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Obstetrícia
Parto Distócico
Definição
Dificuldades ou impedimentos que os fetos encontram para serem expulsos do
meio intrauterino para o meio externo, em decorrência de problemas relacionados à
mãe, ao feto ou a ambos.
Objetivos da Intervenção
Produto vivo (filhote vivo) e preservar a integridade da mãe.
Considerações Gerais
-Velocidade de atendimento: o quanto antes a intervenção for executada,
maiores são as chances de sucesso. E na maioria das vezes a viabilidade fetal está
comprometida.
-Exame pré-natal: necessário e auxilia na diminuição da ocorrência da distocia.
-Exame obstétrico: necessário para se ter conhecimento do que fazer (plano de
tratamento).
Plano de Tratamento (diagnóstico)
01-Identificação;
02-Anamnese: ter conhecimento dos eventos, horários, contrações, exposição de bolsa,
último nascimento, o que foi administrado e o que já foi feito por exemplo.
03-Exame Geral: necessário para identificação do que compromete a vida/saúde do
animal.
03.1-Estado Nutricional: os extremos (excelente condição corporal e má
condição corporal) favorecem a distocia. A má condição corporal está relacionada a
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falha na expulsão fetal pela baixa condição metabólica e a excelente condição corporal
está relacionada com a atonia uterina e estreitamento da via fetal mole pela gordura
acumulada.
03.2-Funções Vitais: deve-se aferir frequência cardíaca, frequência respiratória,
função do trato gastrointestinal (motilidade), tempo de preenchimento capilar, grau de
desidratação. Deve-se identificar ou descartar a presença de toxemia.
*Distúrbios circulatórios são mais comuns em porcas e cadelas.
**Sinais de alerta: animal olhando para o flanco, presença de contrações violentas e
vômito em porcas e cadelas.
04-Exame Específico (trato reprodutor)
04.1-Exame Externo
04.1.1-Abdome: deve-se verificar grau de distensão e de contração
(contrações da 2ª fase do parto ou abdome contraído por condição dolorosa). Uma
distensão exagerada pode indicar hidropsia.
04.1.2-Períneo e circunvizinhança: deve-se
relaxamento da vulva e relaxamento de musculatura adjacente.
verificar
edema
e
04.1.3-Glândula Mamária: deve-se verificar o desenvolvimento da
glândula e a presença de secreção e colostro.
*Mastite: condição para um parto pré-maturo
04.2-Exame Interno
04.2.1-Vias fetais: deve-se verificar via fetal dura (pelve) e via fetal mole
(presença de dilatação ou não).
04.2.2.-Condições das Bolsas Fetais: no âmnio pode-se ter a presença de
mecônio e é indicação de urgência.
04.2.3-Condições do Feto: deve-se reconhecer as partes fetais, presença
de gestação múltipla, tamanho dos fetos, sinais de vida e de morte fetal. Verificar
apresentação, posição e atitude do feto e eventualmente a formação de monstros (devese proceder com a fetotomia e não cesariana).
Prognóstico
As decisões devem ser rápidas, porém a intervenção depende de planejamento, o
veterinário não pode se desesperar e deve-se dar oportunidade à „natureza‟.
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Causas de Distocia
-Origem materna;
-Origem fetal;
01-Distocias de Origem Materna
01.1-Falha na expulsão: ocorre por falhas na contratilidade uterina e contrações
abdominais. Atonia (de origem primária, por fadiga ou por desequilíbrios eletrolíticos
de cálcio), ruptura e torção são as principais causas.
01.2-Obstrução do canal: ocorre por insuficiente dilatação da cérvix e vulva
(causa mais frequente), torção uterina, lesão em cérvix na inseminação artificial levando
à estenose, estenose por neoplasias (raras) e obstrução pela má posição da pelve
(fraturas).
02-Distocias de Origem Fetal
02.1-Deficiência de cortisol: não ocorre o desencadeamento do parto como no
caso da síndrome do feto único em carnívoros.
02.2-Desproporção feto/maternal: desproporção entre o feto e a pelve materna é
a principal causa de distocia (ocorre em 75% dos casos na espécie bovina).
02.3-Mau posicionamento fetal: relacionados à estática fetal (deve-se avaliar três
aspectos por palpação: apresentação, posição e atitude fetal).
02.3.1-Apresentação: relação entre o eixo longitudinal do feto e a pelve
materna (alinhamento da coluna) e é classificado em anterior, posterior, transversal e
vertical. Espera-se que seja longitudinal e anterior para a vaca e eventualmente
posterior.
Figura 1. Apresentação anterior e posterior respectivamente.
