carta para fsc - rede alerta contra o deserto verde brasil

Transcrição

carta para fsc - rede alerta contra o deserto verde brasil
REDE ALERTA CONTRA O DESERTO VERDE BRASIL.
Alerta! Alerta!
Carta pública de denúncia da certificação FSC da Fibria Aracruz Celulose S.A.
Brasil/Setembro 2012.
Ao : FSC
Ao: IMAFLORA
Aos: consumidores de produtos de papel com o selo FSC
Somos organizações, movimentos sociais e ativistas dos estados do Espírito
Santo e da Bahia onde a empresa Fibria Celulose S.A. está em busca de
certificação pelo FSC, e também somos do Brasil e do mundo, reforçando
nossa solidariedade com as lutas sociais e ambientais das populações
afetadas pelo projeto das empresas de celulose. Neste momento em especial a
empresa Fibria, ex Aracruz Celulose.
O motivo desta carta é reagir a um comunicado, do Imaflora, enviado por email,
e recebido por diversas entidades e pessoas, afirmando que ela, uma empresa
brasileira de certificação, está conduzindo a certificação FSC da empresa Fibria
Celulose S.A. O Imaflora inclusive anunciou que está organizando uma
consulta, e três reuniões públicas no mês de agosto deste ano no Espirito
Santo e no Extremo Sul da Bahia sobre o tema.
Fibria Celulose S.A. é uma empresa criada em 2009 a partir de uma fusão,
financiada com dinheiro público brasileiro do BNDES1, entre a Votorantim
Celulose e Papel e a Aracruz Celulose S.A. Hoje, a Fibria é a maior
exportadora de celulose de eucalipto do mundo, com mais de 1 milhão de
hectares de terras no seu poder, dos quais 600 mil hectares com monocultivos
de eucalipto.
A área que a Fibria pretende certificar, segundo o Imaflora, é a “unidade
Aracruz“ que teria 355 mil hectares. No entanto, o Imaflora não explica a
localização e a composição dessa área; por exemplo, quantos hectares são de
eucalipto? Onde se localiza a área? Quais as comunidades impactadas? Onde
há litígio de terra com comunidades tradicionais? Onde estão os conflitos
trabalhistas e sócio-ambientais? Para a sociedade civil deste vasto entorno
territorial, não há a mínima transparência e sequer informações básicas para
que possamos ter uma participação justa e democrática no processo de
certificação.
1
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Além disso, não acreditamos no FSC porque ele continua negando os
problemas estruturais dos quais sofre desde que foi criado. O FSC continua
certificando áreas de monocultivos industriais de árvores que, por serem
monocultivos e otimizando sua produtividade, são sujeitas a um manejo
intensivo com fertilizantes e agrotóxicos químicos, inclusive o roundup, de
princípio ativo Glifosato2, e formicida a base de sulfuramida3, cujos perigos são
cada vez mais evidentes segundo estudos científicos diversos.
O FSC também continua negando a complexidade de certificar áreas em larga
escala como essa da Fibria. Isso num país com uma das maiores
desigualdades social do mundo, inclusive em termos de ocupação de terras:
3.5% dos proprietários de terras controlam 56% das terras, enquanto 40% dos
proprietários ocupam menos de 1%. As empresas de eucalipto, principalmente
a Fibria, são exemplos deste modelo concentrador de terras. E mais, o setor de
eucalipto-celulose integra o setor do agronegócio que procura acabar com a
reforma agrária e reduzir os direitos territoriais dos indígenas, quilombolas e de
outros povos tradicionais, bem como desconstruir o código florestal.
