Como controlar a infecção na Odontologia

Transcrição

Como controlar a infecção na Odontologia
BIOSSEGURANÇA
NA
ODONTOLOGIA
CONTROLE DA
INFECÇÃO
AUTORES
Sérgio Luiz Guandalini
Prof. Adjunto do Departamento de Estomatologia da Universidade Federal do Paraná
Ex-Presidente da Comissão de Controle de Infecção Odontológica da Universidade Federal
do Paraná e da Associação Brasileira de Odontologia - Secção Paraná
Ex-Diretor do Centro de Ensino e Aperfeiçoamento Profissional do Sindicato dos
Odontologistas no Estado do Paraná
Especialista em Periodontia pela Associação Odontológica Norte do Paraná
Norma Suely Falcão de Oliveira Melo
Profª.Adjunto do Departamento de Estomatologia da Universidade Federal do Paraná
Presidente da Comissão de Controle de Infecção Odontológica da Universidade Federal do
Paraná
Mestre em Odontopediatria
Eduardo Carlos de Peixoto Santos
Prof. Adjunto Aposentado da Universidade Estadual de Londrina
Ex-Prof. de Odontologia da Faculdade Tuiuti de Curitiba
Ex-Vice Presidente da Comissão de Controle de Infecção Odontológica da Associação
Brasileira da Odontologia -Secção Paraná.
Especialista em Saúde Publica pela Escola de Saúde Publica /Universidade Federal do
Paraná/ FIOCRUZ
SUMÁRIO
PREFÁCIO...............................................................................................................................
AGRADECIMENTOS..............................................................................................................
INTRODUÇÃO........................................................................................................................
COMO CONTROLAR A INFECÇÃO NA
ODONTOLOGIA.......................................................
1) MEDIDAS PARA O CONTROLE DA INFECÇÃO NA ODONTOLOGIA..................
1.1ANAMNESE...................................................................................................
2.EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.......................................
2.1GORRO..............................................................................................
2.2 AVENTAL..........................................................................................
2.2.1.AVENTAL NÃO CIRÚRGICO E CALÇA..............................
2.2.2.AVENTAL CIRÚRGICO ESTÉRIL........................................
2.2.3.COMO VESTIR O AVENTAL CIRÚRGICO..........................
2.2.4.COMO RETIRAR O AVENTAL.............................................
2.3 MÁSCARA..........................................................................................
2.3.1. EFICIÊNCIA DA FILTRAÇÃO DAS MÁSCARAS...............
2.4 ÓCULOS DE PROTEÇÃO............................................................
2.5 SAPATILHAS.....................................................................................
2.6 LUVAS...............................................................................................
2.6.1 LUVAS COMERCIAIS.........................................................
2.6.2 LUVAS PARA EXAME CLÍNICO........................................
2.6.3 LUVAS DE LÁTEX NÃO ESTÉREIS PARA
PROCEDIMENTOS SEMICRÍTICOS..............................
2.6.4 LUVAS CIRÚRGICAS ESTÉREIS.......................................
2.7 ROUPAS COMPLEMENTARES......................................................
2.7.1 CAMPOS CIRÚRGICOS DE MESA.....................................
2.7.2 CAMPOS PARA O PACIENTE............................................
2.7.3CAMPOS PARA O EQUIPAMENTO...................................
3.PROCEDIMENTO DE LAVAGEM DAS MÃOS
3.1 TÉCNICA BÁSICA DE LAVAGEM DAS MÃOS.........................
3.2 TÉCNICA BÁSICA DE LAVAGEM DAS MÃOS SEM ÁGUA E
SABÃO................................................................
3.3 TÉCNICA DE DEGERMAÇÃO CIRÚRGICAS DAS MÃOS
4.CALÇAMENTO DAS LUVAS............................................................
4.1 – REMOÇÃO DAS LUVAS APÓS PROCEDIMENTO...........
5. PREPARO DO PACIENTE.......................................................................
5.1.EQUIPAMENTO PARA PROTEÇÃO DO PACIENTE...............
5.2.ANTISSEPSIA DO PACIENTE..............................................
5.2.1.ANTISSEPSIA DO PACIENTE PARA
PROCEDIMENTOS SEMICRÍTICOS..............................................................
5.2.2.ANTISSEPSIA DO PACIENTE PARA
PROCEDIMENTOS CRÍTICOS............................
5.2.2.1.PREPARO DA BOCA............................
5.2.2.2.PREPARO EXTRABUCAL................................
6.ESTERILIZAÇÃO .............................................................................
6.1 PRÉ-LAVAGEM.....................................................................................
6.1.1.PRÉ-LAVAGEM COM CUBA DE ULTRASOM.............................
6.1.2.PRÉ-LAVAGEM POR PROCESSO MANUAL................................
6.2 SECAGEM..............................................................................................
6.3 EMBALAGEM......................................................................................
6.4 MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO.......................................................
6.4.1.PROCESSOS FÍSICOS
6.4.1.1.MICROESFERAS DE VIDRO.......................
6.4.1.2 FILTRAÇÃO.....................................................................
6.4.1.3 RADIAÇÕES ESTERILIZANTES POR RAIO GAMA
COBALTO 60 ...............................................................
6.4.1.4.RADIAÇÕES ESTERILIZANTES POR RAIOS
ULTRAVIOLETA...............................................................
6.4.1.4 CALOR SECO-ESTUFA OU FORNO DE
PASTEUR.............
6.4.1.5 CALOR ÚMIDO-AUTOCLAVE......................................
6.4.2.PROCESSOS QUÍMICOS..................................................................
6.4.2.1.ÓXIDO DE ETILENO............................................................
6.4.2.2 PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO....................
6.4.2.3 SOLUÇÕES QUÍMICAS.....................................................
6.4.2.4 PASTILHAS DE FORMOL................................................
7.MONITORAÇÃO DA ESTERILIZAÇÃO.....................................................
7.1 . MONITORAÇÃO QUÍMICA
7.2. MONITORAÇÃO BIOLÓGICA.......................................................
8.DESINFECÇÃO EM ODONTOLOGIA ...................................................................
8.1DESINFECÇÃO QUÍMICA DO INSTRUMENTAL.............................
8.2DESINFECÇÃO DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO.................
8.2.1DESINFECÇÃO DO PISO........................................................
8.2.2DESINFECÇÃO DAS PAREDES DA SALA CLÍNICA.............
8.2.3DESINFECÇÃO DO EQUIPAMENTO........................................
8.2.3.1.REFLETOR.............................................................................
8.2.3.2.CUSPIDEIRA.........................................................................
8.2.3.3.CADEIRA..............................................................................
8.2.3.4.SUCTORES.............................................................................
8.2.3.5.EQUIPO ODONTOLÓGICO................................................
8.2.3.6.MANGUEIRAS DE ALTA-ROTAÇÃO, MICROMOTOR
E SERINGA TRIPLICE..............................................................
8.2.3.7.CAIXA DE COMANDO DO EQUIPO................................
8.2.3.8.MICROMOTOR E ALTA-ROTAÇÃO.................................
8.2.4.DESINFECÇÃO DO RESERVATÓRIO DE ÁGUA DO
CONSULTÓRIO.................................................................
8.2.5.DESINFECÇÃO DO SISTEMA DA ÁGUA DAS PEÇAS DE
MÃO......
8.2.6 .DESINFECÇÃO DE ARMÁRIOS E BANCADAS..........................
8.2.7.DESINFECÇÃO INTERNA DOS SUCTORES E PONTAS DE
SUCÇÃO...............................................................................................
8.2.7.1SUCTOR DE ALTA POTÊNCIA......................................
8.2.7.2SUCTOR COM RESERVATÓRIO OU DEPÓSITO.............
8.2.7.3SUCTOR DE AR DO PRÓPRIO EQUIPAMENTO..............
9.REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO DO CONSULTÓRIO
ODONTOLÓGICO...............
10.OUTROS PROCEDIMENTOS
10.1. BROCAS
10.1.1BROCAS PARA PROCEDIMENTOS
SEMICRÍTICOS...........
10.1.2.BROCAS PARA PROCEDIMENTOS
CRÍTICOS..................
10.1.3..BROCAS ENDODÔNTICAS......................................
10.1.4. BROCAS DE LABORATÓRIO DE PROTESE..................
10.2.ANESTUBES.......................................................................................
10.3. LIXO
10.3.1.LIXO GERAL.......................................................................
10.3.2.LIXO COM RESÍDUOS DE AMÁLGAMA.........................
10.3.3.LIXO PATOLÓGICO............................................................
10.3.4.LIXO QUÍMICO....................................................................
10.3.5.LIXO INFECCIOSO..............................................................
10.3.6.LIXO INFECCIOSO CONTUDENTE.............................
10.3.7.LIXO FARMACÊUTICO......................................................
10.4.LAVAGEM CAMPOS OPERATÓRIOS.............................................
10.5.LAVAGEM DAS ROUPAS DO CONSULTÓRIO.............................
10.6.DESINFECÇÃO DO ISOLAMENTO ABSOLUTO..........................
10.7.CONTROLE DA INFECÇÃO NA IMAGINOLOGIA
11.CONTROLE DA INFECÇÃO NAS ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS..............
1.EXAME CLÍNICO......................................................................................
2.CIRURGIA BUCOMAXILOFACIAL............................................................
2.1.ATENDIMENTO EM CENTRO CIRÚRGICO.................................
2.2.ATENDIMENTO EM AMBULATÓRIO OU CONSULTÓRIO
ODONTOLÓGICO.............
3 PERIODONTIA ......................................................................................
4 IMPLANTODONTIA.......................................................................................
5 ENDODONTIA.................................................................................................
6 DENTISTICA RESTAURADOURA.............................................................
7 ODONTOPEDIATRIA.....................................................................................
8 ORTODONTIA...............................................................................................
9 PRÓTESE DENTÁRIA............................................................................
10 OUTROS MATERIAIS E PRODUTOS..........................................................
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................
PREFÁCIO
A segunda edição deste livro significa para mim a certeza da aceitação dos trabalhos
realizados anteriormente, por professores, colegas e estudantes de nossa área de atuação.
É fato, que todo trabalho é incompleto e portanto apresenta sempre necessidade de
aprimoramento, renovação, e, maior abrangência da matéria, de modo a dar uma visão
dinâmica e atual das informações contidas, e esta edição o faz brilhantemente.
Como estudante do tema devo dizer que, a 2ª edição amplia, permite maior clareza de
entendimento e aprendizado.
O desenvolvimento do trabalho é objetivo e muito didático, com qualidade científica ímpar;
o desprendimento dos autores, cedendo para utilização didático-pedagógica nas escolas,
especialmente a parte prática, demonstra de maneira indelével sua preocupação constante
com a saúde de todos nós : Profissionais, Estudantes e Paciente.
Finalmente, estou honrado e grato, por tomar parte nesta contextualização.
Prof. Pedro Carlos Ferreira Tonani
Setembro de 2003
AGRADECIMENTOS
As esposas Marilize e Lacy e ao esposo Daniel, pelo incentivo e
compreensão.
Aos filhos Andrei, Barbara e Felipe, pelos momentos ausentes.
A Gnatus pela nova oportunidade e pela divulgação deste trabalho.
INTRODUÇÃO
Na Odontologia o profissional e equipe são expostos diariamente a uma
grande variedade de microorganismos da microflora bucal do paciente, principalmente
pelos aerossóis produzidos pela alta-rotação e seringa tríplice. Eles podem ser patogênicos
e transmitir doenças infecto-contagiosas tais como: resfriado comum, pneumonia,
tuberculose, AIDS, hepatite B, hepatite C, entre outras. O emprego de medidas de controle
da infecção como os equipamentos de proteção individual (EPIs), esterilização do
instrumental, desinfecção do equipamento e ambiente, antissepsia da boca do paciente e
outras medidas, podem prevenir a transmissão destas doenças na Odontologia.
A American Dental Association (ADA) há mais de seis décadas vem
recomendando o emprego desta medidas, mesmo antes do surgimento de doenças infectocontagiosas como a AIDS, que ainda não tem tratamento adequado. No Brasil, a
preocupação com esse controle na clínica odontológica somente teve início na década de
80. Hoje em alguns estados o controle se tornou lei e algumas Universidades o
introduziram em seu currículo como disciplina, tornando-se uma realidade.
Também as industrias de equipamentos odontológicos tem participado e
investem na qualidade dos equipamentos quanto ao controle da infecção. Isto tem sido
observado e aprovado pela classe, que as vê como uma proteção adicional para toda a
equipe e os pacientes.
Apesar de todos este progresso ainda estamos no começo e devemos
também somar a exigência dos pacientes na realização destas ações pelo profissional e
equipe.
Este trabalho tem por objetivo colaborar e ajudar com mais uma fonte de
consulta rápida e prática, para que num futuro bem próximo possamos realizar na
Odontologia um efetivo controle da infecção.
COMO ?
PORQUÊ ?
QUANDO ?
COM O QUÊ ?
CONTROLAR A INFECÇÃO
Para que o dentista mantenha efetivo controle de infecção odontológica
durante a realização dos procedimentos clínicos, é necessária a criação de uma classificação
dos instrumentos e dos procedimentos clínicos quanto ao risco de transmitirem infecção
exógena. Uma adaptação a classificação de Spaulding para materiais e equipamentos
hospitalares em: críticos, semi críticos e não-críticos pode ser adotada para os instrumentos
odontológicos. E a Portaria no 930/9216 classifica as cirurgias médicas e odontológicas
segundo o seu risco de contaminação em: limpas, potencialmente contaminadas,
contaminadas e infectadas. Nesta classificação as cirurgias odontológicas são consideradas
contaminadas, por serem realizadas em tecidos ricos em flora residente, de difícil
descontaminação. São classificadas como infectadas quando existe a presença de supuração
no local da cirurgia ou em feridas traumáticas sujas e que tenham ocorrido mais de seis
horas antes da intervenção.
Os instrumentos são classificados em:
A) Instrumentos Críticos: são aqueles que penetram nos tecidos sub-epiteliais,
atingindo o sistema vascular. Ex.: afastadores, pinças, instrumentos de corte ou ponta e
outros. Estes instrumentos devem ser obrigatoriamente esterilizados.
B) Instrumentos Semi-críticos: são aqueles instrumentos que entram em contato
com a mucosa ou pele íntegra, como: moldeiras e espelhos extrabucais, instrumentais para
amálgama. Estes instrumentos são desinfetados e quando possível, esterilizados.
C) Instrumentos Não-Críticos: são aqueles que entram em contato apenas com a
pele íntegra ou não entram em contato com o paciente. Ex. muflo, pinça perfuradora, arco
de Young,: etc.; estes podem ser desinfetados ou esterilizadas, quando posível.
Na Odontologia, são muito poucos os instrumentos que não são enquadrados como críticos
e semi-críticos devido serem os procedimentos sempre em ambiente com presença de
secreções orgânicas (saliva, sangue, etc).
Os procedimentos odontológicos clínicos e cirúrgicos são também
classificados segundo o risco de contaminação em:
A) Procedimentos críticos: são aqueles em que há penetração no sistema
vascular. Ex.: Cirurgias em tecidos moles e duros, Cirurgias Periodontais, Exodontias,
Raspagens Subgengival ou Curetagens Periodontais, etc. Nestes procedimentos os cuidados
com a esterilização do instrumental, a desinfecção do consultório, preparo do paciente e da
equipe odontológica devem ser máximos.
B) Procedimentos Semi-críticos: são aqueles que entram em contato com
secreções orgânicas (saliva) sem invadir o sistema vascular. Ex.: entulhamento de material
restaurador, terapia endodôntica conservadora, colocação de aparelho ortodôntico, etc. O
instrumental deve estar previamente esterilizado ou desin fectado, o consultório limpo e
desinfectado, o paciente preparado com bochecho prévio com solução antisséptica e a
equipe preparada, para evitar infecções cruzadas pela presença das secreções orgânicas
sobre o equipamento, bancada, instrumental.
C) Procedimentos Não Críticos: são aqueles quando não há penetração no
sistema vascular e não entram em contato com as secreções orgânicas. Em Odontologia não
existe procedimento que possa ser classificado dentro desta categoria.
1. MEDIDAS PARA O CONTROLE DA INFECÇÃO NA ODONTOLOGIA.
Para a realização de controle de infecção efetivo, durante o atendimento
do paciente, o dentista e sua equipe devem seguir a uma série de medidas básicas.
Estas medidas, que serão discutidas a seguir, têm como principais
objetivos a prevenção e a proteção na transmissão de doenças infecto-contagiosas como a
Hepatite B, Hepatite C, Hepatite D, AIDS/SIDA, Tuberculose, Herpes Simples, Resfriado
Comum, Cárie e outras.
1.1) ANAMNESE
É a primeira e uma das mais importantes medidas de proteção para o
Cirurgião-Dentista, pessoal auxiliar e paciente, já que através da anamnese é possível
coletar dados a respeito da história pessoal, médica passada e presente do paciente.
Deve-se dar real importância a esta etapa, pois somente pela anamnese
será possível averiguar se o paciente fez transfusões de sangue ou se contaminou com
algum agente patogênico, se é usuário de drogas etc. Devem considerar-se questões
específicas sobre a história médica atual e pregressa, de medicamentos que o paciente esteja
tomando, de doenças sistêmicas (diabete, hepatite, cardiopatias, tumores, epilepsia, prótese
ortopédicas), transfusões sangüíneas, pacientes transplantados, condições fisiológicas
(lactação e gestação) e outras112, na sua primeira avaliação clínica com o profissional e nas
reconsultas.
FICHA DE ANAMNESE
Esta ficha é de uso exclusivo do profissional, e todas as informações aqui
prestadas são sigilosas e importantes para o sucesso do tratamento a ser realizado,
responda corretamente, obrigado.
Nome completo:_________________________________________________
Profissão:_____________________
Data de Nascimento ___/___/___
Sexo:____________________
Estado Civil:__________________
RG:_________________CPF:______________________________________
Nome do Pai:___________________________________________________
Nome da Mãe:__________________________________________________
End. Residencial:________________________________________________
Cidade:______________ UF:________ CEP:________/_____
End. Comercial:_________________________________________________
Cidade:______________ UF:________ CEP:________/_____
Fone Res.:______________ Com:_______________ Celular:_____________
Indicado por:___________________________________________________
QUEIXA PRINCIPAL:
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
RESPONDA S (PARA SIM) E N (PARA NÃO) E PRENCHA OS ESPAÇOS
HISTÓRIA MÉDICA
Esta ficha é de uso profissional, todas as informações aqui prestadas são sigilosas e
importantes
para o sucesso do tratamento a ser realizado, responda corretamente,
obrigado.
Responda sim ou não e quando houver espaço complete
1. Você se sente nervoso durante o tratamento odontológico?
2. Você já teve alguma experiência ruim em consultório odontológico?
3. Está em tratamento médico?
Caso afirmativo, que doença(s):__________________________________________
Nome do médico:____________________________________Fone:____________
4. Você foi hospitalizado nos últimos dois anos?
Motivo:_____________________________________________________________
5. Já fez alguma cirurgia odontológica em hospital?
6. Você tomou ou está tomando algum medicamento sob receita médica ou por conta
própria?
Caso afirmativo, qual(is):_______________________________________________
___________________________________________________________________
7. Você é alérgico? (poeira, pólen, renite, alimentos, animais,....)
Caso afirmativo, que tipo de alergia:______________________________________
8. Você é alérgico a algum tipo de medicamento? (penicilina, sulfa, aspirina, ...)
Caso afirmativo, qual(is):_______________________________________________
9. Você já teve algum tipo de sangramento que necessitou tratamento hospitalar?
10. Quando caminha ou sobe escadas tem que parar por dor no peito?
11. Suas articulações incham durante o dia?
12. Você ganhou ou perdeu peso nos últimos anos, sem regime alimentar ou
medicamentoso?
13. Você acorda durante a noite com falta de ar?
14. Você está em alguma dieta especial?
15. Alguma vez seu médico lhe disse que tinha algum tumor?
16. Somente Mulheres: Está grávida?
Está tomando anticoncepcional?
Você está planejando gravidez em breve?
17. Você fuma? Caso afirmativo, quantos cigarros por dia? ____________
18. Você bebe? Com que freqüência?______________________________
19. Você tem tendência em desmaiar?
20. Você tem náuseas ou vômitos com freqüência?
21. Você tem com freqüência dor de cabeça ou enxaqueca?
Com que freqüência?___________________
22. Abaixo existe uma lista de doenças, por favor assinale as que já teve ou as que tem
no momento:
A- De origem geral
Aids
Anemia
Derrame cerebral
Diabetes
Epilepsia
Glaucoma
Hemofilia
Hepatite A, B, C, D
Herpes
Hipertireoidismo
Problema renal
Ulcera
Gastrite
B – Referente ao coração
Angina do peito
Ataque cardíaco
Doença cardíaca congênita
Febre reumática
Infarto
Pressão alta
Problema cardíaco
Prolapso de válvula mitral
Sopro cardíaco
3C - Referente a pulmão e à respiração
Asma
Bronquite crônica
Enfizema
Sinusite
Tuberculose
D – Você já fez ?
Cirurgia cardíaca
Colocação de marcapasso
Colocação de válvula cardíaca
Prótese ortopédica
Quimioterapia
Radioterapia
Transfusão de sangue
Uso de drogas
Uso de cortisona/corticóide
23. Você tem algum problema ou doença que não foi relacionada acima ?
Em caso afirmativo, qual(is):_______________________________________________
______________________________________________________________________
Por ser verdade, dou fé.
