Goiás, a nova vitrine da Rede Globo

Transcrição

Goiás, a nova vitrine da Rede Globo
“A notícia como forma de conhecimento” Robert Park
2ª quinzena de janeiro de 2015
Ano I n° 15
Goiás, a
nova vitrine da
Rede Globo
Página 3
?
Fotos: Divulgação
ARTIGO
Folia de Reis, uma tradição católica
[4 e 5
Piracanjuba inova na
administração [6 e 7
Festa no céu [3
Seria a Opus Dei uma
religião tucana? [10
Ah nem, Enem! [8
Charlie Hebdo:
a falácia do discurso
jornalístico [12
Divulgação / Chalie Hebdo.
EDITORIAL
2ª quinzena de janeiro de 2015
Nós do
‘Gazeta’ não
somos Charlie
JORNAL QUINZENÁRIO
CNPJ 20.555.772/0001-05
Redação - (62) 3248 8238 (62) 8227-4063
www.gazetauniversitaria.jor.br
E-mail: [email protected]
Fundador
Waldemar Rêgo - editor-geral
Administração, Redação e Edição
Rua Manguari Qd. 21A Lt. 12
Vila Brasília
Aparecida de Goiânia-GO
Tiragem desta edição
10.000 exemplares
Distribuição
Aparecida de Goiânia
Grande Goiânia
Hidrolândia
Senador Canedo
Bela Vista
Trindade
Ronaldo Coelho: jornalista responsável
Jornalista e colaborador desta edição:
Waldemar Rêgo
Décio Parma: diagramação
Fátima Tolêdo - revisão
2
NACIONAL
Carta Capital / Divulgação
2ª quinzena de janeiro de 2015
Festa no céu
P
O novo ministro Joaquim Levy, do “Bradesco” e da Fazenda, sendo nomeado por Dilma. O contraditório do enunciado petista
arece absurdo, mas
não é porque o absurdo é real que deve
acontecer a qualquer
momento. Os ganhos
salariais dos que dizem
promover a justiça no
Brasil (aí são todos, de
mamando a caducando)
podem chegar até a R$
30.800 por mês. Para se
chegar a essa acintosa
soma salarial, a mágica
contábil é feita pelo intermédio do efeito “cascata”, que escalona os
ganhos do Supremo Tribunal Federal (STF) até
aos promotores e procuradores. O cardápio dessa festa no céu da justiça
tem inclusas aberrações
como o pagamento de
benefícios do tipo: auxílio moradia, alimentação e, pasmem, livros.
A eles recomenda-se a
leitura de um livro ainda não escrito: Como
Escravizar a Sociedade
Através da Lei. Livro
que poderá ser escrito
por qualquer um desses
práticos da ignomínia.
Para aguentar essa
inominável situação, o
novo superministro da
Dilma, do PT, Joaquim
Levy, da Fazenda, deverá esfaquear o contribuinte pelas costas com
o que ele jura de pés
juntos não ser um saco
de maldades tributárias.
São essas benesses que
causam o inchaço das impagáveis contas públicas
e esfregam na cara do cidadão sua própria nulidade. Nulidade confirmada
pelo Legislativo, que deveria barrar as aberrações
do tipo, mas nossos deputados e senadores também estão na festa. Eles
são convidados de honra
dessa orgia financeira à
custa do contribuinte e
passam a receber mensalmente a soma de
R$ 33.700, fora verbas de gabinete.
Nós do Gazeta não somos Charlie
3
cidades
Folia de Reis, uma tradição católica de muitos significados
Dona Nazaré, mãe de Anselmo Pereira, presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, recebeu em
sua residência, no Setor Universitário, a passagem de uma das mais tradicionais festas do catolicismo
A
família de Dona
Nazaré recebeu no
último dia 6, às 20h, os
foliões para a celebração de uma das mais
ricas tradições católicas:
a Folia de Reis. Estiveram presentes vários
segmentos religiosos,
representados por seus
seguidores, que, de uma
forma ou de outra, são
absorvidos pela passagem bíblica de um dos
importantes momentos
da história cristã: a adoração dos Reis Magos, a
humildade do presépio
onde nascera Cristo e a
dor causada pela perseguição e morticínio das
crianças.
De origem cristã e
desenvolvida na cultura
ibérica, em particular a
portuguesa, a tradicional adoração dos Reis
Magos, como são chamados os três reis que
vieram do Oriente (Melchior, Baltazar e Gaspar)
para adorar o menino
Jesus por ocasião de seu
nascimento em Belém
da Judeia. A comemoração chegou ao Brasil
já nas primeiras décadas do descobrimento
com o período de colonização, porém com celebrações modestas, até
mesmo em virtude do
pequeno adensamento
populacional. A festa
teve maior acolhida na
cultura brasileira a partir do século XVIII, com
a secularização dos costumes católicos e a igreja
assumindo o papel de
“igreja oficial”.
Fotos: Divulgação
Dona Maria de Nazaré, anfitriã: o próprio nome é revelador quanto à fé e à história da festa
Uma história dramática entoada por
vozes femininas: a dor da perda dos filhos
Quando
anunciada
a Herodes, o Grande, a
visita dos reis vindos do
Oriente para adoração
daquele que seria o Rei
dos Judeus, Herodes,
temendo ter seu trono “usurpado”, mandou
matar todas as crianças
abaixo de 2 anos. Foi a
chamada matança dos
inocentes. O lamento
pela morte das crianças é
lembrado pelas mães na
interpretação feminina
dos cânticos que acompanham a festividade de
casa em casa, quando, em
tons agudos que mais se
assemelham a um grito
de lamento e desespero,
elas evocam o sentido de
grande angústia pela perda dos filhos. Passagens
musicais que levam a uma
profunda reflexão sobre a
terrível perseguição sofrida por Jesus Cristo desde
seu nascimento.
“Então se cumpriu o
que foi dito pelo profeta
Jeremias: ‘Ouviu-se um
clamor em Ramá, choro
e grande lamento. Era
Raquel chorando a seus
filhos, e não querendo
ser consolada, porque
eles já não existem.”
Mateus 2:16-17 ao citar
Jeremias 31:15.
