Conteudo da Jornada de Farmacia 2010 - PET

Transcrição

Conteudo da Jornada de Farmacia 2010 - PET
Orientações em Formulações Caseiras
Farmacêutica Lilian Scoteski Carniatto
Conteúdo
PARTE I:
Apresentação
Definições; Coleta, secagem e armazenamento de plantas medicinais;
Cuidados no uso de fitoterápicos;
Farmácia caseira: plantas úteis no dia-a-dia;
PARTE II:
Boas práticas caseiras de fabricação e armazenagem;
Manipulação caseira de fitoterápicos de uso interno: chás (infusos e decoctos),
tinturas, alcoolaturas, xaropes, melitos, vinho medicinal
PARTE III:
Manipulação caseira de fitoterápicos de uso externo: pomadas, loções, cremes,
cataplasmas, compressas, banhos de assento;
Chá
Linhaça
Frutas
Temperos
Plantas ornamentais tóxicas e medicinais do Brasil
Glossário
Bibliografia
APRESENTAÇÃO
O objetivo deste mini-curso é orientar o profissional farmacêutico e os
estudantes para atender uma realidade muito presente nos balcões de nossas
farmácias: o uso de medicamentos caseiros elaborados a partir de fitoterápicos
e produtos simples encontrados geralmente em casa ou na própria farmácia,
como pomadas, cremes e xaropes. O farmacêutico deve estar apto a atender
esta demanda, visto que em regiões mais carentes este tipo de atendimento
chega a 30% das vendas diárias e mesmo nos locais de renda mais elevada há
uma procura muito grande por tratamentos naturais. Também existe uma idéia
muito forte, nas regiões de maior renda per capita, de “vou fazer meu próprio
medicamento”, que chega quase a ser um modismo.
Para entender primeiramente o significado de “medicamentos caseiros”,
devemos esclarecer que são as preparações mais simples, geralmente
derivadas de plantas medicinais, como chás, infusões (que são utilizadas para
lavar feridas, queimaduras, banhos medicinais), compressas, cataplasmas, até
às vezes sendo usadas preparações mais elaboradas como pomadas feitas de
cera de abelha e xaropes com mel e ervas medicinais, passando pelos óleos,
linimentos, vinhos medicinais, inalações, pílulas, complementos alimentares,
farinhas, etc. Na realidade existem milhões de formas, todas válidas, e cada
lugar, cada bairro, cada cidade possui suas peculiaridades.
Devemos entender que, quando entra em uma farmácia em busca de
informações, o “cliente-paciente” pode ser, a rigor, de duas índoles: ou é um
paciente com necessidades específicas, de baixa renda, que quer medicar um
ou vários filhos a baixo custo, como quando procura um chá de calêndula para
fazer banho de assento para diminuir as assaduras do bebê, ou um chá de
malva para fazer bochechos para as aftas ou pequenas inflamações na boca,
atos simples que irão retardar ou até impedir a sua ida ao pediatra ou ao
dentista do posto de saúde, de madrugada, enfrentando filas e mauatendimento. Neste caso, temos que verificar a real situação através de
questionamentos simples e, acima de tudo, entender que se trata de um
problema de saúde pública, de falta de atenção primária às necessidades mais
básicas e simples do ser humano, e tentar aliviar a dor, o desconforto, a falta
de higiene, no que houver ao alcance de nossas mãos, como profissionais da
saúde que somos.
Mas há também um outro caso, como já havia citado, uma outra “índole”: o
consumidor que entra na farmácia e que, durante o final de semana, fez um
“curso” sobre plantas medicinais, e que acha que sabe tudo ou, pior, quer
testar se os conhecimentos que recebeu são “sérios”. Creio positivamente que
esse é o caso pior, pois se no primeiro há somente a busca pelo medicamento
como fim, neste há primeiro que se filtrar a essência do que o “cliente” precisa,
verificar quais foram as supostas “verdades” que ele aprendeu, descobrir quais
foram as inverdades da maioria dos casos, e, com todo o tato e educação,
responder às questões de forma segura, para que essa pessoa passe a confiar
no trabalho do farmacêutico. Este é o paciente que irá lhe pedir produtos mais
acabados, por exemplo “Você tem álcool 70%?” “Trabalha com álcool de
cereais?” “Pode me vender creme base?” “Você manipula gel base?” E por aí
vai...
Finalizando, nosso objetivo então é listar as formas de manipulação possíveis
de serem realizadas em casa, sob orientação profissional, de forma segura,
sem agredir a saúde da população e promovendo alívio para pequenos males.
Para iniciarmos uma atenção farmacêutica eficiente em fitoterápicos, temos
que ter em mente:
 Indicação e dosagem
 Parte da planta a ser utilizada
 Principal sintoma em caso de superdosagem
 Modo de preparo (externo/interno, chá/cataplasma/tintura/infuso)
 Toxicidade e níveis de segurança, principais contra-indicações
 Busca de informações regionais
 Utilizar plantas conhecidas
 Ter conhecimento sobre plantas tóxicas e ornamentais, envenenamento e
primeiros socorros.
Em caso de dúvida, pesquisar antes de utilizar.
Com cuidados simples, podemos manipular a planta medicinal em nosso
ambiente utilizando todo o princípio curativo elaborado pela natureza a nosso
OBTENDO FITOTERÁPICOS DE QUALIDADE
Obviamente, nosso objetivo não é ensinar a plantar, nem a colher, nem a secar.
Mas a razão de abordar esses tópicos rapidamente é uma só: o cliente, no
balcão da farmácia, vai perguntar, terá dúvidas, pois ele tem ou conhece
alguém que tem uma planta no quintal e ele quer saber pra que serve, se pode
usar, como faz pra secar. E isso acontece em todas as farmácias em qualquer
lugar, seja no Batel, no Ahú, em Santa Felicidade ou no Boqueirão.
ÉPOCA DE COLHEITA
Raízes: quando as partes que estão sobre o solo estiverem secas. Geralmente
isto ocorre no outono;
Hastes, caules e ramos: quando estiverem bem desenvolvidos, mas antes da
formação dos botões;
Flores: pouco antes de formarem sementes;
Cascas: quando a planta estiver adulta. Depois que florir e der frutos;
Frutos carnosos: pouco antes do fruto estar completamente maduro;
Sementes: quando elas estiverem bem maduras e começarem a secar;
Plantas inteiras: quando já iniciou a formação e a abertura dos botões, antes
das flores abrirem;
TÉCNICA DE COLHEITA
- O horário apropriado é pela manhã, após a evaporação total do orvalho;
- Em dias muito quentes deve-se fazer a colheita no fim da tarde. Essa
informação não tem nada de transcedental, deve-se ao fato de que água
demais na planta interfere na qualidade final da mesma, retarda a secagem e
favorece a decomposição de substâncias importantes;
- As plantas devem ser colhidas e transportadas em grades ou caixas arejadas
para que haja ventilação. Nunca em sacos plásticos pois estes impedem a
ventilação e favorecem o aparecimento de fungos;
- Evitar a mistura de ervas durante a colheita e na hora da secagem, para que
as plantas mantenham suas características puras;
- Não colher plantas que estejam com manchas;
- Evitar que as plantas estejam com terra, com exceção das raízes;
- Evitar colher plantas que estejam próximas a poluição, estradas e
agrotóxicos.
SECAGEM
- Separar plantas imperfeitas;
- Espalhar sobre uma superfície, em camadas de no máximo 5 centímetros;
- Mexer de vez em quando, a cada 2 ou 3 dias;
- Secar em local arejado, à sombra e sem umidade;
- Secar as espécies separadas;
- Estará completamente seco quando, ao amassar uma quantidade, a mesma
esfarelar.
ARMAZENAMENTO:
- Ideal: em vidros limpos, secos, inodoros e protegidos de luz. Porém, na falta
de um bom vidro âmbar de boca larga, podem ser armazenadas em potes
plásticos bem fechados.
- Fabricar um rótulo simples com os dados da planta: nome, data da secagem,
prazo de validade (em geral 1 ano após a secagem para as plantas utilizadas
em casa)
CUIDADOS NA INDICAÇÃO DE FITOTERÁPICOS:
- Primeiro lembrar sempre que são medicamentos;
- Devem ser orientados de forma racional;
- Só deve orientar o uso quem tenha informação sobre o fitoterápico em
questão;
- Como todo medicamento, tem indicações, contra-indicações e efeitos
colaterais; saber quais são ajuda a desmistificar a fitoterapia;
- As doses terapêuticas são bem diversificadas, portanto é útil mudar algumas
terminologias: aqui não teremos 1 cápsula 3x ao dia, e sim 1 colher de chá de
3 a 6x ao dia, 1 colher de sobremesa sempre que tossir, 1 cálice após as
refeições.
MEDIDAS PRÁTICAS CASEIRAS (aproximadas)
EQUIVALÊNCIAS
1 copo de vidro comum = 150 a 200ml
1 xícara de chá (grande) = 150 ml
1 xícara de café (pequena) = 50 ml
1 COLHER DE CHÁ – 5 ML
1 COLHER DE SOBREMESA – 10 ML
1 COLHER DE SOPA – 15 ML
As doses menores que 5 ml costumam serem administradas em frações da colher de chá ou em
gotas.
EQUIVALÊNCIA EM VOLUMES E GRAMAS
DAS DIFERENTES MEDIDAS USUAIS
UNIDADES
Peso/Volume
1 colher de chá de raízes ou cascas secas
5g
1 colher de chá de folhas secas
2g
1 colher de chá de folhas frescas
4g
1 colher de sopa de raízes ou cascas secas
10g
1 colher de sopa de folhas secas
7g
1 colher de sopa de folhas frescas
9g
1 copo americano
250mL
1 gota
0,05mL
1 litro
1000mL
½ litro
500mL
¼ litro
250mL
¼ de xícara
60mL
1/3 de xícara
80mL
½ xícara
120mL
1 xícara
240mL
PLANTA SECA TRITURADA
1 colher sopa cheia – 4 a 5 g de folhas
3 g de flores
10 g de raízes
1 colher sopa rasa – 2g de folhas
1 g de flor
5g de raízes
1 colher de chá cheia – 2 a 3 g de folhas.
1 colher de café cheia – 1g de fruto seco . Exemplo: funcho
TINTURA
É um líquido mais leve que a água, contém mais gotas por ml.
1ml = 50 gotas de tintura (1 ml = 24 gotas de água).
1 colher de sopa= aproximadamente 9 ml de tintura.
TABELA DE CONSERVAÇÃO
Material vegetal
Prazo de validade
Recomendações
Sinais de alteração
Planta seca
1 ano
Embalagens escuras
Pó
6 meses
Embalagens escuras
Tintura
1 ano
Vidro âmbar
Infuso e decocto
24 horas
Garrafada
1 ano
Guardar em geladeira
ou local fresco
Vidro âmbar
Xarope
3 meses
Pomada
6 meses
Ausência de coloração
características,
presença de fungos e
manchas.
Descoloração, presença
de fungos.
Mudança de coloração,
precipitação acentuada.
Aroma e sabor
desagradáveis, bolor.
Perda de cor e
precipitação do
material
Perda da coloração e
presença de fungos
Manchas escuras e
fungo, odor
desagradável.
Vidro âmbar e local
fresco
Embalagens opacas
FONTE: SILVA; Petronildo B. da Silva; AGUIAR, Lucia Helena; MEDEIROS, Cleide Faria. O papel
do professor na produção de medicamentos fitoterápicos. Química Nova na Escola. n
11. maio 2000.
FARMÁCIA CASEIRA
PRINCIPAIS INFUSÕES E SUAS VIRTUDES MEDICINAIS:
Ervas
Propriedades
Alcachofra
Artemísia
digestivo, combate colesterol alto
diurético, combate pressão alta e é muito indicado para
diabéticos
ajuda no tratamento contra reumatismo e dores causadas
por traumatismos
combate cólica menstrual
Assa-peixe
ajuda no tratamento a gripes fortes, bronquites e tosses
Amora
Arnica
Boldo-do-chile indicado para desconfortos estomacais e intestinais
Camomila
Capim-limão
Carqueja
Cáscara
Sagrada
Castanha-daÍndia
Catuaba
calmante, auxilia na digestão e cólicas menstruais
ajuda a combater insônia, dores de cabeça, palpitações e
gases
disgetivo, tem ação em dietas de emagrecimento
laxante, também tem ação em dietas de emagrecimento
combate má circulação, varizes e hemorróidas
energético, é usado como afrodisíaco
diurético, é usado também para combate de hipertensão e
Cavalinha
má circulação
Centella asiáticaé indicado para tratamento de celulite e gordura localizada
Chapéu-dediurético, previne gordura localizada e celulite
couro
Cordão-de-fradecombate cólicas menstruais
Dente-de-leão
rico em potássio, é desintoxicante
Douradinha
diurético, é usado para combater infecções na pele
Erva-de-bicho
usado para tratamento de hemorróidas e infecções urinárias
Erva-de-bugre cicatrizante, é utilizada para combate desde úlceras e
gastrites
Erva-doce
combate gases intestinais e cólicas
Espinheirausado para tratamento de gastrite e úlcera
santa
Eucalipto
expectorante, desobstrui vias respiratórias
atua nos radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento e
Ginko-Biloba
surgimento de doenças; eficaz na labirintite
usado para combate de infecções na garganta e boca, e no
Goiabeira
combate incontinência urinária
expectorante, é usado para tratamento de tosse, bronquite,
Guaco
resfriados
relaxante, atua contra azias e náuseas, estimula funções
Hortelã
cardíacas
Jasmim
diurético, também é estimulante de funções cardíacas
combate anemia e outros males provocados por disfunções
Jurubeba
do fígado
Macela do
antiinflamantório, atua no sistema digestivo
campo
combate males provocados por disfunções do fígado e alívio
Manjericão
de dores de cabeça
Maracujá
calmante, combate também insônia, dores de cabeça
Calmante, também e utilizado para combate de gastrite
Melissa
crônica
diuretico, é usado como auxiliador em dietas de
Porangaba
emagrecimento
Quebra-pedra combate cálculos renais e infecções de vias urinárias
Rosa Branca
laxante, também combate inflamações uterinas
Sene-folha
laxante, tem função de regulador intestinal
Sete-sangrias
combate arteriosclerose, hipertensão e palpitações
estimulante, é usado também para cólicas e desconfortos
intestinais
Tomilho
BOAS PRÁTICAS CASEIRAS DE FABRICAÇÃO E ARMAZENAGEM
 Utilizar equipamentos limpos e esterilizados: utensílios como panelas, facas,
colheres e tabuleiros devem estar completamente limpos, com água e sabão e
bem enxaguados e serem usados apenas para plantas medicinais.
 Nunca misturar o preparo dos medicamentos com preparo de comida ou
outros fins. Após a lavagem dos materiais, passar um pano bem limpo
embebido em álcool, se possível, em todos os utensílios e na mesa onde serão
feitos os preparados. Isso irá esterilizar o material que será utilizado,
prevenindo contaminação por bactérias, fungos e esporos.
 Usar utensílios de aço inoxidável, vidro, porcelana ou esmaltados no
preparo das diversas formulações. Não usar barro, ferro, cerâmica, alumínio,
pois além da cessão de componentes para a formulação, a degradação das
preparações é maior.
 Lavar bem as mãos antes de iniciar o processo, principalmente embaixo das
unhas, entre os dedos e palmas das mãos. Utilizar sabão que não deixe cheiro
nem gosto. Se possível, passar álcool também nas mãos, para desinfecção.
Sempre que parar a manipulação para atender outro assunto, ir ao banheiro,
ausentar-se do local, mexer com dinheiro ou comida, lavar novamente as mãos
e passar álcool em seguida.
 Ter um local definido para a manipulação. Pode ser uma mesa, tablado,
aparador, qualquer superfície lisa, o menos porosa possível. O ideal seria uma
mesa revestida em fórmica, mas na ausência desta, uma mesa previamente
limpa com água e sabão pode ser utilizada. Antes de iniciar a manipulação,
passar álcool sobre o local que será utilizado.
 Não deixar comida e materiais de cheiro forte perto da mesa onde serão
preparados os medicamentos. Utilizar local ventilado, porém não ao ar livre.
Não deixar animais no local, se possível proteger janelas e portas com tela,
para evitar insetos.
 Utilizar somente água filtrada e fervida, ou, se possível, destilada.
PROCESSOS PARA UTILIZAÇÃO DAS PLANTAS
INFUSÃO: derramar água fervente sobre a planta picada numa vasilha, tampar
e deixar esfriar por 10 minutos. Usa-se para partes mais delicadas da planta:
folhas e flores. A água que forma-se na tampa deve ser retornada à
preparação, pois é onde ficam mais concentrados os óleos essenciais.
Portanto, “sacudir” a tampa é o correto mesmo e tampar é fundamental: a
infusão trabalha principalmente com a extração dos compostos aromáticos e
voláteis.
DECOCÇÃO: colocar as ervas numa vasilha com água e levar ao fogo. Ferver
durante 10 a 20 minutos. Usa-se para raízes, rizomas, madeira, caule, cascas
ou sementes. São partes mais duras que devem ser picadas e aconselha-se
deixar durante a noite na água antes da decocção. Filtrar em seguida ao
término da fervura, pois são partes com grande concentração de taninos e
compostos oxidáveis, que podem alterar o gosto do preparado.
MACERAÇÃO: colocar as ervas de molho durante 8 a 24 horas em líquidos na
temperatura ambiente: água ou vinho, cachaça, graspa ou mistura de água e
álcool. As partes mais duras ficam mais tempo no líquido. Neste processo os
minerais e vitaminas são mais aproveitados. Não são expelidos pelo vapor
como nos processos anteriores.
TINTURA: usa-se de 25 a 80% de ervas e completa-se com álcool (neutro, de
cereais) com maior ou menor graduação, dependendo da planta, esse dado
pode ser obtido nas monografias, mas de maneira geral 90% das plantas
medicinais são extraídas em álcool a 65%.
Preparação:
- Pesar o álcool em um recipiente adequado e compatível com a quantidade.
- Pesar a quantidade de água em outro recipiente adequado e compatível com
a quantidade.
- Misturar com auxilio de uma espátula.
- Pesar a quantidade de planta em um recipiente adequado de boca larga e
compatível com a quantidade e adicionar o álcool preparado anteriormente.
- Homogeneizar com auxilio de uma espátula
- Deixar em maceração por 7 – 15 dias em um recipiente de boca larga com
tampa, misturando diariamente.
- Identificar
- Após o tempo de maceração filtrar em uma peneira e posteriormente em
papel de filtro.
- Identificar a tintura com nome da planta, data de fabricação e validade.
Prazo de validade: 6 meses a 1 ano.
TINTURAS OBTIDAS POR MACERAÇÃO
1- TINTURA DE ARNICA (Arnica montana)
Preparação: Álcool 70%.
Composição: esteroides antiinflamatórios tópicos, entre outros componentes.
Características: liquido amarelo acastanhado, com cheiro característico de
arnica e sabor amargo.
Uso externo: em contusões e como antiinflamatório.
2- TINTURA DE CAMOMILA (Camomila recutita)
Preparação: pó grosso, a 20% , em álcool 65%.
Composição: azuleno, apigenina, entre outros componentes.
Uso externo - antialérgico e antiinflamatório.
3- TINTURA DE HAMAMELIS (Hamamelis virginiana)
Preparação: pó grosso, a 20% , em álcool 60%.
Composição: tanino, acido galico, substancias amargas, entre outros
componentes.
Características: liquido castanho esverdeado, de sabor adstringente.
