Carona Solidária - Programa de Pós Graduação em Transportes

Transcrição

Carona Solidária - Programa de Pós Graduação em Transportes
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
RUMO À
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL NO CAMPUS DA UnB:
CARONA SOLIDÁRIA
ALLAN FRANKLIN DA SILVEIRA
ORIENTADOR: PASTOR WILLY GONZALES TACO
COORIENTADORA: LUCIANY OLIVEIRA SEABRA
MONOGRAFIA DE PROJETO FINAL EM TRANSPORTES
BRASÍLIA / DF: NOVEMBRO / 2013
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL
RUMO À
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL NO CAMPUS DA UnB:
CARONA SOLIDÁRIA
ALLAN FRANKLIN DA SILVEIRA
MONOGRAFIA DE PROJETO FINAL SUBMETIDA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
CIVIL E AMBIENTAL DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL EM ENGENHARIA CIVIL.
APROVADA POR:
_________________________________________
PASTOR WILLY GONZALES TACO, Dr (ENC)
(ORIENTADOR)
_________________________________________
LUCIANY SEABRA, Ms (ENC)
(COORIENTADORA)
_________________________________________
MICHELLE ANDRADE, Dr (ENC)
(EXAMINADORA INTERNA)
_________________________________________
MARIA ROSA ABREU, Dr (NAA)
(EXAMINADORA EXTERNA)
DATA: BRASÍLIA/DF, 19 de NOVEMBRO de 2013.
ii
FICHA CATALOGRÁFICA
SILVEIRA, ALLAN FRANKLIN DA
Rumo à Mobilidade Sustentável no Campus da UnB: Carona Solidária [Distrito
Federal] 2013.
viii, 77 p., 297 mm (ENC/FT/UnB, Bacharel, Engenharia Civil, 2013)
Monografia de Projeto Final - Universidade de Brasília. Faculdade de Tecnologia.
Departamento de Engenharia Civil e Ambiental.
1. Carona Solidária
2. Mobilidade Sustentável
3. Fatores Comportamentais
4. Universidade de Brasília
I. ENC/FT/UnB
II. Título (série)
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
SILVEIRA, A.F. (2013). Rumo à Mobilidade Sustentável no Campus da UnB: Carona
Solidária. Monografia de Projeto Final, Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
Universidade de Brasília, Brasília, DF.
CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Allan Franklin da Silveira
TÍTULO DA MONOGRAFIA DE PROJETO FINAL: Rumo à Mobilidade Sustentável no
Campus da UnB: Carona Solidária
GRAU / ANO: Bacharel em Engenharia Civil / 2013
É concedida à Universidade de Brasília a permissão para reproduzir cópias desta monografia
de Projeto Final e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e
científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte desta monografia de
Projeto Final pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor.
_____________________________
Allan Franklin da Silveira
[email protected]
Brasília/DF - Brasil
iii
AGRADECIMENTOS
Afirmo minha gratidão a todos que tiveram participação neste projeto. Agradeço:
a Deus pela minha saúde e por fazer da minha fé uma fonte inexaurível de esperança na
parte boa de todas as coisas e em tudo o que faço;
à minha família, pelo apoio incondicional, pela paciência e pela dedicação ao nosso
sucesso;
ao professor orientador Pastor W. G. Taco e à coorientadora Luciany Seabra por me
orientarem neste projeto e pela generosidade ao contribuir com meu aprendizado;
aos professores componentes da banca avaliadora pela estima ao trabalho realizado e
por contribuírem para a minha capacitação;
aos participantes da pesquisa aplicada neste projeto pela atenção e colaboração;
a todos que não foram citados aqui, mas que participaram da realização desse projeto.
iv
RESUMO
Este projeto final objetiva identificar fatores comportamentais que influenciam o uso
compartilhado do automóvel pelos frequentadores dos campi da Universidade de Brasília.
O uso compartilhado está sendo instituído na UnB como “Carona Solidária”, que é
também uma forma importante de contribuição à mobilidade sustentável em cidades que
apresentam problemas de trânsito, como congestionamentos de vias nos horários de pico,
baixa taxa de ocupação de pessoas por veículo, interferência da qualidade do ar local devido a
emissões de poluentes e estacionamentos com vagas saturadas.
Para isto, no presente projeto final se faz um levantamento bibliográfico de
comportamento em transportes e programas de carona. Seguidamente, se realiza uma pesquisa
de opiniões com formulários aplicados em amostras representativas do público alvo da carona
solidária na UnB.
Foram obtidas 972 respostas, o que equivale a uma amostra de aproximadamente
2,13% dos 45.586 principais frequentadores vinculados à Universidade de Brasília em 2013 –
32.120 graduandos, 8.558 pós-graduandos, 2.279 docentes e 2.629 servidores técnicoadministrativos (Fonte: portal UnB/Estude na UnB, 2013). Analisando os dados das respostas
do formulário de pesquisa puderam-se identificar fatores comportamentais que influenciam no
uso compartilhado do automóvel, confirmando suposições que caracterizam um contexto geral
muito oportuno para o programa de caronas, como a tendência dos universitários se
deslocarem exclusivamente entre suas casas e os campi sem encadear atividades no trajeto, e o
interesse desse público em praticar caronas para se relacionarem socialmente com novos
colegas.
Identificados fatores comportamentais dos frequentadores da UnB, tornou-se possível
propor formas de evidenciar vantagens e de lidar com dificuldades da prática da carona. Essas
propostas podem provocar uma mudança de comportamento das pessoas, colaborando para o
progresso da mobilidade sustentável. E, desta forma, contribuir com desenvolvimento de ações
para dar continuidade ao programa UnB Carona Solidária.
v
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
1.2 HIPÓTESES
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
1.5 METODOLOGIA DO PROJETO FINAL
1.6 TÓPICOS CONCLUSIVOS
1
3
4
4
4
10
13
2. ESTUDOS SOBRE COMPORTAMENTO EM TRANSPORTES
2.1 APRESENTAÇÃO
2.2 REFERÊNCIAS DE LITERATURA SOBRE CARONA
2.3 TRABALHOS ACADÊMICOS SOBRE COMPORTAMENTO EM TRANSPORT
2.4 TÓPICOS CONCLUSIVOS
14
14
14
17
19
3. CARONA SOLIDÁRIA
3.1 APRESENTAÇÃO
3.2 SISTEMAS EXISTENTES DE CARONA SOLIDÁRIA
3.3 ESTUDOS SOBRE CARONA NA UnB
3.4 TÓPICOS CONCLUSIVOS
20
20
20
24
30
4. MÉTODO DE PESQUISA DE COMPORTAMENTO NOS CAMPI DA UnB
4.1 APRESENTAÇÃO
4.2 ELABORAÇÃO E TESTE DO FORMULÁRIO
4.3 APLICAÇÃO DA PESQUISA
4.4 TÓPICOS CONCLUSIVOS
31
31
31
33
34
5. ANÁLISE DE RESULTADOS
5.1 APRESENTAÇÃO
5.2 ANÁLISE GERAL
5.3 ANÁLISE ESPECÍFICA
35
35
35
47
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6.1 APRESENTAÇÃO
6.2. CONCLUSÕES
6.3 RECOMENDAÇÕES
52
52
52
53
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
56
APÊNDICE A1 FORMULÁRIO DE PESQUISA
APÊNDICE A2 INSTRUMENTOS DE DIVULGAÇÃO DA PESQUISA
59
71
vi
LISTA DE TABELAS E QUADROS
1.1 Crescimento de Automóveis do ano 2000 a 2010
1.2 Redução do preço do combustível com a prática regular da carona
6
8
LISTA DE FIGURAS
1.1 Mobilidade Sustentável e Diversidade de Meios de Transporte
1.2 Correspondência entre as etapas do projeto e os capítulos da monografia
1.3 Impactos ambientais na UnB devido pavimentação excessiva do solo com espaços
para estacionamentos
1
3
1.4 Benefício do aumento da taxa de ocupação dos automóveis
1.5 Relação entre os procedimentos realizados na Etapa I
9
13
3.1 Logomarca Caronetas
21
3.2 Logomarca UniCaronas
3.3 Logomarca Carona Brasil
3.4 Logomarca Carona Solidária
3.5 Logomarca PickupPal
3.6 Logomarca da Universidade de Ottawa e Placa de vagas para carpool
21
22
22
23
24
3.7 Logomarca da Universidade do Texas e Serviço de transporte e estacionamento da
universidade
3.8 Logomarca UnB Carona Solidária
3.9 Logomarca Facebook
3.10 Estrutura do website do programa UnB Carona Solidária
25
27
28
29
4.1 Relação entre os procedimentos realizados na Etapa II
31
5.1 Relação entre os procedimentos realizados na Etapa III
35
6.1 Trabalho em grupo na gestão do programa UnB Carona Solidária
55
vii
6
LISTA DE GRÁFICOS
3.1 Posse de carro e transporte utilizado para ir à UnB (143 entrevistados)/2012
25
3.2 Posse de carro e transporte utilizado para ir à UnB (70 entrevistados)/2012
3.3 Transporte utilizado para ir à UnB (322 pesquisados)/2011
5.1 Variável “gênero”
5.2 Variável “idade”
26
27
36
36
5.3 Variável “vínculo com a UnB”
5.4 Variável “renda familiar”
5.5 Variável “posse de carro próprio”
5.6 Variável “localização da moradia”
5.7 Variável “meio de transporte utilizado para ir à UnB”
36
37
37
38
38
5.8 Variável “tempo de viagem”
5.9 Variável “período do dia em que frequenta a UnB”
39
39
5.10 Variável “período do dia em que frequenta a UnB”
5.11 Variável “realização de atividades no trajeto”
5.12 Variável “fatores influentes na escolha do meio de transporte”
40
40
41
5.13 Variável “frequência com que já se praticou carona”
5.14 Variável “posição quanto à participação no programa UnB Carona Solidária”
5.15 Variável “fatores importantes para o sucesso do programa”
5.16 Variável “identificação dos carros com adesivos do programa”
42
42
42
43
5.17a Variável “sensação de segurança ao praticar carona com desconhecido”
5.17b Variável “sensação de segurança ao praticar carona com usuário do programa”
5.18 Variável “fatores influentes para que se pratique carona”
5.19 Variável “frequência com que já se praticou carona”
5.20 Variável “localização de Pontos de Carona em uma rota típica”
44
44
44
45
46
5.21 Variável “meios de comunicação para divulgação do programa”
5.22 Variável “benefícios exclusivos aos usuários do programa”
5.23 Variável “disposição para contribuição com divulgação do programa”
5.24 Público-alvo devido à posse de carro e ao meio de transporte utilizado
5.25 Público-alvo devido ao tempo de viagem e ao meio de transporte utilizado
46
47
47
48
48
5.26 Público-alvo devido ao meio de transporte e a variáveis socioeconômicas
5.27 Público-alvo devido ao meio de transporte e realização de atividades no trajeto
5.28 Público-alvo devido à experiência na prática de carona e ao meio de transporte
5.29 Público de potenciais solicitadores de carona (passageiros)
5.30 Análise do uso de adesivos nos automóveis dos participantes
49
49
50
50
51
viii
1. INTRODUÇÃO
O trânsito de veículos nas vias de Brasília, como em outros grandes centros urbanos, é
uma importante questão funcional diária da cidade. Nos horários de pico, estudantes e
trabalhadores realizam seus trajetos entre casa e trabalho ou centros educacionais. De 2000 a
2010, o total de veículos em Brasília cresceu mais de 100% (DENATRAN, 2010), isso tem
agravado o congestionamento das vias e demandado cada vez mais espaços para
estacionamentos. Alguns impactos ambientais são decorrentes dessa situação como a poluição
atmosférica pelo consumo de combustíveis, a impermeabilização do solo e o aquecimento do
clima local. Diante desse cenário, uma mudança de comportamento surge como uma
importante alternativa viável: a maioria dos veículos da cidade transporta apenas uma pessoa –
o condutor – enquanto que, se o espaço interno do veículo fosse compartilhado por meio de
caronas, os impactos citados acima seriam amenizados proporcionando benefícios coletivos e
individuais.
Brasília possui mais de 2,5 milhões de habitantes (IBGE, 2010) e mais de 1,2 milhão de
veículos (DENATRAN, 2010). Essa priorização excessiva do uso de um tipo de meio de
transporte agrava a dificuldade de satisfazer a demanda do sistema de transporte.
Uma importante contribuição para atender a essa demanda e para alcançar uma
mobilidade sustentável é a disponibilização da diversidade de meios de transporte com suas
respectivas infraestruturas e recursos de acessibilidade aos usuários (Figura 1.1).
Figura 1.1 – Mobilidade Sustentável e Diversidade de Meios de Transporte
1
As exigências ao sistema de transporte urbano que caracterizam a sustentabilidade das
cidades são inferidas das diretrizes da Lei Federal nº 12.587/2012 que trata da Política
Nacional de Mobilidade Urbana. Por exemplo, dentre as diretrizes, destacam-se: a prioridade
dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte
público coletivo sobre o transporte individual motorizado; integração entre os modos de
serviços de transporte urbano; incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de
energias renováveis e menos poluentes.
Os desafios do trânsito de Brasília podem ser constatados e exemplificados no campus
Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília. Existem horários de intensa movimentação de
veículos no período de troca de aulas, a maioria dos automóveis transporta apenas o condutor
do veículo e seus grandes estacionamentos tem disponibilidade de vagas esgotada.
Acredita-se que uma enchente ocorrida no subsolo do Instituto Central de Ciências –
ICC da UnB, em 2011, foi agravada devido à impermeabilização do solo na região. Se não
houver uma mudança de comportamento da população com a intenção de reduzir o uso de
carros, toda obra de pavimentação para construção de estacionamentos e vias deverá ser
ampliada periodicamente porque logo estarão saturados de carros novamente.
A carona solidária é uma alternativa para a redução e uso compartilhado de automóveis
no trânsito das cidades. Rotas de estudantes universitários são muito propícias a essa prática,
pois reúnem muitas pessoas que tem interesse pela mesma trajetória. Já existem experiências
bem sucedidas de projetos de carona em universidades de outros países – carpool – como
University of Ottawa (Canadá) e University of Texas at Austin (EUA), e em sites brasileiros
como os empreendimentos UniCaronas (http://www.unicaronas.com.br/) e Caronetas
(http://www.caronetas.com.br/).
A aceitação e a prática do programa UnB Carona Solidária exige uma mudança de
comportamento das pessoas para auxiliar na solução dos problemas de mobilidade urbana.
Essa mudança gera benefícios coletivos, como redução de congestionamentos do trânsito e
amenização de impactos ambientais; e benefícios individuais, como redução de custos de
transporte, vantagens exclusivas para praticantes da carona como vagas reservadas, e a
integração social entre os estudantes.
Quanto o programa UnB Carona Solidária contribuiria para melhorar o trânsito local?
Quanto ele colaboraria para a preservação do meio ambiente? Quanto seria a redução dos
custos individuais de transporte? Os praticantes de carona poderiam usufruir de quais
benefícios exclusivos?
2
A Figura 1.2, a seguir, ilustra a correspondência entre as etapas deste projeto final e os
capítulos da monografia (trabalho escrito):
ETAPAS
PROCEDIMENTOS
CAPÍTULOS
- Definição do Problema
- Hipótese
- Objetivos
- Justificativas
- Metodologia do Projeto
1. INTRODUÇÃO
- Referências de Literatura
sobre Carona
- Trabalhos acadêmicos sobre
comportamento em Transporte
2. ESTUDOS SOBRE
COMPORTAMENTO EM
TRANSPORTES
- Sistemas existentes de
Carona Solidária
- Estudos sobre Carona na
UnB
3. CARONA SOLIDÁRIA
CONTEXTUALIZAÇÃO
E
REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
PESQUISA
- Elaboração e Teste do
Formulário
DE
COMPORTAMENTO
ANÁLISE DE
RESULTADOS
- Aplicação da Pesquisa
- Análise Geral
- Análise Específica
4. MÉTODO DE PESQUISA
DE COMPORTAMENTO
NOS CAMPI DA UnB
5. ANÁLISE DE
RESULTADOS
E
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
- Conclusões e Recomendações
6. CONCLUSÕES E
RECOMENDAÇÕES
Figura 1.2 – Correspondência entre as etapas do projeto e os capítulos da monografia
1.1 PROBLEMA
Para que a carona se torne um hábito entre as pessoas, é preciso explorar seus
benefícios e solucionar empecilhos que afetam a escolha por essa opção de locomoção.
Quais são e como lidar com os fatores que afetam a escolha dos usuários do sistema de
transporte pela carona como opção de locomoção?
3
1.2 HIPÓTESE
Ao se conhecerem os fatores que afetam a escolha pela carona solidária como opção de
locomoção, torna-se possível propor formas de evidenciar as vantagens e de lidar com as
dificuldades da prática da carona. Essas propostas podem provocar uma mudança de
comportamento das pessoas, contribuindo para o progresso da mobilidade sustentável.