02.3.2-Posição: relação entre o dorso do feto e os quadrantes da pelve
materna, classificado em dorsal, ventral e lateral ou dorso-sacra, dorso-púbica e dorso
ilíaca esquerda ou direita.
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Figura 2. Posição dorso-sacra (dorsal) e dorso-púbica (ventral) respectivamente.
02.3.3-Postura ou atitude: situação das extremidades do feto em relação
ao seu corpo. Exemplo: cabeça, pescoço e membros estendidos ou flexionados para
direita ou esquerda.
Figura 3. Postura ou atitude com cabeça,
pescoço e membros estendidos.
Restauração da Estática Fetal
Definição
Manobras obstétricas realizadas durante o parto para melhorar a postura fetal.
Manobras Obstétricas
01-Repulsão: consiste em empurrar o feto novamente para o interior do útero, retirando
ele do canal do parto na cavidade pélvica, facilitando assim o reposicionamento deste
feto dentro do útero (espaço mais amplo para o trabalho).
02-Rotação: utilizado para correção de problemas de posição e postura/atitude. Animais
com posição ventral (dorso-púbica) devem ser rotacionados para posição dorsal (dorsosacra).
03-Reversão: consiste em um giro de 90º para melhorar a apresentação do feto de
transversal para longitudinal por exemplo.
04-Movimento de Extensão das Extremidades: consiste em corrigir problemas em
membros, cabeça e pescoço os quais estão flexionados. Com a extensão das
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extremidades, pescoço e cabeça o diâmetro do feto torna-se menor na passagem pelo
canal do parto. Suínos podem nascer com membros flexionados.
*Lembrar da possibilidade de gêmeos.
**Deve-se sempre avaliar a condição para se ter conhecimento se é possível parto via
vaginal ou não.
Intervenção Obstétrica (etapas)
01-Contenção da fêmea;
02-Exame Clínico Geral: para determinar o estado geral do paciente.
03-Higienização Perineal: higienização com água, sabão e pode-se utilizar
antissépticos.
04-Exame Clínico Específico
-Condições das bolsas fetais;
-Lubrificação da via fetal;
-Características morfológicas e viabilidade fetal: em apresentação anterior
(verifica-se viabilidade fetal pelo reflexo interdigital, de sucção, de deglutição e ocular)
e na apresentação posterior (verifica-se viabilidade fetal pelo reflexo interdigital, reflexo
anal e pulso no cordão umbilical).
-Estática fetal: apresentação, posição e postura fetal;
-Lubrificação e presença de dilatação do canal do parto: determinação do
espaço da via fetal (verificar se a mão consegue ser insinuada na via fetal com a cintura
escapular, cerca de 2 ou 3 dedos de espaço é suficiente).
05-Determinação da Ação (possibilidades de ação)
Parto vaginal: com ou sem auxílio (extração forçada - tração ou fetotomia).
Episiotomia;
Sinfisetomia: não utilizado atualmente.
Histerotomia (cesariana): quando não há possibilidade de parto vaginal.
Eutanasia: apenas em casos de comprometimento geral (materno e fetal).
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06-Pós-Parto
-Imediato: atendimento do bezerro e da vaca.
-Exame uterino: avaliar se há outro feto no útero e se há traumas ou
hemorragias.
-Exame físico: aferir sinais vitais e tônus muscular.
-Prescrições: delivramento (expulsão de membranas e placenta após o parto) e
acompanhamento puerperal do animal.
Distocia por Espécies
01-Vacas
Causas de Distocia
01.1-Desproporção feto/maternal (pelve): corresponde a 45% dos problemas.
Pode ser relativa (feto com dimensões normais e pelve materna pequena) ou absoluta
(pelve materna normal e feto excessivamente grande). Determinadas raças com
determinados acasalamentos, principalmente no caso de novilhas que são animais com
desenvolvimento incompleto. Há predisposição racial também, como no caso das raças
Charolês e Belgian Blue.
No sumário de touros traz a indicação de facilidade de parto e touros indicados
para novilhas, gerando menor peso ao nascimento e assim melhorando a facilidade de
parto.
*A pelve de vacas é longa e tem inclinação que dificulta o trabalho de expulsão.
01.2-Má apresentação fetal: não tem uma explicação bem clara e ocorre em
25% dos casos. Ao longo de toda a gestação o feto se movimenta, e durante quase toda
a gestação ele tem apresentação transversal. A maior causa de distocias deste tipo são
relacionadas a atitude, com membros e cabeça mal posicionados. Necessita de
restauração da estática fetal.
Apresentação posterior: membros posteriores insinuados no canal do
parto.
Postura e atitude: flexão de membros, pescoço ou cabeça.
