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LE PARKUOR
O esporte que está
tomando conta dos
jovens aventureiros
Colorindo sem
o cabelo sem culpa
MECHAS
COLORIDAS
MODA
T-shirts estampas
animal face
Por dentro do graffite:
OS GEMEOS
Entrevista com o grupo
DIVAS
SKATERAS
SKATES VELHOS
TRANSFORMADOS
EM GUITARRAS
www.role.com.br
montreal.com.br
2 Rolé Maio 2013
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Após a invenção da guitarra na
década de 40 e do skate em 1950,
seria quase inevitável que alguém
não combinasse estes dois objetos.
A ideia de unir os dois ícones veio
dos hermamos Ezequiel Galasso
e Gianfranco Gennaro. A dupla de
Buenos Aires criou a Skate Guitar,
um projeto que recicla skates transformando o objeto em uma guitarra.
Ezequiel sempre foi fascinado por
tecnologias sustentáveis e um
skatista old-school assumido. Do
outro lado, Gianfranco – skatista profissional e músico de hard
core na banda B.O.D. Deste mix,
veio a ideia de reutilizar os skates
recriando o instrumento musical
básico do rock: a guitarra.
A estrutura de um shape de skate
é desenhada para suportar uma
pessoa de mais de 80 quilos. Imaginem 14 camadas pressionadas
utilizando a tecnologia das melhores marcas de skate do mundo. O Skate Guitar não precisa de
muito cuidado: suporta arranhões
e batidas tranquilamente.
Maio 2013 Rolé 3
Fotos: Rick de Abreu
faz um trabalho colaborativo conosco. Colunista na
revista online Central Skate Mag, na qual o Divas
tem um espaço chamado Diva da vez, onde a cada
edição uma menina é entrevistada para falar um
pouco sobre skate.
6. Colorindo o cabelo sem culpa
14. Le parkour salta do anonimato e cai nas
graças dos jovens aventureiros
19. Por dentro do graffite: Osgemeos
22. Dos quadrinhos para a vida real: Cospaly
25. Entrevista: Divas Skateras
26. Artistas transformam skates velhos em
guitarras
27. Moda: T-shirts estampas animal face
34. Concrete series
37. Skateboarding militant
41. Manobraa do Bem
Revista Rolé:
Como está sendo a influência de vocês sobre o universo feminino no skate?
O ideal é que tenha um bom sistema de amortecimento para não forçar tanto o calcanhar.
Existem os modelos clássicos com sola de látex
ou vulcanizados que não são muito adequados
para manobras técnicas pois seu solado não
possui grande capacidade para amortecimento de impactos e normalmente são feitos de
camurça ou lona e danificam-se muito rápido,
mas servem para skatistas que se concentram
em deslizamento.
Estefânia Lima - Fundadora do Divas Skateras:
O Divas incentiva bastante as meninas a produzirem
fotos, vídeos a se unirem mais. Não temos restrições
para divulgação do material que nos enviam, ou seja,
a skatista pode ser iniciante, amadora, profissional,
participar de competições ou não, se ela agrega ao
skate feminino tem nosso apoio. Outra forma nossa
é levar o conhecimento sobre o que tem de mais atual no skate feminino, seja ele brasileiro ou mundial.
Acho que isso influencia muito as meninas e as motivam a querer crescer, ver que podem sim andarem
de skate e ser respeitadas.
Revista Rolé:
Vocês teriam alguma dica de moda pra quem curte
skate?
Estefânia Lima - Fundadora do Divas Skateras:
Pode ser calça mais justa, com uma regata descolada, boné, bermuda ou short pras meninas. Lembrando que a pessoa tem que se vestir da forma que se
sentir bem. Isso é o que realmente importa.
Revista Rolé:
Qual melhor “formato” de tênis para andar de skate?
Revista Rolé:
Estética do tênis costuma ser algo relevante na
escolha?
Estefânia Lima - Fundadora do Divas Skateras:
De primeira sim, porque você acha o tênis bonito
e vai querer ver se é adequado para andar. Mas
se ele só tiver uma estética bacana e não for
confortável dificilmente será comprado. Outro
fator que influenciará bastante é a resistência
do tênis, se é costurado, quantas costuras, enfim o material usado. Skatista gosta de marcas
de skate, ele pode ser lindo e até confortável,
mas se não for uma marca de skate será mais
difícil de ser comprado também.
