pressupostos teóricos filosófico

Transcrição

pressupostos teóricos filosófico
Colégio Estadual Barão de Antonina – Ensino
Fundamental, Médio, Normal e Profissional
Projeto Político Pedagógico
Rio Negro – Paraná
2011 1
SUMÁRIO
1 – IDENTIFICAÇÃO/ ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR..................................06
Histórico.....................................................................................................................07
DISTRIBUIÇÃO DE ALUNOS POR TURMAS.........................................................09
QUADRO ADMINISTRATIVO E ESPECIALISTAS – 2011......................................11
DADOS DO CORPO DOCENTE..............................................................................13
Organização do Espaço Físico..................................................................................16
Infra-estrutura do Prédio............................................................................................18
Relação de Ambientes...............................................................................................19
Perfil da Comunidade.................................................................................................20
2 – OBJETIVOS GERAIS......................................................................................................22
3 – MARCO SITUACIONAL..................................................................................................26
ANÁLISE DOS DADOS ESTATÍSTICOS DA ESCOLA – APRENDIZAGEM...........27
Formação Inicial e Continuada de Professores e Funcionários:................................31
Organização do Tempo escolar
.........................................................................32
Equipamentos Físicos e Pedagógicos.......................................................................35
Material Didático – Pedagógico:................................................................................35
Relações de Trabalho na Escola ..............................................................................36
Participação dos pais.................................................................................................39
Contradições e conflitos presentes na prática docente.............................................40
Critérios de organização e distribuição de turmas:....................................................41
Organização da hora/atividade: Problemas e possibilidades:...................................42
4 - MARCO CONCEITUAL
Introdução..................................................................................................................44
Concepção de Sociedade...........................................................................................44
Concepção de Homem...............................................................................................45
Concepção de Desenvolvimento da cça e do adolescente........................................46
Concepção de Educação
....................................................................................57
Concepção de Conhecimento....................................................................................58
Concepção de Alfabetização e Letramento................................................................59
Concepção de Escola.................................................................................................62
Concepção de Ensino Aprendizagem ........................................................................64
Concepção de Avaliação
...................................................................................65
Concepção de Currículo
...................................................................................70
Educação Inclusiva.....................................................................................................72
5- MARCO OPERACIONAL
Grandes Linhas de Ação
...................................................................................76
AÇÕES RELATIVAS À FORMAÇÃO CONTINUADA.............................................79
Diretrizes Para Avaliação Geral de Desempenho dos Docentes, Pedagogos,
Funcionários e Avaliação Institucional e do PPP................................................................80
Ações relativas à Recuperação Paralela...................................................................81
CALENDÁRIO ESCOLAR.........................................................................................82
PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO.......................85
REGIME ESCOLAR (REGULAMENTO INTERNO)..................................................89
MATRIZES CURRICULARES....................................................................................91
6-Avaliação Institucional do PPP........................................................................................101
7- Referências....................................................................................................................102
8-PROPOSTA PEDAGÓGICA/CURRICULAR .................................................................103
ENSINO FUNDAMENTAL .......................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
..................................................................................103
ARTES......................................................................................................................114
EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................................................................123
2
MATEMÁTICA........................................................................................................136
CIÊNCIAS...............................................................................................................149
HISTÓRIA...............................................................................................................160
GEOGRAFIA...........................................................................................................172
ENSINO RELIGIOSO..............................................................................................179
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
.............................................188
ENSINO MÉDIO............................................................. .......................................199
LÍNGUA PORTUGUESA
................................................................................199
ARTE ...................................................................................................................211
EDUCAÇÃO FÍSICA...............................................................................................221
MATEMÁTICA........................................................................................................230
FÍSICA....................................................................................................................243
QUÍMICA................................................................................................................253
BIOLOGIA..............................................................................................................259
HISTÓRIA
......................................................................................................269
GEOGRAFIA .........................................................................................................289
SOCIOLOGIA........................................................................................................297
FILOSOFIA
......................................................................................................310
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
............................................321
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – INTEGRADO
BASE NACIONAL COMUM...................................................................................332
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA ..........................................................332
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS..................................................340
ARTE ..................................................................................................................343
EDUCAÇÃO FÍSICA...............................................................................................348
MATEMÁTICA .......................................................................................................354
FÍSICA....................................................................................................................359
QUÍMICA................................................................................................................365
BIOLOGIA..............................................................................................................370
HISTÓRIA..............................................................................................................374
GEOGRAFIA..........................................................................................................389
SOCIOLOGIA.........................................................................................................396
DISCIPLINAS DA FORMAÇÃO ESPECÍFICA......................................................407
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO................................................407
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO..............................................410
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
................................416
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
................................419
FUNDAMENTOS HIST. E POL. DA EDUCAÇÃO INFANTIL.............................432
CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL.........................436
TRABALHO PEDAGOGICO NA EDUCAÇAO INFANTIL ....................................440
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO...............................................448
LITERATURA INFANTIL.......................................................................................454
METODOLOGIA DO ENS. DA LÍNGUA PORT. E ALFABETIZAÇÃO................458
METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA...............................................463
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTORIA......................................................469
METODOLOGIA DE ENSINO DA GEOGRAFIA
...........................................472
METODOLOGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS.....................................................476
METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE
.......................................................489
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA .....................................497
PRÁTICA DE FORMAÇÃO / ESTÁGIO SUPERVISIONADO
....................500
FORMAÇÃO DE DOCENTES – SUBSEQUENTE ..............................................507
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO...............................................507
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO.............................................510
3
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
.................................516
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO...........................................519
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO
.........................................................532
INTRODUÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA
.............................................543
FUNDAMENTOS HIST. E POL. DA EDUCAÇÃO INFANTIL................................545
CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL...........................548
POLÍTICA EDUCACIONAL.....................................................................................552
TRABALHO PEDAGOGICO DA EDUCAÇAO INFANTIL ......................................552
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO.................................................556
LITERATURA INFANTIL..........................................................................................560
METODOLOGIA DO ENS. DA L. PORT. E ALFABETIZAÇÃO..............................563
METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA..................................................569
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTORIA.........................................................574
METODOLOGIA DE ENSINO DA GEOGRAFIA
...............................................577
METODOLOGIA DE ENSINO DE CIÊNCIAS.........................................................579
METODOLOGIA DO ENSINO DA ARTE.................................................................592
METODOLOGIA DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA .........................................595
PRÁTICA DE FORMAÇÃO / ESTÁGIO SUPERVISIONADO.................................598
CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA – SUBSEQUENTE...................................604
ANÁLISE E PROJETOS...........................................................................................605
BANCO DE DADOS.................................................................................................606
FUNDAMENTOS DO TRABALHO...........................................................................606
FUNDAMENTOS E ARQUITETURA DE COMPUTADORES.................................607
INFORMÁTICA INSTRUMENTAL............................................................................608
INGLÊS TÉCNICO....................................................................................................609
INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB.....................................................................609
LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO........................................................................611
MATEMÁTICA..........................................................................................................612
PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGENS...............................................................613
REDES E SISTEMAS OPERACIONAIS..................................................................613
SUPORTE TÉCNICO...............................................................................................614
CURSO TÉCNICO EM INFORMÁTICA – INTEGRADO.........................................615
ANÁLISE E PROJETOS...........................................................................................616
ARTE........................................................................................................................617
BANCO DE DADOS.................................................................................................619
BIOLOGIA.................................................................................................................620
EDUCAÇÃO FÍSICA.................................................................................................623
FILOSOFIA...............................................................................................................625
FÍSICA......................................................................................................................627
FUNDAMENTOS E ARQUITETURA DE COMPUTADORES.................................631
GEOGRAFIA............................................................................................................632
HISTÓRIA................................................................................................................634
INFORMÁTICA INSTRUMENTAL...........................................................................635
INTERNET E PROGRAMAÇÃO WEB....................................................................636
LEM – INGLÊS........................................................................................................637
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA..............................................................638
LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO.......................................................................642
MATEMÁTICA.........................................................................................................644
QUÍMICA.................................................................................................................646
REDES E SISTEMAS OPERACIONAIS.................................................................647
SOCIOLOGIA..........................................................................................................648
SUPORTE TÉCNICO..............................................................................................650
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – SUBSEQUENTE – .........................650
AVALIAÇÃO DE PRODUÇÃO E MATERIAIS........................................................651
4
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA...........................................652
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL...............................................................654
CONTABILIDADE.....................................................................................................655
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS...........................................................656
ESTATÍSTICA APLICADA.........................................................................................656
FUNDAMENTOS DO TRABALHO............................................................................657
GESTÃO DE PESSOAS...........................................................................................658
INFORMÁTICA..........................................................................................................659
INTRODUÇÃO À ECONOMIA..................................................................................660
MARKETING.............................................................................................................661
MATEMÁTICA FINANCEIRA....................................................................................663
NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO SOCIAL E DO TRABALHO.....................663
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS.............................................................665
PRÁTICA DISCURSIVA E LINGUAGEM .................................................................666
TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO...................................................................666
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO – INTEGRADO.....................................669
ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E MATERIAIS.................................................669
ARTE..........................................................................................................................67
2
BIOLOGIA..................................................................................................................674
COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL................................................................677
CONTABILIDADE......................................................................................................679
EDUCAÇÃO FÍSICA..................................................................................................680
ELABORAÇÃO E ANÁLISE DE PROJETOS............................................................682
FILOSOFIA................................................................................................................683
FÍSICA.......................................................................................................................684
GEOGRAFIA..............................................................................................................688
GESTÃO DE PESSOAS............................................................................................690
HISTÓRIA..................................................................................................................691
INFORMÁTICA..........................................................................................................693
INTRODUÇÃO À ECONOMIA...................................................................................694
LEM –
INGLÊS...........................................................................................................695
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA................................................................696
MARKETING..............................................................................................................701
MATEMÁTICA...........................................................................................................702
NOÇÕES DE DIREITO E LEGISLAÇÃO SOCIAL E DO TRABALHO.....................704
ORGANIZAÇÃO, SISTEMAS E MÉTODOS.............................................................706
QUÍMICA....................................................................................................................706
SOCIOLOGIA.............................................................................................................70
7
TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO...................................................................709
PROGRAMAS DE ATIVIDADES COMPLEMENTARES CURRICULARES EM
CONTRATURNO.................................................................................................................712
5
6
1 – IDENTIFICAÇÃO E ORGANIZAÇAO DA ENTIDADE ESCOLAR:
Estabelecimento: Colégio Estadual “Barão de Antonina” Ensino Fundamental,
Médio, Normal e Profissional
Localização: Avenida Xavier da Silva, 606 Centro – Rio Negro – PR,
Fone/Fax: (47) 3642 – 0352 Email: [email protected]
Núcleo Regional de Educação Área Metropolitana Sul – código 03
Código do Município na SEED – 2250
Código do Estabelecimento na SEED – 00026
Código do Estabelecimento no INEP 41142497
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Atos Oficiais referentes ao Colégio:
Ato de Autorização do Colégio: Decreto nº 2785/77 de 04/01/1977
Ato de Reconhecimento do Colégio: Resolução nº 0716/82 de. 12/03/1982
Ato de Credenciamento do Ensino Profissional do Colégio: Resolução nº
2303/10 de 31/12/2010
Ato da renovação do reconhecimento do curso de Ensino Fundamental:
Resolução nº 1150/07 de 27/02/2007
Ato da renovação do reconhecimento do curso de Ensino Médio: Resolução nº
1149/07 de 27/02/2007
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Ato Administrativo nº
143/09 de 27/04/09
Ato de reconhecimento do curso Formação de Docentes: Resolução 5039/07 de
07/12/07
Autorização de funcionamento do curso Técnico em Administração Integrado:
Resolução nº 2303/10 de 25/05/2010
Autorização de funcionamento do curso Técnico em Informática Integrado:
Resolução n° 2305/10 de 25/05/2010
Autorização de funcionamento do curso Técnico em Administração
Subsequente: Resolução nº 5419/10 de 13/12/2010
Autorização de funcionamento do curso Técnico em Informática Subsequente:
Resolução nº 2304/10 de 25/05/2010
Distância do Colégio ao NRE AM Sul: 120Km
HISTÓRICO
O Colégio Estadual Barão de Antonina – Ensino Fundamental Médio e
Normal, resultou da fusão do Grupo Escolar “Barão de Antonina” criado em 1912;
da Escola Normal Colegial Estadual “Margarida Kirchner” criada em 1958 e do
Colégio Comercial Estadual “Professor José Gribosi” criado em 1959. Houve a
reorganização pelo Decreto nº 2785 de 04/01/77 e a fusão propriamente dita em
1983.
7
Recebeu a denominação Colégio “Barão de Antonina”, em homenagem
a João da Silva Machado, o “Barão de Antonina”, fundador da cidade de Rio
Negro.
Manteve em seu currículo os cursos pré-primário, primeiro grau de 1ª a
4ª série e 2º grau técnico com as habilitações: Técnico em Magistério,
Secretariado e Técnico em Contabilidade, Auxiliar em Contabilidade e Assistente
de Administração.
O ensino de 1ª a 4ª série foi municipalizado através da Resolução
149/91 de 02/05/1991.
Os cursos de Secretariado e Assistente de Administração foi cessado
através da Resolução 207/87.
Os cursos de Técnico em Magistério, Técnico em Contabilidade e
Auxiliar de Contabilidade tiveram cessação gradativa a partir do ano de 1996 pela
adesão ao PROEM – SEED, encerrando-se em 1999.
Diretores do Grupo Escolar Barão de Antonina
1912 – 1927: Antonio Tupy Pinheiro
1927 – 1945 : Margarida Kirchner
1945 – 1963 : Heredia Medeiros Ferreira
1963 – 1983 : Lídia Cominski Crema
Diretores da Escola Normal Secundária “Margarida Kirchner”
1958 – 1961 : Marian Niéte Schneider
1961 – 1962 : Eliza Grein Maitelli
1962 – 1981 : Maria José França Foohs
1982 – 1983 : Ada Cordeiro Maciel
Diretores do Curso de Contabilidade
1960 – 1961: Francisco José Gramlich
1961 – 1965 : Acary Juruá Stoeterau
1965 – 1969 : Acácio C. Borba Coelho
1969 – 1977 : Adalberto Mattos Ferreira
1977 – 1978 : Rubens de Campos Trovão
1978 – 1983 : Ada Cordeiro Maciel
Diretores Gerais:
1983 – 1985: Arildo Grabas
1986 – 1987 : Ary Siqueira
1988 – 1989 : Durceli C. Bold Linhares
1990 – 1993 : James Karson Valério
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1993 – 1995 : Arildo Grabas
1996 – 2003 : Mauro César de Souza
2004 - ........ : Alessandro C. von Linsingen
Atualmente o Colégio Estadual Barão de Antonina oferta a Educação
Básica nas modalidades Ensino Fundamental – 6º ao 9º anos e Ensino Médio –
Educação Geral, com as resoluções secretariais de reconhecimento Resolução
716/82 e Resolução 1315/2000 respectivamente. Possui desde 2004 o Curso de
Formação de Docentes nas Modalidades Subsequente e Integrado sendo no
Período Noturno, com processo de Autorização Nº 590/05 e a partir de 2006, no
período diurno na Modalidade Integrada.
A partir de 2006 conta com a Sala de recursos atendendo
aproximadamente 24 alunos, sendo a regência desta sala conduzida por
profissional devidamente habilitado e concursado. Também contamos com o
funcionamento da sala de Apoio onde os alunos têm atendimento nas disciplinas
de Língua Portuguesa e Matemática .
Atende um total de 832 alunos, sendo 388 do Ensino Fundamental, 305
do Ensino Médio, e 139 alunos no Curso de Formação de Docentes e ____
alunos nos Cursos Técnico em Administração e Técnico em Informática, assim
distribuídos:
9
Distribuição de Alunos por turmas – Ano Letivo 2011
Curso
Período
/ Série
5ª série
Ensino
Fundamental
Ensino Médio –
Educação Geral
Manhã
Turmas Alunos
1
46
Tarde
Turmas Alunos
2
47
Turmas
-
Noite
Alunos
-
6ª série
1
46
2
59
-
-
7ª série
1
48
2
62
-
-
8ª série
1ª série
1
1
45
38
2
-
49
-
1
19
2ª série
1
32
1
17
1
11
3ª série
1
40
1
10
1
23
Form. Doc.
Educ.Profis.Org. Semestral
Subsequente
2º semestre
-
-
-
-
1
14
Form. Doc.
Educ.Profis.Org. Semestral
Subsequente
4º semestre
-
-
-
-
1
12
1ª série
1
40
-
-
-
-
2ª série
1
27
-
-
-
-
3ª série
1
24
-
-
4ª série
1
22
-
-
-
-
Téc. Adm.
Integrado
1ª série
1
42
-
-
-
-
Téc. Adm.
Integrado
2ª série
1
27
-
-
-
-
Form. Doc.
Integrada
Educação
Profis.-Org.
Anual
Téc. Adm.
Subsequente
-
1º semestre
-
-
-
-
1
47
2º semestre
-
-
-
-
1
23
1
16
3º semestre
Téc. Inf.
Integrado
Téc. Inf.
Integrado
Téc. Inf.
-
1ª série
-
-
1
24
-
-
2ª série
-
-
1
13
-
-
1º semestre
-
-
-
-
1
45
10
Subsequente
CELEM
Sala de
Recursos
2º semestre
-
-
-
-
1
12
3º semestre
-
-
-
-
1
14
1ª série
-
-
1
21
-
-
2ª série
-
-
-
-
1
25
multisseriada
-
-
1
10
-
-
Fonte dos dados: Secretaria da Escola/setembro de 2011
O Estabelecimento possui os funcionários, equipe administrativa e Equipe
Pedagógica atuando nos horários descritos a seguir, sendo que o número de
pessoas foi calculado conforme o número de alunos no período.
Quanto ao Corpo Docente, conta com profissionais, 100% formados a nível
de Ensino Superior (apenas uma professora substituta é acadêmica) sendo que
80% destes são Pós Graduados, todos devidamente habilitados e enquadrados
em suas áreas.
11
QUADRO ADMINISTRATIVO E ESPECIALISTAS – 2011
12
FUNÇÃO
NOME
PERÍOD ESCOLARIDADE
O
Diretor Geral ALESSANDRO C.
M/V/N Ensino Superior – Educação
VON LINSINGEN
Física
Diretora
LUCIANA SOUZA
M/V Ensino Superior – Ciências
Auxiliar
SGUERRE
Sociais
Secretário
KARINE TEIXEIRA
M/V Ensino Superior- - Pedagogia
Geral
LISBOA ROCHA
Equipe
ELIANE TCHOEKE
M
Ensino Superior – Pedagogia
Pedagógica
LIEBL
Equipe
LUCIANE CARLA DA
V
Ensino Superior – Pedagogia
Pedagógica
LUZ
Equipe
VERA MARIA
M
Ensino Superior – Pedagogia/PDE
Pedagógica
PFEFFER
SCHELBAUER
Equipe
LAUGENICE APª
N
Ensino Superior – Pedagogia
Pedagógica
GERBER RIBEIRO
Equipe
EDINALVA
V
Ensino Superior - Pedagogia
Pedagógica APARECIDA UNGER
MIGUEL
Coordenação ADILES JUSVIAKI
M/V/N Ensino Superior - Pedagogia/
Curso Form
PAES
PDE
Docentes
Coordenação KAREY SCHIMIDT
M/V Ensino Superior/ Pós Graduação Curso
JURGENSEN
Pedagogia
Integrado
Administração
e Informática
Coordenação
EDINALVA
N
Em sino Superior - Pedagogia
Curso
APARECIDA UNGER
Administração
MIGUEL
Coordenação
ARLETE MARIA
M/V Ensino Superior – Pedagogia /PDE
Estágio
DIDONE
Supervisionad
o For.
Docentes
Apoio Téc.
MARIA DE FÁTIMA
M/V Ensino Superior - Administração
Admin.
MUNHOZ
Apoio Téc. KALYNKA TEIXEIRA
M/V Ensino Superior - Pedagogia
Admin.
LISBOA
Apoio Téc. MARISTELA BECKER M/V Ensino Médio
Admin.
Apoio Téc.
ADÃO GENILTON
M/V Ensino Superior - Administração
Admin.
KOTLEVSKI
Apoio Téc.
PRISCILA DE
M/V Ensino Superior – Turismo
Admin.
CAMARGO
Apoio Téc.
MARILIA BENINCA
M
Ensino Superior – Letras
Admin.
Apoio Téc.
MARLEI CIOLA
N
Ensino Superior - Letras
Admin.
Apoio Téc.
NILSON ANTONIO
M/V Ensino Superior – Letras
Admin.
PAIZANI
Apoio Téc. MEIRIANE TRAIN DE
N
Ensino Médio
Admin.
SOUZA
Bibliotecária
ROSANE RAUEN
M/V Ensino Superior - História
Aux. de
ADIR JORGE DE
V/N Ensino Médio
Serviços Ger.
CAMARGO
Aux. de
CELSO CLOVIS
M/V Ensino Fundamental Incompleto
Serviços Ger.
MILCHESKI
Aux. de
DIRCE DE L. DA
M/V Ensino Médio
Serviços Ger.
SILVEIRA LIMA
Aux. de
SANDRA REGINA
M/V Ensino Médio
Serviços Ger. FERREIRA RIBAS
Aux. de
VERA LÚCIA SENFF
V/N Ensino Médio
Serviços Ger.
SANTOS
13
14
QUADRO DO CORPO DOCENTE – Ano Letivo 2011
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Professores
ADEMAR FLAVIO ALEXANDRE
Formação Inicial
Maior Graduação
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Ciências/Matemátic
a
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
ADILES JUSVIACK
Pedagogia
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
ADILSON ANTONIO RIBOVSKI
Química
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
ANDRE LUIS REICHARDT
Matemática
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
ANGELITA NEHLS
Geografia
SCHIMIEGUEL
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
ARLETE MARIA DIDONE
Pedagogia
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
ARY SIQUEIRA
Matemática Física
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
CARLOS HENRIQUE BREGER
Educação Física
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
CARMEM RAQUEL PALUCH
Administraçao
LICENCIATURA PLENA
CHRISTIAN DANIEL LICNERSKI Ensino Superior
Informática
MARQUES PINHEIRO
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
DEILE FRANCINE
Geografia
VASCONCELOS DA SILVA
FERRAZ
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
DEISE GOMES TAUSCHECK
Letras
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
DIAIR DE JESUS KURKIEVICZ
Pedagogia
BATISTA LEITE
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
EDSON LUIZ NIZER
Matemática
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
EDSON MIGUEL
Letras
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
ELFRIDE SOMMER
Letras
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
ELISANGELA JUSVIACK
Geografia
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
EMERSON WILSON DE
Biologia
OLIVEIRA
Ensino
Superior
PÓS GRADUAÇÃO
ESTELA MARIA S. Z.
Artes
FERNANDES
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
EZIDIO ZALUTZSKI
História
Ensino Superior SUPERIOR INCOMPLETO
FERNANDO HANIG FERREIRA
Física
Ensino Superior
SUPERIOR COMPLETO
FERNANDO RAUEN
15
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Matemática
Ensino Superior
FRANCINE SCHREINER
Letras
TIBURSKI
Ensino Superior
GILDA LUIZA FERNANDES
Geografia/Artes
DINIZ
Ensino
Superior
GILVANE HACK MACHADO
Artes
LOPES
Ensino Superior
GRISELDIS FRITSCH THIEM
Letras
Ensino Superior
ISABELA CRISTINA
História
APARECIDA MAYER
ISAMARA MAYER BRAZ WOLF Ensino Superior
Ciências
Ensino Superior
ISLEI APARECIDA GELBECKE
Letras
JACIEL SEBASTIAO ALVES DA Ensino Superior
Química
SILVA
Ensino Superior
JAMES KARSON VALÉRIO
Filosofia
Ensino
Superior
JEAN VICHINHESKI
Informática
Ensino
Superior
JOÃO CARLOS XAVIER
Física
Ensino
Superior
JOSÉ MOACIR VALÉRIO
Matemática
Ensino
Superior
JULIANA BORDIN
Geografia
Ensino
Superior
JULIANO ANDRE BUZINELLO
Informática
Ensino
Superior
KAREY SCHMIDT JURGENSEN
Pedagogia
Ensino Superior
LAUGENICE GERBER
Pedagogia
Ensino Superior
LINDAMIR KUHL
Sociologia
Ensino Superior
LUCELIA DE ATAÍDE
Filosofia
Ensino Superior
LUCIANA SOUZA SGUERRE
Ciências Sociais
Ensino Superior
LUCIANE CARLA DA LUZ
Pedagogia
Ensino Superior
LUCIMAR CONCEIÇÃO VIEIRA
Letras
IAREMCZUK
Ensino Superior
MÁCIA APARECIDA MAYER
História
MARCIA CAMPOS RODRIGUES Ensino Superior
Pedagogia
KOHLER
Ensino Superior
MARCIA REGINA T.
SUPERIOR COMPLETO
PÓS GRADUAÇÃO
SUPERIOR COMPLETO
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
PÓS-GRADUAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO E
MESTRADO
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
LICENCIATURA PLENA
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
PÓS-GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
PÓS GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA
PÓS-GRADUAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
16
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
MARCINICHEN KNOP
MARCIO ANTONIO RAKZA
Letras/ Pedagogia
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
Letras
Ensino Superior PÓS GRADUAÇÃO E PDE
MARCOS GERMANO
Física
DEGENHARDT
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
MARIA CRISTINA
Pedagogia
WICHINHESKI
Ensino
Superior
PÓS GRADUAÇÃO
MARIA HELENA FERREIRA
Matemática
Ensino
Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
MARILDA REGINA PAISANI
Letras
PEREIRA
PÓS-GRADUAÇÃO
MARISA CONTE SCHELBAUER Ensino Superior
Geografia
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
MARLI DE CASTRO
Geografia
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
MAURO CESAR DE SOUZA
Ed. Física
PÓS GRADUAÇÃO
MILENE TORRES GONÇALVES Ensino Superior
Ed.
Física
STALL
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
RAQUEL FLORES PRADE
Pedagogia
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
RUBIA TERESINHA
Geografia
CARIOLATTO
Ensino
Superior
MESTRADO
ROBERTO CARLOS
Biologia
Ensino
Superior
LICENCIATURA PLENA
ROBSON FERNANDES DINIZ
Pedagogia
Ensino
Superior
PÓS GRADUAÇÃO
ROSANGELA CALOMENO
Matemática
Ensino
Superior
PÓS GRADUAÇÃO
SERGIO LUIZ SUCHA
Artes
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
SILMARA DE FÁTIMA ALVES
Matemática
Ensino Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
SILENE MARIA AUGUSTIN
Ed. Física
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
SUELI GENI DUARTE
Letras
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
SUELLEN SOARES RAMOS
Ed. Física
Ensino Superior
PÓS GRADUAÇÃO
THANMIRES RAMOS
Letras
Ensino Superior
LICENCIATURA PLENA
VALNETE TERESINHA DOS
Letras/Espanhol
SANTOS
Ensino Superior PÓS-GRADUAÇÃO E PDE
VERA Mª PFEFFER
Ciências/Pedagogi
SCHELBAUER
a
Ensino
Superior
PÓS-GRADUAÇÃO
VITORIO STACHELSKI
Administração
17
•
VIVIANE ANA KOPPE
PORTELLA
Ensino Superior
Letras/Espanhol
PÓS GRADUAÇÃO
Organização do Espaço Físico
O Colégio é construído em dois pavimentos e está em boas condições de uso
porém. Não é adaptado para cadeirantes. No espaço externo possui rampas de
acesso.
A área total do terreno é de 10.946,64m 2, sendo 2.896,89m2 ocupado pela
área construída e 8,049,75m2 de área livre. Possui área coberta, cancha polivalente
sem cobertura, quadra de areia, uma quadra polivalente coberta com uma rampa
externa de acesso e uma cozinha em boas condições.
O colégio possui 12 salas de aula medindo aproximadamente 50m 2 cada uma
delas; uma biblioteca medindo 90,88m 2. Dois Laboratórios de Informática com 20
monitores e 05 cpus, do Programa Paraná Digital e 12 monitores com 06 cpus do
Proinfo, sendo utilizados pelos alunos e professores.
Uma sala de Direção com 17,50m2, secretaria, sala de professores com 2
banheiros, A Equipe Pedagógica provisoriamente está instalada em 2 salas com
aproximadamente 12m².
O Colégio possui um Salão Nobre em boas condições de uso, reformado em
2009 pela Fundepar.
O Colégio possui ainda banheiros masculino e feminino com oito sanitários
cada, equipados com torneiras, e chuveiro, bem como com banheiros adaptados
para cadeirantes e 2 bebedouros com água gelada.
Todas as salas de aula estão equipadas com ventiladores de parede, Tvs pen
drive, cadeiras e carteiras em cada sala, possuindo também mesas para o
professor.
As demais dependências também possuem móveis em bom estado de uso.
No espaço da Área coberta está sendo concluída uma adaptação de 02 salas
para onde será remanejada a Secretaria da escola e sala de oficinas e
brinquedoteca para o Curso de Formação de Docentes. Nas salas remanejadas,
funcionará Laboratório de Física e Matemática. Também está sendo criado
Incubatório adaptado com bancadas de Informática tendo em vista a necessidade
para os cursos Técnicos de Informática e Administração.
Sala de professores
A sala de professores é utilizada como um espaço pedagógico, de
planejamento e estudos, onde os professores têm à sua disposição, uma TV com
antena parabólica, vídeo cassete, onde podem ser gravados programas de
interesse às suas aulas, ou assistir a matérias que atualizem os conhecimentos,
com a descobertas científicas, também são colocados à disposição, livros das
diversas áreas para consulta e pesquisas que podem ser usados como subsídios
para sua prática pedagógica.
Também existe um microcomputador com acesso à internet onde os
professores podem acessar áreas de interesse, planejar suas aulas, etc.
18
Além disso, é nesse espaço que a Equipe Pedagógica faz as orientações,
discussões para o aprimoramento constante do trabalho.
Biblioteca
A Biblioteca do Colégio Barão conta com cerca de 5500 exemplares de livros
das mais variadas áreas do conhecimento. Alguns desses livros por fazerem parte
do acervo da escola há mais de 50 anos, se encontram em defasagem, em função
dos avanços tecnológicos e ampliação das conquistas da ciência. Para minimizar os
efeitos desta defasagem, a Direção busca constantemente atualizar o acervo com
as verbas do Fundo Rotativo, Campanha de doação de livros, assinatura de revista/
periódicos, ou mesmo disponibiliza acesso à internet através de um micro
computador instalado na Biblioteca para pesquisa. Assim, o espaço da biblioteca é
democratizado garantindo acesso a todos os alunos e comunidade escolar,
respeitados o regulamento próprio. Funciona com sistema de empréstimo mediante
carteirinha de usuário e adota a catalogação simplificada .
É um espaço preferentemente de leitura, produções e pesquisas, embora
existam dificuldades para acomodar turmas numerosas, sendo necessário às vezes
improvisações de espaço, como no pátio, ou na própria sala de aula.
Pátios
A área externa da escola ( pátio ) necessita de adequações, principalmente
em função de ser um espaço muito grande com diversas barreiras arquitetônicas
( escadas, muros, rampas, etc) gerando dificuldades no controle e supervisão dos
alunos por parte do Inspetor Escolar, pois muitas vezes “se escondem “ entre os
blocos de construção. Existe também uma área construída antiga, condenada pelo
Corpo de Bombeiros, com projeto de recuperação urgente junto à Fundepar.
Existem projetos de paisagismo e jardinagem já sendo implementados, com
plantio e manutenção de árvores nativas e exóticas, na sua maioria florísticas para o
embelezamento da escola, cultivo de flores de época mantidos nos canteiros,
organização da horta com plantios permanentes através de hortaliças e legumes de
época. A colocação de bancos, mesas com demarcações de “xadrez”, “dama” e
“trilha” ainda estão em projeto, a serem utilizados em horários alternativos,
constantes nesta Proposta . Foi construída rampa de acesso a cadeirante, pela
utilização da Quadra Poliesportiva em patamar de nível diferente da escola.
Laboratórios
O laboratório de Informática conta com 22 computadores e acesso a Internet
e está em processo de adequação ao Programa Paraná Digital e 1 impressora.
Nesse espaço os alunos podem fazer uso pedagógico dos equipamentos
19
direcionados pelos professores, e em período contrário às aulas podem realizar
trabalhos, acessar blogs, e-mails, messenger, etc.
O Colégio conta também com 10 computadores e acesso à internet
provenientes do Programa Proinfo, os quais são utilizados para pesquisas e aulas
dos cursos técnicos.
No ano de 2010 o Colégio recebeu doação de mais 08 computadores via
APP, da Fundação Souza Cruz pela empresa de Rio Negro os quais estão sendo
disponibilizados na escola.
Conforme disponibilidade dos equipamentos, a comunidade escolar também
pode ter acesso, respeitando as normas internas do laboratório.
Os laboratórios de Física e Matemática, após recebimento serão instalados
em local próprio, destinado para esse fim. O Laboratório de Ciências Físicas e
Biológicas é inexistente, os equipamentos do Laboratório são utilizados como
recurso pedagógico na própria sala de aula .
Existem projetos em tramitação na Fundepar para a reforma de espaço físico,
atualmente isolado, conforme solicitação de Laudo do Corpo de Bombeiros. O
Laudo condena estrutura que sustenta as telhas e teto. Área atualmente isolada
pelo perigo de desabamento.
Infra-estrutura do Prédio
Ano de Construção:
Projeto Padrão:
Quantidade de Blocos:
Projeto:
Construída:
Terreno:
1995
Especial
3
1.200,00 m²
1.916,00 m²
7.078,13 m²
Proteção do Terreno
Proteção de Alvenaria:
100.00 %
Infra-estrutura
Acesso para Deficiente:
Banheiro para Deficiente:
Calçada de Passeio:
Meio-fio:
Estacionamento:
Para raio:
Cisterna:
Reservatório de Água:
Central GLP:
Uso Adequado para Central GLP:
Rede Telefônica:
Não
Sim (construído em 2009)
Sim
Sim
Não
Não
Não
Sim
Sim
Não
Sim
Tipo de Rede de Esgoto:
Tipo de Abastecimento de Água:
Tipo de Entrada de Energia:
Rede Pública
Rede Pública
Rede Trifásica – 100A
20
Distância do Ponto de Transporte Coletivo: Menos de 500 metros
Tipo de Via de Acesso:
Pedra Irregular
Situação do Equipamento de Incêndio
Somente extintores c/pó químico
Relação de Ambientes
Uso do Ambiente
Almoxarifado
Área de Circulação Coberta
Área de Circulação Coberta
Área de Circulação Coberta
Área de Circulação Coberta
Área de Circulação Coberta
Área de Serviços
Auditório/Teatro
Biblioteca
Cantina comercial
Cozinha
Depósito de Material
Depósito de Material
Depósito de Merenda
Depósito Material de Limpeza
Depósito Material de Limpeza
Hall
Outros
Outros
Pátio Coberto
Sala de Arquivo
Sala de Educação Física
Sala de Prof/func com WC
Sala do Diretor
Sanitário de Aluno – Feminino
Bloco
2
2
2
2
2
2
2
4
2
2
2
2
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
Comprimento
9,53
5,50
39,26
14,00
5,50
39,26
3,60
21,90
10,90
3,45
7,35
3,83
1,95
3,70
3,60
2,20
3,60
5,40
5,53
17,60
3,63
3,70
6,08
4,13
6,00
Largura
3,45
2,60
2,25
1,50
2,60
2,25
2,00
10,80
8,90
1,50
3,38
2,25
1,65
3,60
2,00
1,65
3,45
5,05
2,65
9,19
2,25
3,65
3,35
3,45
5,05
Área (m2)
32,87
14,30
88,33
21,00
14,30
88,33
7,20
236,52
97,01
5,17
24,84
8,61
3,21
13,32
7,20
3,63
12,42
27,27
14,65
161,74
8,16
13,50
20,36
14,24
30,30
21
Sanitário de Aluno – Feminino
Sanitário de Aluno – Masculino
Sanitário de Aluno – Masculino
Salas de aula
12
4
2
4
2
5,30
6,00
5,30
4,50
5,05
4,50
23,85
30,30
23,85
Ambientes Esportivos
Tipo
Ambiente
Esportivo
Quadra
1
Quadra Coberta1
Bloco
Comprimento Largura
1
1
30,00
30,00
18,00
18,00
Perfil da Comunidade
Através de questionário formulado pela equipe de elaboração do PPP
composta por representantes de todos os segmentos da Escola, diagnosticou-se a
Comunidade Escolar, como tendo as seguintes características:
A clientela é bem diversificada social, cultura, étnica e economicamente,
repercutindo na visão heterogênea de educação tanto do aluno como da família. O
envolvimento e participação mais efetivos são de famílias com maior grau de
instrução e esclarecimento sobre educação, desenvolvimento e cidadania.
Das respostas obtidas, 40% dos alunos são oriundos da Zona Rural e 60%
da Zona Urbana. Moram em sua maioria com pai e mãe, mas percebe-se uma
grande incidência de desagregação conjugal e descomprometimento de
responsabilidades definidas sobre a prole vindo a refletir em problemas sociais de
convívio e valores na escola.
A renda média das famílias que compõe a comunidade escolar é de meio
salário mínimo (26%), 1 a 3 salários mínimos (46%); outros de 3 a 5 salários
mínimos (21%) e o restante com renda superior.
No âmbito das relações entre escola e comunidade, apesar das várias
atividades organizadas a nível escolar, conclui-se que há pouco envolvimento e
comprometimento da comunidade e dos próprios alunos com a escola. Os pais
visitam a escola, para acompanhamento do rendimento escolar, acompanham e
participam de decisões em Assembleias e conhecem o funcionamento do sistema
de ensino na escola.
Os horários das aulas são organizados com 5 aulas por turno nos períodos:
matutino, vespertino e noturno, obedecendo a Matriz Curricular de cada Modalidade
de Ensino, e as disciplinas são distribuídas e supervisionados pela Equipe
Pedagógica, de acordo com a Proposta Pedagógica vigente.
22
A clientela dos cursos técnicos subsequentes, do período noturno apresenta
características diferenciadas da demais comunidade escolar. Alunos com idade
entre 17 e 50 anos, com ensino médio concluído entre 1993 e 2010, todos
remanescentes de escolas públicas, sendo 7% com curso superior e 6% com
formação técnica em outras áreas.70% dos alunos possuem remuneração própria
nas mais diversas áreas de atuação. Todos tem objetivos claros e definidos com
seu ingresso nos cursos. Os alunos buscam enriquecer seu curriculum, buscam
conhecimento, crescimento, tirar dúvidas em Informática, buscam uma visão mais
ampla em Informática, buscam também aprender sempre mais, qualificar-se para o
mercado de trabalho, superar seus limites, boa formação profissional, acesso a
melhores empregos, a concursos, conhecimento teórico e prático, enfim, um futuro
melhor.
23
2 – OBJETIVOS GERAIS
24
O Colégio Estadual Barão de Antonina Ensino Fundamental, Médio e Normal
tem por finalidade, atendendo ao Disposto nas Constituições Federal, Estadual e
demais diretrizes emanadas da SEED-PR ministrar o Ensino Fundamental
(correspondente ao 6º até o 9º ano) e o Ensino Médio,bem como o Ensino Técnico
Profissional, observada a legislação e normas especificamente aplicáveis:
O Ensino Fundamental, obrigatório e gratuito, tem por objetivo a formação
básica do cidadão, mediante:
I.
desenvolvimento da cognição, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II.
a compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos
espaços e das relações socioeconômicas e políticas, da
tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios em que se
fundamentam as sociedades;
III.
o fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das
relações em que se assenta a vida social;
IV.
a valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações
com os contextos nacional/global;
V.
o respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação
sexual, de credo, de ideologia e de condição socioeconômica;
O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de
três anos, tem como finalidade:
I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II. a formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo
em que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à
sua transformação;
III. o aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética,
autonomia intelectual e pensamento crítico;
IV. a compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas
dimensões filosófica, artística e científica, em sua interdependência nas
diferentes disciplinas;
A Educação Profissional, em nível médio, desenvolvida de forma integrada
ao Ensino Médio visa a formação humana para apreensão dos conhecimentos
sócio-históricos, científicos e tecnológicos e tem como finalidade:
I. articulação com a Educação básica;
II. o trabalho como princípio educativo;
III. integração com o trabalho, a ciência, a cultura e a tecnologia;
IV. estímulo à educação permanente e contínua
25
V. O objetivo principal do Curso de Formação de Docentes , consiste em
fornecer uma educação que tenha o trabalho como princípio educativo, que
considere o homem em sua totalidade histórica e articule o trabalho manual
e intelectual, integrando-o ao Ensino Médio, formando pessoas que
compreendam a realidade e possam atuar como profissionais.
VI. Os objetivos principais do Curso Técnico em Administração Integrado e
Subsequente, são:
a) Organizar experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos críticos
e conscientes, capazes de intervir de maneira responsável na sociedade em
que vivem;
b) Oferecer um processo formativo que assegure a integração entre a formação
geral e a de caráter profissional de forma a permitir tanto a continuidade nos
estudos como a inserção no mundo do trabalho;
c) Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e sociais
estabelecendo uma abordagem integrada das experiências educativas;
d) Oferecer um conjunto de experiências teóricas e práticas na área com a
finalidade de consolidar o “saber fazer”;
e) Destacar em todo o processo educativo a importância da preservação dos
recursos e do equilíbrio ambiental;
f) Propiciar conhecimentos teóricos e práticos amplos para o
desenvolvimento de capacidade de análise crítica, de orientação e execução
de trabalho na área de administração;
g) Formar profissionais críticos, reflexivos, éticos, capazes de participar e
promover transformação no seu campo de trabalho, na sua comunidade e na
sociedade na qual está inserido.
VII. Os objetivos principais do Curso Técnico em Informática Integrado e
Subsequente, são:
a) Organizar experiências pedagógicas que levem à formação de sujeitos
críticos e conscientes, capazes de intervir de maneira responsável na
sociedade em que vivem;
b) Oferecer um processo formativo que assegure a integração entre a
formação geral e a de caráter profissional de forma a permitir tanto a
continuidade nos estudos como a inserção no mundo do trabalho;
c) Articular conhecimentos científicos e tecnológicos das áreas naturais e
sociais estabelecendo uma abordagem integrada das experiências
educativas;
d) Oferecer um conjunto de experiências teórico-práticas na área de
informática com a finalidade de consolidar o “saber fazer”;
e) Formar para o exercício da cidadania, com entendimento da realidade
social, econômica, política e cultural do mundo do trabalho, para a atuação
de forma ética como sujeito histórico;
f) Proporcionar a formação de um profissional capaz de identificar os
elementos básicos da informática, os sistemas operacionais, as diferentes
26
linguagens de programação e os elementos de qualidade de softwares,
multimídia, conhecimento técnico para aperfeiçoar e desenvolver a
automação das tarefas relacionadas ao cotidiano da vida profissional;
g) Preparar profissional de nível técnico com capacidade para criar e manter
projetos de softwares simples;
h) Fornecer ao educando a competência para preparar o ambiente
computacional para instalação/operação de sistemas;
i) Formar profissional com competência para especificar sistemas
computacionais;
j) Destacar em todo o processo educativo a importância da preservação dos
recursos e do equilíbrio ambiental.
O Colégio tem como 2º objetivo desenvolver suas funções de escola numa
gestão compartilhada, tendo como princípios norteadores a igualdade de
condições, a gestão democrática, a liberdade e a valorização dos
trabalhadores em educação, sempre voltados ao sucesso do aluno contando
com o envolvimento da comunidade escolar.
Como 3º grande objetivo, o Colégio tem a intenção de garantir nas suas
possibilidades a efetivação deste Projeto Político Pedagógico enquanto
articuladora, inovadora, viabilizadora, ética, identificadora e desafiadora,
aplicando sempre seus recursos de forma justa atendendo as prioridades da
comunidade escolar e do estabelecimento.
27
3 – MARCO SITUACIONAL
28
Análise dos dados estatísticos da Escola - Aprendizagem
Rendimento/Movimento Escolar - 2004
Fonte: SERE/ABC
Data: 11/03/2005
Ensino
Fundamental
Médio
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Aprovação
88,60%
10,00%
83,20%
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
1,20%
6,50%
10,20%
Rendimento/Movimento Escolar - 2005
Fonte: SERE/ABC
Data: 26/02/2006
Ensino
Fundamental
Médio
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Aprovação
74,30%
21,00%
72,30%
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
4,60%
17,10%
10,40%
Rendimento/Movimento Escolar - 2006
Fonte: SERE/ABC
Data: 26/02/2007
Ensino
Fundamental
Médio
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Aprovação
86,10%
11,90%
82,10%
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
1,90%
8,00%
9,80%
Rendimento/Movimento Escolar - 2007
Fonte: SERE/ABC
Data: 26/02/2008
Ensino
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
29
Fundamental
rovação
81,30%
17,00%
Médio
80,70%
13,10%
1,50%
6,00%
Rendimento/Movimento Escolar - 2008
Fonte: SERE/ABC
Data: 26/02/2009
Ensino
Fundamental
Médio
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Aprovação
84,90%
11,80%
71,00%
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
3,20%
14,60%
14,30%
Rendimento/Movimento Escolar - 2009
Fonte: SERE/ABC
Data: 26/02/2010
Ensino
Fundamental
Médio
Form.
Docentes
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Aprovação
83,70%
14,60%
74,90%
88,80%
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
1,50%
15,70%
7,80%
9,30%
3,20%
Rendimento/Movimento Escolar - 2010
Fonte: SERE/ABC
Data: 26/02/2011
Ensino
Fundamental
Médio
Form.
Docentes
Rendimento Escolar
Taxa de
Taxa de Reprovação
Aprovação
84,0%
13,0%
75,0%
87,80%
15,0%
8,80%
Movimento Escolar
Taxa de Abandono
1,0%
10,0%
3,20%
30
Dados IDEB observados entre 2005 e 2009
IDEB observado e projetado
Escola
C E Barão de Antonina – E Fund Méd Norm
2005
2007
2007
2009
2009
3,4
4,0
3,4
3,9
3,6
Dados ENEM 2009
Escola
C E Barão
de
Antonina
– E Fund
Méd
Norm
Média em
Média em
Média
Média em Média em
Linguage
Ciências Média nas Média
Total
Matemáti Ciências
ns e
da
Objetivas Redação (Redação+
ca
Humanas
Códigos
Natureza
Objetivas)
488,17
486,06
487,34
468,47
482,51
605,65
544,08
Percebe-se uma grande modificação de desempenho entre os anos de 2006
a 2009, tanto nas taxas de aprovação e reprovação quanto nas taxas de abandono.
No Ensino Fundamental, e no Médio houve uma diminuição da taxa de reprovação e
consequentemente, aumento na taxa de aprovação. Resultados oscilam nos anos
letivos.
Em nossa análise isso se deve a diversos fatores descritos a seguir:
- Adaptação à média mínima 6,0 para aprovação e modificação do sistema de
avaliação das séries iniciais do Ensino Fundamental no âmbito municipal.
- A escola vem desenvolvendo trabalho pedagógico de modo a acompanhar os
professores e alunos envolvendo os pais desde o 1º bimestre nos resultados de
desempenho dos alunos, chamando à responsabilidade também a família. No
período vespertino os pais são mais presentes. No período matutino, onde a
clientela é na maioria da zona rural, os pais participam menos alegando
dificuldades em se deslocar até a escola. Sempre motiva-se para usarem outros
meios de contato e de acompanhamento, mas a cultura da comunidade rural é
diferente em relação à escola. Assim, planeja-se atividades e encaminhamentos
que não chegam a ser concluídos pela ausência dos alunos. Gera então uma
dicotomia teoria/prática e que a escola vêm desenvolvendo um trabalho desde
2006, também trabalhando para resultados diferentes e mudança de quadro
estatístico neste aspecto.
31
-
-
-
-
Outros pontos foram levantados junto à Comunidade escolar, sendo alguns
considerados de avanço para a qualidade de ensino e outros que se tornam
desafios para serem superados:
Baixos índices em avaliações institucionais, como na Olimpíada de Matemática
(OBMEP), mesmo que gradativamente a média de acertos tenha melhorado.
(2009 – nº máximo de acertos = 11 pontos; 2010 – nº máximo de
acertos=15pontos) e 2011 – nº máximo de acertos=15 pontos). Média de 70%
dos alunos pontuaram entre 5 a 8 pontos, o que considera-se muito aquém dos
objetivos. Um dos fatores para esses índices é a falta de empenho dos alunos e
falta de motivação pelos professores e equipe pedagógica a esses alunos, pois a
escola não os desafia de forma significativa. Os resultados são reflexo de uma
atividade como outra de um dia comum de aula. Aspecto que a escola já se
propôs a rever enquanto conscientização e sensibilização.
Os índices do IDEB, com a Prova Brasil manteve-se nas metas projetadas
quando a partir de 2006 a meta proposta pela escola foi de superação.
Percebeu-se pouca superação em 2007,evidenciando da meta 3,4 para o
observado 4,0. No entanto, em 2009 os índices se equipararam. Pesquisando
possíveis causas, constatou-se erro de entrega de gabarito correspondente à
avaliação, o que prejudicou mais de 1/3 do grupo avaliado. No momento não foi
possível substituição dos cartões ou retomada pois, segundo o avaliador, isso
não era possível. Os alunos se desmotivaram para terminar o restante das
avaliações pois com gabaritos trocados não espelharia a realidade e isso
influenciou nos resultados do IDEB 2009 de forma considerável. Os resultados
do ENEM 2009 poderiam ser melhores. Na média total a escola destacou-se
com o melhor resultado das escolas públicas do município. A média na redação
ficou com 605,65 pontos superando inclusive instituições de ensino particular.
Constatou-se também que os alunos que ingressam na 5ª série do ensino
fundamental demonstram conhecimento básico com mais desempenho,
apresentando criticidade com argumentação, mais organização na escrita, leitura
com mais qualidade e com hábitos de estudos.A escola tem um
encaminhamento diferenciadocom os alunos que chegam e não conhecem
nosso espaço. Aos pais é direcionada uma entrevista (informal) diferenciada e
com as turmas de 6º ano é programado anualmente uma recepção onde num
primeiro momento, os alunos são apresentados à escola enquanto espaços
físicos e localizações de dependências, funcionários e algumas funções
(básicas) e, desde a distribuição de aulas, se orienta a partir de reuniões
pedagógicas e replanejamentos, os professores que melhor de adéquam ao
trabalho com alunos mais novos.A Equipe Pedagógica realiza acompanhamento
mais estreito com vistas ao melhor acolhimento possível. Diagnósticos são
realizados pelos professores para posterior análise do aprendizado. Tenta-se
proporcionar a melhor adaptação possível tendo em vista que a sistemática
(vários professores e disciplinas específicas com estes) é diferente do que
ocorre nas séries iniciais. O acompanhamento com o trabalho pedagógico dos
professores parte das premissas levantadas nos diagnósticos das turmas tendo
como base o PPP e suas concepções de educação, ensino, aprendizagem,
avaliação, dentre outros.
Destaca-se também as ofertas de novos cursos para a comunidade escolar
resgatando uma tradição do Colégio desde a década de 1950, vindo a abrir
novas oportunidades para quem busca aprofundamento através de cursos
32
-
-
-
técnicos, ampliando opções com os cursos técnico em informática e técnico em
administração, a partir de 2010. Acrescenta-se neste ítem a oferta da Língua
estrangeira moderna – espanhol, com a abertura do CELEM também neste ano.
A escola tem a intenção de abrir cursos também pelo PROEJA, pela procura e
interesse inclusive de grupos trabalhadores que necessitam de atualização
escolar e maior qualificação, mas que não possuem ensino médio completo.
Há também grande participação em atividades coletivas por alunos, professores,
funcionários, equipe pedagógica e direção. Citamos como exemplo de
atividades, a gincana da higienização interna feita durante o 2º semestre, como
prevenção de disseminação de vírus, bactérias e fungos, reforçando a higiene
pessoal e cuidados com a saúde individual.
Outro fator importante a se destacar é a relação humana bem significativa entre
as instancias colegiais, dentro da comunidade escolar e em especial dentro da
escola no seu dia a dia o que mantém um índice de boa convivência, respeito
com o outro vindo a refletir na qualidade de vida no espaço escolar.
Existência de democracia mediante autonomia com ética, vindo a refletir num
trabalho mais responsável e com maior segurança dentro da escola.
Destacam-se alguns pontos preocupantes onde a escola busca soluções, sendo:
Necessidade de maior comunicação entre o NRE e a Escola, o que em 2011
vem melhorando.
Falta de divulgação efetiva e constante de pontos positivos relacionados à
escola e ao trabalho escolar.
Falta de métodos diferenciados para uma clientela específica (deficiências
físicas, sociais e comportamentais).
Falta um pouco mais de informação sobre a clientela, principalmente casos
específicos que necessitam trabalho adaptado.
Falta maior organização de tempo escolar para atendimentos pedagógicos
específicos.
Descumprimento de regras estabelecidas pelo grupo.
Alunos com baixo desempenho e que não reagem às tentativas de solução
propostas pela equipe pedagógica, professores e pais. Analisando os prováveis
fatores que evidenciam esses índices levantou-se questões familiares, de saúde
e sociais onde constatou-se que esses alunos vem de família desestruturada,
alguns com passagem e acompanhamento do Conselho Tutelar
Formação Inicial e Continuada de Professores e Funcionários:
O Colégio Estadual “Barão de Antonina”, por primar pela qualidade do ensino
nele ministrado e, por entender que o principal agente da qualidade é o professor,
sempre articula com seu grupo formas de viabilizar o aperfeiçoamento e
capacitação de seu quadro.
Assim, todas as ações planejadas, desde reuniões pedagógicas periódicas,
bem como grupos de estudos internos, e grupos de estudos em forma de cursos
com certificados de capacitação são oferecidos anualmente pelo Colégio. Também
a divulgação e incentivos constantes para participação em cursos seminários
ofertados a nível de Estado, são efetivados. A participação em Seminário de
33
Educação inclusive o que o município anualmente realiza, são incentivados e
programados para que todos participem.
A Escola acredita que é pela atualização que o aperfeiçoamento perpassa,
onde reflexões, decisões e sedimentações de metodologias e avaliações se
efetivam e repercutem em mudanças de posturas na práxis da educação. Entendese que não é a teoria por ela mesma e nem a prática por si só que farão acontecer
uma escola para a vida onde o saber sistematizado e o uso da melhor forma
possível deste, levarão à construção da cidadania de fato.
Portanto a base das discussões e das intenções é unir o conhecimento
teórico à contextualização, pois a escola precisa ser dinâmica e mais do que
qualquer outra instituição estar atualizada no modo de utilizar os conhecimentos
produzidos pela sociedade assim como selecionar os que dão suporte mais
concreto à busca dos demais que se utilizarão no decorrer da vida.
A nível de graduação o quadro de pessoal é todo capacitado nas suas áreas,
onde a escola entra com papel fundamental de incentivador para especializações
nas áreas afins ou de interesse de cada profissional. Na medida em que
financeiramente o profissional consegue se organizar tem feito e estão fazendo
cursos a nível de pós graduação, vindo a escola agregar qualidade no ensino que
oferta.
Através de seus profissionais, sempre amplia visões e conceitos
principalmente sobre o ser humano, seu desenvolvimento suas características e
particularidades, seus anseios, angústias e necessidades e a nível pedagógico,
estas questões, são fundamentais quando mais aprofundadas e definidas para se
desempenhar a função do ato de ensinar tendo-se claro o tipo de cidadão que se
quer formar.
O grupo de professores solicita à SEED ou NREAM-Sul, possibilitar aos
professores aperfeiçoamentos por escolha. Exemplo: Curso de Línguas, além dos já
oferecidos independente de áreas, disponibilizando recursos ou bolsas, pois o
profissional não dispõe desses recursos diante da demanda que exige o custo de
vida atual. Ressalta-se que, se o profissional estiver melhor capacitado, melhor
desempenho profissional também, e ainda, estará mais incentivado, determinado,
sentindo-se mais realizado.
Organização do Tempo escolar
A organização do calendário escolar e distribuição de aulas semanais
são de acordo com a carga horária anual. A disposição dos horários é adequada
à comunidade escolar.
No Colégio Estadual Barão de Antonina o Ensino Fundamental e Médio são
oferecidos de forma regular, seriada, com emissão de médias bimestrais, com
cumprimento dos 200 dias letivos e no mínimo 800 horas anuais estabelecidos por
Lei.
Na Educação Profissional, são oferecidos o Curso de Formação de Docentes
em duas Modalidades: Na Modalidade Integrada, o Curso é regular, seriada com 4
anos de duração. Na modalidade Sub-sequente, o curso é regular, semestral com
duração de 5 semestres, onde também são garantidos os dias letivos e as horas
aulas estabelecidos por Lei.
34
São também oferecidos o Curso Técnico em Informática em duas modalidades:
Na modalidade integrada, o Curso é regular, seriado, com 4 anos de duração. Na
modalidade Subsequente, o curso é regular, semestral com duração de 3
semestres, onde também são garantidos os dias letivos e as horas aulas
estabelecidos por Lei.
Também são oferecidos o Curso Técnico em Administração em duas
modalidades: Na modalidade integrada, o Curso é regular, seriado, com 4 anos de
duração. Na modalidade Subsequente, o curso é regular, semestral com duração de
3 semestres, onde também são garantidos os dias letivos e as horas aulas
estabelecidos por Lei.
35
Os horários das aulas em cada período são:
Manhã
07:30h – 08:20h : 1ª aula
08:20h – 09:10h : 2ª aula
09:10h – 10:00h : 3ª aula
10:00h – 10.15h : intervalo
10:15h – 11:05h : 4ª aula
11:05h – 11:55h : 5ª aula
Tarde
13:00h – 13.50h : 1ª aula
13:50h – 14:40h : 2ª aula
14:40h – 15:30h : 3ª aula
15:30h – 15:45h : intervalo
15:45h – 16:35h : 4ª aula
16:35h – 17:15h : 5ª aula
Noite
18:50h – 19:40h : 1ª aula
19:40h – 20:30h : 2ª aula
20:30h – 21:20h : 3ª aula
21:20h – 21:30h : intervalo
21:30h – 22:20h : 4ª aula
22:20h – 23:10h : 5ª aula
36
Equipamentos Físicos e Pedagógicos
Descrição do Material
ANTENA PARABÓLICA
EPISCÓPIO
APARELHO DE DVD
RETROPROJETOR
TELEVISOR A CORES 20"
TELEVISOR A CORES 29"
TELEVISOR A CORES 21" – FUNDEF
VíDEO CASSETE 4 CABEÇAS CINERAL
VÍDEO CASSETE 5 CABEÇAS-FUNDEF
APARELHO DE SOM COM CD
SUPORTE PARA VÍDEO E TV
BATEDEIRA SEMI-IND.12LTS.FUNDE
FOGÃO A GÁS COM 6 BOCAS-PROEM
FOGÃO SEMI-IND. 4 BOCA E FORNO
FREEZER HORIZ.152 LITROS USADO
FREEZER 300 LITROS – PLC
LIQUIDIFICADOR IND. CAP. 4 LTS
BOTIJÃO DE GÁS VAZIO CAP.13 KG
ESTANTE METÁLICA SIMPLES
MAQ. ESC. ELETRONICA OLIVETTI
IMPRESSORA JATO TINTA
MICROCOMPUTADOR
MONITOR 14" GLOBO TERRESTRE FÍSICO
GLOBO TERRESTRE POLITICO
LEIS DE HOM
CADEIRA ESTOFADA FIXA C-1
CONJ.MOV.CINEMÁTICA E DINÂMICA
CONJUNTO DE TERMOLOGIA
CONJUNTOS DE ÓTICA E ONDAS
MESA ESCRIVANINHA C/2 GAVETAS
CARTEIRA DO PROFESSOR VERDE
MESA DE LEITURA E BIBLIOTECA
MESA DE REUNIÃO MOD. MR-FMI-1
ARMÁRIO AÇO 2 PORTAS
MESA DE COPA - PROEM
Quantidade
1
1
10
2
2
13
1
2
1
3
2
1
1
1
1
1
1
6
2
1
4
10
10
1
1
1
13
1
1
1
1
12
15
1
15
1
Material Didático – Pedagógico:
O Colégio possui em seu acervo, disponível para o corpo docente e alunos,
02 kits Construção Geométrica para Professor – em madeira contendo: transferidor,
compasso, régua, esquadros 45º e 30º, 01 planetário 220V com encarte sistema
solar, 02 Microscópio óptico, 10 Ábacos em madeira; 05 caixas com disco de
frações com 24 peças cada; 10 Caixa tangran, com 10 tangrans cada; 10 Caixa
Dominó divisão com 28 peças cada; 10 Caixa Dominó Adição com 28 peças cada;
37
10 Caixas Dominó Subtração com 28 peças cada; 10 Caixas Dominó Multiplicação
com 28 peças cada; 01 Caixa Barras e Medidas com 110 peças; 02 Caixas Bloco
Lógico com 48 peças cada, 01 Caixa Sólidos Geométricos com 11 peças; 01 Dorso
Bissexual 60cm; 01 Caixas de Medidas de Tempo contendo 02 relógios
despertadores à corda; 07 Quadros para Relógio; 06 Caixas com Réguas de
Frações de até 10 divisões; 01 Saco de números e sinais de Matemática com 40
peças; 03 Encartes com 20 módulos cada, de moldes geométricos; 50 fitas de vídeo
de Fundação Roberto Marinho para o Ensino Médio e 25 para o Ensino
Fundamental envolvendo diferentes disciplinas, 10 fitas da História da Arte, 5 fitas
de Educação Física, 3 kits multimídia( áreas de Ciência )
Os equipamentos como os materiais didáticos-pedagógicos estão em boas
condições de uso e também estão a disposição permanentemente de todos os
professores do estabelecimento de ensino.
Relações de Trabalho na Escola
A relação de trabalho na escola é boa. Na medida do possível o diálogo
sempre está presente entre direção, professores, funcionários, pais e alunos.
Existem instâncias diferentes as quais interagem com as demais e desempenham
sua função específica.
Os professores, no geral, sugeriram neste item que:
Deverá a Equipe de Direção e Equipe Pedagógica, serem representação de
tudo aquilo que é determinado ao aluno como boa conduta, direitos e obrigações,
tais como:
- o não uso de tabagismo nas dependências da escola;
- cumprimento de horários corretamente;
- uso de um “uniforme”;
- bom humor e determinação;
- busca de alternativas para problemas corriqueiros;
- pensar e criar alternativas para aplicabilidade de conteúdos e busca de interesse
de alunos, como participação de feiras, amostras, concursos, mudanças na
escola, etc.
- flexibilização do horário da Biblioteca e Orientação Pedagógica para o uso dos
alunos, pais e professores, antes do horário regulamentar e recreios;
- quando necessário, agendar para atender em turnos alternativos
- organização do pátio da escola: limpeza, jardinagem, bancos.
I - Gestão Democrática O Colégio Estadual “Barão de Antonina“ - Ensino
Fundamental, Médio e Normal, segundo seu Regimento Escolar tem como base de
sua gestão administrativa – pedagógica, a participação de toda a comunidade
escolar através de seus órgãos colegiados com representação igualitária seguindo
os princípios constitucionais e legais.
Seus Diretores são eleitos pela comunidade escolar, havendo participação
efetiva na forma como se organiza e se desenvolve o trabalho educativo, o qual se
expressa essencialmente em uma crescente participação política na construção da
igualdade social.
38
Em sua atual estrutura organizacional, o Colégio é composto pelo Conselho
Escolar, Equipe de Direção, Equipe Pedagógica, Equipe Administrativa e
Associação de Pais , Professores e Funcionários como órgão complementar.
II – Equipe de Direção: composta pelo Diretor e Diretor Auxiliar.
Responsável pela gestão dos serviços escolares no sentido de garantir o alcance
dos objetivos educacionais do estabelecimento conforme a Proposta Pedagógica.
III – Organização Pedagógica: é responsável pela coordenação,
implantação e implementação das Diretrizes Pedagógicas emanadas da SEED. É
composta dos seguintes setores:
A ) Equipe Pedagógica : tem como função a coordenação e apoio das
atividades do Corpo Docente e da Biblioteca Escolar, no desenvolvimento da
proposta pedagógica, dos projetos pedagógicos e da avaliação pedagógica
conjunta, visando a qualidade e eficiência no desempenho do trabalho pedagógico;
Avaliar a adaptação e bem estar do aluno na escola ou em seu grupo, visando o
desenvolvimento de sua personalidade, seu encaminhamento vocacional e
profissional, a afirmação de valores pessoais e sociais com a cooperação da escola,
família e demais órgãos competentes, objetivando o desenvolvimento integral do
aluno. As normas de convivência, bem como a relação calorosa aos alunos e pais
retrata o tratamento mais adequado possível para eventuais situações problemas.
Na medida de necessidades insistentes ao esgotamento de articulações a nível
escolar e familiar são feitos encaminhamentos a acompanhamento mais específicos
por profissionais competentes visando sempre o avanço e desenvolvimento do
educando e em consenso ou a pedido familiar pois a gestão passa por decisões
sempre compartilhadas e analisadas em prol do aluno.
B) Corpo Docente : É constituído pelos professores do estabelecimento,
cujas funções incluem: cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar,
manter e fazer manter a disciplina em sala de aula e fora dela, participar das
atividades extra classe e reuniões de estudos, pedagógicas, encontros, cursos
seminários, reunião de pais; registrar as atividades desenvolvidas, promover planos
de recuperação aos alunos de baixo rendimento, elaborar e cumprir o planejamento
de atividades para o ano letivo, procurar desenvolver e/ou aprimorar no aluno os
objetivos propostos em sua disciplina, empenhar-se pela educação integral do
educando; coibir qualquer forma de discriminação ou preconceito .
Há também que se destacar o desenvolvimento dos Projetos Especiais
(explicitados ao final desta proposta) com ênfase interdisciplinar e que enriquecem a
consideravelmente a avaliação global do aluno sendo registrados na análise do
desenvolvimento dos objetivos pertinentes desta Proposta.
C) Biblioteca : É um espaço pedagógico cujo acervo está a disposição de
toda a comunidade escolar durante o horário de funcionamento do Colégio . É
administrada por profissional indicado pela SEED e tem como função primordial
favorecer e estimular a leitura e o acesso à informação entre os educandos.
IV – Equipe Administrativa : é o setor de suporte ao funcionamento de todos os
setores do Estabelecimento de Ensino, é composta dos seguintes:
39
A) Secretaria : órgão responsável pela escrituração, documentação escolar
e correspondência do estabelecimento. Seus serviços são coordenados e
supervisionados pela Direção ficando a ela subordinados.
B) Quadro de Auxiliar de serviços gerais : Tem como função a
manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do
estabelecimento sendo coordenado e supervisionado pela Direção,
ficando a ela subordinado.
V – Órgãos complementares:
Associação de Pais e Mestres: tem por finalidade promover o intercâmbio
entre a família do aluno, corpo docente , técnico –pedagógico, administrativo e
direção do estabelecimento; propor e auxiliar em medidas que visem o
aprimoramento do trabalho pedagógico e assistência do corpo Discente.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários está devidamente registrada,
com Estatuto aprovado e possui o CNPJ sob nº 00680.963/0001-83.
Apêndice da APMF, existe o Clube de Mães para troca de experiências, de
conhecimentos e colaboração com a escola através da APMF no que ela necessitar.
A APMF, atua de forma dinâmica e participativa no âmbito da escola auxiliando no
que lhe compete: gerar e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhe
forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades
estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, tomando decisões e
acompanhando o recebimento e a aplicação de verbas recebidas e arrecadadas em
prol da melhoria da qualidade do ensino e do ambiente escolar que carece de
constante. Representa os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo
dessa forma, para a melhoria da qualidade de ensino, visando uma escola pública,
gratuita e universal. Presta assistência aos educandos, professores e funcionários,
assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a
Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino.
VI – Corpo discente: Constituído pelos alunos regularmente matriculados no
estabelecimento. Estes e/ou seus responsáveis legais no ato da Matrícula
comprometem-se a cumprir as normas do estabelecimento contidas no Regimento
Escolar. A clientela neste quadro é bastante diversificada se evidenciando na escola
suas experiências sociais, emocionais e afetivas.
OBS - Conta também com o trabalho de apoio do Conselho Tutelar,
empresas e órgãos governamentais e não-governamentais. O Conselho Tutelar,
assim como a Equipe Pedagógica têm sido eficientes no resgate de alunos que se
evadem da escola. É direito da criança o acesso e a permanência na escola mas, é
dever dos pais e comunidade propiciarem ao aluno condições para que ele, com
sucesso, se desenvolva como cidadão, dentro dos padrões de qualidade
educacional os quais a escola prioriza.
Participação dos pais
40
A participação dos pais nas ações de gestão democrática, embora
incentivada pela Direção, Equipe Pedagógica e Professores, é bastante tímida em
relação à clientela do período matutino. Se limita na maioria das vezes, em
comparecer para reuniões de entrega de boletins, quando a Equipe Pedagógica
solicita a presença para tratar de assuntos disciplinares, ou em eleições para
Direção (onde tem presença considerável). Em relação à clientela do período
vespertino, os pais são bem mais presentes, vindo a acompanhar com mais
frequencia o desempenho de seus filhos.
Alguns pais, não incentivam suficientemente os filhos para o estudo, e não
criam um clima favorável ao estudo em casa, não dão condições à compra de livros,
de revistas, e muitas vezes o próprio auxílio da bolsa família, é utilizado para outros
fins, deixando a cargo da própria escola a providência de adquirir o material escolar
e uniforme. Existem também casos, em que os pais do interior solicitam que os
filhos saiam durante o período de aula para realizar tarefas de cunho particular,
como: pagar contas, ir ao dentista, fazer compras, etc.
Os pais que fazem parte da APMF e do Conselho Escolar têm presença
regular nas reuniões e sempre que solicitados, mas não se percebe a formação de
liderança forte, que possa interferir, ou ajudar a escola de maneira mais efetiva em
sua gestão.
Existem alguns casos em que é necessário a interferência do Conselho
Tutelar para garantir a presença dos pais na escola, pois percebe-se que em
algumas famílias devido à desestrutura, os pais delegam toda a responsabilidade da
educação dos filhos à escola, furtando-se até de responsabilidades básicas como o
acompanhamento acadêmico, disciplinar, e de conduta social.
41
Contradições e conflitos presentes na prática docente.
No Colégio Barão de Antonina a prática docente encontra algumas
dificuldades, relacionados a materiais específicos e espaço físico ( laboratórios,
salas de aula ). Também encontramos dificuldades na atualização de proposta
pedagógica curricular escrita e partilhada com a escola principalmente para
atualização do PPP., bem como tempo para leitura e reflexão conjunta.
Considerando que nossos professores trabalham, em sua maioria em outras
escolas, e até em outro estado ( Santa Catarina ), temos problemas quando temos
reuniões, cursos, Conselhos de Classe, pois os professores muitas vezes não
conseguem comparecer 100% pois estão em outras escolas. Outro problema
referente aos professores envolve o descumprimento de regras estabelecidas pelo
grupo e o descumprimento de prazos acordados em reuniões.
Com relação ao Conselho de Classe, se participa mas ainda é tímida uma
análise mais profunda do seu significado, tornando a atuação do professor um
pouco descomprometida no sentido de um planejamento efetivo para tomada de
decisões futuras, ou a definição de ações conjuntas que possam modificar o quadro
atual com empenho de todo o grupo. No momento do Conselho, o professor tem o
seu resultado numérico registrado no Livro de Registro de Classe muitas vezes
ainda a lápis e os pedagogos se incumbem de coordenar os trabalhos com alguns
instrumentos de análise organizados previamente. Tem sido evitado destaque à
razões de ordem individual, disciplinar como fatores que levam aos resultados. No
momento do pré conselho analisa-se o desempenho do próprio profissional, sua
metodologia, currículo, ou até mesmo sua atitude pessoal diante desses resultados,
o que acaba oportunizando momentos de diálogo e reflexão junto do professor
respeitando-se o momento. Também no pré conselho analisa-se o aluno disciplina
por disciplina de forma mais aprofundada. O pré-conselho com(constatações
registradas de alunos e professores) auxilia o momento seguinte, para propor
estratégias pedagógicas conjuntas as quais devem ser efetivadas no bimestre
seguinte e até retomadas, caso as atitudes tenham sido significativas ou ausentes
até então. Está sendo mais tranquilo e o retorno é mais concreto tanto por parte dos
professores como por parte dos alunos tendo em vista que os pais são chamados
até à escola para análise conjunta do processo em alguns casos.
No âmbito pedagógico, a formação e postura do professor interfere no
processo educacional na escola. A continuidade nas concepções educacionais
definidas pela escola exige base científica e técnica dos profissionais da educação
para que as mudanças propostas por esta ou aquela linha pedagógica se efetive de
fato na sala de aula. Constatou-se a partir do ano de 2007 que os professores estão
mais integrados no trabalho pedagógico tendo como princípio a Proposta
Pedagógica e as diretrizes Estaduais. Estão incorporando de uma forma mais
efetiva as concepções do PPP na sua prática. Constata-se pela discussão que
realizam nas reuniões, conselhos de classe, nos encaminhamentos e na riqueza de
materiais produzidos pelos alunos. Fica evidente ainda, a falta de envolvimento mais
eficaz em algumas disciplinas.
Há que se destacar também, a questão disciplinar do aluno, onde no
contexto atual ele se posiciona, questiona, se expressa mais, o que repercute de
forma positiva ou negativa, e que interfere no processo educativo quando a
formação do professor é mais conservadora. Isso requer uma revisão dentro da
formação do professor no momento atual. Um grupo pequeno de professores vem
42
redirecionando sua postura de forma positiva refletindo nos resultados de
desempenho, interesse e dedicação dos alunos.
Na gestão democrática , a discussão e o consenso estão presentes no
momento do discurso vindo a refletir numa responsabilidade conjunta, muitas vezes
essas decisões na prática, são respeitadas, mas nem por todos executadas,
gerando diversidade de direções, critérios, conceitos e atitudes, vindo a dissolver a
solidez de uma definição administrativa.
A proposta de inclusão têm sido discutida e trabalhada com todos os
profissionais da escola com reflexões nos programas de capacitação oferecidos
pela SEED, nas formações continuadas, nas reuniões de planejamento e
replanejamento, nas reuniões Pedagógicas, nos pré conselhos e nos conselhos de
classe. Mas os professores ainda se sentem limitados em sua atuação prática, pois
as reflexões realizadas são feitas geralmente em torno da aceitação do aluno
incluído, definição de políticas, mas no espaço da sala de aula o professor se vê
desamparado, pois não sabe que metodologias utilizar, formas de avaliação,
adequação do currículo, que sejam efetivamente eficazes.
A dificuldade que o professor encontra em lidar com a agressividade,
rebeldia, falta de respeito que cada vez mais está presente na escola, devido à
desestruturação familiar e crise de valores que assola toda a sociedade. Em 2007
iniciou-se um projeto em conjunto com a comunidade, onde pais também participam
trazendo propostas de temas que consideram relevantes. A escola tem a
participação da organização civil e pública neste trabalho onde está se
oportunizando momentos de reflexão junto a psicólogos, assistentes sociais dentre
outros, onde a escola continua esse trabalho com os pais, alunos e professores com
enfoque à cidadania, qualidade de vida, autovalorização, perspectivas e as
interferências nessa formação, pela presença de drogas, falta de limites, autoridade
e responsabilidade sobre o menor. Paralelamente está sendo feito grupos de
adolescentes os quais são trabalhados em horários e locais extras à escola por um
grupo de setor público onde o aluno se inscreve e participa de oficinas com temas
atuais. A presença é significativa e aos poucos os resultados positivos vem
retornando pela preocupação e procura maior dos pais quanto ao acompanhamento
dos filhos na escola. É um início de trabalho que depende de continuidade de forma
efetiva para que seja eficaz. Em 2011 essa caminhada está bem mais sólida. São
feitos trabalhos todos os anos socializando os temas e reflexões com todos. Em
2010 um trabalho muito significativo foi sobre o tema Bulling. Em 2011, o tema em
questão é a paz nas escolas e a não violência, com sensibilização, campanhas,
adesão ao uso da fitinha branca, entre outras atividades voltadas para o tema com a
intencionalidade de redução da prática agressiva, principalmente em ‘brincadeiras’,
conforme argumentam sempre os alunos e redução da intolerância por parte dos
profissionais da educação.
Critérios de organização e distribuição de turmas:
O ensino fundamental, ensino médio e profissional é organizado de forma
seriada. A distribuição e formação de turmas é de frequência mista, em turnos
matutino, vespertino e noturno, com autorização de órgão competente. Para a
formação de turmas, procura-se respeitar o número máximo de alunos por turma,
43
porém no turno matutino isto não acontece devido à falta de salas de aula. É neste
período que existe o transporte escolar para alunos do interior do município.
Respeita-se a ordem cronológica de efetuação de matrícula pelos pais ou
responsável. As modalidades ofertadas pela escola estão distribuídas nos três
períodos, para proporcionar a opção de frequência em um dos três turnos.
Organização da hora/atividade : Problemas e possibilidades:
Com relação a hora/atividade, ela é organizada e distribuída dentro do horário
semanal do professor para ser cumprida na escola. É um momento de estudo,
preparação de aulas, planejamento, pesquisa e troca de ideias e experiências com
colegas e equipe de pedagogos. Deve ser melhor aproveitado pela escola.
44
4 - Marco Conceitual
45
Introdução
Na escola, os conceitos sobre temas geradores da dinâmica escolar sempre
estão sendo discutidos, uma vez que eles refletem a prática do docente na sala de
aula e no processo ensino-aprendizagem como um todo, envolvendo postura
profissional, metodologias, conteúdos, materiais didático/pedagógicos, avaliações,
dentre outros. A partir de vários debates, onde a escola precisou se situar com
relação a sua atual função na sociedade e precisou redefinir seu Projeto Político
Pedagógico, foram geradas novas leituras a partir do marco conceitual da Proposta
Pedagógica anterior, superando estas e projetando novos conceitos com os quais o
corpo docente se identifica e considera pertinentes pois direciona novas
possibilidades dessas práticas docentes, visando principalmente a formação de
cidadania participativa, visando o conhecimento científico,
possibilitando a
interdisciplinaridade com maior clareza, provocando a formação de uma escola
também cidadã. A partir das discussões coletivas, definiu-se as concepções que
mais estreitamente identificaram, nos fundamentos teóricos, os posicionamentos da
Comunidade Escolar, percebidos nas suas falas, questionamentos e posturas que
consideram pertinentes na atuação do profissional da educação visando a função da
escola no contexto da formação do cidadão.
Concepção de Sociedade
Levando-se em conta que cidadão é a pessoa capaz de criar ou transformar,
com outros, a ordem social e a quem cabe cumprir e proteger as leis que ele mesmo
ajudou a criar.
Ainda que a democracia é uma ordem social que se caracteriza pelo fato de
suas leis e suas normas serem construídas pelos mesmos que as vão cumprir e
proteger. A democracia é uma ordem autofundada e, portanto, é uma cosmovisão,
ou seja, ela por si, é uma forma de ver o mundo pois é uma forma que aceita cada
pessoa como fonte de criação de ordem social. Desta forma, a democracia não
pode ser imposta, tem que ser quotidianamente construída, sendo ela, fruto da
decisão de uma sociedade, mesmo que representativa, a qual acredita que é
possível criá-la a partir de uma unidade de propósito e do respeito pelas diferenças
pois, na democracia a ordem social se produz a partir da própria sociedade, onde
são criadas as leis, direta ou indiretamente, pelos mesmos que as vão cumprir e
proteger.
Como a convivência democrática começa quando uma sociedade aprende a
autofundar a ordem social, esta postura e forma de ver e conviver com a sociedade
deve ser ensinada e aprendida.
Isto posto, percebe-se que, não aceitar a responsabilidade pelo que se vive é,
ao mesmo tempo, desobrigar-se da tarefa de transformá-la, colocando na mão do
outro a possibilidade de agir, o que leva à subserviência ao invés de provocar uma
atitude transformadora.
Sabe-se bem que a convivência social, por não ser natural, requer
aprendizagens básicas que devem ser portanto aprendidas, ensinadas e
46
desenvolvidas todos os dias sendo uma tarefa contínua e ininterrupta na vida de
uma pessoa e de uma sociedade.
Isto requer mobilização social vinculada a uma constante participação e,
segundo Chico Witaker, in Rede: “Estrutura alternativa de organização a
participação será mais assumida, livre e consciente, na medida em que os que dela
participem, perceberem que a realização do objetivo perseguido é vital para quem
participa da ação e que o objetivo só pode ser alcançado se houver efetiva
participação.”
E percebe-se que a efetiva participação só ocorrerá se o homem acreditar na
importância de se liberar a energia, a criatividade e o espírito empreendedor das
pessoas e das coletividades pois, a democracia e a produtividade, o mundo
produtivo, estão relacionadas com mentalidades proativas. E essa mentalidade não
é natural, tem que ser educada: é preciso aprender a passar de uma ordem
recebida para uma ordem produzida em cuja aprendizagem o exercício da
criatividade e da proposição fazem parte.
O caminho alternativo, quer seja para uma sociedade inserida na
globalização ampla ou ainda regionalizada, é a postura mediante uma visão
holística, abrangente, analítica e crítica.
E para se organizar uma sociedade com identidade, pautada na sua história e
em seu contexto social geral, o conhecimento científico acumulado e a
conscientização da evolução, consequências, reflexos e interferências vividas e
absorvidas, são o referencial básico para se redefinir ou continuar de forma convicta
e engajada pelo comprometimento de todos, para se consolidar a sociedade
principalmente nas bases que se definiram como alicerce para o avanço e o
amadurecimento da organização social. Só se aperfeiçoa o que se conhece no seu
âmago, mediante a superação do que está posto historicamente, com um
direcionamento voltado para a conquista e a vivência tanto da democracia como da
cidadania, pautada numa filosofia dialética e principalmente na “Ciência das
Riquezas”, (Caporali, 1995) no sentido amplo de riquezas principalmente para uma
sociedade e a própria humanidade.
Desta forma, a educação de uma sociedade a faz justa ou vilã, independente
do movimento histórico nela incutido pois só transforma quem analisa e quem tem
perspectivas de superação e esta conscientização só o conhecimento e a postura
participativa intrínseca na práxis, é que oportunizarão para a verdadeira efetivação
da sociedade organizada.
Concepção de Homem
O homem é um ser em devir, ser inacabado, incompleto em uma realidade
igualmente inacabada formando duas condições: de ser e de estar mas igualmente
dinâmicas pelo processo contínuo de transformação em que se encontram: homem
e realidade.
Segundo Freire, “os homens têm consciência de que são incompletos, e
assim, nesse estar inacabados e na consciência que disso têm, encontram-se as
raízes mesmas da educação como fenômenos, puramente humano”.
(Conscientização Marxista).
47
Na medida em que o homem vai se percebendo parte integrante da sociedade e vai
percebendo que as contradições sempre se fazem presentes nessa sociedade, ele
começa a perceber que em seu atual modo de vida, na passividade, é impossível se
conciliar a sua vocação de ser plenamente homem, ou seja, de conquistar sua
cidadania.
Percebe então que além da opressão, da imobilidade, existe o diálogo, e por ser
um ser social por natureza, dotado de inteligência, de capacidade de planejamento,
análise e empatia, percebe o diálogo como meio de encontro entre os homens,
mediatizados pelo mundo, para designá-lo.
Ainda segundo Freire, “se ao dizer suas palavras, ao chamar ao mundo, os
homens o transformam, o diálogo impõe-se como o caminho pelo qual os homens
encontram seu significado enquanto homens; o diálogo é, pois, uma necessidade
existencial.” (Conscientização marxista, p.82).
Refere-se aqui, ao homem como o ser em construção, em busca de uma
educação que lhe propicie uma preparação técnica e ética de modo que, na sua
consciência, ele consiga vivenciar o que vivencia e aprende, ao mundo do trabalho
e à prática social, consolidando essa construção com o efetivo exercício da
cidadania pela sua situação de um ser participativo no contexto histórico social em
que vive.
O homem de diálogo é crítico e sabe que embora tenha poder de criar e de
transformar tudo, numa situação completa de alienação, de poder, pode-se impedir
este mesmo homem de fazer uso dessa sua situação de consciência.
Assim é necessário que a escola pública, através de sua construção mediatizada
pelo diálogo, defina também a concepção de homem que deseja formar de forma
coletiva; e a visão que se consolida, é o auxílio na construção de um homem que
consiga exercer sua cidadania, pelo conhecimento adquirido; que seja humanizado
sabendo refletir e se superando passe para o agir, através do pensamento crítico
desenvolvido, tendo como resultado sua própria conscientização como um ser
inacabado num mundo também assim. Acredita-se que quando se percebe nessa
ordem, se terá um aluno sempre aberto para o movimento sócio histórico em que
vive, questionador, participante e também mentor do mundo do qual faz parte, pelo
conhecimento científico apropriado, mas humanizado com os preceitos da ética
adquiridos.
Concepção de Desenvolvimento da Criança e do Adolescente
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A PSICOLOGIA DO
DESENVOLVIMENTO
AFETIVIDADE: ALGUNS CONCEITOS
No Dicionário Aurélio (1994), o verbete afetividade está definido da seguinte forma:
“Psicol. Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de
emoções,sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou
prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou
tristeza.” Portanto, a afetividade exerce um papel fundamental nas correlações
psicossomáticas básicas, além de influenciar decisivamente a percepção, a
memória, o pensamento, a vontade e as ações, e ser, assim, um componente
essencial da harmonia e do equilíbrio da personalidade humana.
48
Aliás, existe acentuada confusão terminológica em relação à afetividade e ao
grande número de vocábulos associados ao seu conceito. Os estados afetivos
fundamentais são as emoções, os sentimentos, as inclinações e as paixões. A
palavra emoção vem do latim movere, mover-se para fora, externalizar-se. É a
intensidade máxima do afeto.
A emoção é definida assim, pelo Dicionário Aurélio: “Psicol. Reação intensa e breve
do organismo a um lance inesperado, a qual se acompanha dum estado afetivo de
conotação penosa ou agradável”.
A AFETIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Na teoria de Jean Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerando como tendo
dois componentes: o cognitivo e o afetivo. Paralelo ao desenvolvimento cognitivo
está o desenvolvimento afetivo. Afeto inclui sentimentos, interesses, desejos,
tendências, valores e emoções em geral.
Já Vygotsky (apud LA TAILLE, 1992, p. 11), propôs a construção de uma nova
psicologia, fundamentada no materialismo histórico e dialético. Aprofundou seus
estudos sobre o funcionamento dos aspectos cognitivos, mais precisamente as
funções mentais e a consciência. Vygotsky usa o termo função mental para referirse a processos como pensamento, memória, percepção e atenção. A organização
dinâmica da consciência aplica-se ao afeto e ao intelecto.
Conforme La Taille (1992, p. 76), Vygotsky explica que o pensamento tem sua
origem na esfera da motivação, a qual inclui inclinações, necessidades, interesses,
impulsos, afeto e emoção. Nesta esfera estaria a razão última do pensamento e,
assim, uma compreensão completa do pensamento humano só é possível quando
se compreende sua base afetivo-volitiva. Apesar de a questão da afetividade não
receber aprofundamento em sua teoria, Vygotsky evidencia a importância das
conexões entre as dimensões cognitiva e afetiva do funcionamento psicológico
humano, propondo uma abordagem unificadora das referidas dimensões.
Por sua vez, na psicogenética de Henry Wallon, a dimensão afetiva ocupa lugar
central, tanto do ponto de vista da construção da pessoa quanto do conhecimento
(LATAILLE, 1992, p. 85). Para este pensador, a emoção ocupa o papel de
mediadora. O processo de desenvolvimento infantil se realiza nas interações, que
objetivam não só a satisfação das necessidades básicas, como também a
construção de novas relações sociais, com o predomínio da emoção sobre as
demais atividades. As interações emocionais devem se pautar pela qualidade, a fim
de ampliar o horizonte da criança e levá-la a transcender sua subjetividade e inserirse no social. Na concepção walloniana, tanto a emoção quanto a inteligência são
importantes no processo de desenvolvimento da criança, de forma que o professor
deve aprender a lidar com o estado emotivo da criança para melhor poder estimular
seu crescimento individual.
No âmbito da educação infantil, a interrelação da professora com o grupo de alunos
e com cada um em particular é constante, dá-se o tempo todo, na sala, no pátio ou
nos passeios, e é em função dessa proximidade afetiva que se dá a interação com
os objetos e a construção de um conhecimento altamente envolvente.
Este estudo se propõe a apresentar alguns aspectos relacionados à periodização do
desenvolvimento humano na abordagem histórico-cultural ou sócio-histórica.
Os trabalhos de L. S. Vigotski nos têmconduzido à compreensão do psiquismo
humano para além de explicações baseadas em modelos mecanicistas ou modelos
organicistas de desenvolvimento, utilizando uma classificação de Palácius (1995).
49
Concordamos com Tuleski (2002) e com Duarte (1996, 2000) quando afirmam que
é necessário manter essa filiação teórica da psicologia histórico-cultural, a qual tem
uma visão historicizadora do psiquismo humano.
De a c o rdo c om Shua r e (1990) , o s fundament o s ma r x i s t a s
enfatizam que mudanças históricas na sociedade e na vida material produzem
mudanças na consciência e no comportamento humano.
Existe um desenvolvimento histórico dos fenômenos psíquicos e estes mantêm uma
relação de dependência essencial com respeito à vida e à atividade social. Entendese que a história da psique humana é a história da sua construção, portanto a
psique não é imutável ou invariável no decorrer do desenvolvimento histórico.
Nessa perspectiva, o traço fundamental do psiquismo humano é que este se
desenvolve por meio da atividade social, a qual, por sua vez, tem como traço
principal a mediação por meio de instrumentos que se interpõem entre o sujeito e o
objeto de sua atividade. As funções psicológicas superiores (tipicamente humanas,
tais como a atenção voluntária, memória, abstração, comportamento intencional
etc.) são produtos da atividade cerebral, têm uma base biológica.
A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva de
Vigotsky
fundamentalmente, são resultados da interação do indivíduo com o mundo,
interação mediada pelos objetos construídos pelos seres humanos.
A constituição dessas funções é caracterizada pela mediação por intermédio dos
signos, sendo que a linguagem é o sistema de signos mais importante. As formas
superiores de comportamento formaram-se graças ao desenvolvimento histórico da
humanidade e originam-se na coletividade em forma de relações entre os homens, e
só depois se convertem em funções psíquicas da personalidade. Davidov & Shuare
(1987) esclarecem que no desenvolvimento psíquico do homem há primazia do
princípio social sobre o princípio natural-biológico. Para esses autores, o
desenvolvimento ontogenético da psique é determinado pelos processos de
apropriação das formas históricas e sociais da cultura.
Essas idéias são fundamentais quando se busca compreender a formação do
psiquismo humano numa perspectiva historicizadora.
Leontiev e Elkonin, neste sentido, conforme Duarte (1996), lançam instigantes
questões a serem discutidas e investigadas na direção da construção de uma
psicologia do desenvolvimento efetivamente histórico-social.
Elkonin e Leontiev afirmam que cada estágio de desenvolvimento da criança é
caracterizado por uma relação determinada, por uma atividade principal que
desempenha a função de principal forma de relacionamento da criança com a
realidade. Para esses estudiosos, o homem – a partir do desenvolvimento de suas
atividades, talCad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 64-81, abril 2004 67
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Marilda Gonçalves Dias Facci
como elas se formam nas condições concretas dadas de sua vida – adapta-se à
natureza, modifica-a, cria objetos e meios de produção desses objetos, para suprir
suas necessidades. A criança, nesse caso, por meio dessas atividades principais,
relaciona-se com o mundo, e, em cada estágio, formam-se nela necessidades
específicas em termos psíquicos.
Le ont i e v (1987) enf a t i z a que o de s env o l v iment o de s s a a t i v
idade condiciona as mudanças mais importantes nos processos psíquicos da
criança e nas particularidades psicológicas da sua personalidade.
50
Segundo Elkonin (1987), os principais estágios de desenvolvimento pelos quais os
sujeitos passam são: comunicação emocional do bebê; atividade objetal
manipulatória; jogo de papéis; atividade de estudo; comunicação íntima pessoal; e
atividade profissional/estudo. A comunicação emocional direta dos bebês com os
adultos é a atividade principal desde as primeiras semanas de vida até mais ou
menos um ano, constituindo-se como base para a formação de ações
sensóriomotoras de manipulação. Na relação da criança com a sociedade, num
processo de assimilação das tarefas e dos motivos da atividade humana e das
normas de relacionamento que as pessoas estabelecem durante suas relações, o
bebê utiliza vários recursos para se comunicar com os adultos, como o choro, por
exemplo, para demonstrar as sensações que está tendo e o sorriso para buscar
uma forma de comunicação social. Conforme Zaporózhets (1987), o sentimento de
amor filial, a simpatia por outras pessoas, o afeto amistoso, entre outros aspectos
presentes na relação do bebê com outras crianças e o adulto, são enriquecidos e
transformados no processo evolutivo da criança, tornando-se a base indispensável
para o surgimento de sentimentos sociais mais complexos.
J á no pr ime i r o ano de v ida , a c ondut a da c r i anç a c ome ç a a
reestruturar-se e cada vez mais aparecem processos de comportamento em virtude
das condições sociais e da influência educativa das pessoas que a rodeiam. Para
Vygotski (1996), há no primeiro ano de vida uma sociabilidade totalmente específica
e peculiar em razão de uma situação social de desenvolvimento única, determinada
por dois momentos fundamentais: o primeiro consiste na total incapacidade
biológica, pois o bebê é incapaz de satisfazer quaisquer das suas necessidades
básicas de sobrevivência. São os adultos que cuidam do bebê, e o caminho por
intermédio dos adultos é a via principal de atividade da criança nessa idade.
Praticamente todo comportamento do bebê68 Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62,
p. 64-81, abril 2004 Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>
A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva do
desenvolvimento está inserido e entrelaçado com o fator social e o contato da
criança com a realidade é socialmente mediado. A segunda peculiaridade que
caracteriza a situação social de desenvolvimento no primeiro ano de vida é a
seguinte: embora o bebê dependa do adulto, ele ainda carece dos meios
fundamentais de comunicação social em forma de linguagem. A forma como a vida
do bebê é organizada o obriga a manter uma comunicação máxima com os adultos,
porém essa comunicação é uma comunicação sem palavras, muitas vezes
silenciosa, uma comunicação de gênero totalmente peculiar. Assim. “(...) o
desenvolvimento do bebê no primeiro ano baseia-se na contradição entre a máxima
sociabilidade (em razão da situação em que se encontra) e suas mínimas
possibilidades de comunicação” (Vygotski, 1996, p. 286).
Em um segundo momento, ainda na primeira infância, a atividade principal passa a
ser a objetal-instrumental, na qual tem lugar a assimilação dos procedimentos
elaborados socialmente de ação com os objetos e, para que ocorra essa
assimilação, é necessário que os adultos mostrem essas ações às crianças. A
comunicação emocional dá lugar a uma colaboração prática. Por meio da
linguagem, a criança mantém contato com o adulto e aprende a manipular os
objetos criados pelos homens, organizando a comunicação e a colaboração com
os adultos.
A primeira função da linguagem é a comunicação, um meio de expressão e
compreensão entre os homens, que permite o intercâmbio social. Até mais ou
51
menos os 18 meses, a criança ainda não consegue descobrir as funções simbólicas
da linguagem, que é uma operação intelectual consciente e altamente complexa.
Por volta dos dois anos, a criança apresenta grande evolução da linguagem, dando
início a uma forma totalmente nova de comportamento, exclusivamente humana.
Inicia-se a formação da consciência e a diferenciação do “eu” infantil. O “(...)
pensamento da criança evolui em função do domínio dos meios sociais do
pensamento, quer dizer, em função da linguagem” (Vygotski, 1993, p. 116). Esta é
uma mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento. Dessa forma, o
conhecimento e as experiências advindas da prática social podem ser difundidos
por todos e apropriados por cada um, por cada sujeito em particular. Embora a
linguagem constitua uma forma de comunicação com os adultos, para Elkonin
(1987), ela não é a atividade principal nessa etapa de desenvolvimento; sua função
maior é auxiliar a criança a compre-Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 64-81,
abril 2004 69 Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>
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Entender a ação dos objetos, é assimilar os procedimentos, socialmente
elaborados, de ação com os objetos.
