Inovação e empreendedorismo

Transcrição

Inovação e empreendedorismo
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
DESTAQUE
INDICE
Take Your Moon Shot – Ideas
for a Billion Dollar Startup
Praveen Gupta entrevista um
verdadeiro empreendedor,
Naveen Jain, criador da Moon
Express (http://moonexpress.
com/), sobre as suas ideias
de construir uma startup de
biliões de dólares.
PG. Como é que se constrói uma
startup bilionária?
NJ. Existem duas formas de criar
uma empresa bilionária, quer seja
por resolver um problema de 10
biliões de dólares ou através da
resolução de um problema que
possa ajudar um bilião de pessoas. Por outras palavras, pode-se criar uma empresa bilionária
focando-se em problemas que tenham impacto em biliões de pessoas ou resolvendo um grande
problema que tenha um impacto
avaliado em biliões de dólares.
O truque é sonhar tão alto ao
ponto das pessoas acharem que
é loucura e não ter medo de falhar. Como empreendedor, nunca
se falha nem nunca se desiste.
O empreendedorismo é um pião
que continua a girar de tempos
a tempos até alcançar o sucesso. Fundamentalmente, requer
o mesmo tempo a construir uma
pequena empresa como a construir uma grande empresa. Eu
defenderia que as empresas mais
pequenas são muito mais difíceis
de construir porque temos de
pensar pequeno e é difícil pensar
pequeno.
Pense tão grande que quando
contar a alguém que isto é o que
quer fazer, eles não percebam e
digam “Você deve ser maluco!”.
Quando as pessoas me perguntam o que estou a fazer, eu digo-lhes que vou minerar na Lua e
eles dizem “Isso é uma loucura!”.
Opinião p. 3
O exemplo da IKEA
Editorial p. 3
Opinião p. 4
Inovação Sistemática
e Metodologia TRIZ
Redes Sociais p. 6-7
• Quantas vezes é que
os americanos tentam
desligar-se das tecnologias
• Mercado dos dispositivos
portáteis liderado
pela Apple
• Onde os americanos se
posicionam sobre a disputa
entre a Apple e o FBI
PG. O que é a Moon Express?
NJ. A Moon Express é uma empresa de exploração de espaço
que é focada em trazer recursos
lunares para a terra para o benefício da Humanidade. A lua tem
quatrilhiões de dólares em Hélio3, elementos terrestres raros e
material com grau de platina na
superfície devido a bombardeamentos constantes de asteroides
durante biliões de anos. Uma pequena quantidade de Hélio3 será
capaz de sustentar o planeta terra
durante gerações com uma energia não poluente.
A Moon Express é também a representação da “Moon Shot”.
Quando começamos uma empresa, reunimos um grupo de pessoas dedicadas. Se lhes perguntarmos o que irão fazer, eles dirão
que irão dali até à Lua. Depois,
perguntei a mim mesmo, porque
não ir literalmente até à Lua? Irei
fazer precisamente isso a seguir!
Para mim, a “moon shot” é o símbolo da resolução de problemas
difíceis. É uma representação da
resolução de problemas a 4 minutos por milha. Pensava-se ser
impossível fazer 4 minutos por
milha até uma pessoa mostrar
que era possível. Depois, imensas
pessoas repetiram isso nos anos
seguintes. “Ir à Lua” representa a
possibilidade de cada um de nós
poder resolver um problema que
não tenha sido resolvido. Representa as possibilidades do que o
ser humano pode fazer. A Moon
Express é sobre ir literalmente à
Lua, trazer minerais para a Terra
ou recursos para o bem maior da
sociedade. Sim, é um problema
avaliado em triliões de dólares de
Hélio que pode resolver o problema dos combustíveis.
Apenas outras três grandes potências foram capazes de aterrar
na Lua. Para mim, apenas aterrar
já faz de nós a quarta superpotência. Somos a primeira e a única empresa que testou um “Moon
Lander” no NASA Space Center e
recebeu um prémio da Google de
1 milhão de dólares. No próximo
ano iremos enviar para a Estação
• O Twitter falha o
reacendimento do seu
motor de crescimento
• Os clientes da Uber no
Reino Unido tendem a
pagar significativamente
mais pelo serviço
Notícias p. 9-10
• Start me up
• Poucos países estão
prontos para adotar
o acesso aberto aos
jornais científicos
• Conselho Europeu
de Inovação deve
ter três papéis
• Procura-se: A Cidade
Humana
Financiar
a Inovação p. 11
• INOVAÇÃO
Subscreva mais
newsletters
Página 2
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
Espacial um veículo não tripulado e com carga útil com retorno
à Terra. Isto nunca foi feito antes.
PG. No que está a trabalhar mais
para além da Moon Express?
