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Trabalho de pesquisa
Implantes dentários na reabilitação oral em cães
Dental implants in oral rehabilitation in dogs
Marcello Rodrigues da Roza – Médico Veterinário, Doutor em Ciência Animal, OdontoZoo/DF
Darney Pereira de Melo – Cirurgião dentista, Especialista em prótese, Instituto Odontológico Garcia Peres/DF
Luiz Antonio Franco da Silva – Professor Doutor do Departamento de Medicina Veterinária, UFG/GO
Mauricio Barriviera – Professor Doutor do departamento de radiologia do curso de odontologia, UCB/DF
Alessandro Lourenço Januário – Cirurgião Dentista, Doutor em periodontia. ITI education delegate. ICESP/DF
Maria Clorinda Soares Fioravanti – Professora Doutora do Departamento de Medicina Veterinária, UFG/GO
Rozza MR, Melo DP, Silva LAF, Barriviera M, Januário AL, Fkioravanti MCS. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais
de Estimação 2009; 7(23); 592-596.
Resumo
Cinco cães de idades, raças e sexos distintos foram atendidos com histórico de perda dentária e submetidos à reabilitação. O planejamento cirúrgico foi realizado por radiografia intraoral e/ou tomografia
computadorizada de feixe cônico e realizados com instrumentos desenvolvidos para utilização em
humanos. A moldagem foi realizada incluindo o dente contra-lateral e os antagonistas e a prótese confeccionada de em tempo hábil para a instalação de carga imediata. Todos os animais se recuperaram
prontamente e em apenas um deles houve a necessidade da troca da prótese em função de retração
gengival.
Palavras-chave: Dente, implantes dentários, moldagem odontológica, prótese dentária.
Abstract
Five dogs of different ages, breeds and gender were attended with a history of tooth loss and submitted to rehabilitation. Surgical planning was carried out by intra-oral radiography and/or cone-beam
computerized tomography and the treatment performed with tools developed for use in humans. The
molding was carried out including the contra-lateral tooth and antagonists and the prosthesis was
made in time for the installation by immediate loading. All animals recovered promptly and in only
one of them it was needed the exchange of the prosthesis due to receding gums.
Keywords: Teeth, dental implants, dental impression, dental prosthesis.
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Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23);592-596.
Implantes dentários na reabilitação oral em cães
Introdução
Com o desenvolvimento da odontologia veterinária e o
crescente aumento do números de profissionais e serviços
nessa especialidade, a implantodontia passou a ser uma ferramenta de reabilitação oral estética e funcional em cães, levando em conta as diferenças funcionais, anatômicas e biológicas com os humanos, para os quais os diversos sistemas de
implantes dentários foram desenvolvidos.
Dessa forma, cresce a cada dia sua utilização na recuperação da função mastigatória dos cães, uma vez que nestes não
há preocupação em relação à estética e à fonação.
A ausência de implantes e componentes protéticos desenvolvidos especificamente para os animais dificulta o procedimento, embora o desenvolvimento de técnicas de diagnóstico
e planejamento tenha possibilitado a mensuração correta das
dimensões do alvéolo, facilitando a escolha e viabilizando a
confecção de implantes em dimensões apropriadas a cada
caso.
O objetivo deste trabalho foi descrever os passos da reabilitação dentária individual por meio da instalação de implantes e posterior adaptação de prótese dentária em cães.
Revisão da literatura
A diminuição do numero de dentes pode se expressar de
três maneiras. Anodontia (ausência congênita dos dentes) e
oligodontia (presença de um pequeno numero de elementos
dentários) são condições raras, frequentemente associadas a
desordens generalizadas. Hipodontia (ausência de um pequeno numero de elementos dentários) é uma condição comum nos cães (1,2). Fatores hereditários estão com frequência envolvidos na ausência congênita dos dentes, embora os
mesmos também possam estar ausentes em função de outras
alterações como trauma ou infecções durante seu desenvolvimento inicial (3).
Hipodontia na dentição permanente é mais freqüente que
na dentição primária. Quando um dente decíduo está ausente por motivos congênitos, o seu correspondente permanente
normalmente está ausente também, embora isso não ocorra
na totalidade dos casos. A alteração afeta mais os indivíduos
de raças pequenas e a região mais acometida é a dos dentes
pré-molares (2).
