Joaquina Madeira

Transcrição

Joaquina Madeira
a vida começa aos 55 anos
EDIÇÃO N.o 8 • JUNHO 2012 • ANo III
Fugas
Por aldeias
comunitárias
em Portugal
Joaquina
Madeira
Viver, assim,
ativamente
Nutrição
Um superalimento
O poder do ovo
iniciativas
fundo caixa fã
EVENTOS
Barrigas
de Amor
Uma parceria
oficial
finanças
caixa família
Conheça a 10.a medida
do Plano Automático
de Poupança
Viver melhor
Travar a solidão
família
A qualidade
da vida sexual
DICAS
POSITIVAS
prevenção
financeira
High tech
podómetros
Meta: 10 000 passos
em foco
Grécia
€ 1,50 CoNtinente e ilhas
periodicidade Trimestral
As pérolas
do Egeu
Editorial
Um verão
para recordar
Francisco Viana
É um cliché, é certo, mas o verão, com os dias longos e noites
claras, é o convite que todos parecemos necessitar para aproveitar
melhor o exterior. Sair de casa, mesmo que seja para apanhar um
pouco de ar e sentir o sol, só por si parece revigorar-nos o espírito e
também o corpo. Aproveite, por isso, e saia. E, já agora, por que não
aproveitar e ligar a um amigo ou amiga para lhe fazer companhia
e conversarem um pouco? Ou fazerem um pouco de exercício, tão
essencial ao bem-estar e saúde. Se quiser juntar o útil ao agradável,
leia a rubrica High Tech para descobrir o melhor podómetro para
si. Saberá, assim, ao certo quantos passos dá por dia, desde que se
levanta até à hora de se deitar. Leve-o, por exemplo, em viagem,
para as ilhas gregas, sobre as quais encontra toda a informação
necessária para umas férias inesquecíveis. Também poderá
(re)descobrir o prazer de mergulhar e apreciar toda a paisagem
marinha destas ilhas de águas azuis cristalinas. Mais perto, as
aldeias comunitárias, no norte do País, convidam à descoberta.
Um banho de cultura
Já que falamos do norte, não se esqueça de que, este ano, Guimarães
é a Capital da Cultura, oferecendo um leque de espetáculos e
iniciativas extremamente apelativo. E é de cultura que falamos,
quando o tema é Clint Eastwood, ator e realizador, cuja carreira
se tem pautado, desde o início, pelo sucesso. Apesar de muitos
fazerem de Julião Sarmento o retrato de um artista provocador, aos
63 anos, um dos artistas plásticos portugueses mais conceituados
cá dentro, como lá fora, rejeita os rótulos e continua avesso a
autorretratos. «Eu sou o que o meu trabalho é», atira.
Marcas positivas
Neste Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade
entre Gerações, Joaquina Madeira, a coordenadora nacional desta
iniciativa, deixa-nos uma visão do que se vai desenrolar ao longo
de 2012, com efeitos que se repercutirão positivamente na vida
de todos nós nos anos vindouros.
Um lugar na Caixa
Nesta edição, a Caixa Activa despede-se de si, deixando, no
entanto, lugar para uma comunicação direta e eficiente, a partir
do site Caixa Activa. Para trás, ficam algumas histórias marcantes,
prova de que os 55 anos são só o princípio de uma vida em pleno,
que merece ser desfrutada em todos os sentidos. Para trás, ficam,
também, dezenas de artigos sobre temas tão variados como a
família, beleza, saúde, nutrição e desporto ou carreira, viagens,
tempos livres, poupança e sustentabilidade, tão importantes para
os tempos que vivemos. A Caixa Activa despede-se, mas a Caixa
estará sempre consigo.
Esta revista está escrita nos termos do novo acordo ortográfico.
a PENSAR EM SI
A
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Francisco Viana
Arte Ana Pereira, Rui Garcia,
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Guilherme Lopes, Teresa Paula
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(edição e textos); Estúdio João
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(Edição n.º 8, abril/junho 2012)
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A Caixa Activa é uma publicação
da Divisão Customer Publishing
da Impresa Publishing, sob licença
da Caixa Geral de Depósitos.
Caixa Activa... Para quem os 55 anos são só o princípio de uma vida em pleno.
3
Conteúdo
Edição n.º 8 | abril-junho | 2012
44
Grécia:
As pérolas
do Egeu
A VIDA COMEÇA AOS 55 ANOS
EDIÇÃO N.O 8 • JUNHO 2012 • ANO III
FUGAS
POR ALDEIAS
COMUNITÁRIAS
em Portugal
JOAQUINA
MADEIRA
VIVER, ASSIM,
ATIVAMENTE
As lendas mais
trágicas da
mitologia helénica
e os fins de tarde
mais arrebatadores
do mar Egeu
encontram-se
nas Cíclades: um
arquipélago
que reúne ilhas tão
sugestivas como
Mikonos,
Delos, Paros ou
Santorini
NUTRIÇÃO
UM SUPERALIMENTO
O poder do ovo
INICIATIVAS
FUNDO CAIXA FÃ
EVENTOS
BARRIGAS
DE AMOR
UMA PARCERIA
OFICIAL
FINANÇAS
CAIXA FAMÍLIA
Conheça a 10.a medida
do Plano Automático
de Poupança
VIVER MELHOR
TRAVAR A SOLIDÃO
FAMÍLIA
A QUALIDADE
DA VIDA SEXUAL
DICAS
POSITIVAS
PREVENÇÃO
FINANCEIRA
HIGH TECH
PODÓMETROS
META: 10 000 PASSOS
EM FOCO
GRÉCIA
€ 1,50 CONTINENTE E ILHAS
PERIODICIDADE TRIMESTRAL
As pérolas
do Egeu
Capa
Fotografia:
João Cupertino
Vista da aldeia
pitoresca de Oia
Actualidade
Equilíbrio
Lazer
Banco é Caixa
6 Agenda para o trimestre
8 G
astronomia
Restaurantes, bares e muito mais
9 Sétima Arte
10 Literatura
11 Música
12 A minha vida dava um filme
Clint Eastwood
15 High tech
Meta: dez mil passos
16 Internet
Passwords à prova de bala
18 Upgrade
19 Notícias
Mundo sénior
20 Entrevista
Joaquina Madeira
26 Raio X
Julião Sarmento
28Família
A qualidade da vida sexual
29Beleza
Atraente em todas as idades
30Saúde
O cancro mais fácil de prevenir
32 Bem-estar
Quando a casa dos avós se
transforma numa creche
33Viver melhor
Em boa companhia
34Desporto
Mergulho
36Nutrição
O poder do ovo
38Carreira
Grandes ideias, negócios em
crescimento
40Tempos livres
Retalhos de uma vida em papel
41 Motores
Mercedes Classe E cabriolet
42 Shopping
Moda para ela e para ele
44Em foco
Grécia: As pérolas do Egeu
50 Fugas
Pelas aldeias comunitárias
52 Prazeres
4Notícias CGD
5
56 Sustentabilidade
Avaliação da Oekom;
Dia do Ambiente; Inquérito
a stakeholders; Carta APAN
58Iniciativas
Balanço Fundo Caixa Fã;
Cartão Caixa Fã
60Eventos
Barrigas de Amor
61 Dicas positivas
Teste o stress das suas finanças
62 Finanças
Simulador PAP - Plano Automático
de Poupança; Caixa Família
64Parcerias
Flores.pt; Certiene
65 Vantagens
4
Agenda
julho
Ao entrar na segunda
metade do ano,
Lisboa enche-se de
exposições para
todos os gostos e há
música, dança e artes
várias pelo País fora.
Até 2 de setembro
Visita guiada, por Miguel
Wandschneider, a 1 de
setembro, às 17h00
Fundação CGD – Culturgest,
Lisboa
JEF GEYS: AS SOMBRAS
DE LISBOA
Figura de culto no mundo da
arte internacional, Jef Geys
é, ainda, pouco conhecido
por cá. Em 1998, publicou
um livro com todas as suas
fotografias (não artísticas)
a preto e branco até então,
fruto de centenas de provas
de contacto, duas em Lisboa.
Esta exposição baseia-se nas
fotografias reunidas na última
prova alfacinha.
Até 2 de setembro
Fundação CGD – Culturgest,
Porto
PEDRO CASQUEIRO
Nos últimos vinte anos,
Casqueiro foi produzindo
algumas obras que se
desviam do seu trabalho
mais conhecido. São, na sua
maioria, obras de pequena
dimensão, que incorporam
técnicas e materiais
exteriores à pintura.
Esta exposição reúne um
conjunto dessas obras,
incluindo algumas feitas em
colaboração com Ana Jotta.
Até 23 de setembro
Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva, Lisboa
ARTE BRUTA – TERRA
INCÓGNITA
A Fundação Arpad Szènes-Vieira da Silva apresenta
uma exposição de Arte
Bruta inédita no nosso País.
A mostra, comissariada por
Jef Geys: As sombras
de Lisboa
26 de agosto
a 2 de setembro
Madeira
FESTA DO VINHO
DA MADEIRA
Na época das vindimas,
e em tributo às tradições
6
de partida para a décima
edição do festival. Algumas
das cabeças de cartaz são o
grupo Juredurê, da Calábria,
o conjunto Cordas do Sol,
de Cabo Verde, o grupo
Canzoniere Grecanico-Salentino, de Salento,
na Itália, e o bailarino de
flamenco Jesus Fernandez,
da Andaluzia.
Até 17 de agosto
Fábrica de Pólvora de
Barcarena
XX FESTIVAL SETE SÓIS
SETE LUAS
Erguer uma ponte cultural
e artística entre países,
cidades e pessoas é o ponto
Até 12 de agosto
Ponta Delgada, Açores
Festival Walk&Talk
Azores
A ilha de São Miguel acolhe,
mais uma vez, o festival
internacional de arte pública
do arquipélago, organizado
XX Festival Sete Sóis
Sete Luas
Pedro Casqueiro e Ana Jotta
Solitaire Universel, 1994
Caixas de cassetes,
fita Dymo, prateleira de
madeira e vidro
63 x 122 x 11 cm
Grande concerto de verão
com o expoente máximo
da música romântica
portuguesa, Tony Carreira, na
sua primeira apresentação ao
vivo na cidade de Alverca.
O espetáculo, com uma
duração prevista de três
horas, encontra-se integrado
no 73.º aniversário da
fundação do Futebol Clube
de Alverca. Às 22h00.
Christian Berst, congrega
vários trabalhos onde
reinam nomes como os
de Henry Darger, Adolf
Wölflï, Madge Gill, Scottie
Willson ou Augustin Lesage,
representados nas mais
exigentes coleções públicas,
desde o MoMA, de Nova
Iorque, ao Centro Georges
Pompidou, em Paris.
Tony Carreira
de produção deste precioso
néctar, enraizadas desde o
início do povoamento da ilha,
a Pérola do Atlântico acolhe
um conjunto de iniciativas
que evocam a importância
socioeconómica e cultural
do vinho da Madeira.
A freguesia do Estreito de
Câmara de Lobos assiste
ao início do festival, com a
apanha da uva, os cortejos
dos vindimadores, a pisa
da uva e todo o ritual que
envolve o fabrico do vinho.
A festa segue, depois, para
o centro do Funchal,
onde têm lugar diversos
espetáculos de luz, som e
folclore alusivos ao vinho e
às vindimas, não faltando
bancas a vender os mais
típicos produtos regionais.
setembro
Em tempo de
vindimas, a colheita
cultural reúne boas
peças, músicas
intemporais e
certames recheados
de história e arte.
5 de setembro
a 27 de outubro
Teatro da Politécnica, Lisboa
FELIZ ANIVERSÁRIO
A primeira peça longa
de Harold Pinter é trazida
a cena pelos Artistas
Unidos, com encenação
de Jorge Silva Melo.
A trama gira em torno
de Meg e do seu marido,
Petey, que arrendam quartos
a visitantes temporários
numa pequena estância
balnear inglesa.
Com a chegada de dois novos
hóspedes, Meg aproveita
para oferecer ao inquilino
mais antigo uma festa
pelo seu suposto aniversário.
7 e 8 de setembro
Hipódromo Municipal Manuel
Possolo, Cascais
ERP REMEMBER CASCAIS
Mais do que a música, são
as memórias que brilham
ao som de um vibrante
encontro de gerações, num
evento com a organização da
Palco da Primavera e o apoio
da C. M. de Cascais e da
European Recycling Platform.
Celebrando a frenética
década de 80, esperam-se as
atuações de Bonnie Tyler, Ali
Campbell (UB 40), Liz Mitchell
(Boney M), Alphaville, F.R.
David e dos Sétima Legião.
14 a 16 de setembro
Guimarães
FEIRA AFONSINA
Durante três dias, a Cidade
Berço embarca numa
Telles Vertigem, JIA-ESJI, Bruno Simão
EXPRESSO
Jef Geys (Jef Geys), Laura Castro Caldas / Paulo Cintra (Pedro Casqueiro),
A
pela associação Anda&Fala
– Interpretação Cultural, que
promove as ilhas açorianas
como destino criativo no
circuito internacional da arte
contemporânea.
Com o evento em marcha,
ao longo de três semanas,
a cidade de Ponta Delgada
transforma-se num
verdadeiro museu ao ar
livre que mobiliza artistas,
parceiros e voluntários, além
da população local e dos
turistas.
O cartaz reúne nomes como
os de Alexandre Farto,
Florentijn Hofman, Mário
Belém, Mark Jenkins
ou Roadsworth.
agosto
No mês que, para
muitos, é sinónimo
de férias, damos-lhe
a provar o que o País
tem de melhor e a
escutar os sons que
ecoam pelo mundo.
3 a 11 de agosto
Parque de Feiras e
Exposições de Portimão
FESTIVAL DA SARDINHA
Num certame onde a
gastronomia é quem mais
ordena e a sardinha é rainha,
estão, ainda, reservadas
uma nova imagem e um novo
formato, além de espetáculos
para agradar a todos os
gostos e idades.
3 a 12 de agosto
Fundação Calouste
Gulbenkian
JAZZ EM AGOSTO
A onda jazzística torna
a rebentar na capital
portuguesa. Além dos seis
concertos no Anfiteatro ao Ar
Livre da Fundação Calouste
Gulbenkian, o festival
estende-se até ao Teatro do
Bairro, para três concertos
que recuperam o espírito dos
clubes de jazz. Sunny Murray,
John Edwards,Tony Bevan,
o quinteto Led Bid, Misha
Mengelberg e Evan Parker
são alguns dos nomes no
palco principal. Pelo Auditório
3, vão passar, ainda, quatro
filmes documentais e uma
conferência com o crítico
britânico Brian Morton.
16 a 19 de agosto
Aldeia de Cem Soldos, Tomar
FESTIVAL BONS SONS
A aldeia de Cem Soldos,
em Tomar, veste-se de gala
para receber mais uma
edição do festival que junta
projetos musicais emergentes
a músicos de carreira feita.
Numa manta de sonoridades
onde se cruzam jazz, folk,
blues, tango, reggae, música
clássica, fusão, tradicional
portuguesa, fado, cabaré,
fanfarra, eletroacústica
ou experimental, destacam-se
A Naifa, Capitão Fausto,
The Legendary Tigerman,
Maria João & Mário Laginha,
Vitorino e Aldina Duarte.
Um total de 42 espetáculos,
distribuídos por oito palcos.
Além da música, a feira de
marroquinarias e artesanato
espalha-se pelas ruas,
mostrando artigos de artesãos
e alfarrabistas nacionais.
25 de agosto
Complexo Desportivo do
Futebol Clube de Alverca
TONY CARREIRA
Festival Walk&Talk Azores
Bonnie Tyler,
ERP Remember Cascais
Festival da Sardinha
J.M.Zavala, Andrew Lepley, Reinaldo Rodrigues
Feira Afonsina,
Guimarães
viagem no tempo, recuando
até à época do Condado
Portucalense. Potenciando
o património histórico
vimaranense e os novos
horizontes que a Capital
Europeia da Cultura (CEC)
veio abrir, esta segunda
edição da Feira Afonsina
– que já foi Feira Medieval,
Feira Quinhentista e Feira
Joanina – resulta de uma
parceria conjunta entre a
CEC e a Câmara Municipal de
Guimarães.
Alguns dos locais e
monumentos mais nobres da
Grande Lisboa recebem uma
série de iniciativas culturais,
num programa onde se
destacam artistas de renome
na música erudita. Além da
ópera, música e bailado,
haverá visitas guiadas aos
monumentos e museus,
galerias, antiquários, fábricas
ou oficinas que desenvolvem
atividades na esfera das
artes, como a olaria, a
azulejaria ou o restauro.
21 de setembro
a 14 de outubro
Lisboa
FESTIVAL ROTA DAS ARTES
20 a 23 de setembro
Grande Auditório, Fundação
CGD – Culturgest, Lisboa
CADAVRE EXQUIS
Uma colaboração entre
quatro companhias sem as
concessões habituais, juntas
porque têm afinidades e
não porque um programador
assim decidiu. Cada
companhia faz uma parte do
espetáculo com um máximo
de 15 minutos, tendo como
ponto de partida apenas
a última imagem de quem
a precedeu e os mesmos
quatro performers. Uma
estafeta onde cada um fará
o que quiser com o cenário
e o tema, podendo matar os
intérpretes, juntar figurantes,
transformar a peça num
espetáculo de dança
ou num filme. Às 21h30.
22 de setembro
Museus Nacional de
Arqueologia, dos Coches
e de Arte Popular
BELÉM ART FEST
Um festival que assenta
num conceito único de fusão
cultural, que consiste na
abertura de museus, à noite,
com concertos, workshops,
exposições e teatro. E é
de palco em palco que os
participantes poderão assistir
a concertos de fado, jazz e
rock, envolvidos em alma e
em história. Durante o evento,
pretende-se criar uma ligação
emocional entre os museus,
os artistas, instituições e,
naturalmente, o público.
27 de setembro
Grande Auditório, Fundação
CGD – Culturgest, Lisboa
MÔNICA SALMASO, ALMA
LÍRICA BRASILEIRA
Onze anos depois, Mônica
Salmaso regressa à
Culturgest com o seu mais
recente projeto. De entre
as canções a ouvir, estão
temas de Villa-Lobos, Tom
Jobim e Vinicius, Chico e
Edu, Wisnik, Violeta Parra e
muitas outras. Um reportório
distinto e uma interpretação
delicada, motivos pelos quais
vale a pena encontrar, ou
reencontrar, Mônica Salmaso.
E fixar esse nome para
sempre. Às 21h30.
7
A
Gastronomia
RestaurantE
casa da dízima
Cozinha de fusão, onde sabores
familiares se misturam com
tendências do mundo
Cozinha, divina cozinha
Uma nova abordagem e um novo estilo de cozinha
e serviço é o conceito do Cozinha Divina by Chakall
Criada, em 2000, pelo jovem chef Chakall, o Cozinha Divina nasceu
da perceção de que a cozinha também precisa de um habitat natural
para se desenvolver, em especial, quando se quer cozinhar em
harmonia com a terra.
Mais do que um empresário, Chakall é um viajante, um cozinheiro
e um apaixonado. Talvez não por esta ordem, mas só ele poderá
definir a ordem certa: um homem que viaja e se apaixona por lugares
distantes e que coleciona sabores. Não são apenas a experiência e a
vivência que o distinguem da maioria dos chefs e empreendedores
no setor da restauração. A natureza criativa de Chakall e a sua
deslumbrante paleta de cores permitem-lhe a arte de equilibrar
perfeitamente os elementos mais simples dos alimentos, criando
misturas excecionais de sabores e texturas. O sucesso do Cozinha
Divina nasce, assim, do equilíbrio entre a qualidade dos produtos, a
tradição e a criatividade adequada a cada cliente. Foi esta a arte que
Chakall conseguiu transmitir à sua equipa no Cozinha Divina e que
acompanha o chef onde, hoje, tem a sua marca, seja na Alemanha,
França, Espanha, China, Emirados Árabes Unidos, Brasil, entre
outros países. A Cozinha Divina oferece 20 por cento de desconto aos
titulares dos cartões Caixa Activa. A
A traça original do século XV foi mantida,
fruto do trabalho de Paulo Fernandes
(arquiteto) e Irene Baptista Fernandes
(engenheira), numa perfeita sintonia
entre o passado e o presente. Um jogo de
contrastes entre as texturas rugosas da
pedra e as superfícies lisas do estuque e da
alvenaria, as abóbadas de cruz e de berço
em tijolo cru com os metais enferrujados
a ácido. Ou entre o chão de pedra lioz
da Lourinhã e as madeiras de teca do
mobiliário. Aqui, encontra uma cozinha de
rigor e inovação, criada em conceitos da
gastronomia tradicional portuguesa, com
um toque de fusão, em que são utilizados,
preferencialmente, produtos nacionais
e sazonais, confecionados com todo o
requinte e qualidade.
Estes atributos e o excelente serviço de
copos alemães spiegelau adivinham uma
carta destinada aos apaixonados por
vinhos. Atualmente com 400 referências,
destaca-se pela qualidade, variedade e
raridade de alguns dos seus néctares,
nacionais e estrangeiros.
A esplanada é um espaço privilegiado
do edifício, oferecendo uma vista única
sobre a barra do Tejo, desde a ponte ao
farol do Bugio.
Aos titulares dos cartões Caixa Activa,
a Casa da Dízima oferece 10% de
desconto sobre o valor da refeição.
Telefone 214 462 965
Web http://casadadizima.com
Telefone 910 956 384 Web www.cozinhadivina.com
festival do pão
O fabrico do pão de Mafra, inicialmente conhecido pela designação
mais vasta de pão saloio, permaneceu uma atividade doméstica e
artesanal que, durante séculos, marcou os ritmos de um ciclo agrícola
mais complexo e demorado. Produto de excelência, característico da
região, o pão de Mafra encontra-se em processo de certificação como
produto de denominação de origem protegida. Este património singular
deu o mote para a organização de um festival, que, de 13 a 15 de julho, no
Jardim do Cerco (junto ao Palácio Nacional de Mafra), integrou variadas
atividades culturais, desportivas e recreativas, e mostra gastronómica,
na qual participaram vários restaurantes do concelho de Mafra.
8
vai
gostar
○○XOCOA
À saída do Metro
da Baixa-Chiado,
abre-se todo
um maravilhoso
mundo encantado
para os amantes
incondicionais de
chocolate. Um
presente precioso
da Xocoa, que
aqui abriu a sua
primeira loja fora
de Espanha.
Nascida em 1897,
em Barcelona,
é um espaço
simplesmente
delicioso, onde se
encontra chocolate
de fabrico artesanal
de elevada
qualidade.
E de formas,
sabores e feitios.
Dos sabores não
vamos dizer nada,
deixamos-lhe toda
a expectativa
e imaginação a
trabalhar.
Quanto às formas,
no mínimo, são
originais. Há CD,
a desdobrarem-se em suaves
melodias para o
paladar, botões
para partilhar,
trincadentes e
snacks de noz de
macadâmia, torrões
indescritíveis,
enfim, todo um
universo à sua
espera.
Para os dias mais
frios ou para
consolar a alma, há
chocolate quente
aprimorado ao
longo de mais de um
século para provar.
Contactos
213 466 370
www.xocoa.es
Rua do Crucifixo,
Uma cozinha inovadora, inspirada pela
gastronomia tradicional portuguesa
112, Lisboa
Sétima Arte
Julie
Bertuccelli
Nascida em 1968,
a francesa Julie
Bertuccelli (filha
do cineasta Jean-Louis Bertuccelli)
trabalhou como
assistente de uma
série de conhecidos
realizadores, como
Otar Iosseliani,
Kieslowski Krystof,
Tavernier Bertrand,
Finkiel Emmanuel
e Rithy Panh. O seu
primeiro passo para
A Árvore
Como se lida com a perda de uma das pessoas mais
importantes da nossa vida? Numa belíssima fábula,
uma mãe e quatro filhos mostram que as reações
são muito variáveis
Sete anos após uma muito bem sucedida estreia, com Since Otar
Left, Julie Bertuccelli está finalmente de volta. A realizadora viajou até
à Austrália para encontrar a sua heroína, desta vez, uma menina de
oito anos em vez de um octogenário, embora o tema volte a centrar-se
na forma de lidar com uma perda. Neste caso, a personagem central
é a pequena Simone, que não aceita a morte do pai e que diz à mãe
(interpretada por Charlotte Gainsbourg) que ele reencarnou numa
enorme figueira que fica mesmo ao lado da casa. O resultado acaba
por ser uma espécie de fábula, contada em tom bastante intimista,
que vive bastante da forma como Simone vai introduzindo a sua
crença e nos vai contagiando com a sua esperança. Por certo, será
um filme demasiado bonitinho para muitas das críticas, mas a
verdade é que se trata de um filme bonitinho que vale a pena ver sem
preconceitos de qualquer espécie. A
De Julie Bertuccelli Com Charlotte Gainsbourg, Marton Csokas, Morgana
Davies, Aden Young, Gillian Jones Género Drama Duração 100 min.
DVD
blu-Ray
○○J. Edgar
Clint Eastwood
dirige um elenco de
estrelas que inclui
Leonardo DiCaprio,
Naomi Watts, Armie
Hammer e Judi Dench,
para contar a história
de J. Edgar Hoover,
chefe do Gabinete de
Investigação Federal
(F.B.I.) durante perto
de 50 anos. Hoover
era temido, admirado,
crítico e apreciado,
mas, entre quatro
paredes, tinha segredos
que podiam arruinar a
sua própria vida.
um filme de clint
a independência
passou pela realização
de uma série de
documentários
que obtiveram o
reconhecimento da
crítica. Since Otar
Left (2003), a sua
primeira longa-metragem, valeu-lhe o
Grande Prémio do Júri
da Semana da Crítica,
em Cannes, o mesmo
festival onde viria a
ser exibido este seu
L’Arbre (The Tree).
eastwood, com leonardo
dicaprio, judi dench, naomi
watts, drama.
137 min.
○○zorba, o grego
Nomeado para sete
Oscares e vencedor de
três, este apaixonante
clássico foi restaurado
para a sua estreia
Blu-Ray. No papel da
A
Being Flynn
Robert De Niro está de volta com
mais uma grande interpretação,
bem secundado por Paul Dano
e Julianne Moore
O realizador e argumentista Paul Weiz,
o mesmo que nos ofereceu About a
Boy, regressa às salas de cinema com
um retrato comovente de uma relação
entre pai e filho. Baseado numa história
verdadeira, Being Flynn segue Nick Flynn,
que fica «em estado de choque» quando
dá de caras com o seu excêntrico e
ausente pai num centro para sem abrigo.
Ainda sofrendo com a perda da sua mãe e
prestes a iniciar um relacionamento com
Denise, a última pessoa que Nick quer ver
é o seu pai. Mas depressa vai aprender
que é uma tarefa ingrata tentar fugir do
destino e que esta situação pode ser a
oportunidade de conseguir um futuro
melhor, não só para si mas também para
o seu pai.
De Dagur Kári Com Paul Dano, Brian Cox
Género Drama/Comédia. Duração 99 min.
sua vida, Anthony
Quinn ilumina o ecrã
na pele de Zorba,
um malandro com
um insaciável desejo
pela vida. Quando o
tímido inglês, Basil,
desembarca na Ilha de
Creta em busca da sua
fortuna, nem desconfia
de que descobrirá que
há apenas uma maneira
de se lidar com os
triunfos e as tragédias
da vida – nunca parar
de dançar!
um filme de michael
cacoyannis, com anthony
quinn e alan bates,
aventura. 142 min.
Se gosta de cinema, veja os melhores filmes, a preços especiais, nos Cinemas Zon Lusomundo.
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9
Agenda
Literatura
ideias optimistas
John Brockman
earth on fire
Bernhard Edmaier
Esta extraordinária coleção de
fotografias de Bernhard Edmaier
apresenta as paisagens vulcânicas
mais dramáticas e bonitas do
mundo.
Dividido em cinco capítulos, por regiões
de placa tectónica, este livro inclui regiões
geotermais na Europa, Américas, África,
Nova Zelândia, oceano Índico e Caribe.
Vulcões famosos, como o monte Santa
Helena, nos Estados Unidos da América, o
Etna, em Itália, o Kilimanjaro, na Tanzânia,
e o Krakatoa, na Indonésia, são apenas
alguns dos locais em destaque. A obra
Earth on Fire oferece-lhe imagens de uma
vasta variedade de fenómenos resultantes
de atividade vulcânica, acompanhadas por
textos claros e acessíveis, que explicam
pormenores e eventos essenciais.
Fascinado com a variedade de cores e
estruturas da Terra, fruto do seu trabalho
como engenheiro civil, Edmaier viria a
dedicar-se em exclusivo à fotografia,
percorrendo os mais isolados e intocados
locais para recolher material para os seus
livros e outros projetos fotográficos, entre
os quais se contam vários galardoados com
diversos prémios de prestígio.
Edições Phaidon
€ 59,95
10
O progresso da humanidade
alicerça-se, em grande medida,
nas perspetivas e propostas
otimistas dos grandes cientistas
e pensadores. Mais de 100
eminentes personalidades que
imaginam um futuro luminoso
ousam afirmá-lo: dentro de um
século, o homem poderá habitar
outros planetas; encontraremos,
brevemente, a cura para o
cancro; é possível alcançar a
imortalidade; seremos capazes
de garantir a sobrevivência dos
recursos naturais do planeta;
dentro de algumas gerações,
serão inventadas máquinas
que se reproduzirão a partir da
energia solar… Uma proposta
de um futuro auspicioso para
desanuviar perspetivas e dar
alento a todos os leitores.
a filha da minha
melhor amiga
Dorothy Koomson
A forte relação de amizade
entre Kamryn Matika e Adele
Brannon, companheiras desde
a faculdade, é destruída num
instante de traição que marcará
as suas vidas para sempre. Anos
depois desse incidente, no dia
do seu aniversário, Kamryn é
contactada por Adele, que está
a morrer, implorando-lhe que
adote a sua filha, Tegan, fruto
da sua ilícita relação de uma
noite com Nate. Terá ela outra
escolha? Será o perdão possível?
