Cães, gatos, parasitos e humanos no Brasil

Transcrição

Cães, gatos, parasitos e humanos no Brasil
Dantas-Torres and Otranto Parasites & Vectors 2014, 7:22
http://www.parasitesandvectors.com/content/7/1/22
Cães, gatos, parasitos e humanos no Brasil: abrindo
a caixa preta
Filipe Dantas-Torres1,2,*, Domenico Otranto2
1
Departamento de Imunologia, Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação
Oswaldo Cruz, Recife, Pernambuco 50670420, Brasil
2
Departamento de Medicina Veterinária, Universidade de Bari, Valenzano, Bari
70010, Itália
Endereços de e-mail:
FD-T: [email protected]
DO:
[email protected]
Resumo
Cães e gatos no Brasil são hospedeiros primários de um considerável número de parasitos, os
quais podem afetar a saúde e o bem-estar desses animais. Esses parasitos incluem
endoparasitos (e.g., protozoários, cestódeos, trematódeos e nematódeos) e ectoparasitos (e.g.,
pulgas, piolhos, ácaros e carrapatos). Enquanto alguns parasitos de cães e gatos são altamente
específicos (e.g., Aelurostrongylus abstrusus e Felicola subrostratus para gatos e
Angiostrongylus vasorum e Trichodectes canis para cães), outros podem facilmente mudar
para outros hospedeiros, incluindo seres humanos. De fato, vários parasitos de cães e gatos
(e.g., Toxoplasma gondii, Dipylidium caninum, Ancylostoma caninum, Strongyloides
stercoralis e Toxocara canis) são importantes não apenas na perspectiva veterinária, mas
também sob o ponto de vista médico. Ademais, alguns desses (e.g., Lynxacarus radovskyi em
gatos e Rangelia vitalii em cães) ainda são pouco conhecidos para a maioria dos médicos
veterinários que trabalham no Brasil. Este artigo é um compêndio sobre parasitos de cães e
gatos no Brasil e uma chamada para uma abordagem de “Uma Saúde” (One Health) na busca
de um melhor manejo desses parasitos, alguns dos quais podem afetar os humanos. Aspectos
práticos relacionados ao diagnóstico, tratamento e controle de doenças parasitárias de cães e
gatos no Brasil são discutidos.
Palavras-chave
Cães, Gatos, Humanos, Zoonose, Controle, América do Sul
Introdução
A palavra “parasito” (do Grego Antigo, parasitos: para = ao lado de, sitos = alimento)
significa literalmente uma aquele que come na mesa de outro. No senso figurado, políticos
corruptos que fazem o uso do poder e dos recursos públicos para o seu próprio benefício
poderiam ser chamados de “parasitos da sociedade”. Porém, em parasitologia, um parasito é
um organismo que se beneficia de outro (o hospedeiro), sem dar algo em troca e usualmente
causando algum dano a esse. A propósito, parasitos constituem um grupo diverso de
organismos que podem afetar uma ampla variedade de hospedeiros, including anfíbios, aves,
peixes, mamíferos e répteis. Eles podem ser geralmente subdivididos como endoparasitos
(=internos) e ectoparasitos (=externos), de acordo com a sua localização no hospedeiro.
Ectoparasitos também podem ser classificados como permanentes (e.g., piolhos e ácaros) ou
não permanentes (e.g., carrapatos e mosquitos), dependendo da sua relação com o
hospedeiro; isto é, se seu ciclo de vida acontece exclusivamente no hospedeiro ou também no
ambiente.
Cães e gatos são os animais de estimação mais populares do mundo. Hoje em dia, cães têm
assumido várias funções como guias para deficientes visuais, como agentes terapêuticos,
como cães de guarda e de caça. Além disso, em muitos países em desenvolvimento, ambos os
cães e gatos têm se tornado parte das famílias humanas, independentemente da classe social
(Figura 1). Os benefícios de ter um animal de estimação são indiscutíveis [1], mas ambos os
cães e gatos podem albergar muitos parasitos potencialmente transmissíveis ao homem, que
podem representar um risco a saúde, especialmente de crianças, idosos e indivíduos
imunocomprometidos [2]. Por exemplo, Toxoplasma gondii, Dipylidium caninum,
Echinococcus granulosus, Ancylostoma braziliense, Toxocara canis, Onchocerca lupi e
Thelazia callipaeda são parasitos comuns de cães e gatos que podem afetar humanos em
diferentes países do mundo. Isso enfatiza a necessidade de uma abordagem de “Uma Saúde”
(One Health) na busca de um melhor manejo e controle desses parasitos [3, 4].
No início do século XXI, as doenças parasitárias continuam causando um impacto
significativo sobre as populações humanas e animais em regiões tropicais e subtropicais ao
redor do mundo [5-7]. Mormente, o impacto de algumas dessas doenças é
disproporcionalmente maior em países em desenvolvimento como o Brasil, onde as
condições de vida das populações frequentemente favorecem a exposição a certos parasitos,
cuja transmissão pode estar associada a pobres condições sanitárias e de moradia (Figura 2),
assim como a inequidades no acesso a educação e a serviços primários de saúde.
O Brasil é um país de dimensões continentais (i.e., 8,515,767 km2), ocupando a maior parte
do território da América do Sul e representando a maior economia da região. Apesar das
persistentes desigualdades sociais e econômicas (e.g., acesso desigual a educação,
saneamento básico, assistência a saúde, água e habitação), que se tornaram o lado obscuro da
história brasileira, a importância dos cães e gatos como animais de estimação, assim como a
demanda por serviços veterinários de alto padrão, tem aumentado nas últimas décadas no
Brasil. Incrivelmente, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para
Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil possui atualmente a segunda maior população de
cães e gatos do mundo, com mais de 37 milhões de cães e 21 milhões de
gatos(http://abinpet.org.br/imprensa/mercado-pet-deve-faturar-r-154-bilhoes-em-2013). A
propósito, o crescimento do número de cães e gatos em áreas urbanas no Brasil tem sido
acompanhado por incrementos substanciais no mercado pet. De acordo com a Abinpet, o
mercado pet brasileiro deve faturar 15,4 bilhões de reais (aproximadamente 7 billhões de
dólares americanos) em 2013, com um crescimento global de 8,3% em comparação com
2012. Especificamente, estimou-se que em 2013 o setor de Pet Serv (serviços e cuidados com
os animais) crescerá em 24,5%, Pet Food (alimento) em 4,9%, Pet Care (equipamentos,
acessórios e produtos para higiene e beleza) em 5,2% e Pet Vet (medicamentos veterinários)
em 6,7%. Esses números colocam o Brasil como o segundo maior mercado pet do mundo,
atrás apenas dos Estados Unidos.
A diversidade de ambientes naturais presentes no Brasil é incrível, assim como a sua
biodiversidade. Por falar nisso, cães e gatos que vivem no Brasil podem albergar uma longa
lista de parasitos que podem afetar o seu bem-estar e, eventualmente, constituir um risco para
a saúde dos seus proprietários [8, 9]. Porém, as informações sobre a sua distribuição,
epidemiologia e impacto desses parasitos na saúde humana são fragmentadas e
principalmente publicadas em revistas brasileiras. Nesse sentido, esse artigo é um compêndio
sobre os parasitos de cães e gatos no Brasil e uma chamada para uma abordagem de “Uma
Saúde” (One Health) na busca de um melhor manejo desses parasitos, que podem
potencialmente afetar os seres humanos. Aspectos práticos relacionados ao diagnóstico,
tratamento e controle de doenças parasitárias de cães e gatos no Brasil são discutidos.
Revisão
Ectoparasitos de cães e gatos no Brasil
Ectoparasitos podem causar irritação, perda de sangue, prurido e lesões cutâneas,
potencialmente levando a ocorrência de infecções bacterianas secundárias. Alguns
ectoparasitos como pulgas, piolhos e carrapatos também podem transmitir patógenos aos cães
e gatos, incluindo bactérias, protozoários e helmintos [revisado na Ref. 9]. Ademais,
carrapatos podem também causar toxicose, como recentemente relatado em um cão picado
pelo carrapato mouro Ornithodoros brasiliensis no Brasil [10].
No Brasil, cães e gatos podem servir como hospedeiros para um grande número de
ectoparasitos, incluindo pulgas, piolhos, ácaros e carrapatos (Tabelas 1 e 2). Certamente, cães
podem ser frequentemente infestados por pulgas (e.g., Ctenocephalides canis,
Ctenocephalides felis felis e Tunga penetrans), piolhos (e.g., Heterodoxus spiniger e
Trichodectes canis), ácaros (e.g., Demodex canis, Otodectes cynotis e Sarcoptes scabiei) e
carrapatos (e.g., Amblyomma aureolatum, Amblyomma ovale e Rhipicephalus sanguineus
sensu lato) [11-41]. Enquanto algumas pulgas podem ser comuns em ambientes rurais (e.g.,
T. penetrans), C. felis felis é certamente a pulga mais frequente em cães no Brasil. Outros
ectoparasitos menos comuns (e.g., a pulga Rhopalopsyllus lutzi lutzi) têm sido
esporadicamente relatados em cães no Brasil [21, 28]. De maneira similar, os achados de
algumas espécies de carrapatos associadas de animais silvestres (e.g., Amblyomma
longirostre, Amblyomma naponsense, Amblyomma nodosum, Amblyomma pacae,
Amblyomma scalpturatum e Haemaphysalis juxtakochi) em cães no Brasil são achados
incidentais e de significado clínico desconhecido.
Tal como acontece com os cães, gatos no Brasil são frequentemente encontrados infestados
por pulgas (e.g., C. canis, C. felis felis, P. irritans e T. penetrans), piolhos (Felicola
subrostratus) e ácaros (e.g., D. cati, Lynxacarus radovskyi, Notoedres cati e O. cynotis) [19,
22, 42-49]. Menos frequentemente, gatos têm sido encontrados infestados por carrapatos tais
como R. sanguineus s.l. e Amblyomma triste [49-50]. Alguns desses ectoparasitos são bem
conhecidos em algumas regiões (e.g., L. radovskyi no nordeste do Brasil), mas
completamente desconhecidos ou considerados raros em outras. Mesmo que os gatos tenham
mais conhecimento que cães quando o assunto é “remoção de ectoparasitos” por grooming,
eles podem ser altamentes expostos a ectoparasitos, particularmente em situações de
confinamento em alta densidade, como acontece em gatis [45].
Embora a maioria das pulgas, piolhos, ácaros e carrapatos que infestam cães e gatos possa ser
facilmente identificada, o delineamento de algumas espécies pode difícil para não
taxonomistas [51, 52]. Embora algumas chaves para pulgas, piolhos e carrapatos tenham sido
publicadas em livros [13, 14, 53] e revistas [54-56], não existem chaves pictóricas
abrangentes para identificação de ectoparasitos de cães e gatos no Brasil (vide Tabela 3 e
Figura 3).
Insetos voadores podem representar um problema clínico significante para cães e gatos no
Brasil [9, 57-66]. Por exemplo, mosquitos, flebotomíneos e triatomíneos são vetores de
Dirofilaria immitis, Leishmania infantum e Trypanosoma cruzi, respectivamente, para ambos
os cães e gatos [9]. Miíase também é um problema muito comum em cães e gatos no Brasil,
sendo mais frequentemente associada à infestação por larvas de Cochliomyia hominivorax e
Dermatobia hominis [58-65] e menos comumente por outras espécies de moscas (e.g., Lucilia
eximia) [57, 65]. Ademais, moscas-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans) podem produzir
lesões cutâneas nas orelhas desses animais, o que também pode levar a ocorrência de
infecções bacterianas secundárias [9, 66].
Endoparasitos de cães e gatos no Brasil
Além de ectoparasitos, cães no Brasil podem ser acometidos por numerosos endoparasitos
(Tabela 4), incluindo protozoários, trematódeos, cestódeos e nematódeos [32, 67-130]. Por
exemplo, endoparasitos como Dipylidium caninum, Echinococcus granulosus, A. braziliense,
Ancylostoma caninum, Strongyloides stercoralis, Toxocara canis, Trichuris vulpis e
Dirofilaria immitis são comumente encontrados em cães de diferentes regiões brasileiras [67,
69]. Outros endoparasitos como Angiostrongylus vasorum tem sido apenas esporadicamente
relatados no Brasil [74]. Similarmente, gatos têm sido frequentemente encontrados
albergando vários endoparasitos (Tabela 5) no Brasil, incluindo T. gondii, D. caninum,
Taenia taeniformis, Spirometra mansonoides, Aelurostrongylus abstrusus, A. braziliense, A.
caninum, A. tubaeforme, Toxascaris leonina, Toxocara cati, Pearsonema feliscati, Trichuris
campanula, Trichuris serrata, Physaloptera praeputialis e Platynosomum fastosum [47, 71,
87, 90, 92, 97, 131-137]. Endoparasitos menos comuns também têm sido relatados em gatos,
tais como o acantocéfalo Sphaerirostris erraticus [137].
Cães tem sido contrados infectados por protozoários transmitidos por vetores, incluindo
Babesia gibsoni, Babesia gibsoni, Babesia vogeli, Rangelia vitalii, Hepatozoon canis,
Leishmania amazonensis, Leishmania braziliensis, Leishmania infantum, Trypanosoma cruzi,
e Trypanosoma evansi [73, 78-82, 85, 87-90, 96, 102-104, 109-113, 117-121, 124, 128-130].
Outros protozoários de patogenicidade desconhecida (e.g., Trypanosoma caninum) também
têm sido relatados em cães brasileiros [108]. Ademais, outros organismos transmitidos por
vetores têm sido frequentemente relatados em cães, incluindo Anaplasma platys, Ehrlichia
canis e menos frequentemente Rickettsia rickettsii [9].
Gatos também tem sido encontrados infectados por protozoários transmitidos por vetores tais
como B. vogeli, Cytauxzoon felis, H. canis, Hepatozoon felis, L. amazonensis, L. braziliensis,
e L. infantum [42, 44, 129, 136, 138-148]. Sem dúvida, a diversidade de endoparasitos de
cães e gatos no Brasil é impressionante, mas certamente subestimada, principalmente porque
a maioria dos estudos conduzidos nesse país se baseou na detecção e identificação de ovos e
oocistos em amostras de fezes usando técnicas coprológicas convencionais. Isso enfatiza a
necessidade de técnicas diagnósticas adicionais (e.g., testes para detecção de coproantígenos,
testes moleculares ou exame post-mortem) se quisermos conhecer a real diversidade e
prevalência de endoparasitos de cães e gatos no Brasil.
Distribuição geográfica e prevalência
Parasitos de cães e gatos estão amplamente distribuídos no Brasil e na maioria dos casos
ocorrem em virtualmente todas as regiões geográficas (norte, nordeste, sul, sudeste e
centroeste) do país. Entretanto, para muitos parasitos externos (e.g., D. canis, N. cati e O.
cynotis) e internos (e.g., D. caninum, A. brasiliense e T. canis) existe relativamente pouca
informação publicada na literatura, particularmente em revistas internacionais.
Consequentemente, é difícil no momento gerar mapas confiáveis e informativos para a
maioria dos parasitos de cães e gatos que ocorrem no Brasil, mesmo que a maioria desses
parasitos esteja certamente presente em todas as regiões do país. Por exmeplo, em um estudo
realizado no sudeste do Brasil, 155 cães foram necropsiados e D. caninum foi diagnosticado
em 57 (36,8%) deles, A. caninum em 30 (19,4%) e T. canis em 24 (15,5%) [36].
Similarmente, um estudo conduzido no nordeste do Brasil revelou que A. caninum
(prevalência, 95,7%) foi o endoparasito mais comum em 46 cães errantes necropsiados,
seguido por D. caninum (45,7%), T. canis (8,7%) e T. vulpis (4,3%) [32]. Esses estudos
indicam altas taxas de prevalências de infestação por endoparasitos em cães errantes de
diferentes regiões brasileiras representando uma fonte permanente de endoparasitos para
animais de estimação e um grande risco zoonótico para humanos, por meio da contaminação
de parques públicos e praias (vide “Cães, gatos, parasitos e humanos: aspectos de saúde
pública”).
Gatos errantes também são freqüentemente expostos a endoparasitos. Por exemplo, um
estudo realizado no sudeste do Brasil relatou infestações por A. braziliense (67,3%), A.
caninum (21,1%) e A. tubaeforme (9,6%) em 52 gatos necropsiados [116]. Da mesma forma,
em um estudo recente realizado no centro-oeste do Brasil, 146 gatos foram necropsiados e 98
deles estavam infestados por nematódeos [A. braziliense (50,68%); A. tubaeforme (10,27%);
T. cati (4,11%); P. praeputialis (2,05%); P. feliscati (3,42%) e A. abstrusus (1,37%)],
cestódeos [S. mansonoides (4,11%); D. caninum (3,42%) e T. taeniformis (0,68%)],
trematódeos [P. fastosum (26,03%)] e acantocéfalos [S. erraticus (3,42%)] [137]. Mais uma
vez, esses estudos revelam uma diversidade considerável de endoparasitos em gatos de
diferentes regiões do Brasil, com taxas relativamente elevadas de prevalência.
A distribuição geográfica dos protozoários e helmintos transmitidos por vetores de cães foi
revista em outra revisão [9]. Por exemplo, L. infantum é amplamente distribuída em todas as
regiões do Brasil [81, 113, 149, 150], mas menos freqüente no sul do país [151, 152]. No
entanto, L. longipalpis, o principal vetor de L. infantum, está presente no norte da Argentina
[153], no Paraguai [154] e foi detectado recentemente no Uruguai [155]. Além disso, L.
longipalpis é abundante em Mato Grosso do Sul [156], que faz fronteira com o Estado do
Paraná no sul do Brasil. Por último, mas não menos importante, a presença de L. longipalpis
no Rio Grande do Sul (o estado brasileiro mais meridional) foi comprovada [157]. Esses
resultados sugerem que L. longipalpis pode já ter colonizado outras áreas do sul do Brasil e
que a leishmaniose canina pode se tornar um problema nessa região no futuro próximo.
O pouco conhecido protozoário R. vitalii ocorre principalmente nas regiões sul e sudeste do
Brasil [119, 124, 158, 159], onde os carrapatos como A. aureolatum, o vetor suspeito, são
comumente encontrados em cães que freqüentam o ambiente de Mata Atlântica [160].
Curiosamente, B. gibsoni foi relatado exclusivamente no sul do Brasil [87, 104], o que
também sugere que R. sanguineus s.l. não é o vetor deste protozoário no Brasil, considerando
que este carrapato é prevalente em praticamente todas as regiões do país [52, 161, 162]. De
fato, patógenos que são transmitidos por R. sanguineus s.l. (por exemplo, B. vogeli e
Ehrlichia canis) geralmente apresentam ampla distribuição geográfica no Brasil [9], não
concentrados em uma região específica, como ocorre com B. gibsoni. De qualquer modo, a
possibilidade de que R. sanguineus s.l. esteja agindo como vetor de B. gibsoni no Brasil não
pode ser descartada.
Pulgas do gênero Ctenocephalides também são amplamente distribuídas no Brasil [18, 35,
36, 38, 129], mas C. felis felis supera C. canis em distribuição geográfica, sendo essa última
considerada mais comum em regiões com climas mais temperados, como no sudeste e sul do
país [51]. De fato, C. felis felis foi relatada em 17 estados (Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará,
Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de
Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo),
enquanto C. canis tem sido relatada em apenas nove (Amazonas, Bahia, Maranhão, Minas
Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) [51 ]. Como
conseqüência da ampla distribuição de pulgas (Ctenocephalides spp.) em cães e gatos,
parasitos transmitidas por pulgas, como D. caninum e A. reconditum [163-167] também são
comuns no Brasil [revisado na Ref. 9].
Mesmo que as pulgas, piolhos e carrapatos possam ser encontrados infestando cães em todas
as regiões brasileiras, a distribuição e prevalência a nível local pode variar amplamente,
também de acordo com as condições climáticas e do grau de urbanização de cada área. Por
exemplo, em um estudo realizado no nordeste do Brasil, a frequência de infestação por R.
sanguineus s.l. tendeu a ser maior em áreas urbanas do que nas áreas rurais, ao passo que as
infestações por carrapatos do gênero Amblyomma e C. felis felis foram mais comuns em cães
rurais [39]. No mesmo estudo, infestações mistas foram significativamente mais freqüentes
em cães rurais do que em urbanos. No entanto, mesmo que R. sanguineus s.l. sejam mais
prevalentes em ambientes urbanos [18, 28, 32], eles podem infestar uma grande proporção de
cães rurais em algumas áreas [30, 33, 36].
Inquéritos sorológicos também relataram moderados a altos níveis de exposição a parasitos
como Neospora caninum e T. gondii em cães e gatos no Brasil [151, 168-173]. Por exemplo,
em um estudo recente realizado no sudeste do Brasil, 386 gatos foram analisados pelo teste
de imunofluorescência indireta (IFI) para detectar a presença de anticorpos contra T. gondii e
63 (16,3%) deles foram positivos [172]. As taxas de prevalência de anticorpos anti-N.
caninum em cães variando de 26% a 34,5% foram registradas no nordeste do Brasil, com
57,6 % dos cães soropositivos também positivos para anticorpos anti-T. gondii [169]. Em
outro estudo realizado no sudeste do Brasil, 703 cães de áreas urbanas e rurais foram testados
para N. caninum e 11,4 % deles foram positivos. A probabilidade de ser positivo para N.
caninum foi maior em a cães com idade >4 anos, cães de guarda, cães de caça e cães de
fazendas leiteiras com histórico de aborto bovino [173]. Em particular, entre os cães rurais,
uma associação com a soroprevalência foi registrada em fazendas de leite, em cães não
alimentados com ração comercial, em cães de caça e de guarda. Em conjunto, esses estudos
revelam que os cães e gatos de diferentes regiões rurais e áreas urbanas estão em risco de
infecção por parasitos, como N. caninum e T. gondii. Isto também é verdade para Leishmania
spp. em cães, com taxas de seroprevalência superiores a 60% relatadas em algumas áreas de
alta endemicidade [168].
