Descarregar - Departamento de Geologia da UFRJ
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Cleber Fernandes Alves CRETÁCEO - PALEÓGENO DA BACIA DE DAHOMEY E ATLÂNTICO SUL EQUATORIAL: Bioestratigrafia, Paleoecologia e Paleoceanografia dos Nanofósseis Calcários Tese de Doutorado submetida ao Programa de Pós-Graduação em Geologia, Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como requisito necessário à obtenção do grau de Doutor em Ciências (Geologia). Área de concentração: Setor III - Paleontologia e Estratigrafia Orientadores: Prof. Dra. Maria Dolores Wanderley UFRJ/CCMN/IGEO/ Prof. Dr. Eduardo Apostolos Machado Koutsoukos PETROBRAS-CENPES Rio de Janeiro Agosto, 2007. ii CLEBER, Fernandes Alves Cretáceo-Paleógeno da Bacia de Dahomey e Atlântico Sul Equatorial: Bioestratigrafia, Paleoecologia e Paleoceanografia dos Nanofósseis Calcários / Cleber Fernandes Alves - - Rio de Janeiro: UFRJ / IGeo, 2007. xxiii, 348 f. :95 il., 16 apênd.; 30cm Tese (Doutorado em Geologia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Programa de Pós-graduação em Geologia, 2007. Orientadores: Prof. Dra. Maria Dolores Wanderley, Prof. Dr. Eduardo Apostolos Machado Koutsoukos 1. Geologia. 2. Setor III Paleontologia e Estratigrafia – Tese de Doutorado. I. Maria Dolores Wanderley. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Programa de Pós-graduação em Geologia. III. Título. iii Cleber Fernandes Alves CRETÁCEO-PALEÓGENO DA BACIA DE DAHOMEY E ATLÂNTICO SUL EQUATORIAL: Bioestratigrafia, Paleoecologia e Paleoceanografia dos Nanofósseis Calcários Tese de Doutorado submetida ao Programa de Pós-graduação em Geologia, Instituto de Geociências, da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, como requisito necessário à obtenção do grau de Doutor em Ciências (Geologia). Área de concentração: Setor III Paleontologia Estratigrafia e Orientadores: Prof. Dra. Maria Dolores Wanderley UFRJ/CCMN/IGEO/ Prof. Dr. Eduardo Apostolos Machado Koutsoukos PETROBRAS/CENPES Aprovada em: Por: ________________________________________ _______________________________________ Rogério Loureiro Antunes, Armando Antonio Scarparo Cunha, PETROBRAS/CENPES PETROBRAS/CENPES ________________________________________ _______________________________________ Cláudia Gutterres Vilela, Valesca Maria Portilla Eilert, UFRJ/CCMN/IGEO UFRJ/CCMN/IGEO ________________________________________ _______________________________________ João Graciano Mendonça Filho, Ismar de Souza Carvalho, UFRJ/CCMN/IGEO UFRJ/CCMN/IGEO Rio de Janeiro, Agosto de 2007 iv Agradecimentos Tentarei em poucas palavras agradecer a todas as pessoas e instituições que possibilitaram a concretização desta tese, a todos que do meu lado estiveram durante este estudo, os meus sinceros agradecimentos: Agradeço à Profª. Dra. Maria Dolores Wanderley, por aceitar a orientação da tese, pela confiança em mim depositada e pela liberdade de ação na elaboração deste trabalho, contribuindo assim para o meu desenvolvimento pessoal. Meus sinceros agradecimentos ao Prof. Dr. Eduardo A. M. Koutsoukos, pela confiança, incentivo e investimento em meu trabalho acadêmico e profissional. Sua participação e amizade foram de suma importância em todos os momentos da tese. Seu olhar clínico, sua paciência, dedicação e ensinamentos são, ainda hoje, fundamentais para meu progresso pessoal e profissional. Aos Prof. Dr. Bernd-D. Erdtmann (Technische Universität Berlin, Alemanha), Prof. Dr. Holger Gebhardt (Geological Federal Institution, Viena, Áustria), Prof. Dr. Samuel O. Akande (University of Ilorin, Nigéria), Prof. Dr. A. Festus Abimbola (University of Ibadan, Nigéria), por cederem amostras da Bacia de Dahomey e informações importantes para o desenvolvimento da tese (em especial aos dados de foraminíferos e isótopos do afloramento de Shagamu, cedidas pelo Prof. Dr. Holger Gebhardt). Pelo produtivo relacionamento e interação, meus agradecimentos. Ao IODP (Integrated Ocean Drilling Program), por ceder as amostras dos Legs 108 (Site 661A) e 159 (Site 959D) do ODP (Ocean Drilling Program). À Fundação Volkswagen (Volkswagen-Stiftung Program of Partnerships) pelo apoio logístico e financeiro do projeto trilateral Nigéria-Alemanha-Brasil. Agradeço aos professores do Programa de Pós-Graduação em Geologia (PPGl) da UFRJ e à Christina Barreto, pela disposição em ensinar e atender. Durante todos esses anos de convívio, meu respeito e orgulho por ter feito parte do PPGl. v Aos profissionais da PETROBRAS, laboratoristas e bioestratígrafos, que contribuiram do início ao fim da tese. As técnicas e conselhos recebidos tiveram importante papel para o desenvolvimento do trabalho. Ao Laboratório de Preparação de Microfósseis, do Departamento de Geologia/IGEO/CCMN/UFRJ, por ceder o espaço e equipamentos necessários para o processamento das amostras e confecção das lâminas. Ao Programa de Capacitação de Recursos Humanos em Geologia do Petróleo da UFRJ – PRH-ANP/MCT 18/UFRJ, pela confiança e reconhecimento de meu trabalho e por viabilizar científica e economicamente a execução da Tese. Aos meus pais e irmãos que, apesar da distância, confiam e apóiam minhas decisões, zelando sempre pelo meu bem. À minha esposa Camila, por suportar todos os momentos difíceis e compartilhar dos bons, durante todo o longo processo de doutoramento. Não há palavras suficientes para retribuir de forma adequada meus agradecimentos. Sem seu auxílio nada disso teria se concretizado. Meu carinho e gratidão eterna. Aos amigos que, direta ou indiretamente, possibilitaram a realização deste trabalho. A todos eles, impossíveis de serem citados individualmente, agradeço por compartilharem de minhas idéias ao longo desses anos. vi “Necesse est minima maximorum esse initia.” É necessariamente muito pequeno o começo das coisas muito grandes. [Publílio Siro (85 a.C. - 43 a.C.)]. vii Resumo ALVES, Cleber Fernandes. Cretáceo-Paleógeno da Bacia de Dahomey e Atlântico Sul Equatorial: Bioestratigrafia, Paleoecologia e Paleoceanografia dos Nanofósseis Calcários. Rio de Janeiro, 2007. xxiii, 348 f. Tese (Doutorado em Geologia) – Programa de Pós-graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. A presente tese objetivou identificar e correlacionar, as associações de nanofósseis calcários do Campaniano-Maastrichtiano ao Eoceno médio da Bacia de Dahomey (Golfo de Guiné, estendendo-se a sudoeste por Gana, Togo e Benin, e a leste pelo sul da Nigéria) e do Oceano Atlântico Sul equatorial. Foram selecionadas quatro seções de testemunhos (Ilaro-3, Ilaro-1, Araromi e Wasimi), uma de amostras de calha (Bode Ashe) e uma seção de afloramento (Shagamu) da Bacia de Dahomey, além de duas seções de testemunhos (ODP Site 661A, Leg 108 e ODP Site 959D, Leg 159, cedidos pelo IODP) do Atlântico Sul equatorial. Através do estudo dos nanofósseis foi possível detalhar o arcabouço microbioestratigráfico dessas áreas em 26 intervalos distintos, além de interpretar os principais bioeventos e permitir inferências paleoecológicas que sugerem um clima tropical/subtropical, dominado por águas quentes, oligotróficas e epicontinentais, típicas de regiões de baixa latitude no Atlântico, entre o Neocretáceo e o Eoceno médio. O método modificado de preparação laboratorial contribuiu para uma melhor recuperação das associações de nanofósseis e melhor controle dos dados quantitativos. O Índice de Shannon evidenciou a variedade de diversidade específica (queda entre as biozonas CC26 e NP1; recuperação entre NP1 e NP4; ascensão entre NP7 e NP8 e queda entre NP9 e NP10) nas amostras analisadas. Para o afloramento de Shagamu dados de isótopos estáveis de Carbono e Oxigênio, integrados às informações qualitativas e quantitativas dos nanofósseis observados, auxiliaram na interpretação de eventos paleoceanográficos provavelmente ocorridos no final do Paleoceno e início do Eoceno. Palavras-chave: Nanofósseis calcários, biocronoerstratigrafia, Bacia de Dahomey, Atlântico Equatorial Sul, Ocean Drilling Program, Site 661A - Leg 108, Site 959D Leg 159, Cretáceo, Paleogeno. viii Abstract ALVES, Cleber Fernandes. Cretáceo-Paleógeno da Bacia de Dahomey e Atlântico Sul Equatorial: Bioestratigrafia, Paleoecologia e Paleoceanografia dos Nanofósseis Calcários [Cretaceous-Paleogene of the Dahomey Basin and Southern Equatorial Atlantic: Calcareous Nannofossil Bioestratigraphy, Paleoecology and Paleoceonography]. Rio de Janeiro, 2007. xxiii, 348 f. Tese (Doutorado em Geologia) – Programa de Pós-graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2007. The present thesis aimed at to identify and correlate the Campanian-Maastrichtian to middle Eocene calcareous nannofossil assemblages of the southern Dahomey Basin (Gulf of Guinea from Ghana, Togo and Benin to the west, and eastwards along southern Nigeria) and the equatorial South Atlantic Ocean. Five well sections (cored wells Ilaro-3, Ilaro-1, Araromi and Wasimi, and well Bode Ashe, with ditch cuttings) and one outcrop section (Shagamu) from Dahomey Basin, and two cored well sections (DSDP Site 661A, Leg 108 and ODP Site 959D, Leg 159) from the equatorial South Atlantic were selected to be studied. A detailed biostratigraphic framework (with 26 biozonal intervals) based on calcareous nannofossils is proposed for the Campanian-Maastrichtian to middle Eocene of these regions. The study allowed to reconstruct the sequence of bioevents and infer the paleoecological conditions in these regions during the studied interval which suggest a tropical/subtropical climate, dominated by warm, oligotrophic, epicontinental oceanic conditions, characteristic of Atlantic low latitudes. The use of a modified method of sample preparation allowed for a much improved recovery of the nannofossil assemblages, and to a better control of the quantitative data. The application of the Shannon’s Index allowed demonstrating the species diversity changes (decreasing between biozones CC26-NP1; recovering between NP-NP4; rising between NP7NP8, and decreasing between NP9-NP10) in the analyzed samples. For the Shagamu Quarry the Carbon and Oxygen isotopes, integrated with the qualitative and quantitative information from the nannofossil assemblages, assisted on the record and interpretation of the paleoceanographic events which occurred across the Paleocene-Eocene transition. Key-Words: Calcareous nannofossils, biochronostratigraphy, Dahomey Basin, , Southern Equatorial Atlantic, Ocean Drilling Program, Site 661A - Leg 108, Site 959D - Leg 159, Cretaceous, Paleogene. ix LISTA DE FIGURAS Figura 1: Estrutura celular da alga Haptophyta. (Segundo Bown, 1998).....................8 Figura 2: Processo de transporte e deposição dos cocólitos - pelota fecal - (segundo Alves & Wanderley, 2003. Modificado de Honjo, 1976, e Jones, 1996). Obs.: escalas entre cocosfera, cocólitos e “predador” exageradas para melhor compreensão. ....................................................................................................10 Figura 3: Principais vantagens do uso dos nanofósseis calcários na exploração do petróleo. Segundo Alves & Wanderley (2005) ...................................................11 Figura 4: Emprego dos nanofósseis calcários na indústria do petróleo. Segundo Alves & Wanderley (2005)..................................................................................12 Figura 5: Localização dos pontos estudados. Imagem gerada pelo software Google Earth...................................................................................................................19 Figura 6: Pontos estudados na Bacia de Dahomey e Testemunhos (Legs 108 e 159) do IODP. Imagem gerada pelo software Google Earth. .....................................19 Figura 7: Localização das seções estudadas na Bacia de Dahomey. Imagem gerada pelo software Google Earth................................................................................20 Figura 8: Geologia de um setor da Bacia de Dahomey com as principais áreas de amostragem. 1=Wasimi; 2 e 3=Ilaro-1 e Ilaro-3; 4=Araromi; 5=Bode Ashe e (X)=Shagamu (Fonte: Geological Survey of Nigeria). ........................................20 Figura 9: Principais bacias sedimentares nigerianas e distribuição dos sedimentos. Demarcado pelo retângulo vermelho, encontra-se a área amostrada e destacada na Figura 8. Modificado de Vrbka et al.(1999). .................................22 Figura 10: Sucessão Estratigráfica da Bacia de Dahomey admitida neste trabalho. Modificado de Erdtmann et al., 2002..................................................................30 Figura 11: Relação estratigráfica entre as bacias costeiras (e adjacências) da Nigéria. Em destaque a Bacia de Dahomey e a evolução dos estudos na área, onde os depósitos continentais estão em marrom e os depósitos marinhos em azul (referências mencionadas são encontradas em Adediran et al., 1991). Modificado de Adediran et al., 1991. ..................................................................31 Figura 12: Localização esquemática dos principais poços do DSDP e ODP, Legs 108 e 159. Poços: 661 A, Leg 108 (ODP) e 959 D, Leg 159 (ODP). ........................33 Figura 13: Localização do testemunho 661A, Leg 108 (ODP). .................................34 x Figura 14: Localização do testemunho 959D, Leg 159 (ODP). .................................35 Figura 15: Legenda com definição da litologia descrita no presente trabalho (segundo ODP). .................................................................................................37 Figura 16: Seção litológica do testemunho de Ilaro-3 e suas amostras coletadas. ...38 Figura 17: Seção litológica do testemunho de Ilaro-1 e suas amostras coletadas. ...40 Figura 18: Seção litológica do testemunho de Araromi e suas amostras coletadas..42 Figura 19: Seção litológica do testemunho de Wasimi e suas amostras coletadas. .44 Figura 20: Seção litológica do afloramento de Shagamu. Destaque para Formação Ewekoro. Foto de Holger Gebhardt (Março de 2003). .......................................45 Figura 21: Seção litológica do afloramento de Shagamu. Destaque para Formação Oshosun e as concreções calcárias. Foto de Holger Gebhardt (Março de 2003). ...........................................................................................................................46 Figura 22: Seção litológica do afloramento de Shagamu. Formação Ilaro, ao fundo e Formação Oshosun, com concreções calcárias. Foto de Holger Gebhardt (Março de 2003). ................................................................................................46 Figura 23: Seção litológica do afloramento de Shagamu e suas amostras coletadas. ...........................................................................................................................47 Figura 24: Seção de Bode Ashe (amostras de calha) e suas amostras coletadas....49 Figura 25: Seção litológica do Site 661A, Leg 108 e suas amostras coletadas. .......51 Figura 26: Seção litológica do Site 959D, Leg 159 e suas amostras coletadas ........52 Figura 27: Comparação entre as idades absolutas de Berggren et al. (1995), Gradstein et al. (2004) e o biozoneamento internacional de Martini (1971) para nanofósseis calcários .......................................................................................137 Figura 28: Comparação dos biozoneamentos padrões de Sissingh (1977), PerchNielsen (1985), Burnett (1998) e Antunes (1997) para o Cretáceo. .................138 Figura 29: Comparação dos biozoneamentos padrões de Martini (1971), Okada & Bukry (1980), Varol (1998) e Antunes (1997) para o Paleoceno. A idade absoluta foi baseada em escalas propostas por Gradstein et al. (2004)..........139 Figura 30: Comparação dos biozoneamentos padrões de Martini (1971), Okada & Bukry (1980), Varol (1998) e Antunes (1997) para o Eoceno. A idade absoluta foi baseada em escalas propostas por Gradstein et al. (2004). .......................140 Figura 31: Seção lito/bioestratigráfica do poço Ilaro-3 com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. ................170 xi Figura 32: Seção lito/bioestratigráfica do poço Ilaro-1 com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. ................176 Figura 33: Seção lito/bioestratigráfica do poço Araromi com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. ................183 Figura 34: Seção lito/bioestratigráfica do poço Wasimi com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. ................186 Figura 35: Seção lito/bioestratigráfica do afloramento Shagamu com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. .........................................................................................................................189 Figura 36: Seção lito/bioestratigráfica do poço Bode Ashe com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. ...........195 Figura 37: Seção lito/bioestratigráfica do Leg 108, Site 661A, com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. .........................................................................................................................199 Figura 38: Seção lito/bioestratigráfica do Leg 159, Site 959D, com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. .........................................................................................................................205 Figura 39: Seção lito/bioestratigráfica do poço Ilaro-3 e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. ........................................220 Figura 40: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do poço Ilaro-3..................................................................................221 Figura 41: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis no poço Ilaro-3. ............222 Figura 42: Seção lito/bioestratigráfica do poço Ilaro-1 e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. ........................................224 Figura 43: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do poço Ilaro-1..................................................................................225 Figura 44: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis no poço Ilaro-1. ............226 Figura 45: Seção lito/bioestratigráfica do poço Araromi e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas.................................228 Figura 46: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do poço Araromi. ..............................................................................229 xii Figura 47: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis no poço Araromi. ..........230 Figura 48: Seção lito/bioestratigráfica do poço Wasimi e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas.................................232 Figura 49: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do poço Wasimi. ...............................................................................233 Figura 50: Seção lito/bioestratigráfica do afloramento Shagamu e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. ........................235 Figura 51: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do afloramento de Shagamu. ...........................................................236 Figura 52: Seção lito/bioestratigráfica do Site 661 A, Leg 108 e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. ........................238 Figura 53: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do Site 661 A, Leg 108. ....................................................................239 Figura 54: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis do Site 661 A, Leg 108. 240 Figura 55: Seção lito/bioestratigráfica do Site 959 D, Leg 159 e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. ........................241 Figura 56: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do Site 959 D, Leg 159.....................................................................242 Figura 57: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis do Site 959 D, Leg 159. 243 Figura 58: Queda de diversidade de CC26 para NP1 (em vermelho) e recuperação da diversidade de NP1 para NP4, como exemplo (azul). Segundo a média amostrada neste trabalho.................................................................................245 Figura 59: Ascensão da diversidade entre NP7/NP8 até atingir o pico em NP9 (em azul) e posterior queda em NP10 (vermelho). Segundo a média amostrada neste trabalho. .................................................................................................245 Figura 60: Principais gêneros encontrados no afloramento de Shagamu (Discoaster spp., verde; Fasciculithus spp., amarelo; Coccolithus spp., vermelho e Toweius spp., azul) e sua correlação com os dados de isótopos estáveis de Oxigênio obtidos (Gebhardt, 2006) com foraminíferos Bulimina paleocenica (bentônico) e Acarinina spp. (planctônico). ............................................................................259 xiii Figura 61: Principais gêneros encontrados no afloramento de Shagamu (Discoaster spp., verde; Fasciculithus spp., amarelo; Coccolithus spp., vermelho e Toweius spp., azul) e sua correlação com os dados de isótopos estáveis de Carbono obtidos (Gebhardt, 2006) com foraminíferos Bulimina paleocenica (bentônico) e Acarinina spp.(planctônico). .............................................................................260 Figura 62: Principais gêneros encontrados no afloramento de Shagamu (Discoaster spp., verde; Fasciculithus spp., amarelo; Coccolithus spp., vermelho e Toweius spp., azul) e sua correlação com os eventos paleoecológicos indicados pelos dados isotópicos (Gebhardt, 2006). .................................................................261 xiv LISTA DE ESTAMPAS (Capítulo 5) Estampas 1 a 19 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. xv LISTA DE QUADROS Quadro 1: Principais nanofósseis calcários do poço Ilaro-3 e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971)...................................169 Quadro 2: Principais nanofósseis calcários do poço Ilaro-1 e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971)...................................175 Quadro 3: Principais nanofósseis calcários do poço Araromi e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971)...................................182 Quadro 4: Principais nanofósseis calcários do poço Wasimi e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Sissingh, 1977)................................185 Quadro 5: Principais nanofósseis calcários do afloramento de Shagamu e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971). ..............188 Quadro 6: Principais nanofósseis calcários do Leg 108, Site 661A e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Sissingh, 1977)................................198 Quadro 7: Principais nanofósseis calcários do Leg 159, Site 959D e suas respectivas: distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971). .............204 Quadro 8: Biozoneamento para o Cretáceo nas seções estudadas (cinza: amostras de calha; azul: amostras de testemunho, amarelo: amostras de afloramento). ....................................................................................................207 Quadro 9: Biozoneamento para o Paleoceno nas seções estudadas (cinza: amostras de calha; azul: amostras de testemunho; amarelo: amostras de afloramento). ....................................................................................................211 Quadro 10: Biozoneamento para o Eoceno nas seções estudadas (cinza: amostras de calha; azul: amostras de testemunho, amarelo: amostras de afloramento). ....................................................................................................214 Quadro 11: Padrões nas variações de nanoplâncton através do tempo geológico. Encontrados no presente estudo e confirmados pela literatura mundial. .........244 xvi LISTA DE TABELAS Tabela 1: Total das amostras analisadas neste trabalho. .........................................36 Tabela 2: Padronização da contagem semi-quantitativa usada neste trabalho.........54 Tabela 3: Padronização do conteúdo utilizado..........................................................64 xvii LISTA DE APÊNDICES Apêndice 1: Amostras utilizadas - Bacia de Dahomey.............................................297 Apêndice 2: Amostras utilizadas -ODP.....................................................................308 Apêndice 3: Ficha de Leitura - Amostra de testemunho..........................................312 Apêndice 4: Ficha de Leitura utilizada - Modelo.......................................................313 Apêndice 5: Ficha de Leitura - Amostra de calha.....................................................314 Apêndice 6a: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Ilaro-3..................................................................................................................316 Apêndice 6b: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Ilaro-3 (semi-quantitativa)...................................................................................317 Apêndice 7a: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Ilaro-1..................................................................................................................318 Apêndice 7b: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Ilaro-1 (semi-quantitativa)...................................................................................319 Apêndice 8a: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Araromi (Paleogeno)..........................................................................................320 Apêndice 8b: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Araromi (Paleogeno) (semi-quantitativa)............................................................321 Apêndice 9a: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Araromi (Cretáceo) .............................................................................................322 Apêndice 9b: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Araromi (Cretáceo) (semi-quantitativa)...............................................................323 Apêndice 10a: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Wasimi................................................................................................................324 Apêndice 10b: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Wasimi (semi-quantitativa).................................................................................325 Apêndice 11a: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Afloramento Shagamu .......................................................................................326 Apêndice 11b: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Afloramento Shagamu (semi-quantitativa)..........................................................327 Apêndice 12: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Poço Bode Ashe (semi-quantitativa)............................................................................328 xviii Apêndice 13a: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Site 661A, Leg 108.....................................................................................................329 Apêndice 13b: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Site 661A, Leg 108 (semi-quantitativa)......................................................................330 Apêndice 14a: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Site 959D, Leg 159.....................................................................................................331 Apêndice 14b: Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários no Site 959D, Leg 159 (semi-quantitativa)......................................................................332 Apêndice 15: Índice de Diversidade - Shannon (H’).................................................334 Apêndice 16: Lista taxonômica das espécies encontradas......................................342 xix LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS µm - micrometro (micra) ºC - graus Celsius ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas AR - Araromi BA - Bode Ashe CCD - Carbonate Compensation Depth - “Zona de Compensação do Carbonato” CCMN - Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza cm - centímetro DSDP - Deep Sea Drilling Project EIC - Excursão do Isótopo de Carbono H’ - Índice de Diversidade de Shannon IL-1 - Ilaro-1 IL-3 - Ilaro-3 IGEO - Instituto de Geociências IODP - Integrated Ocean Drilling Program km - quilômetro m - metro M.a. - Milhões de anos MET - Microscópio Eletrônico de Transmissão MEV - Microscópio Eletrônico de Varredura min - minuto ml - mililitro mm - milímetro MTPE - Máximo Termal do Limite Paleoceno-Eoceno NASC - Código Norte-Americano de Nomenclatura Estratigráfica NE - Nordeste NW - Noroeste ODP - Ocean Drilling Program rpm - rotações por minuto SE - Sudeste SH - Shagamu SiBI - Sistema de Bibliotecas e Informação da UFRJ SW - Sudoeste WA - Wasimi UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro xx SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1 1.1 Caracterização ................................................................................................ 1 1.2 Objetivos.......................................................................................................... 3 1.2.1 Objetivo Geral ............................................................................................... 3 1.2.2 Objetivos Específicos.................................................................................... 3 1.3 2 Estrutura da Tese ............................................................................................ 4 NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS............................................................................. 6 2.1 Generalidades ................................................................................................. 6 2.2 Breve Histórico Sobre Estudos dos Nanofósseis Calcários........................... 12 3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO................................................... 18 3.1 Localização - Introdução................................................................................ 18 3.2 Bacia de Dahomey ........................................................................................ 18 3.2.1 Rochas Sedimentares da Nigéria ............................................................... 21 3.2.1.1 Bacia de Dahomey ................................................................................... 24 3.2.1.2 Bacia de Dahomey – Divisão Litoestratigráfica (Figuras 10 e 11) ............ 28 3.2.1.3 Estudos dos Nanofósseis Calcários da Nigéria........................................ 31 3.3 Testemunhos Cedidos pelo IODP (Integrated Ocean Drilling Program)........ 33 3.3.1 Site 661A; Leg 108. .................................................................................... 34 3.3.2 Site 959D; Leg 159. .................................................................................... 35 4 MATERIAL E MÉTODO .................................................................................... 36 4.1 Material - Introdução...................................................................................... 36 4.1.1 Poço Ilaro-3................................................................................................. 37 4.1.2 Poço Ilaro-1................................................................................................. 39 4.1.3 Poço Araromi .............................................................................................. 41 4.1.4 Poço Wasimi ............................................................................................... 43 4.1.5 Afloramento de Shagamu ........................................................................... 45 4.1.6 Poço Bode Ashe ......................................................................................... 48 4.1.7 Site 661A, Leg 108 ..................................................................................... 50 4.1.8 Site 959D, Leg 159 ..................................................................................... 51 4.2 Método........................................................................................................... 53 xxi 4.2.1 Adaptação do Método de Preparação Laboratorial Tradicional de Nanofósseis Calcários.............................................................................................. 56 4.2.1.1 Introdução ................................................................................................ 56 4.2.1.2 Métodos Estudados.................................................................................. 57 4.2.1.3 Métodos Testados.................................................................................... 61 4.2.2 Método Estabelecido .................................................................................. 63 4.2.2.1 5 Método de Preparo Adaptado para Nanofósseis Calcários...................... 64 SISTEMÁTICA PALEONTOLÓGICA ................................................................ 67 5.1 Mesozóico ..................................................................................................... 68 5.1.1 Heterococólitos ........................................................................................... 68 5.1.2 Holococólitos............................................................................................... 73 5.2 Cenozóico ......................................................................................................... 74 5.2.1 Heterococólitos ........................................................................................... 74 5.2.2 Heterococólitos de afinidades incertas ....................................................... 85 5.2.3 Holococólitos............................................................................................... 87 5.2.4 Nanólitos ..................................................................................................... 87 6 BIOESTRATIGRAFIA...................................................................................... 135 6.1 Considerações Bioestratigráficas ................................................................ 135 6.2 Definições dos Zoneamentos Internacionais ............................................... 138 6.2.1 Mesozóico – Cretáceo .............................................................................. 141 6.2.1.1 Zona CC22 - Uniplanarius trifidus .......................................................... 141 6.2.1.2 Zona CC23 - Tranolithus phacelosus ..................................................... 142 6.2.1.3 Zona CC24 - Reinhardtites levis............................................................. 143 6.2.1.4 Zona CC25 - Arkhangelskiella cymbiformis............................................ 144 6.2.1.5 Zona CC26 - Nephrolithus frequens....................................................... 145 6.2.2 Cenozóico - Paleógeno............................................................................. 146 6.2.2.1 Zona NP1 - Markalius inversus .............................................................. 146 6.2.2.2 Zona NP2 - Cruciplacolithus tenuis ........................................................ 147 6.2.2.3 Zona NP3 - Chiasmolithus danicus ........................................................ 148 6.2.2.4 Zona NP4 - Ellipsolithus macellus .......................................................... 149 6.2.2.5 Zona NP5 - Fasciculithus tympaniformis ................................................ 150 6.2.2.6 Zona NP6 - Heliolithus kleinpellii ............................................................ 151 6.2.2.7 Zona NP7 - Discoaster mohleri .............................................................. 151 6.2.2.8 Zona NP8 - Heliolithus riedelli-Discoaster nobilis ................................... 152 xxii 6.2.2.9 Zona NP9 - Discoaster multiradiatus...................................................... 152 6.2.2.10 Zona NP10 - Tribrachiatus contortus...................................................... 155 6.2.2.11 Zona NP11 - Discoaster binodosus........................................................ 156 6.2.2.12 Zona NP12 - Tribrachiatus orthostylus ................................................... 157 6.2.2.13 Zona NP13 - Discoaster lodoensis ......................................................... 158 6.2.2.14 Zona NP14 - Discoaster sublodoensis ................................................... 159 6.2.2.15 Zona NP15 - Nannotetrina fulgens ......................................................... 160 6.2.2.16 Zona NP16 - Discoaster tanii nodifer...................................................... 161 6.2.2.17 Zona NP 17 - Discoaster saipanensis .................................................... 162 6.2.2.18 Zona NP 18 - Chiasmolithus oamaruensis ............................................. 163 6.2.2.19 Zona NP 19 - Isthmolithus recurvus ....................................................... 164 6.2.2.20 Zona NP 20 - Sphenolithus pseudoradians............................................ 165 6.3 Biocronoestratigrafia dos Intervalos Estudados........................................... 166 6.3.1 Amostras da Bacia de Dahomey............................................................... 166 6.3.1.1 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Ilaro-3......................................... 166 6.3.1.2 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Ilaro-1......................................... 171 6.3.1.3 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Araromi ...................................... 177 6.3.1.4 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Wasimi ....................................... 184 6.3.1.5 Distribuição Bioestratigráfica do Afloramento de Shagamu ................... 187 6.3.1.6 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Bode Ashe ................................. 190 6.3.2 Amostras Cedidas pelo Integrated Ocean Drilling Program (IODP).......... 196 6.3.2.1 Distribuição Bioestratigráfica do ODP (Ocean Drilling Program) Leg 108, Site 661 A, Eastern Tropical Atlantic (Atlântico Tropical Oriental). ......................... 196 6.3.2.2 Distribuição Bioestratigráfica do ODP Leg 159, Site 959 D, Côte d’Ivoire – Ghana Marginal Ridge, Eastern Equatorial Atlantic (Cadeia, ou Dorsal, Marginal Costa do Marfim-Gana, Atlântico Equatorial Oriental)............................................ 200 7 CONSIDERAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E PALEOBIOGEOGRÁFICAS PARA OS POÇOS ANALISADOS.......................................................................... 206 8 ÍNDICE DE DIVERSIDADE (SHANNON) NAS SEÇÕES ESTUDADAS......... 215 8.1 Introdução.................................................................................................... 215 8.1.1 Shannon, Shannon-Wiener ou Shannon-Weaver? ................................... 215 8.1.2 Índice de Shannon em Modelos Ecológicos ............................................. 216 8.2 8.2.1 O Índice de Diversidade de Shannon no Presente Estudo.......................... 219 Poço Ilaro- 3.............................................................................................. 219 xxiii 8.2.2 Poço Ilaro-1............................................................................................... 223 8.2.3 Poço Araromi ............................................................................................ 227 8.2.4 Poço Wasimi ............................................................................................. 231 8.2.5 Afloramento de Shagamu ......................................................................... 234 8.2.6 Site 661 A, Leg 108 .................................................................................. 237 8.2.7 Site 959D, Leg 159 ................................................................................... 240 8.3 9 Considerações Gerais ................................................................................. 244 NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS E O MÁXIMO TERMAL DO PALEOCENO- EOCENO................................................................................................................ 246 9.1 O Máximo Termal do Paleoceno- Eoceno (MTPE)...................................... 246 9.2 Relação dos Nanofósseis ao MTPE ............................................................ 248 9.2.1 Principais Relações da Assembléia de Nanofósseis Associadas ao MTPE. .................................................................................................................. 250 9.2.1.1 Associação Rhomboaster spp. – Discoaster araneus no início da EIC ............................................................................................................... 250 9.2.1.2 Diminuição da diversidade de Fasciculithus spp. no início da EIC......... 252 9.2.1.3 Ocorrência de Zygrhablithus bijugatus e Aumento de Z. bijugatus / Diminuição de Fasciculithus spp. (“Fasciculithus spp./ Zygrhablithus bijugatus abundance cross-over”) na Parte Final do Intervalo EIC/MTPE............................. 252 9.2.2 Distribuição Bioestratigráfica dos Nanofósseis Correlacionada ao MTPE ................................................................................................................ 253 9.3 9.3.1 Identificação do MTPE no Presente Trabalho ............................................. 255 Afloramento de Shagamu ......................................................................... 