PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA – PCT
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PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA – PCT
PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA – PCT-BRA/IICA/10/001 Consolidação de uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável e Solidário PRODUTO 2: diagnóstico da situação atual da organização, síntese de não conformidades, sombreamentos e outras disfunções, e seus efeitos correspondentes na gestão das políticas. AUTOR: Carhmo Desenvolvimento Humano e Empresarial PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA – PCT-BRA/IICA/10/001: Consolidação de uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável e Solidário Contrato de prestação de serviços n° 213004 – IICA, de janeiro de 2013 OBJETIVO: Analisar e apresentar subsídios de natureza técnica que possam contribuir para o aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão do conjunto de políticas de promoção da agricultura familiar e do desenvolvimento rural sustentável. PRODUTO 2: Diagnóstico da situação atual da organização, síntese de não conformidades, sombreamentos e outras disfunções, e seus efeitos correspondentes na gestão das políticas. PERÍODO DE REFERÊNCIA: 13 de março a 25 de abril de 2013. Este produto foi realizado no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/10/001 – Consolidação de uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável e Solidário, em contrato celebrado entre o INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA – IICA e a CARHMO DESENVOLVIMENTO HUMANO E EMPRESARIAL. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA LISTA DE SIGLAS AECI – Assessoria Especial de Controle Interno AIPC – Assessoria para Assuntos Internacionais e de Promoção Comercial ARA – Árvore da Realidade Atual ASCOM – Assessoria de Comunicação Social ASPAR – Assessoria Parlamentar ASTEC – Assessoria Técnica CADEF – Coordenação de Apoio às Delegacias Nacionais do Desenvolvimento Agrário CASG – Coordenação de Administração e Serviços Gerais CERFAL – Coordenação Extraordinária de Regularização Fundiária na Amazônia Legal CGAC – Coordenação Geral de Ação Cultural CGARH – Coordenação Geral de Administração e Recursos Humanos CGAT – Coordenação Geral de Capacitação e Assistência Técnica CGCONV – Coordenação Geral de Convênios CGPCT – Coordenação Geral para Povos e Comunidades Tradicionais CGMI – Coordenação Geral de Modernização e Informática CGO – Coordenação Geral Operacional CGOF – Coordenação Geral de Orçamento e Finanças CGPMA – Coordenação Geral de Planejamento, Monitoramento e Avaliação CGPOFC – Coordenação Geral de Planejamento CGRA – Coordenação Geral de Reordenamento Agrário CGRR – Coordenação Geral de Revitalização e Regularização CLC – Coordenação de Licitação e Contratos CONDEF – Coordenação Geral Nacional das Delegacias Nacionais do Desenvolvimento Agrário CONDRAF – Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável CONJUR – Consultoria Jurídica CPCT – Coordenação de Projetos de Cooperação Técnica CRH – Coordenação de Recursos Humanos DATER – Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA DCF – Departamento de Crédito Fundiário DETER – Departamento de Ações e Desenvolvimento Territorial DFDA – Delegacia Federal do Desenvolvimento Agrário, do MDA DFPP – Departamento de Financiamento e Proteção da Produção DGRAV – Departamento de Geração de Renda e Agregação de Valor DIP – Departamento de Inclusão Produtiva DMARFAL – Diretoria de Planejamento Monitoramento Regularização Fundiária da Amazônia Legal DPMR – Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais FNDE – Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação FTE – Full Time Equivalent GM – Gabinete do Ministro GSECEX – Gabinete da Secretaria Executiva IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDEFØ – Integration Definition for Function Modeling LTI – Levantamento de Tarefas Individuais MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome MMA – Ministério do Meio Ambiente MME – Ministério de Minas e Energia NEAD – Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural OAN – Ouvidoria Agrária Nacional PAA – Programa de Aquisição de Alimentos PCT – Projeto de Cooperação Técnica PGPM – Política Geral de Preços Mínimos PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar POP – Procedimento Operacional Padrão QDCO – Quadro de Distribuição e Composição Organizacional QDT – Quadro de Distribuição do Trabalho SAF – Secretaria de Agricultura Familiar SDT – Secretaria de Desenvolvimento Territorial SECEX – Secretaria Executiva CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA e Avaliação da SERFAL – Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária da Amazônia Legal SPOA – Subsecretaria de Planejamento Orçamento e Administração SRA – Secretaria de Reordenamento Agrário CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA LISTA DE FIGURAS, QUADROS, TABELAS E GRÁFICOS Figura 1 – Árvore de processos do MDA .................................................................. 22 Figura 2 – Árvore de subprocessos do MDA ............................................................. 23 Figura 3 – Dimensionamento das principais unidades do MDA ................................ 24 Quadro 1 - Distribuição do trabalho na estrutura do MDA (em FTEs) 25 Quadro 2 - Distribuição do trabalho na SRA, em FTEs por processo 26 Quadro 3 - Distribuição do trabalho na SAF, em FTEs por processo 30 Quadro 4 - Distribuição do trabalho na SDT, em FTEs por processo 31 Tabela 1 – Sistemas utilizados no MDA .................................................................... 12 Tabela 2 – Ações e programas do MDA ................................................................... 14 Gráfico 1 - Percentual da força de trabalho do MDA alocada nos macroprocessos . 32 Gráfico 2 - Composição do macroprocesso apoio à gestão ...................................... 33 CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 6 1 DEFINIÇÕES ........................................................................................................... 8 1.1 TERMOS TÉCNICOS............................................................................................ 8 1.2 SISTEMAS DE TI UTILIZADOS NO MDA ........................................................... 12 1.3 AÇÕES E PROGRAMAS NO MDA ..................................................................... 13 2 METODOLOGIA..................................................................................................... 16 3 DIAGNÓSTICO ...................................................................................................... 19 3.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 19 3.2 PROCESSOS...................................................................................................... 20 3.3 DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO ........................................................................ 24 CONCLUSÃO............................................................................................................ 42 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44 CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA APRESENTAÇÃO O presente relatório tem como objeto específico apresentar o resultado da segunda fase do trabalho previsto no Contrato de Prestação de Serviços n° 213004, firmado entre o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA e Carhmo Desenvolvimento Humano e Empresarial, empresa de consultoria responsável pela realização das atividades previstas no Termo de Referência do Projeto de Cooperação Técnica BRA/IICA/10/001 – Consolidação de uma Agenda de Desenvolvimento Sustentável e Solidário, anexo ao contrato acima, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA. O produto dessa segunda fase atende ao previsto no item 5 do citado Termo de Referência no que se refere ao Produto 2: “Documento contendo diagnóstico da situação atual da organização, síntese de não conformidades, sombreamentos e outras disfunções, e seus efeitos correspondentes na gestão das políticas”. Ao final da primeira fase do trabalho, foi realizada reunião com o Grupo de Gestão para discussão sobre as interações e influências do ambiente, a cadeia de valor e os macroprocessos. Após alguns ajustes decorrentes dessa discussão, o mesmo conteúdo foi apresentado à Diretoria Colegiada e a fase foi concluída com a entrega do relatório do Produto 1, contendo: 1) contextualização do MDA, abrangendo as interações e influências de seu ambiente de atuação, 2) cadeia de valor e os macroprocessos dela extraídos, 3) percepções e preocupações do corpo de direção do Ministério, 4) direcionamento do mapa estratégico e 5) análise preliminar dos mecanismos de gestão, composta pelos pontos de atenção destacados nas diversas abordagens realizadas ao longo daquela fase do trabalho. A segunda fase focou no aprofundamento da análise dos pontos de atenção anteriormente destacados, no levantamento de atividades de todas as pessoas envolvidas com o trabalho operacional, servidores ou não, em entrevistas com Coordenadores de equipes para levantamento de novas informações ou confirmação de outras e na construção do quadro de distribuição de trabalho, ponto de partida para a elaboração do diagnóstico da situação atual do Ministério, do ponto CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 6 de vista organizacional. Também foram realizadas visitas a três outras estruturas ministeriais com o objetivo de referenciar suas práticas de fluxos de trabalho e organização com a prática adotada hoje no MDA. O mapeamento de atividades permitiu a identificação do consumo de estrutura por processos em cada unidade organizacional, a visualização de replicação de funções em diferentes áreas, sombreamentos, pontos de baixa eficiência operacional e outras disfunções. Nessa análise, foram distinguidos com maior atenção os processos críticos identificados pelo MDA em oficina realizada em dezembro/2012. A síntese do diagnóstico da situação organizacional e os problemas encontrados, assim como seus efeitos na gestão das políticas do Ministério, compõem este relatório, que está estruturado em três capítulos. No primeiro, são apresentadas definições de termos técnicos utilizados ao longo do relatório, para efeito de elucidação do seu conteúdo, os sistemas de TI em uso no MDA e seus produtos, isto é, ações e programas. O segundo capítulo detalha a metodologia adotada nesta fase do trabalho e o terceiro apresenta a distribuição dos processos de trabalho e o diagnóstico resultante da análise desenvolvida. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 7 1 DEFINIÇÕES 1.1 TERMOS TÉCNICOS 1.1.1 Benchmarking Benchmarking é um método de pesquisa que permite realizar comparações de processos e práticas para identificar fatores-chaves que influenciem a eficiência e qualidade de uma organização. De acordo com Marshall (2006), o benchmarking deve ser um processo contínuo e sistemático para identificar referenciais de excelência (benchmark) e realizar as devidas comparações com esses referenciais (benchmarking). Assim, é possível saber como uma organização se encontra em relação a outras organizações similares e às de melhor desempenho. 1.1.2 FTE (Full Time Equivalent) Um FTE corresponde a uma pessoa trabalhando em tempo integral. Assim, duas pessoas que trabalham meia jornada por dia são equivalentes a uma em jornada integral, ou 1 FTE. O FTE é uma ferramenta importante para o gestor, pois permite comparações em ambientes com trabalhadores em tempos parciais ou com horas reduzidas e também pode ser utilizada para medir custo de pessoal e remuneração média. O cálculo do FTE é obtido pela soma do total das horas de trabalho dos empregados em função da jornada diária. Para efeito deste trabalho, FTE é uma unidade que representa o grau de envolvimento de pessoal em determinada atividade em função da jornada de trabalho diária de cada pessoa nela envolvida. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 8 Por exemplo, se para a consecução de uma atividade A são necessárias 4 horas de uma pessoa, cuja jornada diária é de 8 horas, então a força de trabalho consumida nessa atividade é igual a 0,5 FTE, ou 4 dividido por 8. Se para outra atividade B, fossem necessárias 4h de uma pessoa com jornada de 8h e 3h de outra pessoa, cuja jornada é de 6h, o grau de envolvimento de pessoal nessa atividade seria equivalente a 1 FTE (4/8 + 3/6). 1.1.3 IDEF0 (Integration Definition for Function Modeling) IDEFØ é um método concebido para modelar as decisões, ações e atividades de uma organização ou sistema. Modelos IDEFØ eficazes ajudam a organizar a análise de um sistema e de promover a boa comunicação entre o analista e o cliente. O IDEFØ é útil para estabelecer o âmbito de uma análise, especialmente para uma análise funcional. Como uma ferramenta de comunicação, IDEFØ contribui para o consenso na tomada de decisões por meio de dispositivos gráficos simplificados. Como uma ferramenta de análise, esse método auxilia na identificação de quais funções são executadas, o que é necessário para executar essas funções, o que está em desconformidade com a norma e o que reduz sua eficiência. 1.1.4 Macroprocessos, Processos, Subprocessos e Atividade Macroprocessos: Grandes conjuntos de atividades pelos quais a organização cumpre a sua missão, gerando valor. Correspondem às funções da organização que devem estar alinhadas aos objetivos de suas unidades organizacionais. Processos: Cada macroprocesso engloba vários processos, por meio dos quais são viabilizados os resultados pretendidos pela organização. Tais processos têm início e fim bem determinados, numa sucessão clara e lógica de ações interdependentes que geram resultados. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 9 Subprocessos: Constituem-se em um nível maior de detalhamento dos processos, que demonstra os fluxos de trabalho e atividades sequenciais e interdependentes, necessárias e suficientes para execução de cada processo da organização. Podem ser chamados também de pacotes de trabalho. Atividade: é a ação executada, em nível ainda mais detalhado, que corresponde a “o quê” é feito durante o processo. Um conjunto de atividades compõe um pacote de trabalho. 1.1.5 Mapeamento de processos O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em seu Padrão de Trabalho de Modelagem de Processos (2007) define o mapeamento como o levantamento e diagramação do processo como ele é executado. É entendido como a identificação dos fluxos de trabalho com início, meio e fim bem determinados, com insumos e produtos/serviços claramente definidos e com atividades que seguem uma sequência lógica, permitindo visão integrada e encadeada do trabalho. Segundo Netto (2004) o mapeamento de processos permite melhor visualização do encadeamento e interação das atividades na organização, além de evidenciar atividades redundantes, lacunas, excesso ou falta de recursos. Seu resultado constitui a base para promoção de melhor dinamicidade e qualidade dos processos. 1.1.6 Política de Recursos Humanos Política de recursos humanos compõe um conjunto de princípios de como a organização pretende lidar com seus empregados e por meio deles atingir os objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance dos objetivos pessoais. Segundo Chiavenato (2006), a politica deve abranger os principais aspectos: CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 10 a) suprimento de recursos humanos – recrutamento, seleção e ambientação dos novos membros no ambiente interno, com rapidez e eficácia; b) aplicação dos recursos humanos (requisitos básicos da força de trabalho; planejamento, alocação e movimentação interna, plano de carreiras; oportunidades futuras possíveis; critérios de avaliação da qualidade e da adequação da força de trabalho); c) manutenção dos recursos humanos (remuneração, programas de benefícios, manutenção do clima organizacional adequado, condições ambientais de higiene e segurança, relacionamento com sindicato); d) desenvolvimento de recursos humanos (treinamento e desenvolvimento; mudança comportamental) e) monitoração de recursos humanos (manter banco de dados para análises quantitativas e qualitativas da força de trabalho e para avaliação da adequação das políticas de RH). 1.1.7 QDT – Quadro de Distribuição do Trabalho Ferramenta que mostra as tarefas efetuadas dentro de uma determinada área, especificando quanto tempo é gasto por cada um dos funcionários na atividade, total e individualmente. O QDT é utilizado para análise da distribuição do trabalho, que geralmente é efetuada com base em quatro blocos: tempo, capacidade profissional, equilíbrio no volume de trabalho e possibilidades preliminares de mudança. A técnica é realizada em quatro etapas: Primeira: identificação das tarefas individuais por funcionário, através do LTI (Levantamento das Tarefas Individuais), onde é relacionado o que o funcionário faz, com qual frequência e o tempo estimado na atividade. Segunda: agrupar as atividades semelhantes em subprocessos, segundo características de complementaridade e similaridade, em grupos homogêneos. Terceira: montagem do QDT, consolidando as duas primeiras etapas em um quadro que mostra todas as atividades, seus responsáveis, os respectivos cargos e o tempo consumido para cada uma delas. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 11 Quarta: análise da distribuição do trabalho através do QDT. Segundo Araujo (2001), essa ferramenta permite observar sobrecarga ou ociosidade, reconhecer superposição de atividades, replicação de estruturas e outras características que possam configurar disfunções e apresentar deficiências no nível operacional da organização. 