Manual e certificado de garantia_Arquivo base_fev14

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Manual e certificado de garantia_Arquivo base_fev14
ATENÇÃO
Leia atentamente este manual de instruções antes de por o motor em operação.
Recomendamos que a instalação seja feita por técnicos experientes que sigam a NBR-5410
(instalações elétricas de baixa tensão), pois motores elétricos instalados ou operados
inadequadamente podem causar danos fatais.
RECEBIMENTO
Ao receber os motores elétricos VOGES, verificar se o produto corresponde ao
especificado. É importante submetê-los a inspeção visual, identificando quaisquer possíveis
danos proveniente do transporte, tais como:
Avaria nos mancais;
Penetração de água;
Trinca ou quebra de peças;
Falta de peças e/ou acessórios;
Defeitos na pintura;
Avaria na ponta de eixo ou flange de acoplamento.
Caso seja constatada qualquer anomalia, faça observação no conhecimento da
transportadora e imediatamente comunique a VOGES ou o seu representante.
ARMAZENAGEM
O ambiente destinado à armazenagem de motores deve estar isento de umidade, gases,
fungos, agentes corrosivos, poeira, carvão, óleo ou partículas abrasivas, bem como não deve ser
tolerada a presença de roedores ou insetos. Os almoxarifados não devem estar próximos a
máquinas que provoquem excessivas vibrações.
Os motores que não forem imediatamente instalados, ou que forem armazenados por um
período prolongado, poderão sofrer oxidação nos rolamentos, pois o peso do conjunto do rotor
tende a cortar o filme de óleo entre os corpos rolantes e as pistas do rolamento, ocasionando
contato entre os metais, desgaste prematuro e corrosão. Isto é evitado girando-se mensalmente o
eixo com a mão.
No caso de motores com mais de dois anos de armazenamento devem-se trocar os
rolamentos ou substituir totalmente a graxa lubrificante após limpeza. Motores monofásicos em
estoque por igual período devem ter seus capacitores substituídos (quando houver).
Se o motor possui resistência de aquecimento, esta preferencialmente deverá ser
energizada. Motores armazenados a mais de 6 meses ou sujeitos à ambientes com alto índice de
umidade, devem ter sua resistência de isolamento medida.
TRANSPORTE E MANUSEIO
Para o manusear os motores, é necessário tomar alguns cuidados, tais como:
→ Transportar pequenas unidades em carrinhos;
→ Acondicionar grandes unidades (ou de grande peso), em estrados de madeira,
transportando-os com empilhadeiras, carrinhos ou pontes rolantes, suspendendo-os sempre
pelos olhais.
→ Manusear os motores de maneira suave, sem choques bruscos, pois isto poderá danificar
os rolamentos ou quebrar outras partes do conjunto.
Atenção: Os ganchos olhais são projetados apenas para suportar o peso do motor, portanto não
levantar o motor acoplado a qualquer tipo de sistema.
FIXAÇÃO
O local escolhido para fixação do motor deve permitir fácil acesso aos dispositivos de
lubrificação e inspeção periódica.
Não se deve restringir a livre circulação de ar sobre o motor, seja por coberturas, ou
excessiva proximidade entre a entrada de ar e a parede. Esta proximidade deve ser de no
mínimo ¼ do Ø da entrada de ar, sendo que, para motores pequenos, a distância mínima
recomendada é de 30 mm.
Motores com pés devem ser instalados sobre fundações uniformes e suficientemente
rígidas para evitar vibrações excessivas e para suportar as prováveis solicitações de curtocircuito. O comprador é totalmente responsável pela preparação da mesma.
Obs: Os motores permitem, através do giro de 90º da caixa de borne, a escolha da melhor
posição para a entrada dos cabos de alimentação.
BALANCEAMENTO
Balanceamento é o processo que procura melhorar a distribuição de massas de um corpo,
a fim de reduzir forças centrífugas livres, que agem nos mancais de apoio.
Os motores VOGES são balanceados dinamicamente com meia chaveta, a vazio e
desacoplados.
