DSO1000 Oscilloscope Educator`s Training Resources Lab Guide

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DSO1000 Oscilloscope Educator`s Training Resources Lab Guide
DSO1000 Recursos de
Treinamento do
Osciloscópio para o
Professor
Guia de Laboratório e Tutorial
para alunos de cursos
universitários de Engenharia
Elétrica e Física
s1
Avisos
© Agilent Technologies, Inc. 2008-2012
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parte do documento, com o objetivo de
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marcas comerciais ou marcas registradas
da Microsoft Corporation nos Estados
Unidos e/ou outros países.
Edição
Maio de 2012
Disponível somente em formato eletrônico
Agilent Technologies, Inc.
1900 Garden of the Gods Road
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como um “item comercial”, conforme
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conforme definido na FAR 52.227-19 (junho
de 1987) ou em qualquer regulamentação
de órgão equivalente ou cláusula
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252.227-7015 (b)(2) (novembro de 1995),
conforme aplicável em qualquer dado
técnico.
Avisos de segurança
C U I D AD O
CUIDADO indica perigo. Ele chama
a atenção para um procedimento,
prática ou algo semelhante que, se
não forem corretamente realizados
ou cumpridos, podem resultar em
avarias no produto ou perda de
dados importantes. Não prossiga
após um aviso de CUIDADO até
que as condições indicadas sejam
completamente compreendidas e
atendidas.
Licenças de tecnologia
O hardware e/ou o software descritos
neste documento são fornecidos com uma
licença e podem ser usados ou copiados
apenas em conformidade com os termos de
tal licença.
Legenda sobre direitos
restritos
Se o software for usado no cumprimento
de um contrato ou subcontrato com o
governo dos EUA, ele será fornecido e
licenciado como “software para
computador comercial”, conforme definido
AV I S O
AVISO indica perigo. Ele chama a
atenção para um procedimento,
prática ou algo semelhante que,
se não forem corretamente
realizados ou cumpridos, podem
resultar em ferimentos pessoais
ou morte. Não prossiga após um
AVISO até que as condições
indicadas sejam completamente
compreendidas e atendidas.
Guia e Tutorial de laboratório—Visão geral
Este Guia de Laboratório e Tutorial de Osciloscópio para estudantes de
Engenharia Elétrica/Física deve ser usado com os osciloscópios Série
DSO1000 da Agilent Technologies.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
3
Algumas palavras para os professores de Engenharia Elétrica/Física
Caros professores de Engenharia Elétrica/Física e/ou instrutores de laboratório,
Este guia de laboratório e tutorial do osciloscópio Agilent Série DSO1000 para estudantes de Engenharia
Elétrica/Física consiste em sete laboratórios práticos individuais que os estudantes devem realizar, na
ordem, para se familiarizarem com o que é um osciloscópio e saberem como usar esse instrumento. Um
osciloscópio é a ferramenta de medição que os seus alunos vão usar mais do que qualquer outro
instrumento, para testar experimentos em circuitos que vocês pedirem para eles fazerem, assim como
para testarem seus projetos de conclusão do curso. Eles também irão usar muito os osciloscópios após se
formarem e começarem a trabalhar na indústria de eletrônicos atual. Então, é extremamente importante
que eles sejam proficientes no uso dessa ferramenta vital.
Cada laboratório exige de 15 a 20 minutos para terminar. Esses laboratórios se destinam a uso com os
osciloscópios Agilent Série 1000. Antes de os alunos começarem a testar qualquer um dos experimentos
atribuídos em seu primeiro laboratório de circuitos, sugerimos que eles leiam a Seção 1, o Apêndice A e o
Apêndice B deste documento, como estudo prévio (lição de casa). A Seção 1 oferece uma introdução ao
osciloscópio, assim como alguns aspectos fundamentais sobre como usar as pontas de prova. O Apêndice
A e o Apêndice B são tutoriais curtos sobre a teoria de funcionamento e largura de banda do
osciloscópio.
Os alunos devem, então, concluir o exercício prático da Seção 2 deste documento durante a primeira
sessão de laboratório. Os alunos devem ter um conhecimento básico sobre como usar um osciloscópio
após concluírem os laboratórios nº1 e nº2. Entretanto, se os alunos tiverem tempo para concluir todos os
sete laboratórios, eles ficarão ainda mais capacitados a usar o osciloscópio, sabendo inclusive como
documentar e salvar os resultados para os relatórios do laboratório de experiências com circuitos.
Observe que o laboratório nº3 (Capturar eventos singulares) ensina aos alunos como "tocar" com a ponta
de prova do osciloscópio na mesa/bancada para criar uma descarga eletrostática. Se você não quiser que
seus alunos batam com suas pontas de prova na bancada, ignore esse laboratório em particular. Este guia
de laboratório de osciloscópio foi estruturado para oferecer flexibilidade em seu uso.
Atenciosamente,
Johnnie Hancock
Gerente do Programa de Educação em Osciloscópios
Agilent Technologies
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DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
Conteúdo
Guia e Tutorial de laboratório—Visão geral
3
Algumas palavras para os professores de Engenharia Elétrica/Física
4
1 Introdução
Usar as pontas de prova do osciloscópio
Conhecer o painel frontal
8
11
2 Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Laboratório nº1: Como fazer medições básicas
16
Laboratório nº2: Noções básicas de disparo do osciloscópio
Laboratório nº3: Capturar eventos singulares
24
30
Laboratório nº4: Compensar as pontas de prova 10:1 passivas 32
Calcular a quantidade adequada de compensação capacitiva 35
Carregar pontas de prova 36
Laboratório nº5: Documentar e salvar resultados de testes no osciloscópio
Laboratório nº6: Usar a matemática de forma de onda do osciloscópio
Laboratório nº7: Usar o modo zoom do osciloscópio
38
43
48
3 Resumo
Publicações afins da Agilent
52
A Diagrama de blocos e teoria de operação do osciloscópio
Diagrama de blocos do DSO
Bloco ADC
54
54
Bloco atenuador
55
Bloco de deslocamento CC
Bloco amplificador
55
55
Blocos comparador de disparo e lógica de disparo
56
Blocos de base de tempo e memória de aquisição
57
Bloco Exibição DSP
58
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5
B Tutorial de largura de banda do osciloscópio
Definir a largura de banda dos osciloscópios
59
Largura de banda requerida por aplicações analógicas
60
Largura de banda requerida por aplicações digitais 61
Regra prática 62
Etapa 1: Determinar as velocidades reais mais rápidas de borda
Etapa 2: Calcular fjoelho 62
Etapa 3: Calcular a largura de banda do osciloscópio
Exemplo 63
Comparação entre medições de clock digital
62
63
64
Índice
6
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
DSO1000 Recursos de Treinamento para o Professor
Guia de Laboratório e Tutorial
1
Introdução
Usar as pontas de prova do osciloscópio 8
Conhecer o painel frontal 11
Osciloscópios são ferramentas críticas para medições de tensão e intervalos,
nos circuitos elétricos analógicos e digitais dos dias de hoje. Quando você
terminar a faculdade de Engenharia Elétrica e começar a trabalhar na
indústria de eletrônicos, você provavelmente irá descobrir que um
osciloscópio é uma ferramenta de medição que você vai usar mais do que
qualquer outro instrumento, para testar, verificar e depurar seus projetos.
Mesmo na faculdade ou no curso de física da sua universidade particular, um
osciloscópio é a ferramenta de medição que você mais irá usar nos
laboratórios de circuitos, para testar e verificar suas tarefas e projetos.
Infelizmente, muitos estudantes nunca aprendem realmente a usar um
osciloscópio. Eles usam um modelo que é, geralmente, feito de botões para
girar e apertar aleatoriamente, até que uma imagem parecida com o que estão
procurando apareça magicamente na tela. Esperamos que, após você terminar
esta série de laboratórios breves, você terá uma compreensão melhor do que é
um osciloscópio e como usar um com mais eficiência.
Para começar, o que é um osciloscópio? Um osciloscópio é um instrumento de
medição eletrônica que monitora, sem interferir, sinais de entrada e os exibe
graficamente em um formato simples de tensão versus tempo. O tipo de
osciloscópio que o seu professor usava na faculdade era, provavelmente, um
totalmente baseado em tecnologia analógica. Esses osciloscópios mais antigos,
normalmente chamados analógicos, tinham largura de banda limitada (o que é
discutido no Apêndice B), não faziam medições automáticas e também
precisavam de que o sinal de entrada fosse repetitivo e contínuo.
O tipo de osciloscópio que você irá usar nesta série de laboratórios e
provavelmente durante o resto dos seus estudos universitários, é chamado de
osciloscópio de armazenamento digital; às vezes, nos referimos a ele
simplesmente como DSO. Os DSOs de hoje podem capturar e mostrar sinais
repetitivos e singulares, e eles frequentemente incluem um conjunto de
medições automáticas e recursos e análise que devem permitir que você
caracterize seus projetos e experiências estudantis com mais rapidez e
precisão do que o seu professor conseguia fazer na sua época de faculdade.
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7
1
Introdução
Se você estiver interessado em conhecer a teoria do funcionamento de um
osciloscópio, consulte o Apêndice A deste documento. Entretanto, a melhor
maneira de aprender rapidamente como usar um osciloscópio e entender o
que ele pode fazer por você é, primeiro, conhecer alguns dos seus controles
mais importantes e depois simplesmente começar a medir alguns sinais
básicos.
Figura 1
Osciloscópio Agilent Série 1000B
Usar as pontas de prova do osciloscópio
A primeira coisa, ao se fazerem medições com um osciloscópio, normalmente é
conectar as pontas de prova dele entre o dispositivo sendo testado e os BNCs
de entrada do osciloscópio. As pontas de prova do osciloscópio oferecem uma
terminação de impedância de entrada relativamente alta (resistência alta e
capacitância baixa) na ponta de teste. Uma conexão de impedância alta é
importante para isolar o instrumento de medição do circuito sendo testado, já
que o osciloscópio e a ponta de prova não devem alterar as características dos
sinais, durante o teste.
Há vários tipos diferentes de pontas de prova de osciloscópio que são usadas
para tipos específicos de medições, mas as pontas de provas que você vai usar
hoje são do tipo mais comum, chamadas de pontas de prova de tensão 10:1
passivas, conforme a Figura 2. "Passivas" simplesmente quer dizer que esse
tipo de ponta de prova não inclui componentes "ativos" como transistores ou
amplificadores. “10:1” significa que essa ponta de prova irá atenuar o sinal de
entrada recebido na entrada do osciloscópio por um fator de 10.
8
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Introdução
Figura 2
1
Ponta de prova de tensão 10:1 passiva
Ao se usar uma ponta de prova 10:1 passiva padrão, todas as medições do
osciloscópio devem ser feitas entre a ponta de teste do sinal e o terra. Em
outras palavras, você deve conectar o clipe de aterramento da ponta de prova
ao terra. Você não deve medir tensões em um componente de circuito
intermediário usando esse tipo de ponta de prova. Se você precisar medir a
tensão em um componente que não esteja aterrado, você deverá usar a função
matemática subtração do osciloscópio ao medir os sinais nas duas
extremidades do componente relativo ao aterramento, usando dois canais do
osciloscópio, ou você poderá usar uma ponta de prova ativa diferencial
especial. Observe também que nunca se deve completar um circuito usando o
osciloscópio.
A Figura 3 mostra um modelo elétrico de uma ponta de prova 10:1 passiva
quando conectada a um osciloscópio, usando a seleção de entrada padrão de
1 MΩ do osciloscópio, o que é necessário ao se usar esse tipo de ponta de
prova. Observe que muitos osciloscópios de largura de banda maior também
têm uma opção de terminação de entrada de 50 Ω selecionável pelo usuário,
geralmente usada para terminações de ponta de prova ativas e/ou quando
houver uma entrada de sinal diretamente de uma fonte de 50 Ω usando um
cabo coaxial BNC de 50 Ω.
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Introdução
Figura 3 Esquema simplificado de uma ponta de prova 10:1 passiva conectada à
impedância de entrada 1 MΩ do osciloscópio
Apesar de o modelo elétrico da ponta de prova passiva e do osciloscópio
incluírem tanto capacitância inerente/parasita (não incluída no projeto) como
redes de capacitância de compensação incluídas no projeto intencionalmente,
vamos ignorar esses elementos capacitivos, por ora, e analisar o
comportamento do sinal ideal deste sistema de ponta de prova/osciloscópio
em condições de baixa entrada de baixa frequência ou CC.
Após removermos todos os componentes capacitivos de nosso modelo elétrico
de ponta de prova/osciloscópio, o que resta é apenas um resistor de
extremidade da ponta de prova de 9 MΩ em série com a impedância de entrada
de 1 MΩ do osciloscópio. A resistência líquida de entrada da ponta de prova é,
assim, 10 MΩ. Usando a Lei de Ohm, você pode ver que o nível de tensão
recebido na entrada do osciloscópio é 1/10 do nível de tensão na extremidade
da ponta de prova (Vosciloscópio = Vponta de prova x (1 MΩ/10 MΩ).