Flexão de tarso: deve-se corrigir estes membros. A manobra de
restauração estática inicia-se com repulsão para se ter acesso aos membros pélvicos e
sempre deve-se proteger os cascos do feto para não haver danos à parede uterina. Após
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isto deve-se insinuar os dois membros posteriores e avaliar se há condições de passar
pelo canal do parto.
Flexão de anca: situação mais complicada e a reversão é mais
difícil. A manobra obstétrica é semelhante e deve-se passar uma corda na região
inguinal para atingir a região do boleto.
Apresentação transversal: deve-se objetivar uma apresentação
longitudinal. Inicia-se amarrando os quatro membros e fazendo um giro de 90º. É
recomendado já deixar em apresentação posterior.
Posição: a posição esperada é a dorsal. Caso não esteja nesta
posição, faz-se a amarração dos membros para fazer o giro. Pode-se remover o feto na
posição ventral, mas é mais difícil.
Atitude: quando o terneiro está com a cabeça e membros para fora
do canal do parto, indica distocia.
Flexão cárpica: deve-se ganhar espaço, faz-se reversão, eleva
anterior e pega-se os cascos do feto.
Desvio lateral de cabeça: pode-se fazer o uso de pinças oculares
ou corda para fazer um cabresto.
Flexão de cotovelo: deve-se ser corrigido com repulsão para
extensão dos membros.
01.3-Falhas das forças expulsivas: ocorre por inércia uterina primária ou
secundária, hipocalcemia, nascimento prematuro (lubrificação inadequada), contrações
abdominais ausentes (em situações dolorosas), ruptura uterina (trauma, transporte,
movimentação brusca do feto ou debilidade da parede uterina) e torção uterina.
01.4-Obstrução do canal do parto: ocorre por dimensões da pelve óssea alterada
(luxações ou fraturas por queda e cobertura), má dilatação das vias moles, torções
uterinas e desvio uterino (hérnia ventral ou ruptura de tendão pré-púbico – gestação
abdominal).
01.5-Teratologia: monstros ocorrem em proporções pequenas. Exemplos:
Schistosomus reflexus (vísceras para fora da cavidade abdominal), bezerro bulldog,
Perosomus elumbis, hidrocefalia, ascite e anasarca.
*Manobras obstétricas são auxiliadas pela anestesia epidural, muita lubrificação e
administração de clembuterol (bloqueador de contrações uterinas).
Sinais de Distocia
Normal esperado: fase prodrômica (6 a 24 horas), fase de expulsão (8 horas –
contrações abdominais) e fase de delivramento (6 a 8 horas).
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Sinais: não progressão do primeiro estágio (há relaxamento da membrana
corioalantoide e não progride), posição anormal (esforços e posição de cavalete),
contrações vigorosas por 30 minutos sem progressão (sem ver o bezerro), 24 horas após
a aparecimento do âmnio (líquido amarelo) e aparência do córioalantóide, mecônio,
líquido amniótico com sangue.
Contenção
Ideal: tronco com possibilidade de abertura lateral caso necessário.
Preparação e Abordagem da Distocia
Material necessário: condição semi-cirúrgica necessitando de avental cirúrgico,
roupa limpa, luvas (risco de brucelose), botas, lubrificante (carboximetilcelulose –
mucilagem diluído em água morna), antisséptico (clorexidine ou solução iodada),
cordas e correntes obstétricas, ganchos de tração (HK ou Vink), kit cirúrgico com
material de sutura e embriótomo (para fetotomia).
Drogas: ocitocina, PGF2α, borogluconato de cálcio, solução fisiológica 0,9%,
antibiótico, AINE (flunixin meglumine), lidocaína, xilazina, clembuterol e doxapram.
Sinais de Distocia
Normal esperado: fase prodrômica (6 a 24 horas), fase de expulsão (8 horas –
contrações abdominais) e fase de delivramento (6 a 8 horas).
Sinais: não progressão do primeiro estágio (há relaxamento da membrana
corioalantoide e não progride), posição anormal (esforços e posição de cavalete),
contrações vigorosas por 30 minutos sem progressão (sem ver o bezerro), 24 horas após
o aparecimento do âmnio (líquido amarelo) e aparência do córioalantóide, mecônio,
líquido amniótico com sangue.
Manobras Obstétricas
01-Tração simples e correção da estática fetal: a tração pode ser feita dependendo da
estática fetal. A tração pode ser feita pelos membros e pode ser auxiliado com tração na
cabeça.
*A chance de sobrevivência do bezerro é maior na cesariana do que na tração via
vaginal.
**Deve-se amarrar acima do boleto e fazer uma laçada abaixo do boleto para fortalecer
a amarração.
