Joaquina Madeira
Transcrição
Joaquina Madeira
a vida começa aos 55 anos EDIÇÃO N.o 8 • JUNHO 2012 • ANo III Fugas Por aldeias comunitárias em Portugal Joaquina Madeira Viver, assim, ativamente Nutrição Um superalimento O poder do ovo iniciativas fundo caixa fã EVENTOS Barrigas de Amor Uma parceria oficial finanças caixa família Conheça a 10.a medida do Plano Automático de Poupança Viver melhor Travar a solidão família A qualidade da vida sexual DICAS POSITIVAS prevenção financeira High tech podómetros Meta: 10 000 passos em foco Grécia € 1,50 CoNtinente e ilhas periodicidade Trimestral As pérolas do Egeu Editorial Um verão para recordar Francisco Viana É um cliché, é certo, mas o verão, com os dias longos e noites claras, é o convite que todos parecemos necessitar para aproveitar melhor o exterior. Sair de casa, mesmo que seja para apanhar um pouco de ar e sentir o sol, só por si parece revigorar-nos o espírito e também o corpo. Aproveite, por isso, e saia. E, já agora, por que não aproveitar e ligar a um amigo ou amiga para lhe fazer companhia e conversarem um pouco? Ou fazerem um pouco de exercício, tão essencial ao bem-estar e saúde. Se quiser juntar o útil ao agradável, leia a rubrica High Tech para descobrir o melhor podómetro para si. Saberá, assim, ao certo quantos passos dá por dia, desde que se levanta até à hora de se deitar. Leve-o, por exemplo, em viagem, para as ilhas gregas, sobre as quais encontra toda a informação necessária para umas férias inesquecíveis. Também poderá (re)descobrir o prazer de mergulhar e apreciar toda a paisagem marinha destas ilhas de águas azuis cristalinas. Mais perto, as aldeias comunitárias, no norte do País, convidam à descoberta. Um banho de cultura Já que falamos do norte, não se esqueça de que, este ano, Guimarães é a Capital da Cultura, oferecendo um leque de espetáculos e iniciativas extremamente apelativo. E é de cultura que falamos, quando o tema é Clint Eastwood, ator e realizador, cuja carreira se tem pautado, desde o início, pelo sucesso. Apesar de muitos fazerem de Julião Sarmento o retrato de um artista provocador, aos 63 anos, um dos artistas plásticos portugueses mais conceituados cá dentro, como lá fora, rejeita os rótulos e continua avesso a autorretratos. «Eu sou o que o meu trabalho é», atira. Marcas positivas Neste Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, Joaquina Madeira, a coordenadora nacional desta iniciativa, deixa-nos uma visão do que se vai desenrolar ao longo de 2012, com efeitos que se repercutirão positivamente na vida de todos nós nos anos vindouros. Um lugar na Caixa Nesta edição, a Caixa Activa despede-se de si, deixando, no entanto, lugar para uma comunicação direta e eficiente, a partir do site Caixa Activa. Para trás, ficam algumas histórias marcantes, prova de que os 55 anos são só o princípio de uma vida em pleno, que merece ser desfrutada em todos os sentidos. Para trás, ficam, também, dezenas de artigos sobre temas tão variados como a família, beleza, saúde, nutrição e desporto ou carreira, viagens, tempos livres, poupança e sustentabilidade, tão importantes para os tempos que vivemos. A Caixa Activa despede-se, mas a Caixa estará sempre consigo. Esta revista está escrita nos termos do novo acordo ortográfico. a PENSAR EM SI A Diretor Francisco Viana Arte Ana Pereira, Rui Garcia, Rui Guerra (projeto gráfico) Colaboradores Ana Rita Lúcio, Catarina Vilar, Luís Inácio, Pedro Guilherme Lopes, Teresa Paula Marques (textos); Helena Estevens (edição e textos); Estúdio João Cupertino e Gualter Fatia com agências Corbis, Dreamstime, Stock Food, Getty Images e iStockphoto (fotos); Dulce Paiva (revisão) Secretariado Teresa Pinto Gestor de Produto Luís Miguel Correia Produtor Gráfico João Paulo Font REDAÇÃO Telefone 21 469 81 96 Fax 21 469 85 00 R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos PUBLICIDADE Telefone 21 469 87 91 Fax 21 469 85 19 Impresa Publishing R. Calvet de Magalhães, 242 2770-022 Paço de Arcos Diretora comercial Luísa Diniz ([email protected]) Coordenadora Maria João Jorge ([email protected]) Contacto Ana Dória ([email protected]) Assistente Florbela Figueiras ([email protected]) Coordenador de Materiais José António Lopes Editora Medipress – Sociedade Jornalística e Editorial, Lda. NPC 501 919 023 Capital Social: € 74 748,90; CRC Lisboa Composição do capital da entidade proprietária: Impresa Publishing, SA – 100% Rua Calvet de Magalhães, 242, 2770-022 Paço de Arcos Telefone 21 469 80 00 Fax 21 469 85 00 Impressão Lisgráfica – Casal de Santa Leopoldina, 2745 Queluz de Baixo Propriedade Caixa Geral de Depósitos Av. João XXI, 63, 1000-300 Lisboa Periodicidade Trimestral (Edição n.º 8, abril/junho 2012) Depósito Legal 314168/10 Registo ERC n.º 125939 Tiragem 50 000 exemplares Correio do leitor [email protected] A Caixa Activa é uma publicação da Divisão Customer Publishing da Impresa Publishing, sob licença da Caixa Geral de Depósitos. Caixa Activa... Para quem os 55 anos são só o princípio de uma vida em pleno. 3 Conteúdo Edição n.º 8 | abril-junho | 2012 44 Grécia: As pérolas do Egeu A VIDA COMEÇA AOS 55 ANOS EDIÇÃO N.O 8 • JUNHO 2012 • ANO III FUGAS POR ALDEIAS COMUNITÁRIAS em Portugal JOAQUINA MADEIRA VIVER, ASSIM, ATIVAMENTE As lendas mais trágicas da mitologia helénica e os fins de tarde mais arrebatadores do mar Egeu encontram-se nas Cíclades: um arquipélago que reúne ilhas tão sugestivas como Mikonos, Delos, Paros ou Santorini NUTRIÇÃO UM SUPERALIMENTO O poder do ovo INICIATIVAS FUNDO CAIXA FÃ EVENTOS BARRIGAS DE AMOR UMA PARCERIA OFICIAL FINANÇAS CAIXA FAMÍLIA Conheça a 10.a medida do Plano Automático de Poupança VIVER MELHOR TRAVAR A SOLIDÃO FAMÍLIA A QUALIDADE DA VIDA SEXUAL DICAS POSITIVAS PREVENÇÃO FINANCEIRA HIGH TECH PODÓMETROS META: 10 000 PASSOS EM FOCO GRÉCIA € 1,50 CONTINENTE E ILHAS PERIODICIDADE TRIMESTRAL As pérolas do Egeu Capa Fotografia: João Cupertino Vista da aldeia pitoresca de Oia Actualidade Equilíbrio Lazer Banco é Caixa 6 Agenda para o trimestre 8 G astronomia Restaurantes, bares e muito mais 9 Sétima Arte 10 Literatura 11 Música 12 A minha vida dava um filme Clint Eastwood 15 High tech Meta: dez mil passos 16 Internet Passwords à prova de bala 18 Upgrade 19 Notícias Mundo sénior 20 Entrevista Joaquina Madeira 26 Raio X Julião Sarmento 28Família A qualidade da vida sexual 29Beleza Atraente em todas as idades 30Saúde O cancro mais fácil de prevenir 32 Bem-estar Quando a casa dos avós se transforma numa creche 33Viver melhor Em boa companhia 34Desporto Mergulho 36Nutrição O poder do ovo 38Carreira Grandes ideias, negócios em crescimento 40Tempos livres Retalhos de uma vida em papel 41 Motores Mercedes Classe E cabriolet 42 Shopping Moda para ela e para ele 44Em foco Grécia: As pérolas do Egeu 50 Fugas Pelas aldeias comunitárias 52 Prazeres 4Notícias CGD 5 56 Sustentabilidade Avaliação da Oekom; Dia do Ambiente; Inquérito a stakeholders; Carta APAN 58Iniciativas Balanço Fundo Caixa Fã; Cartão Caixa Fã 60Eventos Barrigas de Amor 61 Dicas positivas Teste o stress das suas finanças 62 Finanças Simulador PAP - Plano Automático de Poupança; Caixa Família 64Parcerias Flores.pt; Certiene 65 Vantagens 4 Agenda julho Ao entrar na segunda metade do ano, Lisboa enche-se de exposições para todos os gostos e há música, dança e artes várias pelo País fora. Até 2 de setembro Visita guiada, por Miguel Wandschneider, a 1 de setembro, às 17h00 Fundação CGD – Culturgest, Lisboa JEF GEYS: AS SOMBRAS DE LISBOA Figura de culto no mundo da arte internacional, Jef Geys é, ainda, pouco conhecido por cá. Em 1998, publicou um livro com todas as suas fotografias (não artísticas) a preto e branco até então, fruto de centenas de provas de contacto, duas em Lisboa. Esta exposição baseia-se nas fotografias reunidas na última prova alfacinha. Até 2 de setembro Fundação CGD – Culturgest, Porto PEDRO CASQUEIRO Nos últimos vinte anos, Casqueiro foi produzindo algumas obras que se desviam do seu trabalho mais conhecido. São, na sua maioria, obras de pequena dimensão, que incorporam técnicas e materiais exteriores à pintura. Esta exposição reúne um conjunto dessas obras, incluindo algumas feitas em colaboração com Ana Jotta. Até 23 de setembro Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva, Lisboa ARTE BRUTA – TERRA INCÓGNITA A Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva apresenta uma exposição de Arte Bruta inédita no nosso País. A mostra, comissariada por Jef Geys: As sombras de Lisboa 26 de agosto a 2 de setembro Madeira FESTA DO VINHO DA MADEIRA Na época das vindimas, e em tributo às tradições 6 de partida para a décima edição do festival. Algumas das cabeças de cartaz são o grupo Juredurê, da Calábria, o conjunto Cordas do Sol, de Cabo Verde, o grupo Canzoniere Grecanico-Salentino, de Salento, na Itália, e o bailarino de flamenco Jesus Fernandez, da Andaluzia. Até 17 de agosto Fábrica de Pólvora de Barcarena XX FESTIVAL SETE SÓIS SETE LUAS Erguer uma ponte cultural e artística entre países, cidades e pessoas é o ponto Até 12 de agosto Ponta Delgada, Açores Festival Walk&Talk Azores A ilha de São Miguel acolhe, mais uma vez, o festival internacional de arte pública do arquipélago, organizado XX Festival Sete Sóis Sete Luas Pedro Casqueiro e Ana Jotta Solitaire Universel, 1994 Caixas de cassetes, fita Dymo, prateleira de madeira e vidro 63 x 122 x 11 cm Grande concerto de verão com o expoente máximo da música romântica portuguesa, Tony Carreira, na sua primeira apresentação ao vivo na cidade de Alverca. O espetáculo, com uma duração prevista de três horas, encontra-se integrado no 73.º aniversário da fundação do Futebol Clube de Alverca. Às 22h00. Christian Berst, congrega vários trabalhos onde reinam nomes como os de Henry Darger, Adolf Wölflï, Madge Gill, Scottie Willson ou Augustin Lesage, representados nas mais exigentes coleções públicas, desde o MoMA, de Nova Iorque, ao Centro Georges Pompidou, em Paris. Tony Carreira de produção deste precioso néctar, enraizadas desde o início do povoamento da ilha, a Pérola do Atlântico acolhe um conjunto de iniciativas que evocam a importância socioeconómica e cultural do vinho da Madeira. A freguesia do Estreito de Câmara de Lobos assiste ao início do festival, com a apanha da uva, os cortejos dos vindimadores, a pisa da uva e todo o ritual que envolve o fabrico do vinho. A festa segue, depois, para o centro do Funchal, onde têm lugar diversos espetáculos de luz, som e folclore alusivos ao vinho e às vindimas, não faltando bancas a vender os mais típicos produtos regionais. setembro Em tempo de vindimas, a colheita cultural reúne boas peças, músicas intemporais e certames recheados de história e arte. 5 de setembro a 27 de outubro Teatro da Politécnica, Lisboa FELIZ ANIVERSÁRIO A primeira peça longa de Harold Pinter é trazida a cena pelos Artistas Unidos, com encenação de Jorge Silva Melo. A trama gira em torno de Meg e do seu marido, Petey, que arrendam quartos a visitantes temporários numa pequena estância balnear inglesa. Com a chegada de dois novos hóspedes, Meg aproveita para oferecer ao inquilino mais antigo uma festa pelo seu suposto aniversário. 7 e 8 de setembro Hipódromo Municipal Manuel Possolo, Cascais ERP REMEMBER CASCAIS Mais do que a música, são as memórias que brilham ao som de um vibrante encontro de gerações, num evento com a organização da Palco da Primavera e o apoio da C. M. de Cascais e da European Recycling Platform. Celebrando a frenética década de 80, esperam-se as atuações de Bonnie Tyler, Ali Campbell (UB 40), Liz Mitchell (Boney M), Alphaville, F.R. David e dos Sétima Legião. 14 a 16 de setembro Guimarães FEIRA AFONSINA Durante três dias, a Cidade Berço embarca numa Telles Vertigem, JIA-ESJI, Bruno Simão EXPRESSO Jef Geys (Jef Geys), Laura Castro Caldas / Paulo Cintra (Pedro Casqueiro), A pela associação Anda&Fala – Interpretação Cultural, que promove as ilhas açorianas como destino criativo no circuito internacional da arte contemporânea. Com o evento em marcha, ao longo de três semanas, a cidade de Ponta Delgada transforma-se num verdadeiro museu ao ar livre que mobiliza artistas, parceiros e voluntários, além da população local e dos turistas. O cartaz reúne nomes como os de Alexandre Farto, Florentijn Hofman, Mário Belém, Mark Jenkins ou Roadsworth. agosto No mês que, para muitos, é sinónimo de férias, damos-lhe a provar o que o País tem de melhor e a escutar os sons que ecoam pelo mundo. 3 a 11 de agosto Parque de Feiras e Exposições de Portimão FESTIVAL DA SARDINHA Num certame onde a gastronomia é quem mais ordena e a sardinha é rainha, estão, ainda, reservadas uma nova imagem e um novo formato, além de espetáculos para agradar a todos os gostos e idades. 3 a 12 de agosto Fundação Calouste Gulbenkian JAZZ EM AGOSTO A onda jazzística torna a rebentar na capital portuguesa. Além dos seis concertos no Anfiteatro ao Ar Livre da Fundação Calouste Gulbenkian, o festival estende-se até ao Teatro do Bairro, para três concertos que recuperam o espírito dos clubes de jazz. Sunny Murray, John Edwards,Tony Bevan, o quinteto Led Bid, Misha Mengelberg e Evan Parker são alguns dos nomes no palco principal. Pelo Auditório 3, vão passar, ainda, quatro filmes documentais e uma conferência com o crítico britânico Brian Morton. 16 a 19 de agosto Aldeia de Cem Soldos, Tomar FESTIVAL BONS SONS A aldeia de Cem Soldos, em Tomar, veste-se de gala para receber mais uma edição do festival que junta projetos musicais emergentes a músicos de carreira feita. Numa manta de sonoridades onde se cruzam jazz, folk, blues, tango, reggae, música clássica, fusão, tradicional portuguesa, fado, cabaré, fanfarra, eletroacústica ou experimental, destacam-se A Naifa, Capitão Fausto, The Legendary Tigerman, Maria João & Mário Laginha, Vitorino e Aldina Duarte. Um total de 42 espetáculos, distribuídos por oito palcos. Além da música, a feira de marroquinarias e artesanato espalha-se pelas ruas, mostrando artigos de artesãos e alfarrabistas nacionais. 25 de agosto Complexo Desportivo do Futebol Clube de Alverca TONY CARREIRA Festival Walk&Talk Azores Bonnie Tyler, ERP Remember Cascais Festival da Sardinha J.M.Zavala, Andrew Lepley, Reinaldo Rodrigues Feira Afonsina, Guimarães viagem no tempo, recuando até à época do Condado Portucalense. Potenciando o património histórico vimaranense e os novos horizontes que a Capital Europeia da Cultura (CEC) veio abrir, esta segunda edição da Feira Afonsina – que já foi Feira Medieval, Feira Quinhentista e Feira Joanina – resulta de uma parceria conjunta entre a CEC e a Câmara Municipal de Guimarães. Alguns dos locais e monumentos mais nobres da Grande Lisboa recebem uma série de iniciativas culturais, num programa onde se destacam artistas de renome na música erudita. Além da ópera, música e bailado, haverá visitas guiadas aos monumentos e museus, galerias, antiquários, fábricas ou oficinas que desenvolvem atividades na esfera das artes, como a olaria, a azulejaria ou o restauro. 21 de setembro a 14 de outubro Lisboa FESTIVAL ROTA DAS ARTES 20 a 23 de setembro Grande Auditório, Fundação CGD – Culturgest, Lisboa CADAVRE EXQUIS Uma colaboração entre quatro companhias sem as concessões habituais, juntas porque têm afinidades e não porque um programador assim decidiu. Cada companhia faz uma parte do espetáculo com um máximo de 15 minutos, tendo como ponto de partida apenas a última imagem de quem a precedeu e os mesmos quatro performers. Uma estafeta onde cada um fará o que quiser com o cenário e o tema, podendo matar os intérpretes, juntar figurantes, transformar a peça num espetáculo de dança ou num filme. Às 21h30. 22 de setembro Museus Nacional de Arqueologia, dos Coches e de Arte Popular BELÉM ART FEST Um festival que assenta num conceito único de fusão cultural, que consiste na abertura de museus, à noite, com concertos, workshops, exposições e teatro. E é de palco em palco que os participantes poderão assistir a concertos de fado, jazz e rock, envolvidos em alma e em história. Durante o evento, pretende-se criar uma ligação emocional entre os museus, os artistas, instituições e, naturalmente, o público. 27 de setembro Grande Auditório, Fundação CGD – Culturgest, Lisboa MÔNICA SALMASO, ALMA LÍRICA BRASILEIRA Onze anos depois, Mônica Salmaso regressa à Culturgest com o seu mais recente projeto. De entre as canções a ouvir, estão temas de Villa-Lobos, Tom Jobim e Vinicius, Chico e Edu, Wisnik, Violeta Parra e muitas outras. Um reportório distinto e uma interpretação delicada, motivos pelos quais vale a pena encontrar, ou reencontrar, Mônica Salmaso. E fixar esse nome para sempre. Às 21h30. 7 A Gastronomia RestaurantE casa da dízima Cozinha de fusão, onde sabores familiares se misturam com tendências do mundo Cozinha, divina cozinha Uma nova abordagem e um novo estilo de cozinha e serviço é o conceito do Cozinha Divina by Chakall Criada, em 2000, pelo jovem chef Chakall, o Cozinha Divina nasceu da perceção de que a cozinha também precisa de um habitat natural para se desenvolver, em especial, quando se quer cozinhar em harmonia com a terra. Mais do que um empresário, Chakall é um viajante, um cozinheiro e um apaixonado. Talvez não por esta ordem, mas só ele poderá definir a ordem certa: um homem que viaja e se apaixona por lugares distantes e que coleciona sabores. Não são apenas a experiência e a vivência que o distinguem da maioria dos chefs e empreendedores no setor da restauração. A natureza criativa de Chakall e a sua deslumbrante paleta de cores permitem-lhe a arte de equilibrar perfeitamente os elementos mais simples dos alimentos, criando misturas excecionais de sabores e texturas. O sucesso do Cozinha Divina nasce, assim, do equilíbrio entre a qualidade dos produtos, a tradição e a criatividade adequada a cada cliente. Foi esta a arte que Chakall conseguiu transmitir à sua equipa no Cozinha Divina e que acompanha o chef onde, hoje, tem a sua marca, seja na Alemanha, França, Espanha, China, Emirados Árabes Unidos, Brasil, entre outros países. A Cozinha Divina oferece 20 por cento de desconto aos titulares dos cartões Caixa Activa. A A traça original do século XV foi mantida, fruto do trabalho de Paulo Fernandes (arquiteto) e Irene Baptista Fernandes (engenheira), numa perfeita sintonia entre o passado e o presente. Um jogo de contrastes entre as texturas rugosas da pedra e as superfícies lisas do estuque e da alvenaria, as abóbadas de cruz e de berço em tijolo cru com os metais enferrujados a ácido. Ou entre o chão de pedra lioz da Lourinhã e as madeiras de teca do mobiliário. Aqui, encontra uma cozinha de rigor e inovação, criada em conceitos da gastronomia tradicional portuguesa, com um toque de fusão, em que são utilizados, preferencialmente, produtos nacionais e sazonais, confecionados com todo o requinte e qualidade. Estes atributos e o excelente serviço de copos alemães spiegelau adivinham uma carta destinada aos apaixonados por vinhos. Atualmente com 400 referências, destaca-se pela qualidade, variedade e raridade de alguns dos seus néctares, nacionais e estrangeiros. A esplanada é um espaço privilegiado do edifício, oferecendo uma vista única sobre a barra do Tejo, desde a ponte ao farol do Bugio. Aos titulares dos cartões Caixa Activa, a Casa da Dízima oferece 10% de desconto sobre o valor da refeição. Telefone 214 462 965 Web http://casadadizima.com Telefone 910 956 384 Web www.cozinhadivina.com festival do pão O fabrico do pão de Mafra, inicialmente conhecido pela designação mais vasta de pão saloio, permaneceu uma atividade doméstica e artesanal que, durante séculos, marcou os ritmos de um ciclo agrícola mais complexo e demorado. Produto de excelência, característico da região, o pão de Mafra encontra-se em processo de certificação como produto de denominação de origem protegida. Este património singular deu o mote para a organização de um festival, que, de 13 a 15 de julho, no Jardim do Cerco (junto ao Palácio Nacional de Mafra), integrou variadas atividades culturais, desportivas e recreativas, e mostra gastronómica, na qual participaram vários restaurantes do concelho de Mafra. 8 vai gostar ○○XOCOA À saída do Metro da Baixa-Chiado, abre-se todo um maravilhoso mundo encantado para os amantes incondicionais de chocolate. Um presente precioso da Xocoa, que aqui abriu a sua primeira loja fora de Espanha. Nascida em 1897, em Barcelona, é um espaço simplesmente delicioso, onde se encontra chocolate de fabrico artesanal de elevada qualidade. E de formas, sabores e feitios. Dos sabores não vamos dizer nada, deixamos-lhe toda a expectativa e imaginação a trabalhar. Quanto às formas, no mínimo, são originais. Há CD, a desdobrarem-se em suaves melodias para o paladar, botões para partilhar, trincadentes e snacks de noz de macadâmia, torrões indescritíveis, enfim, todo um universo à sua espera. Para os dias mais frios ou para consolar a alma, há chocolate quente aprimorado ao longo de mais de um século para provar. Contactos 213 466 370 www.xocoa.es Rua do Crucifixo, Uma cozinha inovadora, inspirada pela gastronomia tradicional portuguesa 112, Lisboa Sétima Arte Julie Bertuccelli Nascida em 1968, a francesa Julie Bertuccelli (filha do cineasta Jean-Louis Bertuccelli) trabalhou como assistente de uma série de conhecidos realizadores, como Otar Iosseliani, Kieslowski Krystof, Tavernier Bertrand, Finkiel Emmanuel e Rithy Panh. O seu primeiro passo para A Árvore Como se lida com a perda de uma das pessoas mais importantes da nossa vida? Numa belíssima fábula, uma mãe e quatro filhos mostram que as reações são muito variáveis Sete anos após uma muito bem sucedida estreia, com Since Otar Left, Julie Bertuccelli está finalmente de volta. A realizadora viajou até à Austrália para encontrar a sua heroína, desta vez, uma menina de oito anos em vez de um octogenário, embora o tema volte a centrar-se na forma de lidar com uma perda. Neste caso, a personagem central é a pequena Simone, que não aceita a morte do pai e que diz à mãe (interpretada por Charlotte Gainsbourg) que ele reencarnou numa enorme figueira que fica mesmo ao lado da casa. O resultado acaba por ser uma espécie de fábula, contada em tom bastante intimista, que vive bastante da forma como Simone vai introduzindo a sua crença e nos vai contagiando com a sua esperança. Por certo, será um filme demasiado bonitinho para muitas das críticas, mas a verdade é que se trata de um filme bonitinho que vale a pena ver sem preconceitos de qualquer espécie. A De Julie Bertuccelli Com Charlotte Gainsbourg, Marton Csokas, Morgana Davies, Aden Young, Gillian Jones Género Drama Duração 100 min. DVD blu-Ray ○○J. Edgar Clint Eastwood dirige um elenco de estrelas que inclui Leonardo DiCaprio, Naomi Watts, Armie Hammer e Judi Dench, para contar a história de J. Edgar Hoover, chefe do Gabinete de Investigação Federal (F.B.I.) durante perto de 50 anos. Hoover era temido, admirado, crítico e apreciado, mas, entre quatro paredes, tinha segredos que podiam arruinar a sua própria vida. um filme de clint a independência passou pela realização de uma série de documentários que obtiveram o reconhecimento da crítica. Since Otar Left (2003), a sua primeira longa-metragem, valeu-lhe o Grande Prémio do Júri da Semana da Crítica, em Cannes, o mesmo festival onde viria a ser exibido este seu L’Arbre (The Tree). eastwood, com leonardo dicaprio, judi dench, naomi watts, drama. 137 min. ○○zorba, o grego Nomeado para sete Oscares e vencedor de três, este apaixonante clássico foi restaurado para a sua estreia Blu-Ray. No papel da A Being Flynn Robert De Niro está de volta com mais uma grande interpretação, bem secundado por Paul Dano e Julianne Moore O realizador e argumentista Paul Weiz, o mesmo que nos ofereceu About a Boy, regressa às salas de cinema com um retrato comovente de uma relação entre pai e filho. Baseado numa história verdadeira, Being Flynn segue Nick Flynn, que fica «em estado de choque» quando dá de caras com o seu excêntrico e ausente pai num centro para sem abrigo. Ainda sofrendo com a perda da sua mãe e prestes a iniciar um relacionamento com Denise, a última pessoa que Nick quer ver é o seu pai. Mas depressa vai aprender que é uma tarefa ingrata tentar fugir do destino e que esta situação pode ser a oportunidade de conseguir um futuro melhor, não só para si mas também para o seu pai. De Dagur Kári Com Paul Dano, Brian Cox Género Drama/Comédia. Duração 99 min. sua vida, Anthony Quinn ilumina o ecrã na pele de Zorba, um malandro com um insaciável desejo pela vida. Quando o tímido inglês, Basil, desembarca na Ilha de Creta em busca da sua fortuna, nem desconfia de que descobrirá que há apenas uma maneira de se lidar com os triunfos e as tragédias da vida – nunca parar de dançar! um filme de michael cacoyannis, com anthony quinn e alan bates, aventura. 142 min. Se gosta de cinema, veja os melhores filmes, a preços especiais, nos Cinemas Zon Lusomundo. Efetue o pagamento com o seu cartão da Caixa e beneficie do preço de segunda-feira em todos os dias da semana. Entre em www.vantagenscaixa.pt e descubra tudo o que os cartões da Caixa podem fazer por si. Cartão de crédito Caixa Activa: TAEG de 24,0%, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,5%. Cartão de débito diferido Caixa Activa TAEG de 1,2% para um montante de 1500 euros com reembolso a 12 meses, à TAN de 0,00%. 