Isso significa que, com uma ponta de prova 10:1 passiva, a faixa dinâmica do
sistema de medição do osciloscópio foi estendida. Em outras palavras, você
pode medir sinais com amplitude 10X maior em comparação com os sinais que
você poderia medir com uma ponta de prova 1:1. Além disso, a impedância de
entrada do seu sistema de medição do osciloscópio (ponta de prova +
osciloscópio) aumenta de 1 MΩ para 10 MΩ. Isso é uma vantagem, pois uma
impedância de entrada menor poderia carregar o dispositivo em teste (DUT) e
possivelmente mudar os níveis de tensão reais dentro do DUT, o que não seria
bom. E, apesar de a impedância de entrada líquida de 10 MΩ ser grande, sem
dúvida, você deve se lembrar de que esta quantidade de impedância de carga
deve ser considerada em relação à impedância do dispositivo a que você está
aplicando as pontas de prova. Por exemplo, um circuito simples de um
amplificador operacional com um resistor de feedback de 100 MΩ pode gerar
leituras falsas em um osciloscópio.
Embora a maioria dos osciloscópios de desempenho mais elevado possa
detectar quando uma ponta de prova 10:1 está conectada e automaticamente
definir o fator de atenuação como 10:1, o osciloscópio Agilent Série 1000 exige
10
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Introdução
1
que esse fator seja introduzido manualmente, ou que a tecla do painel frontal
[Default Setup] seja pressionada para definir a atenuação de ponta de prova
como 10:1. Assim que o osciloscópio souber qual é o fator de atenuação da
ponta de prova (seja detectado automaticamente ou inserido manualmente), o
osciloscópio oferece leituras compensadas de todas as configurações verticais,
para que todas as medições de tensão sejam referenciadas para o sinal de
entrada não-atenuado na extremidade da ponta de prova. Por exemplo, se você
aplicar a ponta de prova a um sinal de 10 Vpp, o sinal recebido na entrada do
osciloscópio será de apenas 1 Vpp, na verdade. Mas, como o osciloscópio sabe
que você está usando uma ponta de prova 10:1 divisora, ele irá relatar que está
vendo um sinal de 10 Vpp ao fazer medições de tensão.
Quando chegarmos ao Laboratório 4 (Compensando suas pontas de prova 10:1
passivas), nós voltaremos a esse modelo de pontas de prova passivas e
lidaremos com os componentes capacitores. Esses elementos no modelo
elétrico da ponta de prova/osciloscópio irão afetar o desempenho
dinâmico/CA do sistema combinado de osciloscópio e ponta de prova.
Conhecer o painel frontal
Vamos começar conhecendo primeiro os controles/botões mais importantes do
seu osciloscópio. Perto da parte de cima do seu osciloscópio, estão os
controles “Horizontal” mostrados na Figura 4. O botão maior define a escala
horizontal em segundos/divisão. Esse controle define a escala do eixo X da
forma de onda exibida. Uma "divisão" horizontal é o tempo Δ entre cada linha
da grade vertical. Quando desejamos exibir formas de onda mais rápidas
(sinais de frequência mais alta), normalmente definimos a escala horizontal
para um valor s/div menor. Se você quiser exibir formas de onda mais lentas
(sinais de frequência mais lenta), defina a escala horizontal para um valor
s/div maior. O botão menor na seção Horizontal define a posição horizontal da
forma de onda. Em outras palavras, com esse controle, você poderá mover o
posicionamento horizontal da esquerda e da direita da forma de onda. Os
controles horizontais do osciloscópio (s/div e posição) são frequentemente
chamados de controles de "base de tempo" principais do osciloscópio.
Figura 4
Controles horizontais do osciloscópio (eixo X)
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1
Introdução
Os controles/botões mais próximos da parte inferior do osciloscópio
(Figura 5), na seção Vertical (logo acima dos BNCs de entrada), definem a
escala vertical do osciloscópio. Se você estiver usando um osciloscópio de dois
canais, haverá dois pares de controles de escala vertical. Se você estiver
usando um osciloscópio de quatro canais, haverá quatro pares de controles de
escala vertical. O botão maior para cada canal de entrada, na seção Vertical,
define o fator de escala vertical em Volts/divisão. Essa é a escala gráfica do
eixo Y para as suas formas de onda. Uma "divisão" vertical é o ΔV entre cada
linha da grade vertical. Se você quiser exibir sinais relativamente grandes
(tensões de pico a pico altas), geralmente você deverá definir a configuração
Volts/div para um valor relativamente alto. Se você estiver exibindo níveis de
sinal de entrada pequenos, defina a configuração Volts/div para um valor
relativamente baixo. Os botões/controles menores para cada canal, na seção
Vertical, são os controles de posição/deslocamento. Você pode usar esse botão
para mover a forma de onda para cima e para baixo, na tela.
Figura 5
Controles verticais do osciloscópio (eixo Y)
Outra variável muito importante na configuração do osciloscópio é o
controle/botão de nível de disparo mostrado na Figura 6. Esse controle/botão
fica perto do centro do painel frontal do osciloscópio, logo abaixo da seção
identificada como Disparo. O disparo é, provavelmente, o aspecto menos
compreendido de um osciloscópio, mas é um dos recursos mais importantes
para se conhecer nele. Nós iremos tratar dos disparos do osciloscópio em mais
detalhes, quando chegarmos aos laboratórios práticos.
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Introdução
Figura 6
1
Controle de nível de disparo do osciloscópio
Ao ler as instruções dos laboratórios a seguir, sempre que você vir uma palavra
em negrito dentro de colchetes, como Cursores [Cursors], trata-se de uma tecla
(ou botão) do painel frontal localizada no lado direito do osciloscópio. Quando
a tecla é pressionada, um menu único com seleções de "softkey" associadas
com aquela função em particular o painel frontal será ativada. “Softkeys” são
as 5 teclas/botões localizadas à direita do visor do osciloscópio. As funções
dessas teclas mudam de acordo com o menu que está ativo.
Agora, localize o botão de controle Entrada mostrado na Figura 7. É o botão
logo à direita do visor do osciloscópio. Nós vamos usar muito esse botão para
mudar muitas variáveis e seleções de configuração que não têm botões
dedicados nos controles do painel frontal. Sempre que você vir a seta verde
curva (
) em uma seleção de softkey, essa é uma indicação de que o botão
Entrada controla essa variável. Então, vamos começar a fazer medições com o
osciloscópio!
Figura 7
Controle de entrada geral do osciloscópio
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Introdução
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DSO1000 Recursos de Treinamento para o Professor
Guia de Laboratório e Tutorial
2
Laboratórios de Familiarização com o
Osciloscópio
Laboratório nº1: Como fazer medições básicas 16
Laboratório nº2: Noções básicas de disparo do osciloscópio 24
Laboratório nº3: Capturar eventos singulares 30
Laboratório nº4: Compensar as pontas de prova 10:1 passivas 32
Laboratório nº5: Documentar e salvar resultados de testes no
osciloscópio 38
Laboratório nº6: Usar a matemática de forma de onda do osciloscópio 43
Laboratório nº7: Usar o modo zoom do osciloscópio 48
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Laboratório nº1: Como fazer medições básicas
Nesta primeira aula, você aprenderá como utilizar os controles de escala
horizontal e vertical do osciloscópio e como configurar o osciloscópio
adequadamente para que exiba uma onda quadrada repetitiva. Além disso,
você aprenderá como fazer algumas medições simples de tensão e tempo nesse
sinal.
1 Conecte o cabo de alimentação na tomada e ligue o osciloscópio.
2 Conecte uma ponta de prova do osciloscópio entre o BNC de entrada do
canal 1 e o terminal identificado como Comp. ponta que tenha a forma de
“pulso” como mostrado na Figura 8. Conecte o clipe de aterramento da
ponta de prova ao terminal com o símbolo de terra. Observe que, nos
osciloscópios da série DSO1000A, os terminais Comp. ponta estão localizados
embaixo do visor.
Figura 8 Conecte uma ponta de prova entre a entrada do canal 1 e o terminal de
compensação da ponta de prova
16
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Sempre haverá uma onda quadrada de 1 kHz presente no terminal "comp.
ponta". Embora o propósito principal desse sinal seja calibrar/compensar
as pontas de prova do osciloscópio, o que faremos mais tarde em outro
laboratório, usaremos esse sinal para fins de treinamento.
3 Pressione a tecla Config. Padrão [Default Setup] do painel frontal.
Config. Padrão definirá uma configuração predefinida de fábrica para o
osciloscópio. Não apenas definirá os fatores de escala X e Y do osciloscópio
com os valores predefinidos, mas também desativará quaisquer modos
especiais de operação que algum de seus colegas de classe pode ter usado.
Aplicar uma configuração padrão também ajusta os fatores de atenuação de
ponta de prova do osciloscópio em 10X, de modo que todas as medições de
amplitude sejam referenciadas ao nível do sinal presente na extremidade da
ponta de prova. Quando começar a fazer novas medições com o
osciloscópio, é sempre bom iniciar com a configuração padrão. Agora
vamos ajustar corretamente as configurações de escala vertical, horizontal
e de disparo após fazer com que a onda quadrada de 1 kHz seja exibida no
visor.
4 Pressione a tecla Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] no painéis frontal
(próximo ao canto superior direito do visor) para expandir a área de
exibição da forma de onda do osciloscópio.
5 Gire o botão Nível de disparo no sentido horário até a configuração de nível
de disparo indicar aproximadamente 1,5 Volt (leitura próxima ao lado
superior direito do visor) e a linha de disparo horizontal temporária
interceptar a metade da forma de onda. Observe que você aprenderá mais
sobre o disparo do osciloscópio no próximo laboratório.
6 Gire o botão Horizontal grande (próximo ao topo do painel frontal do
osciloscópio) no sentido anti-horário até observar mais de dois períodos da
onda quadrada. A configuração correta deve ser de 200 us/ (leitura próxima
do lado superior esquerdo do visor). Essa configuração é uma abreviação de
200 μs/divisão. Deste ponto em diante, nós nos referiremos a isso
simplesmente como a configuração da "base de tempo" do osciloscópio.
7 Gire o botão da posição Horizontal (o botão menor próximo ao topo do
painel frontal do osciloscópio) para mover a forma de onda para esquerda e
para direita. Pressione esse botão de defini-lo de volta a zero (0,0 segundo
no centro da tela).
8 Gire o botão de posição vertical do canal 1 (botão menor amarelo na seção
vertical do painel frontal, logo acima do BNC de entrada) até que o topo da
forma de onda esteja próximo ao centro do visor. A configuração correta
deve ser de aproximadamente -3,0 us/ (leitura temporária próxima do lado
inferior esquerdo do visor).
9 Gire o botão V/div do canal 1 (botão maior amarelo na seção vertical) no
sentido horário até a leitura no canto inferior esquerdo do visor apresentar
“500mV/”. Isso significa 500 mV/div. Se você pressionar o botão V/div do
canal 1 e então fizer os ajustes, verá que está disponível o recurso de ajuste
“fino” Seu professor pode chamar isso de ajuste “vernier” do osciloscópio.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Pressione o botão novamente para retornar ao ajuste “simples” e, em
seguida, coloque novamente em 500 mV/.
O ajuste da posição vertical do osciloscópio e da configuração V/div (etapas
nos. 8 e 9 acima) é normalmente um processo iterativo; ajuste um, depois o
outro e repita esse processo até a forma de onda ser exibida corretamente.
O visor do seu osciloscópio deve estar parecido com a Figura 9. Vamos agora
fazer algumas medições nessa onda quadrada. Observe que o visor do
osciloscópio é basicamente um gráfico com X versus Y. No eixo X (horizontal),
podemos medir o tempo; e no eixo Y (vertical), a tensão. Em muitas tarefas das
aulas de Engenharia Elétrica ou Física, você provavelmente calculou e
representou sinais elétricos em um gráfico, com formato similar, porém
estático, no papel. Ou talvez você tenha usado vários aplicativos de software
de PC que automaticamente desenhavam o gráfico das formas de onda.
Quando um sinal de entrada repetitivo é aplicado a um osciloscópio, podemos
observar gráficos dinâmicos (continuamente atualizados) das formas de onda.
Figura 9 Ajustar as configurações vertical, horizontal e de disparo do osciloscópio para
exibir uma forma de onda
O eixo X (horizontal) consiste em 12 divisões principais na tela (se a exibição
do menu estiver desativada), com cada divisão principal sendo igual à
configuração s/div. Nesse caso, cada divisão principal horizontal representa
200 microssegundos, considerando-se que a base de tempo do osciloscópio
esteja definida como 200 μs/div, conforme instruído anteriormente. Como há
12 divisões na tela, o osciloscópio mostra 2,4 ms (200 μs/div x 12 divisões) da
esquerda para a direita do visor. Observe que cada divisão principal também é
18
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
dividida em 5 divisões secundárias (0,2 divisões cada uma), exibidas como
marcas indicadoras. Cada divisão secundária representa
1/5 div × 200 μs/div = 40 μs.
Nosso eixo Y (vertical) consiste em 8 divisões principais verticalmente, cada
uma delas igual à configuração V/div, que deve ser ajustada em 500 mV/div.
Nessa configuração o osciloscópio pode medir sinais tão elevados quanto
4 Vp-p (500 mV/div x 8 divisões). Cada divisão principal é também dividida em
5 divisões secundárias (0,2 divisões cada uma). Cada divisão secundária,
representada como marcas indicadoras, representa 100 mV cada.
10 Faça uma estimativa da largura de pulso (PW) de um dos pulsos positivos
contando o número de divisões (principal e secundária) de uma borda
ascendente até a próxima borda descendente e, em seguida, multiplique
pela configuração s/div (deve ser 200 μs/div).
PW = _____________
11 Estime o período (T) de uma dessas ondas quadradas contando o número
de divisões de uma borda ascendente até a próxima borda ascendente e, em
seguida, multiplicando pelo valor definido para s/div.
