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DOSSIER DE IMPRENSA PROGRAMAÇÃO ABR. / MAI. / JUN. / JUL. '13 Assessoria Comunicação Social Marta Santos Tel.: 234 400 920 E-mail: [email protected] ÍNDICE APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................... 4 Samuel Úria | Minta & The Brook Trout ........................................................................................ 6 Pedro e o Lobo .............................................................................................................................. 8 O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão ....................................................................................... 9 Europa ......................................................................................................................................... 11 Laboratório As Barcas ................................................................................................................. 16 As Barcas .................................................................................................................................... 17 A Casinha de Chocolate .............................................................................................................. 21 Sombras del Mundo .................................................................................................................... 21 A Ballet Story ............................................................................................................................... 23 Conversas Depois de um Enterro ............................................................................................... 24 Oresteia, de Ésquilo .................................................................................................................... 26 Aurea ........................................................................................................................................... 28 Cuca Roseta ................................................................................................................................ 30 Magna Tuna Cartola .................................................................................................................... 31 Patricia Barber ............................................................................................................................. 32 Vamos fazer uma ópera! – O pequeno Limpa-Chaminés ........................................................... 32 Mick Harvey ................................................................................................................................. 35 Pistolas, Pilantras e Problemas................................................................................................... 36 Carmina Burana .......................................................................................................................... 37 Deolinda ...................................................................................................................................... 39 Nana Nana .................................................................................................................................. 39 Photomaton ................................................................................................................................. 40 Um dia os réus serão vocês: o julgamento de Álvaro Cunhal .................................................... 41 Banda Amizade – Banda Sinfónica de Aveiro ............................................................................ 42 Al Di Meola .................................................................................................................................. 42 Volátil + T4 .................................................................................................................................. 44 Concerto De Beneficência Lions Clube ...................................................................................... 45 Le Papalagui................................................................................................................................ 45 Michael Nyman ............................................................................................................................ 46 Guru ............................................................................................................................................. 48 As Bodas de Fígaro ..................................................................................................................... 49 APRESENTAÇÃO ABRIL, MAIO, JUNHO e JULHO! Pois é, não é um, mas são muitos, os meses que prometem momentos de elevação no Teatro Aveirense! Aqui faremos viagens únicas pelos mais diversos modos de “fazer” Cultura! Teatro, Música, Dança e Serviço Educativo em Aveiro, convidam num palco aberto a todos os públicos. Já em Abril, Fernando Alvim traz um novo conceito de fazer música com Samuel Úria e Minta & The Brook Trout em “Não é um, são dois”; segue-se o Teatro Meridional que nos transporta numa viagem humana sobre a importância dos valores e da vida em “O Sr. Ibrahim e as Flores do Corão” - Espetáculo de Honra no Festival de Teatro de Almada; o “A Ballet Story” de Vítor Hugo Pontes - sem pontas nem tutus, mas com ténis e capuzes - é a nossa proposta para comemorar a Dança. Abril encerra com o teatro “Conversas depois de um enterro” de Yasmin Reza, com Custódia Galego e Filipe Duarte. Maio rima com Festas da Cidade! Ao Aveirense regressa a tragédia grega com “Oresteia”, de Esquilo, pela Companhia Teatro Braga; Áurea vem encantar a alma e o coração com a Orquestra Filarmonia das Beiras; e no dia de Aveiro, teremos o privilégio de escutar a mais rara verdade na voz de Cuca Roseta. O cartaz internacional traz-nos ainda a paixão e o improviso do jazz vocal de Patrícia Barber e uma incursão pelo profundo mundo pessoal de Mick Harvey, elemento fundador dos grupos The Birthday Party e The Bad Seeds - banda de apoio a Nick Cave. Junho começa em grande com o “Mundo Pequenino”, o mais recente trabalho dos Deolinda; a Companhia de Teatro de Almada fará de sua justiça com “Um dia os réus serão vocês: o julgamento de Álvaro Cunhal”, nas comemorações dos cem anos do seu nascimento. Atrevidamente a programação continuará no máximo e de além fronteiras vem Al di Meola com um concerto inspirado no imaginário dos Beatles e a música poética do pianista Michael Nyman – compositor de excepção com uma obra vasta e reconhecida, distinguido com os prémios Ivor Novello, Golden Globe, Bafta e American Film. Rematamos este Junho com uma descrição saborosa e irónica do Papalagui, o homem branco, pela Companhia francesa 2T3M – em cumplicidade com o famoso Festival de Teatro de Almada, que nos oferece este belo objecto teatral em que toma a palavra um chefe de uma tribo da Polinésia. Em Julho vamos a banhos mas não, sem antes, vos trazer a boa disposição do espectáculo “Guru”, com encenação de José Pedro Gomes, e a participação de Rui Unas e Custódia Gallego; e a tradicional ópera “As Bodas de Fígaro”, pela Orquestra Filarmonia das Beiras, com uma narrativa encadeada de intrigas e situações cómicas que se sucedem em catadupa. A temporada é ousada e teremos mais, muito mais! Teatro de sombras para os mais novos, uma performance plástico-sonora para bebés; as escolas de dança a brilhar com o melhor do que se faz em Aveiro, e tantas outras propostas surpreendentes, porque artistas e criadores não param de sonhar e trabalhar, e tenazmente ousam apresentar as suas produções. Por isso, renovamos o convite: venha ao Teatro, partilhe connosco o que de melhor temos para dar. Em 2013, a Cultura apetece em Aveiro! ABRIL’13 SEX 05 ABR 21H30 Samuel Úria | Minta & The Brook Trout "Não é um, são dois", de Fernando Alvim Música | M/6 | 3€ Sala Principal | 120 Min. (c/intervalo) “Não é um são dois!”, é uma ideia original de Fernando Alvim, e o que apresenta podendo parecer, não é pouco: são dois concertos numa só noite. “Não é um são dois!”, é uma ideia original de Fernando Alvim, que não tendo uma autocaravana por não ter tamanha fortuna para isso, decidiu ainda assim, pegar nesse conceito itinerante que tanto aprecia e levá-lo a outras cidades. E o que apresenta podendo parecer, não é pouco: são dois concertos numa só noite, com uma regra diferenciadora: um deles será sempre uma aposta pessoal, sangue novo, algo fresco e vibrante que possivelmente muito do público nunca terá ouvido falar. A outra escolha, já o público saberá, já o público ouviu, já cantou na banheira, mas nunca deixará de ter essa frescura que tanto iremos perseguir e que queremos que seja dominante. A juntar a isto, 3 euros como preço único de entrada. Para que não existam desculpas, para que todos possam ir e dizer que lá estiveram porque de facto assim foi. O primeiro “Não é um, são dois!” será no Teatro Aveirense, no dia 5 de Abril, às 21.30, com Minta e Samuel Úria. Minta não é de todo uma aposta pessoal, porque são já muitos os que a conhecem, mas tratando-se do primeiro concerto deste conceito que agora vos revelamos, achamos que deveríamos juntar dois nomes que gozassem de uma maior notoriedade para marcar o seu início. E não tenhamos dúvidas que o iremos conseguir. Minta & The Brook Trout é uma das revelações do ano. O segundo álbum de originais da banda de Francisca Cortesão arrecadou os melhores elogios da crítica e do público. Minta é Francisca Cortesão (colaboradora de B-Fachada e David Fonseca), voz e guitarra, autora do esqueleto das canções. Um projeto intimista de melodias doces e luminosas que acaba de lançar “Olympia”, muito aclamado pela crítica. O irresistível single “Falcon” continua em rotação em várias rádios nacionais. Nesta passagem pelo Teatro Aveirense agendada para o dia 5 de Abril, Samuel Úria apresentar-se-á a solo, cara a cara, palavra a palavra com o público, num concerto assente nas canções de “O Grande Medo do Pequeno Mundo” mas em que evocará ainda alguns dos temas incontornáveis dos seus anteriores discos - “Teimoso”, “Não Arrastes O Meu Caixão” ou “Barbarella e Barba Rala” conviverão com os mais recentes “Espalha Brasas”, “Em Caso de Fogo” ou “Lenço Enxuto”. E a solo, nunca em solitário. Porque quem nos traz canções como as que Samuel Úria compõe jamais estará só. Preparem-se os aplausos. Ficha Artística: Minta & The Brook Trout: Francisca Cortesão: voz, guitarra acústica Mariana Ricardo voz, baixo, ukelele Manuel Dordio - guitarra elétrica, lap steel Nuno Pessoa - bateria, percussão, voz Links: Minta & The Brook Trout: Site oficial : http://www.minta.me Videoclip “Falcon”, de João Nicolau: http://vimeo.com/49833126 Download grátis e legal: http://optimusdiscos.pt/discos/artistoptimusdiscos/olympia Biografias: SAMUEL ÚRIA O grande medo do pequeno mundo Apresentação a solo Nascido no decote da nação, entre o Caramulo e a Estrela, Úria leva para os palcos o blues do Delta do Dão. De lenda rural para lenda urbana, tudo está certo: meio homem meio gospel, mãos de fado e pés de roque enrole. Com uma proveniência marcada pelo punk, pelo rock’n’roll e pela estética low-fi, Samuel Úria tem ganho notoriedade desde 2008, altura em que, entre edições caseiras e concertos em que apenas se acompanhava pela guitarra acústica, se nos deu a conhecer. Singular na língua materna, singular nas melodias e singular na relação com o público, aos poucos se gerou o culto e assomou a expectativa, consagrando Samuel Úria como o mais interessante cantautor do século XXI português Recentemente publicou “O Grande Medo do Pequeno Mundo”, uma verdadeira “jewel-case” (leia-se “caixa de jóias”) em que o talento do “trovador de patilhas”, como é frequentemente intitulado, convive com um conjunto de participações de nomes aparentemente tão distantes como Manel Cruz, Márcia, António Zambujo ou Miguel Araújo, entre outros, que a música e as palavras de Samuel Úria aproximam. Para além dos registos discográficos, a identidade de Samuel Úria está ainda vincada nos concertos surpreendentes que dá. Desacompanhado e íntimo, com banda e explosivo, não há fórmula que desinteresse. Minta & The Brook Trout Revelação Europeia nos Prémios Pop Eye 2012, em Cáceres, o novo disco de Minta & The Brook Trout figura nas listas de melhores álbuns do ano da revista Blitz, Punch Magazine e da rádio Radar. Olympia, lançado a 17 de Setembro pela Optimus Discos, é o segundo longa-duração de estúdio de Minta & The Brook Trout, e chega três anos depois do primeiro. Francisca Cortesão (voz e guitarra), Mariana Ricardo (voz, baixo e ukulele), Manuel Dordio (guitarra elétrica e lap steel) e Nuno Pessoa (bateria e percussão) usaram esse tempo para escrever as dez canções que o compõem e para, com toda a calma do mundo, encontrar a melhor maneira de as vestir. O novo disco, produzido por Mariana Ricardo e Francisca Cortesão, após uma digressão pela Costa Oeste do Canadá e EUA com They’re Heading West, projeto paralelo com João Correia (Julie & The Carjackers) e Sérgio Nascimento (Humanos), tem América do Norte e Lisboa no miolo das canções e dos arranjos. Gravado e misturado em Paço de Arcos pelo mestre Nelson Carvalho, Olympia foi acabado em Phoenix, no Arizona, onde foi masterizado pelo veterano Roger Siebel (Bill Callahan, Dodos, Laura Veirs, Elliott Smith, M. Ward). O disco conta ainda com as vozes de Afonso Cabral e Salvador Menezes (You Can’t Win, Charlie Brown), a percussão de Ian Carlo Mendonza (Tigrala) e uma secção de sopros liderada por João Cabrita, colaborador próximo da banda desde o início. “Não por acaso o disco foi ultimado nos Estados Unidos com um colaborador de M.Ward ou Laura Veirs: é nesse songwriting norte-americano de fina estampa e inspiração semitradicional, que Minta – voz segura e quente, letras cuidadas, canções tão intimistas como convidativas – opera e prospera. À sua maneira, todas as faixas se destacam (...)” **** Lia Pereira, Blitz, Outubro 2012 “Em Olympia a sensibilidade singer-songwriter de Francisca Cortesão floresce entre a vasta paisagem da Americana, que a banda resgata com naturalidade e intenção – como se fosse sua (e é, senhoras e senhores, e é). … Agarrados às canções, muito atentos, ouvimos.” **** Mário Lopes, "A vastidão das paisagens de Olympia”, Ípsilon (Público), 5/10/12 “Funciona tudo numa solidez impecável, num fundo musical enriquecido por diversos convidados, mas, sobretudo, pelos jogos de vozes, ora com Mariana Ricardo, ora com o coro.” Manuel Halpern, Jornal de Letras, 5/09/12 Discografia Minta & The Brook Trout: Olympia, LP, 2012. Carnide, Minta & The Brook Trout e Convidados ao vivo no Teatro da Luz (com Noiserv, Márcia, Blackbambi, Walter Benjamin), LP, 2011. Minta & The Brook Trout, LP, 2009. You, EP (estreia a solo de Minta), 2008. SÁB 06 ABR 16H00 Pedro e o Lobo OFB com António Victorino D’ Almeida À Conversa com a Música! - Concertos para a Família! Serviço Educativo | M/4 | 4€ Sala Principal | 60 Min. No ano em que comemora 60 anos de carreira artística, o Maestro António Victorino D’Almeida apresenta-nos esta obra, com explicações que a tornam claras, transformando a sua audição num prazer. O Maestro António Victorino D’Almeida dirigirá uma vez mais a Orquestra das Beiras no concerto À Conversa com a Música! - Concertos para a Família!. Estes concertos, que decorrem num ambiente descontraído e alegre com a participação de crianças, jovens e famílias, dão a oportunidade de ouvir obras de repertório dito erudito, com explicações que as tornam claras, transformando a sua audição num prazer. O público é, em conjunto com a música, o centro destes concertos. Comentados por um apresentador, e envolvendo a participação do público na explicação das obras tocadas, estes concertos, pretendem conquistar novos adeptos para a música e renovar o prazer de escutar e de tocar, enriquecendo a vida cultural do público. Este concerto, que será também narrado pelo Maestro António Victorino D’Almeida, apresentará “Pedro e o Lobo”, uma história infantil contada através da música. Foi composta por Sergei Prokofiev em 1936, com o objetivo pedagógico de mostrar às crianças as sonoridades dos diversos instrumentos. Cada personagem da história (o Pedro, o lobo, o avô, o pássaro, o pato, o gato e os caçadores) é representada por um instrumento diferente. Programa: Sergei PROKOFIEV – Pedro e o Lobo Ficha Artística: Orquestra Filarmonia das Beiras António Victorino D’ Almeida, direção e narração Estrutura Financiada pelo Secretário de Estado da Cultura / Direção-Geral das Artes SEX 12 ABR 21H30 O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão de Eric-Emmanuel Schmitt | Teatro Meridional Teatro | M/12 | 5€ Sala Principal | 90 Min. Uma grande viagem humana sobre a importância dos valores e da relativização da própria vida, eleito Espetáculo de Honra no Festival de Teatro de Almada. Em Paris, nos anos 60, Momo, um rapazinho judeu de onze anos, torna-se amigo do velho merceeiro árabe da rua Bleue. Mas as aparências iludem: o Senhor Ibrahim, o merceeiro, não é árabe, a rua Bleue não é azul e o rapazinho talvez não seja judeu. “O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão” é uma grande viagem humana sobre a importância dos valores e da relativização da própria vida, de cumplicidades descobertas enquanto se caminha, enquanto se acerta ou enquanto se procura, viagem iniciática, entre a Europa e o médio-oriente, uma proposta eterna de renovação social, uma grande história sobre a Tolerância e a Amizade. O espetáculo segue uma das linhas de trabalho do Teatro Meridional, que se prende com a encenação e adaptação de textos maiores da dramaturgia mundial, prosseguindo um formato de espetáculo contado na voz de um único ator e acompanhado por um músico ao vivo. No ano em que o Teatro Meridional comemora os seus 20 anos de existência e numa altura em que o contexto social e político promove inquietantemente a insegurança, escolhemos contar uma história onde a simplicidade e dimensão afetiva são o esteio da representação: o “encontro” de um homem com outro homem que aconteceu no tempo de uma vida, tal como o “encontro” acontece no lugar do teatro. Se cada um de nós olhar para trás na sua vida, seguindo a via do entendimento da memória, perceberá certamente que em cada uma delas existiu, existiram e/ou existem figuras tutelares que determinam as pessoas que hoje somos. E, porque tantas vezes nos cruzamos com elas sem lhes devolver o seu significado profundo ou tantas vezes as deixamos partir sem lhes dizer a importância que tiveram, este é um texto sobre a escolha de caminhos e a importância da amizade no sentido mais livre e consistente do afeto. Ficha Artística / Técnica: Texto Eric-Emmanuel Schmitt Tradução Carlos Correia Monteiro de Oliveira Versão Cénica e Encenação Miguel Seabra Interpretação Miguel Seabra (texto) e Rui Rebelo (música) Espaço Cénico Marta Carreiras e Miguel Seabra Figurinos Marta Carreiras Música original e Sonoplastia Rui Rebelo Desenho de Luz Miguel Seabra Assistência de Encenação Marta Carreiras Fotografia Nuno Figueira Assistência de Cenografia e Construção de Adereços Marco Fonseca Montagem Marco Fonseca e Nuno Figueira Operação de Luz Nuno Figueira Produção Executiva Natália Alves Direção de Produção Maria Folque Produção Teatro Meridional Direção Artística do Teatro Meridional Miguel Seabra e Natália Luiza O Teatro Meridional é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Secretário de Estado da Cultura / Direcção-Geral das Artes e apoiada pela Câmara Municipal de Lisboa Links: www.teatromeridional.net Sobre o autor Eric-Emmanuel Schmitt é um dos dramaturgos de língua francesa mais lido e representado do mundo. Os seus livros foram traduzidos para 43 línguas e as suas peças são representadas regularmente em mais de 50 países. O Senhor Ibrahim e as Flores do Corão, representada pela primeira vez em Dezembro de 1999 por Bruno-Abraham Kremer, esteve em cena no Festival de Avignon em Julho de 2001, depois em Paris no Studio des Champs-Elysées em Setembro de 2002. Desde aí, tem viajado pelo mundo sem parar com o incentivo do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês. O Senhor Ibrahim… esteve novamente em cena no Théâtre Marigny (Popesco Hall) durante toda a temporada de 2004-2005. No mesmo ano, Omar Sharif ganhou o César de melhor Actor pelo seu papel no filme baseado no texto da peça, realizado por François Dupeyron's. Teatro meridional. O projeto O Teatro Meridional é uma Companhia portuguesa vocacionada para a itinerância que procura nas suas montagens um estilo marcado pelo protagonismo do trabalho de interpretação do Actor, fazendo da construção de cada objeto cénico uma aposta de pesquisa e experimentação. As principais linhas de atuação artística do Teatro Meridional prendem-se com a encenação de textos originais (lançando o desafio a autores para arriscarem a escrita dramatúrgica), com a criação de novas dramaturgias baseadas em adaptações de textos não teatrais (com relevo para a ligação ao universo da lusofonia, procurando fazer da língua portuguesa um encontro com a sua própria história), com a encenação e adaptação de textos maiores da dramaturgia mundial, e com a criação de espetáculos onde a palavra não é a principal forma de comunicação cénica. Realizou até à data 45 produções, tendo já apresentado os seus trabalhos em 19 países – Argentina, Bolívia, Brasil, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Espanha EUA, França, Itália, Jordânia, Marrocos, México, Paraguai, Roménia, Rússia, Timor, Uruguai - para além de realizar uma itinerância anual por Portugal Continental e ilhas. Desde 1992, ano da sua fundação, os trabalhos do Teatro Meridional já foram distinguidos 22 vezes a nível nacional e 9 a nível internacional, dos quais se relevam os seguintes: Prémio Acarte/Madalena Perdigão (Fundação Calouste Gulbenkian), 1992; Prémio Nacional da Crítica (Associação Portuguesa de Críticos de Teatro), 1994 e 2004; Globo de Ouro para o melhor espetáculo de Teatro (SIC/Revista Caras), 2006; Prémio do Público (FESTLIP, Brasil), 2010; Prémio Europa Novas Realidades Teatrais, 2010. QUA 17 ABR 14H30 Europa Útero Associação Cultural Serviço Educativo | M/10 | 3€ Sala Principal | 48 Min. Uma peça que se inspira na obra de Javier Nunez Gasco “Europa”, e nos textos de Stephen L. Harp, Hartmut Kaeble. Uma reflexão sobre a Europa e as suas diferentes mutações. “Chamo-te Europa, como chamo terra, lugar. Como chamo a minha casa. Como me chamo a mim por um nome. Como diferença.” Europa vem convidar à reflexão das jovens mentes sobre o significado da identidade, do ser europeu. Num primeiro momento os artistas invadem a Escola, desenvolvendo ações disruptivas nos intervalos e salas de aulas despertando alunos e professores a pensar conceitos como o sentimento de pertença, o território ou a cidadania. Quebra-se o quotidiano para desarrumar pensamentos e desconstruir dogmas, usando o teatro e a dança como forma de chegar ao outro para o questionar e reconhecer. O segundo momento deste projeto acontece no Teatro, através de uma peça inspirada na obra Europa de Javier Nunez Gasco e de Berlinde de Bruyckere destinada aos livres pensadores despertados nas escolas. Ficha Artística / Técnica: Uma Criação do Útero Direção Miguel Moreira e Romeu Runa Com Catarina Félix, Vânia Rovisco e Sandra Rosado Música Pedro Carneiro Luz João Garcia Miguel Coprodução Centro Cultural Vila Flor, João Garcia Miguel Unipessoal, Teatro Aveirense, Teatro O Bando, Teatro Cine de Torres Vedras, Teatro Académico Gil Vicente, Teatro Virgínia e Útero Associação Cultural Espetáculo inserido na programação de Guimarães Capital da Cultura Descrição do Projeto: Projeto destinado preferencialmente a crianças em idade escolar dos dez aos dezasseis mas também pode ser assistido por toda a comunidade. Ao longo de uma semana “invadimos” uma escola de segunda-feira a quinta-feira. um espetáculo que tem a duração de um intervalo que é feito várias vezes ao dia. O tempo de um aluno transitar de uma aula para outra. Sexta feira e Sábado trazemos esses miúdos com quem tivemos contacto nessa semana a ver a segunda parte do espetáculo no teatro. Primeira Parte Um peça feita para os intervalos nas escolas. Uma peça curta que tem a duração de um intervalo entre duas aulas. Esta peça é feita nos recreios das escolas. Segunda Parte Uma peça que se inspira na obra de Javier Nunez Gasco “Europa”, e nos textos de Stephen L. Harp, Hartmut Kaeble. Uma reflexão sobre a Europa e as suas diferentes mutações. Esta peça é feita nos palcos dos teatros. O passado O Útero na escola, no teatro, na rua, no pátio A vontade de “Invadir a escola” ou chegar a adolescentes, em idade escolar, com o nosso projeto artístico foi uma evolução do grupo no sentido de uma intervenção mais direta na comunidade. Acreditamos ainda hoje que os alunos em confronto com diferentes linguagens artísticas e com o espaço plural que é habitado por toda a criação contemporânea, irá fazer desses alunos, no futuro, mulheres e homens com uma maior sensibilidade e uma maior tolerância e sentido crítico na sua relação com os outros e com o mundo. A relação estabelecida com “O Espaço do Tempo” dirigido por Rui Horta, permitiu-nos entrar nesta nova etapa com uma maior qualidade em todas as fases do trabalho necessárias a uma nova criação. Refletiu-se na finalização da primeira criação para as escolas – “Maria”. “Maria” foi o balão de ensaio. Tentámos habitar a peça de espaços que pensamos ser tão inquietantes para um adulto como para um adolescente. Questões como a identidade, a liberdade, a tecnologia, o amor, que povoam todo o nosso imaginário neste começo de um novo século. Como por exemplo perceber e questionar o espaço que ocupamos, quem somos e que relação temos e queremos construir com os outros. Qual o nosso sentido crítico em relação àquilo que nos rodeia, perto de nós, na nossa cidade ou mesmo como na peça “Maria”, no mundo que nos é dado descobrir a partir de mails de uma amiga palestiniana que Maria conhece num chat na internet. “Maria” foi até hoje feita em inúmeras escolas para mais de dois mil alunos. Essa experiência vivida em mais de cem espetáculos, fez-nos reconhecer que este seria um pilar do grupo. O crescimento deste projeto só foi possível com a procura de novos parceiros, neste caso o Teatro Nacional D. Maria II e o Teatro de Vila Real, que se associaram a nós no projeto Maria Quebrar o quotidiano da escola por breves minutos para desarrumar sentimentos, conceitos e dogmas. Para fazer da escola o espaço da arte, do desporto, da cidadania. Para percebermos também como o teatro pode ter diferentes formas, abordagens, conceitos. Para fazermos do teatro o espaço do encontro, da festa, do pensamento. Europa Europa é o novo projeto dividido em duas partes: Introdução A Europa perseguiu um ideal de união entre povos culturalmente distintos. Uma Europa vitima de duas guerras mundiais e guerras civis. A necessidade de uma Europa que preservasse a paz e economicamente o bem-estar dos povos. Vivemos um século de grandes mudanças e essas mudanças também trouxeram uma necessidade de um maior humanismo. A emergência de uma ideia de Europa e a necessidade de uma organização capaz de uma identidade própria na multiplicidade cultural existente neste continente. Primeira parte Platform 11+ é uma nova rede Europeia que junta 13 companhias de teatros provenientes de 12 países diferentes, entre os quais o Teatro bando, que pretende estabelecer uma ligação privilegiada com organizações culturais locais, universidades e escolas. Paralelamente ao trabalho de profissionais, irá desenvolver-se, ao longo de todo o processo, um projeto artístico não-profissional que visa a integração de vários jovens. Esta criação parte de uma ideia de Raul Atalaia de criar uma peça para apresentar nos recreios das escolas Trabalhar sobre a tensão entre o interior de uma sala de aula e o espaço exterior organizado como um espaço de lazer. Neste processo vários escritores vão escrever para esta faixa etária. Decidimos criar a partir das propostas dos escritores: Rui Pina Coelho, Ana Mansmann, e Liv Heloe. Segunda parte Pontos de partida para a segunda parte Europa é um criação do artista plástico Javier Nunez Gasco que se expressa por um vídeo projetado no ecrã LCD onde se vê o artista a esculpir numa parede. O Som da sua respiração e o som da espátula na parede dão um dramatismo a esta cena. O artista aparece como um missionário, como o construtor de um território conflituoso onde várias línguas e várias culturas coabitam – Europa. Na Obra Bonsai Javier fala-nos da metáfora da manipulação levada a cabo por o homem sobre o seu próprio ecossistema e sobre a sua própria espécie. No interior de uma campânula habita este Bonsai com os seus ramos de fósforo rosa. Estamos perante um perigo constante. Do incêndio de toda a floresta que é fundamental para a sobrevivência de todos os seres vivos do planeta e perante uma árvore que lhe é impedido o crescimento para o ser humano assim desfrutar de toda a sua beleza. Interessa-nos pensar o confronto de uma ideia construída pelo estudo de textos de Harmut Kaeble e Stephen L. Harp e uma ideia