TRASMISSÃO DE POTÊNCIA
Tipos usuais de transmissão:
• Acoplamento rígido: Requer precisão no alinhamento do eixo do motor com o eixo do
equipamento.
• Acoplamento elástico: É o mais indicado por compensar pequenos movimentos
longitudinais, radiais e diferenças angulares dos eixos, além de absorver choques de partida
e reversão.
• Correia plana: Deve ser evitada por ser o tipo de transmissão que causa maior força radial
sobre os rolamentos.
• Correia trapezoidal ou em “v”: é a mais recomendada por necessitar de pequena tensão
para transmitir o movimento.
•
Correia dentada: São utilizadas quando se deseja sincronismo entre a polia motora e a polia
conduzida.
Montagem de Polias
Para a montagem de polias nos motores VOGES de carcaças 56 até 160,
recomenda-se aquecer a polia aproximadamente a 80ºC antes de introduzi-la no eixo,
que deverá ser apoiado na extremidade do ventilador, evitando esforços nos rolamentos.
Obs: Para que esta operação seja executada, é necessário retirar a calota de proteção
do ventilador, recolocando-a após execução do trabalho.
Nos motores VOGES de carcaças 180 a 355, com o esforço manual do montador, a
polia deve encaixar até a metade da chaveta e posteriormente ser prensada utilizando o
furo roscado na ponta do eixo para fixação.
Para obtenção da máxima vida útil dos mancais (20.000 horas em 60Hz e 24.000
horas em 50Hz) devem ser observados os seguintes aspectos: montagem correta das
polias; polia motora e movida devem estar no mesmo plano; dimensionamento e
posicionamento ideal das polias seguindo as recomendações sobre tensão e correias,
dadas pelos fabricantes das mesmas e verificar que as cargas radiais e axiais não
excedam as especificadas nas tabelas a seguir.
Na prática, confirma-se à tensão correta para as correias pressionando e medindo
conforme ilustra a figura. A deflexão deverá ser de aproximadamente 1,6mm para cada
100mm de distância entre os centros dos eixos.
Um engrenamento correto significa maior vida útil para os mancais, e pode ser
verificado através da impressão dos dentes previamente pintados sobre uma tira de
papel, após um giro completo do eixo.
CARGAS RADIAIS MÁXIMAS (Kgf), PARA MOTORES EM 60Hz E 50/60Hz
CARCAÇ
A
56
63
71
80
90S
90L
100L
112M
132S
132M
160M
160L
180M
180L
200M
200L
225S
225M
250S/M
280S/M
315S/M
355M/L
N48
N56
2
21
28
36
46
49
51
71
103
144
150
185
192
225
231
304
310
298
302
395
481
479
524
38
50
POLARIDADE
4
6
26
30
35
40
46
53
58
67
62
71
65
74
90
103
130
149
181
209
189
218
234
268
243
278
284
325
292
334
383
438
391
448
423
483
429
490
498
570
607
695
648
742
1009
1156
48
62
8
33
45
59
73
78
81
114
164
229
239
295
306
359
369
485
495
533
542
630
767
816
1272
ALINHAMENTO
Os acoplamentos (rígidos ou elásticos) devem ser alinhados para garantir um perfeito
funcionamento do equipamento. Para um alinhamento adequado, verifique que a folga B e a
diferença de A1 e A2 sejam menores que 0,05mm.
OBS: medida A deve ser no mínimo de 4 mm.
