Biodiversidade na Maia
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Biodiversidade na Maia
Escola Secundária na Maia Curso Profissional Técnico de Electrotecnia Introdução Biodiversidade Biodiversidade da Maia A vegetação natural primitiva da Maia Parque de Avioso Conclusão Este trabalho irá abordar o tema da Biodiversidade na Área Metropolitana do Porto, nomeadamente, na zona da Maia, que apresenta espaços naturais onde a riqueza faunística e florística contribuem significativamente para a valorização do seu património natural. É a diversidade da natureza viva. Desde 1986, o conceito tem adquirido largo uso entre biólogos, ambientalistas, líderes políticos e cidadãos informados no mundo todo. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extinção de algumas espécies, observado nas últimas décadas do século XX. -Os espaços de mata/ floresta, com dominância dos povoamentos de Pinheiro Bravo e Eucalipto e a ocorrência pontual de Choupos e de outras espécies folhosas; Pinheiro Bravo Eucalipto Choupos -As galerias ripícolas dos principais cursos de água; -Os campos agrícolas, maioritariamente compartimentados por estruturas de suporte à vinha. A existência destas unidades baseia-se em diversos aspectos, nomeadamente hidro-geológicos e culturais. As condições hidro-geológicas locais têm permitido, ao longo dos séculos, a permanência de manchas significativas de solos para a exploração agrícola e silvopastoril. O relevo beneficia exposições a Sul e a Poente. Grande parte do Concelho desenvolve-se com baixos declives, sobretudo a Poente, enquanto que a nascente aparecem zonas com mais inclinação e com maior interesse a nível paisagístico. A rede hidrológica também é especialmente relevante neste Concelho. Ela é dominada pelo Rio Leça, que intersecta a área do município a Sul e corre no sentido Este-Oeste, e ainda pelas ribeiras do Arquinho e Leandro, com sentido dominante Norte-Sul. Relativamente aos espaços florestais da Maia, estes caracterizam-se por povoamentos de Pinheiro Bravo e Eucalipto, distribuídos por praticamente todo o Concelho, sendo a floresta predominantemente de produção acompanhada por uma função relevante de estrutura em muitas situações. As galerias ripícolas dos principais cursos de água (Rio Leça e Ribeira do Arquinho) representam importantes espaços para o equilíbrio dos ecossistemas. Têm funções de regularização do regime hídrico (particular papel na quebra de violência nas cheias), de defesa das várzeas, interesse económico na produção de madeira, são barreiras contra-fogo (dada a sua difícil combustão), tão importantes nos espaços agro-florestais. Também servem de nicho à fauna silvestre, contribuindo para o aumento da biodiversidade e fornecem indicações acerca da poluição, da velocidade de escoamento, entre outros. Os corredores ripícolas cobrem um total de 8,7 Km do Concelho, albergando várias espécies vegetais arbóreas e sub-arbóreas. Entre os estratos arbóreos, contam-se os Choupos, os Freixos e os Amieiros, encontrando-se por vezes Carvalhos. Ao nível do estrato sub-arbóreo existem Salgueiros, Vimeiros e as Borrazeiras. Galerias ripícolas no Rio Leça. Quanto à exploração agrícola, a principal espécie cultivada no território da Maia é o Milho, cultura extremamente produtiva que ocupa quase todas as áreas disponíveis para a prática agrícola. Encontra-se nas encostas em socalcos, no fundo dos vales e nas margens dos cursos de água. Os campos agrícolas encontram-se compartimentados por estruturas de suporte de cultivo da vinha, funcionando simultaneamente como estruturas de protecção e de cortinas de abrigo. A vegetação primitiva da Área Metropolitana do Porto encontra-se actualmente confinada às margens de alguns cursos de água e a “bolsas” residuais que ainda representam os bosques típicos do território. Estes núcleos primitivos assumem uma enorme relevância ecológica. Destacam-se os bosques palustres, dispersos pelas principais áreas agrícolas, mas assumindo particular relevância em alguns municípios da área metropolitana, nomeadamente, da Maia. Em áreas com pouco declive, os solos submetidos a encharcamento sazonal seriam colonizados por bosques palustres dominados pelo Amieiro e pelo Salgueiro. Estes amiais-salgueirais que tipicamente albergam espécies como a Lírio-dos-pântanos e a Salgueirinha; constituiriam bosques em topografias suaves, tão frequentes nos concelhos a norte da Área Metropolitana do Porto, como é o caso da Maia. Amieiro Salgueiro O Parque de Avioso — S. Pedro abarca uma área com 30 hectares de Floresta Autóctone, nos quais se articulam diversos espaços e edifícios, encerrando no seu interior, a nascente da Ribeira de Almorode, que em conjunto com outras linhas de água, formam a Ribeira do Arquinho, principal afluente do Rio Leça. A Maia tem uma ancestralidade ligada a agricultura e aos espaços verdes que com o crescimento da polis têm vindo a diminuir, sendo essencial pôr em prática mecanismos que permitam preservar a sua Biodiversidade e singularidade. Diogo Torres Fábio Vieira José Silva Curso Profissional Técnico de Electrotecnia , 11ºO