Curitiba, _____de _____________________de ________
____________________________________________
Paciente ou responsável quando menor
AVALIAÇÃO DO PACIENTE
Comentário:____________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
Classificação Médica quanto ao ASA:______________________________
Classificação quanto a medicação atual:_____________________________
Pressão arterial: __________________/________________
Pulso:______________
Peso:______________ Temperatura:_______________
Freqüência respiratória:___________________________
MODIFICAÇÕES SUGERIDAS AO PACIENTE
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
DIAGNÓSTICO QUANTO A FOBIA/DENTISTA:____________________________
2. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL(EPI)
O equipamento de proteção individual é um uniforme para os trabalhos
clínicos. Este uniforme constitui-se de gorro descartável ou reutilizável, avental clínico,
avental cirúrgico, calça, sapatilhas ou sapato próprio do consultório, máscara descartável,
óculos de proteção e luvas.
Profissional paramentado para procedimento crítico
Profissional paramentado para procedimento semi-crítico
Profissional preparado incorretamente, note que a roupa sob o avental está passível
de contaminação
2.1. GORRO
O gorro é de uso obrigatório para o Cirurgião-Dentista, pessoal auxiliar e
paciente durante a realização de trabalhos com alta rotação, micro-motor e peças de mão
por produzirem aerossóis contendo sangue e outros fluidos corpóreos. Estes aerossóis são
constituídos de microrganismos, alergênicos, substâncias tóxicas etc., que atingem os
cabelos da equipe odontológica e do paciente. O uso de gorro impede que o profissional e
pessoal auxiliar levem para casa ou outros locais os microorganismos que colonizaram seus
cabelos, as orelhas e também evita uma contaminação direta, por exemplo,
paciente/profissional.(por microrganismos ou insetos - piolho).
RECOMENDAÇÕES:
1) prender o cabelo sem deixar mechas pendentes;
2) colocar o gorro recobrindo todo o cabelo e orelhas;
3) ao retirar o gorro, puxe-o pela parte superior central e descarte-o no lixo
contaminado;
4) o gorro deve ser trocado a cada atendimento.
Gorro utilizado incorretamente, repare que o cabelo e as orelhas permanece
exposta.
Gorro utilizado corretamente, sem cabelos e orelhas expostas.
Como remover o gorro sem contaminação
2.2 .AVENTAL
2.2.1. AVENTAL NÃO CIRÚRGICO E CALÇA
O avental não cirúrgico e a calça, elementos do uniforme para
procedimentos semi-críticos, não devem ter obrigatoriamente a cor branca, apesar de
possibilitar a visualização de sujidade. Estes devem ser trocados diariamente ou quando
apresentarem contaminação visível por sangue ou outros fluidos corpóreos. Após o dia de
trabalho este uniforme deve ser descartado em saco plástico para roupa suja.. O profissional
deve lembrar que a calça e o avental não estéril são de uso exclusivo do consultório e não
devem ser usados fora deste local.
O avental não cirúrgico, de preferência, deve ter gola alta do tipo “gola de
padre", com mangas longas e comprimento de 3/4 com punhos em elásticos ou ribanas. Ele
pode ser confeccionado em algodão ou polipropileno.
Avental para procedimentos semi-críticos
2.2.2 AVENTAL CIRÚRGICO ESTÉRIL:
O avental estéril é parte do uniforme empregados para realização de
procedimentos críticos.. Sua gola também é do tipo "gola de padre", com comprimento de
3/4 cobrindo os joelhos e mangas longas com punho em elástico ou ribana e com abertura
nas costas. Os materiais para sua confecção são os mesmos empregados para o avental não
cirúrgico.
O avental estéril é vestido após o profissional estar devidamente
paramentado e realizado a degermação cirúrgica das mãos.
Avental para procedimentos críticos
2.2.3 COMO VESTIR O AVENTAL CIRÚRGICO
Segurar o avental pela parte superior de tal modo que este se desdobre pela ação
da gravidade tendo o lado interno voltado para quem o veste. A seguir, deve-se introduzir o
braço na manga do lado correspondente. Não toque na face externa do avental. Quando há
necessidade de ajuste faça com a outra mão coberta com a manga do avental. Após o ajuste
das mangas as tiras do pescoço devem ser amarradas com ou sem auxílio de assistente. As
bordas do avental são unidas através do ajuste do avental ao corpo e amarram-se as tiras da
cintura. Calçar as luvas estéreis somente após o ajuste total do avental.
Profissional ao se vestir para procedimento crítico, segura o avental estendido sem tocar o
corpo, pelo lado avesso.
Profissional colocando o avental, introduz os braços.
Auxiliar acaba de vestir o avental e amarra o avental, por trás.
2.2.4. COMO RETIRAR O AVENTAL:
Terminada a cirurgia as luvas contaminadas devem ser removidas. O primeiro
passo, com a mão oposta pegar a luva pela parte externa, remove-la e segurar com os
dedos. Após com a mão sem luva pegar a outra e remove-la colocando a luva anterior no
interior e descartar as luvas cirúrgicas no lixo contaminado. Lavar as mãos, retirar a
máscara e/ou óculos de proteção. Em seguida a assistente, desata as alças(tiras) do pescoço
e da cintura, tendo-se o cuidado de não tocar a face externa do avental. O avental deve
deslizar pelo corpo sendo seguro pela parte interna e dobrado com o lado avesso. Depositálo em saco de roupa suja (contaminada), juntamente com os campos, protetores de cadeira,
mangueira e outros.
RECOMENDAÇÕES:
1) colocar o avental somente na sala clinica ou cirúrgica;
2) efetuar antes de vesti-lo a lavagem cirúrgica das mãos e a secagem das
mesmas;
3) calçar as luvas cirúrgicas estéreis após o vestimento do avental estéril;
4) o avental, quando não for descartável, depositá-lo em saco de roupa
contaminada evitando excessiva manipulação. Estas roupas devem ser desinfetadas, lavadas
e esterilizadas, mesmo que não tenham sujidade visível.
5) ao embalar, após a lavagem, dobre de tal forma que ao segurá-lo para vestir, ele
se desdobra por ação da gravidade.
A auxiliar circulante desata os laços nas costas do cirurgião ou auxiliar estéril,
deslocando o avental cirúrgico até os ombros.
Após, pelo lado interno da manga o cirurgião ou auxiliar estéril puxa o avental
cirúrgico. Sempre sem tocar no lado de fora do avental.
Descartar o avental em recipiente(ramper) apropriado
2.3.MÁSCARA
A máscara se constitui na mais importante medida de proteção das vias
aéreas superiores contra os microorganismos presentes nas partículas de aerossóis
produzidas durante os procedimentos clínicos ou durante um acesso de tosse, espirro ou
fala. Estes aerossóis são considerados uma fonte de infecção de doenças respiratórias
crônicas ou agudas como o resfriado comum, tuberculose, parotidite, coqueluche e outras.
2.3.1.EFICIÊNCIA DE FILTRAÇÃO DAS MÁSCARAS:
Ao comprar máscara o profissional deve considerar as características da
máscara ideal. que são: ser confortável; ter boa adaptação aos contornos faciais; não tocar
lábios e ponta do nariz; não irritar a pele; não provocar embaçamento do óculos; não ter
odor; ser descartável , barata e avaliar a sua capacidade de filtrar partículas de aerossóis
As máscaras são confeccionadas com diferente tipos de material e cada
um apresenta uma capacidade de filtração diferente.. As máscaras de tecido (pano), espuma
e papel, embora confortáveis, têm baixa capacidade de filtração dos aerossóis bacterianos.
Micick e cols92 em seu estudo sobre a eficiência da máscara como medida de proteção
mostra o seguinte resultado:
MATERIAL UTILIZADO
FILTRAÇÃO
CAPACIDADE DE
fibra de vidro
fibra sintética
algodão(pano)
papel
espuma
99%
99%
18 a 50%
32%
14%
As máscaras com maior capacidade de filtração foram capazes de filtrar
partículas de aerossóis bacterianos com diâmetro médio de 5mm.
Ranali e cols119 em um estudo realizado, demonstraram a capacidade de
filtração das máscaras encontradas no comércio nacional. Os aerossóis avaliados neste
trabalho foram produzidos pela turbina de alta-rotação durante a remoção de tecido cariado
de dentes com cárie profunda. Tendo como resultado o seguinte:.
MÁSCARAS
filtrosan
celutex simples
filtradora automotiva
celutex dupla
anatômica
algodão(pano)
controle
EFICIÊNCIA DE FILTRAÇÃO (%)
90
50
50
30
20
20
10
RECOMENDAÇÕES:
01) solicitar ao fabricante o potencial de filtração da máscara;
02) diminuir a produção de aerossóis e respingos durante os procedimentos
empregando uma sucção efetiva (suctor de alta potência) e uso de isolamento absoluto;
03) instruir o paciente para escovar os dentes ou bochechar uma solução antiséptica com solução a base de clorexidina 0,12% antes do atendimento;
04) certificar-se, antes do início dos trabalhos, que a máscara está bem adaptada;
05) não puxar a máscara para a região do pescoço (a máscara é considerada
material contaminado);
06) não reutilizar as máscaras descartáveis;
07) trocar a máscara quando esta ficar úmida e no intervalo de cada paciente. (as
máscaras molhadas perdem o poder de filtração e facilita a penetração dos aerossóis
bacterianos);
08) falar o mínimo possível enquanto estiver usando máscara;
09) não tocar na máscara após sua colocação;
10) retirar a máscara somente após a retirada das luvas e lavagem das mãos;
11) jogar a máscara em saco plástico para lixo contaminado ou saco plástico para
roupa suja;
12) trocar a máscara quando espirrar ou tossir.
2.4. ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Os óculos de proteção são óculos especiais que devem ser usados para
evitar que respingos de sangue ou secreções corpóreas produzidos durante o atendimento
atinjam os olhos do paciente, do profissional ou do pessoal auxiliar.
Apesar dos olhos serem susceptíveis a infecção cruzada, a epidemiologia
de doenças transmitida através da conjuntiva é desconhecida. No entanto, a literatura
pesquisada relata um caso de uma enfermeira que desenvolveu hepatite em 101 dias após
uma gota de sangue de um paciente contaminado pelo vírus, ter acidentalmente atingido
seus olhos75 .
Em Odontologia os vetores das infecções causadas na conjuntiva são
principalmente as grandes partículas projetadas da boca do paciente durante os
procedimentos de remoção de restaurações de amálgama, remoção de cárie, raspagens
periodontais, profilaxia dentária, etc,. Como também a ejeção de grandes partículas
aquosas, produzidas principalmente pelo uso da seringa tríplice. Este fato se confirma
quando o cirurgião-dentista que usa óculos de correção apresenta após uma profilaxia com
jato de bicarbonato de sódio, suas lentes muito sujas dificultando, muitas vezes, a
visualização do campo operatório. Por estas razões, o uso de óculos de proteção torna-se
necessário e obrigatório, principalmente quando o profissional realiza uma intervenção
odontológica com o uso de aparelhos que produzam aerossóis. É necessário também o uso
de óculos de proteção para o paciente, esses tem a finalidade de proteger seus olhos a
produtos irritantes, contaminados e pérfuro-cortantes.
RECOMENDAÇÕES:
1) quando os óculos de proteção apresentarem sujidades sem a presença de
secreções orgânicas devem ser lavados no aparelho de ultra-som com solução enzimática;
2) quando os óculos de proteção apresentam contaminação por secreções
orgânicas, além da lavagem com sabão enzimático, em aparelho de ultra-som, eles devem
ser desinfetados com glutaraldeído a 2% por 30 minutos ou ácido peracético 0,2% por 10
minutos, sob imersão (o glutaraldeído pode danificar partes metálicas dos óculos);
3) o profissional e/ou pessoal auxiliar devem ter mais de um par de óculos de
proteção para as suas atividades diárias;
4) os óculos embassam com facilidade, use antiembassante e adapte bem a
máscara. Pode usar fita para prender a máscara ao nariz, diminuindo este efeito.
5) use óculos “tipo motoqueiro” que lhe dá melhor proteção e maior conforto no
uso.
Óculos de proteção ideal, veda bem a união com a face e permite que o profissional
trabalhe com seu óculos de correção.
Profissional que utiliza lente de correção, o óculos de proteção deve adaptar-se sobre as
mesmas
Paciente também deve usar óculos de proteção durante procedimentos odontológicos. Evita
acidentes com partículas sólidas,
2.5. SAPATILHAS
As sapatilhas se constituem em uma das medidas mais apropriadas para o
controle da transmissão de microrganismos entre os diferentes ambientes do consultório.
Entretanto, quando usadas de maneira incorreta podem intensificar a transferência de
microrganismos para os mais diferentes locais do consultório como a sala de recepção e
escritório. Isto se deve ao fato de que durante os procedimentos cirúrgicos as secreções
orgânicas podem ser lançadas ao chão acidentalmente e serem pisoteadas favorecendo a
disseminação de microorganismos.
As sapatilhas são de uso facultativo em procedimentos semi-críticos
sendo, neste caso, substituídas por sapatos de uso exclusivo do consultório..
Trabalhos mais recentes mostram que o chão é um fator insignificante na
transmissão do agente infeccioso, sendo o seu uso facultativo também nos procedimentos
críticos e mais para o controle da sujidade.
As sapatilhas podem ser confeccionadas em plástico, algodão, ou
polipropileno com ou sem solado de brim ou outro material resistente.
Sapatilhas com solado de lona ou vinil
Sapatilhas descartável
Maneira correta de remover a sapatilha para não contaminar
RECOMENDAÇÕES:
1) as sapatilhas podem ser de qualquer cor;
2) deve-se lavar as mãos após a colocação e retirada das sapatilhas;
3) as sapatilhas podem ser confeccionadas em tecido de algodão com solado
duplo; em malha toda dupla; pano de brim ou plástico (polipropileno) com solado de korino
ou couro ou descartáveis.
4) quando não houver contaminação com sangue ou secreções deve-se lavar as
sapatilhas com água e sabão;
5) as sapatilhas em procedimentos semi-críticos são utilizadas no controle da
sujidade ou marketing.
2.6. LUVAS
As luvas são consideradas como uma "segunda pele" e se constitui na
melhor barreira mecânica para as mãos como medida de proteção do profissional, pessoal
auxiliar e do paciente. Sua prática é indispensável durante os procedimentos odontológicos
clínicos, cirúrgicos e laboratoriais em função destes procedimentos levarem ao contato
direto ou indireto com sangue e saliva. Apesar da importância da luva como medida de
proteção muitos profissionais não as utilizam rotineiramente. O argumento destes
profissionais é de que as luvas provocam perda da agilidade manual, da sensibilidade táctil,
tem um custo elevado e que algumas marcas não apresentarem tamanho adequado, além
disso, estes profissionais relatam que as luvas deixam um odor desagradável em suas mãos
após a sua retirada. Entretanto, estudos tem demonstrados que não há diferença
significativa, em termos de tempo e qualidade de trabalho final, com ou sem o uso de luvas.
A isto se soma a possibilidade do acúmulo de sangue embaixo das unhas por um período
superior a 05 dias quando se realiza um procedimento invasivo e não se utilizam luvas
FOTO 9 Tipos de luvas, cirúrgicas, procedimentos, ginecológicas ou exame e comercial
Uma de cada em atividade
TIPOS DE LUVAS
2.6.1. LUVAS COMERCIAIS
São luvas de látex, grossas, em tamanho pequeno, médio e grande, em
várias cores, comercializadas em supermercados ou lojas de departamento. Devem ser
usadas pelo profissional ou pessoal auxiliar quando manipularem material e instrumental
contaminado e durante os procedimentos de limpeza e desinfecção do consultório. Devendo
estes profissionais empregar um par de luvas de cor diferente para cada procedimento
acima citado. Na aquisição destas luvas o dentista dá preferência ás luvas forradas por
serem mais resistentes aos danos físicos.
RECOMENDAÇÕES:
1) as luvas empregadas para manipulação de material e instrumental contaminado,
devem ser destinadas somente para este fim. Após o uso desinfete-as, lave-as e deixe secar
de ponta à cabeça;
2) as luvas para limpeza e desinfecção do consultório deverão ser lavadas com
água e sabão e secadas ao ar de ponta à cabeça;
3) para facilitar a identificação das luvas para limpeza e desinfecção cores
diferentes devem ser adotadas.
Luvas Comerciais, forradas para maior proteção
2.6.2. SOBRE LUVAS
São luvas de plástico(vinil), também conhecidas como
"ginecológicas", são luvas esterilizadas , descartáveis, de baixo custo e encontradas em
casas de artigos médico-hospitalares. Estas luvas são usadas na odontologia como uma
“sobre luva” para evitar a contaminação da luva principal quando do uso de equipamentos
acessórios como, por exemplo, o aparelho fotopolimerizador ou o aparelho de raio X
durante o atendimento clínico. Após o procedimento, descarte-as no lixo contaminado.
RECOMENDAÇÕES:
1) se em ato semi-crítico deve ser calçada ao atender a porta, telefone,
assinar documentos,....
2) se em ato crítico (cirurgia) devem ser dispensadas previamente sobre a
mesa cirúrgica estéril;
3) após o uso, descarte-as no lixo contaminado.
Sobre Luvas ou luvas genicológicas embalada individualmente esterilizadas
2.6.3. LUVAS DE LATÉX NÃO ESTÉRIES PARA
PROCEDIMENTOS SEMI-CRÍTICOS
São luvas ambidestras, de tamanho variado de acordo com a
marca. São indicadas para procedimentos semicríticos, como em restaurações, alguns
procedimentos endodônticos , colocação de aparelho ortodôntico, prótese e outros
procedimentos em que não haja invasão do sistema vascular.
RECOMENDAÇÕES:
1) lavar as mãos com água e sabão líquido antes de se calçar as luvas;
2) após calçar as luvas para procedimentos faça uma desinfecção prévia com
substância química (álcool 70 em forme de gel) ou água e sabão;
3) não reutilize as luvas;
4) descarte-as após o uso no lixo contaminado.
Luvas de procedimento, ambidestras não estéreis
2.6.4. LUVAS CIRURGÍCAS ESTÉREIS
São luvas esterilizadas por meio de óxido de etileno ou raios
gama-cobalto 60 com período de validade de esterilização variados. As luvas estéreis são
embaladas em envelopes duplos individualmente (mão direita e esquerda) e apresentam
tamanhos que variam desde 5,5 a 9,0 dependendo do fabricante. Seu uso é indicado para
todos os procedimentos críticos, todos aqueles em que haja invasão do sistema vascular,
como cirurgias buco-maxilo-facial, exodontias, biópsia, cirurgias periodontais,
implantodontia, raspagem periodontal e demais procedimentos que incluam sangue, pus ou
qualquer outra secreção corpórea.
RECOMENDAÇÕES:
1) é proibido reprocessar ou reutilizar essas luvas;
2) descarte-as após o uso no lixo contaminado;
3) em procedimentos de longa duração, acima de 2 horas, recomenda-se a
troca das luvas durante o procedimento101;
4) lavar as mãos antes e após a retirada das luvas.
Luvas cirúrgicas esterilizadas com raio Gama ou óxido de Etileno de uso único
POR QUE NÃO REPROCESSAR OU REUTILIZAR LUVAS ?
As luvas não devem ser reutilizadas porque perdem a
qualidade, como barreira de proteção, após 03 horas de uso contínuo em presença de
umidade. Estudos de Otis e Cottone mostraram que durante um tratamento dentário de
rotina os danos as luvas variam entre 38 a 44%, sendo que somente 5% destes danos são
diagnosticados a olho nu. Outros estudos revelam que cirurgiões hábeis e experientes
produzem 14,5% de danos nas suas luvas durante procedimentos e esse número aumenta
substancialmente quando comparado a acadêmicos no inicio da atividade clínica. Por estas
razões recomenda-se a troca de luvas, em procedimentos longos, a intervalos de 02 horas.
Outro fato é que as luvas podem apresentar perfurações de fábrica, que variam de 0,7 a
41,3%. Em pacientes sabidamente de risco o profissional e/ou pessoal auxiliar deve usar
luvas duplas. Vale salientar o fato de alguns profissionais, apesar de detectarem danos
visíveis em suas luvas, continuam o procedimento mesmo sabendo que a efetiva barreira
produzida pela luva foi perdida. A relação custo e benefício do reprocessamento de luvas
ser em geral alta, sendo desaconselhada a sua realização.
Segundo Douglas e col.45, mesmo sendo a descontaminação das luvas, pela
lavagem com sabão desinfetante, que são usadas como uma "segunda pele" ser mais efetiva
que a descontaminação das mãos, as luvas perdem a sua capacidade como barreira
mecânica após 2 horas de uso contínuo em ambiente úmido. A umidade aumenta a
permeabilidade das luvas possibilitando a passagem de microrganismos.
2.6.5.ROUPAS COMPLEMENTARES
As roupas complementares são consideradas barreiras
mecânicas no controle da infecção odontológica. São roupas complementares o campo
cirúrgico de mesa, o campo fenestrado e/ou campo do paciente, e os revestimentos para o
equipamento( cadeira, mangueiras, refletor, mochos,...)
