Paraty - turistacidental.com
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Paraty É uma das mais belas cidades históricas brasileiras, uma jóia muito bem conservada e que merece ser admirada com atenção Príncipe D. João de Orleães e Bragança e Paraty Esquecida por mais de um século e redescoberta no final dos anos 30 do século passado, Paraty conservou nas suas dezasseis ruas, quase intactas, prédios de plantas regulares, com pequenos saguões, cuidadosos detalhes de madeira e beirais coloridos. Declarada Património Histórico em 1937 e Monumento Nacional em 1966 pela Unesco, o Bairro Histórico de Paraty tem um traçado urbano em forma de T, considerado perfeito pelos urbanistas, e que merece ser visitado com calma. Talvez por isso mesmo não deve perder esta oportunidade única de ver o século XVIII como se estivesse a acontecer hoje. Quem chega por mar tem a visão mais bonita. A bordo de um pequeno saveiro, Paraty parece saída de um filme... ou ter parado no tempo, adormecida e embalada pelas águas. Já ali foram rodados mais de 26 filmes (como Gabriela, O Beijo da Mulher Aranha), e 21 novelas e minisséries (Dona Beja, O Sorriso do Lagarto, Mulheres de Areia, A Muralha ou O Quinto dos Infernos), e vários videoclips, inclusive um internacionalmente conhecido com Mick Jagger. Paraty é também o lugar ideal para encontrar gente famosa – Gisele Bündchen, Tom Cruise, Ben Kingsley, Ney Matogrosso, Simone, Tom Jobim, Ivan Lins, o príncipe herdeiro do Brasil, Dom João de Orleães e Bragança, ou o seu filho, o príncipe D. Joãozinho, que ali vivem num belíssimo sobrado sobre a baía, ou o navegador Amir Klink, dono de uma ilha – a da Bexiga –, e de um terreno na Praia do Jurumirim. É aí que fica ancorado o seu barco Paratii (o nome da cidade antigamente escrevia-se com dois is), que levou o aventureiro na célebre viagem até à Antártida. No centro histórico não é permitida a circulação de veículos para que se mantenha o romantismo presente na atmosfera da cidade. No perímetro urbano, para além de visitas aos seus monumentos, são interessantes as visitas às casas com pátios internos, muitas delas transformadas em pousadas, restaurantes, lojas ou galerias de arte. A presença das águas, a cultura do café e da cana, o porto e os seus piratas, a maçonaria determinaram o desenho do Centro Histórico de Paraty. As ruas foram traçadas do nascente para o poente e do norte para o sul, com uma curva estratégica que, tanto defenderia a cidade do ataque dos piratas, como também dos ventos que, acreditava-se na época, poderiam trazer doenças. Todas as construções eram reguladas por lei, podendo – quem desobedecesse a essas determinações – ser, ser punido com multa ou prisão. Em mudança de lua e, principalmente no Inverno – durante três noites –, Paraty foi construída 15 centímetros abaixo da linha da maré alta para que a água do mar faça o serviço de limpeza Congada Paraty as águas entram de mansinho, cidade adentro, transformando-se em verdadeiros canais que chegam até à igreja da Matriz. Paraty fica, então, com ares de uma Veneza tropical, colonial, encantadora, com os sobrados ref lectindo nas águas a sua beleza serena. No ar f lutua um aroma inebriante de uma f lor chamada Dama da Noite. Cenário irreal e inesquecível... Um pouco de história Ainda hoje os índios descem à cidade para venderem o seu artesanato. Muitos entendem mal o português Paratii, que na língua tupi significa "peixe de rio", era o nome que os índios guaianás davam ao local onde hoje se situa a cidade. Ali, ainda hoje os paratis chegam durante o Inverno para desovar nos rios que desembocam na baía de Paraty, regressando depois ao mar. No começo do século XVII já existia um povoado de nome Paraty. Por volta de 1646 o núcleo foi transferido para a baixada entre os rios PerequêAçu e Patitiba, onde hoje se encontra o centro histórico. A área foi doada pela portuguesa Maria Jácome de Mello, sob a condição de que uma capela fosse construída em devoção a Nossa Senhora dos Remédios. Assim foi feito e a vila passou a chamar-se Nossa Senhora dos Remédios de Paraty. No final do século XVII, ouro e diamantes em abundância são encontrados em Minas Gerais. Os bandeirantes paulistas, calcorreando as trilhas abertas pelos índios, atravessavam a Serra da Mantiqueira e penetravam o sertão do país em busca dos metais preciosos: assim se