Portanto, nunca podemos aceitar que uma empresa que integra esse modelo
ganhe um selo nos mercados consumidores, que afirma que o produto resultou
de um “manejo” socialmente justo, ambientalmente adequado e
economicamente viável. Continuar certificando e, portanto, legitimando este
modelo restringe e adia a promoção de formas muito mais viáveis,
democráticos e humanas de produção agrícola, baseada na soberania
alimentar e na agroecologia, beneficiando comunidades rurais. Certificando
empresas como Fibria e outras, também adia a possibilidade de introduzir uma
produção alternativa de papel, de forma decentralizada e utilizando diferentes
fibras como matéria prima, produzindo quantidades de papel para a sociedade
viver bem, sem a necessidade de monocultivos em larga escala em função do
consumo excessivo e ilimitado de papéis descartáveis, algo que as empresas
de celulose têm estimulado sempre, e que o FSC vem reforçando.
Além disso, a área da Fibria a ser certificada é inteiramente a área da exAracruz Celulose, marcada por quatro décadas de violações sociais,
econômicas, ambientais e culturais, com a conivência do Estado e contra
populações camponesas, indígenas e quilombolas. Foi a ex-Aracruz, hoje
Fibria, que derrubou com seus tratores casas, inclusive de reza, de duas
aldeias indígenas Tupiniquins e Guaranis, em 2006; foi essa a empresa que
montou e realizou uma campanha racista, discriminatória, contra os indigenas
no mesmo ano cujas consequências serão sentidas por muitos anos pelas
2
HARDELL, Lennart; ERIKSSON, Miikael. A case-control study of non-Hodgkin lymphoma and exposure to pesticides. Cancer, Lund,
N.º 85, p. 1353-1360, 15 de março de 1999. http://www.espacoacademico.com.br/051/51andrioli.htm
3
Documento Técnico Sobre os Impactos da Sulfluramida e do Sulfonato de Perfluorooctano (PFOS) sobre a Saúde Humana e
Ambiental – Fundação Osvaldo Cruz http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoespermanentes/capadr/audiencias-2009/rap140409zuleica.pdf
comunidades; foi também a empresa responsável, articulada com um aparato
policial gigante, pela perseguição e ataque à comunidade quilombola de São
Domingos em 2009, quando quase 40 quilombolas foram presas, sendo
acusados no seu próprio território de “roubar madeira”; trata-se também da
empresa com um histórico de negligência em relação aos seus (ex-)
trabalhadores. Essas e outras atrocidades cometidas pela hoje Fibria têm sido
fartamente documentadas, por testemunhos locais, livros, vídeos, teses e
dissertações, fotos, em diversos gêneros discursivos, acadêmicos,
interdisciplinares, técnicos, jornalísticos, artísticos4. O IMAFLORA não pode
subestimar esse corpo textual e empírico, que envolve a péssima fama da
empresa junto à sociedade local, regional e internacional. É mais um péssimo
exemplo para estampar um selo que se propõe “verde” e “sustentável”.
A Fibria continua violando os direitos territoriais das comunidades quilombolas
no Norte do Espírito Santo apesar dos diversos estudos de identificação de
seus territórios já publicadas nos últimos 7-8 anos. O próprio Estado5 (e em off
a empresa!) já reconhecem a ocupação de terras devolutas pela Fibria. Ainda
assim, suas ações jurídicas são o principal obstáculo para o bom e ágil trâmite
dos processos de regularização fundiária dos territórios quilombolas. Fomenta
inclusive uma campanha racista, veiculada por seus aliados, ruralistas do
Movimento Paz no Campo (MPC), um tipo de UDR regional. Enquanto isso, os
diversos rios e córregos desaparecidos e submersos em meio ao eucaliptal
lançam as comunidades em grave crise hídrica, afetando diretamente a
segurança alimentar, conforme reconhecido pelo Conselho de Segurança
Alimentar e a Comissão de Direito Humano à Alimentação Adequada.
O FSC nega o fato que o Estado é “refém” da Fibria, incentivado por fartos
financiamentos por parte da empresa das campanhas eleitorais dos
governantes federal e também estadual como no Espirito Santo e na Bahia.