NJ. O meu mais recente empreendimento é uma empresa chamada
“BlueDot”. O nome veio da fotografia do planeta terra chamada
“Pale Bue Dot”, tirada pelo fotógrafo Carl Sagan. Quando vemos
o planeta Terra à distancia, assemelha-se a um ponto (dot). A nossa ideia é fazer coisas das quais
os biliões de pessoas do planeta beneficiem. Estamos a fazer
crowdsourcing de inovações, indo
à NASA, ou aos laboratórios da
NASA, e Universidades onde centenas de biliões de dólares e centenas de milhares de cientistas
estão a conduzir soluções admiráveis e a fundi-las com grandes
empreendedores para resolver
os grandes problemas que a humanidade enfrente. Por exemplo,
pegar no sensor de UV do Telescópio Hubble e usá-lo para diagnosticar a infeção da bactéria.
Podemos usar a mesma luz UV de
fraca intensidade que irá autoflorescer as bactérias, e o sensor irá
detectar um sinal fraco emitido
pela luz florescente da bactéria.
Um dos maiores problemas da
humanidade é o uso excessivo de
antibióticos. Se não resolvermos
este problema, as pessoas irão
estar na idade pré-penicilina. As
pessoas irão morrer de infeções
comuns se ficarmos resistentes
aos antibióticos atuais. Estamos a
trabalhar com a NASA e a JPL neste projecto, na esperança de termos um protótipo funcional nos
próximos 6 meses.
Outro projeto onde estou a trabalhar em parceria com a National Labs consiste na captação de
energia ambiente para carregar
dispositivos de saúde incorporados. Por exemplo, os pacemakers
que requerem uma troca de baterias recorrentemente.
O problema crescente é o maior
numero de dispositivos incorporados, mais aparelhos digestivos
e mais implantes no corpo humano que iremos ter. A nossa ideia
é criar uma pequena antena in-
corporada capaz de criar energia
através de cabos elétricos, solar,
sonora, ondas RF ou fontes tipo
WiFi de modo a carregar os dispositivos incorporados no corpo
humano.
PG. Quais são os seus objectivos
ao promover o empreendedorismo?
NJ. Tenho a grande convicção de
que não existe problema grande
o suficiente que não possa ser resolvido com inovação e empreendedorismo. Se podemos levar a
tecnologia ao seu expoente, muitos dos problemas que não eram
solucionáveis há uns anos atrás
têm solução atualmente. Como
a tecnologia nano está a evoluir,
a inteligência artificial a melhorar, a robótica a ficar melhor, os
sensores a ficarem mais baratos
e os telemóveis a estarem constantemente ligados à cloud, grandes padrões e comportamentos
podem ser analisados e muitas
doenças diagnosticadas. Se combinarmos ANALYTICS com inovação e empreendedorismo podemos resolver problemas reais.
A nossa saúde esta a tornar-se
num problema de dados, estamos
a aprender diferentes tecnologias, as suas curvas de crescimento e interseções com várias tecnologias e como podemos aplicá-las
para a resolução de um problema
específico.
PG. O que poderia sugerir a líderes de Governo de economias em
dificuldades?
NJ. Se um país quer mudar a forma de fazer as coisas, tem de planear de baixo para cima, em vez
de planear de cima para baixo.
Para mudar a cultura devemos saber quais são os medos das pessoas. Devemos celebrar o esforço
das pessoas que experimentam
coisas novas. Se as pessoas não
estão a falhar, não devem estar
a tentar o suficiente. Vejamos os
melhores jogadores de basquetebol, tais como o Michael Jordan,
Kobe Bryant ou Stephen Curry.
Se eles tiverem em consideração
a elevada percentagem de cestos
fáceis ao longo do jogo, o mais
provável seria eles entrarem no
fim do jogo e marcar 6 a 10 pontos. Quando eles marcam 50 a 60
pontos, falharam outras 50 a 60
tentativas. Regras semelhantes
aplicam-se na nossa vida. Se queremos viver uma vida pelo seguro,
iremos marcar sempre 6 pontos
no fim do jogo. Se queremos ser
um jogador de 50 pontos, temos
de estar confortáveis com a perda
de metade das nossas tentativas.
É importante num país incentivar
e reconhecer o comportamento
que se quer que as pessoas pratiquem e criar então exemplos de
tais comportamentos. Por exemplo, no caso do Médio Oriente,
se em vez de um poster de um
Sheik por todo o lado, nós substituíssemos por um poster de um
empreendedor, mais pessoas se
sentiriam inspiradas a serem empreendedoras. Se queremos um
comportamento empreendedor
das nossas pessoas, teremos então de fazer dos empreendedores uns heróis. Se fizermos dos
jogadores de futebol heróis, mais
pessoas desejarão ser óptimos
jogadores de futebol. Em tempos
difíceis precisamos de criar uma
cultura onde as pessoas querem
pensar em grande, os Governos
têm de usar o poder de convocar
e o poder de pódio. Podem trazer
empreendedores ao Parlamento,
à Casa Branca ou reconhecê-los
de diferentes formas. O Governo
pode também juntar inovadores e
empreendedores para resolver os
grandes problemas ou criar novas
oportunidades. Para completar, o
estigma da falha deve ser removido por celebrar o fracasso, reconhecendo o esforço das pessoas
na resolução de problemas reais
da comunidade.