255 10 CONCLUSÕES ............................................................................................... 262 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 265 APÊNDICES.............................................................................................................296 1 1 INTRODUÇÃO 1.1 Caracterização do Estudo O enfoque principal do presente trabalho envolve a identificação e caracterização do nanoplâncton calcário, além do estudo das seqüências de bioeventos e inferências paleoecológicas e paleoceanográficas relacionadas ao estágio oceânico de desenvolvimento (Campaniano-Maastrichtiano ao Eoceno) de seções da porção leste da Bacia de Dahomey (Sul da Nigéria) e Atlântico Sul Equatorial (através de testemunhos dos Legs 108 e 159 cedidos pelo IODP – Integrated Ocean Drilling Program). A relevância dessa pesquisa fundamenta-se na ausência de estudos bioestratigráficos e paleoecológicos dos nanofósseis calcários na Bacia de Dahomey e de um estudo comparativo com regiões do Atlântico Sul equatorial, representando deste modo, um significativo avanço para o conhecimento das áreas estudadas. Além disso, as seções investigadas aqui, Bacia de Dahomey no oeste da África, Leg 108 e Leg 159 (ODP – Ocean Drilling Program), localizavam-se direta ou obliquamente ligadas e em direções opostas à nossa margem equatorial. Deste modo esta pesquisa proporcionará, futuramente, importantes elementos de correlação com a margem equatorial brasileira. Com a aplicação de um método de preparação laboratorial adaptado (descrito pela primeira vez neste trabalho (tópico 4.2.1), foi possível construir arcabouços 2 bioestratigráficos (capítulo 6, Figuras 31 a 38) detalhados com base em nanofósseis calcários (do Campaniano-Maastrichtiano ao Eoceno), utilizar de dados quantitativos para interpretações de variação da diversidade específica (Índice de Shannon, capítulo 8) e realizar inferências paleoceanográficas ao longo do tempo geológico estudado para a Bacia de Dahomey e Legs 108 e 159 (capítulo 7, Quadros 8 a 10). Na intenção de reforçar as interpretações bioestratigráficas e paleoambientais da região estudada, realizou-se a integração entre dados de curvas de isótopos estáveis (δ18O e δ13C) e informações qualitativas e quantitativas dos nanofósseis encontrados no afloramento de Shagamu (capítulo 9, figuras 60 a 62). O presente estudo fez parte de um projeto de pesquisa trilateral [Nigerian and Brazilian coastal basin development during the formation of the early South Atlantic: Evolution of Dahomey (Nigeria-Togo) and Potiguar (NE Brazil) Basins with respect to processes of sedimentation, paleo-environments and paleo-oceanology during Late Cretaceous to Paleogene (Tertiary) times and the resource potentials], patrocinado pela Fundação Volkswagen (Volkswagen-Stiftung Program of Partnerships), Projeto # AZ I/77620 e coordenado pelos Professores Dr. B. D. Erdtmann (Institut für Angewandte Geowissenschaften, Technische Universität Berlin, Berlim, Alemanha), Dr. S. O. Akande (Dean of Sciences, Department of Geology and Mineral Sciences, University of Ilorin, Kware State, Nigéria) e Dr. Eduardo A. M. Koutsoukos, (CENPES, Petrobras). A Tese foi desenvolvida com apoio do Programa de Capacitação de Recursos Humanos em Geologia do Petróleo da UFRJ – PRH-ANP/MCT 18/UFRJ 3 1.2 1.2.1 Objetivos OBJETIVO GERAL Realizar estudo comparativo entre a Bacia de Dahomey (Nigéria-Togo) e seções do Atlântico Sul equatorial (IODP - Leg 108, Site 661A e Leg 159, Site 959D) com base em nanofósseis calcários e sua bioestratigrafia, paleoecologia e paleoceanografia. 1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS A. Construir arcabouços bioestratigráficos com base em nanofósseis calcários para a Bacia de Dahomey e Sites 661A (Legs 108) e 959D (Leg 159). B. Determinar o grau de similaridade entre as associações nanofossilíferas do Campaniano ao Paleógeno entre as seções da Bacia de Dahomey (Nigéria-Togo) e Sites 661A (Legs 108) e 959D (Leg 159). C. Identificar, caracterizar e correlacionar a seqüência de bioeventos e inferências paleoceanográficas no trecho do Atlântico Sul equatorial estudado. 4 D. Interpretar as condições paleoambientais durante o Neocretáceo e Paleógeno nas regiões acima citadas, segundo dados qualitativos e quantitativos de nanofósseis calcários. E. Comparar dados quantitativos das espécies com curvas de isótopos de 13 C e 18O para o afloramento de Shagamu (Bacia de Dahomey). 1.3 Estrutura da Tese Além do atual capítulo introdutório (Capítulo 1 - Introdução), os principais tópicos da tese estão assim organizados: Capítulo 2, Nanofósseis Calcários, páginas 6 a 17, onde são apresentadas generalidades do nanoplâncton calcário, incluindo aspectos biológicos, transporte e deposição de cocólitos no fundo oceânico. Comenta-se também sobre a utilização dos nanofósseis calcários na indústria do petróleo e é apresentado um breve histórico sobre os estudos do grupo fóssil, com um apanhado geral de importantes pesquisas até os dias de hoje. Capítulo 3, Caracterização da área de estudo, páginas 18 a 35, contendo a localização das seções analisadas e sucessão estratigráfica da Bacia de Dahomey para o intervalo de tempo pesquisado, além dos estudos prévios de nanofósseis calcários da Nigéria. Encontram-se também nesse capítulo todas as informações sobre as localizações dos testemunhos cedidos pelo IODP. 5 Capítulo 4, Material e método, páginas 36 a 66, onde são apresentadas todas as seções estudadas (material), suas respectivas descrições litológicas e amostras pontuais. O método utilizado para elaboração da tese é ilustrado nesse capítulo, onde todas as etapas do trabalho são pormenorizadas. Inclui-se aqui o método de preparação laboratorial adaptado. Capítulo 5, Sistemática Paleontológica, páginas 67 a 134, onde são apresentadas a classificação e as estampas das entidades taxonômicas encontradas. Capítulo 6, Bioestratigrafia, páginas 135 a 205, com as considerações bioestratigráficas, definições e comparações dos principais biozoneamentos internacionais e finalmente a biocronoestratigrafia dos intervalos estudados. Capítulo 7, Breves considerações bioestratigráficas e paleobiogeográficas para os poços analisados, páginas 206 a 214, onde é possível visualizar a integração dos dados biostratigráficos de cada seção e suas inferências paleoceanográficas. Capítulo 8, Índice de Diversidade de Shannon, páginas 215 a 245, onde o modelo de índice é introduzido, com sua apresentação, demonstração e aplicação no presente estudo. Capítulo 9, Nanofósseis calcários e o Máximo Termal do Paleoceno-Eoceno, páginas 246 a 261, onde são descritos, em linhas breves, o episódio de aquecimento ocorrido entre o Paleoceno e o Eoceno, suas características e eventos associados, relação com o nanoplâncton calcário, e identificação do evento com base em isótopos estáveis e nanofósseis no afloramento de Shagamu. 6 2 NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS 2.1 Generalidades O termo Nanofósseis Calcários corresponde ao conjunto de partículas de composição carbonática, de origem orgânica, com dimensões inferiores a 63 µm e uma ampla variedade de formas (geralmente plaquetas arredondadas). Deriva-se do termo nanoplâncton, definido por Lohmann (1909), incluindo todo o plâncton que ultrapassa uma fina rede planctônica de malha inferior a 63 µm formado principalmente de cocolitoforídeos (segundo Bown, 1998, diversos grupos podem aparecer junto aos cocolitoforídeos nestas redes, incluindo espículas de ascídias, dinoflagelados calcários e até foraminíferos jovens). Assim, são incluídos como nanofósseis além dos cocolitoforídeos fósseis, outras formas associadas, de origem indeterminada (incertae sedis). Outro termo empregado na literatura é nanolito, termo descritivo que abrange tanto formas vivas quanto fósseis, cocolitoforídeos ou incertae sedis. Os cocolitoforídeos Prymnesiophyceae (Young pertencem & Bown, à Divisão 1997). São Haptophyta, organismos Classe unicelulares, biflagelados, planctônicos e predominantemente marinhos. São fotossintetizantes, mas ao serem submetidos à ausência de luz podem se comportar como heterotróficos, capturando seu alimento (matéria orgânica, bactérias e outros 7 fitoplânctons). São considerados também os principais produtores primários que convertem dióxido de carbono (CO2) em carbonato de cálcio (CaCO3) nos oceanos. Habitam a zona fótica do oceano, preferencialmente mares abertos, distantes da região costeira, com águas estratificadas, de baixo teor de nutrientes (oligotrófico), e geralmente quentes (o que pode variar conforme a espécie) de salinidade normal. Raras espécies vivem em ambientes de água doce ou de baixa salinidade, alguns indivíduos podem ser encontrados também em ambientes de alta salinidade (Brand, 1994). Os estudos biológicos baseiam-se em espécies de cocolitoforídeos ainda viventes e são desta maneira, correlacionados aos fósseis e mesmo assim ainda são incompletos. Como características peculiares ao grupo recente, pode-se citar a presença (Figura 1) de: 1) Um haptonema (além dos dois flagelos típicos), de formato espiralado e estrutura tubular única (aparentemente uma adaptação funcional para nadar, capturar alimento ou aderir-se ao substrato) e, 2) parede celular revestida por placas externas (cocólitos) que formam, em conjunto, um envoltório esférico (posteriormente verificou-se que poderia apresentar outras formas, Convigton, 1985 in Antunes, 1997), formando a denominada cocosfera (Wallich, 1877, Siesser, 1994b). Após a morte, este envoltório é rompido e os cocólitos desprendidos são transportados até o substrato oceânico (Figura 2) onde se depositam e preservam-se para o registro fóssil. 8 Figura 1: Estrutura celular da alga Haptophyta. (Segundo Bown, 1998). Os cocólitos são compostos principalmente de calcita, da variedade "baixo Mg" (que contém menos de 4% de MgCO3). Pequenas quantidades de aragonita e vaterita também foram observadas em culturas de laboratório (Siesser, 1977). Sobre a função dos cocólitos, extensas discussões e várias hipóteses foram formuladas até então, onde se especula principalmente sobre: proteção, regulação da luz, flutuação e conveniência bioquímica. Maiores explicações a respeito dos elementos biológicos e formação das placas são encontrados em Siesser (1977), Brasier (1980), Aubry (1984), PerchNielsen (1985), Houghton (1991), Young et al. (1992), Young (1994), Piennar, (1994), Antunes (1997), Young et al. (1997), Bown (1998) e Alves (2003). Nanofósseis calcários são geralmente observados em grande abundância em sedimentos de ambientes de baixa energia, marinhos (distantes da costa), de 9 granulometria fina, como: folhelhos, margas, vasas e siltitos (em arenitos são extremamente raros). Basicamente dois mecanismos são os principais responsáveis pelo transporte de placas para o fundo oceânico, que explicam como os cocólitos são encontrados em áreas abaixo da profundidade de compensação da calcita (Roth et al., 1975): transportados por meio de macroagregados oceânicos ou pelotas fecais (pellets). Cocólitos isolados apresentam uma velocidade de deposição muito baixa, dissolvendo-se em águas pobres em carbonato de cálcio para a tanatocenose dos nanofósseis. Pelotas fecais são produzidas pelo zooplâncton que habita a zona fótica. Cocólitos atravessam todo o canal alimentar do zooplâncton sem sofrer qualquer efeito destrutivo (ataque químico ou físico) e se integram aos pellets fecais que podem conter cerca de 100.000 cocólitos (Honjo,1976). A pelota fecal apresenta uma alta taxa de afundamento e uma grande quantidade é formada no oceano, o que favorece a deposição de cocólitos no substrato oceânico, além disso, propicia a preservação dos nanofósseis, pois é revestida de uma película orgânica que os protege dos efeitos da dissolução em regiões mais profundas. Tal mecanismo é descrito na Figura 2 e pode ser lido em Honjo (1976), Jones, (1996) e Alves & Wanderley (2003). 10 Figura 2: Processo de transporte e deposição dos cocólitos - pelota fecal - (segundo Alves & Wanderley, 2003. Modificado de Honjo, 1976, e Jones, 1996). Obs.: escalas entre cocosfera, cocólitos e “predador” exageradas para melhor compreensão. Macroagregados ou "neve marinha" são partículas frágeis, amorfas, aglutinadas, formadas por bactérias, fitoplânctons, zooplânctons, pelotas fecais e diversos detritos de matéria orgânica e inorgânica (Honjo, 1982), que também auxiliam na deposição dos cocólitos no fundo dos oceanos (Siesser, 1994). Após a deposição, os nanofósseis estão sujeitos a ação de diversos processos diagenéticos, recristalização e dissolução, que podem transformar significativamente a composição fossilífera, promovendo até mesmo sua total destruição, como no caso 11 de acumulações que se apresentam abaixo da CCD (Zona de Compensação do Carbonato de Cálcio). Por apresentarem uma ampla distribuição paleogeográfica, pequena amplitude cronoestratigráfica e uma alta taxa evolutiva de grande parte do grupo, os nanofósseis calcários são considerados excelentes indicadores bioestratigráficos. Em função de sua elevada abundância, rapidez e facilidade no preparo e na análise das amostras, possuem um valor particular na exploração petrolífera, onde são empregados no controle bioestratigráfico dos poços perfurados, conforme discutem Alves & Wanderley (2003) e sumarizado por Alves & Wanderley (2005) nas Figuras 3 e 4. Figura 3: Principais vantagens do uso dos nanofósseis calcários na exploração do petróleo. Segundo Alves & Wanderley (2005) 12 Figura 4: Emprego dos nanofósseis calcários na indústria do petróleo. Segundo Alves & Wanderley (2005). 2.2 Breve Histórico Sobre Estudos dos Nanofósseis Calcários Em 1836, em um chalk da Ilha de Rugen no Mar Báltico, Christian Gottfried Ehrenberg fez o primeiro relato da observação de estruturas que posteriormente seriam chamadas de cocólitos. Descrevendo-os como corpúsculos elípticos, ou discos achatados, possuindo um ou alguns anéis concêntricos em sua superfície, Ehrenberg considerava, entretanto, que se tratavam de minerais ovóides, de origem inorgânica. 13 Ehrenberg (1854) passou 14 anos preparando seu trabalho clássico Mikrogeologie, onde publicou cerca de 5000 ilustrações do material analisado e denominado por ele de "morfolitos calcários". A partir daí, vários estudos e hipóteses foram lançadas na tentativa de se esclarecer a origem destas partículas. Thomas H. Huxley (1858), assim como Ehrenberg, conferiu origem inorgânica para as microscópicas partículas elípticas e discoidais. Desenvolveu estudos em amostras procedentes do Oceano Atlântico Norte e atribuiu o termo cocólito pela primeira vez na literatura. Wallich, em 1861, relatou ter encontrado não apenas cocólitos livres, mas também "aderidos" em diminutas esferas, e nomeou esta forma esférica de cocosfera, indicando sua relação intrínseca aos cocólitos. Baseado em suas amostras, Wallich acreditava ter encontrado uma forma juvenil de foraminífero planctônico (Globigerinae). Ao mesmo tempo, Henry Clifton Sorby (1861) observou que os corpos ovóides de Ehrenberg não eram simples discos achatados, mas apresentavam um dos lados convexo e o outro côncavo, acreditando assim em uma origem orgânica de cristalização. Sorby, seguindo sua descrição do formato côncavo-convexo do cocólito, considerou, por dedução, que estes ocorriam agrupados em formas diminutas de esferas no oceano. Surge a hipótese da origem orgânica dos cocólitos, com Wallich considerando cocólitos como foraminíferos rudimentares com base em trabalhos petrográficos que indicavam a mesma composição calcária (calcita) para ambos; e Sorby, que defendia a idéia de organismos independentes dos foraminíferos, devido a diferenças nas propriedades ópticas no agrupamento da calcita nas respectivas estruturas. 14 Depois do artigo de Sorby (1861), quase todos os pesquisadores aceitaram o fato de que cocólitos e cocosferas tinham uma origem orgânica, exceto Ehrenberg, que três anos antes de sua morte publicara um dos seus últimos artigos sobre tais "estruturas inorgânicas" (1873). Com este avanço, biólogos começam a discutir em qual grupo seriam enquadrados os cocólitos e cocosferas. Dentre alguns trabalhos destacam-se os de Huxley (1868), Haekel (1870), Carter (1871), Thompson (1874), Wallich (1877), Murray & Blackman (1898), Dixon (1900), Lohmann (1902), Ostenfield (1899 et seq.), Arkhangelsky (1912 et seq.) que juntamente com outros fecham o século XIX e iniciam o século XX com significativo desenvolvimento no campo de estudo biológico destes organismos, intensificando os estudos fisiológicos e sistemáticos do grupo (Siesser, 1994). Nas décadas de 1920 e 1930, surgem nomes como os de Kampter (1927, 1931) na Áustria, Deflandre (1939) na França, Gran e Braarud (1935) na Noruega, pesquisadores que descreveram tanto espécies viventes como as espécies fósseis de cocolitoforídeos. Nas décadas de 1940 e 1950, nota-se uma eminente investigação dos aspectos fisiológicos e ecológicos do nanoplâncton, como exemplos temos os trabalhos de Braarud (1945) e Parke e colaboradores (1955). Com o desenvolvimento de técnicas de microscopia na década de 1950 tornase mais elucidativo o estudo do nanoplâncton. Kampter (1952) faz uso da luz polarizada cruzada. Ainda, na mesma década, Braarud & Nodli (1952), Braarud et al. (1952) Deflandre & Fert (1954) passam a utilizar iluminação em contraste de fase e o microscópio eletrônico de transmissão (MET), tornando esta uma ferramenta de grande ajuda na caracterização e descrição de muitos exemplares. 15 Bramlette e Riedel (1954) demonstraram com sucesso o uso de nanofósseis calcários em bioestratigrafia, com a posição estratigráfica sendo determinada em questão de minutos e com grande precisão (Martini & Bramlette, 1963). O primeiro registro de nanofósseis calcários é do Triássico superior, mas os primeiros estudos bioestratigráficos foram desenvolvidos para o Cenozóico (Bramlette & Riedel, 1954; Bramlette & Sullivan, 1961), onde se comprovou a validade das espécies de Discoaster para a correlação estratigráfica de longa distância. O valor bioestratigráfico dos nanofósseis acaba finalmente por ser reconhecido com as expedições do DSDP (Deep Sea Drilling Project), de 1968 a 1983, e de seu sucessor ODP (Ocean Drilling Program), a partir de 1985 em diante, onde esse grupo foi considerado em muitos dos seus trabalhos como um fóssil elementar referencial, possibilitando um vultoso avanço no refinamento dos já estabelecidos arcabouços bioestratigráficos. O microscópio eletrônico de varredura (MEV) ocupa lugar de destaque nos estudos taxonômicos do grupo, no final da década de 1960 e início da década de 1970. Entretanto, o microscópio de luz polarizada e de contraste de fase ainda é o mais utilizado na rotina dos trabalhos bioestratigráficos. A partir dos anos de 1950 até os dias de hoje os estudos com nanoplâncton caminham para seu estágio de maturidade. Começam a se desenvolver diversos zoneamentos bioestratigráficos a medida que se melhor conhecia a amplitude cronoestratigráfica das espécies,desde o Jurássico até o Cenozóico. Dentre diversos trabalhos clássicos citam-se os de Bramlette & Sullivan (1961), Martini & Bramlette (1963), Bramllete & Riedel (1954), Bramlette & Martini (1964), Cepek & Hay (1969), Martini (1971), Bukry (1973a), Bukry (1973b), Haq & Lohmann (1976), Thierstein 16 (1976), Manivit et al.(1977), Gartner Jr (1977), Hay (1977), Sissingh (1977), Verbeek (1977), Bukry (1978), Haq (1978), Perch-Nielsen (1985), Varol (1989) e Bown (1998, 2005) com a integração global do arcabouço bioestratigráfico com base em nanofósseis calcários e até outros grupos fósseis. No Brasil pode-se citar os trabalhos de Tröelsen & Quadros (1971), Quadros & Gomide (1972), Gomide (1982), Freitas (1983), Antunes (1987), Richter et al. (1987), Wanderley (1987), Shimabukuro, (1988), Cunha (1990), Dehnhardt (1990), Antunes & Cunha (1991), Costa (1992), Cunha & Antunes (1993), Antunes (1994), Beurlen et al. (1994), Costa & Antunes (1994), Shimabukuro (1994), Toledo (1995), Dehnhardt (1996), Antunes (1997), Cunha et al. (1997), Oliveira (1997), Antunes (1998), Cunha & Koutsoukos (1998), Gonçalves & Dehnhardt (1999), Lima (2002), Antunes et al. (2004), Oliveira et al. (2005), elevando o conhecimento bioestratigráfico dos nanofósseis da margem brasileira. Mesmo não contemplando todos os estudos realizados na área, destacam-se aqui diversos trabalhos considerados importantes, com estudos que envolvem: 1) a descrição, a classificação e a filogenia: McIntyre & Bé (1967); Tappan (1968), Bukry (1971), Tappan & Loeblech (1973), Hay (1977), Farinacci (1979) et seq., Romein (1979), Tappan (1980), Aubry (1984) et seq., Perch-Nielsen (1985), Roth (1987), Aubry (1989a), Bown et al. (1992 e 1994), Bown & Young (1997), Young (1997), Young & Bown (1997a), Young & Bown (1997b), Young et al. (1997), Young et al. (2003), Geisen et al. (2004), Andruleit et al. (2006) e Takano et al. (2006). 2) investigações de isótopos estáveis, ecologia, produção, transporte, sedimentação e diagênese, biogeografia e paleoceanografia: Hill (1975), Honjo (1976), McIntyre & McIntyre (1971), Bukry (1973b), McIntyre & Bé (1973), 17 Schneidermann (1973), Schneidermann (1977), Tappan (1980), Roth (1983), Aubry (1984), Roth (1987), Roth (1989), Houghton (1991), Wei & Wise (1992), Roth (1994), Siesser (1994a), Siesser (1994b), Steinmetz (1994a), Steinmetz (1994b), Winter & Siesser (1994), Winter et al. (1994), Cachão (1995), Browning (1997), Kinkel et al. (2000), Stant (2004), Thierstein & Young (2004), Young et al. (2005) e Erba (2006). 3) a importância da bioestratigrafia de nanofósseis calcários como ferramenta na exploração de hidrocarbonetos (Crux & van Heck, 1989; Jenkins, 1993; Jones, 1996). Os nanofósseis calcários também foram abordados de forma didática em livros acadêmicos de assuntos relacionados direto ou indiretamente à micropaleontologia ou paleontologia geral, como exemplos: Jones (1956), Glaessner (1963), Hay (1977), Haq & Boersma (1978), Brasier (1980), Bignot (1985), Perch-Nielsen (1985), Lipps (1993), Winter & Siesser (1994), Jones (1996), Antunes (1997), Bown (1998), Wanderley (2000 e 2004), Thierstein & Young (2004), Armstrong & Brasier (2005). 18 3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 3.1 Localização - Introdução O presente trabalho envolve o estudo detalhado de nanofósseis calcários (Cretáceo superior ao Eoceno superior) encontrados em seções ao longo do Oceano Atlântico Equatorial (1) da Bacia de Dahomey (Nigéria) e (2) testemunhos cedidos pelo IODP (Integrated Ocean Drilling Program) (Figuras 5 a 7). 3.2 Bacia de Dahomey A Bacia de Dahomey situa-se no Golfo de Guiné, estendendo-se ao sudoeste da margem africana por Gana, República de Togo e Benin, e ao leste pela porção sul da Nigéria. As amostras estudadas da Bacia de Dahomey (Figuras 5 a 8, e Apêndice 01) são provenientes de poços (Bode Ashe, Araromi, Wasimi, Ilaro-1, Ilaro-3) e do afloramento (Shagamu) das áreas de Ilaro e Abeokuta. 19 Figura 5: Localização dos pontos estudados. Imagem gerada pelo software Google Earth. Figura 6: Pontos estudados na Bacia de Dahomey e Testemunhos (Legs 108 e 159) do IODP. Imagem gerada pelo software Google Earth. 20 Figura 7: Localização das seções estudadas na Bacia de Dahomey. Imagem gerada pelo software Google Earth. Figura 8: Geologia de um setor da Bacia de Dahomey com as principais áreas de amostragem. 1=Wasimi; 2 e 3=Ilaro-1 e Ilaro-3; 4=Araromi; 5=Bode Ashe e (X)=Shagamu (Fonte: Geological Survey of Nigeria). 21 3.2.1 BACIAS SEDIMENTARES DA NIGÉRIA As rochas sedimentares nigerianas ocorrem tanto na porção costeira quanto na porção continental do país. Há apenas duas bacias costeiras na Nigéria, o Delta do Niger e a Bacia de Dahomey, próximas ao Oceano Atlântico Equatorial. O setor leste da Bacia de Dahomey encontra-se na Nigéria e o restante está distribuído por Benin, Togo e Gana. Outras principais bacias nigerianas são: Anambra, Depressão de Benue, Embasamento médio do Niger (Bida), Sokoto (setor leste da bacia de Illulemebin), Bacia de Nupe e Bacia de Chad (Figura 9). A Bacia de Anambra e a faixa NE-SW da depressão de Benue cobrem a parte 40km leste da Nigéria subindo ao nordeste, onde se localiza a Bacia de Chad. O Embasamento do Niger Médio, conhecido também como Bacia de Bida, percorre NW-SE aproximadamente perpendicular e continua à Bacia de Anambra da parte sudeste do país. A Bacia de Bida ocupa a área central oeste, estendendo-se até a Bacia de Sokoto, no canto noroeste da Nigéria. 22 Figura 9: Principais bacias sedimentares nigerianas e distribuição dos sedimentos. Demarcado pelo retângulo vermelho, encontra-se a área amostrada e destacada na Figura 8. Modificado de Vrbka et al.(1999). Os depósitos mais antigos destas bacias são arenitos do Cretáceo, folhelhos e calcarenitos datados geralmente como sendo do Albiano (110 M.a.), contudo sua posição basal pode ser indicada como sendo Aptiano ou mesmo do Neocomiano. Estas rochas são denominadas Grupo Rio Asu no leste da Nigéria, sendo depositadas sobre o embasamento cristalino e piroclastos basais na depressão de Benue (Ofoegbu, 1985; Rat et al., 1991). Os sedimentos depositados são geralmente areias de ambientes flúvio-deltáicos sobre o complexo embasamento. No sudeste nigeriano os depósitos mais antigos do Cretáceo que recobrem o embasamento são areias, siltitos e conglomerados relacionados à Formação Ise do Grupo Abeokuta. Na Bacia de Bida, no oeste central da Nigéria, os depósitos cretácicos são do Maastrichtiano e denominados Arenito Nupe. 23 Uma seqüência de arenitos e siltitos que recobrem o Arenito Nupe contêm depósitos de ferro oolíticos e pisolíticos na região de Bida. As rochas mais antigas na Bacia de Sokoto compreendem essencialmente de arenitos, argilas e folhelhos classificados como Formação Gundumi, de idade turoniana. A seqüência sedimentar na Depressão de Benue consiste em alternâncias de folhelhos marinhos e calcarenitos que recobrem o Grupo Asu River ao sul e o Arenito Bima ao norte. Estes arenitos foram depositados durante a segunda transgressão marinha dentro da subsidência da depressão local durante o Cenomaniano e Turoniano (110-90 M.a.) (Reyment & Dingle, 1987). A seqüência folhelhos-calcarenitos inclui a Formação Odukpani na área de Calabar (Benue Inferior); Eze-Aku/Makurdi na Depressão de Benue Médio e as formações Dukul, Gongila e Pindiga na Depressão de Benue Superior, no nordeste da Nigéria (Ofoegbu, 1985). As camadas de calcarenitos nestas formações são suficientemente espessas em alguns lugares, notavelmente em Nkalagu, Odomoke, Igumale, Yandey e Ashaka. Após a deposição dos calcarenitos, o mar tornou-se raso, resultando na formação de pântanos, particularmente na Bacia de Anambra (Reyment & Dingle, 1987; Ladipo 1988). Os pântanos e vegetação associados foram mais tarde cobertos por uma espessa camada de sedimentos que se tornariam o depósito de carvão das formações Mamu e Nsukka, na Bacia de Anambra (Ladipo, 1988) e Depressão de Benue Inferior. Na Depressão de Benue Médio e Superior camadas de carvão também ocorrem com as formações Lafia e Gombe, consideradas equivalentes temporais de Mamu e Nsukka, ao sudeste da Nigéria (Ofoegbu, 1985). 24 Durante o final do Cretáceo, o preenchimento sedimentar da Bacia de Anambra, Depressão de Benue e alguns depocentros, as sub-bacias de Afikpo e o flanco de Calabar estavam sujeitos a movimentos da crosta (episódios de dobramento). Isto resultou na formação de um anticlinal regional (Abakaliki) na Depressão de Benue Inferior e em sinclinais complementares nas adjacências da Bacia de Anambra para o oeste e na sub-bacia de Afikpo ao leste (Ladipo, 1988). Estudos mais detalhados podem ser encontrados em trabalhos como os de Onuoha & Ofoegbu (1988) e Onuoha (1999), sobre caracterização estrutural e dados de poços perfurados; além de Chatellier & Slevin (1988) e Akande et al. (1998), versando sobre potencial de exploração de hidrocarbonetos na região. 3.2.1.1 A Bacia de Dahomey A Bacia de Dahomey está próxima de um grande número de campos petrolíferos, descobertos recentemente nas redondezas dos países africanos como Cote d’Ivore, Gabão, Benin e Nigéria. A partir do eocretáceo, a área que agora está no oeste da África e no Golfo de Guiné sofreu uma considerável atividade tectônica associada com a quebra do Gondwana e a criação do Oceano Atlântico Sul Setentrional. Enquanto influências marinhas através do Golfo de Guiné atingiram as bacias riftes de Benue durante o Albiano, as partes do sudoeste e do norte da Nigéria eram áreas de plataformas sem depósitos significativos. Contudo a extensa transgressão 25 Campaniano-Paleoceno atingiu igualmente as bacias de Dahomey, Anambra e Bida na Nigéria. No Embasamento Dahomey, a bacia foi criada durante os primeiros estágios do rifteamento. Os depósitos mais antigos são de idade neocomiana, sendo compostos de material siliciclástico depositado em ambiente continental a lacustrino. Estas rochas são denominadas de Formação Ise. Durante o Aptiano ao Albiano a bacia passou por uma expressiva transgressão marinha que resultou numa deposição proximal marinha de argilas e areias que se sobrepõem discordante e lateralmente com a Formação Ise. A sedimentação marginal marinha de argilas e areias continua do Turoniano ao Coniaciano quando o folhelho anóxico Awgu (marinho profundo) é então caracterizado. O centro deposicional da parte inferior da depressão Benue modificou no sentido oeste durante o Santoniano-Campaniano formando a Bacia de Anambra. Mais a oeste a subsidência do Maastrichtiano (controlada por termalismo isostático) conduziu a evolução da Bacia de Dahomey no sul e as bacias de Bida e Sokoto na Nigéria Central e noroeste (Adeleye, 1975; Petters, 1978; Adediran & Adegoke, 1987; Benkhelil, 1989; Akande & Erdtmann, 1998). A sucessão pré-maastrichtiana no sul nigeriano em geral é dominado por siltitos escuros, arenitos e camadas intercaladas de calcarenitos. Okosun (1990) revisou a estratigrafia do Cretáceo de Dahomey, constatando que durante o Campaniano-Maastrichtiano depósitos intracratônicos e de sin-rifte formaram as formações Abeokuta e Araromi que consistem de areias finas a medias inconsolidadas com intercalações de siltitos, argila e calcarenito. Ladipo (1988) 26 indica um ciclo de regresão durante o Maastrichtiano para a Bacia de Anambra e proximidades. Estratos correlacionáveis são identificados a leste da Bacia de Anambra (Petters, 1978, Ladipo, 1988, Adeniran, 1991; Mode, 1991, Akande & Mücke, 1993, Gebhardt, 1998). Ambientes marinhos, deltaicos e de planícies de maré são indicados por associações faciológicas e assembléias fossilíferas. De especial interesse são os siltitos escuros e folhelhos que caracterizam o Maastrichtiano superior-Paleoceno ao leste da Bacia de Dahomey, indicadas como possíveis rochas fontes de arenitos de mesma idade (Enu, 1987). Até o fim do Cretáceo e início do Paleoceno a sedimentação marinha (folhelhos) foi dominante no sopé continental africano. No Maastrichtiano canais de turbidito começaram a se formar ao longo deste sopé e depositaram o material clástico da Formação Araromi na região offshore de Benin. No início do Terciário, a transgressão marinha resultou na deposição de uma espessa camada de argilas, siltes, areias e carbonatos (menos comum) sobre os depósitos preexistentes em Dahomey (formações Ewekoro e Akimbo) (Adegoke et al., 1970; Adegoke et al., 1981), Anambra e delta do Niger (Formação Imo) além de Sokoto e Bacia de Chad (Formação Kerri-Kerri). No setor nigeriano da Bacia Dahomey as rochas terciárias consistem, da base para o topo, de uma seqüência carbonática do Paleoceno (Formação Ewekoro) e folhelhos laminados (Formação Akimbo); camadas fosfáticas terciárias (Formação Oshosun) e arenitos argilosos (Formação Ilaro = Ameki). 27 A Formação Ewekoro tende a se espessar em direção à República de Benin. Sobrepõe-se o Grupo Abeokuta (Cretáceo) e está abaixo da Formação Akimbo, que se extende pelo Rio Niger ao leste, onde é conhecida como Formação Imo (ambiente marinho, conforme Ladipo, 1988). Maiores estudos a respeito do Grupo Ewekoro podem ser encontrados no trabalho de Fayose & Asseez (1972), onde os autores investigam os aspectos micropaleontológicos da região, com base em foraminíferos, ostracodes e evidências litológicas. A camada de fosfato da Formação Oshosun (Eoceno), assim como os calcarenitos Ewekoro (Paleoceno), afina ao leste de Shagamu (onde afloram), e se espessam em direção a Ilaro e além de Benin e Togo. Além da região de Okitipupa, uma seqüência de areias argilosas e arenitos lamosos denominados Formação Ameki extende-se pelo Rio Niger ao flanco Calabar no leste nigeriano, representando, em parte, uma equivalência de tempo às formações Oshosun e Ilaro no oeste da Bacia de Dahomey. Ainda de acordo com Ladipo (1988) é observado no final do Eoceno um período de regressão para as bacias de Anambra e Dahomey. 28 3.2.1.2 Bacia de Dahomey – Divisão Litoestratigráfica (Figuras 10 e 11) Formação Ise Pertence à fase pré-drifte da seqüência de areias e siltitos continentais com conglomerado basal em contato com o embasamento. Apresenta areias intercaladas com argilas, com idade sugerida, através de microflora, como ValangianoBarremiano (Omatsola & Adegoke, 1981). Formação Abeokuta Areias finas a médias inconsolidadas com intercalações de siltitos, argilas e calcarenitos. Datam do neo-Albiano ao Campaniano (Jones & Hockey, 1964). Formação Araromi Composto por folhelhos do Maastrichtiano, segundo Reyment (1965), correlacionável com a Formação Folhelho Nkporo de Billman (1976). Formação Ewekoro Composta por uma espessa camada em séries de folhelhos azul-acinzentados com finas e ocasionais faixas de arenitos e margas calcáreas, além de calcarenitos, sendo correlata à parte inferior da Formação Imo e às formações Dange, Kalambaina e Gamba. Sua porção arenosa apresenta equivalente lateral na Formação Imo no leste da Nigéria, além dos arenitos Igbalu, Ebenebe e Umuna. Estende-se através de Dahomey até Togo. 29 A Formação Ewekoro é composta por calcarenitos e margas fossilíferas que datam do Paleoceno (Kogbe & Me´hes, 1986) de ambiente deposicional marinho (Ladipo, 1988). Formação Akinbo Formação parcialmente equivalente à Formação Ewekoro, estendendo-se para Benin e Togo, onde se apresenta menos espessa. É composta por arenitos, lamitos e folhelhos, além de calcarenitos verde-acinzentados, sendo datada como Paleoceno (Kogbe & Me´hes, 1986). Formação Oshosun Composta por folhelhos e argilitos verde-claros, argilas calcárias e camadas fosfáticas finas que geralmente ocorrem em subsuperfície (Reyment, 1965). Equivalente temporal ao Arenito Nanka e Formação Ameki (Arua, 1988), é economicamente importante devido à exploração dos depósitos de fosfato. Segundo Okosun (1989), através de ostracodes e foraminíferos encontrados, esta formação pode indicar um sistema deposicional marinho raso, de alta energia, onde os sedimentos foram depositados em um curto intervalo de tempo, sendo as camadas depositadas durante uma fase transgressiva marinha variando entre um ambiente de plataforma continental rasa a um ambiente intertidal raso (Ladipo, 1988). De acordo com foraminíferos e ostracodes (Okosun, 1989) a Formação Oshosun é caracterizada como sendo do Eoceno inferior a médio. 30 Formação Ilaro Composta por areias não fossilíferas continentais finas a médias, mal selecionadas, pouco consolidadas, intercaladas com argilas e folhelhos fossilíferos de coloração esverdeada. A formação pode representar um ambiente deposicional de praia (ou próximo a ela), segundo a própria textura dos sedimentos (Jones & Hockey, 1964; Kogbe, 1976). De modo especulativo data-se a formação como sendo de idade meso a neo-eoceno (Kogbe, 1976). Figura 10: Sucessão Estratigráfica da Bacia de Dahomey admitida neste trabalho. Modificado de Erdtmann et al., 2002. 31 Figura 11: Relação estratigráfica entre as bacias costeiras (e adjacências) da Nigéria. Em destaque a Bacia de Dahomey e a evolução dos estudos na área, onde os depósitos continentais estão em marrom e os depósitos marinhos em azul (referências mencionadas são encontradas em Adediran et al., 1991). Modificado de Adediran et al., 1991. 3.2.1.3 Estudos dos Nanofósseis Calcários da Nigéria Aspectos paleontológicos e bioestratigráficos do Cretáceo e Terciário da Bacia de Dahomey têm sido estudados durante os últimos 40 anos, entretanto, poucos são os trabalhos com ênfase na microbioestratigrafia e paleoecologia, e até a presente pesquisa bibliográfica somente os trabalhos de Kogbe (1976), Perch-Nielsen (1981), Perch-Nielsen & Petters (1981), Gebhardt (2000) e Gebhardt (2001) relatam estudos 32 de nanofósseis calcários da Nigéria, todos eles do Cretáceo superior e não específicos para as áreas estudadas. Gebhardt (2001) ao estudar a Formação Nkalagu (Turoniano médio ao Coniaciano) apresenta um esquema do domínio de nanofósseis e possíveis áreas de upwelling e paleocorrentes no Atlântico Sul durante o intervalo entre o Cenomaniano ao Coniaciano, de acordo com diversos autores. O autor cita ainda a pobreza na freqüência de nanofósseis encontrados, atribuindo efeitos de diagênese e dissolução, associados a um material siliciclástico (principalmente mica), detritos carbonáticos e matéria orgânica, dificultando, de certa maneira, as análises quantitativas e ecológicas, porém não impedindo a elaboração de um biozoneamento para a área estudada. Por estes motivos, a biocronoestratigrafia com nanofósseis calcários da região oeste africana (Nigéria, Togo), em particular na Bacia de Dahomey, é de especial interesse. Uma vez que ainda não há um biozoneamento regional com base em nanofósseis calcários, os resultados deste trabalho contribuiem sobremaneira no conhecimento científico e no refinamento da pesquisas exploratórias. 33 3.3 Testemunhos Cedidos pelo IODP (Integrated Ocean Drilling Program) As amostras analisadas provenientes do IODP fazem parte dos testemunhos do Site 959D, Leg 159 e Site 661A, Leg 108 (Figura 12 e Apêndice 2). Tais sítios foram selecionados por apresentarem localizações estratégicas para a correlação dos bioeventos e estágios evolutivos entre as bacias do litoral africano (Bacia de Dahomey) e brasileiro (Bacia Potiguar), visando, ainda, um trabalho direcionado aos nanofósseis calcários. Figura 12: Localização esquemática dos principais poços do DSDP e ODP, Legs 108 e 159. Poços: 661 A, Leg 108 (ODP) e 959 D, Leg 159 (ODP). 34 3.3.1 SITE 661A; LEG 108. O Site (poço) 661 A, pertencente ao Leg (pernada) 108 – Atlântico tropical oriental (Eastern Tropical Atlantic), é a porção final de um testemunho perfurado no talude oriental da Falha de Kane (Kane Gap), a principal passagem em águas profundas através da Elevação de Serra Leoa (Figura 13). As operações no Site 661A ocorreram entre os dias 17 e 20 de março de 1986, ainda pelo ODP (Ocean Drilling Program). Maiores detalhes a respeito da localização e amostras desse testemunho são encontrados no Apêndice 2. Figura 13: Localização do testemunho 661A, Leg 108 (ODP). 35 3.3.2 SITE 959D; LEG 159. O Site 959D, perfurado no Leg 159, foi nomeado pelo ODP de Cadeia Marginal Costa do Marfim-Gana, Atlântico Equatorial Oriental (Côte d’Ivoire - Ghana Marginal Ridge, Eastern Equatorial Atlantic) ou Margem Transformante Costa do Marfim/Gana (Côte d’Ivoire/Ghana transfom margin). Está localizado em um pequeno platô no lado sul da Bacia Profunda Ivoriana (Deep Ivorian Basin) que se estende ao norte do topo da Cadeia Marginal da Costa do Marfim (Figura 14). Ambas as feições, a Bacia Profunda Ivoriana e a cadeia marginal foram geradas como conseqüência do rifteamento do início do Cretáceo, ao norte do Atlântico Sul. As operações no Site 959D ocorreram entre os dias 14 e 24 de janeiro de 1995, ainda pelo ODP (Ocean Drilling Program). Maiores detalhes a respeito da localização e amostras desse testemunho são encontrados no Apêndice 2. Figura 14: Localização do testemunho 959D, Leg 159 (ODP). 36 4 MATERIAL E MÉTODO 4.1 Material - Introdução A seguir, serão apresentados as seis seções analisadas da Bacia de Dahomey e os dois testemunhos cedidos pelo IODP (vide total de amostras na Tabela 1), com seus respectivos perfis litológicos (legenda completa na Figura 15) e o ponto exato de cada amostra coletada. Tabela 1: Total das amostras analisadas neste trabalho. Localização das amostras Número total de amostras Bacia de Dahomey 379 IODP 91 TOTAL 470 As descrições detalhadas (localização, código da amostra, litologia e profundidade) de todas as amostras são encontradas nos Apêndices 1 e 2. 37 Figura 15: Legenda com definição da litologia descrita no presente trabalho (segundo ODP). 4.1.1 POÇO ILARO-3 Com 51 amostras coletadas, a seção litológica do testemunho de Ilaro-3 (Figura 16) é dividida em duas formações: Formação Ewekoro (Paleoceno) em sua porção mais basal, composta de calcarenitos e a Formação Oshosun (Eoceno), contendo alternâncias de arenitos, folhelhos e folhelhos arenosos. A seção apresenta aproximadamente 150m de profundidade, com seu topo intemperizado (laterita). 38 Figura 16: Seção litológica do testemunho de Ilaro-3 e suas amostras coletadas. 39 4.1.2 POÇO ILARO-1 Foram coletadas no testemunho Ilaro-1 (Figura 17) o total de 59 amostras, numa profundidade entre 38 e 146 metros da seção. O testemunho é caracterizado em sua parte mais basal pelos calcarenitos da Formação Ewekoro (Paleoceno); logo acima é ocupado pelas formações Akimbo-Oshosun (Paleoceno tardio-Eoceno), que não apresentaram variação litológica (folhelhos cinzas) que auxiliasse na individualização das mesmas e, na porção superior, apresenta a Formação Ilaro (Eoceno), composta por arenitos de origem continental e com o topo intemperizado (laterita). 