9 Agenda Literatura ideias optimistas John Brockman earth on fire Bernhard Edmaier Esta extraordinária coleção de fotografias de Bernhard Edmaier apresenta as paisagens vulcânicas mais dramáticas e bonitas do mundo. Dividido em cinco capítulos, por regiões de placa tectónica, este livro inclui regiões geotermais na Europa, Américas, África, Nova Zelândia, oceano Índico e Caribe. Vulcões famosos, como o monte Santa Helena, nos Estados Unidos da América, o Etna, em Itália, o Kilimanjaro, na Tanzânia, e o Krakatoa, na Indonésia, são apenas alguns dos locais em destaque. A obra Earth on Fire oferece-lhe imagens de uma vasta variedade de fenómenos resultantes de atividade vulcânica, acompanhadas por textos claros e acessíveis, que explicam pormenores e eventos essenciais. Fascinado com a variedade de cores e estruturas da Terra, fruto do seu trabalho como engenheiro civil, Edmaier viria a dedicar-se em exclusivo à fotografia, percorrendo os mais isolados e intocados locais para recolher material para os seus livros e outros projetos fotográficos, entre os quais se contam vários galardoados com diversos prémios de prestígio. Edições Phaidon € 59,95 10 O progresso da humanidade alicerça-se, em grande medida, nas perspetivas e propostas otimistas dos grandes cientistas e pensadores. Mais de 100 eminentes personalidades que imaginam um futuro luminoso ousam afirmá-lo: dentro de um século, o homem poderá habitar outros planetas; encontraremos, brevemente, a cura para o cancro; é possível alcançar a imortalidade; seremos capazes de garantir a sobrevivência dos recursos naturais do planeta; dentro de algumas gerações, serão inventadas máquinas que se reproduzirão a partir da energia solar… Uma proposta de um futuro auspicioso para desanuviar perspetivas e dar alento a todos os leitores. a filha da minha melhor amiga Dorothy Koomson A forte relação de amizade entre Kamryn Matika e Adele Brannon, companheiras desde a faculdade, é destruída num instante de traição que marcará as suas vidas para sempre. Anos depois desse incidente, no dia do seu aniversário, Kamryn é contactada por Adele, que está a morrer, implorando-lhe que adote a sua filha, Tegan, fruto da sua ilícita relação de uma noite com Nate. Terá ela outra escolha? Será o perdão possível? O que estará Kamryn disposta a fazer pela amiga que lhe partiu o coração? Porto Editora € 16,60 Edições Tinta da China € 20,09 uma fazenda em áfrica João Pedro Marques diz-me quem sou Ao acordar em sobressalto numa noite de junho de 1848, Benedita não imaginava o que o futuro lhe reservaria. Um ano depois, embarcava para Moçâmedes com mais de uma centena de portugueses que, desiludidos com o Brasil, procuravam uma nova oportunidade. Baseada numa investigação meticulosa, esta obra leva-nos por uma África enternecedora e inclemente, carregada de exotismo e em cujos trilhos a aventura e o amor caminham de mãos dadas. Uma apaixonante aventura protagonizada por personagens inesquecíveis, cujas vidas constroem um magnífico retrato da história do século XX. Desde os anos da Segunda República espanhola até à queda do Muro de Berlim, passando pela Segunda Grande Guerra e pela Guerra Fria, o novo romance de Júlia Navarro transborda de intriga, política, espionagem, amor e traição. A história do século XX através do olhar de uma misteriosa mulher. Porto Editora € 16,60 Editora Bertrand € 19,90 Júlia Navarro Autor ○○joão pedro marques (1949) Doutorado em História pela Universidade Nova de Lisboa, onde lecionou durante a década de 90, foi professor do ensino secundário e, depois, investigador do Instituto de Investigação Científica Tropical e presidente do Conselho Científico desse Instituto em 2007-2008. É autor de dezenas de artigos sobre temas de história colonial e de vários livros, dois dos quais publicados em Nova Iorque e Oxford. Bibliografia: The Sounds of Silence (2006). Who Abolished Slavery? A Debate with João Pedro Marques (coautoria, 2010). Os Dias da Febre (2010). Uma Fazenda em África (2012). Livros cedidos pela Bertrand Livreiros, Edições Tinta-da-China, Porto Editora e Livraria Bulhosa, no Oeiras Parque A Música notícias ▶▶Mariah Carey vai juntar-se ao júri do American Idol na próxima temporada do programa ». A cantora, de 42 anos, vem ocupar o lugar deixado vago por Jennifer Lopez, juntando-se assim a Randy Jackson. O nome do terceiro elemento não foi ainda revelado. O contrato de Mariah Carey tem a duração de um ano, com opção de renovação. ▶▶Caetano Veloso rendeu-se às novas tecnologias e lançou um novo site que é uma verdadeira prenda para os fãs. É lá que o músico brasileiro disponibiliza, para audição em streaming e de forma gratuita, toda a sua discografia. Os visitantes têm, igualmente, a possibilidade de comprarem músicas ou de acederem ao blog onde o conceituado músico tornará públicos vários pensamentos. DVD blu-Ray Bring Me Home Live 2011 Após uma paragem de 18 anos, Sade arrancou com uma enorme digressão à escala planetária. Durante a passagem pelos EUA, a realizadora britânica Sophie Muller captou o espetáculo de duas horas, visualmente magnífico, para posterior lançamento em Blu-ray e DVD, com um CD ao vivo incluído. De Sade Editora Sony Music Voice of Ages No ano em que comemoram o seu 50.º aniversário, ○○Yellow Submarine (Limited DGP Edition) Estreado em 1968, Yellow Submarine pode ser, pela primeira vez, visto e ouvido em alta qualidade. O áudio e o vídeo foram completamente a mítica banda irlandesa The Chieftains acrescenta novo capítulo a uma já extensa história discográfica. Vistos como embaixadores da cultura e da música irlandesa e celta, convidam para este disco nomes como Bon Iver, Imelda May ou The Civil Wars. musicais, da eletrónica ao dub, do reggae à música nordestina, num desfilar de canções que apetece ouvir uma e outra vez. De Céu Editora Universal das faixas do LP original e, também, as reveladoras versões alternativas recentemente descobertas, gravações de estúdio e gravações vocais dos temas clássicos de Pearl. De Janis Joplin Editora Sony Music De The Chieftains Editora Universal Caravana sereia bloom Muito mais do que um simples nome, Céu é já sinónimo de talento. Uma das vozes brasileiras mais aclamadas em todo o mundo está de regresso com o seu terceiro trabalho de originais, um disco que volta a mergulhar-nos numa original mescla de matrizes e de géneros restaurados para esta edição, em DVD, inteiramente legendada em português e contendo dois bónus extra filme: Mod Odyssey documentary e o Original theatrical trailer. O filme desenrola-se na cidade The Pearl Sessions Esta é a edição completa de dois discos do último álbum de estúdio de Janis Joplin, estreando excertos de gravações de estúdio recentemente descobertas, atuações ao vivo e outras raridades sónicas gravadas durante o último capítulo dinâmico de muita agitação e criatividade. The Pearl Sessions reúne, pela primeira vez e numa só embalagem, as versões originais mono do vinil de 45 rotações do álbum, além de Pepperland, quando os Blue Meanies atacam e tentam acabar com o amor, a música e as cores. É nesta altura que os Beatles entram em ação, a bordo do submarino amarelo… EMI Music | 2012 That´s Why God Made The Radio O 29.0 trabalho e o primeiro disco de originais dos The Beach Boys desde 1992. No ano em que se tornam na primeira banda norte-americana no ativo a cumprir 50 anos de existência, podiam brindar-nos com um best of, mas preferiram pôr mãos à obra e anunciar uma digressão mundial e um novo disco. A vai gostar sennheiser MM 550-x travel Para ir de viagem e ter sempre acesso quer aos ficheiros de música, quer às funções do smartphone. Os auscultadores MM 550-X Travel da Sennheiser comunicam (com o iPhone e outros dispositivos) por bluetooth, conseguindo manter uma ligação estável sem fios e com extrema qualidade. A tecnologia NoiseGard 2.0 bloqueia o ruído de fundo, permitindo manter uma conversa telefónica em volume normal num aeroporto ou relaxar durante uma viagem de comboio. Web: www.sennheiser com € 398 De The Beach Boys Editora EMI Music ○○Farewell: Live at Sydney Opera Após 25 anos de uma carreira preenchida por 11 álbuns de originais, mil concertos com uma assistência de dez milhões de pessoas e 50 milhões de discos vendidos, Mick Hucknall e os seus Simply Red decidiram colocar um ponto final na sua história. 2010 foi o ano da despedida, tendo os Simply Red percorrido o mundo na mega tournée Farewell Tour. Capitol | 2012 11 A A minha vida dava um filme clint Eastwood O talentoso Mr. Eastwood Do cowboy que fez avançar a carreira por linhas tortas, ao realizador implacável que, de câmara em riste, não vira a cara à luta, o eterno rebelde de Hollywood mostra como, aos 82 anos, ainda é possível realizar sonhos por vencer Ana Rita Lúcio N a história do cinema, todos conhecem O Bom, o Mau e o Vilão. O que talvez nem todos os amantes da sétima arte saibam é que, em tempos, houve uma cena, gravada a ouro nessa mesma história, em que o ator que fez papel de bom ousou despir a capa de mau, revelando que há bem mais, para lá do ar de vilão que fez escola. Curiosamente, assim aconteceu num dos momentos em que os virtuosos do grande ecrã põem o pé no palco – como todos os anos acontece –, quando, em 2005, o ainda Kodak Theatre assistiu ao discurso de agradecimento de Clint Eastwood, ao receber o Óscar de Melhor Realizador, pelo filme Million Dollar Baby – Sonhos Vencidos. Vencido na nomeação para Melhor Ator, mas com a estatueta dourada para Melhor Filme debaixo do outro braço, o eterno Dirty Harry, que se acostumou a ter no franzir do sobrolho um gatilho imbatível, subiu ao púlpito desarmado pela ternura dos 70 (e muitos), à época. Como um menino que encara a mãe de olhos marejados, bateu-se numa luta desleal contra as lágrimas, enquanto lhe prestava tributo. «Ela, que esteve aqui, aos 84 anos, em 1993 [quando recebeu os mesmos dois galardões, pelo filme Imperdoável], está hoje aqui novamente. Portanto, agora com 96 anos, estou a agradecer-lhe pelos seus genes. Sinto-me um jovem. Tenho ainda muitas coisas para fazer», garantiu. 12 E «muitas coisas» foi precisamente o que ele não se cansou de fazer, desde que entrou na linha de fogo da vida, em 1930. Filho de Clinton Eastwood Senior e de Margaret Ruth, talvez pela mistura explosiva que lhe corria nas veias – detonada pelas raízes holandesas, escocesas, irlandesas e inglesas –, o jovem Clint cedo se convenceu de que não podia parar. Mesmo quando o rumo que lhe estava traçado ameaçava enveredar por trilhos desconhecidos. Em miúdo, franzino e acanhado, admite que «nunca soube o que queria fazer quando crescesse». E tornar-se ator parecia, mesmo, uma hipótese fora do guião para a criança que sempre julgou que o palco e a atenção das câmaras estavam reservados só «para os extrovertidos». Mas nem assim a centelha que fez brilhar nele as luzes da ribalta deixou de se acender. Com apenas 11 anos, o pai levou-o pela mão para ver o seu primeiro filme de guerra, Sargento York, de Howard Hawks. Ainda que não o soubesse, a sorte estava lançada e até o acaso quis dar uma ajuda: ainda adolescente, viria a conhecer Hawks num encontro de amigos, e depressa o realizador se tornou uma referência para ele. Por (Mais de) um punhado de dólares Ainda antes do destino o conduzir a Hollywood, Eastwood não tardou a fazer-se à estrada. Se, com os pais, se habitou a mudanças constantes entre a Califórnia natal e o vizinho Eastwood depois de vencer os Óscares de Melhor Realizador e Melhor Filme com Million Dollar Baby – Sonhos Vencidos, em 2005 13 A A minha vida dava um filme Factos curiosos ▶▶Entre 1986 e 1988, foi presidente da câmara da pequena cidade de Carmel, na Califórnia. Durante o mandato, o mayor dirigiu, enquanto realizador, os filmes O Sargento de Ferro (1986) e Bird (1988). ▶▶Apesar de, na ficção, ter ganho fama como cowboy, na vida real, Eastwood é alérgico a cavalos. ▶▶Duro e frugal, tanto quanto mordaz, o realizador não ficou satisfeito com os avultados custos de produção do seu êxito Gran Torino. «O filme custou 31 milhões de dólares. Com esse dinheiro, podia ter invadido um pequeno país.» Em cima, duas míticas personagens: O homem sem nome (à esq.) e Dirty Harry (à dir.). Em baixo, com Hilary Swank, em Million Dollar Baby – Sonhos Vencidos (à esq.) e a sua impressão no Passeio da Fama, em Hollywood Blv. (à dir.) estado do Oregon, também a carreira profissional se desenrolou com várias paragens em estações e apeadeiros pelo caminho. Nadador-salvador, bombeiro ou motorista de camiões foram alguns dos papéis que desempenhou, antes do exército entrar em cena, e a apresentação aos atores David Janssen e Martin Milner que convenceram o futuro colega a mudar-se para Los Angeles, em 1954. Terminado o serviço militar, chegara a altura de se alistar nas fileiras da representação. E, assim, marchar para outra vida. O homem cujo apelido se tornou sinónimo de cinema começou por escutar o som da claquete, como figurante sem história, em pequenos filmes de terror de série B. Ainda sem provar o sabor da glória, a televisão chamou-o, em 1959, para a série Rawhide, onde se talhou para os westerns que o viriam a celebrizar mais tarde. A fama, porém, só chegou até ele vinda da Europa. Foi para lá que Sergio Leone – que procurava um jovem ator desconhecido em Itália – o levou, por 15 mil dólares (no primeiro filme), para dar corpo ao pistoleiro bom na triologia Por um Punhado de Dólares (1964), Por Mais Alguns Dólares (1965) e o Bom, o Mau e o Vilão (1966). E, finalmente, na personagem de um homem sem nome, ganhou nome próprio como ator. De volta aos Estados Unidos, o ar de durão cravou-se-lhe fundo na pele, como uma imagem de marca que o papel 14 do inspetor Harry Callahan só confirmou, nos filmes Dirty Harry – A Fúria da Razão (1971), Harry – O Detetive em Ação (1973), Harry – O Implacável (1976), Impacto Súbito (1983) e Na Lista do Assassino (1988). Quase como se o pistoleiro que há nele jamais o abandonasse, daí que tenha admitido que, enquanto filmava As Pontes de Madison County (1995), deu por si a pensar: «estas coisas românticas são mesmo difíceis. Mal posso esperar por voltar aos tiros e às mortes». Uma aspereza que, com humor, não passou ao lado de Sergio Leone: «eu gosto do Clint Eastwood porque ele só tem duas expressões faciais. Uma com o chapéu e outra sem ele». Contudo, o lado de cá do cenário há muito que chamava por ele. Em 1971, Destino nas Trevas, bem ao seu gosto soturno, foi o primeiro de uma saga eastwoodiana rematada no ano passado (provisoriamente), com o biopic J. Edgar. Verdadeiro realizador implacável que gosta de dirigir, sem cortes, ao correr do filme, aos 82 anos, quando lhe perguntam pela idade em que irá parar, em vez de cortar o fio à carreira, Eastwood prefere atalhar com genes... portugueses. «Manoel de Oliveira tem 103 anos e ainda parece um homem de 60. Encontrei-o, uma vez, num evento e tive vontade de lhe perguntar: Qual é a sua dieta?». Estar «faminto e curioso com a vida» é a única que Eastwood conhece. A ▶▶Embora se tenha celebrizado, primeiro, como ator e tenha sido nomeado para os Óscares enquanto tal, Eastwood só levou para casa quatro estatuetas douradas. e nenhuma como ator. Foi galardoado duas vezes com o Óscar de Melhor Realizador e Melhor Filme em Imperdoável (1993) e Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos (2005). ▶▶Além de ter olho para o cinema, o mítico Dirty Harry também parece ter ouvido para a música: afinal, compôs a banda sonora de seis dos seus filmes. High tech A Meta: dez mil passos Caminhar dá saúde, ajuda a descontrair e a (re)descobrir o que nos rodeia. O ideal são dez mil passos por dia, mas 7500 são já um bom começo. Um podómetro ajuda-o a contar ?helena estevens timex omron Garmin Striiv Contando com um sensor de caminhada e diário de dieta, regista os passos, a distância percorrida, as calorias queimadas e o tempo de atividade durante o dia, mediante a deteção dos movimentos naturais de oscilação do pulso. Desenhado especificamente para mulheres que estão a tentar perder peso ou a aumentar a sua atividade diária, inclui um modo de treino intuitivo, com ritmo e distância, com registo da atividade, temporizador, alarmes, 50 metros de resistência à água e luz de noite Indiglo. Também pode guardar discretamente o número de calorias ou de unidades consumidas, o que elimina a necessidade de um diário para a dieta. Mais do que um simples contador de passos, este Jog Style abrevia a distância entre os podómotros e os monitores cardíacos, não podendo ser mais fácil de usar. Alimentado a pilhas, basta inserir a altura, o peso e o comprimento da passada (estes dados podem ser reajustados, sempre que necessário) e carregar no Start. Não menos importante, o Jog Style não se fica apenas pelo treino, monitorizando todo o consumo energético ao longo do dia – todos os passos no local de trabalho ou em casa, a descer ou subir escadas, do carro até casa, etc. Tudo graças a um sensor tridimensional que permite detetar se a pessoa está a mover-se, em que direção e a que velocidade. Trata-se de uma tecnologia elétrico-mecânica de elevada precisão, já usada em alguns smartphones. Porque cada passo conta. Uma forma muito fácil de monitorizar e registar o seu treino, já que possui tecnologia GPS, indicando-lhe não só a distância percorrida como o ritmo. Não é necessária qualquer configuração, basta premir um botão e começar a andar ou correr. O ecrã prático permite uma leitura fácil dos dados enquanto anda ou corre, apresentando sempre o tempo, distância e ritmo médio. Algumas versões do Forerunner 110 (preto/ vermelho para homem e cinzento/ rosa para mulher) são fornecidos com sensor de ritmo cardíaco para apresentar os batimentos por minuto. Indica, ainda, cálculos das calorias com base no ritmo cardíaco. Se tiver o Forerunner 110 preto/cinzento sem ritmo cardíaco, pode comprar um sensor de ritmo cardíaco Garmin em separado ou utilizar um sensor de ritmo cardíaco ANT+ que já tenha. Mais do que um podómetro, este Striiv apreende padrões de comportamento, lançando desafios para levar o seu utilizador um pouco mais além no que respeita a atividade física. De pequenas dimensões e com ecrã tátil, permite criar desafios pessoais e objetivos para motivar a acrescentar uns passos todos os dias. E quem diz andar diz, também, utilizar mais vezes as escadas, por exemplo, contribuindo de forma ativa para melhorar significativamente a sua saúde e bem-estar. Sempre que o Striiv é ligado a um computador, este regista todos os dados referentes à distância percorrida, ao número de passos e degraus, calorias, etc. Disponível em www.bestbuy.com e www.amazon.com. Preço: € 59,99 Preço: € 199 Revolução Revolução Popularidade Popularidade Acessibilidade Acessibilidade health tracker Preço: € 79,99 Revolução Popularidade Acessibilidade jog style HJA-300-e Forerunner 110 Smart pedometer Preço: $99,95 (€ 82,5) Revolução Popularidade Acessibilidade A fasquia recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para adultos saudáveis, com idade entre os 18 e os 65 anos, é de 30 minutos de atividade física de intensidade moderada, cinco dias por semana ou, pelo menos, 20 minutos de atividade física de intensidade vigorosa, três dias por semana. 15 A Internet Passwords à prova de bala Dicas para melhor proteger a sua chave Comprar roupa, ver o correio, ir ao supermercado, conversar com os amigos ou marcar as próximas férias. Pode fazer tudo isto sem sair de casa, mas não se esqueça de trancar bem a porta. Saiba como criar uma chave que o protege de amigos do alheio num universo virtual Todos os cuidados são poucos na altura de escolher a forma de se proteger online. Catarina vilar P ara proteger a sua casa, escolhe a melhor fechadura do mercado, devidamente colocada numa moderna porta blindada. O mesmo tem de acontecer quando navega na Internet. A password (ou palavra-passe) é a sua chave pessoal e intransmissível para aceder a inúmeras páginas, o código de entrada que permite que o seu utilizador seja o único a entrar. Desde estar numa descontraída sala de chat para conversar, Evite dizer o que lhe vai na alma através escolher do Facebook ou fazer as compras do palavras mês evitando filas e deslocações, esta que aldeia global funciona sem grandes estejam no constrangimentos. Mas, assim como dicionário não distribui cópias aleatórias da sua chave de casa - e também não a deixa aberta quando sai -, deve ter alguns cuidados na hora de escolher a password que lhe permite entrar neste mundo dos internautas. Uma Password forte Imaginemos que está na altura de escolher a sua senha. A regra número um é a de evitar aquela que lhe parece mais fácil de decorar, pois se é assim tão evidente para si, também o poderá ser para terceiros. Por isso, nunca opte pelo seu nome, o dos filhos, nem escolha o seu número de telefone ou data de nascimento. Acredite ou não, uma escolha comum é «password1» ou «123456»; estes são dois exemplos a não seguir. Evite palavras que existam no dicionário, e nem o facto de as escrever de trás para a frente é boa ideia. Tente puxar pela imaginação. Segundo a Microsoft, uma password forte depende de dois fatores: o seu comprimento e complexidade. Uma escolha simples origina uma fraca defesa das suas contas, por isso, perca algum tempo nesta tarefa. Antes de mais, aquilo que escreve deve ser longo – com 8 ou mais carateres - e, sempre que lhe seja permitido, misture letras com números e outros carateres (como #, % ou &). Use, alternadamente, maiúsculas com minúsculas. Desta forma, podem não ser tão simples de recordar como o nome da sua cidade, mas ajudam a trancar melhor a conta. Quando o computador é usado por diferentes pessoas nunca caia na tentação de gravar a sua senha de forma a entrar automaticamente, pois fica totalmente desprotegido. Caso se esqueça da sua password não significa que deixa de poder entrar nas suas páginas favoritas, pois o sistema permite sempre recuperá-la. Uma das formas é pedindolhe que responda a uma pergunta – por exemplo qual é o nome do seu animal ou cor preferida. A nova senha será depois enviada para o seu correio eletrónico e a sua navegação pode continuar. Se está com falta de boas ideias para fintar o óbvio, uma forma de escolher a sua senha pode ser retirando a primeira letra de uma frase e misturando-as com símbolos. Por exemplo, se é fã de Fernando Pessoa e gosta da frase «Para viajar basta existir» resultaria algo como: pVb!E)fP#. O principal é mesmo deixar a imaginação fluir, depois, pense em algo que lhe faça sentido e avance. Sabemos que, por muitos cuidados que tenhamos, nada está totalmente seguro, nem mesmo no domínio da realidade virtual, mas cabe a cada um colocar todas as trancas possíveis na porta. A O site da Caixa dispõe de uma secção dedicada à segurança informática. Visite em www.cgd.pt/seguranca e saiba quais Sabia que os cuidados a adotar no uso do seu computador, assim como as mais recentes tentativas de fraude que deve acautelar. 16 ▶▶Tendo inúmeras contas na Internet, poderia ser mais simples usar sempre a mesma palavra-passe, mas o conselho é que não o faça: use uma para cada registo diferente. Assim, mesmo que seja alvo de um ataque informático, não dará acesso a todas as suas páginas. ▶▶De forma a não se esquecer, pode querer escrevê-la, mas nunca o faça usando o correio eletrónico ou um papel colado no computador. ▶▶Adquira o bom hábito de mudar regularmente a sua password, se possível todos os meses. ▶▶No caso de lhe ser atribuída, automaticamente, pelo site, a primeira coisa a fazer é mudá-la. ▶▶Se quiser testar a segurança da sua palavra-passe, pode fazê-lo em sites específicos, como em www. microsoft.com. A Upgrade NA LÍNGUA DE SUA MAJESTADE Local United School - Instituto de Línguas – Montijo e Lisboa tempo útil Cursos vários para atualização de conhecimentos DESCOBRIR A MATA NACIONAL DO BUÇACO Local Mata Nacional do Buçaco Sempre teve curiosidade de saber falar inglês? Chegou a altura de realizar o desejo, pois a escola de línguas United School tem à disposição cursos de Inglês Geral para seniores, com aulas estruturadas à medida das suas necessidades. Combina a aprendizagem da língua com uma variedade de oportunidades para a utilizar de forma espontânea. Os temas vão ao encontro dos seus interesses e as atividades a realizar foram concebidas com o objetivo de proporcionar uma oportunidade para se trocarem experiências. Quem prefere uma aprendizagem intensiva pode optar pelos cursos de verão. A Caminhos com Vida convida-o a percorrer um dos tesouros naturais do País, através de um caminho pedestre que parte à descoberta da Mata Nacional do Buçaco, riquíssima em património natural, arquitetónico e cultural. A sua localização geográfica garante, ainda, um microclima que favorece a biodiversidade. A mata apresenta, também, áreas de floresta primitiva, que, conjuntamente com as espécies exóticas plantadas ao longo dos tempos, fazem deste espaço um local muito especial para descobrir a natureza em todo o seu esplendor. Duração: As aulas realizam-se duas Duração: 23 de setembro, das Guitarra elétrica ou acústica, violino ou saxofone? Na moderna Escola de Música de Monte-Abraão, a escolha é sua. Com alguns cursos que se destinam, em especial, a um público que ultrapasse as seis 10h30 às 15 horas Preço: 12 euros. Desconto de 10% na inscrição de grupos com três ou mais participantes www.caminhoscomvida.com 218 917 100 18 vezes por semana e têm a duração de uma hora. Cada nível tem cinco meses www.unitedschool.org/pt/cursospara-seniores.html 212 309 363 ENTRAR NO RITMO Local Escola de Música do Monte-Abraão, Queluz décadas de sabedoria, já não há desculpas para não se aprender a tocar o instrumento certo. Esta surge como uma boa forma de ocupar os tempos livres, para quem quer explorar a sua paixão pela música aprendendo um instrumento, como um dos hóbis mais aliciantes e desafiadores. O aluno escolhe o repertório com que mais se identifica e parte para a prática. Aqui estão contemplados diferentes níveis - iniciante, intermédio e avançado consoante os conhecimentos e a experiência do aluno. Pop, rock, funk, metal, blues, RnB, latina, bossa, jazz e fusão, há estilos para todos os ritmos. execução da poda de árvores e arbustos de fruto, a escolha é muito variada, mas sempre em tons de verde. Preço: Entre os 40 e 75 euros, por curso Duração: De setembro a dezembro www.serralves.pt/gca 226 516 500 FOTOGRAFIA NO GERÊS Local Parque Nacional da Peneda-Gerês Preço: 60 euros de inscrição anual + mensalidade www.emma-actividades-musicais.pt 966 947 597 À VOLTA DO JARDIM Local Fundação de Serralves, Porto O bem-sucedido programa de cursos «À volta do jardim», promovido pela Fundação de Serralves, prossegue em setembro. Sob orientação de especialistas da área, são muitas as propostas até ao final do ano. O objetivo é familiarizar os participantes com o saber envolvido nas diferentes práticas de jardinagem, através da partilha de experiências. O primeiro destes cursos tem lugar no fim de semana de 16 e 17 de setembro (Introdução à Agricultura Biológica) e, até dezembro, realizam-se mais seis, sempre aos sábados, ou durante o fim de semana quando ocupam dois dias. Desde aprender como cuidar do seu bonsai até adquirir conhecimentos essenciais, teóricos e práticos para a Numa proposta de outono, surge um workshop prático de fotografia de natureza. Facilitado por José Romão, fotógrafo de natureza e biólogo, é uma oportunidade de explorar as belezas naturais do belo Parque Nacional da Peneda-Gerês. O objetivo será executar variadas técnicas de fotografia de natureza, obter imagens de qualidade e ficar a conhecer locais de grande beleza paisagística. Prepare-se para se deixar deslumbrar e, assim, dar azo ao clique da máquina fotográfica. Destina-se a quem possui conhecimentos básicos de fotografia. As caminhadas são poucas e, geralmente, inferiores a 500 metros. Duração: 3 e 4 de novembro Preço: 125 euros www.milcores.pt/cursos/geres/ curso_geres.htm 212 959 212 Notícias mundo sénior A adoção de hábitos saudáveis é um fator essencial para a melhoria da qualidade de vida Idade que vivam em zonas de difícil acesso, com recursos financeiros limitados ou com algum grau de incapacidade ou dependência física ou psicológica, de acordo com notícia veiculada pelo Mirante on-line. Meio caminho andado para dormir melhor Ao contrário do que é comum pensar-se, a qualidade do sono tende a melhorar nas fases mais avançadas da vida. São as conclusões do maior estudo até agora sobre a qualidade do sono, que envolveu a análise de cerca de 156 mil adultos a partir dos 18 anos de idade e que foi liderado por Michael Grandner, do Centro para o Sono e a Neurobiologia Circadiana, da Escola de Medicina de Perelman, da Universidade da Pensilvânia. De acordo com os dados recolhidos, as pessoas idosas saudáveis apresentavam menos distúrbios do sono e menos fadiga durante o dia do que as mais jovens, inclusivamente as com mais de 80 anos, que, nalguns casos, foram as que menos se queixaram. Segundo Michael Grandner, «as pessoas mais velhas, sem sinais de doença ou de depressão, não deveriam ter problemas em dormir», acrescentando que «se os tiverem, devem consultar um especialista» e jamais ignorá-los ou pressupor que é normal na sua idade. «Os distúrbios do sono podem ser um sintoma de doença e não devem ser ignorados», insiste o investigador. Saúde muito tempo sentado faz mal As evidências deixam poucas margens para dúvidas: passar muitas horas sentado aumenta o risco de obesidade, diabetes, cancro e morte precoce. Mesmo para quem é ativo. Veja-se o caso de um estudo feito na Universidade da Carolina do Sul, nos EUA, em que homens fisicamente ativos tinham 64 por cento mais de probabilidades de serem vítimas de doença cardiovascular, se passassem mais de 23 horas semanais sentados em frente da TV ou do computador, comparativamente àqueles que passassem 11 ou menos. No que toca às mulheres, por exemplo, as que passam mais de seis horas sentadas fora do trabalho, tinham um risco 34 por cento superior de morte do que aquelas que estivessem três horas ou menos fora do local de trabalho. Recordese que, atualmente, não é difícil passar mais horas sentado do que a dormir, entre carro ou transportes, emprego e casa. Levantar-se, regularmente, cinco minutos por hora é um hábito a adotar desde já para reduzir o risco de cancro, entre outros, de acordo com Alpa Patel, epidemiologista da American Cancer Society. A Universidades sénior Atrás de uma mulher segue um homem Vila Franca de Xira Telefone para emergência Um protocolo estabelecido entre a Câmara de Vila Franca de Xira e a Fundação Portugal Telecom veio permitir a cem dos seus habitantes com mais de 65 anos beneficiarem de um serviço telefónico para apoio em caso de emergência médica, social ou de segurança. Este protocolo visa beneficiar pessoas com algum grau de isolamento social ou Metade dos homens a frequentar as universidades de terceira idade – as UTI – foram levados pelas mulheres, que perfazem cerca de 76 por cento dos alunos, à semelhança do que acontece no resto do mundo, de acordo com a agência noticiosa Lusa. No nosso País desde 1976, ano em que foi criada a Universidade Internacional da Terceira Idade de Lisboa, no Chiado, as UTI têm-se multiplicado, sendo atualmente 192, com um total de 30 mil alunos. Encontro anual Sénior Ativo Mais de uma centena de participantes em Santiago do Cacém Um dia diferente, com atividades aquáticas, almoço-convívio e uma palestra sobre segurança. Foi assim o Encontro Anual Sénior Ativo, promovido pela CM de Santiago do Cacém (CMSC), realizado no dia 2 de maio último. A iniciativa, que teve lugar nas Piscinas Municipais, teve como convidados seniores de Portalegre, envolvidos num projeto semelhante na autarquia local, e contou com a presença do presidente da Câmara, Vítor Proença, e dos vereadores Margarida Santos e Álvaro Beijinha, responsável pela Ação Social na CMSC. «Esta é uma tradição que tem vindo a acontecer. É importante este intercâmbio e, naturalmente, estamos muito satisfeitos por proporcionar iniciativas de promoção da saúde aos nossos seniores que aderem muito bem a este género de ações», frisou Álvaro Beijinha. Mariana Paradas, de S. Bartolomeu da Serra, também se divertiu: «o convívio é muito importante. Quanto aos conselhos da GNR [contra tentativas de burla e assalto], já os tinha escutado, mas é sempre importante voltar a ouvir», segundo o diário digital Rostos. 