NBR 15.575 - 3 - Sinduscon-DF

Transcrição

NBR 15.575 - 3 - Sinduscon-DF
DÉBORA BARRETTO
•
VICE-PRESIDENTE DA SOBRAC - SOCIEDADE BRASILEIRA DE ACÚSTICA
•
CONSELHEIRA FUNDADORA DA PROACÚSTICA - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA A
QUALIDADE ACÚSTICA
•
CONSELHEIRA DO CAU – CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO
•
MESTRE EM ENGENHARIA AMBIENTAL URBANA NA ÁREA DE POLUIÇÃO SONORA
•
ESPECIALISTA EM ACÚSTICA NAS CONSTRUÇÕES - UPM / Espanha
•
COMPÕE O COMITÊ TÉCNICO DE ESTUDOS DE ACÚSTICA DA ABNT
•
PROFESSORA DO CURSO DE ARQUITETURA DA UNIME
•
DIRETORA DA AUDIUM – EMPRESA ESPECIALIZADA EM PROJETOS E
CONSULTORIAS DE ÁUDIO E ACÚSTICA
< www.acustica.org.br >
• Fundada em 1984 / Associação sem fins lucrativos.
• Finalidade: promover o desenvolvimento cultural e científico de profissionais,
empresas, instituições e estudantes da Acústica.
ESTATUTO > Seção V – Das Divisões Regionais
Artigo 39 – A Associação poderá exercer suas atividades através de Divisões
Regionais.
ALGUNS OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA SOBRAC
1) ESTIMULAR UM EFETIVO INTERCÂMBIO ENTRE OS AGENTES ENVOLVIDOS
COM A ACÚSTICA, SUAS SUBÁREAS E SUAS APLICAÇÕES NO BRASIL.
2) PROMOVER O CONHECIMENTO DA ACÚSTICA E SUAS SUBÁREAS, ATRAVÉS DA
REALIZAÇÃO DE REUNIÕES TÉCNICO-CIENTÍFICAS.
4) BUSCAR A PARTICIPAÇÃO NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS E NORMAS
INERENTES AO SEU CAMPO DE ATUAÇÃO.
6) DESENVOLVER ATIVIDADES DE ESCLARECIMENTO PÚBLICO SOBRE TEMAS
INERENTES À SUA ÁREA DE ATUAÇÃO, VISANDO O BEM ESTAR E A QUALIDADE DE
VIDA DAS PESSOAS.
NORMAS BRASILEIRAS DE
ACÚSTICA PARA CONFORTO
INTERNO E EXTERNO:
10.151 E 10.152 DA ABNT
24 de junho de 2015
DUAS ÁREAS ESPECÍFICAS:
- Condicionamento acústico: Controle de sons no interior do recinto.
- Isolamento acústico: Defesa contra o ruído.
EM QUAIS AMBIENTES
SÃO NECESSÁRIOS
ESTUDOS DE ACÚSTICA?
TEATRO SHOPPING RIO MAR
Recife-PE
CINEMA DO BELAS SHOPPING
Luanda-Angola
HARD ROCK CAFÉ
Belo Horizonte-MG
BOITE GROOVE
Salvador-BA
ESTÚDIO DE GRAVAÇÃO LADO B
Salvador-BA
AUDITÓRIO DA SEDE DA ODEBRECHT *
Salvador-BA
IGREJA BATISTA DE VILAS DO ATLÂNTICO
Lauro de Freitas-BA
SALVADOR SHOPPING
Salvador-BA
ACADEMIA CIA ATHETICA
Ribeirão Preto - SP
ESCOLA
ESCRITÓRIO
Salvador-BA
RESTAURANTE MISTURA
Salvador-BA
INDUSTRIAS / HOSPITAIS
HABITAÇÕES
MAPA ACÚSTICO - Acústica Ambiental
Mapeamento Acústico do Bairro Imbuí - Salvador
Mestrado em Arquitetura e Urbanismo – PPGAU-FAUFBA. Arqº Danilo Fortuna
O som tem uma presença essencial em nossas vidas. Este
fenômeno físico, cuja característica mais relevante é a
imaterialidade, possui um forte componente subjetivo:
pode tanto provocar sensações prazerosas, como ser
uma fonte de incômodo.
Efeitos negativos em curto ou longo prazo / podem ser irreversiveis / falsa ADAPTAÇÃO
- Perda da audição
- Impede o descanso
- Distúrbios do sono
- Estresse
- Dores de cabeça
- Distúrbios gástricos
- Distúrbios cardíacos
- Irritação permanente
- Fadiga, entre outros
Por isso, o problema dos ruídos excessivos não é apenas uma
questão de incômodo, mas se trata de uma questão de saúde
LEI FEDERAL Nº 6.938/1981
Poluição sonora é qualquer alteração das propriedades
físicas do meio ambiente causada por puro ou
conjugação de sons, admissíveis ou não, que direta ou
indiretamente seja nociva à saúde, a segurança e ao
bem-estar da população, além de ser considerada
uma forma de degradação da qualidade ambiental
RESOLUÇÃO Nº 001/90 DO CONAMA – ESTABELECE
PADRÕES PARA EMISSÃO DE RUÍDOS NO TERRITÓRIO
NACIONAL
• Poluição Sonora – Todos os sons e ruídos que, emitidos em
desacordo com a legislação ambiental prejudicam a sadia qualidade
de vida do ser humano
VOLUME
EFEITOS NEGATIVOS
EXEMPLOS DE
LOCAIS
De 50 a 65dB
Diminui a concentração e prejudica a Agência bancária,
produtividade no trabalho intelectual. Rua com pouco
Irritação
tráfego, Escritório.
De 65 a 70dB
(adaptação)
Diminui a resistência imunológica.
Induz a liberação de endorfina,
tornando o organismo dependente.
Aumenta a concentração de
colesterol no sangue.
Acima de 70dB Aumentam os riscos de enfarte,
infecções, entre outras doenças
sérias. Ocorrem alterações do
sistema auditivo
Restaurante,
Escritórios
panorâmicos.
Praça de
alimentação em
Shoppings, Rua de
tráfego intenso,
Igrejas evangélicas.
As pessoas tornaram-se incapazes de suportar o
silêncio, devido ao vício, permanecendo sempre
agitadas, incapazes de terem momentos de reflexão.
PAISAGEM SONORA OU SOUNDSCAPE SE CARACTERIZA PELO
ESTUDO E ANÁLISE DO UNIVERSO SONORO QUE NOS RODEIA.
O conceito de SOUNDSCAPE tem sido investigado e discutido a nível
acadêmico e administrativo em toda a Europa.
Questões que envolvem o AMBIENTE ACÚSTICO (PAISAGEM SONORA
URBANA) requerem entender a relação entre:
ATIVIDADES HUMANAS
x
SOM NO AMBIENTE URBANO
 NOSSO ORGANISMO REAGE AO AMBIENTE SONORO ONDE
ESTAMOS INSERIDOS.
 RUÍDOS DIMINUEM O INTERESSE PELOS OUTROS E AS BOAS
MANEIRAS.
 AS PESSOAS FICAM MENOS PACIENTES, MENOS TOLERANTES
E CONSEQUENTEMENTE MAIS AGRESSIVAS EM AMBIENTES
RUIDOSOS.
 SONS DA NATUREZA E MÚSICA CLÁSSICAS TRANQUILIZAM,
ESTIMULAM O RESPEITO AO PRÓXIMO E REDUZ O INDICE DE
VIOLÊNCIA.
SUDESTE DA INGLATERRA
INUMEROS
PROBLEMAS
COM RUÍDO
POSSUI MUITOS
BARES,
RESTAURANTES
E CLUBES
Urban Sound Planning in Brighton and Hove – 2014 (Forum Acusticum Krakow)
(Easteal, Bannister, Kang, Aletta, Lavia, Witchel)
DEMANDAS TURÍSTICAS E VIDA
NOTURNA
x
DEMANDA DE TRANQUILIDADE
PARA MORADORES
1. PROJETO VALE GARDENS
O CONSELHO MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO ABORDOU, EM SUA ESFERA
PÚBLICA, O PLANEJAMENTO SONORO URBANO NO DESENVOLVIMENTO DE
PROJETOS.
2. WEST STREET STORY
PLANEJAMENTO SONORO PARA GERIR CAOS E VIOLÊNCIA NA CIDADE.
3. TÚNEL DA PRAIA DE BRIGHTON
PLANEJAMENTO SONORO PARA MELHORAR O COMPORTAMENTO DO
PÚBLICO, A SAÚDE E O PRAZER NOS ESPAÇOS PÚBLICOS
4. PRAÇA BARTHOLOMEW ALLEY
SOM E LUZ PARA CRIAR ROTA MAIS SEGURANÇA E ATRAIR O PÚBLICO.
5. PROVIDENCE PLACE GARDENS
AVALIAÇÃO PAISAGEM SONORA EM UM PROJETO DE REVITALIZAÇÃO.
O QUE É:
PARQUE LINEAR NO CENTRO DA CIDADE / ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
PROBLEMA:
USO COMPROMETIDO PELO RUÍDO DE TRÁFEGO
PROPOSTA:
REVITALIZAÇÃO DO PARQUE E DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA
CONCEITO:
USAR O SOM COMO UM RECURSO E NÃO UM RESÍDUO
- MINIMIZAR O RUÍDO INTRUSIVO / INDESEJADO
- INTRODUZIR SONS “POSITIVOS”
EQUIPE:
PESQUISADORES TREINADOS POR ESPECIALISTAS: PLANEJADORES DA CIDADE
+ ENGENHEIROS DE TRÁFEGO + PROFISSIONAIS EM PAISAGEM URBANA
O QUE É:
LOCAL COM ALTA CONCENTRAÇÃO DE BARES, PUBS E BOATES
PROBLEMA:
ALTO NÍVEL DE RUÍDO E COMPORTAMENTOS ANTI-SOCIAIS
PROPOSTA:
TRATAR O RUÍDO SEM PREJUDICAR A ATMOSFERA APRECIADA PELA MAIORIA
DOS JOVENS.
MÉTODO:
ARTISTAS + ESPECIALISTAS EM MEIO AMBIENTE + RESIDENTES LOCAIS >
CRIOU-SE UMA PAISAGEM SONORA IMERSIVA EM 3D PARA MELHORAR O
COMPORTAMENTO DAS MULTIDÕES E DA SEGURANÇA PÚBLICA > SONS AO
VIVO E GRAVADOS, TRANSMISSÃO DE FILME.
O EVENTO FOI FILMADO E ANALISADO PELO PSICO-BIÓLOGO DR HARRY
WITCHEL PARA VALIDAÇÃO DO CONCEITO.
RESULTADO:
QUEDA SIGNIFICATIVA DE REGISTROS DE CASOS DE COMPORTAMENTO
ANTI-SOCIAL E DE QUEIXAS SOBRE O NÍVEL DE RUÍDO RELACIONADOS.
PREMIO:
O PROJETO DE PAISAGEM SONORA DE BRIGHTON & HOVE CITY COUNCIL FOI
RECONHECIDO NACIONALMENTE NO PRÊMIO NOISE ABATEMENT SOCIETY’S
JOHN CONNELL POR SUA ABORDAGEM PIONEIRA DE URBANISMO E DE
TRABALHO MULTIDISCIPLINAR.
O QUE É:
TÚNEL QUE PASSA POR BAIXO DE UMA VIA DE TRÁFEGO INTENSO
PROBLEMA:
LOCAL DE VIOLÊNCIA E COMPORTAMENTOS ANTI-SOCIAIS
CONSEQUÊNCIA:
PESSOAS EVITAVAM TRANSITAR, ESCOLHENDO O RISCO DE ATRAVESSAR
POR CIMA (PELA VIA).
O SOM É USADO, MUITAS VEZES, PARA EVITAR A PRESENÇA DE PESSOAS,
COM ALARMES E SIRENES.
POLÍTICA RECOMENDADA:
UTILIZAR O SOM PARA DAR USO E CRIAR SENTIMENTOS POSITIVOS, A FIM DE
TORNAR O ESPAÇO PÚBLICO CONVIDATIVO.
INTERVENÇÃO NO INTERIOR DO TÚNEL:
-
SISTEMA DE SOM INSTALADO (68-81dB) ENTRE 19:00h e 7:00h > DIFERENTES
ESTILOS MUSICAIS: MÚSICAS TRADICIONAIS, MÚSICA CLÁSSICA, JAZZ,
MÚSICA, CONTEMPORÂNEA E.. SILÊNCIO.
-
CÂMERAS DE VIGILÂNCIA E GRAVADOR DIGITAL (escondidos) > PARA
ANALISAR O TEMPO DE PASSAGEM DE UMA PESSOA CAMINHANDO
RESULTADOS EM COMPARAÇÃO AO SILÊNCIO:
- A PRESENÇA DE MÚSICA, EM GERAL, FEZ AS PESSOAS ANDAREM MAIS
LENTAMENTE, COM MAIOR TRANQUILIDADE.
- MÚSICA CLÁSSICA REDUZIU O ÍNDICE DE VANDALISMO.
SILÊNCIO
MÉDIA
JAZZ
ÍNDICE DE DOAÇÕES NA SAÍDA
CLÁSSICA
SILÊNCIO
MÉDIA
VELOCIDADE DO CAMINHAR
O QUE É / PROBLEMA:
- UM BECO MUITO UTILIZADO POR USUÁRIOS DE DROGAS, ONDE SE
ENCONTRAM SEMPRE FEZES E URINAS PELO CHÃO, ALÉM DE REGISTROS
CONSTANTES DE VIOLÊNCIA E ATÉ DE ASSASSINATO.
- ALTO NÍVEL DE RUÍDO DE VEÍCULOS E APARELHOS DE AR CONDICIONADO.
PROPOSTA:
REVITALIZAÇÃO DESTE BECO COM A IMPLEMENTAÇÃO DE NOVA ILUMINAÇÃO E
INSERINDO SONS DA NATUREZA PARA MASCARAMENTO DE SONS
INDESEJADOS.