2.6.5.1. CAMPOS CIRURGICOS DE MESA
O campo cirúrgico de mesa é um pedaço de tecidos
geralmente em algodão ou polipropileno de tamanho e formas variáveis. Geralmente o
campo cirúrgico de mesa excede em 30 centímetros o tamanho da mesa auxiliar nas
laterais. Aconselha-se confeccionar esse campo em duplo tecido, como exemplo: de
algodão para o lado da mesa e brim para o instrumental ou duplo dos dois lados em
polipropileno. Este cuidado evita que os instrumentos perfuro-cortantes acidentalmente
perfurem o campo e se contaminem ao tocar a mesa cirúrgica.
2.6.5.2. CAMPOS PARA O PACIENTE:
O campo fenestrado ou o campo do paciente também é feito
em algodão ou polipropileno de tamanho que cubra a cabeça do paciente excedendo em 30
centímetros a lateral da cadeira odontológica . Este campo apresenta aproximadamente 1
metro de largura por 1,5 metro de comprimento.
2.6.5.3.REVESTIMENTOS PARA O EQUIPAMENTO:
Os revestimentos para os equipamentos (cadeira, braços da
cadeira, encosto da cabeça da cadeira, alça do refletor, alça do equipo, mangueira e seringa
tríplice, mangueira do micro-motor, mangueira da alta rotação, mangueira do sugador e
outros) confeccionados em brim ou polipropileno de cor clara e com um desenho que
facilite o manuseio para evitar contaminação no momento da sua colocação. Este tipo de
revestimento deve ser empregado sempre que for realizado um procedimento crítico. Os
revestimentos empregados para procedimentos semi-críticos podem ser os acima citados ou
em seu lugar pode-se usar um filme plástico de PVC.( para uso doméstico) empregado
também na proteção de aparelho de Rx, o fotopolimerizador, o amalgamador e outros.
Equipamento preparado para um procedimento crítico
RECOMENDAÇÕES:
1) após o uso dos campos descarte-os em saco plástico para roupa
contaminada;
2) a desinfecção, lavagem e esterilização das roupas complementares é a
mesma preconizada para o avental estéril;
3) os campos cirúrgicos descartáveis não podem ser reprocessados ou
reutilizados para reutilização.
4) após o uso dos revestimentos descarte-os em saco plástico para roupa
contaminada;
5) a embalagem para esterilização, deve ser feito de maneira ordenada para
facilitar a colocação e evitar a contaminação.
6) os filmes plásticos de PVC devem ser trocados entre pacientes. Aqueles
que não foram efetivamente utilizados não necessitam ser trocados, a menos que,
apresentem sujidade visível pela contaminação com aerossóis produzidos durante o
tratamento;
7) o material recomendado para confecção é o brim ou o polipropileno, esse
tem maior grau de impermeabilidade do que o tecido de algodão.
3. PROCEDIMENTO DE LAVAGEM DAS MÃOS
A lavagem das mãos é uma das principais medidas para o
controle da infecção cruzada no consultório e deve ser realizada antes e após o contato com
o paciente, instrumental e artigos contaminados. A simples prática de lavagem das mãos
com água e sabão líquido é capaz de reduzir em até 80% as infecções cruzadas. A
degermação das mãos é capaz de remover boa parte da sua microflora transitória.
3.1. TÉCNICA BÁSICA DE LAVAGEM DAS MÃOS
A técnica básica de lavagem das mãos é realizada com o
emprego de sabão comum, na forma líquida, e visa reduzir os microorganismos transitórios
e alguns residentes, como também células descamativas, pelos, sujidade e oleosidade. Esta
técnica deve ser realizada antes e após os procedimentos semi-críticos. O processo deve ser
realizado na seguinte seqüência19:
01) retirar anéis, pulseiras, relógio das mãos e antebraços;
02) ficar em posição confortável, sem dobrar a coluna;
03) não tocar na pia com o corpo;
04) abrir a torneira com a mão não dominante, ou cotovelo, ou acionar a
torneira no comando de pé ou colocar as mãos sob a torneira com sensor elétrico que a
aciona;
05) umedecer as mãos em água corrente com a temperatura em torno de 24
ºC;
06) colocar 3ml de sabão comum líquido na palma da mão e espalhar pelas
duas mãos e antebraços;
07) friccionar as palmas das mãos uma contra a outra e o dorso das mãos;
08) abrir os dedos e friccionar as regiões interdigitais, primeiro de uma e
após a outra;
09) friccionar as pontas dos dedos e as unhas na palma da mão oposta;
10) dobrar os dedos e friccionar a região articular contra a palma da mão
oposta;
11) friccionar a região lateral da mão contra a mão oposta;
12) finalmente friccionar o polegar e sua região interdigital;
13) enxaguar as mãos em água corrente, e repetir o procedimento;
14) enxugar as mãos com papel toalha descartável ou compressa ou toalha
de pano de uso individual;
15 fechar a torneira com auxílio de papel toalha descartável ou compressa ou
toalha de pano em caso de torneiras convencionais;
Primeira etapa : molhar as mãos e antebraços com água
Segunda etapa : dispensar sabão líquido e espalhar pelas mãos e antebraços
Terceira etapa : friccionar antebraços no sentido das mãos, palma e dorso das mãos
Quarta etapa : friccionar região interdigital, lateral das mãos, polegares e linhas das mãos
Quinta etapa : enxágüe das mãos até o cotovelo e secagem com papel toalhadescartável
RECOMENDAÇÕES:
01) ao término das atividades clínicas do dia usar um creme hidratante a base de
uréia a 10% para evitar o ressecamento da pele e rachaduras. Estes danos à pele
possibilitam a adesão de microorganismos e dificultam a sua remoção;
02) lavar as mãos antes e depois do atendimento ao paciente;
03) o uso de sabão ou sabonete em barra (sólido) não é permitido, pois eles se
transformam em fonte de infecção cruzada por propiciar o crescimento de microrganismos.
04) caso seja utilizada uma toalha de pano ou compressa, elas devem ser de uso
individual para cada paciente;
05) quando houver ferimentos nas mãos, antes da lavagem, eles devem ser
protegidos com curativos impermeáveis e uso de luvas duplas para sua proteção. Nestes
casos, o melhor é o profissional não trabalhar enquanto o ferimento não cicatrizar.
06) a colocação de porta-toalhas na sala clínica e/ou cirúrgica deve ser evitada
porque se torna depósito de microorganismos facilitando o aparecimento de infecção
cruzada;
07) as toalhas de pano e compressas após o uso devem ser imersas em solução de
hipoclorito ou fervidas em água e sabão por 30 minutos;
08) o tempo de fricção das mãos não deve ser menor que 30 segundos.
3.1.1. TÉCNICA BÁSICA DE LAVAGEM DAS MÃOS SEM ÁGUA E SABÃO.
Utilização de álcool para a higiene das mãos,inclusive sem utilizar água.
Técnica proposta pela CDC (Centers for Disease Control and Prevention) em 2002.
O Guideline da CDC recomenda a utilização de gel alcoólico quando as mãos não estão
visivelmente sujas para todas as oportunidades de higienização, entre elas: antes de
atendimento direto com pacientes, antes da calçar luvas estéreis para inserção de cateters ou
outro dispositivo invasivo que não exija procedimento cirúrgico, após contato com a pele
integra do paciente, após contato com fluídos corporais ou excreções, secreções de
membrana mucosa, pele não integra ou troca de vestimenta, durante a mudança de
manipulação de um sítio contaminado para outro sítio limpo ao cuidar de paciente, ao
contato com objetos inanimados ao redor do paciente.
Esta técnica foi proposta devido a falta de adesão, de tempo entre um atendimento e outro,
principalmente em ambulatório, em casos de emergência e os resultados obtidos nos
estudos, foram os principais fatores da introdução desta técnica.
Os produtos testados quanto a sua eficácia nesta técnica foram o gel alcoólico para
higienização da mãos (propanol e etanol), Pittet et al, 2000, Lancet constataram que o
propanol foi significativamente melhor que o etanol para a redução da contaminação das
mãos. Porém a concentração de álcool deve ser de 70 a 80% e a sua aplicação deve durar
no mínimo de 30 segundos com 03 ml da solução.
Outro trabalho realizado foi em 2004 no Hospital Israelita Albert Einsten na tese de
doutorado de Julia Yaeko Kawagoe, sobre a higiene das mãos: comparação da eficácia
antimicrobiana do álcool – formulação gel e líquida – nas mãos com matéria orgânica.
A técnica utilizada era a lavagem das mãos com água e sabão, imersão em caldo de cultura
com o Streptococus marcescens e a lavagem das mãos sem água com os seguintes
produtos:
A – álcool etílico – gel a 62% (p/p)
B – álcool etílico – gel a 70%(p/p)
C- álcool etílico – líquido 70% glicerinado
D – álcool 2-propanalol 60%(padrão)
Após foi feita cultura das mãos e obteve como redução acima de 99,9% no numero da
bactérias.
Hoje temos no comercio vários produtos com diferentes composição para o uso desta
técnica, mas o mais barato e acessível é o item B usado no trabalho acima – álcool etílico
gel a 70%(p/p), inclusive da desinfecção das luvas de procedimento.
3.2. TÉCNICA DE DEGERMAÇÃO DAS MÃOS PARA CIRURGIAS
Esta técnica tem a mesma seqüência da técnica básica de lavagem das
mãos, mas no lugar do sabão comum líquido são empregadas somente soluções degermante
ou a associação destas soluções com escovação das mãos. O tempo necessário para uma
escovação das mãos efetiva ainda não foi estabelecido, porém este tempo não deve ser
inferior a 5 (cinco) minutos. No entanto, Coelho e col33 em 1983 avaliando o tempo de
escovação pré-operatória das mãos, e concluiu que quando uma solução anti-séptica de
ação rápida é associada à escovação das mãos, verificou que não havia diferença entre os
tempos de escovação de 03, 05 e 10 minutos em relação à eficiência na redução do número
de bactérias da pele das mãos e antebraços.
Recomendamos utilizar fricção com solução degermante por 3 a 5
minutos escovando somente a parte das unhas e reentrâncias da mão Após a degermação
cirúrgica das mãos devemos realizar a secagem com compressa , toalha de mão estéril ou
toalhas de papel descartável estéreis.
TECNICA
1) retirar anéis, pulseiras, relógio das mãos e antebraços;
2) ficar em posição confortável, sem dobrar a coluna;
3) não tocar na pia com o corpo;
4) abrir a torneira com a mão não dominante, ou acionar a torneira no
comando de pé ou colocar as mãos sob a torneira com sensor elétrico que a aciona;
5) umedecer as mãos e antebraços em água corrente com a temperatura
em torno de 24 ºC;
6) colocar 3ml de sabão na antisséptico degermante na palma da mão e
espalhar pelas duas mãos e antebraços;
7) friccionar as palmas das mãos uma contra a outra, o dorso das mãos e
antebraços;
8) abrir os dedos e friccionar as regiões interdigitais, primeiro de uma
mão e após a outra;
9) friccionar as pontas dos dedos e as unhas na palma da mão oposta;
10) dobrar os dedos e friccionar a região articular contra a palma da mão
oposta;
11) friccionar a região lateral da mão contra a mão oposta;
12) finalmente friccionar o polegar e sua região interdigital;
13) enxaguar as mãos em água corrente, sempre no sentido das pontas dos
dedos para o cotovelo, sem retorno;
14) repetir os procedimentos 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12
15) com auxílio de uma escova estéril ou estéril descartável friccionar as
partes mais retentivas da mão ( unhas, articulações, linhas das mãos, regiões
interdigitais,...). Desprezar a escova na pia.
16) enxaguar as mãos em água corrente, sempre no sentido das pontas dos
dedos para o cotovelo, sem retorno
17) enxugar as mãos com papel toalha descartável ou compressa ou
toalha de pano de uso individual;
18) fechar a torneira com auxílio de compressa estéril ou toalha de pano
estéril em caso de torneiras convencionais.
Pia com produtos para lavagem das mãos
Profissional umedecendo as mãos
Auxiliar colocando sabão
Espalhando o sabão pelas mãos e antebraços
Friccionando as palmas das mãos
Friccionando o dorso das mãos
Friccionando as regiões interdigitais
Friccionando lateral das mãos
Friccionado os polegares
Friccionando pontas dos dedos, unhas e linhas da palma da mão
Enxaguando as mão e antebraços
Repetir todos os passos acima novamente
Uso de escova descartável com PVPI nas regiões de difícil lavagem
Enxágüe das mãos e antebraços
Profissional mantendo as mãos mais altas que o cotovelo
pegando a compressa estéril
Secagem das mãos e antebraços utilizando compressas estéreis. A seqüência evita a
contaminação durante a secagem, a parte que seca o cotovelo é virada para dentro
após enxugar o lado direito. Observe sempre a seqüência, primeiro as mãos, apóso
braço somente em um sentido até o cotovelo, vire a compressa e faça a mesma
seqüência do lado oposto.
PRODUTOS USADOS NA DEGERMAÇÃO CIRURGICA DAS MÃOS
Os produtos químicos (sabões ou degermantes), que recomendamos para
a degermação cirúrgica das mãos são os seguintes32:
1
2
3
4
Polivinilpirolidona - Iodo degermante a 10%
Clorexidina degermante a 4%
Sabão líquido comum + álcool glicerinado
Sabão liquido comum + álcool 70 ou 77
4. CALÇAMENTO DAS LUVAS
A técnica descrita a seguir deverá ser empregada quando as luvas
esterilizadas forem usadas em procedimentos críticos. O calçamento das luvas estéreis deve
ser feito após a degermação cirúrgica das mãos e colocação do avental estéril. Este
procedimento pode ser realizado da seguinte maneira:
1)abrir a embalagem pelas abas e dispensar o envelope sobre a mesa que
deve estar coberta com campo estéril ou o auxiliar estéril abre o pacote e o mantém aberto;
2) desembalar as luvas cuidadosamente para não tocar sua face externa;
3) pega-se uma das luvas pelo punho, aba dobrada no lado externo, que é
calçada pela mão oposta com a palma voltada para cima, não adapte sobre a manga do
avental;
4) em seguida, pega-se a outra luva, aba dobrada no lado interno, com a
mão já com a luva(quatro dedos no interior da dobra) e calça a outra mão;
5) após calçar, ajuste as luvas sobre o punho do avental estéril;
6) introduza os dedos na aba dobrada da primeira mão e ajusta sobre o
avental;
7) ajuste a luva as mãos, iniciando-se pelos dedos;
8) mantém as mãos elevadas e sem tocar em nada que não seja estéril.
Obs: caso haja erro de algum dedo durante o calçamento das luvas,
somente o ajuste após calçar a outra luva.
Auxiliar abrindo o pacote das luvas
Luvas sobre a mesa estéril, profissional abrindo o envolucro protetor
Profissional pegando a luva esquerda, pelo lado externo
Colocando a luva esquerda, segurando pelo lado externo do colarinho
Luva esquerda solta na mão esquerda, detalhe do colarinho ainda dobrado
Pegando a luva com a mão esquerda a luva direita, quatro dedos pelo lado interno do
colarinho
Calçando a luva direita, detalhe dos dedos por dentro do colarinho e sem tocar o polegar
Luva direita colocada sobre o avental estéril e mão esquerda com o colarinho ainda dobrado
Pegando por dentro do colarinho da luva esquerda
Duas luvas colocadas sobre o avental cirúrgico
Outra maneira é a auxiliar estéril calçar a luva diretamente no cirurgião
Recomendações
O ajuste de óculos, máscara, gorro ou mesmo o gesto de coçar constitui-se em
contaminação da luva estéril, e requer a sua troca imediata. Estes procedimentos
devem ser feitos pela auxiliar não estéril ou circulante.
4.1 – Remoção das luvas após procedimento
Ao Término do procedimento crítico as luvas devem ser removidas de
maneira a não contaminar as mãos do cirurgião e pessoal auxiliar. A seqüência é
mostrada nas fotos abaixo.
5. PREPARO DO PACIENTE
O preparo do paciente compreende a colocação dos equipamentos para proteção
do paciente e do preparo da pele e da boca pelos processos de antissepsia e profilaxia e uso
de isolamento absoluto.
5.1.EQUIPAMENTO PARA PROTEÇÃO DO PACIENTE
O equipamento para proteção do paciente pode ser dividido de acordo
com o procedimento a ser realizado. Para procedimentos semi-críticos o equipamento para
o paciente constitui-se de óculos de proteção, campos limpos para proteção das vestes e
gorro descartável. Os óculos de proteção evitam acidentes com instrumentos perfurantes ou
partículas de aerossóis sólidas ou líquidas ou ácidos restauradores, que são projetadas da
boca durante os procedimentos clínicos atinjam o globo ocular. O gorro descartável protege
o cabelo do paciente dos aerossóis produzidos pelos instrumentos rotatórios e seringa
tríplice.
Nos procedimentos críticos é obrigatório o emprego para proteção do
paciente o gorro, roupa cirúrgica (campo para proteção das vestes e campo fenestrado) e
sapatilha.
5.2. ANTISSEPSIA DO PACIENTE
Antissepsia do paciente também será dividida de acordo com o
procedimento a ser realizado. Para procedimentos semi-críticos a antissepsia dos pacientes
consta basicamente do preparo da boca para redução da sua carga microbiana67.
5.2.1.ANTISSEPSIA DO PACIENTE PARA PROCEDIMENTOS SEMICRÍTICOS.
Após a colocação do equipamento de proteção um preparo da boca do
paciente deve ser feito. Este preparo quando da realização de qualquer procedimento semicrítico, se constitui de um bochecho ou embrocação ou escovação dos dentes. Este
procedimento, preferencialmente, fazer com uma solução antisséptica a base de
polivinilpirolidona – iodo a 10% ou clorexidina 0,12% e na sua falta, com água. O preparo
da boca tem por objetivo reduzir a carga microbiana dos aerossóis produzidos durante o uso
de instrumentos odontológicos que produzem aerossóis. Esta redução será ainda maior se
for associada a uma escovação dos dentes ou a uma escavação do tecido cariado,
principalmente em caso de dentes com cáries profundas, com instrumentos manuais.
5.2.2.ANTISSEPSIA DO PACIENTE PARA PROCEDIMENTOS
CRÍTICOS
Antes de adentrar a sala clínica e/ou cirúrgica, paramente o paciente; este passo constitui-se
de troca de roupa (quando houver vestiário), retirar ornamentos, maquiagem pela lavagem
do rosto com água e sabão, colocar de gorro e sapatilha.
5.2.2.1. PREPARO EXTRABUCAL
A antissepsia da pele do paciente deve ser feita com produtos
antissépticos degermantes a base de polivinilpirolidona - iodo (PVPI) a 10% com veículo à
base de éterlaurilsulfato de sódio ou solução degermante à base de clorexidina a 4%, com
auxílio de compressas estéreis ou escovas esponjas estéreis. O objetivo desta degermação é
reduzir a população microbiana e com isto, diminuir a probabilidade de invasão destes
microorganismos na ferida cirúrgica.
O procedimento de degermação pode ser realizado da seguinte maneira:
A primeira etapa é a remoção de resíduos e cosméticos através da lavagem do
rosto com água e sabão. Após a auxiliar deve preparar 03 pincéis com gazes, previamente
esterilizadas presa com uma pinça longa. Gaze, na mão oposta, presa entre os dedos da
mão oposta para facilitar a coleta de possíveis gotas da solução que possam escorrer pela
face.
Na segunda etapa o pincel de gaze é embebido com solução anti-séptica. Em
seguida delimita-se o campo para degermação. Em cirurgia oral o limite é abaixo dos olhos
e vai até a altura da clavícula. Com movimentos de cima para baixo na região de pescoço e
abaixo dos olhos e movimentos circulares na região peri-bucal sem voltar com o mesmo
pincel nas porções já pintadas. Isto feito, despreza-se tal pincel e coloca-se um novo pincel
de gaze na pinça. Procede-se com a mesma manobra até a completa cobertura da área. Após
a terceira aplicação da solução degermante, com outro pincel de gaze úmida em solução de
soro fisiológico ou água destilada estéril faz a remoção da solução degermante para evitar
coceira ou reação alérgica local.
Paciente antes de procedimentos críticos deve lavar o rosto com água e sabão para remover
maquiagem e sujidade.
Paciente na cadeira com campos auxiliares, profissional paramentado para procedimento
crítico, com pinça com boneca de gaze, frasco com substância degermante (PVPI)
Profissional aplicando a substância degermante, iniciando pela região peri-bucal.
Observe a extensão da degermação, vai até o pescoço. Após a aplicação
com gaze estéril com água destilada ou soro fisiológico estéreis se faz
a remoção do PVPI aplicado.
Terminado a degermação da face
instalamos o campo fenestrado.
5.2.2.2. . PREPARO DA BOCA
O preparo da boca deve ser feita através de bochecho por 01 minuto ou
embrocação com o uso de uma solução antisséptica aquosa de polivinilpirolidona (PVPI) a
10 % ou de clorexidina a 0,12%..
Após este passo, o paciente é coberto com as roupas complementares
esterilizadas.