19 A Agenda Entrevista Joaquina Madeira Amar a vida ativamente Se pudesse mudar o mundo, punha o coração das pessoas a funcionar melhor. E considera ser importante que se encontre sentido para continuar a viver. É, aliás, o que faz diariamente a coordenadora do Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, porque, mesmo que nos reformemos da profissão, não nos podemos reformar da vida HELENA ESTEVENS D o Alentejo, guarda na memória os cheiros da aldeia que a viu nascer e as planícies que lhe dão horizontes para se poder projetar além do que é e de onde está, mas é na comunidade que encontra o seu lugar, o seu projeto de vida. Fazer parte da comunidade implica fazer a nossa parte na comunidade, afirma. A sua vida tem sido assim. E é por isso que a sua vida poderia dar um filme, o de uma pessoa feliz, que não dispensa uma boa conversa nem o carro, que lhe permite mobilidade e autonomia. Disse-me uma vez que se envelhece como se vive. Como viveu até agora? Vivi de forma ativa, no sentido que tem para a OMS [Organização Mundial de Saúde], que é participando, com saúde, felizmente. Também há uma herança genética que nós temos e, felizmente, tenho-a, uma herança positiva – tenho tido saúde, o suficiente para viver e um projeto de vida. Penso que, fundamentalmente, é preciso encontrar sentido para continuar a viver. E isso nós podemos pôr num projeto de vida, que é, enquanto tivermos vida e saúde, estarmos presentes. Como diz o dr. Daniel Serrão, «reformamo-nos da profissão, mas não nos reformamos da vida» e é o que estou a fazer. Continuando a participar, a estar com os amigos, a ter projetos. Em 2012, o seu nome vai ficar, incontornavelmente, ligado ao Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações. O que a levou a aceitar 20 JOÃO CUPERTINO o convite para coordenar esta iniciativa? Missão, realização pessoal ou vocação? Acho que foram as três coisas ao mesmo tempo. É esse bichinho que eu tenho, esse vírus do serviço público, do serviço às pessoas. A minha profissão, a minha escolha profissional começou por aí; sou assistente social, que é uma profissão de serviço aos outros. Por outro lado, também me realizo, também há aqui um projeto pessoal. Dá-me realização pessoal, além do sentimento de que estou a ser útil, que é uma das questões importantes para o envelhecimento ativo. Isso dá-me prazer e, de facto, corresponde a uma forma de me sentir também ativa e participativa. Foi uma oportunidade muito boa, na medida em que houve aqui um encontro entre a necessidade de encontrar uma pessoa para esta função e a minha disponibilidade pessoal e profissional para o fazer. Portanto, sinto-me muito feliz por isso. Já se colheram frutos deste ano, apesar de, ainda, só se terem passado seis meses? Temos de ser modestos nas expectativas que temos do ano. Não é o ano europeu que vai mudar a situação. Mas o ano europeu tem um objetivo que, penso, está a realizar de forma muito efetiva que é a palavra. Nós dizemos que a palavra não muda coisa alguma, mas a palavra é muito importante. O discurso é muito importante para a tomada de consciência dos problemas, das situações. E a tomada de consciência é que ajuda a mudar a realidade. O que está a acontecer é que o País está com uma energia Agenda A 21 A Entrevista de participação que me está a surpreender, sobretudo, ao nível local. Lá, no local, onde a vida acontece, as coisas estão a acontecer. As pessoas estão não só a tomar a iniciativa – seminários, congressos, tertúlias, onde estão a discutir o problema – como estão já a fazer coisas concretas e isso é muito importante. É preciso, agora, é que esse local se projete para o nacional. Esse é o legado que o Ano Europeu irá deixar. No fim de contas é bottom up – está a acontecer por baixo e é preciso que, agora, cá em cima, sejamos capazes de traçar um plano que ajude à execução lá em baixo. É natural – é lá em baixo que estão as pessoas e que estão as necessidades e as energias. E onde estão as energias, as pessoas estão lá a viver e, portanto, acho que o Ano Europeu é, sobretudo, um legado nesse sentido. Para a tomada de consciência de que as pessoas idosas são um contributo ativo na sociedade, desde que tenham saúde, são um recurso para as famílias, para a sociedade, para todos nós, independentemente de estarem naquilo que consideramos trabalho produtivo, porque há outro trabalho útil sem ser produtivo, que não tem uma tradução económica, mas que é extremamente importante para a vida de todos nós. Por outro lado, é também alertar, e penso que tem havido este ano, e vai continuar a haver, muitos alertas para a questão da demografia. Para a mudança demográfica que vai trazer um perfil sócio-demográfico completamente diferente no nosso País, na Europa e no mundo. Agora, é preciso traçar os termos de uma nova sociedade, que acolha todas as idades naturalmente, mas em que a população de 65 e mais anos tenha, de facto, uma representação que não tem tido até aqui. Atenção que o futuro não é a continuação do presente. As pessoas de 65 anos, daqui a 30 anos, não têm a mesma representação que já têm hoje e, hoje, não têm a mesma que tiveram no passado. Esta história de se dizer que, aos 65 anos, as pessoas são idosas é uma questão administrativa. E, se calhar, na vossa geração já só se vai considerar aos 75. A esperança de vida também vai aumentar, portanto, é tudo muito relativo. Nós temos marcadores de idade na nossa sociedade, mas os nossos marcadores deveriam ser de capacidade e não de idade, de conhecimentos, de experiência, de contributos que se podem dar à sociedade, porque, assim sendo, estamos a desperdiçar recursos com certeza. Acho, por isso, que o contributo do Ano Europeu é alertar consciências, convidar à reflexão sobre a realidade que temos e agir. Agir hoje, tendo em conta o futuro. Este ano tem-se falado, de facto, em envelhecimento ativo, mas a solidariedade intergeracional parece ter passado para segundo plano. Tem toda a razão e não é só em Portugal, mas também na Europa. Vim, agora, de uma reunião de coordenação a nível europeu, onde levantei, exatamente, essa questão. Houve, inclusive, uma conferência sob o título 22 «Boa Governança no Envelhecimento Ativo e Saudável», sobre como é que os países estão a concretizar a ação, tendo em conta esta questão do envelhecimento ativo e da solidariedade entre gerações. Achamos que o tema da solidariedade, da proximidade e do diálogo entre gerações está pouco tratado, quer ao nível da investigação, quer da teoria sobre as questões, e isso ajuda a sistematizar e a objetivar, porque, de facto, não tem sido considerado como um problema, como um desafio para a sociedade. Estamos a tomar consciência de que, de facto, há um desafio e que a sociedade tem de aprender a fazer com que isto aconteça. Enquanto não tomarmos consciência de que existe aqui um desafio e que temos de aproveitar as suas potencialidades, não temos ações «Ajudar é uma coisa que eu acho que é fácil para os portugueses» concretas nem falamos das coisas. Mas no Ano Europeu, e em particular em Portugal, vamos dar uma atenção especial à questão da solidariedade entre gerações no próximo semestre, mas se for ao local, mais uma vez, está a haver uma aproximação entre as gerações, e todas as gerações; não estamos a falar só das crianças e dos idosos. Estamos a falar de todas as gerações. E estou convencida de que, no final do ano, esta questão vai ganhar maior importância. Porque é uma necessidade e penso que o ano serve exatamente para isso, para aprofundarmos estas questões e agirmos. Em todos os territórios de vida, na família, na escola, na universidade, na empresa, em todos os locais, temos de ter esta preocupação da gestão e aproximação das idades. Que desafios se levantaram neste ano? Há desafios muito importantes ao nível da solidariedade de proximidade. Este é, também, um alerta importante. Nós temos, ainda, uma geração com um perfil que corresponde à pessoa idosa, pobre, vivendo só, pouco instruída e mulher. Este é o perfil do idoso da geração anterior. Há pessoas, felizmente, que vivem noutros patamares. E é esta geração que, neste momento, precisa de atenção especial. São pessoas que vivem sós no meio de tanta gente, porque o individualismo e estes modelos que fizemos de urbanização não permitem a aproximação e solidariedade de proximidade, assim como as pessoas isoladas no meio rural. E estas, porque são as mais frágeis e as mais excluídas entre nós, precisam de particular atenção. E já está a acontecer no País a criação de redes, de apoios, às vezes com as próprias escolas, levando crianças a tomar contacto com esta realidade, as escolas a terem uma relação de adoção mútua com as pessoas idosas, o bater à porta todos os dias, saber que se está lá. Começamos a ligarmo-nos. Foi uma sociedade que se desligou. E, sobretudo, as pessoas que estavam ocultas, uma geração que desapareceu, que se tornou invisível, e, agora, tomamos consciência disso. Não vou dizer que foi o Ano Europeu que fez, mas está a tomar proporções interessantes. O Ano europeu não é das pessoas idosas, é do envelhecimento ativo. Significa que podemos preparar o nosso envelhecimento, tendo, por isso, uma dimensão de prevenção. Temos de alertar os mais novos, prepará-los, formá-los, sensibilizá-los, porque, exatamente como disse, envelhecemos como vivemos. Envelhecer é um projeto de vida; a alternativa é pior. É bom, desde logo, tomarmos essa consciência. Se tivermos hábitos saudáveis, comportamentos adequados de atividade física, de nutrição, de relação com os outros, etc., de intervenção cívica e participativa, é um ativo nas nossas vidas que nos ajudará, naturalmente, a viver melhor. Por um lado, devemos dar atenção aos mais pobres dentre nós, que vivem em situações de solidão e de exclusão, mas por outro, dar, também, atenção às pessoas mais novas, no A terra do seu coração As planícies alentejanas, que lhe dão horizontes, porque é uma das coisas que precisa na vida: «horizontes e ver ao longe para me poder projetar além do que sou e de onde estou. Projetar-me no horizonte». sentido de lhes dizer que, felizmente, vão envelhecer e que, para envelhecerem de forma ativa e serem um ativo na sociedade, precisam de ter determinados comportamentos sociais. Se fazemos parte da comunidade, temos de fazer a nossa parte na comunidade. E isso aprende-se. A solidariedade entre gerações – já mencionada – também é importante. Há também que sensibilizar os organismos que trabalham com a população em geral, para eles próprios, como agentes que intervêm, possam tomar consciência, serem informados e formados para esta cultura do envelhecimento ativo. No final, o Ano Europeu pretende criar uma cultura de envelhecimento ativo para uma sociedade de todas as idades. Queremos uma sociedade para todas as idades e que ninguém seja excluído. Este País é para novos? Este País é para novos e para adultos. É para todos. Neste momento, a pergunta tem sentido. A questão é se este País contribui suficientemente para o bem-estar e felicidade dos portugueses. Estamos num momento crítico, mas é nesta altura que é preciso ir buscar aquela dimensão de aventureiros e de gente que enfrenta o mar revolto. Neste momento, temos um País que precisa muito dessa gana, dessa nossa ambição, dessa nossa vontade de ir para a frente. De sermos resilientes, mas com ambição. Neste momento, acho que o País está difícil para todas as idades. Sem deixar de enfrentar os problemas, temos de transformar a pequenina palavra que se chama «crise». Se lhe tirarmos o «s», conseguimos dar a volta ao sistema: «crie» solidariedade. 23 A Entrevista Quando o ano chegar ao fim, que projetos tem para o futuro? Os projetos para o futuro são continuar ativa e participativa, mas ainda não sei em quê... A atitude é a mesma. Enquanto tiver saúde e capacidade, quero manter-me colaborante e contribuinte ativa para a sociedade. Em quê, depois se vê. Gosto de ser sempre surpreendida. Tem uma forte ligação à solidariedade, à luta contra a pobreza. De onde vem este espírito? De onde vem, não sei. Sabe que eu vivi numa aldeia pobre do Alentejo. Talvez seja esta a razão da minha sensibilidade: das coisas de que tenho de memória de criança foi estar na minha sala de aula, nos meus 6/7-10 anos, e, das minhas colegas todas, a maior parte não tinha sapatos. E eu tinha sapatos e não gostava de me ver de sapatos quando as minhas amigas não os tinham. Talvez isso me tivesse tocado para poder ajudar e dar o contributo para ajudar as pessoas na minha profissão. É-se solidário por natureza em Portugal? Acho que há aqui uma razão, não vou dizer que seja o fado, mas os povos latinos, de uma forma geral, estão mais próximos, mais ligados. Um lado humano, mais emocional, deitamos cá para fora as nossas emoções, os nossos sentimentos mais facilmente. Esta maneira de exteriorizar também nos torna mais ligados aos outros, não é? Mais amigos, mais espontâneos. O português, quando é genuíno, é sincero e é solidário. Isso é espontâneo em nós. Ajudar é uma coisa que eu acho que é fácil para os portugueses. É possível educar-se para a solidariedade? Sim, é possível. Aliás, está a fazer-se isso nas escolas. Está a começar-se cedo com iniciativas nas escolas para as crianças, nesse campo, começarem com atos de voluntariado. Educa-se para o voluntariado, sim. Ser menos egoísta, olhar para o vizinho, ser menos indiferente, educar para o outro. E para aquilo que é ainda mais importante do que a solidariedade, que é a empatia, que, para mim, tem um significado mais forte. É vermo-nos a nós no outro e penso que é importante que isso se prepare. Sentirmos que aquilo que está a acontecer àquela pessoa pode acontecer-nos a nós, a mim. Eu faço porque quero fazer o bem e posso ser útil. A empatia é de facto um sentimento muito nobre e muito forte. Ainda talvez mais do que a solidariedade. Às vezes a solidariedade é entendida apenas como atos e a empatia é uma atitude que se pode transformar em comportamento. coração. Acho que devemos desenvolver esta parte menos racional na nossa abordagem em todas as questões da vida e do mundo. A inteligência emocional dá-nos aquele lado mais humano, mais tolerante, mais respeitador, valorizando mais a diversidade. Falta inteligência emocional ao mundo. Inteligência, também, porque é uma palavra que, na sua origem, tem o verbo lego, do latim, que significa ligar. Acho que estamos todos desligados. Aliás este modelo de sociedade em que vivemos desligou-nos, fraturou-nos, separou as famílias, separou territórios, o litoral do interior, separou gerações, portanto, creio que é a palavra certa para mudar o mundo. Sentirmo-nos ligados, com a razão e com o coração. Penso que falta esse calor às relações humanas. Já que falamos em sociedade e relações entre gerações, quais os choques geracionais que teve com os seus pais? E com os seus filhos? Tive uns pais excelentes e sempre senti que tinham respeito por mim, pela minha individualidade, por aquilo que eu quis e queria ser e que aprendi com eles. Naturalmente, tive o choque tradicional entre gerações, especialmente na minha. Eu queria mais liberdade do que a que tinha. Naquela altura, num ambiente rural como o meu, embora eu tivesse saído de casa para um colégio durante sete anos. Mas foi relativamente pacífica a minha relação com os meus pais. Porque tenho um princípio na minha vida que é resolver os meus problemas sem criar problemas a ninguém. Vim para Lisboa aos 18 anos, aí com mais liberdade. Os meus pais sempre me habituaram a conversar. Se houvesse um problema, conversávamos e as coisas corriam sempre bem... Já os meus filhos foram um bocadinho mais rebeldes do que eu. Outra geração! [risos]. Fomos uma família monoparental. Separei-me quando a minha filha mais velha tinha 10 anos e o mais novo seis e, portanto, a educação dos meus filhos foi feita praticamente toda sob a minha responsabilidade. Felizmente, tinha uma estrutura familiar de pais e empregada antiga que me ajudaram muito a viver esse período. Mas os meus filhos têm uma característica semelhante à minha. São muito autónomos desde pequenos. Planeávamos a nossa vida, falávamos das coisas e, depois, eles conseguiam fazer. Eu «controlava» no final do dia ou da semana e as coisas correram relativamente bem, eles fizeram o seu percurso de vida, são bem sucedidos. Não houve problemas de maior. Nesse aspeto, não tenho muito a acrescentar nem sou muito original. Somos uma família pacífica, solidária e autónoma. Um desejo para mudar o mundo? Alentejo, Lisboa e Minho, uma ligação forte. Que representam estes locais? Punha o coração das pessoas e a inteligência emocional a funcionar melhor. Acho que falta inteligência emocional às pessoas. Funciona-se muito com a cabeça e pouco com o O Alentejo é de mim, da minha alma, é o meu Alentejo. O Minho talvez seja a minha evasão. No Alentejo, sinto o chão telúrico, a força daquela terra, daquela paisagem 24 Para se manter fisicamente ativa… ▶▶... caminho. Não faço mais do que isso. Gosto muito de caminhar quando posso, sobretudo, caminhar na natureza e também pela cidade. Aos sábados, quando tenho mais tempo livre, vou, normalmente, para as sete colinas de Lisboa. Vou andar. Gosto muito de andar porque associo o andar à mudança, à mobilidade, à descoberta. Mas detesto ir para a passadeira queimar calorias, não tenho qualquer interesse nisso. «Se fazemos parte da comunidade, temos de fazer a nossa parte na comunidade. E isso aprende-se» de aprendizagem, de maturação. E África é também um bocadinho como o Alentejo. A terra e a paisagem têm muita força, assim como as pessoas, com a sua doçura, maneira de estar e alegria. Identifico-me muito com as pessoas. Por um lado, são doces, afáveis, simples e alegres. E trabalhei sempre com pessoas, nas sanzalas, no meio mais rural, numa empresa, numa escola. Por isso, estive sempre em contacto com pessoas de várias idades, de várias condições e, realmente, talvez aquilo que eu trago de África é este perfil de doçura, de alegria dos africanos e das relações sociais descomprometidas, abertas, felizes que as pessoas tinham. Era tudo mais simples e mais colorido. O que a faz feliz? Ter uma boa conversa e estar num sítio agradável. Coisas simples da vida. E, sobretudo, a predisposição para estar bem. Isso ajuda muito em qualquer sítio. É desprendida? Sou relativamente desprendida. Gosto dos meus confortos. Já vivi com menos e com mais dificuldades e não procuro os bens materiais em si. Procuro, sobretudo, a minha felicidade. Não poderia viver sem… que realmente me diz tudo, me puxa para a raiz, para a terra. O Minho ajuda-me a evadir um bocadinho naquelas paisagens de verdes, de montes e vales, um recanto que continuo sempre a gostar de rever. Todos os anos vou ao Minho, ver o verde. Que recordações lhe deixou o Alentejo? Os cheiros, os odores da terra, os odores das cavalariças dos animais, os odores dos alimentos, do quintal, da chegada do trabalho, da chuva quando cai na terra. Tenho muitas saudades e recordo muito os cheiros da minha aldeia, de manhã ou à tarde, mas tenho muito presente isso, muita saudade. E a passagem por África? Senti-me num país novo. Na altura, saí de Portugal, um país pequeno, contido, um país, entre aspas, velho, já não havia muito a esperar na época em que saí daqui, 1968/1969, e entrei em Angola, que era um país de todas as oportunidades em todos os aspetos. Paisagem, grandiosidade, relações humanas, oportunidades de trabalho. África estava à frente naquela época e foi um tempo muito interessante na minha vida, porque era uma jovem de 22 anos quando fui para lá. Foi uma época ótima, de crescimento, de desenvolvimento, Ver a vida com outros olhos O Clube dos Poetas Mortos é o filme da sua vida, poder-se-ia dizer. Pela cena em que o professor, interpretado por Robin Williams, incentiva os alunos a subir para as carteiras, convidando-os a ver o mundo sob uma perspetiva diferente. «Porque é preciso sairmos do quadrado», diz Joaquina Madeira, e ver mais além. Olhe, sem uma laranja. Adoro laranjas. Todos os dias como uma laranja. Mas pode-se dizer que, neste momento, sou um bocadinho dependente do automóvel, pela mobilidade, a autonomia e a possibilidade de viajar que me permite. Gosto muito de viajar, de mudanças. Um automóvel, para mim, talvez seja aquilo que corresponda àquilo que eu desejo na vida: mobilidade e autonomia. A sua vida daria um filme? Daria, mas não seria muito interessante, a minha vida tem sido relativamente pacífica, tranquila. Felizmente. Daria um filme de uma pessoa feliz. Isso talvez alguém gostasse de ver. No grande ecrã… Gosto dos filmes da Meryl Streep. Acho que ela é uma boa atriz e revejo-me muito nos papéis e nos filmes que ela faz. São filmes da vida quotidiana. Acho que ela corresponde àquela mulher que não sou e que gostaria de ser. Aquele lado artístico dela. O que gostaria de ser quando for grande? Uma pessoa reconhecida por aquilo que faz, que fez, que tenha mudado a vida de alguém para melhor. Não vou dizer que sou uma irmã de Calcutá, porque não tenho aquela paixão e aquela bondade, naturalmente, mas uma pessoa que está na vida e que contribui para a melhoria da vida de alguém ou de algumas pessoas. É isso que me interessa. O meu legado. A 25 A Raio X Da arte que ataca Rasgando o retrato que dele se faz, do artista enquanto provocador, Julião Sarmento, que é português, sendo do mundo, rejeita os rótulos e continua avesso a autorretratos. Porque o autor só pode ser aquilo que a arte é. E a doer ana rita lúcio A arte escorria-lhe pelos dedos, como uma torrente vinda não se sabe bem de onde, porque a fonte «é uma vontade antiga» e sem afluentes familiares. Ainda a tentou canalizar por entre o curso de Arquitetura, que não terminou, e os trabalhos em que foi mergulhando – desde porteiro de clubes noturnos, até fotógrafo – antes de desaguar na Secretaria de Estado da Cultura. A dada altura, porém, foi preciso estancá-la e só encontrou papel de embrulhar bacalhau. «Porque era mais barato», comprou-o às resmas e deixou o trabalho flutuar, agarrado à tinta Sabu e aos pincéis a cem escudos a dúzia. E, aos poucos, espantou-se com a «riqueza do material» que emergia. Remando contra as marés, de resto, Julião Sarmento fez sempre questão de se «adaptar às circunstâncias» e «descobrir o bom que há no mau», vício que até apanhou por causa do cinema e dos maus filmes que tanto lhe ensinaram. Pintor que nunca fez do cavalete bóia de salvação, já que «nunca lhe serviu», foi depois lutando para se conseguir manter à tona, recusando ser apenas «um artista de fim de semana». E não mais o foi, pelo menos desde 1985, quando a arte se tornou um ofício permanente. Mas mesmo agora que as artes por onde navega já rebentaram pelo mundo, continua a não se deixar arrastar pela corrente «reducionista» que rotula o seu trabalho de provocador ou gravitando em torno do sexo como «uma palavra que apaga tudo o resto à sua volta». Afinal, «há muito mais para além dele». Só não lhe perguntem o que é ser artista, porque a vida dele é «procurar coisas e não encontrá-las», e «se o soubesse, já não era». Irreplicável nos autorretratos que nunca pintou, confessa só se rever naquilo que a sua arte é. Ela que diz só poder ser um «murro no estômago. «E quanto mais doer, melhor». A atelier Num golpe de fortuna, quis o acaso que o primeiro reduto criativo de Julião Sarmento se situasse na esquina da Rua Garrett com a Rua Ivens, por cima da Casa da Sorte. O rumo da arte conduziu-o, depois, aos ateliers na Rua Passos Manuel, na sua casa do Estoril e na zona de Cabris para, finalmente, se fixar no Parque Empresarial Sintra/Estoril. A morada onde o artista e o homem se encontram fecha-se como uma divisão de acesso reservado. «No nosso quarto, não entram todas as pessoas. Isto é o meu quarto». 