Anselmo recebe os foliões
Presentes e costumes
Presentes
Ouro, Incenso e Mirra, ofertas dos Reis Magos que representam
prosperidade, oração e
sacrifício, são lembrados
nas ocasiões festivas da
celebração. O simbolismo das dádivas ofertadas pelos reis é celebrado como prenúncio de
uma vida pautada por
sacrifícios em benefício
da humanidade. Entre
os convidados, a troca
de presentes – que, em
alguns casos, são dirigidos a uma instituição
de caridade ou mesmo
doados a famílias carentes – possui caráter representativo das
obrigações cristãs.
Na festa, os participantes foram convidados
a doar frutas, a serem
entregues ao Hospital
do Câncer, que, segundo
Anselmo, é uma forma
de refletir sobre as dádivas recebidas da natureza
por aqueles que são capazes de prover o alimento
para a manutenção da
vida. “Posto que gozamos de perfeita saúde,
cabe a nós levarmos aos
que padecem, através do
ofício da caridade, e dividir a prosperidade com
nosso semelhante”, disse
Anselmo em discurso
improvisado que sensibilizou a todos.
Costumes
Já em tom mais descontraído, o vereador
revelou o segredo de seu
sucesso na política ao dividir entre todos sementes de romã. A cada um
dos convidados, foram
distribuídas nove semen-
tes, que, segundo ele, devem ser divididas em três
partes. A primeira deve
ser jogada no quintal
de casa para germinar a
prosperidade na família;
a segunda, engolida para
que haja saúde para o
benefício da caridade, e
a terceira deve ser guardada para ser jogada nas
águas no ano seguinte.
Segundo ele, o segredo
é jogar as sementes em
uma grande quantidade
de água para que a prosperidade também seja
grande, aconselha.
Anselmo e Dona Nazaré recebem a bandeira dos foliões
Mais de 300 convidados estiveram presentes
na tradicional recepção, que já dura 30 anos
CIDADES
2ª quinzena de janeiro de 2015
4e5
Uma fé intimamente ligada ao nome da anfitriã
Quando José, avisado por
anjos de que Herodes queria
matar a Jesus, partiu de Belém com Maria e o menino
rumo ao Egito, Herodes, ao
não ser avisado pelos Reis
Magos sobre a exata localização do filho de Deus, foi
tomado de ódio e mandou
matar os infantes, numa tentativa de eliminar a Jesus e
“proteger” o seu trono. Passados esses idos, a sagrada
família retornou do Egito e
fixou morada em Nazaré.
A festa é, acima de tudo,
uma celebração da família.
Seus personagens são contextualizados dentro do cenário familiar de proteção e
providência divinas. Nesse
sentido, a festa possui inúmeros promotores. Em Goiânia, um deles é Anselmo
Pereira, vereador pelo PSDB
e atual presidente da Câmara. Ele realiza a festividade
católica na residência de sua
mãe e anfitriã, Dona Maria
de Nazaré Pereira da Silva,
que tem, a partir do próprio
nome, uma ligação profunda
com a história do nascimento de Cristo. Dona
FOLIA DE REIS
Jovens e adultos mantêm
viva a tradição católica
Deputado estadual Santana (PSL)
Nazaré, que recebeu cerca de
300 convidados em sua residência no Setor Universitário, confirmou uma tradição
que já dura mais de 30 anos e
é aberta ao público.
Como é carinhosamente
chamada por todos, Dona
Nazaré, mãe de Anselmo, a
anfitriã, aos 87 anos leu vários
textos na celebração, mostrando que, apesar da idade
avançada, possui leitura impecável, a qual exerce sem
uso de óculos, fato incomum
para a idade dela. Alegre e
divertida, ela diz ter um carinho especial pelos sete filhos.
Ao ser indagada sobre as
festas religiosas e o interesse
da juventude pelos
eventos da igreja,
ela
respondeu
que, para se ter
um exemplo,
no início das
comemorações
da Folia de Reis
na casa dela, há
mais de 30 anos,
poucas pesso-
as afluíam a festa. Este ano,
segundo ela, mais de 300 pessoas participaram do evento
e no ano de 2014 (em janeiro), foram recebidas quase
500 pessoas. “A fé está viva
e os jovens participam com
muito mais interesse”, disse.
Dona Nazaré, viúva de
Benedito Lucimar Hesketh
da Silva, nasceu em Brejão,
uma pequena cidade entre
Balsas e Carolina, no Maranhão. Mudou-se para Goiânia para criar e dar melhores
oportunidades aos filhos.
“Foram tempos difíceis, mas
superamos as adversidades”,
relembra. E completa: “Hoje
sou grata a Deus pelos filhos
que tenho.” Sem fazer distinção entre todos e demonstrando prudência quanto ao
futuro do filho político, ela
respondeu que “o futuro a
Deus pertence e cabe a ele, ao
Anselmo, seguir o caminho
que melhor lhe aprouver. A
política é sua vida, sempre esteve envolvido com ela.”
No evento religioso, estiveram presentes o deputado
estadual Santana (PSL) e os
vereadores Jorge do Hugo
(PSL), Drª Cristina (PSDB),
Felizberto Tavares (PT) e
Zander Fábio (PSL), que discursaram sobre a fé católica
e a importância de tradições
como esta, que celebram a
família como elemento agregador de valores para uma
Vereadora Drª Cristina (PSDB)
Vereador Zander Fábio (PSL)
Vereador Jorge do Hugo (PSL)
sociedade carente de Deus.
Vereador Felizberto Tavares (PT)
Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie
cidades
2ª quinzena de janeiro de 2015
6e7
Mesmo com grandes dificuldades, prefeito de Piracanjuba realiza dezenas de obras
E
Fotos: Divulgação
m 25 meses de administração, o prefeito
de Piracanjuba, Amauri
Ribeiro (PRP), implantou um ritmo de trabalho
diferenciado à frente do
comando das ações públicas, dando ênfase ao
coletivo e priorizando
os setores que estavam
mais deficitários, como
limpeza urbana, saúde
e transporte.
EDUCAÇÃO
Na área da educação,
aconteceram reformas
nas escolas da rede pública. Nenhum espaço escolar foi esquecido e está
em andamento a construção de duas Creches
Pró-infância tipo B.