Entre as principais causas de perda dentária em cães estão
traumatismos, especialmente os provocados por mordidas
em objetos duros, brigas, atropelamentos e quedas, dentre
outros, alem das lesões radiculares e da doença periodontal
(1,2,4,5). A radiografia é essencial para diferenciar dentes ausentes de dentes impactados e não erupcionados (6).
O emprego efetivo dos implantes iniciou-se em 1960 por
Branemark, na ocasião em que começou o desenvolvimento
de um implante, que, para a função clínica dependia de osseointegração, ou seja, ancoragem direta no osso. Esse fato
por deficiências metodológicas foi difícil de ser comprovado na época, pois não era possível seccionar o implante sem
antes removê-lo do tecido ósseo. Na década de 70, entretanto, um outro grupo de pesquisadores conseguiu, com técnicas recém-desenvolvidas, realizar o procedimento, com-
provando a osseointegração, a qual chamou de anquilose
funcional (7).
Implantes endósseos são geralmente feitos de titânio
comercialmente puro, um metal reativo que exposto ao
ar forma óxido de titânio na sua superfície, promovendo
resistência à corrosão. A porção tratada do implante oferece uma área de superfície maior para que o osso possa
envolvê-lo e proporcionar estabilidade inicial ao implante.
A estabilidade secundária é proporcionada pela ossointegração, onde o osso contacta diretamente a superfície do
implante (8).
Desde o início de sua utilização os implantes tem sido modificados de forma a obter melhor performance na cirurgia e
na restauração protética. A meta da pesquisa em biomateriais
é o desenvolvimento de materiais que induzam cicatrização
previsível, controlada, guiada e rápida nas interfaces teciduais (9).
O tratamento das superfícies do implante (com jateamento e/ou ataque ácido) proporciona uma superfície irregular
de 1 a 2 μm e tem sido utilizado para aumentar a taxa de osseointegração, promovendo estabilidade mais prematura do
implante. Essa melhoria é provavelmente devido a uma combinação de fatores, incluindo o aumento da área de superfície
do implante para a osseointegração ocorrer e, dessa forma,
modulando a atividade celular e propiciando a migração e
diferenciação dos osteoblastos e melhorando a aderência de
fibrina e estabilização do coágulo de sangue. Alterações na
morfologia da superfície através do condicionamento ácido fornece uma superfície bioativa bastante hidrofílica com
maior área de superfície e adsorção de proteínas. Existe aposição óssea precoce em sua superfície com aumento ósseo no
contato com o implante (8,10).
Os fatores que influenciam na osseointegração do implante são a biocompatibilidade, o desenho do implante,
as condições de superfície do implante, o estado do sítio
cirúrgico, a técnica cirúrgica para a fixação do implante e
(as condições de carga aplicadas sobre o implante após sua
instalação (7).
Na seleção de um sistema de implantes em particular,
deve-se considerar fatores como o sítio do implante e a anatomia subjacente, necessidades de enxerto, qualidade óssea e
desenho do componente protético (11).
O sistema principal do implante dentário é formado pelo
implante propriamente dito e por um pilar pré-fabricado ou
por munhão, preparável em laboratório, parafusado ao implante, que recebe a prótese fixa, quando há perda de múltiplos dentes, ou a coroa, quando for um elemento unitário.
Ambos podem ser fixados tanto por cimentação quanto por
um parafuso oclusal (12).
Material e método
Cinco cães de raças, idades e sexo variados (tabela 1)
foram atendidos no OdontoZoo serviço de odontologia veterinária, em Brasília-DF, em função de perda dentária. Um
dos pacientes apresentava ainda fragmentos radiculares (figura 1) e intensa gengivite. Em todos os casos foi realizada
a reabilitação por meio de implante e prótese.
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 593-596.
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Implantes dentários na reabilitação oral em cães
Tabela 1: Raças, sexo, idade em meses e tipo de implante dentário instalado em cães submetidos a reabilitação dentária em Brasília, DF.
Raça
sexo
Idade (meses)
Tipo implante
1
Dobermann
macho
17
Hexágono externo cilíndricoa
2
Srd*
fêmea
19
Hexágono externo cônicob
3
American pit bull
macho
23
Hexágono externo cilíndricoa
4
Srd*
fêmea
21
Hexágono externo cônicob
5
Basset hound
macho
32
Hexágono externo cônicob
* sem raça definida
finalmente empregou-se broca counter sink, também a 1500
RPM, para dar o formato da cabeça do implante ao leito.