26 Nova Iorque Ele que já expôs por todo o mundo e viajou outro tanto, sem deixar de voltar sempre ao país natal, encontrou a sua terra metade do outro lado do Atlântico. Na Big Apple, continua a sentir-se em casa, «já que lá não há estrangeiros, é uma terra de estrangeiros». Porque, perante Nova Iorque, «o resto é conversa», gostava de assentar por lá, um dia, se pudesse. Um verdadeiro melting pot cultural, a cidade conquistou-o pela «capacidade de demonstrar entusiasmo pelas coisas: há sempre alguém interessado no que se faz». E pelo céu, nada menos do que «fantástico». exposições Cartas No tempo em que não havia telemóveis e os telefones eram ainda uma miragem cara, nem mesmo as distâncias o impediram de comunicar com o mundo. O diálogo que sempre procurou com artistas de outras latitudes, conseguiu-o através da troca de cartas, «um ritual» ao qual se dedicou durante anos a fio. A extensa lista de remetentes desta tradição «epistolar» que lhe «abriu portas», valeu-lhe, também, um rol de amizades cuja memória se guarda no centro de documentação próprio. mulheres Se a sua arte se deixou povoar por elas, talvez assim tenha acontecido porque são «imensas» as figuras femininas que lhe foram pincelando indelevelmente a vida. Primeiro, a tia Amélia, irmã do pai, que não tinha filhos e se dedicou a Julião. Uma mulher à frente do seu tempo, «absolutamente extraordinária», fundamental na formação do sobrinho enquanto ser humano, a quem ele vendeu o primeiro quadro, em 1969. Depois, a prima que o ensinou a «olhar para as mulheres de outra maneira». Um olhar capturado, ao longo de quatro décadas, pelo foco da objetiva, em mais de seis mil retratos feitos «sem qualquer interesse artístico» às mulheres com que se foi cruzando. E que lhe valeu um livro com 75 fotografias, 35 mulheres e 42 anos e duas exposições, num projeto a quatro mãos com o crítico, teórico e professor de fotografia Sérgio Mah. Porque as fronteiras foram sempre para ele débeis traços, a arte de Julião Sarmento está, constantemente, à procura de «novos destinos». Primeiro artista português a merecer um artist room na Tate Modern, em 2010, tem por hábito «voltar regularmente» ao prestigiado museu londrino. Curiosamente, onde também volta sempre que pode é a um pequeno museu belga, perto de Gent, por haver uma «grande empatia» entre ele e o diretor: «tão simples quanto isto». artistas «Apreciador compulsivo de arte» confesso, Julião Sarmento resiste a nomear outros artistas que o tenham marcado, por temer o risco de deixar alguém de fora. «Para não ferir suscetibilidades», exemplifica com os que já se foram. «Gosto do Manet, mas também do Mondrian e do Vermier. São tantos e para mim tão importantes que não posso eleger dois ou três.», justifica. Check-up Julião Sarmento 1 Predestinado obra O «clichê horroroso» é-lhe inevitável ao admitir que os trabalhos que assinou são «como filhos», porque saíram dele. No entanto, existem aqueles que lhe apelam mais de perto ao coração, como o holograma que expôs na Bienal de Veneza, «porque custou imenso a fazer» e ficou a dever a existência à «teimosia» do artista e «ao génio de dois cientistas, um americano e outro russo». Inspirado pela saga Star Wars, esculpiu uma mulher«completamente virtual e tridimensional» projetada numa imagem holográfica. objeto mundo Saltar para as páginas das revistas Art Fórum, Art in America ou mesmo da Time ou Newsweek era uma viagem cultural que estava vedada à maioria nos tempos «cinzentos» da ditadura, mas não para Julião Sarmento e para o colega e amigo Fernando Calhau, que para ela embarcavam na biblioteca da embaixada norte-americana, a poucos passos do Liceu Camões. As estadias, tarde adentro, «consultando e vendo coisas», levaram-no a «perceber que, na realidade, o mundo não é isto. É isto e muito mais». Desapegado das ferramentas a que recorre, o artista plástico rendeu-se a apenas uma: um «desagrafador», comprado por acaso. Estava numa loja de ferragens, em Milão, quando um vendedor ambulante tentou impingir ao dono da loja «umas máquinas estranhíssimas com uns bicos para tirar agrafos». Julião, que precisa de agrafos, tanto quanto de pincéis, não hesitou e trouxe um exemplar, entretanto extraviado. Ainda hoje lamenta a falta que lhe faz a peça «one of a kind». Embora a arte não lhe corresse nas veias, por não haver nenhum antecedente na família, cedo lhe correu na vontade. «Desde que me lembro de pensar que tive sempre essa ideia fixa.» 2 Curioso Do jovem que, na embaixada norte-americana, devorava tudo o que viesse de fora, ao artista feito que «continua a procurar». Julião Sarmento Natural de Lisboa Nascimento 04/11/1948 Interesses Fotografia, cinema Vida profissional Artista plástico 3 Determinado Apesar de ter posto mãos à obra nas mais variadas profissões, a arte nunca lhe saiu da cabeça. Estava determinado a não ser mais um «artista de fim de semana». 4 Amigo Colecionador de amizades, viu os esboços de uma das primeiras serem traçados muito cedo. Foi no primeiro dia de escola que conheceu Fernando Calhau – já falecido –, que viria a ser seu parceiro artístico. 5 Grato Perante o reconhecimento que lhe chega dos quatro cantos do mundo, responde com um sorriso rasgado e um agradecimento sincero. «Toda a gente gosta de ser apreciada, é preciso ser-se muito tonto para não ficar contente com isso.» 6 Inconformado Porque os rótulos não se lhe colam à pele, muito menos à obra, irrita-o que chamem à sua arte «provocadora», por ser uma apreciação redutora. «Eu acho que sou muito diferente daquilo que as pessoas pensam de mim.» Artista dos sete (ou mais) ofícios, já se entregou à pintura, à fotografia, à instalação , ao vídeo, ao desenho – e a lista pode não ficar por aqui.Porém, Julião encara-os, apenas, como meios para chegar a um fim, que é sempre a arte. «O que me interessa é onde eu chego», garante. 27 E Família A qualidade da vida sexual Preservar a atividade sexual pode adicionar anos à sua vida Teresa Paula Marques, Psicóloga Clínica A necessidade de intimidade não tem idade e os estudos confirmam que podemos desfrutar dos prazeres do sexo durante toda a vida. Naturalmente que a qualidade muda, mas não necessariamente para pior. Um sénior já adquiriu experiência que lhe permite saber muito claramente as suas preferências sexuais. Além de tudo, as pessoas mais velhas costumam ter mais autoconfiança e autoconsciência, porque, numa idade mais avançada, já nos libertámos dos ideais (muitas vezes irreais) de juventude. Com filhos já crescidos e com vidas profissionais menos exigentes, os casais são, agora, mais capazes de relaxar e de se apreciarem mutuamente. Certo é que manter a atividade sexual durante toda a vida tem repercussões muito positivas, tanto ao nível da saúde física como psicológica. Está provado, por exemplo, que facilita a circulação sanguínea, propicia que sejam queimadas gorduras e que se libertem endorfinas, que reduzem drasticamente a ansiedade. 28 Comunicar com o parceiro À semelhança dos corpos, também as emoções mudam com o tempo. Assim sendo, nesta fase da vida, a comunicação entre os parceiros torna-se absolutamente fundamental. É importante que haja partilha de pensamentos, medos e desejos. No princípio, poderá ser di- SEXUALIDADE NÃO SE RESUME AO SEXO ▶▶A sexualidade humana não se limita ao ato sexual. Mesmo perante algumas limitações físicas da idade ou dores associadas a doenças que, entretanto, tenham surgido, não dê como encerrada a sua vida sexual. Tenha presente que o sexo e a intimidade podem ser expressos de muitas maneiras, entre as quais o prazer emocional, sensorial e de relacionamento. A relação sexual é apenas uma de entre muitas formas de obtenção de satisfação sexual. Nesta fase da vida, o mais importante é a qualidade e não a quantidade e, nesse sentido, tocar, beijar ou acariciar pode ser, igualmente, compensador. fícil conseguir à-vontade para abordar esta temática, mas tenha presente que uma melhoria na comunicação vai criar um clima de cumplicidade que, depois, se repercute numa sexualidade mais gratificante. Faça uso do humor, das suaves provocações para aliviar o clima. Seja honesto, uma vez que a honestidade fomenta a confiança e permite que ambos relaxem. Partilhe os seus sentimentos e emoções, dizendo ao parceiro como se está a sentir e o que espera de uma vida sexual. Explique o que o faz estar ansioso, por exemplo, se se sente inseguro com as alterações corporais e tem receio de parecer menos atraente. Pode ser que até deseje ter novas experiências. Então, por que não as assumir? Quem sabe se o seu parceiro tem os mesmos desejos e não os conseguiu exprimir até esse momento? É sabido que, nas gerações mais antigas, o sexo era um assunto tabu, mas falar abertamente sobre as suas necessidades, desejos e preocupações cria um clima de cumplicidade que vai ajudar a desfrutar do sexo e da intimidade. E Beleza Atraente em todas as idades É possível irradiar beleza e jovialidade pela forma de sentir e de estar. O envelhecimento tem marcas físicas que é possível minimizar. O mais importante é sentir-se autoconfiante O PAULA DE LACERDA TAVARES s efeitos do envelhecimento são encarados, pela maioria das pessoas, como marcas da idade. E, sejamos francos, estas não são propriamente do agrado da maioria, em especial das mulheres, para quem a sociedade ocidental é, sobretudo, muito exigente em termos de beleza e de juventude, com padrões qualitativos de se parecer muito bem, independentemente da idade. É, portanto, provável que, por isso mesmo, os inevitáveis sinais da passagem do tempo em cada um sejam encarados como defeitos, aspetos degenerativos e negativos na sua aparência. Gran- de parte deles passam por alterações capilares, rugas de expressão que se acentuam, pele com perda de elasticidade, envelhecida, com manchas, e mais uma série de sinais corporais (celulite, flacidez, má circulação, perda de flexibilidade e de energia) que denunciam o avançar dos anos. Tudo isto, muitas vezes, se resume a uma grande questão de que, humoristicamente, muitos se queixam: a lei da gravidade. Por muito natural que se entenda que, com o avançar da idade, surgem os seus sinais inerentes, torna-se absolutamente tentador avaliar toda uma vasta oferta de soluções que se encontram disponíveis no mercado. A começar pelos cremes, pelos tratamentos profissionais em clínicas de beleza, e até recorrer a processos mais radicais e mesmo algo dispendiosos, como face liftings, aplicação de botox, tratamentos dermoabrasivos, tratamentos de celulite, lipoaspirações, implantes mamários e nas nádegas, peelings químicos… Enfim, uma parafernália de soluções antissinais da idade. As soluções de beleza e do «apagar» de traços da idade existentes na atualidade são cada vez mais eficazes. É verdade que muitos reduzem e melhoram significamente esses problemas. Alguns tratamentos e recuperações mais dolorosas e morosas, como as cirurgias plásticas estéticas, implicam também riscos, pois algo pode não ficar tão bem quanto o desejável. Porém, para muitos, vale a pena arriscar pela recuperação da figura, para outros, nem tanto. Cada pessoa deverá conhecer os seus limites e necessidades. Mas vamos ao que importa: é certo que todos estes sinais de envelhecimento provocam nas pessoas sentimentos complicados e uma maior insegurança quanto à sua aparência. Tanto assim que é enorme a quantidade de publicidade que apela à beleza, à jovialidade e à magreza, constituindo o ideal da aparência. O maior segredo, até defendido pela sex symbol Rachel Welch, é aceitar e saber diferenciar e potenciar o que cada idade tem de positivo e de negativo. Com mais de 70 anos, a diva irradia boa disposição, energia e uma beleza interior que a colocam num estado de distinção e elegância na sua forma de estar e de comunicar. Se se nota a idade? Claro que sim, mas a sua atitude faz com que rugas, celulite ou flacidez sejam detalhes perante uma maturidade realmente muito bonita. E cinco atitudes anti-idade Quando se fala de beleza, o seu grande segredo parece resumir-se a conhecer-se, ter uma aparência saudável e transparecer o que de melhor cada idade tem. • Analise o que gosta e não gosta em si. Coloque como objetivo ultrapassar pensamentos e emoções depreciativas. Comece, etapa por etapa, a aprender a viver como é e a sentir-se melhor com isso. • Avalie o que poderá fazer para melhorar o que não aprecia no seu corpo. Informe-se e mime-se com os cuidados que lhe parecerem mais adequados, sempre com a noção de que está a dar atenção e a cuidar de si o melhor que pode. E sim, escolha uma atividade física, como a ginástica ou o ioga. • Valorize as suas melhores características, apoie-se em pessoas que a conhecem e que a podem ajudar a aumentar a sua autoconfiança. • Crie o seu próprio estilo de forma a transmitir como é interiormente, conseguindo, assim, uma imagem de harmonia entre o corpo e a mente. • Sinta-se feliz com cada conquista do seu amor-próprio e transmita essa alegria e confiança. Só assim poderá irradiar o melhor de si. E Já conhece a Blossom? Sente-se confusa relativamente ao tipo de roupa a usar? Veste apenas parte da roupa que tem no armário? A Blossom tem resposta para estes problemas. Trata-se de uma empresa que atua na área da consultoria de imagem e da formação, que acompanha a descoberta do seu estilo, fazendo com que a sua imagem seja única, autêntica e especial. A Blossom apresenta uma vasta gama de serviços, como a análise de estilo e de cor, o personal shopping e o closet restyling. Os seus objetivos são tidos em conta, assim como o seu gosto, orçamento e estilo de vida. Assim, fará compras mais informadas, o que melhorará a sua aparência e facilitará a escolha da roupa e acessórios, evitando erros caros e desnecessários. Ganhará mais confiança na sua imagem, pois saberá tirar o melhor partido de si e do seu estilo. A Blossom disponibiliza, também, workshops individuais para noivas (Bride to Be) e de automaquilhagem e, ainda, dois workshops de Estilo Pessoal para grupos. Os titulares dos cartões Caixa Activa têm direito a 20% de desconto nos serviços de Gabinete de Imagem. 29 E Saúde O cancro mais fácil de prevenir O cancro do cólon e do reto, algumas vezes designado por cancro do intestino, é o mais frequente em Portugal e o responsável pelo maior número de mortes. Porém, a prevenção é possível e eficaz. O rastreio é o primeiro passo A tualmente, verificam-se, por dia, em Portugal, dez mortos por cancro do cólon e do reto (CCR) e cerca de 25 novos doentes. Estes números traduzem uma subida da mortalidade global, superior a 50 por cento nos últimos 20 anos; para o mesmo período, a mortalidade por todos os tumores malignos aumentou cerca de 20 por cento. «Esta é a dimensão do problema que exige a necessidade urgente de ser enfrentado com ações concretas e esclarecidas», afirma Carlos Nobre Leitão, gastrenterologista e diretor clínico do Hospital dos Lusíadas, em Lisboa. Em 2000, o então presidente dos EUA, Bill Clinton declarou que «a arma mais eficaz para derrotar o cancro do cólon e do reto é a deteção precoce e o tratamento. O rastreio do cancro deve tornar-se parte da rotina dos cuidados preven- 30 tivos de saúde para qualquer pessoa com mais de 50 anos. Incentivo os prestadores de cuidados de saúde, políticos e cidadãos a ajudarem a sensibilizar o público para os riscos e os métodos de prevenção e a usar o poder do nosso conhecimento para derrotar esta doença silenciosa». «Esta proclamação definiu o primeiro apoio de um governo ao rastreio», recorda Nobre Leitão, referindo que, «naturalmente, na base deste discurso, estiveram estudos de natureza científica e de natureza económica». Na realidade, múltiplos estudos com diferentes métodos de rastreio evidenciaram uma significativa redução da mortalidade por CCR nas populações rastreadas e uma relação custo-benefício altamente favorável. Segundo o gastrenterologista, os fatores determinantes no pensamento estratégico subjacente ao desenvolvimento do rastreio são: o cancro do intestino é o cancro com maior incidência RASTREAR É EVITAR A DOENÇA ▶▶Recomendável a toda a população acima dos 50 anos; ▶▶O alvo principal do rastreio é o pólipo, pelo que aquele deve fazer-se com colonoscopia para remoção de todos os pólipos existentes; a periodicidade é, em geral, a cada cinco anos; ▶▶Na presença de antecedentes familiares de cancro do intestino, a idade de início e a periodicidade do rastreio deve ser adequada a cada caso concreto. familiar; a doença observa-se, em geral, acima dos 50 anos, com uma frequência semelhante em ambos os géneros; antes que a doença se desenvolva, existe, durante um longo período, um precursor benigno que, em geral, se designa por pólipo. Em teoria, a remoção de todos os pólipos, que se faz sem recurso a cirurgia, determinaria o quase desaparecimento da doença. EVITAR A DOENÇA «O rastreio do cancro do intestino é, naturalmente, um ato médico», esclarece Nobre Leitão, e «deve ser adequado à idade e aos antecedentes familiares e feito sem ansiedade ou angústia, pois, ao contrário de outros rastreios, da mama e do colo do útero, por exemplo, o alvo do rastreio é uma lesão benigna, o pólipo, que, uma vez removido, determina que aquele doente veja reduzida a probabilidade de ter cancro do intestino em cerca de 90 por cento». Na realidade, o recurso à colonoscopia, que tem como alvo o rastreio do pólipo, é uma verdadeira atitude preventiva. O objetivo não é fazer o diagnóstico da doença na fase inicial, mas, antes, reduzir significativamente o número de novos doentes. Esta é a especificidade do cancro do intestino. A colonoscopia é o procedimento corrente usado para avaliar o intestino grosso e a arma mais eficaz no combate ao cancro do intestino. «Existem, no entanto, algumas barreiras à colonoscopia», explica o gastrenterologista. «É um método invasivo, exige sedação e está associado a complicações eventualmente graves. Também alguns doentes são relutantes a este método, por medo ou por inibição psicológica. Reconhecemos estes constrangimentos, mas sabemos que é possível executar a colonoscopia sem qualquer desconforto», garante. FALAR É DESMISTIFICAR Têm-se realizado muitas iniciativas para melhorar o conhecimento da população e dos profissionais de saúde sobre os benefícios do rastreio. «Sabemos ser necessária uma constante promoção das atividades preventivas. “Prevenir é saber viver” é o slogan que a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva escolheu para o tema da prevenção do cancro do cólon e do reto», afirma Nobre Leitão. «A medicina COMO FUNCIONA A CÁPSULA? Semelhante na forma e nas dimensões a um comprimido, fácil de engolir, a videocápsula possui duas câmaras, uma em cada extremidade. Cada câmara tem uma angular de 172º, o que possibilita uma imagem de quase 360º. Capta entre quatro a 35 imagens por segundo, em função da velocidade de deslocação no intestino, o que determina uma franca melhoria na qualidade da imagem obtida. As imagens da videocápsula são transmitidas para um dispositivo de registo que o doente transporta consigo durante 24 horas; este dispositivo emite sinais sonoros, vibratórios e mensagens escritas que alertam o médico, ou o doente, de como o exame está a decorrer. Finda a observação, as imagens são facilmente transferidas do dispositivo de registo para um computador com uma aplicação específica, que permite a observação dos vídeos efetuados pela videocápsula durante o seu trajeto no intestino. preventiva é muito distinta da medicina curativa ou clássica e tem muitos constrangimentos ao seu desenvolvimento. Na medicina clássica, curativa, é o doente que, perante o aparecimento de queixas, procura o médico. Este, após ouvir o doente, elabora o diagnóstico e, posteriormente, define a terapêutica. Na maioria das vezes, o doente sente, de imediato, os benefícios desta medicina e tem uma noção objetiva da sua utilidade», explica. «É uma prática médica muito privada, íntima, entre o doente e o médico, que, no espaço e no tempo da consulta, procura a solução para os problemas que afetam o doente que lhe pediu ajuda. Na medicina preventiva, pelo contrário, é o médico que procura o cidadão saudável, no sentido de lhe transmitir a informação necessária que o faça aderir a um determinado exame ou teste para o rastreio de determinada doença. Em regra, a utilidade do rastreio exige que o teste se faça de forma regular ao longo de um determinado período da vida.» Segundo Nobre Leitão, a maioria dos cidadãos, no exame de rastreio, tem um resultado normal e, por isso, não sente diretamente os benefícios daquela atitude. «Os benefícios do rastreio sentem-se na comunidade. É necessário monitorizar, de forma rigorosa, não só a frequência da doença, mas também a fase em que se faz o diagnóstico e a mortalidade que ela induz. É da interpretação conjugada daqueles dados que a comunidade se apercebe dos benefícios do rastreio.» Para o especialista, «o grande obstáculo para o rastreio está dentro de todos e de cada um de nós. Exige-se, pois, uma ação continuada de educação e de esclarecimento. O desleixo desorganizado que nos caracteriza, associado a um otimismo desajustado, o “só acontece aos outros”, contribuem negativamente para a adoção de atitudes preventivas». O FUTURO A grande frequência do cancro do cólon e do reto e a possibilidade de esta doença poder ser evitada pelo rastreio e ser facilmente curável nas fases iniciais determinaram o aparecimento de campanhas de prevenção do cancro do intestino um pouco por todos os países ocidentais e promoveu a colonoscopia como o método-padrão mais eficiente para este objetivo. Porém, «as restrições para a colonoscopia encorajaram os investigadores na pesquisa de novos métodos para observar o intestino grosso e, assim, surgiu a videocápsula do cólon», observa Nobre Leitão, acrescentando que «se existe um pólipo, é necessário executar uma colonoscopia para a sua remoção, mas sabemos também que, em ambiente de rastreio, a frequência com que se encontram pólipos é de cerca de 15 a 20 por cento dos doentes». Com o recurso à cápsula do cólon, 80 por cento dos doentes de rastreio estariam dispensados de fazer a colonoscopia. «A Gastrenterologia do Hospital dos Lusíadas dispõe deste novo método de diagnóstico, que representa uma inovação significativa e mais um complemento dos meios existentes para evitar o cancro do intestino e contribuir para um muito menor número de mortes por esta doença.» E Cartão HPP Saúde. O cartão de crédito HPP Saúde (1) permite a identificação dos Clientes nas unidades HPP Saúde, proporcionando-lhes condições especiais, nomeadamente descontos até 20% e a possibilidade de fracionarem os pagamentos efetuados nestas unidades com taxas de juro diferenciadas (2). Conheça todas as vantagens que este cartão lhe proporciona na área da saúde em www.cgd.pt. TAEG de 26,4% para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 21,00%. TAEG de 11,6% na modalidade de pagamentos fracionados, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 9,0%, prestação mensal de 131,63 euros e um montante total imputado ao consumidor de 1590,58 euros. (1) (2) 31 E Bem-estar Quando a casa dos avós se transforma numa creche Uma grande ajuda para os pais, mas que deve trazer benefícios para todos Teresa Paula Marques, Psicóloga Clínica O s avós do século XXI têm mais saúde e dispo sição do que os de antigamente, o que faz com que assumam mais compromissos. Se acres centarmos a esta evidência a vida agitada das famílias, assim se explica por que os avós são cada vez mais chamados a ajudarem os filhos a tomarem conta dos netos. O convívio, sem dúvida alguma, tende a ser saudável para toda a família, desde que haja cuidado para não sobrecar regar nenhum dos lados. Antes de pedir ajuda aos avós, é importante verificar se estes têm disponibilidade física e mental para assumirem este compromisso. É que, noutro tempo, assumia-se que o papel dos avós consistia em dar mimos e ser permissivo em termos de regras. Atualmente, o cenário não é bem esse. Existem casos em que os avós substituem literalmente os pais, pelo que há a necessidade de imporem regras. Algumas vezes, essas regras vão con flituar com as que são ditadas pelos pais, mas, nesse caso, há que estabelecer um diálogo entre gerações, com vista a entrar em acordo quanto às linhas mestras da educação. BENEFÍCIOS PARA TODOS As pesquisas mostram que aqueles que tomam conta dos netos apresentam uma maior probabilidade de se man terem fisicamente ativos nos anos seguintes. Estar perto de filhos ou netos tem efeitos extremamente positivos sobre a saúde física e mental dos mais velhos. Contudo, não caia na tentação de manter os seus netos dentro de quatro paredes. À partida, até pode parecer mais seguro, mas também em casa existem perigos e a criatividade de uma criança entediada não tem limites! Assim, se conta bilizarmos os benefícios e os perigos do exterior, veremos que todos ficam a ganhar com um passeio no parque. À tardinha ou durante a manhã, alturas em que o Sol não está tão quente, há que aproveitar para os levar a passear. Além do exercício físico, as saídas propiciam o convívio com outras crianças e, também, o conhecimento de novos ambientes. Uma criança que, desde pequenina, é habituada a frequentar exposições ou a ir ao teatro, por exemplo, mais facilmente desenvolverá o gosto pelas artes. Nesse sentido, os avós desempenham, também, um importante papel ao proporcionarem essas experiências, já que têm mais tempo disponível do que os pais. Para os que vivem no campo, o contacto com a natureza é, igualmente, interessante e muito rico para o desenvolvimento dos mais pequenos. Perceber o ciclo da vida, através da observação dos animais e das plantas, encanta as crianças. E PONDERE OS PRÓS E CONTRAS ▶▶Como é certo e sabido, ter uma criança em casa não é tarefa fácil e o facto de ser avô não o obriga a estar, em permanência, com os seus netos. Posto isto, seja realista e, se não se sente capaz de assumir essa responsabilidade, quer em termos físicos, quer psicológicos, diga-o abertamente. 