Erros: tracionar o animal pelo queixo (fratura), tracionar o animal pelo boleto
(fratura e arranca casco do feto).
Material necessário: correntes obstétricas, cordas, ganchos oculares e muletas
(utilizadas para corrigir a postura).
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Método: primeiro a cintura escapular deve ser insinuada na pelve materna e
sempre com movimentos de duas forças (traciona um membro e depois o outro). A
força de tração deve ser de até 3 homens e sempre com muita lubrificação. A utilização
de polias pode ser efetiva, para aumentar a força de tração.
Número de pessoas: o número de pessoas necessárias para uma intervenção
obstétrica é de 3 pessoas.
Problemas (lesões): ocorrem por tração exagerada. Pode-se lesionar a vaca
(lesão de nervo obturador e prolapso uterino pós parto) e o terneiro (fratura de costelas,
perfuração de pulmão e fraturas de pelve).
02-Episiotomia: auxilia no parto, é comum ser executada em novilhas e tem como
objetivo impedir a ruptura da comissura da vulva.
*Fístula retovaginal é consequência da tração forçada sem episiotomia.
03-Sinfisectomia: difícil e não recomendado.
02-Éguas
Considerações Gerais
O parto na égua é particular, sendo rápido e violento (contrações enérgicas)
comparado à vaca.
Fase de expulsão tem 1 hora de garantia que o potro irá sobreviver, por este
motivo o parto deve ser supervisionado e o parto depende de silencia e tranquilidade
para a égua.
*Há pouco tempo para se trabalhar. Potro não sobrevive mais de 1 hora.
Normal esperado: fase prodrômica (relaxamento da cérvix e vulva, com início
das contrações), fase de expulsão (contrações abdominais) e fase de delivramento
(expulsão de envoltórios – placenta).
Cuidados Pré-Natais
Dupla ovulação e gestação gemelar: é raro. Se ocorrer os potros serão débis ou
ocorrerá a mumificação de um potro. Deve-se fazer um diagnóstico precoce de gestação
com ultrassom pelo 14º dia de gestação e caso haja dupla ovulação/gestação gemelar
faz-se o esmagamento de uma destas vesículas embrionárias ou aborto medicamentosos
com PGF2α para nova cobertura posterior.
*Gestação gemelar normalmente cursa com aborto no 7º mês de gestação.
Alimentação/nutrição: animal mal alimentado dificilmente mantém gestação.
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Exame retal e ultrassonografia: acompanhamento da gestação e evolução fetal.
Outros: sanidade, exame vaginal e dosagem de progesterona.
Causas de Distocia
02.1-Mal posicionamento fetal: principal causa de distocia em éguas e ocorre
por cabeça grande, pescoço longo, membros compridos, posição anterior com postura
ventral e no momento do nascimento faz um giro (pode haver falha neste mecanismo).
Apresentação transversa: é difícil de reverter e necessita acesso cirúrgico
ou fetotomia.
Gestação bicornual: é frequente e nenhuma parte do potro desenvolve-se
no corpo uterino, dessa forma o corpo não se desenvolve e há problemas de
apresentação.
Apresentação ventral (cão sentado): faz-se repulsão do anterior e retirada
pelos membros pélvicos.
Má posição da cabeça: lateralmente ou ventralmente é uma situação
comum e deve-se fazer repulsão com amarração adequada.
Má posição casco-nuca e flexão de membros;
02.2-Falhas das forças expulsivas: ocorre por inércia uterina primária ou
secundária
Inércia primária: supressão voluntária do parto devido o comportamento
nervoso do animal. Deve-se avaliar corioantoide se está intacto e saúde fetal e
tratamento com aplicação de ocitocina 15 UI e animal em ambiente silencioso.
Inércia secundária: ocorre por ruptura de tendão pré-púbico e hérnia
ventral levando ao desvio uterino ventral. Verifica-se sinais clínicos como: edema
ventral e situação dolorosa. A inércia secundária também pode ocorrer por torção
uterina durante a gestação ou no momento do parto. Se ocorrer durante a gestação
deve-se executar o reposicionamento manual por laparotomia ou via vagina.
*Deve-se ter cuidado com a viabilidade das paredes uterinas.
02.3-Desproporção feto/maternal: ocorre por desproporção feto e pelve materna
devido a raças pequenas ou gestação muito prolongada (decorrente de mal
desenvolvimento fetal).
02.4-Monstros fetais: são pouco comuns. Pode-se observar: hidrocefalia,
anquilose (endurecimento dos membros) e síndrome do pescoço torto (rigidez de
pescoço).