1.2 SISTEMAS DE TI UTILIZADOS NO MDA Com base nas informações das atividades realizadas no MDA, recebidas através do levantamento de tarefas individuais (LTI), foram identificados diversos sistemas de TI em utilização. Na tabela 1, estão relacionados aplicativos do próprio MDA (criação corporativa ou de unidades), de outros órgãos governamentais e ainda aplicativos adquiridos no mercado. Tabela 1 – Sistemas utilizados no MDA APLICATIVOS DO MDA DAPweb Sistema de emissão de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) PGPAF Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar SABIDO Sistema de Gerenciamento das Ações do Biodiesel SCDP Sistema de Concessão de Diárias e Passagens SGE Sistema de Gestão Estratégica – SDT SGT Sistema de Gestão Territorial SIASG Sistema de Administração de Serviços Gerais SIATER Sistema Informatizado de Assistência Técnica e Extensão Rural SICOFIN Sistema de Convênios e Finanças SICONV Sistema de Convênios do Governo Federal SIG Sistema de Informações Gerenciais – SDT Sigalivre Sustentável Aplicativo para operacionalização do Pronaf Sustentável SIGCF Sistema de Informações Gerenciais do Crédito Fundiário SIMON Sistema de Monitoramento de Projetos SIOP Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento SISDEX Sistema de Controle de Documentos Expedidos SISPAC 2 Sistema de Cadastramento de Cartas-Consulta do PAC 2 CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 12 SISTERLEG Sistema Terra Legal SIT Sistema de Informações Territoriais – SDT SMAP Sistema de Monitoramento e Avaliação do Pronaf SMMT Sistema de Monitoramento de Mercado de Terras SNCR Sistema Nacional de Crédito Rural Srede Sistema de Rede de Apoio APLICATIVOS DE OUTROS ÓRGÃOS ABC – SIGAP Sistema de Informações Gerenciais de Acompanhamento de Projetos – Agência Brasileira de Cooperação AGU – SISCON Sistema Consultoria da Advocacia-Geral da União INCRA – SIPRA Sistema de Informações de Projetos de Reforma Agrária – Incra INCRA – SISDOC Cadastro e Trâmite de Documentos – Incra INCRA – SISPROT Cadastro e Trâmite de Processos – Incra INCRA – SNCR Sistema Nacional de Crédito Rural – Incra INSS – SISOBI Sistema Informatizado de Controle de Óbitos – INSS MPOG – SIAPE Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos - MPOG MPOG – SIASS Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor Público Federal – MPOG MPOG – SIDEC Sistema de Divulgação Eletrônica de Compras e Contratações - MPOG PR – SIDOF Sistema de Geração e Tramitação de Documentos Oficiais – Presidência da República PR – SISDOC Sistema de Tramitação de Documentos Oficiais – Presidência da República STN – SIAFI Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – Secretaria do Tesouro Nacional APLICATIVOS DE MERCADO ARANDA Aplicativo para Gestão de Infraestrutura de TI OTRS Controle de help desk e call center (Open Ticket Request System) SGD Sistema de Gerenciamento Eletrônico de Documentos SVN Gerenciamento de arquivos (Subversion) Fonte: Levantamento de Tarefas Individuais 1.3 AÇÕES E PROGRAMAS NO MDA O processo de criação de políticas públicas é feito de forma colaborativa entre ministérios do governo federal e requer, para implementação, a participação de atores de diversas instituições. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 13 As ações e programas em execução no MDA, independentemente da origem, estão relacionadas na tabela 2 (agrupadas por unidade responsável pelo acompanhamento). Tabela 2 – Ações e programas do MDA Secretaria de Reordenamento Agrário – SRA Credito Fundiário Programa Cadastro Arca das Letras Secretaria da Agricultura Familiar – SAF Departamento Geração de Renda e Agregação de Valor – DGRAV Rede Brasil Rural Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) (MDS – Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome) Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) (FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) Programa Talentos do Brasil Política Setorial do Leite Política Setorial do Café Agroindústria Plano da Sociobiodiversidade (MMA – Ministério do Meio Ambiente) Plantas Medicinais Feiras e Eventos Comerciais Turismo Rural Artesanato Produtos e Mercados Diferenciados/Orgânicos Sistema Único de Inspeção Sanitária (SUASA) (MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) (Casa Civil e MME – Ministério de Minas e Energia) Selo Combustível Social Selo da Agricultura Familiar (Sipaf) Projeto Talentos do Brasil Rural Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural – DATER Convênios e contratos de ATER Sistema Brasileiro de Ater – Sibrater Projetos especiais de Ater Ater Mais Gestão Ater Indígena Gripe Aviária Programa de sementes CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 14 Programa de Diversificação em Áreas Cultivadas com Tabaco Redes Temáticas de Ater Departamento de Financiamento e Proteção da Produção – DFPP Programa Garantia-Safra Seguro da Agricultura Familiar (SEAF) Programa Mais Alimentos Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) Diretoria de Politicas Para Mulheres Rurais e Quilombolas Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural Programa de Organização Produtiva de Mulheres Rurais Ater para Mulheres Rurais Coordenação-Geral de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais – CGPCT Assistência Técnica e Extensão Rural em Áreas Indígenas Assistência Técnica e Extensão Rural para Comunidades Quilombolas Apoio ao Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Quilombolas e Povos e Comunidades Tradicionais Apoio ao Desenvolvimento Sustentável das Comunidades Indígenas Secretaria de Desenvolvimento Territorial – SDT Apoio a Projetos de Infraestrutura e Serviços nos Territórios Rurais Desenvolvimento dos Territórios Rurais Educação e Cultura no Campo Fortalecimento do Cooperativismo Projeto Dom Hélder Câmara Dinamização Econômica dos Territórios Rurais Secretaria de Regularização Fundiária na Amazônia Legal – SERFAL Terra Legal Fonte: <http://portal2.mda.gov.br/acessoainformacao/acoes-e-programas/>, em 24/4/2013 CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 15 2 METODOLOGIA A metodologia adotada nesta segunda fase do trabalho abrangeu realização de benchmarking, levantamento de tarefas individuais, construção e análise de quadros de distribuição do trabalho, aprofundamento da análise elaborada na primeira fase em relação a pontos de atenção e elaboração de diagnóstico da situação atual do Ministério. Foram realizadas pesquisas em documentos disponíveis na internet por organizações públicas e visitas a três ministérios: Secretaria de Aviação Civil, Ministério do Desenvolvimento Social e Ministério da Educação. O resultado do benchmarking foi usado como referência para análise da situação atual do MDA e será apresentado na próxima fase do trabalho como componente do embasamento da proposta de sua nova arquitetura organizacional. O levantamento de tarefas individuais foi realizado junto aos colaboradores do MDA, por meio do formulário LTI – Levantamento de Tarefas Individuais, no período de 26/02 a 14/03/2013, contemplando todas as pessoas envolvidas com atividades de caráter operacional (de execução) e lotadas nas unidades localizadas em Brasília (DF). Portanto, não foram contempladas atividades realizadas nas Delegacias Federais e no Condraf. Esse levantamento incluiu também atividades exercidas por alguns coordenadores, quando identificada a sua participação direta na execução de serviços. Todas as atividades foram tabuladas e compiladas em planilha contemplando setor de lotação, jornada de trabalho, atividades, frequência e tempo mensal em horas de dedicação a cada atividade. Quando identificada alguma inconsistência no formulário preenchido pelo colaborador, novo contato foi efetuado com o coordenador de sua equipe para corrigir ou validar a informação. Em alguns casos, as informações foram obtidas diretamente com os respectivos coordenadores e assistência da pessoa que executa as atividades objeto de mapeamento. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 16 As atividades levantadas foram agrupadas, em função de suas afinidades, por subprocessos. Os subprocessos, da mesma forma, foram reunidos em processos que foram confrontados com os macroprocessos definidos na primeira fase deste trabalho. Os macroprocessos foram ajustados para acomodar os grupamentos de processos identificados. Cabe aqui explicar como se deu a abordagem dos fluxos de trabalho do MDA. A abordagem de processos tem semelhança com a construção da curva de Koch1, na medida em que o processo pode ser decomposto em ações cada vez menores, com exceção da auto similaridade característica dos fractais. Nesse caminho de decomposição, enquanto o número de níveis tende ao infinito, o tamanho de cada ação tende a zero. Em analogia com as melhores práticas em gerenciamento de projetos descritas no PMBoK (2008), os processos neste trabalho foram decompostos até o nível suficiente para suportar o gerenciamento do trabalho. Assim, partindo-se do maior nível de ação, chegou-se ao terceiro nível – segunda decomposição – em que as ações receberam o nome de subprocessos. As do primeiro nível foram batizadas de macroprocessos e as do segundo, de processos. Desse modo, as atividades e os tempos tabulados, vinculados a subprocessos, processos e macroprocessos, formaram a base para a construção dos Quadros de Distribuição do Trabalho (QDT) de cada unidade organizacional. Esses quadros foram elaborados em quatro níveis da estrutura hierárquica do MDA: 1) Coordenação Geral, 2) Departamento e Diretoria, 3) Secretaria e Gabinete do Ministro e 4) Ministério. A unidade adotada para apresentar o dimensionamento de cada unidade e o grau de envolvimento de pessoal foi a do FTE, calculado a partir do tempo que os colaboradores se dedicam a cada atividade, consideradas as respectivas jornadas oficiais de trabalho de cada um. Embora rigorosamente um FTE não corresponda a 1 Curva geométrica, também conhecida como Floco de neve de Koch, desenvolvida pelo matemático sueco Helge von Koch, foi um dos primeiros fractais a serem descritos. Sua construção mais simples se realiza por um processo iterativo que se inicia dividindo em três um segmento de reta e acrescentando mais dois no lugar do segmento médio, à forma de um triangulo equilátero. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 17 uma pessoa, ele pode ser assim considerado apenas para efeito de comparação do dimensionamento entre as áreas do MDA, com pequena margem de erro. Todos os sintomas de problema, incluindo os processos críticos identificados em oficina realizada pelo MDA em dezembro/2012 e os pontos de atenção destacados na primeira fase deste trabalho, foram analisados pelo método dos cinco porquês (relação de causa e efeito) para identificação da causa raiz de cada problema. A partir da análise dos QDTs, da confrontação dos pontos de atenção destacados na primeira fase com novas informações obtidas e da comparação da estrutura atual com os normativos, foi elaborado o diagnóstico da situação atual do Ministério. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 18 3 DIAGNÓSTICO 3.1 INTRODUÇÃO O decreto nº 7.255/10 definiu a configuração da estrutura e responsabilidades do MDA. Desde então, foram efetuadas modificações internas na organização de algumas Secretarias para atender demandas oriundas de programas de governo. Essas mudanças, dentre outras menores, ocorreram com o desmembramento na SDT de um departamento em dois outros, a criação de três unidades de Coordenação Geral na SAF, a transformação de uma Coordenação Geral da SRA em Coordenação, a desvinculação funcional da CGPCT da DPMRQ e com a criação de mais uma Divisão na SERFAL. As alterações foram necessárias para viabilizar ampliação da atuação do MDA, que agregou ações de novas políticas do governo federal que impactam o público de beneficiários do Ministério. Para atender o desenvolvimento dessas ações, foram incorporados à força de trabalho novos colaboradores, em caráter temporário, até que se defina uma estrutura organizacional adequada para que o MDA cumpra sua missão institucional com maior eficiência. Em função dessas modificações, a estrutura hoje existente está descasada com a configuração estabelecida pelo decreto nº 7.255/10 e com os regimentos internos, ainda anteriores ao citado decreto, que abrangem natureza, finalidade, organização e competências das unidades organizacionais do Ministério e atribuições dos seus dirigentes. Sobre essa situação, a consultoria se debruçou para desenvolver a análise que resultou no diagnóstico da situação atual do MDA, no período de 13/03 a 25/04/2013, objeto da segunda fase do seu trabalho e conteúdo do presente relatório. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 19 De acordo com a metodologia apresentada no capitulo 2, toda a análise foi baseada em informações levantadas junto ao MDA e o diagnóstico resultante faz referências aos macroprocessos, processos e subprocessos definidos nesta fase do trabalho, aos quadros de distribuição do trabalho (QDT) e a unidades em FTE em relação à estrutura real hoje existente. 3.2 PROCESSOS Os macroprocessos com os ajustes necessários e a árvore de processos elaborada a partir do agrupamento das atividades levantadas junto ao corpo funcional do MDA, são apresentados a seguir: 3.2.1 Macroprocessos a) Ordenamento Fundiário: abrange a formulação, proposição e implementação, em conjunto com os Estados, de políticas voltadas para o acesso à terra, o crédito para aquisição de terra, o desenvolvimento e a integração de assentamentos rurais e a regularização fundiária. Em comum com os processos finalísticos, tem o propósito de redução da pobreza no meio rural, por meio do acesso a terra, e de geração de ocupação produtiva e de melhoria da renda e da qualidade de vida do agricultor familiar. Estão contempladas nesse macroprocesso as atividades desenvolvidas pelo Programa Terra Legal2. b) Relacionamento com Beneficiários: envolve ações organizadas e integradas de identificação dos beneficiários do MDA, dos seus perfis, comportamentos e necessidades específicas. Essas ações objetivam perceber e antecipar as necessidades dos beneficiários de modo que, por meio de articulação interna e externa, a formulação de políticas esteja com elas alinhada. Envolvem ainda a definição de abordagem, comunicação, estabelecimento de prioridades e integração das ações voltadas para cada segmento desse público. c) Desenvolvimento da Agricultura Familiar: é um macroprocesso voltado para a consolidação do conjunto da agricultura familiar de modo a promover o 2 Programa de regularização fundiária na Amazônia legal, conduzido pela SERFAL, em conjunto com o Incra. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 20 desenvolvimento rural sustentável por meio da valorização humana e da negociação política com representantes dos Estados, dos Municípios e da sociedade, respeitando os desejos e anseios legítimos das organizações sociais e praticando os princípios da descentralização, da democracia, da transparência e da parceria, com responsabilidade. As ações que compõem o desenvolvimento da agricultura familiar incluem 1) serviços de assistência técnica e extensão rural, 2) agregação de valor à produção, 3) apoio à comercialização, 4) acesso ao crédito e 5) mitigação de riscos. d) Desenvolvimento Territorial: contempla ações para implementação das políticas do MDA em territórios compostos por municípios unidos pelo mesmo perfil econômico, ambiental, social e cultural. Envolve articulação com outros ministérios e atores para viabilizar a plenitude de ações necessárias à superação da pobreza, à geração de trabalho e renda no meio rural por meio de uma estratégia de desenvolvimento territorial sustentável. Essa articulação é também impulsionada pelos movimentos sociais organizados e contemplam ações de apoio à infraestrutura e, atualmente, apoio à cultura. e) Apoio ao Negócio: esse macroprocesso foi definido para abranger ações transversais, identificadas em várias unidades organizacionais, que são direcionadas para apoio ou complemento aos processos finalísticos do MDA. f) Apoio à Gestão: contempla os serviços administrativos e demais processos que dão suporte ao corpo diretivo do MDA para o gerenciamento das ações necessárias ao cumprimento de sua missão. 3.2.2 Árvore de processos Na figura 1 é apresentada a árvore dos processos identificados no MDA e definidos para o diagnóstico, cuja nomenclatura tem relação com o resultado do agrupamento de atividades afins, segundo a metodologia adotada, sem vinculação com a estrutura ou competências das áreas do Ministério. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 21 Ordenamento Fundiário Acesso à Terra Articulação Cadastramento de Beneficiários Crédito Fundiário Georeferenciamento Planejamento, Acompanhamento e Controle Regularização Fundiária Titulação Transferência de Recursos Financeiros Relacionamento com os Beneficiários Atendimento Idenficação Desenvolvimento da Agricultura Familiar Agregação de Valor Apoio à Comercialização Articulação Assistência Técnica e Extensão Rural Crédito Rural Mitigação de Riscos Transferência de Recursos Financeiros Desenvolvimento Territorial Apoio à Cultura Apoio à Infraestrutura Articulação Território Rural Transferência de Recursos Financeiros Apoio ao Negócio Apoio às Delegacias Assessoria Internacional Assessoria Parlamentar Inovação Mediação de Conflitos Transferência de Recursos Financeiros Apoio à Gestão Administrativo Aquisições Comunicação Institucional Controle Desenvolvimento Organizacional Jurídico Pessoas Planejamento, Orçamento e Finanças Tecnologia da Informação Desenvolvimento Agrário Figura 1 – Árvore de processos do MDA 3.2.3 Subprocessos A figura 2 a seguir mostra a árvore de processos detalhada até o nível de subprocessos, em conformidade com as atividades informadas nos Levantamentos de Tarefas Individuais. Da mesma forma, conforme a metodologia adotada, sem vinculação com a estrutura ou competências das áreas do MDA. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 22 Macroprocesso Processo Acesso à terra Articulação Subprocesso Macroprocesso Acompanhamento Processo Apoio às Delegacias Georreferenciamento Articulação externa Articulação interna Assessoria internacional Articulação interna Articulação internacional Atualizar e manter dados - SNCR Articulação interna Consultar e incluir dados - SNCR Apoio ao negócio Assessoria parlamentar Articulação política Acompanhamento e fiscalização Convênios Articulação externa Inovação Articulação interna Crédito fundiário Mediação de conflitos PNCF - SIC Prestação de contas Fisc. contr. georreferenciamento Apoio administrativo Geoprocessar inf. cartográficas Cerimonial Articulação política Redação de documentos Articulação externa Fiscalização Regularização rural Contratos de repasse Transf. de recursos financ. Convênios MACROPROCESSOS DAS ÁREAS FINALÍSTICAS Prestação de contas Relacionamento Atendimento com beneficiários Identificação Atendimento aos beneficiários Cadastro Acesso à inovação Articulação externa Articulação interna Agregação de valor Cadeias produtivas Desenvolvimento de soluções Energias renováveis Formulação de políticas Acompanhamento e fiscalização Articulação externa Articulação interna Infraestrutura MACROPROCESSOS DE APOIO AO NEGÓCIO E À GESTÃO Articulação interna Titulação Administrativo Protocolo Redação de documentos Segurança Viagem a serviço Acompanhamento Compras Contratos Aquisições Estudos e pesquisas Licitações PCT Prestação de contas Articulação externa Articulação interna Assessoria de imprensa Comunicação Controles internos Comunicação institucional Apoio à gestão Apoio à comercialização Energias renováveis Editoração e publicação Eventos Monitoramento Produção de conteúdo Publicação Cadeias produtivas Redação de documentos Controle Acompanhamento e controle Garantia de preços Desenv. organizacional Melhoria de processos PAA Jurídico Consultivo PNAE Avaliação de desempenho Rede Brasil Rural Articulação externa Articulação interna Desenvolvimento da agricultura familiar Articulação Convênios Convênios Mapas, croquis e produtos cartogr. Regularização fundiária Capacitação Contratos de repasse Transf. de recursos financ. Análise de processos Planej., acomp. e contr. Atendimento ao público Monitoramento Redação de documentos Georreferenciamento Estudos e pesquisas Articulação externa Convênios Normatização PNCF Ordenamento fundiário Monitoramento e avaliação Articulação externa Atendimento ao público Cadastramento de beneficiários Subprocesso Articulação interna Benefícios Pessoas Cadastro Folha de pagamento Articulação interna Recrutamento e seleção Atendimento ao público Treinamento e desenvolvimento Mais Alimentos Normatização PGPAF Contabilidade Planej., orç. e finanças Finanças Orçamento PRONAF Planejamento Assist. téc. e ext. rural Acompanhamento e fiscalização Banco de dados Crédito rural Acompanhamento e fiscalização Articulação externa Mitigação de riscos Garantia safra Desenvolvimento de sistemas Tecnologia da informação Infraestrutura de TI Modernização de sistemas Seguro rural Segurança lógica Articulação interna Suporte de TI Contratação Contratos de repasse Convênios Transf. de recursos financ. Credenciamento Formação de agentes Mais Gestão Prestação de contas Prestação de contas Apoio à cultura Arca das letras Articulação externa Apoio à infraestrutura Desenvolvimento territorial Articulação Articulação interna PAC 2 Proinf Atendimento ao público Articulação externa Território rural Capac. agentes do desenv. territ. Pl. Territ. Des. Rural Sustentável Transf. recursos financ. Convênios Figura 2 – Árvore de subprocessos do MDA CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 23 3.3 DISTRIBUIÇÃO DO TRABALHO A distribuição do trabalho no nível operacional foi apurada com o uso da ferramenta QDT – Quadro de distribuição do trabalho. Conforme descrito no capítulo 2, os quadros de distribuição do trabalho, que embasaram a elaboração do diagnóstico, foram efetuados a partir das atividades agrupadas em subprocessos, que resultaram na apresentação da distribuição desses subprocessos nas diversas unidades organizacionais a partir do nível de Coordenação Geral. Desse quadro originaram-se outros em nível de Diretoria ou Departamento, de Subsecretaria, de Secretaria e finalmente do MDA como um todo. Em qualquer um desses níveis, é possível identificar a distribuição individual ou conjunta dos subprocessos, processos e macroprocessos por cada área da estrutura organizacional, o que possibilita observar, por exemplo, se determinada atividade se repete ou está fracionada ao longo das unidades do Ministério. Da mesma forma, é possível perceber claramente o tamanho de cada Secretaria, quais os macroprocessos, processos ou subprocessos em que está envolvida, ou qual a dimensão de alocação de pessoal em qualquer dos trabalhos desenvolvidos no Ministério. A figura 3 ilustra a estrutura do MDA, em que o organograma apresenta cada uma das principais unidades em tamanho proporcional à quantidade de pessoas nela alocada. MDA Secretaria Executiva DPMR CGPCT Gabinete do Ministro AECI AIPC ASCOM ASPAR CONDEF SPOA ASTEC NEAD OAN Assessoria SDT SRA SERFAL SAF Atividades de apoio à gestão Atividades finalísticas Figura 3 – Dimensionamento das principais unidades do MDA CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 24 O quadro 1 mostra a distribuição do trabalho em FTE por macroprocesso nas principais unidades organizacionais do MDA. Para melhor entendimento, foram destacadas da Secretaria Executiva, a SPOA, a DPMR e a CGPCT. Unidade organizacional Macroprocesso SRA Apoio à gestão Desenvolvimento da agricultura familiar Desenvolvimento territorial Ordenamento fundiário Relacionamento com beneficiários Total SRA SAF Apoio à gestão Apoio ao negócio Desenvolvimento da agricultura familiar Relacionamento com beneficiários Total SAF SDT Apoio à gestão Desenvolvimento territorial Total SDT SERFAL Apoio à gestão Ordenamento fundiário Total SERFAL Secretaria Executiva Apoio à gestão Apoio ao negócio (exceto SPOA, DPMR e CGPCT) Total Secretaria Executiva DPMR Apoio à gestão Apoio ao negócio Desenvolvimento da agricultura familiar Relacionamento com beneficiários Total DPMR CGPCT Apoio à gestão Desenvolvimento da agricultura familiar Relacionamento com beneficiários Total CGPCT SPOA Apoio à gestão Apoio ao negócio Desenvolvimento da agricultura familiar Total SPOA Gabinete do Ministro Apoio à gestão Apoio ao negócio Total Gabinete do Ministro Total Geral FTE Total 55,0 9,1 14,1 49,2 9,6 137,0 52,4 0,8 116,4 10,9 180,5 13,5 21,0 34,5 19,0 7,0 25,9 31,0 11,0 42,0 6,8 1,4 8,7 0,1 17,0 4,4 5,3 0,0 9,7 153,9 24,9 0,7 179,5 66,0 11,5 77,5 703,7 Quadro 1 - Distribuição do trabalho na estrutura do MDA (em FTEs) CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 25 3.4 SÍNTESE DAS SITUAÇÕES PROBLEMA A seguir são apresentadas as principais situações problema que impactam a gestão das políticas do MDA, resultado da análise desenvolvida nesta fase do trabalho. Observa-se que é comum a existência de uma mesma causa para dois ou mais problemas. 3.4.1 Ordenamento Fundiário Na estrutura da SRA, conforme apresenta o quadro 2, 49 FTEs estão alocados no macroprocesso Ordenamento Fundiário e 88 FTEs em serviços relacionados com apoio à gestão, desenvolvimento territorial, relacionamento com beneficiários e desenvolvimento da agricultura familiar. Macroprocesso Processo Apoio à gestão Desenvolvimento da agricultura familiar Desenvolvimento territorial Ordenamento fundiário Relacionamento com beneficiários FTE Total Administrativo Aquisições Comunicação institucional Controle Desenvolvimento organizacional Jurídico Pessoas Planejamento, orçamento e finanças Tecnologia da informação Apoio à gestão Total Agregação de valor Apoio à comercialização Assistência técnica e extensão rural Desenvolvimento da agricultura familiar Total Apoio à cultura Desenvolvimento territorial Total Acesso à terra Articulação Crédito fundiário Regularização fundiária Transferência de recursos financeiros Ordenamento fundiário Total Atendimento Identificação Relacionamento com beneficiários Total SRA Total 38,4 1,8 3,5 1,7 0,1 2,7 1,3 5,0 0,8 55,2 0,0 0,5 8,6 9,1 14,1 14,1 1,1 1,7 42,2 1,5 2,5 49,0 8,7 0,9 9,6 137,0 Quadro 2 - Distribuição do trabalho na SRA, em FTEs por processo É importante observar que 55 FTEs desempenham atividades relacionadas ao macroprocesso apoio à gestão, o que corresponde a 40% da força de trabalho total da SRA. Nas estruturas ligadas aos gabinetes, destaca-se a utilização de FTEs CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 26 alocados em serviços de assessoria jurídica, comunicação institucional e tecnologia da informação, caracterizando áreas de sombreamento com serviços previstos para serem realizados pela CONJUR, ASCOM e SPOA. Nas coordenações CGO, CGCATER e CRR, embora grande parte das atividades esteja voltada para o crédito fundiário – incluindo esforços para regularização da inadimplência – é possível detectar que há parte considerável de ações compatíveis com os processos vinculados aos macroprocessos desenvolvimento da agricultura familiar e, em menor grau, vinculadas ao macroprocesso relacionamento com beneficiários. Entre as ações que contribuem com o desenvolvimento da agricultura familiar, estão aquelas cuja finalidade é capacitar os beneficiários (via entidades de ATER), para o desenvolvimento ou aprimoramento da agricultura familar, de maneira a torná-los aptos a 1) utilizarem programas da SAF, inclusive o crédito rural, 2) receberem apoio à comercialização e 3) acessarem novas políticas, inovações, tecnologias e resultados de estudos e pesquisas relacionados à agricultura familiar – do processo agregação de valor. Foram identificadas atividades que concorrem com ações desenvolvidas, parte pela SPOA, parte pelo NEAD, parte pela ASCOM. Estas atividades encontramse na Coordenação Geral de Planejamento, Monitoramento e Avaliação – CGPMA, responsável por alimentar e atualizar o painel de indicadores, avaliar dados sobre o desempenho das políticas da SRA e do MDA e promover ações para publicação desses dados. Na CGAC, o desenvolvimento de ações para promover o acesso ao livro e incentivar a leitura no meio rural através da distribuição de acervos adequados à diversidade cultural das comunidades rurais, concorre, em grande parte, com ações características do macroprocesso desenvolvimento territorial e caracteriza área de sombreamento. Na análise das atividades desempenhadas nas coordenações da SRA observa-se também desvio de função de colaboradores que executam