Relatório Anual 2015

Transcrição

Relatório Anual 2015
Somague Engenharia
Relatório Anual
2015
Somague Engenharia
Relatório Anual
2015
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho - Portugal
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
0
ÍNDICE
MAGNITUDES
BÁSICAS
2
1
2
3
SOMAGUE
NO MUNDO
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
AMBIENTE
8
10
78
5
A
4
SOCIAL
INFORMAÇÃO
ECONÓMICO-FINANCEIRA
ANEXOS
88
108
188
0
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Principais Indicadores Económico-financeiros
Evolução nos últimos 3 anos
(Unid: Milhões Euros)
INDICADORES ECONÓMICO-FINANCEIROS
Volume de negócios
2013
498.872.955
2014
554.278.085
2015
428.687.798
Proveitos operacionais
529.940.573
590.640.573
465.167.891
EBITDA
33.999.219
46.071.691
12.114.613
Resultados antes de impostos
20.794.021
14.050.134
(24.955.166)
9.224.612
2.473.259
(32.067.145)
Capitais próprios
170.316.423
173.166.155
140.029.785
Financiamento
169.500.959
175.603.265
175.592.628
54.847.601
69.234.033
82.832.685
Endividamento líquido
114.653.359
106.369.231
92.759.942
Passivo total
625.095.385
642.909.563
616.232.358
21%
21%
19%
Resultados líquidos
Caixa e equivalentes/Outros títulos e depósitos
Autonomia financeira
VOLUME DE NEGÓCIOS/PROVEITOS OPERACIONAIS
CAPITAIS PRÓPRIOS
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
600
200
175
500
150
400
125
300
100
75
200
50
100
0
25
2013
2014
Volume de negócios
0
2015
2013
2014
2015
Proveitos operacionais
EBITDA
RESULTADOS LÍQUIDOS
(Unid: Milhões Euros)
(Unid: Milhões Euros)
10
50
5
40
0
-5
30
-10
-15
20
-20
-25
10
0
-30
2013
2014
-35
2015
2013
2014
2015
ENDIVIDAMENTO BANCÁRIO
(Unid: Milhões Euros)
200
Endividamento Líquido
175
Caixa e Equivalentes/Outros Títulos e Depósitos
150
Financiamento
125
100
75
50
25
0
Financiamento
2013
2014
2015
Caixa e equivalentes/Outros títulos e depósitos
4
Endividamento líquido
0
MAGNITUDES BÁSICAS
SOMAGUE ENGENHARIA
(Unid: Milhões Euros)
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
2013
Mercados
2014
2015
Vol. negócios
Carteira
Vol. negócios
Portugal
143.633.047
187.900.014
116.624.353
183.842.212
123.462.630
126.948.938
Espanha
18.395.065
16.258.108
20.689.318
18.019.890
53.647.784
11.112.771
Irlanda
Brasil
Angola
Carteira
Vol. negócios
Carteira
1.398.692
1.833.338
1.234.485
828.922
1.651.744
5.001.170
25.259.751
141.847.380
48.000.661
256.225.406
50.526.912
153.182.376
251.707.311
397.249.856
273.049.853
514.699.019
113.586.837
491.909.607
Moçambique
10.069.865
133.752.456
28.745.999
19.143.124
58.634.436
56.219.444
Cabo Verde
28.790.740
30.749.265
19.565.715
108.521.041
11.449.322
11.679.166
Togo
19.362.511
46.307.673
46.366.203
8.740.101
8.706.716
-
Reino Unido
-
-
-
-
5.647.635
85.412.820
Marrocos
-
-
-
-
1.276.314
4.905.389
255.972
-
1.500
-
97.470
-
498.872.955 955.898.089 554.278.085 1.110.019.715 428.687.798
946.371.680
Outros
TOTAL DO INDICADOR
VOLUME DE NEGÓCIOS (por mercado geográfico)
CARTEIRA (por mercado geográfico)
Portugal
29%
Angola
52%
Angola
26%
Brasil
16%
Moçambique
14%
Portugal
13%
Espanha
13%
Reino Unido
9%
Brasil
12%
Moçambique
6%
Cabo Verde
3%
Cabo Verde
1%
Togo
2%
Espanha
1%
Reino Unido
1%
Irlanda
1%
Irlanda
0%
Marrocos
1%
Marrocos
0%
Togo
0%
Outros
0%
Outros
0%
VOLUME DE NEGÓCIOS (por tipo de obra)
CARTEIRA (por tipo de obra)
Não Residenciais
27%
Não Residenciais
63%
O. Hidráulicas
21%
O. Ferroviárias
20%
O. Ferroviárias
20%
O. Hidráulicas
5%
Outras
17%
O. Rodoviárias
4%
Residenciais
7%
Outras
3%
O. Marítimas
5%
Residenciais
3%
O. Rodoviárias
3%
O. Marítimas
2%
Urbanizações
0%
O. Aeroportuárias
0%
O. Aeroportuárias
0%
Urbanizações
0%
VOLUME DE NEGÓCIOS (Nacional e Internacional)
CARTEIRA (Nacional e Internacional)
(Unid: Milhões Euros)
600
(Unid: Milhões Euros)
1200
1100
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
Internacional
500
Nacional
400
Total
300
200
100
0
2013
Total
2014
Nacional
2015
Internacional
Total
5
Internacional
Nacional
Total
2013
2014
Nacional
2015
Internacional
G4-6/8/9
0
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Principais Indicadores Sociais e Ambientais
Evolução nos últimos 3 anos
INDICADORES SOCIAIS
2013
2014
2015
2.251
8,65
240
20,27
2.330
17,45
257
20,93
1.923
21,13
253
16,13
2013
2014
2015
Portugal
Espanha
Brasil
Angola
1.106
30
68
761
980
30
76
815
739
38
72
638
Moçambique
Cabo Verde
Togo
Panamá
Irlanda
Outros
Total
120
120
26
11
8
1
2.251
274
96
42
8
7
2
2.330
315
55
14
3
9
40
1.923
Nº de colaboradores
Formação e educação/colaboradores (h)
Encargos com proteção social não obrigatórios (€/colaborador)
Índice de incidência de acidentes
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO DE COLABORADORES
INDICADORES AMBIENTAIS
2013
Consumo de água (m3)
Consumo de cimento (ton)
Consumo de agregados (ton)
Emissões de CO2
284.013
66.410
621.186
19.632
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO DE COLABORADORES
G4-9
Portugal
38%
Angola
33%
Moçambique
16%
2400
Nacional
Total
1600
Cabo Verde
3%
1200
800
2%
2%
Togo
1%
Irlanda
1%
Panamá
0%
Internacional
2000
4%
Outros
2015
202.341
88.042
676.704
20.938
NÚMERO DE COLABORADORES (Nacional e Internacional)
Brasil
Espanha
2014
218.553
157.063
960.859
27.677
400
0
Total
6
2013
2014
Nacional
2015
Internacional
MAGNITUDES BÁSICAS
Kinaxixi MXD Complex - Angola
SOMAGUE ENGENHARIA
7
0
1
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
REINO UNIDO
IRLANDA
ESPANHA
PORTUGAL
MARROCOS
CABO VERDE
PANAMÁ
SOMAGUE
NO MUNDO
TOGO
BRASIL
8
SOMAGUE NO MUNDO
SOMAGUE ENGENHARIA
ANGOLA
MOÇAMBIQUE
9
1
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
2.1
2.2
2.3
Mensagem do Conselho de Administração
Governo Corporativo
Contexto Económico, Social e Ambiental
Modelo de Negócio e Perfil da Empresa
Reforço de Potência
Superestrutura
na Ferrovia
da Barragem
Norte Sul
de Venda
Lote 3S,
Nova
município
III - Vieira
de Santa
do Minho
Helena
- Portugal
de Goiás-GO - Brasil
2.4
SOMAGUE ENGENHARIA
10
12
14
22
36
SOMAGUE ENGENHARIA
RELATÓRIO ANUAL 2015
2
RELATÓRIO
CONSOLIDADO
DE GESTÃO
2
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
2.1
Mensagem do Conselho de Administração
Sede Somague - Portugal
2015 não foi um ano fácil para Portugal. Apesar de
O investimento em obras públicas é muito reduzi-
se ter registado uma melhoria progressiva, embora
do, não sendo compensado pelo investimento pri-
lenta, dos indicadores macroeconómicos nacionais,
vado que, apesar de apresentar uma melhoria em
esta não se reflete de forma clara na economia real.
alguns segmentos, como a reabilitação, mantém
uma expressão que não é significativa.
Importa destacar, por outro lado, o facto de 2015
ter sido um ano de eleições legislativas, com tudo
Queremos igualmente realçar que, infelizmente,
o que isto acarreta. As eleições e a formação de um
este foi um ano difícil para a grande maioria dos
novo governo acabam inevitavelmente por gerar
países lusófonos, nos quais operam muitas empre-
uma instabilidade que afeta o normal desenvolvi-
sas portuguesas. A queda acentuada do preço das
mento do ano económico.
matérias-primas está a afetar significativamente a
economia de países muito importantes para a eco-
No que respeita ao setor da construção em Portu-
nomia portuguesa, como Angola e Moçambique.
gal, 2015 manteve a tendência negativa de anos
Também o Brasil atravessa uma fase complicada,
anteriores, tendo sido um ano muito complicado.
visto estar a atravessar, além de uma profunda re-
Manteve-se a sequência de registos mínimos histó-
cessão económica, uma grave crise política, que
ricos, com quebras de 36% no valor dos contratos
todos acreditamos se resolverá com a maior brevi-
de obras públicas e de 19% no montante de obras
dade possível.
postas a concurso (fonte FEPICOP).
G4-1/2
12
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Neste contexto, 2015 foi um ano difícil para a
Unido. O objetivo é tornar-se num player relevante
Somague. Como referimos praticamente todos os
no grande investimento ferroviário previsto para
mercados em que tradicionalmente opera foram
aquele mercado.
afetados por problemas económicos que, em muitos casos, resultaram numa diminuição dos inves-
2016 apresenta-se com muitos desafios em muitos
timentos em infraestruturas e retraíram os investi-
dos nossos mercados, mas as equipas da Somague,
dores privados. A Somague não está imune a estes
pela atitude, capacidade de trabalho e prepara-
fatores.
ção técnica, estão perfeitamente preparadas para
responder ao desafio, que é, de facto, realmente
É verdade que a nossa presença internacional di-
motivador. Durante o próximo exercício, será im-
versificada, em sete países, assim como as nossas
portante trabalhar em estreita colaboração com
especialidades técnicas distintas permitiram que,
todo o Grupo Sacyr, aproveitando assim as siner-
apesar de se registar uma redução relativamente ao
gias próprias de um grupo que é líder mundial em
exercício anterior, a nossa atividade tivesse manti-
infraestruturas. Será igualmente importante con-
do um nível razoável e uma carteira de obras inve-
seguir fazer chegar a alta capacidade técnica da
jável no valor de cerca de 950 milhões de euros, no
Somague em áreas como a ferroviária, marítima ou
fecho do exercício.
hidráulica a outros países em que o Grupo Sacyr
está já presente.
A Somague conseguiu responder, de forma difícil,
mas adequada, às duras condições em que se encontram os mercados nos quais opera. Para fazer
O Conselho de Administração
face ao desafio, levou a cabo uma restruturação e,
este ano, entre outras medidas, viu-se obrigada a
realizar um despedimento coletivo, com vista a adequar o seu quadro de pessoal às novas condições.
Houve também algumas boas notícias para a
Somague em 2015: a adjudicação do contrato de
construção dos novos edifícios da Universidade de
Ulster (Belfast, Irlanda do Norte), o que representa
o contrato mais importante que a Somague alguma vez conseguiu no Reino Unido. Esta obra, em
conjunto com os contratos que temos na Irlanda,
serão os primeiros da nossa expansão para as Ilhas
Britânicas. Com este fim, também a Neopul começou, em 2015, o processo de qualificação no Reino
13
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
2.2
Governo Corporativo
Órgãos Sociais, Conselho e Comissões
Assembleia Geral:
Presidente: Luís Maria Lino da Costa de Sousa Macedo
Secretário: Ana Sofia Dias Pedro
Conselho de Administração:
Presidente:
José Maria Orihuela Uzal
Vice-presidentes:
Miguel Heras Dolader
Miguel Ángel Peña Penilla
Vogais:
Jaime Dominguez Valdes-Hevia
Carlos Mijangos Gorozzari
Conselho Fiscal:
Presidente: João Belard Kopke Marques Pinto
Vogais:
Isabel Maria Gariso de Oliveira Garcia
António Joaquim Andrade Gonçalves
Suplente: João Manuel Gonçalves Correia das Neves Martins
Revisor Oficial de Contas:
Ernst & Young Audit e Associados, SROC, S.A., representada por: Paulo Jorge Luís da Silva
Secretário da Sociedade:
Miguel Peter Gomes Tönnies
Suplente: Frederico Miguel Fernandes Pintéus
Técnico Oficial de Contas:
Graça Maria Epifânio Pinto Dias, TOC 1869
14
SOMAGUE ENGENHARIA
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
2
O Conselho de Administração apoia-se nos seguintes órgãos do governo, que o assistem no exercício
das suas funções: G4-34/49/50
I. A Comissão de Nomeações e Retribuições, que
III. O Departamento de Prevenção de Branquea-
analisa o histórico profissional e avalia o perfil
mento de Capitais, com a missão exclusiva de
das pessoas mais idóneas para formar parte do
realizar a gestão das atividades de prevenção de
conselho e restantes órgãos de governo, procu-
branqueamento de capitais;
rando que os candidatos que propõe ao Conselho de Administração sejam sempre pessoas de
IV. A Comissão de Segurança e Saúde, com o objeti-
reconhecido prestígio, competência e experiên-
vo de analisar os acidentes ocorridos e avaliar a
cia. Esta comissão é ainda responsável pela im-
implementação do sistema de segurança e saú-
plementação do Programa de Gestão por Obje-
de no trabalho.
tivos, no qual são estabelecidos os objetivos da
Administração e dos gestores de topo, cuja ava-
A autoridade no âmbito económico, social e am-
liação é efetuada anualmente; G4-40/51/52/53
biental é delegado às diferentes direções da empresa conforme aplicável através da definição dos
II. A Direção de Auditoria Interna, com o objetivo
de avaliar e gerir os riscos associados à ativida-
organigramas de cada área e das suas responsabilidades. G4-35/36
de da Somague e assegurar a fiabilidade e integridade da informação financeira e operacional.
Reporta hierarquicamente à Direção de Auditoria Interna do Grupo Sacyr;
Barragem da Caniçada - Portugal
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Organograma da Empresa
SOMAGUE
SGPS
SOMAGUE
ENGENHARIA
100%
Participadas
Ferropor
Neopul
100%
Somague TI
100%
100%
Neopul Ireland
Ltd
100%
50%
Neopul
Ferrovias
50%
UTE
Inecat
38%
UTE
Orihuela
10%
UTE
Can Tunis
50%
UTE
Ave Portela
15%
UTE
Mantenimiento
Brihuega
9%
AVIAS
UTE
Alicante
20%
UTE
ADIF Merida
10%
UTE
LAC Antequera
H.S.E.
Emp.
Imobiliários
Sucursal
Neopul
Brasil
22%
SGIS
100%
UTE
Estación de
Goya
Sucursal
Neopul
Irlanda
10%
Soconstroi
Engenharia
100%
Neopul
Gabaldón
33%
Sucursal
Neopul
Moçambique
Somague
Angola
100%
UTE
Pontevedra
20%
CVC
(Cabo Verde)
90,3%
UTE
Neopul Dorsalve
(Sevilha)
UTE
Tunel
del Callosa
25%
S.D.C.P.V.
Somague
Moçambique
100%
Neorail
50%
UTE
Linares
10%
Via Alameda II
50%
Somague MPH
100%
ACUPM
Pescanova
Sucursal
Brasil
Momasoteco
Sucursal
Cabo Verde
NHXira
NHBraga
Sucursal
Angola
12,75%
25%
Parque Futuro
Sec. XXI
12,75%
Sucursal
Irlanda
Águas da Linha
34,25%
100%
Edimecânica
100%
Águas de
Barcelos
11,2%
Somague
Ireland Ltd
Venda Nova III
ETAR
Alcântara
GACE
24%
60%
Somague
Panamá
100%
Barragem
Foz Tua
ACE
LCHB
ACE
LGC
30%
VL9
70%
LMNS Atlântico
ACE
25%
Estaleiro de
Pegões
Somague Togo
100%
100%
Joint Venture
Cyes / Somague
50%
UTE
Vila Garcia
Padrón
50%
16
SEN
100%
NCC Alegro
Setúbal ACE
50%
50%
55%
100%
Transmetro
Infratúnel
LCHXira
60%
28,33%
70%
Via Expresso
Somague /
Tomás Oliveira
ACE
33,33%
Águas de
Gondomar
Molhes do
Douro
50%
47,5%
50%
Haçor C, ACE
Cogeração
Sines
65%
LOC
Grupo
construtor Data
Center ACE
50%
65%
47,5%
Portas da Lagoa
GNL Sines
Projesines
85%
47,5%
23,75%
27,5%
50%
33%
Sucursal
Neopul
Espanha
ACE’s
80%
Sucursais
55%
UTE Muelle Ing.
Juan Gonzalo
Sucursal
Espanha
12,75%
Promoceuta
ACE’s
Somague Ediçor,
Engenharia
100%
Soconstroi PMG
100%
Sucursais
Cais Cruzeiros
Funchal ACE
50%
Construção
Terminal de
Lomé ACE
50%
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Boas Práticas
•
Na Somague, as práticas em matéria de governo
Há um Código de Conduta e um órgão respon-
corporativo estão dirigidas a garantir a adequada
sável pelo seu acompanhamento e aplicação,
administração da empresa, a salvaguardar os di-
que está assistido por um Departamento de
reitos dos acionistas, e a informar com a máxima
Cumprimento.
•
transparência sobre o funcionamento e a situação
Como parte do Código de Conduta, há uma Linha de Aconselhamento e Conduta, a qual tem
económica e financeira da sociedade.
duas funções: uma consultiva e outra de deA empresa cumpre com todas as obrigações legal-
núncia de incumprimento do regulamentado
mente impostas em matéria de governo corporati-
no Código de Conduta. No segundo caso garan-
vo, tomando como referência a política de governo
te-se a confidencialidade e o respeito dos direi-
corporativa do seu acionista Sacyr para incorporar
tos do queixoso. G4-57/58
as melhores práticas na sua gestão. G4-DMA/41
A Somague cumpre com as melhores práticas de
governo corporativo, entre elas podemos destacar
as seguintes:
•
A estrutura da governação da sociedade não é
meramente formal, os órgãos de governação
desenvolveram ao longo do exercício de 2015
uma atividade real e intensa, traduzida em diversas reuniões de Conselho de Administração.
•
Todas as alterações na composição do Conselho
de Administração, nas remunerações dos seus
membros, são informadas pela Comissão de Nomeações e Remunerações da Sacyr. G4-40
•
O Conselho de Administração da Somague adota diretrizes de autocontrolo e avalia periodicamente a qualidade e eficácia do seu próprio
funcionamento e das suas comissões. Além disso a Comissão de Nomeações e Remunerações
avalia a atividade do Presidente. G4-44
•
A política de Controlo e Gestão de Riscos é
apresentada formalmente ao Conselho de Administração, o qual a supervisiona e aprova
anualmente.
17
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Ética e Integridade G4-56/57
Hotel Baía Azul - Madeira - Portugal
Em 2015, foi publicado o novo código de conduta da
Sacyr, o qual se aplica a todas as sociedades filiais
ou participadas maioritariamente, relativamente às
quais, de forma direta ou indireta, a Sacyr exerça
um controlo efectivo, como é o caso da Somague.
Este código de conduta reúne os padrões de comportamento pessoal e profissional que o Conselho
de Administração da Sacyr considera necessários
para a obtenção de valor acrescentado para os seus
accionistas, funcionários e para as sociedades do
Grupo, através das quais se desenvolve a sua actividade.
Para tal, a Sacyr dotou-se de normas, valores e princípios gerais que inspiram e servem de interpretação a uma série de padrões de comportamento, por
forma a regular as relações internas com o mercado, com a sociedade e com a natureza.
Este código reúne, também, algumas proibições
relativamente a condutas graves e contrárias à forma de actuação do grupo, que se consideram como
condutas expressamente proibidas pela Sacyr.
Este código foi distribuído e assinado por todos os
colaboradores que demostraram, assim, o seu compromisso para com as suas diretrizes, e encontra-se
disponível no site da empresa.
18
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Gestão do Risco G4-14
O ano de 2015 foi o ano de implementação e con-
Estrutura de responsabilidade em matéria de con-
solidação do Sistema de Gestão do Risco na Empre-
trolo e gestão do risco
sa. G4-EC2
O Conselho de Administração da Empresa assumiu
O uso do Portal de Análise e Gestão do Risco orien-
um papel fundamental na orientação para uma cul-
tado para o negócio nas suas diferentes fases, as-
tura de antecipação dos riscos e aplicação de medi-
sim como a implementação in loco com destaque
das preventivas para a atividade. O envolvimento
para a área internacional, motivou a que se direcio-
da estrutura de topo neste processo foi o garante
nassem as antevisões do negócio, a partir das lições
para que o controlo fosse mais eficaz, orientado
aprendidas, orientando-as para a gestão do conhe-
para a melhoria da atividade e para as oportuni-
cimento da Empresa.
dades, reduzindo os riscos de perda, e envolvendo
sempre, todos os colaboradores com funções na
gestão. G4-45/46/47
As dificuldades associadas aos intensos efeitos
que o período de recessão económica nacional têm
feito sentir, orientaram mais uma vez o âmbito do
Atividades desenvolvidas em 2015 em matéria de
negócio, procurando a Somague Engenharia, conso-
controlo e gestão do risco
lidar o mercado internacional como prioridade.
Um dos principais objetivos da consolidação do sisO fator do desconhecimento dos mercados aliado a
tema de Gestão do Risco no ano de 2015 foi tornar
políticas pouco comuns, bem como à massificação
a Somague Engenharia conhecedora das dificulda-
internacional do decréscimo económico, influen-
des que se poderiam adivinhar, oriundas de uma di-
ciado pelo peso da diminuição do custo do petró-
namização baseada na sua estratégia internacional.
leo e pelos índices de terrorismo em larga expan-
Da mesma forma, ao criar uma base de dados que
são, despoletaram a necessidade de se analisarem
permitiu a gestão do conhecimento, a empresa do-
e avaliarem os riscos associados à estratégia da
tou-se de ferramentas de antecipação que a pode-
Somague.
rão tornar mais competitiva e menos dependente
de stakeholders e consultores externos.
A variação significativa dos mercados, a flutuação
da moeda, os custos associados à abertura de sucursais ou filiais, selados no potencial desconhecimento das leis locais e nas taxas fiscais, identificava o nível de risco fazendo com que a Somague
se quisesse posicionar de forma sólida em projetos
internacionais.
19
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Para tal criaram-se, desenvolveram-se, consolida-
a ser monitorizados permanentemente. O enqua-
ram-se e atualizaram-se Mapas de Risco, envolven-
dramento entre a experiência em obras similares
do as áreas de gestão em cada um dos processos.
e a informação histórica materializada nos registos
compilados, têm constituído uma importante fonte
O longo know-how e experiência da Somague,
de conhecimento enquanto input para a Gestão de
permitiu que a componente operacional da gestão
Risco. As hipóteses mais prováveis na identificação
do risco fosse preponderante na identificação dos
dos riscos, atendendo à sua origem, causas e conse-
riscos transpostos para o Portal de Análise e Ges-
quências associadas, têm permitido deduzir todos
tão do Risco, assim como, originando a criação de
os aspetos relacionados com as variáveis funda-
uma base de dados (WIKIObras), na qual se encon-
mentais e que podem influenciar o custo, o prazo e
tram documentadas 141 obras dos últimos anos
a imagem da Somague em Marrocos.
da Empresa.
O conhecimento dos pontos frágeis num país em
Ainda que não se tenha implementado a gestão do
constante mutação, influenciado pela cultura mu-
risco a todas as obras, tomemos como referência
çulmana, pelo domínio da língua francesa e pelo
a obra de Marrocos. Tem sido enriquecedor expe-
entrave burocrático na concessão de autorizações
rienciar a atividade da obra enquanto atividade
de trabalho para os expatriados, permitiu-nos uma
multidisciplinar, envolvendo toda a equipa expa-
abordagem realista, cuja experiência deverá ser to-
triada e áreas de suporte, partindo de um conjunto
mada em consideração na definição da estratégia
de incertezas e consequentes riscos, que têm vindo
de mercado. G4-SO3
Superestrutura na Ferrovia Norte Sul Lote 3S, município de Santa Helena de Goiás-GO - Brasil
20
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
Riscos de Cumprimento Regulatório
2
diagnóstico ao Sistema de Prevenção e Deteção de
Delitos Penais da Somague com o objetivo de criar
O Código de Conduta da Somague estabelece o
uma ferramenta de gestão que sirva de base para a
respeito à lei como um dos princípios básicos pelo
elaboração de um protocolo que o descreva.
qual se deve reger a conduta do Grupo e dos seus
colaboradores, afirmando que a Somague se com-
O referido diagnóstico foi realizado segundo as di-
promete a cumprir fiel e respeitosamente todas as
ferentes áreas e atividades da empresa:
obrigações legais de todos os países onde desenvolve a sua atividade.
•
Análise das políticas e atividades atuais da gestão de riscos da Somague;
A supervisão do cumprimento das diferentes dis-
•
posições legais é da responsabilidade da Direção
Identificação dos riscos penais aplicáveis á atividade da empresa;
Jurídica e da Direção de Auditoria Interna que, des-
•
Avaliação e valorização da exposição aos ris-
de 2008, conta com um Departamento específico
cos penais e respetivos controlos existentes na
para esse efeito. Adicionalmente, outras direções
Somague.
da empresa como a Direção da Qualidade, Segurança, Ambiente e Inovação, também contribuem para
Como resultado final, foi elaborado o mapa de
garantir o cumprimento da legislação nos seus res-
riscos penais que inclui uma priorização das reco-
petivos âmbitos de atividade.
mendações de melhoria ao Sistemas de Prevenção
e Detenção de Delitos Penais da Somague, cuja im-
A Unidade de Controlo Normativo da Sacyr (casa
plementação será o foco de trabalho da Unidade de
mãe da Somague), responsável pela gestão dos ris-
Controlo Normativo, durante o ano 2016. Também
cos penais de todo o grupo Sacyr, juntamente com
em 2016, será elaborado o Protocolo de Prevenção
a Administração da Somague realizou, em 2015, um
de Delitos Penais da Somague.
21
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
2.3
Contexto Económico, Social e Ambiental
Envolvente Macroeconómica G4-2
Em 2015, segundo o INE, a economia portuguesa re-
de 2,6% no consumo privado (2,2% em 2014), de
gistou um aumento de 1,5% em volume (em linha
0,8% nos gastos de consumo das Administrações
com a média de crescimento da Zona Euro), sendo o
Públicas (-0,5% em 2014) e de uma desaceleração
melhor desempenho desde 2010 e o segundo ano
do investimento, que aumentou 3,6% face ao ano
consecutivo de variações positivas. Em termos no-
anterior (5,5% em 2014), tendo o seu desempenho
minais o PIB ascendeu a aproximadamente 179,4
sido muito influenciado pela variação de stocks,
mil milhões de euros.
que estagnaram em 2015. Sem este efeito, a Formação Bruta de Capital Fixo aumentou 3,7% (2,8%
O INE justifica a aceleração económica face ao cres-
de 2014) com a ajuda da construção e do equipa-
cimento de 0,9% de 2014 pelo contributo menos
mento de transporte.
negativo da procura externa líquida que refletiu
uma aceleração das exportações de bens e serviços
Para o conjunto do ano 2015, as Exportações de
e por um contributo positivo mais expressivo da
Bens e Serviços em volume aceleraram devido ao
procura interna decorrente do consumo privado e
crescimento mais intenso da componente de bens
público terem dado um maior dinamismo à econo-
de 5,8% (3,6% em 2014). Por sua vez, as exporta-
mia, uma vez que o investimento desacelerou.
ções de serviços registaram um crescimento menos
acentuado de 3,1% (5,0% em 2014) devido à com-
No quarto trimestre de 2015, o INE refere que o PIB
ponente de outros serviços, continuando a verificar-
registou, em termos homólogos, um aumento de
-se um crescimento significativo da componente de
1,3% (variação de 1,4% no trimestre anterior), pelo
turismo. As Importações de Bens e Serviços regista-
fato da procura externa líquida (exportações menos
ram um crescimento ligeiramente mais intenso em
importações) ter apresentado um contributo ligeira-
resultado da aceleração da componente de bens que
mente mais negativo para a variação homóloga do
tiveram um aumento de 7,8% (6,7% em 2014), en-
PIB, refletindo uma desaceleração das exportações
quanto os serviços registaram uma acentuada desa-
de bens e serviços mais intensa que a das impor-
celeração, sendo 4,3% em 2015 (10,3% em 2014).
tações de bens e serviços, sendo que o contributo
da procura interna (consumos privado e público e
O saldo da balança corrente e de capital que mede
investimento) se manteve em 2,1% no período.
o equilíbrio da economia portuguesa com o exterior aumentou em 2015 de 2.770 para 3.066 mi-
Os dados do INE dão conta que o crescimento de
lhões de euros, ou seja, de 1,6% para 1,7% do PIB,
1,5% da economia resultou de um aumento de
de acordo com os dados publicados pelo Banco de
2,5% da procura interna (consumo privado e públi-
Portugal (BP). Depois de anos de sucessivos défi-
co e investimento), acompanhado de crescimentos
ces, Portugal atingiu uma posição excedentária em
anuais de 5,1% das exportações (3,9% em 2014)
2012, tendo-a conservado desde então.
e 7,3% das importações (7,2% em 2014). Do lado
da procura interna, o INE dá conta de um aumento
22
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Este reforço foi o resultado de uma melhoria do
das (-4,9 mil milhões de euros) e dos particulares
saldo da balança de bens e serviços que aumentou
(-3,9 mil milhões de euros) e o aumento do endivi-
1,1 mil milhões de euros devido principalmente a
damento do setor público não financeiro (+5,5 mil
um excedente mais elevado na balança de serviços,
milhões de euros).
com especial destaque para o turismo, que continua a crescer a um ritmo acelerado.
De acordo com o BP a tendência de redução do endividamento é observável desde 2011 para os par-
No final de 2015 a dívida pública fixou-se nos
ticulares e desde 2013 para as empresas privadas.
128,9% do PIB, de acordo com os dados do BP o
que representa um ligeiro alívio face ao final de
As empresas privadas em Portugal fecharam 2015
2014 (130,2%).
com um endividamento equivalente a 144,9% do
PIB (152,6% em 2014), sendo a maior descida do
Se em percentagem do PIB se registou uma desci-
endividamento dos grupos privados pelo menos
da na dívida pública face ao final de 2014, em ter-
desde 2007, enquanto as dívidas das famílias re-
mos absolutos a variação foi diferente, ao passar de
presentavam 80,2% (85,1% em 2014).
225,8 mil milhões de euros para 231 mil milhões
de euros no final de 2015.
Embora os números do BP mostrem a continuação
do processo de desalavancagem da economia na-
Na dívida pública líquida de depósitos da adminis-
cional, nem todos os setores ajustaram ao mesmo
tração central assistiu-se em dezembro a um au-
ritmo. No Estado por exemplo, a dívida desceu ape-
mento de 4,1 mil milhões de euros para 217,7 mil
nas 1,9 pontos entre o final de 2014 e o final de
milhões de euros, o que representa o valor mais
2015, para os 160,5% do PIB (embora na ótica de
elevado de sempre. De acordo com o BP este au-
Maastricht, a que conta para a Comissão Europeia
mento, deve-se sobretudo à resolução do Banif, já
(CE) se tenha observado uma redução de 130,2%
que “as transferências de capital efetuadas pelo Es-
para 128,9%).
tado e pelo Fundo de Resolução implicaram um aumento de 2,3 mil milhões de euros” nesta rubrica.
Embora no setor privado, o ajustamento tenha sido
mais significativo, com as famílias e as empresas
Relativamente ao endividamento de outros seto-
privadas não financeiras a registarem uma descida
res da economia portuguesa, excluindo da análise
de 12,7% do seu endividamento (de 237,7% para
apenas o setor financeiro, a economia portuguesa
225%) num ano, este continua muito mais endivi-
apresentou no final de 2015 um endividamento de
dado do que o setor público.
697,4 mil milhões de euros, o que representa uma
redução de 3,3 mil milhões de euros relativamente
O elevado endividamento das empresas tem sido
a 2014. No final de 2015, o endividamento do se-
apontado como um dos principais fatores por trás
tor não financeiro representava 389% do PIB, o que
da lenta recuperação do investimento. Concentra-
compara com os 403,9% no final de 2014 e 413%
das em reduzir a alavancagem excessiva dos últi-
no final de 2013. O BP refere que a diminuição do
mos anos, muitos empresários decidem travar in-
endividamento do setor não financeiro reflete o
vestimentos futuros para pagar dívidas.
decréscimo do endividamento das empresas priva-
23
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Os números do BP mostram que entre as PME, por
Dezembro de 2015 foi também marcado por um
exemplo, as dívidas caíram apenas 0,7% no último
aumento do financiamento concedido às famílias e
ano para os 87% do PIB. Para as microempresas, a
também às empresas. No total, os bancos empres-
esmagadora maioria do tecido empresarial portu-
taram 4.675 milhões de euros, o valor mais elevado
guês, a dívida até cresceu ligeiramente de 36,1%
desde junho de 2014 em novo crédito. Os bancos
para 36,2% do PIB, sendo que o desagravamento
emprestaram 978 milhões de euros às famílias, dos
do endividamento vem, assim, praticamente todo
quais quase metade se destinaram à compra de
dos grandes grupos, cerca de mil empresas (por
casa. Os novos empréstimos ao consumo ascende-
comparação com 344 mil microempresas, em que a
ram a 316 milhões de euros e os créditos para ou-
dívida passa de 47,8% para 44,3%. Também entre
tros fins totalizaram 193 milhões de euros.
as SGPS não financeiras o endividamento também
cai substancialmente de 17,2% para 13,5% do PIB.
Quanto às empresas, as instituições financeiras
concederam 3.697 milhões de euros, um máximo
Por último, as famílias também deram uma ajuda ao
desde junho de 2014, sendo nas grandes empresas
desagravamento da dívida do setor privado, com o
que o financiamento mais aumentou, tendo sido
seu endividamento a recuar de 85,1% para 80,2%
emprestados 1.970 milhões de euros em opera-
do PIB entre 2014 e 2015. Um alívio de 4,9 pontos,
ções acima de um milhão de euros.
sendo a fatia mais significativa deste ajustamento
no crédito à habitação.
No que respeita à inflação, o ritmo de subida dos
preços acentuou-se em janeiro de 2016, com um
No final de 2015, os bancos nacionais tinham
aumento de 0,8% face ao mesmo mês do ano an-
17.596 milhões de euros em crédito de cobrança
terior e duplicando a variação homóloga de dezem-
duvidosa tanto das famílias como das empresas, o
bro de 2015, que tinha sido de 0,4%. Na variação
que significou uma redução do malparado.
homóloga e sem contar com os produtos alimentares não transformados e com a energia, a subida foi
O malparado das famílias fechou 2015 no valor
também superior em janeiro, de 1%, acima de 0,5%
mais baixo desde setembro de 2012, de acordo com
em dezembro. O índice relacionado com os preços
os dados publicados pelo BP. No total, são 4.995
do setor energético atenuou as quedas (de -1,5%
milhões de euros em créditos de difícil recupera-
em dezembro para -1,3% em janeiro), contribuindo
ção, o que representa 4,19% do total de emprésti-
também para a recuperação global da inflação.
mos concedidos a particulares, tendo a tendência
de diminuição sido verificada em todos os tipos de
Segundo dados do INE, a taxa de desemprego em
financiamento.
2015 ficou fixada em 12,2%. No quarto trimestre
2015, o emprego aumentou 0,7% em Portugal,
No que se refere às empresas, o crédito de difícil
em comparação com o trimestre anterior, um valor
recuperação ascende a 12.601 milhões de euros, o
acima da média da Zona Euro (0,3%) e da UE onde
que significa o valor mais baixo desde janeiro de
o emprego praticamente estagnou. Nesta compa-
2015, e representa 15,4% do total de dinheiro em-
ração em cadeia, Portugal é o terceiro país com o
prestado a sociedades não financeiras.
aumento mais acentuado partilhando esta posição
com a Espanha, Luxemburgo, Polónia e Suécia.
24
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Em termos homólogos, no último trimestre do ano,
da TSU suportada pelos trabalhadores, de forma a
o emprego avançou 1,8%, acima da média da Zona
cumprir com as exigências de Bruxelas.
Euro (1,2%) e da UE (1%). O ritmo foi o décimo
mais elevado nos 27 países para os quais já exis-
Como consequência, a economia crescerá menos,
tem dados, numa lista liderada por Malta (4,6%) e
o consumo também abrandará para 2,4%, e serão
por Espanha (3%).
criados menos empregos em Portugal, revendo em
alta a previsão de taxa de desemprego para 11,3%.
Em termos de OE para 2016, a taxa de crescimento
As exportações deverão agora crescer 4,3% face a
económico prevista pelo Governo é agora de 1,8%
2015, uma vez que as ultimas notícias sobre vários
(contra os 2,1% previstos anteriormente), ainda as-
destinos importantes (de Espanha ao Brasil ou Chi-
sim um valor que a CE e o FMI continuam a consi-
na) apontam para um ano difícil.
derar excessivamente otimista, calculando 1,6% e
1,4%, respetivamente.
Em final de abril de 2016, o governo português, à
semelhança dos demais, terá de prestar contas às
O governo aponta agora para um défice orçamen-
instituições europeias sobre a execução orçamen-
tal de 2,2% do PIB em 2016 (4,2% em 2015), e
tal em 2016, tendo simultaneamente de apresentar
para uma redução do défice estrutural de 0,3%.
o novo programa de reformas estruturais e a atua-
Para isso necessitou de acrescentar 700 milhões
lização do programa de estabilidade e crescimento
de euros de medidas de consolidação orçamental,
(PEC), onde terá de clarificar, em particular, as gran-
entre elas, agravamentos adicionais da tributação
des linhas do OE para 2017, que as regras europeias
sobre tabaco, combustíveis e automóveis, aliados a
obrigam a que seja realizado no pressuposto de um
impostos sobre a banca e o recuo em pelo menos
défice inferior a 3%.
uma das medidas bandeira do executivo, a redução
Reforço dos Interfaces Ferroviários dos Terminais de Granéis Líquidos e Sólidos do Porto de Aveiro - Portugal
25
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Em relação ao OE para 2016, muitas entidades na-
acentuados das taxas de juro (um aumento de 1%
cionais e estrangeiras têm manifestado reservas
significa um acréscimo de dois mil milhões de eu-
sobre a trajetória orçamental dos próximos anos e
ros na fatura anual de juros), tendo chamado ainda
sobre as políticas económicas.
a atenção para o endividamento privado (um dos
mais elevados da Europa) e sobre os riscos do au-
Em relação à trajetória orçamental, mesmo depois
mento do salário mínimo poder agravar as perspe-
das medidas de austeridade adicional, Bruxelas
tival de emprego e provocar uma deterioração da
ainda duvida que o OE de 2016 contenha a margem
competitividade se não for acompanhado de ga-
de segurança mínima, exigindo um plano B pronto
nhos de produtividade.
a ser aplicado se e quando necessário.
A CE também está mais pessimista do que o GoverRecentemente, a CE concluiu que dos 18 Estados-
no sobre a evolução do consumo, mas não tanto
-membros da União Europeia (UE) sujeitos a ava-
como o Fundo Monetário Internacional (FMI). En-
liação por situações de desequilíbrios macroeco-
quanto Bruxelas antecipa uma variação de 1,9%
nómicos, sete apresentam desequilíbrios e cinco
para este ano, o FMI antecipa um crescimento de
apresentam desequilíbrios excessivos, nomeada-
apenas 1,5%, prevendo uma moderação da recupe-
mente, Portugal, França, Itália, Bulgária e Croácia,
ração do consumo das famílias e maior incerteza no
cuja correção exige um acompanhamento mais pró-
ambiente externo.
ximo sobre a forma como estão a evoluir as reformas estruturais.
Em resumo, a CE evidencia que a situação nacional
é ainda de grande fragilidade e avisa que continua-
Também a Alemanha, Finlândia, Irlanda, Holanda,
rá a seguir de perto o país, de forma a que Portugal
Espanha, Suécia e Eslovénia terão um acompanha-
cumpra com as previsões do PEC e evitar o risco de
mento mais próximo por apresentarem indicadores
desvio significativo do ajustamento estrutural re-
económicos que apontam para situações de dese-
comendado ao país.
quilíbrio que podem ter implicações no conjunto
da economia europeia. A Grécia e Chipre, estando
Do lado interno, há também um conjunto de insti-
submetidos a programas de ajustamento por assis-
tuições, neutras politicamente que questionam as
tência financeira externa, não estão abrangidos.
políticas e medidas que sustentam o OE para 2016.
No relatório específico sobre Portugal que ante-
As confederações patronais (CAP, CCP, CIP e CTP)
cedeu esta classificação, Bruxelas deixou diversos
alertam para riscos na execução orçamental e para
avisos, em particular sobre a política orçamental
o impacto negativo da subida do ISP. Sublinham
do governo, referindo que sem esforços adicionais
também, que o estímulo ao crescimento deve pas-
de consolidação orçamental e reformas estrutu-
sar pela redução da carga fiscal, por medidas de fo-
rais favoráveis ao crescimento para salvaguardar a
mento do investimento privado e pela retoma do
sustentabilidade das finanças públicas será muito
investimento público estratégico para a competiti-
difícil reduzir significativamente os níveis da dí-
vidade, lamentando o fraco contributo da redução
vida que poderá ficar fora do controlo em caso de
do peso da despesa corrente primária no PIB para
quebras no crescimento nominal, haver aumentos
a consolidação orçamental e o facto de, apesar da
26
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
redução da sobretaxa de IRS, a carga fiscal e para-
milhões de euros de receita fiscal, mas estima que o
fiscal voltar a aumentar, atingindo um novo máximo
encaixe com impostos diretos e indiretos suba 2.459
histórico em Portugal.
milhões de euros à boleia da retoma da atividade.
Esta diferença leva o CFP a considerar que a evolu-
Em particular, o aumento do ISP em 6 cêntimos por
ção da receita prevista para 2016 é otimista sendo a
litro irá implicar um forte impacto negativo para a
maior divergência nos impostos indiretos.
economia em geral, incluindo as exportações, mesmo apesar das promessas de reavaliação.
Para avaliar os riscos assumidos pelo Governo, o
CFP partiu das estimativas da CE de receita de im-
A Unidade Técnica de Apoio ao Orçamento (UTAO)
postos indiretos publicadas em janeiro e ajustou-as
tem dúvidas quanto à previsão de crescimento eco-
às medidas orçamentais apresentadas pelo Gover-
nómico do Governo de 1,8% sendo que os seus cál-
no desde então, que incluem mais impostos sobre
culos apontam para 1,6%, uma vez que dados mais
tabaco, petróleo e veículos, sendo que o resultado
recentes do INE com informação referente ao quar-
aponta para níveis bastante inferiores à previsão
to trimestre de 2015 provocam um efeito penaliza-
das Finanças, com uma previsão de receita cerca de
dor sobre a economia em 2016. Considera também
588 milhões de euros inferior (quase 0,3% do PIB)
que do ponto de vista externo, o crescimento das
à apresentada na proposta do OE de 2016.
principais economias com as quais Portugal se relaciona em termos comerciais constitui um importan-
O CFP considera que o Governo não terá tido em
te desafio para a concretização das previsões ma-
conta o facto de o aumento previsto dos impostos
croeconómicas e que Portugal vai ter de continuar
indiretos poder ditar quebras de consumo, como é o
a aplicar medidas de austeridade nos próximos
caso dos Impostos sobre o tabaco e sobre veículos.
anos para garantir uma dívida pública sustentável
e tendo em conta o seu elevado nível não bastará
Também o Conselho Económico e Social (CES) con-
conseguir o objetivo de médio prazo para o saldo
sidera que o aumento de 2,9% da receita fiscal
estrutural sendo necessário ir mais além.
prevista no OE resultante da reposição de rendimentos e da diferente distribuição do esforço fiscal
Refere que a aplicação da regra da CE de redução
introduz um risco relevante na capacidade de cres-
da dívida ao caso português implica uma redução
cimento da economia, do investimento e do empre-
da dívida pública de cerca de 68% do PIB, repre-
go, pelas suas implicações na retração do consumo
sentando uma média de 3,4% por ano durante vin-
e na competitividade das empresas, considerando
te anos. Assim, a perspetival de redução da dívida
ainda que o menor crescimento da economia pode
pública até 2036 implicará uma consolidação or-
também vir a repercutir-se nas receitas fiscais,
çamental adicional sendo necessários excedentes
como sucedeu no passado recente, tornando mais
orçamentais crescentes até atingir 1% do PIB em
difícil atingir as metas orçamentais.
2020, mantendo-se inalterada nos anos seguintes.
O CES manifesta ainda o desejo de que a Reforma
Por seu lado, o Conselho das Finanças Públicas (CFP)
do Estado e a Modernização Administrativa não se
considera na sua análise à proposta de OE que o Go-
fique apenas pelo enunciado das medidas, mas que
verno adotou medidas que lhe garantem mais 126
as mesmas possam ser concretizadas para transfor-
27
Barragem da Caniçada - descarregador - Portugal
mar o Estado numa entidade que possa garantir a
Polónia, Roménia, Estónia e Suécia foram os países
condução da estratégia de desenvolvimento e a de-
que registaram maiores crescimentos em cadeia do
fesa do interesse público.
PIB, superiores a 1%, embora os dados para a Irlanda, Luxemburgo e Malta não sejam ainda conheci-
Uma vez mais, a evolução da dívida pública é a
dos. A Croácia e a Letónia verificaram crescimentos
maior restrição ao desenvolvimento, na medida em
negativos de acordo com o Eurostat, enquanto a Re-
que limita o acesso ao financiamento do Estado e
pública Checa não registou variação.
à autonomia de decisão em matéria orçamental. O
CES reconhece que o peso relativo da dívida públi-
No quarto trimestre de 2015, a economia portu-
ca em % do PIB tem diminuído desde 2015, e que
guesa registou a nona pior performance entre os
em 2016 embora baixando para 127,7% ficará aci-
25 países considerados, com um crescimento em
ma do previsto no PEC mas abaixo das previsões da
cadeia de 0,2% e homólogo de 1,3%.
Comissão Europeia de 128,5%.
No que respeita à economia alemã teve um cresciQuanto à despesa com juros, esta deverá subir
mento do PIB no quarto trimestre de 2015 de 0,3%,
para 8,5 mil milhões de euros em 2016 e embora
igual ao registado no trimestre anterior e de 1,1%
diminua em % do PIB, esse valor é muito superior
em termos homólogos. No conjunto de 2015 a eco-
ao do défice global do orçamento obrigando a uma
nomia alemã cresceu 1,7% suportado no consumo
política de maior pendor restritivo, traduzido na
interno. Já o setor industrial sofreu uma quebra na
passagem do saldo primário de apenas 0,4% para
produção de 1,2% em dezembro, depois de já ter
2,3% do PIB.
registado uma queda de 0,1% no mês anterior.
De acordo com o Eurostat, o desempenho dos 19
De acordo com o Eurostat, o desemprego ajusta-
países da moeda única ficou ligeiramente abaixo do
do de sazonalidade da Zona Euro foi de 10,3% em
verificado nos países-membros da UE onde o cres-
dezembro de 2015. Esta foi a taxa de desemprego
cimento médio no quarto trimestre de 2015 foi de
mais baixa desde agosto de 2011, sendo que na UE
0,4%. Em termos homólogos, face ao mesmo perío-
a 28 países a taxa foi de 9%, o que constitui a taxa
do de 2014, o PIB em volume da zona euro cresceu
mais baixa desde maio de 2009.
1,6% e o da UE avançou 1,8%.
28
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Os números revelam que a taxa de desemprego por-
seguintes a economia portuguesa iria conseguir re-
tuguesa que há 3 meses se mantém nos 12,2% é
tomar o processo de convergência, as ultimas pro-
a quarta mais elevada da Zona Euro atrás da grega
jeções publicadas por Bruxelas (fevereiro de 2016),
(24,6%), da espanhola (20,5%) e da cipriota (15,3%).
voltam a colocar Portugal com um crescimento do
Itália vem logo a seguir (11,5%) numa tabela que
PIB inferior ao da média da Zona Euro.
tem na Alemanha o melhor desempenho (4,3%).
Bruxelas projeta que a economia portuguesa tenha
Comparando com há um ano, o Eurostat destaca que
crescido 1,5% em 2015, acelere ligeiramente para
a taxa de desemprego em janeiro de 2016 caiu em
1,6% em 2016 e registe uma expansão de 1,8% em
24 Estados-membros, permaneceu estável na Estó-
2017. Já a Zona Euro terá crescido 1,6% em 2015,
nia (6,3%) e aumentou na Letónia (de 9,7% para
e deverá crescer 1,7% em 2016 e 1,9% em 2017.
10,4%), na Áustria (de 5,5% para 5,9%) e na Finlândia (de 9,1% para 9,4%), com as maiores que-
Não é só no crescimento do PIB que o desempenho
das a verificaram-se em Espanha (de 23,4% para
de Portugal vai ser inferior ao da Zona Euro entre
20,5%), na Eslováquia (de 12,3% para 10,3%), na
2015 e 2017. O desemprego em Portugal em 2016
Irlanda (de 10,1% para 8,6%) e em Portugal (de
(11,7%) continuará a ser superior ao da média da
13,7% para 12,2%).
Zona Euro (10,5%) e o défice orçamental também
será superior (3,4% em Portugal contra 1,9% na
O Eurostat revelou também a sua projeção para
Zona Euro).
a inflação em fevereiro que deverá ter ficado nos
-0,2%, o que compara com os 0,3% de janeiro, sen-
A confirmarem-se as previsões da CE, a economia
do que a culpa dos valores negativos volta a ser dos
portuguesa apresentará este ano o sétimo pior de-
preços da energia, que caíram 8%, o que compara
sempenho entre os 19 países do Euro. Chipre, Itália,
com os 5,4% de queda em janeiro.
Bélgica e França deverão crescer mais de 1% em
2016, mas abaixo de Portugal. Já a Finlândia vai
No entanto, mesmo nas rubricas em que os preços
crescer menos de 1% e a Grécia será o único país
cresceram em fevereiro, as subidas foram menores
do Euro em recessão.
do que em janeiro. Segundo o Eurostat, a inflação
nos serviços fixou-se numa taxa de 1%, o que com-
No topo oposto está a Irlanda, que de acordo com
para com os 1,2% de janeiro, seguindo-se a alimen-
Bruxelas deverá crescer 4,5% em 2016, ainda as-
tação, álcool e tabaco, com 0,7% em fevereiro.
sim abaixo da expansão de 6,9% verificada em
2015. Segue-se Malta, Luxemburgo, Eslováquia e
A inflação não apenas está longe dos cerca de 2%
Letónia, que deverão crescer acima de 3%.
que o BCE traçou como meta, como volta a valores
negativos. Fevereiro de 2016 marca assim o valor
A Espanha continua no lote dos países com maior
mais baixo num ano, sendo preciso recuar a feve-
crescimento (2,8%) enquanto a Alemanha perma-
reiro de 2015 para ter um valor mais baixo (-0,3%).
nece a meio da tabela, com uma projeção de crescimento do PIB de 1,8% para 2016.