RESULTADO:
- RAROS REGISTROS DE QUAISQUER COMPORTAMENTOS ANTI-SOCIAIS.
- AVALIAÇÃO POSITIVA DESTE ESPAÇO PELOS PEDESTRES.
O QUE É / PROBLEMA:
- PAISAGEM SONORA CRÍTICA (NEGATIVA) DEVIDO AO RUÍDO DE TRÁFEGO.
OBJETIVO:
RECOLHEU PROPOSTAS DE REVITALIZAÇÃO DESTA ÁREA PARA CONSERVAR A
TRANQUILIDADE DO ESPAÇO, COM OPORTUNIDADE PARA DESEMPENHO E
INTERAÇÃO SOCIAL.
PROPOSTA VENCEDORA:
REDUÇÃO DOS AUTOMÓVEIS (RESTRINGIU-SE O PESO E RETIROU-SE O
ESTACIONAMENTO) E INCLUIU-SE SONS DA NATUREZA.
 AVALIAÇÃO POSITIVA DA PAISAGEM SONORA.
 OBSERVOU-SE UM AUMENTO DAS ATIVIDADES HUMANAS NO LOCAL.
1. CUIDADOS COM A PAISAGEM SONORA PROMOVEM:
- Redução de comportamento anti-social;
- Segurança;
- Qualidade de vida através da sua capacidade de impactar
positivamente o bem-estar psicológico e fisiológico dos cidadãos.
2. MAIOR SUCESSO SE HOUVER PARTICIPAÇÃO DOS MORADORES NA
DEFINIÇÃO DO QUE SÃO SONS APROPRIADOS E EM QUE MOMENTO ELES
DEVEM OCORRER.
3. BASEADOS NA REDUÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDO, DEVE HAVER PLANEJAMENTO
SONORO URBANO, RECONHECENDO OS ASPECTOS POSITIVOS DE CADA
AMBIENTE ACÚSTICO.
4. ABORDAGENS PRÁTICAS PARA MELHORES PAISAGENS SONORAS LOCAIS
PODEM (E DEVEM) SER INTEGRADOS NA POLÍTICA A NÍVEL ADMINISTRATIVO
LOCAL.
CONFORTO
• PROPORCIONA QUALIDADE DE VIDA
• DIFERENTE DE SILÊNCIO
Roberto Tardelli (Promotor de justiça)
NBR 10152 / 1987
Níveis de ruído para conforto acústico
•
Esta Norma fixa os níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes
diversos.
•
Registra que os procedimentos de medições devem seguir as disposições da NBR
10.151.
•
Apresenta uma faixa de valores em uma Tabela (faixa):
– a) O valor inferior da faixa representa o nível sonoro para conforto, enquanto que o
valor superior significa o nível sonoro aceitável para a finalidade.
– b) Níveis superiores aos estabelecidos nesta Tabela são considerados de
desconforto, sem necessariamente implicar risco de dano à saúde.
•
Recomenda que a análise de frequências de um ruído sempre seja realizada.
•
Gráfico e tabela das curvas NC são apresentados > por banda de frequencia.
NBR 10152 / 1987 – VALORES PARA AMBIENTES INTERNOS
LOCAIS
Hospitais
Escolas
Hotéis
Residências
Auditórios
dB(A)
NC
Apartamentos, Emfermarias, Berçários, Centros Cirúrgicos
35-45
30-40
Laboratórios, Áreas para uso público
40-50
35-45
Serviços
45-55
40-50
Bibliotecas, Salas de música, Salas de desenho
35-45
30-40
Salas de aula, Laboratórios
40-50
35-45
Circulação
45-55
40-50
Apartamentos
35-45
30-40
Restaurantes, Salas de Estar.
40-50
35-45
Portaria, Recepção, Circulação.
45-55
40-50
Dormitórios
35-45
30-40
Salas de estar
40-50
35-45
Salas de concerto, Teatros.
30-40
25-30
Salas de conferências, Cinemas, Salas de uso múltiplo.
35-45
30-35
40-50
35-45
Salas de reunião
30-40
25-35
Salas de gerência, Salas de projetos e da administração
35-45
30-40
Salas de computadores
45-65
40-60
Salas de mecanografia
50-60
45-55
40-50
35-45
45-60
40-55
Restaurantes
Escritórios
Templos
Locais para esporte
Pavilhões fechados
esportivas
para
espetáculos
e
atividades
NBR 10151 / 2000
Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o
conforto da comunidade - Procedimento
Aplicação: AMBIENTES EXTERNOS ou RELAÇÃO ENTRE EMISSÕES DE AMBIENTES
INTERNOS PARA AMBIENTES EXTERNOS.
•
•
Fixar condições exigíveis para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades,
independente da existência de reclamações.
O método de avaliação do ruído baseia-se em uma comparação entre o nível de pressão
sonora corrigido Lc e o nível de critério de avaliação NCA estabelecido na tabela.
NBR 10151 / 2000
Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o
conforto da comunidade - Procedimento
Define nível de pressão sonora equivalente (LAeq); ruído com caráter impulsivo; ruído com
componentes tonais; nível de ruído ambiente (Lra) (OBS: Norma de terminologia -som
residual).
Especifica os equipamentos de medição, assim como orienta com relação a periodicidade
de calibração e ajuste dos instrumentos.
Procedimentos de medição:
• Os valores medidos de NPS devem ser aproximados ao valor inteiro mais próximo.
• Não devem ser efetuadas medições na existência de interferências audíveis advindas de
fenômenos da natureza (ex.: trovões, chuvas fortes, etc.).
• O tempo de medição deve ser escolhido de forma a permitir a caracterização do ruído em
questão.
• Na ocorrência de reclamações, as medições tanto para ambientes INTERNOS e
EXTERNOS devem ser efetuadas nas condições e locais indicados pelo reclamante.
NBR 10151 / 2000
Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o
conforto da comunidade - Procedimento
Procedimentos de medição no EXTERIOR de edificações:
•
•
Uso de protetor de ventos sobre o microfone.
Medir os níveis de ruído externamente aos limites da propriedade que contém a fonte pontos afastados aproximadamente 1,2m do piso e pelo menos 2,0m do limite da
propriedade e de quaisquer outras superfícies refletoras, como muros, paredes etc.
Procedimentos de medição no INTERIOR de edificações:
• Devem ser efetuadas a uma distância de no mínimo 1,0m de quaisquer superfícies, como
paredes, teto, pisos e móveis.
• O Nível Sonoro resultante deve ser o resultado da média aritmética dos valores medidos
em pelo menos 3 posições distintas, afastadas entre si em pelo menos 0,5 m.
• As medições devem ser efetuadas nas condições de utilização normal do ambiente, isto
é, com as janelas abertas ou fechadas de acordo com a indicação do reclamante.
NBR 10151 / 2000
Acústica - Avaliação do ruído em áreas habitadas, visando o
conforto da comunidade - Procedimento
Correções para ruídos com características especiais:
• Para sons caráter normal > LAeq = Lc (nível corrigido).
• Sons com características impulsivas ou de impacto > Lc = Lmax (fast) + 5dB(A).
• Sons com componentes tonais: Lc = LAeq + 5dB(A).
Generalidades:
• Limites de horário para o período diurno e noturno podem ser definidos pelas autoridades
de acordo com os hábitos da população (22 h e 7h).
•
O nível de critério de avaliação NCA para ambientes internos é o nível indicado na tabela
com a correção de “- 10 dB(A)” para janela aberta e “- 15 dB(A)” para janela fechada.
•
Se o nível de ruído ambiente Lra, for superior ao valor da tabela para a área e o horário
em questão, o NCA assume o valor do Lra.
As NBRs 10151 e 10152 foram
revisadas e logo irão para consulta
nacional. Convido a todos para
participarem ativamente das reuniões
do comitê técnico de acústica da ABNT
É preciso enfatizar, justificar e
transmitir tanto a possibilidade quanto
a necessidade de se proporcionar
conforto acústico.
Agradeço a
atenção.
www.audium.com.br
[email protected] – 71.3334.1141
Poluição Sonora
Daniel Fernando Bondarenco Zajarkiewicch
Sinduscon-DF | Junho 2015
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Art. 3°, III – Atividades ruidosas temporárias.
Revogado parte do texto onde se exemplificavam
essas atividades (rol exemplificativo):
“[…] tais como obras de construçãpo civil, competições
desportivas, espetáculos, festas ou outros eventos de
diversão, feiras, mercados, etc.”
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Definição de música (PL art. 3°, VII)
“música: som organizado pelos seres humanos, fruto de
sua criatividade e conhecimento, utilizado como linguagem
de expressão, e que permite a frição estética;” [NR]
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Níveis de Pressão Sonora e suas Medições (art. 7°)
Elimina o critério de nível máximo para ambientes
internos (NBR 10.152). E a medição?
• Note-se que a Tabela II do Anexo II da lei vigente não é a
tabela da NBR 10152. É a Tabela da NBR 10151, subtraindo
10 dB.
Altera a fonte dos critérios de níveis máximos
permitidos (em vez da norma NBR 10.151, serão
critérios próprios dados pelo PL).
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Níveis de Pressão Sonora e suas Medições (art. 7°)
Os novos níveis:
• São níveis únicos, sem distinção de zoneamento;
• Substitui a medição de “Nível de Pressão Sonora”
por “Nível de Sons e Ruídos”;
• Limites muito acima da NBR 10.151 (+
permissivos).
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente
Tipos de áreas
Diurno
Noturno
Área de sítios e fazendas
40 +35
35 +35
Área estritamente residencial urbana ou de
hospitais ou de escolas
50 +25
45 +25
Área mista predominantemente residencial
55 +20
50 +20
Área mista com vocação comercial ou
administrativa
60 +15
55 +15
Área mista com vocação recreacional
65 +10
55 +15
Área predominantemente industrial
70 +5
60 +10
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Exclui o método de medição da NBR 10.151 (art. 7°,
§1°); apenas cita a Norma por causa do Medidor de
Nível de Som – decibelímetro (PL art. 4°, §1°)
•Onde será realizada a medição externa? A NBR 10.151
determina o local. O PL deixa dúbia a questão (§1°)
•Descritor? Texto confuso.