T = _____________
12 Qual é a frequência dessa onda senoidal (F = 1/T).
F = _____________
13 Determine a tensão pico a pico dessa forma de onda contando o número de
divisões desde a parte inferior até o topo da forma de onda; em seguida,
multiplique pelo valor definido para V/div (deve ser 500 mV/div).
Vp-p = _____________
Observe que o rótulo amarelo “1” na lado esquerdo do visor indica o nível de
terra (0,0 V) da forma de onda do canal 1. Se o canal 2 desse osciloscópio
também estivesse ligado, você veria um rótulo verde “2” indicando o respectivo
nível de terra (0,0 V). Agora vamos usar a função “cursores” do osciloscópio
para fazer essas mesmas medições de tensão e tempo.
14 Pressione a tecla Cursores [Cursors] do painel frontal; depois, pressione a
softkey Modo. Gire o botão Entrada até Manual ficar em destaque; em seguida,
aperte o botão Entrada para selecionar.
15 Pressione a softkey CurA--- até ela ficar destacada em azul (observe que ela
já pode estar na cor azul).
16 Gire o botão Entrada para posicionar o cursor de tempo A na primeira borda
ascendente da forma de onda, próximo do lado esquerdo do visor.
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
17 Pressione a softkey CurA--- para desativar esse cursor e, em seguida,
pressione a softkey CurB--- para ativar o cursor de tempo B.
18 Gire o botão Entrada para posicionar o cursor de tempo B na segunda borda
ascendente da forma de onda no centro do visor. O visor do seu osciloscópio
deve estar parecido com a Figura 10.
Figura 10 Usar os cursores de tempo para medir o período e a frequência da onda
quadrada
19 Qual o período e a frequência dessa forma de onda?
ΔX = _____________
1/ΔX = _____________
20 Pressione a softkey Tipo para mudar dos cursores de Tempo para os cursores
de Amplitude.
21 Pressione a softkey CurB--- para desativar esse cursor e, em seguida,
pressione a softkey CurA--- para ativar o cursor de amplitude A.
22 Gire o botão Entrada para posicionar o cursor de amplitude A na parte
inferior da forma de onda.
23 Pressione a softkey CurA--- para desativar esse cursor e, em seguida,
pressione a softkey CurB--- para ativar o cursor de amplitude B.
24 Gire o botão Entrada para posicionar o cursor de amplitude B na parte
superior da forma de onda. O visor do seu osciloscópio deve estar parecido
com a Figura 11.
20
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Figura 11 Usar os cursores de amplitude para medir a tensão pico a pico da onda
quadrada
25 Quais são as amplitudes superior, inferior e Vpp desta forma de onda?
Inferior (CurA) = _____________
Superior (CurB) = _____________
Vpp (ΔY) = _____________
Os cursores fornecerão uma medição um pouco mais precisa e eliminarão as
suposições da medição. Vamos usar um método ainda mais fácil e exato para
executar essas medições.
26 Pressione a tecla Medição [Meas] no painel frontal. Observe que essa tecla
do painel frontal é rotulada como Medição [Measure] nos osciloscópios da
série DSO1000A.
27 Se a softkey superior estiver rotulada como 2/2 (menu 2 de 2); pressione
essa softkey para alternar para 1/2 (menu 1 de 2).
28 Pressione a softkey Tensão; em seguida, gire o botão Entrada para destacar
Vpp e, em seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
29 Pressione a softkey Tempo; em seguida, gire o botão Entrada para destacar
Freq e, em seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
O visor do seu osciloscópio deve agora estar parecido com a Figura 12,
exibindo as medições automáticas de Vpp e frequência próximo da parte
inferior da tela.
Figura 12 Usar as medições paramétricas automáticas do osciloscópio
O método mais comum utilizado para medir tempo e tensão em um
osciloscópio é normalmente o de “contagem de divisão” que usamos primeiro.
Embora as divisões devam ser contadas e depois multiplicadas pelas
configurações do osciloscópio, engenheiros familiarizados com seus
osciloscópios podem estimar rapidamente os parâmetros de tensão e tempo
dos sinais... e algumas vezes uma estimativa aproximada é tudo o que se
precisa para saber se um sinal é válido ou não.
Antes de finalizarmos este primeiro laboratório, vamos tentar fazer mais uma
medição interessante.
30 Pressione a softkey 1/2, o que nos levará para a segunda página desse menu
de medição.
31 Pressione a softkey Exibir todos para alternar de OFF para ON.
O visor do seu osciloscópio deve agora estar parecido com a Figura 13,
exibindo uma lista abrangente de medições paramétricas na onda quadrada de
1 kHz.
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
2
Figura 13 Realizar “todas” as medições de tensão e tempo na onda quadrada
Um dos primeiros passos realizados neste laboratório de familiarização foi
definir o nível de disparo do osciloscópio. Entretanto, ainda não discutimos do
que se trata esse disparo de osciloscópio. Vamos aprender mais sobre disparo
de osciloscópio no próximo laboratório prático.
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Laboratório nº2: Noções básicas de disparo do osciloscópio
Conforme mencionado anteriormente, o disparo do osciloscópio é
provavelmente o recurso mais importante de um osciloscópio, que deve ser
compreendido caso se deseje obter aproveitamento máximo das medições no
osciloscópio. Isso é especialmente importante ao tentar realizar medições em
muitos dos mais complexos sinais digitais da atualidade. Infelizmente, o
disparo do osciloscópio costuma ser o aspecto menos compreendido da
operação do osciloscópio.
É possível pensar no "disparo" do osciloscópio como uma forma de "obtenção
de fotografias sincronizadas". Quando o osciloscópio capta e exibe um sinal de
entrada repetitivo, ele pode estar tirando milhares de fotografias por segundo
do sinal de entrada. Para exibir essas formas de onda (ou fotografias), a
obtenção da fotografia deve estar sincronizada com "alguma coisa". Esse
“alguma coisa” é um único ponto no tempo do sinal de entrada.
Uma situação análoga ao disparo do osciloscópio é uma fotografia do momento
da chegada de uma corrida de cavalos. Embora não seja um evento repetitivo,
o obturador da câmera deve estar sincronizado com o focinho do primeiro
cavalo no momento em que ele cruza a linha de chegada. Tirar fotos
aleatoriamente da corrida de cavalos em algum momento entre a largada e a
chegada da corrida seria análogo à exibição de formas de onda não disparadas
no osciloscópio.
Para compreender melhor o disparo do osciloscópio, vamos realizar algumas
outras medições em nossa familiar onda quadrada que usamos no laboratório
nº1.
1 Assegure-se de que a ponta de prova do osciloscópio ainda esteja conectada
entre o terminal identificado como “Comp. ponta” e o BNC de entrada do
canal 1.
2 Pressione Config. Padrão [Default Setup] no painel frontal do osciloscópio.
3 Pressione Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] para desligar o menu e
expandir a área de exibição da forma de onda.
4 Gire o botão de nível de disparo no sentido horário para definir o nível
próximo da metade da forma de onda (aproximadamente 1,5 V).
5 Ajuste o botão de posição vertical do canal 1 para centralizar a forma de
onda na área de exibição do osciloscópio.
O visor do seu osciloscópio deve estar parecido com a Figura 14. Neste ponto
estamos visualizando apenas uma parte estreita da onda quadrada em torno
de sua borda ascendente, pois a base de tempo está definida como 1,0 μs/div.
Lembre-se, o período desse sinal é aproximadamente 1,0 ms. Observe o
símbolo “T” próximo à parte superior do visor. Ele marca o ponto no tempo
onde o osciloscópio está disparando nessa forma de onda. Os dados da forma
de onda, captados antes do ponto de disparo (lado esquerdo do visor), são
considerados dados de tempo negativos, ao mesmo tempo que os dados
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
captados após o ponto de disparo (lado direito do visor) são considerados
dados de tempo positivos. Agora observe o símbolo “T” próximo ao lado
esquerdo do visor. Ele marca o nível da tensão onde o osciloscópio está
disparando nessa forma de onda. O local onde os dois símbolos “T”
interceptam uma borda ascendente da forma de onda é o ponto de disparo
aproximado, ou ponto de sincronização.
3RQWRGHGLVSDUR
Figura 14 Disparar em uma borda ascendente
6 Gire o botão de nível de disparo no sentido horário para elevar o nível até
próximo do topo da forma de onda. Você deve observar que a forma de onda
desliza para esquerda.
7 Gire o botão de nível de disparo no sentido anti-horário para baixar o nível
até próximo da parte inferior da forma de onda. Você deve observar que a
forma de onda desliza para direita.
8 Retorne o nível de disparo para aproximadamente 1,5 V, próximo da metade
da forma de onda.
Por padrão, o osciloscópio automaticamente seleciona disparar nas bordas
ascendentes. Agora vamos configurar o osciloscópio para disparar em uma
borda descendente dessa onda quadrada de 1 kHz.
9 Pressione a tecla Menu disparo [Trig Menu] do painel frontal. Observe que
essa tecla do painel frontal está rotulada como Menu [Menu] na seção
Disparo sobre osciloscópios série DSO1000A.
10 Pressione a softkey Inclin.; depois, gire o botão Entrada para destacar o
símbolo da borda descendente.
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
O visor do seu osciloscópio deve estar agora sincronizado e exibindo uma
borda descendente dessa forma de onda semelhante à mostrada na Figura 15.
Agora vamos saber mais sobre os modos "Varredura".
3RQWRGHGLVSDUR
Figura 15 Disparar em uma borda descendente
11 Gire o botão horizontal grande no sentido anti-horário para ajustar a base
de tempo em 200 μs/div. Você agora deve observar alguns períodos dessa
forma de onda com a borda descendente da onda quadrada ainda
sincronizada com o ponto no centro da tela.
12 Gire o botão de nível de disparo no sentido horário até o seu indicador ficar
acima da forma de onda.
Como o nível de disparo está ajustado de forma a ficar acima da forma de
onda, o osciloscópio não tem nada para sincronizar sua captura de imagens,
como mostrado na Figura 16. O osciloscópio está agora em disparo
“Automático” e você deve observar uma mensagem verde “AUTO” piscando
perto do canto superior esquerdo do visor. Isso significa que o osciloscópio
está gerando disparos automáticos, mas sem estarem sincronizados com o
sinal de entrada. Veja que você observaria a mesma coisa se o nível de disparo
fosse estabelecido abaixo da forma de onda.
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
1tYHOGHGLVSDUR
Figura 16 Disparo automático com o nível de disparo definido acima do sinal de entrada
O modo de varredura (ou disparo) padrão do osciloscópio é o automático.
Quando o osciloscópio está usando o modo automático de varredura sem
encontrar uma condição de disparo válida (borda descendente cruzando a
onda quadrada de 1 kHz neste caso), ele gera seus próprios disparos
assíncronos e começa a capturar imagens (aquisições) do sinal de entrada em
momentos aleatórios. Como a "captura de imagens" agora é aleatória, em vez
de estar sincronizada com o sinal de entrada, tudo o que podemos ver é um
"borrão" ou formas de onda exibidas aleatoriamente. Essa exibição aleatória
de formas de onda indicam que nosso osciloscópio não está disparando no
sinal de entrada.
Observe também que a palavra "varredura" é um termo que teve origem nos
osciloscópios analógicos, como aqueles usados pelo seu professor quando ele
estava na universidade, nos quais um feixe de elétrons "varria" ou era defletido
em um tubo de raios catódicos (CRT) vetorial. Osciloscópios de
armazenamento digital (DSO) não “varriam”, mas digitalizavam sinais de
entrada usando um conversor analógico-digital (ADC) e exibiam os pontos
digitalizados como uma imagem bitmap na tela plana do visor do osciloscópio.
O termo "varredura", entretanto, ainda é amplamente empregado. Você
também deve ter atenção ao fato de que alguns osciloscópios atuais também
chamam esse modo de operação de "modo de disparo".
13 Pressione o botão de nível de disparo para definir automaticamente o nível
de disparo para cerca de 50%.
14 Desconecte a ponta de prova do canal 1 do terminal “Comp. ponta”.
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Com a ponta de prova do canal 1 desconectada de nossa fonte de sinal,
devemos agora ver o sinal CC 0,0 V da linha de base. Como esse sinal de 0,0 V
CC não apresenta nenhum cruzamento de bordas, o osciloscópio não tem nada
para efetuar disparos
e novamente faz "disparos automáticos" para exibir esse sinal de nível CC.
Além do modo de varredura automática padrão, o osciloscópio também possui
outro modo de varredura selecionável pelo usuário chamado de modo normal.
Vamos ver agora como o modo de varredura normal difere do modo de
varredura automática.
15 Reconecte a ponta de prova do canal 1 ao terminal “Comp. ponta”. Você
deverá visualizar novamente a onda quadrada disparada.
16 Pressione a softkey Varredura para alternar entre o modo de varredura Auto
e o modo de varredura Normal.
17 Desconecte novamente a ponta de prova do canal 1 do terminal “Comp.
ponta”.
Agora você deve visualizar a última aquisição (última imagem) que ocorreu
antes de a ponta de prova ter sido desconectada, ou talvez visualizar um
transiente. Você também deve visualizar uma mensagem “Aguarde” piscando
no canto superior esquerdo do visor. Essa é uma indicação de que o
osciloscópio está esperando por eventos de disparo válidos. Observe que não é
possível ver o traço do nível 0,0 V CC mostrado pelo modo de varredura
automática quando a ponta de prova estava desconectada. Quando o modo de
varredura normal é selecionado, o osciloscópio exibe formas de onda somente
se detectar condições de disparo válidas (cruzamentos de bordas
descendentes, nesse caso).