Na seqüência, no período pré-escolar, a atividade principal passa a ser o jogo ou a
brincadeira. Utilizando-se dessas atividades, a criança apossa-se do mundo
concreto dos objetos humanos, por meio da reprodução das ações realizadas pelos
adultos com esses objetos.
As brincadeiras das crianças não são instintivas e o que determina seu conteúdo é a
percepção que a criança tem do mundo dos objetos humanos. A criança opera com
os objetos que são utilizados pelos adultos e, dessa forma, toma consciência deles
e das ações humanas realizadas com eles. A criança, durante o desenvolvimento
dessa consciência do mundo objetivo, por meio da brincadeira “(...) tenta integrar
uma relação ativa não apenas com as coisas diretamente acessíveis a ela, mas
também com o mundo mais amplo, isto é, ela se esforça para agir como um adulto”
(Leontiev, 1998b, p. 121). Ela ainda não dominou e não pode dominar as operações
exigidas pelas condições objetivas reais da ação dada, como, por exemplo, dirigir
um carro, and a r d e mo t o c i c l e t a , p i l o t a r um a v i ã o . Ma s , n a b
r i n c a d e i r a , n a atividade lúdica, ela pode realizar essa ação e resolve a
contradição entre a necessidade de agir, por um lado, e a impossibilidade de
executar as operações exigidas pela ação, de outro.
O principal significado do jogo, para Elkonin (1987), é permitir que a criança modele
as relações entre as pessoas. O jogo é influenciado pelas atividades humanas e
pelas relações entre as pessoas e o conteúdo fundamental é o homem – a atividade
dos homens e as relações com os adultos. Ao mesmo tempo, ele exerce influência
sobre o desenvolvimento psíquico da criança e sobre a formação de sua
personalidade: “(...) a evolução do jogo prepara para a transição para uma fase
nova, superior, do desenvolvimento psíquico, a transição para um novo período
evolutivo” (Elkonin, 1998, p. 421).
No período pré-escolar, o que se constata é que as necessidades básicas da
criança são supridas pelos adultos, e as crianças sentem sua dependência com
relação a eles. O seu mundo divide-se em dois círculos: um criado pelos pais ou
pelas pessoas que convivem com elas, sendo que essas relações determinam as
relações com todas as demais pessoas; o outro grupo é formado pelos demais
membros da sociedade. Portanto, a vida da criança muda muito quando70 Cad.
Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 64-81, abril 2004
52
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A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva...ela entra
na escola, onde a relação com os professores faz parte de um pequeno e íntimo
círculo de seus contatos. A passagem da criança da infância pré-escolar à fase
seguinte está condicionada, então, pela entrada da criança na escola e a atividade
principal passa a ser o estudo. Conforme Leontiev (1978), o próprio lugar que a
criança ocupa com relação ao adulto se torna diferente. Na escola, a c r i anç a t
em de v e re s a cumpr i r, t a re f a s a e xe cut a r e , pe l a pr ime i r a
v e z em s eu de s env o l v iment o , t em a impr e s s ã o de e s t a r r e a l i
z ando atividades verdadeiramente importantes.
O estudo serve como intermediário de todo o sistema de relações da criança com os
adultos que a cercam, incluindo a comunicação pessoal com a família. Podemos
observar várias mudanças que se operam ao redor da criança, dentro mesmo da
própria família: os parentes dirigem-se a ela sempre perguntando pela escola, pelos
seus estudo s ; em c a s a a c r i anç a nã o pode s e r impo r tunada pe l o
s i rmã o s quando está fazendo tarefa etc. Nesta atividade de estudo ocorre a
assimilação de novos conhecimentos, cuja direção constitui o objetivo fundamental
do ensino.
Pa r a Da v idov & Má r k ova (1987b, p. 321) a a s s imi l a ç ã o ou
apropriação dos conhecimentos é o processo de reprodução, pelo indivíduo, dos
“(...) procedimentos historicamente formados de transformação dos objetos da
realidade circundante, dos tipos de relação em direção a isso e do processo de
conversão de padrões, socialmente elaborados, em formas da ‘subjetividade’
individual”. O ensino escolar deve, portanto, nesse estágio, introduzir o aluno na
atividade de estudo, de forma que se aproprie dos conhecimentos científicos. Sobre
a base dos estudos, conforme Davidov (1988), surgem a consciência e o
pensamento teórico e desenvolvem-se, entre outras funções, as capacidades de
reflexão, análise e planificação mental.
Uma nova transição é a chegada da adolescência, com uma outra atividade
principal: a comunicação íntima pessoal entre os jovens. Ocorre uma mudança na
posição que o jovem ocupa com relação ao adulto e as suas forças físicas,
juntamente com seus conhecimentos e capacidades, colocam-no, em certos casos,
em pé de igualdade com os adultos, e, muitas vezes, até superior em alguns
aspectos particulares. Ele torna-se crítico em face das exigências que lhe são
impostas, das maneiras de agir, das qualidades pessoais dos adultos e
tambémCad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 64-81, abril 2004 71
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Marilda Gonçalves Dias Facci
dos conhecimentos teóricos. Ele busca, na relação com o grupo, uma forma de
posicionamento pessoal diante das questões que a realidade impõe à sua vida
pessoal e social.
A adolescência é o período de desenvolvimento mais crítico e, nessa idade,
segundo Elkonin (1987), essa atividade especial no estabelecimento de relações
pessoais íntimas entre os adolescentes é uma forma de reproduzir, com os
companheiros, as relações existentes entre as pessoas adultas. A interação com os
companheiros é mediatizada por determinadas normas morais e éticas (regras de
grupo). A atividade de estudo ainda continua sendo considerada importante para os
jovens e ocorre, por parte dos alunos, o domínio da estrutura geral da atividade de
estudo, a formação de seu caráter voluntário, a tomada de consciência das
53
particularidades individuais de trabalho e a utilização desta atividade como meio
para organizar as interações sociais com os companheiros de estudo.
Se gundo Vy g o t s k i (1996) , ne s s a f a s e de de s env o l v iment o s e
produz no adolescente um importante avanço no desenvolvimento intelectual,
formando-se os verdadeiros conceitos. O pensamento por conceito abre para o
jovem um mundo da consciência social, e o conhecimento da ciência, da arte e as
diversas esferas da vida cultural podem s e r c o r re t ament e a s s imi l ada s .
Po r me i o do pens ament o em conceito ele chega a compreender a realidade,
as pessoas ao seu redor e a si mesmo. O pensamento abstrato desenvolve-se cada
vez mais e o pensamento concreto começa a pertencer ao passado. O conteúdo do
pensamento do jovem converte-se em convicção interna, em orientações dos seus
interesses, em normas de conduta, em sentido ético, em seus desejos e seus
propósitos.
Por meio da comunicação pessoal com seus iguais, o adolescente forma os pontos
de vista gerais sobre o mundo, sobre as relações entre as pessoas, sobre o próprio
futuro e estrutura-se o sentido pessoal da vida. Esse comportamento em grupo
ainda dá origem a novas tarefas e motivos de atividade dirigida ao futuro, e adquire
o caráter de atividade profissional/de estudo. Davidov & Márkova (1987a)
esclarecem que na idade escolar avançada a atividade de estudo passa a ser
utilizada como meio para a orientação e preparação profissional, ocorrendo o
domínio dos meios de atividade de estudo autônomo, com uma atividade
cognoscitiva e investigativa criadora.
A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva do
desenvolvimento acontece quando o indivíduo se torna trabalhador, ocupando um
novo lugar na sociedade.
É a sociedade que determina o conteúdo e a motivação na vida da criança, pois
todas as atividades dominantes aparecem como eleme n t o s d a c u l t u r a h
uma n a . E , d e a c o r d o c om a s c a r a c t e r í s t i c a s objetais e de
conteúdos das atividades dominantes, identificadas até o presente, essas
atividades, segundo Elkonin (1987, p. 121), podem ser divididas em dois grupos: no
primeiro grupo estão aquelas atividades desenvolvidas no sistema criança-adulto
social, as quais têm orientação predominante na atividade humana e na assimilação
de objet i v o s , mo t i v o s e no rma s da s r e l a ç õ e s ent r e a s pe s s o
a s ; no s e gundo grupo estão presentes as atividades que ocorrem num sistema
criança-objeto social, no qual ocorre a assimilação de procedimentos de ação com
os objetos.
As atividades são dominantes em determinados períodos e, no período seguinte,
não deixam de existir, mas vão perdendo sua força.
Após os períodos em que tem lugar o desenvolvimento preponderante na esfera
motivacional e de necessidades, seguem períodos com preponde r ânc i a de f o
rma ç ã o de po s s ibi l idade s ope r a c i ona i s t é cni c a s .
Neste aspecto, Elkonin (1987, p. 122) formula, então, uma hipótese do caráter
periódico dos processos de desenvolvimento psíquico e distribui os tipos de
atividade em grupos de acordo com a seqüência de atividade principal, obtendo a
seguinte série: a) primeira infância: comunicação emocional direta (1º grupo) e
atividade objetal manipulatória (2º grupo); b) segunda infância: jogo (1º grupo) e
atividade de estudo o grupo); e c) adolescência: comunicação íntima pessoal (1º
grupo) e atividade profissional de estudo o grupo). Cada época consiste em dois
períodos regularmente ligados entre si. Tem início com o período em que predomina
54
a assimilação dos objetivos, dos motivos e das normas da atividade e essa etapa
prepara para a passagem ao segundo período, no qual ocorrem a assimilação dos
procedimentos d e a ç ã o c om o o b j e t o e a f o rma ç ã o d e p o s s i
b i l i d a d e s t é c n i c a s e operacionais.
Como ocorre, então, a passagem de uma etapa de desenvolvimento à seguinte?
Leontiev (1998a) argumenta que, no decorrer do seu desenvolvimento, a criança
começa a se dar conta de que o lugar que ocupava no mundo das relações
humanas que a circundava não corresponde às suas potencialidades e se esforça
para modificá-lo, surgindo uma contradição explícita entre esses dois fatores. Ela
torna-se consciente das relações sociais estabelecidas, e essa conscientização a
leva a uma mudança na motivação de sua atividade; nascem novos motivos,
conduzindo-a a uma reinterpretação de suas ações anteriores. A atividade principal
em determinado momento passa a um segundo plano, e uma nova atividade
principal surge, dando início a um novo estágio de desenvolvimento.
Essas transições provocam mudanças em ações, operações e funções que, por sua
vez, conduzem a mudanças de atividades como um todo. As mudanças observadas
nos processos de vida psíquica da criança (percepção, memória, pensamento, entre
outras funções psíquicas), dentro do limite de cada estágio, estão ligadas entre si e
não são independentes umas das outras. No caso da memória, por exemplo, no pe
r í odo pr é - e s c o l a r, e l a apre s ent a v a de t e rminada funç ã o , ma s
quando chega à fase dos estudos, a memória ocupa novo lugar na estrutura da
atividade psíquica da criança; a memorização torna-se voluntária e consciente.
Ao abordarmos a questão da atividade principal e do seu significado para o
desenvolvimento da criança em determinado período não queremos dizer que,
simultaneamente, não exista nenhum desenvolvimento em outras direções. Para
Elkonin (1987, p. 122) as atividades da criança são variadas e “(...) seu surgimento
e conversão em atividade principal não eliminam as existentes anteriormente, senão
que só mudam seu lugar no sistema geral de relações da criança com a realidade,
as quais se tornam mais ricas”. A transição de uma etapa de desenvolvimento
infantil para outra é caracterizada por crises. Estas surgem no limite entre duas
idades e assinalam o fim de uma etapa precedente de desenvolvimento e o começo
da seguinte.
Vygotski (1996) identificou as seguintes crises: crises pós-natal – primeiro ano (2
meses-1 ano); crise de 1 ano – infância precoce (1ano-3 anos); crise de 3 anos –
idade pré-escolar (3 anos-7 anos); crise dos 7 anos – idade escolar (8 anos-12
anos); crise dos 13 anos – puberdade (14 anos-18 anos); e crise dos 17 anos.
Nesses períodos de crise – que podem durar vários meses, um ano, dois ao
máximo – produzem-se mudanças bruscas, rupturas na personalidade da criança.
Conforme Vygotski (idem, ibid., p. 256-257), algumas características estão
presentes nesses períodos:
1a.) os limites entre o começo e o final da crise e as idades contíguas são
totalmente indefinidas – as c r i s e s o r i g inam- s e de f o rma impe r c ept í v
e l e é di f í c i l de t e rmina r o momento de seu começo e fim;
2a) um grande número de crianças que vivem essa fase são difíceis de educar, elas
podem ter conflitos com outras pessoas e consigo mesmas, no entanto não é
sempre assim, pois os períodos críticos são distintos em diferentes crianças;
3a)o negativismo é uma característica marcante. Esses períodos, portanto, são
caracterizados por uma atitude de negativismo com relação às exigências antes
cumpridas: as crianças tornam-se desobedientes, caprichosas, contestadoras, e,
55
muitas vezes, entram em conflito com os a d u l t o s q u e a s c e r c am, g e r
a lme n t e c om o s p a i s e p r o f e s s o r e s Bozhóvich (1987, p. 255)
reforça essa idéia afirmando que todas as peculiaridades das crianças que vivem
um período crítico indicam frustração, que surge como uma resposta à privação de
algumas necessidades essenciais ao sujeito. Portanto, o autor conclui que essa
reação de frustração ocorre quando as crianças não satisfazem suas necessidades
ou quando, inclusive, reprimem ativamente aquelas novas necessidades que
surgem no final de cada etapa de desenvolvimento.
No desenvolvimento de períodos críticos, com relação aos períodos estáveis, “(...)
passam ao primeiro plano os processos de extinção e retirada, decomposição e
desintegração de tudo que se havia formado na etapa anterior e caracterizava a
criança de dita idade. A criança pe rde o que j á t inha c ons e guido ant e s
de adqui r i r a l g o nov o” (Vygotski, 1996, p. 257). Ela perde os interesses que
ultimamente ocupavam a maior parte de seu tempo e atenção, e agora é como se
houvesse um esvaziamento das formas de suas relações externas, assim como de
sua vida interior.
Os períodos de crise que se intercalam entre os estáveis, “(...) configuram os pontos
críticos, de mudança no desenvolvimento, confirmando uma vez mais que o
desenvolvimento da criança é um processo dialético em que a passagem de um
estágio a outro não se realiza pela via evolutiva, senão revolucionária” (idem, ibid.,
p. 258). As crises mostram a necessidade interna das mudanças de estágios, da
passagem de um estágio a outro, pois surge uma contradição aberta entre o modo
de vida da criança e as suas possibilidades que já super a r am e s s e mo d o d e
v i d a . No e n t a n t o , d e a c o r d o c om L e o n t i e v (1998a), essas
crises não são inevitáveis: o que são inevitáveis são os momentos críticos, a
ruptura, as mudanças qualitativas no desenvolvimento. É por isso, segundo Leontiev
(1978), que atividade se reorganiza. As necessidades internas e externas levam a
criança a mudar de interesse, a formarem-se novas atividades dominantes, num
processo dialético entre o “velho” e o “novo” em termos de capacidades,
habilidades, aspirações e formações psicológicas. Utilizando, neste aspecto, as
palavras de Davidov (1988), podemos dizer que o que era uma atividade principal,
na passagem de um estágio para outro, torna-se “latente”, exercendo uma influência
“subterrânea”.
Para Vygotski (1996) as idades constituem formações globais e dinâmicas e as
estruturas determinam o papel e o peso específico de cada linha parcial de
desenvolvimento. Em cada período de idade não se modificam, no transcorrer do
desenvolvimento, aspectos isolados da personalidade da criança. A personalidade
da criança modifica-se em sua estrutura interna como um todo e as leis que regulam
esse todo determinam a dinâmica de cada uma de suas partes. Por esse motivo, em
cada etapa de idade encontramos sempre uma nova formação central (ou
neoformação) que funciona como uma espécie de guia para todo o processo de
desenvolvimento que caracteriza a reorganização de toda a personalidade da
criança sobre uma base nova. A estrutura de cada idade anterior transforma-se em
uma nova que surge e se desenvolve à medida que ocorre o desenvolvimento da
criança.
Para entender essa estrutura é fundamental levar em consideração que a relação
entre o todo e a parte é uma relação dinâmica que determina as mudanças e o
desenvolvimento tanto do todo como das partes.
56
Por meio de suas pesquisas Vygotski (1996), concluiu que, na análise da evolução
do desenvolvimento infantil, é preciso, pois: 1º) estudar a dinâmica da idade para
esclarecer como a situação social influencia nas novas estruturas da consciência da
criança nos diversos períodos evolutivos; 2º) estudar a origem ou gênese das novas
formações centrais de determinada idade; 3º) estudar as conseqüências advindas
dessas novas estruturas de idades, pois a nova estrutura da consciência adquirida
significa que a criança percebe distintas maneiras em sua vida interior, assim como
o mecanismo interno de suas funções psíquicas; e 4º) observar, além das
transformações internas, a mudança de comportamento na relação com outras
pessoas, pois essa reestruturação da situação social de desenvolvimento constitui o
conteúdo principal das idades críticas.
Consideramos importante apresentar, a título de esclarecimento, a lei fundamental
da dinâmica das idades, propostas por Vygotski (ibid.,p. 265): (...) as forças que
movem o desenvolvimento da criança em uma ou outra idade acabam por negar e
destruir a própria base de desenvolvimento de toda idade, determinando, com a
necessidade interna, o fim da situação social do desenvolvimento, o fim da etapa
dada de desenvolvimento no passo seguinte, ou ao período superior de idade.
Considerações finais
Com relação à periodização do desenvolvimento, a psicologia russa tomou como
base as idéias elaboradas por Vigotski sobre o problema das idades e as crises
pelas quais passam a criança no desenvolvimento ontogenético de sua
personalidade. Nessa perspectiva, a inf ânc i a t em um c a r á t e r hi s t ó r i c o
c onc r e t o e a s pa r t i cul a r idade s , a s especificidades de cada idade
também são historicamente transformadas. Os autores russos, como Vygotski,
Leontiev e Elkonin, propuseram uma periodização do desenvolvimento fazendo
referência a uma sociedade socialista.
Os estágios de desenvolvimento, para esses autores, possuem uma certa
seqüência no tempo, mas não são imutáveis. Eles dependem das condições
concretas nas quais ocorre o desenvolvimento. As condições histórico-sociais
concretas exercem influência tanto sobre o conteúdo concreto de um estágio
individual do desenvolvimento como sobre o curso total do processo de
desenvolvimento psíquico como um todo. Como exemplo, podemos citar a atividade
principal do trabalho que, em cada época da sociedade, alonga-se ou não, de
acordo com as exigências sociais. Mesmo no caso da atividade de jogo, em
determinados lugares, mesmo no Brasil, onde já foi constatado o grande índice de
crianças que trabalham, não podemos dizer que essa atividade seja a dominante no
período pré-escolar, pois os limites de idade de cada estágio também dependem
das condições históricas concretas nas quais está ocorrendo o desenvolvimento da
criança. Esses limites de idade se a l t e r am c om a mudanç a da s c ondi ç õ e
s hi s t ó r i c o - s o c i a i s . Po r t ant o , Elkonin (1998, p. 81) levanta a
conjectura de que “(...) os processos do desenvolvimento psíquico que se operam
em certos períodos da infância aparecerão e mudarão na história”.Cad. Cedes,
Campinas, vol. 24, n. 62, p. 64-81, abril 2004 77 Disponível em
http://www.cedes.unicamp.br Marilda Gonçalves Dias Facci
Elkonin (1987, p. 12-124) ressalta que a importância teórica e prática das hipóteses
sobre o caráter periódico dos processos de desenvolvimento psíquico e do esquema
de periodização construído sob r e e s s a b a s e p e rmi t e : a ) s u p e r a r
a d i v i s ã o e n t r e a s p e c t o s motivacionais e das necessidades, e
intelectual-cognitivo; b) considerar o desenvolvimento psíquico desenvolvendo-se
57
segundo uma espiral ascendente e não linear; c) analisar as vinculações existentes
entre os períodos isolados para, então, estabelecer a importância funcional de todo
período precedente para o início do seguinte; e d) finalmente, essa hipótese está
orientada a dividir o desenvolvimento psíquico em épocas e estádios de tal forma
que corresponda às leis internas de desenvolvimento, vinculados a fatores externos,
às necessidades que a realidade externa propõe aos sujeitos.
Na prática, esses conhecimentos ajudam a solucionar a questão sobre a forma
como as crianças, em alguns períodos de desenvolvimento infantil, reagem a
determinadas influências do ensino e mesmo sobre a forma como o ensino é
organizado na nossa sociedade. Leontiev (1978) afirma que as próprias crises em
cada etapa de desenvolvimento podem ser superadas, ou mesmo podem deixar de
existir se o processo educativo for racionalmente conduzido, se houver uma direção
no sentido de já levar em consideração as estruturas mentais que estão sendo
elaboradas no período de transição de um estágio para o outro.
Kostiuk (1991, p. 20) entende que aprendizagem e educação têm muito em comum
e que conduzir o desenvolvimento por meio da educação “(...) significa organizar
esta interação, dirigir a atividade da criança para o conhecimento da realidade e
para o domínio – por meio da palavra – do saber e da cultura da humanidade,
desenvolver concepções sociais, convicções e normas de comportamento moral”.
Neste aspecto, podemos nos voltar para a teoria de Vigotski que abo rda a r e l
a ç ã o ent r e de s env o l v iment o e apr endi z a g em, enfocando o
desenvolvimento próximo. Na abordagem histórico-cultural, o aprendizado é
considerado um aspecto fundamental para que as funções psicológicas superiores
aconteçam; dessa forma o ensino é fator imprescindível para o desenvolvimento do
psiquismo humano.
Para Vigotski (1993, 1998) existem relações complexas entre desenvolvimento e
aprendizagem. Esse autor identificou dois níveis de desenvolvimento. O primeiro
nível é denominado de desenvolvimento real ou efetivo. Ele é constituído pelas
funções psicológicas.
O segundo nível é o desenvolvimento próximo e define-se como aquelas funções
que estão em vias de amadurecer e que podem ser identificadas por meio da
solução de tarefas com o auxílio de adultos e outras crianças mais experientes. Ao
passo que aquele nível caracteriza o desenvolvimento mental, retrospectivamente,
este o caracteriza prospectivamente. À medida que ocorre a interação com outras
pessoas, a criança é capaz de movimentar vários processos de desenvolvimento
que, sem ajuda, seriam impossíveis de ocorrer. Vygotski (1993, p. 239) ressalta que
“(...) a zona de desenvolvimento próximo tem um valor mais direto para a dinâmica
da instrução que o nível atual de seu desenvolvimento”. Portanto, o ensino deve
incidir sobre essa zona de desenvolvimento e as atividades pedagógicas precisam
ser organizadas, com a finalidade de conduzir o aluno à apropriação dos conceitos
científicos elaborados pela humanidade.
Davidov (1988) enfatiza a necessidade de a educação ser guiada pelo princípio do
desenvolvimento, isto é, que haja uma sistematização da educação de forma que
esta possa dirigir regularmente os ritmos e o conteúdo do desenvolvimento por meio
de ações que exercem influência sobre este. Dessa forma, o ensino deve realmente
promover o desenvolvimento e criar nas crianças as condições e premiss a s do de
s env o l v iment o ps í qui c o . Ne s t e pr o c e s s o , o pr o f e s s o r t em
papel destacado como mediador entre o aluno e o conhecimento, cabendo a ele
intervir na zona de desenvolvimento próximo dos alunos, conduzindo a prática
58
pedagógica. Portanto os educadores, de uma forma geral, precisam estar atentos às
peculiaridades do desenvolvimento psíquico em diferentes etapas evolutivas, para
que possam estabel e c e r e s t r a t é g i a s q u e f a v o r e ç am a a p r o p r
i a ç ã o d o c o n h e c ime n t o científico. Neste sentido, Kostiuk (1991) ressalta
que é necessário que o professor tenha clareza de como o ensino influi sobre o
desenvolvimento intelectual e das características psicológicas dos alunos, e que se
estudem maneiras de valorizar a eficácia dos diversos métodos de ensino no
desenvolvimento do pensamento, da memória e de outros processos mentais.
O desenvolvimento do aluno não ocorre, segundo Davidov &Márkova (1987a,
1987b), pela assimilação de qualquer conceito ou h a b i l i d a d e p a r t i c u l a r ;
o d e s e n v o l v ime n t o o c o r r e q u a n d o e x i s t em avanços
qualitativos no nível e na forma das capacidades e nos tipos de atividades, de que
se apropria o indivíduo. A atividade especial do escolar deve estar fixada na
experiência histórico-social – nos objetos da cultura humana, nas diversas esferas
de conhecimento e na ciência –; são os conhecimentos científicos que devem ser
apropriados pelos alunos levando-se a pertencer ao gênero humano.
De acordo com Leontiev (1978), desenvolvendo-se, a criança passa a atuar como
membro da sociedade, portadora de obrigações que esta lhe impõe e os estádios
sucessivos do seu desenvolvimento são de fato graus diferentes dessa
transformação. Como afirmamos no decorrer deste trabalho, o homem apropria-se
do mundo dos objetos por meio das relações reais que estabelece com o mundo.
Essas relações são determinadas pelas condições históricas concretas, sociais, nas
quais o homem se desenvolve e também pela maneira como a sua vida se forma
nessas condições e como ele se apropria das objetivações já produzidas e
transmitidas por intermédio da educação.
Concepção de Educação
Segundo Fleuri, a educação, (assim como todo fato social, não é nem uma
ideia abstrata, nem uma coisa extensa e mensurável). É um processo resultante de
um conjunto de relações entre as pessoas, num contexto social concreto.
Trata-se então, de questionar quem toma as decisões que determinam o
rumo deste processo pois nelas acabarão predominando os interesses daqueles
que participam efetivamente das decisões mais relevantes quanto ao
encaminhamento das atividades coletivas. (p 49).
Neste contexto, três pontos fundamentais emergem: Educar para que?; como
educar? E, conhecer o quê?.
O primeiro trata-se de objetivos perseguidos no processo educativo como
habilidades, atitudes, os conceitos que se pretende formar nos sujeitos, bem como o
tipo de profissional, de homem, de sociedade que se pretende reforçar, dentre
outros.
O segundo ponto trata-se dos ‘meios’, as estratégias necessárias e
adequadas para se atingir os objetivos definidos no processo educativo.
No terceiro ponto, está ligado estreitamente os conteúdos, pois o processo
educacional implica certamente a aprendizagem, o conhecimento.
59
Considerando os três pontos inerentes à educação, esta como processo
educativo, é importante aqui colocarmos algumas considerações a respeito desse
processo, onde deve-se Ter sempre consciência:
- A estratégias estão ligadas ao conteúdo e estas à avaliação; portanto na relação
do aprendizado, está inerente o nível de compreensão e muitas vezes ‘a
comunicação não garante a compreensão’ (Morin, p94).
Ainda segundo Morin, ‘há duas formas de compreensão: a compreensão
intelectual ou objetiva e a compreensão humana, intersubjetiva. A compreensão
intelectual passa pela inteligibilidade e pela explicação.
Explicar é considerar o que é preciso conhecer como objeto e aplicar-lhe todos
os meios objetivos de conhecimento. A explicação é, bem entendido, necessária
para a compreensão intelectual ou objetiva.
A compreensão humana vai além da explicação. A explicação é bastante para a
compreensão intelectual ou objetiva das coisas anônimas ou materiais. É
insuficiente para a compreensão humana. Esta comporta um conhecimento de
sujeito a sujeito... O outro não é apenas percebido objetivamente, é percebido como
outro sujeito com o qual nos identificamos e que identificamos conosco...’ (p94/95).
Assim, compreender de forma humana inclui necessariamente, um processo de
empatia, de identificação e de projeção. Sempre intersubjetiva, exige abertura,
simpatia e generosidade para que aconteça.
Neste contexto, em se tratando de concepção de educação, a que mais se
identifica dentre as concepções educacionais brasileiras é a educação numa
concepção progressista no enfoque da pedagogia histórico crítica, pautado na
filosofia dialética onde, a nível de produção é a compreensão da história a partir do
desenvolvimento material, da determinação das condições materiais da existência
humana. No âmbito escolar, a teoria, com efeito, surge a partir da prática, da
contextualização, sendo elaborada em função da prática e sua verdade é verificada
pela própria prática. Neste processo, recupera-se o sentido concreto da teoria
(esvaziado pela educação autoritária) e, no diálogo, as intenções e opiniões de cada
pessoa (isolada pela educação liberal), adquirem sentido social.
A educação na pedagogia histórico crítica tem elementos constitutivos diferentes
e contribui para o desenvolvimento de relações participativas e críticas que
favorecem a organização popular no sentido do avanço histórico da humanidade de
modo a diminuir desigualdades pela identidade resgatada de cidadania participativa
e agente transformador, no movimento histórico social, mesmo que de forma lenta,
pela complexidade que apresenta o processo educativo, considerando todas as
contradições e diversidades sociais e culturais existentes.
Concepção de Conhecimento
Entende-se por conhecimento o acúmulo de toda produção de saberes
advindo de resultados de pesquisas, de descobertas científicas e tecnológicas, de
registros importantes em todos os aspectos e que de alguma forma contribuem para
o desenvolvimento da humanidade, considerando todo o período histórico social
existente até a atualidade.
60
Se refere ao conjunto de dados que são subsídios para o avanço do homem
nos aspectos de trabalho, de situação espaço-temporal e de aperfeiçoamento
contínuo, com a finalidade da melhoria de qualidade de vida individual e coletiva.
Esse conhecimento acumulado e ainda em produção se socializa de diversas
formas dentro da sociedade e de acordo com essa socialização pode gerar
diferentes classes sociais conforme o domínio do conhecimento, gerando formas de
poder mais acentuadas, assim como organizações de classes populares, resultando
numa dicotomia nas relações de acesso a esse conhecimento, vindo a gerar
desigualdades econômicas, sociais, culturais, políticas e até de acesso à formação
plena da cidadania.
Quando se trabalha na socialização do conhecimento básico principalmente,
o que se faz através da educação básica, cuja instituição escola torna-se palco
deste fazer, é necessário sempre se contextualizar experiências que podem ‘ser
profundamente revolucionário, na medida em que denuncia as contradições
inerentes às estruturas atuais e anuncia a sua superação’. (Fleuri p100).
Assim, o conhecimento socializado e produzido contribui para o
desenvolvimento do ser humano oferecendo condições para que o ser humano se
torne um cidadão participativo e consciente, podendo também contribuir para o
combate às desigualdades existentes.
Concepção de Alfabetização e Letramento
Introdução
“ Lembro-me do filme lindíssimo de Walter Salles, ‘Abril despedaçado’, em que o menino lia
seu livro de ponta cabeça... lembro-me também do poeta Manoel de Barros dizer que sua
neta, ao ler o livro de ponta-cabeça, estava deslendo! “
(Marcelo Cunha Bueno)
O caminho da alfabetização e letramento começa com as crianças ainda pequenas.
Nomes, placas, jornais, símbolos, revistas, objetos, representações e tudo o que
conter letras é importante para que entrem em contato com mais essa possibilidade
de expressão e comunicação. Nesse contexto é fundamental que a criança perceba
que sua escrita ou a escrita dos outros possuem alguma finalidade, para comunicar
coisas e para identificar, compreender outras. Sem essa interação será mais difícil
entender seu próprio texto, se expressar e entender o texto do outro.
Arriscar-se pelo universo da escrita é um desafio enorme sempre. Significar
sensações, emoções, idéias por palavras desafia a criança a ter acesso ao mundo.
Saber ler e escrever tem relação também com interpretar, sentir, relacionar, ampliar
o repertório no mundo da escrita.
Concorda-se com Bueno, quando afirma que ‘escrever e ler é um caminho cultural,
é produção e incorporação de culturas, não só um processo de ordem
científica...nesse caso. Afinal, mais difícil do que produzir leituras e escritas culturais
e desler o que as palavras querem dizer.
Esse é o bom leitor e escritor, alguém que vá além do que dizem as palavras...’
(Revista Crescer, Ed.214, set/2011)
Aprendizagem da Leitura e da Escrita – um caminho que deve ser prazeiroso
61
Vários autores, estudiosos do processo de aquisição da leitura e da escrita
concordam que ele se inicia muito antes do que geralmente se imagina, quando a
criança, mesmo sem freqüentar a escola, começa a tomar contato com materiais
escritos, em casa, na rua, ou em qualquer lugar onde se encontre.
Segundo Tania R. Belo, ‘a produção escrita da criança torna-se legível para o
adulto, embora não haja ainda o domínio das regras de ortografia, o que ocorre
posteriormente de forma gradativa.’ Também esse processo deve ser estimulado,
através de materiais escritos na escola e no ambiente familiar, já que trata-se de
uma aquisição cultural, ou seja, que não ocorre apenas internamente na criança.
É importante ressaltar que podem ocorrer diferenças individuais quanto ao processo
evolutivo da aquisição da escrita e entendimento da leitura.
Ainda, segundo Tania R. Belo, ‘essas diferenças tem a ver também com o maior ou
menor interesse e estimulação (principalmente da família) em relação à oferta de
material significativo de leitura e escrita.’ Considera-se também a influência da
estimulação no mesmo enfoque, a ser feito pela escola.
Pode-se afirmar que a leitura, parte desse processo, também desenvolve-se de
forma gradual. É um hábito a ser adquirido e deve ser fonte de prazer e não
apresentada de forma obrigatória através de imposição ou ainda cercada de
castigos e ameaças.
Considera-se fundamental que sua apresentação deve ocorrer o mais cedo possível
na vida da criança. Os pais são os primeiros incentivadores, promovendo a
aproximação com a linguagem desde o momento em que cantam para os bebês,
brincam com eles usando histórias, adivinhações, rimas e expressões folclóricas, ou
folheiam livros e revistas buscando figuras conhecidas e perguntando sobre seus
nomes.
A leitura reflete-se de forma significativa na escrita da criança (e do adulto também),
na medida em que, ao ler memorizamos as correspondências ortografia-som sem
memorizar regras, e aprendemos também as exceções das mesmas, além de
ampliarmos o vocabulário e o conhecimento das estruturas de diferentes textos, o
que aumenta o repertório e reflete-se numa escrita mais elaborada.
Os adultos que participam da vida da criança, quer seja na família ou na escola tem
papel fundamental no aprendizado da leitura e da escrita. Por isso é importante que
sejam modelos de leitura, que leiam frequentemente para e com a criança e que
introduzam a leitura em sua vida o mais cedo possível. A leitura precisa ser um
hábito a ser desenvolvido e, como todos os hábitos, só se instala se for realizado
muitas vezes.
No entanto, segundo Tania R. Belo, ‘é fundamental entender que essa
aprendizagem é gradativa, que devem ser respeitadas diferenças individuais e não
se deve punir e criticar a criança por ela não estar lendo ou escrevendo como outra
da mesma idade. Isso poderia atrapalhar o seu desenvolvimento, gerando nela
sentimentos de insegurança e incapacidade.’
Quanto mais a criança associar a leitura e a escrita com atividades úteis e que lhe
dêem prazer, maior será o seu desejo de aproximar-se delas, maior facilidade ela
terá de aprendizado e maiores chances ela terá de levar a leitura e a escrita como
aliadas para toda a vida.
A Tecnologia da Alfabetização
62
O sistema de escrita e as convenções para seu uso constituem uma tecnologia inventada e
aperfeiçoada pela humanidade ao longo de milênios: desde os desenhos e símbolos
usados inicialmente até a extraordinária descoberta de que em vez de desenhar ou
simbolizar aquilo de que se fala, podiam ser representados os sons da fala por sinais
gráficos, criando-se assim o sistema alfabético; desde a escrita em tabletes de barro, em
pedra, em papiro, em pergaminho, até a também extraordinária invenção do papel; desde o
uso de estiletes e pincéis como instrumentos de escrita até a invenção do lápis,da caneta.E
convenções foram sendo criadas: convenções sobre o uso do sistema alfabético, resultando
no sistema ortográfico; a convenção de que as palavras devem ser separadas, na escrita,
por um pequeno espaço em branco; no mundo ocidental,a convenção de que se escreve de
cima pra baixo e da esquerda para a direita.
Assim, um dos passaportes para a entrada no mundo da escrita é a aquisição de uma
tecnologia – a aprendizagem de um processo de representação: codificação de sons em
letras ou grafemas e decodificação de letras ou letras grafemas em sons; a aprendizagem
do uso adequado de instrumentos e equipamentos: lápis, caneta, borracha, régua..., a
aprendizagem da manipulação de suportes ou espaços de escrita: papel sob diferentes
formas e tamanhos, caderno, livro, jornal..., a aprendizagem das convenções para uso
correto do suporte: a direção da escrita de cima para baixo, da esquerda para a direita.
A essa aprendizagem do sistema alfabético e ortográfico de escrita a das técnicas para seu
uso é que se chama ALFABETIZAÇÃO. (Caderno Ensino Fundamental 9 anos – SEED)
Desenvolvimento de competências para o uso da tecnologia da escrita:
Letramento
Apenas com a aquisição da tecnologia da escrita – um dos “passaportes”- não se tem
entrada no mundo da escrita, um outro “passaporte” é necessário: o desenvolvimento de
competências para o uso da leitura e escrita nas práticas sociais que as envolvem. Ou seja,
não basta apropriar-se da tecnologia – saber ler e escrever apenas como um processo de
codificação e decodificação, como quando dizemos: esta criança já sabe ler e escrever; é
necessário também usar a tecnologia – apropriar-se das habilidades que possibilitem ler e
escrever de forma adequada e eficiente, nas diversas situações em que precisamos ou
queremos ler ou escrever: ler ou escrever diferentes gêneros e tipos de textos, em
diferentes suportes, para diferentes objetivos, em interação com diferentes interlocutores,
para diferentes funções: para informar ou informar-se, para interagir, para imergir no
imaginário no estético,para ampliar o conhecimento, para seduzir ou induzir, para divertir,
para orientar-se para apoio à memória, para catarse...
A esse desenvolvimento de competência para o uso da tecnologia da escrita é que se
chama LETRAMENTO. (Caderno Ensino Fundamental 9 anos – SEED)
Alfabetização e Letramento no mundo da leitura e escrita
É preciso mudar o processo de ensino da língua escrita, pois hoje se tem um novo
conceito de leitura e escrita, e de letramento que vai além do conceito de
alfabetização. Conforme Soares (2001,p. 3), letramento, significa o estado e
condição de quem não só sabe ler e escrever, mas exerce as práticas sociais de
leitura e escrita na sociedade em que vive. Uma pessoa letrada, portanto, não é
apenas aquele que sabe ler e escrever, significa também fazer uso de práticas
sociais de leitura e escrita, no dia a dia de sua vida. Hoje não basta alfabetizar
somente, é preciso alfabetizar letrando. E a preocupação deve estar voltada para a
63
questão da qualidade desse processo. Não basta ensinar a ler e a escrever, é
preciso desenvolver a competência da leitura, formando leitores e escritores críticos
de todos os tipos de textos.
Conforme Soares (1999, p. 3), o conceito de letramento não concebe a língua como
processo de transmissão ou instrumento de comunicação, mas a considera como
um processo de interação em que o interlocutor vai construindo sentido e significado
ao longo de suas trocas lingüísticas, constituindo significados, segundo a relação
que mantém com a língua, com o tema sobre o qual fala ou escreve.
Assim como Smolka (2003), Soares (1999) entende que, o ensino da língua deve
ser constituído em prática discursiva, em torno de textos orais, escrito, em diferentes
tipos de gêneros, e que também é dependente das condições de produção de quem
fala ou escreve, para quem fala ou escreve , quando e onde fala e escreve.
Smolka (2003, p.65) assim como Soares, afirmam que a língua é um produto
cultural construído na interlocução, num processo dialógico. Para essas autoras,
produzir linguagem tanto na modalidade oral como escrita é produzir discurso. Por
isso, há necessidade de se trabalhar a leitura e escrita como prática discursiva e
dialógica no processo de aprendizagem, desde a fase inicial.
Smolka (2003, p. 1) ainda enfatiza que:
O diálogo que se estabelece em trono de um desenho, de uma história lida pela professora
ou de um evento qualquer no cotidiano das crianças é fundamental no processo de
elaboração, de produção compartilhada de conhecimento. A criança aprende a ouvir, a
entender o outro através da leitura; aprende a falar e a dizer o que quer pela escrita.
A aprendizagem da língua escrita implica ler e escrever texto (discurso), que
representa idéias com unidade de sentido, escrever implica processo de elaboração
pessoal do discurso interior, isto é, suas produções espontânea, entendendo como
tal as que não são resultado de cópia.
Assim, a construção da língua escrita é um processo de elaboração e reelaboração
pela própria criança, medida pelo professor e a interação com os colegas. Nesse
sentido, o diálogo que o professor estabelece na sala como a criança, mediado pelo
conhecimento, o tipo de atividade proposto, o material de leitura, influenciam no
pensar e no desenvolvimento da escrita da criança. A criança deve ler bastante e
ser motivada para comentar, dar opinião sobre o que leu e tudo que ela faz e vê, e o
professor deve ficar atento a tudo isso e intervir, fazer pergunta questionar de forma
que favoreça o seu desenvolvimento.
Também a criança deve ser exposta, ter contanto com diversos tipos de materiais
escritos e ser encorajada a manipular esses materiais na interação com os
professores e os colegas e faz a sua elaboração pessoal no processo da construção
do conhecimento.
Concepção de Escola
‘Há que se valorizar a escola pública, guardá-la no coração e defendê-la de
quaisquer ataques que possa vir a sofrer. Ela é uma instituição que temos
64
procurado, com muito esforço construir, e que precisamos preservar, atualizar e
aperfeiçoar. Ainda que não mude o mundo, a escola pode ajudar o (a) estudante a
melhor entender como o mundo opera, o que é condição indispensável para se
operar neste mundo’ Antonio Flavio Barbosa Moreira
A Escola é um espaço constituído por diversas dimensões, todas
entrelaçadas. Dentre elas pode-se destacar as dimensões: pedagógica, política,
social, cultural, administrativa e humana.
Dentro da dimensão pedagógica ocorre: o processo ensino-aprendizagem, a
produção de conhecimentos; o planejamento e a organização do espaço e do tempo
escolar através da práxis, onde acontece a relação de troca de experiências e
vivências entre professor e aluno, onde se efetivam as metodologias de ensino,
onde o currículo é trabalhado. Também é a dimensão onde é necessário se garantir
a qualidade do trabalho no sentido técnico e político para todos garantindo a
formação para o exercício da cidadania. É onde a inclusão de todos os alunos
precisa acontecer, de forma que a inserção, permanência e participação sejam
garantidos a todos os alunos.
Numa dimensão administrativa é necessário que a escola seja organizada,
emancipadora, pública, provida de uma gestão democrática mediante a participação
efetiva da comunidade escolar, onde o trabalho parta da coletividade mediante a
articulação da escola, da família e da comunidade visando sempre a melhoria da
qualidade de sua função enquanto instituição.
Considerando a dimensão política, dentro de um processo democrático,
respeitando sua condição estatal enquanto funcionamento, que ela seja decisória e
formadora para a cidadania, dentro de uma ética para todos através da unicidade
que deve desenvolver dentro da teoria e da prática, com vistas a garantia de
acesso, permanência e de aprendizagem para todos os alunos.
Na dimensão social, a escola para todos deve ser garantida de forma
consciente e organizada. A escola deve ser pública e inclusiva respeitando as
condições diferenciadas de seus educandos, possibilitando e proporcionando um
ensino diferenciado, através da flexibilização e adaptação curricular, planejamento
específico e atendimento especializado; ou seja, a escola precisa organizar-se e
prever formas de atender às necessidades de sua comunidade, visando à
preservação da dignidade, o fortalecimento da identidade social e o exercício da
cidadania de cada um dos envolvidos no processo de ensino aprendizagem,
devendo contribuir desta forma, para o enfrentamento das desigualdades sociais
visando a uma sociedade mais justa. Nesse contexto a convivência entre
professor/aluno; aluno/funcionários; aluno/comunidade e as condições sociais da
comunidade enquanto moradia, acesso e diversidade de trabalho, lazer,
expectativas de vida e o impacto sócio econômico estão estreitamente ligadas à
escola pois vêm refletir nela de forma direta, onde o diálogo, o respeito, o espaço de
alegria e produção de conhecimento irá repercutir consideravelmente no tipo de
cidadão o qual está se formando.
Na dimensão cultural, as raízes e vivências, a identidade social e cultural, as
manifestações da comunidade, no sentido de tradições religiosas, políticas,
artísticas (enquanto expressões), de lazer e hábitos alimentares, evidenciam um
diversidade rica e complexa, onde a escola precisa ter clara a sua ação e no
coletivo, pela própria inclusão, aqui social, étnica e cultural; usar de seu poder
decisório para enriquecimento curricular a partir da riqueza das relações postas,
65
voltando estas para o ensino aprendizagem e a produção de conhecimento,
voltados para a formação crítica dentro do movimento sócio-histórico, mas sempre
agregando valores.
Ainda na dimensão humana; onde a escola é dotada de sentimentos,
desejos, dificuldades pessoais e coletivas, conceitos e preconceitos, sonhos,
frustrações, perspectivas, alegrias, desencontros, decepções, vitórias, mudanças
significativas, desajustes, angústias, medos, criatividade, novidades, utopias e
tantos outros significados que povoam o íntimo de cada ser humano que dela faz
parte, que a ela dá vida e movimento, que a ela retorna para fins de recordações, de
trabalho, de pesquisa, de constatação do avanço pessoal alcançado, esta é a
escola real, com todas as dimensões entrelaçadas, com a finalidade primeira de
formação.
Assim, a escola torna-se emancipadora pois dentro desse emaranhado de
dimensões que a constituem, existe o aluno em busca da socialização do saber de
qualidade, que lhe dê condições de se situar no mundo em que vive e pelo
conhecimento e consciência adquiridos, consiga sua cidadania de modo a ser
agente na sociedade em que vive.
Concepção de Ensino Aprendizagem
O ensinamento desenvolvido pelos pais e a aprendizagem construída pelos
filhos possuem limites e, para superá-los, as crianças são levadas á escola, onde
devem alcançar o acesso a aspectos essenciais da cultura, importante fator para o
seu desenvolvimento social. As escolas e os professores também existem porque é
nelas e, principalmente com eles que se aprende (Antunes, p.27, ). No entanto,
aprender em sala de aula não é apenas copiar ou reproduzir a realidade, eleger
modelos e conquistar novas habituações e novos condicionamentos.
A verdadeira aprendizagem escolar deve sempre buscar desafiar o aprendiz a
ser capaz de elaborar uma representação pessoal sobre um objeto da realidade ou
conteúdo que pretende aprender . Enfim, deve ser capaz de construir significados.
Aprender na escola significa elaborar uma representação pessoal deste
conteúdo, aproximando-se do mesmo com a finalidade de torná-lo próprio e, assim
transformá-lo. Não se trata, evidentemente, de uma apropriação a partir do nada,
mas a partir de experiências, interesses e conhecimentos prévios que possam dar
sentido a essa aproximação. Ao apropriar-se do conteúdo da afirmação e associar
ou acomodar aos seus saberes, é possível aprender que realmente o conhecimento
está inserido no contexto. Nesse processo, não só se modifica o que já se possuía
de conhecimento, como também se interpreta o novo de forma peculiar,
apropriando-se do mesmo.
O aluno organizou a informação recebida, assimilou-a, incorporou-a aos seus
saberes, acomodando-a, e, alcançou um estado de equilíbrio que o desafio da
informação inicial propôs. Quando ocorrem esses movimentos na estrutura cognitiva
de um aluno, dizemos que aprendeu significativamente, construindo em sentido
próprio e pessoal para um objeto do conhecimento já existente. Desse modo, tornase evidente que os saberes não se acumulam, não constituem um estoque que se
agrega a mente, e sim há a transformação da integração, da modificação, do
estabelecimento de relações e da coordenação entre esquemas de conhecimento
66
que já possuíamos, em novos vínculos e relações a cada nova aprendizagem
conquistada.
Na escola, a atividade mental que consiste em aprender de maneira
significativa ou elaborar uma representação pessoal sobre um objeto do
conhecimento adquire características peculiares. O aluno não vai à escola apenas
para aprender a aprender, mas também para aprender conteúdos curriculares já
elaborados que fazem parte da cultura e do conhecimento o que faz com que a
construção dos alunos seja peculiar.
Dessa forma, novos saberes são construídos sobre algo que já existe, circunstância
que não impede a atribuição de significado pessoal em um determinado sentido.
Este é um dos motivos pelos quais a construção realizada pelo aprendiz não
pode ser efetuada solitariamente. A aprendizagem escolar precisa ser vista como
um processo conjunto, compartilhado entre professores e alunos, com a finalidade
de levar todo aprendiz, ajudado pelo professor e por seus colegas, a se mostrar
progressivamente autônomo na resolução de tarefas, na transformação de
informação em conhecimento, na interpretação, utilização e transformação de
conceitos, na prática de determinadas iniciativas em múltiplos desafios.
Concepção de Avaliação
O caráter problemático da avaliação educacional, revelado sobretudo nas
elevadas taxas de repetência e evasão escolar que ainda estão presentes nos
sistemas de ensino brasileiro, tem sido examinado com frequência em sua
dimensão técnica e política. Também uma outra dimensão, de natureza
epistemológica, necessita ser considerada: a ideia de que a avaliação é tributária de
uma concepção de conhecimento e está ainda associada de modo permanente à
emissão de juízos de valor.
Julgamentos de valor são sempre mais complexos do que meras operações
de medição; em consequência, percebe-se que a tarefa do professor, ao avaliar,
mais do que saberes técnicos, exige a clareza, o discernimento, a segurança e o
equilíbrio de um magistrado, uma vez que o que está em questão é o pleno
desenvolvimento de um ser humano.
Constata-se que é necessário analisar três fatores básicos para se partir do
núcleo da avaliação educacional: conhecimento, medida e avaliação.
Ao se considerar o conhecimento como um processo em construção, é
importante se levar em conta as múltiplas faces da construtibilidade; a extensão de
suas cadeias lineares na teia de significações aprendidas ou não e que representam
os requisitos necessários aprendidos considerando ou não os pré requisitos e a
apropriação destes de forma global.
A medida por si só sem outras considerações de técnicas na avaliação
precisam ter a força do bom senso do professor ou avaliador, de modo a considerar
a fragilidade na apropriação do conhecimento, onde um único componente perdido
rompe, na medida, todo um conjunto de conhecimentos apropriados.
E, avaliar é, até etimologicamente, estimar o valor, por mais que no processo
da avaliação sejam utilizados números, notas ou similares, médias, pareceres
descritivos, conceitos, percentuais ou outra expressão que uma instituição queira
adotar. Não existe nada de incorreto ou inadequado na utilização de números nos
67
processos de avaliação; é necessário no entanto, a consciência de que eles
resultam de um processo de interpretação, de que eles são indícios valiosos para o
reconhecimento de qualidades e conhecimentos, de que eles representam os
avaliados mas não se identificam com os mesmos, onde a representação está neste
caso, muito mais próxima da ideia de equivalência do que da de identidade. E
mesmo que a ideia de interpretação também possa ser associada ao termo ‘medir’,
como uma etapa atinente à análise final dos resultados, é necessária uma distinção
fundamental no caso da avaliação pois ela deve se situar na origem do próprio
processo, sendo concomitante à estimativa do valor.
Assim, a verdade deixa de ser absoluta ou relativa, pois tudo depende do
nível de representação e da interpretação de valores assimilados aos mecanismos
envolvidos tornando-se uma verdade contextualizada. Esta conduz a dois caminhos,
sendo um deles, a análise das relações entre avaliação e planejamento e o outro é
a existência de uma dimensão ética no trabalho do professor.
É de consenso de todos na escola, que a avaliação é uma questão complexa,
gerando em certos momentos incertezas passando a ser
uma práxis em
construção, voltado para o pressuposto acima descrito.
Tornou-se necessário ampliar o conceito e sua concepção na práxis, articulando
a avaliação com alguns pontos:
- a avaliação necessita estar estreitamente ligada ao planejamento, formando com
ele um processo único;
- deve se haver coerência entre planejamento e avaliação, levando-se em conta
os vários níveis entre as duas diretrizes;
- a avaliação precisa ser conduzida através de diálogo franco e aberto, onde haja
troca de experiência entre aluno e professor, na busca do bem comum.
Com relação a avaliação e planejamento como um processo único, é importante
se enfatizar a necessidade de um trabalho coeso de definição de objetivos, escolha
de conteúdos pertinentes e atualizados, seleção de estratégias viáveis e eficazes
bem como, a determinação de critérios capazes de embasar análises contínuas e
válidas no processo ensino-aprendizagem.
No que se refere aos níveis de planejamento e avaliação, deve-se destacar o
educacional, o curricular e o de ensino-aprendizagem. Através do primeiro pode-se
determinar as diretrizes da instituição como um todo, considerando-se as variáveis
sociais, econômicas e políticas onde a instituição volta-se para a análise do alcance
dos objetivos da Instituição, verificando ações internas e externas de impacto na
comunidade.
O planejamento curricular relaciona-se com a totalidade de experiências
promovidas pela unidade escolar de tal maneira que favoreça ao máximo o
processo de ensino. Neste nível, a avaliação permite a análise de diversos
aspectos, destacando-se adequação de planos e programas de ensino, qualidade
do material instrucional e desempenho de diversos elementos envolvidos no
trabalho.
O planejamento de ensino-aprendizagem, que deve pautar-se pelos níveis
anteriores, compreende as ações dos docentes na relação direta com o aluno.
Neste nível, a avaliação permite a análise de desempenhos para estimular ou
promover melhorias.
Considerando a necessidade de entrelaçamento dos três pontos com diretrizes
filosóficas, harmônicas, pode-se chamar à luz da discussão, o terceiro ponto como o
planejamento e avaliação a nível de diálogo. Parece evidenciar-se que quanto maior
68
a integração entre os responsáveis por esses níveis, maior a possibilidade de
entrosamento, de busca de estratégias e objetivos comuns, que visem à coerência
da instituição como um todo. Várias são as formas através das quais se pode
promover o diálogo, sendo uma das mais consistentes, a participação.
Em termos de avaliação, a instituição governamental propõe que seja
considerada, junto à cientificidade que deve nortear o processo avaliativo, a
necessidade do envolvimento de toda a comunidade escolar: especialistas, equipes
escolares, docentes, alunos, gestores, órgãos vinculados às escolas, dentre outros
na superação de uma avaliação simplista.
Torna-se necessário também uma reflexão crítica permanente sobre diversos
fatores ligados ao processo da avaliação; pode-se destacar alguns:
- como está sendo utilizado o processo de avaliação, suas vantagens e
desvantagens na formação do aluno;
- quais os objetivos, conteúdos, estratégias e critérios adotados e qual sua
validade na formação do aluno;
- que benefícios podem ser gerados para todos os que trabalham com a formação
do aluno, principalmente para ele.
É fundamental, na avaliação da aprendizagem, a participação conjunta
professor-aluno pois permite reduzir o caráter coercitivo que muitas vezes ela
assume. A avaliação deixa de ser um instrumento de poder do docente sobre o
aluno, onde os critérios nem sempre são expostos aos alunos, onde existem ainda,
momentos de intenção de punição representados quase sempre por provasrelâmpagos, exercícios avaliativos, itens avaliados sem terem sido definidos
previamente nos objetivos, dentre outras formas em que o professor aplica e não
percebe a coerção.
Assim, constata-se que, através da participação conjunta na discussão, docente
e aluno interagem, trocam vivências, provocando assim o resgate da ética, do
diálogo e do bom senso nas decisões.
As experiências avaliativas vivenciadas pelos estudantes tendem a ser
apropriadas e reproduzidas nas próprias salas de aula, portanto a coerência por
parte do grupo entre o discurso e a prática é fundamental para o êxito do processo.
Heraldo Marelin Viana, em sua tese de doutoramento, realizou uma recuperação
histórica enfocando a avaliação educacional e o avaliador, título, aliás, do seu
trabalho. Nele o autor sintetiza, a partir da perspectiva dos teóricos pesquisados,
sua percepção a respeito do significado da avaliação no atual momento histórico:
“Aos poucos, a área da avaliação se vai dando conta de que percepções e
intuições podem conduzir à geração de conhecimentos; entretanto,
simultaneamente, a avaliação procura sistematizar suas atividades, para, aos
poucos, criar uma estrutura que permita a coleta de diferentes tipos de
informação que possibilitam verificar a congruência das intencionalidades em
educação (Tyler, Stake), apresentar juízos de valor (Scriven) e tomar decisões
face às alternativas que nos são oferecidas (Stufflebeam)” 2
_________________________
2
Viana. Heraldo Marellin. Avaliação educacional e o avaliador. Tese. São Paulo:
Pontifícia Universidade Católica. 1997.p.11.
69
Tendo por parâmetro o posicionamento de Viana assim pretendemos caracterizar
o processo avaliativo a ser realizado nesta Escola. Esta tarefa que, além de
fundamental, é exigente sob vários ângulos, entre eles:
•
A percepção de avaliar não se esgota na avaliação da
aprendizagem, antes deve se estender a todos os atores envolvidos
no desenvolvimento do curso: docentes, coordenadores, equipe
pedagógica.
•
Também o programa em si deve ser avaliado como: proposta
pedagógica, materiais instrucionais, tempo, locais, forma de
capacitação dos profissionais responsáveis pelo desenvolvimento do
projeto, desempenhos da equipe, uso de tecnologia como apoio.
•
O processo avaliativo deve se ancorar em princípios claramente
estabelecidos, discutidos e aceitos por todos os envolvidos.
•
As experiências avaliativas vivenciadas pelos estudantes tendem a
ser apropriadas e reproduzidas nas próprias salas de aula, portanto
a coerência por parte da equipe entre o discurso e a prática é
fundamental para o êxito do processo.
Levando em consideração os aspectos acima explicitados, assim como a vasta
produção relativa à avaliação educacional, defende-se no presente projeto, um
processo avaliativo que se caracterize como abrangente, multidimensional,
contínuo, diagnóstico, inclusivo.
Abrangente – um processo avaliativo abrangente justifica-se pela necessidade
de abarcar todos os aspectos presentes em um projeto pedagógico, ou seja,
como já referido, a proposta em si, a atuação de seus protagonistas, o ensino, a
aprendizagem, o entorno sócio-educacional, o impacto nos locais de atuação.
Sendo assim, diferentes ações avaliativas devem ser desenvolvidas tanto no
âmbito individual quanto coletivo:
•
Os estudantes se auto avaliam, avaliam o curso, os docentes, equipes
pedagógicas e coordenadores.
•
Os docentes e coordenadores da escola se auto avaliam, assim como os
estudantes e o projeto pedagógico.
Para que este intento possa ser alcançado é necessária a utilização de um
grande número de formas e instrumentos de avaliação: auto-avaliação, avaliação
interpares, avaliação pelos docentes, tendo em vista as produções individuais e
coletivas. Entre os instrumentos a serem utilizados destacamos os memorais
descritivos, diários, portifólios, relatórios, entrevistas, questionários, provas com
questões dissertativas e/ou objetivas.
70
O domínio sobre os processos de apropriação e construção do conhecimento de
cada um dos cursistas permite o compartilhar no âmbito do trabalho coletivo,
quando toda a turma de estudantes em formação venham ampliar seus repertórios
para a vinda profissional, por meio de uma reflexão avaliativa entre as diferentes
formas de aprender presentes no grupo de trabalho.
Multidimensional – Embora homens e mulheres sejam seres racionais, movidos
por sentimentos e emoções, que se expressam por conhecimentos, atitudes e
habilidades, de forma integrada, a escola tende a hipertrofiar a dimensão
intelectual deixando de levar em consideração as demais dimensões constitutivas
da pessoa, o que conduz ao descuido pelos valores do ambiente
formativo/cultural e seu impacto no ser humano em formação. Quando se
privilegia a razão, pode-se considerar que todos os aprendentes, termo utilizado
por Alicia Fernándes que afirma: a proposta de saúde frente à nossa inteligência
aprisionada, a cada um de nós como ensinantes e aprendentes... Passa por: o
autorizar-se a pensar; o permitir-se a perguntar; o deixar espaço à imaginação e
ao prazer de aprender; e, em conseqüência, ao prazer de ensinar 3 .
A hipertrofia do intelectual numa proposta para a formação de docentes pode
conduzir ao engano de que todos possuem as mesmas capacidades derivadas
do fato de serem humanos. Essa postura, além de reducionista, é profundamente
injusta para com aqueles que não compartilham do mesmo universo cultural que
os demais no Curso. Leva, também, ao privilegiamento das provas como
instrumentos avaliativos, ou seja, ao entendimento de que a aprendizagem reduzse à apropriação de conteúdos e a uma forma única de aplicá-los.
Este processo ao assegurar o desenvolvimento de competências, assume que a
mobilização de conhecimentos ocorre de inúmeras formas, de acordo com os estilos
pessoais e com a história profissional de cada estudante, que o conduzem a criar
soluções diferenciadas no contexto da formação.
Dessa forma, é possível conhecer e reconhecer os métodos de pensar, utilizados
no aprender, para que cada uma possa desenvolver sua capacidade própria de
auto-regular a sua aprendizagem, ao descobrir planejar e avaliar estratégias para as
diferentes situações presentes no contexto.
O sentido da avaliação não se presta a punir os que não alcançam as produções
esperadas, mas sim auxiliar cada um a identificar, cada vez melhor, suas
necessidades de formação e investir na realização de seu desenvolvimento durante
o decorrer do ano.
No presente projeto partimos da perspectiva de que o ser humano é
multidimensional: razão, emoção, ação. Portanto, toda essa dimensão, expressa na
formação que norteia o currículo, devem ser incentivadas e avaliadas durante o
processo formativo.
Contínua – Por se constituir em avaliação de processo, ou seja, processo de
formação de profissionais docentes em atuação no sistema educacional, a
avaliação necessita captar as diferentes aprendizagens em todos os momentos
do curso. Nada mais injusto em uma avaliação do que quando se centra em
poucos momentos da vida estudantil e dá a eles um caráter universal. Os
instrumentos de aprendizagem utilizados poderão vir a ser analisados como
formas de avaliação. Assim, o caso de projetos, relatórios, diários, etc.
Diagnóstica – Embora na literatura sobre avaliação da aprendizagem seja
recorrente a compreensão de que a avaliação pode ser diagnóstica, formativa e
71
somativa, sendo que só a ultima modalidade compete atribuir nota e,
consequentemente, aprovar ou reprovar, entendemos, como Luckesi, que,
independentemente da modalidade, a avaliação deve ter sempre o caráter de
diagnóstico, ou seja, possibilitar que todos os envolvidos redirecionem suas
ações em função dos resultados de aprendizagem, seja do domínio cognitivo ou
no emocional. Portanto, ao planejarem suas ações avaliativas os docentes devem
prever como encaminharão os alunos no caso dos resultados de desempenho
atingirem um nível abaixo do estabelecido como adequado. Essas ações devem
ser previstas não somente em relação ao desempenho nas provas, como nas
demais.
___________________
3
. FERNANDEZ. A. A mulher escondida na professora. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1994, p.5.
Inclusiva – Assumir essa característica como direcionadora do processo avaliativo,
significa o entendimento de que a avaliação, como poeticamente a definiu Luckesi 4,
é um ato amoroso e por ser amoroso buscar incluir seus participantes oferecendolhes todas as condições para as mais diversas aprendizagens, principalmente a de
aprender a aprender. O processo de avaliação, portanto, deverá ser desenvolvido
em uma perspectiva de chamamento/envolvimento de todos os participantes nos
processos de ensinar e aprender. Vivenciando essa perspectiva os estudantes terão
a oportunidade de experienciar situações de profunda crença na capacidade de
aprendizagem, crença que devera se traduzir em ações concretas e variadas que
partam do pressuposto de que não existe uma só forma da ensinar, assim como
existem múltiplas formas de aprender.
Caberá aos docentes, encetarem ações nesse sentido detectando
dificuldades e planejando/visualizando formas de superá-las.
Tendo como norte os pressupostos e considerações enunciados, os
diferentes integrantes deverão programar sua atuação como avaliadores
contribuindo de forma complementar dentro da equipe.
_____________________
4
. Luckesi. Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 3.ed.São
Paulo:Cortez,1996,p.168-180
Concepção de Currículo
O currículo, cerne da educação escolar, é um fenômeno histórico. É resultado
de forças sociais, políticas e pedagógicas que expressam a organização dos
saberes vinculados à construção de sujeitos sociais.
Nessa perspectiva, currículo é ação, é trajetória, é percurso, é caminhada
que se constrói para cada grupo e em cada realidade escolar de forma diferenciada.
É um processo dinâmico, mutante, sujeito a inúmeras influências, portanto aberto e
72
flexível. Essa concepção de currículo veicula uma concepção de pessoa, sociedade,
conhecimento, cultura, poder e destinação das classes sociais as quais os
indivíduos pertencem: está referida sempre a um projeto político pedagógico,
explicitando intenções, revelando graus diferenciados da consciência e do
compromisso social.
Quando definimos currículo estamos descrevendo a concretização das
funções da própria escola e a forma particular de enfocá-las num momento histórico
e social determinado para um nível ou modalidade de educação, numa rede
institucional.
Currículo é uma prática, é expressão da função socializadora e cultural de
uma instituição no conjunto de atividades mediante as quais um grupo assegura que
seus membros adquiram a experiência social, historicamente acumulada e
culturalmente organizada.
Os instrumentos cognitivos de natureza simbólica e seus usos, os processos
psicológicos superiores, formam parte dessa experiência. É uma prática em que se
estabelece um diálogo entre agentes sociais, educando e educadores.
Desse modo, o currículo não se constitui apenas nas oportunidades que a
escola provê, mas, também no modo pela qual o educando vive essas
oportunidades, no sentido de ampliar sua maneira de ver o mundo. É, pois, sempre
uma construção social, uma prática que revela seu compromisso com os sujeitos,
com a história, com a sociedade e com a cultura.
Qualquer tipo de organização escolar possui um projeto político pedagógico
subjacente. O processo pedagógico para uma escola cidadã deve contemplar além
de tudo, alguns temas que são geralmente excluídos do cotidiano das demais
escolas: criticidade, criatividade, curiosidade, conflito, multicultural, contradições da
realidade, problematização, construção e provisoriedade do conhecimento, a busca
da totalidade do saber, a avaliação emancipatória do tempo na escola, a gestão da
vida escolar provocando a inter-relação entre as áreas de conhecimento e entre
estas e a sociedade mais ampla legitimando enquanto currículo experienciado, o
que os alunos percebem e como reagem ao que está sendo desenvolvido no
contexto sócio histórico em que vivem.
73
Educação Inclusiva
Em consonância com a LDBN ( 9394/96), que diz que os alunos com
necessidades educacionais especiais devem ter sua educação preferencialmente na
rede regular de ensino. A Resolução nº 02/01 ( CEE) institui as Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica, onde manifesta o compromisso do
país com o desafio de construir coletivamente as condições para atender bem a
diversidade existente nas escolas brasileiras.
Com esta mudança, se abre uma nova perspectiva para a educação de
alunos com necessidades educacionais especiais de aprendizagem, onde são
asseguradas as condições necessárias para uma educação de qualidade para
todos. A escola consciente da função deverá descobrir caminhos para que o aluno
alcance estes objetivos.
O Colégio Barão de Antonina está tentando trabalhar com a educação inclusiva
durante os últimos anos onde têm se tornado claro que o conceito de necessidades
educacionais especiais teve que ser ampliado para incluir todas as crianças que não
estejam conseguindo se beneficiar com a escola, seja por que motivo for.
Desta maneira, o trabalho pedagógico na escola passa a incluir, além das
crianças com necessidades especiais permanentes, aquelas que estejam
experimentando dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que
estejam repetindo continuamente os anos escolares, as que sejam forçadas a
trabalhar, as que vivem nas ruas, as que moram distantes de quaisquer escolas, as
que vivem em condições de extrema pobreza ou que sejam desnutridas, as sejam
vítimas de alguma violência, as que sofrem de abusos contínuos, físicos,
emocionais e sexuais, ou as que simplesmente estão fora da escola, por qualquer
motivo que seja.
Dentro deste contexto social extremamente abrangente, se aproximam os
dois tipos de ensino – o regular e o especial, na medida em que esta nova definição
implica que, potencialmente, todos nós, possuímos ou podemos possuir, temporária
ou permanentemente, “necessidades educacionais especiais”. E se assim o é,
então não há porque haver dois sistemas paralelos de ensino, mas sim um sistema
único, que seja capaz de prover educação para todo o ser humano, por mais
especial que este possa ser ou estar.
Trata-se portanto, de um encaminhamento na escola, que parta do
mesmo princípio (de que todos os seres humanos possuem o mesmo valor, e os
mesmos direitos), otimizando seus esforços e se utilizando de práticas
diferenciadas, sempre que necessário, para que tais direitos sejam garantidos.
Se inclusão e participação são essenciais à dignidade humana e ao gozo
e exercício dos direitos humanos, no campo da educação, tal se refere no
desenvolvimento de estratégias que procurem proporcionar uma equalização
genérica de oportunidades.
As escolas inclusivas devem reconhecer e responder às diversas
necessidades de seus alunos, acomodando tanto estilos como ritmos diferentes de
aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade a todos através de
currículo apropriado, modificações organizacionais, estratégias de ensino
74
diferenciados, uso de recursos e parcerias com a comunidade, questões estas
levadas em consideração dentro deste Projeto Político Pedagógico. As implicações
consistem portanto no reconhecimento da igualdade de valores e de direitos, e na
consequente tomada de atitudes que reflitam uma coerência entre o que se diz e o
que se fala. Dentro deste contexto principalmente o educador deverá ser
preparado, capacitado para que possa trabalhar dentro da escola inclusiva com
clareza e competência a fim de garantir a efetivação da filosofia da escola onde
atua.
Há que se levar em consideração também o § 2º do Artigo 58 da Lei de
Diretrizes e Bases 9394/96 onde coloca que: “O atendimento educacional será feito
em classes, escolas ou serviços especializados sempre que, em função das
condições específicas dos alunos não for possível a sua integração nas classes
comuns de ensino regular”, cuja orientação será tomada em conjunto com
profissionais e órgãos competentes.
No ano de 2006 foi implantada a Sala de Recursos, conforme a Instrução nº
05/04 – DEE, para atender às necessidades educacionais especiais. É um serviço
de apoio pedagógico especializado ofertado no contexto da escola regular de 5ª/ 8ª
séries. Em 2007 a Sala de Recursos permaneceu atendendo média de 24 alunos
em dias alternados e horários em contra-turno. A escola teve o número de alunos de
inclusão aumentado, onde tem um aluno surdo mudo na quinta série e uma aluna
com grandes dificuldades de organização, na mesma turma e série. Hoje ele
encontra-se na 1ª série do ensino médio.
A escola também contempla em seu Regimento Escolar o que estabelece a
Constituição Federal, a Lei nº 9394/96, a Lei nº 6.202/75, a Lei nº 8.069/90, o
Decreto Lei nº 1.044/69, a Resolução nº 02/01-CNE, a Resolução nº 41/95CONANDA, a Deliberação nº 02/03-CEE-PR e a Resolução Secretarial nº 2527/07
gerando subsídios à Instrução nº 006/07 da Secretaria de Estado da Educação a
qual estabelece procedimentos para a implantação e funcionamento do Serviço de
Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar.
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar visa o
atendimento educacional público, aos educandos matriculados ou não na Educação
Básica nos seus níveis e modalidades, impossibilitados de frequentar a escola por
motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar ou de
outras formas de tratamento de saúde, oportunizando a continuidade no processo
de escolarização, a inserção ou reinserção em seu ambiente escolar, o qual será
ofertado nas instituições que mantiverem Termo de Cooperação Técnica com a
Secretaria de Estado da Educação.
Será desenvolvido por professores e pedagogos do Quadro Próprio do
Magistério, previamente selecionados conforme edital publicado pela Secretaria de
Estado da Educação.
As atribuições estão contempladas junto ao Regimento Escolar, bem como
todo o procedimento a ser adotado em situações que necessitem deste serviço.
A Secretaria de Estado da Educação firmou Termo de Cooperação Técnica
com a Secretaria de Estado da Saúde, Associação Paranaense de Apoio à Criança
com Neoplasia-APACN, no município de Curitiba, Hospital Universitário Evangélico,
no Município de Curitiba, Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná,
no Município de Curitiba, Hospital do Trabalhador, no município de Curitiba, Hospital
Erasto Gaertner, no município de Curitiba, Associação Hospitalar de Proteção à
Infância Doutor Raul Carneiro – Hospital Pequeno Príncipe, no município de
75
Curitiba, Hospital Universitário Regional, no município de Maringá e Hospital
Universitário Regional do Norte do Paraná, no município de Londrina.
Novos convênios podem ser abertos, os quais são incluídos automaticamente
nessa rede de serviço de atendimento, oportunizando ao aluno a continuidade de
seus estudos, caso venha a necessitar de atendimento dessa natureza.
76
5. MARCO OPERACIONAL
77
Grandes Linhas de Ação
Reorganização do trabalho pedagógico escolar na perspectiva
administrativa, pedagógica, financeira e político-educacional
Administrativa:
Promover o espírito de equipe e união entre professores, alunos e
comunidade escolar por meio de Reuniões de Professores, Pais/Mães ou
Responsáveis para debates de procedimentos e projetos a serem adotados
objetivando a melhoria dos procedimentos de ensino (reuniões para entrega de
boletins, reuniões de turmas com pais, alunos e professores, palestras, resgate
do Clube de Mães, formação do Clube da Família);
Incentivar a participação dos alunos e professores em projetos voltados para o
resgate e aplicação de valores dentro e fora da escola em parceria com clubes de
serviço e associações comunitárias;
Utilizar meios democráticos (consulta ao corpo docente e discente) para
elaboração de um planejamento anual de atividades a partir da formação de um
Grupo de Apoio composto por professores, funcionários, alunos e pais.
Reorganizar a Biblioteca Escolar para torná-la um espaço atraente aos
alunos transformando-a em mais um recurso de aprendizagem a disposição dos
alunos e professores;
Organizar o espaço do laboratório de informática do programa Paraná Digital
( 20 máquinas) e implementar o espaço para os conjuntos de informática do
PROINFO (10 máquinas) (adaptado até o momento).
Pedagógica:
Buscar alternativas de ensino e avaliação através de reuniões pedagógicas
com a participação dos alunos de forma consciente e crítica, como parceiros na
busca por uma escola mais humana e eficiente;
Reorganizar o Conselho de Classe sempre que necessário, de modo a
diminuir as contradições presentes na prática com vistas a melhoria constante do
trabalho pedagógico, na escola. Dar continuidade aos retornos feitos às turmas
de propostas para que haja engajamento de todos buscando melhor ensino e
aprendizagem.
Acompanhar de forma mais objetiva a recuperação paralela junto aos
professores e aos resultados de aprendizagem dos alunos.
Os professores sugeriram ainda que, quando o aluno não atingir o índice
mínimo no bimestre, deverão ser convocados pais e alunos pela Equipe
Pedagógica para tomarem decisões sobre as mudanças que deverão ocorrer.
Caso não haja uma resposta, a escola deve acionar os órgãos competentes
Inclusão do Programa de Educação Fiscal e Projetos Articulados.
Inclusão do Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar sobre Estudo das
Relações Etero Raciais – ERER.
78
Inclusão do acompanhamento dos resultados do Projeto Meninas Poderosas
(parceria escola x Clube Soroptimista de Rio Negro) com adolescentes.
Ações efetivas:
– Sócio cultural,
− Ambiental,
− Programa Folhas,
− Projeto Consciência, Fera,
− Outros projetos e programas.
Financeira:
Buscar recursos (via projeto na FUNDEPAR) para reforma do prédio anexo
do prédio central (construção de espaço mais adequado para Secretaria, reforma
da cozinha adequando-a as normas sanitárias, espaço para alocar a Equipe
Pedagógica, colocação de torneiras próximas ao espaço das quadras);
Aquisição e manutenção de equipamentos eletroeletrônicos (DVD, rádio
portátil c/CD, TVs, retroprojetores, etc), de acordo com necessidade e interesse
do corpo discente e docente.
Aquisição de bancada para aulas práticas de manutenção e computadorescurso técnico em informática.
Aquisição de computadores para uso nas aulas práticas de arquitetura e
manutenção em informática.
Continuidade de aquisição de assinaturas de revistas, aquisição de livros e
materiais pedagógicos, de interesse da escola.
Político-educacional:
Buscar os meios necessários para implantação de outros cursos técnicos;
Incentivar o espírito crítico e a participação dos alunos através do Grêmio
Estudantil;
Desenvolver atividades que priorizem a Gestão Participativa de todos os
segmentos escolares nas ações a serem desenvolvidas;
Promover uma maior aproximação entre o Conselho Escolar, APMF, Grêmio
Estudantil e Direção;
Atualização detalhada do patrimônio Escolar (FUNDEPAR e APMF);
79
Propostas para o ano de 2011 -1º e 2º semestres:
-Trabalho efetivo de motivação e conscientização relacionado a atividades e
provas, feito por todos os professores durante o ano.
-Divulgação mais intensa de resultados de Olimpíadas, IDEB, ENEM, outras
atividades que a escola venha a participar.
-Insistir nos Projetos de Reforma que estão tramitando na SEED.
-Solicitação da escola para que haja comunicados na medida do possível, em
relação a algumas questões vindas do NRE.
-Maior troca de experiências metodológicas mais diversificadas por turma ou
modalidade de ensino no momento da construção do Plano de Trabalho Docente.
-Maior aprofundamento individual por parte dos docentes e funcionários.
-Professores e funcionários buscarem constantemente informações da clientela com
a qual trabalham.
-Realizar nova entrevista para elaboração atual de demonstrativo estatístico com
socialização de informações na escola.
-Criar mais alternativas de encaminhamento em sala de aula com vistas a tirar o
aluno da rotina, criar mais expectativas, mais situações de surpresas agradáveis,
programar atividades e trabalhos que possibilitem serem feitos fora de sala de aula.
-Usar hora atividade para Equipe pedagógica trabalhar junto ao professor quando
vistar L.R.C., analisar Plano de Trabalho Docente e Proposta Pedagógica Curricular.
-Propiciar momentos de encontros com professores de áreas e cursos afins.
-Se empenhar em cumprir o que se estabeleceu e se organizou em grupo.
-Organizar alternativas de soluções de conflitos de sala de aula (professor, aluno e
3ª pessoa(mediador)).
-Buscar oportunidades de participação em eventos, cursos, seminários, palestras
aos alunos dos cursos técnicos visando temas afins.
-Aumentar parcerias com entidades civis e educacionais visando a participação dos
alunos de cursos técnicos nos eventos de forma gratuíta.
Papel das instâncias Colegiadas:
I - Conselho Escolar: Órgão colegiado, consultivo, deliberativo e fiscal.
Tem por finalidade promover a articulação entre os vários segmentos
organizados da sociedade e os setores do estabelecimento a fim de garantir a
eficiência e a qualidade deste.
O funcionamento do Conselho Escolar do Colégio, segue as normas e
regulamentos próprios e tem por finalidades democratizar a Gestão Escolar, e
promover a articulação entre os vários segmentos organizados da sociedade e os
setores do estabelecimento a fim de garantir a eficiência e a qualidade deste. As
reuniões são realizadas sistematicamente buscando sempre a participação de todos
os segmentos da escola. Em situações disciplinares mais complexas, sempre se
busca a interferência do Conselho.
80
II - Conselho de Classe: órgão colegiado, consultivo e deliberativo em
assuntos didáticos-pedagógicos; atua em cada classe do estabelecimento
objetivando avaliar o processo de aprendizagem, ou relação professor-aluno e os
procedimentos e propostas pedagógicas. Tem por finalidade, entre outras, estudar e
interpretar os dados de aprendizagem na sua relação com o trabalho do professor,
na direção e desenvolvimento do processo de aprendizagem curricular.
III - Grêmio Estudantil :É o órgão destinado a organizar os estudantes bem
como defender seus interesses, pautado pela ética e pela democracia nas
relações com as demais representações da comunidade escolar bem como
promover e desenvolver atividades em prol do aluno e do colégio.
Eleição de alunos representantes de turma e APMF:
O Conselho de Representantes de turma reúnem-se periodicamente
com a Equipe Pedagógica e/ou Direção, para que em conjunto sejam planejadas
ações que venham de encontro a interesses comuns de melhoria contínua das
relações entre a comunidade escolar, e da escola como um todo.
Ações relativas à Formação Continuada
O Colégio Estadual “Barão de Antonina”, por primar pela qualidade do
ensino nele ministrado e, por entender que o principal agente da qualidade é o
professor sempre articula com seu grupo formas de viabilizar o aperfeiçoamento
e capacitação de seu quadro.
Assim, todas as ações planejadas, desde reuniões pedagógicas
periódicas, bem como grupos de estudos internos, com utilização de livros da
“Biblioteca do Professor”, e grupos de estudos em forma de cursos com
certificados de capacitação são oferecidos anualmente pelo Colégio. Também a
divulgação e incentivos constantes para participação em cursos seminários
ofertados a nível de Estado, são efetivados. A participação em Seminário de
Educação inclusive o que o município anualmente realiza, são incentivados e
programados para que todos participe.
A Escola acredita que é pela atualização que o aperfeiçoamento
perpassa, onde reflexões, decisões e sedimentações de metodologias e
avaliações se efetivam e repercutem em mudanças de posturas na práxis da
educação. Entende-se que não é a teoria por ela mesma e nem a prática por si
só que farão acontecer uma escola para a vida onde o saber sistematizado e o
uso da melhor forma possível deste levarão à construção da cidadania de fato.
Portanto a base das discussões e das intenções é unir o conhecimento
teórico à contextualização, pois a escola precisa ser dinâmica e mais do que
qualquer outra instituição estar atualizada no modo de utilizar os conhecimentos
produzidos pela sociedade assim como selecionar os que dão suporte mais
concretos à busca dos demais que se utilizarão no decorrer da vida.
81
A nível de graduação o quadro de pessoal é todo capacitado nas suas
áreas, onde a escola entra com papel fundamental de incentivador para
especializações nas áreas afins ou de interesse de cada profissional. Na medida
em que financeiramente o profissional consegue se organizar tem feito e estão
fazendo cursos a nível de pós graduação, vindo a escola agregar qualidade.
No ensino que oferta pois, sempre amplia visões e conceitos
principalmente sobre o ser humano, seu desenvolvimento suas características e
particularidades, seus anseios, angústias e necessidades e a nível pedagógico
estas questões, são fundamentais quando mais aprofundadas e definidas para se
desempenhar a função do ato de ensinar tendo-se claro o tipo de cidadão que se
quer formar.
Além das ações descritas acima, a Escola pretende incentivar :
-
Participação dos professores no Projeto Folhas
Participação dos professores no Objeto de Aprendizagem
Colaborativo sob orientação da Equipe do CRTE/NREamsul
Contratação de professores para atuarem na Salas de Apoio à
Aprendizagem do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano.
Participação dos Professores no Programa Saúde na Escola
Participação dos professores nas atividades complementares em
contra turno
Diretrizes Para Avaliação Geral de Desempenho dos Docentes, Pedagogos e
Funcionários e Avaliação Institucional e do Projeto Político Pedagógico da
escola
A avaliação na sua essência é complicada e ao mesmo tempo
necessária e fundamental enquanto parâmetro de produtividade e resultados. Ela
perpassa por todo o processo que envolve a escola e sua efetivação enquanto
ações, tanto específicas (ações de cada profissional) como abrangentes (a escola
como um todo). Fundamenta-se entre planejamentos, ações e resultados tanto
no aspecto qualitativo como quantitativo.
Neste contexto, várias são as articulações e ações avaliativas que a escola
como um todo realiza e participa.
Quanto ao quadro geral de funcionários enquanto gestão (comunidade
escolar) semestralmente será feita a avaliação interna em forma de auto avaliação
envolvendo os itens da ficha de desempenho com critérios específicos criados pela
escola em consenso com todos os envolvidos e avaliados. A partir deste momento
serão realimentados todas as práticas e posturas.
Com relação a desempenho de Docentes, além de assiduidade, participação em
reuniões,Conselhos de Classe, projetos, se levará em conta acompanhamento
mediante resultados de aprendizagem, criatividade bem como acompanhamento de
82
Pedagogos, avaliação de alunos, Auto avaliação, avaliação da SEED, dentre
outras...
Quanto aos pedagogos se avaliará pelo produtividade, assiduidade,
participação em reuniões com sugestões e retorno de seu trabalho, resultados de
suas ações, produtividade e envolvimento com todas as atividades...
Será feito com todos, momentos de feed back para análise do quadro atual
do momento com vistas a se obter parâmetros mediante metas propostas e
executadas (ver fichas de avaliação específica para), aos menos duas vezes por
ano.
Para avaliar a qualidade do ensino, é preciso situar a comunidade sobre o
que se espera dela de acordo com o PPP.
Alunos, pais e professores receberão anualmente as mesmas
informações do trabalho, das intenções; com esclarecimentos detalhados sobre o
PPP, a grade como as disposições das disciplinas e os eixos, fazendo-se uma ponte
entre série-disciplinas e formação do aluno – cidadão que se quer formar e para
quê sociedade. O processo requer constante empenho tanto de aluno como de
professor, pois tudo perpassa por uma contínua troca de demonstração de postura,
conhecimento, observação, participação, interesse e análise para assim se
diagnosticar e se constatar a caminhada de cada um. Pela diversidade de todos os
envolvidos, torna-se um trabalho complexo, mas que se espera resultados bons.
Estas diretrizes serão adotadas tanto no Ensino Fundamental, quanto no Ensino
Médio e Profissional, onde se espera, resultados bem mais significativos a curto –
médio prazo.
Nesta perspectiva ainda, o Estabelecimento utiliza as avaliações da
SEED e do ENEM para analisar a sua atuação principalmente em consonância com
o Estado e demais regiões para verificar o desempenho da função da escola. A
avaliação institucional da SEED tem servido também como parâmetro para
avaliação interna do trabalho na escola, e com reconhecimento da comunidade em
geral, vindo a reforçar que está fazendo um trabalho sério e comprometido com a
qualidade da educação que oferta e desenvolve. (Auto avaliação Institucional).
Para se garantir resultados para análise, estão sendo elaborados
instrumentos de avaliação diversificados, nos quais haverá a participação de todas
as instâncias da escola entre profissionais e alunos. Estes instrumentos serão
utilizados como diagnóstico. Também serão utilizados como instrumento para
crescimento qualitativo da comunidade escolar.
Ações relativas à Recuperação Paralela
Os alunos com acentuada defasagem de aprendizagem terão encaminhamento
em projetos especiais (como sala de Apoio Pedagógico, sala de Recursos, etc), e
a própria recuperação paralela coordenada pela equipe pedagógica e
professores, organizados segundo o que consta nos Planos de Trabalho Docente
dos professores, com atendimento mais individualizado para garantia de seus
avanços e sucessos na escola. Ela acontece durante o ano letivo, na medida em
que se constata que o trabalho em sala de aula não atingiu os objetivos
esperados.
83
Calendários Escolares:
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DE ANTONINA
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL
RIO NEGRO - PARANÁ
CALENDÁRIO ESCOLAR 2011
D
2
9
16
23
30
S
Janeiro
T Q Q
S
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
S
1
8
15
22
29
D
6
13
20
27
Turno: Diurno
Modalidade: Regular
Fevereiro
Março
S T Q Q S S
D
S T Q Q S
1 2 3 4 5
1 2
3 4
7 8 9 10 11 12 18
6 7 8 9 10 11
14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18
21 22 23 24 25 26
20 21 22 23 24 25
28
27 28 29 30 31
1 Dia Mundial da Paz
D
S
Abril
T Q Q
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
S S
D S
1 2
8 9 19
1 2
15 16 dias 8 9
22 23
15 16
29 30
22 23
29 30
T
Maio
Q Q
22 Paixão
2 Conselho de Classe
25 Reunião Pedagógica
Julho
T Q Q
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
S S
1 2 3
8 9 dias
15 16
22 23 8
29 30 dias
D
2
9
16
23
30
S
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
6 Conselho de Classe
7
14
21
28
S
Agosto
S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6
8 9 10 11 12 13
15 16 17 18 19 20
22 23 24 25 26 27
29 30 31
D
21
dias
S
D S
1
8 19
6 7
15 dias 13 14
22
20 21
29
27 28
Novembro
T Q Q S S
1 2 3 4 5
8 9 10 11 12
15 16 17 18 19
22 23 24 25 26
29 30
S
5 6
12 13
19 20
26 27
Junho
Q Q S
1
2 3
7 8
9 10
14 15 16 17
21 22 23 24
28 29 30
T
S
4
11
18
25
20
dias
23 Corpus Christi
7 1ª Fase OBMEP
D
23
dias
5 Replanejamento
5 Conselho de Classe
Outubro
S T Q Q
D
S
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
1 Dia do Trabalho
S
20
dias
7 e 8 Carnaval
21 Tiradentes
D
S
5
12
19
26
4 5
11 12
18 19
25 26
Setembro
T Q Q S
1 2
6 7
8 9
13 14 15 16
20 21 22 23
27 28 29 30
S
3
10
17
24
20
dias
7 Independência
8 Feriado Municip
10 2ª Fase OBMEP
9 Reunião Pedag
D
19
dias
S
S
4 5
11 12
18 19
25 26
Dezembro
T Q Q S
1 2
6 7
8 9
13 14 15 16
20 21 22 23
27 28 29 30
2 Finados
15 Conselho de Classe
12 N. S. Aparecida
5 Reunião Pedagógica
19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor
15 Proclamação da República
20 Dia Nac da Consciência Negra
25 Natal
84
S
3
10
17
24
31
11
dias
Feriado Municipal
Conselho de Classe
Reun.ou C.de
Clas.
Dias letivos
1 dia
Férias Discentes
Janeiro
31
Férias/Recesso/Docentes
janeiro/férias
30
4 dias
fevereiro
7
jan/julho/recesso
1 dia
Julho
18
dez/recesso
201
dezembro
Total
13
69
outros recessos
Total
Início/Término
Planejamento
Férias
Recesso
Formação Continuada
14
13
3
60
Carimbo e assinatura do diretor(a)
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL BARÃO DE ANTONINA
ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL
RIO NEGRO - PARANÁ
CALENDÁRIO ESCOLAR 2011
D
2
9
16
23
30
S
Janeiro
T Q Q
S
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
S
1
8
15
22
29
Turno: Noturno
Modalidade: Anual e Semestral
Fevereiro
Março
D S T Q Q S S
D S T Q Q S S
1 2 3 4 5
1 2 3 4 5
6 7 8 9 10 11 12 18
6 7 8 9 10 11 12 20
13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
20 21 22 23 24 25 26
20 21 22 23 24 25 26
27 28
27 28 29 30 31
1 Dia Mundial da Paz
D
S
Abril
T Q Q
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
7 e 8 Carnaval
S S
D S
1 2
8 9 19
1 2
15 16 dias 8 9
22 23
15 16
29 30
22 23
29 30
Maio
T Q Q
S
S
D
S
3 4 5 6 7 22
5 6
10 11 12 13 14 dias 12 13
17 18 19 20 21
19 20
24 25 26 27 28
26 27
31
21 Tiradentes
1 Dia do Trabalho
22 Paixão
2
Conselho de Classe
Junho
T Q Q S S
1 2 3 4
7 8 9 10 11 20
14 15 16 17 18 dias
21 22 23 24 25
28 29 30
7 1ª Fase OBMEP
23 Corpus Christi
25 Reunião Pedagógica
D
S
Julho
T Q Q
S S
D S
1 2 4
1
3 4 5 6 7 8 9 dias 7 8
10 11 12 13 14 15 16
14 15
17 18 19 20 21 22 23 8 21 22
Agosto
Setembro
T Q Q S S
D S T Q Q S S
2 3 4 5 6
1 2 3
9 10 11 12 13 23
4 5 6 7 8 9 10 20
16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
23 24 25 26 27
18 19 20 21 22 23 24
85
24 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31
31
25 26 27 28 29 30
5 Replanejamento
5 Conselho de Classe
7 Independência
8 Feriado Municipal
9 Reunião Pedagógica
D
2
9
16
23
30
S
Outubro
T Q Q
S
3 4 5 6 7
10 11 12 13 14
17 18 19 20 21
24 25 26 27 28
31
Novembro
S
D S T Q Q S S
D S
1
1 2 3 4 5
8 20
6 7 8 9 10 11 12 19
4 5
15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12
22
20 21 22 23 24 25 26
18 19
29
27 28 29 30
25 26
Dezembro
T Q Q S S
1 2 3
6 7 8 9 10 12
13 14 15 16 17 dias
20 21 22 23 24
27 28 29 30 31
6 Conselho de Classe
2 Finados
15 Conselho de Classe
12 N. S. Aparecida
5 Reunião Pedagógica
19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor
15 Proclamação da República
20 Dia Nac da Consciência Negra
25 Natal
1 dia
Férias Discentes
janeiro
31
Férias/Recesso/Docentes
janeiro/férias
30
4 dias
Fevereiro
7
jan/julho/recesso
1 dia
Julho
18
dez/recesso
205
Dezembro
Total
13
69
outros recessos
Total
Feriado Municipal
Conselho de Classe
Reun.ou C.de
Clas.
Dias letivos
Início/Término
Planejamento e Replanejamento
Férias
Recesso
Formação Continuada
Complementação Carga Horária
Obs: Conselho de Classe em contra turno
14
13
3
60
Carimbo e assinatura do diretor(a)
86
Processos de Avaliação, Classificação e Promoção
Processos de Avaliação
O processo avaliativo precisa ser redimensionado a fim de expressar uma
concepção clara da sua intenção pedagógica, conforme o que dispõe a Lei de
Diretrizes e Bases para a Educação Nacional (9394/96): em seu artigo 24, inciso V
“a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais” (BRASIL, 1996, p. 14).
Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as limitações e as
fragilidades do processo de ensino e de aprendizagem, possibilitando uma
intervenção pedagógica consciente, objetivando a promoção da aprendizagem
significativa, de forma contínua e não meritocrática. Nesse sentido a avaliação é não
pontual, diagnóstica (por isso, dinâmica) e inclusiva. À avaliação interessa o que
estava acontecendo antes, o que está acontecendo agora e o que poderá acontecer
depois com o educando, na medida em que ela está a serviço de um projeto
pedagógico construtivo, que olha para o ser humano como um ser em construção
permanente. Para um verdadeiro processo de avaliação, (...) [o que interessa é] sua
aprendizagem, e, consequentemente, o seu crescimento; daí ela ser diagnóstica,
permitindo que se tomem decisões para melhorar; e, por conseqüência ser
inclusiva, já que, em vez de descartar, excluir, convida para a melhoria. (LUCKESI
2000, p.2)
A avaliação na perspectiva de uma aprendizagem significativa ocorre no
próprio processo de ensino e de aprendizagem com a reflexão e ação de alunos e
professores, na práxis pedagógica, no cotidiano da sala de aula, por meio das
discussões coletivas, da realização de atividades em grupos ou individuais. É
preciso estabelecer a dialética entre ação e reflexão, prática e teoria, meios e fins,
conhecimento científico e escolar, cultura e escola. Este se constitui em um dos
principais desafios de uma educação comprometida com a aprendizagem
significativa, isto é “dar sentido à linguagem que usamos, é estabelecer relações
entre os vários elementos de um universo simbólico, é relacionar o conhecimento
elaborado com os fatos do dia-a-dia, vividos pelo sujeito da aprendizagem ou por
outros sujeitos”(MORETTO, 2002, p.17).
Cabe destacar que a avaliação não se destina somente aos educandos,
mas também, ao processo de ensino e de aprendizagem, aos educadores, ao
estabelecimento de ensino, ao sistema, enfim, a todas as esferas envolvidas no
processo. Esta é uma postura a ser adotada, em que, quem avalia não é somente o
professor, mas todos os partícipes do processo, impulsionados a descobrir,
percorrer as trajetórias do conhecimento e redimensionar as formas de pensar.