40 Figura 17: Seção litológica do testemunho de Ilaro-1 e suas amostras coletadas. 41 4.1.3 POÇO ARAROMI Do testemunho Araromi (Figura 18) foram coletada 91 amostras, pertencentes à Formação Araromi. Tal formação, inicialmente relatada como depositada entre o Campaniano-Maastrichtiano, tem seu intervalo de deposição sedimentar estendido ao Paleoceno, conforme Omatsola & Adegoke (1981) e Adediran et al. (1991) (Figura 11) e confirmado pela assembléia nanofossilífera encontrada neste estudo (ver capítulo 6, seção 6.3.1.3). O testemunho apresenta aproximadamente 575 metros de profundidade com os cem primeiros metros perdidos. Sua base é composta por uma delgada camada de calcarenitos sobreposta por folhelhos (escuros a cinzas e arenosos a argilosos). 42 Figura 18: Seção litológica do testemunho de Araromi e suas amostras coletadas. 43 4.1.4 POÇO WASIMI Totalizando 27 amostras coletadas em aproximadamente 88 metros de profundidade, o testemunho de Wasimi (Figura 19) tem como unidade litoestratigráfica o grupo Abeokuta (Cretáceo). Apresenta em sua continuidade intercalações entre camadas de folhelhos cinza e arenito, com o topo demarcado por uma fina camada de argilito e laterita. 44 Figura 19: Seção litológica do testemunho de Wasimi e suas amostras coletadas. 45 4.1.5 AFLORAMENTO DE SHAGAMU O afloramento da Pedreira de Shagamu (Figuras 20, 21 e 22) possui 17 amostras coletadas (Figura 23). A seção mede 16 metros, com a porção basal formada por calcarenitos da Formação Ewekoro (Paleoceno), seguida por uma delgada camada de areia com glauconita e, logo acima, uma dominante camada de argilitos escuros com concreções calcárias da formação Oshosun (PaleocenoEoceno). A parte superior da seção é composta por arenitos da Formação Ilaro, de origem continental e datada como Eoceno. Figura 20: Seção litológica do afloramento de Shagamu. Destaque para Formação Ewekoro. Foto de Holger Gebhardt (Março de 2003). 46 Figura 21: Seção litológica do afloramento de Shagamu. Destaque para Formação Oshosun e as concreções calcárias. Foto de Holger Gebhardt (Março de 2003). Figura 22: Seção litológica do afloramento de Shagamu. Formação Ilaro, ao fundo e Formação Oshosun, com concreções calcárias. Foto de Holger Gebhardt (Março de 2003). 47 Figura 23: Seção litológica do afloramento de Shagamu e suas amostras coletadas. 48 4.1.6 POÇO BODE ASHE A seção de Bode Ashe (Figura 24) é composta por 134 amostras de calha com uma profundidade aproximada de 750 metros. Sua base é composta por arenitos da Formação Ise, seguidos dos folhelhos arenosos cinzas da Formação Afowo e dos folhelhos intercalados com calcarenitos da Formação Araromi, todos definidos como cretácicos. Logo acima encontram-se calcarenitos da Formação Ewekoro (Paleoceno), folhelhos das Formações Akimbo/Oshosun e arenitos da Formação Ilaro (Eoceno). 49 Figura 24: Seção de Bode Ashe (amostras de calha) e suas amostras coletadas. 50 4.1.7 SITE 661A, LEG 108 Com 20 amostras selecionadas para este estudo (entre as profundidades de 87,5 e 165 metros), o Site 661A (Figura 25) é dividido em três principais unidades litológicas, onde apenas a terceira unidade é reconhecida como cretácica, sendo composta principalmente de argilas, siltes e argilitos, intercalados por vasas de nanofósseis. A deposição sedimentar no Site 661A tem início no final do Cretáceo, com o acúmulo de uma fina camada de argila. Inicialmente, a região localizava-se abaixo da região de compensação do carbonato (CCD – Carbonate Compensation Depth), mas gradualmente desenvolveu-se para uma posição acima da mesma, ainda no Cretáceo. A próxima deposição preservada só teve início no Mioceno, depois de um considerável hiato. 51 Figura 25: Seção litológica do Site 661A, Leg 108 e suas amostras coletadas. 4.1.8 SITE 959D, LEG 159 Com 71 amostras selecionadas, entre as profundidades de 350 e 850 metros, quatro litologias principais são reconhecidas no Site 959 (Figura 26). Para este estudo, apenas partes da unidade II (sub-unidade II C) e III (parte superior) foram analisadas. Unidade Litológica II: (amostras 01 a 66) - composta de sedimentos calcários e silicicosos alternados, divididos em duas sub-unidades, onde a porção depositada durante o Paleoceno (sub-unidade II C) apresenta intercalações de vasas de micrita, porcelanitas e finas camadas de argilas. Micrita é o termo utilizado para definir 52 partículas carbonáticas muito finas (<~10µm), observadas em análises petrográficas, onde não é possível definir claramente sua origem (geralmente encontrada em lama/lamitos). Porcelanita é uma rocha litificada com abundante sílica autigênica, porém menos dura, brilhante e frágil do que o chert. Unidade Litológica III: (amostras 67 a 71) – composta basicamente por argilitos escuros. Figura 26: Seção litológica do Site 959D, Leg 159 e suas amostras coletadas 53 4.2 Método O presente estudo está dividido, em sua parte textual, pela Introdução (capítulo 1), Desenvolvimento (capítulos 2 a 9) e Conclusão (capítulo 10). Todo o trabalho é regido pelas normas da ABNT (NBR 6023, ano de 2002), juntamente com as instruções do Manual para Elaboração de Normalização de Dissertações e Teses do Sistema de Bibliotecas e Informação (SiBI) da UFRJ, do ano de 2004 (disponível em: www.sibi.ufrj.br/manual_teses.doc). A tese desenvolveu-se através das seguintes etapas: 1) Levantamento bibliográfico: Diversos trabalhos foram consultados e referenciados no decorrer da execução deste estudo, em destaque para: pesquisas sobre a região das amostras coletadas, seu contexto geológico e histórico dos estudos com base em nanofósseis calcários (capítulos 3 e 4); métodos de preparo de lâminas para observação dos nanofósseis (capítulo 4); sistemática paleontológica (capítulo 5) bioestratigrafia e zoneamentos de referências mundiais (capítulo 6); paleoecologia (capítulo 7), Índice de diversidade (capítulo 8) e isótopos de Carbono e Oxigênio (capítulo 9). 2) Método de preparo: De posse das amostras coletadas, fez-se necessária a adaptação de um melhor método de preparo para nanofósseis calcários (descrito em detalhes adiante, no tópico 4.2.) que aprimorou, de forma considerável, o processamento das amostras analisadas, oriundas de testemunhos, amostras de calha e afloramento. 3) Análise das lâminas: O material preparado em lâminas foi observado em Microscópio Óptico Petrográfico AXIOLAB Carl-Zeiss, com objetiva de 100X (usada 54 com óleo de imersão) e oculares de 10X e 16X, somando um aumento final de 1000X e 1600X, respectivamente, pertencente ao Laboratório de Nanofósseis Calcários, Departamento de Geologia/IGEO/CCMN/UFRJ, sob registro de número UFRJ-462180. Fichas de análises dos exemplares encontrados foram confeccionadas (Apêndices 3, 4 e 5) para facilitar a organização dos dados. Por sua vez a contagem dos mesmos foi realizada segundo técnica citada por Bown & Young (1998), onde se aplicou: a) Contagem de abundância relativa: Contagem de número fixo de 300 espécimes (indivíduos) por lâmina. Além disso, uma rápida varredura em toda lâmina (cerca de 100 espécimes observados após os 300 primeiros) foi realizada com a finalidade de se encontrar possíveis exemplares raros (Apêndices 6a, 7a, 8a, 9a, 10a, 11a, 12a, 13a e 14a). b) Contagem semi-quantitativa: Apesar de não existir um padrão fixo para tal contagem, mudando de autor para autor, essa categoria possibilita um registro aproximado da variação individual de cada espécie (Apêndices 6b, 7b, 8b, 9b, 10b, 11b, 12b, 13b e 14b), sendo estabelecido para o presente estudo uma adaptação do método de Jeremiah (1996) através dos seguintes valores na Tabela 2. Tabela 2: Padronização da contagem semi-quantitativa usada neste trabalho. Categoria Número de indivíduos Raro (R) 1 a 10 Pobre (P) 11 a 20 Comum (C) 21 a 100 Abundante (A) acima de 100 indivíduos 55 4) Reconhecimento das entidades taxonômicas: Os táxons foram reconhecidos com base na literatura consultada e em comunicação pessoal com especialistas da área. 5) Estampas: Imagens dos nanofósseis foram obtidas entre polarizadores cruzados e paralelos (muitas vezes com o exemplar num ângulo de 0º e 45º em relação às direções de polarização) e capturadas com câmera digital Olympus D520Zoom 7X, com 2.1 megapixel de resolução e manuseadas pelo software “Suíte de aplicativos CorelDRAW 10”. As estampas localizam-se no capítulo 5, enumeradas em “Estampas” de 01 a 19. 6) Bioestratigrafia: A bioestratigrafia inferida na tese teve como base os zoneamentos clássicos para nanofósseis calcários, mencionados no capítulo seis. Tabelas contendo os resultados bioestratigráficos são encontradas nos Apêndices 6 ao 14. 7) Índice de diversidade: Para mensurar a diversidade das espécies encontradas nas seções, fez-se uso do Índice de Shannon, descrito no capítulo 8 e relacionado no Apêndice 15. 8) Isótopos: Os estudos comparativos com isótopos estáveis de δ13 Carbono e δ18 Oxigênio foram realizados com dados cedidos pelo Prof. Dr. Holger Gebardt (Geologische Bundesanstalt, Viena – Áustria) para as amostras do afloramento da pedreira de Shagamu (capítulo 9). 56 4.2.1 ADAPTAÇÃO DO MÉTODO DE PREPARAÇÃO LABORATORIAL TRADICIONAL DE NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS 4.2.1.1 Introdução Para o presente estudo foi necessário adaptar um método mais eficiente de preparação laboratorial para nanofósseis calcários, mantendo-se as características peculiares do preparo tradicional deste grupo fóssil: facilidade e rapidez no preparo, baixo custo financeiro e baixa periculosidade na manipulação do material e fidelidade nos dados obtidos. Para tal fim, foram utilizadas as amostras da Bacia de Dahomey (Nigéria), já que os métodos padrões e tradicionais não apresentaram bons resultados devido aos fatores abaixo relatados: A) Quantidade amostral inferior a 01 (um) grama de rocha (em média cada amostra apresenta cerca de 0,5 grama de rocha). B) Impurezas em excesso observadas em lâmina ao Microscópio Óptico (MO). C) Material de caráter litológico diversificado (folhelhos, folhelhos com arenitos, calcarenitos, etc...), dificultando o estabelecimento de um padrão no tempo de decantação (método tradicional), prejudicando principalmente a análise quantitativa dos nanólitos. Deste modo, procurou-se estabelecer um método que superasse tais obstáculos com a finalidade de otimizar o resultado fossilífero esperado. Métodos 57 mais sofisticados do ponto de vista tecnológico e quantitativo são encontrados em trabalhos como os de Backman & Shackleton (1983), Wei (1988), Beaufort (1991), Andruleit (1996), Flores & Sierro (1997), Bown & Young (1998) e Geisen et al. (1999) Ao final deste tópico será descrito o método adaptado para o trabalho em questão, unificando os métodos estudados e seus respectivos testes, sendo este adotado de agora em diante para quaisquer trabalhos futuros até que seja superado por técnica de melhor praticidade e resultado. 4.2.1.2 Métodos Estudados a) Cachão (2000) Cachão (2000) demonstra os principais métodos de preparo de lâminas para nanofósseis, destacando suas principais vantagens e desvantagens. Para este trabalho foram escolhidos e testados os métodos do esfregaço e decantação aleatória, com pequenas variações. Ambas as técnicas foram escolhidas por sua viabilidade técnica e financeira de preparo e por suas adaptações descritas para amostras que não apresentam um alto teor de nanólitos. O método do esfregaço é amplamente difundido como procedimento de preparo padrão das amostras in situ (ainda na embarcação ou na “boca” do poço). Tem como principais pontos positivos a rapidez no preparo (< 15 min), aplicações bioestratigráficas e estudos de abundância. Contudo, a deposição direta do 58 sedimento sobre a lâmina seguida do esfregaço tem como ponto negativo a ausência de homogeneidade da amostra e grande quantidade de sedimentos junto aos nanólitos, prejudicando a observação, caracterização e contagem dos nanofósseis. Da técnica de decantação aleatória (“random settling” de Flores & Sierro, 1997) pode-se extrair as observações sobre o tempo de decantação, a massa e o volume ideal para obtenção de melhor conteúdo fossilífero, mesmo em amostras menos ricas em nanofósseis calcários, trazendo fidelidade aos estudos paleoecológicos, quantitativos e até na abundância por grama de sedimento. b) Método de limpeza e centrifugação Este método de preparo tem, como diferencial, as etapas iniciais de “limpeza” do sedimento com Hipoclorito de Sódio 10% ou Peróxido de Hidrogênio e a utilização de centrífuga para remoção de sedimentos maiores que 30 µm. Limpeza do sedimento Várias são as técnicas químicas que auxiliam no preparo de amostras para nanofósseis calcários. Seguindo a necessidade de simplificar e manter a relativa rapidez e segurança no manuseio e preparo das amostras, limitou-se pela descrição do uso do Hipoclorito de Sódio (NaOCl) e do Peróxido de Hidrogênio (H2O2). Segundo Bown (1998) e Eshet (1996), o uso de Hipoclorito de Sódio (NaOCl) permite a remoção de matéria orgânica do sedimento além de clarear os nanólitos presentes no meio e não causar dissolução da calcita. Flores & Sierro (1997) comentam a utlização de Peróxido de Hidrogênio (H2O2) na remoção de possível matéria orgânica da amostra, contudo, caso haja a 59 ocorrência de pirita no sedimento, o contato deste agente oxidante pode causar a formação de ácido sulfúrico, o que causaria danos aos nanólitos contidos na amostra (Hodgkinson, 1991). Utilização da Centrífuga A centrifugação auxilia na separação entre os sedimentos de granulometria mais grossa dos sedimentos finos, permitindo o máximo aproveitamento da granulometria fina das amostras, exatamente onde são encontrados os nanofósseis calcários. A técnica de centrifugação para nanofósseis calcários tem como primeiro relato o trabalho de Edwards (1963) com a adaptação do método de centrifugação curta (“short-centrifuging”) de Funkhouser & Evitt (1959). Neste método, a amostra é adicionada à água destilada num tubo de ensaio e levada para centrífuga onde sofre uma aceleração de 300 rpm por 15 segundos de 3 a 8 repetições, com eliminação do sobrenadante até a observação da limpeza da amostra. O processo é repetido com centrifugação de 850 rpm por 30 segundos para melhor retirada dos resíduos. De acordo com Edwards (1963) as partículas contidas neste resíduo têm entre 3 a 25 micrometros, abrangendo assim grande parte da nanoflora amostral. Segundo Taylor & Hamilton (in Lord, 1982), trabalhos posteriores, como os de Hay (1965), Pienaar (1966), Medd (1971), Hill (1976) e Katz (1978) apenas utilizaram ou realizaram poucas modificações no método pioneiro de centrifugação. O que mais se destaca é o de Pienaar (1966), onde o autor realiza uma série de experimentos, com diferentes rotações por minuto e tempo em movimento da centrífuga. Das amostras que preparou, Pienaar identificou, como sendo a que 60 melhor representava a diversidade total da amostra, o movimento de 850 rpm entre 30 a 60 segundos, conforme reforça Taylor & Hamilton (1982). Perch-Nielsen (1985) emprega o uso da centrífuga em proporções de 2000 rpm por 30 segundos, porém, conforme Bown (1998), altas velocidades não são necessárias. O autor neste caso utiliza-se de uma seqüência inicial de 350 rpm por 15 segundos (para eliminar partículas maiores que 30µm) e outras de 1000 rpm por 30 segundos, repetindo a segunda etapa até que o sobrenadante esteja limpo. Katz (1978) também estabelece que o tempo e a velocidade da centrífuga dependerão não só da geometria do equipamento, mas também do tipo de sedimento a ser preparado, sendo assim, cabe a cada pesquisador estabelecer um tempo ideal conforme a necessidade de suas amostras. Finalmente, deve-se tomar o devido cuidado ao utilizar a centrífuga para nanofósseis calcários, onde poderá ocorrer seleção de tamanho (alterando a composição da assembléia) e possíveis riscos de dissolução, fragmentação e corrosão (Hodgkinson, 1991). 61 4.2.1.3 Métodos Testados Com o conhecimento dos métodos acima citados, procurou-se então estabelecer um método padrão para confecção do material de estudo de modo que oferecesse o menor risco possível na posterior análise e interpretação do conteúdo nanofossilífero. Para teste de padronização utilizou-se de 59 amostras do testemunho Ilaro-1 (Bacia de Dahomey, Nigéria) contendo amostras maceradas em sua maioria de folhelho cinza e algumas amostras de folhelho/arenito e calcarenito. Todas as amostras foram preparadas no Laboratório de Preparação de Microfósseis (Departamento de Geologia/IGEO/CCMN/UFRJ), segundo os métodos descritos a seguir: a) Método 1: Método tradicional As amostras são levadas diretamente ao tubo de ensaio, onde são agitadas com água destilada até atingir a homogeneidade. Espera-se decantar entre 3 a 5 minutos. Retira-se o sobrenadante com o auxílio de um canudo plástico e depositam-se duas a três gotas sobre uma lamínula em uma placa aquecedora, preenche-se a lamínula de água destilada e espera-se secar. Coloca-se a lamínula em uma lâmina contendo Bálsamo do Canadá sobre a placa aquecedora, aguardando até que o bálsamo seque. Retira-se e identifica-se a lâmina. Foram realizadas três repetições, com intervalo de tempo de decantação de 3, 4 e 5 minutos. 62 Neste método de preparo foi visível a perda de conteúdo nanofossilífero em quase todas as amostras, onde muitas delas estão ausentes de nanofósseis. Somente a amostra IL1- 45 apresentou quantidade significativa de nanofósseis com o tempo de decantação de três minutos, entretanto a mesma amostra exposta em tempos superiores de decantação se apresentou estéril ou muito pobre em nanólitos em comparação com a amostra de decantação de três minutos. b) Método 2: Adaptação do método descrito por Cachão (2000) Dos desafios para a confecção de lâminas com conteúdo nanofossilífero com as amostras recebidas da Bacia de Dahomey destacam-se a quantidade de sedimento que foi disponibilizado, entre 0,2 a 0,8 gramas de sedimento/amostra e a possível pobreza de preservação ou existência de nanofósseis calcários. A descrição do método de Cachão (2000) soluciona tais dificuldades indicando uma quantidade proporcional de sedimento/água destilada/quantidade pipetada, mesmo para sedimentos de regiões mais costeiras, onde a quantidade de nanofósseis calcários é extremamente reduzida. Ainda neste método a presença de uma grande quantidade de sedimentos depositados sobre a lamínula no momento de preparo prejudica a posterior visualização e identificação dos indivíduos ao MO. Aproveita-se das descrições de Cachão (2000) a proporção utilizada de cada componente (água destilada, sedimento) para o preparo da lâmina, substituindo o uso de micropipetas por uma medida padrão de água destilada (ou hipoclorito de sódio) por grama de sedimento. 63 c) Método 3: Adaptação do método de limpeza e centrifugação Adotou-se o uso do Hipoclorito de Sódio 10% para limpeza dos sedimentos por ser um agente de maior eficácia e menor dano ao sedimento e ao pesquisador. Após diversos testes e apoiado na própria literatura (descrita no tópico 4.2.1.2), foi estabelecida como padrão a centrifugação do conteúdo sedimentar em 1000 rpm por 30 segundos com repetições necessárias até a transparência evidente do sobrenadante. Estes valores foram os que melhor preservaram a representatividade da diversidade total da amostra. Tal técnica permitiu a melhor visualização dos exemplares ao microscópio óptico, mesmo em amostras onde o conteúdo fossilífero apresentava-se mal preservado ou mesmo escasso. Como parte da adaptação do método, procurou-se estabelecer medidas amostrais mais rigorosas no preparo, para que se pudesse utilizar com maior fidelidade as amostras em estudos quantitativos, conforme o método de Cachão (2000). 4.2.2 MÉTODO ESTABELECIDO Associando todos os pontos favoráveis de cada método testado chegou-se então a um método de preparo padrão para nanofósseis calcários, que será seguido de agora em diante e descrito a seguir: 64 4.2.2.1 Método de Preparo Adaptado para Nanofósseis Calcários 1) Maceração e Limpeza do sedimento 1- Macerar a rocha até obter um conjunto em pó da amostra. 2- Pesar a amostra em balança de precisão, padronizando o peso de acordo com a disponibilidade amostral. 3- Adicionar o macerado ao hipoclorito de sódio 10% em tubos de ensaio com tampas. Para padronização do conteúdo seguem-se os valores (Tabela 3): Tabela 3: Padronização do conteúdo utilizado. Tubo de ensaio Amostra macerada (capacidade utilizada) (grama) Hipoclorito de Sódio 10% ou água destilada 23 ml 1,0 g 16 ml 15 ml 0,2 a 0,9 g 7,0 ml 15 ml 1,0 g 8,0 ml Estes valores foram pré-estabelecidos em testes padronizados, objetivando o melhor resultado quantitativo e qualitativo de nanofósseis ao MO. 2) Centrifugação 1. Tampar e agitar vigorosamente o tubo de ensaio, levando-o à centrifuga num tempo de 1000 rpm por 30 segundos. 2. Descartar o líquido sobrenadante mantendo o resíduo, onde é adicionada água destilada na mesma quantidade usada para hipoclorito de sódio. 65 3. Agitar o conteúdo e retornar à centrífuga no mesmo tempo usado na etapa de número 1. 4. Repetir os procedimentos 2 e 3 de duas a quatro vezes até a eliminação da viscosidade do líquido. 5. Eliminar o sobrenadante final do tubo de ensaio, adicionar água destilada e agitar vigorosamente, transferindo o conteúdo líquido para um recipiente de estocagem, onde a amostra poderá ficar por tempo indeterminado até sua montagem em lâmina. Obs.: Vale destacar que o tempo descrito, assim como a repetição do processo de centrifugação, dependerá também do modelo de centrífuga utilizado, cabendo a cada preparador testar e atingir o “ponto” ideal de cada equipamento. 3) Montagem de lâmina 1. Limpar a lamínula (24X32mm) utilizando lenço de papel e álcool, fixá-la com uma gotícula de água na placa aquecedora (60ºC). Cobrir com água destilada toda área da lamínula. 2. Pipetar com um canudo plástico de uma a três gotas homogeneizadas da solução de sedimento na lamínula, espalhando uniformemente e deixando secar. 3. Limpar a lâmina de vidro (24X76mm) com lenço de papel e álcool e numerála com caneta diamante. Colocar a lâmina na placa aquecedora numa temperatura de 100º C. 4. Adicionar Bálsamo do Canadá sintético sobre a lâmina e colocar com cuidado a lamínula com o conteúdo fossilífero voltado para baixo sobre a lâmina. 66 Obs.: O uso do Bálsamo do Canadá sintético facilita o preparo pois não necessita de “ponto de cola (puxa)”, como no bálsamo natural, onde é preciso esperar um aquecimento prévio do mesmo. 5. Em uma placa de Petri contendo álcool, mergulhar o conjunto lâmina/lamínula, afim de que o Bálsamo do Canadá esfrie rapidamente e que seu excesso seja retirado com facilidade. 6. Identifica-se a lâmina com caneta do tipo nankin (ponta fina), cobrindo posteriormente com esmalte incolor. Também é possível encontrar no mercado lâminas com bordas de identificação, o que facilita o processo de manuseio e registro das lâminas preparadas. 67 5 SISTEMÁTICA PALEONTOLÓGICA O reconhecimento das entidades taxonômicas do presente estudo foi realizado com base em descrições apresentadas da literatura mundial, principalmente através dos trabalhos de Perch-Nielsen (1985), Costa (1992), Bybell & Self-Trail (1995), Bown & Young (1997), Young & Bown (1997a e 1997b), Bown (1998) e Bown (2005a). A sistemática apresentada logo abaixo segue os preceitos de Young & Bown (1997a, 1997b) e os gêneros (ou espécies) considerados controversos ou passíveis de discussão são comentados em “observações”. Para maiores informações são recomendados os trabalhos acima citados. Optou-se por inserir no final deste capítulo as estampas das unidades taxonômicas encontradas (Estampas 01 a 19). Tal método teve como objetivo facilitar a associação entre as espécies ilustradas e suas respectivas citações ao longo dos capítulos posteriores. A listagem sistemática, por ordem alfabética dos epítetos genéricos, encontra-se no Apêndice 16. Reino CHROMISTA Cavalier-Smith, 1981 Divisão (Filo) HAPTOPHYTA Hibberd ex Cavalier-Smith, 1986 Classe PRYMNESIOPHYCEAE Hibberd, 1976 Subclasse PRYMNESIOPHYCIDAE Cavalier-Smith, 1986 68 5.1 5.1.1 Mesozóico HETEROCOCÓLITOS Ordem EIFFELLITHALES Rood, Hay & Barnard, 1971 Família CHIASTOZYGACEAE Rood, Hay & Barnard, 1973 emend. Varol & Girgis, 1994. Gênero Ahmuellerella Reinhardt, 1964 Ahmuellerella octoradiata - (Gorka, 1957) Reinhardt, 1964. (Estampa 1, Figura 1). Ahmuellerella regularis - (Gorka 1957) Reinhardt & Gorka 1967. (Estampa 1, Figuras 2 e 3). Gênero Chiastozygus Gartner, 1968 Chiastozygus litterarius - (Gorka, 1957) Manivit, 1971 - Bramlette & Martini (1964) Gartner 1968. (Estampa 1, Figuras 4 e 5) Gênero Loxolithus Nöel, 1965 Loxolithus armilla - (Black in Black & Barnes, 1959) Noël 1965. (Estampa 1, Figuras 6 e 7). Gênero Placozygus Hoffman, 1970 Placozygus fibuliformis (Estampa 1, Figuras 8 e 9). - (Reinhardt, 1964) Hoffmann 1970. 69 Gênero Staurolithites Caratini, 1963 Staurolithites flavus - Burnett, 1997. (Estampa 1, Figura 10). Staurolithites laffittei - Caratini, 1963. (Estampa 1, Figura 11). Staurolithites imbricatus - (Gartner, 1968) Burnett, 1997. (Estampa 1, Figura 12). Gênero Tranolithus Stover, 1966 Tranolithus minimus – (Bukry 1969) Perch-Nielsen 1984. (Estampa 1, Figura 13). Tranolithus phacelosus - Stover, 1966. (Estampa 1, Figura 14 e 15). Gênero Zeugrhabdotus - Reinhardt, 1965. Zeugrhabdotus bicrescenticus - (Stover, 1966) Burnett in Gale et al., 1996. (=Glaukolithus compactus Bukry (1969) Perch-Nielsen, 1984). (Estampa 1, Figura 16). Zeugrhabdotus embergeri - (Noël, 1959) Perch-Nielsen, 1984. (Estampa 1, Figuras 17 e 18). Família EIFFELLITHACEAE Reinhardt, 1965 Gênero Eiffellithus Reinhardt, 1965 Eiffellithus eximius - (Stover, 1966) Perch-Nielsen, 1968. (Estampa 1, Figuras 19 e 20). Eiffellithus gorkae - Reinhardt 1965. (Estampa 2, Figuras 1 e 2). 70 Eiffellithus parallelus - Perch-Nielsen 1973. (Estampa 2, Figuras 3 e 4). Eiffellithus turriseiffelii - (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Reinhardt, 1965. (Estampa 2, Figuras 5 a 7). Observações: Segundo Perch-Nielsen (1985) E. turriseiffelii é caracterizado por uma cruz central simples e oblíqua em relação ao eixo principal da elipse, enquanto E. eximius apresenta sua cruz central alinhada com os eixos do nanolito. Eiffellithus gorkae possui o tamanho e a abertura central menores do que de E. turriseiffelii. E. parallelus, restrito ao final do Campaniano, apresenta como principal característica a disposição de sua cruz em fileiras de pequenos elementos paralelos. Ordem PODORHABDALES Rood et al., 1971 emend. Bown, 1987 Família AXOPODORHABDACEAE Bown & Young, 1997. Gênero Cribrosphaerella Arkhangelsky (1912) Deflandre in Pivetaux, 1952 Cribrosphaerella ehrenbergii - (Arkhangelsky, 1912) Deflandre in Piveteau, 1952. (Estampa 2, Figuras 8 e 9). Família PREDISCOSPHAERACEAE Rood, Hay & Barnard, 1971 Gênero Prediscosphaera Vekshina, 1959 Prediscosphaera cretacea - (Arkhangelsky, 1912) Gartner 1968. (Estampa 2, Figuras 10 a 12). 71 Prediscosphaera grandis - Perch-Nielsen 1979. (Estampa 2, Figura 13). Prediscosphaera majungae - Perch-Nielsen 1973. (Estampa 2, Figuras 14 e 15). Prediscosphaera spinosa - (Bramlette & Martini, 1964) Gartner 1968. (Estampa 2, Figura 16). Observações: Conforme as observações de Perch-Nielsen (1985), P. spinosa apresenta conformação elíptica, com parede estreita e uma cruz central, alinhada ao eixo maior do cocólito e P. cretacea tem paredes espessas e cruz em formato de “X”, em relação aos eixos da elipse. Enquanto Prediscosphaera grandis destaca-se por seu maior tamanho, P. manjugae é caracterizada por um “X” central, onde suas barras sobrepõem à região interna do escudo distal do nanolito. ?Família CRETARHABDACEAE Thierstein, 1973 Gênero Retecapsa Black, 1971 Retecapsa crenulata - (Bramlette & Martini, 1964) Grün in Grün & Allemann, 1975. (=Stradneria crenulata Bramlette & Martini (1964) Nöel, 1970). (Estampa 2, Figuras 17 e 18). Retecapsa surirella - (Deflandre & Fert, 1954) Grün in Grün & Allemann, 1975. (Estampa 2, Figuras 19 e 20). Família TUBODISCACEAE Bown & Rutledge 1997. 72 Gênero Manivitella Thierstein, 1971 Manivitella pemmatoidea - (Deflandre in Manivit, 1965) Thierstein 1971. (Estampa 3, Figura 1). Ordem WATZNAUERIALES Bown, 1987 Família WATZNAUERIACEAE Rood, Hay & Barnard, 1971 Gênero Cylindralithus Bramlette & Martini, 1964 Cylindralithus sculptus - Bukry, 1969. (Estampa 3, Figuras 2 e 3). Gênero Watznaueria Reinhardt, 1964 Watznaueria barnesae - (Black in Black & Barnes, 1959) PerchNielsen 1968. (Estampa 3, Figura 4). Watznaueria biporta - Bukry 1969. (Estampa 3, Figuras 5 e 6). Ordem ARKHANGELSKIALES Bown & Hampton 1997 Família ARKHANGELSKIELLACEAE Bukry, 1969 emend. Bown & Hampton Gênero Arkhangelskiella Vekshina, 1959 Arkhangelskiella cymbiformis - Vekshina, 1959. (Estampa 3, Figuras 7 e 8). Arkhangelskiella maastrichtiana - Burnett, 1997. (Estampa 3, Figuras 9 e 10). Arkhangelskiella specillata - Vekshina 1959. (Estampa 3, Figura 11). 73 5.1.2 HOLOCOCÓLITOS Família CALYPTROSPHAERACEAE Boudreaux & Hay, 1969 Gênero Calculites Prins & Sissingh in Sissingh, 1977 Calculites percenis - Jeremiah, 1996. (Estampa 3, Figura 12). Família MICRORHABDULACEAE Deflandre, 1963 Gênero Lithraphidites Deflandre, 1963 Lithraphidites carniolensis - Deflandre 1963. (Estampa 3, Figura 13). Gênero Microrhabdulus Deflandre, 1959 Microrhabdulus atenuatus – (Deflandre, 1959) Deflandre, 1963) (Estampa 3, Figura 14). Microrhabdulus belgicus - Hay & Towe 1963 (Estampa 3, Figura 15). Microrhabdulus decoratus - Deflandre, 1959. Deflandre 1963 (Estampa 3, Figura 16). Microrhabdulus undosus - Perch-Nielsen 1973. (Estampa 3, Figura 17). Família POLYCYCLOLITHACEAE Forchheimer, 1972 emend. Varol, 1992 Gênero Micula Vekshina, 1959 Micula decussata - Vekshina, 1959 (Gardet, 1955) Stradner, 1963. (Estampa 3, Figuras 18 a 20). 74 Micula murus - (Martini, 1961) Bukry 1973. (Estampa 4, Figura 1). Gênero Uniplanarius Hattner & Wise, 1980 Uniplanarius gothicus (=Quadrum gothicum) - (Deflandre, 1959) Manivit et al.1977. (Estampa 4, Figuras 2 e 3). Uniplanarius sissinghii (=Quadrum sissinghii) - (Deflandre, 1959) Perch-Nielsen, 1986. (Estampa 4, Figuras 4 e 5). Uniplanarius trifidus - (Stradner, in Stradner & Papp, 1961) Hattner & Wise, 1980. (=Quadrum trifidum Prins & Perch-Nielsen in Manivit et al., 1977). (Estampa 4, Figuras 6 e 7). 5.2 5.2.1 Cenozóico HETEROCOCÓLITOS Ordem EIFFELLITHALES Rood, Hay & Barnard, 1971 Família CHIASTOZYGACEAE Rood, Hay & Barnard, 1973 emend. Varol & Girgis, 1994 Gênero Zeugrhabdotus Reinhardt, 1965 Zeugrhabdotus sigmoides - (Bramlette & Sullivan, 1961) Romein (1979) Bown & Young, 1997. (Estampa 4, Figuras 8 e 9). 75 Ordem ZYGODISCALES Young & Bown, 1997. Família HELICOSPHAERACEAE Black, 1971 Gênero Helicosphaera Kamptner, 1954 Helicosphaera lophota - (Bramlette & Sullivan, 1961) Jafar & Martini, 1975. (Estampa 4, Figuras 10 a 12). Helicosphaera neolophota - Bukry, 1984. (Estampa 4, Figuras 13 e 14). Helicosphaera seminulum - (Bramlette & Sullivan, 1961) Jafar & Martini, 1975. (Estampa 4, Figuras 15 a 17). Família PONTOSPHAERACEAE Lemmermann, 1908 Gênero Pontosphaera Lohmann, 1902 Pontosphaera duocava - (Bramlette & Sullivan, 1961) Romein, 1979. (Estampa 4, Figuras 18 e 19). Pontosphaera exilis - (Bramlette & Sullivan, 1961) Romein, 1979. (Estampa 4, Figura 20 e Estampa 5, Figuras 1 a 3). Pontosphaera multipora - (Kamptner, 1948) Roth 1970. (Estampa 5, Figuras 4 e 5). Pontosphaera ocellata - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1984. (Estampa 5, Figuras 6 e 7). Pontosphaera pulchra - (Deflandre, 1954) Romein, 1979. (Estampa 5, Figuras 8 e 9). 76 Pontosphaera rimosa - Bramlette & Sullivan (1961) Roth & Thierstein, 1972. (Estampa 5, Figuras 10 e 11). Pontosphaera versa - (Bramlette & Sullivan, 1961) Sherwood, 1974. (Estampa 5, Figuras 12 e 13). Gênero Scyphosphaera Lohmann, 1902 Scyphosphaera expansa - Bukry & Percival, 1971. (Estampa 5, Figuras 14 e 15). Família ZYGODISCACEAE Hay & Mohler, 1967 Gênero Lophodolithus Deflandre in Deflandre & Fert, 1954 Lophodolithus mochlophorus - Deflandre, 1954. (Estampa 5, Figuras 16 a 19). Lophodolithus nascens - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 5, Figura 20 e Estampa 6, Figuras 1 e 2). Gênero Neochiastozygus Perch-Nielsen, 1971 Neochiastozygus chiastus – (Bramlette & Sullivan, 1961) PerchNielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 3 e 4). Neochiastozygus concinnus – (Martini, 1961) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 5 e 6). Neochiastozygus distentus - (Bramlette & Sullivan, 1961) PerchNielsen, 1971. (Estampa 6, Figura 7). Neochiastozygus imbriei - Haq & Lohmann, 1976. (Estampa 6, Figuras 8 e 9). 77 Neochiastozygus junctus - (Bramlette & Sullivan, 1961) PerchNielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 10 e 11). Neochiastozygus perfectus - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 12 e 13). Neochiastozygus saepes - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figura 14). Gênero Neococcolithes Sujkowski, 1931 Neococcolithes dubius - (Deflandre, 1954) Black, 1967. (Estampa 6, Figuras 15 e 16). Neococcolithes protenus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Black (1967). (Estampa 6, Figuras 17 e 18). Gênero Nannotetrina Achutan & Stradner, 1969 Nannotetrina cristata - (Martini, 1958) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 19 e 20 e Estampa 7, Figuras 1 e 2). Nannotetrina fulgens - (Stradner, 1960) Achutan & Stradner, 1969. (Estampa 7, Figuras 3 e 4). Nannotetrina pappii - (Stradner, 1959) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 7, Figuras 5 e 6). Observações: Nannotetrina cristata difere das demais espécies do gênero principalmente por apresentar quatro raios de extremidades basais bifurcadas em forma de uma cruz distorcida. Segundo Perch-Nielsen (1985) as espécies de Nannotetrina são diferenciadas principalmente pelo padrão de ramificação (ou ausências da mesma) em suas 78 terminações e pela morfologia do espaço “inter-raios” ou margens. Neste caso, N. cristata difere das demais espécies por apresentar margem tão larga quanto seus raios que, por sua vez, terminam sem ramificações ou com tendência a uma pequena bifurcação. Em contrapartida, em N. pappi a bifurcação é extrema, onde é possível visualizar oito projeções terminais, derivadas das quatro ramificações dos raios da espécie (Perch-Nielsen, 1985). Nannotetrina fulgens é reconhecida pela margem reduzida, ao redor dos raios de extremidades pontiagudas (Roth, 1973). Gênero Zygodiscus Bramlette & Sullivan, 1961 Zygodiscus plectopons - Bramlette & Sullivan, 1961 (=Z. herlynii, Sullivan, 1964; =Z. bramlettei, Perch-Nielsen, 1981). (Estampa 7, Figuras 7 a 17). Ordem STEPHANOLITHIALES Bown & Young, 1997. Família CALCIOSOLENIACEAE Kamptner, 1927 Gênero Calciosolenia Gran, 1912 Calciosolenia aperta - (Hay & Mohler, 1967) Bown, 2005. (Estampa 7, Figuras 18 e 19). Ordem RHABDOSPHAERALES Ostenfeld, 1899 Família RHABDOSPHAERACEAE Lemmermann, 1908 Gênero Blackites Hay & Towe, 1962 79 Blackites inflatus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Aubry, 1999. (Estampa 7, Figura 20 e Estampa 8, Figura 1). Blackites spinosus - (Deflandre & Fert, 1954) Hay & Towe, 1962. (Estampa 8, Figuras 2 e 3). Blackites stilus - Bown, 2005. (Estampa 8, Figura 4) Blackites tenuis - (Bramlette & Sullivan, 1961) Sherwood 1974. (Estampa 8, Figura 5). Ordem PRINSIALES Young & Bown, 1997. Família PRINSIACEAE Hay & Mohler, 1967 emend. Gênero Girgisia Varol, 1989 Girgisia gammation - (Bramlette & Sullivan, 1961) Romein (1979) Varol, 1989. (Estampa 8, Figuras 6 e 7). Gênero Praeprinsius Varol & Jakubowski, 1989 Praeprinsius dimorphosus - (Perch-Nielsen, 1969), Varol & Jakubowsk, 1989. (Estampa 8, Figura 8). Gênero Prinsius Hay & Mohler, 1967 Prinsius martini - (Perch-Nielsen, 1969) Haq, 1971. (Estampa 8, Figura 9). Gênero Toweius Hay & Mohler, 1967 Toweius crassus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1984. (Estampa 8, Figuras 10 e 11). 80 Toweius eminens - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 8, Figuras 12 a 14). Toweius magnicrassus - (Bukry, 1971) Romein, 1979. (Estampa 8, Figuras 15 e 16). Toweius ocultatus - (Locker, 1967) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 8, Figura 17). Toweius pertusus - (Sullivan, 1965) Romein, 1979. (Estampa 8, Figuras 18 a 20). Toweius rotundus - Perch-Nielsen in Perch-Nielsen et al., 1978. (Estampa 9, Figuras 1 e 2). Toweius selandianus - Perch-Nielsen, 1979. (Estampa 9, Figura 3). Toweius serotinus - Bybell & Self-Trail, 1995. (Estampa 9, Figura 4). Toweius tovae - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 9, Figura 5). Família NOELAERHABDACEAE Jerkovic, 1970 emend. Gênero Cyclicargolithus Bukry, 1971 Cyclicargolithus floridanus - (Roth & Hay in Hay et al., 1967) Bukry, 1971. (Estampa 9, Figura 6). Cyclicargolithus luminis - (Sullivan, 1965) Bukry, 1971. (Estampa 9, Figura 7). Gênero Reticulofenestra Hay, Mohler & Wade, 1967 Reticulofenestra bisecta - (Hay et al., 1966) Roth, 1970 Bown, 2005. (Estampa 9, Figuras 8 e 9). 81 Reticulofenestra dictyoda - (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Stradner in Stradner & Edwards, 1968. (Estampa 9, Figuras 10 e 11). Reticulofenestra minuta - Roth, 1970. (Estampa 9, Figura 12). Reticulofenestra stavensis - (Levin & Joerger, 1967) Varol, 1989 Bown, 2005. (Estampa 9, Figura 13). Reticulofenestra umbilica - (Levin, 1965) Martini & Ritzkowsky, 1968. (Estampa 9, Figura 14). Ordem COCCOSPHAERALES Haeckel, 1894 emend. Família COCCOLITHACEAE Poche, 1913 emend. Gênero Chiasmolithus Hay, Mohler & Wade, 1966 Chiasmolithus bidens - (Bramlette & Sullivan, 1961) Hay & Mohler, 1967. (Estampa 9, Figuras 15 e 16). Chiasmolithus consuetus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Hay & Mohler, 1967. (Estampa 9, Figuras 17 a 19). Chiasmolithus danicus - (Brotzen, 1959) Hay & Mohler, 1967. (Estampa 9, Figura 20). Chiasmolithus eograndis - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 10, Figuras 1 e 2). Chiasmolithus gigas - (Bramlette & Sullivan, 1961) Radomski 1968. (Estampa 10, Figuras 3 e 4). Chiasmolithus grandis - (Bramlette & Riedel, 1954) Radomski, 1968. (Estampa 10, Figuras 5 a 7) 82 Chiasmolithus solitus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Locker, 1968. (Estampa 10, Figuras 8 a 12). Observações: A espécie Chiasmolithus bidens é caracterizada por sua área central contendo uma estrutura robusta em “X”, sendo uma das barras reta e a outra sigmoidal (Costa, 1992) e ausência das projeções semelhantes a “dentes” no interior da área central. Segundo Bybell & Self-Trail (1994), a diferença entre C. bidens, C. edentulus e C. solitus é gradacional e relacionada principalmente ao tamanho dos indivíduos; por este motivo as autoras acima citadas consideram tais espécies como sinonímia de C. bidens. Apesar da semelhança com C. bidens, Chiasmolithus solitus apresenta tamanho menor, além de barras estreitas e assimétricas, numa estrutura delicada e variando entre a forma de um “X” e um “H” (Perch-Nielsen, 1971). Chiasmolithus consuetus exibe uma ampla área central, contendo barras largas e ligeiramente sinuosas formando um “X” simétrico e não coincidente com o eixo principal. Segundo Costa (1992), é difícil distinguir C. consuetus de C. californicus e C. danicus, notando como diferenças marcantes a cruz de extinção em C. californicus, coincidindo com os eixos principais do nanolito (se posicionado a 45° de polarização) e o formato mais elíptico e barras largas de C. consuetus. Comparando C. danicus e C. consuetus, o segundo apresenta tamanho geralmente maior e estrutura central configurada por um "X" simétrico, enquanto C. danicus é caracterizado por um “X” assimétrico em sua área central, onde as barras possuem uma aparência não separável (Bybell & Self-Trail, 1994). Segundo Perch-Nielsen (1971) Chiasmolithus eograndis difere das outras espécies do grupo devido sua ampla área central, provida de longas barras cruzadas 83 formando uma estrutura assimétrica com aparência entre um “X” ou um “H”. Além disso, possui margem com dois anéis bem diferenciados e elevada cor de interferência (Costa, 1992). Para C. gigas seu tamanho proeminente é uma das características (além do formato subelíptico, margem larga e estriada, área central pequena, estrutura em forma de “X” espessa) (Bramlette & Sullivan, 1961; Costa, 1992; Bown, 2005). De acordo com Gartner (1970), a distinção de Chiasmolithus grandis é a mais fácil entre os exemplares do gênero. A espécie apresenta tamanho avantajado (>17µm) e quatro projeções semelhantes a dentes entre as barras cruzadas, no interior da área central. Gênero Coccolithus Schwartz, 1894 Coccolithus cachaoi - Bown, 2005. (Estampa 10, Figuras 13 e 14). Coccolithus eopelagicus - (Bramlette & Riedel, 1954) Bramlette & Sullivan (1961). (Estampa 10, Figuras 15 e 16). Coccolithus formosus - (Kamptner, 1963) Wise, 1973. Bown, 2005 (=Ericsonia formosa Kamptner, 1963; Haq 1971). (Estampa 10, Figuras 17 e 18). Coccolithus mutatus - (Perch-Nielsen, 1971) Bown, 2005. (Estampa 10, Figuras 19 e 20). Coccolithus pelagicus - (Wallich, 1871) Schiller, 1930. (Estampa 11, Figuras 1 e 2). Gênero Coronocyclus Hay, Mohler & Wade, 1966 84 Coronocyclus nitescens – (Kamptner, 1963) Bramlette & Wilcoxon, 1967. (Estampa 11, Figuras 3 e 4). Gênero Cruciplacolithus Hay & Mohler in Hay et al., 1967 Cruciplacolithus asymmetricus - van Heck & Prins, 1987. (Estampa 11, Figuras 5 e 6). Cruciplacolithus cruciformis – (Hay & Towe, 1962) Roth, 1970. (Estampa 11, Figura 7). Cruciplacolithus frequens – (Perch-Nielsen, 1977) Romein, 1979. (Estampa 11, Figuras 8 a 10). Cruciplacolithus intermedius - van Heck & Prins, 1987. (Estampa 11, Figuras 11 e 12). Cruciplacolithus primus - Perch-Nielsen 1977. (Estampa 11, Figura 13). Cruciplacolithus staurion - (Bramlette & Sullivan, 1961) Gartner, 1971. (Estampa 11, Figuras 14 a 19). Cruciplacolithus tenuis - (Stradner, 1961) Hay & Mohler, 1967. (Estampa 11, Figura 20 e Estampa 12, Figuras 1 e 2). Observações: Cruciplacolithus primus apresenta uma cruz central alinhada aos eixos do nanolito sendo o representante menor e mais antigo do gênero. De acordo com van Heck & Prins (1987), Cruciplacolithus asymmetricus apresenta a cruz central ligeiramente rotacionada em relação ao eixo maior, contudo não o suficiente para formar um “X”, sendo que o ângulo formado entre as barras da cruz e o eixo maior da elipse é de, no máximo, vinte graus. 