Auxiliar depositando PVPI tópico
na boca da paciente para bochecho
Paciente cuspindo a solução
na cuspideira
RECOMENDAÇÕES:
1) os produtos a base de mertiolate e mercurio-cromo não devem ser utilizados na boca
como antissépticos, pois não apresentam ação na presença de sangue, pus, saliva, conforme
Portaria 930/92 do Ministério da Saúde;
2) quando necessitar fazer a degermação da face do paciente por mais de uma vez,
o profissional e/ou pessoal auxiliar deverá trocar os pincéis de gaze e fazer outro para nova
aplicação;
3) após o ato operatório deve-se remover a solução anti-séptica da face do
paciente. Este procedimento é realizado com bonecas de gaze umedecidas com água estéril
ou soro fisiológico. Os movimentos devem ser leves e de cima para baixo. Para realização
deste procedimento o profissional deve estar usando luvas estéreis;
4) após a terceira aplicação, remover o excesso com gaze estéril úmida em soro
fisiológico ou água destilada estéril.
6. ESTERILIZAÇÃO
Os processos de esterilização constitui-se, sem dúvida, numa das mais importantes
etapas de um programa de controle de infecção.
Não existe instrumental “ quase estéril “, ou ele está ou não está esterilizado.
Definimos esterilização como um processo capaz de destruir a maioria das formas
de vida microbiana como bactérias, fungos e vírus, inclusive na sua forma vegetativa e
esporulada.
Porém, devemos lembrar que a eficiência da esterilização depende de preparo
prévio do instrumental, a saber:
6.1. PRÉ-LAVAGEM
Procedimento que visa a facilitar a remoção de partículas impregnadas na superfície
do instrumental.
5.1.1. Pré-lavagem com cuba de ultra-som :
Estes aparelhos são constituídos por osciladores piezoeléctricos situados no
envolucro de aço inoxidável e por uma cuba para imersão do instrumental em solução
desencrostante ou enzimática.
Foto 41- Aparelho de ultra-som com instrumental no seu interior e tampa que deve ser
mantida fechada durante o procedimento de limpeza do instrumental.
Fig 42- Parte interna do aparelho de ultrasom, mostrando as placas piezoelétricas. Notem
que a placa está trincada na foto do meio e quebrada na da direita. Em ambos os casos não
tem mais ação e o fato ocorre principalmente por instrumental em contato com o fundo da
cuba
O volume de água com sabão enzimático a ser colocado na cuba deve seguir as
recomendações do fabricante do aparelho e do sabão enzimático.
Um dos efeitos básicos do ultra-som é a cavitação, fenômeno que se caracteriza pela
capacidade de liberar gazes, de produzir ressonância linear das bolhas de gaz. e pelo
rompimento destas bolhas vaporizadas.
Estas características melhoram a limpeza de pequenas e delicadas superfícies,
praticamente inacessíveis na técnica de escovação manual, aspecto este de suma
importância, considerando as dimensões e conformação dos instrumentos utilizados em
endodontia, periodontia, implantodontia,.....
Naqueles aparelhos que não possuem o ciclo de lavagem, ao término do tempo de
trabalho, que varia de 02 a 10 minutos, após lavar o instrumental em água corrente.
Entre as vantagens do emprego do ultra-som podemos ressaltar:
1. maior eficiência na limpeza;
2. redução na formação de aerossol de partículas infectadas, principalmente quando
do fechamento do aparelho durante a sua utilização;
3. incidência reduzida de lesões perfuro-cortantes;
4. redução do tempo de trabalho;
5. não necessita escovação manual.
5.1.2. Pré-lavagem por processo manual :
Neste processo o instrumental fica mergulhado por um período de 02 a 20 minutos
em uma cuba plástica contendo sabão enzimática .
Para a preparação da solução enzimática adicionamos 4 a 10 ml do produto em um
litro de água( conforme recomendação do fabricante) e fica de molho de 02 a 10 minutos
Ao final do tempo de imersão o instrumental é removido com uma pinça e
lavado em água corrente sob escovação intensa.
Foto 42 . Remoção do instrumental contaminado com luva comercial, usando pinça de
Colins 2S sem contato manual com o instrumental, colocados na cuba tipo “tapeware”
perfurada
Foto 43- Instrumental sujo de matéria orgânica de molho dentro da cuba maior em solução
enzimática. Notamos a ação da substância sobre a matéria orgânica.
Foto 44- Enxágüe do instrumental em água corrente na parte perfurada das cubas
Foto 45- Escovação do instrumental em água corrente, segurando o instrumento com pinça
Recomendações para a pré-lavagem
1. o instrumental destinado à pré-lavagem encontra-se contaminado, portanto
requer equipamento de proteção individual adequado (gorro, máscara, óculos de
proteção, avental, luvas grossas “tipo doméstico”);
2. aquele instrumental que apresenta articulações e ou conexões deve ser
desarticulado ou desconectado antes da pré-lavagem;
3. não se recomenda o uso de detergentes comerciais de uso doméstico(aniônicos) ;
4. O processo de pré-lavagem das canetas de alta rotação e micro-motores
autoclaváveis deve ser realizado com o aparelho de ultra-som e tem por objetivo
a remoção de partículas aderidas de graxas, óleo, resíduos metálicos ou
resinosos, fragmentos de dente e matéria orgânica(sangue, saliva);
5. as brocas e pontas montadas de alta e baixa rotação devem ser pré-lavadas no
aparelho de ultra-som em cuba pequena, tipo backer, para não ficar em contato
com o fundo do aparelho;
6. a escova empregada para a limpeza manual do instrumental deve ser de uso
exclusivo. Sua desinfecção é feita pela imersão em solução de glutaraldeído a
2% por 30 minutos ou ácido peracético 0,2% por 10 minutos;
7. a pré-lavagem não esteriliza o material, sendo portanto necessário cuidados com
o seu manuseio bem como a utilização de equipamento de proteção individual
adequado;
8. o instrumental, broca, grampos ou qualquer outro material em contacto com o
fundo do aparelho de ultrasom em uso, danifica o aparelho.
6.2. SECAGEM
A secagem do instrumental pode ser realizada das seguintes maneiras21:
1. pano limpo e seco(toalha);
2. secadora de ar quente ou frio;
3. estufa(regulada em torno de 50 graus para este fim);
4. ar comprimido medicinal.
Pela facilidade e baixo custo, recomenda-se a utilização do pano claro atoalhado ,
limpo e seco, que deve ser trocado quando apresentar sujidade visível.
Secagem do instrumental com toalha de cor clara, dupla, por palpação
É importante que sejam tomadas precauções no sentido de evitar lesões causadas
por instrumentos perfuro-cortantes, lembrando que o instrumental ainda se encontra
contaminado.
6.3. EMBALAGEM
Após a secagem o instrumental realiza-se a embalagem para a esterilização.
Algumas normas devem ser seguidas:
1. na autoclave(calor úmido) pode se utilizar como embalagem: tecido de algodão
cru, tecido sintético a base de polipropileno, caixa metálicas perfuradas próprias
para autoclave, caixas plásticas perfuradas, papel grau cirúrgico, papel crepado,
papel kraft , pequenos vidros , tubos de ensaio ou envelopes em nylon;
2. algodão ou similar permeável ao vapor, podem ser utilizadas para esterilização
em autoclave(calor úmido), mas devem ser lavadas entre uma esterilização e
outra;
3. o tecido sintético a base de polipropileno é uma medida econômica para a
esterilização, pois após lavado pode ser reutilizado para nova esterilização, desde
que não haja rompimentos no tecido;
4. caixas plásticas e metálicas perfuradas podem ser utilizadas em instrumentais de
uso seqüencial, tipo material de exame clínico, que são utilizados no prazo
menor que 24 horas. Não podem ser armazenados;
5. papel grau cirúrgico ou rolo gral é hoje o mais indicado para a esterilização em
autoclave. O papel não apresenta amido e nem corante, mantendo a esterilização
por mais tempo permitindo o armazenamento.Pode ser autovedante ou a vedação
pode ser feita com seladora;
6. papel crepado, de auto custo e solta resíduos durante a esterilização danificando
a autoclave;
7. papel kraft contém amido e corantes. O amido pode funcionar como um caldo de
cultura e invalidar a esterilização e o corante desprende-se durante o ciclo de
esterilização causando danos a autoclave e a estufa.
8. tubos de vidro ou de ensaio, devem ser vedados na tampa com gaze ou algodão
permeável ao vapor e estes vidros ou tubos de ensaio devem ser posicionados
com a abertura voltada para baixo para evitar a condensação de vapor no seu
interior;
9. nylon permite a esterilização em autoclave e estufa e também podem ser vedados
com seladora. Apresentam como desvantagem o custo e a dificuldade de abertura
das embalagens durante o preparo da mesa cirúrgica;
10.na estufa(calor seco) pode-se utilizar como embalagem o papel Kraft n.º 80
monolúcido83, tubos de ensaio, pequenos vidros, envelopes em nylon ou caixas
metálicas;
11.as caixas metálicas favorecem o contacto entre metais possibilitando a formação
de correntes galvânicas39. A má adaptação da tampa da caixa favorece a
contaminação devendo ser vedada com fita adesiva que suporte as altas
temperaturas da estufa;
12.para esterilização em estufa(calor seco) do instrumental clínico e outros
recomenda-se a embalagem com caixas metálicas, nylon ou papel alumínio. As
limas, alargadores, brocas e outros instrumentos ou materiais esterilizáveis de
tamanho pequeno devem ser embaladas em tubos de ensaio ou pequenos vidros
revestidos por papel alumínio. A utilização do vidro proporciona maior validação
da esterilização por impedir a perfuração da embalagem;
13.todas as embalagens devem ser identificadas com seu conteúdo. Embalar o
instrumental separadamente para evitar a formação de correntes galvânicas80,83
que favorecem a perda do corte e alteração da tempera do aço;
14.embalar o instrumental segundo a necessidade de uso para que se evite
esterilizações desnecessárias. Por exemplo, não devemos esterilizar vários jogos
de limas endodônticas em uma mesma embalagem pois estaríamos
reesterilizando jogos de limas não utilizados;
15.quando uma embalagem é aberta, todo o instrumental aí contido será
contaminado, necessitando nova esterilização;
Diversos tipos de embalagens para esterilização em autoclave disponíveis no
comércio
6.4. MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO
A esterilização pode ser realizada através de vários métodos:
5.4.1. PROCESSOS FÍSICOS:
5.4.1.1.microesferas de vidro;
5.4.1.2.filtração;
5.4.1.3.radiações esterilizantes por raios gama cobalto 60;
5.4.1.4.radiações esterilizantes por raios ultravioleta;
5.4.1.5.calor seco - estufa ou forno de Pasteur;
5.4.1.6.calor úmido - autoclave
5.4.2. PROCESSOS QUÍMICOS:
5.4.2.1. óxido de etileno
5.4.2.2. plasma de peróxido de hidrogênio
5.4.2.3. soluções químicas
5.4.2.4. pastilhas de formol
6.4.1. PROCESSOS FÍSICOS
6.4.1.1.MICROESFERAS DE VIDRO
O aparelho contém um recipiente com microesferas de vidro, que são aquecidas
eletricamente até uma temperatura de aproximadamente 230 ºC01.
Os instrumentos endodônticos, cones de papel absorvente ou bolinhas de algodão
são introduzidos no compartimento permanecendo de 3 a 8 segundos sob aquecimento.
Alguns autores preconizam a substituição das microesferas de vidro por sal de
cozinha.
Estes aparelhos têm sido questionados principalmente pela dificuldade em se
controlar a temperatura da resistência e pela possibilidade da aderência de resíduos de vidro
nos materiais a serem esterilizados.
6.4.1.2. FILTRAÇÃO
Processo que impede a passagem dos microorganismo de um ambiente para outro.
É utilizado principalmente na industria farmacêutica em soluções termolábeis, que não
podem sofrer a ação do calor.
Na Odontologia o processo de filtração é utilizado nos compressores de ar. O ar
comprimido contém milhões de partículas contaminantes que são em sua maioria (80%)
menores que 2 micra, não sendo retidas pelos filtros convencionais que filtram partículas
com tamanho superior a 04 micra.
Atualmente utilizam-se nos compressores odontológicos filtros coalescentes de
grau 2, que filtram partículas de até 0,001 micrômetro com grau de pureza de 99,9999%145.
Compressor Gnatus de baixo ruído
6.4.1.3. RAIOS GAMA COBALTO 60
Com grande poder de penetração independente do material embalado são
amplamente utilizado na industria de artigos médicos, odontológicos(principalmente
implantes) e farmacêuticos.
Apesar da complexidade de operação e do custo elevado, poderá tornar-se no
futuro no método de eleição para a esterilização.
6.4.1.4. RAIOS ULTRAVIOLETA
Estes raios não tem efeito esterilizante sobre um grande número de
microorganismos.
Seu uso foi proibido no Brasil pela Portaria Nº 930/92 do Ministério da Saúde16,
para uso na esterilização de instrumental.
6.4.1.5. CALOR SECO (ESTUFA)
A estufa é sem duvida o meio de esterilização mais utilizado atualmente na
odontologia. Mesmo assim muitos profissionais operacionalizam o aparelho de forma
incorreta, comprometendo a eficiência do processo.
Algumas falhas mais freqüentes relacionam-se à aferição da temperatura e ao
tempo de exposição do instrumento ao agente esterilizante72.
O termostato do aparelho indica a temperatura da base da estufa, não
necessariamente do seu interior onde está o instrumental para a esterilização.
Para aferir a temperatura real no interior da estufa devemos utilizar um
termômetro acessório que é colocado no orifício respirador do aparelho
foto 54 .Calor seco(estufa) método de esterilização com uso de timer e termômetro
acessório de uso obrigatório
O Ministério da Saúde através do Serviço de Vigilância Sanitária6 estabelece o
tempo de 01 hora a 170ºC ou 02 horas a 160ºC.
Baseados nesta determinação recomenda-se o tempo de 02 horas a 160ºC por
afetar menos os instrumentos e materiais submetidos a esterilização.
PROTOCOLO PROPOSTO PARA ESTERILIZAÇÃO EM ESTUFA83
1) ligar a estufa vazia até alcançar a temperatura de 160ºC no termômetro
acessório;
2) colocar as embalagens sobre as prateleiras sem vedar totalmente os orifícios.
Não empilhar os pacotes pois a temperatura será diferente nas embalagens que
se encontram no centro da pilha;
3) fechar a estufa, aguardar a temperatura atingir novamente 160ºC . Gire o botão
de ajuste de temperatura até que a luz indicadora de aquecimento se apague;
4) ajustar então timer ou relógio despertador para um tempo de 02 horas;
5) transcorrido o tempo, desligue a estufa e aguardar a temperatura atingir
aproximadamente 70ºC a 60ºC para abrir o aparelho e retirar o instrumental.
Obs: O ciclo total de esterilização varia de 03 a 04 horas
RECOMENDAÇÕES PARA ESTERILIZAÇÃO EM ESTUFA (CALOR
SECO )
1. durante todo o ciclo a estufa deve ser mantida fechada. Caso seja necessário a
abertura do aparelho, os itens 03, 04 e 05 devem ser repetidos;
2. pacotes muito volumosos ou caixas metálicas muitos grandes não têm sua
esterilização assegurada devido ao baixo poder de penetração do calor seco.
3. não é recomendado a esterilização em estufa de campos, algodão, gaze, etc
devido a alta temperatura e tempo de exposição ao calor danificarem as
propriedades destes materiais ;
4. ligar a estufa a um estabilizador de voltagem, pois quedas de tensão na rede
elétrica implicariam em alterações de temperatura;
5. a monitoração do ciclo de esterilização deve ser feita em todos os pacotes e
caixas metálicas com o uso de indicadores químicos (por exemplo fitas
adesivas impregnada);
6. a monitoração biológica deve ser feita pelo menos 1 vez por mês com a
suspensão de esporos de Bacillus Subtillis em ampolas ou impregnados em
tiras.
PRINCIPAIS CAUSAS DE INSUCESSO NA ESTERILIZAÇÃO COM
ESTUFA (CALOR SECO )
1. aferição incorreta da temperatura;
2. tempo de esterilização incorreto;
3. interrupção do ciclo de esterilização;
4. acondicionamento do instrumental em grandes volumes (pacotes ou caixas
metálicas);
5. posicionamento incorreto das embalagens dentro da estufa;
6. carga maior que 80 % da capacidade da estufa;
7. instrumental inadequadamente limpo e seco
6.4.1.6. CALOR ÚMIDO (AUTOCLAVE)
A autoclave é considerada, hoje, o meio mais prático e eficaz para esterilização
em consultório odontológico. A esterilização se faz pela ação do vapor de água
superaquecido e mantido sob pressão. Os aparelhos encontrados atualmente no mercado são
de fácil operação e apresentam-se em diferentes tamanhos, capacidade e desenhos.
As autoclaves tipo “panela de pressão”trabalha com 01 atmosfera de pressão, 118
0
a 121 C de temperatura e suas câmaras podem ter capacidade de 06 até 21 litros.
As do tipo “cassete” trabalha com 01 a 02 atmosfera de pressão, 121 a 1340 C de
temperatura, tendo um depósito para água destilada e um cassete(câmara) de esterilização.
As do tipo “elétricas de mesa ou automáticas” possibilitam a regulagem de
pressão e temperatura através da seleção do programa. Por conferirem uma maior
praticidade e confiabilidade da esterilização indicamos as autoclaves com bomba de vácuo
e de secagem, que não necessitam abertura da porta ou tampa para realizar a secagem. A
bomba de vácuo remove todo o ar residual do interior da câmara de esterilização através de
pressão negativa diminuindo o risco de falhas durante a esterilização. A bomba de secagem
realiza a secagem dos pacotes após a esterilização com a porta fechada e o ar que entra para
esta finalidade na câmara de esterilização é filtrado, o que não acontece quando abrimos a
porta para a secagem.
Foto 55. Calor úmido(autoclave) meio efetivo de esterilização
Foto 56- Câmara interna da autoclave com prateleiras removíveis
A esterilização na autoclave requer o uso de água destilada em seu reservatório. Já
encontramos no mercado destiladores de tamanho pequeno perfeitamente adaptados para o
uso no consultório odontológico.
A principal vantagem da esterilização em autoclave está relacionada ao tempo de
esterilização. O tempo varia de acordo com a temperatura e a pressão empregada.
Temperatura
Tempo
Pressão
134 - 138ºC
03 minutos
2 atm.
126 - 129ºC
10 minutos
1,4 atm.
121 - 124ºC
20 minutos
1,0 atm.
115 - 118ºC
30 minutos
1,0 atm.
Tabela 01. Temperaturas, tempos e pressões para esterilização pelo vapor, este tempo não
corresponde ao ciclo total35
Outra vantagem relaciona-se à possibilidade de esterilização de gaze, algodão,
campo, borracha e arco plástico para isolamento absoluto e outros materiais que não podem
ser esterilizados pelo calor seco.
COMO REALIZAR ESTERILIZAÇÃO EM AUTOCLAVE
O primeiro passo para a realização de um ciclo de esterilização em
autoclaves é o conhecimento de como o aparelho funciona segundo as recomendações
dadas pelo fabricante.
Etapas do ciclo de esterilização nas autoclaves tipo “elétricas de mesa ou
automáticas”;
01) verificar o nível de água destilada no reservatório;
2 dispor os pacotes de modo a permitir a circulação do vapor sem que estes toquem
as paredes do aparelho;
03) fechar a autoclave verificando se houve completa adaptação da tampa;
04) ligar o aparelho;
7 aguardar o ciclo de esterilização, seguindo as recomendações do fabricante para
a secagem.
Foto 57. Disposição das embalagens com instrumental para esterilização, sem
fechar todas as perfurações da prateleira e sem tocar na lateral da câmara
RECOMENDAÇÕES PARA A ESTERILIZAÇÃO EM AUTOCLAVE (CALOR
ÚMIDO )
1.
2.
3.
4.
5.
siga corretamente as recomendações do fabricante;
faça a manutenção periódica do aparelho;
o excesso de água pode provocar umidade nas embalagens;
a falta de água pode queimar as embalagens;
usar somente água destilada, evite água deonizada e água de torneira, que
danificam a autoclave e o instrumental.
6. não use a válvula de escape para despressurização, pois tal procedimento pode
causar sérias queimaduras no operador além de favorecer a condensação de
vapor de água nas embalagens;
7. as embalagens como vidros, bandejas e caixas devem ter sua abertura voltada
para baixo afim de facilitar a penetração do vapor;
8. a abertura da autoclave antes do total esfriamento favorece a condensação de
vapor umedecendo as embalagens;
9. a monitoração deve ser feita em todas as embalagens com o uso de indicadores
químicos, como por exemplo fitas adesivas impregnadas;
10.uso de testes integradores químicos uma vez por semana;
11.a monitoração biológica deve ser feita a cada 15 dias com suspensão de Bacillus
Stearothermopilus ;
12.não utilize embalagens inadequadas para esterilização em autoclave como as
caixas metálicas convencionais, embalagens com papel toalha descartável e
outras;
13.tome cuidado para não romper as embalagens durante a retirada da autoclave e
seu armazenamento.
PRINCIPAIS CAUSAS DE INSUCESO NA ESTERILIZAÇÃO COM
AUTOCLAVE (CALOR ÚMIDO)
1. manejo incorreto do aparelho;
2. tempo insuficiente de exposição ao agente esterilizante;
3. falta de limpeza diária do equipamento;
4. falta de supervisão rotineira do equipamento;
5. confecção de embalagens densas e grandes;
6. uso de carga maior que 80% da capacidade da autoclave;
7. posicionamento incorreto das embalagens;
8. uso de pressão e temperatura incorreto para o tipo de artigo a ser esterilizado;
9. instrumental inadequadamente limpo e seco.
