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HISTÓRIA DA HABITAÇÃO E MOBILIÁRIO Antonio Castelnou Conclusão CASTELNOU Assinado de forma digital por CASTELNOU DN: cn=CASTELNOU, c=<n Dados: 2015.06.22 09:28:54 -03'00' DESPERTAR ECOLÓGICO A partir da década de 1970, com o DESPERTAR ECOLÓGICO (tomada de consciência ambiental), passou-se a denominar de ecoarquitetura ou arquitetura ecológica a prática construtiva que defende o uso de materiais e técnicas que não agridam o meio ambiente (low-tech). Começou-se a considerar sustentável , entre os anos 1980 e 1990, toda aquela ARQUITETURA e DESIGN que produzissem obras adaptadas às condições bioclimáticas, reduzindo o desperdício energético, os riscos ecológicos e os impactos socioambientais. O ECOLOGISMO acabou encontrando força junto ao advento da Contra-Cultura, através de suas duras críticas à industrialização desenfreada e ao consumismo, as quais apresentaram ao mundo comunidades alternativas, embasadas no desejo de se abandonar um modelo de vida predominante. Hippie Houses Style 70’s Herb Greene (1929-) Greene Residence (1961, Norman OK) Os arquitetos neovernaculares passaram a propor o resgate de materiais naturais (terra, madeira e pedra) e práticas artesanais (arcaicas e vernáculas), antes menosprezadas pelo modernismo. Por sua vez, os regionalistas procuraram conciliar passado e presente, fazendo versões atualizadas de técnicas tradicionais, além de estratégias alternativas de captação, conservação e uso de energia. Casa do arquiteto (1971, Manaus AM) Severiano Mario Porto (1928-) Hassan Fahty (1900-89) Al-Sabah House (1971, Cairo, Egito) Severiano Mario Porto (1928-) Pav. Superior Pav. Térreo Casa Robert Schuster (1979, Tarumã-Açu AM) 1 Hall 2 Sanitários 3 Dormitórios 4 Varanda 5 Cozinha 6 Sala Na década de 1980, aparecia a designação ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA, a qual propunha uma ação criativa de edificações que se adequassem ao clima local e à iluminação e ventilação naturais, preocupada principalmente com a redução ou até eliminação do uso de energia elétrica em prol de novas – e alternativas – fontes energéticas (eólica e solar). Regensburg House (1977/79, Alemanha) Thomas Herzog (1941-) Malcolm Wells (1926-) Undergroud House (1980, Brewsler MA) Underhill House (1974, Yorkshire UK) Arthur Quarmby (1940-) Eco-Village (1986, Findhorn, Escócia) Diane Gilman (1945-98) & Robert Gilman (1945-) Design Coalision Taylor House (1990/92, Shorewood Hills WI) Paralelamente, a ARQUITETURA ALTERNATIVA defendia o reaproveitamento de resíduos e/ou materiais de “segunda mão”, incorporando produtos industrializados e prolongando sua vida útil, o que requeria a pesquisa de locais para a compra de materiais, assim como seu reprocessamento. Advanced Green Builder Demonstration (1994/97, Austin TX) Plinny Fisk III (1944-) Rubén Rivera Peede Casa Liray (2010, Santiago, Chile) Container Guest House (2000, San Antonio TX) Poteet Architects Contenedores Esperanza (2011, SanJosé, Costa Rica) Benjamin Gracia Saxe ARQUITETURA EM CONTÊINERES Michael Reynolds (1951-) Earthship Comunity (1980, Taos NM) Denomina-se EARTHSHIP BIOTECTURE a prática ecológica baseada na reutilização de materiais de origem urbana (garrafas PET, latas, pneus, cones de papel, etc.), os quais são aplicados na construção sem ter havido seu reprocessamento. Trata-se de uma reapropriação criativa, que se torna viável em áreas suburbanas ou de despejo descontrolado de resíduos. Earthship Residence (2010, Porto Príncipe, Haiti) Michael Reynolds (1951-) Global Earthship Model House (1980, Taos NM) Paper House (1995, Lake Yamanaka, Yamanashi, Japão) Shigeru Ban (1957-) SUSTENTABILIDADE Gro Harlem Brundtland (1939-) Primeira-Ministra da Noruega e Presidente da CMMAD (ONU) Em 1987, a ONU divulgou um relatório que fazia o balanço do desenvolvimento mundial até então, com prós e contras, visando a discussão ambiental. O RELATÓRIO BRUNDTLAND fazia, depois, publicado com o título Our common future (Nosso futuro comum, 1992), intensificou o debate mundial quanto à SUSTENTABILIDADE. Monier Residence (1992, Swan Valley, Austrália) Kimberly Ackert & Robert Dawson-Browne Pela primeira vez, passou-se a abordar mundialmente a questão da SUSTENTABILIDADE, estabelecendo como meta o desenvolvimento sustentável ou durável, o qual significaria suprir as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das próximas gerações suprirem as de seu tempo. Em termos sociais, políticos e econômicos, o termo SUSTENTÁVEL (sustainable; sostenible; durable) estaria relacionado àquilo que limita o crescimento (produção e desenvolvimento) em função da dotação de recursos naturais, da tecnologia aplicada na sua utilização (uso e consumo) e do nível efetivo de bem-estar oferecido à coletividade. Em 1992, ocorreu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como RIO-92 ou ECO’92, a qual marcou a discussão ambiental no mundo por: Criticar o modelo vigente de desenvolvimento (interrelação entre problemas sociais e ambientais) Apontar para a necessidade de medidas tecnológicas e legais (Agenda 21 Global). Chicago IL (EUA) No ano seguinte, em 21 de junho de 1993, um congresso em Chicago IL, organizado pela União Internacional dos Arquitetos (UIA) em conjunto com o American Institute of Architects (AIA), estabeleceu a Declaração de Interdependência para um Futuro Sustentável, que coloca a sustentabilidade como sendo o centro de responsabilidade profissional, convocando todos os profissionais para a prática da ARQUITETURA SUSTENTÁVEL.
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