Uso externo: Vaso constritor no tratamento de varizes e flebites
4- TINTURA DE ABACATE (Persea americana L)
Preparação: 25g do pó da semente para 700 ml de álcool (96ºGL) e 300ml de
água filtrada ou fervida. Deixar em maceração durante 8-10 dias. Após filtrar.
Composição (semente): óleo volátil, resina, acido malico, taninos, ácidos
graxos, entre outros componentes.
Uso externo: Fricções em áreas doloridas.
5- TINTURA DE ALECRIM (Rosmarinus officinalis L)
Preparação: 6 colheres de sopa de flores e ou folhas secas em 700 ml (96ºGL)
e 300 ml de água fervida. Macerar por 8-10 dias. Filtrar.
Composição: óleo essencial rico em cineol, cânfora, terpenos, saponinas,
ácidos fenólicos e flavonoides, entre outros componentes.
Uso externo: Dores articulares, contusões (manchas roxas decorrentes de
pancadas) e fadiga muscular.
7 - TINTURA DE ALFAVACA (Ocimum basilicum L)
Preparação: 5 colheres de sopa de folhas secas em 700 ml (96ºGL) e 300 ml
de água fervida. Macerar por 8-10 dias. Filtrar. Aplica-se sobre a região afetada
na forma de fricção ou compressas.
Composição: estragol,linalol, cineol, cânfora , eugenol, cinamto de metila ,
timol, citrol, entre outros componentes.
Uso externo: Dermatoses (afecções da pele), fadiga muscular e inflamações.
8 - TINTURA DE MASTRUÇO, MASTRUZ (Chenopodium ambrosioides L).
Preparação: 1 colher de sopa de folhas em 700 ml (96ºGL) e 300 ml de água
fervida. Macerar por 8-10 dias. Filtrar.
Composição: óleo essencial; as folhas tem derivados flavonicos tais como
campferol 7-ramnosideo, ambrosideo e quercetina, entre outros componentes.
Uso externo: Antiinflamatório e antiartritico . Aplica-se sobre a região afetada na
forma de fricção e massagens nas articulações doloridas.
BANHO: faz-se uma infusão ou decocção 5 a 10x mais concentrada que deve
ser coada e misturada na água do banho (banho de assento). Outra maneira
indicada é colocar as ervas em um saco de pano firme e deixar boiando na
água do banho. Os banhos podem ser parciais ou de corpo inteiro, e são
normalmente indicados 1 vez por dia. Caso a pessoa não disponha de
banheira, pode-se colocar o saco de pano com as ervas amarrado na ducha do
chuveiro.
1- AMORA ( Morus nigra L familia Moraceae))
BANHO PARA ECZEMA
Coloque 20g de casca de amoreira em 2 litros de água fria e deixe ferver
lentamente por 15 minutos.
Acrescente 30g de folhas e ferva por 5 minutos.
Filtre e derrame o líquido em uma banheira cheia de água.
O paciente deve permanecer imerso por no mínimo 30 minutos.
Este banho é eficaz para acalmar a coceira provocada pelo eczema.
Pode ser feito a noite, pouco antes da hora de dormir.
2- ERVA CIDREIRA (Melissa officinalis L, família Labiatae).
BANHO RELAXANTE
Colocar 100g de folhas em 2 Litros de água quente.
Deixe ferver por 5 minutos e depois filtre.
Derrame o líquido numa banheira cheia de água e deite-se na água.
3- HORTELÃ PIMENTA (Mentha piperita L, família Labiatae).
BANHO ESTIMULANTE
Colocar 50g de folhas em 1 litro de água quente.
Deixe ferver por 3 minutos em fogo brando e depois filtre.
Derrame o líquido numa banheira cheia de água e deite-se na água.
4- ALECRIM (Rosmarinus officinalis L, familia Labiatae).
BANHO CONTRA CANSAÇO
Colocar 80g de folha de alecrim em 1 litro de água e ferver por 5 minutos.
Filtrar e misturar em uma banheira com água.
Deite na água.
5- CALÊNDULA (Calendula officinalis)
BANHO CONTRA ASSADURAS
Colocar 100g de flores em 1 litro de água
Deixar ferver por 5 minutos em recipiente tampado.
Derrame o líquido em uma banheira rasa com água, deixando a temperatura
de morna para fria.
A criança deverá ficar nesse banho de assento por 15 a 20 minutos, podendo
ser repetido quantas vezes ao dia forem necessárias. A calêndula é emoliente,
cicatrizante e anti-inflamatória de uso tópico.
Esse banho é eficaz para diminuir a irritação e sensibilidade da pele em
assaduras extensas.
CATAPLASMA: São obtidas por diversas formas:
amassar as ervas frescas e bem limpas, aplicando diretamente sobre a parte
afetada ou envolvidas em um pano fino ou gaze;
as ervas secas podem ser reduzidas a pó, misturadas em água, chás ou outras
preparações e aplicadas envoltas em pano fino sobre as partes afetadas;
pode-se ainda utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água,
geralmente quente, com a planta fresca ou seca triturada.
COMPRESSA: É uma preparação de uso local (tópico) que atua pela
penetração dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos, chumaços
de algodão ou gaze embebidos em um infuso 5x mais concentrado, decocto,
sumo ou tintura da planta dissolvida em água. A compressa pode ser quente ou
fria. Outra forma é molhar a ponta de uma toalha e colocar no local afetado,
cobrindo com a outra ponta da toalha seca, para conservar o calor.
OLHEIRAS:
Na luta contra as olheiras, quem nunca experimentou rodelas de pepinos? As
receitas caseiras também funcionam. No caso do pepino o segredo é a
temperatura: quanto mais fria, maior a vasoconstrição local e mais rápido
promove-se o desinchamento. Outros ingredientes podem combater inchaços e
dar um aspecto mais claro às olheiras, como o chá de camomila gelado e o
mel, para isso basta misturar 1 colher de sopa de mel, 1/2 xícara (café) de chá
de camomila e 1 tirinha de gelatina em folha. Esperar a gelatina amolecer,
formando um gel, e aplicar sobre os olhos deixando agir por 15 minutos. Lavar
com água gelada. A gelatina, nessa formulação, tem uma ação curiosa: além
de ser usada para evitar que a formulação “escorra”, também possui a
propriedade de condicionar os cílios, deixando-os fortes e longos.
COMPRESSAS e CATAPLASMAS
1- CONFREI (Symphytum officinale L)
Preparação: Aplicar a folha fresca amassada sobre a pele no local do ferimento
Composição: mucilagens, taninos e alantoína. As raízes contem alcalóides
pirrolidínicos e acido clorogenico e cafeico, entre outros.
Uso externo: Cicatrização.
Compressas contra queimaduras
Ferver durante 20 minutos 3 colheres de chá de raiz moída em ½ litro de água.
Coe por um tecido limpo.
Aplique compressas nas partes atingidas.
2-Cataplasma de folhas de mastruz
( Chenopodium ambrosioides L).
Após a coleta, folhas frescas são lavadas com solução fisiológica 0,9% ,
trituradas e amassadas. A cataplasma é preparada no momento do uso com 5g
deste material em 1 ml de solução fisiológica 0,9%.
Usar por 10 dias.
Uso externo: contusões e manchas roxas.
3- Alface (Lactuca sativa L. familia Compositae)
Contra irritação dos olhos
Limpe bem ,lavando algumas folhas de alface fresca.
Amasse bem, reduzindo-as a uma papa.
Espalhe sobre uma gaze e aplique compressas nos olhos por 15 minutos.
É recomendável fazer a noite antes de deitar.
4- ARNICA (Arnica montana L)
Para aliviar dores musculares e entorses
Coloque 20ml de tintura de arnica em 50ml de glicerina e 60ml de água.
Aplique compressas nos locais afetados.
INALAÇÃO: Esta preparação utiliza a combinação do vapor de água quente
com aroma das substâncias voláteis das plantas aromáticas, é normalmente
recomendada para problemas do aparelho respiratório. Colocar a erva a ser
usada numa vasilha com água fervente, na proporção de uma colher de sopa
da erva fresca ou seca em 1/2 litro d'água, aspirar lentamente (contar até 3
durante a inspiração e até 3 quando expelir o ar), prosseguir assim
ritmicamente por 15 minutos. O recipiente pode ser mantido no fogo para haver
contínua produção de vapor. Usa-se um funil de cartolina (ou outro papel duro);
ou ainda uma toalha sobre os ombros, a cabeça e a vasilha, para facilitar a
inalação do vapor. No caso de crianças deve-se ter muito cuidado, pois há
riscos de queimaduras, pela água quente e pelo vapor, por isso é recomendado
o uso de equipamentos elétricos especiais para este fim.
PÓS: Podemos, a partir de uma planta medicinal disponível, transformá-la em
pó para uso caseiro, devendo neste caso proceder à secagem completa da
plnata e sua posterior trituração. É um processo um pouco demorado, mas
produz grandes resultados.
Hortelã em pó: Mentha villosa (hortelã-comum, hortelã-rugosa)
Forno
Liquidificador ou pilão
Peneira
Colher
PROCEDIMENTO
Ligue o forno a 200 °C e o mantenha ligado por 15 minutos. Passado este
tempo, desligue-o!
Higienize e sanitize todos os utensílios e a bancada que serão utilizados.
Separe as folhas de menta dos talos e corte-as grosseiramente.
Espalhe as folhas de menta sobre uma assadeira formando uma camada fina.
Seque a menta no forno com a porta entreaberta. De tempos em tempos, mexa
um pouco as folhas com auxílio de uma espátula para que sequem por igual.
As folhas estarão no ponto de secagem correto quando esfarelarem na mão
com facilidade.
Moa no liquidificador rapidamente e peneire em seguida. Se houver muitas
partículas grandes e você quiser ter um maior rendimento, repita a moagem.
Armazene em frascos bem fechados, de preferência de vidro.
INDICAÇÕES
Usada em casos de amebíase e giardíase.
POSOLOGIA
Para crianças de 5 a 13 anos, ¼ de colher de café 3 vezes ao dia, por 5 dias
seguidos.
Para crianças maiores e adultos: ½ colher de café 3 vezes ao dia, por 5 dias
seguidos.
Repetir o tratamento após 10 dias.
GARGAREJO: Usado para combater afecções da garganta, amigdalites e mau
hálito. Faz-se uma infusão concentrada e gargareja quantas vezes for
necessário. Ex.: Sálvia (mau hálito), tanchagem, malva e romã (amigdalites e
afecções na boca).
SUCO OU SUMO: Obtém-se o suco espremendo-se o fruto e o sumo ao triturar
uma planta medicinal fresca num pilão ou em liqüidificadores e centrífugas. O
pilão é mais usado para as partes pouco suculentas. Quando a planta possuir
pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de água e
triturar novamente após uma hora de repouso, recolher então o líquido
liberado. Como as anteriores, esta preparação também deve ser feita no
momento do uso.
XAROPE: Os xaropes são utilizados normalmente nos casos de tosses, dores
de garganta e bronquite. Na sua preparação, faz-se inicialmente uma calda
com açúcar (cristal, demerara, mascavo, rapadura) na proporção de 1 1/2 a 2
partes para cada 1 parte de água, em volume, por exemplo, 1 1/2 a 2 xícaras
de açúcar para cada xícara de água. A mistura é levada ao fogo e, em poucos
minutos há completa dissolução e a calda estará pronta, com maior ou menor
consistência, conforme desejado, então são adicionadas as plantas
preferencialmente frescas e picadas, coloca-se em fogo baixo e mexe-se por 3
a 5 minutos, findos os quais o xarope é coado e guardado em frasco de vidro.
Se for desejada a adição de mel ou em substituição ao açúcar, não se deve
aquecer, neste caso adiciona-se apenas o suco da planta ou a decocção ou
infusão frios. A quantidade de plantas a ser adicionada em cada xarope é
variável segundo a espécie vegetal. O xarope pode ser guardado por até 15
dias na geladeira, mas se forem observados sinais de fermentação, ele deve
ser descartado. Obviamente, os xaropes, devido à grande quantidade de
açúcar, não devem ser usados por diabéticos.
XAROPE SIMPLES PARA BRONQUITE:
Lave bem
mentruz,
folha de mangueira,
folhas de eucalipto,
folhas de guaco,
folhas de poejo
Em uma panela pequena, pique as folhas grosseiramente com tesoura ou faca,
cubra com açúcar e deixe derreter em fogo baixo, mexendo pouco. Após
derreter o açúcar, apague o fogo e acrescente duas colheres de sopa de água
filtrada fria, tampe e deixe esfriar. Filtre para separar as folhas do líquido, e
acrescente 2 colheres de sopa de mel. O mel não deve ser esquentado. Vá
tomando de colheradas várias vezes ao dia. Essa preparação adicionada de
mel é também chamada de Melito.
XAROPE PARA TOSSE SECA
Althea officinalis E.F. 2,5%
Mikania glomerata E.F. 2,5%
Mentha pulegium E.F. 2,5%
Melito q.s.p. 100ml
Misturar os 3 extratos fluidos em um recipiente, adicionar o melito e misturar.
Pode ser tomado 1 colher de sobremesa de 3 a 6x ao dia.
XAROPE PARA TOSSE PRODUTIVA
Canela do Ceilão E.F. 2,5%
Cravo da Índia E.F. 2,5%
Própolis E.F. 2,5%
Melito q.s.p. 100ml
Proceder como no anterior, devendo ser tomado 1 colher de sobremesa de 3 a
6x ao dia acompanhado de chá quente.
VINHO MEDICINAL: preparação que alia as qualidades anti-oxidantes,
retardadoras do envelhecimento celular, controladoras das taxas glicêmicas e
lipídicas, às qualidades medicinais de algumas plantas, resultando em
preparações extemporâneas (1 semana de validade) muito úteis principalmente
para fins digestivos e anti-anêmicos. As receitas com vinhos medicinais são
infindáveis, aqui as “10 mais”, apenas...
Quanto ao uso e freqüência, siga a advertência do provérbio: " Três copos de
vinho mandam embora (em boa hora) os espíritos, mas com o quarto, eles
voltam". Com o vinho medicinal acontece o mesmo, um cálice basta para o
efeito medicinal.
AMIGDALITE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de madressilva
(lonicera capritolium) e 20 g de folhas de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite
todos os dias. Filtre. Gargareje 3 vezes por dia. Tome 1 colher de sopa antes
do almoço e 2 antes do jantar.
ANEMIA
Coloque 30 g de flores secas de acácia bastarda (robinia pseudoacacia) num
recipiente de vidro. Deite-lhe por cima 1 litro de vinho do Porto aquecido em
banho-maria. Deixe macerar durante 2 dias. Agite. Filtre. Tome durante 10 dias,
1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Aqueça em banho-maria, durante 45 minutos, 30 g de flores e folhas de ervacidreira (melissa officinalis) em 1 vinho do Porto. Macere durante 24 horas.
Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do
jantar durante 15 dias.
Deixe macerar, durante 10 dias 40 g de raízes secas de Genciana (gentiana
lutea) em 1 litro de vinho branco. Filtre. No final deste tempo bata 1 ovo com 4
colheres de sopa de açúcar e junte-lhe 1 copo deste vinho. Beba só meio copo
à hora do almoço e outro meio à hora do jantar. Tanto num momento como no
outro mexa bem o conteúdo.
APETITE
Ponha 40 g de folhas e raízes de cardo santo (cnicus benedictus) ou só
sumidades floridas colocadas num recipiente. Deite-lhes por cima 1 litro de
vinho do Porto aquecido em banho-maria. Deixe macerar durante 2 dias. Agite.
Filtre. Tome, durante 7 dias, 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do
jantar.
Deite 1 litro de vinho do Porto depois de aquecido em banho-maria sobre 50 g
de fel de terra (centaurea-menor). Macere durante 2 dias. Agite. Filtre. Tome 1
colher de sopa antes do almoço e 1 antes do jantar.
Macere, durante 5 dias, em 1 litro de vinho Porto, 40 g de sumidades floridas
de artemisia (artemisia vulgaris). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de
sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere, durante 3 dias em 1 litro de vinho do Porto, 50 g de flores de macela
(anthemis nobilis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos
antes do almoço e 2 antes do jantar.
Deixe macerar, durante 10 dias 40 g de raizes secas de Genciana (gentiana
lutea) em 1 litro de vinho branco. Filtre. No final deste tempo bata 1 ovo com 4
colheres de sopa de açúcar e junte-lhe 1 copo deste vinho. Beba só meio copo
à hora do almoço e outro meio à hora do jantar. Tanto num momento como no
outro mexa bem o conteúdo.
Macere durante 5 dias em 1 litro de vinho do Porto 40 g de sumidades floridas
e folhas secas de marroio-branco (marrubium vulgare). Agite todos os dias.
Filtre. Tome 1 colher de sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.
APERITIVOS
Macere durante 5 dias, em vinho do Porto, 40 g de folhas secas de camomila
(matricaria chamomila). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa
antes do almoço e do jantar.
Macere durante 3 dias, em vinho Porto, 30 g de planta fresca de estragão
(artemisia dracunculus). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa
antes do almoço e do jantar.
Macere durante 5 dias, em vinho do Porto 20 g de sementes de funcho
(foeniculum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes
do almoço e do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40 g de sumidades floridas
de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de
sopa 10 minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.
AZIA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 10 g de alcachofra (cynara
scolumus), 10 g de flor de carqueja (pterospartum tridentatum), 10 g de salva
(salvia officinalis), 10 g de alecrim (rosmarinus officinalis). Agite todos os dias.
Filtre. Tome 1 colher de sopa no momento do incómodo, num máximo de 4
vezes por dia.
BRONQUITE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 10 g de flor de carqueja
(pterospartum tridentatum), 10 g de marroio negro (ballota nigra) e 10 g de
tomilho (thymus vulgaris). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa
dez minutos antes do almoço e 2 antes do jantar.
Aqueça durante 45 minutos em banho-maria 30 g de folhas secas de bonina
(bellis perennis) em 1 litro de vinho do Porto. Macere 2 dias. Filtre. Adoce.
Tome em 6 dias este preparado.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 8 dias, 40 g de casca de
sabugueiro (sambucus nigra). Filtre. Tome 1 colher de sopa sempre que sinta
necessidade. No máximo de 5 vezes ao dia.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 8 dias, 50 g de raiz de énula
campana. (inula helenium). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa
antes do almoço e 2 antes do jantar.
CANSAÇO
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 4 dias, 50 g de angélica (angelica
archangelica). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do
almoço e 2 antes do jantar.
CICATRIZANTE
Macere em 1 litro de vinho tinto, durante 8 dias, 10 g de arando (vaccininum
myrtillus), 10 g de cavalinha (equisetum arvense), 10 g de cipreste (cupressus
sempervirens). Agite todos os dias. Filtre. Passe, levemente, sobre o local
contundido um algodão embebido neste produto 2 vezes por dia (manhã e
noite). Pode ainda tomar meia colher de sopa ao almoço e ao jantar.
Misture uma colher de azeite com uma colher de vinho tinto. Passe sobre as
feridas, duas vezes por dia.
CONVALESCENÇA
Macere durante 7 dias em vinho do Porto, 30 g de caule e raízes de angélica
(angelica archangelica). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa
antes do almoço e duas antes do jantar.
Aqueça durante 45 minutos em banho-maria em 1 litro de vinho do Porto, 30 g
de flores de cardo-santo (cnicus benedictus). Agite bem. Deixe macerar durante
2 dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e meio cálice antes do
jantar.
Aqueça durante 30 minutos em banho-maria em 1 litro de vinho do Porto 60 g
de salva (salvia officinalis). Agite. Deixe macerar durante 24 horas. Filtre. Tome
1 colher de sopa antes do almoço e duas antes do jantar.