CULTURA
Com a “Semana da
Cultura”, a comunidade
piracanjubense foi brindada com vários eventos culturais, tais como
peças de teatro, cinema
e música. O “Piracanjuba – Uçu” foi o nome
do evento realizado pelo
governo da cidade através da Secretaria Municipal de Cultura (SMC),
com assessoria da Secretaria de Cultura do
Estado (Secult). Mais de
6.000 pessoas afluíram
aos eventos culturais.
Ônibus adquiridos. Benefícios para alunos da rede pública
Na atual gestão, aproximadamente 20 pontes foram construídas em benefício dos fazendeiros do município
SAÚDE
Na saúde, aconteceram várias mudanças,
como o fortalecimento
dos Postos de Saúde da
Família (PSF), com a
permanência dos médi-
cos durante 32h (trinta
e duas horas), mais 8h
presenciais para especialização e qualificação
profissional, atingindo
40h (quarenta horas) semanais, passando a uma
média de 240 consultas
diárias. Implantação da
Equipe Multidisciplinar
de Atenção Domiciliar
(EMAD). Entre várias
ações, houve investimento significativo na
qualificação profissional dos servidores do
hospital municipal. Reforma do hospital municipal; realização de mais
de dez mutirões da saúde; semana de atenção
aos hipertensos, diabéticos e outras doenças
crônicas; realização do
dia D do Outubro Rosa
e Novembro Azul e todos os PSFs estão com
seus estoques de medicamento completo.
LIMPEZA URBANA
Ao assumir a prefeitura, o prefeito Amauri Ribeiro encontrou um caos
generalizado na limpeza
urbana e determinou às
equipes de colaboradores agilidade na execução
dos serviços de coleta de
lixo, que ocorre agora
em dois turno. Também
criou a implantação da
obrigatoriedade de caçambas para colocar entulhos (aos moradores
que não têm condições,
a Prefeitura de Piracanjuba disponibiliza as caçambas gratuitamente).
LAZER
A cidade tomou nova
fisionomia, com praças
e jardins bem cuidados;
implantação de academias ao ar livre em seis
praças, sendo duas na
zona rural, todas para
uso comunitário.
O Parque Ecológico
“Afonso Dias Fernandes
Sobrinho – Fonfon” foi
revitalizado, urbanizado
e disponibilizado para
exercícios físicos, pescaria em datas especiais,
como no aniversário da
cidade; foi construída
uma área de lazer para
as famílias passarem o
dia junto à natureza;
está em andamento a
iluminação em toda a
orla do lago e melhorias
nos canteiros que contornam o lago (também
em andamento).
Na área de esporte e
lazer, o governo de Piracanjuba, através da
Secretaria de Esportes,
Lazer e Turismo, tem
apoiado os torneios de
várias modalidades e
oferecido aos atletas o
apoio necessário para
que tenham expressão
no mundo dos esportes.
Ao lado do lago, foi
concluído e entregue à
população o “Palácio das
Orquídeas”, que estava há
várias gestões condenado
a ser um “elefante branco”. O prefeito Amauri
Ribeiro não mediu esforços para a finalização
desse trabalho.
Piracanjuba-Açu: valorização da cultura presente no governo da cidade
Em seis praças, foram construídas academias a céu aberto
ZONA RURAL
As estradas vicinais
foram
revitalizadas,
dando maior condição
de movimento e segurança aos moradores
da zona rural. Chega
a quase 20 a quantidade de pontes construídas com a parceria dos
produtores de várias
regiões, algo que nunca
aconteceu na cidade.
SEGURANÇA
A segurança pública é
uma das prioridades do
prefeito Amauri Ribeiro. Para isso, ele cons-
truiu a “Chefatura da
Polícia Militar”; trouxe
para a cidade, em parceria com o governo do
Estado, um delegado
fixo para o município,
cinco agentes da Polícia
Civil, um capitão da Polícia Militar (PM), um
tenente (PM) e dez policiais (PM).
O prefeito Amauri
Ribeiro tem uma convivência respeitosa e participativa com o povo de
Piracanjuba, pois todos
estão empenhados na
luta por uma cidade melhor, com justiça social,
Estradas vicinais são patroladas e recuperadas
Chefatura da Polícia Militar
Saúde é prioridade: reforma do hospital municipal e construção da UBS, a ser entregue
transparência e bem-estar permanente.
Grandes obras e
ainda na metade
de sua gestão
Nesses 25 meses de
gestão, o prefeito Amauri
Ribeiro, além de ter pago
mais de R$ 6 milhões de
dívidas herdadas de gestões anteriores, mostrou
que é possível fazer as
coisas acontecerem mesmo em meio a tantas dificuldades financeiras em
que o município vive hoje.
“Basta ter força de vontade
e caráter”, diz o prefeito.
Por essas e outras que o
prefeito Amauri Ribeiro
esteve entre “os melhores da política” em 2013 e
2014, escolhido pelas revistas Fala Prefeito e Prefeito em Destaque.
Nos próximos anos,
mais obras serão feitas e,
com certeza, será alcançado um nível de cidadania digno e decente e
politicamente ético.
Esta é a gestão do
prefeito Amauri Ribeiro, uma gestão justa,
transparente e participativa, onde sua marca
é o trabalho.
Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie
cidades
2ª quinzena de janeiro de 2015
6e7
Mesmo com grandes dificuldades, prefeito de Piracanjuba realiza dezenas de obras
E
Fotos: Divulgação
m 25 meses de administração, o prefeito
de Piracanjuba, Amauri
Ribeiro (PRP), implantou um ritmo de trabalho
diferenciado à frente do
comando das ações públicas, dando ênfase ao
coletivo e priorizando
os setores que estavam
mais deficitários, como
limpeza urbana, saúde
e transporte.
EDUCAÇÃO
Na área da educação,
aconteceram reformas
nas escolas da rede pública. Nenhum espaço escolar foi esquecido e está
em andamento a construção de duas Creches
Pró-infância tipo B.
CULTURA
Com a “Semana da
Cultura”, a comunidade
piracanjubense foi brindada com vários eventos culturais, tais como
peças de teatro, cinema
e música. O “Piracanjuba – Uçu” foi o nome
do evento realizado pelo
governo da cidade através da Secretaria Municipal de Cultura (SMC),
com assessoria da Secretaria de Cultura do
Estado (Secult). Mais de
6.000 pessoas afluíram
aos eventos culturais.
