Controle de IH em Centro Cirúrgico

Transcrição

Controle de IH em Centro Cirúrgico
Controle de I H em Centro Cirúrgico:
Controle de I H em Centro Cirúrgico:
o que todos precisam saber
o que todos precisam saber.
Supervisora do CC, CME e AGT do Hospital Paulistano
Mestre emdo
Enfermagem
pela EEUSP
Supervisora
CC, CMEeme Saúde
AGTdo
doAdulto
Hospital
Paulistano
em CC, RPA e CME pela SOBECC
Mestre emEspecialista
Enfermagem
em Saúde do Adulto pela EEUSP
Especialização em Administração de Serviços de Saúde, pela FGV
Especialista em
CC, RPA e CME pela SOBECC
Graduada pela UNIFESP
Especialização em Administração de Serviços de Saúde, pela FGV
IH é um
fantasma
que nos
ronda.
Quando um paciente
apresenta ISC, todos
os sistemas de alerta
entram em ação.
E o grande desafio é
descobrir a(s)
causa(s), por que os
fatores intervenientes
são muitos.
CME
CME – Cover Bag




Cover bag – deve possuir 2 a 3 milésimos de polegada (APECIH, 2010).
1 polegada corresponde a 25,4 mm
0,02 mil de pol = 0,51mm
0,03 mil de pol = 0,76 mm
 Filme plástico em média tem 250µm = 0,25 mm, para atingir a
espessura recomendada é necessário dar 3 a 4 voltas do filme sobre o
material.
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Filme plástico
Guarda de Material Estéril - CME
 Ambiente sem janelas.
 Com controle de temperatura (18º a 22ºC e umidade 35% a 70%)
 Armários com distância de 20 cm do piso, 5 cm da parede e 45
cm do teto.
 Circulação de pessoas reduzida ao necessário.
 Armário de material não tenha porosidade, aço inoxidável,
plástico, etc...
 Não utilizar madeira
Recomendações
Banho
 Banho preoperatório recomenda-se que seja realizada
até 2 horas antes da cirurgia.
 Uso da clorexidina diminuiu contagem de colônias
bacterianas em 9 vezes.
 Para aproveitar o máximo da ação da clorexidina ,
deve-se permitir que seque completamente e que não
seja removida (há controversia).
SHEA vol 29, n10, out 2008 - AECIPH
CDC Guideline for Prevention of SSI, April 1999.
Recomendações
Tricotomia
 Adequada remoção dos pelos, com uso de
tricotomizador ou creme depilatório, se
necessário.
 Não recomendado
SHEA vol 29, n10, out 2008 - AECIPH
CDC Guideline for Prevention of SSI, April 1999.
Recomendações
Cateter vascular
 Utilize barreira máxima antes da inserção de cateter venoso central.
 Clorexidina alcoólica para preparo da pele.
 Desinfetar as conexões dos cateteres antes de usar.
 Troca de curativos.
filme transparente entre 5 a 7 dias,
Gaze a cada 2 dias
Para ambos se estiver sujo, solto ou úmido trocar antes do prazo
estipulado
SHEA vol 29, n10, out 2008 - APECIH
WWW.shea-online.org
Recomendações
Cateterismo vesical
 Utilizar técnica asséptica e material estéril.
 Cateter de menor calibre possível para minimizar
trauma ureteral
 Indicada a remoção do cateter vesical no 1º ou 2º
PO.
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Recomendações
Antibiótico profilaxia
 Dentro de 1 hora antes da incisão, via EV.
 Em membro garroteado, o antibiótico precisa ser
administrado antes do garroteamento.
 2 horas antes da incisão para vancomicina e
fluoroquinolonas.
 Descontinuação do uso de antimicrobiano profilático
dentro de 24h e para cirurgia cardíaca 48h.
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Recomendações
Nível glicose
 Nas cirurgias cardíacas no período pós operatório
imediato, o resultado obtido as 06:00h da manhã é
considerado a marca ZERO
 Nos resultados do 1º e 2º PO o ideal é que se
mantenha abaixo de 200mg/dl.
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Recomendações
Manutenção da normotermia –
temperatura ≥ 36ºC





Hipotermia causa:
Alteração no metabolismo de fármacos.
Alteração no metabolismo de proteínas, que pode comprometer a cicatrização.
Causa vasoconstrição periférica.
Anormalidades da coagulação e da função plaquetária, aumentando, a perda de
sangue no intraoperatório.
 Aumento da infecção do sítio cirúrgico,
 Aumento da estadia na sala de RPA.
SHEA vol 29, n10, out 2008 - APECIH
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Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.17 no.2
Ribeirão Preto Mar./Apr. 2009
Recomendações
Não utilizar adornos e acessórios
 Existe uma grande resistência por parte dos usuários do CC.
 Esse é um trabalho de
Práticas recomendadas SOBECC, 5ª ed. 2009
Recomendações
Escovação cirúrgica




