ler sobre - Universidade Regional do Cariri-URCA

Transcrição

ler sobre - Universidade Regional do Cariri-URCA
0
UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA – DQB
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOPROSPECÇÃO MOLECULAR
ANTONIO CARLITO BEZERRA DOS SANTOS
ECOFISIOLOGIA E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Secondatia floribunda A. DC.
(APOCYNACEAE)
CRATO – CE
2011
1
ANTONIO CARLITO BEZERRA DOS SANTOS
ECOFISIOLOGIA E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Secondatia floribunda A. DC.
(APOCYNACEAE)
Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Bioprospecção Molecular da
Universidade Regional do Cariri – URCA,
como requisito parcial para obtenção do título
de Mestre em Bioprospecção Molecular.
Área de Concentração: Bioprospecção de Produtos Naturais
Orientadora: Profª. Dra. Maria Arlene Pessoa da Silva
CRATO – CE
2011
2
ANTONIO CARLITO BEZERRA DOS SANTOS
ECOFISIOLOGIA E ATIVIDADE BIOLÓGICA DE Secondatia floribunda A. DC.
(APOCYNACEAE)
Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em
Bioprospecção Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA, como requisito
parcial para obtenção do título de Mestre em Bioprospecção Molecular.
Área de Concentração: Bioprospecção de Produtos Naturais
Aprovado em: 09/09/2011
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
Profª. Dra. Maria Arlene Pessôa da Silva
Universidade Regional do Cariri – URCA
(Orientadora)
_________________________________________
Profª. Dra. Maria Iracema Bezerra Loiola
Universidade Federal do Ceará - UFC
(Membro Avaliador)
_________________________________________
Profª. Dra. Cláudia Araújo Marco
Universidade Federal do Ceará - UFC
(Membro Avaliador)
_________________________________________
Prof. Dr. José Galberto Martins da Costa
Universidade Regional do Cariri – URCA
(Membro Suplente)
3
Dedico este trabalho a minha
família por serem minha
inspiração todos os dias e
minha razão de viver.
4
AGRADECIMENTOS
À DEUS, pai todo poderoso pela sua infinita misericórdia, por sempre está trilhando meus
caminhos e me conduzindo com força e determinação para alcançar meus objetivos;
Aos MEUS PAIS, Estelito Lino dos Santos e Francisca Bezerra dos Santos (Lica), por
estarem sempre ao meu lado e dando seu amor incondicional e confiança no meu crescimento
intelectual;
Aos MEUS IRMÃOS (Estelino, Sinara e Estefson), SOBRINHOS (Estela, Salatiel e
Alexandre) e CUNHADA (Delândia), pelo apoio, carinho e força prestada;
À minha Amiga, Mãe Ciência e Orientadora, professora Dra. MARIA ARLENE PESSOA
DA SILVA, pela orientação e as oportunidades concedidas durante minha vida estudantil,
além da confiança que depositou em mim e suas valiosas sugestões;
Os professores DRA. MARIA IRACEMA BEZERRA LOIOLA, DRA. CLAÚDIA
ARAÚJO MARCO e ao DR. JOSÉ GALBERTO MARTINS DA COSTA, pela
disponibilidade de participar da Banca Examinadora e as sugestões dadas para o
aperfeiçoamento deste trabalho;
As coordenadoras professoras DRA. SIRLEIS RODRIGUES LACERDA e DRA.
IMEUDA PEIXOTO FURTADO por mostrarem sempre prestativas as minhas solicitações
e reclamações, além do acolhimento durante minha permanência no Programa de Pósgraduação em Bioprospecção Molecular, o qual me sinto muito orgulhoso em fazer parte da
história;
Ao CORPO DOCENTE que compõem o Programa de Pós-Graduação em Bioprospecção
Molecular pelo incentivo e pela contribuição na minha formação profissional e pessoal
durante o curso;
5
A secretária do Curso de Mestrado em Bioprospecção Molecular MARIA ANDECIELI
ROLIM DE BRITO, uma amiga abençoada por DEUS que sempre estava presentes nos
meus momentos de aflições e me fortalecendo com suas palavras de bênçãos;
Aos meus COMPANHEIROS DE CURSO que compartilharam toda luta, trabalho e
calorosos debates, nos fazendo formadores de nossa própria opinião;
À competente equipe do HERBÁRIO CARIRIENSE DÁRDANO DE ANDRADE-LIMA,
pela amizade, colaboração e palavras de incentivos que me encorajava todos os dias. Um
agradecimento especial a SYLVANNA MARIA VILLAR COSTA por seu amor, carinho e
toda ajuda que me proporcionou durante todos os meus anos de permanência sob sua guarda;
À equipe do LABORATÓRIO DE PESQUISA EM PRODUTOS NATURAIS (LPPN)
por terem contribuído para realização dos experimentos químicos da presente pesquisa;
À equipe do LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA E BIOLOGIA MOLECULAR
pela valiosa ajuda nos testes microbiológicos que foram indispensáveis neste trabalho;
Aos meus ilustríssimos AMIGOS, Filipe Gutierre, Estefson Bezerra, Rosa Carolline, Paula
Ferreira, Nara Juliana, Sandrielle Plácido, Odachara Machado, Valéria Nunes, Layla Maysse,
Laianne Lopes, entre outros, que são provas vivas do meu empenho e dedicação para
realização deste trabalho.
À professora DRA. ÂNGELA MARIA MIRANDA FREITAS da Universidade Federal
Rural do Pernambuco – UFRPE pela identificação e descrição botânica;
A UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA pelo espaço cedido durante
minha permanência nessa instituição;
À equipe TÉCNICO-ADMINISTRATIVO dessa instituição que contribuiu de alguma
forma para sucesso desse manuscrito;
À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP
pelo financiamento da pesquisa;
6
À Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ pela concessão das linhagens de bactérias padrão;
Ao HOSPITAL UNIVERSITÁRIO da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, pela
concessão das linhagens de bactérias multirresistentes;
Ao LABORATÓRIO DE MICOLOGIA da Universidade Federal da Paraíba – UFPB, pela
concessão das linhagens fúngicas;
Por fim, a TODOS meu muito obrigado!!!
7
“A pureza de todos os sentimentos, não
é apenas dizer que se ama, mas sim,
que em um simples olhar saber que é
amado.”
Gleydson Gomes Silva
8
RESUMO
Nesta pesquisa foram abordadas atividades alelopáticas, observações fenológicas, prospecção
fitoquímica, testes antibacterianos, antifúngicos e moduladores dos extratos de folhas de
Secondatia floribunda A. DC. (catuaba-de-cipó). O potencial alelopático foi testado em
sementes de Lycopersicum esculentum Miller. (tomate) submetidas ao Extrato Bruto Aquoso
(EBA) de folhas frescas diluídas em quatro concentrações (25, 50, 75, 100%) com cinco
repetições cada, sendo estas comparadas ao controle. Para as observações fenológicas, foram
marcados dez indivíduos em uma área de cerrado na Chapada do Araripe para analisar as
fenofases de brotamento, queda foliar, floração e frutificação. O extrato etanólico foi obtido
de folhas secas por extração exaustiva a frio para averiguar os compostos químicos e
atividade biológica. As classes de metabólitos secundários foram reveladas após a adição de
reagentes específicos no extrato, sendo observadas mudanças de cores ou formação de
precipitado. Para avaliação da atividade antibacteriana, antifúngica e moduladora foram
utilizadas cepas padrões e isolados clínicos, testados pelo método de microdiluição em caldo
com 96 poços. Os resultados obtidos para atividades alelopáticas demonstraram que não
houve inibição na germinação das sementes de tomate quando submetidas às diferentes
concentrações do EBA. Por outro lado, verificou-se uma diminuição no Índice de Velocidade
de Germinação (IVG) e nos comprimentos dos caulículos e radículas, reduzindo os
comprimentos com o aumento das concentrações, causando anormalidade nas plântulas.
Durante as observações de campo, verificou-se que a presença de folhas foi fortemente
influenciada pela pluviosidade, ocorrendo brotamento nas primeiras chuvas e queda foliar no
período de seca. Os espécimes floresceram no início da estação chuvosa e os frutos foram
observados ao final desse período. Os testes químicos revelaram a presença de taninos,
flavonóides e alcalóides na sua composição. Os resultados microbiológicos demonstraram que
não houve inibição de crescimento em todas as linhagens testadas, com Concentração
Inibitória Mínima (CIM) superior à 1024µg/mL. Quanto à atividade modificadora de
aminoglicosídeo, observou-se uma potencialização da atividade dos antibióticos amicacina e
neomicina quando associado ao extrato frente Escherichia coli EC 27, reduzindo as CIMs
consideravelmente. Pode-se também observar atividade antagônica quando testado o extrato
etanólico com neomicina em contato com Staphylococcus aureus SA 358, assim como, o
antifúngico benzoil frente Candida albincans ATCC 40006. Os resultados são pioneiros e
promissores pelo indício de que a espécie em estudo apresenta potencial alelopático e
antibacteriano.
PALAVRAS-CHAVE: Alelopatia, Fenologia, Atividade Antimicrobiana, Cerrado, Chapada
do Araripe.
9
ABSTRACT
In this study were discussed allelopathic activities, phenological observations, phytochemical
prospecting, tests antibacterial, antifungal and modulators of the leaf extracts of Secondatia
floribunda A. DC. (catuaba-de-cipo). The allelopathic potential was tested in seeds of
Lycopersicon esculentum Miller. (tomate) submitted to the Crude Aqueous Extract (CEA) of
fresh leaves diluted in four concentrations (25, 50, 75, 100%) with five repetitions each,
which were compared to control. For the phenological observations, ten individuals were
marked in an area of cerrado in the Chapada Araripe to analyze phenophases budding, leaf
fall, flowering and fruiting. The ethanol extract of dried leaves was obtained by exhaustive
extraction cold to investigate the chemical and biological activity. The classes of secondary
metabolites were identified after the addition of specific reagents in the extract, being
observed color changes or precipitate. To evaluate the antibacterial, antifungal and
modulating were used patterns strains and clinical isolates tested by broth microdilution
method with 96 wells. The results obtained for allelopathic activity showed no inhibition of
germination of tomate seeds when subjected to different concentrations of CEA. On the other
hand, there was a decrease in Germination Speed Index (GSI) and the lengths of the shootlets
and rootlets, reducing the lengths with increasing concentrations, resulting in abnormal
seedlings. During field observations, it was found that the presence of leaves was strongly
influenced by rainfall, occurring budding in the first rainfall and leaf fall during the dry
season. Specimens flourished at the beginning of the rainy season and fruits were observed at
the end of this period. Chemical tests revealed the presence of tannins, flavonoids and
alkaloids in their composition. The microbiological results showed no growth inhibition in all
strains tested with Minimum Inhibitory Concentration (MIC) higher than 1024μg/mL. The
aminoglycoside-modifying activity, there was a potentiation of the activity of antibiotics
amikacin and neomycin when combined with the extract against Escherichia coli EC 27,
reducing the MICs considerably. One can also observe antagonistic activity when tested with
the ethanol extract neomycin in contact with Staphylococcus aureus SA 358, as well as the
antifungal benzoyl against Candida albincans ATCC 40006. The results are the pioneers and
promising indication that the species under study presents allelopathic potential and
antibacterial.
KEYWORDS: Allelopathy, Phenology, Antimicrobial Activity, Cerrado, Chapada Araripe.
10
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Distribuição geográfica de Apocynaceae Juss....................................................17
FIGURA 2 - Ramo florífero de Secondatia floribunda A. DC. em ambiente de cerrado na
Chapada do Araripe.............................................................................................40
FIGURA 3 - Mapa ilustrativo da distribuição geográfica de Secondatia floribunda A. DC. no
Brasil....................................................................................................................41
FIGURA 4 - Aspecto geral da área de estudo no cerrado da Chapada do Araripe – Ceará.....54
FIGURA 5 - Exsicata de Secondatia floribunda A. DC. depositada no Herbário Caririense
Dárdano de Andrade-Lima (HCDAL) da Universidade Regional do Cariri
(URCA)................................................................................................................55
FIGURA 6 - Metodologia para obtenção dos extratos aquoso e etanólico das folhas de
Secondatia floribunda A. DC..............................................................................58
FIGURA 7 - Brotamento e queda foliar de Secondatia floribunda durante os meses de
outubro de 2009 a maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do
Araripe.................................................................................................................70
FIGURA 8 - Período de floração de Secondatia floribunda durante os meses de outubro de
2009 a maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe...............73
FIGURA 9 - Período de frutificação de Secondatia floribunda durante os meses de Outubro
de 2009 a Maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe.........75
FIGURA 10 - Área de cerrado na Chapada do Araripe onde foi realizado o estudo fenológico
de Secondatia floribunda, destacando suas fenofases.........................................77
11
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de
Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química,
distribuição geográfica no Brasil e Referências..................................................20
TABELA 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro...................................45
TABELA 3 - Estudos fenológicos em áreas de cerrado no Brasil...........................................51
TABELA 4 - Indivíduos que foram marcados para observações fenológicas na área de estudo
com seus respectivos pontos de localização e altitude........................................59
TABELA 5 - Método proposto por Fournier (1974) para determinação das obervações
fenológicas com base nas categorias adotadas....................................................59
TABELA 6 - Massas de folhas frescas, secas, extrato etanólico e o rendimento de Secondatia
floribunda A. DC.................................................................................................60
TABELA 7 - Linhagens de bactérias (padrão e isolados clínicos) e fungos utilizadas nos
ensaios antibacterianos e antifúngicos.................................................................61
TABELA 8 - Drogas utilizadas para avaliação do extrato etanólico como modulador da
atividade antibiótica e antifúngica.......................................................................62
TABELA 9 - Valores médios de porcentagem de germinação e Índice de Velocidade de
Germinação (IVG) em sementes de Lycopersicon esculentum Miller., sob o
efeito de diferentes concentrações do extrato aquoso de Secondatia floribunda
A. DC...................................................................................................................64
TABELA 10 - Valores médios do comprimento caulinar e radicular de plântulas de
Lycopersicon esculentum Miller., sob o efeito de diferentes concentrações do
extrato aquoso de Secondatia floribunda A. DC................................................67
TABELA 11 - Atividade moduladora do extrato etanólico de Secondatia floribunda frente às
linhagens bacterianas multiresistentes.................................................................81
12
TABELA 12 - Atividade moduladora do extrato etanólico de Secondatia floribunda frente às
linhagens fúngicas................................................................................................83
13
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ...........................................................................................17
2.1 Família Apocynaceae Juss.................................................................................................17
2.2 Secondatia floribunda A.DC..............................................................................................40
2.3 Alelopatia em espécies dos cerrados brasileiros................................................................42
2.4 Estudos fenológicos em áreas de cerrado no Brasil...........................................................49
2.5 Atividade antimicrobiana de extratos vegetais em Apocynaceae......................................52
3 MATERIAL E MÉTODOS.................................................................................................54
3.1 Coleta do material botânico...............................................................................................54
3.2 Identificação botânica........................................................................................................55
3.3 Atividade alelopática do Extrato Bruto Aquoso (EBA).....................................................56
3.4 Fenologia............................................................................................................................58
3.5 Preparação do extrato etanólico.........................................................................................60
3.6 Prospecção fitoquímica......................................................................................................60
3.7 Avaliação da atividade biológica.......................................................................................61
3.7.1 Concentração Inibitória Mínima (CIM)......................................................................62
3.7.2 Ensaios da atividade moduladora...............................................................................62
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................................................64
14
4.1 Efeito da atividade alelopática sobre a germinação e desenvolvimento inicial de plântulas
de tomate...........................................................................................................................64
4.1.1 Germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG).......................................64
4.1.2 Comprimento do caulículo e radícula........................................................................66
4.2 Fenologia............................................................................................................................69
4.2.1 Formação e queda foliar.............................................................................................69
4.2.2 Floração e Frutificação...............................................................................................72
4.3 Prospecção fitoquímica dos constituintes presentes no extrato etanólico.........................78
4.4 Atividade antibacteriana e moduladora do extrato etanólico.............................................79
4.5 Atividade antifúngica e moduladora do extrato etanólico.................................................82
5 CONCLUSÕES....................................................................................................................85
REFERÊNCIAS...................................................................................................................86
ANEXO...............................................................................................................................115
15
1 INTRODUÇÃO
Os estudos de plantas com potencial medicinal têm sido considerado o grande foco
para a procura de novos fármacos com propriedades terapêuticas (ELISABETSKY, 1991).
Dentre as pesquisas realizadas com essa finalidade, óleos essenciais e extratos vegetais têm
sido bastante estudados por apresentarem essas propriedades (BAKKALI et al., 2008), sendo
extratos de plantas utilizados desde os primórdios da civilização, como medicamentos,
venenos e poções mágicas (HOSTETTMAN; QUEIROZ; VIEIRA, 2003).
A necessidade de se estudar as diferentes espécies vegetais em diversos ecossistemas é
de grande importância, uma vez que, um dos maiores problemas para o homem na atualidade
é o fato de que a destruição do meio ambiente acontece mais rápido que o inventário sobre as
espécies de animais e plantas e os ecossistemas onde vivem (PRANCE, 2001).
Os cerrados brasileiros contam com áreas cada vez mais restritas, devido à intensa
antropização. Esforços vêm sendo realizados para a manutenção e conservação dessas áreas,
tendo em vista a importância da biodiversidade nelas existentes (SILVA, G. et al., 2006).
As plantas de cerrado são submetidas a condições de estresse, tais como, seca, fogo,
fatores abióticos e bióticos. Tais fatores configuram-se como indicativos de que muitas
espécies desse domínio fitogeográfico produzam metabólitos secundários em maior escala
(FERNANDES et al., 2007).
Todas as plantas produzem metabólitos secundários que diferem em qualidade e
quantidade de espécies para espécie e em quantidade de um local de ocorrência ou ciclo de
cultivo para outro. Essas diferenças se estendem à tolerância e resistência aos metabólitos
secundários produzidos por outras espécies vegetais, sendo umas mais sensíveis que as outras
(FERREIRA; AQUILA, 2000). Um grande número desses compostos são produzidos,
estocados e posteriormente liberados no ambiente (ALVES; SANTOS, 2002).
Nesse sentido, esses metabólitos são utilizados pela comunidade de diversas formas,
desde produtos farmacológicos, corantes, pesticidas até como estruturas precursoras para a
síntese de substâncias orgânicas mais eficientes (ALVES; SANTOS, 2002).
Dessa forma, a certificação de novas drogas tendo por base princípios ativos vegetais,
requer estudos específicos em botânica e química, tendo início em campo e finalizando em
laboratório. Farmácia e Medicina nunca foram totalmente independentes do trabalho dos
16
botânicos, mas as análises químicas conferem critérios mais seguros para legitimar os
remédios vegetais (ALMEIDA et al., 2009).
Nesse contexto, os estudos fitoquímicos compreendem as etapas de isolamento,
elucidação estrutural e identificação dos constituintes mais importantes do vegetal, em
especial, substâncias originárias do metabolismo secundário, responsáveis ou não pela ação
biológica (TOLEDO et al., 2003; FOGLIO et al., 2006).
Apocynaceae Juss. destaca-se dentro da biodiversidade vegetal brasileira por conter
um grande número de espécies utilizadas principalmente como ornamentais, medicinais e na
construção civil. São ricas em glicosídeos e alcalóides, presentes especialmente nas sementes
e no látex, de onde são extraídas substâncias como a leucocristina e a viscristina
(Catharanthus roseus (L.) Don) utilizadas no tratamento do câncer (SOUZA; LORENZI,
2008).
Secondatia floribunda
A. DC.
(Apocynaceae)
é
uma espécie
escandente
frequentemente encontrada em áreas de cerrado na Chapada do Araripe no sul do estado do
Ceará. Conhecida popularmente no Ceará como catuaba-de-cipó, seu caule é usado na
medicina popular como afrodisíaco contra impotência e fraqueza (MATOS, 1999; QUINET;
ANDREATA, 2005). Não há registros na literatura relacionados aos aspectos ecofisiológico e
atividade biológica dessa espécie. Desta forma, tendo em vista a necessidade de se contribuir
com a obtenção de tais informações, realizou-se estudos acerca das observações fenológicas e
atividades: alelopática, prospecção fitoquímica, antibacterianas, antifúngicas e moduladoras.
17
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Família Apocynaceae Juss.
Apocynaceae consta de aproximadamente 355 gêneros e 3700 espécies (Figura 1),
estando ampla e predominantemente distribuída nas regiões tropicais e subtropicais, com
poucos gêneros ocorrendo em regiões temperadas (JUDD et al., 2009).
FIGURA 1 - Distribuição geográfica de Apocynaceae Juss.
Fonte: Tropicos, 2010
No Brasil, são encontrados aproximadamente 95 gêneros e 850 espécies (SOUZA;
LORENZI, 2008), que ocorrem em formações, como florestas pluviais amazônica, atlântica e
de tabuleiro e em floresta seca como restinga, cerrado e caatinga (QUINET; ANDREATA,
2005). Esse país encontra-se na quarta posição mundial em número de espécies coletadas
(5310 registros), ficando atrás apenas para México (9429), Madagascar (8176) e Estados
Unidos (5496) (TROPICOS, 2010).
18
Seus espécimes apresentam-se como árvores, arbusto, lianas e ervas. Ocasionalmente
podem ser suculentas contendo laticíferos. Folhas simples, predominantemente opostas,
ocasionalmente alternas e espiraladas, dísticas ou verticiladas; estípulas reduzidas ou
ausentes, coléteres geralmente presentes na base do pecíolo. Inflorescência cimosa, racemosa
ou
raramente
flores
solitárias.
Flores
heteroclamídeas,
hermafroditas,
geralmente
actinomorfas. Cálice geralmente com cinco lacínios iguais ou desiguais, com ou sem coléteres
basais internamente. Corola simpétala, hipocrateriforme, infundibuliforme, campanulada ou
rotácea, geralmente com cinco lobos, providas ou não de apêndices (corona) ou escamas na
face interna do tubo floral. Estames geralmente cinco, adnados à corola, sésseis ou com filetes
curtos, exsertos ou inclusos; anteras acuminadas, podendo apresentar conectivo prolongado
num apêndice caudal, com lóculos totalmente ou parcialmente férteis, geralmente adnadas ao
estigma. Disco nectarífero geralmente presente, inteiro ou lobado, pouco distinto ou
raramente nulo. Ovário súpero, semi-ínfero ou raramente ínfero, apocárpico ou sincárpico,
bicarpelar. Fruto variado, comumente folículo em número de dois, menos freqüentemente
baga, drupa ou cápsula. Sementes de uma a muitas, frequentemente comosas, às vezes aladas
ou envolvidas por arilo carnoso (BARROSO et al., 1991; SOUZA; LORENZI, 2008; JUDD
et al., 2009).
Algumas espécies possuem importância econômica e/ou medicinal, devido à
presença de metabólitos secundários no látex como, por exemplo, hidrocarbonetos
poliisoprénicos (borracha), triterpenos, ácidos graxos, fitoesteróis e alcalóides (METCALFE;
CHALK, 1950; YODER; MAHLBERG, 1976). Endress e Bruyns (2000) ressaltam que
geralmente o látex é leitoso, mas também pode ser avermelhado ou amarelado. Muitas
espécies se destacam pela extensa utilização econômica de seu látex, utilizado na fabricação
da borracha (espécies de Landolphia Beauv) e goma de mascar; na produção de sucos e
sorvetes (Hancornia speciosa Müll. Arg. - mangabeira); como fornecedoras de madeira de
boa qualidade (Aspidosperma Mart., Geissospermum Allemão e Tabernaemontana L.) e
como ornamentais, sendo que diversas delas são tóxicas para o ser humano e, por esta razão,
não são apropriadas para o cultivo em determinadas áreas (RIZZINI; MORS, 1995; QUINET;
ANDREATA, 2005; SOUZA; LORENZI, 2008).
No Brasil foram realizados diversos trabalhos relacionados à importância econômica,
medicinal e ornamental das espécies dessa família (AMOROZO, 2002; RITTER et al., 2002;
NUNES et al., 2003; MORAES et al., 2005; AZEVEDO; SILVA, 2006; AGRA et al., 2007;
19
ALBUQUERQUE et al., 2007; MAIOLI-AZEVEDO; FONSECA-KRUEL, 2007; SILVA;
PROENÇA, 2008; BORGES; PEIXOTO, 2009; MOSCA; LOIOLA, 2009).
No âmbito químico e farmacológico, merecem destaque os estudos de Silva et al.
(2004); Baggio et al. (2005); Moza (2005); Almeida et al. (2007); Biavatti et al. (2007);
Pereira et al. (2007); Moraes et al. (2008); Nardin et al. (2009) e Santos et al. (2009).
O levantamento realizado neste estudo relata a importância das espécies de
Apocynaceae ocorrentes nas diversas regiões do Brasil, assim como, as partes utilizadas,
composição química e atividade farmacológica.
As informações oriundas desse levantamento foram baseadas, em grande parte, nos
trabalhos publicados nos últimos 10 anos (2000-2010), através de periódicos indexados: Acta
Botânica Brasilica; Revista Brasileira de Farmacognosia; Revista Brasileira de Biociências;
Planta Medica; Química Nova; Journal of Ethnopharmacology; entre outros (Tabela 1).
20
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continua)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Allamanda blanchetii A. DC.
“Quatro-patacas-roxa”
Md, Or, Tx
Fo, Fl,
Rz, Lt,
Pi
Renques, grades, cercas e
portais. Problemas
cardíacos, hipertensão,
laxante, emética, catártica,
vermífugo e venenosa
A. cathartica L.
“Dedal-de-dama"
Md, Or, Tx
Fo, Rz,
Cs, Lt,
Sv, Pi
Caramanchões, portais e
carcas. Analgésica, antihelmínica, purgativo,
febrífuga, sarna, piolho,
laxante, emética e
venenosa
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Fenóis
Purgativo,
antineoplático,
tóxica,
antipediculose e
anti-sárnica
Lactonas iridóides
pulmericina,
isoplumericina,
cumarina, éter
métilico e
allamandina
Distribuição
Geográfica no
Brasil
MA, PI, RN, PB,
PE, BA, AL
AP, PA, AM,
MA, BA, GO,
SP, RJ, PR
Referências
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Albuquerque et al.
(2007)
Almeida et al.
(2005)
Lorenzi e Souza
(1995)
Matos (1999)
Rapini et al. (2010)
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Eichemberg,
Amorozo e Moura
(2009)
Fonseca-Kruel e
Peixoto (2004)
Lorenzi e Matos
(2002)
Lorenzi e Souza
(1995)
Matos (1999)
Noelli (1998)
Rapini et al. (2010)
21
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
Referências
Teixeira e Melo
(2006)
A. laevis Markgr.
“Alamanda-arbustiva”
Or
Pi
Renques
BA, MG
Lorenzi e Souza
(1995)
Rapini et al. (2010)
A. puberula A.DC.
“Alamanda-de-cerva”
Or
Pi
Cerca-viva e bordadura
PI, PE, BA, MG
Lorenzi e Souza
(1995)
Rapini et al. (2010)
Asclepias curassavica L.
“Oficial-de-sala”
Md, Rt, Tx
Rz, Pi
Venenosa
AP, PA, AM,
AC, MA, PI, CE,
RN, PE, BA, AL,
SE, MT, GO, DF,
MS, MG, ES, SP,
RJ, PR, SC, RS
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Maioli-Azevedo e
Fonseca-Kruel
(2007)
Noelli (1998)
Rapini et al. (2010)
Aspidosperma sp1.