Ônibus adquiridos. Benefícios para alunos da rede pública
Na atual gestão, aproximadamente 20 pontes foram construídas em benefício dos fazendeiros do município
SAÚDE
Na saúde, aconteceram várias mudanças,
como o fortalecimento
dos Postos de Saúde da
Família (PSF), com a
permanência dos médi-
cos durante 32h (trinta
e duas horas), mais 8h
presenciais para especialização e qualificação
profissional, atingindo
40h (quarenta horas) semanais, passando a uma
média de 240 consultas
diárias. Implantação da
Equipe Multidisciplinar
de Atenção Domiciliar
(EMAD). Entre várias
ações, houve investimento significativo na
qualificação profissional dos servidores do
hospital municipal. Reforma do hospital municipal; realização de mais
de dez mutirões da saúde; semana de atenção
aos hipertensos, diabéticos e outras doenças
crônicas; realização do
dia D do Outubro Rosa
e Novembro Azul e todos os PSFs estão com
seus estoques de medicamento completo.
LIMPEZA URBANA
Ao assumir a prefeitura, o prefeito Amauri Ribeiro encontrou um caos
generalizado na limpeza
urbana e determinou às
equipes de colaboradores agilidade na execução
dos serviços de coleta de
lixo, que ocorre agora
em dois turno. Também
criou a implantação da
obrigatoriedade de caçambas para colocar entulhos (aos moradores
que não têm condições,
a Prefeitura de Piracanjuba disponibiliza as caçambas gratuitamente).
LAZER
A cidade tomou nova
fisionomia, com praças
e jardins bem cuidados;
implantação de academias ao ar livre em seis
praças, sendo duas na
zona rural, todas para
uso comunitário.
O Parque Ecológico
“Afonso Dias Fernandes
Sobrinho – Fonfon” foi
revitalizado, urbanizado
e disponibilizado para
exercícios físicos, pescaria em datas especiais,
como no aniversário da
cidade; foi construída
uma área de lazer para
as famílias passarem o
dia junto à natureza;
está em andamento a
iluminação em toda a
orla do lago e melhorias
nos canteiros que contornam o lago (também
em andamento).
Na área de esporte e
lazer, o governo de Piracanjuba, através da
Secretaria de Esportes,
Lazer e Turismo, tem
apoiado os torneios de
várias modalidades e
oferecido aos atletas o
apoio necessário para
que tenham expressão
no mundo dos esportes.
Ao lado do lago, foi
concluído e entregue à
população o “Palácio das
Orquídeas”, que estava há
várias gestões condenado
a ser um “elefante branco”. O prefeito Amauri
Ribeiro não mediu esforços para a finalização
desse trabalho.
Piracanjuba-Açu: valorização da cultura presente no governo da cidade
Em seis praças, foram construídas academias a céu aberto
ZONA RURAL
As estradas vicinais
foram
revitalizadas,
dando maior condição
de movimento e segurança aos moradores
da zona rural. Chega
a quase 20 a quantidade de pontes construídas com a parceria dos
produtores de várias
regiões, algo que nunca
aconteceu na cidade.
SEGURANÇA
A segurança pública é
uma das prioridades do
prefeito Amauri Ribeiro. Para isso, ele cons-
truiu a “Chefatura da
Polícia Militar”; trouxe
para a cidade, em parceria com o governo do
Estado, um delegado
fixo para o município,
cinco agentes da Polícia
Civil, um capitão da Polícia Militar (PM), um
tenente (PM) e dez policiais (PM).
O prefeito Amauri
Ribeiro tem uma convivência respeitosa e participativa com o povo de
Piracanjuba, pois todos
estão empenhados na
luta por uma cidade melhor, com justiça social,
Estradas vicinais são patroladas e recuperadas
Chefatura da Polícia Militar
Saúde é prioridade: reforma do hospital municipal e construção da UBS, a ser entregue
transparência e bem-estar permanente.
Grandes obras e
ainda na metade
de sua gestão
Nesses 25 meses de
gestão, o prefeito Amauri
Ribeiro, além de ter pago
mais de R$ 6 milhões de
dívidas herdadas de gestões anteriores, mostrou
que é possível fazer as
coisas acontecerem mesmo em meio a tantas dificuldades financeiras em
que o município vive hoje.
“Basta ter força de vontade
e caráter”, diz o prefeito.
Por essas e outras que o
prefeito Amauri Ribeiro
esteve entre “os melhores da política” em 2013 e
2014, escolhido pelas revistas Fala Prefeito e Prefeito em Destaque.
Nos próximos anos,
mais obras serão feitas e,
com certeza, será alcançado um nível de cidadania digno e decente e
politicamente ético.
Esta é a gestão do
prefeito Amauri Ribeiro, uma gestão justa,
transparente e participativa, onde sua marca
é o trabalho.
Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie
educação
Z
ero. É isso mesmo.
8,5% dos candidatos
tiraram zero na redação
do Enem. Não é piada.
Não se faz piada com
coisa séria (veja o Charlie Hebdo). Foram 529
mil alunos reprovados
na redação. A culpa, segundo os especialistas de
plantão, é dos alunos e
dos professores e não de
quem deu o tema “Publicidade Infantil”. Algum
cabeção do Ministério da
Educação deve ter tido a
grande sacada e dado a
sugestão, portanto, o pitaco é do governo.
Publicidade
Infantil.
Assunto simples esse, que
envolve, entre outras coisinhas, Semiótica, Teoria
da Imagem, bem como
a construção da cultura
através da comunicação
e consumismo, coisas banais para o ensino médio
em nossas escolas, que têm
reputação de estar entre
as melhores do primeiro
mundo. Parece piada. O
tema é recente e não foi fácil e não é fácil em nenhum
lugar do mundo, e implica
uma questão que afeta não
só o Brasil, mas o planeta
inteiro. A obesidade infantil é um reflexo imediato
dessa deslavada publicidade, e isso traz reflexo na
saúde pública não só nos
países ricos, mas nos países em desenvolvimento,
como é o caso do Brasil.
O poder da mídia em
modificar o comportamento de quem está na
bica do consumo e indefeso contra as obscenidades
dessa ciência chamada
Publicidade e Propaganda, a criança, envolve:
de bancos às fábricas de
refrigerantes, passando
por ursinhos de pelúcia,
2ª quinzena de janeiro de 2015
Ah nem, Enem!
