles viverem em estreita proximidade. Quanto ao abandono espiri‐
tual, as necessidades espirituais da maioria do povo da Nigéria fi‐
cam insatisfeitas e muitos ficam expostos à influência do pentecos‐
talismo e do sincretismo religioso. Estas ameaças não se limitam às aldeias, mas são também muito evidentes em áreas urbanas. Trabalhos apostólicos e serviço missionário Atualmente a pastoral paroquial é a atividade proeminente e a pri‐
meira prioridade da Vice‐Província, mas estamos fazendo esforços para desenvolver outros trabalhos apostólicos como a pregação extraordinária das missões e a difusão da devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Quanto à pregação das missões, temos uma equipe missionária organizada e atuante que está pregando mis‐
sões nos lugares aonde é convidada. Sobre a devoção a Nossa Se‐
nhora sob o título de Mãe do Perpétuo Socorro, no ano passado o bispo de Enugu doou à Vice‐Província um grande terreno a ser u‐
sado como Santuário Nacional de Nossa Senhora do Perpétuo So‐
corro. A falta de recursos tem atrasado a construção desse santuá‐
rio nacional. Temos uma casa de retiros, na qual também funcionava o novicia‐
do. Agora transferimos o noviciado para um outro local, para exer‐
cermos melhor o apostolado dos retiros. Nossas casas de formação estão cheias de estudantes se preparando para o trabalho missio‐
nário. Na área da formação inicial, estamos colaborando com a Missão de Gana, que envia alguns de seus candidatos para o novi‐
ciado e os estudos na Nigéria. 0016 ÁFRICA 555 Em geral, temos um forte compromisso com os pobres. Nossos es‐
tudantes assumem trabalho apostólico entre os empobrecidos, os presos e os órfãos. A nossa paróquia em Abuja tem um orfanato a‐
nexo a ela e estamos estudando um modo prático de administrá‐lo. Para ajudar os jovens, temos a Pastoral Juvenil e Vocacional Reden‐
torista em todas as nossas paróquias. Temos também um grupo de colaboradores leigos, conhecidos como os Amigos dos Redentoris‐
tas, que nos apóiam e ajudam em nossos trabalhos apostólicos. Preocupações, problemas, projetos, desafios e esperanças Objetivo primário da Vice‐Província é estabelecer solidamente a presença, a identidade e o carisma missionário redentorista na Nigé‐
ria por meio da pregação extraordinária, dos retiros e da difusão da devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. A Nigéria é um ter‐
reno muito fértil para a missão apostólica redentorista. A maioria dos bispos do país reconhece isto e está agora nos convidando para as suas dioceses, não só para exercer o ministério pastoral nas paró‐
quias, mas também para fundar casas de retiro, pregar missões e difundir a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Porém, o principal problema que a Vice‐Província enfrenta é o finan‐
ceiro. Tivemos de recusar ou adiar muitas ofertas dos bispos porque são escassos os recursos. Temos de começar a levantar fundos no local para sustentar nossas atividades missionárias. O texto original é o inglês. 5005 – Vice‐Província de Matadi (República Democrática do Congo) Primeira casa: 1899 Ereção canônica da Vice‐Província: 1903 Número total de confrades: 47 Estatísticas Sacerdotes: 36 Irmãos de votos perpétuos: 1 Estudantes coristas de votos temporários: 8 Estudantes irmãos de votos temporários: 2 558 Conspectus Generalis 2009 Postulantes (estudantes de filosofia): 16 Noviços (2 coristas): 2 Número de casas: 12 Situação atual Situação religiosa A Vice‐Província de Matadi está situada na Província do Baixo Con‐
go, na Diocese de Matadi. Quatro (4) de suas comunidades estão na Arquidiocese de Kinshasa. Do ponto de vista cultural A Vice‐Província trabalha num contexto de mudança cultural pro‐
vocada por influência externa. Isto traz como conseqüência uma perda notável dos valores culturais. Em Mbanza‐Ngungu existe o Centro Cultural Santo Afonso para a promoção da cultura através de conferências, seminários e outras atividades. A situação sócio‐econômica e ambiental É caracterizada por uma pobreza generalizada. A corrupção e as múltiplas guerras mergulharam o país numa situação desastrosa. Portanto há muitos pobres na República Democrática do Congo. Os mais abandonados são os órfãos, as pessoas com deficiência, os re‐
fugiados de guerra, os meninos de rua, mas também boa parte da população não assalariada, etc. Eles estão por toda parte, na zona rural como nas grandes cidades. As infra‐estruturas de base quase não funcionam. As estradas precárias, os cortes permanentes de á‐
gua e de energia fragilizam a vida dos confrades. A educação como um todo está em declínio. A Vice‐Província de Matadi conta atualmente 47 membros, repar‐
tidos em 12 comunidades, das quais duas (2) são comunidades de formação, uma (1) residência, uma (1) casa da Equipe missionária para a evangelização e 8 comunidades paroquiais. 0016 ÁFRICA 559 Trabalhos apostólicos e serviço missionário As missões populares, as visitas de aldeia em aldeia, o acompa‐
nhamento dos grupos de jovens e de outros grupos paroquiais, o ministério da escuta e do discernimento, os retiros, os recolhimen‐
tos, as sessões e seminários de formação, são as atividades apostó‐
licas e os serviços missionários dos Redentoristas. Os Padres traba‐
lham neste apostolado em colaboração com os catequistas e ou‐
tros leigos engajados. Atualmente, diminuiu o fervor e o compro‐