Isso explica que os órgãos estaduais do Meio Ambiente e até mesmo o
Ministério Público Estadual fazem as vontades da empresa (mesmo que há
sempre alguns funcionários comprometidos com a justiça social e ambiental).
No Espirito Santo, por exemplo, a Fibria infringiu a legislação ambiental de
várias formas, desviando rios e manipulando o processo de licenciamento
ambiental para garantir o consumo exorbitante de água do complexo fabril de
4
Se a história tiver alguma importância para o FSC e o Imaflora, não faltarão testemunhos para serem ouvidos, nem
bibliografia para ser consultada, por exemplo, o “Estudo e Relatório de Impactos em Direitos Humanos de grandes
projetos (EIDH/RIDH): o caso do monocultivo de eucalipto em larga escala no Norte do Espirito Santo”, produzido em
2010 pelo Movimento Nacional de Direitos Humanos e o Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra. Outra
publicação recente é o livro “Aracruz Credo: 40 anos de violações e resistência no ES”, produzido pela Rede Alerta e a
Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterias em 2011. Também, sobre o assunto o livro Além do Eucalipto:
O papel do Extremo Sul, produzido em 2005 pelo Padre José Koopmans e a Cartilha “Dez Respostas a Dez Mentiras,
produzido a partir do texto de Ricardo Carrere, do WRM – Uruguay, pela Fundação Padre José Koopmans em 2010,
disponíveis no site do CEPEDES, Eunápolis e na FUNPAJ, em Teixeira de Freitas – Bahia. E ainda os 2 Relatórios de
Violação de Direitos Econômicos Sociais Culturais Ambientais, a publicação “H2O para celulose, água para muitas
línguas”, publicados pela FASE e Rede Deserto Verde, o Relatório da Missão Quilombola, da Comissão do Direito
Humano à Alimentação Adequada, vinculada ao Conselho Nacional de Segurança Alimentar. E ainda muitos artigos e
teses de doutorado e dissertações de mestrado produzidas em várias academias e programas de pós-graduação em
várias universidades.
5
Através do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e Instituto de Defesa Agropecuária (IDAF)
produção de celulose. E na Bahia, por exemplo, instalou-se a prática de se
fazer acordos, os chamados TACs6, como o que foi proposta pelo Ministério
Público Estadual7 em Teixeira de Freitas à Fibria e também a empresa Suzano
em 2011. Esse TAC livra as empresas das multas aplicadas por seus danos
ambientais pelos órgãos estaduais de fiscalização ambiental ao longo dos
anos, e de processos abertos em função de denúncias de degradação
ambiental, apresentadas por organizações não governamentais e movimentos
sociais. Enquanto esse TAC certamente ajudará a Fibria em conseguir seu
“selo verde” do FSC, comunidades tradicionais que ao longo do tempo não
puderam mais produzir em suas propriedades ilhadas pelos eucaliptais,
continuam sem apoio do governo estadual e federal e sem água para
produzirem, uma vez que os riachos, lagos e lagoas naturais secaram.
Ressaltamos que não temos nenhuma ilusão que atender à convocação do
Imaflora e participar das “reuniões públicas” por ele convocadas, possa influir o
resultado do processo. A experiência na Bahia com a empresa Veracel
Celulose S/A, cujos eucaliptais, quase 100 mil hectares, foram certificados pelo
FSC em 2008, foi bastante emblemática. Essa empresa, cuja proprietária é a
própria Fibria (50%) e a multinacional sueco finlandesa Stora Enso (50%),
conseguiu se certificar, apesar dos muitos problemas no processo de
certificação e apesar dos diversos impactos da empresa8. Apesar de que até o
próprio FSC admitiu problemas numa avaliação posterior, a Veracel continua
até hoje com o selo FSC. E ainda, os defensores do FSC nos centros de
consumo de papel, sem conhecimento da realidade, tentaram vender ao
mundo uma visão de que a Veracel “resolveu” todos seus problemas e que o
FSC “funciona”. Vale lembrar que a mesma Veracel está buscando a
duplicação das plantações num processo de licenciamento contestado
judicialmente por estar cheio de irregularidades (veja carta de denúncia
www.wrm.org.uy/paises/Brasil/ampliacao_da_Veracel.html).