32 Essa decisão não faz de si um/uma pior avô/avó. Neste momento, cuidar dos netos é opcional e tem de lhe acrescentar algo de positivo aos seus dias e à vida dos seus netos e filhos. Se não for o que está a acontecer, enfrente essa realidade e altere-a. anotações BestKIDS & Teens A BestKids &Teens (www.bestkids.pt) tem por missão desenvolver em cada criança, adolescente ou jovem o melhor de si próprio. Contribui para o seu enriquecimento pessoal e emocional, através do reforço da autoestima, confiança, otimismo e inteligência emocional. Atividades organizadas: - Centro de estudos, formação e explicações; - Ocupação de tempos livres; - Festas de aniversário (crianças, adolescentes ou jovens); - Festas e eventos infantis (empresas, casamentos, batizados); - Coaching e Atividades Pais & Filhos; - Formação e workshops; - Saúde e bem-estar; - Programas de férias de verão (inscrições já abertas). A BestKids & Teens oferece aos titulares dos cartões Caixa Activa 10% de desconto * nos seus serviços e 30% de desconto no valor da inscrição em programas de férias. * Exceto programas de férias, explicações, saúde e bem-estar. Não acumulável com outras promoções. Viver melhor E Em boa companhia Travar a solidão e o isolamento depende muito de primeiros passos, especialmentes dos seus. Não hesite helena estevens S olidão. A palavra tabu que todos gostaríamos de evitar. Ou «a maior pobreza», de acordo com a Madre Teresa de Calcutá. Evitá-la, mais do que uma necessidade, deve ser uma prioridade. Sobretudo, porque, ao contrário de muitas outras que não podemos controlar, esta pode rapidamente ficar ao alcance das nossas mãos. Basta estendê-las e dar o primeiro passo. Agenda social, precisa-se Uma vez que este é o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, há que aproveitar a inspiração e expandir o seu leque de atividades sociais. Centros comunitários, câmaras, juntas de freguesia e até igrejas ou paróquias são, atualmente, locais ideais para começar a procurar. As iniciativas são muitas e variadas, adaptando-se facilmente aos diferentes gostos, necessidades e aptidões. Das aulas de cerâmica às de dança ou línguas, o difícil pode ser mesmo escolher. Além da oportunidade de aprendizagem, permitem um convívio saudável e o conhecimento de outras pessoas. Proporcionam, ainda, a «desculpa» perfeita, ou a motivação extra, se preferir chamar-lhe assim, para sair de casa e apanhar ar. As universidades para seniores ou de terceira idade constituem, igualmente, uma boa opção. Com uma vasta oferta de aulas – História de Arte, Filologia, Joalharia, Internet, Ginástica, Literatura, Aguarela, entre outras –, são outra hipótese a considerar. A participação em atividades de voluntariado permite manter-se ativo e, melhor que tudo, sentir-se útil, ao mesmo tempo que se envolve na comunidade. Visitar pessoas com mobilidade reduzida que vivam sozinhas, ajudar na recolha de alimentos para pessoas menos afortunadas, contribuir com a sua experiência profissional para ajudar instituições de solidariedade... Enfim, há todo um leque de atividades a considerar. Se gosta de animais, por exemplo, oferecer a sua ajuda num canil é algo a considerar. Pode passeá-los ou ajudar na sua higiene. Se se sentir só ou conhecer alguém nesta situação, por exemplo, ou desejar voluntariar-se, a Bolsa de Voluntariado da CGD e a Entrajuda (www.cgd.pt/institucional/Banco-Social/Voluntariado), a Santa Casa de Misericórdia (www.scml.pt | 213 235 000 – contactos de Lisboa), a Associação Coração Amarelo (http://www.coracaoamarelo.org | 217 958 167), a Do Something (www.dosomething.pt | 213 868 404) ou o site do Voluntariado (www.voluntariado.pt), entre outros, são contactos a reter – e Seja Voluntário ▶▶A Caixa tem vindo a sensibilizar colaboradores e comunidade para o voluntariado, registando, em 2011, mais de 33 mil horas de trabalho voluntário. As mais-valias destas iniciativas de cariz social são muitas: quem precisa sente-se acompanhado, sorri e agradece; quem auxilia fica com a sensação de dever cumprido. Os testemunhos e resultados são visíveis: além da aquisição de novos interesses e da realização pessoal, os novos contactos e a troca de experiências de vida são muito gratificantes. Aceite este desafio e inscreva-se na Bolsa de Voluntariado, uma ferramenta da Entrajuda que faz a ponte entre os interesses e a disponibilidade dos voluntários. Saiba mais em www.bolsadovoluntariado.pt. a fazer, claro, sem constrangimento. Há, igualmente, programas que lhe permitem partilhar a sua casa com estudantes universitários. Informe-se! Se estiver reformado, de certeza que os dias se tornaram um pouco maiores, agora que não tem horário de trabalho a cumprir nem filhos a necessitar de cuidados. Por que não reatar o contacto com velhas amizades, colegas que não vê há já alguns anos, precisamente porque o tempo livre era limitado? O telefone e as redes sociais são um bom ponto de partida para os encontrar. Uma ou outra partida de cartas, um lanche numa esplanada, a desfrutar da companhia e do bom tempo, a visita a uma exposição ou museu, uma boa jantarada a reviver os bons momentos. Garantidos estão alguns sorrisos e gargalhadas. Conhece melhor forma de alegrar a alma? Um hobby à medida Não respondem de volta, mas são uma boa companhia. Tocar um instrumento, pintar, escrever, ler, jardinar ou dedicar-se aos bonsai são coisas que pode fazer. Se quiser juntar o útil ao agradável, pode formar um clube de crochet ou tricot, reunindo um grupo em sua casa (pode ser rotativo) para trabalhar, partilhar técnicas e companhia, claro. E quem diz tricot, diz leitura ou xadrez ou outra atividade de que goste. E Cartão Farmácias Portuguesas O cartão Farmácias Portuguesas (1) permite-lhe a acumulação de pontos na aquisição de serviços farmacêuticos e produtos (exceto medicamentos sujeitos a receita médica) nas farmácias aderentes ao programa. Os pontos acumulados podem ser trocados por serviços e produtos constantes na publicação do programa. Além destas vantagens, beneficia, ainda, do diferimento das compras efetuadas nas farmácias aderentes até 135 dias (plano específico de três meses), sem quaisquer encargos de juros (válido apenas para compras iguais ou superiores a cinco euros). Conheça melhor esta oferta em www.cgd.pt. (1) TAEG de 22,4 % para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50 %. 33 E Desporto Conversas com o mar A sua prática traz bem-estar e tranquilidade e conduz a um mundo de silêncio onde a beleza é palavra de ordem. O mergulho é uma das modalidades que obriga a regras de segurança mais apertadas, mas traz consigo experiências únicas e benefícios para a saúde catarina vilar T udo começa por se ser um bom nadador. Estar totalmente ambientado na água e gostar de todos os desafios que o mar pode trazer é o fator número um a ter em conta antes de se pensar iniciar a prática do mergulho. Com esta premissa garantida - e quando se quer passar pela experiência de ter os peixes como vizinhos temporários - tirar um curso é o passo que se segue. Se saber nadar é essencial, importa não desvalorizar a boa condição física, não ter ataques de pânico frequentes e flutuar bem. Barcos, navios comerciais e de guerra, canhões, grutas que escondem paraísos. Há vistas subaquáticas para todos os gostos ao largo da costa portuguesa. Quer pretenda uma aula de história ou de biologia marinha, esta é a actividade certa a escolher. Reza a história que o padre italiano Giovanni Borelli foi o primeiro homem a mergulhar com segurança, 34 em 1679. Tinha um fato impermeável feito de couro e untado de sebo. piratórios precisam do aval médico para o praticar. Tenha em conta que problemas cardiopulmonares, asma, obesidade, ansiedade, Elixir da juventude depressão grave, claustrofobia e diabetes são No que se refere a benefícios, o mergulho alguns dos contras que podem impedir a sua parece uma verdadeira pílula de saúde. O prática. Desta forma, um médico especialista contacto com a água e a contemplação em mergulho será o mais indicado para submarina são dois ingredientes este diagnóstico. Uma vez acauinfalíveis para aliviar as tensões, teladas todas estas questões - e Zoom mas os seus benefícios vão além com carta verde para se deixar Não há limite de idade para do fator anti-stress. Verifica-se encantar com as profundezas mergulhar, desde uma melhoria da capacidade do mar -, esta é uma atividaque se sigam as cardiorrespiratória, muscular de para toda a vida, pois não recomendações específicas para este e mental. Claro que, antes de há limite de idade para merdesporto. se imaginar com um escafandro gulhar, desde que se sigam as na cabeça, tem de ter em consirecomendações específicas para deração alguns cuidados de saúde. este desporto. Uma consulta médica é fundamental, pois este desporto exige do organismo uma maior Agora escolha! capacidade cardiopulmonar, razão pela qual Existem dois grandes tipos de mergulhos: pessoas com problemas cardíacos ou res- em apneia - o mais simples, onde o Tome nota GLAUCA mergulhador não usa equipamentos para respiração subaquática; SCUBA, com botijas de gás pressurizado. Este último requer o acompanhamento de técnicos especializados, pois quer o manuseamento do material, quer o domínio da técnica e da fisiologia básicas exigem conhecimentos precisos. Qualquer uma destas formas deve ser segura para pessoas saudáveis, sempre dependendo do nível de dificuldade e profundidade do mergulho. Se a modalidade mais abrangente é o mergulho livre, que permite explorar as águas de qualquer ponto, sem objectivos específicos e sem o acompanhamento de um instrutor, é obrigatório, antes de mais, aprender. Regra geral, a iniciação ao mergulho livre tem sempre uma parte prática e outra teórica. Numa primeira fase, as aulas práticas são dadas em piscina e os alunos têm de aprender a dominar o equipamento (a botija, o respirador, a máscara e as barbatanas) e a respirar convenientemente. Só depois vão para o mar. Por norma, os cursos são elaborados em módulos. Do ponto de vista físico, exige-se uma boa capacidade aeróbia, ter força nos membros inferiores e conseguir mergulhar em apneia, quer na piscina, quer no mar. Do ponto de vista técnico, é importante saber nadar e mergulhar com barbatanas de mergulho. Devido à grande facilidade para se desidratar é recomendado um redobrado consumo de água antes do mergulho. São procedimentos básicos para que consiga tratar o mar como seu amigo. E A escola de mergulho Glauca disponibiliza vários cursos e programas de mergulho, em piscina ou no mar, desde o nível básico ao profissional. A idade mínima para frequentar estes cursos é de dez anos, mas, a partir dos oito, as crianças podem viver as primeiras emoções debaixo de água, numa experiência inesquecível realizada em piscina. São formados mergulhadores seguindo os mais elevados padrões de qualidade impostos pelas agências reconhecidas mundialmente e com as quais a Glauca trabalha: a Scuba Diving International, a Technical Diving International e Professional Association of Diving Instructors. Desta forma, as certificações atribuídas são reconhecidas em qualquer parte do globo, podendo os mergulhadores que as obtenham praticar a atividade, em Portugal ou no estrangeiro, sem qualquer restrição além do grau de certificação. Os titulares dos cartões Caixa Activa têm 10% de desconto nos cursos e 5% nos equipamentos. 35 E Nutrição check list Os poderes do superovo CONTROLO DE PESO A proteína de alta qualidade do ovo permite-lhe não só uma maior sensação de saciedade como também mais energia, o que contribui para a manutenção de peso saudável. MAIS «MÚSCULO» A proteína de alta qualidade pode ajudar os adultos ativos a aumentarem a força muscular e prevenir a perda de massa muscular nos idosos. DESENVOLVIMENTO CEREBRAL O poder do ovo Cozidos, escalfados, estrelados, mexidos, rotos, em omelete ou tortilha, os ovos, além de uma mais-valia na cozinha, são essenciais numa dieta saudável. Conheça este superalimento U helena estevens m dos alimentos com maior densidade nutricional, o ovo é uma excelente fonte de proteína de alta qualidade, de vitami nas e minerais essenciais para uma boa saúde. E tudo isto por cerca de 80 calorias a unidade. Nada parece impedir, portanto, o seu consumo diá rio, desde que não se exceda a dose recomendada, ou seja, um. Sobretudo porque, além de se encontrar com bastante facilidade, permite a reinvenção dos mais variados pratos, independentemente de ser ou não o protagonista. Bom demais para ser verdade? Parece, mas mes mo que esteja a pensar no colesterol, não tem de se preocupar. Estudos recentes vieram demonstrar que o colesterol contido nos ovos não se repercute significativamente na saúde. Somente um terço, aproximadamente, do colesterol presente no san gue provém daquilo que se come. O mesmo já não se poderá dizer da gordura saturada, pelo que, se se restringir o consumo desta última, não deverá haver problemas em inserir um ovo diariamente na alimentação para a maioria das pessoas, se aliado a uma alimentação saudável e equilibrada. 36 A gema do ovo é uma excelente fonte de colina, nutriente essencial que contribui para o desenvolvimento cerebral dos fetos e ajuda a prevenir defeitos congénitos. Dois ovos fornecem, aproximadamente, 250 mg de colina, cerca de metade da dose diária recomendada para mulheres grávidas ou em amamentação. FUNÇÃO CEREBRAL Os ovos são, também, um dos poucos alimentos fonte natural de vitamina D, produzida, sobretudo, pela exposição ao sol, e necessária para proteger o organismo contra a osteoporose, a esclerose múltipla, alguns sintomas de artrite, podendo ter, igualmente, alguma influência positiva sobre o risco de diabetes. hábitos frescos, fresquinhos Antes de adquirir ovos, abra sempre as caixas e certifique-se de que não contêm nenhum partido. Os de maiores dimensões, apesar de mais caros, permitem um maior rendimento. Guarde-os no frigorífico, de preferência num recipiente fechado, para durarem mais tempo, mas não os lave. Evite colocá-los na porta, zona mais sujeita a flutuações de temperatura devido à sua abertura e fecho. Para saber se estão frescos, mergulhe-os num recipiente com água salgada e fria: aqueles que se mantiverem no fundo, encontram-se bons para consumo; se flutuarem, estão estragados. Outra forma de saber é observar a clara: se estiver aguada e rala, o ovo não estará fresco. E A colina também ajuda a função cerebral dos adultos, ao manter a estrutura da membrana das células cerebrais, e é um componente-chave do neurotransmissor que ajuda a comunicar as mensagens do cérebro aos músculos através dos nervos. PREVENÇÃO DA DEGENERAÇÃO MACULAR A luteína e a zeaxantina, dois antioxidantes da gema de ovo, ajudam a prevenir a degeneração macular, uma das principais causas de cegueira relacionada com a idade. Apesar de os ovos conterem uma pequena quantidade destes nutrientes, há estudos que demonstram que a luteína dos ovos está mais biodisponível do que a de outras fontes. Fonte: American Egg Board. Ingredientes tomates redondos ○○4 claras ○○4 gemas ○○80 g de manteiga ○○50 g de queijo Parmesão ralado ○○2 c. (sopa) de manjericão fresco picado ○○100 g de queijo Mascarpone ○○noz-moscada ○○2 c. (sopa) de farinha ○○folhas de manjericão para decorar Tomates recheados com soufflé de mascarpone ○○4 1 ANTES DE MAIS Aqueça o forno a 200°C (180°C num forno de ventilação) ou no ponto 6, se for a gás, e unte uma travessa de ir ao forno. 2 PREPARAÇÃO Corte a parte superior de cada tomate e retire a polpa com a ajuda de uma colher. Coloque-os depois na travessa. vocabulário ▶▶Mascarpone Queijo fresco italiano, originário da Lombardia, cremoso e amanteigado, à base da nata de leite de vaca, muito usado em sobremesas e molhos. ▶▶Manjericão Planta aromática, de origem indiana, cujo aroma, semelhante a limão e jasmim, se alia na perfeição a saladas, recheios, molhos e sopas. É também o ingrediente principal no pesto italiano e no pistou francês. 3 A BASE Misture as gemas com a manteiga. Acrescente o queijo, o manjericão picado e o Mascarpone. Tempere com sal, pimenta e uma pitada de noz-moscada. 4 O SEGREDO Bata as claras em castelo com uma pitada de sal. Deite as claras sobre a mistura anterior, adicione a farinha peneirada e envolva tudo com cuidado. 5 JÁ ESTÁ! Rumo ao sucesso Pequeno no tamanho e simples na forma, o ovo reinventa-se, no entanto, na cozinha e no prato Helena Estevens Oeufs cocotte. Famosa receita francesa, cuja simplificidade é apenas ultrapassada pelo elevado nível de sofisticação. Em poucas palavras, trata-se de um ovo inteiro que se parte sobre uma cama de ingredientes variados, num pequeno ramequin [N.R.: espécie de tigela], que é levado ao forno para cozer. A «cama», feita de ingredientes um pouco à escolha de cada um – presunto, espinafres, arroz, tomate, natas, etc. –, embora não faltem receitas, deve ser previamente semicozinhada (tem de estar quente antes da adição do ovo). Ovos cozidos. Leve água a ferver numa caçarola em quantiade suficiente para cobrir os ovos que deseja fazer. Quando levantar fervura, deite os ovos inteiros, com casca, com a ajuda de uma colher ou escumadeira, para não se partirem. Deixe ferver dez minutos, retire e passe-os por água fria. Quanto mais depressa arrefecerem, mais clara fica a gema. Divinamente estrelado. O segredo? Manteiga! Deite uma noz de manteiga numa frigideira pequena e deixe derreter, sem ferver. Acrescente um ovo partido com cuidado e deixe cozinhar em lume baixo, muito baixo, até a clara ganhar cor e consistência e a gema cozinhar, mantendo-se líquida. E agora, o truque: derreta, noutra frigideira, outra colher de manteiga e deite-a sobre o ovo, já no prato, levemente temperado com sal e pimenta. E Distribua esta mistura pelos tomates e leve ao forno cerca de 15 a 20 minutos, até dourar. 6 Empratamento Retire-os do forno com cuidado, para não se desmacharem, e sirva em pratos individuais, decorados com as folhas de manjericão. 37 E Carreira Grandes ideias, negócios em crescimento As empresas não se medem aos palmos, mas podem agigantar-se em tamanho e, sobretudo, em valor, à medida de alguns gestos empreendedores N ana rita lúcio em só de investimento vivem os negócios. Nenhuma empresa ou projeto empreendedor se mantém de pé sem capital, mas este não basta para os fazer trilhar novos rumos de prosperidade. Além da capacidade de injetar liquidez no seu negócio e de o proteger contra a conjuntura recessiva, é preciso ir mais longe, munindo-se das armas certeiras para o fazer crescer. O que interessa, porém, não é só a dimensão – até porque não é aconselhável sobredimensionar a organização ou o projeto além daquilo que consegue suportar de forma sustentável –, mas, essencialmente, o seu valor no mercado, destacando-se perante os clientes e a concorrência. Conquistar o seu lugar, de modo a que não seja só mais um entre tantos, é mesmo o primeiro desafio, principalmente, se o que tem para oferecer são produtos ou serviços de nicho. Uma ideia diferenciadora ou uma estratégia inovadora podem ser a solução que se pode concretizar, por exemplo, em pequenos detalhes, como um serviço de entregas personalizado ou um produto com caracte- rísticas inéditas – tenha, no entanto, cuidado para não apresentar ao mercado aquilo que ele ainda não está preparado para absorver. Uma das formas mais eficazes para valorizar o seu negócio passa por ampliar os serviços que presta aos seus clientes. E como é que isso se consegue? Dando aos consumidores mais do que estes estão à espera, com pequenos extras que a concorrência não faça, mas que não exijam um investimento de capital e tempo exagerado. Por outro lado, se já tem produtos e serviços que enchem as medidas do mercado, um dos caminhos para fortalecer e dinamizar o negócio pode ser aumentar (literalmente) a oferta ou fornecer pacotes de serviços que permitam aos consumidores economizar. clientes fidelizados «Perto da vista, perto da carteira» bem poderia ser o lema de um dos passos que se seguem, com destino ao sucesso. Num mundo onde a inclusão e a interatividade são palavras de ordem, onde as pessoas estão permanentemente em contacto (físico ou virtual) com as organizações e as marcas, o contacto com os clientes é cada vez menos um pró-forma ou uma vertente marginal do negócio. Desengane-se quem pensar que os consumidores são apenas um número ou um dado estatístico. Mais do que conquistar o gosto de quem compra, interessa conquistar a sua lealdade, construindo uma relação duradoura, que supere o âmbito estritamente comercial. Para isso, lembre-se de que pode tirar partido das redes sociais e de meios de comunicação mais informais. Finalmente, rodeie-se das pessoas e dos apoios certos. Se é um empresário recente e tem algumas dúvidas sobre que rumo dar ao seu projeto, numa fase inicial, pode frequentar programas de coaching – o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI) é uma das instituições que fornecem programas de assistência deste género – ou candidatar-se a projetos de apoio à incubação de empresas ou procurar o investimento de business angels, que, tal como o nome indica, são verdadeiros «anjos» especialmente vocacionados para o negócio, empresários já consolidados, prontos a apadrinhar aqueles que estão a começar, através de investimento, do apoio à criação de planos de negócio ou, por exemplo, da cedência de infraestruturas. Depois, basta crescer. E A CGD apoia o seu negócio Sabia que as exportações nacionais aumentaram mais de 13% em 2011? E que, segundo a SGM, 36% da Linha PME Investe VI para empresas exportadoras foi financiada pela Caixa em 2011? Então, saiba também que: ▶▶65% das PME Líder e PME Excelência são Clientes da Caixa (fonte: listagem IAPMEI cruzada com dados da CGD); ▶▶20% das linhas PME Investe 2011 foram financiadas pela Caixa (fonte: SGM); ▶▶89% das empresas suas Clientes recomendam a Caixa (fonte: Programa de satisfação dos clientes PME feito em parceria com a Qmetrics); ▶▶Uma em cada quatro empresas trabalha com a Caixa (fonte: DATA E Barómetro Empresas 2010); ▶▶A Caixa registou o maior crescimento no crédito a empresas e PME na atividade doméstica, em 2011, entre os cinco maiores bancos (fonte: resultados publicados nos respetivos Relatórios de Contas, em Dezembro de 2011); ▶▶A Caixa é o banco português com maior plataforma internacional (4 continentes, 23 países), presente nos principais destinos das exportações nacionais. São, pois, muitos e bons motivos para se juntar a esta equipa. Saiba mais em www.cgd.pt/empresas e em www.saldopositivo.cgd.pt/empresas. 38 L Tempos livres Retalhos de uma vida em papel Contar uma história, a sua, por exemplo, através de fotografias e recortes, texto e pequenos detalhes para maior personalização é uma forma de arte que, facilmente, se pode transformar num hobby F Helena estevens otografias, recordações de viagem ou de uma ida memorável ao teatro, a primeira madeixa de cabelo da filha ou do neto cortada, uma flor recebida, já seca, o convite de casamento da melhor amiga ou, mesmo, a receita que tanto sucesso fez – e ainda faz – entre os que lhe são mais queridos são coisas difíceis de nos separarmos delas e que contam muitas histórias. Fazer um álbum de recortes é, talvez, a melhor forma de preservar as pequenas memórias físicas que tendemos a guardar desordenadamente pela casa fora, em gavetas e/ou caixas de sapatos. Começar é, provavelmente, a parte mais difícil, mas com todo o material à mão e algumas dicas, não tarda até se deitar mãos à obra entusiasticamente. Simplificar, no início, é a melhor forma O primeiro aspeto a definir é o tipo de álbum que se pretende: se a história da família narrada cronologicamente ou um determinado evento – as férias em Nova Iorque, o verão na praia, um batizado –, e a quem se destina, se a si e aos seus ou para oferecer. Pode, igualmente, organizá-los em temas: as suas viagens, as cidades onde viveu, os animais de estimação que passaram lá por casa, enfim, há toda uma série de hipóteses por onde escolher. Definido o tema, é mais fácil decidir o álbum a adquirir, se um que permita ir adi- mATERIAIS No mínimo, vai precisar de: Álbum. Um ou mais, preferivelmente com folhas protetoras. Tesoura. Normal ou decorativas para mais efeitos. Guilhotina de papel. Para corte preciso de fotos e passe-partout. Canetas. Fita-cola dupla. Ou autocolantes duplos próprios para fotografia. No Sítio das Artes (http://sitiodasartes.com), na Verdesperto (www.verdesperto.pt), ou n’A Menina de Papel (www. meninadepapel.pt), encontra muitos materiais à sua disposição. 40 cionando folhas à medida do «desenrolar da história», ideal para a biografia da família, ou se um dos mais comuns, para temas mais fechados. Escolher e agrupar Definido o tema, há que passar em revista todas as fotos e memorabilia. Depois de escolher todo o material que considere pertinente para o álbum, separe-o de acordo com subtemas ou por páginas. Feita esta pré-seleção, prepare-se para o processo criativo. Reúna o material necessário perto de si, de preferência numa área de trabalho espaçosa e iluminada. Defina a foto a que pretende dar mais destaque em cada página ou cada dupla e em quais quer aplicar alguma moldura em papel. Disponha-as, então, nas páginas a que pertencem, cole-as com autocolantes ou fita-cola, escreva algo que clarifique uma ou outra imagem de forma a transmitir um pouco melhor a história que ali se encontra traduzida. Uma data, uma citação, uma legenda ou detalhes que ajudem a fazer a diferença. Não precisa de o fazer em todas as imagens, mas uma ou outra enriquecem todo o trabalho. Cole, depois – ou não –, alguns detalhes decorativos adicionais (uma concha, um botão, uma fita, um pouco de areia de praia, uma folha, etc.), se se justificarem, et voilà, está pronto. Recorte mas não muito Pegar na tesoura e dar forma às fotografias e outro material para ajustar melhor ao grafismo imaginado é uma tentação a ceder com algum cuidado. É que no caso de artigos únicos, como as fotos mais antigas, podem ser difíceis de recuperar. E pode dar-se também o facto de não se poderem cortar – é o que acontece com as fotos Polaroid, em cujo interior se concentram químicos que podem verter e arruinar parte do trabalho. Neste caso, a solução poderá passar por um passe-partourt sobre a fotografia. Evite, também, cortar muito o cenário, deixando apenas as pessoas – perderá, neste caso, muita da envolvência e parte significativa da história. L VillaStudio A preservação das recordações pessoais e familiares é uma necessidade comum a inúmeras pessoas. Com o passar dos anos, os filmes antigos, as fotografias e os slides deterioram-se, dificultando a sua visualização. Para ajudá-lo a resolver este problema, a Caixa apresenta-lhe a VillaStudio. A evolução das tecnologias de multimédia possibilitaram a criação desta empresa, cuja finalidade passa por recuperar, preservar e converter o conteúdo original para suportes digitais (DVD/CD), garantindo a sua conservação e visualização por dezenas de anos. Os conhecimentos adquiridos e aperfeiçoados ao longo dos anos permitiram ampliar a sua gama de produtos e serviços, através da introdução de novos produtos personalizados, oferecendo várias soluções aos clientes. Recentemente, a VillaStudio celebrou uma parceria com o Sport Lisboa e Benfica, o que permite comercializar dezenas de produtos oficiais 100% personalizáveis. A VillaStudio oferece aos titulares de cartões Caixa Activa 10% de desconto em todos os produtos. Motores Agora elétrico L MERCEDES-BENZ E Cabrio 250 CDI BE Depois de anos de ensaios, está tudo a postos para receber o smart mais amigo do ambiente Com a cabeça bem equipada Luís inácio Além dos automóveis, a Mercedes-Benz apresenta uma linha muito completa de acessórios onde cabem bicicletas em fibra de carbono, malas, brinquedos, polos, óculos, etc. Mais recentemente, a marca lançou uma linha retro, diretamente relacionada com a AMG (ver página 43). Para condizer com este cabriolet da Classe E, selecionámos dois bonés que celebram a ligação da marca à Fórmula 1 (com a assinatura de Michael Schumacher) e ao DTM. Estão ambos disponíveis, a pedido, nos concessionários da marca em Portugal. Quando começou a tomar forma na mente de Nicolas Hayek, no final dos anos 80, o projeto Swatchmobile previa a construção de um pequeno automóvel, citadino, com apenas dois lugares. Devia ser acessível. E híbrido. Este terá sido, precisamente, o principal motivo (entre outros) pelo qual a Swatch acabaria por abandonar a joint-venture com a Daimler, criada, nos anos 90, para produzir o carro, já que Hayek se mostrou sempre insatisfeito com a solução propulsora adotada: convencional, a gasolina. Dezoito anos depois, Hayek já não está por cá para se regozijar com o lançamento da terceira geração – a definitiva – do smart fortwo ed, elétrico, mais amigo do ambiente do que um híbrido. É verdade que não se trata de um automóvel «acessível» como equacionava o criador da Swatch, mas sem dúvida que, se existe automóvel a quem a tomada assenta que nem uma luva, é a este pequeno carro que chegará a Portugal em outubro. A partir de 19 550 euros (sem baterias) ou 24 500 (com baterias). L emissões e preço equipamento Completo e com opcionais encantadores como o Airscarf, um sistema de aquecimento integrado nos encostos de cabeça dianteiros. Útil para circular de capota aberta nos dias mais frios. SEGURANÇA Mantém-se, dois anos após o seu lançamento, como um dos automóveis mais completos na sua categoria. Entre outros, apresenta sete airbags de série, apoios de cabeça de crash ativo para condutor e acompanhante e arcos anticapotamento atrás dos encostos de cabeça traseiros. Foi o primeiro Mercedes cabriolet a incluir airbags para a cabeça. O ágil turbodiesel de 4 cilindros (250 CDI) com 204 CV de potência ostenta a sigla BlueEFFICIENCY, com ganhos em consumo (5,6 l a 6,3 l/100 km em ciclo misto) e emissões (148 g/km a 165 g/km). Sistema start/ stop incluído. Preço da versão ensaiada: 69.289 euros. capota Numa altura em que muitos descapotáveis apostam em capotas rígidas, este Mercedes destaca-se pela adoção de uma em lona. Tendo isso em conta, e acusticamente falando, este E está entre o melhor que conduzimos recentemente, com um interior muito bem isolado dos ruídos exteriores quando se circula com a capota fechada. defletor É possível circular a velocidades acima da média sem um turbilhão de vento no interior graças a um defletor de vento (opcional não incluído na versão ensaiada) integrado no pára-brisas e entre os lugares traseiros. A Mercedes-Benz chama-lhe Aircap. O cartão Caixadrive (1) oferece-lhe descontos nas estações de serviço da Repsol. Beneficie de descontos de 3%, com o limite máximo de 20 euros mensais, em todas as compras e abastecimentos efetuados com o seu cartão Caixadrive nas estações de serviço da Repsol, em Portugal. Sempre que realizar compras com o cartão Caixadrive fora das estações de serviço da Repsol, num valor total superior a 250 euros, beneficie de mais 3% de reembolso suplementar, com um limite máximo de 3 euros mensais de desconto, para que as suas compras e abastecimentos tenham ainda mais desconto. Reforçando o conceito de mobilidade associado a este cartão, os titulares do Caixadrive beneficiam, ainda, de um pacote de seguros associado, especialmente dirigido para quem viaja com frequência, assim como de vantagens e benefícios dos parceiros da Caixa associados a este cartão de crédito. (1) TAEG de 24,7%, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50%. 