PG. Como decidiu quando surgiu a
oportunidade para o seu primeiro
empreendimento?
NJ. Um dos erros que as pessoas
cometem é o de pensar que conseguem começar um negócio
enquanto têm um emprego sem
ter risco. Se pensa que consegue
construir uma empresa em part-time, na minha modesta opinião,
é uma receita para o desastre. É
como estar com as pernas em dois
barcos que se dirigem para diferentes direções – irá cair à água.
Na verdade, é mau nas duas coisas: o seu chefe atual pensa que
você já não está dedicado à empresa e a sua startup não irá para
a frente uma vez que ainda precisa
de trabalhar para o emprego.
No meu caso, despedi-me do
meu emprego, e de repente tive
um pensamento: “O que irei fazer
agora?”. Não tendo nenhum plano, permitiu-me ir atrás do meu
novo empreendimento. Quando
se está com essa vontade e não se
tem um plano B, ideias maravilhosas surgirão e coisas maravilhosas acontecerão. Além disso, no
meu emprego tinha criado boas
relações, as quais foram úteis na
minha jornada, e na decisão do
meu empreendimento seguinte.
PG. O que aconselharia a empreendedores jovens?
NJ. Eu diria o seguinte:
Sonhem GRANDE.
Nunca tenham medo de falhar
Aproveitem a viagem de empreendedorismo.
Sobre Naveen Jain: Naveen Jain é um empreendedor e filantropo que visa resolver os maiores problemas mundiais com recurso à inovação. É fundador
de diversas empresas, como a Moon Express, BlueDot, inome, Talent Wise,
Intelius ou InfoSpace e contribuidor regular na Forbes, WSJ, INC e Huffington
Post. Naveen Jain é ainda membro da direção e membro do “Vision Circle”
na X Prize Foundation, onde se foca na procura de soluções empreendedoras para resolver desafios mundiais em áreas como a saúde, educação, pobreza, agricultura e água potável. É ainda membro da direção na Singularity
University, orientador para o UK Longitude Prize e membro do Explorer Club.
Naveen Jain já foi premiado por diversas vezes devido ao seu sucesso empreendedor e capacidade de liderança, recebendo distinções como “Ernst &
Young Entrepeneur of the Year”, Albert Einstein Technology Medal” para pioneiros em tecnologia, “Most admired Serial Entrepreneur” da Silicon India,
Humanitarian Innovation Award nas Nações Unidas, “Top 20 Entrepreneurs”
e “Lifetime Achievement Award” pela liderança em tecnologia industrial e
apoio aos empreendedores da Red Herring.
Página 3
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
OPINIÃO
EDITORIAL
O exemplo da IKEA
FRANCISCO
JAIME QUESADO
Presidente da ESPAP –
Entidade de Serviços
Partilhados da
Administração Pública
Faz dez anos que a multinacional sueca IKEA decidiu fazer um
grande investimento industrial
em Portugal. Paços de Ferreira
foi selecionada como base para
um grande investimento estratégico cujos números falam por si:
mais de 2000 postos de trabalho,
reforço dum Cluster com empresas locais, aposta na inovação e
desenvolvimento, formação qualificada de muitas pessoas.
Um exemplo do que deve ser a
aposta em investimento estrangeiro com forte qualidade estratégica. Vivem-se tempos de
profunda crise internacional e no
contexto da intensa competição
entre regiões e mercados a urgência de um sentido estratégico
mais do que se impõe. A manutenção e captação de Investimento Estrangeiro é fundamental para o sucesso económico do país. Por isso este
exemplo da IKEA é
tão importante.
A IKEA não
é só a
plataforma de desenvolvimento económico
da região de Paços de
Ferreira. É já um importante motor de um cluster estratégico ligado
ao setor do mobiliário
que nos últimos anos
permitiu o desenvolvimento, na
base da inovação e criatividade,
de competências, talentos e novas oportunidades. A dinamização da criação de valor e reforço
da inovação tecnológica terá muito a ganhar com este efeito Ikea.
Por isso, em tempos de crise e de
aposta num novo paradigma para
o futuro, a IKEA deve constituir o
verdadeiro centro de uma convergência estratégica entre o Estado,
a empresa e todos os que se relacionam com a sua dinâmica. A
IKEA é já a referência da aposta
num novo modelo de desenvolvimento estratégico para o país.
O investimento direto estrangeiro desempenha um papel de
alavancagem da mudança único.
Portugal precisa de forma clara
de conseguir entrar com sucesso
no roteiro do “IDE de Inovação”
associado à captação de empresas e centros de I&D identificados
com os setores mais dinâmicos
da economia – tecnologias de informação e comunicação, biotecnologia, automóvel e aeronáutica,
entre outros. Trata-se duma abordagem distinta, protagonizada
por “redes ativas” de atuação nos mercados globais
envolvendo os principais
protagonistas
setoriais (empresas líderes, unive rs i d a d e s ,
centros
I&D), cabendo às
agências
públicas
um papel importante
de contextualização
das condições de sucesso de
abordagem dos clientes. O exemplo da IKEA tem por isso que ser
potenciado.
