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Risco de Mercado: Desafios para o Segmento de Capitalização (4o Encontro Nacional de Atuários) 16/09/2015 A resolução sobre Capital para Risco de Mercado foi publicada no final de 2014 (e revogada pela Resol. CNSP 321/2015) CAPITAL REGULATÓRIO Value At Risk (VaR) (99% de confiança, horizonte de tempo de 3 meses) • Arquivos em 2015 (periodicidade semestral e, posteriormente, trimestral) • Capital: 0% em 2015, 50% em 31/12/2016 e 100% a partir de 31/12/2017 Page 2 Esta legislação tem um impacto relevante nas sociedades de capitalização Estudo de Impacto – SUSEP: (29 Empresas Participantes) Grupos CMR/Ativos Totais CMR Anterior/Ativos Totais Risco de Mercado/CMR Total 13,1% 10,0% 42,7% Vida e Previdência 8,1% 4,7% 53,5% Não Vida 14,4% 12,2% 26,3% Resseguradora 25,6% 25,0% 26,0% Capitalização 9,1% 2,7% 72,7% Fonte: Apresentação 5ª Reunião GT – Risco de Mercado (28/01/2014) (Risco de mercado para 12 meses – matriz de ago/13) Grupos CMR/Ativos Totais CMR Anterior/Ativos Totais Risco de Mercado/CMR Total 11,0% 10,0% 29,2% Vida e Previdência 6,1% 4,7% 39,2% Não Vida 12,8% 12,2% 15,3% Resseguradora 25,1% 25,0% 12,8% Capitalização 4,5% 2,7% 54,8% Fonte: Apresentação 5ª Reunião GT – Risco de Mercado (22/08/2014) (Risco de mercado para 3 meses – matriz de jul/14) Page 3 Este impacto é decorrente, principalmente, descasamento de fator de risco e prazo Descasamento de prazo e indexador Descasamento de prazo Casamento de prazo e indexador Page 4 do PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O SEGMENTO DE CAPITALIZAÇÃO Page 5 A nova regulamentação traz diversos tipos de desafios para as sociedades de capitalização Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança Gestão financeira Page 6 Modelo interno Aspectos operacionais Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança ► Não existe a obrigatoriedade de elaboração de TAP para Capitalização ► Definição de metodologia (Diversidade de práticas) ► Documentação do modelo ► Definição de processo Page 7 Gestão financeira Modelo interno Requer a projeção dos fluxos de caixa a valor presente (exposição líquida entre ativos e passivos), agrupandoos por maturidade e fator de risco Mensuração do impacto (Simulação de impacto) Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança ► Simulação de impacto de capital para risco de mercado (com e sem atualização das matrizes de variância-covariância). ► É preciso compreender as exposições da Companhia e quais são os fatores de risco/vértices que mais influenciam na alocação de capital para risco de mercado Page 8 Gestão financeira Modelo interno Mensuração do impacto Aspectos operacionais (Métricas de mensuração e o efeito na PLA) ► ► ► Estrutura de Governança Eventuais ajustes na PLA ► Diferenças de mensuração de ativos e passivos Prêmios e contribuições futuras Ilustração: Suponha que uma Empresa disponha do seguinte ativo e passivo: 196.715,14 ► Gestão financeira n=10 anos e taxa contratual=7% Passivos com taxa contratual 100.000 100.000 PASSIVO n=10 anos e taxa contratual=6% 179.084,77 Page 9 Modelo interno Supondo que a taxa de mercado seja de 5%a.a., tem-se: Ativos na curva ATIVO Mensuração do impacto Passivo com taxa de mercado Ativos a mercado A 100.000,00 P 100.000,00 PL 0,00 A P 120.766,03 100.000,00 PL 20.766,03 A 100.000,00 P 109.942,51 PL -9.942,51 A P 120.766,03 109.942,51 PL 10.823,52 Mensuração do impacto (Métricas de mensuração e o efeito na PLA) ► Estudo CNSeg (NUESP): Diferença entre o valor provisionado e o passivo à mercado para sociedades de capitalização Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança Gestão financeira Modelo interno Resultado por empresa respondente (em % sobre a provisão): Nome Mínimo das empresas: Média das empresas: Máximo das empresas: Número de empresas respondentes: 2012.1 2% 15% 55% 5 2012.2 1% 13% 55% 7 Data-base 2013.1 2013.2 2% 1% 13% 14% 56% 57% 7 7 