O que estará Kamryn disposta a
fazer pela amiga que lhe partiu o
coração?
Porto Editora
€ 16,60
Edições Tinta da China
€ 20,09
uma fazenda
em áfrica
João Pedro Marques
diz-me quem sou
Ao acordar em sobressalto numa
noite de junho de 1848, Benedita
não imaginava o que o futuro
lhe reservaria. Um ano depois,
embarcava para Moçâmedes
com mais de uma centena de
portugueses que, desiludidos
com o Brasil, procuravam
uma nova oportunidade.
Baseada numa investigação
meticulosa, esta obra leva-nos
por uma África enternecedora
e inclemente, carregada de
exotismo e em cujos trilhos a
aventura e o amor caminham de
mãos dadas.
Uma apaixonante aventura
protagonizada por personagens
inesquecíveis, cujas vidas
constroem um magnífico retrato
da história do século XX. Desde
os anos da Segunda República
espanhola até à queda do Muro
de Berlim, passando pela
Segunda Grande Guerra e pela
Guerra Fria, o novo romance
de Júlia Navarro transborda de
intriga, política, espionagem,
amor e traição. A história do
século XX através do olhar de
uma misteriosa mulher.
Porto Editora
€ 16,60
Editora Bertrand
€ 19,90
Júlia Navarro
Autor
○○joão
pedro
marques
(1949)
Doutorado em
História pela
Universidade
Nova de Lisboa,
onde lecionou
durante a
década de 90,
foi professor do
ensino secundário
e, depois,
investigador
do Instituto de
Investigação
Científica Tropical
e presidente
do Conselho
Científico desse
Instituto em
2007-2008.
É autor de
dezenas de
artigos sobre
temas de história
colonial e de
vários livros, dois
dos quais
publicados em
Nova Iorque e
Oxford.
Bibliografia:
The Sounds of
Silence (2006).
Who Abolished
Slavery? A
Debate with João
Pedro Marques
(coautoria,
2010).
Os Dias da Febre
(2010).
Uma Fazenda em
África (2012).
Livros cedidos pela Bertrand Livreiros, Edições Tinta-da-China, Porto Editora e Livraria Bulhosa, no Oeiras Parque
A
Música
notícias
▶▶Mariah Carey vai
juntar-se ao júri do
American Idol na
próxima temporada do
programa ». A cantora,
de 42 anos, vem
ocupar o lugar deixado
vago por Jennifer
Lopez, juntando-se
assim a Randy
Jackson. O nome do
terceiro elemento não
foi ainda revelado. O
contrato de Mariah
Carey tem a duração
de um ano, com opção
de renovação.
▶▶Caetano Veloso
rendeu-se às novas
tecnologias e lançou
um novo site que é
uma verdadeira prenda
para os fãs. É lá que
o músico brasileiro
disponibiliza, para
audição em streaming
e de forma gratuita,
toda a sua discografia.
Os visitantes têm,
igualmente, a
possibilidade de
comprarem músicas
ou de acederem
ao blog onde o
conceituado músico
tornará públicos vários
pensamentos.
DVD
blu-Ray
Bring Me
Home Live
2011
Após uma paragem
de 18 anos, Sade
arrancou com
uma enorme
digressão à escala
planetária. Durante
a passagem pelos
EUA, a realizadora
britânica Sophie
Muller captou o
espetáculo de duas
horas, visualmente
magnífico,
para posterior
lançamento em
Blu-ray e DVD,
com um CD ao vivo
incluído.
De Sade
Editora Sony Music
Voice
of Ages
No ano em que
comemoram o seu
50.º aniversário,
○○Yellow
Submarine (Limited
DGP Edition)
Estreado em 1968,
Yellow Submarine
pode ser, pela primeira
vez, visto e ouvido
em alta qualidade.
O áudio e o vídeo
foram completamente
a mítica banda
irlandesa The
Chieftains
acrescenta novo
capítulo a uma já
extensa história
discográfica. Vistos
como embaixadores
da cultura e da
música irlandesa
e celta, convidam
para este disco
nomes como Bon
Iver, Imelda May ou
The Civil Wars.
musicais, da
eletrónica ao dub,
do reggae à música
nordestina, num
desfilar de canções
que apetece ouvir
uma e outra vez.
De Céu
Editora Universal
das faixas do
LP original e,
também, as
reveladoras versões
alternativas
recentemente
descobertas,
gravações de
estúdio e gravações
vocais dos temas
clássicos de Pearl.
De Janis Joplin
Editora Sony Music
De The Chieftains
Editora Universal
Caravana
sereia
bloom
Muito mais do que
um simples nome,
Céu é já sinónimo
de talento.
Uma das vozes
brasileiras mais
aclamadas em todo
o mundo está
de regresso com
o seu terceiro
trabalho de
originais, um
disco que volta a
mergulhar-nos
numa original
mescla de matrizes
e de géneros
restaurados para
esta edição, em DVD,
inteiramente legendada
em português e
contendo dois bónus
extra filme: Mod
Odyssey documentary
e o Original theatrical
trailer. O filme
desenrola-se na cidade
The Pearl
Sessions
Esta é a edição
completa de dois
discos do último
álbum de estúdio
de Janis Joplin,
estreando excertos
de gravações
de estúdio
recentemente
descobertas,
atuações ao vivo e
outras raridades
sónicas gravadas
durante o último
capítulo dinâmico
de muita agitação
e criatividade.
The Pearl
Sessions reúne,
pela primeira
vez e numa só
embalagem, as
versões originais
mono do vinil
de 45 rotações
do álbum, além
de Pepperland, quando
os Blue Meanies
atacam e tentam
acabar com o amor,
a música e as cores.
É nesta altura que
os Beatles entram
em ação, a bordo do
submarino amarelo…
EMI Music | 2012
That´s Why
God Made
The Radio
O 29.0 trabalho e o
primeiro disco de
originais dos The
Beach Boys desde
1992. No ano em
que se tornam na
primeira banda
norte-americana
no ativo a cumprir
50 anos de
existência, podiam
brindar-nos
com um best of,
mas preferiram
pôr mãos à obra
e anunciar uma
digressão mundial
e um novo disco.
A
vai
gostar
sennheiser
MM 550-x
travel
Para ir de viagem e
ter sempre acesso
quer aos ficheiros
de música, quer
às funções do
smartphone. Os
auscultadores
MM 550-X Travel
da Sennheiser
comunicam (com
o iPhone e outros
dispositivos)
por bluetooth,
conseguindo
manter uma
ligação estável
sem fios e
com extrema
qualidade.
A tecnologia
NoiseGard
2.0 bloqueia o
ruído de fundo,
permitindo manter
uma conversa
telefónica em
volume normal
num aeroporto ou
relaxar durante
uma viagem de
comboio.
Web:
www.sennheiser
com
€ 398
De The Beach Boys
Editora EMI Music
○○Farewell: Live at
Sydney Opera
Após 25 anos de uma
carreira preenchida por
11 álbuns de originais,
mil concertos com uma
assistência de dez
milhões de pessoas
e 50 milhões de
discos vendidos, Mick
Hucknall e os seus
Simply Red decidiram
colocar um ponto final
na sua história. 2010
foi o ano da despedida,
tendo os Simply Red
percorrido o mundo na
mega tournée Farewell
Tour.
Capitol | 2012
11
A
A minha vida dava um filme
clint Eastwood
O talentoso
Mr. Eastwood
Do cowboy que fez avançar a carreira por linhas tortas, ao realizador
implacável que, de câmara em riste, não vira a cara à luta,
o eterno rebelde de Hollywood mostra como, aos 82 anos, ainda é possível
realizar sonhos por vencer
Ana Rita Lúcio
N
a história do cinema, todos conhecem O Bom,
o Mau e o Vilão. O que talvez nem todos os
amantes da sétima arte saibam é que, em
tempos, houve uma cena, gravada a ouro
nessa mesma história, em que o ator que fez papel de
bom ousou despir a capa de mau, revelando que há bem
mais, para lá do ar de vilão que fez escola. Curiosamente,
assim aconteceu num dos momentos em que os virtuosos
do grande ecrã põem o pé no palco – como todos os anos
acontece –, quando, em 2005, o ainda Kodak Theatre assistiu ao discurso de agradecimento de Clint Eastwood, ao
receber o Óscar de Melhor Realizador, pelo filme Million
Dollar Baby – Sonhos Vencidos. Vencido na nomeação
para Melhor Ator, mas com a estatueta dourada para Melhor Filme debaixo do outro braço, o eterno Dirty Harry,
que se acostumou a ter no franzir do sobrolho um gatilho
imbatível, subiu ao púlpito desarmado pela ternura dos
70 (e muitos), à época. Como um menino que encara
a mãe de olhos marejados, bateu-se numa luta desleal
contra as lágrimas, enquanto lhe prestava tributo. «Ela,
que esteve aqui, aos 84 anos, em 1993 [quando recebeu
os mesmos dois galardões, pelo filme Imperdoável], está
hoje aqui novamente. Portanto, agora com 96 anos, estou
a agradecer-lhe pelos seus genes. Sinto-me um jovem.
Tenho ainda muitas coisas para fazer», garantiu.
12
E «muitas coisas» foi precisamente o que ele não se
cansou de fazer, desde que entrou na linha de fogo da vida,
em 1930. Filho de Clinton Eastwood Senior e de Margaret
Ruth, talvez pela mistura explosiva que lhe corria nas veias
– detonada pelas raízes holandesas, escocesas, irlandesas
e inglesas –, o jovem Clint cedo se convenceu de que não
podia parar. Mesmo quando o rumo que lhe estava traçado
ameaçava enveredar por trilhos desconhecidos. Em miúdo,
franzino e acanhado, admite que «nunca soube o que queria
fazer quando crescesse». E tornar-se ator parecia, mesmo,
uma hipótese fora do guião para a criança que sempre julgou
que o palco e a atenção das câmaras estavam reservados
só «para os extrovertidos». Mas nem assim a centelha que
fez brilhar nele as luzes da ribalta deixou de se acender.
Com apenas 11 anos, o pai levou-o pela mão para ver o
seu primeiro filme de guerra, Sargento York, de Howard
Hawks. Ainda que não o soubesse, a sorte estava lançada
e até o acaso quis dar uma ajuda: ainda adolescente, viria
a conhecer Hawks num encontro de amigos, e depressa o
realizador se tornou uma referência para ele.
Por (Mais de) um punhado de dólares
Ainda antes do destino o conduzir a Hollywood, Eastwood
não tardou a fazer-se à estrada. Se, com os pais, se habitou
a mudanças constantes entre a Califórnia natal e o vizinho
Eastwood
depois de vencer
os Óscares de
Melhor Realizador
e Melhor Filme com
Million Dollar Baby
– Sonhos Vencidos,
em 2005
13
A
A minha vida dava um filme
Factos
curiosos
▶▶Entre 1986 e 1988,
foi presidente da
câmara da pequena
cidade de Carmel, na
Califórnia. Durante
o mandato, o mayor
dirigiu, enquanto
realizador, os filmes
O Sargento de Ferro
(1986) e Bird (1988).
▶▶Apesar de, na ficção,
ter ganho fama como
cowboy, na vida real,
Eastwood é alérgico
a cavalos.
▶▶Duro e frugal, tanto
quanto mordaz, o
realizador não ficou
satisfeito com os
avultados custos de
produção do seu êxito
Gran Torino. «O filme
custou 31 milhões
de dólares. Com esse
dinheiro, podia ter
invadido um pequeno
país.»
Em cima,
duas míticas
personagens:
O homem sem nome
(à esq.) e Dirty Harry
(à dir.). Em baixo,
com Hilary Swank,
em Million Dollar
Baby – Sonhos
Vencidos (à esq.) e
a sua impressão no
Passeio da Fama,
em Hollywood Blv.
(à dir.)
estado do Oregon, também a carreira profissional se desenrolou com várias paragens em estações e apeadeiros pelo
caminho. Nadador-salvador, bombeiro ou motorista de
camiões foram alguns dos papéis que desempenhou, antes
do exército entrar em cena, e a apresentação aos atores
David Janssen e Martin Milner que convenceram o futuro
colega a mudar-se para Los Angeles, em 1954. Terminado
o serviço militar, chegara a altura de se alistar nas fileiras
da representação. E, assim, marchar para outra vida.
O homem cujo apelido se tornou sinónimo de cinema
começou por escutar o som da claquete, como figurante sem
história, em pequenos filmes de terror de série B. Ainda sem
provar o sabor da glória, a televisão chamou-o, em 1959,
para a série Rawhide, onde se talhou para os westerns que
o viriam a celebrizar mais tarde. A fama, porém, só chegou
até ele vinda da Europa. Foi para lá que Sergio Leone – que
procurava um jovem ator desconhecido em Itália – o levou,
por 15 mil dólares (no primeiro filme), para dar corpo ao
pistoleiro bom na triologia Por um Punhado de Dólares
(1964), Por Mais Alguns Dólares (1965) e o Bom, o Mau e o
Vilão (1966). E, finalmente, na personagem de um homem
sem nome, ganhou nome próprio como ator.
De volta aos Estados Unidos, o ar de durão cravou-se-lhe
fundo na pele, como uma imagem de marca que o papel
14
do inspetor Harry Callahan só confirmou, nos filmes Dirty
Harry – A Fúria da Razão (1971), Harry – O Detetive em
Ação (1973), Harry – O Implacável (1976), Impacto Súbito
(1983) e Na Lista do Assassino (1988). Quase como se o
pistoleiro que há nele jamais o abandonasse, daí que tenha
admitido que, enquanto filmava As Pontes de Madison
County (1995), deu por si a pensar: «estas coisas românticas
são mesmo difíceis. Mal posso esperar por voltar aos tiros e
às mortes». Uma aspereza que, com humor, não passou ao
lado de Sergio Leone: «eu gosto do Clint Eastwood porque
ele só tem duas expressões faciais. Uma com o chapéu e
outra sem ele».
Contudo, o lado de cá do cenário há muito que chamava
por ele. Em 1971, Destino nas Trevas, bem ao seu gosto soturno, foi o primeiro de uma saga eastwoodiana rematada
no ano passado (provisoriamente), com o biopic J. Edgar.
Verdadeiro realizador implacável que gosta de dirigir, sem
cortes, ao correr do filme, aos 82 anos, quando lhe perguntam
pela idade em que irá parar, em vez de cortar o fio à carreira,
Eastwood prefere atalhar com genes... portugueses. «Manoel
de Oliveira tem 103 anos e ainda parece um homem de 60.
Encontrei-o, uma vez, num evento e tive vontade de lhe
perguntar: Qual é a sua dieta?». Estar «faminto e curioso
com a vida» é a única que Eastwood conhece. A
▶▶Embora se tenha
celebrizado, primeiro,
como ator e tenha
sido nomeado para
os Óscares enquanto
tal, Eastwood só levou
para casa quatro
estatuetas douradas.
e nenhuma como ator.
Foi galardoado duas
vezes com o Óscar
de Melhor Realizador
e Melhor Filme em
Imperdoável (1993)
e Million Dollar Baby
- Sonhos Vencidos
(2005).
▶▶Além de ter olho
para o cinema, o mítico
Dirty Harry também
parece ter ouvido
para a música: afinal,
compôs a banda
sonora de seis dos
seus filmes.
High tech
A
Meta: dez mil passos
Caminhar dá saúde, ajuda a descontrair e a (re)descobrir o que nos rodeia. O ideal são dez mil
passos por dia, mas 7500 são já um bom começo. Um podómetro ajuda-o a contar
?helena estevens
timex
omron
Garmin
Striiv
Contando com um sensor de
caminhada e diário de dieta,
regista os passos, a distância
percorrida, as calorias queimadas
e o tempo de atividade durante
o dia, mediante a deteção
dos movimentos naturais de
oscilação do pulso. Desenhado
especificamente para mulheres
que estão a tentar perder peso ou
a aumentar a sua atividade diária,
inclui um modo de treino intuitivo,
com ritmo e distância, com registo da
atividade, temporizador, alarmes, 50
metros de resistência à água e luz de
noite Indiglo. Também pode guardar
discretamente o número de calorias
ou de unidades consumidas, o que
elimina a necessidade de um diário
para a dieta.
Mais do que um simples contador
de passos, este Jog Style abrevia
a distância entre os podómotros
e os monitores cardíacos, não
podendo ser mais fácil de usar.
Alimentado a pilhas, basta inserir a
altura, o peso e o comprimento da
passada (estes dados podem ser
reajustados, sempre que necessário)
e carregar no Start. Não menos
importante, o Jog Style não se fica
apenas pelo treino, monitorizando
todo o consumo energético ao longo
do dia – todos os passos no local
de trabalho ou em casa, a descer
ou subir escadas, do carro até
casa, etc. Tudo graças a um sensor
tridimensional que permite detetar
se a pessoa está a mover-se, em que
direção e a que velocidade. Trata-se
de uma tecnologia elétrico-mecânica
de elevada precisão, já usada em
alguns smartphones. Porque cada
passo conta.
Uma forma muito fácil de
monitorizar e registar o seu treino,
já que possui tecnologia GPS,
indicando-lhe não só a distância
percorrida como o ritmo. Não é
necessária qualquer configuração,
basta premir um botão e começar
a andar ou correr. O ecrã prático
permite uma leitura fácil dos
dados enquanto anda ou corre,
apresentando sempre o tempo,
distância e ritmo médio. Algumas
versões do Forerunner 110 (preto/
vermelho para homem e cinzento/
rosa para mulher) são fornecidos
com sensor de ritmo cardíaco para
apresentar os batimentos por minuto.
Indica, ainda, cálculos das calorias
com base no ritmo cardíaco. Se tiver
o Forerunner 110 preto/cinzento
sem ritmo cardíaco, pode comprar
um sensor de ritmo cardíaco Garmin
em separado ou utilizar um sensor de
ritmo cardíaco ANT+ que já tenha.
Mais do que um podómetro,
este Striiv apreende padrões de
comportamento, lançando desafios
para levar o seu utilizador um
pouco mais além no que respeita
a atividade física. De pequenas
dimensões e com ecrã tátil, permite
criar desafios pessoais e objetivos
para motivar a acrescentar uns
passos todos os dias. E quem diz
andar diz, também, utilizar mais
vezes as escadas, por exemplo,
contribuindo de forma ativa para
melhorar significativamente a sua
saúde e bem-estar. Sempre que o
Striiv é ligado a um computador, este
regista todos os dados referentes à
distância percorrida, ao número de
passos e degraus, calorias, etc.
Disponível em www.bestbuy.com e
www.amazon.com.
Preço: € 59,99
Preço: € 199
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jog style HJA-300-e
Forerunner 110
Smart pedometer
Preço: $99,95 (€ 82,5)
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Acessibilidade
A fasquia recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) para adultos saudáveis, com idade entre os 18 e os 65 anos, é de 30 minutos de atividade
física de intensidade moderada, cinco dias por semana ou, pelo menos, 20 minutos de atividade física de intensidade vigorosa, três dias por semana.
15
A
Internet
Passwords
à prova de bala
Dicas para
melhor
proteger
a sua chave
Comprar roupa, ver o correio, ir ao
supermercado, conversar com os
amigos ou marcar as próximas férias.
Pode fazer tudo isto sem sair de casa,
mas não se esqueça de trancar bem
a porta. Saiba como criar uma chave
que o protege de amigos do alheio
num universo virtual
Todos os cuidados
são poucos na
altura de escolher
a forma de se
proteger online.
Catarina vilar
P
ara proteger a sua casa, escolhe a melhor fechadura do mercado, devidamente colocada
numa moderna porta blindada. O mesmo tem
de acontecer quando navega na Internet. A
password (ou palavra-passe) é a sua chave pessoal e intransmissível para aceder a inúmeras páginas, o código
de entrada que permite que o seu utilizador seja o único
a entrar. Desde estar numa descontraída sala de chat para conversar, Evite
dizer o que lhe vai na alma através escolher
do Facebook ou fazer as compras do palavras
mês evitando filas e deslocações, esta que
aldeia global funciona sem grandes estejam no
constrangimentos. Mas, assim como dicionário
não distribui cópias aleatórias da sua
chave de casa - e também não a deixa aberta quando sai -,
deve ter alguns cuidados na hora de escolher a password
que lhe permite entrar neste mundo dos internautas.
Uma Password forte
Imaginemos que está na altura de escolher a sua senha.
A regra número um é a de evitar aquela que lhe parece
mais fácil de decorar, pois se é assim tão evidente para si,
também o poderá ser para terceiros. Por isso, nunca opte
pelo seu nome, o dos filhos, nem escolha o seu número
de telefone ou data de nascimento. Acredite ou não, uma
escolha comum é «password1» ou «123456»; estes são
dois exemplos a não seguir. Evite palavras que existam
no dicionário, e nem o facto de as escrever de trás para a
frente é boa ideia. Tente puxar pela imaginação.
Segundo a Microsoft, uma password forte depende de dois
fatores: o seu comprimento e complexidade. Uma escolha
simples origina uma fraca defesa das suas contas, por isso,
perca algum tempo nesta tarefa. Antes de mais, aquilo que
escreve deve ser longo – com 8 ou mais carateres - e, sempre que lhe seja permitido, misture letras com números e
outros carateres (como #, % ou &). Use, alternadamente,
maiúsculas com minúsculas. Desta forma, podem não ser
tão simples de recordar como o nome da sua cidade, mas
ajudam a trancar melhor a conta. Quando o computador
é usado por diferentes pessoas nunca caia na tentação de
gravar a sua senha de forma a entrar automaticamente,
pois fica totalmente desprotegido.
Caso se esqueça da sua password não significa que deixa
de poder entrar nas suas páginas favoritas, pois o sistema
permite sempre recuperá-la. Uma das formas é pedindolhe que responda a uma pergunta – por exemplo qual é o
nome do seu animal ou cor preferida. A nova senha será
depois enviada para o seu correio eletrónico e a sua navegação pode continuar.
Se está com falta de boas ideias para fintar o óbvio,
uma forma de escolher a sua senha pode ser retirando a
primeira letra de uma frase e misturando-as com símbolos.
Por exemplo, se é fã de Fernando Pessoa e gosta da frase
«Para viajar basta existir» resultaria algo como: pVb!E)fP#.
O principal é mesmo deixar a imaginação fluir, depois,
pense em algo que lhe faça sentido e avance. Sabemos que,
por muitos cuidados que tenhamos, nada está totalmente
seguro, nem mesmo no domínio da realidade virtual, mas
cabe a cada um colocar todas as trancas possíveis na porta. A
O site da Caixa dispõe de uma secção dedicada à segurança informática. Visite em www.cgd.pt/seguranca e saiba quais
Sabia
que os cuidados a adotar no uso do seu computador, assim como as mais recentes tentativas de fraude que deve acautelar.
16
▶▶Tendo inúmeras
contas na Internet,
poderia ser mais
simples usar
sempre a mesma
palavra-passe, mas
o conselho é que
não o faça: use uma
para cada registo
diferente. Assim,
mesmo que seja
alvo de um ataque
informático, não
dará acesso a todas
as suas páginas.
▶▶De forma a não
se esquecer, pode
querer escrevê-la,
mas nunca o faça
usando o correio
eletrónico ou um
papel colado no
computador.
▶▶Adquira o bom
hábito de mudar
regularmente
a sua password,
se possível todos
os meses.
▶▶No caso de lhe
ser atribuída,
automaticamente,
pelo site, a primeira
coisa a fazer é
mudá-la.
▶▶Se quiser testar
a segurança da
sua palavra-passe,
pode fazê-lo em
sites específicos,
como em www.
microsoft.com.
A
Upgrade
NA LÍNGUA DE SUA
MAJESTADE
Local United School - Instituto
de Línguas – Montijo e Lisboa
tempo
útil
Cursos vários
para atualização
de conhecimentos
DESCOBRIR A MATA
NACIONAL DO
BUÇACO
Local Mata Nacional do Buçaco
Sempre teve curiosidade de
saber falar inglês? Chegou a
altura de realizar o desejo,
pois a escola de línguas United
School tem à disposição cursos
de Inglês Geral para seniores,
com aulas estruturadas à
medida das suas necessidades.
Combina a aprendizagem da
língua com uma variedade de
oportunidades para a utilizar
de forma espontânea. Os
temas vão ao encontro dos seus
interesses e as atividades a
realizar foram concebidas com
o objetivo de proporcionar uma
oportunidade para se trocarem
experiências. Quem prefere
uma aprendizagem intensiva
pode optar pelos cursos de
verão.
A Caminhos com Vida
convida-o a percorrer um
dos tesouros naturais do
País, através de um caminho
pedestre que parte à descoberta
da Mata Nacional do Buçaco,
riquíssima em património
natural, arquitetónico e
cultural. A sua localização
geográfica garante, ainda,
um microclima que favorece
a biodiversidade. A mata
apresenta, também, áreas
de floresta primitiva, que,
conjuntamente com as espécies
exóticas plantadas ao longo dos
tempos, fazem deste espaço
um local muito especial para
descobrir a natureza em todo o
seu esplendor.
Duração: As aulas realizam-se duas
Duração: 23 de setembro, das
Guitarra elétrica ou acústica,
violino ou saxofone? Na
moderna Escola de Música de
Monte-Abraão, a escolha é
sua. Com alguns cursos que se
destinam, em especial, a um
público que ultrapasse as seis
10h30 às 15 horas
Preço: 12 euros. Desconto de 10%
na inscrição de grupos com três ou
mais participantes
www.caminhoscomvida.com
218 917 100
18
vezes por semana e têm a duração
de uma hora. Cada nível tem cinco
meses
www.unitedschool.org/pt/cursospara-seniores.html
212 309 363
ENTRAR NO RITMO
Local Escola de Música do
Monte-Abraão, Queluz
décadas de sabedoria, já não há
desculpas para não se aprender
a tocar o instrumento certo.
Esta surge como uma boa forma
de ocupar os tempos livres,
para quem quer explorar a sua
paixão pela música aprendendo
um instrumento, como um
dos hóbis mais aliciantes e
desafiadores. O aluno escolhe
o repertório com que mais se
identifica e parte para a prática.
Aqui estão contemplados
diferentes níveis - iniciante,
intermédio e avançado consoante os conhecimentos e a
experiência do aluno. Pop, rock,
funk, metal, blues, RnB, latina,
bossa, jazz e fusão, há estilos
para todos os ritmos.
execução da poda de árvores e
arbustos de fruto, a escolha é
muito variada, mas sempre em
tons de verde.
Preço: Entre os 40 e 75 euros,
por curso
Duração: De setembro a dezembro
www.serralves.pt/gca
226 516 500
FOTOGRAFIA
NO GERÊS
Local Parque Nacional da
Peneda-Gerês
Preço: 60 euros de inscrição anual +
mensalidade
www.emma-actividades-musicais.pt
966 947 597
À VOLTA DO JARDIM
Local Fundação de Serralves,
Porto
O bem-sucedido programa de
cursos «À volta do jardim»,
promovido pela Fundação
de Serralves, prossegue em
setembro. Sob orientação
de especialistas da área, são
muitas as propostas até ao final
do ano. O objetivo é familiarizar
os participantes com o saber
envolvido nas diferentes
práticas de jardinagem, através
da partilha de experiências.
O primeiro destes cursos tem
lugar no fim de semana de 16
e 17 de setembro (Introdução
à Agricultura Biológica) e, até
dezembro, realizam-se mais
seis, sempre aos sábados,
ou durante o fim de semana
quando ocupam dois dias.
Desde aprender como cuidar
do seu bonsai até adquirir
conhecimentos essenciais,
teóricos e práticos para a
Numa proposta de outono,
surge um workshop prático
de fotografia de natureza.
Facilitado por José Romão,
fotógrafo de natureza e biólogo,
é uma oportunidade de
explorar as belezas naturais
do belo Parque Nacional
da Peneda-Gerês. O objetivo
será executar variadas técnicas
de fotografia de natureza,
obter imagens de qualidade
e ficar a conhecer locais de
grande beleza paisagística.
Prepare-se para se deixar
deslumbrar e, assim, dar azo
ao clique da máquina
fotográfica. Destina-se
a quem possui conhecimentos
básicos de fotografia. As
caminhadas são poucas e,
geralmente, inferiores a 500
metros.
Duração: 3 e 4 de novembro
Preço: 125 euros
www.milcores.pt/cursos/geres/
curso_geres.htm
212 959 212
Notícias
mundo sénior
A adoção de hábitos saudáveis é um fator essencial para a melhoria da qualidade de vida
Idade
que vivam em zonas de difícil
acesso, com recursos financeiros
limitados ou com algum grau de
incapacidade ou dependência
física ou psicológica, de acordo
com notícia veiculada pelo
Mirante on-line.