Em termos de previsões, embora projeções recentes da CE apontassem para que em 2015 e nos anos
29
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Por seu lado, a OCDE está mais pessimista sobre
timento continuam fracos. Uma procura débil está
a evolução da economia mundial, tendo feito uma
a provocar inflação baixa e um crescimento inade-
revisão em baixa das suas projeções para 2016 e
quado dos salários e do emprego.
2017, pedindo uma nova estratégia e medidas urgentes de estímulo.
Além disso, nota que existem riscos substanciais
de instabilidade financeira. Os investidores estão
Este maior pessimismo reflete revisões em baixa
a antecipar um crescimento mais lento, o que tem
em quase todos os grandes blocos económicos. Nas
levado a uma maior volatilidade dos mercados e à
suas previsões intercalares, publicadas em feverei-
queda dos preços dos ativos.
ro de 2016, a OCDE espera agora que os Estados
Unidos cresçam apenas 2% em 2016 (-0,5% face
Os fluxos comerciais cresceram apenas 2% em
a novembro), o Japão 0,8% (-0,2%) e a Zona Euro
2015, um ritmo que normalmente resulta num
1,4% (-0,4%).
crescimento económico baixo. A contração das importações pela China e outras grandes economias
No que se refere à China, segunda maior economia
emergentes contribuiu para uma procura mais bai-
do mundo, em 2015 teve um crescimento de 6,9%,
xa por exportações das economias avançadas, que
o menor em 25 anos e o governo de Pequim espera
se estima que tenha um impacto negativo de 0,5%
um crescimento entre 5,9% e 6% para 2016, num
no crescimento dos países da OCDE em 2015.
ambiente em que a atividade da indústria e dos serviços continua a dar sinais de deterioração.
O BCE por seu lado reviu também em baixa as suas
previsões de crescimento e inflação projetando
Entre os países da moeda única, a OCDE só publica
que o crescimento da Zona Euro não chegará perto
neste documento previsões para Alemanha, França e
dos 2% e o objetivo de inflação não será atingido
Itália. O maior destaque pela negativa vai para a Ale-
até 2018.
manha que, embora dessas três seja a economia que
vai crescer mais (1,4%), é também aquela que sofre
A análise das condições económicas, financeiras e
a maior revisão em baixa face a novembro (-0,5%).
monetárias da Zona Euro confirmou a necessidade,
sem mais atraso, de mais medidas de estímulos.
Entre os emergentes, o Brasil sofre uma revisão
O BCE espera agora que a economia da Zona Euro
drástica, antecipando-se agora uma recessão muito
cresça 1,4% em 2016, 1,7% em 2018 e 1,8% em
mais profunda, de -4%, quando antes as estimativas
2018, o que compara com as previsões de dezem-
apontavam para -1,2%. Por outro lado, a OCDE man-
bro de um crescimento de 1,7% em 2016 e 1,9%
tém a mesma previsão para a China (6,5%) e apre-
em 2017.
senta uma ligeira revisão em alta para a Índia (7,4%).
O seu presidente afirmou ainda, que espera que as
O crescimento está a desacelerar em muitas eco-
taxas de inflação na Zona Euro (-0,2% em fevereiro)
nomias emergentes, com uma recuperação muito
permaneçam negativas nos próximos meses, recu-
modesta nas economias avançadas e preços baixos
perando mais para o final do ano. Nas novas pre-
a deprimirem os exportadores de matérias-primas,
visões do banco central a taxa de inflação será de
segundo o relatório da OCDE. O comércio e o inves-
0,1% em 2016, 1,3% em 2017 e 1,6% em 2018,
30
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
longe do objetivo do BCE de uma inflação abaixo
baixas e as margens de lucro não deverão registar
mas próxima de 2%.
melhorias significativas até a concorrência abrandar e mais bancos passem as taxas negativas para
Em dezembro, o BCE apontava para 1% em 2016 e
os seus clientes, sublinhando que quanto mais tem-
de 1,6% em 2017, justificando a revisão em baixa es-
po os juros estiverem abaixo de zero, mais os resul-
sencialmente pela evolução dos preços do petróleo.
tados do setor irão estar pressionados.
As previsões ajudam a explicar o novo pacote de
Como se pode apreciar pelas análises das entida-
medidas de estímulos monetários anunciado na re-
des nacionais e internacionais e especialmente pe-
união de março de 2016 que incluem o reforço do
las regras impostas no quadro da UE, em que os paí-
programa de compra de ativos em mais 20 mil mi-
ses credores pretendem garantir os financiamentos
lhões de euros por mês a começar em abril de 2016
efetuados pelos seus contribuintes, o nosso Pais
até março de 2017 (representando mais 240 mil
terá que continuar a implementar políticas que
milhões de euros de compras adicionais de ativos
lhe permitam corrigir os desequilíbrios estruturais,
e incluirá também obrigações de empresas da Zona
de preferência do lado da despesa do Estado, de
Euro com ratings em nível de investimento), taxa de
forma a permitir à economia libertar recursos que
juro mais negativa para depósitos no BCE (passa de
enquadrados por políticas amigas do crescimento,
-0,3% para -0,4%) para incentivar os bancos a em-
permitam a consolidação sustentável das contas
prestarem dinheiro à economia em vez de o deposi-
públicas, reduzir o endividamento e criar o ambien-
tarem no banco central e ainda taxa de juro de 0%
te propício ao aumento do investimento público e
em novas operações de concessão de empréstimos
privado reprodutivo e a criação de emprego.
de longo prazo aos bancos (4 anos), com novidade
de que os bancos poderão receber juros pelo di-
No quadro atual, mais desafiante não só pela revi-
nheiro obtido do BCE, desde que emprestem acima
são em baixa das perspetival de evolução da econo-
de um determinado nível à economia.
mia internacional, como também pela precariedade
da situação política interna, os objetivos definidos
O BCE confia que a injeção de dinheiro na economia
só terão condições de ser alcançados desde que de-
facilitará a concessão de crédito, baixará os custos
senvolvidos num novo quadro institucional refor-
de financiamento, ajudará à retoma e puxará pela
mista e eficiente que passe pelo acordo abrangente
inflação.
de todos os partidos e não apenas dos tradicionais
do arco da governação, bem como, pela mobiliza-
Na análise às mais recentes medidas propostas
ção dos agentes económicos e sociais.
pelo BCE, alguns agentes económicos embora considerem que o BCE surpreendeu o mercado com
um conjunto de medidas de estímulo monetário
que excedeu as expectativas, duvidam que essas
medidas sejam bem sucedidas a impulsionar os resultados da banca europeia, argumentando que os
bancos estão a debater-se com quebras de rentabilidade devido ao ambiente de taxas de juro muito
31
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Envolvente Social G4-2
O ano de 2015 destacou-se pelo aumento dos níveis
que se registaram entre 2004 e 2009 foram per-
de insegurança na europa, resultantes dos ataques
didos nos anos seguintes, tendo Portugal recuado
terroristas a Paris na noite de 13 de novembro (ata-
uma década em termos sociais.
que mais letal em França desde a Segunda Guerra
Mundial), ao jornal satírico Charlie Hebdo em Paris
Os níveis de pobreza estão diretamente relaciona-
a 7 de janeiro e ao avião russo com 224 pessoas a
dos com os níveis de desemprego. No 4º trimestre
bordo que se despenha na península do Sinai.
do ano, a taxa de desemprego foi 12,2%, 0,3 p.p.
acima do verificado nos dois trimestres anteriores,
Como consequência dos atentados terroristas a luta
mas abaixo do registado no período homólogo de
contra o Estado Islâmico intensificou-se em 2015, o
2014 (13,5%). O emprego aumentou 1,6% em ter-
que, associado à guerra civil da Síria, originou um
mos homólogos (0,2% no 3º trimestre) e a popula-
agravamento da crise dos refugiados. O Alto Co-
ção ativa aumentou 0,1%, após ter diminuído 1,1%
missariado das Nações Unidas para Refugiados (AC-
no trimestre anterior.
NUR) estimou mais de 4,1 milhões de refugiados sírios. A maioria migrou para países vizinhos, e mais
O ano de 2015 ficou marcado por diversos despe-
de 500 mil pediram asilo na Europa.
dimentos coletivos que tiveram lugar em Portugal,
em algumas das maiores e mais antigas empresas
A crise financeira, associada às dívidas públicas dos
do setor.
países do Sul da Zona Euro, continuou a marcar o
ano de 2015 com a manutenção de políticas de aus-
Os elevados níveis de desemprego não se verifi-
teridade, as quais têm consequência sociais impor-
caram apenas em Portugal, mas também nos prin-
tantes, nomeadamente nos níveis de pobreza dos
cipais mercados da Somague como são o Brasil e
países afetados.
Angola. De acordo com a Organização Internacional
do Trabalho (OIT) a taxa de desemprego no Brasil
2015, foi o Ano Europeu para o Desenvolvimento,
deve continuar a crescer atingindo 7,3% em 2016.
destinado a sensibilizar os cidadãos europeus para
Angola, cuja taxa de desemprego ronda os 40%,
as políticas de desenvolvimento da União Europeia
viu a sua situação agravar-se nos últimos meses de
e para o seu papel enquanto um dos principais
2015 devido à crise económica e financeira, que re-
agentes mundiais na luta contra a pobreza.
sultou em mais pessoas afetadas pelo desemprego
essencialmente nos setores da construção civil, in-
Neste campo, Portugal voltou aos níveis de pobreza
dústria, comércio e serviços.
e exclusão social de há dez anos. Agora, como em
2003 ou 2004, uma em cada cinco pessoas é pobre,
A falta de emprego potencia a redução das condi-
ou seja, um total de 2 milhões de portugueses. De
ções de segurança e saúde no trabalho, uma vez que
acordo com os dados do Instituto Nacional de Es-
os trabalhadores diminuem as suas reivindicações
tatística (INE), os ganhos de diminuição da pobreza
na tentativa de manter o seu posto de trabalho.
32
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Barragem de Foz Tua - Portugal
De acordo com a OIT a cada 15 segundos, um morre
No que se refere à política interna, em outubro de
um trabalhador como consequência de um aciden-
2015, decorreram as eleições legislativas portu-
te de trabalho ou doença profissional, e 153 traba-
guesas para a nomeação do primeiro-ministro do
lhadores têm um acidente de trabalho.
país. Os resultados provocaram uma alteração significativa da representação dos diferentes partidos
Em Portugal, de acordo com os dados disponibiliza-
na Assembleia da República, originando um perío-
dos pela Autoridade para as Condições do Trabalho
do mais alargado para a aprovação do Governo. No
(ACT), verificou-se um aumento significativo dos
final do mês de novembro o Presidente da Repu-
acidentes de trabalho graves, de 308 em 2014 para
blica indigitou o líder do PS Antonio Costa como o
417 em 2015 (+35%). Este aumento também se ve-
novo Primeiro-ministro de Portugal.
rificou no setor da construção, com um aumento de
88 acidentes graves em 2014 para 119 em 2015.
Relativamente a acidentes de trabalho mortais,
apesar de menos significativo, também se verificou
um aumento de 5%, registando-se um total de 142
acidentes de trabalho mortais. Destes, 43 ocorrem
no setor da construção.
33
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Envolvente Ambiental G4-2
Decorreu, no final do ano de 2015, a 21ª Conferên-
Angola também participou na COP-21. O Vice Pre-
cia das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáti-
sidente da República referiu que o país onde a
cas (COP-21). A conferência atingiu o seu objetivo
Somague opera, à semelhança de outros países na
quando, pela primeira vez na história, um acordo
região, já sente os efeitos das alterações climáticas
universal definiu medidas para reduzir os efeitos
e que por isso tem vindo a adotar uma legislação
das mudanças climáticas e que foi aprovado com
ambiental moderna e programas educacionais que
aclamação por quase todos os países.
visam inibir ações devastadoras do meio ambiente.
O ponto central do chamado Acordo de Paris, que
O ano de 2015 foi também o Ano Internacional
é válido a partir de 2020, é a obrigação de partici-
dos Solos, um dos recursos mais afetados pela ati-
pação de todas as nações - e não apenas os países
vidade do setor da construção. Um dos objetivos
ricos - no combate às mudanças climáticas. Ao todo,
principais consistiu em alcançar a consciência da
195 países membros da Convenção do Clima da
sociedade civil e dos responsáveis pela tomada de
ONU e a União Europeia ratificaram o documento.
decisões sobre a profunda importância do solo para
a humanidade.
O acordo determina um esforço para reduzir as
emissões de carbono e conter os efeitos do aquecimento global, nomeadamente que os países sig-
Escola Mutu-Ya-Kevela - Luanda - Angola
natários ajam para que a temperatura média do planeta sofra uma elevação “muito abaixo de 2°C” até
2100, em comparação à média do planeta antes da
Revolução Industrial.
O Brasil, mercado onde atua a Somague, foi um dos
países que assinou o acordo. O país terá como principal compromisso reduzir as emissões de gases
de efeito estufa em 37%, até 2025, e em 43%, até
2030. Para tal, será necessário proteger o desmatamento na Amazônia e restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030, uma área equivalente
ao território da Inglaterra.
34
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Evolução Setorial G4-2
No plano Nacional, e contrariando alguns sinais de
adiadas, não se concretizando a anunciada recupe-
recuperação havidos no final de 2014, a crise do se-
ração no setor. A exceção foram as obras privadas
tor da Construção Civil e Obras Públicas persistiu
de pequena dimensão, nomeadamente na área da
em 2015.
Reabilitação de Edifícios, onde se sentiu algum dinamismo da parte dos investidores, pese embora a
Em ano de eleições, os sinais positivos foram subs-
forte concorrência do setor, onde nem sempre é fá-
tancialmente ampliados, não refletindo exatamen-
cil para as grandes empresas construtoras penetrar.
te a realidade. Se efetivamente o setor da Habitação, nomeadamente através da Reabilitação de
No plano Internacional também a conjuntura foi al-
Edifícios, registou alguma recuperação, ao invés, as
tamente desfavorável pois, tanto em Angola como
Obras Públicas continuaram a protagonizar quedas
no Brasil, os principais mercados internacionais
significativas registando-se no ano transato uma
para a Somague, sofreram uma contração muito
ausência quase total de investimento em infraes-
significativa em consequência da queda abrupta
truturas públicas.
do preço do petróleo, que no final do ano transato atingiram o preço de 37 USD/barril. No caso do
Apesar do Governo anterior ter ordenado a cons-
Brasil, o mega caso de corrupção “Lava Jato” veio
tituição de um Grupo de Trabalho para a definição
ainda lançar um clima de suspeição no setor , com
de um conjunto prioritário de projetos e recomen-
as maiores empresas brasileiras a serem alvo de in-
dações para as Infraestruturas de Elevado Valor
vestigações e acusações de corrupção associadas
Acrescentado (GT IEVA), a sua concretização e con-
maioritariamente a esquemas de conluio envol-
sequente lançamento de concursos para a execu-
vendo o favorecimento das mesmas em projetos
ção dessas infraestruturas prioritárias continuou
para a Petrobras, contribuindo sobremaneira para a
praticamente sem sair do papel.
recessão que o país está a viver. Em contrapartida,
os problemas que essas empresas estão a viver irá
Os grandes investimentos públicos, onde se destacam
potenciar as oportunidades de negócio para as em-
os projetos ferroviários inseridos nos dois corredores
presas não envolvidas no processo Lava Jato , como
internacionais - Sul (Sines-Caia) e Norte (Aveiro-Vilar
será o caso da Somague Engenharia.
Formoso), continuam totalmente dependentes da
aprovação das candidaturas a fundos comunitários,
Em Moçambique, apesar de alguns sinais positivos, a
não sendo expectável que as obras necessárias à sua
economia tarda em despontar fruto de alguma demo-
concretização se iniciem antes de 2018.
ra na concretização dos projetos associados à exploração de gás na bacia do Rovuma, província de Cabo
Por outro lado, constata-se que o lançamento das
Delgado, cujas principais concessões foram já atribuí-
grandes obras de Edificação previstas para 2015 -
das a consórcios liderados pela Anadarko e pela ENI.
Nova loja e centro comercial IKEA de Loulé e Hospitais (CUF e Todos os Santos) foram uma vez mais
35
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
2.4
Modelo de Negócio e Perfil da Empresa
Missão, Visão e Valores G4-56
MISSÃO
Assegurar de uma forma sustentada e contínua a melhoria da qualidade de vida da população, construindo as infraestruturas do futuro, baseada nos mais elevados padrões de performance em termos de qualidade, custo e prazo.
VISÃO
Ser uma empresa de sucesso nas áreas da construção civil e obras públicas onde exerce a sua atividade, assegurando
a satisfação e confiança dos seus clientes pela qualidade e competitividade dos seus produtos e serviços, beneficiando com tudo aquilo que fizer, correspondendo aos anseios dos colaboradores.
VALORES
Inovação
Aceitar desafios e soluções criativas numa perspetiva de melhoria contínua avaliando os riscos inerentes.
Espírito de Grupo
Desenvolver uma Visão Global de objetivos partilhados, valores e regras de acordo com as orientações e políticas de
Grupo, transmitindo sempre uma boa imagem da Somague.
Orientação para o Cliente
Encontrar as soluções que satisfaçam simultaneamente os interesses dos clientes internos e externos, de acordo com
os padrões de qualidade da Somague.
Desenvolvimento Profissional
Valorizar a partilha de conhecimentos com o objetivo de promover a integração e o sucesso profissional atual e futuro.
Ética e Responsabilidade Social
Cumprir os seus compromissos e responsabilidades, contribuindo para o desenvolvimento e bem-estar da sociedade,
protegendo a sua imagem e posição competitiva.
Respeito pelo Indivíduo
Considerar cada colaborador como único, identificando o seu potencial e respeitando as suas expectativas, reconhecendo o seu esforço, dedicação e desempenho.
Qualidade Organizacional
Cumprir com rigor e visão integrada os procedimentos da empresa satisfazendo necessidades internas e externas e
propondo sugestões numa ótica de melhoria contínua.
36
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Modelo de Negócio
A Somague atua de acordo com um sistema de gestão orientado por processos, designado por Modelo
de Funcionamento. Estabelecido em 1993, este sistema tem como objetivo criar um conjunto de normas internas que suportem a atividade da empresa.
Angariação
de negócios
(AN)
Elaboração
de propostas a
clientes (EPC)
Preparação
do arranque de
obra (PAO)
Execução
de obra (EO)
Conclusão
de obra (CcO)
Fase de
garantia (FG)
Controlo de obra (CtO)
Fornecimento de Materiais e Serviços (FMS)
Utilização e Manutenção de Equipamentos (UME)
Planeamento
Estratégico
(PE)
Gestão do Risco (GR)
Gestão de Recursos Humanos e Organização (RHO)
Controlo Operacional e Financeiro (COF)
Gestão do SIGAQS (QSA)
Gestão do SGIDI (IDI)
Gestão da Informação e Documentação (GID)
Processos de negócio
Processos de suporte
•
O Modelo de Funcionamento suporta, ainda, a im-
Política de Investigação, Desenvolvimento e
Inovação
plementação da estratégia da empresa, das políticas internas e dos requisitos externos por si subs-
•
Processo de Subcontratação
critos, nomeadamente: G4-15/56
•
Procedimentos de Prevenção de Branqueamento de Capitais e Bloqueio ao Terrorismo
Internos
Externos
•
Missão, Visão e Valores
•
•
Política de Sustentabilidade
•
Plano Diretor de Responsabilidade Corporativa
•
Certificação Qualidade (ISO 9001)
da Sacyr
•
Certificação Segurança e Saúde (OHSAS 18001)
•
Código de Ética e integridade
•
Certificação Ambiental (ISO 14001)
•
Política de Recursos Humanos
•
Certificação Inovação (NP 4457)
•
Política da Qualidade, Segurança e Ambiente
•
Certificação Código ISM
Pacto Mundial das Nações Unidas (através da
Sacyr)
37
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Qualidade
A implementação das políticas, códigos e compromissos anteriormente referidos é verificada através
da realização de auditorias internas e externas às
A Qualidade na Somague é entendida como uma
diferentes unidades de negócio da Somague. O re-
metodologia de gestão o que se reflete no pla-
sultado destas auditorias é periodicamente trans-
neamento da sua atividade, contemplando e com-
mitido à Administração da empresa, que tem a res-
prometendo por isso a empresa perante todas as
ponsabilidade de os rever e atualizar. G4-42
partes interessadas como o acionista, donos de
obra, fornecedores, subempreiteiros, parceiros de
negócio, entidades oficiais e sociedade civil, considerando ainda individualmente cada colaborador
interno. Assim, integrou no seu Modelo de Funcionamento um Sistema de Gestão da Qualidade que
Nova Lei dos Alvarás (Lei n.º 41/2015,de 3 de junho)
veio a ser certificado pela Associação Portuguesa
de Certificação (APCER) em 1999. G4-DMA
Das principais alterações introduzidas por este diploma salienta-se a diferenciação dos requisitos necessários para o exercício da atividade da construção
Atualmente o Sistema de Gestão da Qualidade
consoante se trate de obras públicas ou de obras
(SGQ), certificado de acordo com a norma NP EN
particulares, uma vez que o alvará de empreiteiro de
ISO 9001:2008, faz parte do Sistema Integrado de
obras particulares deixa de depender de requisitos de
Gestão do Ambiente, Qualidade e Segurança da
capacidade técnica e de relacionar categorias ou sub-
Somague (SIGAQS). Este reflete o Modelo de Fun-
categorias de obras e trabalhos. Em ambos os casos,
mantêm-se as nove classes de escalão de valores das
cionamento da empresa e foi estabelecido com o
obras que as empresas de construção estão habilita-
objetivo de criar e implementar um conjunto de
das a executar.
normas e procedimentos que suportam a estratégia
de negócio e os processos da empresa.
Em síntese, o novo diploma estabelece:
•
Dois alvarás distintos, um para as obras públicas -
Em 2015, decorreu a auditoria de acompanhamento
“Alvará de Empreiteiro de Obras Públicas” e outro
da certificação da Qualidade na Somague Engenha-
para as obras particulares - “Alvará de Empreitei•
ro de Obras Particulares”;
ria e Neopul, na qual a equipa auditora da APCER
Dois certificados (atuais Títulos de Registo), de-
confirmou que o SIGAQS se mantém adequado aos
nominados, “Certificado de Empreiteiro de Obras
objetivos da organização e requisitos normativos,
Públicas” e “Certificado de Empreiteiro de Obras
evidenciando uma evolução consolidada e positiva.
Particulares”;
•
Eliminação de requisitos de capacidade técnica
Adicionalmente, a Somague procura obter o fee-
para os Alvarás de Obras Particulares, devendo,
dback dos seus clientes através do processo de
ser avaliada, obra a obra, a qualificação dos técni-
•
cos, de acordo com o previsto na Lei n.º 40/2015,
Avaliação da Satisfação do Clientes. O ano de 2015
de 1 de junho, que procede à primeira alteração à
não foi exceção, apresentando-se no quadro se-
Lei n.º 31/2009, de 3 de julho;
guinte os resultados obtidos.
Obrigatoriedade de os detentores de Certificados
de Empreiteiro de Obras Públicas, demonstrarem
capacidade técnica.
38
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
SATISFAÇÃO DOS CLIENTES G4-PR5
2013
2014
2015
Somague Engenharia, S.A.
Somague Ediçor Engenharia, S.A.
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
75%
83%
85%
76%
88%
86%
82%
85%
74%
ISO9001:2015
Renovação da Certificação da Qualidade
Nova versão da norma de gestão da Qualidade
Somague Ediçor
Em 2015, foi publicada a nova versão da norma ISO
Em 2015, decorreu a auditoria de renovação da certifi-
9001:2015 a qual fornece melhorias significativas aos
cação do Sistema de Gestão da Qualidade da Somague
sistemas de gestão da qualidade das organizações.
Ediçor - Engenharia, S.A.. A equipa auditora da APCER
constatou que a empresa continua a evidenciar um
Neste âmbito, a Somague proporcionou aos seus
sistema de gestão documentado de modo a cumprir
colaboradores a formação “Transição da Norma ISO
com requisitos da Norma ISO 9001:2008, bem como
9001:2008 para a nova versão ISO 9001:2015”, cujo
as orientações constantes na política da Empresa as-
objetivo foi perceber as razões e benefícios da revi-
segurando e promovendo a melhoria contínua do de-
são da Norma ISO 9001 e conhecer as principais alte-
sempenho. Neste contexto, foram consideradas que
rações da versão 2015, assimilar os novos conceitos,
estavam reunidas as condições para a renovação da
terminologia e estrutura e conhecer as alterações aos
certificação da empresa.
requisitos da Norma ISO 9001:2015.
Esta formação foi adaptada à Somague, no sentido em
que foram analisados os impactos diretos da transição para a versão 2015 do referencial ISO 9001 no
SIGAQS da empresa, através de uma abordagem à sua
realidade, ilustrada com exemplos e enriquecida com
exercícios de aplicação.
A Somague tem como objetivo para 2016 iniciar a revisão do seu Sistema Integrado de Gestão de Ambiente, Qualidade e Segurança (SIGAQS), para o adaptar
aos requisitos das novas versões das normas de referência. A transição da certificação está planeada para
ocorrer nas auditorias de renovação das certificações,
nomeadamente em 2017 para a qualidade e ambiente e 2018 para a segurança e saúde.
39
2
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Inovação
Em 2015, conforme se previa, verificou-se uma
redução das atividades de IDI desenvolvidas pela
A Somague reconhece o seu Sistema de Gestão de
empresa, devido essencialmente à diminuição da
Investigação, Desenvolvimento e Inovação (SGIDI)
sua operação. Os projetos desenvolvidos em 2015
como fator de sucesso para o desenvolvimento da
foram do tipo organizacional, conforme se descre-
sua atividade empresarial. A criação de uma cultura
vem abaixo:
de inovação dentro da estratégia de negócio da empresa, veio potenciar a criação de novos processos
Núcleo BIM Somague: Criação e desenvolvimento
produtivos e organizativos, proporcionando vanta-
de competência na metodologia Building Informa-
gens competitivas quer no mercado nacional quer
tion Modelling (BIM) e sua aplicação nos processos
no internacional.
de negócio da empresa. O projeto foi concluído em
2015, tendo-se obtido os resultados esperados, no-
Atualmente certificado de acordo com a norma por-
meadamente:
tuguesa NP4457, o SGIDI potencia a persecução
dos objetivos da Política de Investigação, Desen-
•
volvimento e Inovação, nomeadamente:
Criação de Núcleo BIM, integrado na Direção de
Engenharia e Métodos da Somague, integrando
uma equipa de modeladores com know-how
•
•
•
Ser uma Empresa aberta ao exterior, com vista
nos diversos softwares e aplicações associadas
à circulação e transferência do conhecimento,
à metodologia BIM;
Assegurar o conhecimento e divulgação de
•
novas soluções tecnológicas, Permitir uma efi-
rendo à metodologia BIM, nomeadamente em
ciente gestão do conhecimento e estimular a
projeto de conceção/construção, com soluções
criatividade interna,
variantes ou em projetos de particular comple-
Promover canais de comunicação adequados
xidade técnica;
para o conhecimento real do mercado,
•
Apresentação de propostas a clientes recor-
•
Incentivar ideias inovadoras nos vários setores
Aplicar a metodologia BIM em obras, desde a
sua preparação até a sua conclusão;
da Empresa, tendo como finalidade a criação de
•
Disponibilizar e formar em “visualizadores”
valor para a Organização e para os Clientes,
BIM para que qualquer colaborador da empresa
•
Fomentar a realização de atividades de IDI,
tenha acesso aos modelos BIM (gerados na em-
•
Desenvolver e aplicar novas tecnologias de
presa ou recebidos dos clientes);
modo a melhorar a capacidade técnica,
•
•
Incentivar a melhoria contínua da eficácia do
Criar site temático BIM para partilha interna do
estado da arte associado à metodologia BIM.
Sistema de Gestão de IDI,
•
•
Cumprir os requisitos que resultam da aplica-
Gestão do Risco: Criação de um processo de ges-
ção da norma NP 4457,
tão do risco transversal a todo o ciclo de negócio
Constituir um elemento diferenciador, poten-
da empresa e sua integração no Modelo de Fun-
ciando a competitividade.
cionamento da Somague. O projeto, concluído em
2015, alcançou os resultados esperados, conforme
descrito no cap. 2.5 - Gestão do Risco do presente
relatório.
40
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Subcontratação
Adicionalmente, a Somague desenvolveu diversas
Iniciativas de Inovação com o objetivo de solucionar problemas específicos das suas obras, como são
Para a Somague, a responsabilidade associada à
exemplos: a poleia de suporte para lança de marte-
sua cadeia de subcontratação é assumida como um
lo, criada na obra Reforço de Potência Venda Nova
dos processos fundamentais de garantia da quali-
III e a cortina de impermeabilização em jet grouting
dade total dos seus serviços. Como tal, o Modelo
em ensecadeiras na obra Descarregador de Cheias
de Funcionamento da empresa possui um processo
complementar da Barragem da Caniçada.
dedicado a esta gestão, intitulado “Fornecimentos
de Materiais e Serviços”.
Também em 2015, a Somague disponibilizou os resultados do seu projeto de inovação PPIDI006/2008
Este processo abrange diversas fases, desde a pro-
“Reforço e Tratamento de Solos por CSM” para o
cura de fornecedores e subempreiteiros até à ava-
desenvolvimento da tese de mestrado intitulada
liação do seu desempenho, passando pela sua inte-
“Comportamento de Plataformas de Transferência
gração nos sistemas de gestão da Somague através
de Carga sobre Colunas de Jet Grouting e Painéis de
da adesão aos requisitos aí definidos nomeada-
Cutter Soil Mixind” da Maria Roma, aluna do Institu-
mente da qualidade, ambientais, sociais, segurança
to Superior Técnico.
e saúde e direitos humanos. G4-12
Shopping Iguatemi - Porto Alegre - Brasil
41
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Avaliação de Fornecedores G4-DMA/EN32/LA14/SO9
A Somague tem consciência do papel que os seus
fornecedores e subempreiteiros desempenham
para o cumprimento global dos requisitos que subs-
Anualmente, a Somague implementa o processo
creve nas mais diversas áreas, estando identificados
interno de Classificação de Fornecedores, Subem-
obra a obra os potenciais impactes negativos asso-
preiteiros e Prestadores de Serviços, o qual alia a
ciados à sua atividade. G4-EN33/LA15/HR11/SO10
informação fornecida pelas próprias entidades
(qualificação), com a avaliação a que são submeti-
Para que todos os intervenientes em obra se tor-
dos relativamente ao seu desempenho nos serviços
nem agentes atuantes e possuam uma consciência
prestados à organização. Este processo origina a
coletiva das preocupações da Somague durante as
revisão e publicação anual do Livro de Fornecedo-
diversas atividades a realizar, além das reuniões de
res, Subempreiteiro e Prestadores de Serviço, que
coordenação realizadas periodicamente, os subem-
inclui as empresas preferenciais para a seleção de
preiteiros, fornecedores e prestadores de serviço são
um dado fornecimento.
incluídos nas ações de formação e educação/sensibilização promovidas em obra. Estas ações incluem,
Tanto a qualificação como a avaliação inclui crité-
fundamentalmente, aspetos relacionados com os im-
rios de diversa natureza, agrupados nas seguintes
pactes ambientais, riscos laborais, aspetos sociais e
áreas: capacidade técnica e prazos; organização e
direitos humanos e respetivas medidas de minimiza-
competência; preços praticados; cumprimento dos
ção associadas às atividades de cada interveniente.
requisitos legais e contratuais (qualidade, segurança e saúde, laboral, social, direitos humanos e
Além disso, a Somague procura contribuir para o
ambiente); disponibilização de documentação/evi-
desenvolvimento social e económico das regiões
dências, capacidade financeira, etc.
onde opera através da contratação de mão de obra
e empresas locais. Em 2015 a percentagem de su-
Em 2015 foram realizadas 3.580 avaliações de
bempreitadas/fornecimentos locais fixou-se em
desempenho a fornecedores, subempreiteiros e
72% (Angola, Moçambique, Cabo Verde, Brasil,
prestadores de serviço, originando o Livro de For-
Togo, Irlanda), sendo Moçambique o país onde este
necedores da Somague, disponível a todos os cola-
indicador é mais desfavorável dada à limitada dis-
boradores da empresa através da SNET.
ponibilidade e empresas de construção especializadas. G4-EC9
42
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Estratégia
Relação com Grupos de Interesse
Evolução previsível do Grupo G4-2
G4-DMA/24/25/26/37/45/49/53
A estratégia e os objetivos da Somague estão alinhados com os do Grupo Sacyr, e serão os seguintes
A proximidade com que a Somague acompanha os
para os próximos anos:
seus grupos de interesse permite conhecer as suas
necessidades e expectativas e serve de base para
1. Seguir potenciando e desenvolvendo os negó-
desenhar e desenvolver ações concretas para o
cios em que é líder e especialista (“core bus-
cumprimento dos compromissos assumidos.
sines”) a nível nacional e internacional, por
forma a ajudar na consolidação de um grande
Esta relação implica uma comunicação entre a
grupo internacional de construção, gestão de
Somague e as suas partes Interessadas, por um lado
infraestruturas e serviços e industrial.
fornecendo informações atualizadas, por outro re-
2. Manter a rentabilidade operativa, margens de
cebendo o respetivo feedback relativamente à sua
EBITDA, das unidades de negócio atuais, dando
atuação. Tal só é possível através de uma gestão ati-
primazia à rentabilidade em detrimento da di-
va das expectativas dos seus stakeholders onde são
mensão.
identificados e caracterizados os diferentes grupos
3. Apoiar a expansão internacional do Grupo
com os quais se relaciona diretamente na sua ati-
Sacyr. Procurar novos mercados, onde prime
vidade.
sobretudo a rentabilidade e a segurança jurídica, para além de consolidar a atividade nos países onde a Somague já está presente.
4. Contenção de custos e gastos estruturais para
aumento da competitividade.
Colaboradores
5. Renegociação da dívida financeira, de forma a
Parceiros
Estratégicos
minimizar a dependência do Grupo e conseguir
Entidades
Públicas
que toda a dívida seja suportada pelos projetos
que a originam.
6. Apoiar o desenvolvimento de novas áreas de
Clientes
Acionista
negócio, que sejam complementares das atuais
e permitam o nascimento de sinergias entre
as companhias e divisões do grupo acionista
Sacyr.
Participadas
Fornecedores
Comunidade
43
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Comunicação interna
cação de férias, avaliações de desempenho, seguros, ações de formação e educação, entre outros.
Algumas das ferramentas utilizadas na empresa
para comunicação interna são:
Portal do Gestor: também acessível via Snet, permite um rápido olhar sobre temas ligados à gestão
Snet: Esta ferramenta de intranet permite sistema-
mais direta de cada colaborador, seja a nível de re-
tizar, e divulgar a todos os colaboradores, os mais
cursos humanos, eficiência de custos, financeira ou
variados temas, desde informação corporativa,
de controlo de gestão.
manuais, formulários técnicos, portfólio de obras,
digest diário de imprensa, parcerias disponíveis
Revista “Soma e Segue”: com distribuição não só aos
com entidades externas, fóruns de discussão e in-
seus colaboradores mas também a um público exter-
formação relativa a áreas internas específicas.
no, divulga a atividade mais relevante da empresa.
A partir da Snet pode aceder-se a outras ferramen-
LAC - Linha de Apoio ao Colaborador: um canal de
tas de comunicação interna, nomeadamente, ao
comunicação via telefone ou e-mail, destinado a
Portal do Colaborador, ao Portal do Gestor, ao Portal
apoiar na resolução concreta de problemas, na cla-
HelpDesk, a sistemas de faturação, programa de en-
rificação de dúvidas e no debate de questões com
comendas de merchandising e avaliação de subem-
que qualquer colaborador, no âmbito da relação la-
preiteiros e fornecedores. A Intranet é ainda uma
boral, se poderá deparar.
ferramenta essencial na divulgação de notas internas, circulares de serviço e publicação de manuais.
Reuniões Internas: Cada um dos responsáveis da
Somague dinamiza ainda reuniões específicas por
Portal do Colaborador: acessível a partir da Snet,
área, com as quais pretende assegurar a receção e
permite a execução de uma série de tarefas, sem
compreensão da informação adequada aos diver-
necessidade de recurso ao suporte papel, e reúne
sos níveis da organização. Destacam-se as reuniões
toda a informação pessoal do colaborador associa-
mensais de controlo de custos e as reuniões de pro-
da diretamente à sua relação com a empresa: mar-
dução.
44
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
Comunicação externa
2
Livro curricular: Apresentação, em versão digital ou
online, do portfólio da empresa.
De entre as ferramentas de comunicação externa
usadas, destacam-se:
Publicação de livros sobre obras relevantes executadas pela empresa
Revista “Soma e Segue”: onde se divulgam as principais notícias das diversas atividades da empresa.
Edição de livros sobre temas de engenharia para
Teve a sua primeira edição em maio de 1996 e tem
memória futura
uma tiragem média de 2500 exemplares.
Organização de visitas guiadas a obras por parte
Website (www.somague.pt): Sítio da internet que
dos mais diversos públicos
disponibiliza informação detalhada sobre as áreas
de negócio e a atividade da empresa, responsabili-
Adicionalmente, a Somague em 2015 cooperou
dade corporativa e informação financeira.
com as seguintes organizações com o objetivo de
partilhar experiências e conhecimento: G4-16
Redes sociais: A Somague tem presença nas redes
•
AECOPS - Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas
sociais Facebook, Vimeo, Linkedin, permitindo-lhe
•
um contato mais direto e imediato com os seus
AICOPA - Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores
Stakeholders.
•
AMF - Associação de Amigos do Museu Nacional
Ferroviário
Brochura institucional: Apresentação da Somague
Engenharia, suas empresas, negócios e portfólio.
•
APCER - Associação Portuguesa de Certificação
•
APNCF - Associação Portuguesa para a Normalização e Certificação Ferroviária
Relatórios Anuais: Através dos quais a Somague di•
vulga o seu desempenho económico, social e am-
ASSICOM - Associação dos Industriais de Construção do Arquipélago da Madeira
biental;
•
EPIS - Empresários para a Inclusão Social
•
IPAI - Instituto Português de Auditoria Interna
•
IPQ - Instituto Português de Qualidade
Atendimento ao Público: Esclarecimento das popu-
•
SPG - Sociedade Portuguesa de Geotecnia
lações afetadas pelas obras; G4-SO1
•
European Association of Communication Direc-
Questionários de Avaliação da Satisfação do Cliente
tors
Serviço Após Venda (SAV): Responsável por rece-
•
GUSP - Associação de Utilizadores de SAP
ber e tratar as possíveis queixas e reclamações dos
•
PTPC - plataforma Tecnológica Portuguesa de
Construção
clientes e implementar as medidas adequadas para
evitar a sua recorrência;
Relações com a imprensa: Garantidas pela Direção-geral de Marketing e Comunicação, em sintonia
com o Presidente da Somague;
45
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Somague Engenharia
Angariações G4-DMA
Toda esta situação acabou por contribuir significativamente para o desempenho que a Somague
registou no ano de 2015, o qual é bem patente no
quadro seguinte:
ANGARIAÇÕES SOMAGUE 2015
Somague Engenharia
Portugal
Outros mercados
Neopul
Somague Ediçor
Somague Angola
140.743.964
49.992.895
90.751.069
24.112.950
30.038.149
103.310.105
Somague MPH
Somague Brasil
CVC
Viveiros do Falcão
Total
3.517.241
10.849.024
2.410.414
100.289
315.082.135
ANGARIAÇÕES SOMAGUE 2014
Total
629.599.938
DIFERENCIAL
%
-50%
46
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
De referir que, deste total, apenas 80.031.044 euros, foram contratados em Portugal, o que representa cerca de 25,4%, sendo que destes, 30.038.149
euros, ou seja 37,5% o foram nos Açores. A contratação efetuada no exterior apresenta valores próximos dos 75%.
Assinale-se a importante adjudicação obtida na Irlanda do Norte para a construção da segunda fase
do campus da Universidade de Ulster, no valor total
de 190 milhões de euros, onde a Somague detém
uma participação de 50%, a qual contribuiu para
amenizar a quebra de angariações em mercados
tradicionais para a Somague, tais como Angola e
Brasil.
Transposição do Rio São Francisco - Brasil
47
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Perspetivas Futuras
Facility (CEF) Coesão e 188 milhões do CEF Geral.
Por outro lado, o Portugal 2020 apoiará estes inves-
Na sequência das últimas eleições legislativas e da
timentos com 544 milhões de euros, estimando-se
tomada de posse do Governo que delas emergiu,
ainda que seja possível obter mais 188 milhões do
aguarda-se com expetativa e alguma apreensão, as
plano Juncker. Já o orçamento da Infraestruturas de
grandes decisões para o Setor da Construção.
Portugal financiará 925 milhões. De acordo com o
plano de investimento ferroviários, serão construí-
De facto, as declarações já avançadas por alguns
dos de novo 214 quilómetros de ferrovia, enquanto
membros do governo referindo que “está ultra-
outros 545 quilómetros serão objeto de moderni-
passada a fase das grandes infraestruturas , sendo
zação. Os projetos de modernização e eletrificação
agora necessário colocar a tónica na Reabilitação e
vão incidir sobre 162 quilómetros, enquanto 272
na Revitalização”, mostra a grande aposta do atual
serão, por seu lado, eletrificados.
governo, cujo líder já anunciou que “Obras Públicas
só para 2018”.
No que diz respeito ao setor Portuário, continuam
a ser anunciados alguns importantes investimen-
Acresce que no atual quadro político, a nova me-
tos público-privados, tais como o novo terminal de
todologia para a programação das Obras Públicas,
contentores no Barreiro, a construção de um novo
que prevê a sujeição no Parlamento de uma maio-
terminal de contentores no porto de Leixões e o
ria qualificada de 2/3, vai também originar alguma
progresso na concretização de um memorando de
demora na definição das estratégias a implementar.
entendimento entre o Estado português e a concessionária PSA com vista à expansão do terminal de
Termos como “Reorientação” podem significar alte-
contentores de Sines. Apesar de serem projetos há
rações substanciais aos modelos e programas que
muito anunciados, a sua implementação tarda em
têm vindo a ser seguidos, implicando um desfasa-
concretizar-se, não se vislumbrando desenvolvi-
mento e adiamento de decisões.
mentos significativos para 2016. O próprio modelo
de financiamento não está ainda totalmente fecha-
A grande esperança reside na candidatura para o
do, sabendo-se apenas que o mesmo virá através
financiamento dos grandes investimentos públicos
dos privados, quer seja através da prorrogação dos
prioritários até 2020, o qual ultrapassa os 2,7 mil
atuais contratos de concessão ou através do lança-
milhões de euros e onde se destacam os projetos
mento de novas concessões portuárias.
ferroviários inseridos nos dois corredores internacionais - Sul (Sines-Caia) e Norte (Aveiro-Vilar For-
Assim, no que respeita a Portugal e a grandes pro-
moso), os quais foram já apresentados a Bruxelas.
jetos, a maior aposta para 2016 reside nas obras
Assim sendo, 2016 e 2017 serão os anos expetá-
resultantes dos aproveitamentos hidroelétricas
veis para o desenvolvimento dos projetos de enge-
concessionados à Iberdrola no âmbito do Plano Na-
nharia, não se esperando que os mesmos resultem
cional de Barragens, onde se incluem as barragens
em atividade no terreno antes de 2018.
de Daivões, Gouvães e Alto Tâmega, com um valor
total de investimento em construção (excluindo
Até 2020, prevê-se que quase 900 milhões de eu-
os equipamentos hidromecânicos) superior a 400
ros digam respeito a fundos do Connecting Europe
milhões de euros e cujas adjudicações referentes
48
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Barragem de Foz Tua - Portugal
às empreitadas de construção deverão começar a
Em complemento, e fruto dos investimentos maio-
ocorrer durante o presente ano.
ritariamente privados que têm vindo a ser efetuados, a reabilitação urbana, nomeadamente em
Em 2016 também se depositam algumas expetati-
Lisboa e Porto, será outra área onde continuará a
vas nos investimentos privados na área da saúde,
residir alguma expetativa.
com destaque para o grupo CUF que tem previsto
levar a cabo a Ampliação da Clínica CUF das Des-
Por tudo isto, conclui-se uma vez mais que a car-
cobertas e a construção do novo hospital CUF de
teira de negócios terá que continuar a ser comple-
Alcântara, que irá substituir o atual hospital CUF
mentada e sustentada por uma intensa atividade
Infante. Para estes projetos espera-se um inves-
no exterior. Todavia, e face á crise que também se
timento total de cerca de 160 milhões de euros.
instalou em Angola e no Brasil urge explorar outros
Também para este ano se espera o lançamento da
mercados, como foi o caso exemplar da Irlanda do
obra para a expansão do Hospital da Luz, em Benfi-
Norte. Um dos mercados a seguir com muita aten-
ca, envolvendo um investimento na ordem dos 100
ção será o mercado do Reino Unido, onde já se de-
milhões de euros.
têm alguns projetos em perspetiva.
49
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Objetivos para 2016
Naturalmente e apesar de tudo, as expetativas de
angariação de carteira continuarão sobretudo depositadas no mercado exterior, pelo que, perante
tal cenário, foram definidos pela Administração os
seguintes objetivos de angariação, para 2016:
EMPRESA
OBJETIVO
Somague Engenharia Simples
Portugal
UK / Outros mercados
Somague Engenharia Participadas
Neopul
Portugal
Espanha
Brasil
Irlanda
Moçambique
Outros mercados
Ediçor
CVC
150.000.000 €
60.000.000 €
90.000.000 €
36.000.000
6.000.000 €
10.000.000 €
10.000.000 €
5.000.000 €
4.000.000 €
1.000.000 €
40.000.000 €
7.000.000 €
136.000.000 €
Somague Angola
30.000.000 €
27.000.000 €
27.000.000 €
453.000.000€
Somague MPH
Somague Brasil
Somague Moçambique
TOTAL
50
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
Produção G4-4
2
Apesar da situação macroeconómica, as unidades
de produção do Continente atingiram os objetivos
O ano de 2015, como já antes referido, foi mais
estabelecidos para o ano, graças a um conjunto de
um ano em que a quebra de atividade no setor da
obras iniciadas e em curso, entre as quais se des-
construção se manteve em Portugal, o que se ma-
tacam:
nifestou na falta de lançamento de projetos de investimento e na degradação progressiva dos preços
•
Barragem de Foz Tua
das obras levadas a concurso. A manutenção desta
•
Via Rápida de Câmara de Lobos
situação tem imposto às empresas portuguesas a
•
EDIA - Caliços Machado
procura de alternativas que lhes permitam manter
•
Reforço de Potência da Barragem de Venda
a sua sustentabilidade. Estas soluções têm passado
Nova III
pelo desenvolvimento de negócios que incorporem
•
EDIA - São Matias Bloco 1 e 2
construção nas respetivas áreas da especialidade e
•
ICOVI - Rede abastecimento Covilhã
pela internacionalização, matéria que será aborda-
•
Descarregador Complementar da Barragem da
da nos capítulos destinados a cada participada.
Caniçada
•
Infras Sistema 19/20/21 Águas Paços de Ferreira
•
Infra-estruturas do tipo B (Lisboa-AmadoraSintra-Cascais)
•
Novo Cais de Cruzeiros do Porto do Funchal
•
Águas de Cascais - Rede de águas e saneamento
Via Rápida de Câmara de Lobos - Madeira - Portugal
51
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Participadas G4-4
A atividade no exercício, localizada em cinco das
Somague Ediçor Engenharia, S.A.
nove ilhas da Região, totalizou cerca de 21 milhões
A Somague Ediçor Engenharia, S.A. exerce a sua
de Euros, tendo os resultados antes de impostos
atividade exclusivamente na Região Autónoma
registado prejuízos de cerca de 2,45 milhões de
dos Açores (R.A.A.), posicionando-se como uma
euros.
das maiores empresas regionais no setor da consPara este volume de negócios contribuíram, es-
trução civil e obras públicas.
sencialmente, as áreas da construção civil e urNo presente exercício, e contrariamente ao que
banização e das obras marítimas / infraestruturas
habitualmente se regista na R.A.A., em que o in-
portuárias.
vestimento público (promovido essencialmente
pelo Governo Regional e pelas Autarquias) é de-
Apesar da contínua implementação de medidas
terminante no setor da construção, continuou a
de redução de custos, com especial incidência na
verificar-se uma expressiva redução desse inves-
área dos recursos humanos, não foi possível evi-
timento, com a consequente impossibilidade das
tar que se registassem resultados manifestamente
empresas locais manterem plenamente ocupadas
inferiores aos obtidos pela empresa nos últimos
as suas estruturas produtivas.
anos.
Acresce que esta situação, gerando uma grande
Neste contexto de dificuldades agravadas foi ain-
oferta não só por parte das empresas regionais
da assim possível desenvolver uma aceitável ati-
como também por um número significativo de
vidade comercial, traduzida na apresentação de
empresas com sede no exterior da R.A.A, provo-
76 propostas, no valor de cerca de 119 milhões de
cou um agravamento expressivo das condições de
euros, e na adjudicação de 29 empreitadas, totali-
concorrência, potenciado pelo facto de terem sido
zando cerca de 30 milhões de euros.
frequentemente lançados concursos públicos com
preços base anormalmente baixos. Este contexto
Destas novas contratações e das contribuições de
levou à ocorrência generalizada de prejuízos.
contratos existentes, como resultado da plurianuidade de obras já tratadas, resulta uma carteira, em
Salienta-se ainda que o lançamento de concursos
1 de janeiro de 2016, no valor de cerca de 21,5
públicos previstos em documentos oficiais do Go-
milhões de euros.
verno Regional, designadamente na Carta Regional de Obras Públicas, sofreu novamente enormes
atrasos face à necessidade de enquadramento das
respetivas candidaturas no novo Quadro Comunitário de Apoio, agravando de forma expressiva a
forte retração que o setor da construção atravessa.
52
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicadores da empresa (antes dos ajustamentos de
consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
43.563.455
(125.916)
(550.789)
(632.743)
34.737.507
(1.523.721)
(2.083.879)
(1.811.184)
20.977.415
(2.122.628)
(2.451.110)
(2.537.963)
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
(5.191)
44.455.195
11.186.003
100%
(1.201.984)
30.946.389
9.359.613
100%
(2.005.459)
28.067.502
6.814.975
100%
Conclusão do Hotel Príncipe do Mónaco - Açores - Portugal
53
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
Na Irlanda, a Neopul continua a ter uma presença
ativa, tendo conseguido superar os objetivos a que
No ano de 2015 o investimento em infraestruturas
se propôs, registando um acréscimo de 35% no vo-
ferroviárias em Portugal manteve-se em níveis ex-
lume de negócios relativamente ao ano anterior.
tremamente baixos. Apesar das vicissitudes regis-
A principal atividade em curso é a execução do con-
tadas, a manutenção das operações no mercado na-
trato de manutenção de catenária da linha do DART
cional assume uma importância estruturante para
(Dublin Area Rapid Transit) para o Irish Rail, renova-
a empresa, tendo-se conseguido inclusivamente
do em novembro de 2015.
aumentar a atividade em cerca de 19% face ao ano
anterior.