A economia portuguesa está claramente confrontada com um
desafio de crescimento efetivo e
sustentado no futuro. Os números
dos últimos vinte anos não poderiam ser mais evidentes. A incapacidade de modernização do setor
industrial e de nova abordagem,
baseada na inovação e criatividade, de mercados globais, associada à manutenção do paradigma
duma “economia interna” de serviços com um caráter reprodutivo
limitado criou a ilusão, no final da
década de 90, dum “crescimento
artificial” baseado num consumo
conjuntural manifestamente incapaz de se projetar no futuro.
Por isso importa que os atores
envolvidos neste processo de
construção de valor percebam
o alcance destas apostas estratégicas. Não se pode querer
mobilizar a região e o país para
um novo paradigma de desenvolvimento, centrado numa maior
equidade social e coesão territorial, sem partilhar soluções
estratégicas de compromisso
colaborativo. O exemplo da IKEA
passa por isso. Por perceber que
a aposta em projetos estratégicos como os clusters de inovação
e os pólos de competitividades
são caminhos que não se podem adiar mais. A guerra global
pelo valor e pelos talentos está
aí e quem não estiver na linha da
frente não terá possibilidades de
sobrevivência.
Precisamos de perceber este
exemplo IKEA, com todas as consequências do ponto de vista de
impacto na sua matriz económica
e social. Se não houver um verdadeiro sentido de responsabilidade coletiva estratégica à volta
do novo paradigma de desenvolvimento para o futuro, tudo será
posto em causa. Será, acima de
tudo, o principio de um fim que
nunca pensámos poder vir a ter e
que não se coaduna com a nossa
vontade de mudança. É por isso
efetivamente grande o desafio
que espera agora toda a região de
Paços de Ferreira neste convite à
sua modernidade estratégica.
Nesta edição publicamos uma
entrevista com Naveen Jain,
fundador da Moon Express,
uma startup que pretende
desenvolver uma atividade de
mineração na lua e o resultado dessa atividade ser transportado para a nossa casa – o
planeta Terra.
Vamos ouvindo registos das
mais diversas e estranhas
ideias de negocio, mas esta
ultrapassa a nossa imaginação, mas não a de um verdadeiro empreendedor como
Naveen Jain, que consegue
demonstrar que, acreditando
num determinado modelo de
negócio, até aparece alguém
disposto a colocar dinheiro
nesse mesmo negocio.
Sem nos determos no seu
modelo de negócio, mesmo
porque nem temos capacidade para o avaliar na sua
complexidade, interessa-nos
destacar o espírito empreendedor, a conquista de seguidores e apoiantes nas suas
mais diversas vertentes.
Este exemplo de modelo de
negócio mostra-nos que não
existem impossíveis quando
alguém tem uma ideia clara
sobre o seu negócio, sobre o
seu objetivo e o seu modelo
de negócio bem identificado e
as vantagens que poderá trazer aos seus investidores.
A cada dia que passa, somos
confrontados com novos modelos de negócio, que nem
estamos preparados para os
entendermos, mas principalmente na sua simplicidade
de criação e na forma como
ficamos surpreendidos com
os desenvolvimentos literalmente astronómicos em termos de crescimento de alguns
negócios que são literalmente geridos por meia dúzia de
pessoas.
Incentivamos cada vez mais o
espírito empreendedor, mas,
como vemos por este exemplo, estamos verdadeiramente preparados para estes
empreendedores verdadeiramente disruptivos?
Boa leitura
[email protected]
Página 4
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
OPINIÃO
Inovação Sistemática e Metodologia TRIZ
HELENA V. G. NAVAS
Professora da Universidade
Nova de Lisboa,
Investigadora do UNIDEMI,
Especialista em Inovação
Sistemática e TRIZ
Vivemos hoje em dia num mundo
altamente exigente e competitivo onde a evolução, criatividade
e inovação constantes definem
a sobrevivência ou o desaparecimento de determinadas indústrias e serviços e o surgimento
de novos produtos e soluções. A
urgência em satisfazer as necessidades específicas do mercado
requer procedimentos mais ágeis
e recurso a metodologias e heurísticas que explorem a sistematização relativa à criatividade e
inovação. A tomada de decisão
deve ser sustentada com argumentos fortes, quer a nível de
implementação de novas políticas, quer a nível de desenvolvimento de novos produtos. Desta
forma, o recurso e a utilização de
ferramentas e metodologias que
permitam a tomada de decisão
de forma sustentada em bases
fortes e assentes em experiência
adquirida tornam-se vitais. Do
mesmo modo, a inovação é hoje
em dia um dos objetivos prin-
cipais de muitas organizações,
sendo condição necessária em
qualquer tipo de atividade.
