Desenvolvimento ótimo de frangos de corte - Cobb

Transcrição

Desenvolvimento ótimo de frangos de corte - Cobb
Desenvolvimento ótimo
de frangos de corte
Um guia prático para assegurar
o desempenho inicial correto de
frangos de corte
Índice
Introdução
Objetivos
4. Indicadores finais de desempenho
4.1. Mortalidade/pesos aos 7 dias de idade
1. Incubatório
1.1. Por que o foco na incubação?
1.2. O que medir?
1.21. Janela de nascimento e uniformidade das temperaturas dos embriões
1.22. Limpeza das cascas dos ovos
1.3. Como determinar se um pintinho é de boa qualidade?
1.31 Cor e força
1.32 Massa corporal livre de gema (YFBM)
1.33 Comprimento do pintinho/tíbia
1.34 Plumagem
1.35 Controle de colibacilose
1.4. Retenção de pintinhos
2. Transporte dos pintinhos
3. Incubação
3.1. Ventilação
3.2. Umidade relativa
3.3. Temperatura
3.4. Alimentação
3.5. Água
3.6. Iluminação
3.7. Verificação dos pintinhos
O Guia de Desenvolvimento Ótimo de Frangos de Corte foi concebido para servir de referência
e como complemento para suas próprias práticas de manejo, para que você possa aplicar
seu conhecimento e julgamento para obter resultados bons e consistentes com a família de
produtos Cobb.
Introdução
Garantir um desenvolvimento adequado do pintinho
(incubação + 10 primeiros dias de crescimento) é crucial para
o desempenho de frangos de corte, especialmente porque o
pintinho não tem a capacidade de controlar adequadamente
sua temperatura corporal (‘Sangue Frio’) durante este período.
As temperaturas do inverno
representam ainda outro desafio para
o desenvolvimento do pintinho e do
frango adulto subsequente. Isto é
principalmente devido ao controle da
temperatura e também por causa do
comprometimento da ventilação nos galpões de
frangos de corte. Bons criadores têm a responsabilidade de manter um bom
ambiente para o pintinho para maximizar o potencial genético das aves.
Incubação
0
5
10
15
Galpão
21/0
"Sangue Frio"
Desenvolvimento
5
10 15 20 25 30 35 40
"Sangue Quente"
Crescimento
Objetivos
1. Rever todos os aspectos de manejo,
em um formulário de lista de
verificação, que ajudarão a manter o
desempenho de frangos de corte, do
incubatório à granja.
2. Definir algumas medidas práticas
que indicarão uma incubação bem
sucedida e uma ave de corte bem
desenvolvida:
• Medições de qualidade do pintinho
• Verificação dos pintinhos
• Mortalidade aos 7 dias
• Peso aos 7 dias
1. Incubatório
1.1 Porque o foco na incubação
• As aves de corte de hoje produzem temperaturas
Peso vivo de ambos os pintinhos 48g
embrionárias mais elevadas, e o risco de
superaquecimento dos embriões é maior.
• A ventilação na incubadora e as temperaturas
de incubação, especialmente durante o inverno,
devem ser capazes de compensar esse fator;
se isso não ocorrer, os pintinhos poderão sofrer
graves danos.
• Pintinhos menos ativos e mais fracos apresentarão
desempenho inicial e final piores. Isso será
especialmente verdadeiro se as condições de cria/
crescimento forem mais difíceis (inverno).
Embrião
Temp
Pré-incubadora
Alta
Pré-incubadora
Baixa
% Pinto
% Gema
% Coração
40 °C (104,0 °F)
55,9a
20,1a
0,632a
39,1 °C (102,4 °F)
58,9b
17,6b
0,757b
Pesquisa de M. Wineland, NCSU, 2001
1. Incubatório
37g
11,0g
44,0g
3,5g
Imagens cortesia de Ron Meijerhof.
Dia 16-21 temp
(embrião)
Peso
Corporal
FCR (2kg)
37,5 °C (99,5 °F)
2,214g (4,88 lb)
1,82
38,6 °C (101,5 °F)
2,263g (4,98 lb)
1,75
39,7 °C (103,5 °F)
2,166g (4,77 lb)
1,80
Hulet et al (Pennsylvania State University)
1. Incubatório
1.2 O que medir?
• As temperaturas dos embriões podem ser estimadas
com precisão por meio das temperaturas das cascas
dos ovos, quando medidas a partir de ovos férteis
e no equador do ovo utilizando-se um termômetro
Thermoscan entre 15 e 16 dias de incubação.