85 Cruciplacolithus frequens exibe barras em forma de cruz com característica projeção terminal, podendo rotacionar até o formato oblíquo ao eixo principal, apresenta cor de interferência média a alta e área central aberta (Costa, 1992). Para van Heck & Prins (1987) C. intermedius possui tamanho maior que o de C. primus, e uma cruz mais espessa que o mesmo. Apresenta ainda área central aberta e a perda dos blocos basais (“pés”) próximo ao contato barra da cruz/parede do nanolito. Apesar de seu tamanho considerável (entre 12 a 20 µm), C. staurion exibe abertura da área central relativamente pequena, de formato subcircular a elíptico e de margem larga e estriada. Suas barras são pequenas e estreitas e semi-paralelas ao eixo da elipse do nanolito (Costa, 1992). Gênero Ericsonia Black, 1964 Ericsonia robusta - (Bramlette & Sullivan, 1961) Edwards & PerchNielsen, 1975. (Estampa 12, Figuras 3 e 4). 5.2.2 HETEROCOCÓLITOS DE AFINIDADES INCERTAS Incertae sedis Gênero Ellipsolithus Sullivan, 1964 Ellipsolithus bollii - Perch-Nielsen 1977. (Estampa 12, Figuras 5 e 6). Ellipsolithus distichus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Sullivan, 1964. (Estampa 12, Figuras 7 e 8). 86 Ellipsolithus lajollaensis - Bukry & Percival, 1971. (Estampa 12, Figuras 9 a 11). Ellipsolithus macellus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Sullivan, 1964. (Estampa 12, Figuras 12 e 13). Observações: Segundo Perch-Nielsen (1985), Ellipsolithus macellus exibe área central não perfurada, com sua placa apresentando dois orifícios centrais em cada extremidade do eixo maior. E. bollii conta com inúmeras e diminutas perfurações em sua área central, apresentando bordas proeminentes nas margens do escudo. E. distichus é caracterizado por uma larga área central, alongada junto ao eixo maior do nanolito, contendo perfurações maiores e mais numerosas do que em E. lajollaensis e E. bollii. E. lajollaensis apresenta uma ampla margem ao redor da área central, de área alongada e com menor número de perfurações do que E. distichus e E. bollii. Gênero Markalius Bramlette & Martini, 1964 Markalius inversus - (Deflandre, 1954) Bramlette & Martini, 1964. (Estampa 12, Figuras 14 e 15). Gênero Pedinocyclus Bukry & bramlette, 1971 Pedinocyclus larvalis - (Bukry & Bramlette, 1969) Loeblich & Tappan, 1973. (Estampa 12, Figuras 16 e 17) 87 5.2.3 HOLOCOCÓLITOS Ordem Indefinida Família CALYPTROSPHAERACEAE Boudreaux & Hay, 1969 Gênero Holodiscolithus Roth, 1970 Holodiscolithus sp. - Roth, 1970. (Estampa 12, Figura 18). Gênero Lanternithus Strander, 1962 Lanternithus duocavus - Locker, 1967. (Estampa 12, Figuras 19 e 20). Gênero Zygrhablithus Deflandre, 1959 Zygrhablithus bijugatus – (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Deflandre, 1959. (Estampa 13, Figuras 1 e 2). 5.2.4 NANÓLITOS Família BRAARUDOSPHAERACEAE Deflandre, 1947 Gênero Braarudosphaera Deflandre, 1947 Braarudosphaera bigelowii - (Braarud & Gran, 1935) Deflandre, 1947. (Estampa 13, Figura 3) 88 Gênero Micrantholithus Deflandre in Deflandre & Fert, 1954 Micrantholithus attenuatus - Bramlette & Sullivan, 1961. (=Micrantholithus inaequalis Martini, 1961). (Estampa 13, Figura 4). Micrantholithus bulbosus - Bouché, 1962. (Estampa 13, Figuras 5 e 6). Micrantholithus discula - (Bramlettei & Riedel, 1954) Bown, 2005. (Estampa 13, Figura 7). Micrantholithus hebecuspis - Bown, 2005. (Estampa 13, Figura 8). Micrantholithus mirabilis - Locker, 1965. (Estampa 13, Figura 9). Micrantholithus pingus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 13, Figura 10). Gênero Pemma Klump, 1953 Pemma basquensis - (Bouché, 1962) Bybell & Gartner, 1972. (Estampa 13, Figura 11). Espécies incertae sedis Gênero Acanthosphaera Lemmermann, 1899 Acanthosphaera mitra - Varol (1989) Bown (2005). (=Zygrhablithus sagittus Varol, 1989) (Estampa 13, Figura 12). Gênero Thoracosphaera - Kamptner, 1927. (Estampa 13, Figuras 13 a 16). 89 Ordem DISCOASTERALES Hay, 1977 Família DISCOASTERACEAE Tan, 1927 Gênero Discoaster Tan, 1927 Discoaster acutus - Bown, 2005. (Estampa 13, Figura 17). Discoaster barbadiensis - (Tan, 1927) Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 13, Figuras 18 e 19). Discoaster bifax - Bukry, 1971. (Estampa 13, Figura 20 e Estampa 14, Figura 1). Discoaster binodosus - Martini, 1958. (Estampa 14, Figuras 2 a 4). Discoaster deflandrei - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 14, Figura 5). Discoaster delicatus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 14, Figuras 6 a 8). Discoaster diastypus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 14, Figuras 9 a 11). Discoaster distinctus - Martini, 1958. (Estampa 14, Figura 12). Discoaster elegans - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 14, Figura 13). Discoaster kuepperi - Stradner, 1959. (Estampa 14, Figura 14 a 16). Discoaster lenticularis - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 14, Figuras 17 a 20 e Estampa 15, Figura 1). 90 Discoaster lodoensis - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 15, Figuras 2 a 4). Discoaster mahmoudii - Perch-Nielsen, 1981. (Estampa 15, Figuras 5 e 6). Discoaster mediosus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 15, Figuras 7 a 9). Discoaster megastypus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen 1985. (Estampa 15, Figuras 10 e 11). Discoaster mohleri - Bukry & Percival, 1971. (Estampa 15, Figuras12 e 13). Discoaster multiradiatus - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 15, Figuras 14 a 17). Discoaster tanii nodifer - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 15, Figura 18). Discoaster saipanensis - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 15, Figuras 19 e 20 e Estampa 16, Figura 1). Discoaster salisburgensis - Stradner, 1961. (Estampa 16, Figuras 2 a 4). Discoaster strictus - Stradner, 1961. (Estampa 16, Figuras 5 e 6). Discoaster sublodoensis - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 16, Figuras 7 e 8). Discoaster tanii - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 16, Figuras 9 e 10). 91 Família FASCICULITHACEAE Hay & Mohler, 1967 Gênero Fasciculithus Bramlette & Sullivan ,1961 Fasciculithus alanii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figuras 11 e 12). Fasciculithus billii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figuras 13 e 14). Fasciculithus involutus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 16, Figuras 15 e 16). Fasciculithus janii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figura 17). Fasciculithus lilianae - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figuras 18 e 19). Fasciculithus richardii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figura 20 e Estampa 17, Figura 1). Fasciculithus thomasii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 17, Figura 2 e 3). Fasciculithus tympaniformis - Hay & Mohler, 1967. (Estampa 17, Figuras 4 e 5). Fasciculithus ullii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 17, Figura 6). Família HELIOLITHACEAE Hay & Mohler, 1967 Gênero Bomolithus Roth, 1973 92 Bomolithus conicus - (Perch-Nielsen, 1971) Perch-Nielsen 1984. (Estampa 17, Figuras 7 e 8). Gênero Heliolithus Noël, 1970 Heliolithus kleinpellii - Sullivan, 1964. (Estampa 17, Figuras 9 a 12). Família SPHENOLITHACEAE Deflandre, 1952 Gênero Sphenolithus Deflandre in Grassé, 1952 Sphenolithus anarrhopus - Bukry & Bramlette, 1969. (Estampa 17, Figuras 13 e 14). Sphenolithus editus – Perch-Nielsen in Perch-Nielsen et al.(1978). (Estampa 17, Figuras 15 a 17). Sphenolithus furcatolithoides - Locker, 1967. (Estampa 17, Figura 18). Sphenolithus moriformis - (Brönnimann & Stradner, 1960) Bramlette & Wilcoxon, 1967. (Estampa 17, Figura 19). Sphenolithus radians - Deflandre, 1952. (Estampa 17, Figura 20 e Estampa 18, Figura 1). Sphenolithus primus - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 18, Figura 2). Ordem Indefinida Família LITHOSTROMATIONACEAE (Deflandre, 1959) Gênero Rhomboaster Bramlette & Sullivan, 1961 93 Rhomboaster bitrifida - Romein, 1979. (Estampa 18, Figuras 3 a 5). Rhomboaster bramlettei - (Bronnimann & Stradnerm, 1960) Proto Decima et al. (1975). Bybell & Self-Trail, 1995. (Estampa 18, Figuras 6 a 9). Rhomboaster cuspis - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 18, Figuras 10 a 13). Observações: O gênero Rhomboaster abrange nanofósseis calcários de formato tridimensional romboédrico e extremidades em cúspide. A espécie Rhomboaster bitrifida é composta por diferentes unidades cristalográficas, onde é possível observar dois conjuntos de três braços maiores e um braço menor em diferentes níveis, na qual suas extremidades apontam em sentidos opostos. Difere de R. calcitrapa por apresentar braços mais curtos do que a mesma. Rhomboaster bramlettei, por sua vez, apresenta braços curtos e de tamanho ligeiramente simétrico e ângulos iguais. Rhomboaster cuspis é composta por uma única unidade de calcita de formato romboédrico, fortemente côncavo e extremidades em cúspide, sem projeções de braços. Gênero Tribrachiatus Shamrai, 1963 Tribrachiatus contortus - (Stradner, 1958) Bukry (1972). Bybell & Self-Trail, 1995. (Estampa 18, Figuras 14 e 15). Tribrachiatus digitalis - (Aubry, 1996) Bybell & Self-Trail 1997. (Estampa 18, Figura 16). 94 Tribrachiatus orthostylus - Shamrai, 1963 (=Rhomboaster orthostylus, Shamrai 1963; Bybell & Self-Trail 1995). (Estampa 18, Figuras 17 a 20). Tribrachiatus spineus - (=Rhomboaster spineus, Shafik & Stradner, 1971) Romein, 1979. (Estampa 19, Figura 1). Observações: O gênero Tribrachiatus é composto por nanofósseis de três braços (ou raios), limitados ao Eoceno (Perch-Nielsen, 1985). Tribrachiatus contortus apresenta um ângulo entre os braços de 40° a 80° (Costa, 1992) e cada braço tem sua extremidade marcada por uma profunda bifurcação. Difere de T. digitalis pelo último apresentar uma área central mais estreita, com o afinamento dos braços em direção ao centro do nanolito e a bifurcação dos braços mais desenvolvida (profunda). Tribrachiatus spineus apresenta arranjo hexarradiado de braços finos, contendo, em cada um deles, um par de espinhos laterais curtos. Tribrachiatus orthostylus apresenta disposição trirradiada (diferente da disposição hexarradiada dos demais representantes do gênero) com os braços dispostos entre si num ângulo de aproximadamente 120°, de conformação reta ou arqueada. Apresentam extremidades arredondas, pontiagudas ou levemente bifurcadas (Costa, 1992). Gênero Trochastrites Stradner, 1961 Trochastrites hohnensis - (Martini, 1958) Bouché, 1962. (Estampa 19, Figuras 2 e 3) Trochastrites operosus - (Deflandrei, 1954) Martini & Stradner, 1960. (Estampa 19, Figuras 4 e 5). 95 Família TRIQUETRORHABDULACEAE Lipps, 1969 Gênero Pseudotriquetrorhabdulus Wise in Wise & Constans, 1976 Pseudotriquetrorhabdulus inversus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Wise in Wise & Constans, 1976. (Estampa 19, Figura 6). 96 ESTAMPAS 97 Estampa 01 – Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 – Ahmuellerella octoradiata (Amostra Araromi-124); XP. 2 e 3 – Ahmuellerella regularis (Amostra Wasimi-32); XP. 4 e 5 – Chiastozygus litterarius (Amostra Wasimi-); XP. 6 e 7 – Loxolithus armilla [Amostra Araromi-118 (6); Amostra Wasimi-26 (7)]; XP. 8 e 9 – Placozygus fibuliformis (Amostra Araromi-118); XP. 10 – Staurolithites flavus (Amostra Wasimi-26); XP. 11 – Staurolithites laffittei (Amostra Araromi-118); XP. 12– Staurolithites imbricatus (Amostra Wasimi-26); XP. 13 – Tranolithus minimus (Amostra Araromi-118); XP. 14 e 15 – Tranolithus phacelosus (Amostra Araromi-118); XP. 16 – Zeugrhabdotus bicrescenticus (Amostra Leg 108-18); XP. 17 e 18 – Zeugrhabdotus embergeri (Amostra Leg 108-4); XP. 19 e 20 – Eiffellithus eximius (Amostra Leg 108-20); XP. 98 99 Estampa 02 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 e 2 – Eiffellithus gorkae [Amostra Araromi-118 (1), Amostra Leg 108-6 (2)]; XP. 3 e 4 – Eiffellithus parallelus (Amostra Araromi-114); XP. 5 a 7 – Eiffellithus turriseiffelii [Amostra Araromi-124 (5 e 6); Amostra Wasimi-26 (7)]; XP. 8 e 9 – Cribrosphaerella ehrenbergii (Amostra Araromi-130); (8) XP e (9) PL. 10 a 12 – Prediscosphaera cretacea [Amostra Araromi-114 (10); Amostra Leg 108-5 (11 e 12)]; XP. 13 – Prediscosphaera grandis (Amostra Leg 108-6); XP. 14 e 15 – Prediscosphaera majungae [Amostra Leg 108-5 (14) Amostra Wasimi-26 (15)]; XP. 16 – Prediscosphaera spinosa (Amostra Leg 108-5); XP. 17 e 18 – Retecapsa crenulata [Amostra Araromi-118 (17); Amostra Wasimi-32 (18)]; XP. 19 e 20 – Retecapsa surirella (Amostra Araromi-108); (19) XP e (20) PL. 100 101 Estampa 03 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 - Manivitella pemmatoidea (Amostra Leg 108-15); XP. 2 e 3 – Cylindralithus sculptus (Amostra Leg 108-5); (2) XP e (3) PL. 4 – Watznaueria barnesae (Amostra Wasimi-32); XP. 5 e 6 – Watznaueria biporta (Amostra Leg 108-16); XP. 7 e 8 – Arkhangelskiella cymbiformis (Amostra Araromi-114); XP. 9 e 10 – Arkhangelskiella maastrichtiana (Amostra Leg 108-4); XP. 11 – Arkhangelskiella specillata (Amostra Leg 108-7); XP. 12 – Calculites percenis (Amostra Leg 108-7); XP. 13 – Lithraphidites carniolensis (Amostra Leg 108-13); XP. 14 – Microrhabdulus atenuatus (Amostra Leg 108-6); XP. 15 – Microrhabdulus belgicus (Amostra Wasimi-32); XP. 16 – Microrhabdulus decoratus (Amostra Leg 108-4); XP. 17 – Microrhabdulus undosus (Amostra Araromi-108); XP. 18 a 20 – Micula decussata [Amostra Leg 108-5 (18); Amostra Wasimi-27 (19); Amostra Araromi-114 (20)]; XP. 102 103 Estampa 04 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 – Micula murus (Amostra Leg 108-6); XP. 2 e 3 – Uniplanarius gothicus (Amostra Leg 108-19); XP. 4 – Uniplanarius sissinghii (Amostra Leg 108-14); XP. 5 – Uniplanarius sissinghii (Amostra Leg 108-17); XP. 6 e 7 – Uniplanarius trifidus (Amostra Leg 108-14); XP. 8 e 9 – Zeugrhabdotus sigmoides (Amostra Leg 159-68) ; XP. 10 a 12 – Helicosphaera lophota (Amostra Ilaro-3-73); (10 e 11) XP e (12) PL. 13 e 14 – Helicosphaera neolophota (Amostra Leg 159-29); XP. 15 a 17 - Helicosphaera seminulum [Amostra Leg 159-32 (15 e 16); Amostra Ilaro-320 (17); (15 e 17) XP e (16) PL. 18 e 19 – Pontosphaera duocava (Amostra Ilaro-3-80); (18) XP e (19) PL. 20 – Pontosphaera exilis (Amostra Ilaro-3-25); XP. 104 105 Estampa 05 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 a 3 – Pontosphaera exilis (Amostra Ilaro-3-25); (2, 3) XP e (1) PL. 4 e 5 – Pontosphaera multipora (Amostra Ilaro-3-20); (4) XP e (5) PL. 6 e 7 – Pontosphaera ocellata (Amostra Ilaro-3-80); XP. 8 e 9 – Pontosphaera pulchra (Amostra Ilaro-3-24); (8) XP e (9) PL. 10 e 11 – Pontosphaera rimosa (Amostra Ilaro-3); (10) XP e (11) PL. 12 e 13 – Pontosphaera versa (Amostra Araromi-94); XP. 14 e 15 – Scyphosphaera expansa (Amostra Ilaro-3-21); XP. 16 a 19 – Lophodolithus mochlophorus (Amostra Ilaro-3-25); (16 e 18) XP e (17 e 19) PL. 20 – Lophodolithus nascens (Amostra Ilaro-3-26); XP. 106 107 Estampa 06 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 e 2 – Lophodolithus nascens (Amostra Ilaro-3-26); (1) XP e (2) PL. 3 e 4 – Neochiastozygus chiastus (Amostra Shagamu-27); (3) XP e (4) PL. 5 e 6 – Neochiastozygus concinnus (Amostra Araromi-50); XP. 7 – Neochiastozygus distentus (Amostra Araromi-46); XP. 8 e 9 - Neochiastozygus imbriei (Amostra Araromi-94); (8) XP e (9) PL. 10 e 11 – Neochiastozygus junctus (Amostra Leg 159-62); (10) XP e (11) PL. 12 e 13 – Neochiastozygus perfectus (Amostra Araromi-90); (12) XP e (13) PL. 14 – Neochiastozygus saepes (Amostra Araromi-94); XP. 15 e 16 – Neococcolithes dubius (Amostra Leg 159-52); (15) XP e (16) PL. 17 e 18 - Neococcolithes protenus (Amostra Shagamu-25); (17) XP e (18) PL. 19 e 20 – Nannotetrina cristata (Amostra Leg 159-28); (19) XP e (20) PL. 108 109 Estampa 07 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 a 3 – Nannotetrina cristata (Amostra Leg 159-28); PL. 4 e 5 – Nannotetrina fulgens (Amostra Leg 159-38); (3) PL e (4) XP. 6 – Nannotetrina pappii (Amostra Leg 159-38); (5) PL e (6) XP. 7 a 17 – Zygodiscus plectopons (Amostra Araromi-67); (7 e 9 a 17) XP e (8) PL. 18 e 19 – Calciosolenia aperta (Amostra Shagamu-28); XP. 20 – Blackites inflatus (Amostra Ilaro-3-33); XP. 110 111 Estampa 08 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 – Blackites inflatus (Amostra Ilaro-3-33); XP. 2 e 3 – Blackites spinosus (Amostra Ilaro-27); XP. 4 – Blackites stilus (Amostra Leg 159-51); XP. 5 – Blackites tenuis (Amostra Ilaro-3-30); XP. 6 e 7– Girgisia gammation (Amostra Ilaro 3-20) ; XP. 8 – Praeprinsius dimorphosus e Coccolithus pelagicus (small) (Amostra Araromi-94); XP. 9 – Zeugrhabdotus sigmoides e Prinsius martini (Amostra Araromi-94); XP. 10 e 11 – Toweius crassus (Amostra Ilaro-3-69); XP. 12 a 14 - Toweius eminens [Amostra Araromi-53 (12); Amostra Leg 159-63 (13 e 14)]; (12 e 13) XP e (14) PL. 15 e 16 – Toweius magnicrassus (Amostra Leg 159-59); (15) XP e (16) PL. 17 – Toweius ocultatus (Amostra Ilaro-3-80); XP. 18 a 20 – Toweius pertusus [Amostra Araromi-50 (18); Amostra Ilaro-3-69 (19 e 20)]; XP. 112 113 Estampa 09 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 e 2 - Toweius rotundus (Amostra Ilaro-3-69); (1) XP e (2) PL. 3 – Toweius selandianus (Amostra Araromi-94); XP. 4 – Toweius serotinus (Amostra Araromi-41); XP. 5 – Toweius tovae (Amostra Araromi-50); XP. 6 – Cyclicargolithus floridanus (Amostra Leg 159-4); XP. 7 – Cyclicargolithus luminis (Amostra Leg 159-35), XP. 8 e 9 – Reticulofenestra bisecta (Amostra Leg 159-5); XP. 10 e 11 - Reticulofenestra dictyoda [Amostra Leg 159-11 (10); Amostra Ilaro-3-20 (11)]; XP. 12 – Reticulofenestra minuta (Amostra Ilaro-3-22); XP. 13 – Reticulofenestra stavensis (Amostra Leg 159-5); XP. 14 - Reticulofenestra umbilica (Amostra Leg 159-9); XP. 15 e 16 – Chiasmolithus bidens (Amostra Araromi-90); (15) XP e (16) PL. 17 a 19 – Chiasmolithus consuetus [Amostras (17) Leg 159-51 e (18 e 19) Leg 15928]; (17 e 18) XP e (19) PL. 20 – Chiasmolithus danicus (Amostra Araromi-77); XP. 114 115 Estampa 10 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 e 2 – Chiasmolithus eograndis (Amostra Leg 159-39); (1) XP e (2) PL. 3 e 4 – Chiasmolithus gigas (Amostra Leg 159-50); (3) XP e (4) PL. 5 a 7 – Chiasmolithus grandis (Amostra Leg 159-5); (5 e 7) XP e (6) PL. 8 a 12 – Chiasmolithus solitus [Amostra Araromi-94 (8 a 10), Amostra Leg 159-19 (11 e 12)]; (8, 9, e 11) XP e (10 e 12) PL. 13 e 14 – Coccolithus cachaoi (Amostra Ilaro-3-21); XP. 15 e 16 – Coccolithus eopelagicus (Amostra Leg 159-6); (15) XP e (16) PL. 17 e 18 – Coccolithus formosus (Amostra Leg 159-22); (17) XP e (18) PL. 19 e 20 – Coccolithus mutatus (Amostra Leg 159-41); (19) XP e (20) PL. 116 117 Estampa 11 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 e 2 - Coccolithus pelagicus (Amostra Ilaro-3-25); (1) XP e (2) PL. 3 e 4 – Coronocyclus nitescens (Amostra Araromi-41); (3) XP e (4) PL. 5 e 6 – Cruciplacolithus asymmetricus (Amostra Shagamu-29); XP. 7 – Cruciplacolithus cruciformis (Amostra Ilaro-3-20); XP. 8 a 10 – Cruciplacolithus frequens (Amostra Leg 159-68); XP. 11 e 12 – Cruciplacolithus intermedius (Amostra Araromi-79); XP. 13 – Cruciplacolithus primus (Amostra Araromi-104); XP. 14 a 19 – Cruciplacolithus staurion (Amostra Leg 159-47); (14, 16 e 18) XP e (15, 17 e 19) PL. 20 - Cruciplacolithus tenuis (Amostra Araromi-63), XP. 118 119 Estampa 12 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 e 2 - Cruciplacolithus tenuis [Amostra Araromi-63 (1), Ilaro-1-69 (2)]; XP. 3 e 4 – Ericsonia robusta (Amostra Araromi-81); (3) XP e (4) PL. 5 e 6 – Ellipsolithus bollii (Amostra Araromi-90); XP. 7 e 8 – Ellipsolithus distichus (Amostra Araromi-90); XP. 9 a 11 – Ellipsolithus lajollaensis (Amostra Ilaro-3-25); (9 e 11) XP e (10) PL. 12 e 13 - Ellipsolithus macellus (Amostra Shagamu-17); XP. 14 e 15 – Markalius inversus (Amostra Araromi-90); (14) XP e (15) PL. 16 e 17 – Pedinocyclus larvalis (Amostra Ilaro-3-21); (16) XP e (17) PL. 18 – Holodiscolithus sp. (Amostra Shagamu-20); XP. 19 e 20 – Lanternithus duocavus (Amostra Araromi-94); XP. 120 121 Estampa 13 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 e 2 – Zygrhablithus bijugatus (Amostra Ilaro-3-17) ; XP. 3 – Braarudosphaera bigelowii (Amostra Araromi-41); XP. 4 – Micrantholithus attenuatus (Amostra Ilaro-3-20); XP. 5 e 6 – Micrantholithus bulbosus (Amostra Ilaro-3-20); XP. 7 – Micrantholithus discula (Amostra Ilaro-3-20); XP. 8 – Micrantholithus hebecuspis (Amostra Ilaro-3-20); XP. 9 – Micrantholithus mirabilis (Amostra Ilaro-3-80); PL. 10 – Micrantholithus pingus (Amostra Ilaro-3-33); XP. 11 – Pemma basquensis (Amostra Ilaro-3-20); XP. 12 – Acanthosphaera mitra (Amostra Ilaro-3-22); XP. 13 a 16 – Thoracosphaera [Amostra Ilaro-3-35 (13); Amostra Araromi-46 (14 e 15); Amostra Wasimi-32 (16).] XP. 17 - Discoaster acutus (Amostra Leg 159-59); PL. 18 e 19 – Discoaster barbadiensis (Amostra Ilaro-3-32); PL. 20 – Discoaster bifax (Amostra Leg 159-29); PL. 122 123 Estampa 14 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 – Discoaster bifax (Amostra Leg 159-29); PL. 2 a 4 – Discoaster binodosus [Amostra Araromi-41 (2); Amostra Ilaro-3-17 (3 e 4)]; PL. 5 – Discoaster deflandrei (Amostra Ilaro-3-21); PL. 6 a 8 – Discoaster delicatus [Amostra Leg 159-67 (12); Amostra Araromi-46 (13 e 14)]; (12 e 14) PL e (13) XP. 9 a 11 – Discoaster diastypus (Amostra Araromi-41); (9) PL. 12 - Discoaster distinctus (Amostra Ilaro-3-73); PL. 13 – Discoaster elegans (Amostra Leg 159-32); PL. 14 – Discoaster kuepperi (“side-view”, Amostra Leg 159-26); XP. 15 e 16 - Discoaster kuepperi (Amostra Leg 159-26); PL. 17 a 20 – Discoaster lenticularis [Amostra Leg 159-67 (17 e 18); Amostra Araromi46, (18 a 20)]; (17 e 19) XP e (18, 19 e 20) PL. 124 125 Estampa 15 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 – Discoaster lenticularis Amostra Araromi-46, PL. 2 a 4 – Discoaster lodoensis [Amostra Leg 159-27 (2); Amostra Ilaro-3-29 (3 e 4)]; PL. 5 e 6 – Discoaster mahmoudii (Amostra Leg 159-65); PL. 7 a 9 – Discoaster mediosus (Amostra Leg 159-67); PL. 10 e 11 - Discoaster megastypus (Amostra Leg 159-69); (10) XP e (11) PL. 12 e 13 - Discoaster mohleri (Amostra Leg 159-67); (12) XP e (13) PL. 14 – Discoaster multiradiatus e Discoaster mediosus [Escala reduzida] (Amostra Leg 159-67); PL. 15 a 17 - Discoaster multiradiatus (Amostra Leg 159-65); (16) XP e (15 e 17) PL. 18 – Discoaster nodifer (Amostra Ilaro-3-17); PL. 19 e 20 – Discoaster saipanensis (Amostra Leg 159-6); (19) PL e (20) PX. 126 127 Estampa 16 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 – Discoaster saipanensis (Amostra Leg 159-6) PL. 2 a 4 – Discoaster salisburgensis [Amostra Araromi-50 (2); Amostra Ilaro-3-71 (3 e 4)]; (3) XP e (2 e 4) PL. 5 e 6 – Discoaster strictus (Amostra Leg 159-32); (5) XP e (6) PL. 7 e 8 – Discoaster sublodoensis [Amostra Leg 159-31 (7); Amostra Ilaro-3-20 (8)]; PL. 9 e 10 – Discoaster tanii (Amostra Leg 159-6); PL. 11 e 12 – Fasciculithus alanii (Amostra Leg 159-66); (11) XP e (12) PL. 13 e 14 – Fasciculithus billii (Amostra Araromi-90); (13) XP e (14) PL. 15 e 16 – Fasciculithus involutus [Amostra Shagamu-28 (15); Amostra Leg 159-70 (16)]; XP. 17 - Fasciculithus janii (Amostra Araromi-94); XP. 18 e 19 – Fasciculithus lilianae (Amostra Leg 159-65); (18) XP e (19) PL. 20 – Fasciculithus richardii (Amostra Leg 159-67); XP. 128 129 Estampa 17 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 – Fasciculithus richardii (Amostra Leg 159-67); PL. 2 e 3 – Fasciculithus thomasii (Amostra Leg 159-65); (2) XP e (3) PL. 4 e 5 - Fasciculithus tympaniformis [Amostra Leg 159-65 (4); Amostra Shagamu-24 (5)]; XP. 6 - Fasciculithus ullii (Amostra Araromi-90); XP. 7 e 8 – Bomolithus conicus (Amostra Leg 159-66); (7) PL e (8) XP. 9 a 12 – Heliolithus kleinpellii [Amostra Leg 159-71 (9 a 10); Amostra Araromi-79, (11 e 12)]; (9, 10 e 11) XP e (12) PL. 13 e 14– Sphenolithus anarrhopus (Amostra Leg 159-9); XP. 15 a 17 – Sphenolithus editus (Amostra Ilaro-3-30); (15 e 16) XP e (17) PL. 18 – Sphenolithus furcatolithoides (Amostra Leg 159-30); XP. 19 – Sphenolithus moriformis (Amostra Leg 159-33); XP. 20 – Sphenolithus radians (Amostra Ilaro-3-30); XP 130 131 Estampa 18 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 - Sphenolithus radians (Amostra Ilaro-3-30); XP. 2 – Sphenolithus primus (Amostra Ilaro-3-36); XP. 3 a 5 – Rhomboaster bitrifida (Amostra Leg 159-63); (3 e 5) PL e (4) XP. 6 a 9 – Rhomboaster bramlettei (Amostra Ilaro-3-69); (6) XP e (7, 8 e 9) PL. 10 a 13 – Rhomboaster cuspis (Amostra Ilaro-3-69); (10 e 12) XP e (11 e 13) PL. 14 e 15– Tribrachiatus contortus [Amostra Leg 159-60 (14); Amostra Araromi-41 (15)]; PL. 16 – Tribrachiatus digitalis (Amostra Araromi-41); PL. 17 a 20 – Tribrachiatus orthostylus [Amostra Leg 159-57 (17 e 18); Amostra Ilaro-380, (19, 20)]; PL. 132 133 Estampa 19 - Microscópio Óptico: XP = Nicóis cruzados (cross-polarized light), PL = Nicóis descruzados (plain transmitted light). Barra da Escala = 10 µm. 1 – Tribrachiatus spineus (Amostra Araromi-41); PL. 2 e 3 – Trochastrites hohnensis (Amostra Ilaro-3-20); (2) XP e (3) PL. 4 e 5 – Trochastrites operosus (Amostra Ilaro-3-20); (4) XP e (5) PL. 6 – Pseudotriquetrorhabdulus inversus (Amostra Ilaro-3-17); XP. 7 a 12 – Cocosferas (Amostra IL3-69); XP. 13 a 16– Foraminíferos (Amostra IL3-69); (13 a 15) PL e (16) XP. Escalas reduzidas. 134 135 6 BIOESTRATIGRAFIA 6.1 Considerações Bioestratigráficas As biozonas adotadas neste trabalho são classificadas como “Zonas de Intervalo”, segundo o Código Norte-Americano de Nomenclatura Estratigráfica (NASC, 1983 - Artigo 50), o Código Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica -Guia de Nomenclatura Estratigráfica (1986, página 390) e o Guia Estratigráfico Internacional (1994, página 59). Para as seções de testemunho (Ilaro-3, Ilaro-1, Araromi, Leg 159, Wasimi e Leg 108) e afloramento (Shagamu) os limites são caracterizados pela primeira e/ou última ocorrência de uma unidade taxonômica diagnóstica. Em Bode Ashe, por se tratar de uma seção composta por amostras de calha (e que devido a problemas de contaminação não permitem a determinação precisa da primeira ocorrência das espécies), as biozonas são definidas somente pela última ocorrência do fóssil diagnóstico, tomando cuidado com possíveis retrabalhamentos. Essa biozona de intervalo foi denominada “Zona diferencial superior” por Schaller (1969) conforme citado pelo Código Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica (1986) ou “last (highest) occurrence zone” no Guia Estratigráfico Internacional (1994). Para caracterização das zonas e determinação das idades do Cretáceo (Campaniano ao Maastrichtiano) destacam-se os trabalhos de Troelsen & Quadros (1971), Sissingh (1977), Perch-Nielsen (1985), Cunha (1990), Antunes (1984, 1987, 136 1997, 1998), Bown (1998), Burnett (1998), Tantawy (2003), Campbell et al. (2004), Aguado (2005) e Lees & Bown (2005). Para caracterização das zonas do Paleógeno (Paleoceno inferior ao Eoceno superior) pode-se citar os trabalhos de Martini (1971), Troelsen & Quadros (1971), Okada & Bukry (1980), Freitas (1984), Worsley & Werle (1984), Perch-Nielsen (1985), Costa (1992), Antunes (1990 e 1997), Wei (1992), Eshet (1996), Moullade et al. (1998), Shafik et al. (1998), Varol (in Bown, 1998), Ladner & Wise (2001), Mita (2001), Marino & Flores (2002), Arney & Wise (2003), Tantawy (2003), Pearson et al. (2004), Marzouk & Soliman (2004), Bown (2005a e 2005b), Hollis (2005), Raffi et al. (2005) e Pearson et al. (2006). As biozonas seguem, prioritariamente, as nomenclaturas de Sissingh (1977); com a sigla CC (CC22 a CC26 - para as biozonas de nanofósseis do Cretáceo superior) e de Martini (1971), com a sigla NP (NP1 a NP20- para as biozonas de nanofósseis do Paleógeno). Para atribuição das idades absolutas utilizou-se da tabela proposta por Gradstein et al. (2004), e correlacionada com trabalhos mais recentes sobre nanofósseis calcários. Com a finalidade de familiarização, a tabela proposta por Berggren et al. (1995) é comparada (Figura 27), devido seu freqüente uso durante anos. 137 Figura 27: Comparação entre as idades absolutas de Berggren et al. (1995), Gradstein et al. (2004) e o biozoneamento internacional de Martini (1971) para nanofósseis calcários 138 6.2 Definições dos Zoneamentos Internacionais Os zoneamentos bioestratigráficos descritos abaixo seguem as definições de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) para o Cretáceo e Martini (1971) e PerchNielsen (1985) para o Paleógeno, com a comparação dos biozoneamentos padrões de Burnett (1998) e Antunes (1997) para o Cretáceo (Figura 28) e de Okada & Bukry (1980), Varol (1998) e Antunes (1997, conforme Richter et al. 1993) para o Paleoceno (Figura 29) e o Eoceno (Figura 30). Figura 28: Comparação dos biozoneamentos padrões de Sissingh (1977), Perch-Nielsen (1985), Burnett (1998) e Antunes (1997) para o Cretáceo. 139 Figura 29: Comparação dos biozoneamentos padrões de Martini (1971), Okada & Bukry (1980), Varol (1998) e Antunes (1997) para o Paleoceno. A idade absoluta foi baseada em escalas propostas por Gradstein et al. (2004). 140 Figura 30: Comparação dos biozoneamentos padrões de Martini (1971), Okada & Bukry (1980), Varol (1998) e Antunes (1997) para o Eoceno. A idade absoluta foi baseada em escalas propostas por Gradstein et al. (2004). 141 6.2.1 MESOZÓICO – CRETÁCEO As biozonas citadas abaixo seguem Perch-Nielsen (1985) de acordo com Sissingh (1977) com as unidades indicadas pelas letras “CC” e a biozona correlata segundo Antunes (1997), com a inicial “N”. O biozoneamento descrito por Burnett (1998), é indicado pelas letras “UC”. 6.2.1.1 Zona CC22 - Uniplanarius trifidus Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Uniplanarius trifidus (base) e a última ocorrência de Reinhardtites anthophorus (topo). Idade: Campaniano terminal. Autores: Bukry & Bramlette (1970), emendada por Sissingh (1977). Observações: Conforme cita Perch-Nielsen (1985), alguns autores citam outros marcadores para o topo desta biozona, como a última ocorrência de U. trifidus, primeira ocorrência de Lithraphidites praequadratus ou primeira ocorrência de L. quadratus. Ainda, segundo Perch-Nielsen (1985) a última ocorrência de Eiffellithus eximius ocorre junto à última ocorrência de R. anthophorus, podendo ser utilizada como espécie substituta para o topo da biozona. Sissingh (1977) também sugere a subdivisão da Zona CC22 para regiões onde o gênero Reinhardtites é comum. 142 Correlação: Burnett (1998) correlaciona as biozonas CC22 (subzonas CC22C, CC22B e CC22A), CC21 (subzonas CC21C, CC21B e CC21A), CC20 e CC19 (subzona CC19B) de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) com biozona UC15. Para o biozoneamento de Antunes (1997) a biozona N-270-Aspidolithus parcus é correspondente da porção final de CC22 (subzona CC22C) e a biozona N-265Eiffelithus eximius corresponde ao início da Zona CC22 (subzonas CC22B e CC22A) além das biozonas mais inferiores CC21 (subzonas CC21C, CC21B e CC21A), CC20 e CC19 (subzona CC19B) de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985), ainda, tal intervalo é correlacionável à biozona UC15 de Burnett (1998). 6.2.1.2 Zona CC23 - Tranolithus phacelosus Definição: Intervalo entre a última ocorrência de Reinhardtites anthophorus (base) e a última ocorrência de Tranolithus phacelosus (topo). Idade: Campaniano terminal ao eomaastrichtiano. Autor: Sissingh (1977). Observações: Segundo Perch-Nielsen (1985) esta biozona corresponde à parte superior da Zona Uniplanarius trifidus de acordo com outros autores. Para Sissingh (1977) a última ocorrência de Aspidolithus parcus subdivide a Zona CC23 em duas. Correlação: Burnett (1998) correlaciona cada subzona de CC23 de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) como uma biounidade, onde CC23B é correlata de UC17 e CC23A correlaciona-se com UC16. 143 A biozona N-280-Uniplanarius trifidus corresponde em grande parte à biozona CC23B de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985), além da biounidade UC17 de Burnett (1998). Já a biozona N-270-Aspidolithus parcus corresponde à parte inferior da biozona CC23 (CC23A) e a porção final de CC22 (CC22C) de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985), além das biounidades UC16 e UC15 (parte superior) de Burnett (1998). 6.2.1.3 Zona CC24 - Reinhardtites levis Definição: Intervalo entre a última ocorrência de Tranolithus phacelosus (base) e a última ocorrência de Reinhardtites levis (topo). Idade: eomaastrichtiano. Autor: Sissingh (1977). Correlação: Burnett (1998) correlaciona a biozona CC24 de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) com a biozona UC18. 144 6.2.1.4 Zona CC25 - Arkhangelskiella cymbiformis Definição: Intervalo entre a última ocorrência de Reinhardtites levis (base) e a primeira ocorrência de N. frequens (topo). Idade: Maastrichtiano terminal. Autores: Perch-Nielsen (1972), emendada por Sissingh (1977). Observações: Em altas latitudes N. frequens é substituída pela primeira ocorrência de M. murus. Martini (1976) e Doeven (1983) definem esta biozona com a base na última ocorrência de Uniplanarius trifidus e o topo na primeira ocorrência de Lithraphidites quadratus. Sugere-se aqui a leitura de Sissingh (1977) e PerchNielsen (1985) para maiores estudos a respeito da biozona Arkhangelskiella cymbiformis e de sua espécie nominativa. Correlação: Burnett (1998) correlaciona a biozona CC25 (subzonas CC25C e CC25B) de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) com a biozona UC20 e a Subzona CC25A como UC19. 145 6.2.1.5 Zona CC26 - Nephrolithus frequens Definição: Intervalo entre a primeira e última ocorrência de Nephrolithus frequens. Idade: Maastrichtiano terminal. Autores: Cepek & Hay (1969). Observações: Esta biounidade foi definida pra altas latitudes, onde a espécie N. frequens é relativamente comum. Muitos autores sugerem a primeira ocorrência de Thoracosphaera como topo do Maastrichtiano ou a primeira ocorrência de Micula murus e subseqüente primeira ocorrência de Micula prinsii para subdividir o intervalo entre CC25 e o topo do Cretáceo. Correlação: Burnett (1998) correlaciona as biozonas CC26 (subzonas CC26B, CC26A) e duas subzonas de CC25 (subzonas CC25C e CC25B) de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) com a biozona UC20. Antunes (1997) correlaciona a biozona N-290-Arkhangelskiella cymbiformis com as biozonas CC26 a CC24 (excluindo a porção basal) de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985). 146 6.2.2 CENOZÓICO - PALEÓGENO 6.2.2.1 Zona NP1 - Markalius inversus Definição: Intervalo entre a última ocorrência de cocólitos cretácicos ou primeira ocorrência de um acme de Thoracosphaera (base) e a primeira ocorrência de Cruciplacolithus tenuis (topo). Idade: eopaleoceno. Autores: Mohler & Hay in Hay (1967), emendada por Martini (1970). Observações: Muitos autores colocam o topo da biozona NP1 com a primeira ocorrência de qualquer Cruciplacolithus, geralmente sendo o C. primus, uma forma muito pequena de Cruciplacolithus. Correlação: Varol (1998) correlaciona a biozona NP1 de Martini (1971) com a biozona NNTp2 (com a subzona NNTp2A-Cruciplacolithus primus) e NNTp1Biantholithus hughesii (com as subzonas NNTp1B-Placozygus sigmoides e NNTp1ABiantholithus sparsus). Okada & Bukry (1980) estabelecem a Subzona CP1A-Cruciplacolithus primus como correlata de NP1. Antunes (1990) correlaciona a biozona N-310-Ellipsolithus sp. (topo e base com a última ocorrência de Ellipsolithus sp. e Arkhangelskiella cymbiformis, respectivamente) com as biozonas NP1 a NP4 de Martini (1971). Atualmente, conforme Richter et al. (1993, apud Antunes, 1997) a Zona N310 foi substituída 147 pelas Zonas N-305-Cruciplacolithus primus (correlatas com NP1 e NP2) e N-307Lanternithus duocavus (correlatas com NP3 e NP4). 6.2.2.2 Zona NP2 - Cruciplacolithus tenuis Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Cruciplacolithus tenuis (base) e a primeira ocorrência de Chiasmolithus danicus (topo). Idade: eopaleoceno. Autores: Mohler & Hay in Hay (1967), emendada por Martini (1970). Observações: Muitos autores discutem a forma de C. danicus, tendo sido descrito como um cocólito com uma cruz oblíqua no centro, com necessidade de uma discussão taxonômica maior (Perch-Nielsen, 1985). Na biozona NP2 é possível relatar as primeiras ocorrências de Ericsonia cava, Prinsius dimorphosus e, em alguns lugares, Cruciplacolithus edwardsii. Correlação: Varol (1998) correlaciona a biozona NP2 de Martini (1971) com a biozona NNTp2 (com as subzonas NNTp2E-Neocrepidolithus cruciatus, NNTpDPraeprinsius dimorphosus, NNTp2C-Coccolithus pelagicus e NNTp2B- Cruciplacolithus intermedius). Okada & Bukry (1980) estabelecem a Subzona CP1B-Cruciplacolithus tenuis como correlata de NP2. 148 6.2.2.3 Zona NP3 - Chiasmolithus danicus Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Chiasmolithus danicus (base) e a primeira ocorrência de Ellipsolithus macellus (topo). Idade: eopaleoceno. Autor: Martini (1970). Observações: Conforme citado em Perch-Nielsen (1985), caso o registro de E. macellus não ocorra, é possível caracterizar o limite superior desta biozona com a ausência de algumas espécies, como N. saepes, N. perfectus, C. bidens e Prinsius martinii. Correlação: Varol (1998) correlaciona a biozona NP3 de Martini (1971) com as biozonas NNTp4 (com as subzonas NNTp4C-Prinsius martinii, NNTp4B- Neochiastozygus modestus e NNTp4A-Neocrepidolithus dirimosus); NNTp3 e NNTp2 (com as subzonas NNTp2G-Coccolithus subpertusus e NNTp2F- Hornibrookina edwardsii). Okada & Bukry (1980) estabelecem a Zona CP2-Chiasmolithus danicus como correlata de NP3. 149 6.2.2.4 Zona NP4 - Ellipsolithus macellus Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Ellipsolithus macellus (base) e a primeira ocorrência de Fasciculithus tympaniformis (topo). Idade: eopaleoceno-mesopaleoceno. Autor: Martini (1970). Observações: O surgimento de Ellipsolithus distichus ocorre um pouco depois da primeira ocorrência de E. macellus, onde alguns autores o utilizam como marcador substituto, assim como se pode utilizar a primeira ocorrência de Neochiastozygus saepes onde E. macellus não é encontrado (Perch-Nielsen, 1985). A primeira ocorrência de F. tympaniformis não é a primeira ocorrência do gênero. Fasciculithus magnus é o primeiro representante do gênero, podendo ser encontrado logo abaixo de F. tympaniformis, assim como as espécies F. ulii, F. magnicordis e F. janii. Para o topo desta biozona também é possível utilizar-se da primeira ocorrência de Neochiastozygus perfectus, com origem acima da primeira ocorrência de Chiasmolithus bidens (que ocorre ainda em NP4). Outro fóssil-guia para o topo da NP4 é a primeira ocorrência de Sphenolithus primus, a primeira espécie do gênero, que geralmente surge junto da primeira ocorrência de F. tympaniformis. Correlação: Varol (1998) correlaciona a biozona NP4 de Martini (1971) com as biozonas NNTp8-Lantenithus duocavus; NNTp7-Prinsius bisulcus (com as subzonas NNTp7A-Cruciplacolithus frequens e NNTp7B-Toweius selandianus); NNTp6Neocrepidolithus neocrassus; NNTp5-Markalius apertus (com as subzonas NNTp5AChiasmolithus inconspicuus e NNTp5B-Neochiastozygus perfectus) e NNTp4 (com 150 as subzonas NNTp4F-Chiasmolithus edentulus, NNTp4E-Cruciplacolithus subrotundus e NNTp4D-Neochiastozygus eosaepes). Okada & Bukry (1980) estabelecem a Zona CP3-Ellipsolithus macellus como correlata de NP4. 6.2.2.5 Zona NP5 - Fasciculithus tympaniformis Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Fasciculithus tympaniformis (base) e a primeira ocorrência de H. kleinpellii (topo). Idade: mesopaleoceno. Autores: Mohler & Hay in Hay (1967). Observações: Várias espécies de Fasciculithus e gêneros como Heliolithus e Bromolithus tiveram seu desenvolvimento antes da primeira ocorrência de H. kleinpellii. Correlação: Varol (1998) correlaciona a biozona NP5 de Martini (1971) com as biozonas NNTp10-Toweius pertusus e NNTp9-Octolithus multiplus. Okada & Bukry (1980) estabelecem a Zona CP4-Fasciculithus tympaniformis como correlata de NP5. Antunes (1997) correlaciona a biozona N-330-Fasciculithus janii com a biozona NP5 de Martini (1971). 151 6.2.2.6 Zona NP6 - Heliolithus kleinpellii Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Heliolithus kleinpellii (base) e a primeira ocorrência de D. mohleri (topo). Idade: mesopaleoceno-neopaleoceno . Autores: Mohler & Hay in Hay (1967). Correlação: Okada & Bukry (1980) estabelecem a Zona CP5-Heliolithus kleinpellii como correlata de NP6. Antunes (1997) correlaciona a biozona N-340-Heliolithus kleinpellii com as biozonas NP8 a NP6 de Martini (1971). 