“Pitiá”
Tc
PE
Silva e Andrade
(2005)
A. sp2.
“Pitiá- mandioca”
Tc
Ca
PE
Cunha e
Albuquerque (2006)
A. album (Vahl) Benoist ex Pichon
“Cabeça-de-arara”
Md
Cs
AP, PA, AM,
AC, RO, MT
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Malária
Adstringente,
antiasmática, antidiarréica e antihistérica
Antimalárica
Alcalóides
indólicos
22
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
A. australe Müll.Arg.
“Peroba”
Md
A. cuspa (Kunth) S.F.Blake ex Pittier
“Piquiá”
Tx
Cs, Rz
Tóxico
A. cylindrocarpon Müll.Arg.
“Peroba-poca”
Or, Md, Ma, Cc
Ca, Pi
Carpintaria, tacos e
carroceira
A. discolor A. DC.
“Carapanaúba”
Or, Md, Ma, Cc
Ca, Cs,
Pi
Confecção de cabos de
ferramentas, vigas, esteios,
caibros. Malária
A. dispermum Müll.Arg.
“Catingueira”
Md
Cs
A. excelsum Benth.
“Peroba-rosa”
Md
Rz, Cs
Anticonceptiva,
inflamações de útero e
ovário, diabetes, problemas
estomacais, câncer, febre,
reumatismo e malária
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
Referências
Alcalóides
indólicos
MT, GO, DF,
MS, MG, SP, RJ,
PR, SC, RS
Pasa, Soares e
Guarim-Neto (2005)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Alcalóides
indólicos
PI, RN, PE, BA,
MT, GO, MS,
MG, SP, RJ
Matos (1999)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Alcalóides
indólicos
PA, TO, RO, RN,
MT, GO, DF,
MS, MG, ES, SP,
RJ, PR, SC
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Lorenzi (1998)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Antimalárica
Alcalóides
indólicos
AP, PA, AM,
TO, RO, MA,
PE, BA, AL, MT,
GO, DF, MG,
ES, SP
Lorenzi (1998)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Atividade
antimicrobiana
Alcalóides
indólicos
MG
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Tanaka et al. (2006)
Antimalárica,
atividade
antimicrobiana e
citotóxica
Alcalóides
indólicos
AP, PA, AM,
MA, MT, RJ
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Rodrigues, DuarteAlmeida e Pires
(2010)
Tóxico
23
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
A. gomezianum A. DC.
“Pequiá-das-pedras”
Md
Cs
A. macrocarpon Mart.
“Guatambu-do-cerrado”
Or, Md, Ma, Cc
Ca, Pi
A. olivaceum Müll.Arg.
“Guatambuoliva”
Md
Cs
A. parvifolium A. DC.
“Guatambu-oliva”
Or, Md, Tc, Ma,
Cc
Ca, Cs,
Pi
Forma de Uso
Naval, cabos de
ferramentas, dormentes,
marcenaria e carpintaria,
confecção de peças
flexíveis e xilografia. Febre
e malárica
Vigas, caibros, ripas, tacos
para assoalhos, confecção
de peças torneadas, formas
para calçadas, cabos de
ferramentas agrícolas,
dormentes, moirões,
cruzetas, madeira serrada,
lenha, assoalho e móveis.
Dores de estômago,
laxante, inapetência,
tontura e antidiabética
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
BA, MG, ES, RJ
Referências
Tônico
Alcalóides
indólicos
Tripanossomicida
Alcalóides
indólicos
AP, PA, AM,
TO, AC, RO,
MA, PI, BA, MT,
GO, DF, MS,
MG, SP
Barros (2008)
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Lorenzi (1998)
Mesquita et al.
(2005)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Atividade
antimicrobiana
Alcalóides
indólicos
BA, MG, ES, SP,
RJ, PR, SC
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Tanaka et al. (2006)
Antidiabética e
hipoglicemiante
Alcalóides
indólicos
RR, AM, AC,
MA, CE, PE,
BA, DF, MS,
MG, ES, SP, RJ,
PR, SC
Botrel et al. (2006)
Fonseca-Kruel e
Peixoto (2004)
Lorenzi (1998)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Silva et al. (2008)
Zuchiwschi et al.
(2010)
Biavatti et al.
(2007)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
24
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
A. polyneuron Müll.Arg.
“Peroba”
Or, Md, Cc, Ma
Cs, Ca,
Pi
Caibros, vigas, batentes de
portas e janelas, rodapés,
molduras, esquadris, tocas
para assoalhos, degraus de
escadarias, móveis
pesados, carteiras
escolares, folhas
faqueadas, carroceiras.
Malária
Antimalárica e
atividade
antimicrobiana
Alcalóides
indólicos
A. pyricollum Müll.Arg.
“Peroba-da-restinga”
Md
Cs
Tônico e atividade
antimicrobiana
Taninos e
alcalóides
indólicos
RN, PB, PE, BA,
AL, GO, DF,
MS, MG, ES, SP,
RJ, PR, SC
Biavatti et al.
(2007)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Tanaka et al. (2006)
A. pyrifolium Mart.
“Pereiro-preto”
Md, Cc, Tc, Ma,
Cb, Tx
Fo, Fl,
Rz, Ca,
Cs, Ec,
Pi
Efeito hipotensivo
forte na pressão
arterial e atividade
antimicrobiana
Fenóis, taninos,
alcalóides
indólicos,
triterpenos e
quinonas
PI, CE, RN, PB,
PE, BA, AL
Agra et al. (2007)
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Albuquerque e
Andrade (2002a)
Albuquerque e
Andrade (2002b)
Albuquerque e
Oliveira (2007)
Albuquerque et al.
(2007)
Inflamação do trato
urinário, dermatite, dor de
estômago, cólicas, coceira,
problemas cardíacos,
aflições, diarréia, sedativo
e venenosa
Distribuição
Geográfica no
Brasil
BA, AL, MT,
GO, MS, MG,
ES, SP, RJ, PR
Referências
Borges e Peixoto
(2009)
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Lorenzi (1998)
Pasa, Soares e
Guarim-Neto (2005)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Tanaka et al. (2006)
25
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
Referências
Albuquerque,
Andrade e Caballero
(2005)
Albuquerque,
Andrade e Silva
(2005)
Almeida et al.
(2005)
Ferraz, Albuquerque
e Meunier (2006)
Lucena et al. (2007)
Matos (1999)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Silva e Albuquerque
(2005)
Tanaka et al. (2006)
A. quebracho-blanco Schltdl.
“Quebracho-branco”
Md
Cs
Afrodisíaco, febre,
enfisema, bronquite,
pneumonia, impotência,
hiperplasia prostática
benigna, dispnéia asmática
e cardíaca
Atividade
bloqueadora αadrenérgica e ação
inibitória de
contrações de
músculo liso, ação
hipotensora e
analgésica
Alcalóides
monoterpênicos
MT, MS
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
26
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
BA, MG, ES, SP,
RJ, PR, SC
Referências
A. ramiflorum Müll.Arg.
“Matiambu”
Or, Cc, Ma, Md
Ca, Cs,
Pi
Caibros, vigas,
revestimentos internos,
tacos e tábuas para
assoalho, batentes rodapés,
móveis, peças torneadas
utensílios de cozinha,
laminados, cangas de boi,
cabos de ferrementas.
Tratamento de
leishmaniose
Atividade
antimicrobiana
Alcalóides
indólicos
A. spruceanum Benth. ex Müll.Arg.
“Guatambu-canário”
Ma
Ca
Móveis
Alcalóides
indólicos
AP, PA, AM,
AC, MA, PB, PE,
BA, AL, MT,
GO, DF, MG,
SP, RJ
Botrel et al. (2006)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
A. subincanum Mart.
“Guatambu-vermelho”
Ma, Cc
Ca
Batentes de portas e
janelas, tacos e tábuas para
assoalho, esquadrias,
divisórias, móveis,
carrocerias, formas de
calçadas, cabos de
ferramentas
Alcalóides
indólicos
PA, MA, PI, MT,
GO, DF, MS,
MG, SP, PR, SC
Lorenzi (1998)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Beaumontia grandiflora Wall.
“Trombeta-de-arauto”
Or
Pi
Revestir caramanções e
pérgolas grandes
Botrel et al. (2006)
Lorenzi (1998)
Pereira et al. (2007)
Rapini et al. (2010)
Tanaka et al. (2006)
Lorenzi e Souza
(1995)
27
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Calotropis procera (Aiton)
W.T.Aiton
“Algodão-de-seda”
Md
Fo, Fl,
Fr, Ca,
Cs, Lt
Reumatismo, asma,
sedativo, odontológico,
vermífugo, tônico e
estimulante
Tóxico e alimento
na dieta de ovinos
Catharanthus roseo-alba
(L.) G. Don
“Boa-noite-branca”
Md
Fo, Fl
Tosse e gripe
C. roseus (L.) Don
“Boa-noite”
Or, Md
Fo, Fl,
Rz, Pi
Jardim, bordaduras ou
maciços em canteiros.
Sudorífica, diurética,
hipoglicemiante, febrífuga,
antileucêmica, diabetes,
tuberculose e expectorante
Atividade
citostática,
vasodilatador, antihipertensivo e
Antileucêmico
Composição
Química
Alcalóides binários
vimblastina,
vincristina,
ajmalicina e
vindesina
Distribuição
Geográfica no
Brasil
AP, PA, TO,
MA, PI, CE, RN,
PB, PE, BA, SE,
DF, MS, MG,
ES, SP
Referências
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Lima et al. (2005)
Mascolo et al.
(1988)
Rapini et al. (2010)
RN
Mosca e Loiola
(2009)
PE, CE, SP, MT
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Amorozo (2002)
Eichemberg,
Amorozo e Moura
(2009)
Florentino, Araújo e
Albuquerque (2007)
Lorenzi e Matos
(2002)
Lorenzi e Souza
(1995)
Matos (1999)
Moraes et al. (2005)
Rapini et al. (2010)
28
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
Referências
Silva e Andrade
(2005)
Sousa et al. (1991)
Echites cururu Mart.
“Cipó-cururu”
Md
Ca
Ervatamia sp1.
“Jasmim-cambraia”
Ou
PE
Silva e Andrade
(2005)
E. sp2.
“Jasmim-pera”
Ou
PE
Silva e Andrade
(2005)
E. coronaria (Jacq.) Stapf
“Jasmim-café”
Or
SP, PE.
Eichemberg,
Amorozo e Moura
(2009)
Lorenzi e Souza
(1995)
Silva e Andrade
(2005)
Forsteronia refracta Müll.Arg.
“Cipó-leiteiro”
Md
PA, GO, DF,
MS, MG, SP, RJ,
PR, SC, RS
Moza (2005)
Rapini et al. (2010)
Silva e Proença
(2008)
Geissospermum laeve (Vell.) Miers.
“Pau-pereira”
Md
AP, PA, AM,
MA, BA, DF,
MG, ES, RJ
Arjona, Montezuma
e Silva (2007)
Azevedo e Silva
(2006)
Pi
Baço e fígado
Matos (1999)
Parques
Câncer de Mama
Cs
Dor no estomago, febre e
tontura
29
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
Referências
Leitão et al. (2009)
Medeiros, Andreata
e Valle (2010)
Rapini et al. (2010)
G. vellosii Allemão
“Pau-pereira”
Md
Cs
Febre
Tônico
Taninos e alcalóide
ES, RJ, MG, BA
Almeida et al.
(2007)
Biavatti et al.
(2007)
Hancornia speciosa Gomes
“Mangabeira”
Md, Al, Cc, Ma
Fo, Cs,
Ca, Fr,
Lt
Caixotaria, lenha e carvão.
Tuberculose, dores na
coluna, rins, cólicas,
doenças respiratórias,
cólica menstrual, luxações,
hipertensão, diabetes,
obesidade, doenças
venérias, verruga,
dermatoses, poupa, sorvete
e doce
Antidiabética,
antihipertensiva,
vasodilatadora,
atividade
antiulcerogênica,
antiinflamatória,
quimiopreventiva e
antimicrobiana
Monoterpenos,
ésteres, álcool,
aldeídos e cetonas
AP, PA, AM,
TO, RO, MA, PI,
RN, PB, PE, BA,
AL, SE, MT,
GO, DF, MS,
MG, ES, SP, RJ,
PR
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Amorozo (2002)
Andrades-Miranda
et al. (2002)
Barros (2008)
Endringer et al.
(2006)
Ferreira et al.
(2007)
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Guilherme et al.
(2007)
Lorenzi e Matos
(2002)
Lorenzi (1998)
Matos (1999)
Moraes et al. (2008)
30
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
Referências
Nunes et al. (2003)
Pasa, Soares e
Guarim-Neto (2005)
Rapini et al. (2010)
Ritter et al. (2002)
Rodrigues e
Carvalho (2001)
Sampaio e Nogueira
(2006)
Serra et al. (2005)
Silva e Andrade
(2005)
Soares et al. (2006)
Souza e Felfili
(2006)
Himatanthus sp.
“Janaguba”
Md
Cs, Lt
Inflamação, câncer,
problemas digestivos,
gástricos e hepáticos
H. articulatus (Vahl) Woodson
“Janaúba”
Md
Lt
H. attenuatus (Benth.) Woodson
“Sucuba”
Md
Fo, Cs
Antiinflamatório,
cicatrizante e
vermicide
CE, PI
Magalhães (2006)
Úlceras externas, tumores,
inflamações e câncer
AP, PA, AM,
RO, MA
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Rapini et al. (2010)
Inflamação, dor de dente e
pancada
PA, AM, RO, ES
Rapini et al. (2010)
Rodrigues, DuarteAlmeida e Pires
(2010)
31
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
RR, PA, AC, RN,
PB, PE, BA, AL,
SE, MG, ES, RJ
Referências
H. bracteatus (A.DC.) Woodson
“Janaguba”
Md, Tc, Cb, Cc
Ec, Ca,
Lt
Úlceras externas, tumores,
inflamações, antipirético e
câncer
H. drasticus (Mart.) Plumel
“Janaguba”
Md
Fo, Cs,
Lt
Vermes intestinais, febre,
regras irregulares,
infertilidade feminina,
úlcera gástrica, câncer,
luxação das articulações,
fraturas, herpes,
inflamação e reumatismo
Verminose e artrite
Glicosídio
iridóidenplumierid
e e triterpenóides
PA, TO, MA, PI,
CE, RN, BA,
MT, GO, MG
Lorenzi e Matos
(2002)
Magalhães (2006)
Matos (1999)
Rapini et al. (2010)
H. lancifolius (Müll.Arg.) Woodson
“Agoniada”
Md
Fo, Cs,
Rz, Lt
Antiasmática, purgativa,
doenças de pele, sífilis,
distúrbios menstruais,
induzindo contrações
uterinas, afecções do útero
e ovários, adenite, clorose,
problemas digestivos, febre
intermitente, histeria,
vermífugo, anti-helmínico,
febrífugo e galactogogas
Atividade
antimicrobiana,
gastroprotetora e
antiinflamatória
Alcalóides
indólicos e
esteróides
BA, MG, ES, RJ
Baggio et al. (2005)
Baratto (2010)
Brandão et al.
(2009)
Corrêa (1926)
Lopes (2008)
Lorenzi e Matos
(2002)
Nardin et al. (2009)
Plumel (1991)
Rapini et al. (2010)
Souza, Stinghen e
Santos (2004)
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Castillo et al. (2007)
Cunha e
Albuquerque (2006)
Rapini et al. (2010)
32
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
H. obovatus (Müll.Arg.) Woodson
“Angélica”
Md
Fo, Ca,
Rz
H. phagedaenicus (Mart.) Woodson
“Banana-de-papagaio”
Md, Tc
Fr, Lt
Úlceras externas, diabetes
e inflamações
H. sucuuba (Spruce ex Müll.Arg.)
Woodson
“Sucuúba”
Md
Fo, Cs,
Rz, Lt
Gastrites, hemorróidas,
anemia, dor nas costas,
pancada, dor de dente,
inflamação, ferida, verme,
artrite, tumor, úlcera, gripe,
herpes, leishmaniose,
inflamação no útero e
diarréia e miíase
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Leishmanicida e
inibição da
replicação de
células sanguíneas
mononuclares
periféricas
Tratamento de
feridas externas,
atividade
antimicrobiana,
antiinflamatória e
analgésica, aumento
da permeabilidade
capilar, citotóxica e
Distribuição
Geográfica no
Brasil
PA, TO, RO,
MA, PI, BA, SE,
MT, GO, DF,
MS, MG, SP
Referências
Amorozo (2002)
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Mesquita et al.
(2005)
Pasa, Soares e
Guarim-Neto (2005)
Rapini et al. (2010)
Souza-Fagundes et
al. (2002)
Triterpenóides,
esteróides,
iridóides e
glucosidios
RO, PA, AM,
AC, RR
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Oliveira (1854)
Rapini et al. (2010)
Silva e Andrade
(2005)
Silva e Franco
(2010)
Alcalóides,
cumarinas,
compostos
fenólicos,
flavonóides,
taninos, iridóides e
triterpenóides
RR, AP, PA,
AM, TO, AC,
RO, MA, MT,
GO, DF, MS
Endo et al. (1994)
Lorenzi e Matos
(2002)
Miranda et al.
(2000)
Neto et al. (2002)
Rapini et al. (2010)
33
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
inibição da MAO-B
e cicatrizante
Kopsia fruticosa (Ker Gawl.) A. DC.
“Cópsia”
Or
Pi
Macrosiphonia longiflora (Desf.)
Müll. Arg.
“Velame”
Md
M. petraea (A. St.-Hil.) Kuntze
“Velame”
Md
Fo
M. velame (A. St.-Hil.) Müll. Arg.
“Velame-branco”
Md
Mandevilla illustris (Vell.) Woodson
“Purga-do-campo”
Md
Referências
Rodrigues, DuarteAlmeida e Pires
(2010)
Villegas et al.
(1997)
Wood et al. (2001)
Muros, muretas, cercas e
paredes
Lorenzi e Souza
(1995)
MT
Amorozo (2002)
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Inflamação
MT
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Jesus et al. (2009)
Fo, Rz,
Pi
Inflamação de dente,
cicatrizante, febres,
intestino, coluna,
depurativo, anti-sifilítico,
gripe, hemorragias,
depurativo, anti-reumática
e úlceras pécticas
MT, MG, GO
Borba e Macedo
(2006)
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Rodrigues e
Carvalho (2001)
Souza e Felfili
(2006)
Lt
Doenças hepaticas
BA, MT, GO,
DF, MG, SP, PR,
RS
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
34
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
Referências
Guarim-Neto e
Morais (2003)
Rapini et al. (2010)
M. tenuifolia (J.C.Mikan) Woodson
“Flor-de-santo-antonio”
Md
Fo, Fl
Problemas cardíacos
PA, PB, BA, MT,
GO, DF, MG,
SP, RJ
Agra et al. (2008)
Albuquerque et al.
(2007)
Rapini et al. (2010)
Marsdenia altissima (Jacq.) Dugand
“Cipó-seda”
Md
Cs, Rz
Gonorréia, asma, abortivo,
amenorréia, câncer e
aumento da fertilidade
RR, PA, RO,
MA, PI, CE, RN,
PB, PE, BA, AL,
SE, MT, GO,
MS, MG, SP, RJ
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Albuquerque et al.
(2007)
Rapini et al. (2010)
Nerium oleander L.
“Espirradeira”
Or, Md, Rt, Tx
Fo, Fl,
Cs, Rz,
Se, Sv,
Pi
Praças, parque, terrenos de
residências. Insuficiência
cardíaca, aborto, escabiose,
acelerar a maturação de
abscessos e tumores,
piolho, sarna, dor de dente,
doenças dermatológicas,
doenças respiratórias e
venenosa
MA, PI, CE, RN,
PB, PE, AL, SE,
BA, SP
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Eichemberg,
Amorozo e Moura
(2009)
Florentino, Araújo e
Albuquerque (2007)
Frei et al. (1998)
Kissmann e Groth
(1999)
Lorenzi e Matos
(2002)
Atividade
antitumoral,
espasmolítica,
expulsão do feto,
depressora do
sistema nervoso
central, depressora
do coração em alta
concentração e
estimulante em
baixa, cardiotônica,
diurética,
cardenolídios e
tóxico cardíaco
Glicosídeos
cardioativos,
flavonóides, ácido
betulínico,
triterpenóide, ácido
cumárico e taninos
35
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
Referências
Lorenzi e Souza
(1995)
Matos (1999)
Oliveira e Trovão
(2009)
Sousa et al. (1991)
Peschiera affinis (Müll. Arg.) Miers
“Grão-de-galo”
Md
Ca, Rz,
Lt
Impingens
Atividade
antioxidante
Alcalóides indólico
e iboga, triterpenos
e esteróides
CE
Matos (1999)
Moraes et al. (2005)
Santos et al. (2009)
P. fuchsiaefolia (A. DC.) Miers
“Leiteiro”
Or, Ma
Ca
Caibros, vigotas, lenha,
carvão e tabuados em geral
Atividade antineoplásica
Alcalóides
endólicos
RJ, SP, PR
Braga (1980)
Lorenzi (1998)
Kissmann e Groth
(1999)
Plumeria sp.
“Jasmim-vapor”
Tc
PE
Silva e Andrade
(2005)
P. alba L.
“Jasmim”
Md
Lt
Cicatrizante
RN
Mosca e Loiola
(2009)
P. rubra L.
“Jasmim-de-são-josé”
Md
Fl, Cs,
Lx
Contusões, luxações locais,
dermatite, expectorante,
doenças respiratórias e
vermífugo
MA, PI, CE, RN,
PB, PE, AL, SE,
BA
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Frei et al. (1998)
Matos (1999)
36
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
PE, BA, AL, ES,
RJ
Referências
Rauvolfia grandiflora Mart.
“Mamão-de-sapo”
Md
Rz, Pi
Venenosa
Atividade
Antimicrobiana
Alcalóides
indólicos
R. ligustrina Willd.
“Arrebenta-boi”
Md
Fo, Rz,
Pi
Ansiedade e venenosa
Anticonvulsivante
Alcalóides
PA, MA, PI, CE,
RN, PB, PE, BA,
AL, MT, MS
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Quintans-Júnior et
al. (2007)
Quintans-Júnior et
al. (2008)
Quintans-Júnior et
al. (2010)
Matos (1999)
Rapini et al. (2010)
R. mattfeldiana Markgr.
Md
Fo, Rz
Atividade
Antimicrobiana
Alcalóides
AC, BA, ES
Carlos (2007)
Rapini et al. (2010)
R. obscura K. Schum.
Md
Rz, Lt
Antiamebiana e
atividade
antibacteriana
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Canceleri (2001)
Carlos (2007)
Rapini et al. (2010)
Pesewu, Cultler e
Himber (2008)
Tona et al. (1998)
37
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
R. sellowii Müll.Arg
“Casca-d’anta”
Ma, Md
Ca, Cs,
Rz
Forros, caixotaria,
confecção de brinquedos e
artesanatos leves. Cólica na
barriga, redução dos níveis
de glicose e colesterol
sanguíneos
Anti-hipertensivo,
tônico digestivo,
atividade
antioxidante e
tratamento da
malária
Alcalóides
indólicos
R. serpentina (L.) Benth. ex Kurz.
“Rauwolfia”
Md
Rz
Mordida de serpentes,
picadas de insetos,
distúrbios mentais,
epilepsia, antipirético,
ocitotóxico, sedativo, dores
de estômagos e dentes,
vômitos, doenças de pele e
olhos, diarréia, cóleca e
anti-helmíntico
Doenças
cardiovasculares,
anti-hipetensivas e
psiquiátrico, câncer
e doenças de
Reynaud
Alcalóides
indólicos, dihidroindólicos e
esteróides
Schubertia grandiflora Mart.
“Maria-da-costa”
Md
Tu
Abortivo
Distribuição
Geográfica no
Brasil
MG, SP, RJ, PR,
SC, RS
Referências
Baratto (2010)
Batista et al. (1996)
Koch (2002)
Lorenzi (1998)
Menezes, Schwarz e
Santos (2004)
Rapini et al. (2010)
Rech et al. (1998)
Silva et al. (2004)
Souza e Felfili
(2006)
Zuchiwschi et al.
(2010)
Baratto (2010)
Bhatia (1942)
Duke (1997)
Goenka (2007)
Isharwal e Gupta
(2006)
Jin et al. (2002)
Kreig (1964)
Schripsema et al.
(2004)
Wachsmuth e
Mutusch (2002)
PA, AM, TO,
RO, MA, PI, CE,
PB, PE, BA, MT,
GO, DF
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
38
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(continuação)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
S. multiflora Mart.
“Maria-da-costa”
Md
Tu
Abortivo
Secondatia floribunda A.DC
“Catuaba-de-cipó”
Md
Ca
Impotência e fraqueza
AM, CE, BA,
MG, RJ
Matos (1999)
Rapini et al. (2010)
Skytanthus hancorniifolius (A.DC.)
Miers
“Leiteiro”
Md
Fo, Fl,
Cs, Ec
Sedativo, insônia,
hipertensão, problemas
cardíacos, asma, resfriados,
angústia, gripe e calmante
PE, BA, AL, SE,
MG, ES, RJ
Agra et al. (2008)
Albuquerque et al.
(2007)
Rapini et al. (2010)
Tabernaemontana sp.
“Jasmim-bravo”
Md
Ca, Rz,
Lt
Sífilis, verrugas e
expectorante
MA, PI, CE, RN,
PB, PE, AL, SE,
BA
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
T. divaricata (L.) R. Br. ex Roem. e
Schult.
“Jasmim”
Md
Pi
Venenosa
MA, PI, CE, RN,
PB, PE, AL, SE,
BA
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
T. laeta Mart.
“Jasmin-de-leite”
Or
Pi
Renques densos
PE, BA, DF,
MG, ES, SP, RJ
Lorenzi e Souza
(1995)
Rapini et al. (2010)
Thevetia neriifolia Juss. ex Steud.
“Aguairo”
Md
Cs
Antiinflamatório
Composição
Química
Distribuição
Geográfica no
Brasil
PI, CE, RN, PB,
PE, BA, SE
Referências
Agra et al. (2008)
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Rapini et al. (2010)
Noelli (1998)
39
Tabela 1 - Levantamento dos estudos relacionados à importância das espécies de Apocynaceae Juss. no Brasil, seguidas pelos nomes populares, importância,
parte usada, forma de uso, estudos farmacológicos, composição química, distribuição geográfica no Brasil e Referências.
(conclusão)
Nome Científico
Nome popular
Importância
Parte
Usada
Forma de Uso
Estudos
Farmacológicos
Composição
Química
T. peruviana (Pers.) K.Schum.
“Chapéu-de-napoleão”
Or, Rt, Tx
Fo, Fr,
Lt, Pi
Látex cáustico, forte
irritante de mucosa, tóxico
e venenosa
Ação cardíaca,
causando bloqueio
antro-ventricular e
tóxico cardíaco
Glicosídeos
T. thevetioides (Kunth) K. Schum.
“Chapéu-de-Napoleão”
Md
Sv
Doenças dermatológicas e
respiratórias
Trachelospermum jasminoides
(Lindl.) Lem.
“Jasmim-estrela”
Or
Pi
Revestir caramanchões,
pérgolas, pórticos e grades
Vinca major L.
“Vinca-pendente”
Or
Pi
Vasos e jardineiras
V. rosea L.
“Boa-noite”
Or, Md
Pi
Distribuição
Geográfica no
Brasil
RR, PA, AM,
AC, RO, PB, PE,
BA, SE, MT,
GO, MS, ES, SP,
RJ
Referências
Agra, Freitas e
Barbosa-Filho
(2007)
Fonseca-Kruel e
Peixoto (2004)
Kissmann e Groth
(1999)
Matos (1999)
Rapini et al. (2010)
Frei et al. (1998)
SP
Eichemberg,
Amorozo e Moura
(2009)
Lorenzi e Souza
(1995)
Lorenzi e Souza
(1995)
Silva e Proença
(2008)
Importância (Or: Ornamental, Md: Medicinal, Ma: Madeireira, Al: Alimentícia, Rt: Ritual, Tc: Tecnológica, Cc: Construção Cível, Cb: Combustível, Tx: Tóxica, Ou: Outros)
Parte Usada (Fo: Folha, Fl: Flor, Fr: Fruto, Rz: Raiz, Ca: Caule, Ec: Entrecasca, Cs: Casca; Se: Semente; Tu: Tubérculo; Sv: Seiva, Lt: Látex, Pi: Planta inteira)
Distribuição Geográfica no Brasil (MA: Maranhão, PI: Piauí, RN: Rio Grande do Norte, PB: Paraíba, PE: Pernambuco, BA: Bahia, AL: Alagoas, CE: Ceará, SE: Sergipe, AP: Amapá,
PA: Pará, AM: Amazonas, TO: Tocantins, RO: Rondônia, RR: Roraima, AC: Acre, GO: Goiás, SP: São Paulo, RJ: Rio de Janeiro, PR: Paraná, SC:
Santa Catarina, RS: Rio Grande do Sul, MG: Minas Gerais, MT: Mato Grosso, DF: Distrito Federal, MS: Mato Grosso do Sul, ES: Espírito Santo).