A estratégia de internacionalização definida anteriormente permitiu um forte crescimento dos no-
Nos últimos anos em Espanha, outro mercado
vos mercados em 2015, passando o mercado de
importante para a Neopul, também têm ocorrido
Moçambique a assumir um peso preponderante
processos de ajustamento com especial incidên-
no volume de negócios consolidado, na ordem dos
cia no investimento público. No entanto, o inves-
74%. No Brasil, apesar das novas angariações se
timento na rede de alta velocidade espanhola
mostrarem insuficientes para alcançar os objetivos
tem sido considerado prioritário, o que tem per-
propostos permitiram ainda assim obter um cres-
mitido a manutenção de um bom nível de ativida-
cimento de 74% na atividade daquele mercado,
de no país vizinho, representando cerca de 16%
embora este represente apenas 3% do total con-
do volume de negócios consolidado da empresa.
solidado.
Ainda assim, 2015 apresentou uma redução de
18% no volume de negócios, originada pela falta
de angariações e atraso ocorrido na execução da
obra UTE Antequera-Granada.
Duplicação Ferroviária no Trecho Embu x Evangelista & Paratinga x Perequê - São Paulo - Brasil
54
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Com o impulso destes novos mercados, o volume
qual já entrou em processo de “procurement” para
de negócios consolidado da Neopul atingiu em
túneis, e pelo Metro de Londres, onde haverá o lan-
2015 os 101,6 milhões de euros, ou seja, um cres-
çamento de vários projetos com alguma dimensão
cimento de 152% face ao ano anterior. Os resulta-
entre 2015 e 2017.
dos negativos alcançados explicam-se pela fase de
transição em que a empresa se encontra, passando
Nesse sentido, a Neopul numa primeira fase já em
de uma presença essencialmente ibérica para uma
curso, terá que certificar-se no sistema da Network
dimensão internacional com presença em vários
Rail (RISQS IMR) e sistema de segurança associado
continentes. A entrada em novos mercados tem
(Sentinel), considerando apenas a especialidade de
sempre associado um ciclo inicial de investimento,
catenária, por ser a de mais simples implantação.
principalmente nesta área das ferrovias, com a ne-
Com esta certificação, a empresa ficará habilitada
cessidade de aquisição de novos equipamentos e
para trabalhar como subcontratada para os emprei-
de adequação do parque atual às bitolas e especifi-
teiros adjudicatários dos projetos englobados nos
cações de cada país.
planos acima referidos.
Em termos de perspetivas futuras, espera-se que
Para o futuro, a grande esperança no mercado na-
a empresa continue a consolidar a sua posição nos
cional reside no sucesso da candidatura de Portu-
mercados do Brasil e de Moçambique, com a anga-
gal ao financiamento dos grandes investimentos
riação de novos contratos. Espera-se também que
públicos prioritários até 2020, onde se destacam
2016 seja o ano de arranque em Angola, com a con-
os projetos ferroviários inseridos nos dois corredo-
signação do primeiro projeto.
res internacionais - Sul (Sines-Caia) e Norte (Aveiro-Vilar Formoso), os quais já foram apresentados
Ainda que a perspetiva de crescimento seja maior
a Bruxelas, sendo que 2016 e 2017 serão os anos
nos novos mercados, a empresa não deixará de es-
expetáveis para o desenvolvimento dos projetos
tar atenta às oportunidades que possam surgir nos
de engenharia, não se esperando que os mesmos
seus mercados mais tradicionais (Portugal, Espanha
resultem em atividade no terreno antes de 2018.
e Irlanda). Em Portugal, e principalmente em Espa-
Paralelamente, a estratégia da empresa passará
nha, a Neopul tem conseguido implantar-se com
por incrementar e consolidar a atividade nos mer-
muito sucesso no segmento da manutenção das
cados internacionais acima referidos, para que, em
infraestruturas ferroviárias (via férrea e catenária).
conjunto com a continuidade das operações no
mercado nacional, continue a manter uma posição
Na continuidade da estratégia delineada, de diver-
relevante na área da construção e manutenção das
sificação para outros mercados, surge agora uma
infraestruturas ferroviárias.
nova oportunidade de entrada no mercado do Reino Unido. Este país tem em curso um plano muito ambicioso na área ferroviária, dividido em três
âmbitos distintos, e que passam pelo Plano CP5 no
período de 2014-2019, com um total de 25.000
milhões de libras em renovações e melhoramentos, pela Fase 2 do plano de alta velocidade - HS2, o
55
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Os principais indicadores consolidados da empresa (antes dos ajustamentos de consolidação na
Somague Engenharia), são como seguem:
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
29.140.118
2.686.974
665.592
371.426
40.230.285
594.241
(2.356.955)
(2.415.191)
101.621.294
2.403.481
(548.921)
(4.261.541)
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
1.998.192
54.655.709
16.262.382
100%
178.354
78.807.111
16.347.191
100%
(1.637.729)
156.062.895
12.085.652
100%
O quadro abaixo sintetiza os principais indicadores
da Neopul em Espanha (agregando a sua sucursal e
UTE`s):
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
17.982.930
4.956.673
2.593.251
2.467.564
19.981.292
936.755
(198.559)
(198.559)
15.859.511
3.002.657
1.273.532
1.096.216
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
3.592.481
27.440.323
2.467.564
100%
(1.357.717)
34.113.975
(198.559)
100%
2.280.265
17.809.341
1.096.216
100%
2013
2014
2015
1.177.134
311.731
313.033
274.650
1.218.610
242.402
244.095
213.583
1.650.244
391.321
392.160
343.140
274.650
972.068
379.506
100%
213.583
823.505
376.136
100%
343.140
1.167.112
708.107
100%
O quadro abaixo resume os principais indicadores
da Neopul na Irlanda (agregando a sua sucursal e
filial):
(Unid: Euros)
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
56
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
O quadro abaixo resume os principais indicadores
da Neopul no Brasil:
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
822.620
504.829
241.102
202.218
1.715.881
413.814
559.537
447.654
2.987.081
(499.667)
(505.094)
(315.641)
202.434
1.774.371
202.218
100%
451.364
1.774.371
447.654
100%
(308.122)
3.342.727
296.872
100%
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
3.468.252
58.263
5.736
5.736
12.612.689
460.221
460.254
304.589
75.492.562
1.959.024
1.959.035
1.959.035
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
5.736
3.512.072
5.736
100%
304.589
23.884.853
304.589
100%
1.959.035
111.509.518
1.959.035
100%
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
O quadro abaixo resume os principais indicadores
da Neopul em Moçambique:
(Unid: Euros)
Eixo Atlântico de Alta Velocidade, troço Vilagarcía / Padrón - Espanha
57
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Brasil /
Continuou a ser prestada especial atenção a novos
Somague MPH
projetos do MSP, da CPTM - Companhia Paulista de
Trens Metropolitanos, do DERSA - Departamento
Somague Engenharia S.A.
Rodoviário S/A, do DNIT - Departamento Nacional
de Infraestruturas Terrestres, do MIN - Ministério da
No decorrer do ano em análise foi mantida a estra-
Integração Nacional, entre outros.
tégia delineada para a atuação do Grupo no mercado brasileiro, nas diversas áreas onde a Somague
Para 2016, em virtude da conjuntura politica e eco-
se pode posicionar de forma diferenciada e com-
nómica incerta no Brasil, o mercado da construção
petitiva. A abordagem aos diversos projetos sele-
deverá viver momentos de incerteza, derivados da
cionados foi sempre realizada através de parce-
redução do investimento e da dificuldade de acesso
rias com empresas brasileiras de média dimensão
ao crédito bancário pelas construtoras. A redução
com credibilidade e experiência no mercado e em
do investimento pelo Governo Federal deverá ser
que a Somague pôde aportar o seu know-how nos
bastante significativa face às necessidades de ajus-
projetos em que esteve envolvida e disponibilizar
tamento orçamental. Esta situação irá certamente
quadros técnicos experientes. O crescimento que
condicionar o lançamento de novos concursos pú-
começou a verificar-se no ano de 2012, e apesar da
blicos.
crise politica e económica que o Brasil atualmente
atravessa, consolidou-se no ano de 2015.
No entanto, face á referida menor disponibilidade
financeira para investimento direto em obras pú-
Atualmente estão em curso contratos com o Minis-
blicas, o Governo Federal tem vindo a estruturar
tério da Integração para a Transposição do Rio São
um novo plano de concessões, com foco na área
Francisco e com o MSP - Metrô de São Paulo (MSP)
rodoviária e aeroportuária, que deverá possibilitar
com sucesso evidente na sua execução e na satisfa-
o aparecimento de um conjunto de oportunidades
ção dos clientes.
para análise no decurso de 2016. Com elevada exShopping Iguatemi - Porto Alegre - Brasil
58
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
periência no tema, o Grupo estará atento aos proje-
consolidação da atividade do Grupo no Brasil, fo-
tos que venham a concretizar-se.
ram adquiridos os 50% restantes das ações da empresa, ficando a mesma a ser integralmente detida
Em 2015, mantiveram-se atualizados os cadastros
pelo Grupo Somague.
da Somague junto dos grandes clientes brasileiros.
Ainda no âmbito do alargamento da capacitação da
Em 2015 foram concluídas algumas das obras que
empresa para atuação no mercado brasileiro pros-
a empresa tinha em execução e continuadas obras
seguiu o processo de aumento de acervos junto do
importantes, como a Expansão do Centro comercial
CREA, tendo hoje mais de uma centena. O sucesso
Iguatemi Porto Alegre, o Hotel Botafogo e o Hotel
alcançado nesta área, com um número cada vez
Santo Emiliano em Ribeirão Preto.
maior de obras acervadas, tem permitido à empresa participar num cada vez maior número de licita-
Ao longo do ano de 2015 a empresa continuou a
ções, já que estas normalmente vêm associadas a
sua adequação de procedimentos e sistemas, pro-
fortes exigências técnicas. Paralelamente, para os
movendo uma maior integração dos sistemas da
serviços em que a Somague não possui atestação,
Somague Engenharia à realidade local, tendo sido
foram identificadas e promovidas parcerias com
também reformulados alguns dos principais de-
outras empresas do mercado que os possuem.
partamentos da empresa com vista à sua melhor
preparação para os desafios que irão ocorrer nos
O aumento da atividade do grupo no Brasil verifica-
próximos anos.
do em 2015 teve como consequência o acréscimo
do número de trabalhadores locais, contando tam-
Apesar das perspetivas não muito animadoras que
bém com 40 expatriados.
o mercado apresenta, os objetivos da Somague
MPH passam por manter a atividade, diversificar
Somague MPH
entrando no negócio da construção de unidades industriais e melhorar sua rentabilidade.
Em 2015, a Somague MPH manteve a sua atividade
no Brasil, apesar da forte retração que o mercado
No quadro seguinte apresentam-se os principais in-
apresentou e que de acordo com todos os indicado-
dicadores combinados da Somague Engenharia - Su-
res económicos irá certamente manter-se em 2016.
cursal do Brasil e da Somague MPH (antes dos ajus-
No final do ano, e numa perspetiva de reforço e
tamentos de consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
59
2013
2014
2015
24.445.808
3.413.503
(361.149)
(361.149)
46.283.571
2.158.041
1.550.108
1.896.354
53.076.754
2.640.515
1.479.967
513.113
(273.342)
7.450.261
(361.149)
100%
1.946.993
20.824.590
1.896.354
100%
567.131
26.467.186
513.113
100%
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Espanha
Durante o ano de 2015 não surgiram no mercado
espanhol oportunidades de negócio interessantes
que se pudessem explorar pelo que a Sucursal não
apresentou atividade.
Embora o mercado espanhol sofra de problemas
semelhantes ao mercado português com a conjuntura a ditar níveis de investimento público e
privado muito baixos, o mesmo continuará a ser
acompanhado na expetativa de aproveitar novas
oportunidades que possam surgir.
No quadro seguinte apresentam-se os principais
indicadores da sucursal (antes dos ajustamentos de
consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
194.549
(306.601)
51.968
51.968
362.200
(633.316)
(573.217)
(573.217)
(1.077.228)
(1.103.046)
(1.103.046)
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
(128.353)
2.901.356
51.968
100%
(525.379)
4.724.377
(573.217)
100%
(1.102.605)
7.314.383
(1.103.046)
100%
Universidade de Ulster - Construção dos blocos BC e BD e renovação parcial dos blocos BA e BB
60
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal do Reino Unido
sas de 50%, sendo que o valor do contrato ascende
a 131,7 milhões de Libras.
Embora a economia do Reino Unido tenha animado no final de 2015, os números oficiais mostraram
A intervenção envolve uma área bruta de constru-
que o PIB cresceu 0,5% no último trimestre, acima
ção de cerca de 66.000m2, a realizar num prazo de
do crescimento de 0,4% no trimestre anterior e em
45 meses, e consta fundamentalmente da constru-
linha com as previsões realizadas. Já para o conjun-
ção de dois novos blocos BC e BD, e da renovação
to do ano, o crescimento do indicador caiu acentua-
de dois já existentes BA e BB. Os blocos a construir
damente com relação ao ano anterior, passando de
têm alturas que variam entre os 4 e os 13 pisos,
2,9% em 2014 para 2,2% em 2015.
criando uma nova imagem neste importante complexo de edifícios cívicos da cidade de Belfast.
As empresas do setor a construção terminaram o ano
de 2015 em clima de euforia, depois de uma forte re-
Os trabalhos incluem ainda a desmontagem, trans-
cuperação no mês de dezembro, sendo que a indús-
porte, instalação reabilitação e testes de diversos
tria do setor parece estar “bem posicionada” para
equipamentos de investigação existentes no Cam-
o ano de 2016, com uma série de grandes projetos
pus de Jordanstown e que serão transferidos para
emblemáticos, incluindo o túnel Thames Tideway e a
as novas instalações.
central nuclear de Hinkley Point, entre outros.
Para 2016, a Somague continuará atenta às oporA Somague está presente no Reino Unido com uma
tunidades no mercado do Reino Unido, mantendo
empreitada em Belfast, na Irlanda do Norte que é
para tal parceria com empresa local, a qual se es-
parte do projeto global para a construção da amplia-
pera continue a dar resultados positivos no futuro.
ção da Universidade de Ulster (Fase 4 do Projeto).
No quadro seguinte apresentam-se os principais inO Dono da Obra é a University of Ulster e a obra foi
dicadores da empresa (antes dos ajustamentos de
adjudicada á JV Lagan/Somague, liderada pela LA-
consolidação na Somague Engenharia):
GAN sendo a participação de cada uma das empre(Unid: Euros)
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
61
2014
2015
-
-
5.446.250
209.879
201.159
201.159
0%
0%
209.879
8.052.721
201.159
100%
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal da Irlanda
Em 2016, o PIB irlandês cresceu 3,6%, tratando-se
do segundo ano consecutivo em que a economia
irlandesa é das mais cresce a nível europeu, fruto
principalmente da presença de grandes multinacionais no país, que o utilizam como base de operações para a distribuição dos seus serviços pelo
resto da Europa.
A Somague continua com uma posição comercial
muito ativa neste mercado, analisando com atenção
as oportunidades que vão surgindo. No entanto, o
mercado da construção civil e das obras públicas é
dos que tarda em arrancar fruto das restrições orçamentais ainda existentes, motivo pelo qual, apesar
do envolvimento havido não foi possível angariar
novos projetos em 2015, situação que se espera
corrigir em 2016.
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicadores da empresa (antes dos ajustamentos de
consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
62
2013
2014
380.180
(85.212)
115.424
100.996
161.242
46.085
40.325
2015
(379.353)
(386.566)
(386.759)
100.996
4.098.992
100.996
100%
32.522
1.401.870
40.325
100%
(386.566)
918.815
(430.145)
100%
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Angola /
re para 4,2%, fruto da execução do Programa de
Somague Angola - Construção e Obras Públicas, S.A.
Investimentos Públicos e do Programa de Industrialização Nacional 2013-2017. Embora no atual
Em 2015, Angola continuou a sofrer os efeitos das
enquadramento, a capacidade de execução orça-
significativas baixas do preço do petróleo nos mer-
mental esteja dependente da obtenção de finan-
cados internacionais, tendo sido duramente atingi-
ciamentos externos que permitam cobrir os défices
da ao nível das receitas fiscais, principal fonte de
orçamentais previstos a médio prazo, com os riscos
receita do país, por este severo choque externo,
inerentes no que se refere ao aumento do custo do
bem como, pela redução temporária da sua produ-
serviço e amortização da dívida externa, o que po-
ção fruto da manutenção dos poços petrolíferos e a
derá afetar a sua sustentabilidade.
uma prolongada seca. Os setores não petrolíferos
foram os principais motores do crescimento econó-
No que respeita ao setor petrolífero, manteve-se
mico, em especial os setores agrícola, energético,
a tendência de queda na cotação internacional do
indústria transformadora, construção e serviços.
barril de petróleo, que atualmente se situa abaixo dos 40 dólares, não obstante ter-se verificado
Continua a ser um imperativo a adoção de reformas
um aumento na produção de 8,4% face a 2014 de
estruturais com vista a diversificar a economia, redu-
modo a compensar em parte a queda das receitas.
zir a dependência do petróleo, aumentar a produtivi-
Em 2015 as receitas fiscais provenientes do petró-
dade e melhorar a distribuição de recursos, de modo
leo representaram cerca de 36,5%, face aos 70%
a reunir condições para aumentar o ritmo de cresci-
verificados em 2014 e 95% do total das exporta-
mento da economia e promover um desenvolvimento
ções, números que continuam a espelhar a elevada
equitativo. Neste sentido, são de salientar as refor-
dependência das receitas, desta matéria-prima.
mas levadas a cabo pelo Governo, com o objetivo de
melhorar o ambiente de negócios e aumentar a com-
Quanto aos restantes setores, nomeadamente, mi-
petitividade, de que são exemplos, o Plano Nacional
neiro, industrial, agricultura e serviços, as perspeti-
de Desenvolvimento (PND), o Programa de Redução
vas são otimistas uma vez que têm vindo a ganhar
da Burocracia (PRB), o Programa Facilitador de Crédito
peso na economia angolana, prevendo-se um cresci-
(PFC) e a revisão da Lei do Investimento Privado.
mento de 5,3% fruto do empenho que tem vindo a
ser levado a cabo na diversificação da economia com
Angola terá registado em 2015 uma taxa de cres-
vista a gerar rendimentos para as gerações futuras.
cimento real do PIB em torno de 3,8%, abaixo dos
6,6% estimados pelo Governo no OER 2015 e dos
Relativamente à taxa de Inflação, em 2015 esta re-
4,4% verificados em 2014. Esta contração deve-se
gressou a níveis de dois dígitos e deverá situar-se
em boa parte, aos cortes consideráveis (na ordem
perto dos 12%, traduzindo um aumento de 5% face
dos 53%) efetuados na despesa pública, principal-
a 2014, fruto das pressões inflacionistas resultantes
mente nos setores associados ao desenvolvimento
da forte depreciação do kwanza face ao USD, da eli-
de infraestruturas , motivados pelo fraco desempe-
minação dos subsídios aos preços dos combustíveis
nho do setor petrolífero.
e do agravamento da pauta aduaneira. Para 2016, a
prioridade é a manutenção deste indicador estando
Espera-se que para 2016, o crescimento recupe-
previsto uma inflação em torno de 9%.
63
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Banco Nacional de Angola
No que respeita à taxa de câmbio, o kwanza tem
No capítulo das finanças públicas / política or-
vindo sucessivamente a registar mínimos históri-
çamental, e apesar dos esforços para garantir a
cos, esperando-se em 2016 uma depreciação adi-
sustentabilidade das finanças públicas, em 2015
cional de 6% devido à baixa das receitas do pe-
Angola registou um agravamento do défice orça-
tróleo, mesmo com uma política monetária mais
mental que deverá situar-se perto de 7% do PIB,
restritiva com o objetivo de garantir a estabilidade
fruto da revisão em baixa das receitas do petróleo.
dos preços e do sistema financeiro. Foi introduzido
Tanto a dívida pública interna (emissão de títulos
um imposto temporário sobre transações em moe-
do tesouro e obrigações) como a dívida externa re-
da estrangeira, com vista a travar a saída excessiva
gistaram aumentos, representando 11,6% e 25%
de divisas e consequentemente, proteger o stock
do PIB, respetivamente, resultado das negociações
de reservas internacionais. Em 2015, esta “almofa-
levadas a cabo com um conjunto de instituições fi-
da financeira” registou uma quebra de 11,5% face
nanceiras internacionais, para utilização em proje-
a 2014, tendo regressado aos níveis de 2011, ainda
tos de investimento público. Relativamente à divi-
assim mantém-se elevada sendo suficiente para co-
da externa, e apesar deste incremento, os riscos no
brir 7 meses de importações de bens e serviços. Fo-
que concerne à sua sustentabilidade parecem con-
ram igualmente impostas pelo BNA condições mais
tidos, já que tal como o petróleo, também ela é de-
restritivas em termos de liquidez, como sejam o au-
nominada em USD. De acordo com OGE para 2016,
mento da taxa de juro de referência, do coeficiente
está previsto um défice orçamental de 5,5% do PIB
de reservas obrigatórias e a obrigação dos bancos
e a divida pública angolana representará 49,7% do
comerciais constituírem previamente uma “reserva
PIB nacional (agravamento de 13,1% face a 2014).
especial” / “cativo” em kwanzas no montante correspondente ao volume previsional de necessida-
Ao nível da balança comercial (BC), começam a sen-
des de recursos cambiais.
tir-se os efeitos da diminuição das receitas petrolífe-
64
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
2
ras. Os dados apontam para uma queda das receitas
bito que deverá ficar concluída entre 2017 e 2018
de exportação de 47% como reflexo da manutenção
e o aproveitamento do potencial hidroelétrico do
dos preços do petróleo em níveis mínimos, preven-
país, de que é exemplo a Barragem de Laúca, onde a
do-se que a balança corrente registe um novo défice
Somague tem um papel relevante uma vez que tem
em 2015 de 6,3% do PIB, em comparação com os
a seu cargo a execução dos trabalhos relativos às
0,4% observados em 2014 e os previstos 7,6% em
tomadas de água.
2016. No atual contexto, o principal desafio com que
Angola se depara para estagnar a deterioração da
No que respeita à presença da Somague em Angola,
BC, será o de conter o incremento das importações
e apesar desta conjuntura económica desfavorável
com as consequências que daí poderão advir, já que
à qual a empresa não ficou imune em 2015, prosse-
o grosso das importações corresponde a bens de ca-
guiu-se o reforço da aposta no mercado angolano
pital que estão relacionados com setores chave ao
como um mercado estratégico no seio do universo
desenvolvimento económico e social, como sejam a
Somague, tendo em conta o seu potencial de cres-
construção e energia e o crucial setor petrolífero.
cimento e desenvolvimento económico e social, o
que não impediu que tivessem sido levados a cabo
O ano de 2016 será novamente um ano difícil e
alguns ajustes a diversos níveis, no sentido prepa-
cheio de desafios para Angola no plano económi-
rar a empresa para enfrentar os novos desafios com
co e social. Como o país enfrentará este cenário
que se depara.
de grande incerteza, principalmente no que toca à
volatilidade do preço do petróleo é ainda uma in-
As obras que mais contribuíram para a atividade da
cógnita, no entanto, esta situação oferece também
Somague em Angola em 2015, foram as seguintes:
oportunidades para melhorar a posição na cadeia
de valor global e poder avançar com as reformas
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Angola
estruturais necessárias, bem como, adotar medidas
•
Construção do Aeroporto da Catumbela - 3.º
Pacote
de maior alcance no futuro com vista a possibilitar
a criação de políticas orçamentais contra-cíclicas.
•
Construção do Complexo Residencial de Benfica
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI),
•
Reabilitação da Maternidade Lucrécia Paim 2.ª Fase
a economia angolana só deverá a começar a recu•
perar em 2017, prevendo-se que o PIB cresça em
Construção do Instituto Médio de Artes - 2.ª
Fase
média 5,7% ao ano, no período 2017-2020 impulsionado pela recuperação do preço do petróleo e
do aumento da sua produção, assim como pelas
Somague Angola - Construção e Obras Públicas, S.A.
perspetivas de crescimentos sólidos do consumo
•
Construção do Complexo Kinaxixi - Estrutura
público e privado.
•
Construção do Complexo Kinaxixi - Acabamentos
•
Recuperação e Ampliação da Escola Mutu-YaKevela e Puniv
Espera-se que vários projetos atualmente em curso
•
possam contribuir para o desenvolvimento da ati-
Construção de Tomada de Água e Poços de Adução da Barragem de Laúca
vidade económica, destacando-se a exploração de
•
gás natural através da fábrica de processamento
Construção do Parque de Armazenamento de
Malange
de GNL no Soyo, a construção da Refinaria do Lo-
65
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
•
Construção do Terminal Oceânico do Soyo
Em 2015, das obras adjudicadas, destacam-se as
•
Construção do Novo Edifício de Escritórios da
seguintes:
Assembleia Nacional
•
•
Construção das Oficinas de Manutenção de
Construção do Edifício do Museu da Moeda (Es-
Unidades Múltiplas de Diesel (DMU´s) - 56,4
trutura e Especialidade + Arquitetura e Acaba-
milhões USD
mentos)
•
Restauro Sede do BNA
•
Reformulação do Condomínio Golden - Moradias
•
Construção do ISPTEC - 4.ª Fase
•
Construção de Edifício Av. de Portugal - 23,8
milhões USD
•
Construção do ISPTEC - 4.ª Fase - 22,3 milhões
USD
•
Restauro Sede do BNA (Adenda + Arranjos ex-
No ano de 2015, o volume de negócios gerado
teriores + CCTV/DMC Piso 0 + Centro de Confe-
pelas duas empresas rondou os 115 milhões de
rências) - 14,9 milhões USD
euros, o que representa um decréscimo de 57%
•
face a 2014. O resultado líquido de 2015 foi de
Construção de Edifício Av. de Portugal - 23,8
milhões USD
-5.432.218 euros, em contraste com os 32.595.539
•
euros registados em 2014.
Construção do Edifício do Museu da Moeda (Alterações Instalações Especiais) - 2,6 milhões
USD
•
Construção do muro de vedação Terreno CCB 2,6 milhões USD
Para 2016 prevê-se uma atividade de cerca de 180
milhões de USD.
Barragem de Laúca - Angola
66
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
Em dezembro de 2015, as duas empresas englobavam 619 colaboradores, sendo 469 colaboradores
locais e 150 expatriados.
Os principais indicadores relativos à atividade desenvolvida em Angola, agregando Sucursal e Filial (antes dos ajustamentos de consolidação), são
como seguem:
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
245.982.360
33.292.424
23.225.303
15.704.307
270.875.670
44.764.036
42.073.049
32.595.539
112.800.633
7.741.708
(6.464.535)
(7.988.889)
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
16.798.524
435.700.528
46.972.819
100%
41.878.739
575.259.656
76.200.636
100%
(3.060.096)
528.042.193
49.557.217
100%
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL / Somague
Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
Agravado o impacto gerado pela crise internacio-
com o País, mas que perderam a capacidade de
nal e as debilidades intrínsecas da economia Cabo-
manter os apoios devido à crise financeira interna-
-Verdiana, manteve-se um reduzido investimento
cional e por outro lado à tentativa de Cabo Verde
privado e público, o que se traduziu, de forma ge-
refrear o crescimento da sua dívida pública.
neralizada, na manutenção dos níveis baixos de atividade das construtoras locais e estrangeiras que
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL
operam no país.
A atividade desenvolvida no ano de 2015 resultou
Verifica-se, com o aumento de insegurança no me-
numa performance financeira inferior à de 2014,
diterrâneo, que o apetite por investimentos priva-
devido ao impacto gerado pela paragem das obras
dos na área imobiliária deu sinais de alguma ex-
relacionadas com o projeto “Casa para Todos” e a
pressão em 2015, nomeadamente na construção de
manutenção de margens brutas das obras muito re-
hotéis, algo que se espera ver confirmado em 2016.
duzida, devido à saturação do mercado da construção civil em Cabo Verde.
Em relação ao investimento público, e na mesma linha que em anos anteriores, manteve-se num nível
Ainda, e devido à diminuição da atividade a em-
reduzido, associado à incapacidade de se encon-
presa viu-se obrigada a proceder a novo ajuste no
trarem alternativas aos parceiros que colaboravam
quadro de pessoal. Contudo, a boa gestão contratual
67
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
das obras em curso, permitiu manter indicadores fi-
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Cabo Verde
nanceiros de bom nível, e evitar o recurso à banca
para financiar o arranque das obras angariadas, sen-
A Somague Engenharia - Sucursal de Cabo Verde
do que a empresa mantém o controlo dos seus ati-
iniciou a sua atividade em Cabo Verde em dezem-
vos e apresenta resultados financeiros satisfatórios.
bro de 2008, na sequência da angariação da obra de
Expansão e Modernização do Porto da Praia Fase 1.
O volume de negócios desenvolvido pela CVC em
2015 atingiu 5,8 milhões de Euros, a que corres-
Posteriormente foram assinados (em consórcio), o
pondeu um resultado antes de impostos no valor
contrato para a execução dos edifícios de apoio ao
aproximado de 0,7 milhões de Euros.
mesmo Porto e cuja quota-parte da Somague ascende a aproximadamente 5,8 milhões de Euros e
De salientar que o volume de negócios da empre-
o contrato da obra de Expansão e Modernização do
sa inclui também a rentabilização das estruturas
Porto de Sal Rei, na Boavista, cuja quota-parte da
industriais, maquinaria e pessoal da empresa, no-
Somague é de 16 milhões de Euros. Ainda em con-
meadamente as centrais de betão e parque de
sórcio, a empresa angariou a segunda fase do Porto
equipamentos, mas que no ano em análise atingiu
da Praia, cabendo-lhe a quota-parte de 27 milhões
um valor de apenas 1,3 milhões de Euros.
de euros.
O valor das angariações em 2015 foi de apenas
A atividade desenvolvida pela Sucursal em 2015
2,5 milhões de Euros, carteira a executar em 2015
foi de aproximadamente 14 milhões de Euros, ob-
e 2016, facto que, confirma o impacto do contexto
tendo um resultado antes de impostos de aproxi-
macroeconómico e internacional adversos e con-
madamente 4,8 milhões de euros.
sequente diminuição do interesse neste mercado.
A atividade prevista para 2016 ascende a 10,9 mi-
A atividade para 2016 estima-se que reduza bas-
lhões de Euros em virtude da paralisação das obras
tante, para 2,3 milhões de Euros, valor remanescen-
do Projeto Casa para Todos em 2015 por falta de
te da Obra do Porto da Boavista ainda por realizar.
pagamento do cliente e que obrigou à transferência
de parte da atividade prevista em 2015 para 2016.
Em 2015, as principais obras angariadas foram:
•
Conclusão Trabalhos Pavimentação, Fachadas e
divisórias Mercado Municipal Praia
•
Asfaltagem Via Principal de Ponta d´Água
•
Asfaltagem Via Principal de Vila Nova
•
Campos de Futebol de Achada S. Filipe e Achada Mato
•
Trabalhos para a Ceris/Cavibel
68
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
Os principais indicadores relativos à atividade desenvolvida em Cabo Verde, agregando Filial e Sucursal (antes dos ajustamentos de consolidação na
holding), são como seguem:
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
29.649.451
5.949.955
5.454.074
4.004.830
19.762.042
6.002.683
5.477.739
4.463.758
11.332.198
2.978.000
2.938.717
2.042.966
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
4.459.451
36.162.970
7.614.532
90,30%
5.110.749
26.553.872
8.073.460
90,30%
2.320.496
16.376.878
5.652.668
90,30%
Somague Moçambique, Lda.
O ano de 2015 caracterizou-se pela continuação
acima de 7% (sem efeito cambial). Embora 2015
da obra do CDN - Corredor de Desenvolvimento do
tenha ficado abaixo desse valor, espera-se uma re-
Norte (Nacala), que entrou este ano na sua fase de
cuperação para 2016 com crescimento previsto no
maior produção. Este projeto consiste na execução
intervalo entre 7,2% e 8,5%. Este crescimento será
de trabalhos de reabilitação da Infraestrutura e su-
suportado pela agricultura, construção, serviços fi-
perestrutura da secção 6 e 7 parte 1 e da secção 7
nanceiros e pela expansão da produção de carvão e
parte 2, no troço de Brownfield - Moçambique, da
construção de projetos de GNL.
Ferrovia Corredor de Nacala.
Nos últimos anos a Balança de Pagamentos foi
Apesar de Moçambique ser um país em franca ex-
equilibrada principalmente pelo Investimento Di-
pansão económica, mas com infraestruturas limi-
reto Estrangeiro (IDE), no entanto, devido à sua di-
tadas para suportar o crescimento económico e
minuição, tem vindo a assistir-se a um aumento do
apoiar projetos de grande dimensão, e de existirem
endividamento externo. Espera-se que este dimi-
oportunidades para a angariação de novos proje-
nua a partir de 2030, com as receitas do GNL.
tos de construção, o ano de 2015 foi marcado por
alguma indefinição político-militar o que motivou
Em 2015, as entradas por via do IDE no país caíram
o atraso no lançamento de alguns projetos de in-
41%, o que se deveu principalmente à desaceleração
fraestruturas e limitou a chegada ao País de inves-
no setor de mineração, especialmente gás e carvão e
timento e ajuda externa.
as entradas por via de ajuda externa diminuíram 22%,
o que resultou numa diminuição das reservas interna-
O crescimento do PIB em 2015 foi de cerca de 6,3%
cionais líquidas de 2 biliões de USD, valor correspon-
(dados provisórios - FMI, sem efeito cambial). Des-
dente a 3 meses de cobertura das importações atuais
de 2010, o crescimento do PIB a taxas nominais foi
de bens e serviços, incluindo os grandes projetos.
69
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Numa tentativa de estabilizar o mercado cambial, o
Banco de Moçambique interveio no mercado para defender a moeda, resultando numa diminuição das Reservas Internacionais Líquidas de 700 milhões de USD.
Em dezembro de 2015, o FMI aprovou um empréstimo a Moçambique no valor de 282,9 milhões de
USD por um prazo de 18 meses (117,9 milhões
USD disponíveis em dezembro e 3 tranches adicionais de 55 milhões USD cada, desembolsadas após
cumprimento de objetivos nos meses de Mar/16;
Set/16 e Mar/17, que se espera seja suficiente para
financiar os desequilíbrios nas contas externas.
No quadro seguinte apresentam-se os principais indicadores da empresa (antes dos ajustamentos de
Corredor de Nacala - Moçambique
consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
6.738.103
(840.348)
(1.519.759)
(1.519.759)
28.881.533
3.632.821
1.509.894
1.509.894
58.612.440
(3.369.592)
(5.408.473)
(3.677.762)
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
(1.229.645)
19.002.070
(1.447.183)
100%
2.482.691
41.794.590
27.328
100%
(2.212.157)
139.108.855
(3.656.360)
100%
Soconstrói PMG - Promoção e Montagem de Negócios, S.A.
No decurso do ano de 2015, a atividade da Socieda-
No Empreendimento de Habitação de Custos Con-
de centrou-se, uma vez mais, na gestão e rentabili-
trolados, de São Pedro do Corval, manteve-se a
zação dos seus ativos imobiliários.
estratégia de arrendamento das moradias unifamiliares que o compõem, tendo sido colocadas em ar-
De facto, à semelhança do ano de 2014, a estratégia
rendamento 3 unidades, e celebrado uma escritura
da empresa continuou a centrar-se na alienação dos
no valor de 75.000 euros.
ativos consumidores de recursos e na rentabilização
dos imóveis com potencial para arrendamento.
No que se refere às lojas e garagens dos Empreendimentos de Habitação de Custos Controlados pro-
70
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
movidos no concelho de Loures, foi assinado um
ticipada Soconstrói Engenharia, S.A., na qual parti-
contrato de promessa de compra e venda de duas
cipa em 50%, procederam à avaliação, através de
lojas cuja escritura se irá realizar no decurso de
uma entidade externa, das suas existências. Desta
2016 e a escritura de venda de uma garagem no
avaliação resultou o reconhecimento de imparida-
empreendimento Quinta das Mós. Relativamente
des no valor aproximado de 150.000 euros, tendo
ao empreendimento da Quinta do Mocho, foram
este facto afetado negativamente os resultados da
celebrados dois novos contratos de promessa de
Sociedade em 2015.
compra e venda de lojas, com escritura a celebrar
até março de 2017 e abril de 2018, nos mesmos
No âmbito da HSE - Empreendimentos Imobiliários,
moldes de pagamento de reforços de sinal.
Lda., na qual a Soconstrói PMG participa em 27,5%,
contrariamente ao ocorrido em 2014, em 2015 ob-
Em conclusão desta estratégia, a empresa durante
teve um resultado negativo de 209.857 euros.
o ano de 2015, alcançou no Continente, um valor
global de escrituras no montante de 80.000 euros e
No ano de 2016 a Sociedade manterá o mesmo po-
um valor de rendas próximo dos 85.470 euros.
sicionamento estratégico de 2015. Nesse sentido,
manter-se-á o esforço de arrendamento / venda
No que se refere aos empreendimentos nos Aço-
das unidades ainda não colocadas em São Pedro do
res, foram concretizadas três escrituras, uma no
Corval.
empreendimento Lameirinho e duas no Terra Chã,
no valor total aproximado de 170.000 euros. No
A sociedade continuará também focada no destino
Lameirinho procedeu-se também à celebração de
a dar às lojas e garagens que remanescem dos Em-
um contrato de arrendamento com a RIAC - Agên-
preendimentos de Habitação de Custos Controlados
cia para a Modernização e Qualidade do Serviço ao
promovidos em Loures - Quinta do Mocho e Quinta
Cidadão.
das Mós, no sentido de os colocar comercialmente.
Em paralelo, continuarão os esforços no sentido de
A atividade da Sociedade manteve-se em níveis
reduzir os custos de estrutura da Sociedade.
semelhantes aos de 2014, facto já esperado, visto
que o mercado alvo dos ativos por ela promovidos
No quadro seguinte apresentam-se os principais
levará tempo a recuperar.
indicadores consolidados da empresa (antes dos
ajustamentos de consolidação na Somague Enge-
No final do ano, a sociedade, bem como a sua par-
nharia):
(Unid: Euros)
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
71
2013
2014
350.301
(323.077)
(386.514)
(419.276)
415.181
(134.529)
402.367
433.340
2015
380.585
29.445
(305.341)
(360.137)
(574.539)
17.331.835
11.702.152
100%
425.576
14.408.155
12.134.463
100%
(183.862)
14.082.739
11.753.584
100%
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A.
•
Jurídicos - Desenho e desenvolvimentos de
processos e aplicações que ajudam na gestão
O ano de 2015 foi marcado pela melhoria contínua
de informação das sociedades (dados gerais,
dos processos e dos sistemas de forma a responder
órgãos, procurações, documentos, etc.) e no
aos desafios da internacionalização da Somague e à
registo de eventos e documentos associados a
deslocalização dos colaboradores, bem como, uma
processos em curso.
maior integração dos sistemas da Somague com os
•
Consolidação da infraestrutura - Continuação
do seu acionista - Sacyr. Tiveram especial impacto
da consolidação da infraestrutura com o obje-
as seguintes implementações e projetos:
tivo de reduzir custos e melhorar a capacidade
•
Análise do Risco - Desenvolveu-se e implemen-
de prestação de serviços a todos os colabora-
tou-se um conjunto de funcionalidades que
dores.
aproximaram a aplicação das melhores práticas
•
do mercado e das efetivas necessidades da ati-
Auditoria Microsoft - Foi realizada uma auditoria pela Microsoft.
vidade da construção. Posteriormente, foram
•
feitas algumas alterações que responderam a al-
Os objetivos para 2016 irão depender da estratégia
gumas necessidades da Sacyr, tendo esta decidi-
que o acionista venha a ter para a Somague TI. Ha-
do adotar a ferramenta da Somague no seu pro-
verá certamente uma maior integração de sistemas,
cesso de Análise do Risco. Assim, foram iniciados
que levará ao alargamento dos sistemas da Somague
um conjunto de desenvolvimentos que terão
ao acionista e eventualmente o mesmo acontecerá
continuidade no primeiro semestre de 2016.
em sentido inverso, sendo necessário fomentar e
SLIGO - Foram desenvolvidas algumas funcio-
dar apoio a este movimento de integração.
nalidades importantes no controlo de obra para
•
•
responder a requisitos da Sacyr.
Outro dos objetivos importantes será o de supor-
Recursos Humanos - Foi iniciado um projeto
tar o movimento de “transformação digital” que a
com o acionista no sentido de sincronizar a in-
Sacyr está a desenvolver, adaptando as nossas in-
formação de gestão de recursos humanos resi-
fraestruturas, processos e sistemas a essa necessi-
dente nos sistemas Somague com a da Sacyr.
dades.
Tesouraria - Aproveitando alguns requisitos de informação da Sacyr, reavaliámos e redesenhámos
Os principais indicadores da empresa (antes dos
alguns processos e sistemas associados à infor-
ajustamentos de consolidação na Somague Enge-
mação de tesouraria (instrumentos financeiros).
nharia) são como seguem:
(Unid: Euros)
2013
2014
2015
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
2.388.584
512.665
166.784
94.160
2.473.509
322.502
255.988
69.459
2.187.163
249.309
395.879
270.535
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
409.592
5.632.412
4.687.777
100%
108.342
6.036.279
4.757.236
100%
83.226
6.854.881
5.027.771
100%
72
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
Somague Engenharia, S.A. - Sucursal de Marrocos
Este contrato permitiu à Somague rentabilizar uma
boa grande parte do seu equipamento marítimo e
A Somague está presente em Marrocos com uma
do pessoal afeto a essa especialidade. Os meios
empreitada em Casablanca. Esta obra consiste na
envolvidos incluem: um batelão, um Pontão, uma
realização de um novo cais de atracagem de barcos
grua MW 4100 e um rebocador, bem como, todo o
de cruzeiro, paralelo ao molhe de proteção do Porto
conjunto de defesas e meios necessários à mano-
de Casablanca, numa extensão de 666 mts.
bra marítima.
A Somague foi contratada pela empresa “Houar”,
A Somague vai continuar com uma posição comer-
para a execução dos 24 caixotões, bem como, a rea-
cial muito ativa neste mercado, estando disponível
lização do prisma de assentamento dos caixotões
para analisar novos projetos que venham a surgir
e manobras marítimas de assentamento, pelo valor
neste mercado.
global de aproximadamente 4,4 milhões de euros,
No quadro seguinte apresentam-se os principais in-
com um prazo de realização prevista de 7 meses.
dicadores da empresa (antes dos ajustamentos de
consolidação na Somague Engenharia):
(Unid: Euros)
2013
Volume de negócios
EBITDA
RAI
Resultado líquido
Cash flow
Ativo líquido
Capital próprio
Participação
2014
2015
-
-
254.131
(46.473)
46.318
46.318
100%
100%
(46.473)
3.012.209
46.318
100%
Terminal de Cruzeiros de Casablanca - Marrocos
73
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
peição no setor, com as maiores empresas brasilei-
Evolução Económico-financeira
G4-DMA
ras e alguns membros do Governo a serem alvo de
processos judiciais por acusações de corrupção envolvendo o seu favorecimento em projetos para a
Embora a degradação das condições económicas
Petrobras, contribuindo fortemente para o agrava-
tenha estabilizado e nos dois últimos anos o PIB
mento da recessão que o país está a viver. Situações
tenha apresentado crescimentos moderados, o
que em ambos os países levaram ao cancelamento
setor da construção civil e obras públicas em Por-
do lançamento de novos concursos de obras públi-
tugal não acompanhou essa tendência de ligeira
cas e a fortes revisões em baixa de contratos adju-
recuperação mantendo-se numa situação de forte
dicados e alguns já em execução.
crise. O setor das obras públicas continuou a protagonizar quedas significativas registando-se no ano
No caso do Brasil, embora os problemas que as em-
findo uma ausência quase total de investimento
presas locais estão a viver venha no futuro a poten-
em infraestruturas públicas, sendo que os projetos
ciar as oportunidades de negócio para as empresas
considerados prioritários pelo anterior Governo e o
não envolvidas nos processos judiciais existentes,
consequente lançamento de concursos para a sua
como é o caso da Somague Engenharia, a situação
execução continuou sem sair do papel.
demorará tempo a normalizar.
Os grandes investimentos públicos, onde se desta-
No caso de Moçambique, outro mercado relevante
cam os projetos ferroviários inseridos nos dois cor-
para a Somague, a economia tarda em despontar
redores internacionais continuam dependentes da
o que condiciona a concretização dos projetos as-
aprovação das candidaturas a fundos comunitários,
sociados à exploração de gás na bacia do Rovuma,
não sendo expetável que as obras para a sua con-
cujas principais concessões foram já atribuídas a
cretização se iniciem antes de 2018. Por outro lado,
consórcios liderados por empresas internacionais.
constata-se que o lançamento das grandes obras de
edificação previstas para 2015 foram uma vez mais
Nesta conjuntura fortemente adversa e tendo em
adiadas, não se concretizando assim a anunciada
consideração a importância que a componente in-
recuperação no setor. A exceção foram as obras
ternacional assume na atividade da Somague En-
privadas de pequena dimensão, nomeadamente
genharia, fez com que a sua atividade consolidada
na área da Reabilitação de Edifícios, onde se sentiu
apresentasse uma diminuição de 22% com relação
algum dinamismo da parte dos investidores, pese
ao ano anterior e uma fortíssima quebra nos indica-
embora a forte concorrência do setor.
dores de rentabilidade.
No plano Internacional também a conjuntura foi al-
Ainda assim e apesar do ambiente adverso, a
tamente desfavorável pois, tanto em Angola como
Somague Engenharia mantém indicadores de so-
no Brasil, os principais mercados internacionais
lidez financeira de bom nível, o que lhe permitirá
para a Somague, sofreram uma contração muito
enfrentar o ano de 2016 com segurança.
significativa em consequência da queda abrupta
do preço do petróleo. No caso do Brasil, os casos
Uma vez mais, o ano de 2015 foi marcado pela con-
de corrupção vieram ainda lançar um clima de sus-
tinuidade da estratégia de internacionalização da
74
2
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
SOMAGUE ENGENHARIA
sua atividade com a entrada em novos mercados e
reforço nos existentes, de forma a mitigar a quebra
de atividade no mercado nacional que certamente
se irá prolongar no tempo. Atualmente, a sua atividade encontra-se direcionada para os mercados,
africano, brasileiro e europeu.
A evolução dos principais indicadores económico-financeiros das contas consolidadas da Somague
Engenharia resume-se como segue: G4-EC1
(Unid: Euros)
INDICADORES
Atividade
Volume de negócios
Rendibilidade
EBITDA
RAI
Resultados líquidos
Resultados operacionais
Resultados financeiros/Vol. de negócios
Cash flow
Estrutura financeira
Ativo líquido
Capitais próprios
Autonomia financeira
2011
2012
2013
2014
2015
645.138.275
516.858.099
498.872.955
554.278.085
428.687.798
34.019.988
15.005.461
8.576.105
25.737.839
-1,51%
16.858.254
28.428.798
15.229.961
6.711.423
21.896.574
-1,31%
13.241.646
33.999.219
20.794.021
9.224.612
31.440.649
-2,13%
11.783.182
46.071.691
14.050.134
2.473.259
27.497.366
-2,43%
21.047.583
12.114.613
(24.955.166)
(32.067.145)
(10.125.320)
-3,46%
(9.827.212)
804.239.706
132.182.527
16%
787.202.224
167.848.484
21%
795.411.808
170.316.423
21%
816.075.718
173.166.155
21%
756.262.143
140.029.785
19%
75
2
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Proposta de Aplicação dos Resultados
A Somague Engenharia não distribui resultados
com base nas contas consolidadas.
A conta de resultados líquidos individuais da sociedade mãe (Somague Engenharia) apresentava no
exercício findo em 31 de dezembro de 2015, um
resultado negativo de 32.067.145 euros.
O Conselho de Administração, tendo em consideração as disposições legais (art.º 32 e 33 CSC) e o
contrato de sociedade, propõe que aos resultados
líquidos negativos de 32.067.145 euros seja dada a
seguinte aplicação:
Para reserva legal
Para resultados transitados
0€
(32.067.145) €
Sintra, 29 de fevereiro de 2016
76
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho - Portugal
SOMAGUE ENGENHARIA
RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO
77
2
3
RELATÓRIO ANUAL 2015
3.1
3.2
3.3
Alterações Climáticas - Eficiência Energética
Água
Biodiversidade
Recursos Naturais
Barragem de Foz Tua - Portugal
3.4
SOMAGUE ENGENHARIA
78
81
84
85
86
SOMAGUE ENGENHARIA
RELATÓRIO ANUAL 2015
3
AMBIENTE
3
3
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
3
Ambiente
A Somague entende a gestão ambiental como o con-
Um dos objetivos da Politica Ambiental da empresa
junto de ações essenciais a implementar para obter
é o cumprimento da legislação aplicável á ativida-
a máxima racionalidade no processo de decisão re-
de da empresa. À semelhança do ano anterior, em
lativo à conservação, defesa, proteção e melhoria do
2015, não foi emitida qualquer coima ambiental à
ambiente, no decurso da sua atividade. O sistema de
Somague. Também não se verificaram queixas nem
Gestão Ambiental (SGA) da empresa ajuda a identi-
reclamações relacionadas a impactos ambientais da
ficar os principais desafios ambientais e requisitos
atividade da empresa. G4-EN29/EN34/SO8/LA16
legais aplicáveis, assim como a dispor de objetivos
e medidas oportunas para garantir a melhoria contí-
Em 2015, foi publicada a nova versão da norma ISO
nua do seu desempenho ambiental. G4-DMA
14001:2015 a qual fornece melhorias significativas
aos sistemas de gestão da qualidade das organiza-
O SGA é certificado segundo a norma NP EN ISO
ções. A Somague tem como objetivo, para 2016, ini-
14001:2012, o qual é implementado de forma sis-
ciar a revisão do seu Sistema Integrado de Gestão
temática nas obras que desenvolve. A Política Am-
de Ambiente, Qualidade e Segurança (SIGAQS) para
biental da empresa é entendida como uma priori-
o adaptar aos requisitos das novas versões das nor-
dade por todos os colaboradores e seguida no seu
mas de referência. A transição da certificação está
dia a dia , com vista à melhoria contínua do desem-
planeada para ocorrer nas auditorias de renovação
penho da Somague. Para a empresa, a excelência e
das certificações, nomeadamente em 2017 para a
o respeito pelo ambiente devem estar presentes
qualidade e ambiente e em 2018 para a segurança
em todas as atividades.
e saúde.