Temp do Embrião °F
Qualificação
Consequências
36,7-37,7 °C (98,0 - 99,9 °F)
Frio demais
Incubação lenta
37,8-38,1 °C (100,0-100,5 °F)
Ótimo
Boa incubação
qualidade de
pintinho
38,1-39,2 °C (100,5-102,5 °F)
Quente demais
Boa incubação,
qualidade de
pintinho inferior
39,2-40,0 °C (102,5-104,0 °F)
Quente demais
Incubação e
qualidade de
pintinho inferiores
• Duas medidas-chave ajudam a identificar as
temperaturas e as ventilações corretas:
• Janela de nascimento
• Uniformidade da temperatura do embrião
1. Incubatório
1.21. O que medir? - Janela de nascimento e uniformidade das temperaturas dos embriões
% Eclodido - IDEAL
100%
Janela de nascimento
As metas são para os
pintinhos eclodirem:
Max. 25%, 24 horas antes
da retirada
Max. 75%, 12 horas antes
da retirada
Superior
Meio
Inferior
50%
0%
-43
-38
-33
-23
Hora
-13
0
Uniformidade da temperatura da casca
• Medida com um termômetro Thermoscan
• O objetivo é identificar os pontos quentes/frios nas
pré-incubadoras
• Ovos inférteis não devem ser contabilizados, pois têm
temperaturas de casca 1,1-1,7 ºC (2-3 ºF) mais baixas do
que ovos com embriões vivos
Temp°F
Estágios diversos. Ovos Cobb 500 incubados por 16 dias.
Três fileiras de ovos verificadas. Pré-incubadora No. 7
102.5
102.0
101.5
101.0
100.5
100.0
99.5
99.0
98.5
98.0
97.5
0
8
16
24
32
No. de ovos verificados
40
48
A linha vermelha indica as
temperaturas mínima e máxima
aceitáveis de 37,5 ºC a 38,6 ºC (99,5 ºF
a 101,5 ºF)
Ron Meijerhof
Neste exemplo, a uniformidade das
temperaturas estava muito boa, mas
os pontos de definição altos demais
para os embriões.
% Eclodido - CEDO DEMAIS
100%
Superior
Meio
50%
0%
Inferior
-43
-38
-33
-23
Hora
-13
0
1. Incubatório
1.22. O que medir? - Limpeza das cascas dos ovos
O excesso de resíduos de mecônio nas cascas dos
ovos é uma boa indicação subjetiva de que os
pintinhos eclodiram cedo demais e permaneceram
tempo demais nas cestas do incubatório.
Adequado
Sujo demais
1. Incubatório
1.3. Como determinar se um pintinho é de boa qualidade?
• Padrões tradicionais de classificação de pintinhos
Guia para Seleção de Pintos de Corte
Articulações
(à direita), embora também importantes, nem
sempre detectam danos devido a
superaquecimento.
Leve vermelhidão/sem escoriação
Lesão aberta/escoriação na articulação
Escoriação severa
Danos nas articulações
Umbigo bem cicatrizado
Umbigo cicatrizado com cordão
pequeno (umbigo sem proeminência)
Umbigo com botão grande
Umbigo aberto
Umbigo com cordão grosso e comprido
Bico cruzado/defeitos anatômicos
Bico hemorrágico
Mau empenamento
Lesão mecânica
Umbigo
• Pintinhos superaquecidos eclodem mais cedo do
Articulações perfeitas
Defeitos
queo normal e, geralmente, demonstram (veja a
pesquisa de Wineland e Hulet):
• Tamanhos menores (mais curtos)
• Desidratação
• Coração e sistema digestivo menores e
sistemas imunológicos menos desenvolvidos
• Sacos amnióticos maiores (menor absorção)
• Mais propensão a infecções bacterianas (E. coli)
• Mais problemas nas pernas
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• Fraqueza, cansaço
Pinto Perfeito
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1. Incubatório
1.31. Cor e força
Pintinhos fortes e alertas
Pintinhos fracos
• A cor dos pintinhos deve ser amarelo brilhante. Pintinhos
superaquecidos têm sacos amnióticos e, portanto, também
pigmentos mal absorvidos, e são mais brancos do que o normal.
Cuidado: Formaldeído mascara pintinhos brancos
• Os pintinhos devem se levantar e ser ativos. Se colocados
deitados de costas, devem virar para cima em poucos segundos.
1. Incubatório
1.32. Massa corporal livre de gema (YFBM)
Pintinhos superaquecidos são menores
e têm sacos amnióticos maiores e não
absorvidos.