500
240
300
120
400
250
120
185
4/0
95
350
3/0
70
150
2/0
4
16
70
6
10
1/0
8
6
50
10
4
2
12
2,5
25
14
1,5
mm2
AWG
EQUIVALÊNCIA AWG x SÉRIE MÉTRICA
CARGAS AXIAIS MÁXIMAS (Kgf), PARA MOTORES EM 60Hz E 50/60Hz
2 PÓLOS
Posição
Carcaça
63
71
80
90S
90L
100L
112S
112M
132S
132M
160M
160L
180M
180L
200M
200La
200L
225S/M
250S/M
280S/M
315S/M
355M/L
N48
N56
4 PÓLOS
6 PÓLOS
8 PÓLOS
I
II
III
IV
I
II
III
IV
I
II
III
IV
22
31
21
22
21
26
35
34
48
45
59
52
127
120
170
165
161
213
161
141
127
116
21
22
24
33
44
48
49
66
91
91
138
141
188
195
207
200
264
270
274
355
387
374
510
583
44
48
23
31
23
25
24
30
40
40
57
57
79
77
159
155
208
207
206
250
252
240
283
310
23
25
23
31
41
44
44
59
83
82
122
121
154
153
159
155
208
207
206
250
252
240
283
310
41
44
31
44
29
31
30
37
51
47
68
66
87
83
186
180
238
-228
258
231
210
183
140
29
31
33
46
61
67
68
93
126
128
195
197
259
263
269
275
352
-362
410
509
585
736
840
61
67
32
43
31
34
34
42
56
55
81
81
111
110
217
216
281
-280
320
342
340
403
440
31
34
32
43
57
61
61
84
117
115
172
172
219
218
217
216
281
-280
320
342
340
403
440
57
61
36
52
34
37
36
44
61
60
88
83
108
97
-221
290
284
277
310
278
295
278
254
-
39
54
73
80
81
111
151
152
229
236
310
321
-329
435
422
431
490
506
610
818
935
-
37
52
37
41
41
50
67
67
99
98
134
131
-261
340
335
334
390
410
415
489
608
-
37
52
68
74
74
101
141
140
210
210
266
264
-261
340
335
334
390
410
415
489
608
-
I
II
41
44
59
61
39
82
43
91
42
92
51 126
69 173
68 172
112 259
98 265
130 347
117 361
259 359
251 366
----311 485
353 549
341 671
340 686
337 907
308 1037
-
III
IV
43
59
42
46
46
57
76
76
114
113
154
151
300
298
--383
433
468
475
557
610
-
43
59
78
84
84
115
161
159
240
240
306
303
300
298
--383
433
468
475
557
610
-
Posição I – motor na vertical com a carga atuando para baixo.
Posição II – motor na vertical com a carga atuando para cima.
Posição III – motor na horizontal com a carga atuando para dentro.
Posição IV – motor na horizontal com a carga atuando para fora.
Os casos em que as forças axiais e radiais são aplicadas no mancal simultaneamente devem ser
tratados individualmente, mediante consulta.
TESTE DA RESISTÊNCIA DE ISOLAMENTO
Medir a resistência de isolamento antes de por o motor em serviço e/ou quando haja
qualquer indício de umidade na bobinagem.
A resistência, medida a 25ºC, deve ser:
Ri ≥ U/1000 + 1
Onde, Ri = Resistência de isolamento (MΩ)
U = Tensão do motor (V)
Obs: Em caso de motores com duas tensões (ex. 220/380V), utilizar sempre a maior tensão (ex.
380V)
Se a resistência de isolamento for inferior a 1,5 MΩ, o enrolamento deve ser seco
seguindo o método abaixo:
-Aquecer em estufa à temperatura de 105ºC. Nesta temperatura, motores até 30 CV
devem permanecer por um período mínimo de 2 horas, motores acima desta potência devem
permanecer no mínimo 4 horas. Observar se a resistência de isolamento do enrolamento do
estator permanece constante e dentro dos valores mínimos recomendados, caso contrário
proceder com nova impregnação do estator.
ATERRAMENTO
Para maior proteção do usuário, o motor, assim como todo equipamento elétrico, deve
possuir uma conexão que o ligue a terra.
Os motores VOGES dispõem de terminal próprio para a conexão no interior da caixa de
borne ou na base (pé ou flange). Estes pontos de ligação devem oferecer ótimo contato e devem
ser mantidos limpos e bem conectados.
O dimensionamento dos cabos de aterramento dos motores elétricos está descrito na
tabela a seguir. O condutor é dimensionado em relação aos cabos de alimentação do motor.