6.2.2.7 Zona NP7 - Discoaster mohleri Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de D. mohleri (base) e a primeira ocorrência de Heliolithus riedelli ou Discoaster nobilis (topo). Idade: neopaleoceno. Autores: Hay (1964) e Mohler & Hay in Hay (1967). Observações: O topo desta biozona é discutido logo abaixo. Correlação: Okada & Bukry (1980) estabelecem a Zona CP6-Discoaster mohleri como correlata de NP7. 152 6.2.2.8 Zona NP8 - Heliolithus riedelli-Discoaster nobilis Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Heliolithus riedelli ou D. nobilis (base) e a primeira ocorrência de Discoaster multiradiatus (topo). Idade: neopaleoceno. Autores: Bramlette & Sullivan (1961) e Perch-Nielsen (1972). Observações: Muitos autores preferem unir a biozona NP8 com a NP7 pois as primeiras ocorrências de H. riedelli e D. nobilis não são encontradas em muitas seções ao redor do mundo. Correlação: Okada & Bukry (1980) estabelecem as Zonas CP7-Discoaster nobilis e CP6-Discoaster mohleri (parte superior) como correlatas de NP8. 6.2.2.9 Zona NP9 - Discoaster multiradiatus Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de D. multiradiatus (base) e a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei ou Discoaster diastypus (topo). Idade: neopaleoceno-eoeoceno. Autores: Bramlette & Sullivan (1961) emendada por Martini (1971) e Bukry & Bramlette (1970). Observações: Em NP9, várias espécies de Rhomboaster podem ser úteis para subdivisões menores desta unidade. Além disso, vários Discoaster apresentam sua 153 primeira ocorrência em NP9. Muitas espécies de Fasciculithus, Zygodiscus e Neochiastozygus, além dos gêneros Lophodolithus, Conococcolithus, Rhomboaster e Helicosphaera atingem seu máximo de diversidade nesta biozona. O gênero Fasciculithus torna-se raro no topo da unidade e desaparece perto do limite NP9/NP10, onde é usado como marcador quando o gênero Tribrachiatus está ausente. Perch-Nielsen (1985) comenta que diversos gêneros de nanofósseis desaparecem próximo do final do Paleoceno, como Fasciculithus, Hornibrookina, Placozygus e Rhomboaster. Fasciculithus (de acordo com Shackleton et al., 1984) desaparece cerca de 0.8 M.a. antes do limite NP09/NP10 e o último Hornibrookina foi encontrado na parte inferior de NP10. Tribrachiatus surge próximo ao limite NP09/NP10. Martini (1971) definiu como base da zona NP10 a primeira ocorrência de R. bramlettei. Enquanto a base da biozona de Okada & Bukry (1980), CP09, é definida pelo aparecimento simultâneo de Tribrachiatus contortus e Discoaster diastypus. A primeira ocorrência de R. bramlettei é conhecida por ser observada antes da primeira ocorrência de T. contortus. Assim, a base da zona CP9 não pode ser considerada equivalente à base da zona NP10, que tem como fundamento a primeira ocorrência de T. contortus. Discoaster diastypus apresenta sua primeira ocorrência próxima à base de NP10 (Perch-Nielsen, 1985). Martini (1971) comenta que a primeira ocorrência de D. diastypus dá-se no meio da biozona NP10, um pouco acima da primeira ocorrência de T. contortus. Bybell & Self-Trail (1995) realizaram estudos que comprovaram a primeira ocorrência de D. diastypus acima da primeira ocorrência de R. bramlettei e próxima 154 da primeira ocorrência de T. contortus. Considerando que a base de CP09 não equivale à base de NP10, localizou-se a base da biozona CP09 na porção mediana da zona NP10. Mais recentemente, seguindo Tremolada & Bralower (2004), Raffi et al. (2005), Hollis et al. (2005) e Agnini et al. (2006) é possível subdividir a biozona NP9 (Martini, 1971) em duas subzonas (NP9a e NP9b) correlacionando também informações obtidas no intervalo de Máximo Termal do limite Paleoceno/Eoceno com eventos bioestratigráficos dos nanofósseis calcários. Dessa forma, temos NP9a delimitando o topo do Paleoceno e NP9b o início do Eoceno (maiores detalhes no capítulo 9). Correlação: Okada & Bukry (1980) estabelecem a Zona CP8-Discoaster multiradiatus (Subzonas CP8a-Chiasmolithus bidens e CP8b-Campylosphaera eodela) como correlata de NP9. Antunes (1990) correlaciona a biozona N-350-Fasciculithus tympaniformis com a biounidade NP9 de Martini (1971). 155 6.2.2.10 Zona NP10 - Tribrachiatus contortus Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei ou D. diastypus e Tribrachiatus contortus (base) e a última ocorrência de Tribrachiatus contortus (topo). Idade: eoeoceno. Autores: Hay (1964) e Bukry (1973). Observações: A biozona NP10 não é encontrada em várias seqüências, provavelmente devido à ausência do gênero Tribrachiatus em certas áreas por razões ecológicas. A primeira ocorrência de T. orthostylus, que geralmente ocorre de forma restrita antes da última ocorrência de T. contortus pode ser utilizada como um marcador do limite NP10/NP11. Algumas espécies que viviam no Paleoceno são registradas ainda no início do Eoceno, incluindo algumas espécies marcadoras do zoneamento do Paleoceno, como Ellipsolithus macellus e Discoaster multiradiatus. O gênero Fasciculithus é encontrado apenas na porção mais inferior de NP10 e sua última ocorrência, segundo vários autores, pode ser utilizada para definir o limite inferior de NP10 de Martini (1971) em seções onde Tribrachiatus é ausente ou escasso. Correlação: Varol (1998) não propôs nenhum zoneamento para a base de NP10 de Martini (1971), contudo, seu topo é correlacionável a porção inicial da Subzona NNTe1A. Okada & Bukry (1980) estabelecem a Subzona CP9ATribrachiatus contortus como correlata de NP10. 156 Costa (1992) cita a Biozona N-405-Neochiastozygus chiastus (Antunes, 1984), definida pelo intervalo entre as últimas ocorrências de N. chiastus (topo) e Fasciculithus tympaniformis (base) como correlata de NP10 de Martini (1971). Antunes (1997) aponta a biozona N-410-Rhomboaster bramlettei (intervalo entre as últimas ocorrências de R. bramlettei em seu topo e Fasciculithus tympaniformis na base) como a equivalente à biozona NP10 de Martini (1971). 6.2.2.11 Zona NP11 - Discoaster binodosus Definição: Intervalo entre a última ocorrência de Tribrachiatus contortus (base) primeira ocorrência de Discoaster lodoensis (topo). Idade: eoeoceno. Autores: Mohler & Hay in Hay et al.(1967). Observações: Tribrachiatus orthostylus aparece próximo do limite NP10/NP11. Discoaster distinctus, Sphenolithus editus, S. radians e S. conspicus surgem nesta biounidade. Imperaster obscurus surge tipicamente em NP11 e desaparece em NP12 ou NP13 em algumas regiões. Correlação: Varol (1998) propõe para NP11 a Zona NNTe1-Sphenolithus radians (do topo para base: subzonas NNTe1D-Rhabdosphaera pinguis; NNTe1CNeococcolithes protenus; NNTe1B-Toweius crassus e NNTe1A-Toweius rotundus) que, em sua parte superior (NNTe1D a NNTe1B), corresponde (aproximadamente) a NP11 de Martini (1971). 157 Okada & Bukry (1980) correlacionam NP11 como delimitada pela Biozona CP9 Discoaster diastypus, contendo duas subzonas (CP9B Discoaster binodosus e CP9A), onde a subzona CP9B é correlata à biozona NP11 de Martini (1971). Conforme citado acima, para Antunes (1990) em zoneamento local, a Zona N420-Tribrachiatus orthostylus é correlata das biozonas NP11 e NP12. 6.2.2.12 Zona NP12 - Tribrachiatus orthostylus Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de D. lodoensis (base) até a última ocorrência de T. orthostylus ou a primeira ocorrência de Toweius crassus (topo). Idade: eoeoceno. Autores: Brönnimann & Stradner (1960) & Bukry (1973). Observações: Segundo Perch-Nielsen (1985), em alguns casos a última ocorrência de T. orthostylus pode ser tardia, de modo a co-existir com Nannotetrina. A última ocorrência de Micrantholithus mirabilis tem sido usada para subdividir NP12. Imperaster obscurus desaparece em NP12 ou no início de NP13. Correlação: Em Varol (1998) a Biozona NP12 é composta por quatro biozonas (do topo para base: NNTe5-Tribrachiatus orthostylus; NNTe4-Micrantholithus mirabilis; NNTe3-Toweius occultatus e NNTe2-Discoaster lodoensis). 158 Para Okada & Bukry (1980), a biozona NP12 de Martini (1971) é definida como Zona CP10-Tribrachiatus orthostylus, contudo o limite entre CP11 e CP10 desses autores é considerado pouco reportado. A biozona N-420-Tribrachiatus orthostylus, segundo Antunes (1997), equivale às biozonas NP12 e NP11 de Martini (1971). 6.2.2.13 Zona NP13 - Discoaster lodoensis Definição: Última ocorrência de Tribrachiatus orthostylus ou primeira ocorrência de T. crassus (base) até a primeira ocorrência de D. sublodoensis (topo). Idade: eoeoceno. Autores: Brönnimann & Stradner (1960) e Bukry (1973). Observações: Discoaster diastypus tem sua primeira ocorrência nesta biozona. Correlação: Em Varol (1998) a Biozona NP13 é composta pela porção basal da subzona NNTe7A-Pontosphaera pulcher (Zona NNTe7-Discoaster kuepperi) e pela zona NNTe6-Imperaster obscurus. Para Okada & Bukry (1980), a biozona NP13 é representada pela biozona CP11-Discoaster lodoensis. Antunes (1990) denomina como Zona N-430-Discoaster lodoensis (parte inferior) a unidade equivalente da NP13. 159 6.2.2.14 Zona NP14 - Discoaster sublodoensis Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Discoaster sublodoensis até a primeira ocorrência de N. fulgens (NP14) e/ou última ocorrência de Blackites inflatus (CP12). Idade: eoeoceno-mesoeoceno. Observação: O topo da biozona tem sido aproximado pelo uso da primeira ocorrência de qualquer espécie de Nannotetrina. Autores: Hay (1964) e Bukry (1973). Correlação: Para Varol a Zona NP14 é correlata das subzonas NNTe8AHelicosphaera lophota (Zona NNTe8-Nannotetrina alata), NNTe7B-Discoaster wemmelensis e parte da subzona NNTe7A-Pontosphaera pulcher (Zona NNTe7Discoaster kuepperi). Para Okada & Bukry (1980) a Zona NP14 de Martini (1971) corresponde às duas biozonas de CP12-Discoaster sublodoensis (Subzona CP12B-Blackites inflatus e Subzona CP12A-Discoaster kuepperi). Para o zoneamento proposto por Antunes (1997), a biozona NP14 é correlacionável com as biozonas N-437-Discoaster sublodoensis e a parte mais superior da biozona N-430-Discoaster lodoensis. 160 6.2.2.15 Zona NP15 - Nannotetrina fulgens Definição: Primeira ocorrência de Nannotetrina fulgens até a última ocorrência de Blackites gladius (primeira ocorrência de N. quadrata ou última ocorrência de Blackites inflatus até a primeira ocorrência de Reticulofenestra umbilica ou primeira ocorrência de Discoaster bifax para CP13, a Zona N. quadrata). Idade: mesoeoceno. Autores: Hay (1967) emendada por Martini (1970) e Bukry (1973). Observações: A primeira ocorrência de Nannotetrina sp. pode ser utilizada como marcador do limite NP14/NP15. As últimas ocorrências de D. kuepperi, D. sublodoensis e D. nonaradiatus encontram-se nesta biozona, assim como a primeira ocorrência de B. gladius, D. tanii nodifer e Lanternithus minutus. O gênero Nannotetrina desaparece próximo à última ocorrência de B. gladius, podendo ser utilizado com um indicador do limite NP15/NP16 em locais onde B. gladius é muito raro ou ausente e onde R. umbilica tem sua primeira ocorrência antes de Nannotetrina. Correlação: Varol (1998) divide a Biozona NP15 de Martini (1971) em duas, sendo a inferior Subzona NNTe8B-Cruciplacolithus staurion (Zona NNTe8Nannotetrina alata) e a superior (subdividindo-se em duas) NNTe9-Blackites gladius (Subzona NNTe9A-Corannulus germanicus e Subzona NNTe9B-Sphenolithus stellatus). Okada & Bukry (1980) subdividem a Zona NP15 de Martini (1971) em três subzonas CP13 (Zona CP13-Nannotetrina quadrata): Subzona CP13C-Coccolithus 161 starion, Subzona CP13B-Chiasmolithus gigas e Subzona CP13A-Discoaster strictus (sendo a última mais inferior). Para Antunes (1990), a zona correlata de NP15 envolve a parte inferior da biozona N-447-Chiasmolithus solitus, toda biozona N-440-Chiasmolithus gigas e a parte superior de N-437-Discoaster sublodoensis. 6.2.2.16 Zona NP16 - Discoaster tanii nodifer Definição: Intervalo entre a última ocorrência de Blackites gladius (base) e última ocorrência de Chiasmolithus solitus (topo). Idade: mesoeoceno. Autores: Hay et al. (1967) emendada por Martini (1970). Observações: A base dessa biounidade pode ser substituída pela primeira ocorrência de Reticulofenestra umbilica ou Discoaster bifax. Correlação: Varol (1998) correlaciona a Biozona NP16 com a Zona NNTe10Chiasmolithus solitus, que por sua vez é dividida em duas subzonas (Subzona NNTe10A-Helicosphaera seminulum e Subzona NNTe10B-Birkelundia arenosa) ambas no interior de NP16. Okada & Bukry (1980) apresentam como biozona correlata a Subzona CP14A-Discoaster bifax e a porção mais superior de CP13C, comentada logo a seguir. Costa (1992) enquadra a parte superior da biozona N-447-Chiasmolithus solitus em NP16. 162 6.2.2.17 Zona NP 17 - Discoaster saipanensis Definição: Intervalo entre a última ocorrência de Chiasmolithus solitus (base) e a primeira ocorrência de Chiasmolithus oamaruensis (topo). Idade: mesoeoceno a neo-eoceno. Autor: Martini (1970). Observações: Devido à dificuldade de estabelecer tal biozona em várias áreas (material mal preservado e espécies guias geralmente pobres ou ausentes), Martini (1976 in Perch-Nielsen, 1985) propõe a combinação NP17/NP18, definida como o intervalo entre a última ocorrência de C. solitus (base) e a última ocorrência de Chiasmolithus grandis (topo). Correlação: Biozona correlata com as subzonas Subzona NNTe11ADaktylethra punctulata (Zona NNTe11-Zona Chiasmolithus grandis) de Varol (1998) e a Subzona CP14B-Discoaster saipanensis (Zona CP14-Reticulofenestra umbilica) de Okada & Bukry (1980). Cunha (1990) aponta a biozona N-450-Chiasmolithus grandis como correlata à NP17 de Martini (1971). 163 6.2.2.18 Zona NP 18 - Chiasmolithus oamaruensis Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Chiasmolithus oamaruensis (base) e a primeira ocorrência de Isthmolithus recurvus (topo). Idade: neo-eoceno. Autor: Martini (1970). Observações: Biozona de difícil reconhecimento em baixas latitudes (PerchNielsen, 1985) já que tanto Chiasmolithus quanto Isthmolithus são raros ou muitas vezes ausentes, sendo que nesses casos C. reticulatum é o mais indicado para caracterização da biozona, pois ocorre tanto em altas quanto em baixas latitudes. Correlação: Biozona correlata com as subzonas NNTe12-Helicosphaera bramlettei (Zona NNTe12-Discoaster barbadiensis) e NNTe11B-Neococcolithes dubius (Zona NNTe11-Chiasmolithus grandis) de Varol (1998) e Subzona CP15AChiasmolithus oamaruensis (Zona CP15-Discoaster barbadiensis) de Okada & Bukry (1980). Antunes (1997) correlaciona a biozona NP18 (Martini, 1971) com a biozona N-460-Micrantholithus procerus. 164 6.2.2.19 Zona NP 19 - Isthmolithus recurvus Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Isthmolithus recurvus (base) e a primeira ocorrência de Sphenolithus pseudoradians (topo). Idade: neo-eoceno. Autor: Hay, Mohler & Wade (1966), emendada por Martini (1970). Observações: Diversos autores propõem a combinação das biozonas NP19 e NP20, devido ao não reconhecimento de S. pseudoradians (espécie marcadora do limite NP19-NP20), restrita em determinadas áreas. Em Martini (1976), no Pacífico Equatorial, tal união de intervalos foi demarcada entre a última ocorrência de C. grandis e a última ocorrência de D. saipanensis. Aubry (1983) a define como o intervalo entre a primeira ocorrência de I. recurvus e a última ocorrência de D. saipanensis. Em baixas latitudes, a biozona Isthmolithus recurvus é de difícil reconhecimento, devido à escassez de seu fóssil nominativo, assim, de acordo com Perch-Nielsen (1985), a última ocorrência de Cribocentrum reticulatum pode ser empregada em baixas latitudes para aproximar o limite NP18/NP19. 165 6.2.2.20 Zona NP 20 - Sphenolithus pseudoradians Definição: Intervalo entre a primeira ocorrência de Sphenolithus pseudoradians (base) e a última ocorrência de Discoaster saipanensis e/ou Discoaster barbadiensis (topo). Idade: neo-eoceno. Autor: Martini (1970). Correlação: Zona NNTe12–Discoaster barbadiensis, Subzona NNTe12BDiscoaster saipanensis de Varol (1998) e Zona CP15-Discoaster barbadiensis, Subzona CP15B-Isthmolithus recurvus de Okada & Bukry (1980), onde as subzonas CP15B e NNTe12B abrangem as biozonas NP19 e NP20 de Martini (1971). Para Antunes (1997) e, seguindo as definições citadas por Cunha (1990), têmse a Zona N-470-Discoaster barbadiensis como correlata às biozonas NP19 e NP20 de Martini (1971). 166 6.3 Biocronoestratigrafia dos Intervalos Estudados 6.3.1 AMOSTRAS DA BACIA DE DAHOMEY 6.3.1.1 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Ilaro-3 Por meio de 51 amostras analisadas (Apêndice 1) foi possível determinar quatro intervalos bioestratigráficos com base em nanofósseis (Figura 31 e Quadro 1) para o testemunho Ilaro-3. A saber, da base para o topo da seção: Amostras: IL3-89 a IL3-81 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: IL3-80, IL3-73 e IL3-71 Zona Tribrachiatus orthostylus (NP12) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Discoaster lodoensis (base) e primeira ocorrência de Toweius crassus. Idade: eoeoceno. Observações: Em Ilaro-3 não foi possível reconhecer a base da biozona NP 12, devido a perda de dados, como a primeira ocorrência de D. lodoensis. O topo, por sua vez, foi caracterizado pela primeira ocorrência de Toweius crassus (conforme 167 Perch-Nielsen, 1985), substituindo a última ocorrência de T. orthostylus (espécie limitada à amostra IL3-80). Contribuem para a caracterização desta biozona as primeiras ocorrências (em IL3-73) de Neococcolithes dubius, Helicosphaera seminulum, Helicosphaera lophota e Discoaster barbadiensis, a última ocorrência, no interior dessa biozona, de Micrantholithus mirabilis, além da dominância de Toweius spp. conforme citada por Varol (in Bown, 1998). A presença de Rhomboaster bramlettei é registrada neste intervalo, concordando com a distribuição bioestratigráfica de Antunes (1990) para tal espécie. Amostras: IL3-79 a IL3-74 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: IL3-69 e IL3-49 Zona Discoaster lodoensis (NP 13) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de T. crassus e a primeira ocorrência de Discoaster sublodoensis. Idade: eoeoceno. Amostras: IL3-66 a IL3-50 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: IL3-48 a IL3-38 Sem recuperação para nanofósseis calcários. 168 Amostras: IL3-37 a IL3-26 Zona Discoaster sublodoensis (NP 14) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Discoaster sublodoensis (base) e a primeira ocorrência de Nannotetrina sp. e/ou última ocorrência de Blackites inflatus (topo). Idade: eoeoceno-mesoeoceno. Observações: Base e topo conforme a caracterização. Concordante com Okada & Bukry (1980) e Varol (1998) é possível observar nesta biozona a presença mais significativa de Cruciplacolithus staurion e Reticulofenestrídeos (R. dictyoda e R. minuta), as primeiras ocorrências de Braarudosphaera bigelowii, Pemma sp e Neococcolitithes sp., além da última ocorrência de Discoaster lodoensis. Amostras: IL3-25, IL3-24, IL3-21, IL3-20 e IL3-17 Zona Nannotetrina fulgens (NP 15) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Nannotetrina sp. e/ou última ocorrência de Blackites inflatus (base) e a última ocorrência de Blackites gladius ou a primeira ocorrência de Reticulofenestra umbilica ou Discoaster bifax. Idade: mesoeoceno. Observações: Base da biozona definida conforme a descrição e reforçada pela presença de espécies como Trochastrites hohnensis, Trochastrites operosus, Cruciplacolithus staurion e D. saipanensis. Amostras: IL3-23, IL3-22, IL3-19 e IL3-18 Sem recuperação para nanofósseis calcários. 169 Amostras: IL3-16 a IL3-12 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Quadro 1: Principais nanofósseis calcários do poço Ilaro-3 e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971). 170 Figura 31: Seção lito/bioestratigráfica do poço Ilaro-3 com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. 171 6.3.1.2 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Ilaro-1 Com o conteúdo de 60 amostras foi possível reconhecer no testemunho de Ilaro-1 seis intervalos bioestratigráficos com base em nanofósseis (Figura 32). Abaixo, da base para o topo da seção, são descritas as unidades bioestratigráficas identificadas no poço Ilaro-1, com base no conjunto de amostras interpretadas: Amostra: IL1-89 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: IL1-88 a IL1-85 Zona Markalius inversus (NP01) ? Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de cocólitos cretácicos ou primeira ocorrência de acme de Thoracosphaera (base) e a primeira ocorrência de Cruciplacolithus tenuis (topo). Idade: eopaleoceno. Observações: Em Ilaro-1, uma vez que as amostras não apresentaram boa preservação fossilífera, este conjunto de amostras é apenas sugerida como NP01?, por conter poucos exemplares do Paleoceno e nenhum do Cretáceo, além da delimitação superior com a primeira ocorrência de C. tenuis. 172 Amostra: IL1-84 Intervalo entre a Zona Cruciplacolithus tenuis (NP02) a Zona Ellipsolithus macellus (NP04) Caracterização: A biozona NP02 é delimitada pela primeira ocorrência de Cruciplacolithus tenuis até a primeira ocorrência de Chiasmolithus danicus. A biozona NP03 tem como base a primeira ocorrência de C. danicus e o topo a primeira ocorrência de Ellipsolithus macellus. A primeira ocorrência de Fasciculithus tympaniformis delimita o topo da biozona NP04. Idade: eopaleoceno-mesopaleoceno. Observações: Intervalo com pobre conteúdo fossilífero. Foi possível reconhecer somente a base desta unidade como sendo a primeira ocorrência de C. tenuis (base de NP02) e o topo sugerido pela primeira ocorrência de Fasciculithus tympaniformis (topo de NP04). Amostras: IL1-83 a IL1-74 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: IL1-73 a IL1-67 Intervalo entre a Zona Fasciculithus tympaniformis (NP05) e a Zona Heliolithus kleinpellii (NP06) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Fasciculithus tympaniformis ou Sphenolithus primus e a primeira ocorrência de Heliolithus kleinpellii para NP05 e primeira ocorrência de Heliolithus kleinpellii até a primeira ocorrência de Discoaster mohleri para NP06. Idade: mesopaleoceno-neopaleoceno. 173 Observações: Unidade definida pela sua base com a primeira ocorrência de F. tympaniformis e S. primus. Não foi encontrada a espécie guia (H. kleinpellii) que delimita o topo da biozona NP05, o que resultou na integração da biozona NP 06 neste conjunto de amostras. A biozona NP 06, por sua vez, tem aqui seu topo definido pela primeira ocorrência de Zygodiscus plectopons, conforme descrito no próximo intervalo. Amostra: IL1-68 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: IL1-66 a IL1-57 Intervalo entre a Zona Discoaster mohleri (NP07) e a Zona Heliolithus riedellii/ Discoaster nobilis (NP08) Caracterização: a Zona NP07 inclui o intervalo entre a primeira ocorrência de D. mohleri e a primeira ocorrência de Heliolithus riedelii ou Discoaster nobilis. Para a unidade NP08 foi estabelecida a base como sendo a primeira ocorrência de H. riedellii ou D. nobilis e seu topo a primeira ocorrência de Discoaster multiradiatus. Idade: neopaleoceno. Observações: o limite inferior deste intervalo é caracterizado aqui pela primeira ocorrência de Zygodiscus plectopons (Em NP07, Zygodiscus herlynii segundo Bybell & Self-Trail, 1995) já que não foi possível encontrar os fósseis característicos desta unidade assim como o limite entre NP07 e NP08. Amostra: IL1-63 Sem recuperação para nanofósseis calcários. 174 Amostras: IL1-56 a IL1-53 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: IL1-52 a IL1-46 Zona Discoaster multiradiatus (NP09) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de D. multiradiatus e a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei. Idade: neopaleoceno-eoeoceno. Observações: A porção mais superior deste conjunto de amostras ainda destaca a última ocorrência de F. tympaniformis, Z. plectopons e E. distichus, que corrobora com a idade da biozona. Neste intervalo também é reconhecida a primeira ocorrência de Pontosphaera exilis, o que pode caracterizar um intervalo próximo ao limite Paleoceno/Eoceno. Amostras: IL1-50 a IL1-47 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: IL1-45, IL1-38, IL1-35 e IL1-34 Zona Tribrachiatus contortus (NP10) Caracterização: Base com a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei. Idade: eoeoceno. Observações: A biozona NP10 neste testemunho foi caracterizada apenas por sua base, com a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei. 175 Amostras: IL1-32 a IL1-28 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Os principais nanofósseis encontrados são listados conforme Quadro 2 e Figura 32. Quadro 2: Principais nanofósseis calcários do poço Ilaro-1 e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971). 176 Figura 32: Seção lito/bioestratigráfica do poço Ilaro-1 com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. 177 6.3.1.3 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Araromi Por meio de 91 amostras analisadas, foi possível a identificação de oito intervalos bioestratigráficos com base em nanofósseis calcários (Figura 33) para Araromi. A baixa taxa de preservação não possibilitou um maior refinamento do biozoneamento do Cretáceo neste poço, onde, no espaço amostral entre AR-151 e AR-107, apenas as amostras AR-148, AR-145, AR-130, AR-124, AR-119, AR-118, AR-114, AR-108 possuem nanofósseis calcários (Figura 33). De posse do material analisado, foi proposto o biozoneamento abaixo, de acordo com Perch-Nielsen (1985), para o Cretáceo da seção. Zona Nephrolithus frequens (CC26) Caracterização: Intervalo contendo a última ocorrência de Arkhangelskiella cymbiformis (topo) e a presença de fósseis cretácicos. Idade: Maastrichtiano terminal. Observações: Apesar da ausência de formas-guias como Nephrolithus frequens, Micula murus, Lithraphidites quadratus, Ceratholithoides kamptneri e Micula prinsii, a ocorrência de espécies do final do Cretáceo como Arkhangelskiella cymbiformis e Placozygus fibuliformis, juntamente com Thoracosphaera sp. confirmam a colocação deste conjunto amostral na biozona CC26. O testemunho Araromi apresentou um intervalo sem recuperação de nanofósseis calcários (AR-107) e logo a seguir já é possível encontrar uma assembléia típica do início do Paleoceno. 178 Amostra: AR 104 Zona Markalius inversus (NP01C) Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de cocólitos cretácicos ou primeira ocorrência de acme de Thoracosphaera (base) e primeira ocorrência de Cruciplacolithus tenuis (topo). Idade: eopaleoceno. Observações: Em Araromi, a amostra AR-104 é representante única da biozona NP01, representando o início do Paleógeno. A presença comum de Zeugrhabdotus sigmoides, Thoracosphaera spp, a primeira ocorrência de Coccolithus pelagicus e Cruciplacolithus primus identificam esta porção da biozona NP01 como sendo parte da Subzona Cruciplacolithus primus NP01C (base com a primeira ocorrência de C. primus) citada por Tantawy (2003, concordando com Romein, 1979, emendado por Jiang & Gartner, 1986). Amostras: AR 103 a AR 96 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostra: AR 94 Zona Ellipsolithus macellus (NP04) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Ellipsolithus macellus (base) e a primeira ocorrência de Fasciculithus tympaniformis (topo). Idade: eopaleoceno-mesopaleoceno. Observações: Apoiando a identificação desta biozona também foi marcada neste intervalo do testemunho a primeira ocorrência de Neochiastozygus saepes, Ellipsolithus distichus e do Gênero Fasciculithus (com as espécies F. ulii, F. janii e F. 179 billii), cabe ressaltar que a primeira ocorrência da espécie Fasciculithus tympaniformis (em AR-90) caracteriza o topo da biozona NP04, reforçando a caracterização desta unidade. Amostras: AR 91 e AR 92 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostra: AR 90 Zona Fasciculithus tympaniformis (NP05) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de F. tympaniformis (base) e primeira ocorrência de Heliolithus kleinpellii (topo). Idade: mesopaleoceno. Observações: Contribuindo para a afirmação desta biounidade identificou-se também a primeira ocorrência de Sphenolithus primus e Toweius eminens (conforme Bybell & Self-Trail, 1995). Amostras: AR 88 a AR 85 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: AR 82 a AR 77 Zona Heliolithus kleinpellii (NP 06) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Heliolithus kleinpellii (base) e a primeira ocorrência de Discoaster mohleri (topo). Idade: mesopaleoceno-neopaleoceno. 180 Observações: Em Araromi, não foi possível reconhecer o topo desta biozona com base em seu fóssil guia Discoaster mohleri, optou-se então pela substituição deste por Zygodiscus plectopons, indicativo do início da biozona NP 07 (topo de NP06), de acordo com as definições de Bybell & Self-Trail (1995). Amostras: AR 74 a AR 70 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: AR 67, AR 63, AR 58 e AR56 Intervalo das zonas Discoaster mohleri (NP07) e Heliolithus riedelii/Discoater nobilis (NP08) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Z. plectopons (base de NP7) e a primeira ocorrência de Discoaster multiradiatus (topo de NP8). Idade: neopaleoceno. Observações: Concordante com a citação de Perch-Nielsen (1985), neste testemunho não foi possível a identificação isolada das biozonas NP07 e NP08, por este motivo, optou-se pela combinação NP07/NP08, definindo este intervalo como sendo: a base da biozona NP07 para este trabalho (primeira ocorrência de Z. plectopons) e o topo da biozona NP08 (primeira ocorrência de Discoaster multiradiatus). Amostras: AR 64, AR 60 e AR 59 Sem recuperação para nanofósseis calcários. 181 Amostras: AR 55 a AR 46 Zona Discoaster multiradiatus (NP 09) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Discoaster multiradiatus (base) e a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei e Discoaster diastypus (topo). Idade: neopaleoceno-eoeoceno. Observações: Auxiliam no reconhecimento desta biozona a última ocorrência de Z. plectopons, T. eminens, F. tympaniformis. Ainda, nesta biozona é assinalada a presença rara de Lophodolithus nascens. Amostra: AR 47 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Amostra: AR 41 Zona Tribrachiatus contortus (NP 10) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei e Discoaster diastypus (base) e a última ocorrência de Tribrachiatus contortus (topo). Idade: eoeoceno. Observações: Neste intervalo, de acordo com Perch-Nielsen (1985), Romein (1979) e Bybell & Self-Trail (1995), a primeira ocorrência do Gênero Tribrachiatus, a ausência de Fasciculithus e a presença Pontosphaera exilis podem indicar um intervalo próximo ao limite Paleoceno/Eoceno para esta seção. 182 Amostras: AR 40 a AR 02 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Os principais nanofósseis encontrados são listados conforme Quadro 3 e Figura 33. Quadro 3: Principais nanofósseis calcários do poço Araromi e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971). 183 Figura 33: Seção lito/bioestratigráfica do poço Araromi com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. 184 6.3.1.4 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Wasimi Com um conteúdo pobre em material nanofossílifero e de baixo grau de preservação, as 27 amostras do testemunho Wasimi (entre W-17 e W-65) apresentaram um único intervalo com conteúdo nanofossilífero (W-26, W-27, W-32 e W-37), limitado em uma única biozona (Figura 34) descrita a seguir. Zona Nephrolithus frequens (CC26) Caracterização: Intervalo contendo a última ocorrência de Arkhangelskiella cymbiformis (topo) e a presença de fósseis cretácicos. Idade: Maastrichtiano terminal. Observações: Assim como ocorrido no Cretáceo testemunhado em Araromi, o baixo grau de preservação do conteúdo fossilífero possibilitou apenas a ocorrência de Arkhangelskiella cymbiformis, Placozygus fibuliformis e Thoracosphaera sp. como indicadores do final do Cretáceo, essas duas últimas, conforme Perch-Nielsen (1985), são formas-guias indicativas da única biozona aqui assinalada (CC26). Os principais nanofósseis encontrados são listados conforme Quadro 4 e Figura 34. 185 Quadro 4: Principais nanofósseis calcários do poço Wasimi e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Sissingh, 1977). 186 Figura 34: Seção lito/bioestratigráfica do poço Wasimi com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. 187 6.3.1.5 Distribuição Bioestratigráfica do Afloramento de Shagamu Para as 17 amostras do afloramento de Shagamu foram aplicadas o biozoneamento de Perch-Nielsen (1985), modificado de Martini (1971). A assembléia nanofossilífera encontrada representa a biozona NP09 (Figura 35), conforme descrito abaixo: Amostras: SH-16 a SH-29 Zona Discoaster multiradiatus (NP 09) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Discoaster multiradiatus (base) e a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei e Discoaster diastypus (topo). Idade: neopaleoceno-eoeoceno. O topo desta biozona não pôde ser definido, devido à ausência dos fósseisguias de seu topo, onde as amostras SH-30, SH-31 e SH-32 não possuem conteúdo nanofossilífero. Observações: Auxiliam na confirmação desta biozona a ocorrência de Z. plectopons, T. eminens, F. tympaniformis, F. involutus, Zeugrhabdotus sigmoides, Discoaster salisburgensis e C. tenuis. Ainda, nesta biozona, é assinalada a presença de Discoaster mohleri e Lophodolithus nascens. Os principais nanofósseis encontrados são listados conforme Quadro 5 e Figura 35. 188 Quadro 5: Principais nanofósseis calcários do afloramento de Shagamu e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971). 189 Figura 35: Seção lito/bioestratigráfica do afloramento Shagamu com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. 190 6.3.1.6 Distribuição Bioestratigráfica do Poço Bode Ashe Por se tratar de uma seção composta por amostras de calha (134 amostras), o biozoneamento aplicado para Bode Ashe é definido pela última ocorrência de espécies sucessivas (Figura 36), conforme o Código Norte-Americano de Nomenclatura Estratigráfica (N.A.C.S.N., 1983) e de acordo com as biozonas citadas por Antunes (1984, 1990, 1997) que melhor se adequaram ao conteúdo fossilífero encontrado. Para padronização com os outros poços descritos neste trabalho faz-se a correlação com as biozonas de Martini (1971) emendadas por e Okada & Bukry (1980) e Perch-Nielsen (1985). Amostras: BA-02 a BA-04 Sem recuperação de nanofósseis calcários. Amostras BA-05 a BA-15 Este intervalo amostral não apresentou fósseis que pudessem indicar uma biozona precisa, sendo por conveniência marcada como de idade mesoeocênica, devido a assembléia dos nanofósseis encontrada. Amostras BA-16 a BA-23 Sem recuperação de nanofósseis calcários. 191 Amostras BA-24 a BA-30 Zona N-430 – Discoaster lodoensis (NP13 e NP14) Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de Tribrachiatus orthostylus (base) e a última ocorrência de D. lodoensis (topo). Idade: eoeoceno-mesoeoceno. Observações: Correspondência com NP14 e NP13 de Perch-Nielsen (1985) (base com última ocorrência de T. orthostylus). Contribui para o estabelecimento desta biounidade a última ocorrência de Blackites inflatus (CP12B de Okada & Bukry, 1980). Amostras BA-31 a BA-41 Zona N-420 – Tribrachiatus orthostylus (NP 11 e NP12) Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de Neochiastozygus chiastus (base) e a última ocorrência de T. orthostylus (topo). Idade: eoeoceno. Observações: Correspondência com as biounidades NP12 e NP11 de Martini (1971) . No interior desta biozona é registrado ainda um intervalo sem recuperação de nanofósseis (Amostras BA-37 a BA-40). Amostras BA-42 a BA-55 Sem recuperação de nanofósseis calcários. 192 Amostras BA-57 a BA-64 Zona N-405 – Neochiastozygus chiastus (NP10) Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de Fasciculithus tympaniformis (base) e a última ocorrência de N. chiastus (topo). Idade: eoeoceno. Observações: Nesse intervalo bioestratigráfico não foi possível aplicar a biozona N-410, conforme Antunes (1997), pela ausência de sua espécie nominativa, Rhomboaster bramlettei, substituída aqui pela última ocorrência de N. chiastus (topo), conforme Antunes (1984) e Costa (1992). Contribui para a afirmação desta biozona a última ocorrência de Ellipsolithus macellus. Correlação com a biozona NP10 de Martini (1971). Amostra BA-66 Zona N-350 – Fasciculithus tympaniformis/Zona N-340 – Heliolithus kleinpellii (NP6-NP9) Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de Ellipsolithus sp. (base) (Zona N-340) e a última ocorrência de F. tympaniformis (topo) (Zona N-350). Idade: mesopaleoceno-eoeoceno. Observação: Devido à ausência da espécie Heliolithus kleinpellii não foi possível a divisão entre as biounidades acima citadas. Correspondência com o intervalo entre as biozonas NP09 (topo) a NP06 (base) de Martini (1971). Amostras BA-67 a BA-90 Intervalo sem recuperação de nanofósseis calcários. 193 Amostras BA-92 a BA-113 Zona N-310 – Ellipsolithus sp. (NP1 a NP4) Definição: Intervalo entre a última ocorrência de Arkhangelskiella cymbiformis (base) e a última ocorrência de Ellipsolithus sp. (topo). Idade: mesopaleoceno-eopaleoceno. Observação: correspondência com a biozona NP4 a NP1 de Martini (1971) e Perch-Nielsen (1985). Amostras BA-101 a BA-111 Sem recuperação de nanofósseis calcários. Amostras BA-115 a BA-131 Zona N-290 – Arkhangelskiella cymbiformis (CC26) Definição: Intervalo contendo a última ocorrência de Arkhangelskiella cymbiformis (topo) e a presença de fósseis cretácicos. Observações: Apenas o topo da biounidade pôde ser reconhecido. No interior desta biozona mais basal, as amostras BA-121 a BA-124 e BA-127 a BA-130, não apresentaram nanofósseis calcários. Idade: Maastrichtiano terminal. 194 Amostras BA-132 a BA-160 As amostras na porção mais inferior de Bode Ashe não apresentaram recuperação de nanofósseis calcários, fato que impossibilitou a interpretação bioestratigráfica neste intervalo. 195 Figura 36: Seção lito/bioestratigráfica do poço Bode Ashe com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. 196 6.3.2 AMOSTRAS CEDIDAS PELO INTEGRATED OCEAN DRILLING PROGRAM (IODP) 6.3.2.1 Distribuição Bioestratigráfica do ODP (Ocean Drilling Program) Leg 108, Site 661 A, Eastern Tropical Atlantic (Atlântico Tropical Oriental). Para as 20 amostras estudadas do Leg 108, Site 661A, foi possível a identificação de três intervalos bioestratigráficos com base em nanofósseis (Figura 37). A saber, da base para o topo da seção. Nesse testemunho, aplicou-se o biozoneamento seguido por Cunha (1990) e Antunes (1998), apoiado em zoneamentos padrões de Sissingh (1977) e PerchNielsen (1985), além de Burnett (1998), conforme citado abaixo: Amostra: 20 Zona Eiffelithus eximius - N-265 (CC22) Caracterização: Intervalo marcado com o topo definido pela última ocorrência de Eiffelithus eximius. Autores: Bukry e Bramlette (1970) emendada por Freitas (1984) Idade: Campaniano terminal ou limite Campaniano-Maastrichtiano, segundo autores. Observações: Por ter sido reconhecido apenas o topo da biozona, sugere-se à biounidade uma correspondência à biozona CC22 de Sissingh (1977) e PerchNielsen (1985) e à biozona UC15 de Burnett (1998). 197 Amostras: 19 a 12 Zona Aspidolithus parcus - N-270 (CC22/CC23) e Zona Uniplanarius trifidus - N-280 (CC23) Caracterização: Base definida pela última ocorrência de E. eximius (base de N270) e topo definido pela última ocorrência Uniplanarius trifidus (topo de N-280). Idade: Maastrichtiano. Observações: Na presente seção não foi possível verificar a existência de Aspidolithus parcus, que representa o fóssil-guia delimitador entre as duas biozonas acima citadas. Correspondem à biozona CC23 (CC23a+CC23b) de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985), além das biounidades UC16 e UC17 de Burnett (1998). Cunha (1990) cita em seu trabalho a biozona Uniplanarius trifidus de acordo com Bukry e Bramlette (1970) emendada por Richter (1987), com sua base caracterizada pela última ocorrência de Eiffelithus eximius e o topo pela última ocorrência de Uniplanarius trifidus, conforme aplicado neste trabalho. Amostras: 11 a 04 Zona Arkhangelskiella cymbiformis - N-290 (CC24 - CC26) Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de U. trifidus (base) e última ocorrência de Arkhangelskiella cymbiformis (topo). Autores: Bukry & Bramlette (1970) emendada por Troelsen & Quadros (1971). Idade: Maastrichtiano. Observações: Biozona correspondente ao intervalo entre as zonas CC 24 e CC26 de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) além das biounidades UC18, UC19 e UC20 de Burnett (1998). 198 Ainda, no interior desta biozona, tem-se a primeira ocorrência de Micula murus (amostra 6), fóssil característico (na ausência de Nephrolithus frequens, em baixas latitudes) da base da biozona CC 26 de Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985), datada como Maastrichtiano terminal. Amostras: 03 a 01 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Os principais nanofósseis encontrados são listados conforme Quadro 6 e Figura 37. Quadro 6: Principais nanofósseis calcários do Leg 108, Site 661A e suas respectivas distribuições bioestratigráficas (segundo Sissingh, 1977). 199 Figura 37: Seção lito/bioestratigráfica do Leg 108, Site 661A, com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. 200 6.3.2.2 Distribuição Bioestratigráfica do ODP Leg 159, Site 959 D, Côte d’Ivoire – Ghana Marginal Ridge, Eastern Equatorial Atlantic (Cadeia, ou Dorsal, Marginal Costa do Marfim-Gana, Atlântico Equatorial Oriental) Por meio de 71 amostras observadas foi possível reconhecer para o Leg 159, Site 959D, dez intervalos bioestratigráficos com base em nanofósseis (Figura 38). A seguir serão descritas as biozonas encontradas neste estudo, da base para o topo da seção. Amostra: 71 Zona Heliolithus riedellii / Discoaster nobilis (NP08) Caracterização: Topo definido pela primeira ocorrência de Discoaster multiradiatus. Idade: neopaleoceno. Observações: Por ser a porção mais basal do testemunho, apenas o topo dessa biozona pôde ser reconhecido. Amostras: 70 a 63 Zona Discoaster multiradiatus (NP09) Intervalo entre a primeira ocorrência de D. multiradiatus (base) e a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei (topo). Idade: neopaleoceno-eoeoceno. 