Os casos mais graves de sacos
amnióticos mal absorvidos resultam em
umbigos não cicatrizados.
Meta
% Peso Gema/Pinto
<10%
% YFBM/Pinto
>90%
1. Incubatório
1.33. Comprimento do pintinho/tíbia
Comprimento da tíbia (cm)
• O comprimento do
pintinho e da tíbia são
medidas difíceis de obter
de forma consistente, e
fazer a medição requer
prática.
<3 (1,18 pol)
3-3,1(1,18-1,22 pol)
>3,1 (1,22 pol)
2600g
5,73
2500g
5,51
2400g
5,29
2300g
5,07
2200g
4,85
2100g
4,63
2000g
Macho
Fêmea
Peso ao nascimento: 42-44g (14,9 oz-15,5 oz)
Centro de pesquisa 'Het Spelderholt.
Idade da Matriz
Meta
Pequeno Demais
26-35 semanas
19-21cm (7,5-8,25 pol)
<17,5cm (6.9 pol)
36-45 semanas
19,5-21,5cm (7,68-8,46 pol) <18,0cm (7,1pol)
>45 semanas
20-22cm (7,85-8,65 pol)
<18,5cm (7,3pol)
4,40
Peso (lbs)
são menores, uma vez
que durante a incubação
precisaram utilizar a
proteína como fonte de
energia em vez de para
desenvolver os músculos.
Peso (g)
• Pintinhos superaquecidos
1. Incubatório
1.34. Plumagem
• Uma plumagem bem desenvolvida é sinônimo de bom desenvolvimento
do pintinho durante a incubação (os pintinhos devem parecer felpudos!).
• No entanto, o excesso de desenvolvimento das penas das asas indica uma
eclosão precoce (sobreaquecimento) e tempo excessivo nas cestas do
incubatório.
Desenvolvimento correto
Bem avançado (aberto), chocou muito cedo
1. Incubatório
1.35. Controle de colibacilose
• Esta é a doença infecciosa mais comum entre
aves de corte e ocorre em todo o mundo.
• A infecção ocorre por via oral, gema/umbigo,
membrana da casca ou pela água, e o período de
incubação é de 3-5 dias.
Contaminação da casca do ovo e mortalidade aos 14 dias
Ovo
Condição
Total
Bactéria
Limpo
600
123
0,9
Manchado
20,000
904
2,3
Sujo
80,000
1,307
4,1
(J.M. Mauldin)
Coliformes
14 Dias
Mortalidade
• Um baixo nível de cicatrização do umbigo,
lesões da mucosa devido a infecções virais
e desafios imunossupressivos são fatores
predisponentes à infecção.
1. Incubatório
1.35. Controle de colibacilose
Consequências do superaquecimento dos
embriões Susceptibilidade a E. coli
(Ensaio Cobb Espanha, 2011)
Não está claro se embriões superaquecidos
são mais sensíveis porque passam mais tempo
no incubatório (eclodem cedo), mas o % de
isolamentos de E. coli parece aumentar com:
Horas de incubação
•
Sacos amnióticos maiores
•
% Pintinhos com E. coli
% Pintinhos com E. coli - McConkey
70
40
60
30
50
20
40
30
10
20
0
506
508
Horas de incubação
510
10
0
<25% Saco amniótico residual
>25% Saco amniótico residual
1. Incubatório
1.35. Controle de colibacilose
• O tratamento é por antibióticos e o tipo de
produto utilizado depende da resistência das
bactérias isoladas.
• Detritos contaminados da eclosão e penugem
dos pintinhos no incubatório são as principais
fontes de infecção bacteriana.
• A prevenção inclui a boa higiene dos ovos e
dentro do incubatório.
• A boa higiene no galpão quando da saída
das aves também é importante, porque as
bactérias são eliminadas prontamente pela
desinfecção.
• A higiene da água também é potencialmente
importante e utilizar cloro a 3 ppm é uma boa
opção (dependendo do pH da água (pH <7)).
• A fumigação dos incubatórios com formalina
tem mostrado bons resultados na redução da
carga bacteriana.
Duração
Soluções
Volume
Da transferência a seis
horas antes da retirada
Solução de formalina diluída a
1:1 com água (solução final de
17-18% de formalina)
60 ml de solução por m3 de espaço no
incubatório (7,7 onças para cada 35 pés3),
em panelas com uma superfície de
50 cm²/m3 (23 pol² por 100 pés3).