artística construída pela ação do corpo de um artista plástico numa relação com a parede e de uma obra por si criada. Questionamos a necessidade de um corpo construir um território para a sua existência plena consigo e com os outros. Harmut Kaelble analisa a construção da Europa por dois pontos de vista. Crê que se pode analisar a construção da Europa de duas diferentes perspetivas. Por um lado existem relações sociais comuns que poderão ter permitido o aparecimento de uma sociedade europeia. Por outro lado há que discutir que todas as sociedades europeias transcenderam a noção que tínhamos de nação e isso contribuiu para a emergência de uma sociedade europeia. A importância que Hartmut encontra na origem de uma sociedade europeia é o facto de esta sociedade ser constituída por muitas profissões mas nenhuma sobressair neste período sobre as outras. Assim estes diferentes sectores acabam por partilhar os mesmos valores. A família, o trabalho, a liberdade individual, o respeito da propriedade e a passagem dos valores de família, educação e cultura. O trabalho tem uma grande importância como fator de equilíbrio da família. E é dada tanto valor ao trabalho como ao espaço de descanso em família e ao lazer. Estes fatores são muito importantes para o aparecimento de um pensar europeu e a uma construção de uma sociedade europeia. A importância dada ao lazer vem contribuir para uma presença cada vez mais desenvolvida do teatro, da ópera e a necessidade de existirem espaços de encontros sociais. Os jantares e festas em restaurantes, os clubes onde a sociedade se encontra. A grande mudança é que agora esses espaços estão cheios de pessoas de todas as classes sociais e não estão abertos apenas à aristocracia e à burguesia. As classes operárias saídas da revolução industrial vão contaminar a cultura burguesa e apoderar-se dela. O modelo familiar até aos anos 70 e 80 é constituído por uma família biológica. A família nuclear com os seus conjugues e descendentes diretos. A partir da geração de 80 aparecem novas formas de relacionamento familiar como as famílias de homossexuais, os solteiros que optam por uma vida solitária e um número crescente do fenómeno de solidão que muitas vezes aparece nas pessoas mais idosas que não têm descendentes. Nos anos 90 passa-se para uma família nuclear Benetton. Na sua base têm conjugues heterossexuais e têm uma descendência não biológica. É um novo fenómeno onde as famílias são constituídas por descendências de outros casamentos. A família nesta organização social tem uma grande importância. Organiza-se também nos negócios funcionando como um clã que se organiza e que garante a sobrevivência de todos os membros. Os valores vão se afirmando. Condições no trabalho, cultura, educação. Mesmo quando a Europa vive momentos mais conturbados como foi o caso das duas guerras. A mobilidade cada vez mais facilitada com o melhoramento dos meios de transporte vai fazer com que as ideias circulem com mais velocidade e que cada vez exista uma maior unidade em todo o espaço europeu. É verdade que sempre existiram diferenças, mas a verdade é que alguns valores se tornam universais e ajudam à criação de um espaço europeu com uma mentalidade una na maioria das questões essenciais. O trabalho, o direito à educação, à cultura, são valores que se vão afirmando mesmo nos períodos das duas guerras mundiais e da guerra fria. Uma das questões mais importantes é o aparecimento de sistemas de proteção social. A necessidade de o estado garantir uma proteção aos idosos, às crianças, aos desempregados. De existir um horário de trabalho e um horário de descanso. Há uma necessidade de dignificar a vida humana. Essa vontade existe na formação e afirmação de uma sociedade europeia. Uma sociedade capaz de defender os seus habitantes e de lhes garantir uma vivência digna e de ter uma atenção especial com os mais desprotegidos. Há vários modelos, mas todos têm um objetivo comum que vai ganhando espaço nesta evolução de uma sociedade europeia. Toda esta organização social tem uma grande influência na construção das cidades. A Europa não é o continente com as maiores cidades. Há a vontade de perseguir um modelo de cidades bem organizadas, sem excesso de pessoas e que haja um limite para o seu crescimento. Uma tentativa de humanizar os grandes centros urbanos. O texto de Stephen L. Harp aborda a evolução do tempo livre e do lazer na história do espaço europeu. As viagens e o turismo no sec.XIX eram apenas realizados pelas camadas sociais mais favorecidas. Eram feitas como estratégia política no caso da deslocação de uma organização política para uma outra cidade como garantia de continuação da estabilidade dessa organização. Lentamente a burguesia e as mulheres começaram a ter práticas culturais para além das suas ocupações obrigatórias. Na origem desta evolução está o Grand Tour que aconteceu no século dezassete e especialmente no século dezoito. Um jovem ia numa viagem a várias cidades para iniciar a sua educação superior. Uma capacidade que o jovem tinha de desenvolver como entrada para uma sociedade exigente. Era também uma passagem para a idade adulta onde este “treino cultural” era fundamental. As cidades escolhidas eram cidades que tinham já na altura uma importância a nível da sua história e do seu desenvolvimento e posicionamento estratégico e político. Paris e cidades italianas como Veneza, Florença, Roma eram cidades obrigatórias neste ritual de iniciação. Existem anteriormente outras situações que levavam à movimentação de massas de diferentes estratos sociais. A peregrinação a Santiago de Compostela e a grande afluência no renascimento de artistas a Roma. Determinadas cidades ganham uma ascensão que provocará grandes movimentações de pessoas que procuram uma cura espiritual ou de uma entrada num determinado grupo social. É favorecido desde sempre o contacto direto do jovem com a fonte. Vai ser determinante para um jovem, de um determinado estrato social ou profissional aceder a esta porta de entrada neste mundo até então fechado. Ainda hoje esse fenómeno acontece. Neste ponto de partida entre a imaginação de um artista plástico e o estudo de dois sociólogos, pensamos sobre o espaço das emoções para a construção de um território e de valores essenciais ao ser humano. O corpo como uma base capaz de despertar a contemplação, o pensamento e a capacidade de nos emocionarmos. Útero Associação Cultural QUI 18 ABR 14H00 Laboratório As Barcas a partir de Gil Vicente por João Garcia Miguel Serviço Educativo | M/12 | Entrada Livre Mediante Reserva Sala Estúdio | 210 Min. O texto de As Barcas como ponto de partida para um laboratório de dramaturgia contemporânea dirigido a professores, alunos e público em geral. A proposta de trabalho teatral a partir do texto de Gil Vicente surgiu como um desafio que tinha duas primeiras dificuldades que tivemos de enfrentar. A primeira foi a estrutura e a linguagem do texto que são conhecidas de todos os estudantes e professores portugueses. O nosso desejo era criar uma obra que tivesse como fundo esse conhecimento e poder atualizar o texto com a nossa leitura e com aquilo que sentimos ao lidar com a memória de um tempo sobre o qual se constrói aquilo que hoje somos. Era um desejo de fazer uma viagem ao passado e a partir daí inventar ou abrir um caminho até ao tempo presente. A segunda dificuldade ou desafio que enfrentamos foi construir um espetáculo que tivesse ligado ao tema “identidades” pois o texto de Gil Vicente é pela sua longevidade e herança um fio que nos une a todos. Acreditamos que estes textos medievais do pai do teatro português criam correntes e ligações entre os vários mundos portugueses e a Europa em que nos encontramos hoje. O espetáculo tem uma digressão europeia e agora também ao Brasil que foi também um elemento condicionante da sua construção. Partindo destas premissas e explicando de forma teórica e prática a génese do projeto e as suas linhas de desenvolvimento em termos de conceitos, técnicas e criação cénica propomos a realização de um Laboratório de Dramaturgia Contemporânea aplicado ao espetáculo As Barcas. As formas de escrita para teatro, enquadradas nas linguagens performativas atuais são um território fértil e complexo e sinónimo de um mundo em mudança constante. Assim neste atelier de 3 horas pretende-se dar respostas a algumas das perguntas mais frequentes que o espectador contemporâneo faz ao ser confrontado com as obras de artistas do seu tempo. Além de um enquadramento geral sobre a receção do espetáculo serão respondidas algumas das seguintes respostas em concreto. Como se adapta um texto clássico para servir de guião para uma peça de teatro ou dança contemporânea? De que forma constrói e como fomenta a sua criatividade um encenador e um ator? Que materiais usam como fonte de partida e inspiração e transformação para a sua criação individual e coletiva? Como se estrutura e se desenvolvem formas de colaboração entre diversos criadores de linguagens e universos distintos e como se harmoniza essas diferentes riquezas conceptuais e formais? O objetivo deste Laboratório e fazer uma introdução ao espetáculo promovendo-o e descodificando algumas das suas linhas de construção. Auxiliar e fomentar a curiosidade de quem vê para as questões e práticas de quem faz. Tem como público alvo formadores, mas também pode ser assistido por estudantes e público em geral. A explanação será realizada tendo em conta os aspeto didáticos e de incentivo à criação de diálogo e partilha de opiniões e esclarecimento de posições e dúvidas. Será feito de forma teórica e prática promovendo a participação e em alguns casos serão mostradas imagens do espetáculo e exemplificados exercícios do trabalho performativo. Na eventualidade da demonstração de participantes interessados serão disponibilizados materiais auxiliares de trabalho como sejam textos e notas de trabalho do processo criativo. João Garcia Miguel SEX 19 ABR 21H30 As Barcas criação João Garcia Miguel a partir de Gil Vicente Teatro | M/16 | 4€ Sala Principal | 100 Min. Os textos e as ideias de Gil Vicente alimentam esta criação e são transformadas numa obra onde as palavras se inscrevem nos corpos. Em busca de um corpo sensível, de um corpo perdido nos labirintos do tempo e dos sentidos, regresso ao tema das viagens em As Barcas, inspirado num conjunto de textos de Gil Vicente, figura marcante do teatro medieval português. Chamei para companheiros de viagem, parceiros criativos, que pelas suas características particulares, abraçam várias formas de expressão, capazes de manifestar uma heterogeneidade de sensibilidades, cada um possuidor de múltiplas visões, como se tivessem olhos na pele. Abordamos os textos do dramaturgo português tomando-os como instrumentos ativos a exploração e recomposição técnica e poética. Queremos transformá-lo em movimento, traduzilo em performance, criando linguagens corpóreas paralelas. Buscamos no texto o corpo, o esqueleto, o músculo que nele existe. Buscamos a sensibilidade escondida por debaixo das palavras, enquanto alegoria do olhar sobre um mundo comum, a partir da perspetiva de uma morte simbólica, que funciona como um cais de partida para a vida. O contexto desta obra é a impossibilidade de construção contemporânea de um mundo partilhado, seja em termos das realidades singulares, seja a partir de uma realidade portuguesa, ou mesmo europeia. A viagem parte desse território do impossível real onde os nomes das coisas existem rumando em busca de um território onde o sim - a palavra de Deus , e o não - a palavra do Diabo -, se confundem num corpo que se destrói e constrói. Corpo que é caminho, cruzamento, nervo, suspensão, impermanência, impertinência. Ficha artística / técnica: Texto: Gil Vicente Direção e dramaturgia | João Garcia Miguel Atores | Felix Lozano | Sara Ribeiro | David Pereira Bastos | Costanza Givone Música e Vídeo | Rui Gato Figurinos | Steve Denton Programação Interativa audiovisual | André Sier Desenho de Luz e Direção Técnica | Luís Bombico Direção de Produção | Filipa Hora Apoio à Dramaturgia | Teresa Fradique Apoio ao espaço cénico | Mantos Fotografias | Jorge Reis Assistência à Direção | João Samões Produção Executiva | Claudia Figueiredo Apoio Gráfico | Red Beard Co-produção Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, Teatro Cine de Torres Vedras A Cia JGM é uma estrutura financiada pela Presidência do Conselho de Ministros – Secretaria de Estado da Cultura - Direção- Geral das Artes Links: www.joaogarciamiguel.com Entrevista com João Garcia Miguel - Guimarães num Instante - RTP - 06 Jun 2012 Sobre a Encenação das Barcas Esta criação toma como base os textos d' AS BARCAS de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno, Auto da Barca do Purgatório e Auto da Barca da Glória). As bases criativas desta obra centram-se no trabalho de transformação dos conceitos e da linguagem textual num dispositivo performativo com enfoque na expressão física. Os textos e as ideias do autor e fundador do teatro português, Gil Vicente, alimentaram a criação e foram transformadas por nós numa obra onde as palavras se inscreveram nos corpos, implicando-os nos tempos e nos espaços nos quais habitam. Os corpos de atores e espectadores fundemse, ganham preponderância e relevo, tornando-se os instrumentos da comunicação e do encantamento performativo. Os atores são intérpretes na medida em que traduzem as palavras do texto original em ações físicas; os atores são criadores pois é-lhes pedido que se impliquem em cada instante, em cada gesto, em cada respiração, tornando a sua presença um canal de vinculação de um mundo comum; os atores são imperfeições exigentes que partilham o momento criador; os atores são instrumentos de um dispositivo que evolui em perspetivas e territórios próprios do sonho. Conto com a ajuda preciosa do Felix Lozano nessa transformação performativa; do Actor David Pereira Bastos, que tem vindo a trabalhar comigo de forma regular, da atriz Sara Ribeiro, que é uma criadora que foi formada na Companhia e tem feito a maioria das nossas últimas produções dado a qualidade do seu trabalho criativo e enquanto performer; e conto ainda com a Joana Levi, uma atriz brasileira com alguma experiência no universo teatral do Grotowsky. Conto ainda com a maravilhosa expressão criativa do Rui Gato no som e no vídeo, do André Sier na programação para os audiovisuais e do João Samões como assistente de encenação. A professora investigadora e fotógrafa Maria José Palla tem auxiliado a compreender e a desbravar o mundo medieval e os textos do Gil Vicente. Esta investida no mundo