Untitled - Turismo de Granada

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Untitled - Turismo de Granada
Alpujarra y
Valle de Lecrín
TURISMO DE GRANADA
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Índice
4
Entre as neves e o mar
5
Uma terra de contrastes
6
Num cantinho de Al-Andalus
8
Do trópico até aos cumes
9
Uma fauna variada
10
O recurso mais apreciado
11
Uma forma de vida peculiar
12
Um urbanismo integrado no meio
14
Com sabor próprio
15
Um artesanato ancestral
16
Viver a tradição
18
Sierra Nevada
20
Do Valle de Lecrín aos Guájares
22
O tecto da Península
26
Na peugada de Gerald Brenan
30
Percurso do rio Guadalfeo
34
Vinhos e cortijos (casas de lavoura) da Contraviesa
38
Para estar activos
42
Dados práticos
50
Mapa comarcal
Europa
España
Andalucía
Granada
Altiplano de Granada:
Baza y Huéscar
Guadix y
El Marquesado
Poniente
Granadino
Granada
Sierra
Nevada
Alpujarra y
Valle de Lecrín
Costa Tropical - Granada
© Patronato Provincial de Turismo de Granada
Desenho e Produção: www.edantur.com
Entre as neves e o mar
4
tificada em altitude, pelo
que podem ser apreciadas
g randes diferenças inclusivamente durante a mesma
estação. Desde as tempeSerra Nevada, ao fundo o Mediterrâneo
ra t u ras suaves da costa,
t e m p e radas pelo MediAo Sul da Europa, a olhar para
África, existe um lugar mágico, com terrâneo, até os contrastes da
um sabor andaluz onde o Oriente Alpujarra Alta, com Invernos de
e o Ocidente estão de mãos dadas. n e ve e Verãos temperados, na
É a Alpujarra y Valle de Lecrín, a comarca é possível encontrar
comarca espanhola onde os ve s t í- diversos ambientes e tonalidades
gios islâmicos perdura ram dura n t e c o n fo rme a época do ano.
Tanto se optar pelo tra n s p o rmais tempo. Uma região de cont rastes, com uma variedade paisa- te aéreo, desde o moderno Aerogística que abrange desde as altas porto de Granada, como pelo
s e rras até às imediações do litora l transporte marítimo, desde o pormediterr â n e o, passando pelas to de Motril, no fim a única fo rm a
s e rras dos Guájares, Lújar e a Con- de poder penetrar na Alpujarra y
t raviesa e vales muito belos. A con- Valle de Lecrín é pela estrada.
Um tecido complexo de
fi g u ração geográfica, entre os
cumes da Sierra Nevada e o mar, redes de estradas, caminhos e vias
d e ram lugar ao isolamento ances- secundárias, completamente intet ral da comarca, fazendo que sejam gradas na paisagem e respeitando
conservados quase intactos os seus perfeitamente a envo l vente natumodos de vida e de povoamento ral para circular sem pressas, ao
mesmo tempo que usufrui de
tão peculiares.
A climatologia da Alpujarra y panorâmicas muito belas.
Desde Granada capital, pode
Valle de Lecrín e n c o n t ra-se estrachegar até à comarca através do
alto do Suspiro del Moro e pela
estrada nacional A-44, via L a n j ar ó n. Desde a Costa do Sol e a
Costa Tropical pela N-340, por
A l b u ñ o l, e desde a auto-via A-92
por Guadix e o alto da Ragua.
Uma terra de contrastes
No sopé da Sierra Nevada está situada
uma terra que, durante mais de oitocentos
anos foi a morada dos muçulmanos. Essa
t e rra é a Alpujarra y Valle de Lecrín, um
cantinho pequenino do Reino de Granada
que conserva ainda quase intacta as características islâmicas, um troço do Oriente no
extremo do Ocidente.
Casas caiadas de forma cúbica, cultivos
em socalcos, povoações a salpicar as ve rten- Chaminés típicas
tes das montanhas, paisagens inacreditáveis e
um vasto leque de possibilidades para o lazer… Com uma idiossincra s i a
peculiar, reflectida na sua arquitectura popular e nos modos de vida dos
seus habitantes, a comarca surge como um lugar pitoresco e diferente, com
um carácter ru ral muito acentuado e, ao mesmo tempo, aberto e hospitalar, acostumado a receber visitantes com as procedências mais diversas.
Além de ser um lugar idóneo para o relax e o descanso, os que desejam queimar um pouco de adrenalina encontrarão na Alpujarra y Valle de
Lecrín uma vasta gama de actividades que abrange desde o esqui de fundo até o voo livre e enumeráveis percursos a pé e cicloturi s m o, para vive r
intensamente a natureza.
Assim é a Alpujarra y
Valle de Lecrín, a terra
da qual se apaixonara m
os viajantes românticos
e que escolheu como
morada Gerald Brenan.
Um paraíso congelado
no tempo, uma comarca
andaluza entre as neves
e o mar que activa a
todos os que vêm até
aqui para a conhecer.
Bosque típico da Alpujarra
Barranco do Poqueira (Bubión)
5
Num cantinho de Al-Andalus
As origens do povoamento humano na Alpujarra y Valle
de Lecrín provêm desde a Pré-história, como testemunham os
vestígios arqueológicos encontrados na comarca. Na época
ibérica e romana existiram assentamentos pontuais, porém,
não será até à chegada dos muçulmanos, no século VIII, quando a densidade da sua população alcance o seu apogeu.
6
A presença islâmica irá deixar as suas
características peculiares nesta comarca.
Os povoadores muçulmanos encontrarão nestas terras o paraíso terrenal,
adaptando-se ao meio numa simbiose
perfeita com a natureza. As suas técnicas
de regadio muito aperfeiçoadas deram
lugar a uma agricultura arborícola muito
próspera e a uma indústria da seda que
perdurou até os tempos modernos.
Porém, a florescente economia andalusí não impediu o surgimento de conflitos como o protagonizado por Ibn Hafsum na época do califado ou a Rebelião
Capitel Nazarita
das Alpujarras de 1568, chefiada pelo
mourisco Fernando de Córdova e Válor,
mais conhecido como Abén Humeya, face ao poderoso Felipe II, após
a qual teve lugar a expulsão definitiva dos muçulmanos da Península
Ibérica.
O legado de Al-Andalus
foi recolhido pelos posteriores
povoadores cristãos, que conservaram o sistema de cultivo
em socalcos, o modo de construção, a rede de reservatórios de água… A mudança de
fé veio acompanhada com a
edificação de igrejas e ermidas,
muitas das quais com o estilo
mudéjar, perpetuando assim a
tradição muçulmana. E chegaram novas aportações, como
a criação do porco e o ritual
da matança ou o cultivo de
cereais, que arraigaram na
zona e perduram presentemente juntamente com a
herança islâmica.
Os vestígios de Al-Andalus
podem ser observados na
Cultivos em socalcos
Alpujarra y Valle de Lecrín, o último lar de uns homens que souberam fazer da montanha um pequeno
paraíso para deixá-lo como herança aos que chegaram posteriormente. Um legado que hoje, passados centenas de anos, e que ainda podemos conhecer.
Torres e Castelos
A paisagem da Alpujarra y Valle de Lecrín está salpicada de restos de fortalezas e torreões que recordam
a longa história da comarca,
como o Castelo islâmico de
Lanjarón ou os restos do Castelo de Juviles, da mesma
época, conhecido como “El
Fuerte”.