201 Observações: Contribuem para esta afirmação a última ocorrência de Fasciculithus tympaniformis, Toweius eminens e Sphenolithus primus, no interior desta biozona. A amostra 64 não apresentou recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: 62 a 60 Zona Tribrachiatus contortus (NP10) Caracterização: Base com a primeira ocorrência de R. bramlettei e o topo com a última ocorrência de Tribrachiatus contortus. Idade: eoeoceno. Amostras: 59 e 58 Zona Discoaster binodosus (NP11) Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de T. contortus (base) e a primeira ocorrência de Discoaster lodoensis (topo). Idade: eoeoceno. Observações: contribuem para a confirmação dessa unidade a primeira ocorrência de Sphenolithus radians e de Tribrachiatus orthostylus em seu topo. Amostra: 57 Zona Tribrachiatus orthostylus (NP12) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Discoaster lodoensis (base) e última ocorrência de Tribrachiatus orthostylus (topo). Idade: eoeoceno. 202 Observações: Esta unidade é demarcada por uma única amostra, sendo que a superior não apresentou nanofósseis calcários preservados (Amostra 56), com isso, a última ocorrência de T. orthostylus ocorre junto à primeira ocorrência de Discoaster lodoensis (topo da biozona). Contribuem ainda para essa informação a primeira ocorrência de Neococcolithes dubius. Amostras: 55 a 53 Zona Discoaster lodoensis (NP 13) Caracterização: Intervalo entre a última ocorrência de T. orthostylus (base) e a primeira ocorrência de Discoaster sublodoensis (topo). Idade: eoeoceno. Observações: Contribui para o reconhecimento dessa unidade a primeira ocorrência de Discoaster diastypus. Amostra: 52 Zona Discoaster sublodoensis (NP 14) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de D. sublodoensis (base) e primeira ocorrência de Nannotetrina fulgens (topo). Idade: eoeoceno-mesoeoceno. Observações: Ao contrário dos outros poços contidos neste trabalho (com a mesma datação bioestratigráfica), no Site 959 D, do Leg 159, não foi encontrada a espécie Blackites inflatus sendo substituída por Nannotetrina fulgens, conforme Perch-Nielsen (1985). Contribui ainda para afirmação dessa biozona a ocorrência de Helicosphaera lophota no interior dessa biounidade. 203 Amostras: 51 a 30 Zona Nannotetrina fulgens (NP 15) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Nannotetrina fulgens (base) e a primeira ocorrência de Reticulofenestra umbilica (topo), segundo Okada & Bukry (1980). Idade: mesoeoceno. Observações: A primeira ocorrência de Cruciplacolithus staurion e a presença de Discoaster saipanensis concordam com a biozona. Amostras: 29 a 10 Zona Discoaster tanii nodifer (NP 16) Caracterização: Intervalo entre a primeira ocorrência de Reticulofenestra umbilica (base) e última ocorrência de Chiasmolithus solitus (topo). Idade: mesoeoceno. Observações: Contribuem para a identificação as últimas ocorrências de D. distinctus e C. staurion, no interior dessa biozona. As amostras 13 a 16 não apresentaram recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: 09 a 04 Zona Discoaster saipanensis (NP 17) Caracterização: Intervalo caracterizado apenas pela sua base, a última ocorrência de Chiasmolithus solitus. Idade: mesoeoceno a neo-eoceno. 204 Observação: A união entre as biozonas NP17 e NP18 é defendida por Martini (1976 in Perch-Nielsen, 1985). A amostra 07 não apresentou recuperação para nanofósseis calcários. Amostras: 03 a 01 Sem recuperação para nanofósseis calcários. Os principais nanofósseis encontrados são listados conforme Quadro 7 e Figura 38. Quadro 7: Principais nanofósseis calcários do Leg 159, Site 959D e suas respectivas: distribuições bioestratigráficas (segundo Martini, 1971). 205 Figura 38: Seção lito/bioestratigráfica do Leg 159, Site 959D, com base nas amostras de nanofósseis calcários e seus principais fósseis guias encontrados. 206 7 CONSIDERAÇÕES BIOESTRATIGRÁFICAS E PALEOBIOGEOGRÁFICAS PARA OS POÇOS ANALISADOS De forma a melhor comparar as seções estudadas neste trabalho, fez-se necessária a elaboração de quadros com a integração do biozoneamento aplicado (de acordo com Martini, 1971 e Perch-Nielsen, 1985) e as amostras de cada seção. Assim, será possível visualizar arcabouços gerais para cada intervalo do tempo geológico (Cretáceo, Quadro 8, Paleoceno, Quadro 9 e Eoceno, Quadro 10) e suas caracterizações, sendo descritas a seguir suas peculiaridades. Segundo Tremolada & Bralower (2004), nanoplânctons calcários são sensíveis à mudanças ambientais de seu hábitat (superfície das águas marinhas). Dessa forma, mudanças na abundância e nas características das assembléias fossilíferas podem ser interpretadas como uma resposta a possíveis perturbações paleoceanográficas. Um dos exemplos mais aplicado a este trabalho é o do gênero Discoaster, organismos que estavam essencialmente ligados a águas oceânicas quentes e oligotróficas, abundantes em sedimentos epicontinentais de baixa latitude (Tremolada & Bralower, 2004; Aubry, 1984). Ainda segundo Aubry (1984), o gênero Discoaster é mais numeroso e mais diversificado em depósitos de baixa latitude e a extinção de várias espécies aparecem relacionadas ao evento de máximo resfriamento climático (por ex. Discoasteres em forma de roseta, no fim do Eoceno). Seus períodos de alta diversificação (neopaleoceno, mesoeoceno e eomioceno) correspondem às condições de aquecimento climático. Várias espécies são restritas às regiões 207 tropicais e equatoriais, onde poucas espécies têm preferência por águas mais frias. Nunca são abundantes em sedimentos epicontinentais e são geralmente menores e menos espessos do que aqueles depositados em sedimentos de condições de oceano aberto. Discoaster spp. podem ser utilizados como indicadores paloeclimáticos pela razão Discoaster/Chiasmolithus. Discoaster é predominante em águas quentes, enquanto Chiasmolithus predomina em águas frias (Bukry, 1973a; Aubry, 1984). Quadro 8: Biozoneamento para o Cretáceo nas seções estudadas (cinza: amostras de calha; azul: amostras de testemunho, amarelo: amostras de afloramento). O Cretáceo das seções estudadas (Quadro 8) só é bem marcado no Leg 108, site 661 A, o único a apresentar as biounidades de CC22 a CC26 (Perch-Nielsen, 1985). As seções registradas em Bode Ashe, Araromi e Wasimi (essa última com registro restrito ao Cretáceo) apresentam fósseis mal preservados e uma assembléia fossilífera relativamente pobre e são limitadas à biozona CC26. Ainda no Leg 108, é destacada a ausência de Lucianorhabdus cayeuxi (indicadora típica de “nearshore”, segundo Doeven et al, 1982). 208 Para o Cretáceo, de forma geral, muitas das formas guias não foram encontradas, o que dificultou a caracterização das biounidades. As espécies encontradas são características de baixas latitudes, como Micula murus, substituta para Nephrolithus frequens em CC26 (Perch-Nielsen, 1985) e Arkhangelskiella cymbiformis; além da abundância de Uniplanarius trifidus e Uniplanarius gothicus para o Leg 108, Site 661A, indicando uma assembléia de nanofósseis similar a descrita por Stradner & Steinmetz (1984). Outras espécies largamente encontradas são: Micula decussata e Watznaueria barnesae ambas indicativas de assembléias tropicais e subtropicais (Thierstein & Haq, 1977; Wind, 1979; Tantawy, 2003) e resistentes a dissolução, fortemente presentes em sedimentos pobres em nanofósseis (Roth, 1983; Pospichal, 1991 e 1995; Eshet & Almogi Labin, 1996; Tantawy, 2003). Paleoceno inferior (NP1 – parte inferior de NP4) O início do Paleoceno (Quadro 9), nas seções onde estava presente (Bode Ashe, Ilaro-1 e Araromi) não foi bem representado. O intervalo bioestratigráfico entre NP1 e NP4 apresenta um intervalo com registro pobremente preservado ou ausente, onde não foi possível extrair maiores informações. Em Bode Ashe foi delimitado apenas o intervalo entre a última ocorrência de Arkhangelskiella cymbiformis (base de NP1) e a última ocorrência de Ellipsolithus sp. (topo de NP4). Em Ilaro-1 e Araromi, as amostras sugeridas como pertencentes a NP1 não apresentaram boa preservação fossilífera. O intervalo entre NP2 e NP4 em Ilaro-1 é representado por uma única amostra (IL1-84) e, logo acima, um significativo intervalo amostral sem recuperação de 209 nanofósseis calcários é observado (entre as amostras IL1-83 e IL1-74, da base para o topo da seção). Em Araromi, após o intervalo NP1 também é observado um intervalo sem representação nanofossilífera. A amostra imediatamente acima contendo assembléia de nanofósseis é assinalada como NP4, com a primeira ocorrência de Ellipsolithus macellus em sua base. Paleoceno médio (parte superior de NP4 – parte inferior de NP6) Para a biozona NP5, a primeira ocorrência de Fasciculithus tympaniformis em sua base é o bioevento marcante nas seções de Ilaro-1 e Araromi. Tal gênero (juntamente com Sphenolithus e Discoaster que ocorrem amplamente em todas as seções) é considerado indicador de ambientes de águas quentes e oligotróficas (Bukry, 1973; Wei & Wise, 1989 e 1990; Akmal & Soliman, 2004; Tremolada & Bralower, 2004). Em Ilaro-1, assim como em Bode Ashe, não foi encontrada a espécie Heliolithus kleinpellii, espécie que delimita o topo da biozona NP5, o que resultou na união das biozonas NP5 e NP6 em Ilaro-1 e a ausência de NP5 em Bode Ashe. Apenas em Araromi foi observado a presença (ainda que rara) de H. kleinpellii, permitindo a separação de NP6 nessa seção. Paleoceno superior (parte superior de NP6 – parte inferior de NP9) As biozonas NP7 e NP8 encontram-se unificadas nas seções de Ilaro-1 e Araromi, adotando as idéias de Perch-Nielsen (1985). Não foi possível reconhecer a base da biozona NP7 pelo fóssil guia Discoaster mohleri, sendo redefinida pela 210 última ocorrência de Zygodiscus plectopons, conforme indicada por Bybell & SelfTrail (1995). Em Bode Ashe apenas uma amostra (BA-66) define o intervalo entre NP6 a NP9, logo acima de um intervalo onde não foi possível a recuperação de nanofósseis calcários. O testemunho do Leg 159 tem sua porção mais basal em NP8, onde apenas o topo dessa biozona pôde ser reconhecido, com a primeira ocorrência de Discoaster multiradiatus. A biozona NP09 (Paleoceno/Eoceno, segundo Gradstein et al, 2004) é a unidade bioestratigráfica mais comum e apresenta a mesma caracterização bioestratigráfica em todas as seções (Ilaro-1, Araromi, Shagamu e Leg 159), com exceção a Bode Ashe, por se tratar de amostra de calha. Shagamu, a única seção composta por amostras de afloramento, tem seu intervalo bioestratigráfico limitado à biozona NP9 (Martini, 1971; Perch-Nielsen, 1985) confirmando a mesma idade encontrada através dos foraminíferos (Gebhardt, comunicação pessoal). O topo da biozona é marcado pela primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei, indicadora de ambientes de águas rasas e quentes (Bukry, 1973; Müller, 1979 in Aubry, 1988). 211 Quadro 9: Biozoneamento para o Paleoceno nas seções estudadas (cinza: amostras de calha; azul: amostras de testemunho; amarelo: amostras de afloramento). Eoceno inferior (parte superior de NP9 – NP13) O intervalo NP10 tem como base com a primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei e o topo com a última ocorrência de Tribrachiatus contortus em todas seções onde é encontrada (Ilaro-1, Araromi, Leg 159) exceto em Bode Ashe, onde nenhuma das espécies-guias foram encontradas e substituídas pelo intervalo entre a última ocorrência de Fasciculithus tympaniformis (base) e a última ocorrência de N. chiastus (topo), denominado “Zona N-405 – Neochiastozygus chiastus” (Antunes, 1984) e correlata direta de NP10. A biozona NP11, intervalo entre a última ocorrência de Tribrachiatus contortus (base) e a primeira ocorrência de Discoaster lodoensis (topo), é definida de forma isolada apenas no Leg 159. Em Bode Ashe as biozonas NP11 e NP12 são 212 unificadas, através do intervalo entre a última ocorrência de Neochiastozygus chiastus (base) e a última ocorrência de T. orthostylus (topo). A biozona NP12 ocorre individualizada em Ilaro-3, sua parte mais basal, e no Leg 159. No Leg 159 esse intervalo é delimitado entre a primeira ocorrência de Discoaster lodoensis (base) e última ocorrência de Tribrachiatus orthostylus (topo). Já em Ilaro-3 o topo é substituído pela primeira ocorrência de Toweius crassus. A biozona NP13 também apresentou variação em seu conteúdo bioestratigráfico, onde temos para Ilaro-3 a utilização da primeira ocorrência de Toweius crassus (em conformidade com Okada & Bukry, 1980) como base da biounidade, enquanto nas seções de Bode Ashe e Leg 159 (Site 959D) a espécie encontrada e utilizada (segundo Perch-Nielsen, 1985) foi a Tribrachiatus orthostylus (primeira ocorrência como base da biozona NP13). Para Müller (1979, in Aubry, 1988), o gênero Tribrachiatus é característico de ambientes próximos da costa. Em Ilaro-3 também foram encontradas as espécies Helicosphaera sp., Lophodolithus sp., Pontosphaera exilis, Pontosphaera pulcher e Zygrhablitus bijugatus, indicadoras de águas rasas quentes e de depósitos epicontinentais (Aubry, 1984 e 1990; Sheldon, 2003; Akmal & Soliman, 2004), reforçando a rara presença de T. orthostylus e o uso de T. crassus. Eoceno médio (NP14 – NP17) A biozona NP14 é definida pelo intervalo entre a primeira ocorrência de Discoaster sublodoensis (base) e a primeira ocorrência de Nannotetrina sp. e/ou última ocorrência de Blackites inflatus (topo), ocorrendo em Ilaro-3 e no Leg 159, de forma isolada e em Bode Ashe a união de NP13 e NP14. 213 Como característica particular nesse intervalo, Blackites inflatus e Nannotetrina sp. não foram encontradas, respectivamente no Leg 159 e em Bode Ashe, sendo uma substituta de outra. De acordo com Okada & Bukry (1980) e Perch-Nielsen (1985) Blackites inflatus é a substituta mais adequada na ausência do gênero Nannotetrina em material de preservação pobre ou de baixas latitudes para o limite entre NP14 e NP15. A Biozona NP15 é reconhecida em Ilaro-3 e no Leg 159, com o topo definido primeira ocorrência de Reticulofenestra umbilica. Em NP15, a presença comum de espécies como Reticulofenestra umbilica e Reticulofenestra bisecta indicam para este intervalo um possível ambiente de águas quentes (Wei & Wise, 1990; Akmal & Soliman, 2004). Em Ilaro-3, a biozona NP15 ainda apresenta as espécies Trochastrites hohnensis e Trochastrites operosus, características de sedimentos epicontinentais e D. saipanensis, resistente à dissolução (Aubry, 1984). A porção superior analisada do Leg 159, Site 959D, ODP foi a única que apresentou as biozonas NP16 e NP17 (Quadro 10), datadas como sendo do mesoeoceno. 214 Quadro 10: Biozoneamento para o Eoceno nas seções estudadas (cinza: amostras de calha; azul: amostras de testemunho, amarelo: amostras de afloramento). 215 8 ÍNDICE DE DIVERSIDADE (SHANNON) NAS SEÇÕES ESTUDADAS 8.1 Introdução 8.1.1 SHANNON, SHANNON-WIENER OU SHANNON-WEAVER? Vários índices de diversidade são utilizados em trabalhos de diversidade biológica e monitoramento ecológico. Dentre os índices freqüentemente empregados, cita-se o “Índice de Shannon” ou “H’”. muitas vezes encontrado na literatura como “Índice de Shannon-Wiener” ou “Índice de Shannon-Weaver”. Com o objetivo de elucidar possíveis sinonímias equivocadas para tal índice de diversidade, Spellerberg & Feldor (2003) expõem as seguintes linhas de raciocínio, citadas aqui de forma resumida: • Em 1948, Claude Elwood Shannon publica seu trabalho:”A mathematical theory of communication” em “Bell System Technical Journal, 27. 379-423.”, onde sua expressão matemática (H’) aparece pela primeira vez nomeada como “Teoria matemática da comunicação de Shannon”. • Em 1949, Shannon publica suas idéias novamente, com co-autoria de Warren Weaver, no livro “The mathematical Theory of communication”. Enquanto Shannon focava os aspectos matemáticos e de engenharia, Weaver desenvolvia as implicações filosóficas e adaptações do modelo matemático. 216 Ainda de acordo com Spellerberg & Feldor (2003), em ambos trabalhos citados acima, Shannon cita e reconhece os trabalhos de Norbert Wiener (1939, 1948 e 1949) dentre outros autores, contudo Wiener nunca contribuiu diretamente na realização dos trabalhos de Shannon. Dessa forma o Índice de diversidade H’, proposto em 1948 por Shannon e desenvolvido por Shannon & Weaver em 1949, deve ser denominado ou por Índice de Shannon ou Índice de Shannon-Weaver. Neste trabalho, optou-se pelo uso do primeiro, com a finalidade de resgatar o nome original. 8.1.2 ÍNDICE DE SHANNON EM MODELOS ECOLÓGICOS O Índice de Shannon (H’), demonstrado pela “equação (1)”, é provavelmente um dos índices mais empregados para calcular a diversidade em comunidades ecológicas. Ele tem como base a teoria da informação (ramo da teoria da probabilidade e da matemática estatística que lida com sistemas de comunicação, transmissão de dados, criptografia, codificação, teoria do ruído, correção de erros, compressão de dados, etc.). Atua indicando a média do grau de incerteza do qual um indivíduo, escolhido de forma aleatória em uma coleção de S espécies, pertencerá em um espaço desordenado. Esse grau de incerteza aumenta quando o número de espécies aumentar, até que a distribuição de indivíduos entre as espécies torne-se uniforme. 217 Demonstração: s H = −∑ pi log pi i =1 equação (1), onde: H = índice de diversidade de Shannon, ou grau de incerteza; S = número total de espécies da comunidade (riqueza); pi = proporção do total da amostra (S) composto pelo número “i” de espécies (abundância relativa). Alguns parâmetros importantes desse índice: *Quando o número de espécies aumenta, o índice (H’) aumenta (alta diversidade). *Quando uma espécie é dominante, o índice (H’) decai. *O índice de Shannon é dependente da suposição de que a amostra usada para gerá-lo é uma amostra aleatória da comunidade. *Nesse índice de diversidade, tanto a riqueza de espécies quanto a equitabilidade são importantes. *Diversidade: Medida de variedade de taxa numa comunidade que leva em consideração a abundância relativa de cada um. Diversidade é a variedade de espécies caracterizada pela riqueza (número de espécies) e equitabilidade (número semelhante de indivíduos para um grande número de espécies). Uma área que apresenta um índice de diversidade elevado possui alta riqueza e alta equitabilidade, sem dominância de uma ou poucas espécies. Como mencionado, há dois componentes para diversidade: Riqueza: número de espécies presentes. 218 Equitabilidade (eqüidade): o quão equilibrada se encontra cada espécie representada na amostra, basicamente um conjunto com poucas espécies numerosas e raras espécies presentes ou todas espécies igualmente representada em um espaço amostral. Em outras palavras, é a distribuição dos indivíduos entre as diferentes espécies presentes na amostra. Para medir a quantidade de informação, Shannon usou o nome “Entropia”, semelhante ao conceito homônimo encontrado em termodinâmica. Nesse caso, o conceito de entropia define a quantidade de informação transmitida e os limites ótimos de compressão da mesma. Assim, a entropia informacional mede a quantidade de incerteza na distribuição antes da amostragem e a quantidade de informação obtida pela amostragem (Roman, 1992). Em ecologia, pode-se afirmar que o aumento dos valores da entropia, medido pela amostragem, significa maior quantidade de informação no sistema, ou seja, maior organização, maior diversidade. Segundo Souza et al. (1999) A idéia de entropia informacional considera desde aspectos moleculares até evolutivos (Gatlin, 1972; Brooks & Wiley, 1988; León, 1990) em estudos que visam compreender as formas de organização dos seres vivos (Roussel, 1974; Danchin, 1978; Briedis & Seagraves, 1984; Aoki, 1987, e Pearson et al., 1991). 219 8.2 O Índice De Diversidade De Shannon No Presente Estudo Estudos quantitativos e semi-quantitativos de assembléias nanofossilíferas têm revelado importantes eventos bióticos como as mudanças na riqueza de espécies e flutuações de abundância de espécies indicadores de paleoecologia (Tantawy, 2006) ao longo do tempo geológico (Bown et al., 1992). 8.2.1 POÇO ILARO- 3 No poço Ilaro-3, o Índice de Diversidade atinge seu ápice na amostra IL3-30 (NP14), onde H’=2,63 e demonstra outros pontos elevados como em IL3-17 (NP15), IL3-20 (NP15), IL3-24 (NP15), IL3-25 (NP15); IL3-33 (NP14) e IL3-73 (NP12) com valores respectivos de H’=2,36; H’=2,26; H’=2,37; H’=2,23; H’=2,22 e H’=2,21. Enquanto as amostras de menor diversidade IL3-29 (NP14) e IL3-71 (NP12) obtiveram valores de H’=1,17 e H’=1,11, respectivamente. (Figuras 39, 40 e Apêndice 15). Em comparação com as demais seções do Paleógeno, a seção do poço Ilaro-3 é a que apresenta os maiores valores numéricos de diversidade (Figura 40), atingindo índices acima de H’=2,5. 220 Figura 39: Seção lito/bioestratigráfica do poço Ilaro-3 e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. 221 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 IL3 12 IL 3 14 IL 3 16 IL 3 18 IL 3 20 NP15 IL 3 22 IL 3 24 IL 3 26 IL 3 28 IL 3 30 IL 3 32 NP14 Amostras IL 3 34 IL 3 36 IL 3 38 IL 3 40 IL 3 45 IL 3 48 IL 3 50 NP13 IL 3 66 IL 3 71 IL 3 74 IL 3 77 NP12 IL 3 79 IL 3 81 IL 3 85 IL 3 89 Figura 40: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do poço Ilaro-3. 222 O gráfico da Figura 41, contendo as médias aritméticas do Índice de Shannon no poço Ilaro-3, indica um aumento do índice de diversidade a partir de NP13 com o valor de H’=1,54, passando com H’=1,82 em NP14 e com o máximo em NP15, onde H’=2,54. De forma geral, Ilaro-3 apresenta um alto índice de diversidade, sobretudo para o intervalo entre NP 14 e NP15, refletindo de forma similar aos estudos de Bown et al. (1992), para diversidade e evolução do nanoplâncton num contexto global. média 3 2,5 2 1,5 média 1 0,5 0 NP12 NP13 NP14 NP15 Figura 41: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis no poço Ilaro-3. 223 8.2.2 POÇO ILARO-1 O poço Ilaro-1 apresentou, como pode ser visualizado nas Figuras 42 e 43 e no Apêndice 15, ápice de diversidade na amostra IL1-45 (NP10) de H’=2,25 e nas amostras IL1-46 (NP9), IL1-51 (NP9), IL1-52 (NP9) e IL1-57 (NP8-NP7), atingindo os maiores valores iguais a, H’=1,95; H’=1,76; H’=1,65 e H’=1,62, respectivamente. As amostras IL1-38 (NP10), IL1-71 (NP6-NP5), IL1-85 (NP1), IL1-86 (NP1), IL1-87 (NP1) e IL1-88 (NP1) atingiram os valores mais baixos da seção, respectivamente, de H’=0,67; H’=0,37; H’=0,14, H’=0,25; H’=0,31 e H’=0,22. 224 Figura 42: Seção lito/bioestratigráfica do poço Ilaro-1 e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. 225 0 0,5 1 1,5 2 2,5 IL1 28 IL1 30 IL1 32 IL1 35 IL1 37 IL1 39 NP10 IL1 41 IL1 44 IL1 46 IL1 48 NP9 IL1 50 IL1 52 IL1 54 Amostras IL1 56 IL1 58 IL1 60 IL1 62 NP8-NP7 IL1 64 IL1 66 IL1 68 IL1 70 NP6-NP5 IL1 72 IL1 74 IL1 76 IL1 78 IL1 80 IL1 82 IL1 84 IL1 86 NP4-NP2 NP1 IL1 88 Figura 43: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do poço Ilaro-1. 226 As médias aritméticas do Índice de Shannon no poço Ilaro-1 (Figura 44), mostram um aumento gradativo do índice de diversidade desde NP1 (H’=0,23), passando por NP2-NP4 (H’=0,63), NP5-NP6 (H’=0,72), NP7-NP8 (H’=1,42) até NP9 (H’=1,79) de onde parte em queda para NP10 (H’=1,26). Dois pontos merecem destaque na média da diversidade em Ilaro-1 (Figura 44): (1) o período entre NP1/NP2-NP4, onde é visível o aumento do índice a partir da média mais inferior do gráfico em NP1, representando a retomada da diversificação de espécies após o evento “Cretáceo-Paleoceno’, e (2) entre NP7/NP8 e NP10, onde é observado um ápice em NP9 e posterior declínio de diversidade em NP10, durante a transição Paleoceno-Eoceno. média 2 1,5 1 média 0,5 0 NP1 NP2NP4 NP5NP6 NP7NP8 NP9 NP10 Figura 44: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis no poço Ilaro-1. 227 8.2.3 POÇO ARAROMI No poço Araromi, o índice de diversidade atinge seu ápice nas amostras AR-90 (NP5) e AR-94 (NP4) com H’=2,238 contando com outros valores elevados de diversidade como em AR-50 (NP9), AR-63 (NP8/NP7), AR-82 (NP6) e AR-118 (CC26), com valores respectivos de H’=2,04; H’=2,01; H”=2,09 e H’=2,22. Enquanto as amostras AR-58 (NP8/NP7), AR-104 (NP1); AR-145 (CC26) e AR-148 (CC26) de menor diversidade obtiveram valores de H’=1,17; e H’=1,19 H’=0,93 e H’=1,06 respectivamente (Figuras 45 e 46, Apêndice 15). 228 Figura 45: Seção lito/bioestratigráfica do poço Araromi e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. 229 0 0,5 1 1,5 2 2,5 AR 41 AR 47 AR 51 NP9 AR 55 AR 58 AR 60 NP8/NP7 AR 64 AR 70 AR 73 AR 77 AR 81 NP6 AR 85 AR 88 NP5 AR 91 Amostras AR 94 NP4 AR 97 AR 99 AR 103 NP1 AR 107 AR 109 AR 114 AR 117 AR 119 AR 123 AR 128 CC26 AR 130 AR 135 AR 138 AR 141 AR 143 AR 148 AR 151 Figura 46: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do poço Araromi. 230 A seção do poço Araromi apresenta um perfil complexo na seqüência da média do Índice de Diversidade (Figura 47), partindo de CC26 (H’=1,46), decaindo para NP1 (H’=1,19) e retornando em NP4 com H’=2,23. Provavelmente o intervalo entre as médias do índice de diversidade de CC26 e NP1 indica a transição do “CretáceoPaleoceno” com a queda da diversidade e posterior recuperação da biodiversidade, já em NP4 (mesmo que haja um intervalo ausente entre NP1 e NP4), conforme Bown et al. (1992). Após um período de relativa estabilidade entre NP4 e NP5 (H’= 2,23) a diversidade entra em queda, atingindo sua média mais baixa em NP7-NP8 (H’=1,52) de onde, daí em diante, repete o comportamento já visualizado em Ilaro-1 (Figura 43) para esse intervalo bioestratigráfico, entre NP7/NP8 e NP10, onde é observado um aumento da diversidade em NP9 e posterior declínio em NP10, durante a transição Paleoceno-Eoceno. média 2,5 2 1,5 média 1 0,5 NP10 NP9 NP7-NP8 NP6 NP5 NP4 NP1 CC26 0 Figura 47: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis no poço Araromi. 231 8.2.4 POÇO WASIMI Apesar de contar com apenas quatro amostras de conteúdo fossilífero, e com bioestratigrafia limitada à unidade CC26 (Maastrichtiano), o índice de diversidade das amostras analisadas em Wasimi mostrou-se alto, mantendo uma média de diversidade alta (H’=2,49), característica do final do Cretáceo (Perch-Nielsen, 1986 e Bown et al., 1992) e variando entre H’=2,57 (W-26) e H’=2,42 (W-27) nos pontos mais alto e mais baixo, respectivamente, conforme indicado nas Figuras 48 e 49 e no Apêndice 15. 232 Figura 48: Seção lito/bioestratigráfica do poço Wasimi e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. 233 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 W 17 W 18 W 19 W 20 W 26 W 27 W 32 W 34 CC26 W 35 W 36 W 37 Amostras W 38 W 39 W 51 W 52 W 53 W 54 W 55 W 56 W 58 W 59 W 60 W 61 W 62 W 63 W 64 W 65 Figura 49: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do poço Wasimi. 234 8.2.5 AFLORAMENTO DE SHAGAMU O afloramento de Shagamu, datado através dos nanofósseis calcários como pertencente à NP9 (neopaleoceno-eoeoceno), conta com um valor médio de diversidade de espécies H’=1,46. Atingindo seu ponto máximo na amostra SH-23 com H’=2,06 e o mais baixo em SH-16 (amostra mais inferior da seção) com H’=1,19 (Figuras 50 e 51 e Apêndice 15). 235 Figura 50: Seção lito/bioestratigráfica do afloramento Shagamu e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. 236 0 0,5 1 1,5 2 2,5 SH - 32 SH - 31 SH - 30 SH - 29 SH - 28 SH - 27 Amostras SH - 26 SH - 25 SH - 24 SH - 23 NP9 SH - 22 SH - 21 SH - 20 SH - 19 SH - 18 SH - 17 SH - 16 Figura 51: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do afloramento de Shagamu. 237 8.2.6 SITE 661 A, LEG 108 O Site 661 A - Leg 108 apresentou, conforme visualizado nas Figuras 52 e 53 e no Apêndice 15, seu ponto mais alto de diversidade na amostra 4 (CC26-CC24) de H’=1,32 e as amostras 6 (CC26-CC24), 12 (CC23), 16 (CC23), 17 (CC23), 18 (CC23) e 20 (CC22) atingindo altos valores iguais a, H’=1,24; H’=1,18; H’=1,21; H’=1,23; H’=1,25 e H’=1,22, respectivamente. Enquanto as amostras 7 (CC26CC24), 9 (CC26-CC24), 11 (CC26-CC24) e 15 (CC23) atingem, respectivamente, valores baixos de H’=0,79; H’=0,44, H’=0,56 e H’=0,94. 238 Figura 52: Seção lito/bioestratigráfica do Site 661 A, Leg 108 e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. 239 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 amostra 1 amostra 2 amostra 3 amostra 4 amostra 5 amostra 6 amostra 7 CC24-CC26 amostra 8 Amostras amostra 9 amostra 10 amostra 11 amostra 12 amostra 13 amostra 14 CC23 amostra 15 amostra 16 amostra 17 amostra 18 amostra 19 amostra 20 CC22 Figura 53: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do Site 661 A, Leg 108. 240 As médias aritméticas do Índice de Shannon no Site 661 A, Leg 108 (Figura 54), mostram uma relativa estabilidade, desde CC22 (H’=1,22), passando por CC23 (H’=1,13) até CC24-CC26 (H’=0,89), onde apresenta uma pequena queda de diversidade, típica do fim do Mesozóico (Perch-Nielsen, 1986 e Bown et al., 1992). média 1,5 1 média 0,5 0 CC22 CC23 CC24-CC26 Figura 54: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis do Site 661 A, Leg 108. 8.2.7 SITE 959D, LEG 159 Para o Site 959D, Leg 159, o índice de diversidade atinge seu ápice na amostra 10 (NP16) com H’=2,08. O testemunho apresentou também outros valores elevados de diversidade como na amostra 27 (NP16), 31 (NP15), 50 (NP15) e 70 (NP9) com valores respectivos de H’=2,05; H’=1,98; H=1,96 e H’=1,90. Enquanto as amostras 4 (NP17), 41 (NP15) 57 (NP12) e 62 (NP10), de menor diversidade, obtiveram valores de H’=0,75; H’=1,19; H’=1,14 e H’=1,10, respectivamente. (Figuras 55 e 56, Apêndice 15). 241 Figura 55: Seção lito/bioestratigráfica do Site 959 D, Leg 159 e Índice de Shannon com base nas amostras de nanofósseis calcários analisadas. 242 0 0,5 1 1,5 2 2,5 amostra 1 amostra 3 amostra 5 amostra 7 NP17 amostra 9 amostra 11 amostra 13 amostra 15 amostra 17 amostra 19 amostra 21 NP16 amostra 23 amostra 25 amostra 27 amostra 29 Amostras amostra 31 amostra 33 amostra 35 amostra 37 NP15 amostra 39 amostra 41 amostra 43 amostra 45 amostra 47 amostra 49 amostra 51 amostra 53 amostra 55 NP14 NP13 amostra 57 NP12 amostra 59 NP11 amostra 61 NP10 amostra 63 amostra 65 amostra 67 NP9 amostra 69 amostra 71 NP8 Figura 56: Índice de diversidade de Shannon (H’) e delimitação bioestratigráfica das amostras do Site 959 D, Leg 159. 243 As médias aritméticas do Índice de Shannon no Site 959 D-Leg 159 apresentam um comportamento variável e abrangente ao longo do Paleoceno e Eoceno (Figura 57). Na parte mais inferior da seção, entre o intervalo NP8 (H’=1,32) e NP10 (H’=1,19) as médias indicaram o mesmo padrão já identificado anteriormente em Ilaro-1 e Araromi, com um aumento de diversidade em NP9 (H’=1,68) e posterior declínio em NP10, durante a transição Paleoceno-Eoceno. Outro conjunto de médias importantes ocorre no intervalo superior da seção, a partir de NP13 (H’=1,73) onde a diversidade atinge médias mais elevadas (NP14, H’=1,91; NP15, H’=1,69, NP16, H’=1,80) e se encerra com uma considerável queda em NP17 (H’=1,49). média 2,5 2 1,5 média 1 0,5 NP17 NP16 NP15 NP14 NP13 NP12 NP11 NP10 NP9 NP8 0 Figura 57: Distribuição da média aritmética do Índice de Shannon (H’) entre amostras segundo o biozoneamento de nanofósseis do Site 959 D, Leg 159. 244 8.3 Considerações gerais É importante destacar, conforme já mencionado, que o índice de Shannon leva sempre em conta a riqueza de espécies e a distribuição dos indivíduos entre as diferentes espécies observadas num campo amostral aleatório de uma comunidade. Para que haja coerência nas informações processadas pelo índice e a manutenção de suas propriedades é necessário considerar que fatores deposicionais e/ou diagenéticos não foram mensurados juntamente com o Índice de Shannon. Uma das premissas estabelecidas é a de que todas as amostras analisadas apresentam um número de indivíduos aceitáveis para execução do modelo de diversidade. Dessa forma, é possível correlacionar e estabelecer padrões nas variações de diversidade (Quadro 11 e Figuras 58 e 59) do nanoplâncton através do tempo geólogico, com base na bioestratigrafia interpretada nesse trabalho, indiferente até mesmo do valor numérico encontrado isoladamente para o índice em cada seção e, conseqüentemente, comparar seu comportamento regional com os estudos globais (Bown et al., 1992, Antunes, 1997). Quadro 11: Padrões nas variações de nanoplâncton através do tempo geológico. Encontrados no presente estudo e confirmados pela literatura mundial. PADRÔES NAS VARIAÇÕES DE DIVERSIDADE DO NANOPLÂNCTON ATRAVÉS DO TEMPO GEÓLOGICO Queda de diversidade no intervalo CC26-NP1. Recuperação da diversidade a partir de NP1 até o intervalo bioestratigráfico mais próximo de cada seção (NP2-NP4). Intervalo entre NP8, ápice de diversidade em NP9 e posterior queda em NP10, no intervalo bioestratigráfico do Paleoceno-Eoceno. Altos índices de diversidade a partir de NP14 (eoeoceno-mesoeoceno). 245 1,6 1,4 1,2 1 CC26 0,8 NP1 0,6 NP4 0,4 0,2 0 CC26 NP1 NP4 Figura 58: Queda de diversidade de CC26 para NP1 (em vermelho) e recuperação da diversidade de NP1 para NP4, como exemplo (azul). Segundo a média amostrada neste trabalho. 2 1,8 1,6 1,4 1,2 1 NP9 0,8 NP10 NP7-NP8 0,6 0,4 0,2 0 NP7-NP8 NP9 NP10 Figura 59: Ascensão da diversidade entre NP7/NP8 até atingir o pico em NP9 (em azul) e posterior queda em NP10 (vermelho). Segundo a média amostrada neste trabalho. 246 9 NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS E O MÁXIMO TERMAL DO PALEOCENO- EOCENO 9.1 O Máximo Termal do Paleoceno- Eoceno (MTPE) De acordo com Tremolada & Bralower (2004), o Máximo Termal do Limite Paleoceno-Eoceno [MTPE, em inglês - Paleocene-Eocene Thermal Maximum (PETM)] foi um breve (~175-200kyr; Norris & Röhl, 1999; Röhl et al., 2000) intervalo associado com um abrupto aquecimento (entre 5 a 7ºC; Norris & Röhl, 1999, 5 a 8ºC, Gibbs et al., 2006) das águas oceânicas profundas (Kennett & Stott, 1991; Zachos et al., 1993; Gibbs et al., 2006) e de superfície nas latitudes altas e médias (Thomas et al., 1999). Rea et al. (1990) e Kahn & Aubry (2004) relatam que o início do MTPE é marcado por uma significativa queda (de 4‰ na superfície marinha e 2,5‰ no fundo marinho) da composição isotópica de Carbono e Oxigênio marinhos e terrestres e matéria orgânica, conhecida como Excursão do Isótopo de Carbono, EIC (CIE – Carbon Isotope Excursion), que pode ser identificada em seções de todas as bacias oceânicas (Kennett & Stott, 1991; Bralower et al., 1995, 1997; Thomas & Shackleton, 1996; Kaiho et al., 1996; Dickens et al., 1997; Bains et al., 1999; Katz et al., 1999) e regiões terrestres (Koch et al., 1992, 1995). A magnitude e a taxa de início do EIC têm sido interpretadas como resultado de uma injeção massiva de metano oriundo da dissociação de hidratos causada, 247 provavelmente, pelo aumento da temperatura das águas profundas (Dickens et al., 1995, 1997; Thomas et al., 2002). A oxidação dos hidratos de metano consumiu uma grande quantidade de oxigênio dos oceanos (Thomas et al., 2002) e adicionou uma outra grande quantidade de dióxido de carbono aos oceanos e na própria atmosfera (Dickens et al., 1995; 1997). O aumento da temperatura das águas profundas pode ter sido causado pela condição de greenhouse (efeito estufa) associada ao vulcanismo da Província Ígnea do Atlântico Norte (Eldholm & Thomas, 1993). Kroon et al. (2004) e Raffi et al (2005) citam como outra evidência do MTPE: uma rápida elevação global (para profundidades mais rasas) da Zona de compensação do carbonato (conhecida internacionalmente como CCCD). Eventos associados ao MTPE podem ser reconhecidos tanto em terra quanto em águas mais profundas e, de maneira bem representativa, ocorrem na zona fótica marinha, junto aos microorganismos calcários (Raffi et al., 2005). Incluindo: (a) Rápida diversificação de dois grupos de foraminíferos planctônicos de ambientes rasos (morozovellideos e acarininídeos) (Kelly et al., 1996, 1998; Cramer et al., 1999; Berggren & Ouda, 2003). (b) Mudanças nos padrões de abundância do nanoplâcton (Kelly et al., 1996; Aubry, 2001; Bralower, 2002; Crouch et al., 2003). (c) Um acme global de Apectodinium (um gênero de dinoflagelado) em ambientes proximais, provavelmente um indicativo de alta produtividade da superfície marinha devido ao aumento de temperatura (Crouch et al., 2001; 2003). O MTPE está associado com um maior “turnover” em comunidades bentônicas e planctônicas marinhas (Thomas & Shackleton, 1996; Kelly et al., 1996; Bralower, 248 2002). O aquecimento das águas profundas causou a extinção de 35 a 50% das espécies de foraminíferos bentônicos (seu maior evento de extinção dos últimos 90 milhões de anos) (Tjalsma & Lohmann, 1983; Thomas & Shackleton, 1996). Em contrapartida, os foraminíferos planctônicos se diversificaram, com o surgimento de novas espécies em localizações de baixa latitude (Kelly et al., 1996, 1998). O MTPE provocou também uma rápida radiação dos mamíferos terrestres (Rea et al 1990; Clyde & Gingerich, 1998). Por outro lado, a flora da época não apresentou extinções, apenas mudanças em sua composição e diversidade durante a transição Paleoceno-Eoceno (Rea et al., 1990; Wing & Harrington, 2001). 9.2 Relação dos nanofósseis ao MTPE A resposta do nanoplâncton para esse evento não é bem delimitada e bem entendida. Bralower (2002) investigou assembléias de alta latitude do Site 690 (ODP-Maud Rise, Southern Ocean) e relatou um profundo “turnover” durante o evento, possivelmente como resultado de um aquecimento e aumento oligotrófico na superfície marinha. Aumentos na abundância de espécies de Rhomboaster e Discoaster em amostras do mesmo evento em diversas regiões (Cramer et al., 2000; Monech et al., 2000; Crouch et al., 2001 e Kahn & Aubry, 2004) são bem relatados. Tremolada & Bralower (2004), num estudo realizado nos sites 213 e 401 (DSDP, Oceano Índico e Atlântico Norte, respectivamente) subdividiram o MTPE em uma porção inferior e outra superior com base nas assembléias de nanofósseis encontradas. 249 A parte inferior foi caracterizada pela alta abundância de Discoaster spp. (principalmente D. multiradiatus e D. lenticularis), Ericsonia spp. e Fasciculithus spp. interpretados como indicadores de águas superficiais quentes e provavelmente dominadas por condições oligotróficas (Wei & Wise, 1990; Aubry, 1992; Kelly et al., 1996; Bralower, 2002; Gibbs et al., 2006.). A parte superior é caracterizada pelo aumento da abundância de Toweius spp. e Zygrhablithus bijugatus, que provavelmente refletem condições mais eutróficas e frias. Sphenolithus spp. também apresentam notável aumento de abundância nesse intervalo, enquanto o gênero Chiasmolithus é raro ou ausente nesse mesmo período. Outro fator destacado é que o surgimento, na parte inferior do MTPE, de espécies de Discoaster assimétricos (Discoaster araneus, Discoaster anartios e Discoaster okadai) e Rhomboaster spp. pode indicar o desenvolvimento e disponibilidade de um novo nicho ecológico, resultado das mudanças paleoceanográficas durante o MTPE. Ainda para Tremolada & Bralower (2004), a última ocorrência de Octolithus multiplus tem sido observada como um relevante bioevento indicativo do MTPE em médias e altas latitudes. Kahn & Aubry (2004) citam que ao contrário dos foraminíferos e dinoflagelados, que apresentam eventos associados a EIC de maneira uniforme ao redor do planeta, os eventos relacionados ao nanoplâncton calcário foram provinciais e marcados basicamente pelo padrão de variação na abundância, no início da EIC, envolvendo diferentes espécies em diferentes regiões (Aubry, 2001; Bralower, 2002; Crouch, 2003). Stoll et al. (2003) e Stoll & Bains (2003), apontam variações da proporção de SR/Ca em nanofósseis no intervalo do MTPE, contudo, segundo Bralower et al. 250 (2004) e Gibbs et al. (2006) essas alterações não indicam uma mudança na produtividade total do nanoplâncton calcário. 