Além disso, o próprio Imaflora se envolveu também com outro processo de
certificação na região, desta vez para ampliar ainda mais as áreas certificadas
da Veracel. Anunciou que realizará um processo de certificação de um grupo
de fomentados da Veracel9. Segundo a Imaflora, são 21.000 hectares e a
certificadora pretende realizar a visita a campo na Bahia em setembro. Isso
apesar das irregularidades e ilegalidades como a falta de licenciamento
ambiental e Reserva Legal em áreas de fomentados10.
6
7
8
Termo de Ajustamento de Conduto
Pela Promotoria Regional Costa das Baleias
vários dos quais descritos na publicação “Violações socioambientais promovidas pela Veracel Celulose, propriedade
da Stora Enso e Aracruz Celulose (atual Fibria)”, produzido pelo CEPEDES em 2008
9
são aqueles que plantam eucalipto para a empresa baseado num contrato que obriga essas pessoas a venderem o
eucalipto para a Veracel, ou seja, trata-se de uma área da Veracel onde ela terceirizou a produção
10
Segundo um estudo da Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia, 60% das áreas vistoriadas em 2009 não
possuíam Reserva Legal, sendo que 15% não possuíam nem área para este fim. Prova das irregularidades é que um
dos municípios onde haverá o processo de certificação, Itabela, cancelou todas as licenças ambientais em 2011
através de Decreto Municipal. Também existem ações de fomentados contra a Veracel Celulose, com decisão de 1ª e
2ª instancia da Justiça Brasileira contrária à empresa.
Isso nos leva a uma única conclusão: a certificação continua avançando porque
parece ser um bom negócio que interessa tanto às empresas do setor de
celulose quanto ao FSC. Sem compromisso com a justiça social e ambiental,
ambos buscam reforçar sua legitimidade, sua hegemonia e aumentar seus
negócios com base na exploração da natureza, do envenenamento humano e
ambiental, do desrespeito às comunidades locais e a vida do Planeta! Lucro e
mais negócios a qualquer custo!
Por tudo isso, somos contra o que é chamado pelo IMAFLORA e FSC de
“manejo florestal” da Fibria, lembrando que as plantações de eucalipto não são
florestas e que não existe um manejo florestal de monocultivos de eucalipto!
Emitimos aqui nosso profundo PROTESTO e INDIGNAÇÃO contra mais este
engano dos consumidores e da sociedade em geral, essa ´lavagem verde’
promovida por FSC e seus Sócios.