2014.1 1% 12% 52% 8 2014.2 1% 17% 57% 7 Data-base 2013.1 2013.2 0% 0% 158% 144% 628% 454% 7 7 2014.1 0% 135% 510% 8 2014.2 0% 124% 508% 7 Resultado por empresa respondente (em % sobre o PLA): Nome Mínimo das empresas: Média das empresas: Máximo das empresas: Número de empresas respondentes: Page 10 2012.1 0% 106% 340% 5 2012.2 0% 122% 567% 7 Gestão financeira (ALM) Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança ► Qual o principal objetivo do ALM? Minimizar o capital regulatório? Minimizar o capital econômico? Modelo interno Gestão financeira DFA (Dynamic Financial Analysis) DST (Dynamic Solvency Testing) Buscar o equilíbrio entre criação de valor e proteção de valor? DCAT (Dynamic Capital Adequacy Testing) Cash Flow Matching Immunization Technique Etc. Page 11 Gestão financeira (ALM) Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança Gestão financeira Page 12 Modelo interno Gestão financeira (ALM) Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança ► A discussão sobre ALM pode ser dividida em duas abordagens, conforme a natureza do passivo: Tipo A (contratos de curto/médio prazo) Gestão financeira Modelo interno Tipo B (contratos de longo prazo) ► Projeção do fluxo de caixa futuro de ativos e passivos ► Projeção do fluxo de caixa futuro de ativos e passivos ► Natureza das opções embutidas, caso aplicável ► Estrutura de opções embutidas e garantias ► Horizonte de tempo ► Horizonte de tempo ► Nível de confiança ► Nível de confiança ► Cenário econômico atual ► Cenário econômico atual ► Possíveis cenários futuros ► Possíveis cenários futuros ► Risco de reinvestimento Page 13 Gestão financeira (ALM) Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança Gestão financeira Modelo interno No passado recente, a discussão de ALM residia no casamento de ativos e passivos, ou seja, o foco era risco. Atualmente, existe uma clara tendência de migração da ênfase em risco para gestão do risco e retorno, o que leva a avaliar a decisão estratégica de alocação de ativos frente aos passivos Obs.: Abordagem mais aplicável a obrigações de curto/médio prazos Asset and Liability Matching Page 14 Asset and Liability Management Gestão financeira (ALM) (Passivos de médio e curto prazos) ► Baseado em DFA (Dynamic Financial Analysis) ► ► ► ► ► ► ► Listar as categorias de risco de ativos e passivos Avaliar quais componentes de risco serão introduzidos no modelo Escolher a medida de risco de acordo com o propósito da análise (VaR, Tail VaR) Escolher a métrica referente à performance almejada (ex.: lucro, margem, dividendos) Determinar o horizonte de tempo da projeção (conforme a característica do risco) Definição do modelo gerador de cenários para os fatores de risco Otimização da carteira e projeção o fluxo de caixa e resultados Page 15 Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança Gestão financeira Modelo interno Modelo interno Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança Gestão financeira Ativos não elegíveis ► Capital regulatório Ativos elegíveis ► Versus Capital econômico ► Ativos elegíveis Page 16 ► Obrigações Modelo interno Objetivo: garantir os benefícios dos segurados (solvência) Capital regulatório padronizado: Não deve ser excessivamente alto de maneira a inviabilizar investimentos no setor e nem muito baixo de maneira a não garantir a solvência ou desestimular o desenvolvimento de modelos internos Objetivo: garantir a continuidade dos negócios (ongoing basis) Deve viabilizar análises mais acuradas em relação a criação de valor ou retorno ajustado ao risco por linhas de negócio, por exemplo. Modelo interno Aspectos operacionais (Governança de modelos internos) Mensuração do impacto Estrutura de Governança CAMADA DE DADOS • Preços de mercado • Política •Dados históricos • Ambiente de gestão de risco • etc CAMADA DE CÁLCULO • Gerador de cenário econômico • Sistema de projeção • Modelo precificação Gestão financeira ► ► ► ► CAMADA DE REPORTE •Relatórios • Processo decisório Page 17 Modelo interno Qualidade do modelo estatístico Calibração Documentação Validação de modelos USO NA GESTÃO (teste de uso) Exemplos: reportes, ALM, hedging, precificação de produtos Estrutura de governança Aspectos operacionais Mensuração do impacto Estrutura de Governança ► Revisão da estrutura para atender à gestão do capital para risco de mercado Gestão financeira Modelo interno PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES DAS ÁREAS ENVOLVIDAS Investimentos Projeção dos fluxos de caixa de ativos financeiros ► Documentação da metodologia ► Elaboração da política de investimento ► Reporte (ex.: medidas de risco: stress test, análise de sensibilidade, VaR) ► Page 18 Atuarial ► ► ► Projeção dos fluxos de caixa das obrigações Documentação da metodologia Controladoria ► ► Projeção dos fluxos de caixa dos demais ativos e passivos Documentação da metodologia Reporte ► Reporte Gestão de Risco ► Simulação de impacto de capital ► Gestão de ativos e passivos (ALM) ► Reporte Considerações finais ► No curto prazo, espera-se um aumento de esforços na implementação de processos de ALM e de gerenciamento e otimização de capital. ► A introdução do Capital de Risco Baseado no Risco de Mercado ressalta a importância de uma gestão econômico-financeira que tenha foco na geração de valor, alinhada à tolerância ao risco, o que, por sua vez, deve contribuir para acelerar a implantação de ERM/ORSA. Page 19 ►Obrigada!!! ►Contatos ►E-mail: Page 20 [email protected] Betty Lilian Chan Gerente Sênior – Financial Services Tel: Mobile: Email: +55 11 2573 3684 +55 11 99701 2070 [email protected] Formação Acadêmica ► Bacharel em Ciências Contábeis – FEA/USP ► Bacharel em Ciências Atuariais – PUC-SP ► Mestrado em Controladoria e Contabilidade – FEA/USP ► Doutorado em Controladoria e Contabilidade – FEA/USP ► MBA Gestão Atuarial e Financeira – FIPECAFI-USP Setores ► Seguradoras ► Bancos e Mercados de Capitais ► Asset Management Habilidades ► Gerenciamento de Risco ► Modelagens Estatístico-Atuariais Clientes ► Seguradoras ► Bancos Page 21 Experiência Profissional Projetos Relevantes Betty é Gerente Sênior da área de Financial Services da EY, contando com mais de 10 anos de experiência profissional, preponderantemente, relacionada a bancos e seguradoras e consultoria nesses segmentos. ► Foi head da divisão de consultoria para Seguradoras, Entidades Abertas de Previdência Complementar, Sociedades de Capitalização e Resseguradoras na Risk Office, sendo responsável pelos projetos na área de gestão de risco, além de prestação de serviços de ALM e gestão de capital regulatório e econômico. ► Foi gerente de modelagem de risco de crédito no Itaú-Unibanco, responsável pelo desenvolvimento de modelos para clientes Corporate e Large Corporate (para Brasil e Unidades Externas), bem como pela sua implantação para fins de cálculo de capital regulatório e econômico e PDD (IFRS e USGAAP). ► Foi atuária em seguradora, responsável pelos cálculos de provisões técnicas, atuando também na precificação e apoio à área comercial, bem como reporte atuarial para a matriz. ► Desenvolveu projetos de perícia contábil, análise de demonstrações contábeis/financeiras como consultora da FIPECAFI ► Possui experiência em auditoria externa de demonstrações contábeis. ► Possui experiência em projetos de valuation de empresas. ► É professora de cursos de MBA e Mestrado, ministrando disciplinas relacionadas a gestão de risco atuarial, mercado financeiro e estatística. Em tais áreas, realizou projetos ligados a gestão de riscos e modelagens estatísticoatuariais. Possui experiência no gerenciamento e desenvolvimento de projetos, atividades de planejamento, coordenação e direção da execução técnica da equipe, bem como assegurar o cumprimento dos prazos e padrões de qualidade aplicando modelos e metodologias para a identificação e implementação de soluções adequadas para os projetos.