Bitola em AWG
Cabos de alimentação do motor
Cabos de aterramento
14
14
12
12
10
10
8
8
6
6
4
4
2
4
1
4
0
55% do Ø
2/0
55% do Ø
3/0
55% do Ø
4/0
55% do Ø
Distância do
Circuito (m)
110V 220V 380V
10
20
35
15
30
50
20
40
70
25
50
80
30
60
100
40
80
140
50
100
170
60
120
200
70
140
240
80
160
280
90
180
310
100
200
350
125
250
430
150
300
520
440V
40
60
80
100
120
160
200
240
280
320
360
400
500
600
15
14
14
12
12
12
10
8
8
8
6
6
6
6
4
20
12
12
12
10
10
8
8
6
6
6
6
4
4
4
30
10
10
10
8
8
6
6
6
4
4
4
4
2
2
Cabos de Alimentação para Instalação de Motores Trifásicos e Monofásicos
Queda de Tensão Máxima - 5 % Eletroduto
Bitola do Fio ou Cabo - AWG
Corrente ( A )
40 55 70 85 125
145
165
195
215
240
280
320
355
8
6
4
2
1/0
2/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
8
6
4
2
1/0
2/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
8
6
4
2
1/0
2/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
8
6
4
2
1/0
2/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
6
6
4
2
1/0
2/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
6
4
4
2
1/0
2/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
4
4
2 1/0 1/0
2/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
4
2
2 1/0 1/0
2/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
4
2 1/0 1/0 2/0
3/0
3/0
4/0 250M 300M 400M 500M 600M
2
2 1/0 2/0 3/0
3/0
4/0 250M 250M 300M 400M 500M 600M
2
2 1/0 2/0 3/0
4/0
4/0 250M 300M 300M 400M 500M 600M
2 1/0 1/0 2/0 4/0
4/0 250M 300M 300M 400M 400M 500M 600M
1/0 1/0 2/0 3/0 250M 250M 300M 400M 400M 500M 500M 600M 700M
1/0 2/0 3/0 4/0 300M 300M 400M 500M 500M 500M 600M 700M 800M
PROTEÇÃO ELÉTRICA
Fusíveis:
Os fusíveis são dispositivos recomendados para a proteção da rede de alimentação, e não
para proteção de motores, devido a sua retardada atuação.
Disjuntores:
São dispositivos de manobra e proteção que podem atuar como simples interruptores de
corrente nas condições normais do circuito e como proteção nas condições anormais do mesmo.
Relé térmico ou de sobrecorrente:
Os sistemas de proteção com relé térmico ou de sobrecorrente têm maior eficiência para
motores médios e grandes, onde os valores de corrente de sobrecarga variam significativamente
em relação aos valores de corrente nominal.
Protetor térmico:
O protetor térmico é um dispositivo limitador de temperatura de um sistema ou parte do
mesmo através da abertura automática do circuito elétrico após ter ultrapassado o limite de
temperatura.
ATENÇÃO: Motores equipados com protetores térmicos podem religar a qualquer
momento. Desligar a alimentação antes de aproximar-se do motor.
MOTORES QUE UTILIZAM INVERSORES DE FREQÜÊNCIA
Motores Standard
O uso de inversores de freqüência com motores standard podem resultar na alteração das
seguintes características do motor:
* Maior ruído acústico;
* Corrente de partida controlada;
* Aumento do conteúdo harmônico e conseqüente redução do rendimento e elevação da
temperatura;
385
700M
700M
700M
700M
700M
700M
700M
700M
700M
700M
700M
700M
700M
800M
400
800M
800M
800M
800M
800M
800M
800M
800M
800M
800M
800M
800M
800M
--
* Correntes parasitas entre o motor e o estator e conseqüente redução da vida útil dos
rolamentos;
* Degradação precoce do isolamento;
Uso de Filtros
• Para tensões menores que 480V não é necessário;
• Para tensões entre 480V e 600V utilizar filtros para cabos maiores que 25m;
• Para tensões maiores ou iguais a 600V, devem sempre ser utilizados.
Motores p/ uso com Inversores de Freqüência
Características Especiais:
• Classe de isolamento F, com elevação de temperatura classe B;
• Isolamento reforçado das bobinas impedindo a degradação precoce do isolamento e
dispensando o uso de filtros;
• Ventilação independente opcional ( para uso em baixas freqüências);
• Sistema de isolamento especial para um dv/dt de 1600V, com baixa subida de até 0,1
microsegundos.