Meio caminho andado
para dormir melhor
Ao contrário do que é comum pensar-se, a qualidade do sono
tende a melhorar nas fases mais avançadas da vida. São as
conclusões do maior estudo até agora sobre a qualidade do
sono, que envolveu a análise de cerca de 156 mil adultos a partir
dos 18 anos de idade e que foi liderado por Michael Grandner,
do Centro para o Sono e a Neurobiologia Circadiana, da Escola
de Medicina de Perelman, da Universidade da Pensilvânia. De
acordo com os dados recolhidos, as pessoas idosas saudáveis
apresentavam menos distúrbios do sono e menos fadiga durante
o dia do que as mais jovens, inclusivamente as com mais de 80
anos, que, nalguns casos, foram
as que menos se queixaram.
Segundo Michael Grandner, «as
pessoas mais velhas, sem sinais
de doença ou de depressão, não
deveriam ter problemas em dormir»,
acrescentando que «se os tiverem,
devem consultar um especialista»
e jamais ignorá-los ou pressupor
que é normal na sua idade. «Os
distúrbios do sono podem ser um
sintoma de doença e não devem ser
ignorados», insiste o investigador.
Saúde
muito tempo sentado faz mal
As evidências deixam poucas margens para dúvidas: passar
muitas horas sentado aumenta o risco de obesidade, diabetes,
cancro e morte precoce. Mesmo para quem é ativo. Veja-se o caso
de um estudo feito na Universidade da Carolina do Sul, nos EUA,
em que homens fisicamente ativos tinham 64 por cento mais de
probabilidades de serem vítimas de doença cardiovascular, se
passassem mais de 23 horas semanais sentados em frente da TV
ou do computador, comparativamente àqueles que passassem
11 ou menos. No que toca às mulheres, por exemplo, as que
passam mais de seis horas sentadas fora do trabalho, tinham
um risco 34 por cento superior
de morte do que aquelas que
estivessem três horas ou menos
fora do local de trabalho. Recordese que, atualmente, não é difícil
passar mais horas sentado do
que a dormir, entre carro ou
transportes, emprego e casa.
Levantar-se, regularmente, cinco
minutos por hora é um hábito a
adotar desde já para reduzir o risco
de cancro, entre outros, de acordo
com Alpa Patel, epidemiologista da
American Cancer Society.
A
Universidades sénior
Atrás de uma
mulher segue
um homem
Vila Franca de Xira
Telefone para
emergência
Um protocolo estabelecido entre
a Câmara de Vila Franca de Xira
e a Fundação Portugal Telecom
veio permitir a cem dos seus
habitantes com mais de 65 anos
beneficiarem de um serviço
telefónico para apoio em caso de
emergência médica, social ou de
segurança. Este protocolo visa
beneficiar pessoas com algum
grau de isolamento social ou
Metade dos homens a frequentar
as universidades de terceira
idade – as UTI – foram levados
pelas mulheres, que perfazem
cerca de 76 por cento dos alunos,
à semelhança do que acontece
no resto do mundo, de acordo
com a agência noticiosa Lusa.
No nosso País desde 1976, ano
em que foi criada a Universidade
Internacional da Terceira Idade
de Lisboa, no Chiado, as UTI
têm-se multiplicado, sendo
atualmente 192, com um total de
30 mil alunos.
Encontro anual Sénior Ativo
Mais de uma
centena de
participantes em
Santiago do Cacém
Um dia diferente, com atividades
aquáticas, almoço-convívio e uma
palestra sobre segurança. Foi assim o
Encontro Anual Sénior Ativo, promovido
pela CM de Santiago do Cacém (CMSC), realizado no dia 2 de
maio último. A iniciativa, que teve lugar nas Piscinas Municipais,
teve como convidados seniores de Portalegre, envolvidos num
projeto semelhante na autarquia local, e contou com a presença do
presidente da Câmara, Vítor Proença, e dos vereadores Margarida
Santos e Álvaro Beijinha, responsável pela Ação Social na CMSC.
«Esta é uma tradição que tem vindo a acontecer. É importante
este intercâmbio e, naturalmente, estamos muito satisfeitos por
proporcionar iniciativas de promoção da saúde aos nossos seniores
que aderem muito bem a este género de ações», frisou Álvaro
Beijinha. Mariana Paradas, de S. Bartolomeu da Serra, também se
divertiu: «o convívio é muito importante. Quanto aos conselhos da
GNR [contra tentativas de burla e assalto], já os tinha escutado, mas
é sempre importante voltar a ouvir», segundo o diário digital Rostos.
19
A
Agenda
Entrevista
Joaquina Madeira
Amar a vida
ativamente
Se pudesse mudar o mundo, punha o coração das pessoas a funcionar
melhor. E considera ser importante que se encontre sentido para continuar
a viver. É, aliás, o que faz diariamente a coordenadora do Ano Europeu do
Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, porque, mesmo que
nos reformemos da profissão, não nos podemos reformar da vida
HELENA ESTEVENS
D
o Alentejo, guarda na memória os cheiros da
aldeia que a viu nascer e as planícies que lhe
dão horizontes para se poder projetar além do
que é e de onde está, mas é na comunidade que
encontra o seu lugar, o seu projeto de vida. Fazer parte da
comunidade implica fazer a nossa parte na comunidade,
afirma. A sua vida tem sido assim. E é por isso que a sua
vida poderia dar um filme, o de uma pessoa feliz, que não
dispensa uma boa conversa nem o carro, que lhe permite
mobilidade e autonomia.
Disse-me uma vez que se envelhece como se vive. Como
viveu até agora?
Vivi de forma ativa, no sentido que tem para a OMS [Organização Mundial de Saúde], que é participando, com
saúde, felizmente. Também há uma herança genética que
nós temos e, felizmente, tenho-a, uma herança positiva –
tenho tido saúde, o suficiente para viver e um projeto de
vida. Penso que, fundamentalmente, é preciso encontrar
sentido para continuar a viver. E isso nós podemos pôr
num projeto de vida, que é, enquanto tivermos vida e
saúde, estarmos presentes. Como diz o dr. Daniel Serrão,
«reformamo-nos da profissão, mas não nos reformamos
da vida» e é o que estou a fazer. Continuando a participar,
a estar com os amigos, a ter projetos.
Em 2012, o seu nome vai ficar, incontornavelmente,
ligado ao Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da
Solidariedade entre Gerações. O que a levou a aceitar
20
JOÃO CUPERTINO
o convite para coordenar esta iniciativa? Missão,
realização pessoal ou vocação?
Acho que foram as três coisas ao mesmo tempo. É esse
bichinho que eu tenho, esse vírus do serviço público, do
serviço às pessoas. A minha profissão, a minha escolha
profissional começou por aí; sou assistente social, que
é uma profissão de serviço aos outros. Por outro lado,
também me realizo, também há aqui um projeto pessoal.
Dá-me realização pessoal, além do sentimento de que
estou a ser útil, que é uma das questões importantes para
o envelhecimento ativo. Isso dá-me prazer e, de facto,
corresponde a uma forma de me sentir também ativa e
participativa. Foi uma oportunidade muito boa, na medida
em que houve aqui um encontro entre a necessidade de
encontrar uma pessoa para esta função e a minha disponibilidade pessoal e profissional para o fazer. Portanto,
sinto-me muito feliz por isso.
Já se colheram frutos deste ano, apesar de, ainda, só
se terem passado seis meses?
Temos de ser modestos nas expectativas que temos do
ano. Não é o ano europeu que vai mudar a situação. Mas
o ano europeu tem um objetivo que, penso, está a realizar de forma muito efetiva que é a palavra. Nós dizemos
que a palavra não muda coisa alguma, mas a palavra é
muito importante. O discurso é muito importante para
a tomada de consciência dos problemas, das situações. E
a tomada de consciência é que ajuda a mudar a realidade.
O que está a acontecer é que o País está com uma energia
Agenda
A
21
A
Entrevista
de participação que me está a surpreender, sobretudo,
ao nível local. Lá, no local, onde a vida acontece, as coisas estão a acontecer. As pessoas estão não só a tomar
a iniciativa – seminários, congressos, tertúlias, onde
estão a discutir o problema – como estão já a fazer coisas
concretas e isso é muito importante. É preciso, agora, é
que esse local se projete para o nacional. Esse é o legado
que o Ano Europeu irá deixar. No fim de contas é bottom
up – está a acontecer por baixo e é preciso que, agora, cá
em cima, sejamos capazes de traçar um plano que ajude à
execução lá em baixo. É natural – é lá em baixo que estão as
pessoas e que estão as necessidades e as energias. E onde
estão as energias, as pessoas estão lá a viver e, portanto,
acho que o Ano Europeu é, sobretudo, um legado nesse
sentido. Para a tomada de consciência de que as pessoas
idosas são um contributo ativo na sociedade, desde que
tenham saúde, são um recurso para as famílias, para a
sociedade, para todos nós, independentemente de estarem
naquilo que consideramos trabalho produtivo, porque há
outro trabalho útil sem ser produtivo, que não tem uma
tradução económica, mas que é extremamente importante para a vida de todos nós. Por outro lado, é também
alertar, e penso que tem havido este ano, e vai continuar a
haver, muitos alertas para a questão da demografia. Para
a mudança demográfica que vai trazer um perfil sócio-demográfico completamente diferente no nosso País,
na Europa e no mundo. Agora, é preciso traçar os termos
de uma nova sociedade, que acolha todas as idades naturalmente, mas em que a população de 65 e mais anos
tenha, de facto, uma representação que não tem tido
até aqui. Atenção que o futuro não é a continuação do
presente. As pessoas de 65 anos, daqui a 30 anos, não
têm a mesma representação que já têm hoje e, hoje, não
têm a mesma que tiveram no passado. Esta história de
se dizer que, aos 65 anos, as pessoas são idosas é uma
questão administrativa. E, se calhar, na vossa geração já
só se vai considerar aos 75. A esperança de vida também
vai aumentar, portanto, é tudo muito relativo. Nós temos
marcadores de idade na nossa sociedade, mas os nossos
marcadores deveriam ser de capacidade e não de idade,
de conhecimentos, de experiência, de contributos que se
podem dar à sociedade, porque, assim sendo, estamos a
desperdiçar recursos com certeza. Acho, por isso, que o
contributo do Ano Europeu é alertar consciências, convidar à reflexão sobre a realidade que temos e agir. Agir
hoje, tendo em conta o futuro.
Este ano tem-se falado, de facto, em envelhecimento
ativo, mas a solidariedade intergeracional parece ter
passado para segundo plano.
Tem toda a razão e não é só em Portugal, mas também
na Europa. Vim, agora, de uma reunião de coordenação a nível europeu, onde levantei, exatamente, essa
questão. Houve, inclusive, uma conferência sob o título
22
«Boa Governança no Envelhecimento Ativo e Saudável»,
sobre como é que os países estão a concretizar a ação,
tendo em conta esta questão do envelhecimento ativo e
da solidariedade entre gerações. Achamos que o tema
da solidariedade, da proximidade e do diálogo entre
gerações está pouco tratado, quer ao nível da investigação, quer da teoria sobre as questões, e isso ajuda a
sistematizar e a objetivar, porque, de facto, não tem sido
considerado como um problema, como um desafio para
a sociedade. Estamos a tomar consciência de que, de
facto, há um desafio e que a sociedade tem de aprender
a fazer com que isto aconteça. Enquanto não tomarmos
consciência de que existe aqui um desafio e que temos
de aproveitar as suas potencialidades, não temos ações
«Ajudar é uma
coisa que eu
acho que é
fácil para os
portugueses»
concretas nem falamos das coisas. Mas no Ano Europeu,
e em particular em Portugal, vamos dar uma atenção
especial à questão da solidariedade entre gerações no
próximo semestre, mas se for ao local, mais uma vez, está
a haver uma aproximação entre as gerações, e todas as
gerações; não estamos a falar só das crianças e dos idosos.
Estamos a falar de todas as gerações. E estou convencida
de que, no final do ano, esta questão vai ganhar maior
importância. Porque é uma necessidade e penso que o
ano serve exatamente para isso, para aprofundarmos
estas questões e agirmos. Em todos os territórios de vida,
na família, na escola, na universidade, na empresa, em
todos os locais, temos de ter esta preocupação da gestão
e aproximação das idades.
Que desafios se levantaram neste ano?
Há desafios muito importantes ao nível da solidariedade
de proximidade. Este é, também, um alerta importante. Nós temos, ainda, uma geração com um perfil que
corresponde à pessoa idosa, pobre, vivendo só, pouco
instruída e mulher. Este é o perfil do idoso da geração
anterior. Há pessoas, felizmente, que vivem noutros patamares. E é esta geração que, neste momento, precisa
de atenção especial. São pessoas que vivem sós no meio
de tanta gente, porque o individualismo e estes modelos
que fizemos de urbanização não permitem a aproximação
e solidariedade de proximidade, assim como as pessoas
isoladas no meio rural. E estas, porque são as mais frágeis
e as mais excluídas entre nós, precisam de particular
atenção. E já está a acontecer no País a criação de redes, de apoios, às vezes com as próprias escolas, levando
crianças a tomar contacto com esta realidade, as escolas
a terem uma relação de adoção mútua com as pessoas
idosas, o bater à porta todos os dias, saber que se está lá.
Começamos a ligarmo-nos. Foi uma sociedade que se
desligou. E, sobretudo, as pessoas que estavam ocultas,
uma geração que desapareceu, que se tornou invisível,
e, agora, tomamos consciência disso. Não vou dizer que
foi o Ano Europeu que fez, mas está a tomar proporções
interessantes. O Ano europeu não é das pessoas idosas, é
do envelhecimento ativo. Significa que podemos preparar
o nosso envelhecimento, tendo, por isso, uma dimensão de
prevenção. Temos de alertar os mais novos, prepará-los,
formá-los, sensibilizá-los, porque, exatamente como
disse, envelhecemos como vivemos.
Envelhecer é um projeto de vida; a alternativa é pior. É
bom, desde logo, tomarmos essa consciência. Se tivermos
hábitos saudáveis, comportamentos adequados de atividade física, de nutrição, de relação com os outros, etc., de
intervenção cívica e participativa, é um ativo nas nossas
vidas que nos ajudará, naturalmente, a viver melhor. Por
um lado, devemos dar atenção aos mais pobres dentre nós,
que vivem em situações de solidão e de exclusão, mas por
outro, dar, também, atenção às pessoas mais novas, no
A terra do seu coração
As planícies alentejanas, que lhe dão horizontes, porque é uma das coisas que precisa na
vida: «horizontes e ver ao longe para me poder projetar além do que sou e de onde estou.
Projetar-me no horizonte».
sentido de lhes dizer que, felizmente, vão envelhecer e
que, para envelhecerem de forma ativa e serem um ativo
na sociedade, precisam de ter determinados comportamentos sociais. Se fazemos parte da comunidade, temos
de fazer a nossa parte na comunidade. E isso aprende-se.
A solidariedade entre gerações – já mencionada – também é importante.
Há também que sensibilizar os organismos que trabalham com a população em geral, para eles próprios, como
agentes que intervêm, possam tomar consciência, serem
informados e formados para esta cultura do envelhecimento ativo. No final, o Ano Europeu pretende criar uma
cultura de envelhecimento ativo para uma sociedade de
todas as idades. Queremos uma sociedade para todas as
idades e que ninguém seja excluído.
Este País é para novos?
Este País é para novos e para adultos. É para todos. Neste
momento, a pergunta tem sentido. A questão é se este País
contribui suficientemente para o bem-estar e felicidade dos
portugueses. Estamos num momento crítico, mas é nesta
altura que é preciso ir buscar aquela dimensão de aventureiros e de gente que enfrenta o mar revolto. Neste momento,
temos um País que precisa muito dessa gana, dessa nossa
ambição, dessa nossa vontade de ir para a frente. De sermos
resilientes, mas com ambição. Neste momento, acho que o
País está difícil para todas as idades. Sem deixar de enfrentar
os problemas, temos de transformar a pequenina palavra
que se chama «crise». Se lhe tirarmos o «s», conseguimos
dar a volta ao sistema: «crie» solidariedade.
23
A
Entrevista
Quando o ano chegar ao fim, que projetos tem para o
futuro?
Os projetos para o futuro são continuar ativa e participativa, mas ainda não sei em quê... A atitude é a mesma.
Enquanto tiver saúde e capacidade, quero manter-me
colaborante e contribuinte ativa para a sociedade. Em
quê, depois se vê. Gosto de ser sempre surpreendida.
Tem uma forte ligação à solidariedade, à luta contra a
pobreza. De onde vem este espírito?
De onde vem, não sei. Sabe que eu vivi numa aldeia pobre
do Alentejo. Talvez seja esta a razão da minha sensibilidade: das coisas de que tenho de memória de criança foi
estar na minha sala de aula, nos meus 6/7-10 anos, e, das
minhas colegas todas, a maior parte não tinha sapatos.
E eu tinha sapatos e não gostava de me ver de sapatos
quando as minhas amigas não os tinham. Talvez isso me
tivesse tocado para poder ajudar e dar o contributo para
ajudar as pessoas na minha profissão.
É-se solidário por natureza em Portugal?
Acho que há aqui uma razão, não vou dizer que seja o
fado, mas os povos latinos, de uma forma geral, estão
mais próximos, mais ligados. Um lado humano, mais
emocional, deitamos cá para fora as nossas emoções, os
nossos sentimentos mais facilmente. Esta maneira de
exteriorizar também nos torna mais ligados aos outros,
não é? Mais amigos, mais espontâneos. O português,
quando é genuíno, é sincero e é solidário. Isso é espontâneo em nós. Ajudar é uma coisa que eu acho que é fácil
para os portugueses.
É possível educar-se para a solidariedade?
Sim, é possível. Aliás, está a fazer-se isso nas escolas.
Está a começar-se cedo com iniciativas nas escolas para as crianças, nesse campo, começarem com atos de
voluntariado. Educa-se para o voluntariado, sim. Ser
menos egoísta, olhar para o vizinho, ser menos indiferente, educar para o outro. E para aquilo que é ainda mais
importante do que a solidariedade, que é a empatia, que,
para mim, tem um significado mais forte. É vermo-nos
a nós no outro e penso que é importante que isso se prepare. Sentirmos que aquilo que está a acontecer àquela
pessoa pode acontecer-nos a nós, a mim. Eu faço porque
quero fazer o bem e posso ser útil. A empatia é de facto
um sentimento muito nobre e muito forte. Ainda talvez
mais do que a solidariedade. Às vezes a solidariedade é
entendida apenas como atos e a empatia é uma atitude
que se pode transformar em comportamento.
coração. Acho que devemos desenvolver esta parte menos
racional na nossa abordagem em todas as questões da vida
e do mundo. A inteligência emocional dá-nos aquele lado
mais humano, mais tolerante, mais respeitador, valorizando mais a diversidade. Falta inteligência emocional
ao mundo. Inteligência, também, porque é uma palavra
que, na sua origem, tem o verbo lego, do latim, que significa ligar. Acho que estamos todos desligados. Aliás
este modelo de sociedade em que vivemos desligou-nos,
fraturou-nos, separou as famílias, separou territórios, o
litoral do interior, separou gerações, portanto, creio que
é a palavra certa para mudar o mundo. Sentirmo-nos
ligados, com a razão e com o coração. Penso que falta
esse calor às relações humanas.
Já que falamos em sociedade e relações entre gerações,
quais os choques geracionais que teve com os seus
pais? E com os seus filhos?
Tive uns pais excelentes e sempre senti que tinham respeito
por mim, pela minha individualidade, por aquilo que eu
quis e queria ser e que aprendi com eles. Naturalmente, tive
o choque tradicional entre gerações, especialmente na minha. Eu queria mais liberdade do que a que tinha. Naquela
altura, num ambiente rural como o meu, embora eu tivesse
saído de casa para um colégio durante sete anos. Mas foi
relativamente pacífica a minha relação com os meus pais.
Porque tenho um princípio na minha vida que é resolver
os meus problemas sem criar problemas a ninguém. Vim
para Lisboa aos 18 anos, aí com mais liberdade.
Os meus pais sempre me habituaram a conversar. Se
houvesse um problema, conversávamos e as coisas corriam sempre bem...
Já os meus filhos foram um bocadinho mais rebeldes
do que eu. Outra geração! [risos]. Fomos uma família
monoparental. Separei-me quando a minha filha mais
velha tinha 10 anos e o mais novo seis e, portanto, a educação dos meus filhos foi feita praticamente toda sob a
minha responsabilidade. Felizmente, tinha uma estrutura
familiar de pais e empregada antiga que me ajudaram
muito a viver esse período. Mas os meus filhos têm uma
característica semelhante à minha. São muito autónomos
desde pequenos. Planeávamos a nossa vida, falávamos das
coisas e, depois, eles conseguiam fazer. Eu «controlava»
no final do dia ou da semana e as coisas correram relativamente bem, eles fizeram o seu percurso de vida, são bem
sucedidos. Não houve problemas de maior. Nesse aspeto,
não tenho muito a acrescentar nem sou muito original.
Somos uma família pacífica, solidária e autónoma.
Um desejo para mudar o mundo?
Alentejo, Lisboa e Minho, uma ligação forte. Que
representam estes locais?
Punha o coração das pessoas e a inteligência emocional a
funcionar melhor. Acho que falta inteligência emocional
às pessoas. Funciona-se muito com a cabeça e pouco com o
O Alentejo é de mim, da minha alma, é o meu Alentejo.
O Minho talvez seja a minha evasão. No Alentejo, sinto
o chão telúrico, a força daquela terra, daquela paisagem
24
Para se
manter
fisicamente
ativa…
▶▶... caminho. Não
faço mais do que
isso. Gosto muito
de caminhar quando
posso, sobretudo,
caminhar na natureza
e também pela
cidade. Aos sábados,
quando tenho mais
tempo livre, vou,
normalmente, para
as sete colinas de
Lisboa. Vou andar.
Gosto muito de andar
porque associo
o andar à mudança,
à mobilidade,
à descoberta.
Mas detesto ir
para a passadeira
queimar calorias,
não tenho qualquer
interesse nisso.
«Se fazemos
parte da
comunidade,
temos
de fazer
a nossa
parte na
comunidade.
E isso
aprende-se»
de aprendizagem, de maturação. E África é também um
bocadinho como o Alentejo. A terra e a paisagem têm muita
força, assim como as pessoas, com a sua doçura, maneira
de estar e alegria. Identifico-me muito com as pessoas. Por
um lado, são doces, afáveis, simples e alegres. E trabalhei
sempre com pessoas, nas sanzalas, no meio mais rural,
numa empresa, numa escola. Por isso, estive sempre em
contacto com pessoas de várias idades, de várias condições
e, realmente, talvez aquilo que eu trago de África é este
perfil de doçura, de alegria dos africanos e das relações
sociais descomprometidas, abertas, felizes que as pessoas
tinham. Era tudo mais simples e mais colorido.
O que a faz feliz?
Ter uma boa conversa e estar num sítio agradável. Coisas
simples da vida. E, sobretudo, a predisposição para estar
bem. Isso ajuda muito em qualquer sítio.
É desprendida?
Sou relativamente desprendida. Gosto dos meus confortos. Já vivi com menos e com mais dificuldades e não
procuro os bens materiais em si. Procuro, sobretudo, a
minha felicidade.
Não poderia viver sem…
que realmente me diz tudo, me puxa para a raiz, para a
terra. O Minho ajuda-me a evadir um bocadinho naquelas
paisagens de verdes, de montes e vales, um recanto que
continuo sempre a gostar de rever. Todos os anos vou ao
Minho, ver o verde.
Que recordações lhe deixou o Alentejo?
Os cheiros, os odores da terra, os odores das cavalariças
dos animais, os odores dos alimentos, do quintal, da
chegada do trabalho, da chuva quando cai na terra. Tenho
muitas saudades e recordo muito os cheiros da minha
aldeia, de manhã ou à tarde, mas tenho muito presente
isso, muita saudade.
E a passagem por África?
Senti-me num país novo. Na altura, saí de Portugal, um país
pequeno, contido, um país, entre aspas, velho, já não havia
muito a esperar na época em que saí daqui, 1968/1969, e
entrei em Angola, que era um país de todas as oportunidades em todos os aspetos. Paisagem, grandiosidade, relações
humanas, oportunidades de trabalho. África estava à frente
naquela época e foi um tempo muito interessante na minha
vida, porque era uma jovem de 22 anos quando fui para lá.
Foi uma época ótima, de crescimento, de desenvolvimento,
Ver a
vida com
outros
olhos
O Clube dos Poetas
Mortos é o filme da
sua vida, poder-se-ia dizer. Pela cena
em que o professor,
interpretado por Robin
Williams, incentiva os
alunos a subir para as
carteiras, convidando-os a ver o mundo
sob uma perspetiva
diferente. «Porque
é preciso sairmos
do quadrado», diz
Joaquina Madeira, e
ver mais além.
Olhe, sem uma laranja. Adoro laranjas. Todos os dias como
uma laranja. Mas pode-se dizer que, neste momento, sou
um bocadinho dependente do automóvel, pela mobilidade,
a autonomia e a possibilidade de viajar que me permite.
Gosto muito de viajar, de mudanças. Um automóvel, para
mim, talvez seja aquilo que corresponda àquilo que eu
desejo na vida: mobilidade e autonomia.
A sua vida daria um filme?
Daria, mas não seria muito interessante, a minha vida
tem sido relativamente pacífica, tranquila. Felizmente.
Daria um filme de uma pessoa feliz. Isso talvez alguém
gostasse de ver.
No grande ecrã…
Gosto dos filmes da Meryl Streep. Acho que ela é uma boa
atriz e revejo-me muito nos papéis e nos filmes que ela faz.
São filmes da vida quotidiana. Acho que ela corresponde
àquela mulher que não sou e que gostaria de ser. Aquele
lado artístico dela.
O que gostaria de ser quando for grande?
Uma pessoa reconhecida por aquilo que faz, que fez, que
tenha mudado a vida de alguém para melhor. Não vou dizer
que sou uma irmã de Calcutá, porque não tenho aquela
paixão e aquela bondade, naturalmente, mas uma pessoa
que está na vida e que contribui para a melhoria da vida de
alguém ou de algumas pessoas. É isso que me interessa.
O meu legado. A
25
A
Raio X
Da arte que ataca
Rasgando o retrato que dele se faz, do artista enquanto provocador, Julião
Sarmento, que é português, sendo do mundo, rejeita os rótulos e continua avesso
a autorretratos. Porque o autor só pode ser aquilo que a arte é. E a doer
ana rita lúcio
A
arte escorria-lhe pelos dedos, como uma
torrente vinda não se sabe bem de onde,
porque a fonte «é uma vontade antiga» e
sem afluentes familiares. Ainda a tentou
canalizar por entre o curso de Arquitetura, que não
terminou, e os trabalhos em que foi mergulhando –
desde porteiro de clubes noturnos, até fotógrafo – antes
de desaguar na Secretaria de Estado da Cultura. A dada
altura, porém, foi preciso estancá-la e só encontrou papel de embrulhar bacalhau. «Porque era mais barato»,
comprou-o às resmas e deixou o trabalho flutuar, agarrado à tinta Sabu e aos pincéis a cem escudos a dúzia. E,
aos poucos, espantou-se com a «riqueza do material»
que emergia. Remando contra as marés, de resto, Julião
Sarmento fez sempre questão de se «adaptar às circunstâncias» e «descobrir o bom que há no mau», vício que
até apanhou por causa do cinema e dos maus filmes que
tanto lhe ensinaram. Pintor que nunca fez do cavalete
bóia de salvação, já que «nunca lhe serviu», foi depois
lutando para se conseguir manter à tona, recusando
ser apenas «um artista de fim de semana». E não mais
o foi, pelo menos desde 1985, quando a arte se tornou
um ofício permanente. Mas mesmo agora que as artes
por onde navega já rebentaram pelo mundo, continua
a não se deixar arrastar pela corrente «reducionista»
que rotula o seu trabalho de provocador ou gravitando
em torno do sexo como «uma palavra que apaga tudo
o resto à sua volta». Afinal, «há muito mais para além
dele». Só não lhe perguntem o que é ser artista, porque
a vida dele é «procurar coisas e não encontrá-las», e «se
o soubesse, já não era». Irreplicável nos autorretratos
que nunca pintou, confessa só se rever naquilo que
a sua arte é. Ela que diz só poder ser um «murro no
estômago. «E quanto mais doer, melhor». A
atelier
Num golpe de fortuna, quis
o acaso que o primeiro reduto
criativo de Julião Sarmento
se situasse na esquina da
Rua Garrett com a Rua Ivens,
por cima da Casa da Sorte.
O rumo da arte conduziu-o,
depois, aos ateliers na Rua
Passos Manuel, na sua
casa do Estoril e na zona de
Cabris para, finalmente, se
fixar no Parque Empresarial
Sintra/Estoril. A morada
onde o artista e o homem se
encontram fecha-se como
uma divisão de acesso
reservado. «No nosso quarto,
não entram todas as pessoas.
Isto é o meu quarto».
26
Nova Iorque
Ele que já expôs por todo o
mundo e viajou outro tanto,
sem deixar de voltar sempre
ao país natal, encontrou a sua
terra metade do outro lado
do Atlântico. Na Big Apple,
continua a sentir-se em casa,
«já que lá não há estrangeiros,
é uma terra de estrangeiros».