Dinâmica sazonal nos trópicos
Informações sobre a ecologia dos parasitos de cães e gatos no Brasil são fragmentadas,
limitadas, e, para vários parasitos, praticamente inexistentes. Considerando a variedade de
biomas (Mata Atlântica, Amazônia, Pantanal, Cerrado, Caatinga e Pampa) e climas (do norte
tropical até zonas temperadas abaixo do Trópico de Capricórnio) registrados no Brasil, é de
se esperar que a dinâmica sazonal das populações de parasitos de cães e gato varie de acordo
com a região. No entanto, as condições climáticas no Brasil são tão apropriadas que vários
artrópodes vetores são encontrados durante todo o ano. Por exemplo, estudos realizados em
uma área onde D. immitis ocorre de forma endêmica no Rio de Janeiro indicou que mosquitos
vetores (e.g., Ochlerotatus scapularis e Ochlerotatus taeniorhynchus) são mais abundantes
durante os meses de verão, mas também podem ser capturados em grande número nos meses
de inverno [174]. Esses resultados sugerem que os cães e gatos podem estar sob o risco de
infestação por D. immitis durante todo o ano, especialmente porque a temperatura média
anual na maior parte do território brasileiro é de entre 21 e 30 °C, o que de fato facilita o
desenvolvimento de larvas infectantes (L3) no mosquito vector.
A presença de ectoparasitos durante todo o ano no Brasil é aparentemente a regra, não a
exceção. Flebotomíneos vetores de parasitos do gênero Leishmania tais como L. longipalpis
(Figura 4) e L. whitmani podem ser encontrados em grande número ao longo do ano em
diferentes regiões do Brasil [175-180], embora algumas espécies possam apresentar picos
populacionais durante os meses de maior precipitação [181]. O mesmo se aplica para as
pulgas e carrapatos. Um estudo recente desenvolvido no sudeste do Brasil revelou elevadas
taxas de prevalência de infestações por pulgas (C. felis felis) e carrapatos (A. cajennense e R.
sanguineus s.l.) durante as estações seca e chuvosa [35]. Outro estudo realizado na mesma
região indicou que R. sanguineus s.l. pode infestar cães durante qualquer período do ano e
completar até três gerações por ano [182]. Da mesma forma, uma investigação conduzida no
centro-oeste Brasil sugeriu que esse carrapato pode completar até quatro gerações por ano
[183]. Mais uma vez, estes resultados sugerem que diferentes regiões brasileiras possuem
tipos de clima e condições ambientais que permitem a ocorrência de carrapatos durante todos
os meses do ano. Por exemplo, embora um estudo tenha identificado variações na infecção
por B. vogeli em cães aparentemente associadas a picos na população do carrapato vetor
[184], as evidências indicam que esse protozoário pode infectar cães em qualquer período do
ano em algumas regiões, independentemente da estação [120]. Por outro lado, miíases por C.
hominivorax em cães e gatos apresenta um padrão sazonal bem definido no Brasil, atingindo
o seu pico durante os meses mais quentes do ano [59-61, 65].
Os dados relativos a dinâmica sazonal de endoparasitos em cães e gatos no Brasil são
escassos. Por exemplo, a incidência de larva migrans cutânea (Ancylostoma spp.) é maior
durante a estação chuvosa [185]. Curiosamente, um estudo relatou um pico acentuado na
excreção de ovos de Ancylostoma nas fezes de cães durante o verão e outono, sugerindo que
as condições de inverno em São Paulo (sudeste do Brasil) têm um efeito negativo sobre a
transmissão de ancilostomíase [74]. Outro estudo concluiu que a região sul do Brasil tem
condições edáficas e climáticas favoráveis para que contaminantes do solo (e.g., ovos de
Toxocara) persistam durante todo o ano, embora a diversidade de espécies de parasitos tenha
sido menor no inverno e o número de parasitos menor no verão [186]. Esses achados estão de
acordo com estudos realizados em outras partes da América do Sul. Por exemplo, um estudo
realizado em Mar del Plata, Argentina, relatou uma alta prevalência de parasitos intestinais de
cães ao longo do ano, com algumas variações sazonais de acordo com o gênero ou espécie de
parasito [187]. Ancilostomíneos (Ancylostoma spp.) foram mais prevalentes no verão e no
outono, ascarídeos (T. canis) no inverno, enquanto tricurídeos (T. vulpis) atingiu o pico no
inverno, primavera e verão. Mais uma vez, estes dados demonstram um alto risco de
infestação parasitária em todas as estações nesta parte do continente americano.
Abordagens para o diagnóstico e manejo
Diagnóstico de doenças parasitárias
O diagnóstico das doenças parasitárias que afetam cães e gatos no Brasil ainda é
predominantemente feito por métodos tradicionais. Por exemplo, os parasitos
gastrointestinais são normalmente detectados por meio de técnicas coprológicas comuns, tais
como as técnicas de Willis (flutuação em solução saturada de cloreto de sódio), Fausto
(centrífugo-flutuação em sulfato de zinco) e Hoffman-Pons-Janer (sedimentação fecal
espontânea em água) [188, 189]. Esses métodos podem apresentar baixa sensibilidade em
alguns casos e resultar na subestimação da real prevalência de alguns parasitos, como D.
caninum [74, 77, 100, 188, 190], quando comparados com os dados de necropsia [32]. Um
teste comercial para concentração fecal (TF-Test®) concebido para a detecção de parasitos
intestinais de humanos [191] também tem sido utilizado para a detecção de ovos de
helmintos, cistos e oocistos de protozoários nas fezes de cães [190]. Um estudo comparativo
revelou que a técnica de centrífugo-flutuação foi mais sensível que a centrífugo-sedimentação
e que o TF-Test ® na detecção de Ancylostoma spp., T. canis, T. vulpis e Giardia em fezes de
cães [190]. Outro estudo relatou que a técnica de Willis foi mais eficiente na detecção de
ovos de A. caninum e T. canis nas fezes de cães [188]. Como corolário, um estudo mais
recente demonstrou que as técnicas de Willis e de centrífugo-flutuação apresentaram um
melhor desempenho do que a técnica de Hoffman-Pons-Janer para detectar Ancylostoma spp.
em fezes de cães [189]. Também foram propostos outros métodos, mas, aparentemente, não
havendo diferença significativa em termos de sensibilidade, em comparação com métodos
tradicionais [98]. O uso de um ensaio imunoenzimático (ELISA) para a detecção de
coproantígenos de E. granulosus revelou altas taxas de positividade (27,69–47,37%) em cães
rurais do sul do Brasil [192]. Da mesma maneira, técnicas baseadas na reação em cadeia da
polimerase (PCR) foram utilizadas para detectar endoparasitos (helmintos e protozoários) de
cães no Brasil [83, 126, 193, 194], mas atualmente esses métodos estão restritos
principalmente à pesquisa.
Hematozoários (e.g., B. vogeli e H. canis) são normalmente diagnosticados por exame de
esfregaços de sangue corados sob um microscópio de luz, método essse que pode apresentar
baixa sensibilidade, especialmente quando as amostras de sangue não são coletadas na fase
aguda da infecção [195]. Os testes sorológicos são amplamente utilizados para avaliar a
exposição a patógenos como B. vogeli, Leishmania spp., N. caninum e T. gondii [168, 169,
184, 196-198]. O uso de ferramentas moleculares para o diagnóstico de protozoários parasitos
(e.g., B. vogeli, H. canis e L. infantum) está se tornando cada vez mais popular, mas continua
mais restrito à pesquisa [121, 199-204]. Certamente, os protocolos de PCR atuais têm
mostrado um bom nível de concordância com os métodos parasitológicos [150]. Infelizmente,
os custos de ferramentas moleculares ainda são proibitivos para a maioria dos proprietários
de animais que vivem em áreas endêmicas e isso prejudica severamente o diagnóstico de
doenças como a leishmaniose visceral e cutânea em cães. De fato, as ferramentas sorológicas
atuais não conseguem distinguir entre L. braziliensis e L. infantum [113, 205]. Esse fato pode
ter implicações diretas para médicos veterinários no Brasil uma vez que os cães soropositivos
são normalmente eliminados como parte do programa de controle da leishmaniose visceral
humana, embora tenha sido demonstrado que muitos destes cães soropositivos estão
infectados por L. braziliensis e não por L. infantum [113 , 205, 206]. Na verdade, a grande
diversidade de parasitos no Brasil pode ser um fator de confusão no diagnóstico de algumas
doenças em cães e gatos no país. Por exemplo, diferentes espécies de Leishmania foram
relatadas nestes animais no Brasil e o quadro clínico não é sempre previsível. Um relato
recente descreveu um caso de leishmaniose canina por L. infantum em que o cão apresentava
uma úlcera cutânea que é normalmente encontrado em cães e seres humanos infectados por L.
braziliensis [207]. Mais uma vez, cães infectados por L. amazonensis geralmente exibem
sinais clínicos comumente observados em cães com leishmaniose visceral [96, 117]. Por
outro lado, os gatos infectados por L. amazonensis exibem tipicamente uma doença cutânea,
que se assemelha a esporotricose [141, 208]. Isso significa que o mesmo parasito pode
eventualmente induzir doenças clínicas diferentes em cães e gatos, o que enfatiza a
necessidade de um diagnóstico laboratorial adequado para confirmar as espécies de parasitos
envolvidos. Isso também é verdade para os ovos de ascarídeos (Toxocara spp.) e tenídeos
(Taenia spp. e Echinococcus spp.) encontrados nas fezes de cão, os quais normalmente não
podem ser diferenciados através da microscopia de luz [209, 210]. Ovos de ancilóstomídeos
não são facilmente distinguíveis pela morfologia, mas os dados morfométricos sugerem que
eles podem ser diferenciados [211]. No entanto, o uso de técnicas diagnósticas aperfeiçoadas
e mais específicas, é fundamental para uma melhor gestão das doenças parasitárias de cães e
gatos no Brasil.
Controlando parasitos de cães e gatos
Médicos veterinários que atuam no Brasil dispõem de um repertório relativamente vasto de
ferramentas para controlar os parasitos que afetam cães e gatos. No entanto, o controle de
parasitos comuns, como pulgas e carrapatos podem parecer bastante difícil, principalmente
quando as ferramentas disponíveis não são utilizadas devidamente ou quando médicos
veterinários não possuem conhecimentos básicos sobre a bio-ecologia de alguns desses
parasitos. No Brasil, não existem diretrizes para o controle de ecto- e endoparasitos de cães e
gatos, tais como aquelas fornecidas pelo Conselho Científico Europeu para os Parasitos de
Animais de Companhia (ESCCAP: http://www.esccap.org/) na Europa e pelo Conselho de
Combate aos Parasitos em Animais (CAPC: http://www.capcvet.org/) nos Estados Unidos.
Essas diretrizes são fundamentais para garantir aos médicos veterinários o acesso as
informações científicas mais recentes sobre o controle de parasitos de cães e gatos.
Porque os piolhos e ácaros vivem em associação permanente com os seus hospedeiros, eles
são relativamente fácil de controlar e, uma vez eliminados, a reinfestação só ocorre após o
contato com outros animais infestados [212, 213]. Portanto, o controle de infestações por
piolho em cães e gatos é principalmente baseado na aplicação de colares, soluções spot-on e
sprays com produtos inseticidas sobre os animais infestados. Esses inseticidas podem estar
disponíveis como [214-216]. Ácaros também são ectoparasitos permanentes, com alguns
deles vivendo no pêlo (L. radovskyi), outros no conduto auditivo externo (O. cynotis), nos
folículos pilosos e glândulas sebáceas (D. canis e D. cati), ou mesmo em galerias escavadas
sob a epiderme (N. cati e S. scabiei). O tratamento das infestações por ácaros pode ser
sistêmico (e.g., selamectina oral para S. scabiei) ou tópico (e.g., banhos de amitraz para D.
canis). Por exemplo, o tratamento de infestações pelo ácaro do pêlo do gato (L. radovskyi) no
Brasil tem sido realizado com sucesso com banhos semanais com um sabão de monossulfeto
de tetraetiltiuram [217]. Do mesmo modo, uma única injecção subcutânea de doramectina 1%
(0,3 mg/kg) foi eficaz no tratamento de cães com sarna sarcóptica e com endoparasitos [218].
No entanto, o tratamento da demodicose em cães pode variar dependendo da gravidade do
caso, a idade do animal, bem como a presença de uma doença de base [vide Ref. 219]. Na
verdade, a maioria das lesões em cães jovens com demodicose juvenil localizada resolverá
espontaneamente sem tratamento, ao passo que cães adultos com demodicose generalizada
geralmente requerem terapia mais agressiva, por exemplo, com banhos de amitraz a cada
duas semanas durante vários meses [219]. Além disso, uma doença de base ou condição de
saúde (e.g., câncer, hiperadrenocorticismo, uso de drogas imunossupressoras) deve sempre
ser investigada e tratada em conformidade, especialmente em casos de demodicose em cães
adultos. É evidente que o tratamento da sarna em cães e gatos depende de vários factores
relacionados com as espécies de ácaros envolvidas e com as características de cada doente
individual. Médicos veterinários devem usar os produtos rotulados especificamente para o
tratamento da sarna em cães e gatos no Brasil e seguir rigorosamente as recomendações do
fabricante.
Em contraste com os ácaros e piolhos, carrapatos e pulgas são parasitos não-permanentes
[212] e, portanto, exemplares encontrados em cães e gatos podem representar apenas uma
pequena proporção de toda a população de pulgas e carrapatos presentes no ambiente onde
vivem os animais infestados. Um vasto repertório de produtos está disponível no mercado
veterinário brasileiro para o controle de pulgas e carrapatos em cães e gatos. Inseticidas e
acaricidas com potentes efeitos anti-feeding e de killing, repelentes, reguladores de
crescimento de insetos e análogos do hormônio juvenil estão disponíveis como pipetas (spoton), coleiras, xampus, sabonete, talco, sprays e comprimidos [212, 220]. No entanto, antes de
decidir a melhor estratégia de controle a ser adotada, o médico veterinário também deve
investigar a presença e a abundância de pulgas/carrapatos no ambiente onde o animal vive.
Carrapatos tendem a cair durante a noite, quando o cão está dormindo [221]. Ademais, os
ovos das pulgas não são aderentes, caindo do pêlo do animal no ambiente junto com as fezes
de pulgas adultas. Larvas recém-eclodidas geralmente evitam a luz solar e se movem
ativamente entres as fibras de tapetes ou sob detritos orgânicos [222]. Aspirar lugares
freqüentados por animais (e.g., carpetes, almofadas, tapetes, móveis ou outros substratos),
com um aspirador de pó, bem como lavar a roupa de cama do animal de estimação ou roupa
de cama freqüentada por esses irá ajudar na remoção de ovos e larvas de pulgas [222]. Além
disso, tratamentos do ambiente interno e externo com insecticidas e acaricidas podem ser
necessários em algumas situações, tais como a canis e gatis com níveis elevados de infestação
ambiental por pulgas e de carrapatos. Cuidados devem ser tomados ao utilizar produtos
químicos no ambiente e é aconselhável que os proprietários consultem um veterinário ou
especialista autorizado em controle de pragas [222].
O controle químico de outros artrópodes (e.g., barbeiros, mosquitos e flebotomíneos) no
ambiente é mais complexo e também deve ser realizado em conjunto com as autoridades de
saúde pública. Por exemplo, uma vez que larvas e pupas de mosquitos são estritamente
associadas com coleções de água (e.g., containers, piscinas desativadas, pneus abandonados),
sua população pode ser reduzida e, às vezes erradicada localmente, por meio da destruição de
seus locais de reprodução ou por meio de agentes de controle biológico, tais como o Bacillus
thuringiensis israelensis e peixes como bettas (Betta splendens) e guppies (Poecilia
reticulata) [223, 224]. A pulverização de casas e abrigos de animais (e.g., galinheiros) com
inseticidas de ação residual tem sido recomendada para o controle de insetos vetores, como
flebotomíneos no Brasil [225, 226]. No entanto, os resultados indicam que um controle
efetivo da população do vetor pode ser difícil de alcançar e resistência a inseticidas
atualmente em uso no Brasil tem sido documentada [227, 228]. O uso de mosquiteiros
tratados com insecticida também foi demonstrado ser eficaz na proteção de seres humanos
contra picadas de L. longipalpis [229], mas esta estratégia não é usada atualmente no Brasil,
como parte do programa nacional contra a leishmaniose visceral zoonótica.
O controle de endoparasitos comuns de cães (e.g., A. caninum e T. canis) e gatos (e.g., A.
braziliense e T. cati) geralmente consiste na administração de anti-helmínticos de rotina
associados ao controle de vetores para aqueles que são transmitidas por vetores (e.g., D.
caninum, D. immitis e P. praeputialis); revisado na Ref. [8]. De fato, o controle de helmíntos
com potencial zoonótico (e.g., E. granulosus) pode ser efetivamente realizado pelo uso
sistemático de praziquantel. Por exemplo, um programa de controle de piloto foi realizado no
sul do Brasil, em que 44 cães rurais foram tratados mensalmente com praziquantel, durante
oito meses [192]. No início do programa, 17 de 44 (28%) cães foram positivos para
coproantígenos de E. granulosus por ELISA e 30 dias após a última administração no
tratamento nenhum cão foi positivo [192]. Especificamente, no caso do cestódeo D. caninum,
o controle de pulgas e piolhos também deve ser preconizado [8].
O nível de consciência e de compliance dos proprietários de animais pode ser baixos em
alguns contextos, especialmente na periferia e em áreas rurais. Embora uma parte importante
dos proprietários de animais no Brasil não consiga arcar com os custos dos programas de
prevenção durante todo o ano, a falta de cumprimento das recomendações veterinárias por
parte de pessoas com maior poder aquisitivo é geralmente devida a falta de informação e/ou
reduzida percepção de risco. Estratégias alternativas têm sido propostas, incluindo o uso do
fungo nematófago Pochonia chlamydosporia como agente de controle biológico contra ovos
embrionados de T. canis [230]. Contudo, essas alternativas ainda parecem um pouco longe da
realidade no Brasil.
Finalmente, o controle de parasitos transmitidos por vetores é usualmente baseado na
utilização de repelentes nos animais e no controle dos artrópodes vetores no ambiente,
sempre que aplicável [9, 231], por exemplo, para o controle de H. canis, o qual é associado a
altos níveis de infestação ambiental por carrapatos [232, 233]. No entanto, outras estratégias,
como a eliminação de cães têm sido utilizadas no Brasil para o controle da leishmaniose
visceral zoonótica, mesmo sendo considerada uma estratégia antiética e sem base científica
[234]. Recentemente, o Ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal
do Brasil, recusou o pedido de suspensão do julgamento da Portaria Interministerial
1.426/2008 que proibia o tratamento e recomendava a eutanásia de cães infectados por L.
infantum (
b asileis com b dados a tigos a tigos
pd ). O Ministro
declarou que essa Portaria viola a Constituição Federal e que o poder público deveria
encontrar alternativas para enfrentar essa questão, em parceria com cientistas e veterinários.
A prevenção é melhor que a cura
A maioria dos proprietários de cães procura a ajuda de um médico veterinário apenas quando
os seus animais mostram sinais evidentes de doença. Isso é particularmente verdadeiro nos
países em desenvolvimento, onde a maioria dos proprietários de cães não pode lidar com os
custos dos programas de prevenção durante todo o ano. Naturalmente, em algumas áreas
rurais e suburbanas do nível de adesão as recomendações veterinárias pode ser ainda mais
reduzido. No entanto, um número considerável de proprietários de animais está cada vez mais
consciente dos riscos e custos potenciais associados a não adoção de medidas preventivas no
sentido de evitar a exposição a certos patógenos, tais como L. infantum. Assim, é
fundamental que médicos veterinários recomendem preventivos para proprietários de animais
no intuido de estabelecer um programa preventivo de longo prazo contra endoparasitos e
ectoparasitos no Brasil.
As únicas vacinas contra doenças parasitárias disponíveis no Brasil são aquelas contra a
leis maniose, que são concebidas e ap ovadas cont a a “leis maniose canina” e não cont a “a
infecção por L. infantum” Na ve dade, nen uma das vacinas atualmente disponíveis contra
leishmaniose canina impedirá que os cães sejam infectados por L. infantum, mas podem
reduzir a probabilidade de adoecimento em cães vacinados [231]. De maneira importante, se
um cão vacinado for capaz de desenvolver uma resposta imune eficaz contra L. infantum, ele
irá provavelmente manter a carga parasitária reduzida, representando, eventualmente, uma
fonte pobre de parasitos para os flebotomíneos vetores [235]. Porém, é importante ressaltar
que as vacinas não são repelentes e, portanto, não irão impedir que os cães de serem picados
por flebotomíneos [235].
O uso de repelentes nos cães é uma estratégia importante contra ectoparasitos e contra os
patógenos que eles transmitem [236-238]. Atualmente, existem vários produtos
ectoparasiticidas (e.g., pipetas, coleiras e sprays) com rápido efeito de killing, mas os
piretróides sintéticos continuam a ser os únicos compostos químicos com propriedades
repelentes disponíveis no mercado veterinário mundial [239]. Em virtude dos seus efeitos
repelentes e de anti-feeding, os piretróides sintéticos (e.g., deltametrina e permetrina) são
altamente eficazes contra ectoparasitos como pulgas, piolhos, flebotomíneos e carrapatos,
mas também podem ajudar a prevenir a transmissão de patógenos como B. vogeli, E. canis e
L. infantum [236-238]. Da mesma forma, alguns produtos com um rápido efeito de killing são
capazes de interromper os processos de fixação e alimentação nas suas fases iniciais,
reduzindo também o risco de transmissão de patógenos [240, 241].