Obs: Sob consulta, a VOGES pode auxiliar na especificação e otimização do motor, visando a
melhor relação custo x benefício.
VERIFICAÇÕES PRELIMINARES
Antes de colocar um motor elétrico em operação, é de vital importância observar as
orientações a seguir:
Observar se o rotor gira livremente e se os calços utilizados para o transporte
foram removidos.
Analisar se o esquema de ligação executado está de acordo com o indicado na
placa de identificação para tensão desejada.
Correspondência entre letras e números para placas de ligação.
(Motor Trifásico):
U1= U = 1
U2 = X = 4
U3= 7
U4 = 10
V1= V = 2
V2 = Y = 5
V3= 8
V4 = 11
W1= W= 3
W2= Z = 6
W3= 9
W4= 12
Verificar se os parafusos, porcas e conexões dos terminais estão devidamente
apertados, bem como o fio de aterramento.
Identificar o sentido de giro desejado acionando o motor desacoplado. Caso a
inversão do sentido de giro seja necessária, devem-se inverter duas fases
quaisquer (Motores Trifásicos).
Com o sentido de giro correto, acoplar o motor à carga fixando-o de maneira
adequada à base ou ao equipamento.
O isolamento das conexões deve ser feito com fita isolante compatível com a
classe térmica do motor.
ATENÇÃO: Observar que a chaveta não fique frouxa sobre o eixo ao acionar o motor.
CUIDADO:
− Com o motor parado, pode existir tensão no interior da caixa de borne, tanto para as
resistências de aquecimento quanto para o bobinado.
− Os capacitores dos motores monofásicos podem conter tensão, que estará disponível
nos terminais do motor, mesmo este estando parado.
• Conexão feita de maneira errada poderá queimar o motor.
− A variação aceitável de tensão e freqüência deve ser observada conforme NBR 7094.
− Dimensionar a bitola para o cabo de alimentação do motor à rede, utilizando a tabela
deste manual, com base na corrente nominal indicada na placa de identificação do
motor, de acordo com a norma ABNT 5410.
− Quando o motor estiver equipado com dispositivos de proteção ou monitoramento de
temperatura como termostatos, termistores, protetores térmicos etc; conecte os seus
respectivos terminais no dispositivo equivalente para obter a máxima performance na
proteção do conjunto.
ACIONAMENTO INICIAL
Acionar o motor acoplado à carga, utilizando o sistema de partida escolhido mantendo a
vigilância mínima de uma hora, observando principalmente os seguintes itens:
• Ruídos anormais;
• Aquecimento excessivo;
• Comparação da corrente absorvida da rede com a corrente nominal do motor. A
corrente absorvida não deverá exceder a corrente nominal.
• Caso o motor não parta de maneira suave desligue-o imediatamente e verifique a
montagem e as ligações.
• Em caso de excessiva vibração, verifique os parafusos de fixação.
ROLAMENTOS E MANCAIS
Relubrificação e substituição de rolamentos
De acordo com o sistema de lubrificação empregado temos:
a) Para motores com lubrificação periódica:
A relubrificação deve ser executada com o motor em funcionamento, facilitando
assim a renovação de graxa no alojamento do rolamento. Para esta operação basta
introduzir a quantidade de graxa de acordo com os intervalos indicados na tabela e na
placa de identificação do motor.
Se isso não for possível devido a presenças de peças girantes perto da engraxadeira
(polias, luvas, etc) que podem por em risco a integridade física do operador, procedese da seguinte maneira:
− Limpar as proximidades do orifício da graxeira;
− Injeta-se aproximadamente metade da quantidade total estimada de graxa, e
coloca-se o motor a girar durante aproximadamente 1 minuto a plena rotação;
desliga-se o motor e injeta-se o restante da graxa;
− A injeção de toda graxa, com o motor parado, poderá acarretar na penetração de
parte do lubrificante no interior do motor, através da vedação interna do mancal
do rolamento.