De facto, a criatividade humana
pode ser vista como um fenómeno bastante antigo, sendo que
as suas práticas e técnicas se
diversificaram consistentemente
ao longo do tempo. Igualmente,
heurísticas sistemáticas para a
solução de questões científicas,
técnicas e artísticas não são um
fenómeno do século XX mas têm
vindo a ser aplicadas há séculos.
Surgiu assim o conceito e ideia
de que o processo criativo poderia ser considerado através
de uma abordagem sistemática,
contrariando a ideia de que o
processo criativo não poderia ser
planeado nem controlado. A criatividade é perfeitamente compatível com processos sistemáticos,
caracterizados não por súbita
inspiração, mas, ao invés, por resultados conhecidos e efetivos.
Não interessa quantas tentativas
e erro são feitas. Os problemas
devem ser resolvidos através do
conhecimento, não através de
um grande número de tentativas.
É neste âmbito que surge a
metodologia TRIZ, acrónimo
russo para Teorija Reschenija Izobretatel’skich Zadac, com
O método TRIZ tem vindo a ser disseminado
pela Europa e Estados Unidos da América nas
últimas décadas. Como método, tem vindo
a ser utilizado de forma eficaz para resolver
problemas, principalmente durante o processo de
desenvolvimento e conceção de produtos.
tradução para português como
Teoria de Resolução Inventiva de
Problemas. Após o final da Segunda Guerra Mundial, Genrich
Altshuller em parceria com Rafael
Shapiro, iniciou uma análise sistemática a milhares de patentes.
Altshuller, descobriu que muitas
vezes certos problemas são resolvidos em diferentes campos
técnicos usando somente um pequeno número de princípios de
invenção e sistematizou então as
soluções descritas nos registos
de patente.
O método TRIZ tem vindo a ser
disseminado pela Europa e Estados Unidos da América nas
últimas décadas. Como método,
tem vindo a ser utilizado de forma eficaz para resolver problemas, principalmente durante o
processo de desenvolvimento e
conceção de produtos. O TRIZ é
uma metodologia especialmente
apropriada para a resolução de
novos problemas nas áreas da
ciência e da engenharia e tem
por objetivo auxiliar a elaboração de projetos onde a simples
aplicação de “boas práticas” de
gestão ou engenharia não produz
resultados assinaláveis. Como
ciência, a metodologia TRIZ aborda o problema de determinar e
categorizar todas as características e aspetos técnicos dos sistemas e tecnologia dos processos
que necessitam de ser inventados ou melhorados, bem como o
próprio processo inventivo.
A metodologia TRIZ também se
preocupa em obter a informação
adequada a partir do conhecimento aplicado às ciências naturais e obtido através de experiências práticas (geralmente a
partir de registos de patentes)
numa forma adequada ao utilizador.
PUB
Registe-se e acompanhe as novidades,
lançamentos, campanhas e outras iniciativas.
Publicações especializadas Edições técnicas Formação e eventos
OU INOVA OU MORRE.
Uma excelente ideia de pouco vale se não for activada. E numa conjuntura empresarial cada vez mais feroz e competitiva,
nenhuma organização se pode dar ao luxo de dispensar as boas ideias, muito menos de não as implementar. A ACCELPER
disponibiliza-lhe as ferramentas, os processos e as metodologias que dão vida à sua vontade de inovar. Aposte na
massa cinzenta da sua empresa, antes que ela morra. Afinal, mais do que um caminho para o crescimento, a inovação
é uma questão de sobrevivência.
inovação em acção
Estratégias de inovação realistas e exequíveis
Abordagem sistemática para a resolução de problemas
Metodologias inovadoras comprovadas
Excelência nos processos
Formação e Certificação em Inovação Empresarial e Six Sigma
www.accelper.com
Página 6
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA
Quantas vezes é
que os americanos tentam
desligar-se das tecnologias
Hoje em dia, as pessoas parecem estar ligadas
cirurgicamente
com seus dispositivos móveis,
quer estejam
a caminho do
seu local de
trabalho ou
num pub à
noite.
Numa recente
pesquisa
efetuada pela Harris
Poll, mostra que 45
por cento dos americanos
pelo menos tentam desligar-se 1
ou mais vezes por semana,
16% tentam afastar-se do seu celular
uma vez por dia
e 67% nunca
cortam a sua
ligação com
a tecnologia.
Nesta
pesquisa um
dado relevante e a ter em
conta é a vontade que 6 em cada
10 pessoas gostariam
que os seus familiares se
desligassem da tecnologia.
Mercado dos dispositivos
portáteis liderado pela Apple
De acordo com as estimativas
publicadas pela empresa de pesquisa de mercado IDC, a Apple
vendeu 4,1 milhões de relógios no
quarto trimestre de 2015.
Este volume torna a Apple a
empresa a ocupar o 1º lugar do
ranking de smartwatch e o 2º fornecedor de dispositivos portáteis
em geral, os analistas consideram
este número um verdadeiro desapontamento face ao esperado.