1. Incubatório
1.4. Problemas de incubação e perna
• Perna inclinada a partir da articulação coxofemoral.
• Temperaturas de incubação elevadas, reservas
menores de glicogênio nos músculos e microfibras
mais finas.
• Altas temperaturas de incubação levam à depleção
de glicogênio nos músculos, resultando em um
aumento do ácido lático e da fadiga muscular.
• Fibras de colágeno são mais finas em temperaturas
de incubação elevadas (39 ºC/102,2 ºF).
• Os ossos começam a ossificar aos 16 dias de
incubação e apresentam uma taxa de alongamento
mais rápida 3-4 dias antes da eclosão. Temperaturas
elevadas afetam negativamente este crescimento
(1.4 Referência: Rondon and Wineland North Carolina)
1. Incubatório
1.5. Retenção de pintinhos
• Variação das temperaturas min.
e máx. mantida dentro de
+/- 1 ºC (1,8 ºF) na sala de pintos.
• Ventiladores de teto/”puka” devem
direcionar o ar ao teto e não para
baixo, na direção dos pintinhos,
pois podem causar efeitos de
resfriamento.
• Luzes azuis ou iluminação menos
intensa reduzem o estresse.
• Densidade mínima de estocagem
nas caixas de pintinhos de 21 cm2
(3.25 pol2) por pintinho.
2. Transporte de pintinhos
• As temperaturas no interior de caixas plásticas devem
ser mantidas a 32 ºC (89,6 ºF) para os pintinhos.
• O compartimento de carga do veículo deve manter
a temperatura estável a 24 ºC (+/- 1 ºC) / (75,2 ºF
[+/-1,8 ºF]) do incubatório à granja.
• Na chegada, posicione o veículo na direção do
vento predominante para evitar resfriamento dos
pintinhos durante o descarregamento.
• Descarregue apenas a quantidade suficiente de
carrinhos de pintinhos para atender ao ritmo da
equipe. Não deixe carrinhos de pintinhos esperando
na plataforma de concreto do lado de fora do
galpão.
2. Transporte de pintinhos
2. Transporte de pintinhos
Pintinhos carregados - temperatura externa - 20 °C (68 °F).
Por 3 horas e 25 minutos, a temperatura ficou
acima de 35 °C (95 ºF) no caminhão - depois o
ar condicionado foi ligado.
°C
Pelas próximas seis horas a
temperatura permaneceu correta.
O gráfico mostra uma
temperatura excessiva nas
caixas de pintinhos durante o
transporte, onde a temperatura
da caixa ultrapassou 35 ºC
(95 ºF) por mais de três
horas - a mortalidade de sete
dias deste lote foi 1,55%,
principalmente por causa
da separação de pintinhos
pequenos.
3. Cria
3.1. Ventilação
• Não é possível ventilar ou controlar a temperatura
corretamente se o galpão não estiver bem vedada
(apresentar fugas de ar). Deve-se testar a eficácia
da vedação do galpão fechando todas as entradas
e, em seguida, deixando uma porta entreaberta ou
abrir uma entrada com um ventilador funcionando—
deve-se registrar uma pressão superior a 37,5 pascal
(0,151 polegadas de água) na entrada. Se estiver a
<25 pascal (0,10 polegada de água), isso indica que o
galpão está mal vedada.
Ponto frio próximo de obturador de ventilador com vazamento
100 ºF
• Utilize lâminas de plástico do lado de fora e por
dentro das portas para fazer a vedação.
Imagens cortesia do Dr. Mike Czarick - University of Georgia.
55 ºF
50
45
40
35
30 ºF
3. Cria
90
80
70
60 ºF
3. Cria
3.1. Ventilação
• Não deve haver qualquer corrente de ar (seja quente/
fria) ao nível do piso pelos primeiros 14 dias de vida,
pelo menos; durante este período, considera-se
corrente qualquer movimentação de ar que exceda a
0,3 m/s (60 pés/minuto) ao nível do piso.
• A tabela abaixo indica os parâmetros dessas áreaschave para manter boas condições atmosféricas.
Diretrizes de qualidade do ar
Oxigênio %
Dióxido de Carbono (CO2)
Monóxido de Carbono
Amônia
Poeira inspirável
Umidade relativa
> 19,6%
< 0,3% /3000ppm
< 10ppm
< 10ppm
<3,4 mg/m3 (0,0001 oz/35,3 pés3)
45 - 65%
A ventilação mínima nunca deve ser sacrificada.
• Deve-se aumentar a ventilação mínima se os níveis
de CO2 forem superiores a 3,000 ppm ou os níveis de
oxigênio caírem abaixo de 19,6%.