Reprodução/NBR TV
Presidente do Inep, Francisco Soares; ministro da Educação, Cid Gomes;
e o secretário do MEC, Luiz Cláudio Costa, em coletiva sobre o Enem
quando não, animados
por um bondoso Papai
Noel vendendo uma garrafa de Coca-Cola.
Tudo é estímulo para
ferver o cérebro das
crianças, despertando-as
para a insaciável sede
de consumo. Tudo isso
constrói uma cultura,
a do consumismo, que
deságua em problemas
como até mesmo suicídio. Pesquisadores americanos da Georgia State
University dizem que
5,6% dos jovens estão
insatisfeitos com o próprio corpo, o que levaria esses jovens a terem
pensamentos suicidas e
a probabilidade de tentativas efetivas chegam
a 3,2%. Vale lembrar
que os problemas com
a obesidade começam
na infância. Dificilmente uma pessoa educada
com hábitos saudáveis
irá se desviar de uma
conduta que preserve a
própria saúde.
CAPITALISMO
Para o capitalista desenfreado, o consumismo
deverá sempre ser estimulado, desde a infância,
para a sobrevivência das
corporações e para que o
ciclo econômico não se
interrompa e o mercado
mantenha sua alta rotatividade, sustentando a
economia. (Veja o caso
da batatinha frita chamada Ruffles). Por isso
devemos educar nossas
crianças para o consumo,
despertando nelas um desejo profundo de ter e comer. A construção dessa
consciência cultural, já
na infância, prepara o homem para a modernidade
em que estamos atolados
– ironia à parte, é o que
dizem os comerciais.
O tema da redação,
pouco divulgada pela imprensa – parte interessada
em manipular crianças e
adolescentes para o consumo e benefício de seus
cliente –, ficou restrito aos
fóruns de debate privado,
longe da opinião pública,
portanto, de quem fez a
tal redação. A imprensa
jamais teria interesse em
trazer a público questão
de tamanha relevância
para a sociedade brasileira, talvez por isso o jovem
que fez o Enem estivesse
tão alheio ao tema.
LEGISLAÇÃO
O Conselho Nacional
de Direitos da Criança e
do Adolescente (Conanda) não é reconhecido
pelos meios de produção de mídia publicitária
para essa destinação, a de
regular o mercado, mas
países
desenvolvidos
apresentam, conforme o
próprio texto do Enem,
certa regulação para a
produção publicitária,
que, segundo o texto III
da prova, aborda o direito
do consumidor. Uma necessidade de se construir
um cidadão capaz de se
autodeterminar sobre seu
Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie
papel como consumidor
e até mesmo de sua responsabilidade ambiental – assunto que sequer
perpassou pela síntese
da prova. Mas o cabresto moral estava lá, no
terceiro quesito de des-
classificação, proibindo
a livre manifestação do
pensamento. Uma prova
de que no Brasil se quer
educar por força de lei e
não através de uma consciência plural e livre,
construída sobre valores
de uma sociedade assertiva, inclusive imputando
responsabilidades.
O texto diz que “receberá nota zero a redação que apresentar
proposta de intervenção
que desrespeite os direitos humanos”.
Para uma sociedade
que educa de forma esclarecida, uma imposição
como essa seria desnecessária, mas no Brasil temos
uma necessidade absurda
de leis e de normas para
regulamentar a sociedade
exatamente porque o Estado não tem o altruísmo
necessário para prover
uma educação que desperte o básico do pensamento humano, ou seja,
os tais direitos humanos.
8
POLÍTICA
2ª quinzena de janeiro de 2015
Marconi, a bola da vez da Rede Globo
Q
uando a Rede Globo deu um golpe
de Estado branco no
Brasil, ao eleger Fernando Collor de Mello,
o inoxidável caçador de
marajás das Alagoas, o
País inteiro aplaudiu,
tanto que Collor foi eleito. Logo em seguida, a
mesma Globo, temendo
o erro em que incorrera, levou-o ao cadafalso
da execração pública
e puxou a alavanca do
patíbulo, e ele, o herói
fabricado às expensas da
mídia, foi enforcado pelos Caras-Pintadas.
O Congresso, com a
verruma da opinião pública, capitulou ao provocar
seu impeachment. O País
aplaudiu de novo, afinal,
Collor era corrupto. Para
o bem da história, é bom
que se diga, condenado
sem provas, segundo o
STF, um lugar onde se
imagina que se proceda justiça – imagina-se.
Collor caiu por questões
políticas, isso é fato.
Pois bem. Afora a Fiat
Elba, uma bobagem,
nada tem prosperado
contra ele, tanto que o
ex-presidente Fernando
Collor de Mello foi absolvido pelo Supremo
Tribunal Federal (STF)
da acusação por desvios
em contratos de publicidade ocorridos durante
Geraldo Magela/Agência Senado
Seria Marconi um projeto global para 2018?
seu governo. A ministra
relatora Cármen Lúcia rejeitou a teoria do
Domínio do Fato apresentada pela Procurado-
ria-Geral da República
(PGR) alegando falta de
provas concretas de que
o ex-presidente tivesse
conhecimento de ativi-
Futebol, homicídio e política
Acusado de mandar
assassinar, em 2012, o
radialista Valério Luiz,
filho de Mané de Oliveira, comentarista esportivo, o cartorário
Maurício Sampaio foi
eleito presidente do
Atlético Clube Goianiense, com o apoio do
deputado federal Jovair
Arantes (PTB), que se
elegeu como presidente do conselho deliberativo do clube. Quem
está também no meio
desse negócio é Alcides
Ribeiro (PSC), dono
da Unifan, que agora
tem curso de Medicina. Professor Alcides,
como é conhecido, foi
candidato à vice em
chapa com Vanderlan
Cardoso (PSB).
Nos bastidores da imprensa, há uma pergun-
João Paulo Di Medeiros / MEI João Paulo Bezerra Di Medeiros / Divulgação
O futebol brasileiro está, de fato, muito bem servido, a medir pelos
seus dirigentes. Na foto, os principais da “tchurma eleita”: Jovair
Arantes, Maurício Sampaio, Alcides Ribeiro e demais “colegas”
ta que não se cala: qual
o envolvimento dessas
pessoas (políticos) com
Maurício Sampaio e até
onde pode chegar a ruína do futebol brasileiro? A medir por essa
eleição no Atlético, os
7x1 que tomamos da
Alemanha na Copa do
Mundo foram pouco.
