1 faculdades integradas ipiranga curso superior de tecnologia em

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1 faculdades integradas ipiranga curso superior de tecnologia em
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO
MARIVALDO DA CRUZ SILVA
RAIMUNDO DIAS DA PAIXÃO
ÚRSULA THAYLANA SOARES MOREIRA
O DESIGNER GRÁFICO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL ‘‘FIOS
CAPELLI’’
Belém/ PA
2013
1
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN GRÁFICO
MARIVALDO DA CRUZ SILVA
RAIMUNDO DIAS DA PAIXÃO
ÚRSULA THAYLANA SOARES MOREIRA
O DESIGNER GRÁFICO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL ‘‘FIOS
CAPELLI’’
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
a
Faculdades
Integradas
Ipiranga
como
requisito obrigatório para obtenção do título
de Tecnólogo em Design Gráfico.
Orientador: Augusto Ruffel.
Belém/PA
2013
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RAIMUNDO DIAS DA PAIXÃO
MARIVALDO DA CRUZ SILVA
ÚRSULA THAYLANA SOARES MOREIRA
O DESIGNER GRÁFICO NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE VISUAL “FIOS
CAPELLI’’
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado
as Faculdades Integradas Ipiranga como
requisito obrigatório para obtenção do grau
em Design Gráfico.
Data:______________
Resultado: _________
BANCA EXAMINADORA
Prof.: Orlando Simões Junior
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA/ IES
Assinatura _____________________________________
Prof.: Maria Tereza Jardim Ribeiro
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA/ IES
Assinatura _____________________________________
Prof.: Bruno Pereira Brito
FACULDADES INTEGRADAS IPIRANGA/ IES
Assinatura _____________________________________
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Dedicamos este trabalho a todos aqueles que nos deram
força, coragem e suporte para realizar esta formação.
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AGRADECIMENTO
Nós agradecemos primeiramente a Deus, por nos ter dado a força suficiente e
ajudado a realizar esse projeto.
Por ordem, agrademos ao nosso coordenador do curso Profº Fonseca pelo trabalho
que realiza com competência e credibilidade na faculdade.
Ao Prof. Augusto Ruffel por nos orientar neste trabalho.
Ao Prof. Bruno Brito que foi o nosso anjo da guarda na conclusão desta tarefa e
pela paciência que teve, por compartilhar seus conhecimentos conosco e por nos ter dado a
honra de aceita o convite de ser nosso co-orientador.
Aos nossos professores que foram aguerridos em compartilhar conosco os seus
conhecimentos acadêmicos e principalmente por serem verdadeiros amigos nos momentos
difíceis desta formação.
Aos nossos familiares que nos deram incentivo, tranquilidade e todas as condições
possíveis para nós concretizarmos mas esta etapa de nossas vidas.
Em especial, aos pais de criação do Raimundo Dias que com muito esforço, amor e
carinho ajudaram ele chegar até aqui.
Aos amigos da DGN 112 que cativamos ao longo destes dois anos vividos
intensamente, destes podemos dizer que fomos juntos um verdadeiro feixe de varas, e
graças a Deus chegamos no final do curso, ombro a ombro, um dando apoio para o outro.
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RESUMO
PAIXÃO, Raimundo Dias da; SILVA , Marivaldo da Cruz; MOREIRA, Úrsula Thaylana
Soares . O Designer gráfico na construção da identidade visual Fios Capelli. 2013. 46 f.
Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdades Integradas Ipiranga, Belém, 2013.
As etapas que o profissional de design percorre no desenvolvimento de um Sistema de
Identidade Visual, aplicando conhecimentos adquiridos durante a graduação e
aperfeiçoados com a leitura de bibliografias da área. Neste trabalho foi construído um
Sistema de Identidade Visual guiado pela metodologia de projeto que se divide em três
fases do projeto: Problematização, Concepção e Especificação. Este projeto desenvolveu o
Programa de Identidade Visual do salão de beleza Fios Capelli baseados nas características
levantadas na primeira fase do projeto, gerando soluções na segunda fase e finalizando a
metodologia de projeto com a construção do Manual de Identidade Visual.
Palavras-Chave: Sistema de Identidade Visual, Design Gráfico;Manual de Identidade Visual
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ABSTRACT
PAIXÃO, Raimundo Dias da; SILVA , Marivaldo da Cruz; MOREIRA, Úrsula Thaylana
Soares . O Designer gráfico na construção da identidade visual Fios Capelli. 2013. 46 f.
Trabalho de Conclusão de Curso – Faculdades Integradas Ipiranga, Belém, 2013.
The stage that the professional design covers in the development of a visual identity system
applying knowledge acquired during the graduation and improved with reading bibliographies
of the area. In this work was constructed a visual identity system for guided by project
methodology which is divided into tree phases of the project: problematization, conception
and specification. This project developed the program visual identity of the beauty salon
“Fios Capelli” based on the characteristics raised in the first phase of the project, engendes
soluctions in the second stage and finalizing the project methodology with the construction of
the
Manual
of
Visual
Identity.
Keywords: Visual identity system, graphic design, manual of visual Identity.