Cães, gatos, parasitos e humanos: aspectos de saúde pública
Enquanto alguns ectoparasitos de cães e gatos são estritamente associados a esses animais,
alguns deles também podem infestar seres humanos. Por exemplo, casos de infestação
humana por carrapatos de cães (e.g., A. aureolatum, A. ovale e R. sanguineus s.l.)
esporadicamente têm sido descritos em diferentes regiões do Brasil [242-247]. Os casos de
infestações humanas pelo carrapato marrom do cão (R. sanguineus s.l.) parecem estar
associados com altos níveis de infestação ambiental em habitações humanas e com indivíduos
que trabalham em clínicas veterinários ou canis [242, 244]. De maneira importante, alguns
destes carrapatos podem transmitir patógenos potencialmente letais para os seres humanos,
incluindo Rickettsia rickettsii [248]. Por exemplo, R. sanguineus s.l. tem sido implicado na
transmissão de riquétsias (e.g., Rickettsia conorii, Rickettsia massiliae e R. rickettsii) para os
seres humanos no México, nos Estados Unidos e na região Mediterrânea [3]. Além disso,
casos de erliquiose humana por E. canis foram descritos na Venezuela [249] e evidências
sorológicas indicam que os humanos podem estar expostos ao risco de infecção por E. canis
no Brasil [250]. É importante destacar que E. canis é amplamente distribuída e altamente
prevalente no Brasil [199, 251-255], sendo transmitida primariamente por R. sanguineus s.l.
[256]. Casos de infestação humana por Ctenocephalides spp. também têm sido relatados no
Brasil [13, 257] e atualmente é sabido que essas pulgas podem albergar Rickettsia felis [258],
um patógeno humano emergente em todo o mundo [259]. Isso significa que o controle de
alguns ectoparasitos comuns de cães e gatos (e.g., C. felis felis e R. sanguineus s.l.) é
fundamental não só para a saúde desses animais, mas também para proteger a saúde dos seus
proprietários.
Ascarídeos (Toxocara spp.) e ancilostomídeos (Ancylostoma spp.) de cães e gatos são
parasitos de grande relevância veterinária e para a saúde pública, mesmo considerando que a
percepção geral dos proprietários de animais seja de que os parasitos intestinais de cães e
gatos são de importância menor para a saúde pública; revisado na Ref. [260]. Por exemplo,
um estudo realizado no sudeste do Brasil revelou que a maioria dos proprietários de cães não
conhecem as espécies de parasitos intestinais de cães, os mecanismos de transmissão, os
fatores de risco para infecções zoonóticas e medidas profiláticas específicas [100]. No
entanto, inúmeros casos de larva migrans visceral e cutânea em seres humanos têm sido
descritos no Brasil [261-264] e os dados sorológicos confirmaram um nível elevado de
exposição a Toxocara spp. em seres humanos no país, atingindo mais de 50% em algumas
cidades [265-269]. Assim, altos níveis de contaminação ambiental por ovos de Toxocara e
Ancylostoma em parques e praças públicas têm sido relatados em diferentes regiões do Brasil
[270-274]. Além disso, lagochilascaríase humana é uma zoonose emergente nas Américas
causada pelo nematódeo Lagochilascaris minor e tem sido esporadicamente relatada no
Brasil [275-279], país que detém o maior número de casos humanos relatados na literatura
[280]. Os gatos têm sido encontrados naturalmente infestados por L. minor e Lagochilascaris
major no Brasil [281-283]. Na verdade, o papel dos gatos como reservatórios de L. minor tem
sido especulado [284] e a contaminação por ovos de Lagochilascaris em playgrounds
públicos foi documentada no sul do Brasil [285]. A contaminação do solo por fezes de cães e
gatos é um fenômeno comum em jardins públicos, caixas de areia e praias (Figura 5) no
Brasil, não só devido à grande população de animais errantes presentes nas cidades, mas
também devido à falta de educação sanitária e de saúde de alguns proprietários de animais.
Os cestódeos também são um problema subestimado no Brasil e em outros países sulamericanos. Por exemplo, os casos humanos de D. caninum foram descritos no Brasil [286288]. De fato, a alta prevalência de D. caninum em cães no Brasil (e.g., 45,7% no nordeste e
36,8% no sudeste do Brasil) [32, 36] é uma conseqüência da alta prevalência de infestações
por pulgas e piolhos relatadas em diferentes regiões do país [18, 28, 30, 32, 35] e indica um
alto risco de transmissão zoonótica para humanos, particularmente crianças que vivem em
estreito contato com animais infestados. Da mesma forma, a equinococose cística causada por
E. granulosus é uma das zoonoses de maior prevalência na Argentina, Brasil, Chile, Peru e
Uruguai [289], sendo altamente prevalente no sul do Brasil, onde até 50% dos cães podem
estar infestados [72, 290]. Embora outros canídeos (Pseudalopex gymnocercus, Cerdocyon
thous e Chrysocyon brachyurus) tenham sido encontrados naturalmente infestados por E.
granulosus no sul do Brasil [290], os cães são os principais reservatórios do parasito. No sul
do Brasil, E. granulosus é mantido principalmente em um ciclo que envolve cães e ovelhas,
sendo a cepa ovina (genótipo G1) a mais prevalente; revisado na Ref. [290]. Além disso,
casos humanos de equinococose policística por Echinococcus vogeli foram diagnosticados no
norte do Brasil [291] e suspeita-se que os cães desempenhem um papel na transmissão
zoonótica deste parasito na região Neotropical [292]. Da mesma forma, evidências
experimentais indicam que os gatos podem atuar como hospedeiros definitivos para E.
oligarthrus [293], um outro agente da equinococose policística em humanos na América
Latina [292], que é tradicionalmente associado a felinos selvagens. Por último, mas não
menos importante, há limitadas informações publicadas em outros tenídeos associadas ao cão
(e.g., T. hydatigena e T. multiceps) no Brasil [91], o que sugere que a cisticercose e cenurose
humana pode ser um problema silêncioso e subestimado de saúde pública em algumas
regiões do país.
A dirofilariose pulmonar humana é outro problema de saúde pública comum, ainda que
subestimado no Brasil; revisado na Ref. [294]. Embora vários casos humanos tenham sido
descritos na literatura, a maioria deles é acidentalmente encontrada por acaso em radiografias
de tórax e tomografia computadorizada de tórax, que geralmente são solicitados por outras
razões [295]. Além disso, embora a maioria dos pacientes com dirofilariose pulmonar não
apresentam sinais clínicos aparentes, muitos deles irão apresentar tosse, dor torácica,
hemoptise e dispnéia [295-298]. Mais importante ainda, a presença de nódulos pulmonares
podem levar a suspeita de doenças como a tuberculose ou câncer de pulmão e, nesses casos, a
toracotomia é geralmente recomendada. De fato, dirofilariose pulmonar humana é uma
questão de saúde pública que tem sido até agora negligenciada no Brasil. Da mesma forma, o
relato recente de um caso de dirofilariose ocular no norte do Brasil [299] sugere que o risco
de infestação por Dirofilaria spp. em certas regiões do Brasil pode ser maior do que
atualmente reconhecido.
Protozoários zoonóticos também são uma questão de saúde pública grave no Brasil. Por
exemplo, milhares de casos humanos de leishmaniose visceral causada por L. infantum são
notificados todos os anos ao Ministério da Saúde, mas as medidas de controle focalizadas na
eliminação de cães soropositivos, controle de vetores (em situações específicas) e tratamento
humano não tem sido suficientes para controlar a doença [300]. De fato, a leishmaniose
visceral humana é amplamente distribuída em todas as regiões brasileiras, sendo menos
comum na região sul do país [301]. A ocorrência das infecções assintomáticas por
Leishmania em humanos tem sido documentada em diferentes regiões do país [302-304] e
embora o Ministério da Saúde forneça o tratamento aos pacientes humanos, a taxa de
letalidade pode atingir 18,4% ou valores muito maiores em algumas localidades [305-307].
Outro importante protozoário zoonótico é T. gondii, um patógeno oportunista altamente
prevalente no Brasil. De fato, estudos indicam que até 50% das crianças do ensino
fundamental e 50-80% das mulheres em idade fértil têm anticorpos anti-T. gondii; revisado
na Ref. [308]. Um recente surto de toxoplasmose aguda em uma planta industrial em São
Paulo, sudeste do Brasil, indicou que a ingestão de vegetais verdes (não de carne ou água) foi
associada com a incidência de doença aguda [309]. Outro estudo recente revelou uma
soropositividade elevada (80%) entre os pacientes HIV-positivos do sul do Brasil, alguns dos
quais tinham uma história de neurotoxoplasmose (4,8%) e da toxoplasmose ocular (1,6%)
[310].
A doença de Chagas causada por T. cruzi continua a ser um importante problema de saúde
pública nas Américas, afetando cerca de 10% das pessoas mais pobres da região [311]. Cães
e gatos são considerados importantes reservatórios de T. cruzi no ciclo doméstico de
transmissão [312]. Por exemplo, os estudos indicam que 15-50% dos cães que vivem em
áreas onde a doença de Chagas é endêmica são soropositivos [313-318]. No entanto, o
verdadeiro papel desempenhado pelos cães e gatos no ciclo de transmissão do T. cruzi no
contexto epidemiológico atual da doença de Chagas no Brasil é discutível, pois a grande
maioria dos casos humanos recentes tem sido associada com a transmissão oral, através da
ingestão de sucos contaminados [319].
Considerações finais e futuras pesquisas
O Brasil ocupa um vasto território e possui uma das maiores populações de cães e gatos no
Planeta. O crescimento econômico e o aumento do nível de desenvolvimento humano
registrado no Brasil estão provocando mudanças profundas na atitude de alguns proprietários
de cães e veterinários na busca de padrões mais elevados de serviços de saúde. No entanto, o
boom macroeconômico mascara desigualdades históricas no acesso ao saneamento básico,
habitação digna, água potável, assistência médica e educação tanto a nível local quanto
regional. Assim, na realidade, muitos proprietários de cães não podem arcar com medidas
preventivas e agirão somente na presença de algum problema grave que ponha em risco a
vida de seus animais. Além disso, o Brasil ainda é o lar de uma grande população de cães e
gatos que vivem como “e antes” ou animais de “comunidade”, não só em á eas u ais, mas
também nas periferias e em grandes centros urbanos. As autoridades de saúde pública não são
capazes de gerir esses animais devido à falta de infraestrutura adequada e pessoal treinado
para a realização de um programa de controle efetivo da população em longo prazo. Como
resultado, cães e gatos são geralmente expostos a uma vasta gama de parasitos que podem
causar doença neles e, eventualmente, nos seus parentes humanos. Esse fato, invariavelmente,
nos leva ao conceito de Uma Saúde (One Health), que convida veterinários e médicos
humanos para unificar seus esforços para combater parasitos zoonóticos (e.g., T. canis, A.
caninum, D. caninum, D. immitis, E. granulosus e L. infantum). Na verdade, a unificação das
“medicinas vete iná ia e umana” em uma Única Medicina é undamental, inst umentalmente
para reduzir os riscos de saúde para animais de companhia e seres humanos.
A diversidade notável de ectoparasitos que infestam cães e gatos no Brasil é certamente uma
consequência de uma combinação de fatores. A variedade de ambientes naturais e climas
encontrados nesse país é impressionante e favorece o estabelecimento de diferentes parasitos
em todas as regiões geográficas. Da mesma forma, os cães e gatos que vivem em áreas
urbanas ou rurais podem, eventualmente, viver em estreito contato com animais silvestres
(e.g., raposas, felinos silvestres e gambás), o que pode, em última instância, favorecer a troca
de ectoparasitos como pulgas e carrapatos com esses animais [320-323]. Por exemplo, R.
sanguineus s.l. foi encontrado em quatis (Nasua nasua) em um parque zoológico em uma
região metropolitana no nordeste do Brasil [322]. Embora este seja um achado acidental, isso
sugere a presença de cães errantes circulando livremente no território do parque e vivendo em
contato próximo com animais silvestres mantidos em cativeiro. Por outro lado, cães e gatos
intrusos ou que vivem perto de ambientes florestais podem ser encontrados infestados por
ectoparasitos associados animais silvestres [12, 28, 50, 321]. A troca de ectoparasitos entre
animais domésticos e silvestres também pode ter implicações do ponto de vista da
conservação, porque os cães também podem trocar endoparasitos [324-326] e vírus [327328]
com espécies selvagens. Por exemplo, vários canídeos silvestres (e.g., C. thous e P.
gymnocercus) e felinos (e.g., Panthera onca, Puma concolor, Puma yagouaroundi e
Leopardus pardalis) já foram encontrados albergando parasitos que podem afetar cães e
gatos, incluindo helmintos (e.g., A. caninum, D. caninum, T. canis e T. vulpis) e protozoários
(e.g., L. infantum) [324-326, 329-333]. Notavelmente, enquanto canídeos silvestres de vida
livre infectados com L. infantum são geralmente assintomáticos, aqueles mantidos em
cativeiro parecem ser mais propensos ao desenvolvimento de sinais clínicos [329] e podem
até padecer da infecção [332].
Médicos veterinários que atuam no Brasil são fornecidos com um vasto repertório de
produtos com eficácia comprovada contra parasitos de cães e gatos. Na verdade, o registro de
produtos veterinários no Brasil envolve várias fases e requisitos regulatórios rigorosos [334].
No entanto, o sucesso de qualquer programa de controle de parasitos depende do uso correto
do produto(s) escolhido e da adoção da melhor estratégia para cada situação. Conforme
discutido anteriormente, faltam atualmente diretrizes para o diagnóstico, tratamento e
controle de parasitos de cães e gatos no Brasil, as quais são urgentemente necessárias.
Enquanto isso, na ausência dessas diretrizes, médicos veterinários que atuam no Brasil devem
seguir rigorosamente as instruções do fabricante ao utilizar produtos disponíveis no mercado
e seguir as orientações internacionais para o controle de parasitos de cães e gatos,
eventualmente, adaptando-as às situações regionais. Além disso, o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabeleceu recentemente o uso de um passaporte para o
trânsito internacional de cães e gatos (http://www.estadao.com.br/noticias/geral,caes-e-gatosterao-passaporte-e-identificacao-eletronica,1099476,0.htm). Este passaporte será usado como
uma certificação sanitária de origem e incluirá informações sobre o controle de ecto- e
endoparasitos. Isso ajudará a reduzir o risco de exportação não intencional de parasitos do
Brasil para o exterior.
Ainda existem muitas perguntas pendentes no que concerne os parasitos de cães e gatos no
Brasil, algumas das quais já podem ter sido respondidas, no momento em que este trabalho
está sendo redigido. Por exemplo, é importante entender por que alguns parasitos são
aparentemente restritos às regiões sul e sudeste do Brasil [9]. Esse é o caso de R. vitalii e B.
gibsoni, por exemplo. Enquanto B. gibsoni é um parasito relativamente raro em cães no
Brasil, R. vitalii é bastante comum nos estados do sul e sudeste e pode causar doença grave
que pode ser facilmente confundida com babesiose ou erliquiose. Curiosamente, os vetores de
ambos os protozoários permanecem desconhecidos, muito embora Amblyomma aureolatum
seja apontado o vector putativo de R. vitalii. A propósito, o papel de R. sanguineus s.l. no
ciclo natural de H. canis no Brasil precisa de uma investigação mais aprofundada. Assim,
outras espécies de carrapatos têm sido implicadas como vetores putativos deste protozoário
de transmissão oral, incluindo A. ovale [335, 336] e Rhipicephalus microplus [337]. Alguns
parasitos de cães e gatos têm sido raramente relatados no Brasil, provavelmente devido ao
limitado esforço de pesquisa sobre esses parasitos pouco estudados, cujo significado médicoveterinário ainda precisa ser determinado. Por exemplo, parasitos enigmáticos como
Cercopithifilaria bainae [338] foram originalmente descritos no Brasil, mas permaneceram
duvidosos e negligenciados por muito tempo. Recentemente, esse nematóide foi redescrito e
está emergindo como um filarióide comum de cães em diferentes países europeus [339, 340].
Juntos, esses exemplos indicam que ainda existe muito a ser descoberto em relação aos
parasitos de cães e gatos no Brasil.
Mais pesquisas sobre parasitos de cães e gatos no Brasil podem revelar a existência de novas
espécies que permaneceram ignoradas ao longo dos anos. De fato, o uso da biologia
molecular está revolucionando de forma positiva o nosso conhecimento sobre alguns
parasitos “bem conhecidos”, como o carrapato do cão marrom R. sanguineus s.l. [52, 161,
162, 341]. Da mesma forma, os dados genéticos sugerem que nematódeos identificados como
A. vasorum em cães na América do Sul podem representar uma espécie diferente daquela
observada em cães europeus [342]. Nessa perspectiva, o uso de técnicas de biologia
molecular deve tornar-se uma realidade no cotidiano de médicos veterinários que atuam no
Brasil e, portanto, o desenvolvimento de ferramentas moleculares rápidas, economicamente
acessíveis deve ser uma prioridade de pesquisa. Por exemplo, os testes sorológicos utilizados
atualmente pelas autoridades públicas não são capazes de discriminar cães infectados por L.
infantum daqueles infectados por L. braziliensis ou mesmo distinguir vacinados de cães
naturalmente infectados [343]. Portanto, médicos veterinários devem solicitar exames
complementares (e.g., isolamento e caracterização do parasito, PCR e seqüenciamento de
DNA) para confirmar se o cão está realmente infectado por L. infantum, a fim de evitar a
eliminação de cães infectados por outros parasitos e para decidir sobre a conduta terapêutica
mais adequada a ser adotada. A propósito, é importante também para monitorar a emergência
de resistência a certos princípios ativos (e.g., amitraz, fipronil, deltametrina e permetrina),
uma vez que esses compostos têm sido muito utilizados para o controle de ectoparasitos no
Brasil. Da mesma forma, não há informações sobre a eficácia de alguns endoparasiticidas
(e.g, praziquantel, pirantel, febantel e ivermectina), que são amplamente utilizados em
diferentes regiões brasileiras. Essas questões devem ser incluídas na agenda de pesquisa de
parasitologistas no Brasil, a fim de antecipar os problemas relacionados à resistência
parasitária a alguns princípios ativos atualmente utilizados para o controle de ectoparasitos e
endoparasitos de cães e gatos no país.
Conclusões
Em conclusão, os benefícios de se ter um cão ou um gato como animal de estimação são
indiscutíveis, mas o limite entre benefício e prejuizo é sutil. Certamente, o estreito contato
entre animais de estimação e humanos pode involuntariamente representar um risco para
humanos. Consequentemente, para evitar riscos potenciais associados a possuir um cão ou
um gato de estimação, é fundamental manter esses animais em boa saúde e protegidos contra
patógenos zoonóticos. Sem sombra de dúvidas, é nosso dever como veterinários garantir que
os pets e seus proprietários possam viver em harmonia sem representar uma ameaça uns aos
outros. Mas, sob uma perspectiva holística, veterinários e médicos deveriam trabalhar juntos
em busca de melhorar o bem-estar e saúde geral de ambos os animais e humanos.
Parafraseando um famoso cantor americano, apenas uma abordagem de “Uma Saúde” pode
nos ajudar a “heal the world” e “make it a better place” para cães, gatos e humanos.
Conflitos de interesse
Os autores declaram que não existem conflitos de interesse.
Agradecimentos
Novartis Animal Health apoiou a preparação dessa revisão. Obrigado a Vinícius Roratto
(Figura 1), Thiago André S. de Andrade (Figura 2), Fernando Silva e Pietra Lemos Costa
(Figura 4) e Carlos A. P. Parchen (Figura 5) por compartilhar as suas fotos. Obrigado também
a Viviana D. Tarallo por preparar os desenhos usados na Figura 3, os quais foram adaptados
de livros-texto (e.g., Ref. [13]) e de fotos gentilmente fornecidas pelo Prof. Marcelo de
Campos Pereira (http://www.icb.usp.br/~marcelcp/Default.htm).
Contribuições dos autores
FD-T escreveu e DO revisou criticamente o manuscrito. Ambos os autores aprovaram a
versão final do manuscrito.
Referências
1.
2.
3.
4.
5.
McConnell AR, Brown CM, Shoda TM, Stayton LE, Martin CE: Friends with
benefits: on the positive consequences of pet ownership. J Pers Soc Psychol 2011,
101:1239–1252.
Irwin PJ: Companion animal parasitology: a clinical perspective. Int J Parasitol
2002, 32:581–593.
Dantas-Torres F, Chomel BB, Otranto D: Ticks and tick-borne diseases: a One
Health perspective. Trends Parasitol 2012, 28:437–446.
Lorusso V, Dantas-Torres F, Caprio F, Manzionna M, Santoro N, Baneth G, Otranto
D: Paediatric visceral leishmaniasis in Italy: a 'One Health' approach is needed.
Parasit Vectors 2013, 6:123.
Pullan R, Brooker S: The health impact of polyparasitism in humans: are we
under-estimating the burden of parasitic diseases? Parasitology 2008, 135:783–
794.
6.
7.
8.
9.
10.
11.
12.
13.
14.
15.
16.
17.
18.
19.
20.
21.
22.
23.
den Boer M, Argaw D, Jannin J, Alvar J: Leishmaniasis impact and treatment
access. Clin Microbiol Infect 2011, 17:1471–1477.
Lustigman S, Prichard RK, Gazzinelli A, Grant WN, Boatin BA, McCarthy JS,
Basáñez MG: A research agenda for helminth diseases of humans: the problem of
helminthiases. PLoS Negl Trop Dis 2012, 6:e1582.
Ribeiro VM: Controle de helmintos de cães e gatos. Rev Bras Parasitol Vet 2004,
13(Suppl 1):88–95.