1.3 OBJETIVOS
i) GERAL
Identificar fatores comportamentais dos usuários dos campi da UnB que influenciam no
uso compartilhado do automóvel.
ii) ESPECÍFICOS
Para se alcançar o objetivo geral, estabeleceram-se os seguintes objetivos específicos:
- identificar variáveis associadas a fatores importantes que influenciam os critérios de escolha
pela prática de carona solidária pelos frequentadores dos campi da UnB;
- pesquisar e analisar comparativamente, dados de opiniões de amostras representativas do
público alvo da carona solidária na UnB;
- desenvolver propostas de ações para dar continuidade ao programa UnB Carona Solidária.
1.4 JUSTIFICATIVA
A justificativa para a produção deste projeto final é feita baseada em três aspectos
principais: o tema, ou seja, quais os problemas envolvidos e por que o assunto escolhido é
importante; a abordagem comportamental, ou seja, por quais motivos a aplicação de
formulários foi escolhida como forma de pesquisa de opinião para identificação de fatores
comportamentais; e a contribuição, isto é, os benefícios de forma mais ampla e como o projeto
pode colaborar para o progresso na área de transportes.
4
i) TEMA
Por volta da década de 1970, com o crescimento da fabricação e do consumo de
automóveis e a disponibilidade de espaço para uso deste meio, principalmente no Brasil e mais
especificamente em Brasília, a prioridade dos estudos de mobilidade urbana estavam voltados
para soluções no fluxo de transporte.
Na década de 1980, com os efeitos do esgotamento de espaço ocupado pelos
automóveis tanto nos destinos como no percurso das pessoas, a prioridade passou a ser o
gerenciamento de demanda, para se distribuir o fluxo e o destino das viagens mais efetivamente
com adaptações de planejamento urbano. Neste contexto, a prática da carona também já era
objeto de estudo.
A partir da década de 1990, com o incremento da tecnologia, softwares, automatização
de tarefas, a prioridade passou a ser a aplicação de sistemas inteligentes de transporte (ITS, em
inglês), para resolução rápida e precisa de problemas, integração de diferentes modalidades de
transporte, inclusive a carona.
Atualmente, cada vez mais aumenta a necessidade de estudo do comportamento
humano caracterizando outra prioridade de solução de mobilidade, o processo de escolha dos
usuários em relação ao sistema de transporte. Apesar da subjetividade associada ao
comportamento das pessoas, existem fatores que influenciam esse processo de escolha e que
estão relacionados a variáveis reais, que devem ser pesquisadas, analisadas para que se tomem
decisões bem sucedidas voltadas à construção, ao melhoramento das alternativas do sistema de
transporte. Dentre as alternativas com necessidade de estudo dos fatores influentes no
processo de sua escolha está a carona solidária, isso reforça a importância da pesquisa com
potenciais participantes do programa UnB Carona Solidária.
Durante a primeira década do século XXI, a população de Brasília passou de 2,05
milhões de habitantes para 2,50 milhões (IBGE, 2010), caracterizando um crescimento de,
aproximadamente, 22%. A quantidade de veículos passou de 600 mil para 1,20 milhão,
crescimento de 100%, e a quantidade de automóveis (carros de passeio e SUVs, excluindo-se
outros tipos como ônibus, motocicletas, caminhonetes, etc) passou de 485 mil para 903 mil,
crescimento de 86% (DENATRAN, 2010). A taxa de ocupação de pessoas por automóvel
diminuiu de 4,2 para 2,7. A Tabela 1.1 ilustra esse cenário.
5
Tabela 1.1 – Crescimento de Automóveis do ano 2000 a 2010
Ano
2000
2010
Crescimento (%)
População
(milhão)
2,050
2,500
22
Veículos
(milhão)
0,600
1,201
100
Automóveis
(milhão)
0,485
0,903
86
Pessoas/Automóvel
4,227
2,769
-35
Fonte: IBGE, 2010. DENATRAN, 2010.
Esse decréscimo na taxa de ocupação de pessoas por automóvel é testemunhado
diariamente no trânsito quando um motorista muito comumente solitário olha para o lado e
observa o companheiro de congestionamento, também solitário, na condução de seu
automóvel, podendo chegar a questionar mentalmente se estivessem compartilhando um
veículo o trânsito não estaria fluindo melhor. Quais fatores influenciam na escolha de se
compartilhar ou não um automóvel para locomoção rotineira entre casa e universidade?
Certamente um fator que está influenciando cada vez mais os critérios de escolha das
pessoas em vários aspectos de suas vidas, e provavelmente também na escolha de meios de
locomoção, é a preocupação com a redução dos impactos ambientais devido ao
desenvolvimento das cidades.
O uso de espaços para pavimentação de estacionamentos, devido à priorização
excessiva do uso de automóveis como meio de transporte no campus Darcy Ribeiro da UnB,
provoca impactos ambientais, como o aquecimento do clima local e alagamentos devido à
impermeabilização do solo. Em abril de 2011, o prédio do Instituto Central de Ciências – ICC
teve as salas do subsolo alagadas por uma chuva de grande intensidade. A dificuldade de
drenagem foi agravada pela impermeabilização do solo pavimentado na região. Consequências
desse evento podem ser observadas na Figura 1.3.
Fonte: Saulo Tomé/UnB Agência/2011
Fonte: UnB Agência/2011
Figura 1.3 – Impactos ambientais na UnB agravados pela impermeabilização do solo com
espaços para estacionamentos
6
ii) ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
A identificação de fatores comportamentais exige um entendimento das ações dos
atores dos comportamentos estudados. Alguns procedimentos contribuem para esse
entendimento, como a observação externa das ações, verificação das circunstâncias influentes,
conhecimento de situações semelhantes ou análogas de outras populações, conhecimento de
dados de opiniões dos indivíduos estudados.
Para se alcançar o objetivo específico de pesquisar dados de opiniões do público alvo
do programa UnB Carona Solidária, escolheu-se obter dados por meio de aplicação de
formulários. Esse é um instrumento de coleta de informação com abordagem quantitativa por
preenchimento de respostas, em geral, objetivas e, quando não, com poucas variações de
subjetividade.
Outros instrumentos de coleta de informação possuem características inapropriadas ao
objetivo da pesquisa. Por exemplo, o instrumento de “observação” demandaria muito tempo e
deslocamento do observador e tem abordagem quantitativa relativamente restrita. A
“entrevista” tem pouca abordagem quantitativa e representatividade muito pessoal com
possibilidade de influência do entrevistador; no caso do programa UnB Carona Solidária, a
entrevista seria indicada para coletar informações de profissionais relacionados à área de
transportes e mobilidade urbana, mas não da população de usuários do programa.
A aplicação de formulários é apropriada à pesquisa deste projeto devido às seguintes
vantagens: tem grande abordagem quantitativa podendo ser efetuada com vários indivíduos ao
mesmo tempo; não interessa a identificação pessoal dos pesquisados; pode ser divulgada e
difundida em diversos locais de interesse e por meio físico ou virtual com utilização da
internet; não tem influência do pesquisador sobre a resposta do pesquisado; tem objetividade
adequada para estabelecimento de comparações, relações, levantamento de indicadores,
preenchimento de tabelas e representação e análise de gráficos.
As desvantagens são restritas, superáveis e pouco inconvenientes. Os pesquisados
precisam ser alfabetizados para poderem preencher os formulários, essa característica é própria
do público da pesquisa (universitários e habilitados para dirigir automóveis). As questões
devem ser facilmente inteligíveis, simples e claras dispensando a necessidade de explicações
complementares. A formatação, o tamanho, a sequência do formulário devem ser convidativas
e estimulantes para que se obtenha receptividade do pesquisado e que todas as questões sejam
preenchidas francamente.
7
iii) CONTRIBUIÇÃO
A mobilidade sustentável não é um estado de equilíbrio que se alcança com uma
mudança de comportamento com a qual, logo e consequentemente, os indivíduos de uma
comunidade passam a usufruir dos recursos de transporte de maneira plenamente eficiente e
renovável. Mas esse estado pode ser compreendido como um horizonte a ser buscado
indefinidamente, e a mobilidade sustentável seria as ações que fazem a sociedade caminhar na
direção desse horizonte. Essas ações podem provocar benefícios em várias áreas da sociedade.
No caso da prática da carona solidária, alguns benefícios individuais e exclusivos aos
usuários do programa podem funcionar como incentivo à adesão do comportamento
sustentável, como vagas e faixas de circulação exclusivas para veículos com mais de um
ocupante, descontos em eventos culturais, preços promocionais em postos de combustíveis.
Outro benefício individual é a redução dos custos individuais de transporte. No caso
em que o motorista passa a dividir igualmente os custos do combustível com um grupo de
pessoas para o qual fornece carona, ou se essas pessoas revezarem igualmente suas funções de
motorista e carona, os custos com transporte para cada um deles diminuiriam razoavelmente. E
quanto mais pessoas participarem do mesmo grupo de caronas maior seria a diminuição dos
custos para cada indivíduo. Utilizando o preço aproximado de R$ 3,00 por litro de gasolina
para o primeiro semestre de 2013, pode-se construir, de forma simples, a Tabela 1.2 para
exemplificar essas vantagens:
Tabela 1.2 – Redução do preço do combustível com a prática regular da carona
Ocupantes
no carro
Redução
Percentual
Redução do preço
por litro de combustível
1
2
3
4
5
0%
50%
67%
75%
80%
R$ 3,00*
R$ 1,50
R$ 1,00
R$ 0,75
R$ 0,60
* Preço aproximado de R$ 3,00 por litro de gasolina para o primeiro semestre de 2013
A demonstração das vantagens econômicas é importante porque este é um aspecto
muito incentivador em relação à adesão das pessoas ao programa de carona, após despertar
interesse no público torna-se mais fácil a apresentação e o entendimento dos benefícios da
carona nas outras áreas da sociedade além da econômica.
8
Um benefício coletivo da mobilidade sustentável através da carona solidária é a
diminuição do espaço demandado pelos veículos quando estes tem a taxa de ocupação interna
melhor aproveitada. Utilizando uma situação para exemplificar, pode-se comparar o espaço
demandado por 45 pessoas sentadas quando utilizam o transporte plenamente individual com
cada pessoa no seu automóvel, quando utilizam a carona solidária com no mínimo 4 pessoas
por automóvel, ou quando utilizam um transporte público de qualidade com todas as 45
pessoas em um único ônibus. Essa situação pode ser bem visualizada tanto para o espaço
demandado para estacionamentos quanto no caso de congestionamentos de trânsito. A Figura
1.3 representa esse exemplo de comparação:
Figura 1.4 – Benefício do aumento da taxa de ocupação dos automóveis
É muito razoável prever uma melhora significativa na ocupação dos estacionamentos
da UnB e no trânsito de veículos em horários de pico com o aumento da taxa de ocupação
interna dos automóveis devido à adesão ao programa UnB Carona Solidária.
Outro benefício importante é a contribuição para a preservação do meio ambiente. No
Capítulo 3 desta monografia, são apresentados exemplos de programas existentes de carona
solidária, em alguns deles existem sites que fornecem dados de compensação da quantidade de
gás carbônico que o usuário do programa deixa de emitir para a atmosfera diminuindo o
impacto de agravamento do efeito estufa e, mais perceptivelmente, da qualidade do ar local.
Além disso, fornecem também a quantidade de árvores equivalentes que captariam essa
quantidade de gás carbônico durante um ano de atividade. No programa UnB Carona
Solidária, podem-se utilizar ideias como essas como forma de divulgação e incentivo à
participação das pessoas no programa.
9
1.5 METODOLOGIA DO PROJETO FINAL
São apresentadas e explicadas as três etapas empregadas para se alcançarem os
objetivos deste projeto, descritos anteriormente. As etapas são: Revisão Bibliográfica,
Pesquisa de Comportamento no Campus da UnB, Análise de Resultados.
1.5.1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
i) REFERÊNCIAS DE LITERATURA SOBRE CARONA
São citadas contribuições literárias sobre assuntos relacionados ao tema Carona
Solidária ou uso compartilhado de automóveis. Neste item, as obras consultadas são
publicações em livros.
ii) TRABALHOS ACADÊMICOS SOBRE COMPORTAMENTO EM TRANSPORTES
Reflete-se sobre estudos que abordam o comportamento de usuários de sistemas de
transporte urbano, descrevendo fatores comportamentais. Neste item, as obras consultadas são
publicações em dissertações de mestrado.
iii) SISTEMAS EXISTENTES DE CARONA SOLIDÁRIA
Discorre-se sobre a origem e a atual situação de alguns projetos de carona solidária que
existem no Brasil e em outros países, que podem contribuir com ideias para o programa UnB
Carona Solidária. Neste item, são consultados websites de programas de carona.
iv) ESTUDOS SOBRE CARONA NA UnB
São colocados resultados de projetos que já foram ou estão sendo realizados sobre a
prática da carona na UnB. São esclarecidas as circunstâncias da proposta e a situação atual do
desenvolvimento da página na web para combinação de caronas pelo programa UnB Carona
Solidária.
10
1.5.2 PESQUISA DE COMPORTAMENTO NO CAMPUS DA UnB
A criação do formulário para pesquisa dos dados de opiniões do público alvo da carona
solidária na UnB passa pelas etapas de elaboração e teste do formulário. Posteriormente a essa
etapa, ocorre a aplicação da pesquisa.
i) ELABORAÇÃO DO FORMULÁRIO
- Identificação de variáveis
Com auxílio de pesquisas anteriores, referências bibliográficas e análise do cenário atual
do transporte na UnB, são assimiladas as variáveis que se associam aos fatores que influenciam
os critérios de escolha da carona solidária pelos frequentadores dos campi da UnB.
Por exemplo, se a segurança for um fator importante que provavelmente influencia os
critérios de escolha do usuário, então variáveis como o cadastro seguro e a identificação dos
praticantes da carona devem ser agregadas ao formulário para serem examinadas pela opinião
dos entrevistados.
- Catalogação do formulário
A elaboração das questões, a forma como elas são distribuídas e ordenadas no
formulário, os recursos e meios disponíveis para reprodução e difusão do formulário,
determinam como o formulário deve ser catalogado.
ii) TESTE DO FORMULÁRIO
O teste do formulário foi feito em um público experimental para perceber e ajustar
circunstâncias da aplicação do formulário para o público alvo de maior proporção. Foram
verificados aspectos como o tempo de preenchimento, o entendimento das perguntas, a reação
dos entrevistados através de suas respostas, a possibilidade de reformulação de questões e de
inclusão de outras novas.
iii) APLICAÇÃO DA PESQUISA
A aplicação do formulário foi feita em dois tipos de amostras.
11
- Aplicação nos campi
Com o propósito de questionar amostras de frequentadores de todos os atuais quatro
campi da UnB: Campus Darcy Ribeiro (Plano Piloto), Campus Faculdade UnB Planaltina
(FUP), Campus Faculdade UnB Gama (FGA) e Campus Faculdade UnB Ceilândia (FCE).
Algumas questões do formulário devem caracterizar demandas peculiares de cada campus.
- Aplicação por áreas de concentração
Existem áreas de concentração de pessoas com atividades em comum, principalmente
no campus Darcy Ribeiro, como os edifícios que sediam aulas preferencialmente de cursos da
saúde, das engenharias, da biologia, da educação, ou ainda de cursos diversos como o Instituto
Central de Ciências – ICC. Algumas questões do formulário devem caracterizar demandas
peculiares de cada área.
Contudo, um requisito para que as aplicações nos campi e por área de concentração
tenha efeito na análise específica de resultados é a participação de uma quantidade suficiente
de indivíduos de cada campus e de cada área de concentração que caracterize um
comportamento amostral do público pesquisado. No Capítulo 4, são explicadas as
considerações adotadas sobre esse requisito de acordo com os resultados apresentados sobre a
aplicação da pesquisa.
1.5.3 ANÁLISE DE RESULTADOS
i) ANÁLISE GERAL
Com os dados obtidos da pesquisa tabulados, devem ser analisadas, com auxíllio da
construção de gráficos, as opiniões das amostras do público alvo da carona solidária na UnB
de forma genérica. São identificados e descritos fatores comportamentais que influenciam no
uso compartilhado do automóvel.
ii) ANÁLISE ESPECÍFICA
Após a identificação e descrição dos fatores comportamentais mencionados na análise
geral, estabelecem-se percepções e associações das ocorrências de cada fator comportamental
12
nas principais áreas de concentração. Deve ser demonstrada, através dos dados pesquisados, a
intensidade da influência dos fatores nos critérios de escolha dos usuários dependendo do
curso, da área da UnB que frequentam, da região na qual residem, das características sociais,
dos hábitos na utilização do sistema de transporte.
1.6 TÓPICOS CONCLUSIVOS
Até este momento do projeto, foram expostos os tópicos iniciais que contextualizam o
tema desta monografia por meio do texto introdutório, definição do problema, formulação da
hipótese, apresentação dos objetivos, justificativas para realização do projeto e estruturação da
sua metodologia.