Porque, perante Nova Iorque,
«o resto é conversa», gostava
de assentar por lá, um dia,
se pudesse. Um verdadeiro
melting pot cultural, a cidade
conquistou-o pela «capacidade
de demonstrar entusiasmo
pelas coisas: há sempre
alguém interessado no que se
faz». E pelo céu, nada menos
do que «fantástico».
exposições
Cartas
No tempo em que não
havia telemóveis e os
telefones eram ainda
uma miragem cara, nem
mesmo as distâncias o
impediram de comunicar
com o mundo. O diálogo
que sempre procurou
com artistas de outras
latitudes, conseguiu-o
através da troca de
cartas, «um ritual» ao
qual se dedicou durante
anos a fio. A extensa lista
de remetentes desta
tradição «epistolar» que
lhe «abriu portas», valeu-lhe, também, um rol de
amizades cuja memória
se guarda no centro de
documentação próprio.
mulheres
Se a sua arte se deixou
povoar por elas, talvez assim
tenha acontecido porque
são «imensas» as figuras
femininas que lhe foram
pincelando indelevelmente a
vida. Primeiro, a tia Amélia,
irmã do pai, que não tinha
filhos e se dedicou a Julião.
Uma mulher à frente do seu
tempo, «absolutamente
extraordinária», fundamental
na formação do sobrinho
enquanto ser humano, a
quem ele vendeu o primeiro
quadro, em 1969. Depois, a
prima que o ensinou a «olhar
para as mulheres de outra
maneira». Um olhar capturado,
ao longo de quatro décadas,
pelo foco da objetiva, em mais
de seis mil retratos feitos
«sem qualquer interesse
artístico» às mulheres com
que se foi cruzando. E que
lhe valeu um livro com 75
fotografias, 35 mulheres e 42
anos e duas exposições, num
projeto a quatro mãos com o
crítico, teórico e professor de
fotografia Sérgio Mah.
Porque as fronteiras
foram sempre para ele
débeis traços, a arte
de Julião Sarmento
está, constantemente,
à procura de «novos
destinos». Primeiro
artista português a
merecer um artist room
na Tate Modern, em
2010, tem por hábito
«voltar regularmente»
ao prestigiado museu
londrino. Curiosamente,
onde também volta
sempre que pode é a um
pequeno museu belga,
perto de Gent, por haver
uma «grande empatia»
entre ele e o diretor: «tão
simples quanto isto».
artistas
«Apreciador compulsivo
de arte» confesso,
Julião Sarmento
resiste a nomear outros
artistas que o tenham
marcado, por temer o
risco de deixar alguém
de fora. «Para não
ferir suscetibilidades»,
exemplifica com os que
já se foram. «Gosto do
Manet, mas também do
Mondrian e do Vermier.
São tantos e para mim
tão importantes que não
posso eleger dois ou
três.», justifica.
Check-up Julião Sarmento
1
Predestinado
obra
O «clichê horroroso» é-lhe
inevitável ao admitir que os
trabalhos que assinou são
«como filhos», porque saíram
dele. No entanto, existem
aqueles que lhe apelam
mais de perto ao coração,
como o holograma que
expôs na Bienal de Veneza,
«porque custou imenso
a fazer» e ficou a dever a
existência à «teimosia» do
artista e «ao génio de dois
cientistas, um americano e
outro russo». Inspirado pela
saga Star Wars, esculpiu
uma mulher«completamente
virtual e tridimensional»
projetada numa imagem
holográfica.
objeto
mundo
Saltar para as páginas
das revistas Art Fórum, Art
in America ou mesmo da
Time ou Newsweek era uma
viagem cultural que estava
vedada à maioria nos tempos
«cinzentos» da ditadura, mas
não para Julião Sarmento
e para o colega e amigo
Fernando Calhau, que para ela
embarcavam na biblioteca da
embaixada norte-americana,
a poucos passos do Liceu
Camões. As estadias, tarde
adentro, «consultando e
vendo coisas», levaram-no a
«perceber que, na realidade,
o mundo não é isto. É isto e
muito mais».
Desapegado das
ferramentas a que
recorre, o artista plástico
rendeu-se a apenas uma:
um «desagrafador»,
comprado por acaso.
Estava numa loja de
ferragens, em Milão,
quando um vendedor
ambulante tentou impingir
ao dono da loja «umas
máquinas estranhíssimas
com uns bicos para
tirar agrafos». Julião,
que precisa de agrafos,
tanto quanto de pincéis,
não hesitou e trouxe um
exemplar, entretanto
extraviado. Ainda hoje
lamenta a falta que lhe faz
a peça «one of a kind».
Embora a arte não lhe
corresse nas veias, por não
haver nenhum antecedente
na família, cedo lhe correu
na vontade. «Desde que me
lembro de pensar que tive
sempre essa ideia fixa.»
2
Curioso
Do jovem que, na embaixada
norte-americana, devorava
tudo o que viesse de fora, ao
artista feito que «continua a
procurar».
Julião Sarmento
Natural de Lisboa
Nascimento 04/11/1948
Interesses Fotografia, cinema
Vida profissional Artista plástico
3
Determinado
Apesar de ter posto mãos
à obra nas mais variadas
profissões, a arte nunca
lhe saiu da cabeça. Estava
determinado a não ser
mais um «artista de fim de
semana».
4
Amigo
Colecionador de
amizades, viu os esboços
de uma das primeiras
serem traçados muito
cedo. Foi no primeiro dia
de escola que conheceu
Fernando Calhau – já
falecido –, que viria a ser
seu parceiro artístico.
5
Grato
Perante o
reconhecimento que lhe
chega dos quatro cantos
do mundo, responde com
um sorriso rasgado e um
agradecimento sincero.
«Toda a gente gosta
de ser apreciada, é
preciso ser-se muito
tonto para não ficar
contente com isso.»
6
Inconformado
Porque os rótulos não
se lhe colam à pele,
muito menos à obra,
irrita-o que chamem à
sua arte «provocadora»,
por ser uma apreciação
redutora. «Eu acho que
sou muito diferente
daquilo que as pessoas
pensam de mim.»
Artista dos sete (ou mais) ofícios, já se entregou à pintura, à fotografia, à instalação , ao vídeo,
ao desenho – e a lista pode não ficar por aqui.Porém, Julião encara-os, apenas, como meios
para chegar a um fim, que é sempre a arte. «O que me interessa é onde eu chego», garante.
27
E
Família
A qualidade
da vida sexual
Preservar a atividade sexual
pode adicionar anos à sua vida
Teresa Paula Marques, Psicóloga Clínica
A
necessidade de intimidade não
tem idade e os estudos confirmam
que podemos desfrutar dos prazeres do sexo durante toda a vida.
Naturalmente que a qualidade muda, mas
não necessariamente para pior. Um sénior
já adquiriu experiência que lhe permite saber
muito claramente as suas preferências sexuais. Além de tudo, as pessoas mais velhas
costumam ter mais autoconfiança e autoconsciência, porque, numa idade mais avançada,
já nos libertámos dos ideais (muitas vezes
irreais) de juventude. Com filhos já crescidos
e com vidas profissionais menos exigentes,
os casais são, agora, mais capazes de relaxar
e de se apreciarem mutuamente. Certo é que
manter a atividade sexual durante toda a vida
tem repercussões muito positivas, tanto ao
nível da saúde física como psicológica. Está
provado, por exemplo, que facilita a circulação sanguínea, propicia que sejam queimadas
gorduras e que se libertem endorfinas, que
reduzem drasticamente a ansiedade.
28
Comunicar com o parceiro
À semelhança dos corpos, também as emoções mudam com o tempo. Assim sendo, nesta
fase da vida, a comunicação entre os parceiros
torna-se absolutamente fundamental. É importante que haja partilha de pensamentos,
medos e desejos. No princípio, poderá ser di-
SEXUALIDADE
NÃO SE RESUME AO SEXO
▶▶A sexualidade humana não se limita ao ato
sexual. Mesmo perante algumas limitações
físicas da idade ou dores associadas a doenças
que, entretanto, tenham surgido, não dê como
encerrada a sua vida sexual. Tenha presente
que o sexo e a intimidade podem ser expressos
de muitas maneiras, entre as quais o prazer
emocional, sensorial e de relacionamento. A
relação sexual é apenas uma de entre muitas
formas de obtenção de satisfação sexual. Nesta
fase da vida, o mais importante é a qualidade e
não a quantidade e, nesse sentido, tocar, beijar ou
acariciar pode ser, igualmente, compensador.
fícil conseguir à-vontade para abordar esta
temática, mas tenha presente que uma melhoria na comunicação vai criar um clima de
cumplicidade que, depois, se repercute numa
sexualidade mais gratificante.
Faça uso do humor, das suaves provocações
para aliviar o clima. Seja honesto, uma vez que a
honestidade fomenta a confiança e permite que
ambos relaxem. Partilhe os seus sentimentos
e emoções, dizendo ao parceiro como se está a
sentir e o que espera de uma vida sexual. Explique o que o faz estar ansioso, por exemplo, se
se sente inseguro com as alterações corporais
e tem receio de parecer menos atraente. Pode
ser que até deseje ter novas experiências. Então,
por que não as assumir? Quem sabe se o seu
parceiro tem os mesmos desejos e não os conseguiu exprimir até esse momento? É sabido
que, nas gerações mais antigas, o sexo era um
assunto tabu, mas falar abertamente sobre
as suas necessidades, desejos e preocupações
cria um clima de cumplicidade que vai ajudar
a desfrutar do sexo e da intimidade. E
Beleza
Atraente em
todas as idades
É possível irradiar beleza e jovialidade pela
forma de sentir e de estar. O envelhecimento
tem marcas físicas que é possível minimizar.
O mais importante é sentir-se autoconfiante
O
PAULA DE LACERDA TAVARES
s efeitos do envelhecimento são encarados,
pela maioria das pessoas, como marcas da
idade. E, sejamos francos, estas não são
propriamente do agrado da maioria, em
especial das mulheres, para quem a sociedade ocidental
é, sobretudo, muito exigente em termos de beleza e de
juventude, com padrões qualitativos de se parecer muito
bem, independentemente da idade. É, portanto, provável
que, por isso mesmo, os inevitáveis sinais da passagem
do tempo em cada um sejam encarados como defeitos,
aspetos degenerativos e negativos na sua aparência. Gran-
de parte deles passam por alterações capilares, rugas de
expressão que se acentuam, pele com perda de elasticidade, envelhecida, com manchas, e mais uma série de
sinais corporais (celulite, flacidez, má circulação, perda
de flexibilidade e de energia) que denunciam o avançar
dos anos. Tudo isto, muitas vezes, se resume a uma grande
questão de que, humoristicamente, muitos se queixam:
a lei da gravidade.
Por muito natural que se entenda que, com o avançar da
idade, surgem os seus sinais inerentes, torna-se absolutamente tentador avaliar toda uma vasta oferta de soluções
que se encontram disponíveis no mercado. A começar pelos
cremes, pelos tratamentos profissionais em clínicas de beleza,
e até recorrer a processos mais radicais e mesmo algo dispendiosos, como face liftings, aplicação de botox, tratamentos
dermoabrasivos, tratamentos de celulite, lipoaspirações,
implantes mamários e nas nádegas, peelings químicos…
Enfim, uma parafernália de soluções antissinais da idade.
As soluções de beleza e do «apagar» de traços da idade existentes na atualidade são cada vez mais eficazes. É verdade que
muitos reduzem e melhoram significamente esses problemas.
Alguns tratamentos e recuperações mais dolorosas e morosas,
como as cirurgias plásticas estéticas, implicam também riscos,
pois algo pode não ficar tão bem quanto o desejável. Porém,
para muitos, vale a pena arriscar pela recuperação da figura,
para outros, nem tanto. Cada pessoa deverá conhecer os seus
limites e necessidades.
Mas vamos ao que importa: é certo que todos estes sinais
de envelhecimento provocam nas pessoas sentimentos complicados e uma maior insegurança quanto à sua aparência.
Tanto assim que é enorme a quantidade de publicidade
que apela à beleza, à jovialidade e à magreza, constituindo
o ideal da aparência. O maior segredo, até defendido pela
sex symbol Rachel Welch, é aceitar e saber diferenciar e
potenciar o que cada idade tem de positivo e de negativo.
Com mais de 70 anos, a diva irradia boa disposição, energia
e uma beleza interior que a colocam num estado de distinção
e elegância na sua forma de estar e de comunicar. Se se nota
a idade? Claro que sim, mas a sua atitude faz com que rugas,
celulite ou flacidez sejam detalhes perante uma maturidade
realmente muito bonita. E
cinco atitudes anti-idade
Quando se fala de beleza, o seu grande segredo parece resumir-se a conhecer-se, ter uma aparência saudável e transparecer
o que de melhor cada idade tem.
• Analise o que gosta e
não gosta em si. Coloque
como objetivo ultrapassar
pensamentos e emoções
depreciativas. Comece, etapa
por etapa, a aprender a viver
como é e a sentir-se melhor
com isso.
• Avalie o que poderá
fazer para melhorar o que
não aprecia no seu corpo.
Informe-se e mime-se com os
cuidados que lhe parecerem
mais adequados, sempre
com a noção de que está a
dar atenção e a cuidar de si o
melhor que pode.
E sim, escolha uma atividade
física, como a ginástica ou
o ioga.
• Valorize as suas melhores
características, apoie-se em
pessoas que a conhecem e que
a podem ajudar a aumentar a
sua autoconfiança.
• Crie o seu próprio estilo de
forma a transmitir como é
interiormente, conseguindo,
assim, uma imagem de
harmonia entre o corpo e a
mente.
• Sinta-se feliz com cada
conquista do seu amor-próprio e transmita essa
alegria e confiança. Só assim
poderá irradiar o melhor de si.
E
Já conhece
a Blossom?
Sente-se confusa
relativamente ao
tipo de roupa a usar?
Veste apenas parte
da roupa que tem no
armário? A Blossom
tem resposta para
estes problemas.
Trata-se de uma
empresa que atua na
área da consultoria
de imagem e da
formação, que
acompanha a
descoberta do seu
estilo, fazendo com
que a sua imagem
seja única, autêntica
e especial.
A Blossom
apresenta uma
vasta gama de
serviços, como a
análise de estilo e
de cor, o personal
shopping e o closet
restyling. Os seus
objetivos são tidos
em conta, assim
como o seu gosto,
orçamento e estilo
de vida. Assim,
fará compras mais
informadas, o que
melhorará a sua
aparência e facilitará
a escolha da roupa
e acessórios,
evitando erros caros
e desnecessários.
Ganhará mais
confiança na sua
imagem, pois saberá
tirar o melhor
partido de si e do seu
estilo. A Blossom
disponibiliza,
também, workshops
individuais para
noivas (Bride to Be) e
de automaquilhagem
e, ainda, dois
workshops de Estilo
Pessoal para grupos.
Os titulares dos
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têm direito a 20%
de desconto nos
serviços de Gabinete
de Imagem.
29
E
Saúde
O cancro mais fácil de
prevenir
O cancro do cólon e do reto, algumas vezes designado por cancro do intestino, é o mais frequente
em Portugal e o responsável pelo maior número de mortes. Porém, a prevenção
é possível e eficaz. O rastreio é o primeiro passo
A
tualmente, verificam-se, por
dia, em Portugal, dez mor­tos por
cancro do cólon e do reto (CCR) e
cer­ca de 25 novos doentes. Estes
números traduzem uma subida da mortalidade global, superior a 50 por cen­to nos
últimos 20 anos; para o mesmo período, a
mortalidade por todos os tumores malignos
aumentou cerca de 20 por cento. «Esta é a dimensão do problema que exige a necessidade
urgente de ser enfrentado com ações concretas e esclarecidas», afirma Carlos Nobre
Leitão, gastrenterologista e diretor clínico do
Hospital dos Lusíadas, em Lisboa.
Em 2000, o então presidente dos EUA, Bill
Clinton declarou que «a arma mais eficaz para
derrotar o cancro do cólon e do reto é a deteção
precoce e o tratamento. O rastreio do cancro deve
tornar-se parte da rotina dos cuidados preven-
30
tivos de saúde para qualquer pessoa com mais
de 50 anos. Incentivo os prestadores de cuidados de saúde, políticos e cidadãos a ajudarem a
sensibilizar o público para os riscos e os métodos
de prevenção e a usar o poder do nosso conhecimento para derrotar esta doença silenciosa».
«Esta proclamação definiu o primeiro apoio de
um governo ao rastreio», recorda Nobre Leitão,
referindo que, «naturalmente, na base deste discurso, estiveram estudos de natureza científica e
de natureza económica». Na realidade, múltiplos
estudos com diferentes métodos de rastreio evidenciaram uma significativa redução da mortalidade por CCR nas populações rastrea­das e
uma relação custo-benefício altamente favorável.
Segundo o gastrenterologista, os fatores determinantes no pensamento estratégico subjacente
ao desenvolvimento do rastreio são: o cancro
do intestino é o cancro com maior incidência
RASTREAR É EVITAR A DOENÇA
▶▶Recomendável a toda a população acima dos
50 anos;
▶▶O alvo principal do rastreio é o pólipo, pelo
que aquele deve fazer-se com colonoscopia
para remoção de todos os pólipos existentes; a
periodicidade é, em geral, a cada cinco anos;
▶▶Na presença de antecedentes familiares
de cancro do intestino, a idade de início e a
periodicidade do rastreio deve ser adequada a
cada caso concreto.
familiar; a doença observa-se, em geral, acima
dos 50 anos, com uma frequência semelhante
em ambos os géneros; antes que a doença se desenvolva, existe, durante um longo período, um
precursor benigno que, em geral, se designa por
pólipo. Em teoria, a remoção de todos os pólipos,
que se faz sem recurso a cirurgia, determinaria
o quase desaparecimento da doença.
EVITAR A DOENÇA
«O rastreio do cancro do intestino é, naturalmente, um ato médico», esclarece Nobre Leitão,
e «deve ser adequado à idade e aos antecedentes
familiares e feito sem ansiedade ou angústia,
pois, ao contrário de outros rastreios, da mama e do colo do útero, por exemplo, o alvo do
rastreio é uma lesão benigna, o pólipo, que, uma
vez removido, determina que aquele doente
veja reduzida a probabilidade de ter cancro do
intestino em cerca de 90 por cento».
Na realidade, o recurso à colonoscopia, que
tem como alvo o rastreio do pólipo, é uma verdadeira atitude preventiva. O objetivo não é fazer
o diagnóstico da doença na fase inicial, mas,
antes, reduzir significativamente o número de
novos doentes. Esta é a especificidade do cancro
do intestino. A colonoscopia é o procedimento
corrente usado para avaliar o intestino grosso e a
arma mais eficaz no combate ao cancro do intestino. «Existem, no entanto, algumas barreiras
à colonoscopia», explica o gastrenterologista.
«É um método invasivo, exige sedação e está
associado a complicações eventualmente graves.
Também alguns doentes são relutantes a este
método, por medo ou por inibição psicológica.
Reconhecemos estes constrangimentos, mas
sabemos que é possível executar a colonoscopia
sem qualquer desconforto», garante.
FALAR É DESMISTIFICAR
Têm-se realizado muitas iniciativas para melhorar o conhecimento da população e dos
profissionais de saúde sobre os benefícios do
rastreio. «Sabemos ser necessária uma constante promoção das atividades preventivas. “Prevenir é saber viver” é o slogan que a Sociedade
Portuguesa de Endoscopia Digestiva escolheu
para o tema da prevenção do cancro do cólon
e do reto», afirma Nobre Leitão. «A medicina
COMO FUNCIONA A CÁPSULA?
Semelhante na forma e nas dimensões a um
comprimido, fácil de engolir, a videocápsula
possui duas câmaras, uma em cada
extremidade. Cada câmara tem uma angular
de 172º, o que possibilita uma imagem de
quase 360º. Capta entre quatro a 35 imagens
por segundo, em função da velocidade de
deslocação no intestino, o que determina
uma franca melhoria na qualidade da imagem
obtida. As imagens da videocápsula são
transmitidas para um dispositivo de registo
que o doente transporta consigo durante
24 horas; este dispositivo emite sinais
sonoros, vibratórios e mensagens escritas
que alertam o médico, ou o doente, de como
o exame está a decorrer. Finda a observação,
as imagens são facilmente transferidas do
dispositivo de registo para um computador
com uma aplicação específica, que permite
a observação dos vídeos efetuados pela
videocápsula durante o seu trajeto no
intestino.
preventiva é muito distinta da medicina curativa
ou clássica e tem muitos constrangimentos ao
seu desenvolvimento. Na medicina clássica,
curativa, é o doente que, perante o aparecimento
de queixas, procura o médico. Este, após ouvir o
doente, elabora o diagnóstico e, posteriormente,
define a terapêutica. Na maioria das vezes, o
doente sente, de imediato, os benefícios desta
medicina e tem uma noção objetiva da sua utilidade», explica. «É uma prática médica muito
privada, íntima, entre o doente e o médico, que,
no espaço e no tempo da consulta, procura a
solução para os problemas que afetam o doente
que lhe pediu ajuda. Na medicina preventiva,
pelo contrário, é o médico que procura o cidadão saudável, no sentido de lhe transmitir a
informação necessária que o faça aderir a um
determinado exame ou teste para o rastreio de
determinada doença. Em regra, a utilidade do
rastreio exige que o teste se faça de forma regular
ao longo de um determinado período da vida.»
Segundo Nobre Leitão, a maioria dos cidadãos, no exame de rastreio, tem um resultado
normal e, por isso, não sente diretamente os
benefícios daquela atitude. «Os benefícios do
rastreio sentem-se na comunidade. É necessário monitorizar, de forma rigorosa, não só a
frequência da doença, mas também a fase em
que se faz o diagnóstico e a mortalidade que ela
induz. É da interpretação conjugada daqueles
dados que a comunidade se apercebe dos benefícios do rastreio.» Para o especialista, «o grande
obstáculo para o rastreio está dentro de todos
e de cada um de nós. Exige-se, pois, uma ação
continuada de educação e de esclarecimento.
O desleixo desorganizado que nos caracteriza,
associado a um otimismo desajustado, o “só
acontece aos outros”, contribuem negativamente para a adoção de atitudes preventivas».
O FUTURO
A grande frequência do cancro do cólon e do
reto e a possibilidade de esta doença poder ser
evitada pelo rastreio e ser facilmente curável nas
fases iniciais determinaram o aparecimento de
campanhas de prevenção do cancro do intestino
um pouco por todos os países ocidentais e promoveu a colonoscopia como o método-padrão
mais eficiente para este objetivo. Porém, «as
restrições para a colonoscopia encorajaram os
investigadores na pesquisa de novos métodos
para observar o intestino grosso e, assim, surgiu a videocápsula do cólon», observa Nobre
Leitão, acrescentando que «se existe um pólipo,
é necessário executar uma colonoscopia para a
sua remoção, mas sabemos também que, em
ambiente de rastreio, a frequência com que se
encontram pólipos é de cerca de 15 a 20 por
cento dos doentes». Com o recurso à cápsula
do cólon, 80 por cento dos doentes de rastreio
estariam dispensados de fazer a colonoscopia.
«A Gastrenterologia do Hospital dos Lusíadas
dispõe deste novo método de diagnóstico, que
representa uma inovação significativa e mais um
complemento dos meios existentes para evitar o
cancro do intestino e contribuir para um muito
menor número de mortes por esta doença.» E
Cartão HPP Saúde. O cartão de crédito HPP Saúde (1) permite a identificação dos Clientes nas unidades HPP Saúde,
proporcionando-lhes condições especiais, nomeadamente descontos até 20% e a possibilidade de fracionarem os pagamentos
efetuados nestas unidades com taxas de juro diferenciadas (2). Conheça todas as vantagens que este cartão lhe proporciona na área da
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TAEG de 11,6% na modalidade de pagamentos fracionados, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses,
à TAN de 9,0%, prestação mensal de 131,63 euros e um montante total imputado ao consumidor de 1590,58 euros.
(1)
(2)
31
E
Bem-estar
Quando a casa dos avós
se transforma numa creche
Uma grande ajuda para os pais, mas que deve trazer benefícios para todos
Teresa Paula Marques, Psicóloga Clínica
O
s avós do século XXI têm mais saúde e dispo­
sição do que os de antigamente, o que faz com
que assumam mais compromissos. Se acres­
centarmos a esta evidência a vida agitada das
famílias, assim se explica por que os avós são cada vez mais
chamados a ajudarem os filhos a tomarem conta dos netos.
O convívio, sem dúvida alguma, tende a ser saudável para
toda a família, desde que haja cuidado para não sobrecar­
regar nenhum dos lados. Antes de pedir ajuda aos avós, é
importante verificar se estes têm disponibilidade física e
mental para assumirem este compromisso. É que, noutro
tempo, assumia-se que o papel dos avós consistia em dar
mimos e ser permissivo em termos de regras. Atualmente,
o cenário não é bem esse. Existem casos em que os avós
substituem literalmente os pais, pelo que há a necessidade
de imporem regras. Algumas vezes, essas regras vão con­
flituar com as que são ditadas pelos pais, mas, nesse caso,
há que estabelecer um diálogo entre gerações, com vista a
entrar em acordo quanto às linhas mestras da educação.
BENEFÍCIOS PARA TODOS
As pesquisas mostram que aqueles que tomam conta dos
netos apresentam uma maior probabilidade de se man­
terem fisicamente ativos nos anos seguintes. Estar perto
de filhos ou netos tem efeitos extremamente positivos
sobre a saúde física e mental dos mais velhos. Contudo,
não caia na tentação de manter os seus netos dentro de
quatro paredes. À partida, até pode parecer mais seguro,
mas também em casa existem perigos e a criatividade de
uma criança entediada não tem limites! Assim, se conta­
bilizarmos os benefícios e os perigos do exterior, veremos
que todos ficam a ganhar com um passeio no parque. À
tardinha ou durante a manhã, alturas em que o Sol não
está tão quente, há que aproveitar para os levar a passear.
Além do exercício físico, as saídas propiciam o convívio
com outras crianças e, também, o conhecimento de novos
ambientes. Uma criança que, desde pequenina, é habituada
a frequentar exposições ou a ir ao teatro, por exemplo, mais
facilmente desenvolverá o gosto pelas artes. Nesse sentido,
os avós desempenham, também, um importante papel ao
proporcionarem essas experiências, já que têm mais tempo
disponível do que os pais. Para os que vivem no campo, o
contacto com a natureza é, igualmente, interessante e muito
rico para o desenvolvimento dos mais pequenos. Perceber
o ciclo da vida, através da observação dos animais e das
plantas, encanta as crianças. E
PONDERE OS PRÓS E CONTRAS
▶▶Como é certo e sabido, ter uma criança em casa não é
tarefa fácil e o facto de ser avô não o obriga a estar, em
permanência, com os seus netos. Posto isto, seja realista e, se
não se sente capaz de assumir essa responsabilidade, quer
em termos físicos, quer psicológicos, diga-o abertamente.
32
Essa decisão não faz de si um/uma pior avô/avó. Neste
momento, cuidar dos netos é opcional e tem de lhe
acrescentar algo de positivo aos seus dias e à vida dos seus
netos e filhos. Se não for o que está a acontecer, enfrente
essa realidade e altere-a.
anotações
BestKIDS
& Teens
A BestKids &Teens
(www.bestkids.pt)­
tem por missão
desenvolver em cada
criança, adolescente
ou jovem o melhor
de si próprio.
Contribui para o
seu enriquecimento
pessoal e emocional,
através do reforço
da autoestima,
confiança, otimismo
e inteligência
emocional.
Atividades
organizadas:
- Centro de estudos,
formação e
explicações;
- Ocupação de
tempos livres;
- Festas de
aniversário (crianças,
adolescentes ou
jovens);
- Festas e eventos
infantis (empresas,
casamentos,
batizados);
- Coaching e
Atividades Pais &
Filhos;
- Formação e
workshops;
- Saúde e bem-estar;
- Programas de férias
de verão (inscrições
já abertas).
A BestKids & Teens
oferece aos titulares
dos cartões Caixa
Activa 10% de
desconto * nos seus
serviços e 30% de
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da inscrição em
programas de férias.
* Exceto programas
de férias,
explicações, saúde
e bem-estar. Não
acumulável com
outras promoções.
Viver melhor
E
Em boa companhia
Travar a solidão e o isolamento depende muito de
primeiros passos, especialmentes dos seus. Não hesite
helena estevens
S
olidão. A palavra tabu que todos gostaríamos de evitar.
Ou «a maior pobreza», de acordo com a Madre Teresa de
Calcutá. Evitá-la, mais do que uma necessidade, deve ser
uma prioridade. Sobretudo, porque, ao contrário de muitas
outras que não podemos controlar, esta pode rapidamente ficar ao
alcance das nossas mãos. Basta estendê-las e dar o primeiro passo.
Agenda social, precisa-se
Uma vez que este é o Ano Europeu do Envelhecimento Ativo e da Solidariedade entre Gerações, há que aproveitar a inspiração e expandir o seu
leque de atividades sociais. Centros comunitários, câmaras, juntas de
freguesia e até igrejas ou paróquias são, atualmente, locais ideais para
começar a procurar. As iniciativas são muitas e variadas, adaptando-se
facilmente aos diferentes gostos, necessidades e aptidões. Das aulas de
cerâmica às de dança ou línguas, o difícil pode ser mesmo escolher. Além
da oportunidade de aprendizagem, permitem um convívio saudável e o
conhecimento de outras pessoas. Proporcionam, ainda, a «desculpa»
perfeita, ou a motivação extra, se preferir chamar-lhe assim, para sair
de casa e apanhar ar. As universidades para seniores ou de terceira idade
constituem, igualmente, uma boa opção. Com uma vasta oferta de aulas
– História de Arte, Filologia, Joalharia, Internet, Ginástica, Literatura,
Aguarela, entre outras –, são outra hipótese a considerar.