40
2.2 Secondatia floribunda A.DC.
Secondatia A. DC. contém 12 espécies, distribuídas exclusivamente na América do
sul, abrangendo Brasil, Bolívia, Peru, Venezuela, Paraguai, Equador, Guiana e Colômbia
(TROPICOS, 2010). No Brasil são encontradas três espécies, sendo duas endêmicas (S.
floribunda e S. duckei), nas regiões do Norte (Roraima, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia),
Nordeste (Ceará, Bahia), Centro-Oeste (Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso
do Sul) e Sudeste (Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro) estando presente nos mais
diversos ambientes tais como: floresta amazônica, caatinga, cerrado e mata atlântica, (KOCH;
RAPINI, 2011).
Secondatia floribunda A. DC. (Figura 2) ocorre nos Estados do Amazonas, Ceará,
Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro (Figura 3), em áreas de caatinga, cerrado e floresta
amazônica (RAPINI et al., 2010), sendo conhecida popularmente no Ceará, como catuaba-decipó.
FIGURA 2 - Ramo florífero de Secondatia floribunda A. DC. em ambiente de cerrado na
Chapada do Araripe.
41
FIGURA 3 - Mapa ilustrativo da distribuição geográfica de Secondatia floribunda A. DC. no
Brasil.
Fonte: Lista de Espécies: Flora do Brasil 2010.
Liana; caule cilíndrico, amarronzado, glabro, inconspicuamente lenticelado; látex
branco abundante. Folhas opostas, simples, pecioladas; coléteres nodais interpeciolares,
dentiformes, lâmina 4-5,9 x 1,8-2,2 cm, levemente coriácea, oval a oval-elíptica, base obtusa,
ápice acuminado, margem inteira, faces adaxial e abaxial glabras. Inflorescência terminal,
laxa, densiflora; brácteas oval a oval-lanceolada, glabras. Flores ca. 2,2 cm comp.,
pediceladas, actinomorfas, hipocrateriformes, odoriferas; sépalas 5, levemente conadas,
glabras; pétalas 5, conadas, brancas, tubo externamente glabro, internamente piloso; estames
5, inclusos, epipétalos, inseridos na base do tubo; anteras sagitadas, caudadas, dorsalmente
puberulentas; estigma 1, séssil; ovário globoso, glabro; disco nectarífero lobado, menor que o
ovário. Fruto folículo ca. 14 cm comp., glabro.
42
2.3 Alelopatia em espécies dos cerrados brasileiros
O uso indiscriminado de defensivos agrícolas vem repercutindo mundialmente, tanto
pelas conseqüências ambientais, quanto pela contaminação dos alimentos, sendo os herbicidas
um dos meios mais utilizados no combate a plantas daninhas (CARVALHO; FONTANÉTTI;
CANÇADO, 2002). Uma alternativa que vem sendo pesquisada no controle dessas espécies é
a alelopatia, que consiste na utilização de plantas que produzam aleloquímicos através do seu
metabolismo secundário, capazes de interferir em alguma etapa do ciclo de vida de outra
planta (GOMIDE, 1993).
O termo alelopatia é de origem grega e significa allelon = de um para outro (mútuo) e
pathos = sofrer (prejuízo), referindo-se à influência, seja ela positiva ou negativa, de um
indivíduo sobre outro (MOLISCH, 1937; FERREIRA; AQUILA, 2000).
Fuerst e Putnam (1983) diferenciam alelopatia da competição, sendo a competição a
redução ou remoção do ambiente fatores responsáveis pelo crescimento de ambas às plantas
(luz, água, nutrientes, entre outros); enquanto a alelopatia ocorre pela adição de um produto
químico no ambiente.
A alelopatia representa qualquer efeito direto ou indireto, danoso ou benéfico que
espécies vegetais exercem sobre outra, pela produção de compostos químicos que são
liberados no ambiente. Esses compostos podem variar na planta em concentração, localização
e composição, podendo ser excretados para o meio, tanto no solo quanto no ar de diferentes
formas, tais como: volatilização, exsudação radicular, lixiviação de partes das plantas vivas e
mortas e decomposição de resíduos (PUTNAM, 1983; RICE, 1984; FERREIRA; AQUILA,
2000). Essas substâncias químicas eventualmente lançadas no ambiente pela planta doadora
podem ser absorvidas por meio da epiderme foliar ou raiz da planta receptora, afetando seu
padrão de crescimento e/ou diferenciação (SOUZA-FILHO; ALVES, 2002a; FERREIRA,
2004).
Rice (1984) afirmou que a quantidade de produtos lixiviados depende da espécie, sua
constituição e idade, bem como, das condições edafoclimáticas e intensidade de lavagem.
Desse
modo,
a
sua
eficiência
no
ambiente
depende
de
suas
concentrações
(WEIDENHAMER; HARTNETT; ROMEO, 1989) e de variações climáticas (SOUZAFILHO; ALVES, 2002a), uma vez que, ambientes com déficit hídrico podem provocar efeitos
alelopáticos mais severos (AIRES, 2007).
43
Os efeitos alelopáticos são mediados através de substâncias químicas produzidas no
metabolismo secundário, chamados aleloquímicos, que estão relacionados ao mecanismo de
defesa das plantas contra ataques de microrganismos e insetos (MEDEIROS, 1990), podendo
ser encontrados em diversas partes das plantas, incluindo folhas, flores, frutos, raízes,
rizomas, caules e sementes (PUTNAM; TANG, 1986). A distribuição dessas substâncias pode
ocorrer de maneira não uniforme em todos os órgãos do vegetal, porém grande parte
concentra-se na epiderme das folhas e nas raízes (OLIVEIRA; GILBERT; MORS, 1968).
O modo de ação dos aleloquímicos ocorre quando o composto químico liga-se às
membranas da planta receptora ou penetra nas suas células, interferindo diretamente no seu
metabolismo. Sua ação também pode ocorrer indiretamente, quando relacionados às
alterações nas propriedades do solo, suas condições nutricionais, alterações de populações
e/ou atividade dos microorganismos (FERREIRA; AQUILA, 2000). Esses tipos de ações são
marcados pela especificidade da composição bioquímica e das características biológicas
pertinente às espécies doadoras e receptoras que promovem a ocorrência dessa interação
(SANTOS et al., 2001).
De acordo com Rizvi et al. (1992), os aleloquímicos presentes na planta podem afetar
de diferentes formas outros vegetais, como nas estruturas citológicas e ultra-estruturais, nos
hormônios, membranas e sua permeabilidade, absorção de minerais, movimento dos
estômatos, síntese de pigmentos e fotossíntese, respiração, síntese de proteínas, atividade
enzimática, relações hídricas e condução, material genético, induzindo alterações no DNA e
RNA.
A alelopatia tem sido relatada por Gorla e Perez (1997), como um meio para se
resolver uma variedade de problemas ambientais, dentre eles, a regeneração de florestas,
recuperação de áreas degradadas, problemas com espécies invasoras, fitotoxidade de restevas,
rotação de culturas, adubação verde e consorciação de espécies.
São conhecidos mais de 10 mil produtos químicos com atividade alelopática,
pertencentes aos mais diversos grupos de substâncias, sendo tal atividade raramente
provocada por um único fator isolado, mas pela união de várias destas substâncias e sua ação
sinergética somada às condições ambientais (ALMEIDA, 1988). Dentre esses produtos
encontram-se os terpenóides, esteróides, alcalóides, taninos, fenóis, cumarinas, flavanóides,
glicosídeos, cianogênicos, derivados do ácido benzóico, ácidos graxos e quinonas complexas,
sendo os mais importantes os fenóis e terpenóides (PUTNAM; DUKE, 1978; MEDEIROS,
1990; Rizvi et al., 1992; INDERJIT, 1996).
44
A resistência ou tolerância aos metabólitos secundários que funcionam como
aleloquímicos é uma característica espécie-específica, existindo umas mais sensíveis que
outras, tais como Lactuca sativa L. (alface) e Lycopersicum esculentum Miller (tomate). Esses
vegetais apresentam germinação rápida, uniforme e sem dormência, sendo bastante sensíveis
aos aleloquímicos, portanto, indicadas como planta-teste para experimentos alelopáticos
(FERREIRA; AQUILA, 2000). Além dessas características, elas apresentam um
comportamento diferenciado em resposta à aplicação dos herbicidas sintéticos (SEINGLER,
1996; MACIAS; GALLINDO; MOLINILLO, 2000).
Estudos com espécies do cerrado brasileiro tem demonstrado que extratos aquosos
(GORLA; PEREZ, 1997; OLIVEIRA et al., 2002; GATTI; PEREZ; LIMA, 2004;
BARREIRO; DELACHIAVE; SOUZA; 2005; AIRES, 2007; FERNANDES et al., 2007;
GATTI; PEREZ; FERREIRA, 2007; POVH et al., 2007; GATTI, 2008) e etanólicos
(COUTINHO; HASHIMOTO, 1971; OLIVEIRA et al., 2002; SILVA, G. et al., 2006;
FERNANDES et al., 2007; SILVA, 2007) afetaram a germinação e o crescimento de
espécies-alvo (Tabela 2).
Nesse contexto, em experimentos realizados em laboratório, Santos et al. (2002)
afirmaram que para se determinar o potencial alelopático de uma planta, os pesquisadores tem
recorrido inicialmente à técnica dos extratos aquosos, sendo considerada por Gomide (1993) a
mais simples e usual, pois é capaz de melhor isolar o efeito alelopático de outras
interferências. Nesse sentido, Inderjit (1996) afirmou que deve ser evitada a extração com
solventes orgânicos, pois na natureza isto não ocorre e poder-se-ia estar liberando compostos
que em condições naturais não atuariam alelopaticamente.
Estudos com efeitos alelopáticos geralmente se referem aos resultados facilmente
observados, tais como, inibição ou atraso da germinação; estímulo ou redução do
desenvolvimento inicial e necrose de tecidos de plântulas (Tabela 2). No entanto, esses efeitos
são meramente secundários e possivelmente são resultados de alterações primárias em nível
celular e molecular (FERREIRA, 2004; LOVETT; RYUNTYU, 1992). Outros autores citam
que massa seca da raiz ou parte aérea, bem como, o comprimento das plântulas, são os
parâmetros mais usados para avaliar o efeito alelopático sobre o crescimento (JACOBI;
FERREIRA, 1991; INDERJIT; DAKSHINI; 1995; PRATLEY; NA; HAIG, 1999).
As investigações de processos alelopáticos são iniciadas a partir de observações de
campo, as quais sugerem uma modificação no padrão de vegetação (EINHELLIG, 2002).
Ferreira e Aquila (2000) afirmaram que nestas observações, faz-se necessário verificar se na
vegetação há algumas espécies que formem agrupamentos quase puros, se mantendo afastadas
45
das demais. Monteiro e Vieira (2002) asseveram que essas características são atribuídas à
liberação de toxinas da planta doadora, dificultando ou não permitindo o estabelecimento de
outras espécies em sua proximidade.
Ferreira e Aquila (2000) sugerem que, se possível, sejam coletadas amostras de solo,
serrapilheira e material vegetal, com o intuito de realizar em canteiro e/ou em casa de
vegetação experimentos mais controlados. Com isso, dependendo da finalidade da pesquisa,
pode-se lixiviar o material ou até mesmo fazer extratos aquosos e testá-los em placas de petri
ou gerbox em laboratório, podendo averiguar a germinação e crescimento das plantas alvo.
Por fim, para se obter sucesso na pesquisa, faz-se necessário analisar com cautela os
resultados adquiridos, se significativos e posteriormente realizar uma análise química dos
extratos, sendo nesta etapa, se necessário, o uso de solventes orgânicos.
Enfim, plantas com potencial alelopático podem auxiliar na descoberta de novos
modelos de herbicidas naturais, os quais têm uso potencial em programas de biocontrole de
plantas sendo ambientalmente e toxicologicamente mais seguros que produtos sintéticos.
Além disso, fitotoxinas naturais exibem maior diversidade química em relação àqueles
produzidos pela química sintética (DUKE; SCHEFFLER; DAYAN, 2001).
Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro.
(continua)
Espécie
Nome Popular
Anadenanthera falcata Speg.
“Angico-do-cerrado”
Espécie
Teste
Alface
Teste
Atividade
EE e Pó
Parte da
Planta
Fo
Área de
Cerrado
SP
Referências
Alface e
gergilim
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Aristolochia esperanzae O.
Kuntze
Alface,
gergilim e
rabanete
EA
Fo, Ca,
Rz, Fr, Fl
Redução na
porcentagem de
germinação,
retardo na
velocidade de
germinação e
inibição ou
diminuição no
crescimento
SP
Gatti, Perez e
Lima (2004);
Gatti (2008)
Aspidosperma tomentosum
Mart.
“Peroba-do-campo”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Alface e
EA
Fo
Atraso na
SP
Gatti, Perez e
Ausente
Silva, G. et al.
(2006)
46
Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro.
(continuação)
Espécie
Nome Popular
Espécie
Teste
gergilim
Teste
Parte da
Planta
Atividade
Área de
Cerrado
Butia capitata (Mart) Becc.
“Coquinho-azedo”
Alface
EA e
EE
Fr
Interferência
negativa do
endocarpo e
exocarpo na
matéria seca das
plântulas
MG
Fernandes et
al. (2007)
Byrsonima coccolobifolia
(Spr.) Kunth
“Muricimirim”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Byrsonima verbacifolia Rich
ex A. Juss.
“Murici”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Calea cuneifolia DC.
Tomate
EE
Fo
Inibição da
germinação
DF
Coutinho e
Hashimoto
(1971)
Caryocar brasiliense
Cambess.
“Pequi”
Picão-preto,
capimcolchão,
capimgordura e
arroz
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação e
inibição de
crescimento
DF
Aires (2007)
Coffea arabica L.
“Café”
Caruru-demancha
CM
Cs
Estímulo ao
crescimento
MG
Santos et al.
(2001)
Davilla elliptica A.St.-Hil.
Alface e
gergilim
EA
Fo
Inibição ou
diminuição na
germinação e
atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Dicranopteris flexuosa
(Schrad.) Underw.
Alface,
tomate, alho
e trigo
EE e FS
Redução da
velocidade e/ou
inibição da
germinação,
estímulo
e inibição do
crescimento.
MS
Silva (2007)
Didymopanax vilosum E.
March
“Mandioquinha”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Diospyros hispida A.DC.
“Caqui-do-cerrado”
Alface e
gergilim
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
velocidade de
germinação
Referências
Ferreira
(2007)
47
Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro.
(continuação)
Espécie
Nome Popular
Drimys winteri Forst.
Espécie
Teste
Tomate e
pepino
Teste
Atividade
EA
Parte da
Planta
Fo
Área de
Cerrado
SP
Referências
Eugenia dysenterica DC.
“Cagaita”
Picão-preto,
capimcolchão,
capimgordura e
arroz
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação e
inibição de
crescimento
DF
Aires (2007)
Hymenaea stigonocarpa
Mart.
“Jatobá-do-cerrado”
Alface
EA e
EE
Fo, Fr
Redução na taxa
de germinação,
atraso ou
inibição na
germinação
MG
Oliveira et al.
(2002)
Kielmeyera coriacea
(Spreng.) Mart.
“Pau-santo”
Alface e
gergilim
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Kielmeyera variabilis Mart.
“Pau-santo”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Lantana camara L.
Tomate e
pepino
EA
Fo
Inibição ou
estímulo da
germinação
SP
Gorla e Perez
(1997)
Leucaena leucocephala
(Lam) de Wit.
Tomate e
pepino
EA
Fo
Inibição ou
estímulo da
germinação
SP
Gorla e Perez
(1997)
Machaerium acutifolium
Vog.
Alface
EA
Fo
Inibição na
porcentagem de
germinação e
atraso na
velocidade de
germinação
SP
Povh et al.
(2007)
Machaerium villosum
Vog.
“Jacarandá-paulista”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Miconia albicans (Sw.)
Triana
“Quaresmeira-branca”
Tomate,
pepino,
alface e
gergilim
EA
Fo
Inibição ou
diminuição na
germinação e
atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gorla e Perez
(1997); Gatti,
Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Oryza sativa L.
“Arroz”
Caruru-demancha
CM
Cs
Inibição da
germinação
MG
Santos et al.
(2001)
Ouratea spectabilis (Mart.)
Engl.
Alface
EE e Pó
Fo
Inibição da
germinação
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Inibição da
germinação
Gorla e Perez
(1997)
48
Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro.
(continuação)
Espécie
Nome Popular
Piptocarpha rotundifolia
(Less.) Baker
“Candeia”
Espécie
Teste
Alface e
gergilim
Teste
Atividade
EA
Parte da
Planta
Fo
Área de
Cerrado
SP
Referências
Pouteria ramiflora
(Mart.) Radlk.
“Brasa-viva”
Alface
EE e Pó
Fo
Inibição da
germinação
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Qualea parviflora Mart.
“Pau-terrinha”
Alface
EE e Pó
Fo
Inibição da
germinação
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Picão-preto,
capimcolchão,
capimgordura e
arroz
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação e
inibição de
crescimento
DF
Aires (2007)
Rapanea guianensis Aubl.
“Pororoca”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Schefflera vinosa (Cham. &
Schltdl.) Frodin
Alface e
gergilim
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Senna rugosa (G. Don) Irwin
& Barneby
“Boi-gordo”
Alface e
gergilim
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Siparuna guianensis (Aubl.)
“Limãozinho”
Alface e
gergilim
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Stryphnodendron adstringens
(Mart.) Coville
“Barbatimão”
Alface e
pepino
EA, EE,
Pó
Fo
Inibição da
germinação e
redução no
desenvolviment
o das plântulas
SP
Silva, G. et al.
(2006);
Barreiro,
Delachiave e
Souza (2005)
Stryphnodendron
polyphyllum Mart.
“Barbatimão”
Alface e
gergilim
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Styrax ferrugineus Nees &
Mart.
“Benjoeiro”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Triticum aestivum L.
“Perobinha”
Alface
EE e Pó
Fo
Ausente
SP
Silva, G. et al.
(2006)
Atraso na
velocidade de
germinação
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
49
Tabela 2 - Estudos alelopáticos com espécies do cerrado brasileiro.
(conclusão)
Espécie
Nome Popular
Vochysia tucanorum Mart.
“Pau-de-tucano”
Espécie
Teste
Alface
Teste
Atividade
EE e Pó
Parte da
Planta
Fo
Xylopia aromatica (Lam.)
Mart.
“Pimenta-de-macaco”
Alface e
gergilim
EA
Fo
Atraso na
velocidade de
germinação
Ausente
Área de
Cerrado
SP
Referências
Silva, G. et al.
(2006)
SP
Gatti, Perez e
Ferreira
(2007); Gatti
(2008)
Espécie Teste (Alface: Lactuca sativa L.; Rabanete: Raphanus sativus L.; Caruru-de-mancha: Amaranthus viridis L.;
Picão-preto: Bidens pilosa L.; Capim-colchão: Digitaria horizontalis Willd.; Capim-gordura: Melinis
minutiflora P.Beauv; Arroz: Zea mays L.; Tomate: Lycopersicon esculentum L.; Alho: Allium cepa L.;
Trigo: Triticum aestivum L.; Pepino: Cucumis sativus L.; Gergilim: Sesamum indicum L.).
Teste (EA: Extrato Aquoso; CM: Cobertura Morta; EE: Extrato Etanólico; FS: Frações Semipurificadas).
Parte da Planta (Fo: Folha, Fl: Flor, Fr: Fruto, Rz: Raiz, Ca: Caule, Cs: Casca).
2.4 Estudos fenológicos em áreas de cerrado no Brasil
A fenologia é definida como o estudo da periodicidade ou época de ocorrência de
eventos biológicos repetidos, a influência dos fatores bióticos ou abióticos nestes eventos e as
relações entre as fenofases de uma mesma espécie ou espécies distintas (LIETH, 1974).
O estudo dos padrões fenológicos é importante para a compreensão da dinâmica de
comunidades vegetais e, conseqüentemente, para o manejo da vegetação (FOURNIER, 1969;
RIBEIRO; CASTRO, 1986). Desse modo, contribui para o entendimento da regeneração e
reprodução das plantas, da organização temporal dos recursos dentro das comunidades, das
interações ecológicas planta-animal e da evolução da história de vida dos animais que
dependem de plantas para alimentação, como herbívoros, polinizadores e dispersores
(MORELLATO, 1991; VAN SCHAIK; TERBORGH; WHIGHT, 1993; MORELLATO;
LEITÃO-FILHO, 1996; JUSTINIANO; FREDERICKSEN, 2000; TALORA; MORELLATO,
2000; PINTO et al., 2005).
Segundo Fenner (1998), o estudo fenológico dos vegetais envolve a observação,
registro e interpretação da ocorrência dos eventos de sua história de vida, tais como:
brotamento foliar, queda foliar, floração, frutificação, dispersão de sementes e germinação.
Essas ocorrências servem como indicadores das respostas destes organismos às condições
climáticas e edáficas (FOURNIER, 1974).
Estudos com espécies tropicais sugerem que os padrões fenológicos em geral são
influenciados por vários fatores abióticos e bióticos, como o regime de chuvas, irradiação,
50
temperatura, além da atividade de polinizadores e dispersores (FRANKIE; BAKER; OPLER,
1974; RATHKE; LACEY, 1985; SILVA, 1987; VAN SCHAIK; TERBORGH; WRIGHT,
1993; SEGHIERI; FLORET; PONTANIER, 1995).
De acordo com Bulhão e Figueiredo (2002), os padrões fenológicos na vegetação do
cerrado ainda são pouco estudados, assim como, a periodicidade das fenofases relacionadas
aos fatores abióticos e/ou bióticos.
A intensa sazonalidade no cerrado brasileiro vem sendo alvo de investigações sobre o
padrão da fenodinâmica exibido por espécies vegetais arbóreo-arbustivo (GOTTSBERGER,
1986; BATALHA; ARAGAKI; MANTOVANI, 1997; MADEIRA; FERNANDES, 1999).
Porém, ainda são escassos os trabalhos fenológicos do estrato herbáceo-subarbustivo desse bioma
(MANTOVANI; MARTINS, 1988; ALMEIDA, 1995; BATALHA; MANTOVANI, 2000).
Na maioria das espécies desse ecossistema, o crescimento é periódico e sazonal, com
hábito freqüentemente decíduo ou semidecíduo, com a renovação das folhas ocorrendo no
final da estação seca e início da chuvosa, e sua queda foliar no período mais seco do ano. O
período de floração pode ser encontrado durante todo o ano, com pico final da estação seca e
início da chuvosa. O período de frutificação é sazonal, sendo os frutos carnosos (zoocóricos)
geralmente produzidos durante a estação chuvosa e os secos (anemo ou autocóricos), durante
a seca (Tabela 3).
Nesse contexto, os ciclos fenológicos de plantas tropicais são complexos,
apresentando padrões irregulares de difícil reconhecimento em curto prazo. Daí a importância
da escolha ideal dos métodos de avaliação, pois estes podem auxiliar no reconhecimento dos
padrões fenológicos ou dificultar as interpretações e comparações dos resultados
(NEWSTROM et al., 1994; NEWSTROM; FRANKIE; BAKER, 1994).
51
Tabela 3 – Estudos fenológicos em áreas de cerrado no Brasil.
Área de Cerrado
Precipitação Média Anual
Reserva Particular de Patrimônio
Natural (RPPN/UFMS)
Campo Grande – RS
Precipitação Média Anual:
1532mm
Número de
Espécies
02
Brotamento
Queda foliar
Floração
Frutificação
Referências
Final da estação seca e
início da chuvosa
(outubro-novembro);
Final da estação chuvosa e
início da seca (marçoabril)
Estação seca
Final da estação seca e
início da chuvosa
(setembro-outubro);
Estação seca
(abril-agosto)
Estação chuvosa
(dezembro-janeiro)
Boas (2009)
Não houve
Estação seca (setembrooutubro)
Reserva Particular (Comercial e
Agrícola Paineras Ltda)
Santa Quitéria – MA
Precipitação Média Anual:
1500 mm
10
Final da estação seca
(outubro-novembro)
Estação seca
(agosto-outubro)
Estação seca
(setembro-novembro);
Estação chuvosa (março)
Final da estação chuvosa
e início da seca (maioagosto)
Bulhão e
Figueiredo
(2002)
Fazenda Água Limpa
Distrito Federal
Precipitação Média Anual:
1500 mm
61
Início da estação chuvosa
(outubro-dezembro)
Estação seca
(julho)
Estação chuvosa
(novembro-março);
Início da estação chuvosa
(setembro-novembro)
Estação chuvosa até a
seca
(dezembro-julho)
Munhoz e
Felfili (2005)
Fazenda Água Limpa
Distrito Federal
Precipitação Média Anual:
1574 mm
01
Final da estação seca e
início da chuvosa
(setembro-novembro)
Estação seca
Final da estação seca
(setembro)
Estação seca (agosto)
Felfili et al.
(1999)
Distrito de Emas
Pirassununga – SP
Precipitação Média Anual:
1499 mm
358
Final da estação seca e
início da chuvosa
(outubro)
Estação seca (julhoagosto)
Estação chuvosa
(outubro-abril)
Estação chuvosa (marçomaio)
Batalha,
Aragaki e
Mantovani
(1997)
Floresta Nacional do Araripe
(FLONA)
Chapada do Araripe
Brabalha – CE
Precipitação Média Anual:
759 mm
107
Final da estação seca
(outubro); período
chuvoso (janeiro-abril)
Período chuvoso
(janeiro-abril)
Costa, Araújo e
Lima-Verde
(2004)
-
-
52
2.5 Atividade antimicrobiana de extratos vegetais em Apocynaceae
Nos países em desenvolvimento as doenças estão relacionadas principalmente com a
falta de saneamento básico, desnutrição e dificuldade de acesso aos medicamentos
(KUMATE, 1997). Nesse contexto, comunidades carentes fazem uso de espécies vegetais
para o tratamento de enfermidades, onde poucas tiveram seu potencial curativo comprovado.
Entretanto, o conhecimento popular tradicional acerca dessas plantas medicinais tem sido
referência para pesquisas farmacológicas (ELISABETSKY, 1987; BABU et al., 1997).
O desenvolvimento de novos fármacos a partir de produtos naturais tem apresentado
alguns benefícios, tais como, maior eficácia terapêutica, diminuição de possíveis efeitos
colaterais e variedade de estruturas químicas (LAWRENCE, 1999; HARVEY, 2000;
STROHL, 2000; CAMARGO, 2010).
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as plantas medicinais são a
melhor fonte para se obter uma variedade de drogas, uma vez que, cerca de 80% da população
mundial já usam a medicina tradicional na busca de alívio de alguma sintomatologia
(NASCIMENTO et al., 2000; CAETANO et al., 2002). Entretanto, as investigações
científicas visando determinar o potencial terapêutico das plantas são limitadas, sendo
escassos os estudos científicos experimentais que confirmem as suas possíveis propriedades
medicinais (DUARTE, 2006).
No Brasil, apenas 8% das espécies vegetais nativas foram analisadas com o propósito
de obtenção de novas moléculas bioativas (PIMM, 1995). Dessas, extratos e óleos essenciais
de cerca de 80 espécies medicinais utilizadas popularmente foram investigadas quanto à
atividade antibacteriana e antifúngica (SARTORATTO et al., 2004; DUARTE et al., 2005;
DUARTE, 2006).