Os próximos capítulos dão continuidade à Etapa I da metodologia do projeto, isto é, a
revisão bibliográfica utilizada como base para a Aplicação da Pesquisa e a Análise de
Resultados. A Figura 1.5 ilustra a relação entre os procedimentos realizados na Etapa I:
ETAPA I
PROCEDIMENTOS
- Definição do Problema
- Formulação da Hipótese
- Objetivos
- Justificativas
- Metodologia do Projeto
CONTEXTUALIZAÇÃO
- Referências de
Literatura sobre Carona
Demanda por
conhecimento
sobre o tema
E
REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
- Trabalhos acadêmicos
sobre comportamento em
Transportes
- Sistemas existentes de
Carona Solidária
- Estudos sobre Carona na
UnB
Figura 1.5 – Relação entre os procedimentos realizados na Etapa I
13
2. ESTUDOS SOBRE COMPORTAMENTO EM TRANSPORTES
2.1 APRESENTAÇÃO
Para atender a demanda por conhecimento sobre o tema, reúnem-se, neste capítulo,
contribuições literárias e reflexões sobre o uso compartilhado de automóveis e fatores
comportamentais em transportes.
No item 2.2 – Referências de Literatura sobre Carona – as fontes consultadas são
publicações em livros, e no item 2.3 – Trabalhos Acadêmicos sobre Comportamento em
Transportes – as fontes consultadas são publicações em dissertações.
2.2 REFERÊNCIAS DE LITERATURA SOBRE CARONA
Nos tópicos expostos seguintes, GRAVA (2003) relaciona condições para bom
funcionamento de caronas:
Para que as caronas funcionem bem, algumas condições devem ser razoavelmente
satisfeitas:
- Os destinos de trabalho devem estar agrupados preferencialmente em um único
edifício de uma mesma empresa. Grandes firmas ou agências do governo são locais
promissores. Da mesma forma, as moradias devem ser da mesma vizinhança, o que
acontece provavelmente se o local de trabalho for grande e se muitos colegas
residirem no mesmo bairro.
- Os horários de trabalho devem ser regulares, nos quais horas extras e deslocamentos
para locais diferentes ocorrem raramente.
- A viagem deve ser razoavelmente longa, porque, caso contrário, o tempo necessário
para o condutor recolher e distribuir se torna uma proporção excessiva de toda a
operação duas vezes por dia.
- Caronas devem ter direito a tratamento preferencial no sistema viário, como o uso
de faixas exclusivas para veículos com mais de um ocupante (HOV- high-occupancy
vehicle) e vagas em locais convenientemente designados.
- Se os passageiros de carona não puderem ser recolhidos pelo condutor ao longo de
sua rota, é necessário planejar um local de encontro, onde os carros particulares dos
passageiros possam ficar estacionados durante todo o dia, onde existam pontos de
parada de ônibus e onde há espaço disponível para locomoção a pé. Se esta for uma
ação improvisada a cada carona, podem acontecer problemas de se estacionar em
locais equivocados, disputa de espaço entre carros e pedestres. Grandes
estacionamentos de shoppings, por exemplo, fornecem tais oportunidades, uma vez
que tendem a não serem ocupados por consumidores durante dias úteis.
- É necessário um confiável sistema de viagens de volta para suprir emergências
pessoais a qualquer hora. Isso pode ser atendido por companhias de taxi, mas outras
14
possibilidades são possíveis. Há casos em que a empresa ou organização assegura
serviços sem custos excessivos para o usuário (guaranteed ride home).
- Já que caronas só podem ser bem sucedidas em situações regulares e repetitivas, as
únicas outras situações adequadas possíveis, além de deslocamento para o trabalho,
podem ser conexões com grandes instituições com frequentadores regulares (como
universidades e centros médicos). (GRAVA, 2003).
No trecho a seguir, VASCONCELLOS (2000) relata sobre as limitações da prática da
carona programada nos países em desenvolvimento:
A carona programada é outra medida extensamente mencionada na literatura e
perseguida intensamente por muitos engenheiros de transporte. Ela é utilizada
comumente em muitos países desenvolvidos (principalmente nos EUA), como uma
forma de aliviar o congestionamento das vias expressas. Nos países em
desenvolvimento, ela tem alcance limitado, por várias razões. Primeiramente, ela tem
a desvantagem de propor uma atitude limitante para as pessoas que dispõem de uso
exclusivo de um automóvel: este uso permite o encadeamento eficiente de várias
atividades, que se torna impossível caso a pessoa entre na carona programada.
Segundo, a organização de programas de carona programada requer uma certa escala
de origens e destinos e capacidade de comportamento, que pode ser encontrada
apenas em grandes empresas. Terceiro, ela depende de jornadas de trabalho com
duração fixa, que são inconsistentes com os deveres e necessidades da alta classe
média (p. ex, gerentes e pessoal especializado). Finalmente, ela tem um impacto
reduzido, uma vez que a maioria das pessoas nos países em desenvolvimento não tem
acesso ao automóvel. Portanto, os recursos alocados ao planejamento e operação
dessa alternativa devem ser compatíveis com as expectativas reais de seus resultados.
(VASCONCELLOS, 2000).
Existem diferenças entre as conjunturas sociais dos países em desenvolvimento ou
emergentes e dos países desenvolvidos, que influenciam no comportamento das pessoas. Mas
observa-se que, no caso do público-alvo do projeto e da cidade de Brasília, as conjunturas
sociais não são uma amostra típica do cenário de todo o país, isso pode descaracterizar parte
das limitações relatadas sobre a carona programada.
Primeiro, a impossibilidade de encadeamento de atividades através do uso do
automóvel devido ao ingresso da pessoa na carona programada é uma limitação que pode
ocorrer e devem-se propor orientações sobre esse entrave. Mas, em um público de estudantes,
existe a possibilidade de a maioria das pessoas priorizarem o hábito de percorrerem o trajeto
exclusivo de ida e volta entre casa e universidade com frequência muito maior que o
encadeamento de atividades com uso do automóvel.
Segundo, a escala de origens e destinos e a capacidade de comportamentos, que são
requeridas pela organização de programas de caronas, e que podem ser encontradas em
15
grandes empresas, têm origens em fatores que tem a possibilidade de serem semelhantes aos
encontrados em grandes universidades, como no caso da UnB.
Terceiro, a dependência de jornadas de trabalho com duração fixa são análogas à
conexão de horários de aula ou estudo entre estudantes. Essa dependência também é um
entrave que requer orientações, mas pode ser compensada com certa organização de
compatibilização de horários, e quanto maior o número de participantes maior a possibilidade
de se estabelecerem horários compatíveis.
Finalmente, não se aplica a justificativa de um impacto reduzido devido à maioria das
pessoas dos países em desenvolvimento não terem acesso ao automóvel, pois já foi
apresentada nesse trabalho a situação de crescimento da taxa de pessoas por automóvel na
última década em Brasília, e os impactos relevantes no campus Darcy Ribeiro da UnB.
Portanto, os recursos alocados ao planejamento e operação do programa UnB Carona
Solidária, como alternativa de mobilidade sustentável, tem provável compatibilidade com as
expectativas reais de seus resultados. Mais uma vez, essa possibilidade reforça a importância
da pesquisa com potenciais participantes do programa UnB Carona Solidária.
Ao articular sobre efeitos que a mídia social e as ferramentas de comunicação podem
causar por terem seu produto produzido e consumido pelas mesmas pessoas, SHIRKY (2010)
discorre sobre condições demandadas pela prática da carona solidária e exemplifica citando o
caso do site PickupPal.com:
Esse problema (o grande esforço diário requerido pelo transporte urbano) não parece,
à primeira vista, ter relação com a mídia, mas uma das principais soluções para o
transporte diário é a carona solidária, e a chave para a carona solidária não são carros,
e sim a coordenação. A carona solidária não requer novos carros, mas informações
quanto aos que já existem, apenas.
PickupPal.com também enfrenta o problema da escala – abaixo de um determinado
número de potenciais motoristas e caronas, o sistema dificilmente dará certo,
enquanto, acima desse número, quanto mais, melhor. Alguém que usa o sistema e
consegue fazer uma combinação a cada três tentativas terá uma relação com ele muito
diferente de alguém que consegue uma combinação nove vezes a cada dez. (...)
Também é integrado a ferramentas sociais já existentes, como o Facebook, a fim de
tornar o mais simples possível encontrar outras pessoas.
A Trentway-Wagar (empresa de ônibus localizada em Ontário) encaminhou uma
petição ao Comitê de Transportes em Estradas de Rodagem de Ontário (OHTB, na
sigla em inglês) para que fechasse o PickupPal, baseando-se na premissa de que, ao
ajudar a coordenar motoristas e passageiros, o site funcionava muito bem para ser um
sistema de carona solidária.
Curiosamente, uma organização que se compromete a ajudar a sociedade na solução
de um problema também se compromete com a preservação desse mesmo problema,
16
uma vez que sua existência institucional depende da necessidade permanente dessa
solução por parte da sociedade.
O OHTB aceitou a queixa da Trentway-Wagar e ordenou que o PickupPal parasse de
operar em Ontário. O site decidiu apelar – e perdeu. Mas a atenção pública se voltou
para o caso e, numa época de altos preços dos combustíveis, de uma crescente
preocupação ambiental e da queda do poder aquisitivo, quase ninguém tomou o
partido da Trentway-Wagar. A reação pública, canalizada de todas as maneiras, desde
uma petição on-line até vendas de camisetas, tinha uma só mensagem: salvem o
PickupPal. A ideia de que as pessoas não poderiam usar aquele serviço era poderosa
demais para que os políticos de Ontário a ignorassem. Semanas depois da vitória da
Trentway-Wagar, a legislação de Ontário emendou o Ato de Veículos Públicos para
tornar o PickupPal novamente legal.
O uso da mídia publicamente disponível como um recurso de coordenação para
milhares de cidadãos comuns marca o afastamento do panorama da mídia ao qual
estávamos acostumados. A mídia pública com a qual estamos mais familiarizados, é
claro, é o modelo do século XX, com produtores profissionais e consumidores
amadores. Sua economia e sua lógica institucional começaram não no século XX, mas
no XV. (SHIRKY, 2010).
Verifica-se que a hipótese de um programa de carona solidária ser concorrente do
sistema público de transporte é equivocada. No caso de Brasília, além da grande maioria dos
usuários de transporte público não ser de potenciais participantes do programa de carona
devido à compensação econômica não se aplicar para eles, o problema do excesso de carros no
trânsito é muito grande para ser resolvido apenas pelo sistema público. Assim as alternativas
de mobilidade sustentável, como a carona solidária, devem existir simultaneamente ao sistema
público.
O caso do PickupPal citado por SHIRKY (2010) demonstra a importância da
participação das pessoas. Tanto a quantidade de usuários quanto a frequência do uso do
sistema por cada participante aumenta a credibilidade do programa e acaba por ganhar
representação entre as autoridades responsáveis pelo serviço de transporte que, no fim, serve à
sociedade.
2.3 TRABALHOS ACADÊMICOS SOBRE COMPORTAMENTO EM TRANSPORTE
Ao discorrer sobre influências que o fator “tempo de viagem” tem sobre o
comportamento de viagens urbanas, TAKANO (2010) – em sua dissertação de mestrado em
Transportes com o tema “Análise da Influência da Forma Urbana no Comportamento de
Viagens Encadeadas com Base em Padrões de Atividades” pelo Departamento de Engenharia
Civil e Ambiental da Universidade de Brasília – diz que Janelle (2004) “mostrou que alguns
17
indivíduos estão dispostos a sacrificar seu tempo de viagem, em prol de uma mudança de
rotina, simplesmente para ‘mudar o cenário’.”.
Um público alvo com grande maioria de estudantes jovens universitários pode
apresentar indivíduos com interesses em comum e com grande disposição para se relacionarem
socialmente por interações interpessoais. Sua disposição para trocar economia de tempo de
viagem pela mudança de rotina tem possibilidade de ser maior. Essa possibilidade reforça a
importância da pesquisa com potenciais participantes do programa UnB Carona Solidária.
A autora também cita o estudo de Paiva Jr (2006) sobre a identificação comparativa da
relevância de aspectos atitudinais (escolhas baseada em preferências pessoais e hábitos) e
socioeconômicos no comportamento de usuários de transporte público em dez cidades
brasileiras. Ela diz que o estudo apresenta como resultado “uma tendência de predomínio da
condição socioeconômica dos usuários de transporte público sobre a atitude como variável
explicativa do comportamento de viagem.” (TAKANO, 2010).
Para um público alvo com maior renda, como é o caso de estudantes jovens
proprietários de automóveis, os fatores atitudinais tem possibilidade de terem maior
importância no comportamento de viagem do que fatores socioeconômicos. Essa possibilidade
reforça a importância da pesquisa com potenciais participantes do programa de caronas.
Em uma entrevista publicada em abril de 2013 no site da Perkons (www.perkons.com),
empresa de desenvolvimento e aplicação de tecnologias para segurança no trânsito, a
pesquisadora Sandra Costa de Oliveira expôs conclusões de sua dissertação de Pós-Graduação
em Saúde Pública apresentada em 2013, com o tema: “Educação Ambiental para Promoção da
Saúde com Trânsito Solidário” pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São
Paulo. Para desenvolver sua dissertação, Sandra aplicou 256 questionários a funcionários de
uma instituição hospitalar. Na entrevista, Sandra discorreu sobre a falta de compartilhamento
de caronas pelas pessoas:
Todos os participantes da pesquisa demonstraram ter preocupação com a qualidade
do meio ambiente, pensando nas futuras gerações. No entanto, nas questões práticas,
como compartilhar o automóvel para participar da carona solidária, verificou-se certo
desinteresse. E isso exige uma mudança de hábito que eu acredito que eles não estão
dispostos a fazer por questões culturais e de valores. Alguns disseram nos
questionários que aceitariam a carona de conhecidos, colegas de trabalho ou da
escola. Isso já mostra que algumas pessoas procuram mudar suas atitudes em favor do
meio ambiente e de sua saúde, mas querem fazer isso com segurança.
A divulgação em massa e o interesse das empresas em implantar programas de carona
irão contribuir muito para essa melhoria.
18
A carona solidária deveria fazer parte de uma política pública atrelada ao transporte
coletivo. Ou seja, fazer conexões, por exemplo: para aqueles que moram longe das
estações de metrô deveria haver estacionamentos. Chegando lá, deixariam seus
veículos e seguiriam viagem no transporte público. Deveriam existir faixas exclusivas
para os caronistas a fim de melhorar o trânsito, o que também gera economia no bolso
daqueles que adotam a carona dividindo os gastos com os demais passageiros. As
empresas poderiam dar benefícios para aqueles funcionários que aderissem à carona.
(Perkons, 2013).
A diferença de públicos alvo, entre funcionários de uma instituição hospitalar e
universitários, pode alterar a influência que questões culturais e de valores fazem sobre a
mudança de comportamento mencionada na entrevista. Com uma pesquisa na UnB, verificarse-ão as possibilidades de recursos e benefícios demandados e sugeridos pelo público para
incentivar a prática da carona.
2.4 TÓPICOS CONCLUSIVOS
Alguns trechos do texto deste capítulo representam suposições de fatores
comportamentais que podem ser encontrados no público alvo da pesquisa do programa UnB
Carona Solidária, como a possibilidade de, em um público de estudantes, a maioria das pessoas
priorizar o hábito de percorrerem o trajeto exclusivo de ida e volta entre casa e universidade
com frequência muito maior que o encadeamento de atividades com uso do automóvel. Esse
público também pode apresentar disposição para se relacionar socialmente durante os trajetos
trocando economia de tempo de viagem pela mudança de rotina. E ainda, os fatores atitudinais
(escolhas baseadas em preferências sociais e hábitos) podem prevalecer no comportamento de
viagem sobre os fatores soocioeconômicos. Essas hipóteses serão conferidas na Análise de
Resultados.
O próximo capítulo finaliza a primeira etapa da metodologia do projeto, findando a
revisão bibliográfica com assuntos mais focados no programa UnB Carona Solidária.
19
3. CARONA SOLIDÁRIA
3.1 APRESENTAÇÃO
Reúnem-se, neste capítulo, ideias executadas por outros programas de caronas que
podem ser utilizadas na UnB e resultados de pesquisas anteriores realizadas sobre carona no
campus.
No item 3.2 – Sistemas Existentes de Carona Solidária – são consultados projetos de
carona solidária que existem no Brasil e em outros países, e em 3.3 – Estudos sobre Carona na
UnB – são relacionados trabalhos de estudantes de graduação e esclarecimentos sobre a
situação atual do desenvolvimento do website para combinação de caronas pelo programa UnB
Carona Solidária.