atividades e CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 27 coordenam equipes e ainda a fragmentação de processo – quando, por exemplo, o responsável por assinar documentos de uma coordenação encontra-se desempenhando tarefas em outra área, o que pode retardar o andamento do processo. As coordenações constroem e utilizam planilhas de cálculo, para controle, em virtude da falta de dados gerenciais em sistemas de grande porte e da inexistência de interface entre sistemas ou com sistemas de agentes financeiros e de outros fornecedores ou parceiros, inclusive do INCRA. Tais ações incorrem em probabilidade de riscos financeiros, de perdas de dados e de apontamentos de não conformidades por parte de órgãos reguladores. A carência de indicadores eficazes para medir o alcance real das políticas junto aos beneficiários e de dados que sirvam para o acompanhamento dos processos diários acarreta a inexistência de sistema de informações gerenciais da secretaria, provoca retrabalho e duplicidade de ações e aumenta a probabilidade de riscos – inclusive de imagem do MDA. 3.4.2 Relacionamento com Beneficiários Atualmente, o MDA tem apenas 21 FTEs dedicados ao relacionamento com beneficiários, especificamente em atividades de identificação e de atendimento do público, concentradas na SAF e na SRA. Com essa estrutura, fica difícil desenvolver com plenitude estratégias por segmento de beneficiário, identificação de necessidades específicas e comportamentos diferenciados. Essa abordagem poderia ser a base de informações para a formulação de políticas, com características específicas para cada segmento do público de beneficiários ou potenciais beneficiários do Ministério. Assim, ficam à margem ações de acompanhamento e antecipação de novas necessidades ou novos espaços de demanda, e, consequentemente, de ações de planejamento e desenvolvimento de soluções para que a entrega aconteça tempestivamente ao nascer da necessidade. Também é dificultada a definição de conteúdo da comunicação que o MDA precisa dirigir a seus beneficiários. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 28 Como afirmam Silveira et al (2010), as organizações públicas se defrontam com expectativas em constante mudança de múltiplos interessados: beneficiários, usuários, contribuintes, entidades de classe, órgãos de controle, servidores etc. Os interessados muitas vezes apresentam demandas conflitantes entre si, mas todos concordam quanto à demanda por mais e melhores serviços, ao mesmo tempo em que exigem mais eficiência, mesmo frente a recursos limitados e escassos. Essa restrita atuação do MDA causa atendimento reativo a demandas, originadas, em sua maioria, de ações pontuais de movimentos sociais organizados, além de perda de escala no relacionamento e no desenvolvimento de soluções. Também é possível, nessa situação, a existência de prováveis e potenciais beneficiários não identificados e excluídos, de forma involuntária, do escopo das políticas do Ministério. 3.4.3 Desenvolvimento da Agricultura Familiar O macroprocesso desenvolvimento da agricultura familiar envolve o equivalente a 141 FTEs, dos quais cerca de 117 na SAF, 9 na SRA, 9 na DPMR e 6 na CGPCT. O processo assistência técnica e extensão rural é onde está alocada a maior parte dos FTEs das áreas citadas. A estrutura da SAF, que concentra o maior volume da força de trabalho no macroprocesso desenvolvimento da agricultura familiar, conforme apresentado no quadro 3 da página seguinte, equivale a quase 181 FTEs – a maior do Ministério. Esse consumo de estrutura também é aplicado na identificação e relacionamento com os beneficiários, de forma reativa, com apenas 6% dos FTEs e nas atividades de apoio à gestão, com uma substancial parte da estrutura (29%). Vale lembrar que as atividades para atendimento das demandas dos beneficiários realizadas por parceiros externos, por meio de instrumentos jurídicos firmados (convênios, contratos e outros), não foram computadas nos FTEs. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 29 Macroprocesso Processo Apoio à gestão Apoio ao negócio Desenvolvimento da agricultura familiar Relacionamento com beneficiários FTE Total Administrativo Aquisições Comunicação institucional Controle Pessoas Planejamento, orçamento e finanças Tecnologia da informação Apoio à gestão Total Inovação Apoio ao negócio Total Agregação de valor Apoio à comercialização Articulação Assistência técnica e extensão rural Crédito rural Mitigação de riscos Transferência de recursos financeiros Desenvolvimento da agricultura familiar Total Atendimento Identificação Relacionamento com beneficiários Total SAF Total 40,7 1,1 3,2 0,7 1,0 4,5 1,2 52,4 0,8 0,8 16,5 21,5 2,3 25,8 7,0 27,9 15,4 116,4 2,0 8,9 10,9 180,5 Quadro 3 - Distribuição do trabalho na SAF, em FTEs por processo Apesar da consistência observada nas políticas públicas para a agricultura familiar, foram observadas fragilidades na SAF, que dificultam a sua efetividade. Algumas dessas fragilidades incluem o atendimento a demandas de pareceres sobre assuntos que não são afetos à área, o retrabalho com a inclusão dos mesmos dados em dois aplicativos distintos e não integrados (Sicofin e Siconv), a ocorrência de celebrações de convênios não tempestivas com as necessidades do campo, a ausência de monitoramento e avaliação das políticas implementadas ou em implementação e o descasamento do crédito com prazos de plantio, colheita e outros manejos de culturas. Outros problemas estão relacionados com a carência de melhor planejamento tático e operacional e com a defasagem entre o crédito rural e a assistência técnica, que nem sempre chegam juntos. 3.4.4 Desenvolvimento Territorial A abordagem do Desenvolvimento Territorial hoje está alocada na SDT, com estrutura operacional, conforme quadro 4 a seguir, correspondente a 35 FTEs, dos quais 14 envolvidas com processos de apoio à gestão. As ações da SDT têm focado CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 30 em infraestrutura, em especial Proinf e PAC 2, deixando à margem o apoio a atividades produtivas, incluindo ações de organização sustentável da produção. Essas atividades e ações estão concentradas na SAF, assim como as de acesso à terra, ou fundiárias, estão na SRA. Por outro lado, ações culturais – que a rigor não deveriam caber ao MDA – são desenvolvidas pela SRA. Se é que devem existir no MDA, deveriam ser responsabilidade da SDT. Essa configuração leva a se questionar se a abordagem territorial, prevista para a SDT, encontra sinergia com as atividades desenvolvidas pela SAF e pela SRA. A não integração dessas ações provoca consumo desnecessário de estrutura em ações concorrentes sem convergência ou complementaridade. Atualmente, o pequeno tamanho da estrutura da SDT não permite abraçar todas as ações de desenvolvimento da agricultura familiar segundo a abordagem territorial. Também não permite aumentar o número de territórios rurais, origem genética dos Territórios da Cidadania. Tampouco essa abordagem desenvolve a gestão do relacionamento com o público-alvo do MDA, uma vez que poderia ser identificado e classificado quando da formação de um território. Macroprocesso Processo Apoio à gestão Administrativo Aquisições Comunicação institucional Pessoas Planejamento, orçamento e finanças Apoio à gestão Total Apoio à infraestrutura Articulação Território rural Transferência de recursos financeiros Desenvolvimento territorial Total Desenvolvimento territorial SDT Total FTE Total 8,2 1,7 1,9 0,2 1,4 13,5 12,1 0,9 7,7 0,3 21,0 34,5 Quadro 4 - Distribuição do trabalho na SDT, em FTEs por processo CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 31 3.4.5 Articulação A característica de complementaridade das ações, que compõem as políticas do MDA, exige unidade e convergência organizacional para as quais é necessária intensa articulação interna. No entanto, é parca a interação entre as áreas para a prospecção, formulação, implementação e monitoramento das políticas destinadas ao desenvolvimento rural sustentável. Por consequência, a mesma situação ocorre em relação à articulação externa necessária com os atores envolvidos no atendimento ao público beneficiário do MDA e concomitantemente, para alcançar a plenitude da satisfação das necessidades do agricultor familiar. 3.4.6 Apoio à Gestão Considerando-se como estrutura apenas os recursos humanos aqui representados pelo FTE, observa-se significativo consumo de estrutura no macroprocesso Apoio à gestão em todas as áreas. Esse macroprocesso representa 57% de toda a força de trabalho do MDA, percentual expressivo quando comparado com os demais macroprocessos, conforme ilustra o gráfico 1. Ordenamento fundiário 8,0% Relacionamento com beneficiários 2,9% Desenvolvimento da agricultura familiar 19,9% Desenvolvimento territorial 5,0% Apoio ao negócio 7,0% Apoio à gestão 57,1% 0 100 200 300 400 FTE Gráfico 1 - Percentual da força de trabalho do MDA alocada nos macroprocessos CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 32 O compartilhamento dos serviços integrantes do apoio à gestão, especialmente pelas áreas finalísticas, poderia fornecer ganho de escala, aumentar eficiência operacional e liberar força de trabalho para atividades-fim do Ministério. Em consequência da configuração atual, atividades voltadas para o desenvolvimento e implementação de políticas voltadas para o público beneficiário do MDA são represadas ou não levadas a efeito com a qualidade e efetividade esperadas. Analisada a composição desse macroprocesso, observa-se que 35% do total de FTEs nele alocados são consumidos por atividades de apoio administrativo, relacionadas a secretariado, material de expediente, arquivos e trâmite de documentos, por exemplo. Outros Contratos Orçamento Desenvolvimento de sistemas Planejamento Finanças Suporte de TI Viagem a serviço Infraestrutura Redação de documentos Produção de conteúdo Protocolo Apoio administrativo 18% 2% 3% 3% 3% 3% 4% 4% 4% 5% 6% 10% 35% 0 50 100 150 FTE Gráfico 2 - Composição do macroprocesso apoio à gestão 3.4.7 Comunicação Institucional O processo de Comunicação Institucional consome quase 7% de toda a estrutura operacional do MDA. Isso equivale a dizer que existem cerca de 46 pessoas do nível operacional no Ministério voltadas para o processo de comunicação, das quais 34 estão na Ascom, que conta ainda com mais 16 pessoas CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 33 em outras atividades de apoio, incluindo tecnologia da informação. Nas ações de comunicação desenvolvidas no MDA, a produção de conteúdo é diversificada por mídia e não por público alvo. Além disso, a produção de rádio e TV são veiculadas por meio do portal do Ministério. É de se perguntar se a mensagem transmitida chega ao seu público beneficiário, quando, de acordo com o IBGE (2012)3, 59% tem acesso à TV, 63% ao rádio, 0,6% à internet e 19% não tem acesso a nenhum desses meios. De acordo com Weinstein e Jaques, apud Carneiro (2010, p.206), “um contexto apropriado significa que a mensagem é entregue usando a linguagem (...) do público”. No processo de comunicação, o grande desafio, para Carneiro (2010), é manter credibilidade da mensagem e do mensageiro, dentro de um contexto apropriado e distinto para cada público. Essa situação pode ser resultante da ausência de um plano de comunicação estratégico no MDA que abranja um pensamento de marketing. A falta desse plano, como afirma Kotler (2008), equivale a não definir clientes, parceiros e concorrentes de uma organização, a não segmentar e posicionar as ofertas de serviços e políticas, a não gerenciar o processo desafiador de inovação e a não comunicação sobre essas questões de maneira clara e persuasiva. A abordagem do marketing no setor público, ainda segundo Kotler (2008), é a melhor plataforma de planejamento para a administração pública que queira entregar valor real e atender às necessidades do cidadão. Assim, a produção de eventos deveria ser pensada como uma importante ação de promoção das políticas do Ministério, focada no cumprimento de sua missão. Não deveria ser uma ação desvinculada da comunicação, como é entendida hoje pelo MDA. Observa-se ainda que não há definição de estratégia discursiva no MDA, isto é, não há formação de uma linha de comunicação institucional que leve o público a ver e pensar a realidade das ações do Ministério, em contraponto com discursos tendenciosos de parte da mídia ou de outros atores. Essa situação leva à percepção míope de boa parte da sociedade sobre a atuação do MDA e à falta de 3 IBGE, Censo agropecuário 2006 – Segunda apuração. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 34 entendimento, pelos beneficiários de suas políticas, da conexão entre o desenvolvimento da agricultura familiar e as ações levadas a efeito por iniciativa do Ministério e implementadas em conjunto com seus parceiros, especialmente Estados e Municípios. No tocante à comunicação interna, não foram identificadas ações direcionadas a sincronizar e sintonizar as pessoas que integram a força de trabalho do MDA, de forma a torná-las aliadas no cumprimento do papel da organização e responsável pelo seu sucesso. Essas ações compreendem o endomarketing – elemento de ligação entre beneficiários, políticas e colaboradores. A área de gestão de RH deve fornecer elementos para a composição de planos de endomarketing, a partir da análise da formação, comportamento e nível de comprometimento dos colaboradores. O endomarketing, além de ser um mecanismo de promoção e consolidação de mudanças organizacionais, pode ser utilizado para transmitir informações e incentivar o envolvimento e o comprometimento das pessoas. 3.4.8 Convênios A palavra convênios aqui se refere genericamente a transferências de recursos financeiros, decorrentes de convênios, contratos de repasse e termos de cooperação. A estrutura do MDA alocada nesses processos é representada por 49 FTEs distribuídos na SRA, SAF, SDT, DPMR e SPOA, que, com exceção da última, são áreas finalísticas. A existência de atividades relacionadas a esse processo na SPOA provoca perda de eficiência no fluxo de trabalho devido a inúmeras não conformidades apresentadas quando do acolhimento da documentação por parte das áreas que negociam e formalizam parcerias com os convenentes e a complexidade do rito hierárquico definido para a liberação da celebração dos convênios. O ganho de escala que se poderia esperar da centralização de um processo CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 35 não acontece nesse caso porque implica em consulta pela SPOA às áreas que realizam os convênios, incorrendo em iteratividade que reduz o desempenho do trabalho, com consequente consumo de maior tempo e de maior estrutura de pessoal do que se todas as atividades fossem realizadas nas próprias áreas de negócio. Um dos fatores que contribuem para essa centralização é o modelo de execução orçamentária hoje existente no MDA. 3.4.9 Desenvolvimento Organizacional Não existe área responsável pela formulação e implementação de modelos de arquitetura organizacional - gestão, processos e estrutura – do Ministério. Sua ausência resulta 1) na marginalização da melhoria contínua nos fluxos de trabalho, 2) na dificuldade em aumentar a eficiência das atividades e da sua organização estrutural, 3) na perda de aprimoramento do modelo de gestão do MDA e 4) na inadequação do dimensionamento da força de trabalho, para, por exemplo, atender a ampliação das demandas e os avanços nas políticas públicas. Com a situação atual, documentação de processos, atualização de normas, dimensionamento de recursos materiais e definição de responsabilidades, funções e competências dificilmente são atualizados ou adequados às necessidades do Ministério. Conforme abordado no item 3.1, foram incorporados à força de trabalho novos colaboradores, em caráter temporário, para atender a crescente necessidade de estrutura. No entanto, para suprir essa necessidade, faz-se premente a alocação de mão de obra permanente de forma a manter no Ministério o conhecimento adquirido, que evite descontinuidade das atividades e alto consumo de recursos e que resulte em ganhos na gestão do conhecimento, melhorias dos processos e desenvolvimento organizacional. Foram verificadas disfunções na estrutura de cargos em comissão encontrada no MDA: acionamento de cargos em desacordo com os critérios da estrutura de cargos, existência de níveis hierárquicos de gestão sem equipe e multinível de postos de gerenciamento. O processo decisório carece de estruturação e sua documentação está CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 36 incompleta, o que representa deficiência do equacionamento do controle e da gestão. 3.4.10 Arranjo Físico (Leiaute) Embora não seja foco desta análise, foi observado que a configuração da instalação física do MDA é inadequada em diversos aspectos. A sua distribuição em quatro prédios, a carência de sinalização interna, espaços de trabalho fechados e a insegurança no trâmite e guarda de documentos são evidências, entre outras, de desperdício de tempo, exposição a riscos e perda de eficiência nos fluxos de trabalho e dificuldades em sua gestão. Esse leiaute também dificulta a integração entre as áreas, o relacionamento intra e inter equipes e reduz a possibilidade de visão sistêmica do MDA por seus colaboradores. Instalações físicas acanhadas e carência de recursos materiais e tecnológicos são fatores observados em todo o Ministério, que concorrem para a alta probabilidade de riscos de segurança física e lógica no fluxo de trabalho, o que dificulta e retarda o atendimento de objetivos estratégicos do MDA. 3.4.11 Amplitude de Comando4 Há um paradoxo na arquitetura organizacional do MDA quando se observa a amplitude de comando em suas unidades organizacionais. Embora existam vários níveis de gerenciamento em sua hierarquia (Secretário, Diretor, Subsecretário, Coordenador Geral, Coordenador, Chefe de Divisão e Chefe de Serviço, na ordem descendente), há excessiva amplitude de comando em algumas áreas em oposição à reduzida amplitude em outras. Por exemplo, na Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Administração (SPOA), o tamanho da estrutura, com 180 FTEs – 26% de todo o Ministério – sobrecarrega a gestão, em virtude da falta de empoderamento5 interno. Essa sobrecarga compromete a qualidade da análise e tomada de decisões no nível estratégico. 4 5 Relacionada diretamente ao número de níveis hierárquicos de uma organização, refere-se ao número de funcionários que um administrador consegue dirigir com eficiência e eficácia. Delegação de poderes de decisão e autonomia a níveis hierárquicos inferiores. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 37 Há que se filtrar as decisões para se definir quais são críticas o suficiente para que sejam elevadas à competência de instância superior. Qualquer decisão ou ponto de controle representa restrição ao desempenho de um processo, retardando e fracionando o fluxo do trabalho; portanto, quanto mais próximos forem mantidos do nível operacional, melhor. Melhor para o desempenho do processo e melhor para o gerenciamento da área, sem se perder, obviamente, o controle das ações. 3.4.12 Administração de Recursos Humanos A força de trabalho do MDA alocada nesse processo equivale a apenas 14 FTEs, o que dificulta o desenvolvimento de ações de gestão de pessoas alinhadas às estratégias da organização. São parcas as atividades relativas ao treinamento & desenvolvimento profissional, ao encarreiramento, ao monitoramento do clima organizacional, entre outros subsistemas de RH. Foi percebida também inconsistência do cadastro de pessoal. O papel do RH no MDA, exclusivamente administrativo e operacional, limitado a ações de folha de pagamento, de treinamento e de controle de ausências, está desalinhado do papel estratégico que a área de RH deve ter para ser capaz de criar um Ministério melhor, mais rápido e proativo. Segundo Chiavenato (2006), a forma como as pessoas se comportam, decidem, trabalham, cuidam dos clientes e tocam os negócios das organizações depende em grande parte da forma como essas organizações lidam com as pessoas, em função de suas políticas e diretrizes. Carneiro (2010, p. 54) considera que: “É necessário entender que, por melhores e mais modernas que sejam as estruturas, elas serão sempre menos importantes do que as pessoas, pois estas representam o capital mais valioso para o desenvolvimento das instituições.” Não foram identificados princípios e diretrizes de recursos humanos CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 38 (políticas6 de gestão de pessoas) alinhados ao plano estratégico do Ministério, que direcione ações de desenvolvimento profissional, gestão de carreira, qualidade de vida, segurança no trabalho, valorização das pessoas, relacionamento interpessoal e clima organizacional. Essas ações são fundamentais para pleno alcance do desenvolvimento organizacional. A falta desses princípios pode ocasionar, dentre outras consequências, alienação em relação aos objetivos organizacionais; estabelecimento de cultura nas áreas desalinhada da cultura organizacional; perda de efetividade no instrumento de avaliação de desempenho; desmotivação e alta rotatividade dos servidores; conflitos entre os colaboradores; clima organizacional insatisfatório e fraca sustentação ao observado comprometimento de boa parte da força de trabalho. 3.4.13 Informática O processo de Informática, ou Tecnologia da Informação (TI) abrange desenvolvimento de aplicativos, modernização de sistemas, banco de dados, suporte de TI, segurança lógica e infraestrutura de TI. Atualmente, esse processo absorve 39 FTEs, concentrados na SPOA/CGMI (32 FTEs) e também existentes, em menores números, na SRA, ASCOM, SAF e SERFAL. A ocorrência de atividades de informática em outras áreas que, não a CGMI, revela que esta não tem conseguido atender as necessidades do MDA, seja no desenvolvimento de aplicativos, seja na geração tempestiva de informações gerenciais consistentes para tomada de decisão e para avaliação da efetividade das políticas do Ministério. A costumeira construção de informações gerenciais por meio de planilhas de cálculo, com dados obtidos em diferentes aplicativos, é sintomático da ausência de opções de consulta, de funcionalidades de geração de informações e de integração entre aplicativos. 6 Referem-se às maneiras pelas quais a organização pretende lidar com seus empregados e por intermédio deles atingir os objetivos organizacionais, permitindo condições para o alcance dos objetivos individuais. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 39 O plano diretor de informática existente está desalinhado do Plano Estratégico do Ministério e desconforme em relação a algumas diretrizes do Ministério do Planejamento. Também falta visão integrada das necessidades do MDA para o desenvolvimento de soluções sistêmicas, assim como critérios e parâmetros de hierarquização das demandas oriundas das diversas áreas do Ministério. 3.4.14 Controles internos Não existe nas áreas finalísticas do MDA e na SPOA, ações preventivas referentes a controles internos. Hoje as análises de prestação de contas referentes às transferências voluntárias estão concentradas na SPOA e são orientadas esporadicamente pelo AECI, que conta hoje com estrutura de apenas 5 FTEs, a maior parte em serviços de protocolo e apoio administrativo. Ações preventivas possibilitam controle de processos referentes aos certames licitatórios, à elaboração de minutas de termos de referência e de contratos e também aos casos de dispensa e inexigibilidade de licitação quando se tratar de aquisição de bens e prestação de serviços. Os projetos do MDA precisam ser fiscalizados sistematicamente, e o controle pode ter uma atuação preventiva e pedagógica nessa atividade. É importante a participação dessa função na organização de manuais, roteiros e treinamentos de assuntos afetos à área. 3.4.15 - Delegacias As Delegacias Federais do Desenvolvimento Agrário são unidades descentralizadas às quais compete monitorar, supervisionar, gerenciar e executar as atividades legais do Ministério nos 26 Estados da União. Elas estão classificadas em dois tipos, com as mesmas competências, conforme decreto 7.255/10, ocasionando o descasamento entre o nível organizacional e suas responsabilidades. Muitas ações desenvolvidas nos estados pelo MDA não chegam ao prévio conhecimento da CONDEF e das delegacias, evidenciando a falta de articulação CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 40 interna no Ministério. As ações em geral não são planejadas e, em sua maioria, provenientes de demandas pontuais das áreas finalísticas do MDA. A atuação eficaz das delegacias auxiliaria a aproximação do MDA com seu público beneficiário. Entretanto a estrutura atual é insuficiente para cumprimento de suas atribuições e aproveitamento pleno do potencial que oferece sua capilaridade. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 41 CONCLUSÃO O diagnóstico apresentado neste relatório confirma a existência de situações problema de muitos dos pontos de atenção destacados na primeira fase do trabalho e traz à evidência a verificação de baixa eficiência, sombreamentos, retrabalhos, não conformidades, represamentos, alocação inadequada de pontos de decisão, sobrecarga da gestão e disfunções na estrutura de cargos em comissão. As causas fundamentais das situações problema estão relacionadas à gestão de pessoas não estruturada, insuficiência de suporte de TI, ausência de desenvolvimento organizacional sistematizado, inadequação da comunicação institucional, falta de empoderamento interno, desequilíbrio no dimensionamento de pessoal, fragmentação de processos, pouca convergência das ações, carência de indicadores qualitativos e ausência de ações proativas na gestão de relacionamento com os beneficiários. Não foi abordado neste relatório qualquer prognóstico em relação à situação atual, uma vez que está fora do escopo deste trabalho e já que o que se pretende é contribuir para o aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão do conjunto de políticas de promoção da agricultura familiar e do desenvolvimento rural sustentável, e não a previsão do futuro com a manutenção dos problemas aqui elencados. Para consumar este diagnóstico, vale ressaltar a relevância da participação dos representantes das áreas visitadas, quando da coleta das informações sobre atividades realizadas e das responsabilidades afetas a cada área, o que permitiu o aprofundamento da análise e melhor compreensão do papel do Ministério. Este diagnóstico subsidiará a elaboração, na terceira fase do trabalho, de propostas de melhoria a serem incorporadas na arquitetura organizacional do MDA, contemplando redesenho de processos, concepção de nova estrutura organizacional e dimensionamento da força de trabalho em cada área. Para o sucesso dessa CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 42 próxima fase, será fundamental o envolvimento dos integrantes do corpo de direção do MDA nas discussões e validação das propostas a serem apresentadas. Esse processo requer bastante iteratividade e, por isso, exigirá reuniões mais frequentes, não só com o Grupo de Gestão, mas também individualmente com os titulares das principais unidades que compõem o Ministério. CONFIDENCIAL – PROPRIEDADE DO MDA 43 REFERÊNCIAS ARAUJO, Luís César G. de. Organização, sistemas e métodos: e as modernas ferramentas de gestão organizacional. São Paulo: Atlas, 2001. BRASIL, Decreto nº 7.255, de 04 de agosto de 2010. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 de agosto de 2010. Seção 1, p.1. BRASIL, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – Escritório de Processos. Padrão de trabalho de modelagem de processos. Brasília: MP, 2007. CARNEIRO, Margareth F. 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