COMO USAR A PANELA DE PRESSÃO COMO AUTOCLAVE
PARA ESTERILIZAR MATERIAL
A realidade brasileira, pela grande extensão de seu território, apresenta
várias realidades e muitas vezes o profissional se vê atendo que tomar uma posição por não
dispor de um meio eficazes de esterilização, é .o caso de atendimento em certas
comunidades indígenas que não têm energia elétrica na sua região. Neste caso, o
profissional poderá confeccionar uma autoclave apartir de uma panela de pressão. Yoriko
Karayama, professora da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo propõe um
método de transformação de uma panela de pressão caseira em uma autoclave.
Como usar a panela de pressão para esterilização
Para a transformação da panela de pressão caseira em autoclave é
necessário as seguintes peças: uma panela de pressão de pressão de 4 litros e meio ou de
sete litros de capacidade; uma vasilha, com dimensões menores que o diâmetro da panela,
perfurada e um suporte (ou uma vasila perfurada com pé); um copo ou jarra graduada com
capacidade para 500ml. A vasilha perfurada com pé deve ficar a 2cm da borda da panela,
ter 7 orifícios de 0,3cm de diâmetro no fundo (base) e 6 orifícos lasterais de 0,3cm de
diâmetro bem no meio da parede lateral; apresentar alças laterais e os pés devem ter
aproximadamente 6cm.
Na falta desta vasilha podemos improvisar um suporte. Usar uma lata de
6 cm de altura com fundo perfurado com orifícios de 0,3 cm de diâmetro(por exemplo uma
lata de cera sólida cortada na altura de 6cm de altura. O fundo é perfurado com prego. Esta
lata é colocada de cabeça para baixo dentro da panela). Outra maneira é usar a grelha da
panela de pressão colocada sobre pezinho obtido da seguinte maneira: cortamos de uma
lata um pedaço de 6 cm(parte da boca), realizamos dentes grandes na base e colocamos
dentro da penela e sobre o suporte a grade.
COMO FAZER A ESTERILIZAÇÃO
1) Embrulhe o material em papel grosso ou pano de algodão cru. Feche o
pacote com fita adesiva ou barbante limpo;
2) Coloque o material embrulhado dentro da vasilha perfurada, de modo a
facilitar a circulação de vapor. Utilize no máximo 2/3 da capacidade da
vasilha, deixando 1/3 livre;
3) Coloque na panela o suporte improvisado de boca para baixo;
4) Coloque 2,5 copos de água (500ml);
5) Coloque a vasilha perfurada com os embrulhos em cima do suporte
improvisado;
6) Tampe a panela sem colocar o pino;
7) Coloque em fogo alto. Em poucos minutos, o vapor começa a sair.
Espere até que o vapor saia com bastante força. O vapor expulsa o ar de
dentro da panela;
8) Coloque o pino. Deixe o fogo alto por 2 a 3 minutos;
9) O assobio alto da panela mostra que a pressão atingiu 1180C. Abaixe o
fogo.
10) A partir deste momento comece a marcar o tempo de esterilização: 30
minutos;
11) Após o tempo de exposição, apague o fogo e deixe a panela no fogão.
Aguarde o desaparecimento da pressão da panela. Não retire o pino
antes da panela esfriar.
12) Quando não tiver mais vapor, retire o pino e mantenha a panela fechada
durante 10 minutos(secagem);
13) Em seguida, abra com cuidado e deixe mais 10 minutos com a tampa
sobre a panela, deixando aberta uma pequena fresta(secagem);
14) Aguarde o esfriamento dos pacotes e armazene.
Obs: Em dias frios e úmidos os pacotes colocados no centro podem permanecerem
úmidos. Neste caso faça o seguinte:
1) retire a vasilha com o material;
2) jogue fora a água restante;
3) recoloque a vasilha na posição e aqueça a panela em fogo baixo,
durante 05 minutos.
6.4.2. PROCESSOS QUÍMICOS
6.4.2.1. ÓXIDO DE ETILENO
Poderoso agente esterilizante, inflamável quando em concentrações iguais
ou superior a 3% no ar, sendo altamente tóxico quando ingerido ou inalado128. Devido aos
riscos inerentes a sua utilização é empregado na esterilização de produtos médico
hospitalares e odontológicos, tais como cateteres, seringas descartáveis, fios de sutura e
outros.
O tempo de validade da esterilização pode ser de até 5 anos quando se
mantém intacta a embalagem.
6.4.2.2. PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGENIO
O plasma é o quarto estado da matéria, não sólido, não líquido e não
gasoso, produzido através de temperaturas altíssimas ou fortes campos eletromagnéticos142.
Para o uso em esterilização na área de saúde é usada a geração do plasma por campos
eletromagnéticos.
Considerado um dos mais modernos métodos de esterilização tem a
vantagem de não produzir resíduos tóxicos uma vez que as espécies reativas são destruídas
assim que cessa a fonte de excitação.
Hoje no Brasil dispomos de aparelhos com capacidade de 50 e 100 litros
(Sterrad) que funcionam a uma temperatura de 45 a 500C por um tempo de esterilização de
45 a 75 minutos utilizando o peróxido de hidrogênio, não danificando o instrumental
através da temperatura e da corrosão.
Sterrad de 100litros e 50 litros
6.4.2.3. SOLUÇÕES QUÍMICAS
O processo de esterilização por soluções químicas é também conhecido
como esterilização a frio. Este método de esterilização consiste na imersão do instrumental
em soluções de glutaraldeído a 2% por 10 horas,em soluções de formaldeído a 38% por 18
horas ou soluções de ácido peracético a 0,2% por 01 horas. Estas soluções esterilizantes
apresentam ações esporicídas, virucídas, bactericídas e fungicídas
A esterilização por meio de soluções químicas é um processo de difícil
operacionalização e requer cuidados especiais no manuseio e armazenagem do instrumental
após a sua realização. A cuba plástica empregada neste processo deve permanecer fechada
durante todo o tempo do ciclo de esterilização estando o instrumental totalmente embebido
na solução sem a presença de bolhas de ar sobre a superfície. Após completado o tempo, os
instrumentais devem ser retirados da solução com o auxílio de uma pinça estéril; lavados
com água destilada estéril e secados com compressas ou toalhas esterilizadas. O
instrumental esterilizado quimicamente não pode ser armazenado, seu uso deve ser
imediato à esterilização.
A grande vantagem deste método é a garantia da esterilização de materiais termosensíveis .
As desvantagens são o longo tempo de exposição ao agente esterilizante, a corrosão dos
instrumentais, a toxicidade das soluções empregadas, o custo elevado, a contaminação do
meio ambiente, a dificuldade operacional e a necessidade de paramentação completa de
proteção pessoal para o operador.
O ácido peracético como principal vantagem ser biodegradável, não
contaminando o meio ambiente.
Produtos a base de ácido peracético, glutaraldeído, formaldeido usados na esterilização
química
6.4.2.4.PASTILHAS DE FORMOL
Devemos lembrar que o formol é altamente tóxico e irritante em contacto
com a pele. Para sua manipulação devemos usar luvas e máscaras.
Segundo Lewis81, o formaldeído, após 18 meses de estudo em ratos,
apresentou um potencial cancerígeno .
Para se conseguir a esterilização com pastilhas de formol necessitamos de
temperatura de 60 a 80 graus C e umidade constante do ar condições essas somente
alcançada em autoclaves químicas.
Devido a essas considerações, não recomendamos a usa utilização em
consultório odontológico.
7
.MONITORAÇÃO DA ESTERILIZAÇÃO:
Estudos recentes têm mostrado que 12 a 33% das estufas e autoclaves
usadas nos consultórios odontológicos apresentam falhas no processo de esterilização. A
detecção destas falhas é feita através do monitoramento do ciclo de esterilização. Este
monitoramento é realizado através da avaliação de parâmetros físicos, químicos e
biológicos. Entretanto, esta garantia está na dependência de fatores como: escolha do
método de esterilização adequado considerando o tipo de material a ser esterilizado, da
embalagem, da forma como se carrega o equipamento, do pré-tratamento dado ao material,
etc,. A presença de matéria orgânica no material (óleo, gordura, sangue, pus e outras
secreções) protege os microorganismos da ação do agente esterilizante.
Convencionalmente considera-se um instrumental estéril quando a
probabilidade de sobrevivência dos microorganismos, que o contaminam, é menor do que
1:1.000.000. Este critério é o princípio básico dos testes biológicos usualmente utilizados
para controlar os processos de esterilização.
7.1. MONITORAÇÃO QUÍMICA
Os indicadores químicos para avaliação dos ciclos de esterilização se
constituem de um sistema de reagentes químicos na forma líquida ou impregnada em papel
que mudam de cor quando passam pelo processo de esterilização. Seu emprego deve ser
considerado como um adjunto a um programa de monitoramento biológico. Esses
indicadores são divididos em dois tipos, a saber: os indicadores do processo de esterilização
e os indicadores de esterilização (integradores). Os primeiros asseguram somente os
parâmetros de temperatura e a presença de vapor e os segundos são aqueles capazes de
avaliar os três parâmetros da esterilização, tempo, presença de vapor saturado e
temperatura.
Pode-se encontrar no comércio os indicadores do processo para
autoclaves sob a forma de fitas adesivas. Estas fitas têm o dorso de papel crepado,
resistentes a altas temperaturas, com listras brancas diagonais que após o ciclo de
esterilização se tornam pretas. Para estufas, estas fitas, apresentam listras diagonais verdes
que mudam de cor, após o ciclo, para marrom.
Fita crepe adesiva indicadora para autoclave
Indicadores químicos das embalagens de esterilização
Integradores químicos para autoclave(calor úmido)
Integradores químicos para esterilização com Cobalto
7.2.MONITORAÇÃO BIOLÓGICA
O monitoramento biológico é o único que efetivamente comprova a
esterilização.
Os indicadores podem ser encontrados sob a forma de tiras impregnadas
com esporos ou em ampolas. Para validar o processo em autoclave usa-se o Bacillus
Stearothermophilus90 e para estufa o Bacillus Subtillis.
Quando realizamos o teste devemos confeccionar pacotes contendo os
indicadores biológicos semelhantes aos pacotes que vão ser esterilizados. Estes pacotes
devem ser colocados em locais onde o agente esterilizante chega com maior dificuldade
(por exemplo, próximo a porta, ao dreno e no meio da câmara). Depois de usados , os
indicadores devem ser recuperados e no prazo de 10 minutos colocados na incubadora.
Quando realizamos a manutenção periódica do equipamento e
diariamente a monitoração física e química, devemos realizar a monitoração biológica
quinzenalmente.
Existe no mercado o Indicador Biológico Attest n.º 1262 da 3M ,
Indicador Biológico Sportest e Indicador Biológico Auto-Contido ATI-Test ambos da
Baumer e o Proof Dual PackTM Biological Challenger Test da Amsco.
Componentes do teste biológico
Quando se realiza a esterilização a cor violeta inicial permanece. A cor amarela indica a
não esterilização
COMO REALIZAR O MONITORAMENTO BIOLÓGICO:
1) confeccione um mínimo de 03 pacotes testes(pacotes com indicador biológico);
2) o indicador biológico deve ser colocado no centro do pacote;
3) identifique os pacotes da seguinte forma: teste meio, dreno, porta e válvula de escape na
embalagem;
4) coloque os pacotes testes pré-identificados juntamente com os pacotes do material que
serão esterilizados;
5) realize o ciclo de esterilização;
6) após o ciclo, retire os pacotes testes identificados e recupere as ampolas;
7) deixe a ampola esfriar durante 10 minutos;
8) as ampolas devem ser levadas a incubadora a 560C para o Bacillus Stearothermophilus, com
leitura nas 24 e 48 horas iniciais ou em incubadora com ultravioleta para leitura mais
imediata.
9) se houver alteração de cor ou leitura positiva por ultravioleta do conteúdo das ampolas
indica falha na esterilização.
8. DESINFECÇÃO EM ODONTOLOGIA
A experiência de muitos anos na luta contra as doenças infecciosas
demonstrou que o controle ou erradicação dessas doenças só será possível quando existir a
aplicação simultânea de medidas de combate, a nível das fontes de infecção, dos animais
suscetíveis e também das vias de transmissão, entre as quais se destacam os procedimentos
de desinfecção como instrumento efetivo no combate ao agente da doença no meio
ambiente.
TIPOS DE DESINFECÇÃO EM ODONTOLOGIA
Para melhor compreender os processos de desinfecção realizados no
consultório odontológico a desinfecção será dividida, de uma forma didática, em
desinfecção do instrumental e desinfecção do consultório
8.1. DESINFECÇÃO QUÍMICA DO INSTRUMENTAL
Processo recomendado a certos tipos de instrumentos semicríticos em que o processo de
esterilização por calor seco e calor úmido não podem ser realizados, tais como instrumental
de amálgama, instrumental termo-sensível (espátulas plásticas de resina) e outros.
As soluções químicas recomendadas para a realização da desinfecção do
instrumental são a base de glutaraldeído a 2% e formaldeído a 38% por um tempo de 30
minutos21,24 ou ácido peracético 0,2% por um tempo de 10 minutos. Lembramos que para
a realização correta da desinfecção é necessário antes realizar a pré-lavagem, lavagem e
secagem do instrumental .
A desinfecção do instrumental deve seguir os seguintes passos:
1) Imergir o instrumental previamente limpo e seco na solução desinfetante
recomendadas acima. As recomendações durante esta etapa da desinfecção:
a) utilizar paramentação e, no manuseio de produtos, garantir farta ventilação
do local;
b) preencher o interior das tubulações e reentrâncias, evitando formação de
bolhas de ar;
c) observar e respeitar o tempo de exposição ao produto de acordo com a
recomendação do fabricante;
d) manter recipientes tampados durante o processamento do instrumental e a
validade do produto;
2) Enxaguar o instrumental submetidos aos produtos, inclusive o interior das
tubulações, com água potável. Recomendam-se múltiplos enxágües para eliminar os
resíduos do produto utilizado;
3) Secar o instrumental;
4) Acondicionar o instrumental em embalagem adequada limpo e desinfetado,
seco e fechado;
5) Guardar em local apropriado para este fim;
6) Desprezar as soluções esgotadas ou de prazo vencido ou manter os recipientes
tampados, se estiverem dentro do período de validade;
7) Usar, sempre que possível, solução química desinfetante biodegradável.
8.2. DESINFECÇÃO DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO
A desinfecção do consultório é realizada através do uso de desinfetantes químicos
de nível médio ou baixo, que serão empregados em todos os locais do consultório onde for
possível ser encontrado microrganismos carreados pelo aerossóis produzidos durante os
procedimentos clínicos ou através das mãos da equipe odontológica21. As partes que devem
ser desinfetadas são: o chão, os armários, as paredes, o equipamento, mocho, etc,.
8.2.1. DESINFECÇÃO DO PISO
O tratamento dado ao piso da sala de clínica deve ser realizado
diariamente no início do expediente ou no final, quando da realização de procedimentos
semi-críticos e antes de cada procedimento se ele for crítico. Os produtos que utilizamos
são desinfetantes de nível médio à base de fenol sintético e hipoclorito de sódio ou
desinfetante de nível baixo a base de amônio quaternários.
Recomendações:
1) Quando houver presença visível de sangue, muco ou pus no chão
removemos o excesso com papel toalha descartável absorvente, limpamos com água e
sabão e aplicamos o desinfetante;
2) A lavagem do piso da sala de clínica deve ser feita no mínimo uma vez
por semana. água e sabão e fricção com vassoura.
3) O hipoclorito de sódio não é recomendado para pisos cerâmicos devido
a estes pisos terem uma camada vitrificada, geralmente apresentado falhas não visíveis a
olho nu onde a ação do hipoclorito provocaria corrosão.
8.2.2. DESINFECÇÃO DAS PAREDES DA SALA CLÍNICA
As paredes da sala de clínica não se constituem em fontes primárias de
infecção cruzada, mas devem ser realizadas uma vez por semana ou quando houver a
presença visível de sangue, muco ou pus. Em caso de contaminação por secreções
corpóreas o tratamento dado à parede é o mesmo dado ao chão da sala de clínica.
A desinfecção deve ser semanal quando não houver sujidade ou secreção
.usando produtos a base de fenol sintético ou amônio quaternário O uso de hipoclorito de
sódio deve ser evitado pois sua ação corrosiva pode afetar a pintura e o reboco.
8.2.3.DESINFECÇÃO DO EQUIPAMENTO
As partes do equipamento necessárias a desinfecção são todas aquelas que
durante um procedimento podem ser tocadas pela equipe, como interruptor de refletor, alça
do refletor, comando da cadeira, seringa tríplice, mangueira do sugador, cuspideira,
torneiras manuais, gaveta do armário de material, mesa clínica, braços do mocho, alavanca
do mocho, e todas as demais partes do consultório que estejam ao alcance do profissional
e/ou pessoal auxiliar.
A desinfecção do equipamento inicia-se pela lavagem com água e sabão neutro,
preferência de coco com uso de luvas comerciais.
Na caixa de comando estão embutidas as peneiras do sugador que devem ser
limpas diariamente, conforme o uso.
Após a lavagem, secagem com pano seco e limpo
Desinfecção com substância química, com uso de gaze e luvas comerciais de
cordiferente da usada para lavagem.
Os desinfetantes usados são a base de fenol
sintético, álcool 70(p/p) ou 77(v/v) ou ácido
peracético 0,2%.
.
QUANTO AO EQUIPAMENTO
O equipamento odontológico moderno deve ser confeccionado com o
intuito de facilitar a desinfecção. Por tanto deve apresentar as seguintes características:
8.2.3.1.REFLETORdeve ter no mínimo 15 mil lux, alça em forma de L para possibilitar a colocação do
revestimento estéril ou revestimento em PVC, defletor frontal para lâmpada e protetor total
do espelho óptico parabólico multifacetado, de
fácil
remoção e limpeza e resistente a ação de
substâncias químicas;
Foto 59 b- Refletor com capa
protetora, evitando a retenção
de resíduos na lâmpada
8.2.3.2. CUSPIDEIRAdeve ser de porcelana para evitar oxidação e deterioração ao longo do tempo além de não
sofrer danos durante a limpeza e deve ser móvel para possibilitar um deslocamento
horizontal de 90 graus em relação a cadeira, facilitando o trabalho a quatro mãos e ser
removível para facilitar a limpeza. O ralo deve de ser de fácil limpeza e de remoção através
de pinça em um estrutura rígida pintada em epoxi recoberta com poliestireno de alto
impacto.
Foto 60 - Cuspideira de porcelana, mais resistente a ação de abrasivos removível
8.2.3.3. CADEIRAdois tipos de comandos os manuais com 04 movimentos básicos, que devem ser internos
(processo digital) revestidos por material impermeável as substâncias químicas e os
comandos de pé que evitam o contato das mãos do operador com a cadeira, sendo estes os
mais recomendados; a cadeira deve ser revestida com material expandido preferencialmente
de cor clara e sem emendas e sem
costuras e que não sofra danos pela
ação dos desinfetantes;
foto 61.- Cadeira de cor clara,
facilita a evidencia de sujidade em
poliuretano injetado sem costura
8.2.3.4. SUCTORESdevem ser de alta potência tipo "bomba à vácuo". Estes suctores apresentam menor
ocorrência de refluxo que os acionados por ar comprimido;
Fig. 61.a)
8.2.3.5. EQUIPO ODONTOLÓGICOdeve ter alça com uma das extremidades para fácil deslocamento, ser suspenso por hastes
intercambiáveis, com forma arredondadas, sem mangueiras sanfonadas ou espiraladas;
Fig. 61.b)
8.2.3.6. MANGUEIRA DE ALTA ROTAÇÃO, MICROMOTOR E
SERINGA TRÍPLICEdevem ser lisas, sem união por meio de mangueiras sanfonadas ou espiral, com
movimentos das pontas através de hastes especiais (tipo Colibri) para evitar o toque no
paciente durante o movimento do equipo e
também de acidentes perfuro-contundentes
com brocas. Estas mangueiras devem ter
sistemas liga - desliga na própria
mangueira de fácil desinfecção e
colocação dos revestimentos estéreis; a
mesa de apoio das mangueiras deve ser
lisa, com cantos arredondado, ser de
material lavável e resistente a ação de
substâncias químicas desinfetantes, ter
formato que favoreça a colocação do
revestimento estéril, com posicionamento
pneumático;
foto 62 . Equipamento sistema colibri com mesa de superfície lisa que facilita a desinfecção
com seringa tríplice reta
8.2.3.7 -CAIXA DE COMANDO DO EQUIPO ODONTOLÓGICOdeve ter tamanho pequeno, contornos arredondados e revestimento resistente a ação de
produtos químicos. O ideal é que estas caixas ficassem embutidas em armários próprios; as
mangueiras de conexão do equipo e cuspideira com a caixa de comando devem ser lisas. Os
reservatórios de água e do sistema System devem ser externos, de fácil troca e transparente.
Fig. 62.b . Caixa de
comando de forma
arredondada, de fácil
limpeza
Fib 62 c. Frascos de água e do Sistema
System transparentes
8.2.3.8.CANETAS DE ALTA-ROTAÇÃO E MICROMOTOR –
Dá-se preferência as canetas e micro-motor autoclaváveis, pois a desinfeção dos
rolamentos58, condutos internos não é possível. Estudos58, constatam que o vírus da gripe e
o HIV podem sobreviver e proliferar nos lubrificantes de instrumentos odontológicos, pois
os lubrificantes perdem a ação na presença destes lubrificantes. Recomenda-se a troca
destes aparelhos a cada paciente. Usar sempre lubrificantes autoclávavel, que não evapora
durante o processo de esterilização.