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Sinais de Distocia
O primeiro estágio é prolongado e verifica-se égua inquieta. Na fase de expulsão
deve ser rápida e vigorosa.
Preparação e Abordagem da Distocia
Velocidade: a abordagem da distocia na égua necessita ser rápida.
Exame geral: úbere com colostro ressecado na ponta do teto. Também deve-se
avaliar o colostro com densímetro (quanto mais denso maior a quantidade de
imunoglobulinas).
*Gestação bicornual há contração uterina e não encontra-se o feto.
Preparação para o nascimento: instalação adequada, bandagem e abertura
vulvar.
*A cérvix da égua dilata-se facilmente a não ser que tenha sido lesionada em partos
anteriores.
Contenção e sedação: pode ser feita em estação ou em decúbito, avalia-se em
estação e manobras em decúbito. Necessita de fármacos como detomidina, xilazina e
acepromazina por exemplo.
Material necessário: condição semi-cirúrgica necessitando de avental cirúrgico,
roupa limpa, luvas (risco de brucelose), botas, lubrificante (carboximetilcelulose –
mucilagem diluído em água morna), antisséptico (clorexidine ou solução iodada),
cordas e correntes obstétricas, ganchos de tração (HK ou Vink), kit cirúrgico com
material de sutura e embriótomo (para fetotomia).
Drogas: antibióticos e ocitocina.
03-Pequenos Ruminantes (cabras e ovelhas)
Considerações Gerais
Deve-se fazer um acompanhamento pré-natal devido o alto risco de toxemia da
prenhes pela depressão do escore corporal com necessidade energética aumentada,
utilizando-se assim tecido adiposo para formação de corpos cetônicos.
Causas de Distocia
03.1-Falha das forças expulsivas: inércia uterina primária, inércia uterina
secundária e falha de forças abdominais.
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*Pode ocorrer ruptura da musculatura abdominal por trauma, assim deslocando o útero
para o subcutâneo. Durante a gestação pode-se utilizar uma faixa abdominal.
03.2-Obstrução do canal do parto: problemas em via fetal dura são raros e em
tecidos moles pode ocorrer pela cérvix em anel, torção uterina e desvio uterino para
baixo.
03.3-Má Disposição fetal: causa mais comum de distocia em pequenos
ruminantes. O normal é a apresentação anterior e pode ocorrer problemas quando há
flexão de pescoço ou de membros.
*Útero muito frágil, cuidado com a manipulação e sempre muita lubrificação.
03.4-Desproporçao feto/maternal: principalmente pela presença de monstros
fetais.
Sinais de Distocia
Verifica-se secreção vaginal fétida (quando há morte fetal), disposição fetal
anormal visível, primeiro estágio do parto muito prolongado que não progride e
esforços vigorosos por 15 a 20 minutos. O segundo estágio para ruminantes dura cerca
de 2 a 4 horas.
Preparação e Abordagem da Distocia
Preparação para o nascimento: tosquia higiênica da ovelha (antes do parto),
trabalhar com assepsia.
Exame físico específico: palpação via vaginal para identificar dilatação e
examinar cérvix.
Cérvix em Anel
Sinais: animal faz esforço e cordeiro não aparece no canal do parto.
Tratamento: massagem na cérvix por alguns minutos (cuidado para não lesionar
a cérvix). Se não houver resolução com a massagem não há motivo para aplicação de
fármacos, pois não funcionam. Deve-se então optar pela operação cesariana, mas antes
do procedimento, deve-se aguardar para ver se ovelha progride no processo de parto.
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04-Porcas
Considerações Gerais
Incidência de distocia é baixa, em geral a principal causa é a inércia uterina. A
anatomia do leitão não favorece a distocia, pescoço curto e membros curtos.
Acompanhamento Pré-Natal
Obrigatoriamente é necessário a higiene no parto e condições corporais
adequadas para evitar distocia.
Há maior incidência de distocia em animais mais velhos e há predisposição
racial (Large White).
Causas de Distocia
04.1-Inércia uterina: pode ocorrer por inércia primária (porca toxêmica com
mortalidade fetal ou parvovírus ocorre em 90% e o restante em porcas não toxêmicas),
secundária (por fadiga) ou idiopática (responsiva à ocitocina).
04.2-Obstrução do canal do parto: problemas em via fetal dura ou via fetal mole
(bexiga repleta), anormalidade da vulva (edema ou hematoma por raspar em baia),
hímen persistente, não dilatação da cérvix ou desvio uterino ventral.
04.3-Excitação materna: bloqueia a ocorrência do parto.
04.4-Má disposição fetal: ocorre quando há leitegadas pequenas, leitões grandes
e cornos uterinos longos.