(Unid: Euros)
CUSTOS E INVESTIMENTOS COM A PROTEÇÃO AMBIENTAL
G4-EN31
Técnicos de Ambiente
Formação e Educação
Licenças, taxas e autorizações
Auditorias e certificações
Prestações de Serviço
Gestão de resíduos
Monitorizações
Outros
Total
2013
435.641
2.214
S.D.
S.D.
110.096
259.306
S.D.
S.D.
807.258
80
2014
434.776
7.294
S.D.
S.D.
193.556
178.995
S.D.
S.D.
814.621
2015
547.667
3.111
18.968
10.485
250.735
94.509
44.235
82
969.793
AMBIENTE
SOMAGUE ENGENHARIA
3
3.1
Alterações Climáticas e Eficiência Energética
O setor da construção tem responsabilidades no
Em 2015, verificou-se uma redução significativa do
que respeita ao impacte ambiental negativo que
consumo de energia interno e externo, nomeada-
lhe está adjacente. De entre os vários impactes,
mente de 24% e 20% respetivamente, no entanto,
salientam-se o consumo de energia e emissões de
esta redução não teve a correspondente diminuição
CO2. Assim sendo, a Somague aposta numa atua-
da intensidade energética da empresa. Esta situação
ção que minimiza esse impacte negativo através da
deve-se à redução muito significativa do volume de
racionalização do consumo de energia. A utilização
negócios, associada à redução da atividade operacio-
eficiente da energia permite consequentes redu-
nal da empresa, que não afeta da mesma forma a re-
ções das emissões diretas e indiretas de gases com
dução dos consumos fixos (escritórios, frota automó-
efeito de estufa, em especial nos edifícios. G4-DMA
vel, transporte de trabalhadores, etc.). G4-EN30/EC2
CONSUMO DE ENERGIA INTERNA (GJ) G4-EN3
Gasóleo
Gasolina
Eletricidade
Gás natural
Total
2013
2014
2015
210.595
4.717
36.255
544
252.111
310.336
11.632
31.377
188
353.534
229.126
2.595
36.853
171
268.745
CONSUMO DE ENERGIA EXTERNA (GJ) G4-EN4
2014
2015
Transporte de colaboradores em avião
Transporte de colaboradores em comboio
Transporte de colaboradores em autocarro
Total
31.789
5.371
421
37.581
29.621
78.28
421
30.042
INTENSIDADE ENERGÉTICA G4-EN5
2014
2015
391.115
554.278.085
706
307.180
428.687.798
717
Total consumo energético (GJ)
Volume de negócios (€)
Intensidade energética (GJ/M€)
81
3
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Apesar de não ter implementado novas iniciativas de
redução de consumos de energia em 2015, a Somague
continua comprometida com a redução do consumo
energético associado á sua atividade. Durante o ano
a empresa manteve à disposição dos seus colaboradores na Sede, em Sintra, um serviço de transportes
gratuito de/para diversos pontos de Lisboa.
Com este serviço a Empresa contribui não só para o
conforto e bem-estar dos seus colaboradores, mas
também para a problemática das alterações climáticas, evitando emissões de CO2. No ano de 2015,
considerando a deslocação individual diária dos colaboradores que utilizam este meio de transporte,
foram evitadas cerca de 41ton de CO2 e um consumo de energia de 279GJ. G4-EN6/EN19
1
2
3
Ponto de
Distância
N.º médio de
Fator de
TOTAL
Partida
Via
percorrida (Km) colaboradores transportados pkm
conversão Emissões evitadas
Sete Rios
A5
25
8
100.000
Terreiro Paço Marginal
20
6
60.000 0,000233
74,56
Loures
IC19
20
16
160.000
A diminuição do consumo de energia verificada em
2015 refletiu-se na redução das emissões de âmbito 1. Relativamente às emissões do âmbito 2 e
3, não houve alterações significativas uma vez que
não estão diretamente relacionadas com a atividade da empresa.
EMISSÕES (ton CO2) G4-EN15/EN16/EN17
2013
2014
2015
ÂMBITO 1
Frota
Equipamentos
Outros
ÂMBITO 2
Eletricidade
ÂMBITO 3
Viagens avião
Viagens comboio
Autocarro Somague
Total
15.943
7.586
8.327
31
1.928
1.928
1.760
1.721
5
34
19.632
23.784
2.895
20.879
11
1.610
1.610
2.283
2.248
1
34
27.677
17.147
3.232
13.905
10
1.662
1.662
2.130
2.095
1
34
20.938
82
AMBIENTE
SOMAGUE ENGENHARIA
INTENSIDADE DAS EMISSÕES G4-EN18
Emissões (ton)
Volume de negócios (€)
Total (ton CO2/M€)
2014
2015
27.677
554.278.085
49,93
20.938
428.687.798
48,57
3
A Sede da Somague - localizada em Sintra e com
10.500m2 de construção - em 2015 teve as seguintes intensidades: G4-CRE1/CRE2/CRE3
• Energética: 0,328990634 GJ/m2
• Água*: 0,283238095 m3/m2
• Emissões: 0,018 ton CO2/m2
*Não inclui o consumo de água para rega dos espaços exteriores
Relativamente às emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, a Somague gera unicamente emissões derivadas de possíveis fugas dos
equipamentos de refrigeração, as quais são mínimas uma vez que a empresa mantém uma adequada manutenção dos mesmos. Em 2015, a Somague
contou ainda com alguns equipamentos com gás
R22, os quais estão a ser progressivamente substituídos por outros cujos gases não danificam a camada de ozono e apresentam baixo potencial de
efeito de estufa. G4-EN20
Sede Somague - Portugal
83
3
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
3.2
Água
O consumo de água da Somague em 2015 não
sofreu grandes alterações relativamente a 2014.
Não foram também verificados impactos significativos nas fontes de água utilizadas pela empresa.
Durante o ano, a Somague não incorporou no seu
processo produtivo água reciclada ou reutilizada.
G4-DMA/EN9/EN10
CONSUMO DE ÁGUA (m3) G4-EN8
Água rede
Captações superficiais
Captações subterrâneas
Total
2013
2014
2015
40.032
180.643
63.338
284.013
49.624
129.649
39.280
218.553
32.916
135.871
33.554
202.341
Algumas das atividades realizadas pela Somague
A Somague não possui um sistema de contagem das
geram efluentes líquidos, cuja descarga é feita de
águas residuais, por estas estarem maioritariamen-
acordo com os requisitos legais aplicáveis, assim
te ligadas às redes municipais. No entanto, estima-
como com as condicionantes estabelecidas pelas
-se que cerca de 30% da água consumida da rede é
respetivas autorizações. Na empresa, os efluentes
para consumo nos escritórios sendo a restante para
descarregados têm a sua origem nos escritórios e
incorporação nos produtos. Assim, estima-se uma
nos parques de estacionamentos.
produção de cerca de 9.875m3 de efluentes líquidos. G4-EN22
As águas residuais contaminadas são sujeitas a um
sistema de tratamento de separação de hidrocar-
Em 2015, não se identificaram recursos hídricos ou
bonetos antes do seu encaminhamento/tratamen-
habitats significativamente afetados pelas descar-
to, sendo as restantes diretamente dirigidas para
gas de efluentes hídricos associados à atividade da
as redes municipais ou, caso tal não seja possível,
Somague, assim como de derrames de substâncias
para sistemas de recolha (fossas estanques ou ETAR
perigosas para o solo ou para a água. G4-EN24/
compactas).
EN26
84
AMBIENTE
SOMAGUE ENGENHARIA
3
3.3
Biodiversidade
Em 2015, em Portugal, a empresa desenvolveu a
sua atividade em diversas empreitadas que envolveram a afetação de áreas sensíveis do ponto de
vista ecológico, como sejam: Reservas Agrícolas
Nacionais (RAN) e Reservas Ecológicas Nacionais
(REN). G4-DMA/EN11/EN12/EN13
ESPAÇOS PROTEGIDOS
Figura de
proteção
Área
afetada (ha)
Obra
Reserva Nacional
451
Barragem de Foz Tua
Reserva Nacional
1,39
Reserva Nacional - Zonas de
Leito de Cheias
0,02
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Nacional - Zonas com
Risco de Erosão
0,01
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Nacional
1,11
Reserva Nacional Cabeceiras de Linhas de Água
0,17
Alentejo
Reserva Nacional - Áreas de
máxima infiltração
1
EDIA - Caliços-Machados
Alentejo
Reserva Nacional - Áreas de
máxima infiltração
0,3
EDIA - Caliços-Machados
Área de proteção parcial de
tipo II
0,063
Área de proteção parcial de
tipo III
0,063
Área de proteção
complementar
4,42
Área prioritária de valorização
ambiental das Penhas da Saúde
0,005
Designação
Região
Reserva Ecológica Nacional
Vila Real,
Portugal
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Reserva Agrícola Nacional
Reserva Ecológica Nacional
Parque Natural
Alentejo
Alentejo
Serra
da
Estrela
85
EDIA - São Matias
EDIA - São Matias
ICOVI - Abastecimento
de Água em Alta ao
Concelho da Covilhã
3
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
3.4
Recursos Naturais
As atividades desenvolvidas pela Somague implicam o consumo de diferentes recursos naturais.
Esse consumo é monitorizado numa perspetiva de
detetar eventuais desvios às metas estabelecidas e
implementar as mais adequadas ações corretivas.
G4-DMA
Materiais
Durante o ano 2015 o consumo de materiais na
Somague diminui significativamente relativamente
a 2014, essencialmente devido à redução da atividade da empresa. G4-DMA
CONSUMO DE MATERIAIS G4-EN1
Papel (ton)
Betão (m3)
Cimento (ton)
Agregado (ton)
Betão pronto
Produção própria
Total
Direto
Indireto
Total
Direto
Indireto
Total
Aço (ton)
A utilização de materiais reciclados, no âmbito da
atividade da Somague, encontra-se fortemente
condicionada pelos projetos dos donos de obra.
No entanto, a Somague tem vindo a identificar uma
área onde possui uma influência muito significativa, nomeadamente na reutilização de solos e materiais rochosos. G4-EN2
86
2013
2014
2015
37,58
51.232,44
167.429,85
218.662,29
51.040,63
15.369,73
66.410,36
518.721,18
102.464,88
621.186,06
30.514,68
32,66
204.837,50
251.541,49
456.378,99
95.611,35
61.451,25
157.062,60
551.183,59
409.674,99
960.858,58
31.238,99
38,27
131.274,01
162.207,59
293.481,60
48.659,29
39.382,20
88.041,50
414.155,79
262.548,02
676.703,81
26.549,30
AMBIENTE
SOMAGUE ENGENHARIA
Em 2015, verificou-se um aumento significativo
dos volumes de escavação e aterro em função da
tipologia de obras desenvolvidas durante o ano no
Togo, nomeadamente infraestruturas marítimas e
portuárias.
MOVIMENTAÇÃO DE SOLOS E MATERIAIS ROCHOSOS (m3)
G4-EN2
Volume total de escavação
Reutilização em obra
Vazadouro
Volume total de aterro
Própria obra
Mancha de empréstimo
2013
2014
2015
2.115.707
1.767.033
348.675
1.466.034
1.446.383
19.651
1.167.866
485.957
690.859
665.277
452.832
196.584
2.019.628
1.229.409
790.219
423.916
381.140
42.776
Métodos e Tratamentos de Resíduos
A prevenção é a chave da política de resíduos da
Somague. Os benefícios manifestam-se através de
uma poupança no consumo de matérias-primas e
numa redução nos custos de gestão dos resíduos,
sempre com o objetivo de alcançar um melhor resultado ambiental. G4-DMA
RESÍDUOS (ton) G4-EN23
2015
Papel e cartão
Valorização
Eliminação
RCD
Valorização
Eliminação
Resíduos perigosos
Valorização
Eliminação
Resíduos não perigosos
Valorização
Eliminação
Total
31,91
24,78
7,12
3.883,10
2.618,99
1.264,11
25,44
23,94
1,50
3.721,47
2.266,97
1.454,50
7.661,92
87
3
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
4.1
4.2
4.3
Responsabilidade Corporativa
Segurança e Saúde
Comunidades Locais
Capital Humano
90
91
94
98
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho - Portugal
4.4
SOMAGUE ENGENHARIA
88
SOMAGUE ENGENHARIA
RELATÓRIO ANUAL 2015
4
SOCIAL
4
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
4.1
Responsabilidade Corporativa
A Somague possui uma experiência de mais de seis
fundamental para o bem-estar da sociedade e
décadas na prestação de serviços nas mais variadas
para o respeito pelo indivíduo;
áreas de engenharia. O caminho percorrido pela
•
Promover o sentido de responsabilidade de to-
empresa tem demonstrado, desde sempre, uma pro-
das as partes interessadas em prol da valoriza-
cura pelo equilíbrio entre os pilares económico, so-
ção do património natural;
cial e ambiental no desempenho da sua atividade.
•
Arquitetar o negócio tendo sempre presente o
respeito pelos requisitos legais, contratuais e
A sustentabilidade da atividade empresarial é, para
pelos princípios assumidos pela Empresa;
a Somague, assegurada pela efetiva concretização
•
Perceber a melhoria contínua e a destruição
dos compromissos de gestão pelos quais se rege,
criativa como processos chave na evolução do
bem como por outros que considera fundamentais
desempenho da Empresa.
para garantir o equilíbrio entre a rentabilidade do
negócio, o bem-estar social e a preservação am-
Aos desempenhos económico e ambiental já rela-
biental. Neste enquadramento, foram sistematiza-
tados nos capítulos anteriores, descreve-se agora
dos os objetivos de atuação da Somague e foi defi-
o desempenho social nas três áreas consideradas
nida a Política de Sustentabilidade que assenta nos
mais relevante para a Somague, especificamente a
seguintes eixos:
Segurança e Saúde, Comunidades Locais e Capital
•
Humano.
Provocar a mudança (no setor da construção) ao
inovar o produto em todo o seu ciclo de vida;
•
Fomentar uma sociedade com garante econó-
Reforço dos Interfaces Ferroviários dos Terminais de Granéis Líquidos e Sólidos do Port
mico, equidade e transparência para as gerações atuais e vindouras;
•
Construir um futuro inovador, de qualidade, em
segurança e respeito pelo ambiente;
•
Impulsionar a competitividade e a rentabilidade da Organização, de forma sustentada, utilizando os recursos humanos, tecnológicos e naturais adequados;
•
Acionar um processo constante de envolvimento com os stakeholders de modo a que as suas
principais necessidades e expectativas sejam
incorporadas na cadeia de valor da Empresa;
•
Avaliar os riscos da Empresa, transformando as
ameaças em oportunidades;
•
Reinventar cada atitude individual, considerando os valores éticos como um compromisso
90
SOCIAL
SOMAGUE ENGENHARIA
4
4.2
Segurança e Saúde
A gestão da Segurança e Saúde no trabalho é fun-
envolvendo 1.690 colaboradores. G4-LA7/LA9
damental para o desenvolvimento do negócio da
Os colaboradores da Somague encontram-se tam-
Somague. Como tal, a empresa implementa de for-
bém abrangidos por contratos coletivos de trabalho.
ma sistemática e disciplinada o seu sistema de ges-
Este contrato inclui diversos tópicos associados à se-
tão da Segurança e Saúde - integrado com a gestão
gurança e saúde no trabalho, nomeadamente: orga-
da qualidade e do ambiente - o qual, em 2007, foi
nização de serviços de segurança e saúde, medidas
certificado de acordo com a OHSAS18001/NP4397.
de segurança e proteção, representantes dos traba-
G4-DMA
lhadores e prevenção e controlo de alcoolemia. Em
2015, os colaboradores abrangidos representavam
No entanto, não é suficiente possuir um Sistema de
98% dos colaboradores em Portugal, e 57% consi-
Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho, ainda
derando a atividade internacional. G4-LA8
que certificado. É necessário garantir que o sistema
é entendido, aceite e eficazmente implementado
Conforme referido no capítulo de Governo Corpora-
por todos os colaboradores, em especial os que es-
tivo deste relatório, os colaboradores encontram-se
tão expostos a riscos especiais. Neste seguimento,
representados em comissões de segurança e saúde,
durante o ano de 2015, foram realizadas diversas
organizadas localmente obra a obra em função da
ações de formação e educação nesta área, internas
sua dimensão e centralmente através do Departa-
e externas, com uma duração global de 3.782 horas
mento de Segurança e Saúde. Nestas comissões é
analisado o desempenho da obra e / ou empresas e
definidas medidas de melhoria aos sistema de ges-
to de Aveiro - Portugal
tão da segurança e saúde. G4-LA5
Um dos objetivos da Politica de Segurança e Saúde
da Somague é o cumprimento da legislação aplicável
à atividade da empresa. Ainda assim, em 2015 foram
emitas 19 coimas de segurança nos diversos mercados em que a empresa opera, na sua generalidade relativas a questões administrativas, as quais representaram um custo total de 5.693 euros. G4-LA16/SO8
Toda a organização opera de acordo com um sistema de gestão de segurança e saúde definido de
acordo com a OHSAS 18001, 39% dos colaboradores desenvolvem a sua atividade no âmbito de um
sistema certificado por entidade externa. G4-CRE6
91
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Em 2015, verificou-se um ligeiro aumento na taxa
de absentismo relativamente a 2014. A média da
taxa de absentismo nos diferentes mercados foi,
em 2015, de 1,82%. Para calculo desta taxa foram
consideradas as horas perdidas por assistência à
família, doença, licença parental, faltas justificadas,
licença de casamento, dias de nojo e acidentes de
trabalho.
ABSENTISMO G4-LA6
Taxa de absentismo (%)
Nº de dias perdidos por doenças profissionais
2013
2014
2015
0,96
0
1,74
0
1,82
0
Índices de Sinistralidade G4-LA6
INDICADORES GLOBAIS DE SINISTRALIDADE
TRABALHADORES PRÓPRIOS
Somague Engenharia
Neopul
Somague Neopul, ACE
Somague Ediçor Engenharia
Somague Angola
Somague Moçambique
CVC
Somague MPH Construções
TOTAL
Nº horas
trabalhadas
Acidentes
sem baixa
Acidentes
com baixa
≤ 3 dias
Acidentes
com baixa
> 3 dias
Acidentes
mortais
Total de
acidentes
1.598.784
308.096
102.987
359.217
1.179.432
696.766
139.536
159.167
4.543.984
13
1
0
2
3
3
0
2
24
0
0
0
0
0
0
0
1
1
10
6
0
11
7
0
0
1
35
0
0
0
0
0
1
0
0
1
23
7
0
13
10
4
0
4
61
O ano de 2015 destacou-se pela redução do número total de acidentes, cerca de 9,0%, pois em 2014
ocorreram 67 acidentes enquanto em 2015 ocorreram 61 acidentes, apesar de ter ocorrido um aumento do número de acidentes sem baixa (14,3%),
que passou de 21 acidentes em 2014 para 24 acidentes em 2015.
A diminuição do número de acidentes com baixa, registados em 2015, bem como a sua gravidade conduziu à diminuição acentuada, em cerca de
92
Nº dias
perdidos
260
250
0
256
52
0
0
5
823
4
SOCIAL
SOMAGUE ENGENHARIA
46,9%, do número de dias perdidos. Desse modo,
em 2015 registaram-se 823 dias perdidos, enquanto em 2014 registaram-se 1.551 dias perdidos.
ÍNDICES DE SINISTRALIDADE
2013
2014
2015
Índice de frequência
Índice de incidência
Índice de gravidade
9,95
20,27
287,58
10,38
20,93
349,84
7,92
16,11
181,12
Índice de frequência
Índice de incidência
0,00
0,00
0,00
0,00
0,22
0,45
Acidentes não mortais
Acidentes mortais
Os índices de sinistralidade apresentados e analisa-
tes não mortais, que é de 16,11 em 2015, enquanto
dos neste capítulo incluem as seguintes empresas:
em 2014 é de 20,93.
Somague Engenharia, Neopul, Gestão e Manutenção
de Equipamentos, ACE, Somague Ediçor Engenharia,
O desagravamento em cerca de 48,2% do índice
Somague Angola, Somague Moçambique, Constru-
de gravidade dos acidentes não mortais em 2015,
ções de Cabo Verde, Somague MPH Construções. De
relativamente a 2014, foi consequência direta da
realçar que na Somague Engenharia estão incluídos
diminuição, em cerca de 46,9%, do número de dias
todos os trabalhadores próprios, nomeadamente
perdidos, bem como do ligeiro aumento (2,5%) do
aqueles que trabalham em território nacional e tam-
número de horas trabalhadas.
bém os expatriados (Togo, Brasil, Espanha, Panamá,
Uma vez que em 2015 ocorreu um acidente de
Irlanda, Angola, Moçambique e Cabo Verde).
trabalho mortal com um trabalhador da empresa
O índice de frequência dos acidentes não mortais
Somague Moçambique, o índice de frequência e de
em 2015, que é de 7,92, sofreu um desagrava-
incidência dos acidentes mortais é respetivamente
mento de 23,7% em relação ao valor registado em
0,22 e 0,45.
2014, principalmente devido ao ligeiro aumento do
número de horas trabalhadas (2,5%) e à redução do
Em síntese, no que concerne aos índices de sinis-
número de acidentes com baixa inferior ou igual a
tralidade dos acidentes não mortais o desempenho
3 dias (83,3%), bem como à diminuição do número
global da Somague em 2015 melhorou quando
de acidentes com baixa superior a 3 dias (12,5%).
comparado com o ano de 2014, devido essencialmente à diminuição do número de acidentes com
A diminuição do número de trabalhadores, do nú-
baixa, bem como da sua gravidade, que conduziu à
mero de acidentes com baixa inferior ou igual a 3
redução do número de dias perdidos. Relativamen-
dias (83,3%) e do número de acidentes com baixa
te aos índices de Sinistralidade dos acidentes mor-
superior a 3 dias (12,5%) em 2015, relativamente
tais o desempenho da Somague piorou devido à
ao ano de 2014, também originou a diminuição, em
ocorrência de um acidente de trabalho mortal com
cerca de 23,0%, do índice de incidência dos aciden-
um trabalhador da empresa Somague Moçambique.
93
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
4.3
Comunidades Locais
A Somague apoia iniciativas de caráter social ao
nível local e global. Neste sentido, a empresa alia
a contribuição para o desenvolvimento social
com os objetivos do negócio e as necessidades
das comunidades onde opera procurando, deste
modo, estabelecer oportunidades de colaboração
sustentáveis, perduráveis e replicáveis no tempo.
G4-DMA/EC7
Em todos os locais onde a Somague possui instalações permanentes são desenvolvidas relações com
as comunidades locais. No caso das obras (instalações temporárias) estas ações são promovidas tipicamente pelo dono de obra / promotores, contando
Moçambique
sempre com a colaboração da Somague na implementação das medidas definidas.
No âmbito do projeto de requalificação do caminho
Adicionalmente, a Somague procede a uma avalia-
de ferro do corredor de Nacala, em Moçambique, a
ção dos impactos na comunidade local, associada
Somague e a Neopul têm desenvolvido diversas iniciativas de colaboração com a comunidade envolven-
aos seus trabalhos, onde se conclui que as ativi-
te. Em 2015, destacam-se:
dades fixas da Somague não provocam impactes
negativos significativos nas comunidades locais.
• Municípios de Cuamba, Malema e Ribaué na área
G4-EC8/SO1/SO2
de gestão de resíduos (construção de aterros sanitários em Malema e Ribaué para utilização por
ambas as partes);
• Unidades de Saúde, designadamente Hospital Rural de Cuamba, Centro de Saúde de Malema e Hospital Rural de Ribaué, através de protocolos para
realização de exames médicos complementarem
de diagnóstico. Entrega de medicamentos e consumíveis pela Somague às referidas unidades de
Saúde (medicamentos e consumíveis que se encontram com as validades próximas de expirar).
94
SOCIAL
SOMAGUE ENGENHARIA
Irlanda
No mais recente mercado em que a Somague opera,
•
UK - Northen Ireland, o consórcio criado para a cons-
A Macmillan Cancer Support é uma das maiores ins-
trução do campus de Belfast da Universidade de Uls-
tituições de caridade do Reino Unido, a qual fornece
ter tem vindo a desenvolver várias iniciativas em be-
cuidados de saúde especializados, informação e apoio
nefício de organizações locais, das quais se destacam:
financeiro a pessoas afetadas pelo cancro.
•
A Somague participou na iniciativa Macmillan Coffe
Wear it pink
Macmillan Coffee Morning
Todos os anos, no Reino Unido, é lançada uma campa-
Morning, evento de angariação de fundos, o qual con-
nha durante o mês de prevenção do cancro da mama,
siste na organização de cafés da manha onde as pes-
na qual pessoas são sensibilizadas a vestir uma peça
soas são convidadas a participar com doações.
de roupa cor-de-rosa e a fazer donativo para esta causa. Intitulada de Wear It pink, esta iniciativa angaria
aproximadamente cerca 2,5 milhões de euros por
ano. No ano de 2015, o Consórcio do qual faz parte
a Somague, participou através da sensibilização junto dos seus colaboradores e de uma doação para esta
luta.
•
Saint Vincent de Paul
A Saint Vincent de Paul é uma instituição do Reino
Unido de combate a pobreza, cujo objetivo é combater a pobreza em todas as suas formas através da assistência prática às pessoas necessitadas. A Somague
apoiou esta instituição através da distribuição de comida e brinquedos.
95
4
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Angola
Presente em Angola desde os anos 50, a Somague tem
•
contribuído para o desenvolvimento e modernização
Em 2015, a Somague Angola participou em campa-
do país não só através das inúmeras obras realizadas
nhas de limpeza e pequenas obras de intervenção, no-
mas, também, através das atividades de responsabili-
meadamente pinturas interiores da escola e pequenas
dade corporativa que realiza junto das comunidades,
reparações dos muros.
Escola de Ensino Primário 2006 (Martal)
em prol do desenvolvimento sustentável.
A Somague Angola, no ano 2015, apoiou diversas instituições - através da doação de equipamento e distribuição de vestuário e brinquedos - e desenvolveu
apoios comunitários, entre eles a limpeza e remoção
de lixo de zonas comunitárias.
•
Lar Kuzola
À semelhança dos últimos anos, a Somague Angola apoiou
o Lar Kuzola através da distribuição de prendas de Natal
a todas as crianças e da disponibilização de um contrato
•
de limpeza mensal, nomeadamente de uma equipa de 7
Na continuidade do trabalho desenvolvido em anos
trabalhadores que diariamente limpam e cuidam do Lar,
anteriores, em 2015, a Somague Angola voltou a or-
proporcionando assim bem-estar a todos os utilizadores.
ganizar campanhas de prevenção de HIV / Sida para os
Campanha de HIV/SIDA
seus colaboradores.
•
Federação De Atletismo
A Somague Angola apoiou a Federação de Atletismo
A empresa realizou palestras onde foram entregues
de Angola na deslocação de dois atletas a Portugal,
folhetos informativos sore a doença com o objetivo
para a participação na corrida de São Silvestre.
de combater a propagação do vírus e sensibilizar os
colaboradores a efetuarem o teste. Em complemento
•
Doação de bens alimentares e materiais de cons-
à campanha foram distribuídos preservativos aos co-
trução para o Lobito
laboradores, os quais foram informados de que a em-
Em março de 2015 umas fortes chuvadas na cidade de
presa dispõe, em diversos pontos, preservativos para
Lobito provocaram dezenas de mortos e mais de uma
adquirirem sempre que for necessário.
centena de desalojados. A Somague Angola apoiou de
imediato esta comunidade através do envio de bens
•
alimentares e materiais de construção para apoio a re-
A Somague Angola participou numa campanha de lim-
construção dos lares.
peza, recolha e transporte de lixo para aterro sanitá-
Campanha limpeza e recolha do lixo
rio, a qual visou complementar a falta de empresas de
•
Escola de Ensino Primário Bita Sapu
recolha a operar na cidade de Luanda.
A empresa apoiou a escola do Bita Sapu através de
Todo este trabalho foi feito conjuntamente com o Go-
uma intervenção no seu telhado, nomeadamente na
verno Provincial de Luanda e com a Administração do
construção de isolamento com tela asfáltica e reposi-
distrito de Samba e Morro Bento.
ção/reparação do telhado existente.
96
SOCIAL
Lar Kuzola - Angola
SOMAGUE ENGENHARIA
97
4
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
4.4
Capital Humano
Colaboradores Somague
O número de colaboradores da Somague sofreu
uma descida - relativamente a 2014 - resultado do
processo de reestruturação da empresa que teve
início no segundo semestre do ano. G4-DMA/9
Devido à drástica redução da atividade da empresa
em Portugal e às dificuldades dos principais mercados internacionais onde opera (Angola e Brasil), a
Somague viu-se forçada a levar a cabo um inadiável
processo de Despedimento Coletivo que abrangeu
262 colaboradores. G4-10/13
Com esta reestruturação pretendeu-se dotar a empresa de condições mais favoráveis à procura de
novos mercados que compensem a quebra da atividade em Portugal e nos países em que está presente atualmente.
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE COLABORADORES G4-9
2013
2014
2015
Somague
2.251
2.330
1.923
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DE TRABALHADORES
2013
2014
2015
Portugal
Angola
Moçambique
Brasil
1.106
761
120
68
980
815
274
76
739
638
315
72
Cabo Verde
Espanha
Marrocos
Togo
Reino Unido
Irlanda
Outros
Total
120
30
0
26
0
8
12
2.251
96
30
0
42
0
7
2
2.330
55
38
24
14
9
9
10
1.923
98
4
SOCIAL
SOMAGUE ENGENHARIA
A 31 de dezembro de 2015, a Somague empregava um total de 1.923 colaboradores distribuídos da
seguinte forma:
Titulares
Superiores
Somague Engenharia
Sucursal Angola
Sucursal Espanha
Sucursal Irlanda
Sucursal Cabo Verde
Sucursal Brasil
Somague Neopul ACE
Somague TI
Neopul
Sucursal Espanha
Sucursal Irlanda
Sucursal Brasil
Somague Ediçor Engenharia
Somague Angola
CVC
Somague Moçambique
TOTAL SOMAGUE
186
1
2
0
0
3
4
11
22
6
0
4
22
18
4
4
287
Titulares
Médios
33
2
0
0
0
10
2
2
6
0
0
0
1
2
3
2
63
Técnicos
não Titulares
Administrativos
Outros
Total
329
9
0
0
0
0
27
0
74
20
0
0
130
8
0
11
608
61
28
0
0
0
5
3
11
4
1
0
0
23
30
8
9
183
4
255
0
0
0
3
4
0
38
0
1
0
48
169
32
228
782
613
295
2
0
0
21
40
24
144
27
1
4
224
227
47
254
1.923
QUALIFICAÇÃO
2013
2014
2015
Curso superior
Curso de nível médio
Outras
320
72
1.859
341
73
1.916
287
63
1573
TIPO DE CONTRATO E TRABALHO G4-10
2013
2014
2015
Quadro permanente
Homem
Mulher
Temporários
Homem
Mulher
Trabalho a tempo inteiro
Homem
Mulher
Trabalho a tempo parcial
Homem
Mulher
1.909
S.D.
S.D.
342
S.D.
S.D.
2.247
S.D.
S.D.
4
S.D.
S.D.
1.809
1.562
247
521
448
73
2.325
2.016
309
5
2
3
1.449
1.247
202
474
419
55
1.916
1.664
252
7
2
5
No ano de 2015, o colaborador tipo tinha uma idade
média de 38 anos, era do género masculino e trabalhava a tempo inteiro no quadro permanente da empresa.
99
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
A atividade da Somague caracteriza-se por elevadas taxas de subcontratação nos diferentes mercados onde opera apresentando-se no quadro seguinte o número total de trabalhadores envolvidos
nas obras da empresa, incluindo os próprios, parceiros, subempreiteiros, prestadores de serviços e
cedência de mão de obra.
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DO NÚMERO TOTAL DE TRABALHADORES G4-10
Mulher
PAÍS
Portugal
Angola
Moçambique
Brasil
Cabo Verde
Espanha
Marrocos
Togo
Reino Unido
Irlanda
Outros
Global Management Challenge
A Somague participou com duas equipas no Global
Management Challenge - GMC, a maior competição
de gestão e estratégia a nível internacional. As duas
equipas participantes obtiveram uma prestação muito positiva, tendo uma das equipas passado à 2ª fase
de apuramento a nível nacional.
A participação neste evento fomentou o aumento da
performance em competências de estratégia e gestão
e o aperfeiçoamento de business skills, como a liderança, a tomada de decisão e o trabalho em equipa,
entre outras, e possibilitou estabelecer ou estreitar
relações com outras empresas/instituições e equipas
participantes.
100
Homem
Total
4.194
1.674
539
618
215
112
33
11
4.409
1.786
572
629
50
34
24
395
8
9
10
12
4
0
5
1
0
0
62
38
24
400
9
9
10
SOCIAL
SOMAGUE ENGENHARIA
Qualidade de Emprego e Proteção Social
A Somague oferece aos seus colaboradores boas
condições de trabalho, proporcionando um equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional. Das
práticas implementadas destacam-se as seguintes:
G4-LA2
•
Horário comprimido na Sede e horário flexível
em algumas obras;
•
Dispensa dos colaboradores para resolução de
assuntos pessoais/familiares;
•
Rede de transporte para colaboradores na sede
de/para diversos pontos de Lisboa;
•
Transporte nas obras de mais difícil acesso ou
mais distantes dos centros urbanos;
•
Seguro de saúde (extensível ao agregado familiar), vida e acidentes pessoais;
•
Parcerias com diversas entidades para benefício dos colaboradores, extensíveis às famílias;
•
Acesso a Cartão Refeição criando uma otimização fiscal para o colaborador.
Os benefícios listados aplicam-se a um leque alargado de colaboradores, independentemente do horário praticado (inteiro/parcial), e complementam
as regalias oferecidas pela Somague que cumprem
em todas as unidades operacionais a legislação relativa ao salário mínimo.
Em 2015 estiveram em licença parental 39 colaboradores (9 mulheres e 30 homens). Ainda nesse
ano, 32 terminaram essa licença, tendo todos posteriormente regressado ao trabalho. G4-LA3
101
4
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
ENCARGOS COM COLABORADORES (€)
2013
2014
2015
Custo total médio por colaborador
Encargos médios com proteção social de caráter não obrigatório
por colaborador
32,30
29,91
47,10
239,98
72
256,92
260,47
252,82
265,15
Encargos médios com cuidados de saúde por colaborador
Mínimo
pago
SALÁRIO MAIS BAIXO COMPARADO AO SALÁRIO MÍNIMO LOCAL (€/ano) G4-EC5
Portugal
Angola
Brasil
Cabo Verde
Espanha
Moçambique
Togo
7.070
1.774
4.435
2.518
10.868
1.390
2.660
TAXA DE ROTATIVIDADE G4-LA1
Mínimo
local
7.070
1.272
2.377
1.397
9.083
1.390
732
2013
2014
2015
Admissões
Mulher
Homem
Demissões
Mulher
Homem
38
194
42
374
27
318
21
186
38
299
81
658
Taxa de rotatividade (%)
9,75
15,6
28,00
TAXA DE ROTATIVIDADE POR PAÍS G4-LA1
2015
Portugal
Angola
Brasil
Cabo Verde
Espanha
Moçambique
22,54
28,16
38,00
27,66
22,41
48,69
102
SOCIAL
SOMAGUE ENGENHARIA
4
Igualdade de Oportunidades, Liberdade de Associativismo, Direitos Humanos
A Somague aplica os seus princípios internos de
igualdade de oportunidades, não só em Portugal
mas também em todos os locais onde opera. A evidência desta atuação é a diversidade cultural dos
seus colaboradores, com origem em Espanha, Malawi, Marrocos, Perú, Senegal, Venezuela e países
de língua oficial portuguesa. G4-DMA
FAIXA ETÁRIA G4-LA12
2013
2014
2015
< 30 anos
30-50 anos
> 50 anos
220
1.491
540
294
1.474
562
248
1.271
404
GÉNERO G4-LA12
2013
2014
2015
Feminino
Masculino
308
1.943
312
2.018
254
1.669
ORIGEM G4-LA12
2013
2014
2015
Nacionalidade portuguesa
1.458
1.411
1.082
756
12
25
882
11
26
795
11
35
Países de língua oficial portuguesa
Países de leste
Outros países
Hotel Baía Azul - Madeira - Portugal
103
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Colaboradores locais
CONTRATAÇÃO LOCAL G4-EC6
Nº
%
Colaboradores expatriados
Nº
%
TOTAL
Portugal
Quadros
Operacionais
306
433
41%
1
0
0
0%
0%
306
433
Quadros
Operacionais
79
443
15%
1
64
52
55%
0
143
495
Quadros
Operacionais
21
233
8%
92%
28
33
46%
54,10%
49
266
Quadros
Operacionais
8
39
17%
83%
5
3
63%
38%
13
42
Quadros
Operacionais
18
11
62%
38%
7
2
78%
22%
25
13
Quadros
Operacionais
23
2
92%
8%
28
19
60%
40%
51
21
Quadros
Operacionais
0
1
0%
100%
3
5
38%
63%
3
6
Quadros
Operacionais
0
0
0%
0%
31
26
54%
46%
31
26
Angola
Moçambique
Cabo Verde
Espanha
Brasil
Irlanda
Outros
A gestão de topo das diferentes unidades organizacionais fora de Portugal é constituída por expatriados. O Conselho de Administração da Somague
Engenharia, em 2015, incluía dois elementos de
nacionalidade portuguesa e três elementos de nacionalidade espanhola. G4-EC6
104
SOCIAL
SOMAGUE ENGENHARIA
4
Na gestão dos Recursos Humanos são aplicados os
mesmos critérios para ambos os géneros, designadamente: G4-DMA
• Igualdade no processo de recrutamento;
• Igualdade no plano de carreiras;
• Igualdade no acesso à formação e educação;
• Igualdade de remuneração.
RELAÇÃO SALÁRIO BASE HOMEM/MULHER G4-LA13
Quadros (intermédio, médio e superior)
Operacionais
2013
2014
2015
1,24
0,93
1,21
0,84
1,35
0,86
Em 2015, os colaboradores abrangidos por acordos
de negociação coletiva representavam 98% dos
colaboradores em Portugal, e 57% considerando a
atividade internacional. Do total, apenas 2% estavam sindicalizados. G4-11/HR4
Barragem da Caniçada - descarregador - Portugal
105
4
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Formação e Educação
A Somague encara a formação e educação e o desenvolvimento das competências dos colaboradores como uma aposta e um investimento no seu
futuro. Em 2015, a empresa desenvolveu diversas
ações de formação e educação, direcionadas para
diferentes grupos de colaboradores e promoveu a
participação em seminários, congressos e conferências associadas ao setor da construção.
G4-DMA/LA10
MÉDIA DE HORAS DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO/ANO POR
COLABORADOR G4-43/LA9
2013
2014
2015
Administração
Quadros
Operacionais
3,92
15,26
4,27
1,15
22,20
15,25
5,10
22,70
11,72
DESIGNAÇÃO DA AÇÃO DE FORMAÇÃO INTERNA
Horas
ação
Horas
formandos
Nº
Formandos
4,00
14,00
7,00
80,00
7,50
4,00
4,00
21,00
4,00
76,00
168,00
119,00
800,00
375,00
32,00
140,00
231,00
152,00
19,00
12,00
17,00
10,00
50,00
8,00
35,00
11,00
38,00
2,50
3,00
3,50
154,50
52,50
114,00
70,00
2.329,50
21,00
38,00
20,00
279,00
Arquitetura de Sistemas
Autocad 3d
BIM - conceitos e ferramentas
BIM / Revit / Navisworks
Fiscalidade: IRS, IRC, TSU e IVA
Gestão do Risco
Insolvências, PER e penhoras nas sociedades e sucursais do grupo
Revit fundamental
Segurança e saúde no trabalho em ambiente de escritório: ergonomia, ginástica laboral e emergência
Utilização do BSmart
Visualizadores BIM
106
SOCIAL
SOMAGUE ENGENHARIA
4
Programa de Desenvolvimento em Gestão de Liderança - Universidade Católica
Aposta Formação e Educação Interna G4-LA10
A Somague manteve uma forte aposta na formação e
educação interna, ministrando formação com recur-
Portal de Competências
so à sua bolsa de formadores internos. Nesse seguimento, com o objetivo de preparar os seus recursos
internos e de os dotar das necessárias competências
Com o objetivo de promover uma aproximação cada
pedagógicas, foi promovida, em 2015, “Formação Pe-
vez maior entre o colaborador e a organização, foi
dagógica de Formadores”.
criada uma nova funcionalidade na intranet da Empresa - O Portal de Competências.
Esta aposta na comunicação interna promoveu troca
de conhecimentos e de sinergias entre as diferentes
Este Portal permite que cada colaborador proceda
direções e áreas internas da empresa. Foram lecio-
regularmente a uma atualização das suas competên-
nadas um total de 11 ações de formação e educação,
cias detidas e/ou adquiridas, fazendo desta forma, e
dirigidas a 279 colaboradores, que incidiram sobre os
em colaboração com o Departamento de Gestão de
seguintes temas: Gestão do Risco, BIM, Autocad, Fisca-
Recursos Humanos (GRH), a gestão do seu perfil de
lidade, Insolvências, Ergonomia, entre outras.
competências.
107
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
5.1
5.2
5.3
Demonstrações Financeiras Consolidadas
Notas Consolidadas
Certificação Legal das Contas Consolidadas
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Via Rápida de Câmara de Lobos - Madeira - Portugal
5.4
SOMAGUE ENGENHARIA
108
110
116
184
186
SOMAGUE ENGENHARIA
RELATÓRIO ANUAL 2015
5
INFORMAÇÃO
ECONÓMICO-FINANCEIRA
5
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Demonstração Consolidada da Posição Financeira
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2015
31/12/2014
Ativos fixos tangíveis
6
84.118.853
84.986.291
Ativos intangíveis
7
1.049.977
224.471
Investimentos em associadas
8
9.307.703
8.995.487
Outros investimentos - método equivalência patrimonial
9.1
4.284.400
4.284.455
Outros investimentos - outros métodos
9.2
937.727
894.891
Clientes
12
13.030.834
10.245.052
Outros ativos financeiros
10
3.679.656
3.542.506
5
12.620.399
11.135.225
129.029.548
124.308.376
ATIVO
Ativos não correntes
Ativos por impostos diferidos
Total de ativos não correntes
Ativos correntes
Inventários
11
28.640.441
33.400.279
Clientes
12
415.481.628
493.628.347
Outros devedores
13
75.176.303
52.477.033
Outros ativos financeiros
14
25.101.536
43.027.650
Outros títulos e depósitos
15
25.557.719
22.745.283
Caixa e bancos
16
57.274.966
46.488.750
627.232.594
691.767.341
756.262.143
816.075.718
58.450.000
Total de ativos correntes
TOTAL ATIVO
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital Social
17
58.450.000
Prestações acessórias
17
64.945.905
64.945.905
Diferenças de consolidação
17
(18.994.958)
(18.994.607)
Diferenças de transposição
17
(3.073.997)
(2.041.058)
Resultados retidos
17
55.504.310
53.154.715
Reservas legais
17
5.532.946
5.409.283
Outras reservas
17
9.371.100
9.371.100
Resultado líquido consolidado
17
(32.067.145)
2.473.259
139.668.162
172.768.597
INTERESSES QUE NÃO CONTROLAM
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO
361.623
397.558
140.029.785
173.166.155
PASSIVO
Passivos não correntes
Financiamentos
18
47.694.841
44.530.290
Provisões
19
23.537.649
29.582.840
Fornecedores
20
20.450.549
25.219.203
Outros passivos financeiros
21
1.537.146
2.692.363
5
2.946.353
706.029
96.166.536
102.730.726
Passivos por impostos diferidos
Total de passivos não correntes
Passivos correntes
Fornecedores
22
202.630.717
226.619.010
Financiamentos
23
127.897.787
131.072.974
Diferimentos
24
56.387.434
53.463.830
Outros passivos financeiros
25
133.149.883
129.023.023
520.065.821
540.178.837
756.262.143
816.075.718
Total de passivos correntes
TOTAL PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO
G4-EC1
110
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
Demonstração Consolidada dos Resultados por Natureza
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2015
31/12/2014
Rendimentos e gastos:
Vendas
26
1.368.975
812.313
Prestações de serviços
26
427.318.823
553.465.771
Outros rendimentos operacionais
27
36.480.093
36.362.488
Custo das mercadorias vendidas
28
(74.118.073)
(111.222.050)
Variação produção
29
(426.152)
(5.563.536)
Fornecimento e serviços externos
30
(263.340.015)
(305.271.554)
Gastos com o pessoal
31
(98.810.740)
(93.522.185)
6e7
(10.483.312)
(10.616.466)
6, 9,10,11,12 e 17
(11.756.621)
(7.957.859)
32
(16.358.299)
(28.989.557)
(10.125.320)
27.497.366
(22.084.486)
Amortizações e depreciações
Provisões e perdas/reversões de imparidade
Outros gastos operacionais
RESULTADOS OPERACIONAIS
Gastos e perdas financeiras
33
(17.838.638)
Rendimentos e ganhos financeiros
34
3.008.792
8.637.253
RESULTADOS FINANCEIROS
(14.829.846)
(13.447.233)
RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
(24.955.166)
14.050.134
Impostos sobre o rendimento
5
(7.100.497)
(11.529.458)
(32.055.663)
2.520.676
(32.067.145)
2.473.259
11.482
47.417
Básico
(2,74)
0,21
Diluído
(2,74)
0,21
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Atribuível a:
Detentores de capital
Interesses que não controlam
Resultados por ação:
Demonstração Consolidada do Resultado Integral
Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014
(Montantes expressos em Euros)
Resultado líquido do período
Diferenças de transposição das demonstrações financeiras em moeda estrangeira
Outros
RESULTADO INTEGRAL DO PERÍODO
111
31/12/2015
31/12/2014
(32.067.145)
2.473.259
(1.032.939)
498.704
(350)
(107)
(33.100.434)
2.971.856
112
7
=1+2+3+5+6
6
5
4=2+3
3
-
58.450.000
-
-
64.945.905
-
-
-
64.945.905
Prestações
acessórias
Diferenças
de
transposição
-
-
498.704
498.704
(18.994.607) (2.041.058)
-
-
(107)
(107)
(18.994.500) (2.539.762)
Diferenças de
consolidação
5.409.283
9.371.100
-
-
461.231
-
-
-
-
-
-
9.371.100
Outras
reservas
461.231
-
-
-
-
-
4.948.052
Reservas
legais
53.154.715
8.763.381
8.763.381
-
-
-
-
-
44.391.334
Resultados
retidos
2.473.259
(9.224.612)
(8.763.381)
(461.231)
-
-
2.473.259
2.473.259
-
-
-
9.224.612
Resultado
líquido do
período
172.768.597
-
-
-
-
-
2.971.856
2.473.259
498.597
498.597
-
169.796.741
Total
397.558
(169.542)
(169.542)
-
-
47.417
47.417
-
-
519.682
Interesses
que não
controlam
173.166.155
(169.542)
(169.542)
-
-
-
9.224.612
2.520.676
498.597
498.597
-
170.316.423
Total do
capital
próprio
(Montantes expressos em Euros)
RELATÓRIO ANUAL 2015
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO
31-12-2014
Constituição da reserva legal
Transferência de resultados
do exercício para resultados
transitados
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
Distribuições
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADO INTEGRAL
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
-
-
58.450.000
Alterações de perímetro
2
1
Capital
realizado
Outras alterações reconhecidas
no capital próprio
ALTERAÇÕES DO PERÍODO
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO
01-01-2014
Descrição
Em 31 de dezembro de 2014
Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio
5
SOMAGUE ENGENHARIA
113
64.945.905
(1.032.939)
(18.994.957) (3.073.998)
(350) (1.032.939)
(350)
(18.994.607) (2.041.058)
Diferenças
de
transposição
-
-
-
5.409.283
Reservas
legais
-
-
-
9.371.100
Outras
reservas
-
-
-
53.154.715
Resultados
retidos
POSIÇÃO NO FIM DO PERÍODO
31-12-2015
Constituição da reserva legal
Transferência de resultados
do exercício para resultados
transitados
APLICAÇÃO DE RESULTADOS
13 = 7 + 8 + 9
+ 11 + 12
12
58.450.000
-
5.532.946
9.371.100
-
-
123.663
-
123.663
55.504.310
2.349.596
2.349.596
(32.067.145)
(2.473.259)
(2.349.596)
(123.663)
-
(32.067.145)
(32.067.145)
-
-
2.473.259
Resultado
líquido do
período
(33.100.434)
(32.067.145)
(1.033.289)
(1.033.289)
-
172.768.597
Total
139.668.162
-
-
-
-
-
64.945.905
Diferenças de
consolidação
Distribuições
11
-
-
58.450.000
Prestações
acessórias
-
10 = 8 + 9
9
8
7
Capital
realizado
361.623
(47.417)
(47.417)
-
11.482
11.482
-
-
-
397.558
Interesses
que não
controlam
140.029.785
(47.417)
(47.417)
-
-
-
-
(32.055.663)
(32.055.663)
(1.033.289)
(1.033.289)
-
173.166.155
Total do
capital
próprio
(Montantes expressos em Euros)
OPERAÇÕES COM DETENTORES
DE CAPITAL PRÓPRIO
RESULTADO INTEGRAL
RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Outras alterações reconhecidas
no capital próprio
Alterações de perímetro
ALTERAÇÕES DO PERÍODO
POSIÇÃO NO INÍCIO DO PERÍODO
01-01-2015
Descrição
Em 31 de dezembro de 2015
Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio
SOMAGUE ENGENHARIA
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
5
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Demonstração de Fluxos de Caixa Consolidados
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014
(Montantes expressos em Euros)
Notas
31/12/2015
31/12/2014
Fluxo de caixa das atividades operacionais - Método Direto
Recebimentos de clientes
Pagamentos a fornecedores
Pagamentos ao pessoal
Caixa gerada pelas operações
523.486.042
578.316.250
(355.441.545)
(369.904.780)
(100.761.011)
(93.673.939)
67.283.486
114.737.530
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento
(16.493.773)
(8.350.039)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional
(42.173.748)
(64.550.404)
8.615.966
41.837.087
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1)
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
-
-
(13.923.021)
(16.544.799)
Ativos intangíveis
(853.168)
(4.079)
Outros ativos
(173.101)
-
(14.949.290)
(16.548.878)
Ativos fixos tangíveis
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
Juros e proveitos similares
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2)
69.231
334.250
3.543.832
3.383.646
2.194.200
6.753.676
5.807.263
10.471.572
(9.142.027)
(6.077.305)
42.179.112
20.544.331
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos
Subsídio e doações
-
75.165
42.179.112
20.619.496
Financiamentos obtidos
(42.064.377)
(14.139.662)
Juros e custos similares
(17.689.464)
(22.274.847)
Pagamentos respeitantes a:
Dividendos
Amortizações de locação financeira
Outras operações de financiamento
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3)
Variação de caixa e seus equivalentes (1) + (2) + (3)
Efeito da alteração do perímetro de consolidação
16
Efeito da variação cambial
-
-
(1.804.357)
(2.073.070)
28.726.348
(8.322.439)
(32.831.850)
(46.810.017)
9.347.262
(26.190.521)
8.821.201
9.569.261
406.893
227.119
1.558.122
(749.455)
Caixa e seus equivalentes no início do ano
16
46.488.750
37.441.825
Caixa e seus equivalentes no fim do ano
16
57.274.966
46.488.750
114
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
Transposição do Rio São Francisco - Brasil
SOMAGUE ENGENHARIA
115
5
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
5.2
Notas Consolidadas 1. Informação geral da atividade do Grupo
Somague - Engenharia
(em 31 de dezembro de 2015)
3. Principais políticas contabilísticas
3.1. Bases de preparação
A Somague - Engenharia, S.A. (“Somague” ou “Empresa”), tem sede em Sintra, foi constituída em 30
As demonstrações financeiras consolidadas da
de setembro de 1993 e tem por objeto social a exe-
Somague - Engenharia, S.A. foram preparadas no
cução de obras públicas e privadas e a compra e
pressuposto da continuidade das operações, a par-
venda de imóveis, incluindo a compra para revenda.
tir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação, mantidos de acordo
O universo empresarial da Somague (“Grupo”), do
com os princípios de contabilidade geralmente
qual a Somague - Engenharia, S.A. é empresa-mãe,
aceites em Portugal ajustados, no processo de con-
é formado pelas empresas participadas e associa-
solidação, de modo a ficarem de acordo com as
das indicadas nas Notas 4. As principais atividades
disposições das Normas Internacionais de Relato
do Grupo são a construção civil e obras públicas e
Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo International Ac-
promoção imobiliária.
counting Standards Board (“IASB”) e adotadas pela
União Europeia, em vigor para os exercícios económicos iniciados em 1 de janeiro de 2015.