8.2.4. DESINFECÇÃO DO RESERVATÓRIO DE ÁGUA DO
CONSULTÓRIO
Esta desinfeção é feita diariamente pelo emprego de uma solução de cloro
a 3 p.p.m. Prepara-se esta solução pegando-se 0,3ml de solução de hipoclorito de sódio a
1% e dilui-se em 500ml de água. A pequena capacidade do reservatório tem a finalidade da
reposição constante de água, determinando a freqüência da desinfeção.
8.2.5. DESINFECÇÃO DAS MANGUEIRAS DE ÁGUA DAS
PEÇAS DE MÃO
Os equipamentos odontológicos que são acionados por sistema
pneumático apresenta refluxo no sistema de água das peças de mão. Este sistema tem a
finalidade de cortar a água do spray para maior rapidez de trabalho e evitar o gotejamento
da água após o uso. Entretanto, este refluxo tem a desvantagem de carrear microrganismos
para o interior das peças de mão e das suas mangueiras. Com isto se formará um biofilme
bacteriano que será deslocado quando um novo fluxo de água circular pelas locais
anteriormente citados, tendo como conseqüência a infeção cruzada. Para a eliminação da
formação deste biofilme é necessária a realização de uma desinfecção das mangueiras das
peças de mão antes do atendimento de cada paciente; após esta desinfecção um fluxo de
água deve ser realizado para retirada da solução desinfetante134, 151.
Atualmente os novos equipamentos apresentam sistema tipo Biosystem
(Gnatus) que consiste de um reservatório, onde o líquido desinfetante estará pressurizado
com de cerda de 40 psi, uma válvula de acionamento, que libera a solução desinfetante
quando acionada atingindo as duas magueiras de água do spray das duas canetas de alta
rotação simultaneamente. Para que isto ocorra de modo mais efetivo, as torneiras do spray
devem estar totalmente abertas. Então, levam-se as peças de mão para a cuspideira e
realiza-se a desinfecção pela saída de substância química desinfetante; após acione as
turbinas por 30 segundos com água para remoção desta substância. Ao final do dia de
trabalho o reservatório deverá ser esvaziado completamente e um fluxo abundante de água
deverá passar pelas mangueiras para que não fique retido no seu interior a solução
desinfetante que, ao longo do tempo, vai provocar danos no sistema de mangueiras, como
entupimento, ressecamento e rachaduras das mangueiras. A solução desinfetante
empregada para esta desinfecção é à base de hipoclorito de sódio. O preparo da solução é
feito do seguinte modo: a partir de uma solução de hipoclorito de sódio a 1% prepara-se
uma solução de cloro a 500 p.p.m46. Modo de preparar a solução: pegar 25ml da solução de
hipoclorito de sódio a 1% e diluir em 500ml de água .
Sistema System para a desinfecção interna das mangueira, dificultando a formação de
biofilme
8.2.6. DESINFECÇÃO DE ARMÁRIOS E BANCADAS.
A desinfecção dos armários deve ser realizada entre cada atendimento de
paciente, principalmente quando são realizados procedimentos semicríticos ou críticos.
Antes de se aplicar o desinfetante uma limpeza prévia com água e sabão deve ser realizada,
onde for visível a presença de sujidades21.
Os armários devem ser de superfície lisa, impermeável e de preferência
de cor clara para facilitar a desinfecção e a visualização de sujidades.
Os desinfetantes que podem ser usados são aqueles a base de fenol
sintético e álcool 70% (p/p) ou 77% (v/v).
8.2.7. DESINFECÇÃO INTERNA DOS SUCTORES E PONTAS PARA
SUCÇÃO
Existe no comércio nacional três tipos de suctores: tipo bomba a vácuo, os com
aparelhos reservatórios ou depósitos e suctores a ar do próprio equipamento.
8.2.7.1. SUCTOR DE ALTA POTÊNCIA(BOMBA CICLONE)
Também conhecidos como bomba à vácuo ou ciclone. Constitui-se de um
motor elétrico que aciona uma bomba produzindo um vácuo de até 500mm/Hg, facilitando
a aspiração de água, saliva, sangue e outras substâncias, diminuindo o aerossol produzido
pela alta-rotação, que facilita a visualização do campo operatório e diminui o risco de
contaminação do profissional e/ou pessoal auxiliar pelo aerossol.
Possui sistema de filtragem através de peneira que retém pequenas
partículas sólidas podendo danificar a bomba. A limpeza da peneira é diária e se faz de
maneira idêntica aos dos suctores a ar próprio do equipamento.
Quando o suctor não aspira podemos ter como causas prováveis o excesso
de detritos na peneira e encanamentos, tampa da peneira mal adaptada, falta de água na
rede, falha no motor elétrico ou defeito na bomba.
As grandes vantagens deste sistema é a diminuta possibilidade de refluxo
e a diminuição do aerossol do alta-rotação. Apresenta como desvantagem o despejo dos
produtos sugados diretamente no esgoto sem tratamento prévio, pode provocar trauma na
mucosa e a necessidade de água na rede para seu funcionamento. O funcionamento sem
água na rede ocasiona a diminuição na potência de sucção e a queima do motor elétrico.
A desinfecção deve ser feita diariamente ou após sucção de sangue com a
aspiração de solução enzimática e logo após com solução de fenol sintético
8.2.7.2. SUCTOR COM RESERVATÓRIO OU DEPÓSITO(TIPO NEVONI)
Também conhecido como suctor tipo nevoni. Possui um motor elétrico
que produz um vácuo em torno de 18 a 30 mm/Hg, com um recipiente de vidro para o
depósito das substâncias aspiradas.
Apresenta como vantagem a possibilidade de tratar as substâncias
aspiradas antes de despejá-las no lixo, fácil locomoção do aparelho, não necessita de água
na rede para seu funcionamento e controle da quantidade de substância aspirada. As
desvantagens são a possibilidade de refluxo, capacidade de aspiração média, limitação da
quantidade de substância aspirada e possibilidade de contaminação do pessoal auxiliar
durante o manuseio do recipiente.
O recipiente deve ser limpo diariamente da seguinte maneira: no início do
expediente coloque 100 ml de substância desinfetante a base de glutaraldeído ou
formaldeído no interior do recipiente de vidro, ao final do expediente deposite o conteúdo
em local apropriado, encha com água e sabão desencrostante ou enzimático, deixando de
molho por 20 minutos, despreze a substância, lave o recipiente em água corrente e deixe
secar de boca para baixo.
8.2.7.3. SUCTOR A AR DO PRÓPRIO EQUIPAMENTO
Instalado na unidade de água(cuspideira) com terminais para saliva e/ou
sangue e filtros intermediários de fácil acesso e limpeza que evitam o entupimento dos
condutores.
A limpeza destes filtros deve ser realizada diariamente da seguinte
maneira: aspirar uma boa quantidade de solução desencrostante ou enzimática; retirar a
tampa do filtro e em seguida retirar o filtro com auxilio de uma pinça. Estes filtros devem
sofrer um processo de pré-lavagem e lavagem em água corrente, após esse passos,
recolocar os filtros. Em seguida realizar uma desinfecção da canalização e dos filtros pela
aspiração de substância química desinfetante. A não aspiração da solução desencrostante ou
enzimática favorece o entupimento das tubulações e interfere na desinfecção das tubulações
e filtros pela presença de matéria orgânica.
As falhas de sucção neste tipo de aparelho se devem à deficiência de ar no
compressor, excesso de detritos retidos nos filtros, má adaptação da tampa dos filtros e a
não limpeza diária das tubulações.
As desvantagens deste sistema de sucção: a baixa potência da sucção,
constante presença de refluxo, despejo dos produtos sugados diretamente na rede de esgoto
e a facilidade de formação de biofilmes.
A desinfecção deve ser feita diariamente ou após a sucção de sangue pela
aspiração de solução enzimática e logo após solução de fenol sintético.
9. REQUISITOS PARA INSTALAÇÃO DO CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO
O primeiro passo a ser seguido pelo profissional, que quer montar
um consultório odontológico é requerer junto à Prefeitura Municipal, de sua cidade, o
alvará de funcionamento. Após aprovado o alvará, o cirurgião-dentista procederá à
montagem do consultório de acordo com legislação vigente em seu Estado e Município.
Estas legislações devem tratar de assuntos como: aspectos físico-estrutural, higiênicosanitário e ergonômico do consultório. No Estado do Paraná há a determinação de aspectos
higiênico-sanitário, ergonômico e físico-estrutural112. A seguir apresentaremos o conteúdo
da Resolução acrescido de outros conceitos, não tratados na mesma, e que devem ser
considerados na montagem do consultório odontológico:
a) o piso em de material liso, resistente, lavável e impermeável;
b) as paredes de cor clara, de material liso, resistente e lavável;
c) a iluminação natural e/ou artificial adequadas para permitir boa visibilidade,
sem zonas de sombra ou contrastes excessivos, ausentes de poeira e sujidade;
d) o local ventilado naturalmente, não devendo acumular fungos (bolores), gases,
vapores condensados e fumaça, sendo a eliminação dos mesmos feita sem causar danos ou
prejuízos à vizinhança;
e) abastecido com água ligada a rede pública ou poço profundo, suficiente em
volume ou pressão. Todos os estabelecimentos deverão ser providos de reservatório de
água (caixa de água) com capacidade mínima correspondente ao consumo diário. Quando
as caixas d’água forem subterrâneas deverão ser protegidas de infiltrações de qualquer
natureza e dispor de tampa para facilitar o acesso à limpeza e inspeção. A limpeza e
desinfecção da caixa de água deverão acontecer a cada seis meses;
f) as instalações sanitárias providas de vaso sanitário e lavatório em material
impermeável e design que facilite a limpeza como também porta-toalhas de papel e coletor
de lixo com tampa;
g) a sala do consultório ampla, o suficiente para permitir a livre movimentação do
cirurgião-dentista e do pessoal auxiliar em torno da cadeira clínica (2,5 metros lineares),
sem o inconveniente de manobras difíceis ou esbarrões, o que tornaria o trabalho
desagradável, provocando stress e esgotamento físico;
h) quando forem usados aparelhos de ar condicionado,
para conseguir a
purificação do ar, faz-se necessário o uso de filtros como os de lã de fibra de vidro ou
eletrostáticos com renovação diária do ar do ambiente e limpeza periódica do filtro
i) o chão e equipamento de cor clara para facilitar a visualização de manchas de
qualquer natureza, bem como, para permitir o repouso da visão;
j) a sala de atendimento do consultório composta apenas do mobiliário necessário
para o desempenho das atividades de clínicas;
l) a mobília sem uso freqüente colocada em sala anexa, pois serve como depósito
de poeira e dificulta a limpeza da sala de atendimento;
m) O aparelho de Raio X, quando possível, só permanecerá na sala clínica o
tempo necessário. Quando a sua remoção não for possível, o profissional deverá
providenciar biombo de chumbo ou realizar o isolamento da parede (Resolução 74/91 da
SESA-Pr);
n) no banheiro de uso comum paciente, profissional, pessoal auxiliar terá portatoalhas com toalhas de papel descartáveis;
o) o compressor de ar localizado em lugar arejado, de preferência fora do
consultório. No banheiro existe o inconveniente de comprimir o ar ali existente e, como
seqüência, levá-lo até a boca do paciente. Atualmente, existem compressores de ar
silenciosos, que podem permanecer dentro da sala de clínica e que são providos de filtros
de ar com maior capacidade de filtração levando à maior purificação do ar comprimido;
p) a sala de clínica com no mínimo duas pias, uma exclusiva para a lavagem das
mãos e outra para a lavagem do instrumental;
q) o equipamento odontológico e os armários montados dentro dos princípios
ergonômicos, a fim de facilitar o trabalho e prevenir doenças do trabalho;
h) se a esterilização é realizada na sala de clinica, a disposição do consultório
deverá considerar os parâmetros para um controle de infecção efetivo,
conforme esquema definido na figura 01:
Figura 01. Esquema da disposição do consultório odontológico com esterilização realizada
na sala de clínica.
s) Se a esterilização for montada em sala separada, ela deve seguir o seguinte
esquema, figura 02:
área de
área de prédescontaminação lavagem com
ultra-som
área de
lavagem
área de
secagem ou
embalagem
área de
área de
esterilização armazenagem
Fig. 02. Esquema de uma sala de esterilização
10. OUTROS PROCEDIMENTOS
10.1.BROCAS
As brocas podem ser divididas em quatro grupos,: brocas para procedimentos semi-critícos
, brocas para procedimentos críticos , brocas endodonticas e brocas de uso em laboratório
de prótese.
10.1.1.BROCAS PARA PROCEDIMENTOS SEMICRÍTICOS: Após
o uso as brocas devem sofrer o processo de limpeza através da pré-lavagem, lavagem e
secagem. Em seguida devem ser desinfetadas em solução de glutaraldeído ou formaldeído
por um período de 30 minutos, lavadas com água destilada ou álcool 70% (p/p) ou 77%
(v/v) e armazenadas em recipiente fechado previamente esterilizado ou desinfetado.
Obs: não se deve deixar mais que o tempo estipulado, pois as soluções corroem e
enferrujam as brocas.
10.1.2.BROCAS PARA PROCEDIMENTOS CRÍTICOS: Após o uso
as brocas cirúrgicas devem ser descontaminadas, pré-lavadas, lavadas e embaladas para a
esterilização. Deve-se, de preferência, utilizar a esterilização por meio de calor úmido, não
sendo este processo recomendado para brocas de aço carbono e "carbide", pois sofrem
corrosão e enferrujam.
10.1.3.BROCAS ENDODÔNTICAS :As brocas endodônticas devem
também sofrer o mesmo tratamento dado as brocas cirúrgicas e ser acondicionadas
individualmente de acordo com o uso.
10.1.4. BROCAS DE USO NO LABORATÓRIO DE PROTESE: O
tratamento dado a estas brocas é semelhante ao processo recomendado para as brocas para
procedimentos semicríticos.
10.2. ANESTUBES
Os tratamentos recomendados atualmente para os anestubes no controle de
infecção ainda não são seguros para serem recomendados
O ideal seria que os anestubes de anestésicos fossem esterilizados
industrialmente e embalados individualmente para maior vida útil da esterilização.
Enquanto a industria não introduzir este tratamento aos anestubes,
recomendamos sua desinfecção com álcool 70/77 por fricção, deixe secar sozinho e repetir
este procedimento por três vezes até completar o tempo de ação de 10 minutos.
Para evitar a contaminação cruzada, usamos dedo de luva de procedimento esterilizada para
proteger o anestube, perfuramos o dedo com a sonda milimetrada.
Após o auxiliar circulante introduz o anestube na carpule e rosqueia a agulha, sem tocar na
carpule.
A carpule pode ficar sobre a mesa cirúrgica sem quebra da cadeia asséptica.
Obs: 1) Na Odontopediatria é comum o profissional dar como brinde anestubes
usados. Este é um procedimento de risco uma vez que o anestube pode estar contaminado.
Deve-se portanto dar à criança o próprio anestube utilizado durante o seu atendimento ou
proceder a descontaminação, pré-lavagem e esterilização dos anestubes vazios empregados
em outras crianças.
2) Os anestubes usados parcialmente não podem ser utilizados em outro
paciente. Estudos comprovam que há contaminação do líquido no interior do anestube
durante a aplicação da anestesia, por refluxo.
10.3.LIXO
Existem na Odontologia vários tipos de lixo devido à diversidade de materiais
utilizados para seu exercício. A saúde dos trabalhadores e pacientes, os riscos para a saúde
pública relacionados com o transporte e eliminação e os efeitos ecológicos nos leva a
classificar o lixos em várias categorias:
Foto 65 - Lixeira recomendável e uso de saco de lixo hospitalar
10.3.1. LIXO GERAL: formado por papéis, caixas, restos alimentares e demais
substâncias inservíveis. Não apresenta riscos para a saúde ou ao meio ambiente,
dispensando tratamento especial e embalamento especial.
10.3.2. LIXO COM RESÍDUOS DE AMÁLGAMA: os resíduos de amálgama e
mercúrio, devem ser acondicionados em vidros fechados com tampa sob uma lâmina de
água, a fim de evitar a formação de vapores de mercúrio, que têm efeitos deletéricos sobre a
saúde do profissional e pessoal auxiliar pela permanente exposição.
Os resíduos coletados podem ser reciclados, com o aproveitamento de parte de
seus componentes.
10.3.3. LIXO PATOLÓGICO: tecidos, órgão, dentes e partes do corpo
humano e animais utilizados em pesquisa, sangue e outros fluidos corporais requerem
esterilização ou incineração, antes de ser enterrado.
10.3.4. LIXO QUÍMICO: são restos de produtos químicos utilizados na
Odontologia, principalmente as soluções para desinfecção e/ou esterilização química do
instrumental, as soluções reveladores e fixadoras de radiografias, as soluções desinfetantes
do consultório e outras.
O lixo contaminado por essas substâncias química citotóxicas devem ser
separados, envasados em recipientes plásticos resistentes, empacotados em saco de lixo
hospitalar e destinados a vala séptica.
10.3.5. LIXO INFECCIOSO: são os resíduos, como gaze, algodão,
pontas de sucção de sangue descartável, luvas, máscaras, avental descartável e outros,
contaminados com agentes patogênicos em concentrações ou quantidades suficientes para
causar doenças.
O seu acondicionamento no consultório deve ser feito
em lixeira que tenha tampa acionada por pedal e no seu interior deve ser colocado um saco
de lixo especial (segundo norma da ABNT) na cor branca com cruz vermelha e dizeres
"lixo hospitalar" ou na sua falta sacos de lixo comuns duplos.
O seu recolhimento deve ser realizado todos os dias ou quando a lixeira estiver
cheia, e depositado para recolhimento em local apropriado, devendo o pessoal auxiliar usar
paramentação com luva grossa e manusear o lixo o mínimo possível. O seu destino deve ser
a vala séptica.
10.3.6. LIXO INFECCIOSO CONTUNDENTE: os instrumentos
cortantes e contundentes devem ser acondicionados separadamente do lixo, em
embalagens resistentes a perfurações com inscrição externa na embalagem de lixo
contaminado e descontaminada com hipoclorito a 1%. Quando cheias estas embalagens não
devem ser depositadas junto ao lixo infeccioso e destinados à vala séptica. Quando não
houver essa coleta de lixo hospitalar cabe ao profissional a sua destruição.
10.3.7. LIXO FARMACÊUTICO: são produtos farmacológicos
empregados na Odontologia, com o formocresol, tricresol formalina, eugenol, vernizes,
cementos, materiais restauradores, medicamentos de uso sistêmico e outros, quando
vencidos devem ser embalados em recipiente plásticos resistentes e empacotados em saco
de lixo hospitalar e destinados a vala séptica.
10.4. LAVAGEM DE CAMPOS OPERATÓRIOS
Após o uso os campos devem ser embalados em sacos plásticos
exclusivos, separados das demais roupas do consultório. A lavagem deve ser feita
separadamente das demais roupas, de preferência numa máquina de lavar exclusiva para
essa finalidade de acordo com o seguinte procedimento: os campos devem ser deixados de
molho em uma solução desinfetante a base de hipoclorito de sódio na concentração de 1 a
1,5% por 30 minutos112. Em seguida lavados e após secagem, esterilizados. Durante todo
esse procedimento a pessoa responsável pela lavagem deverá usar luvas grossas.
10.5. LAVAGEM DAS ROUPAS DO CONSULTÓRIO
As roupas de uso no consultório devem ser exclusivas para essa
finalidade, devendo o profissional e/ou pessoal auxiliar trocarem de roupa no início do
expediente e na saída do consultório. Deve-se evitar o uso dessas roupas fora do ambiente
clínico, para não contaminar outros lugares.
A lavagem segue o mesmo procedimento dos campos operatórios.
NÃO LAVE AS ROUPAS DO CONSULTÓRIO JUNTO COM A DE
SEUS FAMILIARES. VOCÊ PODE CONTAMINÁ-LAS
10.6. DESINFECÇÃO DO ISOLAMENTO ABSOLUTO
Na atualidade o uso de isolamento absoluto cresce em importância nas
especialidades de Endodontia e Dentistica Restauradora. Os motivos de seu emprego se
relacionam com a não contaminação do campo operatório pela saliva, sangue e
consequentemente por microorganismos.
Na endodontia a borracha do isolamento deve ser esterilizada em
autoclave antes do uso e após a sua instalação na boca do paciente realizando-se a
antissepsia, de preferência, com solução alcóolica a base de polivinilpirolidona iodo (PVPI)
a 10% ou na sua falta pode-se utilizar o álcool iodado (álcool 70% (p/p) ou 77 (v/v) +
tintura de iodo).
Na dentística operatória o isolamento absoluto tem como
ação principal evitar a contaminação do campo operatório, da cavidade operatória , do
material restaurador, principalmente pela umidade,... A desinfecção deverá ser feita com
tintura a base de clorexidina a 4%, sem o risco de manchar a restauração.
Na endodontia a desinfecção do isolamento absoluto pode ser feita com substância a
base de PVPI tintura, enquanto na Dentística a substância desinfectante não pode ter
corante.