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LISTA DE ILUSTRAÇÃO
Figura 1 – Flickr: The Cores quentes pool ....................................................................... 20
Figura 2 – Teoria da Cor .................................................................................................. 20
Figura 3 – Cores luz Primária .......................................................................................... 21
Figura 4 – Cores pigmentos Primária ............................................................................... 21
Figura 5 – Cores luz Secundárias .................................................................................... 22
Figura 6 – Cores pigmentos Secundárias ........................................................................ 22
Figura 7 – Cores Terciarias ............................................................................................. 23
Figura 8 – Cores Complementares .................................................................................. 23
Figura 9 – Mandala 44 ..................................................................................................... 24
Figura 10 – Quintal de Casa: Cores Analogas ................................................................. 24
Figura 11 – Graduação de cor quanto luminosidade ........................................................ 24
Figura 12 – Tendência de Cor 2011 ................................................................................ 25
Figura13 – Primeira alternativa de solução ...................................................................... 32
Figura 14 – Segunda alternativa de solução .................................................................... 33
Figura 15 – Terceira alternativa de solução ..................................................................... 33
Figura 16 – Quarta alternativa de solução ....................................................................... 34
Figura 17 – Proposta para análise final ............................................................................ 34
Figura 18 – Solução Eleita ............................................................................................... 35
Figura 19 – Elementos usados para compor a Identidade Visual ..................................... 46
Figura 20 – Evolução do Projeto ...................................................................................... 47
Figura 21 – Malha Gráfica................................................................................................ 48
Figura 22 – Processo de Redução ................................................................................... 49
Figura 23 – Margem de Segurança.................................................................................. 50
Figura 24 – Aplicações Incorretas .................................................................................... 51
Figura 25 – Cores Institucionas........................................................................................ 52
Figura 26 – Monocromia Escala de Cinza........................................................................ 53
Figura 27 – Versão Positiva e Negativa .......................................................................... 54
Figura 28 – Monocromia cor única ................................................................................... 55
Figura 29 – Fundos Coloridos – Exemplo 01 e 02 ........................................................... 56
Figura 30 – Fundos com diferentes texturas .................................................................... 57
Figura 31 – Papelaria - Cartão de Visita .......................................................................... 61
Figura 32 – Papelaria - Envelope ..................................................................................... 62
Figura 33 – Papelaria- Papel Timbrado............................................................................ 63
Figura 34 – Fardamento dos Funcionários ....................................................................... 64
Figura 35 – Brindes – caneta, adesivos recorte e chaveiro .............................................. 67
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 10
2. OBJETIVOS ................................................................................................................ 13
2.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 13
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 13
3. JUSTIFICATIVA .......................................................................................................... 14
4. REFERENCIAS TEÓRICA .......................................................................................... 15
4.1 Design Gráfico ........................................................................................................... 15
4.2 Identidade Visual e Imagem Corporativa.................................................................... 15
4.3 Sistema de Identidade Visual ..................................................................................... 16
4.4 Objetivos do Sistema de Identidade Visual ................................................................ 16
4.5 Elementos do Sistema de Identidade Visual .............................................................. 17
4.6 Logotipo ..................................................................................................................... 18
4.7 Símbolo ..................................................................................................................... 18
4.8 Marca ......................................................................................................................... 19
4.9 Teoria das Cores e Tipografia .................................................................................... 19
4.9.1 Teoria das Cores .................................................................................................... 19
4.9.2 Tipografia ................................................................................................................ 25
4.10 Manual de Identidade Visual .................................................................................... 26
5. METODOLOGIA .......................................................................................................... 28
5.1 Briefing, Análise das Principais Concorrência, Brainstorming ................................... 29
5.1.1 Briefing.................................................................................................................... 29
5.1.2 Análise das Principais ............................................................................................. 29
5.1.3 Brainstorming ......................................................................................................... 30
5.2 Descrição das Fases de Projeto: Problematização, Concepção e Especificação ...... 30
5.2.1 Problematização .................................................................................................... 30
5.2.2 Concepção .............................................................................................................. 31
5.2.3 Especificação .......................................................................................................... 31
6. RESULTADO E DISCUSSÃO ..................................................................................... 32
6.1 Geração das Alternativas ........................................................................................... 32
6.2 Escolha da Proposta Final ........................................................................................ 35
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 37
8. RECOMENDAÇÕES E/OU SUGESTÕES .................................................................. 38
REFERÊNCIAIS ............................................................................................................. 39
APÊNDICES – Manual de Identidade Visual................................................................. 40
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1 INTRODUÇÃO
Quando pensamos em uma marca, relacionamos seu símbolo, logotipo, cores
institucionais entre outros elementos visuais que caracterizam a empresa, há experiências
pessoais vivenciadas com determinado produtos e/ou serviços, que associados a análises
de percepções de outros consumidores que possuem um relacionamento com a mesma,
formam um entendimento que pode agregar a esses elementos visuais uma percepção de
confiabilidade, segurança e credibilidade.
Conforme Strunck (2007 p.67)
Desde suas origens a identidade visual passou por um imenso processo de
mudanças, com isso os elementos institucionais que eram espontâneos e
fantasiosos, passaram a ser objeto de pesquisa e processo racional. Essa transição
levou ao crescimento na aquisição de compras e vendas de produtos ao longo dos
últimos 25 anos. Portanto, uma boa imagem empresarial reflete sua receita através
de seus serviços e produtos.
Toda empresa que deseja se consolidar do mercado deve investir em sua
identidade visual, que é representada pelo conjunto planejado dos elementos gráficos que
identificaram e singularizam essa instituição. A marca não está apenas relacionada com o
nome, logotipo, cor e alfabeto institucional.
Uma marca consolidada é construída ao longo de sua experiência, e um histórico
de promessa e entrega ao longo do tempo de uma administração competente, algumas
marcas sobressaem seus produtos, passando a representar toda uma categoria como a
marca Xerox, Bombril e Gillette.
Hoje em dia, a concorrência é de tal ordem que não há mais espaço para
improvisos ou capitais para desperdiçar. A criação de uma identidade visual deve ser feita
por designers gráficos. Esses profissionais sabem, de forma objetiva e precisa, manipular
toda série de teorias e técnicas capazes de transformar os elementos institucionais nos
verdadeiros espíritos das marcas que representam. (STRUNCK, 2007)
Mas qual a dimensão de um designer gráfico? O que um profissional desta área
realmente faz? Como podem ser utilizados seus elementos de maneira mais persuasiva?
Quais são os fatores que melhor contribuem neste sentido?
O designer gráfico tem como principal função transmitir uma informação
determinada por meio de composições gráficas, permitindo chegar ao público alvo através
de diferentes suportes, como folhetos, cartazes etc.
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Visto que, este profissional busca transmitir as idéias essenciais da mensagem de
forma clara e direta, o mesmo faz o uso de diferentes elementos gráficos que possa dar
forma à mensagem e que sejam de fácil entendimento.
O ser humano pensa visualmente, as imagens agem diretamente sobre a
percepção do cérebro, impressionando primeiro para depois serem analisadas, ao contrário
do que acontece com as palavras.
Morfologicamente, design gráfico é a atividade de ordenação projetual de elementos
visuais textuais e não-textuais com fins expressivos para reprodução por meio
gráfico, assim como o estudo desta atividade e a análise de sua produção. Essa
produção inclui a ilustração, a criação e a ordenação tipográficas, a diagramação, a
fotografia e outros elementos visuais e suas técnicas de ordenação. (VILLAS-BOAS,
2007 p. 31)
Projetar e criar uma identidade visual, não é simplesmente dizer que está bonito,
não é apenas fazer algo “belo” ou “criativo”, e sim fazer um projeto adequado, atraente,
inovador, deslumbrante, instigante e persuasivo. Porém para que isto se concretize, o
conhecimento teórico não deve ficar restrito ao segmento do profissional, necessariamente o
estudo deve ser aprofundado nas diferentes áreas correlatas.
Isso possibilitará maiores chances de atingir os objetivos propostos em
determinados projetos a serem executados. Portanto é de fundamental importância, fazer o
uso de pesquisas, leituras, observações, assim como outras atitudes que possam contribuir
para o aprendizado e experiência do profissional.
Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo sobre o processo de criação da
identidade visual de uma empresa, analisando os elementos presentes em um sistema de
identidade visual, especificando as etapas e os processos necessários que um profissional
de designer gráfico deve cumprir para elaborar um sistema de identidade visual. O trabalho
também visa aplicar os conhecimentos levantados anteriormente na construção da
identidade visual de um salão de beleza localizado em Belém/PA.
Assim, o trabalho foi organizado como segue. No capítulo dois, apresenta-se os
objetivos do projeto, sendo eles ligados aos pontos estratégicos de onde pretendemos
chegar. O capitulo três, trata da justificativa do projeto, relatando o que nos motivou a fazer
este trabalho voltado diretamente para a comunicação empresarial. O capitulo quatro trata
do referencial teórico, sobre o qual nos serviu de guia e fonte de aprendizado para que
assim chegarmos ao ponto final deste trabalho, que se trata da elaboração e concretização
do manual de identidade visual da empresa Fios Capelli. No capitulo cinco, descreve-se a
metodologia, onde a mesma abordará todos os conceitos de como devemos iniciar,
passando pelos principais processos que estão voltados a criação de uma identidade visual
até a sua finalização como resultado final. Os resultados e discussão são descritos no
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capitulo seis, contendo o caminho percorrido, até chegarmos a proposta final eleita, no
capitulo sete apresentam-se as considerações finais e no capitulo oito apresentamos uma
proposta como geração de valor para empresa, caso este projeto ganhe uma continuação.
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2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
 Compreender e especificar as etapas percorridas pelo profissional de designer
gráfico no processo de criação de uma identidade visual de um salão de beleza.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Aplicar os conhecimentos adquiridos durante o curso de design gráfico na
construção de um sistema de identidade visual.
 Utilizar todas as ferramentas específicas por meio dos softwares, para a construção
e produção da identidade visual, sendo utilizado como ferramenta principal o Corel
Draw.
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3 JUSTIFICATIVA
Ao longo da nossa carreira acadêmica, tivemos disciplinas que foram essenciais para
nossa formação, entre elas a Identidade Visual. Conforme nosso aprendizado adquiridos
através dos nossos professores e bibliografias da área, obtivemos as principais referências
para a elaboração e criação de uma identidade visual composta pelos principais meios que
ela necessita pra se transpor como identidade corporativa.
Seguindo os conceitos que aprendemos através do conhecimento acadêmico,
notamos que algumas e grandes empresas não possuem uma identidade visual de
qualidade, algumas não são de fácil identificação, não possuem originalidade e muitas das
vezes são construídas apenas fazendo o uso de softwares, sendo elas projetadas por
indivíduos sem nenhum conhecimento teórico, no qual o profissional de design adquire ao
longo da sua carreira.
Por este motivo em meio à esta deficiência, ao depararmos com a imagem de um
salão de beleza no qual a proprietária é mãe de uma integrante do grupo, entramos em bom
senso e decidimos trazer esta realidade para dentro do nosso projeto de conclusão de
curso, portando o nosso objetivo é criar a identidade visual do salão de beleza Sala de
Retoque, podendo este nome sofrer alteração conforme a projetação repassada através do
briefing. Por este motivo nosso projeto está voltado diretamente para a criação de uma
identidade visual, cujo a instituição trata-se da área da beleza. Este projeto visou colocar
em prática todo o conhecimento adquirido durante a carreira acadêmica, passando pelos
processos que uma boa identidade visual deve passar até se consolidar como imagem
corporativa e geradora de valor.
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4 REFERÊNCIAS TEÓRICAS
No desenvolvimento da identidade visual do salão de beleza, será utilizado os
conhecimentos teóricos que fundamentam o profissional de designer gráfico, aplicando os
conhecimentos adquirido no curso de Tecnólogo em Design Gráfico e o aprofundamento da
teoria com a leitura de bibliografias da área.
4.1 DESIGNER GRÁFICO
O designer gráfico tem a responsabilidade de identificar, solucionar e dar
objetividade aos problemas de comunicação, ou seja, ordena os elementos visuais. De
acordo com (STRUNK, 2007) “O ser humano pensa visualmente, as imagens agem
diretamente sobre a percepção do cérebro, impressionando primeiro para serem depois
analisadas, ao contrário do que acontece com as palavras. Tudo que vemos nos comunica
alguma coisa, cores, formas’’.
Como foi mencionada no capitulo um, sua função principal é passar uma
determinada informação de forma objetiva através de suportes como a composição gráfica,
onde esta deve chegar ao seu público por meio das aplicações como outdoor, folder,
folhetos, cartazes ou qualquer outro meio de efeito visual.
Segundo STRUNCK (2007 p. 52) “Um enorme e complexo universo de pequenos
detalhes se combina para trazer-nos informações processadas instantaneamente por
nossos cérebros. Em se tratando de comunicação, somos cada vez mais uma civilização
visual.”
4.2 IDENTIDADE VISUAL E IMAGEM CORPORATIVA
A identidade visual é definida pela organização dos elementos gráficos que
identificam a empresa, produtos ou serviços, sendo esses elementos aplicados de forma
coordenada e definidos em um manual de identidade visual.
Já a imagem coorporativa está relacionada diretamente com a percepção que os
funcionários e clientes possuem em relação a uma instituição, ou seja, é a forma pelo qual a
empresa é percebida por seus colaboradores e público-alvo.
Neste contexto Strunck ( 2007 p.57 ), salienta que:
A identidade visual é o conjunto de elementos gráficos que irão formalizar a
personalidade visual de um nome, idéia, produto ou serviços. Esses elementos
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agem mais ou menos como as roupas e as formas de as pessoas se comportarem.
Devem informar, substancialmente, à primeira vista. Estabelecer com quem os vê
um nível ideal de comunicação.
4.3 SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL
Sistema de identidade visual é a configuração direta de uma identidade
empresarial, sendo ele formado pelos veículos que propagam os elementos básicos da
identidade visual, cujo o mesmo é composto pelo logotipo, símbolo, marca, cores
institucionais e alfabetos institucionais, assim também como os referidos elementos
acessórios e suas aplicações que são compostos pelos materiais de papelaria, uniforme,
sinalização etc.
Como foi mencionado acima o sistema de Identidade Visual (SIV), é composto pelo
conjunto de componentes que veiculem os elementos básicos e acessórios da identidade
visual. O SIV quando implantado de forma organizada em uma empresa, funciona como
elemento estratégico que auxiliará na diferenciação da instituição, possibilitando o destaque
de sua marca perante o mercado.
Tomando por base o sistema de identidade visual para Péon (2003, p.15), trata-se
de: “Sistema de normatização para proporcionar unidade e identidade a todos os itens de
apresentação de um dado objeto, através de seu aspecto visual.”