misso por parte dos fiéis. Isto se deve certamente à proliferação das igrejas de reavivamento, das seitas e outros movimentos reli‐
giosos tradicionais. Compromisso com os pobres Alguns confrades trabalham em favor das pessoas com deficiência, dos órfãos, dos abandonados e dos jovens desempregados e dos meninos de rua, para a reabilitação de sua saúde e o melhoramen‐
to de suas condições de vida. Com muita freqüência, os confrades trabalham em parceria com certos organismos humanitários como UNICEF, a Fundação Lillian e USAID. Em Mbanza‐Ngungu funciona também o Centro Profissional para Jovens Desempregados, destinado aos jovens vulneráveis não es‐
colarizados, que aí aprendem trabalhos de oficina mecânica. O Centro de Saúde de Referência de Matadi dedicado a São Geral‐
do está situado num bairro pobre da cidade. Este Centro é uma resposta real para os bairros pobres. A clínica Noki e o Centro de Saúde de Miyamba exercem também a mesma função. Porém, todas essas entidades exigem atualmente um apoio para que sejam mais viáveis, credíveis e úteis à sociedade congolesa. 560 Conspectus Generalis 2009 Pregação das missões populares Como sempre, a pregação das missões populares é ainda uma grande prioridade. Nesses últimos anos, a equipe missionária reali‐
zou algumas missões populares. A revista «Kola espérance» dá também informações sobre esta atividade. Além disso, a Vice‐Província tem uma rádio católica «Vuvu Kieto» (R.VK. é a sigla), quer dizer, rádio «Nossa esperança» para a evan‐
gelização pelos meios de comunicação. É a mais ouvida na região. Dificuldades • A proliferação das seitas, das igrejas de reavivamento e a influência das igrejas tradicionais, são um real obstáculo ao progresso da missão redentorista no Congo. • A crença nos feiticeiros e nos maus espíritos, a ilusão eso‐
térica, também dificultam a fé cristã e a da Igreja. • A xenofobia, em certas paróquias, constitui um entrave e um perigo para os confrades que visitam as aldeias. • A queda na qualidade da educação no país é um fato que ameaça afetar as vocações redentoristas no Congo. É pre‐
ciso que os Redentoristas se comprometam com a educa‐
ção da juventude congolesa. • A ineficácia dos confrades na pastoral tem um impacto negativo sobre a missão. É, portanto, necessário pensar no reforço das capacidades através da formação contínua. • A insuficiência dos recursos financeiros e materiais contri‐
bui para a ineficácia e o enfraquecimento da missão. Te‐
mos necessidade de trabalhar para um auto‐financiamento durável da Vice‐Província. 0016 ÁFRICA 561 • A extrema pobreza material e espiritual da população tem um impacto visível sobre a nossa missão. • Como foi dito, há urgência de um compromisso mais con‐
creto e direto na promoção das obras sociais e de outros projetos de desenvolvimento para ajudar ao menos um pouco a população que padece na miséria. • Os confrades que trabalham em certas paróquias são víti‐
mas de uma mendicância cotidiana da população que sofre. Conclusão O nosso povo tem grande necessidade dos Redentoristas, de um maior número de Redentoristas, para a promoção do carisma do nosso Fundador Santo Afonso Maria de Ligório. Atualmente, os Re‐
dentoristas que aqui trabalham são um sinal de esperança e de re‐
denção para este povo. Contudo, as numerosas dificuldades mencionadas mostram de modo suficiente que resta muito a fazer. É, pois, muito urgente que esforços sejam necessariamente conjugados e fornecidos em vista de contribuir para melhorar a situação espiritual e material do nosso povo. O texto original é o francês. AGRADECIMENTOS A Comissão Preparatória Central do XXIV Capítulo Geral deseja agra‐
decer a contribuição de todos os superiores provinciais, vice‐
provinciais e regionais que mandaram o relatório sobre sua unidade. A Comissão também reconhece e manifesta sua especial gratidão pelo árduo trabalho de todos os que ajudaram traduzindo e editando os 108 mapas e os 80 textos originais para as edições em cinco lín‐
guas do Conspectus Generalis C.Ss.R. 2009, num total de 400 textos: • Anthony Mulvey, C.Ss.R. (traduções do francês, espanhol e ita‐
liano para o inglês, editor de textos originais em língua inglesa) • Gabriel Boudreault, C.Ss.R. (traduções do inglês e italiano para o francês, editor de textos originais em língua francesa) • Porfirio Tejera, C.Ss.R. (traduções do inglês, português, francês e italiano para o espanhol, editor de textos originais em língua espanhola) • José Raimundo Vidigal (traduções do inglês, espanhol, francês e italiano para o português, editor de textos originais em língua portuguesa) • Annalisa Pinca, colaboradora leiga (traduções do inglês, es‐
panhol e francês para o italiano, editora de textos originais em língua italiana) • Tony Judge, C.Ss.R. (traduções do espanhol para o inglês) • Guy Pilote, C.Ss.R. (traduções do espanhol para o francês) • Yves Morvan, C.Ss.R. (traduções do inglês e espanhol para o francês) 564 Conspectus Generalis 2009 • Maria Antonia Perez‐Larsen, oblata redentorista e colaboradora leiga (gráficos) • Emilo Lage, C.Ss.R. (revisor) • Alvaro Córdoba Chaves, C.Ss.R. (revisor) • Antonio Pasquarelli, C.Ss.R. e equipe (Valsele Tipográfica, Materdomini) • Joseph Dorcey, C.Ss.R. (traduções do português para o inglês, coordenador das traduções, editor dos mapas, editor geral, formatação e layout da publicação) Com gratidão, A COMISSÃO PREPARATÓRIA CENTRAL 

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