41 L Shopping Da cor do verão Look estação Leves como a brisa que sopra contra as ondas de calor, mergulhe em sugestões cheias de cor, para a praia ou à cidade levar verão 2012 Já com um pé dentro de água, a moda deste verão convida a um regresso ao passado. Num piscar de olho à década de 1920, deixe-se seduzir por plumas, toucas de renda, bordado inglês e cinturas descaídas. Para ambientes noturnos, surgem brilhos e colares compridos. Além do glamour, também o estilo mais desportivo sai para as ruas das grandes cidades. Calções descontraídos, linhas mais simples e parkas estilizadas complementam a tendência. Os bra tops (tops soutien) surgem conjugados com saias, calções ou calças. Casas como Alexander McQueen ou Givenchy dão destaque aos ondulados para definir a silhueta na zona da cintura. ck Calvin klein delight A forma oval da caixa é o elemento mais marcante do modelo Delight da Calvin Klein. Um relógio muito feminino, disponível na loja on-line Luxo24, que oferece aos titulares dos cartões Caixa Activa 10% de desconto em todos os produtos da loja on-line, com exceção de artigos no catálogo Sale. € 210 barbour union jack jacket Miu Miu culte carbone O padrão da bandeira britânica inspirou a Barbour a criar uma série de peças que são novidades neste verão. A Union Jack também é interpretada em casacos como este, disponível em várias cores e tecidos. Preço sob consulta Os Miu Miu Culte Sunglasses são a segunda capsule collection da marca que representa a «outra» alma de Miuccia Prada. As formas arrojadas, feitas apenas a partir de uma lâmina de alumínio, tornam estes óculos numa peça única dentro do seu género. Vendem-se na André Ópticas, que oferece 15% de desconto em óculos de sol aos Clientes com cartão Caixa Activa. Preço sob consulta American vintage menthe A American Vintage, que abriu recentemente a sua primeira loja em Portugal – na Av. D. Pedro V, em Lisboa – propõe vários looks para os dias de verão. Em algodão, linho, seda e malha. Preço sob consulta repetto BB V086 Os filmes franceses e ingleses dos anos 60 inspiraram a Repetto que, na nova coleção, mantém a aposta numa diversificada paleta de cores. € 205 42 givenchy dahlia noir Em setembro, chega a Portugal o novo perfume de Givenchy. A tangerina é uma das notas de topo numa fragrância sofisticada, sensual e muito feminina. A primeira pensada pelo diretor criativo da casa francesa, o italiano Riccardo Tisci. € 70,50 (EDT 50 ml) Que comecem os jogos Look estação Escutado o tiro de partida para a diversão estival, corra para os objetos que irão consigo até à meta do estilo a toda a prova verão 2012 Nesta estação, apela-se à criatividade masculina. Importa não temer a mistura de padrões e cores, numa palete que só depende do arrojo de cada um. Criadores como Cavalli e Missoni deram destaque especial à cor de laranja e outros tons ácidos. Verde, amarelo, rosa, azul e branco são o new black desta estação. São incontornáveis as diversas propostas de malas nas passerelles. Sejam de mão, sacos, pequenas ou grandes, exige-se que o homem urbano adira a estes acessórios. O verão de 2012 chega com temperaturas altas, que se querem acompanhadas de muitos estampados que vão do xadrez ao 3D. Porque o que interessa é não passar despercebido. Cronógrafo IWC Edição Antoine de Saint-Exupéry A IWC homenageia Antoine de Saint-Exupéry com uma criação relojoeira limitada a 500 exemplares em ouro vermelho de 18 quilates. Reserva de marcha de 68 horas. Uma edição de colecionador. Preço sob consulta samsung galaxy S III Já está à venda aquele que pode ser considerado como um dos smartphones mais potentes do mercado. Pode encontrar o novo Samsung na Lojaviva.com.pt, que oferece aos titulares de cartões Caixa Activa 50 vouchers, de dez euros cada um, em compras superiores a cem euros. Nota: Oferta de desconto mediante código promocional. € 699,90 Head & Shoulders active sport Não é apenas um champô. É um champô anti-caspa com fórmula mentol que assinala a ligação da marca aos Jogos Olímpicos. E em edição limitada. l’eau d’issey pour homme Para celebrar o verão, Issey Miyake volta a lançar uma summer edition. Jacques Cavalier propõe um perfume efusivo e dinâmico, com um equilíbrio q.b. de cítricos, especiarias e madeiras. € 4,99 € 56 (EDT 125 ml) zerorh+ RH 741 Zetha Da Zerorh+, um par de óculos de sol verdadeiramente resistente graças à adoção de Hilex nas hastes, um material geralmente utilizado na indústria aeroespacial. Além da elasticidade, também é leve, analérgico e tem grande resistência mecânica. € 150 amg retro edition weekend travel bag Duas datas históricas da AMG nos anos 70 são assinaladas numa edição especial criada pela Mercedes e que, entre outros acessórios, inclui um saco com as dimensões apropriadas para pequenas evasões ao fim de semana. Destaque para a gravação do logótipo retro AMG. Preço sob consulta Utilize os cartões de débito diferido (1) e de crédito (2) Caixa Activa nas suas compras e beneficie de vantagens exclusivas. Saiba mais em www.cgd.pt e em www.vantagenscaixa.pt. (1) TAEG de 1,2% para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 0,00%. (2) TAEG de 24,0%, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50%. 43 L Em foco Grécia - As pérolas do Egeu As lendas mais trágicas da mitologia helénica e os fins de tarde mais arrebatadores do mar Egeu encontram-se nas Cíclades, um arquipélago que reúne ilhas tão sugestivas como Mikonos, Delos, Paros ou Santorini T Oriol Pugés inham-me falado da beleza dos seus crepúsculos e, a bem da verdade, não exageraram nem um pouquinho. Ali, instalado numa das dezenas de socalcos suspensos na vertiginosa falésia em que se ergue Fira, a capital da ilha grega de Santorini, fui testemunha disso. Saboreando, vagarosamente, o meu copo de ouzo, um licor de anis, senti uma estranha paz interior, enquanto os meus olhos, perdidos no horizonte marinho, contemplavam o espetáculo mágico do Sol a desaparecer sobre as plácidas águas do mar Egeu. Junto de mim, seguindo em silêncio aquela liturgia, centenas de pessoas faziam o mesmo noutros socalcos. É que aquela sinfonia multicolor era uma autêntica ópera visual que uns poucos privilegiados ou muitos, segundo a perspectiva, tinham a ocasião de desfrutar a partir de balcões igualmente privilegiados devido à sua magnífica localização. Tudo começou uns dias antes, no preciso momento em que me dirigia a Atenas, a capital da milenária Grécia, ponto de partida desta apaixonante viagem. As Cíclades são meia centena de ilhas, além de um incontável número de pequenas ilhotas desabitadas, disseminadas num imaginário circo marinho ladeado pelas costas greco-turcas e fechado por Creta. Daí o seu nome, que deriva da palavra Kyklos, que significa «círculo». O círculo de ilhas que rodeava Delos, berço do deus Apolo e um dos lugares sagrados da antiga Grécia. As Cíclades são um fascinante labirinto aquático que nos incita a metermo-nos ao mar em busca das mil e uma praias, muitas das quais solitárias e silenciosas, perdidas 44 entre múltiplas e ocultas passagens. Umas ilhas que ostentam a auréola de uma antiga história, uma cultura milenária e uma lenda mitológica. Os ferries e cruzeiros que realizam as viagens pelas ilhas gregas têm o seu ponto de partida no Pireu, dez quilómetros a sudoeste de Atenas. Este velho e cosmopolita porto, que chegou a ser o maior do mundo antigo, é, ainda hoje, um dos principais do Mediterrâneo: dá abrigo às mais variadas embarcações, desde os luxuosos iates aos pequenos barcos a motor, desde vistosos veleiros a simples barcos sem motor. E, claro, aos ferries e grandes cruzeiros que ligam a Grécia terrestre e profunda a essa outra Grécia, pura e paradisíaca, que emerge dispersa sobre as serenas águas do Egeu. Já no porto de Pireu, vou à procura do ferry que há de levar-me a Mikonos. São oito da manhã, mas a fila é surpreendentemente longa. Carisma de Mikonos Mikonos, a minha ilha preferida, talvez hoje a mais carismática das Cíclades, fica a 94 milhas marítimas. Ou, o que é o mesmo, a cerca de cinco horas de navegação. O trajeto, porém, é muito agradável e aproveito para me bronzear enquanto dou uma vista de olhos pela documentação sobre outras ilhas que vamos deixando pelo caminho: Kea, a mais próxima do continente; AnOs pitorescos dros, autêntico berço dos velhos lobos moinhos em Chora, nove no total, foram do mar... Ao longe, construídos nos séc. vislumbro uma pai- XVIII e XIX. 45 L Em foco sagem familiar: a de uns moinhos O branco De noite, o porto surge abarde vento que, inevitavelmente, me imaculado rotado de embarcações em busca remetem para a Mancha, a terra das casas de refúgio na sua generosa baía, por onde andou o ilustre fidalque resplandece com as luzes cocontrasta, go Dom Quixote. Uns moinhos loridas das tabernas e dos pubs, em Mikonos, situados numa fila perfeita que cuja vida começa, precisamente, constituem uma das principais com o azulao fim do dia. marcas de identidade de Myko- -turquesa Em Mikonos, há um recanto nos, a famosa, popular, animada, das portas e cuja imagem deu a volta ao munexcitante e – por que não dizê-lo? janelas do: «a pequena Veneza», assim – ambígua «ilha branca». chamada pela forma peculiar das Mikonos conserva o ar beat e hippie dos suas casas, que quase beijam o mar, e os seus anos 60, com as suas tendas de quinquilha- pequenos bares, que se enchem de parzinhos rias, as paredes caiadas das suas casas e um ao entardecer para ver o pôr do Sol, com os peculiar ambiente noturno, com danças e sons moinhos de vento alinhados à esquerda. muito diferentes do tradicional sirtaki grego. Para os sibaritas da boa comida, o templo O porto e passeio marítimo de Mykonos- gastronómico da cidade é Antonini, no centro capital, repleto de tabernas onde se veem as do passeio marítimo, na Praça Manto Maupessoas mais diversas, é um verdadeiro esca- royenous. É um lugar ideal para degustar uma parate de sensações que serve de preâmbulo a deliciosa musaka, um tsatsiki, um suvlaki uma das cidades mais belas da Grécia insular. ou uma feta, a salada grega por excelência. O imaculado das casas brancas contrasta, em Mikonos, com o sedutor azul-turquesa das A ilha Sagrada portas e janelas de madeira ou com as cúpulas Situada a apenas cinco milhas marítimas bizantinas vermelhas das suas igrejas. Tudo de Mykonos encontra-se Delos, uma ilha isto no enquadramento de um labirinto de sagrada da Grécia clássica. Segundo a miestreitas ruelas desenhado, nas suas origens, tologia helénica, foi aqui que veio ao mundo para despistar os piratas que, outrora, costu- Apolo, filho de Zeus e deus da beleza. mavam frequentar esta pérola branca do Egeu. Desabitada desde há décadas, a ilha só se 46 Património Mundial da UNESCO, Delos terá sido, de acordo com a mitologia grega, a ilha onde Apolo nasceu, tendo o santuário em sua honra atraído, desde sempre, inúmeros peregrinos de toda a Grécia. O sítio arqueológico pauta-se pela vasta extensão e riqueza anima de dia, com a presença dos que vêm visitar as ruínas arqueológicas deste verdadeiro museu ao ar livre. De todos os seus tesouros, o de maior relevância é o impressionante Terraço dos Leões, composto por nove altivas figuras de aspeto arcaico, que datam do século VII a.C. Também chamam a atenção os mosaicos das mansões antigas: a de Cleópatra, a das Máscaras, a de Dionísio, a do Tridente e a dos Golfinhos. A melhor vista do conjunto contempla-se subindo a um pequeno monte de apenas uma centena de metros de altitude, o monte Khintos. Paros, terra de montanhas e tranquilidade É hora de continuar a viagem pelas Cíclades, pelo que é inevitável regressar ao barco. Despeço-me de Mykonos e Delos. O nosso próximo destino: Santorini. Antes, no entanto, realizaremos uma pequena paragem em Paros, a cerca de duas horas de navegação. O céu continua de um azul incrível, por isso, aproveitamos o tempo e decidimos tomar banho na piscina do barco. Pelo caminho, fomos deixando para trás outras ilhas: Serifos, Sifnos, Naxos... Finalmente, chegamos a Paros. Terceira maior ilha das Cíclades, é muito tranquila e montanhosa; um lugar ideal para relaxar. Ao chegar a Parikia, a capital da ilha, surpreendemo-nos com a robusta fortaleza veneziana, cujas muralhas defendiam, outrora, a população. Tal como Mykonos, Paros também se orgulha de uma joia arquitetónica de grande significado religioso: a igreja de Ekatontapiliani, um dos monumentos bizantinos mais importantes da cristandade ortodoxa. Antes de chegar, passamos entre Sikinos, à direita, e Ios, à esquerda. Já não há mais nenhuma ilha até Santorini, que cerra o círculo das Cíclades pelo sul. Estou inquieto. Azul sobre branco Ouvi e li tanto sobre esta ilha que receio poder dececionar-me. Exagerarão a sua beleza e mistério? De súbito, um rumor generalizado põe todos em alerta. As pessoas abandonam as suas cadeiras e espreguiçadeiras e procuram um lugar privilegiado junto à amurada. Todos sacam das suas máquinas fotográficas e alguns, os mais previdentes, ajustam as potentes teleobjetivas. Ninguém quer perder pitada do espetáculo. Dez Dias de Santorini a Santorini Navegar em redor das mais belas ilhas gregas, a bordo de um veleiro de 50 pés, é uma experiência única. É a forma ideal para conhecer o que muitos consideram as mais belas ilhas do mundo: as ilhas gregas. Esta viagem de dez dias parte de Santorini e dá-lhe a oportunidade de explorar alguns dos principais tesouros das ilhas gregas. Navegue a bordo de um confortável veleiro, com tempo para fazer caminhadas, mergulho e relaxar. Explore sítios arqueológicos e os portos com as tavernas alinhadas, aproveite para jantar os mais frescos frutos do mar e não se esqueça de experimentar o ouzo! ▶▶Dia 1: Santorini – Ios: Embarque às 11h com destino a Ios. Oportunidade para explorar a cidade e o seu pitoresco porto ou desfrutar da famosa vida noturna da ilha, num dos seus animados bares ou discotecas. ▶▶Dia 2: Ios – Small Cyclades: Manhã na ilha de Ios, famosa pelas suas praias e capelas. Por volta do meio-dia, saída de Ios com destino às Small Cyclades. Trata-se de um complexo de 32 pequenas ilhas rochosas, das quais apenas quatro são habitadas. Com as suas praias de areias douradas e águas azul-turquesa, formam um conjunto celeste. É o lugar perfeito para pernoitar. ▶▶Dia 3: Small Cyclades – Naxos: Aproveite a viagem para fazer de marinheiro. Sair do convés, observar os golfinhos ou deitar a mão ao leme do skipper! ▶▶Dia 4: Naxos: Explore a maravilhosa ilha de Naxos. Junte-se ao capitão numa excursão opcional em redor da ilha, enquanto ele mostra algumas de suas joias escondidas. Examine o templo de Deméter, almoce num bar no alto das colinas e termine o dia numa praia de areia dourada. ▶▶Dia 5: Naxos – Mykonos: Desembarque na doca do movimentado porto de Mykonos, uma ilha elegante com imensas opções. Pode deslocar-se a Delos e conhecer o local de nascimento de Apolo ou relaxar num dos seus bares à beira-mar. Se as compras são o seu escape, então as lojas de Mykonos são o lugar perfeito! ▶▶Dia 6: Mykonos – Syros: Saída para Syros, parando para almoço na desabitada ilha de Didimi, onde poderá fazer mergulho e natação. Prepare-se para a noite na antiga capital das Cíclades, Ermoupolis, com tempo para explorar a ilha. ▶▶Dia 7: Syros – Paros: Navegue com destino a Parikia, na ilha de Paros, e explore esta charmosa cidade portuária ou faça uma excursão opcional para visitar Antiparos, com as suas maravilhosas grutas e praias rasas. ▶▶Dia 8: Paros – Sifnos: Partida para Sifnos, tão isolada e encantadora que Ernest Hemingway poderia tê-la escolhido como sua estadia. Devore a magnífica atmosfera e relaxe longe das multidões. ▶▶Dia 9: Sifnos – Folegandros: Depois de um mergulho matinal, partida para Folegandros. À noite, uma excursão opcional na cidade de Chora permitirá explorar uma das zonas mais bonitas das Cíclades. ▶▶Dia 10: Santorini: Partida para Santorini, o último porto de escala. Desembarque por volta das 12h. Recomendamos que fique mais duas ou três noites e observe um dos mais famosos pores-do-sol do mundo! ▶▶Preço por pessoa, em cabine dupla, desde: € 1292 (*) ▶▶Datas de partida em 2012: 28 de julho • 7, 17 e 27 de agosto • 6, 16 e 26 de setembro • 6 de outubro ▶▶Preço inclui: Refeições não incluídas (aquisição de alimentos básicos no barco, partilhada entre todos os participantes) • Nove noites a bordo do veleiro, em cabine dupla (WC a partilhar) • Transporte em iate de 50 pés, equipado com cinco cabines duplas e três WC • Skipper experiente e licenciado • Grupo pequeno, com o máximo de oito participantes • Equipamento de snorkelling a bordo • Seguro de Viagem. ▶▶Preço não inclui: Passagem aérea internacional • Despesas de caráter pessoal e quaisquer serviços não mencionados como incluídos • Taxa de serviço: €15/reserva (*) ▶▶ Preço exclusivo para portadores do cartão Caixa Activa ou Caixa Gold, se adquirido em qualquer balcão da agência de viagens Tagus, não acumulável com outras campanhas ou benefícios. 47 L Em foco Santorini emerge no horizonte longínquo, mais negra e misteriosa, se tal é possível, à contraluz, com a sua célebre silhueta em forma de meia-lua. À medida que nos aproximamos, perante a sua impressionante parede natural de 20 quilómetros de comprimento por 300 metros de altura no ponto mais elevado, dou-me conta de que não tinham exagerado os que lhe louvaram a grandeza. O desembarque no porto de Athinios volta a surpreender. Dezenas de mulheres, a maioria de idade avançada, aguardam impacientes para se lançarem à caça do visitante. A sua oferta não vai além de alojamento em casas particulares. A falta de hotéis para absorver todos os turistas torna-as uma aceitável e económica alternativa a dormir à intempérie. Subo para um dos autocarros que aguardam a passagem e inicio nova aventura. E é assim que se deve considerar a vertiginosa ascensão através de uma estrada sinuosa. Já em Fira (Thira), a capital da ilha, dedico-me a percorrer as ruelas estreitas e esplanadas. Peço um café e um copinho de metaza, uma espécie de conhaque ligeiramente frutado, enquanto contemplo a paisagem singular formada pela ilha vulcânica de Nea Kameni, situada no círculo fechado pelas extremidades de Santorini e pelas ilhas próximas de Thirasia e Apronisi. Pormenor de igreja, em Oía, no norte de Santorini. A cúpula azul, tantas vezes retratada, já se tornou um dos mais famosos e emblemáticos cartões-postais desta ilha. Tudo isto, no seu conjunto, é o único vestígio da explosão de um vulcão em 1625 a.C. Utilizando os serviços de um teleférico, aproximo-me de Skala, o porto de Fira. Uma descida (ou subida) que pode fazer-se, também, através de 680 degraus ou de burro. Já não há muito tempo disponível e o barco espera-nos, mas há uma excursão imperdível: Nea Kameni, a ilha negra. Subo por um estreito caminho de lava até à cratera. Assim, poderá perceber-se o ténue fumo de certas furnas e, embora a última erupção tenha tido lugar em 1956, só desejamos que o vulcão continue, senão morto, pelo menos adormecido. Há muito mais para ver em Santorini. No entanto, já se sabe, os barcos não podem permanecer nas ilhas durante muito tempo e há que empreender a viagem de regresso. Não sem antes me deslocar a Ia, a segunda cidade mais importante de Santorini. Situada na parte norte e tão suspensa da falésia como Fira, permite outra perspectiva visual. Sinto-me cativado pela magia desta ilha. O final desta viagem é o espetáculo maravilhoso de um crepúsculo digno de deuses. É a chave de ouro de uma rota pelas Cíclades, as pérolas do Egeu que nunca se apagarão da minha memória. L Arredonde com os cartões Caixa Gold e Caixa Activa Os cartões Caixa Gold (1) e Caixa Activa (2) permitem reforçar a sua poupança automaticamente no dia a dia. Basta ativar a função arredondamento, através do Caixadirecta telefone ou numa Agência da Caixa, e escolher um dos três métodos disponíveis. Assim, ao efetuar as suas compras, está também a poupar. Exemplos de método de arredondamento Valor da Compra (1) Arredondamento (2) Valor-base de poupança (3) Valor a transferir para a poupança A – Arredondamento do valor de cada compra ao valor unitário superior. € 1287,30 € 1288 – € 0,70 (2)-(1) B – Arredondamento do valor de cada compra ao valor unitário inferior, acrescido de um valor-base de poupança à escolha (€ 5, € 10, € 15, € 20 ou € 25). Exemplo: partindo de um valor-base de poupança de € 20. € 1287,30 € 1287 € 20 € 19,70 ((2)+(3))-(1) C – Arredondamento do valor de cada compra ao valor unitário superior, acrescido de um valor-base de poupança à escolha (€ 5, € 10, € 15, € 20 ou € 25). Exemplo: partindo de um valor-base de poupança de € 20. € 1287,30 € 1288 € 20 € 20,70 ((2)+(3))-(1) Além disso, o cartão Caixa Gold tem associado um programa de pontos para obtenção de descontos nas agências de viagens da Tagus (3), benefícios em vários parceiros e um completo pacote de seguros. Saiba mais em www.cgd.pt. TAEG de 27,5%, para um montante de 2500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 21,00%. Cartão de crédito: TAEG de 24,0%, para um montante de € 1500, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50%. Cartão de débito diferido: TAEG de 1,2% para um montante de 1500 euros com reembolso a 12 meses, à TAN de 0,00%.. (3) Não acumuláveis com outros descontos ou benefícios. (1) (2) 48 guia para o viajante Como ir Há que apanhar um avião até Atenas (não existem voos diretos, mas a Ibéria voa de Lisboa para a capital grega, com escala em Madrid). Do aeroporto, há autocarros para o porto de Pireu, de onde saem todos os barcos para as ilhas gregas. Existem várias excursões e rotas. No verão, faz-se a viagem para algumas ilhas em catamarã, o que fica mais rápido. O que saber O arquipélago das Cíclades é um dos 13 distritos administrativos da Grécia. Chamam-se Cíclades (kykládes) por formarem uma espécie de círculo (kyklos) à volta da ilha de Delos. No total, é um conjunto de mais de 200 ilhas, as maiores da quais são Amorgos, Anafi, Andros, Antiparos, Delos, Ios, Kea, Kimolos, Kynthos, Milos, Mykonos, Naxos, Paros, Folegandros, Serifos, Sifnos, Sikinos, Siros, Tinos e Santorini. Clima Situadas no centro do mar Egeu, estas ilhas desfrutam de clima mediterrânico, com verões secos e quentes. Quando ir Julho e agosto são os meses mais caros e caóticos. Em setembro ou outubro, os hotéis voltam a ter vagas e os preços diminuem, tal como a badalação, é claro. Diferença horária Mais cinco horas. Andar por lá O autocarro é uma boa opção, mas o melhor é alugar uma bicicleta ou moto. Vestir Roupa leve e fresca, calçado cómodo óculos de sol e chapéu. À noite, nos barcos, há espetáculos e festividades que obrigam a vestir mais formalmente. Informações www.visitgreece.gr Lonely Planet Greek Islands. Para descobrir as mais de 70 ilhas gregas, com mapas, itinerários, dicas e contactos. Há muito para ver, de sítios arqueológicos a paisagens deslumbrantes, passando por grutas, mosteiros, aldeias piscatórias e praias de areia fina. local perfeito para desfrutar de umas horas de Sol numa esplanada. É, ainda, imprescindível descobrir os vestígios de povoações antigas em Akrotiri e Kamari. A primeira foi destruída no ano 1500 a.C. e Kamari está enterrada a uns 5 metros de profundidade, entre a pedra-pomes e a lava vulcânica. Em Mykonos Em Folegandros A mais popular e cara da Cíclades, a igreja de Paraportiani, os moinhos de vento, o bairro de Alefkándra, conhecido como a «pequena Veneza», são os principais atrativos. Todas as praias da ilha são de fina areia dourada. A vida noturna é intensa e variada (é aqui que se concentra uma grande comunidade gay). Há que visitar Chora, casas construídas no castelo veneziano, na ponta da rocha, que constituem um ótimo miradouro. Nos arredores, ficam a igreja e o mosteiro de Panagia. Outros atrativos são Karavostasis (há que percorrer o porto e os pesqueiros que por ali abundam) e a gruta de Chryssospilia, com estalactites e estalagmites, situada perto do mar, na costa norte. Fazer e ver Na capital de Paros Em Parikia, encontra-se a igreja de Ekatontapiliani, um dos monumentos bizantinos mais famosos da Grécia. A aldeia de pescadores de Naoussa e as praias de Libadia e Krios (Parikia), Mikro Piperi e Limnes (perto de Naoussa) e Piso Libadi e Drios são outros locais a não perder. Antiparos É uma pequena ilha situada a sudeste de Paros, a que estava unida na Antiguidade. Apenas com 35 km2 e menos de mil habitantes, possui muitas e belas praias e um pequeno porto pesqueiro. À volta da ilha há outras pequenas ilhas que formam estreitos corredores de águas pouco profundas, ideais para fazer mergulho. Santorini É a mais deslumbrante das Cíclades, com a sua costa escarpada e as praias de areia vulcânica. Em Thera Vale a pena deambular pelas ruelas e visitar o mosteiro do profeta Elias. O pôr do Sol em Fira, a capital, é tão venerado como a mais preciosa das relíquias arqueológicas. Oia, uma aldeia de incomparável beleza, é o Em Delos Na ilha-museu, é uma experiência única deambular pelo que resta da cidade: ruas, casas, mosaicos, templos, estátuas (com os famosos leões de Delos), o teatro, o lago sagrado, enquanto se sobe ao cume do monte Khíntos. Comer Além de comida internacional para todos os gostos (e bolsos), os restaurantes oferecem comida mediterrânica, onde predominam o peixe e os legumes. Não perder as saladas, as dolmades (folhas de vinha recheadas com carne ou arroz) e o frappé (café batido). Nos portos, geralmente, encontra-se de tudo: tabernas, bons restaurantes de peixe, tapas, música... Comprar Há um pouco de tudo, desde artesanato indiano a queijo Feta. Recomenda-se a ourivesaria de Fira, com desenhos originais gregos, e as reproduções dos frescos de Akrotíri em t-shirts e postais. Também pode comprar cerâmica pintada e reproduções em bronze de figuras da mitologia grega. 