Onde os americanos se posicionam sobre a disputa entre a Apple e o FBI
A disputa entre a Apple e o FBI
sobre a recusa da Apple em desbloquear um iPhone recuperado
do atirador de San Bernardino Syed Farook marca mais um capítulo na batalha em curso entre a
privacidade e a segurança na era
da internet.
Enquanto o FBI quer que a Apple contorne o mecanismo do
iPhone de “auto-apagar” após
10 tentativas frustradas de login, com uma ordem judicial
para reforçar a sua alegação, a
Apple recusa-se a fazê-lo, alegando que tal software poderia
servir como uma chave mestra
para qualquer iPhone, se este
cair nas mãos erradas. Na semana passada, o CEO da Apple, Tim
Cook dirigiu-se ao público numa
carta aberta defendendo a posição da sua empresa sobre o assunto, dizendo que seguir as exigências do Governo, neste caso,
seria um precedente perigoso no
que diz respeito à segurança dos
dados pessoais.
Página 7
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA
O Twitter falha o reacendimento do seu motor de crescimento
Quando o Twitter relatou os seus
resultados do quarto trimestre,
aqueles que esperavam que a
empresa finalmente encontrasse uma maneira de reacender
o seu crescimento através dos
utilizadores, ficaram muito desapontados.
Em vez de inverter a tendência
e acelerando o crescimento de
utilizadores o Twitter teve de
admitir que sua base de utilizadores não cresceu durante os
últimos três meses. Na verdade,
quando excluímos os utilizadores que usam somente o Twitter
via SMS, a empresa perdeu 2 milhões de utilizadores no período
estival.
O Twitter tem presentemente
305 milhões de utilizadores ativos mensais, no trimestre anterior tinha 307 milhões, sendo
esta a primeira queda no número de utilizadores numa base trimestral, para uma empresa que
tem uma enorme necessidade
de noticias positivas.
Os clientes da Uber
no Reino Unido tendem
a pagar significativamente
mais pelo serviço
Quanto custa em média um passeio através da Uber no Reino
Unido? De acordo com uma análise realizada pelo “The Times”, a
tarifa mais barata para um passeio de 10 minutos é mais eleva-
da na Grã-Bretanha do que nos
EUA e mesmo comparativamente com a zona euro. No entanto,
em Nova Iorque, o preço médio é
consideravelmente maior do que
em Londres.
PUB
Um instrumento de trabalho com recurso
a uma linguagem prática e acessível, a esquemas,
exemplos e documentos auxiliares.
Este manual fornece o enquadramento legal e uma análise prática de cada uma
das matérias que integram o regime do trabalho em funções públicas
facilitando o conhecimento de todos os diplomas que integram este regime
e respetiva compreensão
Um livro que vai auxiliar o trabalho dos profissionais da Administração Pública
que, diariamente, lidam com o direito laboral público e sentem uma dificuldade
que resulta do facto de este regime se encontrar disperso por vários diplomas,
cuja articulação oferece alguns problemas.
Autores André Ventura e Miguel Fernandes
Págs. 208
PVP €13
Compre já em http://livraria.vidaeconomica.pt
Novidade!
NOVID
A
DE
MANUAL PRÁTICO
ESSENCIAL PARA
O ENCERRAMENTO
DE CONTAS,
APURAMENTO DA
MATÉRIA COLETÁVEL
E PREENCHIMENTO
DA MOD. 22
COM EXEMPLOS E CASOS
PRÁTICOS.
INCLUI:
• A ligação à contabilidade
• Análise de todo o Quadro 07
• Novidades do período
• Prejuízos e Benefícios fiscais
• Os vários regimes
• Pagamentos antecipados
• Dupla tributação internacional
• Tributações autónomas
• Jurisprudência mais recente
sobre cada matéria
• Anexos
IRC - APONTAMENTOS PRÁTICOS SOBRE A MOD. 22
Autor: Amadeu Fernando Silva e Sousa
Páginas: 352 - Preço: €27,00
NÃO PERCA!
Vantagem assinante: 10% de desconto
CUPÃO ENCOMENDA
(recortar ou fotocopiar)
Nome
Nº Contribuinte
Morada
C. Postal
R. Gonçalo Cristóvão,
14, r/c • 4000-263 PORTO
http://livraria.vidaeconomica.pt
[email protected]
223 399 400
E-mail
r Solicito o envio do livro IRC - APONTAMENTOS PRÁTICOS SOBRE A MOD. 22
r Pago por transferência bancária para o IBAN PT50 0001 8000 0214 3479 7001 92 (é necessário enviar comprovativo)
r Para o efeito envio cheque/vale nº
, s/ o
r Solicito o envio à cobrança. (Acrescem 4€ para despesas de envio e cobrança).
ASSINATURA
, no valor de €
,
Página 9
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
NOTÍCIAS | ARTIGOS
START ME UP
Os espaços de trabalho abertos
desempenham um papel vital
na economia de Londres e, em
particular, nos setores criativos
e de tecnologia. Mas, sem apoio,
correm o risco de serem expulsos
pelas exigências de espaço e aumento dos preços concorrentes.