Estudos realizados com 14 extratos de plantas medicinais brasileiras utilizadas no
tratamento de doenças infecciosas apresentaram potencial antimicrobiano frente a
microrganismos resistentes de importância médica (MACHADO et al., 2003).
Alcalóides indólicos isolados do caule de Aspidosperma ramiflorum Woodson
apresentaram atividade antimicrobiana contra bactérias Gram-positivas (TANAKA et al.,
2006). Em outras espécies desse gênero também foram verificadas atividade antibacteriana
(PEREIRA et al., 2007; RODRIGUES; DUARTE-ALMEIDA; PIRES, 2010) (Tabela 1).
53
Souza, Stinghen e Santos (2004) verificaram que alcalóides indólicos de Himatanthus
lancifolius (Müll.Arg.) Woodson apresentavam-se ativos frente as bactérias Gram-positivas e
Gram-negativas (Staphylococcus aureus, S. epidermidis, Enterococcus faecalis, Escherichia
coli, Pantoea agglomerans e Acinetobacter baumanii).
Suffredini et al. (2002), analisando a atividade biológica de 38 extratos aquosos e
orgânicos de 11 espécies de Apocynaceae da Amazônia contra Staphylococcus aureus,
Pseudomonas aeruginosa e Candida albicans, observaram que o extrato orgânico do caule de
Tabernaemontana angulata Mart. apresentou atividade contra Staphylococcus aureus Grampositiva.
Embora diversas indústrias farmacêuticas tenham produzido novos antibióticos e,
modificado algumas drogas já existentes, nas últimas décadas, a resistência a essas
substâncias pelos microrganismos vem aumentando. Com isso, cresce o número de pacientes
com imunidade suprimida e, consequentemente, novas infecções poderão ocorrer, resultando
em uma elevada mortalidade (FARIAS et al., 1997; NASCIMENTO et al., 2000; CAETANO
et al., 2002; OLIVEIRA, F. et al., 2006; OLIVEIRA, R. et al., 2006).
Nesse sentido, produtos naturais têm sido avaliados não apenas para revelar sua
atividade antimicrobiana, mas também como fontes de substâncias capazes de modificar a
ação antibiótica (GIBBONS, 2004; GURIB-FAKIM, 2006). Dessa forma, o aumento da
atividade antibiótica ou a reversão da resistência através de antibióticos não convencionais,
são denominados como agentes modificadores da ação antibiótica (MOLNAR et al., 2004;
WOLFART et al., 2006).
54
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Coleta do material botânico
As folhas de Secondatia floribunda (catuaba-de-cipó) foram coletas no mês de março
de 2010 no período da manhã, em uma área de cerrado na Chapada do Araripe (Figura 4).
Essa área localiza-se na estrada do Barreiro Novo, divisa com os municípios Crato - CE/Exu –
PE, situado a 7º17’ S e 39º32’ W, com altitude de 925m. O solo predominante é constituído
por associação de Latossolo Vermelho-distrófico (JACOMINE; ALMEIDA; MEDEIROS,
1973), com precipitação média anual de 760mm e temperatura média anual de 24,1ºC
(COSTA; ARAÚJO, 2007). Essa região apresenta duas estações bem definidas, uma seca e
outra chuvosa, sendo a última concentrada entre os meses de janeiro a abril (COSTA;
ARAÚJO; LIMA-VERDE, 2004).
FIGURA 4 - Aspecto geral da área de estudo no cerrado da Chapada do Araripe – Ceará.
55
As atividades com finalidade científica (coleta de material botânico e observações
fenológicas) tiveram autorização do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Sistema de Autorização e
Informação em Biodiversidade (SISBIO) sob o número 26874-1 emitido em 19 de Janeiro de
2011, conforme anexo A.
3.2 Identificação botânica
A descrição e identificação do material botânico foram realizadas pela especialista na
família Apocynaceae, Dra. Ângela Maria Miranda Freitas no Herbarium Sérgio Tavares
(HST) da Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE), Recife – PE. A exsicata
encontra-se depositada no Herbário Caririense Dárdano de Andrade-Lima (HCDAL) da
Universidade Regional do Cariri – URCA, registrada sob o número de tombo nº 5901 (Figura
5).
FIGURA 5 - Exsicata de Secondatia floribunda A. DC. depositada no Herbário Caririense
Dárdano de Andrade-Lima (HCDAL) da Universidade Regional do Cariri
(URCA).
56
3.3 Atividade alelopática do Extrato Bruto Aquoso (EBA)
Os bioensaios foram conduzidos no Laboratório de Botânica Aplicada – LBA do
Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Regional do Cariri – URCA.
O extrato vegetal foi obtido a partir de folhas frescas que foram selecionadas e
trituradas 200g.L-1 em liquidificador industrial conforme metodologia proposta por Cruz,
Nozaki e Batista (2000). Posteriormente, a mistura foi filtrada em gazes, homogeneizada em
chapa magnética por 24h e em seguida, centrifugada a 3000rpm durante 10 min.
(MEDEIROS, 1989). O Extrato Bruto Aquoso (EBA) foi considerado concentrado (100%),
sendo a partir dele feitas diluições obtendo três concentrações diferentes (75, 50, 25%). O
efeito destas concentrações foi comparado com água destilada, considerada controle (0%)
(Figura 6).
Para a realização do experimento foram utilizadas como planta-teste, sementes de
Lycopersicum esculentum (tomate). As sementes foram previamente desinfectadas em solução
de hipoclorito de sódio (2%) de acordo com técnica descrita por Silva, W. et al. (2006).
O delineamento experimental adotado foi inteiramente casualizado com quatro
tratamentos (25, 50, 75 e 100%) e um controle (água destilada) com cinco repetições de 20
sementes cada, totalizando 100 sementes por tratamento. As sementes foram acondicionadas
em placas de Petri esterilizadas, revestidas com duas folhas de papel filtro, umedecidas com
3mL de extrato nas diferentes concentrações e com água destilada (controle). O experimento
foi incubado durante sete dias em câmara de germinação (BOD) sob temperatura controlada
de 25ºC e fotoperíodo de 12h.
Os parâmetros analisados foram: porcentagem de germinação (G); índice de
velocidade de germinação (IVG) e teste de crescimento do caulículo e radícula. Os dados
foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias comparadas pelo teste de
Tukey a 5% de probabilidade.
A taxa de germinação foi verificada a cada 24 horas durante sete dias, possibilitando a
avaliação da velocidade de germinação, sendo consideradas germinadas as sementes que
apresentaram 2mm de protusão radicular (BRASIL, 1992). Os comprimentos dos caulículos e
das radículas foram mensurados com auxílio de régua milimetrada, sete dias após a
semeadura. A porcentagem de germinação (LABOURIAU, 1983) e Índice de Velocidade de
Germinação (FERNANDES; MIRANDA; SANQUETTA, 2007) foram calculados pelas
seguintes fórmulas:
57
a) Porcentagem de germinação (G):
G=(N/A). 100
Onde:
N = número total de sementes germinadas;
A = número total de sementes colocadas para germinar.
b) Índice de Velocidade de Germinação (IVG):
IVG = ∑(ni/i)
Onde:
ni = número de sementes germinadas no dia i
i = número de dias
58
Material Vegetal
Folhas Secas
Folhas Frescas
1’ - Trituração
1 - Trituração
2 - Filtração
3 - Homogeneização
4 - Centrifugação
Extração com Etanol (72h)
2’ - Filtração
Controle
Extrato Aquoso Bruto
(100%)
6 - Repetições
(R1, R2, R3, R4, R5)
5 - Repetições
(C1, C2, C3, C4, C5)
75%
Diluições
7 - Repetições
(R1, R2, R3, R4, R5)
8 - Repetições
(R1, R2, R3, R4, R5)
Extrato Diluído
Torta
3’ - Desprezada
4’ - Destilação
Extrato Etanólico Bruto
5’ - Armazenamento
50%
25%
Análise
Fitoquímica
9 - Repetições
(R1, R2, R3, R4, R5)
Ensaios
Antimicrobianos
Atividade Alelopática
FIGURA 6 - Metodologia para obtenção dos extratos aquoso e etanólico das folhas de
Secondatia floribunda A. DC.
3.4 Fenologia
Dez indivíduos foram selecionados e marcados ao acaso em uma área de cerrado na
Chapada do Araripe (Tabela 4) para realização do estudo das fenofases desta espécie
conforme técnica utilizada por Fournier e Charpantier (1975). Os dados foram utilizados para
auxiliar na determinação dos padrões de floração e frutificação da espécie.
59
Tabela 4 - Indivíduos que foram marcados para observações fenológicas na área de estudo
com seus respectivos pontos de localização e altitude.
INDIVÍDUOS
COORDENADAS
ALTITUDE
1
S 7º17’34” / W 39º32’39”
930m
2
S 7º17’34” / W 39º32’39”
923m
3
S 7º17’34”/ W 39º32’41”
922m
4
S 7º17’34” / W 39º32’45”
927m
5
S 7º17’34” / W 39º32’50”
917m
6
S 7º17’35” / W 39º32’55”
922m
7
S 7º17’35” / W 39º32’55”
941m
8
S 7º17’34” / W 39º32’55”
927m
9
S 7º17’35” / W 39º32’57”
929m
10
S 7º17’35” / W 39º32’64”
925m
As observações fenológicas foram realizadas em intervalos mensais, sempre pela
manhã, no período de outubro de 2009 a maio de 2011 (20 meses). Todos os indivíduos
amostrados foram numerados com plaquetas de identificação para facilitar sua localização em
campo. Para as fenofases adotou-se os critérios de Locatelli e Machado (2004) sendo
considerado como período de floração aquele em que os indivíduos apresentaram flores em
antese; como período de frutificação, frutos verdes e/ou maduros; como brotamento,
surgimento de novas folhas até atingir ¾ do tamanho das folhas adultas e queda de folhas,
quando as mesmas mudaram de cor e tornaram-se senescentes.
Para estimar a intensidade de cada fenosase foi adotado o método proposto por Fournier
(1974) através de uma escala intervalar semi-quantitativa de cinco categorias (0 a 4), com
intervalos de 25% entre cada uma delas (Tabela 5).
Tabela 5 - Método proposto por Fournier (1974) para determinação das obervações
fenológicas com base nas categorias adotadas.
Categoria
0
1
2
3
4
Fenofase Observadas
Ausência de fenofase
Presença da fenofase com magnitude atingindo entre 1 a 25%
Presença de fenofase com magnitude atingindo entre 26% a 50%,
Presença de fenofase com magnitude atingindo entre 51% a 75%
Presença de fenofase com magnitude atingindo entre 76% a 100%.
60
O regime pluviométrico registrado no período de outubro de 2009 a maio de 2011
seguiu os dados de chuvas dos postos pluviométricos disponível na Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) referente ao posto Crato.
3.5 Preparação do extrato etanólico
O extrato etanólico (Figura 6) foi obtido pelo método de extração exaustiva a frio
(MATOS, 2009). Folhas frescas (500g) foram selecionadas e colocadas para secar em estufa
de circulação forçada com temperatura controlada de 40ºC por 3 dias. Após secas, as folhas
(369g) foram previamente trituradas para aumentar a superfície de contato e submetidas à
extração com etanol durante oito dias. Em seguida, o material foi filtrado e concentrado em
evaporador rotativo sob pressão reduzida, sendo o extrato bruto etanólico levado ao banhomaria para a retirada completa do solvente. Ao final, o extrato etanólico de Secondatia
floribunda (EESF) obtido foi pesado e armazenado a temperatura ambiente até a realização
das análises fitoquímicas e ensaios antimicrobianos, oferecendo rendimento de 16,24%
(Tabela 6).
Tabela 6 - Massas de folhas frescas, secas, extrato etanólico e o rendimento de Secondatia
floribunda A. DC.
Massa Fresca (g)
S. foribunda
500
Massa Seca (g)
369
Massa EESF (g)
59,92
Rendimento (%)
16,24
3.6 Prospecção fitoquímica
Os testes fitoquímicos foram realizados no Laboratório de Pesquisa de Produtos
Naturais (LPPN) da Universidade Regional do Cariri – URCA. Para identificação das classes
de metabólitos secundários presentes no extrato etanólico adotou-se metodologia descrita por
Matos (2009), observando-se mudança de cor ou formação de precipitados após a adição de
reagentes específicos (Anexo B).
61
3.7 Avaliação da atividade biológica
Os testes biológicos foram realizados no Laboratório de Microbiologia e Biologia
Molecular da Universidade Regional do Cariri – URCA.
Para obtenção da solução inicial do extrato etanólico, utilizou-se 200mg da amostra
solubilizada em 1mL de dimetilsulfóxido (DMSO- Merck, Darmstadt, Alemanha), obtendo
uma concentração inicial de 200mg/mL. Em seguida, a solução foi diluída em água destilada
atingindo uma concentração de 1024μg/mL, sendo posteriormente realizadas diluições
seriadas 1:1 em placas de microdiluição.
Os microrganismos utilizados nos testes foram obtidos através do Instituto Nacional
de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz, Ministério da
Saúde. Para linhagens bacterianas foram utilizadas quatro cepas padrão, sendo uma Grampositiva: Staphylococcus aureus ATCC 25923 e três Gram-negativas: Escherichia coli ATCC
10536, Pseudomonas aeruginosa ATCC 15442 e Klebsiella pneumoniae ATCC 4362. Além
destas, utilizou-se duas cepas multirresistentes isoladas de material clínico: Escherichia coli
EC 27 e Staphylococcus aureus SA 358, oriundas do Hospital Universitário da Universidade
Federal da Paraíba – UFPB. Em relação às linhagens fúngicas foram testadas três tipos de
Candida, dentre elas: Candida tropicalis ATCC 40042, C. krusei ATCC 2538 e C. albicans
ATCC 40006 (Tabela 7). Todas as cepas foram inoculadas em meio de cultura do tipo Brain
Heart Infusion (BHI) a 3,8% e incubadas durante 24 horas a 37ºC em estufa de circulação
forçada.
Tabela 7 - Linhagens de bactérias (padrão e isolados clínicos) e fungos utilizadas nos ensaios
antibacterianos e antifúngicos.
BACTÉRIAS
FUNGOS
Padrão
Isolados Clínicos
Padrão
Staphylococcus aureus
ATCC 25923
Staphylococcus aureus
SA 358
Candida tropicalis
ATCC 40042
Escherichia coli
ATCC 10536
Escherichia coli
EC 27
Candida krusei
ATCC 2538
Pseudomonas aeruginosa
ATCC 15442
-
Klebsiella pneumonia
ATCC 4362
-
Candida albicans
ATCC 40006
62
3.7.1 Concentração Inibitória Mínima (CIM)
A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi definida como a menor concentração
capaz de inibir completamente o crescimento microbiano. Dessa forma, os ensaios para
determinação da CIM do extrato etanólico foi realizado através do Método de Microdiluição
em Caldo com 96 poços.
Em cada poço contido na placa de microdiluição foram adicionados 100µL do meio de
cultura das cepas (inóculo e BHI 10%) e 100µL da amostra, obedecendo a uma diluição
seriada 1:1, variando as concentrações de 512 a 8μg/mL para cada microorganismo testado.
O material foi encubado em estufa microbiológica em temperatura constante de
35±2ºC durante 24h (JAVADPOUR et al., 1996). Após a incubação, foram adicionados 20µL
de corante revelador de resazurina sódica (SIGMA) em cada poço nos teste antibacteriano,
deixando em repouso a temperatura ambiente durante 1 hora. A leitura dos resultados foi
considerada como positiva para os poços que permaneceram com coloração azul e negativa os
que obtiveram coloração vermelha (SALVAT et al., 2001). Para atividade fúngica, os
resultados encontrados da CIM foram verificados através da turbidez do meio.
3.7.2 Ensaios da atividade moduladora
Para avaliação do extrato etanólico como modulador da atividade antibiótica e
antifúngica, as Concentrações Inibitórias Mínimas dos antibióticos (Neomicina, Amicacina e
Gentamicina) e antifúngicos convencionais (Metronidazol, Anfotericina B, Nistatina e
Benzoil) foram determinadas na presença e ausência do extrato pelo método de microdiluição
em concentrações subinibitórias (CIM 1/8) (Tabela 8).
Tabela 8 - Drogas utilizadas para avaliação do extrato etanólico como modulador da
atividade antibiótica e antifúngica.
Antibiótico
Antifúngico
Amicacina
Gentamicina
Neomicina
-
Anfotericina B
Benzoil
Metronidazol
Nistatina
63
Foram utilizadas duas linhagens de bactérias multiresistentes: Staphylococcus aureus
SA 358 e Escherichia coli EC 27 e três linhagens de fungos do gênero Candida.
As soluções dos antibióticos e antifúngicos foram preparadas com a adição de água
destilada em uma concentração de 5000μg/mL. Um volume de 100μL de cada solução foi
diluído seriadamente (1:1) nos poços contendo o caldo BHI a 10%, extrato etanólico e a
suspensão do microorganismo (1:10). As concentrações das drogas no meio de cultura
variaram de 2500 a 2,5μg/mL. A incubação dos ensaios e a leitura dos resultados
corrependeram as mesmas referidas na Concentração Inibitória Mínima (CIM) citada
anteriormente.
64
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 Efeito da atividade alelopática sobre a germinação e desenvolvimento inicial de
plântulas de tomate
4.1.1 Germinação e Índice de Velocidade de Germinação (IVG)
Nos bioensaios realizados observou-se que o Extrato Bruto Aquoso das folhas frescas
de Secondatia floribunda (catuaba-de-cipó) não apresentou ação inibitória na germinabilidade
de sementes de Lycopersicon esculentum (tomate) em nenhuma das concentrações testadas
quando comparada ao controle. No controle, germinaram 70% das sementes; enquanto nos
tratamentos analisados, a taxa de germinação variou entre 58 a 63%, não ocorrendo diferenças
significativas entre as concentrações testadas (Tabela 9). Desta forma, é possível que os
constituintes químicos presentes no extrato não apresentem atividade fitotóxica na
germinação das sementes testadas.
Tabela 9 - Valores médios de porcentagem de germinação e Índice de Velocidade de
Germinação (IVG) em sementes de Lycopersicon esculentum Miller., sob o
efeito de diferentes concentrações do extrato aquoso de Secondatia floribunda
A. DC.
Concentrações
(%)
Germinação
(%)ns
Índice de Velocidade de Germinação (IVG)**
0
70a
0.248a
25
63a
0.236b
50
63a
0.222c
75
58a
0.216c
100
61a
0.212c
CV%
17.06
2.57
Médias seguidas da mesma letra não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância.
ns: Não significativo.
** significativo ao nível de 1% de probabilidade.
CV%: Coeficiente de Variação em porcentagem.
65
Os resultados corroboram com Silva, G. et al. (2006), após analisarem o potencial
alelopático de 15 espécies arbóreas nativas do cerrado da Reserva Biológica e Estação
Experimental de Mogi-Guaçu (SP), onde a maioria das espécies não apresentava ação
inibitória em relação a germinação de semente de Lactuca sativa var. grand rapids
(Asteraceae), dentre elas, Aspidosperma tomentosum Mart. (Apocynaceae). Destacaram ainda
que embora em áreas de cerrado não tem sido observado nenhum fenômeno que indique a
ocorrência de alelopatia, tal fato contudo, não implicaria em que espécies do cerrado não
sejam capazes de produzir defesas químicas.
Em experimentos realizados com Bidens pilosa L. (Asteraceae) por Ferreira, Souza e
Faria (2007), a germinação não foi afetada pelo extrato etanólico de Pinus elliottii L.
(Pinaceae) nas cinco concentrações testadas (0,25; 0,50; 1,0 e 2,0%); enquanto Eucalyptus
citriodora Hook. (Myrtaceae) reduziu significativamente a germinação das sementes até o
terceiro dia nas concentrações de 1,0% e 2,0%, não sendo possível observar diferença no final
do sétimo dia nas concentrações testadas quando comparados com a testemunha.
Teixeira, Araújo e Carvalho (2004), trabalhando com sementes de Lactuca sativa L.
(alface) e aquênios de Bidens pilosa L. (picão-preto), verificaram que não houve em ambas as
plantas-teste, redução significativa na porcentagem de germinação quando em contato com o
extrato aquoso de Stilozobium aterrimum Piper e Tracy (Fabaceae), Stilozobium sp.
(Fabaceae), Crotalaria spectabilis Roth (Fabaceae) e Cajanus cajan (L.) Druce (Fabaceae).
Embora a porcentagem final de germinação possa não ser significativamente afetada
pela ação de aleloquímicos, o padrão de germinação pode ser modificado, apresentando
diferenças na velocidade e na sincronia da germinação de sementes quando submetidas a
extratos de plantas (SANTANA et al., 2006).
Quanto à velocidade de germinação das sementes-teste na presente pesquisa, pode-se
observar que o extrato aquoso retardou a germinação em todas as concentrações testadas,
diminuindo sua velocidade na medida em que aumentava as concentrações (Tabela 9).
Resultados semelhantes foram observados por Capobiango, Vestena e Bittencourt
(2009), ao verificarem que o Índice de Velocidade de Germinação (IVG) de sementes de
tomate foi afetado negativamente pelos extratos aquosos de Joannesia princeps Vell.
(Euphorbiaceae) e Casearia sylvestris Sw. (Salicaceae) a partir da concentração de 30%,
tendo este índice diminuído com o aumento das concentrações.
Ferreira, Souza e Faria (2007) afirmam que o extrato de Eucalyptus citriodora causou
atraso significativo na germinação em todas as concentrações testadas quando analisada à
66
velocidade de germinação das sementes de picão-preto. Por outro lado, quando testado em
sementes de alface promoveu redução somente na concentração de 2,0%.
Em relação aos dados obtidos por Teixeira, Araújo e Carvalho (2004) quando
calculado o IVG de sementes de alface sobre efeito do extrato aquoso de Crotalaria juncea
L., Stilozobium aterrimum Piper e Tracy (mucuna-preta), Stilozobium sp. (mucuna-rajada) e
Cajanus cajan (L.) Druce (guandu-anão), concluíram que ocorreu reduções significativas nos
tratamentos analisados. Já em relação ao picão-preto, só ocorreu efeito significativo para o
extrato de Stilozobium aterrimum.
Reduções significativas no IVG de sementes de Lactuca sativa L. (alface) e Bidens
pilosa L. (picão-preto) também foram verificadas por Hoffmann et al. (2007) em relação aos
extratos aquosos de Nerium oleander L. (Apocynaceae) e Dieffenbachia picta Schott
(Araceae), sendo constatado que em ambos os extratos a redução do IVG se deu com o
aumento das concentrações; fato este responsável pela diminuição na velocidade de
desdobramento e translocação dos componentes nutritivos para a radícula e hipocótilo.
Conforme Labouriau (1983) e Ferreira e Aquila (2000), o efeito alelopático muitas
vezes não se manisfesta sobre a germinabilidade, mas sobre a velocidade de germinação ou
outros parâmetros, sendo os testes de germinação geralmente menos sensíveis aos
aleloquímicos do que aqueles que influenciam no desenvolvimento das plântulas.
Oliveira (2003) afirmou que o atraso da germinação pode significar uma desvantagem
para as sementes em campo, pois estas ficarão expostas por mais tempo a patógenos como
fungos, fatores ambientais e predação. Outra desvantagem é que sementes que demoram a
germinar irão competir com plântulas já pré-estabelecidas em crescimento. Este fator pode ter
um significado ecológico, pois plantas que germinam mais lentamente podem apresentar
tamanho reduzido (JEFFERSON; PENANCHIO, 2005), consequentemente, podem ser mais
suscetíveis a estresses ambientais e terem menor chance na competição por recursos (GATTI;
PEREZ; FERREIRA, 2007).
4.1.2 Comprimento do caulículo e radícula
Verificando a importância do eixo hipocótilo para o desenvolvimento caulinar da
planta e analisando os valores médios do comprimento do caulículo das plântulas de tomate
67
quando submetidas ao Extrato Bruto Aquoso de catuaba-de-cipó, observou-se uma redução no
seu crescimento caulinar, sendo significativo nas concentrações acima de 50%. Os dados
apresentados na Tabela 10 demonstram que provavelmente alguma substância química
existente no extrato tenha a capacidade de diminuir o crescimento das partes aéreas das
plântulas da espécie receptora, caracterizando um efeito alelopático negativo.
Tabela 10 - Valores médios do comprimento caulinar e radicular de plântulas de
Lycopersicon esculentum Miller., sob o efeito de diferentes concentrações do
extrato aquoso de Secondatia floribunda A. DC.
Concentrações
(%)
Comprimento do Caulículo
(cm)**
Comprimento da radícula
(cm)**
0
3.36a
10.28a
25
2.54a
5.76b
50
1.36b
2.90c
75
1.54b
2.78c
100
1.46b
2.78c
CV%
24.41
17.82
Médias seguidas da mesma letra não difere entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5% de significância.
** significativo ao nível de 1% de probabilidade.
CV%: Coeficiente de Variação em porcentagem.
Para Oliveira (2003) e Burgos et al. (2004), as partes aéreas das plântulas não ficam
em contato direto com os aleloquímicos, no entanto, as raízes mesmo comprometidas
continuam absorvendo solutos, o que indiretamente acaba por afetar a parte aérea.
No trabalho de Felix et al. (2007) foi descrito que o efeito alelopático de Amburana
cearensis (Fr. All.) AC Smith (Fabaceae) foi mais eficaz sobre o desenvolvimento das
plântulas de Lactuca sativa L. (Asteraceae) e Raphanus sativus L. (Brassicaceae) do que na
germinação propriamente dita, pois, mesmo em concentrações baixas que não impediram a
germinação das sementes, as plântulas apresentaram-se anormais, sendo incapazes de se
desenvolverem futuramente.
Anese et al. (2007) apontaram que em todas as concentrações, os extratos tanto de
caule quanto de folhas de Ateleia glazioveana Baill (Fabaceae) afetaram o comprimento da
parte aérea de plântulas de alface. As concentrações mais elevadas (20 e 30%) apresentaram
efeitos mais tóxicos, com menor tamanho e escurecimento da parte aérea.
O crescimento do hipocótilo de tomate analisado por Silva (2007) foi alterado em
todas as concentrações, inibindo seu desenvolvimento nas frações semipurificadas hexano e
68
acetato de etila oriundas a partir do extrato etanólico de Dicranopteris flexuosa (Schrad.)
Underw. (Gleicheniaceae).
Dentre os parâmetros analisados, o sistema radicular é um fator decisivo para o
desenvolvimento das plântulas. Nesse sentindo, analisando os valores médios do
comprimento radicular na Tabela 10, nota-se que houve uma diminuição no tamanho da
radícula das plântulas de tomate em todas as concentrações testadas, sendo mais acentuado
nas concentrações mais elevadas.
O alongamento da parte aérea, assim como das raízes, depende das divisões celulares,
formação do câmbio e dos vasos xilemáticos, sendo essas estruturas dependentes da partição
de nutrientes pela plântula. Nesse contexto, os extratos aquosos reduzindo o sistema radicular
ou caulinar, poderão afetar essas estruturas, causando anormalidades nas plântulas e
consequentemente sua morte (HOFFMANN et al., 2007).
Avaliando a ação do extrato aquoso de folhas de Miconia albicans Triana
(Melastomataceae) sobre germinação e crescimento inicial de plântulas de tomate, Gorla e
Perez (1997) observaram interferência negativa no desenvolvimento radicular a partir da
menor concentração (25%), sendo o efeito tóxico mais evidenciado a medida que foram
aumentadas as concentrações.