PERIGO CONSTANTE
Segundo o site Rota
Jurídica, com informações publicadas em
O Popular, Maurício
ameaçou de morte o
interventor de seu cartório, Irismar Dantas de
Souza, por ele ter demitido a esposa do ex-dono do cartório. Segundo
o site, o interventor fez
um Termo Circunstanciado de Ocorrência
(TCO) para se precaver
do acusado de ter mandado cometer o assassinato de Valério Luiz.
A imprensa séria
do Estado diz que vai
boicotar o Atlético, que
nada teria a ver com
isso. A ideia é não dar
cobertura ao clube.
Essa editoria entende
que o que se deve fazer
é esgarçar ao máximo
para a opinião pública
as ações dessa diretoria empossada, para
que, até que seja julgado o caso pelo júri
popular, a população
goiana não esqueça
que o atual presidente
é acusado de ter mandado assassinar o radialista Valério Luiz.
Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie
dades criminosas.
Esse prelúdio textual serve apenas para
mostrar que a história
se repete, porém, agora
em Goiás. Marconi Perillo (PSDB) é a bola da
vez. A Globo, aqui e ali,
vem posicionando Goiás na sua grade de transmissão e faz de nosso
Estado uma vitrine. De
forma positiva ou negativa, Goiás é a bola da
vez. Esse é o primeiro
passo para o destaque
final: mostrar a ilha
de excelência produzida nos governos de
Marconi Perillo.
Logicamente que entre Marconi e Collor há
uma diferença brutal.
Collor nunca teve história pujante como Marconi. Com as derrotas sucessivas enfiadas no PT
e no PMDB no Estado,
o governador mostra ao
País sua viabilidade política – é um vencedor
e, de quebra, do PSDB.
Com o enxugamento da
máquina estatal, cortes
nos gastos de custeio,
investimentos em transporte público, e uma reforma fiscal que atenda
à indústria, o governador será a mercadoria
política dos sonhos a
ser oferecida pela Globo na sua vitrine noticiosa. É só esperar.
9
nacional
Seria a Opus Dei uma religião tucana?
A
Opus Dei (Obra de
Deus), fundada na
Espanha em 1928 pelo
iluminado Josémaria Escrivá de Balanguer, um
padre que, segundo os
críticos mais agudos dessa
seita, foi um personagem
ao modelo da antiquada
Santa Inquisição. Tido
como louco, mas nem tanto, haja vista que a Opus
Dei é prelazia particular
do Papa e só a ele deve
obediência,
possuindo
inclusive autonomia, Escrivá foi canonizado de
forma meteórica por João
Paulo II – em apenas dez
anos –, ao passo que outros “santos” levam até
séculos para alcançar tamanha graça de sua santidade, o Papa.
Por trás do esquema
de sua canonização estava ninguém menos do
que Joseph Ratzinger,
ex-chefe da repressora Congregação para a
Doutrina da Fé e futuro
papa Bento XVI.
Divinamente iluminado, Escrivá escreveu uma
peça teológica bastante
curiosa que resultou em
um livro chamado Caminho, que ensina entre
outras coisas, que a dor é
um meio de santificação.
Dan Brown, em seu O
Código Da Vinci, tripudia
sobre o assunto e mostra o
estranho monge Silas, da
seita Opus, passando pelo
suplício voluntário através
do cilício (instrumento de
penitência preso à coxa do
fiel) enquanto persegue os
inimigos de Deus.
A cena do filme, com
base no livro de Dan
Brown, dirigido por Ron
Howard, com Tom Hanks
no papel de Robert Langdon, um professor de Harvard, mostra por alto o
sadomasoquismo da religião católica e a que ponto
chega a loucura em nome
de Deus. (Cabe aqui dizer que não são apenas os
muçulmanos os fanáticos
religiosos. As penas e suplícios a que se infligem
nessa religião dão a nota
exata do que é o fanatismo
em qualquer cultura).
As muitas ilações sobre a Opus Dei dão a ela
o necessário para se criar
a sua volta uma aura de
mistério, coisa tão necessária para a instigação da
curiosidade pública. Com
o filme, a Opus Dei conseguiu projeção mundial e
hoje está na boca miúda da
imprensa, tanto que um de
seus representantes chegou
a Goiânia para o exercício de funções até então
desconhecidas. Trata-se
do novo bispo da Arquidiocese, d. Levi Bonatto.
Já existem línguas dando
conta de que ele traz no seu
catecismo o interesse de influenciar na estruturação da
igreja goiana sabidamente
petista. Seria a Doutrina
da Fé contra a Teologia
da Libertação, que tem
em Leonardo Boff seu
veemente profeta.
Como certas coisas geram especulações de todos
os lados – a medir pelas diretrizes políticas em Goiás,
sob a batuta do PSDB –, há
uma inquietação na surdina: em Goiás, devido à interferência da Opus Dei no
cenário político e na imprensa brasileira, alguns
já se perguntam se o tucanato de alta plumagem foi
cooptado pela seita.
Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e
do PSDB, é sectário não
confesso da ordem. Isso
tem deixado transparecer a
força da denominação religiosa no círculo político
brasileiro. A pergunta que
fica depois dessa missa é se
há algum político do PSDB
goiano iniciado pela Opus
Dei em Goiás?
ENERGIA
A conta que o PT apresenta
Há dois anos, o
PT, em uma medida
eleitoreira, reduziu
as tarifas de energia
e agora terá que liberar geral. Não haverá
repasse do governo
para o lobby de empresas que dominam
o sistema elétrico
brasileiro, coisa de
R$ 9 bilhões. Com
isso a conta cai,
como sempre, no
bolso do contribuinte. A energia estava
sendo subsidiada e
todos os economistas do País alertaram que isso seria
mais um tiro no
pé. Mas como diz
a música: “Tô nem
aí, tô nem aí.”
O governo não errou, ele sabia o que estava fazendo, mas para
reforçar na cabeça do
idiota que vota no PT
que esse partido tabajara é a solução para seus
problemas, ele baixou
a conta de luz, fazendo
ponte entre esse tipo
de eleitor e a urna que
elegeria a presidenta
Dilma. Feito o estrago, toma o remendo.