Imediatamente foi realizada a inserção do corpo do implante
(figura 5), finalizada com torque de 45 Newtons (N), aferida
por torquímetrof (figura 6), para receber carga imediata (14).
No pós-operatório imediato foi realizada a irrigação com
clorexidine 0,12%g até a retirada dos pontos que ocorreu no
décimo dia pós-operatório. Nesse período, os animais receberam ração triturada, duas vezes ao dia. O controle do biofilme
bacteriano, por meio de escovação dentária, empregando-se
escova e pasta apropriadas para cães, foi utilizado e recomendado como medida profilática para o paciente.
Para a realização da moldagem, utilizou-se moldeira de
alumínio pré-adaptada e silicona de condensaçãoi. Essa moldeira possuía uma abertura pela qual o transfer de moldagem
do pilar do implante passava. A impressão era encaminhada
no mesmo dia ao laboratório, para a confecção da prótese.
Os implantes receberam um cicatrizador com altura suficiente para deixá-lo 1 mm exposto, suturando-se a gengiva ao
redor, utilizando fio mononylon 3.0j (figura 7).
No terceiro dia de pós-operatório as próteses metalocerâmicas eram cimentadas aos implantes (figura 8).
Figura 1: Radiografia intraoral periapical de mandíbula de cão
evidenciando fragmentos radiculares em alvéolos dentários de dente
pré-molar.
Em alguns pacientes o planejamento foi realizado apenas
pela avaliação clínica e radiografias intraorais. Em outros
utilizou-se a tomografia computadorizada de feixe cônico
(figura 2) e radiografias intraorais para acompanhamento
(13).
Para a reabilitação foram utilizados implantes de hexágono externoa,b,c instalados com contra-ângulo redutord e motor
para implantese empregando-se o máximo de 1500 rotações
por minuto (RPM) e sempre sob irrigação abundante.
A instalação do implante iniciou-se pela perfuração do
osso utilizando broca lança de 2mm de diâmetro (figura 3),
seguido do emprego de broca cilíndrica de dois mm de diâmetro (figura 4) até o limite pré-determinado no exame radiográfico ou tomográfico. Logo após foi empregada uma broca
piloto com extremidade não-ativa, para aumentar o diâmetro
da perfuração para três milímetros. Na sequência, continuouse a perfuração usando broca cilindrica de três milimetros e,
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Figura 2:
Imagem de
tomografia computadorizada
de feixe cônico.
Vista frontal de
corte transversal
de mandíbula
de cão, com
as medidas
das dimensões
internas da
mandíbula, para
planejamento
implantodôntico.
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Implantes dentários na reabilitação oral em cães
Figura 3: Perfuração, com broca em lança, para instalação de implante
dentário na mandíbula de cão.
Figura 6: Torquimetria para avaliação do torque de inserção do
implante na mandíbula de cão.
Figura 4: Perfuração, com broca de dois milímetros, para instalação de
implante dentário na mandíbula de cão.
Figura 7: Cicatrizador parafusado ao implante na mandíbula de cão,
após moldagem.
Figura 5: Instalação do implante dentário na mandíbula de cão.
Figura 8: Prótese cimentada ao implante em mandíbula de cão. Pós-operatório
imediato.
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 595-596.
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Implantes dentários na reabilitação oral em cães
Resultados
Todos os implantes foram integrados e não houve perda.
As próteses tiveram boa adaptação, havendo necessidade da
troca de apenas uma delas após o período de integração, em
função de retração gengival. A reabilitação foi rápida e realizada em máxima intercuspidação.
Discussão
O planejamento cirúrgico foi facilitado nos cães avaliados
pela tomografia computadorizada de feixe cônico. A possibilidade de se avaliar toda a estrutura óssea, simular a instalação de implantes e realizar medidas das dimensões do
disponíveis para sua inserção permitiram a seleção do implante com as dimensões adequadas ao paciente, minimizando, dessa forma, o risco de trepanações ósseas ou lesões do
canal mandibular. Esse exame que já era o padrão ouro para
a implantodontia em humanos (15,16,17), já é também padronizado para utilização em animais (13).