Dantas-Torres F: Canine vector-borne diseases in Brazil. Parasit Vectors 2008,
1:25.
Reck J, Soares JF, Termignoni C, Labruna MB, Martins JR: Tick toxicosis in a dog
bitten by Ornithodoros brasiliensis. Vet Clin Pathol 2011, 40:356–360.
Evans DE, Martins JR, Guglielmone AA: A review of the ticks (Acari, ixodida) of
Brazil, their hosts and geographic distribution - 1. The state of Rio Grande do
Sul, southern Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 2000, 95:453–470.
Labruna MB, Homem VS, Heinemann MB, Ferreira Neto JS: Ticks (Acari:
Ixodidae) associated with rural dogs in Uruará, eastern Amazon, Brazil. J Med
Entomol 2000, 37:774–776.
Linardi PM, Guimarães LR: Sifonápteros do Brasil. São Paulo: Ed. Museu de
Zoologia USP/FAPESP; 2000.
Guimarães JH, Tucci EC, Barros-Battesti DM: Ectoparasitos de importância
veterinária. São Paulo: Plêiade/FAPESP; 2001.
Rodrigues AFSF, Daemon E, D'Agosto M: Investigação sobre alguns ectoparasitos
em cães de rua no município de Juiz de Fora, Minas Gerais. Rev Bras Parasitol
Vet 2001, 10:13–19.
Szabó MP, Cunha TM, Pinter A, Vicentini F: Ticks (Acari: Ixodidae) associated
with domestic dogs in Franca region, São Paulo, Brazil. Exp Appl Acarol 2001,
25:909–916.
Bellato V, Sartor AA, Souza AP, Ramos BC: Ectoparasites in dogs from Lages
municipality, Santa Catarina, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2003, 12:95–98.
Dantas-Torres F, Figueredo LA, Faustino MAG: Ectoparasites of dogs from some
municipalities of the metropolitan region of Recife, Pernambuco state, Brazil.
Rev Bras Parasitol Vet 2004, 13:151–154.
Heukelbach J, Costa AM, Wilcke T, Mencke N, Feldmeier H: The animal reservoir
of Tunga penetrans in severely affected communities of north-east Brazil. Med
Vet Entomol 2004, 18:329–335.
Souza CP, Scott FB, Pereira MJS: Validity and reprodutibility of otoscopy and
pinnal pedal reflex on the diagnostic of Otodectes cynotis infestation in dogs. Rev
Bras Parasitol Vet 2004, 13:111–114.
Scofield A, Riera MDF, Elisei C, Massard CL, Linardi PM: Occurrence of
Rhopalopsyllus lutzi lutzi (Baker) (Siphonaptera, Rhopalopsyllidae) on Canis
familiaris (Linnaeus) from rural areas of the county of Piraí, State of Rio de
Janeiro, Brazil. Rev Bras Entomol 2005, 49:159–161.
Castro MCM, Rafael JA: Ectoparasites on cats and dogs from Manaus, Amazonas
State, Brazil. Acta Amaz 2006, 36:535–538.
Soares AO, Souza AD, Feliciano EA, Rodrigues AF, D'Agosto M, Daemon E:
Evaluation of ectoparasites and hemoparasites in dogs kept in apartments and
houses with yards in the city of Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil. Rev Bras
Parasitol Vet 2006, 15:13–16.
24.
25.
26.
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
36.
37.
38.
39.
40.
Dantas-Torres F, Figueredo LA: Heterodoxus spiniger (Enderlein, 1909) on
domestic dogs (Canis familiaris, L. 1758) from the city of Recife, Pernambuco
state, Brazil. Braz J Vet Res Anim Sci 2007, 43:77–80.
Szabó MP, Olegário MM, Santos AL: Tick fauna from two locations in the
Brazilian savannah. Exp Appl Acarol 2007, 43:73–84.
Cardoso CP, Stalliviere FM, Schelbauer CA, de Souza AP, Bellato V, Sartor AA:
Amblyomma tigrinum in the municipality of Lages, SC, and biology observations
under laboratory conditions. Rev Bras Parasitol Vet 2008, 17:56–58.
Rocha GS, Ahid SMM, Bezerra ACDS, Filgueira KD, Santos JPS: Mites frequency
in dogs and cats at the city of Mossoro, Rio Grande do Norte, Brazil. Acta Sci Vet
2008, 36:263–266.
Rodrigues DF, Daemon E, Rodrigues AF. Characterization of ectoparasites on
dogs in the nucleus of urban expansion of Juiz de Fora, Minas Gerais, Brazil. Rev
Bras Parasitol Vet 2008, 17:185–188.
Dantas-Torres F: Ticks on domestic animals in Pernambuco, Northeastern Brazil.
Rev Bras Parasitol Vet 2009, 18:22–28.
Dantas-Torres F, Melo MF, Figueredo LA, Brandão-Filho SP: Ectoparasite
infestation on rural dogs in the municipality of São Vicente Férrer, Pernambuco,
Northeastern Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2009, 18:75–77.
Martins TF, Spolidorio MG, Batista TC, Oliveira IA, Yoshinari NH, Labruna MB:
Occurrence of ticks (Acari: Ixodidae) in the municipality of Goiatins, Tocantins.
Rev Bras Parasitol Vet 2009, 18:50–52.
Klimpel S, Heukelbach J, Pothmann D, Rückert S: Gastrointestinal and
ectoparasites from urban stray dogs in Fortaleza (Brazil): high infection risk for
humans? Parasitol Res 2010, 107:713–719.
Szabó MP, de Souza LG, Olegário MM, Ferreira FA, de Albuquerque Pajuaba Neto
A: Ticks (Acari: Ixodidae) on dogs from Uberlândia, Minas Gerais, Brazil.
Transbound Emerg Dis 2010 57:72–74.
Guimarães AM, Lima BS, Rocha CMBM: Parasitic ectofauna of urban domiciled
dogs examined in private veterinary clinics from Lavras municipality, Minas
Gerais state, Brazil. Cien Anim Bras 2011, 12:172–177.
Costa-Junior LM, Rembeck K, Mendonça FL, Azevedo SC, Passos LM, Ribeiro MF:
Occurrence of ectoparasites on dogs in rural regions of the state of Minas Gerais,
Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2012, 21:237–242.
Heukelbach J, Frank R, Ariza L, de Sousa Lopes I, de Assis E Silva A, Borges AC,
Limongi JE, de Alencar CH, Klimpel S: High prevalence of intestinal infections
and ectoparasites in dogs, Minas Gerais State (southeast Brazil). Parasitol Res
2012, 111:1913–1921.
Mazioli R, Szabó M, Mafra C: Amblyomma nodosum (Acari: Ixodidae)
parasitizing a domestic dog in Colatina, Espírito Santo, Brazil. Rev Bras Parasitol
Vet 2012, 21:428–432.
Santos JL, Magalhães NB, Dos Santos HA, Ribeiro RR, Guimarães MP: Parasites of
domestic and wild canids in the region of Serra do Cipó National Park, Brazil.
Rev Bras Parasitol Vet 2012, 21:270–277.
Costa AP, Silva AB, Costa FB, Xavier GS, Martins TF, Labruna MB, Guerra RM: A
survey of ectoparasites infesting urban and rural dogs of Maranhão state, Brazil.
J Med Entomol 2013, 50:674–678.
Reck J, Marks FS, Guimarães JA, Termignoni C, Martins JR: Epidemiology of
Ornithodoros brasiliensis (mouro tick) in the southern Brazilian highlands and
41.
42.
43.
44.
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53.
54.
55.
the description of human and animal retrospective cases of tick parasitism. Ticks
Tick Borne Dis 2013, 4:101–109.
Souza CP, Verocai GG, Balbi M, Scott FB: Video otoscopy as a diagnostic tool for
canine otoacariasis. Rev Bras Parasitol Vet 2013, 22:440–442.
Mendes-de-Almeida F, Faria MC, Branco AS, Serrão ML, Souza AM, Almosny N,
Charme M, Labarthe N: Sanitary conditions of a colony of urban feral cats (Felis
catus Linnaeus, 1758) in a zoological garden of Rio de Janeiro, Brazil. Rev Inst
Med Trop Sao Paulo 2004, 46:269–274.
Pereira SA, Schubach TMP, Figueiredo FB, Paes Leme LR, Santos IB, Okamoto T,
Cuzzi T, Reis RS, Schubach A: Demodicosis associated with sporotrichosis and
pediculosis in a positive FIV/FeLV cat. Acta Sci Vet 2005, 33:75–78.
Mendes-de-Almeida F, Labarthe N, Guerrero J, Faria MC, Branco AS, Pereira CD,
Barreira JD, Pereira MJ: Follow-up of the health conditions of an urban colony of
free-roaming cats (Felis catus Linnaeus, 1758) in the city of Rio de Janeiro,
Brazil. Vet Parasitol 2007, 147:9–15.
Romeiro ET, Alves LC, Soares YM, Matoso UN, Faustino MA: Infestation by
Lynxacarus radovskyi (Tenorio, 1974) in domestic cats from Metropolitan Region
of Recife, Pernambuco, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2007, 16:159–162.
Aguiar J, Machado MLS, Ferreira RR, Hünning PS, Muschner AC, Ramos RZ:
Mixed infestation by Lynxacarus radovskyi and Felicola subrostratus in a cat in
Porto Alegre, RS, Brazil. Acta Scie Vet 2009, 37:301–305.
Stalliviere FM, Bellato V, Souza AP, Sartor AA, Moura AB, Rosa LD: Ectoparasites
and intestinal helminths in Felis catus domesticus from Lages city, SC, Brazil and
social-economical and cultural aspects of owners of family pets. Rev Bras
Parasitol Vet 2009, 18:26–31.
Ferreira DRA, Alves LC, Faustino MAG: Ectoparasitic species from Felis catus
domesticus (Linnaeus, 1758) in João Pessoa city, Paraíba state, Brazil. Biotemas
2010, 23:43–50.
Mendes-de-Almeida F, Crissiuma AL, Gershony LC, Willi LM, Paiva JP, Guerrero J,
Labarthe N: Characterization of ectoparasites in an urban cat (Felis catus
Linnaeus, 1758) population of Rio de Janeiro, Brazil. Parasitol Res 2011,
108:1431–1435.
Silva AS, Silva MK, Monteiro SG: Parasitism by Amblyomma triste in domestic
cat. Rev Bras Parasitol Vet 2007, 16:108–109.
Linardi PM, Santos JL: Ctenocephalides felis felis vs. Ctenocephalides canis
(Siphonaptera: Pulicidae): some issues in correctly identify these species. Rev
Bras Parasitol Vet 2012, 21:345–354.
Dantas-Torres F, Latrofa MS, Annoscia G, Giannelli A, Parisi A, Otranto D:
Morphological and genetic diversity of Rhipicephalus sanguineus sensu lato from
the New and Old Worlds. Parasit Vectors 2013, 6:213.
Barros-Battesti DM, Arzua M, Bechara GH. Carrapatos de importância médicoveterinária da Região Neotropical: Um guia ilustrado para identificação de espécies.
São Paulo: Vox/ International Consortium on Ticks and Tick-borne Diseases (ICTTD3)/Butantan; 2006.
Aragão HB, Fonseca F: Notas de ixodologia. VIII. Lista e chave para os
representantes da fauna ixodológica brasileira. Mem Inst Oswaldo Cruz 1961,
59:115–129.
Labruna MB, Campos Pereira M: Carrapato em cães no Brasil. Clin Vet 2001, 30:
24–32.
56.
57.
58.
59.
60.
61.
62.
63.
64.
65.
66.
67.
68.
69.
70.
71.
72.
73.
Martins TF, Onofrio VC, Barros-Battesti DM, Labruna MB: Nymphs of the genus
Amblyomma (Acari: Ixodidae) of Brazil: descriptions, redescriptions, and
identification key. Ticks Tick Borne Dis 2010, 1:75–99.
Azeredo-Espin AM, Madeira NG: Primary myiasis in dog caused by Phaenicia
eximia (Diptera: Calliphoridae) and preliminary mitochondrial DNA analysis of
the species in Brazil. J Med Entomol 1996, 33:839–843.
Silva Junior VP, Souza Leandro A, Moya Borja GE: Occurrence of berne,
Dermatobia hominis (Diptera: Cuterebridae) in several host, in the Rio de
Janeiro, Brazil. Parasitol día 1998, 22:97–101.
Cramer-Ribeiro BC, Sanavria A, Oliveira MQ, Souza FS, Rocco FS, Cardoso PG:
Inquiry of cases of myiasis by Cochliomyia hominivorax in dogs of the southern
zone of Rio de Janeiro city in 2000. Braz J Vet Res Anim Sci 2002, 39:171–175.
Cramer-Ribeiro BC, Sanavria A, Oliveira MQ, Souza FS, Rocco FS, Cardoso PG:
Inquiry of cases of myiasis by Dermatobia hominis in dogs of the southern zone of
Rio de Janeiro municipality in 2000. Braz J Vet Res Anim Sci 2002, 39:176–180.
Cramer-Ribeiro BC, Sanavria A, Monteiro HHMS, Oliveira MQ, Souza FS: Inquiry
of cases of myiasis by Cochliomyia hominivorax in dogs (Canis familiaris) of the
Northern and Western zones of Rio de Janeiro city in 2000. Braz J Vet Res Anim
Sci 2003, 40:13–20.
Cardozo SV, Ramadinha RR: Evaluation of myiasis treatment in dogs using
nitenpyram. R Bras Ci Vet 2007, 14:139–142.
Correia TR, Scott FB, Verocai GG, Souza CP, Fernandes JI, Melo RM, Vieira VP,
Ribeiro FA: Larvicidal efficacy of nitenpyram on the treatment of myiasis caused
by Cochliomyia hominivorax (Diptera: Calliphoridae) in dogs. Vet Parasitol 2010,
173:169–172.
Marotta CR, Scherer PO, Sanavria A: Cutaneous and oro-nasal internal myiasis by
Cochliomyia hominivorax (Coquerel, 1858) in feline (Felis catus) - Case report.
Rev Bras Med Vet 2011, 33:137-141.
Cansi ER, Demo C: Occurrence of myiasis in pets from the Federal District, in
Brazil. Acta Sci Vet 2011, 39:982.
Barros ATM, Koller WW, Catto JB, Soares CO: Stomoxys calcitrans outbreaks in
pastured beef cattle in the State of Mato Grosso do Sul, Brazil. Pesq Vet Bras
2010, 30:945–952.
Freitas MG, Costa HMA: Lista de helmintos parasitos dos animais domésticos do
Brasil. Arq Esc Vet UFMG 1959, 12:443-510.
Travassos L, Freitas JFT, Kohn A: Trematódeos do Brasil. Mem Inst Oswaldo Cruz
1959, 67:1–886.
Vicente JJ, Rodrigues HO, Gomes DC, Pinto RM: Nematóides do Brasil. Parte V.
Nematóides de mamíferos. Rev Bras Zool 1997, 14(Supl 1):1–452.
Costa JO, Guimarães MP, Lima WS, Lima EA: Endo and ectoparasites of dogs
from Vitoria county - Espírito Santo – Brazil. Arq Bras Med Vet Zootec 1990,
42:451–452.
Gennari SM, Kasai N, Pena HFJ, Cortez A: Occurrence of protozoa and helminthes
in faecal samples of dogs and cats from São Paulo city. Braz J Vet Res An Sci
1999, 36:87–91.
Hoffmann AN, Malgor R, de la Rue ML: Prevalence of Echinococcus granulosus
(Batsch, 1786) in urban stray dogs from Dom Pedrito in the state of Rio Grande
do Sul, Brazil. Cienc Rural 2001, 31:843–847.
Gontijo CM, da Silva ES, de Fuccio MB, de Sousa MC, Pacheco RS, Dias ES,
Andrade Filho JD, Brazil RP, Melo MN: Epidemiological studies of an outbreak of
74.
75.
76.
77.
78.
79.
80.
81.
82.
83.
84.
85.
86.
87.
88.
cutaneous leishmaniasis in the Rio Jequitinhonha Valley, Minas Gerais, Brazil.
Acta Trop 2002, 81:143–150.
Oliveira-Sequeira TC, Amarante AF, Ferrari TB, Nunes LC: Prevalence of intestinal
parasites in dogs from São Paulo State, Brazil. Vet Parasitol 2002, 103:19–27.
Oliveira-Júnior SD, Barçante JM, Barçante TA, Ribeiro VM, Lima WS: Ectopic
location of adult worms and first-stage larvae of Angiostrongylus vasorum in an
infected dog. Vet Parasitol 2004, 121:293–296.
Sreekumar C, Hill DE, Miska KB, Rosenthal BM, Vianna MC, Venturini L, Basso W,
Gennari SM, Lindsay DS, Dubey JP: Hammondia heydorni: evidence of genetic
diversity among isolates from dogs. Exp Parasitol 2004, 107:65–71.
Blazius RD, Emerick S, Prophiro JS, Romão PR, Silva OS: Occurrence of protozoa
and helminthes in faecal samples of stray dogs from Itapema City, Santa
Catarina. Rev Soc Bras Med Trop 2005, 38:73–74.
Herrera HM, Norek A, Freitas TP, Rademaker V, Fernandes O, Jansen AM:
Domestic and wild mammals infection by Trypanosoma evansi in a pristine area
of the Brazilian Pantanal region. Parasitol Res 2005, 96:121–126.
Passos LM, Geiger SM, Ribeiro MF, Pfister K, Zahler-Rinder M: First molecular
detection of Babesia vogeli in dogs from Brazil. Vet Parasitol 2005, 127:81–85.
Rubini AS, dos Santos Paduan K, Cavalcante GG, Ribolla PE, O'Dwyer LH:
Molecular identification and characterization of canine Hepatozoon species from
Brazil. Parasitol Res 2005, 97:91–93.
Savani ES, Nunes VL, Galati EA, Castilho TM, Araujo FS, Ilha IM, Camargo MC,
D'Auria SR, Floeter-Winter LM: Occurrence of co-infection by Leishmania
(Leishmania) chagasi and Trypanosoma (Trypanozoon) evansi in a dog in the state
of Mato Grosso do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 2005, 100:739–741.
Andrade HM, Reis AB, dos Santos SL, Volpini AC, Marques MJ, Romanha AJ: Use
of PCR-RFLP to identify Leishmania species in naturally-infected dogs. Vet
Parasitol 2006, 140:231–238.
e Silva LM, Miranda RR, Santos HA, Rabelo EM: Differential diagnosis of dog
hookworms based on PCR-RFLP from the ITS region of their rDNA. Vet
Parasitol 2006, 140:373–377.
Labruna MB, Pena HFJ, Souza SLP, Pinter A, Silva JCR, Ragozo AMA, Camargo
LMA, Gennari SM: Prevalence of endoparasites in dogs from the urban area of
Monte Negro municipality, Rondônia, Brazil. Arq Inst Biol São Paulo 2006,
73:183–193.
Madeira MF, Schubach A, Schubach TM, Pacheco RS, Oliveira FS, Pereira SA,
Figueiredo FB, Baptista C, Marzochi MC: Mixed infection with Leishmania
(Viannia) braziliensis and Leishmania (Leishmania) chagasi in a naturally
infected dog from Rio de Janeiro, Brazil. Trans R Soc Trop Med Hyg 2006,
100:442–445.
Pereira BJ, Girardelli GL, Trivilin LO, Lima VR, Nunes Lde C, Martins IV: The
occurrence of dioctophymosis in dogs from Municipality of Cachoeiro do
Itapemirim in the State of Espírito Santo, Brazil, from May to December of 2004.
Rev Bras Parasitol Vet 2006, 15:123–125.
Trapp SM, Messick JB, Vidotto O, Jojima FS, de Morais HS: Babesia gibsoni
genotype Asia in dogs from Brazil. Vet Parasitol 2006, 141:177–180.
Velasquez LG, Membrive N, Membrive U, Rodrigues G, Reis N, Lonardoni MV,
Teodoro U, Tessmann IP, Silveira TG: PCR in the investigation of canine
American tegumentary leishmaniasis in northwestern Paraná State, Brazil. Cad
Saude Publica 2006, 22:571–578.
89.
90.
91.
92.
93.
94.
95.
96.
97.
98.
99.
100.
101.
102.
Forlano MD, Teixeira KR, Scofield A, Elisei C, Yotoko KS, Fernandes KR, Linhares
GF, Ewing SA, Massard CL: Molecular characterization of Hepatozoon sp. from
Brazilian dogs and its phylogenetic relationship with other Hepatozoon spp. Vet
Parasitol 2007, 145:21–30.
Gomes AH, Ferreira IM, Lima ML, Cunha EA, Garcia AS, Araújo MF, PereiraChioccola VL: PCR identification of Leishmania in diagnosis and control of
canine leishmaniasis. Vet Parasitol 2007, 144:234–241.
Katagiri S, Oliveira-Sequeira TCG: Zoonoses caused by dog intestinal parasites
and the problem of diagnosis. Arq Inst Biol 2007, 74:175–184.
Mundim MJ, Rosa LA, Hortêncio SM, Faria ES, Rodrigues RM, Cury MC:
Prevalence of Giardia duodenalis and Cryptosporidium spp. in dogs from different
living conditions in Uberlândia, Brazil. Vet Parasitol 2007, 144:356–359.
Nakagawa TL, Bracarense AP, dos Reis AC, Yamamura MH, Headley SA: Giant
kidney worm (Dioctophyma renale) infections in dogs from Northern Paraná,
Brazil. Vet Parasitol 2007, 145:366–370.
Souza SL, Gennari SM, Richtzenhain LJ, Pena HF, Funada MR, Cortez A, Gregori F,
Soares RM: Molecular identification of Giardia duodenalis isolates from humans,
dogs, cats and cattle from the state of São Paulo, Brazil, by sequence analysis of
fragments of glutamate dehydrogenase (gdh) coding gene. Vet Parasitol 2007,
149:258–264.