3. Cria
3.1. Ventilação
Níveis de O2 (%)
21.0
20.9
20.0
19.6
19.0
19.0
18.0
18.0
17.5
17.0
17.0
16.0
380
1500
3000
5000
10,000
20,000
Níveis de CO2 (ppm)
Nível de CO2 alto
demais no momento do
alojamento no galpão
3. Cria
3.1. Ventilação
• A ventilação mínima controla os níveis de oxigênio através de
ventiladores e entradas e deve funcionar de acordo com um
temporizador, independentemente da temperatura. Ela funciona
em qualquer horário em que a temperatura no galpão estiver igual
a ou abaixo da temperatura definida para o mesmo.
• O temporizador deve fornecer um valor mínimo de troca de ar de
12,5% (1/8) a 20% (1/5) do volume do galpão. O tempo mínimo de
execução deve ser 60 segundos para garantir que a entrada de ar
externo frio tenha sido devidamente misturada e aquecida com o
ar interno.
• As entradas são vitais para que se obtenha um bom volume e
distribuição de ar.
• As entradas devem ficar completamente vedadas quando fechadas.
• As entradas devem reagir aos ventiladores e funcionar com
pressão, NÃO com base no percentual de abertura ou na
temperatura.
• A capacidade de entrada deve corresponder à capacidade dos
ventiladores na pressão de trabalho dos ventiladores com base na
largura do galpão.
3. Cria
3.1. Ventilação
• A entrada precisa abrir pelo menos 5 cm (2 pol) para garantir uma boa mistura de ar no galpão.
Fluxo de ar ideal para ventilação negativa
Ar mais quenteno galpão
UR-25%,
27 ºC(80,6 ºF)
UR-50%,
16 ºC (60,8 ºF)
UR-75%,
10 ºC (50 ºF)
UR-100%,
4 ºC (39,2 ºF)
Oxigênio ao nível da ave, pisos secos e os custos baixos de aquecimento
3. Cria
3.1. Ventilação
Bolsa de
ar quente
UR-100%,
4 ºC (39,2 ºF)
UR-75%,
10 ºC (50 ºF)
Cama de menor qualidade, aves frias, maior estresse, mais mortalidade,
custos de energia mais elevados, conversão alimentar maior
3. Cria
3.1. Ventilação
Escala de pressão completa
Largura do galpão –
metros (pés)
Pressão negativa Pascal
(centímetros de água)
Velocidade do
através de entradas m/segundo (pés/minuto)
Distância do curso
antes da queda metros (pés)
10 (33)
8,0 (,032)
4,00 (787)
6,00 (20)
15 (50)
15,0 (,060)
5,00 (984)
7,50 (25)
18 (60)
21,5 (,086)
6,35 (1250)
9,00 (30)
21 (69)
25,0 (,100)
7,50 (1475)
10,50 (34,5)
24 (79)
37,0 (,149)
8,00 (1575)
12,00 (39,4)
3. Cria
3.2. Umidade relativa
Como controlar a umidade relativa
• O objetivo principal de controlar a umidade
relativa é manter a cama friável e seca.
• Uma cama molhada causará um aumento de
problemas na carcaça, como pododermatite,
queimaduras no jarrete e, em situações extremas,
até mesmo feridas no peito.
• “Downgrades” de carcaças também são utilizados
como uma medida do bem-estar das aves. O não
cumprimento de requisitos mínimos levará à
redução da densidade permissível.
• Umidade é produzida pelo sistema de aquecimento,
pelo sistema de bebedouros e pelas aves.
• Para controlar a umidade relativa, a única opção
é aumentar a temperatura do ar - para cada 1 ºC
(1,8 ºF) aproximadamente, que aquecemos o ar, a
umidade relativa do ar é reduzida em 5%.
• O ar quente é mais leve do que o ar frio, e,
dentro do galpão, o ar mais quente fica mais
erto do teto.
Quanto mais tempo for possível manter o ar
exterior frio próximo do teto, maior a oportunidade
de aumentar a temperatura de tal ar e, por
conseguinte, reduzir sua umidade relativa.
• Quanto menor for a umidade relativa do ar, a
qualquer temperatura, maior o potencial de que o
ar transporte (absorva) a umidade do ambiente.
3. Cria
3.2. Umidade relativa
Como manter o piso seco
• Como controlar a umidade relativa!
O ar mais quente é aquele que
está mais próximo do teto
• 1 ºC (1,8 ºF) de aumento na temperatura do ar = 5%
de redução da UR.