A cirurgia de estágio único possibilitou a realização de
apenas um procedimento anestésico, proporcionando bemestar e minimizando riscos ao paciente. Outros estudos também apontam para essa modalidade cirúrgica (10), inclusive
nos casos de carga imediata dos implantes (18). A moldagem foi um dos pontos críticos do estudo. A escolha da silicona de condensação, em consonância com a literatura atual, utilizada nas fases denso e liquido, possibilitou
a transferência fiel do preparo e a moldagem dos antagonistas e do dente contralateral foram fundamentais para a boa
adaptação da prótese final (1). A necessidade de subsídios ao
protético pouco adaptado ao trabalho com dentes de animais
foi reforçada por um estudo (19), que revelou a influência significativa da fundição na adaptação das restaurações.
O planejamento e a execução do preparo protético, assim
como da fase laboratorial foram fundamentais para um resultado final satisfatório. A moldagem copiou com precisão os
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preparos protéticos e forneceu ao laboratório os detalhes necessários para que os trabalhos pudessem preencher todos os
requisitos necessários para a completa e perfeita reabilitação.
Também foi importante a moldagem realizada incluindo,
alem dos antagonistas, o dente contra-lateral, uma vez que a
prótese foi confeccionada por profissional com treinamento
em anatomia dentária humana. Tais parâmetros encontraram
respaldo na literatura especializada (1).
Essa moldagem também permitiu a agilidade necessária ao
laboratório, uma vez que os implantes foram submetidos a carga
imediata, definida como uma situação em que a coroa é adaptada
aos implantes em tempo menor que 72 horas após a cirurgia (20).
O ajuste da prótese foi feito em máxima intercuspidação.
Essa possibilidade de se restabelecer a oclusão mantendo a
alternância das cúspides pré-molares superiores e inferiores
existe em função dos cães não executarem movimentos de
lateralidade e protrusão (1).
Conclusão
A reabilitação oral por meio de implantes dentários e próteses unitárias se mostrou um procedimento exequível, que
pode ser realizado por uma equipe treinada e com op material disponível no mercado.
a) Fontes de aquisição:
b) Titamax Ti, Neodent, Curitiba, PR
c) Alvim Ti, Neodent, Curitiba, PR
d) Revolution, SIN, São Paulo, SP
e) Contra-ângulo 3624, Kavo, Joinville, SC
f) Easy Implant 2500, Easy Equipamentos odontológicos, Belo Horizonte, MG
g) Torquímetro, Neodent, Curitiba, PR
h) Periogard, Colgate, São Paulo, SP
i) Dencor, Clássico produtos Odontológicos, Campo
Limpo Paulista, SP
j) Coltoflax, Vigodent, Rio de Janeiro, RJ
k) Medical Line, Brasília, DF
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Recebido para publicação em: 01/02/2010.
Enviado para análise em: 01/02/2010.
Aceito para publicação em: 10/02/2010.
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 596-596.
Relato de caso
Lesão de reabsorção dentária em um cão –
Relato de Caso
Dentary resorption lesion in a dog – Case Report
Víviam Nunes Pignone – Médica Veterinária; Pós-graduada em Odontologia Veterinária de Pequenos Animais pela ANCLIVEPA-SP; Mestranda do Programa
de Pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS/Brasil. E-mail: [email protected]
Verônica Torres Noriega – Médica Veterinária; Mestranda do Programa de Pós-graduação da UFRGS, Porto Alegre, RS/Brasil
Gabriela Garcia Araújo – Aluna da graduação da Medicina Veterinária da UFRGS, Porto Alegre, RS/Brasil
Pignone VN, Noriega VT, Araújo GG’. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009; 7(23); 597-600.
Resumo
A lesão de reabsorção dentária (LRD) consiste em uma doença que atinge principalmente animais
adultos e idosos. Essa afecção pode ocorrer em diferentes espécies como gatos, cães, roedores e até
em humanos, entretanto com etiologias diversas e algumas ainda não esclarecidas. A LRD, tanto nos
cães como em gatos, geralmente atinge a região cervical do dente, muitas vezes recoberta por gengiva, caracterizada por sangramento e presença de dor. O diagnóstico baseia-se nos achados clínicos e
na radiografia intraoral. O tratamento ainda é bastante questionado que vai desde a restauração com
ionômero de vidro, endodontia, amputação da coroa até a exodontia. O presente relato tem como
objetivo relatar um caso de um canino da raça Cocker Spaniel Inglês que apresentava lesão de reabsorção dentária no quarto pré-molar superior esquerdo tendo como sintomatologia clínica hiporrexia,
sangramento oral e dor, sendo a exodontia a terapia realizada com sucesso.