Nesse sentido, Lima (2003), reitera que:
A avaliação, considerada de modo geral, tem uma dimensão formadora: ela tem
como uma de suas funções, em qualquer esfera da vida cotidiana, promover o
desenvolvimento das pessoas nas mais variadas situações. Na escola, a avaliação
tem a função de revelar o desempenho presente, as possibilidades de desempenho
futuro e os encaminhamentos necessários para as práticas que precisam ser
87
modificadas, apontando novos caminhos e possibilitando a superação dos
problemas atuais, abrindo as possibilidades educativas do futuro.
a) a clareza sobre a concepção adotada que deve ser consonante com a
fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola, de projeto político
pedagógico e de sua proposta curricular;
b) o entendimento da construção do conhecimento científico como histórica, nãoneutra, provisória e contextualizada;
c) a compreensão de que o processo de ensino e de aprendizagem parte do
conhecimento prévio dos educandos e da legitimidade do papel de mediador dos
professores;
d) a inserção gradual de conceitos elaborados e sua aplicação em situações
cotidianas dos alunos;
e) as inter-relações estabelecidas pelos alunos no ambiente escolar e no contexto
social;
f) a coleta, interpretação, sistematização e aplicação de dados a partir das análises
realizadas;
g) as diversas maneiras de registro efetuadas pelos alunos, como por exemplo:
textos, desenhos, recortes e colagens, provas escritas, relatórios, etc
h) a participação e interesse dos alunos, evidenciando o envolvimento nos debates
empreendidos em sala de aula e nas atividades desenvolvidas.
Na Educação Básica, a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do
ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem dos
alunos, e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar
seus resultados e atribuir-lhes valor;
-
Sendo assim, o processo avaliativo da disciplina acontecerá ao longo
do desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se
privilegiar o diálogo nas relações estabelecidas, entre os diversos
sujeitos envolvidos, o conhecimento e a diversidade cultural, bem
como a interação entre a ação e a reflexão. Depreende-se dessas
discussões que o resgate do sentido do avaliar enquanto processo é
uma necessidade premente, e deve considerar ainda os seguintes
aspectos
1-O processo avaliativo não poderá, em hipótese alguma, ser reduzido a
um único instrumento, nem restrito a um só momento ou a uma única maneira.
Nesse sentido, os professores precisam utilizar diversos instrumentos avaliativos
com intenção de diagnosticar os avanços apresentados pelos alunos, bem como
planejar as intervenções necessárias ao processo de aprendizagem.
2- A Avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor
tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem;
3- A Avaliação deve proporcionar dados que permitam ao
Estabelecimento de Ensino promover a reformulação do currículo com adequação
dos conteúdos e métodos de ensino;
4- A Avaliação deve possibilitar novas alternativas para o planejamento do
Estabelecimento de Ensino e do sistema de ensino como um todo;
5- Na avaliação do aproveitamento escolar, deverão preponderar os
aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e o
multidisciplinaridade dos conteúdos.
88
6- Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
7- Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser
contínua, permanente e cumulativa.
8- A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos e
desenvolvimento dos objetivos necessários deverão ser assegurados nas
decisões sobre o processo de avaliação.
9 - a avaliação deverão ser considerados os resultados positivos obtidos
durante o período letivo, num processo contínuo, podendo ter observações à parte
de dificuldades e/ou intervenientes;
10- A avaliação do ensino de Educação Física e de Arte deverá adotar
procedimentos próprios, de acordo com a Proposta Pedagógica do colégio
visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno, levando em
consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação
nas atividades realizadas.
11- Os critérios, instrumentos e procedimentos de avaliação, são em
consonância com a Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento, obedecida a
legislação vigente inclusive a Deliberação 007/99 e o Parecer 042/99 – DEPGSEED, são:
Critérios:
− Aprendizagem dos conteúdos pertinentes a cada série; Deverá obedecer a
ordenação e sequência do ensino e da aprendizagem, bem como a
consonância e orientação da Proposta Pedagógica e do Plano de Trabalho
Docente.
- Critérios gerais:
- Critérios específicos: Deverão estar constantes nos Planos de Trabalho Docente
de cada professor e devem estar vinculados aos objetivos e conteúdos pertinentes a
cada área e disciplina das séries;
- Demonstração de desenvolvimento das habilidades gerais, e formação cidadã.
Instrumentos:
A avaliação, por ser processual, contínua e cumulativa, é registrada
continuamente, a partir da diversidade dos trabalhos em sala de aula ou fora dela,
orientados pelo professor.
Dentre os instrumentos sugere-se: entrevistas, pesquisas, construção de
modelos, interpretação de dados coletados, trabalhos de campo, registros de
observação ou outras produções escritas, produções orais que podem ser
realizadas individual e/ou coletivamente. Os referidos instrumentos de avaliação,
geralmente, agregam os objetivos propostos pelos educadores, tendo em vista a
seleção e os encaminhamentos pedagógicos dados aos conteúdos.
89
A avaliação cumulativa caracteriza-se ao ser tomada pela melhor forma de
aproveitamento da aprendizagem, com o julgamento adequado para a decisão
sobre a continuidade de estudos de cada aluno, individualmente sempre em
Conselho de Classe com acompanhamento da Equipe Pedagógica.
Na educação Profissional – Curso de Formação de Docentes – além das
considerações acima descritas, tendo como foco a formação profissional, serão
consideradas as habilidades desenvolvidas para o futuro exercício docente. Desta
forma far-se-á a integração da teoria à sua aplicação prática no Estágio
Supervisionado, onde, sob o acompanhamento do professor da área, serão
analisados os aspectos qualitativos de sua formação.
Garantindo sua finalidade educativa enquanto contínua, permanente e
cumulativa a avaliação deverá obedecer a alguns critérios gerais, sendo:
- Deverá ser registrada em documentos próprios a fim de serem
assegurados a regularidade e a autenticidade da vida escolar do
aluno, sendo arquivados em pasta própria do aluno;
O acompanhamento e a definição do processo avaliativo sempre será em
conjunto pelo Conselho de Classe da Turma e demais profissionais conforme
Regimento Escolar.
Serão adotadas fichas de acompanhamento, por turmas, sempre
preenchidas pela Equipe Pedagógica no momento do Conselho de Classe com
acompanhamento do professor Orientador de Turma ou pelo professor Pedagogo.
Por ser contínua, todos os momentos deverão ser considerados no
acompanhamento com o aluno não se restringindo a momentos ou dias especiais
para se formalizar a avaliação.
A avaliação deverá enquanto processo, ser dinâmica considerando todos
os aspectos de movimento histórico social, sendo de caráter individual sem
comparativos entre pessoas, turmas, turnos, procedências de vida, mas tendo o
ponto central o avanço e o desenvolvimento humano de cada aluno sendo ele
também participante e responsável pelos resultados de sua própria análise
constante enquanto conhecimentos e capacidades.
A escola oferta continuamente a recuperação paralela com fins de
recuperação de estudos ou superação de dificuldades de apropriação de
conhecimentos e desenvolvimento de habilidades.
Classificação
Classificação é o procedimento que a Escola adota em casos de
transferências recebidas e ou aproveitamento de estudos de alunos que se
matricularam por transferência e mesmo para revalidação e equivalência de estudos
feitos no exterior, com fins de posicionar o aluno na série compatível com sua
idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios formais ou informais.
É vedada para o ingresso na primeira série do ensino fundamental
podendo ocorrer em todas as demais séries, etapas ou ciclos.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem,
exigindo medidas processuais e administrativas que estão explicitadas no
Regimento Escolar deste estabelecimento de ensino.
Pode ocorrer por promoção, por transferência independente de
escolarização anterior desde que já esteja frequentando o ensino fundamental.
90
A reclassificação, para alunos oriundos da própria escola, também pode
ser processada respeitando-se o período de realização e procedimentos conforme
Regimento da Escola.
Promoção
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno expresso conforme critérios e formas determinadas pelo Regimento Escolar
do estabelecimento.
A avaliação final deverá considerar para efeito de promoção, todos os
resultados obtidos durante a série ou semestre, no período letivo, incluída a
recuperação de estudos.
O registro da avaliação bem como seu processo, é permanente,
diagnóstico e cumulativo, indicando a correspondência da etapa em que o aluno se
encontra com a série de ensino regular, no caso do Ensino Fundamental,Ensino
Médio, Formação de Docentes Integrado e Cursos Técnicos Integrados, tomando-se
como parâmetro os conteúdos do Projeto Político Pedagógico da escola, o qual está
em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais e as Diretrizes do Estado
do Paraná. Da mesma forma, a avaliação com vistas a promoção, ocorre para os
cursos de Formação de Docentes subsequente e Cursos Técnicos Subsequente,
considerando o período ou semestre em que se encontra o aluno.
Ao final de cada bimestre letivo haverá um registro do conjunto das
avaliações realizadas em documento próprio (boletim), para comunicação aos pais
ou responsáveis pelo aluno ou ao próprio aluno, indicando a situação escolar . Será
considerada a frequência mínima de 75% em cada ano ou semestre letivo para
promoção.
Considera-se a média mínima 6,0 (seis vírgula zero) por disciplina para o
aluno ser aprovado, após análise do Conselho de Classe, tendo esse poder de
aprovação do aluno com média menor, se for o caso, considerados os aspectos
de desenvolvimento de conhecimento e pré requisitos necessários para sua
aprovação, bem como do procedimento de acompanhamento do aluno para que
se desenvolva com sucesso perante garantia de aprendizagem. Para a promoção
final é utilizada a fórmula: M1B + M2B + M3B + M4B =6,0 para a organização
4
seriada e utilizada a fórmula M1B + m2B =6,0 para a organização semestral.
2
Regime Escolar (Regulamento Interno)
O Colégio Estadual “Barão de Antonina” – Ensino Fundamental, Médio
e Normal - Rio Negro/PR, oferta cursos do Ensino Fundamental e Ensino Médio
(Educação Geral) e o Curso de Formação de Docentes na modalidade Normal,
públicos.
91
O Ensino Fundamental é diurno correspondendo aos períodos matutino
e vespertino.
O Ensino Médio é ofertado nos períodos matutino, vespertino e
noturno. O curso de Formação de Docentes na modalidade Normal é ofertado no
período diurno e noturno, podendo ser o Curso Integrado e o Curso com
Aproveitamento de Estudos. O Cursos Técnicos em Administração e em
Informática são ofertados no período diurno e noturno, podendo ser Cursos
Integrados( para alunos com ensino fundamental completo) e Subsequentes
(para alunos que possuem ensino médio completo).
As vagas são preenchidas de acordo com as matrículas realizadas,
inclusive nos respectivos turnos, por ordem de realização das mesmas. O turno
pode-se escolher desde que haja vaga e oferta das respectivas séries.
A escola oferta atendimento pela equipe pedagógica e todo o quadro
de funcionários nos três períodos, inclusive com presença de representantes da
Direção, Secretaria, Biblioteca e Serviços Gerais, além dos professores, para
melhor atender sua comunidade.
Realiza reuniões periódicas,tanto pedagógicas
comunidade, alunos, APMF e Grêmio Estudantil.
como
com
a
Realiza atividades extra classe como forma de enriquecimento
curricular onde espera sempre a participação de todos.
Existe preocupação constante em manter todas as instâncias escolares
em conformidade com as orientações emanadas da SEED, Núcleo Regional, ou
outro órgão competente. Seus cursos estão regulamentados, e a documentação
em dia .
Regime interno
O regulamento interno possui algumas orientações internas,
específicas para o bom andamento da escola sobre itens pertinentes do
Regimento Escolar. Anualmente é atualizado através de reunião com professores
, alunos e pais, conforme as necessidades da escola e características do corpo
discente e docente. É socializado a toda a comunidade escolar para ciência e
cumprimento.
92
Matrizes Curriculares
Município :
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
RIO NEGRO
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-1
ENS. FUNDAMENTAL DE 5/8 SERIE
Manhã e Tarde
147200
Matriz Curricular
Organização da Matriz
Nº Nome da Disciplina (Código Composição
SAE)
Curricular
Carga Horária
Semanal das
Seriações
5
6
7
8
GrupoDisciplina
O
(*)
1
ARTE (704)
BNC
2
2
2
2
S
2
CIENCIAS (301)
BNC
3
3
4
3
S
3
EDUCACAO FISICA (601) BNC
3
3
3
3
S
4
ENSINO RELIGIOSO (7502) BNC
1
1
0
0
S
5
GEOGRAFIA (401)
BNC
3
3
3
3
S
6
HISTORIA (501)
BNC
3
3
3
4
S
7
LINGUA PORTUGUESA
(106)
BNC
4
4
4
4
S
8
MATEMATICA (201)
BNC
4
4
4
4
S
9
L.E.M.-INGLES (1107)
PD
2
2
2
2
S
Total C.H. Semanal 25 25 25 25
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
93
Município :
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
RIO NEGRO
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-1
ENSINO MEDIO
Manhã e Tarde
147195
Matriz Curricular
Visualização da Matriz
Organização da Matriz
Nº
N Composição Curricular
o
m
e
da
Di
sci
pli
na
(C
ód
ig
o
S
A
E)
Carga Horária
Semanal das
Seriações
GrupoDisciplina O (*)
1
2
3
1
ARTE (704)
BNC
2
2
2
S
2
BIOLOGIA (1001)
BNC
2
2
2
S
3
EDUCACAO FISICA (601)
BNC
2
2
2
S
5
FISICA (901)
BNC
2
2
2
S
6
GEOGRAFIA (401)
BNC
2
2
2
S
7
HISTORIA (501)
BNC
2
2
2
S
8
LINGUA PORTUGUESA
(106)
BNC
2
2
3
S
9
MATEMATICA (201)
BNC
3
3
2
S
10 QUIMICA (801)
BNC
2
2
2
S
11 SOCIOLOGIA (2301)
BNC
2
2
2
S
12 L.E.M.-INGLES (1107)
PD
2
2
2
S
13 FILOSOFIA (2201)
BNC
2
2
2
S
14 L.E.M.-ESPANHOL (1108)
PD
4
4
4
S
Total C.H. Semanal
29
29
29
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
94
Município :
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
RIO NEGRO
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-1
ENSINO MEDIO
Noite
147197
Matriz Curricular
Visualização da Matriz
Organização da Matriz
Nº
GrupoDisciplina
1
2
3
1
ARTE (704)
BNC
2
2
2
S
2
BIOLOGIA (1001)
BNC
2
2
2
S
3
EDUCACAO FISICA (601)
BNC
2
2
2
S
5
FISICA (901)
BNC
2
2
2
S
6
GEOGRAFIA (401)
BNC
2
2
2
S
7
HISTORIA (501)
BNC
2
2
2
S
8
LINGUA PORTUGUESA
(106)
BNC
2
2
3
S
9
MATEMATICA (201)
BNC
3
3
2
S
10 QUIMICA (801)
BNC
2
2
2
S
11 SOCIOLOGIA (2301)
BNC
2
2
2
S
12 L.E.M.-INGLES (1107)
PD
2
2
2
S
13 FILOSOFIA (2201)
BNC
2
2
2
S
14 L.E.M.-ESPANHOL (1108)
PD
4
4
4
S
Total C.H. Semanal
29
29
29
95
(*) Indicativo de Obrigatoriedade
Município :
RIO NEGRO
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-1
FORM.DOC.ED.INF.ANOS IN.EN.FUN
Manhã
147198
Matriz Curricular
Visualização da Matriz
Organização da Matriz
Nº Nome da Disciplina (Código SAE) Composição
Curricular
Carga Horária
Semanal das
Seriações
1
2
3
4
GrupoDisciplina O
(*)
1
LINGUA PORT. E LITERATURA BNC
(104)
2
3
2
2
S
2
L.E.M.-INGLES (1107)
PD
0
0
2
2
S
3
ARTE (704)
BNC
2
0
0
0
S
4
EDUCACAO FISICA (601)
BNC
2
2
2
2
S
5
MATEMATICA (201)
BNC
2
2
4
3
S
6
FISICA (901)
BNC
0
0
3
2
S
7
QUIMICA (801)
BNC
0
0
2
2
S
8
BIOLOGIA (1001)
BNC
2
2
0
0
S
9
HISTORIA (501)
BNC
2
2
0
0
S
10 GEOGRAFIA (401)
BNC
3
0
0
0
S
12 FILOSOFIA (2201)
BNC
2
2
0
0
S
13 FUNDAMENTOS
HIST.EDUCACAO (1743)
FE
2
0
0
0
S
14 FUNDAMENTOS
FILOS.EDUCACAO (1786)
FE
0
0
2
0
S
15 FUNDAMENTOS
SOCIOL.EDUCACAO (1742)
FE
0
2
0
0
S
16 FUNDAMENTOS PSICOL.DA
EDUCACAO (1710)
FE
2
0
0
0
S
17 FUNDAMENTOS HIST.POL.DA FE
ED INF (1712)
0
2
0
0
S
96
18 CONCEPCOES NORTEADORAS FE
ED.ESP. (1725)
0
2
0
0
S
19 TRABALHO PEDAG.NA
EDUC.INFANTI (1726)
FE
0
2
2
0
S
20 ORGANIZACAO DO
TRAB.PEDAGOGICO (1803)
FE
2
2
0
0
S
21 LITERATURA INFANTIL (108)
FE
0
0
2
0
S
22 METODOLOGIA DO
ENS.PORT.ALFAB. (1635)
FE
0
0
2
2
S
23 METODOL.ENS.MATEMATICA FE
(1637)
0
0
2
0
S
24 METODOL.ENS.HISTORIA
(1638)
FE
0
0
0
2
S
25 METODOL.ENS.GEOGRAFIA
(1639)
FE
0
0
0
2
S
26 METODOL.ENS.CIENCIAS
(1640)
FE
0
0
0
2
S
27 METODOL.ENS.DE ARTE (1642) FE
0
0
0
2
S
28 METODOL.ENS.EDUC.FISICA
(1641)
FE
0
0
0
2
S
29 PRATICA DE FORMACAO
(EST.SUPE) (1669)
E
5
5
5
5
S
30 SOCIOLOGIA (2301)
BNC
2
2
0
0
S
Total C.H.
Semanal
30 30 30 30
97
Município :
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
RIO NEGRO
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-1
TEC.EM ADMINISTRACAO-INT ET GN
Manhã
147207
Matriz Curricular
Visualização da Matriz
Organização da Matriz
Nome da Disciplina (Código
SAE)
Composição
Curricular
Carga Horária
Semanal das
Seriações
GrupoDisciplina
1
2
3
4
O
(*)
1
ARTE (704)
BNC
0
2
0
0
S
2
BIOLOGIA (1001)
BNC
0
0
3
2
S
3
EDUCACAO FISICA (601)
BNC
2
2
2
2
S
4
FILOSOFIA (2201)
BNC
2
2
2
2
S
5
FISICA (901)
BNC
0
0
2
2
S
6
GEOGRAFIA (401)
BNC
2
2
0
0
S
7
HISTORIA (501)
BNC
2
2
0
0
S
8
LINGUA PORT. E
LITERATURA (104)
BNC
2
2
3
2
S
9
MATEMATICA (201)
BNC
2
2
3
2
S
10 QUIMICA (801)
BNC
2
2
0
0
S
11 SOCIOLOGIA (2301)
BNC
2
2
2
2
S
12 L.E.M.-INGLES (1107)
PD
0
0
2
2
S
13 ADMINISTRACAO DE
PROD.E MAT. (4019)
FE
0
0
0
3
S
14 ADM.FINANC.E
ORCAMENTARIA (4191)
FE
0
2
0
0
S
15 COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL (296)
FE
2
0
0
0
S
16 CONTABILIDADE (1801)
FE
0
0
0
2
S
17 ELABORACAO E ANALISE
PROJETOS (4177)
FE
0
0
0
2
S
18 GESTAO DE PESSOAS (1513) FE
0
0
3
0
S
19 INFORMATICA (4404)
FE
2
2
0
0
S
20 INTRODUCAO A ECONOMIA FE
(4017)
0
3
0
0
S
98
21 MARKETING (4115)
FE
0
0
0
2
S
22 NOCOES DE DIR.E
LEG.SOC.TRAB. (4168)
FE
0
0
3
0
S
23 ORGANIZACAO,SISTEMAS E FE
METODOS (4055)
2
0
0
0
S
24 TEORIA GERAL DA
ADMINISTRACAO (1474)
3
0
0
0
S
FE
Total C.H. Semanal 25 25 25 25
99
Município :
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
RIO NEGRO
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-1
TEC.EM INFORMATICA-INT ET IC
Tarde
147206
Matriz Curricular
Visualização da Matriz
Organização da Matriz
Nº Nome da Disciplina (Código
SAE)
Composição
Curricular
Carga Horária
Semanal das
Seriações
GrupoDisciplina
1
2
3
4
O
(*)
1
ARTE (704)
BNC
2
0
0
0
S
2
BIOLOGIA (1001)
BNC
0
2
2
0
S
3
EDUCACAO FISICA (601)
BNC
2
2
2
2
S
4
FILOSOFIA (2201)
BNC
2
2
2
2
S
5
FISICA (901)
BNC
2
2
2
0
S
6
GEOGRAFIA (401)
BNC
0
0
2
2
S
7
HISTORIA (501)
BNC
0
2
2
2
S
8
LINGUA PORT. E
LITERATURA (104)
BNC
2
2
2
2
S
9
MATEMATICA (201)
BNC
2
2
2
0
S
10 QUIMICA (801)
BNC
2
2
0
0
S
11 SOCIOLOGIA (2301)
BNC
2
2
2
2
S
12 L.E.M.-INGLES (1107)
PD
2
2
2
0
S
13 ANALISE E PROJETOS (4445) FE
0
0
0
4
S
14 BANCO DE DADOS (4443)
FE
0
0
0
2
S
15 FUND.E ARQUITETURA DE
COMPUT. (4438)
FE
2
0
0
0
S
16 INFORMATICA
INSTRUMENTAL (4405)
FE
2
0
0
0
S
17 INTERNET E PROGRAMACAO FE
WEB (4441)
0
0
3
3
S
18 LINGUAGEM DE
PROGRAMACAO (4409)
FE
3
3
0
0
S
19 REDES E SISTEMAS
OPERACIONAIS (4439)
FE
0
0
0
4
S
20 SUPORTE TECNICO (4440)
FE
0
2
2
0
S
Total C.H. Semanal
25
25
25
25
100
Município :
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
RIO NEGRO
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-2
FOR.DOC.ED.INF.A.I.E.F.N.M-APR
Noite
170878
Matriz Curricular
Visualização da Matriz
Organização da Matriz
Nº Nome da Disciplina (Código SAE)
Composição
Curricular
Carga Horária Semanal das GrupoDisciplina
Seriações
1
2
3
4
5
O
(*)
1
FUNDAMENTOS HIST.EDUCACAO (1743) FE
3
3
0
0
0
S
2
FUNDAMENTOS FILOS.EDUCACAO
(1786)
FE
3
3
0
0
0
S
3
FUNDAMENTOS SOCIOL.EDUCACAO
(1742)
FE
3
3
0
0
0
S
4
FUNDAMENTOS PSICOL.DA EDUCACAO FE
(1710)
3
3
0
0
0
S
5
FUNDAMENTOS HIST.POL.DA ED INF
(1712)
FE
3
3
0
0
0
S
6
CONCEPCOES NORTEADORAS ED.ESP.
(1725)
FE
2
2
0
0
0
S
7
TRABALHO PEDAG.NA EDUC.INFANTI
(1726)
FE
3
2
2
0
0
S
8
ORGANIZACAO DO TRAB.PEDAGOGICO FE
(1803)
3
3
2
2
0
S
9
LITERATURA INFANTIL (108)
FE
2
2
0
0
0
S
10
FUNDAMENTOS DA EDUC.JOV E ADUL
(1813)
FE
0
0
2
3
0
S
11
METODOL.ENS.PORT.E ALFABETIZ.
(1608)
FE
0
0
2
3
2
S
12
METODOL.ENS.MATEMATICA (1637)
FE
0
0
2
2
3
S
13
METODOL.ENS.HISTORIA (1638)
FE
0
0
2
2
3
S
14
METODOL.ENS.GEOGRAFIA (1639)
FE
0
0
2
2
3
S
15
METODOL.ENS.CIENCIAS (1640)
FE
0
0
2
2
3
S
16
METODOL.ENS.DE ARTE (1642)
FE
0
0
2
2
3
S
17
METODOL.ENS.EDUC.FISICA (1641)
FE
0
0
2
2
3
S
18
PRATICA DE FORMACAO (EST.SUPE)
(1669)
E
5
5
10
10
10
S
Total C.H.
Semanal
30
29
30
30
30
Município :
RIO NEGRO
101
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-2
TEC.EM ADMINISTRACAO-SUBS-ET GN
Noite
170876
Matriz Curricular
Visualização da Matriz
Organização da Matriz
Nº
GrupoDisciplina
1
2
3
1
ADMINISTRACAO DE PROD.E FE
MAT. (4019)
2
3
0
S
2
ADM.FINANC.E
ORCAMENTARIA (4191)
FE
3
0
0
S
3
COMPORTAMENTO
ORGANIZACIONAL (296)
FE
0
0
3
S
4
CONTABILIDADE (1801)
FE
0
3
2
S
5
ELABORACAO E ANALISE
PROJETOS (4177)
FE
0
0
2
S
6
ESTATISTICA APLICADA (4303) FE
3
0
0
S
7
FUNDAMENTOS DO
TRABALHO (3514)
FE
2
0
0
S
8
GESTAO DE PESSOAS (1513)
FE
0
3
2
S
9
INFORMATICA (4404)
FE
2
2
0
S
10 INTRODUCAO A ECONOMIA
(4017)
FE
0
3
2
S
11 MARKETING (4115)
FE
0
0
3
S
12 MATEMATICA FINANCEIRA
(206)
FE
2
2
0
S
13 NOCOES DE DIREITO
LEG.TRABALHO (295)
FE
0
2
3
S
14 ORGANIZACAO,SISTEMAS E
METODOS (4055)
FE
3
0
0
S
15 PRATICA DISCURSIVA
LINGUAGEM (294)
FE
3
0
0
S
16 TEORIA GERAL DA
ADMINISTRACAO (1474)
FE
0
2
3
S
Total C.H. Semanal
20
20
20
102
Município :
Estabelecimento :
Período Letivo :
Curso :
Turno :
Código Matriz :
RIO NEGRO
ANTONINA, C E BAR DE - E F M NOR PROFIS
2011-2
TEC.EM INFORMATICA-SUBS ET IC
Noite
170877
Matriz Curricular
Visualização da Matriz
Organização da Matriz
Nº Nome da Disciplina (Código
SAE)
Composição
Curricular
Carga Horária
Semanal das
Seriações
1
2
3
GrupoDisciplina
O
(*)
1
ANALISE E PROJETOS (4445) FE
0
4
4
S
2
BANCO DE DADOS (4443)
FE
0
4
0
S
3
FUNDAMENTOS DO
TRABALHO (3514)
FE
0
0
2
S
4
FUND.E ARQUITETURA DE
COMPUT. (4438)
FE
4
0
0
S
5
INFORMATICA
INSTRUMENTAL (4405)
FE
4
0
0
S
6
INGLES TECNICO (1102)
FE
2
0
0
S
7
INTERNET E
FE
PROGRAMACAO WEB (4441)
4
4
4
S
8
LINGUAGEM DE
PROGRAMACAO (4409)
FE
4
4
4
S
9
MATEMATICA APLICADA
(204)
FE
2
0
0
S
10 PRATICA DISCURSIVA
LINGUAGEM (294)
FE
0
0
2
S
11 REDES E SISTEMAS
OPERACIONAIS (4439)
FE
0
4
4
S
12 SUPORTE TECNICO (4440)
FE
2
4
2
S
Total C.H. Semanal
22
24
22
103
6- Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico
Organização do trabalho pedagógico e da prática docente a partir do Currículo
enquanto núcleo do PPP
O Colégio Estadual Barão de Antonina considera o currículo como sendo o núcleo
da prática pedagógica pois é a partir dele que as concepções de formação e
contexto explicitadas no PPP se efetivam. Para tanto a escola tem um constante
trabalho pedagógico de forma a articular o PPP com a prática docente,
acompanhando e interagindo com motivação e organização, pois o currículo carrega
em si o que se julga básico para o conhecimento e precisa abranger também os
projetos colocados no PPP, bem como toda a prática pedagógica na escola, a qual
sempre está articulada com o currículo e PPP sendo sempre programada e
organizada a partir do PPP. Pode-se colocar aqui que os materiais didáticos e
pedagógicos são adquiridos a partir das necessidades exigentes, os livros didáticos
escolhidos partem da análise de consonância com o PPP e currículo, as reuniões de
pais, pedagógicas e de alunos são organizadas com propósitos voltados ao PPP e
currículo, os projetos e eventos realizados na escola são extraídos do currículo para
que haja maior aproveitamento através de alguns temas e não provoque
dissociação da prática sala de aula- espaço externo na escola, considerando o
conhecimento. É pertinente também registrar os momentos de avaliação conjunta
onde nas questões de produtividade e aproveitamento se analisa essa interação
conteúdo/conhecimento/metodologia/resultados com o currículo e as concepções do
PPP. O Plano de Trabalho Docente do professor tem sua organização e
implementação a partir das DCEs e do PPP.
7- Bibliografia
BOZHÓVICH, L. Las etapas de formación de la personalidad en la ontogenesis. In:
DAVIDOV, V; SHUARE, M. (Org.). La psicología evolutiva y pedagógica en la URSS
(antologia). Moscou: Progresso, 1987. p. 250-273.
DAVIDOV, V.; MÁRKOVA, A. El desarrollo del pensamiento en la e d a d e s c o l a
r. In : DAV I D O V, V; SH U A R E, M. (O r g . ) . L a p s i c o l o g í a e v o l
u t i v a y p e d a g ó g i c a e n l a U R S S ( a n t o l o g i a ) . Mo s c o u : P
r o g r e s s o , 1987a . p. 173-193.80 Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 6481, abril 2004
Disponível em <http://www.cedes.unicamp.br>
A periodização do desenvolvimento psicológico individual na perspectiva...
DAVIDOV, V. ; MÁRKOVA, A. La c onc epc i ón de l a a c t i v idad de e s t u d
i o d e l o s e s c o l a r e s . In : DAV I D OV, V; SH U A R E, M. (Or g . ) .
L a psicología evolutiva y pedagógica en la URSS (antologia). Moscou: Prog r e s s
o , 1987b. p. 316-336.
DAVIDOV, V; SHUARE, M. (Org.). La psicología evolutiva y pedagógica en la URSS
(antologia). Moscou: Progresso, 1987.
104
DUA RT E , N. E d u c a ç ã o e s c o l a r, t e o r i a d o c o t i d i a n o e a
e s c o l a d e Vigotski. Campinas: Autores Associados, 1996.
DUARTE, N. Vigotski e o “aprender a aprender”: crítica às apropriaç õ e s ne o l ibe
r a i s e pó s -mode rna s da t e o r i a v i g o t s k i ana. Campina s :Autores
Associados, 2000.
ELKONIN, D. Sobre el problema de la periodización del desarrollo p s í q u i c o e n
l a i n f a n c i a . In : DAV I D OV, V; SH U A R E, M. (O r g . ) . L
apsicología evolutiva y pedagógica en la URSS (antologia). Moscou: Progresso,
1987. p. 125-142.
ELKONIN, D. Psicologia do jogo. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
FACCI, M.G.D. O psicólogo nas escolas municipais de Maringá: a história de um
trabalho e a análise de seus fundamentos teóricos. 1998.
251f. Di s s e r t a ç ã o (Me s t r ado ) – Uni ve r s idade Es t adua l Paul i s t a ,
Marília.
FACCI, M.G.D. Valorização ou esvaziamento do trabalho do professor?: um estudo
crítico-comparativo da Teoria do Professor Reflexivo, do Construtivismo e da
Psicologia Vigotskiana. Campinas: Autores Associados, 2004.
KOSTIUK, G.S. Alguns aspectos da relação recíproca entre educação e
desenvolvimento da personalidade. In: LURIA, A.R. et al. Psicologia e pedagogia: as
bases psicológicas da aprendizagem e do desenvolvimento. São Paulo: Moraes,
1991.
LEONTIEV, A.N. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa: Livros Horizonte, 1978.
LEONTIEV, A.N. El desarrollo psíquico del niño en la edad preescolar.In: DAVIDOV,
V; SHUARE, M. (Org.). La psicología evolutiva y pedagógica en la URSS
(antologia). Moscou: Progresso, 1987. p. 57-70Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n.
62, p. 64-81, abril 2004 81 Disponível em http://www.cedes.unicamp.br Marilda
Gonçalves Dias Facci
LEONTIEV, A.N. Uma contribuição à teoria do desenvolvimento da psique infantil.
In: VIGOTSKI, L.S.; LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Ling u a g em, d e s env o l v
iment o e a p rend i z a g em. 6. ed. S ã o Paul o : E D U S P, 1998a. p. 5983.
LEONTIEV, A.N. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In:
VIGOTSKI, L.S.; LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Linguagem, desenvolvimento e
aprendizagem. 6. ed. São Paulo: EDUSP, 1998b. p. 119-142.
PALÁCIUS, J. Introdução à psicologia evolutiva: história, conceitos básicos e
metodologia. In: COLL, C.; PALÁCIUS, J.; MARCHESI, A. (Org.).
Desenvolvimento psicológico e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. v.1.
p. 9-26.
SHUARE, M. La psicología soviética tal como yo la veo. Moscou: Progresso, 1990.
TULESKI, S.C. Vygotski: a construção de uma psicologia marxista. Maringá:
EDUEM, 2002.
VIGOTSKI, L.S. Linguagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In:
VIGOTSKI, L.S.; LURIA, A.R.; LEONTIEV, A.N. Linguagem, des env o l v iment o e
a p rend i z a g em. 6. ed. S ã o Paul o : EDUSP, 1998. p. 1 0 3 - 1 1 7 .
VYGOTSKI, L.S. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1996. v.4.
ZAPORÓZHETS, A. Importancia de los períodos iniciales de la vida en la formación
de la personalidad infantil. In: DAVIDOV, V; SHUARE, M. (Org.). La psicología
evolutiva y pedagógica en la URSS (antologia). Moscou: Progresso, 1987. p. 228249.
105
8-PROPOSTA PEDAGÓGICA/CURRICULAR
ENSINO FUNDAMENTAL
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A Língua Portuguesa, tornou-se parte integrante dos currículos escolares
brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX. Portanto, a formação deste
profissional, teve início nos anos 30 do século XX.
Pelo caráter político e social, a educação tinha práticas restritas. Depois de
institucionalizada como disciplina, as práticas de ensino moldavam-se ao ensino do
latim.
A comunicação deve ser entendida como um processo de construção de
significados em que o sujeito interage socialmente, usando a língua como
instrumento que o define como pessoa entre pessoas. A língua compreendida como
linguagem que constrói e desconstrói significados sociais.
A língua está situada, nas relações humanas, nas quais o aluno está
presente e mergulhado. A língua não está dissociada do contexto social vivido.
Sendo ela dialógica por princípio, não há como separá-la de sua própria natureza,
mesmo em situação escolar. pois dentro do movimento histórico da nossa
sociedade, a linguagem é um processo em construção. Porém, este processo não
foi sempre assim. O educação já foi retórica, imitativa, elitista, reprodutivista,
repressiva perpetuando a ordem patriarcal, estamental e colonial.
No século XVIII, o Marquês de Pombal, torna obrigatório o ensino da Língua
Portuguesa, em Portugal e no Brasil. No ano de 1837, o estudo da Língua
Portuguesa foi incluído no currículo das disciplinas Gramática,Retórica e Poética,
por decreto imperial , em 1871 foi criado, no Brasil, o cargo de professor de
Português.
Em 1967, iniciou-se o processo de democratização do ensino, onde era
imprescindível, que as propostas pedagógicas, levassem em conta as novas
necessidades dos educandos. Se priorizou na época, uma educação pragmática e
utilitária, visando o tecnicismo e não despertando as capacidades lingüísticas.
A gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da
comunicação torna-se referencial. Durante a década de 1970 a 1980 o ensino da
Língua Portuguesa pautava-se em exercícios, estruturais , técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura.
O processo de ensino/aprendizagem da Língua Portuguesa, deve pressupor
antes uma visão sobre o que é linguagem verbal. Ela se caracteriza como
construção humana e histórica de um sistema linguístico e comunicativo em
106
determinados contextos. Assim, na gênese da linguagem verbal estão presentes os
homens, seus sistemas simbólicos e comunicativos, em um mundo sociocultural.
As expressões humanas incorporam todas as linguagens mas, para efeito
didático, a linguagem verbal será o material de reflexão, já que, para o professor de
língua materna, ela é prioritária como instrumento de trabalho.
O caráter sociointeracionista da linguagem verbal aponta para uma opção
metodológica de verificação do saber linguístico do aluno, como ponto de partida
para a decisão daquilo que será desenvolvido, tendo como referência o valor da
linguagem nas diferenças sociais.
A unidade básica da linguagem verbal é o texto, compreendido como a fala e
o discurso que se produz e a função comunicativa, o principal eixo de sua
atualização com a razão do ato linguístico.
O aluno deve ser considerado como produtor de textos, aquele que pode ser
entendido pelos textos que produz e o que constitui como ser humano. O texto só
existe na sociedade e é produto de uma história social e cultural, único em cada
contexto, porque marca o diálogo entre os interlocutores que o produz e entre os
outros textos que o compõe. O homem visto como um texto que constrói textos.
O processo de ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se
em propostas interativas língua/linguagem, consideradas em um processo
discursivo de construção do pensamento simbólico, construtivo de cada aluno em
particular e da sociedade em geral.
Essa concepção destaca a natureza social e interativa da linguagem, em
contraposição às concepções tradicionais, deslocadas do uso social. O trabalho do
professor, centra-se no objetivo de desenvolvimento e sistematização da linguagem
interiorizada pelo aluno, incentivando a verbalização da mesma e o domínio de
outras utilizadas em diferentes esferas sociais. Os conteúdos tradicionais de ensino
de língua, ou seja, nomenclatura gramatical e história da literatura, são deslocadas
para um segundo plano. O estudo da gramática passa a ser estratégia para
compreensão/interpretação/produção de textos e a literatura integra-se à área de
leitura.
Não aceitar a diversidade de pontos de vista é um desvio comum em uma
relação pouco democrática. A língua serve de faca afiada nessas situações. A
comunicação acaba por surgir, quando a pressão é grande, atitudes não
verbalizadas como a violência simbólica ou física. O enfrentamento verbal ainda é a
melhor saída, se não quisermos gerenciar o caos.
Tendo como referência esta fundamentação e a necessidade cada vez mais
da apropriação eficaz da linguagem, elaboramos a presente Proposta Pedagógica,
visando melhorar o trabalho pedagógico, construindo o processo de cidadania em
nossos alunos, valorizando-os como seres integrantes da sociedade,
transformadores e inovadores em suas relações interpessoais.
CONTEÚDOS POR ANO
•
PRÁTICA DA LÍNGUA ORAL:
Relatos (experiências pessoais, histórias familiares, brincadeiras,
acontecimentos, eventos, textos lidos (literários ou informativos), programas
de TV, filmes, entrevistas, jornais, ilustrações, etc.);
107
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Debates
(assuntos
lidos,
acontecimentos,
situações
polêmicas
contemporâneas, filmes, programas, etc.);
Criação (histórias, quadrinhas, piadas, charadas, adivinhações, etc.);
No que se refere às atividades da fala:
clareza na exposição de idéias;
sequências na exposição de idéias;
objetividade na exposição de idéias;
consistência argumentativa na exposição de idéias;
adequação vocabular.
No que se refere à fala do outro:
reconhecer as intenções e objetivos;
julgar a fala do outro na perspectiva da adequação às circunstâncias, da clareza
e consciência argumentativa.
No que se refere ao domínio da norma padrão:
concordância verbal e nominal;
regência verbal e nominal;
conjunção verbal;
emprego de pronomes, advérbios, conjunções.
PRÁTICA DA LEITURA:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Prática de leitura de textos informativos e ficcionais, curtos e longos.
No que se refere à interpretação:
identificar as idéias básicas apresentadas no texto;
reconhecer nos textos as suas especificidades (texto narrativo ou informativo);
identificar o processo e o contexto de produção;
confrontar as idéias contidas no texto e argumentar com elas;
atribuir significado(s) que extrapolem o texto lido;
proceder à leitura contrativa (vários textos sobre o mesmo tema; o mesmo tema
em linguagens diferentes; o mesmo tema tratado em épocas diferentes; o
mesmo tema sob perspectivas diferentes).
No que se refere à análise de textos lidos:
avaliar o nível argumentativo;
avaliar o texto na perspectiva da unidade temática;
avaliar o texto na perspectiva da unidade estrutural ( paragrafação e recursos
coesivos).
No que se refere à mecânica da leitura:
ler com fluência, entonação e ritmo, percebendo o valor expressivo do texto e
sua relação com os sinais de pontuação.
PRÁTICA DA ESCRITA:
-No que se refere à produção de textos:
• produção de textos ficcionais (narrativos);
• produção de textos informativos;
• produção de textos dissertativos;
-No que se refere ao conteúdo:
108
• clareza;
• coerência;
• argumentação.
-No que se refere à estrutura:
• processos de coordenação e subordinação na construção das orações;
• usos de recursos coesivos (conjunções, advérbios, pronomes, etc.);
• a organização de parágrafo;
• pontuação.
-No que se refere à expressão:
• adequação à norma padrão (concordância verbal e nominal, regência verbal e
nominal, conjunção verbal).
-No que se refere à organização gráfica dos textos:
• ortografia;
• acentuação
• recursos gráficos visuais (margem, título, etc)
-No que se refere a aspectos da gramática tradicional:
• reconhecer e refletir sobre a estruturação do texto: os recursos coesivos, a
conectividade sequencial e a estrutura temática;
• refletir e reconhecer as funções sintáticas centrais – sujeito, objeto direto e
objeto indireto e predicativo;
• reconhecer as categorias sintáticas centrais – os constituintes: sujeito e
predicado, núcleo e especificadores;
• a posição da sentença do sujeito verbo e objeto e as possibilidades de inversão;
• a estrutura da oração com verbos, ser, Ter e haver;
• o sintagma verbal nominal e sua flexão;
• a complementação verbal: verbos transitivos e intransitivos;
• as sentenças simples e complexas;
• a adjunção;
• a coordenação e a subordinação.
SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS PARA O 6º ANO:
A força da palavra; alfabeto, letras e sons; classificação de fonema, vogais,
semivogais e consoante; sinônimos e antônimos; classificação dos substantivos:
comum, próprio, uniformes, biformes; adjetivo/locução adjetiva; classificação das
palavras quanto ao número de sílaba; sílabas atônicas e tônicas; acentuação; artigo;
períodos simples e composto; pronomes: pessoais, tratamento, possessivo,
demonstrativo; oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas; hiato, ditongo , tritongo;
leitura; interpretação; oralidade; produção de texto; poesia; teatro.
SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS PARA O 7º ANO:
Fonema e letra; encontro vocálico e consonantal, dígrafos; a sílaba e sua
estruturação; substantivo: classificação, flexões; adjetivo: classificação e flexão;
artigo; numeral; acentuação gráfica; pronomes; verbo: flexões, classificação;
advérbio; pontuação; interjeição; preposição, conjunção; produção de textos
109
narrativos, descritivos, poéticos; ortografia; literatura infanto juvenil; oralidade;
teatro.
SEQÜÊNCIA DOS CONTEÚDOS PARA O 8º ANO:
Revisão das classes gramaticais; frase, oração, período; sujeito: classificação;
predicado: classificação; termos essenciais da oração; termos acessórios da oração;
narração: discurso direto e indireto; dissertação; poesia; anúncio publicitário,
entrevista; texto jornalístico; receitas; cartas; ortografia; acentuação; pontuação;
literatura infanto juvenil; oralidade; teatro.
SEQUÊNCIA DOS CONTEÚDOS PARA O 9º ANO:
Classes gramaticais; conjunções coordenativas e subordinativas/pronome
relativo que; oração coordenada e subordinada; concordância nominal e verbal;
regência verbal e nominal; próclise, mesóclise, ênclise; figuras de linguagem,
palavras e pensamentos; estrutura das palavras: prefises, radicais e sufises; sílabas
tônicas; ortografia; para eu/para mim; uso do por que; crase; homônimos e
parônimos.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os princípios organizadores dos conteúdos da Língua Portuguesa – uso –
reflexão – uso, além de orientarem a seleção dos aspectos a serem abordados,
definem também, a linha geral de tratamento que tais conteúdos receberam dentro
do movimento metodológico de ação – reflexão – ação que incorpora a reflexão às
atividades linguísticas do aluno, de tal forma que ele venha a ampliar a sua
competência discursiva para as práticas de escrita, leitura e produção e a
incorporação no enriquecimento e ampliação de palavras, estruturas linguísticas,
compreensões da língua. No 8º e 9º anos era mais a nível de análise linguística,
aprofundando-a pressupondo que a incorporação da coesão textual já se ampliou,
organizando-se então, nas atividades metalinguísticas.
• Elaboração de esquemas para planejar previamente a exposição;
• Preparação de cartazes para assegurar melhor controle da própria fala durante a
exposição;
• Elaboração de roteiros para a realização de entrevistas ou encenação de jogos
dramáticos improvisados;
• Preparação prévia e leitura de textos dramáticos e poéticos;
• Memorização de textos dramáticos ou poéticos a serem apresentados sem apoio
escrito;
• Descrição improvisada ou planejada sobre tema polêmico;
• Debate em que se confrontam posições diferentes a respeito de tema polêmico;
• Exposição em público de tema preparado previamente;
110
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Representação de textos teatrais ou de adaptações de outros gêneros,
permitindo explorar, entre outros aspectos o tom de voz, ritmo, aceleração e
timbre;
Seleção e exploração de textos produzidos, que seja representativo de
dificuldades coletivas e apresenta possibilidades para discussão dos aspectos
priorizados e encaminhamento de soluções com apresentação do texto para
leitura, reproduzindo-o de alguma forma;
Reelaboração de textos, em dupla ou pequenos grupos;
Comparação de textos sobre um mesmo tema veiculado em diferentes
publicações;
Análise e discussão de textos diversos;
Análise comparativa entre registro da fala ou da escrita e os preceitos
normativos estabelecidos pela gramática tradicional;
Exploração de palavras com o mesmo afixo ou desinência;
Identificação em textos, palavras ou expressões que instalam preposições e
subtendidos, analisando as implicações discursivas;
Identificação e análise da funcionalidade de expressões figuradas;
Identificação de termos – chaves de um texto, vinculando-os as redes
semânticas que permitam a produção de esquemas e resumos;
Identificação e análise das interferências da fala na escrita;
Exploração de palavras a fim de explicitar as regularidades ortográficas;
Leituras e interpretações de textos diversos;
Projeto – Leitura.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será diagnóstica, através da investigação sobre as práticas de
leitura e escrita vivenciadas pelos alunos, observando a compreensão e apropriação
da língua.
Na produção de textos, observar-se-á:
• O nível de textualidade: a construção da redação enquanto texto;
• O nível de correção linguística: atendimento às exigências normativas do uso da
língua escrita;
• Capacidade de expandir idéias e reestruturar textos;
• Produção de textos na modalidade escrita nos gêneros previstos para a série.
-Produção de textos poéticos e literários sobre questões relacionados à cultura afrobrasileira.
Na literatura serão observados os seguintes itens:
• prática de leitura, proficiência do leitor, capacidade de estabelecer relações com
outros textos;
• Exposição crítica sobre as obras lidas;
• Interesse, iniciativa;
• Pesquisas sobre biografias e bibliografias de autores infanto juvenis e
particularmente paranaenses.
111
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A história da língua portuguesa pode ser dividida em duas fases:
1) a fase arcaica – estende-se do século XII a meados do século XVI.
2) a fase moderna – estende-se do século XVI até nossos dias.
Na fase arcaica, podemos distinguir:
a) século XII – latim com ligeiras modificações;
b) séculos XIII e XIV – galego-português.
A partir do século XIV, conforme vimos, o galego e o português começam a
se diversificar; tal separação completa-se no século XVI.
Expansão da língua portuguesa
Os idiomas neolatinos não ficaram restritos à Europa. Com a colonização de
outros povos pelos dominadores europeus, esses idiomas espalharam-se pela
América, África e Ásia.
Durante a fase de sua expansão marítima, os portugueses chegaram às
Américas, rodearam a África, passaram pela China e pela Índia. Isso explica, por
exemplo, que numa região tão distante do Brasil como Cabo Verde também se fala
português.
Nessa fase de expansão, a língua portuguesa foi sofrendo influências dos
idiomas locais. Incorporaram-se ao português palavras de outras origens, como
cáfila (do árabe), jangada (do malaio), chá (do japonês).
Assim a língua portuguesa espalhou-se pelo mundo e chegou ao Brasil. Em
1500 Portugal oficializou a existência do Brasil.
O português no Brasil
A imposição da língua não foi fácil: houve atritos com a língua indígena, no
início. Mais tarde, a língua africana influenciou o português do Brasil; ocorreram
ainda influências do francês e do holandês, no período das invasões; mais
recentemente, nossa língua recebeu influências dos imigrantes europeus,
principalmente no centro-sul do país.
Aos poucos, o português aqui implantado pela colonização da metrópole foi
adquirindo características específicas, distanciando-se do português de Portugal.
Não se pode falar ainda na existência de uma língua brasileira, mas hoje são
inúmeras as diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil.
A influência do tupi na língua portuguesa fez-se sentir de maneira
acentuada. No vocabulário, por exemplo, herdamos da língua dos índios:
a) topônimos (nomes de lugares): Guanabara, Ipanema, Copacabana;
b) antropônimos (nomes de pessoas): Iracema, Ubirajara, Iraci;
115
c) nomes relacionados à flora e à fauna: caju, maracujá, jabuticaba,
jacarandá, mandioca, cutia, tatu, arara, gambá.
Os dialetos trazidos pelos escravos africanos também deixaram inúmeros
vestígios no português do Brasil. Alguns exemplos de palavras de origem africana:
acarajé, babalaô, banguela, caçula, cafundó, cangerê, canjica, dendê, farofa, fubá,
fumo, mandinga, marimbondo, moleque, ogum, quiabo, quilombo, quitanda, quitute,
vatapá.
Mais tarde, a vinda dos imigrantes também influenciou o português do
Brasil, conforme já informamos. Do alemão herdamos níquel, gás. Do espanhol,
bolero, castanhola; do francês, paletó, matinê, boné,; do italiano, entraram em nossa
língua palavras como macarrão, piano, tenor, soneto, bússola, piloto, bandido; do
inglês, clube, futebol, bife, forró.
Posteriormente, os veículos de comunicação de massa facilitaram a
introdução, em nossa língua, de inúmeras palavras de outros idiomas, como o
japonês (karaokê, camicase).
Com o tempo, as palavras importadas vão-se adaptando ao sistema
ortográfico do português, como ocorreu com a palavra francesa abat-jour,
atualmente grafada abajur.
Palavras de importação mais recente ainda não sofreram esse processo de
adaptação, como, por exemplo: software, hardware, know-how.
Convém não esquecer que a dominação econômica acaba por impor
mudanças lingüísticas. Hoje, nossa língua sofre grande influência da língua inglesa,
aqui chegada sobretudo através da cultura americana.
A língua portuguesa que falamos hoje resulta do cruzamento de todos esses
fatores.
Quantos falam a língua portuguesa
De acordo com estatísticas, aproximadamente 180 milhões de pessoas
falam a língua portuguesa. É a sétima língua mais falada do mundo, superada pelo
chinês, o inglês, o espanhol, o hindi, o russo e o árabe.
ARTES
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Desenvolver os impulsos criadores que cada ser humano possui é uma
necessidade vital de nossa cultura. E só criando, transformando o mundo, o homem
faz um mundo humano e se faz a si mesmo.
O ser humano inicia-se no mundo da arte já em seus primeiros dias de vida,
quando começa a ver, sentir, ouvir, cheirar e tocar, percebendo e reconhecendo
volumes, formas, cores, sons, cheiros e gostos.
O seu contato com lápis, papel, espaço, cor entre outros ocorre de forma
mais avançada do que qualquer outra atividade escolar. A criança consegue
desenhar e pintar muito antes de ler ou mesmo escrever. Essa necessidade está
dentro de cada ser humano, é a satisfação da necessidade de expressão.
116
Por isso o ensino da Arte, o conhecimento artístico que aliado à leitura da
realidade permitem a superação da sua aparência imediata para compreender seu
significado humano.
A disciplina de arte se apresenta como uma área do conhecimento bastante
importante, com a qual temos a oportunidade de experimentar diversas formas de
“ver” e “perceber” o mundo a nossa volta. Estudando e conhecendo melhor o papel
da arte no passado e no presente podemos ampliar nossos conceitos à respeito da
existência humana e das transformações que ela pode sofrer com o passar do
tempo.
Na escola o objeto de trabalho é o conhecimento. Sendo assim a metodologia
do ensino da arte em três momentos da organização pedagógica:
Sentir e perceber a obra de arte e o mundo de imagens que nos envolve;
A prática artística e criativa possibilita desenvolver as expressividades
individuais e coletivas em diferentes contextos;
O conhecimento em arte possibilita um trabalho privilegiado no campo
escolar materializando-se com os conteúdos estruturantes.
O ensino deve ser direcionado com base no entendimento da história sóciocultural e reconhecimento de conceitos que especificam os diferentes
movimentos de arte, para a reflexão e desenvolvimento de uma visão mais
crítica a respeito da sociedade e de suas transformações através dos tempos.
Além da formação estética, o aluno terá mais facilidade em assimilar assuntos
históricos através da evolução da imagem, conhecendo a imagem e o seu
processo de construção. É importante também o contato permanente com a
produção cultural regional para o fortalecimento de uma posição crítica frente às
produções artísticas de seu tempo.
“Polarizar o que é belo não significa ausência de serenidade. Ser agradável
não significa menosprezo por conhecimentos profundos. Trabalhar com prazer não
significa abandono de esforço. Trabalhar com liberdade não significa
descompromisso com a qualidade”.
A disciplina de arte se apresenta como uma área do conhecimento bastante
importante, com a qual temos a oportunidade de experimentar diversas formas de
'ver' e 'perceber' o mundo a nossa volta. Estudando e conhecendo melhor o papel
da arte no passado e no presente podemos ampliar nossos conceitos à respeito da
existência humana e das transformações que ela pode sofrer com o passar do
tempo.
Na escola o objeto de trabalho é o conhecimento. Sendo assim a metodologia
do ensino da arte tem três momentos da organização pedagógica:
• sentir e perceber a obra de arte e o mundo de imagens que nos envolve;
• a prática artística e criativa possibilita desenvolver as expressividades individuais
e coletivas em diferentes contextos;
• o conhecimento em arte possibilita um trabalho privilegiado no campo escolar
materializando-se com os conteúdos estruturantes.
O ensino deve ser direcionado com base no entendimento da história sóciocultural e reconhecimento de conceitos que especificam os diferentes
movimentos de arte, para a reflexão e desenvolvimento de uma visão mais
crítica a respeito da sociedade e de suas transformações através dos tempos.
Além da formação estética, o aluno terá mais facilidade em assimilar assuntos
históricos através da evolução da imagem, conhecendo a imagem e o seu
processo de construção. É importante também o contato permanente com a
117
produção cultural regional para o fortalecimento de uma posição crítica frente às
produções artísticas do seu tempo.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
•
•
•
•
•
•
Desenvolver nos alunos suas potencialidades individuais;
Aumentar a intensidade natural de percepção, criatividade, sensibilidade,
coordenação, interesse e criticidade no que diz respeito ao meio em que está
inserido (social, político, artístico);
Despertar o conhecimento da leitura semiótica no mundo artístico;
Ler e interpretar as diferentes formas de linguagem e as ideologias presentes
nelas e na mídia;
Manifestar o conhecimento da arte artavés dos momentos históricos vividos pela
humanidade;
Reconhecer a importância do conhecimento da arte em suas várias dimensões
(ideológicas, como forma de conhecimento e como trabalho criador,
considerando a arte como expressão e criação através da imagem, movimento,
expressão(corporal,gestual e facial), harmonia, melodia, ritmo e espaço) para
que o educando possa ampliar seus horizontes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Elementos formais;
Composição;
Movimentos e períodos;
Tempo e espaço.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
6º ANO
Elementos formais:
-Imagem – representação simbólica de uma idéia percebida de forma sensorial;
-Forma – delimitação do espaço visual;ponto, linha, plano, reta, segmento de reta,
semi-reta; materiais de desenho.modificação de superfícies; ambidestrismo;
caricaturas e máscaras.
-Movimento – ritmo e equilíbrio; texturas; modificação de superfícies;
-Suporte – tamanho, espaço e materiais;quadro relevo;
-Cor – pigmento; cores primárias; cores secundárias
-Percepção da cor – tons e matizes; cor e luz; cor e linguagem;
Tempo e espaço:
-Movimento – ação corporal articulada no tempo e no espaço;ritmo, compasso,
andamento
-Espaço – ações – dinâmicas e ritmos – relacionamento.
Composição:
-Distribuição dos sons de maneira sucessiva;
118
-Melodia – sequência de sons organizados;
-Ritmo – sequência de movimentos sonoros com acentos fortes ou fracos; melodia e
harmonia; som musical; expressão corporal e facial.
Movimentos e períodos:
- personagem;
- expressão corporal – manifestação da personagem a partir das possibilidades
motoras e emotivas;
- expressão gestual – manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem
pelo gesto, os quais podem ser isolados ou simultâneos;
- Expressão facial – manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem
por meio do semblante.
A história da dança. A influência africana na arte de dançar (olodum, capoeira e
samba de roda).
7º ANO
Elementos formais:
Imagem – representação simbólica de uma idéia percebida de forma sensorial;
Forma delimitação do espaço visual;
Suporte – tamanho, espaço e materiais;
Cor – pigmento; Percepção da cor – tons e matizes;Cor e arte. Cores terciárias.
Cores quentes, neutras e frias. Cor e emoção. Desenho. A arte de desenhar. Luz
e sombra. Policromia. Aguada. Monotipia na escola.
Textura – tátil e gráfica;Arte. Materiais de arte. Arte rupestre no Brasil.
ilustração e letras. Frisos de papel. Composição e arte. Mosaicos. Arte colagem.
Artesanato brasileiro. A reta e suas partes, suas posições. Ângulos – ângulos na
escultura. Triângulos, quadrado, azulejos, retângulos. Calendário folclórico.
Composição:
Distribuição dos sons de maneira simultânea;
Harmonia – encadeamento de acordes;
Som musical – representação do som musical. Formas musicais, instrumentos
musicais. A arte de dançar; Folclore e as danças; o folclore africano e sua influência
no Brasil.
Tempo e espaço:
Movimento – ritmo e equilíbrio;
Movimento – ação corporal articulada no tempo e no espaço;
Espaço – ações; dinâmicas e ritmo; relacionamento;
Som musical – representação do som musical. Formas musicais, instrumentos
musicais. A arte de dançar; Folclore e as danças; o folclore africano e sua influência
no Brasil.
Movimentos e períodos:
Expressão corporal – manifestação da personagem a partir das possibilidades
motoras e emotivas;
119
expressão gestual – manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem
pelo gesto, os quais podem ser isolados ou simultâneos;
Expressão facial – manifestação dos sentimentos e da intenção da personagem por
meio do semblante;
8º ANO
Elementos formais:
Imagem – representação simbólica de uma idéia percebida de forma sensorial;
Forma, delimitação do espaço visual;
Movimento – ritmo e equilíbrio;
Sombra – intensidade; Luz e cor – cores primárias, secundárias e terciárias. Cores
análogas e complementares. Cor e contraste. Cores e formas.
Espacialidade – leitura de imagens bidimensionais e leitura de imagens
tridimensionais, compreendendo ponto, linha, figura-fundo, semelhanças, contrastes
e simetria.
Decomposição da luz branca, espectro solar.
- Materiais de desenho.Arte em geral. A arte em preto e branco.
Faixas de humor . Arte com paralelogramo. Losango – losango na decoração.
Trapézio e arte com trapézio. Ampliação e redução de figuras. Os mestres da
escultura brasileira. Carrancas de São Francisco. Nanquim – serigrafia – carimbos
– gravuras.
Composição:
Qualidade do som;
Intensidade, dinâmica;
Timbre, fonte sonora, instrumentação.
Instrumentos musicais – conjuntos instrumentais. Formas musicais.
Tempo e espaço:
Duração, pulsação, ritmo;
Altura, grave, agudo;
Espaço cênico, coreografia, iluminação, sonoplastia.Arte indígena. Perspectiva.
Recursos gráficos. Onomatopéia – ancoragem – balões – expressões fisionômicas.
Movimentos e períodos:
Ação corporal articulada no tempo e no espaço;
Espaço, ações, dinâmicas e ritmo, relacionamento.
Caracterização do personagem.
Comunicação visual. Artesanato e folclore brasileiro.
A arte de dançar – carnaval, marchinhas, samba de roda, frevo (com influência
africana).
9º ANO
Elementos formais:
120
Imagem, representação simbólica de uma idéia percebida de forma sensorial;
Forma, delimitação do espaço visual;
Movimento, ritmo e equilíbrio;
Sombra e intensidade;
Espacialidade, leitura de imagens bidimensional e leitura de imagem tridimensional
compreendendo ponto, linha, figura-fundo, semelhanças, contrastes e simetria;
Decomposição da luz branca – espectro solar.
Materiais artísticos. Cor e comunicação – teoria das cores. As cores nas artes
gráficas. Cor e harmonia. Harmonia e pintura. Desenho e nanquim – bico de pena.
Pintura pastel e aquarela – Aquarelistas. Pintura a óleo – o óleo na pintura
brasileira. Gravura – os gravadores e a xilogravura. Estilização. Artistas brasileiros.
Literatura e ilustração. letras e números. Programação visual. Publicidade. Jornal na
escola – cartaz. Símbolos – logotipos. Caricaturas – caricaturistas. Desenho
animado – fotografia – cinema. Arquitetura – artes plásticas. Artes plásticas e a
semana 22. Tangências e artistas. Concordância – concordância na arte.
Perspectiva: técnica e arte. A perspectiva na pintura . Projetos – design –
embalagens.
Composição:
Linguagem, forma musical;
Organização e articulação de elementos constitutivos;
Densidade, quantidade de sons que se ouve simultaneamente.
Ritmo – compasso – melodia e harmonia
Tempo e espaço:
Ação corporal articulada no tempo e no espaço;
Espaço, ações, dinâmicas e ritmo, relacionamento.
A arte de dançar, danças regionais do Paraná;
Contribuição da dança africana na dança brasileira.
Movimentos e períodos:
Ação cênica;
Elementos de teatro;
Enredo de história conhecidas ou criadas pelos alunos;
Roteiro, organização das ações;
Texto dramático.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O processo de aproximação do aluno com o mundo artístico, eve ser feita de
forma gradual e sistematizada. è na escola que os alunos poderão entrar em
contato com o mundo das artes, ampliando assim seus conhecimentos e
experiências estéticas. A exploração e a experimentação de materiais e técnicas
vinculados à produção artística possibilitará a familiarização com as várias
linguagens artísticas. Devemos entender o aluno do ensino fundamental como um
121
sujeito criado na e pela cultura. Dessa forma o processo de produção artística
adquire dimensões de aprofundamento das linguagens artísticas.
As aulas deverão ser realizadas levando em consideração os seguintes
procedimentos:
Explicações e demonstrações, através de livros, fotos ou até mesmo exemplos
práticos.
Utilização das técnicas.
Experiências com materiais mencionados.
Elaboração de trabalhos.
Elaboração, criação e confecção de painéis, desenhos, pinturas, colagens,
fantoches, máscaras, vitrais, entre outros.
Leitura de textos e resolução de exercícios.
Desenhos criativos.
Pesquisas.
Apresentações de trabalhos.
Exposições de trabalhos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A partir da concepção de que arte não se ensina, e sim, se expressa, centrado
então no espontaneísmo e na liberação das emoções a avaliação será feita a
partir de:
Das habilidades técnicas e do domínio dos materiais que serão utilizados pelo aluno
na sua expressão.
Análise da produtividade dos alunos assinalando se atingiram os objetivos
propostos.
Ao avaliar, o professor precisa considerar a história do processo pessoal de cada
aluno e sua relação com as atividades desenvolvidas na escola, observando os
trabalhos e seus registros. O professor deve guiar-se pelos resultados obtidos e
planejar modos criativos de avaliação dos quais o aluno pode participar e
compreender.
A avaliação em artes constitui uma situação de aprendizagem em que o aluno
pode verificar o que aprendeu, retrabalhar os conteúdos, assim como o professor
pode avaliar o que ensinou e o que seus alunos aprenderam.
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EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A visão do corpo humano unicamente como, instrumento de produtividade
ainda é muito forte. Ela se manifesta na Educação Física por meio de atividades de
condicionamento, mecânicas e repetitivas. Fica implícita a concepção do movimento
como um ato motor calcado exclusivamente na ótica biológica. Os conteúdos e
metodologias foram e ainda são determinados por outras instituições que não a
escola, como a desportiva a médica e a militar.
É necessário superar essa visão tecnicista, ainda presente na ação
pedagógica dos profissionais da área, e direcioná-la para uma prática centrada na
reflexão, compressão e superação da realidade. Esta prática transformadora visa a
melhoria da qualidade de vida e tem como tema central o movimento humano.
O movimento é fundamental ao ser humano, pois lhe propicia se perceber e
se conhecer como ser corpóreo. Portanto, é importante que o educador possibilite
ao aluno vivificar o processo de elaboração e reelaboração do conhecimento via
movimento no exercício de sua corporeidade.
A Educação Física deve interagir com as demais disciplinas em todas as
iniciativas que dêem oportunidade para a produção e socialização do conhecimento.
125
Ao contemplar pela via da escolarização as marcas das manifestações
corporais no processo de formação humana, tanto quanto aquelas múltiplas
manifestações, a Educação Física escolar tem-se inserido no plano de uma reflexão
sobre diferentes problemáticas sociais. Nessa direção, o objetivo último táticas
corporais escolares, e da Educação Física em particular, deve ser a humanização
das relações humanas. Portanto, a noção de corporalidade pretende ampliar as
possibilidades de intervenção educacional do Professor de Educação Física,
superando a dimensão meramente motriz da sua aula sem, no entanto, negar o
movimento como possibilidade rica de manifestação humana.
Devemos levar em conta que a escola é um lugar onde se deve investir em
práticas e discursos que ensinem cuidados com a saúde como investimento
individual. No entanto, não é possível deixar de contemplar também elementos
sociais, culturais, políticos e econômicos que interferem na possibilidade de
construção social da saúde para todos.
A Educação Física, dentro de uma pedagogia da corporalidade humana tem
uma função social a cumprir no espaço escolar.
A Educação Física escolar dispõem de uma diversidade de formas de
abordagem para aprendizagem, entre elas as situações do jogo coletivo, exercícios
de preparação corporal, de aperfeiçoamento de improvisação, a eliminação de
modelos, a apreciação e discussão, os circuitos, as atividades recreativas, enfim,
todas deverão ser utilizadas como recurso para a aprendizagem.
Da mesma forma, pode-se ir ao encontro de experiências e informações ao
meio ambiente próximo. Ensinar e aprender a cultura corporal de movimento
envolve a discussão permanente dos direitos e deveres do jovem e adolescente
envolvendo a integração social e a formação da saúde.
CONTEÚDOS POR ANO
6º ANO
Conhecimento sobre o corpo:
exame biométrico;
contração muscular, tensão e relaxamento;
circulação cardiovascular – frequência cardíaca;
captação de oxigênio – frequência respiratória;
percepção do próprio corpo e consciência de posturas e movimentos não
prejudiciais no cotidiano;
índice de massa corporal e tabela de avaliação;
pressão arterial;
capacidade aeróbica (resistência cardio-respiratória).
Ginástica:
exercícios de alongamento;
exercícios de força, flexibiliodade e mobilidade articular;
origem da ginástica e sua mudança no tempo;
diferentes tipos de ginástica.
126
Jogos:
jogos e brincadeiras com e sem materiais;
jogos de mesa (tênis de mesa, trilha, dama, xadrez, quebra-cabeça, jogos de cartão
com raciocínio lógico, outros);
pequenos jogos, grandes jogos e jogos pré-desportivos.
Esportes:
origem e características do esporte;
manuseio da bola;
construção do gesto esportivo;
fundamentos: toque, manchete, saque por baixo, com e sem movimentação;
posição, rodízio, contagem de pontos e set’s, expectativa;
jogos pré-desportivos;
jogos propriamente dito (seis contra seis)
regras básicas.
Basquetebol:
origem e características do esporte;
manuseio da bola;
construção do gesto esportivo – fundamentos, passes, dribles e arremessos com e
sem movimentação;
noção de marcação individual;
jogos pré-desportivos;
]jogos propriamente dito (cinco contra cinco);
regras básicas.
Handebol:
origem e características do esporte;
manuseio da bola;
construção do gesto esportivo – fundamentos, passes, recepção, drible e arremesso
com e sem movimentação;
noção de defesa;
jogos pré-desportivos;
jogo propriamente dito (sete contra sete);
regras básicas.
Futsal:
origem e características do esporte;
construção do gesto esportivo – fundamentos – condução de bola, passes, chute e
gol com e sem movimentação;
noção de defesa;
jogos pré-desportivos;
jogo propriamente dito (cinco contra cinco);
regras básicas.
Atletismo:
origem e características do esporte;
corridas de velocidade (saída baixa);
regras básicas sobre as corridas de velocidade.
127
7º ANO
Conhecimento sobre o corpo:
exame biométrico;
contração muscular, tensão e relaxamento;
circulação cardiovascular – frequência cardíaca;
captação de oxigênio – frequência respiratória;
percepção do próprio corpo e consciência de posturas e movimentos não
prejudiciais no cotidiano;
índice de massa corporal e tabela de avaliação;
pressão arterial;
capacidade aeróbica (resistência cardio-respiratória).
Ginástica:
exercícios de alongamento;
exercícios de força, flexibilidade e mobilidade articular.
Jogos:
jogos e brincadeiras com e sem material;
jogos de mesa (tênis de mesa, trilha, damas, xadrez, quebra-cabeça, jogos de
cartas com raciocínio lógico, etc.);
pequenos e grandes jogos, jogos pré-desportivos.
Esportes
Voleibol:
revisão teórica das posições fundamentais para a prática dos fundamentos;
atividades de execução dos fundamentos (toque, manchete, saque) para a melhoria
na qualidade do gesto em construção;
jogos adaptados com regras modificadas;
jogo propriamente dito (seis contra seis).
Basquetebol:
revisão teórica das posições fundamentais para a prática dos fundamentos;
atividades de execução dos fundamentos (passes, drible e arremessos) para a
melhoria na qualidade do gesto em construção;
marcação individual; rebote defensivo e ofensivo;
jogos adaptados com regras modificadas;
jogo propriamente dito (cinco contra cinco).
Handebol:
revisão teórica das posições fundamentais para a prática dos fundamentos;
atividades de execução dos fundamentos (passes, dribles e arremesso parado) para
a melhoria na qualidade no gesto em construção;
Arremesso com salto;
Marcação individual;
Jogo adaptado com regras modificadas;
Jogo propriamente dito (cinco contra cinco).
128
Atletismo:
revisão teórica e prática de corridas de velocidade;
salto em altura (iniciação ao estilo tesoura).
8º ANO
Conhecimento sobre o corpo:
exame biométrico;
contração muscular, tensão e relaxamento;
circulação cardiovascular – frequência cardíaca;
captação de oxigênio – frequência respiratória;
percepção do próprio corpo e consciência de posturas e movimentos não
prejudiciais no cotidiano;
índice de massa corporal e tabela de avaliação;
pressão arterial;
capacidade aeróbica (resistência cardio-respiratória).
Ginástica:
exercícios de alongamento;
exercícios de força, flexibilidade e mobilidade articular.
Jogos:
jogos e brincadeiras com e sem material;
jogos de mesa (tênis de mesa, damas, trilha, xadrez, quebra-cabeça, jogos de
cartas com raciocínio lógico, outros).
Esportes
Voleibol:
Revisão dos conteúdos das séries anteriores;
Recepção;
Levantamento;
Iniciação à cortada;
Iniciação ao saque por cima;
Fundamentação teórica – regras oficiais;
Jogos adaptados com regras modificadas;
Jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Basquetebol:
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
giro: para a direita e para a esquerda;
bandeja: pela direita e pela esquerda;
marcação 2.1.2;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Handebol:
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
sistema de ataque e defesa 5 X 1;
129
orientação para defesa (goleiro);
jogos de ataque e contra ataque;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Futsal:
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
marcação;
sistema 3 X 1;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Atletismo:
revisão dos conteúdos das séries anteriores.
9º ANO:
Conhecimento sobre o corpo:
exame biométrico (peso e altura);
reconhecimento dos principais grupos musculares e estruturas articulares
relacionadas com o movimento e envolvidos no equilíbrio postural;
percepção dos diferentes níveis de tensão dos músculos diretamente relacionados
ao equilíbrio posturtal;
o aquecimento como preparação para a atividade física.
GINÁSTICA
Exercícios de alongamento;
Exercícios de força, flexibilidade e mobilidade articular.
JOGOS
Jogos e brincadeiras com e sem material;
Jogos de mesa (tênis de mesa, xadrez, damas, trilha, quebra-cabeça, etc.)
ESPORTES
Voleibol
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
cortada;
iniciação ao bloqueio;
noções de cobertura;
saque por cima;
fundamentação teórica: regras oficiais;
130
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais.
Basquetebol
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
fundamentação teórica: regras oficiais;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais;
marcação pressão meia quadra e quadra toda.
Handebol
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
fundamentação teórica: regras oficiais;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais;
sistema de defesa 4x2;
engajamento.
Futsal
revisão dos conteúdos das séries anteriores;
fundamentação teórica: regras oficiais;
jogo adaptado com regras modificadas;
jogo propriamente dito com aplicação das regras oficiais;
rodízio.
Atletismo
revisão dos conteúdos das séries anteriores.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia utilizada será: expositiva, explicativa e demonstrativa. Os conteúdos
serão aplicados também em forma de trabalhos práticos e/ou t5eóricos individuais,
duplas ou grupos com utilização de fitas VHS, textos, revistas, CDs, aparelho de
som e prática dos fundamentos.
Utilização de quadra esportiva, espaço livre e salão.
Material conforme a atividade e disponível na escola.
Utilização de espaços de outras instituições.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação se dará quanto a:
realização das práticas da cultura corporal do movimento;
realização das atividades, cooperação, integração ao grupo, respeito mútuo,
solidariedade, organização e prática, responsabilidade, superação de dificuldades;
131
participação em atividades extracurriculares;
pré-testes e pós testes quanto à capacidade de adaptação às regras desportivas e a
construção de novas regras de acordo com a situação ou conflitos.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade
moderna. Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos
contribui para a formação do futuro cidadão que se engajará no mundo do trabalho,
nas relações sociais,culturais e políticas.Para exercer plenamente a cidadania é
preciso saber: contar, comparar, medir,calcular, resolver problemas, argumentar
logicamente,conhecer formas geométricas e organizar, analisar e interpretar
criticamente as informações.
Segundo (Abrantes, 1999, p17)” A matemática constitui um patrimônio
cultural da humanidade e um modo de pensar. A sua apropriação é um direito de
todos nesse sentido,seria impensável que não se proporcionasse a todos a
oportunidade de aprender matemática de um modo realmente significativo, do
mesmo modo seria inconcebível eliminar da escola básica a educação literária,
científica, ou artística. Isso implica que todas as crianças e jovens devam ter a
possibilidade de contar, a um nível apropriado, as idéias e os métodos fundamentais
da matemática e aprender o seu valor e a sua natureza.”
Historicamente a matemática, como ciência em constante evolução, pode ser
encarada como um corpo de conhecimento constituído por teorias bem
determinadas, ou como um conjunto de processos características que devem ser
desenvolvidas na escola, o trabalho com a matemática pode ser uma das formas de
mostrar aos alunos o papel que exercemos na construção do conhecimento e a
relação social interagindo em determinada época mostrando que o conteúdo
ensinado tem relação com acontecimentos cotidianos internos ou externos a escola.
A prática docente encontrará fundamentação teórica e metodológica na
educação matemática englobando inúmeros saberes relacionando o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático . Tendo por finalidade fazer o
estudante compreender e se apropriar a matemática não somente como um método
,procedimento ou algoritmo mas construindo uma formação integral por intermédio
do conhecimento matemático.
Estabelecendo estudantes críticos, autônomos capazes de agir socialmente
precisa-se de conhecimentos lógicos e matemáticos onde serão vistos sob uma
139
visão histórica e onde conceitos apresentados possam ser discutidos, construídos e
reconstruídos no seu pensamento humano e na produção de sua existência por
meio de idéias e tecnologias.
Os saberes propriamente ditos englobarão os conteúdos estruturantes no ensino
fundamental, ou seja, números, operações e álgebra, medidas, geometria e
tratamento da informação.
No ensino médio, englobou-se alem dos conteúdos citados acima, Funções.
As propostas metodológicas pressupõem a resolução de problemas,
o trabalho estruturado com modelagem matemática, a etnomatemática
envolvendo teoria e prática, dentro de um conhecimento cultural manifestado
através de vínculos com a arte e religião.
O uso de mídias tecnológicas, dentro do consenso escolar, pressupõe
principalmente o uso de calculadora e computadores.
E para complementar, a história da matemática oportunizará a apropriação de
conceitos envolvidos como um campo em construção, levando á estruturação de um
pensamento lógico e racional, ligado ás necessidade internas e externas.
OBJETIVOS GERAIS:
Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo à sua volta e perceber o caráter de jogo intelectual
característicos da matemática , como aspecto que estimula o interesse, a
curiosidade ,o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para
resolver problemas;
Fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da
realidade,estabelecendo inter-relações entre eles,utilizando conhecimento
matemático(aritmético,geométrico, métrico,algébrico, estatístico,combinatório e
probabilístico);
Selecionar, organizar e produzir informações relevantes,para serem
interpretadas, avaliadas criticamente;
Resolver situações problemas , sabendo validar estratégias e
resultados,desenvolvendo formas de raciocínio e processos , como
intuição,,indução,dedução,analogia,estimativa,e
utilizando
conceitos
e
procedimentos matemáticos, bem como instrumentos tecnológicos disponíveis;
Comunicar-se matematicamente , ou seja , descrever,representar e apresentar
resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas,fazendo uso da
linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações
matemáticas;
Estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos
e entre esses temas e conhecimentos de outras áreas curriculares ;
Sentir-se seguros da própria capacidade de construir conhecimentos
matemáticos, desenvolvendo auto-estima e a perseverança na busca de soluções.
Do pensamento numérico por meio da exploração de situações de
aprendizagem que levem ao aluno:
140
ampliar e construir novos significados para os números naturais,inteiros,e racionais
– a partir de sua utilização no contexto social e da análise de alguns problemas
históricos que motivaram a sua construçã
resolver situações problema envolvendo números naturais e a partir delas construir
novos significados da adição, subtração, multiplicação, divisão,potenciação e
radiciação;
identificar, interpretar, e utilizar diferentes representações dos números naturais
indicados por diferentes notações,vinculando-as aos contextos matemáticos e não
matemáticos;
selecionar e utilizar procedimentos de cálculo(exato ou aproximado,mental ou
escrito)em função da situação problema proposta);
Do pensamento algébrico, por meio da exploração de situações de aprendizagem
que levem o aluno à :
reconhecer que representações algébricas permite expressar generalizações sobre
propriedades das operações aritméticas, traduzir
situações problema e favorecer
as possíveis soluções;
traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem algébrica e viceversa, generalizando regularidades e identificar os significados das letras ;
utilizar os conhecimentos sobre as operações numéricas e suas propriedades para
construir estratégias de cálculo algébrico.
Do pensamento geométrico, por meio da exploração de situações de
aprendizagem que levem o aluno à:
resolver situações-problema de localização e deslocamento de pontos no espaço,
reconhecendo nas noções de direções e sentido, de paralelismo e
perpendicularismo e elementos fundamentais para constituição de sistemas de
coordenadas cartesianas;
estabelecer relações entre figuras espacias e suas representações planas,
envolvendo a observação das figuras sob diferentes pontos de vista, construindo e
interpretando suas representações;
resolver situações problema que envolvam figuras geométricas planas
utilizando procedimentos de decomposição e composição, transformação ampliação
e redução.
Da competência métrica, por meio da exploração de situações de
aprendizagem que levem o aluno à:
ampliar e construir noções de medida pelo estudo de diferentes grandezas, a partir
de sua utilização no contexto social e análise
de alguns dos problemas históricos que motivaram sua construção;
resolver problemas que envolvam diferentes grandezas, selecionando unidades de
medida e instrumentos adequados na precisão requerida.
141
Do raciocínio que envolva a proporcionalidade, por meio da exploração
de situações de aprendizagem que levem o aluno à:
observar a variação entre grandezas, estabelecendo relação entre elas e construir,
estratégias de solução para resolver situações que envolvam a proporcionalidade.
Do raciocínio combinatório, por meio da exploração de situações de
aprendizagem que levem o aluno à:
coletar, organizar e analisar informações, construir e interpretar tabelas e gráficos
formular argumentos convincentes tendo por base a
análise de dados organizados em representações matemáticas diversas;
resolver situações problema que envolvam o raciocínio combinatório e
a
determinação da probabilidade de sucesso de um determinado evento por meio de
uma razão.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Trabalhados no decorrer de todas as séries, envolvidos nos conteúdos por série.
6º ANO:
* Números, operações e álgebra
História dos números.
Contagem
Representação
• Sistema de numeração decimal e não-decimal.
•
•
•
•
Conjuntos numéricos
Números naturais e racionais e suas representações.
Significado, representação, escrita, decimal, comparação
- As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação, radiciação).
Múltiplos e divisores.
Números Primos.
Fatoração.
Divisibilidade
- Mínimo Múltiplo Comum.
- Transformação de números fracionários ( na forma de razão quociente) em
números decimais.
- Adição, subtração (por equivalência), multiplicação e divisão de frações.
- Expressões numéricas.
- Porcentagem.
142
• Medidas
• Geometria
História das medidas.
-Organização do sistema métrico decimal
- unidades de medidas e instrumentos de medidas,
- elementos geométricos,
-ângulos, giros
-posições de retas no plano
-classificação de figuras planas e seus elementos( faces; vértices e arestas)
-formas de objetos
-planificação
-perímetro, áreas, volumes,massas,tempo
-poliedros regulares
simetria
resolução de problemas
sistema monetário.
Situações problema envolvendo todos os tipos de medidas.
construções e representações no espaço e no plano (cultura Afro).
* Tratamento da Informação
- Coleta, organização e descrição de dados.
- Leitura, interpretação e representação de dados de tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos.
- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira por cor,
renda e escolaridade no país e no município.
- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país.
Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à
população negra.
História do Paraná
Serão ofertados dentros dos conteúdos abordagens e atividades promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo das
comunidades , municípios e microrregiões do Estado.
Ambiente
economia de energia elétrica
uso do carro de maneira racional
Proteção da vegetação e plantio de árvores
Índices de gás nocivo na atmosfera
Conscientização sobre os efeitos prejudiciais aos seres vivos causados por
incêndios florestais.
Desperdício zero
Ìndices de qualidade : ar , água , alimentos, solo
Legislação ambiental
7º ANO
* Números, Operações e Álgebra
143
Conjuntos Numéricos
Naturais, Inteiros, Racionais .
Comparação,ordenação e representação geométrica
As seis operações e suas inversas (adição, subtração, divisão, multiplicação,
potenciação, radiciação).
- Juros e porcentagem nos diferentes processos de cálculo (razão, proporção,
frações e decimais).
Noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo pela substituição de
letras por valores numéricos.
Razão e proporção
Grandezas: direta e inversamente proporcionais.
- Equações,Inequações e sistemas de 1º grau.
- Múltiplos e divisores.
- Mínimo múltiplo comum.
- Expressões numéricos.
Medidas
Geometria
- História das medidas
-Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e
tempo.
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de
problemas algébricos.
- Capacidade e volume e suas relações.
Ângulos e arcos-unidade, fracionamento e cálculo.
Operações envolvendo ângulos.
Classificação de ângulos.
- Desenho geométrico com o uso da régua e compasso.
- Mosaico e polígonos regulares.
* Tratamento da Informação
- Coleta, organização e descrição de dados.
- Leitura, interpretação e representação de dados, tabelas, listas, diagramas,
quadros e gráficos.
- Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por
cor, renda e escolaridade no país e no município.
- Análise de pesquisas relacionadas ao negro e mercado de trabalho no país
- Realização com os alunos de pesquisas de dados no município com relação à
população negra.
História do Paraná
Serão ofertados dentros dos conteúdos abordagens e atividades promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo das
comunidades , municípios e microrregiões do Estado.
Ambiente
144
- economia de energia elétrica
- uso do carro de maneira racional
- Proteção da vegetação e plantio de árvores
-Índices de gás nocivo na atmosfera
Conscientização sobre os efeitos prejudiciais aos seres vivos causados por
incêndios florestais.
- Desperdício zero
- Ìndices de qualidade : ar , água , alimentos, solo
- Legislação ambiental
8º ANO
* Números, Operações e Álgebra.
Conjunto Numérico
Naturais, inteiros, racionais
- Noções de proporcionalidade (fração, razão, proporção, semelhança e diferença).
- Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo.
- História das equações.
- Equações, inequações e sistemas de equações de 1º grau.
- Polinômios e os casos notáveis.
- Potências e raízes.
- Produtos notáveis.
- Fatoração.
- Expressões numéricas.
- Cálculo de números de diagonais.
* Medidas
Geometria
Condições de paralelismo e perpendicularidade.
- Perímetro, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de
problemas algébricos.
- Capacidade e volume e suas relações.
Ângulos e arcos (unidade, fracionamento e cálculo)
Ângulos, polígonos e circunferências.
Triângulos quaisquer – lados e ângulos
Classificação de triângulos.
Definição e construção do baricentro, ortocentro , incentro e
e circuncentro.
- Poliedros regulares e suas relações métricas- Desenho geométrico com o uso de régua e compassso.
Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações.
- Representação geométrica dos produtos notáveis.
* Tratamento da Informação
Análise dos dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por cor,
renda e escolaridade no país e no município .
Análise de pesquisas relacionada ao negro e mercado de trabalho no país.
145
Realização com os alunos de pesquisa de dados no município com relação `a
população negra.
- Coleta, organização e descrição de dados.
- Leitura e interpretação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros
e gráficos.
- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores, de curvas e histograma.
História do Paraná
Serão ofertados dentros dos conteúdos abordagens e atividades promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense, partindo das
comunidades , municípios e microrregiões do Estado.
Ambiente
economia de energia elétrica
uso do carro de maneira racional
Proteção da vegetação e plantio de árvores
Índices de gás nocivo na atmosfera
Conscientização sobre os efeitos prejudiciais aos seres vivos causados por
incêndios florestais.
Desperdício zero
Ìndices de qualidade : ar , água , alimentos, solo
Legislação ambiental
9º ANO:
* Números
- Conjuntos Numéricos (naturais, inteiros, racionais e irracionais)
Propriedades da potenciação e radiciação
A linguagem algébrica e as equações: incógnitas e variáveis ( construção de
gráficos);
Resolução de sistemas de equações do 1ºgrau e do 2ºgrau
Fórmula de Bháskara equação do 2ºgrau;
Ampliação do campo numérico: números irracionais, representação na reta
numérica, forma de radical e aproximação decimal;
Os números reais: o preenchimento da reta numérica
A organização dos conjuntos numéricos
- Operações
- Equações do 1º grau
- Equações do 2º grau e inequações
- Expressões Numéricas
- Funções
Trigonometria no triângulo retângulo
A linguagem algébrica e as equações: incógnitas e variáveis ( construção de
gráficos);
Resolução de sistemas de equações do 1ºgrau e do 2ºgrau
Fórmula de Báskhara equação do 2ºgrau;
Ampliação do campo numérico: números irracionais, representação na reta
numérica, forma de radical e aproximação decimal;
Os números reais: o preenchimento da reta numérica
146
A organização dos conjuntos numéricos
* Medidas
Geometria
Teorema de Talles
- Noções de geometria euclidiana e não-euclidiana
Congruência e semelhança de figuras planas
Construções e representações no espaço e no plano
Classificação de figuras planas e dos sólidos geométricos
- Triângulo retângulo – relações métricas e Teorema de Pitágoras
- Planificação de sólidos geométricos
- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas
- Estudos de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides
- Estudos dos poliedros de Platão
- Geometria Grega
Representação cartesiana e confecção de gráficos.
A linguagem algébrica e as equações: incógnitas e variáveis ( construção de
gráficos);
Resolução de sistemas de equações do 1ºgrau e do 2ºgrau
Fórmula de Báskhara equação do 2ºgrau;
Ampliação do campo numérico: números irracionais, representação na reta
numérica, forma de radical e aproximação decimal;
Os números reais: o preenchimento da reta numérica
A organização dos conjuntos numéricosA linguagem algébrica e as equações:
incógnitas e variáveis ( construção de gráficos);
Resolução de sistemas de equações do 1ºgrau e do 2ºgrau
Fórmula de Bháskara equação do 2ºgrau;
Ampliação do campo numérico: números irracionais, representação na reta
numérica, forma de radical e aproximação decimal;
Os números reais: o preenchimento da reta numérica
A organização dos conjuntos numéricos
* Tratamento da Informação
- Coleta, organização e descrição de dados
- Leitura, interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos
- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas.
- Noções de probabilidade
Médias, moda e mediana
História do Paraná
Serão ofertados dentro dos conteúdos, abordagens e atividades, promovendo a
incorporação dos elementos formadores da cidadania paranaense ,partindo das
comunidades , municípios e microrregiões do Estado.
Ambiente
economia de energia elétrica
economia de água
uso do carro de maneira racional
Proteção da vegetação e plantio de árvores
147
Índices de gás nocivo na atmosfera
Conscientização sobre os efeitos prejudiciais aos seres vivos causados por
incêndios florestais.
Desperdício zero
Ìndices de qualidade : ar , água , alimentos, solo
Legislação ambiental
METODOLOGIA
A concepção de Matemática em qualquer nível de ensino remonta ao fato de
que a Matemática é uma ciência que surgiu da própria necessidade do homem de
contar, representar, medir e expor dados de formas organizadas e com precisão.
Diversas outras ciências se aprimoraram graças aos conhecimentos lógicos
matemáticos realizados pela humanidade.
A partir das produções artísticas, filosóficas e estruturais realizadas pelos
povos primitivos, estabeleceram-se ao longo dos anos, uma matemática formal,
dotada de vários pré-requisitos e de estabelecimento de relações abstratas e
lógicas.
A Matemática realizada em sala de aula pressupõe estruturas lógicas
realizadas através de cálculos lógicos, baseados em estruturas formais, mas
adaptadas à realidade do educando de ensino Médio.
A praticidade exigida em sala de aula. Resoluções de situações problemas
englobando os conteúdos próprios de Ensino Médio incorporam o aprendizado.
A Matemática deverá ser ensinada de forma simples e adequada como perfil
do aluno, ressaltando os pré-requisitos e dando a todos os conjuntos numéricos.
As atividades de ensino incorporam elementos estruturais e práticos,
resolução de problemas do dia-a-dia, uso da calculadora, de tabelas, e fórmulas
designadas para aprimoramento das questões. Mas o uso de fórmulas estará
comprometido com a construção, bem como com a estruturação da mesma, sua
aplicação e não somente uma mera substituição de letras por números.
O uso da calculadora corresponde à compreensão de elementos
matemáticos tais como são calculados com e sem a maquina, e não somente a
manipulação da tabuada, ou simples cálculos de porcentagem.
Os conteúdos matemáticos envolvem diferentes tipos de aula, desde as
expositivas, as de vídeo, as de pesquisa, até as práticas, geralmente realizadas no
pátio ou demais dependências do colégio.
Os trabalhos serão realizados individualmente, em duplas, trios ou equipes,
podendo até ser realizados com a turma toda, dependendo da ocasião e do
conteúdo trabalhado.
As aulas de pesquisa estarão sujeitas a conecções com as outras disciplinas,
principalmente quando se tratarem de história da matemática e de suas aplicações.
Em conteúdos como Geometria, Probabilidade, Função, e Lógica, utilizar-seão criptogramas, jogos de xadrez e general, bem como simples quebra cabeças
geométricos, como o tangran, poliminós, ou poliedros.Nos momentos propícios,
serão utilizadas atividades lúdicas matemáticas.
148
O ensino-aprendizagem de Matemática tem como ponto de partida a
resolução de problemas e posteriormente utilizando aspectos de modelagem
matemática.
Ao aluno, estar diante de um problema proporciona elaborar um ou vários
procedimentos de resolução, comparar os resultados com os colegas e validar seus
procedimentos;
No ensino de Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste
em relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas,
figuras, escritas numéricas); outro consiste em relacionar essas representações com
princípios e conceitos matemáticos. Nesse processo, a comunicação tem grande
importância e deve ser estimulada, levando o aluno a falar e escrever sobre
Matemática, a trabalhar com representações gráficas, desenhos construções, e
aprender como organizar e tratar dados.
A aprendizagem está ligada à compreensão, isto é, á atribuição e apreensão
de significado; de um objeto ou um acontecimento pressupõe identificar suas
relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos
em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma
abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da
Matemática para o aluno resulta das conexões que ele estabelece entre ela e as
demais áreas, entre ela e os Temas Transversais, entre ela e o cotidiano e das
conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos.
O conhecimento matemático é historicamente construído e, portanto, está em
permanente evolução. Assim o ensino de Matemática precisa incorporar esta
perspectiva, possibilitando ao aluno reconhecer as contribuições que ela oferece
para compreender as informações e posicionar-se criticamente diante delas.
Recursos didáticos como livros, jogos como material concreto feito pelos
próprios alunos, dicionário de matemática, vídeos, televisão, calculadoras, têm
papel importante no ensino e aprendizagem. Contudo eles precisam estar
integrados a situações que levem ao exercício da análise e da reflexão.
Trabalhar o abstrato e o concreto juntos.
Trabalhar em equipe e individual, com apoio do livro didático.
Utilizar o dicionário de matemática como fonte de pesquisa.
Resolução de exercícios em sala de aula com apoio do professor.
O ensino de matemática deve garantir o desenvolvimento de capacidade
como:
Observação, estabelecimento de relações, comunicação, argumentação e
validação de processos e o estímulo às formas de raciocínio como intuição, indução,
dedução, analogia, estimativa.
AVALIAÇÃO
A avaliação de matemática compreende a integração do que o educando
aprende, com a aplicação da metodologia do professor. Ou seja, um elo entre a
aprendizagem e o ensino.
Avaliar em matemática compreende entender a maneira pela qual o
educando fica mais motivado a aprender, por conseguinte, o erro deve ser o ponto
de parada tanto do aluno como do professor. O aluno deve verificar onde tem
149
dificuldades e procurar ter mais atenção aos cálculos propriamente ditos enquanto
que para o professor, ele corresponde a uma nova adaptação de metodologia de
ensino, onde ele estuda e interpreta dados de seu próprio trabalho.
A avaliação ocorrerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem e
não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes
etapas de trabalho. Compreenderá provas, atividades lúdicas, atividades escritas,
atividades orais, indicações de acompanhamento escolar e comportamento em sala,
e trabalhos pré-estabelecidos.
Ou seja, avaliação dar-se-á de forma global e individual, em sala de aula,
através de observações sistemáticas, análises das produções dos alunos e
atividades específicas, deixando bem claro para os alunos o que se pretende
avaliar. O registro se dará através do livro de chamada.
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LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
CIÊNCIAS
Apresentação Geral da disciplina
Desde que o homem começou a se interessar pelos fenômenos à sua volta e
aprender com eles, a ciência já estava presente, embora não apresentasse o
caráter sistematizador do conhecimento.
Alguns processos importantes da história marcaram acentuadamente o
pensamento da humanidade e em consequência disso, a ciência.
Muitos nomes influenciaram o desenvolvimento do pensamente científico
como Leonardo da Vinci, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Francis Bacon,
René Descartes, Isaac Newton, colaboraram sobremaneira com a ciência, não
só do seu tempo mais ainda hoje a influencia.
Alguns momentos marcantes da história da ciência, contribuíram para que
esta passasse a ser, independente das diversas religiões, um resgate histórico
de todo o conhecimento científico acumulado até então.
Os avanços científicos determinaram o desenvolvimento da indústria que por
sua vez exigiu que a ciência ascendesse para aperfeiçoar as técnicas e com isso
desenvolver novas tecnologias para a indústria. Em decorrência desse processo
aumenta a exploração do ambiente para produção de energia.
O século XIX vem para consolidar a ciência, evidenciando as relações entre
homem-homem e homem-natureza, pois o homem passa a entender que pode,
por meio da ciência, interferir na natureza buscando melhores condições de vida.
No século XX as contribuições da ciência para a humanidade são
incontáveis, entretanto a ciência também tem momentos de efeitos negativos, ao
incrementar as guerras e influenciar a miséria de muitos. Fica cada vez mais
claro que a ciência é uma construção humana, tem suas aplicações, é falível,
intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as
relações sociais.