9.2.1 PRINCIPAIS RELAÇÕES DA ASSEMBLÉIA DE NANOFÓSSEIS ASSOCIADAS AO MTPE. 9.2.1.1 Associação Rhomboaster spp. – Discoaster araneus no início da EIC O mais bem caracterizado provincialismo envolvendo nanofósseis calcários e o EIC/MTPE é a associação entre Rhomboaster spp. – Discoaster araneus (ou D. anartios), conhecida como “associação RD (Rhomboaster/Discoaster)” (Aubry, 2001; Kahn & Aubry, 2004) ou Táxon de Excursão de Nanofósseis Calcários, TENC (CNET – Calcareous Nannofossils Excursion Taxa, Agnini et al., 2006), que ocorre na província Tethys-Atlântica, desde o Golfo do México até a entrada do Oceano Índico, além de regiões concentradas no Oceano Atlântico Norte e Sul (Bybell & Self-Trail, 1995; Aubry & Sanfilippo, 1999; Cramer et al., 1999; Monehi et al., 2000; Ravizza et al., 2001; Bralower, 2002 e Kahn & Aubry, 2004). Outra característica descrita para o intervalo do MTPE é o problema parcial de preservação das informações bioestratigráficas, devido a intensa dissolução do carbonato (Bralower et al, 1997; Crouch et al., 2003; Raffi et al., 2005), talvez por causa do significante aumento de CO2 nas águas oceânicas (Dickens, 2000). Na 251 seção estratigráfica de Dababiya (Egito), designada como GSSP (Global StratotypeSection and Point) para o limite Paleoceno/Eoceno, a ocorrência da associação RD é limitada ao registro da excursão do isótopo de carbono (EIC). Conforme Kanh & Aubry (2004), nessa seção, considerada como uma das mais completas seções estratigráficas do limite Paleoceno/Eoceno, o registro estratigráfico do intervalo contendo o EIC apresenta uma estrutura tripartida. No início do registro, uma abrupta alteração é identificada com os registros mais baixos dos valores de δ13C. Dessa forma, a parte mais jovem do intervalo recuperado é caracterizada pelo aumento progressivo desses baixos valores até atingir o valor de pré-excursão. Na camada denominada 1 (Dababiya Quarry Bed 1), onde é registrado o início do EIC, é ausente de carbonatos. Na camada 2 (Dababiya Quarry Bed 2) e na parte inferior da camada 3 (Dababiya Quarry Bed 3) é registrado o valor mais baixo de δ13C juntamente com um acme da associação RD. Da parte superior da camada 3 até a metade da camada 5 (Dababiya Quarry Bed 5) a abundância da associação RD decresce e o nível dos valores de δ13C aumenta progressivamente. Ainda de acordo com Kanh & Aubry (2004), nessa seção o intervalo total da associação RD não pôde ser determinado, contudo a ocorrência mais superior da mesma pode ser claramente utilizada como correlata do fim do intervalo de EIC, assim como a ocorrência mais inferior de R. cuspis pode indicar o início da EIC (Raffi et al., 2005). Além da citada associação Rhomboaster spp. – Discoaster araneus, Raffi et al. (2005) listam outras mudanças nas assembléias nanofossilíferas: 252 9.2.1.2 Diminuição da diversidade de Fasciculithus spp. no início da EIC No Paleoceno tardio uma diversificada assembléia de Fasciculithus incluía diferentes espécies como F. thomasii, F. alanii, F. richardii e F. schaubii, além dos abundantes F. involutus e F. tympaniformis, porém, no início da EIC o gênero passou por um substancial decréscimo em diversidade e abundância. Apenas duas espécies permaneceram (F. involutus e F. tympaniformis) presentes do começo ao fim da EIC. De acordo com Monechi et al (2000), Raffi et al. (2005), Gibbs et al. (2006) e Tantawy (2006), esse evento é reconhecido em diversas seções globais do limite Paleoceno/Eoceno, de diferentes áreas e paleo-latitudes. 9.2.1.3 Ocorrência de Zygrhablithus bijugatus e aumento de Z. bijugatus / diminuição de Fasciculithus spp. (“Fasciculithus spp./ Zygrhablithus bijugatus abundance cross-over”) na parte final do intervalo EIC/MTPE O fim da ocorrência de Fasciculithus acontece simultaneamente com a ascensão inicial ou aumento de abundância de Z. bijugatus em várias seções marinhas que registram o fim do EIC/MTPE. Essa transição de abundância entre tais gêneros tem sido observada consistentemente apenas em regiões de altas e médias latitudes (em sucessões sedimentares do Oceano Atlântico Norte e Sul, Oceano Índico e subtropical do Pacífico), não sendo observada em regiões equatoriais, onde Z. bijugatus é muito raro ou ausente. 253 Um aspecto usado na tentativa de estabelecer limites do MTPE é a “Linhagem Rhomboaster-Tribrachiatus”. Muito ainda se discute a respeito da morfologia e relação evolutiva entre os dois gêneros, Raffi et al. (2005) comentam que a linhagem Rhomboaster desenvolveu-se para linhagem Tribrachiatus durante o Eoeoceno, logo após dos valores de δ13C voltarem aos padrões anteriores ao limite Paleoceno/Eoceno, sendo Rhomboaster bramlettei o primeiro representante dessa nova espécie, seguindo para T. contortus e T. orthostylus. Outras mudanças nas assembléias nanofossilíferas são relatadas por diversos autores (Kelly et al., 1996; Bralower, 2002; Crouch et al., 2003; Tremolada e Bralower, 2004), como a alta abundância de Ericsonia spp., na parte inferior do intervalo de EIC ou o aumento em abundância de Toweius spp. no fim do MTPE. No entanto, por causa da forte tendência de dissolução de carbonato neste intervalo específico, muitos autores preferem não considerar tais mudanças (por exemplo: Raffi et al., 2005). 9.2.2 DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CORRELACIONADA AO MTPE Seguindo Tremolada & Bralower (2004), Raffi et al. (2005), Hollis et al. (2005), Tantawy (2006) e Agnini et al. (2006) é possível correlacionar as informações obtidas no intervalo de MTPE com eventos bioestratigráficos dos nanofósseis calcários. 254 I) Ocorrência de Discoaster araneus e Discoaster anartios restritas ao MTPE, em NP9b. Discoasteres assimétricos tendem a se restringirem ao MTPE e são, por esse motivo, denominados de “táxons de excursão” (Aubry et al., 2000, Monechi et al, 2000; Bralower, 2002; Hollis et al., 2005, Agnini et al., 2006). II) Primeira ocorrência de Rhomboaster spp. subdividindo a biozona CP8 em CP8a e CP8b (de Okada & Bukry, 1980) ou NP9 (Martini, 1971) em NP9a (neopaleoceno) e NP9b (eoeoceno). III) Primeira ocorrência da associação Rhomboaster/Discoaster na base de NP9b (Eoeoceno), juntamente com a base da excursão de δ13C, definindo o limite Paleoceno-Eoceno (Raffi et al., 2005; Hollis et al., 2005). IV) Última ocorrência de Fasciculithus spp. (F. involutus, Hollis et al., 2005) na base do Eoceno (NP10), com o limite Paleoceno/Eoceno correlacionado ao aumento de Zygrhablithus bijugatus / diminuição de Fasciculithus spp. V) Primeira ocorrência de Tribrachiatus spp. após o re-estabelecimento das condições ambientais anteriores ao evento MTPE, na base de NP10 (Raffi et al., 2005; Agnini et al., 2006). Conforme já discutido anteriormente, alguns desses eventos não são aplicáveis de forma global, limitando-se em províncias bem conhecidas (Raffi et al., 2005). A partir do refinamento de dados geoquímicos será possível estabelecer uma melhor e mais ampla conexão entre os eventos paleoecológicos/paleoceanográficos e bioestratigráficos regionais e assim, reorganizar as interpretações adquiridas num contexto global. 255 9.3 Identificação do MTPE no presente trabalho De posse de informações complementares, como isótopos de δ13C e δ18O (realizados em carapaças de foraminíferos planctônicos e bentônicos ou em amostra de rocha total) é possível enriquecer os resultados bioestratigráficos e paleoambientais dos nanofósseis calcários das amostras de cada seção onde esses tipos de análises químicas foram possíveis. 9.3.1 AFLORAMENTO DE SHAGAMU Em recente trabalho apresentado em seminário acadêmico na Universidade de Kiel, Alemanha [Reaktionen der Foraminiferenfauna auf paläoozeanographische, Veränderungen im Golf von Guinea vom späten Paleozän bis zum "Initial Eocene Thermal Maximum (IETM)", julho de 2006] e através de comunicação pessoal, Holger Gebhardt (Geological Federal Institution, Viena, Áustria) apresentou resultados preliminares sobre a associação de foraminíferos (conforme pode ser visto nas Figuras 60, 61 e 62) e dados geoquímicos para as mesmas amostras de Shagamu aplicadas nesse estudo, com o foco em nanofósseis calcários. Assim como para nanofósseis calcários, os estudos bioestratigráficos com base em foraminíferos indicaram, para essa seção, um intervalo biocronoestratigráfico como neopaleoceno-eoeoceno, com as biozonas de foraminíferos planctônicos P4b, P4c e P5 e em nanofóssil a biozona NP9. 256 Ocorre apenas uma sutil diferença entre o ponto amostral onde se encerra o Paleoceno e onde tem início o Eoceno para os dois grupos de microfósseis. Para o biozoneamento de foraminíferos é demarcado entre as amostras SH26 e SH27, enquanto que para nanofósseis esse limite seria provavelmente logo acima. Devido o intemperismo que afeta as amostras acima de SH29, não foi possível determinar por intermédio da bioestratigrafia de nanofósseis calcários o intervalo exato onde teria início o Eoceno, sendo o mesmo apoiado em evidências do comportamento de algumas espécies da assembléia fossilífera encontrada e do registro isotópico. Os registros de δ18O logo abaixo da zona de intemperismo (na parte médiosuperior da seção) demonstraram uma leve tendência de aquecimento das águas mais profundas (de 19º para 23ºC) e superficiais (29ºC) ainda em P4b, com a redução de oxigênio registrada entre as amostras SH18 e SH19 (Figura 60). A concentração de foraminíferos bentônicos e planctônicos decaiu, apontando para um ambiente oligotrófico no momento da deposição dos sedimentos, com outra ocorrência da redução da oxigenação (Figura 60) em P4c (amostra SH23-SH24) e posterior deficiência do oxigênio e aumento do aquecimento das águas durante o MTPE (Figura 61) (Gebhardt, 2006, comunicação pessoal). O limite Paleoceno-Eoceno é facilmente reconhecido através do registro de uma drástica queda (excursão) do δ13C em SH28-SH29 (Figura 61). Gebhardt (comunicação pessoal, 2006) sugere processos paleoceanográficos diferenciais entre plataformas marinhas tropicais e mar aberto durante o Paleoceno tardio. Os sedimentos depositados em Shagamu ocorreram em um ambiente epicontinental (paleoprofundidade estimada entre 50 e 300m, com o máximo durante a transição P4b/P4b, amostra SH24), onde é evidenciado o aumento antecipado da temperatura das águas de fundo (Figura 62), contrastante com seções marinhas de 257 mar aberto, que apresentavam um aumento simultâneo de paleotemperaturas de fundo e de superfície marinha. Conforme mencionado, atualmente diversos autores (por exemplo: Tremolada & Bralower, 2004; Raffi et al., 2005; Hollis et al., 2005 e Agnini et al., 2006) determinam a divisão de NP9 em duas subzonas, onde NP9a marcaria o final do Paleoceno e NP9b o início do Eoceno, com base em isótopos de δ13C (com a excursão do carbono delimitando tais subzonas). Os estudos bioestratigráficos dos nanofósseis encontrados em Shagamu definem a seção apenas como NP9, desde sua parte mais inferior até atingir a porção intemperizada, já que não houve a presença da espécie-guia do topo da biozona NP9 (primeira ocorrência de Rhomboaster bramlettei ou Discoaster diastypus, segundo Martini, 1971 e Perch-Nielsen, 1985). Dessa maneira, para se estabelecer uma correlação dos estudos isotópicos com os nanofósseis encontrados em Shagamu, podem-se destacar as seguintes observações, embasadas em afirmações de Wei & Wise (1990); Aubry (1992), Kelly et al. (1996), Bralower (2002), Crouch et al. (2003), Kahn & Aubry (2004), Tremolada & Bralower (2004), Raffi et al. (2005), Hollis et al. (2005), Agnini et al (2006) e Tantawy (2006). • Baixa abundância de Discoaster spp. (principalmente D. multiradiatus), e Fasciculithus spp. (espécies consideradas indicadoras de águas superficiais quentes e dominantes em ambientes de águas oligotróficas, Haq & Lohmann, 1976; Gibbs et al., 2006; Tantawy, 2006). • Reduzido número de espécies de Fasciculithus na seção (apenas F. tympaniformis e F. involutus foram encontrados). 258 • Sensível aumento na abundância de Toweius spp. após o MTPE (SH-29) (Figura 62). • Mudança no padrão de abundância de Coccolithus pelagicus. De acordo com Tantawy (2006) indicador de águas quentes e adaptados à ambientes oligotróficos, juntamente com o gênero Discoaster. Acompanhado de uma drástica queda em SH-17. Essa espécie mantém valores relativamente baixos e opostos ao comportamento de Toweius spp. em toda seção (Figuras 60 a 62). • Ausência do gênero Rhomboaster, teoricamente presente apenas a partir de NP9b, no MTPE. • Ausência de Zygrhablithus bijugatus, espécie não observada em regiões equatoriais. Assim, além das interpretações paleoceanográficas, os resultados isotópicos contribuíram para o fortalecimento da análise bioestratigráfica dos nanofósseis encontrados, onde é possível inferir como sendo a subzona NP9a (Paleoceno tardio) a biounidade que ocorre em Shagamu. 259 Figura 60: Principais gêneros encontrados no afloramento de Shagamu (Discoaster spp., verde; Fasciculithus spp., amarelo; Coccolithus spp., vermelho e Toweius spp., azul) e sua correlação com os dados de isótopos estáveis de Oxigênio obtidos (Gebhardt, 2006) com foraminíferos Bulimina paleocenica (bentônico) e Acarinina spp. (planctônico). 260 Figura 61: Principais gêneros encontrados no afloramento de Shagamu (Discoaster spp., verde; Fasciculithus spp., amarelo; Coccolithus spp., vermelho e Toweius spp., azul) e sua correlação com os dados de isótopos estáveis de Carbono obtidos (Gebhardt, 2006) com foraminíferos Bulimina paleocenica (bentônico) e Acarinina spp.(planctônico). 261 Figura 62: Principais gêneros encontrados no afloramento de Shagamu (Discoaster spp., verde; Fasciculithus spp., amarelo; Coccolithus spp., vermelho e Toweius spp., azul) e sua correlação com os eventos paleoecológicos indicados pelos dados isotópicos (Gebhardt, 2006). 262 10 CONCLUSÕES Através do estudo dos Nanofósseis Calcários de seções do CretáceoPaleógeno da Bacia de Dahomey (Nigéria) e Atlântico Sul equatorial (Legs 108 e 159) a presente Tese: • Identificou e caracterizou um total de 182 espécies de nanofósseis calcários, incluídas em 62 gêneros, 28 famílias e 11 ordens. • Identificou e caracterizou 26 intervalos bioestratigráficos distintos [NP17, NP16, NP15, NP14, NP13, Intervalo entre NP13 e NP14 (N-430), NP12, NP11, Intervalo entre NP11 e NP12 (N-420), NP10 (incluindo N-405), NP9, NP8, Intervalo entre NP7 e NP8, NP6, Intervalo entre NP6 e NP9 (N-340 e N-350), NP5, Intervalo entre NP6 e NP5, NP4, NP1, Intervalo entre NP2 e NP4, Intervalo entre NP1 e NP4 (N-310), CC26 (incluindo N-290), Intervalo entre CC24 e CC26 (N-290), CC23 (N280), CC22 (N-265) e Intervalo entre CC22 e CC23 (N-270)] que datam do Campaniano ao Eoceno médio para as seções da Bacia de Dahomey (sendo um trabalho pioneiro) e dos Legs 108 e 159. • Elaborou a integração entre o biozoneamento aplicado e as seções observadas, o que possibilitou visualizar arcabouços gerais para cada intervalo do tempo geológico estudado. Verificou-se a presença pouco expressiva do intervalo cretácico nos poços analisados, onde apenas o testemunho do Leg 108, site 661A apresentou as biounidades de CC22 a CC26 enquanto os intervalos registrados em Bode Ashe, Araromi e Wasimi apresentaram fósseis mal preservados e uma associação fossilífera relativamente pobre e limitadas à biozona CC26. 263 O Paleoceno apresenta em sua parte inferior e média (com as biozonas NP1 a NP6, presentes em Bode Ashe, Ilaro-1 e Araromi) registro bioestratigráfico pobremente preservado ou ausente, Já o Paleoceno superior (entre a parte superior de NP6 e a parte inferior de NP9), tem como destaque a biounidade NP9, o intervalo mais comum e que apresenta a mesma caracterização bioestratigráfica em todas as seções (Ilaro-1, Araromi, Shagamu e Leg 159, site 959D). O Eoceno é reconhecido nas seções Ilaro-3, Ilaro-1, Araromi, Bode Ashe e Leg 159, site 959D, com características específicas para cada seção estudada. Araromi, Ilaro-1 e Bode Ashe limitam-se ao Eoceno inferior, e Ilaro-3 e Leg 159, site 959D (única seção que apresentou as biozonas NP16 e NP17), abrangem o Eoceno médio • Identificou diversas unidades taxonômicas que sugerem uma condição ambiental variando entre tropical e subtropical, em ambiente dominado por águas quentes, oligotróficas e epicontinentais (Micula decussata, Watznaueria barnesae Trochastrites hohnensis, Trochastrites operosus, Reticulofenestra umbilica, Reticulofenestra bisecta, Tribrachiatus sp., Rhomboaster bramlettei e predomínio de Discoaster sp. e Sphenolithus sp.) e típicas de baixa latitude (Micula murus, Arkhangelskiella cymbiformis, Uniplanarius trifidus, Uniplanarius gothicus, Blackites inflatus). • Aplicou o Índice de Diversidade de Shannon (H’) com sucesso, apontando as variações de diversidade ao longo das várias seções estudadas, como: a queda da diversidade entre as biozonas CC26 (Maastrichtiano) e NP1 (Paleoceno); a recuperação da diversidade entre as biozonas NP1 e NP4 (Paleoceno inferior Paleoceno médio); a ascensão da diversidade entre NP7 e NP8 e a queda entre 264 NP9 e NP10 (Paleoceno-Eoceno). Os eventos encontrados aqui refletem e confirmam as informações da literatura mundial para este intervalo de tempo. • Integrou, de forma bem sucedida, os dados de curvas de isótopos estáveis de δ18O e de δ13C (redução do Oxigênio registrada entre as amostras SH-18/SH-19 e SH-23/SH-24, e drástica queda da taxa de δ13C entre as amostras SH-28/SH-29) com informações qualitativas e quantitativas dos nanofósseis encontrados no afloramento de Shagamu (baixa abundância dos gêneros Discoaster e Fasciculithus, variações na abundância de Coccolithus pelagicus e Toweius sp., além da ausência de fósseis que delimitassem o topo do Paleoceno), possibilitando uma reconstrução acurada da seqüência de eventos estratigráficos registrados ao longo do limite Paleoceno-Eoceno (provavelmente entre as amostras SH28 e SH29). • Estabeleceu como conseqüência, um método de preparação laboratorial mais eficiente (mantendo ainda as características básicas peculiares do processamento tradicional). Esse procedimento aperfeiçoou os bioestratigráficas e aquisições de dados quantitativos. resultados das análises 265 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. ADEDIRAN, S.A.; ADEGOKE, O.S. Evolution of the sedimentary basins of the Gulf of Guinea. In: Current Research in African Earth Science, Matheis, G. and Schandelmeier eds. p.283-286. 1987. ADEDIRAN, S.A., ADEGOKE, O.S. & OSHIN, I.O. The Continental sediments of the Nigerian Coastal Basins. Journal of African Earth Science, v.12, n.1/2, p.79-84. 1991. ADEGOKE, O. S., DESSAUVAGIE, T. F. J., KOGBE, C. A. & OGBE, F. A. G.: The type section, Ewekoro Formation (Paleocene) of western Nigeria, biostratigraphy and microfacies. In: 4. Colloque Africain de Micropaleontologie, p.27-39, 1970. Abidjan. ADEGOKE, O. S., ENU, E. I. & OJOH, K. A. Ostracode biostratigraphy of the Ewekoro Formation. 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Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso 298 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 BA 45 BA 46 BA 47 BA 48 BA 50 BA 51 BA 52 BA 53 BA 54 BA 55 BA 57 BA 58 BA 59 BA 60 BA 61 BA 62 BA 64 BA 66 BA 67 BA 68 BA 69 BA 71 BA 72 BA 74 BA 75 BA 76 BA 78 BA 79 BA 80 BA 81 BA 82 BA 83 BA 86 BA 87 BA 88 BA 89 BA 90 BA 92 BA 93 BA 94 BA 95 BA 96 BA 97 BA 99 BA 100 BA 101 BA 102 BA 103 Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Calcarenito Calcarenito Calcarenito Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso Calcarenito lamoso 299 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 Calcarenito lamoso BA 104 Calcarenito lamoso BA 108 BA 109 Folhelho BA 110 Folhelho BA 111 Folhelho BA 113 Folhelho BA 115 Calcarenito BA 116 Calcarenito BA 117 Calcarenito BA 118 Folhelho Calcarenito lamoso BA 120 Calcarenito lamoso BA 121 Calcarenito lamoso BA 122 BA 123 Folhelho arenoso BA 124 Folhelho arenoso BA 125 Folhelho arenoso BA 127 Folhelho arenoso BA 128 Folhelho arenoso BA 129 Folhelho arenoso BA 130 Folhelho arenoso BA 131 Folhelho arenoso BA 132 Folhelho arenoso BA 134 Folhelho arenoso BA 135 Folhelho arenoso BA 136 Folhelho arenoso BA 137 Folhelho arenoso BA 138 Folhelho arenoso BA 139 Folhelho arenoso BA 141 Folhelho arenoso BA 142 Folhelho arenoso BA 143 Folhelho arenoso BA 144 Folhelho arenoso BA 145 Folhelho arenoso BA 146 Folhelho arenoso BA 148 Folhelho arenoso BA 149 Folhelho arenoso BA 150 Folhelho arenoso BA 151 Folhelho arenoso BA 152 Folhelho arenoso BA 153 Folhelho arenoso BA 155 Folhelho arenoso BA 156 Folhelho arenoso BA 157 Folhelho arenoso BA 158 Folhelho arenoso BA 159 Folhelho arenoso BA 160 Folhelho arenoso Bode Ashe, continuação. 300 Araromi Localização: lat/long 6º07’N / 4º53’E Testemunho Número de Código da Descrição Amostras amostra 01 AR 2 Folhelho escuro 02 AR 3 Folhelho escuro 03 AR 4 Folhelho escuro 04 AR 5 Folhelho cinza 05 AR 7 Folhelho cinza 06 AR 8 Folhelho cinza 07 AR 9 Folhelho escuro 08 AR 10 Folhelho escuro 09 AR 11 Folhelho escuro 10 AR 13 Folhelho escuro 11 AR 17 Folhelho cinza 12 AR 18 Folhelho cinza 13 AR 19 Folhelho arenoso 14 AR 20 Folhelho argiloso 15 AR 22 Folhelho argiloso 16 AR 23 Folhelho 17 AR 25 Folhelho 18 AR 27 Folhelho argiloso 19 AR 28 Folhelho cinza 20 AR 29 Folhelho cinza 21 AR 31 Folhelho cinza 22 AR 32 Folhelho cinza 23 AR 33 Folhelho cinza 24 AR 34 Folhelho cinza 25 AR 35 Folhelho cinza 26 AR 37 Folhelho cinza 27 AR 38 Folhelho cinza 28 AR 40 Folhelho 29 AR 41 Folhelho 30 AR 46 Folhelho escuro 31 AR 47 Folhelho escuro 32 AR 50 Folhelho escuro 33 AR 51 Folhelho escuro 34 AR 53 Folhelho 35 AR 55 Folhelho 36 AR 56 Folhelho 37 AR 58 Folhelho 38 AR 59 Folhelho 39 AR 60 Folhelho 40 AR 63 Folhelho 41 AR 64 Folhelho 42 AR 67 Folhelho 43 AR 70 Folhelho 44 AR 72 Folhelho 301 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 AR 73 Folhelho AR 74 Folhelho AR 77 Folhelho AR 79 Folhelho AR 81 Folhelho AR 82 Folhelho escuro AR 85 Folhelho escuro AR 87 Folhelho escuro AR 88 Folhelho escuro AR 90 Folhelho escuro AR 91 Folhelho escuro AR 92 Folhelho escuro AR 94 Folhelho escuro AR 96 Folhelho escuro AR 97 Folhelho escuro AR 98 Folhelho escuro AR 99 Folhelho escuro AR 100 Folhelho escuro AR 103 Folhelho escuro AR 104 Folhelho escuro AR 107 Folhelho escuro AR 108 Folhelho escuro AR 109 Folhelho escuro AR 112 Folhelho escuro AR 114 Folhelho escuro AR 115 Folhelho escuro AR 117 Folhelho escuro AR 118 Folhelho escuro AR 119 Folhelho escuro AR 122 Folhelho escuro AR 123 Folhelho escuro AR 124 Folhelho escuro AR 128 Folhelho escuro AR 129 Folhelho escuro AR 130 Folhelho escuro AR133 Folhelho escuro AR 135 Folhelho escuro AR 136 Folhelho escuro AR 138 Folhelho escuro AR139 Folhelho escuro AR 141 Folhelho escuro AR 142 Folhelho escuro AR 143 Folhelho escuro AR 145 Folhelho escuro AR 148 Folhelho escuro AR 150 Folhelho escuro AR 151 Calcarenito Araromi, continuação. 302 Wasimi Localização: lat/long 7º00’N / 3º12’E Testemunho Número da Amostra 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 Código da amostra W 17 W 18 W 19 W 20 W 26 W 27 W 32 W 34 W 35 W 36 W 37 W 38 W 39 W 51 W 52 W 53 W 54 W 55 W 56 W 58 W 59 W 60 W 61 W 62 W 63 W 64 W 65 Descrição Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho arenoso Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho 303 Ilaro 3 Localização: lat/long 6º55’N / 3º12’E Testemunho Número de Amostras 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 Código da amostra IL3 12 IL3 13 IL3 14 IL3 15 IL3 16 IL3 17 IL3 18 IL3 19 IL3 20 IL3 21 IL3 22 IL3 23 IL3 24 IL3 25 IL3 26 IL3 27 IL3 28 IL3 29 IL3 30 IL3 31 IL3 32 IL3 33 IL3 34 IL3 35 IL3 36 IL3 37 IL3 38 IL3 39 IL3 40 IL3 41 IL3 45 IL3 47 IL3 48 IL3 49 IL3 50 IL3 52 IL3 66 IL3 69 IL3 71 IL3 73 IL3 74 IL3 76 IL3 77 IL3 78 Descrição Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho arenoso Folhelho arenoso Folhelho Folhelho arenoso Folhelho Folhelho Folhelho arenoso Folhelho arenoso Folhelho arenoso Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho 304 45 46 47 48 49 50 51 IL3 79 Folhelho IL3 80 Folhelho IL3 81 Folhelho arenoso IL3 84 Calcarenito IL3 85 Calcarenito IL3 86 Calcarenito IL3 89 Calcarenito Ilaro 3, continuação. 305 Ilaro 1 Localização: lat/long 6º55’N / 3º12’E Testemunho Número de Amostras 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 Código da amostra IL1 28 IL1 29 IL1 30 IL1 31 IL1 32 IL1 34 IL1 35 IL1 36 IL1 37 IL1 38 IL1 39 IL1 40 IL1 41 IL1 42 IL1 44 IL1 45 IL1 46 IL1 47 IL1 48 IL1 49 IL1 50 IL1 52 IL1 53 IL1 54 IL1 55 IL1 56 IL1 57 IL1 58 IL1 59 IL1 60 IL1 61 IL1 62 IL1 63 IL1 64 IL1 65 IL1 66 IL1 67 IL1 68 IL1 69 IL1 70 IL1 71 IL1 72 IL1 73 IL1 74 IL1 75 Descrição Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho Folhelho 306 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 IL1 76 Folhelho IL1 77 Folhelho IL1 78 Folhelho IL1 79 Folhelho IL1 80 Folhelho IL1 81 Folhelho IL1 82 Folhelho IL1 83 Folhelho IL1 84 Calcarenito IL1 85 Calcarenito IL1 86 Calcarenito IL1 87 Calcarenito IL1 88 Calcarenito IL1 89 Calcarenito arenoso Ilaro 1, continuação. 307 Shagamu Quarry Bacia de Dahomey Amostra de afloramento Número de Amostras 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 Código da amostra SH - 32 SH - 31 SH - 30 SH - 29 SH - 28 SH - 27 SH - 26 SH - 25 SH - 24 SH - 23 SH - 22 SH - 21 SH - 20 SH - 19 SH - 18 SH - 17 SH - 16 Descrição Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias Folhelho cinza escuro com concreções calcárias 308 APÊNDICE 2 - AMOSTRAS UTILIZADAS - ODP Leg 108 Site 661A Leg 108 – Eastern Tropical Atlantic Site 661 A Localização: 9o 26.81’N 19o 23.16’W Profundidade total: 4319,3m Penetração: 296,1m Amostra Core Section 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 11H 11H 13H 13H 13H 13H 14H 14H 14H 15H 15H 15H 15H 16X 16X 17X 17X 17X 18X 18X 1 6 1 2 3 6 1 3 5 1 3 6 CC 3 CC 1 2 CC 1 CC Topo/base Intervalo (cm) 80-81,5 80-81,5 80,5-82 80-81,5 80,5-82 80,5-82 20-21,5 50,5-52 74-75,5 80,5-82 81-82,5 74-75,5 01-2,5 80-81,5 1,5-3,0 81-82,5 02-3,5 02-3,5 81-82,5 0,5-2,0 Topo/base Profundidade (m) 87,1-96,6 106,1-115,6 115,6-125,1 125,1-134,6 134,6-144,1 144,1-153,6 153,6-163,1 309 Leg 159 Site 959D Leg 159 - Côte d’Ivoire – Ghana Marginal Ridge, Eastern Equatorial Atlantic Site 959 D Localização: 03°37.656'N 02°44.149'W Profundidade total: 2102,0m Penetração: 1158.9m Amostra Core 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 5R 7R 14R 14R 15R 15R 16R 16R 17R 17R 18R 18R 18R 20R 20R 21R 21R 22R 22R 22R 23R 23R 24R 24R 24R 25R 25R 25R 26R 26R 27R 27R 28R Section CC CC 1 CC 1 CC 1 CC 1 CC 1 3 CC 1 3 1 7 1 3 7 1 6 1 6 CC 1 3 5 1 CC 3 6 1 Topo/base Profundidade (m) Intervalo (cm) 00-02 436 00-02 463 80-82 532 00-02 540 80-82 543,21 00-02 550 80-82 552,9 00-02 560 80-82 562,6 00-02 570 80-82 572,2 80-82 575,2 00-02 580 80-82 591,4 80-82 594,4 80-82 601 00-02 608,7 80-82 610,5 80-82 613,5 00-02 618,7 80-82 620,1 00-02 626,8 80-82 629,8 80-82 637,3 00-02 638 80-82 639,5 80-82 642,5 00-02 644,7 80-82 649,1 00-02 658 80-82 660 80-82 664,9 80-82 668,4 310 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 28R 28R 29R 29R 30R 30R 30R 31R 31R 34R 34R 34R 35R 35R 35R 36R 36R 36R 37R 37R 37R 38R 38R 39R 39R 40R 40R 40R 41R 41R 42R 42R 42R 43R 43R 43R 44R 44R 5 80-82 CC 00-02 2 80-82 CC 00-02 1 80-82 5 80-82 6 00-02 2 80-82 CC 00-02 1 80-82 3 80-82 5 00-02 1 80-82 6 80-82 CC 00-02 1 80-82 3 80-82 CC 00-02 1 80-82 4 80-82 CC 00-02 1 80-82 CC 00-02 1 80-82 CC 00-02 1 80-82 3 80-82 6 80-82 1 80-82 CC 00-02 1 80-82 2 80-82 CC 00-02 1 80-82 5 80-82 CC 00-02 1 80-82 3 80-82 Leg 159, Site 959D, continuação. 674,4 677 679,5 685 686 693 694,4 698,8 705 726,3 729,3 732,3 736 743,5 744,9 745,7 748,7 754 755,3 761 762,5 766 768 774,6 782 783,5 785 790 793 800 802 805 809 811 816 819 820 822 311 Apêndices 3, 4 e 5 Fichas de Leitura 312 APÊNDICE 3 FICHA DE LEITURA – AMOSTRAS DE TESTEMUNHO FICHA DE LEITURA NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS LEITOR: _____________________________________ DATA: ____________________________ LÂMINA:____________________ PROFUNDIDADE: _____________________ CAMPOS VISUAIS: _____________________ INDIVÍDUOS:________________________ ESPÉCIES 0011 OBS.: 2200 4400 6600 8800 110000 112200 114400 116600 118800 220000 222200 224400 226600 228800 330000 313 APÊNDICE 4: Ficha de leitura utilizada: 1- Área de preenchimento padrão. 2- Nome e iniciais de cada espécie encontrada (ex. Toweius eminens - TE.). 3Quantidade final da espécie visualizada na lâmina (capacidade para 30 espécies). 4- Local para inserção das siglas dos exemplares visualizados (de 01 a 300 indivíduos). A cada campo visual concluído e o número de exemplares contados e inseridos, recomenda-se destacar o local, para futuras análises quantitativas. 5Campo reservado para possíveis observações. 314 APÊNDICE 5 - FICHA DE LEITURA UTILIZADA - AMOSTRA DE CALHA FICHA DE LEITURA NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS -AMOSTRAS DE CALHAPÁGINA___/___ 0011 1100 2200 Data Biozona Amostra Estéril LEITOR:_______________________________DATA:______________LÂMINA:_____________________PROFUNDIDADE: _____________ 315 Apêndices 6 a 14 Distribuição bioestratigráfica dos nanofósseis calcários encontrados 0 0 1 0 0 6 0 0 15 11 9 46 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 18 Zyghablithus bijugatus 22 Trochastrites operosus 14 Trochastrites hohnensis 11 Tribrachiathus orthostylus 28 44 36 34 55 23 17 30 34 19 17 24 16 33 Toweius pertusus 19 13 10 15 9 14 16 4 7 20 79 63 17 15 Toweius ocultatus 32 30 7 6 7 10 16 9 23 11 4 14 10 14 Toweius rotundus 34 28 14 12 14 10 14 32 4 13 12 6 6 21 Toweius crassus 0 0 1 1 1 0 4 1 0 1 0 0 2 2 Thoracosphaera 123 68 9 Sphenolithus radians 13 4 12 Sphenolithus primus 49 19 0 Rhomboaster cuspis Reticulofenestra dictyoda 9 6 10 Scyphosphaera expansa Pseudotriquetrorhabdulus inversus 5 2 2 Rhomboaster bramlettei Pontosphaera pulcher 73 Reticulofenestra minuta Pontosphaera multipora 1 Pontosphaera ocellata Pontosphaera exilis 0 0 44 32 Pontosphaera duocava 0 0 8 31 Pemma basquensis 5 5 Pedinocyclus larvalis 4 Micrantholithus pingus 0 8 2 1 3 0 4 2 0 1 Neococcolithes dubius 21 13 9 6 8 1 34 5 14 20 5 14 13 12 Micrantholithus mirabilis 0 0 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 5 5 Micrantholithus hebecuspis 0 1 5 Micrantholithus discula 20 5 8 Micrantholithus bulbosus 22 20 0 Micrantholithus attenuatus 3 Lophodolithus nascens 4 0 7 Lophodolithus mochlophorus 0 0 27 Helicosphaera seminulum 55 69 79 8 Helicosphaera lophota 7 9 Girgisia gammation 0 Ellipsolithus lajollaensis 201 Discoaster sublodoensis 9 9 1 1 1 1 14 1 19 10 3 7 3 3 Discoaster saipanensis 62 27 13 15 25 13 56 26 47 76 37 41 43 53 Discoaster salisburgensis 9 3 4 Discoaster nodifer 5 11 26 Discoaster lodoensis 25 Discoaster distinctus Discoaster binodosus 40 Discoaster deflandrei Discoaster barbadiensis Cruciplacolithus staurion Cruciplacolithus cruciformis 2 Chiasmolithus solitus 10 Coccolithus pelagicus Coccolithus cachaoi Blackites tenuis Blackites spinosus Blackites inflatus Acanthosphaera mitra Cocosfera 26 1 6 1 4 2 1 0 0 12 2 3 Estéril 1 2 2 5 0 3 2 1 0 9 1 2 1 13 1 1 4 2 3 3 Estéril 3 1 1 2 1 2 1 0 1 0 2 1 2 3 1 2 4 1 0 3 0 1 3 3 0 0 3 0 34 19 3 5 3 0 5 7 2 5 8 0 1 2 0 17 2 18 6 2 1 0 1 4 2 0 3 0 1 2 1 11 2 8 1 1 0 0 3 4 0 0 0 0 2 0 1 3 1 1 0 0 1 0 1 1 0 0 1 2 3 1 1 1 17 8 4 8 3 3 7 3 8 7 3 2 3 5 1 165 206 0 50 124 207 211 176 217 40 152 106 75 124 112 152 122 22 2 2 1 5 1 2 1 1 1 1 1 0 4 1 3 11 3 0 2 6 4 4 0 2 26 4 6 7 4 1 0 0 1 1 10 6 2 3 1 3 0 0 2 0 0 0 1 1 1 0 0 8 7 0 6 4 4 3 5 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril NP15 4 NP14 Amostras 7 4 2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 2 3 4 18 4 3 5 1 1 2 16 2 14 0 0 0 0 0 17 0 1 4 0 49 128 199 42 7 5 11 62 NP13 Estéril Estéril Estéril 4 19 0 0 NP12 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril 0 0 5 2 84 1 30 1 1 1 12 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril 63 23 Estéril IL3 12 IL 3 13 IL 3 14 IL 3 15 IL 3 16 IL 3 17 IL 3 18 IL 3 19 IL 3 20 IL 3 21 IL 3 22 IL 3 23 IL 3 24 IL 3 25 IL 3 26 IL 3 27 IL 3 28 IL 3 29 IL 3 30 IL 3 31 IL 3 32 IL 3 33 IL 3 34 IL 3 35 IL 3 36 IL 3 37 IL 3 38 IL 3 39 IL 3 40 IL 3 41 IL 3 45 IL 3 47 IL 3 48 IL 3 49 IL 3 50 IL 3 52 IL 3 66 IL 3 69 IL 3 71 IL 3 73 IL 3 74 IL 3 76 IL 3 77 IL 3 78 IL 3 79 IL 3 80 IL 3 81 IL 3 84 IL 3 85 IL 3 86 IL 3 89 APÊNDICE 6A - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO ILARO-3 IL3 12 IL 3 13 IL 3 14 IL 3 15 IL 3 16 IL 3 17 IL 3 18 IL 3 19 IL 3 20 IL 3 21 IL 3 22 IL 3 23 IL 3 24 IL 3 25 IL 3 26 IL 3 27 IL 3 28 IL 3 29 IL 3 30 IL 3 31 IL 3 32 IL 3 33 IL 3 34 IL 3 35 IL 3 36 IL 3 37 IL 3 38 IL 3 39 IL 3 40 IL 3 41 IL 3 45 IL 3 47 IL 3 48 IL 3 49 IL 3 50 IL 3 52 IL 3 66 IL 3 69 IL 3 71 IL 3 73 IL 3 74 IL 3 76 IL 3 77 IL 3 78 IL 3 79 IL 3 80 IL 3 81 IL 3 84 IL 3 85 IL 3 86 IL 3 89 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril NP12 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril C R R R R R R R Estéril R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R C P R R R R R Estéril Estéril Estéril Estéril Coccolithus cachaoi Blackites tenuis Blackites spinosus Blackites inflatus Acanthosphaera mitra Coccosphere Amostras C C R P C R R R C C P P C P C C C C C C C C R R R R R R P R P R R R R R A R R C C C R R C R R R C R R R Discoaster binodosus R R R R R R R R R R 0 P R P R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R P R R R R R R R R R R R R R R R R R Girgisia gammation Ellipsolithus lajollaensis R R R C P R P R R R R R R R R R R R R R R R R R R R C P R R R R C R P P R P P P R R R R R R R R R R R R R R R R C C R R R P R R R R R R R R R R C C R C R R R R R R C P R P R P A C R R R R R R R R R R R R R R R C C P P P R P C R P P R R C C C R R R R P R C P R P R P P P R P R P P R R C C C P P C C C C C C P C C P P C P C P P C P R R R R R R R R P C R C R R A A R C A A A A A C A A C A A A A Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril P APÊNDICE 6B - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO ILARO-3 (SEMI-QUANTITATIVA) P R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R P R R R R R R R R C R R R R R R R R R R R R R P R P R R R R R P R R R R R P NP13 R R A A C C R C P R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R NP15 R NP14 R BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zyghablithus bijugatus Trochastrites operosus Trochastrites hohnensis Tribrachiathus orthostylus Toweius ocultatus Toweius pertusus Toweius rotundus Toweius crassus Thoracosphaera Sphenolithus radians Sphenolithus primus Scyphosphaera expansa Rhomboaster cuspis Rhomboaster bramlettei Reticulofenestra minuta Pontosphaera ocellata Pontosphaera duocava Pemma basquensis Pedinocyclus larvalis Reticulofenestra dictyoda Neococcolithes dubius Micrantholithus pingus Micrantholithus mirabilis Micrantholithus hebecuspis Micrantholithus discula Micrantholithus bulbosus Micrantholithus attenuatus Pseudotriquetrorhabdulus inversus P R R R R R R R R R R R R R Pontosphaera pulcher R R R Pontosphaera exilis R Pontosphaera multipora R Lophodolithus nascens Helicosphaera lophota Helicosphaera seminulum R R R R R R Lophodolithus mochlophorus R Discoaster sublodoensis Discoaster salisburgensis Discoaster saipanensis Discoaster nodifer Discoaster lodoensis Discoaster distinctus Discoaster deflandrei Discoaster barbadiensis Cruciplacolithus staurion Cruciplacolithus cruciformis Chiasmolithus solitus R R Coccolithus pelagicus Estéril Estéril R Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril C R R R R C IL1 28 IL1 29 IL1 30 IL1 31 IL1 32 IL1 34 IL1 35 IL1 36 IL1 37 IL1 38 IL1 39 IL1 40 IL1 41 IL1 42 IL1 44 IL1 45 IL1 46 IL1 47 IL1 48 IL1 49 IL1 50 IL1 51 IL1 52 IL1 53 IL1 54 IL1 55 IL1 56 IL1 57 IL1 58 IL1 59 IL1 60 IL1 61 IL1 62 IL1 63 IL1 64 IL1 65 IL1 66 IL1 67 IL1 68 IL1 69 IL1 70 IL1 71 IL1 72 IL1 73 IL1 74 IL1 75 IL1 76 IL1 77 IL1 78 IL1 79 IL1 80 IL1 81 IL1 82 IL1 83 IL1 84 IL1 85 IL1 86 IL1 87 IL1 88 IL1 89 BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zygodiscus plectopons Toweius rotundus Toweius pertusus Toweius ocultatus Thoracosphaera Sphenolithus primus Rhomboaster cuspis Pontosphaera pulcher Rhomboaster bramlettei Neococcolithes protenus Neochiastozygus junctus Micrantholithus articulatus Fasciculithus tympaniformis Ericsonia robusta Ellipsolithus distichus Discoaster multiradiatus Discoaster elegans Discoaster mediosus Discoaster drieveri Discoaster diastypus Cruciplacolithus tenuis Cruciplacolithus primus Cruciplacolithus intermedius Coccolithus subpertusus Coccolithus pelagicus Braarudosphaera bigelowii Coccosferas Amostras 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 ESTÉRIL 219 185 10 1 6 216 6 51 08 3 19 10 16 7 1 5 68 77 NP10 P C 2 58 68 64 10 5 16 4 1 1 11 3 4 5 6 10 10 2 6 8 22 3 18 9 6 7 17 52 6 58 115 8 NP9 R R 112 111 2 1 2 9 3 35 37 3 8 2 2 7 4 13 12 51 92 61 31 4 3 ESTÉRIL R 6 R R R R 109 159 82 78 26 103 1 1 3 2 1 0 0 44 56 68 100 1 1 3 1 2 1 0 1 2 1 205 249 266 251 253 0 0 0 2 0 0 2 5 15 12 17 16 16 23 32 25 31 30 37 23 15 10 4 1 24 18 32 27 33 1 7 4 1 3 7 6 6 1 2 3 1 12 4 3 7 9 16 55 85 89 42 119 67 83 11 84 162 114 88 14 13 19 16 7 8 12 93 36 190 109 143 156 14 2 12 7 NP7-NP8 19 NP5-NP6 1 22 4 ESTÉRIL 295 290 283 280 285 5 10 7 10 4 10 6 11 0 0 0 0 0 NP2-NP4 4 NP1 ESTÉRIL APÊNDICE 7A - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO ILARO-1 BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zygodiscus plectopons Toweius pertusus Toweius rotundus Toweius ocultatus Thoracosphaera Sphenolithus primus Rhomboaster cuspis Rhomboaster bramlettei Pontosphaera pulcher Neococcolithes protenus Neochiastozygus junctus Micrantholithus articulatus Ericsonia robusta Fasciculithus tympaniformis Ellipsolithus distichus Discoaster mediosus Discoaster multiradiatus Discoaster drieveri Discoaster elegans Discoaster diastypus Cruciplacolithus tenuis Cruciplacolithus primus Coccolithus subpertusus Cruciplacolithus intermedius Coccolithus pelagicus Cocosfera Braarudosphaera bigelowii Amostras IL1 28 IL1 29 IL1 30 IL1 31 IL1 32 IL1 34 IL1 35 IL1 36 IL1 37 IL1 38 IL1 39 IL1 40 IL1 41 IL1 42 IL1 44 IL1 45 IL1 46 IL1 47 IL1 48 IL1 49 IL1 50 IL1 51 IL1 52 IL1 53 IL1 54 IL1 55 IL1 56 IL1 57 IL1 58 IL1 59 IL1 60 IL1 61 IL1 62 IL1 63 IL1 64 IL1 65 IL1 66 IL1 67 IL1 68 IL1 69 IL1 70 IL1 71 IL1 72 IL1 73 IL1 74 IL1 75 IL1 76 IL1 77 IL1 78 IL1 79 IL1 80 IL1 81 IL1 82 IL1 83 IL1 84 IL1 85 IL1 86 IL1 87 IL1 88 IL1 89 ESTÉRIL A A R R R A R C R R P R P R R R C C NP10 P C R C C C R R P R R R P R R R R R R R R R C R P R R R P C R C A R NP9 R R A A R R R R R C C R R R R R R P P C C C C R R ESTÉRIL R R R R R R A A C C C A R R R R R R R C C C A R R R R R R R R R R A A A A A R R R R R R R R P P P P P C C C C C C C P R R R C P C C C R R R R R R R R R R R R P R R R R P C C C C A C C P C A A C P R R P C C A A A A P P P R NP7-NP8 P R P P NP5-NP6 R C R ESTÉRIL A A A A A R R R R R R R P R R R R R NP2-NP4 R NP1 ESTÉRIL APÊNDICE 7B - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO ILARO-1 (SEMI-QUANTITATIVA) 2 1 Coronocyclus nitescens 1 76 75 1 1 69 34 48 71 7 8 36 48 Estéril Estéril 45 64 99 86 93 138 9 75 1 3 1 6 22 1 5 6 4 8 8 17 2 1 2 2 1 2 7 2 3 1 21 5 2 2 31 48 4 0 3 2 14 5 21 2 3 1 12 15 19 24 25 2 31 54 59 31 18 27 45 6 7 3 2 1 1 69 3 52 3 45 8 22 41 17 33 4 2 6 1 28 1 17 4 2 1 18 3 11 2 5 98 24 1 1 11 112 94 51 APÊNDICE 8A - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO ARAROMI (PALEOGENO) 9 2 8 Estéril 16 10 3 6 1 1 10 17 2 9 21 162 Toweius eminens 75 36 36 57 5 87 79 30 19 21 78 49 51 149 138 95 16 75 9 16 59 71 62 62 26 18 21 16 57 3 60 42 64 3 8 15 Tribrachiathus spinosus 19 5 1 3 1 Estéril Estéril Estéril Estéril 14 95 66 53 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril 10 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril 16 41 27 28 9 19 27 BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zygodiscus plectopons Zeugrhabdotus sigmoides Tribrachiathus digitalis Toweius tovae Toweius serotinus Tribrachiathus contortus 161 NP07-NP08 9 Toweius selandianus Toweius rotundus 27 7 12 Toweius pertusus 1 11 3 Thoracosphaera Sphenolithus primus Sphenolithus anarrhopus 3 Rhomboaster bramlettei Prinsius martini Praeprinsius dimorphosus Pontosphaera versa Neococcolithes protenus Neochiastozygus saepes Neochiastozygus imbriei Neochiastozygus distentus Neochiastozygus chiasthus Neochiastozygus perfectus Neochiastozygus concinnus Markalius inversus Lophodolithus nascens Lanternithus duocavus Heliolithus kleinpellii Girgisia gammation Fasciculithus tympaniformis Fasciculithus ullii Fasciculithus janii Fasciculithus involutus Fasciculithus billii Ericsonia robusta Ellipsolithus macellus Ellipsolithus distichus Ellipsolithus bollii Discoaster diastypus Discoaster salisburgensis Estéril Discoaster multiradiatus Discoaster delicatus Discoaster binodosus 1 Discoaster lenticularis 6 7 6 3 9 15 Braarudosphaera bigelowii Cruciplacolithus tenuis Cruciplacolithus primus Cruciplacolithus intermedius Coccolithus pelagicus Chiasmolithus danicus Chiasmolithus bidens Amostras Chiasmolithus solitus AR 41 AR 46 AR 47 AR 50 AR 51 AR 53 AR 55 AR 56 AR 58 AR 59 AR 60 AR 63 AR 64 AR 67 AR 70 AR 72 AR 73 AR 74 AR 77 AR 79 AR 81 AR 82 AR 85 AR 87 AR 88 AR 90 AR 91 AR 92 AR 94 AR 96 AR 97 AR 98 AR 99 AR 100 AR 103 AR 104 NP10 NP09 Estéril NP6 Estéril NP5 Estéril NP4 Estéril NP01 R R R C R C C C C C C A C R C C C C R R C C R R R R R C R Estéril R R R R R P R R R R R R R C R R R R R R R C R R R P P P C C C C C C C C R P R R R R C P C C R R R R R R R P R R C C C P C C R R P R P R C C R R C R P R Estéril Estéril R C R R R P R C R C P R R R R R R R P R R R P R C C P C P C R C C C C C A APÊNDICE 8B - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO ARAROMI (PALEOGENO) (CONTAGEM SEMI-QUANTITATIVA) R P A P R Estéril R C C C C R C C C P C C C C C A C P C R P C C C R R R Estéril Estéril Estéril Estéril P C C C Estéril Estéril Estéril R Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril P C R C C R P C BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zygodiscus plectopons Zeugrhabdotus sigmoides Tribrachiathus spinosus Tribrachiathus digitalis Tribrachiathus contortus Toweius tovae Toweius serotinus Toweius selandianus Toweius rotundus Toweius pertusus Toweius eminens Thoracosphaera Sphenolithus primus Sphenolithus anarrhopus Prinsius martini Praeprinsius dimorphosus Pontosphaera versa Neococcolithes protenus Neochiastozygus saepes Neochiastozygus imbriei Neochiastozygus distentus Neochiastozygus chiasthus Neochiastozygus perfectus Neochiastozygus concinnus Markalius inversus Lophodolithus nascens Lanternithus duocavus Heliolithus kleinpellii Girgisia gammation Fasciculithus tympaniformis Fasciculithus ullii Fasciculithus janii Fasciculithus involutus Fasciculithus billii Ericsonia robusta Ellipsolithus macellus Ellipsolithus distichus Ellipsolithus bollii Rhomboaster bramlettei R NP07-NP08 R Discoaster salisburgensis Discoaster diastypus Discoaster delicatus Discoaster binodosus Discoaster multiradiatus R R Discoaster lenticularis R R R R R P Braarudosphaera bigelowii Cruciplacolithus tenuis Cruciplacolithus primus Cruciplacolithus intermedius Coronocyclus nitescens Coccolithus pelagicus Chiasmolithus danicus Chiasmolithus bidens Amostras