O crescimento aéreo e radicular das plantas receptoras Bidens pilosa L. (Asteraceae),
Digitaria horizontalis Willd. (Poaceae), Melinis minutiflora P.Beauv. (Poaceae) e Zea mays
L. (Poaceae) foram inibidos de maneira dose-dependente nas concentrações de 1, 3 e 5% (p/v)
pelos extratos aquosos foliares de Caryocar brasiliense Cambess. (Caryocaraceae), Eugenia
dysenterica DC. (Myrtaceae) e Qualea parviflora Mart. (Vochysiaceae), sendo a radícula à
porção mais afetada (AIRES, 2007). O mesmo ainda observou mudanças morfológicas nas
radículas, como redução de pêlos radiculares, diminuição no número de raízes laterais e
escurecimento de tecidos.
Anormalidade em plântulas de alface e rabanete também foram registrados por Felix et
al. (2007), principalmente no seu sistema radicular, com raízes primárias apresentando-se
atrofiadas e defeituosas. Nesse contexto, os efeitos deletérios sobre o metabolismo do sistema
radicular são mais drásticos, uma vez que é alvo primário dos aleloquímicos, principalmente
durante o desenvolvimento inicial da planta, onde é caracterizado por um alto metabolismo e
sensibilidade ao estresse ambiental (CRUZ-ORTEGA et al., 1998).
O conhecimento das interações e das substâncias químicas envolvidas nesses
processos abre perspectivas para aproveitamento dos aleloquímicos na descoberta de novos
69
produtos, como agroquímicos e bioherbicidas (ANAYA, 1999; SOUZA-FILHO; ALVES,
2002b; FERREIRA, 2004).
4.2 Fenologia
4.2.1 Formação e queda foliar
Nas observações realizadas em campo (outubro de 2009 a maio de 2011) pode-se
verificar que grande parte dos indivíduos de Secondatia floribunda apresentou folhas durante
todo o ano. O brotamento se deu no início de outubro até meados de dezembro, advindo
possivelmente, das primeiras chuvas ocorrentes na região (chuva do cajú). Por outro lado, a
partir de janeiro alguns indivíduos apresentaram folhas secas, com maior intensidade
registrada no período de estiagem (agosto-setembro), onde perderam quase que totalmente sua
folhagem (Figura 7).
O pico de produção de folhas novas coincide com o início de floração. Este
comportamento é vantajoso para a espécie, pois garante produção de recursos fotossintéticos
na primeira etapa do processo reprodutivo (OLIVEIRA, 1998).
Nas espécies de áreas de cerrado estudadas em Goiânia - GO (RIZZO et al., 1971),
Mogi-Guaçu - SP (MANTOVANI; MARTINS, 1988), Cuiabá - MT (NASCIMENTO;
VILLELA;
LACERDA,
1990)
e
Pirassununga
–
SP
(BATALHA;
ARAGAKI;
MANTOVANI, 1997), o brotamento também se deu no início de outubro, coincidindo com o
final da estação seca e início da chuvosa.
Os resultados da queda foliar estão de acordo com aqueles obtidos no cerrado de São
Paulo por Batalha, Aragaki e Mantovani (1997), onde a deciduidade foliar e a morte dos
ramos de várias espécies tornaram-se evidentes a partir de junho, atingindo seu máximo no
final de julho a agosto, alcançando o mínimo de cobertura vegetal no início de setembro em
seus diferentes estratos. Para os autores, esse momento coincide com o período mais seco do
ano naquela região (junho-setembro), quando concomitantemente ocorre à diminuição da
pluviosidade e da temperatura média mensal.
70
A
B
FIGURA 7 - Brotamento e queda foliar de Secondatia floribunda durante os meses de
outubro de 2009 a maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do
Araripe. (A) Formação e queda das folhas; (B) Precipitação Média Mensal das
Chuvas no posto Crato.
71
A abscisão foliar na maioria das espécies de Leguminosas arbóreas de uma área de
cerrado do Maranhão coincide com os primeiros meses da seca, atingindo máximo nos meses
de agosto, setembro e outubro, enquanto a rebrota e expansão inicial das folhas ocorrem ainda
nesta estação, entre os meses de outubro e novembro, antes das primeiras chuvas (BULHÃO;
FIGUEIREDO, 2002). Destacaram ainda que a abscisão das folhas no início da seca é
precedida da redução da atividade de crescimento nos meristemas apicais da parte aérea,
manifestada pela interrupção da produção de novas folhas.
Na Estação Ecológica e Experimental da Universidade de Brasília em uma área de
cerrado sensu stricto na Fazenda Água Limpa, Felfili et al. (1999) observaram que o pico de
queda
de
folhas
em
Stryphnodendron
adstringens
(Mart.)
(Fabaceae)
se
deu
concomitantemente com a emissão de folhas novas, no período de estiagem (Setembro).
As espécies de cerrado apresentam variações sazonais quanto a produção de folhas,
flores e frutos, representando com isso, adaptações a fatores bióticos ou abióticos (VAN
SCHAIK, TERBORGH e WRIGHT, 1993).
Amorim, Sampaio e Araújo (2009) constataram em um trecho de caatinga na Estação
Ecológica de Seridó, Serra Negra do Norte – RN que o fluxo de folhas de Aspidosperma
pyrifolium Mart (Apocynaceae) também havia se iniciado um pouco antes da estação chuvosa
ter-se consolidado e sua formação foi fortemente influenciada pela pluviosidade. A perda
foliar ocorreu entre agosto e novembro, podendo não ocorrer na totalidade em um ano e
perder por um a dois meses em outro ano.
Em estudos anteriores realizados em áreas de caatinga, todas as plantas analisadas
perderam suas folhas a partir de junho, julho ou agosto, logo depois da estação das chuvas
(BARBOSA et al., 1989; PEREIRA et al., 1989; MACHADO; BARROS; SAMPAIO, 1997).
Esse processo não depende somente das chuvas, mas também da reserva hídrica no solo, que
pode assegurar a disponibilidade de água para as plantas por diferentes períodos, em distintos
microssítios, criando uma variabilidade maior na comunidade (JOLLY; RUNNING, 2004).
Nesse contexto, a abscisão foliar seria uma adaptação vegetativa contra a perda de
água e carbono, permitindo a sobrevivência dos indivíduos em condições desfavoráveis
(RIZZINI, 1979; KIKUZAWA, 1995).
72
4.2.2 Floração e Frutificação
Em relação ao período de floração, os espécimes de Secondatia floribunda
apresentaram tanto botões florais quanto flores durante os meses de outubro a janeiro, com
pico no final da estação seca e início da chuvosa (outubro) (Figura 8). Este padrão foi o
mesmo observado por Aoki e Santos (1980) nas espécies de cerrado do Distrito Federal;
Miranda (1995) no Pará e Costa, Araújo e Lima-Verde (2004) na Chapada do Araripe - CE,
onde a maioria das espécies floresceu no período seco do ano.
O componente herbáceo-subarbustivo de 61 espécies estudadas em uma comunidade
de campo no Distrito Federal apresentou período de floração distribuído durante todo estudo,
com concentração na estação chuvosa (MUNHOZ; FELFILI, 2005).
Estudos realizados com 358 espécies em uma área de cerrado no Distrito de Emas,
Pirassununda - SP, os componentes herbáceo-subarbustivo e arbustivo-arbóreo comportaramse de maneira distinta. As espécies arbustivo-arbóreas floresceram principalmente no início da
estação chuvosa, enquanto que as herbáceo-subarbustivas floresceram, de modo geral, apenas
no final da estação úmida, após período de acúmulo de carboidratos (BATALHA;
ARAGARI; MANTOVANI, 1997). Desse modo, assincronia ou divergência no período de
floração entre espécies geralmente ocorrem para evitar transferência interespecífica de pólen e
hibridização (RATHCKE; LACEY, 1985).
Durante o período de floração da espécie em estudo, nem todos os indivíduos
selecionados apresentaram flores, não havendo sincronismo entre os indivíduos, sendo esse
comprotamento também verificado em Aspidosperma pyrifolium Mart. (Apocynaceae), onde
tiveram no máximo cinco indivíduos florescendo (AMORIM; SAMPAIO; ARAÚJO, 2009).
No ano de 2010, foram observados em S. floribunda dois meses sem flores e frutos
(fevereiro e março), enquanto em 2011 tal ocorrência registrou-se somente em fevereiro,
caracterizando o período vegetativo da espécie. Desse modo, Amorim, Sampaio e Araújo
(2009) afirmaram que os padrões de floração em relação às chuvas não revelam uma
correspondência nítida, indicando que, possivelmente, há interação com outros fatores, o que
torna as interpretações bastante complexas.
73
A
B
FIGURA 8 - Período de floração de Secondatia floribunda durante os meses de outubro de
2009 a maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe. (A)
Botões florais e período de floração; (B) Precipitação Média Mensal das
Chuvas no posto Crato.
74
Nesse contexto, alguns fatores precisam ser levados em consideração quando
analisados as fenofases associadas aos fatores abióticos. Dentre elas estão as que relacionam
às chuvas com disponibilidade hídrica para as plantas (JOLLY; RUNNING, 2004), bem
como, topografia, profundidade de solo e posição de lençol freático (BORCHERT et al.,
2004).
Além dos fatores ligados às reservas hídricas, a temperatura, a luz e umidade do ar
também têm sido apontados como fatores que influenciam os fenômenos fenológicos,
isoladamente ou interagindo entre si (VAN SCHAIK; TERBORGH; WRIGHT, 1993;
BORCHERT et al., 2004).
Os episódios de frutificação em S. floribunda registraram presença de frutos de março
a setembro, sendo a partir de maio observado indivíduos com frutos secos. O período de
frutificação se inicia na estação chuvosa, prolongando-se até a queda das folhas (Figura 9).
Esse comportamento também foi verificado na maioria das espécies ocorrendo em áreas de
cerrado no município de Barbalha – CE por Costa, Araújo e Lima-Verde (2004) e em um
campo sujo estudado por Munhoz e Felfili (2005) no Distrito Federal.
Em remanescente de cerrado da Reserva Particular de Patrimônio Natural da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande – MS, o período de frutificação
de Byrsonima intermedia A. Juss. (Malpighiaceae) durou cerca de oito meses, ocorrendo
principalmente na estação chuvosa, com pico em dezembro-janeiro, enquanto em B.
pachyphylla Griseb (Malpighiaceae) durou até seis meses, ocorrendo na estação seca, com
pico em setembro-outubro (BOAS, 2009).
A frutificação em espécies de cerrado maranhense corrobora com os apresentados
neste trabalho, se iniciando na estação chuvosa, estendendo-se até os meses de seca (agosto e
setembro), com pico no final da estação chuvosa e início da seca que se estendeu de maio a
agosto (BULHÃO; FIGUEIREDO, 2002).
Os frutos da espécie em estudo são deiscentes do tipo folículo e sua dispersão é
anemocórica, considerada por Augspurger e Franson (1987) mais eficiente na estação seca.
No entanto, os frutos secos apresentam um prolongado período de frutificação, diferentemente
de frutos do tipo carnoso, onde a oferta como alimento para a fauna se restinge a um curto
período do ano (AMORIM; SAMPAIO; ARAÚJO, 2009). Desse modo, a maturação dos
frutos na estação seca, pouco antes do início das chuvas, aumenta a probabilidade de
germinação e crescimento das plântulas (FELFILI et al., 1999).
75
A
B
FIGURA 9 - Período de frutificação de Secondatia floribunda durante os meses de outubro
de 2009 à maio de 2011 em uma área de cerrado na Chapada do Araripe. (A)
Período de frutificação; (B) Precipitação Média Mensal das Chuvas no posto
Crato.
76
Verificou-se que dos indivíduos florados, apenas quatro frutificaram, observando-se 1
a 12 frutos por espécime. Tal fato pode está relacionado de acordo Vieira e Grabalos (2003), a
um baixo nível de polinização natural, resultando em baixa frutificação, devido a um
complexo mecanismo de polinização, que parece ser compensado pela produção de muitas
sementes por fruto. Resultados contrastantes podem ser observados no trabalho de Amorim,
Sampaio e Araújo (2009) com Aspidosperma pyrifolium Mart (Apocynaceae), onde a
frutificação ocorreu em todos os indivíduos que floresceram em 2000. Os autores verificaram
ainda que os baixos índices pluviométricos e irregularidade na distribuição das chuvas podem
favorecer a baixa taxa de fecundidade de flores de espécies com frutificação irregular.
Na figura 10 encontra-se um resumo das observações fenológicas de Secondatia
floribunda na área estudada, destacando as fenofases de floração, frutificação e período
vegetativo.
Em suma, estudos sobre fenologia em áreas de cerrado no Brasil são escassos,
principalmente nos estratos herbáceo-arbustivos, merecendo mais esforço dos pesquisadores
com investigações a longo prazo que permitam o entendimento da história de vida da espécie
em estudo, visando à obtenção de informações mais precisas sobre os padrões fenológicos
evidenciados nesta pesquisa.
77
A
D
B
E
C
F
FIGURA 10 - Área de cerrado na Chapada do Araripe onde foi realizado o estudo fenológico
de Secondatia floribunda, destacando suas fenofases em (A) Período
vegetativo; (B) Botões florais; (C) Floração; (D) Perda das folhas; (E)
Frutificação; (F) Final de Frutificação.
78
4.3 Prospecção fitoquímica dos constituintes presentes no extrato etanólico
Nas análises químicas do extrato etanólico de folhas secas de S. floribunda, verificouse a presença de taninos, flavononas, flavononóis, flavonas, flavonóis, xantonas e alcalóides
na sua constituição. Dessas classes de metabólitos secundários, flavanóides e alcalóides já
foram registrados em abundância nos gêneros Tabernaemontana e Zeyheria, assim como,
saponinas, terpenos e esteróides (DE MIRANDA et al., 2001; TAESOTIKUL, 2003; CHI et
al., 2005; BÉLO et al., 2009).
Barros (2008) pesquisando as principais classes de metabólitos presentes no Extrato
Etanólico Bruto (EEB) em folhas de Hancornia speciosa Gomes (Mangaba), constatou a
presença de terpenos, composto nitrogenados, flavonóides, cumarinas, saponinas e ácidos de
cadeia longa.
No trabalho comparativo entre o extrato etanólico das cascas de Aspidosperma
parvifolium A. DC. (Apocynaceae) e Geissospermum vellosii Allemão (Apocynaceae), foi
observada a presença de alcalóides e flavonóides no primeiro, enquanto que na tintura do
segundo verificou-se apenas a presença de polifenóis (JÁCOME; SOUZA; OLIVEIRA,
2003).
Estudos com extratos de raízes e caule de Peschiera affinis (Müll. Arg.) Miers
(Apocynaceae) observaram a presença de alcalóides do tipo iboga (SANTOS et al., 2009). Já
o trabalho de Henrique, Nunomura e Pohlit (2010) com extratos alcalódicos das cascas de
Aspidosperma vargasii A. DC. (Apocynaceae) e A. desmanthum Benth ex. Mull.
(Apocynaceae), observaram uma fonte promissora de alcalóides indólicos, dos quais foram
isolados elipticina, N-metiltetra-hidroelipticina e aspidoscarpina.
No trabalho de Rodrigues, Duarte-Almeida e Pires (2010) com extatos hidroalcoólicos
obtidos das cascas e folhas de Himatanthus sucuuba (Spruce ex Müll. Arg.) Woodson
(Apocynaceae) foram observados a presença de alcalóides, cumarinas, compostos fenólicos,
flavonóides, taninos, iridóides e triterpenóides, utilizando técnicas cromatográficas de acordo
com Markhan (1982).
Segundo Figueiredo et al. (2010), os alcalóides indólicos monoterpênicos isolados e
identificados das raízes e folhas de Tabernaemontana salzmannii A. DC. (Apocynaceae)
apresentaram atividade antileucêmica. Além dessa, inúmeras atividades biológicas foram
encontradas para esses tipos de alcalóides, das quais se podem destacar as atividades
79
antitumoral, antimicrobiana, anti-hipertensiva e estimulante do sistema nervoso central
(VERPOORTE, 1998).
Os metabólitos secundários possuem funções de extrema importância no organismo
vegetal, tais como: atração de polinizadores (pigmentos e aromas), sinalização (feromônios),
defesa contra patógenos (fitotoxinas e fitoalexinas), alelopatia, desefa contra herbivoria
(substâncias impalatáveis) e estrutura física (lignina) (LARCHER, 2000; TAIZ; ZEIGER,
2004).
Nesse contexto, quaisquer danos celulares ao nível de organelas podem vir a
prejudicar o transporte de proteínas e a exploração de substâncias para o desenvolvimento e
crescimento celular (KOITABASHI et al., 1997; BURGOS et al., 2004). Assim sendo, em
plântulas de tomate o crescimento radicular foi inibido por flavonóides que impediam o
transporte de auxina induzindo menor desenvolvimento radicular (BRUNN et al., 1992).
Os aleloquímicos podem corresponder a alcalóides, terpenos e a uma variedade de
compostos fenólicos (PUTNAM; DUKE, 1978; PUTNAM, 1985). Os ácidos fenólicos, as
cumarinas, os polifenóis e os flavonóides são apontados como aleloquímicos que atuam como
herbicidas inibitórios da fotossíntese, alterando o transporte de elétrons e a fosforilação nos
fotossistemas (RIZVI et al., 1992; DURIGAN; ALMEIDA, 1993).
4.4 Atividade antibacteriana e moduladora do extrato etanólico
Analisando os resultados obtidos para atividade antibacteriana do extrato etanólico
frente às linhagens padrões gram-positivas e gram-negativas, verificou-se que em todas as
linhagens a Concentração Inibitória Mínina (CIM) foi igual ou superior a 1024µg/mL, não
havendo atividade inibitória do ponto de vista clínico para os organismos testados nesta
concentração.
Os resultados corroboram com Santos et al. (2007) em análises feitas com o látex de
Hancornia speciosa Gomes (Apocynaceae) frente as linhagens Staphylococcus aureus,
Neisseria meningitidis, Streptococcus sp., S. pneumoniae e Mycobacterium tuberculosis, onde
as mesmas não apresentaram atividade antimicrobiana, havendo crescimento dos
microrgamismos em todos os testes analisados.
80
O extrato metanólico do caule de Aspidosperma ramiflorum Müll.Arg. (Apocynaceae)
foi inativo contra as bactérias Gram-negativas Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa
nas concentrações ≤1000μg/mL (TANAKA et al., 2006). Contudo, estudos realizados com 38
extratos orgânicos e aquosos obtidos de 11 espécies de Apocynaceae ocorrentes na Amazônia,
demonstram que apenas o extrato orgânico do caule de Tabernaemontana angulata Mart. ex
Müell. Arg não apresentou ativo contra S. aureus ATCC 6538 com uma CIM na faixa de 2,51,25mg/mL. Porém, o extrato orgânico das folhas de Himatanthus attenuatus (Benth.)
Woodson (Apocynaceae) frente Pseudomonas aeruginosa ATCC 9027 apresentou pouca
atividade contra o organismo testado (SUFFREDINI et al., 2002).
Por outro lado, Assis et al. (2009) testando a atividade antibacteriana do caule de
Tabernaemontana angulata Mart. ex Müll. Arg. (Apocynaceae) pelo método de diluição em
caldo, observou que o Extrato Bruto (EB) apresentou atividade antimicrobiana significativa
contra S. aureus ATCC 6538, com uma CIM de 4,0mg/mL e uma Concentração Bactericida
Mínima (CBM) de 8,0 mg/mL. Entretanto, os Alcalóides Totais (AT), bem como, todas as
frações obtidas da separação cromatográfica dos mesmos, não revelaram atividade relevante.
Essa atividade encontrada no EB se deve provavelmente a presença de flavonóides, classe
essas comum dentre as espécies de Apocynaceae (SUFFREDINI et al., 2002; SCHRODER et
al., 2004; CHATTOPADHYAY et al., 2006).
Os dados publicados acerca da atividade antibacteriana para espécies de Apocynaceae
parecem muitas vezes conflitantes, conforme apresentado acima para T. angulata. Estas
inconsistências podem está relacionandas as variações na técnica de cada ensaio (NG et al.,
1996; KIM; BAE; HAN, 1999; VERAS et al., 2011).
Em relação à atividade moduladora de antibióticos frente às linhagens bacterianas
multiressistentes, observou a interferência do extrato quando associado aos aminoglicosídeos
nas concentrações subinibitórias (CIM 1/8). Verificou-se que para E. coli o extrato
potencializou a atividade dos antibióticos amicacina e neomicina, reduzindo as CIMs de 312,5
para 19,53 e 78,12 para 19,53, respectivamente. Por outro lado, o efeito do extrato associado à
neomicina quando em contato com S. aureus aumentou de 9,76 para 39,06, apresentando um
efeito antagônico (Tabela 11).
81
Tabela 11 - Atividade moduladora do extrato etanólico de Secondatia floribunda frente às
linhagens bacterianas multiresistentes.
Antibióticos
Staphylococcus aureus SA 358
Controle
EESF (µg/mL)*
Escherichia coli EC 27
Controle
EESF (µg/mL)
Amicacina
19,53
19,53
Gentamicina
2,44
2,44
Neomicina
9,76
39,06
* EESF: Extrato Etanólico de Secondatia floribunda
312,5
39,06
78,12
19,53
39,06
19,53
O efeito sinérgico verificado na tabela acima para E. coli EC 27 (multiressistente) não
foi observado para E. coli ATCC 10536 (padrão). Isso se deve ao fato da ausência de
quaisquer mecanismos de resistência aos aminoglicosídeos nas cepas padrões (COUTINHO et
al., 2010), confirmando, com isso, um efeito potenciador do EESF na atividade
aminoglicosídeo.
Nesse sentido, a atividade sinérgica observada no EESF quando associado à amicacina
e neomicina frente a E. coli EC 27, provavelmente está relacionada com a presença de
alcalóides, uma vez que, já foi descrito na literatura que alcalóides de Apocynaceae
possivelmente é detentora de atividade antimicrobiana (ROJAS-HERNANDEZ, 1979; VAN
BEEK et al., 1985, MUNOZ et al., 1994; ASSIS et al., 2009).
Bruneton (1999) afirmou que alguns alcalóides isolados já tiveram seu potencial
medicinal confirmados, destacando-se a atividade anestésica (cocaína), antitumoral
(vimblastina e vincristina), antimalárica (quinina) e antibacteriana (berberina).
A combinação de produtos naturais com drogas sintéticas para melhorar a eficácia da
atividade também tem sido investigada em estudos com plantas da família Apocynaceae. O
extrato metanólico do caule de Aspidosperma ramiflorum potencializou a atividade dos
aminoglicosídeos, apresentando uma CIM de 1,5 e 6,2μg/mL para tetraciclina frente E. coli e
P. aeruginosa, respectivamente, e uma CIM de 0,01μg/mL para penicilina quando em contato
com S. aureus (TANAKA et al., 2006).
Em estudos anteriores já foram relatados atividade contra as bactérias Gram positivas
em alguns extratos de espécies de Apocynaceae (SUFFREDINI, 2000; SUFFREDINI et al.,
2002).
O extrato etanólico das folhas de Momordica charantia L. (Curcubitaceae) quando
analisado para a atividade antibacteriana frente a E. coli multirresistente, não apresentou
atividade do ponto de vista clínico com CIM ≥ 1024 μg/mL, porém, quando associado a
amicacina e neomicina apresentou sinergismos com efeito aditivo (COUTINHO et al.,
2008a).
82
O efeito antagônico observado para Staphylococcus aureus SA 358 possivelmente está
relacionado à presença de flavonóides no extrato. Segundo Veras et al. (2011), o uso
combinado de antibióticos com outras substâncias pode levar a vários efeitos, como o
antagonismo observado entre aminoglicosídeos e o flavonóide isoquercetina.
Para Costa et al. (2007), a busca de novos drogas com potencial antibacteriano é
importante devido o aumento da resistência das linhagens bacterianas aos antibióticos. Dessa
forma, as bactérias têm apresentado inúmeros mecanismos para desenvolver resistência às
drogas, podendo alterar o sítio de ligação, inativando ou destruindo a ação enzimática,
diminuindo a entrada ou aumentando a retirada dos antibióticos (BROOKS; BUTEL;
MORSE, 2000).
Assim, os produtos naturais de origem vegetal podem alterar o efeito dos antibióticos,
seja aumentando a atividade antibiótica ou revertendo à resistência (COUTINHO et al.,
2008b). Com isso, os estudos relacionados com a associação de produtos naturais e drogas
sintéticas têm aumentado progressivamente e os resultados mostram-se ainda promissores
(SOUSA, 2010).
De acordo com Cowan (1999), enquanto 25 a 50% dos medicamentos atuais são
derivados de plantas, nenhum deles são usados como agentes antimicrobianos. As plantas
produzem moléculas altamente bioativos que lhes permitem interagir com outros organismos
em seu ambiente. Muitas destas substâncias são importantes na defesa contra herbívoros e
contribui para a resistência às doenças.
4.5 Atividade antifúngica e moduladora do extrato etanólico
O extrato etanólico não inibiu o crescimento das três espécies de Candida testadas,
apresentando uma CIM ≥ 1024. Entretanto, quando o extrato associado ao antifúngico
Benzoil antagonizou o meio frente à linhagem C. albicans ATCC 40006, aumentando a CIM
de 128 para ≥ 1024 (Tabela 12).
83
Tabela 12 - Atividade moduladora do extrato etanólico de Secondatia floribunda frente às
linhagens fúngicas.
Antifúngicos
C. albicans
ATCC 40006
Controle
EESF
(µg/mL)*
Anfotericina B
≥ 1024
≥ 1024
Benzoil
128
≥ 1024
Metronidazol
≥ 1024
≥ 1024
Nistatina
≥ 1024
≥ 1024
* EESF: Extrato Etanólico de Secondatia floribunda
C. krusei
ATCC 2538
Controle
EESF
(µg/mL)
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
C. tropicalis
ATCC 40042
Controle
EESF
(µg/mL)
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
≥ 1024
Resultados semelhante foram obtidos por Santos et al. (2007), ao verificarem que o
látex de Hancornia speciosa Gomes (Mangabeira) quando em contato com Candida albicans
não inibiu o crescimento fúngico, portanto, não apresentou ação antifúngica.
Em outros estudos com folhas de mangabeira, os Extratos Hexânico (EH) e Etanólico
(EE) também não inibiram o crescimento das cepas de Mucor hiemalis CCT 2235, Rhizopus
sp CCT 3248, Geotrichum candidum CCT 1205, Penicillium sp. CCT 2147, Epidermophyton
floccosum URM 4799, Trichophyton mentagrophytes ATCC 9533, Candida parapsilosis
CCT 3438 e Aspergillus fumigatus CCT 1277, não havendo formação de halos de inibição
para as concentrações avaliadas (BARROS, 2008).
Por outro lado, extratos obtidos de espécies de Apocynaceae da Amazônia, como: o
extrato orgânico de colmo juntamente com as folhas de Aspidosperma sp.; extrato orgânico do
caule de Macoubea sprucei; extratos aquosos e orgânicos do caule de Malouetia
tamaquarina; extrato orgânico do caule de Microplumeria anomala e extrato orgânico do
caule de T. angulata apresentaram pouca atividade antifúngica frente a C. albicans
(SUFFREDINI et al., 2002).
De acordo com Granowitz e Brown (2008), os efeitos antagônicos do uso combinado
de drogas podem ser atribuídos à quelação mútua, ou seja, a presença de extratos vegetais
pode reduzir a atividade dos antifúngicos convencionais.
Apesar do EESF não apresentar atividade de inibição de fungos, existem trabalhos
com técnicas de difusão em disco que mostraram-se eficazes na inibição do crescimento dos
microrganismos testados quanto analisado a atividade modificadora de anfotericina B e
nistatina em contato direto com extratos vegetais (BARROS, 2008).
Segundo Menezes et al. (2009), alguns fatores devem ser levados em consideração
quando for analisado os resultados da atividade biológica, como a técnica utilizada, o meio de
crescimento, o microorganismo, o material botânico, a colheita, a técnica de extração e as
84
variações genéticas de uma mesma espécie, podendo algum desses fatores alterar o teor de
princípio ativo da espécie.