Palavras-chave: de reabsorção dentária, cão, exodontia, lesão cervical
Abstract
The lesion of dental resorption (LRD) is a disease that primarily affects adult animals and seniors. This
condition can occur in different species such as cats, dogs, rodents and even humans, though with
different etiologies and some still unclear. The LRD in both dogs and cats usually affects the neck of
the tooth, often covered by the gums, characterized by bleeding and presence of pain. The diagnosis
is based on clinical findings and intra-oral radiography. The treatment is still highly challenged ranging from the restoration with glass ionomer, endodontics, and amputation of the crown to the tooth
extraction. This report aims to present a case of a canine breed English Cocker Spaniel who presented
lesion of dental resorption in the left fourth premolar with clinical symptoms hiporrexia, bleeding and
oral pain and tooth extraction was the therapy choice successful.
Keywords: Dental resoptive lesion, dog, exodontics, cervical lesion
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Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23);597-600.
Lesão de reabsorção dentária em um cão – Relato de Caso
Introdução
A lesão de reabsorção é definida como a perda do tecido dental duro resultado da ação dos odontoclastos que geralmente inicia na região cervical dental (1). Essa lesão pode
ser classificada em reabsorção interna e externa, sendo que
a lesão de reabsorção externa na região cervical é a menos
compreendida, tanto em humanos (1) como em animais (2).
A reabsorção externa, particularmente observada nas radiografias das raízes dentárias, pode às vezes ter origem traumática, seja mecânica, química ou térmica. A força mecânica
exacerbada da mastigação, pode resultar em perda do ligamento periodontal e anquilose do cemento no osso alveolar,
além de abrasões imperceptíveis na junção amelocementária,
gerando eventualmente uma reabsorção radicular externa (3).
Essas lesões são mais comumente vistas em cães na linha
gengival na superfície vestibular no quarto pré-molar superior e na linha gengival da superfície lingual do primeiro molar inferior (3).
A LRD é uma doença que atinge animais adultos e idosos de
diferentes espécies como cães (3,4), gatos (2,4,5,6,7,8,9,10,11),
roedores (12) e humanos (1,2,4,13). Em gatos, os odontoclastos, que são ativados pela inflamação gengival, reabsorvem
a dentina e a lesão é substituída por tecido ósseo (3,10). Existem diversas hipóteses relacionadas ao agente etiológico dessa afecção em felinos como a presença de doença periodontal,
anatomia dental, trauma, calicivírus, FIV/FeLV, presença de
vitamina D em excesso na dieta (4,9). Por outro lado, a etiopatogenia de cães com LRD é encarada de maneira similar
aos gatos, apesar de não existirem muitas referências sobre o
assunto nesta espécie (4,6).
Tanto em cães como em humanos pode-se citar como fatores predisponentes o trauma dental, tratamento ortodôntico,
tratamento periodontal (1,3), dente impactado, bruxismo, tumor e anquilose (13). Entre os tumores que podem ser originados da LRD destacam-se os cistos, ameloblastomas, tumores de células gigantes e lesões ósseas fibrosas. Esse tipo de
lesão é assintomática com preservação da vitalidade pulpar e
quando removido tem bom prognóstico (13).
Muitas pesquisas sugerem alguns fatores que influenciam
no surgimento da afecção como gengivite, alimentação, trauma, infecção viral e desequilíbrio da regulação hormonal de
cálcio e glicocorticoides, entretanto a causa exata ainda não
foi confirmada (3,10,14).
A reabsorção geralmente inicia no cemento, na maioria
das vezes na região cervical, podendo haver fratura espontânea da coroa dentária em casos avançados (3,5,6,10,15). A
predileção por dentes multirradiculares pode estar atribuída
a anatomia dental. Nas regiões de furca, ramificações apicais
e junção amelocementária podem ser favoráveis a reabsorção
devido à falha no desenvolvimento da camada protetora do
cemento em cobrir a dentina durante a dentinogênese (9,10).