3.2 SISTEMAS EXISTENTES DE CARONA SOLIDÁRIA
Existem experiências bem sucedidas de projetos de carona – carpool – em
universidades de outros países e em sites brasileiros. A seguir estão descritas características
interessantes da origem e da atual situação de alguns projetos de carona com grande número
de usuários.
Caronetas – Caronas Inteligentes – (2013) é um site de caronas que integra
colaboradores de empresas e centros comerciais gratuitamente, com sede em São Paulo e
atuação em todo o país. O projeto foi idealizado pelo atual diretor executivo Marcio Nigro, em
2008. Após desenvolvimento do site e aproximação de empresas, o site caronetas.com.br foi
lançado em 2011. O empreendimento foi premiado entre as 15 melhores iniciativas mundiais de
mobilidade sustentável no Smart Mobility EnterPrize 2012.
O site denomina como “caronistas” os motoristas e como “caroneteiros” os passageiros
da carona. O contato entre usuários parte sempre da iniciativa dos motoristas, que recebem
nome e e-mail de possíveis passageiros e a indicação de quais também tem carro. Caronetas
tem como diferencial a organização dos participantes em fases. A fase I é para empresas
recém-cadastradas, que utilizam apenas e-mail e caronas internas apenas para potencializar a
adesão e o hábito às caronas. A fase II, para empresas com maior adesão de colaboradores,
apresenta recursos como alternativas de trajetos, relatórios de sustentabilidade.
20
Grandes empresas que participam do Caronetas: Cenesp – Centro Empresarial de São
Paulo, BB & Mapfre Seguros, Aon.
Figura 3.1 – Logomarca Caronetas
UniCaronas (2013) é uma iniciativa para facilitar a comunicação entre estudantes que
estão procurando caronas com aqueles que estão oferecendo. O site foi fundado pelos exestudantes de Engenharia de Computação da Unicamp Guilherme Souza e Matheus Marosti,
em 2007, inicialmente com o nome de Caronas Unicamp. Após ultrapassar a marca de 5 mil
usuários, em 2009, o site foi reformulado e mudou de nome, unicaronas.com.br, e passou a
cadastrar outras universidades. Atualmente, o site possui mais de 22 mil usuários cadastrados
(junho de 2013).
UniCaronas (2013) apresenta no seu site informações curiosas como estatísticas da
distância total percorrida pelas caronas anunciadas, a quantidade de gás carbônico que deixou
de ser emitida e a equivalência do número de árvores para absorção do gás em um ano.
Figura 3.2 – Logomarca UniCaronas
Carona Brasil (2013) tem como missão aumentar a taxa de ocupação dos veículos,
proporcionado economia aos usuários por meio de soluções sustentáveis de transporte e, com
isso, reduzir os congestionamentos e as emissões de poluentes no meio ambiente. Os caronistas
do Carona Brasil podem adicionar seu destino online e pesquisar por caronas oferecidas e
compartilhar viagens com outros membros. O projeto foi fundado em 2008 por dois
empresários das áreas de construção civil e da indústria.
O site apresenta informações sobre a economia e a compensação de gás carbônico
proporcionadas pelo projeto e dicas de etiqueta relacionadas às caronas. Além disso, foram
formuladas soluções feitas sob medida para diferentes tipos de organização cadastradas:
Carona Brasil Corporate para organizações privadas e governamentais; Carona Brasil
Campus para campi universitários; Carona Brasil School Run para pais de estudantes na idade
escolar; Carona Brasil TáxiIdeal para passageiros que queiram compartilhar viagens de táxi
21
em rotas típicas como aeroportos e eventos; Carona Brasil Vip para interessados em
compartilhamento de viagens de helicópteros.
Figura 3.3 – Logomarca Carona Brasil
Carona Solidária (2013) é um portal online que visa auxiliar na redução do trânsito de
veículos e melhorar a qualidade do ar das grandes cidades. Os usuários podem visualizar as
rotas das caronas oferecidas através da integração do portal com a ferramenta Google Maps. O
projeto nasceu como trabalho de conclusão do curso de especialização Lato Sensu em
Sistemas para Internet, no Centro Universitário Eurípedes de Marília – UNIVEM. Atualmente
todos os envolvidos no projeto são alunos ou ex-alunos dos cursos de graduação ou pósgraduação do UNIVEM.
Figura 3.4 – Logomarca Carona Solidária
PickupPal é um site que fornece uma forma de conectar, pela internet, os motoristas e
passageiros em todo o mundo, formando um novo mercado de transporte.
PickupPal integra-se com ferramentas de redes sociais populares, tornando mais fácil
para as pessoas compartilharem passeios com outras que têm interesses semelhantes ou com
quem eles já estão ligados através de colegas ou amigos.
PickupPal é um serviço gratuito para qualquer indivíduo, grupo, organização, equipe
de esportes, empresa ou evento. De acordo com o site pickuppal.com, o serviço é usado por
organizações como EUA Triathlon, limpo Fundação Air, Home Depot, Nike, Virgin,
ReverbRock, Live Nation e AEG Live.
Figura 3.5 – Logomarca PickupPal
22
O uOttawaCarpool é um programa de carona solidária da Universidade de Ottawa, no
Canadá. Os carros participantes do programa são registrados e possuem um selo identificador,
vagas reservadas com localização privilegiada nos estacionamentos indicadas com placas de
vagas exclusivas. Além disso, para participar do programa a pessoa deve apresentar a
identidade estudantil da universidade, minimizando problemas de segurança.
O programa possui o recurso Emergency Ride Home Program, que garante, para o
participante do projeto de caronas, veículos para fazerem o transporte imediato no caso de
uma eventual necessidade de voltar para casa antes do previsto por algum motivo
excepcionalmente emergencial. O site disponibiliza uma calculadora de custos financeiros
economizados e da quantidade gases que agravam o efeito estufa que deixaram de ser
emitidos, baseados em dados inseridos pelo usuário sobre as viagens que pretende
compartilhar com seus parceiros de carona.
O programa é amplamente divulgado e incentivado dentro da universidade. São
espalhados cartazes com frases sobre benefícios da prática da carona, como: “Você sabia que
dar ou pegar caronas é um bom meio de se fazer novas amizades”; “Estudos científicos
provam que pessoas aptas a entrar num projeto de caronas são menos estressadas, mais
autoconfiantes, e tem níveis menores de problemas de pressão arterial”; “Você sabia que a
estatística diz que pessoas que dão carona ficam menos doentes”. O povo canadense, em geral,
valoriza hábitos saudáveis e não tem tantos problemas de segurança, então esses tipos de
divulgação atingem o público alvo, composto intensamente por estudantes, e contribuem para
o sucesso do programa.
Figura 3.6 – Logomarca da Universidade de Ottawa e Placa de vagas para carpool
O programa de caronas da Universidade do Texas, nos EUA, apoia firmemente os
esforços para reduzir o congestionamento do tráfego e reduzir a poluição de veículos na área
23
de Austin. São fornecidos inúmeros incentivos para os membros do programa compartilharem
o trajeto com um colega de trabalho ou de estudo.
Assim como na Universidade de Ottawa, na Universidade do Texas, também se
encontram vagas reservadas com localização privilegiada, recurso de volta emergencial
(Guaranteed Ride Home – GRH), e vários recursos de divulgação, incentivo e informação das
vantagens de se praticar a carona solidária.
Figura 3.7 – Logomarca Universidade do Texas e Serviço de transporte da Universidade
3.3 ESTUDOS SOBRE CARONA NA UnB
No segundo semestre de 2012, os alunos Camila C. da Silva, Juliana F. Gomes, Clara
Perpétuo, Guilherme B. Magalhães, Rayssa G. Sabino e Ribamar B. Lemos produziram o
trabalho “Medidas de Educação e Conscientização para Gerenciamento da Mobilidade” dentro
da disciplina Planejamento de Transportes da grade curricular do curso de graduação em
engenharia civil da UnB. Esse trabalho objetivou “compreender o estado atual da consciência
dos estudantes do campus Darcy Ribeiro quanto à mobilidade sustentável e criar uma
campanha educativa a fim de incentivá-la”. Para alcançar os objetivos, o grupo de alunos
promoveu uma pesquisa com difusão de um questionário pela internet obtendo informações de
características sociais, relação dos alunos com os meios de transporte utilizados e interesse
pela campanha educativa proposta pelo grupo. A campanha educativa proposta pelo trabalho
foi “Um dia sem carro no campus”.
Neste trabalho, foram entrevistados 143 estudantes do campus Darcy Ribeiro, 62% dos
pesquisados responderam possuir renda familiar maior que dez salários mínimos, equivalente a
R$ 6220,00 na época da entrevista (2012) e R$ 6780,00 atualmente (junho de 2013)
(Ministério do Trabalho e Emprego, 2013). 66% declararam possuir carro próprio, e, então,
34% disseram não possuí-lo.
No Gráfico 3.1, a seguir, observam-se as respostas dos entrevistados, deste trabalho,
em relação à posse de automóvel e o modo de transporte que utilizam para ir à UnB:
24
Gráfico 3.1 – Posse de carro e transporte utilizado para ir à UnB (143 pesquisados)/2012
O projeto UnB Carona Solidária pretende aumentar principalmente esse público que
possui carro próprio mas chega à UnB de carona, o qual, na pesquisa acima, é composto por
3% dos entrevistados, e diminuir a quantidade representada pelos 43% dos entrevistados que
declararam possuir carro próprio e utilizam-no para ir à UnB.
Uma lista de alternativas foi disponibilizada para os entrevistados indicarem as três que
eles julgassem mais influentes na escolha do meio de transporte para ir à universidade. As
alternativas mais votadas foram tempo de viagem, conforto e economia.
Verifica-se a importância de se destacar, divulgar, informar para o público o quanto a
prática da carona solidária faria evoluir as vantagens em tempo de viagem e economia
financeira, e ainda como pode melhorar o conforto de transitar em horários de pico.
Mais um aspecto interessante para se destacar sobre o trabalho dos alunos: outra lista
de alternativas foi disponibilizada para os entrevistados indicarem as três que eles julgassem
mais importantes para o sucesso da campanha “Um dia sem carro no campus” proposta pelo
grupo. As alternativas mais votadas foram melhoria do transporte público, divulgação da
campanha e medidas de incentivo e apoio externo à campanha.
No mesmo período de realização do trabalho citado acima (segundo semestre de 2012),
outro trabalho foi realizado nessa turma de graduação. Os alunos Evandro F. S. L. de Souza,
Vinícius Okubo, Suellen Souza e Mário Souza produziram o trabalho com o título: “Projeto
Carona Solidária”. Esse trabalho objetivou “a criação de um sistema via web que viabilize o
compartilhamento de caronas entre os diversos usuários do Campus da UnB (...) disseminando
seu uso pela comunidade e da UnB e funcionando como uma rede social”. Assim como no
projeto do outro grupo de alunos mencionado anteriormente, esse grupo também promoveu
uma pesquisa com divulgação de questionário obtendo informações de identificação, relação
dos alunos com os meios de transporte utilizados e interesse pelo projeto desenvolvido pelo
grupo.
25
O projeto obteve 70 questionários respondidos no campus Darcy Ribeiro, 51% dos
pesquisados responderam possuir renda familiar maior que dez salários mínimos, como
mencionado anteriormente, equivalente a R$ 6220,00 na época da entrevista (2012) e R$
6780,00 atualmente (junho de 2013) (Ministério do Trabalho e Emprego, 2013). 62%
declararam possuir carro próprio, e, então, 38% disseram não possuí-lo.
No Gráfico 3.2, a seguir, observam-se as respostas dos entrevistados, deste outro
trabalho, em relação à posse de automóvel e o modo de transporte que utilizam para ir à UnB:
Gráfico 3.2 – Posse de carro e transporte utilizado para ir à UnB (70 pesquisados)/2012
O projeto UnB Carona Solidária pretende atuar principalmente sobre esse público que
possui carro próprio e chega à UnB de carro, o qual, na pesquisa acima, está contido nos 54%
dos entrevistados, a maioria da amostra, diminuindo a quantidade total de automóveis com o
aumento da taxa de ocupação dos veículos por passageiros.
Uma lista de alternativas foi disponibilizada para os entrevistados indicarem aquela que
eles julgassem mais motivadora para se oferecer carona. As alternativas mais votadas foram,
em ordem decrescente de quantidade de votos, economia, solidariedade, contribuição com o
meio ambiente, socialização com outros estudantes.
Novamente, verifica-se a importância de se destacar, divulgar, informar para o público
o quanto a prática da carona solidária faria evoluir as vantagens em economia financeira e em
contribuição para o meio ambiente.
Outros dados interessantes que se destacaram na pesquisa foram: 71% dos pesquisados
não ofereceriam ou receberiam carona de desconhecidos, mas 65% estariam dispostos a
participar de um programa de carona caso fosse apresentado; 80% estariam dispostos a
participarem do projeto caso ganhassem algum benefício (como descontos em eventos
culturais, postos de gasolina, vagas exclusivas).
26
Constata-se nos dados apresentados no parágrafo anterior, que os entrevistados
consideram importante para o sucesso do “Projeto Carona Solidária”, fatores como segurança,
medidas de incentivo e apoio externo ao projeto, e divulgação.
Em janeiro de 2013, um grupo da UnB formado por: Ana Carolina Loyola, Natália
Pinheiro, Leandro Modesto – alunos de graduação em engenharia civil; Julia Benfica Senra –
aluna de engenharia florestal; Ilton Garcia Silveira Júnior – aluno de engenharia (FGA –
Faculdade UnB Gama); Luciany Oliveira Seabra – aluna de pós-graduação em transportes;
Pastor Willy Gonzales Taco, Fabiana Serra de Arruda – professores integrantes do programa
de pós-graduação em transportes; Lindomar Bomfim de Carvalho - professor da FGA –
Faculdade UnB Gama; apresentou um documento de proposta do projeto “UnB Carona
Solidária”.
Figura 3.8 – Logomarca UnB Carona Solidária
Essa proposta é mais uma ação rumo à mobilidade sustentável na UnB e teve o mesmo
objetivo do trabalho de graduação citado anteriormente: “a criação de um sistema via web que
viabilize o compartilhamento de caronas entre os diversos usuários do Campus da UnB (...)
disseminando seu uso pela comunidade e da UnB e funcionando como uma rede social”.
Assim como nos trabalhos mencionados anteriormente, esse grupo também promoveu
uma pesquisa por amostragem, em junho de 2011, com 322 alunos frequentadores do campus
Darcy Ribeiro. O seguinte gráfico representa o modo de transporte utilizado para irem à UnB.
Gráfico 3.3 – Transporte utilizado para ir à UnB (322 pesquisados)/2011
27
Outra vez, o projeto UnB Carona Solidária pretende atuar principalmente sobre esse
público que utilizam carro para irem à UnB, o qual, nessa pesquisa, representa 45% da
amostra, e pretende aumentar o público que chega à UnB de carona, representado por 4%.
Além disso, 70% das pessoas declararam que não ofereceriam ou receberiam carona de
desconhecidos, e então 30% o fariam. Porém, 89% estariam dispostos a participar de um
programa de carona caso fosse apresentado, e apenas 11% não se interessariam.
Verificam-se nos dados apresentados, que os entrevistados consideram importante para
o projeto “UnB Carona Solidária”, novamente, o fator segurança e a necessidade de criação e
aplicação do programa de carona da universidade.
Existe um grupo da rede social na internet Facebook – “Carona UnB/L2 norte ou
Rodô” – formado por mais de 700 membros (Junho de 2013) interessados em fornecer ou
receber caronas da UnB para a avenida L2 norte ou Rodoviária do Plano Piloto e vice-versa.
As pessoas interagem introduzindo comentários na página do grupo no Facebook, porém
como essa página da internet não foi criada especificamente para esse fim, não existem
ferramentas de segurança e organização das informações.
Existem também grupos nessa rede para pessoas que transitam entre as cidades de
Brasília e Goiânia, que funcionam de forma semelhante.
Figura 3.9 – Logomarca Facebook
O programa UnB Carona Solidária possui atualmente um perfil na rede social
Facebook, através do qual, pessoas interessadas no programa interagem e também combinam
caronas entre si. Mas, novamente, essa página é conveniente para troca e divulgação de
informações, porém o programa demanda uma página na web própria para a combinação de
caronas.
As iniciativas dos grupos e perfis nas redes sociais da internet com um número
expressivo de participantes demonstram a importância da pesquisa em grande escala com
potenciais participantes do programa UnB Carona Solidária, que contribuirá com a criação da
página na internet adequada para a combinação de caronas.
De acordo com a proposta do projeto, a construção da página na web está sendo
realizada por alunos integrantes da Empresa Junior de Ciências da Computação – CJR, e da
Empresa Junior de Engenharia de Redes de Comunicação – EngNet Consultoria S/C, ambas de
28
cursos da UnB. Com apoio do Decanato de Assuntos Comunitários – DAC e do Centro de
Informática – CPD, o site está em desenvolvimento.