Chiasmolithus solitus AR 41 AR 46 AR 47 AR 50 AR 51 AR 53 AR 55 AR 56 AR 58 AR 59 AR 60 AR 63 AR 64 AR 67 AR 70 AR 72 AR 73 AR 74 AR 77 AR 79 AR 81 AR 82 AR 85 AR 87 AR 88 AR 90 AR 91 AR 92 AR 94 AR 96 AR 97 AR 98 AR 99 AR 100 AR 103 AR 104 NP10 NP09 Estéril NP6 Estéril NP5 Estéril NP4 Estéril NP01 BIOZONAS SEGUNDO Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) Watznaueria barnesae 4 Tranolithus phacelosus 6 Tranolithus orionatus 3 Thoracosphaera 16 Staurolithites laffittei 44 Staurolithites flavus 2 Retecapsa surirella 12 Retecapsa crenulata 41 124 Prediscosphaera cretacea 13 13 Placozygus fibuliformis 48 Micula decussata 12 Microrhabdulus undosus 19 Loxolithus armilla 67 Eiffellithus turriseifelii 7 Eiffellithus parallelus Cribosphaerella ehrenbergii 11 Eiffellithus gorkae Arkhangelskiella cymbiformis Ahmuellerella octoradiata Amostras Estéril 1 38 6 6 5 100 Estéril Estéril 1 7 114 3 46 19 14 8 106 10 10 15 2 120 11 9 19 3 0 5 3 30 11 37 12 38 Estéril Estéril 2 26 10 11 3 7 4 1 4 22 1 85 Estéril Estéril Estéril 2 Estéril Estéril 190 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril 6 6 5 10 19 6 3 Estéril Estéril APÊNDICE 9A - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO ARAROMI (CRETÁCEO) 231 211 CC26 -Maastrichtiano AR 107 AR 108 AR 109 AR 112 AR 114 AR 115 AR 117 AR 118 AR 119 AR 122 AR 123 AR 124 AR 128 AR 129 AR 130 AR133 AR 135 AR 136 AR 138 AR139 AR 141 AR 142 AR 143 AR 145 AR 148 AR 150 AR 151 BIOZONAS SEGUNDO Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) R Watznaueria barnesae R Tranolithus phacelosus R Thoracosphaera P Staurolithites laffittei C Staurolithites flavus R Retecapsa surirella P Retecapsa crenulata C A Prediscosphaera cretacea P P Placozygus fibuliformis C Micula staurophora P Microrhabdulus undosus P Loxolithus armilla C Eiffellithus turriseifelii R Eiffellithus parallelus Cribosphaerella ehrenbergii P Eiffellithus gorkae Arkhangelskiella cymbiformis Ahmuellerella octoradiata Amostras Estéril R C R R R C Estéril Estéril R R A R C P P R A R R P R A P R P R R R R R R R P C C P P C Estéril Estéril R C R P R R R R C R C Estéril Estéril Estéril R Estéril Estéril A Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril R R R Estéril Estéril APÊNDICE 9B - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO ARAROMI (CRETÁCEO) (CONTAGEM SEMI-QUANTITATIVA) A A CC26 -Maastrichtiano AR 107 AR 108 AR 109 AR 112 AR 114 AR 115 AR 117 AR 118 AR 119 AR 122 AR 123 AR 124 AR 128 AR 129 AR 130 AR133 AR 135 AR 136 AR 138 AR139 AR 141 AR 142 AR 143 AR 145 AR 148 AR 150 AR 151 W 17 W 18 W 19 W 20 W 26 W 27 W 32 W 34 W 35 W 36 W 37 W 38 W 39 W 51 W 52 W 53 W 54 W 55 W 56 W 58 W 59 W 60 W 61 W 62 W 63 W 64 W 65 Staurolithites flavus Staurolithites laffittei Thoracosphaera Watznaueria barnesae 11 2 3 3 4 8 12 11 11 16 19 18 17 21 17 31 28 22 20 16 14 35 38 34 4 1 1 1 1 3 2 43 41 46 40 62 66 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril 3 10 18 22 25 34 12 19 3 1 4 40 54 APÊNDICE 10A - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO WASIMI BIOZONAS SEGUNDO Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) Staurolithites imbricatus 5 4 1 CC26 Maastrichtiano Retecapsa crenulata 17 Prediscosphaera majungae 19 Prediscosphaera cretacea 11 Placozygus fibuliformis 8 Micula decussata 15 16 17 Microrhabdulus undosus 17 18 20 Microrhabdulus belgicus 23 15 10 Loxolithus armilla Cribosphaerella ehrenbergii 6 0 11 Eiffellithus turriseifelii Chiastozygus litterarius Amostras Arkhangelskiella cymbiformis Estéril Estéril Estéril Ahmuellerella regularis Estéril Estéril Estéril Estéril W 17 W 18 W 19 W 20 W 26 W 27 W 32 W 34 W 35 W 36 W 37 W 38 W 39 W 51 W 52 W 53 W 54 W 55 W 56 W 58 W 59 W 60 W 61 W 62 W 63 W 64 W 65 Staurolithites flavus Staurolithites laffittei Thoracosphaera Watznaueria barnesae P R R R R R P P P P P P P C P C C C P P P C C C R R R R R R R C C C C C C R R P C C C P P R R R C C Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril APÊNDICE 10B - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO WASIMI (CONTAGEM SEMI-QUANTITATIVA) BIOZONAS SEGUNDO Sissingh (1977) e Perch-Nielsen (1985) Staurolithites imbricatus R R R CC26 Maastrichtiano Retecapsa crenulata P Prediscosphaera majungae P Prediscosphaera cretacea P Placozygus fibuliformis R Micula decussata P P P Microrhabdulus undosus P P P Microrhabdulus belgicus C P R Loxolithus armilla Cribosphaerella ehrenbergii R R P Eiffellithus turriseifelii Chiastozygus litterarius Amostra Arkhangelskiella cymbiformis Estéril Estéril Estéril Ahmuellerella regularis Estéril Estéril Estéril Estéril BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zygodiscus plectopons Zeugrhabdotus sigmoides Toweius rotundus Toweius pertusus Toweius eminens Thorascosphaera Sphenolithus primus Neococcolithes protenus Neochiastozygus chiastus Lophodolithus nascens Heliolithus kleinpellii Fasciculithus tympaniformis Fasciculithus involutus Ellipsolithus macellus Ellipsolithus distichus Discoaster salisburgensis Discoaster multiradiatus Discoaster mohleri Discoaster mediosus Cruciplacolithus tenuis Cruciplacolithus intermedius Cruciplacolithus asymmetricus Coccolithus pelagicus Calciosolenia aperta Amostras SH - 32 SH - 31 SH - 30 SH - 29 SH - 28 2 SH - 27 SH - 26 SH - 25 SH - 24 SH - 23 SH - 22 SH - 21 SH - 20 SH - 19 SH - 18 SH - 17 SH - 16 Estéril 59 2 8 3 6 14 30 7 4 27 141 8 4 73 8 8 3 2 2 23 25 0 3 24 112 9 14 64 1 12 1 3 13 22 1 8 4 25 127 10 14 79 13 3 0 16 3 16 9 1 31 130 3 2 66 6 0 2 9 10 17 2 2 7 47 120 10 7 39 10 1 2 2 1 26 2 22 1 5 24 150 4 14 47 7 6 7 10 9 5 34 4 9 26 114 4 26 NP9 68 10 1 0 4 3 12 14 6 33 138 10 6 77 13 2 0 0 6 2 3 18 17 9 0 143 9 8 68 8 3 1 2 9 17 12 13 2 27 123 11 5 183 5 6 2 4 14 17 2 23 15 0 0 14 15 38 6 4 8 5 18 2 14 9 73 99 12 13 61 9 9 7 17 6 8 2 7 158 8 8 218 9 2 8 8 24 6 8 5 7 9 APÊNDICE 11A - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO AFLORAMENTO SHAGAMU SH - 32 SH - 31 SH - 30 SH - 29 SH - 28 SH - 27 SH - 26 SH - 25 SH - 24 SH - 23 SH - 22 SH - 21 SH - 20 SH - 19 SH - 18 SH - 17 SH - 16 Estéril R C C C C C C C C C C A C C A R R R R P C R R C R R R R R C C R R C R P R R P C R R R C P R R P R P R R C R R R R R P R R R C R R R R R C R C R R C R R R R R R C R R C P R R R R P P R C P R R R R R R P P R R R R R R R P P P R C R R R R P P R C P R R R R R P R P R C R R R P R R R R R R R R C R R R APÊNDICE 11B - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO AFLORAMENTO SHAGAMU (CONTAGEM SEMI-QUANTITATIVA) A A A A A A A A A A C A R R R R R R R R R P P R R R R P P R R P C R R R P P R R NP9 BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zygodiscus plectopons Zeugrhabdotus sigmoides Toweius rotundus Toweius pertusus Toweius eminens Thorascosphaera Sphenolithus primus Neococcolithes protenus Neochiastozygus chiastus Lophodolithus nascens Heliolithus kleinpellii Fasciculithus tympaniformis Fasciculithus involutus Ellipsolithus macellus Ellipsolithus distichus Discoaster salisburgensis Discoaster multiradiatus Discoaster mohleri Discoaster mediosus Cruciplacolithus tenuis Cruciplacolithus intermedius Cruciplacolithus asymmetricus Coccolithus pelagicus Calciosolenia aperta Amostras BA 2 BA 3 BA 4 BA 5 BA 6 BA 7 BA 8 BA 9 BA 11 BA 12 BA 13 BA 14 BA 15 BA 16 - 23 BA 24 BA 25 BA 26 BA 27 BA 29 BA 30 BA 31 BA 32 BA 33 BA 34 BA 36 BA 37 - 40 BA 41 BA 42-55 BA 57 BA 58-60 BA 61 BA 62 BA 64 BA 66 BA 67-90 BA 92 BA 93-95 BA 96 BA 97 BA 99 BA 100 BA 113 BA 115 BA 116 BA 117 BA 118 BA 120 BA127-130 BA 131 Sem recuperação C C C P P R R R R R R R R R R R R R C C R R R R P P P C C R R R R R C P P R R P P P P R P A A C C R R R R R R R R R R C P R R P R R R R R P R A C P R R R R C C P C P P P P P P R P R P R R R R P R R P R R R R R R R P P R R C P P C C P P P R R R R R R R R P R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R ? R R R R R R R R R R R R R R R R Sem recuperação R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R N-430 R R R R R R R R R R R N-420 R R R R Sem recuperação R R R R R R N-405 R R R R R R R R R R R N-350/N-340 Sem recuperação R R R R R R R N-310 BA101-111 R R R R R P R R R R R P R R P R R R R R R R R R R R R R R BA121-124 BA 125 P R R P R P R R R R R BA132-160 APÊNDICE 12 - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO POÇO BODE ASHE R R R R R R R R R R P R R R R R R N-290 R R R Sem recuperação BIOZONAS SEGUNDO Antunes (1997) Staurolithites imbricatus Microrhabdulus decoratus Staurolithites flavus Zeugrhabdotus embergeri Cribosphaerella ehrenbergii Arkhangelskiella irregularis Placozygus fibuliformis Retecapsa crenulata Micula decussata Microrhabdulus belgicus Arkhangelskiella cymbiformis Cruciplacolithus intermedius Watznaueria barnesae Zeugrhabdotus sigmoides Prediscosphaera cretacea Praeprinsius dimorphosus Coccolithus pelagicus small Cruciplacolithus primus Ellipsolithus sp. Cruciplacolithus tenuis Fasciculithus ulii Fasciculithus tympaniformis Micrantholithus irregularis Ellipsolithus macellus Sphenolithus primus Neochiastozygus chiastus Ellipsolithus lojollaensis Discoaster browerii Tribrachiathus orthostylus Braarudosphaera Trochastrites hohnensis Discoaster multiradiatus Lophodolithus mochlophorus Discoaster lodoensis Blackites inflatus Discoaster mediosus Toweius rotundus Helicosphaera lophota Sphenolithus Discoaster diastypus Neococcolithes dubius Zyghablithus bijugatus Reticulofenestra minuta Pontosphaera pulcher Pontosphaera multipora Helicosphaera seminulum Reticulofenestra dictyoda Amostras 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 19 4 12 25 14 6 2 2 2 1 2 12 4 10 31 7 14 37 49 99 46 251 19 9 1 1 2 1 1 1 1 186 220 172 224 Estéril 236 79 1 5 3 158 1 4 19 8 103 6 5 151 4 7 127 127 1 22 23 135 1 2 204 1 1 1 4 19 72 1 1 24 54 1 1 11 13 4 189 1 1 9 54 3 20 31 3 183 4 2 1 13 38 14 1 7 1 3 10 213 7 69 6 9 31 185 1 17 1 1 45 1 1 15 20 203 10 N-265 APÊNDICE 13A - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO SITE 661A, LEG 108. N-270/N-280 Estéril Estéril Estéril Estéril 2 N-290 Estéril 49 BIOZONAS SEGUNDO Antunes (1997) Zygodiscus bicrescenticus Zeugrhabdotus embergeri Watznaueria biporta Watznaueria barnesae Uniplanarius trifidus Uniplanarius sissinghii Uniplanarius gothicus Retecapsa crenulata Prediscosphaera spinosa Prediscosphaera majungae Prediscosphaera grandis Prediscosphaera cretacea Micula decussata Micula murus Microrhabdulus decoratus Manivitella pemmatoidea Lithraphidites carniolensis Eiffellithus gorkae Eiffellithus eximius Cylindralithus sculptus Cribosphaerella ehrenbergii Calculites percenis Arkhangelskiella specillata Arkhangelskiella maastrichtiana Arkhangelskiella cymbiformis Amostras 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 P R P C P R R R R R R P R R C R P C C C C A P R R R R R R R R A C R R R A R R P R A R R A R R A A R C C A R R A R R R R P C R R C C R R P P R A R R R C R P C R A R R R P C P R R R R R A C R R C A R P R R C R R P P A APÊNDICE 13B - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO SITE 661A, LEG 108 (CONTAGEM SEMI-QUANTITATIVA) N-270/N-280 Estéril Estéril Estéril Estéril A A A A Estéril N-290 Estéril C R R N-265 BIOZONAS SEGUNDO Antunes (1997) Zygodiscus bicrescenticus Zeugrhabdotus embergeri Watznaueria biporta Watznaueria barnesae Uniplanarius trifidus Uniplanarius sissinghii Uniplanarius gothicus Retecapsa crenulata Prediscosphaera spinosa Prediscosphaera majungae Prediscosphaera grandis Prediscosphaera cretacea Micula decussata Micula murus Microrhabdulus decoratus Manivitella pemmatoidea Lithraphidites carniolensis Eiffellithus gorkae Eiffellithus eximius Cylindralithus sculptus Cribosphaerella ehrenbergii Calculites percenis Arkhangelskiella specillata Arkhangelskiella maastrichtiana Arkhangelskiella cymbiformis Amostras 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril 3 5 4 1 1 9 59 8 2 4 18 6 2 7 13 6 3 7 5 17 8 9 3 2 13 8 17 13 1 19 3 2 1 6 1 1 2 1 23 11 1 1 48 22 5 43 5 30 11 16 11 15 16 20 4 3 6 7 17 78 33 39 14 29 9 7 27 30 2 19 1 1 23 20 13 2 1 17 17 6 2 21 10 4 5 20 4 23 2 21 32 31 28 30 20 61 35 43 49 193 71 12 29 38 43 38 6 7 5 4 18 15 19 5 2 3 23 2 45 53 49 52 75 65 57 62 77 97 75 117 102 124 49 61 79 88 92 82 106 63 47 72 28 81 67 69 70 79 131 116 102 118 92 127 138 121 64 26 151 122 118 97 190 5 2 1 2 1 1 1 116 137 132 188 137 159 114 1 38 5 4 7 101 47 9 9 10 1 19 1 1 3 1 1 1 6 9 34 128 103 73 80 79 93 78 21 43 42 3 23 32 13 47 1 1 74 9 61 47 21 109 11 36 23 18 14 13 25 31 37 34 31 42 32 31 40 37 1 1 1 43 2 1 2 10 2 3 6 2 1 1 1 62 1 1 1 4 1 3 4 9 13 1 1 1 1 2 1 5 10 1 32 61 56 69 13 1 7 11 18 31 2 23 38 3 2 1 34 1 7 1 1 1 36 15 22 58 2 31 1 17 61 4 11 21 APÊNDICE 14A - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO SITE 959D, LEG 159 106 117 22 87 24 16 174 104 57 84 37 58 23 2 31 2 17 1 4 5 5 3 13 3 12 10 2 7 7 42 61 25 1 40 1 1 47 109 3 2 8 1 1 16 2 10 1 43 43 54 33 1 1 1 21 23 1 2 26 16 1 1 1 9 9 26 1 1 13 2 3 2 1 7 16 1 7 6 1 7 7 2 1 6 10 51 25 7 1 7 27 29 9 37 46 43 31 29 27 19 21 3 22 36 1 5 6 1 2 2 1 1 1 1 1 1 9 9 9 7 8 37 4 17 27 30 33 10 24 34 26 8 18 7 1 1 1 1 1 28 14 2 1 9 36 18 3 25 11 5 3 21 30 54 10 3 12 4 1 8 2 14 3 1 3 4 2 1 6 1 1 1 1 1 3 2 3 1 1 1 10 6 4 14 9 17 17 1 4 5 10 3 2 1 1 3 Reticulofenestra dictyoda Reticulofenestra bisecta Pontosphaera multipora Neococcolithes dubius Neochiastozygus junctus Nannotetrina pappii Nannotetrina fulgens Nannotetrina cristata Markalius inversus Lophodolithus nascens Lophodolithus mochlophorus Heliolithus kleinpellii Helicosphaera seminulum Helicosphaera lophota Helicosphaera neolophota Girgisia gammation Fasciculithus tympaniformis Fasciculithus thomasii Fasciculithus richardii Fasciculithus lilianae Fasciculithus involutus Fasciculithus alanii Ellipsolithus macellus Discoaster tanii Discoaster sublodoensis Discoaster strictus Discoaster salisburgensis Discoaster saipanensis Discoaster multiradiatus Discoaster mohleri Discoaster megastypus Discoaster mediosus Discoaster mahmoudii Discoaster lodoensis Discoaster lenticularis Discoaster kuepperi Discoaster elegans Discoaster distinctus Discoaster diastypus Discoaster delicatus Discoaster binodosus Discoaster bifax Discoaster barbadiensis Discoaster acutus Cyclicargolithus luminis Cyclargolithus floridanus Cruciplacolithus frequens Coccolithus staurion Coccolithus pelagicus Coccolithus mutatus Coccolithus formosus Coccolithus eopelagicus Chiasmolithus solitus Chiasmolithus grandis Chiasmolithus gigas Chiasmolithus eograndis Chiasmolithus consuetus Chiasmolithus bidens Bomolithus conicus Blackite stilus Coccosfera Amostras 5 2 37 23 11 44 46 79 82 13 47 16 9 143 38 7 111 8 59 1 57 61 65 9 37 33 71 83 104 92 107 162 88 116 102 110 157 95 160 204 131 116 79 102 172 84 32 35 103 117 31 49 43 29 27 37 57 46 38 20 23 1 1 1 12 19 3 18 6 11 39 4 12 15 1 22 7 Estéril 18 126 117 128 19 11 22 57 8 18 31 37 2 63 68 33 47 6 1 26 10 1 4 5 27 9 30 10 6 9 14 13 26 21 41 52 37 14 138 52 61 19 1 13 2 22 3 BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zyghablithus bijugatus Zeugrhabdotus sigmoides Tribrachiatus orthostylus Tribrachiatus contortus Toweius pertusus Toweius magnicrassus Toweius eminens Sphenolithus radians Sphenolithus moriformis Sphenolithus furcatolithoides Sphenolithus anarrhopus Rhomboaster cuspis Rhomboaster bramlettei Rhomboaster bitrifida Reticulofenestra umbilicus 92 143 Reticulofenestra stavensis Estéril Estéril Estéril NP17 11 3 NP16 1 11 1 1 16 14 8 8 11 NP15 NP14 NP13 Estéril NP11 NP12 NP10 NP09 NP08 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 Estéril Estéril Estéril Estéril Estéril R R R R R R C R R R P R R R P R R R R P R R R R P R P P R P R R R R R R R R C P R R C C R C R C P P P P P P R R R R P C C C P C R R C C R P R R C P P R R P P R R C R R R P R C R C C C C C P C C C C A C P C C C C R R R R P P A R R R C R C C C C C C C C C C C A A A C C C C C C A C C C C C C C C C A A A A C A A A C C A A A C A R R R R R R R A A A A A A A R C R R R A C R R R R P R R R R R R R R C A A C C C C C C C C R C C P C R R C R C C C A P C C P P P C C C C C C C C C C R R R C R R R R R R R R R R C R R R R R R R R P R R R R R R R R R C C C C P R R R P P C A A C C C P A A C C C C C R C R P R R R R R P R P R R R R C C C R C R R C A R R R R R P R R R C C C C R R R R R C C R R R R C R R R R R C P C C R C R P C R R P C C APÊNDICE 14B - DISTRIBUIÇÃO BIOESTRATIGRÁFICA DOS NANOFÓSSEIS CALCÁRIOS NO SITE 959D, LEG 159 (CONTAGEM SEMI-QUANTITATIVA) R R C C R R C P R R R R R C R R P R R R R R P R R R R R R R R R R C C R R R R R R C R P C C C C C C C R R C C R C C C C C C P C R C C R R R R R R R R R R R R R R P P R R R C C R C P R R C C C R R P R R R R P R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R C R P P R R R R R R R R R Reticulofenestra dictyoda Reticulofenestra bisecta Pontosphaera multipora Neococcolithes dubius Neochiastozygus junctus Nannotetrina pappii Nannotetrina fulgens Nannotetrina cristata Markalius inversus Lophodolithus nascens Lophodolithus mochlophorus Heliolithus kleinpellii Helicosphaera seminulum Helicosphaera lophota Helicosphaera neolophota Girgisia gammation Fasciculithus tympaniformis Fasciculithus thomasii Fasciculithus richardii Fasciculithus lilianae Fasciculithus involutus Fasciculithus alanii Ellipsolithus macellus Discoaster tanii Discoaster sublodoensis Discoaster strictus Discoaster salisburgensis Discoaster saipanensis Discoaster multiradiatus Discoaster mohleri Discoaster megastypus Discoaster mediosus Discoaster mahmoudii Discoaster lodoensis Discoaster lenticularis Discoaster kuepperi Discoaster elegans Discoaster distinctus Discoaster diastypus Discoaster delicatus Discoaster binodosus Discoaster bifax Discoaster barbadiensis Discoaster acutus Cyclicargolithus luminis Cyclargolithus floridanus Cruciplacolithus frequens Coccolithus staurion Coccolithus pelagicus Coccolithus mutatus Coccolithus formosus Coccolithus eopelagicus Chiasmolithus solitus Chiasmolithus grandis Chiasmolithus gigas Chiasmolithus eograndis Chiasmolithus consuetus Chiasmolithus bidens Bomolithus conicus Blackite stilus Coccosphere Amostras R R C C P C C C C P C P R A C R A R C C C C R C C C C A C A A C A A A A C A A A A C A A C C C A A C C C C C C C C C P C R R R C 19 R P R R P C R P P R C R Estéril P A A A P P C C R P C C R C C C C R R C R R R R C R C R R P P C C C C C P A C C P R P R C R BIOZONAS SEGUNDO Martini, 1971 Zyghablithus bijugatus Zeugrhabdotus sigmoides Tribrachiatus orthostylus Tribrachiatus contortus Toweius pertusus Toweius magnicrassus Toweius eminens Sphenolithus radians Sphenolithus moriformis Sphenolithus furcatolithoides Sphenolithus anarrhopus Rhomboaster cuspis Rhomboaster bramlettei Rhomboaster bitrifida Reticulofenestra umbilicus C A Reticulofenestra stavensis Estéril Estéril Estéril NP17 P R NP16 R P R R P P R R P NP15 NP14 NP13 Estéril NP12 NP11 NP10 NP09 NP08 333 Apêndice 15 Índice de Diversidade de Shannon 334 APÊNDICE 15 - ÍNDICE DE DIVERSIDADE - SHANNON (H’) ILARO-3 Amostra Abundância Total Índice de Shannon IL3 12 IL 3 13 IL 3 14 IL 3 15 IL 3 16 IL 3 17 IL 3 18 IL 3 19 IL 3 20 IL 3 21 IL 3 22 IL 3 23 IL 3 24 IL 3 25 IL 3 26 IL 3 27 IL 3 28 IL 3 29 IL 3 30 IL 3 31 IL 3 32 IL 3 33 IL 3 34 IL 3 35 IL 3 36 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 301 2,369475 0 Estéril 0 Estéril 317 2,266175 323 1,7191516 300 1,3594294 0 Estéril 306 2,378532 336 2,2348394 310 1,3312134 320 1,3838913 320 1,6393529 302 1,1730657 308 2,6304686 300 1,7982237 300 2,1078985 300 2,2283022 303 1,7802953 300 1,9146516 300 1,8552197 IL 3 37 IL 3 38 IL 3 39 IL 3 40 IL 3 41 IL 3 45 IL 3 47 IL 3 48 IL 3 49 IL 3 50 IL 3 52 IL 3 66 IL 3 69 IL 3 71 IL 3 73 IL 3 74 IL 3 76 IL 3 77 IL 3 78 IL 3 79 IL 3 80 IL 3 81 IL 3 84 IL 3 85 IL 3 86 IL 3 89 307 2,0299966 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 300 1,3070382 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 305 1,7791911 309 1,11302 307 2,2102485 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 300 2 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 335 ILARO-1 Índice de Shannon IL1 68 0 Estéril 0 Estéril 300 1,0449178 0 Estéril 301 0,65390533 0 Estéril 300 0,37878293 0 Estéril 302 0,5936538 0 Estéril 300 0,58888304 303 0,8853637 0 Estéril 305 1,2407595 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 300 0,67326736 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 301 2,2550693 300 0,6365142 314 1,9583017 300 0,14614475 0 Estéril 300 0,25608683 0 Estéril 300 0,31357357 0 Estéril 300 0,227511 0 Estéril IL1 69 IL1 70 IL1 71 IL1 72 IL1 73 IL1 74 IL1 75 IL1 76 IL1 77 IL1 78 IL1 79 IL1 80 IL1 81 IL1 82 IL1 83 IL1 84 IL1 85 IL1 86 IL1 87 IL1 88 IL1 89 0 Estéril 300 1,7619498 305 1,6541353 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 300 1,6276903 302 1,3773692 300 1,5331705 306 1,2171184 300 1,4262909 300 1,4608799 0 Estéril 300 1,1803259 301 1,521541 303 1,483291 300 1,1032846 Amostra Abundância Total IL1 28 IL1 29 IL1 30 IL1 31 IL1 32 IL1 34 IL1 35 IL1 36 IL1 37 IL1 38 IL1 39 IL1 40 IL1 41 IL1 42 IL1 44 IL1 45 IL1 46 IL1 47 IL1 48 IL1 49 IL1 50 IL1 51 IL1 52 IL1 53 IL1 54 IL1 55 IL1 56 IL1 57 IL1 58 IL1 59 IL1 60 IL1 61 IL1 62 IL1 63 IL1 64 IL1 65 IL1 66 IL1 67 336 ARAROMI Amostra Abundância Total Índice de Shannon AR 41 AR 46 AR 47 AR 50 AR 51 AR 53 AR 55 AR 56 AR 58 AR 59 AR 60 AR 63 AR 64 AR 67 AR 70 AR 72 AR 73 AR 74 AR 77 AR 79 AR 81 AR 82 AR 85 AR 87 AR 88 AR 90 AR 91 AR 92 AR 94 AR 96 AR 97 AR 98 AR 99 AR 100 AR 103 AR 104 318 1,6204606 306 1,9461261 0 Estéril 326 2,0478415 315 2,0234742 300 1,7333108 300 1,4004576 301 1,4410709 300 1,1749 0 Estéril 0 Estéril 300 2,0130348 0 Estéril 300 1,4655826 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 308 2,0511756 300 2 311 1,9674473 300 2,094236 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 336 2,2380571 0 Estéril 0 Estéril 302 2,2388482 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 302 1,1978846 Amostra Abundância Total Índice de Shannon AR 107 AR 108 AR 109 AR 112 AR 114 AR 115 AR 117 AR 118 AR 119 AR 122 AR 123 AR 124 AR 128 AR 129 AR 130 AR133 AR 135 AR 136 AR 138 AR139 AR 141 AR 142 AR 143 AR 145 AR 148 AR 150 AR 151 0 Estéril 305 1,4953921 0 Estéril 0 Estéril 301 1,6552867 0 Estéril 0 Estéril 309 2,2241435 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 300 1,6203457 0 Estéril 0 Estéril 300 1,2886645 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 300 0,9371166 300 1,0690063 0 Estéril 0 Estéril 337 WASIMI Amostra Abundância Total Índice de Shannon W 17 W 18 W 19 W 20 W 26 W 27 W 32 W 34 W 35 W 36 W 37 W 38 W 39 W 51 W 52 W 53 W 54 W 55 W 56 W 58 W 59 W 60 W 61 W 62 W 63 W 64 W 65 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 300 2,5792675 300 2,4268901 300 2,4276206 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 300 2,5324314 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 338 SHAGAMU Amostra Abundância Total SH - 32 SH - 31 SH - 30 SH - 29 SH - 28 SH - 27 SH - 26 SH - 25 SH - 24 SH - 23 SH - 22 SH - 21 SH - 20 SH - 19 SH - 18 SH - 17 SH - 16 Índice de Shannon 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 313 1,7853864 308 1,9272413 305 1,8564838 306 1,6793516 305 1,8248472 303 1,7494264 308 2,0615687 305 1,7025026 307 1,6529063 301 1,8664336 300 1,5175571 301 1,9841031 300 1,6116018 304 1,1994117 339 LEG 108 Amostra Abundância Total Índice de Shannon 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 0 Estéril 0 Estéril 0 Estéril 306 1,326503 309 1,006073 320 1,243359 300 0,798547 0 Estéril 300 0,445156 0 Estéril 315 0,563205 302 1,184814 300 1,001165 308 1,127687 305 0,94755 300 1,211666 304 1,238488 314 1,255856 301 1,072897 314 1,221984 340 LEG 159 Amostra Abundância Total 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 0 0 0 301 310 318 0 305 300 302 303 303 0 0 0 0 304 318 303 311 311 301 301 302 316 326 315 310 309 310 316 302 315 303 301 311 307 318 304 Índice de Shannon Estéril Estéril Estéril 0,7527586 1,8407018 1,5801573 Estéril 1,3704001 1,9207169 2,0814638 1,8929645 1,4355116 Estéril Estéril Estéril Estéril 1,7911605 1,5043373 1,8180848 1,7439971 1,6379323 1,9125531 1,8609666 1,6968479 1,881534 1,9381275 2,054858 1,7643218 1,8123541 1,5919161 1,9873468 1,8558778 1,3990537 1,8415022 1,6224957 1,6931914 1,500913 1,6617119 1,5852215 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 303 309 301 312 313 314 310 302 307 307 308 308 307 311 303 321 0 304 307 321 312 306 315 304 0 308 304 309 312 301 304 301 1,4215689 1,1993278 1,5664237 1,757315 1,893425 1,8638495 1,328533 1,8362483 1,7995365 1,9503036 1,969467 1,9319504 1,9135919 1,7613678 1,5694196 1,8697395 Estéril 1,1431934 1,5011244 1,5514394 1,2598844 1,2187022 1,1055099 1,3009335 Estéril 1,8538853 1,8154156 1,5349436 1,6082234 1,7950485 1,900112 1,321015 341 Apêndice 16 Lista de espécies encontradas 342 APÊNDICE 16 - LISTA TAXONÔMICA DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS Cretáceo Ahmuellerella octoradiata – (Gorka, 1957) Reinhardt, 1964. (Estampa 1, Figura 1). Ahmuellerella regularis – (Gorka, 1957) Reinhardt & Gorka 1967. (Estampa 1, Figuras 2 e 3). Arkhangelskiella cymbiformis - Vekshina, 1959. (Estampa 3, Figuras 7 e 8). Arkhangelskiella maastrichtiana - Burnett, 1997. (Estampa 3, Figuras 9 e 10). Arkhangelskiella specillata - Vekshina 1959. (Estampa 3, Figura 11). Calculites percenis - Jeremiah, 1996. (Estampa 3, Figura 12). Chiastozygus litterarius - (Gorka, 1957) Manivit, 1971 (Estampa 1, Figuras 4 e 5) Cribosphaerella ehrenbergii - (Arkhangelsky, 1912) Deflandre in Piveteau, 1952. (Estampa 2, Figuras 8 e 9). Cylindralithus sculptus - Bukry, 1969. (Estampa 3, Figuras 2 e 3). Eiffellithus eximius – (Stover, 1966) Perch-Nielsen, 1968. (Estampa 1, Figuras 19 e 20). Eiffellithus gorkae - Reinhardt 1965. (Estampa 2, Figuras 1 e 2). Eiffellithus parallelus - Perch-Nielsen 1973. (Estampa 2, Figuras 3 e 4). Eiffellithus turriseifelii – (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Reinhardt, 1965. (Estampa 2, Figuras 5 a 7). Lithraphidites carniolensis - Deflandre 1963. (Estampa 3, Figura 13). Loxolithus armilla – (Black in Black & Barnes, 1959) Noël 1965. (Estampa 1, Figuras 6 e 7). Manivitella pemmatoidea –(Deflandre in Manivit, 1965) Thierstein 1971. (Estampa 3, Figura 1). Microrhabdulus atenuatus – (Deflandre, 1959) Deflandre, 1963) (Estampa 3, Figura 14). Microrhabdulus belgicus - Hay & Towe 1963. (Estampa 3, Figura 15). Microrhabdulus decoratus - Deflandre, 1959. Deflandre 1963 (Estampa 3, Figuras 16). Microrhabdulus undosus - Perch-Nielsen 1973. (Estampa 3, Figura 17) Micula decussata - Vekshina, 1959 (Gardet, 1955) Stradner, 1963. (Estampa 3, Figuras 18 a 20). Micula murus – (Martini, 1961) Bukry 1973. (Estampa 4, Figura 1). Placozygus fibuliformis – (Reinhardt, 1964) Hoffmann 1970. (Estampa 1, Figuras 8 e 9). Prediscosphaera cretacea – (Arkhangelsky, 1912) Gartner 1968. (Estampa 2, Figuras 10 a 12). Prediscosphaera grandis - Perch-Nielsen 1979. (Estampa 2, Figura 13). Prediscosphaera majungae - Perch-Nielsen 1973. (Estampa 2, Figuras 14 e 15). Prediscosphaera spinosa – (Bramlette & Martini, 1964) Gartner 1968. (Estampa 2, Figura 16). Retecapsa crenulata – (Bramlette & Martini, 1964) Grün in Grün & Allemann, 1975. (=Stradneria crenulata Bramlette & Martini (1964) Nöel, 1970). (Estampa 18, Figuras 17 e 18). Retecapsa surirella - (Deflandre & Fert, 1954) Grün in Grün & Allemann, 1975. (Estampa 18, Figuras 19 e 20). 343 Staurolithites flavus - Burnett, 1997. (Estampa 1, Figura 10). Staurolithites laffittei - Caratini, 1963. (Estampa 1, Figura 11). Staurolithites imbricatus – (Gartner, 1968) Burnett, 1997. (Estampa 1, Figura 12). Tranolithus minimus (Estampa 1, Figura 13) Tranolithus phacelosus - Stover, 1966. (Estampa 1, Figura 14 e 15). Uniplanarius gothicus (=Quadrum gothicum) - (Deflandre, 1959) Manivit et al.1977. (Estampa 4, Figuras 2 e 3). Uniplanarius sissinghii (=Quadrum sissinghii) - (Deflandre, 1959) Perch-Nielsen, 1986. (Estampa 4, Figura 4 e 5) Uniplanarius trifidus - (Stradner, in Stradner & Papp, 1961) Hattner & Wise, 1980. (=Quadrum trifidum Prins & Perch-Nielsen in Manivit et al., 1977). (Estampa 4, Figuras 6 e 7). Zeugrhabdotus bicrescenticus - (Stover, 1966) Burnett in Gale et al., 1996. (=Glaukolithus compactus Bukry (1969) Perch-Nielsen, 1984). (Estampa 1, Figura 16). Zeugrhabdotus embergeri – (Noël, 1959) Perch-Nielsen, 1984. (Estampa 1, Figuras 17 e 18). Watznaueria barnesae - (Black in Black & Barnes, 1959) Perch-Nielsen 1968. (Estampa 3, Figura 4). Watznaueria biporta - Bukry 1969. (Estampa 3, Figuras 5 e 6). Thoracosphaera - Kamptner, 1927 Cretáceo: (Estampa 13, Figura 16). Paleógeno: (Estampa 13, Figuras 13 a 15). Paleógeno Acanthosphaera mitra – Varol (1989) Bown (2005). (=Zygrhablithus sagittus Varol, 1989) (Estampa 13, Figura 12). Blackites inflatus – (Bramlette & Sullivan, 1961) Aubry, 1999. (Estampa 7, Figura 20 e Estampa 8, Figura 1). Blackites spinosus – (Deflandre & Fert, 1954) Hay & Towe, 1962. (Estampa 8, Figuras 2 e 3). Blackites stilus - Bown, 2005. (Estampa 8, Figura 4) Blackites tenuis – (Bramlette & Sullivan, 1961) Sherwood 1974. (Estampa 8, Figura 5). Bomolithus conicus – (Perch-Nielsen, 1971) Perch-Nielsen 1984. (Estampa 17, Figuras 7 e 8). Braarudosphaera bigelowii – (Braarud & Gran, 1935) Deflandre, 1947. (Estampa 13, Figura 3) Calciosolenia aperta – (Hay & Mohler, 1967) Bown, 2005. (Estampa 7, Figuras 18 e 19). Chiasmolithus bidens – (Bramlette & Sullivan, 1961) Hay & Mohler, 1967. (Estampa 9, Figuras 15 e 16). Chiasmolithus consuetus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Hay & Mohler, 1967. (Estampa 9, Figuras 17 a 19). Chiasmolithus danicus – (Brotzen, 1959) Hay & Mohler, 1967. (Estampa 9, Figura 20). Chiasmolithus eograndis - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 10, Figuras 1 e 2). Chiasmolithus gigas - (Bramlette & Sullivan, 1961) Radomski 1968. (Estampa 10, Figuras 3 e 4). Chiasmolithus grandis – (Bramlette & Riedel, 1954) Radomski, 1968. (Estampa 10, Figuras 5 a 7) Chiasmolithus solitus – (Bramlette & Sullivan, 1961) Locker, 1968. (Estampa 10, Figuras 8 a 12). Coccolithus cachaoi - Bown, 2005. (Estampa 10, Figuras 13 e 14). 344 Coccolithus eopelagicus – (Bramlette & Riedel, 1954) Bramlette & Sullivan (1961). (Estampa 10, Figuras 15 e 16) Coccolithus formosus - (Kamptner, 1963) Wise, 1973.(=Ericsonia formosa Kamptner, 1963; Haq 1971). (Estampa 10, Figuras 17 e 18). Coccolithus mutatus – (Perch-Nielsen, 1971) Bown, 2005. (Estampa 10, Figuras 19 e 20). Coccolithus pelagicus – (Wallich, 1871) Schiller, 1930. (Estampa 11, Figuras 1 e 2). Coronocyclus nitescens – (Kamptner, 1963) Bramlette & Wilcoxon, 1967. (Estampa 11, Figuras 3 e 4) Cruciplacolithus asymmetricus - van Heck & Prins, 1987. (Estampa 11, Figuras 5 e 6). Cruciplacolithus cruciformis – (Hay & Towe, 1962) Roth, 1970. (Estampa 11, Figura 7). Cruciplacolithus frequens – (Perch-Nielsen, 1977) Romein, 1979. (Estampa 11, Figuras 8 a 10). Cruciplacolithus intermedius - van Heck & Prins, 1987. (Estampa 11, Figuras 11 a 12). Cruciplacolithus primus - Perch-Nielsen 1977. (Estampa 11, Figura 13). Cruciplacolithus staurion - (Bramlette & Sullivan, 1961) Gartner, 1971. (Estampa 11, Figuras 14 a 19). Cruciplacolithus tenuis – (Stradner, 1961) Hay & Mohler, 1967. (Estampa 11, Figura 20 e Estampa 12, Figuras 1 e 2). Cyclicargolithus floridanus – (Roth & Hay in Hay et al., 1967) Bukry, 1971. (Estampa 9, Figura 6). Cyclicargolithus luminis – (Sullivan, 1965) Bukry, 1971. (Estampa 9, Figura 7). Discoaster acutus - Bown, 2005. (Estampa 13, Figura 17). Discoaster barbadiensis – (Tan, 1927) Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 13, Figuras 18 e 19). Discoaster bifax - Bukry, 1971. (Estampa 13, Figura 20 e Estampa 14, Figura 1). Discoaster binodosus - Martini, 1958. (Estampa 14, Figuras 2 a 4). Discoaster deflandrei - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 14, Figura 5). Discoaster delicatus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 14, Figuras 6 a 8). Discoaster diastypus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 14, Figuras 9 a 11). Discoaster distinctus - Martini, 1958. (Estampa 14, Figura 12). Discoaster elegans - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 14, Figura 13). Discoaster kuepperi - Stradner, 1959. (Estampa 14, Figura 14 a 16). Discoaster lenticularis - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 14, Figuras 17 a 20 e Estampa 15, Figura 1). Discoaster lodoensis - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 15, Figuras 2 a 4). Discoaster mahmoudii - Perch-Nielsen, 1981. (Estampa 15, Figuras 5 e 6). Discoaster mediosus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 15, Figuras 7 a 9). Discoaster megastypus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen 1985. (Estampa 15, Figuras 10 e 11). Discoaster mohleri - Bukry & Percival, 1971. (Estampa 15, Figuras 12 e 13). Discoaster multiradiatus - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 15, Figuras 14 a 17). 345 Discoaster tanii nodifer - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 15, Figura 8). Discoaster saipanensis - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 15, Figuras 19 e 20 e Estampa 16, Figura 1). Discoaster salisburgensis - Stradner, 1961. (Estampa 16, Figuras 2 a 4). Discoaster strictus - Stradner, 1961. (Estampa 16, Figuras 5 e 6). Discoaster sublodoensis - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 16, Figuras 7 e 8). Discoaster tanii - Bramlette & Riedel, 1954. (Estampa 16, Figuras 9 e 10). Ellipsolithus bollii - Perch-Nielsen 1977. (Estampa 12, Figuras 5 e 6). Ellipsolithus distichus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Sullivan, 1964. (Estampa 12, Figuras 7 e 8). Ellipsolithus lajollaensis - Bukry & Percival, 1971. (Estampa 12, Figuras 9 a 11). Ellipsolithus macellus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Sullivan, 1964. (Estampa 12, Figuras 12 e 13). Ericsonia robusta - (Bramlette & Sullivan, 1961) Edwards & Perch-Nielsen, 1975. (Estampa 12, Figuras 3 e 4). Fasciculithus alanii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figuras 11 e 12). Fasciculithus billii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figuras 13 e 14). Fasciculithus involutus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 16, Figuras 15 e 16). Fasciculithus janii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figura 17). Fasciculithus lilianae - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figuras 18 e 19). Fasciculithus richardii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 16, Figura 20 e Estampa 17, Figura 1). Fasciculithus thomasii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 17, Figuras 2 e 3). Fasciculithus tympaniformis - Hay & Mohler, 1967. (Estampa 17, Figuras 4 e 5). Fasciculithus ullii - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 17, Figura 6). Girgisia gammation - (Bramlette & Sullivan, 1961) Romein (1979) Varol, 1989. (Estampa 8, Figuras 6 e 7). Helicosphaera lophota - (Bramlette & Sullivan, 1961) Jafar & Martini, 1975. (Estampa 4, Figuras 10 a 12). Helicosphaera neolophota - Bukry, 1984. (Estampa 4, Figuras 13 e 14). Helicosphaera seminulum - (Bramlette & Sullivan, 1961) Jafar & Martini, 1975. (Estampa 4, Figuras 15 a 17). Heliolithus kleinpellii - Sullivan, 1964. (Estampa 17, Figuras 9 a 12). Holodiscolithus sp. - Roth, 1970. (Estampa 12, Figura 18) Lanternithus duocavus - Locker, 1967. (Estampa 12, Figuras 19 e 20). Lophodolithus mochlophorus - Deflandre, 1954. (Estampa 5, Figuras 16 a 19). Lophodolithus nascens - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 5, Figura 20 e Estampa 6, Figuras 1 e 2). Markalius inversus – (Deflandre, 1954) Bramlette & Martini, 1964. (Estampa 12, Figuras 14 e 15). Micrantholithus attenuatus - Bramlette & Sullivan, 1961. (=Micrantholithus inaequalis Martini, 1961). (Estampa 13, Figura 4). 346 Micrantholithus bulbosus - Bouché, 1962. (Estampa 13, Figuras 5 e 6). Micrantholithus discula – (Bramlettei & Riedel, 1954) Bown, 2005. (Estampa 13, Figura 7). Micrantholithus hebecuspis - Bown, 2005. (Estampa 13, Figura 8). Micrantholithus mirabilis - Locker, 1965. (Estampa 13, Figura 9). Micrantholithus pingus - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 13, Figura 10). Nannotetrina cristata – (Martini, 1958) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 19 e 20 e Estampa 7, Figuras 1 e 2). Nannotetrina fulgens – (Stradner, 1960) Achutan & Stradner, 1969. (Estampa 7, Figuras 3 e 4). Nannotetrina pappii – (Stradner, 1959) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 7, Figuras 5 e 6). Neochiastozygus chiastus – (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 3 e 4). Neochiastozygus concinnus – (Martini, 1961) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 5 e 6). Neochiastozygus distentus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figura 7). Neochiastozygus imbriei - Haq & Lohmann, 1976. (Estampa 6, Figuras 8 e 9). Neochiastozygus junctus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 10 e 11). Neochiastozygus perfectus - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figuras 12 e 13). Neochiastozygus saepes - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 6, Figura 14). Neococcolithes dubius – (Deflandre, 1954) Black, 1967. (Estampa 6, Figuras 15 e 16). Neococcolithes protenus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Black (1967). (Estampa 6, Figuras 17 e 18). Pedinocyclus larvalis – (Bukry & Bramlette, 1969) Loeblich & Tappan, 1973. (Estampa 12, Figuras 16 e 17). Pemma basquensis – (Bouché, 1962) Bybell & Gartner, 1972. (Estampa 13, Figura 11). Pontosphaera duocava - (Bramlette & Sullivan, 1961) Romein, 1979. (Estampa 4, Figuras 18 e 19). Pontosphaera exilis - (Bramlette & Sullivan, 1961) Romein, 1979. (Estampa 4, Figura 20 e Estampa 5, Figuras 1 a 3). Pontosphaera multipora – (Kamptner, 1948) Roth 1970. (Estampa 5, Figuras 4 e 5). Pontosphaera ocellata - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1984. (Estampa 5, Figuras 6 e 7). Pontosphaera pulchra – (Deflandre, 1954) Romein, 1979. (Estampa 5, Figuras 8 e 9). Pontosphaera rimosa - Bramlette & Sullivan (1961) Roth & Thierstein, 1972. (Estampa 5, Figuras 10 e 11). Pontosphaera versa - (Bramlette & Sullivan, 1961) Sherwood, 1974. (Estampa 5, Figuras 12 e 13). Praeprinsius dimorphosus – (Perch-Nielsen, 1969), Varol & Jakubowsk, 1989. (Estampa 8, Figura 8). Prinsius martini – (Perch-Nielsen, 1969) Haq, 1971. (Estampa 8, Figura 9). Pseudotriquetrorhabdulus inversus - (Bramlette & Sullivan, 1961) Wise in Wise & Constans, 1976. (Estampa 19, Figura 6). Reticulofenestra bisecta – (Hay et al., 1966) Roth, 1970 Bown, 2005. (Estampa 9, Figuras 8 e 9). Reticulofenestra dictyoda – (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Stradner in Stradner & Edwards, 1968. 347 (Estampa 9, Figuras 10 e 11). Reticulofenestra minuta - Roth, 1970. (Estampa 9, Figura 12). Reticulofenestra stavensis – (Levin & Joerger, 1967) Varol, 1989 Bown, 2005. (Estampa 9, Figura 13). Reticulofenestra umbilica - (Levin, 1965) Martini & Ritzkowsky, 1968. (Estampa 9, Figura 14). Rhomboaster bitrifida - Romein, 1979. (Estampa 18, Figuras 3 a 5). Rhomboaster bramlettei – (Bronnimann & Stradnerm, 1960) Proto Decima et al. (1975). Bybell & Self-Trail, 1995. (Estampa 18, Figuras 6 a 9). Rhomboaster cuspis - Bramlette & Sullivan, 1961. (Estampa 18, Figuras 10 a 13). Scyphosphaera expansa - Bukry & Percival, 1971. (Estampa 5, Figuras 14 e 15). Sphenolithus anarrhopus - Bukry & Bramlette, 1969. (Estampa 17, Figuras 13 e 14). Sphenolithus editus – Perch-Nielsen in Perch-Nielsen et al.(1978). (Estampa 17, Figuras 15 a 17). Sphenolithus furcatolithoides - Locker, 1967. (Estampa 17, Figura 18). Sphenolithus moriformis – (Brönnimann & Stradner, 1960) Bramlette & Wilcoxon, 1967. (Estampa 17, Figura 19). Sphenolithus radians - Deflandre, 1952. (Estampa 17, Figura 20 e Estampa 18, Figura 1). Sphenolithus primus - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 18, Figura 2). Toweius crassus – (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1984. (Estampa 8, Figuras 10 e 11). Toweius eminens - (Bramlette & Sullivan, 1961) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 8, Figuras 12 a 14). Toweius magnicrassus – (Bukry, 1971) Romein, 1979. (Estampa 8, Figuras 15 e 16). Toweius ocultatus – (Locker, 1967) Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 8, Figura 17). Toweius pertusus – (Sullivan, 1965) Romein, 1979. (Estampa 8, Figuras 18 a 20). Toweius rotundus Perch-Nielsen in Perch-Nielsen et al., 1978. (Estampa 9, Figuras 1 e 2). Toweius selandianus - Perch-Nielsen, 1979. (Estampa 9, Figura 3). Toweius serotinus - Bybell & Self-Trail, 1995. (Estampa 9, Figura 4). Toweius tovae - Perch-Nielsen, 1971. (Estampa 9, Figura 5). Tribrachiatus contortus – (Stradner, 1958) Bukry (1972). Bybell & Self-Trail, 1995. (Estampa 18, Figuras 14 e 15). Tribrachiatus digitalis – (Aubry, 1996) Bybell & Self-Trail 1997. (Estampa 18, Figura 16). Tribrachiatus orthostylus - Shamrai, 1963 (=Rhomboaster orthostylus, Shamrai 1963; Bybell & Self-Trail 1995). (Estampa 18, Figuras 16 a 20). Tribrachiatus spineus - (=Rhomboaster spineus, Shafik & Stradner, 1971) Romein, 1979. (Estampa 19, Figura 1). Trochastrites hohnensis – (Martini, 1958) Bouché, 1962. (Estampa 19, Figuras 2 e 3) Trochastrites operosus – (Deflandrei, 1954) Martini & Stradner, 1960. (Estampa 19, Figuras 4 e 5). Zeugrhabdotus sigmoides - (Bramlette & Sullivan, 1961) Romein (1979) Bown & Young, 1997. (Estampa 4, Figuras 8 e 9). 348 Zygrhablithus bijugatus – (Deflandre in Deflandre & Fert, 1954) Deflandre, 1959. (Estampa 13, Figuras 1 e 2). Zygodiscus plectopons - Bramlette & Sullivan, 1961 (=Z. herlynii, Sullivan, 1964; =Z. bramlettei, Perch-Nielsen, 1981). (Estampa 7, Figuras 7 a 17).