4.4 OBJETIVOS DESSE SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL
 Individualizar a empresa daqueles que lhe são similares:
Pela vasta concorrência que se tem disponível na região a proprietária busca
individualizar-se das outras em questão de possuir uma logo neutra e mais elegante, onde a
mesma esteja voltado para publico a, b e c.
A empresa pretende chamar atenção através da sua identidade visual, permitindo
assim se individualizar dos demais, visto que os logotipos dos salões de beleza presentes
em sua região são bem populares.
 Aperfeiçoar a imagem da empresa frente ao seu público e concorrência:
Assim como qualquer empresa a Fios Capelli pretende dispor ao seu cliente um
bom atendimento, sem demora, sendo que não deixe de forma alguma o cliente esperar
muito, consolidando portanto o atendimento imediato. A empresa buscará levar para os
seus clientes o atendimento vip, onde o horário de atendimento seria com hora marcada e o
mesmos teriam um momento reservado só para eles.
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4.5 ELEMENTOS DO SISTEMA DE IDENTIDADE VISUAL
Péon (2009, p. 20), “considera que os elementos de identidade visual normatizados
por um sistema de identidade visual podem ser divididos em três grupos: elementos
primários, elementos secundários e elementos acessórios”.
Os elementos primários são fundamentais para funcionamento do SIV, e são
conhecidos como: logotipo, o símbolo e a marca, sendo definidos por Peón (2009, p. 20).
Símbolo: Um sinal gráfico que substitui o registro de nome da instituição. Logotipo: A
forma particular e diferenciada com a qual o nome da instituição é registrado nas
aplicações. Marca: O conjunto formado pelo símbolo e pelo logotipo, normatizado
quanto à posição de um relacionado ao outro e a proporção entre eles.
Quanto aos elementos secundários, estes são atribuídos pelas cores institucionais
e o alfabeto institucional. Trata-se portanto, dos elementos que aderem uma repetitividade
menor no sistema, mas destacam-se por serem elementos principais no momento de
escolha, e no momento de serem impostos no sistema pois, eles contribuem para o
processo de percepção e fixação da marca na mente do seu público-alvo.
Podemos então concluir que a padronização das cores tem parte fundamental para
identificação de determinada empresa por exercer influência decisiva nos olhos dos seres
humanos, sobre o qual ganha seu espaço por trabalhar diretamente com o psicológico, ou
seja, a cor torna-se um ponto importante na decisão do público por um produto, conforme
mostra Peón (2009, p. 33)
“As Cores Institucionais são constituídas pela combinação de determinadas cores,
sempre aplicadas nos mesmos tons. As cores institucionais, embora configurem um
elemento secundário, é de suma importância na eficiência do sistema, pois tem alto
grau de predominância”.
De acordo com Strunck (2007), o alfabeto institucional é aquele empregado para
escrever todas as informações complementares dentro de um identidade visual. Em uma
empresa, por exemplo, seriam aqueles utilizados nos impressos administrativos, folhetos,
catálogos e etc.
Já para Peón (2009), o alfabeto institucional é composto por uma família tipográfica
preferencialmente de fácil disponibilidade e aquisição, incluindo suas variações de peso
(itálico, negrito, ao menos). Baseando-se nessas duas vertentes conclui-se que, a tipologia
assume o papel de garantir a legibilidade, possibilitando coerência e uniformidade através
das mensagens visuais repassada pela empresa.
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Em última instância, destaca-se os elementos acessórios como os grafismo e o
mascote, onde o uso destes servem de complementos, ou seja sua presença está voltada
ao grau de complexidade da empresa.
Segundo Peón (2009, p. 35), grafismos “são elementos gráficos – em geral,
abstratos – cuja função é enfatizar algum conceito ou servir como apoio de organização
visual de layouts, aliando a um componente estético a função de veicular a identidade visual
da instituição”.
Os mascotes “são personagens- em grande parte das vezes animais ou objetos
inanimados que recebem uma representação humanizada – utilizados para atingir públicos
específicos dentro do público-alvo da instituição (o público infantil, o público jovem, o público
feminino, e assim por diante). Eles buscam enaltecer uma dada propriedade positiva que
cause identificação entre este público e a imagem corporativa, de forma a agregar este valor
à instituição’’ (Peón, 2009, p. 36).
É importante notar que para chegar a um resultado, o mascote necessariamente
tem que dispor do uso das cores institucionais e enfatizar como prioridade algum elemento
primário, para mostrar uma relação com a organização.
4.6 LOGOTIPO
O logotipo estabelece a forma diferenciada e particular do nome da instituição, seja
ele projetado ou apenas feito o uso de tipografias já existentes, visto que um logotipo
consequentemente faz o uso de letras.
Trata-se da junção daquilo que define a marca da empresa, ou seja, é tudo aquilo
usado na representação gráfica padronizada e distinta.
De acordo com Strunk (2007, p. 70)
É a particularização da escrita de um nome. Sempre que vemos um nome
representado por um mesmo tipo de letra (especialmente criado, ou não), isso é um
logotipo. Toda marca tem sempre um logotipo. Um logotipo sempre tem letras.
4.7 SÍMBOLO
Trata-se do sinal gráfico, onde seu uso frequentemente passa a identificar um
nome, idéia produto ou serviço, visto que nem todas as marcas fazem o uso de símbolos. O
símbolo pode ser retratado através do uso de qualquer desenho em virtude que as pessoas
entendam esta representação de algo além dele mesmo.
Vale notarmos que não devemos confundir signo com símbolo pois, o símbolo, nos
possibilita identificar uma quantidade grande de informações em virtude da projetação de
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uma marca. Já o signo, se atribui a um significado específico, ou seja, seu uso está
desprovido de qualquer emoção (Strunck, 2007, p. 71).
4.8 MARCA
É estabelecida por um nome projetado, padronizada sempre por palavra com certo
significado, imagem ou por um desenho que a simbolize, todos os seus atributos, fortalece a
imagem que a empresa deseja passar ao seu público alvo. Partindo da sua fácil
memorização a marca deve ser facilmente reconhecida e lembrada diante dos concorrentes.
Peón (2009, p.28), diz que marca é o resultante da “simples associação entre o
símbolo e o logotipo, mas nem sempre esta conjugação é tão simples, necessitando
de adaptações até mesmo no desenho de um ou outro elemento para que o
resultado do posicionamento e proporção seja adequada.”
No entanto, o conceito de marca vai muito mais além da sua representação gráfica,
visto que a marca é um ponto estratégico usado para comunicar a eficiência de um produto,
mostrando seu diferencial frente aos concorrentes sobre o qual o faz especial e único.