2. Data de aprovação das demonstrações financeiras
Todos os valores apresentados nestas notas explicativas estão expressos em Euros, exceto quando
Relativamente ao exercício findo em 31 de dezem-
esteja expressamente indicada outra unidade mo-
bro de 2015, o Conselho de Administração autori-
netária.
zou a sua emissão das demonstrações financeiras
3.2. Bases de consolidação
consolidadas de acordo com Normas Internacionais
de Relato Financeiro (“IFRS”) em 29 de fevereiro de
a. Empresas controladas
2016. De acordo com o art.º 68 do CSC a Assembleia Geral de Acionistas pode recusar a proposta
dos membros da Administração relativamente à
As participações financeiras em empresas nas quais
aprovação de contas desde que delibere motivada-
o Grupo detenha, direta ou indiretamente, mais de
mente que se proceda à elaboração total de novas
50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de
contas ou à reforma em pontos concretos das apre-
Acionistas/Sócios e/ou detenha poder de controlar
sentadas.
as suas políticas financeiras e operacionais, foram
incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de consolidação integral. A
participação de terceiros no capital próprio e no
resultado líquido dessas empresas é apresentada
116
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
b. Empresas conjuntamente controladas
separadamente na demonstração da posição financeira consolidada e na demonstração dos resultados consolidada, nas respetivas rubricas de “Inte-
As participações financeiras em empresas conjun-
resses que não controlam”.
tamente controladas foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas pelo método de
As perdas de uma subsidiária passam a ser quinhoa-
consolidação proporcional, desde a data em que o
das pelos interesses que não controlam mesmo que
controlo é partilhado. De acordo com este método,
excedam os interesses destas na subsidiária.
os ativos, passivos, proveitos e custos destas empresas foram integrados, nas demonstrações finan-
Os resultados das subsidiárias adquiridas ou vendi-
ceiras consolidadas, rubrica a rubrica na proporção
das durante o período estão incluídos nas demons-
do controlo atribuível ao Grupo.
trações dos resultados desde a data da sua aquisição ou até à data da sua alienação.
As transações, saldos e dividendos entre empresas
são eliminados, no processo de consolidação, na
As transações e saldos significativos entre essas
proporção do controlo atribuível ao Grupo.
empresas foram eliminados no processo de consolidação. As mais-valias decorrentes da alienação de
Sempre que necessário, são efetuados ajustamen-
empresas participadas, efetuadas dentro do Grupo,
tos às demonstrações financeiras das entidades
são igualmente anuladas.
conjuntamente controladas para adequar as suas
políticas contabilísticas às usadas pelo Grupo.
Sempre que necessário são efetuados ajustamentos às demonstrações financeiras das empresas
A classificação dos investimentos financeiros em
subsidiárias, tendo em vista a uniformização das
empresas conjuntamente controladas é determina-
respetivas políticas contabilísticas com as do Gru-
da com base em acordos contratuais que regulam o
po e para efeitos de consolidação de contas.
controlo conjunto, na percentagem efetiva de detenção e/ou nos direitos de voto detidos.
Nas situações em que o Grupo detenha, em substância, o controlo de outras entidades criadas com
Os interesses financeiros em Agrupamentos Com-
um fim específico, ainda que não detenha partici-
plementares de Empresas (ACE), por regra, foram
pações de capital diretamente nessas entidades, as
incluídos nas demonstrações financeiras consoli-
mesmas são consolidadas pelo método de consoli-
dadas pelo método de consolidação proporcional.
dação integral.
No entanto existem alguns interesses em AgrupaAs empresas controladas em 31 de dezembro de
mentos Complementares de Empresas, que foram
2015, e como tal consolidadas pelo método de
incluídos nas demonstrações financeiras pelo mé-
consolidação integral encontram-se identificadas
todo de equivalência patrimonial, porque o seu
na Nota 4.
controlo é exercido pelo Acionista onde são consolidadas pelo método proporcional.
117
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
As empresas consolidadas pelo método de consoli-
Sempre que o interesse da adquirente no justo valor
dação proporcional encontram-se identificadas na
líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes
Nota 4.
identificáveis excede o custo da concentração de
atividades empresariais, o diferencial é imediata-
Os investimentos financeiros em empresas conjun-
mente reconhecido nos resultados do período se,
tamente controladas excluídas da consolidação por
após reavaliação, não for possível a sua imputação
não haver controlo conjunto são apresentados ao
aos correspondentes ativos e passivos tendo em
custo de aquisição (Nota 4).
conta o respetivo justo valor.
c. Concentração de atividades empresariais
Os interesses que não controlam são apresentados
pela respetiva proporção do justo valor dos ativos
A concentração de atividades empresariais, nomea-
e passivos identificados.
damente a aquisição de subsidiárias, é registada
d. Empresas associadas
pelo método de compra. O custo de aquisição corresponde ao agregado dos justos valores, à data da
transação, dos ativos cedidos, dos passivos incor-
As participações financeiras em empresas associa-
ridos ou assumidos e dos instrumentos de capital
das, empresas onde o Grupo exerce uma influência
próprio emitidos, em troca do controlo da adquirida.
significativa mas não detém o controlo das mesmas
através da participação nas decisões financeiras
Nas concentrações empresariais ocorridas entre 1
e operacionais da empresa, não são consolidadas
de janeiro de 2004 e 31 de dezembro de 2008, de
sendo apresentadas nas demonstrações financeiras
acordo com a IFRS 3, os ativos e passivos de cada
pelo método de equivalência patrimonial.
subsidiária (incluindo os passivos contingentes)
3.3. Resumo das principais políticas contabilísticas
foram mensurados ao seu justo valor na data de
aquisição e o excesso do custo de aquisição face ao
justo valor dos ativos e passivos identificáveis de
i.
Ativos e passivos expressos em moeda estran-
cada associada na data de aquisição foi reconhe-
geira
cido como goodwill. Quando o diferencial entre o
custo de aquisição e o justo valor dos ativos e pas-
Todos os ativos e passivos expressos em moeda es-
sivos líquidos adquiridos foi negativo, o mesmo foi
trangeira são convertidos para a moeda de relato, utili-
reconhecido como um proveito do exercício
zando-se as cotações oficiais vigentes na data de relato. As diferenças cambiais, favoráveis e desfavoráveis,
Nas aquisições subsequentes a 1 de janeiro de
originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio
2009, o goodwill é mensurado pelo seu custo, que
em vigor na data das transações e aquelas em vigor
corresponde ao excesso do custo das concentra-
na data das cobranças, pagamentos ou à data de rela-
ções de atividades empresariais a que respeitam
to, são registadas como rendimentos e gastos na de-
acima do interesse do Grupo no justo valor líquido
monstração dos resultados do exercício. A conversão
dos ativos, passivos e passivos contingentes identi-
das demonstrações financeiras a consolidar com moe-
ficáveis na data da concentração.
da funcional diferente da de relato foram convertidas
para Euros, através das seguintes taxas de câmbio:
118
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
Kwanza/
Euro
Real/
Euro
Dirham/
Euro
Metical/
Euro
Escudo Cabo-verdiano/
Euro
Vigente ao final do ano - para a
totalidade dos ativos e passivos
0,0067
0,2282
0,0928
0,0195
110,2650
Médio - para a demonstração dos
resultados do ano
0,0074
0,2704
0,0925
0,0235
110,2650
Histórico - para as rubricas do
capital próprio
0,0092
0,3812
-
0,0358
110,2650
As diferenças de câmbio originadas nesta conver-
Os bens adquiridos em regime de locação financei-
são foram incluídas no capital próprio na rubrica
ra são amortizados utilizando as mesmas taxas dos
“diferenças de transposição”.
restantes ativos fixos tangíveis, ou seja, tendo por
base a respetiva vida útil.
ii. Ativos e passivos não correntes
A quantia depreciável dos ativos fixos tangíveis é
Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais
líquida do valor residual que se estima que exista
de um ano da data de relato são classificados, res-
no final das respetivas vidas úteis.
petivamente, como ativos e passivos não correntes.
Os métodos de amortização, a vida útil estimada e
iii. Ativos fixos tangíveis
o valor residual são revistos no final de cada ano e
os efeitos das alterações são tratados como altera-
Os ativos fixos tangíveis utilizados na produção, pres-
ções de estimativas, ou seja, o efeito das alterações
tação de serviços ou para uso administrativo foram
é tratado de forma prospetiva.
registados ao custo considerado até 01/01/2004 e
posteriormente ao custo aquisição ou produção, in-
Os custos de desmantelamento e remoção de bens
cluindo as despesas imputáveis à compra, deduzido
do ativo fixo tangível e os custos de restauração do
da depreciação acumulada e perdas de imparidade,
local onde estes estão localizados, em cuja obriga-
quando aplicável.
ção se incorre quando os bens são adquiridos ou
como consequência de terem sido usados duran-
Os ativos fixos tangíveis são depreciados pelo mé-
te um determinado período para finalidades dife-
todo das quotas constantes, de acordo com a sua
rentes da produção de inventários, fazem parte do
vida útil estimada, a partir da data em que os mes-
custo do ativo fixo tangível correspondente e são
mos se encontram disponíveis para ser utilizados
amortizados no período de vida útil dos bens a que
no uso pretendido, de acordo com as seguintes vi-
respeitam.
das úteis estimadas:
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Ferramentas e utensílios
Equipamento administrativo
Outras imobilizações corpóreas
Os custos de manutenção e reparação correntes
Anos de vida útil
8 - 50
3 - 10
4-8
3-8
3 - 20
3 - 14
são reconhecidos como gastos no período em que
ocorrem.
Os custos com substituições e grandes reparações
são capitalizados sempre que aumentem a vida útil
119
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
do imobilizado a que respeitem e são amortizadas
Ao avaliar se existe indicação de imparidade são ti-
no período remanescente da vida útil desse imo-
das em conta as seguintes situações:
bilizado ou no seu próprio período de vida útil, se
inferior.
•
Durante o período, o valor de mercado de um
ativo diminuiu significativamente mais do que
Os ativos fixos tangíveis em curso representam ati-
seria esperado como resultado da passagem do
vos ainda em fase de construção/promoção, encon-
tempo ou do uso normal;
trando-se registados ao custo de aquisição deduzi-
•
Ocorreram, durante o período, ou irão ocorrer
do de eventuais perdas de imparidade. Estes ativos
no futuro próximo, alterações significativas
fixos tangíveis são depreciados a partir do momen-
com um efeito adverso na entidade, relativas
to em que os ativos subjacentes estejam concluí-
ao ambiente tecnológico, de mercado, econó-
dos ou disponíveis para o uso pretendido.
mico ou legal em que a entidade opera ou no
mercado ao qual o ativo está dedicado;
Qualquer ganho ou perda resultante do desreco-
•
As taxas de juro de mercado ou outras taxas de
nhecimento de um ativo tangível (calculado como
mercado de retorno de investimentos aumen-
a diferença entre o valor de venda menos custos da
taram durante o período, e esses aumentos pro-
venda e o valor contabilístico) é incluído no resul-
vavelmente afetarão a taxa de desconto usada
tado do exercício no ano em que o ativo é desreco-
no cálculo do valor de uso de um ativo e dimi-
nhecido.
nuirão materialmente a quantia recuperável do
ativo;
•
As propriedades de investimento são inicialmente
A quantia escriturada dos ativos líquidos da en-
mensuradas pelo seu custo. Na mensuração subse-
tidade é superior à sua capitalização de merca-
quente é utilizado o modelo do custo, que inclui o
do;
•
custo inicial deduzido das amortizações acumula-
Está disponível evidência de obsolescência ou
dano físico de um ativo;
das e das perdas de imparidade.
•
Alterações significativas com um efeito adverso na entidade ocorreram durante o período,
Imparidade
ou espera -se que ocorram num futuro próximo,
O Grupo Somague avalia se existe qualquer indica-
até ao ponto em que, ou na forma em que, um
ção de que um ativo possa estar com imparidade no
ativo seja usado ou se espera que seja usado.
final do ano. Se existir qualquer indicação, a empre-
Estas alterações incluem um ativo que se tor-
sa estima a quantia recuperável do ativo (que é a
nou ocioso, planos para descontinuar ou rees-
mais alta entre o justo valor do ativo ou de uma uni-
truturar a unidade operacional a que o ativo
dade geradora de caixa menos os custos de vender
pertence, planos para alienar um ativo antes da
e o seu valor de uso) e reconhece nos resultados do
data anteriormente esperada;
•
exercício a imparidade sempre que a quantia recu-
Existe evidência em relatórios internos que indica que o desempenho económico de um ativo
perável for inferior ao valor contabilístico.
é, ou será, pior do que o esperado.
120
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
Independentemente de haver indicações de esta-
gum indício de eventual perda de valor, os valores
rem em imparidade, os bens que ainda não estão
de goodwill são sujeitos a testes de imparidade.
disponíveis para uso são testados anualmente
Qualquer perda de imparidade é registada imedia-
quanto à imparidade.
tamente como custo na demonstração de resultados do período, não sendo suscetível de reversão
As reversões de imparidade são reconhecidas em
posterior.
resultados e são efetuadas apenas até ao limite
que resultaria se o bem nunca tivesse sido sujeito
Na alienação de uma subsidiária ou entidade con-
a imparidade.
juntamente controlada, o respetivo goodwill é incluído na determinação da mais ou menos valia.
iv. Ativos intangíveis
O goodwill relativo a investimentos em subsidiárias
Os ativos intangíveis exceto “goodwill” encontram-
sedeadas no estrangeiro encontra-se registado na
-se registados ao custo de aquisição, deduzido das
moeda de reporte dessas subsidiárias, sendo con-
amortizações acumuladas e perdas de imparidade.
vertido para a moeda de reporte do Grupo (Euro) à
Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for
taxa de câmbio em vigor na data de relato. As dife-
provável que deles advenham benefícios económi-
renças cambiais geradas nessa conversão são regis-
cos futuros para o Grupo, sejam controláveis pelo
tadas na rubrica “diferenças de transposição”.
Grupo e se possa medir razoavelmente o seu valor.
Imparidade
As amortizações do exercício dos ativos intangíveis
são registadas na demonstração de resultados na
A imparidade de ativos intangíveis é determinada
rubrica de “amortizações”.
tendo por base os critérios descritos para os ativos
fixos tangíveis.
Na rubrica de propriedade industrial encontram-se
refletidos os alvarás registados em nome do Gru-
As reversões de imparidade são reconhecidas em
po, relativamente aos quais existe um requisito
resultados e não devem exceder a quantia escritu-
legal para o exercício da atividade de construção.
rada do bem que teria sido determinada caso ne-
A amortização é efetuada no período de utilização
nhuma perda por imparidade tivesse sido reconhe-
exclusiva de cada alvará.
cida anteriormente.
Os programas de computador adquiridos a tercei-
Nos serviços de concessão, os indicadores de im-
ros e os custos internos associados à manutenção
paridade poderão relacionar-se com alterações nas
e ao desenvolvimento dos programas de computa-
condições do mercado, nomeadamente quando a
dor só são reconhecidos por se considerar que são
utilização do ativo é inferior à utilização estimada
mensuráveis com fiabilidade e geram benefícios
inicialmente.
económicos futuros.
O goodwill é registado como ativo e não é sujeito
a amortização. Anualmente, e sempre que haja al-
121
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
v. Investimentos financeiros
(v.2) Outros investimentos financeiros - método
de equivalência patrimonial
(v.1) Empresas associadas
Os investimentos financeiros em empresas em que
As empresas associadas são registadas de acordo
o controlo total é detido pelo acionista em Espa-
com o método de equivalência patrimonial. As par-
nha, foram consideradas nas contas do Grupo pelo
ticipações financeiras são registadas pelo seu custo
método de equivalência patrimonial, sendo conso-
de aquisição ajustado pelo valor correspondente à
lidadas integralmente ou proporcionalmente con-
participação do Grupo nas variações dos capitais
forme aplicável, pelo acionista.
próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas do
(v.3) Outros investimentos financeiros - outros
exercício e pelos dividendos recebidos.
métodos
É feita uma avaliação dos investimentos em associa-
Os investimentos financeiros em empresas excluí-
das quando existem indícios de que o ativo possa
das da consolidação encontram-se registados ao
estar em imparidade, sendo registada uma perda na
custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas
demonstração de resultados sempre que tal sucede.
de imparidade.
Quando a proporção do Grupo nos prejuízos acu-
Os rendimentos resultantes de investimentos fi-
mulados da associada excede o valor pelo qual o
nanceiros em outras empresas participadas e em
investimento se encontra registado, o investimento
títulos e aplicações financeiras (dividendos) são
é reportado por um valor nulo enquanto o capital
registados na demonstração de resultados do exer-
próprio da associada não for positivo, excetuando as
cício em que é decidida e anunciada a sua distri-
situações em que o Grupo tenha assumido compro-
buição.
missos para com a associada, registando nesses casos uma provisão para fazer face a essas obrigações.
vi. Outros ativos financeiros
Os ganhos não realizados em transações com asso-
Os empréstimos concedidos a outras empresas
ciadas são eliminados proporcionalmente ao inte-
encontram-se registados ao custo amortizado uti-
resse do Grupo na associada por contrapartida do
lizando o método da taxa de juro efetiva, deduzido
investimento nessa mesma associada. As perdas
de eventuais previsões para perdas estimadas na
não realizadas são igualmente eliminadas, mas so-
sua realização.
mente até ao ponto em que a perda não evidencie
que o ativo transferido esteja em situação de imparidade.
Relativamente a empresas associadas que não se
considerem materiais no âmbito do consolidado, a
empresa optou pelo seu registo contabilístico através do custo de aquisição.
122
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
vii. Ativos e Passivos por Impostos Diferidos e Im-
que se encontram, satisfeitas, simultaneamente, as
posto sobre o Rendimento do Período
seguintes condições:
•
(vii.1)Ativos e Passivos por Impostos Diferidos
A Empresa seja capaz de controlar a tempestividade da reversão da diferença temporária; e
•
Os Ativos e Passivos por Impostos Diferidos resul-
Seja provável que a diferença temporária não
se reverterá no futuro previsível.
tam do apuramento de diferenças temporárias entre a base contabilística e a base fiscal dos ativos e
A mensuração dos Ativos e Passivos por Impostos
passivos da Empresa.
Diferidos:
•
É efetuada de acordo com as taxas que se espera
Os Ativos por Impostos Diferidos refletem:
que sejam de aplicar no período em que o ativo
•
As diferenças temporárias dedutíveis até ao
for realizado ou o passivo liquidado, com base
ponto em que é provável a existência de lucros
nas taxas fiscais aprovadas à data de balanço e;
tributáveis futuros relativamente aos quais a
•
•
Reflete as consequências fiscais que se seguem
diferença dedutível pode ser usada;
da forma como a Empresa espera, à data do ba-
Perdas fiscais não usadas e créditos fiscais não
lanço, recuperar ou liquidar a quantia escritura-
usados até ao ponto em que seja provável que
da dos seus ativos e passivos.
lucros tributáveis futuros estejam disponíveis
(vii.2) Imposto sobre o Rendimento
contra os quais possam ser usados.
Diferenças temporárias dedutíveis são diferenças
O imposto sobre o rendimento do período engloba
temporárias das quais resultam quantias que são
os impostos correntes e diferidos do exercício.
dedutíveis na determinação do lucro tributável/
O imposto corrente é determinado com base no
perda fiscal de períodos futuros quando a quantia
resultado contabilístico ajustado de acordo com a
escriturada do ativo ou do passivo seja recuperada
legislação fiscal em vigor.
ou liquidada.
A Empresa e as suas subsidiárias, participadas diOs Passivos por Impostos Diferidos refletem dife-
reta ou indiretamente em pelo menos 90% do
renças temporárias tributáveis.
respetivo capital e que, simultaneamente, são residentes em Portugal e são tributadas em sede de
As Diferenças temporárias tributáveis são diferenças
Imposto sobre o Rendimento, são tributadas no âm-
temporárias das quais resultam quantias tributáveis
bito do regime especial de tributação dos grupos
na determinação do lucro tributável/perda fiscal de
de sociedades à taxa de 21%, acrescida da Derrama
períodos futuros quando a quantia escriturada do
até à taxa máxima de 1,5% sobre o Lucro Tributá-
ativo ou do passivo seja recuperada ou liquidada.
vel. Na parte do lucro tributável quando superior a
1.500.000 euros até 7.500.000 euros incide ainda
Não são reconhecidos impostos diferidos relativos
a derrama estadual em 3%, na parte em que exce-
às diferenças temporárias associadas aos investi-
de os 7.500.000 euros até 35.000.000 euros incide
mentos em subsidiárias, associadas e interesses
a taxa de 5%, e quando ultrapassa os 35.000.000
em empreendimentos conjuntos por se considerar
euros aplica-se a taxa de 7%.
123
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
viii.Inventários
A Empresa está ainda sujeita às taxas de tributação
autónoma previstas do art. 88º do CIRC.
O custo dos inventários inclui:
O imposto sobre o rendimento relativo às empresas
•
Custos de compra (preço de compra, direitos de
englobadas na consolidação é calculado às taxas
importação, impostos não recuperáveis, custos
em vigor nos países das respetivas sedes:
de transporte, manuseamento e outros diretamente atribuíveis à compra, deduzidos de des-
País
Espanha
Angola
Cabo Verde
Irlanda
Brasil
Marrocos
Reino Unido
Moçambique
Taxa 2015
30,00%
30,00%
25,00%
12,50%
34,00%
30,00%
20,00%
32,00%
contos comerciais, abatimentos e outros itens
Taxa 2014
30,00%
30,00%
25,00%
12,50%
34,00%
30,00%
20,00%
32,00%
semelhantes);
•
Custos de conversão (mão de obra e gastos gerais de produção);
•
Outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e condições pretendidos;
As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e
de consumo encontram-se valorizadas ao custo de
compra ou de conversão, o qual é inferior ao respe-
De acordo com o referido regime, previsto no artigo
tivo valor de mercado, utilizando-se o custo médio
63º do Código do Imposto sobre o Rendimento das
como método de custeio.
Pessoas Coletivas - IRC, os resultados fiscais das
suas participadas concorrem para a matéria coletá-
Os produtos e trabalhos em curso encontram-se va-
vel da Empresa.
lorizados ao custo de conversão, que inclui o custo
dos materiais incorporados, mão de obra direta e
Nos termos da legislação em vigor nas diversas
gastos gerais de fabrico.
jurisdições em que as empresas englobadas na
consolidação desenvolvem a sua atividade, as cor-
Sempre que o valor realizável líquido é inferior ao
respondentes declaração fiscais estão sujeitas a
custo de compra ou de conversão, procede-se à re-
revisão por parte das autoridades fiscais durante
dução de valor dos inventários, mediante o reco-
um período de 4 anos, o qual pode ser prolongado
nhecimento de uma perda por imparidade, a qual é
em determinadas circunstâncias, nomeadamente
revertida quando deixam de existir os motivos que
quando existem prejuízos fiscais, ou estejam em
a originaram.
curso inspeções, reclamações ou impugnações.
Para este efeito, o valor realizável líquido é o preço
O Conselho de Administração, suportado nas posi-
de venda estimado no decurso ordinário da ativida-
ções dos seus consultores fiscais e tendo em conta
de empresarial menos os custos estimados de acaba-
as responsabilidades reconhecidas, entende que
mento e os custos necessários para efetuar a venda.
das eventuais revisões dessas declarações fiscais
As estimativas tomam em consideração as variações
não resultarão correções materiais nas demonstra-
relacionadas com acontecimentos ocorridos após o fi-
ções financeiras do Grupo.
nal do período na medida em que tais acontecimentos
confirmem condições existentes no fim do período.
124
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
ix. Outros ativos financeiros não incluídos nas
Os ativos financeiros individualmente significativos
alíneas anteriores
foram avaliados individualmente para efeitos de
imparidade. Os restantes foram avaliados com base
Os ativos financeiros são reconhecidos quando as
em similares características de risco de crédito.
empresas englobadas na consolidação se constituem parte na respetiva relação contratual.
A imparidade apurada nos termos atrás referidos
não difere significativamente daquela que é apura-
Os ativos financeiros não incluídos nas alíneas atrás
da com critérios e para efeitos fiscais.
e que não são valorizados ao justo valor estão valorizados ao custo ou ao custo amortizado líquido de
Seguem-se algumas especificidades relativas a
perdas por imparidade, quando aplicável.
cada um dos tipos de ativos financeiros.
Os outros ativos financeiros, na generalidade, não
(ix.1) Acionistas/Sócios
vencem juros.
Os empréstimos a acionistas encontram-se valoriNo final do ano o Grupo avaliou a imparidade destes
zados ao custo amortizado, utilizando o método da
ativos. Sempre que existia uma evidência objetiva
taxa de juro efetiva, menos imparidade.
de imparidade, a empresa reconheceu uma perda
Os restantes saldos com acionistas são apresenta-
por imparidade na demonstração de resultados.
dos pelo respetivo custo, deduzido de perdas por
A evidência objetiva de que um ativo financeiro ou
imparidade, sempre que aplicável, determinada
um grupo de ativos poderia estar em imparidade
com base nos critérios definidos na alínea ix).
teve em conta dados observáveis que chamassem a
(ix.2) Clientes
atenção sobre os seguintes eventos de perda:
•
Significativa dificuldade financeira do devedor;
•
Quebra contratual, tal como não pagamento ou
As contas a receber de clientes são mensuradas,
incumprimento no pagamento do juro ou amor-
aquando do reconhecimento inicial, de acordo com
tização da dívida;
os critérios de mensuração de vendas e prestações
As empresas englobadas na consolidação, por
de serviços descritos na alínea xviii) sendo subse-
razões económicas ou legais relacionados com
quentemente mensuradas da seguinte forma:
a dificuldade financeira do devedor, ofereceram
•
Clientes c/c - ao custo menos imparidade;
ao devedor concessões que de outro modo não
•
Clientes títulos a receber - ao custo menos im-
•
considerariam;
•
•
paridade.
Tornar-se provável que o devedor irá entrar em
falência ou qualquer outra reorganização finan-
A imparidade é determinada com base nos critérios
ceira;
definidos na alínea ix).
Informação observável indicando que existe uma
diminuição na mensuração da estimativa dos flu-
Os créditos sobre clientes cedidos em factoring
xos de caixa futuros de um grupo de ativos finan-
sem recurso, ou seja, em que no caso de não pa-
ceiros desde o seu reconhecimento inicial.
gamento por parte dos clientes a perda é assumi-
125
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
da pela empresa de factoring são desreconhecidos
dem aos valores de caixa e outros depósitos, vencí-
da posição financeira aquando do recebimento das
veis a menos de três meses, e que possam ser ime-
quantias provenientes da empresa de factoring.
diatamente mobilizáveis com risco insignificante
de alteração de valor.
Os créditos sobre clientes cedidos em factoring com
recurso, ou seja, em que no caso de não pagamento
Estes saldos estão mensurados da seguinte forma:
por parte dos clientes a empresa de factoring tem o
•
Caixa - ao custo;
direito de reclamar ao Grupo as quantias não pagas
•
Depósitos sem maturidade definida - ao custo;
mantêm-se reconhecidos na posição financeira e o
•
Outros depósitos com maturidade definida - ao
risco de incobrabilidade associado é considerado
custo;
para efeitos de determinação da imparidade.
(ix.6) Outros ativos financeiros
Neste caso os valores recebidos da empresa de
factoring são reconhecidos no passivo como outras
A rubrica de outros ativos financeiros inclui os em-
contas a pagar.
préstimos que se encontram valorizados ao custo
menos imparidades.
(ix.3) Adiantamentos a fornecedores
x. Estado e outros entes públicos
Estes saldos são apresentados pelo respetivo custo, deduzido de perdas por imparidade, sempre que
Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apura-
aplicável, determinada com base nos critérios defi-
dos com base na legislação em vigor.
nidos na alínea ix).
No que respeita aos ativos não foi reconhecida
(ix.4) Outras contas a receber
qualquer imparidade por se considerar que tal não
é aplicável dada a natureza específica do relacio-
As outras contas a receber encontram-se valoriza-
namento.
das da seguinte forma:
•
Pessoal - ao custo menos imparidade;
São reconhecidas como provisão para impostos, as
•
Adiantamentos a fornecedores de investimen-
impugnações judiciais e reclamações graciosas, que
tos - ao custo menos imparidade;
possam resultar em imposto a suportar pelo Grupo,
Devedores por acréscimos de rendimentos - ao
tendo por base a melhor estimativa na data de rela-
custo menos imparidade;
to, sendo o seu montante revisto todos os exercícios.
•
•
Outros devedores - ao custo menos imparidade.
xi. Diferimentos ativos e passivos
A imparidade, em ambos os casos é determinada
com base nos critérios definidos na alínea ix).
Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado
(ix.5) Caixa e depósitos bancários
o seu integral reconhecimento nos resultados do
período em que ocorram, mas que deviam ser reco-
Os montantes incluídos nesta rubrica correspon-
nhecidos nos resultados e períodos futuros.
126
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
xii. Rubricas do capital próprio
5
impostos diferidos, e que não são apresentadas na
rubrica excedentes de revalorização pelo facto de a
(xii.1) Capital realizado
entidade ter adotado o método do custo considerado na data de conversão para IFRS.
Em cumprimento do disposto no art.º 272 do Código das Sociedades Comerciais (CSC) o contrato de
As reservas de reavaliação efetuadas ao abrigo de
sociedade indica o prazo para realização do capital
diplomas legais, de acordo com tais diplomas só
subscrito e não realizado à data da escritura.
estão disponíveis para aumentar capital ou cobrir
prejuízos incorridos até à data a que se reporta a
(xii.2) Outros Instrumentos de capital próprio
reavaliação e apenas depois de realizadas (pelo uso
ou pela venda).
Esta rubrica inclui prestações acessórias que foram
efetuadas pelos acionistas, na sequência de delibe-
As reservas que resultam da revalorização efetuada
ração em Assembleia Geral, e que ficaram sujeitas
na data de transição, as quais só estão disponíveis
ao regime das prestações suplementares. De acor-
para distribuição depois de realizadas (pelo uso ou
do com este regime, tais prestações não vencem ju-
pela venda).
ros (art.º 210 do CSC) não têm prazo de reembolso
(xii.5)Resultados transitados
definido (art.º 211 do CSC) e só podem ser reembolsadas se após o seu reembolso o capital próprio
não ficar inferior à soma do capital e da reserva le-
Esta rubrica inclui os resultados realizados disponí-
gal (art.º 213 do CSC).
veis para distribuição aos acionistas.
(xii.3)Reserva legal
(xii.6)Ajustamentos em ativos financeiros
De acordo com o art.º 295 do CSC, pelo menos 5%
Esta conta inclui os ajustamentos relacionados com
do resultado tem de ser destinado à constituição
a aplicação do método da equivalência patrimonial
ou reforço da reserva legal até que esta represente
e nomeadamente a apropriação das variações nos
pelo menos 20% do capital social.
capitais próprios das participadas e lucros não atribuídos.
A reserva legal não é distribuível a não ser em caso
(xii.7) Resultado líquido do período
de liquidação e só pode ser utilizada para absorver
prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, ou para incorporação no capital social (art.º
Esta rubrica inclui resultados do exercício que se
296 do CSC).
positivos estão disponíveis para distribuição aos
acionistas.
(xii.4)Outras reservas
xiii.Financiamentos
Esta rubrica inclui reservas de reavaliação efetuadas nos termos dos anteriores PCGA e as efetuadas
Os financiamentos estão valorizados ao custo
na data de transição, líquidas dos correspondentes
amortizado determinado com base na taxa de juro
127
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
efetiva. De acordo com este método, na data do re-
mente definida e que à data do balanço a sua ocor-
conhecimento inicial os financiamentos são reco-
rência seja provável ou certa.
nhecidos no passivo pelo valor nominal recebido,
(xiv.2) Provisões para garantia de obra
líquido de despesas com a emissão o qual corresponde ao respetivo justo valor nessa data. Subsequentemente, os financiamentos são mensurados
Estas provisões referem-se a gastos previstos com
ao custo amortizado, que inclui encargos financei-
garantias a clientes. De acordo com o princípio da
ros calculados de acordo com o método da taxa de
correlação de gastos com rendimentos, a empresa
juro efetiva.
reconhece o rédito das prestações de serviços e, em
simultâneo, todos os gastos associados a esse rédito.
xiv. Provisões
A estimativa do gasto com garantias envolve a anáEsta rubrica reflete as obrigações presentes (legais
lise histórica dos gastos reais incorridos nos últi-
ou construtivas) do Grupo provenientes de aconte-
mos 3 anos.
cimentos passados, cuja liquidação se espera que
resulte num exfluxo de recursos da entidade que
As percentagens e valores de gastos utilizados são
incorporem benefícios económicos e cuja tempes-
revistos anualmente, sendo ajustado o valor da pro-
tividade e quantia são incertas, mas cujo valor pode
visão a considerar em cada ano.
ser estimado com fiabilidade.
(xiv.3)Provisões para processos judiciais em curso
As provisões são mensuradas pela melhor estimativa do dispêndio exigido para liquidar a obrigação
Nesta conta a empresa regista as perdas estimadas
presente à data de relato. Sempre que o efeito do
em processo judiciais em curso.
valor temporal do dinheiro é material, a quantia de
(xiv.4)Provisões para contratos onerosos
uma provisão é o valor presente dos dispêndios
que se espera que sejam necessários para liquidar
a obrigação usando uma taxa de desconto antes
Nesta rubrica são consideradas as provisões com
dos impostos que reflete as avaliações correntes de
as perdas esperadas com contratos de construção,
mercado do valor temporal do dinheiro e dos riscos
que de acordo com a IAS 11 devem ser reconheci-
específicos do passivo e que não reflete riscos re-
das como gasto do período na sua totalidade.
lativamente aos quais as estimativas dos fluxos de
caixa futuros tenham sido ajustadas.
(xiv.5)Provisões para situações líquidas negativas
Seguem-se algumas especificidades relativas a de-
Como referido no ponto v) a Empresa, quando o va-
terminadas provisões:
lor do investimento fica reduzido a zero, reconhece
um passivo sempre que o capital próprio da parti-
(xiv.1)Provisões para impostos
cipada é negativo. Quando posteriormente as participadas relatam lucros, a empresa retoma o seu
Nesta conta o Grupo regista as suas responsabili-
reconhecimento apenas após a sua parte nos lucros
dades perante o Estado, cuja natureza esteja clara-
igualar a parte das perdas não reconhecidas.
128
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
xv. Outros passivos financeiros não incluídos nas
5
xvi.Locações
alíneas anteriores
Os contratos de locação são classificados como (a)
Os passivos financeiros são reconhecidos quando
locações financeiras se através deles forem transfe-
as empresas englobadas na consolidação se consti-
ridos substancialmente todos os riscos e benefícios
tuem parte na respetiva relação contratual.
inerentes à posse do ativo sob locação e como (b)
locações operacionais se através deles não forem
Os passivos financeiros não incluídos nas alíneas
transferidos substancialmente todos os riscos e be-
atrás estão valorizados ao justo valor (por capitais
nefícios inerentes à posse do ativo sob locação.
próprios ou por resultados), ou ao custo nos termos
indicados nas alíneas seguintes:
A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da
(xv.1)Outras contas a pagar
forma do contrato.
Os fornecedores de investimentos - contas gerais
Nos contratos de locação financeira, o custo do ati-
estão mensurados ao custo.
vo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo
As restantes contas a pagar estão mensuradas ao
e os juros incluídos no valor das rendas e a amor-
custo.
tização do ativo, são registados como custos na
demonstração dos resultados do exercício a que
(xv.2)Fornecedores
respeitam.
As contas a pagar a fornecedores são reconhecidas
xvii.
Efeito das alterações das taxas de câmbio
inicialmente pelo respetivo justo valor e, subsequentemente são mensuradas ao custo.
As transações em moeda estrangeira são convertidas para Euro às taxas nas datas das transações.
(xv.3)Adiantamentos de clientes
Os saldos que se mantenham em dívida no final do
Os adiantamentos de clientes estão mensurados ao
ano são convertidos à taxa de fecho e a diferença é
custo.
reconhecida em resultados.
(xv.4)Acionistas/Sócios
Para efeitos da aplicação do método da equivalência patrimonial, as demonstrações financeiras das
Os empréstimos a acionistas encontram-se valori-
participadas originariamente expressas em moeda
zados ao custo.
estrangeira são convertidas para euro da seguinte
forma:
Os restantes saldos com acionistas são apresenta-
•
dos ao custo.
Os ativos e passivos em moeda estrangeira são
transpostos pelo uso da taxa de fecho;
•
Os ganhos e perdas são transpostos pelo uso da
taxa de câmbio à data da transação;
129
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
xviii.
SOMAGUE ENGENHARIA
Vendas e prestações de serviços
os rendimentos diretamente relacionados com as
obras em curso são reconhecidos na demonstração
As vendas e as prestações de serviços são mensura-
dos resultados em função da percentagem de aca-
das pelo justo valor da retribuição recebida ou a re-
bamento da obra, a qual é determinada pelo rácio
ceber deduzido das quantias relativas a descontos
entre os custos incorridos até à data de relato e os
comerciais e de quantidades concedidos.
custos totais estimados das obras. As diferenças
entre os rendimentos apurados através da aplica-
Embora o rédito somente seja reconhecido quando
ção deste método e a faturação emitida são conta-
for provável que os benefícios económicos asso-
bilizadas nas rubricas “clientes” ou “Diferimentos”,
ciados à transação fluam para a empresa, quando
consoante a natureza da diferença.
surja uma incerteza acerca da cobrabilidade de uma
quantia já incluída no rédito, a quantia incobrável,
Pagamentos progressivos e adiantamentos de
ou a quantia com respeito à qual a recuperação te-
clientes não são tidos em conta para a determina-
nha cessado de ser provável, é reconhecida como
ção da percentagem de acabamento.
uma imparidade, e não como um ajustamento da
quantia de rédito originalmente reconhecido.
xix. Gastos com o pessoal
Seguem-se algumas especificidades relativas ao re-
Os gastos com o pessoal são reconhecidos quando
conhecimento das vendas e prestações de serviços:
o serviço é prestado pelos empregados independentemente da data do seu pagamento.
(xviii.1)
Prestações de serviços
Seguem-se algumas especificidades relativas a
O rédito das prestações de serviços é reconhecido
cada um dos tipos de gastos com o pessoal:
quando o desfecho da transação pode ser estimado
(xix.1) Férias e subsídio de férias
com fiabilidade o que ocorre quando todas as condições seguintes são satisfeitas:
•
•
•
•
A quantia de rédito pode ser fiavelmente men-
De acordo com a legislação laboral em vigor os
surada com fiabilidade;
empregados têm direito a férias e a subsídio de
É provável que os benefícios económicos asso-
férias no ano seguinte àquele em que o serviço é
ciados à transação fluam para a empresa;
prestado. Assim, foi reconhecido nos resultados do
A fase de acabamento da transação à data do
exercício um acréscimo do montante a pagar no
balanço pode ser mensurada com fiabilidade; e
ano seguinte o qual se encontra refletido na rubrica
Os custos incorridos com a transação e os cus-
“outras Contas a Pagar”.
tos para concluir a transação podem ser fiavel(xix.2) Distribuição de lucros a empregados
mente mensurados.
Para o reconhecimento dos rendimentos e gastos
As distribuições de Lucros a empregados são re-
relativos aos contratos de construção, foi adota-
conhecidas em Gastos com o Pessoal no período a
do o método da percentagem de acabamento. De
que respeitam e não como uma distribuição de Re-
acordo com este método, no final de cada exercício,
sultados.
130
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
xx. Outros rendimentos e ganhos
5
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas
demonstrações financeiras consolidadas. Os ativos
Esta rubrica inclui essencialmente rendimentos
contingentes são divulgados quando é provável a
suplementares, decorrentes de atividade não rela-
existência de um influxo económico futuro.
cionada com o objetivo principal do Grupo, nomeaxxiii.
damente aluguer de equipamento, cedência de ma-
Eventos subsequentes
teriais bem como indemnizações contratuais.
Os eventos decorridos após a data de relato e até à
Inclui ainda trabalhos para a própria empresa que
data de envio das demonstrações financeiras para
correspondem aos custos associados a grandes re-
aprovação que proporcionem informação adicional
parações de equipamentos, efetuadas pelas pró-
sobre condições que existiam à data de relato são re-
prias empresas, e incluem gastos com materiais,
fletidos nas demonstrações financeiras consolidadas.
mão de obra direta e gastos gerais de fabrico. Os
3.4. Julgamentos e estimativas da gestão
trabalhos para a própria empresa encontram-se
mensurados ao custo de produção.
3.4.1. Juízos de valor
xxi. Custos de financiamento
Os juízos de valor (excetuando os que envolvem
Os encargos relacionados com financiamentos ob-
estimativas) que o órgão de gestão fez no proces-
tidos são reconhecidos de acordo com o método de
so de aplicação das políticas contabilísticas e que
juro efetivo na demonstração dos resultados do pe-
tiveram maior impacte nas quantias reconhecidas
ríodo a que dizem respeito.
nas demonstrações financeiras foram:
Os encargos de financiamentos obtidos diretamen-
a. Vidas úteis dos ativos fixos tangíveis e intangíveis
te relacionados com a aquisição, construção ou produção de ativos que levem um período significativo
A vida útil de um ativo é o período durante o qual
de tempo a ficarem preparados para o fim pretendi-
uma entidade espera que esse ativo esteja disponí-
do são capitalizados. A capitalização destes encar-
vel para seu uso e deve ser revista pelo menos no
gos começa após o início da preparação das ativida-
final de cada exercício económico.
des de construção ou desenvolvimento do ativo e é
interrompida após o início de utilização do ativo ou
O método de amortização/depreciação a aplicar e
quando o projeto em causa se encontra suspenso.
as perdas estimadas decorrentes da substituição
de equipamentos antes do fim da sua vida útil, por
xxii. Ativos e passivos contingentes
motivos de obsolescência tecnológica, é essencial
para determinar a vida útil efetiva de um ativo.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas
demonstrações financeiras consolidadas, sendo
Estes parâmetros são definidos de acordo com a me-
divulgados exceto se a possibilidade de existir um
lhor estimativa da gestão, para os ativos e negócios em
exfluxo de recursos englobando benefícios econó-
questão, considerando também as práticas adotadas
micos for remota.
por empresas dos setores em que a empresa opera.
131
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
b. Impostos diferidos ativos
mente, e o seu valor de uso é determinado utilizando
projeções de fluxos de caixa descontados, de orça-
São reconhecidos impostos diferidos ativos para
mentos para 5 anos aprovados pela Administração.
todos os prejuízos recuperáveis na medida em que
Para os anos seguintes, foi considerada uma perpe-
seja provável que venha a existir lucro tributável
tuidade do fluxo de caixa estimado para o 5º ano, o
contra o qual as perdas possam ser utilizadas.
qual terá um crescimento semelhante ao da inflação
esperada. A avaliação foi efetuada a preços constan-
Tendo em conta o contexto de crise e o impacto que
tes, sendo as principais hipóteses como segue:
pode ter nos resultados futuros, torna-se necessá-
•
Nas projeções dos fluxos de caixa foram consi-
rio julgamento por parte da Administração para de-
deradas as quebras de atividade que o Conse-
terminar a quantia de impostos diferidos ativos que
lho de Administração antecipa para o setor da
podem ser reconhecidos tendo em conta:
construção civil e obras públicas;
•
•
A data e quantia prováveis de lucros futuros tri-
•
As taxas de inflação esperadas para os próxi-
butáveis, e
mos 5 anos foram obtidas de estudos públicos
As estratégias de planeamento fiscal futuro.
elaborados por consultores independentes e
situam-se num intervalo entre 1% e 2%;
c. Reconhecimento de prestações de serviços
•
As taxas de desconto utilizadas baseiam-se no
custo estimado do capital (C.A.P.M.) calculado
A empresa utiliza o método da percentagem de aca-
em função de uma taxa sem risco, para a qual
bamento no reconhecimento das suas prestações
foi utilizado como referencial a taxa de juro das
de serviços.
obrigações do tesouro alemãs a 10 anos em 31
de dezembro de 2015, um beta que reflete o
A utilização deste método requer que a empresa
risco dos ativos e o nível de endividamento das
estime os serviços executados como uma percen-
sociedades, um prémio de risco do mercado,
tagem do total de serviços a serem executados os
acrescido de um prémio de risco do país. Para o
quais também necessitam de ser estimados.
capital alheio foram consideradas as projeções
esperadas do custo do financiamento alheio,
d. Provisões para impostos
tendo por base uma média das taxas de juro
dos principais empréstimos a que a empresa se
A empresa, suportada nas posições dos seus con-
financia. De acordo com estes pressupostos as
sultores fiscais e tendo em conta as responsabili-
taxas de desconto situaram-se num intervalo
dades reconhecidas, entende que das eventuais
entre 6% e 7%
revisões dessas declarações fiscais não resultarão
correções materiais nas demonstrações financeiras
3.4.2. Principais fontes de incerteza das estima-
consolidadas que requeiram a constituição de qual-
tivas
quer provisão para impostos.
As estimativas são baseadas no melhor conhecie. Imparidade do goodwill
mento existente em cada momento e nas ações
que se planeiam realizar, sendo permanentemente
O goodwill é sujeito a testes de imparidade anual-
revistas com base na informação disponível.
132
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
3.5. Alterações de políticas contabilísticas
Alterações nos factos e circunstâncias subsequentes podem conduzir à revisão das estimativas no
futuro, pelo que os resultados reais poderão vir a
3.5.1. Alterações voluntárias de políticas conta-
diferir das estimativas presentes.
bilísticas
a. Imparidade das contas a receber
Durante o exercício de 2015 não ocorreram alterações voluntárias de políticas contabilísticas, face às
O risco de crédito dos saldos de contas a receber
consideradas na preparação da informação finan-
é avaliado a cada data de relato, tendo em conta a
ceira relativa ao exercício anterior apresentada nos
informação histórica do devedor e o seu perfil de
comparativos.
risco tal como referido no parágrafo 3.3.
3.5.2. Novas normas e interpretações aplicáveis
ao exercício de 2015
As contas a receber são ajustadas pela avaliação
efetuada dos riscos estimados de cobrança existentes à data de relato, os quais poderão vir divergir do
Em resultado do endosso por parte da União Euro-
risco efetivo a incorrer no futuro.
peia (UE), ocorreram as seguintes emissões, revisões, alterações e melhorias nas normas e interpre-
No que diz respeito a créditos sobre contas a rece-
tações com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2015.
ber de entidades públicas, o órgão de gestão considera que não existe risco de cobrabilidade por as
Revisões, alterações e melhorias nas normas e in-
mesmas serem entidades idóneas, não tendo pro-
terpretações endossadas pela UE com efeitos nas
cedido ao registo de imparidade quando apenas
políticas contabilísticas e divulgações adotadas
está em causa a tempestividade do recebimento.
pela empresa/grupo
b. Provisões
IFRIC 21 - Taxas
O reconhecimento de provisões tem inerente a de-
Esta interpretação aplica-se a pagamentos impos-
terminação da probabilidade de saída de fluxos fu-
tos por entidades governamentais, que não estejam
turos e a sua mensuração com fiabilidade.
cobertos por outras normas (ex.: IAS 12), incluindo
multas e outras penalidades por incumprimento de
Estes fatores estão muitas vezes dependentes de
legislação. A interpretação clarifica que: (i) deve ser
acontecimentos futuros e nem sempre sob o con-
reconhecido um passivo quando ocorre a atividade
trolo da empresa pelo que poderão conduzir a ajus-
que despoleta o pagamento tal como identificado
tamentos significativos futuros, quer por variação
na legislação relevante (ii) deve ser efetuado um
dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reco-
acréscimo progressivo da responsabilidade ao lon-
nhecimento de provisões anteriormente divulga-
go do tempo se a atividade que despoleta o paga-
das como passivos contingentes.
mento também ocorre ao longo do tempo de acor-
do com a legislação relevante e (iii) se o pagamento
só é despoletado quando é atingido um limite mínimo, não deve ser reconhecido qualquer passivo
133
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
até que tal mínimo seja atingido. Esta interpretação
•
IAS 40 Propriedades de Investimento
não estabelece qual deve ser a contrapartida do
Clarifica que é à luz da IFRS 3 que se deve
passivo, devendo ser tidas em conta as disposições
determinar se uma dada transação é uma
das restantes normas para determinar se deve ser
combinação de negócios ou compra de ativos e
reconhecido um ativo ou um gasto.
não a descrição existente na IAS 40 a respeito
de serviços de apoio que permite determinar a
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
classificação de uma propriedade como sendo
634/2014, de 13 de junho), a Interpretação é apli-
de investimento ou como sendo propriedade
cável a partir da data de início do seu primeiro exer-
ocupada pelo dono.
cício financeiro que comece em ou após 17 de junho de 2014. A aplicação é retrospetiva.
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
1361/2014, de 18 de dezembro), as alterações são
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013
aplicáveis prospetivamente aos períodos anuais
com início em ou após 1 de julho de 2014.
Nas melhorias anuais relativas ao ciclo 2011-2013,
o IASB introduziu três melhorias em outras tantas
Aplicáveis a 2015 apenas se adotadas antecipada-
normas cujos resumos se apresentam de seguida:
mente e desde que divulgada a adoção antecipada
e satisfeitas as restantes condições requeridas
•
IFRS 3 Combinações de Negócios
Atualiza a exceção de aplicação da norma a
IAS 19 R - Benefícios de Empregados (Emenda):
“Acordos Conjuntos” clarificando que a única
Contribuições de empregados
exclusão se refere à contabilização da criação
de um Acordo conjunto nas demonstrações
Esta emenda aplica-se a contribuições de emprega-
financeiras do próprio Acordo conjunto.
dos ou terceiros para planos de benefícios definidos.