A participação em atividades de voluntariado permite manter-se ativo
e, melhor que tudo, sentir-se útil, ao mesmo tempo que se envolve na
comunidade. Visitar pessoas com mobilidade reduzida que vivam sozinhas, ajudar na recolha de alimentos para pessoas menos afortunadas,
contribuir com a sua experiência profissional para ajudar instituições de
solidariedade... Enfim, há todo um leque de atividades a considerar. Se
gosta de animais, por exemplo, oferecer a sua ajuda num canil é algo a
considerar. Pode passeá-los ou ajudar na sua higiene.
Se se sentir só ou conhecer alguém nesta situação, por exemplo, ou
desejar voluntariar-se, a Bolsa de Voluntariado da CGD e a Entrajuda
(www.cgd.pt/institucional/Banco-Social/Voluntariado), a Santa Casa
de Misericórdia (www.scml.pt | 213 235 000 – contactos de Lisboa), a
Associação Coração Amarelo (http://www.coracaoamarelo.org | 217 958
167), a Do Something (www.dosomething.pt | 213 868 404) ou o site do
Voluntariado (www.voluntariado.pt), entre outros, são contactos a reter – e
Seja Voluntário
▶▶A Caixa tem vindo a sensibilizar colaboradores e comunidade para o
voluntariado, registando, em 2011, mais de 33 mil horas de trabalho voluntário.
As mais-valias destas iniciativas de cariz social são muitas: quem precisa sente-se acompanhado, sorri e agradece; quem auxilia fica com a sensação de dever
cumprido. Os testemunhos e resultados são visíveis: além da aquisição de novos
interesses e da realização pessoal, os novos contactos e a troca de experiências
de vida são muito gratificantes. Aceite este desafio e inscreva-se na Bolsa de
Voluntariado, uma ferramenta da Entrajuda que faz a ponte entre os interesses e
a disponibilidade dos voluntários. Saiba mais em www.bolsadovoluntariado.pt.
a fazer, claro, sem constrangimento. Há, igualmente, programas que lhe
permitem partilhar a sua casa com estudantes universitários. Informe-se!
Se estiver reformado, de certeza que os dias se tornaram um pouco
maiores, agora que não tem horário de trabalho a cumprir nem filhos a
necessitar de cuidados. Por que não reatar o contacto com velhas amizades,
colegas que não vê há já alguns anos, precisamente porque o tempo livre era
limitado? O telefone e as redes sociais são um bom ponto de partida para
os encontrar. Uma ou outra partida de cartas, um lanche numa esplanada,
a desfrutar da companhia e do bom tempo, a visita a uma exposição ou
museu, uma boa jantarada a reviver os bons momentos. Garantidos estão
alguns sorrisos e gargalhadas. Conhece melhor forma de alegrar a alma?
Um hobby à medida
Não respondem de volta, mas são uma boa companhia. Tocar um instrumento, pintar, escrever, ler, jardinar ou dedicar-se aos bonsai são coisas
que pode fazer. Se quiser juntar o útil ao agradável, pode formar um clube
de crochet ou tricot, reunindo um grupo em sua casa (pode ser rotativo)
para trabalhar, partilhar técnicas e companhia, claro. E quem diz tricot,
diz leitura ou xadrez ou outra atividade de que goste. E
Cartão Farmácias Portuguesas
O cartão Farmácias Portuguesas (1) permite-lhe a acumulação de
pontos na aquisição de serviços farmacêuticos e produtos (exceto
medicamentos sujeitos a receita médica) nas farmácias aderentes ao
programa. Os pontos acumulados podem ser trocados por serviços
e produtos constantes na publicação do programa.
Além destas vantagens, beneficia, ainda, do diferimento das compras efetuadas
nas farmácias aderentes até 135 dias (plano específico de três meses),
sem quaisquer encargos de juros (válido apenas para compras iguais ou
superiores a cinco euros). Conheça melhor esta oferta em www.cgd.pt.
(1)
TAEG de 22,4 % para um montante de 1500 euros, com reembolso
a 12 meses, à TAN de 22,50 %.
33
E
Desporto
Conversas com o mar
A sua prática traz bem-estar e tranquilidade e conduz a um mundo
de silêncio onde a beleza é palavra de ordem. O mergulho
é uma das modalidades que obriga a regras de segurança mais apertadas,
mas traz consigo experiências únicas e benefícios para a saúde
catarina vilar
T
udo começa por se ser um bom nadador. Estar totalmente ambientado na água e gostar de todos os
desafios que o mar pode trazer é o
fator número um a ter em conta antes de se
pensar iniciar a prática do mergulho. Com
esta premissa garantida - e quando se quer
passar pela experiência de ter os peixes como
vizinhos temporários - tirar um curso é o
passo que se segue. Se saber nadar é essencial, importa não desvalorizar a boa condição
física, não ter ataques de pânico frequentes
e flutuar bem.
Barcos, navios comerciais e de guerra,
canhões, grutas que escondem paraísos. Há
vistas subaquáticas para todos os gostos ao
largo da costa portuguesa. Quer pretenda uma
aula de história ou de biologia marinha, esta
é a actividade certa a escolher. Reza a história
que o padre italiano Giovanni Borelli foi o
primeiro homem a mergulhar com segurança,
34
em 1679. Tinha um fato impermeável feito de
couro e untado de sebo.
piratórios precisam do aval médico para o
praticar. Tenha em conta que problemas cardiopulmonares, asma, obesidade, ansiedade,
Elixir da juventude
depressão grave, claustrofobia e diabetes são
No que se refere a benefícios, o mergulho alguns dos contras que podem impedir a sua
parece uma verdadeira pílula de saúde. O prática. Desta forma, um médico especialista
contacto com a água e a contemplação
em mergulho será o mais indicado para
submarina são dois ingredientes
este diagnóstico. Uma vez acauinfalíveis para aliviar as tensões,
teladas todas estas questões - e
Zoom
mas os seus benefícios vão além
com carta verde para se deixar
Não há limite
de idade para
do fator anti-stress. Verifica-se
encantar com as profundezas
mergulhar, desde
uma melhoria da capacidade
do mar -, esta é uma atividaque se sigam as
cardiorrespiratória, muscular
de para toda a vida, pois não
recomendações
específicas para este
e mental. Claro que, antes de
há limite de idade para merdesporto.
se imaginar com um escafandro
gulhar, desde que se sigam as
na cabeça, tem de ter em consirecomendações específicas para
deração alguns cuidados de saúde.
este desporto.
Uma consulta médica é fundamental, pois
este desporto exige do organismo uma maior Agora escolha!
capacidade cardiopulmonar, razão pela qual Existem dois grandes tipos de mergulhos:
pessoas com problemas cardíacos ou res- em apneia - o mais simples, onde o
Tome nota
GLAUCA
mergulhador não usa equipamentos para
respiração subaquática; SCUBA, com botijas
de gás pressurizado. Este último requer o
acompanhamento de técnicos especializados,
pois quer o manuseamento do material, quer
o domínio da técnica e da fisiologia básicas
exigem conhecimentos precisos. Qualquer
uma destas formas deve ser segura para
pessoas saudáveis, sempre dependendo
do nível de dificuldade e profundidade do
mergulho. Se a modalidade mais abrangente
é o mergulho livre, que permite explorar as
águas de qualquer ponto, sem objectivos
específicos e sem o acompanhamento
de um instrutor, é obrigatório, antes de
mais, aprender. Regra geral, a iniciação ao
mergulho livre tem sempre uma parte prática
e outra teórica. Numa primeira fase, as aulas
práticas são dadas em piscina e os alunos
têm de aprender a dominar o equipamento
(a botija, o respirador, a máscara e as
barbatanas) e a respirar convenientemente. Só
depois vão para o mar. Por norma, os cursos
são elaborados em módulos. Do ponto de vista
físico, exige-se uma boa capacidade aeróbia,
ter força nos membros inferiores e conseguir
mergulhar em apneia, quer na piscina,
quer no mar. Do ponto de vista técnico, é
importante saber nadar e mergulhar com
barbatanas de mergulho. Devido à grande
facilidade para se desidratar é recomendado
um redobrado consumo de água antes do
mergulho. São procedimentos básicos para
que consiga tratar o mar como seu amigo. E
A escola de
mergulho Glauca
disponibiliza vários
cursos e programas
de mergulho, em
piscina ou no mar,
desde o nível básico
ao profissional. A
idade mínima para
frequentar estes
cursos é de dez
anos, mas, a partir
dos oito, as crianças
podem viver as
primeiras emoções
debaixo de água,
numa experiência
inesquecível
realizada em piscina.
São formados
mergulhadores
seguindo os mais
elevados padrões de
qualidade impostos
pelas agências
reconhecidas
mundialmente e com
as quais a Glauca
trabalha: a Scuba
Diving International,
a Technical Diving
International
e Professional
Association of
Diving Instructors.
Desta forma, as
certificações
atribuídas são
reconhecidas em
qualquer parte do
globo, podendo
os mergulhadores
que as obtenham
praticar a atividade,
em Portugal ou no
estrangeiro, sem
qualquer restrição
além do grau de
certificação.
Os titulares dos
cartões Caixa
Activa têm 10%
de desconto nos
cursos e 5% nos
equipamentos.
35
E
Nutrição
check list
Os poderes
do superovo
CONTROLO DE PESO
A proteína de alta qualidade do
ovo permite-lhe não só uma maior
sensação de saciedade como
também mais energia, o que
contribui para a manutenção de
peso saudável.
MAIS «MÚSCULO»
A proteína de alta qualidade
pode ajudar os adultos ativos
a aumentarem a força muscular
e prevenir a perda de massa
muscular nos idosos.
DESENVOLVIMENTO
CEREBRAL
O poder do ovo
Cozidos, escalfados, estrelados, mexidos, rotos, em omelete
ou tortilha, os ovos, além de uma mais-valia na cozinha, são
essenciais numa dieta saudável. Conheça este superalimento
U
helena estevens
m dos alimentos com maior densidade
nutricional, o ovo é uma excelente fonte
de proteína de alta qualidade, de vitami­
nas e minerais essenciais para uma boa
saúde. E tudo isto por cerca de 80 calorias a unidade.
Nada parece impedir, portanto, o seu consumo diá­
rio, desde que não se exceda a dose recomendada,
ou seja, um. Sobretudo porque, além de se encontrar
com bastante facilidade, permite a reinvenção dos
mais variados pratos, independentemente de ser ou
não o protagonista.
Bom demais para ser verdade? Parece, mas mes­
mo que esteja a pensar no colesterol, não tem de se
preocupar. Estudos recentes vieram demonstrar
que o colesterol contido nos ovos não se repercute
significativamente na saúde. Somente um terço,
aproximadamente, do colesterol presente no san­
gue provém daquilo que se come. O mesmo já não
se poderá dizer da gordura saturada, pelo que, se
se restringir o consumo desta última, não deverá
haver problemas em inserir um ovo diariamente na
alimentação para a maioria das pessoas, se aliado a
uma alimentação saudável e equilibrada.
36
A gema do ovo é uma excelente
fonte de colina, nutriente
essencial que contribui
para o desenvolvimento
cerebral dos fetos e ajuda a
prevenir defeitos congénitos.
Dois ovos fornecem,
aproximadamente, 250 mg
de colina, cerca de metade
da dose diária recomendada
para mulheres grávidas ou em
amamentação.
FUNÇÃO CEREBRAL
Os ovos são, também, um dos poucos alimentos
fonte natural de vitamina D, produzida, sobretudo,
pela exposição ao sol, e necessária para proteger o
organismo contra a osteoporose, a esclerose múltipla,
alguns sintomas de artrite, podendo ter, igualmente,
alguma influência positiva sobre o risco de diabetes.
hábitos frescos, fresquinhos
Antes de adquirir ovos, abra sempre as caixas e
certifique-se de que não contêm nenhum partido.
Os de maiores dimensões, apesar de mais caros,
permitem um maior rendimento.
Guarde-os no frigorífico, de preferência num
recipiente fechado, para durarem mais tempo, mas
não os lave. Evite colocá-los na porta, zona mais
sujeita a flutuações de temperatura devido à sua
abertura e fecho.
Para saber se estão frescos, mergulhe-os num
recipiente com água salgada e fria: aqueles que se
mantiverem no fundo, encontram-se bons para
consumo; se flutuarem, estão estragados. Outra
forma de saber é observar a clara: se estiver aguada
e rala, o ovo não estará fresco. E
A colina também ajuda a função
cerebral dos adultos, ao manter
a estrutura da membrana
das células cerebrais,
e é um componente-chave
do neurotransmissor que ajuda
a comunicar as mensagens
do cérebro aos músculos através
dos nervos.
PREVENÇÃO DA
DEGENERAÇÃO
MACULAR
A luteína e a zeaxantina,
dois antioxidantes da gema
de ovo, ajudam a prevenir a
degeneração macular, uma das
principais causas de cegueira
relacionada com a idade.
Apesar de os ovos conterem
uma pequena quantidade
destes nutrientes, há estudos
que demonstram que a luteína
dos ovos está mais biodisponível
do que a de outras fontes.
Fonte: American Egg Board.
Ingredientes
tomates
redondos
○○4 claras
○○4 gemas
○○80 g de manteiga
○○50 g de queijo
Parmesão ralado
○○2 c. (sopa) de
manjericão fresco
picado
○○100 g de queijo
Mascarpone
○○noz-moscada
○○2 c. (sopa) de
farinha
○○folhas de
manjericão para
decorar
Tomates recheados
com soufflé de mascarpone
○○4
1
ANTES DE MAIS
Aqueça o forno a 200°C (180°C
num forno de ventilação) ou no ponto
6, se for a gás, e unte uma travessa
de ir ao forno.
2
PREPARAÇÃO
Corte a parte superior de cada
tomate e retire a polpa com a ajuda
de uma colher. Coloque-os depois
na travessa.
vocabulário
▶▶Mascarpone
Queijo fresco
italiano, originário da
Lombardia, cremoso e
amanteigado, à base
da nata de leite de
vaca, muito usado em
sobremesas e molhos.
▶▶Manjericão
Planta aromática, de
origem indiana, cujo
aroma, semelhante a
limão e jasmim, se alia
na perfeição a saladas,
recheios, molhos e
sopas. É também o
ingrediente principal
no pesto italiano e no
pistou francês.
3
A BASE
Misture as gemas com a manteiga.
Acrescente o queijo, o manjericão
picado e o Mascarpone. Tempere
com sal, pimenta e uma pitada de
noz-moscada.
4
O SEGREDO
Bata as claras em castelo com uma
pitada de sal. Deite as claras sobre
a mistura anterior, adicione a farinha
peneirada e envolva tudo com
cuidado.
5
JÁ ESTÁ!
Rumo ao sucesso
Pequeno no tamanho e simples
na forma, o ovo reinventa-se, no
entanto, na cozinha e no prato
Helena Estevens
Oeufs cocotte. Famosa receita francesa,
cuja simplificidade é apenas ultrapassada
pelo elevado nível de sofisticação. Em
poucas palavras, trata-se de um ovo
inteiro que se parte sobre uma cama de
ingredientes variados, num pequeno
ramequin [N.R.: espécie de tigela], que é
levado ao forno para cozer. A «cama», feita
de ingredientes um pouco à escolha de cada
um – presunto, espinafres, arroz, tomate,
natas, etc. –, embora não faltem receitas,
deve ser previamente semicozinhada (tem
de estar quente antes da adição do ovo).
Ovos cozidos. Leve água a ferver numa
caçarola em quantiade suficiente para
cobrir os ovos que deseja fazer. Quando
levantar fervura, deite os ovos inteiros,
com casca, com a ajuda de uma colher
ou escumadeira, para não se partirem.
Deixe ferver dez minutos, retire e passe-os por água fria. Quanto mais depressa
arrefecerem, mais clara fica a gema.
Divinamente estrelado. O segredo?
Manteiga! Deite uma noz de manteiga
numa frigideira pequena e deixe derreter,
sem ferver. Acrescente um ovo partido
com cuidado e deixe cozinhar em lume
baixo, muito baixo, até a clara ganhar cor e
consistência e a gema cozinhar, mantendo-se líquida. E agora, o truque: derreta,
noutra frigideira, outra colher de manteiga
e deite-a sobre o ovo, já no prato,
levemente temperado com sal e pimenta. E
Distribua esta mistura pelos tomates
e leve ao forno cerca de 15 a 20
minutos, até dourar.
6
Empratamento
Retire-os do forno com cuidado, para
não se desmacharem, e sirva em
pratos individuais, decorados com as
folhas de manjericão.
37
E
Carreira
Grandes ideias,
negócios em crescimento
As empresas não se medem aos palmos, mas podem
agigantar-se em tamanho e, sobretudo, em valor,
à medida de alguns gestos empreendedores
N
ana rita lúcio
em só de investimento vivem os
negócios. Nenhuma empresa ou
projeto empreendedor se mantém de pé sem capital, mas este
não basta para os fazer trilhar novos rumos de
prosperidade. Além da capacidade de injetar
liquidez no seu negócio e de o proteger contra
a conjuntura recessiva, é preciso ir mais longe,
munindo-se das armas certeiras para o fazer
crescer. O que interessa, porém, não é só a
dimensão – até porque não é aconselhável
sobredimensionar a organização ou o projeto
além daquilo que consegue suportar de forma
sustentável –, mas, essencialmente, o seu
valor no mercado, destacando-se perante os
clientes e a concorrência.
Conquistar o seu lugar, de modo a que
não seja só mais um entre tantos, é mesmo
o primeiro desafio, principalmente, se o que
tem para oferecer são produtos ou serviços
de nicho. Uma ideia diferenciadora ou uma
estratégia inovadora podem ser a solução que
se pode concretizar, por exemplo, em pequenos detalhes, como um serviço de entregas
personalizado ou um produto com caracte-
rísticas inéditas – tenha, no entanto, cuidado
para não apresentar ao mercado aquilo que
ele ainda não está preparado para absorver.
Uma das formas mais eficazes para valorizar
o seu negócio passa por ampliar os serviços
que presta aos seus clientes. E como é que isso
se consegue? Dando aos consumidores mais
do que estes estão à espera, com pequenos
extras que a concorrência não faça, mas que
não exijam um investimento de capital e tempo
exagerado. Por outro lado, se já tem produtos e
serviços que enchem as medidas do mercado,
um dos caminhos para fortalecer e dinamizar
o negócio pode ser aumentar (literalmente)
a oferta ou fornecer pacotes de serviços que
permitam aos consumidores economizar.
clientes fidelizados
«Perto da vista, perto da carteira» bem poderia
ser o lema de um dos passos que se seguem,
com destino ao sucesso. Num mundo onde a
inclusão e a interatividade são palavras de ordem, onde as pessoas estão permanentemente
em contacto (físico ou virtual) com as organizações e as marcas, o contacto com os clientes é cada vez menos um pró-forma ou uma
vertente marginal do negócio. Desengane-se
quem pensar que os consumidores são apenas
um número ou um dado estatístico. Mais do
que conquistar o gosto de quem compra, interessa conquistar a sua lealdade, construindo
uma relação duradoura, que supere o âmbito
estritamente comercial. Para isso, lembre-se
de que pode tirar partido das redes sociais e
de meios de comunicação mais informais.
Finalmente, rodeie-se das pessoas e dos
apoios certos. Se é um empresário recente
e tem algumas dúvidas sobre que rumo dar
ao seu projeto, numa fase inicial, pode frequentar programas de coaching – o Instituto
de Apoio às Pequenas e Médias Empresas
(IAPMEI) é uma das instituições que fornecem
programas de assistência deste género – ou
candidatar-se a projetos de apoio à incubação
de empresas ou procurar o investimento de
business angels, que, tal como o nome indica, são verdadeiros «anjos» especialmente
vocacionados para o negócio, empresários já
consolidados, prontos a apadrinhar aqueles
que estão a começar, através de investimento,
do apoio à criação de planos de negócio ou,
por exemplo, da cedência de infraestruturas.
Depois, basta crescer. E
A CGD apoia o seu negócio
Sabia que as exportações nacionais aumentaram mais de 13% em 2011?
E que, segundo a SGM, 36% da Linha PME Investe VI para empresas
exportadoras foi financiada pela Caixa em 2011? Então, saiba também que:
▶▶65% das PME Líder e PME Excelência são Clientes da Caixa (fonte: listagem
IAPMEI cruzada com dados da CGD);
▶▶20% das linhas PME Investe 2011 foram financiadas pela Caixa (fonte: SGM);
▶▶89% das empresas suas Clientes recomendam a Caixa (fonte: Programa de
satisfação dos clientes PME feito em parceria com a Qmetrics);
▶▶Uma em cada quatro empresas trabalha com a Caixa
(fonte: DATA E Barómetro Empresas 2010);
▶▶A Caixa registou o maior crescimento no crédito a empresas e PME na
atividade doméstica, em 2011, entre os cinco maiores bancos (fonte: resultados
publicados nos respetivos Relatórios de Contas, em Dezembro de 2011);
▶▶A Caixa é o banco português com maior plataforma internacional (4
continentes, 23 países), presente nos principais destinos das exportações
nacionais. São, pois, muitos e bons motivos para se juntar a esta equipa.
Saiba mais em www.cgd.pt/empresas e em www.saldopositivo.cgd.pt/empresas.
38
L
Tempos livres
Retalhos de uma vida em papel
Contar uma história, a sua, por exemplo, através de fotografias e recortes, texto
e pequenos detalhes para maior personalização é uma forma de arte que, facilmente,
se pode transformar num hobby
F
Helena estevens
otografias, recordações de viagem
ou de uma ida memorável ao teatro, a
primeira madeixa de cabelo da
filha ou do neto cortada, uma
flor recebida, já seca, o convite de casamento da melhor
amiga ou, mesmo, a receita
que tanto sucesso fez – e ainda
faz – entre os que lhe são mais
queridos são coisas difíceis de
nos separarmos delas e que
contam muitas histórias.
Fazer um álbum de recortes é, talvez, a melhor forma
de preservar as pequenas memórias físicas que tendemos
a guardar desordenadamente pela casa fora, em gavetas
e/ou caixas de sapatos.
Começar é, provavelmente, a parte mais difícil, mas
com todo o material à mão e algumas dicas, não tarda até
se deitar mãos à obra entusiasticamente.
Simplificar, no início, é a melhor forma
O primeiro aspeto a definir é o tipo de álbum que se pretende:
se a história da família narrada cronologicamente ou um
determinado evento – as férias em Nova Iorque, o verão
na praia, um batizado –, e a quem se destina, se a si e aos
seus ou para oferecer. Pode, igualmente, organizá-los em
temas: as suas viagens, as cidades onde viveu, os animais
de estimação que passaram lá por casa, enfim, há toda uma
série de hipóteses por onde escolher. Definido o tema, é mais
fácil decidir o álbum a adquirir, se um que permita ir adi-
mATERIAIS
No mínimo, vai precisar de:
Álbum. Um ou mais, preferivelmente com folhas protetoras.
Tesoura. Normal ou decorativas para mais efeitos.
Guilhotina de papel. Para corte preciso de fotos e
passe-partout.
Canetas.
Fita-cola dupla. Ou autocolantes duplos próprios para
fotografia.
No Sítio das Artes (http://sitiodasartes.com), na Verdesperto
(www.verdesperto.pt), ou n’A Menina de Papel (www.
meninadepapel.pt), encontra muitos materiais à sua disposição.
40
cionando folhas à medida do
«desenrolar da história», ideal
para a biografia da família, ou
se um dos mais comuns, para
temas mais fechados.
Escolher e agrupar
Definido o tema, há que passar em revista todas as fotos
e memorabilia. Depois de
escolher todo o material que
considere pertinente para o
álbum, separe-o de acordo
com subtemas ou por páginas.
Feita esta pré-seleção, prepare-se para o processo criativo.
Reúna o material necessário perto de si, de preferência
numa área de trabalho espaçosa e iluminada. Defina a foto
a que pretende dar mais destaque em cada página ou cada
dupla e em quais quer aplicar alguma moldura em papel.
Disponha-as, então, nas páginas a que pertencem,
cole-as com autocolantes ou fita-cola, escreva algo que
clarifique uma ou outra imagem de forma a transmitir
um pouco melhor a história que ali se encontra traduzida. Uma data, uma citação, uma legenda ou detalhes
que ajudem a fazer a diferença. Não precisa de o fazer
em todas as imagens, mas uma ou outra enriquecem
todo o trabalho.
Cole, depois – ou não –, alguns detalhes decorativos
adicionais (uma concha, um botão, uma fita, um pouco
de areia de praia, uma folha, etc.), se se justificarem, et
voilà, está pronto.
Recorte mas não muito
Pegar na tesoura e dar forma às fotografias e outro material para ajustar melhor ao grafismo imaginado é uma
tentação a ceder com algum cuidado. É que no caso de
artigos únicos, como as fotos mais antigas, podem ser
difíceis de recuperar. E pode dar-se também o facto de
não se poderem cortar – é o que acontece com as fotos
Polaroid, em cujo interior se concentram químicos que
podem verter e arruinar parte do trabalho. Neste caso,
a solução poderá passar por um passe-partourt sobre
a fotografia. Evite, também, cortar muito o cenário,
deixando apenas as pessoas – perderá, neste caso, muita
da envolvência e parte significativa da história. L
VillaStudio
A preservação
das recordações
pessoais e
familiares é uma
necessidade
comum a inúmeras
pessoas. Com o
passar dos anos,
os filmes antigos,
as fotografias
e os slides
deterioram-se,
dificultando a
sua visualização.
Para ajudá-lo
a resolver este
problema, a Caixa
apresenta-lhe a
VillaStudio.
A evolução das
tecnologias
de multimédia
possibilitaram
a criação desta
empresa, cuja
finalidade passa
por recuperar,
preservar e
converter o
conteúdo original
para suportes
digitais (DVD/CD),
garantindo a sua
conservação e
visualização por
dezenas de anos.
Os conhecimentos
adquiridos e
aperfeiçoados
ao longo dos
anos permitiram
ampliar a sua
gama de produtos
e serviços, através
da introdução de
novos produtos
personalizados,
oferecendo várias
soluções aos
clientes.
Recentemente,
a VillaStudio
celebrou uma
parceria com
o Sport Lisboa
e Benfica, o
que permite
comercializar
dezenas de
produtos
oficiais 100%
personalizáveis.
A VillaStudio
oferece aos
titulares de
cartões Caixa
Activa 10% de
desconto em todos
os produtos.
Motores
Agora elétrico
L
MERCEDES-BENZ E Cabrio 250 CDI BE
Depois de anos de ensaios,
está tudo a postos para receber
o smart mais amigo do ambiente
Com a cabeça
bem equipada
Luís inácio
Além dos automóveis,
a Mercedes-Benz
apresenta uma linha
muito completa de
acessórios onde
cabem bicicletas em
fibra de carbono,
malas, brinquedos,
polos, óculos, etc.
Mais recentemente,
a marca lançou
uma linha retro,
diretamente
relacionada com
a AMG (ver página
43). Para condizer
com este cabriolet
da Classe E,
selecionámos dois
bonés que celebram
a ligação da marca
à Fórmula 1 (com
a assinatura de
Michael Schumacher)
e ao DTM.
Estão ambos
disponíveis,
a pedido, nos
concessionários
da marca em
Portugal.
Quando começou a tomar forma na
mente de Nicolas Hayek, no final dos
anos 80, o projeto Swatchmobile previa
a construção de um pequeno automóvel,
citadino, com apenas dois lugares. Devia
ser acessível. E híbrido. Este terá sido,
precisamente, o principal motivo (entre
outros) pelo qual a Swatch acabaria
por abandonar a joint-venture com
a Daimler, criada, nos anos 90, para
produzir o carro, já que Hayek se mostrou
sempre insatisfeito com a solução
propulsora adotada: convencional,
a gasolina.
Dezoito anos depois, Hayek já não está
por cá para se regozijar com o lançamento
da terceira geração – a definitiva – do
smart fortwo ed, elétrico, mais amigo do
ambiente do que um híbrido. É verdade
que não se trata de um automóvel
«acessível» como equacionava o criador
da Swatch, mas sem dúvida que, se existe
automóvel a quem a tomada assenta que
nem uma luva, é a este pequeno carro que
chegará a Portugal em outubro. A partir
de 19 550 euros (sem baterias) ou 24 500
(com baterias). L
emissões e preço
equipamento
Completo e com opcionais
encantadores como o Airscarf,
um sistema de aquecimento
integrado nos encostos de cabeça
dianteiros. Útil para circular de
capota aberta nos dias mais frios.
SEGURANÇA
Mantém-se, dois anos após o
seu lançamento, como um dos
automóveis mais completos na
sua categoria. Entre outros,
apresenta sete airbags de série,
apoios de cabeça de crash ativo
para condutor e acompanhante e
arcos anticapotamento atrás dos
encostos de cabeça traseiros. Foi
o primeiro Mercedes cabriolet a
incluir airbags para a cabeça.
O ágil turbodiesel de 4
cilindros (250 CDI) com 204
CV de potência ostenta a sigla
BlueEFFICIENCY, com ganhos
em consumo (5,6 l a 6,3 l/100 km
em ciclo misto) e emissões (148
g/km a 165 g/km). Sistema start/
stop incluído. Preço da versão
ensaiada: 69.289 euros.
capota
Numa altura em que muitos
descapotáveis apostam em
capotas rígidas, este Mercedes
destaca-se pela adoção de
uma em lona. Tendo isso em
conta, e acusticamente falando,
este E está entre o melhor que
conduzimos recentemente, com
um interior muito bem isolado
dos ruídos exteriores quando se
circula com a capota fechada.
defletor
É possível circular a
velocidades acima da média
sem um turbilhão de vento no
interior graças a um defletor
de vento (opcional não incluído
na versão ensaiada) integrado
no pára-brisas e entre os
lugares traseiros. A Mercedes-Benz chama-lhe Aircap.