Comparando a função atual da marca, antigamente ela apenas identificava os
produtos e mercadorias, hoje além dessas funções iniciais ela contribui para o
diferenciamento de outros produtos semelhantes, assim como também divulga, alavancando
um produto no mercado, agrega benefícios por seu histórico e motiva sua utilização ou
consumo.
4.9 TEORIA DAS CORES E TIPOGRAFIA
4.9.1 Teoria das cores:
As cores escolhidas para produção de uma peça gráfica não devem somente
despertar sensações e reações psicológicas e emocionais, mas também devem servir de
apoio e estar em consonância com os aspectos formais da peça, aspectos estes que as
cores devem realçar.
Portanto a importância do trabalho com a cor é desempenhada como um papel
importante na tomada de decisões no design gráfico pois, a cor alude à variedade,
proporciona sensações e pode alterar a percepção espacial.
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Por mais que a terminologia "cor" é considerável como algo muito mais próximo da
neurofisiologia do que da física, por basear-se no comportamento próprio de um indivíduo
do que em um fenômeno independente de validade universal, podemos estudar as cores
através da física na qual foi proposto uma teoria conhecida como teoria das cores, surge
então a colorimetria como ciência da medição das cores.
A palavra "cor" infere-se à sensação consciente de um observador cuja retina se
acha estimulada por energia radiante.
Sendo alvo de pesquisa e desenvolvimento de teorias, o psicólogo alemão Wundt,
estabeleceu as divisões fundamentais das cores em quentes e frias, dando à elas seus
respectivos significados como:
 Cores quentes – São o magenta, amarelo e todas em que essas predominem.
Sugerem luz, calor, fogo, proporcionando uma sensação de atividade e
dinamismo.
Figura 3.1 - Flickr: The Cores Quentes Pool
Fonte: Google, 2013.
 Cores frias – São o ciano, verde e todas as demais relacionadas. Transmitem
sensação de conforto, tranquilidade, associando ao frio e a água.
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Figura 3.2 - teoria da cor
Fonte: Google, 2013.
Obs.: Embora as cores possam sugerir uma determinada sensação térmica, essa
em nada tem a ver com a real temperatura da cor, sendo apenas um efeito psicológico. Na
verdade cores de temperatura elevada tendem ao azul e as mais amenas ao vermelho.
Dar-se então a classificação conforme os efeitos que causam à percepção,
podendo ainda existir as seguintes definições:
I - Cores primárias
Trata-se das cores que não podem ser decompostas e que através delas são
criadas todas as outras cores.

Cores luz primárias: vermelho, verde e azul.
Figura 3.3 – Cores Luz Primárias
Fonte: Google, 2013

Cores pigmento primárias: ciano, magenta e amarelo.
Figura 3.4 – Cores Pigmentos Primárias
21
Fonte: Google, 2013
II - Cores secundárias
Retratam as cores formadas pela mistura de duas cores primárias.

Cores luz secundárias:
Ciano (verde+azul), magenta (vermelho + azul), amarelo (vermelho + verde).
Figura 3.5 –Cores luz secundárias
Fonte: Google, 2013

Cores pigmento secundárias:
Verde (ciano + amarelo), vermelho (magenta + amarelo), azul (magenta + ciano).
Figura 3.6 – Cores pigmento secundárias
Fonte: Google, 2013
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Vale notar que as cores secundárias de um sistema resultam nas primárias do
outro. Nesta imagem acima podemos ver que, na cor-pigmento o vermelho e o azul é
resultante do ciano e do magenta, tornando-as cores secundárias e não primárias.
II - Cores terciárias:
Derivam-se mistura de uma cor primária e uma cor secundária. Ao todo, seis
independentes da síntese: laranja, oliva, turquesa, celeste, violeta e rosa.
Figura 3.7 – Cores terciárias
Fonte: Google, 2013
IV - Cores complementares
Retratam as cores opostas, quando misturadas, resultam no ponto final de cada
síntese. Ou seja, branco na aditiva e preta na subtrativa.
Figura 3.8 – Cores complementares
Fonte: Google, 2013
V - Cores neutras
Trata-se portando das cores que não são influenciadas nem influenciam outras
devido a pouca energia que possuem, como o preto, o branco e todas as cores que, por
dessaturação, tendem a essas duas.
23
Figura 3.9 – Mandala 44
Fonte: Google, 2013.
VI - Cores análogas
São as cores que têm uma cor base em comum, estando lado a lado no espectro
de luz, possuindo, assim, pouquíssimo contraste entre elas.
Figura 3.10 – Quintal Di Casa: Cores análogas
Fonte: Google, 2013
VII – Monocromia
Refere-se à graduação em termos de saturação e luminosidade de uma única
tonalidade como mostra a figura abaixo.
Figura 3.11 – Graduação de cor quanto a luminosidade
24
Fonte: Google, 2013
VIII - Círculo Cromático
Está voltado à uma representação das cores do espectro visível, mostrando suas
formações através das primárias e as relações entre si.
Figura 3.12 – Tendência de Cor 2011
Fonte: Google, 2013
Seja qualquer criação, sendo ela impressa ou não, a função da cor deve ser levada
mais a sério e usada adequadamente pelos designers gráficos pois, diversos pontos devem
ser observados como: a relação da cor com o tema e a ordem de leitura desejada no
layout/projeto gráfico.
Fazer a relação da cor com o tema da composição gráfica ajuda a construir melhor
a mensagem no cérebro, por onde passa por um conjunto de associações inconscientes que
podem aumentar ou diminuir o entendimento, a assimilação e as sensações e reações dos
leitores.
Quanto a relação entre a ordem de leitura desejada, a cor pode ser responsável
pela escolha de qual matéria será lido primeiro, qual imagem será mais bem recebida e
memorizada.
4.9.2 Tipografia
A Tipografia resume-se na impressão dos tipos, visto que o termo tipo vem do
desenho de uma determinada família de letras como, por exemplo: helvética, calibre, arial,
etc nas quais podem possuir variações de letras como, por exemplo, o itálico e negrito.
Vale deixar claro que determinadas famílias tipográficas derivam-se das fontes
desenhadas para a composição de um bloco de caracteres, cujo é composto pelo alfabeto
em caixa alta e caixa baixa, números, símbolos e pontuação.
25
Os tipos nada mais é do que o elemento principal ao meio da comunicação pois, é
através dos tipos que nos permitem dar uma determinada expressão à um documento,
permitindo expressar de forma clara a mensagem desejada.
Estudar tipografia é essencial aos designers que fazem o uso da diagramação
como seu principal trabalho. A relação texto imagem que uma mensagem visual almeja
alcançar está diretamente ligada com a escolha adequada das fontes tipográficas, por isso é
fundamental que este profissional tenha uma base teórica, ou melhor, um estudo
aprofundado em tipografia quanto ao seu uso específico para cada mensagem.