Retirar objetos das mãos.
Unhas curtas e limpas
Não usar unhas postiças..
Proceder a escovação das mãos, antebraço
e cotovelos preferencialmente com
clorexedina.
 Tempo 5 minutos na 1ª escovação e entre
as próximas cirurgias de 2 minutos.
 Depois da escovação manter mãos longe
do corpo com os cotovelos flexionados
para a água escorrer no sentido das mãos
para os cotovelos.
SHEA vol 29, n10, out 2008 - APECIH
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Práticas recomendadas SOBECC, 5ª ed. 2009
Correto
• roupa
•sentido
Área
nobre
Errado
• roupa
• sentido
Recomendações
Antissepsia do local da incisão
 Utilizar preferencialmente
clorexedina degermante e
depois a alcoólica.
 Iniciar do local da incisão
para periferia.
 Não deixar acumular
antisséptico na região
umbilical, infra mamária
ou dobra da pele.
A equipe cirúrgica
precisará enxugar o
excesso de antisséptico
das regiões indicadas.
Campo para
captar o
excesso de
Antisséptico
será
Retirado ao
Término da
antissepsia.
Cuidados no Centro Cirúrgico
Limpeza da sala
 Terminal toda noite
 Concorrente diariamente
entre as cirurgias
 Não realizar limpeza
especial após cirurgia
contaminada ou infectada divergência ????
Seguir as
recomendações da
SCIH
SHEA vol 29, n10, out 2008 - APECIH
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Práticas recomendadas SOBECC, 5ª ed. 2009
Cuidados no Centro Cirúrgico
Não esquecer nada na cavidade cirúrgica - segurança
Raytech /
radiopaca
Cuidados no Centro Cirúrgico
 Tamanho da sala X tipo de procedimento
 O tamanho da sala de cirurgia precisa ser pensado
desde o momento da construção ou reforma do CC.
 A sala precisa comportar todos os equipamentos e
número de pessoas que são necessários para o
procedimento para manter as portas fechadas.
Cuidados no Centro Cirúrgico
Manter as portas das salas de cirurgia fechadas e precisam ter visor
 O melhor são portas de correr em aço
inoxidável, sobre trilho superior,
 Facilita a limpeza,
 Diminui o turbilhonamento do ar,
 Se possível com sistema automático
de abertura e fechamento do da porta.
 Portas de abrir com movimento
de 90º causam maior
turbilhonamento de ar dentro da
sala de cirurgia.
 Porta sem visor aumento o risco
de acidente dentro da SO.
MOVIMENTAÇÃO DO AR
Bengt Ljungqvist, Prof. Univ. Técnica de Chalmers - Suécia, palestra no 12º
Congresso Mundial de esterilização out/2012 Portugal
Sala de cirurgia
Nuvem gasosa mostra a movimentação
do ar com a presença da equipe
cirúrgica
Fonte de difusão
Movimento do ar
Obstáculo mudando
a trajetória do ar
 Representação esquemática do fluxo da camada
convectiva natural gerada através de um corpo em ou
deitado.
 Quando deitado o fluxo é geralmente mais lento e mais
fino do que quando se está de pé.
Teoria de abertura das portas
A teoria do perfil de velocidade
através de uma abertura da
porta com uma diferença de
temperatura
Formula
Áreas de turbilhonamento do Ar
Em uma sala de cirurgia a concentração de partículas carreadoras
de bactérias em função do tempo de abertura da porta com fluxo
de ar de 3.0 m3/s.
- A concentração do corredor ao lado é de 180 CFU/ m3
Stor – gde
Liten - peq
CFU = unidade formadora de colônia
Cuidados no Centro Cirúrgico
Ar condicionado - temperatura – umidade relativa
Ambiente
Nível
de
risco
Situação
a
controlar
Temp.
ºC
Umidade
relativa
%
Vazão min.
de ar total
(m3/h/m2)
Nível de
pressão
Filtragem
mínima
Sala de cirurgia
geral e parto
2
AgB,
AgQ
18 - 22
45 - 55
75
(+)
G3 + F8
Sala de cirurgia
especializada
3
AgB,
AgQ
18 - 22
45 - 55
75
(+)
G3 + F7 +A3
RPA
1
AgB
21 - 24
40 - 60
18