Deixar comprovante dos níveis medidos (§2°)
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Medições além do estabelecimento (PL art. 4°, §3°,
§4°) [NR]
Interna, no local do reclamante, com janelas fechadas.
Se for < 55dB (N) ou < 60 dB (D) reclamação será
improcedente.
• 70 dB (N) – 15 dB = 55 dB (NBR 10.151 item 6.2.3)
• 75 dB (D) – 15 dB = 60 dB (NBR 10.151 item 6.2.3)
• São os níveis máximos de uma área mista, com vocação
comercial e administrativa. O nível máximo da área mista,
predominantemente residencial, é de 55 dB (D) e 50 dB (N)
Cultura do “se ninguém reclama, está certo”.
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Medições Hospitais (PL art. 4°,5°) [NR]
 Apenas medição interna, 45 dB em qualquer período
•
NBR 10.151 Tabela 1, Noturno, externo (45 dB) Área
estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de
escolas
•
NBR 10.152 Tabela 1, Interno (35 – 45 dB) Apartamentos,
Enfermarias, Berçários, Centros cirúrgicos, Bibliotecas,
Salas de música, Salas de desenho, Dormitórios
residenciais.
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente


Exclui o critério de zonas limítrofes (art. 7°,
§2°)
Exclui a obrigatoriedade de tratamento acústico de
escolas, creches, hospitais, ambulatórios, casas de
saúde e similares, conf. níveis da NBR 10.152 (art.
7°, §3°). Prazo de 5 anos para adequação (art.
28)
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente


Exclui a obrigação dos órgãos de trânsito de
controlar o ruído e eliminar o distúrbio quando o
NPS do trânsito ultrapassar os limites da NBR
10.151 (art. 4°, §2°)
Exclui a obrigatoriedade de que as fontes não
podem ultrapassar os limites da NBR 10.151,
independentemente do ruído de fundo (art. 7°,
§5°)
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente


Exclui a proteção (art. 8°) dada às áreas estrita ou
predominantemente residenciais, hospitais,
bibliotecas e escolas, contra fontes móveis de
emissão sonora, uso de bozinas, sinais de alarme e
similares. Exclui a obrigação de sinalização dessas
áreas (§1°). Permite sirenes e alarmes (PL art.
9°, IV, V).
Exclui veículos automotores e carros de som dos
limites da NBR 10.151 (art. 8°, §2°)
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Tratamento acústico (PL art. 7°)

Ambientes internos com atividades potencialmente
poluidoras, no período noturno [NR], devem ter
“tratamento acústico” para atender aos limites da Lei.
•

Dúvida: e as atividades externas ao estabelecimento? E
no período diurno (7h a 22h) Vide PL art. 9°. Laudo com
base em que? NBR 10151 foi retirada …
Conceção ou renovação da licença depende de laudo
técnico de comprovação. [NR]
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Permissões (excessões) (PL art. 9°):


Auto-falantes propaganda eleitoral, diurno [NR]
Sinos de igrejas, instrumentos litúrgicos, cânticos
religiosos no culto, no recinto das sedes, no período
diurno [reedição de artigo inconstitucional ADI 2011
00 2 005243-7 TJDFT de 27/09/2011]
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Permissões (excessões) (PL art. 9°):



Bandas em procissões, cortejos ou desfiles públicos,
diurno. (7h a 22h) [NR]
Equipamentos de obras públicas, diurno (7h a 22h),
e noturno em caso de emergência justificada. [NR]
Explosivos empedreiras, “entre 10 e 17h” em lugar
de “diurno”, excluida a licença dos órgãos
ambientais e administrativos competentes. [NR]
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Permissões (excessões) (PL art. 9°):

Música, ao vivo ou mecânica, executada em áreas
internas ou externas de bares, restaurantes, cafés,
lanchonetes e similares, cujas capacidades não excedam
a 200 pessoas e desde que não sejam ultrapassados os
limites desta Lei [NR] salvo o disposto no Art. 7°?
•
•
Como compatibilizar com o PL art. 7°, que trata de
“tratamento acústico” apenas para as atividades
internas?
Se as atividades internas estão permitidas, por que
fazer tratamento acústico?
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Permissões (excessões) (PL art. 9°):
 uso de auto-falantes ou outras fontes, 30 dias antes
e durante o Carnaval, em praças públicas e em locais
e horários autorizados (exclusivamente músicas
carnavalescas sem propaganda comercial). [NR]
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Autorização prévia (PL art. 6°)
 Alvará específico para atividades potencialmente
poluidoras (I) salvo disposição legal em contrário
 Utilização de lougradouros públicos para funcionamento
de emissão sonora, fixos ou móveis, para quaisquer fins,
inclusive propaganda ou publicidade, “exceto nos casos
previsto no art. 6° (?) desta Lei (II, a)
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Proibições de ruídos (PL art. 10),
independentemente da medição, provenientes de:
 Pregões, anúncios ou propagandas, no logradouro
púbico ou para ele dirigidos, de viva voz ou por meio de
aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza (I) [NR]
 Instalações mecânicas, instrumentos musicais,
aparelhos ou instrumentos sonoros de qualquer
natureza, quando produzidos em logradouros públicos,
excetuados os casos do art. 6° da Lei (?) [NR]
PL 445/2015 – Alterações à Lei vigente

Proibições de ruídos (PL art. 10),
independentemente da medição, provenientes de:
 Ensaio ou exibição de escolas de samba ou entidades
similares, no período de 0h às 7h, salvo aos domingos,
feriados e nos 30 dias antecedentes ao carnaval, quando
o horário é livre. [NR]
 Animais de modo a provocar o dessassossego ou a
intranquilidade da vizinhança. [NR]
PL 445/2015 – Aspectos polêmicos



Desrespeito à Resolução Conama 1/90 como
norma geral federal (competência).
Níveis máximos muito acima dos estabelecidos
pela NBR 10.151 (dano à saúde). Incompatível com
o disposto no art. 3°, I e VIII e dados da OMS.
O PL não cumpre a sua finalidade: proteção do
meio ambiente sonoro. (argumentos na
justificativa do PL)
PL 445/2015 – Competências

Conceito de Poluição Sonora
Lei 6.938/81, art. 3º – Política Nacional do Meio Ambiente
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e
interações de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa
das características do meio ambiente
PL 445/2015 – Competências

Conceito de Poluição Sonora
Lei 6.938/81, art. 3º – Política Nacional do Meio Ambiente
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de
atividades que direta ou indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões
ambientais estabelecidos;
PL 445/2015 – Competências

Constituição Federal Competência legislativa e administrativa
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
VI – [...] proteção do meio ambiente e controle da poluição;
A União limita-se a normas gerais. Os Estados e DF podem
suplementar. Inexistindo lei federal, os Estados podem legislar,
para atender a suas peculiaridades. Mas, a superveniência de lei
federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual,
no que lhe for contrário.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios: [...] VI – proteger o meio ambiente e
combater a poluição em qualquer de suas formas.
PL 445/2015 – Competências

Competência do Município
Art. 30. Compete aos Municípios:
I - legislar sobre assuntos de interesse local*
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que
couber
(*) Interesse local (preponderância) – a poluição sonora
poderia ser considerada como de interesse apenas local.
PL 445/2015 – Competências

Lei 6.938/81, art. 8°, VI - Lei da Politica Nacional do
Meio Ambiente, atribui ao CONAMA:
“estabelecer normas, critérios e padrões nacionais de
relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio
ambiente com vistas ao uso racional dos recursos naturais,
principalmente hídricos (VII)
Competência concorrente (art. 24, §2°). Limita-se a
normas gerais: critérios de níveis máximos, por tipo de
zoneamento e períodos (diurno e noturno), método de
medição e equipamentos.
PL 445/2015 – Competências

Conama (Constitucionalidade)
 Sua competência não foi revogada pelo art. 25 das
Disposições Constitucionais e Transitórias: “Ficam
revogados […] em 180 dias […] que deleguem ao Poder
Executivo competência assinalada pela CF ao Congresso
Nacional, especialmente no que tange a: I – ação
normativa; II – alocação ou transferência de recursos de
qualquer espécie”.
 Art. 48, 49 CF – Nenhuma atribuição do Congresso
Nacional é exercida pelo CONAMA, conf. art. 8° da Lei
6.938/81. (Paulo Affonso Leme Machado).
PL 445/2015 – Competências

Resolução Conama No. 01/90
I - A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades
industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as de
propaganda política, obedecerá, no interesse da saúde, do
sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos
nesta Resolução.
II - São consideradas prejudiciais à saúde e ao sossego público os
ruídos com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela
norma NBR 10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas
visando o conforto da comunidade, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT.
III – Execução de projetos de construção ou de reformas de
edificações para atividades heterogêneas o nível de som produzido
não poderá ultrapassar a norma NBR 10.152 – Níveis de Ruído
para conforto acústico, da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT.
PL 445/2015 – Competências

Resolução Conama No. 01/90
VI - Para os efeitos desta Resolução, as medições deverão ser
efetuadas de acordo com a NBR-10.151 - Avaliação do Ruído em
Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da ABNT.
VII - Todas as normas reguladoras da poluição sonora, emitidas a
partir da presente data, deverão ser compatibilizadas com a
presente Resolução.