formou e tornou famoso o Caminho do Ouro, cujo ponto final era Paraty. Para melhor fiscalizar o comércio de pedras e metais preciosos, as autoridades portuguesas restringiam a abertura de outros caminhos. A cidade tornou-se então importante ponto de articulação, passagem obrigatória para quem ia do Rio de Janeiro em direcção à região das minas, e porto de escoamento de todas estas riquezas para a Europa. Enquanto manteve a sua posição estratégica, Paraty esteve ligada aos surtos de desenvolvimento gerados pelos ciclos económicos do Brasil. Na primeira metade do século XVIII, durante o Ciclo do Ouro, é marcada pelo f lorescimento económico da vila, que se tornou um movimentado entreposto comercial. Obras importantes são realizadas neste período, como a construção do cais, a Igreja de Santa Rita, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito. Devido à sua importância como porto na época colonial, Paraty atraía constantes ataques de piratas. Por essa razão, A exposição Caminho do Ouro A mostra apresenta, por ordem cronológica, os vários períodos do trecho de mais de 20 quilómetros do Caminho do Ouro localizado no município de Paraty, abarcando o período pré-cabralino – quando era apenas uma pequena picada no mato aberta pelos índios guianás –, a época em que servia de via de transporte para o ouro retirado de Minas Gerais (Diamantina fica a 1.200 km de Paraty), até à actualidade. É composta por mapas de diferentes épocas, painéis de Rugendas e Thomas Ender, miniaturas estáticas e articuladas, e muitos outros detalhes cuidadosamente recriados, visando traduzir, com fidelidade, toda a riqueza dos diversos momentos desta estrada tão intimamente ligada à história de Paraty e do Brasil colonial e imperial. (Rua do Comércio, 1). Paraty as suas ruas foram construídas em forma de labirinto, para dificultar a fuga dos saqueadores. Nesta época foram ainda construídos pequenos canais para que a água escoasse com mais facilidade, devido ao facto de a cidade estar abaixo do nível do mar. Com o aumento da população na região das minas, o abastecimento de víveres tornou-se um problema. Os alimentos atingiam ali preços exorbitantes. Diante deste quadro, a cidade começou a estruturar-se para produzir géneros alimentícios e abastecer a zona mineira, as vilas e lugares do Caminho do Ouro e, mais tarde, o próprio Rio de Janeiro. Foi esta actividade que sustentou a economia da cidade quando, em 1728, foi aberto o chamado Caminho Novo, uma alternativa que fazia a ligação directa entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro, excluindo Paraty da Rota do Ouro. Outra actividade económica importante foi a produção de açúcar, um produto extremamente valorizado no mercado internacional no final do século XVIII. A cidade chegou, então, a ter mais de 250 engenhos de açúcar e alambiques. A aguardente ali fabricada era considerada uma das melhores do Brasil, chegando a ser exportada. No início do século XIX, com a ida da família real portuguesa para o Rio de Janeiro gera-se um aumento da procura de géneros alimentícios, ocasionando a intensificação da ligação marítima entre o Rio de Janeiro e Paraty, que se tornou um dos centros de abastecimento para suprir os altos índices de consumo da Corte. Depois da queda da produção do ouro, o café começa a destacar- se como um produto capaz de reintegrar a economia brasileira no mercado mundial. No vale do Paraíba (Rio de Janeiro), a cultura cafeeira encontra as condições ideais para essa expansão. Para escoar mais rapidamente a produção, o café descia do planalto até alcançar os portos no pé da serra – entre eles Paraty –, para dali seguir pelo mar até ao Rio de Janeiro. Este novo ciclo económico permitiu à cidade reviver os seus dias de prosperidade. Assim, nos inícios do século XIX, o café passa a ocupar o primeiro lugar nas exportações de Paraty. Enquanto embarcavam o produto para a Europa, os "barões do café" – os homens mais ricos do país – compravam escravos, especiarias e tudo do mais luxuoso que poderiam levar para as suas fazendas: baixelas de prata, porcelanas, cristais, perfumes, mármores de Carrara e pianos de cauda subiam serra acima em lombos de burro ou carregados por escravos. Em 1834, data marcante para Paraty, dá-se a abertura da loja Maçónica União e Beleza, que inf luenciará todo o urbanismo local através das