49 L Fugas Sentido de comunidade Em pleno nordeste transmontano, escondem-se pequenas aldeias, onde partilhar é, ainda, uma forma de vida e o tempo parece escoar ao ritmo da natureza helena estevens O clima agreste ou a paisagem inóspita ou, simplesmente, a combinação de ambos, aliados talvez ao isolamento que a geografia determina nesta parte do País, estão na origem do desenvolvimento de pequenas aldeias no nordeste transmontano, que encontraram na entreajuda e comunitarismo o projeto de vida que lhes permitiu sobreviver ao longo dos tempos. Partilhar é a palavra-chave, dos campos de cultivo ao pasto, da eira ao moinho, do forno ao lagar e alfaias e muitas vezes até o gado. E se, hoje, já muito mudou, são ainda inúmeros os testemunhos de um modo de vida que teimou em não se deixar perder e que muitos lutam com todas as forças para preservar. Conhecer as aldeias comunitárias do nordeste deste País à beira-mar plantado, muitas delas nas áreas pro- De aldeia em aldeia, no nordeste do País, um mundo de partilha Início Rio de Onor No Globo estado puro tegidas dos parques naturais, como o de Montesinho (PNM), requer algum tempo, disponibilidade e carinho. A opção é voltar à zona mais do que uma vez - diz quem conhece que não se arrependerá. Devidamente recompensados, uma vez que à sua espera encontrará comunidades que compensam os poucos números dos seus habitantes com uma hospitalidade ímpar e histórias, muitas histórias para contar, retalhos de vida, alegrias, curiosidades e tristezas com os quais se tece todo o percurso das suas gentes. Entre a fantástica paisagem natural, os segredos gastronómicos e o calor humano dos seus habitantes ficarão, decerto, muitos momentos para recordar. Tenha, no entanto, em atenção que as estações do ano nesta zona têm uma personalidade bastante vincada, algo a considerar na altura de agendar a partida. L 43 km Aldeia de Montesinho Uma das maiores áreas de paisagem protegida em Portugal, o Parque Natural de Montesinho oferece aos seus visitantes talvez um dos tesouros mais bem preservados. Entre os seus montes e vales profundos, desvendam-se aldeias de fortes hábitos comunitários enraizados e um legado natural invejável, a começar pelas mais de 150 espécies de aves que ali habitam. Um passeio a pé é, provavelmente, a forma ideal para desfrutar deste parque. 171 km Pitões 166 km Aldeia de Montesinho Rio de Onor Uma terra inóspita numa das zonas mais agrestes do País. Não estranha, por isso, que aqui reine uma forte tradição de entreajuda e partilha, dos fornos de pão e lagares ao material de trabalho e até mesmo campos e rebanhos. Ou de língua e cultura, já que o rio que atravessa o povoado, 50 separando Portugal de Espanha, não chega para dividir os habitantes da aldeia que do outro lado da ponte recebe o nome de Rihonor de Castilla. Nesta aldeia de casas de xisto alpendradas, poderá estranhar-se o som das palavras trocadas, já que, aqui, também se fala riodonorês, dialeto usado no dia a dia. A 1030 metros do nível do mar, cerca de 20 quilómetros a norte de Bragança, em pleno PNM, ergue-se esta aldeia tipicamente transmontana alvo de processo de recuperação com vista ao seu aproveitamento turístico. Casas de granito, muitas delas alpendradas, como é tradição da região, e ruas calcetadas são o cartão de visita desta aldeia rica em recursos agropecuários. Se pretender desfrutar da beleza natural da região, tem à sua disposição algumas casas de Turismo de Aldeia, fruto do trabalho de promoção do desenvolvimento local da responsabilidade dos serviços do parque. Pitões Terra de gente lutadora e guerreira, Pitões é a povoação mais alta do Barroso (1100 metros). Aproveite para a explorar, entre cascatas que lhe permitem refrescar-se nos dias de calor e as casas de características medievais preservadas ao longo dos tempos, muitas delas aproveitadas para turismo ecológico. Deixe-se perder entre os sabores locais – a vaca mirandesa é uma aposta bem pensada – e, como recordação, leve na mala o famoso mel de Montesinho e as meias ainda feitas à mão, em lã para aquecer os pés nos dias de inverno. guia para o viajante Como chegar O melhor ponto de referência é o Parque Natural de Montesinho. Para lá chegar, partindo de Lisboa, siga pela A1 (Lisboa/Porto), apanhe depois a A4 (Porto/Amarante) e o IP4 (Amarante /Bragança). Onde dormir? Festas dos Rapazes A história repete-se todos os anos, reunindo em aldeias no norte do País, homens solteiros e jovens que ali se deslocam para a Festa dos Rapazes, um ritual de iniciação à idade adulta. Chegam vindos de outros locais do país, alguns do estrangeiro, para uma festa que funde tradições pagãs e cristãs, com atuações de mascarados, provas de destreza física, crítica social e celebrações em honra de Santo Estêvão. Na noite de 5 de janeiro, as raparigas cozinham o vitelo ou o chibo adquirido pelos solteiros maiores de 16 anos. O Dia de Reis amanhece com estes rapazes a cantar pelas ruas e a bater às portas, exigindo o tributo de reis, tudo o que quiserem dar-lhes e que enfiam nos sacos que transportam às costas. Segue-se um farto almoço e, depois, a chegada das raparigas, baile e muita festa. Guadramil 36 km França Fim Guadramil Aldeia típica transmontana no distrito de Bragança, também em pleno Parque Natural de Montesinho, mantém a traça típica das casas e o guadramilês, o dialeto outrora partilhado pelos seus habitantes, que, cedo, se habituavam a dividir, também, a forja, o moinho, os rebanhos e tarefas agrícolas. Atualmente, são já poucas as pessoas que aqui habitam e a vida pulsa a um ritmo bem mais lento, mas o encanto não se perdeu. Se escolher o outono para conhecer a região, aproveite para percorrer o trilho sinalizado Na Rota dos Cervídeos – é nesta época que estes animais mais se fazem ver. Bastante interessantes são, também, as portas das casas, dignas de fotografia. França A mais setentrional aldeia transmontana do distrito de Bragança, França mantém preservada muita da sua arquitetura popular, caracterizada por casas de granito, telhados de lousa e varandas feitas de madeira, rodeadas por pastagens e campos de cultivo, pequenos retalhos na paisagem. Situada no fundo de um vale, encontrase cortada pelo rio Sabor e ribeira das Andorinhas. O moinho de água e o centro hípico são locais de paragem obrigatória nesta região em cujo solo se escondem minas de ouro, prata e estanho. É fácil encontrar alojamento. É variada a oferta na área do Parque Natural de Montesinho ou nos hotéis e residenciais em Bragança e Vinhais. Casa-retiro das Termas do Tuela Termas do Tuela Fresulfe Tel.: 273 381 179 E-mail: [email protected] Pequena casa localizada na margem do rio Tuela, rodeada por um pinhal que proporciona belos passeios. O nome tem origem na fonte termal que se encontra num edifício próximo, onde existem, além das nascentes, quatro banheiras antropomórficas, dois pequenos tanques e um sistema de escoamento das águas. Casa-retiro da Moimenta Praça do Mercado Moimenta, Vinhais Tel.: 273 300 400 E-mail: [email protected] Casa rural em granito, localizada no centro da aldeia de Moimenta, concelho de Vinhais, constituída por duas estruturas de alojamento (Casa da Moimenta e Estúdio da Moimenta), que podem ser alugadas em conjunto ou individualmente. Casa de Onor Rio de Onor Tel.: 273 927 163 E-mail: reservas@ casadeonor.com Situada na aldeia comunitária de Rio de Onor, foi recuperada respeitando a traça do nordeste transmontano, oferecendo aos visitantes a calma dos ambientes rurais e a harmonia perfeita entre paisagem, gastronomia e lazer. Casa da Edra Aldeia de Montesinho Bragança 273 919 039 E-mail: casadaedra@ casadaedra.com Site: www.casadaedra.com Uma casa acolhedora e confortável, onde a calma e o prazer de estar e comer bem se aliam para transformar os dias de férias em autênticas curas de stress. Caminhadas, visitas guiadas, todo o terreno, passeios de bicicleta, entre outras actividades relaxantes. Casa das Águas Férreas Lugar das Águas Férreas EN221, Mogadouro Tel.: 279 341 085 E-mail: casadasaguasferreas @sapo.pt Site: www.casadasaguas ferreas.com Aninhada numa propriedade privada que proporciona uma vista deslumbrante, oferece um tranquilo retiro da vida quotidiana. Graças à sua localização conveniente, a Casa das Águas Férreas é uma grande base para explorar a região. Poderá ir dar uma caminhada, praticar ciclismo ou ir à pesca, relaxar no terraço ou aproveitar o sol no jardim. 51 L Prazeres Cenário idílico em pleno Minho Tradição e conforto numa casa de prestígio e fáceis acessos. A Casa do Carvalho convida a por lá passar para umas férias descontraídas, em plena comunhão com a natureza R egressar à natureza e ao ambiente da arquitetura rural do Minho do século XVIII, usufruindo de todo o conforto dos dias de hoje: é este o convite da Casa do Carvalho, construída em 1756. Nesta casa secular, encontra o local ideal para relaxar, num cenário idílico, pelo qual é impossível não se deixar cativar. Localizada a 20 minutos do aeroporto Sá Carneiro, do casino e das praias de Vila do Conde até Caminha, dispõe de quartos com cama de casal e poliban, sala de estar e anexos que incluem barbecue e piscina. Aguardam-no vários apartamentos, com características distintas, permitindo a adaptação ideal aos requisitos dos seus hóspedes. Bar, sala de leitura, sala de televisão, adega com bilhar e bicicletas para passeios revigorantes nas suas redondezas permitem-lhe apreciar a bela paisagem em perfeita comunhão com a natureza. A Casa do Carvalho oferece aos titulares dos cartões Caixa Activa um cesto com vinho regional e conservas gourmet. E, se tiver cão, saiba, ainda, que aqui ele é muito bem-vindo. L Coordenadas GPS Lat.: N 41.45274 N Long.: 8.560023 O Telefone 252 967 099 Internet www.casadocarvalho.com 52 perfumes desportivos para viver intensamente o verão Já não é de hoje a «febre» de lançamentos de versões desportivas na perfumaria dedicada ao homem. Apresentamos quatro propostas que são novidade este ano. Para acelerar o ritmo da época estival. BOSS BOTtLED SPORT Hugo Boss Um perfume cheio de energia que recupera algumas notas do original Boss Bottled, lançado em 1998. Esta variante mais fresca é um convite a desfrutar do verão, apontando aos homens com espírito competitivo, propondo-lhes um aroma que, entre outros, recorre à toranja, pimenta rosa, alfazema, cardamomo e patchouli. CH MEN SPORT DIOR HOMME SPORT A costa Leste americana seduziu Carolina Herrera, que agora propõe uma fragrância inspirada na lembrança dos dias que lá passou. CH Men Sport remete para fins de semana descontraídos, recorrendo, entre outros, à madeira de sândalo, vetiver, bergamota, pimenta e toranja. Um cocktail que resulta num aroma fresco, a convidar a desportos náuticos e praia. François Demachy – que esteve quase 30 anos na Chanel e transitou para o grupo LVMH em 2006 – reinterpretou o Dior Homme Sport. À íris da Toscana, com presença na linha de fragrâncias masculinas da Dior, juntaram-se o limão e o gengibre. O resultado é um aroma cinco estrelas que tem muito de sofisticado, mas que pode ser usado em qualquer situação. Carolina Herrera Christian Dior KENZO HOMME SPORT Kenzo Outra assinatura do perfumista François Demachy. Num frasco marcado pela forma do bambú, juntam-se menta, toranja, gengibre e madeiras num convite a desfrutar desportivamente da vida. Fresco, suave, mas com muita personalidade, Kenzo Homme Sport chega a tempo dos longos dias de verão. C Notícias Notícias CGD Europa empreendedora O Dia da Europa serviu, este ano, para incentivar o empreendedorismo, reunindo histórias motivadoras e respostas claras para quem quer criar o seu negócio A representação da Comissão Europeia em Portugal aliou-se ao Governo e à Câmara Municipal de Lisboa para a Bolsa do Empreendedorismo. A propósito do Dia da Europa, a 9 de maio, a capital acolheu um conjunto de expositores que ofereceram inspiração e ferramentas às muitas dezenas de visitantes interessados em lançar o seu próprio negócio. A Caixa associou-se, desde a primeira hora, a esta iniciativa inovadora, marcando presença com um stand e a participação num dos workshops incluídos no dia de trabalhos. Walter Palma e Rui Jerónimo, da Caixa Capital, estiveram presentes no evento para revelar alguns dos segredos do capital de risco. Para isso, encarnaram, respetivamente, um investidor de risco e um empreendedor, mostrando, de forma divertida e informal, quais são os fatores críticos ponderados pelo capital de risco na hora de decidir o apoio a um negócio. Como ficou demonstrado com a apresentação, 54 a maturidade dos projetos é fundamental. «Quando falamos de capital de risco, falamos de um investidor com um grande nível de exigência», explicou Walter Palma. Nesta fórmula de apoio, o capital de risco assume-se como sócio do promotor no projeto. Para isso, é importante que o empreendedor partilhe o risco e esteja alinhado. «Quando falamos com um promotor, temos de saber se ele está envolvido com o projeto, também financeiramente», explicou Walter Palma. Isto porque, ao contrário de uma simples solução de crédito, «quando o capital de risco entra num projeto, é em parceria». À apresentação seguiu-se uma animada sessão de perguntas e respostas, que se prolongou em conversa com vários dos participantes. Para a Caixa Capital, a presença no evento foi um excelente modo de apresentar soluções, responder a dúvidas e incentivar jovens empreendedores, num dia que serviu como uma autêntica rampa de lançamento para novos projetos. C Projeto Energia de Portugal 50 milhões atribuídos a novos negócios Aproximar ideias empreendedoras, desenvolver projetos e concretizar oportunidades com a criação de novos negócios, desmistificando as dificuldades inerentes ao processo de lançamento de empresas, é o objetivo deste movimento iniciado pelo Expresso, EDP e SAGE, com o apoio da CGD. Trata-se de uma iniciativa que decorreu durante quatro meses, com a apresentação de 50 a 100 candidaturas por dia. Francisco Pinto Balsemão referiu, na abertura do evento, ser uma iniciativa que envolve 50 milhões de euros e que «não vale a pena ter apenas boas ideias, há que as avançar». Após as candidaturas on-line, seguiu-se a seleção de 200 candidatos e a sua organização em 50 equipas nos Boot Camps. As dez equipas finalistas têm garantida uma audiência com investidores para escutarem as suas ideias de negócio. Para tal, precisam de reunir quatro características específicas: visionário, comercial, técnico e designer. Até 2 de junho, altura em que finalizou esta ação acompanhada pela Methodus Informação e pelos mentores, os projetos foram afinados pelos grupos concorrentes e apresentados num evento de investment pitch, a 9 de junho, expondo-se as ideias aos investidores. Estes reuniram 50 milhões de euros para avançar com novos negócios inovadores e criativos. «Há muito dinheiro para investir, o que não havia era estas reuniões, estes financiamentos para novos negócios e o encontro entre os investidores e as pessoas com ideias originais com futuro. Apesar de o dia do pitch ser muito importante pela seleção dos dez melhores projetos, o Projeto Energia de Portugal não termina por aqui», como salienta Martim Avilez. Afinal, trata-se de 50 milhões que vão dar início a novos negócios. Desde a origem, a Caixa integra a poupança na sua atuação novo saldo positivo empresas O Saldo Positivo é a referência da literacia financeira em Portugal desde 2008. Agora, a Caixa lança o Saldo Positivo Empresas (SPE), disponível em www.saldopositivo.cgd.pt/empresas, procurando ajudar os empreendedores no exercício da sua gestão. Esta nova abordagem consolida uma estratégia de apoio ao crescimento do nosso tecido empresarial, com o fomento de competências e valor, fatores críticos de sucesso num contexto competitivo global. Francisco Viana, diretor central da Direção de Comunicação e Marca da CGD, explica que «o acesso à informação é fundamental para o sucesso das empresas». Nesse sentido, o SPE tem conteúdos sobre gestão, recursos humanos, finanças, impostos, apoios do empresas Caixa representa empreendedorismo nacional A Caixa Geral de Depósitos – através do vice-presidente da Comissão Executiva, António Nogueira Leite –, foi, recentemente, selecionada como a única representante empresarial portuguesa a integrar o Comité de Peritos da Comissão Europeia para o Empreendedorismo Social (GECES). Criado já em 2012, este Comité contará com os 27 Estados-Membros e visa acompanhar o progresso da Iniciativa Europeia para os Negócios Sociais (SBI), durante um período de cinco anos. O mesmo será regularmente consultado pela Comissão Europeia, no que respeita à implementação das medidas constantes na SBI e na exploração de novas oportunidades que promovam o desenvolvimento do setor social europeu como veículo de combate aos principais desafios sociais. O trabalho desenvolvido pela Caixa na área da inovação social foi, assim, reconhecido pela Comissão Europeia, onde o responsável do Banco trabalhará, em conjunto, com representantes do setor público, social, académico e empresarial a nível europeu. O compromisso da CGD para com os principais desafios sociais em Portugal tem refletido uma aposta forte em áreas como o acesso a produtos e serviços financeiros, desenvolvimento de produtos de microfinança, promoção do empreendedorismo social e o envolvimento com o terceiro setor. Este trabalho já tinha sido reconhecido pela Comissão Europeia, que selecionou a CGD para integrar o Comité de Responsabilidade Social Corporativa, criado pelo European Savings Banks Group. A CGD está representada no GECES, através de António Nogueira Leite Estado e da banca, marketing e mercados, tratados por jornalistas especialistas nestas matérias. Além disso, «temos os nossos comerciais no terreno que fazem com que 89 por cento das empresas nossas Clientes nos recomendem e que tenhamos sido considerados pelas PME como a marca mais sólida», refere o responsável. Neste ano, o SPE visará a criação de empresas e a exportação, com conteúdos exclusivos, disponibilizados em texto, vídeo, versão guia prático, infografia, ficha de mercado e casos de sucesso. Trata-se, pois, de «uma aposta clara na consolidação da política de responsabilidade social da CGD, porque acreditamos que investir em educação é o grande desafio para um futuro melhor», concretiza Francisco Viana. Protocolo com Ordem dos Arquitetos João Belo Rodeia e José de Matos assinalam a assinatura do Protocolo A Caixa assinou, no passado dia 18 de maio, um protocolo com a Ordem dos Arquitetos, onde ficou definido um conjunto de vantagens para os seus associados. Em causa, estão produtos e serviços com condições diferenciadas, descontos de bilheteira na Culturgest e a emissão de um cartão co-branded, entre outros. A cerimónia teve lugar no Edifício-Sede da CGD, tendo o protocolo sido assinado por José de Matos e João Belo Rodeia, respetivamente, presidentes da Comissão Executiva da CGD e da Ordem dos Arquitetos. Com este protocolo, a Caixa posiciona-se como parceiro privilegiado desta classe profissional, assegurando a presença em todos os certames nacionais realizados pela Ordem dos Arquitetos, assim como em outras iniciativas ou projetos de interesse comum. 55 C A Agenda Sustentabilidade CGD é Prime em sustentabilidade A CGD foi avaliada pela Oekom, agência alemã de rating de sustentabilidade empresarial, como empresa best in class no setor financeiro a nível internacional A notação «Prime» atribuída pela Oekom à Caixa Geral de Depósitos constitui mais um reconhecimento de mérito ao desempenho sustentável do Banco e aos compromissos assumidos para o futuro. Tudo em benefício das várias gerações, da sociedade e da economia nacional e do ambiente, reforçando o papel da Caixa como legítima embaixadora do setor financeiro português na aplicação das melhores práticas de gestão internacionais. A Caixa detém, atualmente, um programa de sustentabilidade abrangente e estruturado, que tem vindo a ser reconhecido por diversas entidades, nacionais e internacionais. Um programa construído com o grande empenho dos colaboradores do Grupo CGD e com o contributo dos seus vários stakeholders. A Caixa vê o futuro com outros olhos, com responsabilidade e confiança, valorizando os desafios e as oportunidades emergentes. Trata-se de uma aposta na sustentabilidade, reconhecida através de várias distinções. Eis as mais recentes: ▶ Grupo CGD – The Best Sustainable Banking Group (Portugal) 2011, pelos The New Economy Awards, UK; ▶ Carbon Disclosure Project Iberia 125 2011 (combate às alterações climáticas): ▶ Melhor Empresa Portuguesa; ▶ Melhor Instituição Financeira Ibérica»; ▶ Top 6 das melhores empresas ibéricas; ▶ Inclusão no CDLI – Carbon Disclosure Leadership Index; ▶ CGD – Instituição Financeira Mais Sustentável, Portugal, 2011, pelos The New Economy Awards, UK; ▶ Prémio Destaque «Desenvolvimento Sustentável», maior subida face a 2010 – Heidrick & Struggles e Diário Económico, 2011; ▶ CGD – Instituição Financeira Mais Sustentável, Portugal, 2010, pelos The New Economy Awards, UK. C O caminho faz-se caminhando… O nosso faz-se reduzindo A 5 de junho, comemorou-se o Dia do Ambiente, uma data simbólica que serve para reflexão sobre as nossas ações e o seu impacto no Planeta J á pensou que um duche com água corrente gasta, em média, 200 litros de água, em cerca de dez minutos? E que, se deixar o seu televisor em stand by, durante 12 horas, consome 0,36 Kwh de energia elétrica? São dados que poucos têm presentes, mas que ilustram o impacto que as nossas opções, por muito simples que sejam, têm no planeta. É por isso que a Caixa lança o desafio a todos os portugueses para que cada um adote comportamentos mais racionais e sustentáveis. Junte-se a este desafio e, com pequenos gestos, poupe também o Ambiente. A Caixa acredita nesta ideia e orgulha-se dos resultados alcançados em vários projetos: ▶ Floresta Caixa; 56 ▶ Central solar térmica; ▶ Gestão da mobilidade; ▶ Redutores de caudal de água; ▶ Redução do consumo de papel; ▶ Gestão de resíduos; ▶ Eficiência energética; ▶ Literacia ambiental; ▶ Voluntariado; ▶ Calculadora de carbono. Que permitiram, em 2011: ▶ A compensação de 4,038 t/CO2 e geradas pela sua atividade; ▶ Uma redução total de emissões na ordem dos 15 por cento, associadas à mobilidade; ▶ A redução em 34 por cento do consumo do papel de fotocópia e 47 por cento de plástico, sob a forma de cartões bancários; ▶ Aumentar a reciclagem de resíduos em 19 por cento; ▶ 13,9 por cento de redução no consumo de eletricidade, em relação a 2006, evitando a emissão de 6500 tCO2 e por ano, equivalentes às emissões de carbono resultantes do consumo de eletricidade de 3250 habitações durante um ano; ▶ Ultrapassar 33 mil horas em ações de voluntariado, muitas das quais com impacto na preservação ambiental; ▶ Mais de 5 mil pessoas já calcularam a sua pegada carbónica na Calculadora de Carbono do cgd.pt, a mais acessível e estruturada do País e a única do setor financeiro nacional. Preservar os recursos naturais é garantir o futuro das próximas gerações. C Sustentabilidade cada vez mais em agenda Inquérito a stakeholders reforça a importância do compromisso assumido pela Caixa ao nível da sustentabilidade A Caixa levou a cabo a consulta anual a stakeholders, uma iniciativa inserida no âmbito do seu Programa de Sustentabilidade e que reflete uma preocupação no desenvolvimento de relações transparentes e de confiança com os vários interessados. Falamos de colaboradores, da comunidade, dos Clientes particulares e empresas, dos fornecedores, assim como das entidades reguladoras e do acionista Estado. Esta consulta tem como objetivo avaliar a perceção que estes agentes têm sobre a CGD e identificar as suas principais expectativas e oportunidades de melhoria, em matéria de sustentabilidade, servindo, também, de base à definição de assuntos relevantes a abordar no relato de sustentabilidade. Findo o processo de consulta, ficam as principais conclusões. Segundo a maioria dos inquiridos, a CGD assume particular relevância para o setor financeiro pela solidez, confiança e rigor que advoga, sobressaindo a sua elevada credibilidade e reputação (ver Destaques da Consulta). O contributo positivo da atividade da CGD para a sociedade e os níveis de serviço associados ao atendimento na rede de Agências são outras das ilações. As conclusões saem de um to- tal de 3520 respostas, sendo que, entre o público externo, encontramos 33,6% de Clientes particulares, 25,3% de Clientes empresas, 31,5% de fornecedores e 9,6% de Instituições Particulares de Solidariedade Social. Ao nível das temáticas mais valorizadas, destaque para a «Segurança dos Clientes e do seu património financeiro» e «Práticas de combate à corrupção e branqueamento de capitais», no caso dos stakeholders externos, enquanto os internos dão maior preponderância ao «Desenvolvimento do capital humano» e à «Qualidade do serviço e satisfação dos Clientes». A CGD reconhece e valoriza estes resultados, considerando que o envolvimento com os vários grupos de stakeholders constitui uma ferramenta estratégica para a identificação e compreensão das necessidades, preocupações e expectativas em relação à sua atuação. Nesse sentido, a informação agora recolhida, além de tratada e incorporada na gestão, será, igualmente, integrada nas estruturas funcionais afetas à implementação do Programa Corporativo de Sustentabilidade, tendo em vista a melhoria contínua do desempenho da CGD, no que concerne ao desenvolvimento sustentável. C destaques da consulta 99% dos stakeholders auscultados considera que o desenvolvimento sustentável é muito importante ou importante. 72% dos stakeholders externos e 82% dos colaboradores consideram que é responsabilidade de CGD contribuir para o desenvolvimento sustentável do setor bancário português. 77% dos stakeholders externos considera que o desenolvimento sustentável é importante para a CGD, pois o desempenho desta deve pautar-se pela adoção permanente de boas práticas/conduta ética. Mais de 80% dos stakeholders consultados considera o grau de envolvimento com a CGD como muito bom ou bom. Carta de Compromissos APAN A Caixa assinou, publicamente, a Carta de Compromissos da Associação Portuguesa de Anunciantes, no âmbito da comunicação responsável. ▶▶Foi no Convento do Beato, já no início do ano, que decorreu a apresentação pública da Carta de Compromissos, uma iniciativa integrada na comemoração dos Cinco Anos pelo Desenvolvimento Sustentável em Portugal, um projeto da Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN). A Caixa foi uma das empresas que subscreveram o documento, reforçando, assim, a sua responsabilidade em integrar as considerações sociais e ambientais ao longo da cadeia de comunicação. No total, são quatro os compromissos constantes da Carta de Compromissos: 1 Promover o consumo e os comportamentos responsáveis; 2 Garantir que a comunicação da empresa (interna e externa) segue um conjunto de orientações e está em conformidade com os códigos de referência; 3 Utilizar com lealdade os dados privados dos seus clientes finais; 4 Integrar critérios ambientais na escolha dos suportes de comunicação. Esta subscrição vem em linha com os compromissos assumidos no Programa de Sustentabilidade da Caixa, assim como com as práticas vigentes no âmbito da comunicação responsável. Neste domínio, refira-se, a Caixa cumpre todos os deveres de informação legalmente definidos, ao nível das suas comunicações de marketing, publicidade, promoção e patrocínios a produtos e serviços financeiros da sua responsabilidade. Enquadram-se neste pressuposto a subscrição e cumprimento do Código de Conduta do Instituto Civil da Autodisciplina da Publicidade (ICAP) e do Código de Conduta Voluntário Europeu do Crédito à Habitação, assim como pelas normas do Banco de Portugal. 