A disciplina de ciências deve priorizar os conhecimentos científicos físicos,
químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais sem deixar de
considerar as implicações da relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
A disciplina de ciências deve ser abordada com base nos conteúdos
estruturantes: astronomia, matéria, energia, sistemas biológicos e
biodiversidade, que se desdobra nos conteúdos específicos da disciplina.
Esses conteúdos devem ser abordados de forma consistente, critica,
histórica, considerando as relações entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
152
Os conteúdos específicos poderão ser abordados em suas inter-relações com
outros conteúdos e disciplinas, considerando seus aspectos conceituais,
científicos, históricos, econômicos, políticos e sociais, os quais devem ficar
evidentes no processo de ensino-aprendizagem da disciplina.
1) Objetivos Gerais
A disciplina de ciências deve ter por objetivo retomar a função social da
disciplina, que por meio de tratamento crítico e histórico dos conteúdos promova a
socialização dos conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização dos
procedimentos de natureza social. Deve permitir compreender o desenvolvimento
científicos nos diferentes tempos da história da humanidade, dando possibilidades
aos sujeitos do processo de ensino-aprendizagem de, usar os conhecimentos
científicos no seu cotidiano, os adequando às suas necessidades e interesses.
1) Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser
humano, em sociedade, como agente de transformação do
mundo em que vive em relação essencial com os demais seres
vivos e outros componentes do ambiente;
2) Compreender a ciência como um processo de produção de
conhecimento e uma atitude humana, histórica associada a
aspectos de ordem social, econômica, política e cultural;
3) Identificar relações entre conhecimento cientifico, produção de
tecnologia e condições de vida no mundo de hoje e em sua
evolução histórica, e compreender a tecnologia como meio para
suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre
riscos e benefícios das praticas científico-tecnológicas;
4) Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens
individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação de
diferentes agentes;
5) Formular questões, diagnosticar problemas reais e propor
soluções para eles a partir de elementos das ciências,
colocando em pratico conceitos, procedimentos e atitudes
desenvolvidos no aprendizado escolar;
6) Saber utilizar conceitos científicos básicos associados a
energia, matéria, transformação, espaço, tempo, sistema,
equilíbrio e vida;
7) Saber combinar leituras, observações, experimentações e
registro para a coleta de dados, realizar comparação entre
explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e
informações.
8) Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação critica e
cooperativa para a construção coletiva do conhecimento.
2) Conteúdos
6º ANO
153
ASTRONOMIA
Conteúdos Básicos:
Universo
Sistema Solar
Movimentos Celestes e Terrestres
Astros
Gravitação universal
Conteúdos Específicos:
* Galáxias
* Idade do universo.
*Formação do universo.
*Geocentrismo
* Heliocentrismo
* Dimensões do sistema solar.
*Astros do Sistema Solar.
*Estrelas
*Planetas
*Tipos de planetas
* Satélites naturais.
* Anéis
* Meteoros
* Meteoritos.
* Cometas
* Constituição físico-química dos Astros.
* Rotação e Translação.
.
MATÉRIA
Conteúdos Básicos:
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
Conteúdos Específicos:
*Composição química do planeta Terra primitivo.
* A Terra antes do surgimento da vida.
* Crosta Terrestre.
* Manto Terrestre.
* Núcleo Terrestre.
* Solos
* Rochas
* Minerais
* Propriedades dos minerais.
* Fósseis
* Conservação/poluição
* Água
* Composição química da água.
* Estrutura química da água.
154
* Massa, densidade, compressibilidade, elasticidade, permeabilidade,
cor, brilho, sabor, textura e odor.
* Mudanças de estados físicos.
* Tipos de água.
* Conservação/poluição.
* Tratamento da água.
* Ar: constituição física/química.
* Estados físicos
* Propriedades físico/químicas.
* Conservação/poluição.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Conteúdos Básicos:
Níveis de organização.
Células
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
Conteúdos Específicos:
* Células.
* Seres unicelulares e pluricelulares.
* Saúde e doenças.
* Contaminações.
* Higiene.
* Seres unicelulares que contaminam a água, o solo e o ar.
*Fotossíntese.
*Reserva energética.
ENERGIA
Conteúdos Básicos:
Formas de energia
Conservação da energia.
Transmissão de energia
Conteúdos Específicos:
*Transformações químicas/físicas.
* Decomposição de materiais na natureza.
* Solo: erosão, agressões, manuseio, terremotos, vulcões.
* Água: poluição, maremotos, inundações.
*Mudanças de estados físicos.
*Energia luminosa.
* Ciclos da matéria.
* Interferência da energia luminosa nos seres vivos.
* Fontes de energia
* Fontes de energia renováveis e não renováveis.
BIODIVERSIDADE
Conteúdos Básicos:
Organização dos seres vivos.
155
Sistemática
Ecossistema
Interações ecológicas
Origem da vida
Evolução dos seres vivos.
Conteúdos Específicos:
* Efeito estufa.
* Interações e sucessões ecológicas.
* Relações entre os seres vivos.
* Seres autótrofos e heterótrofos.
* Ecossistemas.
7º ANO
ASTRONOMIA
Conteúdos Básicos:
Sistema Solar
Movimentos Celestes e Terrestres
Astros
Conteúdos Específicos:
* Teoria da origem da Lua.
* Força gravitacional da Lua.
* Marés.
*Astros do Sistema Solar.
* Rotação e Translação.
* Eclipse do Sol.
* Eclipse da Lua.
* Fases da Lua.
* Satélites Naturais
MATÉRIA
Conteúdos Básicos:
Constituição da matéria
Propriedades da matéria
Conteúdos Específicos:
* Composição química/ física da Lua.
*Composição química do planeta Terra primitivo.
* A Terra antes do surgimento da vida.
* A origem e a evolução dos primeiros seres vivos.
* Outras teorias sobre a origem da vida.
* Estrutura química da célula.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Conteúdos Básicos:
Níveis de organização.
Células
156
Morfologia e fisiologia dos seres vivos.
Conteúdos Específicos:
*Células.
*Unicelular.
*Pluricelular.
* Procariontes.
* Eucariontes.
* Autótrofo.
* Heterótrofo.
* Tipos de células.
* Fotossíntese
* Reserva Energética.
* Características gerais dos seres vivos.
* Órgãos e sistemas animais e vegetais.
ENERGIA
Conteúdos Básicos:
Formas de energia
Conservação da energia.
Transmissão de energia
Conteúdos Específicos:
*Energia luminosa.
* Ciclos da matéria.
* Interferência da energia luminosa nos seres vivos.
* Fontes de energia
* Disco de Newton.
* Luz,ondas, cores.
*Metabolismo.
* Fotossíntese.
* Nutrientes.
*Animais ectotérmicos e endotérmicos.
* Gordura como reserva energética.
BIODIVERSIDADE
Conteúdos Básicos:
Organização dos seres vivos.
Sistemática
Ecossistema
Interações ecológicas
Origem da vida
Evolução dos seres vivos.
Conteúdos Específicos:
* Teorias da origem da vida.
*Conceitos de natalidade, mortalidade, emigração, imigração,
mutualismo, cooperação, comensalismo, inquilinismo, predação, parasitismo,
camuflagem, mimetismo, sociedade, colônia, fototropismo.
157
* Classificação dos seres vivos.
* Categorias taxonômicas.
* Filogenia.
* Conceito de biodiversidade.
* Ecossistemas.
* Interações e sucessões ecológicas.
* Relações
* Seres autótrofos e heterótrofos.
* Vírus.
*Reinos: monera e protista.
*Reinos fungo e planta: características, morfologia, evolução biológica,
interferências humanas, saúde/doenças.
*Reino animal: características, morfologia, evolução biológica,
interferências humanas, saúde/doenças
8º ANO
ASTRONOMIA
Conteúdos Básicos:
Origem e evolução do Universo
Conteúdos Específicos:
*Teorias sobre a origem do Universo
MATÉRIA
Conteúdos Básicos:
Constituição da matéria
Conteúdos Específicos:
*Composição química da matéria viva: célula, tecidos.
*Composição química do ar, água e solo.
* Alimentos: tipos, naturais, industrializados, aditivos químicos, ração
animal, adubos químicos, anabolizantes, medicamentos.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Conteúdos Básicos:
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Conteúdos Específicos:
* Teoria celular.
* Tipos celulares.
* Mecanismos celulares.
* Estrutura celular.
* Respiração celular.
* Fotossíntese.
* Reserva energética.
*Características gerais dos seres vivos.
*Órgãos e sistemas animais e vegetais.
158
*Estrutura e funcionamento dos tecidos.
*Tipos de tecidos.
* Sistema Digestório
*Sistema Cardiovascular.
* Sistema respiratório.
* Sistema excretor.
* Sistema nervoso.
* Sistema Sensorial.
* Sistema Esquelético.
*Sistema muscular.
* Sistema reprodutor.
ENERGIA
Conteúdos Básicos:
Formas de energia
Conteúdos Específicos:
*Metabolismo, reserva energética, nutrientes, energia solar , calorias.
*Energia radiativa e a medicina, metabolismo, atividades físicas,
resistência, dietas, anorexia, bulimia, anabolizantes.
*Reações do nosso organismo a drogas.
* Efeitos de substâncias químicas no organismo.
BIODIVERSIDADE
Conteúdos Básicos:
Evolução dos seres vivos
Conteúdos Específicos:
*Teorias evolutivas.
* Evolução do ser humano em comparação com outros seres vivos.
* Caracteres genéticos e físicos e a hereditariedade: conceitos básicos.
*A reprodução: fecundação, formação das células reprodutoras,
cuidados na gestação, doenças genéticas, direitos e deveres perante a lei,
maturidade corporal e psicológica, a sexualidade e o sexo, o ser humano nas
fases infantil, adolescência, adulta, meia idade e a velhice.
9º ANO
ASTRONOMIA
Conteúdos Básicos:
Astros
Gravitação Universal
MATÉRIA
Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
159
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
ENERGIA
Formas de energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas
3) Metodologia da Disciplina
Propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados
metodologicamente numa abordagem articulada seguindo uma
perspectiva crítica e histórica, que orientem o encaminhamento
metodológico considerando os conhecimentos físicos, químicos e
biológicos.
Considerando que, a ciência, como construção humana, cujos
conhecimentos científicos são possíveis de alteração ao longo da
história da humanidade e marcados por intensas relações de poder, o
tratamento dos conteúdos, na escola exige conhecimentos científicos de
outras ciências para explicar os inúmeros fenômenos naturais que
ocorrem no mundo.
O encaminhamento metodológico deve considerar a pratica social do
sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente
constituídos.
É imprescindível que o professor reconheça que existem
conhecimentos físicos, químicos e biológicos basilares, para que o
processo de ensino e de aprendizagem, que precisam ser abordados
tanto na 5ª quanto na 6ª, 7ª e 8ª séries.
Deve-se respeitar o nível cognitivo dos alunos, à realidade local, a
diversidade cultural, às diferentes formas de apropriação dos conteúdos
específicos por parte dos alunos, bem como adotar uma linguagem
coerente com a faixa etária, aumento gradativamente o aprofundamento
da abordagem desses conteúdos.
O tratamento dos conteúdos pode ser efetivado por meio de uma
metodologia que problematize a prática social do sujeito. O problema
escolhido se refere à sua amplitude, ou seja, ele não pode ser escolhido
aleatoriamente ou representar o interesse de um ou de outro sujeito,
mas sim ser de interesse coletivo.
Os conteúdos específicos podem ser tratados, ainda por meio de
atividades e aulas práticas, desde que se considere a coerência entre a
teoria e a pratica, e o conteúdo e a forma. É importante lembrar que as
aulas e as atividades práticas podem acontecer em diversos ambientes,
na escola e fora dela, com o uso de DVDs específicos da disciplina o
uso pequenos vídeos na TV pendrive.
O encaminhamento metodológico para esta disciplina não pode ficar
restrito a um único método. Nesse sentido algumas possibilidades de
encaminhamentos metodológicos são: a observação, o trabalho de
160
campo, os jogos de simulação e desempenho de papéis, visitas à
indústrias, museus, projetos individuais e em grupos, palestrantes
convidados, fóruns, debates, seminários dentre outros. Podem ainda
envolver música, desenho, poesia, livros de literatura, maquetes jogos
didáticos, dramatizações, historia em quadrinhos, painéis, murais,
exposições e feiras.
A partir desse encaminhamento metodológico, a disciplina de ciências
poderá resgatar na escola, a sua principal função: os estudo dos
fenômenos naturais por meio de tratamento dos conteúdos de forma
crítica e histórica.
4) Critérios de avaliação
A avaliação se dará ao longo do processo de ensino e de
aprendizagem possibilitando ao professor, por meio de uma interação diária
com os alunos, contribuições importantes para verificar em que medida os
alunos se apropriaram dos conteúdos específicos tratados nesse processo. É
necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de
critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor que considere aspectos
como os conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados
conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre esses
conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações
estabelecidas por eles no seu progresso cognitivo, ao longo do processo de
ensino e aprendizagem e, no seu cotidiano.
É imprescindível a coerência entre o planejamento das ações
pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo
avaliativo.
Deve-se considerar também como outro critério avaliativo o quanto e
de que forma o aluno se apropriou do conhecimento cientifico; quanto o
aluno, e/ou a turma, consegue relacionar os aspectos sociais, políticos,
econômicos, éticos e históricos relacionados aos assuntos trabalhados e sua
relação ciência, tecnologia, sociedade. É importante também avaliar em que
medida o aluno, e/ou a turma compreende o quanto os conhecimentos
científicos abordados nos conteúdos se aplicam à sua prática social, o quanto
eles se relacionam com outros conteúdos e até mesmo com conhecimentos
de outras disciplinas.
Para que esta proposta de avaliação possa atender ao que se propõe
é preciso que conte com meios, recursos e instrumentos avaliativos
diversificados. Além de propor provas objetivas ou questionários com
perguntas e respostas diretas, os alunos devem poder expressar seus
avanços na aprendizagem, à medida em que interpreta, produzem, discutem,
relacionam, refletem, analisam, justificam, se posicionam e argumentam
defendendo o próprio ponto de vista. Com isto o professor pode interpretar e
analisar as informações obtidas na avaliação, considerando as concepções
de ciência, tecnologia, educação, aluno, processo de ensino e de
aprendizagem, escola e do currículo de ciências.
161
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
162
HISTÓRIA
1. Apresentação da Disciplina:
A História não se constitui num saber pronto e definitivo. Os processos
históricos ligados as ações e relações humanas praticadas no tempo e a
significação dada pelos sujeitos (de forma consciente ou não) a essas ações,
constituem-se no objeto de estudo da História. O conhecimento histórico construído
analisa fenômenos, processos, acontecimentos, relações e sujeitos. É provisório e
se configura pela consciência histórica dos sujeitos. Tem por finalidade a busca da
superação das carências humanas ligadas a vida em sociedade, fundamentada por
meio de um conhecimento composto por interpretações.
A organização do currículo para o ensino de História tem como referência os
Conteúdos Estruturantes, entendidos como conhecimentos que aproximam e
organizam os campos da História e seus objetos. Os Conteúdos Estruturantes
relações de trabalho, relações de poder e relações culturais podem ser identificados
no processo histórico da constituição da disciplina e no referencial teórico que
sustenta a investigação histórica em uma nova racionalidade não-linear e temática.
História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações
e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação
atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações
humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sóciohistóricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar,
instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente.
Essas estruturas sócio-históricas podem ser transformadas constantemente a
partir das relações humanas que determinam os limites e as possibilidades das
ações dos sujeitos. Mesmo condicionadas, as ações dos sujeitos permitem espaços
para escolhas e projetos de futuro.
Os processos históricos, não podem ser entendidos como uma sucessão de
fatos na ordem de causa e consequência. Segundo o historiador Christopher Lloyd
(1995), os processos históricos estão articulados em determinadas relações
causais. Os acontecimentos construídos pelas ações e sentidos humanos, em
determinado local e tempo, produzem relações humanas, que ensejam um espaço
de atividade relativo aos acontecimentos históricos. Isso ocorre de forma não- linear,
em ações que produzem outras relações, as quais também constroem novas ações.
A produção do conhecimento, pelo historiador, requer um método específico,
baseado na explicação e interpretação de fatos do passado. Construída a partir dos
documentos e da experiência do historiador, a problematização produz uma
narrativa histórica que tem como desafio contemplar a diversidade das experiências
sociais, culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.
Fenômenos, processos, acontecimentos, relações ou sujeitos podem ser
analisados a partir do conhecimento histórico construído. Ao confrontar ou comparar
documentos entre si e com o contexto social e teórico que os constituíram, a
produção do conhecimento propicia validar, refutar ou complementar a produção
historiográfica existente. Como resultado, pode ainda contribuir para rever teorias,
metodologias e técnicas na abordagem do objeto de estudo historiográfico.
163
2. Objetivos gerais da disciplina:
- Formar uma consciência histórica nos alunos tornando-os cidadãos crítico e
atuantes, capazes de exercer a sua cidadania.
- Entender as diversidades, as mudanças e permanências que acontecem
na história tornando o aluno capaz de “pensar” a história e perceber-se como parte
integrante dela, como ser que faz história valorizando a sua história de vida;
- Proporcionar ao aluno o domínio do conceito de História, a interpretação de
usas diversas periodizações;
- Dominar conceitos históricos e compreender o processo de construção do
espaço histórico brasileiro tendo por base o seu desenvolvimento desde o período
colonial; conhecer as relações das contradições sócio-espaciais existentes no Brasil
com a sua colonização de exploração;
- Conhecer a formação econômica, social e política do Brasil relacionando-a
de forma a compreender a regionalização brasileira;
- Estimular o interesse pela dinâmica da produção do espaço mundial
preparando o aluno para que acompanhe esse processo e possa assumir uma
atitude crítica diante dos acontecimentos relacionados às questões agrárias,
políticas, sociais, econômicas na atualidade levando os educandos a se tornarem
aptos aptos a entender os principais fenômenos sociais;
- Conhecer e valorizar a história dos povos africanos e da cultura afro brasileira
na construção histórica e cultural brasileira.
3. Conteúdos por série:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de poder, Relações de
trabalho, Relações culturais.
6º ANO
OS DIVERSOS SUJEITOS EM DIFERENTES ESPAÇOS E TEMPOS, SUAS
CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS.
A experiência humana no tempo – a memória local e memória da humanidade;
as temporalidades e periodizações; o processo histórico: as relações
humanas no tempo.
( A percepção do tempo: o tempo individual, familiar e social/ os vestígios humanos:
os documentos históricos/o surgimento dos lugares de memórias: lembranças,
mitos, museus, arquivados, monumentos espaços públicos, privados, sagrados).
•
Os sujeitos e suas relações sociais no tempo.
( Os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs,
xoklengs e tupi-guaranis/ a ocupação das Américas Espanhola e Portuguesa/
africanos escravizados, os imigrantes europeus e asiáticos e a formação cultural do
Brasil).
• A cultura local e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular,
festas e religiosidades; as formas de se narrar a história.
164
As manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas,
rituais e as festividades religiosas/pinturas rupestres e sambaquis no Paraná/ as
representações produzidas pelas
sociedades paleolíticas/ Antiguidade
Greco/Romana).
7º ANO
A CONSTITUIÇÃO HISTÓRICA DOS MUNDOS RURAL E URBANO E A
FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
•
As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública;
a propriedade privada; a terra.
(A propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus
e faxinas no Paraná; a família e os espaços privados: a sociedade patriarcal
brasileira/ constituição do latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e
republicano/ as reservas naturais e indígenas no Brasil/ a reforma agrária no Brasil/
a propriedade da terra nos assentamentos/ a constituição do espaço público da
antiguidade na pólis grega e na sociedade romana / a reforma agrária na
antiguidade greco-romana/ a propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas).
- O mundo do campo e o mundo da cidade
( As primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipais/ o
engenho colonial/ a conquista do sertão/ as missões jesuítas/ as cidades na
antiguidade oriental/ as cidades nas sociedades antigas clássicas/ a ruralização do
Império Romano e a transição para o feudalismo/ o crescimento comercial e urbano
na Europa).
-As relações entre o campo e a cidade
( As cidades mineradoras/ o tropeirismo no Paraná/ os engenhos da erva mate no
litoral e no Primeiro Planalto/ as feiras medievais/ o comércio com o Oriente/ os
cercamentos/ o inicio da industrialização na Europa/ relações campo- cidade no
Oriente, a reforma agrária na América Latina no século XX).
• Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade
(Convivência e conflitos entre senhores e escravos/ MST e outros movimentos pela
terra/ Manifestações culturais do campo e da cidade no Brasil/. História da mulher e
as formas de exclusão e as conquistas de direito/ Peste negra e as revoltas
camponesas na Europa medieval/ Mulheres muçulmana e africana e outros/ os
movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos XIX;
XX e XXI
8º ANO
O MUNDO DO TRABALHO E A LUTA PELA CIDADANIA
1)
História das relações da humanidade com o trabalho.
( O trabalho nas sociedades indígenas – quilombolas – caiçaras – ribeirinhos e
faxinais / História do trabalho nas primeiras sociedades humanas / O trabalho e a
vida cotidiana nas colônias espanholas / Trabalho servil e assalariado na América).
2)
O trabalho e a vida em sociedades
165
( O trabalho e as relações culturais no Brasil Colônia, Império e República/ Os
significados do trabalho na Antiguidade e Antiguidade Clássica: a servidão e a
escravidão/ As relações feudais de produção: vassalagem e suserania/ As
corporações de oficio/ O nascimento das fábricas e as mudanças na vida cultural.
3)
O mundo do trabalho
(A vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as contradições da
modernização/ A produção e a organização social capitalista).
4)
As resistências e as conquistas de direito
(A consciência negra e o combate ao racismo/ Constituição dos primeiros sindicatos
de trabalhadores / a discriminação racial e linguistica/ o caipira no contexto do
capital/ As congadas como resistência cultural).
9º ANO
RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E
DAS INSTITUIÇÕES SOCIAIS EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS
- A formação das instituições sociais: políticas / econômicas/ religiosas/
culturais e civis.
(Igreja Católica e as reduções jesuítas na América portuguesa/ Formação das
associações de trabalhadores e dos sindicatos no Brasil e no Ocidente/ Política do
Pão e Circo nos impérios romano/ Guildas e as corporações de ofício na Europa
medieval/ Surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais / Organização
do poder entre os povos africanos/ Associações internacionais: ONU, FMI).
- A formação do Estado
(Monarquia/ a república: aristocracia, ditadura e democracia/ Poderes do Estado:
Executivo, Legislativo e Judiciário/Quilombos na América portuguesa e no Brasil
Imperial/ Formação do Estado-nação brasileiro/ Instituição da república no Brasil: as
ditaduras e a democracia/ Surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade
clássica e no Crescente Fértil/ Estado Absolutismo europeu/ Constituição da
república na Europa Ocidental e Estados Unidos da América/ Declaração Universal
dos Direitos do Homem e do Cidadão/ Imperialismo europeu, estadunidense e
japonês no século XIX/ Formação dos Estados nacionais europeus e americanos,
africanos e asiáticos nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as democracias).
- Movimentos sociais/ Guerra e revoluções: Os movimentos sociais, políticos
culturais religiosos. As revoltas e revoluções sociais: políticas econômicas culturais
e religiosas.
Guerras locais e mundiais. (As guerras e as revoltas indígenas e quilombolas na
América portuguesa e no Brasil Imperial/ As revoltas republicanas e sociais na
América portuguesa , no Brasil imperial e republicano/ As guerras cisplatinas e a
guerra do Paraguai/ As revoltas messiânicas rurais e as revoltas urbanas no Brasil
republicanos: Canudos, Contestado e da Vacina/ O movimento anarquistas,
comunistas e tenentista no Brasil/ Os movimentos de camponeses do Brasil
republicanos nos séculos XX e XXI/ Os movimentos pela redemocratização do
Brasil/ As guerras médicas e a guerra do Peloponeso/ As revoltas plebéias,
escravas e camponesas na república romana/ As heresias medievais/ As guerras
feudais na Europa Ocidental e as cruzadas/ As revoluções modenas/ As guerras
imperiais no século XIX e a Guerra Civil estadunidense/ Os movimentos
166
nacionalistas/ As guerras mundiais e as revoluções socialistas no século XX/ As
guerras de independência das nações africanas e asiáticas).
4. Metodologia da Disciplina:
Os conteúdos básicos de História no do Ensino Fundamental deverão ser
problematizados por meio da contextualização espaço-temporal das ações e
relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gênero e de
gerações. Deverão ser privilegiados os contextos ligados à história local e do Brasil
em relação à história da América Latina, da África, da Europa e da Ásia,
desenvolvendo a análise das temporalidades (mudanças e permanências,
simultaneidades e recorrências) e das periodizações.
Metodologicamente o confronto de interpretações historiográficas e
documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas
próprias e expressa-las por meio de narrativas históricas.
Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento
histórico, o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio:
•
do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;
•
da fundamentação na historiografia;
•
da problematização do conteúdo;
•
essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas
pelos sujeitos.
5. Avaliação
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos e
acompanhar o conjunto das ações pedagógicas. Não deve ser vista como elemento
externo a este processo. Aprendizado e avaliação constituem-se num fenômeno
compartilhado, contínuo e diversificado.
Deverá considerar três aspectos importantes :
1. a apropriação dos conceitos históricos;
2. a compreensão das relações da vida humana;
3. o aprendizado dos conteúdos específicos.
Assim, devem ser consideradas como avaliação diferentes atividades como
leituras, interpretações, análise de documentos históricos, produções de textos,
cartazes, apresentações orais. A mensuração dessas atividades deve obedecer ao
proposto neste documento para todo o estabelecimento.
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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A aprendizagem é um processo interno pessoal e intransferível enquanto o
ensino, tratando-se de educação formal ou escolar, e a ação direta sobre ela. Disso
resulta que cada educando constrói o seu conhecimento a partir de suas vivências e
experiências cognitivas
Disse Paulo Freire, “aprender é (re) construir pela descoberta”.
Assim como o espaço está em permanente reconstrução, o conhecimento
deve estar em contínuo aprofundamento e ampliação na medida em que novas
experiências descobertas ensejam ao educando – sujeito cognocente – sucessivas
reelaborações intelectuais dos elementos que compõe a sociedade, particularmente
sua esfera espacial.
Partindo da concepção científica proposta pelas Diretrizes Curriculares
Estaduais, este ramo do conhecimento presta-se a desenvolver no aluno a
capacidade de observar, interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade para
174
melhor compreende-la, e identificar as possibilidades de transformação no sentido
de superar as construções, pois os objetos de estudo da geografia vivem em
constante mutação. É necessário mostrar que o mundo é dinâmico e passível de
transformações.
Ocupando-se da análise histórica de transformação das relações sociais de
produção, via paisagem especial ou de espaço geográfico, mostrando-se aos alunos
a relação homem – meio, homem – natureza e sua organização estabelecida a
partir de relações básicas entre o clima e o solo, vegetação e relevo. Portanto, os
tipos de sociedades e como estes se apropriam da natureza embasada em
características sociais, políticas e econômicas, procurando fazer do educando um
ser com visão de totalidade de espaço.
Acredita-se com isso que desvelar é conceber o espaço geográfico sendo
um espaço social produzido e reproduzido pela sociedade, desvendando
criticamente para compreensão do papel histórico propiciando ao aluno as
condições de se compreenderem enquanto sujeitos da história e agentes da
transformação social.
Dependendo de outros ramos da ciência o espaço geográfico e histórico é
socialmente produzido, e as paisagens são a materialização das sociedades que as
construíram. Portanto, o estudo da geografia, permite que os alunos desenvolvam
hábitos e construam valores significativos para a vida em sociedade.
Se espaço é compreendido como processo Histórico e desigual e
contraditório, e a realidade contemporânea está determinada por múltiplas relações
que acontecem em determinado lugar e momento, faz-se necessário desenvolver no
educando noções relativas aos processos sociais e naturais, partindo da família e
da escola, meios mais próximos, para destes chegar até outros elementos
formadores dentro do contexto histórico social.
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
GEOPOLÍTICA
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
6º ANO
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Sistemas de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações;
(re)organização econômica do espaço rural e urbano;
Inter-relações entre o urbano e o rural;
Tipos de indústria, agroindústrias e sua distribuição no espaço geográfico;
O setor de serviços e a reorganização do espaço geográfico ( comércio, turismo,
energia, entre outros ).
GEOPOLÍTICA
175
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações
culturais e socioambientais;
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais;
Classificação e espacialização dos fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
Os movimentos da Terra no Universo e suas influências para organizar o espaço
geográfico.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural.
História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural,
distribuição espacial e configuração dos países.
Formação étnico religiosa:distribuição e organização espacial e conflitos;
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico.
7º ANO
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Sistemas (redes) de produção industrial, econômica, política e sua espacialidade;
GEOPOLÍTICA
Movimentos sociais: ONGs, Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST),
Movimento dos trabalhadores atingidos por barragens (MAB), Movimento dos
Trabalhadores sem Teto (MTST), Fórum Social Mundial (FSM), sua distribuição e
ação na configuração dos territórios;
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais no Brasil;
Distribuição espacial e as conseqüências socioambientais dos desmatamentos, da
chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros no
Brasil.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
Êxodo rural e sua influência na configuração espacial urbana e rural no Brasil.
Formação étnico religiosa:distribuição e organização espacial e conflitos no Brasil;
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico no Brasil.
8º ANO
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
Acordos e blocos econômicos;
GEOPOLÍTICA
Formação espacial dos Estados Nacionais;
A Guerra Fria e suas influências na configuração dos sistemas políticos e do mapa
político do mundo.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Eras geológicas: a formação e espacialização dos recursos naturais;
Rochas e minerais: formação e espacialização natural, alterações antrópicas e
desafios para a sustentabilidade;
176
Sistemas de energia: distribuição espacial, produção e degradação socioambiental;
Circulação e poluição atmosférica e sua interferência na organização do espaço
geográfico ( indústria, habitação, saúde, entre outros ).
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural,
distribuição espacial e configuração dos países.
Formação étnico religiosa:distribuição e organização espacial e conflitos;
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico.
9º ANO
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
A globalização e seus efeitos no espaço geográfico;
As relações econômicas, a dependência tecnológica e a desigualdade social do/no
espaço geográfico.
GEOPOLÍTICA
A espacialidade dos principais conflitos mundiais, suas causas e efeitos;
Organização do espaço geográfico a partir de políticas econômicas, manifestações
culturais e socioambientais;
Organizações internacionais: ONU, OMC, FMI, Otan, Banco Mundial, entre outros, e
suas influências na reorganização do espaço geográfico;
Influências do neoliberalismo na produção e reorganização do espaço geográfico;
Terrorismo, narcotráfico, prostituição, contrabando, biopirataria, entre outros, e suas
influências na reorganização do espaço geográfico.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
Ambiente urbano e rural e os impactos socioambientais;
Distribuição espacial e as conseqüências socioambientais dos desmatamentos, da
chuva ácida, do buraco na camada de ozônio, do efeito estufa, entre outros.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
História das migrações mundiais e sua influência sobre a formação cultural,
distribuição espacial e configuração dos países.
Formação étnico religiosa:distribuição e organização espacial e conflitos;
Consumo, consumismo e cultura: as influências dos meios de comunicação nas
manifestações culturais e na (re)organização social do espaço geográfico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Partindo-se de observações do meio, sua localização e representação
espacial, procuram-se levar os alunos a compreender o espaço que o rodeia e
assim encaminhá-lo na busca pela apropriação do domínio espacial.
Torna-se importante que os alunos passam a perceber e compreender que
as paisagens e os lugares resultam de múltiplas interações entre o trabalho social e
a natureza. A geografia busca explicar e compreender o espaço geográfico não
somente como produtos de forças econômicas ou de formas de adaptações entre o
homem e a natureza, mas também dos fatores culturais. Com isso os alunos
valorizam, não apenas o seu lugar, mas transcendendo a dimensão local na procura
do mundo com interdisciplinaridade.
177
Que os aluno possam realizar uma leitura da realidade de forma não
fragmentada, para que seus estudos tenham um sentido e significado no cotidiano,
e no qual a sua vida no lugar possa ser compreendida, interagindo com a
pluralidade dos lugares num processo de globalização, fortalecendo o espírito de
solidariedade como cidadão do mundo.
As noções e os exemplos trabalhados pela disciplina não devem ser
apresentados a partir de definições prévias, mas sim construídos, e reconstruídos
pelo educando a partir do trabalho com atividades que envolvam diferentes
situações problemas.
Ser o educando cidadão através do conhecimento do meio em que vive, e
os estudos do espaço geográfico devem ter uma finalidade de que encontram
utilidades na vida prática, na reflexão sobre o mundo para que nele viva melhor,
promovendo até mesmo transformações com consciência.
Serão utilizados continuamente mapas, atlas escolares, livros didáticos,
revistas e fascículos da área, DVDs e fitas de vídeo como apoio no
encaminhamento metodológico, de modo que o conhecimento de Geografia
aconteça de forma dinâmica e que oportunize ao educando a possibilidade de
localização no contexto geográfico considerando também os aspectos sociais,
políticos, culturais e econômicos com vistas a gerar um vetor de transformação.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A Avaliação é um processo importante do ensino-aprendizagem e, deve ter
caráter diagnóstico e contínuo. A Avaliação não deve resumir-se aos momentos prédeterminados das “provas” mas sim desenvolver-se de maneira contínua,
envolvendo diferentes momentos e estratégias em sala de aula. Como
acompanhamento cotidiano da aprendizagem, a avaliação ajuda o professor a
captar o aproveitamento do educando. Para isso, ele deve ter clareza sobre os
pontos:
A Avaliação tem também a função de orientar os procedimentos de ensino
na sala de aula;
É através da avaliação que o professor consegue observar as dificuldades
do aluno e replanejar para atingir melhor suas metas.
A Avaliação não deve estar relacionada a notas e sim em promover acesso
ao conhecimento.
Assim, toda a produção do aluno será avaliada em sala de aula pelo seu
interesse na disciplina, pela resolução dos trabalhos solicitados, pesquisas,
participação individual ou coletiva em debates, produção de textos, tarefas de casa,
provas, etc. A Finalidade das avaliações é dar condições de superar os obstáculos e
desenvolver o seu autoconhecimento, dando oportunidade ao aluno de dialogar,
participar e cooperar em suas descobertas, bem como na sua realidade de vida.
Sempre ao desenvolver avaliações deve-se revisar juntamente com os alunos para
esclarecer as dúvidas. Verificando o que está errado, o aluno refaz, visando com
isso fixar melhor os conteúdos propostos.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A ESCOLA E O ENSINO RELIGIOSO
A escola possui um objeto de trabalho constituído historicamente: o
conhecimento.
O desafio da escola está em relacionar este conhecimento com o
conhecimento empírico do educando, mediando saberes também historicamente
construídos e os desafios sociais/culturais exigidos na contemporaneidade. Ingênuo
seria se afirmássemos haver receitas, fórmulas ou métodos prontos e definitivos estaríamos desconsiderando diversas variáveis que, num movimento cíclico entre
sociedade-escola-sociedade, se constituem em complexidade.
O Ensino Religioso constitui-se como disciplina, com um novo olhar, uma
nova perspectiva configurada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
n.º 9394/96, artigo 33 e nova redação na Lei n.º 9475/97, superando o proselitismo
no espaço escolar. O entendimento sobre essa importante e fundamental área do
conhecimento humano implica uma concepção, que tem por base a diversidade
presente nas diferentes expressões religiosas. Nesse enfoque, o sagrado e suas
diferentes manifestações religiosas possibilitam a reflexão sobre a realidade, numa
perspectiva de compreensão sobre si e para o outro, na diversidade universal do
conhecimento religioso.
Com isso, a disciplina pretende contribuir para o (re) conhecimento e
respeito às diferentes expressões religiosas advindas da elaboração cultural, que
compõem a sociedade brasileira, bem como possibilitar o acesso às diferentes
fontes da cultura sobre o fenômeno religioso, tendo como foco o sagrado.
Essa reflexão visa proporcionar ao educando do Ensino Religioso sua
formação integral, entendido nesta concepção como sujeito do processo contínuo
de educação.
A trajetória histórica do Ensino Religioso no Brasil passou por diferentes
momentos e, diante da sociedade globalizada e multicultural da atualidade, requer
uma nova forma de ser pensado e entendido na sua implementação no âmbito do
espaço escolar.
Para viver democraticamente em uma sociedade multicultural é preciso
conhecer e respeitar as diferentes culturas e grupos que as constituem. As relações
de convivência entre grupos diferenciados é marcada pelo preconceito e um dos
grandes desafios da escola conhecer e valorizar a trajetória particular dos grupos
que compõem a sociedade.
Cada forma particular de vida compõe um conjunto maior, que é a
humanidade e que, nesta, cada especificidade é uma linguagem própria, por meio
da qual as pessoas criaram códigos de expressão e entendimento. É preciso
182
entender que o universo cultural religioso possui elementos estéticos e éticos, entre
outros, que devem ser apreciados enquanto produção da própria trajetória
constitutiva do indivíduo/grupos sociais, é necessário que a escola propicie aos
educandos esse entendimento.
Caberá ao professor, nas aulas de Ensino Religioso, propiciar aos
educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de
aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na
sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura na qual estão
inseridos. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural
religiosa em relações éticas diante da sociedade, fomentando medidas de repúdio a
toda e qualquer forma de preconceitos e discriminações e o reconhecimento que
todos são portadores de singularidade irredutível.
O ENSINO RELIGIOSO, A LEGISLAÇÃO E AS DIRETRIZES CURRICULARES
O Ensino Religioso, pauta-se legalmente na Lei n.º 9475/97, que
apresenta a nova redação a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
referente ao Art. 33 da LDBEN n.º 9394/96:
Art.33 – O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão, constitui disciplina de horários normais das escolas
públicas de Ensino Fundamental, assegurando o respeito à diversidade cultural e
religiosa do Brasil vedadas quaisquer formas de proselitismo.
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a
definição dos conteúdos de ensino religioso e estabelecerão as normas para a
habilitação e admissão de professores.
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidades civis, constituídas pelas
diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do Ensino
Religioso.
No Estado do Paraná, os princípios norteadores do Ensino Religioso
pautam-se também nos pressupostos estabelecidos na Deliberação n.º 03/02 do
Conselho Estadual de Educação (CEE) de 09/08/024 e na Instrução Conjunta n.º
05/04 – SEED/SUED/DEF5.
Considerando esses preceitos legais, o texto das Diretrizes do Ensino
Religioso não possui a intenção de, dogmaticamente, estabelecer conteúdos fixos a
serem seguidos no que se refere à disciplina nas etapas iniciais ou as etapas finais
do Ensino Fundamental.
O Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e
entender como os grupos se constituem culturalmente e como se relacionam com o
sagrado. Cabe ressaltar, ainda, que esta disciplina permite que se compreenda a
trajetória de tais grupos, suas manifestações no espaço escolar, bem público, de
direito a todos. Desse modo, possibilita a reflexão e a análise sistematizada sob a
ótica do conhecimento e não doutrinal ou prosélita, na medida em que estabelece
relações entre culturas, espaços, tempos e diferenças, para que no entendimento
destes elementos se possa elaborar o saber, significando-o como elemento de
patrimônio das diferentes culturas, com vistas à humanização dos sujeitos.
O SAGRADO COMO FOCO DO FENÔMENO RELIGIOSO
183
O Ensino Religioso, ao resgatar o sagrado, busca explicitar a experiência
que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões organizadas,
como em outras manifestações, revelando as tramas históricas concretizadas em
espaços onde os seres humanos articulam o seu cotidiano.
O sagrado ajuda a compreender as expressões que não obedecem às leis
da natureza, sendo atribuídas a um transcendente ou imanente que intervém no
andamento natural das coisas, indicado como algo sagrado. O inexplicável encontra
resposta, ou pelo menos uma justificativa.
Sagrado é, pois, o olhar que se tem sobre algo ou a forma como se vê
determinado fenômeno religioso. Aquilo que, para alguns é normal e corriqueiro,
para outros é encantador, tornando-se sublime, extraordinário, repleto de
importância e, portanto, merecedor de um tratamento diferenciado. O sagrado é
aquilo que tendo como respaldo toda herança cultural influencia na forma como se
visualiza o que é focado e vivenciado pelo homem no âmbito religioso.
Pode-se estabelecer quatro instâncias para análise e reconhecimento do
sagrado:
Paisagem religiosa - refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua
concretude, os espaços sagrados.
Símbolo - é a apreensão conceitual através da razão, pela qual concebemos o
sagrado pelos seus predicados e reconhecemos a sua lógica simbólica. Sendo
assim, entendemo-lo como sistema simbólico e projeção cultural.
Texto sagrado - é a tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno. Nesse
sentido o reconhecemos através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais
Sagradas e dos Mitos.
Sentimento religioso - é o seu caráter transcendente/imanente não-racional. É
uma dimensão de inspiração muito presente na experiência religiosa. É a
experiência do sagrado em si. Essa dimensão, que escapa à razão conceitual em
sua essência, é reconhecida através de seus efeitos. Trata-se daquilo que qualifica
uma sintonia entre o sentimento religioso e o fenômeno sagrado.
A partir do objeto e objetivo de estudo do Ensino Religioso pode-se
compreender que esta disciplina escolar, numa perspectiva pedagógica, busca
superar as “aulas de religião”, através de um enfoque de entendimento, com base
cultural, sobre o sagrado, a fim de promover um espaço de reflexão na sala de aula
em relação à diversidade religiosa.
Lembramos que uma das tarefas da escola é fornecer instrumentos de
leitura da realidade e criar as condições para melhorar a convivência entre as
pessoas pelo conhecimento, isto é, construir os pressupostos para o diálogo”.
Nesse sentido a disciplina de Ensino Religioso tem muito a contribuir.
CONTEÚDOS POR ANO
6º ANO:
O Ensino Religioso como componente curricular busca a compreensão
cultural por meio da elaboração de suas temáticas, a relação na manifestação do
184
sagrado em sua profunda diversidade. É pertinente considerar no planejamento da
disciplina, no tratamento das temáticas as seguintes orientações:
•
III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas.
- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá´ís – Fé Bahá’I, Tradições Orais
Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc.
IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados
institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas
principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas
religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com
o sagrado.
- Fundadores e/ ou Líderes Religiosos.
- Estruturas Hierárquicas.
Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta
Gautama),
Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), Etc.
7º ANO:
I UNIVERSO SIMBOLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
Nos Ritos
Nos Mitos
No cotidiano
Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc.
II RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um
conjunto
de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento
sagrado
anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes
tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades
futuras
de transformações presentes.
Ritos de passagem
Mortuários
Propiciatórios
Outros
185
Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki ( kaingang – ritual fúnebre), Via
sacra,Festejo indígena de colheita, Etc.
III FESTAS RELIGIOSAS
São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos
diversos:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup
(indígena),
Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Etc.
IV VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para vida
tradições/manifestações
religiosas e sua relação com o sagrado.
além
da
morte
nas
diversas
O sentido da vida nas tradições/ manifestações religiosas
Reencarnação
Ressurreição – ação de voltar à vida
Além Morte
Ancestralidade – vida dos antepassados - espíritos dos antepassados se
presentes
- Outras interpretações.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Pensar o encaminhamento metodológico de uma disciplina, não se reduz
a determinar formas, métodos, ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas
pressupõe um (re) pensar e refletir sobre que concepção se possui do processo de
ensino e de aprendizagem, que vínculos se estabelece com os alunos, e ainda o
entendimento de como esse aluno aprende.
O encaminhamento das aulas de Ensino Religioso, o tratamento dos
conteúdos considerará os seguintes princípios:
para a elaboração da avaliação de forma processual e formativa, privilegiando os
critérios qualitativos e subjetivos do processo de ensino e da aprendizagem. Cabe
ressaltar que, quando esse processo é mediado pelo professor, através da interação
e da orientação, a aprendizagem ocorre de forma autônoma e significativa para
ambos.
O docente necessita entender a avaliação como componente do
processo de ensino e de aprendizagem:
a) A avaliação é aprendizagem; enquanto se avalia se aprende e enquanto se
aprende se avalia.
186
b) Avaliação é aprendizagem para alunos e professores (...), requer postura
avaliativa diferente da tradicional, em que o professor e a escola tudo decidem, sem
a participação dos alunos e pais.
c) A avaliação é responsabilidade coletiva. Mudar a cultura avaliativa é um processo
longo.
d) A avaliação é um processo.
e) A auto-avaliação é um componente importante do processo.
f) A avaliação informal está sempre presente, exerce papel importante, mas os
estudos sobre ela ainda são incipientes.
g) A avaliação é um processo que precisa ser planejado.
Os princípios da avaliação formativa apontam para a autonomia dos
sujeitos envolvidos no processo.
GLOSSÁRIO
Tendo em vista as especificidades das terminologias do Ensino Religioso,
apresentamos a seguir o significado de algumas palavras.
ALTERIDADE: Natureza ou condição do que é o outro, do que é distinto; o diferente
CULTURA: ato, efeito ou modo de cultivar; conjunto de padrões de
comportamentos, crenças, conhecimentos, costumes, etc. que distinguem um grupo
social. Desde o final do século passado os antropólogos vêm elaborando inúmeros
conceitos sobre cultura. Apesar da cifra ter ultrapassado 160 definições, ainda não
chegaram a um consenso sobre o significado exato do termo. Para alguns, cultura é
comportamento aprendido; para outros, não é comportamento, mas abstração do
comportamento; e para um terceiro grupo, a cultura consiste em idéias. Há os que
consideram como cultura apenas os objetos imateriais, enquanto que outros, ao
contrário, aquilo que se refere ao material. Também encontram-se estudiosos que
entendem por cultura tanto as coisas materiais quanto as não-materiais.
DIVERSIDADE: Do Latim diversitas. Qualidade daquilo que é diverso, diferente,
variado, variedade; referindo à humanidade, destaca-se a imensidão da diversidade,
que vai do aspecto físico, à cultura, à religião e aos modelos sóciopolíticoseducacionais.
DOGMA: Do Latim Eclesiástico dogma – ponto fundamental e indiscutível de uma
doutrina religiosa e, por extensão, de qualquer doutrina ou sistema.
DOUTRINA: Do Latim doctrina, de docere, conjunto de princípios que servem de
base a um sistema religioso, político ou filosófico.
ÉTICA: Do grego ethos = caráter. Essa palavra se escreve de duas formas: com
eta, (a letra “e” em tamanho pequeno) e com épsilon (a letra “E” em tamanho
grande). Ethos com “E” pequeno significa a morada, o abrigo permanente seja dos
animais (no estábulo) seja dos seres humanos (casa). A morada deve ser cuidada e
continuamente retrabalhada, enfeitada e melhorada. Em outras palavras: o ethos
não é algo acabado, mas algo aberto a ser sempre feito, refeito e cuidado como só
acontece com a moradia humana. Ethos se traduz por ética. É uma realidade da
ordem dos fins: viver bem, morar bem. Ética tem a ver com fins fundamentais
(como poder morar bem), com valores imprescindíveis (com defender a vida,
especialmente a do indefeso), com princípios fundadores de ações (dar de comer a
quem tem fome, etc.) Ethos escrito com “E” grande, significa costumes, vale dizer, o
conjunto de valores e de hábitos consagrados pela tradição cultural de um povo.
187
Ethos, como o conjunto dos meios ordenados ao fim (bem/auto-realização) se
traduz comumente por moral. Moral (mos-mores, em latim) significa, exatamente, os
costumes e valores de uma determinada cultura. Como são muitos e próprios de
cada cultura, tais valores e hábitos fundam várias morais. Em geral, a ciência da
conduta. Parte da filosofia que trata do comportamento humano. É a moral natural,
ou seja, a ordenação do agir humano segundo a ordem que a razão impõe como
bom. A ética implica uma ordem de valores.
ÉTNICO: Relativo a etnia; designativo de determinada população; pertencente ou
próprio de um povo, especificamente de um grupo caracterizado por cultura
específica.
ETNOCENTRISMO: Tendência de julgar as outras culturas segundo os padrões da
sua própria cultura, e convicção de que seu próprio grupo étnico ou cultural é
superior aos outros. O termo foi criado pelo antropólogo americano William Graham
Sumner no livro Folkways (1907).
IMANÊNCIA/IMANENTE: Do Latim in = permanecer em. Em sentido religioso,
imanência e imanente expressam o referente às realidades daqui em contraposição
à transcendência e transcendente, que se aplicam às realidades do “mais além”, do
sobrenatural e da vida eterna.
LAICO/LEIGO: Do Latim laicus, aquele que é estranho ou alheio a um assunto.
Leigo aquele que não tem ordens sacras.
MORAL: Do latim mos = costume, prática. Como atitude é a disposição da pessoa
em relação com o bem que se deve praticar. Como ciência, é a parte da teologia
que estuda o comportamento humano enquanto ajustado ou não à retidão.
PROFANO: Do Latim profãnus = estranho à religião, secular; que não tem
finalidade religiosa, mundano.
PROSELITISMO: Zelo ou afã por ganhar prosélitos, isto é, para converter outros
para sua própria religião. Atualmente está carregado de sentido pejorativo, por
atentar contra a liberdade alheia.
SAGRADO: Do Latim sacrãtus – sagrar = dedicar a Deus, aos deuses, ou ao
serviço divino; relativo ou inerente a Deus, a uma divindade, à religião, ao culto ou
aos ritos. O verbete fenomenológico-religioso não se refere, em primeiro lugar, a
uma religiosidade vaga, mas – na rejeição de interpretações religiosas alienantes –
àquele conteúdo próprio da experiência religiosa que a visão ética ainda não
abrange e que, por outro lado, tampouco deve ser definido como irracional ou
mágico. "Sacro" e "Profano" representam conceitos de relação.
Elaborado pelo Professor Mestre Luiz Alberto Souza Alves (PUCPR.).
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de línguas estrangeiras ( LE ) no Brasil e a
estrutura do currículo escolar sofrem constantes interferências da organização
social no decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente
instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos.
Falar sobre o ensino de línguas estrangeiras no Brasil remete
diretamente à criação do sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do
prestígio das línguas estrangeiras nas escolas, estão relacionadas às razões
sociais, econômicas e políticas.
190
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Assim, como princípio social e dinâmico não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código lingüístico, é heterogênea, ideológica e opaca.
Nessa perspectiva, a língua repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas
sociedades, organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e
estabelece entendimentos possíveis. Segundo Bakhtin ( 1988 ), toda enunciação
envolve a presença de duas vozes, a voz do eu e do outro. Para este filósofo, não
há discurso individual, no sentido de que todo discurso se constrói no processo de
interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo criado na relação
entre o eu e o tu que os sujeitos se constituem socialmente. Sendo assim, é no
engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que
somos. Daí a LE apresentar-se como um espaço para ampliar o contato com outras
formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da
realidade.
A aprendizagem de uma língua estrangeira contribui para o processo
filosófico como um todo. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem,
aumenta a compreensão de como a linguagem funciona, desenvolve maior
consciência do funcionamento da própria língua materna, promove uma apreciação
dos costumes e valores de outras culturas e possibilita a auto-percepção do aluno
como ser humano e como cidadão.
Entre as línguas estrangeiras contemporâneas, a inglesa é a hegemônica,
dando particular acesso à ciência e à tecnologia modernas, à comunicação
intercultural e ao mundo dos negócios, sendo certamente um diferenciador sóciocultural. Entretanto, a posição dominante do inglês nos campos de negócios, na
cultura popular e nas relações internacionais coloca-o como a língua do poder
econômico e dos interesses sociais, constituindo-se em possível ameaça para as
demais línguas. Nesse sentido, torna-se ainda mais necessária a sua
aprendizagem, a fim de se criar condições para a negociação, a troca e a
integração. Desta forma, os alunos passam de meros consumidores passivos de
cultura e de conhecimento a criadores ativos, pois o uso de uma língua estrangeira
é uma forma de agir no mundo para transformá-lo.
Buscar essa transformação, ensinando o inglês em sala de aula, torna-se
hoje uma tarefa um tanto árduo, visto que há um número ainda reduzido de horasaula para a disciplina; não há um investimento total em um material que ainda seja
adequado ao atendimento das necessidades do aluno e das competências /
habilidades que os professores precisam desenvolver nele, ocasionando muitas
vezes, o repasse de textos e exercícios mecânicos, sem o contato dele com a
linguagem representada por meio de ilustrações e isso é necessário também para a
sua aprendizagem, senão, as aulas correm o risco de serem chatas, sem motivação
e o aluno não ter aprendido nem a metade do que foi planejado pelo professor.
A língua inglesa precisa ser desenvolvida na escola com dinamismo,
segurança, entendimento, cooperação, estrutura, confiança e integração mútua
entre professor e alunos. Para que isso ocorra, devemos buscar incessantemente
novos e melhores caminhos para o seu ensinamento e entendimento, onde os
alunos sintam prazer em sua aprendizagem e o professor satisfação em seu ensino.
As aulas devem configurar espaços nos quais identidades são construídas conforme
as interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo
que se revelam no dia-a-dia. Objetivam-se também, dessa forma, que os alunos
191
desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel da LE na sociedade;
leiam, entendam, escrevam e falem o idioma, a fim de manifestar seu pensamento;
dominem as estruturas gramaticais básicas da língua inglesa de modo gradativo;
dominem um vocabulário básico que permita uma comunicação satisfatória em
diferentes situações; compreendam a importância do inglês como instrumento de
comunicação universal; ampliem seu universo, entrando em contato com a cultura e
a civilização de outros países que falam o inglês; aprendam uma língua estrangeira
de forma viva, dinâmica e enriquecedora; desenvolvam atividades que propiciem a
comunicação através do uso formal e informal da língua estrangeira moderna,
trabalhando situações cotidianas vividas pelos alunos e outras modalidades
comunicativas; considerem a interligação das outras disciplinas da grade curricular
com a língua inglesa, no desenvolvimento de atividades interdisciplinares; percebam
que vivem num mundo plurilíngue; tenham uma experiência de se expressar e de
ver o mundo, ampliando a compreensão de seu próprio papel como cidadão de seu
país e do mundo; reconheçam que a aquisição de uma língua estrangeira permite
acessar bens culturais da humanidade; leiam e valorizem a leitura como fonte de
informação e prazer; se estimulem no confronto entre a oralidade e a escrita;
desenvolvam atitudes e atividades sócio-interacionistas para um melhor
desempenho cognitivo; desenvolvam as habilidades básicas na língua-alvo, por
meio da observação, da reflexão, do reconhecimento e da crítica dos aspectos
linguísticos-culturais, preparando-se para a sua formação consciente e responsável,
como cidadãos de uma coletividade em constante evolução e transformações;
compreendam o por quê de estudar uma língua estrangeira moderna e estabeleçam
o seu papel enquanto sujeito da aprendizagem dentro deste contexto; convivam
prazerosamente com a aprendizagem, utilizando-se desta como fonte de lazer e
informação; conheçam e façam uso da língua estrangeira moderna como
instrumento de acesso às culturas, comparando, analisando e valorizando sua
própria língua; aprendam a língua percebendo o mundo e as maneiras de construir
sentidos, formando subjetividades; construam identidades com a interação entre
professores pelas representações e visões de mundo que vão sendo reveladas
dia-a-dia; aprendam conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de
avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos de e no
mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a LE e a
inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção
das identidades transformadoras; utilizem a LE em situações de comunicação
( produção e compreensão de textos verbais e não-verbais ); façam uso da língua
que estão aprendendo em situações significativas, relevantes e contextualizadas;
tenham a consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação
humana; concebam a língua como discurso, conhecendo-a e usando-a, para que se
percebam como parte integrante da sociedade e como participantes ativos do
mundo em que vivem; usem a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivenciem formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas; compreendam que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheçam e
compreendam a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país.
192
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
O estudo de língua estrangeira através de seu conteúdo estruturante – o
discurso – possibilitará ao aluno uma consciência crítica e transformadora da
realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas que compõem a
aprendizagem. A língua, falada ou escrita, permite-nos interagir com textos de
vários gêneros que formam o discurso, sem a superficialidade de frases ou palavras
desconectadas, conduzindo toda a complexidade das ações humanas, envolvendo
a negociação de significados, pelas nossas próprias limitações em utilizá-la e do
nosso interlocutor em interpretar a enunciação. Através dos conteúdos estruturantes
são identificados os conteúdos específicos da disciplina, bem como o
encaminhamento metodológico coerente com a concepção de ensino de LE
proposta pelas DCEs.
Para que ocorra a interdiscursividade numa proposta de trabalho interativo e
dinâmico, deve-se procurar a produção de diversos significados, por meio de
atividades de produção escrita, oral, de leitura, verbal e não-verbal. Deve-se partir
de um texto de linguagem num contexto em uso, da atualidade, focando a
abordagem crítica de leitura, enfatizando o trabalho pedagógico na interação ativa
dos sujeitos com o discurso, para que se comuniquem bem em diferentes formas
discursivas sob diferentes tipos de texto.
O professor deve considerar a diversidade de textos existentes e a
especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, a fim de
estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino. Contudo,
deve-se levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a manutenção de uma
progressão entre as séries, considerando as especificidades da LE ofertada, as
condições de trabalho existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a
articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.
Na seleção dos textos, deve-se analisar os elementos lingüísticos-discursivos
neles presentes, em diferentes textos( narrativos, descritivos, ficcionais,
informativos, jornalísticos, crônicas, científicos, etc. ), de forma que se objetive fins
educativos e que apresentem possibilidades de tratamento de assuntos polêmicos,
adequados à faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos.
Os alunos podem ter a oportunidade também de participar ativamente da
escolha das temáticas dos textos, para que se estabeleçam relações entre ações
individuais e coletivas, onde eles poderão compreender a vinculação entre autointeresse do grupo e escolher conteúdos mais significativos porque resultam da
participação de todos.
Pode-se então definir e elencar os conteúdos específicos, relacionando-os
aos estruturantes e com a série a ser trabalhada em ordem crescente ( Ensino
Fundamental e Ensino Médio ) e separados posteriormente no planejamento anual
pelo professor:
6º ANO:
greetings, the alphabet, verb to be (present), articles, demonstratives, colors,
numbers, simple present, interrogative words, plural of nouns, there is/are, how
much, prepositions, occupations.
193
7º ANO:
Estilos e modos de vida;
A natureza: a vida animal e vegetal, espécies em extinção;
Festas e comemorações;
Números;
O meio ambiente e Ecologia;
Lugares e pontos turísticos;
Tradições e costumes típicos de países e regiões;
Etnias;
Meios de transporte;
Profissões.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Inmediate future, time, ordinal numbers, dates, possessive adjectives and
pronouns, genitive case, auxiliar verbs, prepositions, present continuous tense.
8º ANO:
Saúde;
Genética;
Síndromes e pessoas com necessidades especiais;
Esportes;
O corpo humano;
Doenças;
A fome;
Drogas;
O aborto.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Imperative, past tense, regular and irregular verbs, prepositions, objetive
pronouns, indefinites, future tense, conditional.
9º ANO:
194
Alimentos;
Religiões;
Música;
A mulher;
História e cultura afro e suas manifestações artísticas (música, dança e arte)
O preconceito;
O bulling.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Interrogative pronouns, reflexive pronouns, indefinite pronoun, comparative
and superlative, relative pronouns, adverbs, present perfect.
METODOLOGIAS:
Visando tornar o estudo da língua inglesa cada vez mais real e
dinâmico deve-se levar em consideração a competência linguística e,
principalmente, a competência comunicativa, para uma melhor interação entre os
alunos. Para tanto, seguem-se os encaminhamentos metodológicos necessários:
Usar recursos ilustrativos ( recortes de jornais e revistas, encartes de CDs, rótulos e
embalagens, manuais de instrução );
Trazer textos atuais ( diálogos, informes, anúncios ), que permitam o conhecimento
cultural e a adequação dos costumes vivenciados em sua língua materna à língua
inglesa;
Produzir pequenos textos: diálogos, cartas, quadrinhos, propagandas, manuais de
instrução, rótulos, cartões postais, receitas culinárias, roteiros turísticos, etc;
Conhecer parcialmente o vocabulário, ao se trabalhar textos, somente as palavras
mais importantes ( palavras-chave );
Estimular a repetição de frases articuladas;
Treinar a leitura de diversos textos;
Traduzir e explicar, em português, as regras gramaticais;
Fazer os exercícios oralmente em primeiro lugar. Depois repeti-los por escrito;
Propor dramatizações das situações vividas nos textos, em grupos;
Trabalhar a compreensão e a produção orais e escritas;
Desenvolver atividades recreativas ( jogos, brincadeiras, piadas );
Debates, em português, de algum texto polêmico trabalhado em inglês;
Favorecer o trabalho em duplas ou grupos maiores;
Propiciar a análise musical ( o canto e a tradução );
Praticar o aquecimento, preparar o aluno para o que vai ser trabalhado;
Usar exemplos significativos e exercícios concretos, coerentes e lógicos;
Fazer sempre a transferência para a realidade do aluno;
Engajar os alunos sujeitos em atividades críticas e problematizadoras;
195
Trabalhar o texto como um espaço para a discussão de temáticas fundamentais
para o desenvolvimento intercultural, manifestando por um pensar e agir críticos;
Trabalhar o texto a partir de temas referentes a questões sociais emergentes,
abordando assuntos relevantes na mídia nacional e internacional ou no mundo
editorial;
Interagir o texto com a linguagem escrita, interpretativa, visual, auditiva e oral;
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc, ressaltando as suas diferenças
estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se
destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas
experiências com a língua materna;
Ler em LE familiarizando o aluno com os diferentes gêneros textuais, provenientes
das várias práticas sociais de uma determinada comunidade que utiliza a língua que
se está aprendendo – literatura, publicidade, jornalismo, mídia, etc;
Ao trabalhar a oralidade, expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes
discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os
alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações.
É importante também que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua
que está aprendendo;
Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional e
significativa, pois em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou
em alguém de quem se constrói uma representação, levando assim o aluno a
produzir um diálogo imaginário – fundamental para a construção do texto e de sua
coerência;
Articular o ensino de LE com as demais disciplinas do currículo, relacionando os
vários conhecimentos;
AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA DISCIPLINA:
A avaliação será realizada em função de todas as atividades desenvolvidas no
período letivo e das habilidades esperadas do aluno. Ela deve ser parte
integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a construção dos
saberes. Segundo a LDB/96, ela deve ser cumulativa e contínua e que os
aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Além de ser útil para a
verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá para que o professor
repense a sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades
de seus alunos. É através dela, que é possível perceber, quais são os
conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam
ser mais abordados para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos
em língua estrangeira. Deve-se considerar os seguintes aspectos:
Quanto ao desempenho:
A participação;
O interesse;
A prontidão na realização das tarefas propostas;
O relacionamento em grupo;
A relação com o professor;
196
O cumprimento de todas as situações de aprendizagem oferecidas;
Quanto aos instrumentos de avaliação:
Testes orais e escritos;
Trabalhos individuais e em grupo resultantes de pesquisas;
Exercícios de produção de linguagem;
Quanto ao aprendizado:
Será avaliado o nível e o avanço no aprendizado em relação ao domínio e
compreensão da língua estrangeira, considerando o entendimento a nível de
tradução, dialogação e redação com segurança e autonomia frente ao
conhecimento adquirido.
“A avaliação não será totalmente baseada em notas e conceitos, levando em
conta somente o resultado do que o aluno faz, mas, sobretudo, nas hipóteses que
ele usa para fazer o que faz do jeito que faz.”
RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A recuperação será paralela no decorrer do ano letivo, sendo monitorada pela
orientação pedagógica.
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200
PROPOSTA PEDAGÓGICA ENSINO MÉDIO
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Língua Portuguesa, tornou-se parte integrante dos currículos escolares
brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX. Portanto, a formação deste
profissional, teve início nos anos 30 do século XX.
Pelo caráter político e social, a educação tinha práticas restritas. Depois de
institucionalizada como disciplina, as práticas de ensino moldavam-se ao ensino do
latim.
A comunicação deve ser entendida como um processo de construção de
significados em que o sujeito interage socialmente, usando a língua como
instrumento que o define como pessoa entre pessoas. A língua compreendida como
linguagem que constrói e desconstrói significados sociais.
A língua está situada, nas relações humanas, nas quais o aluno está
presente e mergulhado. A língua não está dissociada do contexto social vivido.
Sendo ela dialógica por princípio, não há como separá-la de sua própria natureza,
mesmo em situação escolar. pois dentro do movimento histórico da nossa
sociedade, a linguagem é um processo em construção. Porém, este processo não
foi sempre assim. O educação já foi retórica, imitativa, elitista, reprodutivista,
repressiva perpetuando a ordem patriarcal, estamental e colonial.
No século XVIII, o Marquês de Pombal, torna obrigatório o ensino da Língua
Portuguesa, em Portugal e no Brasil. No ano de 1837, o estudo da Língua
Portuguesa foi incluído no currículo das disciplinas Gramática,Retórica e Poética,
por decreto imperial , em 1871 foi criado, no Brasil, o cargo de professor de
Português.
Em 1967, iniciou-se o processo de democratização do ensino, onde era
imprescindível, que as propostas pedagógicas, levassem em conta as novas
necessidades dos educandos. Se priorizou na época, uma educação pragmática e
utilitária, visando o tecnicismo e não despertando as capacidades lingüísticas.
A gramática deixa de ser o enfoque principal do ensino de língua e a teoria da
comunicação torna-se referencial. Durante a década de 1970 a 1980 o ensino da
Língua Portuguesa pautava-se em exercícios, estruturais , técnicas de redação e
treinamento de habilidades de leitura.
Também nos anos 70 o ensino tornou-se gramatical e com estratégias
-questionários que não levam o aluno a pensar, e sim somente reproduzir
conceitos.
A partir dos anos 80 começou-se a repensar o trabalho realizado em sala de
aula, reestrurando o ensino do 2º grau, mundando a visão de que a aprendizagem
ocorre de forma social e histórica.
De acordo com Bakhtin, a aprendizagem ocorre de forma dialógica e
social.No caso do currículo do estado do Paraná, pretendia-se uma prática
pedagógica que enfrentasse as normas e a estruturas nos textos, onde estes
deveriam ser mais significativos e mais realistas.
A história da língua portuguesa pode ser dividida em duas fases:
201
1) a fase arcaica – estende-se do século XII a meados do século XVI.
2) a fase moderna – estende-se do século XVI até nossos dias.
Na fase arcaica, podemos distinguir:
a) século XII – latim com ligeiras modificações;
b) séculos XIII e XIV – galego-português.
A partir do século XIV, conforme vimos, o galego e o português começam a se
diversificar; tal separação completa-se no século XVI.
Expansão da língua portuguesa
Os idiomas neolatinos não ficaram restritos à Europa. Com a colonização de outros
povos pelos dominadores europeus, esses idiomas espalharam-se pela América,
África e Ásia.
Durante a fase de sua expansão marítima, os portugueses chegaram às Américas,
rodearam a África, passaram pela China e pela Índia. Isso explica, por exemplo, que
numa região tão distante do Brasil como Cabo Verde também se fala português.
Nessa fase de expansão, a língua portuguesa foi sofrendo influências dos idiomas
locais. Incorporaram-se ao português palavras de outras origens, como cáfila (do
árabe), jangada (do malaio), chá (do japonês).
Assim a língua portuguesa espalhou-se pelo mundo e chegou ao Brasil. Em 1500
Portugal oficializou a existência do Brasil.
O português no Brasil
A imposição da língua não foi fácil: houve atritos com a língua indígena, no início.
Mais tarde, a língua africana influenciou o português do Brasil; ocorreram ainda
influências do francês e do holandês, no período das invasões; mais recentemente,
nossa língua recebeu influências dos imigrantes europeus, principalmente no
centro-sul do país.
Aos poucos, o português aqui implantado pela colonização da metrópole foi
adquirindo características específicas, distanciando-se do português de Portugal.
Não se pode falar ainda na existência de uma língua brasileira, mas hoje são
inúmeras as diferenças entre o português de Portugal e o português do Brasil.
A influência do tupi na língua portuguesa fez-se sentir de maneira acentuada. No
vocabulário, por exemplo, herdamos da língua dos índios:
a) topônimos (nomes de lugares): Guanabara, Ipanema, Copacabana;
b) antropônimos (nomes de pessoas): Iracema, Ubirajara, Iraci;
c) nomes relacionados à flora e à fauna: caju, maracujá, jabuticaba, jacarandá,
mandioca, cutia, tatu, arara, gambá.
Os dialetos trazidos pelos escravos africanos também deixaram inúmeros vestígios
no português do Brasil. Alguns exemplos de palavras de origem africana: acarajé,
babalaô, banguela, caçula, cafundó, cangerê, canjica, dendê, farofa, fubá, fumo,
mandinga, marimbondo, moleque, ogum, quiabo, quilombo, quitanda, quitute,
vatapá.
Mais tarde, a vinda dos imigrantes também influenciou o português do Brasil,
conforme já informamos. Do alemão herdamos níquel, gás. Do espanhol, bolero,
castanhola; do francês, paletó, matinê, boné,; do italiano, entraram em nossa língua
palavras como macarrão, piano, tenor, soneto, bússola, piloto, bandido; do inglês,
clube, futebol, bife, forró.
202
Posteriormente, os veículos de comunicação de massa facilitaram a introdução, em
nossa língua, de inúmeras palavras de outros idiomas, como o japonês (karaokê,
camicase).
Com o tempo, as palavras importadas vão-se adaptando ao sistema ortográfico do
português, como ocorreu com a palavra francesa abat-jour, atualmente grafada
abajur.
Palavras de importação mais recente ainda não sofreram esse processo de
adaptação, como, por exemplo: software, hardware, know-how.
Convém não esquecer que a dominação econômica acaba por impor mudanças
lingüísticas. Hoje, nossa língua sofre grande influência da língua inglesa, aqui
chegada sobretudo através da cultura americana.
Quantos falam a língua portuguesa
De acordo com estatísticas, aproximadamente 180 milhões de pessoas falam
a língua portuguesa. É a sétima língua mais falada do mundo, superada pelo chinês,
o inglês, o espanhol, o hindi, o russo e o árabe.
Na década de 90, a abordagem de ensino da Língua Portuguesa não
especificava e/ou subsidiava um trabalho docente para levar o aluno a o que e
como escrevere também havia um descaso com a literatura , tanto mo médio como
no fundamental.
Assim, requeremos uma nova postura com relação a estas práticas em sala
de aula.
Na área da Língua Portuguesa é onde se reconhece a linguagem num
contexto de realidade social e histórica, como um fato lingüístico do qual o homem
se serve para construir a sua história.
E, para que o indivíduo se torne um ser participante na sociedade, é
necessário que compreenda as diversas formas de articulação existentes
atualmente na estrutura da Língua Portuguesa, adquirindo o domínio da linguagem
oral, escrita e leitura para que possa atuar com consciência no mundo, formado pelo
domínio do conhecimento e suas diversas relações na sociedade.
Segundo os postulados socio-interacionistas, que fundamenta o ensino da
Língua Portuguesa e Literatura no ensino médio, a língua configura um espaço de
interação entre sujeitos que se constituem através dessa interação, pois, a língua só
se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem.
A linguagem será vista, assim, como atividade que se realiza historicamente
entre sujeitos, constituindo-se nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se
os gêneros discursivos são fundamento para o trabalho pedagógico com a
linguagem verbal, os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à
linguagem escrita: eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração
da linguagem verbal com “as outras linguagens” ( as artes visuais, a música, o
cinema, a fotografia, a semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a
publicidade, os quadrinhos, as charges, a multimídia e todas as formas infográficas),
percebendo seu chão comum de sociointeracionais e suas especificidades de
diferentes suportes tecnológicos, modos de composição e de geração de
significados.
A aptidão para ler e produzir textos com proficiência é o mais significativo
indicador de bom desempenho lingüístico. Ler com proficiência implica ser capaz de
203
apreender os significados inscritos no interior de um texto e de correlacionar tais
significados com o conhecimento de mundo que circula no meio social em que o
texto é produzido.
A utilidade dessas aptidões no âmbito da escola, é o seu caráter
interdisciplinar o traço de maior relevo, já que interfere decisivamente no
aprendizado de todas as demais matérias do currículo, no âmbito da vida extraescolar, constitui uma condição indispensável para o exercício da cidadania, na
medida em que torna o indivíduo capaz de compreender o significado das vozes
que se manifestam no debate social e de pronunciar-se com sua própria voz.
O ensino da leitura e produção de textos é prioridade em Língua Portuguesa;
é necessário também dar um passo além de conhecimentos gramaticais isolados, já
que a construção de um texto envolve mecanismos mais complexos do que a mera
justaposição de uma frase ao lado de outra, que é descrever os mecanismos de
construção textual e capacitar o aluno a operar com eles.
O ensino da literatura deverá estabelecer uma relação lúdica do aluno com o
texto, numa interação dinâmica, capaz de promover uma visão mais ampla, abrindolhe um caminho de possibilidades de leituras e fruição do trabalho estético com as
palavras.
Enfim, o direito à educação lingüística foi nos transmitido através de uma
concepção que a torna como um conjunto de práticas interacionais, social e
histoticamente constituídas e se constituindo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos específicos a serem trabalhados no ensino
fundamental e
Médio formam os Conteúdos Estruturantes , ou seja o conjunto de saberes e
conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma
disciplina escolar.
Sendo a língua concebida como a prática que se efetiva nas diferentes
instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a língua, e o conteúdo
estruturante, é caracterizado pelo discurso como prática social.
Como a língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, nem imutável, o
discurso por sua vez, é muito mais; é efeito de sentidos entre interlocutores, não é
individual, ou seja, não é um fim em si mesmo, mas tem sua gênese em atitudes de
respostas a outros textos compreensão.
O Conteúdo Estruturante desta disciplina é entendido como os campos de
estudo, e principalmente, de ação, em que se concretiza a prática do uso real da
língua materna. Percebia-se neste contexto duas práticas: a tradicional que
determinava a estudo de regras gramaticais, como o centro e objetivo maior de
trabalho com a língua e a prática de abordagem de concepção da língua/materna
em língua /instrumento de comunicação eficaz e exterior ao indivíduo, segundo
Suassuna, sem noção de processo ou historicidade.
Segundo as Diretrizes Curriculares as práticas discursivas, os conceitos
oriundos da Lingüística, Sociolingüística, Semiótica,Pragmática,Estudos Literários,
Semântica, Morfologia, Sintaxe, Fonologia, Análise do Discurso,Gramáticas
normativas e descritiva , entre outros, estarão presentes os conceitos de modo a
contribuir com o aprimoramento do desenvolvimento lingüística dos alunos.
204
Quando nos expressamos, de alguma forma estamos ecoando outro ou
outros discursos, nos referindo ou nos posicionando em relação a alguma situação,
idéia ou opinião já expressa por alguém. Há, no contexto, uma superposição de
discursos, nem sempre claramente perceptível.Assim, interpretear um texto é tanto
mais fácil quanto mais estivermos inseridos na grande teia discursiva a que nos
referimos. Este é o grande desafio do professor de Língua portuguesa, despertar
para este discurso.
Dentro desta visão é importante ressaltar o trabalho dentro da literatura e da
produção textual, bem como nas diversas leituras, que permitirá ao aluno uma ação
dialógica nas práticas da oralidade, de leitura e da escrita.
É importante que o professor de Língua Portuguesa e literatura do Ensino
Fundamental e Médio se reconheça em sua função social de compartilhar e
construir conhecimentosa que auxiliem o aluno a fazer suas próprias escolhas, nas
situações de uso da língua e da linguagem como um caminho significativo de
transformação.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
Linguagem Oral
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Seminários.
Linguagem Escrita
-Relatórios de experiências.
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos.
-Notícias.
-Reportagens.
-Artigos
-Redação oficial e comercial
Literatura.
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Relatos;
Seminários
205
-Linguagem literária e não literária;
-Gêneros não literários;
-Crônica;
-Conto;
-Romance;
-Poema;
-Novela;
-Estilos literários: trovadorismo, humanismo e classicismo;
-Literatura brasileira – séc XVI: literatura informativa;
-Estilos literários: barroco, arcadismo
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Língua, fala, níveis da fala;
-Funções da linguagem;
-Figuras de linguagem;
-Fonética;
-Ortografia;
-Emprego da crase;
-Estrutura e formação das palavras;
-Emprego do hífen;
Pontuação;
Coesão e coerência.
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
2ª SÉRIE
Linguagem Oral
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos.
206
-Notícias.
-Reportagens.
-Artigos
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: romantismo, realismo, naturalismo, parnasianismo e simbolismo
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Classes das palavras: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, preposição, conjunção e interjeição;
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
3ª SÉRIE
Linguagem Oral
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Relatos;
Seminários
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos;
-Redação oficial e comercial;
-Relatório de experiências;
-Notícias;
-Reportagens;
207
-Artigos
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: pré-modernismo, modernismo, tendências contemporâneas.
Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Sentenças simples: estruturas básicas;
-Sentenças construídas com verbos intransitivos, transitivos e de ligação;
-Sentenças complexas: coordenação e subordinação;
-Estruturas sinônimas;
-Sentenças reduzidas;
-Colocação pronominal;
-Regência verbal e nominal;
-Concordância verbal e nominal;
-Vícios de linguagem.
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
-Observações:
•
•
Os estudos referentes à parte gramatical da língua, serão desenvolvidos de
forma concomitante com os textos.
Os textos para os estudos serão de fontes variadas como: jornais, revistas, letras
de músicas, filmes, artigos de autores renomados, livros didáticos e outros.
Desta forma será possível trabalhar a partir de discussão de um texto literário,
para se chegar à composição de artigos de caráter científico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
“Concepção de linguagem e procedimentos metodológicos não são
realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona a
metodologia do professor de Língua Portuguesa. “ (FARACO, 2005)
208
No encaminhamento metodológico da disciplina, o material linguístico
articulador será “o texto”. Não apenas textos isolados, mas preferencialmente
textos em confronto, todos os tipos de textos; textos de autores consagrados, textos
dos alunos, textos do professor, do jornal, da revista, do folheto de rua... as ações
metodológicas devem envolver a leitura, produção e análise dos textos.
O professor buscará não seguir uma única organização, mas sim, usará uma
metodologia que favoreça a diversificação das atividades, compreendendo o
trabalho individual, o trabalho em duplas ou em pequenos grupos e o trabalho com
toda a turma, além de atividades expositivas do professor.
Os conteúdos serão desenvolvidos numa seqüência gradual de complexidade
de acordo com as exigências de cada estrutura textual, utilizando estruturas
variadas.
A análise das obras literárias terá um acompanhamento mais crítico-reflexivo,
com questionamentos sociais, filosóficos, éticos, econômicos e culturais,
relacionados aos tempos atuais.
Os temas gramaticais serão abordados por meio de diferentes trajetos,
combinando percursos mais intuitivos, estimulando a capacidade do aluno na
observação dos fenômenos da língua e mais expositivos, estimulando no aluno a
construção de um saber mais sistematizado desses fenômenos da língua. Por
considerarmos que estudar um conjunto de temas gramaticais, postos numa
seqüência desprovida de qualquer articulação funcional, não é indicador de um bom
desempenho lingüístico, houve a tentativa de apresentar uma exposição mais
sistemática de temas gramaticais. Enfim, selecionando os elementos gramaticais
indispensáveis para se entender os fenômenos lingüísticos que ocorrem “ao vivo”,
nos textos.
A análise das obras literárias terá um encaminhamento mais crítico-reflexivo,
com questionamentos sociais, filosóficos, éticos, econômicos e culturais, procurando
contribuir para que os alunos percebam a dinâmica histórico-cultural do fazer
literário; que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e que também
aprendam a fruir a força e a beleza do fazer literário.
Tais procedimentos serão atingidos através de:
-Exposição oral crítico-reflexiva;
- Debates;
- Pesquisa bibliográfica;
- Leitura e análise crítica de textos individuais e de grupo;
-Seminários.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será dada contínua e cumulativamente já que não se pode
fragmentar o processo de domínio das práticas socioverbais.
A avaliação pressupõe, então, uma clara articulação entre professor e aluno;
objetivos e práticas metodológicas, tendo uma definida função formativa.
É inquestionável que transformações no ensino não se separam de
transformações sociais mais amplas. Todavia, acredita-se que a formação teórica e
prática dos alunos deve estar aliada a uma consciência política das tarefas sociais
que deve cumprir, pode contribuir para a formação social dos alunos.
209
Os alunos serão avaliados como um todo, através da:
• participação do aluno em sala de aula;
• testes orais; testes escritos; produções de textos; provas; participação em
debates; apresentação de pesquisas; leitura oral; interpretação de texto.
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ARTE
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Sendo a arte um dos modos de apropriação do mundo pelo homem,
consequentemente, a Arte é a sistematização do conhecimento pelo trabalho e
expressão, se efetivando através desta disciplina, não apenas as normas, as
técnicas, mas também as relações entre os códigos de representações diversas
existentes na linguagem da arte, além do contexto histórico e cultural arraigados nos
diferentes estilos, tanto na arte plástica, como no teatro e na música, tornando-a
portanto o resultado da produção social do homem.
Neste sentido, a necessidade da disciplina ser desenvolvida de modo que o
aluno consiga aperfeiçoar sua percepção de forma totalitária, identificando o
estético, a objetividade e a interação com a realidade através de diferentes
expressões para que adquira uma percepção efetiva mas com visão técnica capaz
de identificar as diferentes artes no contexto social do qual faz parte e atua também
como agente transformador.
A Arte no seu aspecto histórico, cultural e social retrata a natureza e suas
formas, cores e sons, transformações de matérias primas, moldando-as de acordo
com culturas diferentes, trazendo em seu bojo toda a história de luzes, cores e
movimentos vindo a refletir nas produções desde as mais simples até as obras e
representações mais sofisticadas assim como nos sons e nas representações
corporais, onde o homem sempre procura a harmonia para satisfazer suas
necessidades enquanto agente social.
A arte na sua totalidade serve ao homem não só na cultura, mas no trabalho,
no lazer, no cuidado
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Relatos;
Seminários
213
com o corpo, no equilíbrio da natureza e suas formas enquanto produção do
homem.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
É consenso entre os professores de Arte do Ensino Médio, que o currículo
deve ser organizado de forma a preservar o direito do aluno de ter acesso ao
conhecimento sistematizado de arte. A proposta consiste em o professor trabalhar
com os conhecimento de sua formação (Artes Visuais, Teatro, Música ou Dança),
ter a possibilidade de fazer relações com os conhecimentos das outras áreas 1 de
arte e proporcionar ao aluno uma compreensão da totalidade da mesma, numa
perspectiva de abranger o conhecimento em arte produzido pela humanidade.
Nesse sentido foi elaborada uma forma de organização dos conteúdos,
denominada de conteúdos estruturantes. Eles podem constituir-se em uma
identidade para a disciplina de Arte e em uma prática pedagógica que contemple as
quatro áreas de Arte.
Conteúdos estruturantes são conhecimentos de maior amplitude, conceitos
que se constituem em partes importantes, basilares e fundamentais para a
compreensão de cada uma das áreas de Arte e, ao mesmo tempo em que se
constituem em elemento fundamental de uma área, têm correspondência de
importância nas outras áreas.
Neste sentido, foram definidos como conteúdos estruturantes os elementos
formais2, a composição, os movimentos e períodos o tempo e espaço .
Elementos formais: são elementos da cultura, que são observados nas
produções humanas e na natureza, eles são a matéria prima para a produção
artística e o conhecimento em arte. Estes elementos como por exemplo, o timbre
em música, a cor em artes visuais, a personagem em teatro ou o corpo em dança,
são diferentes em cada área, mas todas as áreas são organizadas mediante
elementos formais. O professor deverá aprofundar o conhecimento dos elementos
formais da sua área de formação, sendo que a articulação com as outras áreas será
por intermédio dos conteúdos estruturantes. Os elementos formais são articuladores
porque o aluno percebe como a área que está sendo abordada se organiza e
poderá compreender que as outras áreas têm suas próprias formas de organização.
Composição: Composição é a produção artística, ela acontece por meio da
organização e dos desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo, os
elementos visuais  linha, superfície, volume, luz e cor  de acordo com Ostrower
(1983, p. 65) “não têm significados preestabelecidos, nada representam, nada
descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada,
não definem nada – nada, antes de entrarem num contexto formal”. Ao participar de
uma composição, cada elemento visual configura o espaço de um modo diferente e,
ao caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam.
1
No Ensino Médio, não será abordado a arte na perspectiva da semiótica, portanto serão
denominadas de áreas as Artes visuais, Música, Teatro e Dança, que compõe a disciplina
Arte.
2
O sentido de formal nesse texto é tratado a partir do seu significado, isto é, relativo à forma,
à estrutura, aos recursos artísticos empregados numa obra.
214
Todo som tem sua duração, dependendo do tempo de repercussão da fonte
sonora que o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo
conhecimento estético, que este som passa a constituir-se em ritmo ou uma
composição.
Com a organização dos elementos formais de cada área de arte, formulam-se
todas as obras (sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança), na imensa
variedade de técnicas e estilos.
Movimentos e períodos: constituem-se no conteúdo da História que está
relacionado com o conhecimento em arte. Esse conteúdo têm por objetivo revelar o
conteúdo social da arte por meio dos fatos históricos, culturais e sociais, que
alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico, cada um com
suas especifidades, gêneros, estilos e correntes artísticas. Para facilitar a
aprendizagem do aluno com relação a estes conhecimentos, bem como para ter
uma compreensão totalizante do conhecimento em arte, este conteúdo estruturante
deve estar presente em vários momentos do ensino da arte. Quando possível, o
professor deverá mostrar as relações que cada movimento e período tem com os de
outras áreas da arte, e como apresentam pontos em comum em determinados
momentos.
Optando, por exemplo, por iniciar o trabalho com o conteúdo estruturante
(movimentos e períodos) em música, pode-se enfatizar o período contemporâneo
e o movimento HIP-HOP, pesquisando a sua origem, que teve raízes no rap, no
grafitti e no break, articulando, assim, a música, as artes visuais e a dança.
É importante ter em vista que os movimentos correspondem ao imaginário
social, representando uma determinada consciência social. Nas quatro áreas de
arte, às vezes, um determinado movimento artístico não corresponde ao mesmo
período histórico na música, teatro, dança ou artes visuais.
Tempo e espaço: Este conteúdo estruturante tem dupla dimensão, ele é
uma categoria articuladora na Arte e tem um caráter social. É categoria articuladora
pois está presente em todas as áreas da disciplina. Ele é conteúdo específico dos
elementos formais, da composição e dos movimentos ou períodos. O caráter social
é relevante pelo fato da arte alterar a noção de tempo e espaço do ser humano, em
toda a história e particularmente a do jovem do século XXI, com as novas
tecnologias dos meios de comunicação.
Na música, dança e teatro, o tempo e o espaço constituem-se em um
conceito central e imprescindível para se pensar, sentir ou realizar um trabalho
artístico, assim como para as artes visuais.
Nas artes visuais, segundo Ostrower (1983, p. 65) “No espaço natural,
percebemos sempre três dimensões  altura, largura e profundidade  mais o
tempo. Na arte, porém, essa combinação será variável”. Por exemplo, na arte
bizantina e na medieval, o espaço é representado de forma bidimensional, plano,
sem profundidade, ao contrário do período renascentista, com a lei da perspectiva,
trabalhando a tridimensionalidade e a proporcionalidade.
A seguir explicitaremos, por meio de representações de linhas 3 (elementos
formais), como o tempo e espaço (conteúdo estruturante) está presente em artes
visuais:
Linha contínua: nossa vista a percorre de ponta a ponta, sem parar.
Linha descontínua: o intervalo entre os espaços interrompe o contínuo fluir.
Linha descontínua com intervalos maiores: os intervalos funcionam como pausa.
3
215
Linha estática (vertical): a velocidade do movimento é reduzida.
Linha dinâmica (diagonal): a linha se tornou ainda mais lenta.
Quando desenhamos uma linha, ela configurara um espaço linear, de uma
dimensão. Por meio dela apreendemos um espaço direcional. Numa composição
(conteúdo estruturante) com linhas (elementos formais), as mesmas funcionam
como setas, dirigindo o olhar para seguir nesta ou naquela direção.
Qualquer elaboração formal com a linha terá, necessariamente, um caráter
rítmico. Quanto maiores os intervalos em relação aos segmentos lineares, tanto
mais lento se torna o percurso do olhar. Portanto, “o movimento visual se dá no
espaço e no tempo” (OSTROWER, 1983, p. 66).
A outra dimensão do tempo e espaço, é o seu caráter histórico e social
(movimentos e períodos), que são fundamentais no trabalho com os alunos, para
que os mesmos possam compreender e interagir com a sociedade em que estão
inseridos. O caráter social é tematizado por Barbero ao questionar:
(....) que atenção estão prestando as escolas, e inclusive as faculdades de
educação, às modificações profundas na percepção do espaço e do tempo vividas
pelos adolescentes, inseridos em processos vertiginosos de desterritorialização da
experiência e da identidade, apegados a uma contemporaneidade cada dia mais
reduzida à atualidade, e no fluxo incessante e embriagador de informações e
imagens? (MARTIN-BARBERO, 2001, p. 58)
Determinada pelo modo de produção capitalista contemporâneo, a vida do
jovem está relacionada no seu cotidiano, com a mídia: internet (orkut, messenger, email), celular, computador e outros. Mesmo os jovens que não têm acesso a esses
meios, têm contato com a televisão e com jogos eletrônicos. Estes equipamentos
tecnológicos caracterizam-se por fragmentar o tempo real e deslocar a referência
espacial do jovem pela simultaneidade de imagens e locais. A forma de se
estruturarem o tempo e o espaço nos vídeoclipes, com a utilização simultânea de
imagens, é um exemplo deste contexto.
Para um detalhamento de como os conteúdos estruturantes se subdividem
em cada uma das áreas de arte e articulam-se entre si, elaboramos um esquema
gráfico e um quadro para explicitá-los:
Tempo e espaço
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mutua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses
conteúdos deve ser de forma simultânea, pois os elementos formais, organizados
através da técnica, do estilo e do conhecimento em arte constituirão a composição,
que se materializa como obra de arte nos movimentos e períodos.
A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas
determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos
históricos, da mesma forma a visão de mundo, característica dos movimentos e
períodos, também determinam os modos de composição e de seleção dos
elementos formais que serão privilegiados.
Concomitantemente, o conteúdo estruturante tempo e espaço não só está
presente no interior dos conteúdos, como é, também, um elemento articulador entre
os mesmos.
216
Na elaboração das diretrizes curriculares de Arte, foi uma constante, a
preocupação com o resgate e a explicitação dos conteúdos escolares ou específicos
da disciplina, que não estavam presentes nas propostas curriculares.
No intuito de atender essa realidade e favorecer um melhor entendimento de
como os conteúdos estruturantes se organizam no encaminhamento metodológico,
no quadro a seguir, está explicitado um recorte dos conteúdos específicos da
disciplina nos conteúdos estruturantes, bem como em cada área de arte.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Áreas
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E
PERÍODOS
Conteúdos Específicos
217
•
•
•
•
ARTES •
VISUAIS •
•
•
•
•
•
MÚSICA
•
TEATRO •
•
•
Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Luz
Cor
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Duração
•
•
Timbre
•
•
Intensidade •
•
Densidade •
•
Altura
Personagem: •
Expressões •
corporais,
vocais,
gestuais
e
faciais
•
•
Ação
•
•
Espaço
•
Cênico
Figurativa
Abstrata
Figura/fundo
Bidimensional/
tridimensional
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Gêneros
Técnicas
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Ritmo
•
Melodia
•
Harmonia
•
Intervalo melódico
•
Intervalo harmônico
•
Tonal
•
Modal
•
Gêneros
•
Técnicas
•
Improvisação
•
•
•
•
•
•
•
Representação
Sonoplastia/ iluminação/ •
•
cenografia/ figurino/
•
caracterização/
maquiagem/ adereços •
•
Jogos teatrais
•
Roteiro
Enredo
•
Gêneros
•
Técnicas
•
Arte Pré-histórica
Arte no Egito Antigo
Arte Grego-Romana
Arte
PréColombiana
nas
Américas
Arte Oriental
Arte Africana
Arte Medieval
Renascimento
Barroco
Neoclassicismo
Romantismo
Realismo
Impressionismo
Expressionismo
Fauvismo
Cubismo
Abstracionismo
Dadaísmo
Surrealismo
Op-art
Pop-art
Teatro Pobre
Teatro do Oprimido
Música Serial
Música Eletrônica
Rap, Funk, Techo
Música Minimalista
Arte Engajada
Hip Hop
Dança Moderna
Vanguardas
Artísticas
Arte Brasileira
Arte Paranaense
Indústria Cultural
218
DANÇA
•
Movimento
corporal
•
Tempo
•
Espaço
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Ponto de apoio
Salto e queda
Rotação
Formação
Deslocamento
Sonoplastia
Coreografia
Gêneros
Técnicas
No quadro acima, na coluna movimentos e períodos, apresentamos alguns
exemplos de movimentos e períodos com a finalidade de demonstrar como cada
conteúdo estruturante se constitui, e não com a intenção de seriar ou tentar abarcar
todos os conteúdos da disciplina.
.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SERIE
Expressões plásticas, cênica, musical.
Linhas, formas e cores.
Ponto: gráfico, geométrico.
Linha: quanto à: direção, posição e traçado.
Formas: naturais, abstratas, regulares, irregulares, textura, estrutura.
Cor: pigmento e cor luz.
Cores: primárias, secundárias e terciárias.
Movimentos: lineares e geométricos.
Desenho e transposição gráfica: figurativo, geométrico, paisagista, abstrato.
Fantoches, máscaras, cartões, cartazes, etc.
Técnicas diversificadas de desenho, pintura, dobradura, recorte e colagem
Desenho: imaginação, memória, observação.
Letras tipo bastão, maiúsculas, minúsculas, números, letras ilustrativas.
Ampliação e redução.
Literatura e ilustração. Confecção de livros e histórias.
Interpretação, dramatização, improvisação, jogos dramáticos, jogos Preparatórios,
teatro, bonecos, fantoche, máscara, mímica, pantomima.
História, criação de texto, leitura dramática.
Trilhas sonoras.
Expressão corporal.
2ª SÉRIE
Harmonia das cores análogas, harmonia por contraste, harmonia por contraste de
fundo, harmonia em branco e preto, cores quentes, cores frias.
219
Escala monocromática, escala cromática e policromática.
Forma, linha, cor, volume, luz, textura, ritmo, movimento, unidade, equilíbrio.
Perspectiva de um e dois pontos, sólidos geométricos, números e letras.
Luz e sombra, sombra dos corpos, própria e projetada.
Estilização, publicidade, mensagem gráfica, cartaz, charge, ilustração, humor, jornal,
logotipos, desenho seriado, títulos ilustração.
Ampliação e redução (dentro da tecnologia).
Letras e números, cor e imagem.
Sensação das cores, psicologia das cores.
Cartaz, elementos, texto, imagem, mensagem, cores, letras.
Composição, forma, conteúdo, desenho e pintura egípcia.
Abstracionismo, surrealismo, cubismo, pontilhismo, simbolismo.
Traçado de polígonos.
Sólidos geométricos: regulares e irregulares.
Mosaico, vitral, modelagem, escultura.
Renascimento, impressionismo, expressionismo.
Atividades alusivas às datas comemorativas.
Hino à Bandeira, Hino Nacional, Hino do Paraná, Hino à Independência, Hino à
Proclamação da República, Hino de Rio Negro.
Folclore, manifestações, linguagens, improvisados e dramatizados.
Ilustrações, cartazes, placas, filmes, textos, histórias, propagandas, fotografias.
3ª SÉRIE
Composição plástica: forma, cor, linhas, ritmo, movimento, equilíbrio, umidade.
Textura/Estrutura.
Naturais/Abstratas.
Regulares/Irregulares.
Bidimensional/Tridimensional.
Desenho de observação, imaginação e memória, obra (releitura).
Cores terciárias, cores quentes, cores frias, neutras, complementares, análogas.
Tonalidade de uma cor, monocromia, policromia.
Monotipia.
Letras/Números, traços: retos, inclinados, ornamentais.
Ampliação e redução de figuras.
Noções de perspectiva com um e dois pontos de fuga.
Luz e sombra.
Circunferência, traçado dos polígonos.
Símbolos, ilustrações, recursos gráficos, onomatopéias, balões, expressões
fisionômicas, tiras de humor, histórias em quadrinhos, fotomontagem cômica.