A coisa boa é que esse
tipo de eleitor que vota
no PT não terá um reajuste muito agressivo.
O governo deve escalonar o aumento na
conta de quem pode
pagar mais, ou seja, a
classe média, que não
tolera esse partido.
Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie
2ª quinzena de janeiro de 2015
10
Divulgação
Silas (Paul Bettany), o monstro da fé descrito por
Dan Brown em O Código Da Vinci: o quanto de
real existe nessa ficção?
Josémaria Escrivá de Balanguer, fundador da Opus
Dei: em tempos de intolerância, o que dizer dele?
ENTREVISTA
2ª quinzena de janeiro de 2015
11
Arthur Rios - Opus Dei
Divulgação
D
e aspecto sinistro, a seita
católica chega à arquidiocese de Goiânia através
do bispo d. Levi Bonatto. Polêmico e com muitas pontas
a serem aparadas e fornecendo uma série de ganchos
para todo tipo de especulação, o advogado Arthur
Rios publicou dia 20 de
dezembro de 2014 um artigo revelador: a presença da
Opus Dei na Capital. Com o
título ‘A Opus Dei chega a
Goiânia’, o artigo foi publicado em O Popular.
Com exclusividade, ele
concedeu entrevista à Gazeta
Universitária:
SAÚDE
Nosso cérebro, que parece ter vida própria, às vezes precisa ser enganado, e
é exatamente isso que propõem os pesquisadores do
Instituto Salk (EUA) para
dar um jeito nos gordinhos
gulosos e preguiçosos –
aqueles que não querem
malhar e comer menos e
com mais qualidade ou
os que padecem de obesidade mórbida.
Os pesquisadores, coordenados por Ronald Evans,
diretor do Laboratório de
Expressão Gênica de Salk e
autor principal da pesquisa
publicada na revista Nature
Medicine, descobriram esse
meio de enganar o cérebro.
O senhor diz que o bispo
já implantou a OD em outras cidades, quais foram?
Está no site da organização. Na apresentação
de d. Levi Bonatto, a cidade de Londrina-PR e
outras são citadas.
Josémaria
Escrivá,
com seu ‘Caminho’, seria
um apologista da Santa
Inquisição para os tempos modernos?
Não, absolutamente.
O culto à dor, pregado
por ele como meio de santificação, encontra aceitação
no segmento católico, como
o senhor avalia isso?
No Evangelho de Paulo (1TS.4,3ª), temos:
“Esta é a vontade de
Deus, a vossa santificação”. Portanto, há aceitação. A morte de Cristo
na cruz é um momento
de muita dor e amor pela
humanidade. O cálice da
dor não foi afastado.
A OD faz frente à Teologia da Libertação?
Não digo que faça frente.
É uma maneira diferente de
se encarar o que deve ser primeiro no tempo, na ordem e
na prioridade da igreja.
De um lado, a OD vem
afirmar que a ‘melhora’
humana pode ser alcançada pelo sacrifício e pela dor,
já a Teologia da Libertação
busca fazer valer os direitos
humanos, principalmente
com relação à distribuição
de renda das classes C, D
e E. Nesse contexto, poderia se afirmar que há uma
clara divergência política
dentro da igreja?
Poder-se-ia dizer que
uma teologia é mais conservadora (O.D.) e a outra,
mais revolucionária (T.L.).
Divergências existem em
todos os segmentos sociais.
Na hierarquia católica,
a Teologia da Libertação
sempre foi combatida, in-
clusive pelo Papa Bento
XVI. A igreja não deveria
estar ao lado dos pobres?
Penso que combater a T.L.
não significa que a igreja não
esteja ao lado dos pobres e
oprimidos e contra os opressores, numa luta em busca de
justiça. O que se combate na
T.L., pelo que sei, são os fundamentos marxistas. A luta
de classes.
A OD é uma instituição
secreta, isso cria diversas
ilações sobre sua forma
de atuar e agregar novos
membros, inclusive ela é
acusada de fazer verdadeira lavagem cerebral em
seus seguidores. Quanto de
verdade há sobre isso?
Não sei se a OD pode ser
conhecida como uma instituição secreta. É uma prelazia direta do Papa. Todas
as organizações, religiosas
ou não, fazem proselitismo
para conseguir adeptos. A
expressão lavagem cerebral
talvez seja um ponto de vis-
ta daqueles que são contra o
princípio para o qual se faz
o proselitismo.
O senhor disse que a OD
sabe sensibilizar os políticos,
os profissionais e os religiosos. Que o senhor quis dizer
exatamente com isso? Ela
teria métodos escusos de atuação e convencimento, como
a chantagem, por exemplo?
A história da OD é de muita
sensibilização social exitosa,
principalmente na Espanha.
Não acredito que tenha usado
métodos escusos em toda a
sua existência e atuação.
Em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin, do
PSDB, já deu declarações
de que não pertence a essa
seita católica, mas segundo
a revista Época de 2006, em
matéria assinada por Eliane
Brum e Ricardo Mendonça,
o tucano já cedeu até o Palácio dos Bandeirantes para
reuniões da seita. Qual seria a ligação desse segmen-
Solução para os gordinhos
O remédio, na verdade
uma pílula, mais parece
uma invenção encontrada nos melhores filmes de
ficção científica – aqueles
comprimidos que astronautas tomam para ficar por
dias bem alimentados, só
que nesse caso o efeito é inverso, o tal comprimido tira
a vontade de comer. A experiência foi feita, “por enquanto, em ratos”, mas logo
será testada em humanos.
A “Refeição Imaginária”, que é como eles apelidaram a invenção, possui
um composto chamado
Fexaramina, que controla
o diabetes, pois diminui os
níveis de açúcar no sangue
e o colesterol. A Fexaramina não penetra na corrente
sanguínea, permanecendo
apenas no aparelho digestivo, o que reduz os
efeitos colaterais.
“A pílula é como uma
refeição imaginária”, compara Ronald Evans, diretor
do Laboratório. “Ela manda
os mesmos sinais que normalmente ocorrem quando
a pessoa come uma grande
quantidade de alimentos, de
modo que o corpo começa a
abrir espaço para estocá-los.