Na Figura 3.10, o esquema da estrutura do website em desenvolvimento é apresentado
e percebe-se a quantidade de variáveis associadas à promoção da segurança do projeto:
Figura 3.10 – Estrutura do website do programa UnB Carona Solidária
Além da criação do website, a proposta do projeto também atenta para a importância
de ações para diferenciação entre a carona solidária e prática ilegal de transporte público. O
funcionamento do programa não propõe a exploração econômica de transporte de pessoas,
mas o compartilhamento opcional dos gastos com combustível.
Para estabelecer essa diferenciação, propõe-se a utilização de adesivos identificadores
de automóveis participantes do programa e carteiras de usuários. Constata-se a necessidade de
gestão informativa diante dos órgãos relacionados com o transporte público e segurança no
Distrito Federal, como DETRAN/DF, Polícia Civil.
Outra ação necessária é o estabelecimento de pontos de carona na UnB, com
identificação por meio de placas, e que estejam em harmonia com a localização dos pontos de
parada de ônibus. Esses dois tipos de ponto de embarque e desembarque de pessoas devem
estar a uma distância razoável para não afetarem a circulação dos ônibus.
29
A proposta do projeto ainda reforça que, além da criação e manutenção de perfis em
páginas de redes sociais na internet, outra ação importante para promover a divulgação do
programa é a parceria com organizações de outros cursos da UnB que estejam relacionados
com artes e publicidade, como Desenho Industrial, Comunicação Social.
Além dos três trabalhos mencionados nesse item (3.3), a presente monografia de
projeto final também se apresenta como um estudo sobre carona na UnB. Esse projeto foi
selecionado para integrar o Programa de Iniciação Científica da Universidade de Brasília
(ProIC/UnB) com vigência no período de agosto de 2013 a julho de 2014.
A participação do projeto no ProIC proporciona a contemplação de bolsa pelo
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq. O projeto
concluído tem previsão de apresentação em Congresso de Iniciação Científica, no período de
semana universitária em novembro de 2014, avaliado por Comitê Avaliador Externo e
apreciado com emissão de certificado.
3.4 TÓPICOS CONCLUSIVOS
Este capítulo apresentou algumas demandas de praticantes de carona, como a influência
exercida pelo tempo de viagem, conforto e economia de custos nas escolhas relacionadas ao
sistema de transporte; a importância dada à divulgação e o incentivo para campanhas sobre o
trânsito; e a relevância da segurança para se praticar carona. Essas demandas e as ideias
praticadas por outros programas de carona solidária, citados neste capítulo, serão consideradas
na elaboração do formulário de pesquisa e avaliadas na Análise de Resultados das opiniões dos
frequentadores da UnB.
O próximo capítulo apresenta a Etapa II da metodologia do projeto, isto é, a pesquisa
de comportamento nos campi da UnB.
30
4. MÉTODO DE PESQUISA DE COMPORTAMENTO NOS CAMPI DA UnB
4.1 APRESENTAÇÃO
É importante descrever o método de pesquisa utilizado para que se tornem conhecidas
as considerações e requisitos da aplicação do método, e para que seja possível a compreensão
e comparação com pesquisas feitas ou que ainda poderão ser feitas em outros períodos ou
locais. A Figura 4.1, abaixo, ilustra a relação entre os procedimentos realizados na Etapa II:
ETAPA II
PROCEDIMENTOS
Suposições, ideias e
demandas obtidas na Etapa I
PESQUISA
- Elaboração e Teste do
Formulário
Variáveis a serem avaliadas pelos
frequentadores dos campi
(professores, alunos ou funcionários)
DE
COMPORTAMETO
- Aplicação da Pesquisa
Opiniões da amostra do público-alvo,
que caracterizam comportamentos
descritos na Análise de Resultados
Figura 4.1 – Relação entre os procedimentos realizados na Etapa II
Neste capítulo, explicam-se os procedimentos de elaboração e teste do formulário e
aplicação da pesquisa no público-alvo do programa UnB Carona Solidária.
4.2 ELABORAÇÃO E TESTE DO FORMULÁRIO
Reuniram-se os temas a serem consultados pelos usuários da UnB e identificaram-se as
variáveis que os relacionam com a escolha pela prática de carona solidária, utilizando como
base: as possibilidades e suposições deduzidas no Capítulo 2 – Estudos sobre Comportamento
31
em Transportes; as características e recursos dos sistemas existentes de carona e os resultados
dos estudos anteriores sobre carona na UnB, apresentados no Capítulo 3 – Carona Solidária.
Testes foram feitos com um público reduzido de aproximadamente 20 pessoas,
composto por um grupo de pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Transportes da
UnB – PPGT/UnB e por outros estudantes de graduação. Com as dúvidas e sugestões geradas
por esse público, as questões puderam ser aprimoradas. O formulário da pesquisa passou por
duas versões até chegar a terceira e definitiva versão para ser aplicada ao público alvo da
pesquisa. Elaborou-se uma questão para cada variável identificada, totalizando 26 questões,
predominantemente objetivas, do tipo múltipla escolha. Elas foram distribuídas no formulário
em quatro partes, na ordem em que as variáveis estão descritas abaixo.
Um modelo do formulário de pesquisa está disponível no Apêndice A1.
i) VARIÁVEIS SOCIOECONÔMICAS
Consultaram-se sete variáveis do público alvo: gênero, idade, vínculo com a UnB,
curso de graduação relacionado ao seu vínculo com a UnB, renda familiar, posse de automóvel
próprio e localização de moradia.
ii) VARIÁVEIS RELACIONADAS ÀS VIAGENS
Consultaram-se seis variáveis do público alvo: meio de transporte utilizado para ir à
UnB, tempo de viagem, período do dia que frequenta a UnB, disposição para alteração na
rotina de viagem, realização de atividades no percurso entre casa e UnB e fatores influentes na
escolha do meio de transporte utilizado.
iii) VARIÁVEIS RELACIONADAS ÀS CARONAS
Consultaram-se, inicialmente, três variáveis do público alvo: frequência com que já se
praticou carona, posição quanto à possibilidade de participação do programa UnB Carona
Solidária e fatores importantes para o sucesso do programa.
Então, os indivíduos que se posicionaram negativamente quanto à participação do
programa foram encaminhados para a consulta das variáveis de serviço. Os indivíduos que se
posicionaram positivamente ou de forma indecisa quanto à participação do programa, antes de
32
serem encaminhados para as questões sobre as variáveis de serviço, preencheram mais seis
variáveis relacionadas às caronas, cujos assuntos tratados demandariam opiniões de pessoas
interessadas no desenvolvimento do programa de caronas. As seis variáveis são: a identificação
dos carros participantes com adesivos do programa, sensação de segurança ao praticar carona
com um desconhecido, sensação de segurança ao praticar carona com um cadastrado no site
do programa UnB Carona Solidária, fatores influentes para que se pratique carona, posição
quanto às opções de divisão de custos, localização de Pontos de Carona em um exemplo de
rota típica de praticantes de carona.
iv) VARIÁVEIS DE SERVIÇO
Consultaram-se quatro variáveis do público alvo: meios de comunicação para
divulgação e informação do programa de caronas, benefícios exclusivos aos usuários do
programa, disposição para contribuir com a divulgação do programa, contribuição optativa de
comentários ou solicitação de informações.
4.3 APLICAÇÃO DA PESQUISA
O meio utilizado para a difusão do formulário foi a internet, empregando a ferramenta
“Formulário do Google drive”, cujo link relacionado ao formulário da pesquisa foi
disponibilizado no grupo “UnB – Carona Solidária” na rede social facebook, foi enviado por
email a professores e alunos, e a outros grupos de relacionamento criados na internet por
estudantes da UnB, inclusive grupos organizados por Centros Acadêmicos dos cursos de
graduação de todos os quatro campi da UnB e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Outras formas de divulgação da pesquisa foram consultadas no Guia Prático de
Relacionamento com a Mídia (abril de 2012) emitido pela Secretaria de Comunicação da UnB
(SECOM – UnB). Dentre os produtos relacionados no Guia e solicitados para a divulgação,
foram obtidas publicações sobre a pesquisa do programa UnB Carona Solidária no boletim
informativo diário “UnB HOJE”, digital (acessível no portal UnB.br) e impresso (exposto em
murais), dos dias 09 e 16 de outubro e 07 de novembro de 2013.
Foi obtida uma publicação em forma de notícia sobre a pesquisa do programa UnB
Carona Solidária no site da Faculdade UnB Planaltina – FUP, em 04 de novembro de 2013,
com o link de encaminhamento ao formulário da pesquisa.
33
Até o período de conclusão dessa monografia, não se tinha determinado o período de
encerramento da pesquisa, pois esta poderá ser utilizada para aquisição de opiniões de um
público mais numeroso. Assim, outra iniciativa para divulgar a pesquisa e o programa de
caronas, para análises posteriores à monografia, será a distribuição de folhetos pelos campi.
Modelos dos produtos de divulgação da pesquisa – boletim UnB HOJE, esboço do
folheto – estão disponíveis no Apêndice A2.
Para a análise feita nesta monografia, foi considerado um período de aplicação do
formulário de pesquisa de 45 dias, entre 26 de setembro de 2013 e 10 de novembro de 2013.
Foi obtida uma amostra de 972 respostas ao formulário de pesquisa, o que corresponde
a uma amostra de 2,13% dos 45.586 principais frequentadores vinculados à Universidade de
Brasília em 2013 – 32.120 graduandos, 8.558 pós-graduandos, 2.279 docentes e 2.629
servidores técnico-administrativos (Fonte: portal UnB/Estude na UnB, 2013).
Inicialmente, foi apresentada a intenção de caracterizar comportamentos peculiares de
indivíduos de cada campus e de cada área de concentração. Porém, foi considerado que a
quantidade de respostas ao formulário, obtida de cada um desses locais, não foi suficiente para
caracterizar um comportamento amostral próprio de cada local. Contudo, as respostas foram
consideradas satisfatórias para realizar os outros desígnios das análises geral e específica.
As questões do formulário referem-se ao comportamento dos indivíduos ao
transportarem-se entre suas moradias e a universidade, independente do campus. Assim, são
abrangidas as possibilidades de respostas de estudantes que frequentem simplesmente um
campus, ou estudantes que costumam estudar em um campus, mas passam a frequentar, por
algum período, outro campus por outros motivos acadêmicos.
4.4 TÓPICOS CONCLUSIVOS
Os esforços dedicados à divulgação da pesquisa no campus alcançaram a proporção de
2,13% de participantes em relação ao total de frequentadores vinculados à universidade. Essa
amostra é válida para se analisar as opiniões dos frequentadores da UnB, mas pretende-se
obter mais respostas, por isso a pesquisa continuará ativa após a conclusão desta monografia
para posteriores análises que são de interesse do programa UnB Carona Solidária.
Finalmente, com os dados de opiniões da amostra da pesquisa, é possível iniciar a
Etapa III, caracterizando comportamentos dos usuários dos campi em relação ao
compartilhamento de automóveis.
34
5. ANÁLISE DE RESULTADOS
5.1 APRESENTAÇÃO
Na análise geral, são analisadas as opiniões da amostra do público alvo da carona
solidária na UnB, de forma genérica, sobre cada variável identificada, descrevendo fatores
comportamentais que influenciam no uso compartilhado do automóvel.
Na análise específica, são estabelecidas associações de fatores comportamentais,
demonstrando, através da proporção dos dados pesquisados, a intensidade da influência dos
fatores nos critérios de escolha dos usuários dependendo da região na qual residem, das
características sociais, dos hábitos na utilização do sistema de transporte.
A Figura 5.1, abaixo, ilustra a relação entre os procedimentos realizados na Etapa III:
ETAPA III
PROCEDIMENTOS
Opiniões da amostra do público
alvo, obtidas na Etapa II
- Análise Geral
- Análise Específica
ANÁLISE
Fatores comportamentais dos
usuários dos campi da UnB que
influenciam no uso compartilhado do
automóvel
DE
RESULTADOS
- Conclusões e
Recomendações
Propostas de ações para dar
continuidade ao programa UnB
Carona Solidária
Figura 5.1 – Relação entre os procedimentos realizados na Etapa III
5.2 ANÁLISE GERAL
Pôde-se analisar brevemente cada variável associada à sua respectiva questão do
formulário de pesquisa e elaboraram-se os seguintes gráficos correspondentes aos dados das
respostas de cada questão:
35
Obteve-se uma proporção muito equilibrada da variável “gênero dos indivíduos”
(Gráfico 5.1), neutralizando opiniões tendenciosas, que poderiam ser causadas por predomínio
acentuado de um dos gêneros, na análise geral dos dados.
Gráfico 5.1 – Variável “gênero”
Os intervalos para indicação da variável “idade”, nas alternativas de respostas, foram
estabelecidos com a expectativa de predomínio do público de faixa etária jovem, e os dados
obtidos (Gráfico 5.2) confirmam a adequação dos intervalos estabelecidos.
Gráfico 5.2 – Variável “idade”
O predomínio de uma das alternativas na variável “vínculo com a UnB” (Gráfico 5.3)
caracteriza a amostra como majoritariamente composta de alunos de graduação.
Gráfico 5.3 – Variável “vínculo com a UnB”
Dentre todos os cursos presenciais de graduação listados nas alternativas de resposta
da Questão 1.4, menos de 3% não foi representado na pesquisa, ou por alunos do curso ou por
indivíduos relacionados ao departamento correspondente ao curso. Essa abrangência de
representatividade caracteriza a amostra com um caráter pluridisciplinar, fidelizando-a à
36
população da universidade. As respostas não são representadas graficamente aqui, pois, devido
à grande repartição da amostra entre os cursos, o valor percentual máximo da quantidade de
pessoas de um mesmo curso, em relação ao total de cursos, foi de 6%, alcançado pela
Comunicação Social, Engenharia Civil e Administração.
A quantidade percentual de pessoas que indicaram valores da variável “renda familiar”
(Gráfico 5.4) abaixo de R$ 5000,00 (aproximadamente nove salários mínimos – R$ 6102,00) é
muito próxima da quantidade que declarou possuir renda familiar acima disso. Essa situação
evidencia um maior potencial do público alvo da pesquisa para adquirir automóveis, em
comparação com a maioria das outras regiões de Brasília ou do país, e, então, reforça a
demanda pelo objetivo de redução de automóveis na UnB por meio do programa de caronas.
Gráfico 5.4 – Variável “renda familiar”
A proporção percentual de proprietários de automóveis (Gráfico 5.5) indica uma taxa
de ocupação interna de 1,79 pessoas/automóvel, em relação a todos os indivíduos da amostra
da pesquisa. É um valor mais crítico que a taxa de Brasília em 2010, citada na Tabela 1.1, que
era 2,77 pessoas/automóvel.
Gráfico 5.5 – Variável “posse de carro próprio”
Dentre todas as localizações no Distrito Federal listadas nas alternativas de resposta da
Questão 1.7, apenas uma região não apresentou moradores que a representasse na pesquisa. E,
mesmo com essa abrangência de representatividade, a região da Asa Norte – Plano Piloto
apresentou uma quantidade de representantes 100% maior que a segunda região mais
37
representada (Gráfico 5.6). Vê-se a influência da proximidade do campus Darcy Ribeiro na
concentração das moradias dos frequentadores da universidade.
Gráfico 5.6 – Variável “localização da moradia”
A mobilidade sustentável está relacionada com a diversidade de meios de transporte e
suas respectivas infraestruturas e recursos de acessibilidade aos usuários. A enorme parcela
percentual de indivíduos, 87%, que se deslocam por apenas dois meios de transporte (dirigindo
seus automóveis ou por transporte público) descaracteriza um cenário sustentável de
transporte (Gráfico 5.7). Objetiva-se, com o programa UnB Carona Solidária, diminuir a
parcela de pessoas que chegam à UnB dirigindo, 42%, e aumentar o percentual de transporte
por caronas, que é de apenas 8%.
Gráfico 5.7 – Variável “meio de transporte utilizado para ir à UnB”
38
Quanto maior o tempo de deslocamento na viagem entre casa e UnB, a prática da
carona tende a se tornar mais viável, pois o tempo para o condutor recolher e distribuir o(s)
passageiro(s) se torna proporcionalmente menor em relação a todo o percurso. Observa-se no
Gráfico 5.8, que mais da metade, 59% dos pesquisados, demoram mais de 30 minutos na
viagem entre casa e UnB. E, aproximadamente um terço do total da amostra, 32%, demora
mais de uma hora nesse percurso. Numa análise geral, um público abundante contextualiza
essa tendência de viabilidade da prática da carona. Na Análise Específica é avaliado se, dentro
deste público, é importante a parcela de pessoas que utilizam automóveis.