18 Gire o botão de disparo no sentido horário para definir o nível de disparo
em aproximadamente +4,00 V (acima da onda quadrada se estivermos com a
ponta de prova conectada).
19 Reconecte a ponta de prova do canal 1 ao terminal “Comp. ponta”.
A onda quadrada agora está conectada e sendo inserida no osciloscópio, mas
onde está nossa exibição repetitiva desse sinal? Como estamos usando o modo
de varredura normal, o osciloscópio ainda exige cruzamentos de borda
válidos, porém como o nível de disparo está definido acima da forma de onda
(a +4,00 V), não há cruzamentos de borda válidos. Como é possível observar
com o modo de varredura normal, não temos nenhuma pista de onde nossa
forma de onda está, por isso não é possível medir CC.
20 Pressione o botão de nível de disparo para definir automaticamente o nível
de disparo para cerca de 50%. O osciloscópio deverá mostrar formas de
onda repetitivas novamente.
Alguns osciloscópios mais antigos utilizavam, para o que hoje chamamos de
modo de varredura normal, o modo de varredura Disparado, que pode, na
verdade, ser um termo mais descritivo para esse modo de disparo, pois nesse
28
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
2
modo o osciloscópio dispara somente quando encontra uma condição de
disparo válida e não gera um disparo automático (disparo assíncrono para
gerar a obtenção assíncrona de imagens). Além disso, é um pouco
contraditório que o modo de varredura normal não seja o modo
"normalmente" utilizado e o modo padrão do osciloscópio. O modo de disparo
normalmente utilizado é o modo de varredura automática, que é o modo
padrão do osciloscópio.
Neste ponto, você deve estar se perguntando quando deve usar o modo de
varredura normal. O modo de varredura normal deve ser utilizado quando o
evento de disparo ocorre com pouquíssima frequência (incluindo eventos
singulares). Por exemplo, se você fizesse a configuração do osciloscópio
capturar e exibir um sinal que ocorresse a uma taxa de apenas ½ Hz (um ciclo
a cada 2 segundos) e o modo de disparo tivesse sido definido como modo de
varredura automática, então o osciloscópio geraria muitos disparos
automáticos gerados de forma assíncrona e não seria capaz de mostrar esse
sinal de lenta alteração. Nesse caso, você precisaria selecionar o modo de
varredura normal de maneira que o osciloscópio aguardaria até obter eventos
de disparo válidos antes de exibir as formas de onda. Se você dispõe de um
gerador de função em seu laboratório, é possível tentar ajustar a frequência
em 0,5 Hz e observar a diferença entre usar o modo de varredura automática e
o modo normal.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Laboratório nº3: Capturar eventos singulares
Até agora temos capturado formas de onda repetitivas, ou seja, sinais que se
repetem. No caso de nossa onda quadrada de 1 kHz, esses sinais se repetem
1.000 vezes por segundo. Ocasionalmente, entretanto, os engenheiros precisam
capturar eventos (sinais) singulares, o que significa que eles ocorrem apenas
uma vez. Os osciloscópios de armazenamento digital (DSOs) são excelentes
para capturar eventos singulares devido às suas taxas de amostragem muito
rápidas. No entanto, configurar o osciloscópio para capturar um evento
singular é mais complicado do fazê-lo para capturar uma forma de onda que se
repete. Você não pode mais "ajustar" as condições de configuração, tais como
V/div e s/div, enquanto visualiza a forma de onda. O sinal não está lá para você
fazer isso. Você deve ter algum conhecimento das características aproximadas
do evento singular, tais como amplitude e largura do evento, antes de
configurar o osciloscópio para capturá-lo. Assim, vamos assumir que você sabe
que o evento singular possui uma amplitude pico a pico de aproximadamente
2 Vpp e uma largura de evento de aproximadamente 10 milissegundos. Vamos
agora configurar o osciloscópio para capturar um evento singular com essas
características.
1 Pressione a tecla Config. Padrão [Default Setup] do painel frontal.
2 Desconecte a ponta de prova do canal 1 (garra de ponta de prova e clipe de
aterramento) do terminal identificado como “Comp. ponta”.
3 Defina a base de tempo o osciloscópio como 1,000 ms/div.
4 Defina a configuração V/div do canal 1 como 200 mV/div.
5 Defina o nível de disparo como aproximadamente 300 mV.
6 Pressione a tecla Disparo [Trig] no painel frontal. Observe que essa tecla do
painel frontal está rotulada como Menu [Menu] na seção Disparo dos
osciloscópios série DSO1000A.
7 Pressione a softkey Varredura para alternar entre o modo de varredura Auto
e o modo de varredura Normal.
8 Pressione a tecla Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] no painel frontal.
9 Pressione a tecla Único [Single] no painel frontal.
10 Pegue a ponta de prova e toque repetida e delicadamente com ela na
bancada ou mesa para criar e capturar uma pequena carga eletrostática
(ESD).
Você pode ver agora no visor do osciloscópio uma forma de onda armazenada
semelhante à ilustrada na Figura 17. Provavelmente ela será um pouco
diferente. Se o osciloscópio não capturou nada, tente reduzir o nível de
disparo: pressione a tecla Único [Single] no painel frontal e toque na bancada
com a ponta de prova novamente. Para capturar múltiplos eventos singulares,
pressione Único [Single] novamente antes de o evento ocorrer na próxima vez.
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DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Figura 17 Configurar o osciloscópio para capturar um evento singular
Para entender melhor o uso do modo de varredura normal estudado no
laboratório anterior, vamos tentar capturar múltiplos eventos infrequentes.
11 Pressione a tecla Exec./Parar [Run/Stop] no painel frontal (ela deve estar
iluminada em verde).
12 Comece tocando repetidamente na bancada/mesa com a ponta de prova a
uma frequência baixa (uma vez a cada segundo, por exemplo).
Você deve notar que o osciloscópio captura cada evento singular. Vamos agora
mudar o modo de varredura para automática e ver o que acontece.
13 Pressione a tecla Menu disparo [Trig Menu] do painel frontal. Observe que
essa tecla do painel frontal está rotulada como Menu [Menu] na seção
Disparo dos osciloscópios série DSO1000A.
14 Pressione a softkey Varredura para alternar de Normal para Auto.
15 Comece novamente a tocar repetidamente na bancada/mesa com a ponta de
prova a uma frequência baixa.
Você deve observar que o osciloscópio raramente captura o evento singular e,
quando o faz, ele aparece aleatoriamente na tela e não fixo no local do disparo
centralizado no visor. Isso ocorre porque o osciloscópio está fazendo disparos
automáticos. Lembre-se de que a varredura automática (disparo) é excelente
quando capturando formas de onda repetitivas, mas ela não deve ser usada
para capturar eventos singulares ou com baixa taxa de repetição.
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Laboratório nº4: Compensar as pontas de prova 10:1 passivas
Agora que você concluiu as primeiras três aulas em laboratório deste guia de
treinamento em osciloscópio e está de certa forma familiarizado com o uso de
um osciloscópio em medições básicas de tensão e tempo, vamos voltar um
pouco e conversar sobre pontas de prova novamente. Na seção Introdução
deste guia, falamos brevemente sobre pontas de prova e mostramos o modelo
de entrada elétrico da combinação de uma ponta de prova 10:1 passiva e a
entrada do osciloscópio. Esse modelo elétrico de ponta de prova e osciloscópio
é mostrado novamente na Figura 18.
Figura 18 Esquema simplificado de uma ponta de prova 10:1 passiva conectada à
impedância de entrada 1 MΩ do osciloscópio
Se estiver lembrado, você recebeu instruções para ignorar os componentes
capacitivos neste modelo elétrico e considerar somente os componentes
resistivos. Quando observamos somente os componentes resistivos,
determinamos que a combinação do resistor da extremidade da ponta de
prova 9 MΩ mais a impedância de entrada de 1 MΩ da ponta de prova
estabeleceu uma escala divisora de tensão 10 para 1. É adequado ignorar
elementos capacitivos para aplicações CC ou de baixa frequência. Porém, se
você precisar medir sinais dinâmicos, que é a principal aplicação de medição
para osciloscópios, os elementos capacitivos desse modelo elétrico não podem
ser ignorados.
As capacitâncias parasitas são inerentes a todas as entradas e pontas de prova
de osciloscópios. Elas incluem a capacitância do cabo da ponta de prova (C
cabo), bem como a capacitância de entrada do osciloscópio (C osciloscópio).
"Inerente/parasita" significa simplesmente que esses elementos do modelo
elétrico não estão comprometidos de forma intencional, são somente um fato
infeliz da vida no mundo real dos eletrônicos. E a quantidade de capacitância
inerente/parasita variará de acordo com cada osciloscópio e ponta de prova.
Contudo, sem componentes capacitivos adicionais comprometidos para
compensar os elementos capacitivos inerentes no sistema, a reatância do
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
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sistema sob condições dinâmicas de sinais (não CC) pode mudar a atenuação
geral dinâmica do sistema de ponta de prova para algo diferente da escala 10:1
desejada. O propósito do capacitor da extremidade da ponta de prova
adicional/integrada (C extremidade) juntamente com o capacitor de
compensação ajustável (C comp) é estabelecer uma atenuação de reatância
capacitiva que corresponda à atenuação resistiva de 10:1. Quando o capacitor
de compensação está ajustado adequadamente, isso também garante que a
constante de tempo da capacitância da extremidade da ponta de prova em
paralelo com o resistor de 9 MΩ corresponda à constante de tempo das
capacitâncias inerente e de compensação em paralelo com o resistor de
entrada de 1 MΩ do osciloscópio.
Em vez de gastar muito mais tempo conversando sobre a teoria, vamos nos
conectar a um sinal e ver o efeito da subcompensação, da sobrecompensação e
da compensação adequada.
1 Conecte uma ponta de prova do osciloscópio entre o BNC de entrada do
canal 1 e o terminal identificado como Comp. ponta. Conecte o clipe de
aterramento da ponta de prova ao terminal terra.
2 Conecte outra ponta de prova do osciloscópio entre o BNC de entrada do
canal 2 e o terminal identificado como Comp. ponta. Conecte o clipe de
aterramento da ponta de prova ao terminal terra.
3 Pressione Config. Padrão [Default Setup] no painel frontal do osciloscópio.
4 Pressione a tecla [2] no painel frontal (entre os dois botões verdes) para
ativar o canal 2.
5 Pressione a tecla Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] no painel frontal para
expandir a área de exibição da forma de onda.
6 Ajuste a base de tempo horizontal como 200,0 μs/div.
7 Pressione o botão de nível de disparo para definir automaticamente o nível
de disparo como cerca de 50%.
8 Ajuste a posição vertical do canal 2 (botão menor verde) para posicionar a
forma de onda do canal 2 (traço verde) abaixo da forma de onda do canal 1
(amarela).
Se as pontas de prova estiverem compensadas corretamente, você verá duas
ondas quadradas de 1 kHz com uma resposta bastante plana no visor do
osciloscópio, similar à mostrada na Figura 19. Vamos agora ajustar a
compensação em cada ponta de prova.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Figura 19 Usar o sinal de compensação da ponta de prova de 1 kHz do osciloscópio para
compensar pontas de prova passivas 10:1
9 Usando uma chave de fenda pequena, ajuste o capacitor de variável
localizado no corpo de cada ponta de prova. Observe que esse ajuste está
algumas vezes localizado próximo à extremidade da conexão BNC de
algumas pontas de prova.
A Figura 20 mostra um exemplo da ponta de prova do canal 1 (forma de onda
amarela) sobrecompensada (capacitância excessiva) e um exemplo da ponta
de prova do canal 2 (forma de onda verde) subcompensada (capacitância
pequena demais) Se você não observar uma onda quadrada quase perfeita,
reajuste a compensação de suas pontas de prova até que as formas de onda no
osciloscópio sejam similares às da Figura 19.
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DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
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Figura 20 Pontas de prova compensadas incorretamente
Depois de ajustar adequadamente suas pontas de prova, desde que você
continue a usar essas pontas de prova nesse osciloscópio, não será necessário
reajustá-las na próxima vez que usar o osciloscópio.
Neste ponto, você concluiu a parte prática desta aula. A seguir discutiremos
detalhadamente a teoria por trás da compensação e do carregamento de
pontas de prova. Seu professor pode deixar esse assunto como trabalho de
casa. Caso ele faça isso, você pode passar para o laboratório seguinte e estudar
esta seção mais tarde.
Calcular a quantidade adequada de compensação capacitiva
Se você estiver a fim de um desafio, calcule a quantidade de capacitância de
compensação (C comp) requerida em uma compensação adequada usando as
seguintes suposições:
R extremidade = 9 MΩ
R osciloscópio = 1 MΩ
C osciloscópio = 15 pF
C cabo = 100 pF
C extremidade = 15 pF
C paralelo = C osciloscópio + C cabo + C comp
C comp = ?
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Para calcular a quantidade requerida de capacitância de compensação (C
comp), o método mais fácil é igualar a constante de tempo (1/RC) da
combinação paralela de R extremidade e C extremidade com a constante de tempo
da combinação paralela de R osciloscópio e C paralelo:
1
1
------------------------- = -------------------------------------------R tip × C tip
R scope × C parallel
Lembre-se que C paralelo é a combinação de três elementos capacitivos no
modelo de ponta de prova/osciloscópio.
