Modulo 1 - Nome Proprio v4
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Modulo 1 - Nome Proprio v4
Orientações didáticas para a Educação Infantil Práticas de Linguagem Oral e Escrita Módulo 1: Nome Próprio (Versão Preliminar) SME São José do Rio Preto 2013 1 PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Profa.Dra. Telma Antonia Marques Vieira Secretária COORDENADORIA PEDAGÓGICA Maridalva Oliveira Amorim Bertacini DIVISÃO DE ENSINO Ricardo Martins GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO Lígia Maria Fernandes Rosa Noronha GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL Eliani Ragonha ASSESSORIA PEDAGÓGICA Débora Rana e Silvana Augusto FORMADORAS LOCAIS E ORGANIZADORAS DO MATERIAL Célia Regina da Silva, Elaine Cristina Guzzi da Silva, Gláucia Andrea Viel, Lucélia Rodrigues Mendes, Rosycarmen Pontes Gestal Alvares COLABORADORES Professores da Educação Infantil da Rede Municipal 2 Sumário APRESENTAÇÃO ....................................................................................................4 1. Como Utilizar o Módulo ....................................................................................5 2. O Papel do Nome Próprio na Escrita Inicial ...................................................6 3. As Orientações Didáticas ................................................................................7 4. Sugestões de Atividades ...............................................................................9 a. Identificação de pertences e da própria produção ...........................9 b. Se eu fosse um peixinho ...................................................................10 c. Uso da lista de nomes da turma .......................................................11 d. Escrita do nome com letra móvel .....................................................12 e. Bingo de nomes da turma .................................................................13 f. Jogo da memória dos nomes e fotos da turma ..............................15 g. Que confusão! ....................................................................................16 h. Escondidinho .....................................................................................17 i. Agenda ................................................................................................18 5. Referências .....................................................................................................21 3 Apresentação Aos Educadores da Rede Municipal de Ensino de São José do Rio Preto A Secretaria Municipal de Educação de São José do Rio Preto tem trabalhado na promoção da consolidação de uma Educação Infantil de qualidade. Um de seus grandes desafios consiste na articulação das propostas de trabalho da Educação Infantil com as do Ensino Fundamental, reconhecendo as necessidades e especificidades de cada etapa de ensino. Nesse sentido, tem centrado esforços na formação continuada, por acreditar que o investimento na formação do professor é um dos fatores que consolida uma educação de qualidade, voltada para a formação integral de todos os educandos, edificada por meio de atividades significativas e prazerosas a cada faixa etária. A elaboração e publicação deste material pela Equipe Técnica de Formação Continuada – Educação Infantil da SME é resultado de muito estudo e do trabalho direto com os professores nos momentos de formação que tem como Tema Central “Práticas de Linguagem Oral e Escrita”. O material aqui apresentado é o primeiro de três módulos que estão sendo produzidos com o objetivo de subsidiar a prática e a reflexão de todos os envolvidos com uma pedagogia para a infância, na construção de um novo paradigma para a Educação Infantil. O módulo I tem como enfoque “Nome Próprio”,contudo, não há a intenção de padronizar as práticas escolares. O objetivo é intensificar a articulação entre as propostas de trabalho nas Unidades Escolares de Educação Infantil que atendem aproximadamente 7.600 alunos de 4 e 5 anos. Essas crianças, como sujeitos