O cartão Caixadrive (1) oferece-lhe descontos nas estações de serviço da Repsol. Beneficie de descontos de 3%,
com o limite máximo de 20 euros mensais, em todas as compras e abastecimentos efetuados com o seu cartão
Caixadrive nas estações de serviço da Repsol, em Portugal.
Sempre que realizar compras com o cartão Caixadrive fora das estações de serviço da Repsol, num valor total
superior a 250 euros, beneficie de mais 3% de reembolso suplementar, com um limite máximo de 3 euros mensais
de desconto, para que as suas compras e abastecimentos tenham ainda mais desconto.
Reforçando o conceito de mobilidade associado a este cartão, os titulares do Caixadrive beneficiam, ainda, de um
pacote de seguros associado, especialmente dirigido para quem viaja com frequência, assim como de vantagens e
benefícios dos parceiros da Caixa associados a este cartão de crédito.
(1)
TAEG de 24,7%, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50%.
41
L
Shopping
Da cor do verão
Look
estação
Leves como a brisa que sopra contra as ondas
de calor, mergulhe em sugestões cheias de cor,
para a praia ou à cidade levar
verão 2012
Já com um pé
dentro de água,
a moda deste
verão convida a
um regresso ao
passado. Num piscar
de olho à década
de 1920, deixe-se
seduzir por plumas,
toucas de renda,
bordado inglês e
cinturas descaídas.
Para ambientes
noturnos, surgem
brilhos e colares
compridos. Além do
glamour, também
o estilo mais
desportivo sai para
as ruas das grandes
cidades. Calções
descontraídos,
linhas mais simples
e parkas estilizadas
complementam
a tendência. Os
bra tops (tops
soutien) surgem
conjugados com
saias, calções ou
calças. Casas como
Alexander McQueen
ou Givenchy dão
destaque aos
ondulados para
definir a silhueta na
zona da cintura.
ck Calvin klein
delight
A forma oval da caixa
é o elemento mais
marcante do modelo
Delight da Calvin
Klein. Um relógio muito
feminino, disponível
na loja on-line Luxo24,
que oferece aos
titulares dos cartões
Caixa Activa 10% de
desconto em todos os
produtos da loja on-line,
com exceção de artigos
no catálogo Sale.
€ 210
barbour union jack jacket
Miu Miu culte
carbone
O padrão da bandeira britânica inspirou
a Barbour a criar uma série de peças
que são novidades neste verão.
A Union Jack também é interpretada
em casacos como este, disponível
em várias cores e tecidos.
Preço sob consulta
Os Miu Miu Culte
Sunglasses são a segunda
capsule collection da marca
que representa a «outra»
alma de Miuccia Prada.
As formas arrojadas,
feitas apenas a partir de
uma lâmina de alumínio,
tornam estes óculos numa
peça única dentro do seu
género. Vendem-se na André
Ópticas, que oferece 15%
de desconto em óculos de
sol aos Clientes com cartão
Caixa Activa.
Preço sob consulta
American vintage menthe
A American Vintage, que abriu
recentemente a sua primeira loja
em Portugal – na Av. D. Pedro V, em
Lisboa – propõe vários looks para os
dias de verão. Em algodão, linho, seda
e malha.
Preço sob consulta
repetto BB V086
Os filmes franceses e ingleses
dos anos 60 inspiraram a
Repetto que, na nova coleção,
mantém a aposta numa
diversificada paleta de cores.
€ 205
42
givenchy
dahlia noir
Em setembro, chega a
Portugal o novo perfume
de Givenchy. A tangerina
é uma das notas de
topo numa fragrância
sofisticada, sensual
e muito feminina.
A primeira pensada
pelo diretor criativo
da casa francesa,
o italiano Riccardo Tisci.
€ 70,50 (EDT 50 ml)
Que comecem os jogos
Look
estação
Escutado o tiro de partida para a diversão estival,
corra para os objetos que irão consigo até à meta
do estilo a toda a prova
verão 2012
Nesta estação,
apela-se à
criatividade
masculina. Importa
não temer a mistura
de padrões e cores,
numa palete que
só depende do
arrojo de cada um.
Criadores como
Cavalli e Missoni
deram destaque
especial à cor de
laranja e outros
tons ácidos. Verde,
amarelo, rosa, azul
e branco são o new
black desta estação.
São incontornáveis
as diversas
propostas de malas
nas passerelles.
Sejam de mão,
sacos, pequenas ou
grandes, exige-se que o homem
urbano adira a estes
acessórios. O verão
de 2012 chega
com temperaturas
altas, que se querem
acompanhadas de
muitos estampados
que vão do xadrez
ao 3D. Porque o
que interessa é não
passar despercebido.
Cronógrafo IWC Edição
Antoine de Saint-Exupéry
A IWC homenageia Antoine de
Saint-Exupéry com uma criação
relojoeira limitada a 500 exemplares
em ouro vermelho de 18 quilates.
Reserva de marcha de 68 horas.
Uma edição de colecionador.
Preço sob consulta
samsung galaxy S III
Já está à venda aquele que pode ser
considerado como um dos smartphones
mais potentes do mercado. Pode encontrar
o novo Samsung na Lojaviva.com.pt, que
oferece aos titulares de cartões Caixa
Activa 50 vouchers, de dez euros cada
um, em compras superiores a cem euros.
Nota: Oferta de desconto mediante código
promocional.
€ 699,90
Head &
Shoulders
active sport
Não é apenas
um champô.
É um champô
anti-caspa com
fórmula mentol
que assinala
a ligação da
marca aos Jogos
Olímpicos. E em
edição limitada.
l’eau d’issey
pour homme
Para celebrar o verão,
Issey Miyake volta a
lançar uma summer
edition. Jacques Cavalier
propõe um perfume
efusivo e dinâmico, com
um equilíbrio q.b. de
cítricos, especiarias e
madeiras.
€ 4,99
€ 56 (EDT 125 ml)
zerorh+ RH 741 Zetha
Da Zerorh+, um par de óculos de sol
verdadeiramente resistente graças à adoção
de Hilex nas hastes, um material geralmente
utilizado na indústria aeroespacial. Além
da elasticidade, também é leve, analérgico e
tem grande resistência mecânica.
€ 150
amg retro edition
weekend travel
bag
Duas datas históricas
da AMG nos anos 70
são assinaladas numa
edição especial criada
pela Mercedes e que,
entre outros acessórios,
inclui um saco com as
dimensões apropriadas
para pequenas evasões ao
fim de semana. Destaque
para a gravação do
logótipo retro AMG.
Preço sob consulta
Utilize os cartões de débito diferido (1) e de crédito (2) Caixa Activa nas suas compras e beneficie
de vantagens exclusivas. Saiba mais em www.cgd.pt e em www.vantagenscaixa.pt.
(1)
TAEG de 1,2% para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 0,00%.
(2)
TAEG de 24,0%, para um montante de 1500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50%.
43
L
Em foco
Grécia - As pérolas
do Egeu
As lendas mais trágicas da mitologia helénica
e os fins de tarde mais arrebatadores do mar Egeu
encontram-se nas Cíclades, um arquipélago
que reúne ilhas tão sugestivas como Mikonos,
Delos, Paros ou Santorini
T
Oriol Pugés
inham-me falado da beleza dos
seus crepúsculos e, a bem da verdade, não exageraram nem um
pouquinho. Ali, instalado numa
das dezenas de socalcos suspensos na vertiginosa falésia em que se ergue Fira, a capital da
ilha grega de Santorini, fui testemunha disso.
Saboreando, vagarosamente, o meu copo
de ouzo, um licor de anis, senti uma estranha
paz interior, enquanto os meus olhos, perdidos no horizonte marinho, contemplavam o
espetáculo mágico do Sol a desaparecer sobre as plácidas águas do mar Egeu. Junto de
mim, seguindo em silêncio aquela liturgia,
centenas de pessoas faziam o mesmo noutros
socalcos. É que aquela sinfonia multicolor era
uma autêntica ópera visual que uns poucos
privilegiados ou muitos, segundo a perspectiva, tinham a ocasião de desfrutar a partir de
balcões igualmente privilegiados devido à sua
magnífica localização.
Tudo começou uns dias antes, no preciso
momento em que me dirigia a Atenas, a capital da milenária Grécia, ponto de partida
desta apaixonante viagem. As Cíclades são
meia centena de ilhas, além de um incontável
número de pequenas ilhotas desabitadas, disseminadas num imaginário circo marinho ladeado pelas costas greco-turcas e fechado por
Creta. Daí o seu nome, que deriva da palavra
Kyklos, que significa «círculo». O círculo de
ilhas que rodeava Delos, berço do deus Apolo
e um dos lugares sagrados da antiga Grécia.
As Cíclades são um fascinante labirinto
aquático que nos incita a metermo-nos ao
mar em busca das mil e uma praias, muitas
das quais solitárias e silenciosas, perdidas
44
entre múltiplas e ocultas passagens. Umas
ilhas que ostentam a auréola de uma antiga
história, uma cultura milenária e uma lenda
mitológica.
Os ferries e cruzeiros que realizam as viagens pelas ilhas gregas têm o seu ponto de
partida no Pireu, dez quilómetros a sudoeste
de Atenas. Este velho e cosmopolita porto,
que chegou a ser o maior do mundo antigo, é,
ainda hoje, um dos principais do Mediterrâneo: dá abrigo às mais variadas embarcações,
desde os luxuosos iates aos pequenos barcos
a motor, desde vistosos veleiros a simples
barcos sem motor. E, claro, aos ferries e grandes cruzeiros que ligam a Grécia terrestre e
profunda a essa outra Grécia, pura e paradisíaca, que emerge dispersa sobre as serenas
águas do Egeu.
Já no porto de Pireu, vou à procura do ferry que há de levar-me a Mikonos. São oito
da manhã, mas a fila é surpreendentemente
longa.
Carisma de Mikonos
Mikonos, a minha ilha preferida, talvez hoje a
mais carismática das Cíclades, fica a 94 milhas
marítimas. Ou, o que é o mesmo, a cerca de
cinco horas de navegação. O trajeto, porém,
é muito agradável e aproveito para me bronzear enquanto dou uma vista de olhos pela
documentação sobre outras ilhas que vamos
deixando pelo caminho: Kea, a mais próxima
do continente; AnOs pitorescos
dros, autêntico berço dos velhos lobos moinhos em Chora,
nove no total, foram
do mar... Ao longe, construídos nos séc.
vislumbro uma pai- XVIII e XIX.
45
L
Em foco
sagem familiar: a de uns moinhos O branco
De noite, o porto surge abarde vento que, inevitavelmente, me imaculado
rotado de embarcações em busca
remetem para a Mancha, a terra das casas
de refúgio na sua generosa baía,
por onde andou o ilustre fidalque resplandece com as luzes cocontrasta,
go Dom Quixote. Uns moinhos
loridas das tabernas e dos pubs,
em Mikonos,
situados numa fila perfeita que
cuja vida começa, precisamente,
constituem uma das principais com o azulao fim do dia.
marcas de identidade de Myko- -turquesa
Em Mikonos, há um recanto
nos, a famosa, popular, animada, das portas e
cuja imagem deu a volta ao munexcitante e – por que não dizê-lo? janelas
do: «a pequena Veneza», assim
– ambígua «ilha branca».
chamada pela forma peculiar das
Mikonos conserva o ar beat e hippie dos suas casas, que quase beijam o mar, e os seus
anos 60, com as suas tendas de quinquilha- pequenos bares, que se enchem de parzinhos
rias, as paredes caiadas das suas casas e um ao entardecer para ver o pôr do Sol, com os
peculiar ambiente noturno, com danças e sons moinhos de vento alinhados à esquerda.
muito diferentes do tradicional sirtaki grego.
Para os sibaritas da boa comida, o templo
O porto e passeio marítimo de Mykonos- gastronómico da cidade é Antonini, no centro
capital, repleto de tabernas onde se veem as do passeio marítimo, na Praça Manto Maupessoas mais diversas, é um verdadeiro esca- royenous. É um lugar ideal para degustar uma
parate de sensações que serve de preâmbulo a deliciosa musaka, um tsatsiki, um suvlaki
uma das cidades mais belas da Grécia insular. ou uma feta, a salada grega por excelência.
O imaculado das casas brancas contrasta,
em Mikonos, com o sedutor azul-turquesa das A ilha Sagrada
portas e janelas de madeira ou com as cúpulas Situada a apenas cinco milhas marítimas
bizantinas vermelhas das suas igrejas. Tudo de Mykonos encontra-se Delos, uma ilha
isto no enquadramento de um labirinto de sagrada da Grécia clássica. Segundo a miestreitas ruelas desenhado, nas suas origens, tologia helénica, foi aqui que veio ao mundo
para despistar os piratas que, outrora, costu- Apolo, filho de Zeus e deus da beleza.
mavam frequentar esta pérola branca do Egeu.
Desabitada desde há décadas, a ilha só se
46
Património Mundial da UNESCO,
Delos terá sido, de acordo com a
mitologia grega, a ilha onde Apolo
nasceu, tendo o santuário em sua
honra atraído, desde sempre, inúmeros
peregrinos de toda a Grécia. O sítio
arqueológico pauta-se pela vasta
extensão e riqueza
anima de dia, com a presença dos que vêm visitar as ruínas arqueológicas deste verdadeiro
museu ao ar livre. De todos os seus tesouros,
o de maior relevância é o impressionante Terraço dos Leões, composto por nove altivas
figuras de aspeto arcaico, que datam do século
VII a.C. Também chamam a atenção os mosaicos das mansões antigas: a de Cleópatra, a
das Máscaras, a de Dionísio, a do Tridente e
a dos Golfinhos. A melhor vista do conjunto
contempla-se subindo a um pequeno monte
de apenas uma centena de metros de altitude,
o monte Khintos.
Paros, terra de montanhas
e tranquilidade
É hora de continuar a viagem pelas Cíclades, pelo que é inevitável regressar ao barco.
Despeço-me de Mykonos e Delos. O nosso
próximo destino: Santorini. Antes, no entanto, realizaremos uma pequena paragem em
Paros, a cerca de duas horas de navegação.
O céu continua de um azul incrível, por isso,
aproveitamos o tempo e decidimos tomar
banho na piscina do barco.
Pelo caminho, fomos deixando para trás
outras ilhas: Serifos, Sifnos, Naxos... Finalmente, chegamos a Paros. Terceira maior ilha
das Cíclades, é muito tranquila e montanhosa;
um lugar ideal para relaxar. Ao chegar a Parikia, a capital da ilha, surpreendemo-nos com
a robusta fortaleza veneziana, cujas muralhas
defendiam, outrora, a população.
Tal como Mykonos, Paros também se orgulha de uma joia arquitetónica de grande
significado religioso: a igreja de Ekatontapiliani, um dos monumentos bizantinos mais
importantes da cristandade ortodoxa.
Antes de chegar, passamos entre Sikinos,
à direita, e Ios, à esquerda. Já não há mais nenhuma ilha até Santorini, que cerra o círculo
das Cíclades pelo sul. Estou inquieto.
Azul sobre branco
Ouvi e li tanto sobre esta ilha que receio poder
dececionar-me. Exagerarão a sua beleza e
mistério? De súbito, um rumor generalizado
põe todos em alerta. As pessoas abandonam
as suas cadeiras e espreguiçadeiras e procuram um lugar privilegiado junto à amurada.
Todos sacam das suas máquinas fotográficas
e alguns, os mais previdentes, ajustam as potentes teleobjetivas. Ninguém quer perder
pitada do espetáculo.
Dez Dias de Santorini a Santorini
Navegar em redor das mais belas ilhas gregas, a bordo de um veleiro de 50 pés,
é uma experiência única. É a forma ideal para conhecer o que muitos consideram
as mais belas ilhas do mundo: as ilhas gregas. Esta viagem de dez dias parte de Santorini
e dá-lhe a oportunidade de explorar alguns dos principais tesouros das ilhas gregas.
Navegue a bordo de um confortável veleiro, com tempo para fazer caminhadas, mergulho
e relaxar. Explore sítios arqueológicos e os portos com as tavernas alinhadas, aproveite
para jantar os mais frescos frutos do mar e não se esqueça de experimentar o ouzo!
▶▶Dia 1: Santorini – Ios: Embarque às 11h
com destino a Ios. Oportunidade para
explorar a cidade e o seu pitoresco porto ou
desfrutar da famosa vida noturna da ilha, num
dos seus animados bares ou discotecas.
▶▶Dia 2: Ios – Small Cyclades: Manhã na ilha
de Ios, famosa pelas suas praias e capelas.
Por volta do meio-dia, saída de Ios com
destino às Small Cyclades. Trata-se de um
complexo de 32 pequenas ilhas rochosas,
das quais apenas quatro são habitadas. Com
as suas praias de areias douradas e águas
azul-turquesa, formam um conjunto celeste. É
o lugar perfeito para pernoitar.
▶▶Dia 3: Small Cyclades – Naxos: Aproveite
a viagem para fazer de marinheiro. Sair do
convés, observar os golfinhos ou deitar a mão
ao leme do skipper!
▶▶Dia 4: Naxos: Explore a maravilhosa ilha de
Naxos. Junte-se ao capitão numa excursão
opcional em redor da ilha, enquanto ele
mostra algumas de suas joias escondidas.
Examine o templo de Deméter, almoce num
bar no alto das colinas e termine o dia numa
praia de areia dourada.
▶▶Dia 5: Naxos – Mykonos: Desembarque
na doca do movimentado porto de Mykonos,
uma ilha elegante com imensas opções. Pode
deslocar-se a Delos e conhecer o local de
nascimento de Apolo ou relaxar num dos seus
bares à beira-mar. Se as compras são o seu
escape, então as lojas de Mykonos são o lugar
perfeito!
▶▶Dia 6: Mykonos – Syros: Saída para Syros,
parando para almoço na desabitada ilha
de Didimi, onde poderá fazer mergulho e
natação. Prepare-se para a noite na antiga
capital das Cíclades, Ermoupolis, com tempo
para explorar a ilha.
▶▶Dia 7: Syros – Paros: Navegue com destino
a Parikia, na ilha de Paros, e explore esta
charmosa cidade portuária ou faça uma
excursão opcional para visitar Antiparos, com
as suas maravilhosas grutas e praias rasas.
▶▶Dia 8: Paros – Sifnos: Partida para Sifnos,
tão isolada e encantadora que Ernest
Hemingway poderia tê-la escolhido como
sua estadia. Devore a magnífica atmosfera e
relaxe longe das multidões.
▶▶Dia 9: Sifnos – Folegandros: Depois de um
mergulho matinal, partida para Folegandros.
À noite, uma excursão opcional na cidade de
Chora permitirá explorar uma das zonas mais
bonitas das Cíclades.
▶▶Dia 10: Santorini: Partida para Santorini,
o último porto de escala. Desembarque por
volta das 12h. Recomendamos que fique mais
duas ou três noites e observe um dos mais
famosos pores-do-sol do mundo!
▶▶Preço por pessoa, em cabine dupla, desde:
€ 1292 (*)
▶▶Datas de partida em 2012: 28 de julho • 7,
17 e 27 de agosto • 6, 16 e 26 de setembro •
6 de outubro
▶▶Preço inclui: Refeições não incluídas
(aquisição de alimentos básicos no barco,
partilhada entre todos os participantes) •
Nove noites a bordo do veleiro, em cabine
dupla (WC a partilhar) • Transporte em iate de
50 pés, equipado com cinco cabines duplas
e três WC • Skipper experiente e licenciado
• Grupo pequeno, com o máximo de oito
participantes • Equipamento de snorkelling a
bordo • Seguro de Viagem.
▶▶Preço não inclui: Passagem aérea
internacional • Despesas de caráter pessoal
e quaisquer serviços não mencionados como
incluídos • Taxa de serviço: €15/reserva
(*)
▶▶ Preço exclusivo para portadores do
cartão Caixa Activa ou Caixa Gold, se
adquirido em qualquer balcão da agência de
viagens Tagus, não acumulável com outras
campanhas ou benefícios.
47
L
Em foco
Santorini emerge no horizonte longínquo, mais negra e misteriosa, se tal é possível, à contraluz, com a sua célebre silhueta
em forma de meia-lua. À medida que nos
aproximamos, perante a sua impressionante
parede natural de 20 quilómetros de comprimento por 300 metros de altura no ponto mais
elevado, dou-me conta de que não tinham
exagerado os que lhe louvaram a grandeza.
O desembarque no porto de Athinios volta
a surpreender. Dezenas de mulheres, a maioria de idade avançada, aguardam impacientes
para se lançarem à caça do visitante. A sua
oferta não vai além de alojamento em casas
particulares. A falta de hotéis para absorver
todos os turistas torna-as uma aceitável e
económica alternativa a dormir à intempérie.
Subo para um dos autocarros que aguardam a passagem e inicio nova aventura. E é
as­sim que se deve considerar a vertiginosa
ascensão através de uma estrada sinuosa. Já
em Fira (Thira), a capital da ilha, dedico-me a
percorrer as ruelas estreitas e esplanadas. Peço
um café e um copinho de metaza, uma espécie
de conhaque ligeiramente frutado, enquanto
contemplo a paisagem singular formada pela
ilha vulcânica de Nea Kameni, situada no círculo fechado pelas extremidades de Santorini
e pelas ilhas próximas de Thirasia e Apronisi.
Pormenor de
igreja, em Oía, no norte
de Santorini. A cúpula
azul, tantas vezes
retratada, já se tornou
um dos mais famosos e
emblemáticos cartões-postais desta ilha.
Tudo isto, no seu conjunto, é o único vestígio
da explosão de um vulcão em 1625 a.C.
Utilizando os serviços de um teleférico,
aproximo-me de Skala, o porto de Fira. Uma
descida (ou subida) que pode fazer-se, também, através de 680 degraus ou de burro.
Já não há muito tempo disponível e o barco
espera-nos, mas há uma excursão imperdível:
Nea Kameni, a ilha negra. Subo por um estreito caminho de lava até à cratera. Assim,
poderá perceber-se o ténue fumo de certas
furnas e, embora a última erupção tenha tido
lugar em 1956, só desejamos que o vulcão continue, senão morto, pelo menos adormecido.
Há muito mais para ver em Santorini. No
entanto, já se sabe, os barcos não podem permanecer nas ilhas durante muito tempo e há
que empreender a viagem de regresso. Não
sem antes me deslocar a Ia, a segunda cidade
mais importante de Santorini. Situada na parte norte e tão suspensa da falésia como Fira,
permite outra perspectiva visual. Sinto-me
cativado pela magia desta ilha.
O final desta viagem é o espetáculo maravilhoso de um crepúsculo digno de deuses. É
a chave de ouro de uma rota pelas Cíclades,
as pérolas do Egeu que nunca se apagarão da
minha memória. L
Arredonde com os cartões Caixa Gold
e Caixa Activa
Os cartões Caixa Gold (1) e Caixa Activa (2) permitem reforçar a sua poupança
automaticamente no dia a dia. Basta ativar a função arredondamento, através
do Caixadirecta telefone ou numa Agência da Caixa, e escolher um dos três métodos
disponíveis. Assim, ao efetuar as suas compras, está também a poupar.
Exemplos de método de arredondamento
Valor da Compra (1)
Arredondamento (2)
Valor-base
de poupança (3)
Valor a transferir
para a poupança
A – Arredondamento do valor de cada compra
ao valor unitário superior.
€ 1287,30
€ 1288
–
€ 0,70
(2)-(1)
B – Arredondamento do valor de cada compra ao valor
unitário inferior, acrescido de um valor-base de poupança
à escolha (€ 5, € 10, € 15, € 20 ou € 25).
Exemplo: partindo de um valor-base de poupança de € 20.
€ 1287,30
€ 1287
€ 20
€ 19,70
((2)+(3))-(1)
C – Arredondamento do valor de cada compra
ao valor unitário superior, acrescido de um valor-base
de poupança à escolha (€ 5, € 10, € 15, € 20 ou € 25).
Exemplo: partindo de um valor-base de poupança de € 20.
€ 1287,30
€ 1288
€ 20
€ 20,70
((2)+(3))-(1)
Além disso, o cartão Caixa Gold tem associado um programa de pontos para obtenção de descontos nas agências de viagens da Tagus (3), benefícios
em vários parceiros e um completo pacote de seguros. Saiba mais em www.cgd.pt.
TAEG de 27,5%, para um montante de 2500 euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de 21,00%.
Cartão de crédito: TAEG de 24,0%, para um montante de € 1500, com reembolso a 12 meses, à TAN de 22,50%. Cartão de débito diferido: TAEG de
1,2% para um montante de 1500 euros com reembolso a 12 meses, à TAN de 0,00%..
(3)
Não acumuláveis com outros descontos ou benefícios.
(1)
(2)
48
guia para o viajante
Como ir
Há que apanhar um avião até Atenas (não
existem voos diretos, mas a Ibéria voa de
Lisboa para a capital grega, com escala
em Madrid). Do aeroporto, há autocarros
para o porto de Pireu, de onde saem todos
os barcos para as ilhas gregas. Existem
várias excursões e rotas. No verão,
faz-se a viagem para algumas ilhas em
catamarã, o que fica mais rápido.
O que saber
O arquipélago das Cíclades é um dos
13 distritos administrativos da Grécia.
Chamam-se Cíclades (kykládes) por
formarem uma espécie de círculo (kyklos)
à volta da ilha de Delos. No total, é um
conjunto de mais de 200 ilhas, as maiores
da quais são Amorgos, Anafi, Andros,
Antiparos, Delos, Ios, Kea, Kimolos,
Kynthos, Milos, Mykonos, Naxos, Paros,
Folegandros, Serifos, Sifnos, Sikinos,
Siros, Tinos e Santorini.
Clima
Situadas no centro do mar Egeu, estas
ilhas desfrutam de clima mediterrânico,
com verões secos e quentes.
Quando ir
Julho e agosto são os meses mais caros
e caóticos. Em setembro ou outubro,
os hotéis voltam a ter vagas e os preços
diminuem, tal como a badalação, é claro.
Diferença horária
Mais cinco horas.
Andar por lá
O autocarro é uma boa opção, mas o
melhor é alugar uma bicicleta ou moto.
Vestir
Roupa leve e fresca, calçado cómodo
óculos de sol e chapéu. À noite, nos
barcos, há espetáculos e festividades que
obrigam a vestir mais formalmente.
Informações
www.visitgreece.gr
Lonely Planet Greek Islands. Para
descobrir as mais de 70 ilhas gregas, com
mapas, itinerários, dicas e contactos.
Há muito para ver, de sítios arqueológicos
a paisagens deslumbrantes, passando por
grutas, mosteiros, aldeias piscatórias e
praias de areia fina.
local perfeito para desfrutar de umas
horas de Sol numa esplanada. É, ainda,
imprescindível descobrir os vestígios de
povoações antigas em Akrotiri e Kamari.
A primeira foi destruída no ano 1500 a.C.
e Kamari está enterrada a uns 5 metros de
profundidade, entre a pedra-pomes e a
lava vulcânica.
Em Mykonos
Em Folegandros
A mais popular e cara da Cíclades, a igreja
de Paraportiani, os moinhos de vento, o
bairro de Alefkándra, conhecido como
a «pequena Veneza», são os principais
atrativos. Todas as praias da ilha são
de fina areia dourada. A vida noturna é
intensa e variada (é aqui que se concentra
uma grande comunidade gay).
Há que visitar Chora, casas construídas
no castelo veneziano, na ponta da rocha,
que constituem um ótimo miradouro.
Nos arredores, ficam a igreja e o mosteiro
de Panagia.
Outros atrativos são Karavostasis (há que
percorrer o porto e os pesqueiros que por
ali abundam) e a gruta de Chryssospilia,
com estalactites e estalagmites, situada
perto do mar, na costa norte.
Fazer e ver
Na capital de Paros
Em Parikia, encontra-se a igreja de
Ekatontapiliani, um dos monumentos
bizantinos mais famosos da Grécia. A
aldeia de pescadores de Naoussa e as
praias de Libadia e Krios (Parikia), Mikro
Piperi e Limnes (perto de Naoussa) e Piso
Libadi e Drios são outros locais a não
perder.
Antiparos
É uma pequena ilha situada a sudeste de
Paros, a que estava unida na Antiguidade.
Apenas com 35 km2 e menos de mil
habitantes, possui muitas e belas praias e
um pequeno porto pesqueiro. À volta da
ilha há outras pequenas ilhas que formam
estreitos corredores de águas pouco
profundas, ideais para fazer mergulho.
Santorini
É a mais deslumbrante das Cíclades, com
a sua costa escarpada e as praias de areia
vulcânica.
Em Thera
Vale a pena deambular pelas ruelas
e visitar o mosteiro do profeta Elias.
O pôr do Sol em Fira, a capital, é tão
venerado como a mais preciosa das
relíquias arqueológicas. Oia, uma
aldeia de incomparável beleza, é o
Em Delos
Na ilha-museu, é uma experiência única
deambular pelo que resta da cidade: ruas,
casas, mosaicos, templos, estátuas
(com os famosos leões de Delos),
o teatro, o lago sagrado, enquanto se sobe
ao cume do monte Khíntos.
Comer
Além de comida internacional para todos
os gostos (e bolsos), os restaurantes
oferecem comida mediterrânica, onde
predominam o peixe e os legumes.
Não perder as saladas, as dolmades
(folhas de vinha recheadas com carne
ou arroz) e o frappé (café batido).