DEPURATIVO
Macere em vinho branco, durante 10 dias, 60 g de folhas picadas de nogueira
(juglans regia). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa, 5 minutos
antes do almoço e 5 minutos antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 40 g de carvalhinha
(teucrium chamaedrys). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa
antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 7 dias, 40 g de folhas frescas de
salva (salvia officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa
antes do almoço e 3 antes do jantar.
DIGESTÃO
Macere durante 3 dias em 1 litro de vinho do Porto 30 g de rizoma bem partido
de erva-benta (geum urbanum). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de
sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 24 horas, 40 g de casca de canela
(cinnamomum zeylanicum) e 20 g de casca de quina (chinchona succiruba).
Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40g de sumidades floridas
de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de
sopa antes do almoço e 2 antes do jantar.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 24 horas, 40 g de aspérula
odorífera (asperula odorata). Agite. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do
almoço e 2 antes do jantar.
DOR
Ferva em 1 litro de vinho tinto durante 2 horas, 60 g de folhas de salgueiro
branco (salix alba). Coloque pachos quentes sobre a parte dorida.
EXPECTORANTE
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 5 g de tomilho (thymus
vulgaris), 5 g de borragem (borago officinalis), 5 g de alteia (althaea officinalis),
5 g de seiva de pinheiro (pinus sylvestris) 5 g de marroio negro (ballota nigra), 5
g de flor de carqueja (pterospartum tridentatum), 3 g de celidónia (chelidonium
mapus), 5 g de eucalipto (eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome
1 colher de sopa, 3 vezes por dia entre as refeições.
FEBRE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 7 dias 20 g de casca seca e
desfeita de amieiro (alnus glutinosa). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher
de sopa, três vezes por dia.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de artemisia
(artemisia vulgaris), 20 g de fel de terra (erythraea centaurea) e 20 g de
salgueiro branco (salix alba). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa
4 vezes ao dia.
FEBRE INTERMITENTE
Durante 5 dias macere em 1 litro de vinho do Porto, 40 g de folhas de eucalipto
(eucalyptus globulus). Agite todos os dias. Filtre. Tome, 1 colher de sopa 3
vezes por dia.
FIGADO
Macere em 1 litro de vinho branco, durante 8 dias, 10 g de alcachofra (cynara
scolumus), 10 g de boldo (peumus boldus), 5 g de celidónia (chelidonium
mapus), 10 g de salva (salvia officinalis) e 10 g de taraxaco (taraxacum
officinale). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e
do jantar.
FRAQUEZA
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 50 g de folhas de alecrim
(rosmarinus officinalis). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa, 5
minutos antes do almoço e três, 5 minutos antes do jantar.
GRIPE
Ferva durante meia hora em 1 litro de vinho tinto, 500 g de milho (zea mays)
miúdo. Agite. Deixe arrefecer. Filtre. Adoce. Tome 2 colheres de sopa, três
vezes por dia.
Ponha a macerar um punhado de genciana (gentiana puntata) num copo de
aguardente; no dia seguinte adicione 1 litro de vinho branco. Deixe macerar 8
dias. Agite todos os dias. Tome 1 colher de sopa 3 vezes ao dia.
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 20 g de casca de laranja
(citrus aurantium), 20 g de casca de limão (citrus limonum), 20 g de roseira
brava (rosa canina). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de sopa antes
do almoço e 2 antes do jantar.
TOSSE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 3 dias, 40 g de sumidades floridas
de orégão (origanum vulgare). Agite todos os dias. Filtre. Tome 2 colheres de
sopa nos ataques de tosse, no máximo de 4 vezes por dia.
TRANQUILIZANTE
Macere em 1 litro de vinho do Porto, durante 5 dias, 3 g de absinto (artemisia
absinthium), 10 g de melissa (melissa officinalis), 10 g de passiflora (passiflora
incarnata). Agite todos os dias. Filtre. Tome 1 colher de sopa antes do almoço e
3 antes do jantar.
RESUMINDO
Os vinhos medicinais preparam-se, normalmente, com 30 ou 40 gramas de
plantas para um litro de vinho. Ficam em repouso de 2 a 15 dias,
homogeneizando suavemente neste período, e devem ser filtrados em seguida.
OUTRAS FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS:
GLICERÓLEOS: São preparações farmacêuticas líquidas, cujo veículo é a
glicerina podendo conter água ou álcool.
Ex: Glicerina..................45%
Água destilada........45%
Extrato glicólico... ...10%
Gliceróleos sem a adição de álcool podem ser usado em preparações
otológicas, aliviando a dor através da ação do extrato glicólico e do calor.
GLICERÓLEO DE ALFAVACA
Glicerina 10ml
Infusão de alfavaca 10ml
Aplicar 2 gotas em cada ouvido, colocando tampão quente (toalha aquecida,
algodão aquecido). Deixar o calor por 10 a 15 minutos.
ÁGUAS AROMÁTICAS: São soluções aquosas saturadas de princípios voláteis
existentes nos vegetais, sendo obtidas por destilação em água ou corrente de
vapor. Na maioria das vezes, os princípios voláteis constituem as essências. As
águas perfumadas são muito utilizadas para aspergir nas roupas para facilitar o
processo de passar, como é o caso da água de flor de laranjeira e água de chá
verde, ou para limpeza da casa e utilização em pragas, como por exemplo a
água de citronela, que é um repelente natural de insetos, como formigas e
traças, e a água de eucalipto, que é um antisséptico natural, para limpeza geral
de pisos.
As águas aromáticas podem substituir vários produtos de limpeza, diminuindo o
custo de famílias de baixa renda e estimulando a higiene. São de baixíssimo
custo, fáceis de preparar e possuem resultados bem visíveis, o que
estimulasua utilização.
Formulação:
Planta aromática escolhida 100g
Água filtrada 500ml
Ferver a água e colocar sobre a planta grosseiramente picada em recipiente
bem fechado. Deixar em repouso por 20 minutos ou até esfriar. Guardar em
frascos plásticos até a utilização.
Prazo de validade: 1 semana se refrigerado.
ÓLEOS MEDICINAIS: Preparações oleosas utilizadas principalmente para
aplicação cutânea por fricção. Distinguem-se das loções e das pomadas pela
consistência.
Função: emoliente e revulsiva
OLEO MEDICINAL PARA DORES MUSCULARES E REUMATISMO
FORMULA
Rizomas de Capim limão (Cymbopogon citratus)........... 1 xícara de chá
Óleo de Coco............................................................. 1 colher de sopa
Em um recipiente adequado, esmagar os rizomas no óleo de coco; coar e usar
em massagens locais.
Guardar em recipientes adequados de plástico opaco de alta densidade, bem
fechados, protegidos da luz e temperatura inferior a 25ºC.
Manter fora do alcance de crianças.
LOÇÕES: São preparações líquidas aquosas que se aplicam externamente,
sem fricção, apenas na pele.
São mais facilmente aplicadas e removidas, portanto tornam-se menos
irritantes para a superfície cutânea do que as pomadas e permitem uma
aplicação numa área extensa da pele deixando uma fina película de
medicamento junto ou não aos excipientes.
(Ex: Loção capilar com extratos glicólicos de Capsicum e Jaborandi)
SHAMPOOS: São produtos destinados primariamente a limpeza dos cabelos e
couro cabeludo e quando acrescidos de princípios ativos medicamentosos
passam a exercer ação terapêutica.
Conc:entração de 2 a 5% de extrato glicólico
FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI-SÓLIDAS:
CREMES: São preparações emulsionadas constituídas por uma fase aquosa,
uma fase oleosa e um agente emulsivo. (Creme A/O ou O/A)
Base não iônica: praticamente neutra, muito compatível com as substâncias de
origem vegetal, como extratos de chá verde, camomila, arnica, calêndula.
Geralmente preparadas a 10% com extratos glicólicos
POMADAS: São preparações monofásicas de caráter oleoso ou não, para
serem usadas externamente com fins de proteção e lubrificação.
Geralmente a 10% de extrato glicólico.
Unguentos: tipo de pomada que contém substâncias resinosas.
GÉIS: Consistem na dispersão de um sólido ( resina, polímero, derivado
celulose) num líquido ( água ou álcool / água ) formando excipiente
transparente ou translúcido.
Os géis são veículos destinados para peles oleosas e acneicas.
Geralmente preparados a 10%.
A HISTÓRIA DO CHÁ
CHA E TUDO CHA???
Chás só deveriam ser chamados por esse nome se forem feitos a partir das
folhas da Camellia Sinensis, planta que dá origens aos chás preto, verde e
oolongs. Ou seja, aquele chazinho de camomila que você sempre tomou não
era, na verdade, um chá, mas uma infusão.
Sempre houve essa confusão. As pessoas tendem a considerar que tudo o que
vem em saquinho e é mergulhado em água quente é chá. Mas na verdade nem
'chá' mate é chá". Infusões são todos os outros tipos de bebidas feitas a partir
da imersão de folhas, flores e frutas em água quente.
Bule chinês em porcelana
Existem várias lendas em torno das origens dos chás. A mais popular credita
ao Imperador chinês Shen Nung, em 2.737 a.C. a 'descoberta' da bebida. Ele
estaria fervendo água embaixo de uma árvore quando algumas folhas caíram
na panela.
Crendices à parte, a mais antiga evidência do cultivo do chá vem da China, no
século 4.
Naquela época, porém, as folhas não eram fervidas para beber, mas colocadas
em bolos e fervidas com arroz, especiarias e nozes. Um pouco depois, as
folhas da planta eram moídas e batidas em água quente. A tradição de tomar
chá tal como conhecemos hoje só foi inaugurada na dinastia Ming, no século
14.
A Inglaterra trouxe os chás chineses para o Ocidente no século 17, motivada,
segundo alguns estudiosos, pela escassez de café no mercado mundial. O
país, que disputava o comércio na região sul do continente asiático, obteve o
monopólio da comercialização das folhas de camellia sinensis no continente
até o século 19.
Originalmente uma bebida da elite européia, o chá se popularizou no século
18. A queda do seu preço, devido à diminuição de impostos e ao aumento das
regiões produtoras de chá no mundo, tornou a bebida acessível às camadas
mais populares.
REGIÕES PRODUTORAS
Apesar de a China ter ganhado os louros de sua origem, existem várias regiões
do mundo produtoras de chá. Cada uma delas produz chás com qualidades
específicas:
China: apesar de ser um dos principais países produtores de chá, a China é
conhecida por seus blends (misturas) de chás.
Índia: 30% dos chás do mundo são produzidos no país. As regiões de Assam,
Darjeeling e Niligri classificam os chás pretos indianos, considerados os
melhores do mundo.
Sri Lanka: as fazendas de chá substituíram as de café. Os chás do Sri Lanka
são conhecidos pela leveza e sabor acentuados.
Indonésia: país fabricante de chás de fragrância suave, usados em blends.
TIPOS E MISTURAS DE CHÁS
Os chás podem ser classificados em três tipos básicos: preto, verde e oolong.
Todos são provenientes da mesma planta, a Camellia Sinensis. O que os
diferencia é o processo de beneficiação da planta. Enquanto os chás pretos
têm suas folhas fermentadas, os verdes são escaldados e fervidos, para
garantir a preservação de sua cor. Os oolong se encaixam numa categoria
intermediária. Passam pelo processo de fermentação mais brando e, por isso,
têm aroma menos acentuado do que os pretos.
Cada tipo de chá, porém, tem o que podemos chamar de subcategorias. Essa
classificação pode variar de acordo com a região produtora e aromatização por
qual a planta passa.
CHÁ PRETO:
Assam: as melhores categorias têm pontas douradas. Folhas pretas produzem
chá avermelhado com sabor vivo e forte. É ideal para servir com leite.
Ceilão: é considerado um dos melhores do mundo. Tem sabor encorpado e a
fragrância delicada. Ideal para servir gelado, com leite ou limão.
China Caravan: é um mistura de chás keemum (ver abaixo), com sabor suave.
Normalmente é servido com limão.
Darjeeling: tem aroma rico e um bouquet que lembra uvas moscatel. Pode ser
servido com limão ou leite.
Earl Grey: uma mistura de chá Darjeeling e China, é aromatizado com óleo de
bergamota. Deve ser servido sem leite ou limão.
English Breakfast: é uma mistura de chás Assam e Ceilão. Tem sabor forte e
encorpado e é ideal para beber com leite.
Formosa Oolong: um dos chás mais caros do mundo, produz aroma
semelhante ao do pêssego. Normalmente é servido sem leite.
Irish Breakfast: é uma mistura de Assam fortes. Como o próprio nome indica, é
normalmente servido pela manhã, por seu sabor acentuado.
Keemum: menos adstringente do que a maioria dos chás, tem aroma delicado
e rico. É originário da China e é servido sem leite.
Lapsang Souchong: tem aroma defumado, de alcatrão. Normalmente é bebido
sem leite.
CHÁ VERDE:
Gunpowder: talvez o mais popular chá verde no Ocidente, tem sabor frutado.
Jasmim: mistura de chá chinês verde e preto, é perfumado com flores de
jasmim.
CHÁS COM MISTURAS EXÓTICAS:
Chás aromatizados estão se tornando cada vez mais populares. Já existe hoje
uma grande variedade em lojas especializadas. Para fabricá-los, as folhas
de Camellia sinensis são aromatizadas com óleos naturais, especiarias, flores
e frutas secas.
CHÁ COM LEITE??
Servir chá com ou sem leite é um dos assuntos mais controversos. Enquanto
nas maiorias dos países o costume de servir chá com leite é pouco difundido,
na Inglaterra a prática é quase obrigatória. Os ingleses acrescentam leite em
todo tipo de chá preto.
Não existe uma regra para isso, mas normalmente o leite não é indicado
somente para chás verdes, dizem os especialistas, justificando que há uma
explicação "química" para o acréscimo de leite aos chás. Quando o leite é
adicionado, os taninos imediatamente se ligam às proteínas do leite, tornando
o sabor menos adstringente.
A hora de acrescentar o leite também é um assunto polêmico. Se ele é
derramado na xícara primeiro, mistura-se mais facilmente ao chá. Mas
adicioná-lo depois permite à pessoa controlar a quantidade ao gosto.
O hábito de despejar o leite na xícara antes de servir o chá data do século
XVII, quando xícaras de porcelana fina foram introduzidas na Inglaterra. Até
então, as pessoas costumavam beber em canecas de estanho ou de cerâmica,
pois acreditavam que a porcelana não agüentaria o calor da bebida. Colocavase então o leite frio antes para evitar que a nobre porcelana trincasse.
Chás aromatizados servidos sem leite são refrescantes. A adição de limão, que
ajuda a tornar a bebida mais adstringente, era um hábito russo, introduzido na
Inglaterra durante o reinado da rainha Vitória.
Bule-chaleira, chamado de samowar, traz dois compartimentos: o bule de cima
traz chá ultraconcentrado; chaleira embaixo traz água, mantida quente por
sistema elétrico. Rende 30 xícaras e é de origem russa
COMO PREPARAR UM BOM CHÁ:
Para aproveitar o chá e o que ele tem de melhor, vale a pena seguir umas
regrinhas na hora do preparo:
- Utilize o melhor chá de que você possa dispor. Existem casas especializadas
que vendem chás de qualidade;
- Encha a chaleira com água fria; água quente ou reaquecida contém menos ar
dissolvido e tem sabor envelhecido e sem graça;
- Aqueça o bule, enxaguando-o com água quente. Isso garante que a água
permaneça fervente quando entrar em contato com o chá
- Adicione 1 colher de chá ou um saquinho por pessoa. A proporção correta é
uma colher de chá para 185 ml de água;
- Quando a água estiver fervendo, despeje-a no bule. Recoloque a tampa e
deixe o chá em infusão por 3 e 5 minutos (dependendo do tipo de chá, há uma
variação, conforme o tamanho das folhas; folhas grandes levam mais tempo
para fazer o chá do que as pequenas. Os chás liberam a cor antes do sabor,
por isso não tenha pressa;
- Sirva o chá quando estiver recém-feito, pois ele terá sabor "cozido" se for
deixado no bule por mais de dez minutos. Cobrir o bule com um abafador
acelera ainda mais o processo de cozimento. Para evitar o gosto de cozido, tire
as folhas da água.
COMO SURGIU O “CHÁ EM SAQUINHO”???
Em 1904, Thomas Sullivan, um comerciante de Nova York, inventou um
saquinho de seda para enviar amostras de chá.
Atualmente, os saquinhos são feitos de papel-filtro sem sabor e inodoro.
Metade do chá usado nos Estados Unidos é em saquinho. Há alguns anos
atrás os chás em sache não tinham muita qualidade, triturava-se a planta toda
com terra e outros contaminantes para aumentar o volume e,
consequentemente, a produção. Hoje normas mais rigorosas e a propagação
do conhecimento de que a maioria das plantas possui fins medicinais fez com
que a indústria elevasse seus padrões, portanto, todas as principais misturas e
os chás mais tradicionais estão disponíveis nessa versão. Mantêm-se a
qualidade, porém deve-se seguir as mesmas normas para fabricação do chá.
CHÁ COMBINA COM...
Assim como os vinhos, as regras para combinar chás com refeições são
bastante flexíveis, devendo-se levar em conta primeiramente o gosto pessoal.
De um modo geral, chás verdes, que são mais digestivos, para quem consumiu
carne vermelha ou pratos gordurosos. Misturas com ervas, flores e frutos são
os recomendados para quem fez refeições à base de aves. Depois do peixe, o
melhor é um blend com limão, que suaviza o paladar.
Para chá da tarde, chás pretos combinam com biscoitinhos, petit-fours e bolos
com especiarias.
OS BENEFÍCIOS DO CHÁ
As virtudes medicinais dos chás são de conhecimento milenar. Já na civilização
egípcia, 1.500 anos a.C., o uso do sene, tão popular até hoje, era descrito.
Devido à evolução da indústria farmacêutica nos anos 50, diminuiu-se o uso
das plantas medicinais, que foram substituídas pelos medicamentos sintéticos.
Na década de 80, o interesse pelos recursos fitoterápicos voltou a crescer,
desta vez com investimentos para a pesquisa nessa área. Afinal é inegável que
"as ervas podem curar" e essas soluções podem ser mais baratas e muitos
eficazes.
Contudo, não podemos esquecer de que é necessário fazer "bom uso" deste
recurso. Por exemplo, o chá de pata de vaca é recomendado para melhorar o
controle da glicemia em diabéticos, mas não é incomum que pacientes que
necessitam de insulina apresentem complicações quando decidem seguir a
sabedoria popular e suspender a insulina, adotando apenas o chá como
tratamento.
Outro ponto a ser ressaltado é que o chá-mate e o chá preto podem impedir a
adequada absorção de ferro e cálcio (por causa da presença do tanino).
Estes chás também contêm cafeína na sua composição. Sabemos que é
fundamental hidratar nosso corpo. Uma adequada hidratação auxilia no
funcionamento intestinal, na produção de enzimas digestivas, no equilíbrio
hídrico de todas as células, inclusive diminuindo inchaços.
Tomando chás, além de conseguirmos os efeitos de hidratação, podemos
potencializar os benefícios com as propriedades específicas de cada planta e,
ainda, ajudar o metabolismo no processo de desintoxicação por meio das
catequinas, substâncias presente nos chás de ervas.
Espremedores de limão em prata e colheres para infusão
Utensílios utilizados para coar o chá ou para quando não há o sache. O
objetivo é não deixar que as folhas cozidas alterem o sabor da bebida.
LINHAÇA
DOURADA
É bem mais difícil encontrar a linhaça clara
aqui no Brasil, já que ela aprecia climas
frios. Geralmente é importada do Canadá e
tem sabor mais suave do que a linhaça
marrom.