Assinam:
1. AATR – Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais no Estado da Bahia –
Salvador – BA
2. Amigos da Terra Brasil – Porto Alegre – RS
3. ANAÍ – Salvador – BA
4. Associação Aritaguá – Ilhéus – BA
5. Associação de Moradores de Porto das Caixas (vítimas do derramamento de óleo da
Ferrovia Centro Atlântica) – Itaboraí – RJ
6. Associação Socioambiental Verdemar – Cachoeira – BA
7. CEDEFES (Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva) – Belo Horizonte – MG
8. Central Única das Favelas (CUFA-CEARÁ) – Fortaleza – CE
9. Centro de Estudos e Defesa do Negro do Pará (CEDENPA) – Belém – PA
10. Centro de Cultura Negra do Maranhão - São Luís - MA
11. Coordenação Nacional de Juventude Negra – Recife – PE
12. CEPEDES (Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul da
Bahia) – Eunápolis – BA
13. Centro Agroecologico TERRA VIVA – Itamaraju – Bahia
14. CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades) - São Paulo –
SP
15. Conselho Indigenista Missionário – CIMI
16. CPP (Conselho Pastoral dos Pescadores) Nacional
17. CPP BA – Salvador – BA
18. CPP CE – Fortaleza – CE
19. CPP Nordeste – Recife (PE, AL, SE, PB, RN)
20. CPP Norte (Paz e Bem) – Belém – PA
21. CPP Juazeiro – BA
22. CPT – Comissão Pastoral da Terra Nacional
23. CRIOLA – Rio de Janeiro – RJ
24. Central Única dos Trabalhadores – CUT Bahia
25. EKOS – Instituto para a Justiça e a Equidade – São Luís – MA
26. FAOR – Fórum da Amazônia Oriental – Belém – PA
27. Fase Amazônia – Belém – PA
28. Fase Nacional (Núcleo Brasil Sustentável) – Rio de Janeiro – RJ
29. FDA (Frente em Defesa da Amazônia) – Santarém – PA
30. FIOCRUZ – RJ
31. Fórum Carajás – São Luís – MA
32. Fórum de Defesa da Zona Costeira do Ceará – Fortaleza – CE
33. FUNAGUAS – Terezina – PI
34. Fundação Padre José – FUNPAJ
35. GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra – São Paulo – SP
36. Grupo de Pesquisa da UFPB - Sustentabilidade, Impacto e Gestão Ambiental - PB
37. GPEA (Grupo Pesquisador em Educação Ambiental da UFMT) – Cuiabá – MT
38. Grupo de Pesquisa Historicidade do Estado e do Direito: interações sociedade e meio
ambiente, da UFBA – Salvador – BA
39. GT Observatório e GT Água e Meio Ambiente do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR) Belém – PA
40. IARA – Rio de Janeiro – RJ
41. Ibase – Rio de Janeiro – RJ
42. INESC – Brasília – DF
43. Instituto Búzios – Salvador – BA
44. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense – IF Fluminense –
Macaé – RJ
45. Instituto Terramar – Fortaleza – CE
46. Justiça Global – Rio de Janeiro – RJ
47. Lideranças da Rede de Agroecologia do Extremo Sul da Bahia
48. Movimento Cultura de Rua (MCR) – Fortaleza – CE
49. Movimento Inter-Religioso (MIR/Iser) – Rio de Janeiro – RJ
50. Movimento Popular de Saúde de Santo Amaro da Purificação (MOPS) – Santo Amaro da
Purificação – BA
51. Movimento Wangari Maathai – Salvador – BA
52. Movimento de Luta pela Terra (MLT)
53. Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra – (MST)
54. NINJA – Núcleo de Investigações em Justiça Ambiental (Universidade Federal de São
João del-Rei) – São João del-Rei – MG
55. Núcleo TRAMAS (Trabalho Meio Ambiente e Saúde para Sustentabilidade/UFC) –
Fortaleza – CE
56. Observatório Ambiental Alberto Ribeiro Lamego – Macaé – RJ
57. Omolaiyè (Sociedade de Estudos Étnicos, Políticos, Sociais e Culturais) – Aracajú – SE
58. GDASI – Grupo de Defesa Ambiental e Social de Itacuruçá – Mangaratiba – RJ
59. Opção Brasil – São Paulo – SP
60. Oriashé Sociedade Brasileira de Cultura e Arte Negra – São Paulo – SP
61. Projeto Recriar – Ouro Preto – MG
62. Rede Axé Dudu – Cuiabá – MT
63. Rede Matogrossense de Educação Ambiental – Cuiabá – MT
64. RENAP Ceará – Fortaleza – CE
65. Sindicato dos Bancários do Estremo sul da Bahia
66.