Deve-se observar que graxas não compatíveis ou com saponificações diferentes,
quando misturadas podem se deteriorar mutuamente e com isso, privar o rolamento
da lubrificação necessária.
b) Para motores com lubrificação permanente
Os rolamentos, por serem blindados, não devem ser relubrificados e sim substituídos.
Observações:
1 - Conforme recomendação da NSK na pág. A106 de seu catálogo geral os rolamentos de rolos cilíndricos
possuem metade do tempo de intervalos de relubrificação se comparado com os intervalos dos rolamentos fixos de
esferas.
2 - Os rolamentos ZZ que vão de 6200 a 6309 não necessitam ser relubrificados pois sua vida útil esta em torno de
20000 horas, o que coincide com o período de vida da própria graxa.
3 - Os períodos de relubrificação das tabelas acima são para temperatura do mancal de 70°C (para rolamentos até
6312 e NU 312) e temperatura de 85°C (para rolamentos 6313 e NU 313 e maiores).
4 - Para cada 15°C na elevação da temperatura, o período de relubrificação se reduz a metade.
5 - Os períodos citados nas tabelas acima, são para o uso de graxa Polyrex EM e não servem para aplicações
especiais.
6 - Os motores, quando utilizados na posição vertical, tem seus intervalos de relubrificação reduzidos em 50% em
relação aos motores utilizados na posição horizontal.
COMPATIBILIDADE DE GRAXAS
A graxa utilizada pela VOGES é a Polyrex EM, graxa de poliuréia especialmente
desenvolvida para mancais de motores elétricos. Esta graxa apresenta boa compatibilidade com
as graxas de lítio convencionais.
Obs:
• Não é recomendado a mistura de graxas;
• Caso seja utilizado outro tipo de graxa, consultar o fabricante;
• A tabela de intervalos de relubrificação deste manual não é válida para outro tipo de graxa.
Fabricante
Bardahl GP
Mobil Oil
Mobil Oil
Mobil Oil
Mobil Oil
Mobil Oil
Esso
Esso
Dow Corning
Dow Corning
Dow Corning
Esso
Dow Corning
Mobil Oil
Mobil Oil
Klüber
Klüber
Dow Corning
Dow Corning
Dow Corning
Esso
Esso
Mobil Oil
Mobil Oil
Dow Corning
Mobil Oil
Esso/Chemlub
GRAXAS RECOMENDADAS PARA MOTORES VOGES
Temperatura de Ponto de
Graxas
Sabão
NLGI
Catálogo ( ºC ) Gota ( ºC )
TEMPERATURA NORMAL (-10 a 130 ºC)
Bardahl**
Lítio
2
-10 a + 150
180
Mobiplex 47
Cálcio EP
2
-20 a + 140
260
Mobiplex 48
Cálcio EP
2.1/2
-25 a +130
260
Mobiplex Esp.
Cálcio EP
2
-15 a + 150
260
Mobil Grease 28
Sintética
1
-54 a + 260
260
Mobilith SHC 100
Sintética
2
-50 a + 180
274
Beacon
Lítio
2
-50 a + 130
185
Unirex N2
Comp. Lítio
2
-40 a + 204
304
Molykote 33
Silicone c/sabão Lítio
2
-75 a + 180
Sem
Silicone DC44
Silicone
2
-40 a + 200
200
Molykote FB 180
Óleo M. Engross.
2
-32 a + 140
Sem
ALTA TEMPERATURA (-10 a 200 ºC)
Unirex N2
Complexo de Lítio
Silicone DC44
Silicone
Mobil Grease 28
Sem sabão
Mobilith SHC 100
Complexo de Lítio
Staburags N12MF
Espessantes inorgânicos
Isoflex NBU 15
Espessantes inorgânicos
BAIXA TEMPERATURA (-30 a 130 ºC)
Molykote TTF52
Óleo M. Engross.