Para Lee et al. (2001), avaliar a resistência a agentes antifúngicos utilizando o teste de
microdiluição é trabalhoso e caro, sendo o teste de difusão em discos mais adequados para
procedimentos laboratoriais de triagem da resistência de cepas de Candida. Nesse sentido, o
estudo de Pfaller et al. (2004) com 2.949 Candida spp testadas pelo método de difusão em
disco e pelo método de microdiluição em caldo, reveleram que o teste em difusão de disco
mostrou-se excelente para detectar cepas de Candida spp. resistentes aos antifúngicos.
Dessa forma, nota-se que há muitas variáveis, e o fato de não ter sido verificado
resultado positivo para a atividade antifúngica, não invalida novos estudos de cunho
farmacológico e microbiológico, afim de avaliar, caracterizar e confirmar o potencial do
extrato da espécie em estudo.
85
5 CONCLUSÕES

O extrato aquoso de catuaba-de-cipó não apresentou atividade sobre a germinabilidade
de sementes de tomate.

O extrato aquoso das folhas frescas de Secontia floribunda (catuaba-de-cipó)
provocou um atraso na velocidade de germinação e uma diminuição no
desenvolvimento das plântulas.

As manifestações fenológicas foram observadas durante todo ano, sendo a presença de
folhas fortemente influenciada pela pluviosidade, ocorrendo brotamento nas primeiras
chuvas e queda foliar no período de seca. Os indivíduos floresceram ao final do
período seco e os frutos foram observados no período chuvoso.

A análise do Extrato Etanólico de Secondatia floribunda (EESF) revelou a presença de
taninos, flavonóides e alcalóides, sendo estes provavelmente, detentores das atividades
alelopática e biológica, observadas nesta pesquisa.

O Extrato Etanólico de Secondatia floribunda (EESF) não apresentou atividade
antibacteriana e antifúngica relevantes do ponto de vista clínico para todas as
linhagens testadas.

O Extrato etanólico quando associado a drogas sintéticas, potencializou a atividade
sinérgica dos aminoglicosídeos quando em contato com Escherichia coli EC 27.

Atividade antagônica foi observada no extrato etanólico quando associado ao
antibiótico neomicina em contato com Staphylococcus aureus AS 358, assim como, o
antifúngico Benzoil, frente à Candida albicans ATCC 40006, aumentando as
Concentrações Inibitórias Míninas, consideravelmente.
86
REFERÊNCIAS
AGRA, M.F.; BARACHO, G.S.; BASÍLIO, I.J.D.; NURIT, K.; COELHO, V.P; BARBOSA,
D.A. Sinopse da flora medicinal do Cariri Paraibano. Oecologia Brasiliensis, v.11, n.3,
p.323-330, 2007.
AGRA, M.F.; FREITAS, P.F.; BARBOSA-FILHO, J.M. Synopsis of the plants known as
medicinal and poisonous in Northeast of Brazil. Brazilian Journal of Pharmacognosy, v.17,
n.1, p.114-140, 2007.
AGRA, M.F.; SILVA, K.N.; BASÍLIO, I.J.L.D.; FREITAS, P.F.; BARBOSA-FILHO, J.M.
Survey of medicinal plants used in the region Northeast of Brazil. Brazilian Journal of
Pharmacognosy, v.18, n.3, p.472-508, 2008.
AIRES, S.S. Potencial alelopático de espécies nativas do cerrado na germinação e
desenvolvimento inicial de invasoras. 2007. 81f. Dissertação (Mestrado em Botânica) Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Botânica, Universidade de Brasília,
Brasília.
ALBUQUERQUE, U.P.; ANDRADE, L.H.C. Conhecimento botânico tradicional e
conservação em uma área de caatinga no estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. Acta
Botanica Brasilica, v.16, n.3, p.273-285, 2002a.
ALBUQUERQUE, U.P.; ANDRADE, L.H.C. Uso de recursos vegetais da caatinga: o caso do
agreste do estado de Pernambuco (Nordeste do Brasil). Interciência, v.27, n.7, p.336-346,
2002b.
ALBUQUERQUE, U.P.; ANDRADE, L.H.C.; CABALLERO, J. Structure and floristics of
homegardens in Northeastern Brazil. Journal of Arid Environments, v.62, p.491–506, 2005.
ALBUQUERQUE, U.P.; ANDRADE, L.H.C.; SILVA, A.C.O. Use of plant resources in a
seasonal dry forest (Northeastern Brazil). Acta Botanica Brasilica, v.19, n.1, p.27-38, 2005.
ALBUQUERQUE, U.P.; MEDEIROS, P.M.; ALMEIDA, A.L.S.; MONTEIRO, J.M.; LINSNETO, E.M.F.; MELO, J.G.; SANTOS, J.P. Medicinal plants of the caatinga (semi-arid)
vegetation of NE Brazil: A quantitative approach. Journal of Ethnopharmacology, v.114,
p.325–354, 2007.
87
ALBUQUERQUE, U.P.; OLIVEIRA, R.F. Is the use-impact on native caatinga species in
Brazil reduced by the high species richness of medicinal plants? Journal of
Ethnopharmacology, v.113, p.156–170, 2007.
ALMEIDA, C.F.C.B.R.;
SILVA, T.C.L.; AMORIM, E.L.C.; MAIA, M.B.S.;
ALBUQUERQUE, U.P. Life strategy and chemical composition as predictors of the selection
of medicinal plants from the caatinga (Northeast Brazil). Journal of Arid Environments,
v.62, p.127–142, 2005.
ALMEIDA, F.S. A alelopatia em plantas. Londrina: IAPAR, Circular. v.55. 1988. 62p.
ALMEIDA, M.R.; LIMA, J.A.; SANTOS, N.P.; PINTO, A.C. Pereirina: o primeiro alcalóide
isolado no Brasil? Revista Brasileira de Farmacognosia, v.19, n.4, p.942-952, 2009.
ALMEIDA, M.R.; LIMA, J.A.; SANTOS, N.P.; PINTO, A.C. Pereirina: O primeiro alcalóide
isolado no Brasil. Ciência Hoje, v.40, n.240, p.26-31, 2007.
ALMEIDA, S.P. Grupos fenológicos da comunidade de gramíneas perenes de um campo
cerrado no Distrito Federal, Brasil. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.30, n.8, p.10671073, 1995.
ALVES, S.M.; SANTOS, L.S. Natureza Química dos Agentes alelopáticos. In: SOUZAFILHO, A.P.S; ALVES, S.M. (Org.). Alelopatia: princípios básicos e aspectos gerais. Belém:
Embrapa Amazônia Oriental, 2002. p.25-47.
AMORIM, I.L.; SAMPAIO, E.V.S.B.; ARAÚJO, E.L. Fenologia de espécies lenhosas da
caatinga do Seridó, RN. Revista Árvore, v.33, n.3, p.491-499, 2009.
AMOROZO, M.C.M. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antonio do
Leverger, MT, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.16, n.2, p.189-203, 2002.
ANAYA, A.L. Allelopathy as o tool in the management of biotic resources in
Agroecosystems. Critical Reviews in Plant Sciences, v.18, n.6, p.697-739, 1999.
ANDRADES-MIRANDA, J.; ZANCHIN, N.I.; OLIVEIRA, L.F.; LANGGUTH, A.R.;
MATTEVI, M.S. (T2AG3)n telomeric sequence hybridization centric fusion rearrangements
in the karyotype of the rodent oryzomys subflavus. Genetica, v.114, n.1, p.11-16, 2002.
88
ANESE, S.; WANDSCHEER, A.C.D.; MARTINAZZO, E.G.; PASTORINI, L.H. Atividade
alelopática de Ateleia glazioveana Baill (timbó) sobre Lactuca sativa L. (alface). Revista
Brasileira de Biociências, v.5, supl.2, p.147-149, 2007.
AOKI, H.; SANTOS, J. R. Estudo da vegetação de cerrado na área do Distrito Federal, a
partir de dados orbitais. 1980. Dissertação (Mestrado). Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais, São José dos Campos.
ARJONA, F.B.S.; MONTEZUMA, R.C.M.; SILVA, I.M. Aspectos etnobotânicos e
biogeografia de espécies medicinais e/ou rituais comercializadas no mercado de Madureira,
RJ. Caminhos de Geografia, v.8, n.23, p.41-50, 2007.
ASSIS, C.M.; MORENO, P.R.H.; YOUNG, M.C.M.; CAMPOS, I.P.A.; SUFFREDINI, I.B.
Isolamento e avaliação da atividade biológica dos alcalóides majoritários de
Tabernaemontana angulata Mart. ex Müll. Arg., Apocynaceae. Revista Brasileira de
Farmacognosia, v.19, n.2B, p.626-631, 2009.
AUGSPURGER, C.K.; FRANSON, S.E. Wind dispersal of artificial fruits varying in mass,
area and morphology. Ecology, v.68, p.27-42, 1987.
AZEVEDO, S.K.S.; SILVA, I.M. Plantas medicinais e de uso religioso comercializadas em
mercados e feiras livres no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.20, n.1,
p.185-194, 2006.
BABU, S.P.S.; SARKAR, D.; GHOSH, N.K.; SAHA, A.; SUKUL, N.C.;
BHATTACHARYA, S. Enhancement of membrane damage by saponins isolated from Acacia
auriculiformis. The Japanese Journal of Pharmcology, v.75, p.451-454, 1997.
BAGGIO, C.H.; OTOFUJI, G.D.; SOUZA, W.M.; SANTOS, C.A.D.; TORES, L.M.B.;
RIECK, L.; MARQUES, M.C.D.; MESIA-VELA, S. Gastroprotective mechanisms of índole
alkaloids from Himatanthus lancifolius. Planta Medica, v.71, p.733-738, 2005.
BAKKALI, F.; AVERBECK, S.; AVERBECK, D.; IDAOMAR, M. Biological effects of
essential oils-a review. Food and chemical toxicology, v.46, n.2, p.446-475, 2008.
BARATTO, L.C. Estudo químico-analítico e morfoanatômico de espécies medicinais
brasileiras da família Apocynaceae: Himatanthus lancifolius (Müll. Arg.) Woodson e
Rauvolfia sellowii Müll. Arg. 2010. 157f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas)
- Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
89
BARBOSA, D.C.A.; ALVES, J.L.H.; PRAZERES, S.M.; PAIVA, A.M.A. Dados fenológicos
de 10 espécies arbóreas de uma área de caatinga (Alagoinha – PE). Acta Botanica Brasilica,
v.3, n.2, p.109-117, 1989.
BARREIRO, A.P.; DELACHIAVE, M.E.A.; SOUZA, F.S. Efeito alelopático de extratos de
parte aérea de barbatimão [Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville] na germinação e
desenvolvimento da plântula de pepino. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.8, n.1,
p.4-8, 2005.
BARROS, I.M.C. Contribuição ao Estudo Químico e Biológico de Hancornia spiciosa
Gomes. (Apocynaceae). 2008. 194f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília, Brasília.
BARROSO, G.M.; PEIXOTO, A.L.; COSTA, C.G.; ICHASO, C.L.F.; GUIMARÃES, E.F.
Sistemática de Angiospermas do Brasil. Viçosa: UFV, v.3, 1991. 326p.
BATALHA, M.A.; ARAGAKI, S.; MANTOVANI, W. Variações fenológicas das espécies do
cerrado em Emas (Pirassununga, SP). Acta Botanica Brasilica, v.11, p.61-78, 1997.
BATALHA, M.A.; MANTOVANI, W. Reproductive phenological patterns of cerrado plant
species at the Pé-de-Gigante Reserve (Santa Rita do Passa Quatro, SP, Brazil): a comparasion
between herbaceous and wood floras. Revista Brasileira de Biologia, v.60, n.1, p.129-145,
2000.
BATISTA, C.V.F. SCRIPSEMA, J.; VERPOORTE, R.; RECH, S.B.; HENRIQUES, A.T.
Indole alkaloids from Rauwolfia sellowii. Phytochemistry, v.41, p.969-973, 1996.
BÉLO, M.; BARBOSA, J.C.; PEREIRA, P.S.; BERTONI, B.W.; ZINGARETTI, S.M.;
BELEBONI, R.O. Avaliação do efeito bioinseticida dos extratos de Tabernaemontana
catharinensis A.DC. (Apocynaceae) e Zeyheria montana Mart. (Bignoniaceae) sobre a mosca
Zaprionus indianus (Díptera: Drosophilidae) (Gupta, 1970). Revista Brasileira de
Biociências, v.7, n.3, p.235-239, 2009.
BHATIA, B.B. On the use of Rauwolfia serpentina in high blood pressure. Journal of the
Indian Medical Association, v.11, p.262, 1942.
BIAVATTI, M.W.; MARENSI, V.; LEITE, S.N.; REIS, A. Ethnopharmacognostic survey on
botanical compendia for potential cosmeceutic species from Atlantic Forest. Brazilian
Journal of Pharmacognosy, v.17, n.4, p.640-653, 2007.
90
BOAS, J.C.V. Fenologia e biologia reprodutiva de Byrsonima intermedia A. Juss. e B.
pachyphylla Griseb (Malpighiaceae): recursos-chave em remanescente de cerrado, Mato
Grosso do Sul, Brasil. 2009. 49f. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) - Centro de
Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo
Grande.
BORBA, A.M.; MACEDO, M. Plantas medicinais usadas para a saúde bucal pela
comunidade do bairro Santa Cruz, Chapada dos Guimarães, MT, Brasil. Acta Botanica
Brasilica, v.20, n.4, p.771-782, 2006.
BORCHERT, R. et al. Environmental control of flowering periodicity in Costa Rican and
Mexican tropical dry forests. Global Ecology and Biogeography, v.13, n.5, p.409-425, 2004.
BORGES, R.; PEIXOTO, A.L. Conhecimento e uso de plantas em uma comunidade caiçara
do litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.23, n.3, p.769779. 2009.
BOTREL, R.T.; RODRIGUES, L.A.; GOMES, L.J.; CARVALHO, D.A.; FONTES, M.A.L.
Uso da vegetação nativa pela população local no município de Ingaí, MG, Brasil. Acta
Botanica Brasilica, v.20, n.1, p.143-156, 2006.
BRAGA, R.M. Isolamento e Estudo de RMN-¹³C dos Alcalóides Endólicos de Peschiera
fuchsiaefolia (DC) Miers. 1980. Dissertação (Mestrado em química) – Instituto de Química,
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas.
BRANDÃO, M.G.L.; COSENZA, G.P.; GRAEL, C.F.F.; NETTO-JUNIOR, N.L.; MONTEMÓR, R.L.M. Traditional uses of American plant species from the 1st edition of Brazilian
Official Pharmacopoeia. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.19, p.478-487, 2009.
BRASIL. Regras para análise de sementes. Brasília: SNDA/DNDV/CLAV, Ministério da
Agricultura e Reforma Agrária, 1992. 365p.
BROOKS, G.F.; BUTEL, J.S.; MORSE, J.A. Microbiota normal do corpo humano. In:
BROOKS, G.F.; BUTEL, J.S.; MORSE, J.A. Microbiologia Médica. 21 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2000. p.142-145.
BRUNETON, J. Pharmacognosy, phytochemistry, medicinal plants. 2 ed. Paris: Lavoidier;
Secaucus: Intercept, 1999. p.784-799.
91
BRUNN, S.A.; MUDAY, G.K.; HAWORTH, P. Auxin transport and the interaction of
phytotropins. Plant Physiology, v.98, p.101-107, 1992.
BULHÃO, C.F.; FIGUEIREDO, P.S. Fenologia de leguminosas arbóreas em uma área de
cerrado marginal no nordeste do Maranhão. Revista Brasileira de Botânica, v.25, n.3, p.361369, 2002.
BURGOS, N.R.; TALBERT, R.E.; KIM, K.S.; KUK, Y.I. Growth Inhibition and root
ultrastructure of cucumber seedlings exposed to allelochemicals from rye. Journal of
Chemical Ecology, v.30, n.3, p.671-690, 2004.
CAETANO, N.; SARAIVA, A.; PEREIRA, R.; CARVALHO, D.; PIMENTEL, M.C.B.;
MAIA, M.B.S. Determinação de atividades antimicrobiana de extratos de plantas de uso
popular como antiflamatório. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.12, p.132-135, 2002.
CAMARGO, E.R. Avaliação da atividade antimicrobiana dos extratos brutos, resíduos
aquosos e das frações de acetato de etila de Ilex paraguariensis St. Hil. (Erva Mate).
2010. 87f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade São Francisco,
Bragança Paulista.
CANCELERI, N.M. Alcalóides indólicos de Rauvolfia grandiflora Mart. 2001. 204f.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF, Campos dos
Goytacazes – RJ.
CAPOBIANGO, R.A.; VESTENA, S.; BITTENCOURT, A.H.C. Alelopatia de Joanesia
princeps Vell. e Casearia sylvestris Sw. sobre espécies cultivadas. Revista Brasileira de
Farmacognosia, v.19, n.4, p.924-930, 2009.
CARLOS, L.A. Alcaloides de Rauvolfia grandiflora e Rauvolfia mattfeldiana
(Apocynaceae). 2007. 200f. Tese (Doutorado) – Centro de Ciências Tecnológicas e
Agropecuárias, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Campos dos
Goytacazes - RJ.
CARVALHO, G.J.; FONTANÉTTI, A.; CANÇADO, C.T. Potencial alelopático do feijão de
porco (Canavalia ensiformes) e da mucuna preta (Stilozobium aterrimum) no controle da
tiririca (Cyperus rotandus). Ciência e Agrotecnologia, v.26, n.3, p.647-651, 2002.
CASTILLO, D.; AREVALO, J.; HERRERA, F.; RUIZ, C.; ROJAS, R.; RENGIFO, E.;
VAISBERG, A. LOCK, O.; LEMESRE, J.L.; GORNITZKA, H.; SAUVAIN, M.
Spirolactone iridoids mignt be responsible for the antileishmanial activity of a Peruvian
92
traditional remedly made with Himatanthus sucuuba (Apocynaceae). Journal of
Ethnopharmacology, v.112, p.410-414, 2007.
CHATTOPADHYAY, D.; ARUNACHALAM, G.; MANDAL, A.B.; BHATTACHARYA,
S.K. Dose-dependent therapeutic antiinfectives from ethnomedicines of bay islands.
Chemotherapy, v.52, p.151-157, 2006.
CHI, Y.M.; NAKAMURA M.; YOSHIZAWA, T.; ZHAO, X.Y.; YAN, W.M.;
HASHIMOTO, F.; KINJO, J.; NOHARA, T.; SAKURADA, S. Pharmacological study on the
novel antinociceptive agent, a novel monoterpene alkaloid from Incarvillea sinensis.
Biological Pharmaceutical Bulletin, v.28, p.1989-1991, 2005.
CORRÊA, M.P. Dicionário das plantas úteis do Brasil e das exóticas cultivadas. Rio de
Janeiro: Imprensa Nacional, v.1. 1926.
COSTA, I.R., ARAÚJO, F.S.; LIMA-VERDE, L.W. Flora e aspectos auto-ecológicos de um
encrave de cerrado na chapada do Araripe, Nordeste do Brasil. Acta Botanica Brasilica,
v.18, n.4, p.759-770, 2004.
COSTA, I.R.; ARAÚJO, F.S. Organização comunitária de um encrave de cerrado sensu
stricto no bioma Caatinga, chapada do Araripe, Barbalha, Ceará. Acta Botanica Brasilica,
v.21, n.2, p.281-291, 2007.
COSTA, J.G.; RODRIGUES, F.F.G.; ANGÉLICO, E.C.; PEREIRA, C.K.B.; SOUSA, E.O.;
CALDAS, G.F.R.; SILVA, M.R.; SANTOS, N.K.A.; MOTA, M.L.; SANTOS, P.F.
Composição química e avaliação da atividade antibacteriana e toxicidade do óleo essencial de
Croton zehntneri (variedade estragol). Revista Brasileira de Farmacognosia, v.18, n.4,
p.583-586, 2007.
COUTINHO, H.D.M.; COSTA, J.G.M.; LIMA, E.O.; FALCÃO-SILVA, V.S.; SIQUEIRAJÚNIOR, J.P. Increasing of the Aminoglicosyde Antibiotic Activity Against a MultidrugResistant E. coli by Turnera ulmifolia L. and Chlorpromazine. Biological Research for
Nursing, v.11, n.4, p.332-335, 2010.
COUTINHO, H.D.M.; COSTA, J.G.M.; LIMA, E.O.; FALCÃO-SILVA, V.S.; SIQUEIRAJÚNIOR, J. P. In vitro interference of Momordica charantia L. and chlorpromazine in the
resistance to aminoglycosides. Pharmaceutical Biology, v.47, n.11, p.1056-1059, 2008a.
COUTINHO, H.D.M.; COSTA, J.G.M.; LIMA, E.O.; FALCÃO-SILVA, V.S.; SIQUEIRAJÚNIOR, J.P. Enhancement of the Antibiotic Activity against a Multiresistant Escherichia
93
coli by Mentha arvensis L. and Chlorpromazine. Chemotherapy, v.54, n.4, p.328-330,
2008b.
COUTINHO, L.M.; HASHIMOTO, F. Sobre o efeito inibitório da germinação de sementes
produzido por folhas de Calea cuneifolia DC. Ciência e Cultura, v.23, n.6, p.759-764, 1971.
COWAN, M.M. Plant products as antimicrobial agents. Clinical Microbiology Reviews,
v.12, p.564-582, 1999.
CRUZ, M.E.S.; NOZAKI, M.H.; BATISTA, M.A. Plantas medicinais e alelopatia.
Biotecnologia, Ciência e Desenvolvimento, n.15, p.28-34, 2000.
CRUZ-ORTEGA, R.; ANAYA, A.L.; HERNÁNDEZ, B.E.; LAGUNA, G. Effects of
allelochemical stress produced by Sicyos deppei on seedling root ultraestructure of Phaseolus
vulgaris and Cucurbita ficifolia. Journal of Chemical Ecology, v.24, p.2039-2057, 1998.
CUNHA, L.V.F.C.; ALBUQUERQUE, U.P. Quantitative ethnobotany in an atlantic forest
fragment of Northeastern Brazil – implications to conservation. Environmental Monitoring
and Assessment, v.114, p.1–25, 2006.
DE MIRANDA, F.G.; VILAR, J.C.; ALVES, I.A.; CAVALCANTI, S.C.; ANTONIOLLI
AR. Antinociceptive and antiedematogenic properties and acute toxicity of Tabebuia
avellanedae Lor. ex Griseb. inner bark aqueous extract. BMC Pharmacology, v.13, p.1-6,
2001.
DUARTE, M.C.T. Atividade antimicrobiana de plantas medicinais e aromáticas utilizadas no
Brasil. MultiCiência: Construindo a História dos Produtos Naturais, v.7, p.16, 2006.
DUARTE, M.C.T.; FIGUEIRA, G.M.; SARTORATTO, A.; REHDER, V.L.G.; MACHADO,
A.L.M.; DELARMELINA, C. Anti-Candida activity of essential oils and extracts from native
and exotic medicinal plants used in Brazil. Journal of Ethnopharmacology, v.97, p.305-311,
2005.
DUKE, J.A. The green pharmacy: new discoveries in herbal medicines for common
diseases and conditions from the nation’s foremost authority on healing herbs. Pennsylvania:
Rodale Press, 1997.
DUKE, S.O.; SCHEFFLER, B.E; DAYAN, F.E. Allelochemicals as herbicides. Annual First
European Allelopathy Symposium. Allelopathy Society, Vigo, Spain. 2001. p.47-59.
94
DURIGAN, J.C.; ALMEIDA, F.L.S. Noções sobre alelopatia. Jaboticabal: FUNEP, 1993.
EICHEMBERG, M.T.; AMOROZO, M.C.M.; MOURA, L.C. Species composition and plant
use in old urban homegardens in Rio Claro, Southeast of Brazil. Acta Botanica Brasilica,
v.23, n.4, p.1057-1075. 2009.
EINHELLIG, F.A. The Physiology of allelochemical action: clues and views In: REIGOSA,
M.J; PEDROL, N. (Eds.). Allelopathy: From molecules to ecosystems, Science Publishers
Inc., Plymouth, 2002. p. 1-23.
ELISABETSKY, E. Pesquisa em plantas medicinais. Ciências e Cultura, v.39, p.607-702,
1987.
ELISABETSKY, E. Sociopolitical, economical and ethical issues in medicinal plant research.
Journal of Ethnopharmacology, v.32, n.1, p.235-239, 1991.
ENDO, Y.; HAYASHI, H.; SATO, T.; MARUNO, M.; OHTA, T.; NOZOE, S. Confluentic
acid and 2’-O-methylperlatolic acid, monoamine oxidase B inhibitors in a brazilian plant,
Himatanthus sucuuba. Chemical & Pharmaceutical Bulletin, v.42, p.1198-1201, 1994.
ENDRESS, M.E.; BRUYNS, P.V. A revised classification of the Apocynaceae. The
Botanical Review, v.66, p.1-56, 2000.
ENDRINGER, D.C.; KONDRATYUK, T.; RAGA, F.C.; PEZZUTO, J.M. Phytochemical
Study of Hancornia speciosa guided by in vitro cancer chemiopreventive assays. In: 47th
Annual Meeting of the American Society of Pharmacognosy, 2006, Washington. Abstract
book of the 47th Annual Meeting of the American Society of Pharmacognosy, 2006.
FARIAS, W.V.L.; SADER, H.S.; LEME, I.L.; PIGNATARI, A.C. Padrão de sensibilidade de
117 amostras clínicas de Staphylococcus aureus isolados em 12 hospitais. Revista da
Associação Médica Brasileira, v.43, p.199-204, 1997.
FELFILI, J.M.; SILVA JUNIOR, M.C.; DIAS, B.J.; REZENDE, A.V. Estudo fenológico de
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville no cerrado sensu stricto da Fazenda Água
Limpa no Distrito Federal, Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v.22, n.1, p.83-90, 1999.
FELIX, R.A.Z.; ONO, E.O.; SILVA, C.P.; RODRIGUES, J.D.; PIERI, C. Efeitos
Alelopáticos da Amburana cearensis L. (Fr.All.) AC Smith na Germinação de Sementes de
95
Alface (Lactuca sativa L.) e de Rabanete (Raphanus sativus L.). Revista Brasileira de
Biociências, v.5, supl.2, p.138-140, 2007.
FENNER, M. The phenology of growth and reproduction in plants. Perspectives in Plant
Ecology, Evolution and Systematics, v.1, n.1, p.78-91, 1998.
FERNANDES, L.A.V.; MIRANDA, D.L.C.; SANQUETTA, C.R. Potencial alelopático de
Merostachys multiramea Hackel sobre a germinação de Araucaria angustifolia (Bert.)
Kuntze. Revista da Associação Brasileira de Academias, v.5, n.2, p.139-146, 2007.
FERNANDES, R.C.; LOPES, P.S.N.; MAGALHÃES, H.M.; BRANDÃO-JUNIOR, D.S.;
MAIA, J.T.L.S.; FERNANDES, R.C.; GOMES, J.A.O.; CARNEIRO, P.A.P. Avaliação do
Efeito alelopático do coquinho-azedo. Revista Brasileira de Agroecologia, v.2, n.2, p.641645, 2007.
FERRAZ, J.S.F.; ALBUQUERQUE, U.P.; MEUNIER, I.M.J. Valor de uso e estrutura da
vegetação lenhosa às margens do riacho do Navio, Floresta, PE, Brasil. Acta Botanica
Brasilica, v.20, n.1, p.125-134, 2006.
FERREIRA, A.G. Interferência, competição e alelopatia. In: FERREIRA, A.G.;
BORGHETTI, F. (Eds.). Germinação: do básico ao aplicado. Porto Alegre: Artmed. 2004.
p.251-262.
FERREIRA, A.G.; AQUILA, M.E.A. Alelopatia: uma área emergente da ecofisiologia.
Revista Brasileira de Fisiologia Vegetal, v.12, p.175-204, 2000.