57 C Iniciativas Responsabilidade social em ação O Fundo Caixa Fã faz de si um investidor social. Saiba como têm sido apoiadas várias organizações e que projetos estão a decorrer. Participe para um País mais solidário O Fundo Caixa Fã é uma iniciativa criada em 2008, no âmbito da Responsabilidade Social da Caixa Geral de Depósitos, que visa o apoio e a viabilização de projetos que se enquadrem nesta área de atuação. Para isso, a Caixa canaliza 0,05 por cento do valor das compras efetuadas com o cartão Caixa Fã para este Fundo. Este Fundo apoia, anualmente, doze projetos apresentados por instituições com credibilidade e capacidade de execução, que garantam a realização das iniciativas propostas. Na seleção das instituições e respetivos projetos, pretende-se assegurar diversidade em termos de áreas de atuação e dispersão geográfica no território nacional. Para tal, a Caixa conta com a parceria da Bolsa de Valores Sociais (BVS), num trabalho indispensável que inclui não só a análise das candidaturas, mas também o acompanhamento da execução dos trabalhos e a avaliação do seu efetivo impacto social. Alguns dos projetos apoiados pelo Fundo são, também, incluídos na BVS, permitindo, assim, que outros mecenas – tanto empresas, como particulares – possam, igualmente, contribuir com donativos. Os Projetos Desde o seu início, há quatro anos, o Fundo Caixa Fã apoiou 42 entidades, com projetos que vão da Educação e da Cidadania até ao Ambiente e à Solidariedade. A título de exemplo, encontram-se as instituições apoiadas no segundo semestre de 2010, cuja avaliação final dos projetos foi recentemente realizada, confirmando o seu sucesso. Incluem-se, nesse período, seis iniciativas que, passados dois anos, continuam a gerar retorno social e 58 permitem afirmar valer a pena ser fã de causas! Um desses projetos pertence à Associação Lavoisier, um espaço integrado num antigo convento, utilizado por algumas pessoas idosas. O projeto visava a quebra de isolamento da população residente naquele espaço, pelo contacto com o mundo exterior, nomeadamente familiares e amigos distantes, através da Internet. E o objetivo foi alcançado. Com o apoio do Fundo Caixa Fã, foi reconstruído um espaço cedido pelo Centro de Recolhimento de Santos-o-Novo, equipado com mobiliário e dois computadores, onde funciona um atelier de iniciação à informática. Tal como desejado, criaram-se condições para o contacto com o mundo: uma nova realidade que cruza gerações e permite, ainda, com o apoio de voluntários mais jovens, a ocupação dos tempos livres e a aquisição de novos interesses e aptidões pelos residentes daquele Centro de Recolhimento. E há já quem não abdique da conversinha diária no Skype. A Associação Lavoisier não foi, contudo, a única instituição a investir em infraestruturas no segundo semestre de 2010. Outras houve que o fizeram, como a Aldeia SOS de Bicesse, em Cascais, que apostou na reconstrução da Casa Porto, local onde vivem e crescem, atualmente, oito crianças. Ou, também, a Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama, que construiu um auditório utilizado, frequentemente, para ações de formação de profissionais de saúde e de Quando pagam as suas compras com o Cartão Caixa Fã, os Clientes da Caixa apoiam causas sociais O antes e depois de uma sala cedida pelo Centro de Recolhimento de Santos-o-Novo, onde funciona um atelier de iniciação à informática da Associação Lavoisier – um dos muitos projetos financiados pelo Fundo Caixa Fã sensibilização da comunidade, além do apoio às mulheres com esta doença oncológica. Já na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, recuperou-se o Centro de Atendimento, Acompanhamento e Animação para pessoas com deficiência, que, diariamente, é palco de várias atividades com esta população. Falamos de atividades lúdicas, ocupação de tempos livres e de sessões terapêuticas, atividades que permitem a estas famílias ter uma vida menos difícil. Desta listagem, constam, ainda, a Casa Acreditar de Coimbra e o Movimento de Defesa da Vida, duas entidades que financiaram projetos orientados para aspetos logísticos e de funcionamento. A Casa Acreditar recorreu ao Fundo para financiar o funcionamento da casa de acolhimento e recobro, que, desde essa data, já apoiou mais de 210 crianças em tratamento oncológico e respetivas famílias. Já o Movimento de Defesa da Vida conseguiu com este apoio viabilizar a entrada em funcionamento do núcleo do Porto, num projeto de intervenção a longo prazo, de acom- Cartão Caixa Fã Ao utilizar o cartão Caixa Fã, a Caixa contribui com uma percentagem do valor das suas compras para o Fundo Caixa Fã, que apoia diversos projetos sociais. O cartão Caixa Fã é mais do que um meio de pagamento e o seu contributo é mais do que um apoio: é um investimento em projetos com retorno social. Saiba mais em www.cgd.pt. panhamento de famílias. O objetivo passa por evitar a institucionalização de crianças ou reintegrar na família crianças institucionalizadas, auxiliando o sistema familiar na gestão de problemas e conflitos. Os ganhos para a sociedade revelam-se na quebra do ciclo: a quebra de histórias familiares – muitas vezes, geracionais – de institucionalização e a integração das crianças e das famílias na sociedade. Apoios em curso Se, há dois anos, os pressupostos eram já ambiciosos, a verdade é que, em 2012, e face ao contexto socioeconómico vigente, a vontade é ainda maior. Há, por isso, uma atenção particular a algumas temáticas que, dado o cenário atual, se manifestam como prementes. É o caso de projetos que promovam a empregabilidade, a aquisição de competências e a sustentabilidade social. Foi segundo estes critérios que, no primeiro semestre de 2012, foram selecionados os seguintes projetos e instituições: • Projeto Nós & os Laços, da Associação Juvenil Soltar os Sentidos, que procura fortalecer competências parentais em famílias com crianças ou jovens com necessidades especiais de ensino ou deficiência; • Projeto 65+ Sem limites, da Associação de Desenvolvimento da Costa Norte da Madeira (ADENORMA), no apoio a pessoas com limitações físicas, com a criação de um banco de ajudas técnicas, em que os equipamentos são usados rotativamente, através de uma cedência por empréstimo; • Projeto Capacitar para o trabalho, do Cadin – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, com a implementação de um serviço que ajudará jovens com perturbações do espetro do Autismo a desenvolver competências e atitudes adequadas ao mercado de emprego; • Projeto Encaixa-te, da Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural do Concelho de Mértola, cujo objetivo passa pela inclusão dos cidadãos com necessidades especiais, através da promoção de empatia e interação entre os cidadãos. Pretende-se, assim, assumir um compromisso de responsabilidade social do Banco, enquadrando-o com grandes urgências que atingem muitas famílias portuguesas, pelo apoio à ação de organizações que fazem a diferença. Associado ao cartão Caixa Fã, o Fundo Caixa Fã é, portanto, uma iniciativa diferenciadora no mercado financeiro nacional, no que respeita à integração dos aspetos sociais e ambientais no negócio bancário. Saiba mais sobre o Fundo Caixa Fã em www. cgd.pt ou no site da BVS, em www.bvs.org.pt, e torne-se num investidor social. C 59 C Eventos Evento de amor cresce em soluções familiares Parceira oficial do Barrigas de Amor, a CGD teve presença ativa no evento, incluindo no Espaço dos Avós A sexta edição do Barrigas de Amor, subordinada ao tema «A Mulher como Alma, Equilíbrio e Motor da Família», decorreu, mais uma vez, no Parque dos Poetas, em Oeiras, no dia 1 de julho, com entrada gratuita para todos os visitantes. Que este evento tem constituído um enorme sucesso é um facto. Aliás, os números são disso reveladores: a edição de 2011 contara já com a presença de cerca de 13 mil visitantes, entre os quais três mil e duzentas mulheres grávidas, que formaram cerca de 25 por cento da totalidade dos presentes. Por isso, a pergunta colocava-se: seria possível ir mais além? Foi esse o objetivo nesta edição de 2012, cujo desafio foi ainda mais ambicioso e abrangeu, também, o papel fundamental da mulher na família. E, continuando pelas novidades, desta vez, a iniciativa estendeu-se também aos avós, com um espaço e uma programação pensada especificamente para este público, tendo em conta a sua crescente representatividade no contexto nacional. Todos estes temas fazem sentido para a Caixa Geral de Depósitos, que, por isso, se associou à iniciativa, na categoria de Parceiro oficial, para abordar problemáticas em torno da gestão da economia familiar, educação e soluções financeiras. Este foi um contributo informativo e bastante interessante, pelas soluções apresentadas, além de deveras oportuno perante os tempos difíceis que as famílias portuguesas estão a viver. SOLUÇÕES CGD Com um stand no local, a Caixa assumiu o seu papel de Parceiro oficial, através de intervenções adequadas à temática do evento, incluindo a divulgação da oferta para os públicos em causa, em particular as soluções 60 My Baby (ver pág. 61). Para tal, os visitantes contaram com a presença de comerciais no stand da Caixa, que acederam às solicitações para a apresentação de produtos, tendo, além disso, decorrido iniciativas várias dedicadas aos visitantes. Não menos importante, o apoio da Caixa traduziu-se, também, na presença de um técnico para a apresentação de temas orientados para as futuras mães, pais e avós. As apresentações incidiram em Literacia financeira e Gestão do orçamento familiar no nascimento do bebé, nos espaços Info Barrigas e no Espaço dos Avós, tendo captado imenso interesse entre os visitantes. ESPAÇO DOS AVÓS Com o patrocínio da Caixa, o Espaço dos Avós foi uma das novidades da edição deste ano do evento. Trata-se de uma ação da responsabilidade do Centro Pré e Pós-Parto, também com o apoio do Barrigas de Amor, que se traduz num conjunto de encontros, realizados de dois em dois meses, e que passou, no dia 1 de julho, pelo Parque dos Poetas. No Espaço dos Avós, houve uma psicóloga a descodificar o papel dos avós, bem como uma enfermeira que passou informação detalhada sobre a evolução dos atuais cuidados em relação ao bebé: segurança e transporte, alimentação e fases de desenvolvimento do bebé foram alguns dos assuntos abordados. A otimização e a qualidade de vida nos grupos etários seniores foi, também, outro dos temas desenvolvidos, versando áreas como a alimentação, o exercício, a ocupação do tempo, a segurança e a economia, entre outros. E, neste Espaço dos Avós, coube à Caixa abordar a questão do orçamento familiar no nascimento do bebé. C O evento Barrigas de Amor voltou a reunir milhares de visitantes no Parque dos Poetas, em Oeiras Dicas positivas SOS Economia. Prevenção financeira em teste É possível prevenir situações inesperadas que destabilizam a economia familiar. Voltámos ao tempo em que o realismo da análise económica familiar e o «pé de meia» possibilitam, ainda, alguma tranquilidade « E se…?» Esta é decerto uma pergunta que ocorre aos portugueses perante a instabilidade económica vivida atualmente. Desemprego, aumento do custo de vida, dos impostos, do pagamento da prestação da casa, a diminuição da reforma e a incerteza de um presente e de um futuro financeiramente seguro deixam esta questão a pairar perante os cenários preocupantes de que dão conta noticiários e jornais. É importante, por isso, refletir sobre possíveis acontecimentos que implicam mudanças de estilo de vida, opções mais difíceis, contenção de despesas que assegurem o bem-estar necessário. Mesmo que pareça um pouco difícil, há medidas que podem tranquilizar o receio de uma ou mais situações inesperadas. Analise a sua mobilidade financeira Como resistir a condições de extrema gravidade económica? Comece por analisar os diversos cenários possíveis: Quantos elementos do seu seio familiar contribuem para o suporte da economia caseira? O que poderá acontecer se um desses elementos ficar desempregado? Ter um fundo de emergência para suportar essa situação, pelo menos, durante seis meses é um plano que o poderá deixar mais tranquilo e com tempo para encontrar opções que garantam as despesas. É importante que esse fundo de emergência seja realista e de acordo com o tamanho do seu agregado familiar. E se a prestação da casa aumentar? Caso exista alguma alteração nas condições do crédito, deverá assegurar que as suas dívidas não ultrapassem um terço dos seus C rendimentos, precisamente, para ter uma margem de manobra financeira. Se os seus empréstimos ultrapassarem os 35 por cento, então tal significa que se encontra na zona de chumbo do teste ao stress das suas finanças. Se pensar aumentar a família, seja realista e encare a série de despesas que aumentarão bastante os encargos mensais durante anos. O divórcio cria também uma situação complicada financeiramente, podendo, inclusive, conduzir à ruína de um ou dos dois cônjuges. Por isso, é fundamental que os acordos pré-nupciais assegurem o destino dos bens em caso de separação. Cenário mais dramático é, sem dúvida, por tudo o que implica, a morte do cônjuge que tem a seu cargo o suporte económico do seu agregado familiar. Aqui, um seguro de vida pode salvaguardar todos os infortúnios que possam deixar a família fortemente penalizada financeiramente e com graves implicações na sua qualidade de vida. No caso do crédito à habitação, esse seguro de vida é obrigatório, mas, se não o tem, avalie a possibilidade e as vantagens de subscrever um. E se passar a receber menos como reformado? A resposta passa por colocar, todos os meses, uma quantia de lado a render, de preferência, num produto de investimento seguro, como os depósitos a prazo, PPR, Certificados de Aforro ou de Tesouro. C Já conhece as Soluções My Baby? As Soluções My Baby são uma oferta inovadora de produtos financeiros e vantagens, que facilitam e respondem às necessidades específicas relacionadas com o nascimento de um filho e a primeira fase de vida. Visam: • A melhor gestão do orçamento familiar O cartão pré-pago My Baby permite a gestão independente de todas as despesas com o bebé, antes e depois do nascimento, para uma maior eficácia e controlo dos gastos. Através deste cartão, beneficia, também, de vantagens exclusivas nas Unidades HPP Saúde, como a oferta da estadia para o acompanhamento familiar no internamento por parto, e de descontos em mais de 150 parceiros de interesse para os pais e o bebé (conheça-os em www.vantagenscaixa.pt). • A poupança para o futuro dos bebés Oferta da 1.ª Coleção de Moedas de Euro do Bebé, na abertura da conta poupança CaixaProjecto (o voucher é entregue na adesão ao cartão My Baby ou com o kit Bebé, aquando dos nascimentos nas Unidades HPP Saúde. Oferta limitada ao stock existente). Caixa PopAforro: depósito a cinco anos para jovens menores de idade, que cresce como eles. Os spreads associados à taxa de juro crescem em todos os semestres, permitindo poupar aos bocadinhos com reforços, pontuais ou programados, a partir de 10 euros. Mínimo de abertura: 25 euros. • Facilitar o envolvimento dos familiares e amigos no nascimento do bebé O cartão pré-pago My Baby possibilita receber presentes através de transferências para o cartão, bastando as referências multibanco indicadas no verso. 61 C Finanças Calcule quanto pode poupar com a Caixa Visite o site da Caixa e saiba quanto pode poupar com o Plano Automático de Poupança. Com a Caixa, a sua poupança está no PAP O PAP – Plano Automático de Poupança continua a fazer crescer, automaticamente, a poupança de muitos portugueses, sem mais esforço ou preocupações. Se tem mais de 55 anos, saiba quanto pode poupar com os vários mecanismos do PAP, através da calculadora de poupança disponível em www.cgd.pt. C Entre em «Poupar é automático» para aceder ao PAP Se não conhece as medidas do PAP, aproveite para se inteirar. A Caixa associa a muitos dos seus produtos várias características que lhe permitem efetuar pequenas poupanças, quase sem esforço, enquanto os utiliza no seu dia a dia. Seja em poupanças, depósitos ou cartões, a escolha é sua. Poupe quando e como quiser. 1.º Passo – Na página do PAP, entre em «Veja quanto pode poupar»; 2.º Passo – Selecione o perfil «ADULTOS +55 ANOS»; 3.º Passo – Calcule a sua poupança. Entre as várias medidas do PAP, salientamos as que se adequam ao perfil +55 anos: Medida 3 – Reforço automático da conta Poupança Poupança Caixa Activa: abertura Caixa Activa; com 100 euros Medida 7 – Agendamento automático de e reforços a partir de transferências para a poupança. 10 euros. Agende uma transferência regular da conta à ordem para a conta Poupança Caixa Activa de 50 euros. No final do ano, quase sem dar por isso, vai conseguir poupar 600 euros; Medida 5 – Conversão automática do consumo em poupança (cashback). Pague com o cartão de crédito (2) Caixa Activa as compras de valor superior a 35 euros e a Caixa devolve para a sua conta de poupança até 3% do montante gasto em compras, numa devolução máxima de 120 euros por trimestre. Assim, gasta por um lado, mas poupa por outro; Medida 6 – Arredondamento automático de compras (mealheiro); Ao utilizar os cartões de débito diferido (1) ou de crédito (2) Caixa Activa nas compras do dia a dia, pode beneficiar de uma poupança adicional, ao arredondar o valor das mesmas, pois o excedente é automaticamente transferido para a sua conta de poupança. Experimente, por exemplo, em restaurantes, cabeleireiros ou supermercados. Consulte em www.caixactiva.pt ou visite uma Agência da Caixa para conhecer as modalidades de arredondamento disponíveis; Medida 8 – Reforços automáticos numa poupança no vencimento de depósitos a prazo. Depósitos que, no vencimento, Assegure a continuidade da sua poupança, efetuam o reembolso escolhendo um dos depósitos a prazo que, no automático do vencimento, reforçam, automaticamente, a conta capital e dos juros na de poupança. conta de poupança Veja quanto pode poupar com o PAP e comprove associada: Caixa que a vida automaticamente continua. Aforro Poupe Mais, Depósito a Prazo a 3 (1) TAEG de 1,2% para um montante de 1500 euros anos, Depósito Mais com reembolso a 12 meses, à TAN de 0,00%. a 3 anos, Depósito (2) TAEG de 24,0%, para um montante de 1500 Crescente Mais a 3 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de anos e os PopPrazo. 22,50%. 62 C aixa Família Com a Caixa, pode reunir a sua família e valorizar, em conjunto, as suas poupanças O que diria de fazer compras em grupo no seu Banco? A ideia é simples: junte um conjunto de pessoas da mesma família, interessadas no mesmo produto de poupança, e conseguirá melhores condições de remuneração e de movimentação do seu dinheiro. E na Caixa, a compra em família do novo serviço de poupança, o Caixa Família, pode ser feita com o apoio personalizado de um assistente em qualquer Agência. Se já tem contas de poupança na Caixa, não precisa de abrir novas contas. Basta criar a sua rede de poupanças com os seus filhos, netos ou sobrinhos, por exemplo. A qualquer momento pode sair do Caixa Família e a sua conta volta à situação inicial. Se ainda não tiver uma conta de poupança, deverá abrir uma nova conta e criar, com outras contas de poupança dos seus familiares, a sua rede Caixa Família. E o que ganha com isso? A taxa de juro é mais elevada, sem qualquer obrigação de efetuar depósitos regulares, e, ao mesmo tempo, mantém a individualidade da sua conta, já que cada pessoa tem o seu saldo independente. Poupar em família é sentir o apoio de todos, contribuir para o bem-estar dos outros e manter a sua própria independência. Isto porque a utilização da conta continua a ser autónoma. Pode poupar na sua conta de poupança quando quiser e pelo montante que entender a partir de 10 euros. Se mobilizar antecipadamente, só terá penalização dos juros pelo valor que mobilizar. Condições Base Especiais ▶▶No conjunto das contas do grupo, um dos titulares de cada conta associada, se maior de idade, deve possuir rendimento domiciliado superior a € 500 líquidos ou cartão ON, Caixa Activa, Caixa Woman, Caixazul, Caixa ISIC ou MTV ▶▶Clientes RE A rede Caixa Família distingue com melhores taxas de juro os Clientes que tenham o seu rendimento (de montante igual ou superior a 500 euros líquidos) domiciliado na Caixa ou sejam detentores de um dos seguintes cartões: Caixa Activa, Caixa Woman, Caixazul, ON, Caixa ISIC ou MTV. Mas os Clientes menores de idade poderão juntar a sua poupança à da sua família, mesmo que ainda não tenham o seu cartão LOL ou o Megacartão Jovem, e usufruir das melhores taxas de juro para as suas pequenas poupanças. Também os Clientes residentes no estrangeiro podem juntar-se, sem mais condições, a uma rede Caixa Família e usufruir da remuneração especial. Escalão do saldo global das contas do grupo TANB < € 50 000 20% da Eur.6M (1) + 0,95% ≥ € 50 000 20% da Eur.6M (1) + 1,05% < € 50 000 Restantes semestres: 20% da Eur.6M (1) + 0,95% 1.º e 2.º semestres: 2,75% 1.º e 2.º semestres: 3,00% ≥ € 50 000 Restantes semestres: 20% da Eur.6M (1) + 1,05% (1) Média da Euribor 6M, base 360, verificada no mês anterior à data de início do depósito ou de renovação, arredondada à milésima. Euribor 6M é a taxa de juro a 6 meses publicada pela Reuters, na página «EURIBOR 6MD=», às 11 horas ou outra que a substitua. 63 C Parcerias Embeleze a sua vida Se uma palavra não basta, ofereça flores! Com a Flores.pt, a sua vida ficará mais florida A Caixa e o LardoceLar apresentam-lhe a Flores.pt, uma empresa on-line especialista, há mais de 30 anos, em flores frescas e decoração. A sua paixão pelas flores traduz-se num serviço de qualidade, simples e seguro de entrega de flores em qualquer local do País e do Mundo. No flores.pt, pode adquirir flores, realizar desejos e proporcionar surpresas. No respetivo site, poderá escolher o seu ramo, entre mais de cinquenta variedades de flores, conforme a ocasião a que se destina ou as várias datas do calendário, com opções para todas as idades e gostos. Encontrará ramos e bouquets de flores, cestos e jarras, assim como outras plantas. E, para enriquecer a sua oferta, poderá incluir uma mensagem – ou recorrer às sugestões – na sua oferta, assim como deliciosos complementos, desde chocolates a adoráveis peluches. Conquistará, sem dúvida, a pessoa de quem tanto gosta, seja a namorada ou namorado, a mãe, a irmã ou qualquer outro parente ou, mesmo, um simples amigo(a). A empresa dispõe de um serviço de entrega rápida na zona da Grande Lisboa, através de frota própria, que funciona até às 20 horas, durante a semana, e até às 19 horas nos sábados, domingos e feriados. Já para o resto do País, as entregas são efetuadas entre um a três dias, consoante o dia da semana, podendo recorrer ao formulário, ao número de telefone 213 872 454 ou ao e-mail [email protected]. Além disso, a Flores.pt faz entregas em todo o Mundo, num espaço de quatro dias para pedidos de segunda a sábado. Para tal, tem parcerias com floristas e empresas em todo o Mundo, selecionadas criteriosamente e garantindo a máxima qualidade e eficiência. Em causa, estão mais de 141 países e 56 mil associadas em todo o Mundo, através da Interflora, uma das maiores associações mundiais na entrega de flores. Para Clientes titulares do cartão Caixa Activa, a Flores.pt confere 10 por cento de desconto na compra de qualquer produto, através do código «floresldl». C Por um futuro melhor Ao certificar uma casa, está a criar um futuro melhor. É esta a filosofia da Certiene, uma empresa portuguesa, líder de mercado na área da certificação e consultadoria energética, criada, em 2008, por profissionais da área de engenharia. A partir de 1 de janeiro de 2009, a certificação energética passou a ser obrigatória para efetuar contratos de promessa compra e venda e de arrendamento para todas as frações de habitação e de serviços. A Certiene possui os melhores preços do mercado, garantindo o máximo rigor e celeridade na emissão do certificado energético 64 do seu imóvel. Como atividade secundária, realiza, ainda, estudos de consultadoria energética, de forma a reduzir os custos na fatura energética e usufruir de benefícios fiscais, assim como projetos de arquitetura e de engenharia. Os titulares dos cartões Caixa Activa têm acesso a 10 por cento de desconto na emissão de certificados energéticos, execução de projetos de arquitetura e projetos de engenharia, não aplicáveis sobre os encargos relacionados com o pagamento de taxas à Adene ou outras entidades licenciadoras. 15% desconto Miss Saigon Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa. A oferta é válida de 1 de agosto a 30 de setembro de 2012, exceto no período de 23 de agosto a 9 de setembro, por motivo de encerramento para férias. oferta Biothecare Estétika 12,5% desconto Espaço Libris Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa. A oferta é válida até 30 de setembro de 2012. 2o% desconto Spoil Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa. Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa. A oferta é válida até 30 de setembro de 2012. A oferta é válida até 30 de setembro de 2012. 2€ desconto 5àSec oferta CPS - Centro Português de Serigrafia Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa. Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa. A oferta é válida até 30 de setembro de 2012. A oferta é válida até 30 de setembro de 2012. 12€ desconto Natura Algarve 20% desconto Ô Hotels & Resorts Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa. Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa. A oferta é válida até 30 de setembro de 2012. A oferta é válida de 1 de julho até 30 de setembro de 2012. Desconto na compra de mobiliário. A oferta não é acumulável com outras campanhas ou promoções em vigor. 20% de desconto sobre o valor final da sessão (sessões Pré-Mamã, Família, Mulher e Noiva). A oferta não é acumulável com outras campanhas ou promoções em vigor. Saiba mais em www.spoil.pt. Desconto em almoços, exceção nas bebidas. Oferta sujeita a marcação prévia, através do telefone 210 996 589. Campanha não acumulável com outras promoções em vigor. Oferta de dois tratamentos (sessões) pelo preço de um em tratamentos corporais ou faciais: fotodepilação, cavitação plus, mesoterapia, radiofrequência, microdermoabrasão e pressoterapia. A oferta é válida nos centros Biothecare Estétika aderentes: Amora, Aveiro, Beja, Caldas, Funchal, Lisboa (Largo do Rato e Lumiar), Porto, Póvoa de Varzim, Portimão, Setúbal, Oeiras, Parede e Viseu. Válido um cupão por pessoa e não acumulável com outras ofertas. Na compra de uma obra gráfica original editada pelo CPS (entre 65 euros e 780 euros), oferta de outra até metade do valor da obra adquirida. Oferta válida para todas as edições de subscrição e pequeno formato do CPS, limitada aos exemplares disponíveis. A oferta não é acumulável com promoções, campanhas ou vouchers. Veja as obras em www.cps.pt e saiba mais através do telefone 213 933 260. Desconto em serviços. Oferta válida no valor mínimo de 10 euros em serviços. A oferta não é acumulável com o desconto Privilege ou outras promoções em vigor. Desconto em todos os serviços no Ô Golfe do Vimeiro e em Experiências e Passeios no Centro Hípico Ô Hotel Golf Mar. Descontos acumuláveis com os descontos-base protocolados com a CGD. Para conhecer os mesmos, consulte o portal VantagensCaixa e a página dos Ô Hotels & Resorts em www.vantagenscaixa.pt/parceiros/o-hotels-resorts. Desconto no Passeio nas Ilhas Barreira. Para saber mais sobre o Passeio nas Ilhas Barreira, consulte o site da Natura Algarve, em www. natura-algarve.com/ecoturismo-ria-formosa/as-ilhas-barreira-daria-formosa. A oferta não é acumulável com outras campanhas ou promoções em vigor. Nota: O PVP do Passeio nas Ilhas Barreira é de 52 euros/pessoa, o que significa que o valor a pagar pelos titulares do cartão e possuidores do voucher será de 40 euros.
Documentos relacionados
o teatro é uma arma
novo concerto de ilusões, tão reais que desafiam a razão! Um espetáculo para toda a
Leia maisREVOLUÇÃO SILENCIOSA
Pedro Costa Santos ([email protected]) Coordenador de Materiais José António Lopes ([email protected])
Leia mais