Mas não há calorias nem
mudanças no apetite, então,
consequentemente, há perda de peso.” A Fexaramina
ativa uma proteína chama-
da receptor farensoid X
(FXR), que controla a liberação de ácidos biliares
do fígado, a digestão do
alimento e o estoque de
gorduras e açúcares.
Outras drogas contra
a obesidade bloqueiam a
absorção de gordura, já
esta queima seu excesso.
O laboratório de Evans
trabalha há 20 anos com o
FXR, mas há outros centros de pesquisa que também estão estudando drogas com função parecida.
No Brasil, mais de
50% da população já enfrenta problemas com o
peso corporal, uma medicação como essa poderia
to católico com a política
brasileira? Ela estaria se
imiscuindo em questões de
Estado no Brasil?
O Palácio dos Bandeirantes, como próprio público, já
deve ter sido palco de reuniões
das mais diferentes matizes
políticas, religiosas ou sociais.
Não creio que a OD se imiscua em questões do Estado no
Brasil, assim como outros segmentos, como a Teologia da
Libertação, não se imiscuem.
A maçonaria é uma força antagônica ao OD?
Não acredito.
O senhor é maçom?
Não sou maçom. Admiro
muito aqueles que o são, assim
como a história da maçonaria.
Arthur Rios é advogado, jornalista e professor
aposentado da UFG; autor
dos livros: Manual do Direito
Imobiliário; Direito e Justiça
e Responsabilidade Civil pelo
Risco Profissional
www.salt.edu
Ronald Evans, diretor do Laboratório de Expressão
Gênica de Salk e autor principal da pesquisa publicada
na revista “Nature Medicine”
em tese ser a solução para
vários casos, mas de nada
adiantaria se os hábitos
alimentares e o estilo de
vida não forem modificados, afirma Isabela Bussade, endocrinologista e
professora da pós-graduação de Endocrinologia da PUC-Rio.
Nós do ‘Gazeta’ não somos Charlie
artigo
2ª quinzena de janeiro de 2015
12
Charlie Hebdo:
a falácia do discurso jornalístico
waldemar rêgo
O
que é este artigo contra bilhões de mentes ajoelhadas
perante deus – um deus chamado
Mídia Formadora de Opinião?
Primeiro, a humanidade é
podre e é podre porque pimenta no c... dos outros é refresco.
Eu posso falar mal do outro
até que ele, nutrido de um ódio
profundo por mim, me ataque
e me mate. Então ele passa a
ser visto como terrorista e eu,
como vítima da intolerância.
Se para os ocidentais, Maomé
é passível de chacotas, o Jesus
católico não o seria? Que tal
uma charge de um Jesus “viado”
(da palavra desviado) beijando
outro viado? Ou a imagem de
uma santa sendo chutada por
um evangélico para desmerecer uma crença? Ou até mesmo
o repúdio da sociedade goiana
ao ver bonecos que representam figuras do candomblé espetadas no lago Vaca Brava?
Nossa hipocrisia não tem limites, principalmente quando se
trata do tal direito à liberdade de
imprensa. Essa liberdade seria
expor o outro ao ridículo até que,
tomado de ódio por mim, ele me
agrida? Insisto na pergunta.
Os valores ocidentais de nossa cultura judaico-cristã têm por
base a evolução de um espírito
cientificista que não aceita o arcaísmo muçulmano com sua teologia
pré-medieval em pleno século XXI,
não só o islamismo, mas qualquer
crença não conforme com nossa
“modernidade” liberticida. Não gostamos da religião do preto, do judeu,
do árabe e mais: não gostamos de
crentes, principalmente Testemunhas de Jeová. Rimos da suposta ignorância contida na fé islâmica como
se a nossa fosse superior, sendo que
a religião sempre foi, na história, a
desgraça da humanidade.
E a imprensa, com seu direito de
falar o que quiser sem ser punida?
Sim, se erramos, depois fazemos aí
uma notinha de reparo, coisa costumeira, para o desagravo desta ou
daquela figura pública.
O que se vê no Charlie Hebdo é
a irresponsabilidade como resultado
Divulgação / Chalie Hebdo.
de uma sociedade libertina como é
a francesa, na qual se espelhou, em
grande parte, o liberalismo ideológico dessa cultura ocidental chamada
de “nossa” e que se tornou aos poucos em libertinagem irresponsável
ao ponto de permitir o imiscuir-se no
foro íntimo da fé alheia para dela fazer chacota e sucesso como jornalismo irreverente, mas que na verdade
nunca passou de bullying midiático.
Lógico, nada justifica o terrorismo,
o assassínio de pessoas inocentes e a
violência, mas nada também justifica a
ofensa gratuita. Isso nos lembra o eterno 11 de setembro. E aí, toma outra
pergunta: por que o muçulmano mata?
É fácil pôr a culpa no petróleo,
mas o observável é que o “árabe”
é violento por natureza. Isso é o
que sempre nos mostrou o cinema
americano, a grande mídia, assim
como outras “nações inimigas” ou
potencialmente não conforme com
nossas diretrizes “democráticas
para o mundo”. Enfim, os grandes
formadores de opinião – os construtores dessa “cultura ocidental”.
Por aí vai a irrespondível pergunta.
O caso Charlie Hebdo suscita a
polêmica do direito a uma imprensa
livre que tem de tudo, menos ética.
Aqui vale lembrar que os meios de
comunicação possuem, de um modo
geral, duas éticas: uma para dentro e
outra para fora, e nesse caso, nenhuma, porque ao receptor da notícia é
dado saber apenas o que é interessante para um desses lados dessa “suposta ética”. A informação como subsídio da construção cultural é desviada
pelo canal da irresponsabilidade, da
ideologia, da questão financeira, das
rotinas de produção da notícia, e por
aí vai, coisa enormemente discutida
em qualquer escolinha de jornalismo.
Waldemar Rêgo é escritor, jornalista e artista plástico – [email protected]
Deus, Filho e Espírito Santo. O desrespeito aos valores humanos.

Documentos relacionados

Charlie Hebdo: a falácia do discurso jornalístico

Charlie Hebdo: a falácia do discurso jornalístico de uma sociedade libertina como é a francesa, na qual se espelhou, em grande parte, o liberalismo ideológico dessa cultura ocidental chamada de “nossa” e que se tornou aos poucos em libertinagem ir...

Leia mais