ruas, alinhamento e arquitectura dos prédios (ver caixa Paraty e Maçonaria). Em 1844, o Imperador D. Pedro II concede-lhe o título de cidade. Na segunda metade do século XIX, o recém-inaugurado caminho de ferro São Paulo-Rio de Janeiro – que passava pelo vale do rio Paraíba – substitui os precários caminhos que desciam a serra, levando o café directamente para a corte, tirando Paraty da rota do café. Esse facto O esquecimento a que foi votada, permitiu que a cidade conservasse intacto grande parte do seu património Congada Paraty originou a quase completa desactivação da antiga trilha dos guainá e marca o início da decadência da cidade. A abolição da escravatura, em 1888, agravou ainda mais a situação. No final do século XIX, de uma população que atingia os 16 mil habitantes em 1851, restariam apenas "600 velhos, mulheres e crianças". Isolada e empobrecida, à margem da modernização representada pelas vias férreas e, posteriormente, pelas estradas que se abriam em todo país, Paraty entraria num longo período de esquecimento. Abandonada, iniciava o seu declínio uma das maiores jóias do século XVIII. Mas foi exactamente esse abandono que se revelou miraculoso para a preservação da cidade colonial e dos seus tesouros arquitectónicos. É em 1966, quando Paraty é classificada como Monumento Histórico Nacional, que desperta a verdadeira jóia. Hoje, considerada pela Unesco como "o conjunto arquitectónico mais harmonioso do século XVIII", Paraty revela-se um tesouro aberto à descoberta: nas suas ruas de pedras largas e irregulares (chamado de pé-de-moleque), nos seus casarões, magníficos sobrados e nas suas igrejas. Tudo aqui convida a perder-se pelas suas ruelas, descobrindo encantos e segredos. O que visitar Terra de excelente pinga, Paraty é também o cenário ideal para a rodagem de inúmeras novelas de época Como escreveu Diuner Mello, membro do Instituto Histórico de Paraty, "para se conhecer Paraty é necessário estar desprevenido de toda a majestade das igrejas sumptuosas, como as da Bahia; é necessário esquecer o fausto e a riqueza de Ouro Preto. Aqui nada é sumptuoso nem majestático. O importante é o conjunto. A arquitectura singular de cada edificação no casario de um quarteirão; a sinuosidade das ruas e a angulosidade das edificações que a compõem; a situação da cidade ao nível do mar, emoldurada pela serra". Por issto tudo, perca-se. igreja de santa rita e museu de arte sacra Em 1722, os homens pardos libertos iniciaram a construção desta Igreja em louvor a Santa Rita. Conjunto composto de Igreja, consistório, sacristia, cemitério e pátio ajardinado. Abriga actualmente o Museu de Arte Sacra. chafariz do pedreira Construído em mármore em 1851. sobrado dos bonecos e passo da paixão Na rua Tenente Francisco António, destaca-se o prédio conhecido como Sobrado dos Bonecos, com beiral em telhas de louça. O seu nome advém das estátuas que encimavam o seu telhado. A PINGA É um dos produtos mais típicos de Paraty. No século XVIII, a cidade chegou a ter mais de 250 engenhos e casas de moenda. Paraty é sinónimo de pinga: afinal, a fama de boa qualidade da sua pinga já rodou o mundo e foi premiada internacionalmente por conta da azuladinha, uma das mais famosas da terra, que leva folha de tangerina e lhe dá um sabor único e a deixa com uma cor especial. Ainda hoje, cinco engenhos de famílias tradicionais de Paraty continuam a fabricar a mesma pinga de há 200 anos. A Cachaça Maré Alta, por exemplo, é propriedade do príncipe Dom João de Orleães e Bragança. A bebida feita na cidade ainda preserva as características artesanais. Dornas de carvalho, fogo a lenha e fogões de cobre continuam a garantir a qualidade e a delícia da pinga produzida na terra. Por isso mesmo, desde 1983 é realizado, durante o mês de Agosto, o Festival da Pinga. Paraty Nascida em Paraty em 1807, Geralda Maria da Silva foi uma figura benemérita, quase lendária. Na rua Dona Geralda erguem-se nobres sobrados. rua da praia Em luas especiais é invadida pela maré alta, reflectindo o seu bonito casario. Inesquecível! rua fresca Destaque para o sobrado do príncipe Dom João de Orleães e Bragança. igreja das dores Localizada na Rua Fresca, foi construída no ano de 1800 por mulheres da aristocracia paratyense. Também conhecida como "capelinha". O galo-catavento da sua torre informa-nos sobre o tempo e o vento, prevenindo sol e