Técnicas variadas: desenho/pintura/recorte/colagem, Dobraduras/modelagem.
Pinturas indígenas, máscaras indígenas.
Hino Nacional, Hino à Bandeira, Hino do Paraná, Hino à Independência, Hino à
Proclamação da República, Hino de Rio Negro.
Folclore, manifestações, linguagens, instrumento.
Sons: naturais/culturais, agradáveis/desagradáveis.
Som e suas qualidades.
220
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Exposição dialogada; Anotações; Temas mimeografados; Trabalhos em
grupos; Trabalhos individuais; Exercícios; Testes escritos.; Cantos em grupos;
Organização de murais; Apresentação de temas pelos alunos; Experiências;
Utilização de técnicas com: Lápis de cor, caneta, revistas, jornais, esquadro,
transferidor, compasso, giz de cera, tinta guache, pincéis, borracha, lixa, areia,
tesoura, cola, dobraduras, papéis diversos, utilização de materiais diversificados.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Participação; Interesse; Criatividade; Atenção; Capricho; Observação dos
cadernos; Resultado; Testes; Trabalho; Pesquisas; Contos; Apresentação; Revisão
de conteúdos; Atividades extraclasse; Experiências individuais e em grupo.
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LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
222
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A visão do corpo humano unicamente como, instrumento de produtividade
ainda é muito forte. Ela se manifesta na Educação Física por meio de atividades de
condicionamento, mecânicas e repetitivas. Fica implícita a concepção do movimento
como um ato motor calcado exclusivamente na ótica biológica. Os conteúdos e
metodologias foram e ainda são determinados por outras instituições que não a
escola, como a desportiva, a médica e a militar.
É necessário superar essa visão tecnicista, ainda presente na ação
pedagógica dos profissionais da área, e direcioná-la para uma prática centrada na
reflexão, compressão e superação da realidade. Esta prática transformadora visa a
melhoria da qualidade de vida e tem como tema central o movimento humano.
O movimento é fundamental ao ser humano, pois lhe propicia se perceber e
se conhecer como ser corpóreo. Portanto, é importante que o educador possibilite
ao aluno vivificar o processo de elaboração e reelaboração do conhecimento via
movimento no exercício de sua corporeidade.
A Educação Física deve interagir com as demais disciplinas em todas as
iniciativas que dêem oportunidade para a produção e socialização do conhecimento.
Ao contemplar pela via da escolarização as marcas das manifestações
corporais no processo de formação humana, tanto quanto aquelas múltiplas
manifestações, a Educação Física escolar tem-se inserido no plano de uma reflexão
sobre diferentes problemáticas sociais. Nessa direção, o objetivo último das práticas
corporais escolares, e da Educação Física em particular, deve ser a humanização
das relações humanas. Portanto, a noção de corporalidade pretende ampliar as
possibilidades de intervenção educacional do Professor de Educação Física,
superando a dimensão meramente motriz da sua aula sem, no entanto, negar o
movimento como possibilidade rica de manifestação humana.
Devemos levar em conta que a escola é um lugar onde se deve investir em
práticas e discursos que ensinem cuidados com a saúde como investimento
individual. No entanto, não é possível deixar de contemplar também elementos
sociais, culturais, políticos e econômicos que interferem na possibilidade de
construção social da saúde para todos.
A Educação Física, dentro de uma pedagogia da corporalidade humana tem
uma função social a cumprir no espaço escolar.
A Educação Física escolar dispõe de uma diversidade de formas de
abordagem para aprendizagem, entre elas as situações do jogo coletivo, exercícios
de preparação corporal, de aperfeiçoamento de improvisação, a eliminação de
modelos, a apreciação e discussão, os circuitos, as atividades recreativas, enfim,
todas deverão ser utilizadas como recurso para a aprendizagem.
Da mesma forma, pode-se ir ao encontro de experiências e informações ao
meio ambiente próximo. Ensinar e aprender a cultural corporal de movimento
envolve a discussão permanente dos direitos e deveres do jovem e adolescente
envolvendo a integração social e a formação da saúde.
223
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
-
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima).
- Índice de massa corporal ( IMC) – obesidade e suas conseqüências.
- Atividade física e saúde.
Dimensões biológica, histórica, cultural e social do corpo; possibilidades de
manifestação corporal;
Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
Saúde/doença: elementos básicos;
Corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer e
sofrimento;
O corpo como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e
tabus corporais;
O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, outros;
O corpo dos trabalhadores: sacrifício e violência;
Limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo. Saudável/doente,
livre/aprisionado, o corpo excluído;
Corpos femininos, infantis, masculinos, de velhos; suas manifestações;
O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
Auto-conhecimento corporal; somatização das emoções: dor, ódio, prazer, medo,
etc;
Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade
do outro;
Relaxamento e descontração, massagem e auto-massagem,
Movimentar-se: o corpo que se desloca, exploração corporal do mundo
circundante da escola; educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens,
senso tátil;
O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- a Educação Física no contexto histórico cultural ( história, teoria, tendências,
concepções).
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL, FUTSAL.
- Evolução histórica e social.
- O esporte como fenômeno social e político.
- Fundamentos básicos.
- Regras e penalidades.
- Jogo com aplicação das regras oficiais.
- Jogo adaptado com regras modificadas pelo grupo.
224
ATLETISMO:
- Evolução histórica e social.
- O atletismo como fenômeno social e político.
- Corridas de velocidade e resistência.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- Evolução histórica e social.
- As lutas como manifestações sociais.
GINÁSTICA:
- Evolução histórica e social – os diferentes tipos de ginástica.
- Ginástica geral.
JOGOS
-
- Evolução histórica e social dos jogos.
- Jogos populares.
Diferença entre jogo e desporto.
Jogos de salão
DANÇA:
- Evolução histórica e social.
- Ritmo.
- A dança como linguagem corporal.
2ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima)
- Índice de massa corporal ( IMC)
- Dimensões biológica, histórica, cultural e social do corpo; possibilidades
de manifestação corporal;
- Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
- Saúde/doença: elementos básicos;
- Corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer e
sofrimento;
- O corpo como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e
tabus corporais;
- O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, outros;
- O corpo dos trabalhadores: sacrifício e violência;
- Limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo. Saudável/doente,
livre/aprisionado, o corpo excluído;
- Corpos femininos, infantis, masculinos, de velhos; suas manifestações;
225
- O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
- Auto-conhecimento corporal; somatização das emoções: dor, ódio, prazer, medo,
etc;
- Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade
do outro;
- Relaxamento e descontração, massagem e auto-massagem,
- Movimentar-se: o corpo que se desloca, exploração corporal do mundo
circundante da escola; educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens,
senso tátil;
- O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- Concepção de corpo – sendo determinado pelos aspectos biológicos,
cognitivo, social e
comportamental.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL E FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogos adaptados com regras modificadas pelo grupo.
- Regras e penalidades.
ATLETISMO:
- Salto em altura.
- Salto em distância.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- Evolução histórica e social.
- As lutas como manifestações sociais.
GINÁSTICA:
- Ginástica localizada.
- Ginástica aeróbica.
JOGOS:
- jogos de salão: Xadrez; dama;trilha;dominó; tênis de mesa; futebol de botão;
outros, bolinhas de gude, bet’s.
DANÇA:
- Ritmo.
- Danças brasileiras: samba, baião, valsa, afoxé, xaxado.
3ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima)
- Índice de massa corporal ( IMC)
226
- Dimensões biológica, histórica, cultural e social do corpo; possibilidades
de manifestação corporal;
- Possibilidades expressivas/comunicativas do corpo;
- Saúde/doença: elementos básicos;
- Corpo e sua manifestação sexual: a sexualidade como possibilidade de prazer e
sofrimento;
- O corpo como sujeito e vítima da violência: consumo de drogas, preconceitos e
tabus corporais;
- O corpo diferente: gênero, etnia, classe social, pobreza, religião, outros;
- O corpo dos trabalhadores: sacrifício e violência;
- Limpo/sujo, feio/bonito, forte/fraco, magro/gordo. Saudável/doente,
livre/aprisionado, o corpo excluído;
- Corpos femininos, infantis, masculinos, de velhos; suas manifestações;
- O corpo e seus adereços: moda, roupa e outros signos corporais.
- Auto-conhecimento corporal; somatização das emoções: dor, ódio, prazer, medo,
etc;
- Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades da corporalidade
do outro;
- Relaxamento e descontração, massagem e auto-massagem,
- Movimentar-se: o corpo que se desloca, exploração corporal do mundo
circundante da escola; educação dos sentidos: cheiros, gostos, sons, imagens,
senso tátil;
- O corpo que não se vê: o que o nosso corpo produz.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- Concepção de movimento humano.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL E FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogo adaptado com regras modificadas.
- Regras e penalidades.
ATLETISMO:
- Arremesso de peso.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- As lutas como manifestações sociais.
- Análise sobre os dados da realidade das relações positivas e
negativas com relação a
prática de lutas e a violência.
GINÁSTICA:
- A ginástica esportivizada: ginástica artística.
JOGOS:
- Jogos cooperativos.
227
- Jogos de salão (xadrez, dama, trilha, dominó, tênis de mesa, futebol
de botão, bet’s)
DANÇA:
- Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, de salão.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
“o conhecimento deve ser tratado metodologicamente de forma a favorecer a
compreensão dos princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento,
mudança qualitativa e contradição. É organizado de modo a ser compreendido
como provisório, produzido historicamente e de forma espiralada vai ampliando a
referência do pensamento do aluno”(COLETIVO DE AUTORES, 1992:40).
Nesta perspectiva os conteúdos não precisam ser organizados numa seqüência
baseada em pré-requisitos, mas sim, abordados segundo o princípio da
complexidade crescente, onde um mesmo conteúdo pode ser discutido tanto na
primeira como na terceira série do Ensino Médio, mudando, portanto, o grau de
complexidade que possivelmente o professor irá apresentar, estabelecendo
diferenças de entendimento e de relações entre o conteúdo e possíveis elementos
articuladores.
Como exemplo: ao trabalhar o Conteúdo Estruturante Jogo, o professor do
Ensino Fundamental apresentaria à seus alunos as formas mais variadas de jogo,
considerando suas regras mais elementares, as possibilidades de apropriação e
recriação, conforme a cultura local. Poderia, ainda, discutir em que o jogo se
diferencia do esporte, principalmente quanto a liberdade do uso de regras. Já o
professor do Ensino Médio, ao trabalhar com o mesmo Conteúdo Estruturante,
poderia inserir questões envolvendo as diversas dimensões sociais, através de
jogos que requeiram maior capacidade de abstração por parte do aluno.
Um jogo de representação, utilizando imagens (de revistas ou jornais) que
provocassem reflexão, poderia ser proposto, considerando os conhecimentos
assimilados desde o ensino fundamental.
A PRÁTICA SOCIAL caracteriza-se como uma preparação, uma mobilização
do aluno para a construção do conhecimento escolar. É uma primeira leitura da
realidade, um contato inicial com o tema a ser estudado.
O interesse do professor por aquilo que os alunos já conhecem é uma
ocupação prévia sobre o tema que será desenvolvido. É um cuidado preliminar que
visa saber quais as “pré-ocupações” que estão nas mentes e nos sentimentos dos
escolares.
228
Já a PROBLEMATIZAÇÃO trata-se de um desafio. É a criação de uma necessidade
para que o educando, por meio de sua ação, busque o conhecimento. É o momento
que a prática social é posta em questão, analisada, interrogada, levando em
consideração o conteúdo a ser trabalhado e as exigências sociais de aplicação
desse conhecimento. (GASPARIM, 2002, p. 35-36).
A INSTRUMENTALIZAÇÃO é o caminho por meio do qual o conteúdo
sistematizado é posto à disposição dos alunos para que o assimilem e o recriem e,
ao incorporá-lo, transformem-no em instrumento de construção pessoal e
profissional. (GASPARIM, 2002, p. 53).
A CATARSE é a fase em que o educando sistematiza e manifesta o que
assimilou, isto é, que assemelhou a si mesmo, os conteúdos e os métodos de
trabalho usados na fase anterior. Agora traduz oralmente ou por escrito a
compreensão que teve de todo processo de trabalho. Expressa sua nova maneira
de ver o conteúdo e a prática social.
O RETORNO À PRATICA SOCIAL é o ponto de chegada do processo
pedagógico na perspectiva histórico-crítica. Representa a transposição do teórico
para o prático dos objetivos da unidade de estudo, das dimensões do conteúdo e
dos conceitos adquiridos.
Professor e alunos modificam-se intelectualmente e qualitativamente em
relação a suas concepções sobre o conteúdo que reconstruíram, passando de um
estágio de menor compreensão científica a uma fase de maior clareza e
compreensão dessa mesma concepção dentro da totalidade. (GASPARIM, 2002,
pp. 144).
A metodologia usada será expositiva, explicativa e demonstrativa;
Os conteúdos serão aplicados também em forma de trabalhos práticos e/ou
teóricos individuais, duplas ou grupos, com utilização de fitas de vídeo, textos,
revistas, CDs, aparelho de som e prática de fundamentos;
Utilização de quadra esportiva, espaço livre e salão;
Material conforme a atividade e disponibilidade da Escola (redes, bolas,
cordas, arcos, etc).
Palestras sobre vários temas
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
No ensino de Educação Física nestas Diretrizes, objetiva-se favorecer a
busca da coerência entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que
integram o processo de ensino e aprendizagem.
A avaliação deve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola,
com critérios estabelecidos de forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o
processo de ensino e aprendizagem, sendo contínua, identificando, dessa forma, os
progressos do aluno durante o ano letivo, levando-se em consideração o que
preconiza a LDB 9394/96 pela chamada avaliação formativa em comparação à
avaliação tradicional, qual seja, somativa ou classificatória, com vistas à diminuição
das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.
A partir da avaliação diagnóstica, tanto professor quanto os alunos poderão
revisitar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de
ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades constatadas.
229
Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor
estará organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos
jogos, da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem
criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.
A Educação Física envolve aspectos de conhecimento, habilidades e
atitudes, levando-se em conta as condutas sociais dos alunos nas suas mais
diversas manifestações, tendo a expressão corporal como linguagem.
A proposta da avaliação do processo de ensino aprendizagem da Educação
Física deve portanto, levar em conta a observação, análise e conceituação de
elementos compõe a totalidade da conduta humana e que se expressam no
desenvolvimento das atividades.
As práticas avaliativas produtivo-criativas e reiterativas buscam imprimir a
avaliação numa perspectiva de busca constante da identificação de conflitos no
processo ensino-aprendizagem, bem como a superação dos mesmos, através do
esforço crítico coletivo dos alunos, mobilizando plenamente a consciência do
educando, seus saberes e suas capacidades cognitivas, habilidades e atitudes para
enfrentar problemas e necessidades, buscando novas soluções para as relações
consigo, com os outros e com a natureza, e que estas soluções criativamente
encontradas sejam entendidas a outras situações semelhantes.
A avaliação é um processo contínuo e sistematizado, diagnosticando o
domínio dos conteúdos e, superação das dificuldades através de observações bem
como uma avaliação qualitativa que avalia o todo, considerando a avaliação como
momento de aprender e não de punir. Deve respeitar a cultura que o educando traz
consigo.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
231
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna.
Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos, contribui para a
formação do futuro cidadão que se engajará num mundo do trabalho das relações
sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber
contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, argumentar logicamente,
conhecer formas geométricas e organizar, analisar e interpretar criticamente as
informações.
Segundo Abrantes (1999, p17) “ A matemática constitui um patrimônio cultural da
humanidade e um modo de pensar. A sua apropriação é um direito de todos, nesse
sentido, seja impensável que não se proporcionasse a todos a oportunidade de
aprender matemática de um modo realmente significativo, do mesmo modo seria
inconcebível eliminar da escola básica a educação literária, científica, ou artística.
Isso implica que todas as crianças e jovens devem ter a possibilidade de contatar, a
um nível apropriado as idéias e os métodos fundamentais da matemática e de
aprender o seu valor e a sua natureza.”
Historicamente a matemática, como ciência em constante evolução, pode ser
encarada como um corpo de conhecimento constituído por teorias bem
determinadas, ou como um conjunto de processos característicos que devem ser
desenvolvidos.
Na escola o trabalho com a matemática pode ser uma das formas de mostrar aos
alunos o papel que exercemos na construção do conhecimento e a relação social
interagindo em determinada época mostrando que o conteúdo ensinado tem relação
com acontecimentos cotidianos internos ou externos à escola.
A prática docente encontrará fundamentação teoria e metodológica na educação
matemática englobando inúmeros saberes relacionando o ensino, a aprendizagem,
e o conhecimento matemático.
Os saberes propriamente ditos englobarão os conteúdos estruturantes no ensino
médio, ou seja:
- Números e Álgebra
- Geometrias
- Funções
- Tratamento da informação
Tendo por finalidade fazer o estudante compreender e se apropriar à matemática,
não somente com um método, procedimento ou algoritmo, mas construindo uma
formação integral por intermédio do conhecimento matemático.
As propostas metodológicas pressupõem a resolução de problemas, o trabalho
estruturado com modelagem matemática a etnomatemática envolvendo teoria e
prática, dentro de um conhecimento cultural manifestado através de vínculos com a
arte e religião.
O uso de mídias tecnológicas, dentro do consenso escolar, pressupõe
principalmente o uso de calculadora e computadores.
Para complementar, a história da matemática, oportunizará a apropriação de
conceitos envolvidos como um campo em construção, levando à estruturação de um
232
pensamento lógico e racional, ligados às necessidades internas e externas da
escola.
Estabelecendo estudantes críticos, autônomos, capazes de agir socialmente
precisa-se de conhecimentos lógicos matemáticos os quais serão vistos sob uma
visão histórica e os conceitos apresentados possam ser discutidos, construídos e
reconstruídos no pensamento humano e na produção de sua existência por meio de
idéias tecnológicas.
OBJETIVOS GERAIS
•
•
•
•
•
•
Desenvolver a capacidade de comunicação
Desenvolver a capacidade de resolver problemas
Desenvolver o raciocínio lógico do aluno
Desenvolver a capacidade de utilizar a matemática na interpretação e
intervenção na realidade
Desenvolver a percepção do valor da matemática como construção
humana
Estimular a curiosidade e o gosto de aprender
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
-
Ler e interpretar textos matemáticos;
Ler, interpretar e analisar tabelas, gráficos e expressões;
Traduzir mensagens matemáticas da linguagem corrente para a linguagem
simbólica; (equações, gráfico, diagramas, fórmulas, tabelas, e vice-versa)
Exprimi-se com clareza e precisão utilizando a terminologia matemática
correta;
Produzir textos matemáticos adequados ao que ele se propõe;
Utilizar conceitos matemáticos na resolução de problemas;
Uso adequado da linguagem matemática nos temas abordados ;
Analisar as propriedades matemáticas envolvendo figuras geométricas,
números e variáveis;
Formular hipóteses e problemas e prever os resultados;
Selecionar estratégias de resolução de problemas ou de situações
problemas;
Interpretar, analisar e criticar resultados dentro do contexto da situação;
Tirar conclusões a partir de gráficos, tabelas e esquemas, para resolver
problemas, ou para desenvolver novos conceitos;
Fazer e validar conjunturas, experimentando, recorrendo a modelos,
esboços, gráficos, fotos conhecidas, relações e propriedades.
Discutir idéias e propor argumentos convincentes;
Modelar através da matemática, situações da vida real;
Aplicar conhecimentos e métodos matemáticos em situações reais
envolvendo outras áreas do conhecimento;
Relacionar etapas da história da matemática com a evolução da humanidade;
Utilizar corretamente instrumentos de medição e desenho;
233
-
Propiciar aos alunos do ensino médio o entendimento da cultura da
população negra, no Brasil, sua origem, condição social, importância na
economia do Brasil.
234
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dentro da disciplina de matemática os conteúdos estruturantes para o ensino médio
são:
-Números e Álgebra;
-Geometrias;
-Funções;
-Tratamento da Informação;
I - Números e Álgebra: Abrange os seguintes conteúdos específicos:
- Conjunto dos números reais
- Noções de números complexos
- Matrizes
- Determinantes
- Sistemas Lineares
- Polinômios
II – Geometrias: Esse conteúdo se desdobra nos seguintes conteúdos específicos:
- Geometria Plana
- Geometria Espacial
- Geometria Analítica
- Noções Básicas de Geometria Não-Euclidiana
III – Funções: Esse conteúdo abrange os seguintes conteúdos específicos:
- Função Afim
- Função Quadrática
- Função Exponencial
- Função Logarítmica
- Função Trigonométrica
- Função Modular
- Progressão Aritmética
- Progressão Geométrica
IV – Tratamento da Informação: Tratar-se-á dos seguintes conteúdos específicos:
- Análise Combinatória
- Estatística
- Probabilidades
- Matemática Financeira
- Binômio de New
235
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Na disciplina de matemática os conteúdos específicos que serão trabalhados nas
três séries do ensino médio estão contidos dentro dos quatro Conteúdos
Estruturantes, distribuídos da seguinte forma:
CONTEÚDOS DAS 1ª SÉRIES
-
Números Reais
• Revisão dos conjuntos : N, Z, Q, I e R.
• Matemática financeira: Razões, Regra de Três, Porcentagem, Juros
Simples.
• Relações : Conceitos e Representação no Plano Cartesiano.
-
Funções



Definições e classificações
Função Crescente e Decrescente
Funções: Constante, Afim, Linear, Quadrática, Modular, (noções

Representação gráfica das funções
gerais)
-
Função Exponencial e Logarítmica
•Potência de Expoente Racional
•Função Exponencial
•Gráfico da Função Exponencial
•Equação Exponencial
•Inequação Exponencial
•Definição de Logaritmo
•Função Logarítmica
•Domínio da Função Logarítmica
•Propriedades dos Logaritmos
•Mudança de Base
•Equações Logarítmicas
•Cálculo com Logaritmos Decimais
-
Trigonometria
•Semelhança de Triângulos
•Trigonometria no Triângulo Retângulo
•Relações Trigonométricas dos Ângulos Notáveis
•Ciclos Trigonométricos
•Funções Trigonométricas
•Relações Entre Funções e Transformações Trigonométricas
•Equações e Inequações Trigonométricas
•Lei do Cosseno e Lei dos Seno
236
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Na disciplina de matemática os conteúdos específicos que serão trabalhados nas
três séries do ensino médio estão contidos dentro dos quatro Conteúdos
Estruturantes, distribuídos da seguinte forma:
CONTEÚDOS DAS 2ª SÉRIES
•
Progressões – PA e PG
•Seqüências numéricas
•Progressão Aritmética
•Fórmula do Termo Geral da PA
•Soma dos Termos Gerais da PA
•Progressão Geométrica
•Fórmula do Termo Geral da PG
•Soma e Produto dos Termos da PG
• Matrizes
- Introdução
- Matrizes
- Tipos de Matrizes
- Adição de Matrizes
- Subtração de Matrizes
- Multiplicação de um número Real por uma Matriz
- Multiplicação de Matrizes
- Matriz Transposta e Inversa
• Sistemas Lineares
Introdução
Sistemas de Equações Lineares
Resolução de um Sistema Linear: Escalonamento
Discussão de um Sistema Linear
Sistemas Lineares e Determinantes
• Determinantes
•
Introdução
•
Determinantes
•
Matrizes Determinantes e Sistemas Lineares
•
Teorema de Laplace
•
Algumas Propriedades sobre Determinantes
•
•
•
•
•
• Análise Combinatória
•
Introdução
•
Principio fundamental da contagem.
•
Princípio aditivo da contagem
• Fatorial
237
• Permutação
• Arranjos simples
• Combinações
• Permutação com repetição
• Probabilidades.
•
Introdução.
•
Espaço amostral
•
Probabilidade.
•
Propriedades das probabilidades.
•
Adição de probabilidades.
•
Multiplicação de probabilidades.
• Binômio de Newton.
• Introdução.
• Triângulo
• Binômio de Newton.
• Cálculo com aproximação.
• Fórmula do termo geral.
• Geometria
•
Introdução
•
Poliedros
•
Algumas Aplicações para Poliedros
•
Prismas: Área e Volume
•
Cilindros: Área e Volume
•
Pirâmides: Área e Volume
•
Cones: Área e Volume
•
Esfera: Área e Volume
•
Troncos: Área e Volume
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Na disciplina de matemática os conteúdos específicos que serão trabalhados nas
três séries do ensino médio estão contidos dentro dos quatro Conteúdos
Estruturantes, distribuídos da seguinte forma:
CONTEÚDOS DAS 3ª SÉRIES
•
-
Geometria Analítica
Noções de Geometria Analítica e Reta
Distância Entre Dois Pontos
Razão de Seção de um Segmento por um ponto
Ponto Médio de um Segmento
Baricentro de um Triângulo
Área de um Triângulo
Condição de Alinhamento de três pontos na reta
Equação de Feixe de Reta que Passa por um Ponto
238
Equação Geral da Reta
Paralelismo, Perpendicularismo e Ângulo entre Duas
Retas Concorrentes
Distância de um Ponto a uma Reta
•
o
•
•
•
•
Circunferência
A Circunferência
Equação Reduzida da Circunferência
Equação Geral da Circunferência
Polinômios
•
•
•
•
•
•
•
•
Introdução
Polinômios
Valor Numérico de um Polinômio
Igualdade de Polinômios
Adição e Multiplicação de Polinômios
Divisão de Polinômios
Teorema do Resto
Divisibilidade Pelo Produto
Números Complexos
-Introdução.
-Números complexos.
-Igualdade de números complexos.
-Adição e Multiplicação de números complexos.
-Divisão de números complexos.
-O plano complexo
-Módulo de um número
-Argumento de um número complexo
-Forma trigonométrica de número complexo
-Multiplicação e divisão na forma trigonométrica.
-Potenciação de números complexos.
-Radiciação de números complexos.
V . Estatística
•
•
•
•
•
Introdução
Freqüência: Absoluta e Relativa
Representação Gráfica
Medidas de Tendência Central
Medidas de Dispersão
VI. Equações Algébricas
•
Introdução.
239
•
•
•
•
•
•
•
Equações
Conjunto solução de uma equação algébrica.
Teoremas Importantes.
Teorema das raízes racionais.
Teorema das raízes imaginárias.
Relações de Girard.
O teorema de Bolzano.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Os conteúdos teóricos, exposto pelo professor, abordando contexto
histórico em que se registrou o desenvolvimento de cada teoria pelos
filósofos criadores da ciência matemática.
Analise junto com os alunos das demonstrações que levaram as
expressões matemáticas mais usadas comumente.
Trabalhos com exercícios e problemas, envolvendo tabelas
estatísticas e gráficos com dados retirados da vida do aluno, de suas
relações do dia-a-dia, desenvolvendo assim o raciocínio lógico e integrado
com suas praticas no mundo do trabalho e seu contexto sócio-econômico.
Problemas envolvendo questões diversas no plano social e
econômico relacionando assim a matemática., principalmente na geometria,
nos cálculos de porcentagem e funções, assim como cálculos estatísticos,
alem dos outros dados levantados com os alunos junto à Industria,
Comercio e as diversas relações de trabalho de forma contextualizada, para
que o aluno perceba com clareza a importância da aplicabilidade e
interpretação dentro da sua realidade de forma efetiva e concreta. Também
para que relacione a necessidade do desenvolvimento do raciocínio lógico
para sua vida no dia-a-dia e a compreensão desta relação teoria-prática
entre a ciência da matemática e as relações sociais da quais faz parte
enquanto agente produto e transformador.
Analise em todo o contexto das relações existentes entre a ciência
matemática e o mundo produtivo de forma que o seu conhecimento nunca
fique desvinculado da sociedade e suas transformações, mas sim amplie e
se torne instrumento de auxilio na participação da sociedade ao educando
para que possa interferir de forma consciente e segura mediante a
efetivação de seu papel de cidadão onde atua e vive.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA
•
•
•
Pesquisa e debates sobre o espaço dos afro-descendentes e de sua cultura nos
meios de comunicação de massa (em especial na TV);
Análise de dados do IBGE sobre a composição da população brasileira e por
cor, renda e escolaridade no Pais e no Município;
Análise de pesquisa relacionadas ao negro e mercado de trabalho no Pais;
240
•
•
Realização com os alunos de pesquisa de dados no município com relação à
população afro-descendente e indígenas.
Abordar e debater temas relacionados aos “ desafios educacionais
contemporâneos, tais com:
1. Educação ambiental
2. Educação fiscal
3. Prevenção ao uso indevido de drogas
4. Sexualidade
AVALIAÇÃO
Tendo consciência da importância da avaliação, há de se abrir espaço para
discutir a realidade deste processo na escola atual e as alternativas que se oferece
diante da nova proposta educacional. Com raras exceções, a avaliação ainda é
sinônimo de medida do conteúdo que o aluno é capaz de memorizar (gravar) para
reproduzir mecanicamente as questões de uma prova, realizada de forma unilateral,
autoritária e conservadora.
Assim o único avaliado é o aluno, sendo classificado por notas ou conceitos
que lhes garantirão, ou não, o acesso a serie seguinte.
Raras vezes, essa avaliação lhe é desenvolvida em forma de feedback do
conhecimento adquirido.
Caso seja retido na mesma série, a vítima , o aluno, é considerado o culpado
do fracasso ocorrido. No sistema de avaliação vigente, não entra em
questionamento o Projeto Pedagógico da escola, ou seja, o sistema escolar
estabelecido, a metodologia utilizada, compreendida como conteúdo e forma e a
competência do professor. Contribui, portanto, para a elitização da escola, já que se
constitui um elemento preponderante de exclusão do aluno.
A avaliação, neste sentido, é sempre o confronto com um aluno ideal, um
estereótipo em função do qual se aferem os demais. Numa proposta que sugere
educar para a compreensão do mundo em sua dinâmica, formando sujeitos críticos
capazes de atuar na transformação social, a avaliação deve ser reconsiderada em
outras bases. Passa a ser, sem duvida um processo mais amplo, que envolve toda
a estrutura e todos os componentes do sistema escolar.
São conhecidas as dificuldades encontradas na área dês Ciências Exatas, em
particular na questão da avaliação. Alguns preconceitos quanto à própria natureza
destas disciplinas, a formação de professores, a falta de integração entre os
diferentes componentes curriculares, podem explicar algumas reservas que se
oferecem a uma concepção mais ampla de avaliação. Para superar essas
distorções, a avaliação deve ser entendida como um processo amplo envolvendo
toda a estrutura do sistema escolar. A avaliação do projeto pedagógico, em cada
unidade escolar, é um processo continuo onde todos avaliam e são avaliados
evidenciando resultados da prática pedagógica.
Para alcançar os objetivos da formação é preciso rever e redimensionar
alguns temas tradicionalmente ensinados para que esse etapa da escolaridade
possa complementar a formação iniciada na escola básica e permitir o
desenvolvimento das capacidade dos objetivos do ensino de Matemática.
241
De fato, não basta revermos a forma ou metodologia de ensino se
mantivermos o conhecimento matemático restrito a informações (definições e
exemplos) e exercitação (exercício de aplicação ou de fixação).
Quando os conceitos são apresentados de uma forma fragmentada que,
apesar de completa e aprofundada, mantém as idéias de qualquer significação para
o aluno e desconectadas uma das outras. É inútil acreditar-se então, que o aluno
seja capaz de construir as múltiplas relações entre os conceitos e as formas de
raciocínio envolvidos nos diversos conteúdos.
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Matemática, volume único
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
FÍSICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade: a necessidade
de descobrir os segredos das coisas e da natureza. Para alcançar esse objetivo – o
de descobrir como as coisas funcionam – nem sempre a simples observação é
suficiente, por isso, no curso da história da humanidade o homem vem
desenvolvendo experimentos que simulem os fenômenos naturais com o propósito
de melhor estudá-los. A interpretação lógica e criativa dos resultados desses
experimentos, ocorreram através de fenômenos observáveis da natureza, tem se
caracterizado como os pilares básicos do conhecimento científico, e da própria
Física.
Entretanto, a Física não está, de modo semelhante à outras áreas do
conhecimento, mas caracteriza-se como meio de produção de conhecimentos por
meio também de pesquisas de laboratório, e, ligadas à produção industrial, científica
e tecnológica.
Muitas vezes, sequer se percebe sua aplicabilidade e importância no dia a dia,
quer em equipamentos, conforto, trabalho e laser. O objeto de estudo da Física é
parte integrante da vida cotidiana do ser humano, ainda que este a desconheça.
245
A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto a utilização
dos conhecimentos científicos e tecnológicos, bem com a discussão dos efeitos de
sua utilização no ser humano e sobre o ambiente no qual é utilizado.
Durante um longo período histórico abordava-se a física somente como um
conjunto de regras prontas e terminadas que poderiam ser utilizadas em dados
momentos cruciais, tal como os da era do determinismo (século XIX). A teoria da
relatividade e a mecânica quântica, modificaram as formas de se ver e interpretar o
mundo, exigindo do ser humano uma maior criatividade para investigar,
apresentando-o como aspecto formativo de desenvolver o raciocínio científico, e
como aspecto informativo, mediante o qual o educando edifique seus
conhecimentos com dados a serem constatados, através da experiência na escola,
no laboratório e nas oficinas desenvolvidas no ámbito escolar sempre usando como
relação o mundo biofísico.
Segundo esta forma de pensar, segue-se um relacionamento lógico de interação
entre os aspectos.
246
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
•
•
•
•
•
– Introdução à Física
1. Conceitos
2. Importância
3. Divisões
4. Sistema
Internacional
Unidades
– Cinemática
1. Movimento e Repouso
2. Trajetórias
3. Velocidade e Aceleração
– Movimentos Retilíneos
1. Uniforme
1. Funções Horárias
2. Uniformemente Variados
1. Propriedades
2. Funções Horárias
– Forças
1. Conceito
2. Lei de Hooke
3. Peso
– Dinâmica
1. Conceitos
2. Leis de Newton
3. Força de Atrito
4. Força Centrípeta
•
de
•
•
•
•
– Energia
5. Trabalho
6. Potência
7. Energia Mecânica
8. Conservação da Energia
– Estática
1. Força Resultante
2. Decomposição de Forças
3. Resultante de sistemas de três ou
mais forças
Equilíbrio de corpos rígidos
1. Torque
2. Binários
3. Condições de Equilíbrio
– Equilíbrio de Partículas
1. Partículas em equilíbrio sob ação
de duas forças
2. Partículas em equilíbrio sob a
ação de três ou mais forças
– Centro de Gravidade
1. Centro de gravidade
247
2ª SÉRIE
1.0 – Termometria
6.6
Rendimento
das
Máquinas
1.1
Temperatura e sua medida
térmicas
1.2
Equilíbrio térmico
6.7
Ciclo de Carnot
1.3
Escalas termométricas e sua7.0 – Óptica
conversão
7.1
Luz e fontes
1.4
Escalas Arbitrárias
7.2
Princípios da óptica geométrica
2.0 – Calorimetria
7.3
Fenômenos Luminosos
2.1
Conceitos
7.4
Conseqüências da propagação
2.2
Quantidade de Calor
retilínea
2.3
Capacidade Térmica
7.5
Sistemas ópticos
2.4
Princípio das trocas de calor
8.0 – Reflexão da Luz
2.5
Calorímetros
8.1
Espelhos Planos
3.0 – Mudanças de Estado Físico
8.1.1
Formação de Imagens
3.1
Mudanças de fase
8.1.2
Campo Visual
3.2
Leis das mudanças de fase
8.1.3
Espelhos angulares
3.3
Quantidade de calor latente
8.1.4
Rotação e translação de
3.4
Diagramas de aquecimento
espelhos
4.0 – Dilatação
8.2
Espelhos esféricos
4.1
Dilatação Linear
8.2.1
Elementos
4.2
Dilatação superficial
8.2.2
Focos e condições de
4.3
Dilatação Volumétrica
Gauss
4.4
Dilatação dos líquidos
8.2.3
Raios notáveis
4.5
Lâminas bimetálicas
8.2.4
Formação de Imagens
5.0 – Gases Perfeitos
8.2.5
Equações dos espelhos
5.1
Variáveis de estado
esféricos
5.2
Condições
normais
de9.0 – Refração da Luz
temperatura e pressão
9.1
Definições
5.3
Equação de Clapeyron
9.2
Índice de refração
5.4
Lei Geral dos gases perfeitos 9.3
Leis da Refração
5.5
Transformações
Gasosas9.4
Reflexão total e ângulo limite
Particulares
9.5
Lâminas de faces paralelas
6.0 – Termodinâmica
9.6
Prismas
6.1
Trabalho termodinâmico
9.7
Lentes esféricas
6.2
Transformações cíclicas
9.7.1
Nomenclatura
6.3
Energia Interna de uma gás
9.7.2
Elementos
6.4
Primeira Lei da Termodinâmica 9.7.3
Raios Notáveis
6.4.1
Definições
9.7.4
Formação de Imagens
6.4.2
Aplicações
9.7.5
Equações das lentes
6.5
Segunda Lei da Termodinâmica esféricas
248
3ª SÉRIE
•
•
•
•
•
•
•
•
Carga Elétrica
1. Carga elétrica
2. Eletrização
3. Eletroscópios
4. Princípios Associados
1. Atração e Repulsão
2. Quantização
3. Conservação
da
Carga Elétrica
Força Elétrica
1. Força Elétrica
2. Campo Elétrico
Corrente Elétrica
1. Conceito
2. Tipos de Correntes
3. Sentidos
4. Intensidade de Corrente
Lei de Ohm
1. Resistores e Resistência
2. Leis de Ohm
3. Associação de Resístores
1. Série
2. Paralela
Potência Elétrica
1. Conceito
2. Aplicações
Energia Elétrica
1. Transformações
2. Consumo da Energia Elétrica
3. Conta de “Luz”
Geradores Elétricos
1. Conceito
2. Equações
Receptores ativos
1. Conceito
2. Equações
•
•
•
•
•
•
Circuitos Elétricos
3. Conceitos
4. Lei de Ohm Generalizada
5. Leis de Kirchhoff
Magnetismo
1. Conceito
2. Imãs e Pólos
3. Princípios
Efeito Magnético da Corrente
Elétrica
1. Experimento de Örsted
2. Campo Magnético em torno de:
1. Fio Retilíneo
2. Espira
3. Solenóides
4. Aplicações:
1. Eletroimãs
2. Campainhas
3. Relés
Força Magnética sobre cargas
1. Movimento de cargas em
campos magnéticos
2. Lei de Lorenz
3. Aplicações:
1. Espectrômetro de Massa
Força magnética sobre Condutores
1. Condutores em meio a campo
magnético
2. Interações entre condutores
Indução Eletromagnética
1. Fluxo Magnético
2. Corrente Induzida
1. Lei de Faraday
2. Lei de Lenz
3. Aplicações
1. Geradores
2. Motores Elétricos
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A principal preocupação do desenvolvimento da disciplina de Física assentase na tentativa de expor os conhecimentos formulados através dos séculos – e que
portanto faz parte da bagagem histórica e cultural da humanidade, de forma
simples, sem no entanto atentar contra o necessário rigor científico.
A função dos exercícios a serem desenvolvidos pelos alunos é o de fixar
conceitos estudados, tanto por meio da pesquisa bibliográfica, nas diversas formas
249
de mídia e ainda àquelas advindas do uso da Web ou diretamente com autoridades
nos assuntos, todos servindo de modelos para a construção de raciocínios a serem
aplicados em situações cotidianas, possibilitando a aquisição de conhecimentos à
medida que a disciplina vai sendo desenvolvida durante o curso.
O uso de apresentações, individuais ou em grupos, com ou sem recursos de
multimídia, e relatórios impressos visam aperfeiçoar as habilidades de comunicação,
tanto nos níveis de língua materna, como das linguagens científicas e matemáticas,
e avaliar o conhecimento adquirido dos conteúdos físicos.
O desenvolvimento das habilidades de previsão e verificação de hipóteses,
que tem por objetivo básico o desenvolvimento da habilidade de se utilizar o método
científico, será desenvolvido por meio de trabalhos experimentais sempre que for
possível.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados pela participação, interesse, assiduidade e
desempenho apresentados. Serão utilizados também instrumentos como: testes,
provas, resolução de problemas, experimentos, atividades em classe e extraclasse, bem como trabalhos de pesquisa, relatórios e realização de oficinas
escolares e utilização de recursos tais como: computador, trena, compasso,
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
254
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade, a
necessidade de descobrir os segredos da natureza. Para alcançar estes objetivos,
nem sempre a simples observação é suficiente. Por isso, há séculos o homem vem
criando experimentos que simulam os fenômenos naturais. A interpretação lógica e
criativa dos resultados desses experimentos tem sido um dos pilares do
conhecimento científico.
No entanto a Química e a Física, assim como as outras ciências, que estão
limitadas às pesquisas de laboratório e à produção industrial. Ao contrário, embora
às vezes você não perceba, a Química e a Física estão presentes à nossa vida e
são partes importantes dela.
A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto à
utilização dos conhecimentos científicos e tecnológicos e de seus efeitos no ser
humano e no meio ambiente.
A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências tem alcance econômico,
social e político.
Tanto a Química quanto a Física são ciências realmente interessantes para
o aluno quando elas são abordadas de forma adequada e atualizada. Já passaram
os tempos em que eram apresentadas como um conjunto de regras a serem
puramente decoradas para uso no momento oportuno. Elas tem atualmente
aspectos informativos mediante o qual o aluno edifica seu conhecimento com dados
que deve guardar racionalmente, depois de um relacionamento lógico entre eles.
O aprendizado de Química pelos alunos do Ensino Médio implica que eles
compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma
abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamento as informações
advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões
autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. Esse aprendizado deve
possibilitar aos alunos a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto
da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações
tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais e econômicas.
OBJETIVOS GERAIS
• Conscientizar o aluno da importância da Química no cotidiano;
• Interpretar algumas fórmulas relacionadas ao seu dia-a-dia;
• Confrontar conhecimentos adquiridos ao longo do ano com sua realidade;
• Aprimorar seu senso crítico;
• Conhecer as potencialidades da área da Química;
• Ter consciência do que a Química pode fazer pelo nosso futuro;
• Discutir o conhecimento popular, explicando-o através da ciência;
255
•
•
•
Relacionar matéria e energia;
Identificar funções químicas inorgânicas;
Aprimorar seu senso crítico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Matéria e sua natureza – Visa permitir que o aluno através da análise do
mundo microscópico possa entender o mundo macroscópico, sabendo
que as reações químicas que envolvem seu cotidiano são explicadas de
maneira simples e coerente e que na maioria das vezes fizeram parte da
evolução humana... no passado através do espanto... hoje através do
conhecimento.
• Biogeoquímica – Em associação com outras disciplinas, faz o aluno
compreender o papel importante que o mesmo apresenta na conservação
do planeta bem como ele é o agente que transforma e promove o avanço
tecnológico.
• Química sintética - Sendo um dos ramos da ciência que cresceram
muito nos últimos anos, permite ao aluno ter consciência da importância
do carbono nesse contexto e que a busca por novos profissionais capazes
continua, porque serão eles que nos trarão tecnologia de ponta.
Esses conteúdos estarão presentes durante todo o ensino médio, sendo
abordados como fatores intrínsecos aos conteúdos específicos.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
Introdução à química
Matéria.
Substâncias.
Estados físicos.
Mudanças de estado físico.
Misturas.
Estrutura atômica
Histórico.
Teorias.
Conceito de Z, A, n, p e elétrons.
Isotopia, isobaria, isotonia.
Os quatro números quânticos.
Classificação Periódica dos Elementos dando enfoque aos elementos mais
comuns no solo paranaense.
Ligações químicas
Iônica.
Covalente.
Metálica.
Função química
256
Ácido.
Base.
Sal.
Óxido.
Nox.
Equações químicas.
Acerto de coeficientes.
Reações químicas, reações de combustão visando esclarecer as vantagens do
hidrogênio sobre o petróleo;
A exploração racional dos recursos naturais nos diversos continentes e em especial
no continente africano.
Massa atômica
Massa molecular
Cálculo estequiométrico
2ª SÉRIE
Dispersões;
Classificação de soluções;
Coeficiente de solubilidade;
Título e Porcentagem em Peso de uma solução;
Concentração Comum e Densidade de uma solução.
Molaridade e Molalidade de uma solução;
Fração Molar de uma solução;
Normalidade de uma solução.
Relação de unidades de concentração;
Diluição de uma solução;
Misturas de soluções;
Titulometria de uma solução.
Termoquímica. Energia das combustões envolvendo hidrogênio e combustíveis
fósseis.
Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes para o avanço da
ciência e da tecnologia.
Noções de Equilíbrio químico;
Potencial Hidrogeniônico de uma solução;
Potencial Hidroxiliônico de uma solução.
Análise do pH do solo paranaense.
3ª SÉRIE
Histórico sobre Química Orgânica
A experiência de Wöhler;
Elementos Organógenos;
Compostos de Transição;
Propriedades Fundamentais do Carbono;
Classificação das cadeias carbônicas;
Definição de Radical Orgânico;
257
Regras de Nomenclatura segundo a IUPAC.
Hidrocarbonetos. Alcanos, Alcenos, Alcinos, Ciclanos, Ciclenos e Aromáticos;
Petróleo – formação, utilização, derivados. Fontes alternativas ao petróleo.
Funções Químicas Orgânicas Oxigenadas. Fenóis, Enóis e Álcoois.
Éteres;
Ácidos Carboxílicos, Aldeídos e Cetonas;
Derivados de Ácidos Carboxílicos;
Halogenados Orgânicos. A situação ambiental e de saúde, envolvendo agrotóxicos
e pesticidas usados pela agricultura paranaense.
Compostos Nitrogenados;
Aminoácidos, Proteínas;
Glicídios.
Epidemias e endemias que afetam os povos africanos.IDH.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A principal preocupação do desenvolvimento da Química é procurar expor a
matéria numa linguagem simples e com a maior clareza possível, sem prejudicar o
rigor científico necessário.
Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos
referentes à ética e cidadania, bem como serão abordados os temas transversais
estabelecidos pela escola.
A função de exercícios, apresentações e trabalhos é fixar os conceitos
estudados, servindo de modelos para construir raciocínios no dia a dia,
possibilitando a aquisição do conhecimento à medida que a matéria vai sendo
desenvolvida durante o curso.
Explanação oral formando grupos para discussão dos tópicos relacionados;
Utilização do quadro-negro e giz;
Utilização do vídeo, trazendo temas atuais;
Utilização do computador, através do acesso à internet como forma de pesquisa;
Apresentação de algumas aulas práticas.
Pesquisa de campo visando busca de dados para complementação de trabalhos
propostos.
Entrevistas com profissionais qualificados visando aquisição de conhecimento para
o bom entendimento de pesquisas em questão.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Serão observadas e levadas em consideração as pesquisas feitas em sala de
aula ou em horário diferente das aulas.
A participação ativa do aluno durante as aulas teóricas ou aulas de resolução
de exercícios, considerando o interesse demonstrado;
258
Resultados das provas, testes e trabalhos feitos com datas marcadas
previamente.
Entrega de relatórios das aulas práticas que eventualmente possam ocorrer.
Disposição dos alunos na realização de pesquisas de campo solicitadas.
Relatos de experiências vivenciadas durante os trabalhos de campo e
pesquisas, contribuindo dessa forma para que os demais também aprendam e
solidifiquem mais seus conhecimentos.
Experimentos que confirmem as informações obtidas, a nível escolar.
Os registros das avaliações e recuperação são efetuados de acordo com o
que define o Regimento escolar do Colégio.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao longo dos séculos o conhecimento humano foi se acumulando e se tornando o
grande paradigma da evolução da raça: quanto mais sabemos e mais
descobrimos, mais estamos criando e melhorando nossas condições; pelo menos
é assim que se adequou supor. Com o conhecimento, melhoraram-se as
condições de moradias, de urbanismo, condições de saúde, de lazer e diversão,
261
formas de alimentação, meios de comunicação e locomoção, entre outras
possibilidades. O mundo tecnologicamente se transformou.
Ao mesmo tempo em que parte da população humana interage nesses meios
todos, a grande maioria não consegue acessá-los. A desigualdade social, a
alimentação escassa e a fome, a falta de moradia ou aquela que não oferece
condições mínimas de qualidade, a poluição urbana, a saúde deficitária ou a
frágil, entre outros, são paradoxos da evolução que supomos.
Em contra partida a tudo isso, a busca da superação tecnológica, a concorrência
constante, o consumismo, o superávit nas grandes economias, a busca do
enriquecimento e do poder, além de outros, fizeram com que esquecêssemos
que a busca das mudanças era para melhorarmos e nos instituíssemos com mais
conforto, qualidade e possibilidades. O que se fez, foi privilegiar alguns povos,
algumas pessoas e algumas nações. A essência humana foi deixada de lado.
Como se isso não fosse o suficiente, também se deixou de lado o próprio meio do
qual fazemos parte, onde ainda infinitas outras espécies de seres interagem, tem
sustentabilidade e são dependentes.
Esse meio ao qual o próprio ser humano é intrínseco e também dependente, na
medida em que se transforma vem criando inúmeras impossibilidades para os
seres humanos e para os demais seres, muitos que ainda nem conhecemos.
Seres que ainda não compreendemos, não entendemos suas funções e
desprezamos suas necessidades de sustentabilidades: espécies que ignoramos
como vida.
Causamos
poluições,
degradações,
transformações,
desigualdades,
descriminações, fome, guerras, competições, etc. O próprio meio se revolta
contra nós. Longos períodos de estiagem, cheias, vendavais, furacões, nevascas,
frio intenso, calor insuportável, super aquecimento. O desequilíbrio do ambiente é
um fato e nós sabemos o que tudo está levando a isso. Mesmo assim, o ser
humano continua a investir na desestruturação do equilíbrio do meio, o que levará
constantemente a insustentabilidade da própria raça. Os danos e as
impossibilidades serão maiores com o passar do tempo.
Deparamo-nos então com um paradoxo: “podemos considerar isso que a espécie
humana esta fazendo como uma evolução dela própria, ou isso poderá ser
considerada como mais uma fase do desenvolvimento de seres vivos, como já
ocorreu em várias vezes?”.
O momento atual da espécie humana leva a refletir sobre a história que os seres
vivos construíram ao longo do tempo, em que sempre uma espécie ou até mais,
conseguiram ser dominantes em determinado espaço de tempo, e que por
motivos dúbios às vezes, foram extintas ou extinguiram-se. Parece que com o
passar do tempo, o planeta entra em colapso e não suporta os excessos e
quebra da homeostase do meio. Ao que parece, existe sempre um limiar para
cada espécie ou estirpe que surgiu no planeta.
Em nossa estada aqui na Terra, criamos implicações biológicas que a
contemporaneidade exige, pelo próprio estilo de vida que se criou. Todas essas
mudanças e tecnologias podem ser bem vindas, desde que o uso seja racional e as
bases de aplicabilidade sejam sustentadas por conhecimentos, inclusive das
262
conseqüências futuras delas, visando a sustentabilidade do ambiente e formas de
vida nele.
Com o poder do conhecimento biológico, podemos dimensionar um mundo
que se não for o ideal, seja confortável para as espécies vigentes. As inteirações
dos conceitos da Disciplina de Biologia podem vir a ser um ponto de referência
nessa construção pessoal, onde cada um tem suas funções e obrigações, e
ninguém poderá ficar fora disso.
OBJETIVOS DA DISCIPLIN A DE BIOLOGIA
O ensino de Biologia tem como principal função contextualizar e integrar os
sujeitos no espaço em que fazem parte de maneira consciente, com
responsabilidade naquilo que se propõem e interagem, e sabedores dos limites de
suas atitudes. O conhecimento dessa disciplina se propõe a fazer os sujeitos
perceberem que para a manutenção do equilíbrio entre os seres e o ambiente é
necessária uma interação de forma coerente, sábia e racional. O ensino de Biologia
é uma maneira de contextualizar os sujeitos nas perspectivas que são criadas a
todo instante como das mudanças nas interações dos seres, das necessidades de
reflexões sobre o meio e suas dinâmicas, das dependências que evidenciam-se nos
processos naturais a todo momento e das impossibilidades que serão criadas,
quando não existir coerência e responsabilidade nas integrações existentes. Fazer o
sujeito perceber as formas de vida, a variabilidade nos fatores naturais e a
grandiosidade da fauna e flora em todos os ambientes. Caracterizar o ambiente
próximo a realidade do sujeito. Torná-lo não só conhecedor, mas principalmente,
questionador e crítico, para que se torne também um construtor.
Ao ensino de Biologia apregoa-se também a constatação pelo sujeito da
dinâmica que envolve todos os acontecimentos, inclusive o da evolução humana,
conturbada em vários momentos pela sobreposição de ideologias nas quais em
muitos momentos construiu-se a discriminação, a discórdia, a miséria, desastres,
poluição ambiental e ainda outras moldaram as características do ser humano atual.
Apropriando-se sempre de ferramentas como Leis (10.639 de 9 de janeiro de
2003, 11.645/08 que complementa a anterior sobre a "História e Cultura AfroBrasileira e Indígena", a 13.381/01 sobre a História do Paraná, será possível fazer
um paradigma sobre a igualdade nas relações e necessidades humanas, assim
como mudar outros que impõe diferenças entre as pessoas, credos, cores, opções
sexuais, outros. Ainda a Lei 9597/99 sobre Educação Ambiental, podendo-se ainda
amparar-se na Legislação Ambiental), para se fazer contextualização sobre a
maneira que o ser humano está se apropriando do ambiente em que ele mesmo faz
parte e instigá-lo a reflexão sobre o uso, manejo, inteiração. Também como
ferramenta de auxílio, utilizar as DCEs, quais norteiam um fluxo comum que tende a
influenciar nas constantes transformações que as escolas devem propor, pois se
trata de um novo caminho para que se possa idealizar um mesmo discurso quando
da criação das bases pedagógicas que devem ser comuns, mas que possam gerar
transformações não só nos educandos, mas também na comunidade e sociedade
em geral, a partir de aptidões próprias.
263
A Biologia como disciplina deve propor interpretações e mudanças nas
concepções atuais, se embasando nas impossibilidades que estão sendo criadas e
conseqüências dessas constantemente.
A Biologia por sua instituição filosófica deve ser a mentora de uma
consciência em que o ser humano poderá prever sobre suas atitudes e atos,
limitando os excessos e possibilitando sustentabilidade, quando ele ou ela se pré
dispor a construir situações que gerem mudanças abruptas no seu meio.
A intenção dos conceitos e pensamentos da Biologia deve levar a construção
de idéias que subsidiem a interpretação das transformações atuais, promovendo um
redimensionamento na concepção daquilo que desestruturado, interfere na
sustentabilidade do meio e conseqüentemente do ser humano. Devem fazer com
que o indivíduo se direcione e optem em algum momento, entre a manutenção das
florestas ou reposição delas, a não poluição ou não desperdício da água, a não
criação ou reaproveitamento dos resíduos, a não desestruturação de meios que
ajudam no equilíbrio ambiental, a não emissão de gases poluentes, o não
consumismo, o não desperdício, a construção ecológica, cuidados com o corpo,
com a saúde dele, com o estado psicológico, outros.
Como intenção ainda, a disciplina deve levar os sujeitos a perceberem que as relações
entre os seres vivos no meio são intrínsecas e interdependentes. Conhecer os tipos de seres
existentes, características que possuem, necessidades existentes, performances no meio e
interação que fazem, mudanças que ocorrem, são paradigmas que precisam ser constante
trabalhados para o reconhecimento e interpretação dos fenômenos inerentes a qualquer ser
vivo. A forma em que os seres se estabelecem e se organizam no meio, devem ser
pressupostos para que o sujeito compreenda a sua própria existência.
Os sujeitos precisam perceber a interdependência que existe entre os fatores do meio e a
manutenção das formas de vida nele. Mais ainda: os alunos precisam perceber-se dentro
do meio como ser vivo e agente de transformação, podendo ainda ser transformado, e que
essas transformações podem não ser benéficas, se as formas de abordagem dos
mecanismos biológicos forem sem conhecimento ou sem a perspectiva real das
possibilidades deles. Que essa transformação é constante, pois ela ocorre pela própria
dinâmica no ambiente proporcionada pela multiplicidade dos mecanismos biológicos.
Precisa a aluno compreender as várias performances ao seu redor, os fenômenos, os
efeitos, as conseqüências. Que ele próprio é um mecanismo vivo que pode falhar ou ser
levado a isso.
O sujeito deve perceber a imensidão da diversidade biológica gera uma
constante luta pela sobrevivência, e em determinados momentos a sobrevivência
dependerá de um conhecimento de tudo aquilo que envolve as formas de vida e
suas interdependências. É uma necessidade saber de onde veio à biodiversidade,
como está se transformando e onde poderá chegar através de processos evolutivos.
Saber dos mecanismos da genética, das adaptações feitas, mutações que ocorrem,
seleções que se fazem, evoluções que se pressupõem. Das formas para se manter
os seres alimentados, dos seres que podem se transformar em problemas, dos
organismos que podem ser benéficos ou daqueles que podem ser extintos.
Dentro das perspectivas que o estudo da Biologia deve contemplar, vislumbrar as
possibilidades do uso de tecnologias para alterar aquilo que se pressupõe natural com o uso
do manejo genético nas suas mais variadas tecnologias, é uma necessidade e pode vir a ser
um grande problema. Que a estabilização de processos ou criação deles como conforto e
264
qualidade deve ser amparada em uma filosofia de vida que garanta sustentabilidade para
todos os seres vivos.
CONTEÚDOS
1ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
•
Mecanismos biológicos
•
Biodiversidade
•
Organização dos seres vivos
CONTEÚDO BÁSICO
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
• Transmissão de características hereditárias
• Teorias evolutivas
• Sistemas biológicos, anatomia, fisiologia e morfologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- níveis de organização da Biologia
- características dos seres vivos
- composição química dos seres vivos
- seres unicelulares ou pluricelulares
- microscopia (introdução)
- classificação dos grupos de seres vivos
- seres bióticos e abióticos
- teorias da origem do universo
- biogênese X abiogênese
- teorias modernas da origem da vida
- teoria da origem da célula
- teoria dos seres multicelulares
- teoria da origem dos eucariontes
- estrutura celular
- organelas e funções celulares
- metabolismo nas células
- ácidos nucléicos
- mitose e meiose
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Mecanismos biológicos
CONTEÚDO BÁSICO
•
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
•
Mecanismos de desenvolvimento embriológico
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- tecidos epiteliais: características, tipos e funções
265
- tecidos conjuntivos: características, tipos e funções
- tecidos musculares: características, tipos e funções
- tecidos nervosos: características, tipos e funções
- mecanismos de reprodução (assexuado e sexuado)
- ciclos de vida
- reprodução humana
- aparelho reprodutivo feminino e masculino; fecundação
- embriologia.
2ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
- Biodiversidade
- Organização dos seres vivos
CONTEÚDO BÁSICO
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos
• Mecanismos celulares, biofísicos e bioquímicos
• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- conceito de espécie biológica
- histórico da classificação biológica; sistemática antiga (grega e a de Lineu)
- sistemática moderna
- características
- estruturas
- ciclos reprodutivos
- doenças
- príons, viróides;
- características gerais dos organismos no Reino Monera
- estrutura dos procariontes
- problemas com as bactérias
- benefícios das bactérias
- reprodução das bactérias
- classificação das bactérias
- características, estruturas, funções e reprodução; classificação dos Protistas
- algas: classificação e características dos grupos;
- protozoários: classificação e características dos grupos; doenças
- características gerais dos fungos
- reprodução dos fungos
- estruturas dos fungos
- importância dos fungos
- doenças causadas por fungos
- classificação do Reino Fungi.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Organização dos seres vivos
• Biodiversidade
266
CONTEÚDO BÁSICO
• Classificação dos seres vivos: Critérios taxonômicos e filogenéticos
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- características gerais do Reino Metaphyta
- fisiologia, anatomia e morfologia das plantas
- hormônios e movimentos das plantas
- grupos das plantas
- características gerais do Reino Metazoa
- divisão dos filos animais
- fisiologia, anatomia e morfologia nos animais
3ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Manipulação genética
CONTEÚDO BÁSICO
- Transmissão de características hereditárias
- Organismos geneticamente modificados
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
- histórico da genética
- lei da segregação
- genótipo e fenótipo
- segregação independente
- probabilidades
- mapeamento de gens
- herança e sexo
- como se expressam os genes
- aplicação da genética
- Lei no 10.639 , de 9 de janeiro de 2003"História e Cultura Afro-Brasileira
e Indígena"., que possibilita a diagnose da característica cultural do povo
brasileiro; elaborar um conceito de espécie e raça, de acordo com a variação
genética, teoria dos alelos múltiplos e pleiotropia.
- pesquisa sobre o histórico da genética, é outra avaliação;
- pesquisas sobre transgenia, clonagem, elaboração de remédios e outras
aplicabilidades da engenharia genética, também devem ser cobradas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
• Biodiversidade
• Mecanismos biológicos
• Organização dos seres vivos
267
CONCEITO BÁSICO
• Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente
• Teorias evolutivas
CONCEITOS ESPECÍFICOS
- idéias evolucionistas; histórico
- teorias da evolução
- origem dos seres vivos
- evolução humana
- fundamentos da ecologia
- energia nos ecossistemas
- dinâmica de populações
- sucessão ecológica
- relações ecológicas
- cadeias e teias alimentares
- fluxo de energia
- ecossistemas
- fatores que afetam os ecossistemas
- biomas
- humanidade no ambiente
− Lei 14.037 de 20 de março de 2003, que instituiu o código de proteção aos
animais no Estado, abordando sobre as interações de ecossistemas, biomas,
fatores que afetam eles.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Quanto mais dinâmicas forem criadas durante as aulas, mais interesse do
aluno pelo conteúdo é possível. A aplicabilidade do contexto que o professor tenta
repassar, é sem dúvida, o melhor caminho para o aprendizado mínimo que o
educando precisa, pois quando ele se depara com isso, vislumbra uma função para
aquilo que lhe está sendo imposto. Não cair na monotonia e propor possibilidades
de mudanças, são mecanismos sempre eficazes.
O professor com conhecimentos múltiplos, com histórias para contar e
detentor de várias idéias, será sempre respeitado e ouvido, o que faz com que suas
aulas sejam contextualizadas, dinâmicas e aproveitadas pelos alunos. O professor
precisa estar bem capacitado sempre; precisa ser uma pessoa que tenha uma boa
leitura de tudo o que ocorre em seu redor; precisa ser culturalmente bem instituído.
268
Em muitos conteúdos, pode-se propor a construção de relatórios, pois em
várias fases da construção deles, serão gerados debates e discussões. Os assuntos
deles, por serem dirigidos, serão de grande valia pela pesquisa que terá que ser
feito em sua construção e elucidação, e o aluno, através de dados que obteve, irá
manifestar suas idéias e compreensão, em determinados momentos.
Encartes propõem ao aluno, se apropriar de várias técnicas na construção
deles (desenhos, pinturas, recortes, colagens, construção de texto, referencial, etc.).
Pode ser uma dinâmica que traz além de uma performance diferente para o aluno
na apropriação de conteúdos, faz também com que haja interação de grupos, a
busca do cooperativismo, a apropriação de idéias em suas construções, a
valorização própria, a minúcia das idéias, entre outros..
Tudo deve estar sempre voltado para uma metodologia que ao menos seja
próximo das Normas Técnicas vigentes. O aluno se apropriando dessas normas e
tornando-as comum no desenvolver de suas atividades, será mais bem adaptado
quando isso lhe for exigido em cursos técnicos e universitários, ou ainda, no
decorrer de suas atividades comuns como agente que interage até em trabalhos ou
estágios, o que é muito comum na atualidade.
A valorização do aluno como pessoa em suas várias performances diárias,
pode vir a ser uma ótima ferramenta que conduz ele (a), a produzir mais e com mais
ensejo, pois a inter-relação pessoal entre professor e aluno é às vezes, uma das
poucas possibilidades para o educando exprimir suas idéias, angústias,
necessidades, desejos, e ser até compreendido.
AVALIAÇÕES
Os métodos de avaliação são sempre subjetivos a maneira de trabalhar de
cada professor, ou ainda, de acordo com a performance com que está sendo
conduzido o conteúdo, ou mais ainda, conforme a turma está se inteirando no
assunto. O conteúdo pode não estar sendo convincente, ou pouco interessante. O
próprio professor pode estar sendo pouco persuasivo. Este então deverá perceber
essas dinâmicas todas e dimensionar-se no seu contexto de aula de forma que
obtenha melhores resultados e atinja maior número de objetivos.
Algumas avaliações são construídas nas constantes das aulas, como
encartes, relatórios. Partes dessas atividades são elaboradas em casa. A
construção do aluno, aproveitando o tempo dado em sala de aula, onde ele (a)
estará tirando dúvidas possíveis, a responsabilidade com datas marcadas e a
elaboração própria, são ótimos indicadores de mudanças e apropriação de fases de
conhecimento que esse educando obteve.
Algumas outras atividades podem ser dirigidas de acordo com o que o
professor pressupõe ser aproveitado sobre o que ele sugestionou como avaliações
descritivas, por exemplo, onde o aluno relata as idéias que está construindo de
acordo com seus pontos de vista, mas focado na dinâmica e conhecimentos
passados pelo professor.
269
Algumas respostas exigem a apropriação de algum conceito ou teoria, que
não devem fugir mesmo assim, da linguagem própria do aluno, pois a assimilação e
uso das idéias serão sempre próprios dele, no momento que lhe convier ou a forma
que lhe for necessário.
Todo o processo de avaliação requer uma releitura do que o professor está
fazendo em sala de aula, pois muitas vezes, a própria dinâmica da turma ou do
aluno já demonstram a assimilação de idéias, conceitos e conhecimentos. Não
aproveitar isso na turma ou no aluno, poderá causar desestimulo neles, e a
disciplina pode não mais ser interessante para todos. Sendo assim, o conteúdo
poderá também ser assim desestimulante, e por isso, não aproveitado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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São Paulo: Moderna. 2005.
BIOLOGIA/Vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.
Diretrizes Curriculares Estaduais – Biologia para o Ensino Médio. SEED. Paraná.
Superintendência da Educação. Julho. 2006.
LEI Nº 9597/99 – 30/03/2000 sobre Educação Ambiental.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. História e Cultura Afro-brasileira.
LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”
LEI Nº 13.381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
“Dispõe sobre o Programa de contenção e preservação do meio ambiente”.
LEI Nº 14.037 - Publicado no Diário Oficial Nº 6456 de 11/04/2003. Cód. Estadual de
Proteção aos Animais
LOPES, Sonia. Bio. vol. único,- 1ª edição. São Paulo: Saraiva. 2004.
LOPES, Sônia. Biologia Essencial. Volume único. 1ª edição. São Paulo: Saraiva,
2003.
MORANDINI, Clézio, 1933. Biologia: Volume único. 2ª edição ampliada e
revisada. São Paulo: Atual, 2003.
SOARES, José Luis,1934. Fundamentos de Biologia. Volumes 1,2 e 3. 1ª edição.
São Paulo: Scipione, 1988
CAPRA, Fritjot. As conexões ocultas. São Paulo: Cultrix. 2005.
CAPRA, Fritjot. O ponto de mutação. São Paulo: Cultrix. 1986.
CAPRA, Fritjot. A teia da vida. São Paulo: Cultrix. 1996.
DESCARTES, R. Discurso do método. São Paulo: Paulus, 2002.
FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003.
FRIGOTTO, G. [et al]. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Secretaria de
Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.
GIROUX, H. Teoria crítica e resistência em educação. Petrópolis: Vozes, 1983.
270
HOBSBAWM, E. J. A. A Era dos Impérios: 1874-1914. São Paulo: Paz e Terra,
2002.
HOBSBAWM, E. J. A. Era dos Extremos. O breve século XX: 1914-1991. São
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HOBSBAWM, E. J. A. Era das revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz
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KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora da
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KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da
Universidade de São Paulo, 2004.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2005.
LIBÂNEO, J. C. Tendências pedagógicas na prática escolar. in: Revista da
ANDE, nº 6, p. 1-19, 1983.
MEC/SEB – Orientações Curriculares Nacionais do Ensino Médio. Brasília,
2004. ODUM, E. Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.
SAVIANI,
D.
Pedagogia
histórico-crítica:
Campinas/SP: Autores Associados, 1997.
primeiras
aproximações.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de
Ensino Médio. Reestruturação do Ensino de 2º grau. Proposta de conteúdos do
Ensino de 2º grau – Biologia. Curitiba, 1993.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de
Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes do I e II Encontro de
Relações (Im) pertinentes. Pinhais (2003) e Pinhão (2004).
STORER, T.; STEBBINS R.C. & et al. Zoologia Geral. São Paulo: Companhia
Nacional, 2002.
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo da História deve ser o instrumento para o individuo compreender e
transformar o mundo, a si mesmo e as relações entre as pessoas. Para isso, preciso
superar o ensino de História enquanto simples repasse de informações. O
conhecimento histórico é uma construção de vários sujeitos. Há que se buscar,
através de projetos de pesquisa, uma melhor compreensão do cotidiano das
pessoas, possibilitando-lhes a capacidade de se compreenderem enquanto sujeitos
da sua história.
271
Pretende-se que a história não seja apenas a introdução de novos temas,
mas também, a abertura para novas abordagens sobre as temáticas convencionais
onde sejam consideradas como históricas não apenas as experiências vitoriosas,
mas também as vencidas que, muitas vezes, são mais ricas e reveladoras de novos
sentidos.
Dessa forma, será possível viabilizar a interpretação de conteúdo norma
entre as relações estabelecidas no cotidiano da Escola e conhecimento produzido
universalmente.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O estudo da história no Ensino Médio objetiva a formação de um indivíduo
capaz de entender as relações de trabalho, as relações de poder e as relações
culturais, as quais se articulam e constituem o processo histórico numa seqüência
ao trabalho iniciado no Ensino Fundamental. O aluno deverá compreender que o
estudo do passado se realiza a partir de questionamentos feitos no presente por
meio da análise de diferentes documentos históricos. No que diz respeito as
relações de poder, o aluno deve compreender que estas encontram-se em todos os
espaços sociais e também deve identificar, localizar as arenas decisórias e os
mecanismos que as constituíram.
Quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros
como construtores de uma cultura comum (compreendendo a especificidade de
cada sociedade e as relações entre elas), entender como se constituíram as
experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as permanências e
mudanças nas diversas tradições e costumes sociais. Tais compreensões e
reconhecimentos devem, na medida do possível, contemplar a história local
(município, estado) bem como a história nacional e universal.
Estes objetivos se constituem em critérios que subsidiarão o processo
avaliativo da disciplina.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná reconhece a
importância do conhecimento sistematizado, fundamentado na idéia de conteúdos
estruturantes das disciplinas escolares. Para a disciplina de História no Ensino
Médio os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de poder e
as relações culturais, numa seqüência aos conteúdos estruturantes trabalhados no
Ensino Fundamental, onde os conteúdos estruturantes assumiram um caráter de
dimensão num sentido mais amplo.
No Ensino Médio estes conteúdos assumem um recorte mais específico
apontando para o estudo das relações humanas.
As ações e relações humanas constituem o processo histórico, o qual é
dinâmico. Privilegiou-se as relações culturais, de trabalho e de poder como recortes
deste processo histórico. Assim como as ações e relações humanas transformamse no tempo, a abordagem teórico metodológica sobre essas, são reelaboradas de
acordo com a exigência do contexto histórico em que os sujeitos estão inseridos.
272
Os conteúdos estruturantes da disciplina de História são interligados entre si e
permitem a busca do entendimento da totalidade das ações humanas. A articulação
desses conteúdos são possíveis a partir das categorias de análise espaço e tempo,
as quais permitem a conexão para se compreender essas relações.
Estes conteúdos estruturantes permitem aos professores desenvolverem
seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas bem
como os que representam as demandas sociais estabelecidas em lei, tais como: a
lei 10639/09/2003 a qual estabelece obrigatoriedade da inclusão da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira” nos currículos escolares bem como a lei estadual
13381/12/2001 a qual torna obrigatório inclusão de conteúdos da História do
Paraná.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS POR SÉRIE:
1ª Série
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Conteúdo Específico: Sociedades Teocráticas
Recortes:
• O modo de produção asiático;
• O que produziam;
• Efeitos do trabalho nas sociedades teocráticas;
• O calendário vinculado ao trabalho.
PODER
Recortes:
• O Estado como necessidade;
- E Antes do Estado?
• Estruturas possíveis de Estado;
• Poder do Estado Teocrático.
CULTURA
Recortes:
• A religião como manutenção da ordem;
• Crenças religiosas e desenvolvimento das ciências;
- Medicina, anatomia, arquitetura, química, artes, etc.
O desenvolvimento da escrita.
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdo Específico: Sociedades Pré-Colombianas
273
TRABALHO
Recortes:
• As atividades econômicas desenvolvidas por estes povos;
• Os tipos de trabalho praticados: livre, mita, escravidão;
• A Divisão social do trabalho.
Recortes:
• Teocracia;
• Sociedade Hierarquizada.
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Recortes:
• Arte;
• Escrita;
• Religião;
• Calendário.
Conteúdo Específico: Sociedades Clássicas
Recortes:
• O trabalho familiar;
• O trabalho do escravo e das mulheres;
• Quem eram os escravos.
Recortes:
• Evolução do poder em Atenas;
• O poder em outras cidades-estado gregas;
• Cidades-estado;
• Guerras gregas;
• Evolução do poder em Roma;
Guerras Romanas.
Recortes:
• Dominação cultural romana e as influencias sofridas;
• As mulheres e seu papel na sociedade greco-romana;
• A sociedade grega e romana;
• As conquistas da plebe;
• Revoltas de escravos;
• As ciências entre os gregos e romanos: filosofia, medicina,
arquitetura, artes, teatro, etc.
• A religião politeísta e o cristianismo (resgatando suas
origens).
Conteúdo Específico: Sociedade Feudal
Recortes:
• Origens e formação da sociedade feudal
- estruturas, ruralização, invasões bárbaras.
• Servidão e escravidão;
• Os outros trabalhadores: artesãos. Comerciantes,
ferreiros, sacerdotes, etc.
274
PODER
CULTURA
Recortes:
• A propriedade da terra como garantia de poder e riqueza;
• Influencias da Igreja Católica na manutenção da estrutura
social;
• Suserania e Vassalagem;
• O poder da Igreja e a Inquisição.
Recortes:
• Influencia e domínio cultural da Igreja: Teocracia.
Geocentrismo. Coletivismo, Fé;
• Manifestações de dominação e resistência camponeses
X nobreza;
• O papel da mulher na época medieval;
• As epidemias e as “soluções”.
2ª Série
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdo Específico: Transição da Idade Média para a Moderna
Recortes:
• Do feudalismo ao Capitalismo;
• O choque do trabalho indígena e europeu;
• O trabalho na África antes da colonização e durante a
mesma
• O negro na América;
• O trabalho do negro no Brasil atual;
• O incentivo do protestantismo ao acúmulo de riquezas.
Recortes:
• Dominação e resistência:
- Índios X Europeus
- Africanos X Europeus;
• Os Estados Nacionais;
• A contestação do poder da Igreja Católica.
Recortes:
• Choque cultural e assimilação;
- Índios X europeus
- Europeus X africanos
- Índios X africanos.
• Mitos, religiosidade e demais aspectos culturais na África
pré-colonial e no Brasil colonial;
• Reforma protestante como resposta aos anseios da
burguesia;
Conteúdo Específico: Revolução Industrial
275
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
Recortes:
• A evolução do trabalho
- Artesanato, manufatura, maquinofatura
• O controle do tempo: tempo profano X tempo sagrado;
• O trabalho da mulher e da criança;
• A mais-valia.
Recortes:
• A questão do capital e do poder econômico da burguesia;
• Os anseios da burguesia em relação ao poder;
- Independência da Treze Colônias
- Revoluções inglesa e francesa
Recortes:
• Novas ideologias burguesas: Iluminismo;
• Contestação das idéias burguesas: Socialismos;
• Industrialização; êxodo rural e urbanização;
• Os problemas da industrialização:
- poluição, crescimento desordenado das cidades.
• As mudanças provocadas pela industrialização;
- energia, transporte, consumo e consumismo.
Conteúdo Específico: Revolução Francesa
Recortes:
• Resquícios feudais na França do século XVIII;
• Transição para o Capitalismo Industrial e Financeiro;
Recortes:
•
•
•
•
Recortes:
•
O Absolutismo e os Estados Gerais;
Resistência dos Estados Absolutistas Europeus;
Partidos políticos da França e os atuais partidos
políticos brasileiros;
Governo Napoleônico e a continuidade da burguesia
no poder.
Lutas pela igualdade e busca da cidadania.
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdo Específico: Brasil Colonial e as Origens da
Desigualdade
276
TRABALHO
Recortes:
•
•
•
•
•
Recortes:
•
•
PODER
Recortes:
•
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
•
•
Escambo;
Trabalho escravo: indígena e africano;
O Trabalho livre e a Questão da Propriedade;
Atividades econômicas;
Mineração, pecuária e mineração no Paraná;
A terra como fonte de poder e riqueza;
Organização política colonial: centralização e
descentralização.
Religiosidade: Fé, teatro, inquisição, arquitetura e
escultura;
Cultura Popular;
Educação colonial;
Conteúdo Específico: Crise Colonial
Recortes:
• O desejo do lucro na colônia e a questão dos impostos;
• O que mudou no trabalho com a independência?
Recortes:
• A crise do Antigo Regime;
• Família Real no Brasil e o início do processo de
independência;
• A independência do Brasil e a maior sujeição ao capital
inglês;
Recortes:
• A cultura do período joanino, para quem?
• Influencia Iluministas;
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Conteúdo Específico: Brasil Imperial
Recortes:
• A escravidão e a cafeicultura;
• A cafeicultura e a escravidão no Paraná;
• A industrialização brasileira;
• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
277
PODER
Recortes:
• A Constituição de 1824 e atual Constituição;
• Elite agrária e o desejo do poder;
• A experiência republicana nas Regências;
• Os partidos políticos na época regencial e atualmente;
• Parlamentarismo brasileiro e outros;
• Brasil Imperialista : Intervenções no Prata e Paraguai.
Recortes:
• Romantismo;
• Realismo;
• Naturalismo;
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
Conteúdo Específico: Brasil Imperial
Recortes:
• A escravidão e a cafeicultura;
• A cafeicultura e a escravidão no Paraná;
• A industrialização brasileira;
• Transição do trabalho escravo para o trabalho livre.
Recortes:
• A Constituição de 1824 e atual Constituição;
• Elite agrária e o desejo do poder;
• A experiência republicana nas Regências;
• Os partidos políticos na época regencial e atualmente;
• Parlamentarismo brasileiro e outros;
• Brasil Imperialista : Intervenções no Prata e Paraguai.
Recortes:
• Romantismo;
• Realismo;
• Naturalismo;
CULTURA
3ª Série
Conteúdos
Estruturantes
Conteúdo Específico: Imperialismo Capitalista
278
TRABALHO
PODER
Recortes:
• Exploração do trabalhador africano e asiático;
• Exploração dos recursos naturais da África e da Ásia.
Recortes:
• A dominação econômica e política afro-asiática por parte
dos europeus;
• Formação e administração dos impérios coloniais;
• O apartheid.
Recortes:
• A dominação cultural européia e suas justificativas;
• Reações dos povos colonizados: Gandhi;
• Cultura afro-asiática.
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
Conteúdo Específico: Conflitos Mundiais e Ideologias
Recortes:
• A crise de 1929, o perigo do excesso de crescimento;
• A Industrialização do Brasil;
• Abertura do mercado de trabalho para as mulheres;
• Imigração no Brasil e Paraná.
Recortes:
• Pan-eslavismo, pan-germanismo e revanchismo francês;
• Estados totalitários;
• Estado novo;
• Guerra Fria.
Recortes:
• Modernismo no Brasil;
• Cinema norte-americano;
• Movimentos de contra-cultura;
• Movimento estudantil.
Conteúdo Específico: Brasil Republicano
Recortes:
• A questão agrária no Brasil e América Latina;
• As condições de trabalho na nascente indústria brasileira
e atualmente;
• Atividades econômicas no Paraná republicano.
279
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
TRABALHO
PODER
CULTURA
Conteúdos
Estruturantes
Recortes:
• Coronelismo;
• Oligarquias paranaenses;
• Leis trabalhistas de Vargas e a identificação com o
proletariado;
• Populismo no Brasil e América Latina.
Recortes:
• Movimentos messiânicos;
• Movimentos operários.
Conteúdo Específico: Ditaduras Militares
Recortes:
• As multinacionais nos países subdesenvolvidos;
• O salário e a inflação.
Recortes:
• O golpe de 64;
• Perseguições políticas;
• Tortura;
• Censura;
• Controle governamental dos sindicatos;
• Abertura econômica ao capital estrangeiro;
• Ditaduras militares na América Latina.
Recortes:
• Tropicalha;
• Movimento estudantil;
• Novo sindicalismo;
• Diretas Já;
• Anistia;
• Redemocratização.
Conteúdo Específico: Nova República
Recortes:
• Neoliberalismo e globalização.
TRABALHO
PODER
CULTURA
Recortes:
• Modernidade e corrupção;
• Planos econômicos;
• Mercosul e Alça;
• Imperialismo norte-americano.
Recortes:
• Constituição de 1988 e outras Constituições brasileiras;
• MST;
• A questão das Cotas;
• Os transgênicos certo ou errado?
280
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia proposta neste Projeto Político Pedagógico para a
disciplina de História no Ensino Médio, baseia-se nas Diretrizes Curriculares do
Ensino Médio no Paraná pautada pela utilização dos conteúdos estruturantes, os
quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os temas
selecionados pelos professores.
A problematização de situações relacionadas as dimensões econômicosocial, política e cultural leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos são as
ações e relações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos
estruturantes propostos neste documento: as relações de trabalho, as relações de
poder e as relações culturais. Para abordar esses conteúdos estruturantes tornase necessário que se proponha recortes espaço-temporais e conceituais à luz da
historiografia de referência. Estes recortes se constituem nos conteúdos específicos
(tais como: conceitos , acontecimentos, processos, entre outros) a serem estudados
pelos alunos do Ensino Médio. O professor ao elaborar o problema e selecionar o
conteúdo estruturante que melhor responde a problemática, constitui o tema. E este
se desdobra nos conteúdos específicos que fundamentam a resposta para
problemática.
Assim, propõe-se como encaminhamento metodológico que os conteúdos
estruturantes da disciplina de História sejam abordados através de temas, na
compreensão de que não é possível representar o passado em todo sua
complexidade. O historiador Ivo Mattozzi (2004) estabeleceu uma metodologia para
estudar um tema observando três dimensões.
1°) deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer
representar do ponto de vista da historiografia;
2°) deve-se delimitar o tema histórico em um período bem definido
demarcando referências temporais fixas e estabelecer uma separação entre seu
início e seu final.;
3°) os professores e alunos devem definir um espaço ou território de
observação do conteúdo tematizado.
O que delimita esta demarcação espaço-temporal é a historiografia específica
escolhida e os documentos históricos disponíveis. Além dessas três dimensões, fazse necessário instituir um sentido a seleção temática realizada, o qual é dado pela
problematização.
Para o didata da História Ivo Mattozzi (2004), depois de selecionado o tema,
o professor se utilizará de três formas para construir uma narrativa histórica, sendo
elas:
Narração: É uma “forma de discurso” na qual o professor e o aluno ordenam os
fatos históricos que se sucederam em um “período de tempo”. Esta reconstrução
representa o processo histórico relativo as mudanças e transformações por meio de
acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final.
Descrição: É a forma de representar um contexto histórico. Ela é utilizada para
representar as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos.
281
Esta descrição permite também a utilização de narrações como exemplos ou provas
da descrição do contexto histórico abordado.
Argumentação, Explicação e Problematização: A problematização fundamenta a
explicação e a argumentação histórica. Diante disso, a narrativa histórica é a
construção uma resposta para a problemática focalizada. A explicação é a busca das
causas e origens de determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a
resposta dada a problemática, a qual é construída através da narração e da
descrição.
Dentro dessa concepção, o uso de documentos em sala de aula proporciona
a produção de conhecimento histórico quando usado como fonte na qual buscam-se
respostas para as problematizações anteriormente formuladas. Assim os
documentos permitem a criação de conceitos sobre o passado e o questionamento
dos conceitos já construídos.
As correntes historiográficas tomadas como referência nessa Diretriz
romperam com a idéia do documento escrito como única fonte confiável para o
estudo do passado. O conceito de documento foi ampliado: imagens, objetos
materias, oralidade e os mais diversos documentos escritos são utilizados como
vestígios do passado a partir dos quais é possível produzir o conhecimento
histórico. Nessa perspectiva, o documento deixou de ser “considerado apenas um
indício do passado, sendo ele mesmo determinado por quem o produziu. Assim, o
documento não é mais a prova do real, mas um indício que depende das questões
e dos problemas postos pelo historiador” (SCHIMIDT, in KUENZER, 2002, P. 223).
O trabalho com diferentes documentos requer que o professor tenha
conhecimento sobre a especificidade de sua linguagem e sobre a sua natureza,
bem como os limites e possibilidades que o trato pedagógico de cada documento
apresenta.
Para tanto, são necessários observar três níveis de indagação:
1) Sobre a existência em si do documento: o que vem a ser o documento:
O que é capaz de dizer? Como podemos recuperar o sentido de seu
dizer? Por que tal documento existe? Quem fez, em que circunstâncias e
para que finalidade foi feito?
2) Sobre o significado do documento como objeto: o que significa como
simples objeto (isto é fruto do trabalho humano)? Como e por quem foi
produzido? Qual é a relação do documento (como um objeto particular) no
universo da produção? Qual a finalidade e o caráter necessário que
comanda sua existência?
3) Sobre o significado do documento como sujeito: por quem fala tal
documento? De que historia particular participou? Que ação de
pensamento está contida em seu significado? Em que consiste seu ato de
poder?
(MARSON, apud Bittencourt, p. 332).
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas, etc. são documentos que podem ser
282
transformados em materiais didáticos de grande valia na constituição do
conhecimento histórico.
Os documentos acima citados podem ser utilizados de diferentes maneiras
em sala de aula, como exemplificam Schmidt e Cainelli (2004): na elaboração de
biografias, confecção de dossiê, representação de danças folclóricas, exposição de
objetos sobre o passado que esteja no alcance do aluno, com a descrição de cada
objeto exposto e o contexto em que os mesmos foram produzidos e estabelecer
relações entre as fontes.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares considerando que é na disciplina, no caso a História, que ocorre a
articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.
Assim, narrativas, imagens, sons, etc. de outras disciplinas relacionadas devem ser
tratadas como documentos a ser abordados historiograficamente.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
Propõe-se para o ensino de História a superação da avaliação classificatória e
como alternativa, uma avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica. A
avaliação deve estar contemplada no planejamento do professor e ser registrada de
maneira formal e criteriosa.
O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade
principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse
processo e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo
professor, possibilitando o redimensionando deste, caso seja necessário. A
avaliação não deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino
aprendizagem. O professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto
cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.
A avaliação do ensino de História, conforme orientam as Diretrizes no Estado
do Paraná, considera três aspectos importantes: a apropriação de conceitos
históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e
indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de diferentes atividades
como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e
documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras
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GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Compreende-se a Geografia, enquanto espaço do Planeta Terra como um
todo, suas transformações físicas naturais e as provocadas pela ação do homem,
com suas implicações no contexto ambiental, social, econômico e político.
O embasamento teórico centra-se no percurso histórico das sociedades
humanas, em seus sucessivos alargamentos das fronteiras de apropriação do
Planeta.
Fronteiras horizontais: ultrapassagem dos ecúmenos naturais, valorização de
territórios inóspitos, transformação da natureza em recurso produtivo.
Fronteiras verticais: adensamentos humanos e fixação de estruturas desses
espaços, nacionalismos e expansionismos.
A crise contemporânea da idéia de progresso é um dos resultados desse
percurso. A ampliação da capacidade de gerar riquezas convive com a
disseminação da pobreza em escala global. A super utilização da natureza
anuncia desastres ecológicos de proporções desconhecidas. A constituição de
um espaço universal e planetário não eliminou os nacionalismos, expressos em
grandes ideais de liberdade, como também em disputas rancorosas. A
apropriação humana do espaço mundial integra cada vez mais,, a Geografia da
natureza com a Geografia das sociedades.
291
O homem explora e modifica a Natureza e cada vez mais, pelo aumento
constante da população, destrói a paisagem física natural interferindo
consideravelmente no ecossistemas.
Mesmo planejadas as transformações provocam implicações desastrosas e
desequilíbrio, afetando a sociedade como um todo.
A base da Geografia, portanto, enquanto conhecimento acarreta na
compreensão e conscientização das transformações, vinda como essas ciências
atualmente, a abranger e aprofundar questões não só espaciais , mas políticas e
sociais.
Analisam-se as distribuições de renda , de terra, a conservação do ambiente,
a fome, as relações fronteiriças de poder político e as relações de interdependência,
além de outras, ampliando a localização espaço – temporal através de técnicas
topográficas, instrumentos informatizados, auxílios via satélite com informações
mundiais científicas, pesquisas e levantamentos, além de todo um quadro de
monitoramento dos dados coletados, criados para a relação bem mais aprofundada
do homem no contexto modificado ou afetado mediante sua própria ação.
A busca de resoluções ao desequilíbrio, principalmente sócio-geográfico
mundial, é intenso , levando a outros caminhos a Geografia , como a adesão a
aspectos antes não considerados por essa ciência, vindo a ampliar a sua ação de
forma conjunta com as demais.
Assim, a geografia se supera e cria um perfil de estudo, análise,
planejamento e visão bem mais amplos, no entanto, de forma científica,
fundamentada na pesquisa e nos levantamentos e monitoramentos: e assim, se
redefine, se reestrutura, criando novos horizontes de atuação os quais perpassam
pelo conhecimento acumulado da sociedade. Torna-se dinâmica , questionadora,
planejadora, conscientizadora, da transformação provocada pelo homem,
resgatando o equilíbrio ocasionado por essas ações. Deixa de ser estática,
contestadora e cria movimentos de interferência para o resgate das modificações,
pela busca de reestruturação do espaço destruído e suas conseqüências,
construído para o equilíbrio ecológico e social, um dos maiores desafios da
atualidade.
Inclui-se a questão do uso da cidadania, da participação consciente e efetiva,
mediante a ação conjunta de todos, consciência essa, construída desde a educação
Infantil e que vem a se aprofundar e se consolidar nas ações, no Ensino Médio,
onde professor tem papel fundamental de, além de possibilitar o acesso às
informações, elucidar o conhecim,ento de forma contextualizada frente as relações
sociais, as transformações e as ações dos homens.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
-GEOPOLÍTICA
-DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
-DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
292
-Modos de produção e formações socioespaciais;
-Industrialização clássica, periférica e planejada;
-Distribuição espacial da industria nas diversas escalas geográficas;
-Oposição norte-sul e aspectos econômicos da produção.
GEOPOLÍTICA
-A nova ordem mundial no início do século XXI: o fim dos três mundos e a atual
oposição norte-sul;
-Fim do Estado de bem estar social e neoliberalismo;
-Os atuais conceitos de Estado-Nação, país, fronteira e território;
-Regionalização do espaço mundial;
-Os novos papéis das organizações internacionais.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
-Dinâmica da natureza e formação dos objetos naturais;
-O meio ambiente e as grandes paisagens naturais do planeta;
-Atividades humanas e transformação da paisagem natural nas diversas escalas
geográficas;
-Recursos naturais, conservacionismo ( uso sustentável de bens naturais ) e
preservacionismo ( áreas protegidas );
-Patrimônios culturais ecológicos;
-Produção do espaço geográficos e impactos ambientais sobre a água, o solo, o ar
o clima.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
-Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas;
-Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países.
2ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
-Revolução técnico-científica-informacional e o novo arranjo do espaço da produção;
-Internacionalização do capital e sistemas financeiros;
-Urbanização e hierarquia das cidades: megalópoles, metrópoles, cidades grandes,
médias e pequenas.
GEOPOLÍTICA
-Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano;
-Conflitos rurais e estrutura fundiária;
-Questões territoriais indígenas.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
-Crise ambiental:conflitos políticos e interesses econômicos.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
-Composição demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia;
-Relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação econômica do
país, da região do lugar;
-População urbana e população rural: composição etária, de gênero e de emprego;
-Diferentes grupos socioculturais e sua marcas na paisagem e no espaço urbano e
rural.
3ª SÉRIE
DIMENSÃO ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
293
-Formação dos blocos econômicos regionais;
-Novas tecnologias e alterações nos espaços urbano e rural;
-Reestruturação do segundo mundo e economias de transição;
-Industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e
ambientais.
GEOPOLÍTICA
-Redefinição de fronteiras: conflitos de base territorial, tais como: étnicos, culturais,
políticos, econômicos entre outros;
-Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem teto, entre outros.
DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL
-Problemas ambientais dos grandes centros urbanos;
-Ocupação de áreas de risco, encostas e mananciais;
-Biotecnologia e impactos ambientais.
DINÂMICA CULTURAL E DEMOGRÁFICA
-Diferentes grupos étnicos e o racismo: migração e desemprego;
-Nacionalismos, minorias étnicas, separatismo e xenofobia;
-Movimentos migratórios e suas implicações, econômico-culturais e sócioespaciais;
-Aspectos culturais das identidades regionais.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Esta disciplina será desenvolvida através de constante articulação entre
professor e aluno, onde será cientificado o conhecimento já adquirido pelo aluno,
aprofundando-se e discutindo-se através de debates, seminários, os conteúdos
analisando-os na sua problemática social e seus reflexos enquanto movimento na
história mediante a construção dos fatos e s suas constatações, para que o aluno
perceba a geografia presente nas relações da vida.
Através de entrevistas e pesquisas, o planejamento da distribuição geográfica
no município, país e mundo, os limites urbanos e rurais e as implicações
econômicas e sociais para a indústria , o mundo produtivo, as forças de poder, a
população humana, animal e o ecossistema como um todo e as leis que são
aplicadas em cada caso.
A conscientização, através de análise constante do
aspecto político presente na disciplina de geografia e seus tratamentos
diferenciados através de sistemas governamentais diferentes e as relações com o
mundo produtivo, além da importância quanto ao aspecto espacial para um bom
desempenho no trabalho e nas relações com o mundo. A Geografia como produto
do trabalho, através da necessidade de modificações geográficas para adaptar-se
ao desenvolvimento, assim como a questão ambiental e social como fatores
geográficos, ( degradação, êxodo rural, super população, fome, desequilíbrio de
poder econômico, falta de condições adequadas de vida humana), para que o
indivíduo tenha, através de uma análise global, condições de, como agente,
contribuir na mudança social, através do conhecimento e de uma posição definida
consciente enquanto cidadão.
294
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação se dará de forma diagnóstica e cumulativa, levando em
consideração todos os resultados obtidos através da utilização das estratégias
( pesquisa, relatórios, exercícios, uso de filmes e documentários, redações,
sínteses, uso de textos de apoio, trabalho com mapas, debate de temas polêmicos,
uso do livro didático), além do uso de provas escritas, auto-avaliação e
comprometimento do aluno com a disciplina. Será qualitativa e apresentada em
valores quantitativos, devido às exigências normativas do ensino regular.
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298
SOCIOLOGIA
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O homem sempre buscou entender o que acontecia em seu meio. Foi assim,
que obtivemos descobertas fantásticas, invenções incríveis e transformações que
marcaram toda uma história.
Foram essas transformações que fizeram com que o homem pensasse numa
ciência capaz de nos fazer compreender, que aquilo que encaramos como: natural,
bom ou verdadeiro, pode não ser tão simples como imaginávamos. Enfatiza-se com
isso, a necessidade de assumirmos uma visão mais ampla sobre nós e nossas
ações.
Esta ciência é a “Sociologia”, a qual procura explicar os fenômenos sociais,
culturais, econômicos e políticos que acontecem em nossa sociedade, apontando
soluções ou alternativas para os problemas existentes, através de conceitos,
técnicas e métodos. Percebemos, portanto, que se tratando de fenômenos
acontecidos entre seres humanos, à sociologia não pode ser uma ciência exata
como a matemática, física, ou, química.
A Sociologia como conhecimento científico, surge para dar conta de explicar
o processo de constituição e consolidação da sociedade moderna. A Sociologia é
conseqüência da revolução Industrial e é portanto chamada de “ciência da crise”,
crise esta ocasionada pela revolução abrangendo toda a sociedade européia, não
apenas os modos de produção.