Conforme a idéia de Fonseca (2008, p.15)
A tipografia surgiu como a arte de escrever e imprimir a partir do tipo móvel. Como
qualquer outro meio de comunicação, ela tem os seus elementos estruturais básicos
organizados em composições funcionais e estéticas que a qualificam como uma
forma de expressão.
A tipografia ou família tipográfica é a grafia dos tipos, ou seja, estuda as fontes
tipográficas, fixando como principal objetivo a ordenação estrutural na comunicação
impressa. A tipografia nada mais é do que a impressão dos tipos, representados por
desenhos específicos de cada família de letras.
Os tipos são muito importantes para a comunicação, pois é através deles que
passamos uma mensagem. Quando observamos um impresso gráfico, analisamos cores,
imagens, às vezes fotos, outros desenhos e letras.
Por isso a tipografia é um dos pilares do design gráfico, visto que o conhecimento
adequado dela é fundamental na relação entre texto e imagem. Conforme mostra Collaro
(2006, p.16), “As imagens nos dão uma perfeita visão dos fatos, porém a complementação
mediante códigos grafados é fundamental para completar veiculação de qualquer
mensagem”.
4.10 MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL
Qualquer espécie de produto, serviço ou empresa necessita da comunicação
facilitando a sua identificação visual. Para isso o conjunto de comunicação estabelece dois
parâmetros, sendo eles, o projeto de identidade visual no qual trata do desenvolvimento dos
aspectos da comunicação institucional, e o manual de identidade visual, cujo segue a diretriz
do registro e documentação dos elementos gráficos que constituem a identidade visual,
ajustando-os adequadamente os resultados proposto pelo projeto (MUNHOZ, 2009).
Segundo Munhoz (2009, p.17) “O manual de identidade visual tem o objetivo de:
apresentar as informações referentes à instituição”. O manual de identidade visual ou
manual de identidade corporativa, mostra um conjunto de recomendações específicas a
26
serem seguidas, assim como descreve os padrões essenciais para a utilização de uma
determinada marca, nele se expõem a normatização de escala cromática, fontes gráficas,
dimensões delimitando os limites em que o logo pode ser inserido.
27
5 METODOLOGIA
De acordo com os conhecimentos adquiridos ao longo da nossa carreira
acadêmica, procuramos por em prática os conceitos repassados através das disciplinas
cursadas como a comunicação visual, teoria da cor, percepção e criatividade, fundamentos
do design, semiótica, estética, identidade corporativa e metodologia.
Nossa pesquisa está inserida na tipologia de pesquisa ação, primeiramente fizemos
um levantamento de dados (Briefing) com a proprietária (Nelcilene França Soares), com o
intuito de conhecer melhor o seu perfil, para que assim o projeto fosse válido, onde pudesse
atender as nossas expectativas, da proprietária e de seu público alvo. Foi realizado uma a
das principais concorrências, mostrando como se comportam perante ao mercado,
estabelecendo quais os diferenciais que a empresa Fios Capelli vai ter que apresentar para
destacar-se das demais.
O grupo fez um brainstorning discutindo e relacionando as ideias que pudessem
estabelecer uma solução para o problema da concepção da identidade corporativa, assim
como descrevemos as fases do projeto, contendo a problematização, concepção,
especificação etc.
Uma das partes mais importantes apresentadas neste projeto será a elaboração de
seu Manual de Identidade Visual ou Manual de Identidade Corporativa. Este item compõe o
projeto que abrange os aspectos de construção da imagem corporativa que harmonizar a
marca “Fios Capelli”.
Este material define-se como um guia prático para uso correto da marca que está
sendo criada, proporcionando assim que a marca do cliente sustente suas características
técnicas e visuais, proporcionando uma unidade correta e produtiva, detalhando a forma
correta de aplicação da marca, concepção e todos os outros elementos que compõe o
manual da SIV.
Por último, faremos uma análise de dados coletados para verificar se foi possível
atender as necessidades e expectativas esperadas pela proprietária da empresa.
Foi produzido uma identidade visual para uma empresa específica da área da
beleza, baseado na análise das outras já existentes que foram criadas para mesma, assim
como no estudo abordado (a importância do design gráfico na identidade visual de uma
empresa). A representação desta identidade, foi projetada com a intenção de passar algo
sutil e harmônico, onde o mesmo possa se comunicar diretamente com seu público.
A apresentação deste logotipo teve a intenção de provar de forma mais concreta
que através do presente projeto, as mesmas irão representar uma empresa.
28
5.1 BRIEFING, ANÁLISE DAS PRINCIPAIS CONCORRÊNCIAS, BRAINSTORMING.
5.1.1 Briefing
É através do briefing que o cliente apresenta ao design o problema a ser resolvido,
ou seja, deve-se coletar e analisar essas informações, pois, é por meio deste levantamento
que o projeto será estruturado, nesta etapa não devemos discutir soluções, responder
questionamentos de cliente e sim fazer perguntas e se aprofundar no perfil do cliente,
público-alvo, funcionamento da empresa e de seus concorrentes para fundamentarmos de
forma satisfatória o briefing do projeto.
As informações levantadas no briefing, deve ser aprovadas e assinadas pelo cliente
para que não haja engano quanto as exigências propostas, partindo dessas respostas pode
ser dada as justificativas do projeto até a elaboração e apresentação. Para um resultado
satisfatório, deve ser construído um bom e agradável briefing (Peón, 2009).
Conforme os dados coletados a Sr Nelcilene França Soares proprietária do salão
de beleza, buscava uma identificação para sua empresa, ou seja, uma identidade visual
(símbolo, logotipo).
A exigência principal era possuir um nome diferenciado, destacando seu
estabelecimento de seus concorrentes, fixando os conceitos de sofisticação e elegância
através dos fios de cabelos e abrangendo os dois público pois, o salão atente os dois sexo,
masculino e feminino
5.1.2 Análise das principais concorrências:
Foi feito um levantamento na região onde se encontra a empresa, concluímos que
existem três principais concorrentes, cujos eles são:
 ANTÔNIA RIBEIRO SALÃO DE BELEZA
 SALÃO DE BELEZA STÚDIO A
 SALÃO FASHION HAIR
Os três possuem praticamente as mesmas características como a forma de
atendimento que é direcionado para ao público masculino e feminino de todas as classes
sociais, sendo que a maior parte é feminino, possuem estrutura empresarial boa e atendem
de segunda a sábado em horário comercial.
Pontos Fracos:
 Os logotipos que esses empresas possuem, todas são apenas voltado para o público
feminino.