medieval, nas fontes do teatro europeu e português, inscreve-se no trabalho sobre os textos e os universos clássicos que a companhia tem vindo a desenvolver. É um investimento na investigação num território imensamente fértil e incrível pela redescoberta que nos tem trazido de uma outra perspetiva sobre nós mesmos. Nessa viagem ao nosso passado comum, descobrimos um conceito característico do mundo medieval, que é o transformar o "o mundo às avessas" para o revelar em todos os seus detalhes e subtilezas. Este conceito, pela sua operatividade, tem-se vindo a tornar a dramaturgia subtil da obra." João Garcia Miguel, Abril 2012 Mistérios Contemporâneos Tomámos os textos de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno, Auto da Barca do Purgatório e Auto da Glória), como base para uma criação que é para nós uma viagem. Os textos e as ideias do autor e fundador do teatro português, Gil Vicente, alimentaram-nos a criação e foram transformadas numa obra onde as palavras se inscreveram nos corpos, implicando-os nos tempos e nos espaços nos quais habitam. A investida no mundo medieval, nas fontes do teatro europeu e português, inscreve-se no trabalho sobre os textos e os universos clássicos que a companhia tem vindo a desenvolver. É um investimento na investigação num território fértil pela redescoberta que nos traz de diferentes perspetivas do mundo. Nessas viagens ao passado comum, encontrámos o conceito medieval, de virar "o mundo às avessas" para o revelar nos seus detalhes, segredos e subtilezas. Este conceito, pela sua operatividade, tem-se vindo a tornar uma das dramaturgias subtis da obra. Uma dramaturgia para a criação de mistérios contemporâneos. Sinopse de um impossível Para As Barcas, obra inspirada num conjunto de textos de Gil Vicente, figura marcante do teatro medieval português, desenvolvemos um sistema de trabalho que se desdobra em duas direções e que procuramos fazer coincidir: a performance e um conjunto de medias e tecnologias interativas que se inscrevem no tempo real. Regressámos ao tema das viagens. Às viagens a um corpo impossível, desconhecido, a um corpo perdido num labirinto vazio de sentidos, condenado, corpo impossível e fora do tempo, virado do avesso, corpo que se move num espaço para além da vida, num espaço propriedade da morte. Buscamos no texto o corpo, o esqueleto, o músculo. Buscamos a sensibilidade por debaixo da linguagem, dentro dos segredos, das opacidades dos sentidos, das palavras, enquanto olhares para o mundo. Este conjunto de textos colocam os mortos a falar de si, da sua vida e dos modos como a viveram. São textos que funcionam como espelhos invertidos do mundo, de uma época. São textos sobre o um mundo impossível. Uma criação é uma forma política A encenação é uma forma de escrever o mundo comum, que opera sobre o que se movimenta por debaixo das coisas. A encenação movimenta-se por entre linguagens: das coisas, dos corpos, das imagens, das palavras, dos sentidos, narrativas, sons, cheiros, espaços e tempo. Ou seja, tudo o que é substância própria do existir em conjunto, em sociedade. É uma expressão política, um território de investigação privilegiado que coloca em causa os olhares sobre a existência: propõe, impõe, contradiz, instiga, provoca e invoca os seus limites e condicionalismos. A encenação de uma performance é uma forma de arte que põe em causa a própria ideia de arte enquanto produto singular. É um território que coloca a criação no espaço do corpo público, enquanto dispositivo implicante. É nesse território performativo que se relacionam os espectadores com os atores e a demais equipa criativa participante. Nesse sentido, os colaboradores mais próximos do encenador, os atores tornam-se intérpretes, ao traduzirem as palavras em ações físicas; os atores são, também, criadores, pois exige-se que se impliquem em cada instante, gesto, respiração, vinculando a sua presença num tempo e mundo comum. A imperfeição de uma obra, uma das condições da encenação, abre-se nesse tempo do momento criativo aos espectadores, também eles criadores de um corpo público, que ao construir-se em conjunto, fala, comunica, questiona de forma imprevisível e inesperada as coisas do mundo. Ao envolver-se com todos os que com a obra contactam e a constroem, a encenação torna-se afirmação política, questiona o estar no mundo, implica-se enquanto inquietação pública e ou desimplica-se como indiferença manifesta de um conformismo público. Uma conversa no skype sobre As Barcas "a peça é sobre o pai, sobre um pai ausente, que não perdoa, um pai assustador e que considera tudo o fazemos como uma dívida, como uma culpa para com o mundo e para com os outros; o pai que amachuca o pai que nos quer ver mortos e condenados ao inferno; o pai que se odeia e que é a fonte de tudo o que nos acontece de mal; se pensarmos no pai enquanto fonte de poder, de autoridade, de proibições, de castrações, de retenção na fonte, de poder autocrático militar e policial, de repressão e anti libertação este pai pode fazer algum eco na figura do diabo que é uma espécie de degenerescência do poder paterno" "então e a mãe? ou seja o diabo é tanto mais presente quanto maior for a repressão, quanto maior for a autoridade; a mãe? se complicarmos isto a mãe ao entrar fica dos dois lados, tanto do diabo como dos anjos; a entrada da mães complica esta merda toda; desenvolvendo a mãe é uma figura que é ligada ao quê? à própria ideia de barca, que é um veículo entre mundos; a mãe é um espelho que se vai tornando desfocado, uma coisa que se aproxima cada vez que o futuro ameaça, é uma razia que cresce por debaixo dos pés, uma raiz que se espalha na obscuridade, que se vai modificando até à cegueira, há algo na mãe que é imperdoável por nos expulsar do paraíso, por ter cedido à tentação e ser culpada da expulsão do paraíso" "há algo na peça que se assemelha a um nascimento e só agora percebi isso; é nascer para a morte; é nascer e decidir que se quer ir por ali é uma alegoria da escolha que se faz em cada instante e de todas as ligações que isso tem com o passado, com as histórias dos nossos pais e avós, com o país, com o futuro que vamos construindo em cada passo; escolhemos no passado, escolhemos no presente em função do que escolhemos no passado mais distante ainda, e vamos ser escolhidos enquanto parte de alguma coisa que não escolhemos: ser parte de uma religião, de um país, de uma família, de um clube, de um bairro, de uma escola" "o diabo e o anjo são o pensamento selvagem versus o pensamento domesticado? não entendo acho que são ambas as coisas mãe e pai pensamento selvagem e domesticado é esse o segredo que os liga o diabo não pode existir sem deus e os anjos e o contrário também é verdade o que interessa é fazer o caminho ao inverso e perceber como e porque é que eles foram aparecendo e que tipo de realidades, de mundos criaram ao se tornarem realidades para nós" "num dos vídeos que a sara enviou há um gajo que é um serial killer e que tem umas respirações muitos profundas e súbitas, que está a ser entrevistado e ou interrogado por um gajo que não o consegue compreender nem incluir na sua realidade, pois o gajo matou uma data de pessoas; o que o gajo faz, o killer é debitar uma data de coisas sobre a violência do mundo e no final quando aquilo tudo parece que vai descambar ele acaba por dizer que é noventa e tal por cento o diabo e que todos somos uma percentagem do diabo; e nesse momento tanto o gajo que entrevista como o killer relaxam e parece que aquilo começa a fazer algum sentido" "o diabo ali serviu para explicar e tornar aceitável, dentro de uma medida de loucura qualquer, o que não tinha explicação percebes? é um contentor para determinadas coisas que acontecem e que não percebemos mas o diabo é uma criação que se foi desenvolvendo porque também foi aparecendo uma outra coisa que foi a divindade que é absolutamente boa e perfeita ou isto não faz sentido nenhum? o diabo é o pai e o anjo a mãe, mas também pode ser o contrário o diabo é a mãe e o anjo o pai no sentido em que são figuras que procuram conduzir o destino, controlar os filhos, obrigá-los a ter uma visão do mundo que se divide em dois, uma perspetiva que elimina todas as possibilidades intermédias, que inclusivamente elimina as possibilidades de não querer ser ou de não querer caminhar, de querer ficar pelo caminho" "não sei bem se é isto mas há algo aqui que me atrai como é o mundo sem diabo nem anjos? Como seria o mundo dos mortos se não houvesse os barqueiros da morte e do céu que outros barqueiros lá poderiam estar" "as barcas são uns sapatos para gigantes que permitem que se caminhe sobre as águas que rodeiam o mundo e partir para outro mundo" JGM SÁB 20 ABR 21H30 A Casinha de Chocolate Sociedade Musical Santa Cecília Multidisciplinar | M/3 | 5€ Sala Principal | 90 Min. (c/ intervalo) A Sociedade Musical Santa Cecília apresenta uma encenação do clássico da literatura para a infância. Hansel e Gretel, eram dois irmãos, que viviam com o pai e a madrasta. Eles eram muito pobres. Certo dia, a madrasta desabafou com a sua amiga que tinha muita fome, porque eram muitas pessoas para alimentar lá em casa e o dinheiro que o pai ganhava, com a venda da madeira, era muito pouco. Cada vez estavam pior. A amiga teve a ideia de levarem as crianças para a floresta e deixarem-nas lá. Podia ser que alguém as encontrasse e tratasse delas, caso contrário morreriam todos à fome. DOM 21 ABR 16H00 SEG 22 ABR 10H00 | 14H00 [Escolas] Sombras del Mundo Compañía aSombras Serviço Educativo | M/4 | 4€ | 3€ Escolas Sala Principal | 50 Min. Uma viagem à ancestral arte oriental do teatro de sombras, capaz de unir o mundo da realidade e da fantasia, da luz e da sombra. Sombras do Mundo é um espetáculo que mostra através de quatro pequenas histórias a evolução, no tempo e no espaço, da antiga arte do teatro de sombras no mundo. Marionetas e histórias do teatro de sombras tradicional asiático juntam-se, aqui, com as novas técnicas ocidentais, compondo um tecido poético de imagens, sensações e emoções, com humor, ternura e delicadeza. Cada espectador terá o privilégio de construir uma marioneta dos personagens da história e observar a sua mágica projeção. Desta forma, simples e sensível, as crianças introduzem-se no mundo mágico das luzes e das sombras ao mesmo tempo que aprendem a riqueza e variedade de outras culturas do mundo. Petruk, verdadeiro sombrista, “mestre de sombras”, viaja por todo o mundo com o seu burro de nome Curro e uma velha mala repleta de marionetas transmitindo seu antigo ofício, relatando a viagem do teatro de sombras desde a China ate à Europa servindo-se de antigas lendas. Sua missão é ensinar as crianças de todo o mundo a profissão do manipulador de sombras na qual terão que aprender três importantes tarefas: 1. Conhecer a história do Teatro de Sombras. Petruk e o seu burro Curro contarão, de uma forma divertida e didática, a viagem das sombras desde a China ate à Europa, passando pela Índia e pela Turquia, recorrendo a marionetas, musicas e breves histórias de cada país. 2. Construir uma marioneta de sombras de um dos personagens da historia. 3. Experimentar a profissão de Sombreiro, visualizando as sombras projetadas no espaço. Ficha Artística / Técnica: Actor: Txabi Pérez Manipulação: Alexandra Eseverri Guião original: Iñigo Postlethwaite Direção Artística: Alexandra Eseverri Cenografia e marionetas: aSombras (Utilização de marionetas tradicionais originais da Índia, Indonésia, China y Turquia) Música original: Enrique Yuste e Iñigo Postlethwaite Produção: aSombras Distribuição: Proversus La Compañía aSombras En el año 2002 nace la compañía de teatro de sombras aSombras de la atracción de Alexandra Eseverri por esta forma de representación con raíces tan antiguas y legendarias. Pronto Iñigo Postlethwaite se unirá para ahondar e investigar en los orígenes y simbolismo asiáticos de este arte; juntos viajan a Indonesia para estudiar teatro de sombras tradicional Indonesio, Wayang Kulit, y así poder comprender mejor el significado de este arte. aSombras ha trabajado desde entonces explorando con la luz y la sombra, desde sus aspectos estéticos y visuales hasta los más íntimos y profundos. Luz y sombra son el eje central de una búsqueda interior, de la periferia hacia el centro, lugar desde donde puede surgir una creatividad diferente. La Compañía tiene como objetivo la investigación, creación, producción y representación de obras originales así como a la divulgación del teatro de sombras a través de cursos y talleres para niños y adultos. Entre sus producciones teatrales predominan las dirigidos al público infantil con el objetivo de ofrecer un teatro infantil de calidad cuidando al máximo las propuestas escénicas. Siempre uniendo los cuatro lenguajes expresivos, visual, corporal, verbal y musical articulándose todos ellos en el lenguaje de las sombras. Sobre el Teatro de Sombras El teatro de sombras nace en Asia, entre mitos y leyendas. Siempre enmarcado en el ritual y la ceremonia, sirviendo de vínculo entre lo sagrado y lo profano, entre los dioses y los hombres a través de personajes iniciados en su conocimiento. En Europa, la fascinación por la estética artística despertó un gran movimiento que lo popularizó hasta la llegada de los medios audiovisuales que acabaron con su hegemonía en el reino de las imágenes. SÁB 27 ABR 22H00 A Ballet Story de Victor Hugo Pontes a partir da obra “Zephertyne” de David Chesky Dança | M/6 | 8€ Sala Principal | 70 Min. Corpos em sacrifício, falsas inocências e uma grande, grande, grande peça para comemorar o Dia Mundial da Dança. Grande como um ballet clássico, sem pontas mas com ténis, sem tutus mas com capuz. A Ballet Story tem como ponto de partida o ballet Zephyrtine, de David Chesky. No entanto, não se trata da representação teatral ou da ilustração da história original – o exercício foi de abstração e partiu do movimento dos corpos no espaço em articulação com a música. Não há contos de fadas, nem elementos do maravilhoso ou do fantástico. A moral é outra, o desenlace, diferente. Em A Ballet Story não sei se a história se ajusta à música ou se a dança se ajusta à história. A narrativa será fabricada por cada espectador (ou não). Não se trata de uma articulação linear entre música, narrativa e dança, mas sim de um processo de influências mútuas e afinidades eletivas que originam uma peça manipulável de modos diversos e, tanto quanto possível, inteira. Ficha Artística / Técnica: Direção artística | Victor Hugo Pontes Música | David Chesky Versão musical | Fundação Orquestra Estúdio, sob a direção do Maestro