Silicone DC44
Silicone
Molycote 33
Silicone c/sabão Lítio
Unirex N2
Complexo de Lítio
Beacon
Lítio
Mobil Grease 28
Sem sabão
Mobilith SHC 100
Complexo de Lítio
BAIXA TEMPERATURA (-50 a 130 ºC)
Molycote 33
Sil. c/ sabão Lítio
Mobilith SHC 100
Complexo de Lítio
ORIGINAL DE FÁBRICA
Polirex EM
Poliuréia
2
2
1
2
2
2
-40 a + 204
-40 a + 200
-54 a + 260
-50 a + 180
-35 a + 200
-30 a + 150
304
200
260
274
220
220
1
2
2
2
2
1
2
-52 a + 100
-40 a + 200
-75 a + 180
-40 a + 204
-30 a + 130
-54 a + 260
-50 a + 180
Sem
200
Sem
304
185
260
274
2
2
-75 a + 180
-50 a + 180
Sem
274
-30 a +170
288
2
PEÇAS DE REPOSIÇÃO
Quando necessitar peças de reposição, procure um de nossos Distribuidores de Peças
Credenciados e Assistentes Técnicos Autorizados, em todo Brasil. Utilize sempre peças
originais VOGES. Ao solicitá-las, é conveniente que tenhas em mãos, os dados de placa do
motor, como: modelo e número de série.
LOCAL PARA INSTALAÇÃO DE MOTORES
O grau de proteção do motor elétrico é construído de acordo com o tipo de utilização do
mesmo, de modo a atender as especificações de proteção contra a penetração prejudicial de
corpos sólidos e líquidos.
Atenção: O local de instalação do motor é de responsabilidade do cliente, que
determinará as características de atmosfera ambiente. Caso venha surgir alguma dúvida sobre o
local da aplicação, entre em contato com a fábrica.
Grau de Proteção
IP 21
IP 55
IPW 55
UTILIZAÇÃO
Motores fabricados para serem utilizados em locais fechados,
livres de poeira e umidade. Estes motores são protegidos contra
objetos maiores que 12mm.
Motores fabricados para serem utilizados ao tempo (locais
abertos). Estes motores são protegidos contra poeira e jatos de
água em qualquer direção.
Motores fabricados para serem utilizados ao tempo (locais
abertos). Estes motores são protegidos contra poeira e jatos de
água em qualquer direção. São projetados para utilização sob
condições atmosféricas específicas e prevem medidas ou
procedimentos complementares de proteção previamente
combinados entre fabricantes e usuários.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
A manutenção preventiva periódica visa, principalmente, verificar as condições de
rolamento, elevação de temperatura, desgaste mecânico, lubrificação dos mancais e as
características nominais da máquina. Este procedimento ocorre retirando o motor do trabalho,
desmontando e inspecionando todos os seus componentes e trocando-os, quando necessário.
ROTEIRO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Itens a Verificar
Procedimentos
Local onde está o Identificar a existência de água, vapores junto ,
motor
excesso de poeira, aparas ou resíduos sobre o
motor ou se há tábuas, caixas, etc., que possam
prejudicar a ventilação do mesmo.
Condições mecânicas
Examinar a presença de ruídos ou vibrações nas
tampas, junto aos rolamentos ou dentro do
motor, (ruído de metal contra metal), inspecionar
também as condições do sistema de transmissão,
verificando lubrificação e alinhamento.
Terminais e parafusos Observar se, por vibração não houve o
afrouxamento dos parafusos e pontes de ligação,
tornando deficiente o contato e prejudicando o
fornecimento de energia.
Mancais
de Em motores sujeitos a regimes severos de
esferas/rolos
operação, trocar a graxa e verificar possíveis
vazamentos.
Enrolamentos
Conferir a resistência do isolamento. Examinar
possíveis aquecimentos (isolação e película do
verniz mais escuro), e eliminar toda poeira.
Condições mecânicas
Examinar as condições da correia ou qualquer
meio de acionamento, substituindo-o se
necessário, limpando a carcaça e as tampas do
motor. Verificar se o eixo não está torto, ou se
há falta de alinhamento ou algo atritando.
Cargas
Analisar as cargas do motor em caso de
alterações das condições, ajustes errados,
manejo defeituoso ou problemas de comando,
bem como as condições mecânicas da máquina
acionada.