Normalmente os animais apresentam-se assintomáticos
no início da LRD, entretanto com a progressão da destruição,
acabam atingindo a polpa desencadeando severa dor oral
(3,4,10).
Outros sinais clínicos que podem ser observados incluem
halitose, disfagia, ptialismo, anorexia, desidratação, perda de
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peso, letargia, desconforto (3,14,16), dor, dificuldade de apreensão de alimentos, alterações comportamentais (14). A dor
associada a LRD é resultado da exposição dos feixes nervosos
presentes nos túbulos dentinários, sendo que sua intensidade
vai aumentando quanto mais próximo da polpa devido irritação local (11,14).
O diagnóstico baseia-se na anamnese, sinais clínicos e
confirmado através da radiografia intraoral, a qual observa-se
perda da arquitetura dental, com reabsorção radicular, podendo também haver reabsorção coronal em casos mais crônicos
(3,14,16). As áreas radioluscentes podem ser visualizadas nas
radiografias na coroa, na região cervical e nas raízes. A desmineralização do tecido duro do dente resulta em diminuição da
densidade, sendo fundamental para determinar o estágio de
destruição, tratamento e prognóstico (3,4,8,9,17,18). Todavia,
o verdadeiro diagnóstico da origem da LRD somente é possível através do exame histopatológico (3).
Diversos tratamentos são citados como aplicação de flúor,
laser, tratamento endodôntico, restauração e extração (4,9,16).
Entre as alternativas mais recentes de tratamento estão a aplicação local de laser, alendronato (14,19) e ciclosporina (20). O
ionômero de vidro é o material restaurador de eleição, o qual
apresenta liberação gradual de flúor, com a finalidade de
diminuir a sensibilidade dental dolorosa (1,11). Contudo, a
restauração é difícil de ser realizada em razão do sangramento excessivo da gengiva inflamada (7). Entretanto, em casos
avançados, em que há grande destruição dental, a exodontia
é o tratamento de eleição com maior índice de sucesso sem
recidiva, apesar de tornar-se complicada em casos de anquilose concomitante (3,4,9,10,16,21). Nesses casos, a amputação
da coroa e posterior curetagem das raízes e do osso alveolar
poder ser uma alternativa terapêutica (4).
Relato de Caso
Um canino da raça Cocker Spaniel Inglês de 13 anos de
idade, macho, pesando 15kg chegou a clínica apresentando
aumento de volume na face na região infraorbitária esquerda há 4 dias e dificuldade de se alimentar. No exame físico,
o linfonodo mandibular esquerdo encontrava-se aumentado
de volume e o paciente apresentava muita dor à palpação da
face. Ao examinar a cavidade oral, havia presença de sangue,
gengivite, e hiperplasia de gengiva sobre o quarto pré-molar
superior esquerdo, ficando indicado a realização de radiografia intraoral da região para estabelecer o diagnóstico e o
tratamento, além da realização de exames pré-cirúrgicos. Foi
prescrito amoxicilina associada com clavulanato de potássio
(15mg/kg/VO/BID), meloxicam (0,1mg/kg/VO/SID) e dipirona (1gt/kg/VO/TID).
Como exames pré-cirúrgicos solicitou-se hemograma
completo, creatinina, ureia, fosfatase alcalina, ALT os quais
encontravam-se dentro dos padrões de normalidade. Decorrido dois dias da consulta, o cão foi encaminhado para
a cirurgia e radiografia intraoral diagnóstica transoperatória. Como medicação pré-anestésica administrou-se morfina
(0,4mg/kg/IM) associada com acepromazina (0,1mg/kg/
IM), indução com propofol (4mg/kg/IV) e manutenção com
isoflurano ao efeito.
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 598-600.
Lesão de reabsorção dentária em um cão – Relato de Caso
Com o paciente anestesiado realizou-se o exame oral mais
detalhado revelando doença periodontal moderada, presença de cálculo dental sobre o quarto pré-molar superior esquerdo, hiperplasia de gengiva e gengivite (figura 1).
Figura 3: Radiografia intraoral do quarto pré-molar superior esquerdo
apresentando área radiolúcida na região das raízes e parte da coroa
caracterizando uma reabsorção dentária.