Sindicato dos Trabalhadores em bares, restaurantes, hotéis, pousadas e similares do
Extremo Sul da Bahia - SINTHOTESB
67. Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STR Itanhém
68. Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STR Ibirapuã
69. Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STR Vale Jucuruçu
70. Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STR Itabela
71. Sindicato dos Trabalhadores Rurais – STR Nova Viçosa
72. Sociedade de Melhoramentos do São Manoel – São Manoel – SP
73. Terra de Direitos – Paulo Afonso – BA
74. TOXISPHERA – Associação de Saúde Ambiental – PR
75. Fórum de Juventude Negra-PE
76. Grupo Ambientalista da Bahia – GAMBA
77. Mandy Haggith – Scotland, UK
78. The Corner House - UK
79. Reforest the Earth - UK
80. Green Party – Ireland
81. ASCAAT – Spain
82. CONICET- Universidad Nacional de Misiones – Argentina
83. Comitê Ambiental Miramar – Costa Rica
84. AVES FRANCE – France
85. ARA – Germany
86. Associación Conservacionista YISKI – Costa Rica
87. Centro Ecologista Renacer – Argentina
88. Rede Alerta Contra o Deserto Verde – Brasil
89. Agrupación de Ing. Forestales por El Bosque Nativo – Chile
90. Universitat Autônoma de Barcelona – Spain
91. Canadian Consulting PM – Canadá
92. Amigos Del Bosque - Colombia
93. University of Freiburg – Germany
94. RAPAL Uruguay – Uruguay
95. Biofuelwatch – United Kingdom
96. Suoremissionarie – Italy
97. Centro de Amigos para La Paz – Costa Rica
98. Le Jardin de Zita – France
99. Raptor Management – U.S.A
100. Reillanne France – France
101. CLOAREC – France
102. Greenpeace – France
103. IFPA – Abaetuba – Brasil
104. EAPSEC A.C. – México
105. Instituto Universidade Popular – UNIPOP – Brasil
106. Fórum da Amazonia Oriental – Brasil
107. CNRS ET Museum National d´Histoire Naturelle (MNHN) - France
108. Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos – SDDH – Brasil
109. Red de Coordinacion em Biodiversidad – Costa Rica
110. SOS Encontro das Águas – Brasil
111. Locataire de La terre – France
112. Acion-environnement Durable/ONGE – Congo,DR
113. BOS Deutschland e.V – Germany
114. Funcação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídrigos – FEM – Brasil
115. Associação Agroecológica TIJUPÁ – Brasil
116. APA – TO
117. Cartographe – France
118. Environmental Paper Network – United States
119. Instituto Madeira Vivo – IMV – Brasil
120. GRABE Bénin ONG – Benin
121. ArtEstação – Brasil
122. ABEEF – Brasil
123. Casa de La Mujer Ixim Antsetic, A.C. – México
124. Centro de Tecnologias Alternativas da Zona da Mata – Brasil
125. GEAN – Grupo Ecológico Amantes da Natureza – Brasil
126. Fórum Carajás – Brasil
127. AcBio – Argentina
128. Alter Trade Japan - Japan
129. Cooperativa Agrissilviextrativista Sertão Veredas – Brasil
130. Geografia Viva – Venezuela
131. IMENA – Instituto de Mulheres Negras do Amapá – Brasil
132. University of Oxford – Greece
133. Planet Hydrogen – United Kingdom
134. Mangrove Action Project – Thailand
135. Jennifer kirby, Portraitist – UK
136. Amnesty International - United Kingdom
137. Wildlife &amp – UK
138. World Family - United Kingdom
139. Friends of the Earth
140. IAP Internacional Anarcopuk – Brasil