MARROM
A semente escura, nativa da região
mediterrânea, já está adaptada ao solo
brasileiro, onde se deu bem por causa do
clima quente. Por isso é mais fácil encontrála por aí. Comparada com a dourada, a
casca é um pouco mais resistente. Quanto
aos nutrientes, não perde nada para a outra
variedade.
Estudos recentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte mostram
que a semente do linho é mesmo capaz de impedir o crescimento do câncer de
mama. Mas existem alguns truques que os pesquisadores estão descobrindo
para aproveitar ao máximo os benefícios desse grão, como por exemplo, torrar
antes de usar.
O enfoque desses estudos é investigar a segurança no consumo, já que,
embora contenha substâncias capazes de prevenir doenças letais, o que faz
dela um alimento funcional excepcional, mesmo assim a linhaça carrega
compostos que poderiam interferir na absorção de nutrientes. Por enquanto o
que se sabe é que o aquecimento da semente neutraliza esse inconveniente.
Isso porque o calor diminui a atividade de algumas proteínas suspeitas de
atrapalhar o aproveitamento de sais minerais. A sugestão é deixar a linhaça no
forno baixo por 15 minutos, para depois poder ser usada “in natura” ou
polvilhada em cima das receitas. Caso seja usada na fabricação de pães e
biscoitos, esse aquecimento não é necessário.
Receitas com Linhaça
Receita de Pão de Liqüidificador com Linhaça
Ingredientes:
• 2½ tabletes de fermento biológico
• 1 ovo
• 2 colheres (sopa) de sementes de linhaça
• 2 xícaras (chá) de água
• 1 xícara (chá) de farinha de trigo branca
• 2 xícaras (chá) de farinha de trigo integral fina
• 1 xícara (chá) de uvas passas pretas sem sementes
• 1 colher (sopa) de extrato de soja
• 1 colher (sopa) de açúcar mascavo
Preparo:
Bata no liqüidificador a água, o ovo, o açúcar, o sal, o extrato de soja, a
semente de linhaça e o fermento. Coloque numa vasilha, junte as farinhas,
misture bem e acrescente as passas. Coloque em duas fôrmas para pão
untadas e enfarinhadas, deixe descansar por 10 minutos e leve para assar em
forno quente por aproximadamente 30 minutos.
Vitamina Laxativa
Ingredientes:
Semente de Linhaça - 1 colher (sobremesa)
Fibra de Trigo Grossa (Farelo) - 2 colheres (sopa)
Ameixa seca - 4 unidades
Açúcar Mascavo Tradicional - a gosto
1 fatia de mamão papaya
1 copo de iogurte natural desnatado
Modo de preparo:
Bater tudo no liqüidificador e tomar em jejum, pela manhã
Suco anti-oxidante
Ingredientes:
Semente de Linhaça - 1 colher (sobremesa)
Gérmen de Trigo crú - 1 colher (sobremesa)
Extrato de soja (leite de) - 2 colheres (sopa)
Açúcar Demerara - a gosto
1/2 cenoura
200 ml de água mineral
3 cubos de gelo
suco de 1 limão
Modo de preparo:
Bater tudo no liqüidificador e tomar em jejum, pela manhã
Vegetais com Linhaça
Ingredientes:
1 colher (sopa) de óleo de canola (8g)
1 cebola picada (100g)
1 abobrinha pequena em cubos (100g)
1 ½ xícaras (chá) de couve-flor em pedaços (200g)
1 ½ xícaras (chá) de brócolis em pedaços (200g)
1 xícara (chá) de cogumelos frescos em pedaços (150g)
½ xícara (chá) de cenoura em cubos (100g)
Molho
2 colheres (sopa) de sementes de linhaça inteiras ( 25g)
1 dente de alho amassado (2g)
1 colher (sopa) de gengibre fresco ralado (15g)
¼ xícara (chá) de caldo de galinha (50ml)
2 colheres (sopa) de molho de soja (25ml)
1 colher (sopa) de vinagre (10ml)
1 colher (chá) de açúcar (5g)]
Para polvilhar
1 colher (sopa) cheia de sementes de linhaça tostadas (15g)
Modo de preparo:
Refogue no óleo, a cebola, a abobrinha, a couve-flor, o brócolis, os cogumelos
e a cenoura por cerca de 10 minutos, mexendo em fogo baixo até que
amaciem. Misture os ingredientes do molho e adicione à panela. Deixe mais 5
minutos e sirva polvilhado com a semente de linhaça tostada.
Para tostar as sementes, coloque em uma frigideira e deixe em fogo baixo até
que exalem um perfume de nozes, por cerca de 5 minutos.
Feijão com linhaça e sal de ervas
Ingredientes:
100g de feijão carioquinha
10g de cebola
20g de tomate
20g de abóbora
2g de coentro
2g de cebolinha
10ml de óleo
750ml de água
1g de alho
2 colheres (sobremesa) de sal de linhaça (farinha)
2 colheres (chá) de sal de ervas
Modo de Fazer
Primeiro, selecionar o feijão e adicionar quatro partes de água.
Cozinhar de dois a três minutos sob pressão.
Deixar em repouso na mesma água por uma hora (caso o indivíduo sofra de
"gases", sugere-se a eliminação da água e acréscimo de outra – mesmo que
alguns nutrientes sejam perdidos, os mesmos podem ser compensados com o
acréscimo de legumes na preparação, além do jerimum ou abóbora).
Preparar um refogado com os temperos (tempero brasileiro: tomate, cebola,
alho, coentro ou salsa e cebolinha).
Acrescentar farinha de linhaça e sal de ervas (mistura previamente feita com
partes iguais de: alecrim, manjericão, orégano – desidratados – e sal).
Juntar o refogado ao feijão. Voltar ao cozimento sob pressão por mais 30
minutos (o tempo varia com o tipo do feijão).
Patê de Berinjela e sementes
1 colher (sopa) de gergelim integral branco
1 colher (sopa) de semente de linhaça
1 colher (chá) de trigo para kibe
½ xícara (chá) de azeite
500 gramas de berinjela em pedaços com casca
Sal moído iodado marinho à gosto
4 dentes de alho espremidos
600 ml de água
Deixar o trigo de molho em uma vasilha com 400 ml de água. Levar ao fogo em
uma panela a berinjela, o azeite, o alho e a água, deixando secar até que as
berinjelas fiquem bem macias. Retirar do fogo e passar pelo processador até
obter uma pasta lisa. Desprezar a água do molho do trigo e colocar no fogo
com mais 200 ml de água, acrescentar sal, gergelim, semente de linhaça e
deixar no fogo até a água secar. Levar à geladeira para resfriar. Misturar as
preparações e servir com pão integral ou torradas.
AS FRUTAS QUE CURAM
ABACATE - O abacateiro é originário do México e aclimatado no Brasil.
Pertence à família das Lauráceas,em que se incluem também a canela, o
louro,o sassafrás etc.
Utilidades Medicinais
Afta -Mastigar folhas tenras de abacateiro. Bem lavadas.
Amidalite - Gargarejo com o chá das folhas do abacateiro.Combinar com chá
de tanchagem para maximizar o efeito.
Bronquite - Chá morno das folhas do abacateiro.O efeito é melhor quando se
torna esse chá às colheradas misturado com própolis e chá de guaco.Duas a
quatro xícaras por dia.
Cansaço - Afirma-se que a folha do abacateiro contém propriedades
revitalizantes.Usar esporadicamente o chá juntamente com limão e mel.
Diarréia - Caroço tostado e moído bem fino. Dissolver duas colherinhas deste
pó em uma xícara de água morna. O efeito é mais potente se, em lugar de
água,for utilizado o decocto dos brotos da goiabeira.
Digestão,distúrbios da - Recomenda-se o chá das folhas do abacateiro para a
dispepsia atônica.
Dor-de -cabeça - Compressas mornas com o chá das folhas à cabeça. Convém
também tomar este chá.
Tosse - Chá das folhas do abacateiro, morno, com mel, tomado aos goles.
Verminoses - Lavar e moer bem a casca de abacate, e misturar em partes
iguais com casca de limão ralado;acrescentar mel e tomar em jejum uma colher
de sopa.
ABACAXI - Origina-se da América Tropical, sendo também cultivado em outros
países de clima tropical e subtropical. Pertence à mesma família botânica do
gravatá e da samambaia conhecida como barba-de-velho,da família das
bromeliáceas.
Utilidades Medicinais
Anemia - A acidez do abacaxi favorece,na digestão, a absorção de ferro.O
anêmico pode, no intervalo das refeições, usar um pouco de suco de abacaxi
diluído em água e adoçado com melado de cana.
Diurese - O suco de abacaxi é excelente diurético.
Inapetência - O suco de abacaxi, sem açúcar,tomado em pequena quantidade
uma ou duas horas antes da refeição, ajuda a abrir o apetite.
Nefrolitíase - Para auxiliar na eliminação de cálculos, há tratamentos naturais
específicos. O suco de abacaxi pode participar juntamente com outros sucos e
chás. Pode-se passar alguns dias com dieta exclusiva de abacaxi,e tomar chás
como o de quebra-pedra, folha de abacate, cana-do-brejo e cavalinha.
Convém, entretanto, seguir orientação médica para cada caso.
AMEIXA - A ameixa é produzida por uma árvore da família das Rosáceas, a
ameixeira, que é originária da Pérsia, do Cáucaso e da Ásia Menor, Aclimatada
nos Estados do Sul, apresenta grande número de variedades,Várias outras
frutas pertencem também à família das rosáceas: amêndoa - amarela,
nêspera , morango, maçã, damasco cereja, pêssego, pêra, framboesa etc.
Utilidades Medicinais
Anemia - A ameixa seca é rica em ferro (3,50mg por l00g) e portanto convêm à
dieta contra a anemia ferropriva (causada por carência de ferro).
Aterosclerose - Incluir copiosamente a ameixa fresca na alimentação. ajuda a
prevenir e a amenizar o processo.
Bronquite - Deve - se usar abundantemente a ameixa fresca e ameixa cozida.
Misturar mel e própolis ao caldo do cozimento da ameixa e tomar uma colher
de sopa de hora em hora.
Constipação intestinal - Tomar a `água de ameixas`: deixar de molho, durante a
noite, algumas ameixas e de manhã tomar água e comer as ameixas.
Resfriado - descaroçar algumas ameixas secas e assar no forno. Quando
estiverem bem duras, moê-las finamente. Acrescer uma colher de sopa deste
pó a uma xícara de água quente. Pingar algumas gotas de suco de limão e
adoçar com um pouco de mel. Tomar quente.
Tosse - Tomar a mesma preparação indicada em resfriado, aos goles.
AMÊNDOA - A amendoeira , árvore da família das Rosáceas é originária da
Ásia, provavelmente da China. Alguns supõem que se tenha originado da Síria.
No Brasil é comercialmente mais disponível próximo às festas de fim de ano. A
amêndoa classifica-se, do ponto de vista nutricional, entre as oleaginosas.
Utilidades Medicinais
Anemia - Por sua riqueza em ferro, a amêndoa pode ser vantajosamente
incluída na alimentação dos anêmicos.
Catarro em nível de vias respiratórias - Tomar algumas vezes ao dia o azeite de
amêndoa na quantidade de uma colher de chá por vez.
Constipação Intestinal - O azeite de amêndoas é laxante, tomar uma colher de
sopa em jejum. Lamentavelmente, é raro encontrá-lo à venda.
Frieira - Aplicar no local azeite ou óleo de amêndoa.
Dores de Ouvido - Tapar o ouvido com algodão embebido em azeite ou óleo de
amêndoa morno.
Tônico - Acrescentar amêndoas à dieta.Usar um pouco de azeite de amêndoas
juntamente com as refeições.Encontra-se em boas casas de produtos naturais.
AMORA - São duas espécies principais: a preta ( Morus nigra ) e a branca
( Morus alba ). Ambas são medicinais e alimentícias. A amoreira - branca é
cultivada quase que exclusivamente para a criação do Bombyx mori ou bichoda - seda, muito comum no Oriente. Este inseto alimenta - se das folhas da
amoreira - branca.A amora pertence à família das moráceas, em que se
incluem também a jaca, o figo, a fruta-pão, a umbaúba etc.
Utilidades Medicinais
Afta - Bochechar com suco de amora-preta, quente,adoçado com mel.
Amigdalite - Suco de amora - preta, quente, adoçado com mel; tomar aos
goles. Pode - se também preparar um xarope deste suco, bastando cozê-lo até
engrossar um pouco. Fazer gargarejos com o xarope, ou toma -lo às
colheradas, deixando descer suavemente pela garganta.
Bronquite - Infuso da casca da raiz, morno, para combater a tosse. Tomar
morno, às colheradas. Em excesso é purgativo. Para preparar um infuso, deitar
água fervente sobre as cascas das raízes bem picadas, tapar o recipiente, e
deixar esfriar.
Cabelo, queda de - Massagear o couro cabeludo com o infuso das folhas da
amoreira.
Catarro - Para as secreções catarrais das vias respiratórias altas recomenda se o gargarejo com o chá morno das folhas da amoreira.
Doenças das Cordas Vocais - Suco de amora preta, quente, adoçado com
mel.Tomar vagarosamente.
Diarréia - Usar xarope de amora, conforme explicado em amidalite. Tomar não
mais de 2 colheres de sopa por vez, com intervalos mínimos de 2 horas.
BANANA - Originária da Ásia Meridional, de onde se difundiu para a África e
América.
Utilidades Medicinais
Anemia - A banana não é relativamente, muito rica em ferro, mas tendo em
vista sua boa aceitação, que facilita um consumo liberal, 3 a 5 unidades podem
contribuir aproximadamente com 20 a 30% da quantidade de ferro requerida
para um dia.
Asma - Assar a muda pequena da bananeira maçã, com raiz e tudo, cortada
em rodelas.Depois espremer para obter o caldo,misturar com mel de abelha e
tomar diariamente um cálice.
Constipação Intestinal - Recomenda-se a banana-nanica( ou banana d’água ou
banana caturra).Fazer, em jejum, uma refeição,com esta banana,crua,sem
misturar com outros alimentos.Pode-se fazer a "cura de banana".
Desnutrição - A banana pode ser incluída no programa alimentar de
convalescentes de desnutrição, haja visto que é alimento rico em calorias e
vitaminas. Seria vantajoso incluí-la na merenda escolar.
Obesidade - Os obesos não devem abusar da banana. É preciso usá-la com
regra. Algumas refeições esporádicas exclusivas de banana prata.( 1 ou 2
unidades pequenas são indicáveis).
Paralisia - As doenças neurológicas que levam a paralisias são às vezes
tratáveis com vitaminas do complexo B. A banana, como fonte dessas
vitaminas é adequada nesses casos como elemento dietético.
CAJU - O caju é uma fruta que merece nossa melhor acolhida à mesa .
Pertence a família das anacardeáceas, em que se incluem também a manga,
amoreira, imbu, a cirigüela e o cajá manga.
Utilidades Medicinais
Afta - Aplicar no local o suco dos brotos do cajueiro.
Calo - Aplicar topicamente, na forma de cataplasma, o suco das castanhas
frescas, várias vezes ao dia.
Escorbuto - Devido a sua riqueza em vitamina C , o consumo de caju é
poderoso antídoto contra essa desordem carêncial.
Gripe - Tomar suco de caju
Verrugas - O mesmo procedimento orientado em calo.
CAQUI - O caquizeiro, árvore da família das Ebenáceas, é originário da China,
da Coréia e do Japão.Por alusão à cor do fruto,"caqui" em japonês significa
"amarelo escuro".
Utilidades Medicinais
Doenças urinárias - Fazer algumas refeições exclusivas de caqui, ou de suco
de caqui com um pouco de água, sem açúcar.
Cãibras - Recomenda-se empiricamente, comer dois ou três caquis por dia.
Constipação Intestinal - Fazer algumas refeições exclusivas de caqui. Pode
substituir o jantar.
Doenças das Vias Respiratórias - Recomenda-se cozinhar a polpa do caqui
com água em um pouco de mel. Mexer bem e tomar meia xícara deste líquido
xaroposo, morno, várias vezes ao dia.
CARAMBOLA - A caramboleira, pequena árvore da família da Oxalidáceas, é
originária da Índia, tendo sido aclimatada no Brasil.
Utilidades Medicinais
Diurese - O suco de carambola age como um bom diurético, auxiliando na
limpeza dos rins.
Eczema - Convém ingerir diariamente um copo de suco fresco de carambola.
Picadas Venenosas - Embora não substitua os antídotos convencionais, a
aplicação externa das folhas bem amassadas de carambola ajuda a evitar
complicações, segundo conceito popular.
CASTANHA DO PARÁ - A castanha do Pará é produzida por uma árvore da
família das Lecitidáceas, também chamada castanha do maranhão, castanha
do rio negro, castanha do brasil, tocari, tururi, cari,juviá, amendoeira da
américa.
Utilidades Medicinais
Anemia - Incluir castanha do pará na alimentação. Pode-se usar de 3 ou 4
unidades por refeição.
Beribéri - Incluir boa quantidade de castanha do pará na ração . Pode-se usar a
farinha de castanha do pará.
Fortalecer o cérebro - Acrescentar de 4 ou 5 castanha do pará à alimentação.
CASTANHA PORTUGUESA - O castanheiro, árvore da família das Fagáceas, é
originário da região do Mediterrâneo. No Brasil, a castanha - portuguesa é mais
facilmente encontrada no fim do ano, sendo seu uso tradicional nas
festividades desta época, quando é importada da E uropa.
Utilidades Medicinais
Digestão, distúrbios da - Pode - se incluir na dieta um pouco de purê de
castanha- portuguesa.
Coqueluche - Chá das folhas da castanheira, por infusão, adoçado com mel.
Tomar aos goles.
Diarréia - A castanha é alimento adstringente. Pode ser usada cozida com erva
- doce e sem açúcar, em pequena quantidade.pode - se também tomar o chá
da casca da castanheira.
Enterite - Mesmo método explicado em diarréia.
Respiratórias, vias, doenças das - Chá das folhas da castanheira, por infusão.
COCO - O coco- da-baía é uma palmeira abundante neste País,principalmente
nos Estados da Bahia e de Pernambuco, onde confere à paisagem litorânea
um toque de singular beleza. A palmeira ocupa lugar preponderante na
literatura botânica.Em folhas de palmeira os fenícios faziam sua escrita. Folhas
de palmeira coroavam as musas outrora representadas pelos escritores e
escultores.Para os astrólogos egípcios, a folhas da palmeira era o emblema de
sua ciência.desde os tempos mais remotos, os triunfos são simbolizados pelas
palmas, as ¨palmas da vitória¨. E quem não sabe da triunfal entrada de Jesus
em Jerusalém, quando o povo lhe saiu ao encontro, com ramos de palmeiras ?
Utilidades Medicinais
Apetite, falta de - Tomar água de coco algumas horas antes da refeição Não
usar outros alimentos nos intervalos da alimentação.
Artrite - Os artríticos devem beber regularmente água de coco.
Asma - Tomar de manhã e à noite duas ou três colheres de sopa do leite de
coco aquecido. Em seguida, tomar uma xícara de chá de agrião(decocto).Usar
leite de coco natural, caseiro, não adoçado. Não usar o industrializado.
Calmante - Tomar água de coco em abundância.
Cárie dentária,para prevenir - Comer freqüentemente coco,mastigando bem.
Não usar açúcar.
Disenteria - tomar duas xícaras de leite de coco natural por dia, sem açúcar.
Enjôo - Tomar água de coco aos goles. Recomenda-se especialmente em
viagens marítimas. Aconselha - se levar alguns cocos verdes.