Rui Massena Cenografia | F. Ribeiro Direção técnica e Desenho de luz | Wilma Moutinho Intérpretes e co-criadores | André Mendes, Liliana Garcia, João Dias, Joana Castro, Ricardo Pereira, Valter Fernandes e Vítor Kpez Figurinos | Victor Hugo Pontes Registo vídeo | Eva Ângelo Registo fotográfico | Susana Neves Produtora Executiva | Joana Ventura Co-produção | Nome Próprio/ Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura Apoios | Ao Cabo Teatro, Ginasiano Escola de Dança e Lugar Instável Apoio à internacionalização | DGARTES Agradecimentos | Madalena Alfaia e Vera Santos Com o apoio de MAFIA - Federação Cultural de Coimbra Links: http://www.youtube.com/watch?v=NsG7wkrk_18 TER 30 ABR 21H30 Conversas Depois de um Enterro de Yasmina Reza com Custódia Galego e Filipe Duarte Teatro | M/12 | Plateia 12€ | Balcão 10€ Sala Principal | 90 Min. Custódia Gallego, Filipe Duarte, João Cabral, Lúcia Moniz, Manuel Cavaco e Sofia Nicholson, foram desafiados pelo arrojo e pela saudade de palco. O convite de Renato Godinho, que encena o espetáculo, proporcionou uma inesperada comunhão de vontades e desejos que levou este maravilhoso grupo de atores a pegar numa história de Yasmina Reza - a primeira que escreveu para Teatro - e a viverem uma família de personagens à procura de paz. Contrastando com a busca familiar que caracteriza o enredo da peça, está a determinação das pessoas que dão vida a este projeto em contrariar o cinzentismo teimoso e o conformismo viral. Sem subsídios, sem uma grande produtora por trás, mas com a inabalável determinação de quem sabe o que quer, e ama o que faz. Esta é a história de “Conversas Depois de um Enterro”: O patriarca Simão Aguilar faleceu, e, de acordo com os seus desejos, acaba de ser enterrado - não ao lado da sua mulher, no cemitério, mas nas suas próprias terras. Reunidos estão os três filhos, todos nos seus quarenta anos: Jaime (João Cabral), Edite (Sofia Nicholson) e Alex (Filipe Duarte). Também lá estão Pedro (Manuel Cavaco), o tio do lado da mãe, e a sua mulher, Júlia (Custódia Gallego), - bem como Elisa (Lúcia Moniz). Elisa é a “outsider”: apesar de ter sido namorada de Alex, quem ela amava realmente era o seu irmão Jaime. O que se desenrola a partir daqui, é um enredo familiar, com muitos momentos de humor. Há as tensões que são expectáveis em qualquer reunião de família, e os esforços para chegar a termos com o passado, presente e futuro. Ao pai é dado o descanso, mas a sua presença ainda é sentida. À medida que alguns factos inesperados são revelados, a imagem que a família tinha do pai, transforma-se. É aqui onde os valores familiares são construídos, que o vazio deixado pelo falecido dá lugar à comunhão por que todos ansiavam há muito. “Conversas Depois de um Enterro”, de Yasmina Reza, é apresentado pelo Montepio, tem encenação de Renato Godinho, e interpretação de Custódia Gallego, Filipe Duarte, João Cabral, Lúcia Moniz, Manuel Cavaco e Sofia Nicholson. Ficha Artística / Técnica: Texto: Yasmina Reza Tradução e Encenação: Renato Godinho Elenco: Custódia Gallego, Filipe Duarte, João Cabral, Lúcia Moniz, Manuel Cavaco e Sofia Nicholson. Desenho de Luz: João Almeida Assistência de Encenação: Igor Regalla "Algeroz", uma criação de André Almeida Fotografia: João Silveira Ramos Cenografia e Produção: Renato Godinho Links: facebook.com/conversasdepoisdeumenterro MAIO’13 SEX 03 + SÁB 04 MAI 21H00 Oresteia, de Ésquilo Companhia de Teatro De Braga Teatro | M/12 | 10€ 2 dias ou 6€ por dia Sex. | 1.ª parte | Agamémnon | 120 Min. Sáb. | 2.ª e 3ª parte | Coéforas e Euménides | 260 Min. (c/ intervalo) Apresentação desta tragédia grega em três partes: Agamémnon será apresentada na sextafeira, seguindo-se Coéforas e Euménides apresentadas no sábado. Grande e peculiar produção que usa a tragédia grega para refletir sobre a atual Europa decadente de valores morais, numa leitura política e em forma de manifesto contra a ausência de memória. Ésquilo deixou uma obra que se confunde com a própria história do teatro. Primeiro grande dramaturgo europeu, foi um autor de inexcedível criatividade poética no tratamento dramatúrgico dos temas eternos que preocupam os homens. Apresentada em Atenas em 458 a.C., a trilogia Oresteia (Agamémnon, Coéforas e Euménides) é feita de três etapas de uma mesma história que, em sequência cronológica, narram o assassínio de Agamémnon, rei de Argos, pela sua mulher Climnestra; o assassínio desta pelo filho vingador do pai, Orestes; e, finalmente, a expiação de Orestes pela morte da mãe, mau grado a proteção dos deuses e a sua absolvição pelo tribunal de Atenas. O tema da justiça que tarda mas se cumpre, mesmo se na penumbra interior da consciência de cada homem, eis do que fala o Coro das Coéforas na reflexão central desta trilogia de Ésquilo - dramaturgo de superlativa grandeza, cujas tragédias consagrou ao Tempo. Estabelecendo uma ponte com a atual Europa decadente de valores morais, Rui Madeira (n.1955) encena a Oresteia como parábola da «família [europeia] desavinda», que «tem de libertar-se e acabar de vez com os velhos deuses», sendo certo que «esta guerra é para ser ganha pelo Coro de cidadãos de Atenas». Actor e encenador, é Diretor artístico da Companhia de Teatro de Braga, estrutura teatral de que foi um dos fundadores. Com Oresteia, queremos fixar-nos na contemporaneidade. Em NÓS! Nesta nossa – por herança de bastardos – Europa. Essa mítica, bela e quente Europa que se banhava no Poleponeso, amamentada no berço pela Hélade para não deixarmos que a Memória nos atraiçoe. A velha vontade, há tanto acalentada, de destruição da nossa querida Europa recrudesce e os novos turcos, são afinal os nossos irmãos de ontem. Eles estão hoje no meio de nós e esperam o momento. Rui Madeira Ficha Artística / Técnica: Autor: Ésquilo Tradução: Doutor Manuel de Oliveira Pulquério Encenação e Dramaturgia: Rui Madeira Assistente de Encenação: Nuno Campos Monteiro Apoio Dramatúrgico: Doutora Ana Lúcia Curado Atores: Ana Bustorff, André Laires, António Jorge, Carlos Feio, Rui Madeira, Frederico Bustorff Madeira, Jaime Monsanto, Rogério Boane, Solange Sá Coros: Ana Cristina Oliveira, André Antunes, André Pacheco, Cristiano Lima, Deolinda Mendes, Helena Guimarães, Hugo Silva, Humberto Almeida, João Chelo, Joaquim Carvalho, Jorge Bentes Paulo, José Augusto Ribeiro, José Domingos Marinho, Judite Pregueiro, Maria Elisa Fernandes, Maria Julita Capelo, Manuela Artilheiro, Tatiana Mendes, Teodorico Enes Cenografia e Figurinos: Samuel Hof Conceção de Máscaras: António Jorge Desenho de Luz: Fred Rompante Criação Vídeo: Frederico Bustorff Madeira Criação Sonora: Luís Lopes Design Gráfico: Carlos Sampaio Fotografia: Paulo Nogueira Links: www.ctb.pt www.companhiadeteatrodebraga.blogspot.com Trailer ORESTEIA (Agamémnon) - http://youtu.be/RLVCI_1sbG8 Trailer ORESTEIA (Coéforas) - http://youtu.be/s1PU_PvJpsQ Entrevista Rui Madeira - http://youtu.be/jJXIRpVsQEo Sinopse: Há dez anos em guerra, o coro dos anciãos reúne-se em frente ao palácio para manifestar o descontentamento e ansiedade que grassa em Argos. Qualquer desfecho em Tróia não trará bons augúrios. Ares não está no seu posto e a cidade está mal governada, nas mãos de corruptos e malfeitores, como afirma o Vigia no seu testemunho de sofrimento. Agamémnon Anunciada a vitória, Agamémnon volta a casa com a escrava preferida, Cassandra. Recebe-o o coro em silêncio e redobrada angustia e é Clitemnestra, a adúltera, que, tecendo a teia, faz os elogios públicos, levando-o a entrar no palácio sobre um tapete de púrpura, digno dos deuses. Cassandra, a cativa, a ex-amante de Apolo recusa entrar e, possuída pela maldição do deus, anuncia à Cidade o cheiro a sangue que aquelas paredes exalam, fruto dos antigos e futuros crimes ali perpetrados. Aumenta o temor, os rumores adensam-se. Espera-se em Zeus, e um desejo de morte coletiva surge como solução apaziguadora da angústia. Cassandra discute com o coro e entra decidida no palácio, para que a sua morte sirva como testemunho para memória futura. Ouvem-se os gritos lancinantes de Agamémnon a ser barbaramente assassinado pela esposa que exibe os cadáveres na varanda do palácio. Cumpriu o seu desígnio. Vingou e está no seu posto. E com Egisto, o estrangeiro, urdidor da trama, fruem a luz amável do dia portador da justiça! O Coro desorientado com tamanha desgraça manifesta o desejo de vingança e a esperança em Orestes o filho de Agamémnon, exilado. Coéforas Dez anos mais tarde, num tempo de terror, Orestes regressa a Argos, como estrangeiro, com seu amigo Pílades, na esperança de vingar a horrenda morte do pai. Clandestinamente visita o túmulo interdito e abandonado de seu pai e, por um acaso, que só os deuses explicam, encontra no local um grupo de escravas troianas de Clitemnestra e, entre elas, no meio do maior sofrimento, sua irmã Electra. Com a irmã e o grupo de escravas traçam o plano para a morte da mãe e do amante Egisto. Anuncia-lhes o pacto com Apolo e com Pílades apresentamse na porta do palácio, quais estrangeiros, em busca de hospitalidade. São recebidos por Clitemnestra a quem trazem notícias da morte de Orestes. Entram e como o apoio das escravas, Orestes e Electra vingam a morte do pai, matando Clitemnestra e Egisto. Exibem os cadáveres à cidade dizendo: “contemplai os dois tiranos da pátria, assassinos de meu pai e destruidores desta casa”. Depois de perpetrado o matricídio, o remorso apodera-se de Orestes e, como um louco, foge perseguido pelas Erínias vingadoras de sua mãe. Euménides Perseguido pelas Erínias, exausto, ensanguentado e descrente Orestes dirige-se a Delfos ao templo de Apolo, colocando em questão a sua capacidade para cumprir o acordo com o deus. Apolo discute com Orestes, obriga-o a cumprir o acordado e, como prova do seu poder, adormece as Erínias, dando-lhe algum tempo para continuar a viagem até Atenas, onde deve suplicar o patrocínio da deusa Atena. O espectro de Clitemnestra vem fustigar as Erínias adormecidas, exigindo vingança sobre o filho. Orestes chega ao templo de Atena e esta decide levar a questão a tribunal. E um novo tribunal é constituído. O julgamento do caso Orestes e Clitemnestra, representados no tribunal por deuses é, curiosamente, feito por homens, selecionados e presididos por uma deusa nova (Atena). Sendo as partes do processo os antigos e novos deuses, o resultado é um empate. Neste caso, mandava a lei que se favorecesse o réu. Orestes é assim absolvido e as Erínias, uma vez amansadas, são transformadas em deusas benévolas (Euménides). SEX 10 MAI 22H00 Aurea com Orquestra Filarmonia das Beiras Música | M/6 | 1.ª Plateia 18€ | 2.ª Plateia 15€ | Balcão 12€ Sala Principal | 75 Min. Com apenas 25 anos de idade, Aurea é já um dos grandes nomes da música portuguesa, tendo sido considerada a voz revelação nacional de 2010. Com a edição do novo álbum ‘Soul Notes’, Aurea inicia uma nova etapa do seu percurso, apresentando nos palcos nacionais e internacionais um novo espetáculo, que contará com um alinhamento, cenário e energia renovados, cheio de Soul Notes. Será um espetáculo, que como o nome indica, com muita de alma, e coração. Aqui a proximidade como público é ainda mais evidente, mais marcante, mais envolvente. Aurea iniciou a sua viagem há mais de dois anos com a edição do álbum de estreia, que atingiu a marca de dupla platina, amadureceu e isso é evidente em cada subida a palco, onde se denota a total entrega e envolvência na sua performance. ‘Soul Notes’ é constituído exclusivamente por temas originais e segue a linha de composição do primeiro trabalho. Nesse sentido, o novo álbum - gravado e produzido pela Blim Records -, apresenta um conjunto de canções intemporais que irão deliciar os amantes de música, onde facilmente se identificarão. Não fossem elas reflexo de episódios, vivências e emoções que inspiraram Aurea e que por todos os motivos, a cantora desejou partilhar com o mundo em ‘Soul Notes’. Ficha Artística: Bateria: Miguel Casais Baixo: Bruno Duro Direção Musical & Guitarra: Ricardo Ferreira Piano & Teclado: Elton Ribeiro Saxofone: Elmano Coelho Orquestra Filarmonia das Beiras Links: www.aurea.com.pt http://www.facebook.com/aureaoficial www.blimrecords.com Biografia: O seu primeiro álbum, homónimo, atingiu em poucos meses o 1º lugar do Top Nacional de vendas, conseguindo a marca de dupla platina. O registo “Aurea ao Vivo no Coliseu dos Recreios”, gravado no dia 18 de Novembro 2011, é lançado um mês depois, conquistando o galardão de Ouro no dia de lançamento. Dona de uma voz inconfundível, poderosa e cativante, Aurea tem sido sinónimo de sucesso. Gravou o tema “Love me Tender”, em dueto com Elvis Presley (aprovado pela família do mesmo e incluído no álbum “Viva Elvis”) e, com o seu álbum de estreia, alcançou o n.º1 do Top Nacional de Vendas, mantendo-se no primeiro lugar por 9 semanas consecutivas. No iTunes (Portugal), tanto “Busy (For Me)” como o disco “Aurea”, ocuparam diversas vezes a primeira posição das tabelas. “Busy (for me)” foi ainda um dos temas com mais airplay nas rádios nacionais em 2011. (Fonte: Nielsen Music Control) O ano de 2011 acabou por ser um período de crescimento e de reconhecimento para a Aurea. A artista foi nomeada nas categorias de ‘Melhor Música’, ‘Revelação do Ano’ e ‘Melhor Intérprete Individual’, na edição de 2011 dos Globos de Ouro, tendo levado para casa este último galardão. Foi também nomeada para ‘Best Portuguese Act’, nos MTV Music Awards, categoria que acabou também por vencer. A nível internacional, ‘Aurea’ foi lançado na Hungria, local onde a artista gravou o dueto do tema “Where is the Love” (com Nikolas Takács) e atuou ao vivo. Também Taiwan editou o álbum de estreia de Aurea e recebeu-a numa atuação única. A cantora teve um ano e uma agenda bastante preenchidos, com uma digressão nacional de mais de 70 concertos. Aurea esgotou o Cinema S. Jorge no seu concerto de estreia, o Centro Cultural de Belém (CCB), o Casino de Lisboa e o Casino do Estoril, e atuou em alguns dos festivais e eventos de maior sucesso em Portugal. Para além dos espetáculos, a artista estreou-se na dobragem de filmes de animação e em publicidade, dando vida a “Glória” de “Happy Feet 2”, e sendo a voz do tema da campanha de Natal da TMN, interpretando o tema “Dream a Little Dream of Me”. No final de 2011, Aurea esgotou os Coliseus Micaelense, do Porto e Lisboa, tendo este último sido registado em cd e dvd. “Aurea ao Vivo no Coliseu dos Recreios” chegou às lojas em Dezembro desse ano e atingiu no dia de lançamento a marca de Ouro. Aurea tornou-se ainda a imagem da SEAT Portugal. Novo álbum: AUREA está de regresso às edições discográficas com ‘SOUL NOTES’, que chegou às lojas a 26 de Novembro 2012. O novo registo de originais sucede o álbum homónimo lançado em Setembro de 2010 e é uma evolução do trabalho da artista que vai beber inspiração à soul music. O single de avanço de ‘SOUL NOTES’ é o tema ‘Scratch my back’, que já chegou às rádios nacionais e já se encontra disponível digitalmente em todas as plataformas. ‘Scratch my back’ é o presente que AUREA escolheu para dar a todos que acompanham o seu trabalho no dia do seu 25.