Os espaços de trabalho abertos
são lugares onde as empresas e
os profissionais compartilham
espaço, instalações ou equipamento especializado. Ao longo
dos últimos 10 anos, este novo
tipo de espaço de trabalho tem
crescido em visibilidade e importância em Londres e em todo
o mundo. Eles incluem espaços
de coworking (escritório), incubadoras de novas empresas e
empresários, artistas, estúdios,
e os chamados ‘makerspaces’,
fornecendo equipamento especializado para os fabricantes e
designers.
Eles variam em propósito, modelo de negócio, e como eles estão
abertos a diferentes grupos. Mas
juntos, eles formam um novo setor e o crescente de espaço de
trabalho em Londres que espelha mudanças na forma de como
e onde trabalhamos. Neste relatório são abordados diferentes
papeis e desafios para estes espaços de trabalho, relativamente
à pressão imobiliária existente
que poderá afastar os empreendedores para fora dos centros.
Algo que na nossa realidade já se
verifica em termos de localização
destes espaços. A ler…
Poucos países estão prontos
para adotar o acesso aberto
aos jornais científicos
A presidência holandesa da União Europeia comprometeu-se a unir os países no
acesso aberto, mas um novo estudo revela
que ainda há um longo caminho a percorrer no sentido de tornar estas publicações
de livre acesso.
Apenas cinco países da UE querem abandonar o modelo tradicional de assinatura
de revista tradicional e moverem-se para
publicações com acesso aberto.
Juntamente com o Governo holandês,
que está a utilizar a presidência da UE para
“empurrar” o caso para o acesso aberto,
apenas a Hungria, Roménia, Suécia e Reino
Unido partilham a opinião de que as editoras académicas devem parar de cobrar aos
leitores uma assinatura e colocar os autores a pagarem a publicação dos seus “papers” (certamente que será um tema muito
quente, ndr). Leia o estudo
PUB
Como é que é possível manter a sanidade mental
nestes tempos difíceis?
Como Sobreviver na Selva Empresarial, alguns segredos e técnicas básicas para a gestão feliz e com sucesso. Terá acesso a vários aforismos, algumas análises em profundidade e uma
boa dose de comentários provocadores. Este livro é uma compilação de algumas táticas que
poderá usar, não apenas para sobreviver, mas também para ter sucesso na selva empresarial. A sua intenção é divertir, entreter e educar. Contém algumas pérolas de sabedoria
dirigidas a gestores e empresários de todas as cores, tamanhos e formas. Quer os que ainda
só aspiram vir a sê-lo, quer os que já o são e até os que já estão cansados de o ser ou já se
aposentaram.
Autor: Ashok Kumar Bhatia | Pags.:160 | P.V.P.: €12
http://livraria.vidaeconomica.pt
[email protected]
223 399 400
Página 10
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
NOTÍCIAS | ARTIGOS
Conselho
Europeu
de Inovação
deve ter três
papéis
A perspetiva do Conselho Europeu da Inovação (EIC) deve ser
uma fonte de ideias para os legisladores da UE que têm na mão o
aliviar de obstáculos à inovação,
de acordo com o eurodeputado
belga Philippe De Backer.
AGENDA DE EVENTOS
O conselho também deve encontrar uma maneira de conceder
através do Horizon 2020 bolsas
I&D mais rápidas. “Um novo conselho poderia encontrar formas
de acelerar as coisas”, disse De
Backer à “sciencebusiness”. “O
processo de obtenção de fundos
a partir de Bruxelas é muito demorado.
Presentemente, leva em média
330 dias para os cientistas receberam o financiamento para
os seus projetos a partir de Bruxelas, mas com a adoção de um
novo sistema informático espera-
MARÇO
-se um corte de cerca de 100 dias
na concessão de fundos, que, ainda assim, pode ser mais rápida,
disse De Backer.
Procura-se: A Cidade Humana
Cidades estão a
crescer e a ficar mais
inteligentes. Ainda
podemos viver nelas?
Os investigadores da ERC estão a desenvolver uma missão
especifica de digitalização das
megacidades para que possam
ser mais habitáveis.
Foi um aviso para problemas
futuros. Em 2008, um estudante de 14 anos polaco invadiu o
sistema elétrico em Lódz, na Polónia, para uma brincadeira: ele
conseguiu reprogramar um simples controlo remoto de televisão para assumir o comando de
alguns pontos chave da cidade.
Conseguiu provar ser um péssimo condutor, pois provocou o
descarrilamento de 4 elétricos
e algumas pessoas ficaram feridas. Estava simplesmente a
20
GIKA: Global Innovation
and Knowledge Academy
Valencia, Espanha
21
33rd Annual International
Battery Seminar & Exhibit
Fort Lauderdale, EUA
23
CBU International
Conference on Innovations
in Science and Education
Praga, Republica Checa
ABRIL
“brincar” com o sistema de trânsito da cidade como se se tratasse de um conjunto de comboios
de brincar.