Respiratórias, vias, doenças das - Tomar o infuso das flores do coqueiro com
mel.
Verminoses - Mastigar bem e deglutir em jejum, pela manhã, uma colher de
sopa de coco ralado, fresco.
FIGO - A figueira é uma árvore frutífera da família da Ásia Menor, tendo daí se
expandido para a região do Mediterrâneo. Hoje acha-se aclimada no Brasil,
para onde foi trazida no século XVI.O figo, do ponto de vista botânico, não é o
fruto, mas a polpa das infrutescências da figueira.
Utilidades Medicinais
Boca, doenças da - Comer o figo cozido em leite. Descascá-lo e picá-lo antes
de cozer.
Calos - Aplicar localmente o suco leitoso das folhas e ramos da figueira.
Caspa - Macerar figo seco juntamente com sal e limão. Massagear o couro
cabeludo com este preparado.
Constipação intestinal - Recomenda - se substituir, ao longo de semanas, pelo
menos uma refeição diária por figos.
Expectoração - Cozinhar o figo, descascado e picado, em leite e um pouco de
mel. Compor uma refeição com este preparado. Usar quente. O infuso das
folhas de figueira é também recomendado.
Feridas - Aplicar localmente o suco de folhas de figo ou a pasta de figo.
Garganta, doenças da - Cozinhar o figo descascado. Com a água deste
decocto gargarejar.
Inflamações em geral - Cozinhar o figo, descascado e picado, em água. Fazer
refeições exclusivas deste preparado.
GOIABA - Entre as muitas frutas brasileiras, a goiaba é uma das mais comuns.
É uma fruta de grande valor nutritivo .Possui quantidade razoável de sais
minerais, como cálcio e fósforo.
Utilidades Medicinais
Diarréia - Tomar o chá das folhas tenras da goiabeira. ou macerar bem a
goiaba verde , cozer,coar em pano fino e aplicar clisteres com este líquido.
Distúrbios da digestão - Recomenda-se fazer refeições exclusivas de goiaba
fresca. pode-se também preparar um chá com os brotos da goiabeira e as
folhas da laranjeira azeda.
LARANJA - A laranja é uma fruta que no Brasil deveria ter decida preferência e
largo uso, já por sua importância como alimento, já por seu valor medicinal.
Depois da banana, a fruta mais procurada e apreciada pela espécie humana é
a laranja.Existem muitas dezenas de espécies de laranja, sendo que as do
Brasil - mormente as da Bahia, de São Paulo e do Rio- ocupam lugar de
destaque nos mercados mundiais.
Utilidades Medicinais
Ácido úrico - Recomenda-se substituir refeições pela laranja, exclusivamente.
Pode-se substituir o desjejum ou jantar, durante vários dias.
Apetite - Cerca de duas horas antes da refeição, recomenda-se chupar uma
laranja do tipo seleta, bahia ou pêra.
Asma - Proceder como indicado em ácido úrico . Na fase aguda recomenda-se
tomar o suco morno, aos goles.
Constipação intestinal - Recomenda-se chupar algumas laranjas por dia, e
comer o bagaço, bem mastigado.Pose-se fazer uma refeição exclusiva de
laranja, comendo-se o bagaço.
Digestão , estimulante da - Recomenda-se substituir, esporadicamente, uma
refeição por laranja.
Diurese - Fazer refeições só de laranjas ou de seu suco, apresenta efeito
notadamente diurético.
Dor-de-cabeça - Dores de cabeça precipitadas pela hipoglicemia e pelo
esgotamento podem ser aliviadas chupando-se uma ou duas laranjas. O
diabético só deve fazê-lo com permissão médica.
Gripe - Recomenda-se tomar suco de laranja entre as refeições, ou,
simplesmente, chupá-la. Podem-se fazer refeições exclusivas de laranja.Ao
deitar,tomar duas a quatro colheres de sopa do suco bem aquecido misturado
com própolis.Para cada colher de sopa podem-se usar 10 gotas de própolis
(solução a 30%).
LIMA - A limeira, árvore família das Rutáceas, é originária da Ásia, tendo sido
aclimatada no Brasil. O suco da fruta, branco, tem sabor doce-amargo.
Utilidades Medicinais Enxaqueca - Aplicar à têmpora cataplasmas de folhas de limeira maceradas.
Escorbuto - A lima, sendo rica em vitamina C, é indica contra essa doença
carencial.
Febre - Misturar o suco de lima com água e tomar sem açúcar.
Febre tifóide - Proceder como indicado em febre.
Flatulência - Tomar, após as refeições, meio copo duplo do chá da casca da
lima em infusão.
Infecções em geral - Substituir algumas refeições, esporadicamente, por lima,
exclusivamente.
LIMÃO - O limão ácido por excelência - é o rei dos temperos e o campão dos
remédios. De gosto acre, de aroma agradabilíssimo e de efeito benéfico para o
organismo, tem o limão a mais ampla aplicação na cozinha e na medicina.
Utilidades Medicinais
Acne - Evitar alimentos gordurosos e doces. Usar suco de limão com água,
sem açúcar, várias vezes ao dia.
Amigdalite - Gargarejar várias vezes ao dia com água morna, suco de limão e
um pouco de sal.
Asma - Tostar no forno um limão. Espremer e misturar o suco com mel. Tomar
de hora em hora uma colher de chá.
Enjôo - Cheirar limão.
Estomatite - Bochechar com água e limão. Tomar duas ou três vezes ao dia um
copo de água com meio limão.
Faringite - Proceder como indicado em amigdalite.
Febre - Cortar três limões médios em fatias finas. Pôr em 500 ml de água e
levar ao fogo. Deixar ferver ate´que a água que reduzida a um terço. Tomar1/2
xícara de chá de hora em hora até que a febre baixe.
Feridas - Aplicar no local suco de limão com sal.
Gastrenterite - Tomar o limão bem diluído em água, sem açúcar, duas ou três
vezes por dia, longe das refeições.
Gripe - Proceder como indicado em asma. Ou, tomar suco puro de limão três
vezes por dia.
Soluço - Deglutir o conteúdo de uma colher de sopa com suco de limão.
MAÇÃ - A maçã é um produto de uma árvore de porte mediano, da família das
Rosáceas, originária da Ásia Central e das regiões do Cáucaso.Da Europa foi
trazida ao Brasil, aclimatou aos Estados do Sul.
Utilidades Medicinais.
Catarro Pulmonar - Cozinhar a maçã, bem picada, em um pouco de água e
mel.Filtrar. Tomar o caldo quente às colheradas,várias vezes ao dia.Substituir
algumas refeições por maçãs cruas, exclusivamente.
Constipação Intestinal - Comer maçãs cruas com casca , bem
lavadas,juntamente com mamão, mel de abelha e pão integral torrado.Mastigar
bem.Comer também as sementes da maçã.
Palpitações do Coração - Comer purê de maçã com um pouco de mel em
substituição de algumas refeições. Esmagar com garfo a polpa de maçã cozida
e acrescentar mel puro.
Diarréia - Cozinhar maçãs e tomar o caldo. Fazer refeições de maçã cozida
com torrada. Comer também maçãs crua.
Faringite - Recomenda-se usar maçãs frescas raladas ou suco de maçã
durante a fase aguda.
Obesidade - Passar vários dias só a maçãs, ou substituir refeições normais por
maçã.
Prisão de Ventre - Ver constipação Intestinal
Olhos Inflamações dos - Lavar os olhos duas vezes ao dia com algodão
embebido em suco de maçã ácida.Pode-se fazer cataplasmas com maçãs
maduras raladas.
MAMÃO- A história do mamão no continente americano remonta a Ponce de
Leon, que, depois de ter desembarcado nas praias da Flórida,escreveu ao rei
da Espanha, contando sua jornada em busca de juventude. Disse, na sua
carta, o seguinte: ¨Os índios preparam a carne para cozinhar, envolvendo-a,
muitas horas antes de levá-la ao fogo, com folhas de uma árvore que produz
um delicioso ’ melão ’, o qual se come tão tenra que suas fibras se separam
facilmente com os dedos¨.O mamão é uma das melhores frutas do mundo,
tanto pelo seu valor nutritivo, como pelo seu poder medicinal.Um dos seus mais
importantes princípios é a papaína, uma enzima reconhecida como superior à
pepsina e muito usada para prestar alívio nos casos de indigestão
aguda.Também tem efeitos benéficos sobre os tecidos vivos.O leite de mamão
está tendo tantas e tão variadas aplicações nos Estados Unidos,que já existe
nesse país uma florescente indústria destinada a colhê-lo, manipulá-lo e
comercializá-lo.
Utilidades Medicinais
Acidose - Fazer refeições só de mamão. Mastigar algumas sementes.
Anginas - Cataplasma local com a polpa do mamão miúdo e ácido.
Bronquite - Proceder como indicado em rouquidão ou em gripe.
Calos - Aplicar no local o ¨leite¨do mamão, de preferência o leite¨das folhas.
Câncer - Comer em jejum, mastigando, cerca de 15 sementes de mamão. Após
as refeições comer cerca de 10 sementes. Além deste, são necessários outros
cuidados específicos.
Diurese - Recomenda-se fazer refeições exclusivas de mamão ou de suco de
mamão. Comer, juntamente, algumas sementes.
Estômago, doença do - Recomenda-se usar mamão maduro em abundância, e
fazer, esporadicamente, refeições exclusivas desta fruta. Mastigar umas 10 ou
15 sementes de mamão por dia.
Feridas - Aplicar no local o ¨leite¨extraído das folhas.
Fígado, doenças do - Mastigar umas 10 ou 15 sementes de mamão após o
almoço.
Gripe - Infusão das flores do mamoeiro-macho com um pouco de mel. Tomar 2
a 3 xícaras por dia, mornas.
Laxante - Fazer refeições exclusivas de mamão, de preferência no desjejum>
Comer, juntamente, algumas sementes.
Pele, para a beleza da, ou manchas e rugas da - Massagear diariamente a pele
com mamão maduro.
Verrugas - Proceder como indicado em calos.
MANGA - A manga - fruto da mangueira, árvore frondosa da família das
Anacardiáceas originária do Sul da Ásia, hoje cultivada em toda os países
tropicais e subtropicais- apresenta uma polpa carnosa, algumas vezes fibrosa,
amarela em diversos tons, rica em terebintina, um óleo-resina, e de agradável
paladar ao natural ou sob forma de compotas, marmeladas, geléias e
refrescos.As mais conhecidas variedades, que apresentam diferenças no
tamanho, na forma , no colorido e no sabor, são as seguintes: Manga-espadaAlongada. Achatada dos lados. Permanece verdolenga mesmo após a
maturação.Manga -rosa - Arredonda. Lindo colorido amarelo, matizado de rosa.
Tamanho variável segundo a região produtora.Manga-bourbon - Mais ou
menos esférica. Verde-amarelada.Manga-família- Mais ou menos esférica.
Verde- amarelada.Manga-favo-de-mel- Alonga. Intensa coloração amarela.
Muito doce.Manga-carlotina - Pequena. Arredondada. Amarelo-esverdeada,
com pintinhas escuras,Alto teor de vitaminas C.Manga-coração-de-boi - Como
o nome indica, apresenta-se sob a forma de um coração.A manga é uma fruta
saborosa e nutritiva, hoje nativa em certas regiões do Brasil.
Utilidades Medicinais
Anemia - A manga pode ser incluída na dieta dos anêmicos, junto com
alimentos que contenham ferro.
Asma - Chá das folhas tenras da mangueira. Tomar morno, com mel.
Diarréia - Tomar o chá dos ramos tenros.
Digestão, distúrbios da - Fazer uma ou mais refeições só de manga.
Dispepsia - Ver digestão, distúrbios da.
Diurese - Comer mangas ou tomar o suco.
Respiratórias, doenças das vias - Xarope de manga: cozinhar o suco natural de
manga com mel, até ficar reduzido à metade. Tomar uma colher de sopa de
hora em hora.
Sarna - Cataplasma com a goma-resina que se extrai do tronco.
Verminoses - Preparar um decocto dos brotos dos ramos e da amêndoa das
sementes, bem triturados, e tomar, em jejum, na dose de uma x´cara de chá,
juntamente com suco de limão.
MARACUJÁ - O maracujazeiro é uma planta trepadeira da família das
Passifloráceas, de que há diversas espécies.
Utilidades Medicinais
Adstringente - Decocto das folhas do maracujá-com-folhas-de-louro
Calmante- Proceder como indicado em insônia.
Diarréia - Chá das Folhas de sururuca.
Estresse -Proceder como indicado em calmante.
Gota - Tomar banhos quentes com o decocto das folhas do maracujá-da-bahia
ou maracujá-cheiroso.
Histeria - Tomar várias vezes ao dia o refresco de maracujá, adoçado com mel.
Insônia - Tomar o suco do maracujá ao natural, adoçado com mel. Bater a
polpa do maracujá ( sem retirar as sementes ) com água e mel, e coar.
Verminoses - Triturar as sementes do maracujá-da bahia ou do maracujápintado, misturar com mel, e tomar uma colher de sopa em jejum.
MELANCIA - A melancia é produzida por uma planta da família das
Cucurbitáceas, a que pertencem também o melão, o maxixe, o pepino, a
abóbora, a bucha e o chuchu. É oriunda da Índia e aclimatada no Brasil, sendo
cultivada em todos os Estados do país. Outros nomes botânicos para a
melancia são Citrullus vulgaris e Citrullus lanatus (Thunb.) Mansf.
Utilidades Medicinais
Ácido úrico , distúrbios no metabolismo do - Proceder como indicado em
reumatismo.
Alcoolismo - Proceder como indicado em reumatismo.
Febre - Tomar o suco de melancia fresco. Ou, aplicar fatias de melancia sobre
o abdome, se houver causa intestinal.
Ferimento, dores produzidas por - Triturar as sementes em água com mel
(liquidificar).Aplicar cataplasmas locais, renovando sempre.
Garganta, doenças da - Proceder como indicado em reumatismo.
Respiratórias, doenças - Comer esporadicamente melancia, substituindo uma
refeição por esta fruta.
Reumatismo - Fazer refeições só de melancia, esporadicamente. Passar um ou
dois dias por semana, durante algumas semanas, não seguidas, só com
melancia. Manter repouso nos dias de dieta com melancia.
Urinárias, doenças das vias - Proceder como indicado em reumatismo. Triturar
as sementes com um pouco de água no liquidificador, coar, e tomar três a
quatro xícaras por dia.
MELÃO - O melão é produzido por uma planta da família das Cucurbitáceas,
originária da Ásia e aclimatada no Brasil. Pertence à mesma família da
melancia.
Utilidades Medicinais
Disenteria - Triturar as sementes em água e um pouco de mel. Coar. Tomar
morno e bem diluído, 3 xícaras por dia.
Estômago, doenças do - Tomar esporadicamente o suco de melão. Substituir
refeições por este suco. Triturar as sementes em água e mel; coar e tomar
morno e bem diluído, 3 xícaras por dia.
Febre - Proceder como indicado em disenteria, com a diferença de que o
liquido ali indicado deve ser tomado fresco em caso de febre.
Hepática, insuficiência - Proceder como indicado em estômago.
Inapetência - Triturar as sementes em água e mel (no liquidificador). Coar e
tomar bem diluído, duas horas e meia antes da refeição.
Reumatismo - Fazer refeições só de melão, esporadicamente. Passar um ou
dois dias por semana só com melão, quando se deve manter repouso.
MORANGO - Como fruta, raramente há quem não aprecie o morango, seja no
seu estado natural, seja preparado em conserva.Antes de ser usado, o
morango precisa ser cuidadosamente lavado, o que é indispensável de vários
pontos de vista. Os horticultores combatem as pragas dos morangueiros com
auxílio de compostos de cobre e outros fungicidas e inseticidas venenosos. E
pode haver horticultores não esclarecidos ou inescrupulosos, que reguem suas
plantações com água poluída. Dai o grande perigo de tifo, paratifo e outras
moléstias contagiosas. Se o morango é de procedência duvidosa, deve ser
banhado em sumo de limão, que minimiza o perigo de que estamos falando.
Quando necessário guardar o morango por um ou dois dias, pode-se colocá-lo
em ligeiras camadas sobre uma peneira e guardá-lo em lugar suficientemente
fresco.
Utilidades Medicinais
Ácido úrico - Recomenda-se substituir esporadicamente algumas refeições por
morango, exclusivamente. Além disso, convém passar um ou dois dias por
semana, na época desta fruta, só com morangos, quando é indicado repouso.
Bexiga, cálculos da - Tomar de manhã em jejum uma colher de sopa de suco
de morango puro.
Catarros pulmonares - Proceder como indicado em ácido úrico. Tomar o xarope
de morango: cozinhar o suco de morango com mel (metade de cada um) por
aproximadamente uma hora. Tomar uma colher de chá de hora em hora.
Diarréia crônica - Tomar o chá das folhas.
Diurese - O decocto da raiz é diurético.
Febre - Tomar suco de morango.
Reumatismo - Substituir refeições pelo uso exclusivo de morango. Passar um
ou dois dias por semana só com morango, quando se deve manter repouso.
Rins, doenças dos - Proceder como indicado em ácido úrico . Pode-se fazer
refeições exclusivas de morango amassado com mel.
Verminoses - Proceder como indicado em ácido úrico.
NÊSPERA - A nêspera, também chamada ameixa-amarela ou ameixaamericana, é produzida por uma árvore da família das Rosáceas, oriunda do
Japão e da China Oriental e aclimada no Brasil.
Utilidades Medicinais
Adstringente - Preparar o decocto da casca da nêspera e aplicar externamente
em cataplasmas.
Amigdalite - Proceder como indicado em anginas.
Anginas - Gargarejar com o chá da casca da nêspera. Usar 40 gramas da
casca fresca ou 20 gramas da casca seca para um litro de água.
Diarréia - Recomenda-se fazer uma refeição de nêspera cozida com torrada.
Pode-se também tomar o caldo do cozimento de nêspera de hora em hora na
quantidade de 1/4 de xícara.
Diurese - Fazer refeições exclusivas de nêspera.
Estomatite - Proceder como indicado em anginas.
NOZ - A nogueira é uma árvore alta, esbelta e copada, da família das
Juglandáceas, originária da Índia e da Pérsia e aclimada no Brasil.
Utilidades Medicinais
Anemia - Triturar de seis a oito cascas de nozes verdes, acrescentar mel e
cozer em meio litro de água durante 15 minutos. Coar e tomar dois copos
pequenos por dia. Não preparar em utensílios metálicos. Usar vidro refratário,
barro ou madeira devido à presença de taninos em alta concentração.
Recomendação prosaica e antiga.Tomar o infuso das folhas.
Anginas - Gargarejar com o suco da casca das nozes diluído em água.
Artritismo - Tomar o infuso das folhas.
Boca, feridas na - Preparar suco de nozes verdes, misturar com mel e diluir em
água. Bochechar.
Cálculos da vesícula - Indica-se o decocto da casca da raiz.
Calos - Aplicar no local o "pó" dos ramos novos misturado com mel .
Cérebro, tônico para o - Deve-se incluir a noz no alimentação como
complemento nutritivo. Na época, 3 ou 4 unidades de nozes por refeição são
indicadas.
Conjuntivite - Lavar a conjuntiva com chá forte de folhas de nogueira.
Constipação intestinal - Comer nozes raladas com maçã e mamão.
Debilidade - Proceder como indicado em cérebro.
Diarréia - Tomar o infuso das folhas ou das flores.
Dor de dente - Bochechar com chá forte da casca da raiz.
Feridas - Lavar com o decocto forte das folhas ou flores.
Garganta, inflamações da - Gargarejar com o chá forte das folhas.
Gengivite - Proceder como indicado em dor de dente.