29
 Não fazem o uso da boa imagem corporativa
 Não usam materiais de divulgação da empresa como panfletos, cartaz, folder etc.
Pontos Fortes:
 Bom atendimento
 Serviços com preços promocionais
 Ampla carteira de cliente
5.1.3 Brainstorming:
Partindo da pesquisa que todo designer deve fazer antes da construção de uma
identidade empresarial, percebemos que existem uma imensa diversidade de simbologia e
nome voltados à empresa de salão de beleza, portanto conforme as especificações
repassadas através do briefing, notamos que não se tratava de apenas mais uma mera
identidade visual usualmente, com isso nosso projeto tornou-se um trabalho mais preciso
quanto a escolha da simbologia e logotipo na sua elaboração.
No briefing a exigência principal estava no símbolo junto ao logotipo sobre o qual o
mesmo teria que conter sofisticação e elegância através dos fios de cabelos. Partindo deste
contexto o símbolo da empresa foi diretamente trabalhada sobre a estética grega, sendo
que, procuramos esconder um pouco mais o corpo e o rosto da mulher, visto que o projeto
trata-se de um salão de beleza, foi por este motivo que demos mais ênfase aos fios de
cabelo, facilitando um melhor entendimento perante a junção do símbolo com o logotipo.
Quanto ao logotipo, foi feita a junção do português (fios) com o italiano (capelli cabelo), partindo do comum para a sofisticação e elegância dos tracejados dos fios
atribuídos em cima do nome, quando o mesmo não faz o uso do símbolo.
4. 2 DESCRIÇÃO DAS FASES DE PROJETO: PROBLEMATIZAÇÃO CONCEPÇÃO E
ESPECIFICAÇÃO.
5.2.1 Problematização:
É a fase de informações onde é concebido o briefing do projeto, levantadas as
características do cliente, definido o público-alvo e são analisados os similares.
A problematização, assim, consiste no reconhecimento da situação de projeto e seu
equacionamento, para posterior desenvolvimento de uma solução (Peón, 2009).
Na problematização nada é necessariamente produzido, porém é nesta fase que se
determina os requisitos e as restrições que caracterizam a situação de projeto, ou seja, são
definidas as estruturas para o desenvolvimento do trabalho, prevendo remuneração, prazos
e formas de apresentação do projeto.
30
A partir do briefing são estabelecidas as condições para o desenvolvimento do
trabalho, prevendo remuneração, prazos, formas de apresentação das propostas e serviços
incluídos e excluídos.
5.2.2 Concepção:
Está é a fase mais criativa, pois é nela que se desenvolve o sistema de identidade
visual, sendo desmembrada em geração de alternativas, definição de partido, solução
preliminar e solução de projeto.
A concepção consiste na definição da solução a partir de diversas alternativas
geradas, e de suas testagens junto a amostras do público-alvo e junto ao próprio cliente
(Peón, 2009).
A partir das restrições e exigências levantadas no briefing são geradas pelo
designer diversas alternativas de soluções, que contemplam a primeira etapa da fase de
concepção que é geração de alternativas.
Após as primeiras alternativas geradas (esboços de símbolos e logotipos), entra-se
na segunda etapa da concepção, que compreende analisar todas as opções geradas na
etapa anterior, visando aperfeiçoar as alternativas selecionadas ou gerar novas com o
mesmo perfil. Essa segunda etapa da concepção é denominada de definição de partido.
A terceira etapa da fase de concepção é conhecida como solução preliminar, que é
responsável por reavaliar e escolher a alternativa que será a base para a solução.
A última etapa da fase de concepção é a solução de projeto, que corresponde à
solução aprimorada na etapa anterior. Essa solução será apresentada ao cliente para
aprovação e será realizada a defesa do projeto.
5.2.3 Especificação:
Na última fase da metodologia deste projeto foram detalhadas as orientações e
especificações para a correta aplicação do sistema de identidade visual, sendo idealizada
na criação do manual de identidade visual. Esta fase foi fundamental para o fechamento do
projeto pois, o sistema deve prever ser implantado por terceiros, ou seja, sem a necessidade
de consulta posterior ao designer.
Está é a fase final do projeto: Muitas vezes, é a mais trabalhosa. No entanto, ela é
crucial: um SIV que não é apresentado com especificações técnicas orientando sua
implantação ocorre o sério risco de não ser implantado corretamente (Peón, 2009).
31
6 RESULTADO E DISCUSSÃO
6.1 GERAÇÃO DAS ALTERNATIVAS:

Teste 1.
Figura 5.1. Primeira alternativa de solução
Fonte: Equipe MRU, 2013
No teste 1 foi feita uma projeção principal para a solução do projeto, a delineação
da mulher baseada diretamente na estética grega, mostrando a beleza feminina, mas como
se trata de um salão de beleza, procuramos enfatizar o elemento principal que são os fios
de cabelos, possibilitando a este ícone um maior destaque.
Esta projeção foi composta por duas vertentes, o símbolo e o logotipo, onde o
símbolo representa a beleza centrada nos fios de cabelos expressado por uma mulher,
quanto ao logotipo, fizemos a escolha de nomes bem comuns, onde foi feita a junção dos
nomes fios em português e capelli cujo seu significado é cabelo no italiano, o beleza impar
trata-se da beleza sem igual, beleza não divisível.
A tipografia escolhida é umas das mais utilizada e conhecida perante o mundo da
comunicação, fizemos então o uso da Helvetica LT Condensed, esta tipografia ganha
destaque por sua elegância e por atribuir um fácil entendimento.
Tratando da cor usada no projeto, foi usado a tonalidade de uma cor fria, sendo ela
o azul degradando para tonalidade mais escura, a cor foi selecionada para atender os dois
públicos, masculino e feminino.
Terminando este primeiro teste percebemos que esta idéia teria que sofrer
modificações, notamos que o logotipo ficou muito extenso, e isso foi revisto no partido teste
2.
32

Teste 2.
Figura 5.2 – Segunda alternativa de solução
Fonte: Equipe MRU, 2013
O teste 2 poucas alterações foram feitas, pois a projeção principal estava de acordo
com o que a imagem queria expressar, porém achamos que algo no logotipo estava muito
além do objetivo, foi percebido que os dois nomes ganhavam destaque. Foi por este motivo
que diminuímos o segundo nome ‘’beleza impar’’, para que o principal que era o fios capelli,
pudesse se destacar como o primeiro elemento da comunicação da marca, mas algo ainda
aparentava está dificultando um boa memorização, notamos que havia muita informação,
portanto algo deveria ser tirado.

Teste 3
Figura 5.3 - Terceira alternativa de solução
Fonte: Equipe MRU, 2013
No teste 3, solucionamos o problema do difícil entendimento e memorização da
marca.