Sinais de Distocia
Verifica-se secreção vaginal fétida (morte fetal, infecção e placenta
decompondo-se), sinais de nascimento evidente e sem progresso, parto prolongado
(normalmente parto é rápido), ninhada inesperada pequena e placenta não observada
(porcas normalmente eliminam rápido a placenta).
Preparação e Abordagem da Distocia
Higiene: higienização da região vaginal e circunvizinha.
Manejo da porca: tranquilizar e massagear as mamas.
Palpação vaginal: para verificar se há estenose ou não e posicionamento dos
fetos. Região sensível e manipulação inadequada pode causar edema e dificuldade de
retirar os fetos. Pode-se auxiliar com tração manual ou utilização de fórceps.
Determinação do fim do parto: fechamento da cérvix e prova da compressão.
Drogas: ocitocina.
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05-Carnívoros (cadelas e gatas)
Considerações Gerais
Baixa incidência e necessita de condições particulares para ocorrer.
Avaliação Pré-Cobrição
Avaliar histórico reprodutivo (cio, distocias anteriores, abortos e intervalo de
cio) e médico (diabetes mellitus é um complicador da gestação causando fetos acima ou
abaixo do peso normal), peso e condição corporal (fêmea obesa ou magra pode ser
causa de distocia) e capacidade pélvica (fraturas podem diminuir o lúmen pélvico e
algumas raças possuem diminuição do lúmen).
Desverminação e vacinação também são importantes (herpes vírus canino).
Citologia vaginal e endocrinologia são interessantes para verificar a atividade
ovariana.
Acompanhamento Pré-Natal
No processo de cobertura deve-se indicar o manejo, cobertura, diagnóstico de
prenhes e viabilidade fetal.
Diagnóstico de gestação: palpação transabdominal, ultrassonografia, radiografia
e kit de relaxina.
Considerações sobre número de gestações e de fetos: número igual ou inferior a
quatro fetos há uma gestação mais prolongada, raças pequenas tendem a conceber
menor número de fetos, a partir da 3ª ou 4ª gestação o número de filhotes tende a
declinar, a nutrição interfere no tamanho dos filhotes e não no número e gatas concebem
entre 2 a 5 filhotes.
Sinais de Aproximação do Parto
Queda da temperatura retal entre 12 e 36 horas antes do parto (pré estágio 2 do
parto), queda do nível sérico de progesterona entre 24 e 36 horas antes do parto e
alterações de comportamento (faz ninhos e procura locais mais calmos e escuros)
também há secreção da glândula mamária.
Ambiente para o Parto
Deve ser um lugar calmo, limpo (evitar metrite puerperal) e com controle de
temperatura (cuidado com o frio).
Parto Eutócico
Primeiro estágio: dura entre 6 e 12 horas (até 36 horas) e verifica-se
inquietação, arqueamento e tremores.
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Segundo estágio: expulsão do primeiro feto com 4 horas e os demais com
intervalo entre 15 e 120 minutos na cadela e expulsão do primeiro feto com 1 hora e os
demais com intervalo de 15 a 60 minutos na gata. Verifica-se sinais como esforços,
contrações abdominais e feto no canal do parto.
Terceiro estágio: liberação de membranas fetais cerca de 15 minutos após cada
nascimento.
*Pode-se ter liberações de lóquios escuros incialmente que ficam translúcidos com o
passar do tempo por até 15 dias.
Aconselhamento para Proprietário
Proprietário deve preocupar-se quando: gestação além da data esperada,
preparatórios e não progressão, esforços vigorosos sem nascimento por 20 a 30 minutos,
intervalo entre filhotes acima de 2 horas, feto aparente no canal do parto que não
progride, secreção vaginal sem presença posterior de feto e sinais de enfermidade
materna, perda de sangue.
Causas de Distocia
Cadela: distocia em 5% dos casos e 60% necessita cesariana.
Gata: distocia em 3 a 5% dos casos e 80% necessita cesariana.
05.1-Inércia uterina: pode ocorrer por inércia primária (síndrome do filhote
único, hipocalcemia e histórico de primeiro parto) e inércia secundária (contração
prolongada levando a fadiga). Pode ocorrer tônus abdominal reduzido em animais
idosos ou obesos (2º estágio não progride).
05.2-Obstrução uterina: dependente da raça, conformação e fraturas de pelve,
prolapso vaginal, torção ou ruptura uterina (altas doses de ocitocina) e outras causas
como: malformações genitais, hiperplasia vaginal e excesso de gordura perivaginal.
05.3-Má disposição fetal: a disposição normal na cadela e na gata é apresentação
anterior, postura dorsal e atitude estendida. Há problemas principalmente com a posição
da cabeça e raças braquiocefálicas são predispostas.