Insônia - O povo afirma que é bom pôr folhas de nogueira sob o travesseiro.
Raquitismo - Proceder como indicado em anemia.
Respiratórias, doenças das vias - Proceder como indicado em tosse.
Tosse - Tomar o infuso das folhas juntamente com mel e leite.
Verminoses - Diluir o extrato da casca verde tomar em jejum duas colheres de
sopa. Tomar o infuso das folhas. Tomar um pouco do chá da casca dos ramos
novos em jejum. É útil o decocto da raiz.
Verrugas - Ver calos.
PÊRA- A pêra é produto de uma árvore de porte alto, de tronco
grosso,originária da Europa Central, onde se encontra em estado silvestre. A
pereira se aclimatou nos Estados do Sul do País, mas não produz pêras tão
belas e saborosas como as européias.
Utilidades Medicinais
Constipação intestinal - Fazer refeições exclusivas de pêra, de preferência
como desjejum.
Digestivos, distúrbios - Proceder como indicado em constipação intestinal .
Hipertensão arterial - Recomenda-se substituir refeições por pêras e passar
alguns dias só com pêras, regularmente.
Inapetência - Proceder como indicado em constipação intestinal.
Rins, doenças dos - Proceder como indicado em hipertensão arterial.
PÊSSEGO - O pessegueiro é uma árvore da família das Rosáceas, oriunda,
segundo Candolle, da China Central, e não da Pérsia, como o nome
equivocadamente indica .
Utilidades Medicinais
Erupções cutâneas em geral - Cataplasmas locais das folhas frescas
amassadas;ou,do decocto concentrado das folhas secas moídas.
Hemorragias - Uso tópico do caroço bem misturado com uma gema de ovo.
Remédio Popular.
Hipertensão arterial - Fazer refeições exclusivas de pêssego. Passar alguns
dias só com esta fruta.
Verminose - Infuso das flores em jejum.
ROMÃ - A romanzeira é um arbusto, ornamental e medicinal, da família das
Puniáceas, originário da África setentrional e aclimatado no Brasil.
Utilidades Medicinais
Angina da garganta - Xarope do suco de romã. Extrair o suco de romã misturar
com mel meio a meio e deixar cozer por uma hora. Tomar uma colher de sopa
de três em três horas.
Carbúnculo - Cataplasmas com as folhas frescas trituradas. Renovar
frequentemente.
Doenças da garganta - Proceder como indicado em angina da
garganta.Gargarejo com o decocto das flores secas e pulverizadas.Gargarejo
com o suco da romã.
Teníase - Tomar um copo pequeno de decocto da casca antes de dormir.
TAMARINDO - O tamarindeiro é uma árvore elevada, da família das
Leguminosas, originária da África e aclimatada no Brasil.
Utilidades Medicinais
Disenteria - tomar o chá da polpa do tamarindo
Cólicas do fígado - Tomar o chá da polpa do tamarindo
Verminose - Chá das folhas do tamarindeiro. Tomar algumas vezes ao dia ,
inclusive em jejum.
TANGERINA - A tangerina é produzida por uma árvore da família das
Rutáceas.Originária da China, acha-se aclimatada no Brasil.
Utilidades Medicinais
Ácido Úrico - Recomenda-se fazer refeições esporádicas e exclusivas de
tangerina.
Arteriosclerose - Proceder como em ácido úrico.
UVA - A uva é uma das frutas mais apreciadas pelo homem, desde a mais
remota antiguidade. Em todos os tempos, ela tem sido um precioso alimento
para o gênero humano, nas várias fases da sua existência. Atualmente, sabese que a uva é anti-oxidante, previne o envelhecimento das artérias, facilita a
diurese.
Utilidades Medicinais
Anemia - Tomar suco de uva natural e concentrado freqüentemente.
Bibliografia - AS FRUTAS NA MEDICINA NATURAL
Alfons Balbach
Daniel S. F. Boarim
Edição Vida Plena
(XX11) 464-3888 - Itaquaquecetuba - SP
Utilidade de Ervas e Temperos na Cozinha
Condimentos e Especiarías
Os condimentos estão diretamente relacionados a tres dos cinco sentidos
corporais.
OLFATO: Nos alimentos, os aromas ajudam almentar o apetite e estimular o
metabolismo.
PALADAR: É o sentido humano que permite identificar substâncias que se
dissolvem na água. Ele ativa memórias dos bons tempos da nossa infância.
VISÃO: Os condimentos dão um toque todo especial a produçao visual,
estimulando assim o apetite.
Alcavária
ALCARAVIA: Sabor aromático, lembra erva-doce. A forma de uso é em
sementes inteiras ou em pó. Usa-se com Carne Cozida, Salsicha, Repolho,
Carne de Porco, Chucrute, Pães, Queijo, Bolos de Frutas. Comenta-se que
durante as guerras romanas, quando faltavam alimentos, os soldados
passavam a comer folhas frescas de alcaravia que vegetavam no campo. Júlio
César atribuiu a esta planta muito de suas vitórias em batalhas. Muito
disseminada na culinária dos países do norte da Europa, a alcaravia não é
muito conhecida no Brasil. As folhas parecem com as folhas da cenoura, suas
flores são brancas, pequenas e estão em pequenas umbelas. Seus frutos são
pequenos, parecidos com frutos da erva-doce.
Anis-estrelado
ANIS ESTRELADO De sabor suave, aromático e apimentado-adocicado. Usase inteiro, quebrado ou em pó. Use com Pratos orientais, chineses, carne de
porco, pato, frango, peixes, frutos do mar e marinadas. O anis estrelado
(Illicium verum) é uma planta medicinal. Seus frutos têm forma de estrela e são
utilizados para combater problemas gastrointestinais. Não é plantado
comercialmente no Brasil, e é a base para o fármaco Tamiflu, atualmente
utilizado para combater a gripe suína. Originário do Sul da China, é cultivado
em zonas quentes e úmidas do continente americano. É uma árvore da família
das Magnoliáceas, que atinge de 2 a 5 metros de altura. A sua casca é branca
e as folhas perenes e lanceoladas.
Caiena
CAIENA/CHILI EM PÓ: Use com pratos indianos, mexicanos, caribenhos e
crioulos, frutos do mar e molho bearnaise.Propriedades: aumenta a circulação,
melhora a digestão, aumenta a temperatura do corpo e elimina gordura das
artérias.
Canela
CANELA: De sabor doce, suave e arimática. Em pau ou em pó é muito utilizado
em pratos do Oriente Médio, curries, sobremesa de frutas e chocolates, bolos,
pães, pudins de leite e de arroz. Considerada símbolo da sabedoria, a canela
foi usada na Antigüidade pelos gregos, romanos e hebreus para aromatizar o
vinho e com fins religiosos na Índia e na China. Entre as muitas histórias da
canela, conta-se que o imperador Nero depois de matar com um pontapé sua
esposa Popea, tomado de remorsos ordenou a construção de uma enorme pira
para cremá-la. Nessa pira foi queimada uma quantidade de canela suficiente
para o consumo, durante 1 ano, de toda a cidade de Roma! Mesmo sem a
importância que teve no passado e não sendo mais motivo de lutas entre os
povos, a canela continua indispensável, como tempero na culinária moderna.
Cardamômo
CARDAMOMO: De sabor picante e meio azedo. Em vagens, sementes soltas
ou em pó usa-se em curries indianos e do Oriente Médio, cozidos, picles,
pastelarias, bolos, pratos com frutas e pães. Na frança e nos EUA é muito
utilizado na perfumaria. Experimente acrescentar algumas sementes de
cardamomo ao seu café. Você sentirá um aroma e um sabor diferentes.
Chá com algumas cápsulas de cardamomo e casca de laranja é um excelente
digestivo. Utilize cerca de oito sementes para 1 litro de água.
As sementes perdem seu sabor rapidamente quando moídas. Mesmo quando
inteiras, perdem 40% de seu óleo essencial por ano, devendo ser mantidas nas
cascas para melhor conservação.
Cominho
COMINHO: De sabor picante, suave e terroso. Sementes inteiras ou em pó
usa-se em pratos da Índia e do México, carne de porco, frango, carneiro,
queijos, sopas de grãos e pilafs de arroz. o Brasil, mais conhecido no Nordeste.
O cominho pode ser usado em pó ou sementes. Vai muito bem nos pratos mais
“pesados” (feijões, lentilhas, grão-de-bico, assados) porque estimula a digestão
e ajuda a impedir a formação de gases. No Brasil é muito utilizado no nordeste.
Cravo-da-India
CRAVO-DA-ÍNDIA: De sabor doce e forte. Flores Inteiras ou em pó usa-se com
presunto e carne de porco, batata-doce, abóbora moranga, bolos temperados,
maçãs ou outras frutas e conservas.
Cúrcuma
CÚRCUMA: De sabor suave e perfume delicado. Inteiro ou em pó dá um
tempero sutil e uma exclusiva cor amarela, usada em curries em pó, arroz,
grãos e chutneys. Muita gente confunde cúrcuma com o açafrão, a especiaria
rara que colore e dá sabor à paella. A cúrcuma também confere sabor e dá cor,
só que com personalidade muito própria. Na cozinha mineira, colore o frango
ensopado.
Gengibre
GENGIBRE: De sabor picante e apimentado, raiz fresca ou ralada usa-se com
pratos orientais e indianos, frango,legumes, principalmente morangas e
cenouras, frutas como melão e ruibarbo, bolos e biscoitos. Como planta
medicinal o gengibre é uma das mais antigas e populares do mundo. Suas
propriedades terapêuticas são resultado da ação de várias substâncias,
especialmente do óleo essencial que contém canfeno, felandreno, zingibereno
e zingerona.
Mostarda
MOSTARDA: De sabor picante e forte, Sementes inteiras ou em pó são usadas
em carne de boi, porco, frango e coelho’legumes, picles e condimentos, caldos
e molhos. Sementes de mostarda preta têm um sabor mais pungente,
enquanto as sementes de mostarda branca que são, na realidade, amarelas,
são as mais suaves e as usadas para fazer mostarda amarela. A mostarda
castanha, que é, na realidade, amarela escura, têm um sabor amargo
pungente e é o género utilizado para fabricar a mostarda Dijon.
Nóz-moscada
NOZ-MOSCADA: Doce e perfumado, inteira ou em pó é usado em macarrões
recheados, molhos de carne e bechamel, espinafre e batata gratinados, bolos e
biscoitos, pudins de leite e de cremes e vinho quente. Era utilizada no princípio,
para aromatizar cervejas.
Na Itália era usada para perfumar as ruas, em dias de grandes comemorações.
Páprica
PÁPRICA: De sabor picante, doce ou apimentada. Em pó usa-se em carnes e
aves, principalmente os pratos da Europa Oriental, ovos, legumes e creamcheese. Feito apartir de pimentas vermelhas de tamanho médio. A versão doce
utiliza pimentas doces e a picante com uma variedade mais ardida.
Pimenta da Jamaica
PIMENTA-DA-JAMAICA: Lembra cravo e canela. Em grãos ou em pó usa-se
em cozido de carnes caribenhos, caça, carneiro, cebolas, repolho, vinagres
aromatizados, frutas cozidas, bolos, pães e tortas. O nome em Inglês para a
pimenta da Jamaica é “allspice” que também se refere a outras ervas
aromática, especialmente os arbustos doces, como por exemplo o da Carolina
(Calycanthus floridus), uma especiaria do sudoeste dos Estados Unidos da
América e recentemente cultivada na Inglaterra.
Pimenta-do-reino
PIMENTA-DO-REINO: Picante, suave ou apimentada usa-se em grãos ou em
pó em preparações salgadas e alguns doces como morango e sorvetes. A
diferença da pimenta branca da preta, é só que a branca é colhida um tempo
antes.
PLANTAS ORNAMENTAIS TÓXICAS E MEDICINAIS DO BRASIL
Outro assunto de grande interesse é o conhecimento relacionado a plantas tóxicas e
ornamentais. Muitas vezes você terá que orientar sobre primeiros socorros, noções de
envenenamento, medidas de manutenção respiratória até a chegada de socorro, etc. Muitas
crianças e animais domésticos são envenenados diariamente, e sempre é pra farmácia que os
pais e responsáveis acabam levando a criança antes de qualquer coisa.
Muitas espécies vegetais produzem substâncias capazes de exercer ação tóxica sobre
organismos vivos. Segundo hipóteses mais recentes, metabólitos secundários de plantas
seriam formados com a função de defender a espécie de predadores. Por isso, não é
surpreendente que muitas plantas acumulem substâncias de elevada toxicidade. Exemplos
dessas substâncias são os glicosídeos cianogênicos, presentes na mandioca-brava; proteínas
tóxicas, como a ricinina da mamona, e muitos alcalóides como a coniina, presente na cicuta e a
estricnina, presente na noz vômica. Portanto, com a diversidade existente no reino vegetal e
particularmente nas regiões tropicais, o número de plantas potencialmente tóxicas é elevado. É
de se ressaltar que muitas dessas plantas são completamente desconhecidas quanto ao
potencial de causar intoxicações. Exemplificam essa questão relatos recentes de morte
acidental de crianças abaixo de três anos por ingestão de sementes de Hennecartia
omphalandra Poisson (pimenteira-do-mato), planta nativa da região sul, com quadros de
vômitos e convulsões que tiveram termo em poucos minutos (Registro junto ao CIT de Santa
Catarina, outubro de 1997).
Em algumas obras clássicas, centenas de plantas são citadas como tóxicas. No entanto, a
margem de certeza sobre a toxicidade de uma planta é limitada por uma série de fatores. Para
ocorrer a intoxicação, seja por ingestão de uma dose tóxica, seja pelo contato através da pele,
devem ser vencidos, no processo, os mecanismos próprios de defesa de cada organismo, que
incluem o ato involuntário de cuspir (quando a substância que entra em contato com a boca é
ácida ou amarga ou provoca sensação de ardência ou queimação), a náusea e o vômito
imediatos (que muitas vezes impedem que a planta seja ingerida ou que fique por tempo
suficiente em contato com a mucosa do estômago), e a diarréia. Assim, uma planta pode ser
potencialmente tóxica e, apesar disso, não provocar a intoxicação, determinando, assim, a
convicção equivocada de ausência de toxicidade.
As intoxicações em humanos ocorrem de diferentes formas, de acordo com a faixa etária:
crianças até três anos são mais propensas a intoxicações com plantas ornamentais existentes
em seu ambiente familiar, como a comigo-ninguém-pode e as espécies de jasmim. Já crianças
maiores são expostas a plantas encontradas em parques, jardins e pátios escolares, que
exercem atração por terem flores coloridas, frutos e sementes vistosos ou por possuírem látex,
eventualmente utilizado em brincadeiras. Destacam-se aqui as espécies da família
Euphorbiaceae. Em jovens e adultos, as intoxicações mais freqüentes são por contato
acidental ou mesmo profissional com espécies ornamentais, mas também são muito
importantes as intoxicações intencionais, como a utilização de algumas plantas pela suposta
ação alucinógena, ou ainda a utilização com fins alimentares de uma planta identificada
incorretamente. Como exemplo podemos citar a intoxicação de uma família pela ingestão de
Nicotiana glauca (charuto-do-rei), utilizada como alimento, na suposição de tratar-se de uma
variedade de couve, ocorrida em Porto Alegre em 1983.
Das plantas com maior número de ocorrências de intoxicações no sul do país, as pesquisas do
CIT-SC apontam em primeiro lugar as espécies de Dieffenbachia (comigo-ninguém-pode), com
cerca de 30% dos casos, e o conjunto de espécies identificadas como pertencentes à família
Araceae, também utilizadas como ornamentais (costela-de-adão, antúrio, banana-de-macaco,
copo-de-leite, taió e jibóia), com 35% dos registros no total. Em seguida, a família
Euphorbiaceae (nogueira, coroa-de-cristo, eufórbia, pinhão-paraguaio, mamona e mandioca),
com 30% dos casos.
Medidas preventivas:
Mantenha plantas venenosas fora do alcance de crianças e animais domésticos;
Em caso de ingestão, retirar da boca cuidadosamente o que restar da planta e lavar com
bastante água;
Quando se tratar de irritação da pele, lavar abundantemente o local com água;
Conheça as plantas venenosas existentes em sua casa e arredores pelo nome e
características;
Ensine às crianças a não colocar plantas na boca e não utiliza-las como brinquedo (fazer
comidinhas, tirar leite, etc)
Não prepare remédios ou chás caseiros com plantas sem orientação médica ou de um fiscal de
saúde que saiba identifica-la corretamente.
Não coma folhas, frutos ou raízes desconhecidas. Lembre-se que não há regras ou testes
seguros para distinguir plantas comestíveis das venenosas. Nem sempre o cozimento elimina a
toxicidade da planta.
Tome cuidado ao podar as plantas que liberam látex: podem provocar irritação nos olhos e
pele; evite deixar os galhos podados em qualquer lugar onde possam vir a ser manuseados por
crianças. Quando estiver lidando com plantas venenosas use luvas e lave bem as mãos após
esta atividade.
Sempre que possível, guardar partes da planta (todas as possíveis: folhas, flores, frutos e
sementes) para identificação através dos Centros de Informação Toxicológica ou junto a
profissionais especializados, que poderão ser localizados através de consultas aos
Departamentos ou Institutos de Botânica nas Instituições de Ensino.
Em caso de acidente, procure orientação médica o mais rápido possível.
Em caso de dúvidas, ligue para o Centro de Intoxicação da sua região:
Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina
Universidade Federal de Santa Catarina
Hospital Universitário
Bairro Trindade – Florianópolis – SC
Caixa Postal: 476 – CEP: 88040-970
Telefones: (48) 331-9535 / 331-9173 / 331-1520
Fax: 331-9083
e-mail: [email protected]
www.ccs.ufsc.br/cit/homepage.html
SINITOX – Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica
Avenida Brasil, 4365 – Prédio da Biblioteca de Manguinhos
2º andar – sala 218
CEP: 21045-900 – Rio de Janeiro – RJ
Telefones: (21) 270-0295 / 590-9590
Fax.: 270-2668 / 270-0914
e-mail: [email protected]
Plantas mais conhecidas e seus POSSÍVEIS EFEITOS TÓXICOS:
COMIGO-NINGUÉM-PODE
Espécies originárias da América tropical, são plantas freqüentemente cultivadas como
ornamentais, principalmente na decoração de ambientes interiores, devido à sua resistência à
baixa luminosidade. Estão presentes em residências, escritórios e escolas. Planta perene, de
até 2m de altura, com caule tortuoso, apresentando cicatrizes anelares resultantes da queda
das bainhas das folhas mais velhas. As folhas são simples, espiraladas, glabras, com
numerosas manchas amarelo-esbranquiçadas, alargadas ou lineares entre as nervuras.
Dieffenbachia picta apresenta manchas definidas, enquanto Dieffenbachia seguine tem
manchas inteligadas ocupando grande parte da lâmina foliar. Possuem flores reunidas e
protegidas por espatas, mas via de regra, não florescem no sul do Brasil.
Nome científico: Dieffenbachia picta, Dieffenbachia seguine
Família botânica: Araceae.
Toxicidade: a natureza química dos compostos tóxicos ainda não foi completamente
esclarecida. Sabe-se que possui um grande número de cristais de oxalato de cálcio, na forma
de agulhas denominadas ráfides, localizadas em células especiais conhecidas como
idioblastos ou células ejetoras. Também encontra-se no tecido vegetal grande quantidade de
ácido oxálico e seus sais solúveis, que podem promover quadros de intoxicação por oxalato. O
mecanismo da reação alérgica demonstra que a ação desencadeada não é apenas mecânica,
mas sim mediada pela presença de substâncias lipídicas e ácidos graxos insaturados que
atuariam como agentes irritantes.