Simplifica a contabilização das contribuições que
Clarifica que também as “Operações conjuntas”
sejam independentes do número de anos de pres-
e não apenas os “Empreendimentos conjuntos”
tação de serviço do empregado, como por exemplo,
estão fora do âmbito da IFRS 3, e que esta
contribuições efetuadas pelo empregado que sejam
exclusão refere-se apenas à contabilização
calculadas com base numa percentagem fixa do sa-
do acordo contratual nas demonstrações
lário, que sejam uma quantia fixa ao longo de todo
financeiras do próprio Acordo conjunto.
o período de serviço ou uma quantia que dependa
da idade do empregado. Tais contribuições passam a
•
IFRS 13 Mensuração ao Justo valor
poder ser reconhecidas como uma redução dos custo
Atualiza o parágrafo 52 no sentido de a exceção
do serviço no período em que o serviço é prestado.
aplicável ao portfólio passar a incluir também
outros contratos que estejam no âmbito ou
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
sejam contabilizados de acordo com a IAS 39 ou
2015/29, de 17 de dezembro de 2014), as alterações
a IFRS 9, independentemente de satisfazerem
são aplicáveis para os exercícios iniciados em ou após
as definições de ativos financeiros ou passivos
1 de fevereiro de 2015. A aplicação pode ser anteci-
financeiros nos termos na IAS 32.
pada desde que divulgada. A aplicação é retrospetiva.
134
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
Melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012
5
entre proceder ao ajustamento do valor bruto
com base em dados observáveis no mercado
Nas melhorias anuais relativas ao ciclo 2010-2012,
ou que possa alocar a variação, de forma
o IASB introduziu seis melhorias em cinco normas
proporcional, à alteração ocorrida no valor
cujos resumos se apresentam de seguida:
contabilístico sendo, em qualquer dos casos,
obrigatória a eliminação das amortizações
•
IFRS 2 Pagamentos com base em Ações
acumuladas por contrapartida do valor bruto
Atualiza definições, clarifica o que se entende
do ativo. Estas alterações só se aplicam a
por condições de aquisição e clarifica ainda
revalorização efetuadas no ano em que a
situações relacionadas com preocupações que
alteração for aplicada pela primeira vez e ao
haviam sido levantadas sobre condições de
período imediatamente anterior. Pode fazer a
serviço, condições de mercado e condições de
reexpressão para todos os períodos anteriores
performance.
mas não é obrigada a fazê-lo. Contudo, se não
fizer, deverá divulgar o critério usado nesses
•
IFRS 3 Combinações de Negócios
períodos.
Introduz alterações no reconhecimento das
alterações de justo valor dos pagamentos
•
IAS 24 Divulgações de Partes Relacionadas
contingentes classificados como passivos
Clarifica que uma entidade de gestora - uma
ou ativos relacionados com combinações de
entidade que presta serviços de gestão - é
negócios, os quais passam subsequentemente
uma parte relacionada sujeita aos requisitos
a ser valorizados ao justo valor através de
de divulgação associados. Adicionalmente,
resultados, independentemente de estarem,
uma entidade que utilize os serviços de uma
ou não, no âmbito da IAS 39 (ou IFRS 9).
entidade de gestão é obrigada a divulgar os
gastos incorridos com tais serviços.
•
IFRS 8 Segmentos Operacionais
Requer divulgações adicionais (descrição e
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
indicadores económicos) que determinaram a
2015/28, de 17 de dezembro de 2014) as melho-
agregação dos segmentos.
rias 2010-2012 são aplicáveis para os exercícios
iniciados em ou após 1 de fevereiro de 2015. A apli-
A divulgação da reconciliação do total dos
cação pode ser antecipada desde que divulgada. A
ativos dos segmentos reportáveis com o
aplicação é geralmente prospetiva.
total de ativos da entidade só é exigida se for
também reportada ao gestor responsável, nos
IAS 16 e à IAS 41: Plantas que geram produto agrí-
mesmos termos da divulgação exigida para os
cola
passivos do segmento.
As alterações à IAS 16 - Ativos fixos tangíveis e IAS
•
IAS 16 Ativos fixos tangíveis e IAS 38 Ativos in-
41 - Agricultura alteram o âmbito da IAS 16 para
tangíveis
nela incluir ativos biológicos que satisfaçam a de-
No caso de revalorização a norma passa a
finição de plantas que geram produto agrícola (por
prever a possibilidade de entidade poder optar
exemplo, árvores de fruto). A produção agrícola
135
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
que cresce em plantas que geram produto agrícola
da operação conjunta constitua um negócio, a parti-
(por exemplo, a fruta que cresce numa árvore) per-
cipação anteriormente detida não deve ser remen-
manecerá no âmbito do IAS 41. Em resultado das
surada se o operador mantiver o controlo conjunto.
alterações, as plantas que geram produto agrícola
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
passam a estar sujeitas a todos os requisitos de re-
2173/2015, de 24 de novembro), as alterações são
conhecimento e mensuração da IAS 16, incluindo
aplicáveis para os exercícios iniciados o mais tardar
a escolha entre o modelo de custo e o modelo de
a partir da data de início do primeiro exercício fi-
revalorização e os subsídios do governo relativos a
nanceiro que comece em ou após o primeiro dia do
estas plantas passam a ser contabilizados de acor-
mês seguinte à entrada em vigor do regulamento,
do com a IAS 20 e não de acordo com a IAS 41.
ou seja, em ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação pode ser antecipada desde que divulgada. A
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
aplicação é prospetiva.
2113/2015, de 23 de novembro), as alterações são
aplicáveis para os exercícios iniciados o mais tardar
IAS 16 e à IAS 38: Clarificação sobre os métodos de
a partir da data de início do primeiro exercício fi-
cálculo de depreciação e amortização permitidos
nanceiro que comece em ou após o primeiro dia do
mês seguinte à entrada em vigor do regulamento,
As alterações esclarecem que o princípio incluído
ou seja, em ou após 1 de janeiro de 2016. A apli-
nas normas é o de que os rendimentos refletem um
cação pode ser antecipada desde que divulgada. A
padrão de benefícios económicos que são gerados
aplicação é retrospetiva.
a partir da exploração de um negócio (do qual o ativo faz parte) e, portanto, não refletem os benefícios
IFRS 11: Contabilização da aquisição de participa-
económicos que são consumidos através do uso do
ções em operações conjuntas
ativo. Assim, a proporção de rendimentos gerados
em relação aos rendimentos totais previstos gerar
As emendas exigem que uma entidade que adquira
não pode ser usada para depreciar os bens do ativo
uma participação numa operação conjunta em que
imobilizado só podendo ser utilizada, em circuns-
a atividade dessa operação constitua um negócio,
tâncias muito limitadas, para amortizar ativos in-
aplique, na proporção da sua quota parte, todos os
tangíveis.
princípios sobre combinações de negócios constantes da IFRS 3 - Combinações de Negócios e ou-
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
tras IFRS que não conflituem com a IFRS 11 e faça
2231/2015, de 2 de dezembro), as alterações são
as correspondentes divulgações exigidas por tais
aplicáveis para os exercícios iniciados o mais tardar
normas relativamente a combinações de negócios.
a partir da data de início do primeiro exercício financeiro que comece em ou após o primeiro dia do
As emendas também se aplicam se na formação
mês seguinte à entrada em vigor do regulamento,
da operação conjunta a entidade tiver contribuído
ou seja, em ou após 1 de janeiro de 2016. A apli-
com um negócio.
cação pode ser antecipada desde que divulgada. A
aplicação é prospetiva.
No caso de uma aquisição de uma participação adicional numa operação conjunta em que a atividade
136
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
IAS 27: Método da equivalência patrimonial nas
5
Materialidade
demonstrações financeiras separadas
A decisão sobre a agregação de informação nas
O objetivo destas alterações é permitir a opção de
demonstrações financeiras e nas notas é maté-
usar o método da equivalência patrimonial na men-
ria que requer julgamento tendo em conta to-
suração de subsidiárias e associadas em contas se-
dos os factos e circunstâncias. Na compreensão
paradas. As opções de mensuração da IAS 27 para
das demonstrações financeiras: (i) esta não pode
reconhecer investimentos em subsidiárias, joint-
ser reduzida por obscurecimento de informações
-ventures a associadas passam a ser: (i) custo, (ii)
materiais com informações irrelevantes ou atra-
em conformidade com o IFRS 9 (ou IAS 39) ou (iii)
vés da agregação de itens materiais que têm di-
método da equivalência patrimonial, devendo ser
ferentes naturezas ou funções, (ii) a divulgação
aplicada a mesma contabilização para cada catego-
de informações imaterial não é proibida, a menos
ria de investimentos.
que a informação material seja obscurecida e (iii)
é mais provável que a desagregação de informa-
Consequentemente foi também efetuada uma alte-
ção adicione transparência do que o contrário. As
ração na IFRS 1 - Adoção pela primeira vez das Nor-
orientações sobre a materialidade são aplicáveis
mas Internacionais de Relato Financeiro com vista a
mesmo quando uma IFRS exige uma divulgação
permitir a quem adote as IFRS pela primeira vez e
específica ou descreve requisitos mínimos de
use a equivalência patrimonial nas demonstrações
divulgação. Deve também ser avaliado se, para
financeiras separadas possa também usufruir da
além das divulgações específicas, devem ser in-
isenção relativas a combinações de negócios pas-
cluídas divulgações adicionais para tornar as de-
sadas na mensuração inicial do investimento.
monstrações financeiras compreensíveis.
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
Informação a ser apresentada nas demonstra-
2441/2015, de 18 de dezembro), as alterações são
ções financeiras
aplicáveis para os exercícios anuais com início em
ou após 1 de janeiro de 2016 com efeitos retroa-
As exigências de apresentação para os itens em
tivos. A aplicação pode ser antecipada desde que
cada linha da demonstração da posição financeira
divulgada. É permitida a aplicação mais cedo. Se
e da demonstração de resultados podem ser cum-
uma entidade aplicar estas emendas a um período
pridas desagregando, nestas peças financeiras, as
anterior, deve divulgar esse facto.
rubricas incluídas em cada item de cada linha.
Quando forem usados subtotais, estes: (i) devem
IAS 1: Clarificação sobre divulgações no relato fi-
conter apenas reconhecidos e mensurados de
nanceiro
acordo com as IFRS, (ii) devem ser apresentados
e rotulado de tal forma que o subtotal seja com-
As alterações à IFRS resumem-se, por temas, da se-
preensível, (iii) devem ser consistentes de um
guinte forma:
período para o outro, (iv) não devem ser exibidos
com mais destaque do que os totais e subtotais
exigidos pelas IFRS. Na demonstração dos resultados e na demonstração do resultado integral os
137
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
subtotais adicionais devem ser reconciliados com
Deixam de ser aplicáveis os requisitos de divul-
os subtotais exigidos identificando cada linha ex-
gação da IAS 8 § 28-30 (ou seja, sobre as normas
cluída. Na demonstração do rendimento integral
ainda não adotadas e aplicação inicial de uma
a quota parte dos itens relacionados com asso-
norma).
ciadas e joint ventures deve ser apresentada de
forma a poderem ser identificados os itens que
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
serão, ou não, subsequentemente reclassificados
2406/2015, de 18 de dezembro), as alterações são
para resultados do exercício.
aplicáveis para os exercícios anuais com início em
ou após 1 de janeiro de 2016. É permitida a apli-
Estrutura das Notas
cação mais cedo. As entidades não necessitam de
divulgar a informação exigida pelos parágrafos 28-
As entidades têm flexibilidade para ordenarem as
30 da IAS 8 em relação a estas emendas.
notas da forma que entenderem mas ao decidiMelhorias anuais relativas ao ciclo 2012-2014
rem sobre a sistematização devem ter-se em conta a compreensibilidade e comparabilidade das
demonstrações financeiras. Exemplos de ordena-
Nas melhorias anuais relativas ao ciclo 2012-2014,
ção das notas: (i) dar destaque às atividades mais
o IASB introduziu cinco melhorias em quatro nor-
relevantes para a compreensão do desempenho
mas cujos resumos se apresentam de seguida:
financeiro da entidade e da posição financeira
•
(ex.: grupos de atividades operacionais específi-
IFRS 5 - Ativos não correntes detidos para ven-
cas), (ii) agregar informação sobre itens que se-
da e Operações descontinuadas
jam mensurados da mesma forma, (iii) ordem da
Esta melhoria clarifica que a alteração de
demonstração do resultado integral ou (iv) ordem
ativos não correntes detidos para distribuição
da demonstração da posição financeira.
a detentores de capital para ativos não
correntes detidos para venda e vice-versa não
Divulgações
determinam a alteração do plano devendo ser
consideradas como uma continuação do plano
IAS 1 já não se refere a um “resumo” das políti-
original do ativo, e, portanto, não há interrupção
cas contabilísticas e foram removidas as orienta-
dos requisitos exigidos pela IFRS 5.
ções e os exemplos potencialmente inúteis para
A aplicação deve ser prospetiva.
a identificação de uma política contabilística
significativa (embora se mantenha a descrição:
•
políticas que os utilizadores das demonstrações
IFRS 7 - Instrumentos Financeiros: Divulgações
financeiras esperariam que fossem divulgadas
Elimina alguns requisitos de divulgações em
tendo em conta a entidade e a natureza das suas
demonstrações financeiras intercalares.
operações).Os julgamentos significativos feitos
na aplicação das políticas contabilísticas (exceto
Adicionalmente, clarifica que quando uma en-
os que envolvem estimativas) devem ser divulga-
tidade transfere um ativo financeiro pode reter
dos juntamente com as respetivas políticas signi-
o direito à prestação de um serviço em relação
ficativas ou outras notas.
ao ativo financeiro mediante uma determinada
138
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
quantia pré-determinada, por exemplo um con-
zada para outros documentos de prestação de
trato de manutenção, e que, nestas circunstâncias,
contas (ex.: Relatório de gestão ou relatório de
para efeitos de determinar quais as divulgações a
risco). No entanto, considera-se que as demon-
efetuar, deve ser analisado o envolvimento con-
strações financeiras de intercalares estão incom-
tinuado que resulta de tal contrato.
pletas se os respetivos utilizadores não tiverem
acesso, nos mesmos termos e ao mesmo tempo,
Não é necessário aplicar as alterações para
à informação incluída por referência cruzada.
qualquer período apresentado que comece
antes do período anual no qual as alterações
A aplicação deve ser retrospetiva.
são aplicadas pela primeira vez. Esta isenção é
aplicável também a entidades que apliquem as
De acordo com o endosso (Regulamento EU nº
IFRS pela primeira vez.
2343/2015, de 18 de dezembro), as alterações
são aplicáveis para os exercícios anuais com início em ou após 1 de janeiro de 2016. É permitida
A aplicação deve ser retrospetiva.
a aplicação mais cedo. Se uma entidade aplicar es•
IAS 19 - Benefícios de Empregados
sas emendas a um período anterior, deve divulgar
Esta melhoria clarifica que a taxa de des-
esse facto.
conto deve ser determinada tendo em conta
Ainda não endossadas pela UE:
obrigações de alta qualidade existentes num
mercado regional que partilhe a mesma moeda (ex.: Eurozone) e não nos mercados onde
IFRS 9 Instrumentos financeiros (emitida em 24 de
as obrigações foram emitidas. Quando não há
julho de 2014)
mercado ativo para obrigações de alta qualidade existentes num mercado regional que
Esta norma foi finalmente completada em 24 de ju-
partilhe a mesma moeda podem ser usadas
lho de 2014 e o resumo, por temas, é o seguinte:
obrigações emitidas pelo Governo.
Classificação e mensuração de ativos financeiros
Esta melhoria aplica-se desde o início do
primeiro período de comparação apresentado
•
Todos os ativos financeiros são mensurados ao
nas primeiras demonstrações financeiras às
justo valor na data do reconhecimento inicial,
quais a entidade aplique a emenda. Qualquer
ajustado pelos custos de transação no caso de
ajustamento inicial resultante da aplicação da
os instrumentos não serem contabilizadas pelo
emenda deve ser reconhecido nos resultados
valor justo através de resultado (FVTPL). No
retidos no início desse período.
entanto, as contas de clientes sem uma componente de financiamento significativa são
•
IAS 34 - Relato Financeiro Intercalar
inicialmente mensuradas pelo seu valor de
As divulgações relativas a eventos e transações
transação, conforme definido na IFRS - 15 ren-
significativas passam a poder ser efetuadas, in-
dimentos de contratos com os clientes.
distintamente, diretamente nas demonstrações
•
financeiras intercalares ou por referência cru-
Os instrumentos de dívida são posteriormente
mensurados com base nos seus fluxos de caixa
139
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
contratuais e no modelo de negócio no qual tais
financeiros que seja atribuível a alterações no
instrumentos são detidos. Se um instrumento
risco de crédito devem ser apresentada na de-
de dívida tem fluxos de caixa contratuais que
monstração do resultado integral. O resto da
são apenas os pagamentos do principal e dos
alteração no justo valor deve ser apresentado
juros sobre o capital em dívida e é detido den-
no resultado, a não ser que a apresentação da
tro de um modelo de negócio com o objetivo
alteração de justo valor relativamente ao ris-
de deter os ativos para recolher fluxos de caixa
co de crédito do passivo na demonstração do
contratuais, então o instrumento é contabiliza-
resultado integral vá criar ou ampliar uma des-
do pelo custo amortizado. Se um instrumento
compensação contabilística nos resultados do
de dívida tem fluxos de caixa contratuais que
exercício.
são exclusivamente os pagamentos do capital
•
Todos os restantes requisitos de classificação e
e dos juros sobre o capital em dívida e é detido
mensuração de passivos financeiros da IAS 39
num modelo de negócios cujo objetivo é reco-
foram transportados para IFRS 9, incluindo as
lher fluxos de caixa contratuais e de venda de
regras de separação de derivados embutidos e
ativos financeiros, então o instrumento é me-
os critérios para usar a opção do justo valor.
dido pelo valor justo através do resultado inImparidade
tegral (FVOCI) com subsequente reclassificação
para resultados.
•
Todos os outros instrumentos de dívida são
•
subsequentemente contabilizados pelo FVTPL.
modelo de perda esperada de crédito (PEC), que
Além disso, existe uma opção que permite que
substitui o modelo de perda incorrida da IAS 39.
os ativos financeiros no reconhecimento inicial
•
Os requisitos de imparidade são baseados num
•
O modelo de PEC aplica-se: (i) aos instrumen-
possam ser designados como FVTPL se isso eli-
tos de dívida contabilizados ao custo amorti-
minar ou reduzir significativamente descom-
zado ou ao justo valor através de rendimento
pensação contabilística significativa nos resul-
integral, (ii) à maioria dos compromissos de
tados do exercício.
empréstimos, (iii) aos contratos de garantia fi-
Os instrumentos de capital são geralmente
nanceira, (iv) aos ativos contratuais no âmbito
mensurados ao FVTPL. No entanto, as entida-
da IFRS 15 e (v) às contas a receber de locações
des têm uma opção irrevogável, numa base de
no âmbito da IAS 17 - Locações.
instrumento -a- instrumento, de apresentar as
•
Geralmente, as entidades são obrigadas a reco-
variações de justo valor dos instrumentos não-
nhecer as PEC relativas a 12 meses ou a toda a
-comerciais na demonstração do rendimento
vida, dependendo se houve um aumento signi-
integral (sem subsequente reclassificação para
ficativo no risco de crédito desde o reconheci-
resultados do exercício).
mento inicial (ou de quando o compromisso ou
garantia foi celebrado). Para contas a receber
Classificação e mensuração dos passivos financeiros
de clientes sem uma componente de financiamento significativa, e dependendo da escolha
•
Para os passivos financeiros designados como
da política contabilística de uma entidade para
FVTPL usando a opção do justo valor, a quan-
outros créditos de clientes e contas a receber
tia da alteração no valor justo desses passivos
de locações pode aplicar-se uma abordagem
140
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
•
5
simplificada na qual as PEC de toda a vida são
da de controlo de uma subsidiária que é vendida
sempre reconhecidas.
ou transferida para associada ou empreendimento
A mensuração das PEC deve refletir a probabili-
conjunto.
dade ponderada do resultado, o efeito do valor
temporal do dinheiro, e ser baseada em infor-
As alterações à IAS 28 introduzem critérios dife-
mação razoável e suportável que esteja dispo-
rentes de reconhecimento relativamente aos efei-
nível sem custo ou esforço excessivo.
tos das transações de venda ou entregas de ativos
por um investidor (incluindo as suas subsidiárias
Contabilidade de cobertura
consolidadas) à sua associada ou empreendimento conjunto consoante as transações envolvam, ou
•
•
•
Os testes de eficácia de cobertura devem ser
não, ativos que constituam um negócio tal como de-
prossecutivos e podem ser qualitativos, depen-
finido na IFRS 3 - Combinações de Negócios. Quan-
dendo da complexidade da cobertura.
do as transações constituírem uma combinação de
Uma componente de risco de um instrumento
negócio nos termos requeridos, o ganho ou perda
financeiro ou não financeiro pode ser designa-
deve ser reconhecido, na totalidade, na demonstra-
da como o item coberto se a componente de
ção de resultados do exercício do investidor. Porém,
risco for identificável separadamente e mensu-
se o ativo transferido não constituir um negócio, o
rável de forma confiável.
ganho ou perda deve continuar a ser reconhecido
O valor temporal de uma opção, o elemento for-
apenas na extensão que diga respeito aos restantes
ward de um contrato forward e qualquer spread
investidores (não relacionados).
base de moeda estrangeira podem ser excluídos
•
da designação como instrumentos de cobertura
As alterações são aplicáveis para exercícios inicia-
e serem contabilizado como custos da cobertura.
dos em ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação
Conjuntos mais alargados de itens podem ser
antecipada é permitida desde que devidamente di-
designados como itens cobertos, incluindo desig-
vulgada. A aplicação é prospetiva.
nações por camadas e algumas posições líquidas.
IFRS 10, IFRS 12 e à IAS 28: Entidades de invesA norma é aplicável para exercícios iniciados em ou
timento: Aplicação da exceção de consolidação
após 1 de janeiro de 2018. A aplicação antecipada é
(Emendas emitidas em 18 de dezembro de 2014)
permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação varia consoante os requisitos da norma sendo
As alterações à IFRS 10 clarificam que uma enti-
parcialmente retrospetiva e parcialmente prospetiva.
dade de investimento não necessita preparar demonstrações financeiras consolidadas se e só se a
IFRS 10 e IAS 28: Venda ou entrega de ativos por
sua mãe for também uma entidade de investimento
um investidor à sua associada ou empreendimento
que prepare demonstrações financeiras nas quais
conjunto (Emendas emitidas em 11 de setembro
as subsidiárias sejam mensuradas ao justo valor.
de 2014)
Adicionalmente, clarifica-se que apenas uma subAs emendas procuram resolver o conflito entre a
sidiária de uma entidade de investimento que não
IFRS 10 e a IAS 28 quando estamos perante a per-
seja ela própria uma entidade de investimentos,
141
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
fornecendo serviços de apoio à entidade de inves-
Deve ser divulgada a natureza e os riscos associados
timento, é consolidada - todas as restantes subsi-
à tarifa regulada da entidade e os efeitos de tal re-
diárias são mensuradas ao justo valor.
gulamentação nas suas demonstrações financeiras.
As alterações à IAS 28 clarificam que uma entidade
A interpretação é aplicável para exercícios inicia-
que não seja uma entidade de investimento e que
dos em ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação
aplique o método de equivalência patrimonial na va-
antecipada é permitida desde que devidamente di-
lorização de associadas ou joint ventures que sejam
vulgada. A aplicação é retrospetiva.
entidades de investimento pode manter a valorização
IFRS 15 Rédito de contratos com clientes (emitida
ao justo valor destas entidades nas suas subsidiárias.
em 28 de maio de 2014)
As alterações são aplicáveis para exercícios iniciados em ou após 1 de janeiro de 2016. A aplicação
Esta norma aplica-se a todos os rendimentos pro-
antecipada é permitida desde que devidamente di-
venientes de contratos com clientes substituindo
vulgada. A aplicação é retrospetiva.
as seguinte normas e interpretações existentes: IAS
11 - Contratos de Construção, IAS 18 - Rendimen-
IFRS 14 Contas de diferimento relacionadas com
tos, IFRIC 13 - Programas de Fidelização de Clien-
atividades reguladas (emitida em 30 de janeiro de
tes, IFRIC 15 - Acordos para a construção de imó-
2014)
veis, IFRIC 18 - Transferências de ativos de clientes
e SIC 31 - Receitas - Operações de permuta envol-
Esta norma permite que uma entidade, cujas ativi-
vendo serviços de publicidade).
dades estejam sujeitas a tarifas reguladas, continue
a aplicar a maior parte das suas políticas contabilís-
Também fornece um modelo para o reconhecimen-
ticas do anterior normativo contabilístico relativas a
to e mensuração de vendas de alguns ativos não
contas de diferimento relacionadas com atividades
financeiros, incluindo alienações de bens, equipa-
reguladas ao adotar as IFRS pela primeira vez. Não
mentos e ativos intangíveis.
podem aplicar a norma: (i) as entidades que já pre-
Os princípios desta norma devem ser aplicados em
param as demonstrações financeiras em IFRS, (ii) as
cinco etapas: (i) identificar o contrato com o clien-
entidades cujo atual normativo contabilístico não
te, (ii) identificar as obrigações de desempenho do
permite o reconhecimento de ativos e passivos re-
contrato, (iii) determinar o preço de transação, (iv)
gulatórios e (iii) as entidades cujo atual normativo
alocar o preço da transação às obrigações de de-
contabilístico permite o reconhecimento de ativos e
sempenho do contrato e (iv) reconhecer os rendi-
passivos regulatórios mas que não tenham adotado
mentos quando a entidade satisfizer uma obrigação
tal política nas suas contas antes da adoção das IFRS.
de desempenho.
As contas de diferimento relacionadas com atividades reguladas devem ser apresentadas numa linha
Esta norma também especifica como contabilizar
separada da demonstração da posição financeira e
os gastos incrementais na obtenção de um contrato
os movimentos nestas contas devem ser apresen-
e os gastos diretamente relacionados com o cum-
tados em linhas separadas na demonstração de re-
primento de um contrato.
sultados e na demonstração do resultado integral.
142
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
A interpretação é aplicável para exercícios que se
4.1. Composição do Grupo e participações finan-
iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017. A aplica-
ceiras
5
ção antecipada é permitida desde que devidamente divulgada. A aplicação é retrospetiva.
Para efeitos de preparação das contas anuais consolidadas, as empresas que formam o Grupo classi-
Não existem normas já endossadas que entrem
ficam-se da seguinte forma:
apenas em vigor após 2016 e cuja aplicação antecia. Empresas controladas: Empresas juridicamente
pada não seja permitida.
independentes que constituem uma unidade económica sujeita a direção única a nível estratégico e
4. Composição do Grupo
aquelas sobre as quais se exerce domínio efetivo,
direta ou indiretamente.
A Somague - Engenharia é a empresa-mãe das contas anuais consolidadas do Grupo, sendo posterior-
As empresas controladas incluídas na consolidação,
mente consolidada na sua mãe Somague SGPS que
pelo método integral, em 31 de dezembro de 2015
por sua vez consolida na Sacyr.
e 2014, suas sedes sociais, atividades e proporção
do capital detido em cada exercício são as seguintes:
% participação
Nome
Sede
2015
2014
Atividade
No âmbito da Somague Engenharia
Somague TI - Tecnologias de Informação, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Consultoria informática
Somague Ireland, Ltd.
Irlanda
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Brasil
100,00%
50,00%
Construção de edifícios e incorporação de
empreendimentos imobiliários
Construção civil e obras públicas
Somague MPH Construções, S.A.
Somague - Ediçor, Engenharia, S.A.
Ponta Delgada
100,00%
100,00%
Soconstrói PMG, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Promoção imobiliária
Somague Togo, SARL
Togo
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
Promoceuta - Empreendimentos Imobiliários, Lda.
Sintra
55,00%
55,00%
Promoção imobiliária
Cabo Verde
90,30%
90,30%
Construção civil e obras públicas
Somague Moçambique, Lda.
Moçambique
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
SGIS - Sociedade Geral de Investimentos e Serviços, Lda.
Moçambique
100,00%
100,00%
Serviços de gestão e consultoria empresarial
Angola
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
CVC - Construções de Cabo Verde, SARL
Somague Angola - Construção Obras Públicas, Lda.
Edimecânica - Engenharia Mecânica e Carros
Clássicos dos Açores, Lda.
Açores
100,00%
100,00%
Recuperação, construção, comercialização,
importação, exportação de carros antigos, máquinas e
equipamento diverso e seu aluguer
Soconstrói Engenharia, Lda.
Sintra
100,00%
100,00%
Promoção imobiliária
Neopul - Sociedade de Estudos e Construções, S.A.
Sintra
100,00%
100,00%
Construção de vias férreas
Neopul Ireland, Ltd.
Irlanda
100,00%
100,00% Construção de edifícios e trabalhos de construção civil
Ferropor - Equipamento Ferroviário
Somague UK, LTD
Sintra
-
100,00%
Comercialização de equipamento ferroviário
Reino Unido
100,00%
100,00%
Construção civil e obras públicas
143
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
b. Empreendimentos conjuntamente controlados:
As seguintes entidades conjuntamente controladas
Empresas em que a gestão é conduzida conjunta-
foram consolidadas pelo método proporcional, dado
mente com uma ou várias sociedades terceiras que
que a gestão e controlo das mesmas são exercidos
participam no seu capital.
conjuntamente com os outros sócios/acionistas.
Nome
País de incorporação
2015
2014
47,50%
Transmetro - Construções do Metropolitano, ACE ("ACE da Transmetro")
Portugal
47,50%
UTE Gijón
Espanha
80,00%
80,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Fórum Coimbra")
Portugal
75,00%
75,00%
Somague, A. Barbosa Borges, ACE ("ACE das Águas de Barcelos")
Portugal
70,00%
70,00%
Somague, Norlamor, Camilo Sousa Matos, ACE ("ACE das Águas do Marco")
Portugal
45,00%
45,00%
Somague, Soares da Costa, ACE (ACE do Metro de Superfície")
Portugal
50,00%
50,00%
Somague, Bascol, ACE ("ACE do Hospital Pediátrico")
Portugal
100,00%
100,00%
UTE Gordoniz
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Abandoibarra
Espanha
80,00%
80,00%
Somague, Irmãos Cavaco, Construtores Molhes do Douro, ACE ("ACE dos Molhes do Douro")
Portugal
50,00%
50,00%
UTE Llodio
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Aiboa - Getxo
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Alfatejo (Múrcia)
Espanha
80,00%
80,00%
UTE 17 Viv. Llodio
Espanha
80,00%
80,00%
Irlanda
100,00%
100,00%
UTE Agadir (Múrcia)
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Somague, Sal La Florida
Espanha
80,00%
80,00%
UTE Calle Pizarro (Vigo)
Espanha
80,00%
80,00%
Irlanda
100,00%
100,00%
Somague, Camilo Sousa Mota, ACE ("ACE das Águas de Gondomar")
Portugal
100,00%
100,00%
Somague, Seth CJT 1F, ACE (“ACE do Jardim do Tabaco”)
Portugal
50,00%
50,00%
Joint Venture - Bowen Somague
Joint Venture - Somague Bowen Sacyr
ACUPM - Agrupamento Construtor de uma Unidade de Piscicultura em Mira, ACE ("ACE da Pescanova")
Portugal
80,00%
80,00%
Infratúnel, ACE
Portugal
55,00%
55,00%
Cogeração Sines ACE
Portugal
65,00%
65,00%
Cais Cruzeiro 2º fase - ACE
Portugal
37,50%
37,50%
Construtora do Lena, MSF, Novopca - Linha Atlântico Construtoras, ACE (“ACE da A17”)
Portugal
25,00%
25,00%
NHBraga - Agrupamento Construtor do Novo Hospital de Braga, ACE ("ACE NHBraga")
Portugal
47,50%
47,50%
Somague - Edifer, Empreitada do Estoril Sol, ACE ("ACE Estoril Sol")
Portugal
50,00%
50,00%
Gace, Gondomar ACE ("ACE GACE")
Portugal
24,00%
24,00%
LGC Linha Gondomar Construtores, ACE ("ACE LGC")
Portugal
30,00%
30,00%
Somague Engenharia/Neopul/Teodoro, ACE
Portugal
60,00%
60,00%
Somague, Hagen - Aqua Portimão, ACE ("ACE Aqua Portimão")
Portugal
60,00%
60,00%
Projesines - Expansão do Terminal de GNL de Sines, ACE ("ACE Projesines")
Portugal
85,00%
85,00%
Somague - Tomás de Oliveira, ACE ("ACE Bombel Évora")
Portugal
65,00%
65,00%
Haçor C - Construção do Edifício do Hospital da Ilha Terceira, ACE (“ACE da Haçor”)
Portugal
34,25%
34,25%
Somague - Engenharia, Engigás, Neopul - Construtores ACE ("ACE do SEN")
Portugal
100,00%
100,00%
Somague, Neopul, ACE ("ACE do Estaleiro de Pegões")
Portugal
100,00%
100,00%
Somague, Bento Pedroso, Cubiertas, Dragados, ACE (“ACE do Alqueva”)
Portugal
25,00%
25,00%
Somague, Edifer, MSF, Zagope, Abrantina, Conduril, Lena, Tâmega e Novopca - Agrupamento conceção,
projetos e construção das Auto-estradas do Oeste - Nova Estrada ACE ("ACE da Nova Estrada")
Portugal
15,00%
15,00%
Engil, Somague - Construção Estação Tratamento Águas Residuais da Madalena, ACE ("ACE da Etar da Madalena")
Portugal
33,33%
33,33%
Somague Hidurbe - Central de Compostagem de Resíduos Orgânicos, ACE
Portugal
56,25%
56,25%
Somague CVO - Construção da Central de Valorização Orgânica, ACE
Portugal
100,00%
100,00%
Infraestruturas das Antas - Construção e Obras Públicas, ACE ("ACE das Infraestruturas das Antas")
Portugal
33,33%
33,33%
144
Continua na pág. seguinte
% participação
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
% participação
Nome
País de incorporação
2015
2014
70,00%
Somague, Alberto Couto Alves ACE ("ACE da VL9")
Portugal
70,00%
Somague, BPC, Engil - SPIE - SBES, ACE ("ACE da Linha Vermelha")
Portugal
26,32%
26,32%
Construtores das Águas da Linha, ACE ("ACE das Águas da Linha")
Portugal
50,00%
50,00%
13,33%
Novaponte - Agrupamento para a Construção da Segunda Travessia do Tejo, ACE ("ACE da Novaponte")
Portugal
13,33%
Resercávado - Soconstrói, Mesquita, Arnaldo Oliveira - Sistemas de Abastecimento de Água
Portugal
33,33%
33,33%
Somague, Edifer, ACE ("ACE do Freeport")
Portugal
50,00%
50,00%
LMNS Atlântico, ACE ("ACE LMNS")
Portugal
25,00%
25,00%
Somague, Edifer - Etar Alcântara ("ACE da Etar de Alcântara")
Portugal
50,00%
50,00%
Meci - Somague, Cogeração de Setúbal, ACE
Portugal
44,78%
44,78%
LOC - Litoral Oeste Construtores, ACE (“ACE do LOC”)
Portugal
25,00%
25,00%
28,33%
Reforço de Potência da Barragem da Venda Nova, ACE
Portugal
28,33%
NHXira- Agrupamento Complementar de Empresas do Novo Hospital de Vila Franca, ACE ("ACE NHXira")
Portugal
47,50%
47,50%
Barragem Foz Tua, ACE
Portugal
33,33%
33,33%
ACE LCHB
Portugal
60,00%
60,00%
50,00%
ACE Data Center - Opway - SE
Portugal
50,00%
LCHXira, ACE
Portugal
60,00%
60,00%
NCC Alegro Setúbal, ACE
Portugal
50,00%
50,00%
Cyes Somague - Construção do Terminal de Lomé, ACE
Togo
50,00%
50,00%
Etermar/ Somague - Cais de Cruzeiros do Funchal, ACE
Portugal
50,00%
50,00%
UTE Isolux, Málaga
Espanha
-
50,00%
UTE Alcazar Manzanares
Espanha
25,00%
25,00%
UTE Castellbisbal
Espanha
-
30,00%
UTE Orihuela
Espanha
10,00%
10,00%
UTE AVE Portela
Espanha
15,00%
15,00%
UTE Inecat
Espanha
38,25%
38,25%
UTE Sevilha
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Pontevedra
Espanha
20,00%
20,00%
Via Alameda ACE
Portugal
50,00%
50,00%
Neorail ACE
Portugal
-
50,00%
UTE ADIF Merida (Neopul)
Espanha
10,00%
10,00%
UTE Muelle ING. Juan Gonzalo (Huelva)
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Alicante
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Linares
Espanha
10,00%
10,00%
Neopul Ferrovias - Construção Linha de Gondomar
Portugal
50,00%
50,00%
Avias - Grupo Ferroviário para a Alta Velocidade, ACE
Portugal
22,00%
22,00%
UTE Can Tunis
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Goya
Espanha
10,00%
10,00%
UTE Gabaldon
Espanha
33,33%
33,33%
S.C.P. P.o.A.
Brasil
-
50,00%
S.C.P. Deck Park
Brasil
-
50,00%
UTE Muelle Cruzeros (Valencia)
Espanha
12,00%
12,00%
UTE Vila Garcia-Padrón
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Lac Antequera
Espanha
33,34%
33,34%
UTE Mantenimiento Brihuega
Espanha
8,53%
-
UTE Tunel del Callosa
Espanha
25,00%
-
Lagen Somague JV
Construção Biblioteca AH, ACE
Reino Unido
50,00%
-
Portugal
40,00%
-
LSAS - Ala Pediátrica, ACE
Portugal
50,00%
-
Somague, Mota-Engil - VRCLECL, ACE
Portugal
63,58%
-
145
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Durante o ano de 2015 foram constituídos os agrupamentos complementares de empresas que se
apresentam no quadro abaixo.
% participação
Nome
País de incorporação
2015
2014
UTE Mantenimiento Brihuega
Espanha
8,53%
-
UTE Tunel del Callosa
Espanha
25,00%
-
Reino Unido
50,00%
-
Construção Biblioteca AH, ACE
Lagen Somague JV
Portugal
40,00%
-
LSAS - Ala Pediátrica, ACE
Portugal
50,00%
-
Somague, Mota-Engil - VRCLECL, ACE
Portugal
63,58%
-
País de incorporação
2015
Durante o ano de 2015 foram liquidados os agrupamentos complementares de empresas conforme
quadro abaixo.
% participação
Nome
2014
UTE Isolux, Málaga
Espanha
-
50,00%
UTE Castellbisbal
Espanha
-
30,00%
Neorail ACE
Portugal
-
50,00%
S.C.P. P.o.A.
Brasil
-
50,00%
S.C.P. Deck Park
Brasil
-
50,00%
País de incorporação
2015
As entidades conjuntamente controladas, identificadas no quadro abaixo, são consideradas nas
contas do Grupo pelo método de equivalência patrimonial, sendo consolidadas integralmente ou
proporcionalmente, conforme aplicável, pelo acionista que detém o controlo total sobre elas.
% participação
Nome
2014
UTE Muelle del Leste
Espanha
20,00%
20,00%
UTE As Cancelas
Espanha
50,00%
50,00%
UTE Prado de Fuentes
Espanha
70,00%
70,00%
UTE Puerto de Valencia
Espanha
20,00%
20,00%
UTE Somague la Lastra
Espanha
70,00%
70,00%
20,00%
UTE Puerto Marin
Espanha
20,00%
UTE Abrigo Puerto Valência
Espanha
6,00%
6,00%
UTE Auditório de Vigo
Espanha
16,00%
16,00%
UTE Muelle Cruzeros (Valencia)
Espanha
12,00%
12,00%
UTE Darsena de Servicios
Espanha
-
20,00%
UTE Darsena Sur de Sagunto
Espanha
20,00%
20,00%
146
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
Foi excluído da consolidação o empreendimento
conjunto, por se encontrar sem atividades:
Nome
Meia Serra, ACE
Sede
% participação
Atividade
Madeira
3,77%
Construção
Deste modo, as demonstrações financeiras em 31
de dezembro de 2015 integram os ativos, passivos,
proveitos e custos dos Agrupamentos Complementares de Empresas (“ACE”), na proporção em que o
Grupo participa nas referidas entidades, líquido das
eliminações de saldos e transações na referida proporção, como segue:
(Unid: Euros)
2015
Ativos correntes
70.221.812
Ativos não correntes
2014
100.574.047
2.605.777
5.385.690
72.827.590
105.959.737
Passivos correntes
52.168.594
75.236.637
Passivos não correntes
10.846.901
41.067.746
63.015.495
116.304.383
67.029.136
105.120.507
Vendas e prestação de serviços
Outros rendimentos operacionais
Custo das mercadorias vendidas
Variação da produção
3.177.145
4.766.644
(20.280.203)
(47.582.497)
(148.349)
295.181
(47.853.516)
(51.126.839)
Gastos com pessoal
(4.886.716)
(4.001.982)
Amortizações e depreciações
(1.405.552)
(1.266.557)
539.062
(1.320.416)
(764.525)
(982.893)
Resultados financeiros
(1.216.327)
(1.117.731)
Lucro antes de imposto sobre rendimento
(5.809.844)
2.783.417
(230.242)
(348.628)
(6.040.087)
2.434.789
Fornecimentos serviços externos
Provisões e perdas de imparidade
Outros gastos operacionais
Imposto sobre rendimento exercício
Lucro líquido
147
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
c. Empresas associadas: Empresas em que alguma
4.2. Remuneração do pessoal chave da gestão
ou algumas sociedades do Grupo exerçam uma influência significativa na sua gestão (Nota 8).
As remunerações e encargos atribuídas aos membros de Conselho de Administração, durante os
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 as participa-
exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e
ções em associadas são como segue:
2014, ascenderam 2.519.640 euros e 2.300.852
euros, respetivamente. Em cada um destes anos a
% participação
2015
2014
HSE a)
27,50%
27,50%
Complexo Tivane b)
20,00%
20,00%
remuneração atribuída ao Conselho Fiscal foi de
11.500 euros e 19.000 euros, respetivamente.
Engigás Cabo Verde b)
100,00%
100,00%
Somague Panamá b)
100,00%
100,00%
4.3. Natureza do relacionamento das partes rela-
Via Expresso a)
11,20%
11,20%
cionadas
Bacia de São Francisco a)
14,78%
14,78%
a)
b)
A natureza das transações e saldos com as entida-
Estas empresas encontram-se registadas pelo método de
equivalência patrimonial
Estas empresas encontram-se registadas pelo custo de
aquisição, deduzido das provisões para perdas estimadas
na sua realização, quando aplicável.
des relacionadas que se apresentam na nota 4.4
são essencialmente cedências de Administradores
e quadros técnicos, e prestações de serviços ao
Grupo.
A empresa Engigás Cabo Verde, na qual o Grupo
detém uma participação de 100%, não foi consoli-
4.4. Transações e saldos pendentes com partes
dada porque se encontra sem atividades e em pro-
relacionadas
cesso de dissolução.
As transações e saldos entre a Somague - EngenhaA Somague Panamá foi constituída no início do ano
ria, S.A. (empresa-mãe) e empresas do Grupo incluí-
de 2010, com o objetivo de operar no mercado do
das na consolidação, que são partes relacionadas,
Panamá, encontrando-se sem atividade.
foram eliminados no processo de consolidação, não
sendo alvo de divulgação na presente nota.
d. Existem participações em outras empresas que
se encontram registadas ao valor de mercado por-
Os termos e condições praticadas entre a Somague
que se encontram cotadas. As restantes estão re-
- Engenharia, S.A. e partes relacionadas são subs-
gistadas ao custo (conforme divulgado na nota 9).
tancialmente idênticos aos que normalmente seriam contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em operações comparáveis.
Os saldos e transações com entidades relacionadas
em 31 de dezembro de 2015 podem ser detalhados
como se segue:
148
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
(Unid: Euros)
Valores em balanço
Nome
Vendas a partes
relacionadas
Compras de partes
relacionadas
Clientes/
outros devedores
Fornecedores/
Outros credores
Empréstimos e
suprimentos
Entidade(s) com influência significativa no Grupo
Águas Barcelos, S.A.
(10.220)
104
22.472.092
(71.562)
-
(4.825.081)
-
6.895.935
(20.036)
-
-
-
1.037
-
-
Águas do Marco, S.A.
(7.920)
-
(474.276)
-
-
Auto-estrada do Marão, S.A.
(2.534)
-
575.289
-
176.124
(210.167)
2.707
159.383
-
-
(232)
-
164
-
-
(239.348)
1.281
61.185
(4.624)
-
-
-
139.000
AGS - Paços de Ferreira
Águas de Carrazeda, S.A.
Escala Braga
Escala Parque - Gestão Estacionamentos
Escala Vila Franca Xira, Soc. Gestora
Haçor Concessões, S.A.
Haçor Domus
Hidurbe - Gest. Resíduos, S.A.
Lusivial
-
-
-
-
20.200
(18.316)
66.127
1.448.522
(798.233)
-
880.714
-
-
-
-
1.109.867
(2.086)
Momasoteco, S.A.
P.N.H. - Parque do Novo Hospital, S.A.
(267)
-
244
-
-
(15.269)
-
17.427
-
-
(482.498)
830.767
1.082.410
(25.222)
-
(9.530)
-
3.750
-
-
(42.070)
-
-
-
-
Sacyr Concesiones Chile, S.A.
-
-
18.045
-
-
Sacyr Concesiones, SL
-
-
12.355
-
-
(16.958)
-
-
Sacyr Colombia, S.A.S.
Sacyr Construcción, S.A.
Sacyr Construcción México
Sacyr Chile, S.A.
Sacyr Industrial, SL
Sacyr Quatar
11.028
-
52.046
-
-
(457.346)
-
42.784
-
-
Sacyr Peru
(13.590)
-
34.953
-
-
Sacyr, S.A.
(38.348.762)
449.120
38.270.591
(282.627)
(63.624)
-
32.539
Sacyr Panamá, S.A.
Somague Ambiente, S.A.
Somague Concessões Infraestruturas, S.A.
Somague Imobiliária, S.A.
1.500.000
(200.307)
-
254.217
(44.934)
2.026.411
(8.176)
24.861
474.775
(440.250)
-
699
-
-
TDM - Túnel do Marão Operadora, S.A.
Vallehermoso División Promoción
-
-
-
-
-
Valoriza, Sucursal Portugal
-
-
1.069.358
-
-
Valoriza Gestión
-
-
70
-
-
Valoriza - Servicios Medioambientales, S.A.
-
-
217.971
(24.000)
-
Via Expresso
-
-
-
-
2.057.331
Espaço Belém
-
-
1.355
-
-
(44.963.272)
1.374.966
73.605.636
(1.711.487)
7.028.933
Associadas
HSE
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
UTE La Lastra
-
-
-
-
-
UTE As Cancelas
-
-
-
-
-
UTE Auditório de Vigo
-
-
-
-
-
(3.253)
-
-
-
-
UTE Expansión Puerto de Marín
-
-
27.951
-
-
UTE Muelle del Este
-
-
-
-
-
Empreendimentos conjuntos
UTE Puerto de Abrigo de Valencia
UTE Muelle de Cruceros
(10.531)
-
12.743
-
-
UTE Darsena de Servicios
-
-
-
-
-
UTE Darsena Sur de Sagunto
-
(18.000)
-
-
-
(13.784)
(18.000)
40.694
-
-
149
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
5. Imposto sobre o rendimento
sido concedidos benefícios fiscais ou estejam em
curso inspeções, reclamações ou impugnações, ca-
A Somague - Engenharia, S.A. encontra-se sujeita
sos esses em que, dependendo das circunstâncias
a imposto sobre o rendimento das pessoas coleti-
os prazos são alargados ou suspensos.
vas (“IRC”), atualmente à taxa de 21%, acrescida
da Derrama até à taxa máxima de 1,5% sobre o Lu-
O Conselho de Administração entende que, em
cro Tributável. Na parte do lucro tributável quando
eventuais correções resultantes de futuras revi-
superior a 1.500.000 euros até 7.500.000 euros
sões/inspeções fiscais, aquelas declarações de
incide ainda a derrama estadual em 3%, na parte
impostos não terão um efeito significativo nas de-
em que excede os 7.500.000 euros até 35.000.000
monstrações financeiras em 31 de dezembro de
euros incide a taxa de 5%, e quando ultrapassa os
2015.
35.000.000 euros aplica-se a taxa de 7%. No apuramento da matéria coletável, à qual é aplicada a
O Grupo procede ao registo de impostos diferidos
referida taxa de imposto, são adicionados e subtraí-
correspondentes às diferenças temporárias entre o
dos aos resultados contabilístico as diferenças en-
valor contabilístico dos ativos e passivos e a corres-
tre este e o resultado fiscal. Estas diferenças podem
pondente base fiscal.
ser de natureza temporária ou permanente.
A empresa e algumas das suas participadas (designadamente Soconstrói PMG, TI, Soconstrói Engenharia, Ediçor, Neopul), localizadas em Portugal
encontram-se sujeitas ao regime especial de tributação dos grupos de sociedade. Este regime consiste na agregação dos resultados tributáveis de todas
as sociedades incluídas no perímetro de tributação,
conforme estabelecido no art.º 70 do código do
IRC, deduzidos dos dividendos distribuídos, aplicando-se ao resultado global assim obtido a taxa de
IRC, acrescida da respetiva derrama. No apuramento da matéria coletável, à qual é aplicada a referida
taxa de imposto, são adicionados e subtraídos aos
resultados contabilísticos as diferenças entre este
resultado e o resultado fiscal. Estas diferenças podem ser de natureza temporária ou permanente.