Outro método de cálculo seria igualar 9X a reatância capacitiva de C paralelo
com 1X a reatância de capacitância de C extremidade. Isso estabelecerá o mesmo
fator de atenuação contribuído pelas reatâncias capacitivas como o fator de
atenuação contribuído pela rede somente resistiva (10:1):
1
1 -----------------= 9 × -----------------------------2πfC tip
2πfC parallel
C comp = _______
Carregar pontas de prova
Além de compensar de forma adequada suas pontas de prova passivas 10:1 a
fim de obter as medições mais precisas no osciloscópio, outra questão que
deve ser considerada é o carregamento da ponta de prova. Em outras palavras,
conectar a ponta de prova e o osciloscópio a seu dispositivo sob teste (DUT)
mudará o comportamento do seu circuito? Quando você conecta qualquer
instrumento em seu circuito, o instrumento em si torna-se parte de seu DUT e
pode "carregar" ou mudar o comportamento de seus sinais de alguma forma.
Se utilizarmos os valores dados de resistências e capacitâncias listados acima
(juntamente com o valor de C comp calculado), podemos modelar o efeito de
carregamento da ponta de prova e do osciloscópio juntos como a combinação
paralela de um único resistor e capacitor, conforme mostrado na Figura 21.
Figura 21 Modelo de carregamento do osciloscópio e da ponta de prova passiva 10:1
Para aplicações CC ou de baixa frequência, o carregamento é dominado pela
resistência de 10 MΩ, que na maioria dos casos não é um problema. Mas e se
você estiver testando um sinal de clock digital de 100 MHz? A quinta
harmônica desse clock digital, que é um componente significativo na criação
36
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
2
da forma desse sinal, seria 500 MHz. Agora calcule a reatância contribuída
pela capacitância de 13,5 pF do modelo de carregamento mostrado na
Figura 21:
1
1
X c = ------------- = -------------------------------------------------------------------- = 23,6Ω
6
– 12
2πfC
2π × 500 ×10 × 13,5 ×10
Embora 13,5 pF possa parecer pouco, em frequências mais altas essa
quantidade de capacitância de carregamento pode ser significativa. Em
aplicações com frequência mais alta como essa, a maioria dos fornecedores de
osciloscópios fornece soluções de pontas de prova ativas opcionais que têm
capacitâncias de entrada (sub pF) significativamente menores. Contudo, esses
tipos de pontas de prova especiais custam significativamente mais do que a
ponta de prova passiva 10:1 típica.
Por fim, esteja ciente de que os modelos de ponta de prova + osciloscópio
apresentados nesta aula estão muito simplificados. Modelos mais precisos
também incluiriam elementos indutivos. Os cabos, principalmente o condutor
de terra, devem ser considerados elementos indutivos, principalmente em
aplicações de alta frequência.
Para conduzir a sua própria experiência de carregamento de ponta de prova,
baixe a nota de aplicação Experiência de carregamento da ponta de prova do
osciloscópio listada na seção “Publicações afins da Agilent” deste documento.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
37
2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Laboratório nº5: Documentar e salvar resultados de testes no osciloscópio
Quando você concluir as várias tarefas do laboratório de circuitos, seu
professor poderá pedir para que você redija um relatório de testes. A inclusão
de imagens (fotografias) de suas medições no relatório de laboratório também
poderá ser requerida. Além disso, se você não conseguir concluir sua tarefa de
laboratório em uma aula, você poderá continuar os testes depois. Mas seria
muito bom se você conseguisse continuar de onde parou; sem ter de
reconfigurar o osciloscópio ou possivelmente obter as formas de onda
novamente. Nesta aula, você aprenderá como salvar e recuperar vários tipos
de arquivo de osciloscópio, incluindo imagens, formas de onda de referência e
configurações. Nesta aula, você terá de ter acesso a um dispositivo de memória
USB pessoal.
1 Confira se a ponta de prova do osciloscópio ainda esteá conectada entre o
terminal identificado como Comp. ponta e o BNC de entrada do canal 1.
2 Pressione Config. Padrão [Default Setup] no painel frontal do osciloscópio.
3 Pressione a tecla Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] no painel frontal para
expandir a área de exibição da forma de onda.
4 Ajuste a base de tempo do osciloscópio como 200 μs/div.
5 Pressione o botão de nível de disparo para estabelecer o nível de disparo em
aproximadamente 50%.
Nesse ponto você deve visualizar alguns ciclos da onda quadrada de 1 kHz,
como ilustrado na Figura 22. Vamos agora salvar essa imagem (figura).
Figura 22 Dois ciclos de uma onda quadrada de 1 kHz que queremos salvar para fins de
documentação e análise posterior
38
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
6 Conecte seu dispositivo de memória USB pessoal na porta USB do painel
frontal do osciloscópio.
7 Pressione a tecla Salvar/recuperar [Save/Recall] na seção Arquivo do painel
frontal.
8 Pressione a softkey Armazenar; em seguida, gire o botão Entrada para
destacar PNG e aperte o botão Entrada para selecionar esse como o tipo de
operação/tipo de arquivo que deseja salvar ou recuperar.
9 Pressione a softkey Externo, significando que você deseja salvar ou
recuperar dados na unidade USB externa. Observe que, embora você possa
salvar determinados tipos de dados na memória interna do osciloscópio,
esses locais de memória limitados podem ser sobrescritos por seus colegas
de classe.
10 Pressione a softkey Novo arq para criar um novo nome de arquivo. Embora
seja possível criar um nome de arquivo personalizado, vamos usar agora o
nome padrão.
11 Pressione a softkey Salvar para salvar esse arquivo de imagem.
Isso salva a imagem (figura) que estava no visor do osciloscópio antes de você
acessar este menu. Embora não seja possível recuperar esse tipo de arquivo
para seu osciloscópio, você pode abrir um arquivo .png em seu PC e inserir
essa imagem em vários tipos de documentos, como os do Microsoft Word. Isso
é algo que seu professor provavelmente exigirá em breve para documentar
suas experiências de laboratório. Além de salvar imagens no formato .png,
você também pode salvá-las como bitmaps de 8 ou 24 bits. Observe que todas
as imagens da tela do osciloscópio mostradas neste Guia de Laboratório
foram originalmente salvas no formato .png. Vamos agora salvar um arquivo de
configuração.
12 Pressione a tecla Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] no painel frontal.
13 Se estiver usando um osciloscópio da série DSO1000B, pressione a tecla
Salvar/recuperar [Save/Recall] do painel frontal. Se você estiver usando um
osciloscópio da série DSO1000A, então o menu Salvar/recuperar já estará
sendo exibido.
14 Pressione a softkey Armazenar; gire o botão Entrada para destacar
Configurações e, em seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
15 Pressione a softkey Externo.
16 Pressione a softkey Novo arq; em seguida, pressione Salvar.
O arquivo de configuração permite salvar as condições do osciloscópio (V/div,
s/div, nível de disparo etc.) para que você possa mais tarde recuperar essas
configurações e continuar a fazer medições a partir de onde parou no dia
anterior. Vamos agora tentar recuperar a configuração que você acabou de
salvar. Primeiramente, vamos eliminar a configuração atual do osciloscópio.
17 Pressione a tecla Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] no painel frontal.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
39
2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
18 Pressione a tecla Config. Padrão [Default Setup] do painel frontal. Isso elimina
a configuração atual do osciloscópio.
19 Pressione a tecla Salvar/recuperar [Save/Recall] no painel frontal.
20 Pressione a softkey Armazenar; em seguida, gire o botão Entrada para
destacar Configuração e aperte o botão Entrada para selecionar.
21 Pressione a softkey Externo.
22 Gire o botão Entrada para destacar o arquivo de configuração que você
acabou de salvar. Observe que esse arquivo tem a extensão .stp. Se esse for
o único arquivo .stp armazenado na sua unidade USB, ele será destacado
automaticamente.
23 Pressione a softkey Recuperar para recuperar esse arquivo.
Se a ponta de prova ainda estiver conectada ao terminal Comp. ponta, o
osciloscópio deve estar corretamente configurado para exibir novamente a
onda quadrada de 1 kHz. Observe que você também pode salvar configurações
usando o tipo de armazenamento Forma de onda. Se forem salvas e
recuperadas como "Forma de onda", então o osciloscópio recuperará a
configuração e a(s) forma(s) de onda. No entanto, se você pressionar a tecla
Executar [Run] após recuperar configurações e formas de onda, estas últimas
serão substituídas por formas de onda digitalizadas ativamente. Existe uma
maneira melhor de salvar permanentemente formas de onda para análise
posterior usando formas de onda de "referência". Vamos tentar isso.
24 Pressione a tecla Ref [Ref] no painel frontal (ao lado da tecla ligar/desligar
do canal 2).
25 Pressione a softkey Local para alternar da memória Interna para Externa.
26 Pressione a softkey Salvar.
27 Pressione a softkey Novo arq; em seguida, pressione Salvar.
Agora vamos importar (recuperar) essa forma de onda de referência que você
acabou de salvar no osciloscópio para posterior análise. Vamos primeiramente
apagar a forma de onda do canal 1 atualmente exibida (traço amarelo).
28 Pressione a tecla Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] no painel frontal.
29 Pressione a tecla Exibir [Display] no painel frontal.
30 Se a seleção superior mostra 2/2 (menu 2 de 2), então pressione essa
softkey para alternar para 1/2 (menu 1 de 2).
31 Pressione a softkey Limpar para apagar a forma de onda do canal 1.
32 Pressione a tecla Ref [Ref] no painel frontal.
33 Pressione a softkey Local até ela indicar Externo.
34 Pressione a softkey Importar.
35 Gire o botão Entrada para destacar o arquivo de forma de onda de referência
que você acabou de salvar. Observe que esse arquivo tem a extensão .ref.
36 Pressione Importar.
40
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
2
Você deverá ver uma forma de onda branca no visor do osciloscópio
semelhante à da Figura 23. Você agora pode usar essa forma de onda para
comparar com formas de onda ativamente digitalizadas.
Figura 23 Importar uma forma de onda de referência (.ref) armazenada para a memória de
referência interna do osciloscópio
Além de salvar imagens (.png ou .bmp), configurações (.stp) e formas de onda
de referência (.ref), você também pode salvar formas de onda no formato .csv
(valores separados por vírgula). Isso consiste em uma matriz de pares XY
(tempo e tensão) que representa os pontos individuais digitalizados da forma
de onda. Embora você não possa recuperar esse tipo de arquivo de volta para o
osciloscópio, é possível abri-lo em um aplicativo de planilha como o Microsoft
Excel. Você também pode importar esse tipo de dado em vários pacotes de
software de análise de dados/formas de onda, tais como o LabView e o
MatLab, para fazer análises mais avançadas que podem não estar disponíveis
no osciloscópio.
37 Pressione a tecla Ref [Ref] no painel frontal para cancelar a exibição da
forma de onda de referência (Pressione duas vezes nos osciloscópios da
série DSO1000B. Pressione uma vez nos osciloscópios da série DSO1000A.)
38 Pressione a tecla Exec./Parar [Run/Stop] para reiniciar as aquisições
(Exec./Parar [Run/Stop] deve ficar verde).
39 Pressione a tecla Salvar/recuperar [Save/Recall] no painel frontal.
40 Pressione a softkey Armazenar; em seguida, gire o botão Entrada para
destacar CSV e aperte o botão Entrada para selecionar.
41 Pressione a softkey Externo.
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
42 Pressione a softkey Novo arq.
43 Pressione a softkey Salvar.
44 Pressione a tecla Ligar/Desligar Menu [Menu On/Off] no painel frontal.
Se você abrir esse arquivo em seu laptop usando o Microsoft Excel, é possível
visualizar uma lista de pares de dados de tempo e tensão semelhante à
mostrada na Figura 24. Embora o Excel ofereça recursos limitados para
análise de dados de forma de onda, você também pode abrir o arquivo em
aplicativos como LabView ou MatLab para realizar análises mais abrangentes e
avançadas.
Figura 24 Abrir uma forma de onda salva no formato .csv usando Microsoft Excel
42
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
2
Laboratório nº6: Usar a matemática de forma de onda do osciloscópio
Osciloscópios podem efetuar operações matemáticas em toda uma forma de
onda, ou em pares de formas de onda. Uma função matemática de forma de
onda muito comum que você pode querer que o osciloscópio faça é subtrair
uma forma de onda de outra. A Figura 25 mostra o exemplo de uma rede
divisora de tensão simples com dois resistores. Se você quisesse visualizar
como seria a forma de onda entre apenas R1? Usando pontas de prova
passivas 10:1, como as que você está utilizando hoje, é possível medir as
tensões Vin e Vout em relação à terra usando um canal do osciloscópio para
cada uma. Mas você não pode medir em R1, pois nenhuma extremidade desse
resistor é relativa à terra. Uma opção seria usar uma dispendiosa ponta de
prova ativa diferencial. Outra opção seria usar a função matemática “A-B” do
osciloscópio para formas de onda a fim de criar uma forma de onda
matemática que representaria a diferença entre as formas de onda nos canais
1 e 2. Seu professor ou instrutor de laboratório pode pedir para você realizar
uma experiência usando um gerador de função externo juntamente com
componentes ativos e/ou passivos. Por enquanto, vamos usar o sinal de
compensação de ponta de prova integrado ao osciloscópio para aprender como
usar as funções matemáticas de forma de onda.