Como “Ciência da Sociedade” resultou de discussão de vários autores,
desenvolveu-se de uma forma de pensar a natureza e a sociedade, iniciando no
século XV, quando se fez notar transformações significativas de desagregamento da
sociedade feudal, dando origem a sociedade capitalista. O conceito de Sociologia
segundo Tremel (2007).
É o estudo científico das relações e dos fenômenos sociais, que se
produzem no convívio dos indivíduos em seus grupos, ou seja, entre os
seres humanos. Ela estuda as relações recíprocas entre homem e o meio
ambiente, baseando-se em estudos objetivos para melhor revelar os
fenômenos sociais. Portanto, a sociologia estuda a “realidade social”.
Podemos citar como exemplo de realidade social, a formação de grupos, a
divisão da
sociedade em camadas, a mobilidade de indivíduos dentro dessas
camadas e os processos de competição e cooperação, (TREMEL,2007 p.21).
A sociologia não surge ao acaso, mas para responder as necessidades dos
homens, em meio às modificações da sociedade, (TOMAZI, 2000, p. 01). Para
interpretação das transformações que ocorreram no século XV, deveremos
considerar que estão vinculadas à inúmeras mudanças. Europa, final da Idade
Média, crise do modo de Produção Feudal, classicamente, se diz que o modo de
produção entrou em contradição com os interesses das forças produtivas. Embora a
densidade demográfica crescesse assustadoramente, de nada adiantava produzir
mais porque o excedente não iria para aqueles deles necessitados, iria engordar
ainda mais os cofres da Nobreza.
As pessoas começam a se rebelar, fogem dos feudos (a que eram “presas”
por laços de honra) e passam a roubar ou com parcos recursos comprar bens
baratos a grandes distâncias vendendo-os mais caro onde eram desejados,
ressaltem-se as famosas “especiarias” ou seja, na Europa, a prática do lucro era
condenada pela Igreja Católica, a maior potência do mundo à época. Mas para os
299
fugitivos dos feudos, fundadores de burgos, que serão mais tarde chamados de
“burgueses”, não restava alternativa exceto a atividade comercial voltada ao lucro,
tida como “desonesta” por praticamente todas as culturas e civilizações do mundo a
partir de todos os pontos de vista éticos (TOMAZZI, 2000).
O capitalismo como um pequenino câncer que surgiu no final da sociedade
feudal. Foi crescendo, a burguesia e seus interesses comerciais se sobrepuseram
ao ser humano. Era fundamental reorganizar a sociedade de maneira a que os
novos donos da riqueza fossem também os donos do poder.
Politicamente a burguesia endinheirada sentia-se lesada tendo de pagar
tributos à antiga nobreza, praticamente falida. No início compravam títulos de
nobres de antiga linhagem, que os discriminavam, a seguir passaram a pensar em
alternativas mais radicais (ser radical é ir à raiz e a burguesia foi radical no período
de suas glórias revolucionárias) como convocar os trabalhadores a uma aliança
contra a nobreza e implantar um novo tipo de regime político, muito mais
interessante e lucrativo para a burguesia, a “república”. Os burgueses convocaram
seus empregados, desempregados e desesperados, superiores em número, para
uma aliança contra a nobreza ou “antigo regime” e, após muitos percalços, saem-se
vitoriosos.
Com a expansão marítima, a reforma protestante, a formação dos Estados
Nações, bem como o crescimento do conhecimento, científico e tecnológico,
possibilita uma visão desse movimento intelectual que ocasionava mudanças
profundas, alterando as formas de explicar a natureza e a sociedade que, se
organizaria posteriormente.
A descoberta de novos continentes, com culturas diferentes, reformulou o
modo de pensar dos europeus. As mudanças que se operava nas formas de
produção e acumulação de capital, a necessidade de estruturação política pois, o
sistema feudal tinha estamentos privilegiados (nobreza e clero), ocasionando
entrave para as atividades econômicas que estavam surgindo.
Desenvolvendo-se uma estrutura estatal que tem por base a centralização,
sistema jurídico (baseado no direito romano), a formação de um exército
permanente, (centralização da força armada) e a centralização administrativa, (a
partir da burocracia hierarquizada), com sistema de cobrança de impostos
permanente, para manter o aparato jurídico, burocrático e militar, oportuniza assim,
o nascimento do Estado Moderno (TOMAZZI,2000).
A razão passa a ser soberana, os homens são livres para julgar, avaliar,
pensar e emitir opiniões sem submissão transcendente ou divina, tendo a
possibilidade, de explicar os fatos sociais. A nova forma de conhecimento da
natureza e da sociedade, na qual a experimentação e a observação são
indispensáveis, evidente nas obras de diversos pensadores como: Nicolau
Maquiavel (1469-1527), Galileu Galilei (1564–1642), Thomas Hobbes (1588-1679),
Francis Bacon (1561-1626), René Descartes (1596-1650), no século seguinte John
Locke (1632-1704) e Isaac Newton (1642-1727).
Século XVII, na maioria dos países europeus a burguesia (comerciantes,
banqueiros), formam uma classe social com muito poder, com ligações na
monarquia, modificando a cultura de continentes descobertos com a expansão
marítima, comprando e vendendo mercadorias em todos os pontos do mundo,
padronizando um modo europeu de produção, passando das profissões de ofício a
produção manufatureira seja em oficinas seja domiciliar (TOMAZZI,2000).
300
Desenvolvendo a produção manufaturada passou-se cada vez mais a
aperfeiçoar as técnicas de produção com intuito de produzir mais com menos
gente, para aumentar os lucros. Investir em máquinas que pudessem ter aplicação
no processo produtivo, aparecendo então máquinas de tecer, de descaroçar
algodão, a aplicação máquina a vapor, substituindo o carvão na produção de ferro e
aço.
Neste contexto de mudança nos modos de produção e da utilização do
trabalho mecânico convivendo com o trabalho manual, se evidencia cada vez mais o
aumento do trabalho infantil e feminino com baixa remuneração e jornada de
trabalho ampliada, formando assim elementos para o processo de acumulação de
capital para a expansão da indústria.
Essas mudanças aliadas à herança cultural e intelectual do Século XVII,
contribuiem para que o Século XVIII seja denominado, como sendo “ Século
Explosivo”. Neste século a Revolução Americana e Francesa, alteram o quadro
político, econômico e cultural mundial, ou seja, serve de referência para que
pensadores como: Montiesquieu (1689-1755), David Hume (1711-1776) Jean
Jaques Rouseau (1712-1778), Adam Schmith (1723-1790) e Immanuel Kant (17241804), entre outros procuraram refletir sobre a realidade e explica-la. No início do
século XVIII o pensamento de Saint Simon (1760-1830), de G.W.E. Hegel (17701830) e de David Ricardo (1772-1823), são a base para que August Comte (17981857) e Karl Marx (1818-1883), reflitam sobre a sociedade de maneiras divergentes
(TOMAZZI,2000).
O filósofo Auguste Marie François Xavier Comte, nasceu no dia 19 de janeiro de
1798, em Montpellier, França, e é considerado o pai da sociologia. Refletiu sobre a
sociedade, a partir da consolidação do capitalismo no século XIX na Europa. A
Sociologia como Física Social, o primeiro método de investigação (e teoria) do
pensamento sociológico desenvolvido no século XIX, foi o positivismo, dessa teoria
derivou do cientificismo na tentativa de substituir os conhecimentos teológicos,
filosóficos e de senso comum, que vinham explicando a realidade das sociedades
até então. O positivismo tinha o objetivo de conhecer a realidade e traduzi-la sob a
forma de leis naturais, leis estas que regulamentavam a vida do homem, da
natureza e do próprio Universo (COSTA, 1997, p. 46).
Principais reguladores:
Mundo Físico: acontecimento exterior ao homem;
Mundo Social: questões sociais.
Auguste Comte foi o primeiro representante desse método, dando o nome de
“física social” as suas analises da sociedade, antes de criar o termo “sociologia”
(COSTA, 1997, p. 47). Sendo assim, podemos pensar a sociedade como o
organismo humano. Mas como? Nosso cérebro é responsável pelo comando e
emissão de mensagens aos membros corporais, fazendo com que possamos estar
em movimento como correr, andar, escrever.
O indivíduo se depara com diversas situações no seu dia-a-dia. As formas de
conhecer a sociedade se desenvolveram ao longo do tempo, a partir das mudanças
no convívio social dos seres humanos. Todos possuem um senso comum, sendo
este adquirido através de nossas próprias ações.
Estamos sempre procurando respostas aos problemas da realidade social. Estas
respostas devem ser investigadas na sociedade, onde os indivíduos se relacionam e
praticam suas ações. Para explicar essa relação de indivíduo e sociedade, faz-se
necessário analisar criticamente o porque e como tal fato ocorre (DCE 2006 p.24).
301
Por isso, estudiosos e pesquisadores se preocuparam em estudar a sociedade de
seu tempo, onde já existia a questão das desigualdades sociais como a fome,
pobreza e miséria.
Dentre esses estudiosos estão os três clássicos da sociologia, que
elaboraram suas teorias delimitando seu objeto de estudo: Émile Durkheim (fato
social), Karl Marx (classe social) e Max Weber (ação social). Esses sociólogos
foram os precursores desses estudos, contribuindo para que o ser humano venha a
compreender o meio em que vive.
A Sociologia no Brasil
A Sociologia começa a dar seus primeiros passos no Brasil, desde 1865. Um
dos primeiros precursores desta ciência no Brasil foi Silvio Romero. A trajetória da
Sociologia no Ensino Médio começa no início da década de 1920 através das
escolas de São Paulo e Rio de Janeiro. A Sociologia no Brasil procura definir outras
áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia no período
de 1930/1940 (TOMAZI, 2000, p. 09).
Formar técnicos, assessores e consultores que fossem capazes de produzir
conhecimento científico sobre a realidade brasileira, era o objetivo da Escola Livre
de Sociologia e Política (ELSP), em São Paulo em 1933. Logo após foram fundadas
a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade do Distrito Federal (UDF), em
1934 e 1935. Nelas, através da Faculdade de Filosofia, tinha-se a preocupação em
formar professores para o ensino médio. Definiam-se assim as áreas de atuação
dos sociólogos: trabalhar nas estruturas governamentais ou ser professores. Foram
muitos os professores que vieram para o Brasil principalmente para a implantação
da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, por isso pode-se dizer que
foram eles que deram inicio ao desenvolvimento da Sociologia no Brasil entre eles,
Claude Levi-Strauss e Jacques Lambert. Com a presença dos professores
estrangeiros no Brasil a Sociologia acaba se consolidando (TOMAZI, 2000, p. 0910).
A partir das décadas de 1950/1960 a Sociologia vai fazer parte do currículo
dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como independente em outros
cursos. O objetivo era, formar profissionais capazes de produzir uma “solução
racional”, isto é, baseada na razão e na ciência, para as questões nacionais. A partir
dessas décadas a sociologia se tornou uma disciplina hegemônica no quadro das
ciências sociais no Brasil tendo Florestan Fernandes como um dos principais
mentores.
Vários autores em diversas áreas do pensamento sociológico, desenvolveram
pesquisas e ensino como: Fernando Henrique Cardoso, Octavio Ianni, Francisco de
Oliveira, José de Souza Martins, Florestan Fernandes, entre outros. (TOMAZI, 2000,
p. 09-10).
A Sociologia no Ensino Médio no Brasil
A apresentação da disciplina de sociologia inicialmente, encontrava-se
incluída da disciplina de Moral, mas
como parte integrante do currículo, tanto no
ensino fundamental como no ensino médio, foi realizado por Benjamin Constant, no
ensino secundário em 1891 e retirada em 1901 decreto 3890 de 1º de janeiro.
Retorna no ensino secundário em 1928, a reforma Capanema retira novamente em
1942, a Sociologia da grade curricular . Na década de 50 e 60 adota-se nos cursos
superiores de Ciências Humanas o ensino de Sociologia bem como também nos
cursos de ensino médio. A partir de 1925 a disciplina de Sociologia passou a
302
integrar o currículo do curso médio no colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por
incentivo de Fernando Azevedo (TOMAZI, 2000, p. 10).
Os alunos, ao final do período (ensino médio), devem deter conhecimentos
sociológicos. Essa afirmação posta pela nova Lei de Diretrizes de Base (LDB), Lei
nº 9394/96, recolocou a disciplina de sociologia na estrutura curricular do ensino
médio. No entanto, a liberdade da definição do modo como serão passados esses
conhecimentos ficam sobre a responsabilidade dos governos estaduais através da
DCE, núcleos regionais de ensino e escolas no estado do Paraná levando em
consideração o PPP da escola e contexto do educando, (TOMAZI, 2000, p. 10).
No dia 11 de agosto (Dia Nacional do Estudante) de 2006, o então Ministro
Fernando Haddad, homologou o parecer 38/2006, do Conselho Nacional da
Educação (CNE), tornando obrigatório o ensino de Filosofia e Sociologia no ensino
médio, nas escolas públicas e privadas no Brasil.
A Sociologia no Paraná
Em todo território nacional houveram manifestações pró-inserção
da disciplina de Sociologia no ensino médio e no Paraná, na década de
1980 uma campanha teve à frente o Sindicato dos Sociólogos do Estado
do Paraná, envolvendo várias entidades como os órgãos estaduais de
educação e
universidades, num esforço de superar o modelo curricular herdado do
período da ditadura militar. A partir de debates e encontros realizados em
“Londrina e Curitiba, visavam o retorno do ensino de Sociologia e Filosofia
no novo currículo do Ensino Médio, como defendido no 1º Seminário
Estadual de Reorganização do Ensino nos níveis Fundamental e Médio,
realizado em 1983, relata Silva (2006).” ( apud DCE)
As discussões centravam-se no intervalo da trajetória da Sociologia como
disciplina na grade curricular de escolas de Ensino Médio, sujeita às
reformas educacionais implementadas pelo governo federal, e a
regulamentação da profissão de sociólogo. No entanto, o curso de
formação da identidade social da Sociologia, sua constituição e
manutenção como disciplina no Ensino Médio, pressupomos que tenha
sido afetado por sua fraca representação institucional no meio acadêmico
paranaense. Em 1988, da Proposta de Reestruturação do 2º grau no
Paraná, implementada em 1990 oficialmente, a Sociologia foi considerada
como disciplina transversal e as escolas poderiam implantá-la ou não. Em
1991, a Sociologia passa a fazer parte dos conteúdos e metodologias
para a Sociologia da Educação nos cursos de magistério da rede estadual,
influenciando na decisão dos professores de Sociologia da Educação Geral
do Ensino Médio, como não houvesse obrigatoriedade movimentações
em defesa da Sociologia ficavam dependente das instâncias gestoras da
política educacional em nível federal e estadual. Diversos seminários e
fóruns de discussão foram realizados em conjunto, professores de escolas
de 2º grau da rede pública e privada estadual e professores universitários
da área de Ciências Sociais. (Silva, apud) DCE.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) é promulgada em 1996 e reabre o
debate
sobre a inclusão da Sociologia no Ensino de 2º grau, que ganhou âmbito
nacional. Poucas escolas no Paraná ofertavam a disciplina em seu
programa, uma vez que a autonomia das escolas trazia flexibilidade para
303
que cada estabelecimento de ensino criasse novas disciplinas e as
incluísse nas matrizes curriculares. Se, em 1997 e 1998, a disciplina foi
incluída na base nacional comum dos currículos e introduzida também nas
escolas estaduais paranaenses, em 2000, a determinação da diminuição
da carga horária total das aulas semanais, fez com que a Sociologia fosse
uma das primeiras disciplinas a ser extinta ou a ter sua carga horária
diminuída. Em 2001, a Sociologia foi retirada da base nacional comum e
voltou a compor a parte diversificada do currículo escolar, reduzindo em
cerca de 30 a 40% o número de escolas que ofertavam a disciplina,
analisa (Silva (2006) apud DCE).
Apesar de todos esses reveses, em 2002 e 2003, a disciplina de
Sociologia se manteve em 50% das escolas paranaenses que, a partir de
2005, receberam professores concursados em 2004. Houve um aumento
gradativo do número de escolas que ofertavam a Sociologia, situação
reforçada pela entrada de sociólogos no quadro próprio do magistério da
Rede Estadual de Ensino (concurso 2004). A obrigatoriedade do ensino da
disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho Nacional de
Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino
Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em a disciplina
será ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é
defendido o princípio de equidade entre as disciplinas, de modo a garantir
um mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries
em que são ofertadas.
A trajetória do ensino da Sociologia, tanto em nível estadual quanto
nacional, caracterizada pela descontinuidade e desvalorização, deixou
marcas que dificultam a consolidação dessa disciplina no currículo
escolar. No âmbito institucional, projetos e parcerias que contemplem a
atuação conjunta e mais integrada dos cursos do Ensino Médio e as
licenciaturas em Ciências Sociais existentes no estado do Paraná, trariam
vitalidade intelectual a ambos os níveis de ensino.
Essas disciplinas têm como objetivo formar o senso crítico dos seres
humanos, para que os mesmos compreendam a sociedade em que vivem e pensem
nas relações e ações que desempenham no seu cotidiano. Sendo assim, o jovem
do ensino médio, a partir das disciplinas de Sociologia e Filosofia, poderá
interpretar, ou seja, ter uma visão crítica sobre os aspectos políticos, econômicos,
culturais e sociais do meio em que está inserido e sua participação, interação e
transformação da sociedade, com início, da ação democrática através do processo
de eleição do próprio grêmio estudantil do Colégio que ocorre anualmente e no qual
o educando é protagonista, até as eleições majoritárias em todos os níveis da ação
de exercício da cidadania.
2.CONTEÚDOS para a 1ªs Série do Ensino Médio do Núcleo Comum
Conteúdos Estruturantes: O surgimento da Sociologia.
Conteúdos Básicos: O surgimento da Sociologia Contextualização Histórica
mundial, brasileira.
Teorias Sociológicas dos principais Sociólogos Clássicos e brasileiros. Conceitos
fundamentais de Sociologia
Conteúdos Específicos
304
Modernidade ( Renascimento; Reforma Protestante; Iluminismo;
Revolução
Francesa Revolução Industrial ). Formação das Ciências Sociais e o surgimento da
Sociologia como Ciência.
August Comte e o pensamento positivista.
Durkheim e o estudo dos fatos sociais.
O pensamento marxista e o estudo das classes sociais.
A análise compreensiva de Weber e a ação social
Referência histórica de Gilberto Freire.
Trabalho reconhecido de Euclides da Cunha, Caio Prado Junior, Sérgio Buarque de
Holanda, Fernando de Azevedo, Nelson Werneck Sodré, Florestan Fernandes,
Herbert de Souza, Fernando Henrique Cardoso entre outros.
Entender o processo de socialização como fator de humanização.
A formação dos grupos humanos, suas interrelações e transformações.
Contatos sociais, interação social, grupos sociais.
Conteúdos Estruturantes: Instituições Sociais
Conteúdos Básicos: Processo de Socialização
Instituição Familiar; Instituição Escolar; Instituição Religiosa; Instituição
Estado
Características das Instituições do Paraná, Instituições Regionais, Instituições
Rionegrenses.
Conteúdos Específicos.
Comunidade, sociedades e controle social. (Diferenciar os significados de comunidade
e sociedade a partir da noção de territorialidade, temporalidade, das relações
interpessoais, da estrutura de poder e produção).
Instituições sociais e controle social - significado de instituição e o seu papel,
principais instituições ( Família, Escola, Igreja, Estado etc.).
O controle social como princípio de normatização das relações interpessoais (moral e
ética) e a crise dos valores na sociedade atual.
CONTEÚDOS para a 2ªs Série do Ensino Médio do Núcleo Comum
Conteúdos Estruturantes: Cultura e Industria Cultural
Conteúdos Básicos: Cultura.
Conceito; Etnocentrismo ; Relativismo Cultural ; Diversidade Cultural Brasileira;
Identidade; Escola de Frankfurt Cultura
Indígena Brasileira; Paranaense e
Rionegrense.
Cultura Afro-brasileira e Cultura Afro Paranaense e Rionegrense.
Homogeneização Cultural; Homogeneização Gênero e minorias.
Conteúdos Específicos
Cultura evolucionista, funcionalista, culturalista, estruturalista, interpretativa,
antropologia brasileira.
Conceituação, glossário
história da escola/ interferência
Interpretação cultural
Contribuições culturais locais
Conteúdos Estruturantes: Poder, Política e Ideologia
Conteúdos Básicos Concepções de Estado e poder Político.
O papel do Estado na formação da cidadania.
Tipos de Estado (ditatorial, democrático, social-democrático, estado socialista).
305
Modelo de Estados modernos e de economia contemporânea: Estado Liberal, BemEstar Social, neoliberalismo e socialismo. Globalização neo-liberal e neo-solidária
Conteúdos Específicos : Ideologia, Política, Democracia; Renascimento
Democracia/Clássica; direta; semi-direta; representativa; indireta; Sufrágio; Sufrágio
universal; Voto; voto direto; voto indireto; voto secreto; voto aberto; Social
Democracia; Democracia Representativa; Democracia Participativa; Totalitarismo;
Nazismo; Fascismo; Autoritarismo; Ditadura Militar; Populista; Socialismo;
Socialismo Científico; Socialismo Real; Partidos políticos/origem; Partidos Políticos
e Ideologia ;Classificação dos Partidos; Sistema Partidário; A crise das Ideologias;
Os Partidos Políticos no Brasil/ no Paraná/ Rio Negro; Importância da Participação
Política; Indiferença Política.
Conteúdos Estruturantes: Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
Conteúdos Básicos: Direitos, Sociedade Civil Organizada; Associação de
Moradores; Organizações Não Governamentais (ONGs); Movimentos Sociais.
Conteúdos Específicos; Conceito Moderno de direito (Estatuto Criança e do
Adolescente, Direitos Humanos, Estatuto do Idoso etc.); movimento social;
Cidadania ( a partir dos direitos constitucionais); Movimentos sociais(urbanos,
rurais, conservadores (TFP;UDR; etc); ONG´s (conceitos, tipos); Movimentos
Sindicais.
CONTEÚDOS para a 3ªs Série do Ensino Médio do Núcleo Comum.
Conteúdos Estruturantes: Trabalho, Produção e Classes Sociais
Conteúdos Básicos: Organização Social do Trabalho, emprego, desemprego,
subemprego, e tempo livre.
Conteúdos Específicos: Salário e Lucro; Desemprego Estrutural/Desemprego
Conjuntural; Subemprego; Informalidade; Voluntário; Cooperativismo;
Associativismo; Estágio; Empreendedorismo; Agro negócio; Agricultura Familiar;
Empregabilidade e Produtividade; Capital Humano; Reforma Trabalhista e
Organização Internacional do Trabalho; Economia Solidária ( Agenda 21);
Flexibilização do Trabalho; Neoliberalismo/Globalização; Reforma Agrária; Reforma
Sindical; Fordismo; Taylorismo; Toyotismo; Estatização e Privatização; Parceria
Pública Privada (PPP); Relações de Mercado.
Conteúdos Estruturantes: Desenvolvimento versus dependência
Conteúdos
Básicos:
Desenvolvimento
Global,
Desenvolvimento
Nacional,
Desenvolvimento Regional; Características do Desenvolvimento; Capital Social.
Conteúdos Específicos: Desenvolvimento conceituação; como emancipação;
dimensão liberdade e cidadania; questão da Amazônia; soberania;
internacionalização e sustentabilidade; Ecologia, biodiversidade e bioética.
Conteúdos Estruturantes: Juventude e desafios contemporâneos
Conteúdos Básicos: Juventude e desafios contemporâneos; Juventude e
sociedade de consumo; Juventude e sociedade da informação; Juventude e
participação política; Iª Conferência da Juventude.
Conteúdos Específicos : Juventude e desafios contemporâneos (Internet e outros
meios de comunicação de massa);Juventude e sociedade de consumo ( Tecnologia
estético-corporal e o consumismo); Juventude e sociedade da informação ( Como a
tecnologia está transformando as relações sociais); Juventude e participação
política; Iª Conferência da Juventude; Violência (física e simbólica); Marginalidade;
Pedofilia; Massificação das drogas;Conteúdos Estruturantes; Modernidade e
Sociedade.
Conteúdos Básicos: Projeto civilizatório; social; emancipação subjetiva;
306
Conteúdos Específicos: modernidade enquanto projeto civilizatório (a ruptura com
o saber teológico; o humanismo do século XVI e o Iluminismo do século XVIII como
momentos iniciais de construção de uma nova proposta civilizatória) ; modernidade
social: os direitos civis, políticos, sociais, solidários e a questão da cidadania; a
racionalidade do Estado e o Direito; a secularização dos valores, costumes,
concepções de mundo e o desenvolvimento da ciência; modernidade como
emancipação subjetiva e histórica do ser humano; razão instrumental: o homem
pensado na dimensão econômica e material; razão emancipadora; o homem
pensado na dimensão da sua liberdade e cidadania.
Justificativa dos Conteúdos
No surgimento da Sociologia, que é Sociologia e os Teóricos, conceituaremos e
evidenciaremos que a sociologia constitui um projeto intelectual tenso e
contraditório. Para alguns representa uma poderosa arma a serviço dos interesses
dominantes, para outros ela é a expressão teórica dos movimentos revolucionários,
ciência que estuda o comportamento da sociedade em geral e busca uma perfeita
organização na vida social. Inicialmente neste plano de trabalho elaboramos uma
pesquisa com o perfil dos alunos, sistematizada de forma que ao nos referir-mos em
todos os conteúdos específicos possamos tornar dialogar com eles no contexto do
educando, para que dessa forma os educandos tenham claro que a pesquisa
representa a base da sociologia, o que ela busca compreender e de seu
surgimento; como também a lista de alguns sociólogos e um pouco de suas
respectivas teorias, como a sociologia influencia na escola, na família, na nossa
religiosidade, no trabalho, na caracterização das Instituições Sociais Brasileiras
Paranaenses e Regionais,
de modo a classificar-nos socialmente e outros
procedimentos observados na sociedade, fazendo conexão de estudos das ciências
sociais ao das aulas de sociologia.
No contexto atual de importantes e aceleradas transformações que
atravessam as sociedades, a sociologia, na qualidade de disciplina científica, estuda
sistematicamente as relações sociais que se desenvolvem entre os indivíduos, os
grupos e as instituições sociais, trabalharemos nestes conteúdos seus conceitos e
as formas com que se relacionam com a cultura, com o relativismo cultural, com a
diversidade Cultural Brasileira (dentre elas a cultura Afro), Paranense, Rionegrense,
reafirmando, portanto como nos modos de produção estão entrelaçados com
nossa cultura e de que forma a Sociologia através dos teóricos, contribui para
explicar o Salário o Lucro, as causas do desemprego estrutural e conjuntural e que
os mesmos proporcionam o subemprego, a informalidade e quais as alternativas
que o
educando pode vislumbrar no voluntariado, no cooperatismo, no
associatismo, no estágio, no empreendedorismo. Ou ainda sendo nossa região de
grande expressão na agricultura proporcionaremos conceitos e explicações sobre:
Agronegócio, agricultura, agricultura familiar evidenciando que a empregabilidade e
produtividade que estão diretamente ligadas ao capital humano, procuraremos
através de pesquisa de campo evidenciar a veracidade de nossas afirmações na
confrontação de dados a partir de pesquisa e ser efetuada pelos alunos em seus
bairros sobre instituições presente em nossa cidade, a cultura a partir de várias
etnias e que modos de produção se evidencia.
Elaboram-se modos de conhecimento sobre as sociedades contemporâneas,
analisando-se, em especial, os múltiplos processos de relacionamento humano, as
formas de organização social e as dinâmicas na mudança trabalhista, para tanto
pesquisaremos em sites da internet de que forma encontra-se na
307
contemporaneidade a reforma sindical, a reforma agrária, a reforma trabalhista e
como se posiciona a Organização Internacional do Trabalho a esse respeito,
proporcionando um debate na sala de aula e elaborando uma síntese.
Face à complexidade da própria realidade social, a sociologia especializa-se
em diferentes domínios como, por exemplo Economia Solidária (Agenda 21)
proporcionando a flexibilização do trabalho, contrapondo-se com a Estatização. Em
tempos de Globalização equacionam-se sociologicamente questões como, a
privatização o neoliberalismo presente nos modos de produção do fordismo,
toyotismo, discussões como, desenvolvimento regional, econômico e social,
modernas economias do tipo Parcerias Público Privadas e quais as relações de
mercado presente na contemporaneidade, ou ainda os fenômenos ligados à
exclusão social e os diferentes conceitos de
capital social.
Trabalhando
comparativamente estes itens, automaticamente, nos reportaremos novamente ao
surgimento da sociologia. aos Sociólogos, suas teorias, as instituições sociais, as
práticas culturais, os novos modelos familiares, as identidades sociais, emprego e
qualificações profissionais, a ciência e educação, a incerteza e risco sociais, a
população.
Os conteúdos que serão trabalhos fazem parte de nossa sociedade, ao
estudar-mos o surgimento da política e da democracia, abordaremos os conceitos
dos conteúdos específicos e estudaremos as formas de governo que se
desenvolveram ao longo da história chegando aos nossos dias. Trabalharemos
também o sistema partidário suas funções na sociedade, bem como os partidos
políticos existentes na atualidade a nível nacional, estadual e regional, seu
surgimento, suas ideologias, classificação e o que leva os indivíduos a indiferença
da participação política.
Os conteúdos seguintes foram escolhidos para serem trabalhados neste
momento visto ser o complemento das discussões anteriores sendo eles em grande
parte responsáveis pelo modo de organização política e reivindicadores de seus
direitos e ao fazê-lo contemplam as aspirações dos demais eleitores, dentre eles
destacamos: Sociedade Civil Organizada; Associação de Moradores; Organizações
Não Governamentais (ONGs) e Movimentos Sociais.
O jovem atual encontra-se bastante informado tecnicamente através do
acesso aos meios de comunicação sem, no entanto ser discutido sua importância
enquanto grupo específico e é neste contexto que elencamos alguns pontos que
consideramos de relevância refletirmos com nossos educandos,
Juventude e
desafios contemporâneos; Juventude e sociedade de consumo; Juventude e
sociedade da informação; Juventude e participação política. Gostaríamos de
lembrar que todos os conteúdos a serem trabalhados estarão relacionados com os
demais conteúdos dos quais faremos referência em cada explicitação trazendo
sempre a análise dos teóricos, e demais conteúdos para que não haja fragmentação
da disciplina.
A Sociologia pertence a um grupo do que se convencionou chamar Ciências
Sociais, procura pesquisar e estudar o comportamento social humano em suas
mais variadas formas de organização e conflito, que genericamente, poderíamos
dizer que seja esse o seu objeto de foco. Não há uma divisão exata entre os
conteúdos os complexos fenômenos da vida em grupo, em sociedade;
freqüentemente utiliza-se de conceitos e interligações que perpassam por todas
elas, portando ao encerrar os conteúdos, nada mais natural do que apresentar a
308
síntese da Conferência da Juventude para exemplificar os conteúdos trabalhados e
sua conseqüência com o cotidiano da sociedade.
3. JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA
Conteúdos Estruturantes, Conteúdos Básicos e Conteúdos
Específicos
Analisar cientificamente a realidade, do ponto de vista sociológico, para o
Ensino Médio, significa partir do senso comum e elevar o conhecimento a uma
posição em que se pode explicitar uma parte da complexidade do real. E isso
obviamente se dará com a indicação de conceitos que devem ser absorvidos para se
criar uma linguagem diferenciada do senso comum. Mas não só por isso, pois o
objetivo é que o aluno possa incorporar uma linguagem sociológica, que lhe permita
olhar a realidade e exprimir-se mediante conceitos que explicam esta mesma
realidade.
“A sociologia não valeria nem uma hora de esforços se fosse um saber de
especialista reservado a especialistas”. Quando Pierre Bourdieu escreveu isso,
acreditamos que estava pensando na possibilidade de tornar a Sociologia um saber
disseminado em toda a sociedade. É este o caminho que os Planos de Ação
Docente devem nutrir, Os conteúdos estruturantes da Sociologia fundamentam-se,
(DCE 2006 p.25), “ em conhecimentos de grande amplitude, conceitos e práticas
que identificam e organizam campos de estudos considerados centrais e básicos”,
para que a compreensão dos fenômenos sociais ultrapassem o senso comum, a
partir da praxis pedagógica expressa no Plano Político Pedagógico da Escola onde
a proposta “ tem
como principal objetivo embasar todas as ações desenvolvidas
no espaço escolar, na busca da transformação das pessoas para que efetivamente
provoquem as transformações sociais necessárias para um mundo melhor”, ou seja,
na construção histórica da sociedade,
suas interações e transformações.
Procurando dar suporte aos conteúdos específicos, contextualizando-os de acordo
com as necessidades globais regionais e locais.
4.OBJETIVOS
A disciplina de Sociologia têm como objetivo formar o senso crítico dos
educandos da 1ªs ,2ª e 3ªs, Séries do Ensino Médio, para que os mesmos
compreendam a sociedade em que vivem, pensem nas relações e ações que
desempenham no seu cotidiano e a partir dessa compreensão reconfigurem suas
práticas sociais no ambiente escolar e na sociedade como um todo. Portanto os
alunos, ao final do ensino médio devem demonstrar alguns conhecimentos
sociológicos.
5. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A questão metodológica fundamental seja qual for o conteúdo, ele será
sempre um meio para se atingir o fim no desenvolvimento da perspectiva
sociológica. Mais que discorrer sobre uma série de conceitos, a disciplina pode e
deve contribuir para a formação humana na medida em que proporcione a
problematização da realidade próxima dos educandos a partir de diferentes
perspectivas, bem como pelo confronto com realidades culturalmente distantes, não
pela aprendizagem de uma teoria, mas pelo contato com diversas teorias e com a
309
pesquisa sociológica, seus métodos e seus resultados. Para tanto nos propomos a
trabalhar os conteúdos de forma dinâmica e articulada, para que isso aconteça,
entendemos que as práticas pedagógicas possam
justificar os conteúdos
específicos e ser ministradas a partir da explicitarão dos fenômenos contidos no
Livro Didático Público de Sociologia complementado com outros livros de diversos
autores, constituindo-se em aulas expositivas; dinâmica de grupo; de pesquisa de
campo e bibliográfica; projetos de pesquisa e ação; e recursos audiovisual.
As formas a serem desenvolvidas contarão com a orientação do professor
para que o conteúdo proposto seja relacionado e dependo das aptidões dos
educando, que podem acontecer na forma de produção textual, teatral, musical,
literária, , resultado de pesquisas, artigo, poesias, filmes, debates, etc, sempre
relacionada ao tema desenvolvido possibilitando a existência do movimento
problematização, teorização, aplicação ( inclusive em estágios).
6. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Uma das formas de avaliação da Sociologia acompanham a dinâmica do processo da
própria disciplina, ou seja a apreensão de conteúdos básicos da ciência expressados na
oralidade dos educandos, na organização textual dos trabalhos propostos, na reflexão crítica,
atitudes diferenciadas e criativas no convívio social da comunidade escolar. Outra verificação
da articulação entre a teoria e prática será efetuada através de uma avaliação individual, uma
de trabalho em grupo, uma de participação nas pesquisas, uma textos, questionários,
produção literária, artísticas, debates, etc, contarão com valor atribuído de 1,0 (um) à 10,0
(Dez) considerando-se a média dos mesmos.
O processo de recuperação de educandos
que apresentarem defasagem de aprendizados e não atingirem a média necessária, será
efetuada durante o horário normal de aulas com a retomada de conteúdos ou a ser
complementada com trabalhos adicionais a ser escolhido e orientado pelo professor dentro
dos conteúdos aplicados no mesmo período, prevalecendo a nota maior.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
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312
FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluridimensional e
democrática plena, capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de
compreender a complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações. Nesse mundo, que se manifesta quase sempre
de forma fragmentada, o estudante não pode prescindir de um saber que opera por
questionamentos, conceitos e categorias de pensamento, que busca articular a
totalidade espaço-temporal e sócio-histórica em que se dá o pensamento e a
experiência humana.
Considera-se que a Filosofia como disciplina na matriz curricular do Ensino
Médio pode viabilizar interfaces com as outras disciplinas para a compreensão do
mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte, como defende
Ribeiro:
Mas essas discussões, nascendo da política, da cultura ou do
comportamento, [problemas] não podem dispensar conteúdos filosóficos nem se
pulverizar: gosto da idéia de ciclos de filmes, que dialoguem entre si, falando, por
exemplo, na condição social dos personagens, no amor que vivem, na vinda do
imigrante, na luta contra a opressão. Há muito espaço para pensar e, portanto, para
a Filosofia. (2005).
Constituída como pensamento há mais de 2600 anos, a história da Filosofia
traz consigo o problema de seu ensino. Esse problema já estava presente no
embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Naquele momento
tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o papel da retórica no
ensino. Platão admitia que sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a
prática do ensino da Filosofia teria efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado,
também pensava que se o ensino de Filosofia se limitasse à transmissão de
“técnicas” de sedução do ouvinte por meio de discursos o perigo seria outro: a
Filosofia favoreceria posturas polêmicas, como o relativismo moral ou o uso
pernicioso do conhecimento.
A Filosofia se ocupa de questões cujas respostas estão longe de se obter
pela Ciência. Russell diz que problemas como a estrutura do universo, a origem das
noções de bem e mal, os efeitos que a consciência humana projeta sobre o mundo,
etc. são temas discutidos mais propriamente pela Filosofia, porque ainda são
desafiantes e carecem de respostas.
A filosofia no Ensino Médio deve garantir algumas das características
essenciais da disciplina: a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo
provocativa com o presente.
Na atual polêmica mundial e brasileira acerca dos possíveis sentidos dos
valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem um espaço a
ocupar e uma rica contribuição a dar. A Filosofia gira basicamente em torno de
313
problemas e conceitos criados no decorrer de sua longa história, os quais por sua
vez devidamente utilizados, geram discussões promissoras e criativas que
desencadeiam, muitas vezes, ações e transformações. É por essa razão que eles
permanecem atuais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos estruturantes são conhecimentos basilares de uma disciplina, que
se constituíram historicamente, em contextos e sociedades diferentes, mas que
neste momento ganham sentido e significado político, social e educacional, tendo
em vista o estudante de Ensino Médio.
O professor de Filosofia, dada a sua formação, sua especialização, suas
leituras, poderá fazer seu planejamento a partir dos conteúdos estruturantes e fará o
recorte – conteúdo específico  que julgar adequado e possível.
O Livro Didático Público de Filosofia desenvolve conteúdos específicos a
partir de recortes dos conteúdos estruturantes propostos pela diretriz utilizada como
referência para este projeto político pedegógico.
Na perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo conteúdo
não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos estudantes
para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem etc. O
valor é atribuído ao conhecimento no âmbito de uma cultura particular de um
determinado momento histórico.
Os conteúdos estruturantes não devem ser entendidos como isolados entre
si, estanques, sem comunicação. Eles são dimensões da realidade que dialogam
continuamente entre si, com as ciências, com a arte, com a história, enfim, com as
demais disciplinas.
onsidera-se que, do ponto de vista didático-pedagógico, o ensino de qualquer
das disciplinas do currículo escolar não pode prescindir de conteúdos objetivamente
mediadores da construção do conhecimento. Por isso o currículo de Filosofia
coloca-se frente a duas exigências que emergem da fundamentação desta proposta:
a) o ensino de Filosofia não se confunde simplesmente com o ensino de conteúdos;
e b) enquanto disciplina análoga a qualquer outra disciplina do currículo, tem nos
seus conteúdos elementos mediadores fundamentais para que possa desenvolver o
específico do ensino de Filosofia  a problematização, a investigação e a criação de
conceitos.
Os conteúdos, como mediadores da reflexão filosófica, devem estar
vinculados à tradição filosófica, confrontando diferentes pontos de vista e
concepções, de modo que o estudante perceba a diversidade de problemas e de
abordagens. Num ambiente de investigação, de redescobertas e recriações, podese garantir aos educandos a possibilidade de elaborar, de forma problematizadora,
suas próprias questões e tentativas de respostas.
O trabalho com os conteúdos estruturantes da Filosofia e seus conteúdos
específicos se dará em quatro momentos: a sensibilização, a problematização, a
investigação e a criação de conceitos.
314
O ensino de Filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida,
por isso é importante que na busca de resolução do problema haja preocupação
também com uma análise da atualidade, com uma abordagem contemporânea que
remeta o estudante a sua própria realidade. Dessa forma, partindo de problemas
atuais estudados a partir da história da Filosofia, do estudo dos textos clássicos, de
interpretação científica e de sua abordagem contemporânea, o estudante do Ensino
Médio pode formular seus conceitos, construir seu discurso filosófico. O texto
filosófico que ajudou os filósofos a entender e analisar filosoficamente o problema
em questão será trazido para o presente com o objetivo de fazer entender o que
ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, entender os problemas de nossa
sociedade.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Conteúdos estruturantes: Mito e filosofia
Conteúdos específicos: O que é mito?
Funções do mito.
Mitologia grega.
Passagem do mito à filosofia.
O surgimento da filosofia.
O que é filosofia?
Ironia e maiêutica.
Características do conhecimento filosófico.
Mitos contemporâneos.
Conteúdo estruturante: Teoria do conhecimento.
Conteúdos específicos: O problema do conhecimento.
Fundamentos do conhecimento.
Filosofia e método.
Racionalismo.
Empirismo.
Ceticismo.
Criticismo.
Materialismo.
Positivismo.
Crise da razão.
Perspectivas do conhecimento na contemporaneidade.
315
Conteúdo estruturante: Ética
Ética e moral.
Concepções éticas.
O que é liberdade?
Liberdade e autonomia.
Liberdade e determinismo.
Sociabilidade e reconhecimento.
Autoridade e autoritarismo.
Responsabilidade e liberdade.
Questões de gênero.
Diversidade e sociedade.
Conteúdo estruturante: Filosofia política.
Conteúdos específicos: Origens da política.
A essência da Política.
Política e Poder.
Política e violência.
Política e liberdade subjetiva.
política e sociabilidade.
Formas de governo.
Liberdade política.
Crises na política contemporânea.
A função do político na contemporaneidade.
Conteúdo estruturante: filosofia da ciência
Conteúdos específicos: senso comum e ciência.
Concepções de ciência.
Progresso e ciência.
Positivismo científico.
Política e ciência.
Ética e ciência.
Bioética.
Saber científico e saber filosófico.
316
O método científico.
Ciência empírica e ciência experimental.
Conteúdo estruturante: Estética.
Conteúdos específicos: pensar e beleza.
Estética ou filosofia da arte?
Concepções de estética.
Concepções de arte.
Arte como conhecimento.
Necessidade ou finali8dade da arte.
Arte e política.
Crítica do gosto.
Arte e movimento: cinema, teatro e dança.
Perspectivas Contemporâneas: Arte conceitual e outras perspectivas.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A diretriz de Filosofia no Estado do Paraná faz a opção pelo trabalho com
conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que se
constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos
e sociedades diferentes, e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio,
ganham especial sentido e significado político, social e educacional.
Dada a amplitude da Filosofia com seus conteúdos, sua história, seus
filósofos e a, ainda limitada, oferta de aulas na matriz curricular, fazem-se
necessários recortes conteúdos estruturantes -, sem que, entretanto, se cogite
esgotar seus conteúdos.
Os conteúdos estruturantes – Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento,
Ética, Filosofia Política, Estética e Filosofia da Ciência - estão presentes em
todos os períodos da história da Filosofia - no antigo, no medieval, no moderno e no
contemporâneo. Cabe apenas lembrar que em cada um desses grandes períodos
os conteúdos estruturantes aqui apresentados recebem tratamento diferenciado.
A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de
Filosofia, assunto bastante debatido na história da disciplina, é garantir que os
métodos de ensino não lhe deturpem o conteúdo. A idéia de que em conteúdos
como, por exemplo, moral e política praticamente não existem verdades absolutas
é tese freqüentemente defendida por filósofos. Ocorre que, essa discussão, levada
para o ensino, será inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões
definitivas provocará nos estudantes. Essa é uma característica da Filosofia que,
317
como lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico, deve ser muito bem
compreendida. Russell (2001, p.146), diante dessa polêmica, respondeu:
[...] Se perguntardes a um matemático, a um mineralogista, a um historiador,
ou a qualquer classe de cientista, que definido corpo de verdades foi pela sua
ciência estabelecido, a sua exposição durará tanto tempo quanto estiverdes
disposto a dar-lhe ouvidos. Se fizerdes, porém, essa mesma pergunta a um filósofo,
terá ele de confessar-vos, se for sincero, que os estudos a que ele se dedica não
chegaram a resultados de valor positivo que se possam comparar aos das demais
ciências.
Quando se trata do ensino de Filosofia, é comum retomar a clássica questão
a respeito da cisão entre Filosofia e filosofar: ensinamos Filosofia ou ensinamos a
filosofar? Muitos citam Kant para lembrar que não é possível ensinar Filosofia, mas
sim a filosofar, uma vez que não é possível separar a Filosofia do filosofar. Kant
quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria Filosofia. Do mesmo
modo, para Hegel não é possível conhecer o conteúdo da Filosofia sem filosofar. A
Filosofia constitui seu conteúdo, visto que reflete sobre ele.
Nessa perspectiva a diretriz curricular para o ensino de Filosofia, na qual
baseamos este documento, indica que não é possível filosofar sem Filosofia e
estudar Filosofia sem filosofar. Portanto, entende-se que o ensino de Filosofia pode
ser um espaço de estudo da Filosofia e do filosofar.
A Filosofia apresenta-se como conteúdo filosófico e também como um
conhecimento que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de
pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para criação de conceitos, unindo a
Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino de
Filosofia. Portanto, as experiências com abordagem estritamente cronológica não
costumam favorecer esse necessário diálogo.
Quando Deleuze e Guattari escrevem sobre a formação profissional
comercial do conceito, fazem-no numa perspectiva comparativa das três idades do
conceito.
A primeira idade - a enciclopédica – apresenta uma concepção abstrata do
conceito. Seria como se ele existisse num plano de transcendência, concebido
como universal, com finalidade de explicar a imanência, ou seja, a história. “Hegel
mostrava, assim, que o conceito nada tem a ver com uma idéia geral e abstrata,
nem tampouco com uma sabedoria incriada, que não dependeria da própria
Filosofia” (DELEUZE; GUATTARI, 1992, p.20). O problema apontado por Deleuze e
Guattari é que, por mais que os pós-kantianos considerem a perspectiva histórica, o
que implica a criação e a autoposição dos conceitos, estariam em busca da
construção de uma enciclopédia dos conceitos universais. Trata-se da busca de
uma perfeição inatingível e distante do plano de imanência da história da maioria
dos humanos.
A segunda idade do conceito - a pedagógica - toma ares de simplicidade
porque aproxima a Filosofia de sua vocação original de criar conceitos,
considerando, porém “as condições da sua criação como fatores de momentos que
permanecem singulares” (Idem, 1992, p. 21). Ao conceber a filosofia como criação
de conceitos esta diretriz não a vê como uma enciclopédia universal do conceito.
Não se trata, evidentemente, de defesa apolítica da singularidade. O argumento de
318
que “o primeiro princípio da Filosofia é que os Universais não explicam nada, eles
próprios devem ser explicados” (idem, p.15) implica a idéia da existência de
espaços para tais explicações e de filósofos dispostos a explicá-los. Assim, se a
criação de conceitos é acessível a todos e se todos são potencialmente filósofos,
então todos poderão rivalizar nos agóns4. Trata-se, portanto, da valorização da
criação singular num plano de imanência, num contexto histórico da convivência
com os outros e das possíveis criações coletivas.
Não se questiona a necessidade da criação de conceitos universais - a
unidade de uma sociedade, suas leis, seus valores morais - uma vez que eles só
podem resultar de um processo de amplos e profundos debates entre
singularidades conscientes do seu papel político e da necessária construção de
consensos que não se cristalizam porque são abertos a autoposição e a novas
criações.
A terceira idade – a da formação comercial do conceito – é entendida por
Deleuze e Guattari (1992) como o fundo do poço da vergonha, um desastre
absoluto, a morte do pensamento por sua rendição aos interesses do capitalismo
universal e por seu caráter imediatista, uma vez que o conceito se transmuta em
mero instrumento ao sabor do mercado, em simulacro, em jogo de linguagem,
desprovido de crítica, de criação e das potencialidades transformadoras.
O movimento geral que substituiu a crítica pela promoção comercial não
deixou de afetar a Filosofia. O simulacro, a simulação de um pacote de
macarrão tornou-se o verdadeiro conceito, e o apresentador-expositor do
produto, mercadoria ou obra de arte, tornou-se o filósofo, o personagem
conceitual, o artista. (DELEUZE & GUATTARI, 1992, p.19).
A Filosofia na escola pode significar o espaço de experiência filosófica, espaço
de criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da
imaginação, da investigação e da criação de conceitos. O que se espera é que o
estudante, ao tomar contato com os problemas e textos filosóficos possa pensar e
argumentar criticamente e que nesse processo crie e recrie para si os conceitos
filosóficos. Essa idéia não deve ser confundida com a criação de conceitos numa
perspectiva acadêmica de alta especialização.
Trata-se, então, de levar esses adolescentes a experienciarem essa
atividade reflexiva de compartilhamento desse processo de construção de
conceitos e valores, experiência eminentemente pessoal e subjetivada, mas
que precisa ser suscitada, alimentada, sustentada, provocada, instigada. Eis
aí o desafio didático com que nos deparamos. (SEVERINO, 2004, p.108).
Existem formas diversificadas de trabalhar os conhecimentos filosóficos nos
currículos escolares. Por isso os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na
perspectiva dos estudantes, de fazê-los pensar problemas com significado histórico
e social, estudados e analisados com textos filosóficos que lhes forneçam subsídios
para que possam pensar o problema, pesquisar, fazer relações e criar conceitos.
4
Termo grego que designa assembléia, espaço de reuniões, debates e disputas.
319
Ir ao texto filosófico ou à história da Filosofia não significa trabalhar numa
perspectiva em que esses conteúdos passem a ser a única preocupação do ensino
de Filosofia. Eles serão importantes desde que atualizem o problema filosófico a ser
tratado com os estudantes.
A atividade filosófica centrada, sobretudo no trabalho com o texto propiciará o
entendimento das estruturas lógicas e argumentativas, o cuidado com a precisão
dos enunciados e com o encadeamento e clareza das idéias e a busca da
superação do caráter fragmentário do conhecimento. É preciso que o professor
tenha uma ação consciente e reflexiva, para não praticar uma leitura em que o texto
seja um fim em si mesmo. O domínio é necessário: o problema está no formalismo e
no tecnicismo estrutural da leitura do texto, tecnicismo esse que desconsidera,
quando não descarta, a necessidade não só da compreensão do contexto histórico,
social e político da sua produção, como também da sua própria leitura.
Essas reflexões introduzem a questão do papel do professor de Filosofia
neste contexto do ensino de Filosofia no Ensino Médio.
Cabe ao professor de Filosofia tentar pensar filosoficamente para, acima de
tudo, conseguir construir espaços de problematização compartilhados com os
estudantes, a fim de articular os problemas da vida atual com as respostas e
formulações da história da Filosofia e com a elaboração de conceitos.
[...] O que a [...] Filosofia pretende, portanto, é provocar o despertar da
consciência de ensinar a pensar filosoficamente, isto é, ensinar a exercer a
critica radical (isto é, que chega às raízes), ou ensinar a pensar do ponto de
vista da totalidade, o que é equivalente, pois é na totalidade que as coisas
mergulham suas raízes. Pensar, ou apreender a parte na perspectiva do
todo, e o todo na perspectiva da parte. Devemos indagar pelo que se acha
na origem da Filosofia, e não em seu começo, ou seja, qual é a raiz de que
brota a necessidade de filosofar (CORBISIER, 1986, p. 86-86).
O trabalho realizado pelo professor poderá assegurar ao estudante a
experiência do “específico” da atividade filosófica. O exercício filosófico poderá
manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações,
leituras filosóficas e análises de textos, organiza debates, sugere pesquisas,
sistematizações.
O professor busca ensinar a pensar filosoficamente, a organizar
perguntas num problema filosófico, a ler e escrever filosoficamente, a
investigar e dialogar filosoficamente, a avaliar filosoficamente, a criar saídas
filosóficas para o problema investigado. E vai ensinar tudo isso na prática,
sem fórmulas a serem reproduzidas (ASPIS, 2004 p. 310).
O ensino de Filosofia tem uma especificidade que se concretiza na relação do
estudante com os problemas suscitados, na busca de soluções nos textos filosóficos
por meio da investigação, enfim no trabalho em direção à criação de conceitos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
320
Segundo Kohan e Waksman, (2002), o ensino de Filosofia tem uma
especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. A Filosofia
como prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos encontra
seu sentido na experiência de pensamento filosófico. Entendemos por experiência
esse acontecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém não
determinar e, menos ainda, avaliar ou medir.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não
tem finalidade em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e mesmo
redirecionar o curso da ação no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista
garantir a qualidade que professores, estudantes e a própria instituição de ensino
estão construindo coletivamente. Sendo assim, apesar de sua inequívoca
importância individual, no ensino de Filosofia, avaliação não se resumiria apenas a
perceber quanto o estudante assimilou do conteúdo presente na história de
Filosofia, do texto, ou dos problemas filosóficos, nem inclusive a examinar sua
capacidade de tratar deste ou daquele tema.
O ensino de Filosofia é, acima de tudo, um grande desafio, conforme salienta
Langón:
Ora, parece-me que a atividade filosófica do mestre consiste em gerar
ou dar poder ao outro: isto quer dizer também fazê-lo responsável. Nisto
reside à fecundidade, a atividade de “produzir” a capacidade de pensar,
dizer e agir de outro, que implica a realização de pensamentos, palavras,
ações diferentes das do mestre, que lhe escapam ao querer e ao “controle”
[...] Querer que o outro pense, diga e faça o que queira, isto não é um
querer fácil (2003, p.94).
Ao avaliar, o professor deve ter profundo respeito pelas posições do
estudante, mesmo que não concorde com elas, pois o que está em jogo é a
capacidade dele de argumentar e de identificar os limites dessas posições. O que
deve ser levado em consideração é a atividade com conceitos, a capacidade de
construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos
temas e discursos.
É relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de trabalhar
e criar conceitos: qual conceito trabalhou e criou; qual discurso tinha antes e qual
discurso tem após o estudo da Filosofia. A avaliação de Filosofia tem início já com a
sensibilização, coletando o que o estudante pensava antes e o que pensa após o
estudo. Com isso é possível entender avaliação como um processo que se dá no
processo e não como um momento separado, visto em si mesmo.
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de línguas estrangeiras ( LE ) no Brasil e a
estrutura do currículo escolar sofrem constantes interferências da organização
social no decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são cotidianamente
instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente
produzidos.
Falar sobre o ensino de línguas estrangeiras no Brasil remete
diretamente à criação do sistema escolar brasileiro. A ascensão e o declínio do
prestígio das línguas estrangeiras nas escolas, estão relacionadas às razões
sociais, econômicas e políticas.
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. Assim, como princípio social e dinâmico não se limita a uma visão
sistêmica e estrutural do código lingüístico, é heterogênea, ideológica e opaca.
Nessa perspectiva, a língua repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas
323
sociedades, organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e
estabelece entendimentos possíveis. Segundo Bakhtin ( 1988 ), toda enunciação
envolve a presença de duas vozes, a voz do eu e do outro. Para este filósofo, não
há discurso individual, no sentido de que todo discurso se constrói no processo de
interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo criado na relação
entre o eu e o tu que os sujeitos se constituem socialmente. Sendo assim, é no
engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que
somos. Daí a LE apresentar-se como um espaço para ampliar o contato com outras
formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da
realidade.
A aprendizagem de uma língua estrangeira contribui para o processo
filosófico como um todo. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem,
aumenta a compreensão de como a linguagem funciona, desenvolve maior
consciência do funcionamento da própria língua materna, promove uma apreciação
dos costumes e valores de outras culturas e possibilita a auto-percepção do aluno
como ser humano e como cidadão.
Entre as línguas estrangeiras contemporâneas, a inglesa é a hegemônica,
dando particular acesso à ciência e à tecnologia modernas, à comunicação
intercultural e ao mundo dos negócios, sendo certamente um diferenciador sóciocultural. Entretanto, a posição dominante do inglês nos campos de negócios, na
cultura popular e nas relações internacionais coloca-o como a língua do poder
econômico e dos interesses sociais, constituindo-se em possível ameaça para as
demais línguas. Nesse sentido, torna-se ainda mais necessária a sua
aprendizagem, a fim de se criar condições para a negociação, a troca e a
integração. Desta forma, os alunos passam de meros consumidores passivos de
cultura e de conhecimento a criadores ativos, pois o uso de uma língua estrangeira
é uma forma de agir no mundo para transformá-lo.
Buscar essa transformação, ensinando o inglês em sala de aula, torna-se
hoje uma tarefa um tanto árduo, visto que há um número ainda reduzido de horasaula para a disciplina; não há um investimento total em um material que ainda seja
adequado ao atendimento das necessidades do aluno e das competências /
habilidades que os professores precisam desenvolver nele, ocasionando muitas
vezes, o repasse de textos e exercícios mecânicos, sem o contato dele com a
linguagem representada por meio de ilustrações e isso é necessário também para a
sua aprendizagem, senão, as aulas correm o risco de serem chatas, sem motivação
e o aluno não ter aprendido nem a metade do que foi planejado pelo professor.
A língua inglesa precisa ser desenvolvida na escola com dinamismo,
segurança, entendimento, cooperação, estrutura, confiança e integração mútua
entre professor e alunos. Para que isso ocorra, devemos buscar incessantemente
novos e melhores caminhos para o seu ensinamento e entendimento, onde os
alunos sintam prazer em sua aprendizagem e o professor satisfação em seu ensino.
As aulas devem configurar espaços nos quais identidades são construídas conforme
as interações entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo
que se revelam no dia-a-dia. Objetivam-se também, dessa forma, que os alunos
desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel da LE na sociedade;
leiam, entendam, escrevam e falem o idioma, a fim de manifestar seu pensamento;
dominem as estruturas gramaticais básicas da língua inglesa de modo gradativo;
dominem um vocabulário básico que permita uma comunicação satisfatória em
324
diferentes situações; compreendam a importância do inglês como instrumento de
comunicação universal; ampliem seu universo, entrando em contato com a cultura e
a civilização de outros países que falam o inglês; aprendam uma língua estrangeira
de forma viva, dinâmica e enriquecedora; desenvolvam atividades que propiciem a
comunicação através do uso formal e informal da língua estrangeira moderna,
trabalhando situações cotidianas vividas pelos alunos e outras modalidades
comunicativas; considerem a interligação das outras disciplinas da grade curricular
com a língua inglesa, no desenvolvimento de atividades interdisciplinares; percebam
que vivem num mundo plurilíngue; tenham uma experiência de se expressar e de
ver o mundo, ampliando a compreensão de seu próprio papel como cidadão de seu
país e do mundo; reconheçam que a aquisição de uma língua estrangeira permite
acessar bens culturais da humanidade; leiam e valorizem a leitura como fonte de
informação e prazer; se estimulem no confronto entre a oralidade e a escrita;
desenvolvam atitudes e atividades sócio-interacionistas para um melhor
desempenho cognitivo; desenvolvam as habilidades básicas na língua-alvo, por
meio da observação, da reflexão, do reconhecimento e da crítica dos aspectos
linguísticos-culturais, preparando-se para a sua formação consciente e responsável,
como cidadãos de uma coletividade em constante evolução e transformações;
compreendam o por quê de estudar uma língua estrangeira moderna e estabeleçam
o seu papel enquanto sujeito da aprendizagem dentro deste contexto; convivam
prazerosamente com a aprendizagem, utilizando-se desta como fonte de lazer e
informação; conheçam e façam uso da língua estrangeira moderna como
instrumento de acesso às culturas, comparando, analisando e valorizando sua
própria língua; aprendam a língua percebendo o mundo e as maneiras de construir
sentidos, formando subjetividades; construam identidades com a interação entre
professores pelas representações e visões de mundo que vão sendo reveladas
dia-a-dia; aprendam conteúdos que ampliem as possibilidades de ver o mundo, de
avaliar os paradigmas já existentes e novas maneiras de construir sentidos de e no
mundo, considerando as relações que podem ser estabelecidas entre a LE e a
inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na
sociedade, o reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção
das identidades transformadoras; utilizem a LE em situações de comunicação
( produção e compreensão de textos verbais e não-verbais ); façam uso da língua
que estão aprendendo em situações significativas, relevantes e contextualizadas;
tenham a consciência sobre o que seja língua e suas potencialidades na interação
humana; concebam a língua como discurso, conhecendo-a e usando-a, para que se
percebam como parte integrante da sociedade e como participantes ativos do
mundo em que vivem; usem a língua em situações de comunicação oral e escrita;
vivenciem formas de participação que possibilitem estabelecer relações entre ações
individuais e coletivas; compreendam que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;
tenham maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; reconheçam e
compreendam a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o
desenvolvimento cultural do país.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
325
O estudo de língua estrangeira através de seu conteúdo estruturante – o
discurso – possibilitará ao aluno uma consciência crítica e transformadora da
realidade, subsidiada pelos elementos integradores e pelas práticas que compõem a
aprendizagem. A língua, falada ou escrita, permite-nos interagir com textos de
vários gêneros que formam o discurso, sem a superficialidade de frases ou palavras
desconectadas, conduzindo toda a complexidade das ações humanas, envolvendo
a negociação de significados, pelas nossas próprias limitações em utilizá-la e do
nosso interlocutor em interpretar a enunciação. Através dos conteúdos estruturantes
são identificados os conteúdos específicos da disciplina, bem como o
encaminhamento metodológico coerente com a concepção de ensino de LE
proposta pelas DCEs.
Para que ocorra a interdiscursividade numa proposta de trabalho interativo e
dinâmico, deve-se procurar a produção de diversos significados, por meio de
atividades de produção escrita, oral, de leitura, verbal e não-verbal. Deve-se partir
de um texto de linguagem num contexto em uso, da atualidade, focando a
abordagem crítica de leitura, enfatizando o trabalho pedagógico na interação ativa
dos sujeitos com o discurso, para que se comuniquem bem em diferentes formas
discursivas sob diferentes tipos de texto.
O professor deve considerar a diversidade de textos existentes e a
especificidade do tratamento da língua estrangeira na prática pedagógica, a fim de
estabelecer critérios para definir os conteúdos específicos para o ensino. Contudo,
deve-se levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a manutenção de uma
progressão entre as séries, considerando as especificidades da LE ofertada, as
condições de trabalho existentes na escola, o projeto político-pedagógico, a
articulação com as demais disciplinas do currículo e o perfil dos alunos.
Na seleção dos textos, deve-se analisar os elementos lingüísticos-discursivos
neles presentes, em diferentes textos( narrativos, descritivos, ficcionais,
informativos, jornalísticos, crônicas, científicos, etc. ), de forma que se objetive fins
educativos e que apresentem possibilidades de tratamento de assuntos polêmicos,
adequados à faixa etária e que contemplem os interesses dos alunos.
Os alunos podem ter a oportunidade também de participar ativamente da
escolha das temáticas dos textos, para que se estabeleçam relações entre ações
individuais e coletivas, onde eles poderão compreender a vinculação entre autointeresse do grupo e escolher conteúdos mais significativos porque resultam da
participação de todos.
Pode-se então definir e elencar os conteúdos específicos, relacionando-os
aos estruturantes e com a série a ser trabalhada em ordem crescente ( Ensino
Fundamental e Ensino Médio ) e separados posteriormente no planejamento anual
pelo professor:
Ensino Médio: greetings, the alphabet, verb to be (present), articles,
demonstratives, colors, numbers, simple present, interrogative words, plural of
nouns, there is/are, how much, prepositions, occupations.
1ª SÉRIE:
326
Estilos e modos de vida;
A natureza: a vida animal e vegetal, espécies em extinção;
Festas e comemorações;
Números;
O meio ambiente e Ecologia;
Lugares e pontos turísticos;
Tradições e costumes típicos de países e regiões;
Etnias;
Meios de transporte;
Profissões.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Inmediate future, time, ordinal numbers, dates, possessive adjectives and
pronouns, genitive case, auxiliar verbs, prepositions, present continuous tense.
2ª SÉRIE:
Saúde;
Genética;
Síndromes e pessoas com necessidades especiais;
Esportes;
O corpo humano;
Doenças;
A fome;
Drogas;
O aborto.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Imperative, past tense, regular and irregular verbs, prepositions, objetive
pronouns, indefinites, future tense, conditional.
3ª SÉRIE:
Alimentos;
Religiões;
Música;
327
A mulher;
História e cultura afro e suas manifestações artísticas (música, dança e arte)
O preconceito;
O bulling.
História do Paraná - cities “amo tourist cities”;
Agenda XXI escolar;
Aquecimento global - “environment”
Interrogative pronouns, reflexive pronouns, indefinite pronoun, comparative
and superlative, relative pronouns, adverbs, present perfect.
METODOLOGIAS:
Visando tornar o estudo da língua inglesa cada vez mais real e
dinâmico deve-se levar em consideração a competência linguística e,
principalmente, a competência comunicativa, para uma melhor interação entre os
alunos. Para tanto, seguem-se os encaminhamentos metodológicos necessários:
Usar recursos ilustrativos ( recortes de jornais e revistas, encartes de CDs, rótulos e
embalagens, manuais de instrução );
Trazer textos atuais ( diálogos, informes, anúncios ), que permitam o conhecimento
cultural e a adequação dos costumes vivenciados em sua língua materna à língua
inglesa;
Produzir pequenos textos: diálogos, cartas, quadrinhos, propagandas, manuais de
instrução, rótulos, cartões postais, receitas culinárias, roteiros turísticos, etc;
Conhecer parcialmente o vocabulário, ao se trabalhar textos, somente as palavras
mais importantes ( palavras-chave );
Estimular a repetição de frases articuladas;
Treinar a leitura de diversos textos;
Traduzir e explicar, em português, as regras gramaticais;
Fazer os exercícios oralmente em primeiro lugar. Depois repeti-los por escrito;
Propor dramatizações das situações vividas nos textos, em grupos;
Trabalhar a compreensão e a produção orais e escritas;
Debates, em português, de algum texto polêmico trabalhado em inglês;
Favorecer o trabalho em duplas ou grupos maiores;
Propiciar a análise musical ( o canto e a tradução );
Praticar o aquecimento, preparar o aluno para o que vai ser trabalhado;
Usar exemplos significativos e exercícios concretos, coerentes e lógicos;
Fazer sempre a transferência para a realidade do aluno;
Engajar os alunos sujeitos em atividades críticas e problematizadoras;
Trabalhar o texto como um espaço para a discussão de temáticas fundamentais
para o desenvolvimento intercultural, manifestando por um pensar e agir críticos;
Trabalhar o texto a partir de temas referentes a questões sociais emergentes,
abordando assuntos relevantes na mídia nacional e internacional ou no mundo
editorial;
Interagir o texto com a linguagem escrita, interpretativa, visual, auditiva e oral;
328
Apresentar ao aluno textos pertencentes a vários gêneros: publicitários,
jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc, ressaltando as suas diferenças
estruturais e funcionais, a sua autoria, bem como o caráter do público a que se
destina e, sobretudo, aproveitar o conhecimento que ele já tem das suas
experiências com a língua materna;
Ler em LE familiarizando o aluno com os diferentes gêneros textuais, provenientes
das várias práticas sociais de uma determinada comunidade que utiliza a língua que
se está aprendendo – literatura, publicidade, jornalismo, mídia, etc;
Ao trabalhar a oralidade, expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes
discursos, procurando compreendê-los em suas especificidades e incentivar os
alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suas limitações.
É importante também que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua
que está aprendendo;
Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional e
significativa, pois em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou
em alguém de quem se constrói uma representação, levando assim o aluno a
produzir um diálogo imaginário – fundamental para a construção do texto e de sua
coerência;
Articular o ensino de LE com as demais disciplinas do currículo, relacionando os
vários conhecimentos;
AVALIAÇÃO:
A avaliação será realizada em função de todas as atividades desenvolvidas no
período letivo e das habilidades esperadas do aluno. Ela deve ser parte
integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a construção dos
saberes. Segundo a LDB/96, ela deve ser cumulativa e contínua e que os
aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Além de ser útil para a
verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá para que o professor
repense a sua metodologia e planeje suas aulas de acordo com as necessidades
de seus alunos. É através dela, que é possível perceber, quais são os
conhecimentos que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam
ser mais abordados para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos
em língua estrangeira. Deve-se considerar os seguintes aspectos:
Quanto ao desempenho:
A participação;
O interesse;
A prontidão na realização das tarefas propostas;
O relacionamento em grupo;
A relação com o professor;
O cumprimento de todas as situações de aprendizagem oferecidas;
Quanto aos instrumentos de avaliação:
• Testes orais e escritos;
• Trabalhos individuais e em grupo resultantes de pesquisas;
• Exercícios de produção de linguagem;
• Quanto ao aprendizado:
329
Será avaliado o nível e o avanço no aprendizado em relação ao domínio e
compreensão da língua estrangeira, considerando o entendimento a nível de
tradução, dialogação e redação com segurança e autonomia frente ao
conhecimento adquirido.
“A avaliação não será totalmente baseada em notas e conceitos, levando em
conta somente o resultado do que o aluno faz, mas, sobretudo, nas hipóteses que
ele usa para fazer o que faz do jeito que faz.”
RECUPERAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A recuperação será paralela no decorrer do ano letivo, sendo monitorada pela
equipe pedagógica.
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LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
333
CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – INTEGRADO
BASE NACIONAL COMUM
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
EMENTA
Concepções teóricas e práticas da Língua Portuguesa. O discurso e as práticas de
oralidade, a leitura e a escrita como princípios norteadores do Ensino de Língua
Materna. Concepções teóricas e práticas da Literatura.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Na área da Língua Portuguesa é onde se reconhece a linguagem num contexto de
realidade social e histórica, como um fato linguístico do qual o homem se serve para
construir a sua história.
E, para que o indivíduo se torne um ser participante na sociedade, é necessário que
compreenda as diversas formas de articulação existentes atualmente na estrutura
da Língua Portuguesa, adquirindo o domínio da linguagem oral, escrita e leitura para
que possa atuar com consciência no mundo, formado pelo domínio do
conhecimento e suas diversas relações na sociedade.
Segundo os postulados socio-interacionistas, que fundamenta o ensino da Língua
Portuguesa e Literatura no ensino médio, a língua configura um espaço de interação
entre sujeitos que se constituem através dessa interação, pois, a língua só se
constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que interagem.
A linguagem será vista, assim, como atividade que se realiza historicamente entre
sujeitos, constituindo-se nos múltiplos discursos e vozes que a integram. Se os
gêneros discursivos são fundamento para o trabalho pedagógico com a linguagem
verbal, os conceitos de texto, de leitura não se restringem, aqui, à linguagem escrita:
eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da linguagem verbal
com “as outras linguagens” ( as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a
semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as
charges, a multimídia e todas as formas infográficas), percebendo seu chão comum
de sociointeracionais e suas especificidades de diferentes suportes tecnológicos,
modos de composição e de geração de significados.
A aptidão para ler e produzir textos com proficiência é o mais significativo indicador
de bom desempenho linguístico. Ler com proficiência implica ser capaz de
apreender os significados inscritos no interior de um texto e de correlacionar tais
significados com o conhecimento de mundo que circula no meio social em que o
texto é produzido.
A utilidade dessas aptidões no âmbito da escola, é o seu caráter interdisciplinar o
traço de maior relevo, já que interfere decisivamente no aprendizado de todas as
demais matérias do currículo, no âmbito da vida extra-escolar, constitui uma
condição indispensável para o exercício da cidadania, na medida em que torna o
334
indivíduo capaz de compreender o significado das vozes que se manifestam no
debate social e de pronunciar-se com sua própria voz.
O ensino da leitura e produção de textos é prioridade em Língua Portuguesa; é
necessário também dar um passo além de conhecimentos gramaticais isolados, já
que a construção de um texto envolve mecanismos mais complexos do que a mera
justaposição de uma frase ao lado de outra, que é descrever os mecanismos de
construção textual e capacitar o aluno a operar com eles.
O ensino da literatura deverá estabelecer uma relação lúdica do aluno com o texto,
numa interação dinâmica, capaz de promover uma visão mais ampla, abrindo-lhe
um caminho de possibilidades de leituras e fruição do trabalho estético com as
palavras.
Enfim, o direito à educação linguìstica foi nos transmitido através de uma concepção
que a torna como um conjunto de práticas interacionais, social e histoticamente
constituídas e se constituindo.
“A linguagem permeia o conhecimento e as formas de conhecer, os pensamentos e
as formas de pensar, a comunicação e os modos de comunicar, a ação e os modos
de agir” (PCN-EM)
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
-
-
Demonstrar domínio básico da norma culta da Língua Portuguesa, oral,
escrita, videográfica, cinematográfica e do uso das diferentes linguagens;
Produzir textos adequados às pesquisas e trabalhos, formular dúvidas e
elaborar conclusões;
Utilizar técnicas de expressão oral e de redação para expor idéias, relatar
informações, defender pontos de vista, com clareza, sequência, objetividade,
consequência argumentativa e adequação vocabular, analisando os fatores
que limitam o processo de comunicação;
Instrumentalizar o aluno para identificar os aspectos próprios de cada gênero
literário tanto na leitura como na produção;
Saber ver e ouvir (uma conversa, um informe de rádio, um noticiário de TV,
um discurso);
Reconhecer o uso da gramática a serviço da comunicação, visando levar o
aluno a tomar consciência do funcionamento da língua como sistema de
estruturas variadas, proporcionando ao aluno a construção de conceitos
gramaticais;
Selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações
representando de diferentes formas para enfrentar situações-problema,
segundo uma visão crítica com vistas a tomada de decisões.
Compreender e valorizar as variedades dialéticas da língua;
Observar, no momento de produção: funções organizadoras de linguagem,
coerência, coesão, enunciação (marca de pessoas, tempo e espaço);
Elaborar resumos, sínteses, roteiros, índices, entrevistas, seminários,
resenhas;
Ler, interpretar, criticar, argumentar, resumir, sintetizar e criar;
Ler e interpretar textos diversos;
Envolver-se no mundo da leitura e adquirir autonomia para ler;
Ler por prazer, fruição do texto para prazer estético;
335
Ler, interpretar textos em diferentes níveis de linguagem (literário, informativo,
opinativo, noticioso).
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
Linguagem Oral
-
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Seminários.
Linguagem Escrita
-Relatórios de experiências.
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos.
-Notícias.
-Reportagens.
-Artigos
-Redação oficial e comercial
Literatura.
-Linguagem literária e não literária;
-Gêneros não literários;
-Crônica;
-Conto;
-Romance;
-Poema;
-Novela;
-Estilos literários: trovadorismo, humanismo e classicismo;
-Literatura brasileira – séc XVI: literatura informativa;
-Estilos literários: barroco, arcadismo
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Língua, fala, níveis da fala;
-Funções da linguagem;
-Figuras de linguagem;
-Fonética;
-Ortografia;
-Emprego da crase;
336
-Estrutura e formação das palavras;
-Emprego do hífen;
Pontuação;
Coesão e coerência.
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
2ª SÉRIE
Linguagem Oral
-
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos.
-Notícias.
-Reportagens.
-Artigos
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: romantismo, realismo, naturalismo, parnasianismo e simbolismo
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Classes das palavras: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo,
advérbio, preposição, conjunção e interjeição;
Prática de Análise de Textos Lidos
337
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
3ª SÉRIE
Linguagem Oral
-
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias
Depoimentos;
Entrevistas;
Relatos;
Seminários
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos;
-Redação oficial e comercial;
-Relatório de experiências;
-Notícias;
-Reportagens;
-Artigos
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: pré-modernismo, modernismo, tendências contemporâneas.
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Sentenças simples: estruturas básicas;
-Sentenças construídas com verbos intransitivos, transitivos e de ligação;
-Sentenças complexas: coordenação e subordinação;
-Estruturas sinônimas;
-Sentenças reduzidas;
-Colocação pronominal;
-Regência verbal e nominal;
-Concordância verbal e nominal;
-Vícios de linguagem.
338
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
4ª SÉRIE
Linguagem Oral
-
Debates;
Exposições de pesquisas; idéias, relatórios;
Depoimentos;
Entrevistas;
Relatos;
Sínteses;
Seminários
Linguagem Escrita
-Produção de textos descritivos, narrativos, dissertativos;
-Redação oficial e comercial;
-Relatório de experiências;
-Notícias;
-Reportagens;
-Artigos;
-Projetos.
Literatura.
-Gêneros não literários;
-Conto;
-Estilos literários: pré-modernismo, modernismo, tendências contemporâneas.
-Prática de Análise Lingüística
-Domínio da norma padrão;
-Pontuação;
-Coesão e coerência;
-Sentenças simples: estruturas básicas;
-Sentenças construídas com verbos intransitivos, transitivos e de ligação;
-Sentenças complexas: coordenação e subordinação;
-Estruturas sinônimas;
-Sentenças reduzidas;
-Colocação pronominal;
-Regência verbal e nominal;
-Concordância verbal e nominal;
339
-Vícios de linguagem.
Prática de Análise de Textos Lidos
-Compreensão crítica do conteúdo;
-Análise da estrutura do texto;
-Análise das opções expressivas.
-Observações:
•
•
Os estudos referentes à parte gramatical da língua, serão desenvolvidos de
forma concomitante com os textos.
Os textos para os estudos serão de fontes variadas como: jornais, revistas,
letras de músicas, filmes, artigos de autores renomados, livros didáticos e
outros. Desta forma será possível trabalhar a partir de discussão de um texto
literário, para se chegar à composição de artigos de caráter científico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
“Concepção de linguagem e procedimentos metodológicos não são
realidades isoladas, isto é, o modo como concebemos a linguagem condiciona a
metodologia do professor de Língua Portuguesa. “ (FARACO, 2005)
No encaminhamento metodológico da disciplina, o material linguístico
articulador será “o texto”. Não apenas textos isolados, mas preferencialmente
textos em confronto, todos os tipos de textos; textos de autores consagrados, textos
dos alunos, textos do professor, do jornal, da revista, do folheto de rua... as ações
metodológicas devem envolver a leitura, produção e análise dos textos.
O professor buscará não seguir uma única organização, mas sim, usará uma
metodologia que favoreça a diversificação das atividades, compreendendo o
trabalho individual, o trabalho em duplas ou em pequenos grupos e o trabalho com
toda a turma, além de atividades expositivas do professor.
Os conteúdos serão desenvolvidos numa seqüência gradual de complexidade
de acordo com as exigências de cada estrutura textual, utilizando estruturas
variadas.
A análise das obras literárias terá um acompanhamento mais crítico-reflexivo,
com questionamentos sociais, filosíficos, éticos, econômicos e culturais,
relacionados aos tempos atuais.
Os temas gramaticais serão abordados por meio de diferentes trajetos,
combinando percursos mais intuitivos, estimulando a capacidade do aluno na
observação dos fenômenos da língua e mais expositivos, estimulando no aluno a
construção de um saber mais sistematizado desses fenômenos da língua. Por
considerarmos que estudar um conjunto de temas gramaticais, postos numa
sequência desprovida de qualquer articulação funcional, não é indicador de um bom
desempenho linguístico, houve a tentativa de apresentar uma exposição mais
sistemática de temas gramaticais. Enfim, selecionando os elementos gramaticais
340
indispensáveis para se entender os fenômenos linguísticos que ocorrem “ao vivo”,
nos textos.
A análise das obras literárias terá um encaminhamento mais crítico-reflexivo,
com questionamentos sociais, filosóficos, éticos, econômicos e culturais, procurando
contribuir para que os alunos percebam a dinâmica histórico-cultural do fazer
literário; que a boa literatura transcende os limites de seu tempo e que também
aprendam a fruir a força e a beleza do fazer literário.
Tais procedimentos serão atingidos através de:
-Exposição oral crítico-reflexiva;
- Debates;
- Pesquisa bibliográfica;
- Leitura e análise crítica de textos individuais e de grupo;
-Seminários.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS
A avaliação será dada contínua e cumulativamente já que não se pode
fragmentar o processo de domínio das práticas socioverbais.
A avaliação pressupõe, então, uma clara articulação entre professor e aluno;
objetivos e práticas metodológicas, tendo uma definida função formativa.
É inquestionável que transformações no ensino não se separam de
transformações sociais mais amplas. Todavia, acredita-se que a formação teórica e
prática dos alunos deve estar aliada a uma consciência política das tarefas sociais
que deve cumprir, pode contribuir para a formação social dos alunos.
Os alunos serão avaliados como um todo, através da:
- participação do aluno em sala de aula;
- testes orais; testes escritos; produções de textos; provas; participação em
debates; apresentação de pesquisas; leitura oral; interpretação de texto.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ABREU ,Antonio Soares. Curso de redação.São Paulo: Ática.
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1974.
.BELINE ,Ana Helena C. A Dissertação. São Paulo: Ática
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 3 ed. São Paulo: Cultrix,
1980.
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Editorial PSY.
FARACO, Carlos Alberto. Área de linguagem: algumas contribuições. In .
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FARACO e MOURA.Gramática. São Paulo: Ática.
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MEC/SEB/ Departamento de Políticas do Ensino Médio. Orientações curriculares do
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SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002.
SOARES, Magda B. Que professor de português queremos formar? Disponível em
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SOUZA,Luiz Marques de. Compreensão e Produção de textos. Petrópolis,RJ:
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LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS
EMENTA
Textos em diferentes
gêneros textuais. Conhecimentos linguísticos,
discursivos, sócio-pragmáticos e culturais. Práticas de oralidade, de leitura e de
escrita – trabalhadas simultaneamente. Articulação com as demais disciplinas do
currículo relacionando os vários conhecimentos.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
342
Atualmente a língua de acesso a milhares de outras comunidades e a que
melhor representa a nova cultura mundial em formação é, sem dúvida, o inglês.
Quem consegue entender e expressar-se nessa língua tem condições de
comunicar-se com um número imenso de pessoas em todo o mundo. Assim, o
conhecimento de inglês possibilita “viajar” pelo mundo sem deslocar-se pois ele
permite visitar museus, galerias e bibliotecas via internet, estabelecer contatos
com pessoas que vivem do outro lado do planeta através de chats, fazer compras
no exterior por catálogos, entender o significado de uma canção ou de um
manual de instruções, recepcionar estrangeiros, passar por exames de seleção,
entre muitas outras coisas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Inglesa visa:
-
Proporcionar ao aluno conhecimento sobre novas culturas e suas
diversidades culturais, colaborando para a elaboração da consciência da
própria identidade;
Ampliar suas experiências culturais ao comparar e contrastar a sua cultura
com a estrangeira, transformando o aluno em um sujeito crítico capaz de
interagir criticamente com o mundo à sua volta;
Conhecer e usar a Língua Estrangeira Moderna como instrumento de acesso
a informações, a outras culturas e grupos sociais;
Comunicar-se utilizando-se das funções básicas da L.E.M., tais como:
apresentar alguém, solicitar e fornecer informações, cumprimentar e receber
cumprimentos;
Compreender a realidade e seus processos sociais, políticos, econômicos,
tecnológicos e culturais.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
-
-
Textos de diferentes gêneros: literário, informativo, narrativo, descritivo,
dissertativo, publicitário, jornalístico, diálogo com linguagem verbal ou não
verbal para que o aluno perceba as diferentes formas lingüísticas que cada
um apresenta;
Conhecimento gramatical de acordo com o texto trabalhando a estruturação
necessária para que o aluno possa expressar suas idéias claramente;
Produção escrita a partir dos estudos vistos anteriormente. Serão
desenvolvidos variados trabalhos para que os alunos expressem sua opinião
com clareza;
Leitura dos diferentes tipos de discursos procurando compreende-los em sua
especificidade e também a familiarização com os sons específicos da L.E.M.,
léxico, entonação, estruturação;
Atividades de listening através de músicas, filmes, entrevistas.
343
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O encaminhamento centra-se nos quatro temas de conhecimento: leitura,
escrita, escuta e a fala.
As aulas serão trabalhadas com textos. Para se encaminhar à leitura de
textos, sempre deve-se partir do diagnóstico de conhecimento. Perguntas orais
sobre o tema para um pré conhecimento do assunto, com levantamento de
vocabulário de palavras já conhecidas.
Leitura individual, silenciosa e oral.
Identificação de palavras cognatas, vocabulário visto, estruturação, outros.
Identificação da idéia central: se o autor é favorável ou desfavorável sobre o tema –
considerar e provocar sempre a opinião do aluno.
- Levantamento de questões sobre o tema
- Explicação da estruturação;
- Criação de frases, slogans, mensagens sobre os temas trabalhados.
- Atividades em grupos através de cartazes, painéis, murais e outros, utilizando
recursos gráficos, artísticos, poesias, músicas e outros recursos do dia a dia dos
alunos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS
Deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a
construção de saberes.
A avaliação deve ser contínua e cumulativa e que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
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EDUC, 1997.
CORACINI, M. J. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua
estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.
CORACINI, M. J. R. F. O caráter persuasivo da aula de leitura. Trabalhos em
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MOITA LOPES, L.P. da. Oficina de Lingüística Aplicada. Campinas, Mercado de
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SCARAMUCCI, M.V.R. O papel do léxico na compreensão em leitura em língua
estrangeira: o foco no produto e no processo. Tese de doutorado. UNICAMP.
Campinas, São Paulo.
VALE. D.R. do. Relações anafóricas em perguntas de compreensão em leitura em
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LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
344
ARTE
EMENTA
Teatro e Dança
EMENTA: Conhecimento teórico- prático dos fundamentos do teatro, dança, música
e artes visuais como elementos essenciais para a formação dos sentidos humanos
e familiarização dos bens culturais produzidos na história da humanidade. O
conhecimento em arte constitui-se pelos seus elementos formais
e de
composição, relacionados aos movimentos e períodos e a compreensão do
tempo e espaço nas obras de arte e no cotidiano.
Teatro e Dança
Música/Artes Visuais
EMENTA: Conhecimento teórico prático dos elementos básicos da linguagem
musical e a utilização da música como instrumental para a educação infantil e anos
iniciais.
Conhecimento teórico-prático dos fundamentos das artes visuais. Enfoque da arte
como área do conhecimento nas suas dimensões de criação, apreciação e
comunicação como instrumental para a educação infantil e anos iniciais.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O homem é um ser criador. É criando que deixa a sua marca durante a breve
passagem que faz pela vida, na tentativa de permanecer vivo na memória de seus
semelhantes.
Quando o homem compõe, modela, dança ou escreve, quando constrói uma
casa para morar ou entalha um brinquedo, quando usa formas e cores, gestos e
ritmos, é um ser que cria, que pensa. É um artista.
O ser humano aprecia a criação desde pequenino e com o passar do tempo
essa criação torna-se cada vez mais elevada, desde que seja incentivado a todo
momento. Cabe ao professor das séries iniciais proporcionar inúmeros momentos
de criação com seus alunos, garantindo assim a possibilidade de um futuro digno,
pois o mundo atual exige cada vez mais pessoas criativas.
Cada momento corresponde a uma forma de arte. Por essa razão o universo
artístico é tão múltiplo, fascinante e necessário, para a plena realização do ser
humano.
A arte é um bem necessário e deve ser vivenciada de forma integral todos os
dias.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Construir e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para a
compreensçao de fenômenos naturais do processo histórico e das
maniofestaçãoes artísticas;
Enfrentar com confiança e disposição novas situações;
345
-
Ter iniciativas na busca de informações de que necessite manifestar o desejo
de aprender, o gesto pela pesquisa e apreço pelo conhecimento;
Conhecer e desenvolver habilidades motoras como fonte de saúde e
equilíbrio;
Conhecer a cultura da humanidade como forma de expressão da
sensibilidade humana;
Compreender as manifestações artísticas como prática social , como
invenção a partir de uma realidade concreta;
Possibilitar ao aluno traduzir a leitura da realidade, o conhecimento, a
compreensão do mundo humano que se quer refletir e expressar;
Proporcionar aos alunos do magistério conhecimento artístico necessário
para sua futura prática docente;
Proporcionar momentos que elevem a arte para primeiro plano, incentivando
assim a sua prática interdisciplinar em todo e qualquer momento;
Relacionar as artes com o nosso dia-a-dia proporcionando ao aluno a criação
de sua própria arte;
Proporcionar ao aluno a valorização do ser PENSAR e CRIAR, através de
propostas pedagógicas relacionadas com a arte moderna;
Proporcionar ao aluno o conhecimento teórico prático dos princípios
fundamentais nos quatro campos artísticos: PLÁSTICA, MÚSICA, DANÇA E
TEATRO, como instrumental para a educação infantil e séries iniciais;
Relacionar criações artísticas do aluno, tanto na plástica, na música, na
dança e no teatro, com temas paralelos, como a sexualidade, a cidadania, a
ética, o meio ambiente e a pluralidade cultural;
Incentivar o aluno a pensar
e decidir o que fazer, adaptando ou
transformando um trabalho artístico;
Desenvolvimento da sensibilidade do aluno;
Reconhecimento das artes ao longo da história da humanidade;
Apreciação das diferentes formas de expressão artística.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
PLÁSTICA
- Arte Pré-histórica; arte egípsia; arte grega; renascimento; arte barroca; arte
moderna; função da Arte no mundo atual; Elementos Visuais: ponto, linha,
forma, cor, textura, plano, volume; Composições bidimensionais: desenho,
pintura, colagem, gravua; Composições tridimensionais: modelagem,
maquete, dobradura, escultura, móbile; Qualidades plásticas: equilíbrio,
harmonia, dinâmica.
MÚSICA
- Evolução da música ao longo da história; ritmos musicais; Elementos
sonoros: altura, duração, timbre, intensidade, densidade;
qualidades
sonoras; instrumentos musicais: sopro, percursão; Padrôes sonoros: erudito,
popular, folclórico; cantos; construção de instrumentos musicais.
TEATRO
- Elementos da Ação Dramática: roteiro, enredo, drama; Personagem:
expressão verbal, expressão gestual, expressão facial; Espaço Cênico:
346
cenário, sonoplastia, iluminação; Ação Dramática: improvisação, jogos
dramáticos, mímica, dramatização, faz-de-conta; Técnicas: teatro imagem,
teatro simultâneo, teatro debate.
DANÇA
- Evolução da dança desde a pré-história; estilos de dança; ritmos;
movimentos corporais em relação a: Espaço:direção, nível e altura,
dimensão, distância; Dinâmica: leve, médio, forte; Tempo: lento, médio,
rápido; Coreografias: improvisada, original.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As aulas serão realizadas, considerando:
- Explicações e demonstrações de livros, fotos e vídeos;
- Utilização das técnicas;
- Experiências práticas nas áreas de expressão;
- Elaboração de trabalhos variados;
- Leitura de textos e resolução de problemas;
- Desenhos e técnicas criativas;
- Pesquisas;
- Apresentações de trabalhos em todas as áreas de expressão artística;
- Exposição dos trabalhos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS
Lembrando que arte não se ensina, e sim, se expressa, centrado no
espontaneísmo e na liberação das emoções, a avaliação acontecerá da seguinte
forma:
- Das habilidades técnicas e do domínio dos materiais que serão utilizados
pelo aluno na sua expressão;
- Análise da produtividade verificando se atingiram os objetivos propostos;
- Controle do ensino/aprendizagem através das análises das avaliações e
planejamento de modos criativos de avaliação dos quais os alunos podem
participar e compreender.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
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LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
EDUCAÇÃO FÍSICA
EMENTA
Aspectos históricos da disciplina de Educação Física. Elementos lúdicos da Cultura
Corporal (jogos, dança, luta, esporte, ginástica) levando em consideração a “práxis”
pedagógica. Reflexões críticas da educação psicomotora.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Física, assim como as demais disciplinas de tradição
curricular, em sua evolução histórica sofreu influências de pensamento filosófico,
tendências políticas, científicas e pedagógicas que contribuíram para a formação/
conformação do trabalhador em seus aspectos bio-psico-sociais.
A Educação Física como uma área de conhecimento da cultura
corporal de movimento e a Educação Física Escolar como uma disciplina que
introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão
que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir
dos jogos, dos esportes, das lutas e das danças em benefício do exercício crítico da
cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
Para tanto, é necessário desenvolver uma concepção de Educação
Física em que a atividade intelectual e a atividade corporal se harmonizem de forma
a melhor integrarem o ser humano no relacionamento consigo mesmo, com os
outros, com os objetos e com o mundo, resgatando historicamente a cultura
produzida pela sociedade ao se situarem na contemporaneidade.
A formação de docentes deve estar articulada com a análise do papel
da educação na sociedade.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Ao final do curso o aluno deverá ser capaz de:
- Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais, assim como
capacidade para discutir e modificar regras;
- Assumir uma postura ativa na prática das atividades físicas, e consciente da
sua importância na vida do cidadão;
350
-
-
Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as
diferenças individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir
os objetivos a que se propôs;
Reconhecer na convivência e nas práticas pacíficas, maneiras eficazes de
crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura
democrática sobre diferentes pontos de vista postos em debate;
Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física,
enquanto objeto de pesquisa e área de interesse social e de mercado de
trabalho.
Compreender o funcionamento do organismo humano
de forma a
reconhecer e modificar as atividades corporais, valorizando-as como melhoria
de suas aptidões físicas;
Conceituar esforço, intensidade e frequência, aplicando-as em suas práticas
corporais;
Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de
descerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura
autônoma, na seleção de atividades procedimentos para a manutenção ou
aquisição da saúde;
Compreender as diferentes manifewstações da cultura corporal,
reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e
expressão.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima).
- Índice de massa corporal ( IMC) – obesidade e suas conseqüências.
- Atividade física e saúde.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- a Educação Física no contexto histórico cultural ( história, teoria, tendências,
concepções).
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL, FUTSAL.
- Evolução histórica e social.
- O esporte como fenômeno social e político.
- Fundamentos básicos.
- Regras e penalidades.
- Jogo com aplicação das regras oficiais.
- Jogo adaptado com regras modificadas pelo grupo.
ATLETISMO:
- Evolução histórica e social.
- O atletismo como fenômeno social e político.
351
- Corridas de velocidade e resistência.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- Evolução histórica e social.
- As lutas como manifestações sociais.
GINÁSTICA:
- Evolução histórica e social – os diferentes tipos de ginástica.
- Ginástica geral.
JOGOS/ BRINCADEIRAS:
- Evolução histórica e social dos jogos.
- Jogos populares.
- Diferença entre jogo e desporto.
DANÇA:
- Evolução histórica e social.
- Ritmo.
- A dança como linguagem corporal.
2ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima)
- Índice de massa corporal ( IMC)
- Crescimento e Desenvolvimento infantil – modificações bio- psico- sociais.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- Concepção de corpo – sendo determinado pelos aspectos biológicos,
cognitivo, social e
comportamental.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL E FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogos adaptados com regras modificadas pelo grupo.
- Regras e penalidades.
ATLETISMO:
- Salto em altura.
- Salto em distância.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- Evolução histórica e social.
352
- As lutas como manifestações sociais.
GINÁSTICA:
- Ginástica localizada.
- Ginástica aeróbica.
JOGOS/ BRINCADEIRAS:
- Brincadeiras populares: amarelinha, pular corda, elástico, bolinhas de
gude.
DANÇA:
- Ritmo.
- Danças brasileiras: samba, baião, valsa, afoxé, xaxado.
3ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima)
- Índice de massa corporal ( IMC)
- Fases e estágios motores na 1ª e 2ª infância.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- Concepção de movimento humano.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL E FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogo adaptado com regras modificadas.
- Regras e penalidades.
ATLETISMO:
- Arremesso de peso.
- Regras oficiais.
LUTAS:
- As lutas como manifestações sociais.
- Análise sobre os dados da realidade das relações positivas e
negativas com relação a
prática de lutas e a violência.
GINÁSTICA:
- A ginástica esportivizada: ginástica artística.
JOGOS/ BRINCADEIRAS:
- Jogos cooperativos.
- Brincadeiras de roda.
353
DANÇA:
- Danças urbanas: rap, funk, break, pagode, de salão.
4ª SÉRIE
● CONHECIMENTOS DO CORPO:
- Exame biométrico.
- Freqüência cardíaca ( mínima e máxima).
- Índice de massa corporal ( IMC).
- Desenvolvimento motor e aprendizagem motora.
● CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO:
- A criança e a cultura corporal de movimentos: o resgate do lúdico e a
expressão da criatividade.