• O ar aquecido se expande e retém mais umidade.
• Quanto mais alta a temperatura, maior o balde/
esponja para remover a umidade.
• O melhor resultado a ser alcançado na redução da
umidade relativa do ar é quando há uma grande
diferença entre a temperatura interior e exterior.
• Melhor redução da umidade relativa do ar - época
do inverno, durante a incubação e em climas frios.
• Redução menos eficaz da umidade relativa do ar -
época de verão, quando as aves estão mais velhas e
em climas quentes.
Redução no % UH quando o ar
é aquecido a 30 ºC (86 ºF)
ºC (ºF) @ 100% UR
0 ºC (32 ºF)
3 ºC (37 ºF)
5 ºC (41 ºF)
7 ºC (45 ºF)
10 ºC (50 ºF)
12 ºC (54 ºF)
15 ºC (59 ºF)
20 ºC (68 ºF)
Novo %UR
15
19
22
25
30
34
41
56
3. Cria
3.3. Temperatura
• A temperatura interna do pintinho deve ser
mantida a 40,4 ºC-40,6 ºC (104,7 ºF-105,1 ºF).
A temperatura deve ser medida gentilmente
dentro da cloaca.
•
Os pintinhos perdem 3 gramas de umidade pelas
penas, que funcionam como mecanismo de
refrigeração.
• A temperatura interna retal do pintinho deve
ser medida depois de o mesmo secar e sua
temperatura corporal interna estabilizar.
• Uma temperatura interna acima de 41 ºC
(105,8 ºF) levará o pintinho a ficar ofegante.
• Uma temperatura interna abaixo de 40 ºC (104,0 ºF) é fria demais.
3. Cria
3.3. Temperatura
Pintinhos Frios
• A temperatura do piso
é um fator crítico nas
duas primeiras semanas,
pois as aves tendem
a perder muito calor
através dos pés.
3. Cria
3.3. Temperatura
• Pré-aquecer o galpão por 48 horas antes da chegada
dos pintinhos, com as temperaturas de crescimento
estabilizadas por 24 horas antes do alojamento para
aquecer a temperatura da cama e do galpão até
32 ºC (9 ºF) (para aquecedores do tipo sopro) e
40,5 ºC (105 ºF) (para aquecedores do tipo
campânula) proporcionando uma temperatura
mínima de 28 ºC (82,4 ºF) no concreto.
Temperaturas baixas no piso falta de pré-aquecimento
3. Cria
3.3. Temperatura
Pollitos con frío
• A temperatura mínima não deve cair mais de 1 ºC (1,8 ºF) abaixo do ponto de
ajuste nos primeiros 14 dias.
• Assegure-se de que tenha sido feita manutenção nos aquecedores.
• Calibre os sensores antes da colocação.
• Certifique-se de existir uma capacidade adequada de aquecimento.
•
•
Aquecedor tipo campânula - assegure-se de haver o número correto de pintinhos por aquecedor.
Aquecedor de ar forçado - Quando as temperaturas externas mínimas de inverno estão acima de 0 ºC (32 ºF), é necessário pelo menos 0.05 kW/hora por metro cúbico (35,3 pés3) do volume do galpão; e quando a temperatura exterior estiver abaixo de zero, 0.10 kW/hora por metro cúbico (35,3 pés3) de capacidade de volume de aquecimento do galpão.
• Instale termômetros de reserva para confirmar o ambiente.
• Coloque sensores à altura das aves.
• Pintinhos advindos de lotes de matrizes que estão em fase de pré-pico são
menores e precisam de mais calor externo para manter sua temperatura
corporal ideal; pintinhos menores tem uma razão de superfície a peso
corporal maior e, assim, sua perda de temperatura corporal será maior.