Formas de Intoxicação: ingestão ou contato com a mucosa oral. Os sintomas se desenvolvem
rapidamente, ocorrendo sensação de irritação, queimadura, salivação intensa, edema dos
lábios, língua e garganta, podendo dificultar e impedir a fala e causar distúrbios respiratórios. O
contato com a seiva do vegetal, de forma direta ou indireta, provoca severa irritação da pele e
inflamação ocular, acompanhadas de dores fortes que podem durar semanas.
Efeitos clínicos potenciais: salivação intensa, dor na boca, língua e lábios, edema da mucosa
oral. A intensidade do edema pode causar obstrução das vias respiratórias e óbito por
insuficiência respiratória aguda. Podem ocorrer distúrbios gastro-intestinais, com cólicas
abdominais, vômitos e náusea. O contato do látex com a pele pode provocar dermatite de
contato; na mucosa ocular pode ocorrer irritação, congestão, edema, fotofobia, lacrimejamento,
inflamação simultânea da córnea e da conjuntiva.
Tratamento: deve ser assegurada a desobstrução das vias respiratórias, para evitar a asfixia.
Basicamente o tratamento é sintomático e de suporte, com administração de líquidos gelados,
(água, chá e sucos) ou emolientes (leite, gelatinas), para proporcionar alívio. Caso necessário,
são administrados analgésicos, antiinflamatórios e anti-histamínicos, para combater a dor e o
edema. Não é recomendado fazer lavagem gástrica nem provocar vômito, devido à presença
das ráfides. Áreas externas afetadas devem ser lavadas com água em abundância e utilização
de colírios antissépticos.
CIPÓ-IMBÉ
Espécie nativa, ocorrendo desde o Espírito Santo e Minas Gerais até o nordeste da Argentina,
sendo também cultivada em jardins e interiores. Arbusto trepador ou terrstre, de caule
cilíndrico, emitindo raízes que se aderem e se enrolam no suporte. Folhas alternas, longopecioladas, com o limbo bipinafítico e até 1m de comprimento por 60cm de largura, coriáceo,
verde-brilhante na face superior e opaco na inferior. Inflorescência do tipo espádice carnosa, de
até 20cm de comprimento e 5cm de diâmetro.
Nome científico: Philodendron bipinnatifidum
Sinônimos: imbé, guaimbé, banana-imbé.
COSTELA-DE-ADÃO
Originária da América Central e México, sendo cultivada como ornamental em jardins e
interiores. Folhas semelhantes ao cipó-imbé, diferindo por apresentar o limbo perfurado (exceto
as folhas jovens) e inflorescência baciforme, verde-clara, de 15 a 25cm de comprimento.
Nome científico: Monstera deliciosa
Sinônimos: imbé.
JIBÓIA
Planta originária da Malásia e Java, sendo cultivada como ornamental, principalmente em
interiores. Trepadeira com raízes adventícias, de folhas alternas, simples, ovalado-oblongas,
glabras, de 10 a 15cm de comprimento (em ambientes externos ficam maiores), com manchas
esbranquiçadas na face superior, que podem desaparecer quando a planta fica em ambientes
externos. Também não floresce no sul do Brasil. Há uma outra espécie, Scindapsus aureus,
originária das Ilhas Salomão, que apresenta folhas de até 60cm de comprimento, base
profundamente cordada e limbo com linhas ou manchas amarelas irregulares.
Nome científico: Scindapsus pictus
COPO-DE-LEITE
Planta herbácea, originária do sul da África, cultivado como planta ornamental e ocorrendo
espontaneamente em locais encharcados. Planta herbácea, de até 80cm de altura, folhas
simples, longo-pecioladas, com até 30cm de comprimento. Flores unissexuadas, reunidas em
inflorescências do tipo espádice, carnosas, cilíndricas, de cor amarelo-ouro, as femininas na
porção inferior e as masculinas na superior. A espádice fica envolta por espata branca, de até
20cm de comprimento. Possui frutos do tipo baga, reunidos na base do espádice. Existem
outras espécies e variedades cultivadas, que se diferenciam pelas folhas manchadas de
branco ou amarelo e pela cor da espata, todas com a mesma toxicidade. Também para outras
plantas da família Araceae, como as espécies de Anturium, foram registrados casos de
intoxicação.
Nome científico: Zantedeschia aethiopica
NOGUEIRA
Originária da China, é cultivada no sul do Brasil, Argentina e Paraguai. Árvore de até 9m de
altura, latescente, de copa muito ramificada, folhas simples, alternas, caducas no inverno,
limbo cordiforme inteiro ou trilobado, palminérveas, longo-pecioladas, glabras ou com pêlos
simples sobre as nervuras. As flores são brancas, róseas ou avermelhadas, aparecendo com
as folhas após o inverno. Flores masculinas com 8 a 10 estames e femininas com gineceu de
ovário súpero.
Nome científico: Aleurites fordii
Sinônimos: tungue, castanha-purgativa
Toxicidade: apresenta ésteres diterpênicos derivados de 16-hidoxi-forbol de ação irritante e
carcinogênica.
Formas de Intoxicação: ocorrem geralmente pela ingestão das sementes, confundidas com
castanhas comestíveis. É freqüente a intoxicação concomitante de um número elevado de
pessoas em escolas. O CIT/SC registrou a intoxicação de 28 alunos em uma escola no
município de Canoinhas (SC). Também são descritas intoxicações por utilização equivocada do
óleo extraído das sementes como óleo comestível. Este óleo, conhecido como óleo de tungue,
é utilizado na indústria de tintas e sabonetes e para impermeabilizar madeiras. Seu vapor,
quando aquecido, libera substâncias cáusticas e extremamente irritantes.
Efeitos clínicos potenciais: Náuseas, vômitos, cólicas abdominais, tenesmo e diarréia. O
contato do látex com a pele e mucosas pode provocar lesões, com formação de eritemas e
pústulas. Em casos mais graves pode ocorrer desidratação, midríase, taquicardia, taquipnéia,
respiração irregular, cianose, hipertermia, lesões renais e colapso.
Tratamento: nas intoxicações por ingestão, a provocação do vômito e a lavagem gástrica são
recomendadas, sendo seguidas do tratamento sintomático e de apoio. Controle eletrolítico se
faz necessário, principalmente para evitar insuficiência renal. Os casos mais graves exigem
controle das funções circulatórias e respiratórias. As dermatites são tratadas com lavagem e
aplicação de antissépticos. Em casos mais graves, é recomendada a administração de
corticóides ou anti-histamínicos.
COROA-DE-CRISTO
Planta originária da ilha de Madagascar. Duas variedades são muito cultivadas no Brasil, como
cercas-vivas e ornamentais: Euphorbia millii, com folhas de até 7cm de comprimento, e
Euphorbia millii var. breoni, com folhas de até 15cm de comprimento. É um arbusto perene,
lactescente, que atinge de 0,50cm a 1,80m de altura, muito ramificado, com ramos angulosos e
armados de numerosos espinhos de até 2,5cm de comprimento. As folhas são verdes, alternas,
pequenas, caducas e sem pelos. As flores são unissexuais, reunidas em inflorescências do tipo
ciátio, com cinco glândulas apicais vermelhas e duas brácteas reniformes, grandes e também
vermelhas.
Nome científico: Euphorbia millii
Sinônimos: martírio.
Toxicidade: das partes aéreas do vegetal foram isolados diterpenos denominados miliaminas,
responsáveis pela ação irritante. Esse grupo de compostos foi bastante estudado em função da
sua ação co-carcinogênica, ocorrendo em várias outras espécies da mesma família, incluindo o
aveloz.
Formas de Intoxicação: sempre devidas ao contato do látex com a pele e mucosas, podendo
causar sérias irritações. Entre os casos registrados junto ao CIT/SC, observam-se intoxicações
em adultos, em atividades de jardinagem, devido ao contato do látex com a pele, de respingos
nos olhos durante a poda ou o contato da mão impregnada com os olhos, mesmo horas
depois. Em crianças a intoxicação é muito freqüente pois é uma planta muito utilizada para
“tirar o leite” para “fazer comidinhas”.
Efeitos clínicos potenciais: inicialmente as lesões caracterizam-se por edemas e eritemas,
formação de vesículas e pústulas, normalmente pruriginosas e doloridas. As lesões
desenvolvem-se em cerca de 2 a 8 horas após o contato, evoluindo nas 12 horas seguintes; a
regressão ocorre em2 a 3 dias sem deixar cicatrizes. O contato do látex com os dedos e depois
a passagem destes pelos olhos pode provocar conjuntivite e, em casos mais graves, cegueira
temporária. Casos de ingestão da planta são raros, devido ao sabor desagradável e ao rápido
aparecimento dos sintomas irritativos da mucosa bucal, com sensação de queimadura, edema,
dor e salivação. A ingestão provoca gastrienterite severa com forte diarréia e vômitos;
ocorrendo reabsorção, há dilatação da pupila, tontura, delírio com convulsões e colapso
circulatório, podendo, ainda, ocorrer lesões renais.
Tratamento: sintomático. No caso de contato com a pele, lavar com água em abundância. Se
isto for feito a tempo, não ocorrem as lesões mais sérias. Caso haja vesículas, devem ser
tomadas as medidas de higiene para evitar infecções secundárias.
Se o contato for com os olhos, após lavagem prolongada devem ser usados colírios
antissépticos e corticóides e anti-histamínicos, em casos mais graves. Em caso de ingestão, a
lavagem gástrica é desnecessária, sendo recomendada somente se a quantidade de planta
ingerida for considerável. A administração de carvão ativado e laxantes é indicada, além de
analgésicos e demulcentes, como leite e óleo de oliva.
EUFÓRBIA
Originária da Amazônia, é cultivada na América do Sul como ornamental em parques, praças e
ruas. Árvore de médio porte, lactescente, com ramos articulados nos nós. Folhas verticiladas,
em regra três a cada nó, caducas no inverno, simples, inteiras, membranosas e glabras, com
até 7cm de comprimento e 5cm de largura. Flores unissexuais, reunidas em inflorescências do
tipo ciátio, com invólucro campanulado com cinco glândulas apicais e cinco brácteas amareloesbranquiçadas, franjadas.
Nome científico: Euphorbia cotinifolia
Sinônimos: sangue-de-boi, sanguinea.
Toxicidade: como a espécie anterior, apresenta diterpenos tóxicos responsáveis pela ação
irritante.
BICO-DE-PAPAGAIO
Arbusto a arvoreta, lactescente, de até 6m de altura. Folhas inferiores alternas e superiores
opostas ou verticiladas, simples, verde-escuras, ovaladas, bordas serrilhadas ou inteiras, com
até 20cm de comprimento. As flores são reunidas em inflorescências do tipo ciátio, e possuem
invólucro urceolado com uma glândula lateral amarela e vistosa. Os ciátios ficam reunidos em
cimeiras protegidas por numerosas brácteas vermelhas ou brancas, com 20cm de
comprimento. Frutifica raramente.
Nome científico: Euphorbia pulcherrima
Sinônimos: poinsetia, folha-de-sangue, flor-de-santo-antonio, flor-de-papagaio, flor-de-natal.
Toxicidade: como todas as Euphorbiáceas, possui ésteres diterpênicos de ação irritante. O
contato com o látex e a ingestão podem causar lesões severas.
PINHÃO-DE-PURGA
Originária da América tropical e cultivada como ornamental no Brasil. É um arbusto lactescente,
caducifólio, com folhas simples, pecíolos longos e lâminas crdiformes a lobuladas,
palminérveas, de 5 a 10cm de comprimento, freqüentemente de cor vermelho-escuro (vinho).
As flores são unissexuais, pentâmeras e amarelo-esverdeadas.
Nome científico: Jathropa curcas
Toxicidade: contém uma proteína de ação tóxica, semelhante à ricina (ver mamona). Além
disso, o óleo presente nas sementes e o látex das partes aéreas apresentam ação cáustica,
podendo causar severa irritação na pele.
Formas de Intoxicação: as intoxicações ocorrem principalmente em crianças, pela ingestão das
sementes, que são confundidas com castanhas de espécies comestíveis. Em adultos, a
intoxicação pode ocorrer pelo uso da planta como medicinal, preconizada em algumas regiões
como laxante, contra vermes e para úlcera gástrica. Efeitos clínicos potenciais: diarréia severa
e inflamação gastrintestinal pela ingestão e severa irritação dérmica na aplicação tópica.
Também provoca intensa dor abdominal, náuseas, vômito e diarréia.
Tratamento: o esvaziamento gástrico, mesmo com episódios de vômito, é indicado, bem como
hidratação adequada para evitar distúrbios eletrolíticos e diminuir os riscos de complicações
cardio-vasculares, neurológicas e renais. Soluções antissépticas, anti-histamínicos e
corticóides são eventualmente utilizados para o tratamento das lesões da pele e mucosas,
provocadas pelo contato com o látex, pêlos ou espinhos.
AROEIRA
Espécies nativas do Brasil, ocorrendo de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, Paraguai,
Bolívia, Argentina e Uruguai. São árvores de até 7m de altura, da família Anacardiaceae, muito
utilizadas na arborização de ruas e parques.
Nome científico: Lithraea brasiliensis, Lithraea molleoides. Outras espécies tambéwm
chamadas de aroeira, pertencentes à mesma família, são Schinus terebinthifolius (aroeiravermelha, aroeira-da-praia ou aroeira-mansa) e Schinus molle (aroeira-mansa, aroeira-salso).
Sinônimos: aroeira-brava, pau-de-bugre.
Toxicidade: substâncias alergizantes em todas as espécies. Em particular os frutos de aroeiramansa são utilizados como um tipo especial de pimenta, podendo, no entanto, provocar, de
acordo com a dose, forte irritação gástrica.
Formas de Intoxicação: dermatite, eritema, pápulas e vesículas com prurido intenso. A
sensibilização pode ocorrer no contato direto da planta com a pele ou, em muitos casa, apenas
pela proximidade com o vegetal, devido à presença de substâncias alergizantes voláteis.
Tratamento: a regressão do quadro toxicológico é normalmente lenta, sendo importante tomas
medidas para evitar infecções secundárias. Sãi indicados os antissépticos de ação local e, em
casos mais graves, é recomendada a administração de corticóides e anti-histamínicos.
MAMONA
Originária da África, é cultivada ou nasce de forma silvestre nas regiões tropicais e subtropicais
do globo. É um arbusto muito polimorfo, anual ou perene, às vezes arborescente, alcançando
até 8m de altura nas regiões tropicais. As folhas são alternas, simples, palmatilobadas e
peltadas, com bordos serrilhados e de até 60cm de diâmetro. Ramos cilíndricos, sólidos nas
plantas jovens e ocos nas velhas, divididos com entre-nós bem marcados pela inserção das
folhas. Os frutos são bem característicos, espinhosos ou lisos, verdes a avermelhados, e,
quando estão maduros, estouram em temperaturas mais altas e sob o sol, para disseminar as
sementes o mais longe possível.
Nome científico: Ricinus communisi
Sinônimos: carrapateira.
Toxicidade: as sementes apresentam uma lectina altamente tóxica, denominada ricina, de
estrutura glicoprotéica, com propriedade de aglutinar eritrócitos (fitoaglutinina). As sementes
contém em torno de 0,2% de ricina. Outro componente tóxico, que ocorre também nas folhas, é
a ricinina, substância de natureza alcaloídica. Além desses, é também descrita a presença de
glicoproteínas de ação alergizante.
O óleo de mamona ou óleo de rícino, devido a
características singulares como a alta viscosidade e estabilidade, tem amplo emprego
industrial. Também é utilizado em alguns medicamentos como purgante drástico,
eventualmente utilizado antes de procedimentos radiológicos. O óleo não contém ricina, que
permanece na torta. A torta tem alto valor protéico, e, após tratamento para eliminação da
ricina, é utilizada como ração animal ou, ainda, como adubo.
Formas de Intoxicação: os casos mais freqüentes são em crianças pela ingestão das
sementes. O grau de intoxicação depende do grau de liberação da ricina, que ocorre com a
mastigação: existem relatos de ingestão de sementes inteiras sem desenvolvimento de um
quadro sério de intoxicação. O óleo, se preparado por leigos, pode estar contaminado com
ricina, assim como a torta, tornando-se extremamente tóxicos. Em animais de grande porte,
como o gado bovino, foi relatada a dose letal de 20g de folhas frescas por kilo de peso do
animal, ingeridas em curto espaço de tempo. Há relatos de morte de animais de grande porte
principalmente no nordeste, onde, devido à seca, os animais acabam comendo a planta
quando estão com fome.
Efeitos clínicos potenciais: vômitos e diarréia, evoluindo para gastroenterite sanguinolenta,
cólicas violentas, lesões renais e distúrbios neurológicos, apnéia, letargia e coma. A ingestão
de 1 a 6g de sementes pode ser fatal para uma criança. Também ocorrem manifestações
alérgicas por inalação de resíduos de indústrias de beneficiamento de mamona. Tais
manifestações caracterizam-se por distúrbios respiratórios, coriza, asma brônquica,
conjuntivite, dermatites e eczemas.
Tratamento: deve ser rápido e enérgico, sendo recomendadas a administração de carvão
ativado e estimulação do vômito. A lavagem gástrica deve ser imediata, seguida da
administração de eletrólitos, grande quantidade de líquidos, controle renal, sanguíneo e das
funções hepáticas. Pode ser necessária a transfusão sanguínea.
MANDIOCA-BRAVA
Originária do Paraguai e dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Na época da
colonização, seu uso já fazia parte dos hábitos alimentares dos índios da América do Sul,
Central e México. É um arbusto perene, de até 4m de altura, ramificado ou não, com caule e
ramos cobertos com numerosas cicatrizes resultantes da queda das folhas caducas. As raízes
são tuberosas, numerosas e cilíndricas.
Nome científico: Manihot esculenta
Sinônimos: aipim, mandioca-braba.
Toxicidade: deve-se à presença de glicosídeos cianogênicos, principalmente a linamarina, que
está presente em todas as partes do vegetal, concentrando-se nas folhas e entrecasca da raiz.
Acredita-se que todas as variedades de mandioca possuam glicosídeos cianogênicos, existindo
variação no teor de acordo com a odade do vegetal, condições climáticas e do solo. Esses
glicosídeos são instáveis, sofrendo degradação pelo calor, ação de enzimas presentes no
próprio vegetal e ácidos digestivos. A sua hidrólise origina ácido cianídrico, que atua inibindo a
respiração celular através da reação com o ferro trivalente da citocromo-oxidase nas
mitocôndrias. O cianeto resultante é um dos venenos de ação mais rápida, sendo a dose letal
para o homem em torno de 1mg/kg. Porém, o organismo humano possui mecanismos de
defesa que fazem com que a intoxicação não ocorra de forma tão rápida, através do sistema
de catálise da rodanese, enzima capaz de promover a formação de tiocianato, que será
eliminado pela urina e saliva.
Formas de Intoxicação: nos alimentos industrializados, os glicosídeos cianogênicos são
eliminados pelo processamento. As intoxicações caseiras ocorrem pelo cozimento insuficiente.
É de se destacar que existe no Brasil um grande número de espécies e variedades
botanicamente muito semelhantes, e que exemplares de baixa toxicidade, quando
transplantados, podem tornar-se tóxicos, sem que se observem diferenças visuais nas plantas.
Outro aspecto que merece atenção é a intoxicação crônica, pela dieta unilateral de alimentos
processados inadequadamente, causando ingestão sistemática de doses subletais de cianeto,
que interferem na função da tireóide.