141. Friends of the Earth Scotland - United Kingdom
142. Eatside Roots – UK
143. FOE &amp – UK
144. Orange France – France
145. Duurzaam op papier – Belgium
146. VZW CLIMAXI – Belgium
147. ´t Uilekot vzw - Belgium
Participantes individuais:
1. Ana Almeida – Salvador – BA
2. Ana Paula Cavalcanti - Rio de Janeiro - RJ
3. Angélica Cosenza Rodrigues - Juiz de Fora – Minas
4. Carmela Morena Zigoni – Brasília – DF
5. Cíntia Beatriz Müller – Salvador – BA
6. Cláudio Silva – Rio de Janeiro – RJ
7. Daniel Fonsêca – Fortaleza – CE
8. Daniel Silvestre – Brasília – DF
9. Danilo D’Addio Chammas - São Luiz – MA
10. Diogo Rocha – Rio de Janeiro – RJ
11. Florival de José de Souza Filho – Aracajú – SE
12. Igor Vitorino – Vitória – ES
13. Janaína Tude Sevá – Rio de Janeiro – RJ
14. Josie Rabelo – Recife – PE
15. Juliana Souza – Rio de Janeiro – RJ
16. Leila Santana – Juazeiro - BA
17. Luan Gomes dos Santos de Oliveira – Natal – RN
18. Luís Claúdio Teixeira (FAOR e CIMI) Belém- PA
19. Maria do Carmo Barcellos – Cacoal – RO
20. Maurício Paixão – São Luís - MA
21. Mauricio Sebastian Berger – Córdoba, Argentina
22. Norma Felicidade Lopes da Silva Valencio – São Carlos - SP
23. Pedro Rapozo – Manaus – AM
24. Raquel Giffoni Pinto – Volta Redonda – RJ
25. Ricardo Stanziola – São Paulo – SP
26. Ruben Siqueira – Salvador – BA
27. Rui Kureda – São Paulo – SP
28. Samuel Marques – Salvador – BA
29. Tania Pacheco - Rio de Janeiro – RJ
30. Telma Monteiro – Juquitiba – SP
31. Teresa Cristina Vital de Sousa – Recife – PE
32. Tereza Ribeiro
– Rio de Janeiro – RJ
33. Vânia Regina de Carvalho – Belém – PA
34. Jan Seven – Germany
35. Angles – Argentina
36. Thomas Leclere – France
37. Eduardo Basz – Argentina
38. Diego Cardona – Colômbia
39. Cândida Leal Pardo – Espanha
40. Riss – France
41. Gary Brobecker – France
42. Diana – Portugal
43. Antonio Cesar Silva Ormundo – BA
44. Fabio Martins Villas – Brasil
45. Adriano Wild – Brasil
46. Silvia Helena de Souza Ferrari – Brasil
47. Lívia Morena Brantes Bezerra – Via Campesina – Brasil
48. Raquel Giffoni Pinto – UFRJ, Brasil
49. Sue Loose – UK
50. Gisela Kelso – Germany
51. Bayle Reine – France
52. Darmangeat Pierre – France
53. Carlos Alberto Dayrell – Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas/BRASIL
54. Célia Dias – UNESA Brasil
55. Simone Raquel Batista Ferreira – UFES Brasil
56. Dirce Suertegaray – Brasil
57. Guilherme Carvalho – FASE Amazônia – Brasil
58. Elder Andrade de Paula – Universidade Federal do Acre – Brasil
59. Dercy Teles de Carvalho Cunha – Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri –
Brasil
60. Eduardo Luis Ruppenthal – MOGDEMA – Brasil
61. Geise Pereira da Silva – FASE/ES
62. Nomura Tamio – JAPAN
63. Miguel Angel Vazquez – Argentina
64. Juan Jose Bellido – Peru
65. Bischoff – France
66. Clarire Boissel – France
67. Laporte – France
68. BREEM – France
69. Marion Bricaud – France
70. Olivier David – France
71. François BEDEX – France
72. Karine Barbas – Austrália
73. Robrieux – France
74. Caroline Lara - Brasil
75. Pantaleon Riquelme – Argentina
76. Hulin Marieta – France
77. Annick Nellen – Swiss
78. Anger Yasmina – France