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por
parte das autoridades fiscais durante um período
de 4 anos (5 anos para a segurança social), exceto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham
150
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
O encargo de imposto registado no exercício findo
em 31 de dezembro de 2015 corresponde essencialmente a:
(Unid: Euros)
2015
2014
Demonstração de resultados consolidada
Imposto sobre o rendimento corrente
Carga fiscal do imposto sobre o rendimento
5.481.863
11.585.483
Relacionados com a origem e reversão das diferenças temporárias
753.349
(1.419.457)
Efeito de diferenças da taxa de imposto
865.285
1.363.432
7.100.497
11.529.458
Impostos diferidos
Gastos com o imposto sobre o rendimento reportados na DR consolidada
(Unid: Euros)
Base fiscal
Resultado antes de imposto
Imposto
(24.955.166)
Diferenças temporárias
3.348.216
Diferenças permanentes
31.006.304
9.399.353
Encargo normal de imposto
2.114.855
Tributação autónoma
1.005.925
Dupla tributação internacional
-
Imposto das sucursais
3.954.029
Efeito de diferenças da taxa de imposto
865.285
Poupança fiscal
(1.592.945)
Imposto diferido
753.349
Alteração da taxa de imposto diferido
-
Imposto do exercício
7.100.497
151
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
O movimento ocorrido nos ativos e passivos por
imposto diferido no exercício de 2015 e 2014, de
acordo com as diferenças temporárias que o geraram é o seguinte:
2015
(Unid: Euros)
Saldo em
01.01.15
Origem
(Reversão)
Imparidade de clientes de cobrança duvidosa
2.586.076
717.186
(96.249)
Imparidade para investimentos financeiros
1.091.290
-
(13.716)
Provisões para outros riscos e encargos
1.102.903
161.767
930.298
85.643
Ativos por imposto diferido
Provisões para SAV
Prejuízos fiscais
Outros impostos diferidos ativos
Gastos líquidos de financiamento
Diferenças cambiais desfavoráveis não realizadas
Diferença
cambial
Transferências
Saldo em
31.12.15
-
-
3.207.013
-
-
1.077.575
(87.446)
-
-
1.177.224
(252.988)
-
-
762.953
(1.317.684)
-
(249.883)
778.610
-
-
-
(1.801)
-
3.076.680
1.342.646
(1.692.616)
-
-
2.413.094
227.337
11.135.225
4.720.336
(3.233.361)
2.346.177
1.801
-
-
2.726.709
249.883
2.890.315
(1.801)
12.620.399
(Unid: Euros)
Passivos por imposto diferido
40% da reavaliação do imobilizado
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
Contratos de construção
Saldo em
01.01.15
Origem
114.652
-
(961)
6.907
-
(6.907)
-
-
584.471
Diferenças cambiais favoráveis não realizadas
706.030
(Reversão)
-
(584.471)
2.832.662
-
2.832.662
(592.338)
Diferença
cambial
Transferências
Saldo em
31.12.15
-
-
113.691
-
-
-
-
-
2014
2.946.353
(Unid: Euros)
Saldo em
01.01.14
Origem
(Reversão)
Imparidade de clientes de cobrança duvidosa
5.268.205
16.056
(2.698.185)
Imparidade para investimentos financeiros
Ativos por imposto diferido
2.832.662
Diferença
cambial
Transferências
Saldo em
31.12.14
-
-
2.586.076
1.790.910
-
(699.620)
-
-
1.091.290
Provisões para outros riscos e encargos
833.366
477.533
(207.996)
-
-
1.102.903
Contratos de construção
237.189
-
(237.189)
-
-
-
1.705.782
8.604
(784.088)
-
-
930.298
247.391
2.140.672
(42.187)
300
-
2.346.177
-
3.076.680
-
-
-
3.076.680
Provisões para SAV
Prejuízos fiscais
Gastos líquidos de financiamento
Grandes reparações + imobilizado
95.820
29.315
(123.335)
-
-
1.801
10.178.664
5.748.861
(4.792.600)
300
-
11.135.224
(Unid: Euros)
Passivos por imposto diferido
40% da reavaliação do imobilizado
Mais-valias não tributadas por reinvestimento
Saldo em
01.01.14
Origem
(Reversão)
125.889
-
(11.237)
Diferença
cambial
Transferências
Saldo em
31.12.14
-
-
114.652
19.654
-
(12.748)
-
-
6.907
Contratos de construção
217.076
584.471
(217.076)
-
-
584.471
Proveitos diferidos SAV
354.042
-
(354.042)
-
-
-
716.661
584.471
(595.103)
-
-
706.030
152
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
6. Ativos fixos tangíveis
Durante os anos de 2015 e 2014 os movimentos
ocorridos nos ativos fixos tangíveis, bem como nas
respetivas depreciações e perdas por imparidade
acumuladas, foram os seguintes:
(Unid: Euros)
Dezembro 2015
Efeito de
conversão
cambial
Saldo a
01.01.15
Alterações
de
perímetro
Adições
Transferências
e abates
Alienações
Saldo a
31.12.15
Terrenos e recursos naturais
10.217.098
-
-
376.098
(137.074)
(10.076)
10.446.045
Edifícios e outras construções
49.165.823
(296.748)
-
1.685.020
(596.966)
(269.200)
49.687.929
Equipamento básico
101.974.672
(1.453.401)
37.032
8.025.039
(5.799.392)
207.011
102.990.962
Equipamento de transporte
18.369.506
(325.876)
111
1.851.270
(1.397.646)
76.171
18.573.535
Equipamento administrativo
18.596.871
(10.270)
15.028
804.925
(33.027)
(64.223)
19.309.305
Outros ativos fixos tangíveis
5.329.994
(13.618)
(324)
195.954
(29.703)
-
5.482.304
Ativos fixos tangíveis em curso
5.362.119
-
-
1.843.616
-
-
7.205.735
(60.316)
213.695.815
209.016.082 (2.099.913)
Depreciações acumuladas e imparidade
51.848
14.781.922
(7.993.808)
(124.029.791)
279.856
(18.501)
(10.452.677)
5.615.733
-
-
-
-
-
-
-
84.986.291 (1.820.057)
33.346
4.329.246
(2.378.075)
(1.031.898)
84.118.853
Imparidade
(971.581) (129.576.961)
(Unid: Euros)
Dezembro 2014
Efeito de
conversão
cambial
Saldo a
01.01.14
Terrenos e recursos naturais
9.949.490
Alterações
de
perímetro
Adições
Transferências
e abates
Alienações
-
-
296.019
(28.412)
-
Saldo a
31.12.14
10.217.098
Edifícios e outras construções
47.538.581
10.671
-
1.552.581
(155.788)
219.778
49.165.823
Equipamento básico
97.560.052
134.997
-
6.479.046
(2.657.810)
458.388
101.974.672
Equipamento de transporte
17.001.009
23.754
-
1.883.269
(588.553)
50.026
18.369.506
361.966
(133.018)
(25.178)
18.596.871
5.329.994
Ferramentas e utensílios
-
-
-
Equipamento administrativo
18.391.599
1.501
-
Outros ativos fixos tangíveis
5.087.567
655
-
84.307
(17.908)
175.372
Ativos fixos tangíveis em curso
1.108.217
-
-
5.854.025
(707.756)
(892.367)
5.362.119
196.636.516
171.579
-
16.511.214
(4.289.245)
(13.982)
209.016.082
(115.089.138)
(9.025)
-
(10.556.557)
1.610.947
-
-
-
-
-
-
-
81.547.378
162.554
-
5.954.657
(2.678.297)
-
84.986.291
Depreciações acumuladas e imparidade
Imparidade
153
13.982 (124.029.791)
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
7. Ativos intangíveis
Durante os anos de 2015 e 2014, os movimentos
ocorridos nos ativos intangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:
(Unid: Euros)
Dezembro 2015
Saldo a
01.01.15
Programas de computador
Propriedade industrial
Depreciações acumuladas e imparidade
Efeito
cambial
Transferências
e abates
Aumentos
5.646.037
5.172
-
178.865
-
-
-
300.034
Goodwill
Outros ativos intangíveis
Alterações
de perímetro
Saldo a
31.12.15
911
-
5.652.120
-
-
-
178.865
-
852.257
-
852.257
-
-
-
-
300.034
-
853.168
-
6.983.276
(30.635)
(944)
(5.933.299)
822.533
(944)
1.049.977
6.124.936
5.172
(5.900.464)
(1.256)
224.471
3.916
-
(Unid: Euros)
Dezembro 2014
Saldo a
01.01.14
Programas de computador
Propriedade industrial
Goodwill
Outros ativos intangíveis
Depreciações acumuladas e imparidade
Alterações
de perímetro
Efeito
cambial
Transferências
e abates
Aumentos
Saldo a
31.12.14
5.662.630
-
-
4.079
(20.672)
5.646.037
178.865
-
-
-
-
178.865
-
-
-
-
-
-
300.034
-
-
-
-
300.034
6.141.529
-
-
4.079
(20.672)
6.124.936
(5.861.227)
-
-
(59.909)
20.672
(5.900.464)
280.302
-
-
(55.831)
-
224.471
7.1. Goodwill
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o goodwill
tem a seguinte composição:
(Unid: Euros)
Somague MPH
Foram efetuados testes de imparidade conforme
definido no ponto 3.4.1 na alínea e) das bases de
consolidação. O valor de uso correspondente ao
valor presente dos fluxos de caixa futuros teve por
base os orçamentos das unidades geradoras de caixa, devidamente aprovados pelo Conselho de Administração, tendo sido considerado uma média de
154
% aquisição
2015
2014
50,00%
852.257
-
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5 anos. As projeções de fluxos de caixa para além
dos 5 anos foram extrapoladas utilizando uma perpetuidade sobre o valor dos fluxos de caixa estimados para o 5º ano.
8. Investimentos em associadas
Os investimentos em associadas encontram-se registados pelo método de equivalência patrimonial,
conforme segue:
(Unid: Euros)
Partes de capital em associadas
% participação
Capital próprio
Resultado
do exercício
Valor do
balanço
SCP Neopul
10,00%
5.442
(1.808)
5.442
HSE
27,50%
61.449
(57.711)
61.449
Via Expresso
11,20%
8.294.506
171.237
8.294.506
SCP - Bacia São Francisco
14,78%
938.771
(115.732)
938.771
9.300.169
(4.013)
9.300.169
Os investimentos em associadas registadas ao custo são como segue:
(Unid: Euros)
Partes de capital em associadas
% participação
Custo de
Aquisição
Valor do
balanço
Imparidade
Somague Panamá, S.A.
100,00%
7.524
-
Engigás Cabo Verde
100,00%
1.634
(1.634)
-
10
-
10
9.169
(1.634)
7.534
Espaço Belém
-
7.524
9. Outros investimentos
9.1. Participações em empreendimentos conjuntos consolidados pelo método de equivalência patrimonial
(Unid: Euros)
Partes de capital em outras empresas
% participação
UTE Muelle del Leste
UTE Abrigo Puerto de Valencia
Capital próprio
20,00%
1.759.816
Resultado do
exercício
Valor do
balanço
-
1.759.816
1.073.098
6,00%
1.073.098
7
UTE As Cancelas
50,00%
68.846
(34)
68.846
UTE Auditório de Vigo
16,00%
992.963
(27)
992.963
UTE Darsena de Servicios
20,00%
155
389.677
-
389.677
4.284.400
(54)
4.284.400
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
9.2. Participações em empresas cotadas e não
cotadas
As participações em empresas cotadas encontram-se registadas ao custo de aquisição e são ajustadas
para o valor de mercado.
As restantes participações estão registadas ao custo de aquisição, deduzidas de ajustamentos para
perdas de imparidade estimadas.
(Unid: Euros)
Custo aquisição
Valor do
balanço
Imparidade
Participações cotadas
Banco Comercial Português
Banco Totta & Açores
Sport Lisboa Benfica
12.525
(1.401)
11.124
a)
8.434
-
8.434
a)
4.460.400
(3.640.559)
819.841
b)
Participações não cotadas
Soc. Emp. Somague (Angola)
Pirites Alentejanas
União de Leiria
Empresa Edit. Eletrotécnica
Companhia Port. Eletricidade
Douro (Gestão e Promoção Imobiliária)
Boavista Futebol Clube
Enerviz
Unitenis - Soc. Empreend. Ténis
Engibrás
Brisal
Parque Futuro Sec. XXI, S.A.
Portas da Lagoa, S.A.
S.D.C.P.V., S.A.
Momasoteco, S.A.
9.128
(9.128)
-
a)
64.270
(64.270)
-
a)
199.519
(199.519)
-
a)
20
-
20
a)
319
-
319
a)
10.392
(9.840)
552
a)
110.000
(110.000)
-
b)
100
(100)
-
a)
23.942
(23.942)
-
a)
2.759
(2.759)
-
a)
5
-
5
a)
6.375
-
6.375
a)
12.750
-
12.750
a)
5.625
-
5.625
a)
-
-
-
a)
Sociedade Lisgarante
14.500
-
14.500
a)
Marítimo SAD
24.940
(24.940)
-
a)
Espaço Belém
5
-
5
a)
24.938
(24.938)
-
a)
7.482
-
7.482
a)
10
-
10
a)
5.005
-
5.005
a)
150
-
150
a)
Obrigações BCA - Cabo Verde
26.510
-
26.510
a)
Haçor - Concessionária do Edifício do Hospital da Terceira
10.000
-
10.000
a)
50
-
50
a)
a)
Alverca Futebol Clube
AREAM
Túnel do Marão Operadora
Auto-estrada do Marão
Escala Vila Franca
Haçor Domus
Obrigações Montepio
a)
Estas empresas encontram-se registadas ao custo de aquisição, deduzido da provisão para perdas estimadas de realização, quando aplicável.
b)
156
13.591
(4.622)
8.969
5.053.745
(4.116.018)
937.727
Estas empresas encontram-se registadas ao custo de aquisição, são cotadas em bolsa e estão ajustadas para o valor
de mercado.
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
O movimento das perdas de imparidade para outros investimentos financeiros foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.15
4.176.977
Perdas de imparidade em partes de capital em outras empresas
Aumentos
Saldo a
31.12.15
Reduções
2.881
(63.840)
4.116.018
10.Outros ativos financeiros
Em 31 de dezembro de 2015 esta rubrica tinha a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
Custo aquisição
Valor do
balanço
Imparidade
Outros empréstimos concedidos
Assiconstroi/Amadeu Gaudêncio
671.568
(671.568)
-
Auto-estrada do Marão
176.124
-
176.124
Haçor - Concessionária do Edifício do Hospital da Terceira
139.000
-
139.000
Via Expresso
2.057.331
-
2.057.331
Momasoteco, S.A.
1.109.867
-
1.109.867
20.200
-
20.200
3
-
3
177.131
-
177.131
4.351.224
(671.568)
3.679.656
Haçor Domus
Escala Braga
SCP Prumo
O movimento das perdas de imparidade para outros ativos não correntes foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.15
671.568
Perdas de imparidade em empréstimos concedidos
157
Aumentos
Saldo a
31.12.15
Reduções
-
-
671.568
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
11.Inventários
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
2014
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo (nota 28)
7.175.522
10.940.659
Produtos e trabalhos em curso (nota 29)
1.383.369
1.531.717
Produtos acabados e intermédios (nota 29)
5.193.661
5.804.400
18.569.182
18.208.018
Mercadorias (nota 28)
Perda por imparidade (nota 28 e 29)
(3.681.293)
(3.084.516)
28.640.441
33.400.279
O movimento das perdas de imparidade para os inventários foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.15
Perdas de imparidade em mercadorias
Perdas de imparidade em produtos acabados e intermédios
Aumentos
Reduções
Transferências
Saldo a
31.12.15
2.919.419
568.956
(109.049)
38.156
3.417.482
165.097
125.290
(26.577)
-
263.811
Perdas de imparidade matérias-primas, subsidiárias e de consumo
-
-
-
-
-
3.084.516
694.247
(135.626)
38.156
3.681.293
12.Clientes
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
2014
Não corrente
Clientes, conta retenções
13.030.834
10.245.052
361.618.539
428.423.910
3.227.391
2.394.658
90.749.163
94.353.533
Corrente
Clientes, conta corrente
Clientes, conta retenções
Trabalhos pendentes de faturar
Clientes, títulos a receber
Perda por imparidade
158
43.668
242.027
(40.157.134)
(31.785.782)
415.481.628
493.628.347
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
O movimento das perdas de imparidade para clientes foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.15
Perdas de imparidade em clientes
31.785.782
Aumentos
13.456.554
Reduções
Utilizações
(5.620.931)
535.730
Saldo a
31.12.15
40.157.134
O Grupo apresenta vencido há mais de 180 dias um
total de saldos a receber de terceiros no montante
de 277.409.922 euros. Para estes saldos foi constituída uma provisão no montante de 40.157.134
euros.
Dos saldos mencionados, 102.339.847 euros são
referentes a entidades públicas e 175.070.075 euros são referentes a entidades privadas. Da análise
casuística e do acompanhamento que é efetuado
relativamente a estes saldos, a Administração não
espera que resultem perdas materiais. A concentração de risco de crédito encontra-se evidenciada na
nota 36.
13.Outros devedores
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o saldo desta
rubrica resulta de operações realizadas pela empresa e pelas suas participadas no decurso normal
da sua atividade:
(Unid: Euros)
2015
2014
Outros devedores
82.046.701
59.308.815
Perda por imparidade
(6.870.397)
(6.831.782)
75.176.303
52.477.033
O movimento das perdas de imparidade para outros devedores foi como segue:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.15
Perdas de imparidade em outros devedores
6.831.782
159
Aumentos
198.545
Reduções
Utilizações
-
(159.930)
Saldo a
31.12.15
6.870.397
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
14.Outros ativos financeiros
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
Empresas do Grupo
2014
-
21.509.533
Adiantamentos a fornecedores
12.346.085
13.888.152
Estado e outros entes públicos
12.755.452
7.629.965
25.101.536
43.027.650
A rubrica de estado e outros entes públicos tem a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
2014
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
8.343.851
2.310.076
Imposto sobre o valor acrescentado
4.181.320
4.554.674
Outros impostos
230.281
765.215
12.755.452
7.629.965
15.Outros títulos e depósitos
Outros títulos e depósitos têm a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2015
25.557.719
Depósitos a prazo a mais de 3 meses
O montante de 25.557.719 euros de 2015 e os
22.745.283 euros de 2014, dizem respeito a depósitos a prazo que não pode ser mobilizável a curto
prazo por ter sido dado como garantia.
160
2014
22.745.283
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
16.Caixa e bancos
Caixa e bancos podem ser decompostos como se
segue:
(Unid: Euros)
2015
Numerário
2014
393.545
563.928
Depósitos bancários
39.827.960
26.359.212
Títulos negociáveis
14.291.760
19.554.186
Outras aplicações tesouraria
2.761.701
11.424
57.274.966
46.488.750
Os valores incluídos na rubrica de caixa e bancos
são determinados de forma a incluir apenas os valores cuja realização é possível num período inferior a três meses contados a partir da data da demonstração da posição financeira.
Efeito das alterações de perímetro no caixa e seus
equivalentes:
(Unid: Euros)
LSAS - Ala Pediátrica, ACE
244.299
UTE Mantenimiento Brihuega
96.415
UTE Tunel del Callosa
7.053
Lagen Somague JV
3.164
Construção Biblioteca AH, ACE
43.526
Somague MPH
23.639
S.C.P.P.o.A.
(2.670)
S.C.P. Deck Park
(8.412)
Neorail ACE
-
UTE Castellbisbal
(120)
406.893
161
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
17.Capital próprio
Reservas legais: De acordo com o art.º 295 do CSC,
pelo menos 5% do resultado tem de ser destinado
Em 31 de dezembro de 2015, o capital da Empresa
à constituição ou reforço da reserva legal até que
totalmente subscrito e realizado era composto por
esta represente pelo menos 20% do capital social.
11.690.000 ações ao portador, no valor nominal de
A reserva legal não é distribuível a não ser em caso
cinco euros cada.
de liquidação e só pode ser utilizada para absorver
O capital da empresa era em 31 de dezembro de
prejuízos, depois de esgotadas todas as outras re-
2015 detido na sua totalidade pela Somague -
servas, ou para incorporação no capital social (art.º
Sociedade Gestora de Participações Sociais, S.A.
296 do CSC).
(“Somague SGPS”).
Resultados retidos: Esta rubrica inclui os resultados
Prestações acessórias: Esta rubrica inclui prestações
realizados disponíveis para distribuição aos acio-
acessórias que foram efetuadas pela SGPS, na se-
nistas.
quência de deliberação em Assembleia Geral, e que
ficaram sujeitas ao regime das prestações suplementares. De acordo com este regime, tais prestações não
vencem juros (art.º 210 do CSC) e apesar de não terem prazo de reembolso definido (art.º 211 do CSC)
só podem ser reembolsadas se após o seu reembolso
o total do capital próprio não ficar inferior à soma do
capital e da reserva legal (art.º 32 do CSC).
Diferenças de consolidação: As diferenças de consolidação, decorrentes da aquisição de participações financeiras, estão registadas em capitais próprios ou no ativo, na rubrica “Goodwill”, consoante
a data a que se reportam e a respetiva natureza.
Assim, as registadas em capitais próprios correspondem à diferença entre o custo de aquisição das
participações financeiras e a proporção nos capitais
próprios das empresas a que aquelas se referem,
reportadas a 31 de dezembro de 1993, data das
primeiras demonstrações financeiras consolidadas.
Diferenças de transposição: As diferenças de transposição decorrem do efeito da conversão para
Euros de demonstrações financeiras de empresas
participadas, originalmente expressas em moeda
estrangeira.
162
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
18.Financiamentos não correntes
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
2014
Financiamentos bancários (não corrente) (a)
37.694.841
34.530.290
Papel comercial (não corrente) (b)
10.000.000
10.000.000
47.694.841
44.530.290
(a) A rubrica “Financiamentos bancários” é composta pelos seguintes contratos:
-Contrato de financiamento celebrado em 22 de maio de 2013 no valor de 33.250.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de dezembro de 2015 apresentava um valor em dívida de 24.937.500 euros, dos quais 14.962.500 euros a médio longo prazo e vencia
juros à taxa média de 6,52%.
-Contrato de financiamento celebrado em 15 de janeiro de 2013 no valor de 15.000.000 euros, pelo de 5 anos. Em 31 de dezembro
de 2015 apresentava um valor em dívida de 8.400.000 euros, dos quais 5.100.000 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa
média de 7,5%.
-Contrato de financiamento celebrado em 06 de outubro de 2015 no valor de 11.500.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de
dezembro de 2015 apresentava um valor em dívida de 11.450.000 euros, dos quais 10.264.259 euros a médio longo prazo e
vencia juros à taxa média de 3,5%.
-Contrato de financiamento celebrado em 14 de setembro de 2015 no valor de 4.000.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de
dezembro de 2015 apresentava um valor em dívida de 4.000.000 euros, dos quais 3.750.000 euros a médio longo prazo e vencia
juros à taxa média de 4,75%.
-Contratos de financiamento destinados à aquisição de equipamentos celebrados no exercício de 2014. Em 31 de dezembro de
2015 apresentavam um valor em dívida de 14.099,07 euros, dos quais 11.901,18 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa
média de 1,40%.
-Contrato de financiamento celebrado em 4 de dezembro de 2014 no valor de 1.499.859 euros, pelo prazo de 3 anos. Em 31 de dezembro de 2015 apresentava um valor em dívida de 1.499.859 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa média CDI + 4.5%.
-Contrato de financiamento celebrado em 19 de maio de 2015 no valor de 1.023.433 euros, pelo prazo de 3 anos. Em 31 de dezembro de 2015 apresentava um valor de dívida de 1.023.433 euros a médio longo prazo e vencia juros à taxa média CDI+0,7%.
-Contrato de financiamento celebrado em 06 de outubro de 2015 no valor de 500.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de
dezembro de 2015 apresentava um valor em dívida de 500.000 euros, dos quais 448.778,61 euros a médio longo prazo e vencia
juros à taxa média de 4%.
-Contrato de financiamento celebrado em 14 de junho de 2010 no montante de 154.120 euros, pelo prazo de 10 anos. Em 31 de
dezembro de 2015 apresentava um valor em dívida de 97.069 euros, dos quais 75.500 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média anual de 2,484%.
-Contrato de financiamento celebrado em 31 de agosto de 2012 no montante de 300.000 euros, pelo prazo de 5 anos. Em 31 de
dezembro de 2015 apresentava um valor em dívida de 131.250 euros, dos quais 56.250 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média anual de 4,725%.
-Contrato de financiamento celebrado em 04 de julho de 2013 no montante de 1.000.000 euros, pelo prazo de 6 anos. Em 31 de
dezembro de 2015 apresentava um valor em dívida de 565.217 euros, dos quais 391.304 euros a médio longo prazo e vencia juros
a uma taxa média de 5,242%.
-Contrato de financiamento celebrado em 16 de março de 2015, pelo prazo de 1 ano. Em 31 de dezembro de 2015 apresentava
um valor em dívida de 976.214 euros, dos quais 111.062 euros a médio longo prazo e vencia juros a uma taxa média de 15,5%.
Relativo aos empréstimos bancários referidos na alínea a) existem hipotecas sobre imóveis no valor contabilístico de 49.401.274
euros e penhor sobre a totalidade das ações da participada Neopul, como garantia do cumprimento das obrigações relativas a esses
empréstimos.
(b) O empréstimo de papel comercial classificado como não corrente é composto pela seguinte emissão:
-Emissão subscrita em 23 de dezembro de 2015 no valor de 10.000.000 euros, a qual em 31 de dezembro de 2015 vencia juros
a uma taxa média anual de 6,5%. O contrato programa ao abrigo do qual foi efetuado poderá ser utilizado pela Somague SGPS e
Somague Engenharia e termina em 12 de setembro de 2017.
163
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
19.Provisões
Em 31 de dezembro de 2015 esta rubrica tinha a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
Saldo a
01.01.15
Equivalência Atualização
patrimonial
cambial
Aumentos
Reduções
Utilizações
Transferências
-
36.905
1.335
9.965.970
Saldo a
31.12.15
Provisões para garantias
12.044.897
-
-
Processos judiciais em
curso
2.259.871
-
-
37.230
-
-
-
231.978
2.529.079
Provisões para capitais
próprios negativos
1.684.661
23.377
-
-
-
-
-
-
1.708.038
- (6.399.193)
Impostos
Outras
562.839 (2.680.007)
Alterações
de
perímetro
10.985.662
-
-
-
-
2.607.749
-
(96.378)
6.258.552
(953.824)
29.582.841
23.377
(96.378)
6.858.621 (3.633.830)
(3.485.919)
1.100.550
(101.988)
319.878
8.234.012
200.024 (6.464.275)
(2.932.729)
23.537.649
200.024
O montante de 9.965.970 euros corresponde a estimativa de custos a incorrer no período de garantia
das obras.
A provisão para processos judiciais em curso foi
constituída com base no julgamento de Conselho
de Administração quanto ao seu desfecho, bem
como em informações obtidas dos advogados da
empresa e dos seus consultores externos.
A provisão para capitais próprios negativos discrimina-se da seguinte forma:
(Unid: Euros)
UTE Muelle de Cruceros
640.261
UTE La Lastra
523.091
UTE Puerto de Marín
478.971
UTE Darsena Sur de Sagunto
42.136
UTE Puerto de Valencia
1.109
UTE Prados Fuentes
382
Momasoteco - Sociedade Imobiliária, S.A.
22.087
1.708.038
O montante de 1.100.500 euros de provisão para
impostos diz respeito a impugnações judiciais e reclamações graciosas, que à data de relato e por não
se conhecer o seu desfecho, o Grupo apresentou nas
demonstrações financeiras com base na melhor estimativa, sendo o seu montante revisto todos os anos.
164
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
Da rubrica de provisões para impostos foram transferidos para outros passivos financeiros, para a rubrica de “outros credores”, 3.000.000 euros que
dizem respeito a provisões para impostos constituídas em 2014 referente a um processo fiscal que
teve o seu desfecho em 2015. Durante o ano de
2015 foi liquidado o montante de 6.399.193 euros e o restante que será totalmente liquidado em
2016.
As outras provisões dizem essencialmente respeito
a perdas esperadas com contratos de construção,
que são reconhecidas como custo do período na
sua totalidade.
20.Fornecedores não correntes
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
20.450.549
Fornecedores, conta retenções
2014
25.219.203
Esta conta reflete as garantias prestadas por fornecedores, como garantia de boa execução de obra.
21.Outros passivos não correntes
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
Fornecedores de imobilizado
165
2015
2014
1.537.146
2.692.363
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
22.Fornecedores correntes
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
Fornecedores, conta corrente
2014
176.660.370
195.697.890
Fornecedores, conta retenções
4.780.142
5.924.336
Fornecedores, títulos a pagar
6.466.617
12.287.878
Fornecedores confirming
Fornecedores, faturas em receção e conferência
615.333
508.302
14.108.254
12.200.604
202.630.717
226.619.010
23.Financiamentos correntes
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
Descoberto bancário/Conta caucionada (a)
2014
127.897.787
Papel comercial
(a) Os descobertos bancários, contas correntes caucionadas e
empréstimos bancários vencem juros às taxas correntes de
mercado, para operações similares.
166
127.072.974
-
4.000.000
127.897.787
131.072.974
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
24.Diferimentos
Na rubrica de “faturação antecipada” o montante
de 52.487.306 euros em 2015 e 46.678.884 euros
em 2014, diz respeito aos proveitos diferidos, que
resultam da aplicação do método da percentagem
de acabamento, conforme descrito no ponto 3.3
alínea xviii).
(Unid: Euros)
2015
Faturação antecipada
2014
52.487.306
Subsídio ao investimento
Juros mora
Outros rendimentos
46.678.884
-
6.675
3.844.242
6.357.475
55.886
420.797
56.387.434
53.463.830
25.Outros passivos financeiros
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
Adiantamentos por conta de vendas
2014
93
-
Empresas do Grupo
13.674.235
6.155.502
Adiantamentos de clientes
48.137.338
61.886.931
Fornecedores de imobilizado, conta corrente
1.083.659
224.758
Estado e outros entes públicos
9.179.081
9.284.986
61.075.478
51.470.847
133.149.883
129.023.023
Outros credores
A rubrica de estado e outros entes públicos tem a
seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
2014
Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas
1.426.304
3.885.150
Imposto sobre o rendimento das pessoas singulares
2.422.949
2.521.049
Imposto sobre o valor acrescentado
3.598.677
488.845
Contribuições para a segurança social
1.333.788
1.578.515
Outros impostos
167
397.363
811.427
9.179.081
9.284.986
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
26.Vendas e prestações de serviços por mercados geográficos
As vendas de mercadorias e as prestações de serviços efetuadas nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 distribuem-se da seguinte
forma:
(Unid: Euros)
2015
2014
Vendas
Portugal Continental
475.073
93.068
Açores
168.842
293.061
Madeira
500.000
-
Cabo Verde
217.154
426.184
4.034
-
Espanha
Moçambique
3.872
-
1.368.975
812.313
Prestações de Serviços
Portugal Continental
Angola
83.715.072
64.381.463
113.586.837
273.049.853
Irlanda
1.651.744
1.234.485
Açores
20.984.483
34.719.976
Espanha
53.643.751
20.689.318
Madeira
17.622.160
17.136.786
Cabo Verde
11.232.167
19.139.531
Brasil
50.526.912
48.000.661
Moçambique
58.630.564
28.745.999
Togo
8.706.716
46.366.202
Reino Unido
5.647.635
-
Marrocos
1.276.314
1.500
Chile
42.070
-
Panamá
23.280
-
Peru
13.590
-
9.530
-
México
Colômbia
26.1.
Vendas
Na rubrica de vendas, o montante diz essencialmente respeito a venda de mercadorias da filial de
Cabo Verde e a venda de apartamentos de vários
empreendimentos.
168
6.000
-
429.318.823
553.465.772
26.2.
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
Prestações de serviços de contratos de
construção
O rendimento do contrato compreende a quantia
inicial de rendimento acordada e as variações no
trabalho, reclamações e pagamentos de incentivos
do contrato desde que seja provável que daí resultem rendimentos e que estejam em condições de
serem fiavelmente mensurados.
Quando o desfecho do contrato de construção puder ser fiavelmente estimado, o rendimento e os
custos associados ao contrato são reconhecidos
como rendimento e gasto com referência à fase de
acabamento da atividade do contrato à data de relato.
Na rubrica de prestações de serviços, o montante
de rendimentos referentes a contratos de construção, os quais resultam da aplicação do método da
percentagem de acabamento para o reconhecimento do rédito (nota 3.3 xviii).
Pelo método da percentagem de acabamento o
rendimento é reconhecido na demonstração de
resultados nos períodos contabilísticos em que o
trabalho foi executado. Os gastos são geralmente
reconhecidos na demonstração de resultados nos
períodos em que o trabalho com o qual se relacionam seja executado.
A discriminação dos montantes de rendimento e
gasto do período é como segue:
(Unid: Euros)
2015
Rendimentos reconhecidos no período
Custos incorridos
Lucros reconhecidos
169
2014
414.915.081
533.171.898
(310.838.996)
(387.346.257)
104.076.085
145.825.642
5
26.3.
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Ativos e passivos registados pela aplicação
do método de percentagem de acabamento nos
contratos de construção
As diferenças resultantes entre a faturação emitida
e os rendimentos apurados no exercício pela aplicação do método da percentagem de acabamento
encontram-se registados no ativo, na rubrica de
clientes e no passivo na rubrica de outros passivos
financeiros. A discriminação dos montantes é como
segue:
(Unid: Euros)
2015
Acréscimos de rendimentos
Rendimentos diferidos
26.4.
2014
90.749.163
94.353.533
(52.487.306)
(46.678.884)
38.261.857
47.674.649
Ativos e passivos registados como adianta-
mento e retenções relacionados com contratos de
construção
As quantias de adiantamento e retenções de garantia encontram-se registadas nas contas de ativo e
passivo, em subcontas de clientes e fornecedores.
A discriminação desses montantes é como segue:
(Unid: Euros)
2015
Adiantamentos recebidos
(48.137.338)
Adiantamentos pagos
2014
(61.886.931)
12.346.085
13.888.152
(35.791.253)
(47.998.779)
(Unid: Euros)
2015
Retenções efetuadas por terceiros
16.258.225
Retenções efetuadas a terceiros
170
2014
12.639.710
(25.230.691)
(30.978.620)
(8.972.466)
(18.338.910)
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
27.Outros rendimentos e ganhos operacionais
Os outros rendimentos e ganhos operacionais nos
exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e
2014 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2015
Rendimentos suplementares (a)
2014
15.756.212
19.286.492
413.506
701.924
Trabalhos para a própria empresa
1.226.790
4.941.669
Outros rendimentos e ganhos operacionais
3.155.295
2.739.841
Impostos
Benefícios de penalidades contratuais
168.995
361.000
Correções relativas a exercícios anteriores
6.185.404
581.195
Ganhos em imobilizações
1.156.946
705.348
Subsídios à exploração
30.745
75.165
Indemnizações
327.916
177.143
Ganhos em existências
295.131
175.368
Diferenças de câmbio favoráveis
(a) A rubrica de rendimentos suplementares inclui essencialmente cedências de materiais diversos, alugueres de equipamento e indemnizações.
171
7.763.154
6.617.344
36.480.093
36.362.488
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
28.Custo das vendas
O custo das vendas nos exercícios findos em 31 de
dezembro de 2015 e 2014 apresentou a seguinte
composição:
(Unid: Euros)
2015
Matérias-primas,
subsidiárias e de
consumo
Mercadorias
Total
Ativo bruto:
Saldo em 1 de janeiro de 2015
10.940.659
18.208.018
Compras
69.141.597
1.572.503
29.148.678
70.714.099
Saldo em 31 de dezembro de 2015 (nota 11)
(7.175.522)
(18.569.182)
(25.744.704)
Custo do exercício
72.906.734
1.211.338
74.118.073
Saldo em 1 de janeiro de 2015
-
(2.919.418)
(2.919.418)
Transferências
-
(38.156)
(38.156)
Reforços/reduções
-
(459.907)
(459.907)
Saldo em 31 de dezembro de 2015
-
(3.417.482)
(3.417.482)
(7.175.522)
(15.151.701)
(22.327.222)
Imparidades acumuladas em inventários
Valor líquido:
(Unid: Euros)
2014
Matérias-primas,
subsidiárias e de
consumo
Mercadorias
Total
Ativo bruto:
Saldo em 1 de janeiro de 2014
11.429.652
18.208.016
29.637.668
Compras
110.623.189
109.871
110.733.060
Saldo em 31 de dezembro de 2014 (nota 11)
(10.940.659)
(18.208.018)
(29.148.678)
Custo do exercício
111.112.181
109.869
111.222.050
(262.115)
(2.052.718)
(2.314.834)
262.115
-
262.115
Reforços/reduções
-
(866.700)
(866.700)
Saldo em 31 de dezembro de 2014
-
(2.919.418)
(2.919.418)
(10.940.659)
(15.288.600)
(26.229.259)
Imparidades acumuladas em inventários
Saldo em 1 de janeiro de 2014
Transferências
Valor líquido:
172
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
29.Variação da produção
A variação da produção nos exercícios findos em 31
de dezembro de 2015 e 2014 apresentou a seguinte composição:
(Unid: Euros)
2015
Produtos e
trabalhos em
curso
Produtos
acabados e
intermédios
Total
Ativo bruto:
Saldo em 1 de janeiro de 2015
1.531.718
5.804.399
7.336.117
Regularização de existências
-
(6.955)
(6.955)
Transferências
-
(325.981)
(325.981)
Aumento/redução do exercício
(148.349)
(277.803)
(426.152)
Saldo em 31 de dezembro de 2015 (nota 11)
1.383.370
5.193.660
6.577.030
Saldo em 1 de janeiro de 2015
-
(165.098)
(165.098)
Reforços/reduções
-
(98.714)
(98.714)
Saldo em 31 de dezembro de 2015
-
(263.812)
(263.812)
1.383.370
4.929.849
6.313.218
Imparidades acumuladas em inventários:
Valor líquido:
(Unid: Euros)
2014
Produtos e
trabalhos em
curso
Produtos
acabados e
intermédios
Total
Ativo bruto:
Saldo em 1 de janeiro de 2014
Transferências
Aumento/redução do exercício
Saldo em 31 de dezembro de 2014 (nota 11)
6.654.855
6.581.834
13.236.689
-
(337.036)
(337.036)
(5.123.137)
(440.399)
(5.563.536)
1.531.718
5.804.399
7.336.117
-
(141.758)
(141.758)
Imparidades acumuladas em inventários:
Saldo em 1 de janeiro de 2014
Reforços/reduções
-
(23.340)
(23.340)
Saldo em 31 de dezembro de 2014
-
(165.098)
(165.098)
1.531.718
5.639.301
7.171.019
Valor líquido:
173
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
30.Fornecimentos e serviços externos
Na rubrica de fornecimentos e serviços externos
encontram-se essencialmente registos dos custos
incorridos com subempreitadas de contratos de
construção, alugueres de equipamento e transportes de mercadorias.
(Unid: Euros)
2015
Subcontratos
Serviços especializados
Materiais
Energia e fluidos
2014
184.328.582
229.832.330
18.085.549
23.224.994
947.222
1.147.229
3.507.084
4.674.961
Deslocações, estadas e transportes
10.296.088
10.375.658
Serviços diversos
35.941.104
32.315.949
Outros
10.234.386
3.700.434
263.340.015
305.271.554
31.Gastos com o pessoal
Os gastos com o pessoal nos exercícios findos naquelas datas foram como segue:
(Unid: Euros)
2015
Remunerações
Outros gastos com o pessoal
Encargos sociais
174
2014
83.247.465
76.563.595
71.379
69.660
15.491.896
16.888.930
98.810.740
93.522.185
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
32.Outros gastos e perdas operacionais
Os gastos e perdas operacionais nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2015
Donativos
2014
62.082
210.146
Dívidas incobráveis
268.401
772.052
Perdas em existências
123.489
10.170
Perdas em imobilizações
624.160
18.639
97.350
598.863
351.911
60.477
10.671.311
18.900.282
104.078
1.458.932
Diferenças de câmbio desfavoráveis
1.474.968
4.044.020
Outros gastos e perdas operacionais (b)
2.580.550
2.670.587
16.358.299
28.989.557
Multas e penalidades
Correções relativas a exercícios anteriores
Impostos (a)
Indemnizações
(a) A rubrica de imposto inclui essencialmente o pagamento
de 1% de imposto do selo que recai sobre os todos os recebimentos de clientes em Angola.
(b) A rubrica outros gastos e perdas operacionais inclui:
(Unid: Euros)
Insuficiência de estimativa para impostos
1.314.160
Outros gastos e perdas
1.124.413
Quotizações
141.977
2.580.550
33.Gastos e perdas financeiras
Os gastos e perdas financeiras nos exercícios findos
em 31 de dezembro de 2015 e 2014 apresentam a
seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2015
Juros suportados
2014
15.235.973
20.379.389
1.514.244
670.095
Outros gastos e perdas financeiras
903.381
146.341
Comissões de factoring
185.041
888.661
17.838.638
22.084.486
Perdas em investimentos financeiros em associadas
175
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
34.Rendimentos e ganhos financeiros
Os rendimentos e ganhos financeiros nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014
apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
Juros obtidos
Rendimentos em investimentos em associadas
2015
2014
2.773.052
5.395.566
214.965
2.374.083
-
-
Diferenças de câmbio favoráveis de financiamentos
Outros rendimentos e ganhos financeiros
20.775
867.604
3.008.792
8.637.253
2015
2014
35.Locação
35.1.
Locação operacional
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(Unid: Euros)
Locação operacional
Até um ano
966.713
783.876
Entre um e cinco anos
851.936
1.254.318
1.818.649
2.038.194
A informação acima referida respeita a rendas futuras (capital e juros) dos contratos de ALD que se
encontram em vigor nos referidos períodos, referentes a viaturas ligeiras.
176
35.2.
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
Locação financeira
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 as locações
financeiras apresentam a seguinte decomposição:
(Unid: Euros)
2015
Locação financeira
Valor atualizado
dos pagamentos
2014
Pagamentos
mínimos
Valor atualizado
dos pagamentos
Pagamentos
mínimos
2015
-
-
2.036.742
2.353.648
2016
1.533.770
1.717.579
1.225.150
1.394.951
2017
1.146.331
1.216.833
1.086.283
1.156.547
2018
358.129
368.581
345.750
356.067
33.280
33.909
33.280
33.909
-
3.336.902
-
5.295.121
-
(265.392)
-
(567.916)
3.071.510
3.071.510
4.727.205
4.727.205
2019 e seguintes
Juros futuros
Os contratos de locação financeira vencem juros a
taxas de mercado e têm períodos de vida definidos.
O valor atualizado dos pagamentos representa o
capital em dívida de cada um dos contratos de locação financeira em vigor à data.
O valor dos pagamentos mínimos inclui, além do
capital em dívida, os juros que se encontram previstos pagar nos contratos acima referidos.
Os bens que se encontram em locação financeira
são essencialmente equipamentos para escavações
e terraplanagem, equipamentos para construção de
estradas e o edifício onde se encontra a sede do
Grupo.
177
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
36.Análise de riscos
Por regra, o Grupo não assume posições especulativas, pelo que geralmente as operações efetuadas
no âmbito da gestão dos riscos financeiros têm por
Princípios gerais
finalidade o controlo de riscos já existentes e aos
quais o Grupo se encontra exposto.
O risco financeiro é o risco de o justo valor ou os
fluxos de caixa futuros de um instrumento financeiro virem a variar e de se virem a obter resultados
A Administração define princípios para a gestão do
diferentes do esperado, sejam estes positivos ou
risco como um todo e quando considerado neces-
negativos, alterando o valor patrimonial do Grupo.
sário, em face da sua materialidade e probabilidade
de ocorrência, políticas que cobrem áreas específi-
No desenvolvimento das suas atividades correntes,
cas, como o risco cambial, o risco de taxa de juro, o
o Grupo está exposto a uma variedade de riscos fi-
risco de crédito e o risco de liquidez.
nanceiros suscetíveis de alterarem o seu valor patrimonial, os quais, de acordo com a sua natureza,
A gestão dos riscos financeiros - incluindo a sua
se podem agrupar nas seguintes categorias:
identificação, avaliação e cobertura - é conduzida
pela Direção Financeira de acordo com políticas
•
Risco de mercado
aprovadas pela Administração. A Direção Financei-
•
Risco de taxa de câmbio
ra avalia e realiza coberturas de riscos financeiros
•
Risco de taxa de juro
em estrita cooperação com as unidades operacio-
•
Risco de liquidez
•
Risco de crédito
nais do Grupo.
A Direção de Auditoria Interna faz o acompanha-
A gestão dos riscos acima referidos - riscos que de-
mento da implementação das políticas de gestão
correm, em grande medida, da imprevisibilidade
de risco definidas pela Administração de forma a
dos mercados financeiros - exige a aplicação cri-
garantir que os riscos económicos e financeiros são
teriosa de um conjunto de regras e metodologias
identificados, mensurados e geridos de acordo com
aprovadas pela Administração, cujo objetivo último
tais políticas.
é a minimização do seu potencial impacto negativo
no valor patrimonial e no desempenho do Grupo.
Risco de taxa de câmbio
Com este objetivo, toda a gestão é orientada em
O risco de taxa de câmbio é o risco de o justo valor
função de duas preocupações essenciais:
ou os fluxos de caixa dos instrumentos financeiros
virem a variar em resultado de alterações nas taxas
•
de câmbio.
Reduzir, sempre que possível, flutuações nos
resultados e cash flows sujeitos a situações de
•
risco;
A internacionalização do Grupo obriga-o a estar ex-
Limitar os desvios face aos resultados previsio-
posto ao risco de taxa de câmbio das moedas de di-
nais, através de um planeamento económico
ferentes países, entre os quais se salienta, Angola,
e financeiro rigoroso, assente em orçamentos
Brasil e Moçambique.
plurianuais.
178
5
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
A exposição ao risco de taxa de câmbio resulta
representam nas contas do Grupo. Em Angola,
fundamentalmente das atividades operacionais
Brasil e Moçambique, quando necessário, o fi-
do Grupo (em que os gastos, rendimentos, ativos e
nanciamento é contratado em moeda diferente
passivos são denominados em moedas diferentes
do Euro ficando exposto à variação cambial, no
da moeda de relato) e dos investimentos líquidos
entanto face à sua imaterialidade, não tem sido
em participadas estrangeiras:
feita a contratação da cobertura do risco.
•
O preço de parte dos fornecimentos de mate-
A variação das taxas de câmbio que afeta a exposi-
riais e subempreitadas é fixado em Meticais e
ção ao risco de taxa de câmbio é a indicada no qua-
USD, em Moçambique, em Reais no Brasil, pelo
dro seguinte:
que a evolução do euro face a estas moedas poderá ter impacto significativo na estrutura de
Dólar norte-americano
custos das entidades que operam nesse país;
•
Kwanza angolano
Uma parte das vendas e prestações de serviços
Real brasileiro
é denominada em moedas diferentes do euro,
Metical moçambicano
2015
2014
Variação (%)
1,0887
1,2141
-30,11%
148,553
125,278
42,06%
4,3824
3,2270
35,80%
51,2183
40,1108
27,69%
nomeadamente em Reais, Meticais e em USD.
•
Por esta via também a evolução do euro face a
O Grupo recorre à utilização de instrumentos finan-
estas moedas poderá ter impacto significativo
ceiros derivados para a gestão do risco cambial, de
nos rendimentos futuros da Empresa;
acordo com uma política definida periodicamente
Uma vez concretizadas as aquisições e as ven-
pela Administração e que tem como objetivo limitar o
das em moeda diferente do Euro, o Grupo in-
risco de exposição cambial associado às vendas futu-
corre em risco cambial até ao pagamento e re-
ras, aos créditos a receber denominados em moedas
cebimento dos montantes em causa pelo que
diferentes do Euro, aos efeitos cambiais dos investi-
existe permanentemente no balanço do Grupo
mentos líquidos em moeda estrangeira e aos finan-
um montante significativo de valores a receber
ciamentos a pagar em moedas diferentes do Euro.
e a pagar expostos a risco cambial;
•
•
Investimentos líquidos em países fora da UE e
No que respeita à cobertura de risco cambial, as
cujos ativos e passivos, gastos e rendimentos
operações de cobertura têm sido esporádicas, por
necessitam de ser transpostos para Euros para
se considerar que o seu custo é, em regra, excessivo
efeitos da preparação das demonstrações fi-
face ao nível dos riscos envolvidos. No entanto, sem-
nanceiras do Grupo;
pre que considerado adequado, o Grupo contrata fi-
Regra geral os financiamentos são contratados
nanciamentos em moeda estrangeira e usa “swaps”
na moeda de apresentação das demonstrações
de taxas de câmbio por forma a cobrir o risco.
financeiras do Grupo (Euro). Embora existam
financiamentos contratados diretamente pelas
Por norma, só são efetuadas operações sobre taxas
diferentes áreas operacionais do Grupo para
de câmbio que se destinem a cobrir riscos de po-
fazer face às suas necessidades correntes, o
sições já existentes ou contratadas e os termos da
Grupo não contrata instrumentos de cobertura
cobertura são negociados de forma a serem condi-
de risco cambial, dada a pouca materialidade
zentes com os termos do instrumento coberto de
dos financiamentos expostos a risco cambial,
forma a maximizar a eficácia da cobertura.
179
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio
com base nos valores da demonstração consolidada da posição financeira dos ativos e passivos financeiros do Grupo em 31 de dezembro de 2015 é
a indicada no quadro seguinte:
(Unid: Euros)
Kwanza angolano
Dólar norte-americano
112.874.756
161.504.607
33.043.247
23.259.808
521.911
3.222.702
(43.170)
5.553.693
2.994.120
2.657.190
Total de ativos
145.874.833
190.318.109
3.629.402
26.654.880
Outros passivos financeiros
165.243.124
49.821.783
4.522.635
5.437.856
4.641.481
Clientes
Caixa e bancos
Outros ativos
Financiamentos
Metical moçambicano
113.371
Real brasileiro
20.774.988
34.876.066
-
678.821
-
7.737.934
60.499.755
1.538.684
Total de passivos
200.119.190
57.559.717
65.701.211
11.618.021
Exposição líquida
(54.244.357)
132.758.392
(62.071.809)
15.036.859
Fornecedores e credores
Risco de taxa de juro
O risco de taxa de juro é o risco de o justo valor ou
meiro caso, o Grupo enfrenta um risco de variação
os fluxos de caixa futuros de um instrumento finan-
do ‘‘justo valor’’ desses ativos ou passivos, na medi-
ceiro vir a variar, devido a alterações nas taxas de
da em que qualquer alteração das taxas de merca-
juro de mercado, alterando o valor patrimonial do
do envolve um custo de oportunidade (positivo ou
Grupo.
negativo). No segundo caso, tal alteração tem um
impacto direto no valor dos juros recebidos/pagos,
A exposição do Grupo ao risco de taxa de juro ad-
provocando consequentemente variações de caixa.
vém da existência, na demonstração consolidada
da posição financeira, de ativos e passivos financei-
A evolução nas taxas de juro foi a seguinte:
ros contratados a taxa fixa ou a taxa variável. No pri-
Evolução das taxas do mercado monetário na zona Euro (Fonte: Banco de Portugal)
2015
Euribor 12 M
0,060%
Euribor 6 M
-0,040%
Euribor 3 M
-0,131%
Euribor 1 M
-0,205%
180
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
A opção por manter a maior parte dos empréstimos
não sacados, que podem ser utilizados para futuras
bancários a taxa variável, prende-se com o facto da
atividades operacionais e para satisfazer compro-
sua curta maturidade não permitir, na ótica do Gru-
missos financeiros ascendem a, aproximadamente,
po, recuperar o diferencial de taxas negativo pago
10 milhões de Euros.
inicialmente, devido à forte inclinação que a curRisco de crédito
va de rendimentos apresenta, nomeadamente nos
prazos mais curtos.
O risco de crédito é o risco de uma contraparte não
A sensibilidade do resultado do exercício (resultan-
cumprir as suas obrigações ao abrigo de um instru-
te dos impactos provenientes dos financiamentos
mento financeiro originando uma perda.
a taxa de juro variável) a possíveis alterações nas
taxas de juro, com todas as restantes variáveis man-
O Grupo encontra-se sujeito a risco no crédito que
tidas constantes, é a indicada no quadro seguinte. A
concerne às seguintes atividades:
sensibilidade dos capitais próprios às mesmas va•
riações é imaterial.