Revista Rolé:
Alguma dica de Shape para quem está começando a andar de skate?
Estefânia Lima - Fundadora do Divas Skateras:
Shapes mais estreitos são bons pra manobras
de giro, os mais largos são mais usados no vert.
Então prefira um médio até ter certeza da modalidade que você vai querer dar continuidade.
Mas, é uma escolha muito pessoal.
Estefânia Lima - Fundadora do Divas Skateras:
Depende do gosto da pessoa, tem quem prefira os
mais baixos, outros os mais altos, cano longo ou
curto. Os costurados saem mais, pois tem mais resistência.
Quem quiser dar uma conferida nos vídeos
desse grupo íncrivel é só clicar em
www.divaskateras.com ou curtir a fanpage no
facebook: Divas Skateras
Revista Rolé:
Qual melhor solado?
Fotos: Rick de Abreu
4 Rolé Maio 2013
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E a entrevista dessa edição é com
o grupo de skatistas Divas Skateras. Nossa Equipe foi muito bem
recebida pelas gatíssimas Integrantes do Divas, confiram agora
o bate-papo da Revista Rolé com
o grupo.
Revista Rolé:
Gostaríamos de saber como surgiu a ideia do de criar o grupo Divas Skateras?
PRA AGUENTAR O SKATE NA CANELA”. Em novembro de 2012 o projeto Divas Skateras completou 6 anos de existência, sempre aproximando
as skatistas, levando informações sobre o que
está acontecendo no skate feminino nacional e
mundial, e lutando para cada vez mais a cena
crescer dentro do nosso país mostrando que é
possível sim unir uma skatista do Norte com uma
do Sul, Sudeste, Nordeste com uma skatista de
outro país, sempre dando espaço para que elas
interajam entre si de forma livre.
Revista Rolé:
Qual a missão do Divas Skateras?
Estefânia Lima - Fundadora do Divas Skateras:
Passei um tempo andando somente com os meninos, não tinham mais meninas andando na
minha cidade, eles nunca deixaram de me incentivar, mas eu fui
desanimando. Como eu estava
começando ter acesso à internet
tive a idéia de procurar meninas
de outros estados para manter
contato e assim me sentir menos
sozinha e descobri que não era só
eu que passava por aquela situação. Conheci várias meninas e
queria apresentar umas às outras,
foi aí que eu criei uma comunidade no Orkut para isso. O nome Divas Skateras veio depois, através
de uma propaganda de sabonete
que passava na época, “Somos
todas Divas”, sempre brincávamos “TEM QUE SER MUITO DIVA
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Estefânia Lima - Fundadora do Divas Skateras:
Levar o skate feminino aonde ele merece estar, no
topo de igual pra igual. Somos capazes só precisamos de mais incentivo.
Revista Rolé:
Gostaríamos de saber um pouco mais de cada
membro do Divas Skateras.
Estefânia Lima - Fundadora do Divas Skateras:
Estefânia Lima – Fundadora do Projeto Divas
Skateras, é natural de Cuiabá – MT, formada em
marketing, atualmente trabalha na auto peças
da família, em sua área. Divas começou como
um hobby mas se tornou um trabalho sério junto
ao skate feminino. Skatista há 11 anos, anda por
amor ao esporte.
Renata Oliveira – Colaboradora do Divas, é natural de Aracaju –SE. Skatista há quase 8 anos,
anda por hobby, não participa de campeonatos,
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Fotos: Rick de Abreu
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Existem muitas maneiras pelas quais os fãs têm demonstrado seu apoio e apreço às obras da cultura
pop. Talvez uma das mais explicitas e populares nos
dias atuais seja o cosplay. Contração das palavras
em inglês costume (traje/fantasia) e play / roleplay
(brincadeira, interpretação), o cosplay é um hobby
que consiste em fantasiar-se de personagens oriundos, em geral, de quadrinhos, games e desenhos
animados japoneses. A prática do cosplay também
engloba personagens pertencentes ao vasto universo do entretenimento, como filmes, séries de TV,
livros e animações de outros países. Em menor escala há aqueles que caracterizam-se como figuras
históricas ou de criações originais.
Uma das principais características do cosplay é que
o praticante além de criar os trajes, também interpreta o personagem caracterizado, reproduzindo os
traços de personalidade como postura, falas e poses
típicas. O hobby costuma ser praticado em eventos
que reúnem fãs desse universo, como convenções
de anime e games. Aos olhares desavisados a brincadeira pode parecer um tanto excêntrica, muitas
vezes retratada de forma indevida e repleta de
esteriótipos sobre o perfil daqueles que a praticam.