Thomaz A, Meireles MV, Soares RM, Pena HF, Gennari SM: Molecular
identification of Cryptosporidium spp. from fecal samples of felines, canines and
bovines in the state of São Paulo, Brazil. Vet Parasitol 2007, 150:291–296.
Tolezano JE, Uliana SR, Taniguchi HH, Araújo MF, Barbosa JA, Barbosa JE,
Floeter-Winter LM, Shaw JJ: The first records of Leishmania (Leishmania)
amazonensis in dogs (Canis familiaris) diagnosed clinically as having canine
visceral leishmaniasis from Araçatuba County, São Paulo State, Brazil. Vet
Parasitol 2007, 149:280–284.
Volotão AC, Costa-Macedo LM, Haddad FS, Brandão A, Peralta JM, Fernandes O:
Genotyping of Giardia duodenalis from human and animal samples from Brazil
using beta-giardin gene: a phylogenetic analysis. Acta Trop 2007, 102:10–19.
Campos Filho PC, Barros LM, Campos JO, Braga VB, Cazorla IM, Albuquerque GR,
Carvalho SM: Zoonotic parasites in dog feces at public squares in the
municipality of Itabuna, Bahia, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2008, 17:206–209.
Fernandes AB, Baêta BA, Filho WF, Massad FV, Rebouças FA, De Carvalho JB,
Lopes CW: Relationship between companion animals and intestinal parasites in
children at municipality of Seropédica, RJ. Rev Bras Parasitol Vet 2008, 17(Suppl
1):296–300.
Katagiri S, Oliveira-Sequeira TC: Prevalence of dog intestinal parasites and risk
perception of zoonotic infection by dog owners in São Paulo State, Brazil.
Zoonoses Public Health 2008, 55:406–413.
Meireles P, Montiani-Ferreira F, Thomaz-Soccol V: Survey of giardiosis in
household and shelter dogs from metropolitan areas of Curitiba, Paraná state,
Southern Brazil. Vet Parasitol 2008, 152:242–248.
Oliveira Lima AN, da Silva Santos S, Herrera HM, Gama C, Cupolillo E, Jansen AM,
Fernandes O: Trypanosoma evansi: molecular homogeneity as inferred by
phenetical analysis of ribosomal internal transcribed spacers DNA of an eclectic
parasite. Exp Parasitol 2008, 118:402–407.
103.
104.
105.
106.
107.
108.
109.
110.
111.
112.
113.
114.
115.
Rubini AS, dos Santos Paduan K, Von Ah Lopes V, O'Dwyer LH: Molecular and
parasitological survey of Hepatozoon canis (Apicomplexa: Hepatozoidae) in dogs
from rural area of São Paulo state, Brazil. Parasitol Res 2008, 102:895–899.
Shigueru FJ, Garcia JL, Vidotto MC, Balarin MR, Fabretti AK, Gasparini MR,
Coelho AL, Vidotto O: Occurrence and molecular characterization of Babesia
species in a canine hospital population in the Londrina Region, Paraná State,
Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2008, 17(Suppl 1):277–283.
Torrico KJ, Santos KR, Martins T, Paz e Silva FM, Takahira RK, Lopes RS:
Occurrence of gastrointestinal parasites in dogs and cats in the laboratory of
routine of parasitic diseases FMVZ/Unesp-Botucatu, SP. Rev Bras Parasitol Vet
2008, 17(Suppl 1):182–183.
Costa-Júnior LM, Ribeiro MF, Rembeck K, Rabelo EM, Zahler-Rinder M, Hirzmann
J, Pfister K, Passos LM: Canine babesiosis caused by Babesia canis vogeli in rural
areas of the State of Minas Gerais, Brazil and factors associated with its
seroprevalence. Res Vet Sci 2009, 86:257–260.
Furtado AP, Do Carmo ES, Giese EG, Vallinoto AC, Lanfredi RM, Santos JN:
Detection of dog filariasis in Marajo Island, Brazil by classical and molecular
methods. Parasitol Res 2009, 105:1509–1515
Madeira MF, Sousa MA, Barros JH, Figueiredo FB, Fagundes A, Schubach A, DE
Paula CC, Faissal BN, Fonseca TS, Thoma HK, Marzochi MC: Trypanosoma
caninum n. sp. (Protozoa: Kinetoplastida) isolated from intact skin of a domestic
dog (Canis familiaris) captured in Rio de Janeiro, Brazil. Parasitology 2009,
136:411–423.
O'Dwyer LH, Lopes VV, Rubini AS, Paduan Kdos S, Ribolla PE: Babesia spp.
infection in dogs from rural areas of São Paulo State, Brazil. Rev Bras Parasitol
Vet 2009, 18:23–26.
Oliveira LP, Cardozo GP, Santos EV, Mansur MA, Donini IA, Zissou VG, Roberto
PG, Marins M: Molecular analysis of the rRNA genes of Babesia spp and
Ehrlichia canis detected in dogs from Ribeirão Preto, Brazil. Braz J Microbiol
2009, 40:238–240.
Quaresma PF, Murta SM, Ferreira Ede C, Rocha-Lima AC, Xavier AA, Gontijo CM:
Molecular diagnosis of canine visceral leishmaniasis: identification of Leishmania
species by PCR-RFLP and quantification of parasite DNA by real-time PCR.
Acta Trop 2009, 111:289–294.
Spolidorio MG, Labruna MB, Zago AM, Donatele DM, Caliari KM, Yoshinari NH:
Hepatozoon canis infecting dogs in the State of Espírito Santo, southeastern
Brazil. Vet Parasitol 2009, 163:357–361.
Dantas-Torres F, de Paiva-Cavalcanti M, Figueredo LA, Melo MF, Silva FJ, Silva
AL, Almeida EL, Brandão-Filho SP: Cutaneous and visceral leishmaniasis in dogs
from a rural community in northeastern Brazil. Vet Parasitol 2010, 170:313–317.
Gomes PV, Mundim MJ, Mundim AV, de Ávila DF, Guimarães EC, Cury MC:
Occurrence of Hepatozoon sp. in dogs in the urban area originating from a
municipality in southeastern Brazil. Vet Parasitol 2010, 174:155–161.
Sevá AP, Funada MR, Souza SO, Nava A, Richtzenhain LJ, Soares RM: Occurrence
and molecular characterization of Cryptosporidium spp. isolated from domestic
animals in a rural area surrounding Atlantic dry forest fragments in Teodoro
Sampaio municipality, State of São Paulo, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2010,
19:249–253.
116.
117.
118.
119.
120.
121.
122.
123.
124.
125.
126.
127.
128.
129.
130.
Coelho WM, Amarante AF, Apolinário Jde C, Coelho NM, Bresciani KD:
Occurrence of Ancylostoma in dogs, cats and public places from Andradina city,
São Paulo state, Brazil. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 2011, 53:181–184.
Dias ES, Regina-Silva S, França-Silva JC, Paz GF, Michalsky EM, Araújo SC,
Valadão JL, de Oliveira Lara-Silva F, de Oliveira FS, Pacheco RS, Fortes-Dias CL:
Eco-epidemiology of visceral leishmaniasis in the urban area of Paracatu, state of
Minas Gerais, Brazil. Vet Parasitol 2011, 176:101–111.
Duarte SC, Parente JA, Pereira M, Soares CM, Linhares GF: Phylogenetic
characterization of Babesia canis vogeli in dogs in the state of Goiás, Brazil. Rev
Bras Parasitol Vet 2011, 20:274–280.
Soares JF, Girotto A, Brandão PE, Da Silva AS, França RT, Lopes ST, Labruna MB:
Detection and molecular characterization of a canine piroplasm from Brazil. Vet
Parasitol 2011, 180:203–208.
Costa LM Jr, Zahler-Rinder M, Ribeiro MF, Rembeck K, Rabelo EM, Pfister K,
Passos LM: Use of a Real Time PCR for detecting subspecies of Babesia canis. Vet
Parasitol 2012, 188:160–163.
Eloy LJ, Lucheis SB: Hemoculture and polymerase chain reaction using primers
TCZ1/TCZ2 for the diagnosis of canine and feline trypanosomiasis. ISRN Vet Sci
2012, 2012:419378.
Gonçalves AQ, Ascaso C, Santos I, Serra PT, Julião GR, Orlandi PP: Calodium
hepaticum: household clustering transmission and the finding of a source of
human spurious infection in a community of the Amazon region. PLoS Negl Trop
Dis 2012, 6:e1943.
Langoni H, Matteucci G, Medici B, Camossi LG, Richini-Pereira VB, Silva RC:
Detection and molecular analysis of Toxoplasma gondii and Neospora caninum
from dogs with neurological disorders. Rev Soc Bras Med Trop 2012, 45:365–368.
Lemos TD, Cerqueira Ade M, Toma HK, Silva AV, Corrêa RG, Paludo GR, Massard
CL, Almosny NR: Detection and molecular characterization of piroplasms species
from naturally infected dogs in southeast Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2012,
21:137–142.
Martins CM, Barros CC, Bier D, Marinho AP, Figueiredo JM, Hoffmann JL, Molento
MB, Biondo AW: Dog parasite incidence and risk factors, from sampling after
one-year interval, in Pinhais, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2012, 21:101–106.
Paz e Silva FM, Monobe MM, Lopes RS, Araujo JP Jr: Molecular characterization
of Giardia duodenalis in dogs from Brazil. Parasitol Res 2012, 110:325–334.
Santana VL, Souza AP, Lima DASD, Araújo AL, Justiniano SV, Dantas RP, Guedes
PMM, Melo MA: Clinical and laboratorial characterization of naturally infected
Trypanosoma cruzi dogs in the northeastern semi-arid. Pesq Vet Bras 2012,
32:536–541.
Leça Júnior NF, Dos Anjos Almeida V, Santos Carvalho F, Rego Albuquerque G,
Lessa Silva F: First report of Trypanosoma cruzi infection in naturally infected
dogs from southern Bahia, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet, in press.
Morais RC, Gonçalves SC, Costa PL, da Silva KG, da Silva FJ, Silva RP, de Brito
ME, Brandão-Filho SP, Dantas-Torres F, de Paiva-Cavalcanti M: Detection of
Leishmania infantum in animals and their ectoparasites by conventional PCR
and real time PCR. Exp Appl Acarol 2013, 59:473–481.
Rocha FL, Roque AL, Arrais RC, Santos JP, Lima VS, Xavier SC, Cordeir-Estrela P,
D'Andrea PS, Jansen AM: Trypanosoma cruzi TcI and TcII transmission among
131.
132.
133.
134.
135.
136.
137.
138.
139.
140.
141.
142.
143.
144.
wild carnivores, small mammals and dogs in a conservation unit and
surrounding areas, Brazil. Parasitology 2013, 140:160–170.
Labarthe N, Ferreira AM, Guerrero J, Newcomb K, Paes-de-Almeida E: Survey of
Dirofilaria immitis (Leidy, 1856) in random source cats in metropolitan Rio de
Janeiro, Brazil, with descriptions of lesions. Vet Parasitol 1997, 71:301–306.
Serra CM, Uchôa CM, Coimbra RA: Parasitological study with faecal samples of
stray and domiciliated cats (Felis catus domesticus) from the Metropolitan Area
of Rio de Janeiro, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop 2003, 36:331–334.
Labarthe N, Serrão ML, Ferreira AM, Almeida NK, Guerrero J: A survey of
gastrointestinal helminths in cats of the metropolitan region of Rio de Janeiro,
Brazil. Vet Parasitol 2004, 123:133–139.
Coelho WM, do Amarante AF, de Soutello RV, Meireles MV, Bresciani KD:
Occurrence of gastrointestinal parasites in fecal samples of cats in Andradina
City, São Paulo. Rev Bras Parasitol Vet 2009, 18:46–49.
Verocai GG, Measures LN, Azevedo FD, Correia TR, Fernandes JI, Scott FB:
Dioctophyme renale (Goeze, 1782) in the abdominal cavity of a domestic cat from
Brazil. Vet Parasitol 2009, 161:342–344.
Sobrinho LS, Rossi CN, Vides JP, Braga ET, Gomes AA, de Lima VM, Perri SH,
Generoso D, Langoni H, Leutenegger C, Biondo AW, Laurenti MD, Marcondes M:
Coinfection of Leishmania chagasi with Toxoplasma gondii, Feline
Immunodeficiency Virus (FIV) and Feline Leukemia Virus (FeLV) in cats from
an endemic area of zoonotic visceral leishmaniasis. Vet Parasitol 2012, 187:302–
306.
Ramos DG, Scheremeta RG, Oliveira AC, Sinkoc AL, Pacheco R de C: Survey of
helminth parasites of cats from the metropolitan area of Cuiabá, Mato Grosso,
Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2013, 22:201–206.
Perez RR, Rubini AS, O'Dwyer LH: The first report of Hepatozoon spp.
(Apicomplexa, Hepatozoidae) in domestic cats from São Paulo state, Brazil.
Parasitol Res 2004, 94:83–85.
Savani ES, de Oliveira Camargo MC, de Carvalho MR, Zampieri RA, dos Santos
MG, D'Auria SR, Shaw JJ, Floeter-Winter LM: The first record in the Americas of
an autochthonous case of Leishmania (Leishmania) infantum chagasi in a
domestic cat (Felix catus) from Cotia County, São Paulo State, Brazil. Vet
Parasitol 2004, 120:229–233.
Schubach TM, Figueiredo FB, Pereira SA, Madeira MF, Santos IB, Andrade MV,
Cuzzi T, Marzochi MC, Schubach A: American cutaneous leishmaniasis in two
cats from Rio de Janeiro, Brazil: first report of natural infection with
Leishmania (Viannia) braziliensis. Trans R Soc Trop Med Hyg 2004, 98:165–167.
Souza AI, Barros EM, Ishikawa E, Ilha IM, Marin GR, Nunes VL: Feline
leishmaniasis due to Leishmania (Leishmania) amazonensis in Mato Grosso do
Sul State, Brazil. Vet Parasitol 2005, 128:41–45.
Criado-Fornelio A, Ruas JL, Casado N, Farias NA, Soares MP, Müller G, Brumt JG,
Berne ME, Buling-Saraña A, Barba-Carretero JC: New molecular data on
mammalian Hepatozoon species (Apicomplexa: Adeleorina) from Brazil and
Spain. J Parasitol 2006, 92:93–99.
Rubini AS, Dos Santos Paduan K, Perez RR, Ribolla PE, O'Dwyer LH: Molecular
characterization of feline Hepatozoon species from Brazil. Vet Parasitol 2006,
137:168–171.
Coelho WM, Lima VM, Amarante AF, Langoni H, Pereira VB, Abdelnour A,
Bresciani KD: Occurrence of Leishmania (Leishmania) chagasi in a domestic cat
145.
146.
147.
148.
149.
150.
151.
152.
153.
154.
155.
156.
157.
(Felis catus) in Andradina, São Paulo, Brazil: case report. Rev Bras Parasitol Vet
2010, 19:256–258.
Coelho WM, Richini-Pereira VB, Langoni H, Bresciani KD: Molecular detection of
Leishmania sp. in cats (Felis catus) from Andradina Municipality, São Paulo
State, Brazil. Vet Parasitol 2011, 176:281–282.
de Bortoli CP, André MR, Braga Mdo S, Machado RZ: Molecular characterization
of Hepatozoon sp. in cats from São Luís Island, Maranhão, Northeastern Brazil.
Parasitol Res 2011, 109:1189–1192.
Vides JP, Schwardt TF, Sobrinho LS, Marinho M, Laurenti MD, Biondo AW,
Leutenegger C, Marcondes M: Leishmania chagasi infection in cats with
dermatologic lesions from an endemic area of visceral leishmaniosis in Brazil. Vet
Parasitol 2011, 178:22–28.
Maia LM, Cerqueira AM, de Barros Macieira D, de Souza AM, Moreira NS, da Silva
AV, Messick JB, Ferreira RF, Almosny NR: Cytauxzoon felis and 'Candidatus
Mycoplasma haemominutum' coinfection in a Brazilian domestic cat (Felis
catus). Rev Bras Parasitol Vet 2013, 22:289–291.
Coura-Vital W, Marques MJ, Veloso VM, Roatt BM, Aguiar-Soares RD, Reis LE,
Braga SL, Morais MH, Reis AB, Carneiro M: Prevalence and factors associated
with Leishmania infantum infection of dogs from an urban area of Brazil as
identified by molecular methods. PLoS Negl Trop Dis 2011, 5:e1291.
Teles NM, Agostini MA, Bigeli JG, Noleto RV, Oliveira JD, de Oliveira Junior WP:
Molecular and parasitological detection of Leishmania spp. in dogs caught in
Palmas, TO, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2012, 21:278–282.
Tomaz-Soccol V, Castro EA, Navarro IT, de Farias MR, de Souza LM, Carvalho Y,
Bispo S, Membrive NA, Minozzo JC, Truppel J, Bueno W, Luz E: Allochthonous
cases of canine visceral leishmaniasis in Paraná, Brazil: epidemiological
implications. Rev Bras Parasitol Vet 2009, 18:46–51.
Marcondes CB, Pirmez C, Silva ES, Laurentino-Silva V, Steindel M, Santos AJ,
Smaniotto H, Silva CF, Schuck Neto VF, Donetto A: A survey of visceral
leishmaniasis in dogs from Santa Maria and neighbouring municipalities, State
of Rio Grande do Sul. Rev Soc Bras Med Trop 2003, 36:499–501.
Salomón OD, Orellano PW: Lutzomyia longipalpis in Clorinda, Formosa province,
an area of potential visceral leishmaniasis transmission in Argentina. Mem Inst
Oswaldo Cruz 2005, 100:475–476.
Brazil RP, Caballero NN, Hamilton JG: Identification of the sex pheromone of
Lutzomyia longipalpis (Lutz and Neiva, 1912) (Diptera: Psychodidae) from
Asunción, Paraguay. Parasit Vectors 2009, 2:51.
Salomón OD, Basmajdian Y, Fernández MS, Santini MS: Lutzomyia longipalpis in
Uruguay: the first report and the potential of visceral leishmaniasis
transmission. Mem Inst Oswaldo Cruz 2011, 106:381–382.
Oliveira AG, Galati EA, de Oliveira O, de Oliveira GR, Espindola IA, Dorval ME,
Brazil RP: Abundance of Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae:
Phlebotominae) and urban transmission of visceral leishmaniasis in Campo
Grande, state of Mato Grosso do Sul, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 2006,
101:869–874.
Souza GD, Santos Ed, Andrade Filho JD: The first report of the main vector of
visceral leishmaniasis in America, Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva)
(Diptera: Psychodidae: Phlebotominae), in the state of Rio Grande do Sul,
Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 2009, 104:1181–1182.
158.
159.
160.
161.
162.
163.
164.
165.
166.
167.
168.
169.
170.
171.
172.
173.
Loretti AP, Barros SS: Hemorrhagic disease in dogs infected with an unclassified
intraendothelial piroplasm in southern Brazil. Vet Parasitol 2005, 134:193–213.
Silva AS, Martins DB, Soares JF, França RT: Canine rangeliosis: the need for
differential diagnosis. Parasitol Res 2013, 112:1329–1332.
Szabó MP, Pinter A, Labruna MB: Ecology, biology and distribution of spottedfever tick vectors in Brazil. Front Cell Infect Microbiol 2013, 3:27.
Burlini L, Teixeira KR, Szabó MP, Famadas KM: Molecular dissimilarities of
Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) in Brazil and its relation with
samples throughout the world: is there a geographical pattern? Exp Appl Acarol
2010, 50:361–374.
Moraes-Filho J, Marcili A, Nieri-Bastos FA, Richtzenhain LJ, Labruna MB: Genetic
analysis of ticks belonging to the Rhipicephalus sanguineus group in Latin
America. Acta Trop 2011, 117:51–55.
Alves LC, de Almeida Silva LV, Faustino MA, McCall JW, Supakonderj P, Labarthe
NW, Sanchez M, Caires O: Survey of canine heartworm in the city of Recife,
Pernambuco, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 1999, 94:587–590.
Brito AC, Vila-Nova MC, Martins Rocha DA, Gomes Costa L, Pinheiro de Almeida
WA, da Silva Viana L, Ramalho Lopes R Jr, Fontes G, da Rocha EM, Regis L:
Prevalence of canine filariasis by Dirofilaria immitis and Dipetalonema
reconditum in Maceió, Alagoas State, Brazil. Cad Saude Publica 2001, 17:1497–
504.
Linardi PM: Endoparasitos de Ctenocephalides felis felis (Siphonaptera:
Pulicidae) em Belo Horizonte, MG. Biológico 2002, 64:65.
Reifur L, Thomaz-Soccol V, Montiani-Ferreira F: Epidemiological aspects of
filariosis in dogs on the coast of Paraná state, Brazil: with emphasis on
Dirofilaria immitis. Vet Parasitol 2004, 122:273–286.
Avelar DM, Bussolotti AS, do Carmo A Ramos M, Linardi PM: Endosymbionts of
Ctenocephalides felis felis (Siphonaptera: Pulicidae) obtained from dogs captured
in Belo Horizonte, Minas Gerais, Brazil. J Invertebr Pathol 2007, 94:149–152.
Dantas-Torres F, de Brito ME, Brandão-Filho SP: Seroepidemiological survey on
canine leishmaniasis among dogs from an urban area of Brazil. Vet Parasitol
2006, 140:54–60.
Figueredo LA, Dantas-Torres F, de Faria EB, Gondim LF, Simões-Mattos L,
Brandão-Filho SP, Mota RA: Occurrence of antibodies to Neospora caninum and
Toxoplasma gondii in dogs from Pernambuco, Northeast Brazil. Vet Parasitol
2008, 157:9–13.