º aniversário (7 de Setembro), pelo incansável e contínuo apoio incondicional. É um tema fresco e vibrante, que mostra outra faceta da música de Aurea, mais enérgica e descontraída mas igualmente intensa, características essas que se refletem nos espetáculos ao vivo. O alinhamento de ‘SOUL NOTES’ é constituído exclusivamente por temas originais e segue a linha de composição do último trabalho da artista, que se rodeou da mesma equipa e cumplicidade do álbum anterior, completada por Rui Ribeiro e Ricardo Ferreira. Nesse sentido, o novo álbum – gravado e produzido pela Blim Records -, apresenta um conjunto de canções intemporais que irão reconquistar os amantes da música de AUREA e que facilmente se identificarão com o conteúdo das suas letras, que focam temáticas e histórias reais e muito próximas a qualquer indivíduo. Estes temas refletem também situações, episódios, vivências e emoções que, de certo modo, inspiraram AUREA por algum motivo especial e que a cantora partilha agora com o mundo em ‘SOUL NOTES’. Nesta viagem que se oficializou há dois anos com a edição do álbum de estreia, que atingiu a marca de Dupla Platina, AUREA amadureceu e a sua música evoluiu com ela. Após dois anos de digressão contínua, AUREA finalizou recentemente uma etapa com uma atuação em Macau no dia 26 de Outubro, no âmbito do 26º Festival Internacional de Música. Com a edição do novo álbum ‘SOUL NOTES’, AUREA inicia uma nova etapa do seu percurso, apresentando nos palcos nacionais e internacionais um novo espetáculo, que contará com um alinhamento, cenário e energia renovados, num espetáculo cheio de SOUL NOTES. DOM 12 MAI 21H30 Cuca Roseta Dia da Cidade de Aveiro Música | M/6 | 5€ Sala Principal Intitulada uma das grandes promessas da música portuguesa, Cuca Roseta viu o seu primeiro disco homónimo, editado em 2011, ser produzido por Gustavo Santaolalla e recebeu as melhores críticas nacionais e internacionais. Cuca Roseta: a mais rara verdade Por uma vez, escrever ‘destino’, ‘alma’ e ‘verdade’ sem medo de exageros ou lugares-comuns quando se fala de fado. Trata-se de um privilégio raro, porque raros são os predestinados a cantar um género musical que não deixa mentir. E o fado não deixa mentir: não interessa a voz, a figura, o estilo – ou sentimos verdade ou não sentimos. E com Cuca Roseta, sentimos. O seu disco de estreia, em nome próprio, resume a história de alguém que sempre acreditou numa vontade maior do que ela – e soube esperar. Mesmo já tendo participado numa banda marcante para a música moderna portuguesa, Cuca Roseta sempre soube que era no fado que se iria encontrar. Apenas esperava o momento certo, os cúmplices perfeitos. Aconteceu. De um encontro fortuito (alguns dirão predestinado) com o músico, compositor e produtor argentino Gustavo Santaolalla – que já conta na bagagem com dois Óscares para Melhor Banda Sonora (Babel e Brokeback Mountain) nasceu este «caso de amor musical», nas palavras da própria fadista. Santaolalla, que terá ficado deslumbrado com uma atuação de Cuca, reconheceu na voz da fadista essa universalidade da alma, que não conhece língua ou fronteira. O convite foi imediato, e a proposta tão simples como ambiciosa: dar a conhecer ao planeta a voz, a artista e o ser humano que é Cuca Roseta. Mais do que um projeto musical, para Santaolalla era quase uma missão. E assim nasceu este disco. Durante a gravação o produtor deu tempo e espaço para a voz de Cuca Roseta dizer a verdade que tem. O resultado é uma coleção de temas que, dos mais clássicos como “Rua do Capelão” ou “Marcha de Santo António”, até aos musicados como “Porque Voltas De Que Lei” (letra de Amália Rodrigues, colaboração do tanguero Cristobal Repetto e do próprio Gustavo Santaolalla) ou “Maré Viva” (poema de Rosa Lobato Faria vertido para castelhano) este é um testemunho verdadeiro de uma vocação. E ainda com a mais-valia de nos apresentar uma fadista dona das suas próprias palavras, como acontece em “Homem Português” ou “Nos Teus Braços”. Como cúmplices musicais perfeitos, Mário Pacheco na guitarra portuguesa, Pedro Pinhal na viola de fado e Rodrigo Serrão no contrabaixo. Cuca Roseta sabe que seguiu o seu destino, e não é menos do que isso que ela quer partilhar connosco, de forma natural, genuína e com um timbre tão perfeitamente afinado. Agora é a nossa vez: esta verdade tem de ser ouvida de tão rara que é! SÁB 18 MAI 21H30 Magna Tuna Cartola Gala dos 20 Anos Música | M/6 | 5€ | Estudantes 4€ Sala Principal | 120 Min. A Magna Tuna Cartola vem desta forma assinalar o seu Vigésimo Aniversário com um espetáculo na mais emblemática sala Aveirense. Irão estar presentes todos os alter-egos da Magna Tuna Cartola e ainda mais algumas surpresas para tornar uma simples noite de Maio, numa noite cheia de "Magia, Luz e Cor!". SÁB 18 MAI 21H30 Patricia Barber Smash Música | M/6 | Plateia 14€ | Balcão 12€ Sala Principal | 75 Min. Acompanhada por uma renovada banda e uma dúzia de novas composições, uma das mais talentosas e inovadoras vocalistas e compositoras do jazz contemporâneo apresenta o seu regresso aos discos com Smash. Patricia Barber, nascida em 1955, em Chicago, estava “condenada” a dedicar-se à música, já que os seus pais eram músicos profissionais. Aliás, o pai, Floyd “Shim” Barber, pertenceu à banda de Glenn Miller. A sua sonoridade baseia-se nas suas vocalizações na tradição do jazz e do blues e na sua mestria ao piano. Por outro lado, o repertório de Patricia Barber tanto inclui originais como standards rock, de que “Black Magic Woman” é apenas um exemplo. De entre os seus cerca de 12 discos, “Verse” talvez seja o mais acarinhado pela crítica. Sobre o álbum, disse Baul West, do Allaboutjazz: “’Verse’ é uma ótima montra da escrita de Barber, que têm uma qualidade onírica. É um álbum de inquestionável paixão e poder e seria um desperdício se algum fã de jazz o deixasse escapar”. Patricia Barber apresenta-se em Aveiro numa tournée de quatro datas em Portugal: 3 (Teatro Cine, Torres Vedras), 4 (Teatro Virgínia, Torres Novas), 17 (Teatro Municipal da Guarda) e 18 (Teatro Aveirense). Ficha Artística: Patricia Barber: Voz | Piano, Dave Miller: Guitarra Larry Kohut: Baixo Jon Deitemyer: Bateria Links: www.patriciabarber.com Stream álbum: http://mediakits.concordmusicgroup.com/p/smash/stream-album.html Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Ughyl0WTOBU QUI | SEX 23 | 24 MAI | 10H00 | 14H00 [Escolas] DOM 26 MAI 16H00 Vamos fazer uma ópera! – O pequeno Limpa-Chaminés Ópera Infantil pela OFB Serviço Educativo | M/4 | 6€ | 4€ <12 anos | 3€ Escolas Sala Principal | 75 Min. Apresentação da obra de Benjamin Britte “Vamos fazer uma Ópera! – O pequeno LimpaChaminés” (“Let’s make an Opera! – The Little Sweep”), uma das óperas mais especiais alguma vez escritas para público jovem. Esta obra é simultaneamente um divertimento musical para a infância, pois conta a história de uma criança que tem de trabalhar como limpa-chaminés para sustentar a sua família, e que será resgatada dessa situação forçada por outras crianças, e é também um objeto didático que elenca as etapas da execução de um espetáculo de ópera. Escrita por Benjamin Britten, a história continua a comover gerações de espetadores. Haverá muitas surpresas, mas a maior é que nesta ópera contamos com a ajuda do público para cantar. Traz a tua família, colegas e amigos e prepara-te para cantares connosco! Sinopse: Esta ópera passa-se numa abastada casa de campo inglesa. Pedro e os gémeos, Tina e Hugo, vão visitar os seus amigos Júlia, Sofia e Gaspar. A ação inicia-se com a ama Rosa, a rever uma papelada enquanto aguarda a visita dos limpa-chaminés. Dona Berta, a governanta, uma mulher idosa e muito esperta, acompanha os limpa-chaminés, Zé Carvão e Quim Carvão, pai e filho. Com eles vem o João, uma criança frágil de pele clara que se esforça a carregar baldes e cordas. Enquanto Dona Berta dá as instruções, Rosa fica chocada com a miséria de João e pede para não mandarem o rapaz subir à chaminé. Os homens gozam com ela e com o frágil João enquanto ele se dirige até à chaminé e desaparece por ela acima. Rosa corre para o quarto aflita. A porta abre e entra Júlia, uma criança quase adolescente, que se esconde debaixo do lençol que tapa uma poltrona. As crianças jogam às escondidas. Pedro encontra Júlia e junta-se a ela no seu esconderijo, mas o jogo é interrompido por um grito de socorro. O João ficou preso na chaminé. O alarido atrai os gémeos, a Sofia e o Gaspar que correm para ajudar. Puxando a corda que o pequeno João traz atada à cintura, conseguem ajudá-lo a sair da chaminé. Tal como Rosa, as crianças ficam horrorizadas com o estado de João. Decidem então escondê-lo e fazem um rasto de pegadas para dar a entender que ele fugiu pela janela. Dona Berta e Rosa regressam e são completamente enganadas pelas artimanhas das crianças. Zé e Quim Carvão procuram João. Dona Berta insiste para que não parem de o procurar. Pensando sozinha, Rosa canta uma ária expressando o seu desejo de ajudar João a escapar. Enquanto isto, as crianças escondidas ouvem o seu desejo e decidem ajudá-la. A decisão está tomada, vão alimentá-lo, vesti-lo e dar-lhe banho. Fecha-se a cortina e começam os preparativos para o banho. O início da segunda cena é cantado com a cortina fechada. João toma banho — imaginam-se os salpicos da água e o restante cenário. A cortina sobe. Júlia questiona João sobre o seu passado. Ele revela que o seu pai era um carroceiro que partiu a anca e não podia mais trabalhar. João foi vendido a uma equipa de limpa-chaminés, pois a sua família já não tinha nada para comer. O pobre rapaz até achava que já estava na altura de começar a trabalhar, pois já fazia 9 anos no seu próximo aniversário. Revela também que a sua casa é na aldeia de Vale de Maceda, que por coincidência é também a da casa de Rosa. Pedro planeia esconder João dentro da sua mala de viagem para que não seja visto a sair de casa. Rosa concorda. Dona Berta está furiosa por causa da reação da equipa de limpachaminés, que a acusaram de esconder o seu aprendiz. No meio da confusão para esconder João, entra Dona Berta, e todos fazem um ar natural e inocente para disfarçar. Devido ao estado em que se encontra o quarto, a fúria da governanta é redirecionada para as crianças. Ao ver os brinquedos todos espalhados ela aproxima-se do armário onde João está escondido. Em desespero, Júlia finge desmaiar, o que chama a atenção de todos, tendo o efeito desejado: afastar Dona Berta do armário. Todos correm para junto dela, e levam-na para o quarto. Enquanto isso, Pedro tranquiliza João afirmando que tudo irá correr bem e que no dia seguinte já estará livre. O início da terceira cena evoca a passagem da noite. Para isso, o público é dividido em quatro grupos: mochos, garças, rolas e tentilhões, que cantam em competição. A cortina sobe e Júlia surge sentada em pijama. Rosa entra com o pequeno-almoço. O João sai do armário e dão-lhe o pequeno-almoço de Júlia, enquanto esta canta uma ária de despedida. João tenta recusar o dinheiro que Júlia lhe quer dar, mas ela insiste. As outras crianças estão prontas para ir para casa. João esconde-se dentro da mala de Pedro mas, apercebem-se de um grande problema… a mala é muito pesada para Tomás e Alfredo, o cocheiro e o jardineiro, a transportarem. As crianças e Rosa chegam a meio de uma discussão entre Dona Berta e os homens e, aproveitando a situação, todos ajudam a levar a bagagem. Júlia, Gaspar e Sofia observam pela janela. Pedro e os gémeos despedem-se dos amigos, satisfeitos pois conseguiram ajudar o João a fugir. Assim que partem, todo o elenco retorna ao palco para a canção final, que cantam juntamente com o público celebrando a segurança e a liberdade de João. Ficha Artística / Técnica: Versão portuguesa de Alexandre Delgado Orquestra Filarmonia das Beiras Direção musical António Vassalo Lourenço Encenação José Geraldo Desenho de luz Dino da Costa Cenografia Pedro Andrade Figurinos e caraterização Helena Miranda Direção de cena José Geraldo Operação de luz Dino da Costa Técnico de palco Lino Aidos Produção OFB Artur Neves, Bruno Marques Produção Executiva Belinda Morais, Margarida Mendes, Rita Carvalho Intervenientes: Dona Berta Daniela Araújo/Ema Viana Rosa Catarina Godinho/Sofia Vintena Zé Carvão Nuno Mendes/Francisco Reis Tomás, cocheiro Nuno Mendes/Francisco Reis Quim Pedro Rodrigues/André Lacerda Alfredo, jardineiro Pedro Rodrigues/André Lacerda Júlia Ana Sofia Couto/Mariana Picado Sofia Andrea Fernandes Gaspar Teresa Pereira Pedro Tânia Ralha/Elsa Felicidade Hugo e Tina Daniela Matos e Patrícia Aguiar João Daniela Nunes Estrutura Financiada pelo Secretário de Estado da Cultura / Direção-Geral das Artes: SÁB 25 MAI 21H30 Mick Harvey Mark Steiner & His Problems (1.