Preparação e Abordagem da Distocia
Histórico: verificar se fêmea é nulípara ou plurípara, data da cobertura e
histórico de aborto, partos prematuros e cesária.
Condições fetais: avaliar movimentação dos fetos, auscultação e batimentos
cardíacos fetais.
Viabilidade fetal: avaliar pela auscultação dos batimentos cardíacos (ritmo
normal é acima de 200 bpm, abaixo de 150/160 bpm indica estresse fetal), radiografia
(sinal de Spalding), ultrassonografia e doppler.
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*Sinal de Spalding: é uma superposição dos ossos da calota craniana, aparecendo cerca
de 12 horas após o óbito. Além disso, pode haver deformidade do crânio, por exemplo,
um achatamento global.
Viabilidade de parto vaginal: exame digital e vaginoscopia. Avaliar o tônus
uterino e abertura da cérvix.
*Se palpar membro do feto com líquido, é um bom indicador.
Tratamento (plano de ação)
Manobras Obstétricas Digitais: pode-se executar tração pela cabeça manual
/digital. Recomenda-se o uso de lubrificantes vaginais e de luvas estéreis durante o
procedimento. A introdução do lubrificante no lúmen vaginal pode ser facilitada com o
uso de sondas uretrais acopladas a seringas. O uso de instrumentos, como fórceps e
pinças cirúrgicas, não é recomendado, exceto quando o feto a ser retirado já está morto,
face ao risco de injúrias aos filhotes e traumas aos tecidos maternos
*Na gata geralmente não é viável.
Tratamento medicamentoso: é indicado se a fêmea estiver em boas condições
clínicas, se houver dilatação do canal do parto, se o tamanho dos fetos for proporcional
ao diâmetro desse canal e se não houver estática fetal anômala. Faz-se com aplicação de
ocitocina e gluconato de cálcio.
Ocitocina: normalmente é o primeiro fármaco de escolha, já que a
ocitocina sintética é capaz de estimular e aumentar a freqüência das contrações uterinas
e favorecer a expulsão fetal. 0,1 UI/kg podendo ser incrementado até dose máxima de 2
UI/kg.
Cadela: utiliza-se dose entre 5 e 20 UI/animal IM ou SC e opta-se
por aplicação de baixas doses a cada 30 minutos e se não ocorrer
nascimento em 30 minutos pode-se aplicar gluconato de cálcio e se assim
mesmo não nascer, deve-se encaminhar para cesariana.
*Se a cadela está em trabalho de parto há poucas horas, e após três ou quatro aplicações de ocitocina,
com intervalo de 15 a 20 minutos, não há expulsão fetal ou apenas um ou dois fetos são expulsos, o
procedimento que tem sido adotado é o de encaminhá-la imediatamente à cesariana.
Gata: entre 2 e 4 UI/animal e há menor chance de resposta ao
tratamento. Utiliza-se também baixas doses de ocitocina e se não houver
nascimento em 20 minutos faz-se aplicação de gluconato de cálcio. Podese ainda fazer infusão contínua de dextrose 50% infusão lenta. Se não
houver resposta, deve-se encaminhar animal para cesariana.
*Cuidado no uso da ocitocina: hiperestimulação uterina levando a sofrimento fetal e
ruptura uterina.
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Gluconato de Cálcio 10%: pode ser utilizado para promover aumento da
força de contração uterina. Dose de 0,2 mL/kg EV (infusão lenta) ou 1 a 5 mL/animal
SCpara cadela e não deve ser utilizada em gatas.
Glicose: embora seja recomendada por alguns autores, são raros os casos
de cadelas em distocia com hipoglicemia. Porém, caso seja diagnosticada a
hipoglicemia ou quando ocorre toxemia da gestação, pode-se utilizar glicose oral ou
solução de glicose a 5,0 ou 10%, por via EV.
Tratamento cirúrgico (cesariana): nos casos em que a correção da estática fetal
não é possível, quando o uso de drogas ecbólicas não resulta em contrações produtivas,
a cesariana é a única forma de salvar os filhotes.
Indicação: para pacientes com parto excessivamente longo, sinais de
endotoxemia ou septicemia, em casos de morte fetal com putrefação, ou quando há
antecedentes de distocia.
Quando Intervir
-Parto não iniciado no momento esperado.
-Segundo estágio mais prolongado que 4 horas e sem nascimento do feto.
-Bradicardia fetal (abaixo de 150/160 bpm – estresse fetal).
-Diminuição de líquido (anecóico) perifetal ao ultrassom.
-Mais do que 2 horas de intervalo entre o nascimento dos fetos.