Desde então, outros hackers
urbanos fizeram as suas manchetes pelo mundo fora assinalando o quanto são vulneráveis
as infraestruturas informatizadas das nossas cidades.
As cidades estão a crescer a
cada dia e estima-se que, em
2050, a população residente
nestes centros urbanos será de
82% da população projetada
para os centros urbanos europeus, que será de 581 milhões
de habitantes, de acordo com as
Nações Unidas.
Veja aqui
4
WINIR Symposium on
Property Rights
Bristol, Reino Unido
7
Space Innovation Congress
Londres, Reino Unido
Divulgue os seus eventos relacionados
com Inovação e empreendedorismo
Contacte-nos!
Página 11
www.vidaeconomica.pt
NEWSLETTER N.71 | MARÇO | 2016
FINANCIAR A INOVAÇÃO
INOVAÇÃO
Certamente que o ditado “o
cliente tem sempre, ou quase
sempre, razão” é cada vez mais
atual. Efetivamente, os consumidores têm vindo a mudar de atitude algo radicalmente, ditando,
de alguma forma, as regras, sem
pruridos ou fidelidades, exigindo
constantemente mais qualidade,
inovação e maior diversidade,
se possível tudo a preços mais
baixos. A pressão do consumidor
para que lhe seja proporcionado
maior valor acrescentado é, sem
dúvida, o grande marco impulsionador da modernização e inovação, conduzindo a uma melhor
e maior organização por parte
dos agentes económicos.
De facto, passou-se de um perfil
de consumidor em que o serviço
era orientado para o produto e
o cliente um objetivo indiferenciado para um perfil de consumidor partcipante, interessado e
conhecedor, aliado a um serviço
diferenciado e inovador. Assim,
para quem produz bens ou fornece serviços, a alternativa pas-
sa pela incessante busca de inovação inovação essa que se deve
a antecipar à dos concorrentes,
pois que, ao atuar deste modo, a
probabilidade de sucesso é bem
mais elevada.
Qualquer que seja a estratégia
adotada, todavia, é indispensável que a mesma tenha sempre
um cunho de inovação, mesmo
que uma das estatégias consis-
ta em margens baixas através do
ganho das vendas. Efetivamente,
atravessa-se e continuar-se-á a
atravessar um período de elevada turbulência inovadora que
afeta de forma indelével a sociedade em que se vive. Os desafios
da globalização dos mercados,
da competitividade, do ambiente, do emprego, das tecnologias
de informação e da comunicação, entre outros, estão e continuarão a alterar profundamente
a matriz de qualquer empresa,
pelo que o foco no cliente deve,
prioritariamente, centrar-se em
oferecer algo de inovador e não
na cópia ou preço baixo.
Luís Archer – Consultor
[email protected]
Triz Simplificado
Nuevas aplicaciones de resolución
de problemas para ingeniería
y fabricación
Autores: Ellen Domb, KaleviRantanen
ISBN: 978-84-8408-576-8
Páginas:292 | Preço: 28 euros (IVA incluido)*
Formato: 170x240mm | Encadernação: Capa dura
(*) O preço inclui despesas de envio para Portugal
continental e ilhas
Índice de Capítulos:
1. ¿Por qué buscar nuevas maneras de solucionar problemas?
2. La construcción de un nuevo modelo de resolución : del problema
al resultado final ideal.
3. El compromiso tras el problema.
4. Del compromiso a la contradicción inherente.
5. Búsqueda de recursos invisibles.
6. Lo imposible a menudo es posible: cómo incrementar la idealidad
del sistema.
7. Cómo separar el grano de la paja: una herramienta sencilla y eficaz
para la evaluación de soluciones.
8. El enriquecimiento del modelo de resolución de problemas.
9. Patrones: poderosas herramientas para el desarrollo del sistema.
10. Los principios de innovación: 40 maneras de dar con la solución
correcta.
11. Evaluación del modelo de resolución de problemas.
12. Cómo mejorar el negocio con TRIZ.
13. Usar TRIZ con la Teoría de las Limitaciones.
14. Usar TRIZ con Seis Sigma y otros sistemas de mejora de la calidad.
15. Síntesis de la resolución creativa de problemas.
16. Manos a la obra.
Accelper Consulting Iberia,Ldª
[email protected]
www.accelperiberia.com
FICHA TÉCNICA:
Subscreva aqui outras newsletters
Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira
Colaboraram neste número: Helena Navas, Jaime Quesado, Luís Archer
Tradução: Sofia Guedes Paginação: Flávia Leitão | Vida Económica
Contacto: [email protected]

Documentos relacionados

Incubadora da Universidade de Aveiro entre as

Incubadora da Universidade de Aveiro entre as Uma das boas notícias que tivemos durante o ano foi a redução do diferencial de inovação entre a Europa e os Estados Unidos da América. Mas mais importante foi o facto de Portugal estar entre os pa...

Leia mais