Figura 25 Uma rede divisora de tensão com 2 resistores
1 Conecte uma ponta de prova do osciloscópio entre o BNC de entrada do
canal 1 e o terminal identificado como "Comp. ponta". Conecte o clipe de
aterramento da ponta de prova ao terminal terra.
2 Conecte a outra ponta de prova do osciloscópio entre o BNC de entrada do
canal 2 e o terminal identificado como “Comp. ponta”. Conecte o clipe de
aterramento da ponta de prova ao terminal terra.
3 Pressione Config. Padrão [Default Setup] no painel frontal do osciloscópio.
4 Pressione a tecla [2] no painel frontal (entre os dois botões verdes) para
ativar o canal 2.
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43
2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
5 Ajuste a base de tempo horizontal como 200,0 μs/div.
6 Pressione o botão de nível de disparo para definir automaticamente o nível
de disparo como cerca de 50%.
7 Ajuste a posição vertical do canal 2 (botão menor verde) para posicionar a
forma de onda do canal 2 (traço verde) na metade inferior do visor.
Certifique-se de que a parte superior da forma de onda verde está
ligeiramente abaixo do centro da tela.
8 Ajuste a posição vertical do canal 1 (botão menor amarelo) para
reposicionar a forma de onda do canal 1 para que sua parte inferior fique
ligeiramente acima do centro da tela.
9 Pressione a tecla Mat. [Math] no painel frontal (entre as teclas ligar/desligar
dos canais 1 e 2).
10 Se a seleção da softkey superior mostra 2/2 (menu 2 de 2), então pressione
essa softkey para alternar para 1/2 (menu 1 de 2).
11 Pressione a softkey Operador; gire o botão Entrada para destacar A-B e, em
seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
O visor do seu osciloscópio deve estar parecido com a Figura 26. Se as pontas
de prova foram corretamente compensadas, a forma de onda matemática
(traço roxo), representando a diferença entre os canais 1 e 2, devem mostrar o
traço de uma "linha plana" de 0 V. Como ambos os canais estão capturando o
mesmo sinal, o resultado deve ser zero.
)RUPDGHRQGDPDWHPiWLFD
Figura 26 Usar a matemática de forma de onda para subtrair o canal 2 do canal 1
44
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Para tornar essa medição diferencial uma pouco mais interessante, tente
desajustar a compensação de apenas uma das pontas de prova (a ponta de
prova do canal 1 ou 2). Isso cria uma diferença entre esses dois sinais de
entrada. O visor do seu osciloscópio deve estar parecido com a Figura 27.
Figura 27 Criar uma diferença entre as formas de onda do canal 1 e 2
Observe que a escala padrão da forma de onda matemática (5,00 V/div) é
diferente da escala das formas de onda do canal 1 e do canal 2 (1,00 V/div).
Você pode mudar a escala da forma de onda matemática e o deslocamento/
posição no menu do nível 2/2 (menu 2 de 2).
Agora ajuste corretamente a compensação da ponta de prova antes de fazer a
próxima medição.
Vamos executar uma função matemática mais complexa só na forma de onda
do canal 1. Vamos converter a forma de onda do canal 1, de uma forma de
onda no domínio do tempo em uma forma de onda no domínio da frequência
usando a função matemática da transformada rápida de Fourier (FFT).
12 Pressione a tecla 2 [2] Ligar/Desligar no painel frontal até desligar a forma
de onda do canal 2 (traço verde).
13 Ajuste a escala vertical do canal 1 (botão maior amarelo) como 500 mV/div.
14 Reposicione a forma de onda do canal 1 para que ela fique no centro do
visor (botão menor amarelo).
15 Altere a configuração da base de tempo (botão grande horizontal) para
1,000 ms/div.
16 Pressione a tecla Mat. [Math] no painel frontal.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
17 Pressione a softkey Operador; gire o botão Entrada para destacar FFT e, em
seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
Você deverá ver uma tela similar a Figura 28. O osciloscópio estará exibindo
tanto uma forma de onda de domínio de tempo (Tensão x Tempo) quanto uma
forma de onda de domínio de frequência (Amplitude em unidades de Vrms x
Frequência). Observe que a escala horizontal da frequência é diferente nos
osciloscópios da série DSO1000A.
)RUPDGHRQGD))7
Figura 28 Usar a matemática de forma de onda para subtrair o canal 2 do canal 1
A função matemática FFT quebra os sinais até os componentes de frequência
de onda senoidal individuais. E, se você se lembrar de um pouco das suas
aulas de Engenharia Elétrica ou Física, todos os sinais elétricos, incluindo os
sinais digitais, são compostos de várias ondas senoidais de frequências
diferentes. Um sinal de clock ideal que tenha 50% do ciclo de serviço deve
consistir de um componente de frequência de onda senoidal fundamental
(frequência repetitiva do sinal) mais os seus harmônicos ímpares (terceiro,
quinto, sétimo, etc). Observe que ondas quadradas não ideais também irão
incluir harmônicos pares de nível inferior. Vamos agora verificar as frequência
dos harmônicos fundamentais e ímpares desse sinal de entrada.
18 Pressione a tecla Cursores [Cursors] no painel frontal.
19 Pressione a softkey Modo; gire o botão Entrada para destacar Acompanhar e,
em seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
Observe que no Laboratório nº1 usamos cursores para realizar medições de
tensão e tempo usando a configuração de cursor “manual”. No modo de cursor
manual, você pode controlar as configurações vertical (Y) e horizontal (X)
independentemente. Quando o modo "acompanhar" é selecionado, você pode
46
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
controlar apenas a configuração horizontal dos cursores. O osciloscópio então
vincula automaticamente a posição dos cursores de amplitude ao local da
forma de onda onde ela é interceptada pelos cursores de tempo. Vamos agora
determinar que os cursores "acompanhem" e façam medições na forma de
onda FFT.
20 Pressione a softkey Cursor A; gire o botão Entrada para destacar Mat. e, em
seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
21 Pressione a softkey Cursor B; gire o botão Entrada para destacar Mat. e, em
seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
22 Pressione a softkey CurA—; gire o botão Entrada até a retícula do cursor ficar
posicionada no topo do pico de frequência mais alto (próximo ao lado
esquerdo da tela).
23 Pressione a softkey CurB—; gire o botão Entrada até a retícula do cursor ficar
posicionada no topo do segundo pico de frequência mais alto (próximo ao
lado esquerdo da tela).
O visor do seu osciloscópio deve estar parecido com a Figura 29.
Figura 29 Cursores de acompanhamento para medições de em uma forma de onda FFT
24 O que é frequência “A -> X” e qual é o componente fundamental?
F1 = _____________
25 O que é a frequência “B -> X” e qual deve ser o 3o harmônico?
F3 = _____________
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2
Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Laboratório nº7: Usar o modo zoom do osciloscópio
A maioria dos osciloscópios possui duas bases de tempo. Isso significa que eles
podem exibir formas de onda com base em duas configurações horizontais
diferentes (s/divisão). Até agora temos usado somente a base de tempo
“principal” do osciloscópio. A 2a base de tempo é normalmente chamada de
exibição de “zoom” horizontal. Se o seu professor/instrutor de laboratório
usou um osciloscópio analógico mais antigo em seus tempos de universidade,
essa 2a base de tempo era chamada de “retardada”. Quando a exibição zoom é
ativada, você pode visualizar formas de onda com duas configurações
diferentes e também fazer medições “controladas” ou seletivas.
1 Conecte uma ponta de prova do osciloscópio entre o BNC de entrada do
canal 1 e o terminal identificado como "Comp. ponta". Conecte o clipe de
aterramento da ponta de prova ao terminal terra.
2 Pressione a tecla Config. Padrão [Default Setup] do painel frontal.
3 Ajuste a base de tempo do osciloscópio (botão grande horizontal) como
200,0 μs/div.
4 Pressione o botão de disparo para definir automaticamente o nível de
disparo em cerca de 50%.
5 Ajuste a escala vertical do canal 1 como 500 mV/div usando o botão amarelo
maior.
6 Reposicione a forma de onda para que ela fique no centro da tela usando o
botão amarelo menor.
7 Pressione a tecla Medição [Meas] no painel frontal. Essa tecla do painel
frontal é identificada como Medição [Measure] nos osciloscópios da série
DSO1000A.
8 Pressione a softkey Tempo; gire o botão Entrada para destacar Tempo de subida
e, em seguida, aperte o botão Entrada para selecionar.
O visor do seu osciloscópio deve estar parecido com a Figura 30. Observe que o
Tempo de subida mostrado próximo à parte inferior da tela provavelmente
apresenta algo como “<40 us”. Ou ele pode mostrar “20 us” nos osciloscópios
da série DSO1000A). Nessa configuração de base de tempo (200,0 μs/div), o
osciloscópio não dispõe de resolução horizontal suficiente para fazer uma
medição exata dessa borda ascendente rápida. Se você não consegue visualizar
os detalhes dessa borda ascendente rápida, o osciloscópio provavelmente
também não. Vamos ativar o modo de zoom horizontal do osciloscópio para
realizar uma medição "controlada" e mais exata dessa borda em particular.
48
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
2
Figura 30 Fazer uma medição deficiente (inexata) do tempo de subida
9 Pressione o botão horizontal grande para ativar o modo de zoom do
osciloscópio.
10 Gire o botão horizontal grande para definir a base de tempo do zoom como
5,000 μs/div (exibida em caracteres brancos próximo à parte inferior da tela.
A exibição deve agora estar semelhante à da Figura 31, e o osciloscópio deve
estar fazendo medições de tempo dessa borda ascendente rápida com muito
mais exatidão. Quando o modo de zoom do osciloscópio está ativado, podemos
visualizar a "imagem geral" e a "imagem detalhada" na mesma exibição.
Também podemos fazer medições de tempo com mais exatidão enquanto
visualizamos a "imagem geral". O modo de exibição de zoom também permite
selecionar em qual borda ou pulso realizar as medições.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
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Laboratórios de Familiarização com o Osciloscópio
Figura 31 Fazer uma medição de "controlada" e exata do tempo de subida usando o modo
de zoom do osciloscópio
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DSO1000 Recursos de Treinamento para o Professor
Guia de Laboratório e Tutorial
3
Resumo
Publicações afins da Agilent 52
Caso tenha conseguido concluir todas as aulas deste tutorial e guia de
laboratório do osciloscópio, você terá uma ótima compreensão sobre o que é
um osciloscópio e como usá-lo com eficácia. Com isso, você não apenas
concluirá os seus experimentos em circuitos atribuídos com mais eficiência e
com uma compreensão maior dos conceitos teóricos da Engenharia Elétrica e
da Física; mas também, ao concluir os estudos e começar a utilizar o
osciloscópio para verificação e teste de seus projetos na indústria, será
possível depurá-los com mais agilidade e colocá-los no mercado mais
rapidamente. Caso queira saber mais sobre osciloscópios e medições com este
aparelho, a Agilent fornece na página a seguir uma lista abrangente de notas
de aplicação sobre este assunto.
s1
51
3
Resumo
Publicações afins da Agilent
Tabela 1 Publicações afins da Agilent
Título da publicação
Tipo de
publicação
Número da
publicação
Avaliar os princípios básicos do osciloscópio
Nota de aplicação 5989-8064EN
Avaliar as larguras de banda do osciloscópio para sua
aplicação
Nota de aplicação 5989-5733EN
Experiência de carregamento da ponta de prova do
osciloscópio
Nota de aplicação 5990-9175EN
Avaliar taxas de amostra do osciloscópio vs. fidelidade de
amostragem
Nota de aplicação 5989-5732EN
Avaliar osciloscópios para obter as melhores taxas de
atualização de formas de onda
Nota de aplicação 5989-7885EN
Avaliar as características de ruídos verticais no osciloscópio Nota de aplicação 5989-3020EN
Avaliar osciloscópios para obter a melhor qualidade de
exibição
Nota de aplicação 5989-2003EN
Avaliar osciloscópios para depurar projetos de sinal misto
Nota de aplicação 5989-3702EN
Para baixar estes documentos, digite o número da publicação na URL:
http://cp.literature.agilent.com/litweb/pdf/xxxx-xxxxEN.pdf
52
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DSO1000 Recursos de Treinamento para o Professor
Guia de Laboratório e Tutorial
A
Diagrama de blocos e teoria de
operação do osciloscópio
Diagrama de blocos do DSO 54
Bloco ADC 54
Bloco atenuador 55
Bloco de deslocamento CC 55
Bloco amplificador 55
Blocos comparador de disparo e lógica de disparo 56
Blocos de base de tempo e memória de aquisição 57
Bloco Exibição DSP 58
s1
53
A
Diagrama de blocos e teoria de operação do osciloscópio
Diagrama de blocos do DSO
Memória de
aquisição
Atenuador
ADC de
8 bits
Amplificador
BNC de
entrada
Deslocamento
CC
Tela de
osciloscópio
Tela
DSP
Acoplamento
de disparo
Sistema da
base de
tempo
Comp disparo
Lógica de
disparo
Nível de disparo CC
CPU
Figura 32 Diagrama de blocos do DSO
A Figura 32 mostra o diagrama de blocos de um canal de aquisição de um
típico osciloscópio de armazenamento digital (DSO). Os blocos em amarelo
representam os componentes do sistema que são exclusivos de um único canal
de aquisição, como o canal 1 ou canal 2. Os blocos sombreados em azul, por
sua vez, representam os componentes do sistema comuns a todos os canais de
aquisição, tais como o sistema de CPU e a base de tempo em comum.