Santos JM, Dantas-Torres F, Mattos MR, Lino FR, Andrade LS, Souza RC, Brito FL,
Brito ME, Brandão-Filho SP, Simões-Mattos L: Prevalence of anti-Leishmania spp
antibodies in dogs from Garanhuns, in the middle scrub zone (Agreste) of
Pernambuco. Rev Soc Bras Med Trop 2010, 43:41–45.
Coelho WM, do Amarante AF, Apolinário JC, Coelho NM, de Lima VM, Perri SH,
Bresciani KD: Seroepidemiology of Toxoplasma gondii, Neospora caninum, and
Leishmania spp. infections and risk factors for cats from Brazil. Parasitol Res
2011, 109:1009–1013.
Cardia DF, Camossi LG, Neto LD, Langoni H, Bresciani KD: Prevalence of
Toxoplasma gondii and Leishmania spp. infection in cats from Brazil. Vet
Parasitol 2013, 197:634–637.
Nogueira CI, Mesquita LP, Abreu CC, Nakagaki KY, Seixas JN, Bezerra PS, Rocha
CM, Guimaraes AM, Peconick AP, Varaschin MS: Risk factors associated with
seroprevalence of Neospora caninum in dogs from urban and rural areas of milk
174.
175.
176.
177.
178.
179.
180.
181.
182.
183.
184.
185.
186.
187.
and coffee production in Minas Gerais state, Brazil. Epidemiol Infect 2013,
141:2286–2293.
Labarthe N, Serrão ML, Melo YF, de Oliveira SJ, Lourenço-de-Oliveira R: Mosquito
frequency and feeding habits in an enzootic canine dirofilariasis area in Niterói,
state of Rio de Janeiro, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 1998, 93:145–154.
Resende MC, Camargo MC, Vieira JR, Nobi RC, Porto MN, Oliveira CD, Pessanha
JE, Cunha Mda C, Brandão ST: Seasonal variation of Lutzomyia longipalpis in Belo
Horizonte, State of Minas Gerais. Rev Soc Bras Med Trop 2006, 39:51–55.
Ximenes MF, Castellón EG, De Souza MF, Menezes AA, Queiroz JW, Macedo e
Silva VP, Jerônimo SM: Effect of abiotic factors on seasonal population dynamics
of Lutzomyia longipalpis (Diptera: Psychodidae) in northeastern Brazil. J Med
Entomol 2006, 43:990–995.
Oliveira AG, Galati EA, Fernandes CE, Dorval ME, Brazil RP: Seasonal variation of
Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) (Diptera: Psychodidae:
Phlebotominae) in endemic area of visceral leishmaniasis, Campo Grande, state
of Mato Grosso do Sul, Brazil. Acta Trop 2008, 105:55–61.
Amóra SS, Bevilaqua CM, Dias EC, Feijó FM, Oliveira PG, Peixoto GC, Alves ND,
Oliveira LM, Macedo IT: Monitoring of Lutzomyia longipalpis Lutz & Neiva, 1912
in an area of intense transmission of visceral leishmaniasis in Rio Grande do
Norte, Northeast Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2010, 19:39–43.
Saraiva L, Andrade Filho JD, Falcão AL, de Carvalho DA, de Souza CM, Freitas CR,
Gomes Lopes CR, Moreno EC, Melo MN: Phlebotominae fauna (Diptera:
Psychodidae) in an urban district of Belo Horizonte, Brazil, endemic for visceral
leishmaniasis: characterization of favored locations as determined by spatial
analysis. Acta Trop 2011, 117:137–145.
Costa PL, Dantas-Torres F, da Silva FJ, Guimarães VC, Gaudêncio K, Brandão-Filho
SP: Ecology of Lutzomyia longipalpis in an area of visceral leishmaniasis
transmission in north-eastern Brazil. Acta Trop 2013, 126:99–102.
Reinhold-Castro KR, Fenelon VC, Rossi RM, Brito JE, Freitas JS, Teodoro U:
Impact of control measures and dynamics of sand flies in southern Brazil. J
Vector Ecol 2013, 38:63–68.
Silveira JA, Passos LM, Ribeiro MF: Population dynamics of Rhipicephalus
sanguineus (Latrielle, 1806) in Belo Horizonte, Minas Gerais state, Brazil. Vet
Parasitol 2009, 161:270–275.
Louly CCB, Fonseca IN, Oliveira VF, Linhares GFC, Menezes LB, Borges LMF:
Seasonal dynamics of Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) in dogs from a
police unit in Goiania, Goias, Brazil. Cienc Rural 2007, 37:464–469.
Maia MG, Costa RT, Haddad JP, Passos LM, Ribeiro MF: Epidemiological aspects
of canine babesiosis in the semiarid area of the state of Minas Gerais, Brazil.
Prev Vet Med 2007, 79:155–162.
Heukelbach J, Jackson A, Ariza L, Feldmeier H: Prevalence and risk factors of
hookworm-related cutaneous larva migrans in a rural community in Brazil. Ann
Trop Med Parasitol 2008, 102:53–61.
Tiyo R, Guedes TA, Falavigna DL, Falavigna-Guilherme AL: Seasonal
contamination of public squares and lawns by parasites with zoonotic potential
in southern Brazil. J Helminthol 2008, 82:1–6.
Andresiuk V, Sardella N, Denegri G: Seasonal fluctuations in prevalence of dog
intestinal parasites in public squares of Mar del Plata city, Argentina and its risk
for humans. Rev Argent Microbiol 2007, 39:221–224.
188.
189.
190.
191.
192.
193.
194.
195.
196.
197.
198.
199.
200.
201.
Táparo CV, Perri SHV, Serrano ACM, Ishizaki MN, Costa TP, Amarante AFT,
Bresciani KDS: Comparison between coproparasitological techniques for the
diagnosis of helminth eggs or protozoa oocysts in dogs. Rev Bras Parasitol Vet
2006, 15:1–5.
Mandarino-Pereira A, de Souza FS, Lopes CW, Pereira MJ: Prevalence of parasites
in soil and dog feces according to diagnostic tests. Vet Parasitol 2010, 170:176–
181.
Katagiri S, Oliveira-Sequeira TC: Comparison of three concentration methods for
the recovery of canine intestinal parasites from stool samples. Exp Parasitol 2010,
126:214–216.
Gomes JF, Hoshino-Shimizu S, Dias LC, Araujo AJ, Castilho VL, Neves FA:
Evaluation of a novel kit (TF-Test) for the diagnosis of intestinal parasitic
infections. J Clin Lab Anal 2004, 18:132–138.
Farias LN, Malgor R, Cassaravilla C, Bragança C, de la Rue ML: Echinococcosis in
southern Brazil: efforts toward implementation of a control program in Santana
do Livramento, Rio Grande do Sul. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 2004, 46:153–
156.
Monteiro RM, Pena HF, Gennari SM, de Souza SO, Richtzenhain LJ, Soares RM:
Differential diagnosis of oocysts of Hammondia-like organisms of dogs and cats
by PCR-RFLP analysis of 70-kilodalton heat shock protein (HSP70) gene.
Parasitol Res 2008, 103:235-238.
Soares RM, Lopes EG, Keid LB, Sercundes MK, Martins J, Richtzenhain LJ:
Identification of Hammondia heydorni oocysts by a heminested-PCR (hnPCRAP10) based on the H. heydorni RAPD fragment AP10. Vet Parasitol 2011,
175:168–172.
Dantas-Torres F, Figueredo LA: Canine babesiosis: a Brazilian perspective. Vet
Parasitol 2006, 141:197–203.
Trapp SM, Dagnone AS, Vidotto O, Freire RL, Amude AM, de Morais HS:
Seroepidemiology of canine babesiosis and ehrlichiosis in a hospital population.
Vet Parasitol 2006, 140:223–230.
Guimarães AM, Rocha CM, Oliveira TM, Rosado IR, Morais LG, Santos RR:
Factors associated the seropositivity for Babesia, Toxoplasma, Neospora e
Leishmania in dogs attended at nine veterinary clinics in the municipality of
Lavras, MG. Rev Bras Parasitol Vet 2009, 18(Suppl 1):49–53.
Furuta PI, Oliveira TM, Theixeira MC, Rocha AG, Machado RZ, Tinucci-Costa MG:
Comparison between a soluble antigen-based ELISA and IFAT in detecting
antibodies against Babesia canis in dogs. Rev Bras Parasitol Vet 2009, 18:41–45.
Ramos R, Ramos C, Araújo F, Oliveira R, Souza I, Pimentel D, Galindo M, Santana
M, Rosas E, Faustino M, Alves L: Molecular survey and genetic characterization
of tick-borne pathogens in dogs in metropolitan Recife (north-eastern Brazil).
Parasitol Res 2010, 107:1115–1120.
Almeida AB, Sousa VR, Gasparetto ND, da Silva GF, Figueiredo FB, Dutra V,
Nakazato L, Madeira MF: Canine visceral leishmaniasis: diagnostic approaches
based on polymerase chain reaction employing different biological samples.
Diagn Microbiol Infect Dis 2013, 76:321–324.
Ferreira SA, Almeida GG, Silva SO, Vogas GP, Fujiwara RT, de Andrade AS, Melo
MN: Nasal, oral and ear swabs for canine visceral leishmaniasis diagnosis: new
practical approaches for detection of Leishmania infantum DNA. PLoS Negl Trop
Dis 2013, 7:e2150.
202.
203.
204.
205.
206.
207.
208.
209.
210.
211.
212.
213.
214.
215.
216.
217.
Paiva Cavalcanti M, Dantas-Torres F, da Cunha Gonçalves de Albuquerque S, Silva
de Morais RC, de Brito ME, Otranto D, Brandão-Filho SP: Quantitative real time
PCR assays for the detection of Leishmania (Viannia) braziliensis in animals and
humans. Mol Cell Probes 2013, 27:122–128.
Reis LE, Coura-Vital W, Roatt BM, Bouillet LE, Ker HG, Fortes de Brito RC,
Resende DD, Carneiro M, Giunchetti RC, Marques MJ, Carneiro CM, Reis AB:
Molecular diagnosis of canine visceral leishmaniasis: A comparative study of
three methods using skin and spleen from dogs with natural Leishmania
infantum infection. Vet Parasitol 2013, 197:498–503.
Silva MA, Pedrosa Soares CR, Medeiros RA, Medeiros Z, de Melo FL: Optimization
of single-tube nested PCR for the diagnosis of visceral leishmaniasis. Exp
Parasitol 2013, 134:206–210.
Madeira MF, de O Schubach A, Schubach TM, Pereira SA, Figueiredo FB, Baptista
C, Leal CA, Melo CX, Confort EM, Marzochi MC: Post mortem parasitological
evaluation of dogs seroreactive for Leishmania from Rio de Janeiro, Brazil. Vet
Parasitol 2006, 138:366–370.
Silva DA, Madeira MF, Teixeira AC, de Souza CM, Figueiredo FB: Laboratory tests
performed on Leishmania seroreactive dogs euthanized by the leishmaniasis
control program. Vet Parasitol 2011, 179:257–261.
Cavalcanti A, Lobo R, Cupolillo E, Bustamante F, Porrozzi R: Canine cutaneous
leishmaniasis caused by neotropical Leishmania infantum despite of systemic
disease: A case report. Parasitol Int 2012, 61:738–740.
Souza AI, Nunes VLB, Borralho VM, Ishikawa EAY: Domestic feline cutaneous
leishmaniasis in the municipality of Ribas do Rio Pardo, Mato Grosso do Sul
state, Brazil: a case report. J Venom Anim Toxins incl Trop Dis 2009, 15:359–365.
Demeler J, Ramünke S, Wolken S, Ianiello D, Rinaldi L, Gahutu JB, Cringoli G, von
Samson-Himmelstjerna G, Krücken J: Discrimination of gastrointestinal nematode
eggs from crude fecal egg preparations by inhibitor-resistant conventional and
real-time PCR. PLoS One 2013, 8:e61285.
Deplazes P, van Knapen F, Schweiger A, Overgaauw PA: Role of pet dogs and cats
in the transmission of helminthic zoonoses in Europe, with a focus on
echinococcosis and toxocarosis. Vet Parasitol 2011, 182:41–53.
Lucio-Forster A, Liotta JL, Yaros JP, Briggs KR, Mohammed HO, Bowman DD:
Morphological differentiation of eggs of Ancylostoma caninum, Ancylostoma
tubaeforme, and Ancylostoma braziliense from dogs and cats in the United States.
J Parasitol 2012, 98:1041–1044.
Taylor MA: Recent developments in ectoparasiticides. Vet J 2001, 161:253–268.
Wall R: Ectoparasites: future challenges in a changing world. Vet Parasitol 2007,
148:62–74.
Pollmeier M, Pengo G, Jeannin P, Soll M: Evaluation of the efficacy of fipronil
formulations in the treatment and control of biting lice, Trichodectes canis (De
Geer, 1778) on dogs. Vet Parasitol 2002, 107:127–136.
Stanneck D, Kruedewagen EM, Fourie JJ, Horak IG, Davis W, Krieger KJ: Efficacy
of an imidacloprid/flumethrin collar against fleas, ticks, mites and lice on dogs.
Parasit Vectors 2012, 5:102.
Kužner J, Turk S, Grace S, Soni-Gupta J, Fourie JJ, Marchiondo AA, Rugg D:
Confirmation of the efficacy of a novel fipronil spot-on for the treatment and
control of fleas, ticks and chewing lice on dogs. Vet Parasitol 2013, 193:245–251.
Serra-Freire NM, Benigno RNM, Oliveira SA, Lopes LMS, Galvão G: Lynxacarus
radovskyi - diagnostic and treatment in cats from the Metropolitan region of
218.
219.
220.
221.
222.
223.
224.
225.
226.
227.
228.
229.
230.
231.
232.
233.
234.
235.
Belem City, Para State. Rev Universidade Rural, Série Ciências da Vida 2002,
22:57–60.
Franco MB, Hamann W: Doramectin in the treatment of dogs with sarcoptic
mange and gastrintestinal nematodes. Arch Vet Sci 2004, 9:23–29.
Silva RPB, Belettini ST, Stel RF, Martins LA, Pachaly JR: Canine dermodicosis and
new treatment perspectives: review. Arq Cienc Vet Zool Unipar 2008, 11:139–151.
Otranto D, Wall R: New strategies for the control of arthropod vectors of disease
in dogs and cats. Med Vet Entomol 2008, 22:291–302.
Paz GF, Labruna MB, Leite RC: Drop off rhythm of Rhipicephalus sanguineus
(Acari: Ixodidae) of artificially infested dogs. Rev Bras Parasitol Vet 2008,
17:139–144.
Blagburn BL, Dryden MW: Biology, treatment, and control of flea and tick
infestations. Vet Clin North Am Small Anim Pract 2009, 39:1173–1200.
Oliveira Lima JW, de Góes Cavalcanti LP, Pontes RJ, Heukelbach J: Survival of
Betta splendens fish (Regan, 1910) in domestic water containers and its
effectiveness in controlling Aedes aegypti larvae (Linnaeus, 1762) in Northeast
Brazil. Trop Med Int Health 2010, 15:1525–1532.
Barbosa RM, Regis LN: Monitoring temporal fluctuations of Culex
quinquefasciatus using oviposition traps containing attractant and larvicide in an
urban environment in Recife, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz 2011, 106:451–415.
Ministério da Saúde: Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral.
Brasília: Ministério da Saúde; 2006.
Ministério da Saúde: Manual de Vigilância da leishmaniose tegumentar americana.
2a ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2007.
Alexander B, Barros VC, de Souza SF, Barros SS, Teodoro LP, Soares ZR, Gontijo
NF, Reithinger R: Susceptibility to chemical insecticides of two Brazilian
populations of the visceral leishmaniasis vector Lutzomyia longipalpis (Diptera:
Psychodidae). Trop Med Int Health 2009, 14:1272–1277.
Belinato TA, Martins AJ, Valle D: Fitness evaluation of two Brazilian Aedes
aegypti field populations with distinct levels of resistance to the organophosphate
temephos. Mem Inst Oswaldo Cruz 2012, 107:916–922.
Courtenay O, Gillingwater K, Gomes PA, Garcez LM, Davies CR: Deltamethrinimpregnated bednets reduce human landing rates of sandfly vector Lutzomyia
longipalpis in Amazon households. Med Vet Entomol 2007, 21:168–176.
Araujo JM, Araújo JV, Braga FR, Araújo DM, Ferreira SR, Soares FE, Benjamin LA:
Survival of Pochonia chlamydosporia in the gastrointestinal tract of
experimentally treated dogs. Res Vet Sci 2012, 93:803–806.
Otranto D, Dantas-Torres F: The prevention of canine leishmaniasis and its impact
on public health. Trends Parasitol 2013, 29:339–345.
Dantas-Torres F, Latrofa MS, Weigl S, Tarallo VD, Lia RP, Otranto D: Hepatozoon
canis infection in ticks during spring and summer in Italy. Parasitol Res 2012,
110:695–698.
Giannelli A, Ramos RA, Di Paola G, Mencke N, Dantas-Torres F, Baneth G, Otranto
D: Transstadial transmission of Hepatozoon canis from larvae to nymphs of
Rhipicephalus sanguineus. Vet Parasitol 2013, 196:1–5.
Dantas-Torres F: Canine leishmaniosis in South America. Parasit Vectors 2009,
2(Suppl 1):S1.
Bongiorno G, Paparcone R, Manzillo VF, Oliva G, Cuisinier AM, Gradoni L:
Vaccination with LiESP/QA-21 (CaniLeish®) reduces the intensity of infection in
236.
237.
238.
239.
240.
241.
242.
243.
244.
245.
246.
247.
248.
Phlebotomus perniciosus fed on Leishmania infantum infected dogs-A
preliminary xenodiagnosis study. Vet Parasitol 2013, 197:691–695.
Otranto D, de Caprariis D, Lia RP, Tarallo V, Lorusso V, Testini G, Dantas-Torres F,
Latrofa S, Diniz PP, Mencke N, Maggi RG, Breitschwerdt E, Capelli G, Stanneck D:
Prevention of endemic canine vector-borne diseases using imidacloprid 10% and
permethrin 50% in young dogs: a longitudinal field study. Vet Parasitol 2010,
172:323–332.
Dantas-Torres F, Capelli G, Giannelli A, Ramos RA, Lia RP, Cantacessi C, de
Caprariis D, De Tommasi AS, Latrofa MS, Lacasella V, Tarallo VD, Di Paola G,
Qurollo B, Breitschwerdt E, Stanneck D, Otranto D: Efficacy of an
imidacloprid/flumethrin collar against fleas, ticks and tick-borne pathogens in
dogs. Parasit Vectors 2013, 6:245.
Otranto D, Dantas-Torres F, de Caprariis D, Di Paola G, Tarallo VD, Latrofa MS, Lia
RP, Annoscia G, Breitshwerdt EB, Cantacessi C, Capelli G, Stanneck D: Prevention
of canine leishmaniosis in a hyper-endemic area using a combination of 10%
imidacloprid/4.5% flumethrin. PLoS One 2013, 8:e56374.
Beugnet F, Franc M: Insecticide and acaricide molecules and/or combinations to
prevent pet infestation by ectoparasites. Trends Parasitol 2012, 28:267–279.
Beugnet F, Delport P, Luus H, Crafford D, Fourie J: Preventive efficacy of
Frontline(®) Combo and Certifect(®) against Dipylidium caninum infestation of
cats and dogs using a natural flea (Ctenocephalides felis) infestation model.
Parasite 2013, 20:7.
Fourie JJ, Ollagnier C, Beugnet F, Luus HG, Jongejan F: Prevention of transmission
of Ehrlichia canis by Rhipicephalus sanguineus ticks to dogs treated with a
combination of fipronil, amitraz and (S)-methoprene (CERTIFECT®). Vet
Parasitol 2013, 193:223–228.
Dantas-Torres F, Figueredo LA, Brandão-Filho SP: Rhipicephalus sanguineus
(Acari: Ixodidae), the brown dog tick, parasitizing humans in Brazil. Rev Soc
Bras Med Trop 2006, 39:64–67.
Guglielmone AA, Beati L, Barros-Battesti DM, Labruna MB, Nava S, Venzal JM,
Mangold AJ, Szabó MP, Martins JR, González-Acuña D, Estrada-Peña A: Ticks
(Ixodidae) on humans in South America. Exp Appl Acarol 2006, 40:83–100.
Louly CCB, Fonseca IN, Oliveira VF, Borges LMF: Occurrence of Rhipicephalus
sanguineus in workers of veterinary clinics and kennels from Goiânia county,
Goiás, Brazil. Cienc Anim Bras 2006, 7:103–106.
Szabó MP, Labruna MB, Castagnolli KC, Garcia MV, Pinter A, Veronez VA,
Magalhães GM, Castro MB, Vogliotti A: Ticks (Acari: Ixodidae) parasitizing
humans in an Atlantic rainforest reserve of Southeastern Brazil with notes on
host suitability. Exp Appl Acarol 2006, 39:339–346.
Serra-Freire NM: Occurrence of ticks (Acari: Ixodidae) on human hosts, in three
municipalities in the State of Pará, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2010, 19:141–
147.
Borsoi ABP, Serra-Freire NM: Parasitic relations between human beings and ticks
in the Volta Redonda city, state of Rio de Janeiro, Brazil. Rev UNIABEU 2012,
5:306–317.
Dantas-Torres F: Rocky Mountain spotted fever. Lancet Infect Dis 2007, 7:724–
732.
249.
250.
251.
252.
253.
254.
255.
256.
257.
258.
259.
260.
261.
262.
263.
264.
Perez M, Bodor M, Zhang C, Xiong Q, Rikihisa Y: Human infection with Ehrlichia
canis accompanied by clinical signs in Venezuela. Ann N Y Acad Sci 2006,
1078:110–117.
