São Bartolomeu_5SN - Prefeitura de Ouro Preto
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São Bartolomeu_5SN - Prefeitura de Ouro Preto
INVENTÁRIO DO DISTRITO DE SÃO BARTOLOMEU MARÇO / 2007 INVENTÁRIO DE PROTEÇÃO DO ACERVO CULTURAL SÍTIOS NATURAIS OURO PRETO– MINAS GERAIS – BRASIL Ref.: 9.5 1) Município: Ouro Preto 2) Distrito: São Bartolomeu 3) Designação: Trilha do Chafariz Dom Rodrigo 4) Localização: cerca de 9Km (trilha crista Serra do Veloso) ou 18Km (trilha encosta) do distrito-sede do município de Ouro Preto Coordenadas geográficas: 23K 651694 / UTM 7747229 (início trilha) à 23K 648418 / UTM 7748296 (Chafariz Dom Rodrigo) 5) Carta topográfica: mapa 04 (MAGALHÃES, 2007) 6) Acesso: Praça Tiradentes/saída para Belo Horizonte (2Km)/estrada para Belo Horizonte (2,8Km)/cruzamento entre a MG 356 e a Rodovia Rodrigo de Melo Franco/bifurcação à direita, estrada de terra (3,8Km)/bifurcação à esquerda, entrada trilha/ trilha à direita, blocos de pedras (4Km)/trilha (300m)/chafariz/trilha à direita (9,2Km)/porteira/Mirante da “Pedra de Amolar” 7) Propriedade / direito de propriedade: público 8) Responsável: Prefeitura Municipal de Ouro Preto 9) Subcategoria: paisagem rural e urbana 10) Descrição: trilha pela crista da serra Pedra de Amolar até o Chafariz Dom Rodrigo trilha bem evidenciada ao longo da crista da serra transitando entre vegetação de mata atlântica e campos rupestres. grau de dificuldade médio, bastante irregular 11) Uso: caminhada, contemplação 12) Aspectos físicos: Altitude: cerca de 1.500m, área variando entre 1.350m e 1.800m Clima: clima tipicamente tropical, compreendendo os tipos Cwa e Cwb (KÖPPEN). Trata-se de tipos climáticos com duas estações bem definidas, uma seca e uma chuvosa. O primeiro tipo climático, predominante em partes menos elevadas, corresponde ao clima tropical de altitude com chuvas de verão e verões quentes, ocorre entre os meses de outubro e fevereiro, atingindo uma pluviosidade média anual entre 1.000 a 2.100mm; e, com estação seca curta, nos meses de julho e agosto. A temperatura média anual varia entre 19,5º e 21,8º C, sendo a média do mês mais frio inferior a 18ºC. Este atrativo é caracterizado pela predominância de níveis mais elevados, correspondendo ao clima tropical de altitude com chuvas de verão, com verões mais brandos, com temperatura média anual mais baixa, entre 17,4º e 19,8ºC, e média dos meses quentes inferior a 22ºC Fauna: a distribuição é caracterizada na área da APA Cachoeira das Andorinhas pelos elementos de mata e de cerrado, com registro de diversas espécies de mamíferos, como o guigó (Callicebus cf. personatus), lobo-guará (Chrysocion brachiurus), gato-do-mato (Filis tigrina), anta (Tapirus terrestris), jacuaçu (Penelope obscura), entre outros. Quanto aos anfíbios foram registradas 55 espécies, como Scinax eurydice, S. flavoguttatus, Hyla alvarengai, Leptodactylus furnarius, entre outros. Já os répteis, espécies de serpentes, como a cascavel (Crotalus durissus), jararacas (Bothrops jararaca e Bothrops newiedii) e a urutu (B. alternatus) e corais (Micrurus frontalis e M. lemniscatus); lagartos, como Anolis cf meridionalis e Enyalis bilineatus. Para as aves grande quantidade de espécies, como a seriema (Cariama cristata), gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus), bem-ti-vi (Pitangus sulphuratus), sabiálaranjeira (Turdus rufiventris), canário-da-terra (Sicalis flaveola), e espécies endêmicas no Brasil, como o capacetinho-oco-de-pau (Poospiza cinerea), o tibirro-rupestre (Embernagra longicauda) e a saíra-douradinha (Tangara cyanoventris), o bico-de-veludo (Schistoclamys ruficapillus), entre outros INVENTÁRIO DO DISTRITO DE SÃO BARTOLOMEU MARÇO / 2007 Geologia: Supergrupo Rio das Velhas. Grupo Itabira indiviso; itabiritos, itabiritos filíticos e dolomíticos. Grupo Caraça indiviso; quartzitos, filitos com alguns conglomerados. Grupo Nova Lima indiviso; xistos, filitos e rochas metavulcânicas, com pequena quantidade de quartzito, dolomito e formação ferrífera Geomorfologia: Serras e escarpas estruturais Hidrografia: Bacia Hidrográfica São Francisco/divisor das Bacias Hidrográficas do Doce e do Velhas Solos: Neossolo Litólico Distrófico, Neossolo Litólico Húmico, Cambissolo Húmico Distrófico, relevo escarpado/montanhoso fase campo de altitude subtropical com candeia (RLd1). Cambissolo Húmico Distrófico, relevo montanhoso fase Mata Subtropical de Candeia (CHd1) Relevo: escarpado Vegetação: transição entre Campo rupestre e Floresta estacional semidecidual (Mata Atlântica) 13) Proteção legal: Decreto Estadual n. 30.264/89, Decreto Estadual 42.912/02, Lei 9.985/00, Decreto 4.340/02 14) Proteção proposta: inventário 15) Instrumentos de pesquisa: levantamento bibliográfico e de campo 16) Grau de integridade: bom estado de conservação 17) Análise do grau de integridade/fatores de degradação: cercas com arame farpado ao longo da trilha, ruínas de antigos muros de contenção, erosão em alguns trechos 18) Medidas de conservação: restrições de uso e ocupação 19) Referências bibliográficas: - DA SILVA, Josefa C. L. M. Caracterização Hidrossedimentológica da APA Andorinhas. Ouro Preto: UFOP, 2006. - MACHADO, Carlos A. Pessoa. Projeto de implantação de infra-estrutura turística em São Bartolomeu.– Belo Horizonte: Escola de Arquitetura da UFMG, 2001. - Plano de inventário do acervo cultural de Ouro Preto. Ouro Preto: PMOP/Memória Arquitetura, 2004. - Zoneamento Ecológico-Econômico da Área de Proteção Ambiental da Cachoeira das Andorinhas. Ouro Preto: IEF/PMOP/UFV, 2006. 20) Informações complementares: existência de ruínas de antigos muros de pedra, sem sinalização. Quanto à hidrografia, o município de Ouro Preto está inserido nas bacias hidrográficas do Rio Doce e do Rio das Velhas. Nascentes dos rios da Velhas, Piracicaba, Gualaxo do Norte, Gualaxo do Sul, Mainarte e ribeirão do Funil. O mergulho predominantemente para NE explica a gênese da maioria das cachoeiras existentes na área, uma vez que a drenagem local flui preferencialmente no sentido oposto (para SO ou O) e as intercalações de rochas mais duras – quartzitos – com rochas mais macias – filitos e xistos – proporcionam a existência de ressaltos topográficas que, ao serem atravessados pelos cursos d’água, dão origem às cachoeiras. Quanto à vegetação, temos na área da APA tipos vegetacionais campestres, formando um mosaico vegetacional regido fortemente pelos fatores edáficos. Em geral destaca-se o campo rupestre e a floresta estacional semidecidual montana (Mata Atlântica). Dos primeiros têm-se o predomínio de graminóides no estrato herbáceo-subarbustivo e das lenhosas, como a Vochysia thyrsoidea (Pohl) Warm. (Vochysiaceae) e Lychnophora pinaster Mart. (Compositae). Já dos outros, encontram-se candeiais (como a Copaifera trapezifolia Hayne, Myrsine umbellata Mart., Sapium glandulatum Pax, Casearia e Tibouchina), além de diversos tipos de musgos e liquens. Em perigo de extinção encontram-se a Agalinis angustifólia (Mart) D’Arcy (Scrophulariaceae), Guatteria vilosissima – A. St. Hil. (Annonaceae), Lychnophora ericoides Mart, Lychnophora pinaster Mart. e Lychonophora reticulata Gard. (Compositae) e Vellozia glabra JC. Mikan (Velloziaceae). Exemplo de espécies como: candeia, INVENTÁRIO DO DISTRITO DE SÃO BARTOLOMEU MARÇO / 2007 folha miúda, quaresminha, pindaíba, angá miúdo, goiabeira vermelha, pororoca, canela de velho, água limpa, camboatá vermelho, camboatá branco e piúna. Quanto ao relevo, o município de Ouro Preto é predominantemente montanhoso bastante acidentado, característico do conjunto da Serra do Espinhaço ao qual pertence. A região é marcada pelas altas altitudes em relação ao nível do mar, sendo a mínima de 989m, e a máxima aproxima-se de 1.890 m, com altitude média de 1.116m. A área da APA apresenta altitudes variando entre 920m e 1.754m, com altitude média de 1.168m. 21) Documentação fotográfica: Trilha chafariz Dom Rodrigo Ricardo Fonseca – 13/03/2007 Vista trilha chafariz Dom Rodrigo Ricardo Fonseca – 13/03/2007 Vista trilha chafariz Dom Rodrigo Ricardo Fonseca – 13/03/2007 INVENTÁRIO DO DISTRITO DE SÃO BARTOLOMEU MARÇO / 2007 Vista da paisagem e vegetação nativa da trilha chafariz Dom Rodrigo Ricardo Fonseca – 13/03/2007 Vegetação nativa da trilha chafariz Dom Rodrigo Débora Ferreira – 13/03/2007 Bloco de pedra na trilha superior do chafariz Dom Rodrigo Ricardo Fonseca – 13/03/2007 INVENTÁRIO DO DISTRITO DE SÃO BARTOLOMEU MARÇO / 2007 Trilha chafariz Dom Rodrigo com ruínas do calçamento da Estrada Real Débora Ferreira – 13/03/2007 Trilha chafariz Dom Rodrigo Ricardo Fonseca – 13/03/2007 Lev. campo: Ricardo Fonseca (PMOP), Débora Ferreira (IER) 22) Ficha técnica: Elaboração: Ricardo Fonseca (PMOP), Amanda Faith, Paula Batista (IER) Revisão: Ronald Guerra, Ricardo Fonseca (PMOP) data: 13/03 /2007 data: 20/03 /2007 data: 04/04/2007
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