G4
Nível 2 - Área onde existem fortes evidências de risco de ocorrência de agravos à saúde relacionados à
qualidade do ar, de seus ocupantes ou de pacientes que utilizarão produtos manipulados nestas áreas,
Nível 3 – texto é o mesmo do nível 2 com a seguinte alteração..... ocorrência de agravos sérios à saúde ......
(ortopedia, neurocirurgia , cardiologia, transplantes)
Classificação de eficiência dos filtros ( G= grosso / F = fino / A = absoluto)
G3 80 ≤ Eg < 80 / G4 90 ≤ Eg / F7 80 ≤ Ef < 80 / F8 90 ≤ Ef < 95 / A3 (HEPA) 99,97 ≤ E dop
Eg = eficiência gravimétrica p/ pó sintético padrão Ashrae 52.1 arrestance
Ef = eficiência p/ partículas de 0,4 µm
E dop = eficiência p/ partículas de 0,3 µm de acordo com a norma U.S. Military Standard 282 (teste DOP)
Agente Biológico = AgB / Agente Químico = AgQ
NBR 7256 - 2005
Evolução do sistema de roupa
- Berit Reinmüller , Prof. Univ. Técnica de Chalmers - Suécia , palestra no 12º
congresso mundial de esterilização out/12 Portugal

Mistura de algodão com poliéster.
 100% poliéster
Roupa comum: 50% algodão e 50% poliéster
 Microfibra: 99% poliéster e 1 % carbono
A Intensidade da Fonte
Indicações com base em dados de continuidade das operações; suprimentos de ar 0,54 m3/s
Sistema de roupas
Concentração média
de valor durante a
cirurgia (CFU/m3)
Intensidade total da
fonte (CFU/s)
Número médio de
pessoas
Intensidade da fonte
da sala de cirurgia
por pessoa (CFU/s)
Material misto (69%
algodão, 30%
poliéster e 1% fibra
carbono)
58.9
31.8
5
6.4
Comum (50%
algodão, 50%
poliéster)
24
13
7
1.9
Microfibra
(99%poliester e 1%
fibra de carbono)
13.2
7.1
8
0.9
Qualidade de sala
limpa
2.5
1.4
7
0.2
CFU = unidade formadora de colônia
 2000m3/h ~ 0,56 m3/s poderia reduzir a intensidade total da fonte de 5.6 CFH/s
a uma concentração de 10 CFU/m3
 5000m3/h ~ 1.4 m3/s poderia reduzir a intensidade total da fonte de 14 CFH/s a
uma concentração de 10 CFU/m3
 10.000m3/h ~ 2.8 m3/s poderia reduzir a intensidade total da fonte de 28 CFH/s
a uma concentração de 10 CFU/m3
 A concentração de contaminação pelo ar na sala de
operação depende:





Suprimento do ar e qualidade do filtro
Fluxo do ar
Nº de pessoas e seu grau de atividade
Sistema de roupa
Medição técnica
 Questão do conforto
 Rotina e disciplina de trabalho
 Questão da segurança do paciente
 Tempo para atualização
Cuidados no Centro Cirúrgico
Cuidados com a retirada dos materiais utilizados na cirurgia.




Conferir o instrumental
Coloca-lo dentro da caixa ou cesto,
Borrifar com produto enzimático
Colocar o bisturi e agulhas em caixa
imantada.
 Coloca-la sobre a mesa auxiliar
cobrindo-a
 Ou em containers fechados
 Ou em carros fechados.
Não transportar material
utilizado sem proteção no
ambiente hospitalar
Recuperação Pós
Anestésica (RPA)
 Manter o paciente aquecido
 Observar saturação de O2 em ar ambiente
 Observar as condições dos curativos, se for necessário fazer a
troca, usar técnica asséptica
 Manter os acessos vasculares prévios, com curativo limpo
 Verificar condições de SVD
 Verificar condições dos drenos
Esses cuidados são necessários para darmos um atendimento
seguro ao paciente e corroborar com o controle ISC
Unidade de Destino
 Manter :



o paciente aquecido,
acessos pérvios e fixação limpa,
curativos limpos e secos,
 Cuidado com o paciente que precisa de banho no leito,
para não deixar o curativo molhado principalmente nas
primeiras 48h após a cirurgia.
 O curativo na região dorsal precisa de mais atenção
para evitar que seja molhado.
Em qualquer ambiente hospitalar não esquecer
a principal arma para o controle de infecção.
Lavagem
das
mãos
Parceria Importante
CC
SCIH
Controle
da ISC/
IH
Unidade
de
destino
CME
12º Congresso Mundial de Esterilização
Estoril - Portugal – outubro 2011
- Bengt Ljungqvist (ele)
- Berit Reinmüller (ela)
Prof. Univ. Técnica de
Chalmers - Suécia
 Comparação da evolução no sistema de roupas para CC
 Dispersão de particulados no ar ambiente do CC.
 Importância da qualidade do ar ambiental e seu impacto no controle de
infecção.
Filtro HEPA acima da
abertura da porta
[email protected]

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