FERREIRA, H.C.; SERRA, C.P.; LEMOS, V.S.; BRAGA, F.C.; CORTES, S.F. Nitric oxidedependent vasodilatation by ethanolic extract of Hancornia spiciosa via phosphatidylinositol
3-kinase. Journal of Ethnopharmacology, v.109, n.1, p.161-164, 2007.
FERREIRA, M.C.; SOUZA, J.R.P.; FARIA, T.J. Potenciação alelopática de extratos vegetais
na germinação e no crescimento inicial de picão-preto e alface. Ciência e Agrotecnologia,
v.31, n.4, p.1054-1060, 2007.
FIGUEIREDO, E.R.; VIEIRA, I.J.C.; SOUZA, J.J.; BRAZ-FILHO, R.; MATHIAS, L.;
KANASHIRO, M.M.; CÔRTES, F.H. Isolamento, identificação e avaliação da atividade
antileucêmica de alcaloides indólicos monoterpênicos de Tabernaemontana salzmannii A.
DC., Apocynaceae. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.20, n.1, p.75-81, 2010.
96
FLORENTINO, A.T.N.; ARAÚJO, E.L.; ALBUQUERQUE, U.P. Contribuição de quintais
agroflorestais na conservação de plantas da Caatinga, Município de Caruaru, PE, Brasil. Acta
Botanica Brasilica, v.21, n.1, p.37-47, 2007.
FOGLIO, A.M.Q.; QUEIROGA, C.L.; SOUZA, I.M.O.; RODRIGUES, R.A.F. Plantas
Medicinais como Fonte de Recursos Terapêuticos: Um Modelo Multidisciplinar.
MultiCiência: Revista interdisciplinar dos centros e núcleos da UNICAMP, v.7, 2006.
FONSECA-KRUEL, V.S.; PEIXOTO, A.L. Etnobotânica na Reserva Extrativista Marinha de
Arraial do Cabo, RJ, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.18, n.1, p.177-190, 2004.
FOURNIER, L.A. Estudo preliminar sobre la floración en el Roble de sabana Tabebuia
pentaphylla (L.) Hemsl. Revista de Biologia Tropical, v.15, n.2, p.259-67, 1969.
FOURNIER, L.A. Un método cuantitativo para la medición de características fenológicas en
árboles. Turrialba, v.24, n.4, p.422-423, 1974.
FOURNIER, L.A.; CHARPANTIER, C. El tamaño de la muestra y la frecuencia de las
observaciones en el estudio de las características fenológicas de los árboles tropicales.
Turrialba, v.25, n.1, p.45-48, 1975.
FRANKIE, G.W.; BAKER, H.G.; OPLER, P.A. Tropical plant phenology: applications for
studies in community ecology. In: LIETH, H. (Org.). Phenology and seasonally modeling.
Berlin: Springer-Verlag., 1974. p.287-296.
FREI, B.; BALTISBERGER, M.; STICHER, O.; HEINRICH, M. Medical ethnobotany of the
Zapotecs of the Isthmus-Sierra (Oaxaca, Mexico): Documentation and assessment of
indigenous uses. Journal of Ethnopharmacology, v.62, p.149–165, 1998.
FUERST, E.P.; PUTNAN, A.R. Separating the competitive and allelopathic components of
interference: theoretical principles. Journal of Chenical Ecology, v.9, p.937-944, 1983.
FUNDAÇÃO CEARENSE DE METEREOLOGIA E RECURSOS HÍDRICOS. Gráficos de
Chuvas dos Postos Pluviométricos. Disponível em:
<http://www.funceme.br/index.php/areas/tempo/grafico-de-chuvas-dos-postospluviometricos> Acesso em: 01 Jun 2010.
GATI, A.B.; PEREZ, S.C.J.G.A.; FERREIRA, A.G. Avaliação da atividade alelopática de
extratos aquosos de folhas de espécies de Cerrado. Revista Brasileira de Biociências, v.5,
supl.2, p.174-176, 2007.
97
GATTI, A.B. Atividade alelopática de espécies do cerrado. 2008. 136f. Tese (Doutorado
em Ecologia e Recursos Naturais) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade
Federal de São Carlos, São Carlos.
GATTI, A.B.; PEREZ, S.C.J.G.A.; LIMA, M.I.S. Atividade alelopática de extratos aquosos
de Aristolochia esperanzae O. Kuntze na germinação e no crescimento de Lactuca sativa L. e
Raphanus sativus L. Acta Botanica Brasilica, v.18, n.3, p.459-472, 2004.
GIBBONS, S. Anti-staphylococcal plant natural products. Natural products reports, v.21,
p.263-277, 2004.
GOENKA, A.H. Rustom Jal Vakil and the saga of Rauwolfia serpentina. Journal of Medical
Biography, v.15, p.195-200, 2007.
GOMIDE, M.B. Potencialidades alelopáticas dos restos culturais de dois cultivares de
cana-de-açúcar (Saccharum sp.), no controle de algumas plantas daninhas. 1993. 96f.
Tese (Doutorado em Fitotecnia) - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz,
Universidade de São Paulo, Piracicaba.
GORLA, C.M.; PEREZ, S.C.J.G.A. Influência de extratos aquosos de folhas de Miconia
albicans Triana, Lantana camara L., Leucaena leucocephala (Lam) de Wit e Drimys winteri
Forst, na germinação e crescimento inicial de sementes de tomate e pepino. Revista
Brasileira de Sementes, v.19, n.2, p.260-265, 1997.
GOTTSBERGER, G. Some pollination strategies in neotropical savannas and forests. Plant
Systematic and Evolution, v.152, p.29-45, 1986.
GRANOWITZ, E.V.; BROWN, R.B. Antibiotic adverse reactions and drug interactions.
Critical Care Clinics, v.24, p.421-442. 2008.
GUARIM-NETO, G.; MORAIS, R.G. Recursos medicinais de espécies do cerrado de Mato
Grosso: um estudo bibliográfico. Acta Botanica Brasilica, v.17, n.4, p.561-584, 2003.
GUILHERME, D.O.; SANTOS, A.M.; PAULA, T.O.M. ARAUJO, C.B.; SANTOS, W.G.;
ROCHA, S.L.; CALDEIRA-JR, C.F.; MARTINS, E.R. Ecogeografia e Etnobotânica da
Mangaba (Hancornia speciosa) no Norte de Minas Gerais. Revista Brasileira de
Biociências, v.5, n.1, p.414-416, 2007.
98
GURIB–FAKIM, A. Medicinal plants: Traditions of yesterday and drugs of tomorrow.
Molecular aspects of medicine, v.27, p.91-93, 2006.
HARVEY, A. Strategies for discovering drugs from previously unexplored natural Products.
Drug Discovery Today, v. 5, p. 294-300, 2000.
HENRIQUE, M.C.; NUNOMURA, S.M.; POHLIT, A.M. Alcaloides indólicos de cascas de
Aspidosperma vargasii e A. desmanthum. Química Nova, v.33, n.2, p.284-287, 2010.
HOFFMANN, C.E.F.; NEVES, L.A.S.; BASTOS, C.F.; WALLAU, G.L. Atividade
alelopática de Nerium oleander L. e Dieffenbachia picta Schott em sementes de Lactuca
sativa L. e Bidens pilosa L. Revista de Ciências Agroveterinárias, v.6, n.1, p.11-21, 2007.
HOSTETTMAN, K.; QUEIROZ, E.F.; VIEIRA, P.C. Princípios ativos de plantas
superiores. São Carlos: EdUFSCar. 2003.
INDERJIT. Plant phenolics in allelopathy. The Botanical Review, v.62, p.186-202, 1996.
INDERJIT; DAKSHINI, K.M.M. On laboratory biossays in allelopathy. The Botanical
Review, v.61, p.28-44, 1995.
ISHARWALL, S.; GUPTA, S. Rustom Jal Vakil: his contributions to cardiology. Texas
Heart Institute Journal, v.33, p.161-170, 2006.
JACOBI, U.S.; FERREIRA, A.G. Efeitos alelopáticos de Mimosa bimucronata (DC.) OK.
sobre espécies cultivadas. Pesquisa Agropecuaria Brasileira, v.26, p.935-943, 1991.
JÁCOME, R.L.R.P.; SOUZA, R.A.; OLIVEIRA, A.B. Comparação cromatográfica entre o
extrato de Aspidosperma parvifolium e o fitoterápico "Pau-Pereira". Revista Brasileira de
Farmacognosia, v.13, p.39-41, 2003.
JACOMINE, P.K.T.; ALMEIDA, J.C.; MEDEIROS, L.A.R. Levantamento exploratório:
Reconhecimento de solos do Estado do Ceará. Recife. v.1. 1973.
JAVADPOUR, M. M.; JUBAN, M. M.; LO, W. C.; BISHOP, S. M.; ALBERTY, J. B.;
COWELL, S. M.; BECKER, C. L.; MCLAUGHLIN, M. L. New antimicrobial peptides with
low mammalian cell toxicity. Journal of Medicinal Chemistry, v.39, n.16, p.3107-3113,
1996.
99
JEFFERSON, L.V.; PENNACHIO, M. Allelopathic effects of foliage extracts from four
Chenopodiaceae species on seed germination. Journal of Arid Environments, v.55, p.275285, 2005.
JESUS, N.Z.T.; LIMA, J.C.S.; SILVA, R.M.; ESPINOSA, M.M.; MARTINS, D.T.O.
Levantamento etnobotânico de plantas popularmente utilizadas como antiúlceras e
antiinflamatórias pela comunidade de Pirizal, Nossa Senhora do Livramento-MT, Brasil.
Revista Brasileira de Farmacognosia, v.19, n.1A, p.130-139, 2009.
JIN, G.B.; HONG, T.; INOUE, S.; URANO, T.; CHO, S.; OTSU, K.; KITAHARA, Y.;
CYONG, J.C. Augmentation of immune cel activity against tumor cells by Rauwolfia radix.
Journal of Ethnopharmacology, v.81, p.365-372, 2002.
JOLLY, W.M.; RUNNING, S.W. Effects of precipitation and soil water potential on drought
deciduous phenology in the Kalahari. Global Change Biology, v.10, n.3, p.303-308, 2004.
JUDD, W.S.; CAMPBELL, C.S.; KELLOGG, E.A.; STEVENS, P.F.; DONOGHUE, M.J.
Sistemática Vegetal: Um Enfoque Filogenético. Tradução André Olmos Simões et al. 3 ed.
Porto Alegre: Artmed, 2009. 632 p.
JUSTINIANO, M.J.; FREDERICKSEN, T.S. Phenology of tree species in Bolivian dry
forests. Biotropica, v.32, n.2, p.276-281, 2000.
KIKUZAWA, K. The basis for variation in leaf longevity of plants. Vegetatio, v.121, p.89100, 1995.
KIM, D.H.; BAE, E.A.; HAN, M.J. Anti-Helicobacter pylori activity of the metabolites of
poncirin from Poncirus trifoliata by human intestinal bacteria. Biological and
Pharmaceutical Bulletin, v.22, p.422-444, 1999.
KISSMANN, K.; GROTH, D. Plantas Infestantes e Nativas. 2ª ed. São Paulo: BASF, 1999.
KOCH, I. Estudos das espécies neotropicais do Gênero Rauvolfia L. (Apocynaceae).
2002. 301f. Tese (Doutorado) – Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas.
KOCH, I.; RAPINI, A. Apocynaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim
Botânico do Rio de Janeiro. 2011. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB015603).
100
KOITABASHI, R.; SUSUKU, T.; KAWAZU, T.; SAKAI, A.; KUROIWA, H.; KUROIWA,
T. 1,8-cineole inhibits root growth and DNA synthesis in the root apical meristem of Brassica
campestris. Journal of Plant Research, n.110, p.1-6, 1997.
KREIG, M.B. Green Medicine: The search for plants that heal. Chicago: Rand McNally &
Company, 1964.
KUMATE, J. Infectious disease in the 21st century. Archives of Medical Research, v.28,
p.155-161, 1997.
LABOURIAU, L.G. A germinação das sementes. Washington: OEA, 1983.
LARCHER, W. Ecofisiologia Vegetal. São Carlos: Rima, 2000. 531p.
LAWRENCE, R.N. Rediscovering natural product biodiversity. Drug Discovery Today, v.4,
p.449-451, 1999.
LEE, S.C.; FUNG, C.P.; LEE, N.; SEE, L.C.; HUANG, J.S.; TSAI, C.J.; CHEN, K.S.;
SHIEH, W.B. Fluconazole disk diffusion test with methylene blue- and glucose-enriched
Mueller-Hinton agar for determining susceptibility of Candida species. Journal Clinical of
Microbiology, v.39, p.1615-1617, 2001.
LEITÃO, F.; FONSECA-KRUEL, V.S.; SILVA, I.M.; REINERT, F. Urban ethnobotany in
Petrópolis and Nova Friburgo (Rio de Janeiro, Brazil). Brazilian Journal of
Pharmacognosy, v.19, n.1B, p.333-342, 2009.
LIETH, H. Introduction to phenology and the modeling of seasonality. In: LIETH, H. (Ed.)
Phenology and seasonality modeling. Berlin: Springer Verlag, 1974. p.3-19.
LIMA, A.B.; SILVA, A.M.A.; MEDEIROS, A.N.; RODRIGUES, O.G.; ARAÚJO, G.T.;
COSTA, R.G. Estudos preliminares da Calotropis procera S.W. na dieta de ovino.
Agropecuária Científica no Semi-Árido, v.1, p.15-24, 2005.
LISTA DE ESPÉCIES DO BRASIL: FLORA DO BRASIL 2010. Secondatia floribunda A.
DC. Disponível em:
<http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/index?mode=1egroup=Flora.Angiospermasefamily=ege
nus=Secondatiaespecies=floribundaeauthor=ecommon=eoccurs=1eregion=estate=ephyto=een
demic=-1enativa=-1elast_level=25> Acesso em 21 Dez 2010.
101
LOCATELLI, E.; MACHADO, I.E. Fenologia das espécies arbóreas de uma mata serrana
(Brejo de Altitude) em Pernambuco, Nordeste do Brasil. In: PORTO, K.C.; CABRAL, J.P.J;
TABARELLI, M. (Orgs.). Brejos de altitudes em Pernambuco e Paraíba: história natural,
ecologia e conservação. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2004. p.255-276.
LOPES, J.F. Loimbina e uleína isolados de Himatanthus lancifolius (Muell.-Arg.)
Woodson, Apocynaceae. 2008. 79f. Dissertação (Mestrado em Farmácia) - Universidade
Federal do Paraná, Curitiba.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas
Nativas do Brasil. 2ª ed. Novas Odessa: Editora Plantarum, v.1, 1998. 384p.
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas medicinais do Brasil: nativas e exóticas. Nova
Odessa: Instituto Plantarum, 2002. 576p.
LORENZI, H.; SOUZA, H.M.S. Plantas ornamentais no Brasil: arbustos, herbáceas e
trepadeiras. Nova Odessa, SP: Editora Plantarum, 1995. 1120p.
LOVETT, J.; RYUNTYU, M. Allelopathy: Broadening the context. In: RIZVI, S.J.H.;
RIZVI, V. (Eds.). Allelopathy: Basicas and applied aspects. London: Chapman Hall., 1992.
480p.
LUCENA, R.F.P.; ALBUQUERQUE, U.P.; MONTEIRO, J.M.; ALMEIDA, C.F.C.B.R.;
FLORENTINO, A.T.N.; FERRAZ, J.S.F. Useful Plants of the Semi-Arid Northeastern
Region of Brazil: A Look at their Conservation and Sustainable Use. Environ Monit Assess,
v.125, p.281–290, 2007.
MACHADO, I.C.; BARROS, L.M.; SAMPAIO, E.V.S.B. Phenology of caatinga species at
Serra Talhada – PE, Northeastern Brazil. Biotropica, v.29, n.1, p.57-68, 1997.
MACHADO, T.B.; PINTO, A.V.; PINTO, M.C.F.R.; LEAL, I.C.R.; SILVA, M.G.; AMARA,
C.F.; KUSTER, L.R.M.; NETO, K.R. In vitro activity of Brasilian medicinal plants, naturally
ocorring naphthoquinones and their analougues, against methicilin-resistant Staphylococcus
aureus. International Journal of Antimicrobial Agents, v.21, p.279-284, 2003.
MACIAS, F.A.; GALLINDO, J.C.G.; MOLINILLO, J.M.G. Plant biocommunicators:
application of allelopathic studies. In: LUIJENDIJK, J.C. (Ed.). Years of natural products
research - past, present and future. Leiden: Phytoconsult, 2000. p.137-161.
102
MADEIRA, J.A.; FERNANDES, W. Reproductive phenology of sympatric taxa of
Chamaecrista (Leguminosae) in Serra do Cipó, Brasil. Journal of Tropical Ecology, v.15,
p.463-479, 1999.
MAGALHÃES, A. Perfil etnobotânico e conservacionista das comunidades do entorno
da Reserva Natural Serra das Almas, Ceará – Piauí, Brasil. 2006. 81f. Dissertação
(Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Universidade Federal do Ceará.
Fortaleza.
MAIOLI-AZEVEDO, V.; FONSECA-KRUEL, V.S. Plantas medicinais e ritualísticas
vendidas em feiras livres no Município do Rio de Janeiro, RJ, Brasil: estudo de caso nas
zonas Norte e Sul. Acta Botanica Brasilica, v.21, n.2, p.263-275, 2007.
MANTOVANI, W.; MARTINS, F.R. Variações fenológicas das espécies do cerrado da
Reserva Biológica de Moji Guaçu, Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Botânica,
v.23, p.227-237, 1988.
MARKHAN, K.R. Techniques of flavonoids identification. London: Academic Press.,
1982.
MASCOLO, N.; SHARMA, R.; JAINB, S.C.; CAPASSO, F. Ethnopharmacology of
Calotropis procera flowers. Journal of Ethnopharmacology, v.22, p.211-221, 1988.
MATOS, F.J.A. Introdução à fitoquímica experimental. 3 ed. Fortaleza: EUFC, 2009.
150p.
MATOS, F.J.A. Plantas da medicina popular do Nordeste. Fortaleza: EUFC, 1999. 80p.
MEDEIROS, A.R.M. Alelopatia: importância e suas aplicações. Horti Sul, v.1, n.3, p.27-32,
1990.
MEDEIROS, A.R.M. Determinação de potencialidades alelopáticas em agroecossistemas.
1989. 172f. Tese (Doutorado) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Qieroz, Univerisidade
de São Paulo, Piracicaba.
MEDEIROS, M.F.T.; ANDREATA, R.H.P.; VALLE, L.S. Identificação de termos
oitocentistas relacionados às plantas medicinais usadas no Mosteiro de São Bento do Rio de
Janeiro, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.24, n.3, p.780-789, 2010.
103
MENEZES, P.R.; SCHWARZ, E.A.; SANTOS, C.A.M. In vitro antioxidant activity of
species collected in Paraná. Fitoterapia, v.75, p.398-400, 2004.
MENEZES, T.O.A.; ALVES, A.C.B.A.; VIEIRA, J.M.S.; MENEZES, S.A.F.; ALVES, B.P.;
MENDONÇA, L.C.V. Avaliação in vitro da atividade antifúngica de óleos essenciais e
extratos de plantas da região amazônica sobre cepa de Candida albicans. Revista de
Odontologia da UNESP, v.38, n.3, p.184-91, 2009.
MESQUITA, M.L.; DESRIVOT, J.; FOURNET, A.; PAULA, J.E.; GRELLIER, P.;
ESPINDOLA, L.S. Antileishmanial and trypanocidal activity of Brazilian Cerrado plants.
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v.100, p.783-787, 2005.
METCALFE, C.R.; CHALK, L. Anatomy of the dicotyledons: leaves, stem and wood in
relation to taxonomy with notes on economic uses. Claredon Press: Oxford, v.2, 1950.
MIRANDA, A.L.; SILVA, J.R.; REZENDE, C.M.; NEVES, J.S.; PARRINI, S.C.;
PINHEIRO, M.L.; CORDEIRO, M.C.; TAMBORINI, E.; PINTO, A.C. Anti-inflammatory
and analgesic activities of the latex containing triterpenes from Himatanthus sucuuba. Planta
Medica, v.66, p.284-286, 2000.
MIRANDA, I.S. Fenologia do estrato arbóreo de uma comunidade de Alter-do-Chão, PA.
Revista Brasileira de Botânica, v.18, n.2, p.235-40, 1995.
MOLISCH, H. Der Einfluss einer Pflanze auf die andere Allelopathie. Jena: Fischer, 1937.
MOLNAR, J.; MOLNAR, A.; SPENGLER, G.; MANDI, Y. Infectious plasmid resistance
and efflux pump mediated resistance. Acta microbiologica et immunologica Hungarica,
v.51, p.333-349, 2004.
MONTEIRO, C.A.; VIEIRA, E.L. Substâncias alelopáticas. In: CAMARGO, P.R.; CASTRO,
J.O.A; SENA, R.A. (Eds.). Introdução à fisiologia do desenvolvimento vegetal, Maringá:
Editora da Universidade Estadual de Maringá, 2002. p.105-121.
MORAES, T.M.; RODRIGUES, C.M.; KUSHIMA, H.; BAUAB, T.M.; VILLEGAS, W.;
PELLIZZON, C.H.; BRITO, A.; HIRUMA-LIMA, C.A. Hancornia speciosa: Indications of
gastroprotective, healing and anti-Helicobacter pylori actions. Journal of
Ethnopharmacology, v.120, n.2, p.161-168, 2008.
104
MORAIS, S.M.; DANTAS, J.D.P.; SILVA, A.R.A.; MAGALHÃES, E.F. Plantas medicinais
usadas pelos índios Tapebas do Ceará. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.15, n.2,
p.169-177, 2005.
MORELLATO, L.P.C. Fenologia de árvores, arbustos e lianas em uma floresta
semidecídua no sudeste do Brasil. 1991. Tese (Doutorado), Universidade de Campinas,
Campinas.
MORELLATO, L.P.C.; LEITÃO-FILHO, H.F. Reproductive phenology of climbers in a
Southeasthern Brazilian forest. Biotropica, v.28, p.180-191, 1996.
MOSCA, V.P.; LOIOLA, M.I.B. Uso popular de plantas medicinais no Rio Grande do Norte,
Nordeste do Brasil. Revista Caatinga, v.22, n.4, p.225-234, 2009.
MOZA, M.K. Forsteronia refracta holds the key to breast cancer treatment. Current
Science, v.88, n.8, p.1122, 2005.
MUNHOZ, C.B.R.; FELFILI, J.M. Fenologia do estrato herbáceo-subarbustivo de uma
comunidade de campo sujo na Fazenda Água Limpa no Distrito Federal, Brasil. Acta
Botanica Brasilica, v.19, n.4, p.979-988, 2005.
MUNOZ, V.; MORETTI, C.; SAUVAIN, M.; CARON, C.; PORZEL, A.; MASSIOT, G.;
RICHARD, B.; LE MEN-OLIVIER, L. Isolation of bis-indole alkaloids with antileishmanial
and antibacterial activities from Peschiera van heurkii (syn. Tabernaemontana van heurkii).
Planta Medica, v.60, p.455-459, 1994.
NARDIN, J.M.; SOUZA, W.M.; LOPES, J.F.; FLORÃO, A.; SANTOS, C.A.M.;
WEFFORT-SANTOS, A.M. Effects of Himatanthus lancifolius on human leukocyte
chemotaxis and their adhesion to integrins. Planta Medica, v.74, p.1253-1258, 2009.
NASCIMENTO, G.G.F.; LOCATELLI, J.; FREITAS, P.C.; SILVA, G.L. Antibacterial
activity of plant extracts and phytochemicals on antibiotic-resistant bacteria. Brazilian
Journal of Microbiology, v.31, p.247-256, 2000.
NASCIMENTO, M.T.; VILLELA, D.M.; LACERDA, L.D. Foliar growth, longevity and
herbivory in two “cerrado” species near Cuiabá, MT, Brazil. Revista Brasileira de Botânica,
v.13, p.27-32, 1990.
105
NETO, C.C.; OWENS, C.W.; LANGFIELD, R.D.; COMEAU, A.B.; ONGE, J.S.; VAISBER,
A.J.; HAMMOND, G.B. Antibacterial activity of some medicinal plants from the Callejon de
Huaylas. Journal of Ethnopharmacology, v.79, p.133-138, 2002.
NEWSTROM, L.E., FRANKIE, G.W., BAKER, H.G.; COLWELL, R.K. Diversity of longterm flowering patterns. In: McDADE, L.A.; BAWA, K.S.; HESPENHEIDE, H.A.;
HARSTSHORN, G.S. (Eds.) La Selva: Ecology and natural history of a neotropical rain
forest . Chicago: University of Chicago Press, 1994. p.142-160.
NEWSTROM, L.E., FRANKIE, G.W.; BAKER, H.G. A new classification for plant
phenology based on flowering patterns in lowland tropical rain forest trees at La Selva, Costa
Rica. Biotropica, v.26, p.141-159. 1994.
NG, T.B.; LING, J.M.; WANG, Z.T.; CAI, J.N.; XU, G.J. Examination of coumarins,
flavonoids and polysaccharopeptide for antibacterial activity. General Pharmacology, v.27,
p.1237-1240, 1996.
NOELLI, F.S. Múltiplos usos de espécies vegetais pela farmacologia guarani através de
informações históricas. Diálogos, v.2, n.177-199, 1998.
NUNES, G.P.; SILVA, M.F.; RESENDE, U.M.; SIQUEIRA, J.M. Plantas medicinais
comercializadas por raizeiros no Centro de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Revista
Brasileira de Farmacognosia, v.13, n.2, p.83-92, 2003.
OLIVEIRA, E.C.S.; TROVÃO, D.M.B.M. O uso de plantas em rituais de rezas e benzeduras:
um olhar sobre esta prática no estado da Paraíba. Revista Brasileira de Biociências, v.7, n.3,
p.245-251, 2009.
OLIVEIRA, F.P.; LIMA, E.O.; SIQUEIRA JÚNIOR, J.P.; SOUZA, E.L.; SANTOS, B.H.C.;
BARRETO, H.M. Effectiveness of Lippia sidoides Cham. (Verbenaceae) essential oil in
inhibiting the growth of Staphylococcus aureus strains isolated from clinical material. Revista
Brasileira de Farmacognosia, v.16, p.510-516, 2006.
OLIVEIRA, H.V. Sistema de matéria medica vegetal. Rio de Janeiro: Eduardo e Henrique
Laemmert. 1854. 284p.
OLIVEIRA, M.M.; GILBERT, B; MORS, W.B.; Triterpenes in Caryocar brasiliense. Anais
da Academia Brasileira de Ciências, v.40, n.4, p.451-452. 1968.
106
OLIVEIRA, M.N.S.; MERCADANTE, M.O. LOPES, P.S.N.; GOMES, I.A.C. GUSMÃO,
E.; RIBEIRO, L.M. Efeitos alelopáticos dos extratos aquoso e etanólico de jatobá do Cerrado
(Hymenaea stigonocarpa Mart.). Unimontes Científica, v.4, n.2, p.1-12, 2002.
OLIVEIRA, P.E. Fenologia e biologia reprodutiva de espécies de cerrado. In: SANO, S.M.;
ALMEIDA, S.P. (Eds.). Cerrado: ambiente e flora. Distrito Federal: EMBRAPA, 1998. p.
169-192.
OLIVEIRA, R.A.G.; LIMA, E.O.; VIEIRA, W.L.; FREIRE, K.R.L.; TRAJANO, V.N.;
LIMA, I.O.; SOUZA, E.L.; TOLEDO, M.S.; SILVA-FILHO, R.N. Estudo da interferência de
óleos essenciais sobre a atividade de alguns antibióticos usados na clínica. Revista Brasileira
de Farmacognosia, v.16, p.77-82, 2006.
OLIVEIRA, S.C.C. Alelopatia em Solanum lycocarpum St. Hil (Solanaceae). 2003. 78f.
Dissertação (Mestrado) – Univerisidade de Brasília, Brasília.
