Resumos dos Trabalhos - Sociedade Brasileira de Óleos e Gorduras
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Resumos dos Trabalhos - Sociedade Brasileira de Óleos e Gorduras
Resumos dos Trabalhos NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM ÓLEOS E GORDURAS FLORIANÓPOLIS – SC – BRASIL 12 – 14 NOV 2013 AGRADECIMENTOS APOIO PATROCINADORES OURO PATROCINADORES PRATA PATROCINADORES BRONZE SUMÁRIO TRABALHOS ORAIS 1. TC2003 - Atividade antioxidante, análise de cor e caracterização microscópica de micropartículas contendo extratos de casca de nozpecã obtidas por atomização em spray dryer. Ana Cristina Pinheiro Do Prado, Priscila De Brito Policarpi, Pedro Luiz Manique Barreto, Jane Mara Block. 2. TC2006 - Produção de microcápsulas contendo éster etílico de óleo de peixe pelo processo de gelificação enzimática. Leilane Costa de Conto, Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves. 3. TC2013 - Perfil de ácidos graxos e teor de tocoferóis do óleo de milho qpm cultivado em sistema de aléias. Aline Gomes de Moura e Silva, Neuza Jorge, Alana das Chagas Ferreira Aguiar, Emanoel Gomes de Moura. 4. TC2014 - Determinación del contenido de tocoferoles y polifenoles en maníes antes y despues de diferentes procesos de cocción. Ignacio Vieitez, Bruno Irigaray, Nicolás Callejas, Cecilia Rebellato, Dolores Estradé y María A. Grompone. 5. TC2017 - Compostos bioativos de óleos de sementes de frutas cítricas. Ana Carolina da Silva, Neuza Jorge. 6. TC2022 - Caracterização de azeite de oliva produzido por uma unidade experimental da região oeste de Santa Catarina. Camila Bonissoni, Cátia Lohmann Erig, Luana Gonçalves, Andreia Dalla Rosa, Dorli Mario Da Croce, Giniani Dors, Maria Manuela Camino Feltes. 7. TC2028 - Aplicação da espectrometria de massas ambiente no monitoramento do grau oxidativo de biodiesel. Gustavo das Graças Pereira, Ildenize Barbosa da Silva Cunha, Marcos Nogueira Eberlin, Rosana Maria Alberici, Daniel Barrera Arellano. 8. TC2038 - Estudio del contenido de ceras, escualeno y ésteres alquílicos en aceitunas uruguayas. Bruno Irigaray, Ignacio Vieitez, María A. Grompone. 9. TC2052 - Obtenção de gorduras zero trans/low sat através de estruturação com óleo de algodão totalmente hidrogenado. Camila Paes Bossonaro, Katrina de Cássia Corrêa, Theo Guenter Kieckbusch, Ana Paula Badan Ribeiro. 10. TC2057 - Imobilização de lipase de candida antarctica fração b em espuma de poliuretano. Eliane Pereira Cipolatti, Gabrieli Nicoletti, Natalia Thaisa Gamba Carbonera, Raquel Loss, Maria Jose Arbulu Silva, Debora de Oliveira, Jorge Luiz Ninow. 11. TC2058 - Síntese enzimática de lipídios estruturados a partir de óleo de girassol alto oleico e óleo de soja totalmente hidrogenado. Isabela de Melo Silvestre, João Pereira de Sá Neto, Marilene De Mori Morselli Ribeiro, Chiu Chih Ming, Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves. 12. TC2062 - Influence of processing parameters on acyl migration during enzymatic synthesis of structured lipids. Gabriela Gonçalves Nicolau, Luisa Reis Abdala, Maria Inês Almeida Gonçalves, Nadia Segura, Iván Jachmanián, Luiz Antonio Gioielli, Juliana Neves Rodrigues Ract. 13. TC2068 - Analysis of the oxidative stability of a biodiesel fuel produced from an ethanolic soybean oil miscella. Larissa Braga Bueno Borges, Lucas Henrique Ribeiro, Grasiela Cristina Pereira dos Santos, Marisa Aparecida Bismara Regitano d’Arce. 14. TC2074 - Cinética de extração de lipídios de microalga spirulin. Ricardo Scherer Pohndorf, Luiz Antonio de Almeida Pinto. 15. TC2085 - Effect of diglyceride addiction on crystallization properties of pure triacylglycerols. Roberta Claro da Silva, Fabiana Andreia Schäfer De Martini Soares, Jessica Mayumi Maruyama, Natalia Roque Dagostinho, Guilherme Calligaris, Ana Paula Bandan Ribeiro, Lisandro Pavie Cardoso, Luiz Antonio Gioielli. 16. TC2090 - Elaboración de una normativa y una guía de buenas prácticas para la fritura de alimentos en uruguay. Yenny Pinchak, María A. Grompone. TRABALHOS EM FORMA DE POSTER 1. TC2001 - Relação entre a velocidade de crescimento de macrophomina phaseolina em meio contendo biodiesel ou azeite de oliva e sua atividade lipolítica. Claudia Schinke, José Carlos Germani. 2. TC2002 - Qualidade oxidativa de margarinas adicionadas de extrato de casca de noz-pecã [Caryaillinoinensis(wangenh) c. koch] durante a estocagem de 8 meses. Paula Cristina Engler, Priscila de Britto Policarpi, Andrea Dal Bo, Pedro Alberto Barbetta, Jane Mara Block. 3. TC2004 - Caracterização físico-química de óleo de farelo de arroz obtido via extração alcoólica. Maria Carolina Capellini; Christianne E. C. Rodrigues. 4. TC2005 - Impacto das condições de processo na fração proteica do farelo de arroz desengordurado utilizando-se solventes alcoólicos. Maria Carolina Capellini, Vanessa Giacomini, Christianne E. C. Rodrigues. 5. TC2007 - Contribuição a industrialização do abacate no brasil, extração de óleo a frio e características de qualidade. Roseli Aparecida Ferrari, Josimara Aparecida Lopes Nicolusi. 6. TC2008 - Dureza e estabilidade de organogéis estruturados com ceras vegetais: estudo comparativo. Jéssica Maia Lunardi, Júlio César Barbosa Rocha, Daniel Barrera Arellano. 7. TC2009 - Capacidade emulsificante e estabilidade de emulsões preparadas com amidos de castanha portuguesa e de milho esterificados com anidrido n-octenil succínico. Georgia Ane Raquel Sehn, Marcio Schmiele, Valéria da Silva Santos, Yoon Kil Chang, Caroline Joy Steel. 8. TC2010 - Utilização da bauxita ativada na redução de contaminantes em blendas de biodiesel/diesel. Willian Richter, Daniel Barrera-Arellano. 9. TC2011 - Atividade antioxidante e estabilidade oxidativa da fração lipídica de polpa e amêndoa de tucumã (Astrocaryum aculeatum). Tainara Costa-Singh, Neuza Jorge. 10. TC2012 - Perfil de ácidos graxos de óleo extraído da amêndoa de pupunha (Bactris gasipaes Kunth). Tainara Costa-Singh, Neuza Jorge. 11. TC2015 - Influência da raça sobre a composição de ácidos graxos da gordura da carne de bovinos. Liara Silva Dias, Débora Maria Moreno Luzia, Neuza Jorge. 12. TC2016 - Formulação de pasta americana e glacê com baixo teor de ácidos graxos saturados a partir da tecnologia de organogéis. Carolina Amoroso Melo, Kamila Ferreira Chaves, Daniel Barrera-Arellano. 13. TC2018 - Óleo das sementes de tomate: estabilidade oxidativa e propriedades funcionais. Ana Carolina da Silva, Neuza Jorge. 14. TC2019 - Avaliação da estabilidade oxidativa do óleo da polpa de abacate (persea americana mill.). Jorge, T. S.; Telis-Romero, J; Jorge, N. 15. TC2020 - Fitosteróis, tocoferóis e capacidade antioxidante em óleo da polpa de abacate (persea americana mill.) Jorge, T. S., Telis-Romero, J., Jorge, N. 16. TC2021 - Caracterização de óleo de víseras de frango para ser utilizado como substrato em reações de etanólise. Cátia Lohmann Erig, Camila Bonissoni, Luana Gonçalves, Andréia Dalla Rosa, Giniani Carla Dors, Maria Manuela Camino Feltes. 17. TC2023 - Capacidade emulsificante de amido de castanha portuguesa modificado quimicamente. Marcio Schmiele, Dianini Huttner Kringel, Georgia Ane Raquel Sehn, Valéria da Silva Santos, Marcia Arocha Gularte, Yoon Kil Chang, Caroline Joy Steel. 18. TC2024 - Integração dos processos de extração líquido-líquido e pervaporação para desacidificação do óleo de macaúba (acrocomia aculeata. Priscila Albuquerque da Costa, Suely Pereira Freitas, Lourdes Maria Correa Cabral, Larissa de Fátima de Oliveira Costa. 19. TC2025 - Uso de extratos de especiarias e seu efeito na estabilidade oxidativa do óleo de soja. Ana Paula Marques Pino- Sichieri, Marisa Aparecida Bismara Regitano-d’Arce, Marcela Mattus, Tais Zucolo, Joseanne Rodella, Thais Maria Ferreira de Souza Vieira, Mayara Salvian. 20. TC2026 - Avaliações físico-quimicas da lecitina de arroz. Adriana Rodrigues Machado, Paola Lopes Cavalheiro, Anelise Christ Ribeiro, Leonor A. Souza-Soares. 21. TC2027 - Técnica de cromatografia em coluna para purificação da lecitina obtida da degomagem do óleo de arroz. Adriana Rodrigues Machado, Paola Lopes Cavalheiro, Helen Cristina dos Santos Hackbart, Leonor A. Souza-Soares. 22. TC2029 - Avaliação da qualidade de óleos compostos. Carolina Médici Veronezi, Neuza Jorge. 23. TC2030 - Atividade antioxidante de óleos não convencionais. Carolina Médici Veronezi, Neuza Jorge. 24. TC2031 - Composição de tocoferóis e fitosteróis em óleo de soja adicionado de extrato de sementes de uva Isabel (Vitis labrusca L.). Irene Rodrigues Freitas, Mara Lina Rodrigues, Marília Gonçalves Cattelan, Débora Maria Moreno Luzia, Neuza Jorge. 25. TC2032 - Características de lipídios estruturados contendo ácidos oléico e behênico obtidos via acidólise enzimática. Marilene De Mori Morselli Ribeiro, Chih Ming Chiu, João Pereira de Sá Neto, Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves. 26. TC2033 - Estruturação de organogéis com monoglicerídios. Francisco Carvalho Osório de Souza, Kamila Ferreira Chaves, Daniel Barrera-Arellano. 27. TC2034 – Avaliação do perfil de ácidos graxos de óleos de pequi (Caryocar coriaceum) obtido por diferentes métodos de extração.(Alcidênio Soares Pessoa, Rossana Podestá, Jane Mara Block, Elton Franceschi, Cláudio Dariva e Marcelo Lanza. 28. TC2035 – Perfil de ácidos graxos do óleo torta de noz pecã obtido por extração supercrítica e extração convencional. Ana Augusta Salvador, Rossana Podestá, Jane Mara Block, Sandra Regina Salvador Ferreira. 29. TC2036 - Otimização das condições de produção de diacilgliceróis a partir de óleo de peixe com a enzima lipozyme TL IM. Soeli Francisca Mazzini Monte Blanco, Silvana Licodiedoff, Maria Manuela Camino Feltes, Joanna Silva Santos, Lindomar Alberto Lerin, Débora de Oliveira, Jorge Luiz Ninow, Agenor Furigo Jr. 30. TC2037 - Valorização dos aspectos químicos e funcionais de óleos vegetais utilizando photochem. Carolina Krebs de Souza, Silvana Licodiedoff, Paola Tedeschi, Annalisa Maietti, Vincenzo Brandolini. 31. TC2039 - Estabilidade oxidativa de misturas binárias de óleo de soja e gordura interesterificada. Rita de Kássia A. Garcia, Daniel BarreraArellano. 32. TC2040 - Modificação da temperagem do chocolate amargo através da adição de monoestearato de sorbitana e estearina de manteiga de cacau. Monise Helen Masuchi; Élida Castilho Bonomi; Larissa Miho Hara; Renato Grimaldi; Theo Guenter Kieckbusch. 33. TC2041 - Características reológicas e de processos do chocolate ao leite fabricado com gordura de leite anidra ou com leite em pó integral. Élida Castilho Bonomi, Monise Helen Masuchi, Caroline Maretto, Valdecir Luccas, Theo Guenter Kieckbusch. 34. TC2042 - Variación del contenido de polifenoles de aceites de oliva de calidad virgen extra mediante oxidación en diferentes condiciones de temperatura. Camila Feller, Miguel Amarillo, Laura Raggio, Mariana Oroño, Natalie Merlinski, Yenny Pinchak, Bruno Irigaray e María A. Grompone. 35. TC2043 - Avaliação e adequação do comportamento de gorduras equivalentes de manteiga de cacau para chocolates. Ingrid Franco de Oliveira, Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves e Renato Grimaldi. 36. TC2044 - Determinação de composição de ceras, ésteres etílicos e metílicos de ácidos graxos por cromatografia gasosa para classificação de azeite de oliva de acordo com mapa. Ingrid Franco de Oliveira, Renato Grimaldi, Wenceslao Moreda e Kumi S. Ozawa. 37. TC2045 - Alteração de cristalização de uma fração média de palma. Thais Lomônaco Teodoro da Silva, Chiu Chih Ming, Maria Aliciane Fontenele Domingues e Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves. 38. TC2046 - Transesterifcação direta de miscela de óleo de soja para produção de biodiesel. Groppo,S.S.,Sangaletti, Naiane., Vieira, Thais M. F. S e Regitano D’Arce, M.A.B. 39. TC2047 - Determinação do período de indução e da energia livre de nucleação do óleo de palma. Glazieli Marangoni de Oliveira, Ana Paula Badan Ribeiro e Theo Kieckbusch. 40. TC2048 - Estabilidade oxidativa de organogéis estruturados com ceras vegetais: estudo comparativo. Daniel Consul Kassardjian, Julio Cesar Barbosa Rocha e Daniel Barrera Arellano. 41. TC2049 - Hidrólise enzimática de óleo de soja nos modos batelada e batelada alimentada em banho de ultrassom. Mirian Cristina Feiten, Mara Cristina Picoli Zenevicz, Katarine Lia Dorigon Levandoski, Clarissa Dalla Rosa, Agenor Furigo Jr., Débora de Oliveira e José Vladimir de Oliveira. 42. TC2050 - Efeito da agitação mecânica e do ultrassom na cinética de hidrólise enzimatica de óleo de soja. Mara Cristina Picoli Zenevicz; Juliana Mainardi; Patricia Brugnerotto; Débora de Oliveira, Agenor Furigo Junior, José Vladmir de Oliveira. 43. TC2051 - Avaliação da extrção a baixas temperaturas do óleo de fígado de Alaska Pollock (Theragra chalcogramma). Vanessa A. Ribeiro; Alexandra C. M. Oliveira; Peter Bechtel; Carlos Prentice. 44. TC2053- Determinação de gordura total, ácidos graxos saturados e trans em biscoitos industrializados. Carolina Montanheiro Noronha; Gisele Olivo; Sabrina Matos de Carvalho; Cleonice Gonçalves da Rosa; Matheus Vinicius de O. B. Maciel; Bruna Jummes; Gabriela Rocha; Amanda Alves Fernandes; Ana Paula Zapelini; Pedro Luiz Manique Barreto. 45. TC2054- Obtenção de gorduras zero trans/ low sat através da estruturação com óleo de palma totalmente hidrogenado. Karina Martins Barbosa; Theo Guenter Kieckbusch; Monise Helen Masuchi. 46. TC2055- Elaboração de lipossomas para a nanoencapsulação de extrato etanólico da microalga Chlorella pyrenoidosa. Letícia Marques de Assis; Adriana Rodrigues Machado; Jorge Alberto Vieira Costa; Leonor Almeida de Souza-Soares. 47. TC2056- Aplicação potencial da lecitina de soja para elaboração de lipossomas em tamanho nanométrico. Adriana Rodrigues Machado; Letícia Marques de Assis;Jorge Alberto Vieira Costa; Leonor Almeida de Souza-Soares. 48. TC2059- Produção e caracterização de micropartículas lipídicas obtidas por Spray-freezing. Julice Dutra Lopes; Ana Paula Badan Ribeiro; Priscilla Efraim. 49. TC2060- Efeito do tamanho da cadeia de ácidos graxos na síntese de lipídio estruturado por acidólise enzimática de single cell oil. Carolina Rodrigues Calvo; Daniela Kanno Mathias; Jaqueline Piazentin Costa; Nadia Segura; Iván Jachmanián; Luiz Antonio Gioielli; Juliana Neves Rodrigues Ract. 50. TC2061- Estudo da incorporação de ácido caprílico em single cell oil rico em DHA por acidólise enzimática.. Daniela Kanno Mathias; Jaqueline Piazentin Costa; Carolina Rodrigues Calvo; Nadia Segura; Iván Jachmanián; Luiz Antonio Gioielli; Juliana Neves Rodrigues Ract. 51. TC2063- Determinação de absorção de óleo em empanados frango fritos com incorporação de semente de linhaça, quinoa negra, flocos de arroz e flocos de cevada. Daniela Cordeiro; Vanessa Cristina Messias; Marise Aparecida Rodrigues Pollonio; Leilane Costa de Conto. 52. TC2064- Aceitação sensorial de empanados de frango com adição de grãos integrais. Daniela Cordeiro; Vanessa Cristina Messias; Marise Aparecida Rodrigues Pollonio; Leilane Costa de Conto. 53. TC2065- Avaliação tecnológica de cor e textura da aplicação de grãos integrais em empanados de frango. Daniela Cordeiro; Vanessa Cristina Messias; Marise Aparecida Rodrigues Pollonio; Leilane Costa de Conto. 54. TC2066- Análise comparativa da estabilidade oxidativa dos óleos de andiroba, babaçu, crambe, palma e pinhão manso por termogravimetria (TGA) em ar sintético. Oliveira, L. E., Da Silva, M.L.C.P. 55. TC2067- Aplicação de micropartículas como seed de cristalização de óleo de palma em emulsão tipo margarina. Maria Cristina C. N. Mascarenhas; Chiu Chih Ming; Lireny A.G.Gonçalves. 56. TC2069- Avaliação da estabilidade de nanopartículas de zeína carregadas com óleos essenciais de oreano e tomilho. Cleonive Gonçalves da Rosa, Matheus de V. O. B. Maciel, Sabrina Matos de Carvalho; Carolina Montanheiro Noronha; Bruna Jummes; Gabriela Rocha; Amanda Alves Fernandes; Ana Paula Zapelini; Fabiano Cléber Bertoldi, Pedro Luiz Manique Barreto. 57. TC2070- Síntese de cracterização de nanopartículas de zeína carregadas com óleos essenciais. Cleonice Gonçalves da Rosa, Matheus de V. O. B. Maciel, Sabrina Matos de Carvalho; Carolina Montanheiro Noronha; Bruna Jummes; Gabriela Rocha; Amanda Alves Fernandes; Ana Paula Zapelini; Fabiano Cléber Bertoldi, Pedro Luiz Manique Barreto. 58. TC2071- Determinação de gordura total, ácidos graxos saturados e trans em biscoitos industrializados. Carolina Montanheiro Noronha; Gisele Olivo; Sabrina Matos de Carvalho; Cleonice Gonçalves da Rosa; Matheus Vinicius de O. B. Maciel; Bruna Jummes; Gabriela Rocha; Amanda Alves Fernandes; Ana Paula Zapelini; Pedro Luiz Manique Barreto. 59. TC2072- Nanopartículas lipídica sólida carregada com α-tocoferol estudo de estabilidade. Sabrina Matos de Carvalho; Carolina Montanheiro Noronha; Caroline Louise Floriani; Renata C. Lino; Gabriela Rocha; Matheus Vinicius de O. B. Maciel; Cleonice Gonçalves da Rosa; Ismael C. Bellettini; Paulo José Ogliari; Pedro Luiz Manique Barreto. 60. TC2073- Avaliação da atividade antioxidante de ésteres obtidos a partir de modificação enzimática do óleo essencial de cravo-da-índia (Eugenia caryophyllata). Raquel Aparecida Loss; María José Arbulú Silva; Denise Adamoli Laroque; Lindomar Alberto Lerin; Jorge Luís Ninow; Haiko Hense; José Vladimir de Oliveira; Débora Oliveira. 61. TC2075- Efeito da temperatura na oxidação de óleo de soja. Ricardo Scherer Pohndorf; Mauricio de Oliveira; Moacir Cardoso Elias. 62. TC2076- Influence of sorbitan monolaurate on thermal behavior and texture properties on crystallization characteristics of palm oil during the storage. Chiu C. Ming, Camilia A. dos Santos, Lireny A. G. Gonçalves. 63. TC2077- Influence of operating parameters on quality of soybean oil submitted to frying processes. Thiago Taham; Viviane Abadia Carvalho Silvani. 64. TC2078- Determinação do índice de acidez e índice de peróxido de óleo de soja e arroz no processo de fritura de nuggets de frango. Amanda Silva-Couto; Tatiane Fonseca Pires; Adriana Rodrigues Machado; Priscila Missio da Silva; Maria Inês Rodrigues Machado;Rui Carlos Zambiazi. 65. TC2079- Sistemas lipídicos estruturados com monoestearato de sorbitana e hardfat do óleo de canola: composição em ácidos graxos e conteúdo de gordura sólida. Glazieli Marangoni de Oliveira; Marcella Aparecida Stahl; Ana Paula Badan Ribeiro; Renato Grimaldi; Theo Guenter Kieckbusch. 66. TC2080- Influence of continuous enzymatic interesterification on thermal behavior, microstructure, polymorphism and crystallization properties of palm stearin, palm kernel oil and olive oil blends. Fabiana Andreia Schäfer De Martini Soares, Roberta Claro da Silva, Natália M. Osório, Jessica Mayumi Maruyama, Natalia Roque Dagostinho, Suzana Ferreira-Dias, Luiz Antonio Gioielli. 67. TC2081- Atuação de hardfat de palma e lecitina de soja desengordurada como estruturantes em óleo de palma e emulsões do tipo a/o. Valéria da Silva Santos; Gabriel Deschamps Fernandes; Chiu Chih Ming; Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves. 68. TC2082- Óleo de café verde (Coffea Arábica L.) como alternativa inovadora para cafeicultura. Casagrande, Marcelo dos Reis; Dionísio, Lídia Rodrigues; Grimaldi, Renato. 69. TC2083- Perfil de ácidos graxos de iogurtes de leite de ovelhas em resposta à suplementação da dieta com gordura de palma protegida. Neila S.P.S. Richards; Luis Gustavo de Pellegrini; Maximiliano S.E. Jiménez; Ana Paula Gusso; Daniela B. Cassanego; Anderson Elias Bianchi; Vicente De Paulo Macedo. 70. TC2084- Perfil de ácidos graxos de sardinha (sardinella brasiliensis) e atum ralado (thunnus tynnus) em óleo comestível. Neila S.P.S. Richards; Luis Gustavo de Pellegrini; Carlos Rubini Junior, Gilberti H.H. Lopes. 71. TC2086- Caracterização de ácidos graxos em concentrado proteico de jacarés da amazônia. Augusto Kluczkovski Jr; Luiz Henrique Beirao; Ariane Mendonça Kluczkovski, Fábio Markendorf. 72. TC2087- Caracterização lipídica e de ácidos graxos da “macacarecuia” (Escheweilera Tenuifolia). Ariane Mendonça Kluczkovski; Augusto Kluczkovski Jr, Marcos Henrique Gurgel Rodrigues, Gabriel Oliveira de Souza, Chanderlei de Castro Tavares e Pierre Alexandre dos Santos. 73. TC2088- Caracterização lipidica de produtos da castanha-do-brasil liofilizada: extrato em pó e condensado. Ariane Mendonça Kluczkovski; Natacha Costa Lima; Renata Hanan Simoes. Luciana Marques; Jessica Honorato. 74. TC2089- Caracterização de ácidos graxos do óleo de tucumã. Ariane Mendonça Kluczkovski; Augusto Kluczkovski Jr.; Cristina Grace de Sousa Guerra; Vanessa Maria Machado Ale. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2001 RELAÇÃO ENTRE A VELOCIDADE DE CRESCIMENTO DE Macrophomina phaseolina EM MEIO CONTENDO BIODIESEL OU AZEITE DE OLIVA E SUA ATIVIDADE LIPOLÍTICA Claudia Schinke¹; José Carlos Germani¹ ¹Laboratório de Tecnologia Bioquímica, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Ipiranga 2752, 7º andar, sala 709, 90610-000, Porto Alegre – RS, Brasil E-mail: [email protected] Lipases são amplamente estudadas devido ao crescente número de aplicações nas indústrias de óleos e gorduras. A demanda por lipases com características específicas continua estimulando a procura por novos microrganismos lipolíticos. Macrophomina phaseolina é fungo fitopatógeno para inúmeras oleaginosas, como a soja. Utilizando ágar rodamina B contendo 1 % de azeite de oliva ou biodiesel, quatro isolados do microrganismo foram avaliados quanto à velocidade de crescimento radial (mm hˉ¹), à capacidade de hidrolisar esses substratos (florescência em UV 350 nm) e à atividade lipolítica dos caldos de cultivo determinada espectrofotometricamente com p-nitrofenilpalmitato. Todos isolados hidrolisaram ambos os substratos. Em biodiesel, os isolados PEL e CMM2105 apresentaram as maiores velocidades de crescimento (0,77 e 0,72 mm h-1, respectivamente) e as mais altas atividades lipolíticas (0,13 e 0,11 U mg-1, respectivamente). Em biodiesel, o conjunto dos isolados apresentou correlação forte e positiva (R2 = 0,99) entre crescimento e atividade, evidenciando que o crescimento neste meio é altamente dependente da atividade lipolítica. Em azeite de oliva, CMM2105 e PEL também apresentaram as maiores velocidades de crescimento (1,00 e 0,98 mm h -1, respectivamente). Porém, o conjunto dos isolados apresentou maior variação entre crescimento e atividade e correlação positiva menos intensa (R 2 = 0,75), evidenciando a maior facilidade de utilização deste substrato e sua influência diferenciada sobre o crescimento de cada isolado. MMBF0410 apresentou igual velocidade de crescimento nos dois meios (0,59 mm h-1) e MMBF808 as menores velocidades (0,35 e 0,52 mm h -1, respectivamente em biodiesel e azeite de oliva). SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2002 QUALIDADE OXIDATIVA DE MARGARINAS ADICIONADAS DE EXTRATO DE CASCA DE NOZ-PECÃ [Caryaillinoinensis(Wangenh) C. Koch] DURANTE A ESTOCAGEM DE 8 MESES Paula Cristina Engler1; Priscila de Britto Policarpi1, Andrea Dal Bo2; Pedro Alberto Barbetta3; Jane Mara Block1*. 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos. Rod. Ademar Gonzaga, 1346, Itacorubi, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, CEP: 88040-900. 2 Bunge, Rodovia Jorge Lacerda – Km 20 S/N, Poço Grande, Gaspar, Santa Catarina, Brasil, CEP: 89110-000. 3 Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Departamento de Informática e Estatística. Campus Universitário, Trindade. * E-mail: [email protected] No presente trabalho foi estudada a qualidade oxidativa de margarinas adicionadas de 1000 e 1500 ppm de extrato de casca de noz-pecã, 1000 ppm de extrato de alecrim e 100 ppm de BHT, armazenadas a 4 oC durante 8 meses. Análises de índice de peróxido, anisidina, Totox, extinção específica e cor foram realizadas mensalmente e o perfil de ácidos graxos no início e fim do experimento. Para todas as margarinas estudadas, foi observado um aumento significativo no índice de peróxido ao longo do tempo (p < 0,05) e uma tendência para a redução do índice de anisidina a partir do 5° mês de armazenamento. Os valores de Totox aumentaram significativamente ao longo do tempo e, em relação a dienos e trienos conjugados a diferença observada só foi significativa para os trienos. O parâmetro cor externa a* apresentou aumento significativo ao longo do tempo; cor externa L* e cor interna a* apresentaram redução. O perfil de ácidos graxos não foi modificado durante o armazenamento. Para os índices estudados não foram encontradas diferenças estatísticas significativas entre os tratamentos indicando performance de proteção contra a oxidação semelhante para os diferentes antioxidantes utilizados. Palavras chaves: extrato de casca de noz-pecã, extrato de alecrim, margarina, qualidade oxidativa. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2003 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, ANÁLISE DE COR E CARACTERIZAÇÃO MICROSCÓPICA DE MICROPARTÍCULAS CONTENDO EXTRATOS DE CASCA DE NOZ-PECÃ OBTIDAS POR ATOMIZAÇÃO EM SPRAY DRYER Ana Cristina Pinheiro do Prado1, Priscila de Brito Policarpi1, Pedro Luiz Manique Barreto1, Jane Mara Block1* 1 Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. Rodovia Admar Gonzaga, 1346, Itacorubi, Florianópolis, SC, Cep 88040-900, Santa Catarina, Brasil. *E-mail: [email protected] No presente trabalho a atividade antioxidante, a análise de cor e as características microscópicas de micropartículas contendo extrato da casca de noz-pecã, maltodextrina, goma arábica e L-α-fosfatidilcolina obtidas por atomização em Spray Dryer foram estudadas. De acordo com os resultados as micropartículas obtidas em Spray Dryer que apresentaram resultados superiores para fenólicos totais (determinado pelo método colorimétrico de Folin-Ciocalteau) e para atividade antioxidante (determinada pelo método DPPH) também apresentaram através da análise dos parâmetros de cor b* e a* uma maior tendência ao amarelo e ao vermelho. A única exceção foi a formulação adicionada de L-α-fosfatidilcolina que apresentou valores com tendência para o verde. Na análise microscópica de fluorescência observouse emissão de fluorescência natural amarela, em todas as amostras, caracterizando a presença de compostos fenólicos no interior e exterior da partícula e, na microscopia eletrônica de varredura observou-se que todas as formulações testadas apresentaram uma tendência significativa à aglomeração. A presença do agente emulsificante favoreceu a formação de uma emulsão mais estável, melhorando a solubização de todos os componentes da fórmula o que permitiu um um procedimento de secagem mais homogêneo, além de uma melhora na incorporação dos compostos fenólicos e uma atividade antioxidante maior nestas partículas. Palavras chave: antioxidante, casca de noz-pecã, micropartícula, Spray Dryer. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2004 CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÓLEO DE FARELO DE ARROZ OBTIDO VIA EXTRAÇÃO ALCOÓLICA Maria Carolina Capellini1; Christianne E. C. Rodrigues1 1 Departamento de Engenharia de Alimentos – Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos – Universidade de São Paulo FZEA/USP, Pirassununga, São Paulo, Brasil, CEP 13635-900. E-mail: [email protected] O óleo de farelo de arroz é reportado por diversos autores como um dos óleos vegetais mais nutritivos e saudáveis devido à sua composição equilibrada em ácidos graxos e à alta estabilidade oxidativa. Esta é decorrente da presença de compostos presentes na fração insaponificável do óleo, tocóis (tocoferóis e tocotrienóis) e γ-orizanol, compostos minoritários que constituem um complexo único de substâncias que apresentam função nutracêutica e efeito hipocolesterolêmico, entre outros. O presente trabalho teve como objetivo o estudo do impacto da substituição do solvente tradicionalmente empregado na extração de óleos de matrizes vegetais, hexano, altamente tóxico e inflamável, por solventes alternativos seguros, álcoois de cadeia curta, nas características físico-químicas do óleo de farelo de arroz, em termos de composição em ácidos graxos livres e teor de γorizanol, além da avaliação do rendimento da extração de compostos lipídicos. Foram realizados experimentos de extração sólido-líquido na condição de equilíbrio, nas temperaturas de 50 a 80 °C, utilizando-se farelo de arroz em pellets como matéria-prima oleaginosa e etanol ou isopropanol, com ou sem hidratação, como solvente. Observou-se que a quantidade de água presente no solvente alcoólico influencia negativamente o rendimento da extração de óleo, enquanto o aumento da temperatura favorece este processo. O grau de hidratação do solvente também exerce influência no sentido do aumento da transferência de ácidos graxos livres da matriz sólida para o extrato. Com relação ao γ-orizanol verificou-se que o aumento da temperatura do processo de extração aumenta a transferência deste componente minoritário e, por outro lado, o aumento do teor de água no solvente diminui seu poder de extração de γ-orizanol. Adicionalmente, foi possível verificar que a composição do óleo praticamente não se alterou em relação ao óleo obtido via hexano, tanto para o processo de extração com etanol quanto com isopropanol. Palavras-chave: farelo de arroz, γ-orizanol, etanol, isopropanol Agradecimentos: FAPESP (08/56258-8, 09/17855-3, 10/13285-5, 13/13339-6) SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2005 IMPACTO DAS CONDIÇÕES DE PROCESSO NA FRAÇÃO PROTEICA DO FARELO DE ARROZ DESENGORDURADO UTILIZANDO-SE SOLVENTES ALCOÓLICOS Maria Carolina Capellini1; Vanessa Giacomini1; Christianne E. C. Rodrigues1 1 Departamento de Engenharia de Alimentos - Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos – Universidade de São Paulo FZEA/USP, Pirassununga, São Paulo, Brasil, CEP 13635-900. E-mail: [email protected] O farelo de arroz apresenta em sua composição cerca de 15% de proteína, que pode ser adequadamente aplicada na alimentação humana. Este material oleaginoso constitui uma fonte proteica de valor nutricional único devido à alta quantidade de lisina em sua composição e à sua alta digestibilidade, acima de 90%. Além disso, as proteínas presentes no farelo de arroz apresentam a característica de hipoalergenicidade, podendo, desta maneira, ser utilizadas na formulação de alimentos para crianças que possuam dietas restritivas. Em vista destas vantagens, faz-se necessário o conhecimento das propriedades funcionais e de como estas são afetadas pelo processamento da matéria-prima para retirada do óleo, uma vez que as condições de processo influenciam significativamente os atributos sensoriais e, assim, a qualidade do produto final. Foram realizados experimentos de extração de óleo de farelo de arroz utilizando-se solventes alcoólicos, como etanol ou isopropanol (contendo diferentes teores de água) em substituição ao solvente comumente utilizado para extração de óleos vegetais, o hexano, nas temperaturas de 50 a 80 °C. A influência das variáveis de processo (tipo e grau de hidratação do solvente e temperatura de extração) foi avaliada em função do rendimento da extração proteica e de alterações no índice de solubilidade de nitrogênio, propriedade funcional que impacta diretamente em outras funcionalidades e é um bom indicador da potencial aplicação da fração proteica. Observou-se que o aumento da quantidade de água no solvente alcoólico e a temperatura do processo de extração favoreceram a transferência da proteína da matriz sólida para o extrato. A solubilidade proteica também sofreu forte influência do grau de hidratação do solvente e da temperatura de extração, verificando-se, com o aumento destas variáveis, a diminuição do valor do índice de solubilidade, indicando uma possível desnaturação proteica decorrente das condições empregadas no processo de extração. Palavras-chave: solubilidade, etanol, isopropanol Agradecimentos: FAPESP (08/56258-8, 09/17855-3, 10/13285-5, 13/13339-6) SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2006 PRODUÇÃO DE MICROCÁPSULAS CONTENDO ÉSTER ETÍLICO DE ÓLEO DE PEIXE PELO PROCESSO DE GELIFICAÇÃO ENZIMÁTICA Leilane Costa de Conto1; Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves2 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina – IFSC, Urupema, SC, Brasil, CEP: 88625-000. 2 Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, SP, Brasil, CEP: 13083-862. E-mail: [email protected] Inúmeros estudos vêm evidenciando os benefícios à saúde humana dos ácidos graxos polinsaturados ômega-3, sendo os principais representantes deste grupo o ácido eicosapentanóico (EPA) e o ácido docosaexanóico (DHA). Tendo em vista as dificuldades de manipulação devido à “off flavor” e à susceptibilidade oxidativa destes compostos, este trabalho apresentou como objetivo estudar diferentes condições de processo para a microcapsulação éster etílico de óleo de peixe pelo processo de gelificação enzimática. Para tanto foram produzidas cápsulas com isolado protéico de soja (5 ou 10%) como material de parede, com éster etílico de óleo de peixe (0, 2,5 ou 5,0%) como material de recheio e enzima transglutaminase (2,7 UA/g de proteína) como agente reticulante pelo processo de gelificação enzimática em dupla emulsão, estando presente na segunda emulsão 400 mL óleo de milho e Span 80 (1, 3 ou 5% em base do óleo de milho), utilizando velocidade de agitação de 11000 ou 24000 rpm. Foram realizadas as caracterizações morfológicas por microscopia eletrônica de varredura, tamanho médio de partícula e distribuição de tamanho médio de partícula, rendimento de processo, eficiência de encapsulação, teor de material lipídico superficial e teor real de EPA e DHA encapsulados utilizando cromatografia gasosa (CG). A presença de triacilgliceróis foi constatada no interior das microcápsulas, indicando a presença de óleo de milho da segunda emulsão. As microcápsulas produzidas com 5% éster etílico de óleo de peixe, sob agitação de 11000 rpm, com 10% de isolado protéico de soja e 1% Span 80 (EG6) apresentaram os melhores resultados, sendo necessário 3,03 g de microcápsulas na porção de 100 g ou 100 mL de alimento para ser considerado “alimento rico em ômega-3” pelas normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil. PALAVRAS-CHAVE: Ômega-3; Microencapsulação; Gelificação Enzimática; Isolado Protéico de Soja; Transglutaminase. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2007 CONTRIBUIÇÃO A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ABACATE NO BRASIL, EXTRAÇÃO DE ÓLEO A FRIO E CARACTERÍSTICAS DE QUALIDADE Roseli Aparecida Ferrari1; Josimara Aparecida Lopes Nicolusi1 1 Instituto de Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciência e Qualidade de Alimentos, Av. Brasil 2880, Campinas, São Paulo, CEP 13070-178. E-mail [email protected] O abacateiro (Persea americana Mill.) é uma planta frutífera originária das Américas, especialmente do México, pertencente à família Lauraceae. É uma das plantas mais produtivas por unidade de área cultivada. O Brasil está entre os 10 maiores produtores de abacate do mundo. Grande número de variedades de abacate são encontrados em diferentes regiões do Brasil, cujos frutos têm composição química variada. Frutas com altos níveis de lipídios na polpa podem ser importantes matérias-prima para a extração de óleo com substâncias bioativas que podem prevenir doenças. Tradicionalmente, o processo comercial de extração de óleo de abacate usa a fruta inteira maduras, e envolve a secagem, seguida da prensagem mecânica em temperatura elevada com posterior extração com solvente orgânico. A utilização de solventes em escala comercial tem sido questionada por causa de preocupações de poluição do ar. Além disso, a remoção do solvente do óleo pode afetar a sua qualidade. Este trabalho teve por objetivo principal estabelecer os parâmetros para viabilizar a extração do óleo de abacate da variedade Hass em planta piloto usando processo mecânico, semelhante ao de extração de azeite de oliva, com etapa adicional de remoção de casca e caroço visando colaborar para o desenvolvimento desta cadeia produtiva no Brasil. Na sequência, à polpa triturada foi adicionada água na proporção de 1:1 e a mistura mantida por 40-60 minutos a 45-50°C. Óleo, água e sólidos foram separados por uma centrífuga de três fases e o óleo filtrado. O óleo foi caracterizado pelas metodologias oficiais AOCS, e apresentou composição em ácidos graxos assemelhante a do azeite de oliva, predominando o ácido oleico, entre 0,5 a 0,6% de ácidos graxos livres; 5,95 a 11,89 meq/kg de índice de peróxido; 0,09 a 0,16% de umidade; 0,96 a 1,94% de matéria insaponificável e 74,69 a 88,16mg/kg de clorofila. Palavras-chave: Persea americana Mill, lipídios, extração de óleo, SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2008 DUREZA E ESTABILIDADE DE ORGANOGÉIS ESTRUTURADOS COM CERAS VEGETAIS: ESTUDO COMPARATIVO Jéssica Maia Lunardi1; Júlio César Barbosa Rocha1; Daniel Barrera Arellano1 Laboratório de Óleos e Gorduras – Faculdade de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP – Caixa Postal 6091, 13083-970,Campinas, SP – Brasil. E-mail: [email protected] Os organogéis são materiais viscoelásticos e termorreversíveis onde um fluido orgânico (p.ex. óleo vegetal) é imobilizado por uma rede de gel tridimensional formada pela interação física ou química das moléculas de um agente gelificante (p.ex. cera vegetal). Estes materiais despontam como uma solução ao problema de alimentos gordurosos com altos teores de ácidos graxos saturados, mantendo suas características sensoriais de textura e sabor. O objetivo deste trabalho foi avaliar as características de textura e estabilidade em organogéis formados a partir de ceras de cana de açúcar, candelila e carnaúba com óleo de soja, nas concentrações de 1 a 4%. Todas as amostras foram avaliadas quanto à estabilidade de forma visual, nas temperaturas de 5 e 25ºC e somente aquelas em que houve a formação de um organogel estável tiveram sua textura determinada. Na análise de textura, os valores considerados de força máxima para cada gel variaram de 0,11N para a cera de carnaúba (3%) até 21,31N para a cera de candelila (4%) ambas à 5ºC. A cera de candelila se destacou já que, além de ter apresentado maior valor de força máxima, houve formação de géis em todas as concentrações e temperaturas testadas. Com os resultados obtidos, podese concluir que os organogéis formados com cera de candelila como agente estruturante apresentaram uma estrutura mais rígida que os estruturados com ceras de cana de açúcar e carnaúba. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2009 CAPACIDADE EMULSIFICANTE E ESTABILIDADE DE EMULSÕES PREPARADAS COM AMIDOS DE CASTANHA PORTUGUESA E DE MILHO ESTERIFICADOS COM ANIDRIDO N-OCTENIL SUCCÍNICO Georgia Ane Raquel Sehn¹; Marcio Schmiele¹; Valéria da Silva Santos¹; Yoon Kil Chang¹; Caroline Joy Steel¹. ¹Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Rua Monteiro Lobato 80, CEP 13083-862, Campinas, SP. E-mail: [email protected] Visando a utilização como agentes emulsificantes ou encapsulantes de aromas, vitaminas e ácidos graxos, os amidos podem ser submetidos a um processo de modificação química através da adição de grupamento lipofílico, como a esterificação com anidrido n-octenil succínico (OSA). O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade emulsificante e a estabilidade de emulsões preparadas com amido de castanha portuguesa – Castanea sativa - (AC) e amido de milho – Zea mays - (AM), com grau de substituição de 0,012, 0,041 e 0,094 (para AC) e de 0,026, 0,034 e 0,063 (para AM), esterificados com 1, 2 e 3% de OSA (em base amido), respectivamente. As emulsões foram preparadas com uma proporção 75:25 (água:óleo), com adição de 0,5, 1, 2 e 3% de amido esterificado. O sistema foi aquecido a 70ºC em banho-maria por 10 minutos, homogeneizado a 2500 rpm por 5 minutos e centrifugado a 2200xg durante 10 minutos, seguido de leitura visual para avaliar a separação de fases. As amostras com adição de 3% de AC esterificado com 1% de OSA, 2 e 3% de AC esterificado com 2% de OSA e 1, 2 e 3% de AC com 3% de OSA apresentaram capacidade emulsificante de 100%, sem a separação de fases. O AC nativo apresentou maior capacidade emulsificante (48%) quando comparado com a adição de 3% de AM esterificado com 3% de OSA (36%). Somente adições de 2 e 3% de AC nas esterificações com 2 e 3% de OSA foram estáveis após 30 min de aquecimento a 80ºC, seguidos de centrifugação por 10 minutos. O AC esterificado com OSA apresentou excelente capacidade e estabilidade de emulsão quando comparado com o AM, com potencial para utilização como fonte alternativa de emulsificante na indústria alimentícia ou outras. Palavras-chave: amido modificado, castanha portuguesa, emulsão óleo em água, grupamento lipofílico. TC2010 UTILIZAÇÃO DA BAUXITA ATIVADA NA REDUÇÃO DE CONTAMINANTES EM BLENDAS DE BIODIESEL/DIESEL. Willian Richter1; Daniel Barrera-Arellano1 1 Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas – SP, Brasil, Caixa Postal n° 6091. E-mail:[email protected] A crescente utilização de biodiesel em blendas com diesel de petróleo acarreta o desenvolvimento de pesquisas que tem como base melhorar os parâmetros de qualidade dos combustíveis, atendendo os limites estabelecidos pela legislação vigente. Podem-se citar como exemplo de parâmetro de qualidade os contaminantes totais, que podem se encontrar dispersos ou depositados no fundo dos tanques de estocagem, onde se inclui todo o material particulado (produtos de oxidação, poeira, etc.) e as mucilagens produzidas pela ação de microorganismos no combustível. Esta contaminação pode ocasionar problemas tanto no combustível como nos componentes de motores Neste trabalho uma blenda de Biodiesel/Diesel (B5) adquirida no comércio local de Campinas – SP foi eluída a uma vazão de 7L/h por 7 horas. através de uma coluna contendo bauxita termo ativada, com o objetivo de avaliar a eficiência da bauxita na redução de contaminantes totais e água. Os valores máximos estipulados pela ANP n° 65/2011 são de 24 mg/Kg par a contaminantes totais e 200 mg/Kg para água. Os resultados mostraram uma, redução no valor da contaminação total inicial (CTi) de 28 mg/Kg para 22 mg/Kg para a blenda recém percolada (tempo zero) chegando a 5 mg/Kg ao final do tratamento. No mesmo teste, quantificou-se o poder de retenção de água pelo adsorvente onde se observou a redução de quantidades de 717 mg/Kg na amostra sem percolação à valores de 69 mg/Kg no tempo zero e 78 mg/Kg ao final do teste. A redução destes valores a níveis estabelecidos pela legislação mostra que esta técnica é uma alternativa de grande potencialidade para a purificação de blendas biodiesel/diesel. Palavras-chave: Blendas, Biodiesel, Biocombustível, Contaminantes SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2011 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E ESTABILIDADE OXIDATIVA DA FRAÇÃO LIPÍDICA DE POLPA E AMÊNDOA DE TUCUMÃ (Astrocaryum aculeatum) Tainara Costa-Singh1; Neuza Jorge1. 1 Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos, UNESP, Rua Cristovão Colombo, 2265, Jardim Nazareth, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, CEP: 15054-000. Email: [email protected] O Brasil apresenta um grande potencial a ser explorado com relação aos compostos bioativos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antioxidante por meio do radical livre DPPH• e a estabilidade oxidativa nas frações lipídicas da polpa e amêndoa do tucumã. Três lotes dos frutos foram adquiridos na região Norte do Brasil durante safra de 2011/2012 e homogeneizados para análises. Em seguida, os óleos foram obtidos por extração com éter de petróleo a 40-60°C utilizando extrator Soxhlet por 6 h. A atividade antioxidante foi determinada por meio da medida da capacidade de sequestrar radicais livres, DPPH• e os índices de estabilidade oxidativa em Rancimat, a 100°C e fluxo de ar de 20 L/h. A curva de condutividade elétrica versus tempo foi automaticamente registrada e os resultados expressos em horas. As frações lipídicas da polpa e amêndoa do tucumã obtiveram rendimentos de 30,69 e 27,21%, respectivamente, e demonstraram atividade sequestradora do radical DPPH• com valor máximo de 34,15% para a amêndoa. Os valores de CE50, obtidos por regressão linear, para as frações lipídicas extraídas da polpa e amêndoa, mostraram elevados coeficientes de determinação, 0,993 e 0,990, respectivamente. As quantidades necessárias de óleo para decrescer a concentração inicial de DPPH • em 50% (CE50) foram 53,01 e 56,49 mg/mL para as frações lipídicas extraídas da polpa e amêndoa, respectivamente. Os valores dos índices de estabilidade oxidativa foram significativos para a polpa (43,21 h) e amêndoa (62,92 h). A atividade antioxidante correlacionou-se significativamente com a estabilidade oxidativa (r = 0,99). A partir dos dados obtidos neste trabalho, verificou-se que as frações lipídicas das sementes de tucumã apresentaram grande potencial antioxidante e relevante estabilidade oxidativa, no entanto, estudos adicionais são necessários para avaliar essa propriedade e sua aplicação em alimentos. Palavras-chave: DPPH•, palmeiras amazônicas, óleos vegetais. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2012 PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DE ÓLEO EXTRAÍDO DA AMÊNDOA DE PUPUNHA (Bactris gasipaes Kunth) Tainara Costa-Singh1; Neuza Jorge1. 1 Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos, UNESP, Rua Cristovão Colombo, 2265, Jardim Nazareth, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, CEP: 15054-000. Email: [email protected] A pupunha (Bactris gasipaes Kunth) é uma palmeira domesticada pelos Ameríndios da Amazônia, com frutos de sabor agradável e importante como fonte alimentícia, pelo seu alto valor nutritivo e fonte de óleo. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de ácidos graxos de óleo extraído da amêndoa de pupunha. Três lotes dos frutos foram adquiridos na região Norte do Brasil durante safra de 2011/2012 e homogeneizados para análises. Em seguida, o óleo foi obtido por extração com éter de petróleo a 40-60°C utilizando extrator Soxhlet por 6 h. Após a extração, o solvente foi evaporado sob pressão reduzida a 40°C e o óleo extraído foi analisado quanto ao perfil de ácidos graxos, em cromatógrafo gasoso, marca Varian, modelo GC 3900, equipado com detector de ionização de chama, injetor split e amostrador automático. Os compostos foram separados em coluna capilar de sílica fundida CP-Sil 88 (60 m x 0,25, 0,20 mm) com temperaturas: injetor (230°C); coluna (50°C por 2 min, 4°C/min até 240°C, 240°C por 20,5 min); detector (250°C), e o hidrogênio foi utilizado como gás de arraste. A fração lipídica da amêndoa de pupunha obteve rendimento de 15,61% e apresentou 19,22% de ácidos graxos insaturados e 80,78% de ácidos graxos saturados, tendo o ácido láurico como majoritário (46,69%). Entre os ácidos graxos quantificados, observaram-se, ainda, maiores porcentagens dos ácidos mirístico (20,50%) e oleico (14,52%). Este óleo apresenta estabilidade suficiente para ser usado em processo como fritura e pulverização de snacks e biscoitos crackers, para manter a qualidade e aumentar a palatabilidade dos produtos. Palavras-chave: vegetais. cromatografia gasosa, palmeiras amazônicas, óleos SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2013 PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS E TEOR DE TOCOFERÓIS DO ÓLEO DE MILHO QPM CULTIVADO EM SISTEMA DE ALÉIAS Aline Gomes de Moura e Silva1; Neuza Jorge1; Alana das Chagas Ferreira Aguiar 2; Emanoel Gomes de Moura3 1 Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos, Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, UNESP, Cep 15054-000, São José do Rio Preto, SP, Brasil, 2Universidade Federal do Maranhão 3 Universidade Estadual do Maranhão. E-mail: [email protected] O uso do sistema de aléias para cultivo de alimentos biofortificados, como o milho QPM, é uma alternativa sustentável para melhorar a alimentação de famílias que praticam a agricultura de subsistência. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do sistema de aléias e da adição de N e K no teor de tocoferóis e perfil de ácidos graxos do óleo de milho QPM, variedade BR 473. O milho foi cultivado em Chapadinha (MA), em sistema de aléias e os tratamentos consistiram de diferentes combinações de biomassas das leguminosas: leucena (L), gliricídia (G), sombreiro (S) e acácia (A), sem e com adubação mineral (40-40 kg/ha de N-K) mais duas testemunhas sem leguminosas utilizando delineamento em blocos casualizados com quatro repetições. Determinou-se o perfil de ácidos graxos e o teor de tocoferóis dos óleos de milho QPM extraídos pelo método de Bligh-Dyer. Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA e teste de Tukey (P ≤ 0,05). As leguminosas e a adubação não interferiram no teor de lipídios, mas sim no seu perfil. Para os ácidos graxos, a testemunha+NK obteve o maior teor de saturados (16,09%), o tratamento GS resultou em um conteúdo de monoinsaturados, representado pelo oléico, de 35,75% e a testemunha alcançou um alto valor de poli-insaturados (50,36%) com a presença de linoléico e linolênico. Com relação aos tocoferóis, os isômeros encontrados em maiores quantidades foram o alfa (123,43 mg/kg) e gama (157,43 mg/kg) para o tratamento LS. As parcelas sem leguminosas resultaram nos maiores valores de ácidos graxos essenciais e a adubação com 40 kg/ha de uréia e cloreto de potássio influenciou de forma negativa nos teores de tocoferóis. Portanto, o sistema de cultivo e a adubação podem influenciar na qualidade das culturas. Palavras-chave: Zea mays L., nitrogênio, potássio, plantio direto. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2014 DETERMINACIÓN DEL CONTENIDO DE TOCOFEROLES Y POLIFENOLES EN MANÍES ANTES Y DESPUES DE DIFERENTES PROCESOS DE COCCIÓN Ignacio Vieitez1, Bruno Irigaray1, Nicolás Callejas1, Cecilia Rebellato1, Dolores Estradé y María A. Grompone1 1 Laboratorio de Grasas y Aceites, Departamento de Ciencia y Tecnología de los Alimentos, Facultad de Química, (UdelaR), General Flores 2124, 11800, Montevideo, Uruguay. E-mail: [email protected] El consumo de alimentos que poseen un elevado contenido de antioxidantes presenta efectos benéficos desde el punto de vista de la salud. Dentro de los antioxidantes naturales que se pueden encontrar en los alimentos están los tocoferoles y los polifenoles, entre otros. Entre los diferentes tocoferoles, el alfa-tocoferol presenta propiedades antioxidantes a nivel celular. Los polifenoles también poseen probados efectos antioxidantes, previenen determinados tipos de patologías como enfermedades coronarias, algunos tipos de cáncer, diabetes tipo 2, etc. En este trabajo se determinó el contenido total de tocoferoles y de polifenoles en el material graso extraído de maníes, que se comercializan en Uruguay. Dichos antioxidantes se determinaron por cromatografía líquida de alta eficiencia (HPLC) con un detector de fluorescencia para los tocoferoles y un detector de arreglo de diodos para los polifenoles. El contenido de polifenoles y tocoferoles para los maníes con piel sin tratamiento de cocción fue de 480 y 83 ppm respectivamente, mientras que en la piel y en la cáscara el contenido de polifenoles fue de 732 y 138 ppm y de tocoferoles de 132 y 103 ppm. En consecuencia, tanto la piel como la cáscara ofrecen una barrera para los procesos de oxidación del aceite presente en el maní. Cuando los maníes enteros (con cáscara y piel) son calentados en un horno de convección o en un horno de micro-ondas se puede observar que el contenido de polifenoles y tocoferoles disminuye en el maní (sin piel) y en la cáscara. Sin embargo, en la piel se observa un incremento. Palabras clave: Frutos secos, maníes, tocoferoles, polifenoles, cocción. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2015 INFLUÊNCIA DA RAÇA SOBRE A COMPOSIÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DA GORDURA DA CARNE DE BOVINOS Liara Silva Dias1; Débora Maria Moreno Luzia1; Neuza Jorge1 1 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas Rua Cristóvão Colombo, 2265 - Jardim Nazareth - CEP: 15.054-000 - São José do Rio Preto/SP – Brasil. E-mail: [email protected] O objetivo do presente trabalho foi avaliar a influência da raça sobre o perfil de ácidos graxos e o teor de colesterol da gordura intramuscular de carnes de bovinos Nelore puro e Wagyu three cross (1/2 Wagyu, 1/4 Nelore, 1/4 Angus). Utilizou-se regime de confinamento com alimentação composta por bagaço de cana, milho triturado, polpa cítrica, farelo de amendoim e núcleo mineral. Os animais da raça Nelore apresentavam 38 meses de idade e 507 kg, em média, e os Wagyu, 35 meses e peso médio de 907 kg. Três animais de cada raça, sexo masculino, castrados, provenientes da fazenda “Vó Cidinha”, foram abatidos no Frigorífico José Bonifácio Ltda. Os cortes utilizados foram contrafilé e acém. As gorduras foram extraídas pelo método Soxhlet, a composição de ácidos graxos foi determinada por esterificação a frio e, a separação, realizada por CG com coluna CP-Sil 88 (60 m, 0,25 mm x 20 μm), temperatura da coluna: 90ºC por 4 min, 10ºC/min até 195ºC, 195ºC por 16 min, injetor split (230ºC), amostrador automático, e detector de ionização de chama (250ºC), gás de arraste: hidrogênio, fluxo: 30 mL/min. O teor de colesterol foi determinado por CG-FID, em coluna de sílica fundida (30 x 0,25 mm, 0,25 m), em isoterma de 300ºC por 10 min, injetor automático (280ºC) e detector de ionização de chama (320ºC), gás de arraste: hidrogênio, vazão: 40 mL/min. A composição de ácidos graxos da gordura Wagyu foi mais insaturada que a Nelore, destacando-se o acém, com 61,7% de insaturados. Entretanto, o teor de colesterol Wagyu foi mais elevado que o Nelore, com 860 mg/kg para contrafilé. A ingestão de carne Wagyu proporciona benefícios ao metabolismo do consumidor pelo aporte de ácidos graxos insaturados, porém, é necessário moderação para que o elevado índice colesterolêmico não cause danos à saúde. Palavras-chave: Carne, lipídios, gordura bovina, colesterol, cromatografia. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2016 FORMULAÇÃO DE PASTA AMERICANA E GLACÊ COM BAIXO TEOR DE ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS A PARTIR DA TECNOLOGIA DE ORGANOGÉIS Carolina Amoroso Melo1*; Kamila Ferreira Chaves1; Daniel Barrera-Arellano1 1 Laboratório de Óleos e Gorduras – Faculdade de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP – Caixa Postal 6091, 13083970, Campinas, SP – Brasil. *E-mail: [email protected] Organogeís são materiais viscoelásticos formulados cm um estruturante e um líquido orgânico capazes de manter a sua estrutura sob stress mecânico limitado, este tipo de material possui alta potencialidade em produtos alimentícios, principalmente na redução do teor de ácidos graxos saturados. O objetivo desse trabalho foi formular um glacê e uma pasta americana, utilizando a tecnologia de organogéis. Uma mistura de óleo de soja (90%) e gordura esterificada (10%) foi estruturada com cera de candelilla (4%), monoglicerídeos (4%) e lecitina (0,5%) mediante a fusão de todos os ingredientes e resfriamento para formação do organogel. A pasta americana e o glacê foram elaborados adicionando, açúcar (77,8 e 72,27%), amido (3,82 e 3,55%) e água (5,10 e 11,84%), respectivamente, ao organogel. Os produtos obtidos, quando comparados com produtos comerciais, na ordem pasta americana e glacê, possuem menores teores de gordura (12,2 vs 21,9% e 11,8 vs 19,2%), menores de ácidos graxos saturados (3,3 vs 6,6% e 3,0 vs 8,5%) e teor de ácidos graxos trans “zero”, enquanto os produtos comerciais apresentam 7,9 e 4,1%. Os valores para textura (firmeza) e espalhabilidade na massa americana formulada foram maiores (21,2 vs 34,3 Kg; 39,7 vs 30,4 Kg.s) e menores no glacê com organgel (0,72 vs 2,3 Kg; 0,6 vs 1,6 Kg.s). A tecnologia de organogéis aplicada em produtos como pasta americana e glacê mostrou-se tecnicamente viável para a redução de gorduras trans e saturadas sem alterações na aparência e funcionalidade dos mesmos. Palavras-Chave: organogel, saturados, glacê, pasta americana, umidade, espalhabilidade. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2017 COMPOSTOS BIOATIVOS DE ÓLEOS DE SEMENTES DE FRUTAS CÍTRICAS Ana Carolina da Silva1; Neuza Jorge1 1 Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – IBILCE, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, 15054-000. E-mail: [email protected] As frutas cítricas desempenham um papel importante na alimentação humana, sobretudo na forma de suco, doces ou fruta in natura. Porém, durante o processamento destas frutas, um grande volume de resíduos é gerado. Estes resíduos apresentam elevado potencial, pois o óleo extraído das sementes apresenta compostos bioativos, que agem beneficamente na saúde prevenindo o surgimento de doenças. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de compostos bioativos dos óleos extraídos das sementes de laranja pera, kinkan, e cidra. As sementes, obtidas dos resíduos da agroindústria, foram separadas, lavadas e secas a 40ºC, e os óleos obtidos pelo método Bligh & Dyer. Para a quantificação dos compostos bioativos foram analisados o perfil de ácidos graxos e o teor de fitosteróis, por cromatografia gasosa, além do teor de tocoferóis e de compostos fenólicos, por cromatografia líquida de alta eficiência. Os rendimentos em óleo foram de 40,4, 33,6 e 25,5% para as sementes de laranja pera, kinkan e cidra, respectivamente. O perfil de ácidos graxos revelou que os óleos são, predominantemente, insaturados. O ácido linolênico foi detectado nas três amostras, com 8,0, 8,5 e 3,0% para os óleos das sementes de cidra, kinkan e laranja pera, respectivamente. O β-sitosterol foi o esterol predominante em todas as amostras, com média de 132 mg/100 g. Somente o α-tocoferol foi encontrado nos óleos das sementes da laranja pera e cidra com 153,7 e 57,5 mg/kg, respectivamente, enquanto que no óleo das sementes de kinkan não foram detectados tocoferóis. Dentre os compostos fenólicos, o ácido salicílico predominou nos óleos analisados, com 20,6, 45,7 e 64,5 mg/kg para os óleos das sementes de laranja pera, kinkan e cidra, respectivamente. Os resultados demonstram que os óleos estudados são fontes de compostos bioativos, podendo ser explorados pela indústria farmacêutica e alimentícia, reduzindo o descarte pela indústria. Palavras-chave: frutas cítricas, óleos vegetais, perfil de ácidos graxos, tocoferóis, fitosteróis, compostos fenólicos. Agradecimentos: Fapesp (Auxílio à Pesquisa, proc. 2011/50557-6) e CNPq (Bolsa de Produtividade). SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2018 ÓLEO DAS SEMENTES DE TOMATE: ESTABILIDADE OXIDATIVA E PROPRIEDADES FUNCIONAIS Ana Carolina da Silva1; Neuza Jorge1 1 Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – IBILCE, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP, São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil, 15054-000. E-mail: [email protected] O processamento comercial de tomates gera quantidades significantes de resíduos sólidos, compostos por cascas, sementes e aparas. As sementes, principais componentes do resíduo, são fontes inexploradas de óleo, que poderia ser aproveitado para cosméticos, produtos farmacêuticos, como óleo comestível e em indústrias de verniz. Para melhor aplicação deste óleo não convencional, faz-se necessário um estudo de suas propriedades. Assim, os objetivos deste trabalho foram avaliar a estabilidade oxidativa e as propriedades funcionais do óleo das sementes de tomate (Solanum Lycopersicum). As sementes, obtidas dos resíduos da agroindústria, foram separadas, lavadas e secas em estufa a 40ºC, e os óleos obtidos pelo método Bligh & Dyer. A estabilidade oxidativa foi determinada em Rancimat (fluxo de 20 L/h, 100ºC). As propriedades funcionais do óleo foram determinadas pelas análises de perfil de ácidos graxos e teor de fitosteróis, por cromatografia gasosa, além da determinação do teor de tocoferóis e de compostos fenólicos, por cromatografia líquida de alta eficiência e teor de carotenoides, por espectrofotometria. O rendimento lipídico das sementes de tomate foi de 20,17%. A estabilidade oxidativa do óleo foi de 33,6 h, valor relativamente elevado, considerando-se que 61% dos ácidos graxos do óleo são poliinsaturados, predominando o ácido linoleico. Isto pode ser explicado pela presença de carotenoides totais (9,5 μg β-caroteno/g) e de γ-tocoferol (330,8 mg/kg), que agem como antioxidantes, prevenindo a oxidação lipídica. O óleo das sementes de tomate também é fonte de fitosteróis, como o βsitosterol e o estigmastanol, com 169,8 e 141,5 mg/100 g , respectivamente. Quanto à composição de compostos fenólicos, a epicatequina se destacou com 6,9 mg/kg. Com estes resultados, pode-se indicar a utilização do óleo das sementes de tomate para as indústrias alimentícia, química ou farmacêutica, como forma de agregar valor aos produtos e reduzir os descartes para o meio ambiente. Palavras-chave: resíduos, óleo vegetal, compostos bioativos, antioxidantes. Agradecimentos: Fapesp (Auxílio à Pesquisa, proc. 2011/50557-6) e CNPq (Bolsa de Produtividade). SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2019 AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE OXIDATIVA DO ÓLEO DA POLPA DE ABACATE (PERSEA AMERICANA MILL.) JORGE, T. S1.; Telis-Romero, J1; JORGE, N1. 1 Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – UNESP, São José do Rio Preto, SP, Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth, 15054-000. Email: [email protected] A oxidação lipídica é uma das principais alterações que afetam os óleos. A fim de estudar o potencial do uso do óleo de abacate na culinária, o presente trabalho avaliou a sua estabilidade oxidativa sob aquecimento. Os óleos extraídos, por centrifugação, da polpa de abacate das variedades Hass e Margarida foram submetidos ao processo de termoxidação (180 ± 5°C/16 h). As amostras foram tomadas nos intervalos de tempo de 0, 4, 8, 12 e 16 h e analisadas quanto aos compostos polares totais utilizando o Testo 265 e quanto aos dienos conjugados, índice de estabilidade oxidativa e perfil de ácidos graxos, segundo métodos da American Oil Chemists’ Society. Os resultados de compostos polares aumentaram significativamente 18,5% para Hass e 15,5% para Margarida no final do experimento quando o Hass atingiu o limite de descarte (27%). Os valores de dienos conjugados para Hass e Margarida nos tempos inicial e final foram, respectivamente, 0,20-1,37% e 0,15-1,29%. Hass apresentou maior índice de estabilidade oxidativa no tempo inicial (5,6 h) comparado ao Margarida (3,9 h). Após 16 h, os valores decaíram significativamente para 0,2 h. Os óleos de abacate têm como principal constituinte o ácido oleico, seguido pelo linoleico. Na análise de ácidos graxos se destacaram os poli-insaturados (66,1%) para o Hass; saturados (23,3%) e monoinsaturados (16,1%) para Margarida. A composição de ácidos graxos variou tanto ao longo do tempo, quanto entre as variedades. Houve um aumento significativo de ácidos graxos saturados e monoinsaturados, em contrapartida, uma redução significativa de poliinsaturados para os ambos os óleos ao longo do processo. Nas condições deste estudo, Margarida sofreu menores variações na composição de ácidos graxos e apresentou maior estabilidade oxidativa. Palavras chaves: óleo de abacate, ácidos graxos, oxidação lipídica, índice estabilidade oxidativa, compostos polares totais. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2020 FITOSTERÓIS, TOCOFERÓIS E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE EM ÓLEO DA POLPA DE ABACATE (PERSEA AMERICANA MILL.) JORGE, T. S. 1; Telis-Romero, J.1 ; JORGE, N1. 1 Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas – UNESP, São José do Rio Preto, SP, Rua Cristóvão Colombo, 2265, Jardim Nazareth, 15054-000. Email: [email protected] Na fração correspondente à matéria insaponificável estão presentes os esteróis, tocoferóis, carotenóides, hidrocarbonetos e ceras. Os fitosteróis são importantes especialmente pela capacidade de diminuir o colesterol plasmático e devem estar presentes na dieta humana. Os tocoferóis são compostos que compreendem o grupo da vitamina E, considerado um dos melhores antioxidantes naturais amplamente aplicados como meio para inibir a oxidação de óleos. O presente trabalho teve como principais objetivos determinar a composição de fitosteróis, tocoferóis e quantificar a matéria insaponificável, bem como medir a atividade antioxidante do óleo da polpa de abacate das variedades Hass e Margarida extraídos por centrifugação. Para análise cromatográfica de fitosteróis, utilizou-se cromatógrafo gasoso com detector de chama, enquanto a análise de tocoferóis foi conduzida em Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detector de fluorescência. A atividade antioxidante do óleo foi medida por meio do método DPPH •, expresso com CE50. De acordo com a composição de fitosteróis de ambos os óleos, o constituinte principal encontrado foi o β-sitosterol, perfazendo cerca de 80% (Hass 76,9 mg/100 g e Margarida 82,3 mg/100 g). Foi encontrado somente o α-tocoferol para os óleos estudados e em quantidade superior para a variedade Margarida (36,7 mg/kg). Ao avaliar a matéria insaponificável, verificou-se que as variedades diferiram significativamente, cujos resultados foram 0,8% para Hass e 1,2% Margarida. As atividades antioxidantes máximas e os valores da concentração suficiente para obter 50% do efeito máximo, estimado em 100% (CE50), para Hass e Margarida foram 19,4%, 60,7 mg/mL e 21,5%, 50,0 mg/mL, respectivamente. A variedade Margarida apresentou maiores teores de vitamina E, β-sitosterol e atividade antioxidante. Palavras chaves: óleo de abacate, vitamina E, β-sisterol, atividade antioxidante. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2021 CARACTERIZAÇÃO DE ÓLEO DE VÍSERAS DE FRANGO PARA SER UTILIZADO COMO SUBSTRATO EM REAÇÕES DE ETANÓLISE Cátia Lohmann Erig1; Camila Bonissoni1; Luana Gonçalves1; Andréia Dalla Rosa1; Giniani Carla Dors1; Maria Manuela Camino Feltes1 1 Instituto Federal Catarinense IFC – Câmpus Concórdia - Rod. SC 283 - Km 08 - Vila Fragosos, Cx. Postal 58, CEP 89.700-000 – Concórdia/SC, Brasil. Fone: +55 (49) 3441-4800. E-mail: [email protected] Biodiesel production in Brazil is growing every year, and it becomes necessary to search for alternative raw materials such as chicken viscera oil. Compared to chemical methods using acid or alkaline catalysts, the use of lipases as catalysts for biodiesel production has great potential because it eliminates the drawbacks of the chemical process. The aim of this work was to determine the characteristics of the chicken viscera oil in order to evaluate its suitability for use as substrate for enzyme-catalyzed ethyl esters production. Among the physico-chemical analyses that were performed, we highlight the acid value of the oil (2.4747%) and its peroxide value (0.097 Meq O2/kg oil). This results indicate the oil quality. In addition to these values, the saponification number (196.5774 mg KOH g-1 oil), the refraction index (1.4527), the moisture and volatile matter (0.2917%), relative density (0.9201 kg L-1) and molar mass (856.2 g mol-1) of the oil were also determined. The results indicated this feedstock was suitable for use as substrate in ethanolysis reaction, as verified by thin layer chromatography. Keywords: Biodiesel, chicken oil, enzyme catalysis. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2022 CARACTERIZAÇÃO DE AZEITE DE OLIVA PRODUZIDO POR UMA UNIDADE EXPERIMENTAL DA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA Camila Bonissoni1; Cátia Lohmann Erig1; Luana Gonçalves1; Andreia Dalla Rosa1; Dorli Mario Da Croce2; Giniani Dors1; Maria Manuela Camino Feltes1 1 Instituto Federal Catarinense – Câmpus Concórdia, Rod SC 283 km 08, Vila Fragosos, Caixa Postal 58, CEP 89700-000, Concórdia SC, Brasil. 2 Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – EPAGRI, Avenida Servidão Ferdinando Ricieri Tusset s/n, Caixa Postal 790, CEP 89801-970, Chapecó SC, Brasil. E-mail: [email protected] O azeite de oliva é um dos óleos vegetais mais importantes e antigos do mundo, obtido a partir do fruto da oliveira (Olea europaea L.) por processos mecânicos ou físicos que não alteram suas características. É composto por aproximadamente 90% de ácidos graxos insaturados, sendo o principal o ácido oleico. A variedade da azeitona, as condições climáticas, práticas de cultivo e estado de maturação do fruto são fatores que influenciam a qualidade do azeite. Devido a estas possíveis variações, são necessárias avaliações constantes da qualidade do óleo. O objetivo deste trabalho foi caracterizar amostra de azeite de oliva da variedade Koroneiki, obtida em unidade experimental da região Oeste de Santa Catarina, Brasil. Determinouse o índice de acidez (0,32%), índice de saponificação (201,86 mg KOH/g azeite), índice de peróxido (0,2277 meq O2/g amostra), densidade relativa (0,9175), índice de refração (1,4679), reação de Kreis, umidade e matéria volátil (0,2%), e o resíduo por incineração - cinzas (0,1731%) da amostra. Os resultados mostraram que a amostra atende o padrão de qualidade para azeite de oliva, embora variações tenham sido observadas nos parâmetros de identidade do produto em relação aos dados citados na legislação e na literatura disponíveis. Palavras-chave: Azeite de Oliva, Padrão de Identidade e Qualidade. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2023 CAPACIDADE EMULSIFICANTE DE AMIDO DE CASTANHA PORTUGUESA MODIFICADO QUIMICAMENTE Marcio Schmiele1; Dianini Huttner Kringel2; Georgia Ane Raquel Sehn1; Valéria da Silva Santos1; Marcia Arocha Gularte3; Yoon Kil Chang1; Caroline Joy Steel1 ¹ Universidade Estadual de Campinas2 Universidade Federal do Rio Grande 3 Universidade Federal de Pelotas Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas, Rua Monteiro Lobato 80, CEP 13.083-862, Campinas/SP, Brasil. E-mail: [email protected] Os amidos apresentam diversas funções em sistemas alimentícios e nãoalimentícios. A modificação química de amidos apresenta-se como alternativa para aumentar a funcionalidade tecnológica, sendo que a esterificação do amido com um grupamento lipofílico, como o anidrido n-octenil succínico (OSA), pode torná-lo um agente emulsificante. O objetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade emulsificante (CE) de amido de castanha portuguesa esterificado com OSA nas concentrações de 1, 2 e 3% de OSA (em base amido), sendo os produtos denominados de E1, E2 e E3, respectivamente. A CE do amido de castanha portuguesa esterificado foi avaliado através de delineamento composto central rotacional de duas variáveis independentes, sendo: X1 – teor de óleo de soja (5-50%); e X2 – concentração de emulsificante (0,5-5%). Os resultados demonstraram que o uso de E1, E2 e E3 apresentou CE entre 18 e 100%, 20 e 100% e 25 e 100%, respectivamente. A avaliação estatística mostrou que o teor de óleo de soja e a concentração de emulsificante influenciaram estatisticamente (p≤0,05) a CE. Os valores de R2 foram de 96,64, 97,19 e 99,24%, a razão de Fcalc/Ftab de 9,52, 6,84 e 25,88 (respectivos a E1, E2 e E3) e p-valor ≤0,001 (para os três emulsificantes). A melhor concentração de óleo de soja emulsionado no sistema foi de 23% para os três emulsificantes avaliados, sendo que a melhor concentração dos emulsificantes foi de 3,3% de E1 e E2 e de 2,8% de E3. No entanto, as superfícies de resposta mostraram maior área com 100% de CE para E3, seguido de E2 e E1. Desta forma, o melhor desempenho na CE foi observado com E3, embora se utilizadas em maiores concentrações, E2 e E1 também podem apresentar resultados satisfatórios. O amido de castanha portuguesa quimicamente modificado apresentou excelente capacidade emulsificante, mostrando viabilidade de uso em sistemas alimentícios ou nãoalimentícios. Palavras-chave: amido modificado, esterificação, grupamento lipofílico. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2024 INTEGRAÇÃO DOS PROCESSOS DE EXTRAÇÃO LÍQUIDO-LÍQUIDO E PERVAPORAÇÃO PARA DESACIDIFICAÇÃO DO ÓLEO DE MACAÚBA (ACROCOMIA ACULEATA) Priscila Albuquerque da Costa¹; Larissa de Fátima de Oliveira Costa³; Lourdes Maria Correa Cabral²; Suely Pereira Freitas¹. ¹ Escola de Química - Universidade Federal do Rio de Janeiro; ² Embrapa Agroindústria de Alimentos; ³ Colégio de Aplicação Emmanuel Leontsinis. Embrapa Agroindústria de Alimentos, Av. das Américas, 29501 - Guaratiba. Rio de Janeiro, RJ - Brasil - CEP 23020-470. E-mail: [email protected] Macaúba é uma planta da família Palmae e ocorre, principalmente, no Estado de Minas Gerais. Seus frutos, ricos em lipídeos, apresentam valor proteico elevado. O óleo da polpa é constituído predominantemente por ácido oleico e apresenta semelhanças ao azeite de palma. A desacidificação é uma das etapas mais importantes do refino de óleos, pois a presença de ácidos graxos livres (AGL) interfere de forma negativa na estabilidade oxidativa. O processo convencional consiste na neutralização do óleo com uma base e remoção do sabão por centrifugação. Óleos com elevados teores de AGL não podem ser neutralizados devido às perdas, por isso, recomenda-se sua desacidificação por extração líquido-líquido (ELL) com etanol hidratado. A pervaporação é baseada na diferença da pressão de vapor dos componentes da mistura. Os objetivos do trabalho foram selecionar os parâmetros da desacidificação do óleo da polpa de macaúba por fracionamento, recuperar os AGL usando etanol hidratado e separar o solvente do soluto com pervaporação. A seleção e validação dos parâmetros de desacidificação e a determinação da cinética de separação das fases foram feitas aplicando-se a metodologia de superfície de resposta e o teste de Fisher (p<0,05). O etanol foi recuperado por pervaporação com filtração tangencial usando-se uma membrana densa anisotrópica de polidimetilsiloxano com 50,3 x10-4 m2 de área. A acidez inicial, a razão solvente/substrato, o teor de água no etanol e o número de estágios são fatores importantes na remoção dos AGL e na eficiência do processo. A membrana utilizada foi seletiva e permitiu a separação total dos AGL obtendo-se um permeado isento do soluto. Conclui-se que a desacidificação do óleo de macaúba por meio da ELL com etanol é indicada para óleos com acidez da ordem de 10 % de AGL e que a pervaporação é um processo que poderá ser utilizado na recuperação total do solvente. Palavras chave: Óleos Vegetais, Ácidos Graxos Livres, Desacidificação de Óleo, Processos com Membranas. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2025 USO DE EXTRATOS DE ESPECIARIAS E SEU EFEITO NA ESTABILIDADE OXIDATIVA DO ÓLEO DE SOJA Ana Paula Marques Pino- Sichieri 1; Marisa Aparecida Bismara Regitanod’Arce1; Marcela Mattus1; Tais Zucol 1; Joseanne Rodella1 ; Thais Maria Ferreira de Souza Vieira1; Mayara Salvian1 1 Universidade de São Paulo, Colégio de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Av. Pádua Dias, 11 / 13418-900 Piracicaba, Sp – Brasil; E-mail: [email protected] A degradação oxidativa dos lipídeos é um fator preponderante que limita a vida de prateleira dos alimentos, reduzindo suas qualidades nutricionais e organolépticas. A utilização de antioxidantes durante o processo de fabricação pode diminuir consideravelmente a extensão da oxidação lipídica, desencadeada pela reação de radicais livres. A crescente preocupação pelo consumo de alimentos mais saudáveis e livres de aditivos sintéticos tem recebido maior atenção pelas indústrias, que atualmente tem procurado por alternativas mais naturais, como o uso de antioxidantes provenientes de ervas e especiarias, como uma forma promissora de substituição dos compostos sintéticos. O estudo da estabilidade oxidativa do óleo de soja isento de antioxidante, adicionado de extratos de cravo, canela e pimenta dedo-de-moça na concentração de 100 ppm, como fontes de antioxidantes naturais, armazenado sob condições ambientes durante 7 meses foi investigado. As variáveis estudadas foram índice de peróxido, índice de acidez, absortividade na faixa do ultravioleta nos comprimentos de onda 232nm e 270nm. Durante o período de armazenamento, o óleo de soja adicionado de extrato hidroalcoólico de cravo, dentre as especiarias, foi o que apresentou melhores resultados seguido de canela, da pimenta e do controle (isento de antioxidante). Porém, tiveram menor efeito antioxidante comparado ao antioxidante sintético TBHQ. O extrato de cravo pode ser considerado uma opção natural para substituir antioxidantes sintéticos no óleo de soja no mercado. Palavras-chave: Armazenamento, antioxidantes naturais, cravo, canela, pimenta dedo-de-moça SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2026 AVALIAÇÕES FÍSICO-QUIMICAS DA LECITINA DE ARROZ Adriana Rodrigues Machado1; Paola Lopes Cavalheiro1; Anelise Christ Ribeiro1; Leonor A. Souza-Soares1 1 Instituição:UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE-FURG Laboratório de Ciência de Alimentos e Micotoxinas -Universidade Federal do Rio Grande. Rua Alfredo Huch, 474 - Cep: 96201-900 – Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. -53-32338600 E-mail: [email protected] A lecitina é considerada como um surfactante atóxico, bem tolerado pelo organismo, pois é parte integral das membranas celulares e pode ser totalmente metabolizada. O objetivo do trabalho foi avaliar as características físico-químicas da lecitina de arroz bruta. A matéria-prima utilizada foi a goma proveniente da degomagem do óleo bruto de farelo de arroz (RBOS), fornecido pela indústria IRGOVEL S.A., localizada no município de Pelotas, Rio Grande do Sul. Foram realizadas as análise de Índice de Refração (IR), Índice de Acidez (IA), pH, índice de iodo e Índice de saponificação na lecitina bruta. Os resultados obtidos das análises foram: Índice de refração 1,4851; comparando com o encontrado em estudos para lecitina de soja que varia entre1.465-1.470. O índice de Acidez obtido foi 2,30mg KOH/g; verificou-se que o índice de acidez encontrado estava de acordo com a literatura, onde o máximo encontrado de 3,0 mgKOH/g,para lecitina de soja . Com relação ao pH obtido foi encontrado 5,99, em pesquisas, a maioria dos produtos de lecitina possui um pH de 7, ou seja, a Lecitina é o mais eficaz em fórmulas com um pH acima de 4. Quanto ao Índice de iodo determinado na amostra, foi encontrado 78,39%, este encontra-se abaixo do comparado com investigações de óleo bruto que é acima de 160%, sendo a lecitina proveniente do refino do óleo. O índice de saponificação determina o grau de deterioração e a estabilidade do material, a oxidação. Os valores encontrados neste trabalho (210 mg KOH/g) para saponificação estão acima dos obtidos em estudos que variam de 150 a 200 mg KOH/g para lecitina de soja. Portanto, os resultados obtidos na maioria dos parâmetros avaliados estão de acordo com diversas pesquisas, já o índice de refração e saponificação foram acima dos encontrados na literatura, comparado com a lecitina de soja. Palavras-chave: índices, surfactante e avaliações SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2027 TÉCNICA DE CROMATOGRAFIA EM COLUNA PARA PURIFICAÇÃO DA LECITINA OBTIDA DA DEGOMAGEM DO ÓLEO DE ARROZ Adriana Rodrigues Machado1; Paola Lopes Cavalheiro1; Helen Cristina dos Santos Hackbart1; Leonor A. Souza-Soares1 1 Instituição:UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE_FURG Laboratório de Ciência de Alimentos e Micotoxinas -Universidade Federal do Rio Grande. Rua Alfredo Huch, 474 - Cep: 96201-900 – Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. -53-32338600 E-mail: [email protected] A lecitina corresponde a um conjunto de fosfolipídios que são extraídos do óleo de soja ou de arroz, sendo utilizada em aplicações industriais ou para fins nutricionais, apresentando-se pastosa, de cor acastanhada clara ou escura. Possui propriedades funcionais que são determinadas pelas conformações estruturais de seus principais componentes os fosfolipídios. O objetivo do presente estudo foi avaliar a pureza da lecitina de arroz através da técnica de cromatografia em coluna. Para a condução deste trabalho, foi realizada primeiramente a purificação parcial da lecitina(30g) através da extração por solventes primeiramente, o acetato de etila, acetona e água (50, 2 e 30mL), obtendo-se a lecitina purificada (fosfatidilcolina purificada). A purificação através da cromatografia em coluna (CC) utilizando lecitina bruta e fosfatidilcolina purificada (10g) foram realizadas com os eluentes clorofomio, metanol e água (7:3:1 v/v/v). os procedimentos de purificação foram monitorados por cromatografia em camada delgada de alta eficiência (CCDAE) utilizando-se o mesmo eluente da CC e cromatoplacas de sílica gel 60 F254 .O rendimento obtido da lecitina purificada por solventes foram 12g. As cromatoplacas foram reveladas em atmosfera saturada de iodo. As cromatoplacas foram feitas com lecitina bruta como padrão e lecitina purificada (fosfatidilcolina), onde os fatores de retenção obtidos foram 0,181 e 0,120 para lecitina bruta e lecitina purificada, respectivamente. A CCDAE apresenta-se como uma técnica simples, barata e muito importante para a separação rápida e análise qualitativa de pequenas substâncias. E tem como intuito analisar, identificar ou separar os componentes de uma mistura. Os resultados obtidos neste trabalho foram feitos usando como parâmetro o Fator de Retenção (RF), que é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente. O RF obtido foi comparado com o padrão (Lecitina bruta), e foram bastante satisfatórios para este trabalho. Palavras-chave: fosfolipídios, camada delgada de alta eficiência e purificação SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2028 APLICAÇÃO DA ESPECTROMETRIA DE MASSAS AMBIENTE NO MONITORAMENTO DO GRAU OXIDATIVO DE BIODIESEL Gustavo das Graças Pereira1*; Ildenize Barbosa da Silva Cunha2; Marcos Nogueira Eberlin2; Rosana Maria Alberici2; Daniel Barrera Arellano1 1 Laboratório de Óleos e Gorduras, Faculdade de Engenharia de Alimentos, UNICAMP, CEP: 13081-970. Campinas, S.P., Brasil. 2 Laboratório ThoMSon de Espectrometria de Massas, Instituto de Química, UNICAMP, CEP: 13081-970. Campinas, S.P., Brasil. *Email: [email protected] Os compostos provenientes da degradação oxidativa do biodiesel causam problemas de corrosão nas peças do motor e de entupimento nos filtros e sistemas de injeção. Isso ocorre, sobretudo, em biocombustíveis com alto grau de oxidação. Assim, o objetivo deste trabalho foi empregar a técnica de espectrometria de massas ambiente com ionização por sonic-spray (EASIMS) na determinação do fim da estabilidade oxidativa de biodiesel. EASI-MS é uma nova ferramenta analítica, rápida e sensível, que exige pouco ou nenhum preparo de amostra. Biodiesel comercial de soja contendo 200 ppm de BHT foi submetido a um procedimento de oxidação acelerada (3 g de amostra, T=110°C e fluxo de ar de 10 L/h). Amostras foram coletadas antes e após o período de indução e analisadas quanto aos parâmetros oxidativos e de qualidade. Espectros de massas foram adquiridos no modo positivo em uma faixa de m/z 100-1000, adicionando 2 µL de amostra diretamente na superfície de um papel e empregando-se um espectrômetro de massas monoquadrupolo (Shimadzu, LCMS2010). Verificou-se que as principais alterações nos parâmetros índice de peróxido, acidez e viscosidade cinemática ocorreram a partir do período de indução (9,6 h). Paralelamente, os espectros de massas mostraram comportamento semelhante ao obtido nas análises físico-químicas, sendo que as principais alterações no perfil do espectro ocorreram somente após o período de indução. Os principais íons que possibilitaram essa diferenciação foram relacionados aos produtos primários de oxidação (hidroperóxidos), aos compostos secundários originados da decomposição dos hidroperóxidos (m/z 100-250) e aos dímeros (m/z 600-700). Assim, a identificação destes compostos no espectro de massas permitiu estabelecer o fim da estabilidade oxidativa para biodiesel. Concluindo, EASI-MS demostra ser uma técnica direta, rápida e versátil que pode ser utilizada como uma ferramenta de screening na identificação de amostras de biodiesel com alto grau oxidativo. Palavras-chave: biodiesel, oxidação, dímeros, EASI-MS FINANCIAMENTO – FAPESP e CAPES SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2029 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE ÓLEOS COMPOSTOS Carolina Médici Veronezi1; Neuza Jorge1 1 Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos, Rua Cristóvão Colombo, 2265, CEP: 15054-000. São José do Rio Preto, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Os óleos vegetais têm grande importância para a dieta humana por constituírem a maior fonte energética. Logo, é crescente o interesse por óleos comestíveis com composição especial, como os óleos compostos. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade de óleos compostos obtidos de fontes alternativas. Foram estudados os óleos de soja (S), de sementes de mamão (Ma), de sementes de melão (Me), azeite de oliva (Ao), além dos compostos SAo, SMa, SMe formulados na proporção 80:20 p/p, e SMaMe, na proporção 60:20:20 p/p/p. Foram determinados os índices de acidez, peróxido, refração e a estabilidade oxidativa. As análises foram realizadas empregando os métodos oficiais da American Oil Chemists Society. O índice de acidez encontrado variou de 0 a 19,2 mg KOH/g, sendo que o Ao e Ma apresentaram valores superiores aos padrões estabelecidos pela legislação brasileira, de 19,2 e 10,9 mg KOH/g, respectivamente. Quanto ao índice de peróxidos, o SAo mostrou maior degradação (6,4 meq/kg), embora esteja abaixo dos valores estabelecidos pela legislação para óleos brutos e refinados. Nos óleos estudados foram encontrados índices de refração de 1,463 a 1,468, sendo o menor valor obtido pelo Ma que também foi o que apresentou maior estabilidade oxidativa (42,3 h). Os óleos compostos mostraram baixa degradação hidrolítica e oxidativa. Além disso, apresentaram estabilidade oxidativa maior do que o óleo de soja. Pode-se concluir que os óleos estudados, principalmente o SMaMe, são de boa qualidade para utilização em produtos alimentícios. Palavras-chave: sementes, óleos especiais, índice de acidez, índice de peróxidos, índice de refração, estabilidade oxidativa. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2030 ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE ÓLEOS NÃO CONVENCIONAIS Carolina Médici Veronezi1; Neuza Jorge1 1 Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos, Rua Cristóvão Colombo, 2265, CEP: 15054-000. São José do Rio Preto, SP, Brasil. E-mail: [email protected] A busca por fontes alternativas para obtenção de óleos vegetais é cada vez maior, visto que a população procura por óleos mais saudáveis. Com isso, aumenta-se a produção de óleos com composição especial. O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antioxidante de óleos vegetais obtidos de fontes não convencionais. Foram estudados os óleos de soja (S), de sementes de mamão (Ma), de sementes de melão (Me), azeite de oliva (Ao), além dos compostos SAo, SMa, SMe, formulados na proporção 80:20 p/p e SMaMe, na proporção de 60:20:20 p/p/p. Os métodos utilizados foram DPPH˙, ABTS˙+, FRAP e β-caroteno/ácido linoleico. Todos os óleos pesquisados demonstraram atividade sequestradora do radical DPPH˙ superior a 50%, atingindo valor máximo de 94,6% para óleo de soja. Em relação ao ABTS˙+, destacaram-se o Ma (31,3 µMol trolox/100g) e o SMe (28,5 µMol trolox/100g). Quanto à capacidade antioxidante das amostras em reduzir o Fe+3 a Fe+2 determinado pelo método FRAP, o Me e o SMaMe apresentaram elevados valores, 185,9 e 148,8 µMol trolox/100g, respectivamente. Na análise β-caroteno/ácido linoleico, o óleo de soja e o Ao obtiveram maiores valores, 70,5 e 68,4%, respectivamente. A diferença detectada entre os resultados da atividade antioxidante se deve aos distintos mecanismos de reação de cada metodologia, além da quantidade e variedade de compostos antioxidantes, como carotenoides, tocoferóis e compostos fenólicos presentes em cada óleo. Porém, é possível concluir que os óleos, principalmente os não convencionais, possuem elevada atividade antioxidante. Palavras-chave: sementes, óleos especiais, DPPH˙, ABTS˙+, FRAP e βcaroteno/ácido linoleico. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2031 COMPOSIÇÃO DE TOCOFERÓIS E FITOSTERÓIS EM ÓLEO DE SOJA ADICIONADO DE EXTRATO DE SEMENTES DE UVA ISABEL (Vitis labrusca L.) Irene Rodrigues Freitas1; Mara Lina Rodrigues1; Marília Gonçalves Cattelan1; Débora Maria Moreno Luzia1; Neuza Jorge1 1 Departamento de Engenharia e Tecnologia de Alimentos. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. São José do Rio Preto - SP, Brasil, CEP: 15054-000. E-mail: [email protected] A presença de tocoferóis em óleos vegetais é de extrema importância, uma vez que são fonte de vitamina E e atuam como antioxidantes naturais, retardando processos oxidativos. Os fitosteróis, componentes presentes em óleos vegetais, quando ingeridos competem com o colesterol pela absorção intestinal, reduzindo os níveis do LDL-colesterol. O objetivo deste estudo foi avaliar os teores de tocoferóis e fitosteróis em óleo de soja adicionado de extrato de sementes de uva. Foram avaliados os tratamentos: óleo de soja isento de antioxidante (Controle), óleo de soja com 100 mg de butilhidroxitolueno (BHT), óleo de soja com 100 mg extrato de sementes de uva (Extrato) e óleo de soja adição de 50 mg extrato de uva e 50 mg de BHT (Mistura), sob termoxidação a 180ºC/20 h. A composição dos tocoferóis foi determinada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e os fitosteróis, por cromatografia gasosa (CG). No tempo inicial, os tratamentos Extrato e Mistura apresentaram maiores quantidades do isômero α-tocoferol, 43,5 e 42,2 mg/kg, respectivamente. Em 20 h de termoxidação foi detectado somente o isômero δ-tocoferol, com variações médias de 27,8 mg/kg (tratamento BHT) a 30,4 mg/kg (tratamento Extrato). Houve redução significativa no teor de fitosteróis no final da termoxidação, pois normalmente os fitosteróis sofrem oxidação térmica durante aquecimento. O β-sitosterol foi o componente encontrado em maior quantidade, representando 85,2-90,4% do total de fitosteróis. No tempo 20 h, dentre os tratamentos estudados, a Mistura apresentou maior teor de fitosteróis totais (338,7 mg/100 g). Apesar da redução no teor de tocoferóis no tempo final de termoxidação, o extrato de sementes de uva foi eficaz demostrando potencial antioxidante. Palavras-chave: óleo vegetal, oxidação, termoxidação. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2032 CARACTERÍSTICAS DE LIPÍDIOS ESTRUTURADOS CONTENDO ÁCIDOS OLÉICO E BEHÊNICO OBTIDOS VIA ACIDÓLISE ENZIMÁTICA Marilene De Mori Morselli Ribeiro1; Chih Ming Chiu1; João Pereira de Sá Neto1; Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves1 1 Departamento de Tecnologia de Alimentos Faculdade de Engenharia de Alimentos - FEA - UNICAMP - Caixa Postal 6121 13083-862 - Campinas - SP- Brasil. E-mail: [email protected] Atualmente existem vários estudos investigando gorduras para prevenção de obesidade e doenças cardíacas coronárias. O objetivo deste trabalho foi avaliar lipídios estruturados (LE) de baixa caloria, contendo predominantemente ácidos oléico, behênico e esteárico preparados por acidólise enzimática (7% Lipozyme TL IM - Thermomyces lanoginosus) de óleo de girassol alto oleico (OGAO) e ácidos graxos de óleo de crambe totalmente hidrogenado (AGCTH) na proporção molar de 1:2,5, respectivamente. A Lipase sn-1,3-específica catalisou a reação a 70oC durante 24 horas. Os triacilgliceróis obtidos apresentaram a incorporação de 21% de C 22:0, aumento de 3% para 12% de C18:0 e a redução de 87% para 58% de C18:1. O comportamento térmico dos LE mostrou a fusão final a 50,2oC e o início da cristalização a 35,5oC, enquanto OGAO foi de -11,4oC e 31,3oC, respectivamente. O perfil de sólidos dos LE foi de 25% a 10 oC e 8% a 25 oC. Os LE após incorporação do C22:0 e C18:00 mostrou-se uma possível aplicação em margarina e recheios. Palavras-chave: lipídios estruturados; acidólise enzimática; ácido behênico, Thermomyces lanoginosus. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2033 ESTRUTURAÇÃO DE ORGANOGÉIS COM MONOGLICERÍDIOS Francisco Carvalho Osório de Souza1*; Kamila Ferreira Chaves1; Daniel Barrera-Arellano1 1 Laboratório de Óleos e Gorduras – Faculdade de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP – Caixa Postal 6091, 13083970, Campinas, SP – Brasil. *E-mail: [email protected] O grande desafio atual na tecnologia de alimentos é reduzir ou eliminar as gorduras trans e saturadas dos alimentos, uma vez que essas gorduras aumentam o risco de doenças coronárias. O objetivo deste trabalho foi verificar a capacidade dos monoglicerídios de estruturar óleo de soja e formar organogéis. Oito tipos de monoglicerídios (Dupont/Danisco) foram testados em concentrações de 1 a 4%. O organogel foi preparado pela incorporação do monoglicerídio em óleo de soja a 80ºC seguido resfriamento e estocagem a 25ºC por 48 horas. Nenhum monoglicerídio formou organogel nas concentrações de 1 e 2%. Os produtos Grindsted Crystallizer 100 e Dimodan HS-1 formaram organogéis estáveis a 3 e 4%, enquanto Grindsted STS 30 e SGS Mono 90 Soft Fine somente a 4% de monoglicerídeo. A análise de textura foi realizada no texturometro TA-XT2i, sob a seguinte calibração: probe cilíndrico de 25 mm de diâmetro e 35 mm de comprimento, com velocidade de penetração de 1,0 mm/s. A textura dos organogéis de Grindsted Crystallizer 100 foi maior que a obtida com Dimodan HS-1 (0.81 vs 0.77N a 3% e 2.40 vs 1.25N a 4%). Os resultados obtidos indicaram que os monoglicerídios são estruturantes pouco eficientes na estruturação de organogéis. Palavras-Chave: organogel, textura, monoglicerídios, saturados, Grindsted Crystallizer 100, Dimodan HS-1. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2034 AVALIAÇÃO DO PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DE ÓLEO DE PEQUI (Caryocar coriaceum) OBTIDO POR DIFERENTES MÉTODOS DE EXTRAÇÃO Alcidênio Soares Pessoa1; Rossana Podestá1; Jane Mara Block1; Elton Franceschi2; Cláudio Dariva2; Marcelo Lanza1 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, CEP 88040–900. 2 Universidade Tiradentes, Aracaju, Sergipe, Brasil, CEP 49032–490. E-mail: [email protected] O pequi (Caryocar coriaceum) é uma planta encontrada na Chapada do Araripe nos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí e possui uma grande quantidade de óleo que pode ser utilizado de forma nutricional e medicinal. O objetivo desse trabalho foi estudar o processo de extração do óleo da polpa de pequi em diferentes métodos (extração a alta pressão com propano subcrítico e extração soxhlet) e avaliar o perfil de ácidos graxos e o conteúdo de fenólicos dos óleos obtidos. Frutos de pequi foram despolpados e sua polpa foi seca e triturada. O óleo extraído com propano subcrítico foi obtido numa faixa de pressão de 5 a 15 MPa e temperatura de 303,15 K a 333,15 K sendo o maior rendimento de 43,69% para a condição de extração de 15 MPa e 333,15 K. Etanol e acetato de etila foram utilizados nas concentrações de 10 e 25% em volume como cossolventes produzindo rendimento de até 44,99%. Extrações soxhlet foram realizadas utilizando os solventes etanol e hexano e o melhor rendimento (52,78%) foi obtido com o uso do etanol. As análises de quantificação de ácidos graxos mostraram que diferentes condições experimentais não apresentaram alterações substanciais quanto ao teor de ácidos graxos. Os ácidos graxos encontrados em maior proporção foram o ácido palmítico (35,44%) e o ácido oleico (60,56%). O conteúdo de compostos fenólicos foi determinado através do método de Folin-Ciocalteau e não apresentou diferença significativa em função do método de extração utilizado. Palavras-chave: óleo de pequi; Caryocar coriaceum; propano subcrítico; soxhlet; ácidos graxos; fenólicos. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2035 PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DO ÓLEO DE TORTA DE NOZ PECÃ OBTIDO POR EXTRAÇÃO SUPERCRÍTICA E EXTRAÇÃO CONVENCIONAL. Salvador, Ana A.*¹; Podestá, Rossana²; Block, Jane M.²; Ferreira, Sandra R. S.¹ ¹EQA-CTC/UFSC, Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina CEP 88040-900. ²CAL-CCA/UFSC, Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina CEP 88034-001, Florianópolis, SC, Brasil *E-mail: [email protected] A torta de noz pecã é um subproduto da extração do óleo de nozes e atualmente é utilizado como ração animal. De acordo com a literatura, o óleo de noz pecã é rico em ácidos graxos insaturados, apresenta composição similar ao azeite de oliva, porém com maior estabilidade oxidativa, e é inclusive utilizado para eliminar radicais livres, fortalecer a atividade das células, e aumentar a função das células nervosas. A extração do óleo de torta de noz pecã com fluido supercrítico é uma tecnologia limpa adequada para o processamento de alimentos. O objetivo do presente trabalho consiste em avaliar as diferentes condições operacionais da extração supercrítica (ESC), visando obter altos rendimentos e extratos com elevado teor de ácidos graxos insaturados. A torta de noz pecã é constituída de nozes da variedade Mahan e foi fornecida por uma indústria nacional. As condições de ESC aplicadas variaram de 100 bar a 300 bar e de 40 a 50 °C, utilizando um fluxo de solvente de 0,5 kg / h e 5g de matéria-prima. A técnica convencional de extração empregada foi o método Soxhlet com hexano. O perfil de ácidos graxos foi determinado por cromatografia gasosa. O conteúdo de óleo e teor de umidade e voláteis foram 59,4 ± 0,1% e 5,2 ± 0,1%, respectivamente, de acordo com AOAC (2005). O óleo da torta estava dentro dos limites de qualidade segundo Codex Alimentarium (2011). Os resultados alcançaram, em termos de rendimento de extração, 58±1% em 300 bar e 50°C enquanto no método Soxhlet obteve-se 61,5 ± 04%. Todos os extratos apresentaram o ácido oleico (w-9) como ácido graxo majoritário seguido do ácido linoleico (w6). As porcentagens de w-9 e w-6 encontradas nos óleos extraídos por ESC e extração convencional são similares às presentes no óleo comercial da noz. Palavras-chave: noz pecã, extração supercrítica, ácidos graxos, subproduto. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2036 OTIMIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DE DIACILGLICERÓIS A PARTIR DE ÓLEO DE PEIXE COM A ENZIMA LIPOZYME TL IM Soeli Francisca Mazzini Monte Blanco1;Silvana Licodiedoff1*; Maria Manuela Camino Feltes2; Joanna Silva Santos2; Lindomar Alberto Lerin1; Débora de Oliveira2; Jorge Luiz Ninow1; Agenor Furigo Jr1 1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Dep. de Engenharia de Alimentos 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense *Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Alimentos, Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Universitário, CP 476, 88040-900 Florianópolis – SC, Brasil. E-mail: [email protected] O potencial de aplicações de lipases em processos tecnológicos para a modificação de óleos e gorduras tem sido objeto de grande interesse nos meios científico, econômico e industrial nos últimos anos. O principal objetivo deste trabalho foi otimizar as condições de processo para a produção de diacilgliceróis via reação de glicerólise de óleo de peixe catalisada pela lipase comercial Lipozyme® TL IM. As reações de glicerólise enzimática foram conduzidas em reator de vidro encamisado, com volume total de 50 mL, acoplado a um agitador mecânico, um banho termostatizado e agitador mecânico. O meio reacional para os ensaios foi determinado de acordo com o planejamento experimental pré-estabelecido onde as variáveis estudadas foram a razão molar (óleo:glicerol), a concentração de enzima e a temperatura. A conversão da reação foi determinada pela análise das amostras em GC/MS. Um modelo empírico foi construído para avaliar a influência das variáveis de processo, bem como determinar as condições que maximizam a conversão estudada. Os resultados mostraram que a reação de glicerólise enzimática apresentou produção de diacilgliceróis de 13,76% utilizando temperatura de 70 °C, concentração de enzima 5% (m/m de substrato), razão molar entre óleo de peixe e glicerol de 1:0,5 sob agitação mecânica de 600 rpm durante 6 horas de reação. A conversão mostrou-se promissora quanto ao rendimento da reação, levando em conta que o máximo de conversão possível seria de 50% em função da razão molar óleo:glicerol utilizada. Palavras-chave: óleo de peixe, glicerólise, Lipozyme TL IM, diacilgliceróis. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2037 VALORIZAÇÃO DOS ASPECTOS QUÍMICOS E FUNCIONAIS DE ÓLEOS VEGETAIS UTILIZANDO PHOTOCHEM Carolina Krebs de Souza1; Silvana Licodiedoff1; Paola Tedeschi2; Annalisa Maietti2; Vincenzo Brandolini2 1 Universidade do Estadode Santa Catarina, Dep. de Engenharia de Alimentos 2 Università degli Studi di Ferrara - Ferrara, Itália. Emiglia Romagna - Itália CEP: 44121. E-mail: [email protected] A correlação entre alimentação e saúde é comprovadamente uma forma de prevenir determinadas patologias que, em alguns casos, são estritamente ligadas ao tipo, a qualidade e/ou quantidade de alimentos consumidos nas dietas diárias. A tendência atual é uma progressiva substituição das gorduras de origem animal, ricas em ácidos graxos saturados, por aquelas de origem vegetal que apresentam um elevado teor de ácidos graxos insaturados. O presente trabalho visou valorizar as características químicas e funcionais de três azeites extra virgem de oliva, três azeites de oliva e quatro óleos vegetais (milho, girassol, soja e amendoim). Para a análise da composição de ácidos graxos, utilizou-se um gascromatógrafo acoplado a um espectrômetro de massa. O conteúdo de polifenóis totais foi determinado usando o reagente de Folin-Ciocalteu. Para a quantificação da capacidade antioxidante total foi utilizado o Photochem, um método inovador baseado na inativação dos radicais livres obtidos mediante fotoquimioluminiscencia. Os azeites extra virgem de oliva e os de oliva apresentaram um elevado conteúdo de ácido oléico (65-70%) e uma menor concentração de ácidos graxos poliinsaturados (<10%). Entre os óleos vegetais, o de amendoim foi o que apresentou maior similaridade à composição do azeite de oliva. O óleo de soja evidenciou elevada concentração de linoleico (67%) em relação ao ácido oléico (18%). Os azeites extra virgem de oliva apresentaram a maior concentração de polifenóis em relação aos azeites de oliva, e os demais óleos vegetais apresentaram uma quantidade inferior à capacidade de detecção do equipamento. Verificou-se também que os azeites de oliva extra virgem apresentaram a capacidade antioxidante total muito superior as demais amostras. Dentre os óleos vegetais analisados, o de milho foi o que demonstrou a maior capacidade antioxidante total. Conclui-se que o azeite extra virgem de oliva, apresenta-se como a opção ideal para o consumo in naturaI ou como óleo de fritura. Palavras-chave: óleos vegetais, capacidade antioxidante, photochem. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2038 ESTUDIO DEL CONTENIDO DE CERAS, ESCUALENO Y ÉSTERES ALQUÍLICOS EN ACEITUNAS URUGUAYAS. Bruno Irigaray1, Ignacio Vieitez1, María A. Grompone1 1 Laboratorio de Grasas y Aceites, Departamento de Ciencia y Tecnología de los Alimentos, Facultad de Química, (UdelaR), General Flores 2124, 11800, Montevideo, Uruguay. E-mail: [email protected] Algunas especies químicas minoritarias en las aceitunas tienen una importante relevancia ya que ellas pueden conferir características fisicoquímicas particulares a los aceites extraídos. Las ceras tienen un efecto sobre las propiedades térmicas del aceite extraído haciendo que este pueda presentar turbidez a temperatura de 20 ºC. El escualeno posee propiedades benéficas para la salud considerándolo como un estimulante del sistema inmune mientras que los ésteres metílicos y etílicos no son componentes naturales en la aceituna y se producen cuando ellas han sido maltratadas durante su transporte y almacenamiento por efecto de la fermentación de los glúcidos. A su vez, las ceras y los ésteres etílicos son controlados en los aceites de oliva por el Consejo Oleícola Internacional con el fin de clasificar los aceites en diferentes calidades. En este trabajo se estudió la composición de estas especies químicas en la piel con parte de pulpa de diferentes variedades de aceituna. La piel con parte de la pulpa de las aceitunas fue inicialmente liofilizada para posteriormente extraerse los lípidos con hexano mediante el método Soxhlet. La matriz lipídica extraída fue sometida a separación en columna de sílice utilizando como fase móvil hexano-dietileter. Los extractos fueron analizados mediante cromatografía de gases. El contenido de escualeno presentó un amplio rango de variación para las diferentes variedades (1300 a 9900 ppm) mientras que el contenido de ésteres metílicos y de ésteres etílicos siempre fue menor a 100 ppm en todos los casos. Por otra parte, la composición en ceras mostró la presencia mayoritaria de ceras de 40 y 42 carbonos y en algunos casos se evidenció presencia de ceras de 44 y 46 carbonos. El contenido total varió entre 39 y 816 ppm. En conclusión, el contenido de cada una de estas especies químicas presentó una variación apreciable entre las diferentes variedades de aceituna. Palabra clave: oliva, ceras, escualeno. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2039 ESTABILIDADE OXIDATIVA DE MISTURAS BINÁRIAS DE ÓLEO DE SOJA E GORDURA INTERESTERIFICADA Rita de Kássia A. Garcia1*; Daniel Barrera-Arellano1. 1 Laboratório de Óleos e Gorduras, Faculdade de Engenharia de Alimentos, UNICAMP, CEP: 13081-970, Campinas, São Paulo, Brasil. * E-mail: [email protected] A indústria de gorduras especiais no Brasil faz grande uso do processo de blending em função de variações na disponibilidade de matérias-primas e nos custos. Com isso, são observadas alterações na estabililidade oxidativa (ES) das misturas, o que influencia na qualidade dos produtos elaborados. O objetivo do trabalho foi conhecer o comportamento de estabilidade oxidativa de misturas de óleos e gorduras e verificar a possibilidade de previsão deste parâmetro a partir dos valores das matérias-primas individuais. As bases gordurosas individuais (óleo de soja comercial e gordura interesterificada base soja) foram caracterizadas quanto à composição em ácidos graxos, Índice de acidez e peróxidos e teor de tocoferol. Foram elaboradas 9 misturas binárias variando-se as proporções de cada componente em dez unidades percentuais e determinada sua ES a 110°C (Rancimat 893), bem como as bases individuais. O óleo de soja e a gordura interesterificada apresentaram 9,8 e 15,2 horas, respectivamente. Os valores determinados para ES das misturas foram diferentes significativamente (p<0,05) dos valores calculados a partir das bases individuais, para todas as misturas formuladas. As diferenças entre os valores determinados e previstos aumentaram conforme aumentou o teor de óleo na mistura. A composição em ácidos graxos e o teor de antioxidantes presentes nas bases gordurosas influenciam diretamente na oxidação, conferindo assim um comportamento não previsível por métodos simples nas misturas. Portanto, a estabilidade oxidativa não pode ser calculada como um parâmetro linear, ou seja, por previsão a partir de somas ponderadas. Palavras-Chave: previsão da estabilidade oxidativa, misturas binárias, gordura base soja. FINANCIAMENTO: CNPQ SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2040 MODIFICAÇÃO DA TEMPERAGEM DO CHOCOLATE AMARGO ATRAVÉS DA ADIÇÃO DE MONOESTEARATO DE SORBITANA E ESTEARINA DE MANTEIGA DE CACAU Monise Helen Masuchi1; Élida Castilho Bonomi1; Larissa Miho Hara2; Renato Grimaldi3; Theo Guenter Kieckbusch1 1 Faculdade de Engenharia Química – Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciências Aplicadas – Universidade Estadual de Campinas 3 Faculdade de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Engenharia Química – Universidade Estadual de Campinas – Campinas, São Paulo, Brasil – CEP: 13083-852 E-mail: [email protected] 2 O chocolate amargo pode ser definido basicamente por uma mistura constituída de uma parte polar – açúcar e sólidos de cacau – e outra parte apolar – formada pela manteiga de cacau, homogeneizadas através da adição de emulsificantes (geralmente lecitina e poliricinoleato de poliglicerol). Como etapa fundamental em sua produção, tem-se o processo de temperagem ou pré-cristalização no qual são formados os primeiros cristais de gordura que irão determinar a cristalização do chocolate. Nesta etapa, o controle de temperatura e taxa de resfriamento são parâmetros importantes para obtenção da forma cristalina desejável para chocolates, denominada de β(V). A temperagem é geralmente controlada pelo Temperindex (índice de temperagem do chocolate) e tem como parâmetros de processo a temperatura de temperagem, taxa de resfriamento e temperatura de reaquecimento. Para auxiliar na melhoria da qualidade de produção, otimização do processo de temperagem e moldagem de chocolates, o emulsificante monoestearato de sorbitana e a estearina obtida do fracionamento da manteiga de cacau foram adicionados a formulação padrão de chocolate amargo, como possíveis modificadores de cristalização. Desta maneira, foram avaliados os efeitos da adição de monoestearato de sorbitana e estearina de manteiga de cacau na produção de chocolate amargo em comparação com uma formulação padrão deste chocolate quanto a temperatura de temperagem, temperatura de reaquecimento, taxa de resfriamento na temperagem adequada do produto. A viscosidade e limite de Casson, e tamanho máximo de partícula da massa de chocolate, assim como o polimorfismo do produto também foram avaliados. A formulação com adição de 0.5% de monoestearato de sorbitana apresentou alteração quanto a viscosidade da formulação padrão, facilitando a moldagem do chocolate, enquanto que a formulação com adição de estearina de manteiga de cacau substituindo 20% da quantidade de manteiga de cacau do produto padrão, aumentou em 2°C e 1,5°C a temperatura de temperagem e reaquecimento, respectivamente, se comparado com a formulação padrão. Palavras-chave: Chocolate amargo, temperagem, monoestearato de sorbitana, estearina, manteiga de cacau SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2041 CARACTERÍSTICAS REOLÓGICAS E DE PROCESSOS DO CHOCOLATE AO LEITE FABRICADO COM GORDURA DE LEITE ANIDRA OU COM LEITE EM PÓ INTEGRAL Élida Castilho Bonomi1; Monise Helen Masuchi1; Caroline Maretto2; Valdecir Luccas3; Theo Guenter Kieckbusch1 1 Faculdade de Engenharia Química – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil – CEP: 13083-852 2 Faculdade de Ciências Aplicadas – Universidade Estadual de Campinas 3 Instituto de Tecnologia de Alimentos E-mail: [email protected] O chocolate é muito apreciado, devido ao seu sabor e por causar uma sensação de bem estar durante a degustação. A manteiga de cacau é o principal e o mais caro ingrediente deste produto, sendo composta principalmente por triacilgliceróis simétricos, que podem se cristalizar em até seis diferentes formas polimórficas, sendo somente a Forma βV a que confere características desejáveis ao produto. Por apresentar um polimorfismo complexo, a manteiga de cacau necessita ser pré-cristalizada ou temperada durante a produção de chocolate. A etapa de temperagem é a mais crítica na fabricação de chocolates e tem como objetivo promover a cristalização do polimorfo mais estável. A gordura de leite é parte integrante do chocolate ao leite e pode ser adicionada como constituinte do leite em pó integral ou separadamente, como gordura de leite anidra. O leite em pó integral contém entre 26 e 42% desta fração lipídica que se encontra ligada quimicamente aos sólidos secos de leite, apresentando pouca gordura livre na área superficial das partículas. Nesta pesquisa, foram produzidos chocolates ao leite com estes dois ingredientes, totalizando 3% de gordura de leite, com o objetivo de comparar a influência desta gordura na forma estruturada e na forma livre, no processo de temperagem e nas propriedades reológicas deste produto. A etapa de temperagem sofreu uma mudança expressiva na temperatura de cristalização, a qual foi maior para o chocolate formulado com leite em pó integral (27°C) do que para o produto formulado com gordura de leite anidra (26°C). A viscosidade plástica de Casson do chocolate ao leite com gordura de leite anidra foi menor em relação ao chocolate ao leite formulado com leite em pó integral, enquanto o limite de escoamento de Casson teve o comportamento inverso. A umidade e tamanho máximo de partícula destes produtos também foram avaliados. Palavras-chave: Chocolate ao leite, temperagem, leite em pó integral, gordura de leite anidra e propriedades reológicas. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2042 VARIACIÓN DEL CONTENIDO DE POLIFENOLES DE ACEITES DE OLIVA DE CALIDAD VIRGEN EXTRA MEDIANTE OXIDACIÓN EN DIFERENTES CONDICIONES DE TEMPERATURA Camila Feller1, Miguel Amarillo1, Laura Raggio1, Mariana Oroño1, Natalie Merlinski1, Yenny Pinchak1, Bruno Irigaray1 y María A. Grompone1. 1 Laboratorio de Grasas y Aceites, Departamento de Ciencia y Tecnología de los Alimentos, Facultad de Química, (UdelaR), General Flores 2124, 11800, Montevideo, Uruguay. E-mal: [email protected] El aceite de oliva posee diferentes antioxidantes que lo protegen de la oxidación. Entre ellos se encuentran los tocoferoles y los polifenoles. El -tocoferol (aproximadamente del 95 %). Este posee una mayor protección a nivel biológico que a nivel de los ácidos grasos insaturados presentes en el aceite. Sin embargo, el aceite de oliva posee una estabilidad oxidativa alta debido en parte al elevado contenido de ácido oleico pero también al contenido de los diversos polifenoles presentes en él. En consecuencia, es importante conocer el rol de los diferentes polifenoles durante el transcurso de la oxidación. El objetivo de este trabajo fue la identificación y el seguimiento de los polifenoles en diferentes condiciones de oxidación. Para ello se utilizaron aceites de oliva de calidad virgen extra de dos variedades de aceituna diferentes: arbequina y coratina. Ellos se oxidaron en diferentes condiciones: temperatura ambiente, 60 ºC y a la temperatura de fritura (180 ºC). Los aceites oxidados en condiciones de temperatura ambiente y a 60 ºC fueron analizados a diferentes intervalos de tiempo. Por otra parte, el aceite oxidado a 180 ºC se analizó antes y después del tratamiento térmico. El contenido total de polifenoles al inicio del estudio fue de 389 ppm para la coratina y 144 ppm para la arbequina. Además, la distribución de polifenoles presentó algunas diferencias para ambas variedades siendo los polifenoles mayoritarios los vinculados a especies químicas de la oleuropeina y el ligustrósido. La variación de los diferentes polifenoles fue diferente a temperatura ambiente y a 60 ºC. En conclusión, es posible decir que los polifenoles protegen de forma diferente de acuerdo con el mecanismo de oxidación involucrado lo cual está asociado a la temperatura a la que se realiza la oxidación. Palabra clave: oliva, oxidación, polifenoles. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2043 AVALIAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE GORDURAS EQUIVALENTES DE MANTEIGA DE CACAU PARA CHOCOLATES Ingrid Franco de Oliveira1; Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves1; Renato Grimaldi1 1 Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade de Campinas – CP 6091, 13081-970, Campinas, SP, Brasil. Gorduras equivalentes de manteiga de cacau (CBEs) são utilizadas nas formulações de chocolates, substituindo parte da manteiga de cacau (MC). Embora as CBEs sejam compatíveis com a MC é importante um estudo detalhado a fim de se conhecer as propriedades de cristalização, fusão e estabilidade dos cristais, uma vez que as mesmas alteram a qualidade dos chocolates. Foram caracterizadas quatro CBEs, com base em uma MC usada como padrão. Adicionou-se 0,3% de triestearato de sorbitana (STS) às CBEs e o efeito do STS foi avaliado por meio de isotermas a 17,5°C, eventos de fusão por DSC em quatro tempos de armazenamento a 25°C (0, 4, 8 e 24 horas) e análise por difração de Raios-X. Ao final do estudo, foram elaboradas três formulações de chocolate: chocolate com 12% de MC, chocolate com 12% de CBE e chocolate com 12% de CBE com adição de 0,3% STS. Os chocolates foram avaliados quanto à viscosidade plástica, limite de fluidez, evento de fusão, tensão de ruptura (snap test) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A MC e as CBEs estudadas apresentaram-se dentro dos padrões de qualidade e identidade e os teores de ácidos graxos e triacilgliceróis analisados individualmente diferiram, destacando que as CBEs apresentaram maiores discrepâncias nos teores de POP (1, 3 palmitoil oleoil glicerol) e SOS (1,3 estearoil oleoil glicerol). As amostras apresentaram diferentes comportamentos de fusão, cristalização, estabilização e polimorfismo. O uso de STS promoveu elevação das curvas de cristalização a 17,5°C acarretando em perfis mais similares ao da MC em duas CBEs, embora não tenha alterado o polimorfo final das amostras após a estabilização. O uso de 0,3% STS em chocolate promoveu elevação do snap, embora não tenha sido verificada alteração na viscosidade plástica e no limite de fluidez dos chocolates. Diferentes estruturas foram visualizadas nas imagens realizadas em MVE. Palavras-chave: gordura equivalente de manteiga de cacau, manteiga de cacau, triestearato de sorbitana, cristalização, fusão, chocolate. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2044 DETERMINAÇÃO DE COMPOSIÇÃO DE CERAS, ÉSTERES ETÍLICOS E METÍLICOS DE ÁCIDOS GRAXOS POR CROMATOGRAFIA GASOSA PARA CLASSIFICAÇÃO DE AZEITE DE OLIVA DE ACORDO COM MAPA Ingrid Franco de Oliveira1; Renato Grimaldi1; Wenceslao Moreda2; Kumi S. Ozawa3 1 Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Universidade de Campinas – CP 6091, 13081-970, Campinas,SP, Brasil. 2 Instituto de La Grasa, CSIC, Espanha. 3 Agilent Technologies, Brasil. No mercado brasileiro existe uma variedade de azeites extra virgem, que embora não possuam adição de óleos e azeites provenientes de outras fontes, sugerem a adição de azeites de qualidade inferior (azeite de bagaço de oliva e azeite de oliva lampante). A confirmação da adição desses azeites de qualidade inferior é detectada através da análise de ceras e ésteres metílicos e etílicos de ácidos graxos (EMAG, EEAG) que se apresentam em teores elevados nos óleos adulterados. A Instrução Normativa (IN) nº 01 (2012) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que define padrões oficiais de classificação do azeite de oliva e do óleo do bagaço de oliva, apresenta dentre outros limites estabelecidos, máximo 250 mg/kg de ceras para azeites de oliva extra virgem e máximo de 75 mg/kg para a soma EEAG e EMAG ou se o valor for acima deve apresentar-se entre 75 mg/kg e 150 mg/kg e a relação EEAG/EMAG deve ser menor que 1,5. Foram determinadas as composições de ceras, EMAG e EEAG de 6 marcas de azeites extra virgem disponíveis no mercado e um azeite de bagaço de oliva. Após a separação das ceras e ésteres das amostras através de uma coluna de sílica, os componentes de interesse foram injetados em cromatógrafo gasoso com injeção oncolumn. Entre as amostras avaliadas, apenas 2 apresentaram teores de ceras dentro dos limites estabelecidos e 2 apresentaram valores de EMAG e EEAG de acordo com a IN, sendo que nenhuma das amostras apresentou conformidade nos dois parâmetros avaliados. A amostra de azeite de bagaço de oliva apresentou valor de ceras acima de 1500 mg/kg e soma de EEAG e EMAG acima de 350 mg/kg. A presença de amostras não conforme indica a adição de azeite de bagaço de oliva e uso de azeitonas de qualidade inferior para a obtenção dos mesmos. Palavras-chave: ceras, ésteres metílicos, ésteres etílicos, azeite de oliva, cromatografia gasosa. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2045 ALTERAÇÃO DE CRISTALIZAÇÃO DE UMA FRAÇÃO MÉDIA DE PALMA Thais Lomônaco Teodoro da Silva1; Chiu Chih Ming1; Maria Aliciane Fontenele Domingues1 e Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves1 1 Universidade Estadual de Campinas. DTA- Departamento de Tecnologia de Alimentos, FEA - Faculdade de Engenharia de Alimentos, Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP, Brazil, CEP 13081-970. E-mail: [email protected] O objetivo deste foi alterar as características de cristalização da fração mediana de palma (soft PMF) pela adição de compostos minoritários normalmente presentes em óleo de palma (PO). Preparou-se as amostras adicionando-se 0,5 e 1 % de dipalmitina(PP). Estas foram avaliadas em termos de composição em ácidos graxos e triacilglicerólica, teor de lipídios minoritários, conteúdo de gordura sólida (SFC), ponto de fusão, isoterma de cristalização (17.5°C) e microscopia sob luz polarizada. Os ácidos graxos majoritários foram palmítico, esteárico, oléico e linoléico. Observou-se 25,17% de trisaturados (SSS), 51,02% de disaturados (SUS), 20,38% de monossaturados (USU) e 3,43% de tri-insaturados (UUU). Foram quantificados diacilgliceróis nas proporções de 6%, 6,47% e 7,08% para a PMFpura, PMF0,5% e PMF1% respectivamente. O SFC não apresentou diferenças relevantes e o ponto de fusão da PMF0,5% foi 6,8% inferior e PMF1%, 9,8% superior em relação à PMFpura (25,69°C). Através da cristalização isotérmica foram obtidos o tempo de indução (τ) e o SFC max. Os dados foram ajustados pelo modelo de Avrami não linear, e a análise dos parâmetros, k e n, revelou aumento significativo da velocidade de cristalização (k) proporcional à adição de minoritários. Observou-se modificação do mecanismo de crescimento dos cristais (n), principalmente na fração 1% o que foi confirmado posteriormente através da microscopia. Para a microscopia as amostras foram armazenadas por 7 dias a 25°C. Com 1 dia o diâmetro médio (μm), área cristalizada (%) e número de cristais foram 5.02μm, 59% e 870 cristais para PMFpura, 4.14μm, 83% e 2001 cristais para a PMF0,5% e 13.09μm, 100% e 1924 cristais para a PMF1,0%. Após 7 dias não observou-se um aumento exarcebado no tamanho dos cristais nas PMFs com aditivos como observado na PMFpura evidenciando ponto positivo para adição de minoritários e devido ao aumento e sobreposição dos cristais sua contagem com 7 dias foi dificultada. Palavras-chave: Fração mediana de palma, cristalização, lipídios minoritários. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2046 TRANSESTERIFCAÇÃO DIRETA DE MISCELA DE ÓLEO DE SOJA PARA PRODUÇÃO DE BIODIESEL Samuel Schievano Groppo1; Naiane Sangaletti2; Thais M. F. S. Vieira 3; Marisa A.B. Regitano d’Arce 3. 1 Graduado em Agronomia/ESALQ/USP; 2 Doutora CENA/USP, 3 Professor/ESALQ/USP ESALQ/USP, Piracicaba/SP/Brasil CEP: 13405-260. E-mail: [email protected] A miscela rica em óleo obtida a partir da extração do óleo de soja utilizando etanol apresenta características químicas e físicas que permitem a produção de biodiesel por transesterificação direta. Pode ser uma matéria-prima promissora para ignorar o processo de refinação de óleo, reduzindo assim o custo de produção de biodiesel, bem como aumentando a sustentabilidade ambiental do processo, substituindo o solvente por etanol de fonte renovável no processo de extração de óleo. O objetivo deste trabalho foi realizar catálise básica (NaOH) da miscela etanólica de óleo de soja e avaliar a qualidade do biodiesel de acordo com a legislação brasileira. A razão molar 01:12, e NaOH a 0,6% a temperatura de 30 ° C, foram os melhores condições, atingiu 97,2% de rendimento de ésteres de etílicos, e a sua qualidade cumpridos com os parâmetros da especificação biodiesel brasileiras. A miscela rica em óleo provou ser uma matéria-prima tecnicamente viável para a produção de biodiesel, devido à sua reação de alto rendimento sob catálise com base alcalina. Palavras-chave: biodiesel, ésteres etílicos, solvente de tecnologia alternativa limpa SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2047 DETERMINAÇÃO DO PERÍODO DE INDUÇÃO E DA ENERGIA LIVRE DE NUCLEAÇÃO DO ÓLEO DE PALMA Glazieli Marangoni de Oliveira1; Ana Paula Badan Ribeiro1; Theo Kieckbusch1. 1 UNICAMP, Campinas, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected] A variação da energia livre de Gibbs na nucleação de sistemas lipídicos depende do grau de super-resfriamento (∆T). O aumento dessa variável promove altas taxas de nucleação e pode influenciar o hábito cristalino e a microestrutura. A transformação polimórfica de um cristal está condicionada à taxa de nucleação dos triacilgliceróis (TAGs) e também pode ser influenciada por outros fatores como: a energia livre interfacial dos cristais, normalmente menor para formas mais estáveis; e a dinâmica de ordenação a partir de uma conformação aleatória de moléculas triacilglicerólica na fase líquida, visando atingir um empacotamento mais denso do estado cristalino. Este trabalho visa o estudo de relações energéticas na nucleação de cristais fundamentada pela 2ª Lei da Termodinâmica. Determinações precisas do período de indução da nucleação a diferentes temperaturas de cristalização para o óleo de palma foram determinadas utilizando um analisador de transição de fases (Cloud Point Analyzer). As energias livres de ativação da nucleação para cada grau de resfriamento foram determinadas mediante o emprego da Equação de Fisher-Turnbull. Os resultados apresentaram uma expressiva descontinuidade a 30ºC, sinalizando a cristalização da amostra em duas distintas frações, ou ainda, a geração de diferentes formas polimórficas. A primeira fração corresponde aos TAGs com baixa temperatura de fusão e a segunda aos TAGs com alta temperatura de fusão. Além disso, comprovouse que o efeito da temperatura sobre o comportamento de cristalização do óleo de palma é diferente para distintos intervalos de super-resfriamento. Para cada fração evidencia-se que o grupo lipídico, quando submetido a altas temperaturas de cristalização, apresenta um pequeno grau de superresfriamento, resultando em baixas taxas de nucleação, requerendo portanto, uma maior energia livre. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2048 ESTABILIDADE OXIDATIVA DE ORGANOGÉIS ESTRUTURADOS COM CERAS VEGETAIS: ESTUDO COMPARATIVO Daniel Consul Kassardjian1; Julio Cesar Barbosa Rocha1; Daniel Barrera Arellano1 1 Laboratório de Óleos e Gorduras – Faculdade de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP – Caixa Postal 6091, 13083-970, Campinas, SP – Brasil, E-mail: [email protected] Com características como viscoelasticidade e termorreversibilidade, os organogéis são formados a partir da imobilização do fluido orgânico (p.ex. óleo vegetal) por uma rede de gel tridimensional formada pela interação física das moléculas de um agente estruturante (p.ex. cera vegetal). Em decorrência da demanda atual por produtos cada vez mais saudáveis, os organogéis se mostraram uma alternativa atrativa, já que podem ser um substituinte eficaz de ácidos graxos saturados em produtos a base de gordura. O objetivo deste trabalho foi avaliar a estabilidade oxidativa de organogéis formados a partir de ceras de cana-de-açúcar, candelila e carnaúba com óleo de soja, na concentração de 4% (m/m). No início do experimento, foi determinada a estabilidade oxidativa (Rancimat) a 110°C dos materiais utilizados. A curva Rancimat da cera-de-cana de açúcar mostrou tratar-se de um material de baixa estabilidade com período de medição a 110°C menos de 1 hora. A estabilidade oxidativa foi de 4,7; 4,6; 5,2 horas; para o óleo de soja, cera de candelila e carnaúba, respectivamente. As amostras foram armazenadas durante seis semanas em temperatura controlada a 25°C e semanalmente determinada o valor do índice de peróxido. Durante o armazenamento observou-se que as amostras de óleo de soja puro e de organogéis de candelila e carnaúba mantiveram seus índices de peróxido praticamente estáveis, em 2,5 meq/1000g, enquanto o organogel de cana-de-açúcar mostrou um aumento de sete vezes comparado ao seu valor inicial de 2 meq/1000g, refletindo a baixa qualidade oxidativa do estruturante e portanto do organogel. Conclui-se que a formação do organogel não afeta os parâmetros de estabilidade, que são definidas pelos componentes do mesmo. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2049 HIDRÓLISE ENZIMÁTICA DE ÓLEO DE SOJA NOS MODOS BATELADA E BATELADA ALIMENTADA EM BANHO DE ULTRASSOM Mirian Cristina Feiten1; Mara Cristina Picoli Zenevicz1; Katarine Lia Dorigon Levandoski2; Clarissa Dalla Rosa2; Agenor Furigo Jr.1; Débora de Oliveira1;José Vladimir de Oliveira1 1 UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina URI - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões Endereço: Departamento de Engenharia de Alimentos, Laboratório de Termodinâmica, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, Avenida Sete de Setembro, 1621, 99700-000, Erechim, Rio Grande do Sul, Brasil E-mail: [email protected] 2 A hidrólise de triacilgliceróis é a principal reação para produção de ácidos graxos livres (AGL), que podem então ser esterificados e convertidos em produtos de alto valor agregado. A hidrólise enzimática é uma alternativa aos métodos convencionais e vem sendo empregada com sucesso em sistemas livres de solvente, evitando assim custos energéticos indesejáveis na etapa de separação, resíduos nos produtos finais e minimizando o impacto ambiental. A hidrólise enzimática ocorre na interface entre as fases aquosa e oleosa, implicando na existência desta interface para que o biocatalisador atue de forma satisfatória. Neste contexto, este trabalho tem por objetivo propor uma nova tecnologia para a produção enzimática de ácidos graxos livres (AGL) a partir de óleo de soja nos modos batelada e batelada alimentada, em banho de ultrassom, empregando a lipase comercial Lipozyme TL IM. Foram realizados estudos cinéticos na razão molar óleo:água de 1:9, 100% da potência do ultrassom (132 W), temperatura de 65ºC, agitação mecânica de 600 rpm e 10% de enzima. Também foram realizadas cinéticas sem o emprego do ultrassom a fim de investigar o efeito do mesmo. A acidez das amostras foi quantificada pelo método IUPAC 2.201, através de titulação com KOH 0,1M. Na hidrólise enzimática conduzida em modo batelada, foram obtidas conversões na ordem de 89% em 2 horas de reação quando o ultrassom foi empregado, enquanto que na ausência do ultrassom estes índices foram atingidos em 4 horas de reação, corroborando com a teoria das emulsões e mostrando que o ultrassom reduz as limitações de transferência de massa, melhorando a agitação molecular e, consequentemente, aumentando a área interfacial para a enzima estar agindo. Nas reações de hidrólise realizadas no modo batelada alimentada, não houve grande influência do ultrassom nas conversões em AGL, que ficaram em torno de 90%. Palavras-chave: hidrólise, óleo de soja, lipase, emulsão, ultrassom. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2050 EFEITO DA AGITAÇÃO MECÂNICA E DO ULTRASSOM NA CINÉTICA DE HIDRÓLISE ENZIMATICA DE ÓLEO DE SOJA Mara Cristina. Picoli Zenevicz¹; Juliana Mainardi¹; Patricia Brugnerotto¹; Débora de Oliveira¹, Agenor Furigo Junior¹, José Vladmir de Oliveira¹ 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Química e Alimentos Departamento de Engenharia Química e Alimento, Laboratório de Engenharia Bioquímica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, Centro Tecnológico-CTC, Caixa Postal: 476, CEP: 88040900. E-mail: [email protected] O uso de tecnologias enzimáticas vem ganhando cada vez mais espaço, de um lado devido às vantagens que apresenta frente aos processos convencionais e de outro devido ao desenvolvimento de novas tecnologias que possibilitam a obtenção de enzimas de diversas fontes com um custo reduzido. Na modificação de óleos e gorduras a hidrólise de triacilgliceróis é a principal reação para produção de ácidos graxos livres (AGL) que podem ser esterificados, transesterificados ou convertidos em álcoois graxos de alto valor, sendo uma alternativa aos métodos convencionais. Este trabalho propõe uma nova tecnologia para a produção enzimática de ácidos graxos livres a partir de óleo de soja, empregando a lipase comercial de pâncreas suíno em sua forma livre, utilizando agitação mecânica e a tecnologia de banho de ultrassom. Na preparação da emulsão, avaliou-se o efeito da agitação mecânica na liberação de AGL, sendo que, após a formação da emulsão, estudos cinéticos foram realizados na presença/ausência de ultrassom para avaliar a influência do mesmo na produção de AGL. A acidez das amostras foi quantificada pelo método IUPAC 2.201, através de titulação com KOH 0,1M. A agitação mecânica contribuiu para a obtenção de maior acidez (%), sendo que a agitação de 1000 rpm, apresentou melhores resultados em torno 50-60% nas condições Razão Molar óleo:água 1:9, a 40 ºC e 10% (m/m) de enzima. Em relação ao uso de ultrassom, o mesmo demonstrou aumento na velocidade inicial das reações. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2051 AVALIAÇÃO DA EXTRAÇÃO A BAIXAS TEMPERATURAS DO ÓLEO DE FÍGADO DE ALASKA POLLOCK (Theragra chalcogramma). Vanessa A. Ribeiro¹,²; Alexandra C. M. Oliveira²; Peter Bechtel ²; Carlos Prentice¹ ¹Universidade Federal do Rio Grande (FURG); Escola de Química; Laboratório de Tecnologia de Alimentos CP 474 CEP 96201-900 Rio Grande/RS – Brasil ²University of Alaska Fairbanks; School of Fisheries & Ocean Sciences; Fishery Industrial Technology Center Kodiak/Alaska – EUA E-mail: [email protected] O interesse pela produção de óleo de pescado para consumo humano esta crescendo pelo mundo. No Alasca, EUA, uma grande quantidade de subprodutos tem sido usada como matéria-prima. Entre os subprodutos, o fígado de Alaska pollock (Theragra chalcogramma) apresenta interesse particular em razão de seu alto teor de lipídios. Normalmente, a temperatura usada para extração do óleo de pescado é elevada e potencialmente incompatível com a estabilidade lipídica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o processamento do óleo de fígado de Alaska pollock, extraído a baixas temperaturas. Como confirmado, a matéria-prima obtida na primavera (40%) apresentou um conteúdo lipídico menor que a de outono (50%). A extração foi realizada cinco vezes para quatro combinações de tempo (15 e 30 minutos) e temperatura (50 e 60 °C). Foram analisadas duas bateladas de óleo de fígado, produzido em navio processador. O rendimento do processo foi semelhante (aproximadamente 52%), os óleos de fígado produzidos se apresentaram claros, com coloração amarela. Os ácidos graxos livres foram similares para óleos de fígado nas duas estações, atingindo, no máximo, 0,4%; o índice de peróxidos, o valor de anisidina e o valor de ácido tiobarbitúrico determinados nos óleos apresentaram 2-14 meq.kg–1, 20-26 e 0,4-0,6 mg dialdeído malônico.kg–1, respectivamente. O conteúdo de fósforo não excedendo, em média, 15 ppm. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2052 OBTENÇÃO DE GORDURAS ZERO TRANS/LOW SAT ATRAVÉS DE ESTRUTURAÇÃO COM ÓLEO DE ALGODÃO TOTALMENTE HIDROGENADO Camila Paes Bossonaro1; Katrina de Cássia Corrêa2, Theo Guenter Kieckbusch2, Ana Paula Badan Ribeiro2. 1 Faculdade de Ciências Aplicadas - UNICAMP, Limeira, São Paulo, Brasil. Faculdade de Engenharia Química – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, São Paulo, Brasil – CEP: 13083-852. E-mail: [email protected] 2 Verifica-se, na atualidade, excessiva oferta de alimentos industrializados com alto conteúdo de gordura saturada e gordura trans, que contribuem, de maneira relevante, para o desenvolvimento dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares. Em razão da preocupação com o impacto negativo do consumo elevado de ácidos graxos saturados/trans na saúde, surgem estratégias tecnológicas com propensão de reduzir o teor destes componentes nos alimentos. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de bases gordurosas zero trans com teores reduzidos de ácidos graxos saturados (AGS), a partir de misturas contendo óleo de palma (OP) e óleo de canola (OC), utilizando o óleo de algodão totalmente hidrogenado (OATH) a 5 e 2,5% (m/m) e monoestearato de sorbitana (SMS) a 2,5% (m/m) como potenciais agentes estruturantes. O estudo foi realizado tomando-se o OP como gordura padrão zero trans. A redução dos teores de AGS foi realizada a partir da adição de OC ao OP nas seguintes proporções: 100:0, 80:20, 40:60 (%m/m) de OP e OC, respectivamente. A análise de composição química evidenciou uma redução no teor de AGS das bases estruturadas em até 23,2%, quando comparada à amostra 100:0. O conteúdo de gordura sólida (SFC), a 25oC, das amostras com 5% de OATH nas proporções de 100:0, 80:20, 40:60, atingiram valores médios de 21,25; 15,90 e 8,73%, respectivamente. Já as amostras com 2,5% de OATH e 2,5% de SMS nas proporções de 100:0, 80:20, 40:60, atingiram valores médios de 18,42; 13,39 e 6,81%, respectivamente, enquanto para as amostras controle correspondentes, os valores de SFC foram iguais a 13,74; 9,31 e 3,34%. As bases gordurosas estruturadas indicaram perfis de sólidos compatíveis à aplicação em alimentos, e o OATH e o SMS mostraram-se efetivos para o acréscimo do teor de sólidos em bases lipídicas com redução do teor de ácidos graxos saturados. Palavras Chaves: Óleo de palma, óleo de canola, óleo de algodão totalmente hidrogenado, hardfat, zero trans, low sat. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2053 DETERMINAÇÃO DE GORDURA TOTAL, ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS E TRANS EM BISCOITOS INDUSTRIALIZADOS Carolina Montanheiro Noronha¹; Gisele Olivo¹; Sabrina Matos de Carvalho¹; Cleonice Gonçalves da Rosa¹; Matheus Vinicius de O. B. Maciel¹; Bruna Jummes¹; Gabriela Rocha¹; Amanda Alves Fernandes¹; Ana Paula Zapelini¹; Pedro Luiz Manique Barreto¹ ¹ Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 88040-970 A ingestão de ácidos graxos saturados pode trazer riscos à saúde. Evidências científicas mostram que a ingestão de ácidos graxos trans produz efeito similar aos ácidos saturados. A legislação brasileira atual exige a declaração de gordura total (GT), ácidos graxos saturados (AGS) e trans (AGT) nos rótulos dos alimentos. Diversos alimentos são elaborados empregando gordura vegetal hidrogenada rica em ácidos graxos trans, como por exemplo, os biscoitos, consumidos principalmente por crianças e adolescentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a adequação das rotulagens quanto aos teores de GT, AGS e AGT e avaliar se estes alimentos atendem às quantidades recomendadas de consumo de gordura saturada, após a redução de gorduras trans. Foram analisadas 10 amostras de biscoitos de 6 marcas e 4 tipos diferentes: doce recheado, doce sem recheio, salgado recheado e salgado sem recheio. A extração dos lipídeos foi realizada pelo método gravimétrico Soxhlet e composição de ácidos graxos da gordura extraída dos biscoitos foi determinada por cromatografia em fase gasosa. Das amostras analisadas, duas apresentaram valores de GT acima da declarada no rótulo e, em 3 delas, os valores de AGS encontrados foram superiores ao permitido pela legislação que é de + 20 %. Com relação aos AGT todos os valores obtidos estavam de acordo com a legislação, ou seja, apresentaram quantidades inferiores a 0,2 g/porção. No entanto, apesar da ausência de gorduras trans na porção, foram encontradas quantidades significativas desses ácidos graxos em 100g do alimento. Deve-se atentar que muitas vezes a quantidade consumida é maior que a porção sugerida, acarretando uma ingestão significativa de AGT. Apesar da redução nas quantidades de AGT, os biscoitos analisados contêm grandes quantidades de AGS. Essa utilização de gorduras alternativas deve ser avaliada com critério, pois mudanças podem gerar produtos com elevados teores de AGS e reduzidos de ácidos graxos essenciais. PALAVRAS-CHAVE: ácidos graxos saturados, ácidos graxos trans, biscoitos, legislação brasileira. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2054 OBTENÇÃO DE GORDURAS ZERO TRANS/ LOW SAT ATRAVÉS DA ESTRUTURAÇÃO COM ÓLEO DE PALMA TOTALMENTE HIDROGENADO Karina Martins Barbosa¹; Theo Guenter Kieckbusch²; Monise Helen Masuchi² ¹Faculdade de Ciências Aplicadas – Universidade Estadual de Campinas ²Faculdade de Engenharia Química – Universidade Estadual de Campinas – Campinas, São Paulo, Brasil – CEP: 13083-852 E-mail: [email protected] Nos últimos anos cresceram o número de estudos que comprovam os efeitos deletérios para a saúde decorrentes de uma dieta rica em gorduras saturadas e trans. Neste contexto, a ciência dos lipídios passou a buscar alternativas economicamente viáveis, para o desenvolvimento de produtos com teores reduzidos destes tipos de gorduras, porém que mantenham as mesmas características funcionais e sensoriais dos produtos convencionais. Uma das alternativas propostas para a obtenção de gorduras zero trans, com baixo teor de saturados é através da utilização de agentes estruturantes ou modificadores do processo de cristalização. No presente estudo, foram utilizadas como matrizes lipídicas o óleo de palma, tido como padrão zero trans, juntamente com a adição do óleo de canola, e misturas destes nas proporções 100:0; 80:20; 60:40; 40:60; 20:80; 0:100. A partir disso verificouse o potencial estruturante, através da adição de 5% de óleo de palma totalmente hidrogenado (OPTH) e da mistura de 2,5% de OPTH com 2,5% de monoestearato de sorbitana (SMS). Através da análise da composição em ácidos graxos verificou-se uma redução na quantidade de ácidos graxos saturados presentes nas bases estruturadas se comparado com a amostra 100:0 (óleo de palma). Outro parâmetro analisado foi o perfil de sólidos, no qual obteve-se com as amostras estruturadas com 5% de OPTH a 25°C, nas proporções 100:0; 80:20 e 60:40, os seguintes valores: 21,95, 16,34, e 2,82%, respectivamente, e nas amostras estruturadas com 2,5% de OPTH e 2,5% de SMS, os valores encontrados foram de: 18,84, 13,82, e 10,01%, respectivamente, enquanto que as amostras controles correspondentes obteve-se 13,74, 9,31 e 3,34%. Esses resultados indicam que as bases lipídicas adicionadas de agentes estruturantes apresentaram modificação no teor de sólidos se comparadas com as misturas sem aditivos, resultando em possíveis novas aplicações em alimentos. Palavra-chave: Agentes estruturantes, óleo de palma, óleo de canola, gorduras zero trans/ low sat SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2055 ELABORAÇÃO DE LIPOSSOMAS PARA A NANOENCAPSULAÇÃO DE EXTRATO ETANÓLICO DA MICROALGA Chlorella pyrenoidosa Letícia Marques de Assis1,2; Adriana Rodrigues Machado1; Jorge Alberto Vieira Costa1; Leonor Almeida de Souza-Soares1 1 Universidade Federal do Rio Grande - Laboratório de Ciência de Alimentos e Micotoxinas ,Rua Alfredo Huch, 474 - Cep: 96201-900 – Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. -53-32338663 2 Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Campus Pelotas, Visconde da Graça/COAGRO. E-mail: [email protected] Os lipossomas são vesículas compostas basicamente por uma ou mais bicamadas de fosfolípidos encapsulando um volume aquoso. A formação dos lipossomas é essencialmente baseada nas interações desfavoráveis que ocorrem entre os fosfolipídios e as moléculas de água, em que os grupos de cabeça polares de fosfolipídios são expostos às fases aquosas, e as caudas de hidrocarbonetos hidrofóbicos são forçadas a ficarem em uma bicamada. O extrato foi obtido utilizando etanol como solvente em incubadora com agitação por 2h a 35ºC e 230rpm. Os lipossomas foram elaborados pelo método de hidratação do filme lipídico utilizando 0,2g de extrato fenólico liofilizado dissolvido em 20 mL de tampão fosfato pH 7,0 (0,2M) e 1 g de lecitina de soja em 10 mL de clorofórmio para o preparo do filme lipídico. Após, os lipossomas foram submetidos ao tratamento final de sonicação, utilizando banho ultrassônico durante 10 ciclos de 1min, e 3 min de descanso em água fria. Paralelamente foi elaborado um controle, sem adição do extrato no tampão fosfato. Os lipossomas foram avaliados quanto ao tamanho médio e índice de polidispersão através de espalhamento dinâmico de luz (laser de He-Ne, λ = 632,8 nm, goniômetro BI-200M, e correlador digital BI-9000AT); potencial zeta utilizando o equipamento Zetasizer Nanoseries Nano-Z (20 ºC); e morfologia através de microscopia eletrônica de varredura. Como resultado, os lipossomas apresentaram tamanho médio de 239 nm, índice de polidispersão de 0,261, valor de potencial zeta de -34,50 mV, e morfologicamente pode-se verificar que a adição do extrato aos lipossomas provocou irregularidades no seu formato, visto que, o lipossoma controle mostrou-se de forma mais esférica e regular, comparado à amostra. Concluise que a elaboração de lipossomas a partir de lecitina de soja pode se tornar uma alternativa eficiente para a encapsulação de compostos bioativos, com relação ao tamanho nanométrico e estabilidade destes. Palavras-chave: Chlorella nanoencapsulação. pyrenoidosa, extrato, lipossoma, SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2056 APLICAÇÃO POTENCIAL DA LECITINA DE SOJA PARA ELABORAÇÃO DE LIPOSSOMAS EM TAMANHO NANOMÉTRICO Adriana Rodrigues Machado1; Letícia Marques de Assis1,2 Jorge Alberto Vieira Costa1; Leonor Almeida de Souza-Soares1 1 Universidade Federal do Rio Grande - Laboratório de Ciência de Alimentos e Micotoxinas ,Rua Alfredo Huch, 474 - Cep: 96201-900 – Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. -53-32338663 2 Instituto Federal Sul-Rio-Grandense, Campus Pelotas, Visconde da Graça/COAGRO. E-mail: [email protected] Os lipossomas são vesículas lipídicas utilizadas na área de alimentos como encapsuladores de aromas, mascaradores de sabor , e protetores de nutrientes contra degradações do trato gastro intestinal. Uma importante característica da encapsulação em lipossomas é que o processo permite o controle da liberação dos compostos encapsulados; dependendo das condições de temperatura, pH e presença de íons ao que o alimento é submetido. A lecitina de soja bruta é uma mistura de glicolípidos, triacilgliceróis e fosfolipídios pode ser empregada em estudos de formulação de lipossomas para a encapsulação de compostos bioativos. Os lipossomas foram preparados através do método de hidratação do filme lipídico, que consistiu em adicionar em balão de fundo redondo, 1g de lecitina de soja, dissolvido em 10 mL de clorofórmio. Após a completa homogeneização e remoção do solvente em evaporador rotatório sob vácuo, a 62ºC, foram adicionados 20 mL de tampão fosfato de sódio pH 7,0 (0,2M) no filme lipídico formado no balão. Os lipossomas preparados foram homogeneizados em ultra-turrax a 10.000 rpm durante 20 min e armazenados a 4 ºC, em frascos de vidro âmbar, protegidos da luz e oxigênio; alíquotas foram retiradas ,em diferentes tempos , para análises.Os lipossomas foram avaliados quanto ao tamanho médio e índice de polidispersão, pH e potencial zeta, no início e após 21 dias de armazenamento. O tamanho médio das partículas foi de 203,07 nm e o índice de polidispersão de 0,194. Os lipossomas apresentaram-se estáveis durante o período de armazenamento, obtendo-se o pH em torno de 8,50 e potencial zeta de -27,20 mV e -25,66mV, no inicio e final dos 21 dias respectivamente. Com os resultados obtidos neste estudo, nos levam a concluir que a lecitina de soja bruta pode ser aplicada na elaboração de lipossomas nanométricos que permaneceram estáveis durante 21 dias de armazenamento a 4 ºC . Palavras-chave: lecitina, lipossoma, nanotecnologia. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2057 IMOBILIZAÇÃO DE LIPASE DE Candida antarctica FRAÇÃO B EM ESPUMA DE POLIURETANO Eliane Pereira Cipolatti1; Gabrieli Nicoletti1, Natalia Thaisa Gamba Carbonera1; Raquel Loss1, Maria José Arbulu Silva1; Débora de Oliveira1; Jorge Luiz Ninow1 1 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Campus Universitário, Bairro Trindade, Caixa Postal 476, Florianópolis, SC 88040-900, Brasil. E-mail: [email protected] A aplicação de lipases em processos em diferentes indústrias, como de alimentos, têxtil, de papel e celulose, detergentes, óleos e gorduras, etc. faz com que esta enzima tenha um elevado interesse comercial. A imobilização deste biocatalisador pode proporcionar o aumento da estabilidade, além de sua reutilização, o que implicaria em diminuição nos custos do processo. Dentro deste contexto, a utilização de um método rápido, fácil, de baixo custo e que apresente resistência a solventes orgânicos aumentaria e facilitaria a aplicação de lipases. Este trabalho teve como objetivo imobilizar a lipase de Candida antarctica (CALB) em espuma de poliuretano. Foram testadas duas proporções de poliol:isocianato (6:2 e 5:3). As enzimas livre e imobilizada foram avaliadas com relação as suas atividades de esterificação, utilizando sistema com ácido láurico e álcool n-propílico. Foi medida a estabilidade das enzimas em elevadas temperaturas (40, 60 e 80 ºC). Os parâmetros de imobilização também foram calculados. A imobilização foi observada por microscopia eletrônica de varredura. A proporção poliol:isocianato de 5:3 foi definida como adequada para os posteriores experimentos, por apresentar maior homogeneidade da espuma. A enzima imobilizada em poliuretano apresentou atividade 25 vezes superior à enzima livre (1800 U/g livre e 46000 U/g imobilizada) e possibilitou uma recuperação de 100% e ainda seu reuso. A estabilidade da enzima também foi aumentada com a imobilização. Palavras-chave: biocatalisador, enzima imobilizada, esterificação SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2058 SÍNTESE ENZIMÁTICA DE LIPÍDIOS ESTRUTURADOS A PARTIR DE ÓLEO DE GIRASSOL ALTO OLEICO E ÓLEO DE SOJA TOTALMENTE HIDROGENADO Isabela de Melo Silvestre1 , João Pereira de Sá Neto1, Marilene De Mori Morselli Ribeiro1, Chiu Chih Ming 1, Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves1 1 Departamento de Tecnologia de Alimentos – UNICAMP – SP DTA- Departamento de Tecnologia de Alimentos, FEA - Faculdade de Engenharia de Alimentos, Unicamp - Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP, Brazil, CEP 13081-970. E-mail: [email protected] Lipídios estruturados (LE) foram preparados por interesterificação enzimática na proporção de 60:40 de óleo de girassol alto oleico (OGAO) e óleo de soja totalmente hidrogenado (OSTH), respectivamente. A reação foi catalisada pela Lipase sn-1,3-específica (Lipozyme TL IM) na dosagem de 7%. A reação ocorreu durante 9 horas a 70oC. A mistura e os LE foram avaliados quanto à composição de ácidos graxos e de triacilgliceróis, comportamento térmico e conteúdo de gordura sólida (CGS). Na mistura e nos LE 60:40 os ácidos graxos predominantes foram o C18:1 (51,4%) e o C18:0 (36,3%). Analisando o perfil de triacilgliceróis obtidos pela reação enzimática foi observado um aumento do grupo C54 de 7,9% com relação à mistura e de 3,75% comparando a reação química. O comportamento térmico da mistura 60:40 apresentou dois picos de fusão, na faixa de -16,3oC a 3,0oC e 37,2oC a 66,8oC. Os LE por catálise enzimática apresentaram dois picos extensos de fusão, de -12,7oC a 22,6oC e de 27,3 oC a 50,6 oC, sendo que a interesterificação química apresentou 3 picos, de 14,6ºC a 19,8ºC, de 26,1ºC a 52,3ºC e de 52,6ºC a 58,7ºC.Também foi observado que houve uma redução de 35% na entalpia de fusão das reações enzimática e química em relação à mistura. O CGS dos LE obtidos pelas reações enzimática, química e a mistura foram de 18,8%, 32,2% e 37,6%, respectivamente. Estudos de aplicação do produto obtido enzimaticamente estão sendo investigados. Palavras-chave: lipídeos estruturados, óleo de girassol, óleo de soja SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2059 PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MICROPARTÍCULAS LIPÍDICAS OBTIDAS POR SPRAY-FREEZING Julice Dutra Lopes1; Ana Paula Badan Ribeiro2; Priscilla Efraim1 1 Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Campinas/SP, Brasil. 2 Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Aplicadas, Limeira/SP – Brasil E-mail: [email protected] Devido à natureza polimórfica da manteiga de cacau, o chocolate deve ser pré-cristalizado antes da etapa de moldagem. A temperagem é um processo de cristalização controlada, que tem por objetivo induzir à formação de cristais estáveis, do tipo beta (), na manteiga de cacau, principal ingrediente do chocolate. Uma nova técnica de pré-cristalização, conhecida como seeding, tem sido estudada para a substituição ou otimização do processo de temperagem. Óleos vegetais totalmente hidrogenados (hardfats) têm sido utilizados como uma opção de baixo custo e alto potencial para o uso em processos de seeding Neste trabalho estudou-se a técnica de spray-freezing para obtenção de micropartículas lipídicas (MPL) de hardfats dos óleos de soja, algodão, palma e crambe. Os hardfats foram caracterizados quanto ao ponto de fusão (PF), composição triacilglicerólica (CTAG) e hábito polimórfico (HP). As MPL produzidas foram avaliadas quanto à distribuição de tamanho das partículas, morfologia e HP. Os PFs e os triacilgliceróis majoritários dos hardfats de soja, algodão, palma e crambe foram, respectivamente, 69,1±0,12ºC (SSS,PSS), 63,4±0,06ºC (PSS, SSS, PPS), 59,9±0,12ºC (PPS, PSS e SSS) e 62,1±0,12ºC (SBeBe, BeBeBe, SSBe). As análises da morfologia e da distribuição do tamanho das partículas mostraram que todas as MPL apresentaram formas esféricas com tamanho médio de 93,8 a 145,1μm (soja), 154,1 a 201,8μm (algodão), 196,4 a 335,7μm (palma) e 66 a 151μm (crambe). Verificou-se que o processo de micronização alterou o HP dos hardfats de ´ (algodão e palma) para e de (soja e crambe) para . Estes resultados indicam que a técnica de spray-freezing pode ser aplicada para obtenção de MPL a partir dos hardfats avaliados. Porém, são necessários estudos adicionais sobre os eventos de transição polimórfica para que estas MPL possam ser utilizadas diretamente como agentes de nucleação no processo de temperagem de chocolates. Palavras-chave: hardfats, spray-freezing, micronização, partículas lipídicas. Agradecimentos: FAPESP (Projeto Temático 09/53006-0 SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2060 EFEITO DO TAMANHO DA CADEIA DE ÁCIDOS GRAXOS NA SÍNTESE DE LIPÍDIO ESTRUTURADO POR ACIDÓLISE ENZIMÁTICA DE SINGLE CELL OIL Carolina Rodrigues Calvo1; Daniela Kanno Mathias1; Jaqueline Piazentin Costa1; Nadia Segura2; Iván Jachmanián2; Luiz Antonio Gioielli1; Juliana Neves Rodrigues Ract1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas/Universidade de São Paulo; 2 Facultad de Química/Universidad de La República Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Av. Prof. Lineu Prestes, 580, B16, CEP 05508-900, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Lipídios estruturados contendo ácidos graxos de cadeia curta nas posições sn-1,3 e um ácido graxo poliinsaturado na posição sn-2 têm aplicação tecnológica como ingredientes de produtos destinados a pacientes com problemas de absorção de nutrientes, como fórmulas infantis e soluções enterais e parenterais. O objetivo deste trabalho foi incorporar ácidos graxos de cadeia curta ou média (AGCCM), como fonte rápida de energia, às posições sn-1,3 de triacilglicerois de DHASCO, um Single Cell Oil rico em ácido docosahexaenoico (C22:6). Foram misturados DHASCO com os ácidos graxos livres butírico (C4:0), caproico (C6:0), caprílico (C8:0), cáprico (C10:0) e láurico (C12:0) na proporção de 1:4 (DHASCO:AC), para avaliar o efeito do tamanho da cadeia de ácidos graxos na síntese dos lipídios estruturados (LE). As reações de acidólise foram catalisadas pelas lipases Lipozyme TL IM e Lipozyme 435 em um reator descontínuo com aquecimento, agitação e atmosfera de nitrogênio por 6 horas. A composição em ácidos graxos foi determinada por cromatografia gasosa, enquanto a composição em triacilglicerois foi determinada por cromatografia líquida de alta resolução. O comportamento térmico foi observado por calorimetria diferencial de varredura. O DHA é o ácido graxo mais abundante no DHASCO, responsável por 45,6% de sua composição química. A Lipozyme TL IM não foi eficiente na acidólise das misturas contendo os ácidos butírico e caproico, enquanto com os ácidos caprílico, cáprico e láurico foi possível observar o consumo dos triacilglicerois ODD e OOO, dando lugar a novas moléculas. Com a Lipozyme 435, por outro lado, maiores mudanças na composição em TAGs foram observadas nas misturas contendo ácidos graxos de cadeia mais curtas. Os perfis de cristalização e fusão das amostras tornam evidente a reestruturação dos lipídios decorrente da acidólise pela formação de novos picos de fusão e cristalização dos lipídios estruturados em comparação com as misturas. Palavras-chave: Single Cell Oil; ácido docosahexaenoico (DHA); ácidos graxos de cadeia curta; acidólise enzimática; distribuição regioespecífica; lipídios estruturados. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2061 ESTUDO DA INCORPORAÇÃO DE ÁCIDO CAPRÍLICO EM SINGLE CELL OIL RICO EM DHA POR ACIDÓLISE ENZIMÁTICA Daniela Kanno Mathias1; Jaqueline Piazentin Costa1; Carolina Rodrigues Calvo1; Nadia Segura2; Iván Jachmanián2; Luiz Antonio Gioielli1; Juliana Neves Rodrigues Ract1 1 Faculdade de Ciências Farmacêuticas/Universidade de São Paulo; 2 Facultad de Química/Universidad de La República Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo. Av. Prof. Lineu Prestes, 580, B16, CEP 05508-900, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Este trabalho teve como objetivo incorporar ácido caprílico (C8:0), como fonte rápida de energia, às posições sn-1,3 de triacilglicerois de DHASCO, um Single Cell Oil rico em ácido docosahexaenoico (C22:6). As misturas foram preparadas em diferentes proporções, de 1:1, 1:2, 1:3, 1:4 e 1:5 (DHASCO:AC), para permitir uma avaliação da influência da concentração molar do ácido caprílico sobre a eficiência do processo de produção do lipídio estruturado (LE). As reações de acidólise foram catalisadas pelas lipases Lipozyme TL IM e Lipozyme 435 em um reator descontínuo com aquecimento, agitação e atmosfera de nitrogênio por 6 horas. A composição em ácidos graxos foi determinada por cromatografia gasosa, enquanto a composição em triacilglicerois foi determinada por cromatografia líquida de alta resolução. O comportamento térmico foi observado por calorimetria diferencial de varredura. O DHA é o ácido graxo mais abundante no DHASCO, responsável por 45,6% de sua composição química. Foi possível verificar a ocorrência da reação de acidólise através da diminuição da proporção dos TAGs triinsaturados, como a trioleína e o TAG contendo três DHAs, após a reação enzimática, principalmente com o uso da Lipozyme TL IM, indicando que este tipo de TAG foi modificado pelas lipases, dando lugar a novas moléculas. Os perfis de cristalização e fusão das amostras tornam evidente a reestruturação dos lipídios decorrente da acidólise pela formação de novos picos de fusão e cristalização dos lipídios estruturados em comparação com as misturas. A obtenção deste tipo de lipídio estruturado, contendo um ácido graxo de cadeia curta nas posições sn-1,3 e um ácido graxo poliinsaturado na posição sn-2, pode representar uma grande contribuição no desenvolvimento de suplementação destinada a pacientes com problemas de absorção de nutrientes. Palavras-chave: Single Cell Oil; ácido docosahexaenoico (DHA); ácido caprílico; acidólise enzimática; distribuição regioespecífica; lipídios estruturados SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2062 INFLUENCE OF PROCESSING PARAMETERS ON ACYL MIGRATION DURING ENZYMATIC SYNTHESIS OF STRUCTURED LIPIDS Gabriela Gonçalves Nicolau1; Luisa Reis Abdala1; Maria Inês Almeida Gonçalves1; Nadia Segura2; Iván Jachmanián2; Luiz Antonio Gioielli1; Juliana Neves Rodrigues Ract1 1 Faculty of Pharmaceutical Sciences/University of Sao Paulo; 2 Facultad de Química/Universidad de La República Faculty of Pharmaceutical Sciences/University of Sao Paulo. Av. Prof. Lineu Prestes, 580, B16, CEP 05508-900, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Depending on interesterification reaction parameters, mono- and diacylglycerols may be present in structured lipids in such amounts that can result in the occurrence of an undesired thermodynamic process known as acyl migration. The aim of the present study was to investigate the influence of reaction parameters such as temperature, flow rate, and chemical composition of the substrate on the occurrence of acyl migration during interesterification of palm stearin and canola oil blends. Enzymatic interesterification was held in a continuous bed reactor packed with previously conditioned sn-1,3 specific lipase Lipozyme TL IM®, using blends of palm stearin (PS) with canola oil (CO) in different proportions, namely 90/10, 80/20, 70/30, 60/40, and 50/50 (PS/CO). Reaction temperatures varied from 30 to 110 °C and the substrate flow rates used were 1, 3, 5, 7 and 9 mL/min. The experimental design was optimized using response surface methodology. Fatty acid and triacylglycerol compositions of the lipids were determined by gas chromatography (GC) and high performance liquid chromatography (HPLC). The regiospecific FA distribution was analyzed by C 13 nuclear magnetic resonance (C13 NMR). PS is composed of 43.2% of palmitic and 37.8% of oleic acids, mainly, while CO presents higher levels of oleic and linoleic acids, namely 64.8 and 19.6%. There was a prevalence of saturated fatty acids in sn-1,3 positions and linoleic acid in sn-2 position of the blends. Lipozyme TL IM regiospecificity varied among the experiments. After interesterification, the expected phenomenon of acyl migration could be observed by the increase of saturated FA in the sn-2 position. Acyl migration was minimized in the structured lipid obtained from the blend of palm stearin/canola oil at a ratio of 60/40, at a temperature of 90 °C and a flow rate of 7.0 mL/min, due to the lowest changes of saturated FA in the sn-2 position. Keywords: structured lipds; palm stearin; canola interesterification; packed bed reactor; acyl migration oil; continuous SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2063 DETERMINAÇÃO DE ABSORÇÃO DE ÓLEO EM EMPANADOS FRANGO FRITOS COM INCORPORAÇÃO DE SEMENTE DE LINHAÇA, QUINOA NEGRA, FLOCOS DE ARROZ E FLOCOS DE CEVADA. Daniela Cordeiro1, Vanessa Cristina Messias1, Marise Aparecida Rodrigues Pollonio1, Leilane Costa de Conto2 1 Faculdade de Engenharia de Alimentos – FEA/UNICAMP. Departamento de Tecnologia de Alimentos /Faculdade de Engenharia de Alimentos/ Unicamp Campinas, SP, Brasil. Caixa Postal 6121, Cep:13083-862. 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus Urupema - IFES E-mail: [email protected] Atualmente, existe uma demanda para reduzir a quantidade de óleo absorvido em empanados fritos, assim como o aumentar o valor nutricional nestes produtos, através da incorporação de grãos integrais, em sua formulação. O objetivo do experimento foi avaliar a incorporação de grãos integrais, sobre a perda de umidade, absorção de óleo e pick-up em empanados de frango fritos. Processou-se uma formulação de empanados de frango com 10% de cereais composto de 4 tipos de grãos integrais (semente de linhaça, quinoa negra, flocos de arroz e flocos de cevada) e uma formulação controle. Substituiu-se a porcentagem de carne proporcionalmente à adição do cereal fixando-se os demais ingredientes. O processamento foi realizado através das seguintes etapas: homogeneização da matéria-prima, moldagem, empanamento (predust, batter, crumb), préfritura (180ºC a 30s), congelamento e fritura (180ºC a 240s) em óleo de soja. Análises realizadas: umidade e teor de lipídeos nos empanados pré-fritos e fritos, segundo a A.O.A.C. (1990) e pick-up (quantidade de sistema de cobertura aderido ao produto) através de cálculo por meio de pesagem dos produtos após cada etapa de processamento (GL., 2002). Os resultados foram tratados estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05), através do programa SAS (Stathistical Analysis System, 1996). A quantidade de cobertura aderida a um produto empanado é um aspecto importante para maior absorção de gordura. Com base nessa afirmação, observou-se pela estatística aplicada que não houve variações na camada externa (pick-up) do empanado. A formulação controle apresentou maior perda de umidade (24,00), maior teor de lipídeos (39,27%) que a formulação com adição de 10% de grãos, com valores de 20,19% e 30,53%, respectivamente, com diferença significativa (p<0,05). Dessa forma, pode-se verificar que a que incorporação de grãos integrais protegeu os empanados contra a desidratação interna e a absorção de óleo, não interferindo no pick-up do produto. Palavras-chave: absorção de óleo, pick-up, empanados, grãos integrais. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2064 ACEITAÇÃO SENSORIAL DE EMPANADOS DE FRANGO COM ADIÇÃO DE GRÃOS INTEGRAIS DANIELA CORDEIRO1; VANESSA CRISTINA MESSIAS1 ; MARISE APARECIDA RODRIGUES POLLONIO1; LEILANE COSTA DE CONTO2. 1 Faculdade de Engenharia de Alimentos – FEA/UNICAMP. Departamento de Tecnologia de Alimentos /Faculdade de Engenharia de Alimentos/ Unicamp Campinas, SP, Brasil. Caixa Postal 6121, Cep:13083-862 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus Urupema - IFES E-mail: [email protected] As solicitações tecnológicas mais comuns em produtos cárneos empanados fritos se referem à garantia das características sensoriais desejáveis, como crocância” e suculência da carne no mesmo produto. O objetivo do experimento foi estudar a influência da adição de grãos integrais, sobre os atributos sensoriais em empanados de frango fritos. Processou-se uma formulação de empanados de frango com 10% de cereais composto de 4 tipos de cereais integrais (semente de linhaça, quinoa negra, flocos de arroz e flocos de cevada) e uma formulação controle. Substituiu-se a porcentagem de carne proporcionalmente à adição do cereal fixando-se os demais ingredientes. O processamento foi realizado seguindo as etapas: homogeneização da matéria-prima, moldagem, empanamento (predust, batter, crumb), pré-fritura (180ºC a 30s), congelamento e fritura (180ºC a 240s) em óleo de soja. Foi conduzido o teste de aceitabilidade, com 48 provadores instruídos para avaliar os produtos quanto ao aroma, cor externa, cor interna, sabor, textura e crocância, utilizando escala hedônica de 9 pontos (1= desgostei muitíssimo a 9 = gostei muitíssimo) (VILLANUEVA & DA SILVA, 2009). Adicionalmente, avaliou-se a aceitação e a intenção de compra em uma escala tipo binomial (sim/não) (SOLER,2005). Os resultados foram tratados estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,10), através do programa SAS (Stathistical Analysis System, 1996). Observou-se que não houve diferença significativa entre formulação com 10% de grãos integrais e a controle para todos os atributos sensoriais (a p<0,10), ou seja, todos os produtos empanados foram considerados semelhantes, pelos provadores, com média de 7,5 (gostei moderadamente). Os empanados adicionados de 4 tipos de grãos integrais apresentaram 97% aceitação e 91% de intenção de compra pelo painel de consumidores, não diferindo da formulação controle. Com isso, conclui-se que é possível adicionar 10% de quatro tipos de grãos integrais em produtos empanados de frango, mantendo-se suas características sensoriais. Palavras-chave: análise sensorial, empanados, quinoa negra, semente de linhaça, flocos de arroz, flocos de cevada. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2065 AVALIAÇÃO TECNOLÓGICA DE COR E TEXTURA DA APLICAÇÃO DE GRÃOS INTEGRAIS EM EMPANADOS DE FRANGO DANIELA CORDEIRO1; VANESSA CRISTINA MESSIAS1 ; MARISE APARECIDA RODRIGUES POLLONIO1; LEILANE COSTA DE CONTO2. 