Gráfico 5.8 – Variável “tempo de viagem”
Na Questão 2.3, foi dada a opção de se indicar uma ou mais alternativas. Os períodos
da manhã, tarde e noite, retratam, em ordem decrescente, os horários de maior trânsito e
demanda de espaços nos estacionamentos. Porém, não é desprezível a quantidade de pessoas
que frequentam o campus à noite, 22%; então, se a diminuição do número de automóveis não
for uma necessidade nesse período do dia, outros benefícios podem ser garantidos com a
prática da carona, como a criação de um hábito que contribua com a promoção da mobilidade
sustentável e a relação social entre os usuários da universidade.
Gráfico 5.9 – Variável “período do dia em que frequenta a UnB”
Na Questão 2.4, também foi dada a opção de se indicar uma ou mais alternativas. As
respostas dessa questão apresentam um contexto muito oportuno para o programa de caronas
e confirmam a possibilidade mencionada na revisão bibliográfica, onde se supôs que “um
público alvo com grande maioria de estudantes jovens universitários pode apresentar
39
indivíduos com interesses em comum e grande disposição para aprendizado a partir de
interações interpessoais. Sua disposição para trocar economia de tempo de viagem pela
mudança de rotina tem possibilidade de ser maior.”.
É importante ressaltar a quantidade ligeiramente ínfima das pessoas que declararam não
dispor tempo para mudanças na viagem entre casa e UnB.
Gráfico 5.10 – Variável “período do dia em que frequenta a UnB”
As respostas da Questão 2.5 também apresentam um contexto muito oportuno para o
programa de caronas e confirmam a possibilidade levantada na revisão bibliográfica, onde se
supôs que “em um público de estudantes existe a possibilidade de a maioria das pessoas
priorizarem o hábito de percorrerem o trajeto exclusivo de ida e volta entre casa e universidade
com frequência muito maior que o encadeamento de atividades com uso do automóvel.”. É
muito considerável o percentual de pessoas que apresentam esse comportamento, 72%, em
comparação com as quatro alternativas relacionadas.
Gráfico 5.11 – Variável “realização de atividades no trajeto”
Na Questão 2.6, condicionou-se a indicação de exatamente três alternativas pelo
pesquisado. Verifica-se a importância de se destacar, divulgar, informar ao público o quanto a
prática da carona solidária pode abreviar o tempo de viagem devido à redução do número de
automóveis no trânsito e nos estacionamentos em horários de pico, melhorando, por
consequência, o conforto na viagem e o acesso ao meio de transporte, associado, no caso do
40
programa de caronas, à localização cômoda de locais para Pontos de Carona e a
disponibilidade de vagas. Informar, ainda, como a prática regular de carona pode diminuir os
custos de transporte individual com o compartilhamento das despesas.
É importante ressaltar que o público elegeu a segurança e a consciência ambiental
como fatores menos influentes na escolha do meio de transporte do que os três destacados em
negrito, no parágrafo anterior. Isso não significa que é preciso dar menos ênfase na divulgação
dos benefícios que a carona pode proporcionar para essas áreas, mas sim esclarecer todas as
vantagens que essa alternativa de transporte apresenta, estimulando um hábito que pode
agregar novas concepções às pessoas, colaborando com o avanço da mobilidade sustentável.
Gráfico 5.12 – Variável “fatores influentes na escolha do meio de transporte”
Observa-se, no Gráfico 5.13, que uma parcela considerável de pessoas, 30%,
aproximadamente um terço dos pesquisados, já praticou carona rotineiramente por um
período, ou seja, do modo correspondente ao objetivo do programa UnB Carona Solidária.
Mas a maior parte das pessoas praticou carona apenas uma ou algumas vezes. Apesar de ser
uma prática conhecida e experimentada, conclui-se que esse tipo de transporte não é um hábito
estabelecido para os frequentadores da UnB, verificando-se, então, a necessidade de se criarem
estratégias para estimular a criação de um novo hábito.
41
Gráfico 5.13 – Variável “frequência com que já se praticou carona”
A Questão 3.2 é outra cujas respostas também apresentam um contexto muito
oportuno para o programa de caronas ao exibirem 98%, quase a totalidade de pesquisados,
dispostos, ou ao menos indecisos, a participarem do programa UnB Carona Solidária, e apenas
2% em posição negativa em relação à participação do programa.
Gráfico 5.14 – Variável “posição quanto à participação no programa UnB Carona Solidária”
Na Questão 3.3, condicionou-se a indicação de exatamente duas alternativas pelo
pesquisado. O Gráfico 5.15 permite uma análise bastante intuitiva dos fatores que os usuários
consideram mais importantes para o sucesso do programa de caronas. Pode-se destacar que
75% das respostas elegeram os grupos que englobam um bom funcionamento do sistema de
caronas que garanta segurança e confiabilidade, e a publicidade e uso de redes sociais.
Gráfico 5.15 – Variável “fatores importantes para o sucesso do programa”
42
Destaca-se, no Gráfico 5.16, a grande parcela que considera a identificação dos
automóveis cadastrados com adesivos uma ação muito importante, 50% dos pesquisados. A
outra metade está diluída nos graus da escala do gráfico, o que exige uma análise específica.
Gráfico 5.16 – Variável “identificação dos carros com adesivos do programa”
Observa-se, nos próximos gráficos, que as pessoas sentem-se mais seguras ao dar ou
pegar carona com alguém que elas não conhecem, mas já tenham visto em ambiente conhecido
(Gráfico 5.17a), do que com alguém que elas nunca viram, mas que use o site do UnB Carona
Solidária (Gráfico 5.17b). Esta insegurança pode ter várias causas, porém uma delas pode ser
o desconhecimento do sistema que está sendo criado. O esclarecimento e a informação aos
usuários sobre o cadastro dos dados pessoais e a confirmação dos dados com os registros no
Centro de Informática CPD – UnB podem diminuir essa insegurança.
Contudo, é importante reconhecer que a maior parcela das pessoas indicou a alternativa
intermediária, na escala de segurança ao praticar carona com alguém usando o site do
programa de caronas. Ou seja, na escala cujos extremos são: pouco seguro e muito seguro, a
opção mais escolhida foi neutro, médio, ou nem seguro e nem inseguro (Gráfico 5.18). Esse
cenário deve ser encarado com otimismo, pois, ao se tomarem as providências de informação
aos usuários e do bom funcionamento do site, a tendência é deslocar esse público para o
sentimento de segurança ao utilizar o sistema.
43
Gráfico 5.17a – Variável “sensação de segurança ao praticar carona com desconhecido”
Gráfico 5.17b –Variável “sensação de segurança ao praticar carona com usuário do programa”
Na Questão 3.7, condicionou-se a indicação de exatamente duas alternativas pelo
pesquisado. Dentre os principais benefícios que a carona solidária pode proporcionar à
sociedade, as pessoas declararam a melhoria para o trânsito e a divisão de custos de transporte.
Porém, é importante o percentual de pessoas que escolheram a opção de relacionar-se
socialmente com colegas de carona, confirmando novamente um fator comportamental
oportuno para a prática da carona. E, assim como no Gráfico 5.12, as pessoas preteriram a
opção diminuir a poluição (Gráfico 5.18), demonstrando que a amostra da pesquisa não
considera aspectos relacionados ao meio ambiente como fatores preferenciais ao tomarem
decisões sobre o uso do sistema de transporte urbano.
Gráfico 5.18 – Variável “fatores influentes para que se pratique carona”
Em relação à divisão de custos, observa-se, no Gráfico 5.19, a predileção pela
alternativa da divisão dos custos do combustível, seguido pelo revezamento do uso dos carros
44
entre proprietários de automóveis. A prática da carona solidária sem divisão de custos
apresentou pouca representatividade nas respostas dos usuários.
E as opções menos escolhidas foram as alternativas que incluem a divisão dos custos de
depreciação ou manutenção do veículo. Alguns motivos podem ser levantados para essa
situação: a indisposição das pessoas em compartilhar esse tipo de despesa; o desconhecimento
e desconfiança do cálculo da manutenção e depreciação do veículo; um possível julgamento de
despesa desprezível no tempo de funcionamento de um grupo de caronas, ou seja,
considerando que uma combinação de caronas pode funcionar, em média, durante um semestre
letivo, devido à mudança de horários de aulas de um semestre para outro, as pessoas podem
julgar desprezível o compartilhamento das despesas com manutenção ou depreciação do
automóvel; ou, ainda, um receio de que um evento esporádico como um pneu furado ou vidro
quebrado, possa entrar no compartilhamento de custos.
Caso essa modalidade de divisão de custos seja recomendada no sistema UnB Carona
Solidária, devem ser estabelecidos recursos no site que esclareçam, calculem e sugiram os
métodos e resultados da divisão dos custos de manutenção e depreciação, dependendo de
parâmetros como distância percorrida, ano do automóvel, etc.
Gráfico 5.19 – Variável “frequência com que já se praticou carona”
Embora grande maioria dos pesquisados aprovem a afirmação da Questão 3.9, é
relevante a parcela que discorda da proposta dos Pontos de Carona para caronas praticadas na
Rodoviária do Plano Piloto (Gráfico 5.20). A proposta pode ser uma sugestão, uma orientação
dada pelo programa de caronas, mas é prudente continuar discutindo entre os organizadores
do programa e a comunidade a localização adequada de Pontos de Carona nos locais
movimentados.
45
Gráfico 5.20 – Variável “localização de Pontos de Carona em uma rota típica”
Na Questão 4.1, condicionou-se a indicação de exatamente três alternativas pelo
pesquisado. Novamente, o Gráfico 5.21 permite uma análise bastante intuitiva dos fatores que
os usuários consideram mais eficazes na informação e divulgação do programa de caronas.
Destacam-se a internet e as redes sociais, seguidos por cartazes e campanhas temáticas no
campus.
Gráfico 5.21 – Variável “meios de comunicação para divulgação do programa”
Na Questão 4.2, condicionou-se a indicação de exatamente duas alternativas pelo
pesquisado. Novamente, numa análise simples do Gráfico 5.22, os fatores mais interessantes
para benefícios exclusivos aos usuários do programa, dentre as alternativas relacionadas, são
promoções nos estabelecimentos comerciais
do
campus e vagas exclusivas nos
estacionamentos. A alternativa de promoções em eventos culturais apresenta-se como terceira
opção mais votada, mas com percentual relevante e merece destaque.
46
Gráfico 5.22 – Variável “benefícios exclusivos aos usuários do programa”
As respostas da Questão 4.3 também apresentam um contexto muito oportuno para o
programa de caronas, pois representam a contribuição de quase a totalidade dos pesquisados
para divulgação das ações do programa UnB Carona Solidária, na comunidade.
Gráfico 5.23 – Variável “disposição para contribuição com divulgação do programa”
A Questão 4.4 era a única de resposta optativa e discursiva do formulário. Solicitavamse sugestões e email de contato dos indivíduos pesquisados (ver seu enunciado no formulário
anexado). Os comentários, sugestões e email de contato dos pesquisados foram tabulados para
serem usados na discussão e divulgação de informações sobre o programa. Aproximadamente
25% dos pesquisados contribuíram com comentários, sugestões ou fornecimento do email no
espaço disponibilizado para resposta dessa questão.
5.3 ANÁLISE ESPECÍFICA
- Relação dos proprietários de automóveis com a escolha de se transportar por carona
O principal comportamento que se pretende fazer prosperar com a aplicação do
programa é o transporte à UnB das pessoas que possuem automóveis, mas escolhem deixá-lo
em casa para deslocarem-se por meio de caronas, diminuindo o número de automóveis nos
47
campi. Porém, menos de 0,01% da amostra são proprietários de automóveis que chegam à
UnB de carona. Ou seja, mais exatamente, apenas 8 entre 972 pessoas apresentam esse
comportamento.
Gráfico 5.24 – Público-alvo devido à posse de carro e ao meio de transporte utilizado
- Relação do tempo de viagem com o uso do automóvel
Como foi explicado na análise geral, quanto maior o tempo de deslocamento na viagem
entre casa e UnB, a prática da carona tende a se tornar mais viável. Aproximadamente, 13%
dos pesquisados demoram mais de 30 minutos na viagem entre casa e UnB utilizando
automóvel (dirigindo) (ver Gráfico 5.25). Apesar de ser uma parte pequena da amostra, esse
público representa um foco de ação do programa, justamente por poderem ser evidenciadas
tendências que aumentam a viabilidade da prática da carona por esse público.
Gráfico 5.25 – Público-alvo devido ao tempo de viagem e ao meio de transporte utilizado
- Relação de variáveis socioeconômicas com o uso do automóvel
Um pouco mais da metade dos indivíduos da amostra (511 pessoas, 54% da amostra)
reside entre as nove cidades-satélites com maior renda per capita do DF – Lago Sul e Norte,
Sudoeste/Octogonal, Asa Sul e Norte, ParkWay, Jardim Botânico, Águas Claras, Cruzeiro e
48
Guará – (CODEPLAN, 2010). Dentre as pessoas que utilizam o automóvel para irem à UnB,
dois terços reside nessas regiões, enquanto um terço dos usuários de automóveis são
moradores de outras regiões. Então, o número de usuários de automóveis na universidade que
residem nas regiões de maior renda per capita do DF é o dobro da quantidade de usuários de
automóveis que vivem nas outras regiões, como se pode ver no Gráfico 5.26, a seguir.
Gráfico 5.26 – Público-alvo devido ao meio de transporte e a variáveis socioeconômicas
- Relação entre a realização de atividades durante o trajeto e o uso do automóvel
O Gráfico 5.27 mostra que a parcela de pessoas que chegam à UnB de automóvel
(dirigindo) e costumam simplesmente se deslocar entre casa e UnB sem realizar outras
atividades, tanto no caminho de ida como no de volta, é de 25% da amostra pesquisada. Ao se
perceber que esse comportamento é bastante circunstancial, reunindo várias ações combinadas,
verifica-se que o percentual do público que o pratica é bastante expressivo.
Gráfico 5.27 – Público-alvo devido ao meio de transporte e realização de atividades no trajeto
49
- Relação entre possíveis oferecedores de carona e potenciais solicitadores de carona
Aproximadamente metade das pessoas que já praticaram carona rotineiramente,
durante algum período de suas vidas, costuma ir à UnB de automóvel (dirigindo). Apesar de
esse público representar apenas 16% da amostra total da pesquisa, destaca-se a importância de
que metade das pessoas que tem experiência com a prática de carona do modo correspondente
ao objetivo do programa UnB Carona Solidária (rotineiramente) é de possíveis oferecedores de
carona, pois costumam ir à universidade dirigindo.
Isso é importante porque, embora o público-alvo seja de usuários de automóveis, é
natural que a maior parte da população que declarou que participaria do programa de caronas
seja de pessoas que chegam à UnB de outros meio que não seja dirigindo, ou seja, são
potenciais solicitadores de carona, representados no Gráfico 5.29 por 48% da amostra de
pesquisados. Na parcela de indecisos quanto à participação no programa, esses potenciais
passageiros são apenas 9% da amostra, e o restante é de usuários de automóveis.
Gráfico 5.28 – Público-alvo devido à experiência na prática de carona e ao meio de transporte
Gráfico 5.29 – Público de potenciais solicitadores de carona (passageiros)
50
- Relação dos proprietários de automóveis com o uso de adesivos nos carros
No gráfico abaixo, onde se separam as respostas dos usuários de automóvel das
respostas dos usuários de outros meios de transporte para ir à UnB, percebe-se que ambos, em
geral, aprovam o uso de adesivos identificadores dos carros cadastrados no programa. Porém,
existe indício de aversão maior por indivíduos usuários de automóveis. Deduz-se que os
adesivos podem gerar incômodo aos proprietários dos carros.
Conclui-se que a identificação dos carros cadastrados é necessária, mas outras formas
de identificação, além de adesivos, devem ser discutidas entre os organizadores do programa e
a comunidade.
Gráfico 5.30 – Análise do uso de adesivos nos automóveis dos participantes
51
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6.1 APRESENTAÇÃO
Discorrem-se neste tópico, as considerações finais desta monografia, que estão
apresentadas em forma de conclusões do projeto final e recomendações para ações posteriores
do programa UnB Carona Solidária.
6.2 CONCLUSÕES
Partindo das exposições dos dois primeiros objetivos específicos estabelecidos, concluise que foram identificadas 26 variáveis que foram dispostas em forma de questões
predominantemente de múltipla escolha, para serem consultadas pelas opiniões dos
frequentadores dos campi da UnB, através de um formulário de pesquisa disponibilizado em
formato digital e divulgado de formas variadas.
O formulário de pesquisa foi testado, e aplicado por um período de 45 dias. Foram
obtidas 972 respostas, o que equivale a uma amostra de aproximadamente 2,13% dos 45.586
principais frequentadores vinculados à Universidade de Brasília em 2013 – 32.120 graduandos,
8.558 pós-graduandos, 2.279 docentes e 2.629 servidores técnico-administrativos (portal
UnB/Estude na UnB, 2013).
Na análise de resultados das respostas do formulário de pesquisa puderam-se identificar
fatores comportamentais que influenciam no uso compartilhado do automóvel, confirmando
suposições formadas na revisão bibliográfica desta monografia. Nos parágrafos seguintes,
destacam-se alguns desses fatores comportamentais.