Geral
Abrir o motor e executar a limpeza dos
enrolamentos e peças, eliminando pontos de
oxidação, substituindo peças com defeitos,
refazendo a pintura.
Periodicidade
Quinzenal
Quinzenal
Mensal
Bimestral
ou
conforme
tabela
deste Manual
Semestral
Semestral
Semestral
Bianual
LOGÍSTICA REVERSA
A preocupação socioambiental da Voges com os produtos que produz e comercializa
alcança toda a cadeia produtiva, desde a seleção das matérias-primas até o descarte. Por isso,
adequada à Lei Federal 12.305/10, a Voges está apta a receber motores elétricos, inversores de
frequência e soft starters, usados e/ou danificados, responsabilizando-se pelo reaproveitamento
e/ou destinação correta destes materiais de acordo com a preservação do meio ambiente.
Atenção:
Antes de encaminhar os materiais usados e/ou danificados, entre em contato com os
Centros de Distribuição Voges (veja endereços), autorizados a receber os produtos, e saiba
corretamente qual a forma de encaminhamento. Só serão recebidos produtos após contato prévio
via e-mail ou telefone.
Importante:
Não serão recebidos produtos que não tenham sido produzidos pela Voges e suas marcas
originárias – Eberle e Metalcorte. A Voges não se responsabiliza pela coleta dos resíduos na
fonte geradora.
Logística Reversa Voges – por uma cultura de coleta e reciclagem
Locais de recebimento:
CD Goiás
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 (62)3085.2396
CD Minas Gerais
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 (31)2531.3401
CD Pernambuco
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 (81)3036.5500
CD Rio de Janeiro
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 (21)2270.7609
CD Rio Grande do Sul
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 (54)3026.3190
CD Santa Catarina
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 (47)3349.8499
CD São Paulo
E-mail: [email protected]
Telefone: +55 (11)2076.3792
CERTIFICADO DE GARANTIA
A Voges oferece garantia contra defeitos de fabricação e de materiais por um período de
18 meses, contados a partir da emissão da nota fiscal faturada pela fábrica, centro de
distribuição ou do revendedor, limitado a 24 meses da data de fabricação expressa na placa de
identificação do produto independentemente da data de instalação.
A garantia descrita acima somente será válida se: respeitadas as orientações do Manual
de Instruções para Instalação de Motores Elétricos Voges, transporte, armazenamento e
manuseio adequado, instalação em condições normais e sem presença de agentes agressivos,
operação obedecendo aos limites de capacidade do motor elétrico, realização de reparo e/ou
modificações realizadas por Assistente Técnico Autorizado, pessoas ou empresas autorizadas
por escrito pela Voges.
Esta garantia não se aplica a rolamentos, capacitores e, ainda, a peças danificadas por má
aplicação, negligência, alteração ou acidente, nem a danos causados por inundações, incêndios,
tensão incorreta ou com oscilações excessivas, falta de fase, sobrecarga ou ainda em casos
imprevistos e inevitáveis. A garantia não inclui serviços de desmontagem nas instalações do
comprador, custos de transporte do produto e despesas de locomoção, hospedagem e
alimentação do pessoal de Assistência Técnica quando solicitado pelo cliente.
Durante a vigência desta garantia, comprometemo-nos a substituir ou consertar
gratuitamente as peças defeituosas, quando seu exame revelar a existência de defeitos de
material ou de fabricação.
Para a validade desta garantia, o motor deverá ser encaminhado a um Assistente Técnico
Autorizado Voges. Esta garantia fica nula e sem valor algum, caso o motor tenha sido entregue
para conserto a pessoas não autorizadas, ou se forem verificados sinais de violação nas partes
ativas do mesmo.
O reparo e/ou substituição de peças ou produtos a critério da Voges durante o período de
garantia não prorrogará o prazo de garantia original.
A presente garantia limita-se ao produto fornecido, não se responsabilizando a Voges
por danos a pessoas, a terceiros, a outros equipamentos ou instalações, lucros cessantes ou
quaisquer outros danos emergentes ou consequentes.

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