10.7 – CONTROLE DA INFECÇÃO NA IMAGINOLOGIA(RADIOLOGIA)
Mesmos com os avanços a imaginologia digital, ainda a maioria dos profissionais
utilizam aparelhos radiográficos tradicionais. O grande problema ainda se depara quando
em uma intervenção cirúrgica necessitamos radiografar o local, sem haver contaminação da
cirurgia.
A proposta abaixo é de baixo custo e facilita o profissional e o pessoal auxiliar a
radiografar sem haver contaminação.
Utilizamos uma película radiográfica comum e um dedo de luva de procedimento ou
cirúrgica. Esterilizamos em autoclave o dedo e ao montar a mesa cirúrgica é colocado sobre
esta. Na necessidade de fazermos a radiografia o cirurgião abre o dedo da luva estéril e o
pessoal auxiliar contaminado ou o estéril com sobre-luva estéril coloca a película dentro do
dedo de luva. Estamos estão com um campo estéril. A película é posicionada com
posicionador estéril ou o pessoal auxiliar/profissional mantém ela na posição. Posiciona o
cone e disparamos o temporizador. Após o profissional ou pessoal auxiliar estéril remove a
embalagem e abre o dedo para a pessoa que vai realizar o processamento da radiografia a
retire de dentro.
11 . CONTROLE DA INFECÇÃO NAS ESPECIALIDADES
ODONTOLÓGICAS
Este capítulo tem por objetivo estabelecer conjuntos de ações, classificar
o instrumental e dar preferência a técnica de esterilização e desinfecção a ser usada na
Odontologia com a finalidade de auxiliar o profissional e pessoal auxiliar no controle da
infecção odontológica direta e cruzada nos procedimentos críticos e semi-críticos.
1) EXAME CLÍNICO
O instrumental empregado para exame clínico é padronizado para todas
as especilidades da Odontologia. De aspecto aparentemente inofensivo, o exame clínico é
um procedimento crítico, pois há sempre a presença de placa bacteriana e da saliva aonde
encontramos microrganismos, como por exemplo o vírus da Hepatite B e C na saliva. A
presença de sangue e fluidos orais em doenças bucais também é comum, como por exemplo
na doença periodontal, que tem prevalência de 98% na população brasileira, então quando
realizamos a exploração dentária ou a sondagem periodontal haverá contaminação do
instrumental por estes fluidos e secreções. A tabela abaixo estabelece a classificação do
instrumental e material empregados durante o exame clínico e indica o método de
esterilização mais adequado, conforme a simbologia.
. EXAME CLÍNICO
MATERIAL
Pinça
Algodão
de
ESTERILIZAÇÃO
CLASSIFIC
AÇÃO
DESCARTÁ
VEL
ESTERILIZAÇÃO
RISCO
AUTOCL ESTUFA
AVE
SOLU
ÇÃO
QUÍMI
CA
C
+++
++
+
0
Espelho
Clínico
C
+++
++
+
0
Sonda
Exploradora
C
+++
++
+
0
Sonda
Milimetrada
C
+++
++
+
0
Carpule
C
+++
++
+
SIM
C
0
0
0
SIM
Escareador
C
+++
++
+
0
Anestube
C
0
0
Agulha/
Carpule
C
0
0
0
SIM
Sugador
Saliva
Plástico
C
0
0
0
SIM
C
+++
++
+
0
Espátula
Madeira
Sugador
Saliva
Metálico
de
de
+
SIM
CARACTERISTICAS ESPECÍFICAS DAS ESPECIALIDADES
2) CIRURGIA BUCO-MAXILO FACIAL.
Na especialidade de Cirurgia Buco-Maxilo Facial em todos os
procedimentos temos a presença das secreções orgânicas como sangue e saliva, isto
classifica todos os procedimentos nesta especialidade como críticos e como tal requer que o
instrumental e o material utilizados sigam a tabela de Cirurgia/esterilização. O treinamento
do cirurgião e da equipe é de extrema importância para um bom controle da infecção.
Nesta especialidade podemos separar o atendimento do consultório e do
ambulatório odontológico do atendimento hospitalar em centro cirúrgico com ou sem
anestesia geral, em respeito a rotina de preparo da equipe e do paciente.
2.1) ATENDIMENTO EM CENTRO CIRÚRGICO
No atendimento em centro cirúrgico a equipe miníma se constitui de um
cirurgião buco-maxilo facial, um cirurgião auxiliar, um instrumentador e um circulante de
cirurgia. A rotina de preparo da equipe deve seguir a rotina abaixo:
1) localizar local adequado para guarda dos seus pertences;
2) retirar objetos(relógios, brincos, aliança, pulseiras, colares,..);
3) lavar as mãos com sabão líquido comum;
4) localizar e selecionar roupa privativa;
5) retirar roupas externas;
6) vestir roupa privativa;
7) colocar gorro, sapatilhas e máscara e não remove-los enquanto o
profissional permanecer no centro cirúrgico;
8) verificar as condições do paciente;
9) verificar se a equipe está completa;
10) realizar degermação cirúrgica das mãos;
11) secar as mãos com compressa estéril, uma mão com um lado da
compressa e a outra mão com o outro lado da compressa não usado;
12) vestir o avental cirúrgico por técnica adequada;
13) proceder junto com o cirurgião auxiliar o preparo da boca e região
extra-bucal do paciente;
14) colocar campos adequadamente (os aparelhos de intubação para
anestesia geral devem ser presos antes dos campos, assim como os protetores dos olhos);
15) realizar tamponamento da oro-faringe com gazes para evitar a
ingestão de sangue e soro;
16) realizar ato operatório;
17) falar o mínimo possivel e evitar movimentação desnecessária na sala;
18) ao término, lavar a boca do paciente com soro ou água destilada
estéril, remover o tampão da oro-faringe e passar o paciente ao anestesista;
19) aguardar paciente voltar da anestesia e verificar suas condições
gerais;
20) retirar luvas, desprezando-as no lixo;
21) lavar as mãos;
22) remover avental cirúrgico e depositá-lo no ramper;
23) dirigir-se a sala de prescrição, preencher relatórios, solicitar biópsia,
prescrever medicamentos e cuidados pós-operatórios;
24) voltar ao vestuário, remover gorro, máscara, sapatilhas e roupa
privativa e depositá-los em lugar próprio e vestir a roupa pessoal;
25) no caso de cirurgia contaminda, tomar banho antes de vestir a roupa
pessoal.
2.2) ATENDIMENTO EM AMBULATÓRIO OU CONSULTÓRIO
ODONTOLÓGICO
Para o atendimento no ambulatório ou consultório odontológico nos
procedimentos cirúrgicos a equipe geralmente é composta por duas ou três pessoas,
geralmente o cirurgião e a atendente de cirurgião-dentista (ACD). Nos procedimentos
cirúrgicos ambulatoriais muitos dos passos não citados na rotina de atendimento no centro
cirúrgico, deverão ser realizados pela ACD. Este procedimentos incluiem o preparo do
consultório, equipamentos e do instrumental.
ROTINA PARA ATENDIMENTO CIRÚRGICO EM AMBULATÓRIO
OU CONSULTÓRIO ODONTOLÓGICO
1) uso de roupa privativa, gorro, óculos de proteção, máscara, sapatilhas;
2) verificar condições do paciente (aferir pressão arterial, temperatura,..);
3) realizar degermação cirúrgica das mãos;
4) secar as mãos com compressa estéril ou papel toalha descartável
estéril;
5) pessoal auxiliar proceder o preparo da boca e região extra bucal do
paciente;
6) vestir avental cirurgíco estéril com auxílio do pessoal auxiliar;
7) calçar luva cirurgíca estéril;
8) colocar campos cirúrgicos estéreis adequadamente no paciente;
9) realizar ato operatório;
10) retirar luvas e desprezar no lixo hospitalar;
11) lavar as mãos;
12) retirar avental cirurgíco e depositá-lo em recipiente apropriado;
13) dirigir-se ao escritório para preencher relatórios, prescrever
medicamentos e cuidados pós-operatórios, solicitar biópsia;
14) dar alta ao paciente.
Obs: 1) como geralmente o profissional faz outros atendimentos no
ambulatório ou consultório odontológico, ele deverá trocar a roupa privativa no final do
expediente ou quando houver contaminação visivel por secreção;
2) O uso de roupa privativa para o paciente é um critério que o
profissional pode adotar durante o atendimento.
Os cuidados com o instrumental de cirurgia buco-maxilo facial segue
tabela abaixo:
ESTERILIZAÇÃO DE MATERIAL DE CIRURGIA
MATERIAL
CLASSIFICAÇÃO
DESCARTÁVEL
ESTERILIZAÇÃO
RISCO AUTOCLA ESTUF
VE
A
Fórceps
C
SOLUÇ
ÃO
QUÍMI
CA
+++
++
+
0
Lâmina de
Bisturi
C
0
0
0
SIM
Cabo
de
Bisturi
C
+++
++
+
0
Porta
Agulha
C
+++
++
+
0
Agulha
sem Fio
C
+++
++
+
0
Fio Sutura
Agulhado
C
0
0
0
SIM
Pinça
C
+++
++
+
0
Cinzéis
para Osso
C
+++
++
+
0
Limas para
Osso
C
+++
++
+
0
C
+++
++
+
0
C
0
+++
+
0
Cureta
Alveolar
C
+++
++
+
0
Martelo
cirúrgico
C
+++
++
+
0
Osteotomo
C
+++
++
+
0
Alavancas
C
+++
++
+
0
Afastadores
C
+++
++
+
0
Afast. de
Retalho
C
+++
++
+
0
Destaca
Periósteo
C
+++
++
+
0
C
+++
++
+
0
Hemostática
Brocas
Cirúrgicas
(Vídea/tun
gstênio/dia
mantada)
Brocas
Cirúrgicas
Aço
Carbono
Sugador de
Sangue
Metálico
Sugador de
Sangue
Plástico
C
0
0
0
SIM
Mangueiras
C
0
0
0
0
C
+++
0
0
0
Gaze
C
+++
0
0
0
Compressas
C
+++
0
0
0
Luvas
Cirúrgicas
C
+++
0
0
SIM
Alveolotomo
C
+++
++
+
0
Pinça
Clínica
C
+++
++
+
0
Espelho
Bucal
C
+++
++
+
0
C
+++
++
+
0
Alta
Rotação/
Micromotor
Carpule/
Seringa
Metálica
3. PERIODONTIA
Na Periodontia a maioria dos procedimentos é considerado crítico. Isto
exige que o instrumental empregado nestes procedimentos sejam esterilizados. Uma prévia
desinfecção do ambiente clínico e do equipamento são também procedimentos obrigatórios.
Os procedimentos periodontais são comumentes realizados em
ambulatório e consultório odontológico, sendo que, algumas vêzes, o atendimento pode ser
realizado em centro cirúrgico. Nos dois casos os cuidados necessários seguem as mesmas
recomendações dos procedimentos da Cirurgia Buco-Maxilo Facial.
A classificação e tipo de esterilização recomendada para o instrumental e
material empregado em Periodontia encontra-se em tabela a seguir:
PERIODONTIA
ESTERILIZAÇÃO
MATERIA
L
CLASSIFIC
AÇÃO
ESTERILIZAÇÃO
RISCO
AUTOCL ESTUFA
AVE
DESCART
ÁVEL
SOLUÇ
ÃO
QUÍMI
CA
Curetas
Periodontai
s
C
+++
++
+
0
Pedra Afiar
C
+++
+
0
0
Taça
de
Borracha
C
0
0
0
SIM
Escova
Polimento
C
0
0
0
SIM
Agulha p/
Irrigação
C
0
0
0
SIM
Agulha
Sutura
Fio
C
+++
++
+
0
Fio
de
Sutura
Agulhado
C
0
0
0
SIM
Lâmina de
Bisturi
C
0
0
0
SIM
Cabo
Bisturi
C
+++
+
+
0
Tesouras p/
Cirurgia
C
+++
++
+
0
Brocas
Cirúrgicas/
C
+++
++
+
0
s/
Vídea/
Tungstênio/
Diamantada
Brocas
Cirúrgicas
Aço
Carbono
C
0
+++
+
0
Cinzéis
Periodontai
s
C
0
+++
++
+
Sugador de
Sangue
Metálico
C
+++
++
+
0
Sugador de
Sangue
Plástico
C
0
0
0
SIM
Filtro
Osso
C
+++
0
+
0
Limas
Periodontai
s
C
+++
++
+
0
Gaze
C
+++
0
0
0
Espelho
Clínico
C
+++
++
+
0
Pinça
de
Algodão
C
+++
++
+
0
Sonda
Milimetrada
C
+++
++
+
0
Sonda
Furca
C
+++
++
+
0
de
p/
Pontas
ultra-som
C
0
0
+++
0
Pontas
ultra-som
(piezoelétri
cas)
C
+++
0
0
0
Porta
Agulhas
C
+++
++
+
0
Alta
Rotação/
Micro
motor
C
+++
0
0
0
Carpule/
Seringa
Metálico
C
+++
++
+
0
Carpule/
Seringa
Plástica
C
0
0
0
SIM
Seringa
Luer Vidro
C
+++
++
+
0
Seringa
Luer
Plástica
C
0
0
0
SIM
Afastadores
C
+++
++
+
0
4. IMPLANTODONTIA
A Implantodontia é a mais nova especialidade da Odontologia e está
ligada a procedimentos periododontais, cirúrgicos e protéticos. Na fase cirúrgica da
implantodontia são realizados procedimentos críticos, exigindo os mesmos passos de rotina
da Cirurgia Buco-Maxilo Facial com relação a esterilização, cuidados pessoais da equipe
odontológica/paciente, preparo do consultório e outros. Os sistemas de implantes
empregados atualmente são: implante subperióstico, implante de carbono vítreo, implante
de lâmina perfurada, implante de zafiro monocristalino, implante alumino-cerâmico de
Tubigen, implante de titânio osteointegrado de Branemark entre outros.
Neste capítulo, a classificação do instrumental e o tipo de esterilização
mais recomendada, na fase cirúrgica, terá como base o Sistema Neodent:
IMPLANTODONTIA
ESTERILIZAÇÃO
MATERIAIS CLASSIFIC
AÇÃO
DE RISCO
ESTERILIZAÇÃO
ESTUFA AUTOCL SOLUÇ
AVE
ÃO
QUIMÍ
CA
Brocas
Cirúrgicas/
Aço
C
Brocas
Cirúrgicas/
titânio
C
0
Instrumental
Cirúrgico/
Aço
C
+++
Instrumental
Cirúrgico/
Titânio
C
++
Contra
Angulo
C
0
C
++
Seringa
Carpule
Metálico
DESCARTÁ
VEL
++
+++
0
SIM
+++0
0
SIM
++
0
0
0
0
0
0
+
0
0
0
SIM
+++
/
+++
+++
Seringa/
Carpule
Plástico
C
Gaze
C
0
+++
0
0
Compressa de
C
0
+++
0
0
0
Gaze
Luvas
Cirúrgicas
C
0
0
0
SIM
Agulha
Irrigação
C
0
0
0
SIM
Instrumental
p/ Reabertura
C
++
0
0
Espelho
Bucal
C
+
0
Pinça Clínica
C
+
0
+
0
+
0
+
0
+++
0
+++
++
+++
++
+++
Afastadores
Bucal
C
Afastadores
de Retalho
C
Porta
Agulhas
C
Guia
Cirúrgico de
Acrílico
C
Curetas
Implante
Acrílica
C
++
+++
++
+++
++
+++
0
0
0
++
0
+
0
+
0
+++
Cabo
Bisturi
de
Tesoura
Buck
de
C
++
+++
C
Especificações Sistema Neodent
++
+++
5. ENDODONTIA
Na Endodontia os procedimentos e instrumentos são classificados como
críticos e semi-críticos. Um exemplo de procedimento semi-crítico é o capeamento indireto
onde há contato com secreção orgânica, mas não penetra no sistema vascular.
Atualmente, em Endodontia, emprego de bandejas programadas deve ser
adotada como uma nova filosofia de atendimento para melhor controle da infecção direta
ou cruzada. Este sistema de bandejas deve considerar o tipo de procedimento quanto ao
risco em transmitir infecção. As bandejas serão classificadas de acordo com o
procedimento a ser realizado em:
1) Bandeja para exame clínico: espelho bucal, sonda exploradora,
escavador de dentina, pinça clínica e película radiográfica.
2) Bandeja de isolamento absoluto deve ser montada de tal maneira a
separar o instrumental crítico do semi-crítico, tal como: instrumental crítico são a seringa
carpule, agulha descartável, grampos de isolamento, borracha para isolamento, espátula de
inserção, tesoura de ponta reta, tira de lixa metálica e instrumental aos materiais semicrítico são tubete de anestésico, fio dental, pinça perfuradora, pinça porta-grampo, arco para
isolamento, caneta e vaselina. Os instrumentos críticos devem ser manipuladas com luva
estéril e e os semi-críticos com luvas plásticas (tipo genicológica) como sobre luva.
3) Bandeja de instrumentação: instrumental de irrigação e aspiração,
limas, alargadores, brocas de abertura e preparo do canal, cones absorventes e gazes. Os
instrumentos desta bandeja devem ser manipulados somente com luvas estéreis.
4) Bandeja de curativo de demora e selamento: medicamento de curativo
de canal e irrigação, material de selamanto de canal, espátula de guta percha, lamparina,
isqueiro. Esta bandeja pode estar ao lado da bandeja de instrumentação.
5) Bandeja de obturação de canal: deve ser dividida em duas bandejas,
parte estéril: condensadores, placa de vidro, espátula para cimento, brocas para inserção de
pasta obturadora e a parte não estéril: cones principais e acessórios, pasta obturadora,
lamparina, isqueiro, espátula para corte dos cones, material de selamento da cavidade.
Na Endodontia, a esterilização de limas e alargadores deve realizada em
pequenas embalagens (tipo tubos de ensaio ou vidros de penicilina), fato que evita
esterilização desnecessária do instrumental não usado que provoca a redução da vida util
destes instrumentos. Quando estes instrumentos são esterilizados em autoclave, as
embalagens devem colocadas de boca para baixo, para evitar a condensação do vapor no
seu interior das embalagens, o que invalida o processo de esterilização.
ENDODONTIA
ESTERILIZAÇÃO / DESINFECÇÃO
MATERIAL CLASSIFIC
AÇÃO
ESTERILIZAÇÃO
AUTOCLA
VE
RISCO
Espelho
Bucal
C
Sonda
Exploratória
C
Pinça
Clínica
C
Seringa
/Carpule
Metálica
C
Seringa/
Carpule
Plástica
C
Lençol
Borracha
C
DESINFEC
ÇÃO
+++
ESTUFA
++
DESCAR
TÁVEL
SOLUÇ
SOLUÇÃO
ÃO
QUÍMI QUÍMICA
CA
+
0
0
+++
++
+
0
0
+++
++
+
0
0
+++
++
+
0
0
+++
++
+
0
SIM
+++
0
0
0
0
Arco
p/
Isolamento
Metálico
S/C
Arcos
p/
Isolamento
Plástico
S/C
Grampos p/
Isolamento
C
Pinça
C
+++
++
+
+
0
+++
0
++
+
0
+++
++
+
0
0
0
+++
++
+
Perfuradora
0
Pinça
Porta/Gramp
o
C
Anestube
C
+++
++
+
+
0
0
0
+
+++
0
Brocas
Endodontica
s: tugstênio e
diamamtadas
C
Brocas
Endodontica
s
Aço
Carbono
C
Limas
Endodontica
s
C
Alargadores
endodôntico
s
C
Régua
Metálica
C
Bolinhas de
Algodão
C
Gaze
C
+++
++
+
0
0
0
+++
++
0
0
+++
++
+
0
0
+++
++
+
0
0
+++
++
+
0
0
+++
0
0
0
0
+++
0
0
0
0
Cones
Papel
de
*Cones
Acessórios/
Principal
C
+++
++
0
0
0
C
0
0
0
+++
0
Seringa Luer
Vidro
C
Seringa Luer
Acrílica
C
Placa
de
Vidro
7
Espatulação
C
Espátulas
C
+++
++
+
0
0
0
0
0
0
SIM
+++
++
+
0
0
+++
++
+
0
0
Agulha
Irrigação/
Aspiração
C
Cursores de
Borracha
C
Calcadores
C
0
0
0
0
SIM
+++
0
+
0
SIM
+++
++
+
0
0
Intermediári
o
p/
Aspiração
C
+++
++
+
0
0
*
Ideal
Esterilização
com Óxido
de Etileno.
* Ideal Esterilização com Óxido de Etileno.
6. DENTÍSTICA RESTAURADORA
Os procedimentos restauradores representam quase 80% das atividades
praticadas em um consultório de Odontologia. Estes procedimentos são classificados como
semi-críticos, por não penetrarem no sistema vascular, permitindo que alguns dos
instrumentos empregados para sua realização sejam desinfectados.