ESPORTES: VOLEIBOL, HANDEBOL, BASQUETEBOL, FUTSAL.
- Jogos com aplicação das regras oficiais.
- Jogos adaptados com regras modificadas pelo grupo.
- Regras e penalidades.
LUTAS:
- As lutas como manifestações sociais.
- Análise sobre os dados da realidade das relações positivas e
negativas com relação a
prática de lutas e a violência.
GINÁSTICA:
- A ginástica esportivizada: ginástica rítmica.
JOGOS/ BRINCADEIRAS:
- Classificação dos jogos.
- Jogos pré- desportivos.
- Cantigas de roda.
DANÇA:
- Danças folclóricas brasileiras.
METODOLÓGIA DA DISCIPLINA
A necessidade de entender a Educação Física no contexto geral da
educação, ou seja, articulada no processo ensino- aprendizagem, é premente e leva
à reflexão do que é o verdadeiro ensino da Educação Física nas escolas.
A Educação Física enquanto área do conhecimento e aspecto da
educação, envolvida com o movimento, deverá contribuir para mudanças e
transformações individuais e coletivamente aliando-se a base didática, pedagógica
dando novo sentido e direção à sua prática.
354
É tarefa da Educação Física escolar é garantir o acesso dos alunos às
práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo de vida
pessoal de praticá-las com conhecimento e consciência corporal desenvolvendo
suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, oferecer instrumentos
que sejam capazes de apreciá-las criticamente, visando seu aprimoramento como
seres humanos.
A ação pedagógica deverá se embasar nas possibilidades educativas
do movimento humano. A prática desse movimento deverá promover novas
realidades comportamentais de caráter individual e social que correspondam às
exigências físicas, motoras, afetivas e cognitivas atuais de uma sociedade em
constante transformação.
A metodologia praticada para alunos/ alunas do curso Formação de
Docentes deverá estar vinculada à ação pedagógica destes futuramente,
compreendendo melhor a função da escola e as características de quem aprende.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação da aprendizagem deve estar de acordo com os princípios,
conteúdos e objetivos que expressam uma concepção de educação física numa
perspectiva crítico superadora visando buscar novas formas de entendimento e
compreensão de seus significados no contexto escolar.
A avaliação deve estar voltada à aprendizagem de todos os alunos
através de um processo contínuo e sistemático com ênfase em avaliações
diagnósticas e formativas, onde os domínios psicomotor, cognitivo e afetivo são
vistos de forma globalizada, buscando a superação de dificuldades através da
realimentação dos conteúdos e apreciação crítica do próprio trabalho ( autoavaliação).
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação
Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade
Normal. SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Profissional. Ctba. 2006.
OLIVEIRA, Vitor Marinho de. O que é educação física. Brasiliense, São Paulo,
1987.
MEDINA, João Paulo Subirá. A educação física cuida do corpo e mente.
Papirus, São Paulo,1986.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro. Scipione.
GONÇALVES, Maria Cristina et ali. Aprendendo a educação física. Bolsa
Nacional do Livro, 1996.
355
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de ensino da educação física.
Cortez, 1992.
DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO
MÉDIO. SEED/PR, 2006.
DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. Orientações curriculares educação
física. 2005
MIYAGIMA, Cláudio. Apostila curso de aperfeiçoamento para professores
de educação física atuantes no 2º grau- habilitação magistério. SEED/PR
MAGILL, Richard A. A aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São
Paulo, 1984.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
MATEMÁTICA
EMENTA
Conjuntos do Números Reais, Noções sobre Números Complexos, Polinômios,
Noções Básicas de Geometria Não-Euclidiana, Análise Combinatória, Biômio de
Newton, Estatística e Matemática Financeira. Funções, Progressões, Matrizes,
Determinantes, Sistemas Lineares, Geometria Plana, Trignometria, Geometria
Espacial e de Posição, Probabilidade.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Matemática que será ministrada aos alunos deste
curso, tem um significado muito grande, pois será o embasamento para conseguir
êxito em um vestibular, ou em sua vida profissional que escolher.
É através dela que o aluno vai relacionando os conteúdos vistos
anteriormente, e se os resultados são positivos ou negativos.
Também tem a finalidade de instruir o nosso aluno para enfrentar a
matemática do nosso dia a dia, pois sem ela a vida social será bem mais difícil.
356
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Intensificar no aluno o gosto pelas ciências exatas, bem como com o
raciocínio lógico na solução dos problemas ocasionais.
Levar o aluno a desenvolver a capacidade de efetuar operações
matemáticas, analisar e aplicar conhecimentos já adquiridos na sua vida cotidiana
bem como na sua atividade profissional.
*Leitura , interpretação e produção de textos matemáticos, vinculados ao
conteúdo trabalhado.
*Utilizar os conceitos matemáticos na resolução de situações –
problemas.
*Uso adequado da matemática nos termos tratados.
*Analisar as propriedades matemáticas envolvendo figuras geométricas,
números e variáveis.
*Transcrever linguagem matemática para simbólica.
*Ler interpretar e representar matematicamente, elaborar um texto
matemático.
*Conhecer e aprender a usar corretamente as novas tecnologias da
matemática.
*Desenvolver novas estratégias para selecionar problemas.
*Utilizar o conhecimento dentro da matemática e relacioná-lo
interdisciplinarmente.
*Desenvolver conhecimentos especificos para medir e comparar
grandezas, calcular, construir tabelas e gráficos.
*Conhecer e relacionar as relações entre as medidas dos ângulos do
triângulo.
*Promover a compreensão do significado, da estrutura e da função dos
conceitos trigonométricos.
*Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na
sociedade em que vive.
*Promover a apreciação das atividades matemáticas enquanto práticas
culturais.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
CONTEÚDO DA 1ª SÉRIE
I – NÚMEROS REAIS
Trabalhar uma revisão dos conjuntos : N, Z, Q, I e R.
Trabalhar a revisão das quatro operações nos números reais
Matemática financeira: Razões, Regra de Três, Porcentagem, Juros Simples.
Relações : Conceitos e Representação no Plano Cartesiano.
II – FUNÇÕES
357
1. Função do primeiro grau
2. Função do segundo grau
3. Função Modular
4. Função Exponencial
5. Função Logarítmica
III – PROGRESÕES
1. Progressão Aritmética
- Seqüências numéricas
- Introdução a P. A.
- Fórmula do termo Geral
- Interpolação Aritmética
- Som dos Termos de uma P. A.
2. Progressão Geométrica
- Introdução a P. G.
- Classificação das P. G.
- Fórmula do termo geral da P. G.
- Interpolação Geométrica
- Soma dos Termos de uma P. G.
- Produto dos termos de uma P. G.
IV - MATRIZAES
1. Noções de Matrizes
2. Representação genérica de uma matriz
3. Tipos de matrizes
4. Igualdade de matrizes
5. Adição e Subtração de matrizes
6. Multiplicação de um número real por uma matriz
7. Matriz transposta
8. Matriz inversível
CONTEÚDO DA 2ª SÉRIE
I - DETERMINANTES
1. Introdução aos determinantes
2. Calculo de determinantes de ordem 1 , 2 e 3
3. Regra de Sarrus
4. Cofator de um elemento de uma matriz de ordem n, com n > 2
5. Determinante de um a matriz quadrada de ordem n
6. Propriedades dos determinante
II - SISTEMAS LINEARES
1. Resolução de uma equação linear
2. Sistemas de Equações lineares
3. Matrizes de um sistema linear
4. Regra de Cramer
5. Classificação de um sistema linear
6. Fatorial
7. Números binomiais
358
8. Triângulo de Pascal
9. Desenvolvimento do Binômio de Newton
III - ANALISE COMBINATORIA
1. Introdução a Analise Combinatória
2. Principio Fundamental da contagem
3. Arranjos
4. Permutação simples
5. Combinação simples
CONTEÚDO DA 3ª SÉRIE
I – TRIGONÔMETRIA
1. Medida de um arco de circunferência
2. Medida de um ângulo central
3. Razões trigonométrica no triângulo retângulo
4. Propriedades e relações do seno, cosseno, e tangente de um ângulo
agudo
5. O ciclo trigonométrico
6. O arco trigonométrico
7. A função seno
8. A função cosseno
9. A função tangente
10. Relações entre as funções trigonométricas
11. Recorrência ao arco do primeiro quadrante
12. Equação do tipo sen x = sen a , cos x = cos a e tg x = tg a
II - GEOMETRIA ANALITICA
1. Distância entre dois pontos no plano 0xy
2. Razão de secção de um segmento por um ponto
3. Ponto médio de um segmento
4. Baricentro de um triangulo
5. Área de um triângulo
6. Condição de alinhamento de três pontos
7. Equação do feixe de retas que passa em um ponto
8. Equação geral da reta e outras formas
9. Problemas que envolvem a intersecção de duas retas
10. Paralelismo, perpendicularismo e ângulo entre duas retas
11. Distância de um ponto a uma reta concorrente
III - GEOMETRIA ESPACIAL
1. Retas e planos
2. Diedros
3. Ângulos poliédricos
4. Poliedros
5. Relação de Euler
6. Poliedro regulares
7. Prismas
8. Área lateral e total de um prisma
359
9. Paralelepípedos
10. Volume do prisma
11. Pirâmides
12. Pirâmide regular
13. Tetraedro
14. Secção transversal de uma pirâmide
15. Volume da Pirâmide
16. Cilindros
17. Cones
18. Esferas
19. Circunferências
CONTEÚDOS DA 4ª. SÉRIE
I - PROBABILIDADE
1. Espaço amostral
2. Eventos
3. Probabilidade da união de dois eventos
4. Propriedades das probabilidades
5. Adição de probabilidades
6. Multiplicação de probabilidades
II - POLINÔMIOS
1. Função polinomial
2. Valor numérico de um polinômio
3. Grau de um polinômio
4. Polinômios idênticos
5. Operações com polinômios
6. Divisão de polinômio por binômio do primeiro grau
III - NUMEROS COMPLEXOS
1. Conjunto dos números complexos
2. Igualdade de números complexos
3. Operações com números complexos
4. Forma trigonométrica dos números complexos
5. Equações polinomiais ou algébricas
6. Raiz de um equaçã
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Para o desenvolvimento das aulas de matemática aplicando os conteúdos,
adotamos aulas expositivas, textos auxiliares, situações problemas, pesquisas
em forma de trabalhos usando o quadro negro, a biblioteca e os materiais
didáticos disponíveis no colégio.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
360
Os alunos serão avaliados pelos conteúdos estruturantes e contidos nas
ementas apropriados, (participação, interesse, assiduidade e educação), mais
testes, provas, e atividades em classe e extra-classe, trabalho de pesquisa.
A recuperação paralela, será proporcionada aos alunos que precisarem,
participando da correção das provas e testes, e apresentação de um trabalho com a
cópia de todos os conteúdos do bimestre com os exemplos e exercícios resolvidos,
mais a copiadas avaliações corrigidas.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
CARAÇA, B.J.
Conceitos fundamentais da Matematica .
Lisboa: s.c.p., 1970
BIANCHINI, Edvaldo ePACCOLA, Herval.
São Paulo: – Ed. Moderna
Curso de Matemática . volume Único.
BUCCHI, Paulo. Matemática. volume único, São Paulo: Ed. Moderna
CENTURIÓN, M. Conteúdo e Metodologia da Matemática : Números e Operações.
São Paulo: Scipione, 1994
BOYER, C. B, . Historia da Matemática . São Paulo: Edusp, 1974
LONGEN, Adilson .Matemática – Coleção Nova Didática – Ensino Médio. Curitiba:
Positivo, 2004.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica: Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006
FÍSICA
EMENTA
Movimentos: tempo, espaço, massa, leis de conservação (momentum e energia) e
movimento oscilatório; Termodinâmica: leis da termodinâmica, entropia e calor;
Eletromagnetismo: conceito de carga elétrica, conceito de campo elétrico e
magnético, leis de Maxwell, onda eletromagnéticas e Ópitca;
361
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Introdução
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade: a
necessidade de descobrir os segredos das coisas e da natureza. Para alcançar
esse objetivo – o de descobrir como as coisas funcionam – nem sempre a simples
observação é suficiente, por isso, no curso da história da humanidade o homem
vem desenvolvendo experimentos que simulem os fenômenos naturais com o
propósito de melhor estudá-los. A interpretação lógica e criativa dos resultados
desses experimentos tem se caracterizado como os pilares básicos do
conhecimento científico, e da própria Física.
Entretanto, a Física não está, de modo semelhante à outras áreas do
conhecimento, atrelada a meras repetições, mas caracteriza-se como meio de
produção de conhecimentos por meio de pesquisas de laboratório, e, ligadas à
produção industrial, científica e tecnológica.
Muitas vezes, sequer se percebe sua aplicabilidade e importância no dia a
dia, quer em equipamentos, conforto, trabalho e laser. A Física é parte integrante da
vida cotidiana do ser humano, ainda que este a desconheça.
A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto a utilização dos
conhecimentos científicos e tecnológicos, bem com o repensar dos efeitos de sua
utilização sobre o ser humano e sobre o ambiente no qual é utilizado.
Encaminhamento Filosófico
A Física, enquanto ciência, é muito interessante pelo aspectos gerais que ela
contempla, desde a imensidão do cosmo até a minúsculo reino das partículas subnucleares, dos fenômenos sub ao super-luminares, mas para isso deve ser
abordado de um modo adequando e atualizado.
Já estão superadas as épocas nas quais ela era apresentada como um
conjunto de regras prontas e terminadas que poderiam ser utilizadas em dados
momentos cruciais, tal como os da era do determinismo (século XIX). A teoria da
relatividade e a mecânica quântica, desenvolvidas a partir da década de 20,
modificaram as formas de se ver e interpretar o mundo, exigindo do ser humano
uma maior criatividade, sem cercear a caracterização básica da ciência – que é
método científico – para investigar, apresentando-o como aspecto formativo de
desenvolver o raciocínio científico, e como aspecto informativo, mediante o qual o
educando edifique seus conhecimentos com dados a serem memorizados,
adequada e racionalmente.
Segundo esta forma de pensar, segue-se um relacionamento lógico de
interação entre os aspectos.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Analisar e interpretar os fenômenos naturais, identificando-os como
físicos ou não, situando-os dentro das muitas divisões da física.
Reconhecer os fenômenos físicos e as leis a ele relacionadas.
Reconhecer as aplicações da física nas diversas aplicações tecnológicas.
362
Interpretar os conceitos de movimentos relacionando-os com seu
cotidiano.
Aplicar as Leis de Newton da Mecânica Clássica e interpretar seu sentido
mais abstrato, sob implicações filosóficas.
Explicar os conceitos de trabalho e energia.
Identificar os Princípios da Termodinâmica, associando a eles as
transformações recíprocas de calor em trabalho, associando às aplicações
tecnológicas do seu dia a dia.
Explicar o funcionamento das máquinas térmicas.
Explicar e aplicar os conceitos de força, campo e trabalho elétrico.
Listar pontos importantes da eletrodinâmica e apontar sua aplicação.
Explicar, apontando as aplicações do eletromagnetismo.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
3ª SÉRIE
10.0
– Introdução à Física
15.0
– Energia
10.1
Conceitos
15.1
Trabalho
10.2
Importância
15.2
Potência
10.3
Divisões
15.3
Energia Mecânica
10.4
Sistema
Internacional
de15.4
Conservação da Energia
Unidades
16.0
– Estática
11.0
– Cinemática
16.1
Força Resultante
11.1
Movimento e Repouso
16.2
Decomposição de Forças
11.2
Trajetórias
16.3
Resultante de sistemas de três ou
11.3
Velocidade e Aceleração
mais forças
12.0
– Movimentos Retilíneos
17.0
Equilíbrio de corpos rígidos
12.1
Uniforme
17.1
Torque
12.1.1
Funções Horárias
17.2
Binários
12.2
Uniformemente Variados
17.3
Condições de Equilíbrio
12.2.1
Propriedades
18.0
– Equilíbrio de Partículas
12.2.2
Funções Horárias
18.1
Partículas em equilíbrio sob ação
13.0
– Forças
de duas forças
13.1
Conceito
18.2
Partículas em equilíbrio sob a ação
13.2
Lei de Hooke
de três ou mais forças
13.3
Peso
19.0
– Centro de Gravidade
14.0
– Dinâmica
19.1
Centro de gravidade
14.1
Conceitos
14.2
Leis de Newton
14.3
Força de Atrito
14.4
Força Centrípeta
363
3ª SÉRIE
20.0
– Termometria
25.6
20.1
Temperatura e sua medida
térmicas
20.2
Equilíbrio térmico
25.7
20.3
Escalas termométricas e sua26.0
conversão
26.1
20.4
Escalas Arbitrárias
26.2
21.0
– Calorimetria
26.3
21.1
Conceitos
26.4
21.2
Quantidade de Calor
retilínea
21.3
Capacidade Térmica
26.5
21.4
Princípio das trocas de calor
27.0
21.5
Calorímetros
27.1
22.0
– Mudanças de Estado Físico 27.1.1
22.1
Mudanças de fase
27.1.2
22.2
Leis das mudanças de fase
27.1.3
22.3
Quantidade de calor latente
27.1.4
22.4
Diagramas de aquecimento
espelhos
23.0
– Dilatação
27.2
23.1
Dilatação Linear
27.2.1
23.2
Dilatação superficial
27.2.2
23.3
Dilatação Volumétrica
Gauss
23.4
Dilatação dos líquidos
27.2.3
23.5
Lâminas bimetálicas
27.2.4
24.0
– Gases Perfeitos
27.2.5
24.1
Variáveis de estado
esféricos
24.2
Condições
normais
de28.0
temperatura e pressão
28.1
24.3
Equação de Clapeyron
28.2
24.4
Lei Geral dos gases perfeitos 28.3
24.5
Transformações
Gasosas28.4
Particulares
28.5
25.0
– Termodinâmica
28.6
25.1
Trabalho termodinâmico
28.7
25.2
Transformações cíclicas
28.7.1
25.3
Energia Interna de uma gás
28.7.2
25.4
Primeira Lei da Termodinâmica 28.7.3
25.4.1
Definições
28.7.4
25.4.2
Aplicações
28.7.5
25.5
Segunda Lei da Termodinâmica esféricas
•
Carga Elétrica
1. Carga elétrica
2. Eletrização
3. Eletroscópios
Rendimento
das
Máquinas
Ciclo de Carnot
– Óptica
Luz e fontes
Princípios da óptica geométrica
Fenômenos Luminosos
Conseqüências da propagação
Sistemas ópticos
– Reflexão da Luz
Espelhos Planos
Formação de Imagens
Campo Visual
Espelhos angulares
Rotação e translação de
Espelhos esféricos
Elementos
Focos e condições de
Raios notáveis
Formação de Imagens
Equações dos espelhos
– Refração da Luz
Definições
Índice de refração
Leis da Refração
Reflexão total e ângulo limite
Lâminas de faces paralelas
Prismas
Lentes esféricas
Nomenclatura
Elementos
Raios Notáveis
Formação de Imagens
Equações das lentes
4ª SÉRIE
• Circuitos Elétricos
1. Conceitos
2. Lei de Ohm Generalizada
3. Leis de Kirchhoff
364
•
•
•
•
•
•
•
4. Princípios Associados
•
4.1. Atração e Repulsão
4.2. Quantização
4.3. Conservação da Carga Elétrica
Força Elétrica
•
1. Força Elétrica
2. Campo Elétrico
Corrente Elétrica
1. Conceito
2. Tipos de Correntes
3. Sentidos
4. Intensidade de Corrente
Lei de Ohm
1. Resistores e Resistência
2. Leis de Ohm
•
3. Associação de Resístores
3.1. Série
3.2. Paralela
Potência Elétrica
1. Conceito
2. Aplicações
•
Energia Elétrica
1. Transformações
2. Consumo da Energia Elétrica
3. Conta de “Luz”
•
Geradores Elétricos
1. Conceito
2. Equações
Receptores ativos
1. Conceito
2. Equações
Magnetismo
1. Conceito
2. Imãs e Pólos
3. Princípios
Efeito Magnético da Corrente Elétrica
1. Experimento de Örsted
2. Campo Magnético em torno de:
2.1. Fio Retilíneo
2.2. Espira
2.3. Solenóides
2.4. Aplicações:
2.4.1. Eletroimãs
2.4.2. Campainhas
2.4.3. Relés
Força Magnética sobre cargas
1. Movimento de cargas em campos
magnéticos
2. Lei de Lorenz
3. Aplicações:
3.1. Espectrômetro de Massa
Força magnética sobre Condutores
1. Condutores em meio a campo
magnético
2. Interações entre condutores
Indução Eletromagnética
1. Fluxo Magnético
2. Corrente Induzida
2.1. Lei de Faraday
2.2. Lei de Lenz
3. Aplicações
3.1. Geradores
3.2. Motores Elétricos
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A principal preocupação do desenvolvimento da Física assenta-se na
tentativa de expor os conhecimentos formulados através dos séculos – e que
portanto faz parte da bagagem histórica e cultural da humanidade, de forma
simples, sem no entanto atentar contra o necessário rigor científico.
A função dos exercícios a serem desenvolvidos pelos alunos é o de fixar
conceitos estudados, tanto por meio da pesquisa bibliográfica, nas diversas formas
de mídia e ainda àquelas advindas do uso da Web ou diretamente com autoridades
nos assuntos, todos servindo de modelos para a construção de raciocínios a serem
aplicados em situações cotidianas, possibilitando a aquisição de conhecimentos à
medida que a disciplina vai sendo desenvolvida durante o curso.
O uso de apresentações, que individuais ou em grupos, com ou sem recursos de
multimídia, e relatórios impressos visam aperfeiçoar as habilidades de comunicação,
tanto nos níveis de lingua materna, como das linguagens científicas e matemáticas.
365
O desenvolvimento das habilidades de previsão e verificação de hipóteses, que tem
por objetivo básico o desenvolvimento da habilidade de se utilizar o método
científico, será desenvolvido por meio de trabalhos experimentais sempre que for
possível.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados pela participação, interesse, assiduidade e
desempenho apresentados. Serão utilizados também instrumentos como: testes,
provas, atividades em classe e extra-classe, bem como trabalhos de pesquisa.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ALONSO, M.; FINN, E. J. Física: Um Curso Universitário. São Paulo: Edgard
Blucher, 1972.
CHAVES, A. Física. 4 vol. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso Editores, 2000.
GREF.Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2ª ed. 3 vol. São Paulo:
EDUSP, 1995.
DÉGURSE, A et all. Phisique: classe de premiéres. Paris: Hatier, 1988.
GONÇALVES FILHO, A ; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2002.
MÁXIMO, A ; ALVARENGA, B. Física: volume único. São Paulo:Scipione, 1997.
ROCHA, J. F. (org.): Origens e Evolução das Idéias da Física. Salvador, EDUFBA,
2002.
TIPLER, P.. Física Para Cientístas e Engenheiros. 4 vol. Rio de Janeiro, RJ: Livros
Técnicos e Científicos, 1995.
GREF.Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. 2ª ed. 3 vol. São Paulo:
EDUSP, 1995.
DÉGURSE, A et all. Phisique: classe de premiéres. Paris: Hatier, 1988.
GONÇALVES FILHO, A ; TOSCANO, C. Física para o Ensino Médio. São Paulo:
Scipione, 2002.
MÁXIMO, A ; ALVARENGA, B. Física: volume único. São Paulo:Scipione, 1997.
LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
QUÍMICA
EMENTA
366
A relação Química - sociedade - tecnologia: Interações e transformações no
meio ambiente; - Experimentos; - A química e as transformações na história da
produção. Estudo das propriedades específicas dos materiais. Processos de
separação e purificação. Estados dos materiais. Átomo e tabela periódica.
Transformações químicas e quantidades. Ligações químicas, interações
intermoleculares e propriedades dos materiais. Soluções e solubilidade.
Termoquímica. Eletroquímica. Equilíbrio químico. Propriedades coligativas. A
química das drogas e medicamentos e as funções orgânicas.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Uma das principais características do ser humano é a curiosidade, a
necessidade de descobrir os segredos da natureza. Para alcançar estes objetivos,
nem sempre a simples observação é suficiente. Por isso, há séculos o homem vem
criando experimentos que simulam os fenômenos naturais. A interpretação lógica e
criativa dos resultados desses experimentos tem sido um dos pilares do
conhecimento científico.
No entanto a Química e a Física, assim como as outras ciências, que estão
limitadas às pesquisas de laboratório e à produção industrial. Ao contrário, embora
às vezes você não perceba, a Química e a Física estão presentes à nossa vida e
são partes importantes dela.
A sociedade atual exige uma posição cada vez mais crítica quanto à
utilização dos conhecimentos científicos e tecnológicos e de seus efeitos no ser
humano e no meio ambiente.
A Química participa do desenvolvimento científico-tecnológico com
importantes contribuições específicas, cujas decorrências tem alcance econômico,
social e político.
Tanto a Química quanto a Física são ciências realmente interessantes para
o aluno quando elas são abordadas de forma adequada e atualizada. Já passaram
os tempos em que eram apresentadas como um conjunto de regras a serem
puramente decoradas para uso no momento oportuno. Elas tem atualmente
aspectos informativos mediante o qual o aluno edifica seu conhecimento com dados
que deve guardar racionalmente, depois de um relacionamento lógico entre eles.
O aprendizado de Química pelos alunos do Ensino Médio implica que eles
compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma
abrangente e integrada e assim possam julgar com fundamento as informações
advindas da tradição cultural, da mídia e da própria escola e tomar decisões
autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. Esse aprendizado deve
possibilitar aos alunos a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto
da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações
tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais e econômicas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Conhecer fatos.
367
-
Idéias sobre a constituição do átomo.
Relacionar matéria e energia.
Identificar tipos de ligações.
Compreender fenômenos atmosféricos.
Utilizar corretamente a atmosfera, hidrosfera e a litosfera.
Sintetizar a tabela periódica.
Reconhecer os tipos de reações químicas.
Identificar as funções da química inorgânica.
Compreender as leis químicas.
Conscientizar o aluno da importância da Química no cotidiano;
Interpretar algumas fórmulas relacionadas ao seu dia a dia;
Confrontar conhecimentos adquiridos ao longo do ano com sua
realidade;
Aprimorar seu senso crítico;
Conhecer as potencialidades da área da Química;
Ter consciência do que a Química pode fazer pelo nosso futuro;
Discutir o conhecimento popular, explicando-o através da ciência.
CONTEÚDOS POR SÉRIE
3ª SÉRIE
Introdução à química
Matéria.
Substâncias.
Estados físicos.
Mudanças de estado físico.
Misturas.
Estrutura atômica
Histórico.
Teorias.
Conceito de Z, A, n, p e elétrons.
Isotopia, isobaria, isotonia.
Os quatro números quânticos.
Classificação Periódica dos Elementos
Ligações químicas
Iônica.
Covalente.
Metálica.
Função química
Ácido.
Base.
Sal.
Óxido.
Nox.
Equações químicas.
368
-
Acerto de coeficientes.
Reações químicas
Massa atômica
Massa molecular
Cálculo estequiométrico
Dispersões;
Classificação de soluções;
Coeficiente de solubilidade;
Título e Porcentagem em Peso de uma solução;
Concentração Comum e Densidade de uma solução.
Molaridade e Molalidade de uma solução;
Fração Molar de uma solução;
Normalidade de uma solução.
Relação de unidades de concentração;
Diluição de uma solução;
Misturas de soluções;
4ª SÉRIE
-
Titulometria de uma solução.
Noções de Equilíbrio químico;
Potencial Hidrogeniônico de uma solução;
Potencial Hidroxiliônico de uma solução.
Histórico sobre Química Orgânica
A experiência de Wöhler;
Elementos Organógenos;
Compostos de Transição;
Propriedades Fundamentais do Carbono;
Classificação das cadeias carbônicas;
Definição de Radical Orgânico;
Regras de Nomenclatura segundo a IUPAC.
Hidrocarbonetos. Alcanos, Alcenos, Alcinos, Ciclanos, Ciclenos e
Aromáticos;
Funções Químicas Orgânicas Oxigenadas. Fenóis, Enóis e
Álcoois.
Éteres;
Ácidos Carboxílicos, Aldeídos e Cetonas;
Derivados de Ácidos Carboxílicos;
Halogenados Orgânicos.
Compostos Nitrogenados;
Aminoácidos, Proteínas;
Glicídios.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
369
A principal preocupação do desenvolvimento da Química é procurar expor a
matéria numa linguagem simples e com a maior clareza possível, sem prejudicar o
rigor científico necessário.
Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos
referentes à ética e cidadania, bem como serão abordados os temas transversais
estabelecidos pela escola.
A função de exercícios, apresentações e trabalhos é fixar os conceitos
estudados, servindo de modelos para construir raciocínios no dia a dia,
possibilitando a aquisição do conhecimento à medida que a matéria vai sendo
desenvolvida durante o curso.
Explanação oral formando grupos para discussão dos tópicos
relacionados;
Utilização do quadro-negro e giz;
Utilização do vídeo, trazendo temas atuais;
Utilização do computador, através do acesso à internet como
forma de pesquisa;
Apresentação de algumas aulas práticas.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Serão observadas e levadas em consideração as pesquisas feitas em sala
de aula ou em horário diferente das aulas.
A participação ativa do aluno durante as aulas teóricas ou aulas de
resolução de exercícios, considerando o interesse demonstrado;
Resultados das provas, testes e trabalhos feitos com datas marcadas
previamente.
Entrega de relatórios das aulas práticas que eventualmente possam ocorrer.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
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Gaia, 2003.
DIAS, Genebaldo Freire. Iniciação à temática ambiental. São Paulo : Global, 2002.
Grupo de Pesquisa em Educação Química. Interações e Transformações: Química
para o 2º Grau: Guia do Professor. São Paulo: Editora da Universidade de São
Paulo, 1994.
370
MORTIMER, Eduardo Fleury. Química para o ensino médio. São Paulo: Scipione,
2002.
VANIN, José Atílio. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São
Paulo : Moderna, 1994.
ATKINS, Peter W. e JONES, Loreta I.Princípios de Química trad -.Ignes Caracelli...
[et al... ], Porto Alegre, Ed Bookman, 2001.
BAIRD, C. Química ambiental. 2ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2002
CHAGAS, A . P. Como se faz química. Campinas: Editora Unicamp, 2001.
CHASSOT, A. Alfabetização Científica. Questões e desafios para a educação. Ijuí :
Editora Unijuí, 2000
DELIZOICOV, D; ANGOTTI, J.A. & PERNAMBUCO, M.M. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002
GEPEQ .Interações e transformações I - Professor . São Paulo: EDUSP, 2002.
GEPEQ .Interações e transformações II - Professor . São Paulo: EDUSP, 2002.
GOLDFARB, A.M.A . Da alquimia à química. São Paulo: Landy, 2001.
KUHN, T.S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 2003.
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1999.
MALDANER, O . A . A formação inicial e continuada de professores de Química:
professor /pesquisador. Ijuí: Editora Unijuí, 2000.
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MÓL, G.S.; SANTOS, W.L.P. (orgs).Química na sociedade: projeto de ensino de
química em um contexto social. V.1 e 2 . Brasília: Editora UNB, 1998
MORTIMER, E.F. Linguagem e formação de conceitos no ensino das ciências. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2000.
NETO, B.B.; SCARMINIO, I.S; BRUNS, R.E . Como fazer Experimentos. Pesquisa e
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ROMANELLI, L.I.; JUSTI, R.S. Aprendendo Química. Ijuí. Editora UNIJUÍ, 1997.
RUSSEL, J.B. Química geral. Trad. Sanioto, D.L. et.al. São Paulo: Mc Graw-Hill do
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MORTIMER, Eduardo Fleury. Química para o ensino médio. São Paulo: Scipione,
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SARDELLA, Antônio. Química Geral. São Paulo: Ática. 1997.
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VANIN, José Atílio. Alquimistas e químicos: o passado, o presente e o futuro. São
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LEI Nº 13381 - 18/12/2001 Publicado no Diário Oficial Nº 6134 de 18/12/2001.
LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
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BIOLOGIA
EMENTA
A Ciência no decorrer da história da humanidade. Organização dos Seres
Vivos, classificação e distribuição dos seres vivos. Mecanismos Biológicos,
funcionamento dos sistemas biológicos. Biodiversidade, relações ecológicas,
variabilidade genética, origem e evolução dos seres vivos. Implicações dos Avanços
Biológicos no Fenômeno Vida, pesquisa científica, avanços científicos e
tecnológicos, ciência e transformações sociais, bioética. Educação ambiental e
desenvolvimento humano, social, político e econômico. Saúde Pública e Escolar.
Orientação Sexual, embriologia, formação humana, medidas preventivas.
APRESENTAÇ ÃO GERAL DA DISCIPLIN A
O ensino de Biologia tem como principal função, contextualizar e integrar os
sujeitos no espaço em que fazem parte de maneira consciente, com
responsabilidade e sabedores dos limites de suas atitudes e atos. Fazer os sujeitos
perceberem que para que se mantenha o equilíbrio entre os seres e o ambiente ao
qual estão inseridos e são dependentes, é necessário uma interação de forma
coerente.
Contextualizar os sujeitos nas perspectivas que são criadas a todo instante,
das mudanças que ocorrem nas interações que os seres fazem, das necessidades
de fazerem-se reflexões sobre o meio e suas dinâmicas, das dependências que se
evidenciam nos processos naturais a todo o momento e das impossibilidades que
serão criadas, quando não existir coerência e responsabilidade nas integrações
existentes. Fazer o sujeito perceber as formas de vida, a variabilidade nos fatores
naturais e a grandiosidade da fauna e flora em todos os ambientes. Caracterizar o
ambiente próximo à realidade do sujeito. Torná-lo não só conhecedor, mas
principalmente, questionador e crítico, para que se torne também um construtor.
Através do uso de livros como pressuposto teórico, onde o aluno já possui
os conceitos básicos e um princípio na introdução dos estudos será dimensionado
aulas alternativas, como práticas em laboratórios, no pátio da escola e visitas ao
meio em que a escola está inserida, para que se construa não só uma reflexão
sobre o que se pressupõe nos conteúdos, mas principalmente, fazer com que in
loco, o aluno construa seus conhecimentos através da percepção na realidade,
sobrepondo o abstrato, onde as metodologias monótonas, pouco interessantes,
desestimulante e pouco eficaz, se evidenciam.
372
Nessa categoria de Ensino, FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO
INFANTIL E DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – INTEGRADO,
fazer com que os educandos se apropriem dos conhecimentos básicos da Biologia e
possam disseminar esses como forma de conscientizar futuramente e inibir
processos que futuramente serão mais drásticos e efetivos que os atuais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Desenvolver conhecimento do meio e das interações que nele ocorrem focando
sempre as dependências que existem e a necessidade de integração com
racionalidade;
-
Levar os alunos perceberem que é através de uma integração responsável, será
possível um equilíbrio e manutenção dos processos do meio;
-
Capacitar os alunos com conhecimentos básicos do meio que integram;
-
Transpor conteúdos programados dos livros em uso na escola;
-
Demonstrar maneiras alternativas de ensinar a Biologia, utilizando a prática
como ferramenta mas efetiva.
CONTEÚDOS PROGRAMADOS
1ª SÉRIE
-
Introdução à biologia;
-
Origem do Universo;
-
Origem da vida;
-
Princípios científicos: uso e adaptação deles;
-
Ciência e tecnologia: perspectivas futuras;
-
Ecologia: conceitos fundamentais;
-
Biologia celular;
-
Embriologia;
-
Reprodução;
-
DSTs;
-
Anticoncepcionais;
-
Tecidos animais: epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso;
-
Engenharia genética: clonagem, transgenia, células tronco;
-
Bioética.
373
- Sistemas e aparelhos do organismo humano;
- Educação Ambiental;
- Saúde pública e escolar. .
2ª SÉRIE
-
Introdução ao estudo dos seres vivos;
-
Taxonomia;
-
Epidemologia;
-
Vírus: um grupo sem reino;
-
Bactérias: um reino oculto;
-
Reino Protista;
-
Reino Plantae;
-
Histologia vegetal;
-
Organologia vegetal;
-
Fisiologia vegetal;
-
Introdução geral ao Reino Animalia;
-
Filo Porífera;
-
Filo Celenterata;
-
Filo Equinoderma;
-
Filo Platelminte;
-
Filo Nematelminte;
-
Filo Anelídea;
-
Filo Molusca;
-
Filo Artrópoda;
-
Filo Chordata.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
-
Aulas ministradas seguindo os pressupostos teóricos inseridos nos livros em
uso;
-
Aulas em laboratório, adaptando os conteúdos programados em dinâmicas em
que o aluno coloque em prática a teoria contextualizada;
-
Aulas no laboratório de informática, utilizando-se dos conteúdos programados,
capacitando os sujeitos nas ferramentas desse meio;
-
Visitação in loco quando for possível, contextualizando os conteúdos
programados;
374
-
Trabalhos de pesquisa, onde os alunos além de desenvolver suas capacidades
de inter-relação social, poderão também descobrir e levantar dados que ainda
não foram contextualizados em sala de aula;
-
Filmes contextualizando os conteúdos da apostila;
-
Aulas elaboradas pelos alunos contextualizando conteúdos previstos, mas com
dinâmicas que serão possivelmente aproveitadas pelos educandos quando
efetivarem suas formações docentes.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
-
Serão realizadas atividades em que o aluno possa colocar em prática, parte da
teoria que está sendo desenvolvida nos conteúdos propostos, como:
- debates das questões propostas nas apostilas;
- dissertação de assuntos propostos nos conteúdos;
- pesquisas sobre questões da apostila, do professor, dos alunos, dos meios de
comunicação, outros;
- interação de grupo para debates e proposição de idéias;
- questões relativas aos assuntos em foco na sala de aula.
- Também, as aulas que deverão ser programadas e efetivadas pelos educandos,
terão que ser apresentadas como “Planos de Aula” e relatórios constando
conteúdos e aplicação deles, deverão ser construídos constantemente.
-
Todas as atividades desenvolvidas, em que o aluno não tenha um desempenho
que atinja os índices mínimos estabelecidos, serão propostas novas atividades
como forma de superação de defasagem;
-
Também serão sugestionadas dinâmicas diferenciadas, para aqueles alunos que
não conseguem se adaptar ao que está sendo proposto, possam interagir da
forma que lhes é mais coerente;
-
Os alunos que justificarem sua ausência nos dias programados de avaliação
poderão fazer a mesma, com atividades diferentes das que tinham sido
propostas.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
BIZZO, N. Ciência: fácil ou difícil ? São Paulo: Ática. 2002.
DIAS. G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 8 ed. São Paulo:Gaia. 2003
__________ Iniciação à temática ambiental. 2 ed. São Paulo:Gaia, 2002.
375
KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo:Editora da
Universidade de São Paulo. 1987.
SANTOS. M. A . Biologia Educacional. 17ª ed. São Paulo:Ática. 2002.
SCLIAR, M. et all. Saúde pública: histórias, políticas e revoltas. São Paulo: Scipione.
2002.
SUPLICY, M. Sexo para adolescentes: amor, puberdade, masturbação,
homossexualidade, anticoncepção, DST/AIDS, drogas. São Paulo:FTD, 1998.
TELAROLLI JR. R. Epidemias no Brasil: uma abordagem biológica e social. São
Paulo:Moderna, 1995
Amabis, José Mariano; Martho, Gilberto Rodrigues. BIOLOGIA DAS CÉLULAS. 2ª
ED. - VOL. 1, 2 e 3. São Paulo : Moderna. 2005.
Dias, G. F. Educação ambiental: princípios e práticas. 8ª ed. São Paulo : Gaia.
________ Iniciação à temática ambiental. 2ª ed. São Paulo : Gaia, 2002.
Krasilchik, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo : Editora da
Universidade de São Paulo. 1987.
Lopes, Sonia. BIO.vol. único,- 1ª edição. São Paulo : Saraiva. 2004.
Santos, M. A. Biologia educacional. 17ª ed. São Paulo : Ática. 2002.
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LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003.
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HISTÓRIA
EMENTA:
Ações e relações humanas como objeto de estudo da história. Categorias de
análise: espaço e tempo como contextualizadoras do objeto de estudo. A
construção histórica das comunidades e sociedades e seus processos de trabalho
no espaço e no tempo. A configuração das relações de poder nos espaços sociais
no tempo. As experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e as
permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais. A história e
cultura Afro-brasileira e história do Paraná. Análise de fontes e historicidade.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
O estudo da história no Curso de Formação de Docentes objetiva a formação
de um indivíduo capaz de entender as relações de trabalho, as relações de poder e
as relações culturais, as quais se articulam e constituem o processo histórico, bem
como
compreender que o estudo do passado se realiza a partir de
questionamentos feitos no presente por meio da análise de diferentes documentos
históricos.
O aluno deverá compreender como se encontram as relações de trabalho no
mundo contemporâneo, como estas se configuraram e como o mundo do trabalho
376
se constituiu em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos inerentes
às relações de trabalho.
No que diz respeito as relações de poder, o aluno deve compreender que
estas encontram-se em todos os espaços sociais e também deve identificar,
localizar as arenas decisórias e os mecanismos que as constituíram.
Quanto às relações culturais, o aluno deverá reconhecer a si e aos outros
como construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de
cada sociedade e as relações entre elas. O aluno deverá entender como se
constituíram as experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo e detectar as
permanências e mudanças nas diversas tradições e costumes sociais. Tais
compreensões e reconhecimentos devem, na medida do possível, contemplar a
história local (município, estado) bem como a história nacional e universal.
Estes objetivos se constituem em critérios que subsidiarão o processo
avaliativo da disciplina.
CONTEÚDOS:
A proposta das Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná reconhece a
importância do conhecimento sistematizado, fundamentado na idéia de conteúdos
estruturantes das disciplinas escolares. Para a disciplina de História no Ensino
Médio os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de poder e
as relações culturais, os quais dão seqüência aos conteúdos estruturantes
trabalhados no Ensino Fundamental onde os conteúdos estruturantes assumiram
um caráter de dimensão num sentido mais amplo. Ensino Médio estes conteúdos
assumem um recorte mais específico apontando para o estudo das relações
humanas.
As ações e relações humanas constituem o processo histórico, o que é
dinâmico. Privilegiou-se as relações culturais, de trabalho e de poder como recortes
deste processo histórico. Assim como as ações e relações humanas transformamse no tempo, a abordagem teórico metodológica sobre essas, são reelaboradas de
acordo com a exigência do contexto histórico em que os sujeitos estão inseridos.
Os conteúdos estruturantes da disciplina de História são interligados entre si
e permitem a busca do entendimento da totalidade das ações humanas. A
articulação desses conteúdos são possíveis a partir das categorias de análise
espaço e tempo, as quais permitem a conexão para se compreender essas
relações.
Estes conteúdos estruturantes permitem aos professores desenvolverem
seus trabalhos em sala de aula a partir de problemáticas contemporâneas bem
como os que representam as demandas sociais estabelecidas em lei, tais como: a
lei 10639/09/2003 a qual estabelece obrigatoriedade da inclusão da temática
“História e Cultura Afro-Brasileira” nos currículos escolares bem como a lei estadual
13381/12/2001 a qual torna obrigatório inclusão de conteúdos da História do
Paraná. Cabe aqui ressaltar que no caso do Curso de Formação de Docentes é
essencial incluir também os conteúdos referentes a história local (município) .
RELAÇÕES DE TRABALHO
377
O trabalho expressa a relação que os seres humanos estabelecem entre si e a
natureza. A execução do trabalho requer o emprego físico e mental, estes esforços
transformaram elementos da natureza em bens que satisfazem as necessidades
humanas. Ao realizar as atividades de transformação de elementos da natureza, os
homens se relacionam entre si. Estas relações de trabalho permitem diversas
formas de organização do mundo do trabalho. Na sociedade capitalista o trabalho
assumiu uma forma muito específica. O emprego assalariado. Para entender como
se construiu este modelo bem como suas conseqüências, faz-se necessário
entender como as relações de trabalho foram construídas historicamente.
Para o estudo das relações de trabalho são fundamentais as contribuições dos
historiadores da corrente historiográfica Nova Esquerda Inglesa, como Eric J.
Hobsbawn e Edward P. Thompson que a partir da concepção marxista passaram a
repensar a análise histórica por meio de conceitos superando, assim, a visão
economicista e determinista do processo histórico.
Para Hobsbawn (1998, pp. 178-179) o conceito de modo de produção se refere a
um modelo que explica a maneira de produzir predominante em determinado
contexto histórico. Este modelo explicativo pretende abarcar a totalidade das
relações de trabalho possíveis de existir nos diversos contextos espaço-temporais,
assim os modos de produção não devem ser analisados evolutivamente. Isso quer
dizer que a escravidão pode perfeitamente coexistir e até surgir, após um período
de trabalho servil, porque um modo de produção predominante coexiste e interage
com várias outras relações de produção em um mesmo contexto. Este historiador
utiliza a noção de mundo de trabalho, que se refere a condição na qual os sujeitos
estão inseridos ao construírem as relações de trabalho, ampliando desse modo o
conceito marxista de modo de produção.
Thompson (1998 e 2004) entende que o conceito de experiência histórica
possui duas dimensões. A primeira afirma que a classe social e sua respectiva
consciência de classe são fenômenos produzidos pelas experiências e valores
herdados e compartilhados pelos sujeitos históricos ao construírem sua identidade.
A segunda dimensão do conceito se refere à prática do historiador, que deve ser
pautada na análise e verificação de documentos para que se produza a metodologia
da investigação histórica.
Para os historiadores da Nova Esquerda Inglesa o resgate da história dos
trabalhadores é possível quando o historiador reúne vários documentos, (inclusive
aqueles que a historiografia tradicional não aceitava como fonte histórica, como, por
exemplo, um boletim de ocorrência), analisando-os a luz de uma teoria para verificar
se as informações retiradas dos documentos correspondem a teoria por ele optada,
caso isso não ocorra o historiador deve construir um novo modelo teórico para o seu
objeto de investigação.
O estudo de relações de trabalho no Ensino Médio deve contemplar diversos
tipos de fontes históricas para que professores e alunos possam a partir diferentes
visões perceber a História para além dos documentos oficiais.
A Nova Esquerda Inglesa entende que a consciência de classe dos sujeitos
não se constrói somente entre a luta de classes da burguesia versus proletariado,
mas também em conflitos intra-classes e nas relações interclasses, por meio da
experiência vivida pelos trabalhadores.
Por isso, o estudo das relações de trabalho deve considerar as esferas:
doméstica; a prática comunitária; as manifestações artísticas e intelectuais, e a
participação nas instâncias de representações: políticas; trabalhistas e comunitárias.
378
A investigação sobre as relações de trabalho a partir de problemáticas do
presente, tais como: impactos ambientais, movimentos sociais e culturais,
desemprego, desigualdade social, fome, violência etc., e articulados aos demais
conteúdos estruturantes, permite aos alunos e professores entender como as
relações de trabalho foram construídas no decorrer do processo histórico.
RELAÇÕES DE PODER
Pode-se definir poder como “a capacidade ou possibilidade de agir ou de
produzir efeitos” e “pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos” (BOBBIO in
BOBBIO, MATTEUCCI e PASQUINO, 2000, p. 993). O poder não possui forma de
coisa ou de objeto, mas se manifesta como relações sociais e ideológicas
estabelecidas entre aquele que exerce e aquele que se submete, portanto, o que
existe são as relações de poder.
O estudo das relações de poder geralmente remete a idéia de poder
político. Porém as relações de poder não se limitam somente à dimensão política,
essas relações encontram-se também na dimensão econômico-social e na
dimensão cultural, ou seja, em todo corpo social.
Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa, criticam a historiografia política
tradicional pois esta se limitou a explicar o poder tendo como referência somente o
Estado. A Nova Esquerda Inglesa analisa as relações de poder a partir da
valorização das condições materiais, das estruturas sócio-econômicas, das classes
e grupos sociais, dos movimentos coletivos em geral e a reintroduz a ideologia
como categoria analítica do discurso histórico.
Para a corrente historiográfica Nova História Cultural, o estudo das
relações de poder remete às esferas das representações, do imaginário e das
práticas sociais. Radicalizando esta idéia, Michel Foucault optou pela idéia de
“poderes”. Esta concepção entende os saberes enquanto poderes; poderes que são
exercidos nas instituições, tais como: nas escolas; nas prisões, nos hospitais; nas
famílias e comunidades; nos estados nacionais, nas igrejas e nos organismos
internacionais políticos, econômicos e culturais. Ele também valorizou a pluralidade
das redes de poder ou micropoderes e propôs o estudo das relações entre as
diferentes práticas sociais discursivas.
O entendimento que as relações de poder são exercidas nas diversas
instâncias sócio-históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as
diversas instituições, permite ao aluno perceber que estas relações fazem parte de
seu cotidiano. Assim ele poderá identificar onde se localizam as arenas decisórias,
porque determinada decisão foi tomada e de que forma foi ela executada ou
implementada para que ele entenda como, quando e onde reagir a mediadas em
processo de definição.
RELAÇÕES CULTURAIS
As relações culturais são a correspondência dialética entre as estruturas
materiais e simbólicas de um determinado contexto histórico. Diante disso, pensouse nas relações culturais como conteúdo estruturante para o Ensino Médio. O
conceito de cultura aqui proposto, parte de Raymond Willians (2003), o qual
afirmava que esta é comum a todos os seres humanos, na medida em que existe
uma estrutura comum de modos de pensar, agir e perceber o mundo, que leva à
379
constituição de organizações sociais diferentes. As diferenças culturais existem
devido às diversas interpretações construídas por sujeitos históricos que estão
inseridos em grupos sociais distintos na divisão social do trabalho.
Assim, na forma de organizar a vida político-econômica, as sociedades
contemporâneas não são tão diferentes, pois são poucas as sociedades que
destoam do padrão cultural imposto pelo capitalismo contemporâneo. Em outras
palavras, as classes dominadas existem numa relação de poder com as classes
dominantes, de tal modo que ambas partilham um processo social comum, portanto,
de uma experiência histórica comum, produto dessa história coletiva. No entanto, os
benefícios produzidos por esta sociedade e seu controle se repartem
desigualmente.
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada
sociedade e relações entre elas. O processo histórico constituído na relação entre
as diversas sociedades é o que pode ser chamado de cultura comum.
Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa repensaram o conceito de
cultura a partir de sujeitos históricos antes ignorados pela história tradicional e
passaram a valorizar uma “história vista de baixo”.
Para Thompson, o conceito de experiência histórica é o elemento
articulador entre as relações humanas, pois esta se expressa na constituição de
uma cultura comum. Assim, este historiador afirmava que a cultura comum dos
trabalhadores urbanos e camponeses na Inglaterra do século XVIII, “longe de ter a
permanência rígida que a palavra ‘tradição’ sugere, o costume era um terreno de
mudança e de conflito, um lugar onde interesses opostos formulavam reivindicações
opostas” (1998, pp. 16-17).
Hobsbawn entende que as tradições culturais são inventadas dentre do
contexto da luta de classes, intra-classes e das relações interclasses. Neste conflito
existem grupos dominantes que lutam por um consenso hegemônico, enquanto
outros grupos sociais resistem criando uma contra-hegemonia a partir de suas
experiências e valores (HOBSBAWN e RANGER, 2002).
Os historiadores da Nova História Cultural abordam as relações culturais a a
partir de conceitos que superam a dicotomia entre a cultura de elite e a cultura
popular. Roger Chartier analisa a cultura a partir das práticas, apropriações e
representações culturais que os sujeitos têm em relação aos artefatos culturais
(literários, visuais ou mentais). Já Carlo Ginzburg estuda a circularidade entre as
culturas por meio de um recorte local onde se valorizam as ações e os valores de
sujeitos comuns, de suas famílias e comunidades. Esta abordagem é denominada
micro-história ou microanálise e permite reavaliar as macroanálises.
Tanto os historiadores da Nova Esquerda Inglesa como os da Nova Históra
Cultural utilizam-se de documentos antes desvalorizados pela historiografia
tradicional, tais como processos judiciais, interrogatórios, boletins de ocorrência,
canções populares, relatos de tradições orais, livros populares, etc. O uso destas
evidências possibilitou aos historiadores a construção de narrativas históricas que
incorporavam olhares alternativos em relação as ações dos sujeitos ao produzir e
vivenciar o processo histórico de constituição da humanidade.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
380
A metodologia proposta neste Projeto Político Pedagógico para a
disciplina de História no Curso de Formação de Docentes, baseia-se na Diretriz
Curricular do Ensino Médio no Paraná pautada pela utilização dos conteúdos
estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica e os
temas selecionados pelos professores.
A problematização de situações relacionadas as dimensões econômicosocial, política e cultural leva a seleção de objetos históricos. Esses objetos são as
ações e relações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos
estruturantes propostos neste documento: as relações de trabalho, as relações de
poder e as relações culturais. Para abordar esses conteúdos estruturantes tornase necessário que se proponha recortes espaço-temporais e conceituais à luz da
historiografia de referência. Estes recortes se constituem nos conteúdos específicos
(tais como: conceitos , acontecimentos, processos, entre outros) a serem estudados
pelos alunos do Ensino Médio. O professor ao elaborar o problema e selecionar o
conteúdo estruturante que melhor responde a problemática, constitui o tema. E este
se desdobra nos conteúdos específicos que fundamentam a resposta para
problemática.
Assim, propõe-se como encaminhamento metodológico que os conteúdos
estruturantes da disciplina de História sejam abordados através de temas, na
compreensão de que não é possível representar o passado em todo sua
complexidade. O historiador Ivo Mattozzi (2004) estabeleceu uma metodologia para
estudar um tema observando três dimensões.
1º) Deve-se focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que se quer
representar do ponto de vista da historiografia;
2ª) deve-se delimitar o tema histórico em um período bem definido
demarcando referências temporais fixas e estabelecer uma separação entre seu
início e seu final.;
3º) os professores e alunos devem definir um espaço ou território de
observação do conteúdo tematizado. O que delimita esta demarcação espaçotemporal é a historiografia específica escolhida e os documentos históricos
disponíveis.
Além dessas três dimensões, faz-se necessário instituir um sentido a seleção
temática realizada, o qual é dado pela problematização.
Para o didata da História Ivo Mattozzi (2004), depois de selecionado o tema, o
professor se utilizará de três formas para construir uma narrativa histórica, sendo
elas:
Narração: É uma “forma de discurso” na qual o professor e o aluno ordenam os
fatos históricos que se sucederam em um “período de tempo”. Esta reconstrução
representa o processo histórico relativo as mudanças e transformações por meio de
acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final.
Descrição: É a forma de representar um contexto histórico. Ela é utilizada para
representar as permanências que ocorrem entre diferentes contextos históricos.
381
Esta descrição permite também a utilização de narrações como exemplos ou provas
da descrição do contexto histórico abordado.
Argumentação, Explicação e Problematização: A problematização fundamenta a
explicação e a argumentação histórica. Diante disso, a narrativa histórica é a
construção uma resposta para a problemática focalizada. A explicação é a busca das
causas e origens de determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a
resposta dada a problemática, a qual é construída através da narração e da
descrição.
Dentro dessa concepção, o uso de documentos em sala de aula proporciona
a produção de conhecimento histórico quando usado como fonte na qual buscam-se
respostas para as problematizações anteriormente formuladas. Assim os
documentos permitem a criação de conceitos sobre o passado e o questionamento
dos conceitos já construídos.
As correntes historiográficas tomadas como referência nessa Diretriz
romperam com a idéia do documento escrito como única fonte confiável para o
estudo do passado. O conceito de documento foi ampliado: imagens, objetos
materias, oralidade e os mais diversos documentos escritos são utilizados como
vestígios do passado a partir dos quais é possível produzir o conhecimento
histórico. Nessa perspectiva, o documento deixou de ser “considerado apenas um
indício do passado, sendo ele mesmo determinado por quem o produziu. Assim, o
documento não é mais a prova do real, mas um indício que depende das questões
e dos problemas postos pelo historiador” (SCHIMIDT, in KUENZER, 2002, P. 223).
O trabalho com diferentes documentos requer que o professor tenha
conhecimento sobre a especificidade de sua linguagem e sobre a sua natureza,
bem como os limites e possibilidades que o trato pedagógico de cada documento
apresenta.
Para tanto, são necessários observar três níveis de indagação:
4) Sobre a existência em si do documento: o que vem a ser o documento:
O que é capaz de dizer? Como podemos recuperar o sentido de seu
dizer? Por que tal documento existe? Quem fez, em que circunstâncias e
para que finalidade foi feito?
5) Sobre o significado do documento como objeto: o que significa como
simples objeto (isto é fruto do trabalho humano)? Como e por quem foi
produzido? Qual é a relação do documento (como um objeto particular) no
universo da produção? Qual a finalidade e o caráter necessário que
comanda sua existência?
6) Sobre o significado do documento como sujeito: por quem fala tal
documento? De que historia particular participou? Que ação de
pensamento está contida em seu significado? Em que consiste seu ato de
poder?
(MARSON, apud Bittencourt, p. 332).
As imagens, livros, jornais, histórias em quadrinhos, fotografias, pinturas,
gravuras, museus, filmes, músicas, etc. são documentos que podem ser
382
transformados em materiais didáticos de grande valia na constituição do
conhecimento histórico.
Os documentos acima citados podem ser utilizados de diferentes maneiras
em sala de aula, como exemplificam Schmidt e Cainelli (2004): na elaboração de
biografias, confecção de dossiê, representação de danças folclóricas, exposição de
objetos sobre o passado que esteja no alcance do aluno, com a descrição de cada
objeto exposto e o contexto em que os mesmos foram produzidos e estabelecer
relações entre as fontes.
A proposta da seleção de temas é também pautada em relações
interdisciplinares considerando que é na disciplina, no caso a História, que ocorre a
articulação dos conceitos e metodologias entre as diversas áreas do conhecimento.
Assim, narrativas, imagens, sons, etc. de outras disciplinas relacionadas devem ser
tratadas como documentos a ser abordados historiograficamente.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
Propõe-se para o ensino de História a superação da avaliação classificatória e
como alternativa, uma avaliação formal, processual, continuada e diagnóstica. A
avaliação deve estar contemplada no planejamento do professor e ser registrada de
maneira formal e criteriosa.
O acompanhamento do processo ensino-aprendizagem, tem como finalidade
principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse
processo e, assim, permite refletir sobre o método de trabalho utilizado pelo
professor, possibilitando o redimensionando deste, caso seja necessário. A
avaliação não deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino
aprendizagem. O professor deve acompanhar o processo, percebendo o quanto
cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.
A avaliação do ensino de História, conforme orientam as Diretrizes no Estado
do Paraná, considera três aspectos importantes: a apropriação de conceitos
históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos
específicos. Esses três aspectos são entendidos como complementares e
indissociáveis. Para tanto, o professor deve se utilizar de diferentes atividades
como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e
documentos históricos; produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
GEOGRAFIA
EMENTA: Histórico da Geografia como ciência. Objeto de estudo e de ensino da
Geografia: o espaço geográfico. Conceitos básicos da Geografia: Paisagem,
Região, Lugar, Território, Natureza e Sociedade. A interpretação do objeto de
estudo e dos conceitos básicos nas diferentes linhas de pensamento geográfico.
Análise espacial: histórica, social, econômica e cultural nas diferentes escalas
geográficas, tais como local, regional, nacional e global. Categorias de análise do
espaço geográfico: relações espaço-temporais e relações sociedade-natureza.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Em uma época em que as informações são transmitidas pelos meios de
comunicação com rapidez e em grande volume, a Geografia tem assumido um
papel muito importante, pois entender e acompanhar as mudanças, os fatos e os
fenômenos que ocorrem no mundo, sem os conhecimentos geográficos , torna-se
quase impossível.
Para compreender a organizações e as transformações sofridas no espaço
geográfico- lugar onde as manifestações da natureza e as atividade humanas- fazse necessário a formação do cidadão consciente e crítico dos problemas do mundo
que vive, para atuar neste espaço, visando um mundo mais ético e desigual.
391
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
-
Adquirir pleno domínio da linguagem cartográfica, com mapas, gráficos, imagens
de satélites, que constituem a maneira de representar os fatos e os fenômenos
no espaço geográfico.
-
Dominar as noções de escala no conhecimento geográfico, que vão ajudá-lo a
reconhecer os fenômenos geográficos: escala cartográfica e escala geográfica.
Comparar os fenômenos geográficos e reconhecer as semelhanças e diferenças
existentes entre eles, explicando por que elas existem.
Identificar as particularidades de uma paisagem, lugar ou território no espaço
geográfico, reconhecendo os fenômenos aí encontrados, determinando o
processo de sua formação e o papel da tecnologia dos grupos humanos que
habitam ou já habitaram esse determinado lugar, paisagem ou território.
-
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
I - A Geografia como ciência
•
•
•
•
•
•
A superfície terrestre
Conceitos e princípios metodológicos
O campo de estudo
Concepções
Importância
Conceitos básicos da Geografia: lugar, paisagem, território, região, natureza e
sociedade.
II – A questão ambiental
•
•
•
•
•
•
A localização no espaço geográfico
Cartografia: construção e leitura de mapas
O planeta terra: movimentos de rotação e de translação
O tempo geológico e as placas tectônicas: a estrutura da Terra
A dinâmica interna do relevo
A dinâmica externa do relevo: as várias Fisionomias da superfície terrestre
Os grandes biomas terrestres
III – A dinâmica populacional
•
•
•
•
Distribuição da população no mundo e no Brasil
Crescimento demográfico no mundo e no Brasil
Teorias demográficas
A estrutura etária no mundo e no Brasil
392
•
Os deslocamentos populacionais: as diferentes migrações
IV – O Espaço Urbano
•
•
A urbanização no mundo
O fenômeno urbano no Brasil
2ª Série
I – O Espaço Agrário
•
•
Agricultura mundial : importância; sistemas agrícolas; biotecnologia e agricultura.
O espaço agrário brasileiro : - a influncia dos fatores naturais nas atividade
agrárias;
- principais áreas agropecuárias brasileiras .
• A questão da terra: - a estrutura fundiária do Brasil
- a modernização do espaço agrário e a concentração de
terras:
- Movimentos políticos rurais;
- a questão da reforma agrária.
II – Energia e meio Ambiente
•
•
•
•
•
As fontes de energia: - fontes primárias e secundárias:
- desenvolvimento industrial e energia;
- as fontes alternativas
- a dependência mundial em relação aos combustíveis
fósseis.
A produção de combustíveis fósseis no mundo.
Combustíveis fósseis no Brasil.
A produção de energia elétrica no mundo.
A energia elétrica no Brasil.
III – O Espaço Industrial
•
•
•
•
A produção industrial
A indústria no mundo
Indústria e meio ambiente
O turismo
IV – O Mundo Globalizado
•
•
•
O modo de produção capitalista
Bipolarização e guerra fria
O fim da ordem bipolar
393
•
•
•
•
•
•
Socialismo hoje
Conflitos étnicos separatistas
O oriente médio e a nova ordem
Blocos regionais e a globalização
A economia global
Ambientalismo no mundo globalizado.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A metodologia sugere um encaminhamento interdisciplinar de forma
contextualizada de modo a garantir a compreensão do todo com o cotidiano da vida
e da escola.
O desenvolvimento das aulas deverá ter como base, portanto, a construção
da identidade pessoal do educando, através da formação de uma personalidade
democrática e na construção da identidade social do educando através do estudo
de temas e conceitos referentes à vida social e de uma vivência escolar interatuante
propiciadora
de
participações
sociais
organizadas,
preparadoras
ou
providenciadoras do exercício da cidadania.
Além da aula expositiva, os debates, análises de textos com diferentes
visões, análises de realidades sociais diferentes , relações culturais , étnicas, legais,
regimentais, institucionais de diferentes épocas em contraste com as atuais,
deverão permear na prática docente e no desenvolvimento discente para que o
educando possa se situar historica , social, geográfica e filosoficamente dentro da
realidade em que vive.
Também os recursos audio-visuais estão inseridos no encaminhamento para
que possam usufruir dessas amostras para melhor compreensão da sociedade
como um todo devendo ser debatidos após as visitações.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação se dará de forma diagnóstica e cumulativa, levando em
consideração todos os resultados obtidos através da utilização das estratégias
( pesquisas: relatórios das aulas expositivas, após exercícios, uso de filmes e
documentarios, com relatórios, redações, resenhas e opiniões, uso de textos de
apoio, logo após a exposição do conteúdo, trabalhos com mapas mediante uso de
atlas, em grupos; entrevistas com a comunidade em relação ao assunto trabalhado;
debate de temas polêmicos; palestras na escola ou em outras instituições com
entrega de relatórios; visitas em locais acessíveis e ligados ao conteúdo; exercícios
feitos do livro didático e outros;leitura e anotações do livro didático utilizado e
outros), além do uso de provas escritas e orais, auto-avaliação e comprometimento
do aluno com a disciplina. Será qualitativa e apresentada em valores quantitativos,
devido às exigências normativas do ensino regular.
394
BIBLIOGRAFIA
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AGENDA XXI PARANÁ – diálogos Paraná: Imprensa Oficial. Curitiba, 2006.
397
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA
O homem sempre buscou entender o que acontecia em seu meio. Foi assim,
que obtivemos descobertas fantásticas, invenções incríveis e transformações que
marcaram toda uma história.
Foram essas transformações que fizeram com que o homem pensasse numa
ciência capaz de nos fazer compreender, que aquilo que encaramos como: natural,
bom ou verdadeiro, pode não ser tão simples como imaginávamos. Enfatiza-se com
isso, a necessidade de assumirmos uma visão mais ampla sobre nós e nossas
ações.
Esta ciência é a “Sociologia”, a qual procura explicar os fenômenos sociais,
culturais, econômicos e políticos que acontecem em nossa sociedade, apontando
soluções ou alternativas para os problemas existentes, através de conceitos,
técnicas e métodos. Percebemos, portanto, que se tratando de fenômenos
acontecidos entre seres humanos, à sociologia não pode ser uma ciência exata
como a matemática, física, ou, química.
A Sociologia como conhecimento científico, surge para dar conta de explicar
o processo de constituição e consolidação da sociedade moderna. A Sociologia é
conseqüência da revolução Industrial e é portanto chamada de “ciência da crise”,
crise esta ocasionada pela revolução abrangendo toda a sociedade européia, não
apenas os modos de produção.
Como “Ciência da Sociedade” resultou de discussão de vários autores,
desenvolveu-se de uma forma de pensar a natureza e a sociedade, iniciando no
século XV, quando se fez notar transformações significativas de desagregamento da
sociedade feudal, dando origem a sociedade capitalista. O conceito de Sociologia
segundo Tremel (2007).
É o estudo científico das relações e dos fenômenos sociais, que se
produzem no convívio dos indivíduos em seus grupos, ou seja, entre os
seres humanos. Ela estuda as relações recíprocas entre homem e o meio
ambiente, baseando-se em estudos objetivos para melhor revelar os
fenômenos sociais. Portanto, a sociologia estuda a “realidade social”.
Podemos citar como exemplo de realidade social, a formação de grupos, a
divisão da
sociedade em camadas, a mobilidade de indivíduos dentro dessas
camadas e os processos de competição e cooperação, (TREMEL,2007 p.21).
A sociologia não surge ao acaso, mas para responder as necessidades dos
homens, em meio às modificações da sociedade, (TOMAZI, 2000, p. 01). Para
interpretação das transformações que ocorreram no século XV, deveremos
considerar que estão vinculadas à inúmeras mudanças. Europa, final da Idade
Média, crise do modo de Produção Feudal, classicamente, se diz que o modo de
produção entrou em contradição com os interesses das forças produtivas. Embora a
densidade demográfica crescesse assustadoramente, de nada adiantava produzir
mais porque o excedente não iria para aqueles deles necessitados, iria engordar
ainda mais os cofres da Nobreza.
As pessoas começam a se rebelar, fogem dos feudos (a que eram “presas”
por laços de honra) e passam a roubar ou com parcos recursos comprar bens
baratos a grandes distâncias vendendo-os mais caro onde eram desejados,
ressaltem-se as famosas “especiarias” ou seja, na Europa, a prática do lucro era
condenada pela Igreja Católica, a maior potência do mundo à época. Mas para os
398
fugitivos dos feudos, fundadores de burgos, que serão mais tarde chamados de
“burgueses”, não restava alternativa exceto a atividade comercial voltada ao lucro,
tida como “desonesta” por praticamente todas as culturas e civilizações do mundo a
partir de todos os pontos de vista éticos (TOMAZZI, 2000).
O capitalismo como um pequenino câncer que surgiu no final da sociedade
feudal. Foi crescendo, a burguesia e seus interesses comerciais se sobrepuseram
ao ser humano. Era fundamental reorganizar a sociedade de maneira a que os
novos donos da riqueza fossem também os donos do poder.
Politicamente a burguesia endinheirada sentia-se lesada tendo de pagar
tributos à antiga nobreza, praticamente falida. No início compravam títulos de
nobres de antiga linhagem, que os discriminavam, a seguir passaram a pensar em
alternativas mais radicais (ser radical é ir à raiz e a burguesia foi radical no período
de suas glórias revolucionárias) como convocar os trabalhadores a uma aliança
contra a nobreza e implantar um novo tipo de regime político, muito mais
interessante e lucrativo para a burguesia, a “república”. Os burgueses convocaram
seus empregados, desempregados e desesperados, superiores em número, para
uma aliança contra a nobreza ou “antigo regime” e, após muitos percalços, saem-se
vitoriosos.
Com a expansão marítima, a reforma protestante, a formação dos Estados
Nações, bem como o crescimento do conhecimento, científico e tecnológico,
possibilita uma visão desse movimento intelectual que ocasionava mudanças
profundas, alterando as formas de explicar a natureza e a sociedade que, se
organizaria posteriormente.
A descoberta de novos continentes, com culturas diferentes, reformulou o
modo de pensar dos europeus. As mudanças que se operava nas formas de
produção e acumulação de capital, a necessidade de estruturação política pois, o
sistema feudal tinha estamentos privilegiados (nobreza e clero), ocasionando
entrave para as atividades econômicas que estavam surgindo.
Desenvolvendo-se uma estrutura estatal que tem por base a centralização,
sistema jurídico (baseado no direito romano), a formação de um exército
permanente, (centralização da força armada) e a centralização administrativa, (a
partir da burocracia hierarquizada), com sistema de cobrança de impostos
permanente, para manter o aparato jurídico, burocrático e militar, oportuniza assim,
o nascimento do Estado Moderno (TOMAZZI,2000).
A razão passa a ser soberana, os homens são livres para julgar, avaliar,
pensar e emitir opiniões sem submissão transcendente ou divina, tendo a
possibilidade, de explicar os fatos sociais. A nova forma de conhecimento da
natureza e da sociedade, na qual a experimentação e a observação são
indispensáveis, evidente nas obras de diversos pensadores como: Nicolau
Maquiavel (1469-1527), Galileu Galilei (1564–1642), Thomas Hobbes (1588-1679),
Francis Bacon (1561-1626), René Descartes (1596-1650), no século seguinte John
Locke (1632-1704) e Isaac Newton (1642-1727).
Século XVII, na maioria dos países europeus a burguesia (comerciantes,
banqueiros), formam uma classe social com muito poder, com ligações na
monarquia, modificando a cultura de continentes descobertos com a expansão
marítima, comprando e vendendo mercadorias em todos os pontos do mundo,
padronizando um modo europeu de produção, passando das profissões de ofício a
produção manufatureira seja em oficinas seja domiciliar (TOMAZZI,2000).
Desenvolvendo a produção manufaturada passou-se cada vez mais a
aperfeiçoar as técnicas de produção com intuito de produzir mais com menos
399
gente, para aumentar os lucros. Investir em máquinas que pudessem ter aplicação
no processo produtivo, aparecendo então máquinas de tecer, de descaroçar
algodão, a aplicação máquina a vapor, substituindo o carvão na produção de ferro e
aço.
Neste contexto de mudança nos modos de produção e da utilização do
trabalho mecânico convivendo com o trabalho manual, se evidencia cada vez mais o
aumento do trabalho infantil e feminino com baixa remuneração e jornada de
trabalho ampliada, formando assim elementos para o processo de acumulação de
capital para a expansão da indústria.
Essas mudanças aliadas à herança cultural e intelectual do Século XVII,
contribuiem para que o Século XVIII seja denominado, como sendo “ Século
Explosivo”. Neste século a Revolução Americana e Francesa, alteram o quadro
político, econômico e cultural mundial, ou seja, serve de referência para que
pensadores como: Montiesquieu (1689-1755), David Hume (1711-1776) Jean
Jaques Rouseau (1712-1778), Adam Schmith (1723-1790) e Immanuel Kant (17241804), entre outros procuraram refletir sobre a realidade e explica-la. No início do
século XVIII o pensamento de Saint Simon (1760-1830), de G.W.E. Hegel (17701830) e de David Ricardo (1772-1823), são a base para que August Comte (17981857) e Karl Marx (1818-1883), reflitam sobre a sociedade de maneiras divergentes
(TOMAZZI,2000).
O filósofo Auguste Marie François Xavier Comte, nasceu no dia 19 de janeiro de
1798, em Montpellier, França, e é considerado o pai da sociologia. Refletiu sobre a
sociedade, a partir da consolidação do capitalismo no século XIX na Europa. A
Sociologia como Física Social, o primeiro método de investigação (e teoria) do
pensamento sociológico desenvolvido no século XIX, foi o positivismo, dessa teoria
derivou do cientificismo na tentativa de substituir os conhecimentos teológicos,
filosóficos e de senso comum, que vinham explicando a realidade das sociedades
até então. O positivismo tinha o objetivo de conhecer a realidade e traduzi-la sob a
forma de leis naturais, leis estas que regulamentavam a vida do homem, da
natureza e do próprio Universo (COSTA, 1997, p. 46).
Principais reguladores:
Mundo Físico: acontecimento exterior ao homem;
Mundo Social: questões sociais.
Auguste Comte foi o primeiro representante desse método, dando o nome de
“física social” as suas analises da sociedade, antes de criar o termo “sociologia”
(COSTA, 1997, p. 47). Sendo assim, podemos pensar a sociedade como o
organismo humano. Mas como? Nosso cérebro é responsável pelo comando e
emissão de mensagens aos membros corporais, fazendo com que possamos estar
em movimento como correr, andar, escrever.
O indivíduo se depara com diversas situações no seu dia-a-dia. As formas de
conhecer a sociedade se desenvolveram ao longo do tempo, a partir das mudanças
no convívio social dos seres humanos. Todos possuem um senso comum, sendo
este adquirido através de nossas próprias ações.
Estamos sempre procurando respostas aos problemas da realidade social. Estas
respostas devem ser investigadas na sociedade, onde os indivíduos se relacionam e
praticam suas ações. Para explicar essa relação de indivíduo e sociedade, faz-se
necessário analisar criticamente o porque e como tal fato ocorre (DCE 2006 p.24).
Por isso, estudiosos e pesquisadores se preocuparam em estudar a sociedade de
seu tempo, onde já existia a questão das desigualdades sociais como a fome,
pobreza e miséria.
400
Dentre esses estudiosos estão os três clássicos da sociologia, que
elaboraram suas teorias delimitando seu objeto de estudo: Émile Durkheim (fato
social), Karl Marx (classe social) e Max Weber (ação social). Esses sociólogos
foram os precursores desses estudos, contribuindo para que o ser humano venha a
compreender o meio em que vive.
A Sociologia no Brasil
A Sociologia começa a dar seus primeiros passos no Brasil, desde 1865. Um
dos primeiros precursores desta ciência no Brasil foi Silvio Romero. A trajetória da
Sociologia no Ensino Médio começa no início da década de 1920 através das
escolas de São Paulo e Rio de Janeiro. A Sociologia no Brasil procura definir outras
áreas do conhecimento afins, como a literatura, a história e a geografia no período
de 1930/1940 (TOMAZI, 2000, p. 09).
Formar técnicos, assessores e consultores que fossem capazes de produzir
conhecimento científico sobre a realidade brasileira, era o objetivo da Escola Livre
de Sociologia e Política (ELSP), em São Paulo em 1933. Logo após foram fundadas
a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade do Distrito Federal (UDF), em
1934 e 1935. Nelas, através da Faculdade de Filosofia, tinha-se a preocupação em
formar professores para o ensino médio. Definiam-se assim as áreas de atuação
dos sociólogos: trabalhar nas estruturas governamentais ou ser professores. Foram
muitos os professores que vieram para o Brasil principalmente para a implantação
da Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, por isso pode-se dizer que
foram eles que deram inicio ao desenvolvimento da Sociologia no Brasil entre eles,
Claude Levi-Strauss e Jacques Lambert. Com a presença dos professores
estrangeiros no Brasil a Sociologia acaba se consolidando (TOMAZI, 2000, p. 0910).
A partir das décadas de 1950/1960 a Sociologia vai fazer parte do currículo
dos cursos de Ciências Sociais ou apresentar-se como independente em outros
cursos. O objetivo era, formar profissionais capazes de produzir uma “solução
racional”, isto é, baseada na razão e na ciência, para as questões nacionais. A partir
dessas décadas a sociologia se tornou uma disciplina hegemônica no quadro das
ciências sociais no Brasil tendo Florestan Fernandes como um dos principais
mentores.
Vários autores em diversas áreas do pensamento sociológico, desenvolveram
pesquisas e ensino como: Fernando Henrique Cardoso, Octavio Ianni, Francisco de
Oliveira, José de Souza Martins, Florestan Fernandes, entre outros. (TOMAZI, 2000,
p. 09-10).
A Sociologia no Ensino Médio no Brasil
A apresentação da disciplina de sociologia inicialmente, encontrava-se
incluída da disciplina de Moral, mas
como parte integrante do currículo, tanto no
ensino fundamental como no ensino médio, foi realizado por Benjamin Constant, no
ensino secundário em 1891 e retirada em 1901 decreto 3890 de 1º de janeiro.
Retorna no ensino secundário em 1928, a reforma Capanema retira novamente em
1942, a Sociologia da grade curricular . Na década de 50 e 60 adota-se nos cursos
superiores de Ciências Humanas o ensino de Sociologia bem como também nos
cursos de ensino médio. A partir de 1925 a disciplina de Sociologia passou a
integrar o currículo do curso médio no colégio Dom Pedro II, no Rio de Janeiro, por
incentivo de Fernando Azevedo (TOMAZI, 2000, p. 10).
Os alunos, ao final do período (ensino médio), devem deter conhecimentos
sociológicos. Essa afirmação posta pela nova Lei de Diretrizes de Base (LDB), Lei
nº 9394/96, recolocou a disciplina de sociologia na estrutura curricular do ensino
401
médio. No entanto, a liberdade da definição do modo como serão passados esses
conhecimentos ficam sobre a responsabilidade dos governos estaduais através da
DCE, núcleos regionais de ensino e escolas no estado do Paraná levando em
consideração o PPP da escola e contexto do educando, (TOMAZI, 2000, p. 10).
No dia 11 de agosto (Dia Nacional do Estudante) de 2006, o então Ministro
Fernando Haddad, homologou o parecer 38/2006, do Conselho Nacional da
Educação (CNE), tornando obrigatório o ensino de Filosofia e Sociologia no ensino
médio, nas escolas públicas e privadas no Brasil.
A Sociologia no Paraná
Em todo território nacional houveram manifestações pró-inserção
da disciplina de Sociologia no ensino médio e no Paraná, na década de
1980 uma campanha teve à frente o Sindicato dos Sociólogos do Estado
do Paraná, envolvendo várias entidades como os órgãos estaduais de
educação e
universidades, num esforço de superar o modelo curricular herdado do
período da ditadura militar. A partir de debates e encontros realizados em
“Londrina e Curitiba, visavam o retorno do ensino de Sociologia e Filosofia
no novo currículo do Ensino Médio, como defendido no 1º Seminário
Estadual de Reorganização do Ensino nos níveis Fundamental e Médio,
realizado em 1983, relata Silva (2006).” ( apud DCE)
As discussões centravam-se no intervalo da trajetória da Sociologia como
disciplina na grade curricular de escolas de Ensino Médio, sujeita às
reformas educacionais implementadas pelo governo federal, e a
regulamentação da profissão de sociólogo. No entanto, o curso de
formação da identidade social da Sociologia, sua constituição e
manutenção como disciplina no Ensino Médio, pressupomos que tenha
sido afetado por sua fraca representação institucional no meio acadêmico
paranaense. Em 1988, da Proposta de Reestruturação do 2º grau no
Paraná, implementada em 1990 oficialmente, a Sociologia foi considerada
como disciplina transversal e as escolas poderiam implantá-la ou não. Em
1991, a Sociologia passa a fazer parte dos conteúdos e metodologias
para a Sociologia da Educação nos cursos de magistério da rede estadual,
influenciando na decisão dos professores de Sociologia da Educação Geral
do Ensino Médio, como não houvesse obrigatoriedade movimentações
em defesa da Sociologia ficavam dependente das instâncias gestoras da
política educacional em nível federal e estadual. Diversos seminários e
fóruns de discussão foram realizados em conjunto, professores de escolas
de 2º grau da rede pública e privada estadual e professores universitários
da área de Ciências Sociais. (Silva, apud) DCE.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) é promulgada em 1996 e reabre o
debate
sobre a inclusão da Sociologia no Ensino de 2º grau, que ganhou âmbito
nacional. Poucas escolas no Paraná ofertavam a disciplina em seu
programa, uma vez que a autonomia das escolas trazia flexibilidade para
que cada estabelecimento de ensino criasse novas disciplinas e as
incluísse nas matrizes curriculares. Se, em 1997 e 1998, a disciplina foi
incluída na base nacional comum dos currículos e introduzida também nas
escolas estaduais paranaenses, em 2000, a determinação da diminuição
da carga horária total das aulas semanais, fez com que a Sociologia fosse
uma das primeiras disciplinas a ser extinta ou a ter sua carga horária
402
diminuída. Em 2001, a Sociologia foi retirada da base nacional comum e
voltou a compor a parte diversificada do currículo escolar, reduzindo em
cerca de 30 a 40% o número de escolas que ofertavam a disciplina,
analisa (Silva (2006) apud DCE).
Apesar de todos esses reveses, em 2002 e 2003, a disciplina de
Sociologia se manteve em 50% das escolas paranaenses que, a partir de
2005, receberam professores concursados em 2004. Houve um aumento
gradativo do número de escolas que ofertavam a Sociologia, situação
reforçada pela entrada de sociólogos no quadro próprio do magistério da
Rede Estadual de Ensino (concurso 2004). A obrigatoriedade do ensino da
disciplina a partir de 2007, determinada pelo Conselho Nacional de
Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de Ensino
Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em a disciplina
será ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é
defendido o princípio de equidade entre as disciplinas, de modo a garantir
um mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries
em que são ofertadas.
A trajetória do ensino da Sociologia, tanto em nível estadual quanto
nacional, caracterizada pela descontinuidade e desvalorização, deixou
marcas que dificultam a consolidação dessa disciplina no currículo
escolar. No âmbito institucional, projetos e parcerias que contemplem a
atuação conjunta e mais integrada dos cursos do Ensino Médio e as
licenciaturas em Ciências Sociais existentes no estado do Paraná, trariam
vitalidade intelectual a ambos os níveis de ensino.
Essas disciplinas têm como objetivo formar o senso crítico dos seres humanos, para
que os mesmos compreendam a sociedade em que vivem e pensem nas relações e
ações que desempenham no seu cotidiano. Sendo assim, o jovem do ensino médio,
a partir das disciplinas de Sociologia e Filosofia, poderá interpretar, ou seja, ter uma
visão crítica sobre os aspectos políticos, econômicos, culturais e sociais do meio em
que está inserido e sua participação, interação e transformação da sociedade, com
início, da ação democrática através do processo de eleição do próprio grêmio
estudantil do Colégio que ocorre anualmente e no qual o educando é protagonista,
até as eleições majoritárias em todos os níveis da ação de exercício da cidadania.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
A disciplina de Sociologia têm como objetivo formar o senso crítico dos
educandos da 1ªs e 2ª Séries do Curso de Formação de Docentes para que os
mesmos compreendam a sociedade em que vivem, pensem nas relações e ações
que desempenham no seu cotidiano e a partir dessa compreensão reconfigurem
suas práticas sociais no ambiente escolar e na sociedade como um todo. Portanto
os alunos, ao final do ensino médio devem demonstrar alguns conhecimentos
sociológicos.
CONTEÚDOS para o Curso de Formação de Docentes
Conteúdos Estruturantes: O surgimento da Sociologia
Instituições Sociais
Cultura e Indústria Cultural
Poder, Política e Ideologia
403
Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais
Trabalho, Produção e Classes Sociais
Desenvolvimento versus dependência
Juventude e desafios contemporâneos
Modernidade e Sociedade.
Conteúdos Básicos: O surgimento da Sociologia Contextualização Histórica
mundial, brasileira.
Teorias Sociológicas dos principais Sociólogos Clássicos e
brasileiros. Conceitos fundamentais de Sociologia
Processo de Socialização
Instituição Familiar; Instituição Escolar; Instituição Religiosa; Instituição Estado
Características das Instituições do Paraná, Instituições Regionais,
Instituições Rionegrenses
Cultura
Direitos, Sociedade Civil Organizada; Associação de Moradores; Organizações Não
Governamentais (ONGs); Movimentos Sociais.
Organização Social do Trabalho, emprego, desemprego, subemprego, e tempo livre.
Atualidades; Desenvolvimento Global, Desenvolvimento Nacional, Desenvolvimento
Regional; Características do Desenvolvimento; Capital Social.
Juventude e desafios contemporâneos; Juventude e sociedade de consumo;
Juventude e sociedade da informação; Juventude e participação política; Iª
Conferência da Juventude.
Projeto civilizatório; social; emancipação subjetiva
Conteúdos Específicos: para a 1ªs Série do Curso de Formação de Docentes
Modernidade ( Renascimento; Reforma Protestante; Iluminismo;
Revolução
Francesa Revolução Industrial ). Formação das Ciências Sociais e o surgimento da
Sociologia como Ciência.
August Comte e o pensamento positivista.
Durkheim e o estudo dos fatos sociais.
O pensamento marxista e o estudo das classes sociais.
A análise compreensiva de Weber e a ação social
Referência histórica de Gilberto Freire.
Trabalho reconhecido de Euclides da Cunha, Caio Prado Junior, Sérgio Buarque de
Holanda, Fernando de Azevedo, Nelson Werneck Sodré, Florestan Fernandes,
Herbert de Souza, Fernando Henrique Cardoso entre outros.
Entender o processo de socialização como fator de humanização.
A formação dos grupos humanos, suas interrelações e transformações.
Contatos sociais, interação social, grupos sociais.
Comunidade, sociedades e controle social. (Diferenciar os significados de
comunidade e sociedade a partir da noção de territorialidade, temporalidade, das
relações interpessoais, da estrutura de poder e produção).
Instituições sociais e controle social - significado de instituição e o seu papel,
principais instituições ( Família, Escola, Igreja, Estado etc.). O controle social como
princípio de normatização das relações interpessoais (moral e ética) e a crise dos
valores na sociedade atual.
Concepções de Estado e poder Político.
O papel do Estado na formação da cidadania.
404
Tipos de Estado (ditatorial, democrático, social-democrático, estado socialista).
Modelo de Estados modernos e de economia contemporânea: Estado Liberal, BemEstar Social, neoliberalismo e socialismo. Globalização neo-liberal e neo-solidária
Conceito; Etnocentrismo ; Relativismo Cultural ; Diversidade Cultural Brasileira;
Identidade; Escola de Frankfurt Cultura
Indígena Brasileira; Paranaense e
Rionegrense.
Cultura Afro-brasileira e Cultura Afro Paranaense e Rionegrense.
Homogeneização Cultural; Homogeneização Gênero e minorias.
Cultura evolucionista, funcionalista, culturalista, estruturalista, interpretativa,
antropologia brasileira.
Conceituação, glossário
história da escola/ interferência
Interpretação cultural
Contribuições culturais locais
Ideologia, Política, Democracia; Renascimento Democracia/Clássica; direta; semidireta; representativa; indireta; Sufrágio; Sufrágio universal; Voto; voto direto; voto
indireto; voto secreto; voto aberto; Social Democracia; Democracia Representativa;
Democracia Participativa;
Totalitarismo; Nazismo; Fascismo; Autoritarismo;
Ditadura Militar; Populista; Socialismo; Socialismo Científico; Socialismo Real;
Partidos políticos/origem; Partidos Políticos e Ideologia ;Classificação dos Partidos;
Sistema Partidário; A crise das Ideologias; Os Partidos Políticos no Brasil/ no
Paraná/ Rio Negro; Importância da Participação
Conteúdos Específicos: para a 2ªs Série do Curso de Formação de Docentes
Política; Indiferença Política.
Conceito Moderno de direito (Estatuto Criança e do Adolescente, Direitos Humanos,
Estatuto do Idoso etc.); movimento social; Cidadania ( a partir dos direitos
constitucionais); Movimentos sociais(urbanos, rurais, conservadores (TFP;UDR;
etc); ONG´s (conceitos, tipos); Movimentos Sindicais.
História evolutiva do trabalho; Salário e Lucro; Desemprego Estrutural/Desemprego
Conjuntural; Subemprego; Informalidade; Voluntário; Cooperativismo;
Associativismo; Estágio; Empreendedorismo; Agro negócio; Agricultura Familiar;
Empregabilidade e Produtividade; Capital Humano; Reforma Trabalhista e
Organização Internacional do Trabalho; Economia Solidária ( Agenda 21);
Flexibilização do Trabalho; Neoliberalismo/Globalização; Reforma Agrária; Reforma
Sindical; Fordismo; Taylorismo; Toyotismo; Estatização e Privatização; Parceria
Pública Privada (PPP); Relações de Mercado.
Desenvolvimento conceituação; como emancipação;
dimensão liberdade e cidadania; questão da Amazônia; soberania;
internacionalização e sustentabilidade; ecologia, biodiversidade e bioética.
Juventude e desafios contemporâneos (Internet e outros meios de comunicação de
massa);Juventude e sociedade de consumo ( Tecnologia estético-corporal e o
consumismo); Juventude e sociedade da informação ( Como a tecnologia está
transformando as relações sociais); Juventude e participação política; Iª Conferência
da Juventude; Violência (física e simbólica); Marginalidade; Pedofilia; Massificação
das drogas;
modernidade enquanto projeto civilizatório (a ruptura com o saber teológico; o
humanismo do século XVI e o Iluminismo do século XVIII como momentos iniciais
de construção de uma nova proposta civilizatória) ; modernidade social: os direitos
civis, políticos, sociais, solidários e a questão da cidadania; a racionalidade do
Estado e o Direito; a secularização dos valores, costumes, concepções de mundo e
405
o desenvolvimento da ciência; modernidade como emancipação subjetiva e histórica
do ser humano; razão instrumental: o homem pensado na dimensão econômica e
material; razão emancipadora; o homem pensado na dimensão da sua liberdade e
cidadania.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A questão metodológica fundamental seja qual for o conteúdo, ele será
sempre um meio para se atingir o fim no desenvolvimento da perspectiva
sociológica. Mais que discorrer sobre uma série de conceitos, a disciplina pode e
deve contribuir para a formação humana na medida em que proporcione a
problematização da realidade próxima dos educandos a partir de diferentes
perspectivas, bem como pelo confronto com realidades culturalmente distantes, não
pela aprendizagem de uma teoria, mas pelo contato com diversas teorias e com a
pesquisa sociológica, seus métodos e seus resultados. Para tanto nos propomos a
trabalhar os conteúdos de forma dinâmica e articulada, para que isso aconteça,
entendemos que as práticas pedagógicas possam
justificar os conteúdos
específicos e ser ministradas a partir da explicitarão dos fenômenos contidos no
Livro Didático Público de Sociologia complementado com outros livros de diversos
autores, constituindo-se em aulas expositivas; dinâmica de grupo; de pesquisa de
campo e bibliográfica; projetos de pesquisa e ação; e recursos audiovisual.
As formas a serem desenvolvidas contarão com a orientação do professor
para que o conteúdo proposto seja relacionado e dependo das aptidões dos
educando, que podem acontecer na forma de produção textual, teatral, musical,
literária, , resultado de pesquisas, artigo, poesias, filmes, debates, etc, sempre
relacionada ao tema desenvolvido possibilitando a existência do movimento
problematização, teorização, aplicação ( inclusive em estágios).
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Uma das formas de avaliação da Sociologia acompanham a dinâmica do
processo da própria disciplina, ou seja a apreensão de conteúdos básicos da ciência
expressados na oralidade dos educandos, na organização textual dos trabalhos
propostos, na reflexão crítica, atitudes diferenciadas e criativas no convívio social da
comunidade escolar. Outra verificação da articulação entre a teoria e prática será
efetuada através de uma avaliação individual, uma de trabalho em grupo, uma de
participação nas pesquisas, uma textos, questionários, produção literária,
artísticas, debates, etc, contarão com valor atribuído de 1,0 (um) à 10,0 (Dez)
considerando-se a média dos mesmos. O processo de recuperação de educandos
que apresentarem defasagem de aprendizados e não atingirem a média necessária,
será efetuada durante o horário normal de aulas com a retomada de conteúdos ou
a ser complementada com trabalhos adicionais a ser escolhido e orientado pelo
professor dentro dos conteúdos aplicados no mesmo período, prevalecendo a nota
maior.
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DISCIPLINAS DA FORMAÇÃO ESPECÍFICA
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO
EMENTA
Concepções de história. A história e a educação. A transição do modo de
produção feudal para o modo de produção capitalista. A Educação Humanista e a
reforma. As relações entre a Europa e a América. A educação jesuítica. O
Iluminismo e sua influência na educação brasileira. As pedagogias dominantes e
não- dominantes e seus contextos históricos.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina FHE deve prever como primeiro tópico: “reflexões acerca da
pertinência e objetivos da disciplina no Curso de Formação de Docentes”. Por que
razões ela se faz presente no curso? Quais as contribuições que ela pode trazer
para a melhoria da qualidade formativa e, conseqüentemente, da futura prática dos
alunos?
Então é preciso aprofundar a concepção dialética de história e sua utilização
em estudos sobre o fenômeno educacional. Os conteúdos clássicos da educação
(greco-romanos, especificamente) são necessários para o entendimento de como o
modelo “educacional” ocidental contemporâneo se manteve fiel aos eixos originados
naquelas sociedades. Eixos que serão retomados pela Educação Humanística, pela
reforma e contra-reforma. Do mesmo modo, o modelo social e educacional
valorizado no medievo e contraposto pelo iluminismo estão diretamente
relacionados às construções históricas iniciadas nas sociedades clássicas. Fugir
desta cronologia parece aligeirar e enfraquecer a compreensão da totalidade
histórica, responsável pelo modelo ocidental de sociedade e educação.
Pelas mesmas razões a Educação do Período Feudal (cristã/católica)
merece maior atenção. A compreensão dos rompimentos históricos da transição do
feudalismo ao capitalismo carecem dos conteúdos referentes àquele período. Um
dos conteúdos principais (senão o principal) para a compreensão do modelo ideal
contemporâneo de ser humano e de sociedade a ser perseguido pela educação, é o
que trata desta transição.
Os valores liberais clássicos são gestados neste período. Compreender os
determinantes históricos da gênese do pensamento liberal é fundamental para forjar
a crítica consistente e a transformação destes mesmos valores. Neste momento
histórico são fincadas as cunhas que marcarão as problemáticas educacionais
posteriores expressas, dentre outras maneiras, na dicotomia indivíduo x sociedade;
autonomia x dependência; opressão x liberdade; essência x aparência;
409
transformação x manutenção social; universalidade x contingência. O entendimento
da situação peculiar do Brasil e demais países da América Espanhola e Portuguesa
no cenário da colonização européia, em muito contribui para situar adequadamente
a educação brasileira na Colônia, Império e Primeira República, principalmente.
A Educação Jesuítica por dois séculos organizou e efetivou a educação
institucionalizada do Brasil, montando até uma grande rede física neste período
(1549-1759). Dada a fragilidade das ações estatais no campo educacional, os
herdeiros da educação jesuítica garantiram por muito tempo ainda a manutenção
deste modelo pedagógico no Brasil.
Os temas a serem tratados deverão abordar as pedagogias cunhadas de
tradicional liberal e as pedagogias não-liberais. A reflexão realizada por Saviani
(1998) no livro “Escola e Democracia” é fundamental. Do ponto de vista pedagógico
(O que ensinar? Como ensinar? Por que ensinar? A favor de quem ensinar?) a
história da educação brasileira explicita que as políticas educacionais (tanto da rede
pública quanto da rede privada/confessional) estão polarizadas entre, de um lado, a
perspectiva pedagógica conteudista que se convencionou nominar de pedagogia
tradicional; de outro lado, a perspectiva formalista/individualizante que atendia às
necessidades elitistas.