O PL 445/2015 vai contra os limites gerais da
Resolução Conama 01/90 (NBR 10.151).
PL 445/2015 – ADIN LC 40 Municipio São
Borba
• ADIN. São Borja (RS). Art.131-F da LC no 40 de 6 de agosto de 2007, que
disciplina os ruídos sonoros, para igrejas ou templos, em níveis
superiores aos da órbita federal e estadual. Toda emissão de ruídos
sonoros, de forma excessiva, afeta a qualidade de vida e traduz poluição
ambiental. Direito constitucional ao meio ambiente equilibrado e
saudável. Compatibilidade das normas. Resolução no 1/90 do CONAMA,
com força de lei. Compete à União estabelecer normas gerais em
matéria de meio ambiente e controle de poluição, nos termos do art. 24,
VI, §§1o e 4o da Carta Federal. Autorização para legislação supletiva
somente no vácuo da legislação federal. Em matéria de meio ambiente e
controle de poluição não há predominância do interesse do município.
Normatividade federa, de caráter geral, como parâmetro razoável, à
qual devem estar vinculadas as normas estaduais e municipais. Bloqueio
de competência. Precedentes jurisprudenciais e sua interpretação.
Ofensa aos princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Afronta
aos arts. 24, VI, §§ 1o e 4o, 30, II e 225 “caput” da Carta Federal, arts.
8o e 250, “caput” da Carta Estadual e Resolução no 1/90 do CONAMA.
Procedência da ação. UNÂNIME
PL 445/2015 – Níveis máximos






OMS - Limimiar incômodo 50 dB(A) diurno; 40 dB(A)
noturno. Início estresse 55 dB(A) (WHO 1999)
PIMENTEL-SOUZA (neurofisiologista UFMG) - Em vigília:
Até 50 dB(A) (Leq) pode ser perturbador, mas adaptável.
Acima de 55 dB(A) provoca estresse leve, excitante,
causando dependência e levando a durável desconforto.
Aos 60 dB(A) há reações inconscientes, governadas pelo
sistema nervoso vegetativ, e são independentes do fato do
ruído estar sendo considerado incômodo ou não.
Aos 65 dB(A) começa o estresse degradativo do organism,
com desequilíbrio bioquímico, aumentando o risco de
infarto, derrame cerebral, infecções, osteoporose, etc.
PL 445/2015 – Finalidade

Controle da poluição sonora (art. 1°)
Proibir a perturbação e bem-estar público (art. 2°)

Todavia, a justificativa do PL alega que a legislação atual:

 Proíbe a realização de atividades importantes para os cidadãos
de Brasília, tais como: execução de música ao vivo; a realização
de cultos religiosos. A lei protege a saúde e bem-estar. Não
proíbe tais atividades. Penaliza excesso sonoro.
 Os níveis não foram revisados a cada 2 anos e não foram feitos
estudos sobre os impactos desta norma sobre as atividades
econômicas, culturais, sociais e sobre a vida cotidiana dos
cidadãos brasilienses. A norma está sob revisão há 2 anos. O PL
prioriza os impactos econômicos em detrimento da saúde.
PL 445/2015 – Finalidade

Controle da poluição sonora (art. 1°)
Proibir a perturbação e bem-estar público (art. 2°)

Todavia, a justificativa do PL alega que a legislação atual:

 Outras legislações municipais não são tão restritivas como a do
DF. Ex. LC 126 (RJ). Todavia, foi copiado o artigo das proibições
de tal norma, exceto a que diz: Art. 3°- São expressamente
proibidos os ruídos: [...] VIII - produzidos em Casas Noturnas,
acima de 55 decibéis, a partir das 22 horas.
 A Lei 9.505/08 de Belo Horizonte Foi objeto de ADI, declarada
improcedente (sem julgamento do mérito) apenas por não ter
sido específica quanto aos artigos impugnados.
 A Lei 8.675/2014 permite nível de 110 dB em determinados
locais e eventos. Todavia, já há um movimento do MP para
declará-la inconstitucional.
PL 445/2015 – Finalidade

Controle da poluição sonora (art. 1°)
Proibir a perturbação e bem-estar público (art. 2°)

Todavia, a justificativa do PL alega que a legislação atual:

 Os limites devem ser adequados à realidade. Devemos
adequar a norma aos fatos, ou os fatos à norma? A
“realidade”, o que “está ai”, é prejudicial à saúde e sossego da
população. Os casos de autuações elencados, demostram o
sucesso da norma. A “realidade” que se defende, e que se
pretende positivar, é que é nociva (a músicos, frequentadores
cidadãos em volta). Estudos audiológicos da UNESA (2008)
indicaram que 73% dos músicos relataram vários sintomas
relacionados à saúde auditiva (plenitude auricular, zumbido,
tonteira e dor de cabeça); 53,3% relaram sentir dificuldades
em ouvir.
PL 445/2015 – Finalidade

Controle da poluição sonora (art. 1°)
Proibir a perturbação e bem-estar público (art. 2°)

Todavia, a justificativa do PL alega que a legislação atual:

 É implacável com bares e não com trânsito. Mapa de Ruídos
indica exposição a 60-70 dB (8,4%) e acima de 55 dB (18,3%).
Curioso que o PL retira o art. 7°, IV. E ignora o propósito do
Mapa de Ruído, de ser um diagnóstico que fundamente as
políticas públicas de diminuição da poluição sonora, e o
planejamento urbano, e não servir de incentivo à elevação
geral do ruído.
Se o diagnóstico de colesterol total está em 250 mg/dL, vamos continuar a
consumir gordura? Se o diagnóstico de glicose está em 200 mg/dL,
comeremos doce?
PL 445/2015 – Conclusão