PASA, M.C.; SOARES, J.J.; GUARIM-NETO, G. Estudo etnobotânico na comunidade de
Conceição-Açu (alto da bacia do rio Aricá Açu, MT, Brasil). Acta Botanica Brasilica, v.19,
n.2, p.195-207, 2005.
PEREIRA, M.M.; JÁCOME, R.L.R.P.; ALCÂNTARA, A.F.C.; ALVES, R.B.; RASLAN,
D.S. Alcalóides indólicos isolados de espécies do gênero Aspidosperma (Apocynaceae).
Química Nova, v.30, n.4, p.970-983, 2007.
PEREIRA, R.M.A; ARAÚJO FILHO, J.A.; LIMA, R.V.; PAULINO, F.D.G.; LIMA, A.O.N.;
ARAÚJO, Z.B. Estudos fenológicos de algumas espécies lenhosas e herbáceas da caatinga.
Ciência Agronômica, v.20, n.1, p.11-20, 1989.
PESEWU, G.A.; CULTLER, R.R.; HIMBER, D.P. Antibacterial activity of plants used in
traditional medicines of Ghana with particular reference to MRSA. Journal of
Ethnopharmacology, v.116, p.102-111, 2008.
PFALLER, M.A.; HAZEN, K.C.; MESSER, S.A.; BOYKEN, L.; TENDOLKAR, S.;
HOLLIS, R.J.; DIEKEMA, D.J. Comparison of results of fluconazole disk diffusion testing
for Candida species with results from a central reference laboratory in the ARTEMIS global
antifungal surveillance program. Journal Clinical of Microbiology, v.42, p.3607-3612,
2004.
PIMM, S. L. The future of biodiversity. Science, v.269, p.347-350, 1995.
107
PINTO, A.M.; RIBEIRO, R.J.; ALENCAR, J.C.; BARBOSA, A.P. Fenologia de Simarouba
amara Aubl. na reserva florestal Adolpho Ducke, Manaus, AM. Acta Amazonica, v.35, n.3,
p.347-352, 2005.
PLUMEL, M.M. Le genre Himatanthus (Apocynaceae). Revision Taxonomique. Bradea, v.5,
p.1-101, 1991.
POVH, J.A.; PINTO, D.D.; CORRÊA, M.O.G.; ONO, E.O. Atividade alelopática de
Machaerium acutifolium Vog. na germinação de Lactuca sativa L. Revista Brasileira de
Biociências, v.5, supl.2, p.447-449, 2007.
PRANCE, G.T. Discovering the plant world. Taxon, v.50, p.345-359, 2001.
PRATLEY, J.E.; NA, M.; HAIG, T. Following a specific protocol establish allelopathy
conclusively - an Australian case study. In: MACIAS, F.A.; GALINDO, J.C.G.;
MOLINILLO, J.M.G.; CUTLER, H.G. (Eds.). Recent advances in allelopathy. Cadiz, Serv.
Pub. Univ. Cadiz, v.1, p.63-70, 1999.
PUTNAM, A.R. Allelopathy. In: DUKE, S. (Org.) Weed physiology. Flórida: CRC Press,
1985. 165p.
PUTNAM, A.R. Allelopathy: a break in weed control? Am. Fruit Grower, v.103, n.6, p.10,
1983.
PUTNAM, A.R.; DUKE, W.B. Allelopathy in agroecossistems. Annual Review of
Phytopathology, v.16, p.431-451, 1978.
PUTNAM, A.R.; TANG, C.S. The science of allelopathy. New York: John Wiley e Sons,
1986.
QUINET, C.G.P.; ANDREATA, R.H.P. Estudo taxonômico e morfológico das espécies de
Apocynaceae Adans. na reserva Rio das Pedras, município de Mangaratiba, Rio de Janeiro,
Brasil. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, Pesquisas, Botânica, n.56, p.13-74,
2005.
QUINTANS-JÚNIOR, L.J.; ALMEIDA, J.R.G.S.; LIMA, J.T.; NUNES, X.P.; SIQUEIRA,
J.S.; OLIVEIRA, L.E.G.; ALMEIDA, R.N.; ATHAYDE-FILHO, P.F.; BARBOSA-FILHO,
J.M. Plants with anticonsvulsant properties-a review. Revista Brasileira de Farmacognosia,
v.18, p.798-819, 2008.
108
QUINTANS-JÚNIOR, L.J.; SILVA, D.A.; SIQUEIRA, J.S.; SOUZA, M.F.V.; BARBOSAFILHO, J.M.; ALMEIDA, R.N.; SILVA-JÚNIOR, R.G.C. Anticonvulsant properties of the
total alkaloid fraction of Rauvolfia ligustrina Roem. et Schult. in male mice. Revista
Brasileira de Farmacognosia, v.17, p.152-158, 2007.
QUINTANS-JÚNIOR, L.J.; SIQUEIRA, J.S.; MELO, M.S.; SILVA, D.A.; MORAIS,
L.C.S.L.; SOUZA, M.F.V.; ALMEIDA, R.N. Anticonvulsant evaluation of Rauvolfia
ligustrina Willd. ex Roem. & Schult., Apocynaceae, in rodents. Brazilian Journal of
Pharmacognosy, v.20, n.1, p.54-59, 2010.
RAPINI, A.; KOCK, I.; KINOSHITA, L.S.; SIMÕES, A.O.; SPINA, A.P. Apocynaceae. In:
FORZZA; R.C. et al. (Org.). Catálago de plantas e fungos do Brasil. Jardim Botânico do
Rio de Janeiro, v.1, p.617-644, 2010.
RATHCKE, B.; LACEY, E.P. Phenological patterns of terrestrial plants. Annual Review of
Ecology and Systematics, v.16, p.179-214, 1985.
RECH, S.B.; BATISTA, C.V.F.; SCHRIPSEMA, J.; VERPOORTE, R.; HENRIQUES, A.T.
Cell cultures of Rauwolfia sellowi: grawth and alkaloid production. Plant Cell Tiss Org,
v.54, p.61-63, 1998.
RIBEIRO, J.R.; CASTRO, L.H.R. Método quantitativo para avaliar características
fenológicas em árvores. Revista Brasileira de Botânica, v.9, p.7-11, 1986.
RICE, E.L. Allelopathy. 2nd ed. New York: Academic. 1984.
RITTER, M.R.; SOBIERAJSKI, G.R.; SCHENKEL, E.P.; MENTZ, L.A. Plantas usadas
como medicinais no município de Ipê, ES, Brasil. Revista Brasileira de Farmacognosia,
v.12, p.51-62, 2002.
RIZVI, S.J.H.; HAQUE, H.; SINGH, U.K.; RIZVI, H. A discipline called allelopathy. In:
RIZVI, S.J.H.; RIZVI, H. (Eds.). Allelopathy: Basic and Applied Aspects. Londres:
Chapman e Hall., 1992. p.1-10.
RIZZINI, C.T. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos. São Paulo:
HUCITEC e EDUSP, 1979.
RIZZINI, C.T.; MORS, W.B. Botânica econômica brasileira. 2 ed. Rio de Janeiro: Âmbito
Cultural, 1995. 248p.
109
RIZZO, J.A.; CENTENO, A.J.; SANTOS-LOUSA, J.; FILGUEIRAS, T.S. Levantamento de
dados em áreas do cerrado e da floresta caducifolia tropical do planalto centro-oeste. In: III
SIMPÓSIO SOBRE O CERRADO, 1971. São Paulo. Anais... São Paulo: Edgard Blücher e
EDUSP, 1971. p.103-9.
RODRIGUES, E.; DUARTE-ALMEIDA, J.M.; PIRES, J.M. Perfil farmacológico e
fitoquímico de plantas indicadas pelos caboclos do Parque Nacional do Jaú (AM) como
potenciais analgésicas. Parte I. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.20, n.2, 2010.
RODRIGUES, V.E.G.; CARVALHO, D.A. Levantamento etnobotânico de plantas
medicinais no domínio do cerrado na região do Alto Rio Grande - Minas Gerais. Ciência e
Agrotecnologia, v.25, n.1, p.102-123, 2001.
ROJAS-HERNANDEZ, N.M. Evaluation of antimicrobial activity of indol alkaloids. Revista
Cubana de Medicina Tropical, v.31, p.199-204, 1979.
SALVAT, A.; ANTONNACCI, L.; FORTUNATO, R. H.; SUAREZ, E. Y.; GODOY, H. M.
Screening of some plants from North Argentin for their antimicrobial activity. Letters in
Applied Microbiology, v.32, n.5, p.293-297, 2001.
SAMPAIO, T.S.; NOGUEIRA, P.C.L. Volatile components of mangaba fruit (Hancornia
speciosa Gomes) at three stages of maturity. Food Chemistry, v.95, n.4, p.606-610, 2006.
SANTANA, D.G.; RANAL, M.A.; MUSTAFA, P.C.V.; SILVA, R.M.G. Germination
meansurements to evaluate allelopathic interactions. Allelopathy Journal, v.17, p.43-52,
2006.
SANTOS, A.K.L.; MAGALHÃES, T.S.; MONTE, F.J.Q.; MATTOS, M.C.; OLIVEIRA,
M.C.F.; ALMEIDA, M.M.B.; LEMOS, T.L.G.; BRAZ-FILHO, R. Alcalóides iboga de
Peschiera affinis (Apocynaceae) – atribuição inequívoca dos deslocamentos químicos dos
átomos de hidrogênio e carbono. Atividade antioxidante. Química Nova, v.32, n.7, p.18341838, 2009.
SANTOS, J.C.F.; SOUZA, I.F.; MENDES, A.N.G.; MORAIS, A.R.; CONCEIÇÃO, H.E.O.;
MARINHO, J.T.S. Influência alelopática das coberturas mortas de casca de café (Coffea
arabica L.) e casca de arroz (Oryza sativa L.) sobre o controle do caruru-de-mancha
(Amaranthus viridis L.) em lavoura de café. Ciência e Agrotecnologia, v.25, n.5, p.11051118, 2001.
SANTOS, J.C.F; SOUZA, I.F; MENDES, A.N; MORAIS, A.R. Efeito de extratos de cascas
de café e de arroz na emergência e no crescimento do caruru-de-mancha. Pesquisa
Agropecuária Brasileira, v.37, n.6, p.783-790, 2002.
110
SANTOS, P.O.; BARBOSA JUNIOR, A.M.; MÉLO, D.L.F.M.; TRINDADE, R.C.
Investigação da atividade antimicrobiana do látex da mangabeira (Hancornia speciosa
GOMES). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.9, n.2, p.108-111, 2007.
SARTORATTO, A.; MACHADO, A.L.M.; DELARMELINA, C.; FIGUEIRA, G.M.;
DUARTE, M.C.T.; REHDER, V.L.G. Composition and antimicrobial activity of essential oils
from aromatic plants used in Brazil. Brazilian Journal of Microbiology, v.35, p.273-280,
2004.
SCHRIPSEMA, J. GAGNINO, D.; GOSMANN, G. Alcalóides Indólicos. In: SIMÕES,
C.M.O.; SCHENKEL, E.P.; GOSMANN, G.; MELLO, J.C.P.; MENTZ, L.A.; PETROCICK,
P.R. (Orgs.). Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre/Florianópolis:
UFRGS/ UFSC, 2004. p.819-846.
SEGHIERI, J.; FLORET, C.H.; PONTANIER, R. Plant phenology in relation to water
availability: herbaceous and woody species in the savannas of northern Cameroon. Journal of
Tropical Ecology, v.11, p.237-254, 1995.
SEIGLER, D.S. Chemistry and mechanisms of allelopathy interactions. Agronomy Journal,
v.88, p.876-885, 1996.
SERRA, C.P.; CÔRTES, S.F.; LOMARDI, J.A.; BRAGA-DE-OLVEIRA, A.; BRAGA, F.C.
Validation of a colorimetric assay for the vitro screening of inhibitors of AngiotensisConverting Enzyme (ACE) from plant extracts. Phytomedicine, v.12, n.6-7, p.424-432, 2005.
SILVA, A.C.O.; ALBUQUERQUE, U.P. Woody medicinal plants of the caatinga in the state
of Pernambuco (Northeast Brazil). Acta Botanica Brasilica, v.19, n.1, p.17-26, 2005.
SILVA, A.J.R.; ANDRADE, L.H.C. Etnobotânica nordestina: estudo comparativo da relação
entre comunidades e vegetação na Zona do Litoral - Mata do Estado de Pernambuco, Brasil.
Acta Botanica Brasilica, v.19, n.1, p.45-60, 2005.
SILVA, C.S.P.; PROENÇA, C.E.B. Uso e disponibilidade de recursos medicinais no
município de Ouro Verde de Goiás, GO, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.22, n.2, p.481492, 2008.
SILVA, G.B.; MARTIM, L.; SILVA, C.L.; YOUNG, M.C.M.; LADEIRA, A.M. Potencial
alelopático de espécies arbóreas nativas do Cerrado. Hoehnea, v.33, n.3, p.331-338, 2006.
111
SILVA, G.L.C.; GAERTNER, P.; MARSON, P.G.; SCHWARZ, E.A.; SANTOS, C.A.M. An
ethno-pharmacobotanical survey in Salto Caxias Hydroelectric Power Plant in Paraná State,
Brasil, before the flooding. Acta Farmaceutica Bonaerense, v.23, p.148-153, 2004.
SILVA, J.F. Responses of savannas to stress and disturbance: species dynamics. In:
WALKER, B.H. (Org.). Determinants of tropical savannas. Paris: IUBS, 1987. p.141-156.
SILVA, J.M.; FRANCO, E.S. Florística de espécies arbórea-arbustivas do sub-bosque com
potencial fitoterápico em fragmento florestal urbano no município de Camaragibe,
Pernambuco, Brasil. Caminhos de Geografia, v.11, n.35, p.179-194, 2010.
SILVA, J.P.A.; SAMPAIO, L.S.; OLIVEIRA, L.S.; REIS, L.A. Plantas medicinais utilizadas
por portadores de diabetes mellitus tipo 2 para provável controle glicêmico no município de
Jequié-BA. Revista Saúde.com, v.4, n.1, p.10-18, 2008.
SILVA, V.S. Potencial alelopático de Dicranopteris flexuosa (Schrad.) Underw.
(Gleicheniaceae): Ensaios em laboratório e em casa de vegetação. 2007. 57f. Dissertação
(Mestrado em Biologia Vegetal) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento
de Biologia, Campo Grande.
SILVA, W.A.; NOBRE, A.P.; LEITES, A.P.; SILVA, M.S.C.; LUCAS, R.C.; RODRIGUES,
R.G. Efeito alelopático de extrato aquoso de Amburana cearensis A. Smith na germinação e
crescimento de sementes de sorgo (Sorghum bicolor L.). Agropecuária Científica no Semiárido, v.2, n.1, p.48-54, 2006.
SOARES, C.M.; ENDRINGER, D.C.; CAMPANA, P.V.; VALADARES, Y.M.; BRAGA,
F.C. Estudo fitoquímico de Hancornia speciosa Gomes biomonitorado por ensaio in vitro de
atividade inibitória da Enzima Conversora da Angiotensina (ECA). In: XIX SIMPÓSIO DE
PLANTAS MEDICINAIS DO BRASIL, 2006, Salvador-BA, Anais... Salvador, 2006.
SOUSA, E.O. Estudo químico e avaliação biológica de Lantana camara L. e Lantana
montevidensis Briq. (Verbenaceae). 2010. 116f. Dissertação (Mestrado em Bioprospecção
Molecular) - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Departamento de Química Biológica,
Universidade Regional do Cariri, Crato.
SOUSA, M.P.; MATOS, M.E.O.; MATOS, F.J.A.; MACHADO, M.I.L.; CRAVEIRO, A.A.
Constituintes químicos ativos de plantas medicinais brasileiras. Forteleza: UFC,
Laboratório de Produtos Naturais, 1991. 416p.
SOUZA, C.D.; FELFILI, J.M. Uso de plantas medicinais na região de Alto Paraíso de Goiás,
GO, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.20, n.1, p.135-142, 2006.
112
SOUZA, V.C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática: guia de ilustrado para identificação das
famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG II. 2 ed. São Paulo:
Instituto Plantarum, 2008. 704p.
SOUZA, W.M.; STINGHEN, A.E.; SANTOS, C.A. Antimicrobial activity of alkaloidal
fraction from barks of Himatanthus lancifolius. Fitoterapia, v.75, p.750-753, 2004.
SOUZA-FAGUNDES, E.M.; QUEIROZ, A.B.R.; MARTINS-FILHO, O.A.; GAZZINELLI,
G.; CORREA-OLIVEIRA, R.; ALVES, T.M.A.; ZANI, C.L. Screening and fractionation of
plant extracts with antiproliferative activity on human peripheral blood mononuclear cells.
Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, v.97, p.1207-1212, 2002.
SOUZA-FILHO, A.P.S.; ALVES, S.M. Mecanismos de ação dos agentes aleloquímicos. In:
SOUZA-FILHO, A.P.S; ALVES, S.M. (Eds.). Alelopatia: princípios básicos e aspectos
gerais. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2002a. p.131-154.
SOUZA-FILHO, A.P.S.; ALVES, S.M. Mecanismos de liberação e comportamento de
aleloquímicos no ambiente. In: SOUZA-FILHO, A.P.S; ALVES, S.M. (Eds.). Alelopatia:
princípios básicos e aspectos gerais. Belém: Embrapa Amazônia Oriental, 2002b. p.111-129.
STROHL, W.R. The role of natural products in a modern drug discovery program. Drug
Discovery Today, v.5, p.39-41, 2000.
SUFFREDINI, I.B. Avaliação citotóxica, antiviral e antimicrobiana de Apocynaceae
amazônicas. 2000. Tese (Doutorado) - Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade
de São Paulo, São Paulo.
SUFFREDINI, I.B.; BACCHI, E.M.; SAKUDA, T.M.K.; OHARA, M.T.; YOUNES, R.N.;
VARELLA, A.D. Antibacterial activity of Apocynaceae extracts and MIC of
Tabernaemontana angulata stem organic extract. Brazilian Journal of Pharmaceutical
Sciences, v.38, n.1, p.89-94, 2002.
TAESOTIKUL, T., PANTHONG, A., KANJANAPOTHI, D., VERPOORTE, R.;
SCHEFFER, J.J. Anti-inflammatory, antipyretic and antinociceptive activities of
Tabernaemontana pandacaqui Poir. Journal Ethnopharmacology, v.84, p.31-5, 2003.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia Vegetal. Porto Alegre: Artmed., 2004. 719p.
TALORA, D.C.; MORELLATO, P.C. Fenologia de espécies arbóreas em floresta de planície
litorânea do sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Botânica, v.23, n.1, p.13-26, 2000.
113
TANAKA, J.C.A.; SILVA, C.C.; OLIVEIRA, A.J.B.; NAKAMURA, C.V.; DIAS-FILHO,
B.P. Antibacterial activity of indole alkaloids from Aspidosperma ramiflorum. Brazilian
Journal of Medical and Biological Research, v.39, p.387-391, 2006.
TEIXEIRA, C.M.; ARAÚJO, J.B.S.; CARVALHO, G.J. Potencial alelopático de plantas de
cobertura no controle de picão-preto (Bidens pilosa L.). Ciência e Agrotecnologia, v.28, n.3,
p.691-695, 2004.
TEIXEIRA, S.A.; MELO, J.I.M. Plantas medicinais utilizadas no município de Jupi,
Pernambuco, Brasil. Iheringia, v.61, n.1-2, p.5-11, 2006.
TOLEDO, A.C.O.; HIRATA, L.L.; BUFFON, M.C.M.; MIGUEL, M.D.; MIGUEL, O.G.
Fitoterápicos: uma abordagem farmacotécnica. Revista Lecta, v.21, n.1/2, p.7-13, 2003.
TONA, L.; KAMBU, K.; NGIMBI, N.; CIMANGA, K.; VLIETINCK, A.J. Antiamoebic and
phytochemical
screening of some Congose medicinal plants. Journal of
Ethnopharmacology, v.61, p.57-65, 1998.
TROPICOS. Apocynaceae Juss. Disponível em:
<http://www.tropicos.org/Name/42000278?tab=maps> Acesso em: 21 Dez 2010.
VAN BEEK, T.A.; VERPOORTE, R.; SVENDSEN, A.B.; FOKLENS, R. Antimicrobially
active alkaloids from Tabernaemontana chippii. Journal of Natural Products, v.48, p.40023, 1985.
VAN SCHAIK, C.P.; TERBORGH, J.W.; WRIGHT, J. The phenology of tropical forests:
adaptative significance and consequence of consumers. Annual Review of Ecology and
Systematics, v.24, n.1, p.353-377, 1993.
VERAS, H.N.H.; SANTOS, I.J.M.; SANTOS, A.C.B.; FERNANDES, C.N.; MATIAS,
E.F.F.; LEITE, G.O.; SOUZA, H.H.F.; COSTA, J.G.M.; COUTINHO, H.D.M. Comparative
evaluation of antibiotic and antibiotic modifying activity of quercetin and isoquercetin in
vitro. Current Topics in Nutraceutical Research, v.9, n.1/2, p.25-30, 2011.
VERPOORTE, R. Alkaloids: Biochemistry, Ecology and Medicinal Applications, In:
ROBERTS, M.F.; WINK, M. Plenum Press, New York. 1998. 486p.
VIEIRA, M.F.; GRABALOS, R. Sistema reprodutivo de Oxypetalum mexiae Malme
(Asclepiadaceae), espécie endêmica de Viçosa, MG, Brasil, em perigo de extinção. Acta
Botanica Brasilica, v.17, p.137-145, 2003.
114
VILLEGAS, L.F.; FERNANDEZ, I.D.; MALDONADO, H.; TORRES, R.; ZAVALETA, A.;
VAISBERG, A.J.; HAMMNOND, G.B. Evalution of the wound-healing activity of selected
traditional medicinal plants from Peru. Journal of Ethnopharmacology, v.55, p.193-200,
1997.
WACHSMUTH, O.; MATUSCH, R. Anhydronium bases from Rauvolfia serpentina.
Phytochemistry, v.61, p.705-709, 2002.
WEIDENHAMER, J.D.; HARTNETT, D.C.; ROMEO, J.T. Density-Dependent phytotoxicity
distinguishing resource competition and allelopathic interference in plants. Jounal of Applied
Ecology, v.26, p.613-624, 1989.
WOLFART, K.; SPENGLER, G.; KAWASE, M.; MOTOHASHI, N.; MOLNAR, J.;
VIVEIROS, M.; AMARAL, L. Interaction between 3,5-diacetyl-1,4-dihydropyridines and
ampicillin, and erythromycin on different E. coli strains. In vivo, v.20, p.367-372, 2006.
WOOD, C.A.; LEE, K.; VAISBERG, A.J.; KINGSTON, D.G.; NETO, C.C.; HAMMOND,
G.B. A bioactive spirolactone iridoid and triterpenoids from Himatanthus sucuuba. Chemical
& Pharmaceutical Bulletin, v.49, p.1477-1478, 2001.
YODER, L.R.; MAHLBERG, P.G. Reactions of alkaloid and histochemical indicators in
laticifers and specialized parenchyma cells of Catharanthus roseus (Apocynaceae).
American Journal of Botany, v.63, p.1167-1173, 1976.
ZUCHIWSCHI, E.; FANTINI, A.C.; ALVES, A.C.; PERONI, N. Limitações ao uso de
espécies florestais nativas pode contribuir com a erosão do conhecimento ecológico
tradicional e local de agricultores familiares. Acta Botanica Brasilica, v.24, n.1, p.270-282,
2010.
115
ANEXO A - Documento de Autorização para atividades com finalidade científica
116
ANEXO B - Prospecção de constituintes químicos de extratos de plantas descrita por
MATOS (2009), adaptado pelo Laboratório de Química de Produtos Naturais
(LPPN) da Universidade Regional do Cariri – URCA
I.
Preparação de extrato:
Material: 300mg de extrato;
Solvente hidrofílico: 30mL de álcool (70%).
II.
o
Prospecção de constituintes do extrato hidroalcoólico:
Operações preliminares
Separe sete porções de 3mL em frasco numerados.
o
Teste de fenóis e taninos
Tome fraco (1) e junto três gotas de solução alcoólica de FeCl3. Agite bem e observe qualquer
variação de sua cor ou formação de precipitado abundante, escuro. Compare com um teste em
branco, isto é, usando apenas água destilada e cloreto de férrico.
Análise dos Resultados
Coloração variável entre azul e vermelho é indicativo da presença de fenóis,
quando o teste “branco” for negativo.
Precipitado escuro de tonalidade azul indica a presença de taninos pirogálicos
(taninos hidrolizáveis).
Precipitado escuro de tonalidade verde indica presença de taninos
flababênicos (taninos condensados ou catéquicos).
o
Teste para antocianinas, antocianidinas e flavonóides
Tome os frascos de número 2, 3 e 4, acidule (HCl 1%) um deles a pH 3, alcalinize (NaOH
2,5%) outro a pH 8,5 e o terceiro a pH 11. Observe qualquer mudança da coloração do
material.
Aparecimento de cores diversas indica a presença de vários constituintes, de acordo com a
tabela seguinte:
117
ANEXO B - Prospecção de constituintes químicos de extratos de plantas descrita por
MATOS (2009), adaptado pelo Laboratório de Química de Produtos Naturais
(LPPN) da Universidade Regional do Cariri – URCA
Continuação...
Análise dos Resultados
Constituintes
Cor do meio
Ácido (pH 3)
Alcalino (pH 8,5)
Alcalino (pH 11)
Vermelha
Lilás
Azul-púrpura
-
-
Amarela
Chalconas e Auronas
Vermelha
-
Vermelha púrpura
Flavononóis
-
-
Vermelha laranja
Antocianinas e
Antocianidinas
Flavonas, Flavonóis
e Xantonas
Obs.: A presença de um constituinte pode mascarar a cor indicativa da presença de outro.
o
Teste para leucoantocianidinas, catequinas e flavononas
Toma os fracos numerados 5 e 6, acidule o primeiro por adição de HCl até pH 1-3 e alcalinize
o outro com NaOH até pH 11. Aqueça-os com auxílio de uma lâmpada de álcool durante 2-3
minutos, cuidadosamente. Observe qualquer modificação na cor, por comparação com os
tubos correspondentes usados no teste anterior.
Aquecimento ou intensificação de cor indica a presença de constituintes específicos na tabela
seguinte:
Análise dos Resultados
Constituintes
Cor do meio
Ácido
Alcalino
Leucoantocianidinas
Vermelha
-
Catequinas
Pardo-amarelada
-
Flavononas
-
Vermelha laranja
Obs.: No caso da presença de ambos, um constituinte pode mascarar a cor do indicativo de
outro.
118
ANEXO B - Prospecção de constituintes químicos de extratos de plantas descrita por
MATOS (2009), adaptado pelo Laboratório de Química de Produtos Naturais
(LPPN) da Universidade Regional do Cariri – URCA
Continuação...
o
Teste para alcalóides
Preparação do extrato:
Material: 300mg de extrato etanólico bruto.
Solvente: 30mL de ácido acético 5%.
Aquecer essa solução até a fervura por alguns minutos. Transferir para um funil de separação.
Em seguida, alcalinizar com NH4OH 10% (10mL). Acompanhar o pH com auxílio de papel
indicador. Adicionar clorofórmio (15mL), agita-se e deixar em repouso. Se houver a presença
de alcalóides esses irão passar para a fase clorofórmica denominada “fração alcaloídica”.
Coletar a fase clorofórmica com auxílio de um béquer. Fazer a evaporação do solvente,
restando apenas um resíduo que deve conter alcalóide. Adiciona-se gotas de HCl 1% e
homogeneizar a solução. Aplicar sobre uma lâmina de vidro uma gota da solução clorídrica
obtida ao lado de 1 gota de reagente Draggendorff. Misturam-se as duas soluções.
Análise dos Resultados
O aparecimento de precipitado é indicativo da presença de alcalóides.

Documentos relacionados