O conteúdo da disciplina de FHE deverá priorizar o debate entre a educação
tradicional e a educação nova: a explicitação dos conteúdos históricos, das
respectivas correntes filosóficas e seus pressupostos, do pensamento pedagógico
correspondente, suas principais características e a materialidade que alcançou no
Brasil, passível de ser observada na análise da política educacional e dos
programas escolares.
O conteúdo pertinente a estas correntes pedagógicas, suas vinculações às
especificidades dos diferentes projetos das classes sociais no Brasil a partir do ano
de 1930 é que deve ocupar a parte final da disciplina FHE, no Curso de Formação
de Docentes. Esse tema deverá favorecer a correlação entre os principais
elementos do sistema capitalista brasileiro e os diferentes projetos políticopedagógicos de estado. Aqui, o diálogo com a disciplina de Política Educacional
deve ser acentuado.
Com certo grau de aprofundamento nestes conteúdos, os/as alunos/as se
apropriarão da principal discussão que acompanha a história da Educação Brasileira
e terão importante contribuição da disciplina FHE para compreenderem de modo
mais substancial a realidade educacional brasileira e nela interferirem de modo
efetivo.
As temáticas que perpassam a Educação brasileira contemporânea devem
ser abordadas, ainda que brevemente. Reflexões sobre as características do
capitalismo e as demandas que lança sobre o sistema escolar deverão ajudar os/as
alunos/as a entenderem as diferentes perspectivas pedagógicas que têm
influenciado as escolas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
• Conhecer o percurso da História da Educação Brasileira;
• Perceber que a realidade educacional presente só pode ser bem observada
através da análise de fatos passados;
• Entender as diferentes perspectivas pedagógicas que têm influenciado as
escolas;
410
•
Perceber que a História da Educação brasileira evolui em rupturas marcantes
CONTEÚDOS POR SÉRIE
1ª SÉRIE
1. Fundamentação conceitual
1.1 História
1.2 Historiografia
1.3 História da Educação
1.4 Concepções de História: Positivista / Materialista Histórica
2. Contextualização da História da Educação
2.1 Educação Antiga e Medieval
2.2 Educação Clássica – Educação Grega x Educação Romana – influência no setor
educacional mundial
2.3 Nascimento do Cristianismo e sua expansão
2.4 Transição Feudalismo – Capitalismo
2.5 Renascimento e Educação Humanística
2.6 Reforma Protestante – Contra-reforma – aspectos educacionais
2.7 Iluminismo – influências na educação brasileira
3. Educação Brasileira
3.1 Educação Brasileira no período Colonial e Imperial – Pedagogia Tradicional
3.2 Primeira República (1889) – transição Pedagogia Tradicional / Nova
3.3 Período 2ª República
3.4 Período do Estado Novo
3.5 Período da Nova República
3.6 Período da Abertura Política
3.7 O ideário da pedagogia dominante e não dominante
3.8 A LDB e as perspectivas da escola pública
3.9 Educação Brasileira: tendências neoliberais, pós modernas x materialismo
histórico.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A instrumentação metodológica deve possibilitar aos professores o
desenvolvimento de um trabalho crítico e não linear da História da educação através
de:
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Entrevistas;
Pesquisas;
Estudos comparativos;
Leituras;
Discussões;
Exposição escolar;
Réplicas – montagem e exposição;
Avaliação (cognitiva);
Seminários.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
411
Será contínua e cumulativa, considerando o nível de participação e interesse
nas atividades propostas, além das atividades realizadas pelos/as alunos/as.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
FREITAG, B. Escola, Estado e Sociedade. São Paulo: Moraes, 1986.
GHIRARDELLI, P. História da Educação. São Paulo: Atualidades Pedagógicas,
1980.
PARANÁ/SEC – Proposta Curricular do Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino fundamental, em nível médio, na
modalidade normal. Curitiba, 2003.
- Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 – Estabelece Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados, 2000.
História e História da Educação: o debate teórico-metodológico atual.
Campinas: Autores Associados, 1998.
FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
EMENTA
Pensar filosoficamente (criticamente) o ser social, a produção do conhecimento e
a educação a partir de temas, tendo como eixo de análise o pensamento e a
história; introdução à Filosofia (filosofia como questão e como resposta; atitude
filosófica); conhecimento (formas de conhecer, o conhecimento e os primeiros
filósofos, os filósofos modernos e a teoria do conhecimento). Trabalho (atividade
humana, alienação). Ética (fundamentos da ética e da moral) a corporeidade como
produção histórica) Cultura (o homem como ser no mundo) Ciência (a revolução
científica moderna).
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O estudo do conhecimento humano, da forma como conhecemos e
compreendemos o mundo que nos cerca, tem recebido valiosas contribuições nas
últimas décadas. Conhecer é, sob um certo prisma, obter ordem a partir do ruído
desordenado das nossas sensações. Conhecer e aprender são processos que se
interligam. Mas, o que é conhecimento? Conhecimento é, primeiramente, um
processo simultaneamente cerebral, social e cultural, ou seja, a conjugação de
termos inatos, adquiridos e construídos que produzem uma ponte de união para o
conhecido a partir do desconhecido no ato de aprender.
412
Do ponto de partida básico para a reflexão é o conhecimento da relação
filosófica numa perspectiva sócio-histórica, onde o homem é entendido como ser
que se constrói permanentemente na relação consigo mesmo, com a natureza e
com a sociedade de seu tempo e as sociedades do passado.
As reformas que vêm se efetuando na educação em formas de políticas
governamentais e de Estado são, sem dúvida, conseqüência das transformações
que vêm ocorrendo no mundo. Ao mesmo tempo que é modificada pelo mundo da
produção, ela também é capaz de modificá-la.Importa, pois redimensionar a ação
educativa dentro do cenário sócio político e do próprio discurso educacional,
oportunizando reflexões onde o espaço educacional estabeleça relações concretas
com o processo social, repensar o processo educativo no sentido de oferecer ao
sujeito condições de compreender o meio onde está.
As formas como a humanidade elaborou o conhecimento se transformaram
ao longo da sua história. Entre os gregos antigos, podemos dizer que a produção do
conhecimento estava ligada à contemplação da natureza que nos cerca, objetivando
a apreensão da sua essência, por meio da reflexão e da filosofia.
Incertezas, no que diz respeito à nossa capacidade de conhecer, passam a
fazer parte do universo de ação da ciência; abrem-se fronteiras, de acordo com a
afirmação de Pascal: "Nem toda a contradição é indício de falsidade, nem a nãocontradição é indício de verdade". "Na ciência moderna, a percepção ocorre
diretamente através da mente. Cada vez mais as teorias determinam a forma e a
função dos instrumentos de observação. São as teorias e secundariamente os
instrumentos que nos colocam em contato com o real" (Leodoro 1998).
Com o desenvolvimento do conhecimento em rede, esse passa a ser
representado não como um acúmulo linear, lógico e cronológico de saber e de
informações, mas sim por um "mapa multidimensional" com fronteiras mais ou
menos claras entre disciplinas e campos, com pontes escondidas entre eles em
outras "dimensões", como num modelo de "infecção epidemiológica": descobertas,
conceitos, idéias, técnicas e fatos empíricos de uma área podem vir a ter
implicações inesperadas em outras áreas aparentemente desconexas e distantes.
Os riscos passam a ser a energia propulsora do pensamento complexo e as
certezas absolutizadoras tornam-se, desta maneira, obstáculos à evolução do
conhecimento científico. Segundo Japiassú: "O pensamento só progride arriscando
suas próprias certezas".
Qual é então o objetivo da educação? Educação se relaciona
fundamentalmente ao método que é o aprender a aprender. Segundo Morin: "o fim
do método é ajudar a pensar por si mesmo para responder ao desafio da
complexidade dos problemas". Dito de outra forma, o objetivo da educação é "o
esclarecimento e a problematização dos meios e fins do empreendimento humano
de conhecer o mundo" (Leodoro 1998).
O modelo de escola hegemônico no século XX privilegiou uma forma de
consciência do ser humano, e conseqüentemente a sua cultura, não é construída a
partir do vazio: "Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao
contrário, é o seu ser social que determina a sua consciência" (Marx 1978). Assim
sendo, a prática da educação tem que estar coerente com o panorama atual, não
somente em termos das atualidades que surgem a todo instante mas também,
413
principalmente, de acordo com os seus pressupostos. O fato de que a
interdisciplinaridade vem no bojo de toda uma globalização muitas vezes nefasta
para países pobres como o Brasil, não pode nos impedir de aproveitar a
oportunidade para construir uma educação que realmente colabore com a
construção de uma cidadania efetiva; nas palavras de J. T. Santomé: "Poucas vezes
ao longo da história foi tão urgente a aposta em uma educação verdadeiramente
comprometida com valores de democracia, solidariedade e crítica, se quisermos
ajudar cidadãos e cidadãs a enfrentar essas políticas de flexibilidade,
descentralização e autonomia propugnadas nas esferas trabalhistas. É preciso
formar pessoas com capacidade de crítica e solidariedade, se não quisermos deixálas ainda mais indefesas".
Fundamentos Filosóficos é aqui entendida, então, como processo de
formação e de aprendizagem socialmente elaborado e destinado a contribuir na
promoção da pessoa humana enquanto sujeito da transformação social, que
transforma e é transformado.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
O objetivo geral da disciplina é formular, discutir e elucidar algumas questões
básicas da educação e procurar responder a elas.
Dentro desse objetivo, considera-se alguns pontos, sendo:
1 – Refletir sobre o contexto atual em que vivemos, a chamada Sociedade da
Informação, em especial sobre o papel da tecnologia nessa
sociedade,
esclarecendo os desafios que este contexto coloca à nossa visão de educação e do
papel da escola.
2 – Analisar, em grandes linhas, os grandes paradigmas da Educação, existentes na
História da Filosofia e verificar como alguns dos principais modelos e algumas das
principais teorias da Educação se encaixam dentro desses paradigmas.
3 – Analisar em detalhes o paradigma da Educação como Transmissão de
Informação ( a herança cultural da sociedade ou da humanidade) e o papel central
que ele dá aos conteúdos disciplinares como objeto da educação, ao ensino, como
método e ao professor, como ensinante e principal agente da educação.
4 – Analisar em detalhe o paradigma da Educação como Transmissão como
Desenvolvimento Humano e o papel central que ele dá ao aluno, como ator principal
e protagonista de sua própria educação, à sua ação em busca de seus interesses,
de resposta às suas questões e de resoluções de seus problemas, como principal
método de aprendizagem e à construção de competências como o objetivo da
educação.
5 – Analisar, em grandes linhas, as características gerais da nova escola, voltada
para a promoção do desenvolvimento humano ( e não para a transmissão de
informações organizadas em disciplina).
414
6 – Discutir o currículo, mostrando como a construção de competências pode ser
organizada ao redor dos Quatro Pilares.
7 – Discutir os agentes educacionais que atuam dentro da nova escola e discutir o
papel do aluno, professores, funcionários e direção da escola, bem como a forma de
gestão da nova escola e a organização de seus tempos e espaços.
8 – Refletir sobre a Educação como desenvolvimento humano em seus aspectos
formais e não – formais, discutindo quais seriam os objetivos educacionais que
poderiam ser alcançados dentro da instituição escolar, qual é o impacto dos
mecanismos informais de educação e qual deve ser o papel do Estado, da
sociedade, da escola e do lar na educação.
9 – Refletir sobre o papel da tecnologia na educação para o desenvolvimento
humano, em especial dos meios de comunicação de massa e do computador
interligado em rede (internet).
•
Compreender as transformações da organização da escola no contexto atual
à luz dos fundamentos da ação educativa.
•
Conhecer os
institucional;
•
Refletir sobre a qualidade da escola sob os elementos: ambiente educativo,
prática pedagógica, avaliação, gestão escolar democrática, formação e
condições de trabalho dos profissionais da escola, espaço físico escolar e
acesso, permanência e sucesso na escola.
•
Analisar, a partir de indicadores, a qualidade da escola com vistas a
elaboração de solução para os problemas.
•
Organizar projetos educativos que atendam às soluções adequadas aos
problemas detectados
pressupostos
teóricos
e
metodológicos
da
avaliação
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
Os principais paradigmas da educação;
•
A educação como desenvolvimento humano do indivíduo;
•
Ambiente Educativo;
•
Métodos e Práticas Pedagógicas;
•
Gestão Escolar Democrática;
•
Formação e condições de trabalho dos profissionais da escola;
•
Espaço Físico Escolar;
•
Acesso, permanência e sucesso da escola;
•
A sociedade, o meio e o indivíduo;
415
•
A educação e a aprendizagem;
•
O paradigma do desenvolvimento humano,
•
A tecnologia na educação e no desenvolvimento humano;
•
A questão da avaliação.
Para uma análise das instituições escolares.
416
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
É preciso que nós educadores, estejamos atentos ao momento histórico
vivenciado, promovendo a interação de conteúdo trabalhado, vivências e contexto
social. É relevante que refletimos sobre nossas próprias práticas, sobre os desafios
que nos são postos no plano da ação concreta. O contexto mutante em que vivemos
nos indica caminhos que envolvem riscos, mas, somente a práxis, que é a unidade
promovida entre a teoria e a ação, é capaz de superar esses riscos.
É importante também sempre ter em mente que aulas transversais e
interdisciplinares são tarefas complexas; sendo assim, a grande tarefa do professor
é, de certa forma, modelar o caos e saber se comunicar e se expressar, interagindo
de forma efetiva com seus alunos. O professor tem que tomar a decisão de forma
autônoma sobre o que ensinar a cada momento e sobre qual o fluxo das
diversidades na educação. Portanto, deve se basear no seu conhecimento do
campo sobre o qual está ensinando e deve também se basear de forma consciente
nos objetivos e pressupostos pedagógicos de seu trabalho. Dessa maneira, existe
uma certa imprevisibilidade na prática educacional que pode sempre vir a ser fértil,
já que pode apontar para outros e melhores caminhos. Há várias rotas possíveis
para se ensinar quaisquer conteúdos, existindo a possibilidade e a flexibilidade de
sempre se poder pensar em novas estratégias.
O professor deve sentir de forma clara que ele tem que ser a ponte entre
duas linguagens a do cientista e a do estudante (e talvez uma terceira, a dos livros
didáticos!) e não somente a ponte entre dois campos de conhecimento, o dos
conceitos científicos estabelecidos e o dos conceitos espontâneos. Mudanças de
paradigmas, para ocorrerem de fato, pressupõem um verdadeiro diálogo e não
somente a recepção de conceitos prontos. Dessa forma, traduzir as idéias em
sentenças longas e menos concisas, estreitas e estanques, pode vir a ser bastante
produtivo. Apresentar as equações em palavras, além de em símbolos matemáticos,
também é seguramente interessante. A aula é sempre um processo de
comunicação/diálogo com a possibilidade do uso de diferentes signos.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os temas propostos da disciplina serão discutidos em encontros presenciais
em salas de aula e através de discussões (discutitivas ou dialógicas), em grupos de
trabalhos e individuais.
O rendimento será avaliado através de :
•
•
sua participação nas discussões em sala de aula;
trabalhos em grupos e individuais.
BIBLIOGRAFIA
417
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ALVES, G. L. A produção da escola pública contemporânea. Campo Grande, MS:
Ed. UFMS; Campinas, SP: Autores Associados, 2001.
CHAUÍ, M. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática, 2003.
LALANDE, A Vocabulário técnico e crítico de filosofia. 2 ed. São Paulo, SP, 1996.
LUCHESI, C. C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994. Coleção
Magistério 2º grau. Série formação do professor.
LUCKESI, C. C. , PASSOS, E. S. Introdução à filosofia: aprendendo a pensar. 5
ed. São Paulo: Cortez, 2004.
KLEIN, L. R. Proposta político-pedagógica para o Ensino Fundamental. Campo
Grande, MS: Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, 2000.
KLEIN, L. R., CAVAZOTTI, M.A. Considerações sobre elementos teóricometodológicos, a propósito de uma proposta de currículo básico. In: Cadernos
Pedagógicos e Culturais/ Centro Educacional de Niterói. Vol.1, n. 1 (Set./Dez.
1992)
LALANDE, A Vocabulário técnico e crítico de filosofia. 2 ed. São Paulo: Martins
Fontes, 1996.
LURIA, A.R. O problema da linguagem e da consciência. In: Pensamento e
linguagem. As últimas conferências de Luria. Porto Alegre, RS.: Artes Médicas,
2001.
MANACORDA, M.Marx e a pedagogia moderna.SP: Cortez, 1991.
MANACORDA, m. História da educação. SP: Cortez,1989.
MAO Tsé-tung. Sobre a prática e sobre a contradição. São Paulo: Expressão
Popular, 1999.
MARX, K., ENGELS, F. A ideologia alemã. 10 ed., São Paulo: Hucitec, 1996
MARX, K. Para a Crítica da Economia Política (1857). Trad. Edgar Malagodi. São
Paulo: Abril Cultural, 1996. Col. Os Pensadores.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica. Primeiras aproximações. Campinas, SP:
Autores Associados, 2003.
SUCHODOLSKI,B.A Pedagogia e as Grandes Correntes Filosoficas. Lisboa: livros
Horizontes, 1984.
_____ Escola e democracia. 36 ed. revista Campinas, SP.: Autores Associados,
2003. Coleção Polêmicas do Nosso Tempo.
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. 6 ed. São Paulo: Martins Fontes,
1998.
Leitura dos clássicos recomendada:
Aristóteles: Política
Bacon: Novo Organon
Brecht: Galileu, Galilei
Comenius: Didática Magna
Engels: A origem da família, da propriedade privada e do Estado
Marx: Manifesto do partido comunista
Pico de la Mirandola: Discurso sobre a dignidade do homem
Rousseau: Ensaio sobre a origem da desigualdade
Thomas Morus: A utopia
Voltaire: Cândido
418
FUNDAMENTOS SOCIOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
EMENTA
A Educação na perspectiva sociológica e antropológica. As teorias clássicas e
contemporâneas sobre a sociedade e a educação. Estudos socioantropológicos
sobre a educação e a escola no Brasil (urbano e rural) . Concepções de
criança/infância como construção histórica e social. A infância no Brasil (urbano e
rural). A educação no campo. Experiências das escolas rurais, do Movimento dos
Trabalhadores Sem-terra e das ONGs voltadas para a educação dos Trabalhadores
Temporários do Campo, entre outras.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
“A busca do conhecimento é um processo constante na
incomplexibilidade
do eterno processo de aprender, gerador de angústia.
A condução do processo deve aliar conhecimento ao
comprometimento
político-pedagógico do profissional da educação.”
Situar o aluno do Curso de Formação de Docentes-Educação Infantil e Séries
Iniciais, em relação à Sociologia é uma necessidade para formar sujeitos
conscientes.
As origens do pensamento sociológico clássico ocorreu entre os séculos XVII
e XIX, no apogeu do pensamento iluminista, que forjou todo o ideal da Revolução
Francesa e da Revolução Industrial , revoluções que serviram de base para a
instalação da
sociedade capitalista.
Naquele
momento histórico
houve
modificações nas formas de pensamento e provocaram modificações na forma de
conhecer a natureza e a cultura. É, então que surgem pensadores com o objetivo de
propor ações tanto para manter como para reformar a sociedade de seu tempo.
Entre os pensadores que contribuíram para a formação do pensamento sociológico,
destacamos :Émile Durkein e Karl Marx.
O primeiro representa o pensamento positivista- o da manutenção do
capitalismo; o segundo representa a corrente de pensamento histórico-críticacontrário ao positivismo.
Analisar estas estruturas e suas relações é um passo importante para
determinar o ângulo a partir do qual iremos abordar os conteúdos da Sociologia Da
Educação- Curso de Formação De Docentes -,arrrolados na grade curricular .
Partindo disso, discutir as formas de manifestação da cultura e analisar como
a escola vem tratando a questão da cultura; a relação entre o desenvolvimento
capitalista e o caráter da vida familiar, dentro de uma perspectiva histórica; a cultura
da escola e o relacionamento com os agentes sociais pertencentes a grupos
minoritários (deficientes, etc.); analisar sociologicamente a escola que temos na
atualidade:Educação Infantil(0 a 6),Ensino Fundamental, a Educação Especial; as
relações sócio-pedagógicas ( travadas dentro do ensino ); e escola do meio rural e
urbano. Uma análise sociológica.
Os problemas educacionais são compreendidos, quando situados dentro de
um referido contexto social.
419
E o profissional em educação deve ser detentor de conhecimento para
assim, gerar
transformações através de “consciências” cidadãs.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Trata-se de uma disciplina que entra no programa de Formação de Docentes
para articular teorias sociológicas com as práticas de ensino, visando :
-a educação para a autonomia;
-a educação para e pela cooperação em oposição à competição existente;
- a educação pela prática da cidadania na escola, na relação professor-aluno,
aluno-aluno.
Objetiva-se uma educação que alargue os horizontes culturais, exercite o espírito
crítico e a cidadania.
E, especifica,mente , ao aluno do curso de formação de docentes, propiciar
condições para que o aluno venha a atuar no curso e na profissão , como :
-profissional autônomo e consciente em suas tomadas de decisões;
-docente transformador e formador de cidadãos “conscientes “ e transformadores da
sociedade de seu tempo.
4.0. Conteúdos
• Surgimento do Pensamento Sociológico.
1O conceito de Sociologia.
2O concito de sociologia da educação.
3Métodos utilizados pelos Sociólogos.
4Campo profissional -Sociólogo.
5Breve histórico da evolução da sociologia.
6Figuras expoentes: Emile Durkhein, Karl Marx .
7Teorias sobre Sociedade e educação.
8Concepções: educação. Sociedade. Educação.
2-Cultura
1O conceito de cultura.
2A cultura da escola
-Traços culturais característicos da cultura de Educação Infantil, dos alunos
das series iniciais do Ensino Fundamental.
-Traços de cultura do professor Educação Infantil.
-As mídias eletrônicas (TV, rádio, etc) e a expressão de diferentes culturas.
1- Concepções de criança/ infância como construções históricas - social
2- A infância no Brasil: urbano e rural
3- Educação no campo-MST-ONGS.
420
7-Análise sociológica da escola no Brasil
- O Ensino Fundamental nas series iniciais. (1ª a 4ª)
- A Educação Infantil. (0 a 6 anos)
- A Educação Inclusiva
2- Educação e Sociedade no Brasil
- Educação escolar
- Acesso e Evasão
- O Fracasso escolar no Brasil-análise sociológica dos aspectos: sociais,
políticos, econômicos e culturais.
3- Sala de Aula:
- Interação social
- Diversidade
- Relação professor -aluno
- Relação professor-aluno
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A questão de ordem metodológica referentes ao ensino da Sociologia da
Educação, tendo em vista os objetivos propostos, são:
Participação reflexiva –( essência do método Paulo Freire)
Entrevistas: sociólogo, jornalista .
Problematização (respostas dos alunos)
Estudos e análise dos dados ou informações coletados pelos alunos.
Elaboração de conclusões.
Leituras de relatos de pesquisas sociológicas ou de trechos delas,( publicadas
em jornais, revistas, livros).
Debates mediados pelo professor da disciplina
CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação será objetiva considerando o conhecimento adquirido e também será
subjetiva enquanto construção do conhecimento e relação deste com o contexto
social. Seguirá os critérios regulamentados pela escola, usando-se sempre o bom
senso da leitura de mundo a partir da realidade e visão sendo construída de cada
aluno a partir de seu universo de vivências. Será considerado também o potencial
de interferência que o aluno percebe, visando melhor qualidade de vida no conjunto
da sociedade.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
421
Bibliografia para o aluno (livros didáticos)
Sociologia da educação
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação: uma Introdução ao estudo da escola
no processo de transformação social. São Paulo: Loyola, 1988
TOMAZI, N. D. Sociologia da Educação. São Paulo: Atual, 1997
RODRIGUES, Alberto Tosi. Sociologia da Educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
VIEIRA, Evaldo. Sociologia da Educação: Reproduzir e Transformar. São Paulo:
FTD, 1994
Sociologia Geral
COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à Ciência da Sociedade. 2.ª ed. São
Paulo: Moderna, 1997
MARCONDES, Ciro. Ideologia. O que todo Cidadão precisa saber sobre ideologia.
São Paulo: Global, 1985
MARTINS, Carlos B. O que é Sociologia. 7.ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1984
MEKSENAS, Paulo. Aprendendo Sociologia: a paixão de conhecer a vida. 4.ª ed.
São Paulo: Loyola, 1987
MEKSENAS, Paulo. Sociologia. 2.ªed. São Paulo: Cortez, 1994
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução a Sociologia. 23 a ed. São Paulo: Ática,
2000
QUINTANEIRO, Tania et al. Um Toque de Clássicos: Durkheim, Marx, Weber.
Belo Horizonte: Editora UFMG, 1996.
RIDENTI, Marcelo. Política pra quê? São Paulo: 1992
SEVERINO, A J. Métodos de Estudo para o 2.º Grau. Campinas: Papirus, 1989
TOMAZI, Nelson D. (org.). Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993.
COSTA, Cristina. Sociologia. Introdução à ciência da sociedade. São Paulo,
Moderna, 2000.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio Grande do sul, Paz e Terra, 1979.
KIRAJEWSKI, Ângela C. Geografia, Pesquisa e Ação.
KISHIOMOTO, Tizuco Morchida, org, Jogo, Brinquedo e Brincadeira e a
educação, São Paulo, Cortez, 1996.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da Educação. São Paulo, Loyola, 1998.
REFERENCIAS para Formação de Professores. Secretaria de Educação
Fundamental. Brasília. 2002.
TOSCANO, Moema. Introdução à Sociologia Educacional. 2ª ed. São Paulo,
1984.
FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
EMENTA:
Introdução ao estudo da Psicologia; Introdução à Psicologia da educação;
Principais teorias psicológicas que influenciaram e influenciam a psicologia
contemporânea: Skinner e a psicologia Comportamental; Teoria da aprendizagem;
Social de A. Brandura; A Psicanálise de Freud e educação; Epistemologia Genética
de Piaget;
Gestat, Teoria da aprendizagem significativa ; Teoria do
Aconselhamento
422
A disciplina de Fundamentos Psicológicos da Educação visa a oferecer ao
aluno do Curso de Formação de Docentes informações sobre propostas de
“educação para o pensar”, abordando a prática e seus fundamentos psicológicos e
filosóficos,e valorizando a promoção do pensamento reflexivo pelo professor - de
modo a propiciar aos educandos em sala de aula, além do domínio de
conhecimentos historicamente acumulado, o desenvolvimento de capacidade que
lhes permita produzir um pensamento próprio, crítico e criativo.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Tendências pedagógicas
Como expoentes no estudo das tendências pedagógicas
que dominaram, ou estiveram em confronto, dentro da política educacional
brasileira em determinados períodos, José Carlos Libâneo 5 e Dermeval Saviani6
já debateram suficientemente a questão, desde as origens de cada tendência até
seus representantes principais (incluindo a discussão sobre suas bases
filosóficas-epistemológicas). Em função disso não temos a intenção nem a
necessidade de retomar as classificações feitas por estes autores, as quais têm
se tornado parte do discurso dos professores. Contudo, o fato de se ter discutido
e apontado caminhos não implica em que no nosso cotidiano as coisas estejam
bem claras sobre qual a postura pedagógica tomamos.
Na práxis educativa corrente na maioria das escolas e na
maioria das instituições de cunho educativo ainda temos muitas dificuldades,
somos limitados e nos confundimos com o bombardeio de propostas, autores,
psicologias e tendências.
De dentro do mar de confusões conceituais, chavões,
modismos, pactos de mediocridade, medos, desesperança e da falta de recursos
materiais mínimos, queremos buscar um desvendamento inicial de uma questão
ainda indefinida: a relação entre a chamada Pedagogia Histórico-Crítica e a
contribuição da Psicologia Sócio-Histórica.
O que poderá haver de comum entre Vigotski e uma pedagogia crítica? 7
Entendemos que deva ser, fundamentalmente, a base filosófica materialista
dialética a partir da qual pretende-se entender o homem na totalidade das
relações que compõem sua existência. O eixo comum entre Vigotski e uma
pedagogia crítica há de ser a visão de mundo, a concepção de homem, e o
método de abordagem da realidade. Nos autores da Psicologia Sócio-Histórica o
método dialético é fundamental. Para VIGOTSKI (1984) 8 ele se traduz em três
pontos básicos:
a) Entender o objeto de estudo como processo e não como
fato;
5
LIBÂNEO, J.C. Democratização da Escola Pública. São Paulo: Loyola, 1986.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados,1995.
7
Existe inclusive uma discussão sobre o que vem a ser uma pedagogia crítica uma vez que se pode colocar
várias tendências pedagógicas dentro de uma denominação geral como “Pedagogia Progressiva”. Mesmo se
definíssemos Pedagogia Crítica , restringindo-a às tendências de inspiração marxista, ainda assim teriamos uma
gama de tendências possíveis, desde althusserianos a gramsscinianos. O que talvez deva ser um ponto comum
entre as tendências de cunho progressista , às quais a contribuição de Vigostski possa se aliar, seja a posição
politica de pensar a educação como determinada socialmente, como um dos determinantes da formação social
da mente, e o empenho pela socialização real dos bens econômicos como um príncipio inalienável.
8
VYGOTSKI,L.S. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes,1984.
6
423
b) Explicar a essência de tais processos e não ficar na sua
aparência; e
c) Estudar os processos já formados pelo entendimento de sua
gênese.
O que temos colocado até agora vai na direção de dizer
que as produções da Psicologia Sócio-Histórica têm sua gênese em um contexto
histórico específico e formam um sistema teórico vastíssimo com sua própria
coerência e pluralidade interna, com sua autonomia em relação a outras
tendências em Psicologia.
Ao mesmo tempo, a Psicologia Sócio-Histórica,
principalmente nos trabalhos de Vigotski não é uma ramificação de alguma outra
corrente psicológica, como o Behaviorismo, a Psicanálise, a Gestalt ou a teoria
de Piaget, mas é uma tendência própria e distinta de todas as anteriores, ainda
que dialogue com elas e não negue suas contribuições. Pode-se dizer também
que a Psicologia em Vigotski é mais do que uma ciência psicológica fechada em
si mesma, é uma proposta de construção de uma ciência social ampla e
unificada (abordando questões filosóficas mais amplas, passando pela semiótica,
pela antropologia cultural, sociologia, e teoria da evolução; e propondo trabalhos
em educação, psicopatologia, neuropsicologia, análises estéticas e semióticas
da linguagem literária e cinematográfica, entre outros).
Da mesma forma que a psicologia vigotskiana não pode se
reduzir à Pedagogia, uma pedagogia crítica e voltada ao contexto da sociedade
brasileira e de seu sistema educacional também não pode se reduzir à psicologia
sócio-histórica. A pedagogia não se resume às questões psicológicas (mesmo
que se trate de uma visão psicológica abrangente como a de Vigotski). A
pedagogia em autores como Saviani, Libâneo, e muitos outros importantes
autores brasileiros, levanta questões fundamentais sobre as políticas
educacionais historicamente instituidas em nosso país, sobre as características
peculiares à estruturação do capitalismo brasileiro e seus reflexos sobre as
nossas instituições educacionais públicas e/ou privadas, e ainda outros aspectos
políticos e filosóficos para os quais a própria psicologia sócio-histórica (em toda a
sua abrangência) não atenta. O fato é que toda a pedagogia tem em sua base,
uma concepção psicológica (explícita ou não), tanto quanto uma fundamentação
teórico-metodológica, uma concepção filosófica e um direcionamento político.
Resta saber em que sentido a psicologia é incorporada por cada tendência
pedagógica, e quais os fundamentos da diferentes psicologias que embasam as
distintas pedagogias.
Resta perguntar: poderão Vigotski e a Psicologia SócioHistórica contribuir para uma pedagogia crítica? Tudo indica que sim. A proposta
psicológica de Vigotski e de seus colaboradores e seguidores, dentre suas
diversas possibilidades entra em cheio na questão do processo de aquisição do
conhecimento, na medida em que estuda a gênese dos processos mentais
complexos, propriamente humanos e tal gênese se dá nas relações sociais nas
quais o indivíduo ativamente se insere. A atividade coletiva, e fundamentalmente
a atividade onde a própria interação com pessoas mais experientes orienta o
sujeito na conquista de determinados objetivos, tem um papel fundamental na
formação da mente.
É possível (e necessário) aprofundarmo-nos nas obras de
Vigotski para ampliar nossas possibilidades de trabalho com o conhecimento e
especificamente com a apropriação do conhecimento científico no contexto
424
escolar. Contudo isso não exclui a necessidade da compreensão da escola
enquanto realidade política - dentro de um sistema sócio-econômico
historicamente determinado, entre outras questões, para as quais Vigotski, por
exemplo, não dedicou seus principais trabalhos.
De qualquer maneira, a discussão sobre as bases
econômicas, políticas e culturais da educação não ficará completa sem a
reflexão sobre a gnoseologia (teoria do conhecimento), a epistemologia (filosofia
do conhecimento científico) e a psicologia cognitiva. É nesses três últimos
campos, fundamentalmente, que poderemos avançar com a ajuda de autores
como Leontiev, Luria, Vigotski, entre outros.
Concepções de aprendizagem
A proposta pedagógica que deriva da concepção de
aprendizagem nos trabalhos de Vigotski distingue-se, por exemplo, das
propostas behaviorista e psicanalítica.
O Behaviorismo em sua proposta tem visado a melhor
adaptação possível do indivíduo ao sistema educativo tal como se coloca
tradicionalmente. Pretende um sujeito mais apto a lidar com os controles sociais
e capaz de exercer o "contra-controle", tal fato só será possível na medida em
que for possibilitado ao sujeito um amplo repertório de comportamentos verbais
(os conhecimentos, dentro desta visão) e domínio de técnicas socialmente
utilizadas. Esta ampliação de repertório que possibilita ao sujeito um número
cada vez maior de formas de atuação social de modo que não apenas seja
socialmente manipulado, mas passe também a controlar determinadas variáveis
de forma que tenha uma vida mais reforçadora.
A aquisição de repertórios comportamentais passa
inevitavelmente pelo processo de modelagem (uma das formas de
condicionamento), regulado pelo educador que controla a situação educacional
através de reforçamentos e (menos freqüentemente) punições. O controle sobre
os comportamentos do aluno é inevitável, uma vez que a liberdade na análise
skinneriana é uma espécie de mito metafísico, desta forma cabe exercer o
controle da melhor maneira possível.
Numa visão skinneriana, os processos cognitivos são
relegados a um segundo plano, sendo o pensamento equivalente ao
comportamento verbal encoberto, fala sem vocalização 9. Skinner considera as
explicações cognitivistas desnecessárias e de origem metafísica. Contudo o
próprio behaviorismo tem sua evolução história, e frente à inevitável necessidade
de revisão de alguns de seus paradigmas mecanicistas, têm surgido várias
formas alternativas de behaviorismo, mesclando interpretações cognitivistas,
sócio-culturais, e em alguns casos, até existencialistas.
Dentro desta evidente crise epistemológica, ainda não fica
claro como as diversas posturas de dentro do behaviorismo encaminharão uma
proposta pedagógica que supere os trabalhos de Skinner com as famosas
máquinas de ensinar. O que fica mais ou menos claro é a postura de que existe
a necessidade em elaborar adequados esquemas de modelagem, e técnicas de
controle que possibilitem aos alunos atingirem o comportamento desejado.
9
Como veremos mais tarde a teoria da relação entre pensamento e linguagem em Vygotski nada tem a ver com
isso, pois entende que pensamento e fala se influenciam mutuamente mas não são idênticos e que a passagem da
fala externa à fala interior implica transformações qualaitativas na estrutura da linguagem e do pensamento.
425
A proposta psicanalítica, tradicionalmente muito mais
distante de questões educativas do que o próprio behaviorimo (que em essência
é uma teoria da aprendizagem), remete o professor à posição de um dos
modelos fundamentais10 para a formação dos alunos, pessoa sobre a qual
incidem os mecanismos inconscientes de identificação e projeção, numa relação
transferencial. De certa forma, como lembra BRUNER 11 (texto sem data) a
proposta psicanalítica coloca o professor numa posição de terapeuta, cuja
função é proteger a criança, resgatando-a do drama familiar e das hipocrisias
sociais.
Usando os termos lacanianos, o professor tanto quanto o
terapeuta está em um lugar de sujeito do suposto saber. Quando um cliente
busca a análise movido por um componente fundamental de sua estrutura
psíquica que é a angústia ou a ansiedade, ele imagina que o terapeuta sabe algo
sobre seus problemas, e mais, sobre como solucioná-los. A boa análise será
aquela que utiliza-se desses mecanismos do cliente apenas para auxiliá-lo a
entender que ninguém tem a solução para os seus problemas e que ele mesmo
é que vai ter que enfrentá-los por si mesmo. O que a análise possibilita é que o
cliente reconstrua suas formas de significação sobre o real e sobre sua própria
posição no mundo, desencavando significados ocultos no inconsciente desde
tempos muito remotos e dando a estes significados uma nova estruturação de
significantes, através de sua reatualização via transferência.
Na psicanálise propriamente dita, enquanto prática
terapêutica, o que se visa não é inculcar no cliente a personalidade do terapeuta,
não é modelá-lo de acordo com os moldes sociais vigentes, mas criar um espaço
para que ele mesmo re-construa seu saber sobre si e lide melhor com a sua
estrutura de personalidade (a qual para a psicanálise não pode ser mudada).
Pode-se deduzir daí que o papel do professor não seja o de assumir o lugar
daquele que sabe, mas o de dar lugar ao conhecimento do outro. Contudo mais
uma vez ainda não fica claro qual a posição da psicanálise no que diz respeito
ao processo de apropriação do conhecimento sistemático, ou de outros códigos
culturais a serem trabalhados em instituições pedagógicas. A postura pode
oscilar entre a lida com o aperfeiçoamento dos modelos para que a identificação
do educando com o educador se dê a contento, e o espontaneísmo (e a suposta
neutralidade) do educador/terapeuta frente a alguém sobre quem nada se sabe,
e para quem nada se tem a ensinar. Há quem, de dentro da própria psicanálise,
diga que ela não pode ser tomada como uma "psicologia" (pois ela é uma outra
esfera do conhecimento humano que está além das preocupações da
"psicologia"), que dizer então da psicanálise como relação à pedagogia?
Realmente para Freud, o que gera a cultura é
internalização do social, refreando os impulsos biológicos, que vão ter vazão
pela sublimação. Para Freud é um absurdo falar de psicologia social como uma
"área da psicologia", uma vez que toda a psicologia já é social. Ao mesmo tempo
este social de Freud é um contexto mais ou menos circunscrito à relação familiar,
triádica, do complexo de Édipo, é uma relação estrutural que se repete
independente do contexto histórico, não é variável no tempo nem no espaço.
10
Em que se pese que a questão dos modelos também foi posta por Bandura , autor que tem interface com o
behaviorismo.
11
BRUNER, J. Concepciones de la Infancia: Freud, Piaget y Vygotsky. Tradução par ao espanhol de Maria
Victoria Sebastián, s/d.
426
Não está ao nosso alcance a realização de uma discussão
mais aprofundada sobre as relações entre tendências psicológicas como a
psicanálise e o behaviorismo com a pedagogia, o que pudemos fazer até aqui foi
apenas levantar alguns pontos de interseção entre a educação e estas teorias. É
impossível fazermos uma avaliação neutra destas concepções uma vez que
temos um compromisso político e uma concepção de sociedade diferentes do
que tradicionalmente manifestaram tais tendências. Sempre corremos o risco de
fazer avaliações simplistas das teorias que não são as que entendemos como as
mais avançadas nem as mais coerentes com a nossa concepção de homem e de
mundo. No entanto fica aberto um espaço de debate, estamos ansiosos para
poder saber mais sobre o que há de mais atual dentro destas posições teóricas
no que diz respeito à educação, e em que sentido elas poderão contribuir para
uma pedagogia crítica e para uma sociedade realmente democrática.
A proposta de Vigotski (em relação aos conteúdos
escolares) visa a reformulação do próprio espaço vital no qual se dá o trabalho
pedagógico. A organização do meio educativo deve estar de acordo com os
princípios que regem a formação dos processos cognitivos do aluno enquanto
sujeito concreto (isto é: o sujeito que se faz na/pela relação que estabeleceu e
estabelece com todo o contexto social), possibilitando-lhe meios e oportunidades
inserir-se de forma ativa e criadora no próprio processo de conhecer. Cabe ao
processo educativo propiciar real acesso e domínio dos conhecimentos
culturalmente formulados e validados, assim como dos mediadores necessários
para a formação ética, e do caráter, na medida em que se trabalha com o sujeito
entendido como totalidade.
Conforme dissemos, em Vigotski, o próprio processo
ensino/apren-dizagem tem que ser reformulado, enquanto outras tendências
procuram mudar os alunos em função de se adequarem melhor à transmissão de
conhecimento tal como se coloca no modelo escolar (ou educacional) vigente em
um determinado contexto social (por exemplo: criando sistemas de reforçamento
para que o aluno preste mais atenção a uma aula, que não o motiva; ou
confrontando-o com os limites de seu princípio do prazer, levando-o a entender
que a escola nunca poderá satisfazê-lo realmente pois todas as suas angústias
remetem à castração e não à inadequação do sistema).
Vigotski, ao contrário, não centra-se unicamente nos
aspectos relativos ao sujeito que aprende (considerado individualmente), ele
propõe uma estruturação do próprio trabalho epistêmico em função da
apropriação do conhecimento pelo aluno (entendendo este trabalho epistêmico
em seus múltiplos determinantes sociais e individuais, subjetivos e objetivos).
Não se trata de adequar o sujeito à escola, nem mesmo a escola ao sujeito, mas
de estruturar a relação entre sujeitos, instituição e objetos de conhecimento, de
acordo com os princípios psicológicos e sócio-históricos que regem a gênese do
psiquismo humano e tendo como meta o avanço de todos os seres humanos em
níveis mais avançados de compreensão da realidade e de relações éticas,
estéticas e políticas. Não limitando-se simplesmente a adequação do sujeito às
possibilidades do sistema educativo e da sociedade vigentes, a concepção
vigotskiana tem em si uma profunda aposta na superação dos limites humanos,
rumando às possibilidades ainda não atingidas e às fases de desenvolvimento
futuras.
De certa forma Vigotski tem em comum com Piaget a
postura de que a contribuição da psicologia à educação não pode restringir-se à
427
adaptação do educando ao sistema educativo. Neste sentido ambos diferenciamse de algumas concepções de aprendizagem menos comprometidas com o
sujeito do conhecimento enquanto ser ativo e criador. Contudo, como já tem se
tornado do conhecimento dos profissionais que atuam em educação, esta
convergência entre Piaget e Vigotski não exclui o fato de haverem diferenças
quanto às posturas pedagógicas derivadas das concepções destes dois grandes
pensadores.
As concepções de Vigotski e Piaget, entre convergências
e divergências que ainda precisam ser estudadas mais a fundo, apresentam pelo
menos dois pontos fundamentais de distinção: a) a importância da linguagem na
formação dos processos psicológicos complexos (ou superiores); e b) o
significado e a posição das relações sociais no curso do desenvolvimento da
criança. Sem pretender, neste momento explorar as múltiplas possibilidades do
confronto entre as idéias destes autores, faremos algumas breves colocações
sobre o postura de Piaget e Vigotski com relação à educação, a partir de um
artigo de Jerome Bruner12.
Piaget coloca o processo de desenvolvimento como um
monólogo, onde a criança enfrenta o mundo sozinha e tem como tarefa (que
corresponda a seu nível de desenvolvimento) construir uma representação desse
mundo, podendo assimilar e acomodar os resultados, de acordo com os
processos lógicos, de um jogo, por exemplo. Bruner considera surpreendente a
ausência de interesse e respeito à função do professor em Piaget, pois a criança
em desenvolvimento é um ser solitário que trata de resolver por si os problemas
de seu mundo.
Outro aspecto marcante em Piaget é o papel secundário
que dá linguagem, apesar deste autor colocá-la como uma das manifestações
importantes da função simbólica, não a considera como responsável direta pelas
alterações estruturais, só tendo função decisiva a partir dos estágios operativos,
especialmente o formal.Com relação às concepções de Vigotski sobre a
aprendizagem, BRUNER (s/d)13 coloca o seguinte:
Chego à conclusão de que foi Vigotski, mais do que seus
companheiros titãs [Freud e Piaget], quem concebeu o problema da educação
em seus termos mais viáveis. Para Vigotski, a educação era uma continuação
do diálogo pelo qual se constrói um mundo social de realidades construídas. A
consciência do professor e sua capacidade para fazer com que esta
consciência seja acessível a outros como ajuda para obter conhecimentos e
habilidades, é um ponto crucial em sua teoria. É muito interessante que esta
forma de diálogo seja o mesmo processo que cria a realidade historicamente
condicionada da cultura. Assim, nesta organização, a educação levada a cabo
pelo professor é uma continuação do processo que cria a cultura. A educação
'sem mestre', em sua concepção é impossível.
Além de Vigotski e Piaget, um outro autor importante, que
pode constituir-se em uma alternativa as concepções tradicionais de
aprendizagem, mas que é ainda pouco estudado no Brasil é Henri Wallon (18791962). Na concepção de Wallon, que em muito se aproxima das idéias de
12
BRUNER,J. Concepciones de la Infancia: Freud, Piaget y Vygotsky. Tradução para o espanhol de Maria
Victoria Sebastián,s/d/
13
BRUNER, J. Concepciones de la Infancia: Freud,Piaget y Vygotsky. Tradução para o espanhol de Maria
Victoria Sebastián,s/d.
428
Vigotski (por partirem de uma mesma concepção filosófica), predominava
essencialmente a aposta no avanço do desenvolvimento em função das relações
sociais, decorrente de sua concepção de criança e de desenvolvimento infantil.
Segundo WEREBE14 (1986), para Wallon "a constituição
biológica, ao nascer, não será a única lei do destino ulterior da criança. Seus
efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais de
sua existência, sem que a escolha pessoal esteja ausente".
Contudo o "otimismo" walloniano com relação à educação
não é acrítico, nem espontaneísta. Wallon foi um dos pioneiros na crítica à ilusão
daqueles que acreditavam fazer obras revolucionárias a partir de propostas
educacionais utópicas (no sentido restrito do termo), fantasiosas, isoladas e de
alcance limitado. Ou seja uma educação de qualidade não poderia se restringir a
grupos minoritários, por mais "inovadora" que fosse.
As comparações críticas e aprofundadas entre diferentes
formas de encarar o desenvolvimento do psiquismo e o processo de
aprendizagem, exigem um grande esforço que não podemos realizar neste
momento, dados os limites deste artigo. Além de tudo são questões polêmicas,
sobre as quais pairam muitas dúvidas. De qualquer maneira, de uma forma bem
simplificada podemos dizer que as teorias do desenvolvimento do psiquismo em
Vigotski, Piaget e Wallon diferenciam-se marcadamente da Psicanálise e do
Behaviorismo (nas suas formas ortodoxas, pelo menos) em termos de proposta
educacional. Entretanto existem, como vimos, diferenças marcantes entre os
princípios epistemológicos da Psicanálise e do Behaviorismo, e também uma
marcada distinção entre Piaget e Vigotski no que diz respeito ao papel da
linguagem e das relações sociais no desenvolvimento da criança, já Vigotski e
Wallon estão muito mais próximos em termos de bases filosóficas e de
concepção de desenvolvimento do que quaisquer outras tendências.
Assim, podemos afirmar que para Vigotski o professor
deve ser organizador do meio educativo, mas não pode se considerar o motor
principal do processo do processo de aprendizagem, o aluno deve participar
ativamente no processo de aprendizagem. Mas o professor em Vigotski não
pode omitir-se, e não se limita a mero "facilitador", ao contrário, é também um ser
ativo e com um sério compromisso, na medida em que propicia recursos e
organiza-os de forma a possibilitar o avanço do aluno com relação aos
conhecimentos e aos próprios processos mentais envolvidos na atividade
ensino/aprendizagem. Tais avanços não existirão sem intervenção, sem preparo
do professor, nem sem a ação conjunta, onde o aluno cria seus próprios meios e
é construtor ativo de seus próprios processos psicológicos superiores com o
auxílio do outro - numa integração dialética do individual com o social.
Se o professor é sempre sujeito ativo, organizando,
intervindo sempre que necessário, possibilitando momentos de trabalho coletivo
e individual, e assim por diante, isso não exclui sua posição de constante
aprendiz.
Enfim, aprendiz em sua prática social, em seu trabalho cotidiano de interação
com os alunos e com o conhecimento, em suas leituras, seus momentos de
discussão com seus pares e em sua luta política.
14
WEREBE, M. J. G. e NADEL-BRULFERT,J. N. Henri Wallon. São Paulo: Ática, 1986.
429
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Possibilitar aos futuros professores o contato com um corpo organizado de
idéias que subsidiam e justificam o processo e o desenvolvimento do campo do
currículo na escola básica.
Analisar criticamente a teoria e a história do currículo, enfoques da nova ·
Contextualizar e discutir as diferentes concepções curriculares da escola básica.·
Compreender o ensino na escola e a complexidade dos fenômenos
educativos.·
Analisar a ordenação geral do currículo na escola, no âmbito político e
macroorganizativo, o projeto pedagógico da escola, e o papel dos professores no
desenvolvimento do currículo.
Conhecer conceitos básicos de teóricos da psicologia geral, do
desenvolvimento e da aprendizagem visando fundamentar a compreensão dos
processos pedagógicos.
fundamentar conceitos importantes para compreensão e análise de formas
diversas de interações pedagógicas que visem aprendizagem e desenvolvimento.
levar o aluno a conhecer a contribuição de alguns autores para a psicologia do
desenvolvimento e aprendizagem.
contribuir para que o aluno desenvolva referencial teórico que lhe permita
refletir sobre as situações de ensino-aprendizagem vivenciadas em diferentes
contextos.
conhecer os fundamentos psicológicos que embasam as propostas curriculares
oficiais de modo a poder posicionar-se criticamente frente a estas.
conheçer nos diferentes autores as bases epistemológicas que os sustentam,
distinguindo os enfoques teóricos do processo de desenvolvimento e aprendizagem.
analisar as dimensões teóricas, conceituais, técnicas e práticas da psicologia
no campo educacional e escolar.
estudar as proposições da Psicologia da Educação no marco de uma
aproximação com outras áreas do saber, especialmente a Filosofia, a História, a
Sociologia e a Antropologia.
CONTEÚDOS
Psicologia Geral
Psicologia : surgimento e desenvolvimento.
Fundamentos teóricos da Psicologia e sua aplicabilidade no contexto
educacional. Perspectivas atuais e futuras da Psicologia no contexto educacional.
Principais Escolas psicológicas e seus representantes
Psicologia da Aprendizagem
As "teorias da aprendizagem": processos e princípios básicos para explicar a
aprendizagem
As teorias de Pavlov, Watson e Skinner
A aprendizagem verbal significativa
O processamento da informação e a aprendizagem escolar
A teoria da assimilação e as condições para uma aprendizagem significativa.
A teoria sociocultural do desenvolvimento da aprendizagem.Contribuições da
psicologia sócio-construtivista: Resultados da aprendizagem: factuais, conceitual,
procedimentais e atitudinais.
430
A associação entre erro e fracasso escolar.
A excepcionalidade. Enfoque psicossocial da excepcionalidade
Contribuições da psicologia para propostas oficiais de ensino (parâmetros
curriculares, programas e projetos) no contexto brasileiro.
Contribuições da psicologia cognitiva: Aprendizagem significativa, por
descoberta e receptiva.
Processos de aprendizagem: atenção, motivação, memória, metacognição
As aprendizagens escolares fundamentais
A aprendizagem de conteúdos escolares: características, ampliação e
diferenciação.
A aprendizagem de fatos, conceitos e princípios.
A aprendizagem de procedimentos.
A aprendizagem de valores, normas e atitudes.
O caráter integrado das aprendizagens escolares.
Fatores psicossociais, relacionais e contextuais implicados na aprendizagem
escolar
O papel das representações e expectativas na aprendizagem escolar
A interação professor-aluno.A interação entre alunos. Processo de
aprendizagem: atividade mental, conflito cognitivo, auto-reflexão e o "ensinar a
aprender".
(In) disciplina na escola: diferentes perspectivas de análise. A psicogênese dos
conceitos morais - a construção da autonomia moral e intelectual.
A ética como tema transversal. Educação moral, limites e disciplina escolar.
Autonomia moral e o exercício da cidadania.
Os processos de socialização e a relação família-escola.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Metodologia utilizada para as aulas de Fundamentos Psicológicos da
Educação no Curso de Formação de Docentes no Colégio Estadual Barão de
Antonina pode estar voltada para a realização de observações práticas em escolas
de ensino fundamental da rede pública, ou particular observando e registrando o
cotidiano da escola, na realização do estágio Supervisionado. Ao lado disso,
também podem realizar pesquisas de campo, estudando processos cognitivos da
criança ligados aos conteúdos específicos da disciplina. Como resultado, essa
iniciação ao universo da pesquisa é acompanhada, via de regra, por novas
compreensões dos conceitos que as crianças constroem durante seu processo de
desenvolvimento e aprendizagem.
As aulas consistirão de momentos de orientação, reflexão e discussão das
situações vividas, bem como de discussões contextualizadas de artigos e textos
estudados nas disciplinas teóricas de fundamentos e de metodologias do ensino.
Também as aulas devem possibilitar ao participante o domínio de metodologias que
possam subsidiá-lo no oferecimento de uma “educação para o pensar”.
Serão utilizados os seguintes procedimentos:
Aulas teóricas
Estudo dirigido.
Exposições dialogadas,
431
Elaboração de resenhas e discussões em pequenos e grandes grupos
Leitura e discussão de textos.
Participação das atividades individuais ou em grupo
Exercícios individuais ou em grupo
Elaboração e apresentação de seminários.
Atividades práticas em escolas de séries iniciais (observação);
 trabalho de campo;
experimentação;
jogos de simulação e desempenho de papéis;
visitas à escolas
projetos individuais e em grupos;
palestras com convidados;
estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;
leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.
fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre outros.
Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, poderão ser
encaminhadas as atividades da disciplina, através dos mais variados recursos
pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s educativos, entre outros.
Outras atividades que estimulam os educandos ao trabalho coletivo são as que
envolvem música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos didáticos,
dramatizações, história em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre
outras.
CRITÉRIOS DEAVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Neste momento histórico, é emergencial um repensar sobre a educação
pública no tocante a seus interesses, possibilidades e limitações.
Precisamos encontrar alternativas para superar os obstáculos, desfazer
concepções pedagógicas inadequadas que ainda subsistem na escola. Um dos
principais obstáculos a enfrentar em nossas práticas educacionais é o processo
avaliativo. Este, precisa ser redimensionado a fim de expressar uma concepção
clara da sua intenção pedagógica, conforme o que dispõe a Lei de Diretrizes e
Bases para a Educação Nacional (9394/96): em seu artigo 24, inciso V “a) avaliação
contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de
eventuais provas finais” (BRASIL, 1996, p. 14).
Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as limitações e
as fragilidades do processo de ensino e de aprendizagem, possibilitando uma
intervenção pedagógica consciente, objetivando a promoção da aprendizagem
significativa, de forma contínua e não meritocrática. Nesse sentido a avaliação é não
pontual, diagnóstica (por isso, dinâmica) e inclusiva. À avaliação interessa o que
estava acontecendo antes, o que está acontecendo agora e o que poderá acontecer
depois com o educando, na medida em que ela está a serviço de um projeto
pedagógico construtivo, que olha para o ser humano como um ser em construção
permanente. Para um verdadeiro processo de avaliação, (...) [o que interessa é] sua
aprendizagem, e, consequentemente, o seu crescimento; daí ela ser diagnóstica,
permitindo que se tomem decisões para melhorar; e, por conseqüência ser
432
inclusiva, já que, em vez de descartar, excluir, convida para a melhoria. (LUCKESI
2000, p.2)
A avaliação na perspectiva de uma aprendizagem significativa ocorre no
próprio processo de ensino e de aprendizagem com a reflexão e ação de alunos e
professores, na práxis pedagógica, no cotidiano da sala de aula, por meio das
discussões coletivas, da realização de atividades em grupos ou individuais. É
preciso estabelecer a dialética entre ação e reflexão, prática e teoria, meios e fins,
conhecimento científico e escolar, cultura e escola. Este se constitui em um dos
principais desafios de uma educação comprometida com a aprendizagem
significativa, isto é “dar sentido à linguagem que usamos, é estabelecer relações
entre os vários elementos de um universo simbólico, é relacionar o conhecimento
elaborado com os fatos do dia-a-dia, vividos pelo sujeito da aprendizagem ou por
outros sujeitos”(MORETTO, 2002, p.17).
Cabe destacar que a avaliação não se destina somente aos educandos,
mas também, ao processo de ensino e de aprendizagem, aos educadores, ao
estabelecimento de ensino, ao sistema, enfim, a todas as esferas envolvidas no
processo. Esta é uma postura a ser adotada, em que, quem avalia não é somente o
professor, mas todos os partícipes do processo, impulsionados a descobrir,
percorrer as trajetórias do conhecimento e redimensionar as formas de pensar.
Nesse sentido, Lima (2003), reitera que:
A avaliação, considerada de modo geral, tem uma dimensão formadora:
ela tem como uma de suas funções, em qualquer esfera da vida cotidiana, promover
o desenvolvimento das pessoas nas mais variadas situações. Na escola, a
avaliação tem a função de revelar o desempenho presente, as possibilidades de
desempenho futuro e os encaminhamentos necessários para as práticas que
precisam ser modificadas, apontando novos caminhos e possibilitando a superação
dos problemas atuais, abrindo as possibilidades educativas do futuro, assim sendo:
a) a clareza sobre a concepção de Psicologia adotada que deve ser
consonante com a fundamentação teórica, bem como, de ensino, de escola, de
projeto político pedagógico e de sua proposta curricular;
b) o entendimento da construção do conhecimento como histórica, nãoneutra, provisória e contextualizada;
c) a compreensão de que o processo de ensino e de aprendizagem parte
do conhecimento prévio dos educandos e da legitimidade do papel de mediador dos
professores;
d) a inserção gradual de conceitos elaborados pela Psicologia e sua
aplicação em situações cotidianas dos alunos;
e) as inter-relações estabelecidas pelos alunos no ambiente escolar e no
contexto social;
f) a coleta, interpretação, sistematização e aplicação de dados a partir das
análises realizadas;
g) as diversas maneiras de registro efetuadas pelos alunos, como por
exemplo:textos, desenhos, recortes e colagens, provas escritas, relatórios, etc
h) a participação e interesse dos alunos, evidenciando o envolvimento nos
debates empreendidos em sala de aula e nas atividades desenvolvidas.
i) a auto-avaliaçäo do desempenho nas aulas, como análise e reflexão
sobre as implicações que o futuro professor enfrentará na sua prática futura
Sendo assim, o processo avaliativo da disciplina acontecerá ao longo do
desenvolvimento das atividades pedagógicas, devendo-se privilegiar o diálogo nas
relações estabelecidas, entre os diversos sujeitos envolvidos, o conhecimento e a
433
diversidade cultural, bem como a interação entre a ação e a reflexão. O processo
avaliativo deve considerar ainda os seguintes aspectos:
Depreende-se dessas discussões que o resgate do sentido do avaliar
enquanto processo é uma necessidade premente. O processo avaliativo não
poderá, em hipótese alguma, ser reduzido a um único instrumento, nem restrito a
um só momento ou a uma única maneira. Nesse sentido, os professores precisam
utilizar diversos instrumentos avaliativos com intenção de diagnosticar os avanços
apresentados pelos alunos, bem como planejar as intervenções necessárias ao
processo de aprendizagem. Dentre os instrumentos sugere-se: entrevistas,
pesquisas, construção de modelos, interpretação de dados coletados,Observação
direta da participação e interesse do aluno, trabalhos de campo, registros de
observação, testes, exercício ou outras produções escritas, que podem ser
realizadas individual e/ou coletivamente. Os referidos instrumentos de avaliação,
geralmente, agregam os objetivos propostos pelos educadores, tendo em vista a
seleção e os encaminhamentos pedagógicos dados aos conteúdos.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na
Modalidade Normal. SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento
de Educação Profissional. Ctba. 2006.
BOCK, A. M.; FURTADO, O. & TEIXEIRA, M. L. Psicologias : uma
introdução ao estudo de psicologia. São Paulo: Saraiva, 1999.
SYLVA, K. & LUNT, I. Iniciação ao Desenvolvimento da Criança. São
Paulo:Martins Fontes, 1994.
BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1998.
BOCK, Ana M. et al. Psicologias – Uma Introdução ao Estudo da
Psicologia.São Paulo: Saraiva, 1998.
DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma. Psicologia na Educação. São Paulo:
Cortez, 1991.
DOLLE, Jean-Marie. Para compreender Jean Piaget. Rio: Guanabara
S.A, 1987.
LANE, Silvia. et al Psicologia social: o homem em movimento. São
Paulo: Brasiliense,1989.
MACIEL, Ira Maria et al. Psicologia e Educação: novos caminhos para
a formação. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2001.
TANAMACHI, E. e ROCHA, M. et al. Psicologia e educação: desafios
teórico-práticos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.
CHERVEL, A. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um
campo de pesquisa. In: Teoria & Educação, n. 2, Porto Alegre, 1990.
FORQUIN, Jean-Claude. Escola e cultura: as bases sociais e
epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993.
HAMILTON, D. Origines de los términos educativos classe y curriculum.
In: Revista de Educación, 295, Historia del curriculum - I, Madrid, 1991.
GOODSON, Ivor F. Currículo: Teoria e história. Petrópolis, RJ, Vozes,
1995.
434
Capítulos I e II.KELLY, A. V. O currículo: teoria e prática. São Paulo,
Harper & Row, 1981.MOREIRA, A.F.B. Currículos e Programas no Brasil.
Campinas, SP, Papirus, 1990.
POPKEWITZ, Thomas. História do Currículo, regulação social e poder. In:
T.T. SILVA (org.) O sujeito da educação. Estudos foucaultianos. Petrópolis, Vozes,
1994.
SANTOS, L.L.C.P. História das disciplinas escolares: perspectiva de
análise. In: Teoria & Educação, n. 2. Porto Alegre, 1990.
SAVIANI, Nereide. Saber escolar, currículo e didática. São Paulo, Ed.
Autores Associados, 1994
(Capítulo I).TABA, H. Elaboración del curriculum. Buenos Aires, Ed.
Troquel, 1974.
TRALDI, L.L. Currículo: conceituação e implicações. São Paulo, Atlas,
1977.
TYLER, R.W. Princípios básicos de currículo e ensino. Porto Alegre,
Globo, 1975.
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS E POLÍTICOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
EMENTA
Contexto sociopolítico e econômico em que emerge e se processa a educação
infantil e seus aspectos culturais constitutivos. Concepções de infância.
Contribuições da História, Psicologia, Filosofia e Sociologia. Infância e sociedade.
Infância e cultura. História do atendimento à criança brasileira. A política de
educação pré-escolar no Brasil. Perspectiva histórica do profissional de educação
infantil no Brasil. História, legislação e políticas públicas.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A expansão da educação infantil no Brasil e no mundo tem ocorrido de forma
crescente nas últimas décadas, acompanhando a intensificação da urbanização, a
participação da mulher no mercado de trabalho e as mudanças na organização e
estrutura das famílias. Por outro lado, a sociedade está mais consciente da
importância das experiências na primeira infância, o que motiva demandas por uma
educação institucional para crianças de zero a seis anos.
A conjunção desses fatores ensejou um movimento da sociedade civil e de
órgãos governamentais para que o atendimento às crianças de zero a seis anos
fosse reconhecido na Constituição Federal de 19988. A partir de então, a educação
infantil em creches e pré-escolas passou a ser, ao menos do ponto de vista legal,
um dever do Estado e um direito da criança (artigo 208, inciso IV). O Estatuto da
Criança e do Adoslescente, de 1990, destaca também o direito da criança a este
atendimento.
Confirmando todas essas mudanças, a LDBEN de 1996, estabelece de forma
incisiva o vínculo entre o atendimento às crianças de zero a seis anos e a educação.
Aparecem, ao longo do texto, diversas referências específicas à educação infantil.
435
A educação infantil é considerada portanto, a primeira etapa da educação
básica (título V, capítulo II, seção II, art. 29), tendo como finalidade o
desenvolvimento integral da criança de zero a seis anos de idade. O texto da
LDBEN marca ainda a complementaridade entre as instituições de educação infantil
e a família.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional prevê ainda que é
dever do município incumbir-se dessa modalidade de ensino, bem como sobre a
formação dos professores e a avaliação.
Mas até chegarmos a esse ponto muito se passou em termos de lutas e de
conquistas em termos de educação infantil, ou seja a pré-escola de antigamente.
Foi a partir de 1975 , que o ministro Ney Braga, compreendendo o valor de cuidar
das crianças antes dos sete anos, incluiu em sua política integrada de Educação,
expressando o que denominou “ ação preventiva”, a educação pré-escolar como
recurso para evitar-se a baixa produtividade observada no então ensino de 1º grau,
uma forma de ampliar-se o “currículo escondido” da criança que se inicia nos
processos de alfabetização, quando de seu ingresso no 1º grau.
Nesta época a educação infantil, a pré-escola da época, era denominada de
educação compensatória. A proposta era de voltar-se o atendimento a crianças
carentes, visando com isso obter certa iguladde no desenvolvimento e desempenho
que as outras crianças com mais condições financeiras.
Vários documentos foram escritos com críticas a esse modelo, sendo que
defendiam que a educação pré- escolar tem objetivos e valor em si mesma, ou seja
seu principal objetivo era o de desenvolver a criança na idade anterior à escola, ou
seja deveria ter o cunho preparatório para o ensino de 1º grau.
Havia um certo conceito de que a pré-escola resolveria todas as deficiências,
carências e privações culturais das crianças da época. Atribuição esta que não lhe
cabia e nem era possível de ser realizada, concebida como a redentora da maioria
dos males sociais. É obvio que não conseguiu ser isso.
A discussão em torno da política que vinha direcionando o atendimento do
pré-escolar no Brasil, evidencia uma indefinição quanto às suas funções e uma
descaraterização dos objetivos que prentendia atingir. A tendência da época, no
discurso oficial dos governos da época era de despojar a pré-escola de seu caráter
meramente compensatório, relativizando seu compromisso com a escola de 1º grau
da época, incorporando os fracassos escolares em seus processos e não culpando
somente a educação infantil pelo insucesso do aluno.
Em suma, as crianças em idade de zero a seis anos vinham para a escola
para serem cuidadas e alimentadas, sem o cunho educativo que se propões para
hoje, ou seja relegando esse atendimento ao mero assistencialismo, cuja avaliação
pouco importava.
Com esse breve sobrevôo sobre a história e a política que tivemos no Brasil
em relação a educação infantil, chegamos a sua denominação atual e a
obrigatoriedade recém confirmada pela Lei dos nove anos de ensino fundamental,
que incorpora mais um ano de escolarização a todas as crianças brasileiras.
Há outros dilemas a serem tratados na disciplina de Fundamentos Históricos
e Políticos da Educação Infantil, como a questão de alfabetizar ou não nessa
modalidade de ensino, o que se fez e faz nesse aspecto da etapa inicial da
educação básica e em especial a desestruturação das famílias neste século em que
vivemos, ou seja aprofundar as discussões sobre o real papel da educação infantil
em nosso século.
436
Muito se conquistou em termos de educação infantil, muito avançamos e
temos a descobrir sobre ela. O fato é que precisamos nos debruçar sobre sua
história e suas políticas para entendermos que rumo ela seguirá e continuará
contribuindo e consideravelmente para que os alunos nela matriculados tenham um
desempenho comprovadamente melhor na escola, pois um ano a mais de
escolarização de uma criança, acrescenta e muito em sua caminhada educacional.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Compreender que a educação infantil tem uma história de lutas e conquistas
em termos de definição e reconhecimento de seu papel na escolarização da criança;
Perceber a história social da criança e da família ao longo dos últimos anos;
Entender como é e era o cotidiano de creches e pré-escolas no Brasil;
Estudar a contribuição de Jean Piaget para a história e a política de educação
infantil em nosso país;
Pesquisar sobre a infância e seu contexto sócio-político;
Entender como a infância vem sendo tratada e entendida no Brasil;
Refletir sobre o papel do profissional de educação infantil no Brasil,
localizando-o na história e política de seu trabalho, o que mudou e continua a
mudar.
Entender a história, a legislação e as políticas públicas para a educação
infantil no Brasil.
CONTEÚDOS
Educação infantil: uma história de lutas e conquistas em termos de definição
e reconhecimento de seu papel na escolarização da criança;
A história social da criança e da família ao longo dos últimos anos;
O cotidiano de creches e pré-escolas no Brasil, no contexto antigo e atual,
semelhas e diferenças;
A contribuição de Jean Piaget para a história e a política de educação infantil
em nosso país;
A infância das crianças brasileiras e seu contexto e interesse sócio-político;
A infância: como ela vem sendo tratada e entendida no Brasil ao longo dos
últimos 20 anos;
O papel do profissional de educação infantil no Brasil, o que mudou e
continua a mudar em relação a sua atribuição como educador.
A história, a legislação e as políticas públicas para a educação infantil no
Brasil.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As aulas serão feitas com discussão dos conteúdos elencados a seguir,
através da exposição dialogada de textos, apresentação de mini seminários, textos
escritos elaborados como síntese, dentre outros.
437
AVALIAÇÃO:
Não há como conceber a avaliação senão no desenrolar do processo de
organização do trabalho pedagógico, já que é ali que se percebe o que precisa ser
melhor construído e o que o aluno já sistematizou e incorporou ao seu cabedal de
conhecimentos.
Avaliaremos através de atividades de entendimento dos conteúdos
trabalhados e discutidos, através de seminários, debates, atividades de revisão e
socialização das elaborações dos alunos.
Normalmente, na própria explicação do professor, são sanadas as dúvidas mais
freqüentes e vai se percebendo o nível de entendimento dos alunos.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ÁRIES, P. A história da criança e da família. Rio de Janeiro: Guanabara, 1981.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação infantil. –
Brasília: MEC/SEF, 1998.
CAMPOS, M. M.; ROSEMBERG, F. e FERREIRA, I. Creches e Pré-escolas no
Brasil. São Paulo: Cortez, 1992.
CAVICCHIA, D. C. O cotidiano da creche: um projeto pedagógico. São Paulo:
Loyola, 1993.
DAUESTER, T. Concepções de Infância e pré-escola entre famílias da periferia
de Niterói/RJ. TEDUCAÇÃO E SOCIEDADE – ANPOCS, São paulo, outubro de
1985.
............................... . Piaget e o conhecimento. Rio de Janeiro: Cortez, 1993.
GARCIA, R. L. (org). Revisitando a pré-escola. São Paulo: Cortez, 1993
KRAMER, S. (org). Com a pré-escola nas mãos. São Paulo: Ática, 1989.
.............................. . A política do Pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. Rio
de Janeiro: Dois Pontos, 1987.
............................. . Democratização da escola pública. São Paulo: Loyola, 1989.
PIAGET, J. Psicologia da criança, Rio de Janeiro: Diefel, 1978.
438
CONCEPÇÕES NORTEADORAS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
EMENTA
Reflexão crítica de questões ético-políticas e educacionais na ação do educador
quanto à interação dos alunos com necessidades educacionais especiais. A
proposta de inclusão visando a qualidade de aprendizagem e sociabilidade para
todos, e principalmente, ao aluno com necessidades educacionais especiais.
Conceito, legislação, fundamentos históricos, sociopolíticos e éticos. Formas de
atendimento da Educação Especial nos sistemas de ensino. A ação do educador
junto ao corpo discente: discente, inclusão, prevenção das deficiências; as
especificidades de atendimento educacional aos alunos com necessidades
educacionais especiais e apoio pedagógico especializado nas áreas da educação
especial. Avaliação no contexto escolar; adaptações curriculares. As áreas da
educação especial: Conceito, atendimento especial, Apoio. Áreas de Condutas
Típicas; área de Deficiência Física; Área de Deficiência Mental; Área de
Superdotação/Altas Habilidades; Área da Surdez; Área da Deficiência Visual;
Educação, Profissional; Múltiplas Deficiências.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Educação Especial destina-se a todas as pessoas portadoras de
deficiências físicas, sensoriais, mentais, superdotação intelectual ou distúrbios
emocionais, sociais ou de aprendizagem, com necessidade de atendimento
educacional especializado, visando á sua aprendizagem e desenvolvimento, sendo
estas dificuldades temporárias ou permanente.
Embora a terminologia Educação Especial possa repassar a conotação de
uma prática educacional compartimentalizada e, portanto, á margem do contexto
geral de educação, ela se constitui em parte integrante da Educação Geral,
comungando em seus pressupostos fundamentais, concernentes á finalidade
primordial de proporcionar meios para alcançar a realização integral do individuo,
para capacitá-lo a agir livremente, a ser responsável pelos seus atos, a alcançar o
Maximo de suas potencialidades e a transformar-se em membro útil e participante
da sociedade em que vive.
A Educação Especial fundamenta-se a necessidade da oferta da Educação
Especial, considerando-se que, de acordo com estimativas da ONU, 10% da
população apresenta algum tipo de excepcionalidade.
A necessidade de conhecer os princípios que norteiam a Educação Especial,
no atual contexto educacional, não se limita mais ao grupo restrito de docentes que
atuam no ensino especial, mas se estende aos demais professor da pré-escola,
ensino fundamental e, até mesmo, aos outros grupos de ensino, em decorrência,
cada vez maior, da inserção do educando portador de deficiência no ensino regular.
O domínio desses princípios educacionais em muito contribuirá para que os
profissionais da Educação detectem precocemente problemas reais ou potencias
determinante de alguma excepcionalidade, podendo encaminhar esses alunos a
439
programas de atendimento educacional especializado em caráter temporário ou
permanente.
A premência da inclusão da disciplina Concepção Norteadora da Educação
Especial no contexto curricular dos cursos Formação de Docentes Média abordando
conteúdos específicos da Educação Especial.
Portanto, esta disciplina é essencial para o desenvolvimento completo de um
profissional da educação, visando a necessidade da inclusão e o seu grande fator
social.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Desenvolver uma visão critica a respeito dos principais fatos históricos,
sociais e culturais da Educação Especial no Brasil.
- Instrumentalizar o aluno com saberes e teorias psicológicas
contemporâneas provocando a reflexão sobre as articulações entre tais teorias e as
praticam pedagógicas na Educação Especial.
-Proceder ao levantamento histórico do desenvolvimento da Educação
Especial no Brasil.
-Refletir sobre a concepção de Educação Especial para compreender os
diferentes contextos sociais e as possíveis implicações das Necessidades
Educativas Especiais.
-Analisar a importância da inclusão e suas aplicações na sociedade.
-Evidenciar as atuais possibilidades do fazer pedagógico na Educação
Especial.
-Pesquisar sobre deficiência, prevenção e trabalho pedagógico.
-Discutir as diferentes abordagens da Psicologia Escolar na Educação
Especial.
CONTEÚDOS
Reflexão critica de questões ético-políticas e educacionais na ação do
educador quanto à interação dos alunos com necessidades educacionais.
A proposta de inclusão visando a qualidade de aprendizagem e sociabilidade
para todos, e principalmente, ao aluno com necessidades educacionais especiais.
Conceito, legislação, fundamentos históricos, sóciopolíticos e éticos.
Formas de atendimento da Ed. Especial nos sistemas de ensino.
A ação do educador junto ao corpo discente: discente, inclusão, prevenção
das deficiências; as especificidades de atendimento educacional aos alunos com
necessidades educacionais especiais e apoio pedagógico especializado nas áreas
da educação especial.
Avaliação no contexto escolar; adaptações curriculares.
As áreas da Educação Especial: conceito, atendimento especial, apoio.
Áreas de condutas típicas; área de Deficiência Física; Área de Deficiência
Mental; Área de Superdotação/Altas.
Mecanismos de inserção da pessoa portador de necessidades especiais no
contexto educacional.
Avaliação Psico-Educacional e sua importância.
440
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A inclusão envolve um processo de reforma e da reestruturação da escola
como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter acesso
a oportunidades sociais oferecidas pela escola.
Esta disciplina visa a formação de profissionais da educação, com propostas
que enfatizam a criação de projetos educacionais, proporcionando o
desenvolvimento humano, cultural e social de crianças portadoras de necessidades
especiais.
Problematizando e analisando as situações da pratica social de ensinar, o
professor utiliza o conhecimento elaborado das ciências das artes da Filosofia, da
pedagogia e das ciências da educação E DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, como
ferramenta para a compreensão e a proposição do real.
O processo dialógico estará configurado em aulas esportivas, leituras dos
textos, discussões de trabalhos, resolução de atividades, pesquisas, leituras
independentes, e outros.
As atividades em sala de aula serão pautadas também com atividades
extracurriculares, como pesquisas, visitações em classes de recursos e de apoio,
especializadas e outros.
Bem como será necessário um constante diálogo com diversos compêndios,
assistência a palestras, eventos e outros.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados no decorrer do curso em todos os momentos, na
sua plena participação, assiduidade nas aulas de trabalho Pedagógico da
Educação Infantil; Serão solicitados no decorrer do curso trabalhos produzidos
individualmente, como trabalho em grupo, a data de entrega será levada em conta ,
e a participação e o interesse efetivo nas aulas .
O processo de avaliação deverá ser continuo, cumulativo e diversificado,
observando a diversidade de aspectos que integram o desenvolvimento humano.
A avaliação levará em conta os objetivos gerais e específicos, observando o
segmento programático dos conteúdos.
Será atribuída nota de 0 a 10 para os trabalhos a serem realizados
observando-se a interação entre ensinar e aprender.
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
ASSAD, Germano. Revista Sinpro-RJ. Disponível em www.tistu.com.br Acesso
em 5/jul/05.
BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Projeto Escola
Viva, garantindo o acesso e permanência de todos os alunos na escola.Alunos com
necessidades educacionais especiais. Brasília: MEC/SEF/SEESP, 2000. V.1-2.
441
CARVALHO, Rosita Edler. Removendo barreiras para a aprendizagem: educação
inclusiva. Porto Alegre: Mediação, 2000.
COLL, César; PALACIOS, Jesús e MARCHESI, Alvaro. Desenvolvimento
psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem
escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Enquadramento da ação: necessidades
educativas especiais. In: Conferência Mundial sobre NEE: Acesso e Qualidade UNESCO. Salamanca/Espanha: UNESCO, 1994.
Deliberação nº. 02/03 - Conselho Estadual de Educação.
GONZÁLEZ, José Antonio Torres. Educação e diversidade - bases didáticas e
organizativas. Porto Alegre: Artmed, 2002.
GORTÁZAR, O. O professor de apoio na escola regular. In: COLL, C. e
PALÁCIOS, J. MARCHESI. (org.) Desenvolvimento psicológico e educação necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.
KARAGIANNIS, Anastasios; SAINBACK, William; STAINBACK, Susan.
Fundamentos do ensino inclusivo. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
KASSAR, Mônica de Carvalho Magalhães. Ciência e senso comum no cotidiano
das classes especiais. Campinas, Sp: Papirus, 1995.
Lei 9394, de 20 de Dezembro de 1996 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
LOPES, Maurício Antonio Ribeiro (coord.). Constituição Federal. 3ª ed. São Paulo:
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MARCHESI, A. (org.)Desenvolvimento psicológico e educação - necessidades
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MAZZOTTA, José de Oliveira. Fundamentos de educação especial. São Paulo:
Enio Matheus Guazzelli & Cia. Ltda., 1997.
NERIS, Elpidio Araujo. O direito de ser diferente. Mensagem da APAE, n. 83, p. 46, out./dez. 1998.
STAINBACK, Suzan; STAINBACK, William. Inclusão: um guia para educadores.
Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
Deliberação nº. 02/03- Conselho Estadual de Educação.
Lei 9394, de 20 de Dezembro de 1996- Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
LOPES, Mauricio Antonio Ribeiro (coord). Constituição Federal. 3ºed. São Paulo:
Pioneira, 1998.
MARCHESI, A. (org.) Desenvolvimento psicológico e educação – necessidades
educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Arte Medica, 1995.
MAZZOTTA, Jose de Oliveira. Fundamentos de educação especial. São Paulo: Enio
Matheus Guazzelli &Cia. Ltda. 1997.
Apostilas.
Revistas – NOVA ESCOLA.
TRABALHO PEDAGOGICO NA EDUCAÇAO INFANTIL
EMENTA
442
Gestão, organização e políticas para a Educação Infantil. Natureza e especificidade
do trabalho pedagógico. Particularidades dos processos educativos na Educação
Infantil, organização curricular, articulação entre cuidar e educar, tempo e espaço
nas instituições educadoras, planejamento, avaliação e concepções de educação. O
jogo, o brinquedo e a brincadeira na educação infantil. Os processos de
desenvolvimento, aprendizagem e formação integral da criança de 0 a 6 anos,
estimulação precoce, linguagens, cultura e mediação entre a escola e a família.
Gestão democrática, autonomia e programas de descentralização. Relações entre
público e privado, Financiamento da educação no Brasil – origem e destino das
fontes de recurso. Políticas públicas para a Educação Infantil e suas implicações
para a organização do trabalho pedagógico. Análise crítica do Referencial Curricular
Nacional (MEC) e das Diretrizes Curriculares Nacionais (CNE) para a Educação
Infantil. Legislação federal e estadual para a educação infantil, contexto de sua
elaboração, interpretações possíveis dos textos legais e implicações para os
Centros de Educação Infantil.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
Partimos do pressuposto teórico que afirma serem os primeiros anos de vida
transcendentais para a evolução da criança como pessoa autônoma, criativa e
socializada. É a etapa básica para o posterior equilíbrio da personalidade e para o
desenvolvimento da inteligência. A Educação Infantil, que abrange o período de 0 a
5 anos, deverá ser a etapa propícia para implementar uma tarefa educativapreventiva, com vistas ao desenvolvimento global da criança .Aporte importante,
neste momento, é entender esse currículo como instrumento que responda às
necessidades sociais da comunidade onde se insere e, a partir disso, desvelar para
quem e para que se trabalha. Ter clareza quanto ao papel que a Escola Infantil
assume diante de sua comunidade nos remete a explicitar os princípios que
nortearão o instrumento chamado currículo. No bojo de uma ação conjunta,
envolvendo todos os educadores, pais e funcionários que atuam na Instituição e no
desenrolar de ações sócio-históricas, o currículo se construirá. Morsiani e Orsoni
(1997) assim sintetizam o que se deve buscar obter com a formação prévia e em
serviço dos professores. Segundo elas, que discutem especificamente o perfil dos
professores da educação infantil, estes devem: (saber:) o que se refere aos
conteúdos da formação de base e à importância da cultura, permitindo o confronto
do conhecimento teórico com a situação real vivida com as crianças. Esse aspecto
requer uma formação permanente que alimente a prática docente; (saber ser: )para
atingir essa meta é necessário que exista uma estrutura de apoio na instituição, que
dê condições aos professores para lidar com o estresse, prevendo momentos de
descanso e rodízio de funções; (saber interagir: )os professores precisam interagir
com vários "outros" e não só com o aluno. Sua competência social deve incluir o
desempenho de seu papel na dinâmica da equipe de trabalho, em seu
relacionamento com as famílias e os profissionais de outras agências educativas e
sociais;
(saber fazer: )para desempenhar bem seu trabalho cotidiano, os
professores precisam aprender a refletir sobre sua prática, construindo um projeto
educativo próprio, utilizando a documentação, a avaliação, a pesquisa e a
observação.
443
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
No decorrer do curso os alunos da Formação Docente, vivenciarão situações que
lhes oportunem conhecimentos teóricos e práticos para a atuação na educação
infantil, situações essas que os mesmos possam na sua pratica pedagógica
desenvolver os seguintes objetivos com os pequenos:
criar um ambiente favorável ao desenvolvimento e ao ajustamento social e afetivo;
- propiciar à criança o desenvolvimento da criatividade, especialmente como
elemento de auto-preservação;
- proporcionar à criança seu desenvolvimento individual para que ela tenha
capacidade de estabelecer novas relações entre situações já vivenciadas e as que
serão apresentadas e nas quais deverá se integrar;
- estimular a curiosidade, a iniciativa e a independência da criança;
- desenvolver a psicomotricidade que favoreça o desenvolvimento da
personalidade e melhor preparar para o aprendizado da leitura e da
escrita;
- promover iniciação à matemática e ao pensamento científico;
- propiciar o desenvolvimento de hábitos de asseio, ordem, economia e
iniciativa;
- promover o senso de auto-disciplina consciente;
- propiciar o desenvolvimento de habilidades específicas para a
eficiência da aprendizagem na escola de ensino fundamental;
- possibilitar o diagnóstico oportuno e preventivo das deficiências do
desenvolvimento da criança, orientando e encaminhando a profissionais
especializados.
CONTEÚDOS
Interpretação da proposta curricular para a educação infantil;
Organização curricular;
Articulação entre cuidar e educar tempo e espaço nas instituições da educação
infantil;
Concepções de educação;
Planejamento, avaliação;
O brinquedo, o jogo, a brincadeira na educação infantil;
Os processos de desenvolvimento, aprendizagem e formação integral da criança de
0 a 6 anos
Mediações entre escola e família;
Estimulações na educação infantil
Diversas linguagens;
Multiculturalismo, as diferenças;
Particularidades do processo educativo na educação infantil;
Organização curricular;
Brincadeira na educação infantil;
Os processos de desenvolvimento;
444
Concepções de educação;
Importância da família nesse processo;
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Encontramos, no meio educacional, uma forte tendência em valorizar a
observação das brincadeiras infantis, muitas vezes, como um fim em si mesmo. A
observação é fundamental para que os professores possam compreender as
necessidades das crianças, o seu nível de desenvolvimento e sua forma de
organização e, assim para planejarem a sua ação educativa, ou seja, é um
importante meio para sustentar a intervenção pedagógica e garantir uma
aprendizagem significativa.
Dentro desta perspectiva, o professor é um mediador entre a atividade de seus
alunos e os recursos disponíveis e deve garantir, através de suas ações, usando de
diversas linguagens para que a aprendizagem de seu grupo seja contínua. Para
tanto, precisa oferecer uma variedade de materiais adequados às necessidades
observadas, como também, alternar situações de brincar livre com situações de
brincar dirigido, para que haja a possibilidade de interação de todos.
Seguindo este pensamento as aulas da disciplina de trabalho pedagógico da
educação infantil, serão direcionadas para como trabalhar na pratica com crianças
de 0 a 5 anos. Será proporcionado recortes da base legal da educação infantil,
relacionando continuamente com pratica, Os alunos terão base teórica, a partir de
aulas expositivas, estudo de documentos, literatura afins, analises de vídeo, debates
e reflexões dos mesmos, e a pratica onde os mesmos colocarão todos os
conhecimentos teóricos e suas experiências pessoais na organização,
planejamento, e execução, de aulas para a educação infantil.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Os alunos serão avaliados no decorrer do curso em todos os momentos, na
sua plena participação, assiduidade nas aulas de trabalho Pedagógico da
Educação Infantil; Serão solicitados no decorrer do curso trabalhos produzidos
individualmente, como trabalho em grupo, a data de entrega será levada em conta ,
e a participação e o interesse efetivo nas aulas .
O processo de avaliação deverá ser continuo, cumulativo e diversificado,
observando a diversidade de aspectos que integram o desenvolvimento humano.
A avaliação levará em conta os objetivos gerais e específicos, observando o
segmento programático dos conteúdos.
Será atribuída nota de 0 a 10 para os trabalhos a serem realizados
observando-se a interação entre ensinar e aprender.
Dentro da visão interacionista, será avaliado o aluno através da participação,
do interesse, de atitudes críticas e inteligentes, bem como, através das produções
individuais e /ou coletivas, dos trabalhos apresentados e dos projetos realizados.
445
BIBLIOGRAFIA
Diretrizes Curriculares para o Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil
e anos iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio, na Modalidade Normal.
SEED. Paraná. Superintendência da Educação. Departamento de Educação
Profissional. Ctba. 2006.
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LDB
ECA
CONSTITUICAO FEDERAL
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
EMENTA
Organização do sistema Escolar Brasileiro: Níveis e Modalidades de Ensino.
Elementos Teórico-Metodológicos para a análise de Políticas Públicas. Políticas
para a Educação Básica. A concretização das Políticas Educacionais na Unidade
Escolar. Recursos Financeiros para a Educação no Brasil. O trabalho pedagógico
na educação básica: diferentes níveis e modalidades de ensino. Fundamentos da
prática educativa. Análise crítica da prática pedagógica. Projeto Pedagógico – o
atendimento da criança de 0 a 10 anos em espaços educativos diversos: creches,
centros de educação infantil, centros culturais. Planejamento da ação educativa.
Avaliação escolar. A avaliação como articulador do trabalho pedagógico. O currículo
e a organização do trabalho escolar. Paradigmas curriculares e modalidades de
ensino. O currículo na Educação no Estado do Paraná. Análise da política
educacional para a educação básica. Apresentação e Análise Crítica dos PCNs e
Temas Transversais.
451
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O compromisso com a construção da cidadania necessariamente uma pratica
educacional voltada para a compreensão da realidade social e dos direitos e
responsabilidades em relação á vida pessoal e coletiva e a afirmação do principio da
participação política.
Neste final de milênio, a sociedade brasileira vive um momento de rápidas
transformações econômicas e tecnológicas, ao mesmo tempo em que os avanços
na cultura e na educação transcorrem de forma bastante lenta.
Em função de uma economia dependente não se desenvolveu uma cultura e
um sistema educacional que pudessem fortalecer a economia, fazendo-a caminhar
para a auto suficiência.
O exercício da cidadania, que pressupõe a participação política de todos na
definição de rumos que serão assumidas pela nação e que se expressa não apenas
na escolha de representantes políticos e governantes, mas também na participação
em movimentos sociais, no envolvimento com temas e questões nacionais, e em
todos os níveis da vida cotidiana, e a pratica é pouco desenvolvida entre nós.
Em tempos de virada do milênio é preciso questionar a posição que esta
reservada aos jovens na escola, nos grupos comunitários, na nação.
Diante dessa conjuntura, há uma expectativa brasileira para que a educação
se posicione na linha de frente da luta contra as exclusões, contribuído para a
promoção e integração de todos os brasileiros, voltando-se à construção da
cidadania, não como meta a ser atingida num futuro distante, mas como pratica
efetiva.
O papel fundamental da educação no desenvolvimento das pessoas e das
sociedades amplia-se ainda mais no despertar do novo milênio e aponta para a
necessidade dê-se construir uma escola voltada para a formulação de cidadãos.
A era em que estamos esta voltada para uma reformulação de currículos e
idéias.
Dessa forma pretende-se criar condições, que permitam aos nossos jovens
ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados e reconhecidos
como necessário ao exercício da cidadania, como a disciplina de Organização do
Trabalho Pedagógico.
Esta disciplina procura desenvolver nos alunos a sua função dentro de nossa
sociedade que é:
-aprender a conhecer – (espírito investigativo e visão critica).
-aprender a fazer – (relacionamento no grupo).
-aprender a viver com os outros-(compreensão de interdependência).
-aprender a ser – (desenvolver a personalidade-autonomia).
A sociedade brasileira demanda uma educação de qualidade, que garante as
aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e
participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na
sociedade em que vivemos e na qual esperam ver atendidas suas necessidades
individuais, sociais, políticas e econômicas.
Assim a disciplina de Organização do Trabalho Pedagógico tem a função
filosófica de construção de saberes, levando o aluno a raciocinar, interagir,
colaborar com a formação de uma sociedade mais criativa, ativa e participativa,
onde a formação do educando é o nosso principal compromisso.
Queremos formar profissionais da Educação, com uma visão ampla do
conhecimento e conscientes da responsabilidade social da sua profissão.
452
A Sociedade Contemporânea caracteriza-se por transformações que exigem
uma escola capaz de educar indivíduos aptos a responderem aos desafios de seu
tempo.
Essa escola pressupõe um professor cuja formação é de maior importância na
perspectiva humana, técnica e as exigências contemporâneas.
Através da organização do trabalho pedagógico pretendemos criar espaços
para uma reflexão critica sobre as tendências pedagógicas e a contemporaneidade,
uma reflexão necessária para a construção do conhecimento, oportunizando uma
visão geral do panorama em que vivemos e suas influencias no tratamento dos
problemas e questões pedagógicas atuais.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Compreender a Organização do Trabalho Pedagógico, afim de obter uma
visão clara e geral sobre as influencias do avanço tecnológico nas atividades
educacionais.
- Discutir conceitos para melhor caracterizar a organização do Trabalho
pedagógico na educação infantil fundamental;
- Analisar os fundamentos da pratica pedagógica:do planejamento á avaliação;
- Compreender o currículo e suas modalidades;
- Aprender o currículo através da analise critica do PCN e temas transversais.
CONTEÚDOS
● Formação e profissionalização do docente.
● Aspectos históricos e legais.
● Modalidades da formação.
● A pratica docente.
● Valorização profissional.
● Os novos mapas culturais e sua influencia no trabalho pedagógico:
● a contemporaneidade e a globalização.
● Tendências pedagógicas no mundo contemporâneo:
● tendências libertarias:
● tendências libertadora:
● tendências histórico critica:
● O currículo e o planejamento:
● Projeto Político Pedagógico (escola):
● Plano de curso;
Projeto de trabalho.
● Avaliação escolar:
● a avaliação nos seus aspectos;
● tipos de avaliação;
● critérios de avaliação;
● avaliação X qualidade;
● mitos sobre a avaliação.
453
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
As ações metodológicas devem envolver o confronto e a leitura, a produção e
a analise de todos os tipos de textos.
Também a exposição oral pelo professor e constante articulação professoraluno sobre conteúdos básicos gramaticais essenciais para um texto bem
articulado.
Leituras analises e produção de textos visando o domínio da linguagem
escrita, consciência e percepção da possibilidade de intervenção enquanto agentes
social, principalmente na estrutura da língua oficial.
Exposições de diversas técnicas para composição de correspondências
comerciais especificando as diferenças na estrutura textual e utilidades no mundo
do trabalho, e outros que venham atender as necessidades do conhecimento do
aluno, para lhes possibilitar uma maior interação e atuação no mundo em que estão
inseridos, tanto econômica, como social e produtivamente enquanto cidadãos
participantes e conscientes junto ao movimento histórico das produções sociais e
cientificas.
É importante trabalhar com os alunos desenvolvendo a criatividade através
de trabalho, aulas expositivas, provas, debates, produções individuais, cartazes e
outros, caracterizando a problematizarão da pratica pedagógica desenvolvida nas
series iniciais.
Através da interação e da construção do saber será realizada atividades com
teoria e pratica dos conteúdos.
Confecção de diversos materiais e apresentações de aulas simuladas pelas
alunas.
Através da linguagem, enquanto possibilidade de representação, abstração e
generalização do mundo em que vivemos, é possível passar da consciência
sensível, á consciência racional.
Utilizando-a, a ser humano torna sólidos seus traços acumulando,
transmitindo conhecimentos, transformando no meio em que vive.
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
Aos resultados obtidos no processo de avaliação, que se Dara de forma
continua, cumulativa e diversificada, servirão de parâmetro para analises, reflexão e
aperfeiçoamento de todo o processo, incidindo sobre a diversidade de aspectos que
integram o desenvolvimento do ser humano nas suas três dimensões: cognitiva,
relacional-social e efetivo-emocional.
Nessas condições o aluno devera ser capas de gerar respostas adequadas
em problemas atuais através da redação de textos que envolvam a correspondência
oficial e comercial, demonstrando um domínio nos métodos e técnicas de redação.
O professor devera perceber ao longo do processo educativo o avanço do
aluno no conhecimento especifico das habilidades de técnicas de redação que lhe
proporcione a abertura de conhecimentos adquirida e a adquirir, em consonância
com a metodologia utilizada pelo professor e o resultado efetivo desta interação
entre ensinar e aprender.
454
Estas avaliações terão como base os objetivos propostos, e será de forma
continua, formativa e participativa.
As atividades serão de estudo de textos indicados, realização de atividades
orientadas, questionamentos e contribuições apresentadas pelos alunos, avaliações
individuais e coletivas, apresentações de aulas simuladas e outras.
A forma de avaliação constara com os seguintes critérios:
→ Participação
→ Interesse
→ Organização
→ Criatividade
→ Coerência
→ Idéias inovadoras
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