Figura 1: Presença de cálculo dental, gengivite e hiperplasia de
gengiva no quarto pré-molar superior esquerdo.
O tratamento iniciou-se com a higienização da cavidade
oral com gluconato de clorexidina 0,12%, seguida da remoção do cálculo dental com fórceps e ultrassom odontológico.
Após a remoção do cálculo, foi observado reabsorção da coroa na região cervical nesse dente com sangramento intenso
(figura 2), suspeitando-se de LRD. Para confirmação do diagnóstico, realizou-se radiografia intraoral utilizando a técnica
de Clark e filme periapical no 2, o qual revelou reabsorção
das raízes mésiovestibular, mésiopalatina e distal além da coroa dental atingindo a polpa dentária (figura 3).
Considerando as características da lesão aliado aos achados radiográficos chegou-se ao diagnóstico de LRD. Como tratamento optou-se pela extração do dente 208 fazendo a sindesmotomia, seguida de duas incisões, sendo uma mesial e outra
distal ao dente, rebatendo o retalho dorsalmente para realizar
a odontosecção na região da furca. Com auxílio de uma caneta de alta rotação e broca tronco-cônica, realizou-se a odontosecção para posterior luxação com alavanca apical e avulsão
com fórceps. Finalizada a extração, partiu-se para curetagem
do alvéolo com cureta de dentina, irrigação com gluconato de
clorexina 0,12%, alveoloplastia e síntese com fio poliglactina
910 4-0 utilizando padrão isolado simples (figura 4).
Figura 4: Síntese com fio absorvível sintético (poliglactina 910) com
padrão isolado simples após exodontia do quarto pré-molar superior
esquerdo.
Figura 2: Lesão de reabsorção dentária do quarto pré-molar superior
esquerdo.
Como medicação pós-operatória foi indicado continuar com mesmo antibiótico e dose por mais 7 dias, meloxicam por mais 3 dias e higienização diária com gluconato
de clorexidina 0,12% com auxílio de gaze. Decorrido uma
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 599-600.
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Lesão de reabsorção dentária em um cão – Relato de Caso
semana, o paciente retornou para revisão sem aumento de
volume na face, estava se alimentando bem e encontravase ativo.
Discussão e conclusão
Embora existam diversos fatores etiológicos para determinar a origem da LRD no presente relato foi possível
observar que o paciente apresentava doença periodontal,
entretanto não haviam alterações na oclusão nem histórico
de tratamento ortodôntico (1,3,4,6,7,10,13,14). A mastigação
citada como possível causa de lesão na região amelocementária pode estar associada ao paciente, porém não é possível
fazer tal afirmação (1,3,4,10,15). O exame clínico juntamente a
radiografia intraoral foram fundamentais para diagnosticar a
lesão de reabsorção dentária (1,3,4,7,8,9,10,13,17). Apesar do
exame histopatológico ser fundamental para o diagnóstico
definitivo, principalmente em casos de tumores, esse não foi
autorizado pelo proprietário (3).
O quarto pré-molar superior foi o único dente a apresentar LRD, confirmando ser um dos dentes mais acometidos
pela afecção (3).
A grande destruição dentária do quarto pré-molar superior
foi determinante para escolha do tratamento, em que optou-se
pela exodontia, sendo uma das alternativas curativas encontradas na literatura. Porém, quando essa reabsorção é diagnosticada
precocemente, restauração com ionômero de vidro, tratamento
endodôntico entre outros podem realizadas como tentativa ser
citadas como alternativas terapêuticas (1,3,4,6,10,11,13,14,16).
Diversas alternativas de tratamento foram tentadas com
o objetivo de tirar a dor do paciente (15,16,21). A amputação
da coroa é um tratamento muito utilizado em felinos que não
apresentam doença periodontal nem alteração endodôntica
ou periapical radiograficamente evidente, podendo ser realizada também em cães que apresentam raízes anquilosadas.
Todavia, a maioria dos autores relatam que a extração dentária
continua sendo o único tratamento curativo (4,6,10,11,14,16),
pois o tratamento conservador em geral não é eficiente (7).
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Recebido para publicação em: 13/11/2008.
Enviado para análise em: 13/11/2008.
Aceito para publicação em: 27/01/2010.
Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 600-600.

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