Aumento/Diminuição
na taxa de juro
(em pontos)
Efeito nos resultados do
exercício antes de impostos
(em milhões de euros)
Euribor
+50
-0,88
Euribor
+100
-1,76
2015
Atividade operacional - Clientes e outras contas a receber;
•
Atividades de financiamento - Depósitos em
bancos e instituições financeiras.
A gestão do risco de crédito relativo a clientes e ouRisco de liquidez
tras contas a receber é efetuada da seguinte forma:
O principal objetivo da política de gestão de risco
•
Seguindo políticas procedimentos e controlos
da liquidez é garantir que a Somague tem ao seu
estabelecido pelo Grupo para cada unidade
dispor, a qualquer momento, os recursos finan-
operacional;
•
ceiros suficientes para fazer face às suas respon-
Os limites de crédito são estabelecidos para
sabilidades e prosseguir estratégias delineadas,
todos os clientes com base em critérios de ava-
honrando todos os compromissos assumidos com
liação interna;
•
terceiros, através de uma adequada gestão da rela-
A qualidade de crédito de cada cliente é avaliada com base em notações de crédito forne-
ção custo-maturidade dos financiamentos.
cidas por empresas especializadas externas ao
Grupo;
A Somague prossegue assim uma política ativa de
•
refinanciamento, caracterizada pela manutenção de
Os valores em dívida são regularmente moni-
um nível adequado de recursos livres e disponíveis,
torizados e os fornecimentos para os clientes
para fazer face a necessidades de curto prazo e pelo
mais significativos estão normalmente cober-
alongamento ou manutenção da maturidade da dí-
tos por garantias;
•
vida, de acordo com os fluxos de caixa previstos.
O Grupo tem em vigor contratos de factoring
mediante os quais cede os créditos e em que,
Em 31 de dezembro de 2015, os montantes de cré-
no caso de entidades públicas, o risco de cobra-
ditos bancários obtidos de instituições financeiras e
bilidade passa para a entidade de Factoring.
181
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
O saldo total de clientes ascende a 428.512.462
A qualidade de risco de crédito do Grupo face a
euros, dos quais 90.749.163 euros dizem respeito
ativos financeiros (caixa e equivalentes) cujas con-
a trabalhos ainda não faturados. Da diferença entre
trapartes sejam instituições financeiras é, com base
estes montantes, 140.469.125 euros dizem respei-
no rating destas entidades, a indicada no quadro
to a clientes públicos e 194.648.764 euros a clien-
seguinte:
tes do setor privado.
(Unid: Milhares Euros)
Rating
A-2
A concentração de risco de crédito relativa a clien-
2015
1.237
A-3
tes privados encontra-se evidenciada no quadro
B
seguinte:
Outros
30
7.306
74.260
82.833
2015
Nº clientes
% do total
Clientes privados
> 5.000 k€
11
50%
Os outros dizem respeito a instituições financeiras
> 1.000 k€
32
27%
relativamente às quais não foi possível obter a no-
Valor da dívida
tação de rating, nomeadamente as localizadas em
A gestão do risco de crédito relativo a saldos em
Angola.
bancos e instituições financeiras é efetuada da seguinte forma:
A exposição máxima ao risco de crédito, não tendo em conta garantias prestadas nem instrumentos
•
Pela Direção Financeira do Grupo de acordo
derivados, é a que se indica no quadro seguinte:
com as políticas do Grupo;
•
(Unid: Milhares Euros)
Os investimentos de fundos superavitários em
2015
relação às necessidades são efetuados apenas
Clientes
com contrapartes aprovadas e dentro dos limi-
Outros ativos financeiros
25.407
Outros títulos e depósitos
25.558
tes aprovados para cada uma;
•
Caixa e bancos
Os limites são estabelecidos para minimizar
428.512
57.275
536.752
a concentração de risco e dessa forma mitigar
Garantias prestadas
perdas financeiras resultantes de potenciais fa-
216.735
753.487
lhas de cumprimento pelas contrapartes;
•
Os limites aprovados para cada contraparte são
Além do risco de crédito constante do quadro an-
revistos pela Administração do Grupo numa
terior o Grupo está exposto ao risco decorrente de
base anual mas podem ser atualizados ao lon-
ter assumido as garantias constantes do quadro se-
go do ano com o acordo do Comité Financeiro
guinte:
do Grupo;
(Unid: Milhares Euros)
Garantias bancárias
Concursos
Financeiras
Contratuais/Boa execução
2015
7.698
55.641
153.396
216.735
182
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
Dado que, conforme descrito anteriormente, o Grupo adotou uma política de mitigação dos riscos de
crédito de saldos a receber, procede à cedência de
boa parte desses créditos e tem como prática uma
escolha seletiva de entidades financeiras (como
contrapartes) que apresentem ratings financeiros
sólidos, a Administração considera que a exposição
efetiva do Grupo ao risco de crédito se encontra mitigada a níveis aceitáveis.
37.Contingências
Os ativos contingentes que não estão reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas
e que se espera que seja provável a existência de
um influxo económico futuro, dizem respeito a reclamações em curso referentes a alguns contratos
de construção.
Existem diversos processos judiciais em curso relacionados com contratos de construção. Baseado
na opinião dos seus consultores jurídicos o Grupo
considera que não é provável que venham a ocorrer
qualquer exfluxo pelo que não se procedeu ao reconhecimento de qualquer provisão.
38.Eventos subsequentes
Não houve acontecimentos após a data de relato
que dessem origem a ajustamentos às contas apresentadas.
183
5
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
5.3
Certificação Legal das Contas Consolidadas
Introdução
Âmbito
1. Examinámos as demonstrações financeiras con-
4. O exame a que procedemos foi efetuado de
solidadas anexas de Somague - Engenharia, S.A., as
acordo com as Normas Técnicas e Diretrizes de Re-
quais compreendem o Demonstração Consolidada
visão/ Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de
da Posição Financeira em 31 de dezembro de 2015
Contas, as quais exigem que o mesmo seja planea-
(que evidencia um total de 756.262.143 Euros e um
do e executado com o objetivo de obter um grau de
total de capital próprio de 140.029.785 Euros, in-
segurança aceitável sobre se as demonstrações fi-
cluindo um resultado líquido negativo atribuído aos
nanceiras consolidadas estão isentas de distorções
detentores de capital da empresa, enquanto mãe do
materialmente relevantes. Para tanto o referido
grupo, de 32.067.145 Euros), a Demonstração Con-
exame incluiu:
solidada dos Resultados por Naturezas, a Demonstração Consolidada do Rendimento Integral, a De-
-- a verificação de as demonstrações financeiras
monstração Consolidada das Alterações no Capital
das empresas englobadas na consolidação terem
Próprio e a Demonstração Consolidada dos Fluxos
sido apropriadamente examinadas e, para os ca-
de Caixa do exercício findo naquela data, e as Notas.
sos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte
Responsabilidades
das quantias e divulgações nelas constantes e a
avaliação das estimativas, baseadas em juízos e
2. É da responsabilidade do Conselho de Adminis-
critérios definidos pelo Conselho de Administra-
tração a preparação de demonstrações financeiras
ção, utilizadas na sua preparação;
consolidadas que apresentem de forma verdadeira
e apropriada a posição financeira do conjunto das
-- a verificação das operações de consolidação;
empresas englobadas na consolidação, o resultado
consolidado e o rendimento integral das suas ope-
-- a apreciação sobre se são adequadas as políticas
rações, as alterações consolidadas no seu capital
contabilísticas adoptadas, a sua aplicação unifor-
próprio e os seus fluxos de caixa consolidados, bem
me e a sua divulgação, tendo em conta as circuns-
como a adoção de políticas e critérios contabilísticos
tâncias;
adequados e a manutenção de sistemas de controlo
interno apropriados.
-- a verificação da aplicabilidade do princípio de
continuidade; e
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar
uma opinião profissional e independente, baseada
-- a apreciação sobre se é adequada, em termos glo-
no nosso exame daquelas demonstrações financei-
bais, a apresentação das demonstrações financei-
ras.
ras consolidadas.
184
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
SOMAGUE ENGENHARIA
5
Relato sobre outros requisitos legais
5. O nosso exame abrangeu também a verificação
da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão consolidado com as de-
8. É também nossa opinião que a informação finan-
monstrações financeiras consolidadas.
ceira constante do Relatório de Gestão consolidado
é concordante com as demonstrações financeiras
6. Entendemos que o exame efectuado proporcio-
consolidadas do exercício.
na uma base aceitável para a expressão da nossa
opinião.
Lisboa, 30 de maio de 2016
Opinião
Ernst & Young Audit & Associados - SROC, S.A.
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas (nº 178)
7. Em nossa opinião as demonstrações financeiras
consolidadas referidas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos material-
Representada por:
mente relevantes, a posição financeira consolidada
Paulo Jorge Luís da Silva (ROC nº 1334)
de Somague - Engenharia, S.A., em 31 de dezembro
de 2015, o resultado e o rendimento integral consolidado das suas operações, as alterações no seu
capital próprio consolidado e os seus fluxos consolidados de caixa consolidados no exercício findo
naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas na União Europeia.
185
5
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
5.4
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal
Senhores Accionistas,
Parecer
1. Nos termos das disposições legais e estatutá-
4. Face ao que antecede, e apreciados os documen-
rias, cumpre ao Conselho Fiscal elaborar relatório
tos referidos no número anterior, designadamente
e emitir parecer sobre os documentos de prestação
o que se contém na Certificação Legal das Contas,
de contas consolidadas da Somague - Engenharia,
em relação à qual se dá a sua concordância, o Con-
S.A., referentes ao exercício findo em 31 de Dezem-
selho Fiscal é de parecer que a Assembleia Geral:
bro de 2015.
a. Aprove os documentos de prestação de contas
2. Ao longo do exercício, o Conselho Fiscal desem-
consolidadas do exercício de 2015, tal como fo-
penhou com regularidade as funções que lhe foram
ram apresentados pela Administração;
confiadas, tendo nomeadamente procedido às verificações que considerou convenientes, efectuan-
b. Aprove a aplicação de resultados proposta pela
do reuniões periódicas e apreciando as contas e os
Administração.
actos de gestão mais relevantes da Empresa. Para o
efeito, a Administração prestou os esclarecimentos
5. Finalmente, o Conselho Fiscal deseja agradecer
e informações solicitados, tendo o Conselho Fiscal
ao Conselho de Administração, ao Revisor Oficial de
acompanhado em tempo útil o trabalho realizado
Contas e aos Serviços da Empresa toda a colabora-
pelo Revisor Oficial de Contas.
ção prestada no exercício das suas funções.
3. No encerramento do exercício, o Revisor Oficial
de Contas deu conhecimento, ao Conselho Fiscal,
Sintra, 30 de maio de 2016
do trabalho realizado com o objectivo de apreciar
o relatório de gestão, informando sobre os resultados do exame às contas consolidadas com vista à
O Conselho Fiscal
sua certificação legal.
Dr. João Marques Pinto - Presidente
Dr.ª Isabel Garizo Garcia - Vogal
Dr. António Joaquim Gonçalves - Vogal
186
Cais de Cruzeiros do Porto do Funchal - Madeira - Portugal
SOMAGUE ENGENHARIA
INFORMAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
187
5
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
I
II
III
Sobre este Relatório
Análise de Materialidade
Sumário de Conteúdo da GRI G4
Critério de Cálculo de Indicadores
190
192
194
196
Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III - Vieira do Minho - Portugal
IV
SOMAGUE ENGENHARIA
188
SOMAGUE ENGENHARIA
RELATÓRIO ANUAL 2015
A
ANEXOS
A
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Anexo I
Sobre este Relatório
presente relatório publicado pela Somague SGPS,
A Somague continua a avaliar a possibilidade de
com periodicidade anual, abrange o ano civil de
verificar externamente os dados reportados. No en-
2015 e a situação da organização a 31 de Dezem-
tanto, a generalidade da informação reportada tem
bro de 2015. Este é o 13º relatório de sustentabi-
origem em processos sistematizados e auditados
lidade publicado pela Somague, sendo integrado
internamente e por entidades externas, nomeada-
com o relatório de gestão e contas desde 2010.
mente no âmbito da certificação SIGAQS e da SGIDI
G4-3/28/30
e da verificação do Relatório e Contas. A informação reportada no presente relatório é consolidada
O relatório foi elaborado tendo em consideração as
pela Sacyr S.A. cujo relatório anual é verificado ex-
diretrizes da Global Report Iniciative GRI-G4, con-
ternamente por entidade independente. G4-33
forme opção “comprehensive”, incluindo o suplemento para a construção e imobiliária, que inclui um
Para garantir a fiabilidade, o conteúdo deste rela-
conjunto de orientações e princípios que têm como
tório foi revisto por todas as direções internas que
objetivo definir o conteúdo do relatório, o âmbito e
têm responsabilidade na gestão dos grupos de inte-
garantir a qualidade da informação reportada.
resse da empresa e da informação reportada. G4-48
O conteúdo e limites do relatório foram determina-
Qualquer informação adicional relativa ao relatório
dos no processo de análise de materialidade des-
ou ao seu conteúdo contactar: G4-5/31
crito no Anexo II de forma a abranger questões e indicadores que refletem, num contexto abrangente
Direção da Qualidade, Segurança, Ambiente e IDI
da sustentabilidade, os impactes económicos, am-
qualidade.seguranç[email protected]
bientais e sociais mais relevantes da organização,
Somague Engenharia, S.A.
no período de tempo declarado. G4-18
Rua da Tapada da Quinta de Cima, Linhó
Neste relatório não se efetuaram reformulações de
2714-555 Sintra
informações existentes em relatórios anteriores
Portugal
nem se verificaram em 2015 alterações significatiTlf: +351 219 104 000
vas no âmbito e limites do relatório, com impacto
na comparabilidade de dados reportados em anos
anteriores. G4-22/23
Este relatório é destinado a todos os stakeholders
com que a Somague se relaciona, nomeadamente
clientes, entidades públicas, parceiros, acionistas,
fornecedores, colaboradores e comunidade em geral.
190
Duplicação Ferroviária no Trecho Embu x Evangelista & Paratinga x Perequê - São Paulo - Brasil
SOMAGUE ENGENHARIA
ANEXOS
191
A
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Anexo II
Para o negócio da construção, setor onde opera a
Análise de Materialidade G4-DMA/18
Somague, os assuntos relevantes foram classificados da seguinte forma:
Assuntos relevantes G4-19/27
Solvência e longo prazo
Escuta
Ética
Segurança no trabalho
Desenvolvimento profissional
Direitos dos trabalhadores e subempreiteiros
Valor Social
Diversidade
Eficiência e impacte
Em linha com as diretrizes G4 para elaboração de
relatórios de sustentabilidade da Global Reporting
Initiative GRI, para a elaboração deste relatório a
Somague, através da Sacyr (Grupo), desenvolveu
uma análise de materialidade com o objetivo de incluir no seu relatório os aspetos de maior relevância para a organização e para os seus stakeholders.
Os aspetos materiais são aqueles que afetam a
capacidade da organização em criar valor a cur-
Grau de
relevância
Relevância Alta: assunto crítico e prioritário para as
áreas de negócio sobre as quais se deve relatar com
mais detalhe – indicadores quantitativos
to, médio e longo prazo e que permitem aos seus
stakeholders obter uma imagem fiel e representativa do desempenho da Somague.
Relevância Média: assunto que deve estar incluído
na estratégia do negócio e no relatório anual com
estudos de caso
A metodologia adotada para a identificação dos as-
Relevância Baixa: assunto que permite um tratamento “business as usual” ou tendencial
petos materiais incluiu as seguintes etapas:
1. Entendimento do papel da Sacyr e sua posição
num contexto de tendências globais,
2. Entendimento da visão interna da Sacyr através
da sua estratégia e mediante a realização de 13
entrevistas com os mais altos Diretores da organização,
3. Reconhecimento de parâmetros comuns que
constituirão as bases para o Plano de Comunicação e RSC da Sacyr,
4. Integração da visão externa através de entrevistas a prescritores externos, análise de meios
de comunicação social, critérios de investimento para analistas ESG e relevância para as áreas
geográficas,
5. Identificação dos assuntos que podem constituir um risco ou uma oportunidade para a reputação da organização e para a confiança dos
seus stakeholders.
192
ANEXOS
SOMAGUE ENGENHARIA
O que significam estes aspetos para a organização:
A
dos seus trabalhadores e subempreiteiros em condições de igualdade e não discriminação. Indicado-
Solvência e longo prazo: Dispor de um modelo de
res relevantes: G4-11/LA13/HR4/HR8
financiamento sólido com visão de futuro e que suponha uma garantia de êxito na criação de valor no
Valor social: Criação de riqueza local e relação com
longo prazo para todos os stakeholders da organi-
as comunidades. Indicadores relevantes: G4-EC6/
zação. Indicadores relevantes: G4-EC1
EC7/EC8/EC9/SO2
Escuta: Interação fluida e constante com todos os
Diversidade na organização: A diversidade de uma
stakeholders da organização. Diálogo com a co-
organização potencia o desenvolvimento do capital
munidade financeira internacional, os colaborado-
humano num ambiente multicultura. Indicadores
res em qualquer parte do mundo, os utilizadores
relevantes: G4-LA12/HR3
das infraestruturas, os clientes e as entidades que
planeiam o desenvolvimento das infraestruturas,
Eficiência e impacte: Gestão eficaz dos recursos
os fornecedores e subempreiteiros e as organiza-
ambientais. Indicadores relevantes: G4-EN1/EN22/
ções setoriais e a sociedade civil que participa no
EN23
debate do negócio. Indicadores relevantes: G424/25/26/27
O limite do relatório foi definido tendo em consideração o tipo de relacionamento com entidades a
Ética: Ser transparente em todos os âmbitos do ne-
montante ou a jusante da organização. Assim, foram
gócio e tolerância zero à corrupção. Indicadores re-
incluídas as entidades sobre as quais a Somague
levantes: G4-SO2/SO4/SO5/SO6/SO7/SO8
tem controlo (participadas, sucursais, consórcios e
agrupamentos complementares de empresas) e en-
Segurança no trabalho: Zero acidentes em toda a
tidades em que a Somague exerce uma influência
cadeia de valor. Indicadores relevantes: G4-LA5/
significativa, nomeadamente os fornecedores e su-
LA6/LA7/LA8/CRE6
bempreiteiros (quando operam nas instalações da
Somague). G4-20/21
Desenvolvimento profissional: Ser a primeira opção
de emprego para os jovens talentos do setor ofere-
Relativamente ao desempenho das empresas con-
cendo condições de trabalho estáveis e tranquilida-
juntamente controladas (consórcios, agrupamentos
de laboral. Todos os colaboradores da organização
complementares de empresas ou outras unidades
têm oportunidade para o desenvolvimento profis-
empresariais em que a Somague detenha menos de
sional. Indicadores relevantes: G4-10/LA1/LA2/
50% do capital), os respetivos resultados são in-
LA9/LA10/LA11
cluídos pelo método de consolidação proporcional.
Direitos dos trabalhadores e subempreiteiros: Con-
Sempre que o âmbito e o limite não sejam os aqui
dições de trabalho justas e iguais para todos. A
definidos, tal é devidamente referido junto da respe-
baixa qualificação do mercado laboral do setor da
tiva informação qualitativa e quantitativa relatada.
construção pode gerar condições laborais abusivas.
São necessárias empresas que protejam os direitos
193
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Anexo III
II
Sumário de Conteúdo da GRI G4-32
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO GERAIS
Cód.
Descrição
Página/
Resposta direta
Omissões
Ver. Externa
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
G4-1
Declaração da pessoa com o maior poder de decisão
na organização sobre a relevância da sustentabilidade
para a organização e a sua estratégia.
Pág. 12
No
G4-2
Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades.
Pág. 12, 22-35 e 43
No
PERFIL DA ORGANIZAÇÃO
G4-3
Denominação da organização.
Pág. 190
No
G4-4
Principais marcas, produtos e/ou serviços.
Pág. 51-73
No
G4-5
Localização da sede social da organização.
Pág. 190
No
G4-6
Número de países em que a organização opera, assim
como os nomes dos países onde se encontram as
operações ou que têm uma relevância específica para
as questões da sustentabilidade, abrangidas pelo
relatório.
Pág. 5
No
G4-7
Tipo e natureza jurídica de propriedade.
G4-8
Mercados em que a organização atua (com discriminação geográfica, setores abrangidos e tipos de clientes
e beneficiários).
Pág. 5
No
G4-9
Dimensão da organização.
Pág. 5, 6 e 98
No
G4-10
Força de trabalho total, discriminada por trabalhadores próprios e terceiros, por contrato de trabalho, tipo
de emprego, género e região.
Pág. 99 e 100
No
G4-11
Percentagem de colaboradores abrangidos por acordos de contratação coletiva.
Pág. 105
No
G4-12
Cadeia de fornecedores da organização.
Pág. 41
No
G4-13
Alterações significativas ocorridas no decorrer do
período coberto pelo relatório em relação à dimensão,
estrutura, participação acionista ou cadeia de fornecedores da organização.
G4-14
Abordagem ao princípio da precaução.
Pág. 19
No
G4-15
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas
externamente de caráter económico, ambiental e
social que a organização subscreve ou endossa.
Pág. 37
No
G4-16
Participação significativa em associações e/ou organizações nacionais e internacionais de defesa.
Pág. 45
No
Sociedade Anónima.
Pág. 98
No
No
Aspetos Materiais Identificados e Limites
G4-17
Entidades incluídas nas demonstrações financeiras
consolidadas ou documentos equivalentes da organização.
Pág. 145
No
G4-18
Processo para a definição do conteúdo e limites do
relatório.
Pág. 190 e 192
No
G4-19
Lista dos aspetos materiais identificados.
Pág. 192
No
G4-20
Limites dos aspetos materiais no interior da organização.
Pág. 193
G4-21
Limites dos aspetos materiais no exterior da organização.
Pág. 193
G4-22
Efeitos de quaisquer reformulações de informações
existentes em relatórios anteriores e as razões para
tais reformulações.
G4-23
Alterações significativas em comparação com anos
anteriores no âmbito e limites do relatório.
Pág. 190
Pág. 190
194
No
No
No
No
ANEXOS
SOMAGUE ENGENHARIA
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO GERAIS
Cód.
Descrição
Página/
Resposta direta
Omissões
Ver. Externa
Envolvimento de Stakeholders
G4-24
Relação dos grupos que constituem os stakeholders
envolvidos.
Pág. 43
No
G4-25
Base para a identificação e seleção dos stakeholders a
serem envolvidos.
Pág. 43
No
G4-26
Abordagens utilizadas para envolver os stakeholders,
incluindo a frequência do envolvimento, por tipo e
por grupos.
Pág. 43
No
G4-27
Principais tópicos e preocupações levantadas durante
o Envolvimento de Stakeholders e as medidas adotadas pela organização no tratamento das mesmas.
Pág. 192
No
Perfil do Relatório
G4-28
Período abrangido para as informações apresentadas
no relatório.
Pág. 192
No
G4-29
Data do último relatório publicado.
2014
No
G4-30
Ciclo de publicação de relatórios.
Pág. 190
No
G4-31
Contacto para perguntas referentes ao relatório ou ao
seu conteúdo.
Pág. 190
No
G4-32
Sumário de conteúdo da GRI
Pág. 194
No
G4-33
Política e práticas implementadas na organização
relativas à verificação externa do relatório.
Pág. 190
No
Governação
G4-34
Estrutura de governação da organização, incluindo os
comités do órgão de governação hierarquicamente
mais elevado.
G4-35
Processo para a delegação de autoridade sobre
tópicos económicos, ambientais e sociais pelo órgão
de governação hierarquicamente mais elevado para
diretores e outros colaboradores.
G4-36
Cargos e funções de nível executivo como responsável
pelos tópicos económicos, ambientais e sociais e se
Pág. 15
esses responsáveis reportam diretamente ao órgão de
governação hierarquicamente mais elevado.
No
G4-37
Processos de consulta usados entre os stakeholders
e o órgão de governação hierarquicamente mais elevado em relação aos tópicos económicos, ambientais
e sociais.
No
G4-38
Composição do órgão de governação hierarquicamente mais elevado e dos seus comités.
Pág. 14
G4-39
Indique se o Presidente do órgão de governação hierarquicamente mais elevado é, simultaneamente, um
diretor executivo (e, nesse caso, quais as suas funções
no âmbito da gestão da organização e as razões para
esta composição).
O Presidente da
Somague é também Administrador
executivo da área
Comercial.
G4-40
Processos de seleção e nomeação do órgão de governação hierarquicamente mais elevado e seus comités,
bem como os critérios adotados para selecionar e
nomear os membros do órgão de governação hierarquicamente mais elevado.
G4-41
Processos usados pelo órgão de governação hierarquicamente mais elevado para garantir a prevenção e
gestão de conflitos de interesse.
G4-42
Funções do órgão de governação hierarquicamente
mais elevado e diretores executivos no desenvolvimento, aprovação e atualização do objetivo, valores
ou visão da organização.
G4-43
Medidas adotadas para desenvolver e melhorar o
conhecimento coletivo do órgão de gestão hierarquicamente mais elevado em relações a assuntos
económicos, ambientais e sociais.
Pág. 14-15
Pág. 15
Pág. 43
Pág. 15 e 17
Pág. 17
Pág. 38
Pág. 106
195
No
No
No
No
No
No
No
No
A
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO GERAIS
Cód.
Descrição
Página/
Resposta direta
Omissões
Ver. Externa
G4-44
Processos para a avaliação do desempenho do órgão
de governação hierarquicamente mais elevado, especialmente em relação ao desempenho económico,
ambiental e social.
G4-45
Papel desempenhado pelo órgão de governação
hierarquicamente mais elevado na identificação e
gestão de impactos, riscos e oportunidades derivados
de questões económicas, ambientais e sociais.
Pág. 19 e 43
No
G4-46
Papel desempenhado pelo órgão de governação
hierarquicamente mais elevado na análise da eficácia
dos processos de gestão de risco da organização para
tópicos económicos, ambientais e sociais.
Pág. 19
No
G4-47
Frequência com que o órgão de governação hierarquicamente mais elevado analisa impactos, riscos e
oportunidades derivados de questões econômicas,
ambientais e sociais.
Pág. 19
No
G4-48
Órgão ou cargo hierarquicamente mais elevado que
analisa e aprova formalmente o relatório de sustentabilidade da organização e garante que todos os
aspetos materiais sejam abordados.
Pág. 190
No
G4-49
Processo adotado para comunicar preocupações
críticas ao órgão de governação hierarquicamente
mais elevado.
Pág. 15 e 43
No
G4-50
Natureza e número total de preocupações críticas
comunicadas ao órgão de governação hierarquicamenPág. 15
te mais elevado e o(s) mecanismo(s) adotado(s) para
abordá-las e resolvê-las.
No
G4-51
Políticas de remuneração aplicadas ao órgão de governação hierarquicamente mais elevado e a executivos
seniores. Forma como os critérios de desempenho da
política de remuneração se aplicam aos objetivos econômicos, ambientais e sociais do órgão de governação
hierarquicamente mais elevado e executivos seniores.
Pág. 15
No
G4-52
Processo adotado para a determinação de remunerações. Pág. 15
No
G4-53
Indicar como opiniões dos stakeholders são solicitadas e levadas em conta em relação à questão da remuneração, incluindo os resultados de votações sobre
políticas e propostas de remuneração, se aplicável.
Pág. 15 e 43
No
G4-54
Proporção entre a remuneração anual total do indivíduo mais bem pago da organização em cada país em
que a organização possua operações significativas e a
remuneração média anual total de todos os colaboradores (excluindo o mais bem pago) no mesmo país.
A remuneração
anual do individuo
mais bem pago
é quinze vezes
a remuneração
média de todos os
colaboradores.
No
G4-55
Proporção entre o aumento percentual da remuneração total anual do indivíduo mais bem pago da
organização em cada país em que possua operações
significativas e o aumento percentual médio da
remuneração anual total de todos os colaboradores
(excluindo o mais bem pago) no mesmo país.
A proporção foi
zero.
No
Pág. 17
No
Ética e Integridade
G4-56
Descrever os valores, princípios, padrões e normas
de comportamento da organização, como códigos de
conduta e de ética.
Pág. 18, 36 e 37
No
G4-57
Mecanismos internos e externos adotados pela organização para solicitar orientações sobre comportamentos éticos e em conformidade com a legislação,
como canais de relacionamento.
Pág. 17 e 18
No
G4-58
Mecanismos internos e externos adotados pela
organização para comunicar preocupações em torno
de comportamentos não éticos ou incompatíveis com
a legislação e questões relacionadas à integridade
organizacional.
Pág. 17
No
196
ANEXOS
SOMAGUE ENGENHARIA
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO ESPECÍFICOS
Cód.
Descrição
Página/
Resposta direta
Omissões
Ver. Externa
ECONÓMICO
Desempenho Económico
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 74 e 192
No
G4-EC1
Valor económico direto gerado e distribuido.
Pág. 75, 110 e 174
No
G4-EC2
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização devido a alterações climáticas e outros assuntos sustentáveis.
Pág. 19 e 81
No
G4-EC3
Cobertura das obrigações referente ao plano de benefícios definidos pela Organização.
Não Aplicável
G4-EC4
Apoio financeiro recebido do governo.
Em 2015, a Somague
não obteve ajuda
financeira do Governo.
No
Abordagem de Gestão.
Pág. 46 e 192
No
G4-EC5
Rácio entre o salário mais baixo e o salário mínimo
local nas unidades operacionais importantes, discriminados por género.
Pág. 102
O salário mais baixo
pago é igual para os
dois géneros.
No
G4-EC6
Proporção de membros da gestão do topo contratados na comunidade local em unidades operacionais
importantes.
Pág. 104
No
A Somague não tem este tipo de planos.
No
Presença no Mercado
G4-DMA
Impactes Económicos Indiretos
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 94 e 192
No
G4-EC7
Desenvolvimento e impacto de investimentos em
infraestrutura e serviços oferecidos.
Pág. 94
No
G4-EC8
Descrição e análise dos impactes económicos indiretos mais significativos, incluindo a sua extensão.
Pág. 94
No
Práticas de Compras
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 42 e 192
No
G4-EC9
Proporção de gastos com fornecedores locais em
unidades operacionais importantes.
Pág. 42
No
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 86 e 194
No
G4-EN1
Materiais utilizados por peso, valor ou volume.
Pág. 86
No
G4-EN2
Percentual de materiais utilizados que são provenientes de reciclagem e da reutilização.
Pág. 86 e 87
No
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 81 e 194
No
G4-EN3
Consumo de energia dentro da organização.
Pág. 81
No
G4-EN4
Consumo de energia fora da organização.
Pág. 81
No
G4-CRE1
Intensidade energética de edifícios.
Pág. 83
No
G4-EN5
Intensidade energética.
Pág. 81
No
G4-EN6
Redução dos consumos de energia.
Pág. 82
AMBIENTAL
Materiais
Energia
No
No setor da construção os requisitos da
energia são definidos pelo cliente e / ou
projetista. A Somague opera maioritariamente como construtor.
Reduções nos requisitos de energia relacionados a
produtos e serviços.
Não Aplicável
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 84 e 192
No
G4-EN8
Consumo total de água por fonte.
Pág. 84
No
G4-EN9
Recursos hídricos significativamente afetados pela
recolha de água.
Pág. 84
No
G4-EN7
No
Água
197
A
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO ESPECÍFICOS
Cód.
Descrição
Página/
Resposta direta
Omissões
Ver. Externa
G4-EN10
Percentagem e volume total de água reciclada e
reutilizada.
Pág. 84
No
G4-CRE2
Intensidade de consumo de água em edifícios.
Pág. 83
No
Biodiversidade
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 85 e 192
No
G4-EN11
Localização e área dos terrenos pertencentes, arrendados ou administrados pela organização, no interior
de zonas protegidas, ou a elas adjacentes, e em
áreas de alto índice de biodiversidade fora das zonas
protegidas.
Pág. 85
No
G4-EN12
Descrição dos impactos significativos de atividades,
produtos e serviços sobre a biodiversidade das áreas
protegidas e sobre as áreas de alto índice de biodiversidade fora das áreas protegidas
Pág. 85
No
G4-EN13
Habitats protegidos ou recuperados.
Pág. 85
No
Este indicador não é reportado pois a
organização não dispõe da informação
necessária. Estando a implementar
procedimentos para o seu reporting em
2017.
Número de espécies, na Lista Vermelha da IUCN e na
lista nacional de conservação das espécies, com habitats em áreas afetadas por operações, discriminadas
por nível de risco de extinção.
Não Disponivel
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 81 e 192
No
G4-EN15
Emissões totais diretas de gases com efeito de estufa
(GEE - âmbito 1).
Pág. 82
No
G4-EN16
Emissões totais indiretas de gases com efeito de
estufa, provenientes da aquisição de energia (GEE âmbito 2).
Pág. 82
No
G4-EN17
Outras emissões diretas de gases de estufa (GEE âmbito 3).
Pág. 82
No
G4-EN18
Intensidade das emissões de gases com efeito de
estufa.
Pág. 83
No
G4-EN19
Iniciativas para reduzir as emissões de gases com
efeito de estufa, assim como reduções alcançadas.
Pág. 82
No
G4-EN20
Emissão de substâncias destruidoras da camada de
ozono.
Pág. 83
No
G4-EN21
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas.
Não Aplicável
G4-CRE3
Intensidade de emissões de gases com efeito de
estufa em edifícios.
Pág. 83
No
G4-CRE4
Intensidade de emissões de gases com efeito de estufa em atividades de construção e reabilitação.
S.D.
No
G4-EN14
No
Emissões
Dada a atividade da Somague, as emissões efetuadas estão maioritariamente
associadas a instalações móveis, pelo
que se considera este indicador não
aplicável.
No
Efluentes e Resíduos
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 84, 87 e 192
No
G4-EN22
Descarga total de água, por qualidade e destino.
Pág. 84
No
G4-EN23
Quantidade total de resíduos, por tipo e método de
eliminação.
Pág. 87
No
G4-EN24
Número e volume total de derrames significativos.
Pág. 84
No
G4-EN25
Peso dos resíduos transportados, importados,
exportados ou tratados, considerados perigosos nos
termos da Convenção de Basileia – Anexos I, II, III e
VIII, e percentagem de resíduos transportados a nível
internacional.
Não Aplicável
198
A Somague não efetua movimentos
transfronteiriços de residuos perigosos.
No
ANEXOS
SOMAGUE ENGENHARIA
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO ESPECÍFICOS
Cód.
G4-EN26
Descrição
Identidade, dimensão, estatuto de proteção e valor
para a biodiversidade dos recursos hídricos e respetivos habitats, afetados de forma significativa pelas
descargas de água e escoamento superficial.
Página/
Resposta direta
Omissões
Ver. Externa
Pág. 84
No
Conformidade
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 80 e 194
No
G4-EN29
Montantes envolvidos no pagamento de coimas
significativas e o número total de sanções não-monetárias por incumprimento das leis e regulamentos
ambientais.
Pág. 80
No
Transportes
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 81 e 192
No
G4-EN30
Impactes ambientais significativos, resultantes do
transporte de produtos e outros bens ou matérias-primas utilizados nas operações da organização, bem
como o transporte de colaboradores.
Pág. 81
No
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 80 e 192
No
G4-EN31
Total de custos e investimentos com a proteção
ambiental, por tipo.
Pág. 80
No
Geral
Avaliação Ambiental de Fornecedores
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 42 e 192
No
G4-EN32
Percentagem de novos fornecedores selecionados
com base em critérios ambientais.
Pág. 42
No
G4-EN33
Impactos ambientais negativos significativos reais
e potenciais na cadeia de fornecedores e medidas
tomadas a esse respeito.
Pág. 42
No
Mecanismos de Queixas e Reclamações Relacionadas a Impactos Ambientais
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 80 e 192
No
G4-EN34
Número de queixas e reclamações relacionadas a
impactos ambientais protocoladas, processadas e
solucionadas através de mecanismos formais.
Pág. 80
No
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 98 e 192
No
G4-LA1
Número total de colaboradores, respetiva taxa de
novas contratações e rotação média de emprego por
faixa etária, género e região.
Pág. 102
No
G4-LA2
Benefícios assegurados aos colaboradores a tempo
inteiro que não são concedidos a colaboradores temporários ou a tempo parcial.
Pág. 101
No
G4-LA3
Retorno ao trabalho e taxas de retenção após licença
paternal, por género.
Pág. 101
No
Abordagem de Gestão.
Pág. 43 e 192
No
Prazos mínimos de notificação prévia em relação a
mudanças operacionais, incluindo se esse procedimento é mencionado nos acordos de contratação
coletiva.
Os prazos mínimos
de notificação prévia
dependem de caso
a caso. No entanto, a
Somague cumpre o
previsto na legislação
e nos contractos coletivos de trabalho.
No
SOCIAL
Emprego
Relações Laborais
G4-DMA
G4-LA4
199
A
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO ESPECÍFICOS
Cód.
Página/
Resposta direta
Descrição
Omissões
Ver. Externa
Segurança e Saúde no Trabalho
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 91 e 192
No
G4-LA5
Percentagem da totalidade da mão de obra representada em comissões formais de segurança e saúde, que
ajudam no acompanhamento e aconselhamento sobre
programas de segurança e saúde ocupacional.
Pág. 91
No
G4-LA6
Taxa de lesões, doenças profissionais, dias perdidos,
absentismo e óbitos relacionados com o trabalho, por
região e por género.
Pág. 92
No
G4-LA7
Colaboradores com alta incidência ou alto risco de
doenças relacionadas à sua ocupação.
Pág. 91
No
G4-CRE6
Percentagem da empresa que opera de acordo com
um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde reconhecido internacionalmente.
Pág. 91
No
G4-LA8
Tópicos relativos a saúde e segurança, abrangidos por
acordos formais com sindicatos.
Pág. 91
No
Formação e Educação
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 106 e 192
No
G4-LA9
Média de horas de Formação e Educação, por ano, por
colaborador, discriminadas por categoria de funções
e género.
Pág. 106
No
G4-LA10
Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da
empregabilidade dos colaboradores e para a gestão
de final de carreira.
Pág. 106 e 107
No
G4-LA11
Percentagem de colaboradores que recebem, regularmente, análises de desempenho e de desenvolvimento da carreira, por género e por categoria profissional.
Em 2015, a empresa
optou por não dar
início ao processo de
avaliação de desempenho.
No
Diversidade e Igualdade de Oportunidades
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 103 e 192
No
G4-LA12
Composição dos órgãos sociais da empresa e relação
dos colaboradores por categoria, de acordo com o
género, a faixa etária, as minorias e outros indicadores
de diversidade.
Pág. 103
No
Igualdade de Remuneração entre Mulheres e Homens
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 105 e 192
No
G4-LA13
Discriminação do rácio do salário base entre homens
e mulheres, por categoria de funções e por unidades
operacionais impotentes.
Pág. 105
No
Avaliação de Fornecedores em Práticas Laborais
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 42 e 192
No
G4-LA14
Valor total de contribuições financeiras e em género
a partidos políticos, políticos e instituições relacionadas, por país.
Pág. 42
No
G4-LA15
Impactos negativos significativos reais e potenciais
para práticas laborais na cadeia de fornecedores e
medidas tomadas a esse respeito.
Pág. 42
No
Mecanismos de Queixas e Reclamações Relacionadas a Práticas Laborais
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 80, 91 e 194
No
G4-LA16
Número de queixas e reclamações relacionadas a práticas laborais registadas, processadas e solucionadas
por meio de mecanismos formais.
Pág. 80 e 91
No
200
ANEXOS
SOMAGUE ENGENHARIA
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO ESPECÍFICOS
Cód.
Descrição
Página/
Resposta direta
Omissões
Ver. Externa
DIREITOS HUMANOS
Não Discriminação
G4-DMA
G4-HR3
Abordagem de Gestão.
Pág. 103 e 192
No
Número total de casos de discriminação e ações
tomadas.
Durante o ano de
2015 a Somague não
teve conhecimento da
existência de nenhum
incidente de discriminação ocorrido na
empresa.
No
Liberdade de Associação e Acordo de Negociação Coletiva
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 105 e 192
No
G4-HR4
Operações e fornecedores relevantes identificados
nos quais exista um risco significativo ao livre exercício da liberdade de associação e realização de acordos
de contratação coletiva, e medidas que contribuam
para a sua eliminação.
Pág. 105
No
Abordagem de Gestão.
Pág. 94 e 192
No
Número total de incidentes que envolvam a violação
dos direitos indígenas e ações tomadas.
Em 2015 a Somague
não teve conhecimento da existência de nenhum incidente deste
tipo na empresa.
No
Direitos Indígenas
G4-DMA
G4-HR8
Avaliação de Fornecedores em Direitos Humanos
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 42 e 192
No
G4-HR10
Percentagem de novos fornecedores selecionados
com base em critérios de direitos humanos.
Pág. 42
No
G4-HR11
Impactos negativos significativos reais e potenciais
em direitos humanos na cadeia de fornecedores e
medidas tomadas a esse respeito.
Pág. 42
No
SOCIEDADE
Comunidade Local
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 94 e 194
No
G4-SO1
Percentagem de operações com implementação de
mecanismos de relacionamento com a comunidade
local, avaliação de impactos e desenvolvimentos de
programas.
Pág. 45 e 94
No
G4-SO2
Operação com potenciais ou reais impactes significatiPág. 94
vos na comunidade local.
No
Combate à Corrupção
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 18 e 192
No
G4-SO3
Percentagem e número total de unidades de negócio
alvo de análise de riscos ao combate à corrupção.
Pág. 20
No
G4-SO4
Percentagem de colaboradores que tenham efetuado
Formação e Educação nas políticas e práticas de anticorrupção da organização.
Pág. 18
No
Medidas tomadas em resposta a casos de combate à
corrupção.
Durante o ano de
2015, a Somague não
teve conhecimento da
existência de nenhum
incidente relacionado
com corrupção envolvendo elementos da
sua organização.
No
G4-SO5
201
A
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
SUMÁRIO DE CONTEÚDO DA GRI
CONTEÚDOS PADRÃO ESPECÍFICOS
Cód.
Descrição
Página/
Resposta direta
Omissões
Ver. Externa
Políticas Públicas
G4-DMA
G4-SO6
Abordagem de Gestão.
Pág. 18 e 192
No
Valor total de contribuições financeiras e em género
a partidos políticos, políticos e instituições relacionadas, por país.
Em 2015, não foram
efetuadas quaisquer
contribuições financeiras ou em género a
partidos políticos ou
institutos relacionados.
No
Abordagem de Gestão.
Pág. 17 e 192
No
Número total de ações judiciais por concorrência
desleal, antitrust e práticas de monopólio, bem como
os seus resultados.
Durante o ano de
2015, a Somague não
esteve envolvida em
qualquer ação judicial
neste âmbito.
No
Concorrência Desleal
G4-DMA
G4-SO7
Conformidade
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 80, 91 e 192
No
G4-SO8
Montantes das coimas significativas e número total de
sanções não monetárias por incumprimento das leis e
regulamentos ambientais.
Pág. 80 e 91
No
Avaliação de Fornecedores em Impactos na Sociedade
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 42 e 192
No
G4-SO9
Percentagem de novos fornecedores selecionados
com base em critérios relativos a impactos na sociedade.
Pág. 42
No
G4-SO10
Impactos negativos significativos reais e potenciais
da cadeia de fornecedores na sociedade e medidas
tomadas a esse respeito.
Pág. 42
No
No
RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO
Rotulagem de produtos e serviços
G4-DMA
Abordagem de Gestão.
Pág. 38 e 192
G4-PR3
Tipo de informações sobre produtos e serviços exigidas pelos procedimentos da organização referentes
a informações e rotulagem de produtos e serviços e
percentual de categorias significativas sujeitas a essas
exigências.
N.A.
Dada a natureza dos produtos e serviços
fornecidos pela Somague, este indicador
considerou-se não aplicavel.
No
G4-PR4
Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos a informações e rotulagem de produtos e serviços, discriminado
por tipo de resultados.
N.A.
Dada a natureza dos produtos e serviços
fornecidos pela Somague, este indicador
considerou-se não aplicavel.
No
G4-PR5
Praticas relacionadas com a satisfação do cliente,
incluindo resultados de pesquisas que meçam a
satisfação do Cliente.
Pág. 39
202
No
Via Rápida de Câmara de Lobos - Madeira - Portugal
SOMAGUE ENGENHARIA
ANEXOS
203
A
A
RELATÓRIO ANUAL 2015
SOMAGUE ENGENHARIA
Anexo IV
Critério de Cálculo de Indicadores
Satisfação dos clientes
A avaliação da satisfação do cliente foi determinada através de inquéritos online, que incluíram um conjunto de 15 perguntas num grau de classificação
de 1 a 4.
Subcontratação/Fornecimento local
Este indicador inclui as subempreitadas/fornecimentos efetuados localmente em Angola, Cabo Verde, Açores e Madeira, e foi calculado com base no
valor de subcontratações e fornecimentos relativo a empresas locais sobre o valor total de subcontratações e fornecimentos.
Conformidade legal
As coimas consideradas neste indicador são as que foram pagas no ano em análise. A discriminação por tipologia foi calculada com base no número de
coimas por tipo (fiscais, ambientais, segurança e outras) sobre o número total de coimas.
Caracterização de colaboradores
Na caracterização dos colaboradores da Somague foram consideradas as seguintes definições:
• Titulares Superiores: colaboradores com grau académico de Licenciatura ou superior
• Titulares Médios: colaboradores com grau académico de Bacharelato
• Técnicos não Titulares: colaboradores com funções técnicas, em curso superior
• Administrativos: colaboradores com funções administrativas, sem habilitações superiores
• Outros: colaboradores que não se enquadram em nenhuma das anteriores.
• Curso Superior: Licenciatura, Pós-Graduação, Mestrado, Doutoramento
• Curso de Nível Médio: Bacharelato
• Quadro permanente: Efetivos; colaboradores com contrato sem termo
• Temporários: Colaboradores contratados a termo (certo ou incerto)
• Trabalho a Tempo Inteiro: Colaboradores com jornada completa.
• Trabalho a Tempo Parcial: Colaboradores que trabalham em part-time
• Quadros: Dirigentes, Quadros Superiores, Quadros Médios, Quadros Intermédios
• Operacionais: Profissionais Qualificados, Profissionais Semiqualificados, Profissionais Não Qualificados, Praticantes e Aprendizes
Custo Total Médio por Colaborador
Custo total com colaboradores/número total de colaboradores
Encargos Médios com Proteção Social de Caráter não obrigatório
Encargos totais com seguros de saúde, seguros de vida e seguro de acidentes pessoais/número total de colaboradores
Encargos Médios com cuidados de Saúde por colaborador
Encargos totais com medicina do trabalho (exames, consultas)/número total de colaboradores abrangidos
Taxa de rotatividade
Total de admissões e demissões/2 * 100/total de efetivos no final do ano
Taxa de absentismo
Número total de horas perdidas/potencial máximo de horas trabalhadas no ano
Contratação local
Colaboradores locais: número de colaboradores contratados na comunidade local/número total de colaboradores no país
Colaboradores expatriados: número de colaboradores expatriados/número total de colaboradores no país
Relação salário base homem/mulher
Média ponderada do vencimento base ilíquido anual dos colaboradores do género masculino/média ponderada do vencimento base ilíquido anual dos
colaboradores do género feminino
Média de horas de formação e educação por ano por colaborador
Número total de horas de formação e educação por categoria profissional/número total de colaboradores por categoria profissional
204
ANEXOS
SOMAGUE ENGENHARIA
A
SEGURANÇA E SAÚDE
Índice de frequência
Número de acidentes com baixa x 1.000.000/n.º de horas trabalhadas
Índice de incidência
Número de acidentes com baixa x 1.000/n.º médio de colaboradores
Índice de gravidade
Dias perdidos x 1.000.000/n.º horas trabalhadas
AMBIENTE
Consumos de materiais de construção
No cálculo do consumo indireto de cimento e agregados foi considerado que a 1 m3 de betão pronto corresponde aproximadamente 300 kg de cimento
e 2.000 kg de agregados
Consumos de água
Os consumos de água foram agregados de acordo com as faturas emitidas pelos fornecedores de água e / ou através de contadores instalados nos
diferentes estabelecimentos da empresa. Foram também considerados os consumos provenientes de captações subterrâneas, cuja contabilização é
efetuada através de contadores, e de catações superficiais cuja contabilização é efetuada por estimativa do número de horas de funcionamento das
bombas ou dos depósitos utilizados no seu transporte
Consumo de energia
O consumo de eletricidade (kW.h) e gás natural (m3) foi obtido através das respetivas faturas e/ou através de contadores instalados nos diferentes
estabelecimentos da empresa. Relativamente aos consumos de gasolina e gasóleo, estes foram obtidos em litros diretamente do fornecedor. Na
conversão dos consumos para GJ foram utilizados os seguintes fatores de conversão, de acordo com as diretrizes 3.1 da G.R.I:
• Eletricidade: 0,0036 GJ/kW.h / Gás natural: 0,039 GJ/m3 / Gasóleo: 0,03645 GJ/l / Gasolina: 0,0331 GJ/l
O consumo de energia indireto (avião, comboio e autocarro):
• Avião: 70,72 GJ/tonCO2 / Comboio: 0,35 GJ/km / Autocarro: 0,0365 GJ/l
Emissões de CO2 diretas e indiretas
Este inventário foi realizado de acordo com a metodologia proposta pelo “Greenhouse Gases Protocol”, que classifica as emissões em três âmbitos:
Âmbito 1 - emissões diretas que ocorrem em fontes controladas pela Somague, por exemplo, viaturas da frota, os grupos de geradores de emergência e
o equipamentos e maquinaria utilizada nas obras;
Âmbito 2 - emissões indiretas associadas à produção de eletricidade consumida (estimativa e comunicação obrigatória);
Âmbito 3 - emissões indiretas associadas a fontes que não são controladas pela Somague, por exemplo, viagens de avião e deslocações casa-trabalhocasa (estimativa e comunicação voluntária).
No inventário de emissões de GEE foram considerados os seguintes fatores de conversão:
• Gasóleo: 74,01 kgCO2/GJ
• Gasolina: 69,25 kgCO2/GJ
• Gás natural: 56,06 kgCO2/GJ
• Eletricidade: 200 gCO2/kW.h
• Avião (curta distância, <500km): 0,18 kg/pkm
• Avião (longa distância, >500km): 0,11 kg/pkm
• Comboio: 0,06 kg/pkm
• Autocarro: 1,035 kgCO2/km
Emissões de CO2 evitadas
Para o cálculo das emissões de CO2 que a Somague evitou através da disponibilização do transporte gratuito aos seus colaboradores, teve-se em linha
de conta os seguintes dados associados às rotas existentes para a viagem até a sede da Somague
Resíduos
Valorização: qualquer operação cujo resultado principal seja a transformação dos resíduos de modo a servirem um fim útil, substituindo outros materiais
que, caso contrário, teriam sido utilizados para um fim específico ou a preparação dos resíduos para esse fim na instalação ou conjunto da economia
Eliminação: qualquer operação que não seja de valorização
Solos e rochas não contaminados (código LER 17 05 04) não foram considerados resíduos no cálculo deste indicador
205
Depósito Legal: 327827/11
Tiragem: 100 exemplares

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