Ao declarar interesse na prática de caronas motivada pela possibilidade de se
constituírem relações sociais entre os colegas da universidade, uma grande parcela da amostra
confirma que um público alvo com grande maioria de estudantes jovens universitários
apresenta indivíduos com interesses em comum e grande disposição para aprendizado a partir
de interações interpessoais. Isso resulta numa disposição para trocar economia de tempo de
viagem por mudanças de rotina no uso do sistema de transporte.
Algumas constatações geram desafios a serem solucionados, como a preterição dos
indivíduos pesquisados pela preocupação por questões ambientais. Observam-se outros fatores
52
mais influentes para a escolha do meio de transporte a ser utilizado, como conforto, tempo de
viagem, custos com transporte, melhores condições de trânsito e estacionamentos.
Quanto ao compartilhamento de custos, as alternativas mais demandadas foram o
revezamento de automóveis a serem utilizados no transporte entre os participantes dos grupos
de carona, e a divisão dos custos de combustível.
Em uma avaliação socioeconômica, verificou-se que o uso do automóvel nos campi da
universidade está dominado pela maioria de usuários residentes nas regiões com maior renda
per capita do Distrito Federal, concentrando tanto os destinos como as origens de grande parte
das viagens nas proximidades do campus Darcy Ribeiro. Ações do programa de caronas que
mobilizassem esse público a participar do projeto surtiriam efeito sensível na redução de
automóveis.
Prevê-se uma quantidade maior de prováveis solicitadores de caronas do que potenciais
oferecedores de caronas. Grande parte das pessoas que solicitariam as caronas é de atuais
usuários de transporte público. O principal objetivo do programa é a criação do
comportamento no qual as pessoas que possuem automóveis escolham deixá-lo em casa para
deslocarem-se por meio de caronas. Entretanto, a participação dos usuários de transporte
público contribuiria para a propagação desse comportamento na comunidade, que poderia
transformar-se em um hábito, colaborando para o progresso da mobilidade sustentável.
No público-alvo do programa de caronas na UnB, predominantemente formado por
estudantes, a maioria das pessoas declarou priorizar o hábito de percorrerem o trajeto
exclusivo de ida e volta (sem paradas no percurso), entre casa e universidade, com frequência
muito maior que a realização de atividades, com uso do automóvel, que exigissem paradas no
caminho. Este fator comportamental caracteriza um contexto muito oportuno para o programa
de caronas.
Identificados fatores comportamentais dos usuários da Universidade de Brasília que
influenciam no uso compartilhado do automóvel, satisfaz-se o objetivo geral deste projeto
final, que se encerra com as recomendações para ações posteriores do programa UnB Carona
Solidária.
6.3 RECOMENDAÇÕES
Uma ação significativa do programa UnB Carona Solidária é a continuação da pesquisa
de opinião aplicada nesta monografia, com expectativa de uma contribuição muito mais
53
numerosa de respostas dos frequentadores dos campi da universidade, devido tanto ao
prolongamento do tempo de aplicação quanto às ações de divulgação a serem praticadas,
podendo ser atualizadas e adaptadas, as análises feitas até agora.
Recomenda-se a criação de um grupo de organização, responsabilização, gestão,
discussão do programa UnB Carona Solidária, com a participação de alunos, professores,
pesquisadores e funcionários da UnB, de diversos setores e cursos.
Alguns temas a serem debatidos são levantados do capítulo de análise dos resultados
do projeto final, como: a discussão da exigência do uso dos adesivos nos carros dos
participantes, ou a possibilidade de outra forma de identificação; as providências para alcançar
benefícios exclusivos aos usuários do programa de caronas; as informações, avisos e
permissões a se celebrarem com as autoridades relacionadas ao trânsito no Distrito Federal
sobre a prática de caronas; a elaboração de sugestões, orientações e recursos ao usuário, para
se calcular e esclarecer as alternativas de compartilhamento dos custos de combustível na
prática de caronas; a organização das vias de comunicação pelas redes sociais entre os
organizadores do programa UnB Carona Solidária e a comunidade; a elaboração de enquetes
no website do programa UnB Carona Solidária, obviamente, quando essa ferramenta estiver
disponível.
Observa-se que muitas realizações são dependentes do funcionamento do website do
programa, por isso, deve-se tratar com prioridade o gerenciamento do processo de sua
elaboração e manutenção. Assim, é fundamental fortalecer e planejar as parcerias com
componentes dos setores e cursos que tiverem competência para agirem na elaboração e
manutenção do website, que atualmente, estão representados por alunos dos cursos de
computação e engenharia de software da Universidade de Brasília.
Ao se mencionar as parcerias a serem fortalecidas, findam-se as recomendações e as
considerações finais do projeto. A Figura 6.1, a seguir, é uma representação de que a gestão
do programa UnB Carona Solidária é, justamente e necessariamente, resultado do trabalho em
grupo de diversas iniciativas na universidade, e além dela.
54
Figura 6.1 – Trabalho em grupo na gestão do programa UnB Carona Solidária
55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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56
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VASCONCELLOS, E. A. (2000). Transporte Urbano nos Países em Desenvolvimento:
Reflexões e Propostas.
58
APÊNDICE A1
FORMULÁRIO DE PESQUISA
59
UnB CARONA SOLIDÁRIA
O programa UnB CARONA SOLIDÁRIA é um projeto resultante da agregação de diversas iniciativas
na UnB coordenada pelo Núcleo de Agenda Ambiental/Grupo de Trabalho (NAA/GT) Mobilidade
Sustentável e Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), com participação de alunos, professores
e funcionários.
A aplicação deste formulário objetiva contribuir com a implementação do website do programa UnB
CARONA SOLIDÁRIA.
Tempo aproximado de preenchimento do formulário: 8 minutos.
*Obrigatório
1. Questões Socioeconômicas
1. Questão 1.1 *
Indique seu gênero:
Marcar apenas uma oval.
Feminino
Masculino
2. Questão 1.2 *
Indique sua idade:
Marcar apenas uma oval.
Menor que 18 anos
18 a 23 anos
24 a 29 anos
30 anos ou mais
3. Questão 1.3 *
Indique seu vínculo com a UnB:
Marcar apenas uma oval.
Aluno de graduação
Aluno de pós-graduação
Professor
Funcionário
Outro:
4. Questão 1.4 *
Indique seu curso. Se for professor(a), funcionário(a) ou da pós-graduação indique um curso
relacionado ou localizado próximo à sua área de concentração (departamento):
Marcar apenas uma oval.
Administração
Agronomia
Arquitetura e Urbanismo
Arquivologia
Artes Cênicas
Artes Plásticas
Biblioteconomia
Biotecnologia
Ciência da Computação
Ciência Política
Ciências Ambientais
Ciências Biológicas
Ciências Contábeis
Ciências Econômicas
Ciências Naturais (Campus FUP)
Ciências Sociais
Computação
Comunicação Social
Design
Direito
Educação Artística
Educação do Campo (Campus FUP)
Educação Física
Enfermagem
Enfermagem (Campus FCE)
Engenharias (Campus FGA)
Engenharia Ambiental
Engenharia Civil
Engenharia de Computação
Engenharia de Produção
Engenharia de Redes de Comunicação
Engenharia Elétrica
Engenharia Florestal
Engenharia Mecânica
Engenharia Mecatrônica
Engenharia Química
Estatística
Farmácia
Farmácia (Campus FCE)
Filosofia
Física
Fisioterapia (Campus FCE)
Fonoaudiologia (Campus FCE)
Geofísica
Geografia
Geologia
Gestão Ambiental (Campus FUP)
Gestão do Agronegócio
Gestão do Agronegócio (Campus FUP)
Gestão de Políticas Públicas
Gestão em Saúde Coletiva
História
Letras
Línguas Estrangeiras Aplicadas
Matemática
Medicina
Medicina Veterinária
Museologia
Música
Nutrição
Odontologia
Pedagogia
Psicologia
Química
Química Tecnológica
Relações Internacionais
Saúde Coletiva (Campus FCE)
Serviço Social
Teoria Crítica e História da Arte
Terapia Ocupacional (Campus FCE)
Turismo
5. Questão 1.5 *
Indique sua renda familiar (soma das rendas das pessoas com quem você mora):
Marcar apenas uma oval.
Menor que R$ 1.000,00
R$ 1.000,00 a 5.000,00
R$ 5.000,00 a 10.000,00
Maior que R$ 10.000,00
Não sei
6. Questão 1.6 *
Possui carro próprio?
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
7. Questão 1.7 *
Indique a localização de sua moradia (caso more fora do DF e volte para casa todos os dias,
indique "outro" e denomine seu município):
Marcar apenas uma oval.
Águas Claras
Asa Norte - Plano Piloto
Asa Sul - Plano Piloto
Brazlândia
Candangolândia
Ceilândia
Cruzeiro
Gama
Guará
Itapoã
Jardim Botânico
Lago Norte
Lago Sul
Núcleo Bandeirante
Paranoá
ParkWay
Planaltina
Recanto das Emas
Riacho Fundo I
Riacho Fundo II
Samambaia
Santa Maria
São Sebastião
SCIA
SIA
Sobradinho
Sobradinho II
Sudoeste/Octogonal
Taguatinga
Varjão
Vicente Pires
Outro:
2. Questões relacionadas às Viagens
8. Questão 2.1 *
Qual meio de transporte mais utiliza para ir à UnB?
Marcar apenas uma oval.
Automóvel (dirigindo)
Carona
Motocicleta
Transporte público
Bicicleta
A pé
Táxi
Outro:
9. Questão 2.2 *
Em geral, quanto tempo gasta para ir de casa à UnB?
Marcar apenas uma oval.
Menos de 15 min
15 a 30 min
30 min a 1h
1h a 1h e 30min
Mais de 1h e 30 min
10. Questão 2.3 *
Em geral, qual(is) período(s) costuma ir à UnB com mais frequência?
Marque todas que se aplicam.
Manhã
Tarde
Noite
11. Questão 2.4 *
Por quais motivos principais, eventualmente, você disporia algum tempo para uma mudança de
rotina na viagem entre casa e UnB?
Marque todas que se aplicam.
Conhecer novos trajetos
Experimentar outro meio de transporte
Relacionar-se socialmente com colegas dando/pegando carona
Não disporia tempo para mudança na viagem entre casa e UnB
12. Questão 2.5 *
No trajeto entre casa e UnB, você realiza frequentemente outras atividades no caminho, como
compras, lazer, academia, etc? Qual das opções seguintes acontece com mais frequência?
Marcar apenas uma oval.
Na maioria das vezes, tanto na ida à UnB quanto na volta para casa, realizo outras
atividades no caminho
Na maioria das vezes, no trajeto de ida à UnB, realizo outras atividades no caminho
Na maioria das vezes, no trajeto de volta para casa, realizo outras atividades no caminho
Na maioria das vezes, tanto na ida à UnB quanto na volta para casa, não realizo outras
atividades no caminho, simplesmente me desloco entre casa e UnB
13. Questão 2.6 *
Indique os 3 (TRÊS) fatores mais influentes na escolha do meio de transporte que utiliza para ir à
UnB:
Marque todas que se aplicam.
Conforto
Consciência ambiental
Condições de acesso, como disponibilidade de vagas, distância ao pontos de ônibus, etc
Tempo de viagem
Segurança
Custos
Adequação a necessidades especiais de mobilidade
Outro:
3. Questões relacionadas às Caronas
14. Questão 3.1 *
Indique a frequência com que você já praticou o uso compartilhado do automóvel:
Marcar apenas uma oval.
Nunca dei ou peguei carona
Dei ou peguei carona uma ou algumas vezes
Dei ou peguei carona rotineiramente por um período de tempo (por exemplo, por mais de
um mês, ou durante o período de um curso que tenha feito)
15. Questão 3.2 *
Você participaria do programa UnB CARONA SOLIDÁRIA com uso de um website específico
para cadastramento seguro de participantes e combinação de caronas com compatibilização de
horários e rotas para UnB?
Marcar apenas uma oval.
Sim, participaria.
Talvez, ainda não me decidi.
Não, de forma alguma.
Após a última pergunta desta seção, ir para a pergunta 23.
16. Questão 3.3 *
Indique 2 (DUAS) alternativas de fatores que você considera mais importante para o sucesso do
programa UnB CARONA SOLIDÁRIA:
Marque todas que se aplicam.
Credibilidade, Confiabilidade, Nº de usuários, Segurança
Divulgação, Publicidade, Informação, uso de redes sociais
Incentivo, Benefícios exclusivos aos usuários
Apoio, parcerias com autoridades públicas e privadas
Ações inovadoras, uso de tecnologias
Outro:
3. Questões relacionadas às Caronas
17. Questão 3.4 *
Quanto você considera importante a identificação dos carros participantes com adesivos do
programa UnB CARONA SOLIDÁRIA?
Marcar apenas uma oval.
1
2
3
4
5
Pouco importante
Muito importante
18. Questão 3.5 *
Quanto você se sentiria seguro ao dar ou pegar carona com alguém que você não conhece, mas
já tenha visto na UnB ou próximo ao local onde você mora?
Marcar apenas uma oval.
1
2
3
4
5
Pouco seguro
Muito Seguro
19. Questão 3.6 *
Quanto você se sentiria seguro ao dar ou pegar carona com alguém que você nunca viu, mas que
tenha solicitado ou oferecido carona no site do UnB CARONA SOLIDÁRIA (atualmente em
elaboração)?
Marcar apenas uma oval.
1
Pouco seguro
2
3
4
5
Muito Seguro
20. Questão 3.7 *
Indique 2 (DOIS) fatores mais influentes para que você dê/pegue carona:
Marque todas que se aplicam.
Divisão de custos de transporte
Descongestionar trânsito e estacionamentos
Diminuir poluição
Relacionar-se socialmente com colegas de carona
Outro:
21. Questão 3.8 *
Em um grupo de pessoas praticantes de carona de forma rotineira, no qual você esteja incluído,
a princípio, qual opção considera mais provável em relação à divisão de custos?
Marcar apenas uma oval.
Revezar entre o uso do meu carro e dos carros das outras pessoas do grupo
Simplesmente dar carona solidária sem dividir custos
Utilizar meu carro e dividir custos do combustível
Utilizar meu carro e dividir custos do combustível e da depreciação ou manutenção do
veículo
Simplesmente pegar carona solidária sem dividir custos
Utilizar o carro de alguém que não seja o meu e dividir custos do combustível
Utilizar o carro de alguém que não seja o meu e dividir custos do combustível e de
depreciação ou manutenção do veículo
22. Questão 3.9 *
Pontos de Carona em locais movimentados precisam ter fácil acesso e não podem atrapalhar o
trânsito local. Os estacionamentos do Teatro Nacional de Brasília e da Biblioteca Nacional de
Brasília seriam Pontos de Carona adequados para embarque e desembarque de caronas
praticadas entre UnB e Rodoviária do Plano Piloto. Você concorda?
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
Figura da Questão 3.9
4. Questões de Serviço
23. Questão 4.1 *
Indique as 3 (TRÊS) alternativas de meios de comunicação que melhor alcançariam você como
fontes de informação e divulgação do programa UnB CARONA SOLIDÁRIA:
Marque todas que se aplicam.
Internet, redes sociais
TV, telejornais, UnBTV
Rádio
Panfletos ou espaços em jornais impressos
Cartazes, adesivos nos carros dos usuários
Campanhas temáticas periódicas no campus
Outro:
24. Questão 4.2 *
Indique as 2 (DUAS) alternativas mais interessantes de benefícios exclusivos aos usuários do
programa UnB CARONA SOLIDÁRIA:
Marque todas que se aplicam.
Vagas de estacionamentos exclusivas em locais privilegiados
Vantagens em serviços na Biblioteca Central
Promoções em eventos culturais na UnB
Promoções em lojas, copiadoras, lanchonetes, posto de gasolina no campus
Outro:
25. Questão 4.3 *
Você contribuiria de alguma forma com a divulgação de ações do programa UnB CARONA
SOLIDÁRIA, por exemplo pelas redes sociais na internet ou comentando com os colegas?
Marcar apenas uma oval.
Sim
Não
26. Questão 4.4
Comentários ou informações sobre o programa
UnB CARONA SOLIDÁRIA? Envie para
"[email protected]" ou use o espaço
abaixo colocando seu email ao final. Ou ainda,
visite os grupos "Carona UnB" ou "UnB - Carona
Solidária" no facebook.