Bloco ADC
Próximo ao meio deste diagrama de blocos está o conversor analógico para
digital (ADC). O bloco ADC é o componente central/núcleo de todos os DSOs.
A função deste bloco é converter a entrada analógica em uma série de palavras
digitais. A maioria dos DSOs atuais utiliza ADCs de 8 bits, o que fornecerá 256
códigos/níveis de saída digitais únicos. Tais códigos binários digitais são
armazenados na memória de aquisição do osciloscópio; este assunto será
discutido posteriormente. Se o nível de entrada analógica para o ADC for igual
a ou menor que –V, a saída do ADC será 00000000 (0 decimal). Se o nível de
entrada analógica para o ADC for igual a ou maior que +V, a saída do ADC será
11111111 (255 decimal). Se o nível de entrada analógica para o ADC for igual a
0,0 V, a saída do ADC será 10000000 (128 decimal).
54
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
A
Diagrama de blocos e teoria de operação do osciloscópio
Para se obter as medições mais exatas e com as resoluções mais altas, a
entrada para o ADC deve ser dimensionada em sua faixa dinâmica, a qual é
± V. Embora o ADC tenha uma faixa dinâmica de entrada limitada e fixa com
base em suas tensões de referência (± V), os osciloscópios devem ser capazes
de captar uma ampla faixa dinâmica de sinais, incluindo ambos os sinais de
entrada de nível alto e baixo. Configurar a dimensão da entrada analógica do
ADC em sua faixa dinâmica é uma função combinada dos blocos atenuador,
deslocamento CC e amplificador, os quais serão discutidos a seguir.
Bloco atenuador
Basicamente, o bloco atenuador é uma rede de divisores com resistor utilizada
para dimensionar o sinal de entrada na faixa dinâmica do amplificador
analógico com ganho variável e ADC do osciloscópio. Quando a entrada for um
sinal de alto nível, como 40 Vpp, o nível do sinal deverá ser reduzido
(atenuado). Quando a entrada for um sinal de baixo nível, como 10 Vpp, o sinal
da entrada passará pelo amplificador sem atenuação (1:1). Quando a
configuração V/div do osciloscópio é alterada, é possível ouvir sons de clique.
Esses sons que você ouvirá são relés mecânicos comutando de diferentes redes
divisoras com resistor. Observe que no bloco atenuador também é possível
comutar a impedância de entrada selecionável pelo usuário (1 MΩ ou 50 Ω),
assim como o acoplamento de entrada CA ou CC.
Bloco de deslocamento CC
Ao inserir um sinal com deslocamento CC, tal como um sinal digital
comutando entre 0V e 5V, se quisermos exibi-lo centralizado no visor do
osciloscópio, será necessário adicionar um deslocamento CC de polaridade
oposta ao sinal, de forma a fazer com que o sinal de entrada esteja dentro da
faixa dinâmica do ADC. Como alternativa, pode-se selecionar o acoplamento
CA de forma que elimine o componente CC do sinal de entrada.
Bloco amplificador
O estágio final de processamento analógico para dimensionar o sinal de
entrada na faixa dinâmica do sistema ADC é o amplificador de ganho variável
do osciloscópio. Se um sinal de entrada de nível muito baixo for inserido, você
normalmente definiria a configuração V/div como relativamente baixa. Com
uma baixa configuração V/div, o estágio do atenuador passaria este sinal
diretamente ao amplificador sem atenuação (ganho = 1); então, o amplificador
intensificaria (ganho >1) a amplitude do sinal de forma a tirar vantagem de
toda a faixa dinâmica do ADC. Se um sinal de entrada de nível muito alto for
inserido, você normalmente definiria a configuração V/div como relativamente
alta. Com a utilização de uma configuração V/div alta, o estágio do atenuador
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
55
A
Diagrama de blocos e teoria de operação do osciloscópio
iria primeiro atenuar o sinal de entrada (ganho < 1) para fazer com que ele
esteja na faixa dinâmica do amplificador, e então o amplificador poderia
atenuar o sinal (ganho <1) para fazer com que ele esteja na faixa dinâmica do
ADC.
Observe que, quando você seleciona uma configuração V/div específica, o
osciloscópio automaticamente determina a quantidade necessária de
atenuação no bloco atenuador e a quantidade necessária de ganho (ou
possivelmente a atenuação adicional) no bloco amplificador. É possível
imaginar os blocos atenuador, deslocamento CC e amplificador como um bloco
único de condicionamento de sinal de entrada analógico que condiciona de
forma linear um sinal representativo do sinal de entrada a estar na faixa
dinâmica do bloco ADC, com base na configuração V/div e de deslocamento de
tal canal particular do osciloscópio.
Blocos comparador de disparo e lógica de disparo
A finalidade dos blocos comparador de disparo e lógica de disparo é
estabelecer no sinal de entrada (ou uma combinação de múltiplos sinais de
entrada) um ponto único do tempo sobre o qual se estabelecerá uma aquisição
sincronizada. Após a conclusão do Laboratório n.º 2 (Noções básicas de
disparo do osciloscópio) neste documento, você terá uma compreensão melhor
do que se trata o disparo.
Vamos supor que o seu sinal de entrada seja uma onda senoidal e que você
queira disparar as aquisições na borda ascendente desta onda no nível de 50%.
Neste caso, a saída não invertida do comparador de disparo seria uma onda
quadrada com um ciclo de serviço de 50%. Se o nível do disparador for
configurado acima do nível de 50%, a saída não invertida do comparador de
disparo seria menor que 50%. Por outro lado, se o nível do disparador for
configurado abaixo do nível de 50%, a saída não invertida seria maior que 50%.
Considerando-se que o disparo está baseado apenas em um cruzamento de
borda positiva de um canal único, o bloco lógica de disparo passaria a saída
não invertida do comparador de disparo para o bloco base de tempo. Se você
tiver selecionado o disparo em um cruzamento de borda negativa de um canal
único, o bloco lógica de disparo passaria a saída invertida do comparador de
disparo para o bloco base de tempo. Este bloco, por sua vez, utilizaria a borda
ascendente do sinal de disparo como o único ponto de sincronização no tempo.
Observe também que o disparo pode estar baseado em muitas outras variáveis,
incluindo qualificação de tempo, além de uma combinação de sinais de
entrada de múltiplos canais de entrada.
56
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
A
Diagrama de blocos e teoria de operação do osciloscópio
Blocos de base de tempo e memória de aquisição
O bloco base de tempo faz o controle quando o início e a interrupção da
amostragem do ADC é relativa ao evento de disparo. Além disso, o bloco base
de tempo controla a taxa de amostragem do ADC com base na profundidade da
memória de aquisição disponível do osciloscópio e na configuração da base de
tempo. Vamos supor, por exemplo, que o osciloscópio tenha sido configurado
para disparar exatamente no centro da tela (configuração-padrão) utilizando
uma configuração da base de tempo de 1 ms/div. Vamos considerar também,
para fins de simplificação, que a profundidade da memória de aquisição do
osciloscópio seja de apenas 1000 pontos. Utilizando estes fatores, a aquisição
do osciloscópio será de 500 pontos antes do evento de disparo, seguindo-se a
aquisição de 500 pontos após o evento de disparo. Com tal configuração da
base de tempo, a aquisição do osciloscópio será de 1.000 pontos por um
intervalo de tempo de 10 ms (1 ms/div x 10 divisões). Ainda que a taxa de
amostragem específica máxima do osciloscópio possa ser de 2 GSa/s, com esta
configuração da base de tempo o bloco base de tempo reduzirá a taxa de
amostragem contínua do osciloscópio para 100 k amostras/s (Taxa de
amostragem = Memória/Intervalo de tempo = 1.000 amostras/10ms = 100
kSa/s).
Quando a tecla Executar for pressionada, o bloco base de tempo habilitará o
armazenamento contínuo de dados digitalizados na memória de aquisição
"circular" do osciloscópio à taxa de amostragem apropriada (100 kSa/s). Ao
mesmo tempo em que incrementa a abordagem do buffer da memória de
aquisição circular após cada amostra, o bloco base de tempo conta também o
número de amostras coletadas até 500 (considerando uma profundidade de
memória de 1.000 e o disparo no centro da tela). Depois de determinar que um
mínimo de 500 amostras tenha sido armazenado (o que significa que pelo
menos metade da memória de aquisição está cheia), o bloco base de tempo
habilita o disparo e começa a buscar a primeira borda ascendente do
comparador de disparo de saída (considerando-se o modo de disparo de borda
simples). Durante a busca pelo evento de disparo, as aquisições continuam a
ser armazenadas no buffer de memória de aquisição circular do osciloscópio.
Se tal evento quase não for frequente, é possível que as amostras armazenadas
sejam sobrescritas enquanto esperam por ele. Sem problemas. Assim que o
evento de disparo é detectado, o bloco base de tempo começa a contar até 500
novamente. Quando estas 500 amostras adicionais tiverem sido armazenadas,
o bloco base de tempo desabilitará (desliga) a amostragem. Isso significa que
as últimas 500 amostras armazenadas representam pontos sequenciais na
forma de onda que ocorreram após o evento de disparo, enquanto os 500
pontos anteriores representam pontos sequenciais na forma de onda que
ocorreram antes do evento de disparo. Neste ponto a operação volta-se para o
bloco Exibição DSP.
Embora tenhamos considerado um exemplo de disparo no centro da tela, é
possível posicionar o ponto de disparo em qualquer posição com a utilização
do controle de posição/retardo horizontal. Por exemplo, se você ajustar o
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
57
A
Diagrama de blocos e teoria de operação do osciloscópio
retardo de maneira que o ponto de disparo ocorra na posição de 75% no eixo
horizontal (com relação ao lado esquerdo da tela), o bloco base de tempo
configuraria o contador para armazenar inicialmente 750 pontos
(considerando-se uma profundidade de memória de 1.000 pontos) antes de
habilitar o disparo, capturando então um número adicional de 250 pontos
depois que o evento de disparo for detectado.
Bloco Exibição DSP
Assim que se completa uma aquisição, o bloco Exibição DSP retira os dados
armazenados do bloco de memória de aquisição em uma sequência de último a
entrar, primeiro a sair. O bloco Exibição DSP não apenas consegue realizar
rapidamente o processamento de sinal digital nos dados armazenados, como a
execução de um filtro de reconstrução digital Sen(x)/x, por exemplo; ele
também conduz os dados armazenados e/ou processados à memória em pixels
do visor do osciloscópio. Após a "retirada" dos dados da memória de aquisição,
o bloco DSP sinaliza para o bloco base de tempo que ele pode iniciar outra
aquisição.
Observe que as gerações anteriores de DSOs não incluíam um bloco Exibição
DSP explícito. Tradicionalmente, esta função era realizada pelo sistema CPU
do osciloscópio. Contudo, a eficiência era tão menor que as taxas de
atualização de forma de onda eram também muito menores. Com o
processamento personalizado da exibição DSP, alguns dos DSOs atuais
conseguem atualizar formas de onda em uma velocidade de 1.000.000 de
formas de onda/segundo.
DICA
58
Para saber mais sobre os aspectos fundamentais dos osciloscópios, baixe a nota de
aplicação Avaliar os aspectos básicos dos osciloscópios. Essa publicação é listada na
seção “Publicações afins da Agilent” deste documento, com instruções sobre como fazer o
download.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
DSO1000 Recursos de Treinamento para o Professor
Guia de Laboratório e Tutorial
B
Tutorial de largura de banda do
osciloscópio
Definir a largura de banda dos osciloscópios 59
Largura de banda requerida por aplicações analógicas 60
Largura de banda requerida por aplicações digitais 61
Comparação entre medições de clock digital 64
Os osciloscópios têm diversas especificações diferentes que determinam a
precisão com a qual os sinais podem ser captados e medidos. Porém, a
especificação principal de um osciloscópio é sua largura de banda. Os
osciloscópios que você está utilizando nas aulas de laboratório para
estudantes universitários de Engenharia Elétrica provavelmente têm largura
de banda suficiente para a maioria, senão todos, os experimentos que seu
professor designará. Quando você finalmente se formar em EE e entrar na
indústria eletrônica, é bem possível que você precise escolher um osciloscópio
de um estoque de instrumentos na sua empresa para realizar testes em
projetos ou talvez você terá de avaliar vários osciloscópios antes de comprar
um. Este tutorial sobre largura de banda de osciloscópios fornecerá algumas
dicas úteis sobre como escolher um osciloscópio com a largura de banda
adequada para suas aplicações digitais e analógicas. Mas, primeiramente,
vamos definir a largura de banda dos osciloscópios.
Definir a largura de banda dos osciloscópios
Todos os osciloscópios exibem uma resposta de frequência passa-baixa que
sofre queda gradativa em frequências mais altas, conforme mostra a Figura 33.
A maior parte dos osciloscópios com especificações de largura de banda de
1 GHz e abaixo disso normalmente possui o que é chamado de resposta de
frequência gaussiana. A resposta de frequência gaussiana de um osciloscópio
aproxima um filtro passa-baixa unipolar, sobre o qual você já deve ter
estudado em algumas aulas de circuitos e talvez representado em gráfico como
um diagrama de Bode.
s1
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B
Tutorial de largura de banda do osciloscópio
Figura 33 Resposta de frequência gaussiana do osciloscópio
A frequência mais baixa na qual o sinal de entrada é atenuado por 3 dB é
considerada na largura de banda do osciloscópio (fBW). A atenuação de sinal
na frequência de -3 dB é convertida em um erro de amplitude de
aproximadamente -30%. Em outras palavras, se você inserir uma onda senoidal
de 1 Vp-p e 100 MHz em um osciloscópio com largura de banda de 100 MHz, a
tensão pico a pico medida por esse osciloscópio estaria na faixa de
aproximadamente 700 mVp-p (-3 dB = 20 Log [0,707/1,0]). Por isso, não se
pode esperar medições precisas em sinais com frequências significativas
próximas da largura de banda do seu osciloscópio.
A especificação de largura de banda do osciloscópio está intimamente
relacionada à sua especificação de tempo de subida. Osciloscópios com
resposta de frequência do tipo gaussiano têm um tempo de subida aproximado
de 0,35/fBW baseado em um critério de 10% a 90%. Contudo, é necessário
lembrar que o tempo de subida do osciloscópio não é a velocidade mais rápida
de borda que o osciloscópio pode medir com precisão. Seria a velocidade mais
rápida de borda que o osciloscópio possivelmente poderia produzir se o sinal
de entrada tivesse teoricamente um tempo de subida infinitamente rápido
(0 ps). Embora essa especificação teórica seja impossível em testes — já que os
geradores de pulsos não têm bordas infinitamente rápidas — de uma
perspectiva prática, é possível testar o tempo de subida do osciloscópio
inserindo-se um pulso que tenha velocidades de borda 5 a 10 vezes mais
rápidas do que a especificação do tempo de subida do osciloscópio.
Largura de banda requerida por aplicações analógicas
Anos atrás, a maioria dos fornecedores de osciloscópios recomendava uma
largura de banda, no mínimo, três vezes maior do que a frequência de sinal de
entrada máxima. E essa regra prática pode ser a que seu professor se recorda.
Embora esse fator de multiplicação "por 3" não seja empregado no caso das
60
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
B
Tutorial de largura de banda do osciloscópio
aplicações digitais baseadas em taxas de clock e velocidades de borda, ele
ainda é utilizado para aplicações analógicas, como a RF modulada. Para
compreender de onde vem esse fator de multiplicação 3 para 1, vamos olhar a
resposta de frequência real de um osciloscópio com largura de banda de
1 GHz.
A Figura 34 mostra um teste de resposta de frequência medida (1 MHz para
2 GHz) em um osciloscópio Agilent com largura de banda de 1 GHz. Como é
possível observar, em exatamente 1 GHz a saída medida (forma de onda na
tela do osciloscópio) é atenuada em pouco menos de 3 dB (Vo/Vi > 0,7). Para
realizar medições precisas em sinais analógicos, você precisaria usar o
osciloscópio na parte da banda de frequência onde ainda ela é relativamente
plana, com atenuação mínima. Em cerca de um terço da largura de banda de
1 GHz, este osciloscópio exibe uma atenuação bem pequena (-0,2 dB).
Figura 34 Resposta de frequência real de um osciloscópio Agilent com largura de banda
de 1 GHz
Largura de banda requerida por aplicações digitais
A grande maioria dos bacharéis em EE atualmente está focada nas aplicações
de projetos digitais quando entram na indústria eletrônica. E as taxas de clock
digital e os links de dados seriais na faixa dos multigigabits/s são bastante
comuns atualmente.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
61
B
Tutorial de largura de banda do osciloscópio
Regra prática
Como regra prática, a largura de banda do seu osciloscópio deve ser, no
mínimo, cinco vezes maior do que a taxa de clock digital mais veloz do sistema
submetido ao teste. Se seu osciloscópio atende esse critério, então ele será
capaz de captar até a quinta harmônica com mínima atenuação de sinal. Esse
componente do sinal é muito importante ao determinar o formato geral dos
sinais digitais.
fBW >= 5 x fclk
Porém, se você precisa realizar medições precisas em bordas de alta
velocidade, essa fórmula simples não leva em consideração os componentes
reais com a mais alta frequência integrados às bordas rápidas ascendentes ou
descendentes.
Etapa 1: Determinar as velocidades reais mais rápidas de borda
Um método mais exato para determinar a largura de banda requerida do
osciloscópio é averiguar a frequência máxima presente nos sinais digitais, que
não é a taxa de clock máxima. A frequência máxima estará baseada nas
velocidades de borda mais rápidas de seus projetos. Portanto, a primeira coisa
a se fazer é determinar o tempo de subida e descida dos sinais mais rápidos.
Geralmente, essa informação pode ser obtida nas especificações publicadas
dos dispositivos usados nos projetos.
Etapa 2: Calcular fjoelho
É possível utilizar uma fórmula simples para calcular o componente máximo
de frequência “viável”. O Dr. Howard W. Johnson escreveu o livro “High-speed
Digital Design – A Handbook of Black Magic” sobre esse assunto. 1 Ele se
refere a esse componente da frequência como “joelho” (fjoelho). Todas as bordas
rápidas têm um espectro infinito de componentes de frequência. Porém, há
uma inflexão (ou "joelho") no espectro de frequência de bordas rápidas onde
os componentes de frequência maiores do que fjoelhosão insignificantes para
determinar a forma do sinal.
fjoelho = 0,5/RT (10% 90%)
fjoelho = 0,4/RT (20% 80%)
Em sinais com características de tempo de subida baseadas em limites de 10%
a 90%, fjoelho é igual a 0,5 dividido pelo tempo de subida do sinal. Em sinais
com características de tempo de subida baseadas em limites de 20% a 80%, o
que é muito comum na maioria das especificações de dispositivos atualmente,
62
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
Tutorial de largura de banda do osciloscópio
B
fjoelho é igual a 0,4 dividido pelo tempo de subida do sinal. Não confunda esses
tempos de subida com o tempo de subida especificado no osciloscópio. Nós
estamos falando de velocidades reais de borda de sinal.
Etapa 3: Calcular a largura de banda do osciloscópio
A terceira etapa é determinar a largura de banda do osciloscópio exigida para
a medição desse sinal, com base no grau de precisão desejado ao se medir
tempos de subida e descida. A Tabela 2 mostra fatores de multiplicação para
vários graus de exatidão que se aplicam a osciloscópios com resposta de
frequência gaussiana.
Tabela 2 Multiplicar fatores para calcular a largura de banda exigida do
osciloscópio com base na exatidão desejada
Exatidão exigida
Largura de banda exigida
20%
fBW = 1,0 x fjoelho
10%
fBW = 1,3 x fjoelho
3%
fBW = 1,9 x fjoelho
Exemplo
Vamos agora dar uma olhada neste exemplo simples:
Determine a largura de banda mínima exigida de um
osciloscópio com uma resposta de frequência
gaussiana aproximada para medir um tempo de subida
de 1 ns (10-90%)
Se o sinal tiver um tempo de subida/descida próximo a 1 ns (com base no
critério de 10% a 90%), o componente máximo de frequência viável (fjoelho) no
sinal seria de aproximadamente 500 MHz.
fjoelho = 0,5/1 ns =
500 MHz
Se você for capaz de tolerar erros de tempo de até 20% ao realizar medições
paramétricas de tempo de subida e descida nos sinais, será possível utilizar
um osciloscópio com largura de banda de 500 MHz nas aplicações com
medição digital. Porém, se a precisão de tempo na faixa de 3% for necessária, o
osciloscópio com largura de banda de 1 GHz seria uma opção melhor.
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Tutorial de largura de banda do osciloscópio
20% de precisão de tempo:
Largura de banda do osciloscópio = 1,0 x 500 MHz = 500 MHz
3% de precisão de tempo:
Largura de banda do osciloscópio = 1,9 x 500 MHz = 950 MHz
Vamos agora realizar algumas medições em um sinal de clock digital com
características similares às deste exemplo usando várias larguras de banda do
osciloscópio...
Comparação entre medições de clock digital
A Figura 35 mostra os resultados da forma de onda ao se medir um sinal de
clock digital de 100 MHz com velocidades de borda rápida usando-se um
osciloscópio com largura de banda de 100 MHz. Como é possível observar, esse
osciloscópio basicamente passa somente pela frequência fundamental de
100 MHz desse sinal de clock, representando assim o nosso sinal de clock
como uma onda senoidal aproximada. Um osciloscópio de 100 MHz pode ser
uma boa solução para muitos projetos baseados em MCU de 8 bits com taxas
de clock na faixa de 10 MHz a 20 MHz, porém a largura de banda de 100 MHz é
evidentemente insuficiente para esse sinal de clock digital de 100 MHz.
Figura 35 Sinal de clock digital de 100 MHz capturado em um osciloscópio com 100 MHz
de largura de banda
64
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
Tutorial de largura de banda do osciloscópio
B
Usando um osciloscópio com largura de banda de 500 MHz, a Figura 36 mostra
que ele é capaz de captar até a quinta harmônica, que era nossa primeira
recomendação prática. Contudo, quando medimos o tempo de subida, vemos
que o osciloscópio mede aproximadamente 750 ps. Nesse caso, o osciloscópio
não está realizando uma medição muito precisa do tempo de subida desse
sinal. O osciloscópio está, na verdade, medindo algo mais próximo de seu
próprio tempo de subida (700 ps), não o tempo de subida do sinal de entrada,
que fica próximo a 500 ps. Precisamos de um osciloscópio com maior largura
de banda para essa aplicação de medição digital caso as medições de tempo
sejam importantes.
Figura 36 Sinal de clock digital de 100 MHz capturado em um osciloscópio com 500 MHz
de largura de banda
Quando utilizamos um osciloscópio com largura de banda de 1 GHz para
captar esse clock digital de 100 MHz, o resultado é que agora temos uma
imagem muito mais precisa desse sinal, conforme mostra a Figura 37.
Podemos medir tempos de subida e descida mais rápidos, observamos menos
sobreamortecimento e podemos observar até mesmo reflexões sutis que o
osciloscópio com largura de banda mais baixa mascarou.
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
65
B
Tutorial de largura de banda do osciloscópio
Figura 37 Sinal de clock digital de 100 MHz capturado em um osciloscópio com 1 GHz de
largura de banda
Este tutorial sobre largura de banda de osciloscópio se concentrou nos
osciloscópios que exibem uma resposta de frequência gaussiana, comum em
osciloscópios com especificações de largura de banda de 1 GHz e inferior.
Muitos osciloscópios com largura de banda maior exibem uma resposta de
frequência que possui uma característica de queda gradativa mais acentuada.
Com esse tipo de resposta de frequência, as frequências dentro da banda
(frequências com menos de -3 dB) são menos atenuadas, ao mesmo tempo que
as frequências fora da banda (frequências com mais de -3 dB) são suprimidas
a um grau maior. Esse tipo de resposta de frequência, que é iniciado para
aproximar um filtro "brickwall” ideal, é algumas vezes chamado de resposta de
frequência “maximamente plana”. As fórmulas de cálculo da largura de banda
requerida nesses osciloscópios com largura de banda maior (> 1 GHz) são
diferentes do que foi apresentado neste tutorial. Se você deseja saber mais
sobre a largura de banda dos osciloscópios, é possível baixar a nota de
aplicação da Agilent “Avaliar as larguras de banda do osciloscópio para sua
aplicação”. Essa publicação está listada na seção "Publicações afins" deste
documento, com instruções sobre como fazer o download.
1 High-Speed Digital Design, A Handbook of Black Magic, Howard Johnson, Martin Graham, 1993, Prentice
Hall PTD, Prentice-Hall, Inc, Upper Saddle River, New Jersey 07458
66
DSO1000 Guia de Laboratório e Tutorial do Osciloscópio para o Professor
Índice
A
L
U
ajuste fino, 17
ajuste, compensação de ponta de prova, 34
Algumas palavras para os professores de
Engenharia Elétrica/Física, 4
avisos, 2
largura de pulso, 19
usar as pontas de prova do osciloscópio, 8
M
V
marcas comerciais, 2
matemática de forma de onda, 43
medições controladas, 48
medições seletivas, 48
Mensagem Aguardar, 28
Mensagem AUTO, 26
modelo elétrico de uma ponta de prova de 10
1 passiva, 9
modo de disparo, 27
modo de varredura, 27
Modo de varredura Disparado, 28
valores separados por vírgula, 41
vernier, 17
B
base de tempo principal, 48
base de tempo retardada, 48
Botão de controle Entrada, 13
botão/controle de nível de disparo, 12
C
capacitância de carregamento, 37
capacitância de compensação, 35
capacitância inerente/parasita, 32
capacitâncias parasitas, 32
carregamento de ponta de prova, 36
compensação da ponta de prova, 33
configuração predefinida de fábrica, 17
contagem de divisões, 22
Controles horizontais, 11
Controles verticais, 12
cursores, 19
D
disparo, 24
DSO, 7
E
N
nível de tensão pico a pico, 19
nível de terra, 19
O
osciloscópio de armazenamento digital, 7
osciloscópios analógicos, 7
P
período, 19
ponta de prova ativa diferencial, 9
pontas de prova passivas
10:1, 8
publicações afins da Agilent, 52
exibição de zoom, 48
R
F
rede divisora de tensão, 43
faixa dinâmica, 10
fator de atenuação de ponta de prova, 10
fator de atenuação, ponta de prova, 10
fatores de atenuação de ponta de prova, 17
formas de onda de referência, 40
frequência, 19
S
I
softkeys, 13
T
Terminais Comp. ponta, 16
introdução, 3
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67
Índice
68
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