Para um melhor controle de infecção e racionalização do trabalho na
Odontologia Restauradora se tem preconizado o emprego de bandejas programadas. Um
esquema de divisão de bandejas pode ser feito da seguinte maneira:
1) Bandeja de material clínico e anestesia: espelho bucal, sonda
exploradora, escavador de dentina, pinça clínica, seringa carpule, agulha descartável,
anestube, saca broca;
2) Bandeja de isolamento absoluto: pote de Dapen com pasta, fio
dental, grampos de isolamento, taça de borracha, pinça perfuradora, pinça porta-grampo,
arco para isolamento, borracha para isolamento, espátula de inserção, tesoura de ponta reta,
caneta, tira de lixa metálica;
3) Bandeja de preparo cavitário e proteção pulpar: broca de alta e
baixa rotação, solução para lavar cavidade, cunhas de madeira, porta-matriz, gaze, algodão,
instrumentos cortantes manuais, espátula de inserção, espátula e placa de vidro, material
forrador;
4) Bandeja para restaurações de amálgama: dedeira de borracha,
cunha de madeira, papel de articulação, lamparina, godiva de baixa fusão, porta-amálgama,
esculpidores, porta-matriz, brunidor e pincel;
5) Bandeja para restaurações de resina composta: pote de Dapen com
álcool, cunhas reflexivas, brocas, mandril com disco de lixa, espátula de inserção, brunidor,
cabo e lâmina de bisturi, tiras de lixa, tiras de poliester, pincel e gaze;
6) Bandeja para restaurações de ionômero de vidro: entulo, vaselina,
cunhas, brocas, mandril com disco de lixa, aplicador de Dycal, espátula de inserção,
espátula e placa de vidro, tira de poliester, godiva de baixa fusão, cabo e lâmina de bisturi.
Neste sistema de divisão de bandejas considerou-se os riscos dos
procedimentos em causar uma infecção direta ou cruzada. O instrumental utilizado nos
procedimentos restauradores deve ter um tratamento de acordo com a sua classificação de
risco como mostra a seguinte tabela:
DESINFECÇÃO
MATER CLASSIFIC
IAL
AÇÃO
DE
RISCO
ESTERILIZAÇÃO
AUTOCL
AVE
ESTUFA
Espelho
Bucal
C
Sonda
Explora
dora
C
Escavad
or
Dentina
C
DESINFE
CÇÃO
DESCART
ÁVEL
SOLUÇ SOLUÇÃO
ÃOQUÍ QUÍMICA
MICA
++
+
0
0
++
+
0
0
++
+
0
0
+++
+++
+++
Pinça
Clínica
C
Seringa
carpule
Metálico
C
Seringa
Carpule
Plástico
C
Agulha
Descartá
vel
++
+
0
0
++
+
0
0
0
0
0
SIM
C
0
0
0
0
SIM
Anestub
e
C
0
0
0
+
SIM
Saca
Brocas
Comum
C
0
0
+
0
Saca
Brocas/
Autocla
ve
C
Alta
Rotação
C
Micro
Motor/
Peça
Reta e
Contra
Angulo
C
Brocas
Diamant
adas e
Vídea
C
+++
+++
+++
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
++
+
+
0
+++
+++
+++
+++
Brocas
Tungstê
nio
C
Potes
Dapen/
Profilaxi
a
C
Grampo
de
Isolame
nto
C
Pinça
Perfurad
ora
S/C
Pinça
Porta
Grampo
+++
+
+
0
++
+
+
0
++
+
0
0
0
0
0
+++
0
S/C
0
0
0
+++
0
Arco p/
Isolame
nto
S/C
0
0
0
+++
0
Tesoura
Ponta
Reta
S/C
0
0
0
+++
0
Espátula
Inserção
S/C
0
0
0
+++
0
SC/C
0
+++
+
+
0
++
+
0
0
Tira
Lixa
Aço
Porta
Matriz e
Tira
Matriz
0
+++
+++
C
+++
Metálica
Instrume
ntos
Cortante
s
Manuais
Aplicad
or Dycal
Gaze
C
++
+
0
0
++
+
0
0
0
0
0
SIM
0
0
0
SIM
0
0
0
+++
0
+++
++
0
0
0
++
+
0
0
0
+
++
0
++
+
0
0
0
0
+++
0
++
+
0
0
+++
SC/C
+++
C
+++
Algodão
C
+++
Dedeira
Borrach
a
S/C
Cunha
Madeira
C
Esculpid
ores
C
Porta
Amalga
ma
S/C
Condens
adores
C
Brocas
de
Acabam
ento
Shofu
S/C
Brunidor
C
+++
0
+++
0
+++
Papel
Carbono
S/C
0
0
0
+++
SIM
Cunhas
Reflexiv
as
C
0
0
0
0
SIM
Discos
Soft-Lex
C
0
0
0
0
SIM
Tiras de
Acabam
ento
C
0
0
0
0
SIM
Tiras de
Poliester
C
0
0
0
0
SIM
Auto
Matrizes
C
0
0
0
0
SIM
S/C
0
0
0
+++
SIM
C
+++
++
0
0
SIM
0
0
SIM
Placa
Vidro
Cabo de
Bisturi
Lâmina
de
C
0
0
Bisturi
7. ODONTOPEDIATRIA
Em Odontopediatria os procedimentos clínicos incluem tanto atos
cirúrgicos, endodônticos, restauradores, ortodônticos e protéticos. Por tanto, o profissional
especialista nesta área tem que ter conciência que ele realiza não só a especialidade, mas
praticamente todas as especialidades da Odontologia, necessitando do profissional uma
leitura cuidadosa de todo o capítulo. No entanto, a tabela a seguir traz, de forma resumida,
o instrumental mais empregado em Odontopediatria e o método de esterilização ou
desinfecção que deve ser realizado:
ODONTOPEDIATRIA
MATERIA CLASSIFIC
L
AÇÃO
DESINFEC DESCART
ÇÃO
ÁVEL
ESTERILIZAÇÃO
AUTOCLA ESTUFA
VE
RISCO
Pedra
Afiar
ESTERILIZAÇÃO/ DESINFECÇÃO
SOLU SOLUÇÃO
ÇÃO
QUÍMICA
QUÍMI
CA
de
C
+++
++
0
0
0
Taça
de
Borracha
C
0
0
0
0
SIM
Escova de
Robson
C
0
0
0
0
SIM
Tesoura
C
+++
++
+
0
0
Sonda
Milimetrad
a
C
+++
++
+
0
0
Moldeiras
p/ Flúor
S/C
0
0
0
+++
SIM
Abridor de
Boca
S/C
+++
0
0
0
0
C
+++
++
+
0
0
C
+++
++
+
0
0
C
+++
++
+
0
0
Pinça
Dente
Rato
Cabo
Bisturi
Porta
de
de
Agulha
Agulha
Fio
s/
C
+++
++
+
0
0
Sugador de
Sangue
Metálico
C
+++
++
0
0
0
Alta
Rotação
C
+++
0
0
0
0
Micro
Motor/
Contra
Angulo
C
+++
0
0
0
0
Gaze
C
+++
0
0
0
0
Luvas
Cirúrgicas
C
0
0
0
0
SIM
Brocas
Diamantada S/C
s
C-
+++
++
+
+
0
Brocas
Carbide
C-
0
+++
+
+
0
0
0
0
+++
S/C
Lençol de
Borracha
C
Pinça
Perfuradora
S/C
Pinça Porta
Grampo
S/C
Bolinhas de
Algodão
C
Agulha p/
Irrigação
C
SIM
0
+++
0
0
+++
0
0
0
+++
0
0
0
0
SIM
0
0
0
0
SIM
Anestube
C
0
0
0
+
SIM
Fio
de
Sutura
Agulhado
C
Placas de
Cera
Mordedor
S/C
Curetas
Periodontai
s
C
Pinça
0
0
0
0
SIM
0
0
+
0
+++
++
+
0
0
C
+++
++
+
0
0
Sonda
C
+++
++
+
0
0
Espelho
Bucal
C
+++
++
+
0
0
Escariador
C
+++
++
+
0
0
Espátula de
Inserção
C-S/C
+++
++
+
+
0
Seringa/
Carpule
metálico
C
+++
++
+
0
0
Compasso
de Willis
C-
+++
++
+
+
0
Alicate
C/SC
+++
++
+
+
0
Alavancas
C
+++
++
+
0
0
Fórceps
C
+++
++
+
0
0
C-
+++
++
+
+
0
Placa
Vidro
0
S/C
de
S/C
Sindesmóto
mo
C
+++
++
+
0
0
Seringa
Luer Vidro
C
+++
++
+
0
0
Seringa
Luer
Plástica
C
0
0
0
0
SIM
Condensad
or
de
Amalgama
S/C
0
0
+
++
0
Brunidor
S/C
0
0
+
++
0
Porta
Matriz
S/C
0
0
0
+
0
Grampos p/
Isolamento
C
+++
++
+
0
0
Hollembac
k
S/C
0
0
+
++
0
Aplicador
de Dycal
S/C
0
0
+
++
0
Coroas
Metálicas
C
+++
++
+
0
0
Pontas
Sucção
Sangue
Plástico
C
0
0
0
0
SIM
8. ORTODONTIA
Na especialidade de Ortodontia as medidas de proteção pessoal e de
controle de infecção têm sido uma preocupação dos especialistas devido as constantes
exposições a acidentes perfurantes durante o manuseio dos fios ortodônticos e alicates, fato
que pode possibilitar uma infecção direta e cruzada. Para Feeldman e Schiff a Ortodontia é
a segunda especialidade, dentro da Odontologia, de maior risco para contrair doenças
infecciosas durante os procedimentos clínicos. Uma das medidas importantes para redução
deste risco é o tratamento adequado dado aos instrumentos empregados pelo profissional. A
tabela abaixo apresenta os métodos de esterilização ou desinfecção que o ortodontista deve
realizar para um maior controle de infecção:
ORTODONTIA
ESTERILIZAÇÃO/DESINFECÇÃO
MATERIA
L
ESTERLIZAÇÃO
DESINFE
CÇÃO
CLASSIFIC CALOR
AÇÃO DE ÚMIDO
RISCO
CALOR
SÊCO
DESCART
ÁVEL
SOLU SOLUÇÃO
ÇÃOQ QUÍMICA
UÍMIC
A
Espelho
Bucal
C
+++
++
+
0
0
Sonda
Explorador
a
C
+++
++
+
0
0
Pinça
Clínica
C
+++
++
+
0
0
Moldeiras
Metálicas
C/SC
+++
++
+
0
0
Moldeiras
Plásticas
Autoclaváv
eis
C/SC
+++
0
+
+
0
Aparelhos
Removívei
S/C
0
0
+
0
+++
s
de
Acrílico
Fios
Arco
p/
S/C
+++
++
+
+
0
Lâminas de
Aço
p/
Banda
C
+++
++
+
0
0
Compasso
Ponta Seca
S/C
0
0
0
+++
0
Brackets
S/C
+++
0
0
0
0
Alicates
C/SC
+++
++
+
+
0
PortaAgulhas
C/SC
+++
++
+
+
0
Tesouras
C/SC
+++
++
+
+
0
Anéis/
Bandas/Pré
-Fabricados
C
+++
0
+
0
0
Alicates
Cabo
de
Plástico
C/SC
++
0
++
+
0
Brocas
Diamantad
as
C
+++
++
+
0
0
S/C
+++
++
+
++
0
Taça
de
Borracha
C
0
0
0
0
SIM
Sugador de
Sangue de
Plástico
C
0
0
0
+
SIM
Espátula
Cimento
Placa
Vidro
de
S/C
+++
++
+
++
0
Pinça
de
Alastic
C
+++
++
+
0
0
Removedor
de Banda
/Brackets
C
+++
0
+
0
0
Paquímetro
S/C
0
++
++
+
0
Calcador
de Banda
Metálico
C
+++
++
+
0
0
Pote
Dapen
C
+++
0
+
0
0
Alta
Rotação
C
+++
0
0
0
0
Micro
Motor/
Contra
Angulo/
Reta
C
+++
0
0
0
0
Torre
Formadora
de Arco
S/C
0
0
0
+++
0
Adaptador
Banda de
Madeira
C
+++
0
0
0
0
Adaptador
Banda de
Plástico
C
+++
0
0
0
0
Placa
Cera
S/C
0
0
0
+++
0
de
de
Ligaduras
Metálicas
C
+++
0
0
0
0
Ligaduras
Elásticas
C
+++
0
0
0
0
Brocas de
Acabament
os
Aço/
Carbono
C
0
+++
0
0
0
Moldagem
em
Alginato
C
0
0
0
+++
0
Elásticos
IntraBucais
S/C
0
0
0
+++
0
Afastadore
s
p/
Colagem
S/C
0
0
0
+++
0
9) CONTROLE DA INFECÇÃO NA
ESPECIALIDADE DE PRÓTESE
DENTÁRIA
A Prótese dentária é uma especilidade da Odontologia que tem tido pouca
relação com as medidas para um efetivo controle da infecção durante os procedimentos
clínicos e laboratoriais. A literatura tem chamado atenção da importância deste controle na
transmissão de doenças infecto-contagiosas durante os procedimentos protéticos. Estas
normas de biossegurança não devem ser restritas ao profissional e pessoal auxiliar mas
devem se estender ao técnico em prótese dentária e seu pessoal auxiliar.
Atualmente, uma das medidas de controle de infecção em laboratório de
prótese e procedimentos protéticos no consultório é o emprego de desinfecção em moldes,
modelos e próteses. No caso das próteses, estas devem ser sempre desinfectadas antes de
serem enviadas ao laboratório de prótese e quando retornadas ao protesistas para prova. A
desinfecção dos moldes, modelos e próteses deve ser realizada conforme recomendação do
Ministério da Saúde, de 2000, em quadros a seguir:
DESINFECÇÃO DE MOLDES
MATERIAL
ALGINATO
HIDROCOLÓIDE
REVERSÍVEL
PASTA ZOE
DESINFECTANTE
HIPOCLORITO DE
SÓDIO 1%
IODOFÓROS
HIPOCLORITO DE
SÓDIO 1%
HIPOCLORITO DE
SÓDIO 1%
GLUTARALDEÍDO
ALCALINO A 2%
SILICONA
GLUTARALDEÍDO
MERCAPTANAS
GLUTARALDEÍDO
2%
POLISSULFEDTOS GLUTARALDEÍDO
2%
POLIÉSTER
HIPOCLORITO DE
SÓDIO A 1%
TÉCNICA
ASPERSÃO OU
IMERSÃO
IMERSÃO
TEMPO
NÃO MAIS DE
10 MINUTOS
NÃO MAIS DE
10 MINUTOS
IMERSÃO
10 MINUTOS
IMERSÃO
IMERSÃO
10 MINUTOS
10 MINUTOS
IMERSÃO
10 MINUTOS
IMERSÃO
10 MINUTOS
MODELOS
MATERIAL
GESSO
DESINFECTANTE TÉCNICA
HIPOCLORITO DE ASPERSÃO
SÓDIO A 1%
GLUTARALDEÍDO IMERSÃO
A 2%
TEMPO
?
10 MINUTOS
PRÓTESE DENTÁRIAS
MATERIAL
PRÓTESE FIXA
METAL/CERAMICA
PRÓTESE
REMOVÍVEL
PRÓTESE
TOTAL
DESINFECTANTE TÉCNICA
GLUTARALDEÍDO IMERSÃO
A 2%
TEMPO
10 MINUTOS
HIPOCLORITO
DE SÓDIO A 1%
1:10
HIPOCLORITO
DE SÓDIO A 1%
1:10
IMERSÃO
NÃO MAIS DE
10 MINUTOS
IMERSÃO
NÃO MAIS DE
10 MINUTOS
MORDIDA DE
CERA
PRÓTESE EM
CERÔMERO E
ÁCRILICO
IODOFÓROS
ASPERSÃO
?
HIPOCLORITO DE
SÓDIO A 1%
1:10
IMERSÃO
NÃO MAIS DE
10 MINUTOS
Após a desinfecção as moldagens, modelos ou próteses devem ser
embaladas em plástico ou sacola plástica, não sendo necessário adicionar desinfectante
dentro da embalagem, somente esponja molhada com água (umidificador). Em caso de
pacientes sabidamente infectados o profissional deve informar ao laboratório para que o
pessoal técnico redobre os cuidados de controle de infecção.
Outros materiais e equipamentos empregados no acabamento e polimento
nem sempre são utilizados de forma correta quanto ao controle de infecção. Algumas
normas devem ser seguidas, conforme sugestão da comissão de biossegurança da FOUSP,
entre as quais se incluem: 1) o polimento de coroas, pontes e próteses totais (com escovas e
discos e cones de feltro) só deve ser realizado pelo profissional que está usando gorro,
máscara, avental e óculos de proteção; 2) todo material empregado em polimentos (discos,
tiras de lixas, etc) deve ser descartado após o uso; 3) escovas, pedras montadas e outros
produtos não descartáveis, após o primeiro uso, deverão ser lavados e autoclavados; e 4)
durante a confecção de coroas provisórias, placas de mordida, próteses removíveis de
transição e próteses fixas provisórias, o paciente, o profissional e a equipe auxiliar devem
proteger, principalmente os olhos, com o uso de óculos de proteção contra os vetores
gerados durante este procedimento.
A pedra pomes ou o branco de Espanha, utilizados como agentes
abrasivos nos laboratórios de prótese para o polimento de próteses de acrílico, podem se
constituir em fonte de infecção cruzada para outras próteses ou contaminar o técnico devido
o aerosol produzido durante o polimento. O uso de equipamentos de proteção individual
(EPI’s) pelo técnico e o uso de porções individuais de pedra pomes ou branco de Espanha é
uma prática aconselhável para que não haja disseminação de doenças infecto-contagiosas.
O instrumental, brocas, moldeiras e demais materiais usados na prótese
necessitam cuidados, conforme quadro a seguir:
PRÓTESE
ESTERILIZAÇÃO / DESINFECÇÃO
MATERIA CLASSIFIC
L
AÇÃO
DE
RISCO
Sonda
Clínica
ESTERILIZAÇÃO
AUTOCL
AVE
C
DESINFE
CÇÃO
+++
ESTUFA
++
DESCARTÁ
VEL
SOLU SOLUÇÃO
ÇÃO
QUÍMICA
QUÍMI
CA
+
0
0
Espelho
Bucal
S/C
+++
++
+
0
0
Carpule
Metálico/S
eringa
C
+++
++
+
0
0
Carpule
Plástico/
Seringa
C
0
0
0
0
Anestube
C
0
0
SIM
0
0
+++
Moldeira
Metálica
S/C
+++
++
+
+
0
Moldeira
Plástica/
resistente
ao calor
S/C
+++
0
+
+
0
Moldeira
Plástica/
não
resistente
ao calor
S/C
0
0
+
0
Espátulas
S/C
+++
++
+
+
0
Brocas
(tungstênio,
vídea
diamantada
s)
S/C
+++
++
+
+
0
Brocas aço
carbono
S/C
0
+++
+
+
0
Placa
Vidro/espat
ulação
S/C
+++
++
+
+
0
+++
Placa
Espatulaçã
o Papel
S/C
0
0
0
0
SIM
Papel
Espatulaçã
o
S/C
0
0
0
0
SIM
Seringa
para
Moldagem
Metálica
S/C
++
+
+
0
Seringa
para
Moldagem
Plástica
S/C
0
0
0
0
SIM
Saca
Prótese/
Martelo
S/C
0
0
++
+++
0
Saca
Prótese
Metálico
S/C
+++
++
+
+
0
Saca Pino
S/C
+++
++
+
+
0
Alta
Rotação/
Micromoto
r
S/C
+++
0
0
0
0
Capuchão
de
Moldagem
S/C
0
0
0
+++
0
Prótese
para Prova
S/C
0
0
0
+++
0
Placas Cera
S/C
0
0
0
+++
0
+++
Arco
Facial/
Articulador
S/C
0
0
0
+++
0
Cinzéis
Acabament
o/ Preparo
C
+++
++
+
0
0
Espátula p/
Colocação
Fio/
Retrator
C
+++
++
+
0
0
10. OUTROS MATERIAIS E PRODUTOS
Alguns materiais e produtos não citados anteriormente, mas que são
comuns a todas as especialidades, serão discutidos conforme o quadro abaixo:
OUTROS
.
ESTERILIZAÇÃO/ DESINFECÇÃO
MATERIA CLASSIFIC
L
AÇÃO
ESTERILIZAÇÃO
AUTOCL
AVE
ESTUFA
DESINFE
CÇÃO
DESCART
ÁVEL
SOLU SOLUÇÃO
ÇÃO
QUÍMICA
QUÍMI
CA
Algodão
C/SC
+++
0
0
0
0
Película
RX
S/C
0
0
0
+++
0
Luvas
Procedime
nto
C
0
0
0
0
SIM
Pote
Dapen
S/C
+++
++
+
+
0
de
Termômetr
o Clínico
S/C
0
0
0
+++
0
Líquidos
em Frascos
C/SC
+++
0
0
0
0
Esfígmoma
nôme-tro
S/C
0
0
0
+++
0
Roupas
Cirurgicas
C
+++
0
0
+
0
Óculos de
Proteção
S/C
0
0
0
+++
0
Úniforme
Diário
S/C
0
0
0
+++
0
Escova p/
Prélavagem de
Instrument
al
S/C
+++
0
+
+++
0
Escova p/
Lavagem
de Mãos
C
+++
0
+
0
0
REPRESENTAÇÃO DA SIMBOLOGIA
+ + + : 1ª ESCOLHA DE PROCEDIMENTO
+ + : 2ª ESCOLHA DE PROCEDIMENTO
+.: ÚLTIMA ESCOLHA
0.: NÃO RECOMENDADO
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