de direitos, devem ter acesso a bens culturais e a aprendizagens significativas em um ambiente desafiador que promova a construção de conhecimentos. Para que este não se torne somente mais um documento para a Rede, a equipe que o elaborou, conta com o comprometimento de todos os educadores para torná-lo um instrumento vivo, que possa auxiliá-los na ação educativa. Com a mesma disponibilidade que é característica da equipe de formação continuada, a Secretaria Municipal de Educação coloca-se aberta ao diálogo, buscando no trabalho coletivo, a construção da prática pedagógica diária. Profa.Dra. Telma Antonia Marques Vieira Secretária Municipal de Educação 4 1. Como utilizar o módulo Temos a seguir uma lista de sugestões de propostas que foram sistematizadas pelos professores dessa rede de ensino. Não se trata de um material pronto! Para usálo bem, é preciso considerar que: • A escolha das atividades deve estar diretamente relacionada à avaliação da professora sobre sua turma para que possa selecionar apenas as que são realmente necessárias para seu grupo. • Tem certa gradação de desafios e não é necessário utilizar todas as atividades, uma a uma, elas podem ser vistas de modo independente. • É possível selecionar propostas diferentes para as turmas, de 4 a 5 anos, nos diferentes momentos do ano. Importa saber que não é a repetição da atividade que vai resultar em aprendizagens. Portanto, é importante avaliar: uma vez que a criança já demostrou conhecer a escrita de todos os nomes, essas atividades tornam-se dispensáveis. • Algumas atividades são mais longas e tem caráter sequencial, por exemplo, a proposta de agenda. Outras são de uso permanente como, por exemplo, a escrita do nome para a identificação de pertences e da própria produção. A combinação de atividades sequeciadas e permanentes deve estar à serviço da proposta pedagógica da escola e das necessidades das crianças de cada turma. • Ao desenvolver cada proposta, é importante fazer anotações no corpo desse material incluindo observações sobre como propor a atividade, intervenções que funcionaram melhor, etc. Desse modo, o material pode ser atualizado de acordo com a prática do professor. Observação: Usar as intervenções sugeridas considerando as necessidades dos alunos e o tempo entre elas de modo a deixar os alunos pensarem. 5 O papel do nome próprio na escrita inicial “O conhecimento do próprio nome tem duas consequências importantes para os alunos que estão se alfabetizando: • é uma escrita livre de contexto; • é uma escrita que informa sobre a ordem não-aleatória dentro do conjunto de letras. A escrita do próprio nome representa uma oportunidade privilegiada de reflexão sobre o funcionamento do sistema de escrita, pelas seguintes razões: • tanto do ponto de vista linguístico como do gráfico, o nome próprio é um modelo estável; • o nome próprio é um nome que se refere a um único objeto, com o que se elimina, para a criança, a ambiguidade na interpretação; • o nome próprio tem valor de verdade porque se reporta a uma existência, a um saber compartilhado por ambos, emissor e receptor; • do ponto de vista da função, fica claro que identificar objetos ou indivíduos com nomes faz parte dos intercâmbios sociais da nossa cultura; • do ponto de vista da estrutura daquilo que está escrito, a pauta lingüística e o referente coincidem. A escrita de nomes próprios é uma boa situação para trabalhar com modelos de escrita, e isso é conveniente porque esse tipo de modelo oferece informação à criança sobre: • a forma e o valor sonoro convencional das letras; • a quantidade de letras necessária para escrever os nomes; • a variedade, a posição e a ordem das letras em uma escrita convencional; • a realidade convencional da escrita, o que serve de referência para checar as próprias hipóteses”. Fonte: Rosa Maria Antunes de Barros, Trabalho pedagógico com nomes próprios. PROFA, M1U3T4. 6 2. As orientações didáticas Sabemos que o modo como as propostas são orientadas podem alterar completamente as condições de produção das crianças. Por isso, ao escolher uma proposta para levar às crianças, é importante refletir sobre a melhor maneira de orientar essa proposta. Para apoiar essa reflexão, sugerimos a seguir algumas orientações didáticas boas para qualquer atividade. • As atividades devem ser propostas às crianças conforme os desafios possíveis para aquele grupo, portanto, deve-se pensar em palavras com quantidade de letras parecidas ou diferentes, letras inicias e/ou finais iguais ou diferentes; nomes muito diferentes ou semelhantes, etc. • Durante as atividades, é importante que o professor deixe que as crianças formulem suas hipóteses e definam suas estratégias. Vale lembrar que na Educação Infantil não se trabalha com a meta de conquistar a escrita convencional, mas sim de assegurar que todas as crianças possam pensar sobre o sistema de escrita. Por isso é importante dar tempo às crianças e observar como elas resolvem os problemas que lhes são propostos. • O professor deve passar pelos grupos enquanto as crianças escrevem ou leem, observando e oferecendo apoio apenas quando necessário perguntando se as listas ou o nome de algum colega da sala podem ajudá-lo. • É interessante que o professor facilite as trocas de estratégias desenvolvidas pelas próprias crianças, confrontando-as e auxiliando-as a solucionarem os problemas por meio de seus próprios recursos. • As crianças precisam ter a oportunidade de voltar às mesmas atividades para que possam checar o que aprenderam ou ver um mesmo problema sob outro ponto de vista. Por isso, é importante que a oferta de situações de leitura e escrita do nome próprio tenham continuidade na rotina diária da sala. • Ter a lista de nomes na sala para que possa ser consultada sempre que precisar escrever outras palavras é uma condição para a escrita inicial das crianças. Por isso, é fundamental ter na sala um cartas de pregas com as filipetas móveis com os nomes de todas as crianças da turma, de modo legível e de fácil manipulação. 7 Orientações para a confecção do cartaz de nomes “Os nomes nas filipetas devem estar sempre em letras maiúsculas, para uniformizar as escritas e não atrapalhar a concentração das crianças. Deve-se grafar todos na mesma cor, sem diferenciar o nome de meninos e meninas. É muito comum nas escolas escrever em determinada cor o nome das meninas (em geral, rosa ou vermelho) e em outra o nome dos meninos. No entanto, essa prática não é adequada, uma vez que é necessário deixar claro para os alunos que uma letra é sempre a mesma, independentemente da cor em que apareça. Quando é fornecida uma pista externa ao sistema de escrita, como a cor da letra, isso acaba na verdade dificultando a aprendizagem da criança. Além disso, as palavras não podem ser todas do mesmo tamanho. Elas têm de variar de acordo com o tamanho real dos nomes. Assim, por exemplo, a escrita do nome “Ana” deve ser menor do que a de “Joana”. A criança precisa perceber que essa é uma pista da escrita. Também não se deve colocar nenhum outro sinal que facilite a identificação dos nomes, como fotografias ou recortes de revista colados ao lado dos nomes, pois isso pode acabar levando a criança a memorizar aqueles símbolos, e não a grafia. O aluno não precisa de desenhos para escrever, e sim de oportunidades para escrever algo que faça sentido.” DICA “A lista de nomes precisa estar situada em um local de fácil acesso, de modo que as crianças possam utilizá-la como fonte de consulta permanente. Em muitas salas de aula, a lista é colocada tão alto e tem tantos desenhos e fotografias perto dos nomes que praticamente se torna um objeto de decoração, em vez de um material de trabalho dos alunos.” (Fonte: AUGUSTO, S; RANA, D. Língua Portuguesa. Nós da educação, dez desafios para o professor ensinar.) 8 3. Sugestões de atividades Identificação de pertences e da própria produção Objetivo: Aprender o uso social da escrita do próprio nome como identificação de seus pertences. Conteúdos: Escrita do nome em situações contextualizadas de identificação de pertences. São inúmeras as situações do cotidiano em que é preciso escrever o próprio nome para sabermos a quem pertence um desenho, um estojo, etc. Essas situações podem ser aproveitadas em sala como mais uma oportunidade para que as crianças escrevam o próprio nome. Além disso, pode servir como fonte de consulta e referência para a criança estabelecer relações entre o seu nome e os nomes dos colegas. Orientações didáticas: Inicialmente, a professora deve ser a escriba do nome da criança, sendo o modelo para os pequenos. Poderá anunciar: vou passar escrevendo o nome de vocês! Então, ela se aproxima de cada criança e mostra onde vai escrever enquanto fala o seu nome. Essa situação, isoladamente, não garante a aprendizagem da escrita do nome próprio, mas é condição para que a criança pequena, tenha um modelo de uso e veja o funcionamento da escrita em uma situação contextualizada. A professora, em um primeiro momento, se coloca como escriba de todos os nomes e gradativamente favorece que as crianças o façam com autonomia. A professora pode problematizar com o grupo a necessidade de marcar suas produções e pertences. Deve favorecer o uso do apoio do nome escrito na filipeta móvel para que a criança possa ajustar sua escrita à convencional. A professora poderá incentivá-los perguntando, por exemplo: depois que vocês terminarem o desenho, o que precisam fazer? Pode, ainda, sugerir: quem quiser pegar a sua tarjeta que está no quadro de pregas para ajudar na hora de escrever, pode pegar ali. 9 Se eu fosse um peixinho Objetivo: • Apresentar a lista de nomes das crianças para a turma • Favorecer às crianças a reflexão sobre o sistema de escrita a partir da leitura do nome próprio. Conteúdos: • Prática de leitura do nome próprio. • Análise das características e regularidades do sistema de escrita. As crianças, sentadas no centro do círculo, são convidadas a brincar de “sair do fundo do mar”. A medida que vão cantando a melodia “Se eu fosse um peixinho e soubesse nadar ...”, a professora disponibiliza no centro da roda o conjunto das tarjetas de nome da sala e a criança que foi mencionada na cantiga deverá, então, selecionar a escrita do seu nome.. Orientações didáticas: Quando a professor quiser focar apenas alguns nomes, então ela poderá informar às crianças que nesse dia a brincadeira será apenas com alguns nomes. Nesse caso, deve escolher previamente as tarjetas com os nomes que serão utilizados na atividade de acordo com os desafios pensados para o grupo. A professora poderá fazer intervenções do tipo: começa com essa letra? Tem outro nome que começa igual?, etc. 10 Uso das listas de nomes da turma Objetivo: Aprender a funcionalidade da escrita em sua cultura por meio do uso das listas. Ler e escrever os nomes em contextos significativos Conteúdos: Leitura e escrita do nome em situações contextualizadas Uso das listas de nomes Essa é uma situação para as crianças consultarem a lista de nomes diariamente, para os mais diversos fins em que o uso da lista é organizador do cotidiano. Por exemplo, saber quem veio e quem faltou ou para saber quem será responsável por alguma tarefa em especial, saber quem será o contador de histórias do dia ou quem trouxe um assunto do jornal para a roda de conversa, etc. Orientações didáticas: A professora pode explorar o uso das listas aproveitando a oportunidade para que as crianças leiam e escrevam os nomes. Por exemplo, pedir que os ajudantes escrevam o nome dos ajudantes do dia seguinte; escrevam o nome dos aniversariantes do mês; escrevam o nome de quem foi embora mais cedo; escrevam o nome do amigo que trará algo para o dia seguinte, etc 11 Escrita do nome com letra móvel Objetivo: Favorecer situações onde as crianças possam escrever segundo suas hipóteses. Favorecer às crianças a reflexão sobre o sistema de escrita. Conteúdos: Escrita do nome próprio Análise das características e regularidades do sistema de escrita. Essa é uma atividade em que as crianças fazem uso das letras móveis para escrever segundo suas hipóteses e, posteriormente, confrontar com a escrita convencional. As letras móveis facilitam o trabalho das crianças no momento de reescrever porque permitem a elas “errar”, fazer experimentos com a troca de letras e relacionar as ocorrências da mesma letra em diferentes nomes. 12 Bingo de Nomes da Turma Objetivo: • Apresentar a lista de nomes das crianças para a turma • Favorecer às crianças a reflexão sobre o sistema de escrita. Conteúdos: • Prática de leitura do nome próprio. • Análise das características e regularidades do sistema de escrita. Todas as crianças ganham tabelas diferentes com nomes das crianças da sala. A professora sorteia a filipeta, lê o nome, mas não mostra. Pergunta para as crianças quem tem aquele nome. Quem tiver o nome na cartela, coloca uma tampinha em cima. Quem acertar os nomes primeiro, grita BINGO! Ganha quem completar sua cartela primeiro. O professor intencionalmente organiza os nomes da cartela do bingo de forma desafiadora para que, as crianças possam refletir sobre as regularidades do sistema de escrita (nomes do mesmo tamanho, nomes compostos, nomes que começam e/ou terminam com a mesma letra, nomes parecidos, etc.); Em uma variação possível as próprias crianças escolhem quatro nomes da lista de colegas da classe. Escrevem o nome em cada espaço da tabela. Essas serão as bases para jogar bingo de nomes. Orientações didáticas: No momento que antecede ao jogo: A professora pode perguntar ao grupo: quem terminou de escrever sua tabela com os nomes pode checar a lista de nomes da turma para ver se precisam ou não mudar alguma coisa. Deve dar tempo para que as crianças pesquisem e escolham os nomes dos amigos e também tempo para que as duplas discutam e reflitam sobre como escrever. Possibilitar que confrontem suas escritas com a lista de nomes da turma e dar tempo para que as duplas ajustem suas escritas. 13 Durante o jogo: A professora pode ajudar na troca de saberes do grupo perguntando: quem marcou um nome diferente do que está escrito aqui? Por que você acha que aí está escrito esse nome? Qual a diferença entre o nome que marcaram e o que está na filipeta? O professor intencionalmente pode sugerir dois nomes da cartela do bingo criando novos desafios para que as crianças possam refletir mais sobre as regularidades do sistema de escrita (nomes do mesmo tamanho, nomes compostos, nomes que começam e/ou terminam com a mesma letra, nomes parecidos, etc.); Depois, entrega as cartelas às duplas informando ao par os nomes que compõem sua cartela. Lê o nome sorteado e dá um tempo para as duplas fazerem a leitura dos nomes, discutirem e decidirem se tem o nome ou não na cartela. Percorre a sala checando as marcações feitas pelas duplas. Mostra a filipeta sorteada fixando-a no quadro para que as crianças verifiquem suas escolhas e as demais tenham acesso à escrita do nome sorteado. 14 Jogo da memória dos nomes e fotos da turma Objetivo: • Apresentar a lista de nomes das crianças para a turma • Conhecer a escrita do nome próprio e a dos colegas Conteúdos: • Prática de leitura do nome próprio. • Análise das características e regularidades do sistema de escrita. Joga-se esse jogo com as regras da memória convencional: a criança vira a cartela do nome que fica organizada, com as demais, em um lado da mesa e tem que se lembrar onde está a foto, do outro lado. Ganha o jogo quem fizer mais pares. Orientações didáticas: A professora poderá fazer intervenções do tipo: Por que você acha que é esse o nome? Começa com essa letra? Tem outro nome que começa igual? Quem pode ajudar o amigo saber se é esse o nome que ele leu? Quer pesquisar na lista de nomes da turma? Todos concordam que esse é o nome do .........? (criança da foto) Para que essa atividade garanta a reflexão sobre o sistema de escrita, a professora precisa estar junto ao grupo, por exemplo, a um quarteto, para problematizar, enquanto as demais crianças deverão estar envolvidas em outros jogos ou atividades. 15 Que confusão! Objetivo: • Fazer uso da lista de nomes da sala • Favorecer às crianças a reflexão sobre o sistema de escrita. • Ler para separar • Favorecer às crianças a reflexão sobre o sistema de escrita. Conteúdos: • Prática de leitura do nome próprio e outras escritas. • Análise das características e regularidades do sistema de escrita. • Prática de leitura do nome próprio e outras escritas. • Análise das características e regularidades do sistema de escrita. As filipetas com os nomes das crianças foram misturados com as filipetas dos nomes das histórias que lidas durante a semana. A proposta é separá-las. Orientações didáticas: O professor intencionalmente organiza os nomes de forma desafiadora para que as crianças possam refletir sobre as regularidades do sistema de escrita (nomes do mesmo tamanho, nomes compostos, nomes que começam e/ou terminam com a mesma letra, nomes parecidos, etc.); A professora pode agrupar as crianças (duplas) que tenham conhecimentos diferentes, porém próximos. Pode utilizar os nomes dos personagens das histórias conhecidas pelas crianças, caso queira provocar relações da lista de nomes da sala à outras listas. Durante a atividade a professora poderá fazer intervenções do tipo: começa com essa letra? Tem outro nome que começa igual?, etc. 16 Escondidinho Objetivo: • Construir pistas de escrita para levar as crianças a desenvolver estratégias de leitura • Refletir sobre as regularidades do sistema de escrita. Conteúdos: • Leitura dos nomes da turma • Análise das características e regularidades do sistema de escrita. Essa é uma atividade na qual as crianças vão construindo a ideia do que são pistas de leitura e quais são as melhores para descobrir de quem é o nome escondido. Orientações didáticas: A professora poderá fazer intervenções do tipo: -“Amanda” começa com essa letra? - Só o “Educardo” começa com essa letra? Tem outro nome que começa igual? As crianças e a professora devem estar sentadas em círculo. A professora conta para a turma que tem um nome de um deles escondido e que eles vão adivinhar de quem é.A professora deve estar sentada de forma que todas as crianças possam visualizar a tarjeta que ela tem em mãos e explica às crianças que elas deverão pedir pistas para descobrirem de quem é o nome escondido.A cada pista solicitada, a professora mostra a letra referente e questiona de quem é o nome, se pode ser de outro, como sabem que é aquele e não outro levando as crianças a refletirem sobre suas hipóteses. Depois de cada solicitação da crianças e letra mostrada, a professora pede ao grupo uma próxima pista. A atividade pode continuar até chegar à resposta final que é quando, entre as pistas confirmadas e mostradas, há apenas uma possibilidade e, portanto, descobrese qual era o nome escondido. Outra possibilidade de intervenção é fazer esta atividade com poucos nomes por dia. Para a confecção das tarjetas, deve-se seguir as orientações gerais. 17 Agenda Objetivo: • Favorecer às crianças a reflexão sobre o sistema de escrita. • Promover o uso contextualizado das agendas como portadoras dos nomes das crianças da sala. • Favorecer às crianças a reflexão sobre o sistema de escrita. Conteúdos: • Prática de leitura do nome próprio e outras escritas. • Análise das características e regularidades do sistema de escrita • Prática de leitura e escrita do nome próprio e outras escritas. • Análise das características e regularidades do sistema de escrita. Essa proposta envolve a confecção de uma página da agenda de telefone e endereço das crianças. Cada criança produz a sua página preenchendo a primeira linha com o nome próprio. Os demais dados podem ser escritos aos poucos, um por dia, com consulta, ou podem ser preenchido em casa com a ajuda dos pais. Orientações didáticas: O trabalho com a agenda é uma proposta que envolve o encadeamento de várias ações, algumas que antecedem à confecção da agenda e outras que acontecem durante e após o percurso. Antes da construção de cada página da agenda, as crianças já pesquisaram diversos tipos de agenda, a função e o uso que têm em nossa cultura, as informações contidas nos diversos modelos pesquisados, a ordem alfabética para organizar a apresentação dos nomes. Uma vez pesquisados os modelos, decidiram coletivamente a agenda a ser construída. Iniciar a construção da página com a escrita do próprio nome. É importante que as crianças possam pensar na escrita do seu nome e confrontá-la com a lista de nomes ou a filipeta para que seja uma escrita compreensível a todos; para isso é necessário que tenham tempo para ajustar suas escritas. Os demais dados devem ser escritos aos poucos, com consulta, se necessário, ou podem ser preenchidos em casa, com ajuda dos pais. 18 Depois de construídas as páginas, pode-se propor que as crianças, em duplas, pesquisem na lista de nomes da turma e organizem as páginas em ordem alfabética discutindo a posição de cada nome na agenda. Caso o grupo tenha decidido que cada criança terá sua agenda, a agenda original ficará para o uso coletivo da turma e cada criança receberá uma reprodução; Pode-se solicitar que as crianças liguem para dois amigos. A professora poderá organizar agrupamentos produtivos e observar os conflitos que surgem nos grupos para apoiá-los; problematizar a ordem dos nomes na organização da agenda; apoiar para que todos cheguem à organização esperada; assegurar que todas as crianças tenham as suas próprias agendas para levar para casa. A seguir, um detalhamento dos diferentes tempos dessa proposta. Antes da atividade: • Trazer e pedir que as crianças tragam agendas de casa. Organizar uma roda de conversa para exploração do material , discussão sobre seu uso social e levantamento de conhecimentos prévios: para que serve uma agenda, o que tem na agenda, quantos tipos de agenda podemos observar, o que elas tem em comum, a necessidade da ordem alfabética, como se usa, em quais situações, etc. • Propor a construção de uma agenda da turma, escolhendo com as crianças quais tópicos que farão parte. Durante a atividade : • Orientar e solicitar aos pais ajuda às crianças em situação de pesquisa sobre informações para constarem na agenda, trazendo seus dados (nome completo, telefone e endereço). • Organizar na rotina dias (podem ser alternados) para a sistematização da agenda, momento em que a criança irá preencher a sua folha da agenda. As crianças que precisarem, podem ter mais ajuda da professora. • Solicitar que individualmente escrevam seu nome, a princípio sem apoio. Caso seja necessário, problematizar as estratégias e materiais disponíveis na sala para consulta (onde você pode buscar seu nome para escrever).Para isso é necessário que tenham tempo e oportunidade para ajustar suas escritas de modo que fiquem compreensíveis a todos 19 Final da Atividade: • Problematizar com as crianças: quem sabe qual será o primeiro nome e por quê? Problematizar com as crianças outras situações como nomes parecidos, quais pistas usar para saber qual será o próximo nome. Em seguida propor ao grupo a organização de todos os nomes.* • Levar a agenda para casa para ligar para os amigos que quiser no final de semana, no dia do aniversário, para perguntar porque faltou , etc... 20 Referências 1. RANA, Débora e AUGUSTO, Silvana. Língua Portuguesa – soluções para os dez desafios do professor. Ed. Ática, 2011. 2. FERREIRO, Emília. Ingresso na escrita e nas culturas do escrito. Ed. Ed. Cortez, 2013. 3. FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. Ed. Cortez. 4. CARVALHO, S., KLISYS, A. E AUGUSTO, S..Bem Vindo Mundo – criança, cultura e formação de educadores – Instituto Avisa lá. Ed. Peirópolis,2006. 5. FERREIRO, Emília. Com Todas as Letras. 6. Ed. São Paulo: Cortez, 2010. 6. Revista Avisa lá nº 41 – “Nome Próprio na Alfabetização”. Pág. 11 a 23. Fev. 2010. 7. Revista Avisa lá nº 07 – “Escrita do Nome Próprio – um passaporte para o mundo alfabético”. Pág. 10 a 13. Jul. 2001. 8. PROFA – Programa de Formação de Professores Alfabetizadores. M2U3T4. Trabalho Pedagógico com nomes próprios. Rosa Maria Antunes de Barros. 9. http://az29555.vo.msecnd.net/static/downloads/autorizacao 21