A projeção continuou a mesma, símbolo e logotipo de destaque não foram
alterados, apenas foi retirado o segundo nome, possibilitando uma liberdade para a marca.
Então surge uma dúvida, quando o logotipo ser usado sozinho, não tem nada que o remete
ao seu símbolo, por este motivo que será acrescentado algo no teste 4.
33

Teste 4
Figura 5.4 - Quarta alternativa de solução
Fonte: Equipe MRU, 2013
O teste quatro permanece a mesma estrutura da marca, símbolo e logotipo, mas foi
visto que o logotipo ficou muito vazio quanto o seu uso em situações precisas por este
motivo procuramos complementá-lo com o ícone dos fios de cabelo, passando o mesmo
significado utilizando apenas o logotipo.
Em discussão com a equipe e apresentando a proposta do teste 4, notou-se
novamente que esta proposta deveria passar por mais uma modificação, pelo fato da
mesma apresentar de forma desproporcional quanto ao seu ligamento com os tipos, visto
esta questão o teste 5 fará as devidas alterações.

Teste 5
Figura 5.5 – Proposta para analise final
Fonte: Equipe MRU, 2013
Como teste final esta última etapa, contém todas as mudanças feitas nos testes
anteriores, onde encontramos as soluções para os devidos problemas. No teste 5 a ideia
usada continua sendo a mesma, mas como no teste 4 houve um último problema quanto a
ligação dos ícones dos fios nos tipos, trocamos o posicionamento e afastamos das pontas
dos tipos. Esses elementos foram reposicionados para complementação e melhor leitura da
34
marca, pois havia possibilidade de não ser compreendido logo à primeira vista quando o uso
da marca for apenas contido pelo logotipo.
6.2 ESCOLHA DA PROPOSTA FINAL
Depois dos testes e alternativas que foram propostas, a identidade escolhida como
proposta final ficou com o teste 5, pelo fato de está diretamente cumprindo o seu papel de
comunicar, onde apresenta a originalidade, a responsabilidade, limite de dimensão,
versatilidade de aplicação e o compromisso que a mesma tem com seu público-alvo.
Figura 5.6 - Solução eleita
Fonte: Equipe MRU, 2013
Aqui serão encontradas as respostas obtidas através das perguntas que auxiliaram
na concepção da alternativa escolhida:
1-
O projeto esta expressando diretamente o que foi solicitado pelo
cliente?
R= Sim.
2-
Possui originalidade, no mercado deste ramo tem algo parecido?
R= A originalidade parte da idéia de dar ênfase aos fios de cabelo sendo por ele
expressado diretamente a beleza em conjunto da junção de nomes comuns em línguas
diferentes, é original e não tem nenhuma peça que lembre ou se assemelhe a tal.
3-
Sua identificação está de fácil memorização?
R= Sim, possui elementos comuns e tipografia que possibilita uma boa leitura.
4-
Os elementos usados interferem na sua visibilidade?
R= Não pois, todos os elementos foram projetados para que não haja dificuldade
em sua leitura.
5-
Estabelece o modernismo e a atualidade?
R= Sim, a identidade visual fez o uso da simplicidade e contemporaneidade, onde
também percebe-se a modernidade pela projeção símbolo.
35
6-
Existe alguma outra alternativa mais simples, cujo não perca sua
elegância?
R= Sim, no manual de identidade visual haverá a explicação do uso da imagem.
7-
A proprietária e seu público identificam-se com a marca?
R= Ambas partes identificam-se pois, a marca trabalha com todos os conceitos
solicitados pela proprietária baseado nos conceitos de comunicação.
De modo geral, a identidade visual do Salão de Beleza Fios Capelli, está provida de
todos os elementos, características e conceitos necessários para sua divulgação, solicitados
por meio das pesquisas bibliográficas e pelo briefing do projeto, está projetada e preparada
para se tornar uma marca de qualidade.
Como etapa final do projeto, faremos a implantação do manual de identidade visual,
que explicará os devidos cuidados e a forma de aplicação da identidade visual.
36
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho buscou atender ao cliente nas suas necessidades de comunicação
visual, onde foram estudados a partir de um briefing fruto de uma entrevista inicial.
Suas necessidades eram a de projetar sua identidade visual do Salão de Beleza
“Fios Capelli”, para isto foi desenvolvida uma proposta de comunicação visual que visava
alavancar a empresa como referencial no seguimento de salão de beleza
Para alcançar o resultado esperando foi desenvolvido a SIV – Sistema de
Identidade Visual, que possibilitará ao cliente uma uniformização do uso de sua identidade
visual, assim como ela possa ser reconhecida através de uniformes dos seus funcionários,
artigos de papelaria como cartão de visita, envelope, layout da empresa etc.
37
8 RECOMENDAÇÕES E /OU SUGESTÕES
Visto que este projeto possa servir de fundamentos para outras pesquisas, o
mesmo também servirá para complementação da propagação desta identidade visual no
qual este projeto se refere, portanto fica como sugestão a criação do site da empresa,
contribuindo na geração de valor à este empreendimento. Devemos deixar claro que sejam
seguidas todos os parâmetros descrito no manual de identidade visual, não desrespeitando
as normas cujo o mesmo estabelece.
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REFERÊNCIAS
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COLLARO, Antonio Celso, Projeto gráfico da diagramação, São Paulo, Sammus Editora,
2006.
DONDIS, A. Donis. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
FONSECA, Joaquim. Tipografia & design gráfico, Porto Alegre, Bookman, 2008.
HURLBURT,Allen , Layout : o design da página impressa, São Paulo : Nobel, 2002.
MEGGS, Philip B. A history of graphic design. Michigan, Van Nostrand Reinhold, 1992 Pg.xiii Preface. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Design_gr%C3%A1fico#cite_note1. Acesso em: 15 de mar. 2013.
MUNHOZ, Daniella Rosito. Manual de Identidade Visual: Guia para construção. Rio de
Janeiro: 2AB, 2009.
PEÓN, Maria Luíza, Sistema de Identidade Visual, 4. ed. Teresópolis, 2011.
STRUNCK, Gilberto. Como criar identidade visual para marcas de sucesso: Um guia
sobre marketing das marcas e como apresentas seus valores. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Book
2007.
VILLAS-BOAS, André, O que é e o que nunca foi design gráfico, 6º ed, 2AB, 2007.
WAGNER.Mercado aquecido faz crescer o número de cabeleireiros. Rio de Janeiro,
2013. Disponível em: <http://netdiario.com.br/mercado-aquecido-faz-crescer-numero-decabeleireiros/>. Acesso em: 10 de mar. 2113.
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APÊNDICES – Manual de Identidade Visual
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