-Dor ou fadiga (eclampsia).
-Descarga esverdeada/escura liberada antes do nascimento do primeiro feto.
-Descarga sanguinolenta pode indicar ruptura uterina/lesão.
Patologia Pós-Parto
01-Eclâmpsia: desenvolve-se após a perda acentuada de cálcio no leite durante o
período de amamentação, o que leva a uma hipocalcemia. Qualquer fêmea está sujeita a
apresentar tal problema, contudo as nervosas e tensas são as mais suscetíveis à doença,
principalmente no momento logo após o parto.
Sinais Clínicos: a fêmea pode apresentar nervosismo, tremor muscular local,
rigidez dos membros (tetania) e convulsão logo após o parto. A diminuição do cálcio
pode levar a taquirritmias cardíacas e catarata. A hipocalcemia e a hipofosfatemia
severas, que se desenvolvem junto ao pico de lactação (1 a 3 semanas pós-parto),
provavelmente são resultados de um desequilíbrio entre as taxas de entrada e saída do
“pool” de cálcio extracelular.
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02-Metrite puerperal: no período puerperal, o útero constitui um
ambienteextremamente favorável ao crescimento de microrganismos. A decomposição
dos restos das membranas fetais e a presença de fluidos protéicos fazem do útero um
excelente meio de cultura. A metrite puerperal aguda é o mais grave dos processos
inflamatórios do útero, o quadro infeccioso se instala geralmente logo após o parto,
podendo evoluir para peritonite ou para um quadro septicêmico e toxêmico.
Trata-se de uma infecção uterina bacteriana grave que se desenvolve no período
pós-natal, em geral no dia do parto ou por volta de uma semana do mesmo.
As principais causas e fatores de risco da metrite puerperal em cadelas são:
distocias, manipulação obstétrica, retenção de feto (nesse caso pode estar acompanhado
de um quadro de maceração fetal) ou de placenta, e períodos após abortamentos,
inseminação artificial ou monta natural.
Na metrite puerperal em cadelas, as bactérias mais comumente isoladas são
Gram-negativas como, por exemplo, Escherichia coli.
Os sinais clínicos são febre, desidratação, anorexia, corrimento vaginal
acastanhado de odor fétido, letargia e maus cuidados maternais e de amamentação
durante o período pós-parto inicial. Pode-se encontrar aumento uterino. Caso se a
doença não for prontamente diagnosticada e tratada, o choque também pode ocorrer.
03-Agalactia: pode ocorrer por várias razões, como parto prematuro, estresse ou
cirurgia, debilidade da cadela ou estado nutricional ruim, por mastite ou metrite.
Como métodos preventivos, deve-se prover à cadela adequada nutrição na
gestação e na lactação, evitando a superalimentação, prevenir situações de estresse e
tratar problemas como mastite ou metrite.
Em cadelas muito estressadas, o uso de tranqüilizantes fenotiazínicos, como a
acepromazina, pode promover aumento das concentrações de prolactina e melhorar a
lactação.
Outra opção terapêutica eficiente, barata e segura para a agalactia canina é a
metoclopramida (Plasil®), a qual age sobre a dopamina com consequente elevação das
concentrações plasmáticas de prolactina. Deve ser usada na dose de 0,2 a 0,5 mg/kg, por
via oral, SC ou IM, a cada 8 horas, até que haja secreção de leite.
04-Mastite: infecção das glândulas mamárias, enfermidade de ocorrência rara em
cadelas.
05-Prolapso uterino: é raro, e entre os fatores que podem determinar o problema pode
se citar predisposição hereditária, idade, tração forçada, fetos enfisematosos, lesões de
canal do parto, piso inclinado, hiperestrogenismo e atonia uterina.
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Os animais com prolapso uterino podem encontrar se clinicamente estáveis ou
apresentar desequilíbrios metabólicos intensos, portanto, recomenda-se tratar os
distúrbios presentes antes de se realizar a correção do prolapso.
O tratamento cirúrgico consiste na reposição do útero e evitar infecções. As
opções de tratamento incluem redução manual, amputação da massa prolapsada e
ovariossalpingohisterectomia (OSH) imediata.
06-Hiperplasia vaginal: a hiperplasia vaginal é uma condição observada em algumas
cadelas jovens por ação do estrogênio. Esta afecção é detectada durante o proestro, em
um dos três primeiros cios ao fim do diestro ou ao parto. A mucosa vestibular e a
vaginal tornam-se tumefeitas, espessadas e túrgidas, e, a prega redundante faz protrusão
entre os lábios da vulva como uma massa lisa, carnosa e vermelha.
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Referências Bibliográficas
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2012.
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