Nos portos, geralmente, encontra-se
de tudo: tabernas, bons restaurantes
de peixe, tapas, música...
Comprar
Há um pouco de tudo, desde artesanato
indiano a queijo Feta.
Recomenda-se a ourivesaria de Fira,
com desenhos originais gregos, e as
reproduções dos frescos de Akrotíri em
t-shirts e postais.
Também pode comprar cerâmica pintada
e reproduções em bronze de figuras
da mitologia grega.
49
L
Fugas
Sentido de comunidade
Em pleno nordeste transmontano, escondem-se pequenas aldeias,
onde partilhar é, ainda, uma forma de vida e o tempo parece
escoar ao ritmo da natureza
helena estevens
O
clima agreste ou a paisagem inóspita ou,
simplesmente, a combinação de ambos,
aliados talvez ao isolamento que a geografia determina nesta parte do País,
estão na origem do desenvolvimento de pequenas
aldeias no nordeste transmontano, que encontraram
na entreajuda e comunitarismo o projeto de vida
que lhes permitiu sobreviver ao longo dos tempos.
Partilhar é a palavra-chave, dos campos de cultivo ao
pasto, da eira ao moinho, do forno ao lagar e alfaias e
muitas vezes até o gado. E se, hoje, já muito mudou,
são ainda inúmeros os testemunhos de um modo
de vida que teimou em não se deixar perder e que
muitos lutam com todas as forças para preservar.
Conhecer as aldeias comunitárias do nordeste deste
País à beira-mar plantado, muitas delas nas áreas pro-
De aldeia em aldeia, no
nordeste do País,
um mundo de partilha
Início
Rio de Onor
No Globo
estado puro
tegidas dos parques naturais, como o de Montesinho
(PNM), requer algum tempo, disponibilidade e carinho. A opção é voltar à zona mais do que uma vez - diz
quem conhece que não se arrependerá. Devidamente
recompensados, uma vez que à sua espera encontrará
comunidades que compensam os poucos números
dos seus habitantes com uma hospitalidade ímpar
e histórias, muitas histórias para contar, retalhos de
vida, alegrias, curiosidades e tristezas com os quais
se tece todo o percurso das suas gentes.
Entre a fantástica paisagem natural, os segredos
gastronómicos e o calor humano dos seus habitantes
ficarão, decerto, muitos momentos para recordar.
Tenha, no entanto, em atenção que as estações do ano
nesta zona têm uma personalidade bastante vincada,
algo a considerar na altura de agendar a partida. L
43 km
Aldeia de Montesinho
Uma das maiores áreas de
paisagem protegida em
Portugal, o Parque Natural
de Montesinho oferece
aos seus visitantes talvez
um dos tesouros mais bem
preservados. Entre os seus
montes e vales profundos,
desvendam-se aldeias de
fortes hábitos comunitários
enraizados e um legado
natural invejável, a começar
pelas mais de 150 espécies
de aves que ali habitam. Um
passeio a pé é, provavelmente,
a forma ideal para desfrutar
deste parque.
171 km
Pitões
166 km
Aldeia de Montesinho
Rio de Onor
Uma terra inóspita numa das
zonas mais agrestes do País.
Não estranha, por isso, que
aqui reine uma forte tradição
de entreajuda e partilha, dos
fornos de pão e lagares ao
material de trabalho e até
mesmo campos e rebanhos.
Ou de língua e cultura, já que
o rio que atravessa o povoado,
50
separando Portugal de
Espanha, não chega para dividir
os habitantes da aldeia que do
outro lado da ponte recebe
o nome de Rihonor de Castilla.
Nesta aldeia de casas de
xisto alpendradas, poderá
estranhar-se o som das
palavras trocadas, já que, aqui,
também se fala riodonorês,
dialeto usado no dia a dia.
A 1030 metros do nível do mar,
cerca de 20 quilómetros a norte de
Bragança, em pleno PNM, ergue-se
esta aldeia tipicamente transmontana
alvo de processo de recuperação com
vista ao seu aproveitamento turístico.
Casas de granito, muitas delas
alpendradas, como é tradição da
região, e ruas calcetadas são o cartão
de visita desta aldeia rica em recursos
agropecuários. Se pretender desfrutar
da beleza natural da região, tem à sua
disposição algumas casas de Turismo
de Aldeia, fruto do trabalho de
promoção do desenvolvimento local
da responsabilidade dos serviços do
parque.
Pitões
Terra de gente lutadora e
guerreira, Pitões é a povoação
mais alta do Barroso (1100
metros). Aproveite para a
explorar, entre cascatas que
lhe permitem refrescar-se
nos dias de calor e as casas
de características medievais
preservadas ao longo
dos tempos, muitas delas
aproveitadas para turismo
ecológico. Deixe-se perder
entre os sabores locais – a vaca
mirandesa é uma aposta bem
pensada – e, como recordação,
leve na mala o famoso mel de
Montesinho e as meias ainda
feitas à mão, em lã para aquecer
os pés nos dias de inverno.
guia para o viajante
Como chegar
O melhor ponto de referência
é o Parque Natural de
Montesinho. Para lá chegar,
partindo de Lisboa, siga pela
A1 (Lisboa/Porto), apanhe
depois a A4 (Porto/Amarante)
e o IP4 (Amarante /Bragança).
Onde dormir?
Festas dos Rapazes
A história repete-se todos os anos, reunindo em aldeias no norte
do País, homens solteiros e jovens que ali se deslocam para a Festa
dos Rapazes, um ritual de iniciação à idade adulta. Chegam vindos
de outros locais do país, alguns do estrangeiro, para uma festa que
funde tradições pagãs e cristãs, com atuações de mascarados,
provas de destreza física, crítica social e celebrações em honra de
Santo Estêvão. Na noite de 5 de janeiro, as raparigas cozinham o
vitelo ou o chibo adquirido pelos solteiros maiores de 16 anos. O Dia
de Reis amanhece com estes rapazes a cantar pelas ruas e a bater
às portas, exigindo o tributo de reis, tudo o que quiserem dar-lhes e
que enfiam nos sacos que transportam às costas. Segue-se um farto
almoço e, depois, a chegada das raparigas, baile e muita festa.
Guadramil
36 km
França
Fim
Guadramil
Aldeia típica transmontana no
distrito de Bragança, também em
pleno Parque Natural de Montesinho,
mantém a traça típica das casas
e o guadramilês, o dialeto outrora
partilhado pelos seus habitantes, que,
cedo, se habituavam a dividir, também,
a forja, o moinho, os rebanhos e
tarefas agrícolas. Atualmente, são já
poucas as pessoas que aqui habitam
e a vida pulsa a um ritmo bem mais
lento, mas o encanto não se perdeu.
Se escolher o outono para conhecer
a região, aproveite para percorrer
o trilho sinalizado Na Rota dos
Cervídeos – é nesta época que estes
animais mais se fazem ver. Bastante
interessantes são, também, as portas
das casas, dignas de fotografia.
França
A mais setentrional aldeia
transmontana do distrito
de Bragança, França
mantém preservada muita
da sua arquitetura popular,
caracterizada por casas de
granito, telhados de lousa e
varandas feitas de madeira,
rodeadas por pastagens e
campos de cultivo, pequenos
retalhos na paisagem. Situada
no fundo de um vale, encontrase cortada pelo rio Sabor e
ribeira das Andorinhas. O
moinho de água e o centro
hípico são locais de paragem
obrigatória nesta região em
cujo solo se escondem minas de
ouro, prata e estanho.
É fácil encontrar alojamento.
É variada a oferta na área do
Parque Natural de Montesinho
ou nos hotéis e residenciais em
Bragança e Vinhais.
Casa-retiro das Termas
do Tuela
Termas do Tuela
Fresulfe
Tel.: 273 381 179
E-mail: [email protected]
Pequena casa localizada
na margem do rio Tuela,
rodeada por um pinhal
que proporciona belos
passeios. O nome tem
origem na fonte termal
que se encontra
num edifício próximo,
onde existem, além das
nascentes, quatro banheiras
antropomórficas, dois
pequenos tanques e um
sistema de escoamento
das águas.
Casa-retiro da Moimenta
Praça do Mercado
Moimenta, Vinhais
Tel.: 273 300 400
E-mail: [email protected]
Casa rural em granito,
localizada no centro da aldeia
de Moimenta, concelho
de Vinhais, constituída por
duas estruturas de alojamento
(Casa da Moimenta e Estúdio
da Moimenta), que podem
ser alugadas em conjunto ou
individualmente.
Casa de Onor
Rio de Onor
Tel.: 273 927 163
E-mail: reservas@
casadeonor.com
Situada na aldeia comunitária
de Rio de Onor, foi recuperada
respeitando a traça do nordeste
transmontano, oferecendo
aos visitantes a calma dos
ambientes rurais e a harmonia
perfeita entre paisagem,
gastronomia e lazer.
Casa da Edra
Aldeia de Montesinho
Bragança
273 919 039
E-mail: casadaedra@
casadaedra.com
Site: www.casadaedra.com
Uma casa acolhedora e
confortável, onde a calma e o
prazer de estar e comer bem
se aliam para transformar os
dias de férias em autênticas
curas de stress. Caminhadas,
visitas guiadas, todo o terreno,
passeios de bicicleta, entre
outras actividades relaxantes.
Casa das Águas Férreas
Lugar das Águas Férreas EN221, Mogadouro
Tel.: 279 341 085
E-mail: casadasaguasferreas
@sapo.pt
Site: www.casadasaguas
ferreas.com
Aninhada numa propriedade
privada que proporciona
uma vista deslumbrante,
oferece um tranquilo retiro
da vida quotidiana. Graças à
sua localização conveniente,
a Casa das Águas Férreas é
uma grande base para explorar
a região. Poderá ir dar uma
caminhada, praticar ciclismo
ou ir à pesca, relaxar no terraço
ou aproveitar o sol no jardim.
51
L
Prazeres
Cenário idílico em pleno Minho
Tradição e conforto numa casa de prestígio e fáceis acessos. A Casa do Carvalho convida
a por lá passar para umas férias descontraídas, em plena comunhão com a natureza
R
egressar à natureza e ao ambiente da arquitetura rural do Minho do século XVIII, usufruindo de todo o conforto dos dias de hoje: é
este o convite da Casa do Carvalho, construída
em 1756. Nesta casa secular, encontra o local ideal para
relaxar, num cenário idílico, pelo qual é impossível não
se deixar cativar. Localizada a 20 minutos do aeroporto
Sá Carneiro, do casino e das praias de Vila do Conde até
Caminha, dispõe de quartos com cama de casal e poliban,
sala de estar e anexos que incluem barbecue e piscina.
Aguardam-no vários apartamentos, com características
distintas, permitindo a adaptação ideal aos requisitos
dos seus hóspedes. Bar, sala de leitura, sala de televisão,
adega com bilhar e bicicletas para passeios revigorantes
nas suas redondezas permitem-lhe apreciar a bela paisagem em perfeita comunhão com a natureza.
A Casa do Carvalho oferece aos titulares dos cartões
Caixa Activa um cesto com vinho regional e conservas
gourmet. E, se tiver cão, saiba, ainda, que aqui ele é
muito bem-vindo. L
Coordenadas GPS Lat.: N 41.45274 N Long.: 8.560023 O
Telefone 252 967 099 Internet www.casadocarvalho.com
52
perfumes desportivos para viver intensamente o verão
Já não é de hoje a «febre» de lançamentos de versões desportivas na perfumaria dedicada ao homem. Apresentamos quatro propostas
que são novidade este ano. Para acelerar o ritmo da época estival.
BOSS BOTtLED
SPORT
Hugo Boss
Um perfume cheio de energia
que recupera algumas notas do
original Boss Bottled, lançado em
1998. Esta variante mais fresca
é um convite a desfrutar do verão,
apontando aos homens com
espírito competitivo, propondo-lhes um aroma que, entre outros,
recorre à toranja, pimenta rosa,
alfazema, cardamomo e patchouli.
CH MEN SPORT
DIOR HOMME SPORT
A costa Leste americana seduziu
Carolina Herrera, que agora propõe
uma fragrância inspirada na
lembrança dos dias que lá passou.
CH Men Sport remete para fins de
semana descontraídos, recorrendo,
entre outros, à madeira de sândalo,
vetiver, bergamota, pimenta e
toranja. Um cocktail que resulta
num aroma fresco, a convidar a
desportos náuticos e praia.
François Demachy – que esteve
quase 30 anos na Chanel e
transitou para o grupo LVMH em
2006 – reinterpretou o Dior Homme
Sport. À íris da Toscana, com
presença na linha de fragrâncias
masculinas da Dior, juntaram-se o
limão e o gengibre. O resultado é um
aroma cinco estrelas que tem muito
de sofisticado, mas que pode ser
usado em qualquer situação.
Carolina Herrera
Christian Dior
KENZO HOMME
SPORT
Kenzo
Outra assinatura do perfumista
François Demachy. Num frasco
marcado pela forma do bambú,
juntam-se menta, toranja,
gengibre e madeiras num convite
a desfrutar desportivamente da
vida. Fresco, suave, mas com muita
personalidade, Kenzo Homme
Sport chega a tempo dos longos
dias de verão.
C
Notícias
Notícias CGD
Europa empreendedora
O Dia da Europa serviu, este ano, para incentivar o empreendedorismo, reunindo
histórias motivadoras e respostas claras para quem quer criar o seu negócio
A representação da Comissão Europeia em
Portugal aliou-se ao Governo e à Câmara
Municipal de Lisboa para a Bolsa do
Empreendedorismo. A propósito do Dia da
Europa, a 9 de maio, a capital acolheu um
conjunto de expositores que ofereceram inspiração
e ferramentas às muitas dezenas de visitantes
interessados em lançar o seu próprio negócio. A
Caixa associou-se, desde a primeira hora, a esta
iniciativa inovadora, marcando presença com
um stand e a participação num dos workshops
incluídos no dia de trabalhos.
Walter Palma e Rui Jerónimo, da Caixa Capital,
estiveram presentes no evento para revelar
alguns dos segredos do capital de risco. Para isso,
encarnaram, respetivamente, um investidor de
risco e um empreendedor, mostrando, de forma
divertida e informal, quais são os fatores críticos
ponderados pelo capital de risco na hora de decidir
o apoio a um negócio.
Como ficou demonstrado com a apresentação,
54
a maturidade dos projetos é fundamental.
«Quando falamos de capital de risco, falamos de
um investidor com um grande nível de exigência»,
explicou Walter Palma. Nesta fórmula de apoio,
o capital de risco assume-se como sócio do
promotor no projeto. Para isso, é importante que o
empreendedor partilhe o risco e esteja alinhado.
«Quando falamos com um promotor, temos de
saber se ele está envolvido com o projeto, também
financeiramente», explicou Walter Palma. Isto
porque, ao contrário de uma simples solução de
crédito, «quando o capital de risco entra num
projeto, é em parceria».
À apresentação seguiu-se uma animada sessão
de perguntas e respostas, que se prolongou em
conversa com vários dos participantes. Para
a Caixa Capital, a presença no evento foi um
excelente modo de apresentar soluções, responder
a dúvidas e incentivar jovens empreendedores,
num dia que serviu como uma autêntica rampa de
lançamento para novos projetos. C
Projeto Energia
de Portugal
50 milhões atribuídos a novos
negócios
Aproximar ideias
empreendedoras, desenvolver
projetos e concretizar
oportunidades com a criação de
novos negócios, desmistificando
as dificuldades inerentes ao
processo de lançamento de
empresas, é o objetivo deste
movimento iniciado pelo
Expresso, EDP e SAGE, com
o apoio da CGD. Trata-se de
uma iniciativa que decorreu
durante quatro meses, com
a apresentação de 50 a 100
candidaturas por dia.
Francisco Pinto Balsemão referiu,
na abertura do evento, ser uma
iniciativa que envolve 50 milhões
de euros e que «não vale a pena
ter apenas boas ideias, há que as
avançar».
Após as candidaturas on-line,
seguiu-se a seleção de 200
candidatos e a sua organização
em 50 equipas nos Boot Camps.
As dez equipas finalistas têm
garantida uma audiência com
investidores para escutarem
as suas ideias de negócio. Para
tal, precisam de reunir quatro
características específicas:
visionário, comercial, técnico e
designer.
Até 2 de junho, altura em que
finalizou esta ação acompanhada
pela Methodus Informação e
pelos mentores, os projetos
foram afinados pelos grupos
concorrentes e apresentados num
evento de investment pitch, a 9 de
junho, expondo-se as ideias aos
investidores. Estes reuniram 50
milhões de euros para avançar
com novos negócios inovadores e
criativos. «Há muito dinheiro para
investir, o que não havia era estas
reuniões, estes financiamentos
para novos negócios e o encontro
entre os investidores e as pessoas
com ideias originais com futuro.
Apesar de o dia do pitch ser muito
importante pela seleção dos
dez melhores projetos, o Projeto
Energia de Portugal não termina
por aqui», como salienta Martim
Avilez. Afinal, trata-se de 50
milhões que vão dar início a novos
negócios.
Desde a origem, a Caixa integra a poupança na sua atuação
novo saldo positivo empresas
O Saldo Positivo é a referência da
literacia financeira em Portugal desde
2008. Agora, a Caixa lança o Saldo
Positivo Empresas (SPE), disponível em
www.saldopositivo.cgd.pt/empresas,
procurando ajudar os empreendedores
no exercício da sua gestão. Esta nova
abordagem consolida uma estratégia
de apoio ao crescimento do nosso
tecido empresarial, com o fomento de
competências e valor, fatores críticos
de sucesso num contexto competitivo
global. Francisco Viana, diretor central
da Direção de Comunicação e Marca da
CGD, explica que «o acesso à informação
é fundamental para o sucesso das
empresas». Nesse sentido, o SPE tem
conteúdos sobre gestão, recursos
humanos, finanças, impostos, apoios do
empresas
Caixa representa
empreendedorismo nacional
A Caixa Geral de Depósitos –
através do vice-presidente
da Comissão Executiva,
António Nogueira Leite –, foi,
recentemente, selecionada como
a única representante empresarial
portuguesa a integrar o Comité
de Peritos da Comissão Europeia
para o Empreendedorismo Social
(GECES). Criado já em 2012, este
Comité contará com os 27 Estados-Membros e visa acompanhar o
progresso da Iniciativa Europeia para
os Negócios Sociais (SBI), durante
um período de cinco anos. O mesmo
será regularmente consultado pela
Comissão Europeia, no que respeita
à implementação das medidas
constantes na SBI e na exploração de
novas oportunidades que promovam
o desenvolvimento do setor social
europeu como veículo de combate
aos principais desafios sociais.
O trabalho desenvolvido pela Caixa
na área da inovação social foi,
assim, reconhecido pela Comissão
Europeia, onde o responsável do
Banco trabalhará, em conjunto, com
representantes do setor público,
social, académico e empresarial a
nível europeu. O compromisso da
CGD para com os principais desafios
sociais em Portugal tem refletido
uma aposta forte em áreas como
o acesso a produtos e serviços
financeiros, desenvolvimento de
produtos de microfinança, promoção
do empreendedorismo social e
o envolvimento com o terceiro
setor. Este trabalho já tinha sido
reconhecido pela Comissão Europeia,
que selecionou a CGD para integrar
o Comité de Responsabilidade Social
Corporativa, criado pelo European
Savings Banks Group.
A CGD está representada no GECES,
através de António Nogueira Leite
Estado e da banca, marketing e mercados,
tratados por jornalistas especialistas
nestas matérias. Além disso, «temos os
nossos comerciais no terreno que fazem
com que 89 por cento das empresas
nossas Clientes nos recomendem e que
tenhamos sido considerados pelas PME
como a marca mais sólida», refere o
responsável. Neste ano, o SPE visará a
criação de empresas e a exportação, com
conteúdos exclusivos, disponibilizados
em texto, vídeo, versão guia prático,
infografia, ficha de mercado e casos de
sucesso. Trata-se, pois, de «uma aposta
clara na consolidação da política de
responsabilidade social da CGD, porque
acreditamos que investir em educação é
o grande desafio para um futuro melhor»,
concretiza Francisco Viana.
Protocolo com
Ordem dos Arquitetos
João Belo Rodeia e José de Matos assinalam a assinatura
do Protocolo
A Caixa assinou, no passado dia 18 de maio,
um protocolo com a Ordem dos Arquitetos, onde
ficou definido um conjunto de vantagens para os seus
associados. Em causa, estão produtos e serviços com
condições diferenciadas, descontos de bilheteira na
Culturgest e a emissão de um cartão co-branded,
entre outros. A cerimónia teve lugar no Edifício-Sede da
CGD, tendo o protocolo sido assinado por José de Matos
e João Belo Rodeia, respetivamente, presidentes da
Comissão Executiva da CGD e da Ordem dos Arquitetos.
Com este protocolo, a Caixa posiciona-se como parceiro
privilegiado desta classe profissional, assegurando a
presença em todos os certames nacionais realizados pela
Ordem dos Arquitetos, assim como em outras iniciativas
ou projetos de interesse comum.
55
C
A
Agenda
Sustentabilidade
CGD é Prime em sustentabilidade
A CGD foi avaliada pela Oekom, agência alemã de rating de sustentabilidade empresarial,
como empresa best in class no setor financeiro a nível internacional
A
notação «Prime» atribuída pela
Oekom à Caixa Geral de Depósitos constitui mais um reconhecimento de mérito ao desempenho
sustentável do Banco e aos compromissos
assumidos para o futuro. Tudo em benefício
das várias gerações, da sociedade e da economia nacional e do ambiente, reforçando o
papel da Caixa como legítima embaixadora do
setor financeiro português na aplicação das
melhores práticas de gestão internacionais.
A Caixa detém, atualmente, um programa de sustentabilidade abrangente e
estruturado, que tem vindo a ser reconhecido por diversas entidades, nacionais e
internacionais. Um programa construído
com o grande empenho dos colaboradores
do Grupo CGD e com o contributo dos seus
vários stakeholders.
A Caixa vê o futuro com outros olhos, com
responsabilidade e confiança, valorizando
os desafios e as oportunidades emergentes.
Trata-se de uma aposta na sustentabilidade,
reconhecida através de várias distinções. Eis
as mais recentes:
▶ Grupo CGD – The Best Sustainable
Banking Group (Portugal) 2011, pelos The
New Economy Awards, UK;
▶ Carbon Disclosure Project Iberia 125 2011
(combate às alterações climáticas):
▶ Melhor Empresa Portuguesa;
▶ Melhor Instituição Financeira Ibérica»;
▶ Top 6 das melhores empresas ibéricas;
▶ Inclusão no CDLI – Carbon Disclosure
Leadership Index;
▶ CGD – Instituição Financeira Mais Sustentável, Portugal, 2011, pelos The New Economy Awards, UK;
▶ Prémio Destaque «Desenvolvimento Sustentável», maior subida face a 2010 – Heidrick
& Struggles e Diário Económico, 2011;
▶ CGD – Instituição Financeira Mais Sustentável, Portugal, 2010, pelos The New Economy Awards, UK. C
O caminho faz-se caminhando…
O nosso faz-se reduzindo
A 5 de junho, comemorou-se o Dia do Ambiente, uma data simbólica
que serve para reflexão sobre as nossas ações e o seu impacto no Planeta
J
á pensou que um duche com água
corrente gasta, em média, 200 litros
de água, em cerca de dez minutos? E
que, se deixar o seu televisor em stand
by, durante 12 horas, consome 0,36 Kwh de
energia elétrica? São dados que poucos têm
presentes, mas que ilustram o impacto que as
nossas opções, por muito simples que sejam,
têm no planeta.
É por isso que a Caixa lança o desafio a todos os portugueses para que cada um adote
comportamentos mais racionais e sustentáveis. Junte-se a este desafio e, com pequenos
gestos, poupe também o Ambiente.
A Caixa acredita nesta ideia e orgulha-se
dos resultados alcançados em vários projetos:
▶ Floresta Caixa;
56
▶ Central solar térmica;
▶ Gestão da mobilidade;
▶ Redutores de caudal de água;
▶ Redução do consumo de papel;
▶ Gestão de resíduos;
▶ Eficiência energética;
▶ Literacia ambiental;
▶ Voluntariado;
▶ Calculadora de carbono.
Que permitiram, em 2011:
▶ A compensação de 4,038 t/CO2 e geradas
pela sua atividade;
▶ Uma redução total de emissões na ordem
dos 15 por cento, associadas à mobilidade;
▶ A redução em 34 por cento do consumo do
papel de fotocópia e 47 por cento de plástico,
sob a forma de cartões bancários;
▶ Aumentar a reciclagem de resíduos em
19 por cento;
▶ 13,9 por cento de redução no consumo
de eletricidade, em relação a 2006, evitando
a emissão de 6500 tCO2 e por ano, equivalentes às emissões de carbono resultantes do
consumo de eletricidade de 3250 habitações
durante um ano;
▶ Ultrapassar 33 mil horas em ações de
voluntariado, muitas das quais com impacto
na preservação ambiental;
▶ Mais de 5 mil pessoas já calcularam a sua
pegada carbónica na Calculadora de Carbono
do cgd.pt, a mais acessível e estruturada do
País e a única do setor financeiro nacional.
Preservar os recursos naturais é garantir
o futuro das próximas gerações. C
Sustentabilidade
cada vez mais em agenda
Inquérito a stakeholders reforça a importância do compromisso
assumido pela Caixa ao nível da sustentabilidade
A
Caixa levou a cabo a consulta anual a
stakeholders, uma iniciativa inserida
no âmbito do seu Programa de
Sustentabilidade e que reflete uma preocupação no desenvolvimento de relações transparentes e de confiança com os vários interessados.
Falamos de colaboradores, da comunidade, dos
Clientes particulares e empresas, dos fornecedores,
assim como das entidades reguladoras e do acionista
Estado. Esta consulta tem como objetivo avaliar a
perceção que estes agentes têm sobre a CGD e identificar as suas principais expectativas e oportunidades de melhoria, em matéria de sustentabilidade,
servindo, também, de base à definição de assuntos
relevantes a abordar no relato de sustentabilidade.
Findo o processo de consulta, ficam as principais
conclusões. Segundo a maioria dos inquiridos, a
CGD assume particular relevância para o setor financeiro pela solidez, confiança e rigor que advoga,
sobressaindo a sua elevada credibilidade e
reputação (ver Destaques da Consulta).
O contributo positivo da atividade da
CGD para a sociedade e os níveis
de serviço associados ao atendimento na rede de Agências são
outras das ilações.
As conclusões saem de um to-
tal de 3520 respostas, sendo que, entre o público externo, encontramos 33,6% de Clientes particulares,
25,3% de Clientes empresas, 31,5% de fornecedores
e 9,6% de Instituições Particulares de Solidariedade
Social. Ao nível das temáticas mais valorizadas,
destaque para a «Segurança dos Clientes e do seu
património financeiro» e «Práticas de combate à
corrupção e branqueamento de capitais», no caso
dos stakeholders externos, enquanto os internos
dão maior preponderância ao «Desenvolvimento
do capital humano» e à «Qualidade do serviço e
satisfação dos Clientes».
A CGD reconhece e valoriza estes resultados,
considerando que o envolvimento com os vários
grupos de stakeholders constitui uma ferramenta estratégica para a identificação e compreensão
das necessidades, preocupações e expectativas em
relação à sua atuação. Nesse sentido, a informação agora recolhida, além de tratada e incorporada na gestão, será, igualmente, integrada nas estruturas funcionais afetas à
implementação do Programa Corporativo de Sustentabilidade, tendo em vista a melhoria contínua
do desempenho da CGD, no que
concerne ao desenvolvimento
sustentável. C
destaques da consulta
99% dos stakeholders
auscultados considera
que o desenvolvimento
sustentável é muito
importante ou importante.
72% dos stakeholders
externos e 82% dos
colaboradores consideram
que é responsabilidade
de CGD contribuir para
o desenvolvimento
sustentável do setor
bancário português.
77% dos stakeholders
externos considera
que o desenolvimento
sustentável é importante
para a CGD, pois o
desempenho desta deve
pautar-se pela adoção
permanente de boas
práticas/conduta ética.
Mais de 80% dos
stakeholders consultados
considera o grau de
envolvimento com a CGD
como muito bom ou bom.
Carta de
Compromissos APAN
A Caixa assinou, publicamente,
a Carta de Compromissos
da Associação Portuguesa
de Anunciantes, no âmbito
da comunicação responsável.
▶▶Foi no Convento do Beato,
já no início do ano, que decorreu
a apresentação pública
da Carta de Compromissos,
uma iniciativa integrada na
comemoração dos Cinco
Anos pelo Desenvolvimento
Sustentável em Portugal,
um projeto da Associação
Portuguesa de Anunciantes
(APAN).
A Caixa foi uma das empresas
que subscreveram o documento,
reforçando, assim, a sua
responsabilidade em integrar
as considerações sociais e
ambientais ao longo da cadeia
de comunicação. No total,
são quatro os compromissos
constantes da Carta de
Compromissos:
1 Promover o consumo e os
comportamentos responsáveis;
2 Garantir que a comunicação da
empresa (interna e externa) segue
um conjunto de orientações e
está em conformidade com os
códigos de referência;
3 Utilizar com lealdade os dados
privados dos seus clientes finais;
4 Integrar critérios ambientais
na escolha dos suportes de
comunicação.
Esta subscrição vem em linha
com os compromissos assumidos
no Programa de Sustentabilidade
da Caixa, assim como com as
práticas vigentes no âmbito
da comunicação responsável.
