escolas iniciaticas - ABRAGNOSE

ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
PODCAST ABRAGNOSE
Academia Brasileira de Gnose
Curitiba/PR e São Paulo/SP – Brasil – Ano LIII da Era de Aquário
Helen Sarto de Mello – Presidente da Academia Brasileira de Gnose
Karl Bunn – Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
Ricardo Bianca de Mello – Coordenador de Instrução
© Direitos autorais desta edição: Academia Brasileira de Gnose (ABRAGNOSE):
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ABRAGNOSE - ACADEMIA BRASILEIRA DE GNOSE
ESCOLAS INICIÁTICAS
22.07.2014
Por Karl Bunn
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Bem-vindos ao Podcast desta noite.
Hoje abordaremos o tema das ESCOLAS INICIÁTICAS.
Se fosse para detalhar cada Centro Mistérico, cada ESCOLA DE MISTÉRIOS do
passado, teríamos que escrever muitos livros, um para cada Escola ou Centro, mas
não é esse nosso propósito aqui. Portanto, falaremos algo a respeito dessas Escolas
da antiguidade.
Antes de mais nada, é necessário saber que a MITOLOGIA contém em si toda a
verdade religiosa.
A religião não é Mitologia, mas toda Mitologia é religião. E mais ainda: o Mito
contém o summum, a Essência da Religião.
No antigo Egito, Osíris e Ísis são os pais de todos os Mistérios. Todos os Deuses,
hoje conhecidos no ocidente, são seus substitutos, bem como de seu filho Hórus.
Ísis é Maia, Maria, Matéria, Mãe. Hórus é o Filho, o Logos, o Verbo, o Cristo, o
Filho de Maria. Por Ísis, somos mortais, mas também por Ela, poderemos atingir a
imortalidade.
Osíris é o fogo creador, divino; no mundo material foi adorado através do Sol e
conhecido sob diferentes nomes: Mitra, Brahama, Adônis, Apolo, Odin e muitos
outros.
Os Mistérios de Osíris são os Mistérios da Religião do Sexo, ou, como é mais
conhecida, a Religião Fálica.
Em Ísis-matéria dorme a Luz divina do espírito, mas o Fogo Creador, nunca pode
ser extinto.
Os Mistérios se repetem ou estão presentes em todas as religiões.
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Na religião hindu, vemos que Shiva mutila Brahama como Tifon fez com Osíris, ou
como o javali fez com Adônis, na mitologia grega.
No entanto, se o povo, se os teólogos céticos e materialistas, de hoje e do passado,
entenderam que o sol físico era o próprio Deus, em lugar de compreender ou
perceber que Deus, pelo fogo e pela luz divina, está em cada Ser, certamente não
foram os Iniciados e Adeptos que erraram, e sim, a ignorância dos que se dizem ou
se diziam ‘estudiosos de Deus’.
Os Adeptos e Iniciados sempre entenderam e sempre ensinaram que o Sol físico é e
sempre foi tão somente o símbolo da força creadora universal, o doador de Vida, o
Espírito Vivificador.
Quantos teólogos, padres, pastores e papas se deram ao trabalho de pesquisar ou de
buscar saber o conteúdo de cada Mito? Nem sequer se deram conta, mesmo tendo
passado 2 mil anos, que o próprio Cristo Jesus ensinava as verdades por meio dos
símbolos e dos Mitos do seu tempo.
Então, como podem esses se arvorarem autoridade no assunto?
Os Mistérios floresceram no Egito, na Grécia, em Roma, na Pérsia, na Índia, em
Cartago (norte da África), em Jerusalém, em todas as partes, sem desconsiderar ou
nos esquecermos que em toda a Europa antiga haviam os Centros ou Escolas dos
Mistérios Druidas, os quais, pouco a pouco, foram destruídos, sistematicamente,
primeiro pelas legiões romanas e, depois, pelos padres católicos.