Conservam-se ainda
vestígios do castelo de Restábal, de Mondújar, do Peñón
del Moro em Dúrcal e nos
Guájares as ruínas de uma
fortaleza em Tajo Fuerte. Os
restos dos castelos de Capileira, Válor, Murtas e de Piedra Fuerte, em Yegen, para
além dos do torreão nazarita
de Órgiva e a Torre de Melicena (Sorvilán) complementam este rico património.
Castelo islâmico de Lanjarón
7
Do trópico até aos cumes
As espécies vegetais da Alpujarra apresentam uma distribuição estratificada em altura, pelo qual podem ser observadas desde espécies de alta montanha como a estrela das neves
(endémica da Sierra Nevada) até figueiras-da-india nas cotas
mais baixas e grandes bosques nas zonas intermédias.
8
Uma agricultura respeitosa com o meio
ambiente e o facto de
que uma boa parte do
território da Alpujarra y
Valle de Lecrín está
incluída dentro do Parque Natural da Sierra
Nevada são factores que
têm contribuído para a
protecção da flora da Pormenor de figueira-da-índia
zona.
As espécies endémicas estão concentradas nas cotas mais elevadas, dentro do Parque
Nacional da Sierra Nevada, nas zonas de pastos denominadas “cascajares” e “borreguiles”. À medida que a altitude desce, as superfícies de
bosques com diversas espécies, desde pinhais até azinhais e sobrais,
passando por outras como o castanheiro, o carvalho ou outras variedades de azinheiras surgem alternativamente com os terrenos de cultivo. Nas cotas baixas estão situadas espécies arbóreas como a oliveira, a alfarrobeira, bem como loendros e figueiras-da-india.
Os vestígios da passagem dos homens ficaram reflectidos nas proximidades das povoações, com uma paisagem caracterizada pelos cultivos em socalcos, as hortas, os cereais e a arboricultura, alternando os
regadios com as superfícies de sequeiro.
Paisagem da Alpujarra Alta
Uma fauna variada
Do mesmo modo que a
flora, a rica e variada fauna da
Alpujarra y Valle de Lecrín
está distribuída de forma
escalonada desde a alta montanha até à costa.
O reduzido impacto ambiental, dada a baixa densidade de
população, deram lugar à conservação de um elevado número de
espécies animais.
e a fuinha. E já na faixa costeira é
possível ver aves tais como o
guarda-rios-comum ou os patos,
sempre perto do mar Mediterrâneo.
Na Alpujarra y Valle de Lecrín o burro
continua a ser utilizado como animal de
carga e como meio de transporte para
realizar percursos turísticos muito pitorescos,
um factor que favorece a sua conservação.
Na alta montanha, o reino da
cabra montesa, pode-se contemplar o voo majestoso da águia
imperial, a ferreirinha-alpina e
espécies como o toupeirinha,
enquanto que, nas zonas abertas habitam o lagarto ocelado
e outros répteis como a víbora
focinhuda.
Nas cotas de média montanha têm o seu habitat mamíferos como a raposa, o javali e
outros mais difíceis de ver por
terem hábitos nocturnos,
como o texugo e a gineta. Na
Alpujarra Baixa estão as aves
como o abutre comum e
mamíferos como o gato-bravo
Cabra montesa
9
O recurso mais apreciado
A água, o bem mais
apreciado, é um elemento
básico para a vida. A
c o m a rca foi humanizada
quando os seus povoadores, especialmente os
A água na natureza
muçulmanos, souberam
captar e conduzir as águas
que flúem do degelo e os mananciais para poder habitar e cultivar um território inóspito até à data.
10
Na Alpujarra y Valle de Lecrín é possível contemplar a água no seu cenário natural nos rios, ribeiros e mananciais, muitos dos quais com propriedades
saudáveis e curativas, que se encontram
por toda a comarca. Na primavera, as
águas do degelo dos cumes da Sierra
Nevada descem por ribeiros, rios e
b a rrancos, banhando e enchendo de vida
as paisagens da Alpujarra. Os muçulmanos souberam canalizá-las através da rede
de reserv a t ó rios e canalizações que ainda
perdura em povoações como Los GuáA água, fonte de vida
jares, as quais datam da época almofade.
Moinhos antigos, alvercas, poços e
Fontes e Pilares
reservatórios de origem muçulmana salpicam a A l p u j a rra y Valle de Lecrín, do mesBubión:
mo modo que as fontes e pilares das quais
Fonte dos Cuatro Caños
a água brota sem cessar. As Te rmas e o BalCáñar:
n e á rio de Lanjarón, cujas água possuem
Fonte de Poyo Dios
qualidades minero-medicinais, é uma amosCástaras:
tra mais do aproveitamento dos mananciais
Fonte dos Caños
da Alpujarra .
El Golco:
Fontes dos
Llanitos, de San Miguel
e dos Remedios
Lanjarón: Fonte das Adelfas
Laroles: Pilar de las Yeguas
Los Bérchules: Fonte dos
Paraíso, Fonte das Carmelitas
Murtas: Fontes do Cuartel,
de Santa Cruz e da Golera
Nechite: Fonte das
Margaritas
Órgiva: Fonte dos Cantares
Pampaneira: Fonte dos
Poetas, do Cerrilo e de
San Antonio
Pórtugos: Fonte Agria
Válor: Fonte da Tableta
Yegen: Fonte dos Tres Caños,
Fuente Agria
Água integrada no urbanismo
Uma forma de vida peculiar
Os habitantes da Alpujarra, gente afável e singela, permaneceram isolados durante séculos, vivendo em perfeita harmonia com
o meio ambiente. As paisagens da Alpujarra y Valle de Lecrín, onde
o silêncio reina, são um verdadeiro convite para o descanso e a
contemplação, e dai o carácter tranquilo dos seus povoadores.
A forma de vida dos
habitantes da comarca, com
uma raiz rural muito fo rte,
c o n t i nua a estar cara c t e ri z ada pela singeleza e a ausência das pressas. Um ambiente que tem atraído a artistas,
comunidades alternativas e
artesão que encontraram
nestas terras da Alpujarra o
seu paraíso particular.
Conservam ainda antigos lavadouros públ i c o s
Centro budista O’Sel Ling
antigos onde as mulheres
lav avam a roupa não faz ainda muito tempo, e oficinas de artesanais onde
se continua a trabalhar como outrora. Os trabalhos agrícolas continuam
a ser realizadas de um modo artesanal, excepto nas zonas que estão mais
perto da costa.
F o ram as paisagens da
O Barranco do Poqueira alberga a priAlpujarra e o seu modo de
vida tão peculiar dos seus
meira comunidade budista estabelecida na
povoadores os que chamaPenínsula Ibérica, O’Sel Ling (em tibetano
ram a atenção dos viajantes
românticos, como Richard
“Lugar de luz clara”).
Ford, o estadounidense
Washington Irving ou o
espanhol Pedro Antonio de Alarcón, no século XIX, predecessores de
Gerald Brenan, que morou em Yegen de 1920 até 1934. Todos eles fi c aram prendados, das suas povoações e da sua gente, plasmando nas suas
obras a idiossincrasia desta terra onde o tempo parece decorrer com
um ritmo mais pausado.
Paisagem rústica
11
Um urbanismo integrado no meio
O urbanismo da Alpujarra, com umas características islâmicas muito
evidentes, constitui um conjunto perfeitamente integrado na paisagem.
Do mesmo modo que os cultivos estão distribuídos em socalcos, as casas
estão situadas nas ladeiras da serra, sempre voltadas para o Sul.
Construção típica da Alpujarra
Telhado de launa (argila) com chaminés
12
O habitat da Alpujarra y Valle de Lecrín recorda o das zonas montanhosas do norte de África: povoamento disperso com pequenas povoações brancas, aldeias e casas de lavoura dispersas nas ladeiras ou à beira dos vales. De facto, muitos dos municípios da comarca são os herdeiros das antigas t a h á s, divisão administrativa da época nazarita que agrupava os núcleos de povoação mais pequenos. Os municípios actuais de
L e c r í n, El Va l l e, Los Guájare s, Alpujarra de la Sierr a, Nevada ou La Ta h á,
que conservam ainda a antiga denominação ára b e, são os herdeiros deste tipo de habitat importado do continente africano pelos antigos povoadores andalusis.
Arquitectura popular: tinao (rua coberta)
Onde melhor se conserva o modo de
construção da Alpujarra é nas povoações da
serra. Um urbanismo caracterizado por ruas
estreitas e sinuosas, com as casas empilhadas
unas sobre as outras, de um modo escalonada e largos pequenos ou simplesmente
a l a rgamentos que são o coração da vida
p ú blica, e onde se concentram os bares e o
resto dos estabelecimentos.
As casas da Alpujarra são o reflexo vivo
da alma da comarca. Construídas com os
materiais da envo l vente como pedra, barr o,
ardósia, launa (uma espécie de argila que
serve para impermeabilizar os tectos) ou
m a d e i ra de castanheiro, e, quase sempre
caiadas. Essencialmente singela e prática,
sóbria na decora ç ã o, encaixa perfeitamente
na sua envolvente.
A habitação tradicional está estruturada
em dois andares, o rés-do-chão para os animais e o primeiro andar piso para a habitação
onde tem lugar a vida quotidiana; é aí onde
está a cozinha – casa de jantar com a chaminé e a janela, às ve zes uma varanda e os
quartos separados por cortinas. A porta do
rés-do-chão normalmente está dividida e a
abertura desempenha as funções de janelão.
F o rmas cúbicas, com poucas abert uras para o exterior, tectos planas ou coberturas com beirais de ardósia e as chaminés
troncocónicas, características são alguns
dos elementos que definem este género
de construção tão peculiar. E os tinaos, uma
espécie de ruas cobertas que às vezes convertem as ruas em verdadeiros túneis,
como acontece nos bairros da Pileta e do
C a s t e l o,em Capileira.
Rua com degraus
13
Povoações
com encanto
Este património
a rquitectónico peculiar
pode ver visto em lugares como o bairro Hondillo de Lanjarón, Soport új a r, Busquístar, o bairro
Alto de J u v i l e s, Mecina
Bombarón, M a i re n a, Los
Guájares ou o bairro Baixo de Cádiar.
Os três municípios
que constituem o
B a r ranco do Po q u e i ra,
Pa m p a n e i ra, Bubión e
C a p i l e i ra, fo ram reconhecidos como Conjunto
Histórico - Art í s t i c o,
incluindo os seus âmbitos
municipais, reflectindo o
valor patrimonial destas
p ovoações e da paisagem que os envolve.
Com sabor próprio
Migas típicas
Migas de farinha
Ingredientes:
4 copos de água, 4 chávenas de café de farinha de
sêmola, sal, 1-2 alhos, 2-3 colheres de aze i t e.
Acompanhamento:
bacon, linguiça, cebola assada,
alhos assados, pimentos verdes fritos, tomate seco fri t o.
14
Frita-se com azeite e alho
picado, deixa-se arr e fecer um
pouco e deita-se a água quente e
uma pitada de sal. Quando a
água estiver a ferver, acrescentase pouco a pouco a fa rinha e mist u ra-se muito bem com a escumadeira até ficar tudo bem
amassado, durante 1/2-3/4 de
hora com o lume pouco forte e
sem deixar de mexer até fa ze r
pequenas bolhas douradas. Servem-se com o acompanhamento.
Um artesanato ancestral
A cozinha da Alpujarra, singela, saborosa e natural, é baseada na riqueza e variedade dos
produtos da terra, como as frutas e hortaliças, o cabrito, a caça
ou o alho. Apresenta características comuns nas zonas da serra,
variando um pouco mais nas
zonas perto da costa.
O artesanato passou de
ser um campo em vias de
extinção a valorizar-se como
actividade produtiva alternativa tanto para a população
da Alpujarra como para os
homens e mu l h e res que
escolheram a Alpujarra y
Valle de Lecrín para morar.
Existe também a possibilidade de prov a r
pratos com uma ascendência mourisca, especialmente os de produtos de sobremesa e pastelaria, juntamente com os produtos cristãos
como o porco, com o que se elabora o delicioso presunto da Serra, destacando o de Trevélez.
Tudo isto acompanhado com um vinho “costa”
excelente da zona da Contraviesa.
Enchidos com muito saborosos, migas,
gachas pimentonas e de alho queimado, tru t a s
com presunto, potaje (guisado) de castanhas,
choto (cabrito) com alho, coelho picante, sopa
alpujarreña ou caça, são alguns dos pratos excelentes que farão as delicias dos paladares mais
exigentes. E, para finalizar, a pastelaria mouri s c a
muito rica, com produtos tão típicos como as
tortas, o pão de figo, os
soplillos de almendra
(doces de amêndoa), os roscones
de
hojarasca
(bolos com o fe itio de uma rosca,
ou os c u a j a d o s (coalhados).
Os objectos e utensílios elaborados outrora para cobrir
necessidades da vida quotidiana
passaram a ser considerados
objectos artísticos. Na Alpujarra
y Valle de Lecrín elabora-se uma
grande variedade de produtos
que contam com o valor acrescentado da dedicação pessoal de
cada autor ou autora, e fazendo
que cada um dos objectos seja
único e irrepetível.
O artesanato da comarca é
caracterizado por produtos
como as mantas típicas da Alpujarra e as jarapas, mantas de retalhos com um colorido muito alegre elaboradas antigamente pelas
mulheres com os retalhos dos
teares. Também é possível encontrar artesãos que elaboram bordados, esparto, ourivesaria, cestaria, forja, tonelaria, pirotecnia,
cerâmica, madeira talhada, cabedal…
O ar tesanato têxtil, com
uma grande tradição na comarca,
pode ser adquirido em povo-
Mantas da Alpujarra
ações como Bubión, Capilerilla,
Ferre i rola, Mecina Bombarón,
Órgiva, Pampaneira, Sorvilán,
Ugíjar e Válor. A cerâmica característica da Alpujarra, de tradição
andalusí, está situada em Bubión,
Cádiar, Lanjarón, Mecina Bomb a r ó n, Pampaneira e Válor,
enquanto que os produtos de
vime e esparto são típicos de
Lanjarón, Laroles, Mecina Bombarón, Yegen e Los Guájares,
onde também são realizados
objectos com as cabaças.
Nesta zona existem também
outros produtos de artesanatos
como o cabedal, trabalhado em
Bubión, Cádiar, Mecina Bombarón, Pampaneira e Válor.
A Associação de
artesãos da Alpujarra
registou a marca
“Artesanía Alpujarra”,
que identifica os produtos elaborados na
comarca, e que garante a qualidade do bemfazer do trabalho artesanal.
Tel. de informação
958 784 340
Secadouro de presunto, Trevélez
Artesã a tecer no tear
15
Viver a tradição
Na Alpujarra y Valle de Lecrín perduraram ao longo da
história um número muito elevado de tradições e costumes,
alguns dos quais são bastante peculiares. Com um calendário
festivo variado que decorre ao longo de todo o ano, na
comarca é fácil desfrutar de alguma das suas inumeráveis festas e celebrações.
Os moradores da Alpujarra
acostumam acompanhar as suas
Trevélez e em Capileira com uma
romaria até o Mulhacén. Ugíjar
16
zes utilizados são os
que utilizavam os
povoadores cristãos
chegados em 1572,
após a Rebelião das
Alpujarras.
Porém, sem dúvida alguma, anos numa povoação distinta
uma das tradições mais peculiares durante a pri m e i ra quinzena de
da A l p u j a rra y Valle de Lecrín é o Agosto. E, para dar a conhecer os
“trov o ”, um duelo em verso canta- produtos artesanais da zona, a
do muito interessante o qual é meados de Setembro, celebra-se
improvisado e acompanha com em Pampaneira a feira artesanal,
música e dança populares, muito para além das pequenas feiras
enraizado tanto nas zonas da artesanais aos sábados e dominC o n t raviesa como em Cádiar ou gos na Praça de libertad.
M u rt a s.
Para conservar os insAs festas de Mouros e Cristãos celebramtrumentos e canções tra d icionais da Alpujarra dura nse em toda a comarca, sendo das mais
te a década de oitenta,
populares as de Válor, cidade natal do
nomeadamente, em 1982,
foi organizado um festival
mourisco Abén Humeya, o qual foi corode música tradicional da
ado em Cádiar “rei das Alpujarras”.
Alpujarr a, e que continua a
ser organizado todos os
O fogo é o protagonista de muitas festas e celebrações
celebrações com fogos artificiais e
pirotecnia. Fogueiras, fiadas de
petardos e fogos artificiais são
empregados nas festas como San
A n t ó n, a Virgen de la Candelari a ou
San Juan, bem como na tradicional
queima ou enterro da “zorra”
(rap o s a ), que simboliza a eliminação dos males e das brigas surgidas entre os vizinhos, e na q u e ima do Ju d a s, com a que povoações como Soportújar dar fim à
Semana Santa.
Entre as festividades religiosas
destaca a Semana Santa de Lanjar ó n, uma das mais importantes da
província de Granada. São muitas
as romarias, como a da V i r gen de
la Cabeza de Capileira e a da V i rgen de las Nieves, celebrada em
comemora as festas em louvor da
padroeira das Alpujarras, Nuestra
S e ñ o ra del Mart í ri o, com uma fe i ra
muito dive rtida e colori d a .
Pa ra além das tradicionais fe stas dos Mouros e Cristãos, nas
quais o fumo e o som dos disparos recreiam simbolicamente o
combate entre as tropas mu ç u lmanas e cristãs, existem também
festividades curiosas como a da
“fuente del vino” (fonte do vinho)
em Cádiar, celebrada em fins da
vindima com uma fonte pública da
qual brota sem cessar o delicioso
vinho “costa” da Contraviesa ou a
festa dos Mosqueteros del Santísim o, tradição de Béznar com uma
tradição que vem do século XVI
com a curiosidade que os arcabu-
Festa dos Mouros e Cristãos em Válor, cidade natal de Abén Humeya
17
Sierra Nevada
Baptizada com o nome de “Serra do Sol” durante a Idade
Média, Sierra Nevada é uma autêntica jóia para os apaixonados pela natureza, porque constitui um dos cenários com um
dos mais importantes valores ambientais da Península.
Lar dos cumes mais altos da Península Ibérica, os picos Mulhacén
(3.482 m.) e Veleta (3.394 m.), Sierra Nevada foi reconhecida Reserva da
Biosfera pela UNESCO em 1986 pela enorme riqueza da sua flora e fauna, Parque Natural em 1989 com 169.239 hec., e finalmente Parque
Nacional em 1999, com uma extensão de 86.208 hec.
18
Sierra Nevada, o tecto da Península Ibérica
Este paraíso natural, onde
ainda é possível encontrar cantinhos quase virgens, teve a sua
o rigem geológica durante o
período Terciário, quando o
levantamento do maciço montanhoso.
Durante o período Quatern á rio foi coberto pelo glaciares, que deixaram os seus ve stígios nas cotas mais altas: circos coroados por cumes escarpadas, vales com o feitio de uma U e 50
lagoas aproximadamente.
Presentemente, a configuração geológica apresenta três zonas
concêntricas:
· Núcleo central: denominado “lastra”, composto por rochas metamórficas, alberga os cumes mais altos, com 16 picos que ultrapassam os
3.000 m. de altitude.
· Zona intermédia: coroa interna de terrenos Triásicos fo rmada por
ardósia, gneisses, mármores, serpentinas e filitas argilosas que constituem a
“launa” (argila), material utilizado pelos moradores da Alpujarras para a
c o n s t rução dos tectos e telhados das casas, para os impermeabilizar.
· Cinto exteri o r: dolomias e caliças fo rmam o “calar”, com um relevo
abrupto e escarpado com picos em torno aos 2.000 m. de altura .
Para muitos Sierra Nevada é, para
além de uma envolvente para desfrutar da natureza e da serra, um lugar
que convida à meditação e a reflexão,
sentir-se alheio ao mundanal ruído e
reencontrar-se consigo si próprio.
A rede hidrográfica da
Sierra Nevada apresenta um
elevado número de regatos,
rios, aquíferos e barrancos, os
quais constituídos pri n c i p a lmente pela escorrência das
n e ves dos cumes apresentam
pouca quantidade de água
durante o Inverno e alcançam
o seu nível máximo na Pri m avera e no início do Verão,
devido ao degelo.
Com respeito ao clima, é
caracterizado por Verãos suaves e Invernos frios com geadas frequentes, com 30% de Pico Veleta (3.394 m.)
precipitações em fo rma de
n e ve a partir dos 1.800 m. de altitude, e 95% nas cotas superiores aos
2.500 m. de altura. Assim pois, em pleno Sul da Europa é possível desfrutar da neve mesmo durante a Primavera.
As tempera t u ras sobem de Janeiro até
Agosto para descer a partir de Setembro,
apresentam variações em função da altitu- 19
de. Isto condiciona a fauna e a vegetação,
a qual fica disposta de maneira estra t i fi c ada em altura .
A flora conta com mais de 2.100 espécies catalogadas, 175 espécies endémicas
ibéricas e 65 espécies autóctones, a maior
parte delas em cotas de alta montanha,
como a estrela das neves ou a macela e a
violeta da Sierra Nevada. Com respeito à
fauna, durante a Primavera podem ser
observadas aves como o tentilhão-comum
ou o reizinho e em Outono, quando é
possível ouvir o canto dos pintassilgos,
podem ser vistas também outras espécies
como o melro de peito branco. Entre os
Paisagem com neve
mamíferos destaca a emblemática cabra
montesa.
Do Valle de Lecrín aos Guájares
O percurso pela parte mais ocidental da comarca conduz o viajante
até um vergel onde os cultivos se misturam com pequenas povoações que
c o n t i nuam a conservar a sua essência
mourisca ao longo dos séculos. Lugares naturais, igrejas mu d é j a res, laranjeiras e olivais apresentam-se perante
os nossos olhos a poucos quilómetros da cidade da Alhambra.
Desde a colina do Suspiro do Mouro,
a 860 m. acima do nível do mar, divisamos
em toda a sua vastidão o Valle de Lecrín,
em cujo coração está a B a rragem de Bézn a r, num vale em que está situada a povo- Igreja em Dúrcal
ação com o mesmo nome, fazendo parte do Parque Natural da Sierr a
Nevada e na qual estão agrupadas, como acontecia nas tahás árabes, um
bom número de povoações.
Lecrín oferece aos visitantes jazigos arqueológicos como as ruínas do
Castelo de Mondújar, do Forte de
Béznar, termas romanas e monu20 mentos com uma grande riqueza
artística como a igreja paroquial, do
século XVI e com artesoado mudéjar ou a Ermida do Santo Cristo.
Uma boa amostra das povoações deste fértil Valle de Lecrín, é
Dúrcal, que contempla como os
seus arredores são banhados pelo
rio homónimo. Os árabes deram- Saleres
lhe o nome de Quasb, vocábulo alusivo aos cultivos de cana de açúcar que prolife ravam durante o período
andalusí, mas, não foi até à sua conquista cristã quando chegaria a ser um
ponto de expedição importante donde partiam as famílias muçulmanas
em direcção à costa, caminho da África.
Os seus edifícios religiosos do século XVI como a sua Igreja
mu d é j a r, com imagens e retábulos muito valiosos, têm vindo a contemplar, do mesmo
modo que a sua população, como se instalavam nos arredores
deste município duas
o b ras importantes da
engenharia do século
d e z a n ove: o teleféri c o
mais comprido da
Europa, desmontado
em 1958, e a ponte de
fe rro para a passagem
do comboio.
Barragem do Béznar
Pinos del Valle
El Va l l e, do mesmo modo que Lecrín, é composto por diversas povoações com um fo rte carácter rural, rémora das tahás árabes: Melegís, S a l e re s
e Restábal.
São povoações com uma estrutura urbana mourisca que desempenharam um papel protagonista
devido à sua situação na zona dos acontecimentos 21
h i s t ó ricos durante a Rebelião das Alpujarras. Em
Restábal conservam-se as ruínas do assentamento
primitivo da vila andalusí, bem como a igreja paroquial de San Cri s t ó b a l , que alberga um belo artesoRua em
ado mudéjar.
Los Guájares
Guájar-Faragüit, juntamente com Guájar-Alto e
Guájar-Fo n d ó n, faz parte do âmbito municipal dos
Guájares. Estes três núcleos estão situados num pequeno vale subtropical fo rmado pelo rio de La
Toba. De origem mu ç u l m an o, em fins do século XVI
Contam as lendas que no Suspiro do Mouro
assistiu-se aqui à rebelião
foi onde o último rei de Al-Andalus, Boabdil
cruenta da população
mourisca, que com o seu
El Chico, não pôde conter as lágrimas quanesmagamento completo
do voltou a cabeça para olhar e contemplar
por parte das tropas cri s t ã s
do Marqués de Mondéjar.
pela última vez a cidade de Granada.
A herança andalusí
está muito presente nas
acéquias almofades que
atravessam as povoações,
as suas ruas estreitas e
íngremes, as casas caiadas
bem como nos restos de
uma fortaleza árabe que
está situada no lugar conhecido com o nome de
Tajo Fuert e.
Panorâmica de Guájar Fondón
O tecto da Península
Soportújar, o enclave seguinte surpreende com a sua silhueta recortada no
vale de Órgiva, a abundância de tinaos e
o som incessante da água. Desde este
lugar, a Natureza benigna conduz até o
Barranco do Po q u e i r a, em pleno coração
Sierra Nevada, com os cumes mais altos da Península, é o
cenário perfeito do percurso. As povoações que o constituem
conservam o seu encanto, inspiradas na sua envolvente natural.
A natureza apresenta-se com toda a sua plenitude, oferecendo a magnificência dos seus
barrancos, dos seus ribeiros de água sinuosa e os mananciais com propriedades medicinais neste percurso que
parte de Lanjarón, pórtico da
Alpujarra .
Aqui a vista recreia-se e
perde-se pelas suas vielas,
conservando o encanto de
uma povoação mourisca. Conhecido pelas propriedades minero-medicinais dos seus mananciais e do
o seu balneário, poderá visitar também o Castelo ára b e, a Ermida de San
Sebastián, o Bairro Hondillo ou cantinhos encantadores como o “tinao do
tio Pedro”. Pode-se contemplar Lanjarón desde o barranco do Salado ou
admirar a sua paisagem desde o miradouro da Cañona, onde se conservam peças de artilharia da Guerra da Independência.
22
Deixando atrás umas vistas inesquecíveis chega-se a Cáñar, pela est rada comarcal 332, após apanhar uma bifurcação ou por um
caminho rural. Bela paisagem
conhecida pelos seus jazigos
m i n e rais, foi reconhecida como
Vila pelo rei Felipe II após a rebelião mourisca. Aqui os sentidos agudizam-se graças à envo l ve n t e, com cantinhos como
o Dique 24 do rio Chico, com
a água como protagonista.
Fonte das Adelfas, Lanjarón
Vista de Lanjarón
Quando chegou a Lanjarón o escritor
Pedro Antonio de Alarcón exclamou: “Alto
e paragem! Deixemos já a caneta e apan hemos os pincéis”, como reza a inscrição
da Fonte das Adelfas.
Dique 24 do Rio Chico
da Alpujarra, onde está situado o centro
budista O´Sel Ling.
São muito conhecidos os teares artesanais de Pampaneira, com as
suas fontes, mananciais e praças numa envo l vente urbanístico que conservou a essência muçulmana. O seu museu de arte popular e a feira de artesanato são uma visita obri g a t ó ri a .
Bubión (1.296 m.) é a seguinte paragem. A História late nas suas ex- 23
plorações mineiras da época romana e no torreão nazarita da sua Igreja,
utilizada como defesa pelas tropas de Abén Humeya. A poucos Km. passando pelo miradouro do
Perchel, está Capileira, onde
o tempo parece ter retrocedido nas suas ruas estreitinhas, a sua Igreja mudéjar e o
Museu de arte e costumes
populares da Alpujarra.
Após o Barranco da
Sangre aparece Pitre s, cabeça do município da Ta h á.
Recebe o título de Vila por
Felipe II, e oferece uma paisagem e uma arquitectura
completamente compene- Monumento budista
t radas, com cantinhos como
o barranco Berm e j o, com
um manancial de água ferruginosa, a Igreja construída
sobre uma mesquita e os caminhos medievais ou “carihuelas” perfeitamente conservados.
Em Pórtugos recomendamos perder-se pelas suas
praças com arcadas, fachadas
coloridas e varandas floridas,
até encontrar a Praça de Paisagem da Sierra Nevada
O tecto da Península
Viver a natureza
Igreja Paroquial de Pitres
C h u rriana, que oferece um lavadouro muito
pitoresco no interior de uma cova. Caminho
de Trevélez está a Fonte Agria, com o Chorrerón, uma catarata com uma atra c t i vo impressionante.
Entre os bosques da Alpujarra y Valle de
Lecrín surgeB u s q u í s t a r, localidade de ori g e m
m o ç á rabe rodeada de altos cures, destacando-se sobre o rio Trevélez. Nos seus arredores fo ram encontrados restos pré-históricos e
na Cova de Los Peñones, vestígios da época
ibérica
Entre as suas vistas é possível avistar no fim
deste percurso magnífico, Trevélez, que a 1.500
m. de altura, é considerado como a povoação
mais alta da Península. Os seus bairros com tel-
Situada no interior do
Pa rque Natural de Sierra
N evada, a A l p u j a r ra Alta é
um dos lugares predilectos
para os que gostam muito
da natureza e o t u rismo act i v o. Muitíssimos percursos
para passear e cicloturismo
percorrem os diversos municípios, onde são org a n i z ados desde os percursos com
guia em viaturas 4x4 até
passeis de cavalo e de burro
ou mula.
Paisagem nos arredores
de Busquístar
A proximidade dos
cumes cheios de neve é um
aliciante mais para desfrutar da serra, enquanto que
os rios aprazíveis são idóneos para passar um dia delicioso de pesca.
24
25
As casas de Pampaneira salpicam toda a ladeira da montanha
hados de telhas e casas caiadas parecem trepar até o cume do Mulhacén rodeado de
bosques. Bem conhecidos são os seus presuntos e enchidos juntamente com as suas
trutas muito abundantes no rio Trevélez.
Chaminés típicas da Alpujarra
Rio Trevélez, conhecido pelas suas excelentes trutas
Na peugada de Gerald Brenan
O escritor de origem maltês Gerald Brenan,
apaixonado da Alpujarra, decidiu instalar-se em
Yegen, onde escreveu a sua obra Ao Sul de Granad a. Visitando as povoações que salpicam a Sierra
Nevada capta-se facilmente o encanto destas terras onde é possível viver uma aventura surpreendente entre a Historia e a Natureza.
Em Mecina Bombarón
(1.204 m.), sede do Câmara
Municipal de Alpujarra de la
Sierra, começa esta percurso.
Cidade natal de Abén Abó, cabecilha da revolta mourisca foi
eleito rei da Alpujarra após a morte
de Abén Humeya, e, no seu urbanismo
destaca a sua arquitectura muçulmana, sendo
dignas de menção a sua
Ponte Romano sobre o
rio Mecina e a sua Igreja
26
do século XVI.
Na mesma zona municipal. Pela bifurcação
de El Golco chega-se
até Yegen (1.037 m.),
onde se conserva a casa
Ponte islâmica de “La Tableta”, Válor
na qual morou o escritor Gerald Brenan entre
1920 e 1934. Uma vereda leva até o Peñón del Fuerte, cujo nome provém das ruínas de um castelo islâmico de época do califado no qual,
Mecina Bombarón
Arredores das ruínas do castelo “El Fuerte”
contam as lendas, moraram os últimos mouriscos
sublevados.
A seguinte visita é
Válor (901 m.), povoação
ao parecer de origem romano onde nasceu Fernando de Córdova e 27
Válor (Abén Humeya ) ,
caudilho da Rebelião das
Alpujarras de 1568 e monarca dos mouriscos. Como recordação deste facto histórico celebram-se as festas dos Mouros e Cristãos, recreando as batalhas nas
suas ruas. Entre os seus monumentos destacam a igreja do século XVI
e a Ponte de La Tableta, da época andalusí. Pertencem também ao município Nechite (977 m.), com seus bairros separados por hortas, e
Mecina Alfahar (810 m.), com o seu Castelo medieval.
A poucos quilómetros está Mairena (1083 m.). Considerada como
a Varanda da Alpujarra, o olhar perde-se entre as Serras da Contraviesa
e Sierra Nevada, destacando-se entre os
seus monumentos a Igreja mu d é j a r. Júbar
e Picena, do mesmo modo que Maire n a,
pertencem ao município de N ev a d a;
entre as suas ruas estreitas respira-se o
legado da cultura muçulmana.
Laroles, sede da Câmara Municipal
está situada a 1.082 m. de altitude, entre
os rios Bayárcal e La Ragua. Rodeado de
bosques de Castanhos frondosos oferece uma vista magnífica destacando entre
as suas ruas caiadas a silhueta da sua
Igreja do século XVI, coroada pela sua
torre impressionante.
Daqui chega-se até ao cume da
Ragua, a 2.000 m. de altitude, um lugar
rodeado de bosques de diversas espé- Yegen, a povoação da qual
cies o qual é o cenário perfeito para a se apaixonou Gerald Brenan
O passado mourisco das povoações que
fazem parte deste percurso é patente no
seu urbanismo de ruas estreitas e casas
caiadas, perfeitamente adaptadas ao terreno, que parecem trepar pelas encostas da
Sierra Nevada.
Na peugada de Gerald Brenan
vada, podem ser contempladas uma vistas esplêndidas que abrangem
desde a Sierra de Cazorla até o Cabo de Gata.
Este percurso é considerado um dos mais importantes da Alpujarra y Valle de Lecrín, posto que une a comarca com o Marquesado
del Zenete. O nome da zona “Ragua”
deriva de um vocábulo árabe que significa “recolhimento de água”. É um
nome muito acertado, pois dos seus
cumes descem percursos de água e
mananciais sussurrantes, mostrando a
natureza todo o seu esplendor.
Mecina Alfahar surge entre um vergel maravilhoso
prática de desportos de montanha como o esqui de fundo, bicicleta ou
percursos a pé. Fronteira entre as províncias de Granada e Almeria,
28 desde este cume, que decorre pelo maciço montanhoso da Serra Ne-
Cume da Ragua (2.000 m.), fronteira natural da Alpujarra
O humanista sevilhano Antonio de Nebrija, ficou admirado da beleza da Ragua, e
baptizou esta zona com o nome de “Puerto de la Espuma” devido às nuvens contínuas que decoravam os seus cumes.
Vista de Laroles
29
Percurso do rio Guadalfeo
Em Cástaras destacam os
seus bairros muito bonitos, testemunho do seu antigo esplendor mineiro e quase despovoados hoje em dia. A sua vizinha,
Nieles, apresenta ruas encantadoras e um lavadouro muito
antigo.
Entre os municípios de Órgiva e Cádiar os caminhos percorrem os desfiladeiros e as grandes montanhas, decorados
com bosques, hortas e árvores de frutas, convertendo a zona num vergel com um património histórico muito grande.
As povoações parecem mantos de
cal sobre os vales e as ladeiras,
conservando as formas e os
elementos da construção
popular da Alpujarra.
Órgiva (456 m.), capital da Alpujarra gra n a d i n a
e o maior centro comercial da
30
Vereda rural típica
Os vestígios do pasado
Rua pitoresca em Nieles
Alpujarra ocidental, é o
ponto de partida. Situada à beira do
rio Guadalfeo e rodeada de olivais,
esta localidade conserva o seu antigo urbanismo com ruas estreita e
l a rgos muito bonitos, com “maravilhas”, trepadeiras com campainhas
azuis. Destacam os telhados das
suas torres gémeas da sua IgrejaMor, podendo-se visitar o
castelo/palácio dos Condes de Sástago. A 3 km. subsistem ainda, debruçadas sobre o Barranco do Castillejo, as ruínas de uma fortaleza
dos Almoravidas, como recordação
do seu passado importante.
Passado o Cume de Juviles, pela
estrada comarcal chega-se até To rvizcón (684 m.), cuja silhueta de
As torres gémeas da Igreja-Mor coroam Órgiva
casas caiadas fica recortada na lad e i ra Sul da Sierra Nevada. Considerada outrora como capital da
Contraviesa, conserva ainda o artesanato do esparto e continua a
ser elaborado um pão de figo excelente. O seu monumento mais
notável é a Igreja Paroquial. Do
outro lado do vale, num cenário incomparável está situado Almegíjar
(813 m.), uma aldeia típica da Alpujarra .
Deixando a estrada e seguindo uma bifurcação por um caminho está situada Notáez, o qual é
t a l vez o município que conserva
melhor a essência do passado, com
muitos testemunhos romanos e
muçulmanos. Passada uma via local
chegamos até Cástaras e Nieles.
Cultivos em socalcos
A zona do rio Guadalfeo
é rica em jazigos e vestígios
a rqueológicos de diversas
épocas.
Órgiva alberga vários jazigos, como a necrópole da
época do Bronze em Navas
de la Eva, a povoação e a necrópole ibero-romana de
Cerro de la Mora o os restos
dos oleiros muçulmanos do
bairro de Las Barreras e os
dos Molinos de Benisalfe, do
século XV.
É muito interessante a
paisagem de arqueologia industrial das antigas Minas del
Conjuro, na Sierra da Contraviesa, um lugar situado apenas a 6 km. de Almegíjar que
recorda o auge da minaria no
fim do século XIX e princípios
do XX.
31
Percurso do rio Guadalfeo
Igreja de Juviles
32
Continuando pelo caminho local está Juviles (1.255 m.). Foi capital da
tahá na época muçulmana, destacando pela sua produção de seda. As suas
ruas estreitas e coloridas levam até à sua Igreja, com a sua torre de pedra
muito bonita, e até às ruínas do castelo medieval, conhecido com o nome
de El Fuerte (século VIII). Também pode ser observado o seu grande recinto amuralhado, vestígio dos seus antigos povoadores.
A povoação seguinte, Bérchules (1.255 m.), onde nasce o rio Guadalfe o, é um autêntico ve rgel pela sua riqueza agrícola. No seu urbanismo
brilha a sua Igreja, construída sobre uma antiga mesquita. Abundam os ma-
nanciais de aguas ferruginosas e bicarbonatadas e fontes como a das
C a rmelas, onde é possível fazer uma parada no
caminho para se refrescar. Nos seus arredores
estão os rios Chico e
Grande, ideais para a
pesca da truta, a pequena aldeia de Alcútar e a
cova onde foi assassinado Abén Abó.
C o n t i nuando pelo
caminho chega-se até
Cádiar (919 m.), uma
localidade de origem
islâmica, posto que o
topónimo provém do
á rabe cadí (juiz). É conhecida pelas suas indúst rias de artesanato e
33
cooperativas agrícolas,
tendo sido introduzido
recentemente o cultivo
da framboesa. Entre as
suas ruas podemos
contemplar a sua Igreja, Rua muito estreitinha em Tímar
uma das mais antigas da
Alpujarra y Valle de Lec r í n. Passeando pelo bairro Baixo quitectura popular, como as pra ç a s
podem ser contempladas uns do Calvário e da Ermida. Muito inexemplos muito bonitos da sua ar- teressante é a festa da vindima, celebrada no Outono.
Nos seus arredores pode-se
visitar um moinho de farinha ou localidades como Narila, que ainda
conserva a antiga casa de Abén
Humeya, Lobras, a povoação das
flores, e Tímar, conhecida pelos
seus tecidos artesanais, e onde se
conserva uma antiga fo rtaleza
islâmica..
Entre Cádiar e Narila está a oliveira onde
Abén Humeya, dizem as lendas, foi coroado rei dos mouriscos durante a Rebelião
das Alpujarras.
Fonte de las Carmelas, Bérchules
Vinhos e cortijos (casas de lavoura)
O coração da comarca é a Sierra da Contraviesa, entre a
Sierra Nevada e o litoral mediterrâneo. Nas suas ladeiras
abundam os vinhedos de cujos frutos se elabora o vinho
“costa”, vinho de com uma qualidade excelente e ideal para
acompanhar as carnes e os enchidos da zona.
Durante este percurso pela zona mais meridional
da Alpujarra y Valle de Lecrín, as casa de lavoura
estão situadas alternativamente com povoações
muito pitorescas e com uma grande tradição cultural que têm no
”trovo” uma das
suas senhas de
identidade.
“ E n c a n t ador com o seu
vale de álamos e
os seus faralhões
vermelhos”, como
disse Gerald Brenan,
34
da Contraviesa
C o n t i nuando pelo caminho
chegamos até Murtas (1.114 m.),
com as suas casas de lavo u ra
muito emblemáticas, produzindose nas mesmas vinhos e amêndoas excelentes. É neste cenário
onde nasce o “trovo”, uma manifestação folclórica na qual o trov ador canta à vida com muita ori g inalidade. Da sua longa História
são testemunho os vestígios do
Neolítico achados na zona, destacando também na povoação a
Igreja neoclássica de San Miguel,
uma das mais imponentes da comarca.
Muito perto está Cojáyar,
onde está situado o Castelo romano de Juliana, e Mecina Te d e l, Poço de la Virgen del Martirio, Ugíjar
antiga conjunto de casas de lavo u ra andalusis presentemente
semi-abandonada com uma
Igreja do estilo mudéjar.
Albondón (893 m.), siA poucos quilómetros de Mecina Tedel está
tuada sobre o cerro de la
situado o Cerrajón, o qual, com os seus
Encina, é o destino seguinte. No seu tecido urbanísti1.500 m. é o cume mais alto da Contraco aprecia-se a origem islâviesa, oferecendo uma vista espectacular da
mico desta povoação cuja
fonte de riqueza é baseada
Sierra Nevada e o mar Mediterrâneo.
nos vinhos e as amêndoas,
Na Alpujarra, vasos de flores enfeitas as janelas e as varandas
assim é U g í j a r, o ponto de partida. Situado no centro de um vale atravessado pelo rio Nechite, é conhecido pela sua actividade comercial
desde tempos muito antigos, posto que já foi mencionado como tal nas
obras de Estrabão e em numerosas crónicas islâmicas. Nas suas ruas são
frequentes as fachadas com varandas floridas das antigas casas senhoriais.
Realçam a sua beleza o Santuário da Virgen del Mart í ri o, padroeira da Alpujarra, a Ermida de San Antón e o Pozo de la Virgen.
Las Canteras e Los Montoros aparecem como oásis numa paisagem desértica antes de chegar a Jorairátar, onde para além de visitar o
seu museu da lavo u ra podemos contemplar uma paisagem muito bela da
S i e rra Nevada desde o Tajo de la Cruz. O sossego combina-se com o
encanto arquitectónico nesta localidade que vive à sombra de um rochedo, rodeada por uma paisagem abrupta, exemplo da variedade dos
lugares da Alpujarra .
Paisagem da Alpujarra na Contraviesa
35
Vinhos e cortijos (casas de lavoura)
sendo obri g a t ó ria uma visita às
suas adegas e à Igreja de San Luis.
A poucos km. está Albuñol.
Muito perto, na Rambla de las Ang o s t u ras está situada a C u eva de
los Murciélagos (Cova dos Morce-
Vinhedos da Contraviesa
36
gos), com vestígios humanos importantes da época Neolítica.
Pode-se descer até La Rábita,
ir até uma das suas praias ou dar
passeios pelos percursos e espeleologia em lugares como a Majada
de los Campos. Continuando o
percurso chegamos Sorv i l á n,
onde abundam os vinhedos rega-
dos com técnicas muçulmanas,
produzindo um vinho “costa” estupendo nas suas adegas familiares
típicas. É uma povoação pitoresca
com ruas estreitas e calcetadas
com casas caiadas debruçadas
para o Mediterrâneo, onde se
conserva um dos teares de jarapas (mantas de retalhos)
mais antigo da comarca. A destacar dos seus monumentos
uma fortificação nazarita situada na aldeia de Melicena,
perto dos mananciais de águas
fe rruginosas.
Por uma bifurcação chega-se
até Polopos, em pleno coração da serra, uma povoação
isolada e tranquila que o
tempo parece ter sido congelado
na altura ideal para fazer uma parada e contemplar a sua paisagem
idílica. É necessário, à volta, para r
na loja rural de Haza de Lino, bem
como na aldeia de Alfo r n ó n, situada num bosque de sobreiros, o
qual, conforme os botânicos é o
mais antigo da Península.
Rubite, povoação típica da Alpujarra Baixa
da Contraviesa
Vinho “Costa” da
Contraviesa
Com a Indicação Geográfica Protegida de Vinho
“Costa” engloba os vinhos
elaborados na zona da Contraviesa, nos municípios de
Albondón, Albuñol, Almegíjar,
Cádiar, Cástaras, Jorairátar,
Lobras, Murtas, Polopos, Rub i t e, Sorv i l á n, Torvizcón e
Turón.
Trata-se de um vinho
jovem e afrutado, com uma
grande qualidade e valor ecológico, que acostuma a ser
elaborado em adegas com
um carácter familiar e distribuído ao retalho, apesar de
alguns empresários estarem
a apostar na comercialização
a maior escala, oferecendo
assim a oportunidade de
poder desfrutá-lo fora do seu
lugar de origem.
Moinho de Benisalfe
Apanhando outra bifurcação chegamos até R u b i t e, uma povoação típica da Alpujarra Baixa. Passeando pelas
suas ruas, tendo como companheiro o
Mediterrâneo, a calma apodera-se do
viajante.
Entre o mar e as montanhas, pela
C-333, pomos o ponto final deste percurso em Órgiva, capital da Alpujarra.
Os Moinhos de Benisalfe, do século
XV, são um lugar propício para descansar e se deleitar com as recordaç
oes deste percurso pela Alpujarra mais
meridional.
37
Para estar activos
Desde realizar passeis a pé pelo percurso do lanço GR 7
da Alpujarra até voar no céu numa asa delta, as possibilidades
de turismo activo na Alpujarra y Valle de Lecrín adaptam-se a
todos os gostos.
Excursionistas a descansar durante
o caminho
GR-7
38
O lanço GR-7 das Alpujarras, o Percurso Comprido que atravessa a Península Ibérica desde a Catalunha até à Andaluzia, parte do
Cume da Ragua e finaliza em Lanjarón (Alpujarra Alta granadina). Faz
parte do E-4, Percurso Europeu que começa na Grécia e chega até Gibraltar.
Fazer este percurso a pé é uma experiência inesquecível, descobrindo lugares impressionantes, rios e serras, povoações encantadoras… Como é também atravessar a comarca através do
lanço granadino do
percurso G R - 1 4 2,
desde o vale do rio
Mecina até L a n j arón, um itinerário
onde a água é a protagonista.
A prática dos percursos a pé através
destes passeios a pé, bem como
por qualquer outro percurso
identificado, é uma das melhores
maneiras de conhecer aprofundadamente esta comarca.
Também pode utilizar a bicicleta de montanha, é a opção
perfeita para saborear as paisagens e, ao mesmo tempo, realizar
um desporto muito saudável. É
preciso ter em conta as características das estadas da Alpujarra,
estreitas e íngremes, e aumentar
a precaução nomeadamente nas
vias partilhadas com viaturas a
motor.
A Sierra Nevada é o cenário
perfeito para a prática da escalada e o montanhismo. A sensação
incrível de coroar um cume após
horas de escalada, o prémio de
A água no seu meio natural
poder avistar as panorâmicas
mais belas e a experiência de defrontar novos desafios, sempre
estreitamente em contacto com
a natureza, é uma experiência
que está ao alcance da mão para
todos os que visitem a comarca.
GR-7 perto dos cumes da Sierra Nevada
GR-142
Bicicleta de montanha, emoção e
aventura
Conhecer a Alpujarra
de bicicleta
39
Para estar activos
Actividades de
montanha como a
descida dos canhões
ou de barrancos encontram na Alpujarra
y Valle de Lecrín uma
envolvente inigualável.
Outra opção é
realizar percursos de
cavalo, este belo animal sempre presente
na cultura andaluza.
A Alpujarra y Valle de Lecrín é o lugar ideal
para desfrutar do ar livre
zados, para sentir a emoção
e o risco respeitando sempre
o meio natural.
A sensação incrível levantar voo, procurada pelos homens desde os tempos mais
remotos, torna-se numa realidade graças ao parapente e a
asa delta. Os mais ousados
podem praticar estas actividades nas zonas montanhosas
das Alpujarras, especialmente
no interior do Parque Nacional da Serra Nevada.
O turismo da saúde tem uma marcação
iniludível no Balneário de Lanjarón, cujas
águas com qualidades minero-medicinais,
que brotam de cinco mananciais, possuem
qualidades terapêuticas para tratar diversas afecções, entre elas o stress.
40
41
O cavalo, emblema da Andaluzia
Montanhismo na Sierra Nevada
Na comarca existem ofertas de passeios com diversas durações e dificuldades,
através dos vales muito
belos e das serra incluindo
paisagens impressionantes
com neves. Também pode
realizar passeios de burro
muito pitorescos ou de
mula, espécies que continuam a ser utilizadas nalgumas zonas da Alpujarra
para os trabalhos agrícolas.
Os mais activos
podem optar pelos percursos guiados em viaturas
4X4, por vias habilitadas
para esta actividade. Uma
alternativa que ofe r e c e m
estabelecimentos especiali-
Parapente, a sensação inacreditável de levantar voo
Nos rios da Alpujarra é
p o s s í vel praticar desportos
como as pirogas e a pesca. As
águas do rio Guadalfeo são o
quadro idóneo para desfrutar
do desporto e o divertimento em piroga, enquanto que
as águas frias dos rios da
montanha são o quadro perfeito para a prática da pesca
desportiva.
A praticar a escalada
Pesca desportiva

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