Vieira RF, Vieira TS, Nascimento DA, Martins TF, Krawczak FS, Labruna MB,
Chandrashekar R, Marcondes M, Biondo AW, Vidotto O: Serological survey of
Ehrlichia species in dogs, horses and humans: zoonotic scenery in a rural
settlement from southern Brazil. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 2013, 55:335–340.
Saito TB, Cunha-Filho NA, Pacheco RC, Ferreira F, Pappen FG, Farias NA, Larsson
CE, Labruna MB: Canine infection by rickettsiae and ehrlichiae in southern
Brazil. Am J Trop Med Hyg 2008, 79:102–108.
Santos F, Coppede JS, Pereira AL, Oliveira LP, Roberto PG, Benedetti RB, Zucoloto
LB, Lucas F, Sobreira L, Marins M: Molecular evaluation of the incidence of
Ehrlichia canis, Anaplasma platys and Babesia spp. in dogs from Ribeirão Preto,
Brazil. Vet J 2009, 179:145–148.
Silva JN, Almeida AB, Boa Sorte Eda C, Freitas AG, Santos LG, Aguiar DM, Sousa
VR: Seroprevalence anti-Ehrlichia canis antibodies in dogs of Cuiabá, Mato
Grosso. Rev Bras Parasitol Vet 2010, 19:108–111.
Souza BM, Leal DC, Barboza DC, Uzêda RS, De Alcântara AC, Ferreira F, Labruna
MB: Prevalence of ehrlichial infection among dogs and ticks in Northeastern
Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2010, 19:89–93.
Aguiar DM, Cavalcante GT, Pinter A, Gennari SM, Camargo LM, Labruna MB:
Prevalence of Ehrlichia canis (Rickettsiales: Anaplasmataceae) in dogs and
Rhipicephalus sanguineus (Acari: Ixodidae) ticks from Brazil. J Med Entomol
2007, 44:126–132.
Dantas-Torres F: The brown dog tick, Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806)
(Acari: Ixodidae): from taxonomy to control. Vet Parasitol 2008, 152:173–185.
Limongi JE, Silva JJ, Paula MBC, Mendes J: Epidemiologic aspects of flea
infestations in the urban area of Uberlândia, Minas Gerais, 2007-2010. Epidemiol
Serv Saude 2013, 22:285–294.
Oliveira RP, Galvão MA, Mafra CL, Chamone CB, Calic SB, Silva SU, Walker DH:
Rickettsia felis in Ctenocephalides spp. fleas, Brazil. Emerg Infect Dis 2002, 8:317–
319.
Parola P: Rickettsia felis: from a rare disease in the USA to a common cause of
fever in sub-Saharan Africa. Clin Microbiol Infect 2011, 17:996–1000.
Traversa D: Pet roundworms and hookworms: a continuing need for global
worming. Parasit Vectors 2012, 5:91.
Vidal JE, Sztajnbok J, Seguro AC: Eosinophilic meningoencephalitis due to
Toxocara canis: case report and review of the literature. Am J Trop Med Hyg
2003, 69:341–343.
Moreira-Silva SF, Rodrigues MG, Pimenta JL, Gomes CP, Freire LH, Pereira FE:
Toxocariasis of the central nervous system: with report of two cases. Rev Soc Bras
Med Trop 2004, 37:169–174.
Musso C, Castelo JS, Tsanaclis AM, Pereira FE: Prevalence of Toxocara-induced
liver granulomas, detected by immunohistochemistry, in a series of autopsies at a
Children's Reference Hospital in Vitoria, ES, Brazil. Virchows Arch 2007,
450:411–417.
Schuster A, Lesshafft H, Reichert F, Talhari S, de Oliveira SG, Ignatius R, Feldmeier
H: Hookworm-related cutaneous larva migrans in northern Brazil: resolution of
clinical pathology after a single dose of ivermectin. Clin Infect Dis 2013, 57:1155–
1157.
265.
266.
267.
268.
269.
270.
271.
272.
273.
274.
275.
276.
277.
278.
279.
Fragoso RP, Monteiro MB, Lemos EM, Pereira FE: Anti-Toxocara antibodies
detected in children attending elementary school in Vitoria, State of Espírito
Santo, Brazil: prevalence and associated factors. Rev Soc Bras Med Trop 2011,
44:461–466.
Souza RF, Dattoli VC, Mendonça LR, Jesus JR, Baqueiro T, Santana Cde C, Santos
NM, Barrouin-Melo SM, Alcantara-Neves NM: Prevalence and risk factors of
human infection by Toxocara canis in Salvador, State of Bahia, Brazil. Rev Soc
Bras Med Trop 2011, 44:516–519.
Mattia S, Colli CM, Adami CM, Guilherme GF, Nishi L, Rubinsky-Elefant G,
Marchioro AA, Gomes ML, Falavigna-Guilherme AL: Seroprevalence of Toxocara
infection in children and environmental contamination of urban areas in Paraná
State, Brazil. J Helminthol 2012, 86:440–445.
Mendonça LR, Veiga RV, Dattoli VC, Figueiredo CA, Fiaccone R, Santos J, Cruz
ÁA, Rodrigues LC, Cooper PJ, Pontes-de-Carvalho LC, Barreto ML, AlcantaraNeves NM: Toxocara seropositivity, atopy and wheezing in children living in poor
neighbourhoods in urban Latin American. PLoS Negl Trop Dis 2012, 6:e1886.
Schoenardie ER, Scaini CJ, Brod CS, Pepe MS, Villela MM, McBride AJ, Borsuk S,
Berne ME: Seroprevalence of Toxocara infection in children from southern
Brazil. J Parasitol 2013, 99:537–539.
Capuano DM, Rocha GM: Environmental contamination by Toxocara sp. eggs in
Ribeirão Preto, São Paulo State, Brazil. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 2005,
47:223–226.
Cassenote AJ, Pinto Neto JM, Lima-Catelani AR, Ferreira AW: Soil contamination
by eggs of soil-transmitted helminths with zoonotic potential in the town of
Fernandópolis, State of São Paulo, Brazil, between 2007 and 2008. Rev Soc Bras
Med Trop 2011, 44:371–374.
Gallina T, Silva MA, Castro LL, Wendt EW, Villela MM, Berne ME: Presence of
eggs of Toxocara spp. and hookworms in a student environment in Rio Grande
do Sul, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2011, 20:176–177.
Marques JP, Guimarães CR, Boas AV, Carnaúba PU, Moraes J: Contamination of
public parks and squares from Guarulhos (São Paulo State, Brazil ) by Toxocara
spp. and Ancylostoma spp. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 2012, 54:267–271.
Marchioro AA, Colli CM, Ferreira EC, Tiyo R, Mattia S, de Souza WF, FalavignaGuilherme AL: Identification of public areas with potential toxocariasis
transmission risk using Geographical Information Systems. Acta Parasitol 2013
58:328–333.
Artigas PT, Araújo P, Romiti N, Ruivo M: Sobre um caso de parasitismo humano
por Lagochilascaris minor Leiper, 1909, no Estado de São Paulo, Brasil. Rev Inst
Med Trop Sao Paulo 1968, 10:78–83.
Veloso MG, Faria MC, de Freitas JD, Moraes MA, Gorini DF, de Mendonça JL:
Human lagochilascariasis. 3 cases encountered in the Federal District, Brazil.
Rev Inst Med Trop Sao Paulo 1992, 34:587–591.
Aguilar-Nascimento JE, Silva GM, Tadano T, Valadares Filho M, Akiyama AM,
Castelo A: Infection of the soft tissue of the neck due to Lagochilascaris minor.
Trans R Soc Trop Med Hyg 1993, 87:198.
Vieira MA, de Oliveira JA, Ferreira LS, de Oliveira V, Barbosa CA: A case report of
human lagochilascariasis coming from Pará State, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop
2000, 33:87–90.
Aquino RT, Magliari ME, Vital Filho J, Silva MA, Lima CA, Rocha AJ, Silva CJ,
Rewin JA, Nahas TR, Chieffi PP: Lagochilascariasis leading to severe involvement
280.
281.
282.
283.
284.
285.
286.
287.
288.
289.
290.
291.
292.
293.
294.
295.
296.
297.
of ocular globes, ears and meninges. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 2008, 50:355–
358.
Palheta-Neto FX, Leão RNQ, Neto HF, Tomita S, Lima MAMT, Pezzin-Palheta AC:
Contribution to the study of human lagochilascariasis. Rev Bras Otorrinolaringol
2002 68:101–105.
Amato JF, Grisi L, Pimentel Neto M: Two cases of fistulated abscesses caused by
Lagochilascaris major in the domestic cat. Mem Inst Oswaldo Cruz 1990, 85:471–
473.
Sudré AP, Uchôa F, Brener B: Lagochilascariasis in a housecat and the potential
risk for human disease. Braz J Infect Dis 2012, 16:111–112.
Faccio L, Oliveira CB, Denardin CA, Tonin AA, Gressler LT, Dalla Rosa L, Sampaio
LC, Stainki DR, Monteiro SG. Case report: Feline infection by Lagochilascaris sp.
in the State of Rio Grande do Sul, Brazil. Vet Parasitol 2013, 196:541–543.
Barbosa CAL, Barbosa AP, Campos DMB: Domestic cat (Felis catus domesticus) as
a possible reservoir of Lagochilascaris minor Leiper, 1909. Rev Patol Trop 2005,
34:205–211.
Moura MQ, Jeske S, Gallina T, Borsuk S, Berne ME, Villela MM: First report of
Lagochilascaris (Nematoda: Ascarididae) eggs in a public park in Southern
Brazil. Vet Parasitol 2012, 184:359–361.
Marinho RP, Neves DP: Dipylidium caninum (Dilepididae-Cestoda). Report of 2
human cases. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 1979, 21:266–268.
Lemos CH, Oliveira CR: Infestação humana pelo Dipylidium caninum. Rev Soc
Bras Med Trop 1985, 18:267–268.
Maia MA, Campos DMB, Damasceno FA: Dipylidium caninum (CestodaDilepididae). Report of one human case in Goiânia, Goiás, Brazil. Rev Patol Trop
1991, 20:7–12.
Larrieu E, Zanini F: Critical analysis of cystic echinococcosis control programs
and praziquantel use in South America, 1974-2010. Rev Panam Salud Publica
2012, 31:81–87.
de la Rue ML: Cystic echinococcosis in southern Brazil. Rev Inst Med Trop Sao
Paulo 2008, 50:53–56.
Moraes MA, Sobreira MN, Medeiros Filho P, Tavares AC, Gomes MI: Polycystic
hydatidosis: casual finding of calcified hydatid cyst simulating mesenteric
neoplasm. Rev Soc Bras Med Trop 2003, 36:519–521.
D'Alessandro A, Rausch RL: New aspects of neotropical polycystic (Echinococcus
vogeli) and unicystic (Echinococcus oligarthrus) echinococcosis. Clin Microbiol
Rev 2008, 21:380–401.
Eckert J, Deplazes P: Biological, epidemiological, and clinical aspects of
echinococcosis, a zoonosis of increasing concern. Clin Microbiol Rev 2004, 17:107–
135.
Dantas-Torres F, Otranto D: Dirofilariosis in the Americas: a more virulent
Dirofilaria immitis? Parasit Vectors 2013, 6:288.
Milanez de Campos JR, Barbas CS, Filomeno LT, Fernandez A, Minamoto H, Filho
JV, Jatene FB: Human pulmonary dirofilariasis: analysis of 24 cases from São
Paulo, Brazil. Chest 1997, 112:729–733.
Rodrigues-Silva R, Moura H, Dreyer G, Rey L: Human pulmonary dirofilariasis: a
review. Rev Inst Med Trop Sao Paulo 1995, 37:523–530.
Cavallazzi R, Cavallazzi A, Souza I, Cardoso J: Dirofilariose pulmonar humana:
relato de sete casos. J Pneumol 2002, 28:100–102.
298.
299.
300.
301.
302.
303.
304.
305.
306.
307.
308.
309.
310.
311.
312.
Rodrigues-Silva R, Guerra RJ, de Almeida FB, Machado-Silva JR, de Paiva DD:
Human pulmonary dirofilariasis at Rio de Janeiro, Brazil: a case report. Rev Soc
Bras Med Trop 2004, 37:56–59.
Otranto D, Diniz DG, Dantas Torres F, Casiraghi M, De Almeida IN, De Almeida
LN, Dos Santos JN, Furtado AP, De Almeida Sobrinho EF, Bain O: Human
intraocular filariasis caused by Dirofilaria sp. nematode, Brazil. Emerg Infect Dis
2011, 17:863–866.
Dantas-Torres F, Solano-Gallego L, Baneth G, Ribeiro VM, de Paiva-Cavalcanti M,
Otranto D: Canine leishmaniosis in the Old and New Worlds: unveiled
similarities and differences. Trends Parasitol 2012, 28:531–538.
Maia-Elkhoury AN, Alves WA, Sousa-Gomes ML, Sena JM, Luna EA: Visceral
leishmaniasis in Brazil: trends and challenges. Cad Saude Publica 2008, 24:2941–
2947.
Costa CH, Stewart JM, Gomes RB, Garcez LM, Ramos PK, Bozza M, Satoskar A,
Dissanayake S, Santos RS, Silva MR, Shaw JJ, David JR, Maguire JH:
Asymptomatic human carriers of Leishmania chagasi. Am J Trop Med Hyg 2002,
66:334–337.
Silveira FT, Lainson R, Crescente JA, de Souza AA, Campos MB, Gomes CM,
Laurenti MD, Corbett CE: A prospective study on the dynamics of the clinical and
immunological evolution of human Leishmania (L.) infantum chagasi infection in
the Brazilian Amazon region. Trans R Soc Trop Med Hyg 2010, 104:529–535.
Lima ID, Queiroz JW, Lacerda HG, Queiroz PV, Pontes NN, Barbosa JD, Martins
DR, Weirather JL, Pearson RD, Wilson ME, Jeronimo SM: Leishmania infantum
chagasi in northeastern Brazil: asymptomatic infection at the urban perimeter.
Am J Trop Med Hyg 2012, 86:99–107.
Alvarenga DG, Escalda PM, Costa AS, Monreal MT: Visceral leishmaniasis:
retrospective study on factors associated with lethality. Rev Soc Bras Med Trop
2010, 43:194–197.
Madalosso G, Fortaleza CM, Ribeiro AF, Cruz LL, Nogueira PA, Lindoso JA:
American visceral leishmaniasis: factors associated with lethality in the state of
São Paulo, Brazil. J Trop Med 2012, 2012:281572.
Barata RA, Peixoto JC, Tanure A, Gomes ME, Apolinário EC, Bodevan EC, de
Araújo HS, Dias ES, Pinheiro AC: Epidemiology of visceral leishmaniasis in a
reemerging focus of intense transmission in Minas Gerais state, Brazil. Biomed
Res Int 2013, 2013:405083.
Dubey JP, Lago EG, Gennari SM, Su C, Jones JL: Toxoplasmosis in humans and
animals in Brazil: high prevalence, high burden of disease, and epidemiology.
Parasitology 2012, 139:1375–1424.
Ekman CC, Chiossi MF, Meireles LR, Andrade Júnior HF, Figueiredo WM, Marciano
MA, Luna EJ: Case-control study of an outbreak of acute toxoplasmosis in an
industrial plant in the state of São Paulo, Brazil. Rev Inst Med Trop Sao Paulo
2012, 54:239–244.
Xavier GA, Cademartori BG, Cunha Filho NA, Farias NA: Evaluation of
seroepidemiological toxoplasmosis in HIV/AIDS patients in the south of Brazil.
Rev Inst Med Trop Sao Paulo 2013, 55:25–30.
Hotez PJ, Dumonteil E, Heffernan MJ, Bottazzi ME: Innovation for the 'bottom 100
million': eliminating neglected tropical diseases in the Americas. Adv Exp Med
Biol 2013, 764:1–12.
Coura JR, Dias JC: Epidemiology, control and surveillance of Chagas disease: 100
years after its discovery. Mem Inst Oswaldo Cruz 2009, 104(Suppl 1):31-40.
313.
314.
315.
316.
317.
318.
319.
320.
321.
322.
323.
324.
325.
326.
Deane LM: Animal reservoirs of Trypanosoma cruzi in Brazil. Rev Bras Malariol
Doenças Trop 1964, 16:27–48.
Alencar JE, Almeida YM, Santos AR, Freitas LM: Epidemiology of Chagas' disease
in the state of Ceará, Brazil. Rev Bras Malariol D Trop 1975, 26:5–26.
Mott KE, Mota EA, Sherlock I, Hoff R, Muniz TM, Oliveira TS, Draper CC:
Trypanosoma cruzi infection in dogs and cats and household seroreactivity to T.
cruzi in a rural community in northeast Brazil. Am J Trop Med Hyg 1978,
27:1123–1127.
Barrett TV, Hoff R, Mott KE, Guedes F, Sherlock IA: An outbreak of acute
Chagas's disease in the São Francisco Valley region of Bahia, Brazil: triatomine
vectors and animal reservoirs of Trypanosoma cruzi. Trans R Soc Trop Med Hyg
1979, 73:703–709.
Maywald PG, Machado MI, Costa-Cruz JM, Gonçalves-Pires M: Leishmaniose
tegumentar, visceral e doença de Chagas caninas em municípios do Triângulo
Mineiro e Alto Paranaíba, Minas Gerais, Brasil. Cad Saude Publica 1996, 12:321–
328.
Herrera L, D'Andrea PS, Xavier SC, Mangia RH, Fernandes O, Jansen AM:
Trypanosoma cruzi infection in wild mammals of the National Park 'Serra da
Capivara' and its surroundings (Piauí, Brazil), an area endemic for Chagas
disease. Trans R Soc Trop Med Hyg 2005, 99:379–388.
Souza-Lima RD, Barbosa MD, Coura JR, Arcanjo AR, Nascimento AD, Ferreira JM,
Magalhães LK, Albuquerque BC, Araújo GA, Guerra JA: Outbreak of acute Chagas
disease associated with oral transmission in the Rio Negro region, Brazilian
Amazon. Rev Soc Bras Med Trop 2013, 46:510–514.
Cerqueira EJ, Silva EM, Monte-Alegre AF, Sherlock IA: Notes on fleas
(Siphonaptera) of the fox Cerdocyon thous (Canidae) from an endemic area of
visceral leishmaniasis in Jacobina, Bahia, Brazil. Rev Soc Bras Med Trop 2000,
33:91–93.
Labruna MB, Jorge RS, Sana DA, Jácomo AT, Kashivakura CK, Furtado MM, Ferro
C, Perez SA, Silveira L, Santos TS Jr, Marques SR, Morato RG, Nava A, Adania CH,
Teixeira RH, Gomes AA, Conforti VA, Azevedo FC, Prada CS, Silva JC, Batista AF,
Marvulo MF, Morato RL, Alho CJ, Pinter A, Ferreira PM, Ferreira F, Barros-Battesti
DM: Ticks (Acari: Ixodida) on wild carnivores in Brazil. Exp Appl Acarol 2005,
36:149–163.
Dantas-Torres F, Ferreira DR, Melo LM, Lima PA, Siqueira DB, Rameh-deAlbuquerque LC, de Melo AV, Ramos JA: Ticks on captive and free-living wild
animals in northeastern Brazil. Exp Appl Acarol 2010, 50:181–189.
Martins JR, Reck J Jr, Doyle RL, Cruz NL, Vieira AW, Souza UA: Amblyomma
aureolatum (Acari: Ixodidae) parasitizing margay (Leopardus wiedii) in Rio
Grande do Sul. Rev Bras Parasitol Vet 2010, 19:189–191.
Ruas JL, Muller G, Farias NA, Gallina T, Lucas AS, Pappen FG, Sinkoc AL, Brum
JG: Helminths of Pampas fox, Pseudalopex gymnocercus (Fischer, 1814) and of
Crab-eating fox, Cerdocyon thous (Linnaeus, 1766) in the South of the State of
Rio Grande do Sul, Brazil. Rev Bras Parasitol Vet 2008, 17:87–92.
Ribeiro CT, Verocai GG, Tavares LE: Dioctophyme renale (Nematoda,
Dioctophymatidae) infection in the crab-eating fox (Cerdocyon thous) from
Brazil. J Wildl Dis 2009, 45:248–250.
Vieira FM, Luque JL, Lima SS, Neto AH, Muniz-Pereira LC: Dipylidium caninum
(Cyclophyllidea, Dipylidiidae) in a wild carnivore from Brazil. J Wildl Dis 2012,
48:233–234.
327.
328.
329.
330.
331.
332.
333.
334.
335.
336.
337.
338.
339.
340.
Megid J, de Souza VA, Teixeira CR, Cortez A, Amorin RL, Heinemman MB,
Cagnini DQ, Richtzenhain LJ: Canine distemper virus in a crab-eating fox
(Cerdocyon thous) in Brazil: case report and phylogenetic analyses. J Wildl Dis
2009, 45:527-530.
Megid J, Teixeira CR, Amorin RL, Cortez A, Heinemann MB, Antunes JMP, Costa
LF, Fornazari F, Cipriano JR, Cremasco A, Richtzenhain LJ: First identification of
canine distemper virus in hoary fox (Lycalopex vetulus): pathologic aspects and
virus phylogeny. J Wildl Dis 2010, 46:303–305.
Luppi MM, Malta MC, Silva TM, Silva FL, Motta RO, Miranda I, Ecco R, Santos
RL: Visceral leishmaniasis in captive wild canids in Brazil. Vet Parasitol 2008,
155:146–151.
Vieira FM, Luque JL, Muniz-Pereira LC: Checklist of helminth parasites in wild
carnivore mammals from Brazil. Zootaxa 2008, 1721:1–23.
Soares RM, Cortez LR, Gennari SM, Sercundes MK, Keid LB, Pena HF: Crabeating fox (Cerdocyon thous), a South American canid, as a definitive host for
Hammondia heydorni. Vet Parasitol 2009, 162:46–50.