79. Lefebvre – France
80. Pioche Adeline – France
81. Baudimont – N1T – Belgique
82. Planet Amazone – France
83. Nicole Kaech – Switzerland
84. Neveux Françoise – France
85. Hervieu – France
86. Guy Lazare – France
87. Soete – France
88. Bodson – Belgium
89. Sud Véronique - Belgium
90. Maria Filomena Alves – United Kingdom
91. Perrine – France
92. Blanc – France
93. Maricaillou – France
94. Dominique Fleuriot-Fort – France
95. Maimouna Balance – France
96. Audurier – France
97. Lourenço Bezerra Lima - FASE AMAZONIA
98. Clémence ROMAIN – France
99. Chaussois Nadege – France
100. Marcia Zumak – Brasil
101. Rodrigo de Melo Bezerra – Brasil
102. Emile Balluet- France
103. Boronat Catherine – France
104. Remi Duding – France
105. Nora Pérez – Argentina
106. Cedric Guerin – France
107. Cloes Bernadette – Belgium
108. Jacques de Rostolan – France
109. Paquin Didier – France
110. Grolleau Damien – France
111. Renata Fernandez Nogueira – Brasil
112. Vanooteghem – France
113. Sophie – OBC – Spain
114. Clarisse Werberich – Brasil
115. Eric Morin – France
116. Nelsi Teresinha Scartezini – Brasil
117. Rudolf Winner – Germany
118. Jelica Roland – Croatia
119. Lídia cruz Nunes – Brasil
120. Amanda Tas – Sweden
121. C. Wilhelm – Germany
122. Alice Pakareu – Spain
123. Kaoru Oya – Japan
124. Masako Kobayashi – Japan
125. Seiji Inagaki – Japan
126. Massin Burki – Switzerland
127. Marlène – France
128. Audrey Berard – France
129. RAVET – France
130. CALVIER Agnès - France
131. Ayesha – United Kingdom
132. Mia Schmidt-Hansen – United Kingdom
133. Nikki Graham – United Kingdom
134. Gordon Wilson – UK
135. Louise Kilbride - UK
136. Boisvert – UK
137. Graham Lingley – Unite Kingdom
138. Nicholas – United Kingdom
139. Tamara Gilchrist – United Kingdom
140. Catherine Davies - United Kingdom
141. Ronald Newton -UK
142. Jacqui Middleton – gb
143. Antje Molton – UK
144. Karen Harner – UK
145. Jonathan Tyler - United Kingdom
146. Marco A. Silva - United Kingdom
147. Dawn L. Criddle - United Kingdom
148. Mike Watkins - United Kingdom
149. Claudia Bassi – UK
150. Simon Gould – UK
151. Antoinette Hookway – United Kingdom
152. MRS MARJOIRE J LEWIS - United Kingdom
153. Dr Jill Austin United Kingdom
154. Chris Redston – UK
155. Adela Pickles- UK
156. Alison Carroll – UK
157. Paull Allard - United Kingdom
158. Tim Ellis - United Kingdom
159. Daniel Firth - United Kingdom
160. Claire Thompson – England
161. Euan Davidson - United Kingdom
162. Darren - United Kingdom
163. Robert Burbea - United Kingdom
164. Michel PRUDHOMME – France
165. Luiza Hinze – Germany
166. Robert Smith - United Kingdom
167. Harriet - United Kingdom
168. John Crocker – Wales
169. Delphine Sacali – Italy
170. Bill Boggia – Scotland
171. Nile Nugnez - United Kingdom
172. José Ignácio Esquíroz – Spain
173. Emily Fellah – UK
174. Carla Denyer – UK
175. Rebeca Romero Hawley – Spain
176. Richard Haynes - United Kingdom
177. Lejeune John – France
178. Ellen CS Pereira- Brasil
179. Juan Munoz – France
180. Jonathan Agnew – UK
181. Péricles de Oliveira Moreno – Brasil
182. Maria Malson NJPN – UK
183. Peter Malson NJPN - UK

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