Efeitos clínicos potenciais: as intoxicações são acompanhadas de distúrbios gastro-intestinais
como náuseas, vômitos, cólicas e diarréias; manifestações neurológicas como sonolência,
torpor e coma, seguidas de convulsões tônicas e alterações respiratórias., como dispnéia,
acúmulo de secreções, asfixia, bradipnéia, cianose, alterações do ritmo cardíaco, hipotensão e
óbito, nos casos mais agudos.
Tratamento: as medidas de tratamento em casos de intoxicação por cianetos devem ser
rápidas e eficazes. Inicialmente, procura-se evitar ou reverter a ligação do cianeto com o ferro
da citocromo-oxidade, através da ingestão de nitritos que oxidam a hemoglobina à
metahemoglobina, que competirá com a citocromo-oxidase, sendo favorecida a formação de
cianetometahemoglobina. É recomendada a ingestão de ácido ascórbico, azul de metileno e
lavagem gástrica.
BUCHA
Trepadeira cultivada no Norte e Nordeste do Brasil, como ornamental. O fruto seco, marrom
escuro, é a única fonte de intoxicação da planta toda.
Nome científico: Luffa operculata
Sinônimos: buchinha-do-norte, bucha-paulista.
Toxicidade; foram obtidas glicoproteínas com ação inibidora da síntese protéica, embriotóxica e
abortiva, demonstrada em experimentos animais. A ingestão de chás preparados com os frutos
provoca cólicas abdominais, diarréia intensa e vômitos.
Formas de Intoxicação: estão relacionadas de maneira geral com tentativas de aborto. Os
casos registrados ocorrem em mulheres entre 19 a 26 anos, após ingestão de quantidade
variável do chá preparado com os frutos secos. Porém, há o uso tradicional como
descongestionante em casos de rinite e sinusite, preconizado por médicos homeopatas e na
fitomedicina. Mesmo o preparo controlado em farmácias de manipulação é passível de reações
adversas em indivíduos sensíveis.
Efeitos clínicos potenciais: sangramento das mucosas nasais, náusea, vômito, dor abdominal,
cólicas e dor de cabeça. O uso excessivo pode provocar hemorragia generalizada,
abortamento e outros problemas na hemostasia, de ordem mais ou menos grave, dependendo
da dose utilizada.
DAMA-DA-NOITE
Arbusto de até 5m de altura, de folhas alternas, inteiras, assimétricas, de bordas inteiras ou
levemente sinuosas, de até 30cm de comprimento. As flores são brancas a amarelo-creme ou
rosadas, pendentes, de 20 a 30cm de comprimento. Abrem apenas à noite. É uma das plantas
mais antigas utilizadas pelos índios americanos por suas propriedades psicotrópicas.
Nome científico: Datura suaveolens, Brugmansia suaveolens
Sinônimos: cartucheira, trombeteira, saia-branca, buzina.
Toxicidade: possui alcalóides tropânicos em todas as partes, sendo o mais comum a
escopolamina (80%), seguido da hiosciamina. Esse toer varia conforme a idade da planta.
Formas de intoxicação: podem ocorrer intoxicações acidentais por ingestão de partes da
planta, mas são freqüentes as intoxicações devido ao uso como alucinógeno e também como
veneno em tentativas de suicídio ou crimes. Na Índia, entre 1950 e 1965, foram registradas
2728 mortes por uso de datura.
Efeitos clínicos potenciais: síndrome anticolinérgica clássica, com náuseas, vômitos,
dificuldades visuais e secura da boca. Nos casos mais graves, visão borrada, fotofobia com
dilatação da pupila, secura das mucosas, principalmente da boca, hipertermia, hiperemia
cutânea, inquietude psicomotora, taquicardia, hipotensão ortostática, alucinações,
desorientação, distúrbios respiratórios, convulsões e coma.
Tratamento: se for rápido e com êxito, em 12 a 48 horas os sintomas começam a desaparecer.
O efeito midriático persiste até por algumas semanas. Administração de carvão ativado,
provocação do vômito, controle das funções respiratórias, cuidados sintomáticos e de apoio
devem seguir o tratamento.
TINHORÃO
Nome científico: Caladium bicolor
Nome popular: tajá, taiá, caládio
TAIOBA-BRAVA
Nome científico: Colocasia antiquorum
Nome popular: taió, cocó, tajá
Parte tóxica: A planta toda
Sintomas: A ingestão e o contato podem causar sensação de queimação, inchaço dos lábios,
boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia;
o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
AVE-DO-PARAÍSO
Nome científico: Poincians gilliens
Nome popular: ave-do-paraíso, strelitzia.
LAGOSTA-NEGRA
Nome científico: Robinia pseudoacaccia
Nome popular: lagosta-negra.
Parte tóxica: a planta toda
Sintomas: o contato ou proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão,
coceira) que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.
As sementes podem causar sonolência, depressão, vômitos e enfraquecimento do pulso.
DEDALEIRA
Nome científico: Digitalis purpurea
Nome popular: dedaleira, luvas-de-Nossa-Senhora.
Parte tóxica: a planta toda
Sintomas: a ingestão pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas,
rubor facial, estados de agitação, alucinação, elevação da temperatura corporal (hipertermia);
casos mais graves podem levar à morte. Provocam náuseas, vômitos e tonturas e também
afetam o ritmo cardíaco.
AVELOZ
Nome científico: Euphorbia tirucalli
Nome popular: graveto do cão, figueira do diabo, dedo do diabo, pau-pelado, árvore de São
Sebastião
Parte tóxica: a planta toda
Sintomas: a seiva leitosa causa lesão na pele e mucosas, inchaço dos lábios, boca e língua,
dor em queimação e coceira; o contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema
das pálpebras e dificuldade de visão; a ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.
URTIGA
Nome científico: Fleurya aestuans
Nome popular: urtiga-brava, urtigão, cansação.
CHUVA-DE-OURO
Nome científico: Laburnum anagyoides
Nome popular: chuva-de-ouro, vara-de-ouro
Parte tóxica: pelos do caule e folhas
Sintomas: o contato causa dor imediata devido ao efeito irritativo, com inflamação, coceira,
vermelhidão cutânea e bolhas. Excitação nervosa, falta de coordenação motora e morte por
asfixia já foram relatadas.
ESPIRRADEIRA
Nome científico: Nerium oleander
Nome popular: oleandro, louro rosa
Parte tóxica: a planta toda
Sintomas: a ingestão ou contato com o látex podem provocar dor em queimação na boca,
salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos que
podem levar à morte.
CINAMOMO
Nome científico: Melia azedarach
Nome popular: jasmim de Caiena, jasmim de cachorro, jasmim de soldado, árvore santa,
loureiro grego, lírio da Índia, erva de Santa Bárbara.
Parte tóxica: frutos e chá das folhas
Sintomas: a ingestão pode causar aumento da salivação, náuseas, vômitos, cólicas
abdominais, diarréia intensa; em casos mais graves pode ocorrer depressão do sistema
nervoso central.
Outros vegetais de importância toxicológica
Nome popular
Nome científico
Família botânica
Parte tóxica
E f e i t o s c l í n i c o s Observações
Componentes ativos potenciais
Características botânicas
D i s t ú r b i o s Arbusto exótico, trepador,
Alamanda
Todas as partes, g a s t r o i n t e s t i n a i s com folhas verticiladas e
Allamanda cathartica particularmente o s e v e r o s , n á u s e a s , amarelas, freqüente em
Apocynaceae
látex.
v ô m i t o s , c ó l i c a s e jardins.
diarréia.
To d a s , d e v i d o à S a l i v a ç ã o , v ô m i t o s , Arbusto exótico, de flores
Azaléia
p r e s e n ç a d e u m lacrimação, rinorréia; vermelhas a brancas,
R h o d o d e n d r o n diterpeno derivado e m c a s o s g r a v e s , ornamental em jardins.
indicum
do andromedano, de h i p o t e n s ã o , d o r d e
Ericaceae
ação cardiotóxica. cabeça, bradicardia,
convulsões e coma.
T o d a s , N á u s e a s , v ô m i t o s , Arbusto nativo ou cultivado
Cambará, Camará
principalmente os d i a r r é i a , l e t a r g i a , c o m o o r n a m e n t a l e m
Lantana camara
frutos verdes, que f o t o f o b i a , m i d r í a s e , jardins.
Verbenaceae
possuem lantadenos alguns casos de óbito já
( t r i t e r p e n o s foram relatados.
hepatotóxicos)
Todas as partes, em N á u s e a , v ô m i t o s , Erva com flores brancas,
Cicuta
p a r t i c u l a r a sd i a r r é i a ; e m c a s o sc o m u m e n c o n t r a - l a
Conium maculatum s e m e n t e s , q u e graves, fortes dores silvestre em regiões de
Apiaceae
contém os alcalóides a b d o m i n a i s , d e l í r i o , altitude no sul do país.
coniina e coniceína t r e m o r, c o n v u l s õ e s
violentas.
To d a s , d e v i d o à N á u s e a s , v ô m i t o s , Árvore exótica, com flores
Chapéu-de-Napoleão p r e s e n ç a
d e d i a r r é i a . S i n t o m a s amarelas ou alaranjadas,
Thevetia peruviana g l i c o s í d e o s n e u r o l ó g i c o s : ornamental em jardins.
Apocynaceae
cardíacos. O látex desorientação e dor de
tem ação cáustica. c a b e ç a , a r r i t m i a s
cardíacas. O látex
provoca queimação na
boca. Nos olhos:
irritação, fotofobia e
congestão
da
conjuntiva.
Todas as partes, em Irritação gastrointestinal Árvore exótica ou silvestre,
Cinamomo
especial os frutos. severa com náusea, c o m u m e m r u a s e
Melia azadirachta
v ô m i t o s , d i a r r é i a arborização de jardins.
Meliaceae
intensa, distúrbios do
SNC, ataxia, torpor,
convulsões e coma.
Todas as partes, N á u s e a s , v ô m i t o s , Arbusto exótico, de flores
Espirradeira
devido à presença d i a r r é i a , s i n t o m a s em várias cores, comum
Nerium oleander
d e g l i c o s í d e o s n e u r o l ó g i c o s c o m o em jardins e praças.
Apocynaceae
cardíacos.
desorientação e dor de
cabeça, arritmias
cardíacas.
Presença
d e Q u e i m a d u r a s p o r Arbusto exótico, cultivado
f u r a n o c u m a r i n a s , exposição ao sol após a d e v i d o a o s f r u t o s
capazes de induzir u t i l i z a ç ã o
o u comestíveis.
fotossensibilidade. manipulação de extratos
da planta; intoxicações
relatadas pelo uso em
preparações caseiras
de bronzeadores.
Ingestão
d e Gastroenterites, vômitos Trepadeira de flores azuis,
Glicínia
s e m e n t e s ,r e p e t i d o s ,
d o rm u i t o u s a d a e m
Wisteria sinensis
principalmente por abdominal e diarréia. De caramanchões.
Fabaceae
crianças; toxicidade m o d o
geral,
a
atribuída à presença recuperação é completa
de lectinas.
em 24 horas.
Todas as partes são Predomínio de sintomas Arbusto exótico, de flores
Giesta
tóxicas,
p o r gastrointestinais.
amarelas, comum em
Spartium junceum
apresentarem o
jardins.
Fabaceae
alcalóide citisina, de
ação semelhante à
nicotina.
As partes aéreas e R e a ç õ e s d é r m i c a s Trepadeira exótica, muito
Hera
as raízes podem g r a v e s , e m m ã o s , utilizada para cobrir muros
Hedera helix
provocar dermatites braços e rosto, após e paredes. Há o uso
Araliaceae
de contato; ação contato freqüente com a medicinal do extrato como
atribuída à presença planta.
antiedematoso e antide poliacetilenos.
celulítico.
Todas as partes da A ingestão dos frutos Arbusto nativo, de flores
Imbira, Embira
p l a n t a , pode causar distúrbios b r a n c a s . F o i m u i t o
D a p h n o p s i s e s p e c i a l m e n t e gastrointestinais graves, utilizada para a confecção
racemosa
entrecasca, frutos e o contato com a planta de cordas.
Thymeleaceae
raízes, por conterem c a u s a
reações
diterpenos de ação alérgicas.
irritante.
Látex
L e s õ e s c u t â n e a s e Árvore lactescente, nativa
Leiteira, Mata-olho
oculares após contato nas matas do sul do Brasil,
Pachystroma
com o látex, provocando com grandes folhas com
longifolium
inflamação severa.
espinhos.
Figo
Ficus carica
Moraceae
C a u l e e f o l h a s Na ingestão provoca dor Erva de flores vistosas,
Oficial-de-sala
p r o d u z e m l á t e x e queimação, sialorréia, amarelo-alaranjadas.
A s c l e p i a sc á u s t i c o
ed o r e s a b d o m i n a i s ,
curassavica
g l i c o s í d e o sn á u s e a e v ô m i t o s ;
Asclepidiaceae
cardíacos.
alterações do ritmo
cardíaco. Em contoato
com os olhos, pode
provocar forte irritação e
edema da córnea.
As sementes contém Gastroenterite grave, A s s e m e n t e s s ã o
Olho-de-pombo
lectina, de elevada vômitos, diarréias e utilizadas pelo seu aspecto
Abrus precatorius
t o x i c i d a d e . H á convulsões.
peculiar em colares e
Fabaceae
relatos de morte
enfeites artesanais.
pelo consumo de 1 a
2 sementes.
O principal alcalóide D i s t ú r b i o s Subarbusto nativo; várias
Mata-cavalo
é a solanina, de gastrointestinais com espécies do gênero são
Solanum capsicoides t o x i c i d a d e n á u s e a s , v ô m i t o , denominadas mata-cavalo.
Solanaceae
comprovada para as d i a r r é i a , c ó l i c a s
m u c o s a s abdominais; casos mais
gastrointestinais e graves podem provocar
a ç ã o h e m o l í t i c a .f e b r e , d i s t ú r b i o s
Intoxicações mais c i r c u l a t ó r i o s
e
freqüentes foram por neurológicos.
ingestão dos frutos
verdes.
Todas as partes, Intoxicações típicas por Árvore nativa das florestas
Pessegueiro-bravo principalmente as c o m p o s t o s do sul do Brasil.
Prunus selowii
s e m e n t e s , q u e cianogênicos, iguais às
Rosaceae
contém glicosídeos da mandioca-brava
cianogênicos. As
sementes de todas
as espécies de
Prunus podem ser
considerada
potencialmente
tóxicas.
E por último, um pequeno dicionário com os termos mais usados e mais perguntados para o
farmacêutico no balcão.
GLOSSÁRIO
ADSTRINGENTE - Contrai os tecidos e mucosas diminuindo ou impedindo a secreção ou
absorção, causando sensação de secura e aspereza na boca ou pele.
AFECÇÃO - Alteração da saúde. Doença.
AMENORRÉIA - Ausência de menstruação.
ANALGÉSICO - Acalma ou suprime a dor.
ANESTESICO - Diminui ou elimina a sensibilidade.
ANOREXIA - Redução ou perda de apetite para alimentos.
ANTIDIARRÉICO - Evita ou combate a diarréia.
ANTIESCORBÚTICO - Combate o escorbuto.
ANTIESPASMÓDICO - Alivia espasmos, as contrações musculares brusca.
ANTIHELMÍNTICO - Auxilia na eliminação de vermes intestinais.
ANTIINFLAMATÓRIO - Combate a inflamação.
ANTIMICROBIANO - Agente que destrói os micróbios.
ANTIPIRÉTICO - Diminui a temperatura corporal em estados febris.
ANTISSÉPTICO - Age contra infecções, inibindo ou destruindo a proliferação de
microrganismos patogênicos.
APERIENTE - Estimula o apetite.
ARTRITE - Inflamação de uma ou mais articulações.
BACTERICIDA - Destrói ou mata especificamente bactérias.
BALSÂMICO - Combate a inflamação das mucosas das vias respiratórias.
BÉQUICO - Atua contra tosse. Antitussígeno.
CALMANTE - Ver sedativo.
CARMINATIVO - Atenua o desenvolvimento de gases no intestino e estômago, favorece a
expulsão de gases e atenua cólicas intestinais.
CATÁRTICO - Purgativo, provoca a evacuação intestinal.
COLAGOGO - Estimula o fluxo da secreção biliar.
COLERÉTICO - Ativa a produção de bílis.
COMPRESSA - Chumaço de pano ou algodão embebido no medicamento para fazer
compressas locais.
DECOCÇÃO - Cozimento, preparação feita com a erva e água por meio de fervura.
DEPURATIVO - Facilita a eliminação de substância do sangue através da urina, fezes ou suor.
DIAFORÉTICO - Provoca e favorece a sudorese, a transpiração.
DISMENORRÉIA - Menstruação dolorosa.
DIURÉTICO - Favorece a secreção urinária, provoca diurese.
ECZEMA - Doença de pele, com formação de crosta, descamação, avermelhamento ou
prurido.
EMENAGOGO - Auxilia na regularização ou aumento da menstruação.
EMÉTICO - Provoca vômito.
EMOLIENTE - Atua como calmante sobre a pele e mucosas inflamadas. Hidrata os tecidos
fornecendo flexibilidade e maciez a pele.
ERITEMA - Vermelhidão da pele, por congestão de capilares.
ESCORBUTO - Doença devida a carência de vitamina C, caractezada por hemorrágias.
ESTIMULANTE - Excita a atividade nervosa e vascular.
ESTOMÁQUICO - Agente capaz de estimular a atividade .secretora do estômago.
EUPÉPTICO - Estomáquico.
EXPECTORANTE - Facilita a saída de secreções das vias respiratórias.
FADIGA - Cansaço físico ou mental.
FEBRÍFUGO - Combate a febre. Antitérmico. Antipirético.
FITOTERAPIA - Tratamento de doenças por meio de medicamento de origem vegetal.
FLATULÊNCIA - Acumulo de gases no tubo digestivo.
GALACTAGOGO - Provoca ou aumenta a secreção do leite.
GOTA - Forma hereditária de artrite decorrente de excesso de ácido úrico no sangue.
HEMOSTÁTICO - Auxilia no controle de hemorragia.
HIPERTENSOR - Aumenta a pressão sanguínea.
HIPOGLICEMIANTE - Tem a propriedade de reduzir a concentração de glicose no sangue.
HIPOTENSOR - Diminui a pressão sanguínea.
INFUSÃO - Abafadinho. Colocar água fervente sobre a erva, deixar por alguns minutos e coar.
LAXATIVO - Ação purgante suave.
PRINCÍPIO ATIVO - Composto químico presente na planta responsável pela ação terapêutica.
PRURIDO - Coceira.
PURGATIVO - Substância que provoca forte evacuação intestinal.
RUBEFACIENTE - Produz vermelhidão na pele.
SEDATIVO - Substância tranquilizante do sistema nervoso central sem provocar sono ou
analgesia.
SUDORÍFICO - Faz suar.
TÔNICO - Excita a atividade orgânica, diminuindo a fadiga.
VASOCONSTRIÇÃO - Provoca a contração dos vasos sanguíneos.
Bibliografias recomendadas e sites de referência na Internet
BÁSICAS
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edição – Editora Vozes
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Segredos e Virtudes das Plantas Medicinais, uma edição de Seleções do Reader’s Digest,
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Farmacopéia Homeopática Brasileira
Farmacopéias Homeopáticas Alemã, Francesa, Britânica, Italiana e Americana.
COMPLEMENTARES
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MORESCO; M. Patrícia OLIVEIRA; de P. Nara. Farmácia Caseiras – Plante Saúde. Prefeitura
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www.cafb.hpg.ig.com.br - o melhor. Vá para o link fitoterapia
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