Não fosse o fato de os árabes terem invadido a Europa, talvez até hoje ignorássemos
o pensamento filosófico grego, derivado diretamente das Escolas de Mistérios, pois
foram os árabes que levaram um pouco de civilização à bárbara Europa da época.
Foi a filosofia grega que deu a Santo Agostinho e a Tomás de Aquino, dentre tantos
outros, as ferramentas básicas para explicar a doutrina do Cristo Jesus.
Isso que hoje conhecemos por ‘cristianismo’ foi todo construído pelos ensinamentos
do Cristo e, bem mais tarde, explicado pelos doutores da igreja romana, a partir da
filosofia oriunda das Escolas de Mistérios da Grécia, do Egito e da Índia.
Como os mal chamados ‘doutores da igreja’ nunca conheceram diretamente os
Mistérios antigos, ao adaptarem a filosofia grega, mormente a de Platão, Sócrates e
Aristóteles, acabaram por cometer muitos erros.
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Disso nasceu a TEOLOGIA e suas especulações intelectuais, em lugar de prevalecer
a TEOSOFIA e suas investigações que tomam como instrumentos, faculdades que
estão além da mente e da razão.
Os antigos povos davam tanta importância à Iniciação e aos Mistérios que
construíram enormes e complexas obras, cuja finalidade era tão só trabalhar em
carne e osso com a Ciência Hermética ou a Ciência Iniciática.
Naqueles tempos, os sacerdotes tinham poder e, portanto, podiam dispor das leis de
acordo com o interesse coletivo e a manutenção e continuidade daquilo que
representava a própria vida da sociedade.
Hoje, as grandes construções e edificações são erigidas a Mamon (o deus do
materialismo e do dinheiro). E todas as leis favorecem o seu domínio sobre qualquer
outro valor espiritual verdadeiro, a tal ponto que até mesmo as religiões se tornaram
materialistas e centro de negócios bilionários.
No passado, os candidatos à Iniciação tinham que passar por provas aqui no mundo
físico, em carne e osso. Muitos não resistiam e acabavam morrendo, por acidente ou
por medo.
Hoje, nos tempos modernos, todas as provas, para testar o valor dos neófitos, são
feitas nos mundos internos.
No entanto, algumas provações ainda são feitas aqui e agora, no mundo físico.
Porém, a natureza e o caráter dessas provações são bem diferentes.
Hoje, como exemplo, o aspirante é provado na luxúria, na privação econômica, sob
a forma de certos prejuízos materiais inesperados, enfermidades, reveses
financeiros, certos infortúnios e dentre outros.
Seja como for ou tenha sido, é preciso saber que a Iniciação é um processo interno,
individual. Os graus de consciência, também denominados de Graus Iniciáticos, são
dados e conhecidos apenas internamente.
Ou seja: nenhum grau, cargo ou título dado por qualquer escola – gnóstica ou não
gnóstica – aqui neste mundo físico, tem qualquer valor diante da Sagrada
Hierarquia da Loja Branca.
Quem quiser se tornar membro da Loja Branca dos Mundos Superiores precisa
recuperar seus graus perdidos ou conquistá-los por seus próprios méritos.
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Em síntese, para conquistar ou reconquistar graus perdidos, ou ganhá-los pela
primeira vez, são necessários 3 requisitos:
1. Morrer em si mesmo.
2. Nascer da água e do espírito.
3. Servir a humanidade desinteressadamente.
Em gnose, esses 3 requisitos ou condições, são chamados de OS 3 FATORES DE
REVOLUÇÃO DE CONSCIÊNCIA, tema esse já abordado em podcast anteriores.
Por hoje, até aqui nossas palavras. Na próxima semana seguiremos com este
importante tema das INICIAÇÕES.
Voltaremos em 3 minutos para responder as perguntas e comentar as questões que
nos forem apresentadas nesse intervalo.
Muito obrigado pela atenção e pela consideração.
PAZ INVERENCIAL
Karl Bunn
Presidente da Igreja Gnóstica do Brasil
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