chuva. praça da matriz Apresenta um belo conjunto paisagístico e arquitectónico. matriz dos remédios Em 1646, a piedosa senhora D. Maria Jácome de Mello doou uma área de terras para que ali fosse construída uma capela dedicada a Nossa Sra. dos Remédios. Foi em redor desta capela que se formou o povoado de Paraty. Assim, surgiu de pedra e cal a primeira capela, demolida em 1668 para dar lugar a uma Igreja maior, concluída em 1712. Em 1787, já era pequena para abrigar todos os fiéis, iniciando-se então a construção de uma nova Igreja. Destacam-se na construção de estilo neoclássico as torres inacabadas e o fundo da Igreja não terminado. sobrados são inúmeros e belíssimos os sobrados e casarões que se encontram rua dona geralda espalhados por toda a cidade. Dos fortes erigidos em Paraty, é o único sobrevivente e o mais antigo. capela da generosa Esta capela de Santa Cruz foi erguida à margem do rio Perequê-açu, no Beco do Propósito, no local onde morreu afogado Teodoro, escravo liberto, quando se atreveu a pescar numa Sexta-Feira Santa. igreja do rosário Construída em 1725, foi inicialmente a Igreja dos escravos. Fica na Rua do Comércio, de frente para a Rua Samuel Costa, no lugar mais central do Centro Histórico. santa cruz das almas Conhecida também como Santa Cruz dos Enforcados. teatro espaço ( rua dona geralda) O grupo Contadores de Histórias apresenta um espectáculo de bonecos que já recebeu diversos prémios internacionais. forte defensor perpétuo Roteiros pelos arredores Depois de conhecer alguns monumentos e lugares históricos da cidade, aqui lhe deixamos outras sugestões para alguns roteiros turísticos: trilha do caminho do ouro A trilha começa no caminho, ao lado da Fazenda Murycana, por onde se percorre um dos antigos Caminhos do Ouro que chegavam até Minas Gerais, passando pela exuberante Mata Atlântica e as suas maravilhosas cachoeiras de água cristalina. mergulho A Baía de Paraty tem águas calmas, perfeitas para mergulhar. Há empresas que organizam passeios e cursos. passeios de barco Com 42 ilhas e 65 praias, muitas delas desertas, Paraty oferece interessantes passeios de barco. Pode adquirir passeios de escuna pela baía, com ou sem almoço, nas agências de turismo locais. Pode ainda optar por ir até ao cais, negociando na hora com os barqueiros. As melhores praias As histórias dos moradores locais ainda falam em tesouros perdidos e baús A Maçonaria e Paraty Paraty foi urbanizada por Maçons, que deixaram forte marca. Segundo pesquisas baseadas em documentos e indícios de simbologia maçónica encontrada nas ruas e nos sobrados, a Maçonaria instalou-se na cidade no início do século XVIII. Nessa época, a cidade já possuia um arruador, a pessoa encarregada de organizar as construções das ruas, das casas e das praças. O arruador, Antônio Fernandes da Silva, foi o responsável pelo traçado "torto" das ruas e desencontrado das esquinas, sobre os quais há muitas explicações. Segundo ele, esse traçado foi feito para evitar o vento encanado nas casas e distribuir equitativamente o sol nas residências. Outro sinal da presença maçónica são os três pilares (cunhais) de pedra lavrada, encontrados em algumas esquinas e que, segundo diz o povo, foram colocados para formar o triângulo maçónico. As colunas das ruas de Paraty – uma à direita e outra à esquerda da porta de entrada – formam um pórtico, informavando o visitante que ali morava um maçom. Através dessa simbologia, o iniciado poderia até saber o grau do maçom de cada residência. Outro exemplo típico é a proporção dos vãos entre as janelas, em que o segundo espaço é o dobro do primeiro, e o terceiro é a soma dos dois anteriores; ou seja, a soma das partes é igual ao todo, que se resume no rectângulo áureo de concepção maçónica. Até as plantas das casas, feitas na escala 1:33.33, têm uma marca maçónica, desta vez da Ordem Filosófica, cujo grau máximo é o n.