Termômetro
infravermelho para
verificar a temperatura
do piso
3. Cria
3.3. Temperatura
Guia de temperatura
Idad
em dias
% Umidade
relativa
TemperaturaºC (ºF) (para pintinhos
advindos de lotes de matrizes
de 30 semanas de idade ou menos)
0
7
14
30-50
40-60
40-60
34 (93,2 ºF)
31 (87,8 ºF)
27 (80,6 ºF)
Temperatura ºC (ºF) (para pintinhos
advindos de lotes de matrizes
de 30 semanas de idade ou mais)
33 (91,4 ºF)
30 (86,0 ºF)
27 (80,6 ºF)
Efeito de diferentes temperaturas de criação no desempenho de frangos de corte machos e fêmeas aos 42 dias
de idade
Parâmetro
32 ºC (89,6 ºF)
27 ºC (80,6 ºF)
24 ºC (75,2 ºF)
Ganho de peso corporal no dia 7 em g (lb)
Peso corporal final em g (lb)
Conversão de ração
Ganho médio diário em g
% Separações
% Ascite
% Mortalidade total
Maior custo vs. controle
138,11 (,30)
2335,98 (5,15)
1,803
55,62
0,42
1,67
2,92
0,00
129,10 (,285)
2298,47 (5,07)
1,829
54,73
2,92
1,67
5,83
0,78
120,78 (,266)
2258,38 (4,98)
1,862
53,77
3,75
5,00
8,33
1,66
3. Cria
3.4. Alimentação
• Espaço de ração utilizando papel para cobrir no
mínimo 50% da área do piso.
• O papel utilizado deve ser do tipo jornal, e não
tipo lenço de papel, de forma a garantir tempo
suficiente para que os animais se alimentem
antes de o papel se decompor.
• Quantidade de ração no papel quando do
alojamento (uma aplicação), mínimo de 50 g por
pintinho (1,1 libra/100 pintinhos).
• Uma faixa de papel deve ser colocada em cada
lado da linha de bebedouros utilizada no galpão.
• O sistema automático de alimentação deve
ser colocado sobre o piso de concreto ou na
cama de forma a deixar o acesso ao sistema de
alimentação o mais fácil quanto possível para os
pintinhos.
• O fluxo do sistema de alimentação deve ser
aumentado para o alojamento dos pintinhos (se
possível).
• Durante a cria, as linhas de comedouros devem
ser operadas manualmente em cada entrada de
forma a estimular o consumo de ração.
3. Cria
3.4. Alimentação
Alojamento fechado – cria em galpão inteiro
Alojamento com cortina – cria em galpão parcial
3. Cria
3.5. Água
• Derramamentos e desperdício de água devem
ser reduzidos ao mínimo, especialmente no
inverno, por causa da redução na troca de ar
durante estes meses.
• Idealmente, quando do alojamento, uma gota
de água deve estar visível na extremidade do
bocal para estimular o consumo de água - isto
pode ser feito ao reduzir-se a pressão no sistema
de bebedouros. Após as primeiras horas e uma
vez que tiver certeza de que o consumo de
água tenha sido alcançado de forma satisfatória
para o lote, aumente a pressão no sistema
de bebedouros para evitar o derramamento e
umidade na cama.
• Os pintinhos não devem ser
estimulados a beber a partir
das bandejas de retenção de
gotejamento após o primeiro
dia de alojamento - essa água
é contaminada facilmente pelo
ambiente e é desperdiçada
na cama.
• Consumo de água de 1 ml/ave (3,4 oz/100
pintos) por hora nas primeiras 24 horas após o
alojamento - mínimo.
• Mantenha a umidade da cama entre 25-35% sob
o sistema de bebedouros; reduza a pressão se a
cama ficar úmida.
• Posicione as linhas de bebedouro a uma altura
em que as aves tenham de se esticar um pouco
para alcançá-las.
• A temperatura ideal da água é entre 10-14 ºC
(50-57 ºF), no entanto as aves podem tolerar
uma ampla gama de temperaturas;
mesmo assim, a temperatura da
água não deve cair abaixo de
5 ºC (41 ºF) ou ficar acima de
30 ºC (86 ºF). Se isso ocorrer,
o sistema de bebedouros deve
ser descarregado.
3. Cria
3.6. Iluminação
• Intensidade da luz - pelo menos 25 lux no lugar
mais escuro ao nível do piso.
• A intensidade da luz não deve variar mais do
que 20% entre o lugar mais claro e o mais escuro
ao nível do piso.
• Devem ser instaladas lâmpadas fluorescentes
de, no mínimo, um watt/m2 (10,76 pés2) de área
de piso.
3. Cria
3.7. Verificação dos pintinhos
• Se estiverem confortavelmente quentes,
O principal objetivo de manejo durante
as primeiras horas após o alojamento no
galpão é alcançar o nível mais alto quanto
possível de ingestão de ração e água pelo
maior número possível de pintinhos.
Não alcançar este objetivo comprometerá
o desempenho do lote de forma
irreversível e será expresso na forma de baixos
níveis de conversão alimentar e crescimento, além
da baixa uniformidade do lote.
• Um excelente indicador da temperatura do piso é a
temperatura dos pés dos pintinhos.
• Se os pés dos pintinhos estiverem frios, a
temperatura interna do corpo dos mesmos também
estará baixa.
• Pintinhos com frio podem ser vistos se amontoando,
com atividade reduzida, o que resulta em um
consumo reduzido de ração e água e, portanto,
menores taxas de crescimento.
• Colocando os pés do pintinho contra a pele do
pescoço ou rosto, é possível determinar facilmente o
quão quente ou frio ele está.
os pintinhos devem estar movendo-se
igual e ativamente pela área de criação.
• Ao verificar os pintinhos oito horas após o
alojamento, no mínimo 85% dos pintinhos
examinados devem ter ração e água no
papo.
• No mínimo 95% das aves devem estar com o papo
cheio quando do exame pela manhã, após o
alojamento.
• Amostra de 100 pintos por área de cria.
• Verifique: temperatura dos pés contra o pescoço
ou rosto.
• Se os pés estiverem frios, reavalie a temperatura
de pré-aquecimento.
• Avalie o enchimento do papo e indique os
resultados conforme abaixo:
Enchimento
do papo
Avaliação
No. de
pintinhos
Cheio - Flexível
Ração e água
Cheio - duro
Ração apenas
Cheio - macio
Apenas água
Vazio
3. Cria
3.7. Verificação dos pintinhos
4. Indicadores finais de desempenho
4.1. Mortalidade/pesos aos 7 dias
• O percentual de mortalidade é um
bom indicador da qualidade dos
pintinhos, do processo de incubação,
da configuração do galpão e do
manejo inicial da criação.
não deve exceder 1%, no total.
• A medição dos pesos aos sete dias
dará uma indicação de quão bem
sucedida foi o manejo da cria.
• Deixar de alcançar bons pesos aos
sete dias significará um resultado
inferior no final do ciclo de
crescimento.
1g (0,002 lb) aos 7 dias são 6-7g (0,013-0,015 lb) aos 35 dias
2400
5,29
2300
5,07
2200
4,85
Peso aos 35 dias (g)
• A mortalidade máxima aos sete dias
2500
5,51
2100
4,63
2000
4,40
1900
4,18
1800
3,96
1700
3,74
1600
3,52
1500
3,31 150
160
170
• Um grama extra (0,002 lb) de peso
corporal aos sete dias de idade
renderá seis gramas 0,013 lb) extras
aos 35 dias de idade.
• O objetivo é alcançar um peso quatro
a cinco vezes superior ao peso do
primeiro dia aos sete dias de idade.
4. Indicadores finais de desempenho
180
190
200
210
220
Glossário
Glossário
Principais Fatores
Dióxido de carbono
Temperatura da caixa de pintinhos
Temperatura da cloaca dos pintinhos
Penas dos pintinhos ao alojamento
Vitalidade do pintinho
Enchimento do papo - 24 horas após alojamento
Casca de ovo
Temperatura da casca do ovo
Embriões eclodindo cedo demais
Área de ração
Ração sobre o papel
Capacidade de aquecimento
Teste de pressão do galpão
Intensidade da luz
Nível de umidade da cama
Temperatura da cama com aquecimento a ar forçado
Abertura de entrada mínima
Pré-aquecimento antes do alojamento
Temperatura da cama sob o aquecedor tipo campânula
Peso aos sete dias
Mortalidade aos sete dias
Comprimento da tíbia
Consumo de água nas primeiras 24 horas
Temperatura da água ao alojamento
Peso da massa corporal livre de gema
Metas
<3.000 ppm
32 ºC (89,6ºF)
40,4 - 40,6 ºC (104,7 - 105,1 ºF)
Fechadas
Quando virado de costas, ele deve se levantar em 2-3 segundos
95%
Quantidade mínima de mecônio presente
37,8 - 38,1 ºC (100 - 100,5 ºF)
Janela de nascimento - máx. 25%, 24 horas antes da retirada
50% da área útil mínima
50 - 65g (0,11 - 0,14 lb)/pintinho no alojamento
0,05 - 0,1 kW/metro cúbicos (35,3 pés3) do volume do galpão
> 37,5 Pascal (0,15 polegadas de água)
25 lux ao nível do piso
<35%
32 ºC (89,6 ºF)
5 cm (2 polegadas)
48 horas
40,5 ºC (104,9 ºF)
4-5 vezes o peso do primeiro dia
<1%
>3cm (1,2 polegada)
1 ml (0,034 oz)/pintinho/hora
10 - 14 ºC (50 - 57,2 ºF)
> 90%
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Noviembre 1, 2013