O PL não contribui com a finalidade pretendida pela
legislação que trata da poluição sonora, desconhecendo-lhe
os malefícios.
O PL erra ao aumentar os limites, lesando a maioria da
população, em virtude de interesses econômicos de
comerciantes, além de afrontar a legislação federal.
“Art. 225. Todos têm direito a um meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida [...].” Não lesa direitos
do art. 215, 216 (Cultura) nem do art. 30, IX – promover a
proteção do patrimônio histórico cultural, observada a
legislação e a ação fiscalizatória federal e estadual.
Jurisprudência
TJ-SP - Apelação / Reexame Necessário REEX
01617339720088260000 SP 0161733-97.2008.8.26.0000 (TJ-SP)
Data de publicação: 07/02/2013
Ementa: Ações civis públicas ambientais, cautelar e principal.
Poluição sonora decorrente de festa realizada em praças públicas,
com autorização do Município. Ponderação entre os direitos à
livre manifestação sociocultural e ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Obrigação de adequar as emissões
sonoras ao padrão da NBR 10151 da ABNT e imposição de horário
limite para as atividades festivas. Sentença de improcedência.
Recurso oficial e apelação parcialmente providos.
TJ-SP - Arguição de Inconstitucionalidade 00042757020158260000 SP
0004275-70.2015.8.26.0000 (TJ-SP)
Data de publicação: 01/06/2015
Ementa: ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE – Incidente de
arguição de inconstitucionalidade do art. 19, IX, da Lei nº 4.710, de
21.05.2012, do Município de Jaú, suscitada pela 1ª Câmara Reservada ao
Meio Ambiente em sede de apelação tirada dos autos de ação civil
pública julgada procedente – Ação civil pública movida pelo Ministério
Público em face do Município de Jaú e da Associação Jauense de Kart e
Moto, visando que esta última "se abstenha de promover a realização de
treinos ou competições de karts e motocicletas no Kartódromo
municipal" – Dispositivo legal atacado permissivo do limite de 90
decibéis para os treinos e campeonatos de karts e motos realizados no
Kartódromo – Norma mais permissiva do que a prevista nas leis federal e
estadual, que limitam a 60 decibéis os níveis de ruído com o conforto
acústico em ambientes diversos (Resolução CONAMA 001/1990, Normas
da ABNT NBR 10151 e 10152 e Normas da CETESB) – Regras de nível
federal que submetem as emitidas pelas inferiores de poder –
Inconstitucionalidade por afronta aos arts. 191 e 192 da CE, configurada.
Arguição julgada procedente, declarada a inconstitucionalidade.
TJ-SP - Apelação APL 40241218020138260224 SP 4024121-80.2013.8.26.0224
(TJ-SP)
Data de publicação: 09/04/2015
Ementa: Direito de vizinhança. Templo religioso. Perturbação ao sossego da
vizinha com ruídos provenientes dos cultos religiosos. Índice que supera o
mínimo tolerável. Ação julgada procedente. Cerceamento de defesa. Não
ocorrência. Oportunidade concedida às partes para manifestação acerca do
laudo pericial, quedando-se inertes. Impugnação tardia feita somente com as
razões de apelação. Inadmissibilidade. Desnecessidade da produção de outras
provas além das existentes nos autos. Níveis de ruído apurados. Norma NBR10151, da ABNT. Medições em residência vizinha, tanto na área externa quanto
em área interna, durante a realização dos cultos, com orquestra e sem
orquestra. Ultrapassagem, em todas as medições, dos índices máximos
permitidos. Necessidade de adoção de medidas de controle do ruído. Recurso
improvido. Os ruídos produzidos no templo religioso são superiores aos limites
do aceitável, trazendo claro incômodo e interferência prejudicial ao sossego e
até mesmo à saúde daquela que habita o imóvel vizinho, configurando uso
anormal da propriedade. A liberdade religiosa, assegurada constitucionalmente,
não pode prejudicar o sossego alheio e as normas de tolerância, decorrentes da
convivência das pessoas em agrupamentos sociais, observam limites a que todos
devem obediência. Ultrapassados estes, cabe as providências administrativas e
jurisdicionais para recondução para as regras de convivência social das pessoas.
• TJ-SP - Agravo de Instrumento AG 990100004360 SP
(TJ-SP)
• Data de publicação: 12/07/2010
• Ementa: Agravo de Instrumento. Ação cominatória.
Direito de vizinhança. Formação incompleta do
instrumento no ato de interposição do recurso
justificável. Urgência e impossibilidade de acesso aos
autos devidamente comprovada por certidão
cartorária. Níveis de ruído acima do limite máximo
estabelecido na NBR 10.151. Prevalência da legislação
federal sobre a legislação municipal, menos restritiva.
Resolução nº 01 /90, do CONAMA. Perícia produzida
em cautelar preparatória que confere verossimilhança
às alegações iniciais. Possibilidade de deferimento
liminar. Art. 804 do CPC . Recurso improvido.
TJ-SC - Apelação Criminal APR 20110268101 SC 2011.026810-1 (Acórdão) (TJ-SC)
Data de publicação: 07/08/2013
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O MEIO AMBIENTE. POLUIÇÃO SONORA
(ART. 54 , CAPUT, DA LEI Nº 9.605 /98). SENTENÇA CONDENATÓRIA. INSURGÊNCIA DA
DEFESA. TIPO PENAL QUE PREVÊ A OCORRÊNCIA DO CRIME NA CONDUTA DE CAUSAR
POLUIÇÃO DE QUALQUER NATUREZA EM NÍVEIS TAIS QUE RESULTEM OU POSSAM
RESULTAR EM DANOS À SAÚDE HUMANA, OU QUE PROVOQUEM A MORTANDADE DE
ANIMAIS OU A DESTRUIÇÃO SIGNIFICATIVA DA FLORA. RESOLUÇÃO Nº 001/90 DO
CONAMA QUE DISPÕE QUE SÃO PREJUDICIAIS À SAÚDE E AO SOSSEGO PÚBLICO OS
RUÍDOS COM NÍVEIS SUPERIORES AOS CONSIDERADOS ACEITÁVEL PELA NORMA NBR10.151 DA ABNT. AFERIÇÃO DE RUÍDOS SUPERIORES POR POLICIAIS MILITARES
AMBIENTAIS. ALEGAÇÃO DE QUE DIFERENÇA A MAIOR DE SEIS DECIBÉIS NÃO CAUSA
POLUIÇÃO SONORA, QUANDO MAIS DANO AMBIENTAL, POIS A PRÓPRIA NBR DA ABNT
TRAZ NOTA DIZENDO QUE NÍVEIS SUPERIORES AOS ESTABELECIDOS NA TABELA SÃO
CONSIDERADOS DE DESCONFORTO, SEM NECESSARIAMENTE IMPLICAR RISCO DE DANO À
SAÚDE. NÃO ACOLHIMENTO. NORMA DO CONAMA EM SENTIDO CONTRÁRIO. RECLAMO
DE AUSÊNCIA DE MATERIALIDADE DIANTE DA AUSÊNCIA DE LAUDO PERICIAL.
INEXISTÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CREDENCIAMENTO TÉCNICO PARA UTILIZAÇÃO DO
APARELHO DE AFERIÇÃO DE RUÍDOS, ALÉM DE NÃO DEMONSTRADO A PRÉVIA
CALIBRAGEM DO EQUIPAMENTO E CERTIFICAÇÃO PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES A
COMPROVAR A EFICIÊNCIA DO DECIBELÍMETRO UTILIZADO. ELEMENTAR DO TIPO NÃO
COMPROVADA. ABSOLVIÇÃO QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO
TJ-SP - Agravo de Instrumento AG 990100440071 SP (TJ-SP)
Data de publicação: 29/03/2010
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO CIVIL PÚBLICA ASSOCIAÇÃO RESPONSÁVEL POR EMISSÃO DE RUÍDOS EM
DESACORDO COM A NORMA NBR 10.151-ABNT DETERMINAÇÃO DE INTERDIÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS
DA REQUERIDA ATÉ A FINALIZAÇÃO DAS OBRAS DE
ISOLAMENTO ACÚSTICO -ACERTO DA DECISÃO
RECALCITRÂNCIA DA AGRAVANTE EM CUMPRIR ACORDO
VOLUNTARIAMENTE FIRMADO - RUÍDOS EXCESSIVOS
CONSTATADOS POR TÉCNICOS DA CETESB, APÓS VÁRIAS
RECLAMAÇÕES DA COMUNIDADE - RUÍDO EM EXCESSO QUE
NÃO CAUSA APENAS INSATISFAÇÃO E DESCONFORTO, SENÃO
PROVOCA ENFERMIDADES DETECTADAS PELA MEDICINA
TRADICIONAL E PELA PSIQUIATRIA - INCIDÊNCIA DOS
PRINCÍPIOS DA PREVENÇÃO E PRECAUÇÃO - AGRAVO
DESPROVIDO
TJ-RS - Apelação Cível AC 70042079343 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 25/09/2012
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PÚBLICO NÃO
ESPECIFICADO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. POLUIÇÃO SONORA.
PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO. DETERMINAÇÃO PARA QUE O
MUNICÍPIO SE ABSTENHA DE CONCEDER AUTORIZAÇÃO OU DE
PROMOVER EVENTOS MUSICAIS AO AR LIVRE QUE
ULTRAPASSEM OS LIMITES DE EMISSÃO DE RUÍDOS PREVISTOS
NA NBR/ABNT Nº 10.151. CABIMENTO. APELO PROVIDO.
(Apelação Cível Nº 70042079343, Vigésima Primeira Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Francisco José Moesch,
Julgado em 05/09/2012)
TJ-RS - Recurso Crime RC 71001240118 RS (TJ-RS)
Data de publicação: 19/04/2007
Ementa: APELAÇÃO CRIME. POLUIÇÃO SONORA
CAUSADA POR INSTRUMENTOS MUSICAIS. Artigo 42 ,
inciso III , do Decreto-Lei nº 3.688 /41. 1. Relatório de
Ocorrência Ambiental constatou a emissão de ruídos
acima dos níveis permitidos pela NBR 10151/00, com
prejuízo à saúde humana e ao sossego público. 2. O
direito de tocar instrumento musical deve ser exercido
dentro dos parâmetros legais e observados os limites de
ruídos admitidos para o local, sob pena de afrontar o
direito de vizinhos ao sossego e a tranqüilidade.
Apelação improvida. (Recurso Crime Nº 71001240118,
Turma Recursal Criminal, Turmas Recursais, Relator:
Angela Maria Silveira, Julgado em 16/04/2007)
OBRIGADO
[email protected]
AS CARTAS DE BRASÍLIA
Cartas Acústicas da Capital Federal
Dr. Sérgio Garavelli
Pesquisador e Consultor em Acústica Ambiental
Coordenador do Grupo de Pesquisa em Acústica Ambiental - CNPq
[email protected]
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
2
Sérgio Garavelli
Grupo de Pesquisa em Acústica Ambiental
 Dr. Sérgio Luiz Garavelli – Coordenador
 Dr. Armando de Mendonça Maroja
 MSc. Cleber Alves da Costa (doutorando)
 MSc. Edson Benício de Carvalho Júnior (doutorando)
 MSc. Dalmo Rodrigues da Silva
 Esp. Edwin de Souza Silva (mestrando)
 Esp. Wesley Cândido de Melo (mestrando)
 Assessoria técnica
 MSc. Sabrina Moreira de Albuquerque
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
3
Sérgio Garavelli
Mapa de Ruídos de Brasília
Projeto 914BRZ2001 - Estudo de ruído ambiental, com foco no ruído
veicular - Mapa de Ruído de Brasília
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
4
Sérgio Garavelli
Poluição Sonora
81% da população brasileira é urbana
O fenômeno de urbanização agravou o problema da poluição ambiental
nas cidades.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
5
Sérgio Garavelli
Efeitos da poluição sonora sobre a população ...
Cada vez mais urbana
Do século XV ao XXI
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
6
Sérgio Garavelli
A contaminação acústica é um problema que acompanha o homem
desde o início da civilização. Até pouco tempo o ruído era considerado
somente como um subproduto da atividade humana.
Na sociedade moderna, é uma questão de saúde pública, porém
raramente é tratado como tal, sendo frequentemente considerado
como uma questão de incômodo.
Assim, como a poluição das
águas, do solo e atmosférica a
poluição sonora é um
problema de contaminação
ambiental e afeta
diretamente a saúde e
qualidade de vida da
população.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
7
Sérgio Garavelli
A Organização Mundial da Saúde
(OMS) alerta que a poluição sonora é
a segunda maior no meio ambiente,
só perdendo para a poluição do ar.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
8
Sérgio Garavelli
O Sono
As diretrizes da OMS indicam que
para um sono de qualidade, o nível
de pressão sonora não deve exceder
30 dB(A) para o ruído de fundo
contínuo, e os eventos individuais
ruídos superiores a 42 dB(A) devem
ser evitados. (ruído interno)
A perturbação do sono é um dos efeitos do ruído ambiental. Atualmente é
a maior preocupação da OMS em relação à poluição sonora.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
9
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
10
Sérgio Garavelli
Poluição sonora
 É um problema de saúde pública
 Segundo maior agente poluidor, depois da poluição do ar (OMS)
 Na Europa, o ruído ambiental causou, a cada ano:
• pelo menos 10.000 mortes prematuras
• Mais de 900.000 casos de hipertensão
• 43.000 internações hospitalares
• Estima-se que 125 milhões de habitantes estão expostos a
níveis superiores ao recomendado pela OMS (Lden > 55 dB)
(Noise in Europe, 2014)
No Brasil os estudos referentes a exposição à poluição sonora ainda são
incipientes.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
11
Sérgio Garavelli
Avaliação do incômodo
 Para relacionar o ruído (dose) com o incômodo sonoro
(resposta/efeito) a Comunidade Europeia (CE) recomenda que adotar a
metodologia baseada em modelos de dose-resposta.
 Devido a dificuldades operacionais somente alguns poucos grupos
realizam pesquisas para calcular as curvas de dose-resposta.
 Resultados recentes mostram que a percepção do incômodo
relacionado com o ruído se alteraram ao longo do tempo e dependem
de questões ambientais e culturais além da fonte de ruído (tráfego
rodoviário, aeroviário, ferroviário, turbinas eólicas, construção civil etc.).
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
12
Sérgio Garavelli
Avaliação do incômodo
 O FAA (Federal Aviation Administration) adota as relações doseresposta, desenvolvidas por Schultz (1978) e Finegold et al. (1992),
como a principal base das diretrizes relacionadas à compatibilidade do
zoneamento sonoro com o uso e ocupação do solo.
 A FAA reconhece que essas relações dose-resposta foram geradas
décadas atrás e que resultados de pesquisas mais recentes, diferem
significativamente dos indicados por esses modelos. Uma pesquisa está
sendo realizada em 20 aeroportos europeus, para o desenvolvimento
de modelos dose-resposta atualizados.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
13
Sérgio Garavelli
Avaliação Integrada - diagnóstico
 Simulação (mapas de ruídos)
Avaliação
Integrada
 Calibração (medidas acústicas)
 Avaliação da Percepção (curvas doseresposta)
No Brasil os primeiros trabalhos envolvendo avaliação integrada, foi
realizado em Brasília, com o ruído aeroviário, pelo Grupo de
Pesquisa em Acústica Ambiental.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
14
Sérgio Garavelli
Gestão da contaminação acústica
Marcos Holtz – Pró-Acústica
(2ª. Conferência Municipal sobre Ruído, Vibração e Poluição Sonora)
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
15
Sérgio Garavelli
Plano de Redução de Ruídos – PRR
 Ações de redução na fonte de ruído.
 Ações de redução no meio de propagação do ruído.
 Ações de redução no receptor.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
16
Sérgio Garavelli
AS CARTAS DE BRASÍLIA
Cartas Acústicas da Capital Federal
Link para o trabalho completo disponível no sito o IBRAM - DF
http://www.ibram.df.gov.br/component/content/article/310.html
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
17
Sérgio Garavelli
Mapa de Ruídos de Brasília
Para esse trabalho foram consideradas como fontes de ruídos o tráfego das
principais vias de Brasília, Eixo Monumental (vias S1 e N1), Eixão, W3, L2 e
Eixos L e W.
Vias S1 e N1
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
18
Sérgio Garavelli
Eixo Central (a), Vias L2, Sul e Norte (b), Avenidas W3, Sul e Norte (c)
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
19
Sérgio Garavelli
Parâmetros Acústicos Avaliados
LAeq,dia = é o nível de pressão sonora equivalente e contínua referente a
um período corresponde às 12h avaliado entre 07h e 19h.
LAeq,ent = é o nível de pressão sonora equivalente e contínua referente a
um período corresponde às 4h avaliado entre 19h e 23h (entardecer).
LAeq,noite = é o nível de pressão sonora equivalente e contínua referente a
um período corresponde às 10h avaliado entre 23h e 07h.
O indicador LAeq,den representa o nível sonoro médio nas 24h do dia, com
a aplicação de uma ponderação diferenciada para os ruídos emitidos
durante o período do anoitecer/entardecer (correção +5 dB) e da noite
(correção +10 dB).
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
20
Sérgio Garavelli
Elaboração dos Mapas de Ruído
Software de simulação ambiental: SoundPLAN, principais etapas.
 Construção do modelo digital de terreno da região de estudo sobre uma
base cartográfica.
 Inserção dos edifícios, casas e conjuntos comerciais com as respectivas
alturas em relação ao modelo digital de terreno.
 Incorporação ao mapas das de emissão sonora referentes às vias que
atravessam a região de interesse, com a distribuição do fluxo de veículos
por hora e composição do tráfego veicular característico de cada via.
 Nesse trabalho foram elaborados os mapas de ruídos utilizando os
indicadores Leq, Lden e Ln.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
21
Sérgio Garavelli
Coleta de dados
No estudo foi considerado como fonte de ruídos o tráfego veicular, os
veículos foram classificados em leves (veículos de massa líquida inferior a
3,5 toneladas) e pesados (veículos de massa líquida igual ou superior a 3,5
toneladas).
Dados dos controladores eletrônicos de velocidade, CEV complementados
com medições e filmagem realizadas in situ
O período levado em conta foi o mês de maio de 2013, a escolha deve-se a
disponibilidade dos dados, que foram fornecidos pelo DETRAN-DF e DER.
A Directiva Europeia 2002/49/CE indica a utilização do modelo francês para
a predição do ruído gerado pelo tráfego rodoviário, NMPB-Routes.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
22
Sérgio Garavelli
Validação dos mapas
Os locais selecionados para a medição de validação foram escolhidos de
forma que o ruído predominante foi oriundo das vias, o erro máximo
admitido para a validação do mapa foi de ±3 dB(A).
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
23
Sérgio Garavelli
Área
Central
Asa Sul
Asa
Norte
25/06/2015
Ponto
P1
P2
P3
P4
P5
01
02
03
04
05
06
01
02
03
04
05
06
Local
Praça dos Três Poderes
Câmara dos Deputados
Torre de TV
Memorial JK
Nossa Senhora da Paz
Eixão Sul
Eixão Sul
Eixo L Sul
L2 Sul
W3 Sul
W3 Sul
Eixão/Eixinho W
Eixão/Eixinho L
711 Norte
609/610 Norte
611 Norte
412/413 Norte
* Previsto ** Medido
Os impactos do Som ao Redor
Leq dB(A)*
Leq dB(A) **
Dif. dB(A)
62,8
60,5
59,4
64,7
61,1
74,9
74,3
73,2
68,1
72,9
75,5
73,2
72,1
67,8
61,3
53,4
51,3
61,1
58,8
59,4
62,3
61,8
73,9
73,9
70,3
65,1
72,2
72,6
71,1
69,8
66,9
63,5
53,3
52,6
1,7
1,7
0,0
2,4
-0,7
1,0
0,3
2,9
3,0
0,7
2,9
-2,1
-2,3
-0,9
2,2
-0,1
1,3
24
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
25
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
26
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
27
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
28
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
Mapa de conformidade, matutino
29
Sérgio Garavelli
Curvas em kmz, dão uma boa visão para a população e é uma
ferramenta de apoio a tomada de decisões.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
30
Sérgio Garavelli
População exposta por classe dos indicadores, Lden e Ln, em dB(A)
Lden
Ln
25/06/2015
≤ 50
50 - 55
55 - 60
60 - 65
65 - 70
≥ 70
Σ >55
138.252
47.851
17.882
11.428
7.772
4.709
41.791
60,4%
20,9%
7,8%
5,0%
3,4%
2,1%
18,3%
188.836
20.451
11.164
4.281
2.668
494
18.607
82,9%
9,0%
4,9%
1,9%
1,2%
0,2%
8,2%
Os impactos do Som ao Redor
31
Sérgio Garavelli
Pessoas incomodadas pelo tráfego rodoviário
Lden dB(A)
Pop
% Pop
Pessoas incomodadas
Altamente incomodadas
%
Pessoas
%
Pessoas
≥ 65
12.481
5%
47%
5.866
24%
2.995
≥ 60
23.909
10%
35%
23.909
16%
3.825
≥ 55
41.791
18%
26%
10.865
10%
4.179
Total
16.731 (7,3%)
7.174 (3,1%)
Pessoas com distúrbios no sono
Ln dB(A)
Distúrbios no sono
%
Pessoas
Elevado DS
%
Pessoas
Pop
%
≥ 65
3.162
1%
36%
1.138
20%
632
≥ 60
7.443
3%
29%
2.158
15%
1.116
≥ 55
18.607
8%
22%
4.094
11%
2.046
Total
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
7.390 (3,2%)
3.794 (1,7%)
32
Sérgio Garavelli
Comparação entre Brasília e Cidade do Porto, Lden dB(A)
Brasília
Cidade do
Porto
25/06/2015
≤ 50
50 - 55
55 - 60
60 - 65
65 - 70
≥ 70
Σ>55
138.252
47.851
17.882
11.428
7.772
4.709
41.791
60,4%
20,9%
7,8%
5,0%
3,4%
2,1%
18,3%
56.339
52.901
54.825
36.817
30.478
31.771
153.891
21,4%
20,1%
20,8%
14,0%
11,6%
12,1%
58,5%
Os impactos do Som ao Redor
33
Sérgio Garavelli
Plano de Redução de Ruídos – PRR
 Ações de redução na fonte de ruído.
 Ações de redução no meio de propagação do ruído.
 Ações de redução no receptor.
Link para o trabalho completo disponível no sito o IBRAM - DF
http://www.ibram.df.gov.br/component/content/article/310.html
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
34
Sérgio Garavelli
Outras cartas ....
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
35
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
Mapa de Ruído Águas Claras (2008)
36
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Mapa de Ruído, implantação da linha verde no DF (EPTG)
Os impactos do Som ao Redor
37
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
Mapa de Ruído da Asa Sul – VLT Lden
38
Sérgio Garavelli
Mapa de Ruído Diurno - Setor Noroeste - predição
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
39
Sérgio Garavelli
Mapa de Ruído Noturno - Setor Noroeste - predição
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
40
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
Mapa de Ruído Setor Noroeste - Fachada
41
Sérgio Garavelli
Mapa de conformidade Ruído Noturno - Setor Noroeste
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
42
Sérgio Garavelli
43
Incômodo devido diferentes tipos de fonte, pessoas altamente incomodadas
Lden dB(A)
Fonte: http://rigolett.home.xs4all.nl/ENGELS/topic.htm
Resultados Inéditos !!!!!
Curvas dose-resposta, para o ruído aeroviário
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
44
Sérgio Garavelli
Comparação com outros trabalhos
Curvas dose-resposta, para o ruído aeroviário
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
45
Sérgio Garavelli
Equações para as curvas dose-resposta
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
46
Sérgio Garavelli
Na Legislação brasileira existem outros problemas que necessitam ser
debatidos, além de alterações dos limites dos níveis de pressão sonora.
 Definição de indicadores acústicos unificados, por exemplo, para o
ruído aeronáutico é adotado outro parâmetro DNL.
 Avaliação sistemática dos níveis de pressão sonora devido a grandes
estruturas de transportes e outras fontes de ruídos. (Mapas de Ruídos)
 Cálculo das curvas de dose-resposta para as diversas fontes de ruídos.
 Integração dos Mapas de Ruídos e PRR com o Plano Diretor.
 Definição precisas de metodologia para as medições de fiscalização.
 Implantação de medidas mitigadores em relação à poluição sonora
para a preservação e melhoria da qualidade de vida da população.
(Planos de Redução de Ruídos, PRR)
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
47
Sérgio Garavelli
A União Europeia adota uma metodologia comum com o objetivo de
prevenir ou reduzir os efeitos prejudiciais da exposição ao ruído. Esta
metodologia está baseada nas cartas acústicas, população exposta
por faixa dos indicadores acústicos, na divulgação à população e na
execução dos Planos de Redução de Ruídos.
Diretiva 2002/49/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de
junho de 2002, relativa à avaliação e gestão do ruído ambiente.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
48
Sérgio Garavelli
Obrigado!
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
49
Sérgio Garavelli
Legislação
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
50
Sérgio Garavelli
Legislação
Federal
 Normatização é atribuída ao CONAMA (Conselho Nacional do Meio
Ambiente) – (inc. II do art. 6º da Lei nº 6.938, de 31.8.81)
 Resolução nº 1, de 8 de março de 1990, são prejudiciais à saúde e ao
sossego público “os ruídos com níveis superiores aos considerados
aceitáveis pela NBR 10.151”
Distrital
“É proibido perturbar o sossego e o bem-estar público da população pela
emissão de sons e ruídos por quaisquer fontes ou atividades que
ultrapassem os níveis máximos de intensidade” (Lei nº 4.092). Lei que rege
essa atuação: Lei nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, regulamentada
pelo decreto nº 33.868/2012.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
51
Sérgio Garavelli
Nível de critério de avaliação (NCA) para ambientes externos, em dB(A)
Fonte: NBR 10.151; ABNT, 2000.
Tipos de áreas
Áreas de sítios e fazendas
Área estritamente residencial urbana (hospitais e escolas)
Área mista, predominantemente residencial
Área mista, com vocação comercial e administrativa
Área mista, com vocação recreacional
Área predominantemente industrial
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
Diurno Noturno
40
50
55
60
65
70
35
45
50
55
55
60
52
Sérgio Garavelli
Outras capitais brasileiras
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
53
Sérgio Garavelli
Outras capitais brasileiras
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
54
Sérgio Garavelli
Legislação Portuguesa Decreto-Lei n.º 9/2007
Zonas
Sensível
Mista
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
Lden dB(A)
55
65
Ln dB(A)
45
55
55
Sérgio Garavelli
Legislação Espanhola
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
56
Sérgio Garavelli
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
57
Sérgio Garavelli
Proposta PL 455/2015
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
58
Sérgio Garavelli
Leq*
Até 30
dB(A)
30 a 40
dB(A)
40 a 55
dB(A)
Mais que
55dB(A)
Efeitos na saúde
Não são observados efeitos biológicos significativos
Já são observados efeitos, como movimentos do corpo e
despertares. A intensidade dos efeitos depende da natureza da
fonte de do número de eventos. Os grupos vulneráveis, crianças, os
doentes crónicos e idosos, são mais susceptíveis. No entanto, mesmo
no pior dos casos os efeitos são modestos.
Efeitos adversos à saúde são observados entre a população exposta.
Muitas pessoas têm de adaptar suas vidas para lidar com o barulho à
noite. Os grupos vulneráveis ​são mais gravemente afetados.
A situação é considerada de risco para a saúde pública. Efeitos
adversos à saúde ocorrem com frequência, uma proporção
considerável da população é altamente incomodada e tem o sono
prejudicado. Há evidências científicas de o risco de doenças
cardiovascular aumenta.
* Ruído externo
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
59
Sérgio Garavelli
O documento produzido pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) trata das diretrizes para o ruído noturno, para a Europa.
Night Noise Guidelines for Europe (2009)
http://www.euro.who.int/en/health-topics/environment-andhealth/noise/publications/2009/night-noise-guidelines-for-europe
O limite indicado para o ruído noturno é de 40 dB(A), porém
para os países com dificuldades de atingir este limite num
curto prazo, é estabelecida o valor máximo de 55 dB(A) para o
ruído noturno, para áreas não sensíveis (hospitais, escolas).
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
60
Sérgio Garavelli
Há mais mistérios ...
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
61
Sérgio Garavelli
Nível Equivalente de Pressão Sonora
O potencial de danos de um ruído depende de seu nível e da sua duração.
O parâmetro Leq, baseado na energia do ruído, que leva em conta a
intensidade e o tempo de duração.
25/06/2015
Os impactos do Som ao Redor
62
Sérgio Garavelli
AVALIAÇÃO DOS DESEMPENHOS ACÚSTICOS DAS EDIFICAÇÕES,
CONFORME A ABNT/NBR 15575:2013, EM DIFERENTES
SISTEMAS CONSTRUTIVOS
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Síntese Acústica Arquitetônica é uma empresa especializada em desenvolvimento
de projetos e ensaios na área de acústica.
- InterLab 2014;
- Processo de implementação da ISO 17025;
- A sócia Cândida Maciel é coordenadora da SOBRAC- CO
(Sociedade Brasileira de Acústica – Centro Oeste).
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
O Projeto, desenvolvido pelo Sinduscon-DF e ADEMI-DF, tem como objetivo
avaliar os principais sistemas construtivos utilizados no DF no que se refere ao
seu desempenho acústico. Todo o processo desenvolvido neste projeto segue as
exigências solicitadas pela norma ABNT NBR 15.575:2013.
Sistemas Avaliados:
•Fachadas (3 ensaios)
•Vedações verticais internas (11 ensaios)
•Sistemas de piso (28 ensaios)
•Equipamentos (6 ensaios)
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Níveis de desempenho da vedação externa – NBR 15.575 – 5 – DnT'2m,w
PROCEDIMENTO DE MEDIÇÕES – ISO 140-5 e ISO 717-1
Equipamentos necessários – Sonômetro e Fonte Direcional
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
Níveis de desempenho da vedação externa e cobertura
Classe de
Ruído
Classe de ruído I
Classe de ruído II
Classe de ruído III
D2m,nT’w
Nível de
desempenho
>20 dB
M
>25 dB
I
>30 dB
S
>25 dB
M
>30 dB
I
>35 dB
S
>30 dB
M
>35 dB
I
>40 dB
S
EQUIPAMENTOS
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tipologias de desempenho da vedação externa – NBR 15.575 – 5 – DnT'2m,w
• Esquadria de correr de alumínio:
Características: Janela de correr de 1,38m² (duas folhas, vidro 4mm) representando 16% e
alvenaria em bloco cerâmico de 11,5cm com reboco 1,5 a 2 cm de espessura representando
84%;
• Esquadria de max-ar de alumínio:
Características: Janela maxim-ar de 1,38m² (duas folhas, vidro 4mm) representando 16% e
alvenaria de bloco cerâmico de 14cm reboco de aproximadamente de 2,5cm (externo) e
1,5cm (interno) representando 84%;
• Pele de vidro
Características: Pele de vidro 62% (abertura de correr com duas folhas) vidro laminado de
8mm com pilar e viga de concreto com revestimentando representando 38%.
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados da diferença padronizada de vedação externa, D2m,nT,w
para ensaio em campo
Tipologia
Obra
Resultado
Desempenho
Fachada composta com parede em bloco cerâmico e
esquadria de correr de 2 folhas.
Fachada composta com parede em bloco cerâmico e
esquadria de maxi-ar de 2 folhas.
A2
23
Classe I/Mínimo
A2
27
Classe I/Intermediário
Fachada composta com pilares e vigas e pele de vidro
de 8mm com abertura maxi-ar.
E2
Classe II/Mínimo
32
Classe I/Superior
Classe II/Intermediário
Classe III/Mínimo
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Discussão dos Resultados
• Apenas a tipologia com pele de vidro conseguiu atender a todas as três classes
de ruído estabelecidas na norma NBR 15.575:2013.
• A alteração do tipo de abertura pode modificar o desempenho da fachada.
• A esquadria é o principal elemento de atenuação sonora em uma fachada.
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
Níveis de desempenho da vedação interna NBR 15.575 – 4 – DnT,w
PROCEDIMENTO DE MEDIÇÕES – ISO 140-4 e 717-1
Equipamentos necessários – Sonômetro e Fonte Ominidirecional
EQUIPAMENTOS
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Níveis de desempenho da diferença padronizada de nível ponderada entre
ambientes, DnT,w para ensaio em campo
Elemento
DnT,w dB
Desempenho
Parede entre unidades habitacionais autônomas, nas situações onde não
haja ambiente dormitório
Parede entre unidades habitacionais autônomas, nas situações pelo
menos um dos ambientes seja dormitório
Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas
comuns de trânsito eventual, como corredores e escadarias nos
pavimentos.
Parede cega de salas e cozinhas entre unidade habitacional e áreas
comuns de trânsito eventual como corredores e escadaria dos pavimentos
Parede cega de salas e cozinhas entre unidade habitacional e áreas
comuns de permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades
esportivas, como home theater, salas de ginástica, salões de festas...
40 a 44
M
45 a 49
M
40 a 44
M
30 a 34
M
45 a 49
M
40 a 44
M
Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo hall
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tipologias de desempenho da vedação vertical interna – NBR 15.575 – 4 – DnT,w
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Bloco de concreto de 9cm com encabeçamento e reboco de 1,5cm de cada lado (quarto);
Bloco de concreto de 11 cm com encabeçamento e reboco de 1,5cm de cada lado (quarto);
Bloco de concreto de 14cm sem encabeçamento com reboco de 0,5cm de cada lado (quarto);
Bloco de concreto de 14cm com encabeçamento com reboco de 1,5cm de cada lado (quarto);
Bloco cerâmico de 9cm com encabeçamento com reboco de 1,5cm de cada lado (quarto);
Bloco cerâmico de 9cm sem encabeçamento com reboco de 1,5cm de cada lado (sala);
Bloco cerâmico de 9cm sem encabeçamento com reboco de 1,5cm de cada lado (quarto);
Sistema drywall com 1 placa de gesso + montante de 48 com lã mineral + placa de gesso +
montante 48 com lã+1 placa gesso com espessura com total de 13,5 cm de espessura (quarto);
Sistema drywall com 1 placa de gesso +montante de 90 com lã mineral + 1placa de gesso com
espessura com total de 11,5 de espessura (quarto);
Sistema drywall com 2 placas de gesso +montante de 90 com lã mineral + placa de gesso com
espessura total de 12,75 de espessura de espessura (quarto);
Sistema drywall com 2 placas de gesso +montante de 90 com lã mineral + 2 placas de gesso
com espessura total de 14 cm de espessura (quarto).
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados da diferença padronizada de nível entre ambientes, DnT,w
para ensaio em campo
Tipologia
Obra
D’nT,w
(dB)
Desempen
ho
Bloco cerâmico de 9cm sem encabeçamento e reboco de 1,5cm de cada
lado (quarto), 36 % da área total ensaiada corresponde a área de pilar.
Bloco cerâmico de 9cm sem encabeçamento e reboco de 1,5cm de
cada lado (quarto), 8 % da área total ensaiada corresponde a área de
pilar
Bloco cerâmico de 9cm com encabeçamento e reboco de 1,5cm de cada
lado (quarto)
Bloco de concreto de 9cm com encabeçamento e reboco de 1,5cm de
cada lado (quarto);
Bloco de concreto de 11 cm com encabeçamento e reboco de 1,5cm de
cada lado (quarto);
Bloco de concreto de 14cm com encabeçamento com reboco de 1,5cm
de cada lado (quarto);
Bloco de concreto de 14cm sem encabeçamento com reboco de 0,5cm
de cada lado (quarto);
A2 P1
41
Insuficiente
A2 P2
39
Insuficiente
I1 P4
34
Insuficiente
I1 P1
40
Insuficiente
I1 P3
40
Insuficiente
I1 P2
45
Mínimo
C1 P1
43
Insuficiente
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados da diferença padronizada de nível entre ambientes, DnT,w
para ensaio em campo
Tipologia
Sistema drywall com 1 placa de gesso + montante de 48 com lã
mineral + placa de gesso + montante 48 com lã+1 placa gesso com
espessura com total de 13,5 de espessura (quarto)
Sistema drywall com 1 placa de gesso + montante de 90 com lã
mineral + 1placa de gesso com espessura com total de 11,5 de
espessura (quarto);
Sistema drywall com 2 placas de gesso + montante de 90 com lã
mineral + 1placa de gesso com espessura com total de 12,75 de
espessura (quarto);
Sistema drywall com 2 placas de gesso + montante de 90 com lã
mineral + 2 placas de gesso de gesso com espessura com total de
12,75 de espessura (quarto);
Obra
D’nT,w
(dB)
Desempenho
G1 P1
49
Mínimo
I1 P5
38
Insuficiente
I1 P6
39
Insuficiente
I1 P7
48
Mínimo
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Discussão dos Resultados
• A maioria das tipologia não atingiu o desempenho mínimo exigido na norma
NBR 15.575:2013, nas situações onde haja pelo menos um ambiente seja
dormitório;
• Os resultados ensaiados foram muito próximos aos ensaiados em laboratórios
publicados em diferentes bibliografias nacionais;
• Os resultados podem apresentar valores diferentes devido à transmissão
marginal, devido aos sistemas construtivos utilizados.
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
Níveis de desempenho de sistema pisos – NBR 15.575 – 3 – DnT,w
PROCEDIMENTO DE MEDIÇÕES – ISO 140-4 e 717-1
Equipamentos necessários – Sonômetro e Fonte Ominidirecional
EQUIPAMENTOS
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Níveis de desempenho de sistema pisos – NBR 15.575 - 3
Elemento
Campo
DnT,w
Nível de
desempenho
45 a 49
M
50 a 54
I
> 55
S
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de
áreas comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos
pavimentos, bem como em pavimentos distintos.
40 a 44
M
45 a 49
I
> 50
S
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de
áreas comuns de uso coletivo, para atividades de lazer e esportivas,
como home theater, salas de ginástica, salão de festas, salão de
jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas.
45 a 49
M
50 a 54
I
> 55
S
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas de
áreas em que um dos recintos seja dormitório
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tipologias de desempenho dos sistemas de piso– NBR 15.575 –3– DnT,w
• Laje nervurada(tipo cabaça) com mesa de 5cm, vigota de 15cm e espessura
total de 20cm, , contrapiso de 2,5 a 3cm com piso cerâmico, forro de gesso
placa com pleno de 30 cm;
• Laje maciça em concreto armado de 10cm , contrapiso de 2,5 a 3cm, forro de
gesso placa com pleno de 10 cm;
• Laje maciça em concreto armado de 10cm, com contrapiso de 2,5 a 3cm, piso
cerâmico - sem forro;
• Laje maciça em concreto protendido de 18cm, contrapiso de 2,5 a 3cm e piso
cerâmico com forro de gesso acartonado com pleno de 31cm.
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados da diferença padronizada de nível entre pisos, DnT,w para
ensaio em campo
Tipologia
Obra
Resultado
Desempenho
Laje nervurada com mesa de 5 cm , vigota de 15 cm e
espessura total de 20 cm, forro de gesso placa com
pleno de 30cm.
Laje maciça em concreto armado de 10 cm com forro de
gesso acartonado com pleno de 10cm.
B1 L1
51
Intermediário
C1 L1
49
Mínimo
Laje maciça em concreto armado de 10cm, sem forro.
C1 L5
48
Mínimo
Laje maciça em concreto protendido de 18 cm, forro de
gesso acartonado com pleno de 31cm.
H1 L1
58
Superior
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Discussão dos Resultados
• Todas as tipologias ensaiadas atenderam ao desempenho exigido na norma
NBR 15.575:2013, sendo a melhor performace da laje protendida de 18cm
devido a espessura e densidade da laje.
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
Níveis de desempenho de sistema pisos – NBR 15.575 – 3 – L'nT,w
PROCEDIMENTO DE MEDIÇÕES – ISO 140-7 e 717-2
Equipamentos necessários – Sonômetro e Tapping Machine
EQUIPAMENTOS
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Níveis de desempenho de sistema pisos – NBR 15.575 - 3
Elemento
Sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas
posicionadas em pavimentos distintos
Sistema de piso de áreas de uso coletivo (atividades de lazer e
esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de
festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e
lavanderias coletivas) sobre unidades habitacionais autônomas.
Campo
LnT,w
Nível de
desempenho
66 a 80
M
56 a 65
I
<55
S
51 a 55
M
46 a 50
I
<45
S
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tipologias de desempenho dos sistemas de piso– NBR 15.575 –3– L'nT,w
Tipos de laje:
- Laje nervurada com mesa de 5cm e espessura total de 20cm, forro de gesso placa e
paredes em bloco de concreto de 9 e 14cm rebocada.
- Laje em concreto armado de 10cm e 15cm
- Laje maciça em concreto protendido de 18cm
Tipos de sistemas construtivos:
- Contrapiso de 2,5 - 3cm com piso cerâmico ;
- Desconexão do contrapiso (2,5 - 3cm) com manta de polietileno expandido de baixa
densidade (20kg/m3) com 5mm. Acabamento em piso cerâmico.
- Desconexão do contrapiso (2,5 - 3cm) com manta de pneu reciclado com 600kg/m3 e
espessura de 8mm. Acabamento em piso cerâmico.
- Desconexão do contrapiso (2,5 - 3cm) com manta em polietileno expandido com PADs
cônicos de borracha natural e piso cerâmico.
- Desconexão do piso, com manta de pneu reciclado com 750kg/m3 e espessura de 5mm.
Acabamento em piso cerâmico.
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados de nível de pressão sonora de impacto-padrão ponderado,
L’nTw
Tipologia
Obra
Resultado
Desempenho
Laje nervurada com mesa de 5cm e espessura total de 20cm
B1 L1
75
Mínimo
Laje nervurada com mesa de 5cm e espessura total de 20cm.
Manta sobre o contrapiso em pneu reciclado com 5mm de
espessura, e densidade de 750kg/m³.
Laje nervurada com mesa de 5cm e espessura total de 20cm
, manta de desconexão sob o contrapisoempneu reciclado com
8mm de espessura, e densidade de 600kg/m³
Laje nervurada com mesa de 5cm e espessura total de 20cm,
manta de desconexão sob o contrapiso em polietileno
expandido de baixa densidade (20kg/m³) e 5mm de espessura
B1 L2
67
Mínimo
B1 L3
70
Mínimo
B1 L4
63
Intermediário
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados de nível de pressão sonora de impacto-padrão ponderado,
L’nTw
Tipologia
Laje maciça em concreto armado 10cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica, sem forro
Laje maciça em concreto armado 10cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta sobre o contrapiso em pneu
reciclado com 5mm de espessura, e densidade de 750kg/m³.
Laje maciça em concreto armado 10cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o contrapiso
em pneu reciclado com 8mm de espessura, e densidade de
600kg/m³.
Laje maciça em concreto armado 10cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o contrapiso
em polietileno expandido de baixa densidade (20kg/m³) e 5mm de
espessura
Obra
Resultado
Desempenho
C1 L1
77
Mínimo
C1 L2
69
Mínimo
C1 L3
70
Mínimo
C1 L4
71
Mínimo
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados de nível de pressão sonora de impacto-padrão ponderado,
L’nTw
Tipologia
Laje maciça em concreto armado 10cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica, sem forro
Laje maciça em concreto armado 10cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta sobre o contrapiso em pneu
reciclado com 5mm de espessura, e densidade de 750kg/m³.
Laje maciça em concreto armado 10cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o contrapiso
em pneu reciclado com 8mm de espessura, e densidade de
600kg/m³.
Laje maciça em concreto armado 10cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o contrapiso
em polietileno expandido de baixa densidade (20kg/m³) e 5mm de
espessura
Obra
Resultado
Desempenho
C2 L1
75
Mínimo
C2 L2
66
Mínimo
C2 L3
72
Mínimo
C2 L4
75
Mínimo
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados de nível de pressão sonora de impacto-padrão ponderado,
L’nTw
Tipologia
Laje maciça em concreto armado 15cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica, sem forro
Laje maciça em concreto armado 15cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta sobre o contrapiso em pneu
reciclado com 5mm de espessura, e densidade de 750kg/m³.
Laje maciça em concreto armado 15cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o contrapiso
em pneu reciclado com 8mm de espessura, e densidade de
600kg/m³.
Laje maciça em concreto armado 15cm com contrapiso de 3cm e
acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o contrapiso
em polietileno expandido com PADs de borracha espessura 5mm.
Obr
a
Resultado
Desempenho
F2 L1
71
Mínimo
F2 L2
62
Intermediário
F2 L3
55
Superior
F2 L4
55
Superior
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados de nível de pressão sonora de impacto-padrão ponderado,
L’nTw
Tipologia
Laje maciça em concreto protendido 18cm com contrapiso de
3cm e acabamento em cerâmica com forro de gesso acartonado
Obra
Resultado
Desempenho
H1 L1
60
Intermediário
Laje maciça em concreto protendido 18cm com contrapiso de
3cm e acabamento em cerâmica. Manta sobre o contrapiso em
pneu reciclado com 5mm de espessura, e densidade de
750kg/m³.
Laje maciça em concreto protendido 18cm com contrapiso de
3cm e acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o
contrapiso em polietileno expandido de baixa densidade
(20kg/m³) e 5mm de espessura
H1 L2
60
Intermediário
H1 L3
61
Intermediário
Laje maciça em concreto protendido 18cm com contrapiso de
3cm e acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o
contrapisoempneu reciclado com 8mm de espessura, e densidade
de 600kg/m³
H1 L4
46
Superior
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados de nível de pressão sonora de impacto-padrão ponderado,
L’nTw
Tipologia
Laje maciça em concreto protendido 18cm com contrapiso de 3cm
e acabamento em cerâmica com forro de gesso acartonado
Laje maciça em concreto protendido 18cm com contrapiso de 3cm
e acabamento em cerâmica. Manta sobre o contrapiso em pneu
reciclado com 5mm de espessura, e densidade de 750kg/m³.
Laje maciça em concreto protendido 18cm com contrapiso de 3cm
e acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o
contrapiso em polietileno expandido de baixa densidade
(20kg/m³) e 5mm de espessura
Laje maciça em concreto protendido 18cm com contrapiso de 3cm
e acabamento em cerâmica. Manta de desconexão sob o
contrapiso em polietileno expandido com PADs de borracha
espessura 5mm.
Obra
Resultado
Desempenho
H2L1
70
Mínimo
H2 L2
62
Intermediário
H3 L3
59
Intermediário
H4 L4
66
Mínimo
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Discussão dos Resultados
•
No caso de sistema de piso separando unidades habitacionais autônomas posicionadas
em pavimentos distintos, todos os sistemas ensaiados atenderam a, pelo menos, o
desempenho mínimo da norma NBR 15575:2013;
•
Observa-se que na mesma tipologia apresenta-se resultados diferentes, isto pode ocorrer
devido às transmissões marginais e à volumetria do ambiente;
•
Inicialmente esperávamos que as mantas apresentassem uma redução no valor de L’nT,w
similar nas diferentes obras. Isso não ocorreu nas três primeiras obras ensaiadas (B1, C1 e
H1), motivando um aumento de amostras com a presença dos fabricantes nas instalações
das mantas;
•
A performance acústica que mais se aproxima dos resultados esperados foi da o obra F2
(que foi acompanhada pelos fabricantes). A execução da manta de desconexão foi feita
com a parede já acabada com reboco e com espaçador entre a cerâmica e a parede.
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Procedimentos recomendado de execução
• O reboco deve ser executado antes da instalação da manta de desconexão;
• A laje deve estar livre de grandes irregularidades e ser limpa antes da instalação;
• Logo após a instalação da manta o contrapiso deverá ser executado, evitando que a
manta saia do local ou seja danificada;
• Não deve ser utilizado nata de cimento para a aderência do contrapiso, pois provoca
o enrijecimento das mantas perdendo a performance esperada;
• A instalação vertical da manta na parede (rodapé) deve ultrapassar o nível do piso
acabado e arrematada 5mm acima do piso após a instalação do revestimento.
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Requisitos Gerais – Anexo E – Ruídos de equipamentos prediais – NBR 15.575 -1
Requisitos para hidrossanitários – Anexo B1 –NBR 15.575 -6
PROCEDIMENTO DE MEDIÇÕES – ISO 16032
Equipamentos necessários – Sonômetro
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Equipamentos
Com funcionamento de triturador de alimentos
Exaustor de banheiro
Elevador com casa de máquinas
Elevador sem casa de máquinas
Equipamentos hidrossanitários
Válvula de descarga - com tubulação com desconexão de vibração
Válvula de descarga - com tubulação sem desconexão de vibração
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Requisitos Gerais – Anexo E 5 – Ruídos de equipamentos prediais – NBR 15.575 -1
Requisitos para hidrossanitários – Anexo B1 –NBR 15.575 -6
Caráter não obrigatório - níveis de desempenho acústico de equipamentos coletivos (elevadores)
Nível de pressão sonora contínuo equivalente, LAeq,nT, dB(A), para ensaios de campo
Nível de pressão sonora máximo, LASmax,nT , dB(A), para ensaios de campo
Nota – Geradores de emergência, sirenes, bombas de incêndio e outros dispositivos com acionamento em
situações de emergência não podem ser contemplados neste requisito.
LAeq,nT
Nível de
desempenho
LASmax,nT
Nível de
desempenho
<30
S
<36
S
<34
I
<39
I
<37
M
<42
M
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Tabela de resultados de nível de pressão sonora de impacto-padrão ponderado,
L’nTw
Obra
LAeq,nT
(dB)
Desempenho
LASMAX,nT
(dB)
Desempenho
Elevador com casa de máquinas
E2 E1
31,4
Intermediário
38,1
Intermediário
Elevador sem casa de máquinas
F1 E1
23,8
Superior
44,8
Insuficiente
Exaustor de banheiro
E2 E2
29,7
Superior
33,4
Superior
Triturador de alimentos
C2 E1
36,7
Mínimo
49,2
Insuficiente
Válvula de descarga com tubulação de
esgoto fixada de forma tradicional
Válvula de descarga com tubulação de
esgoto com a utilização da manta de
desconexão
C2 E2
29,9
Superior
39,7
Mínimo
C2 E3
29,0
Superior
38,0
Mínimo
Tipologia
EMPRESA PROJETO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
Discussão dos Resultados
•
Todas as tipologias ensaiadas atendem à norma NBR 15.575:2013 em relação ao
desempenho do LAeq,nT , mas em relação ao LASMAX,nT duas tipologias não
atenderam;
•
Com relação ao LASMAX,nT insuficiente do elevador sem casa de máquinas o resultado
obtido foi devido aos avisos sonoros das paradas do elevador estarem com a intensidade
sonora bem elevadas.
EMPRESA OBJETIVO
FACHADA
PAREDE
PISO - AÉREO
PISO - IMPACTO
EQUIPAMENTOS
CONCLUSÃO
•
Observando os resultados obtidos podemos afirmar que maioria dos sistemas
construtivos empregados nas obras não atendeu ao desempenho mínimo das vedações
verticais internas que dividem unidades, principalmente nos casos em que pelo menos
um dos ambientes seja dormitório;
•
A verificação das classes de terreno são fundamentais para escolha dos elementos da
fachada, pois dependendo da classe de terreno o sistema construtivo atende ou não;
•
Para os casos em que se pretende um desempenho de ruído de impacto em lajes em que
se deseja níveis de desempenho intermediário e superior ou em situações de cobertura
coletiva será necessário adaptar as técnicas construtivas às novas tecnologias existentes
no mercado;
•
Adequação da mão de obra aos cuidados necessários para os desempenhos acústicos
esperados.

Documentos relacionados