Neste domínio, refira-se, a Caixa
cumpre todos os deveres de
informação legalmente definidos,
ao nível das suas comunicações
de marketing, publicidade,
promoção e patrocínios a
produtos e serviços financeiros
da sua responsabilidade.
Enquadram-se neste
pressuposto a subscrição e
cumprimento do Código de
Conduta do Instituto Civil da
Autodisciplina da Publicidade
(ICAP) e do Código de Conduta
Voluntário Europeu do Crédito
à Habitação, assim como pelas
normas do Banco de Portugal.
57
C
Iniciativas
Responsabilidade
social em ação
O Fundo Caixa Fã faz de si um investidor social. Saiba como
têm sido apoiadas várias organizações e que projetos
estão a decorrer. Participe para um País mais solidário
O
Fundo Caixa Fã é uma iniciativa criada em 2008, no âmbito
da Responsabilidade Social da
Caixa Geral de Depósitos, que
visa o apoio e a viabilização de projetos que
se enquadrem nesta área de atuação. Para
isso, a Caixa canaliza 0,05 por cento do valor
das compras efetuadas com o cartão Caixa Fã
para este Fundo.
Este Fundo apoia, anualmente, doze
projetos apresentados por instituições com
credibilidade e capacidade de execução, que
garantam a realização das iniciativas propostas. Na seleção das instituições e respetivos
projetos, pretende-se assegurar diversidade
em termos de áreas de atuação e dispersão
geográfica no território nacional.
Para tal, a Caixa conta com a parceria da
Bolsa de Valores Sociais (BVS), num trabalho
indispensável que inclui não só a análise das
candidaturas, mas também o acompanhamento da execução dos trabalhos e a avaliação do
seu efetivo impacto social. Alguns dos projetos
apoiados pelo Fundo são, também, incluídos na BVS, permitindo, assim, que outros
mecenas – tanto empresas, como particulares – possam, igualmente, contribuir com
donativos.
Os Projetos
Desde o seu início, há quatro anos, o Fundo
Caixa Fã apoiou 42 entidades, com projetos
que vão da Educação e da Cidadania até ao
Ambiente e à Solidariedade. A título de exemplo, encontram-se as instituições apoiadas
no segundo semestre de 2010, cuja avaliação
final dos projetos foi recentemente realizada, confirmando o seu sucesso. Incluem-se,
nesse período, seis iniciativas que, passados
dois anos, continuam a gerar retorno social e
58
permitem afirmar valer a pena ser fã de causas!
Um desses projetos pertence à Associação
Lavoisier, um espaço integrado num antigo
convento, utilizado por algumas pessoas idosas. O projeto visava a quebra de isolamento
da população residente naquele espaço, pelo
contacto com o mundo exterior, nomeadamente familiares e amigos distantes, através
da Internet.
E o objetivo foi alcançado. Com o apoio
do Fundo Caixa Fã, foi reconstruído um espaço cedido pelo Centro de Recolhimento de
Santos-o-Novo, equipado com mobiliário e
dois computadores, onde funciona um atelier
de iniciação à informática. Tal como desejado, criaram-se condições para o contacto
com o mundo: uma nova realidade que cruza
gerações e permite, ainda, com o apoio de
voluntários mais jovens, a ocupação dos tempos livres e a aquisição de novos interesses e
aptidões pelos residentes daquele Centro de
Recolhimento. E há já quem não abdique da
conversinha diária no Skype.
A Associação Lavoisier não foi, contudo, a
única instituição a investir em infraestruturas
no segundo semestre de 2010. Outras houve
que o fizeram, como a Aldeia SOS de Bicesse, em Cascais, que apostou na reconstrução
da Casa Porto, local onde vivem e crescem,
atualmente, oito crianças. Ou, também, a
Associação Portuguesa de Apoio à Mulher
com Cancro da Mama, que construiu um auditório utilizado, frequentemente, para ações
de formação de profissionais de saúde e de
Quando pagam as suas
compras com o Cartão Caixa
Fã, os Clientes da Caixa
apoiam causas sociais
O antes e depois de uma sala cedida
pelo Centro de Recolhimento de Santos-o-Novo,
onde funciona um atelier de iniciação à
informática da Associação Lavoisier – um dos
muitos projetos financiados pelo Fundo Caixa Fã
sensibilização da comunidade, além do apoio
às mulheres com esta doença oncológica.
Já na Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo,
recuperou-se o Centro de Atendimento,
Acompanhamento e Animação para pessoas
com deficiência, que, diariamente, é palco de
várias atividades com esta população. Falamos
de atividades lúdicas, ocupação de tempos
livres e de sessões terapêuticas, atividades
que permitem a estas famílias ter uma vida
menos difícil.
Desta listagem, constam, ainda, a Casa
Acreditar de Coimbra e o Movimento de Defesa da Vida, duas entidades que financiaram
projetos orientados para aspetos logísticos e
de funcionamento. A Casa Acreditar recorreu
ao Fundo para financiar o funcionamento da
casa de acolhimento e recobro, que, desde
essa data, já apoiou mais de 210 crianças em
tratamento oncológico e respetivas famílias.
Já o Movimento de Defesa da Vida conseguiu com este apoio viabilizar a entrada em
funcionamento do núcleo do Porto, num projeto de intervenção a longo prazo, de acom-
Cartão Caixa Fã
Ao utilizar o cartão Caixa Fã, a Caixa
contribui com uma percentagem do valor
das suas compras para o Fundo Caixa
Fã, que apoia diversos projetos sociais.
O cartão Caixa Fã é mais do que um meio
de pagamento e o seu contributo é mais
do que um apoio: é um investimento em
projetos com retorno social. Saiba mais em
www.cgd.pt.
panhamento de famílias. O objetivo passa
por evitar a institucionalização de crianças
ou reintegrar na família crianças institucionalizadas, auxiliando o sistema familiar na
gestão de problemas e conflitos. Os ganhos
para a sociedade revelam-se na quebra do ciclo: a quebra de histórias familiares – muitas
vezes, geracionais – de institucionalização e
a integração das crianças e das famílias na
sociedade.
Apoios em curso
Se, há dois anos, os pressupostos eram já ambiciosos, a verdade é que, em 2012, e face ao
contexto socioeconómico vigente, a vontade é
ainda maior. Há, por isso, uma atenção particular a algumas temáticas que, dado o cenário
atual, se manifestam como prementes. É o
caso de projetos que promovam a empregabilidade, a aquisição de competências e a
sustentabilidade social.
Foi segundo estes critérios que, no primeiro semestre de 2012, foram selecionados os
seguintes projetos e instituições:
• Projeto Nós & os Laços, da Associação
Juvenil Soltar os Sentidos, que procura fortalecer competências parentais em famílias
com crianças ou jovens com necessidades
especiais de ensino ou deficiência;
• Projeto 65+ Sem limites, da Associação
de Desenvolvimento da Costa Norte da Madeira (ADENORMA), no apoio a pessoas com
limitações físicas, com a criação de um banco
de ajudas técnicas, em que os equipamentos
são usados rotativamente, através de uma
cedência por empréstimo;
• Projeto Capacitar para o trabalho, do Cadin – Centro de Apoio ao Desenvolvimento
Infantil, com a implementação de um serviço
que ajudará jovens com perturbações do espetro do Autismo a desenvolver competências e
atitudes adequadas ao mercado de emprego;
• Projeto Encaixa-te, da Associação para
o Estudo e Defesa do Património Natural e
Cultural do Concelho de Mértola, cujo objetivo passa pela inclusão dos cidadãos com
necessidades especiais, através da promoção
de empatia e interação entre os cidadãos.
Pretende-se, assim, assumir um compromisso de responsabilidade social do Banco,
enquadrando-o com grandes urgências que
atingem muitas famílias portuguesas, pelo apoio
à ação de organizações que fazem a diferença.
Associado ao cartão Caixa Fã, o Fundo
Caixa Fã é, portanto, uma iniciativa diferenciadora no mercado financeiro nacional, no
que respeita à integração dos aspetos sociais
e ambientais no negócio bancário.
Saiba mais sobre o Fundo Caixa Fã em www.
cgd.pt ou no site da BVS, em www.bvs.org.pt,
e torne-se num investidor social. C
59
C
Eventos
Evento de amor cresce
em soluções familiares
Parceira oficial do Barrigas de Amor, a CGD teve presença
ativa no evento, incluindo no Espaço dos Avós
A
sexta edição
do Barrigas
de Amor, subordinada ao
tema «A Mulher como
Alma, Equilíbrio e Motor
da Família», decorreu,
mais uma vez, no Parque
dos Poetas, em Oeiras, no
dia 1 de julho, com entrada gratuita para todos os
visitantes.
Que este evento tem
constituído um enorme
sucesso é um facto. Aliás,
os números são disso reveladores: a edição de 2011 contara já com a presença
de cerca de 13 mil visitantes, entre os quais três mil
e duzentas mulheres grávidas, que formaram cerca
de 25 por cento da totalidade dos presentes.
Por isso, a pergunta colocava-se: seria possível ir mais além? Foi esse o objetivo nesta edição
de 2012, cujo desafio foi ainda mais ambicioso e
abrangeu, também, o papel fundamental da mulher
na família. E, continuando pelas novidades, desta
vez, a iniciativa estendeu-se também aos avós, com
um espaço e uma programação pensada especificamente para este público, tendo em conta a sua
crescente representatividade no contexto nacional.
Todos estes temas fazem sentido para a Caixa
Geral de Depósitos, que, por isso, se associou à
iniciativa, na categoria de Parceiro oficial, para
abordar problemáticas em torno da gestão da economia familiar, educação e soluções financeiras.
Este foi um contributo informativo e bastante interessante, pelas soluções apresentadas, além de
deveras oportuno perante os tempos difíceis que
as famílias portuguesas estão a viver.
SOLUÇÕES CGD
Com um stand no local, a Caixa assumiu o seu papel
de Parceiro oficial, através de intervenções adequadas
à temática do evento, incluindo a divulgação da oferta
para os públicos em causa, em particular as soluções
60
My Baby (ver pág. 61). Para
tal, os visitantes contaram
com a presença de comerciais no stand da Caixa,
que acederam às solicitações para a apresentação
de produtos, tendo, além
disso, decorrido iniciativas várias dedicadas aos
visitantes.
Não menos importante, o apoio da Caixa traduziu-se, também, na presença de um técnico para
a apresentação de temas
orientados para as futuras
mães, pais e avós. As apresentações incidiram em
Literacia financeira e Gestão do orçamento familiar
no nascimento do bebé, nos espaços Info Barrigas e
no Espaço dos Avós, tendo captado imenso interesse
entre os visitantes.
ESPAÇO DOS AVÓS
Com o patrocínio da Caixa, o Espaço dos Avós foi
uma das novidades da edição deste ano do evento.
Trata-se de uma ação da responsabilidade do Centro
Pré e Pós-Parto, também com o apoio do Barrigas
de Amor, que se traduz num conjunto de encontros,
realizados de dois em dois meses, e que passou, no
dia 1 de julho, pelo Parque dos Poetas.
No Espaço dos Avós, houve uma psicóloga a
descodificar o papel dos avós, bem como uma enfermeira que passou informação detalhada sobre a
evolução dos atuais cuidados em relação ao bebé:
segurança e transporte, alimentação e fases de desenvolvimento do bebé foram alguns dos assuntos
abordados.
A otimização e a qualidade de vida nos grupos
etários seniores foi, também, outro dos temas desenvolvidos, versando áreas como a alimentação,
o exercício, a ocupação do tempo, a segurança e a
economia, entre outros. E, neste Espaço dos Avós,
coube à Caixa abordar a questão do orçamento familiar no nascimento do bebé. C
O evento Barrigas de Amor
voltou a reunir milhares de
visitantes no Parque dos Poetas,
em Oeiras
Dicas positivas
SOS Economia.
Prevenção financeira em teste
É possível prevenir situações inesperadas que destabilizam a economia
familiar. Voltámos ao tempo em que o realismo da análise económica familiar
e o «pé de meia» possibilitam, ainda, alguma tranquilidade
«
E
se…?» Esta é decerto uma pergunta que
ocorre aos portugueses
perante a instabilidade
económica vivida atualmente.
Desemprego, aumento do custo
de vida, dos impostos, do pagamento da prestação da casa, a diminuição da reforma e a incerteza
de um presente e de um futuro
financeiramente seguro deixam
esta questão a pairar perante os
cenários preocupantes de que dão
conta noticiários e jornais.
É importante, por isso, refletir
sobre possíveis acontecimentos
que implicam mudanças de estilo
de vida, opções mais difíceis, contenção de despesas que assegurem
o bem-estar necessário. Mesmo que
pareça um pouco difícil, há medidas
que podem tranquilizar o receio de
uma ou mais situações inesperadas.
Analise a sua
mobilidade financeira
Como resistir a condições de extrema gravidade económica? Comece
por analisar os diversos cenários
possíveis: Quantos elementos do
seu seio familiar contribuem para
o suporte da economia caseira? O
que poderá acontecer se um desses
elementos ficar desempregado? Ter
um fundo de emergência para suportar essa situação, pelo menos,
durante seis meses é um plano que o
poderá deixar mais tranquilo e com
tempo para encontrar opções que
garantam as despesas. É importante que esse fundo de emergência seja realista e de acordo com o
tamanho do seu agregado familiar.
E se a prestação da casa aumentar? Caso exista alguma alteração
nas condições do crédito, deverá
assegurar que as suas dívidas não
ultrapassem um terço dos seus
C
rendimentos, precisamente, para
ter uma margem de manobra financeira. Se os seus empréstimos
ultrapassarem os 35 por cento, então tal significa que se encontra na
zona de chumbo do teste ao stress
das suas finanças.
Se pensar aumentar a família,
seja realista e encare a série de despesas que aumentarão bastante os
encargos mensais durante anos.
O divórcio cria também uma situação complicada financeiramente, podendo, inclusive, conduzir à
ruína de um ou dos dois cônjuges.
Por isso, é fundamental que os acordos pré-nupciais assegurem o destino dos bens em caso de separação.
Cenário mais dramático é, sem
dúvida, por tudo o que implica, a
morte do cônjuge que tem a seu
cargo o suporte económico do seu
agregado familiar. Aqui, um seguro
de vida pode salvaguardar todos os
infortúnios que possam deixar a
família fortemente penalizada financeiramente e com graves implicações na sua qualidade de vida.
No caso do crédito à habitação, esse
seguro de vida é obrigatório, mas,
se não o tem, avalie a possibilidade
e as vantagens de subscrever um.
E se passar a receber menos
como reformado? A resposta
passa por colocar, todos os meses, uma quantia de lado a render, de preferência, num produto
de investimento seguro, como os
depósitos a prazo, PPR, Certificados de Aforro ou de Tesouro. C
Já conhece as Soluções My Baby?
As Soluções My Baby são uma oferta inovadora
de produtos financeiros e vantagens, que facilitam
e respondem às necessidades específicas
relacionadas com o nascimento de um filho e a
primeira fase de vida. Visam:
• A melhor gestão do orçamento familiar
O cartão pré-pago My Baby permite a gestão
independente de todas as despesas com o bebé,
antes e depois do nascimento, para uma maior
eficácia e controlo dos gastos.
Através deste cartão, beneficia, também, de
vantagens exclusivas nas Unidades HPP Saúde,
como a oferta da estadia para o acompanhamento
familiar no internamento por
parto, e de descontos em mais de
150 parceiros de interesse para
os pais e o bebé (conheça-os em
www.vantagenscaixa.pt).
• A poupança para o futuro
dos bebés
Oferta da 1.ª Coleção de
Moedas de Euro do Bebé, na abertura da conta
poupança CaixaProjecto (o voucher é entregue
na adesão ao cartão My Baby ou com o kit Bebé,
aquando dos nascimentos nas Unidades HPP
Saúde. Oferta limitada ao stock existente).
Caixa PopAforro: depósito a cinco anos para
jovens menores de idade, que cresce como
eles. Os spreads associados à taxa de juro
crescem em todos os semestres, permitindo
poupar aos bocadinhos com reforços,
pontuais ou programados, a partir de 10
euros. Mínimo de abertura: 25 euros.
• Facilitar o envolvimento dos familiares e
amigos no nascimento do bebé
O cartão pré-pago My Baby possibilita receber
presentes através de transferências para o cartão,
bastando as referências multibanco indicadas no
verso.
61
C
Finanças
Calcule quanto pode
poupar com a Caixa
Visite o site da Caixa e saiba quanto pode poupar
com o Plano Automático de Poupança. Com a Caixa,
a sua poupança está no PAP
O
PAP – Plano Automático de Poupança continua a fazer
crescer, automaticamente, a poupança de muitos
portugueses, sem mais esforço
ou preocupações. Se tem mais
de 55 anos, saiba quanto pode
poupar com os vários mecanismos do PAP, através da calculadora de poupança disponível em
www.cgd.pt. C
Entre em «Poupar é automático»
para aceder ao PAP
Se não conhece as medidas do PAP, aproveite para se inteirar. A
Caixa associa a muitos dos seus produtos várias características
que lhe permitem efetuar pequenas poupanças, quase sem esforço,
enquanto os utiliza no seu dia a dia. Seja em poupanças, depósitos ou
cartões, a escolha é sua. Poupe quando e como quiser.
1.º Passo – Na página do PAP, entre em «Veja quanto pode poupar»;
2.º Passo – Selecione o perfil «ADULTOS +55 ANOS»;
3.º Passo – Calcule a sua poupança.
Entre as várias medidas do PAP, salientamos as que se adequam
ao perfil +55 anos:
Medida 3 – Reforço automático da conta Poupança
Poupança Caixa
Activa: abertura
Caixa Activa;
com 100 euros
Medida 7 – Agendamento automático de
e reforços a partir de
transferências para a poupança.
10 euros.
Agende uma transferência regular da conta
à ordem para a conta Poupança Caixa Activa de 50
euros. No final do ano, quase sem dar por isso, vai conseguir poupar 600 euros;
Medida 5 – Conversão automática do consumo em poupança (cashback).
Pague com o cartão de crédito (2) Caixa Activa as compras de valor superior
a 35 euros e a Caixa devolve para a sua conta de poupança até 3%
do montante gasto em compras, numa devolução máxima de
120 euros por trimestre. Assim, gasta por um lado, mas
poupa por outro;
Medida 6 – Arredondamento automático de compras
(mealheiro);
Ao utilizar os cartões de débito diferido (1) ou de crédito (2)
Caixa Activa nas compras do dia a dia, pode beneficiar de uma
poupança adicional, ao arredondar o valor das mesmas, pois o excedente é
automaticamente transferido para a sua conta de poupança. Experimente,
por exemplo, em restaurantes, cabeleireiros ou supermercados.
Consulte em www.caixactiva.pt ou visite uma Agência da Caixa para
conhecer as modalidades de arredondamento disponíveis;
Medida 8 – Reforços automáticos numa poupança
no vencimento de depósitos a prazo.
Depósitos que,
no vencimento,
Assegure a continuidade da sua poupança,
efetuam o reembolso
escolhendo um dos depósitos a prazo que, no
automático do
vencimento, reforçam, automaticamente, a conta
capital e dos juros na
de poupança.
conta de poupança
Veja quanto pode poupar com o PAP e comprove
associada: Caixa
que a vida automaticamente continua.
Aforro Poupe Mais,
Depósito a Prazo a 3
(1)
TAEG de 1,2% para um montante de 1500 euros
anos, Depósito Mais
com reembolso a 12 meses, à TAN de 0,00%.
a 3 anos, Depósito
(2)
TAEG de 24,0%, para um montante de 1500
Crescente Mais a 3
euros, com reembolso a 12 meses, à TAN de
anos e os PopPrazo.
22,50%.
62
C
aixa Família
Com a Caixa, pode reunir a sua família e valorizar,
em conjunto, as suas poupanças
O
que diria de fazer compras em
grupo no seu Banco? A ideia é
simples: junte um conjunto de
pessoas da mesma família, interessadas no mesmo produto de poupança,
e conseguirá melhores condições de remuneração e de movimentação do seu dinheiro.
E na Caixa, a compra em família do novo
serviço de poupança, o Caixa Família, pode
ser feita com o apoio personalizado de um
assistente em qualquer Agência.
Se já tem contas de poupança na Caixa,
não precisa de abrir novas contas. Basta criar
a sua rede de poupanças com os seus filhos,
netos ou sobrinhos, por exemplo. A qualquer
momento pode sair do Caixa Família e a sua
conta volta à situação inicial. Se ainda não
tiver uma conta de poupança, deverá abrir
uma nova conta e criar, com outras contas
de poupança dos seus familiares, a sua rede
Caixa Família.
E o que ganha com isso?
A taxa de juro é mais elevada, sem qualquer
obrigação de efetuar depósitos regulares, e,
ao mesmo tempo, mantém a individualidade
da sua conta, já que cada pessoa tem o seu
saldo independente.
Poupar em família é sentir o apoio de todos, contribuir para o bem-estar dos outros
e manter a sua própria independência. Isto
porque a utilização da conta continua a ser
autónoma. Pode poupar na sua conta de poupança quando quiser e pelo montante que
entender a partir de 10 euros. Se mobilizar
antecipadamente, só terá penalização dos
juros pelo valor que mobilizar.
Condições
Base
Especiais
▶▶No conjunto das contas do grupo,
um dos titulares de cada conta
associada, se maior de idade, deve
possuir
rendimento
domiciliado
superior a € 500 líquidos ou cartão
ON, Caixa Activa, Caixa Woman,
Caixazul, Caixa ISIC ou MTV
▶▶Clientes RE
A rede Caixa Família distingue com
melhores taxas de juro os Clientes que tenham o seu rendimento (de montante igual
ou superior a 500 euros líquidos) domiciliado na Caixa ou sejam detentores de um
dos seguintes cartões: Caixa Activa, Caixa
Woman, Caixazul, ON, Caixa ISIC ou MTV.
Mas os Clientes menores de idade poderão
juntar a sua poupança à da sua família, mesmo que ainda não tenham o seu cartão LOL
ou o Megacartão Jovem, e usufruir das melhores taxas de juro para as suas pequenas
poupanças.
Também os Clientes residentes no estrangeiro podem juntar-se, sem mais condições,
a uma rede Caixa Família e usufruir da remuneração especial.
Escalão do saldo
global das contas
do grupo
TANB
< € 50 000
20% da Eur.6M (1) + 0,95%
≥ € 50 000
20% da Eur.6M (1) + 1,05%
< € 50 000
Restantes semestres: 20%
da Eur.6M (1) + 0,95%
1.º e 2.º semestres: 2,75%
1.º e 2.º semestres: 3,00%
≥ € 50 000
Restantes semestres: 20%
da Eur.6M (1) + 1,05%
(1)
Média da Euribor 6M, base 360, verificada no mês anterior à data de início do depósito
ou de renovação, arredondada à milésima. Euribor 6M é a taxa de juro a 6 meses publicada
pela Reuters, na página «EURIBOR 6MD=», às 11 horas ou outra que a substitua.
63
C
Parcerias
Embeleze
a sua vida
Se uma palavra não basta, ofereça
flores! Com a Flores.pt, a sua vida
ficará mais florida
A Caixa e o LardoceLar apresentam-lhe a
Flores.pt, uma empresa on-line especialista, há mais de 30 anos, em flores frescas
e decoração. A sua paixão pelas flores traduz-se num serviço de qualidade, simples
e seguro de entrega de flores em qualquer
local do País e do Mundo.
No flores.pt, pode adquirir flores, realizar desejos e proporcionar surpresas. No
respetivo site, poderá escolher o seu ramo,
entre mais de cinquenta variedades de flores, conforme a ocasião a que se destina ou
as várias datas do calendário, com opções
para todas as idades e gostos. Encontrará
ramos e bouquets de flores, cestos e jarras,
assim como outras plantas.
E, para enriquecer a sua oferta, poderá
incluir uma mensagem – ou recorrer às
sugestões – na sua oferta, assim como deliciosos complementos, desde chocolates
a adoráveis peluches. Conquistará, sem
dúvida, a pessoa de quem tanto gosta, seja
a namorada ou namorado, a mãe, a irmã
ou qualquer outro parente ou, mesmo, um
simples amigo(a).
A empresa dispõe de um serviço de entrega rápida na zona da Grande Lisboa,
através de frota própria, que funciona até
às 20 horas, durante a semana, e até às 19
horas nos sábados, domingos e feriados. Já
para o resto do País, as entregas são efetuadas entre um a três dias, consoante o dia da
semana, podendo recorrer ao formulário,
ao número de telefone 213 872 454 ou ao
e-mail [email protected].
Além disso, a Flores.pt faz entregas
em todo o Mundo, num espaço de quatro dias para pedidos de segunda a sábado. Para tal, tem parcerias com floristas
e empresas em todo o Mundo, selecionadas
criteriosamente e garantindo a máxima
qualidade e eficiência. Em causa, estão
mais de 141 países e 56 mil associadas em
todo o Mundo, através da Interflora, uma
das maiores associações mundiais na entrega de flores.
Para Clientes titulares do cartão Caixa
Activa, a Flores.pt confere 10 por cento de
desconto na compra de qualquer produto,
através do código «floresldl». C
Por um futuro melhor
Ao certificar uma casa, está a
criar um futuro melhor. É esta a
filosofia da Certiene, uma empresa
portuguesa, líder de mercado na
área da certificação e consultadoria
energética, criada, em 2008, por
profissionais da área de engenharia.
A partir de 1 de janeiro de 2009, a
certificação energética passou a ser
obrigatória para efetuar contratos
de promessa compra e venda e de
arrendamento para todas as frações
de habitação e de serviços.
A Certiene possui os melhores
preços do mercado, garantindo
o máximo rigor e celeridade na
emissão do certificado energético
64
do seu imóvel. Como atividade
secundária, realiza, ainda, estudos
de consultadoria energética, de
forma a reduzir os custos na fatura
energética e usufruir de benefícios
fiscais, assim como projetos de
arquitetura e de engenharia.
Os titulares dos cartões Caixa
Activa têm acesso a 10 por
cento de desconto na emissão de
certificados energéticos, execução
de projetos de arquitetura e
projetos de engenharia, não
aplicáveis sobre os encargos
relacionados com o pagamento de
taxas à Adene ou outras entidades
licenciadoras.
15%
desconto
Miss Saigon
Para beneficiar desta oferta, apresente este voucher
e efetue o pagamento com o seu cartão Caixa Activa.
A oferta é válida de 1 de agosto a 30 de setembro de 2012, exceto no período
de 23 de agosto a 9 de setembro, por motivo de encerramento para férias.
oferta
Biothecare Estétika
12,5%
desconto
Espaço Libris
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A oferta é válida até 30 de setembro de 2012.
2o%
desconto
Spoil
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A oferta é válida até 30 de setembro de 2012.
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2€
desconto
5àSec
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CPS - Centro Português
de Serigrafia
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A oferta é válida até 30 de setembro de 2012.
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Natura Algarve
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Ô Hotels & Resorts
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A oferta é válida até 30 de setembro de 2012.
A oferta é válida de 1 de julho até 30 de setembro de 2012.
Desconto na compra de mobiliário.
A oferta não é acumulável com outras campanhas
ou promoções em vigor.
20% de desconto sobre o valor final da sessão
(sessões Pré-Mamã, Família, Mulher e Noiva).
A oferta não é acumulável com outras campanhas
ou promoções em vigor. Saiba mais em www.spoil.pt.
Desconto em almoços, exceção nas bebidas.
Oferta sujeita a marcação prévia, através do telefone 210 996 589.
Campanha não acumulável com outras promoções em vigor.
Oferta de dois tratamentos (sessões) pelo preço de um em tratamentos
corporais ou faciais: fotodepilação, cavitação plus, mesoterapia,
radiofrequência, microdermoabrasão e pressoterapia. A oferta é
válida nos centros Biothecare Estétika aderentes: Amora, Aveiro, Beja,
Caldas, Funchal, Lisboa (Largo do Rato e Lumiar), Porto, Póvoa de
Varzim, Portimão, Setúbal, Oeiras, Parede e Viseu.
Válido um cupão por pessoa e não acumulável com outras ofertas.
Na compra de uma obra gráfica original editada pelo CPS (entre
65 euros e 780 euros), oferta de outra até metade do valor da obra
adquirida.
Oferta válida para todas as edições de subscrição e pequeno
formato do CPS, limitada aos exemplares disponíveis. A oferta não é
acumulável com promoções, campanhas ou vouchers. Veja as obras
em www.cps.pt e saiba mais através do telefone 213 933 260.
Desconto em serviços.
Oferta válida no valor mínimo de 10 euros em serviços.
A oferta não é acumulável com o desconto Privilege
ou outras promoções em vigor.
Desconto em todos os serviços no Ô Golfe do Vimeiro e em
Experiências e Passeios no Centro Hípico Ô Hotel Golf Mar.
Descontos acumuláveis com os descontos-base protocolados com
a CGD. Para conhecer os mesmos, consulte o portal VantagensCaixa
e a página dos Ô Hotels & Resorts em
www.vantagenscaixa.pt/parceiros/o-hotels-resorts.
Desconto no Passeio nas Ilhas Barreira. Para saber mais sobre o
Passeio nas Ilhas Barreira, consulte o site da Natura Algarve, em www.
natura-algarve.com/ecoturismo-ria-formosa/as-ilhas-barreira-daria-formosa. A oferta não é acumulável com outras campanhas ou
promoções em vigor. Nota: O PVP do Passeio nas Ilhas Barreira é de
52 euros/pessoa, o que significa que o valor a pagar pelos titulares do
cartão e possuidores do voucher será de 40 euros.

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