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APÊNDICE A2
INSTRUMENTOS DE DIVULGAÇÃO DA PESQUISA
71
UnBHoje
Ano 28 Número 5766
9
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outubro | 2013
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Contribua com o Carona Solidária
TRANSPORTE
O programa UnB Carona Solidária realiza pesquisa para implementar o site a ser usado para combinar caronas na universidade. Esse projeto é desenvolvido pelo Núcleo de Agenda Ambiental/Grupo de Trabalho (NAA/GT), do Decanato de Assuntos
Comunitários (DAC) por alunos, professores e funcionários. A pesquisa será feita por formulário disponível na página www.
docs.google.com/forms/d/13IMZwu69jAcUk02VsZ6_FEvFpLk1NFe6th1oVKoyc7g/viewform e traz tópicos importantes como:
localização de pontos de caronas, uso de adesivos nos carros, comportamento das pessoas durante o percurso, entre outros.
>>Mais informações: [email protected]
PATRIMÔNIO HISTÓRICO
Professora lança livro sobre uso da Terra
A Editora da UnB lança hoje, 9 de outubro, o livro Marcas da Terra, marcas na Terra, da professora e pesquisadora Nancy Alessio
Magalhães, do Departamento de História (HIS). A obra aborda o estudo da Terra como patrimônio histórico e cultural a partir
de memórias de camponeses-migrantes que foram para a Amazônia na década de 70, motivados pela abertura de estradas.
O lançamento será às 19h, na Café do Chef Cafeteria (108 norte, bloco A, loja 20). O livro será vendido na ocasião.
>>Mais informações: 9249 1997 ou [email protected]
TECELAGEM
HISTÓRIA
O ICC Sul recebe até amanhã, 10 de outubro, a Feira artesanal
Maria do Barro. A feira conta com o apoio da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA/DAC/UnB) e reúne artesãs de vários
núcleos rurais de Brasília e representantes de cooperativas
que irão promover a mostra e a venda de produtos artísticos
e artesanais, com foco principal na tecelagem. Hoje, 9 de
outubro, haverá a exposição de grafite com estudantes da
rede pública de Ceilândia.
O professor Jaime de Almeida, do Departamento de História,
profere nesta sexta-feira, 11 de outubro, a palestra A arte e
o mundo dos povos indígenas do Chocó. Será no auditório do
Museu dos Correios (SCS, quadra 4 Bloco A, nº 256, edifício
Apolo) às 19h. O evento, aberto ao público, abordará o cotidiano, as tradições e a cultura dos grupos Cuna do Golfo de Urabá
e os Waunana do rio San Juan, todos da Colômbia. Após a
palestra, haverá debate e uma visita guiada à exposição Povos
do Chocó, aberta para visitação até domingo, 13 de outubro.
Feira de artesanato no ICC Sul
>>Mais informações: www.institutomariadobarro.blogspot.com.br
Arte e cultura dos povos do Chocó
>>Mais informações: 3213 5076 ou [email protected]
EDUCAÇÃO
Inclusão de deficientes na universidade
Educação e trabalho: inclusão de pessoas com deficiência na universidade é o tema do III Diálogo Global de 2013 realizado amanhã,
10 de outubro, no auditório da Rede Global de aprendizagem para o desenvolvimento do Brasil (GDLN/UnB), no edifício do Centro
de Desenvolvimento Tecnológico (CDT), às 12h. O evento, em espanhol, conta com palestrantes do Brasil e da Venezuela, além
de videoconferência realizada simultaneamente com palestrantes de outros países. As inscrições são gratuitas e devem ser
feitas pelo e-mail [email protected] contendo nome e instituição. Haverá entrega de certificados aos participantes.
>>Mais informações: 3107 4125 ou www.facebook.com/gdlnbr
WORKSHOP
Redes elétricas inteligentes em debate
A Universidade de Brasília, o Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação (MCTI) e a Embaixada Britânica convidam para o 1º
Workshop internacional de Redes Elétricas Inteligentes. Palestrantes nacionais e internacionais participarão das palestras,
debates e minicursos oferecidos em 22 e 23 de outubro. As
inscrições, para profissionais da área de redes elétricas inteligentes, estudantes e professores, vão até 16 de outubro
e podem ser feitas na página www.smartgrid.akamido.com.
As conferências têm início às 8h, em ambos os dias, e serão
realizadas no auditório da Faculdade de Tecnologia (FT), com
tradução simultânea.
CURSO
Análise e melhoria de processos
Estão abertas as inscrições para o curso Análise e melhoria
de processos, organizado pela Coordenadoria de Capacitação
(Procap). O curso ensinará os conhecimentos básicos sobre
gestão da qualidade e melhorias nos processos de trabalho e
é destinado a servidores técnico-administrativos e docentes.
As inscrições podem ser feitas até sexta-feira, 11 de outubro,
pela página www.dgp.unb.br/procap/cursos-presenciais/lista-de-cursos. As aulas começam em 21 de outubro e vão até
24 de novembro.
>>Mais informações: 3107 0302 ou [email protected]
>>Mais informações: 3107 5660/ 5501 ou www.iwssg.com
editorIa Maria Thereza Franco | design Reinaldo Dimon | REVISÃO Mary Angotti
Sugestão de notas [email protected] Receba UnBHOJE [email protected]
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UnBHoje
Ano 28 Número 5782
7
quinta-feira
novembro | 2013
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Tecnologia e produção de conhecimento
SIMPÓSIO
A Faculdade de Educação (FE) recebe hoje, 7 de novembro, o II Simpósio Internacional CTS – Ciência, Tecnologia, Sociedade &
Produção do Conhecimento na Universidade. Com o tema Sociologia da ciência e da tecnologia: Continuidade e ruptura na teoria
social (Implicações para o Brasil e América Latina), a palestra será ministrada pelo professor Michelangelo Santoro Trigueiro,
do Departamento de Sociologia (SOL/UnB). O evento é organizado pela UnB, pela Escola de Altos Estudos da CAPES e pelo
Observatório do Movimento pela Tecnologia Social na América Latina. O simpósio será às 14h, no Bloco educacional da Fiocruz.
>>Mais informações: [email protected]
PALESTRAS
O bambu e sua potencialidade
Acontece hoje e amanhã, 7e 8 de novembro, o III Ciclo de
Palestras: o bambu e sua potencialidade. O ciclo é organizado
pelo Centro de Pesquisa e Aplicações de Bambu e Fibras Naturais (CPAB/UnB) e faz parte da Semana Universitária 2013.
As palestras têm início às 8h, na sala de reuniões da casa do
professor (ADUnB). As inscrições podem ser feitas pela página
www.semanauniversitaria.unb.br/index.php/inscricoes.
MOSTRA DE FOTOGRAFIA
>>Mais informações: [email protected]
Conquistas de uma vida sem violência
A Faculdade de Ciências da Saúde (FS) recebe hoje, 7 de
novembro, a mostra de fotografias Violências na vida e a
conquista de uma vida sem violência. A mostra apresenta
múltiplas dimensões da violência interpessoal, institucional,
comunitária e urbana. As fotos que representam imagens de
conceitos teóricos trabalhados pelos professores na disciplina
Violência e Saúde. O horário do evento é das 14h às 18h.
ESTATÍSTICA
>>Mais informações: [email protected]
Seminário internacional
Amanhã, 8 de novembro, é o último dia para participar da IV
Escola de Amostragem e Metodologia de Pesquisa (IV ESAMP)
e III International Workshop on Surveys for Policy Evaluation.
Os eventos acontecem concomitantemente e contam com
palestrantes nacionais e internacionais, que participarão de
minicursos, conferências, sessões temáticas e apresentações
de trabalhos. Os simpósios serão no edifício da Finatec e terão
início às 8h durante todos os dias. As inscrições podem ser
feitas no local do evento.
ARTESANATO
>>Mais informações: 3107 3659/3696
ICC Sul e Norte recebem expositores
As alas Sul e Norte do ICC recebem até amanhã, 8 de novembro, a IV Edição da Feira de Artesanato em comemoração
ao dia do Servidor 2013. Organizada pela Amatos produções
(Produtora da UnB), a feira recebe expositores do Distrito Federal e do Entorno e é aberta a toda comunidade acadêmica.
Os produtos ficarão expostos das 8h às 18h.
>>Mais informações: [email protected]
editorIa Maria Thereza Franco | design Reinaldo Dimon | REVISÃO Marina Mattioni
Sugestão de notas [email protected] Receba UnBHOJE [email protected]
SEMINÁRIO
Sistema da dívida em pauta
A Universidade de Brasília sedia entre os dias 12 e 13 de novembro o seminário O Sistema da Dívida na Conjuntura Nacional e Internacional. O evento recebe palestrantes nacionais e internacionais e abordará como o sistema da dívida
impacta a economia nacional e a vida das pessoas, além de
evidenciar o conhecimento sobre o orçamento público, direitos sociais e carga tributária. Durante o seminário haverá o
lançamento do livro Auditoria Cidadã da Dívida: Experiências
e métodos. O evento será no auditório da Reitoria com início às 8h45, durante todos os dias. Para efetuar as inscrições é necessário enviar nome, telefone e CPF para o e-mail
[email protected].
TRANSPORTE
>>Mais informações: www.auditoriacidada.org.br
Opine sobre o Carona Solidária
O programa UnB Carona Solidária – projeto do Núcleo de
Agenda Ambiental/Grupo de Trabalho (NAA/GT), do Decanato
de Assuntos Comunitários (DAC), de alunos, professores e
funcionários – está elaborando um site para implementação do sistema de caronas na UnB. A pesquisa é feita por
formulário que traz tópicos importantes como: localização
de pontos de caronas, uso de adesivos nos carros, comportamento das pessoas durante o percurso, entre outros. O
acesso para a pesquisa é feito pela página www.docs.google.
com/forms/d/13IMZwu69jAcUk02VsZ6_FEvFpLk1NFe6th1oVKoyc7g/viewform
>>Mais informações: [email protected]
CORDEL
Vladimir Carvalho é tema de livro
Ocorre hoje, 7 de novembro, o lançamento de livro ABC de
Vladimir, de Gustavo Dourado, aluno de mestrado do Instituto de Letras (IL) e presidente da Academia Taguatinguense
de Letras. O livro, no formato cordel, narra a biografia e as
qualidades do cineasta e professor do Departamento de Comunicação (FAC/UnB) Vladimir de Carvalho. O lançamento
será no hall do auditório Dois Candangos, das 9h às 12h30. No
evento haverá a presença de diversos repentistas de Brasília
e a oficina de cordel João Santana: uma aula de cordel.
>>Mais informações: 3307 1117
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UnBHoje
Ano 28 Número 5771
16
quarta-feira
outubro | 2013
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Homenagem ao Coral da UnB
MÚSICA
O Coral da Universidade de Brasília recebe nesta sexta-feira, 18 de outubro, homenagem proposta pelo presidente da Câmara
Legislativa do DF. O coral, considerado Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal em agosto de 2013, foi criado em 1981
por membros do Departamento de Música (MUS) e é formado por alunos, ex-alunos, professores e servidores da universidade,
além de cantores de Brasília. A sessão solene será realizada na Câmara Legislativa do DF (Praça municipal, quadra 2, Centro
Cívico Administrativo, Eixo Monumental), às 10h.
>>Mais informações:8114 5698
CAPACITAÇÃO
Inscrições abertas para curso de Geografia
Os laboratórios de Ensino e Pesquisa em Educação Geográfica (LEPEGEO), da Faculdade de Educação (FE), e de Climatologia
Aplicada (LCGea), do Instituto de Ciências Humanas (IH), lançam o curso de capacitação Geografia Física do DF. O curso visa
a explorar contextos relativos aos elementos do meio físico, orientados à aplicação prática dessas informações. Alunos e professores de qualquer licenciatura podem participar. O curso é gratuito e certificado pela UnB. As aulas acontecerão em cinco
sábados a partir de 26 de outubro, das 8h às 12h e das 14h às 18h, no auditório do Instituto Histórico Geográfico do Distrito
Federal (IHGDF), SEP Sul, EQS 703/903, conjunto C. As inscrições devem ser feitas até 25 de outubro, na secretária da FE.
TRANSPORTE
Contribua com o Carona Solidária
O programa UnB Carona Solidária – projeto do Núcleo de
Agenda Ambiental/Grupo de Trabalho (NAA/GT), organizado
pelo Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), por alunos,
professores e funcionários – realiza pesquisa para implementação do site que será usado para combinar caronas na universidade. A pesquisa é feita por formulário disponível na página
www.docs.google.com/forms/d/13IMZwu69jAcUk02VsZ6_FEvFpLk1NFe6th1oVKoyc7g/viewform e traz tópicos importantes
como: localização de pontos de caronas, uso de adesivos
nos carros, comportamento das pessoas durante o percurso,
entre outros.
INTERNACIONAL
>>Mais informações: [email protected]
Visita da delegação dinamarquesa
A Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) recebe hoje,
16 de outubro, a visita da Delegação do Ministério de Ciência,
Inovação e Educação Superior da Dinamarca. A intenção da
visita é o intercâmbio entre professores dinamarqueses e a
Universidade de Brasília para disseminar o ensino de cultura
dinamarquesa no mundo. Atualmente 90 professores dinamarqueses atuam em diversos países, mas nenhum leciona
no Brasil. A reunião, aberta a todos, será às 14h30, no INT
(Reitoria, sala AT-43).
>>Mais informações: 3107-0466 ou [email protected]
>>Mais informações: 3307 2130
4ª EDIÇÃO
Curso de Museologia lança revista
A quarta edição da revista Museologia & Interdisciplinaridade,
do Curso de Museologia vinculado à Faculdade de Ciências da
Informação (FCI), está disponível para leitura na página www.
seer.bce.unb.br/index.php/museologia/index. A revista é de
veiculação semestral e é baseada na divulgação de artigos,
pesquisas e enfoques para a produção de conhecimento na
área.
>>Mais informações: 3107 2609/2613
EXPOSIÇãO
Ex-aluno expõe fotografias e aquarelas
O fotógrafo Vitor Schietti, ex-aluno de Audiovisuais e Publicidade (FAC/DAP), organiza a exposição Formas pensamentos.
Baseada na mescla de fotografia e aquarela, a exposição,
gratuita, será lançada em 22 de outubro e estará aberta
para visitação até 11 de novembro, das 10h às 18h, no Espaço
Chatô (SIG, quadra 2, sede do Correio Braziliense). Formas
pensamentos é a terceira exposição de Vitor lançada na cidade. Recentemente, ele foi convidado a projetar o seu trabalho
em um edifício de Nova York. No lançamento da exposição
haverá coquetel e música com a banda Verlindo.
>>Mais informações: [email protected]
VESTIBULAR
Divulgado edital do PAS
As inscrições para as três etapas do Programa de Avaliação Seriada (PAS) estão abertas até 21 de outubro. Os estudantes que
se inscreverem na 3ª etapa do Subprograma vão concorrer a 2.097 vagas em 98 cursos de graduação nos quatro campi da
UnB. A novidade deste edital é a disponibilidade de horário noturno para o curso de bacharelado em Ciências da Computação.
A taxa de inscrição, para todas as etapas, é de R$80. As provas serão realizadas em 7 de dezembro para a 1ª etapa, 8 de
dezembro para 2ª etapa e 1ª de dezembro para a 3ª etapa, todas com início às 13h.
>>Mais informações e edital: 3448 0100 ou www.cespe.unb.br/pas
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Notícia
UnB Carona Solidária - Contribua com o projeto
A carona solidária é uma alternativa para a redução do número de automóveis no trânsito e estacionamentos por meio de seu uso
compartilhado.
O programa UnB Carona Solidária é uma agregação de diversas iniciativas na UnB organizada pelo NAA/GT Mobilidade
Sustentável, Decanato de Assuntos Comunitários (DAC), alunos e professores do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental,
com contribuição de alunos da Computação e outros cursos.
O programa está elaborando um website para que caroneiros e caroneiras s se encontrem e promovam a mobilidade sustentável
e a interação social entre os frequentadores dos campi. Os participantes terão mais segurança, com o cadastro de dados
pessoais dos usuários, e uma melhor organização de rotas e horários.
Para ajudar no progresso do website e dar continuidade ao programa, os frequentadores da UnB (alunos, professores e
funcionários) podem responder à pesquisa que aborda temas como: localização de Pontos de Carona, adesivos nos carros dos
caronistas, comportamento e percurso entre casa e UnB, etc.
Acesse:
>> Link da pesquisa
- Carona UnB:página no facebook para mais informações
- Contato: " [email protected] ": comentários e sugestões.
É uma alternativa para a redução do
número de automóveis nas ruas por
meio do seu uso compartilhado.
É uma agregação de diversas iniciativas
na UnB organizada pelo NAA/GT
Mobilidade Sustentável, Decanato de
Assuntos Comunitários (DAC), alunos e
professores do Departamento de
Engenharia Civil e Ambiental, com
contribuição de alunos da Computação
e outros cursos.
O programa está elaborando um
website para que caroneiros e
caronistas se encontrem e promovam a
mobilidade sustentável e a interação
social entre os frequentadores do
campus. Os participantes terão mais
SEGURANÇA, com o cadastro de dados
pessoais dos usuários, e uma melhor
ORGANIZAÇÃO de rotas e horários.
Quanto mais participantes melhor!
Não jogue fora, repasse para outra pessoa!