Tenório MS, Oliveira e Sousa L, Paixão MS, Alves MF, Paulan SC, Lima FL, Jusi
MM, Tasca KI, Machado RZ, Starke-Buzetti WA: Visceral leishmaniasis in a
captive crab-eating fox Cerdocyon thous. J Zoo Wildl Med 2011, 42:608–616.
Almeida Curi NH, Coelho CM, de Campos Cordeiro Malta M, Magni EM, Sábato
MA, Araújo AS, Lobato ZI, Santos JL, Santos HA, Ragozo AA, de Souza SL:
Pathogens of wild maned wolves (Chrysocyon brachyurus) in Brazil. J Wildl Dis
2012, 48:1052-1056.
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Legislação relacionada aos
produtos de uso veterinário. Brasília: MAPA/ACS; 2012.
Forlano M, Scofield A, Elisei C, Fernandes KR, Ewing SA, Massard CL: Diagnosis
of Hepatozoon spp. in Amblyomma ovale and its experimental transmission in
domestic dogs in Brazil. Vet Parasitol 2005, 134:1–7.
Rubini AS, Paduan KS, Martins TF, Labruna MB, O'Dwyer LH: Acquisition and
transmission of Hepatozoon canis (Apicomplexa: Hepatozoidae) by the tick
Amblyomma ovale (Acari: Ixodidae). Vet Parasitol 2009, 164:324–327
de Miranda RL, de Castro JR, Olegário MM, Beletti ME, Mundim AV, O'Dwyer LH,
Eyal O, Talmi-Frank D, Cury MC, Baneth G: Oocysts of Hepatozoon canis in
Rhipicephalus (Boophilus) microplus collected from a naturally infected dog. Vet
Parasitol 2011, 177:392–396.
Almeida GLG, Vicente JJ: Cercopithifilaria bainae sp. n. parasita de Canis
familiaris (L.) (Nematoda, Filarioidea). Atas Soc Biol Rio de Janeiro 1984, 24:18.
Otranto D, Brianti E, Latrofa MS, Annoscia G, Weigl S, Lia RP, Gaglio G, Napoli E,
Giannetto S, Papadopoulos E, Mirò G, Dantas-Torres F, Bain O: On a
Cercopithifilaria sp. transmitted by Rhipicephalus sanguineus: a neglected, but
widespread filarioid of dogs. Parasit Vectors 2012, 5:1.
Otranto D, Varcasia A, Solinas C, Scala A, Brianti E, Dantas-Torres F, Annoscia G,
Martin C, Mutafchiev Y, Bain O: Redescription of Cercopithifilaria bainae
341.
342.
343.
344.
345.
346.
347.
348.
349.
350.
351.
352.
353.
Almeida & Vicente, 1984 (Spirurida, Onchocercidae) from a dog in Sardinia,
Italy. Parasit Vectors 2013, 6:132.
Latrofa MS, Dantas-Torres F, Annoscia G, Cantacessi C, Otranto D: Comparative
analyses of mitochondrial and nuclear genetic markers for the molecular
identification of Rhipicephalus spp. Infect Genet Evol, in press.
Jefferies R, Shaw SE, Viney ME, Morgan ER: Angiostrongylus vasorum from South
America and Europe represent distinct lineages. Parasitology 2009, 136:107–115.
Marcondes M, de Lima VM, de Araújo MD, Hiramoto RM, Tolezano JE, Vieira RF,
Biondo AW: Longitudinal analysis of serological tests officially adopted by the
Brazilian Ministry of Health for the diagnosis of canine visceral leishmaniasis in
dogs vaccinated with Leishmune®. Vet Parasitol 2013, 197:649–652.
Franken AMJ, Figueiredo MJ, Coutinho SG: Prevalência de Isospora em cães de
diferentes áreas da cidade do Rio de Janeiro. Rev Soc Bras Med Trop 1975, 9:45–
51.
Ogassawara S, Larsson CE, Larsson MHMA, Hagiwara MK: Incidence of Isospora
sp. in dog of the city of São Paulo. Rev Fac Med Vet Zootec Univ S Paulo 1978,
15:137–142.
Pena HF, Ogassawara S, Sinhorini IL: Occurrence of cattle Sarcocystis species in
raw kibbe from Arabian food establishments in the city of São Paulo, Brazil, and
experimental transmission to humans. J Parasitol 2001, 87:1459–1465.
Ruas JL, Cunha CW, Silva SS: Prevalência de Sarcocystis spp. (Lankester, 1882)
em bovinos clinicamente sadios, da Região Sul do Rio Grande do Sul, Brasil. Rev
Bras Agrociência 2001, 7:227–230.
Lopes CW, de Sá WF, Botelho GG: Lesions in cross-breed pregnant cows,
experimentally infected with Sarcocystis cruzi (Hasselmann, 1923) Wenyon, 1926
(Apicomplexa: Sarcocytidae). Rev Bras Parasitol Vet 2005, 14:79–83.
Funada MR, Pena HFJ, Soares RM, Amaku M, Gennari SM: Frequency of
gastrointestinal parasites in dogs and cats referred to a veterinary school
hospital in the city of São Paulo. Arq Bras Med Vet Zootec 2007, 59:1338–1340.
Santos FAG, Yamamura MH, Vidotto O, Camargo PL: Occurrence of
gastrointestinal parasites in dogs (Canis familiaris) with acute diarrhea from
metropolitan region of Londrina, Parana State, Brazil. Semina: Ciências Agrárias
2007, 28:257–268.
Silva RC, Su C, Langoni H: First identification of Sarcocystis tenella (Railliet,
1886) Moulé, 1886 (Protozoa: Apicomplexa) by PCR in naturally infected sheep
from Brazil. Vet Parasitol 2009, 165:332–336.
Monteiro RM, Richtzenhain LJ, Pena HF, Souza SL, Funada MR, Gennari SM,
Dubey JP, Sreekumar C, Keid LB, Soares RM: Molecular phylogenetic analysis in
Hammondia-like organisms based on partial Hsp70 coding sequences.
Parasitology 2007, 134:1195–1203.
Coelho WMD, Amarante AFT, Perri SHV, Coelho NMD, Apolinário JC, Teixeira
WFP, Brescian KDS: Coccidiosis in dogs and cats at the municipality of
Andradina in the State of São Paulo, Brazil. Braz J Vet Res Anim Sci 2012,
49:162–166.
354.
355.
356.
Ragozo AMA, Muradian V, Silva JCR, Caravieri R, Amajoner VR, Magnabosco C,
Gennari SM: Occurrence of gastrointestinal parasites in feces of cats from the
cities of São Paulo and Guarulhos. Braz J Vet Res Anim Sci 2002, 39:244–246.
Nery-Guimarães F, Lage HA: Prevalence and intestinal cycle of Isospora felis
Wenyon, 1923 e I. rivolta (Grassi, 1879) Wenyon, 1923 in the domestic cat. Mem
Inst Oswaldo Cruz 1973, 71:43–54.
Togni M, Panziera W, Souza TM, Oliveira Filho JC, Mazzanti A, Barros CSL,
Fighera RA: Aspectos epidemiológicos, clínicos e anatomopatológicos da infecção
por Gurltia paralysans em gatos. Pesq Vet Bras 2013, 33:363–371.
Figuras
Figura 1 – Ligação homem-animal
Um morador de rua e seus amigos inseparáveis que foram encontrados abandonados nas ruas
de Porto Alegre, sul do Brasil.
Figura 2 – Precárias condições de vida
Um proprietário e seus cães vivendo em uma pobre comunidade rural em Goiana, nordeste do
Brasil, onde a leishmaniose visceral é endêmica. Em pobres comunidades rurais pessoas
(como esse homem da foto) estão acostumados a caminhar descalços, o que pode ser um fator
de risco para doenças com larva migrans cutânea e tungíase.
Figura 3 – Ectoparasitos de cães e gatos
Desenhos para a identificação dos ectoparasitos mais comuns de cães e gatos (pulgas: A-F;
piolhos: G-J; e ácaros: K-P) encontrados no Brasil. Para maiores detalhes, vide Tabela 3.
Figura 4 – Densidade do vector
Centenas de flebotomíneos (Lutzomyia longipalpis) sobre uma galinha (A) que estava
repousando sobre um tronco de uma árvore em Passira, nordeste do Brasil, onde a
leishmaniose visceral é endêmica. A Figura 4B mostra um close-up dos flebotomíneos.
Figura 5 – Contaminação ambiental com fezes de cães
Cães de rua passeando livremente em uma praia no sul do Brasil. Fezes de cães são uma fonte
importante de parasitos zoonóticos que podem causar doenças como larva migrans cutânea.
Tabela 1 - Ectoparasitos de cães no Brasil.
Filo
Arthropoda
Classe
Arachnida
Ordem
Ixodida
Família
Argasidae
Ixodidae
Insecta
Sarcoptiformes
Psoroptidae
Sarcoptidae
Trombidiformes
Phthiraptera
Demodicidae
Boopidae
Linognathidae
Trichodectidae
Ceratophyllidae
Tungidae
Pulicidae
Siphonaptera
Rhopalopsyllidae
a
Espéciea
Ornithodoros brasiliensis
Ornithodoros rostratus
Amblyomma aureolatum
Amblyomma cajennense
Amblyomma longirostre
Amblyomma naponsense
Amblyomma nodosum
Amblyomma oblongoguttatum
Amblyomma ovale
Amblyomma pacae
Amblyomma parvum
Amblyomma scalpturatum
Amblyomma tigrinum
Haemaphysalis juxtakochi
Rhipicephalus microplus
Rhipicephalus sanguineus s.l.
Otodectes cynotis
Notoedres cati
Sarcoptes scabiei
Demodex canis
Heterodoxus spiniger
Linognathus setosus
Trichodectes canis
Nosopsyllus fasciatus
Tunga penetrans
Ctenocephalides canis
Ctenocephalides felis felis
Pulex irritans
Xenopsylla brasiliensis
Xenopsylla cheopis
Rhopalopsyllus lutzi lutzi
Lista de ectoparasitos (excluíndo insetos voadores) que infestão cães no Brasil [11-41].
Tabela 2 - Ectoparasitos de gatos no Brasil.
Filo
Arthropoda
Classe
Arachnida
Insecta
Ordem
Ixodida
Família
Ixodidae
Sarcoptiformes
Listrophoridae
Psoroptidae
Sarcoptidae
Trombidiformes
Phthiraptera
Siphonaptera
Demodicidae
Trichodectidae
Pulicidae
Tungidae
a
Espéciea
Amblyomma aureolatum
Amblyomma ovale
Amblyomma triste
Rhipicephalus sanguineus s.l.
Lynxacarus radovskyi
Otodectes cynotis
Notoedres cati
Sarcoptes scabiei
Demodex cati
Felicola subrostratus
Ctenocephalides canis
Ctenocephalides felis felis
Pulex irritans
Tunga penetrans
Lista de ectoparasitos (excluíndo insetos voadores) que infestão gatos no Brasil [19, 22, 4249].
Tabela 3 – Chave para ectoparasitos de cães e gatos.
1a
1b
2a
2b
3a
3b
4a
4b
5a
5b
6a
6b
7a
7b
8a
8b
9a
9b
10a
10b
11a
11b
12a
12b
13a
13b
14a
14b
15a
15b
16a
16b
17a
17b
18a
18b
19a
19b
a
Três pares de pernas
2
Quatro pares de pernas
13
Corpo achatado lateralmente (SIPHONAPTERA)
3
Corpo achatado dorsoventralmente (PHTHIRAPTERA)
10
Ctenídeos pronotal e/ou genal presentes
4
Ctenídeos pronotal e genal ausentes
6
Ctenídeo genal ausente e pronotal presente
Nosopsyllus fasciatus
Ctenídeos genal e pronotal presentes
5
Ctenídio genal com a primeira cerda bem mais curta que as demais (Figura 3A; ponta de seta);
tíbia posterior com duas cerdas simples entre a penúltima e a última cerdas duplas (Figura 3A;
setas)
Ctenocephalides canis
Ctenídio genal com a primeira cerda aproximadamente do mesmo comprimento das demais
(Figura 3B; ponta de seta); tíbia posterior com uma cerda simples entre a penúltima e a última
cerdas duplas (Figura 3B; seta)
Ctenocephalides felis felis
Segmentos torácicos estreitos (Figura 3C; seta); cerdas oculares e occipitais ausentes; cabeça
com porção antero-dorsal arrebitada (Figura 3C; ponta de seta)
Tunga penetrans
Não como descrito acima
7
Segmentos abdominais com duas fileiras de cerdas na borda dorsal Rhopalopsyllus lutzi lutzi
Segmentos abdominais com uma fileira de cerdas na borda dorsal
8
Região occipital com uma cerda (Figura 3D; seta)
Pulex irritans
Região occipital com duas fileiras de cerdas dispostas em “V”
9
Macho com cerda antepigidial implantada em discreto tubérculo; fêmea com o corpo da
espermateca (em preto) não mais largo que a base da cauda (Figura 3E) Xenopsylla cheopis
Macho com cerda antepigidial implantada em nítido tubérculo; fêmea com o corpo da
espermateca (em preto) mais largo que a base da cauda (Figura 3F)
Xenopsylla brasiliensis
Cabeça mais longa que larga (Figura 3G; seta); aparelho bucal sugador Linognathus setosus
Cabeça tão larga quanto longa; aparelho bucal mastigador
11
Tarso com duas garras (Figura 3H; seta)
Heterodoxus spiniger
Tarso com uma garra
12
Cabeça arredondada anteriormente (Figura 3I)
Trichodectes canis
Cabeça triangular (Figura 3J)
Felicola subrostratus
Corpo igual ou menor 0.5 mm; órgão de Haller ausente
14
Corpo maior que 0.5 mm; órgão de Haller presente (IXODIDA)
19
Em forma de cenoura ou pimentão (TROMBIDIFORMES)
15
Corpo não como acima, geralmente arredondado (SARCOPTIFORMES)
16
Corpo longo e delgado (em forma de cenoura) (Figura 3K)
Demodex spp. a
Corpo em forma de pimentão; peças bucais bem desenvolvidas; palpos artículos terminais em
forma de garra (Figura 3L; seta)
Cheyletiella spp. b
Corpo globoso
17
Corpo cilíndrico e alongado, fortemente estriado (Figura 3M)
Lynxacarus radovskyi
Pernas longas, com pedicelos curtos e não-articulados (Figura 3N)
Otodectes cynotis
Pernas curtas, com pedicelos longos e não-articulados
18
Ânus dorsal (Figura 3O; seta)
Notoedres cati
Ânus terminal (Figura 3P; seta); superfície dorsal do corpo recoberta numerosos por espinhos
triangulares organizados em fileiras
Sarcoptes scabiei
Não ornamentado; basis capituli hexagonal; coxa I bífida
Rhipicephalus sanguineus s.l. c
Usualmente ornamentado; basis capituli com formas variadas
Amblyomma spp. d
Demodex canis em cães e Demodex cati em gatos.
Não existe dados confiáveis sobre Cheyletiella spp. em cães e gatos no Brasil.
c
Pelo menos duas populações biologicamente e geneticamente distintas sob o nome “R. sanguineus” foram
encontradas em cães na América do Sul [52, 161, 162].
d
Várias espécies relatadas em cães e gatos. Amblyomma aureolatum, Amblyomma cajennense e Amblyomma
ovale estão entre as espécies de Amblyomma encontradas em cães de áreas rurais no Brasil [55].
b
Tabela 4 - Endoparasitos de cães no Brasil.
Filo
Apicomplexa
Classe
Aconoidasida
Conoidasida
Ordem
Piroplasmida
Família
Babesiidae
Eucoccidiorida
Theileriidaeb
Hepatozoidae
Cryptosporidiidae
Eimeridae
Sarcocystidae
Metamonada
Sarcomastigophora
Parabasalia
Zoomastigophora
Trichomonadida
Diplomonadida
Kinetoplastida
Trichomonadidae
Hexamitidae
Trypanosomatidae
Nematoda
Secernentea
Strongylida
Ancylostomatidae
Rhabditida
Ascaridida
Angiostrongylidae
Strongyloididae
Ascarididae
Trichurida
Spirurida
Dioctophymatidae
Trichinellidae
Trichuridae
Gongylonematidae
Onchocercidae
Espéciea
Babesia gibsoni
Babesia vogeli
Rangelia vitalii
Hepatozoon canis
Cryptosporidium canis
Isospora canis (sin. Cystoisospora canis)
Isospora ohioensis (sin. Cystoisospora ohioensis)
Hammondia heydorni
Neospora caninum
Sarcocystis capracanis
Sarcocystis cruzi (sin. Sarcocystis bovicanis)
Sarcocystis levinei
Sarcocystis miescheriana (sin. Sarcocystis suicanis)
Sarcocystis tenella (sin. Sarcocystis ovicanis)
Pentatrichomonas hominis (sin. Trichomonas hominis)
Giardia duodenalis (sin. Giardia intestinalis)
Leishmania infantum (sin. Leishmania chagasi)
Leishmania amazonensis
Leishmania braziliensis
Trypanosoma caninum
Trypanosoma evansi
Trypanosoma cruzi
Ancylostoma braziliense
Ancylostoma caninum
Angiostrongylus vasorum
Strongyloides stercoralis
Lagochilascaris minor
Toxascaris leonina
Toxocara canis
Dioctophyme renale
Calodium hepaticum (sin. Capillaria hepatica)
Trichuris vulpis
Gongylonema pulchrum
Acanthocheilonema reconditum
Cercopithifilaria bainae
Cercopithifilaria grassii (sin. Dipetalonema grassii)
a
Platyhelminthes
Cestoda
Cyclophyllidea
Acanthocephala
Trematoda
Archiacanthocephala
Opisthorchiida
Oligacanthorhynchida
Physalopteridae
Spirocercidae
Dipylidiidae
Taeniidae
Heterophyidae
Oligacanthorhynchidae
Dirofilaria immitis
Physaloptera praeputialis
Spirocerca lupi
Dipylidium caninum
Echinococcus granulosus
Taenia hydatigena
Taenia multiceps (sin. Multiceps multiceps)
Ascocotyle longa (sin. Phagicola arnaldoi)
Oncicola canis
Lista de endoparasitos (protozoários e helmintos) que afetam cães no Brasil [32,67-130,344-353]. Achados duvidosos (e.g., Phagicola minuta,
Aelurostrongylus abstrusus, Dirofilaria repens, Necator americanus, Trichuris serrata, Uncinaria stenocephala, Isospora rivolta e Isospora bigemina) [68,69]
não foram incluídos.
b
O gênero Rangelia foi considerado por muito tempo como sinônimo de Babesia (família Babesiidae), mas datos genéticos e biológicos suportam a sua
validade e a sua inclusão na família Theileriidae. A criação de uma família mono-específica (Rangeliidae) não parece desejável.
Tabela 5 - Endoparasitos de gatos no Brasil.
Filo
Sarcomastigophora
Classe
Zoomastigophora
Ordem
Diplomonadida
Kinetoplastida
Família
Hexamitidae
Trypanosomatidae
Apicomplexa
Aconoidasida
Piroplasmida
Conoidasida
Eucoccidiorida
Babesiidae
Theileriidae
Hepatozoidae
Cryptosporidiidae
Eimeriidae
Sarcocystidae
Nematoda
Secernentea
Strongylida
Ancylostomatidae
Angiostrongylidae
Rhabditida
Ascaridida
Syngamidae
Strongyloididae
Ascarididae
Trichurida
Dioctophymatidae
Capillariidae
Trichuridae
Spirurida
Platyhelminthes
Cestoda
Cyclophyllidea
Trematoda
Pseudophyllidea
Opisthorchiida
Onchocercidae
Physalopteridae
Dipylidiidae
Taeniidae
Diphyllobothriidae
Heterophyidae
Espéciea
Giardia duodenalis
Leishmania infantum
Leishmania amazonensis
Leishmania braziliensis
Trypanosoma cruzi
Babesia vogeli
Cytauxzoon felis
Hepatozoon canis
Hepatozoon felis
Cryptosporidium felis
Isospora felis (sin. Cystoisospora felis)
Isospora felis (sin. Cystoisospora rivolta)
Hammondia hammondi
Sarcocystis hirsuta (sin. Sarcocystis bovifelis)
Toxoplasma gondii
Ancylostoma braziliense
Ancylostoma caninum
Ancylostoma tubaeforme
Aelurostrongylus abstrusus
Gurltia paralysans
Mammomonogamus dispar
Strongyloides stercoralis
Lagochilascaris minor
Toxascaris leonina
Toxocara cati (sin. Toxocara mistax)
Dioctophyme renale
Calodium hepaticum (sin. Capillaria hepatica)
Pearsonema feliscati
Trichuris campanula
Trichuris serrata
Dirofilaria immitis
Physaloptera praeputialis
Dipylidium caninum
Taenia taeniformis
Spirometra mansonoides
Ascocotyle angrense
Acanthocephala
Archiacanthocephala
Palaecanthocephala
Plagiorchiida
Strigeatida
Moniliformida
Polymorphida
a
Dicrocoeliidae
Diplostomatidae
Moniliformidae
Centrorhynchidae
Ascocotyle longa (sin. Phagicola arnaldoi)
Platynosomum fastosum
Alaria alata
Moniliformis moniliformis
Sphaerirostris erraticus
Lista de endoparasitos (protozoários e helmintos) que afetam gatos no Brasil [42,44,47,71,87,90,92,97,129,131-148,346,349,352-356]. Achados duvidosos
(e.g., Ascaridia galli e Heterakis gallinarum) [68,69] não foram incluídos.
doi:10.1186/1756-3305-7-22
Cite this article as: Dantas-Torres and Otranto: Dogs, cats, parasites, and
humans in Brazil: opening the black box. Parasites & Vectors 2014 7:22.

Documentos relacionados