º 33. Este número é uma referência muito forte; Paraty possui 33 quarteirões e, na administração municipal da época, existia o cargo de Fiscal de Quarteirão, exercido por 33 fiscais. No século XVIII as portas e janelas da maioria das casas de Paraty eram pintadas em branco e azul, o chamado azul-hortência da Maçonaria Simbólica. Paraty cheios de ouro. Nos anos 60 do século passado, o lugar foi descoberto pelos hippies. Entre as suas praias, aqui ficam as mais bonitas: trindade, que faz parte do Parque Nacional Serra da Bocaina, foi, nos tempos coloniais, um porto para os piratas que atacavam os navios de Paraty. praia dos ranchos (ou de fora) é a praia da vila de Trindade. Ali se encontram grande parte dos bares. cepilho é a primeira praia para quem chega de carro. É praia de surfistas, pois as ondas podem chegar a 4 metros. praia do meio, de águas mais calmas, existe uma formação rochosa no meio da praia. praia do caixadaço, para aqueles que querem fugir da agitação. Apesar das águas limpas, o mar pode ter remoinhos e correntes marítimas escondidas. Procure informar-se com os moradores da região. piscina do caixadaço Enormes pedras de origem vulcânica represam a água do mar formando uma piscina de águas calmas e cristalinas. sono O nome da praia diz tudo: sombreada por amendoeiras, com as casas e barcos dos pescadores, é um cenário perfeito. antigos e antiguinhos são duas praias ainda em estado selvagem, acessíveis por um trilho íngreme no final da praia do Sono. Onde comer O PRÍNCIPE DE PARATY Sua Alteza Real e Imperial Dom João Henrique Maria Gabriel Gonzaga de Orleães e Bragança, tetraneto de D. Pedro I do Brasil, trineto de D. Pedro II (do Brasil) e bisneto da princesa Isabel, ganha a vida negociando imóveis no Rio de Janeiro, onde tem uma casa. Mas o que gosta mesmo de fazer é fotografia, da natureza, de aventura, de desportos radicais – é praticante de surf – e de ficar no seu sobrado em Paraty e ser tratado, carinhosamente, por D. Joãozinho. Conversador, animado, alegre, bem brasileiro, sai pela escola de samba da Portela e é adepto do Fluminense – não assistiu ao último Flamengo-Fluminense porque estava pegando onda. Paraty é famosa pela qualidade e variedade da sua gastronomia, desde a cozinha regional, influenciada pela cultura caiçara (dos povos que moram à beira-mar) e caipira (dos moradores da roça), até comidas exóticas de várias partes do mundo (italiana, tailandesa, francesa...). refúgio do zé paulo Um dos melhores de Paraty. Destacam-se, entre outros, as moquecas de lula, siri e vôngoli, a peixada à brasileira, a cumbuca do mar, a caçarola de camarão, ou o camarão ao molho de mostarda à moda do Paraty Nick, um pirata que rondava estas bandas. Para entrada, experimente uma casquinha de camarão ou o tradicional camarão casadinho, ostras, mexilhão na manteiga de escargot, entre outras delícias. Praça do Porto, 1, em frente ao cais do Porto. restaurante do hiltinho Outro famoso de Paraty. A sua especialidade é o peixe grelhado e o marisco, sempre fresquíssimo. As entradas, variadíssimas, com patés, azeitonas, presunto, ovas e outros petiscos, podem tirarlhe o apetite para o resto da refeição. Rua Marechal Deodoro, 233. corto maltese É o primeiro restaurante italiano de Paraty, com mais de 16 anos. Rua do Comércio, 130. banana da terra Comida contemporânea com ingredientes típicos. Aqui, a banana é protagonista: carne, peixe, saladas, omoletes, todos os pratos são cozinhados com esta fruta. Banana com peixe – prato bastante comum na mesa do caiçara – é a especialidade. Rua Samuel Costa, 198. thai brasil Restaurante de comida tailandesa. Rua Dona Geralda, 345. bartholomeu Comida internacional. Rua Samuel Costa, 176. margarida café Local simpático, com música ao vivo. Praça do Chafariz. kontiki A dez minutos de barco do cais da cidade, com vista para Paraty, oferece cozinha mediterrânica. Aberto apenas para almoço. Ilha Duas Irmãs. villa verde Nos limites do Parque Nacional da Serra da Bocaina, cercado por cachoeiras, montanhas e muito verde, fica este restaurante que serve massas caseiras, risottos, peixes e carne na grelha. Estrada Paraty-Cunha, km 7. ficha técnica academia de cozinha e outros prazeres Como chegar: A TAP e a Varig têm voos diários para o Rio de Janeiro. Uma maneira diferente de jantar, comandado pela chef Yara Castro Roberts. Ingredientes e receitas com pratos da Amazónia, Minas Gerais ou Bahia. Rua Dona Geralda, 288. Paraty fica a 248 quilómetros do Rio de Janeiro. Deve seguir até Barra Mansa pela Dutra (BR 116) e descer até Angra dos Reis, seguindo então a BR 101 até Paraty. Também pode optar por aero- táxi. O que vestir: Roupas leves, um casaco de malha para as noites mais frescas. Sapatos confortáveis – os de salto alto não combinam com as pedras irregulares da calçada. Electricidade: 110 Volts