No entanto basta conhecer esse universo mais a
fundo para perceber que seus praticantes revelam-se pessoas comuns, que tem um dia-a-dia tão normal quanto qualquer outro. O que os diferencia no
entanto, é sua capacidade de trazer para a realidade
momentos e figuras do mundo da fantasia e ficção
que causam tanto fascínio entre o público. Longe
de serem reclusos e isolados, os adeptos do cosplay
mostram-se, em geral, altamente sociáveis; ao contrário de uma atividade meramente escapista, a prática
do cosplay exige preceitos sólidos como organização,
capacidade de superar desafios, explorar a criatividade
e o potencial artístico nas caracterizações.
22 Rolé Maio 2013
Mas a vida como artistas plásticos com o estilo já
quase completamente maduro aconteceu pouco
tempo depois em Munique (Alemanha) a convite de
Loomit, grande nome do mundo do street Art que
descobriu a dupla brasileira em uma revista internacional sobre o tema. Com este convite, a dupla
embarcou em uma viagem sem volta pelo mundo
realizando projetos em parceria com outros artistas
e finalmente em 2003 a primeira exposição solo na
galeria Luggage Store , em São Francisco.
Um grande salto veio quando os artistas entraram
para a galeria Deitch Projects de Nova York em
2005, onde suas obras tomaram forma dentro do
mercado de arte contemporânea.
No momento em que ingressaram para o universo das galerias, a dupla pode trazer suas criações
para um mundo muito além das ruas. Com isso, suas
idéias tomaram formas tridimensionais em esculturas e instalação feitas de maneira peculiar com todos
os elementos e detalhes que se podem acrescentar
quando um desenho pula do papel e chega ao mundo
real. Apenas depois de um ano, já com um nome forte
no exterior, OSGEMEOS fizeram sua primeira exposição no Brasil na Galeria Fortes Vilaça, em São Paulo.
A pintura feita nas ruas e as criações feitas para
obras e instalações em galerias partem do mesmo
mundo onírico que existe dentro da mente da dupla,
mas tomam rumos distintos. A primeira é o próprio
dialogo dos artistas com as ruas, com cada pessoa que passa e de forma direta ou indireta interage com a pintura, isso é o graffiti. A segunda é a
materialização de sonhos, ideais, criticas sociais e
políticas que retratam o universo vivido dentro em
contraste com que se apresenta fora no dia-a-dia
dos próprios irmãos. No momento em que todas
estas idéias entram dentro de uma galeria elas deixam de pertencer ao graffiti e passam a fazer parte
do mundo que envolve a arte contemporânea.
A imaginação são as asas que osgemeos utilizam
para ir aos mais divertidos e ilusórios lugares que
habitam suas mentes. É a porta aberta e o convite
para mergulhar no humor e nas delicias de poder
criar um mundo da nossa própria maneira e com
todas as cores e fantasias que se possa imaginar.
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Fotos: Rick de Abreu
Ano 1 Maio de 2013 Número 1
Editor: Marcus Philipe
Redação: Rebeca Monteiro
Fotografia: Rick de Abreu
Projeto Gráfico e Direção de Arte: Shailon Maciel
Assistente de Design: André Jotha
Senac São Paulo Editora
Presidente: Jair Lacerda
Diretor: Alberto Pereira
Fone: 55 (11) 2365-4123
www.sp.senac.br
O projeto Rolé é uma iniciativa Senac Fatec
20 Rolé Maio 2013
Maio 2013 Rolé 9
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As invenções de crianças são sempre muito interessantes de se conhecer, tal como é a das mechas
com papel crepom que podem ser
utilizadas de diversas formas possível sem nenhum tipo de contra
indicação, assim, você poderá ficar
muito mais bonita com um tipo de
cor que sai facilmente com a água.
Hoje em dia é muito comum você
ver fatores diferenciado no universo feminino que envolvam a moda
e as mais diversas belezas que
elas procuram fazer para se modificar, o cabelo é o primeiro alvo
a ser utilizado como mudanças
de visuais, e a primeira forma de
modificar o cabelo, não é cortando ele para mudar a aparência, é
pintando-o para se tornar o mais
diferente possível.
As cores envolvidas nestes fatores
que modificam o cabelo destas pessoas são muito divertidas de se usar,
pois, quando você para pra observar,
acaba se deparando com uma
inovação um tanto quanto juvenil, mas sem culpa por parte das
crianças, que são as primeiras a
inventar moda.
10 Rolé Maio 2013
de cor e a imaginação já estavam
presentes nos jogos e em todos
os papeis espalhados pela casa.
Desenhavam na mesma folha de
papel e quando não, escolhiam
os mesmo temas para ilustrar. O
incentivo para mergulhar no mundo criativo que existia dentro deles
sempre esteve presente na família,
composta de outros artistas, como
o irmão mais velho Arnaldo e a
mãe Margarida. Também foram o
pai e os avós que trouxeram a tona
uma forma de apresentar ao mundo real toda a ânsia criativa que
lhes transbordava.
O graffiti entrou na vida dos irmãos em 1986, quando ainda viviam na região central de
São Paulo onde passaram sua infância e adolescência. A cultura
hip hop chegava ao
Brasil e os jovens
do bairro começaram a colorir
suas idéias nos
muros da cidade. Naquela
época, com apenas 12 anos, tudo era
novidade e sem ter de onde
tirar suas referencias, Gustavo
e Otavio improvisavam e inventavam sua própria linguagem, pintando com tintas de carro, látex,
spray e usando bicos de desodorante e perfume para moldar seus
traços; já que ainda não existiam
acessórios e produtos próprios
para a prática. O que a cidade
proporcionou a eles foi essencial
para o desenvolvimento de todas
as habilidades que se transformaram depois no estilo próprio e
imediatamente reconhecível dos
artistas. Uma infância criativa,
que rendeu duas vidas ao mundo
da arte contemporânea.
O graffiti atuou sempre como uma
válvula de scape para a dupla.
Uma maneira que encontraram de
criar um mundo onde só se pode
penetrar através de suas mentes
e onde tudo funciona pela lógica
própria de Tritrez, o universo habitado pelos personagens amarelos,
onde brilha e reina a sintonia entre
todos os seus elementos. Cada
parte e cada detalhe esta mergulhada na magia que envolve a
imaginação dos irmãos.
Novos ventos começaram a sobrar em 1993 com a visita ao
Brasil do artista plástico e grafiteiro Barry Mgee (Twist), de São
Francisco. Mgee que chegou em
São Paulo para realizar uma exposição de arte contemporânea
mostrou aos irmãos a possibilidade de viver fazendo o que se
gosta. Nesta época por diversão
Gustavo e Otavio, que acabavam
de completar 19 anos, já haviam
começado a desenvolver um estilo próprio e a fazer trabalhos
publicitários e decoração em lojas e escritórios com seus graffitis. Começavam desta forma
a viver única e exclusivamente
deste maravilhoso dom que ocupava quase 100% de seus seres.
Em 1995, como experimento, realizaram uma exposição conjunta sobre arte de rua no MIS – Museu da
Imagem e do Som – de São Paulo e
um ano depois uma pequena mostra de algumas peças e instalações
em uma casa na Vila Madalena.
Maio 2013 Rolé 19
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Fotos: Rick de Abreu
Destas duas mentes transbordam todas as cores e sabores da
imaginação. Lá tudo é possível e
qualquer sonho se torna realidade. A inspiração para tantos desenhos e fábulas mágicas vem da
forma com que a dupla Gustavo
e Otávio Pandolfo, conhecidos
como OSGEMEOS, refletem em
seu interior a realidade e a fantasia que lhes rodeiam. Cada pequeno detalhe, porque são através
deles que suas obras assumem
esta forma já tão reconhecível,
são componentes importantes
na criação do mundo fantástico,
cheio de histórias cotidianas em
forma de poesia. O mundo encantado em que vivem todos os seus
personagens e que funciona como
18 Rolé Maio 2013
a janela da alma única dos irmãos
gêmeos é repleto de uma mistura
harmoniosa entre realismo e ficção. Suas histórias dançam entre
dois importantes pilares. O olhar
sonhador que possibilita a materialização de um mundo cheio de
fantasias e suas críticas incisivas
sobre as dificuldades enfrentadas por tantos cidadãos espalhados pelo mundo,vitimas de um
modelo socioeconômico que se
encontra em grande transformação. Dessa união nascem obras
que invocam um universo lírico
e criações que mesclam ambas
projeções, como se os próprios
personagens mágicos criticassem com olhos inocentes toda a
discrepância que existe nesta sociedade.Foi quando ainda viviam
no mundo da fantasia ingênua e
infantil, que tudo começou. Desde
pequenos a maneira de brincar e
construir os cenários onde seus
personagens habitavam era minuciosa. Desmontado as peças
originais de presentes que ganhavam, os irmãos refaziam com toda
a delicadeza um outro universo.
Com três anos de idade os lápis
Maio 2013 Rolé 11
Fotos: Rick de Abreu
O papel crepom pode ser utilizado para pintar o cabelo de uma maneira fácil e rápida,
além disto, o fator que mais alegra as mães e
pais de quem inventa essa moda, é que acor
sai facilmente com água, deixando toda a
coloração somente no momento.
Fotos: Rick de Abreu
Como Fazer as Mechas de Papel Crepom?
Muitas meninas que querem fazer mechas no
cabelo vivem se perguntando: “Mechas coloridas com papel crepom, como fazer?”, pois
acham que é algo de outro mundo. Porém, ao
se deparar com os procedimentos, acabam
encontrando muitas cores para escolher e
um método simples e rápido de produção.
12 Rolé Maio 2013
Fotos: Rick de Abreu
Fotos: Rick de Abreu
Outro pioneiro dessa atividade, Sébastien Foucan,
protagonizou uma cena incrível na abertura do filme 007 - Casino Royale, de 2006. Ele foi contratado
pela produção para a cena de introdução do longa.
A função de seu personagem era fugir do agente
James Bond. São seis minutos de pulos, puxões e
vôos nos quais ele sobe até num guindaste de um
arranha-céu em construção.
A premissa básica do Le Parkour é esquecer que
existem obstáculos à sua frente. Na teoria, essa
aventura não tem limites. Não importa se o obstáculo é um tronco de árvore de um metro ou um prédio de cinco andares. Se ele estiver em seu caminho,
você tem que saber como superá-lo. O praticante
desse esporte é chamado de “Traceur”.
Há quem diga que o Le Parkour não tem um criador,
porque ele sempre existiu. Mas as honras ficaram
mesmo para David Belle, por ser ele a pessoa que
tornou o esporte mundialmente popular. Belle começou a participar de filmes e exibições pela Europa, depois seguido por Foucan, e o Le Parkour não
parou mais de crescer.
À primeira vista pode parecer que não é tão difícil
realizar os incríveis movimentos. Mas a preparação física dos praticantes é um dos pontos cruciais
para se aventurar no esporte. Mesmo assim, algumas dicas podem ajudar os principiantes a vencer
os primeiros obstáculos.
Então, prepare mãos e pés, porque eles ficarão bem
calejados quando você perceber que está viciado em
se aventurar no esporte. Mas cuidado, não vá fazer
isso dentro de casa!
16 Rolé Maio 2013
Fotos: Rick de Abreu
Confira agora Passo a Passo de como fazer:
- 1º Passo: Primeiro escolha a cor que irá
aplicar em seu cabelo, seja uma única cor
ou seja também cores diversificadas.
- 2º Passo: Depois de pegar este papel crepom, separe a mecha que irá pintar e molhe-a bastante.
- 3º Passo: Agora, peque um pedaço de papel crepom da cor que você escolheu e enrole envolta da mecha molhada que você
separou.
- 4º Passo: Agora, aperte com toda a sua
força o papel crepom no cabelo molhado
para que saia o máximo de tinta que puder,
deixando a cor mais viva em seu cabelo.
- 5º Passo: Então, depois de extrair toda a
tinta para o seu cabelo, é hora de secá-lo.
- 6º Passo: Você pode secá-lo com um secador tradicional ou então secá-lo naturalmente, se quiser pode até fazer chapinha
que a tinta não sai.
Maio 2013 Rolé 13
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Se você já viu um sujeito escalando muros ou torres elétricas ele pode
não ser um ladrão, um pichador ou simplesmente um maluco que não
tem amor à vida. Na verdade esse rapaz pode ser um amante do Le Parkour, a nova febre entre os praticantes de exercícios.
Le Parkour significa “O Percurso” e tem esse nome em francês porque
o seu criador vem de lá. David Belle herdou do pai e do avô bombeiros a
paixão por aventura e situações de aparente perigo. A partir daí tornou
isso um esporte e um meio de ganhar a vida.
Fotos: Rick de Abreu
14 Rolé Maio 2013
Maio 2013 Rolé 15

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