1 Faculdade de Engenharia de Alimentos – FEA/UNICAMP. Departamento de Tecnologia de Alimentos /Faculdade de Engenharia de Alimentos/ Unicamp Campinas, SP, Brasil. Caixa Postal 6121, Cep:13083-862 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina Campus Urupema - IFES E-mail: [email protected] O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da aplicação de grãos integrais, sobre as propriedades tecnológicas de cor e textura em empanados de frango fritos. Processou-se uma formulação de empanados de frango com 10% de cereais composto de 4 tipos de grãos integrais (semente de linhaça, quinoa, flocos de arroz e flocos de cevada) e uma formulação controle. Substituiu-se a porcentagem de carne proporcionalmente à adição dos grãos, fixando-se os demais ingredientes. O processamento foi realizado seguindo as etapas: homogeneização da matéria-prima, moldagem, empanamento (predust, batter, crumb), pré-fritura (180ºC a 30s), congelamento e fritura (180ºC a 240s) em óleo de soja. A cor objetiva foi determinada utilizando-se um colorímetro, modelo COLOR QUEST II HUNTERLAB, baseada no sistema CIEL*C*h, C* ( cromaticidade) e h (ângulo de tonalidade), representação em coordenadas polares do sistema L*a*b*. A determinação de textura através da força de cisalhamento, em texturômetro TA-XT2 equipado com cela Warner bratzler (HDP/BSG, tipo guilhotina). Os resultados foram tratados estatisticamente pelo teste de Tukey (p<0,05), através do programa SAS (Stathistical Analysis System, 1996). A formulação com 10% de grãos obteve menor média para o valor L* (53,32) o que indica menor refletância de luz (produtos mais escuros) diferindo estatisticamente (p<0,05) da controle (55,94).Os resultados do a*, b* e (h*) mostraram que não houve diferença significativa da formulação controle. Os valores de h (56,30º a 66,41º) indicam que as amostras apresentaram coloração entre o laranja e o amarelo mais saturado. Em relação à textura verificou-se que não houve diferença significativa entre a formulação controle e os empanados com 10% de grãos integrais. Com este trabalho conclui-se que a aplicação de grãos integrais obteve um bom desempenho nas análises instrumentais de textura e cor objetiva, podendo ser utilizados no desenvolvimento de novos produtos de empanados de frango. Palavras-chave: cor objetiva, textura, empanados, cereais integrais. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2066 ANÁLISE COMPARATIVA DA ESTABILIDADE OXIDATIVA DOS ÓLEOS DE ANDIROBA, BABAÇU, CRAMBE, PALMA E PINHÃO MANSO POR TERMOGRAVIMETRIA (TGA) EM AR SINTÉTICO Oliveira, L. E.1, Da Silva, M.L.C.P.2 1 Universidade de São Paulo (USP) Departamento de Biotecnologia Industrial, Estrada do Campinho s/n, Lorena, SP, Brasil. E-mail:[email protected] A estabilidade oxidativa dos óleos vegetais é um parâmetro importante em relação às condições de seu armazenamento pelas indústria de extração e processamento. Esse tipo de estabilidade está associada à composição de diferentes quantidades de ácidos graxos insaturados, em cada óleo, que apresentam sítios reativos (ligações duplas carbono-carbono) sensíveis ao oxigênio presente na atmosfera. Estudos recentes também chamam a atenção para às quantidades de diferentes antioxidantes naturais que permanecem no óleo vegetal mesmo depois da extração (Sharma & Jain, 2010). As análises térmicas como a termogravimetria (TGA) e calorimetria exploratória diferencial (DSC) tem se mostrado eficientes para estudos de estabilidade térmica, oxidativa e de armazenamento de óleos vegetais (Sharma & Jain, 2010). Foram utilizados diferentes óleos vegetais com diferentes quantidades de ácido graxo insaturado (AGI): Palma (AGI= 48%), babaçu (AGI= 17%), andiroba (AGI= 58%), pinhão manso (AGI= 80%) e crambe (AGI= 91%). A composição de AGI foi obtido por cromatografia gasosa CG-VARIAN3800. Para as análises de estabilidade oxidativa utilizouse a Termobalança Shimadzu modelo TGA-50, em um intervalo de temperatura de 25 a 600 ºC, na taxas de aquecimento de 10 ºC min -1 em cadinho de platina aberto, com atmosfera de ar sintético. Foram utilizadas amostras com massas em torno e 7,0 mg. Para análise comparativa foi utilizado a temperatura onset (Tonset) de ínicio de degradação termo-oxidativa. Os resultados mostram que o óleo de palma tem a maior estabilidade oxidativa (Tonset= 309 ºC), seguido do óleo babaçu (T onset= 308 ºC), andiroba (Tonset= 183 ºC), pinhão manso (Tonset= 178 ºC) e crambe (Tonset= 174 ºC). Comparando-se estes dados percebe-se que existe uma relação inversa entre Tonset e AGI. No entanto a correlação linear é baixa (r= 0,61868). Isso se deve à presença de diferentes anti-oxidantes naturais presente nesses óleos que também influenciam em sua estabilidade oxidativa. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2067 APLICAÇÃO DE MICROPARTÍCULAS COMO SEED DE CRISTALIZAÇÃO DE ÓLEO DE PALMA EM EMULSÃO TIPO MARGARINA Maria Cristina C. N. Mascarenhas1; Chiu Chih Ming1; Lireny A.G.Gonçalves1 1 Departamento de Tecnologia de Alimentos – Faculdade de Engenharia de Alimentos, P.O.BOX 6091 – UNICAMP - CEP 13083-970 - Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected] O óleo de palma (OP) é uma materia prima com amplo uso em produtos industriais, porém sua lenta cristalização e baixa consistência a temperatura ambiente afeta sua aplicação industrial. As gorduras totalmente hidrogenadas (GTH) são matérias primas de baixo custo e podem modular os processos de cristalização, funcionando como sementes (seed) de cristalização e melhorando a consistência do óleo de palma. Assim, micropartículas de GTH produzidas por spray dryer podem ser uma alternativa como seed de cristalização. Neste sentido, o objetivo do trabalho foi avaliar a influencia da aplicação de microparticulas em emulsão tipo margarina. Foram utilizadas microparticulas produzidas por spray dryer com gordura totalmente hidrogenada de soja (GTHS) como material de recheio e amido modificado como material de parede na proporção de 4,5:10. Foram produzidas emulsões tipo margarina com 57% de OP e 43% de água, 1% de lecitina de soja e 4,4% de microparticula. As emulsões foram feitas em homogeneizador ultraturrax 20.000 rpm por 5 minutos e cristalizadas a uma taxa de 4°C/min. a 120 rpm, sendo armazenadas por 48 horas a 5ºC e analisadas em relação à textura, microestrutura, estabilidade a 35°C e estabilidade em ciclos de 8h em 35°C e 16h em 5°C. As emulsões com microparticulas obtiveram resultados positivos em relação ao padrão (emulsão sem microparticulas) e às emulsões com GTHS e amido. A separação de fase ocorreu após 6 dias em 35°C, sendo que para o padrão ocorreu em 1 dia, amido e GTHS em 2 dias. Em relação à estabilidade em ciclos, as emulsões com microparticulas resistiram 9 ciclos, sendo que o padrão, GTHS e amido resistiram 1, 2 e 3 ciclos, respectivamente. A utilização de microparticulas como seed de cristalização em emulsões obtiveram resultados favoráveis não somente na consistência como também promoveu a estabilidade da emulsão. Palavras chave: óleo de palma, seed de cristalização, gordura totalmente hidrogenada, emulsão, microparticulas, estabilidade. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2068 ANALYSIS OF THE OXIDATIVE STABILITY OF A BIODIESEL FUEL PRODUCED FROM AN ETHANOLIC SOYBEAN OIL MISCELLA Larissa Braga Bueno Borges1; Lucas Henrique Ribeiro1; Grasiela Cristina Pereira dos Santos1; Thais Maria Ferreira de Souza Vieira; Marisa Aparecida Bismara Regitano-d’Arce1 Luiz de Queiroz College of Agriculture/ University of São Paulo. Av. Pádua Dias, 11 – Piracicaba – SP, Brazil. CEP: 13418-900. E-mail: [email protected] 1 The quality of biodiesel fuel depends, amongst other features, on its ability of remaining preserved during storage periods. Biodiesel produced from refined vegetable oils is highly susceptible to oxidation due to the presence of unsaturated bonds inherent to such feedstocks. Vegetable oils contain natural antioxidants, obtained within the extraction process, that can provide protection against oxidation. However, the majority of these compounds is lost during industrial refining. This work aims to demonstrate the effect to the oxidative stability of the final biodiesel when using a non-refined soybean oil ethanolic miscella as feedstock. Biodiesel samples were produced from the ethanolic transesterification of refined, degummed soybean oil and soybean oil miscellae and then analyzed according to its stability in the Rancimat® equipment. Induction times obtained at the temperature of 110° C and air flow of 20L.h-1 were 3,78±0,07; 6,19±0,47 and 8,43±0,48 hours for biodiesel produced from refined, degummed soybean oil and the soybean oil miscella, respectively. Results comply with the assumption that the lesser the level of refining steps applied to these oils, the higher will be the protection against oxidation conferred to the biodiesel produced. The lack of refining in the soybean oil miscella production allows the presence of antioxidant molecules in the final feedstock and, therefore in the final biodiesel. The miscella has shown to be a promising feedstock, capable of generating biodiesel with better oxidative stability. Keywords: refining; transesterification; rancimat; antioxidant, oxidation. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2069 AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE DE NANOPARTÍCULAS DE ZEÍNA CARREGADAS COM ÓLEOS ESSENCIAIS DE OREGANO E TOMILHO Cleonive Gonçalves da Rosa, Matheus de V. O. B. Maciel, Sabrina Matos de Carvalho¹; Carolina Montanheiro Noronha; Bruna Jummes¹; Gabriela Rocha¹; Amanda Alves Fernandes¹; Ana Paula Zapelini¹; Fabiano Cléber Bertoldi, Pedro Luiz Manique Barreto¹ ¹ Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 88040-970 2 Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, EPAGRI, Itajaí, SC, Brasil, 88318-112 O timol e o carvacrol são compostos majoritários encontrado em óleos essenciais de orégano e tomilho e possuem atividade antioxidante e antimicrobiana, sendo amplamente utilizado no processamento de alimentos. O maior desafio na utilização de óleos essenciais em sua forma convencional são suas características de alta volatilidade e instabilidade química, fato que limita sua atividade bioativa em longo prazo. Uma alternativa para prolongar e preservar suas características intrínsecas é a encapsulação. Nanopartículas carreadoras de substâncias bioativas podem ser utilizadas diretamente na matriz alimentar ou inseridas em embalagens biodegradáveis. Tais partículas contendo os óleos essenciais, ricos em compostos ativos, muitas vezes funcionalizadas com propriedades especificas levam a um aumento na vida útil dos produtos. O objetivo desse trabalho foi a realização de nanopartículas de zeína com óleos essenciais de orégano e tomilho e acompanhar a estabilidade durante 60 dias avaliando como resposta eficiência de encapsulação e atividade antioxidante. Foi possível observar que ao longo dos 60 dias não foram alteradas essas propriedades nas nanopartículas. Podendo concluir que a utilização de zeína como material de parede no carregamento de orégano e tomilho proporciona um sistema estável. PALAVRAS-CHAVE: nanopartículas, zeína, óleo essencial. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2070 SINTESE DE CARACTERIZAÇÃO DE NANOPARTÍCULAS DE ZEÍNA CARREGADAS COM ÓLEOS ESSENCIAIS Cleonice Gonçalves da Rosa, Matheus de V. O. B. Maciel, Sabrina Matos de Carvalho¹; Carolina Montanheiro Noronha; Bruna Jummes¹; Gabriela Rocha¹; Amanda Alves Fernandes¹; Ana Paula Zapelini¹; Fabiano Cléber Bertoldi, Pedro Luiz Manique Barreto¹ ¹ Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 88040-970 2 Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, EPAGRI, Itajaí, SC, Brasil, 88318-112 Nanopartículas poliméricas apresentam alto potencial de encapsulação de substâncias lipofílicas, sendo capazes de controlar a sua liberação, aumentar a estabilidade de armazenamento e gerar respostas adequadas por períodos de tempo prolongado. As vantagens que as nanopartículas apresentam em relação a outros sistemas carreadores, são de conferir proteção da substância ativa nela incorporada frente à degradação química, uma vez que a substância ativa fica retida no interior de uma matriz sólida ou de um invólucro polimérico ou proteico que também tem a função de controlar a liberação da substância ativa no meio de dispersão. Na literatura, poucos são os relatos de nanopartículas com óleos essenciais. Dessa forma o objetivo desse trabalho foi sintetizar nanopartículas de zeína carregadas com óleos essenciais de orégano e tomilho pelo método de nanoprecipitação e caracterizar quanto a distribuição de tamanho (Z-ave), potencial zeta (), índice de polidispersão (PI) e morfologia. Nanopartículas carregadas com timol apresentaram diâmetro médio de 111,2 ± 2,7 nm , índice de polidispersão 0,247 ± 0,01 e potencial zeta de 16,1 ± 0,14 mV. Foi possível concluir que a utilização de zeína como material de parede no carregamento de orégano e tomilho proporciona um sistema estável, pois resultados de Zave, PI e são parâmetros primordiais na otimização de nanopartículas estáveis para aplicações nutricionais e médicas. PALAVRAS-CHAVE: nanoprecipitação, oregano, tomilho. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2071 DETERMINAÇÃO DE GORDURA TOTAL, ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS E TRANS EM BISCOITOS INDUSTRIALIZADOS Carolina Montanheiro Noronha¹; Gisele Olivo¹; Sabrina Matos de Carvalho¹; Cleonice Gonçalves da Rosa¹; Matheus Vinicius de O. B. Maciel¹; Bruna Jummes¹; Gabriela Rocha¹; Amanda Alves Fernandes¹; Ana Paula Zapelini¹; Pedro Luiz Manique Barreto¹ ¹ Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, Florianópolis, SC, Brasil, 88040-970 A ingestão de ácidos graxos saturados pode trazer riscos à saúde. Evidências científicas mostram que a ingestão de ácidos graxos trans produz efeito similar aos ácidos saturados. A legislação brasileira atual exige a declaração de gordura total (GT), ácidos graxos saturados (AGS) e trans (AGT) nos rótulos dos alimentos. Diversos alimentos são elaborados empregando gordura vegetal hidrogenada rica em ácidos graxos trans, como por exemplo, os biscoitos, consumidos principalmente por crianças e adolescentes. O objetivo deste trabalho foi avaliar a adequação das rotulagens quanto aos teores de GT, AGS e AGT e avaliar se estes alimentos atendem às quantidades recomendadas de consumo de gordura saturada, após a redução de gorduras trans. Foram analisadas 10 amostras de biscoitos de 6 marcas e 4 tipos diferentes: doce recheado, doce sem recheio, salgado recheado e salgado sem recheio. A extração dos lipídeos foi realizada pelo método gravimétrico Soxhlet e composição de ácidos graxos da gordura extraída dos biscoitos foi determinada por cromatografia em fase gasosa. Das amostras analisadas, duas apresentaram valores de GT acima da declarada no rótulo e, em 3 delas, os valores de AGS encontrados foram superiores ao permitido pela legislação que é de + 20 %. Com relação aos AGT todos os valores obtidos estavam de acordo com a legislação, ou seja, apresentaram quantidades inferiores a 0,2 g/porção. No entanto, apesar da ausência de gorduras trans na porção, foram encontradas quantidades significativas desses ácidos graxos em 100g do alimento. Deve-se atentar que muitas vezes a quantidade consumida é maior que a porção sugerida, acarretando uma ingestão significativa de AGT. Apesar da redução nas quantidades de AGT, os biscoitos analisados contêm grandes quantidades de AGS. Essa utilização de gorduras alternativas deve ser avaliada com critério, pois mudanças podem gerar produtos com elevados teores de AGS e reduzidos de ácidos graxos essenciais. PALAVRAS-CHAVE: ácidos graxos saturados, ácidos graxos trans, biscoitos, legislação brasileira. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2072 NANOPARTÍCULAS LIPÍDICA SÓLIDA CARREGADA COM α-TOCOFEROL ESTUDO DE ESTABILIDADE Sabrina Matos de Carvalho1; Carolina Montanheiro Noronha1; Caroline Louise Floriani1; Renata C. Lino1; Gabriela Rocha1; Matheus Vinicius de O. B. Maciel1; Cleonice Gonçalves da Rosa1; Ismael C. Bellettini2; Paulo José Ogliari3; Pedro Luiz Manique Barreto1 1 Centro de Ciências Agrárias, Laboratório de Reologia, Universidade Federal de Santa Catarina 2 Departamento de Química, Universidade Federal de Santa Catarina 3 Departamento de Informática e Estatística, Universidade Federal de Santa Catarina Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil, 88040-970 E-mail: [email protected] Processos oxidativos são a principal causa de deterioração em alimentos lipídicos causando aumento do desenvolvimento de rancidez, reduzindo o prazo de validade, valor nutritivo e qualidade sensorial. Um método de proteção contra a oxidação é a adição de antioxidantes. O objetivo deste trabalho foi produzir nanopartículas lipídicas sólidas (NLS) contendo tocoferol pelo método de homogeneização à alta pressão e avaliar a estabilidade ao longo do tempo. Foi utilizado behenato de glicerila como lipídio sólido, α-tocoferol, lecitina de soja e Pluronic F68. As NLS´s carregadas com α-tocoferol foram preparadas com um homogeneizador de alta pressão a 500 bar. Uma pré-emulsão foi formada misturando a fase lipídica com a fase aquosa com auxilio do Ultra-Turrax®. Esta pré-emulsão foi submetida a ciclos de homogeneização a alta pressão e depois resfriada e armazenada. Para a estabilidade físico-química foram avaliadas o tamanho médio da partícula, índice de polidispersão, potencial zeta e taxa de recuperação do α-tocoferol em três temperaturas por 21 dias. O tamanho médio do α-tocoferol livre no 1º dia era de 297 nm e 214.5 nm, o índice de polidispersão 0,5 e 0,25 e o potencial zeta de -47.3 mV e -41.9 mV para o αtocoferol livre e NLS carregadas com α-tocoferol, respectivamente. As alterações nos valores principalmente do potencial zeta ocorreram a 40° C. Estes resultados sugerem que estas dispersões eram fisicamente estáveis em condições de 6 e 20° C de temperatura de armazenamento. As NLS carregadas eram fisicamente estáveis durante o armazenamento a 6 e 20 ° C por 21 dias e foram instáveis a 40°C. A taxa de recuperação do α-tocoferol foi significativamente (p <0,05) reduzida após 21 dias de armazenamento a temperaturas de 20 e 40 ° C. Com base nesses resultados, o armazenamento das NLS carregados com α-tocoferol a 6 ° C foi selecionado para pesquisas futuras. PALAVRAS-CHAVE: nanopartículas lipídicas homogeneização à alta pressão; estabilidade física. sólidas; antioxidante; SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2073 AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE ÉSTERES OBTIDOS A PARTIR DE MODIFICAÇÃO ENZIMÁTICA DO ÓLEO ESSENCIAL DE CRAVO-DA-ÍNDIA (Eugenia caryophyllata) Raquel Aparecida Loss1*; María José Arbulú Silva1; Denise Adamoli Laroque1; Lindomar Alberto Lerin1; Jorge Luís Ninow1; Haiko Hense1; José Vladimir de Oliveira1; Débora Oliveira1 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil, CEP 88040-900 *E-mail: [email protected] Nos últimos anos, existe uma preferência para o consumo de alimentos que apresentam ingredientes naturais na sua formulação. Os compostos obtidos por síntese enzimática pode ser considerados como naturais. O eugenol, composto majoritário do óleo de cravo-da-Índia, pode ser usado em alimentos como um conservante natural. O ultrassom tem sido apontado como uma tecnologia alternativa, uma vez que o efeito de cavitação favorece o aumento da miscibilidade entre os reagentes, resultando em uma redução no tempo de reação e maiores rendimentos. Assim, este trabalho objetivou o estudo das variáveis que interferem na síntese enzimática de acetato de eugenol em sistema livre de solvente, usando banho de ultrassom. Óleo essencial de cravo-da-Índia, e anidrido acético foram empregados como substratos para a reação. Como catalisador foi utilizada a lipase comercial Lipozyme TL IM. As variáveis estudadas foram: razão molar de substratos (moleugenol/molanidrido), temperatura (ºC), concentração de enzima (m/m) e potência do ultrassom (%). A conversão de ésteres foi avaliada por cromatografia gasosa e a atividade antioxidante do éster foi quantificada através da metodologia de DPPH. A maior conversão em éster foi de 99,70%, nas seguintes condições: razão molar de eugenol e anidrido acético de 1:5, temperatura de 40ºC, concentração de enzima de 10% e potência do ultrassom de 40%. O éster obtido na reação apresentou atividade antioxidante superior ao óleo essencial puro, sendo que a atividade antioxidante do éster obtido foi de 90,31% e o óleo essencial com atividade antioxidante de 55,5%. Estes resultados demonstram a importância da reação de esterificação enzimática para melhorar as propriedades do óleo essencial de cravo-da-Índia, para que o mesmo possa ser aplicado como antioxidante natural em alimentos e bebidas. Palavras–chave: lípases, acetato de eugenila, esterificação enzimática, atividade antioxidante, ultrassom SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2074 CINÉTICA DE EXTRAÇÃO DE LIPÍDIOS DE MICROALGA SPIRULINA Ricardo Scherer Pohndorf 1; Luiz Antonio de Almeida Pinto 1 1 Universidade Federal do Rio Grande Laboratório de Operações Unitárias – Escola de Química e Alimentos – FURG, Rua Engenheiro Alfredo Huch, 475 – Rio Grande, RS, Brasil – CEP 96203-900 – Caixa postal: 474. E-mail: [email protected] Devido à demanda crescente por fontes alternativas de energia, as microalgas apresentam potencial para produção de biocombustíveis e alimentos, pois são fonte de lipídios, proteínas e carboidratos. As microalgas apresentam elevada quantidade de lipídios polares, assim a utilização de solventes apolares auxilia na seletividade de extração de lipídios neutros. O objetivo neste estudo foi investigar a cinética de extração de lipídios da microalga Spirulina sp. LEB 18, utilizando hexano como solvente. O rendimento da extração foi expresso em relação ao teor de lipídios totais obtidos através do método analítico de Folch. Amostras de microalga, com 8,3 % de umidade e diâmetro médio de partícula de 0,125mm, foram submetidas a extração por 6 h, na proporção de solvente:sólido (6:1 ml/g), velocidade de agitação de 400 RPM, e foram testadas temperaturas de 20, 40 e 60 ºC. A partir dos dados experimentais foram avaliados os ajustes dos modelos de pseudo-primeira ordem, pseudo-segunda ordem e modelo de ordem n. O efeito da temperatura no rendimento de extração foi observado pela equação de Arrhenius. Nas condições de equilíbrio, o modelo de pseudo-segunda ordem apresentou os rendimentos de extração de 10,9, 19,9 e 25,9 %, para as temperaturas de 20, 40 e 60 ºC, respectivamente. A energia de ativação calculada foi de 13,6 kJ.mol-1. Palavras-chave: Extração, cinética, lipídios, microalga. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2075 EFEITO DA TEMPERATURA NA OXIDAÇÃO DE ÓLEO DE SOJA Ricardo Scherer Pohndorf 1; Mauricio de Oliveira 2; Moacir Cardoso Elias 2 1 Universidade Federal do Rio Grande - FURG Universidade Federal de Pelotas – UFPel. Laboratório de Grãos Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial – UFPel. Campus Universitário, s/n - Pelotas/ RS - CEP 96010-900 - Caixa Postal 354. E-mail: [email protected] 2 Diversos fatores interferem na manutenção da qualidade de óleos brutos extraídos de grãos oleaginosos, entre eles destacam-se a temperatura, a exposição à luz, a disponibilidade de oxigênio e o período de armazenamento. Nos processos de extração e refino, frequentemente se eleva a temperatura do óleo, podendo causar oxidação nos ácidos graxos. Assim, o objetivo neste estudo foi verificar o efeito da temperatura na degradação de óleo bruto extraído de grãos de soja. Porções de óleo foram mantidas em frascos de vidro sem tampa em banho de água nas temperaturas 40, 50, 60, 70 e 80 ºC. Amostras foram retiradas em cada hora até a quinta hora para análise de índice de peróxidos. A taxa de oxidação foi expressa como a quantidade de peróxidos formados por hora em cada temperatura. O aumento no índice de peróxidos verificado demonstrou que foi desencadeado um processo de oxidação do óleo que foi se intensificando ao longo do tempo. Os valores da taxa de oxidação em relação à temperatura foram analisados segundo a equação de Arrhenius. Através da análise de regressão encontrou-se um valor de coeficiente de determinação R² igual a 0,98, indicando que o efeito da temperatura na taxa de oxidação pode ser representado pela equação de Arrhenius. O valor para energia de ativação calculada para oxidação de óleo bruto de soja nas condições estudadas foi de 57,2 KJ.mol-1. Palavras-chave: Soja, óleo, oxidação, energia de ativação. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2076 INFLUENCE OF SORBITAN MONOLAURATE ON THERMAL BEHAVIOR AND TEXTURE PROPERTIES ON CRYSTALLIZATION CHARACTERISTICS OF PALM OIL DURING THE STORAGE Chiu C. Ming1, Camilia A. dos Santos1, Lireny A. G. Gonçalves1 1 School of Food Engineering, University of Campinas - P.O.BOX 6091 – UNICAMP - CEP 13083-970 - Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Refined bleached deodorized palm oil (RBDPO) is a unique oil among all vegetable oils, which makes it the second most consumed oil in the world, after soybean oil. Because of the diversity in fatty acid chain length, RBDPO is highly stable in the β′ polymorph. This yields relatively small crystals which give a smooth texture to e.g. margarines and shortenings. However, at the industrial level, palm oil also has some disadvantages such as a considerably slow crystallization rate, resulting in coarse crystals which cause graininess in margarines and shortenings. Additives might be added to RBDPO as an attempt to change its crystallization behaviour adapting its use to industrial processes. Among these additives there are the sorbitan monolaurate (SMLa). The sorbitan monolaurate were obtained from different suppliers and added to the RBDPO to determine the effects on crystallization characteristics. Samples containing only RBDPO and samples with 0.5% of each additive were analyzed by Differential Scanning Calorimetry (DSC). The results indicated that two emulsifiers accelerated the polymorphic transitions of RBDPO during the storage. When a fat is heated, it may exhibit multiple melting phases and each re-crystallization step represents the transition from a less stable polymorphic form to a more stable one. Texture analysis were carried out for RBDPO and emulsifiers added samples. The consistency of the samples at 25ºC were increased with the use of sorbitan monolaurate during the storage. Results could evidence differences at composition of SMLa pure samples, possibly related to the amount of mono-, di and triesters of fatty acids, leading to distinct interactions with triacylglycerols of palm oil. Key Words: Sorbitan monolaurate, Palm oil, DSC, Texture, Crystallization, Storage SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2077 INFLUENCE OF OPERATING PARAMETERS ON QUALITY OF SOYBEAN OIL SUBMITTED TO FRYING PROCESSES. Thiago Taham1; Viviane Abadia Carvalho Silvani1 1 Department of Food Technology, Federal Institute of Triângulo Mineiro IFTM, Fazenda Sobradinho, S/N, 38400-970, Uberlândia, Minas Gerais, Brazil. E-mail:[email protected] The frying process is conducted at high temperatures and in plain contact with air. These conditions cause physical and chemical changes in oils, affect sensory characteristics and may produce toxic compounds. According to The German Society for Fat Research (DGF), frying oil is considered unsuitable for consumption if the free fatty acids content is higher than 1%, which has been found by Lima & Gonçalves (1995). Therefore, the use of controlling methods is necessary to analyze the oil alteration and decide when it must be discarded. This study evaluated the soybean oil degradation after frying, in terms of free fatty acids content, peroxide value and refractive index, as well as found out the optimal and critical points of the process. The study used the experimental design tool and response surfaces. The variables considered were frying temperature (ranging from 120 to 180°C), the total process time (ranging from 4 to 14 hours) and the proportion between potatoes and oil (ranging from 0 to 0.5). The variables that showed significant effect in acidity and refractive index responses (95% confidence interval) were the temperature and the ratio between potatoes and oil. The peroxide value was only significantly increased by the temperature effect. These results showed that the frying process carried out in milder temperatures, in spite of lasting longer, may increase the lifecycle and quality of the oil, which are characteristics directly connected to the quality of the final product. Keywords: frying process, quality, soybean oil, acidity, peroxide value SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2078 DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ACIDEZ E ÍNDICE DE PERÓXIDO DE ÓLEO DE SOJA E ARROZ NO PROCESSO DE FRITURA DE NUGGETS DE FRANGO Amanda Silva-Couto1; Tatiane Fonseca Pires1; Adriana Rodrigues Machado1; Priscila Missio da Silva1; Maria Inês Rodrigues Machado1;Rui Carlos Zambiazi1 1 Centro de Ciências Química; Farmacêutica e de Alimentos; Universidade Federal de Pelotas; Campus Universitário, S/N; 96010-900; Pelotas - RS Brasil . E-mail: [email protected] No Brasil, é comum o emprego de óleo de arroz e óleo de soja para processos de frituras de alimentos em estabelecimentos comerciais. Através da fritura por imersão, os óleos são expostos a vários fatores que os levam a reações químicas, podendo ocasionar hidrolise, formando ácidos graxos livres, formando peróxidos, hidroperóxidos, dienos conjugados, dentre outros. O objetivo do trabalho foi avaliar, índice de acidez e índice de peróxido de óleo de soja e arroz durante o processo de fritura de nuggets de frango. Foram realizadas frituras em nuggets de frango usando óleo de arroz e de soja, de marcas provenientes do comércio local de Pelotas - RS. Realizou-se 2 frituras(F1 e F2) por imersão (200mL de cada óleo) a 170°C/3minutos, com intervalos de tempo entre cada fritura de 2 horas. Foram realizadas em triplicata, análise de Índice de Acidez (IA) e Índice de Peróxido(IP), nas amostras de óleos, seguindo a metodologia AOCS. O índice de acidez presente no óleo de soja utilizado na fritura apresentou média de resultados inferior(0,56 e 1,2 g de ácido oléico/100g) ao do óleo de arroz(1,4 e 2,5 g de ácido oléico/100g). Quanto ao índice de peróxido apresentado para F1 em óleo de soja 0,70 meqg/Kg e para óleo de arroz 0,80 meqg/Kg e F2 0,95 meqg/Kg para óleo de soja e 0,45 meqg/Kg para óleo de arroz, o decréscimo observado no índice de peróxido (F1 para F2) pode estar relacionado à instabilidade dos peróxidos frente a altas temperaturas. Os resultados referentes ao o índice de peróxido dos óleos de soja e arroz enquadram-se nos padrões estabelecidos pela legislação. O teor de acidez aumentou em ambos os óleos, indicando a ocorrência de processos hidrolíticos nos óleos. Palavras-chave: fritura, imersão e indices. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2079 SISTEMAS LIPÍDICOS ESTRUTURADOS COM MONOESTEARATO DE SORBITANA E HARDFAT DO ÓLEO DE CANOLA: COMPOSIÇÃO EM ÁCIDOS GRAXOS E CONTEÚDO DE GORDURA SÓLIDA Glazieli Marangoni de Oliveira1; Marcella Aparecida Stahl1; Ana Paula Badan Ribeiro1; Renato Grimaldi1; Theo Guenter Kieckbusch1 1 UNICAMP, Campinas, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected] No Brasil, as questões controversas acerca do papel dos ácidos graxos trans na alimentação ocasionaram modificações na legislação. Em resposta, as indústrias brasileiras optaram pela substituição progressiva da gordura trans, por bases gordurosas com funcionalidade e viabilidade econômica equivalentes às gorduras parcialmente hidrogenadas, acarretando, entretanto, no aumento substancial do teor de ácidos graxos saturados nos alimentos. No momento atual, a ciência de lipídios visa definir alternativas para limitar o teor de gordura saturada nos alimentos disponíveis à população. Este trabalho teve como objetivo o desenvolvimento de matrizes lipídicas zero trans com reduzidos teores de ácidos graxos saturados. O óleo de palma (PA) foi utilizado como referência de base lipídica por apresentar frações equivalentes entre os ácidos graxos saturados e insaturados. Distintas porcentagens de óleo de canola (OC) foram adicionadas ao PA, visando a incorporação de ácidos graxos insaturados para a obtenção das misturas 100:0, 75:25 e 50:50 (% m/m) de PA e OC, respectivamente. O óleo de canola totalmente hidrogenado (OCTH), conhecido como hardfat, foi utilizado como modificador do processo de cristalização. Do mesmo modo, o emulsificante monoestearato de sorbitana (SMS), foi empregado como agente gelificante e estruturantepara a obtenção das gorduras low sat. Alíquotas de 3% (m/m) de OCTH e de SMS foram adicionadas às amostras. A análise de composição química evidenciou uma redução no teor de ácidos graxos saturados das bases estruturadas em até 36,3%, quando comparada à amostra 100:0 (PA:OC).O conteúdo de gordura sólida (SFC), a temperatura de 25oC, das amostras estruturadas nas proporções de 100:0, 75:25 e 50:50 (PA:OC), atingiram valores médios de 19,24, 14,04 e 9,71%, respectivamente, enquanto para as amostras controle correspondentes, estes valores de SFC foram iguais a 13,76, 8,15 e 4,42%. As bases gordurosas estruturadas indicaram perfis de sólidos compatíveis à aplicação em alimentos, e o OCTH e SMS mostraram-se efetivos para o acréscimo do teor de sólidos em bases lipídicas com redução do teor de ácidos graxos saturados. Palavras Chaves: Óleo de palma, óleo de canola, monoestearato de sorbitana, hardfat, estruturantes, low sat. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2080 INFLUENCE OF CONTINUOUS ENZYMATIC INTERESTERIFICATION ON THERMAL BEHAVIOR, MICROSTRUCTURE, POLYMORPHISM AND CRYSTALLIZATION PROPERTIES OF PALM STEARIN, PALM KERNEL OIL AND OLIVE OIL BLENDS Fabiana Andreia Schäfer De Martini Soares1, Roberta Claro da Silva1, Natália M. Osório2, Jessica Mayumi Maruyama1, Natalia Roque Dagostinho1, Suzana Ferreira-Dias2, Luiz Antonio Gioielli1 1 Department of Biochemical and Pharmaceutical Technology, FCF/USP, Brazil, Avenida Prof Lineu Prestes, 560, Cidade Universitária, São Paulo, São Paulo, Brasil, CEP 05508-000, [email protected]. 2 Technical University of Lisbon, Instituto Superior de Agronomia, CEER, Biosystems Engineering, Lisbon, Portugal. A comprehensive understanding of the functions and properties of fats or fat blends produced by interesterification is essential for the outlining of their uses in food products with desirable properties. The objective of this work was to evaluate the effect of continuous enzymatic interesterification on the triacylglycerol composition, thermal behavior and crystallization properties (crystallization kinetics and polymorphism) of blends of palm stearin, palm kernel oil and olive oil. The commercial immobilized sn1,3 selective lipases from Thermomyces lanuginosus (“Lipozyme® TL IM”) and Rhizomucor miehei (“Lipozyme® RM IM”) were used as catalysts. Interesterification produced modifications on the triacylglycerol species in all the blends. The evaluation of thermal behavior parameters showed linear relationships with palm stearin content in the original blend. Modifications of blend melting and crystallization curves were also observed by enzymatic interesterification. Also, a reduction in maximum crystal diameter was observed in all interesterified blends, in addition to a modification on crystal morphology. In conclusion, the thermal behavior, microstructure, crystallization kinetics and polymorphism characteristics of palm stearin, palm kernel oil and olive oil blends were altered by enzymatic interesterification process. In addition, these properties proved to be directly related to the triacylglycerol composition of the blends, before and after interesterification. Keywords: Low trans fats, triacylglycerol composition, crystallization behavior, crystalline microstructure. melting and SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2081 ATUAÇÃO DE HARDFAT DE PALMA E LECITINA DE SOJA DESENGORDURADA COMO ESTRUTURANTES EM ÓLEO DE PALMA E EMULSÕES DO TIPO A/O Valéria da Silva Santos1; Gabriel Deschamps Fernandes1; Chiu Chih Ming1; Lireny Aparecida Guaraldo Gonçalves1 1 Laboratório de Óleos e Gorduras, Departamento de Tecnologia de Alimentos, UNICAMP, Campinas – SP – Brasil. CEP: 13083-970 E-mail: [email protected] A estruturação de óleos e gorduras é um atual foco de desenvolvimento, visto que envolvem uma grande variedade de potencias aplicações, principalmente em emulsões alimentares e produtos farmacêuticos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da lecitina de soja desengordura (LS) e do hardfat de palma (HP) como agentes estruturantes de óleo de palma (OP) e respectivas emulsões do tipo água-em-óleo. O trabalho foi conduzido em duas partes: a primeira para estudar o efeito dos estruturantes, isolados (1%HP / 1%LS) e em conjunto (1%HP + 1%LS), em OP; a segunda para avaliar a ação dos estruturantes mediante a adição de 20% de água, buscando emulsões estáveis. Estando compostas e homogêneas as amostras foram mantidas sob cristalização estática na temperatura de 5°C/24h. Decorridos, foram submetidas a 25°C/24h para análise de textura (compressão/extrusão), considerando o parâmetro dureza (N). Verificou-se que a adição de HP ao OP aumentou a resistência mecânica, uma vez que apresentou dureza 27% maior em comparação ao OP+LS (3,5N) provavelmente redução do tamanho dos cristais de gordura ocasionada pelo HP. Quando adicionado dos dois estruturantes, nota-se um acréscimo de 5% de dureza, em relação à amostra anterior. No sistema emulsionado, com OP+LS+Água, a adição de HP proporcionou um aumento de 42% na dureza. Entretanto, na ausência de LS o HP não foi capaz de manter a água retida na estrutura, resultando em separação de fases, desconsiderando-se a análise de textura. Comparando os experimentos nota-se um efeito sinérgico entre a LS+HP na estruturação do OP, já na presença de água a LS promove a emulsão possibilitando a ação do HP como estruturante. Assim, destaca-se a possibilidade da estruturação do OP e emulsão, mediante a utilização de LS e HP. Palavras-chave: Emulsão; Óleo de palma; Estruturantes; Hardfat de palma; Lecitina de soja desengordurada. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2082 ÓLEO DE CAFÉ VERDE (Coffea arábica L.) COMO ALTERNATIVA INOVADORA PARA CAFEICULTURA Casagrande, Marcelo dos Reis1; Dionisio, Lídia Rodrigues2; Grimaldi, Renato Cooxupe1; Unifal2; Unicamp3 . Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé ltda; Guaxupé; Minas Gerais; Brasil; 37800-000. E-mail: [email protected] O café (Coffea arábica L.) e suas propriedades estão chamando a atenção da indústria farmacêutica, especialmente a do setor de cosméticos e nutracêuticos. Com o intuito de testar a aplicabilidade do óleo derivado do café (Coffea arábica L.) verde como insumo na produção de cosméticos, desenvolveu-se um estudo onde primeiramente, procedeu-se à extração de óleo do café (Coffea arábica L.) pelo método de prensagem a frio na planta piloto de extração de óleo juntamente com o laboratório de prova e classificação da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda R. Foram obtidas 19 amostras de óleo de café bruto derivadas de 19 tipos de café (Coffea Arábica L.). As análises qualitativas e quantitativas foram realizadas no Laboratório de Óleos e Gorduras da Unicamp. Observou-se que o café (Coffea Arábica L.) cru apresenta até 15% de óleo em sua composição. Através do método de prensagem contínua, foi possível a obtenção de rendimento de 35 a 55%. Dentre os parâmetros de qualidade obtidos podemos citar como valores máximos de ácidos graxos livres de 1,6% e de índice de peróxido com 5,0meq O2/ kg. Os principais ácidos graxos encontrados foram ácido palmítico (32,30% m/m) e ácido linoléico (44,60% m/m); O óleo de café também se caracteriza pelo alto teor de matéria insaponificável, acima de 12% e alto teor de fitosteróis, com valores ao redor de 2500 mg/kg. Pelo caráter inovador, sustentável e, tendo em vista os resultados obtidos neste estudo, constata-se a viabilidade de uso do óleo derivado do café na produção de cosméticos e nutracêuticos. Palavras chave: café verde, prensagem a frio, óleo, cosmético. Apoio financeiro: Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé ltda. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2083 PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DE IOGURTES DE LEITE DE OVELHAS EM RESPOSTA À SUPLEMENTAÇÃO DA DIETA COM GORDURA DE PALMA PROTEGIDA Neila S.P.S. Richards1; Luis Gustavo de Pellegrini1; Maximiliano S.E. Jiménez1; Ana Paula Gusso1; Daniela B. Cassanego1; Anderson Elias Bianchi2; Vicente de Paulo Macedo2 1 Universidade Federal de Santa Maria Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Avenida Roraima, 1000, Santa Maria - RS, Brasil, 97105-900. E-mail: [email protected] 2 Existe uma expectativa de que produtos lácteos, principalmente de leite de ovelha, representem mais do que um grupo de alimentos comum, pois, além de seu sabor diferenciado e apelo podem promover benefícios a saúde dos consumidores. Aliar os benefícios do leite ovino, quanto a sua composição em ácidos graxos a um produto que é considerado um alimento saudável e que apresenta importante papel nos hábitos alimentares de diversos países é um desafio, uma vez que a produção de leite de ovelha e de iogurte ainda é incipiente no país. Este trabalho objetivou analisar o perfil lipídico de iogurtes elaborados com leite de ovelhas alimentadas com diferentes níveis de gordura de palma protegida (GPP) (0, 2, 4 e 6%). Empregou-se a metodologia da AOAC para a caracterização lipídica. Observou-se uma diminuição nos teores de ácidos graxos saturados nas amostras de iogurte elaboradas com GPP, sendo esta variação entre 4,25 a 10% em relação ao controle (0%). Com relação aos mono (AGMI) e poli-insaturados (AGPI), houve um aumento nos teores destes, principalmente dos AGPI quando comparados com o controle. Os valores de AGPI encontrados variaram de 0,95% para o controle e de 1,93%, 5,74% e 5,37% para as formulações com 2, 4 e 6% de GPP, respectivamente. A suplementação de GPP na dieta de ovinos permitirá a produção de derivados lácteos diferenciados e com características desejáveis à saúde humana. Palavras-chave: iogurte, leite de ovelha, gordura de palma SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2084 PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DE SARDINHA (Sardinella brasiliensis) E ATUM RALADO (Thunnus tynnus) EM ÓLEO COMESTÍVEL Neila S.P.S. Richards1; Luis Gustavo de Pellegrini1; Carlos Rubini Junior1, Gilberti H.H. Lopes1 1 Universidade Federal de Santa Maria Avenida Roraima, 1000, Santa Maria - RS, Brasil, 97105-900. E-mail: [email protected] Os peixes são conhecidos como fonte alternativa de proteína animal e, principalmente de ácidos graxos essenciais, os quais proporcionam efeitos benéficos sobre fatores fisiológicos, representando um valioso complemento em dietas pobres em nutrientes. O atum enlatado vem, ultimamente tornando-se um dos peixes mais conhecidos em todo o mundo, sendo considerado uma importante fonte de ômega-3. A sardinha se destaca por apresentar elevados níveis de ácidos graxos poli-insaturados (AGPI), possuindo um custo menor quando comparado a outros peixes e, encontra aceitação em todas as camadas da população brasileira. Este trabalho objetivou verificar o perfil lipídico dos ácidos graxos (AG) de algumas marcas de sardinha e atum ralado em óleo comestível presentes no mercado gaúcho. Foram analisadas, no total, seis marcas, três de sardinha e três de atum ralado. Para a análise do perfil de AG das amostras, a gordura foi extraída pelo método de Bligh & Dyer e esterificada pelo método de Hartman & Lago. Após, foram analisadas em cromatógrafo a gás, com coluna capilar de 100m e detector FID. Utilizou-se padrão de referência (Supelco 37 FAME Mix) Os resultados foram avaliados através da ANOVA e teste de média (Tukey) foi aplicado, para comparação entre as amostras. Observou-se diferença significativa entre os valores dos AGPI entre sardinhas e atum, variação em média de 47,25% e 54,41%, respectivamente. Quanto aos AG monoinsaturados, a variação foi de 20,90% e 24,86% para a sardinha e o atum, respectivamente. As amostras de sardinha (30,78%) apresentaram 54,7% mais AG saturados que as amostras de atum ralado (19,89%). Palavras-chave: perfil lipídico, poli-insaturados, saturados SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2085 EFFECT OF DIGLYCERIDE ADDICTION ON CRYSTALLIZATION PROPERTIES OF PURE TRIACYLGLYCEROLS Roberta Claro da Silva1;Fabiana Andreia Schäfer De Martini Soares1; Jessica Mayumi Maruyama1;Natalia Roque Dagostinho1; Guilherme Calligaris2; Ana Paula Bandan Ribeiro3; Lisandro Pavie Cardoso2; Luiz Antonio Gioielli1. 1 Department of Biochemical and Pharmaceutical Technology, FCF/USP. Avenida Prof Lineu Prestes, 560, Cidade Universitária, São Paulo, São Paulo, Brasil, CEP 05508-000 2 Institute of Physics Gleb Wataghin, University of Campinas 3 School of Applied Sciences, Department of Food Technology University of Campinas E-mail: [email protected] The crystallization behavior of lipids has important implications for the industrial processing of food products whose physical characteristics depend largely of fat crystals. Recent scientific studies show that minority lipids (ML) affect the crystallization and can promote or inhibit the same, by the addition or removal of these. However, few studies have considered the effect of the addition of monoacylglycerols (MAGs) and diacylglycerols (DAGs) of triacylglycerols (TAGs) pure. The objective of the study was to investigate blending of triacylglycerols (TAGs) and diacylglycerols (DAGs) affected the melting and crystallization properties in a fat system. With this purpose the methodologies of differential scanning calorimetry (DSC), X-ray diffraction (XRD) and polarized light microscopy (PLM) were used. Different DAGs (SS, PP and OO) were added in the proportion of 5 and 3% in each TAG (SSS, PPP and OOO). From the DSC results, it was clear that the addition of DAGs leads to a delay in the onset of crystallization of saturated TAGs (PPP and SSS). On the other hand, DAGs addition to unsaturated TAG (OOO) accelerated the onset of crystallization, with the appearance of an extra crystallization peak with the addition of SS and PP. From the results of PLM, it was possible to observe that the addition of OO affects the polymorphic transition of the TAGs studied, and these results are consistent to those observed in the DSC melting curves and XRD results. Keywords: tripalmitin, tristerarin, microstructure; minority lipids. crystallization behavior, crystalline SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2086 CARACTERIZAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS EM CONCENTRADO PROTEICO DE JACARÉS DA AMAZÔNIA Augusto Kluczkovski Jr1; Luiz Henrique Beirao1; Ariane Mendonça Kluczkovski2, Fábio Markendorf 3 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopolis/SC, Brasil Universidade Federal do Amazonas, Manaus/AM, Brasil-69030-300 3 Diretoria de vigilância sanitaria, Manaus/AM, Braisl E-mail: [email protected] 2 O consumo de carnes consideradas exóticas, como a de crocodilianos tem crescido em todo o mundo, bem como o aproveitamento industrial de resíduos também tem sido adotado no desenvolvimento de novos produtos. O objetivo do presente trabalho foi determinar o perfil de ácidos graxos de um concentrado proteico proveniente de resíduos comestíveis do processamento de carnes de jacaré Melanosuchus niger provenientes da Reserva de desenvolvimento sustentável Piagaçu-Purus – Anori/ AM. O material foi submetido à extração com hexano a quente. Foram realizadas no óleo as análises físico-químicas de: densidade, acidez, índice de saponificação, índice de refração e viscosidade conforme AOAC (2005). Os ácidos graxos mais abundantes foram: oleico (26,53%), palmítico (24,96%) e esteárico (10,30%). Foi encontrado também 5,58% de Linoleico da família ω6 e 3,32% de ácidos graxos da família ω3. O ser humano, assim como os demais mamíferos têm a capacidade de sintetizar certos ácidos graxos saturados e insaturados, mas é incapaz de sintetizar certos ácidos graxos poliinsaturados, sem os quais nosso organismo não funcionaria adequadamente. Por essa razão, esses ácidos graxos são chamados "essenciais" e deve ser inclusos na dieta alimentar. Palavras-chaves: Melanosuchus niger; farinha de pescado; perfil de ácido graxos. SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2087 CARACTERIZAÇÃO LIPÍDICA E DE ÁCIDOS GRAXOS DA “MACACARECUIA” (Escheweilera Tenuifolia) Ariane Mendonça Kluczkovski; Augusto Kluczkovski Jr, Marcos Henrique Gurgel Rodrigues, Gabriel Oliveira De Souza, Chanderlei de Castro Tavares e Pierre Alexandre Dos Santos 2 Universidade Federal do Amazonas, Manaus/AM, Brasil-69030-300 E-mail: :[email protected] A região Amazônica é fonte de matérias-primas alimentares ricas em lipídios com alto valor nutricional e com potencial para exploração industrial visando a produção de óleos e outros produtos naturais. Nesse sentido, as propriedades nutricionais de novas espécies têm sido estudadas com vistas à exploração futura. A semente popularmente conhecida como “macacarecuia” (Eschweileratenuifolia) é uma espécie pertencente à Lecythidaceae A. Rich., com ocorrência no Brasil apenas em Estados da região Norte. É encontrada em florestas periodicamente inundadas ao longo dos rios Orinoco, Amazonas, Negro e Solimões e tem reconhecida importância ecológica, uma vez que seus frutos, ao se abrirem, permitem que as sementes caiam no rio e sirvam de alimento para peixes, ou que os frutos sejam atacados por roedores que os abrem com os dentes e comem suas sementes. Com objetivo de caracterizar o conteúdo lipídico da macacarecuia, foi realizado um trabalho com sementes colhidas no mês de fevereiro e de agosto no município de Maués (Amazonas, Brasil). As amostras foram analisadas conforme método oficial da AOAC (2005). As médias dos resultados obtidos foram: lipídios totais: 3,2 g%; ;ácido oleico: 0,34g%; ácido linoleico:0,48g%; ácido linolênico: 0,10g% e ácido palmítico: 1,03g%, com resultado mais expressivo dentre os ácidos graxos avaliados. Ao comparar os resultados com outras “nozes de árvores” da região, como a castanha-do-Brasil, que apresenta o teor de lipídios totais em torno de 60%, as amostras apresentaram teor de lipídios significativamente menor. No entanto, apresentaram teor de ácido palmítico aproximado ao da “castanha de macaco” com 1,85%. Desta forma, sugere-se que mais estudos devem ser realizados com objetivo de caracterizar o teor de tocoferóis e esteróis para futuras aplicações nutricionais. Palavras-chaves: ácido palmítico; castanha SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2088 CARACTERIZAÇÃO LIPIDICA DE PRODUTOS DA CASTANHA-DO-BRASIL LIOFILIZADA: EXTRATO EM PÓ E CONDENSADO Ariane Mendonça Kluczkovski1; Natacha Costa Lima1; Renata Hanan Simoes1;Luciana Marques1; Jessica honorato1 1 Universidade Federal do Amazonas, Manaus/AM, Brasil-69030-300 E-mail: [email protected] O desenvolvimento de novos produtos partir da castanha-do-Brasil surgiu da necessidade de agregar valor a uma matéria prima Amazônica, nutricionalmente rica em proteína, selênio e lipídeos de grande importância econômica na área de extrativismo na região norte do Brasil. A busca por alimentos mais nutritivos e saudáveis tem sido demonstrada por significativa parcela da população, motivada a consumir alimentos que possuam algum apelo funcional, seja por razões médicas, filosóficas ou religiosas. Neste contexto, a castanha pode ser utilizada como insumo na obtenção de um extrato líquido que por liofilização ou atomização permita a produção de alimentos com vida de prateleira ampliada como o extrato em pó ou condensado. Nesse sentido foi realizado um trabalho para caracterizar a composição lipídica e nutricional de produtos da castanhado-Brasil liofilizada (“leite” condensado+ açúcar) e atomizada (extrato em pó+maltodextrina). O extrato líquido de castanha-do-Brasil foi submetido aos processos de secagem por liofilização e atomização e as amostras avaliadas em triplicata quanto ao teor lipídico conforme AOAC (2005). O extrato em pó de castanha-do-Brasil apresentou 4,4% de lipídeos que quando comparado com o extrato de soja com 26,73% demonstrou um teor menor, o que pode ser explicado devido à prensagem da matéria prima para retirada de óleo. Por sua vez o extrato condensado apresentou 7,57% de lipídeos e ao comparar com o extrato condensado de soja. Apesar dos produtos fornecerem teor lipídico menor que o produto concorrente (soja) outros ensaios complementares devem ser realizados para avaliar o perfil de caídos graxos dos produtos obtidos. Palavras-chave: Bertholletia excelsia; maltodextrina; spray-dryer SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2089 CARACTERIZAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DO ÓLEO DE TUCUMÃ Ariane Mendonça Kluczkovski; Augusto Kluczkovski Jr.; Cristina Grace de Sousa Guerra; Vanessa Maria Machado Ale 1 Universidade Federal do Amazonas, Manaus/AM, Brasil-69030-300 E-mail: [email protected] A Amazônia apresenta diversas plantas nativas com potencial econômico, tecnológico, nutricional e de sabores e aromas de interesse industrial, dentre eles o tucumã (Astrocaryum aculeatum Meyer). O fruto é uma drupa globosa ou ovóide, cujo mesocarpo é fibroso e de coloração amarelo-alaranjada, contendo alto teor de pró-vitamina A e lipídios, em torno de 40%, refletindo no alto valor energético da parte comestível in natura. O objetivo do presente trabalho foi determinar o perfil de ácidos graxos do tucumã por cromatografia a gás. Os frutos foram adquiridos do comércio local, no mês de abril e maio/2013 no município de Manaus-Amazonas-Brasil e a extração foi realizada com hexano a quente, conforme AOAC (2005). De acordo com os resultados obtidos o óleo de tucumã apresentou o seguinte perfil de ácidos graxos: Linolênico (Ômega 3): 1,18g%; Linoléico (Ômega 6-C18:2n 6c): 9,87g%; Esteárico: 7,69g%; Palmítico: 6,07g% e Oléico: 74,47g%. Ensaios adicionais são necessários para avaliar a estabilidade do óleo de tucumã, para utilização como ingrediente em outros produtos e definição de sua embalagem para fins comercias. Palavras-chaves: oléico; arecaceae; Astrocaryum SBOG 20 ANOS NOVOS HORIZONTES PARA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ÓLEOS E GORDURAS De 12 a 14 de Novembro de 2013 - Florianópolis, SC, Brasil TC2090 ELABORACIÓN DE UNA NORMATIVA Y UNA GUÍA DE BUENAS PRÁCTICAS PARA LA FRITURA DE ALIMENTOS EN URUGUAY Yenny Pinchak1 y María A. Grompone1 1 Laboratorio de Grasas y Aceites, Departamento de Ciencia y Tecnología de los Alimentos, Facultad de Química, (UdelaR), General Flores 2124, 11800, Montevideo, Uruguay. E-mail: [email protected] Desde hace poco tiempo, Uruguay cuenta con una normativa nacional sobre los aceites sometidos a elevada temperatura y con una guía de buenas prácticas para la fritura de alimentos. Para ello, previamente, se debió elaborar un diagnóstico sobre el deterioro alcanzado por los aceites utilizados en la fritura reiterada de alimentos y demostrar a las autoridades competentes la necesidad de contar con determinaciones adecuadas. En los períodos 2005-2008 y 2011-2012 se realizaron estudios sobre la calidad termoxidativa de los aceites de fritura al momento del descarte, provenientes de locales comerciales, supermercados, restaurantes, etc. Los resultados obtenidos mostraron que más del 55 % de los aceites analizados superaron el 25 % en compuestos polares (máximo establecido por las recomendaciones europeas). En el año 2007 se comenzó a divulgar dichos resultados y en el año 2010 se organizó un evento informativo en conjunto con la autoridad inspectiva correspondiente. Frente a esos resultados, las autoridades competentes del contralor de la salud de la población decidió constituir una comisión multidisciplinaria integrada por delegados del Ministerio de Salud Pública, de la Intendencia de Montevideo y de la Universidad de la República. Dicha Comisión consideró de suma importancia la elaboración de una Guía de Buenas Prácticas para la Fritura de Alimentos con el fin de informar a la población sobre un correcto proceso de fritura y efectuar recomendaciones para el cuidado del aceite. En agosto de 2012 se aprobó el Decreto que establece el control de los aceites de fritura y la exigencia de no superar el 25 % de compuestos polares. También en el mismo año se imprimió la Guía de Buenas Prácticas para la Fritura de Alimentos. Actualmente, dentro de una planificación nacional, se dictan conferencias informativas orientadas a consumidores, personal elaborador, nutricionistas, etc. en diferentes ciudades del país. Palabra clave: aceites, fritura, normativa.