ª parte) Música | M/6 | Plateia 12€ | Balcão 10€ Sala Principal | 110 Min. (c/ intervalo) Elemento fundador dos grupos The Birthday Party e The Bad Seeds, banda de apoio a Nick Cave, apresenta-nos um concerto marcado pela sua extensa carreira musical. Mick Harvey pensou sempre em si como um colaborador. Fora dos Bad Seeds, e dos seus discos a solo, que são predominantemente interpretações de outros autores (entre os quais, Serge Gainsbourg), tem trabalhado em projetos de grande e pequena envergadura. Por um lado, produziu discos de novas bandas como os The Nearly Brothers; por outro lado, compôs e gravou bandas sonoras de filmes e foi para o Reino Unido gravar com PJ Harvey Let England Shake. Em Agosto de 2010, após acabar de gravar com Polly Jean Harvey, regressou à Austrália. Com três meses disponíveis pela frente, soube que era tempo para terminar o projeto que tinha em mente e acabar as canções em que tinha começado a trabalhar. Mick Harvey superou-se e fez em pouco tempo duas obras de arte únicas para juntar ao seu já indiscutível currículo musical de 30 anos. FOUR (Acts of Love) contempla a noção do amor romântico – a perda, a recuperação, as dificuldades com o amor e o seu lugar no universo. O sexto disco de estúdio segue-se a Sketches from the Book of the Dead, o primeiro álbum completamente escrito por Mick Harvey que foi editado em 2011. O novo trabalho de originais surge na sequência de uma digressão no mês de Março na Nova Zelândia, com dois concertos esgotados, tributos a Rowland S. Howard (outro fundador dos The Birthday Party e Bad Seeds, falecido em 2011). Mick Harvey anunciou há pouco tempo a sua participação no festival All Tomorrow's Parties, este ano sob a curadoria dos Yeah Yeah Yeahs, ainda antes da sua vinda a Portugal. Mark Steiner & His Problems Mark Steiner é um nome reconhecido no submundo musical de Oslo e vive na Noruega há tanto tempo que muitos o julgam natural da Escandinávia. Mas não é verdade. Este ex-Nova Iorquino é uma verdadeira personagem que pode ser encontrada ao balcão de um pub à hora do fecho, seja em Nova Iorque, Oslo, Paris, Berlim, Melbourne ou Lisboa. Steiner é um viajante que busca inspiração nas mesmas fontes que influenciaram Stuart Staples, Nick Cave, Leonard Cohen ou Rowland S. Howard. “Broken” é o capítulo que se seguiu à estreia a solo como o mini-LP CD “Fallen Birds”. Ainda este ano, Mark Steiner prevê editar um novo trabalho intitulado “Saudade”, coproduzido com Henry Hugo. Sim, falamos da tal palavra exclusivamente portuguesa, embora universal, que descreve o sentimento natural de nostalgia, melancolia e amor na ausência de alguém ou algo. Apresentando-se ao vivo como “Mark Steiner & His Problems”, a solo ou acompanhado por banda, o músico atuou nos Estados Unidos da América, Islândia, um pouco por toda a Europa e mesmo Hong Kong. Steiner já abriu concertos para vários artistas, tais como Mick Harvey, Michael Gira (Swans), Devendra Banhart, Madrugada, Rowland S. Howard, The Fatal Shore, Kid Congo Powers & The Pink Monkey Birds, entre muitos outros. Mark Steiner reencontra agora Mick Harvey na Escandinávia e Portugal, onde esteve em digressão em 2006 e, cinco anos mais tarde, no festival “Bad Trip”, em Coimbra. Ficha Artística: Mick Harvey Mick Harvey - voz, guitarra Rosie Westbrook – baixo JP Shilo - guitarra, violino, teclas Mark Steiner & His Problems Mark Steiner - voz, guitarra Tracy Vandal - voz Links: www.mickharvey.com http://marksteiner.bandcamp.com/ www.facebook.com/MickHarveyOfficial www.facebook.com/mickharveytwo Soundcloud para ouvir novo álbum “Four (Acts of Love)”– http://snd.sc/159T73p Trailer para novo álbum “Four (Acts of Love)”– http://www.youtube.com/watch?v=6iwv0abMgsQ The Ballad of Jay Givens - http://www.youtube.com/watch?v=iU7D54pEZtk Famous Last Words - http://www.youtube.com/watch?v=6ICnXCrr43o Hamk Williams Said it Best - http://www.youtube.com/watch?v=qZOUYrBfXhc QUA 29 MAI 22H00 Pistolas, Pilantras e Problemas Porta 27 Teatro | M/16 | 5€ Sala Principal | 50 Min. ATOR - pessoa que cria, interpreta e representa uma ação dramática baseando-se em textos e estímulos (visuais, sonoros e outros), previamente concebidos por um autor ou criados através de improvisações individuais ou coletivas. Um ator interpreta um ator que interpreta uma personagem que por sua vez interpreta uma outra personagem, e contracena com um segundo ator, que interpreta outro ator a interpretar outra personagem. Dito desta forma parece confuso, mas é muito simples: a história tem uma quase pistola, dois pilantras e uma infinidade de problemas. E dois atores para tentar resolvêlos sem perder a cabeça. Tudo muito banal, dentro dos parâmetros da normalidade: afinal, quem nunca esteve num assalto a um banco? Ficha Artística/ Técnica: Textos Originais: Suzanna Rodrigues Encenação: Ricardo Alves Interpretação: Ivo Luz e Tiago Lourenço Design: Cristovão Carvalheiro Produção: Porta 27 Links: www.porta27.pt.vu Sobre a companhia - A Porta: Junte boa disposição e vontade de trabalhar em partes iguais, misture bem com um grupo de jovens desejosos de mostrar o que valem e polvilhe com muito esforço e dedicação: eis a receita da Porta 27! Depois de confirmar a dificuldade que é chegar ao sucesso na área da Cultura, decidimos que desistir é para os fracos e pusemos mãos à obra para criar uma infraestrutura capaz de apoiar todos aqueles que, como nós, não perdem a vontade de trabalhar nas Artes. Criámos esta Associação com o objetivo de promover o intercâmbio de conhecimento entre as diferentes áreas deforma a construir um projeto comum. Deste modo, e com a ajuda de especialistas em cada uma das diferentes áreas, temos a garantia de proporcionar ao nosso público um trabalho de elevada qualidade a um valor bastante reduzido. Assim, atores, encenadores, músicos, cenógrafos, sonoplastas, luminotécnicos e dramaturgos podem trabalhar em conjunto nas suas áreas de formação e no que realmente gostam de fazer, e o público tem uma oferta muito mais diversificada e acessível à Cultura. SEX 31 MAI 21H30 Carmina Burana de Carl Orff, pela OFB Música | M/6 | Plateia 8€ | Balcão 6€ Sala Principal | 60 Min. A obra mais célebre de Carl Orff pela Orquestra Filarmonia das Beiras, Orquestra de Cordas e Sopros e Coro do DeCA (UA) e o Coro Infantil e Juvenil de Sta. Joana. Carmina Burana é, sem dúvida, a obra mais célebre do compositor alemão Carl Orff. Estreou em junho de 1937, em Frankfurt e faz parte da trilogia "Trionfi" que Orff compôs em diferentes períodos, e que compreende os "Catulli Carmina" (1943) e o "Trionfo di Afrodite" (1952). O músico recolheu os textos homónimos de uma coleção de cerca 300 cantos poéticos, contidos num importante manuscrito do século XIII, o Codex Latinus Monacensis, encontrados durante a secularização de 1803, no convento de Benediktbeuern, na Alta Baviera. Assim, em 1937, compôs esta cantata encenada com o mesmo nome e cuja ária mais conhecida é “O Fortuna”. Os poemas incluem canções de amor, de taberna, sátiras, canções mundanas… mas todos constituem um canto ao amor e aos prazeres carnais. Ficha Artística: Orquestra Filarmonia das Beiras Orquestra de Cordas e de Sopros do DeCA da UA Coro do DeCA da UA Coro Infantil e Juvenil de Sta. Joana Solistas a indicar António Vassalo Lourenço, direção Estrutura Financiada pelo Secretário de Estado da Cultura / Direção-Geral das Artes: JUNHO’13 SÁB 01 JUN 22H00 Deolinda Mundo Pequenino Música | M/6 | Plateia 15€ | Balcão 12€ Sala Principal | 80 Min. A banda que dominou as tabelas portuguesas nos últimos anos, vencedores do Prémio Revelação da revista britânica Songlines, apresenta o seu novo álbum "Mundo Pequenino". 2013 é ano de lançamento do terceiro disco de originais dos Deolinda. Após 4 anos em que dominaram os tops de vendas com os multiplatinados “Canção ao Lado” e “2 Selos e um Carimbo”, acumulando distinções como 2 Globos de Ouro, um prémio Amália Rodrigues e um Songlines Music Award, os Deolinda regressam à estrada para apresentar “Mundo Pequenino”, disco gravado no Porto no Boomstudios, produzido pelo britânico Jerry Boys e pela própria banda. Ficha Artística / Técnica: Ana Bacalhau – voz Luís José Martins – guitarra Pedro da Silva Martins - guitarra Zé Pedro Leitão – contrabaixo Sérgio Nascimento – bateria Sérgio Milhano – técnico de som Ângelo Lourenço – técnico de monição Frederico Rompante ou Sérgio Pires – técnico de luz Gonçalo Rodrigues – road manager Links: http://www.youtube.com/watch?v=vGG60sTNnDc DOM 02 JUN 16H00 | 17H00 Nana Nana de Carla Galvão e Fernando Mota Serviço Educativo | 0-5 Anos | 4€ Sala Estúdio [Máx.30 Espectadores] | 23 Min. Uma performance plástico-sonora para bebés na forma de poema vocal com novelos de lã. Nana e Nana são dois tecelões do som, num pequeno grande tear onde novelos de lã se movem quase sozinhos, colocados com a ajuda de quem por ali passa, recebendo em troca cores, texturas, cheiros e histórias quentinhas que a todos embala. A duas vozes e muitos novelos, desenrola-se o som destas voltas, sob a mestria de Fernando Mota e Carla Galvão, exímios criadores de melodias e histórias de encantar duas vozes duas vozes e muitos novelos desenrolem o som destas voltas e das vossas também pica pica pica pica pica… PLIM! era uma vez duas vozes quantas vezes? ouve… Nana e Nana são dois tecelões do som escrevem no espaço um poema que embala de mansinho os novelos de lã que quase sozinhos se movem no tear, o pequeno grande tear onde Nana e Nana trabalham estes novelos são colocados no tear com a ajuda de quem por ali passa e, em troca, cores, texturas, cheiros e histórias quentinhas saem lá de dentro com tal mestria que a todos embala e a todos põe a rodar em torno do pequeno grande tear de Nana e Nana estalactites de lã? PLUM! Ficha Artística / Técnica: Conceção e interpretação: Carla Galvão e Fernando Mota Criado em 2011 sob encomenda do CCB - Fábrica das Artes SEG 03 JUN 14H00 [Escolas] Photomaton de Fernando Mota Serviço Educativo | <100 | 3€ Sala Estúdio [Máx.50 Espectadores] | 45Min. Divertimento para viola portuguesa e mala preparada, um antigo malão de cabedal onde habitam cordas, molas, rodas, roldanas e outras patifarias. Photomaton é um solo portátil, uma peça itinerante e adaptável a vários tipos de espaços e circunstâncias, um álbum de peças poéticas insólitas, uma invenção plástica e sonora sem manual de instruções. Depois da Tabula Rasa, instrumento musical experimental criado por Fernando Mota a partir de uma tábua de engomar de madeira, surge agora a Mala Aviada, um antigo malão de cabedal onde habitam cordas, molas, rodas, roldanas e outras patifarias tocadas com as mãos, pauzinhos chineses, um arco de violino e o diabo a sete. A partir deste instrumento, da viola portuguesa e de outros objetos sonoros escreveremos os nossos cadernos de viagem, com tocadores de violinos de pregos, bailarinas em danças serpentinas filmadas pelos irmãos Lumière, chapéus-dechuva-espanta-espíritos e luminárias que se despedem à chuva... PHOTOMATON surge na sequência de Motofonia (1 solo poético para todas as infâncias), espetáculo concebido a convite do CCB - Fábrica das Artes em 2010, que desde então tem sido apresentado um pouco por todo o país em diversos eventos e salas. Ficha Artística: Conceção e interpretação: Fernando Mota SEX 07 JUN 22H00 Um dia os réus serão vocês: o julgamento de Álvaro Cunhal Companhia de Teatro de Almada Teatro | M/12 | 6€ Sala Principal | 60 Min. Uma peça baseada na defesa que o líder comunista apresentou no seu julgamento contra a ditadura fascista em 1950, e cuja atualidade não pode deixar de assombrar-nos. No centenário do nascimento de Álvaro Cunhal (1913–2005), a CTA cria um espetáculo baseado na defesa que o líder comunista apresentou para si próprio no tribunal que o julgou entre 2 e 9 de Maio de 1950 (uma contundente acusação à ditadura fascista), e cuja atualidade não pode deixar – desgraçadamente – de assombrar-nos. Preso pela PIDE a 23 de Março de 1949, Cunhal recusou-se a prestar declarações. Após a condenação, esteve detido durante 11 anos, oito dos quais em regime de isolamento. Evade-se da fortaleza de Peniche a 3 de Janeiro de 1960, juntamente com outros oito prisioneiros políticos. Na sua intervenção em tribunal, Cunhal ataca as políticas seguidas pelo Governo de Salazar, quer no que toca ao contexto nacional, quer no que diz respeito à política internacional, numa época na qual se assistia à ascensão da influência dos EUA na Europa e no Mundo: em 1949 Portugal torna-se membro fundador da NATO, adere ao Plano Marshall, e disponibiliza a Base das Lajes às forças armadas norte-americanas. Nesta altura agrava-se a repressão contra o movimento comunista português: a polícia política assassina Militão Ribeiro a 2 de Janeiro de 1950; José Moreira a 23 de Janeiro; Alfredo Lima a 4 de Junho; e Carlos Pato a 26 de Junho. Este espetáculo é também uma homenagem às mulheres e aos homens que dedicaram as suas vidas à defesa da Liberdade, para que fiquem preservados na nossa memória. E na dos que vierem depois de nós. Ficha Artística: Intérpretes: Luís Vicente, João Farraia e Manuel Mendonça Vídeo: Catarina Neves Desenho de Luz e cenário: Guilherme Frazão Produção: Paulo Mendes SÁB 08 JUN 21H30 Banda Amizade – Banda Sinfónica de Aveiro Coreografias Música | 60 Min. | 5€ Sala Principal | M/3 A Banda Amizade propõe um concerto com bailado. DOM 09 JUN 21H30 Al Di Meola Plays Beatles and more Música | M/6 | Plateia 20€ | 1.º Balcão 18€ | 2.º Balcão 15€ Al Di Meola + Michael Nyman (27JUN) - Plateia 35€ | 1.º Balcão 30€ | 2.º Balcão 25€ Sala Principal Um dos mais proeminentes e virtuosos guitarristas de jazz contemporâneo apresenta, acompanhado por uma secção de cordas, as suas versões de Beatles bem como alguns temas novos inspirados no imaginário dos fabulosos quatro. Guitar Superstar Al Di Meola Pays Personal Tribute to The Beatles, All Your Life Puts a Fresh New Rhythmic Slant on Beloved Tunes Like millions of other American boys growing up during the 1960s, guitarist Al Di Meola was forever affected by seeing The Beatles on the Ed Sullivan Show back in the era of black & white TV. His early encounter with the Fab Four lit a passion in him and may be directly responsible for the New Jersey native first picking up the guitar. “Had they not existed, I probably would be, who knows...a fireman today or some other job,” says the celebrated guitarist. “And beyond just me, they changed the whole world. There is no music in my lifetime that made as huge an impact on the world like that of the Beatles. What they did to modern pop music in the ‘60s changed everything.” Nearly 50 years after the first wave of Beatlemania washed onto Stateside shores, the sixstring superstar returns to his early roots in paying a personal tribute to that seminal influence with All Your Life. A virtual one-man show of virtuosity, All Your Life features the guitar great interpreting 14 familiar Beatles tunes in the stripped-down setting of strictly acoustic guitar. On some tracks, like “In My Life” and “Because,” he overdubs three guitars to get the rich, shimmering textures and intricate patterns created on his signature Al Di Meola Conde Hermanos nylon string guitar, his Gibson steel string guitar and a 1948 Martin acoustic. Others like “Penny Lane,” “I Am The Walrus” and “I Will” utilize two guitars while “And I Love Her,” “Blackbird” and “If I Fell” utilized a single guitar track. All the percussion heard throughout the recording is Di Meola himself slapping the wood body of his instrument or strumming muted strings for percussive effect. All the tracks are imbued with the guitarist’s signature flamenco flourishes, intricate arpeggiating and dazzling cross-picking. Only one track does he employ other musicians (a dramatic reading of “Eleanor Rigby” that features a string quartet). Recorded in analogue at Abbey Road Studios in London, where the Beatles created most of their records during their heyday, All Your Life stands as a triumph in the long and illustrious career of a bona fide guitar hero. “I’ve come full circle with this,” says Di Meola, who was inducted into Guitar Player’s Gallery of Greats in 1981 after four consecutive wins as Best Jazz Guitarist in the magazine’s Readers Poll. “I started out my life loving the Beatles, and I never stopped, just like a lot of so many other guitarists from my generation. In the middle, we all went into whatever music we pursued in our careers -- fusion, jazz, whatever it might be. We all wanted to further our craft. But when you come back to the Beatles’ music, it’s like, ‘Man, this stuff is still happening! All of it!’ And there’s not a day that goes by that we’re not somehow touched by the Beatles, whether it’s a story online or something we hear. It’s almost every day that we see some connection in our lives with the Beatles.” Back in the ‘70s, Di Meola blazed the fusion trail with supergroup Return To Forever and with his own powerhouse Latin-tinged fusion group. He focused on the purity of acoustic guitar during the early ‘80s with a trio of international virtuosos in Spain’s flamenco master Paco de Lucia and British-born founder of the Mahavishnu Orchestra, John McLaughlin. For the past 20plus years, Di Meola has been courting a different muse with his World Sinfonia, a dynamic group that blends world music elements and also specializes in interpreting the work of Argentine tango master Astor Piazzolla. The acoustic All Your Life follows on the heels of Di Meola’s 2011 recording, Pursuit of Radical Rhapsody, which incorporated everything from Argentinian tango to Spanish flamenco to Middle Eastern and North African music and included an electrifying interpretation of The Beatles’ “Strawberry Fields Forever.” Di Meola says that playing that Beatles tune on his last album may have triggered something. “I thought, ‘Why stop there?’ These tunes are so familiar and beloved by everybody. And to be able to record them at Abbey Road Studios was really special. Being there, I felt like a kid for the first time since I was a kid. It’s an amazing place, like going to Disney World at five years old. Between that and getting to meet Paul McCartney last summer while I was preparing the record...the whole experience and what it meant to me is like a dream come true.” Di Meola’s serendipitous encounter with the ex-Beatle was a personal highlight for 2012. As he explains, “I had already recorded three tunes at Abbey Road and decided to rent a house for Labor Day weekend in the Hamptons, with the idea of working on arrangements for the rest of the pieces out there. And as I finalizing the deal with the realtor to rent this house, he tells me, ‘Oh, by the way, your next door neighbor is a famous pop star.’ And when I found out it was Paul McCartney, I got chills. So my wife and I drove out there and as we’re pulling into the driveway, there he was pulling out of his driveway right next to mine. No security, no nothing. And he was driving an old Ford Bronco. We finally got to meet on the third day. I saw him pulling out of the driveway and said hello. He rolled down the window and we talked for a while. I told him I was recording at Abbey Road, and all the time I’m thinking, ‘Here I am, talking to Paul McCartney! What the hell!’ No doubt McCartney would be impressed by Di Meola’s personal interpretations of the 14 Beatles tunes featured on All Your Life. “The idea was to keep it simple,” says the guitarist. “Things always sound better when they’re not cluttered together. Essentially, I wanted to include all the syncopation in there while trying to keep the essence of the tune in tact in terms of melody. There’s been a lot of jazz guys who have done their own interpretations, but there’s usually so much reharmonizing and altering of the melody that you would never even know that it’s a Beatles tune. And I did not want to do that. My intent was to bring in the sophistication through rhythm as opposed to altering of harmony, which really would take the prettiness away. I wanted to preserve the beauty of these tunes.” While he says that certain tunes like “She’s Leaving Home” and “I Am The Walrus” were relatively easy to execute, others like “Penny Lane” and “Michelle” were extremely difficult. “Some of this stuff was as hard to practice and get right, in terms of the way that I syncopated it, as anything of Piazzolla’s. Even though you could view the Beatles as more simplistic music, it’s in the way that you approach it. And some of them were really tricky.” The May release of Di Meola’s All Your Life is the culmination of his own personal magical mystery tour. “This project is a lifelong dream, long overdue and immensely fulfilling!” says the guitar great. He plans to follow up this summer with a “Beatles and More” tour featuring his World Sinfonia augmented by string quartet. Links: www.aldimeola.com http://innsbruckrecords.com/al-dimeola/ http://vimeo.com/55626313 SEX 14 JUN 22H00 Volátil + T4 LPmovimento Dança | M/6 | Plateia 8€ | Balcão 6€ Sala Principal | 90 Min. c/intervalo LPmovimento, companhia de dança aveirense, apresenta um espetáculo com duas coreografias de Lara Pereira. Sinopse - Volátil Volátil é o tempo, um trio entre o passado, o presente e o futuro. Sinopse - T4 As circunstâncias juntam quatro vidas. Quatro mulheres, como tantas outras, juntam-se numa série de acasos em que emergem as suas divergências mas sobretudo a essência das suas semelhanças. Uma que vê, que escreve o que sonha mas que acaba por nunca verdadeiramente senti-lo, vivendo num conjunto de fantasias que acaba por nunca conseguir concretizar. Outra que quer ver, que quer viver. Tantas personagens, tão pouco tempo. Anseia pela adrenalina de uma vida a sério, como as que ouve contar. Tantas histórias… acaba por não saber viver a sua. Uma terceira carrega o peso das escolhas, das incertezas, da solidão. É tão mais fácil esconder que acaba por se esquecer que realmente existe tornando-se uma sombra de si mesma na qual é fácil não reparar. E por fim a que observa, a que ninguém sabe bem o que pensa ou o que sente, mas que parece sempre querer dizer alguma coisa mais, saber alguma coisa mais. A que está sempre à parte mas que de alguma forma está sempre presente. Nesta casa, em qualquer lugar, em qualquer tempo, juntam-se quatro partes do mesmo ser. As circunstâncias juntam quatro vidas, quatro mulheres, quatro sofrimentos. Maria João Martins Ficha Artística / Técnica: Coreografia e cenário – Lara Pereira Interpretes – Ana Miguel Silva, Graça Bilelo, Lara Pereira, Luciana Dias Desenho de luz – Dino da Costa Mistura musical – Renato Machado SÁB 15 JUN 21H30 Concerto De Beneficência Lions Clube Orquestra das Beiras com Carlos Guilherme e Isabel Alcobia Música | M/6 | 1.ª Plateia 15€ | 2.ª Plateia 12€ | Balcão 10€ Sala Principal Concerto de beneficência do Lions Clube Santa Joana Princesa, a favor das instituições Florinhas do Vouga e Santa Casa Misericórdia de Aveiro. Ficha Artística: Orquestra Filarmonia das Beiras. Isabel Alcobia: soprano. Carlos Guilherme: tenor. António Vassalo Lourenço: direção musical. SEX 21 JUN 22H00 Le Papalagui Compagnie 2T3M Teatro | M/12 | 5€ Sala Principal | Legendado em Port.| 50 Min. Do Festival de Teatro Almada chega este belo objeto teatral em que um chefe de uma tribo da Polinésia faz uma descrição saborosa e irónica do Papalagui, o homem branco. O Papalagui (que quer dizer “homem branco”) consiste num relato feito por um nativo das Ilhas Samoa, na Guiana francesa, após uma viagem à Europa no início do século XX. Com humor e malícia, a civilização ocidental é passada pelo crivo do bom senso deste simpático nativo: espantado, o viajante conta à sua tribo os estranhos costumes e valores dos homens brancos, que “vivem uns em cima dos outros numas cabanas enormes, feitas de pedra”. Um século depois, este texto (“uma pequena jóia de ironia”, segundo o Le monde) não perdeu pitada da sua atualidade. «Violence du regard de l’autre, mais en négatif, avec le témoignage d’un observateur hors normes, Touiavii, chef de tribu polynésien qui explora au début du XXe siècle une «contrée appelée Occident», l’Europe. Adapté d’un récit élaboré par Touiavii à l’intention de ses compatriotes et consigné par l’Allemand Erich Scheurmann, Le Papalagui est une savoureuse description de l’homme blanc. Adapté et mis en scène par Léon et Hassane Kouyaté, joué tout en finesse par Hamadoun Kassogué, ce Papalagui est un petit bijou d’ironie.» Le Monde Ficha Artística / Técnica: A partir de: Eric Scheuermann Encenação: Hassane Kassi Kouyaté Adaptação: Léon Kouyaté Com: Habib Dembélé Luz, imagens, som: Cyril Mulon Figurinos: Anuncia Blas Produção: Compagnie Deux Temps Trois Mouvements Links: www.2t3m-theatre.com QUI 27 JUN 21H30 Michael Nyman Música | M/6 Plateia 25€ | 1.º Balcão 20€ | 2.º Balcão 15€ Michael Nyman + Al Di Meola (9JUN) - Plateia 35€ | 1.º Balcão 30€ | 2.º Balcão 25€ Sala Principal | 75 Min. Uma das mais incontornáveis referências da música contemporânea revela-nos a sua música profundamente poética, com projeção simultânea de uma seleção de filmes curtos da sua autoria da série 'Cine Opera'. Michael Nyman é uma das mais incontornáveis referências da música contemporânea, compositor de exceção com uma obra vasta e reconhecida. O pianista regressa agora ao nosso país para se apresentar a solo, um dos formatos com que tem recolhido maiores elogios ao longo dos anos. A íntima relação que possui com o piano manifestou-se várias vezes ao longo da sua discografia e também na sua celebrada banda sonora para o filme de Jane Campion O Piano. Nyman assinou também bandas sonoras para filmes de Peter Greenaway e é autor de várias óperas, incluindo Facing Goya ou Sparkie: Cage and Beyond. Cidadão britânico, Michael Nyman já foi distinguido com uma condecoração pela Casa Real, possui no seu currículo prémios notórios como o Ivor Novello e o Golden Globe e, entre variadíssimos outros momentos altos de uma irrepreensível carreira, foi escolhido para tocar em Kyoto em 2007 como parte do evento Live Earth. A Portugal regressa para três espetáculos onde apresentará a sua música profundamente poética ao piano. Links: www.michaelnyman.com JULHO’13 SÁB 20 JUL 22H00 Guru com Rui Unas, Custódia Gallego, Heitor Lourenço e Susana Mendes Teatro | M/12 | Plateia 13€ | Balcão 10€ Sala Principal Uma comédia encenada por José Pedro Gomes e com a interpretação de Rui Unas, Custódia Gallego, Heitor Lourenço e Susana Mendes. Faltam três dias para a Ministra das Finanças, Helena Pinto Macedo, apresentar o Orçamento do Estado, na Assembleia da República, mas a Ministra sente-se incapaz de o fazer. Sente que “algo superior” a está a impedir de tomar decisões. E se, nas alturas mais difíceis, sempre pôde contar com o seu marido (e deputado da oposição), Luís Macedo, desta vez, não pode. O seu casamento está por um fio. Assim, Helena Macedo decide ir a um evento esotérico único que se vai realizar em Lisboa: a palestra do internacionalmente afamado Professor Furor. Para não ser reconhecida no evento, Helena, acompanhada da sua filha e jornalista, Maria João, acaba por trazer para sua casa um pretenso Professor Furor, que, se de Furor tem muito pouco, de Professor não tem nada. Deste modo, Hélder Marim, o suposto Professor Furor, passa a ser uma espécie de guru 24 horas para Helena, que segue rigorosamente tudo aquilo que este “guru” lhe diz. E se Helena parece estar completamente rendida aos poderes deste pobre coitado, que mais não quer do que continuar a viver na casa da Ministra, já Luís e Maria João percebem, à partida, que Hélder mais não é do que um tonto. Todavia, um a um, por motivações distintas, vão acabar por necessitar deste Professor. E como, por vezes, Deus escreve direito por linhas tortas, a ajuda de Hélder a esta família aparentemente disfuncional acaba por ser decisiva. Ficha Artística/ Técnica: Texto Henrique Dias e Roberto Pereira Interpretação Rui Unas, Teresa Guilherme, Heitor Lourenço, Susana Mendes Encenação José Pedro Gomes Cenário F. Ribeiro Figurinos Desenho de Luz Paulo Sabino Música Alexandre Manaia Ass. Encenação Sónia Aragão SÁB 27 JUL 21H30 As Bodas de Fígaro Ópera integrada no CIMV 2013 Música | M/6 | Plateia 8€ | Balcão 5€ Sala Principal | 120 Min. Uma das óperas mais populares de Mozart aqui apresentada como resultado do Curso Internacional de Música Vocal da Orquestra Filarmonia das Beiras. As Bodas de Fígaro (Le nozze di Figaro), uma das óperas mais populares de Mozart, é uma ópera buffa em quatro atos, com libreto de Lorenzo da Ponte, a partir da peça de PierreAugustin de Beaumarchais La Folle journée ou Le mariage de Fígaro. A ópera As Bodas de Fígaro nasceu da primeira colaboração entre Mozart e Lorenzo da Ponte, que foi levada, pela primeira vez, a cena no Burgtheater de Viena, no dia 1 de maio de 1786 – sendo recebida com grande frieza. A verdadeira consagração aconteceria apenas na sua estreia em Praga em janeiro do ano seguinte. Diz-se que Mozart começou a ter problemas com sua reputação a partir desta ópera, que satirizava certos costumes da nobreza. Há quem considere esta ópera a obra-prima de Mozart. Em termos musicais, esta ópera apresenta, na Abertura, a sua parte mais famosa, introduzindo pela primeira vez o clarinete numa orquestra sinfónica e usando um tempo extremamente rápido, o prestissimo, que era dificilmente executado na época. O tempo da música acompanha desta forma o ritmo alucinante da narrativa encadeada de intrigas e situações cómicas, que se sucedem em catadupa. Sinopse: A ação da ópera As Bodas de Fígaro decorre no ano de 1785, em terras do Castelo do Conde Almaviva, a três léguas de Sevilha, numa atmosfera burlesca, povoada por fidalgos, criados, um professor, um advogado, um jardineiro e até um fauno dado ao pecado. Fígaro e Susana, os noivos e protagonistas, são servos do Conde e da Condessa Almaviva e pretendem casarse. O Conde Almaviva, porém, reserva-se o direito de se deitar com Susana antes de entregála ao marido, Fígaro, segundo a infame lei da “prima note” (uma velha lei que permitia ao patrão ficar com a noiva na primeira noite de casada). A condessa Almaviva, uma tonta de aparência, sabe das intenções do marido e prepara um plano para apanhá-lo em flagrante… Ficha Artística/ Técnica: Orquestra Filarmonia das Beiras Alunos de Ópera da 15ª Edição do Curso Internacional de Música Vocal 2013 Claudio Hochman, encenação António Vassalo Lourenço, direção Estrutura Financiada pelo Secretário de Estado da Cultura / Direção-Geral das Artes: