Português Francês

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Português Francês
Helena Sousa
59902
Portfolio
Português <=> Francês
Universidade de Aveiro
Francês – Práticas de Tradução
Ano Letivo 2012/2013 – 1º Semestre
Universidade de Aveiro
Departamento de Línguas e Culturas
Francês – Práticas de Tradução
Ano Letivo 2012/2013
Índice
Introdução ....................................................................................................................................3
Textos Científicos .........................................................................................................................4
Tradução 1: ..............................................................................................................................5
Tradução 1: Comentário Descritivo ......................................................................................7
Tradução 2: ..............................................................................................................................8
Tradução 3: ............................................................................................................................11
Tradução 3: Comentário Descritivo ....................................................................................12
Tradução 3: Comentário Metodológico..............................................................................13
Tradução 4: ............................................................................................................................16
Tradução 4: Comentário Metodológico..............................................................................21
Tradução 5 :............................................................................................................................24
Tradução 6 :............................................................................................................................26
Tradução 6 : Comentário Descritivo ...................................................................................27
Tradução 7 :............................................................................................................................28
Tradução 7 : Comentário Descritivo : .................................................................................29
Tradução 8 :............................................................................................................................30
Turismo ......................................................................................................................................32
Tradução 1 .............................................................................................................................33
Tradução 1bis .........................................................................................................................34
Tradução 1bis: Comentário Descritivo ...............................................................................42
Tradução 2: ............................................................................................................................44
Tradução 2: Comentário Descritivo ....................................................................................46
Tradução 2: Comentário Metodológico..............................................................................47
Tradução 3 :............................................................................................................................52
Tradução 3: Comentário Metodológico..............................................................................54
Tradução 4 .............................................................................................................................57
Tradução 5: ............................................................................................................................59
Tradução 6 :............................................................................................................................60
Conclusão ...................................................................................................................................61
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Francês – Práticas de Tradução
Ano Letivo 2012/2013
Introdução
No âmbito da unidade curricular Francês – Práticas de Tradução, integrada no 1º
semestre do 3º e último ano da Licenciatura em Tradução, foi-nos proposta a elaboração de
um Portfolio, no qual agruparíamos as traduções efetuadas ao longo do primeiro semestre.
Este portfolio está unicamente orientado para os trabalhos efetuados entre os pares de línguas
Francês-Português e Português-Francês.
Esta compilação é o reflexo de um semestre de empenho e dedicação, de trabalho
árduo, de muita pesquisa e de muita reflexão. É igualmente o espelho de muita aprendizagem
não só relativamente à atividade da tradução como também a cada uma das línguas
trabalhadas, quer ao nível do vocabulário, quer ao nível do funcionamento linguístico. Por
outro lado, este portfolio é a prova de que a tradução vai muito para além da “simples”
atividade tradutológicas: É um mergulho de cabeça em análises essenciais que um bom
profissional necessita. Primeiramente, e num processo de pré-tradução, temos o comentário
descritivo, que permite ao tradutor definir e orientar a linguagem utilizada e o público-alvo
que se pretende atingir, entre outros. Depois, e já num processo de pós-tradução, como forma
de retrospetiva, surge o comentário metodológico, que tal como o nome indica, implica uma
explicação das várias metodologias utilizadas enquanto se traduz, com o surgimento de
dificuldades e desafios, sempre ultrapassáveis.
É então nesta perspetiva, e sempre com o objetivo de melhorar em todas as áreas, que
os temas escolhidos para serem tratados este semestre foram os textos científicos e os textos
turísticos, duas áreas bem diferentes, com certeza, mas ambas com os seus obstáculos que,
tanto com um pouco de metodologia, como com brainstorms, foi possível contornar umas
vezes melhor do que outras.
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Textos
Científicos
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Tradução 1:
Alergia e Asma: um novo caminho de pesquisa
A luta contra as doenças alérgicas e a asma usam atualmente estratégias variadas. Nas “gavetas”
dos investigadores, há anticorpos antialérgicos, todo o tipo de substâncias capazes de bloquear
as reações inflamatórias relacionadas à alergia e até vacinas anti asma.
Aqui, a asma e as doenças alérgicas são cada vez mais frequentes.
Estas afeções podem além do mais serem o preço a pagar pela vida
moderna, já que o seu aparecimento pode ser favorecido por diversos
fatores, tais como o confinamento das habitações, o aumento do
número de animais domésticos, uma modificação das práticas
alimentares ou, quando se trata de crianças, a diminuição do número
de infeções bacterianas e virais devido a uma propagação da
vacinação e do uso de antibióticos.
Segundo um artigo do “British Medical Journal”, o aumento do
consumo de medicamentos poderá igualmente estar em causa e esse
parâmetro estaria, por exemplo, na origem da duplicação do número
de hospitalizações por causa de alergias, observada nos hospitais londrinos entre 1991-1992 e
1994-1995.
O combate contra esse flagelo permanece difícil, mesmo que disponhamos já de
medicamentos relativamente eficazes. Na febre dos fenos ou outras doenças alérgicas,
produtos ativos contra uma substância associada na inflamação ligada à alergia, a histamina,
permitem muitas vezes (obter) um alívio significativo. A dessensibilização, cujo princípio
consiste em administrar pequenas quantidades de substância alergénica no organismo para o
habituar aos poucos à sua presença, oferece igualmente possibilidades terapêuticas
interessantes. Na maioria das alergias respiratórias, este tratamento pode, além do mais agora
efetuar em adultos, realizando as injeções não mais sob a pele, mas recorrendo a simples
gotas sob a língua (via sublingual), uma via de administração claramente mais confortável para
os doentes e tão eficaz quanto a via subcutânea.
Anticorpos para tratar a rinite alérgica ao pólen de bétula
Mais progressos poderão surgir nos próximos anos. Alguns (até) poderão utilizar anticorpos
como medicamentos. Os investigadores dos Laboratórios Novartis Pharma conseguiram, de
facto, criar anticorpos, humanos a 95%, que poderão evitar o aparecimento de determinadas
manifestações de alergias, impedindo outros anticorpos naturais do organismo (as
imunoglobulinas E) de atuar. Estudos realizados na Escandinávia demonstraram que esses
anticorpos (rhuMab-E25) podem atenuar os sintomas de irritação nas pessoas que apresentam
uma reação de natureza alérgica ao pólen de Bétula.
Vários estudos levados a cabo com esses anticorpos em doentes atingidos por um tipo de
asma, revelaram igualmente que o uso desses anticorpos diminuía bastante o incómodo
respiratório nos asmáticos. Parece até que poderão até ser utilizados com segurança nas
crianças. Apesar de tudo, esses anticorpos possuem o inconveniente de necessitarem injeções
intravenosas e é ainda demasiado cedo para saber contra que tipos de asma poderão ser mais
benéficos. De qualquer maneira, os pneumologistas esperam bastante desta nova via
terapêutica, pois a asma atinge em França nada menos que 3,5 milhões de pessoas, tal como
revelou um inquérito do Credes, publicado no início de abril de 2000.
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Outras pesquisas baseiam-se em moléculas que modulam o efeito de certas substâncias, as
interleucinas, que possuem um papel importante na asma, devido aos efeitos pro-inflamatórios
que engendram. Durante o último congresso da Academia americana da asma, da alergia e da
imunologia (AAAAI), o Doutor Jan Agosti, diretor médico da empresa Immunex, apresentou
assim os primeiros resultados interessantes em vários pacientes asmáticos com uma molécula
capaz de bloquear os efeitos da interleucina 4, ao ligar-se a esta. Esta molécula bloqueadora
foi bem tolerada e permitiu diminuir os sintomas da asma e limitar, nos pacientes, o declínio da
função respiratória. Se estes dados forem confirmados, os investigadores esperam que esta
substância possa constituir uma alternativa à utilização de medicamentos corticoides em
alguns asmáticos.
A esperança de uma vacina
A mais longo prazo, tão curioso quanto possa parecer, não é impossível que possamos
desenvolver uma vacina contra a asma e outras doenças alérgicas. Tal como explicou o Doutor
Arthur Krieg da Universidade de Iowa, durante esse congresso internacional, o processo
consiste em fabricar pequenas moléculas à base de ADN. De facto, essas substâncias têm a
capacidade de corrigir determinadas perturbações características do sistema imunitário
presentes nas afeções alérgicas e de atenuar deste modo a produção de substâncias
inflamatórias. A administração deste tipo de vacinas a mais de 100 pessoas não parece ter
desencadeado reações indesejáveis, o que por si só já constitui um primeiro passo promissor.
A próxima etapa consistirá para a equipa do Doutor Krieg em criar estudos em pacientes com
asma e rinite alérgica para testar a eficácia deste novo tratamento com intuito vocação
preventivo.
Doutora Corinne Tutin – Atualizado a 19 de fevereiro de 2009.
1 - BMJ 27 May 2000 ; 320 : 1441
2 - Comunicado dos laboratórios Novartis
3 - Congresso de l'AAAAI do 3 ao 8 de Março de 2000 - San Diego - Califórnia
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Tradução 1: Comentário Descritivo
URL e tipo de site
Autor da Página/do
Texto
Datas
Objetivos do texto
Público-alvo do texto
Discurso
Aspeto gráfico
http://www.doctissimo.fr/html/sante/mag_2000/mag0630/sa_188
7_allergie_asth.htm
Este é um site informativo relativamente à saúde e aos aspetos que
a mesma engloba. Por outro lado, funciona como apoio médico,
sendo que há a possibilidade de poder interagir com especialistas da
área (ou simplesmente com pessoas que possuam conhecimento de
causa) e retirar assim dúvidas que possam surgir.
A autora do texto é a Doutora Corinne Tutin, e os textos do site tem
a particularidade de serem inteiramente redigidos por redactores e
profissionais da área da saúde, “médecins, sages-femmes,
diététiciens, infirmiers, etc.”
O artigo em questão foi atualizado a dia 19 de fevereiro de 2009.
O objetivo do texto é de informar e dar a conhecer as novas
alternativas para a doença em questão, isto é, a asma e a rinite
alérgica, intimamente relacionadas.
O público-alvo do artigo são as pessoas que possuem esta doença
ou que simplesmente procuram informar-se acerca deste assunto.
Por outro lado, e apesar do discurso ser simples e de fácil
compreensão, este texto não é indicado para crianças pois os
assuntos nele tratado podem ser pouco interessantes para as
mesmas, ou até um pouco confuso, com palavras um tanto ou
quanto específicas. Assim, o público-alvo estará num patamar de
idade minimamente elevado.
O site está divido de forma a facilitar a navegação de quem o
consulta. De facto, existem tópicos e subtópicos que permitem
orientar o leitor, tais como “Santé”, “Médicaments”, “Beauté” ou
ainda “Sexualité”, entre muitos outros. Por outro lado, a barra de
pesquisa auxilia nessa função, assim como a coluna lateral que foca
os assuntos principais de alguns tópicos. No meio do layout do site,
não podemos deixar de destacar a existência de títulos de artigos,
cujo objetivo é despertar interesse a quem consulta o site, levandoo até a lê-los.
Por outro lado, pode-se considerar que o site possui um layout
bastante atrativo, não só pela disposição dos diferentes
componentes como pelas várias cores, que transmite uma sensação
de confiança em relação aos artigos e às informações
disponibilizados.
Por fim, um aspeto importante é o fato do site incluir um Fórum que
permite a livre expressão por parte do leitor, podendo este obter
respostas profissionais e ajuda para problemas particulares que
eventualmente enfrenta.
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Tradução 2:
Cancro da mama: a caminho de uma cirurgia mínima invasiva/de invasão mínima
O cancro da mama pode propagar-se a outros órgãos (metástase do fígado, do
pulmão, etc.) através da linfa. Passagem obrigatória deste líquido, um certo número de
gânglios axilares podem ser removidos durante a operação do tumor. Esta excisão de gânglios
axilares pode contudo deixar sequelas dolorosas. Um novo método menos
traumatizante/traumático poderá substituí-la: A técnica do gânglio sentinela.
A invasão dos gânglios linfáticos situados nas axilas representa a primeira etapa em direção ao
desenvolvimento das metástases no cancro da mama. Condiciona em grande parte o
prognóstico deste cancro e do seu tratamento.
Impedir a propagação do cancro
Se um tumor operado mede menos de um milímetro de diâmetro e
ainda não invadiu os gânglios, a mulher possui nove em dez hipóteses
de se curar. Mas se existe já uma invasão ganglionar no momento do
tratamento, as hipóteses de cura não são mais que 50%.
Para preservar ao máximo as possibilidades de sobrevivência, os
gânglios afetados devem ser retirados e o tratamento completado por
uma quimioterapia que permitirá destruir as células tumorais
espalhadas/disseminadas no organismo.
Até há muito pouco tempo, a ablação de um tumor invasivo da mama (isto é, tendo já
começado a infiltrar-se na glândula mamária) era portanto sistematicamente associada à
excisão axilar do lado atingido. Esta operação consiste na ablação de uma parte da cadeira
ganglionar, situada na axila do lado do seio tratado. Outrora, a totalidade dos gânglios era
retirada. Hoje em dia, uma dúzia de gânglios são retirados e examinados.
Os inconvenientes da excisão
Entre as consequências do excisão auxiliar, denota-se que a drenagem linfática do seio e do
braço foi atingida e que a sensibilidade às infeções ao nível do braço aumentou. Para além
disso, a excisão pode desencadear dores e uma certa incapacidade do braço nas semanas
que sucedem/seguem à intervenção. A ajuda de um fisioterapeuta permitirá recuperar
progressivamente toda a sua motricidade.
No fim dos três a oito dias da cirurgia, um pequeno tubo que serve a evacuar a linfa é colocado
sob o braço. Apesar sito, a drenagem linfática ocorre de forma menos eficaz, pelo que um terço
das mulheres necessita de uma punção após a cirurgia.
Por fim, 5% das mulheres devem enfrentar, após alguns anos, um problema de “braço inchado”
ou linfedema do braço. Este inchaço da mão e do braço muito doloroso tornam a vida das
pacientes atingidas/afetadas num inferno. Atualmente, não dispomos de nenhum tratamento
realmente eficaz para tal problema.
Identificar as sentinelas
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Desenvolvida desde o início dos anos 90, a técnica do gânglio sentinela é muito menos
traumática. Baseia-se em localizar os primeiros gânglios da cadeia axilar, os que serão os
primeiros a serem invadidos pelas células malignas, e em removê-los para os examinar. Uma
verdadeira excisão só será efetuada se estes forem atingidos.
Na prática, uma substância levemente radioativa e um corante serão injetados à volta do
tumor, pouco antes da sua ablação. Essas substâncias vão avançar lentamente no sistema
linfático e concentrar-se nos primeiros gânglios que drenam o tumor, os gânglios sentinela.
Esta “marcação” permite ao cirurgião de os localizar e de os retirar através de uma incisão
pequeníssima.
Em média, dois gânglios são extraídos e examinados de imediato no laboratório, ainda durante
a intervenção. Se forem cancerosos, toda a cadeia ganglionar é removida. Caso contrário, a
operação acaba aí.
Mas uma análise mais aprofundada será realizada nos dias seguintes. Algumas mulheres
poderão ser operadas de novo para uma verdadeira excisão, caso os gânglios se revelarem
afinal invadidos. A indicação de uma quimioterapia será decidida consoante vários critérios,
entre os quais a presença ou ausência de invasão ganglionar possui um papel relevante.
Mais de uma em duas mulheres
A técnica do gânglio sentinela é destinada a todas as mulheres que tenham tido um cancro da
mama cujo diâmetro seja inferior a 15 ou 20 mm, sem gânglio palpável na axila, com a
condição que o tumor seja único e que a mulher não tenha feito quimioterapia dita
neoadjuvante (quimioterapia proposta em alguns casos, antes da intervenção, para diminuir o
tamanho do tumor e aumentar as hipóteses de uma cirurgia conservadora).
“Com base na nossa experiência, isto representa mais de metade dos pacientes”, estima o
Doutor Emmanuel Barranger (do Hospital Tenon, em Paris) “Mas isto dirá respeito a um
número de mulheres cada vez maior, à medida que o rastreio se tornará mais eficaz. O
tamanho médio dos tumores rastreados é atualmente de 15 mm”.
Em apenas alguns centros
Introduzida em França há dois ou três anos, esta técnica é infelizmente realizada em apenas
alguns centros anticancerosos. Possui a vantagem de evitar os curativos axilares inúteis em
70% dos casos, pois o risco de invasão ganglionar é apenas de 30% nestes pequenos
tumores.
“Tal significa que não há necessidade de cuidados pós-operatórios (drenos), menos dores, um
conforto total” reitera o Doutor Barranger. A hospitalização é mais curta e o risco de sequelas é
mínimo. Contudo, 30% dos pacientes deverão finalmente sofrer uma excisão ganglionar:


Quer durante a intervenção, porque o exame imediato é positivo ou, mais raramente,
porque os gânglios sentinelas não puderam ser localizados;
Quer durante uma segunda intervenção, pois o exame mais aprofundado dos gânglios
revelou a presença de células malignas.
Um certo número de “reintervenções”
A técnica do gânglio sentinela possui igualmente inconvenientes. O primeiro é de dever
reoperar um determinado número de pacientes, aqui também sob anestesia geral, para um
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curativo. O segundo é de correr o risco de deixar gânglios metastáticos no local. A
proporção destes falsos negativos é de 3 a 5%. “ Mas o risco está estreitamente
ligado/relacionado à experiência do cirurgião, ao número/à quantidade de intervenções que
ele realiza”, observa o Doutor Barranger.
Por fim, embora o feedback seja de aproximadamente dez anos nos Estados-Unidos, não
dispomos ainda de estudos comparativos entre o curativo axilar sistemático e a técnica do
gânglio sentinela para avaliar os efeitos destas duas estratégias de sobrevivência a longo
termo. Apenas quando tais estudos estarão disponíveis é que poderemos avaliar
verdadeiramente as vantagens desta técnica.
Doutora Chantal Guéniot
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Tradução 3:
A Huperzina A: talvez um novo tratamento para a doença
de Alzheimer
O tratamento da doença de Alzheimer é atualmente unicamente sintomático, baseando-se sobretudo
sobre os inibidores da acetilcolinesterase, que causam numerosos efeitos secundários. Alternativas são
por isso ativamente investigadas. Recentemente, surgiu a ideia de que a Huperzina A, extraída
essencialmente da Huperzia Serrata poderá ser um agente promissor para o tratamento da doença de
Alzheimer. O proveito da extração a partir das plantas secas sendo fraco e o recurso vegetal em
quantidade limitada, a síntese química da molécula foi melhorada. A otimização dos processos de
extração e das sínteses químicas permite hoje em dia produzir a Huperzina A tanto quimicamente como
biologicamente.
A Huperzina A é um inibidor competitivo, seletivo e reversível da acetilcolinesterase. O seu poder inibidor
é pelo menos equivalente ao dos inibidores já comercializados. Os estudos invocam que outras atividades
farmacológicas da Huperzina A, tais como atividades contra o H2O2, a proteína ou peptídeo beta
amiloide, o glutamato, a isquemia, a citotoxicidade devido à estaurosporina e à apoptose. A nível
farmacocinético, apresenta uma absorção rápida, uma larga distribuição através da barreira
hematoencefálica e uma eliminação bastante lenta.
Vários ensaios clínicos, a diferentes escalas, foram realizados sobre esta molécula, no mundo inteiro.
Concluem que a Huperzina A permite uma melhoria dos desempenhos cognitivos, da memória, do estado
geral, dos distúrbios comportamentais e das performances funcionais. O efeito benéfico sobre as funções
cognitivas foi evidenciado nos pacientes afetados de uma doença de Alzheimer ligeira a moderada, com
uma posologia de 0,2 mg duas vezes por dia. As experiências em animais e os ensaios clínicos indicam
efeitos colinérgicos mínimos em relação aos tratamentos atuais. As experiências em animais descrevem
efeitos indesejáveis moderados em doses terapêuticas, e dados promissores sugerem uma boa tolerância
com a dose de 0,4 mg por dia, durante 24 semanas.
A Huperzina A é desde então utilizada na China nos tratamentos da doença de Alzheimer. Um ensaio
clínico de fase III de grande envergadura poderá favorecer a entrada no mercado desta molécula, nos
Estados-Unidos e na Europa. A Huperzina A poderá assim tornar-se em breve uma nova opção
terapêutica no tratamento da doença de alzheimer e das outras demências.
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Tradução 3: Comentário Descritivo
URL e tipo de site
Autor da Página/Do texto
Datas
Objetivos do texto
Público-alvo do texto
Discurso
Aspeto gráfico
http://www.rtflash.fr/l-huperzine-peut-etre-nouveautraitement-pour-maladie-d-alzheimer/article
Este site é, tal como o nome indica, virado essencialmente para
a investigação e tecnologia (Recherche et Technologie) e para a
divulgação de factos ou notícias diretamente relacionados com
as áreas supracitadas.
Este texto foi retirado do Journal International de Médecine,
embora esteja publicado no RTFlash.
O texto foi publicado na sexta-feira, dia 11 de Maio de 2012.
Quanto ao site, a sua data de criação é 1998.
O objetivo do texto é divulgar um avanço médico que pode ser a
cura para a doença de Alzheimer, que até agora não possuía um
remédio específico. Explica assim como é que a molécula em
causa, a Huperzine A, atua sobre o doente, melhorando assim
as suas capacidades cognitivas (aspeto mais afetado num
doente atingido por Alzheimer).
O público-alvo do artigo está essencialmente virado para as
pessoas que possuem esta doença ou que simplesmente
procuram informar-se acerca deste assunto (quando por
exemplo, tem um familiar portador desta doença). Por outro
lado, este texto não é indicado para crianças pois os assuntos
nele tratado podem ser pouco interessantes para as mesmas,
ou até um pouco confuso, com termos um tanto ou quanto
específicas. Assim, o público-alvo estará num patamar de idade
minimamente elevado, e com um grau de estudo acima da
média pois existem neste texto termos que requerem um
mínimo de conhecimento específico do assunto nele tratado.
O aspeto do sítio está feito de forma a facilitar a navegação de
quem o consulta, pois está bastante simplificado. De facto,
existem tópicos ligados às áreas da investigação e da tecnologia
que permitem orientar o leitor, tais como “TIC, information et
communication”, “Avenir, Nanotechonologie et Robotique”,
“Vivant, Santé, Médecine et Sciences du Vivant” ou ainda
“Homme, Anthropologie et Sciences de l’Homme”, entre outros.
Por outro lado, a barra de pesquisa auxilia nessa função. No
meio do layout do site, não podemos deixar de destacar a
existência de títulos de artigos, cujo objetivo é despertar
interesse a quem consulta o site, levando-o até a lê-los.
Ainda, pode-se considerar que o site possui um layout bastante
atrativo, não só pela disposição dos diferentes componentes
como pelas várias cores, que transmite uma sensação de
confiança em relação aos artigos e às informações
disponibilizados.
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Tradução 3: Comentário Metodológico
Texto de Partida
"...extraite
essentiellement de
la mousse Huperzia
serrata …"
“ …pour la prise en
charge de la
maladie
d’Alzheimer…”
Texto de Chegada
“…extraída
essencialmente da
Huperzia serrata…”
Explicação
Este termo causou bastante dificuldade pois não
existe um equivalente direto do mesmo na língua
de chegada. Para conseguir encontrar uma tradução
adequada, foi necessário perceber o que é
“Huperzia Serrata”.
Encontra-se “… is a plant (…) which contains the
acetylcholinesterase inhibitor huperzine A”.
(http://en.wikipedia.org/wiki/Huperzia_serrata)
Isto significa que é uma planta que contém a
Huperzina A, inibidor da acetilcolinesterase (enzima
presente essencialmente nas terminações nervosas
e nos músculos). Como tal, deduz-se que a
Huperzina A é extraída da Huperzia serrata. No
processo de tradução, optou-se então por ocultar a
palavra “mousse”, já que nas pesquisas paralelas
feitas sobre este termo em Português, nenhum dos
resultados referiu a “mousse” de Huperzia serrata,
apenas “Extractos de Huperzia serrata”. Assim,
pareceu mais adequado manter “Extraída da
Huperzia serrata”, que vai de encontro à mensagem
que o texto de origem pretende transmitir, não
omitindo nenhuma informação essencial para a
compreensão do tema e do texto.
“…para o tratamento A expressão "Prise en charge" não possui, em
da doença de
Português, um equivalente que permita efetuar
Alzheimer…”
uma tradução direta da língua de partida para a
língua de chegada. Como tal, foi necessário
pesquisar o significado concreto da expressão, para
consequentemente, encontrar uma tradução
adequada ao contexto. Encontrou-se então
“Intervention visant à s'occuper d'une partie
importante ou de toute la problématique d'une
personne
ayant
des
incapacités."
(http://www.med.univrennes1.fr/sisrai/dico/1895.html).
Por outro lado, o site MyMemory diz-nos que, no
site
European
Medicines
Agency
(http://www.emea.europa.eu/ema/), o termo
“Prise en charge” foi traduzido por “Tratamento”.
(http://mymemory.translated.net/pt/French/Portu
guese/prise%20en%20charge).
Parecendo ser a tradução mais correta, pesquisei a
expressão “tratamento da doença de Alzheimer”,
de forma a verificar a coerência da mesma. O
número de ocorrências é bastante elevado, pelo
que se validou essa proposta de tradução.
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“Les rendements
“O proveito da
d’extraction à partir extração a partir das
des plantes
plantas secas…”
sèches…”
Para resolver esta dificuldade, comecei por utilizar o
dicionário bilingue Infopedia, para quem os
equivalentes de “rendement” são “rendimento,
produto, renda”.
( http://www.infopedia.pt/francesportugues/rendement)
Contudo, nenhuma destas propostas me pareceu
adequada. Assim, optei então por verificar a
definição do termo presente no texto de partida.
“Rendement” é então definido como “produit,
gain”.
( http://www.ledictionnaire.com/definition.php?mot=rendement)
Após procurar um equivalente fazendo um
brainstorming, surgiu a proposta de tradução
“proveito”. Consultei a definição do termo “Ganho,
lucro”.
(http://www.priberam.pt/DLPO/default.aspx?pal=p
roveito).
Ao procurar verificar a pertinência desta proposta
de tradução, encontrei a seguinte frase “…sem a
população tirar qualquer proveito da extração de
uranio”.
( http://www.buala.org/pt/a-ler/a-radiacao-silenciosano-norte-do-niger-o-escandalo-de-arlit)
“…la synthèse
“… a síntese química
chimique de la
da molécula foi
molécule a été mise melhorada.”
au point."
Verifiquei igualmente que o termo “proveito” está
muitas vezes associado à atividade da “extração”.
Como tal, considero “proveito” o equivalente
correto de “rendements” neste contexto.
É aqui importante referir um processo bastante
utilizado na tradução: traduzir um termo no plural
para o singular ou vice-versa. Tal surge como uma
necessidade de adaptação à língua para a qual se
traduz. Neste caso, o termo “proveito” é
maioritariamente usado mais no singular do que no
plural, pelo que se optou obviamente pelo número
mais usado.
A expressão “mise au point" ou "mettre au point"
não pode ser traduzida literalmente para o
português, já que “metido/meter no ponto” não
soa tão bem na língua de Camões. Como tal, foi
necessário efetuar alguma pesquisa de forma a
perceber qual o equivalente mais adequado para
este caso em particular. Para tal, escolhi efetuar a
pesquisa através do verbo “mettre” e não do
particípio passado “mise” pois considero que o
primeiro seria mais eficiente aquando a pesquisa,
tendo mais ocorrências.
Portanto, primeiramente foi então necessário
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entender o significado de “mettre au point”. Assim,
o dicionário Larousse diz-nos que significa “régler
quelque chose, l'arranger, le préparer dans les
détails".
(http://www.larousse.com/en/dictionaries/french/
mettre%20au%20point)
Se procurarmos um pouco mais, o dicionário
Sensagent estabelece como sinónimos de “mettre
au point” verbos como “améliorer, centrer,
expliquer, finaliser, optimiser, régler”.
(http://dictionnaire.sensagent.com/mettre+au+poi
nt/fr-fr/)
Tendo em mente que “melhorar” poderia ser uma
boa proposta de tradução relativamente ao
contexto, procurei verificar o significado desse
termo. Assim, o dicionário Priberam diz que
“melhorar” significa “Tornar melhor; Fazer
prosperar; Fazer melhoramentos em.”, o que vai de
encontro com a definição em francês.
Por fim, o verbo “melhorar” surge bastante neste
tipo de artigos que se debruçam sobre doenças e
também estão regularmente presentes na
linguagem da química e da biologia.
(http://cftc.cii.fc.ul.pt/PRISMA/capitulos/capitulo4/
modulo2/topico6.php).
 Este texto não possuía um grau de dificuldade muito elevado. Contudo, tinha as suas
dificuldades e como tal, foi necessário um pouco de astúcia e metodologia para as contornar.
O texto científico pode parecer mais exigente por possuir bastantes termos específicos da área
mas estes acabam por ser os mais fáceis de traduzir, sobretudo com a ajuda das ferramentas
tradutológicas existentes atualmente.
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Tradução 4:
Exacerbação aguda durante a fibrose pulmonar
idiopática
Resumo
Bem que geralmente considerada como uma doença de evolução lenta, a fibrose pulmonar
idiopática (FPI) pode também comportar episódios de deterioração rápida, com agravamento
brutal da dispneia e da hipoxemia, assim como opacidades pulmonares novas em vidro fosco,
na imagiologia. Estes acontecimentos sem causa identificável são designados “exacerbações
agudas” (EA) e são responsáveis pela metade dos óbitos na FPI. Os seus mecanismos
fisiopatológicos são ainda mal compreendidos. A biópsia pulmonar é contraindicada durante
estes episódios. A eficácia dos corticoides e imunossupressores parece limitada. A mortalidade
das EA é de 60-70%. Prevenir ou dominar as EA poderia melhorar o prognóstico global da FPI.
EA’s existem também em outros pneumopatias intersticiais.
Introdução
A fibrose pulmonar idiopática (FPI) é uma forma relativamente frequente e grave de
pneumopatia intersticial associada a um mau prognóstico e para a qual não existe atualmente
um tratamento eficaz. A sobrevivência média é de três anos. A evolução natural da FPI foi
durante muito tempo considerada como lentamente progressiva, com uma deterioração
relativamente regular da função respiratória. Desde há quinze anos, um outro modo de
evolução foi no entanto identificado: o surgimento de episódios agudos de deterioração
respiratória com agravamento brutal da dispneia e da hipoxemia e progressão rápida das
opacidades em imagens (imagem 1). Estes episódios aparecem agora como acontecimentos
frequentes ao longo da doença.
Aumentar a imagem 1.
Perfis evolutivos ao longo da fibrose pulmonar idiopática
A.
Deterioração lentamente progressiva sem exacerbações agudas
B.
Deterioração lentamente progressiva e surgimento de uma
exacerbação aguda não letal. Ulteriormente, reincidência d’exacerbação aguda letal.
C. Fibrose infraclínica desconhecida até ao surgimento de uma exacerbação aguda que revela
a existência da fibrose pulmonar idiopática.
Origem e Definição
Nos pacientes que apresentam uma pneumopatia infiltrativa difusa, o surgimento de um
segundo processo patológico pode levar a uma insuficiência respiratória aguda. As causas
habituais são uma infeção, uma embolia pulmonar, uma insuficiência cardíaca, ou uma
síndrome coronária. No entanto, observou-se que episódios de insuficiência respiratória aguda
poderiam ocorrer durante a FPI, na ausência de causa determinada. Estes episódios,
designados “exacerbações agudas” (EA) de FPI, são agora considerados como parte da história
natural da doença.
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Uma EA de FPI é atualmente definida como uma deterioração clínica aguda significativa, de
origem indeterminada num paciente tendo uma FPI pré-existente. A EA pode ser a primeira
manifestação clínica da doença, se a fibrose subjacente tiver passado despercebida até ao
episódio agudo. A EA de FPI da pneumopatia intersticial aguda (acute interstitial pneumonia,
AIP), uma forma rara de pneumopatia intersticial idiopática aguda caracterizada em histologia
por um aspeto de dano alveolar difuso, mas na qual não há pneumopatia cronica pré-existente.
A definição da EA de FPI está ainda em evolução. Os critérios de diagnóstico atuais são:
1. FPI pré-existente ou coexistente, diagnosticada segundo os critérios ATS/ERS 2000;
2. Por outro lado, agravamento inexplicado de uma dispneia há < 30 dias;
3. Na tomografia torácica, presença de opacidades novas bilaterais em vidro
despolido/fosco ou do tipo de condensação, acrescentadas a opacidades reticulares ou
em “favo de mel” pré-existentes compatíveis com uma FPI;
4. Ausência de sinais de infeção na lavagem bronco-alveolar (LBA);
5. Exclusão de outras causas de descompensação respiratória nomeadamente insuficiência
cardíaca esquerda, embolia pulmonar ou outra causa identificável de insuficiência
respiratória aguda.
Um critério suplementar é o agravamento de uma hipoxemia com > 10 mmHg em
relação ao estado basal ou uma relação PaO2/FiO2 < 225. Este critério necessita
contudo do conhecimento da PaO2 antes do episódio agudo, que pode faltar se a FPI
não for conhecida. Já não é considerado como indispensável. Se um critério falhar
(progressão de uma dispneia desde > 30 dias, LBA não realizável), fala-se de suspeita
de EA.
Epidemiologia
Os dados são ainda pouco numerosos. Numa série de autópsias de FPI (n=42), uma EA foi
retida como causa de óbito em 29% dos casos. Numa série de 168 casos de FPI seguidos
prospectivamente durante dois anos no grupo placebo de um estudo randomizado, observou-se
36 óbitos (21%). Trinte e dois (89%) foram devido à FPI, entre os quais quinze (47%) foram
atribuídos a uma EA. Estes dados sugerem que as EA, longe de serem um fenómeno marginal,
são responsáveis pela metade dos óbitos na FPI. A incidência anual de EA durante a FPI situase entre os 5 e os 9% em duas grandes séries. Duas séries mais pequenas sugerem mesmo
uma incidência de 19%.
Apresentações clínica e radiológica
Uma EA pode surgir a qualquer momento durante a FPI. Os principais sintomas são um
agravamento agudo ou subagudo da dispneia (habitualmente < 30 dias) associada a uma
tosse, uma febre e um síndrome gripal. Observa-se uma agravação da hipoxemia e uma
insuficiência respiratória que necessita frequentemente de uma ventilação mecânica. Uma
hipertensão pulmonar pode estar-lhe/ser-lhe associada. A nível biológico, existe
frequentemente uma leucocitose e uma elevação da proteína C-reativa. A LBA demonstra uma
alveolite neutrofílica.
A tomografia torácica (TAC torácica) (imagem 2) é caracterizada por opacidades bilaterais
novas de tipo vidro despolido ou de consolidação, que se acrescentam a imagens de fibrose
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pulmonar crónica preexistente (opacidades reticulares subpleurais bilaterais, bronquiectasias de
tração, aspeto em favo de mel). Em relação à distribuição das opacidades, distingue-se as
formas: 1) periféricas; 2) multifocal ou 3) difusa. As formas periféricas e multifocais parecem
estar associadas a um melhor prognóstico viral que as formas difusas.
Anatomopatologia
As lesões histológicas da EA acrescentam-se e sobrepõem-se a um aspeto de fibrose intersticial
comum (usual interstitial pneumonia) preexistente. Três aspetos foram descritos: 1) dano
alveolar difuso no estado exsudativo ou de organização (~ 80% dos casos) ; 2) pneumopatia
organizada ( ~ 15%) e 3) volumosos núcleos fibroblásticos adjacentes a uma fibrose antiga ( ~
5%) . O dano alveolar difuso tem o pior prognóstico. Assim, em 23 pacientes falecidos de EA de
FPI, a autópsia mostrava um dano alveolar difuso em todos os casos. Ao contrário, em seis
pacientes tendo sobrevivido à EA e tendo feito uma biopsia pulmonar, apenas um apresentava
um dano alveolar difuso enquanto que dois outros tinham uma pneumopatia organizada e três
núcleos de fibroblastos.
A utilidade de realizar uma biopsia pulmonar aquando uma EA de FPI foi analisada/examinada
num/através de um estudo. Esse estudo demonstrou que a mortalidade de 30 dias após a
biopsia pulmonar era de 3% numa pneumopatia intersticial idiopática estável, enquanto no caso
de EA (p=0,01), era de 29%. Uma biopsia pulmonar é portanto considerada contraindicada no
decorrer da EA.
Tratamento
O tratamento dos EA não é codificado, na ausência de causa tratável (infeção, embolia
pulmonar, insuficiência cardíaca). Antibióticos de largo espetro são geralmente administrados
de maneira empírica. Uma corticoterapia numa dose de 1-0mg/kg/j é habitualmente utilizada,
por analogia com a síndrome de angústia respiratória aguda (SARA) e porque a componente de
pneumopatia organizada que pode ser encontrada aquando uma EA é cortico-sensível. O
benefício de bolos de metilprednisolona (0,5 a 1 g por dia durante três dias consecutivos)
permanece incerto. A ciclofosfamida e a ciclosporina em adjunção aos corticoides, foram
utilizados por alguns autores, mas a utilidade de um tratamento imunossupressor não está
estabelecida. Os imunossupressores devem ser considerados com prudência quando uma
infeção viral não pôde ser excluída.
Alguns dados sugerem que um tratamento anticoagulante poderá ser interessante na EA, pela
prevenção de microtromboses in situ e a diminuição da expressão de diversos fatores
(transforming growth factor-β1, endotelina-1, fibroblast growth factor-2) que desempenha um
papel na patogénese da FPI. Um estudo não randomizado (n=56) comparou dois grupos de
pacientes afectados pela FPI tratados ou não por anticoagulação oral. No grupo tratado, a
sobrevivência de três anos era de 63% contra 35% no grupo dos não tratados (p=0,04).
Ocorreram EA nos dois grupos com uma frequência elevada (aproximadamente 60%), mas a
mortalidade foi claramente menor no grupo anticoagulado (18% contra 71%, p=0,008). Este
estudo permanece por enquanto isolado e apresenta várias limitações. Este tratamento não
pode ainda portanto ser o objeto de recomendações.
Se o tratamento corticoide se revelar ineficaz, foi proposto realizar uma transplantação
pulmonar de urgência. Uma tal estratégia pode ser considerada se o paciente é conhecido no
centro de transplantação, ou até já inscrito na lista de espera. Caso contrário, a inscrição em
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lista de espera super-urgente levanta questões éticas (se o paciente não consentiu previamente
a esta intervenção) e de equidade (perante os outros pacientes em lista de espera que são
ultrapassados).
Prognóstico
As EA da FPI comportam um risco elevado de óbito. Numa síntese recente que recaiu sobre 79
pacientes, a mortalidade de três meses era de 60 a 70%. Numa série, a espera média entre os
primeiros sintomas e o óbito era de treze dias. Quando uma ventilação mecânica deve ser
instaurada, o prognóstico é ainda mais escuro/sombrio. Numa síntese recente de vários estudos
realizados em 235 pacientes com FPI admitidos nos cuidados intensivos por insuficiência
respiratória aguda, a mortalidade intra-hospitalar era de 87% e a mortalidade a três meses de
94%. Nos pacientes tendo sobrevivido a uma exacerbação aguda, o surgimento
ulterior/posterior de outros episódios similares é possível. (imagem 1).
Aumentar a imagem 2.
Tomografia torácica numa exacerbação aguda de fibrose
pulmonar idiopática
Opacidades em vidro despolido difusas bilaterais sobrepõem-se às
lesões de fibrose antiga, caracterizadas por opacidades em favo de mel basais posteriores e por
bronquiectasia de tração. Apenas uma pequena zona de parênquima saudável persiste na
região inferior direita.
Fatores de risco e mecanismos fisiopatológicos.
A(s) causa(s) das EA de FPI é (são) atualmente indeterminada(s). O papel do refluxo gastro
esofágico e das microaspirações permanece hipotético. As EA de FPI são mais frequentes nos
homens do que nas mulheres com uma relação 2:1. A idade e o tabagismo não parecem ter um
papel favorecedor. A função respiratória e as trocas gasosas antes da ocorrência da EA, assim
como as características histológicas da biópsia pulmonar inicial, não são fatores premonitórios.
Alguns trabalhos sugerem que uma biopsia pulmonar cirúrgica ou uma resseção pulmonar
seletiva poderá constituir um fator de risco de EA de FPI. Assim, numa série de onze pacientes,
uma biopsia foi incriminada em dois casos. Numa série de 236 biopsias ou resseções
pulmonares, uma EA surgiu em cinco casos (2%), entre um e dezoito dias após a intervenção.
As lesões estavam mais marcadas no pulmão não operado, sugerindo que a ventilação
mecânica durante a intervenção pode ter um papel favorecedor.
Em comparação com a FPI estável, a análise de genes exprimidos na EA não demonstrou
expressão excessiva dos marcadores de inflamação (interleucina 1, interleucina 6, fator de
necrose tumoral alfa, nuclear fator-κB) nem resposta a uma infeção, mas uma expressão
acrescida de marcadores de lesões e de proliferação celular no epitélio alveolar (Ciclina A2, α
Defensinas). Observou-se igualmente uma elevação de marcadores plasmáticos de lesões e
proliferação epiteliais (Krebs von den Lungen-6, surfactant protein-D), da coagulação (proteína
C, trombomodulina, inibidor de tipo 1 dos ativadores do plasminogênio), da inflamação
(interleucina 6) e de lesões endoteliais (fator de von Willebrand). Isto sugere um papel central
da lesão do epitélio alveolar na patogénese da EA. Bem que os dados carecem ainda nesse
assunto, é possível que uma infeção viral oculta seja a causa da lesão epitelial. Uma
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predisposição genética tem provavelmente um papel, a incidência das EA parecendo mais
elevada no Japão.
Prevenção
Na medida em que a exacerbação aguda é uma causa frequente de óbito na FPI, a sua
prevenção poderia contribuir a melhorar o prognóstico vital. A frequência e a severidade das
exacerbações agudas da FPI são portanto cuidadosamente analisadas nos protocolos
terapêuticos randomizados. Num destes estudos avaliando o efeito da pirfenidone em 107
pacientes atingidos pela FPI, uma análise intermediária a 9 meses de tratamento revelou uma
taxa de EA de 0% no grupo tratado e de 14% no grupo não tratado (p=0,003), o que levou a
uma interrupção prematura do estudo. Um outro estudo randomizado não confirmou este efeito
sobre a frequência de EA mas demonstrou um ligeiro efeito benéfico da pirfenidone no declínio
da função respiratória na FPI.
Exacerbação aguda noutras pneumopatias intersticiais difusas
A exacerbação aguda foi até agora mais estudada na FPI, mas o mesmo fenómeno pode
acontecer em outras pneumopatias intersticiais, nomeadamente nas formas crónicas de
pneumopatia de hipersensibilidade e as pneumopatias intersticiais associadas às conetivites, em
particular na poliartrite reumatoide. O prognóstico é similar ao das EA da FPI. A hipótese de
uma EA deve ser então considerada perante um quadro clínico em qualquer tipo de
pneumopatia intersticial difusa.
Em resumo
A exacerbação aguda é um fenómeno frequente durante a PFI, surgindo com uma incidência de
5 a 10% por ano, e associado a uma mortalidade de 60 a 70%.O quadro clínico associa um
aumento da dispneia, um síndrome gripal, uma elevação dos parâmetros inflamatórios, e uma
deterioração da função respiratória e das trocas gasosas surgindo dentro de 30 dias, num
paciente tenho uma PFI preexistente (conhecida ou não). O diagnóstico requere a exclusão de
outras causas de insuficiência respiratória aguda (infeção, embolia pulmonar, insuficiência
cardíaca, cardiopatia isquémica). A tomografia torácica demonstra opacidades em vidro
despolido novas, sobre adicionadas a lesões de fibrose preexistentes. A biopsia pulmonar por
cirurgia vídeo-assistida é contraindicada, pois está associada a uma mortalidade elevada. O
tratamento não está codificado e engloba geralmente a administração empírica de antibióticos,
de corticoides e eventualmente de imunossupressores.
Implicações práticas
> Num paciente com pneumopatia intersticial conhecida, um aumento rápido da dispneia deve
nomeadamente fazer evocar uma infeção, uma embolia pulmonar, uma insuficiência cardíaca
ou uma exacerbação aguda da doença
> No contexto de uma pneumopatia intersticial, o aparecimento de opacidades em vidro
despolido sobrepostas a imagens de fibrose preexistente deve nomeadamente fazer evocar
uma infeção ou uma exacerbação aguda da doença
> Uma biópsia pulmonar cirúrgica é contraindicada durante uma exacerbação aguda de
pneumopatia intersticial.
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Tradução 4: Comentário Metodológico
Texto de Partida
"…dans le bras
placebo d’une
étude
randomisée…"
Texto de Chegada
“…dois anos no
grupo placebo de
um estudo
randomizado …”
"…une dyspnée
d’aggravation
aiguë ou
subaiguë…"
“…um agravamento
agudo ou subagudo
da dispneia…”
“… stade
exsudatif…”
“… estado
exsudativo…”
Explicação
Esta frase pode suscitar alguma confusão pois,
como se percebe de imediato, não é literalmente
de um braço de que se fala. Como tal, após uma
análise mais aprofundada da frase, percebeu-se
que a ideia de que se trata é um grupo de pessoas,
que foi tratado de forma “placebo”. Como tal, após
alguma pesquisa, conclui-se que “grupo placebo” é
efetivamente usado em textos científicos ou da
área científica.
(http://www.epilepsia.pt/Imgs/sudep.pdf)
Por outro lado, também “estudo randomizado” é
uma expressão que aparece frequentemente,
como se pode verificar em vários textos
relacionados com a área da saúde.
(http://www.umfetal.com/data/gemeos.pdf)
Esta expressão pode causar alguma dúvida, como
foi o meu caso. Numa primeira fase da tradução,
prévia à revisão, traduzi tal expressão por “uma
dispneia de agravamento agudo ou subagudo”.
Após reparar que a tradução não soava correto por
completo, decidi efetuar uma pesquisa paralela,
notei que “dispneia de agravamento” não era
corrente, ao contrário de “agravamento da
dispneia”.
(http://www.fcsaude.ubi.pt/thesis/upload/118/82
7/mestradoanapdf.pdf).
Mais, indo mais longe na pesquisa, reparei que a
referência à expressão “agravamento agudo ou
subagudo”(http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/p
ne/v14n1/v14n1a05.pdf) era frequente, pelo que,
após reflexão e junção das duas pesquisas acimas
referidas, foi possível chegar à tradução mais
adequada.
Apesar de esta expressão ter tido a sua dificuldade,
o iate permitiu a tradução directa de “exsudatif”
para “exsudativo”
(http://iate.europa.eu/iatediff/FindTermsByLilId.d
o?lilId=1516967&langId=pt), classificando até o
termo como pertencendo à “ ciência médica”, o
que não deixa margem para dúvida de que se trata
da tradução correta.
Após isso, restou apenas verificar se esse termo
aparece então frequentemente associado ao
termo “estado”, tradução literal de “stade”. Tal
verificou-se rapidamente, no seguinte site:
http://www.diagnosia.com/pt/droga/advantan.
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“… foyers
fibroblastiques…”
“…proliferação
fibroblástica…”
"La prise en charge
de l’EA n’est pas
codifiée…"
"O tratamento dos
EA não é
codificado…”
Esta foi provavelmente a tradução mais difícil de
efetuar, tendo em conta em especificidade que
contém e não contém nenhum equivalente literal.
Como tal, uma vez mais, foi necessário realizar
uma pesquisa. Diretamente associado a
“fibroblastos” surgia o termo “proliferação”. Após
verificação
do
significado
deste
termo
(http://www.infopedia.pt/linguaportuguesa/prolifera%C3%A7%C3%A3o), este vai
aproximadamente de encontro com o significado
no texto de origem (embora seja um pouco
diferente). Como tal restou apenas pesquisar a
frequência
da
ocorrência
da
expressão
“proliferação fibroblástica”. Verificou-se que está
presente em numerosos textos relativos à área das
ciências da saúde.
(http://www.omd.pt/congresso/2012/apresentaco
es/p143)
(http://www.dentaria.com/artigos/ver/?art=94).
A expressão "Prise en charge" não possui, em
Português, um equivalente que permita efetuar
uma tradução direta da língua de partida para a
língua de chegada. Como tal, foi necessário
pesquisar o significado concreto da expressão, para
consequentemente, encontrar uma tradução
adequada ao contexto. Encontrou-se então
“Intervention visant à s'occuper d'une partie
importante ou de toute la problématique d'une
personne ayant des incapacités."
(http://www.med.univrennes1.fr/sisrai/dico/1895.html).
Por outro lado, o site MyMemory diz-nos que, no
site European Medicines Agency
(http://www.emea.europa.eu/ema/), o termo
“Prise en charge” foi traduzido por “Tratamento”
(http://mymemory.translated.net/pt/French/Portu
guese/prise%20en%20charge). Parecendo ser a
tradução mais correta, pesquisei a expressão
“tratamento codificado”, de forma a verificar a
coerência da mesma. Encontrei então o Portal da
Codificação Clínica e dos GDH do Ministério da
Saúde, no qual a expressão é utilizada
(http://portalcodgdh.minsaude.pt/index.php/Selec%C3%A7%C3%A3o_do_di
agn%C3%B3stico_principal_nos_casos_de_neoplas
ias), bem como outros sites,
(http://www.appforce.net/corrigir-cptprocedimentos-de-codificacao.html), em que se lê
“o tratamento de uma fratura de braço pode ser
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codificado”.
 De um modo geral, o texto possuía as suas dificuldades, que com um pouco de
atenção, puderam ser facilmente contornadas. Devido a uma linguagem demasiado específica
e científica, foi por várias vezes necessário recorrer a uma pesquisa paralela, de forma a
encontrar a tradução mais fiel e adequada. Não foi de todo das traduções mais fáceis de
realizar mas creio que tenha sido uma forma de aprender a lidar com situações cuja
dificuldade seja maior.
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Tradução 5 :
ALLERGIES AUX POLLENS PEUVENT ETRE CONTROLEES.
L’organisme humain est conçu pour se défendre de plusieurs agressions, comme les bactéries et virus. En
la présence d’un agresseur, des mécanismes qui favorisent son élimination du corps sont déclenchés. En
certaine personne, ces réponses peuvent être exagérées par rapport à certains agresseurs et provoque
une réaction, appelé réaction allergique. Les réactions allergiques sont ainsi des réactions anormales à la
présence de certaines substances dans notre organisme.
Le rhume des foins est le nom utilisé pour décrire les symptômes allergiques nasaux et oculaires qui
apparaissent fréquemment au printemps et en automne, même s’ils peuvent surgir durant toute l’année.
Cela apparait aux personnes qui ont beaucoup de sensibilité à certains pollens de plantes.
En tant que type différent d’allergies, tels que l’asthme et l’eczéma, le rhume des foins a une
caractéristique familiale. Selon un article publié dans le numéro 170 du magazine portugais "Pais e Filhos"
(« Parents et Enfants »), la "tendance allergique" née chez tout enfant est en grande partie héréditaire.
Tout enfant a 17% de chances d’être allergique. Mais si un des parents a une allergie, la possibilité que
l’enfant soit allergique augmente à 20 à 50%. Si les deux parents sont allergiques, la probabilité de
développer une allergie passe près des 70%. C’est effectivement un problème important qui affecte une
personne sur quatre.
Les symptômes sont causés par la réaction des muqueuses du recouvrement du nez et de la gorge aux
allergènes présents dans l’air. Ceux-ci peuvent être des pollens des arbres (qui causent des symptômes le
printemps), des graminées (causant des symptômes l’été), poussière des maisons ou quelques peaux
d’animaux. Quelques personnes réagissent aux moisissures en automne.
Toutes les espèces végétales, selon leur cycle végétatif normal, produisent des floraisons et des
inflorescences qui, à leurs tours, lancent/libèrent des pollens dans l’air. Selon des études scientifiques,
des espèces très communes dans notre pays sont responsables de la production de pollens qui
contiennent des allergènes.
Certaines de ces espèces sont le chêne vert, le bouleau, le châtaignier, le cyprès, l’eucalyptus, toutes les
graminées, les orties, les oliviers, les palmiers, les pins, les platanes, les saules, les chênes-lièges, entre
autres moins connues. La période de floraison et production de pollen a lieu surtout pendant le printemps
(Mars, Avril et Mai), néanmoins chaque espèce fleurit et produit du pollen seulement pendant deux à trois
semaines, au long de l’année.
D’après Antero Palma Carlos, du centre de allergologie et immunologie de Lisbonne, "les allergies
printanières sont une réaction de l’organisme aux pollens des foins, de certaines orties et des oliviers et
non pas des fleurs ou des semences de peuplier, qui semblent remplir l’air de flocons de coton pendant le
printemps". Ainsi, selon les spécialistes, ce revêtement de semence, qui ressemble à du coton n’a pas de
propriétés allergiques, les pollens des arbres ayant été libérés bien avant la chute de la semence.
Ces semences revêtues, malgré qu’elles salissent beaucoup les espaces, ne causent aucune allergie. Les
conditions météorologiques
jouent un rôle important et actuellement, beaucoup de bulletins
météorologiques incluent le comptage de pollens dans l’air.
Les périodes de pluie réduisent de façon draconienne le nombre et la concentration de pollens dans l’air,
tandis que le vent, les températures élevées et le temps secs constituent les conditions associées à une
plus grande intensité de symptômes.
Les pollens sont transportés par le vent, pouvant se déplacer de plusieurs dizaines de kilomètres, c’est-àdire que les symptômes que l’on ressent sont très souvent provoqués par les pollens qui sont apportés par
le vent de zones lointaines et non pas obligatoirement par les plantes qui sont proches de nos maisons.
C’est-à-dire que, par exemple, on voit des arbres à nos portes, mais ceux ne sont pas nécessairement
celles-là qui provoquent les allergies dont on se plaint. Tant qu’on y est, les pollens qui nous affectent sont
généralement invisibles. Les conditions régionales, tant de la flore propre de la région, que de la pollution
atmosphérique urbaine, peuvent influencer l’identité des symptômes des malades allergiques à certains
pollens.
Le rhume des foins peut se révéler à travers des symptômes légers ou sévères et ceux-ci peuvent varier
au fil des années.
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En résumé, il y a plusieurs types polliniques dans l’air que l’on respire. Pour la plupart des personnes, ces
pollens ne constituent aucun type d’agression. Cependant, pour ceux qui, à cause d’une déviation
immunitaire, sont devenus allergique, ces pollens peuvent constituer un facteur déclencheur ou aggravant
de symptômes nasaux, oculaires et bronchiques. Néanmoins, avant d’attribuer la causalité d’éventuels
symptômes à tel ou tel espèce végétal, il est nécessaire d’effectuer une évaluation médicale
allergologique qui permette d’identifier s’il y a ou pas une allergie aux pollens et à quels pollens, pour que,
à partir de là, on puisse planifier le schéma préventif et/ou thérapeutique plus convenable.
Informez-vous et contribuez à éclaircir d’autres citoyens. Les allergies peuvent être contrôlées. Réduire les
espaces verts n’est certainement pas la solution.
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Tradução 6 :
Cancer de la peau
Apprenez à identifier les types de cancers cutanés et sachez comment
vous en défendre.
Le cancer de la peau est le type de cancer le plus fréquent chez les individus de race blanche
(caucasienne). Son incidence n’a cessé d’augmenter progressivement depuis la moitié des années 60.
L’exposition excessive au soleil est considéré la cause la plus fréquente du cancer de la peau (90% des
cas). Le cancer de la peau a un taux de guérison élevé, quand il est diagnostiqué et traité durant les
phases initiales.
Il existe trois types essentiels du cancer de la peau :
-
Basaliome ou carcinome basocellulaire.
Carcinome spinocellulaire ou à cellules squameuses.
Mélanome malin.
Le Basaliome
C’est le type de cancer cutané le plus courant. Il prend ses origines dans les cellules de la couche basale
de l’épiderme et atteint surtout les individus de peau claire qui sont exposés chroniquement au soleil :
travailleurs ruraux, pécheurs, ouvriers du bâtiment, etc.
Il apparait habituellement après la 4º décennie de vie et est situé avec préférence dans les endroits du
corps les plus exposés au soleil : visage, cou et dos.
Il peut se manifester sous la forme d’un nodule rosâtre et brillant qui se développe lentement ou sous la
forma d’une fente superficielle, qui apparait sans raison apparente, et qui ne révèle pas une tendance pour
la guérison spontanée.
Le Basaliome est une tumeur qui n’est que localement invasive, avec une tendance à récidiver, mais qui
ne laisse pas de lésions à distance (métastases).
Pendant les phases initiales, le traitement est très simples (chirurgie, cryochirurgie, laser) et résulte
presque toujours en la guérison de la tumeur (taux de guérison supérieur à 95%).
Cependant, s’il évolue sans être traité, il peut devenir très agressif, envahissant les tissus environnants et
provoquant de grands défauts et mutilations surtout en certains endroits anatomiques (nez, pavillon
auriculaire, paupières, etc.).
Même dans ces phases, il est fréquemment possible de guérir la tumeur, en ayant recours à la chirurgie et
à la radiothérapie. Sauf que le malade peut être défiguré à vie.
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Tradução 6 : Comentário Descritivo
URL e tipo de site
Autor da página/
do texto
Datas
Objetivo do texto
Público-alvo do
texto
Discurso
Aspeto gráfico
(página e site)
http://saude.sapo.pt/saude-medicina/medicacaodoencas/doencas/cancro-da-pele.html
Este site está orientado para a saúde em geral e pertence ao domínio
sapo.pt, um motor de busca, o que lhe confere a fidedignidade
pretendida.
Os créditos deste texto estão associados à Sociedade Portuguesa de
Dermatologia e Venereologia.
Não existe data de publicação do artigo, mas quanto ao site, a sua data
de copyright é 2011.
O objetivo do texto é divulgar os vários tipos de cancro da pele que
existem, explicando qual a causa mais frequente. Foca-se essencialmente
no “Basalioma” e nas formas de tratamento do mesmo.
O público-alvo deste texto é o público em geral, que possua qualquer
interesse em se informar acerca dos cancros cutâneos que existem. Para
preencher os requisitos de um público-alvo abrangente, o discurso
utilizado revela-se bastante simples, de fácil compreensão, utilizando
termos acessíveis a todos (menos “Basalioma ou Carcinoma Baso-Celular;
Carcinoma Espino-Celular ou Pavimento-Celular; Melanoma Maligno.”,
termos específicos da área da saúde, cuja explicação surge mais adiante
no texto).
Tal como a maioria dos sites de saúde, o aspeto está feito de forma a
facilitar a navegação de quem o consulta: De facto, os tópicos “maiores”
estão dispostos na horizontal, no topo da página, para permitir uma
mudança de tópico rápido (“Saúde e Medicina, “Peso e Nutrição”,
“Estética”, entre outros).
Existem ainda outras ferramentas que procuram responder às
necessidades de quem visita a página. São elas por exemplo a barra de
pesquisa ou ainda a “lupa”, que permite aumentar ou diminuir o
tamanho do artigo, de acordo com a vontade do leitor.
Outro aspeto importante é o facto de o artigo não estar apresentado
todo corrido, mas sim por páginas, de forma a não desmotivar o leitor
mas sim a cativar a sua atenção.
Ainda, pode-se considerar que o site possui um layout bastante atrativo,
não só pela disposição dos diferentes componentes como pelo azul
predominante, que transmite uma sensação de confiança em relação aos
artigos e às informações disponibilizados.
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Tradução 7 :
Qu’est-ce-que la maladie d’Alzheimer?
La maladie d’Alzheimer est un type de démence qui
provoque une détérioration globale, progressive et
irréversible de plusieurs fonctions cognitives
(mémoire, attention, concentration, langage, pensée,
entre autres).
Cette détérioration a des conséquences telles que
des changements de comportement, de personnalité et de la capacité fonctionnelle de
la personne, rendant difficile la réalisation de ses activités quotidiennes.
La Maladie d’Alzheimer est une maladie neurodégénérative.
Aux niveaux neuropathologiques, la Maladie d’Alzheimer est caractérisée par la mort
neural dans certaines parties du cerveau, avec quelques causes pas encore
déterminées. L’apparition d’enchevêtrement fibrillaires et de plaques séniles rend
impossible la communication entre les cellules nerveuses, ce qui provoque un
changement au niveau du fonctionnement global de la personne.
Les symptômes initiaux de la Maladie d’Alzheimer incluent la perte de mémoire, la
désorientation spatiale et temporelle, la confusion et problèmes de raisonnement et
pensée. Ces symptômes s’aggravent au fur et à mesure que les cellules cérébrales
meurent et que la communication entre celles-ci change.
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Tradução 7 : Comentário Descritivo :
URL e tipo de site
Autor da
página/do texto
Datas
Objetivo do texto
Público-alvo do
texto
Discurso
Aspeto gráfico
(página e site)
http://www.alzheimerportugal.org/scid/webAZprt/defaultCategoryVi
ewOne.asp?categoryID=899
Este site pertence à associação Alzheimer Portugal, que se propõe
ajudar pessoas que têm que lidar diariamente com esta doença,
mesmo que não sejam portadoras da mesma. Autointitulam-se de
“Instituição Particular de Solidariedade Social”
Este texto foi retirado do site Alzheimer Portugal, embora não haja
nenhum autor citado. Contudo, pode-se afirmar que os conteúdos são
de profissionais da saúde.
Relativamente ao artigo ou ao site, não existe nenhuma referência a
qualquer data em concreto, mas pode-se afirmar que o texto está
atualizado, tendo em conta a constante atualização do resto do site
(como se pode verificar nos eventos ou nas notícias).
O objetivo do artigo é essencialmente explicar em que consiste a tão
famosa doença de Alzheimer, e como atua no sistema nervoso
humano. Explica igualmente quais são os sintomas aos quais se deve
ter em atenção.
Este texto não foi escrito a pensar em qualquer tipo de pessoa.
Efetivamente, existem termos que necessitam de um mínimo de
conhecimento da área científica, ou de um certo grau cultural, para
compreender a mensagem que se pretende transmitir, como é o caso
de “neurodegenerativa”, “neuropatológicos”, “tranças fibrilhares e
placas senis”, entre outros. – Vulgarização científica.
Assim, diria que o público-alvo não pode ser “toda a gente”, mas sim
pessoas com o mínimo de estudos e com, obviamente, um interesse
em saber mais sobre o que é a doença de Alzheimer e como atinge o
ser humano.
O layout deste site está bastante atrativo, tanto pela cor (verde) como
pela disposição dos diferentes componentes do mesmo. Existem os
tópicos devidamente organizados (“associação”, “delegações”,
“doença de Alzheimer” e “Informações”), o que permite encontrar
diretamente a informação que se pesquisa.
Por outro lado, os artigos sobre a doença são relativamente curtos e
objetivos, o que cativa a atenção do leitor, sem tão pouco deixar
margem para alguma falta de informação.
Mais, existe um espaço próprio para subscrever à newsletter da
Instituição que gere o site, assim como um espaço dedicado aos
aspetos “em destaque” e às “notícias” relacionadas com a doença de
Alzheimer.
Existe, por fim, igualmente a “lupa” que permite aumentar ou
diminuir o texto do site de acordo com as necessidades de cada
visitante do site.
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Tradução 8 :
Titre: La transplantation pulmonaire dans la fibrose pulmonaire idiopathique.
Auteurs : Rodrigues, Élio Jorge Alves
Assesseur : Cordeiro, Carlos Robalo
Mots-clés: Fibrose pulmonaire idiopathique
Transplantation du poumon
Date d’émission : 2010
Résumé : Introduction. Les pneumonies interstitielles idiopathiques sont des maladies de
l’interstice pulmonaire qui comprennent sept entités distinctes, la fibrose pulmonaire
idiopathique (idiopathic pulmonary fibrosis : IPF) étant la plus fréquemment décrite. La FPI est
une pneumonie interstitielle chronique fibrosante à cause inconnue et limitée aux poumons,
qui présente un schéma de pneumonie interstitielle commune (usual interstitial pneumonia :
UIP) lors de la biopsie chirurgicale. C’est une maladie de plus en plus plus commune, qui
conduit à un mauvais pronostic, avec une survie moyenne entre deux et quatre ans.
Objectifs : Évaluer les options de traitement actuellement disponibles, en comparant la
réponse à la thérapeutique médicale avec les résultats vérifiés actuellement dans les patients
transplantés.
Développement : On pense que la composante inflammatoire, sur laquelle est basé le
traitement médical disponible actuellement, mène à la progressive fibrose du parenchyme
pulmonaire. Les diverses études réalisées jusqu’à maintenant prouvent que cette option
thérapeutique est manifestement incapable d’empêcher la progression de la maladie. Malgré
tout, l’association de prednisolone, l’azatioprine et N-acetilcisteine est internationalement
recommandée, car il s’agit de l’option qui a obtenu les meilleurs résultats. Néanmoins, il est
encore nécessaire d’évaluer l’efficacité réelle de cette association à travers d’études
contrôlées randomisées. Le traitement palliatif inclus oxygénothérapie, analgésie et contrôle
de la toux, ainsi que d’autres symptômes respiratoires. La FPI est actuellement le deuxième
diagnostique principal pour lequel la transplantation pulmonaire est réalisée. La
transplantation pulmonaire est recommandée pour les patients qui présentent un
diagnostique clinico-radiologique de FPI ou histologique de PIC. Ceux dont la capacité de
diffusion de CO (DL.CO) est inférieure à 40% de la valeur prévue doivent être considérés pour
la transplantation immédiate. Les complications résultantes de l’intervention incluent l’œdème
pulmonaire de reperfusion, l’infection et, à plus long terme, le syndrome de bronchiolite
oblitérante et des néoplasies.
Conclusions : Jusqu’à présent, aucun médicament ou association de médicaments n’ont
démontré une efficacité significative dans le contrôle de la FPI. Malgré les risques et
complications inhérents à l’intervention chirurgicale et à l’immunosuppression, la
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transplantation pulmonaire se présente comme le seul traitement qui augmente la survie du
patient, ainsi que sa qualité de vie.
URL: http://hdl.handle.net/10316/19494
Dans la collection: FMUC Médicine – Thèse de Master
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Turismo
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Tradução 1
Um parque cultural urbano único no género
Espaço de lazer, lugar de cultura e de divertimento, o parque de La Villete estende-se
da porta de La Villette até à porta de Pantin, sobre 55 hectares, o que faz dele o maior
parque cultural urbano da capital francesa. Situado nos antigos matadouros e graças
ao projeto arquitetónico de Bernard Tschumi, serve de ligação entre as diferentes
instituições culturais do sítio.
Um estabelecimento chave da paisagem cultural francesa
O estabelecimento público do parque e da grande halle de La Villete (EPPGHV), cujo
estatuto é o de um estabelecimento público de carácter industrial e comercial (EPIC) existe
sob a forma atual desde janeiro de 1993. Está sob a tutela do ministério da cultura e da
comunicação. O EPPGHV nasceu da fusão da sociedade de economia mista de la Villette
(SEMVI), da associação da Grande Halle (AGH) e de uma parte do estabelecimento
público do parque de La Villette (EPPV).
O estabelecimento público do parque e da Grande Halle de La Villette assegura o
ordenamento e a gestão ao quotidiano dos espaços construídos e paisagísticos do parque,
assim como a programação cultural da Grande Halle (circo contemporâneo, dança, teatro,
música, …), do espaço Chapiteaux (circo contemporâneo), do pavilhão Paul Delouvrier
(exposições), do WIP Villette (culturas hip hop, dança…) e dos espaços ao ar livre
(cinema, concertos…). Abarca também das 26 folies, dos 12 jardins temáticos e dos
prados.
Jacques Martial foi nomeado presidente do estabelecimento público do parque e da
Grande Halle de La Villette, por decreto a dia 6 de novembro de 2006.
Por decreto do 10 de junho de 2010, publicado no Journal Officiel (Jornal Oficial da
República Francesa) de 12 de junho de 2010, Jacques Martial renovou as suas funções de
Presidente do estabelecimento público do parque e da Grande Halle de La Villette.
Pode encontrar todas as novidades do presidente Jacques Martial no Facebook.
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Ano Letivo 2012/2013
Tradução 1bis
La Villette 2012
Novembro/ Dezembro
Programa
O parque muda…
Obras, ordenamento, reabilitações…
A Cidade das ciências e da indústria: mais bela, mais simples, mais ecológica!
Centrada no uso dos visitantes e na qualidade do ambiente, o projeto de renovação de
receção da Cidade das ciências prevê, numa primeira fase:




A criação de um jardim de três hectares no adro norte (do lado da Porte de La
Villette);
A melhoria dos acessos à Cidade (bandas de guiagem, rampas para as cadeiras
de rodas…);
A implementação de novos serviços (receção, lojas, zonas de repouso…);
Um dispositivo de orientação otimizado (sinalética inovadora…).
A apontar: A entrada principal foi deslocada para o lado oeste, até meados de
novembro 2012.Seguir as indicações à saída da estação de metro Porte-de-la-Villette.
Mais informações em www.cite-sciences.fr
Fim 2012, um jardim na esplanada da Cidade das ciências e da indústria (porta de La
Villette).


As obras ligadas à extensão da linha T3 do Elétrico poderão gerar dificuldades
na circulação de automóveis nos arredores do parque de La Villette. Fim das
obras: Dezembro 2012.
Os arredores do edifício e o seu ordenamento no rés-de-chão são concebidos
para uma exploração conforme a acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência. O Folie Café irá conservar a sua função de restauração rápida, com
serviços melhorados. Um concessionário cuja escolha está em curso instalarse-á após as obras no edifício. Ver mapa P7.
Folie informação bilheteira.
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Ano Letivo 2012/2013

Graças a um ambicioso programa de modernização, de ajustamento às normas
e de desenvolvimento duradouro dos espaços construídos e paisagísticos do
parque, a reabilitação da Folie informação bilheteira, com a reorganização dos
seus espaços, favorece nomeadamente o acesso das pessoas portadores de
deficiência.
Mais informações, mapas… em www.villette.com
E todo o ano…
Em 55 hectares – em que 35 são de ar livre - , o parque de La Villette mistura natureza
e arquitetura, áreas e espaços de lazer, locais de exposições, de espetáculos e de
debates (Grande Hall, pavilhão Paul-Delouvrire, WIP Villette, espaço Chapiteaux…)
 A fazer com as suas crianças.
Jardins, Folies, uma pista de velocípedes…
Concebido pelo arquitecto Bernard Tschumi, o parque de La Villette oferece a todos
os citadinos em falta de oxigénio um imenso espaço a explorar a pé ou de bicicleta,
consoante uma multitude de cenários possíveis… Atravessado pelo canal de L’Ourcq,
o parque é fortemente marcado pela presença de água: fontes, lagos, cascatas…
Versão contemporânea das glorietas do século XVIII, as 26 “Folies” semeadas a
intervalos de 120 metros em todo o parco incitam o passeador a sair dos caminhos.
Tal como uma banda de filme atirada ao acaso sobre o parque, um passeio todo
pavimentado de azul serpenteia entre os 12 jogos temáticos, dos quais 3 espaços de
jogos para as crianças.
Informações: 01 40 03 75 75
A chalupa cinema
Embarca à descoberta de novos talentos, ao encontro de realizadores cujas imagens
têm algo para contar, participe em estágios de realização…
Informações: www.penichecinema.com
Os Workshops Villette em família
O conteúdo pedagógico dos workshops baseia-se nos recursos do parque de La
Villette: a sua riqueza arquitetural, os seus jardins mas também as exposições e
espetáculos que lá são programados. Qualquer que seja a idade das crianças e o tema
do workshop, as atividades propostas apelam à imaginação e criatividade a fim de
constituir uma abertura sob o nosso ambiente e o mundo artístico.
Ah l’eau! Workshop espetáculo sobre o ciclo da água.
A fonte dos Lions de Nubie e a Grande Hall de La Villette.
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A artère
Imaginada e criada por Fabrice Hyber a pedido da associação Sidaction, e inspirando-se
no conceito da fita vermelha, a Artère é uma imensa laje de 1 001 m2 constituída de
mosaicos de cerâmicas, que suportam milhares de desenhos do artista. Aberta e
acessível a todos, esta arborescência colorida recusa a mitologia pessoal do artista
acerca da pandemia e recenseia o que esteve, está e estará em jogo na luta contra a
sida.
Acesso livre. Informações: 01 40 03 75 75
O centro equestre
Descubra a equitação num contexto original, para todos os níveis, em póneis e cavalos.
São propostas diversas fórmulas: assinaturas, sessões de descoberta, estágios durante
as férias escolares, jogos equestres, competições…
Informações: 0 1 40 34 33 33
A artère de Fabrice Hyber
Um lugar univerciência
As exposições de Explora
Viva experiências inesquecíveis e descubra os grandes avanços das ciências, das
técnicas e da indústria nas exposições: “Objectivos Terra: a revolução dos satélites”,
“Jogo das luzes”, “O homem e os génes”, “Imagens”, “ Os Transportes e os homens”,
“A grande história do Universo”, “Energias”, “Ciência Atualidades”… Todos os dias,
mediadores científicos propõem visitas, ateliês, demonstrações.
A visita pode ser completada com um ateliê científico e um espetáculo no Planetarium. Da
terça-feira ao sábado, das 10h as 18h – Domingo, das 10h às 19h. Fechado à segunda.
Entrada: 8 euros – TR: 6 euros. Happy hours estudantes: 3 euros da terça ao sábado, a partir
das 15horas (com apresentação de um justificativo).
Gratuito para: menores de 6 anos, pessoas deficientes e acompanhantes, desempregados e
beneficiários do RSI (com apresentação de justificativo datando de menos de 6 meses)
Informações_ 0140058000 – www.cite-sciencies.fr
Encerrado no 25 de dezembro e no 1º de janeiro
Abertura excecional na segunda-feira 5 de novembro.
A Cidade das crianças
Duas exposições permanentes independentes para descobrir enquanto se diverte o
mundo das ciências e das técnicas. Com o apoio da Maif e da fundação EDF
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Exposição 2-7 anos: Neste lugar de exploração único, os pequenos participam a várias
atividades em 5 universos temáticos: Eu encontro-me, eu descubro-me, eu sei fazer, eu
experimento, todos juntos.
Exposição 5-12 anos: Mais de 150 atividades organizadas em 6 mini-expos: O corpo,
Comunicar, O estúdio TV, O jardim, Os jogos de água, A Fábrica.
Da terça-feira ao domingo. Fechado à segunda. 4 a 6 sessões de 1h30 por dia.
Entrada: 8€ - TR: 6€. Reserva aconselhada: www.cite-sciences.fr
O submarino Argonaute
Um verdadeiro submarino conta a sua história e a vida a bordo.
Da terça ao sábado, das 10h às 17h
Domingo das 10h às 17h30 – Encerrado à segunda-feira
Entrada: 3€
A biblioteca das ciências e da indústria (BCI)
Uma biblioteca multimédia para todo o público, com acesso livre. Disponibiliza a todos
os conhecimentos no domínio das ciências, das técnicas e da indústria. Os documentos
(livros, revistas, filmes, CD-ROMs, programas educativos, sítios internet…) são
consultáveis no local. Empréstimos a pagar. A biblioteca está em zona WiFi.
Bibliotecárias podem ajudá-lo nas suas pesquisas.
De terça-feira ao domingo, das 12h às 18h45
Encerrado à segunda-feira. Entrada livre.
Para completar a sua oferta documentária, a biblioteca propõe serviços personalizados:

A Cidade da saúde
Um espaço de diálogo animado por profissionais da informação em saúde (sem
marcação prévia) e uma documentação em livre serviço: 20 000 obras, revistas, filmes
e sítios internet selecionados…
Da terça-feira ao domingo, das 12h às 18h45
Fechado à segunda-feira. Entrada livre.

O Cruzamento numérico transforma-se
Este novo equipamento compreende um FabLab (laboratório de prototipagem) e um
LivingLav (laboratório de imagens), que permitem experimentar as tecnologias
emergentes e numéricas. Descoberta, demonstrações, construções, encontros,
atualidades das ciências e das tecnologias…encontram-se assim ao alcance de todos.
Da terça-feira ao domingo, das 12h às 18h45
Fechado à segunda-feira. Entrada livre.
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
A cidade das profissões
Espaço de informação e de serviços sobre o emprego, orientação, formações, criação
de empresas, das jornadas de recrutamento, dos debates, dos acontecimentos…
Da terça-feira à sexta-feira, das 10h às 18h – Sábado das 12h às 18h
Encerrado ao domingo, segunda-feira e feriados. Entrada livre.
Museu da música
O Museu da Música apresenta ao público 1000 instrumentos e objectos de arte.
Organiza-se à volta de cinco espaços de visita: um percurso cronológico do século
XVII até agora, para as músicas ocidentais e um percurso geográfico para as músicas
extraeuropeias. De outubro a junho, a cada segundo domingo do mês, ocorrem
concertos promenade que permitem a músicos, narradores ou dançarinos de investir
no Museu propondo concertos, performances, workshops ou encontros.
Informações/Reservas: 01 44 24 44 24 – www.citedelamusique.fr
A visita do Museu programa-se consoante o ritmo de cada um: sozinho com um percurso
musical e audiovisual personalizado ou com um orador – agenda das visitas consultável no
site Internet ou nas brochuras – em grupo com ou sem orador
De terça-feira a sábado, das 12h às 18h – Domingo, das 10h às 18h
Encerrado à segunda e no 25 de dezembro e 1º de janeiro.
Mediateca
Com uma riqueza de aproximadamente 70 000 documentos (impressos, sonoros,
audiovisuais, multimédias) e abarcando os diferentes domínios e géneros musicais, a
mediateca da Cidade da música é destinada tanto ao público especializado – fabricantes
de instrumentos musicais, docentes, músicos profissionais – como aos jovens, aos
melómanos e aos internautas.
De terça-feira a sábado, das 12h às 18h – Domingo, das 10h às 18h
Encerrado à segunda. Acesso gratuito.
Informação: 01 44 84 89 45 – http://mediatheque.citedelamusique.fr
E-mail: [email protected]
Mediateca Hector-Berlioz
Saída das coleções histórias da biblioteca do conservatório, criada em 1795, aumentada
por novas aquisições, a mediateca oferece sob 1 000 m2 mais de 90 000 documentos
franceses e estrangeiros abarcando toda a história da música.
Da segunda-feira à sexta-feira, menos folgas escolares, das 12h30 às 17h30
Fechado ao sábado e ao domingo. Entrada livre no Conservatório de Paris.
Informações: 01 40 40 45 40
Centro de documentação da música contemporânea (CDMC)
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Aberto a todos, o centro de documentação da música contemporânea propõe
partições, gravações e documentação sobre as obras e os compositores. Favorece
igualmente a difusão deste repertório através das suas atividades de promoção.
Terça e quarta-feira, das 14h às 18h. Quinta-feira, das 14h às 19h – sexta-feira, das 11h às
17h – Fechado sábado, domingo e segunda, Entrada livre.
Informações: 01 47 15 49 86
Informações Práticas
PARQUE DE LA VILLETTE
211 avenue Jean Jaurès
75935 Paris cedex 19
Informações/Reservas: 01 40 03 75 75
www.villette.com
Livraria do parque – Actes Sud
Grande halle
De terça-feira a domingo, das 11h às 19h,
Até às 20h nas noites de espetáculo
01 42 38 37 52
Restaurante Quick Hamburger
No parque (ver mapa L2)
Todos os dias das 10h às 22h
My boat
Folie das visitas
De Quarta a domingo das 12h à meia-noite
Hippopotamus
Hotel Forest Hill
Todos os dias, das 11h45 à meia-noite
A Villette encantada
Grande halle
Domingo-Quinta: 11h - 20h
Sexta e Sábado: 11h - 6h da manhã
Café e restaurante
PARIS-VILLETTE
Informações/Reservas: 01 40 03 72 23
www.theatre-paris-villette.com
CABARET SELVAGEM
Informações/Reservas: 01 42 09 01 09
www.cabaretsauvage.com
TRABENDO
Info : 01 42 06 05 52
www.letrabendo.net
ZÉNITH
Info : 01 42 08 60 00
www.zenith-paris.com
harmonia mundi
De terça a sábado, das 12h à 18h,
Domingo das 10h às 18h,
Até às 20h, nas noites de concerto
Café da música
De terça a sábado, das 10h às 2h
da manhã, domingo e segunda, das 8h à 1h
da manhã.
CONSERVATÓRIO
DEPARIS
209 avenue Jean Jaurès75019 Paris
Informações/Reservas : 01 40 40 46 46
e 01 40 40 46 47
CIDADE DAS CIÊNCIAS E DA INDÚSTRIA
30 avenue Corentin Cariou
75019 Paris
Informações : 01 40 05 80 00
www.cite-sciences.fr
A loja da Cidade
De terça a sábado, das 10h às 18h30,
Domingo, das 10h às 19h
Restauração rápida ligeira
Biosphère (nível 1)
Café - Restauração
nomade
Atmosphère (nível 0)
Restauração rápida
gourmande
At’Home (nível -2)
Restaurante – Salão de chá
Brasserie Ô (nível -2)
GÉODE
Informações : 01 40 05 79 99
Grupos : 01 40 05 12 12
www.lageode.fr
Café de la Géode
De terça a domingo, das 10h às 20h30
CIDADE DA MÚSICA
221 avenue Jean Jaurès
75019 Paris
Informações/Reservas: nfo / Résa : 01 44 84
44 84
www.citedelamusique.fr
A Livraria-loja
Parques de Estacionamento
Parque Norte (acesso aconselhado:
cais de la Charente)
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Autocité - groupe Spie
01 40 05 79 90
[email protected]
Ver mapa L1 et R1
Ver mapa N9
Edição: Parc de la Villette EPPGHV/SITE/2012-03-06
Capa : Espace chapiteaux © P.-E. Rastoin
Coordinação : Patrice Argueyrolles
Grafismo e maquette : Tout pour Plaire
Impressão : Imprimerie de Champagne,
octobre 201
Parque Sul
Vinci Park
01 42 06 96 14
[email protected]
MAPA DE LA VILLETTE
14. Folie rotunda dos canais – J5
15. Folie das visitas – My Boat – L5
16. Folie do canal – N5
17. Folie workshops do parque – P5
18. Folie nó (passadiço este) – R5
19. Folie quiosque de música – L4
20. Folie observatório – N4
21. Folie Argonauta – P4
22. Folie escada – R4
23. Folie eclusa – L3
24. Restaurante Quick Hamburger – L2
25. Fragmento de Folie – L1
26. Folie relógio – N1
Os 12 jardins temáticos
O passeio dos jardins
A. Jardins dos espelhos – L7
B. Jardins caminhantes – J6
C. Jardins dos ventos e das dunas – L6
D. A Artère – jardins dos desenhos – N5
E. Jardim da videira – N6
F. Jardim dos bambus – P6
G. Jardim do equilibrismo – R7
H. Jardim das sombras – R6
I. Jardim dos sustos infantis – R6
J. Jardim da corda-bamba – R6
K. Jardim das ilhas – R4
L. Jardim do dragão – L4
Informação – L9
Metro Porte de Pantin – L9
Metro Porte de La Villette – P1
Parques Vélib’ – J3, J9, L9, N1, P6, P10
Paragem de autocarro – P1, P10
Praça de táxis – N9, P1
Estacionamento (acesso) – L1, N9, R1
Ciclovia – J5, T5
Cais de Embarque – L5
Restaurante – L2, L5, N1, N2, N4, N9
Livraria/Loja – L7, N2, N9
Lavabos/WC – L4, L6, N4, N8
Posto Socorro – N7
Elevadores – L5, R5
Correios – J9
Caixa automática – J9, L9, P2
As 26 folies
1. Folie informação bilheteira – L9
2. Entrada Cidade da música – N9
3. Folie do teatro – L8
4. Folie Janvier (nome arquiteto) – N8
5. Folie música – P8
6. Folie workshops do parque – L7
7. Posto de socorro – N7
8. Folie café – P7
9. Trabendo – R7
10. Folie dos ventos e das dunas – L6
11. Folie mediação – N6
12. Folie belveder – P6
13. Folie bilheteira do Zénith – R6
Parque de La Villette
ASSOCIAÇÃO ORREK ……………………………………….…….. N5
CABARET SELVAGEM ……………………………………………… T4
CENTRO ÉQUESTRE ………………………………………………. T4
ESPAÇO CHAPITEAUX………………………………………………. L3
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Francês – Práticas de Tradução
Ano Letivo 2012/2013
ESPAÇO PERIFÉRICO …………………………………………………V4
GRANDE HALLE………………………………………………………….L7
HALLE AOS COUROS ………………………………………..………..X4
WIP VILLETTE ……………………………………………………………L1
PAVILHÃO PAUL DELOUVRIER ……………………………………….L7
PÉNICHE CINEMA ………………………………………...…………….T5
PARIS-VILLETTE …………………………………………………………L8
TRABENDO ………………………………………………………………R7
ZÉNITH…………………………………………………………………….R6
Um Lugar Univerciência
ARGONAUTE ……………………………………………………………P4
CIDADE DAS CIÊNCIAS E DA INDÚSTRIA…………………………..N2
GÉODE………………………………………………………….……....N4
CIDADE DA MÚSICA………………………………………………….N9
CONSERVATÓRIO DE PARIS ………………………………….…..L9
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO DA MÚSICA CONTEMPORÂNEA (CDMC)…………..P9
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Tradução 1bis: Comentário Descritivo
URL e tipo de site
Autor da
Página/do texto
Datas
Objetivos do texto
Público-alvo do
texto
Discurso
Aspeto gráfico
Este texto provém de um PDF, retirado do site www.villette.com/fr/.
Este é um site cultural que propõe diversos serviços tal como a
programação de espetáculos, eventos, exposições, entre outros. Mas
trata-se sobretudo de um texto informativo.
Os diretores de publicação são Jacques Martial, presidente, e Florence
Berthout, diretora geral.
As datas deste texto estão orientadas para o ano 2012, assim como a
programação que nele consta. Sendo mais preciso, pode-se dizer que é
sobretudo sobre os meses de Novembro e Dezembro.
Este PDF foi criado para informar o público que está interessado em
visitar o parque ou simplesmente em um evento em particular. Por outro
lado, está claro que este texto permite igualmente despertar o interesse
de possíveis novos visitantes, gerando curiosidade ao revelar as inúmeras
atividades que acontecem no lugar promovido. Existe ainda uma forte
componente de confiabilidade, pois pretende-se com este texto que o
público-alvo perceba a grande preocupação relativa às mudanças de
forma a melhorar os serviços que propõem. Por fim, existe igualmente
uma característica de ajuda à população ao nível do mercado de
trabalho.
Este PDF está orientado para todos, já que propõem atividades para
todas as idades. Contudo, dirige-se nomeadamente a adolescentes e
adultos (tais como os pais que pretendam transmitir alguma cultura aos
filhos).Também existe a possibilidade de o público-alvo ser instituições,
como por exemplo escolas que possam querer efetuar visitas guiadas ou
de estudo pelo parque ou apenas fazer com que os alunos participem a
uma das atividades que julgam ser educativas. Assim, aqui, as crianças
pertencem ao público-alvo mas de uma forma indireta.
Este texto está estruturado e organizado maioritariamente por colunas,
de forma a facilitar a leitura e a transmitir toda a informação necessária
para a boa compreensão do leitor. Permite igualmente encontrar as
informações pretendidas muito mais facilmente, o que revela o carácter
prático do texto. Mais, a linguagem reflete uma certa procura estilística,
tal como o uso de jogos de palavras e o cuidado linguístico,
provavelmente para atrair as pessoas e para estas tomarem consciência
da importância do parque. Resumindo, percebe-se então que a o
discurso utilizado é informativo e apelativo, mas também estilístico e
descritivo.
Relativamente ao aspeto gráfico do PDF, este é bastante atrativo, o que é
uma característica fundamental para quem pretende a venda de um
serviço, como é de certa forma o caso aqui. Para além do texto,
encontra-se imagens e respetivas legendas, que ilustram perfeitamente
aquilo que é dito. Por outro lado, a presença deste tipo de conteúdo visa
não só organizar o texto e a sua formatação, como também quebrar uma
certa monotonia aquando a leitura do texto. Permite assim que o leitor
não sinta que o que está a ler é apenas texto e que perca
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Francês – Práticas de Tradução
Ano Letivo 2012/2013
consequentemente o interesse pelo mesmo. Denota-se igualmente a
técnica das cores para tornar o texto mais apelativo. Contudo, o verde é
a cor predominante pois vai de encontro com aquilo que é promovido
neste PDF: Um parque. Na maioria dos casos, estes espaços são o
espelho e a mistura de vários verdes, belos e cuidados, pelo que o fundo
do PDF rege-se bastante por essa cor.
Por fim, é importante referir que os logótipos são também uma ajuda
crucial na organização do texto e do PDF em si, delimitando devidamente
cada secção que o texto inclui.
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Francês – Práticas de Tradução
Ano Letivo 2012/2013
Tradução 2:
Um património de uma riqueza extrema
- Ruelas estreitas e pracetas de bairro convidam a uma descoberta apaixonante que
se rá prolongar até ao alto das falésias, pontuadas de pontos de vistas mergulhando
sobre a baixa cidade e o porto.
- Os caminhos de ronda, partes integrantes de um conjunto de fortificações
restaurados a partir do século XV, permitem entender as vantagens e as
desvantagens de um ambiente natural defensivo. É um passeio medieval incrível ao
seio das fortificações da cidade.
- Desde há cerca de 300 anos, o cemitério-marinho cuida da cidade. Ancorado nas
falésias e inclinado para o mar, permanece um dos lugares mais singulares da cidade.
Junto ao cemitério, descobrimos a igreja e o convento Saint-François, cuja arquitetura
gótica é simples e despojada.
- Algumas das casas burguesas ou patrícias da Haute Ville (parte alta da cidade)
apresentam sempre elementos de origem, de uma arquitetura decorativa, todos
finamente talhados em pedra calcária e mais raramente em xisto.
- A Loggia que precede a entrada da igreja Sainte-Marie-Majeure é um dos pulmões
da cidade medieval. Alto lugar de reunião, os julgamentos e sentenças eram aqui
pronunciados em público.
Três lugares a visitar adquirindo o passe cultural
1 – Bastion de L’Etendard
Foi a partir da conquista em 1195 de Bonifacio que os Genoveses reforçaram, num
primeiro tempo, as fortificações existentes construídas pelos habitantes de Pisa. Mais
tarde, no século XIV, começam a modernização completa do recinto. Esta fortificação
será reforçada e acomodada pelos franceses, no século XVI, após o cerco francoturco. O Bastion permanece a parte a mais imponente das fortificações. É hoje um
lugar emblemático de Bonifacio e é composto de vários espaços de visita
2- A escadaria do Rei de Aragão
Talhadas à mão na falésia, a insólita escadaria do Rei de Aragão é dotada de 187
degraus e desapruma sobre o mar numa altura de 65 metros. A nível inferior, segue
por um caminho seguro entre céu e mar, que dá acesso a uma gruta natural. Formado
a partir de uma fenda natural da falésia, este caminho era utilizado pontualmente pela
população para se alimentar de água doce. Foram as chuvas, pelo jogo de fendas da
península, que sempre alimentaram esta camada de água e o famoso poço de SaintBarthélemy (hoje em dia inacessível).
3 – Igreja Saint-Dominique
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Classificado como um monumento histórico em 1862 por Prosper Mérimée, a Igreja
Saint-Dominique é um dos raros monumentos de estilo gótico identificado como tal na
Córsega. O edifício apresenta uma composição rigorosa e é ornamentado com
pinturas que retomam a iconografia cara à ordem dos Dominicanos, assim como uma
estatuária importante. Conserva os relicários, em madeira esculpida com estilo baroco,
de Sainte Marie Madeleine e de Saint Barthélémy. A igreja Saint Dominique é
igualmente muito interessante pela presença de numerosas lajes funerárias de
habitantes de Bonifacio que pediram para serem enterrados lá, antes da criação do
cemitério-marinho em 1823.
Um artesanato local bem representado
Encontrará nas lojas diferentes formas de artesanato que vão desde o trabalho de
madeira flutuante em cutelaria até ao «coral vermelho» específico em Bonifacio. Este
«ouro vermelho» é utilizado em bijutaria para usos decorativos ou místicos. Alguns
amuletos são reputados por proteger do mau-olhado e são muitas vezes depositados
no berço dos recém-nascidos para os proteger.
Uma gastronomia do Mar e da terra
Graças à sua situação particular, Bonifacio oferece uma grande diversidade de
produtos locais do mar mas também da terra, tais como o vinho branco e tinto, queijos,
meles, azeites e produtos hortícolas no mercado da terça-feira de manhã. Numerosos
restaurantes propor-lhe-ão suculentas especialidades da zona tais como as beringelas
à moda de Bonifacio, “i mirizani” recheadas de queijo, de polpa de beringela, de miolo
de pão, de ovo e de manjericão. O pain des morts, quanto a ele, é um brioche com
uvas passas e nozes. Acompanha os pequenos-almoços mas também a salada “au
chèvre chaud” (com queijo de cabra quente). Os restaurantes e as padarias da cidade
propõem durante todo o ano este produto de padaria típico e muito apreciado.
Fabrico do Bruccio
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Pain des morts
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Tradução 2: Comentário Descritivo
URL e tipo de site
Autor da Página e
do Texto
Datas
Objetivo do texto
Público-alvo do
texto
Discurso
Aspeto gráfico
(página e site)
Este texto foi retirado de um PDF, proveniente do site www.bonifacio.fr.
É o site do Posto de turismo, que visa promover essa atividade na cidade
de Bonifacio.
O autor tanto da página como do PDF é o Office de Tourisme de
Bonifacio, isto é, o Posto de turismo de Bonifacio.
A data do PDF é de 2012 e o site está em constante atualização, já que tal
é muito importante na divulgação da informação turística.
Os objetivos do texto são essencialmente a divulgação de informação de
todo o tipo relativamente à cidade, tais como gastronomia, artesanato,
entre outros…, de forma a despertar o desejo de visitar o local a quem
navega na página. Por outro lado, funciona também como um guia para
os turistas, explicitando quais os melhores lugares a visitar e onde se
pode dormir, comer, entre outros.
O público-alvo deste texto é um público-geral (descartando as crianças
para quem este tipo de texto não tem o mínimo de interesse), que
procura saber mais sobre a cidade, com o objetivo de a visitar ou de a dar
a conhecer. Como tal, este fator, juntamente com o objetivo do texto faz
com que o discurso do mesmo seja tipicamente associado a um texto
turístico. Por isto, subentende-se um texto que recorre frequentemente
a adjetivos com o intuito de enaltecer a cidade. Por outro lado, a
linguagem utilizada nem sempre é de fácil compreensão pois embora
seja destinada a um público abrangente, procura ser apelativa, com um
estilo de linguagem minimamente cuidado.
Este PDF aposta nas imagens, de forma a chamar a atenção do leitor,
despertando neste uma vontade de visitar a cidade em si. Mais, denotase que as imagens não foram escolhidas ao acaso. Existe uma grande
preocupação com a disposição das mesmas, assim como a ligação com o
texto que estabelecem. Nesta vertente, o texto presente é relativamente
pouco em relação ao espaço total das páginas, contudo as informações
necessárias estão presentes de forma a esclarecer as dúvidas do leitor.
O fato do PDF ser predominantemente com o fundo preto e as letras em
branco dá um caráter não só clássico à cidade, como também lhe confere
a caraterística de antiguidade, de cidade vivida, com muita história. Por
fim, esta combinação de cores permite igualmente o realce dos textos,
revelando a importância dos mesmos e por vezes, a sua função de
legenda para determinadas imagens que não possuam uma.
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Ano Letivo 2012/2013
Tradução 2: Comentário Metodológico
Texto de Partida
Texto de Chegada
Nomes próprios e de monumentos
"…Cimetière-Marin …"
"…Cemitério-marinho…"
47
Explicação
Neste texto, existe uma recorrência muito
grande a nomes próprios, tais como
santidades ou monumentos, como forma
de ilustrar o texto mas também como
sendo uma parte da identidade da cidade
que o texto se propõe promover. Como
tal, enquanto tradutores, alguns nomes
suscitaram dúvidas relativamente à
tradução para o Português, a manter na
língua original, ou em certos casos, a
manter no Francês com uma explicação
que permitiria ao leitor entender a
essência da mensagem. O facto de manter
alguns nomes na língua de partida confere
ao texto um certo carácter fidedigno e
cultural, sendo uma clara marca de
cruzamento da cultura do leitor e da
cultura da cidade de Bonifacio.
Neste caso, foi necessário traduzir o termo
pois caso se mantivesse, o leitor não iria
eventualmente perceber o significado da
palavra. Como tal, é sabido que o
equivalente de “Cimetière” é “Cemitério”.
Restou apenas verificar o equivalente de
“Marin” enquanto adjetivo, na medida em
que está a classificar a primeira parte do
termo. O dicionário Infopédia diz-nos que
a tradução de “Marin” é “Marinho” ou
“Marítimo”. Após alguma pesquisa para
determinar qual dos dois é o melhor
equivalente, encontrei um poema de Paul
Valéry, escritor e poeta francês, cujo nome
é “Le Cimetière Marin”. O título deste
poema é traduzido por “O Cemitério
Marinho” em vários sites da Internet.
(
http://poenocine.blogspot.pt/2010/07/lecimetiere-marin-o-cemiteriomarinho.html)
(http://xa.yimg.com/kq/groups/17519109/
1003888817/name/O+Cemiterio+marinho.
pdf)
(http://www.culturapara.art.br/opoema/p
aulvalery/poema_db.html)
Nesta vertente, decidi então traduzir
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Ano Letivo 2012/2013
"…couvent SaintFrançois…"
"…convento Saint-
“…l’église Sainte-MarieMajeure…”
"...Église SaintDominique…"
"…a igreja Sainte-MarieMajeure…"
"…Igreja SaintDominique…"
"…Bastion de
L’Etendard…"
“…Bastion de
L’Etendard…"
"…châsses, en bois
sculpté de style
baroque, de SainteMarie Madeleine
et de Saint
Barthélémy."
“… os relicários, em
madeira esculpida com
estilo baroco, de Sainte
Marie Madeleine e de
Saint Barthélémy."
" Le Pain des Morts…"
“O Pain des morts…”
“…mais aussi la salade
au chèvre chaud."
“… mas também a salada
“au chèvre chaud” (com
queijo de cabra quente).”
"…Haute Ville…"
“…Haute Ville (parte alta
da cidade)…”
François…"
48
“Cemitière-marin”
por
“Cemitériomarinho”.
Para os nomes de monumentos e outros
nomes próprios (relativos neste caso na
maioria a santidades cristãs), foi decidido
em sala de aula que estes se iam manter
igual, pois são nomes próprios e como tal,
não devem ser traduzidos. Tal acontece
pois manter os nomes próprios não altera
o significado do texto nem a mensagem
que se pretende transmitir. Sendo um
nome, o leitor, ou neste caso, o visitante
não sentirá necessidade de o ver traduzido
para entender do que se trata. Tomando
por exemplo os três primeiros casos, o
leitor do texto entende que “SaintFrançois” é o nome de um convento e que
“Sainte-Marie-Majeure”
e
“SaintDominique” são nomes de Igrejas. Na
verdade, o facto de não traduzir os nomes
pode ter os seus benefícios como é por
exemplo o fato de permitir encontrar
algum sítio mais facilmente num mapa.
Estas três expressões são relativas à
gastronomia local (as duas primeiras) e à
geografia da cidade (a última). Como tal,
foram também expressões que, tal como
as anteriores, embora pudessem ser
traduzidas literalmente (“pão dos mortos”,
“salada de cabra quente”, “Vila alta”,
respetivamente), foi preferível mantê-las
na língua original:
 “Pain des morts” não requer tradução
pois a explicação do que se trata foi
inserida pelo próprio autor do texto: “ é
um brioche com uvas passas e nozes”;
 Para “Salade au chèvre chaud",
optou-se para explicar à frente entre
parêntesis a que se refere: “com queijo de
cabra quente”, permitindo ao leitor
entender do que se trata;
 Já que “Haute Ville” é uma parte da
cidade, e que traduzir tal termo seria levar
a uma certa de identidade da mesma, foi
preferível manter a expressão e explicar a
que se refere: “parte alta da cidade”.
Este tipo de notas introduzidas pelo
tradutor tem como objetivo a facilitação
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Ano Letivo 2012/2013
“L’escalier du Roy
D’Aragon…”
“A escadaria do Rei de
Aragão…”
" Ancré sur les
“Ancorado nas falésias e
inclinado para o mar…”
falaises et surplombant
la mer…"
49
da compreensão do texto por parte de
alguém que pouco ou nada percebe tanto
da língua como da cultura de um país,
região ou cidade.
Este é um caso particular pois foi
necessário efetuar alguma pesquisa para
saber se, de fato, deveria ser traduzido ou
não. “Roy D’Aragon” é um termo com
equivalente direto em português, “Rei de
Aragão”, pois refere-se a uma figura
conhecido do século XIV e XV.
Verifiquei então o equivalente em
português de “escalier” e o dicionário
Infopedia diz que é “escada” ou
“escadaria”.
( http://www.infopedia.pt/francesportugues/escalier)
De forma a decidir qual das propostas a
melhor, consultei a definição de cada um:
Para “escada”, a definição é “ série de
degraus, dispostos em plano inclinado,
para subir ou descer” e “escadaria” é
definida como “série de escadas separadas
por patamares”.
( http://www.infopedia.pt/linguaportuguesa/escada)
( http://www.infopedia.pt/linguaportuguesa/escadaria)
Fiz ainda alguma pesquisa para verificar a
pertinência da tradução deste termo e
encontrei um site que nos fala
precisamente sobre o assunto.
(http://oglobo.globo.com/blogs/bordo/po
sts/2011/10/13/as-joias-do-rei-de-aragao411086.asp)
Denotei que no mesmo, o termo está
efetivamente traduzido e que ambos os
candidatos,
quer
“escada”
quer
“escadaria” são utilizados para designar os
“escaliers du Roy d’Aragon”. Como tal,
decidi traduzir o termo da língua de
partida para a língua de chegada,
escolhendo “escadaria” pelo lado mais
clássico e requintado que confere ao texto.
Não existe um equivalente direto do
particípio presente “surplombant” na
língua de Camões. Para encontrar uma
tradução adequada, é necessário perceber
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"… cette viennoiserie
typique et très
appréciée.”
este produto de
padaria típico e muito
apreciada"
"…
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primeiro o significado do termo. O
dicionário Larousse diz-nos que significa
"Dominer quelque chose en faisant saillie,
en en dépassant l'aplomb".
(http://www.larousse.com/en/dictionaries
/french/surplomber)
Após um brainstorming, e enquanto
francófona, pensei na proposta de
tradução “inclinado”. Como tal, verifiquei
a definição deste termo: “Pendente;
Propenso”.
Este equivalente pareceu-me bastante
adequado relativamente ao contexto no
qual se insere. Por fim, efetuei uma
pesquisa, de forma a verificar a ocorrência
da expressão “inclinado para o mar”, que
revela ser bastante utilizada.
(http://umonline.uminho.pt/uploads/clipp
ing/NOT_30359/201005232054052405201
0054201.pdf)
Não existe um equivalente português
direto para “viennoiserie”. A definição de
deste termo é "produits de boulangerie
fabriqués avec une pâte fermentée
pouvant contenir du sucre, du lait, des
matières grasses et des œufs".
(http://www.larousse.com/en/dictionaries
/french/viennoiserie)
Para tal, em sala de aula, surgiu “produto
de padaria” como possível solução. É difícil
definir o que se entende por “produtos de
padaria”. Ainda assim, é possível termos
uma ideia e confirmar que o equivalente
encontrado é bastante adequado: "Les
viennoiserie sont les produits de
boulangerie dont la technique de
fabrication se rapproche de celle du pain
ou de la pâte feuilletée, mais auxquels
leurs ingrédients donnent un caractère
plus gras et plus sucré qui les rapprochent
de la pâtisserie".
(http://fr.wikipedia.org/wiki/Viennoiserie)
A solução encontrada, “produtos de
padaria”, não corresponde exatamente a
um equivalente, mas foi a melhor proposta
de tradução para responder a este desafio,
pois é um hiperónimo e a escolha de
hiperónimos é uma estratégia habitual em
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"...les aubergines “à la
bonifacienne"..."
"… as beringelas à moda
de Bonifacio…"
tradutologia.
Nesta expressão, pode haver a tentação de
traduzir literalmente a expressão, o que
não seria totalmente correto em
português. Esta expressão refere-se a um
prato típico com um modo de preparação
igualmente típico da cidade.
Em português, para nos referirmos a tal
gastronomia,
usa-se
muito
frequentemente a expressão “à moda de”,
seguida do nome da cidade. Assim, traduzse por “beringelas à moda de Bonifacio”,
facilitando a compreensão ao leitor que
possa não perceber o que são “Aubergines
à la bonifacienne”.
Verificando a pertinência desta expressão,
surge-nos inúmeras ocorrências do uso da
mesma:
(http://www.gastronomias.com/portugal/
min031.html)
(http://www.1001receitas.com/pt/bacalha
u-a-moda-de-viana)
(http://www.saborintenso.com/f70/patani
scas-bacalhau-moda-aveiro-21667/)
 De forma geral, este texto não foi muito complicado de traduzir, embora possua alguns
desafios que requerem uma enorme capacidade de decisão e de reflexão, não só
relativamente ao vocabulário mas também e sobretudo relativamente à atividade da tradução,
às formas de proceder e de contornar obstáculos. Um exemplo disso foi procurar não repetir
determinadas palavras de forma ao produto final ficar estilisticamente mais apelativo, tendo
em conta que o objetivo deste tipo de textos é chamar a atenção, para posteriormente
receber visitantes. Tal é uma preocupação que não surge durante a tradução de textos
científicos, bastante mais objetivos e nos quais a beleza linguística não tem lugar.
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Tradução 3 :
NATAL LAPÃO
Ax les thermes (09) – do 24/12/21012 ao 25/12/2012
Deixe-se encantar pelo ambiente calmo do passo do cavalo sobre a neve, ao ritmo
dos sininhos… Para partilhar em família absolutamente, os seus filhos e toda a
família irão arregalar dos olhos, perante a magia de um natal branco na intimidade
de uma yurt ou de uma tenda tipi! Uma boa fogueira crepita na salamandra, a
refeição será partilhado com 2 ou 3 outras famílias na cabana do caçador, antes de
entrar na floresta à luz das tochas, de raquetes nos pés, para depositar a famosa
carta na caixa de correio do Pai Natal.
Após ter descoberto as prendas misteriosamente depositadas à frente da porta da
sua casa de uma noite, um outro trenó, puxado por cães nórdicos o levará de
manhã cedo para um grande percurso ao coração das magníficas paisagens do
Plateau de Beille, joia das nossas belas montanhas da região de Ariège.
O seu musher (piloto de trenó) terá também imenso prazer em partilhar consigo a
sua paixão, desvendando todos os segredos da sua matilha e todas as
particularidades da profissão, será assim surpreendido pela ternura e doçura destas
bolas de pelo.

Apresentação
Segunda-feira dia 24 de Dezembro:
14h construção do iglu 2h,
16h trenó a cavalo 20 minutos
19h refeição de consoada na cabana
20h raquetes na neve de noite 1h
21h dormir numa yurt ou tenda tipi
Terça-feira 25 de Dezembro:
8h30 chegada fantástica das prendas
9h pequeno-almoço no restaurante
Entre as 10h e as 12h, trenó com cães 30 minutos
12h30 fim da estadia, possibilidade de almoçar no restaurante
Habitações aquecidas com salamandra, colchões e cobertores fornecidos. Sem água
potável, nem eletricidade, casas-de-banho secas no local e sanitários tradicionais e
lavabos a 150 metros.

Tarifas
Adulto: 152 €
Criança (6 à 12 anos): 107 € / criança
Incluído no preço: - Enquadramento pelos profissionais com diploma e o material
necessário às atividades
Noite em tenda tipi, tenda prospetor, yurt mongol ou iglus.
Jantar e pequeno-almoço fornecidos pelo restaurante de altitude.
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
Localização e Contactos
Posto de Turismo de Vallées d'Ax
09110 Ax les thermes
Tel: 05.61.64.68.10
Email: [email protected]
Website : www.vallees-ax.com
NORDIC FIESTA
Ax les thermes (09) – do 31/12/21012 ao 01/01/2012
A festa de Ano Novo ao modo de um caçador é pura felicidade! Passe dois dias
fantásticos no espaço nórdico de Beille, a 1800 metros de altitude. Raquetes sem
rastos, construção de iglus, passeio noturno à luz das tochas… Aqui, o espirito
nórdico reina, o ar puro cria boa disposição e tudo indica uma passagem de ano
encantadora! Convidado ao banquete na cabana do caçador, irá dormir de
madrugada numa Yurt mongol, uma tenda prospetor ou um iglu, para começar o
ano em beleza!
MISSÃO OBSERVAÇÃO
Ax les thermes (09) – do 16/03/21013 ao 24/03/2013
Raquetes nos pés, luvas bem apertadas, binóculos ao pescoço prontos para serem
utilizados, encontra-se no coração de um sítio natural cuja sua missão será: a
observação. Seguirá os rastos da fauna selvagem habitante das montanhas da
região de Ariège… Ao cair da noite, será na aldeia mais alta do Ariège que
continuará a descoberta com um diaporama, à frente da fogueira.
QUENTE-FRIO NÓRDICO
Ax les thermes (09) – do 01/12/21012 ao 31/03/2013
O Chioula, reino nórdico por natureza, encanta todos os anos tanto noviços como
apaixonados. Após passear pela natureza em raquetes de neve, caminhar em esqui
de fundo e deslizar em trenó, é nos banhos do Couloubret que poderá relaxar. Uma
combinação de neve fresca e de água sulfurosa para um quente-frio de sensações!
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Tradução 3: Comentário Metodológico
Texto de Partida
“… d’une yourte ou
d’un tipi."
"…tente
prospecteur…"
Texto de Chegada
“…de uma yurt ou de
uma tenda tipi”
“…tenda
prospector…”
Explicação
Existem nesta frase dois termos que podem causar
alguma dificuldade aquando a tradução:
 Primeiramente, “yourte”, termo do qual é
necessário verificar a definição: “Hutte de peuples
vivant dans les régions articques” e “tente de
peaux des Mongols”.
(http://www.ledictionnaire.com/definition.php?mot=yourte)
Para encontrar o equivalente, utilizei o Google
Translator que pode ser bastante eficaz quando se
procura uma única palavra. Esta ferramenta diznos então que a tradução é “yurt”.
(http://translate.google.pt/?hl=ptPT&tab=TT#fr/pt/yourte)
Verifiquei a definição e encontrei: “Yurt é uma
tenda ou cabana circular usada tradicionalmente
pelos pastores mongóis.”
( http://pt.wikipedia.org/wiki/Yurt)
Para verificar a fidedignidade desta proposta de
tradução, pesquisei um pouco e encontrei vários
sites de turismo, nos quais referem as “yurtes da
Mongólia”, como é o caso no seguinte link:
(http://www.portugalnaturelodge.com/pt/alojame
nto/tenda-yurt-da-monglia)
 Após isso, surgiu “tipi”, que significa “ tente en
peau de bison des Amérindiens des plaines".
(http://www.ledictionnaire.com/definition.php?mot=tipi)
Utilizando o mesmo processo que para o termo
anterior, o Google translator diz-nos que a palavra
é invariável da língua de partida para a língua de
chegada.
(http://translate.google.pt/?hl=ptPT&tab=TT#fr/pt/tipi)
Contudo, ao efetuar pesquisa, são poucos os
resultados que surgem. Pensando melhor,
coloquei “tenda” à frente do termo “tipi”. Desta
forma, o número de resultados aumentou de
forma considerável, pelo que foi o equivalente que
me pareceu mais adequado pois por vezes, é
necessário acrescentar uma ou outra palavra para
tornar o texto mais coerente na língua de chegada.
Para este desafio, procurei encontrar o
equivalente a “prospecteur” em português. O
dicionário Infopédia dá a informação de que é
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"…des montagnes
ariègeoises."
“…das montanhas da
região de Ariège.”
"Votre musher se
fera…"
“O seu musher
(piloto de trenó)
terá…”
“prospector”.
(http://www.infopedia.pt/francesportugues/prospecteur)
Assim, ao verificar a pertinência da expressão
“Tenda prospector” (já que é sabido que “tente”
traduz-se por “tenda”), encontra-se vários sites de
turismo e férias que fazem referência a essa
expressão, para designar um tipo de tenda em
específico.
( http://www.aluguerferias.com/campismo/campismo-cassagnaberetournas/anuncio-127550)
(http://www.outcamp.pt/campismo/8772/campin
g-pre-fixe.html)
Antes de mais, é essencial perceber o que é
“ariègeoises”. Ao efetuar uma simples pesquisa,
percebes que é o adjetivo relativo ao Ariège, uma
região francesa situada na zona dos Pirenéus.
(http://www.ariege.com/)
Assim, já que este adjetivo não possui um
equivalente direto para português, foi fulcral
encontrar uma alternativa que não ocultasse
nenhuma informação presente no texto de
partida. Surgiu então a ideia de traduzir
“ariègeoises” para “da região de Ariège”, já que
um leitor português irá perceber mais facilmente
desta forma o que é o Ariège.
Para verificar a pertinência da expressão proposta,
encontra-se vários sites turísticos e não só, que se
referem à região de Ariège.
(http://www.lpnespeleo.org/index.php/galeria/videos/ariege)
Antes de mais, é essencial perceber o que é um
“musher”. Contudo, esta definição só pode ser
encontrada em inglês, já que é um termo que
provém precisamente dessa língua. Tal como nos
diz o The Free Dictionnary, “musher” é “a pessoa
ou viajante que se desloca com vários cães”, de
trenó.
(http://www.thefreedictionary.com/musher)
No francês, este termo é um empréstimo do inglês
e o mesmo acontece no português. Retoma-se o
tema em português, e tal está comprovado com os
vários sites de “mushing” (meio de transporte de
tração canina), que referem o musher, o piloto de
trenós de cães.
(http://mushportugal.com.sapo.pt/Equipe.html)
Assim, de forma a tornar o texto de chegada mais
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"…tous les secrets
de sa meute et
toutes les ficelles
du métier…"
"todos os segredos
da sua matilha e
todas as
particularidades da
profissão”
acessível, a solução encontrada passa por explicar
entre parêntesis o que é o “musher” de forma
muito resumida.
Este foi um desafio particularmente difícil de
solucionar, já que “les ficelles” é uma expressão
tipicamente francesa, que não possui um
equivalente direto no português.
Ao procurar a explicação desta expressão,
encontra-se “connaître les ficelles: savoir à fond
un métier ou un art”, que se enquadra no contexto
aqui presente.
(http://www.ledictionnaire.com/definition.php?mot=ficelle)
A ideia que o texto pretende então transmitir é
que o musher partilhará com os visitantes tudo o
que a sua profissão engloba, já que a conhece de
cor. Assim, pensando um pouco, sabe-se que
existe uma expressão bastante usada em
português para se referir a tal: as particularidades
de uma profissão, que à partida, só quem a pratica
conhece de cor. O uso da mesma expressão
verifica-se em vários sites da Internet.
(http://www.cpav.pt/profissoes.html)
(http://www.huc.minsaude.pt/anestesiologia/docs/Responsabilidade_
med_Anestes_Dr_JMNunes.pdf)
(http://www.danielserrao.com/noticias/detalhes.p
hp?id=70)
 Neste texto, surgiram algumas dificuldades: foi um dos textos que gerou mais dúvidas
e que demorou mais tempo a ser traduzido. Para contornar estes obstáculos, foi necessário
recorrer bastante a pesquisas paralelas, não só em português, mas também em francês e até
em inglês. Este texto permitiu perceber que pode ser bastante positivo um tradutor dominar
mais do que um par de línguas para auxiliar em certas tarefas que exigem a consulta de uma
terceira língua.
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Tradução 4
Les Villages du Portugal est un nouveau concept, qui prend tout son sens et sa profondeur
dans ce monde qui nous mène à la découverte des origines.
En privilégiant le contact avec la nature, grâce aux populations et les modes de vie ruraux, à
travers les délices gastronomiques et l’artisanat régional, les Villages du Portugal nous
proposent un tourisme différent. Ils nous conduisent à des endroits de rêve, où l’on ajoute au
loisir, à la tranquillité et au bien-être la possibilité de connaître du pays dans ce qu’il a de plus
profond et authentique.
Des villages ruraux singuliers entourés de paysages idylliques, préservant un passé de
traditions exprimé dans ses édifices, ses gents, sa culture, ses uses et coutumes, dans la
ruralité et l’authenticité si vive de chaque village.
Les Villages du Portugal prétendent proportionner aux visiteurs la découverte d’une forme de
tourisme différente – Le tourisme en espace rural, en vous invitant pour un séjour en total
indépendance, dans une maison rurale, en pleine nature. C’est une opportunité de profiter non
seulement de logement typique de Tourisme rural, mais aussi de paysages naturels et d’une
ambiance sereine, qui allie le contact entre l’Homme, la nature, la culture et la vie quotidienne
du monde rural.
Village de la semaine
Village de Germil
Un val majestueux marqué par les terrasses de vignoble démontre l’habileté de l’homme. Au
sommet, le village de Germil, encastré dans les petites terrasses, qui constitue un exemple
typique d’une population d’habitat montagnard.
Maison de la Semaine
Maison de l’Assento
A partir des fenêtres de cette maison rustique, on contemple la lagune du barrage de Alto
Lindoso en toute sa splendeur et grandeur. La Maison de l’Assento propose tranquillité au
contact de la nature du Parc National de Peneda-Gerês.
Conditions Générales
Sachez comment nous visiter
Les Villages du Portugal mettent à disposition des logements dans les villages entourés de
paysages idylliques, préservant un passé de traditions exprimé dans ses édifices, ses gents,
sa culture, ses uses et coutumes.
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VILLAGES
Branda da Aveleira - Melgaço
Castro Laboreiro - Melgaço
Germil – Ponte da Barca
Lindoso – Ponte da Barca
Sistelo – Arcos de Valdevez
Soajo – Arcos de Valdevez
Cabração – Ponte de Lima
MAISON
Maisons avec 1 chambre
Maisons avec 2 chambres
Maisons avec 3 chambres
Maisons avec 4 chambres
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À propos de nous
Réserves
Conditions générales
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Praça da República
4990-062 Ponte de Lima
Tel: +351 258 931 750
Fax: +351 258 931 320
[email protected]
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Tradução 5:
Route des Aires Naturelles
Reserve Naturelle de
la Serra da Malcata
Elle existe depuis 1981 et s’insère
aujourd’hui aussi dans la Reserve
Biogénétique du Conseil de l’Europe.
La Malcata a été très médiatisée en
conséquence
des
actions
de
protection du LYNX, félin considéré
en voie de disparition.
2
L’aire de la Réserve est de 163 km et
est située à la frontière espagnole
(Penamacor). Elle possède un
territoire qui varie entre les 425 et les
1,078 mètres d’altitude. Le climat est de transition entre l’atlantique et le méditerranéen, qui influence une
végétation riche en chêne vert, en arbousier et en chêne noir. La faune est également vaste (218 espèces
de vertébrés), sans compter le Lynx ibérique.
L’un des principaux affluents du fleuve Douro naît sur la rive nord de la Réserve; c’est le fleuve Côa.
Parc Naturel de
Serra da Estrela
la
Il s’agit de la plus grande aire
protégée du Portugal et elle occupe
2
une superficie de près de 1000 km .
Elle
correspond
au
massif
montagneux de la Serra da Estrela
qui est essentiellement granitique
mais
qui
possède
quelques
affleurements de schiste. L’aire du
Parc Naturel englobe les principales
sources hydrographiques du Portugal
(Mondego,
Zêzere,
Alva),
les
principaux vestiges des anciens glaciers (les vallées en U, les lagunes, les blocs de granite erratiques, les
grandes fosses) et le point culminant du continent, la Tour qui s’élève à environ 2000 mètres. Le climat est
influencé par des courants méditerranéens et atlantiques et son Plateau Central est considéré une
Reserve Biogénétique par le Conseil de l’Europe.
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Tradução 6 :
Accessible Portugal
Qui sommes-nous
L’agence de voyage Accessible Portugal est un opérateur touristique et entreprise
d’animation touristique, orientée vers l’accueil personnalisé en fonction des nécessités
spéciales des clients, de leurs familles et amis. Récemment, Accessible Portugal a misé
sur une offre touristique spécialisée dans le publique sénior, qui garantisse qualité et
sécurité dans l’activité touristique et qui privilégie le côté ludico-pédagogique.
Dans le Tourisme Accessible à Tous (personne présentant des handicaps variés ou des
maladies chroniques, personne âgée, enfant en bâs-age, femme enceinte, accidenté), on
considère importantes : l’accessibilité en tant qu’un concept qui rassemble plusieurs
réalités, la multiplicité d’acteurs en présence et la difficulté de mobilisation conjointe, la
dimension territoriale appropriée à la promotion d’une destination touristique accessible et
la promotion du tourisme accessible dans le contexte de la promotion touristique globale.
Depuis sa création, en 2005, Accessible Portugal a déjà proportionné des séjours, des
visites et des activités d’animation à de milliers de touristes originaires des EUA, France,
Italie, Allemagne, Royaume-Uni, Canada, Espagne et Brésil, au Portugal et en Espagne.
D’autre part, comme résultat des nombreux partenariats établis partout dans le monde,
l’agence a également possibilité l’outgoing d’innombrables touristes portugais, à la
découverte du monde.
Accessible Portugal est membre du CT 144 – Comité technique portugaise de la
normalisation de la qualité dans le tourisme, présidée par l’institution publique Turismo de
Portugal, occupant un siège spécial à la sous-commission 8 pour le tourisme accessible
(Sub-comissão 8 – Turismo acessível).
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Conclusão
Podemos então concluir que a elaboração deste portfolio foi bastante útil, sendo uma
forma de retrospetiva das traduções efetuadas ao longo do semestre.
Permitiu igualmente adquirir numerosos conhecimentos não só ao nível do
funcionamento linguístico das línguas que integram o par aqui trabalhado, mas também ao
nível dos processos de tradução – Consciencializou cada um de nós das capacidades
necessárias a um tradutor para que este possa ser bem-sucedido e um bom profissional. Como
tal, a versatilidade é o ponto fulcral para tal, juntamente com o forte poder de decisão, assim
como de pesquisa. Um tradutor tem que ser perseverante e não desistir nem optar pelo
caminho da facilidade perante um obstáculo. Mais, tem que ser criativo em alguns casos, de
maneira a conseguir retratar a mensagem pretendida pelo autor na língua de chegada de
forma coerente. Por outro lado, é evidente que tem que existir o maior conhecimento possível
das línguas para dar resposta a pormenores que necessitam de uma atenção particular. Para
concluir, mas não menos importante, um tradutor tem de saber rodear-se dos meios
necessários para contornar eventuais dificuldades e possuir a capacidade de delinear as
estratégias fundamentais, assim como saber utilizar esses mesmos meios de acordo com a
informação que se procura e ter em conta todas as opções de resposta de que se dispõe
quando surge alguma dificuldade.
Como se pode assim observar, o balanço é bastante positivo pois a unidade curricular
em geral permitiu, ao longo do semestre, tirar várias conclusões importantes no processo de
formação de um tradutor. Foi possível juntar a teoria com a prática e fazer com que estas duas
componentes importantes funcionem em simultaneidade. Só assim se assegura um futuro
enquanto bom profissional, pois em todas as profissões do mundo, a teoria vem
obrigatoriamente antes da prática – antes de fazer, é necessário saber o que fazer, como fazer
e porquê o fazer.
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