ppp 2012 - volume ii - COLEGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA-EFM
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ppp 2012 - volume ii - COLEGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA-EFM
COLÉGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA Ensino Fundamental e Médio PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO – 2012 VOLUME II CASCAVEL – 2012 Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. Cora Coralina. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ................................................................................................. 5 1 CALENDÁRIO ESCOLAR ................................................................................... 6 1.1 DIURNO ........................................................................................................... 6 1.2 NOTURNO ....................................................................................................... 7 2 REGIMENTO ESCOLAR ..................................................................................... 8 3 ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR ......................................................... 81 4 ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS ... 102 5 ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL ........................................................ 125 6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR (PPC) ....................................... 140 6.1 ARTE ............................................................................................................. 140 6.2 BIOLOGIA .................................................................................................... 152 6.3 CIÊNCIAS .................................................................................................... 165 6.4 EDUCAÇÃO FÍSICA ..................................................................................... 180 6.5 ENSINO RELIGIOSO .................................................................................... 206 6.6 FILOSOFIA ................................................................................................... 212 6.7 FÍSICA .......................................................................................................... 229 6.8 GEOGRAFIA ................................................................................................ 251 6.9 HISTÓRIA ..................................................................................................... 281 6.10 LÍNGUA ESPANHOLA ................................................................................ 289 6.11 LÍNGUA INGLESA ...................................................................................... 297 6.12 LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................ 309 6.13 MATEMÁTICA ............................................................................................ 338 6.14 QUÍMICA .................................................................................................... 356 6.15 SOCIOLOGIA ............................................................................................. 366 6.16 CELEM – ESPANHOL................................................................................. 381 6.17 CELEM – INGLÊS ....................................................................................... 386 7 REGIMENTO INTERNO DA BIBLIOTECA ..................................................... 397 8 REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA ................. 407 9 REGIMENTO INTERNO DA MECANOGRAFIA ............................................. 412 10 FICHA DE ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO ...................................... 416 11 FICHA DE PRÉ-CONSELHO DE CLASSE .................................................. 419 12 PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA ......................................... 421 12.1 GINCANA DO ESTUDANTE ..................................................................... 421 12.2 FESTIVAL DE MÚSICA MÁRIO QUINTANA ............................................ 427 12.3 MOSTRA CULTURAL ............................................................................... 430 12.4 CAPOEIRA NA ESCOLA .......................................................................... 432 12.5 DANÇA NA ESCOLA ................................................................................ 435 12.6 MEIO AMBIENTE EM FOCO ..................................................................... 437 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 5 APRESENTAÇÃO O projeto político pedagógico é o documento que define a organização do trabalho pedagógico da escola e que detalha objetivos, diretrizes e ações do processo educativo. Além de ser a expressão da legislação vigente do sistema educacional, o documento apresenta as necessidades, propósitos e expectativas da comunidade escolar em empreender seu projeto educativo. Neste sentido, o projeto pedagógico apresenta duas dimensões fundamentais pois considera o que já está instituído (legislação, currículos, métodos, conteúdos, etc.) e, ao mesmo tempo, projeto objetivos, procedimentos, instrumentos, modos de agir, estruturas, hábitos e valores, ressignificando e contextualizando a cultura escolar. Portanto, dando continuidade ao projeto político pedagógico 2012, do Colégio Estadual Mário Quintana, o volume II diz respeito a todos os documentos que fortalecem a gestão pedagógica e administrativa do estabelecimento de ensino, dando sustentáculo a organização do trabalho pedagógico da instituição. Assim como estabelece a legislação vigente, todos os documentos presentes neste texto passaram pelo conhecimento e aprovação da comunidade, por meio de seus representantes constituídos nos órgãos colegiados do estabelecimento de ensino. 6 1 CALENDÁRIO ESCOLAR 1.1 DIURNO 7 1.2 NOTURNO 8 2 REGIMENTO ESCOLAR O Regimento Escolar é um instrumento fundamental para a organização pedagógica e administrativa em nossas escolas. Nele evidenciam-se o compromisso dos profissionais que vivenciam a realidade escolar e as peculiaridades da rede pública estadual de ensino e de cada instituição escolar em particular, colaborando para o êxito do trabalho escolar, com o compromisso de oferecer uma educação que valorize a permanência e a efetivação da aprendizagem do aluno. JUSTIFICATIVA A escola está inserida em uma totalidade social que se constitui historicamente, com formas de organização, valores, normas e regras. Neste contexto, e por se tratar de uma instituição que tem como função social a apropriação do conhecimento, de forma a tornar possível a compreensão da realidade e a atuação consciente sobre ela pelos cidadãos que a compõem, é que se faz necessária a construção de um Regimento Escolar. É o Regimento Escolar que estrutura, define, regula e normatiza as ações do coletivo escolar, haja vista ser a escola um espaço em que as relações sociais, com suas especificidades, se concretizam. Integrante de um sistema de ensino, em uma sociedade, a escola tem, no Regimento Escolar, a sua expressão política, pedagógica, administrativa e disciplinar e deve regular, no seu âmbito, a concepção de educação, os princípios constitucionais, a legislação educacional e as normas específicas estabelecidas pelo Sistema de Ensino do Paraná. A educação, numa perspectiva de democratização da escola pública, é direito de todo cidadão, independentemente de sua condição social, econômica, étnica, de gênero e cultural. A garantia de realização desse direito, em uma sociedade que se pretende democrática, acontece com a participação dos sujeitos envolvidos no processo, que, discutindo coletivamente as posições, os princípios 9 filosóficos e as concepções de homem, sociedade e educação, elaboram o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino ao qual estão vinculados. É nessa construção coletiva da comunidade escolar, a qual se organiza para efetivar uma educação de qualidade, gratuita e para todos, formando cidadãos críticos em relação à sua realidade e capazes de transformá-la, que o Regimento Escolar se torna essencial, uma vez que representa a concretude da legislação em vigor, regulando de forma particular cada estabelecimento de ensino. Se o Projeto Político-Pedagógico é a expressão real da vontade e necessidades locais, de cada estabelecimento de ensino, com suas características e singularidades respeitadas, é o Regimento Escolar que estrutura as definições, que se configuram como tomadas de posição política, teórica e ideológica pelo coletivo desta comunidade escolar. Este documento se constitui em um texto referencial, no qual os princípios democráticos, adotados pela Secretaria de Estado da Educação, são a base para promover a discussão, a reflexão e a tomada de decisão pelo coletivo da escola, na busca de respostas às questões relativas ao desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem, as quais devem ser regulamentadas e legitimadas pelo Regimento Escolar que se irá construir. 10 PREÂMBULO O Colégio Estadual Mário Quintana – Ensino Fundamental e Médio, situado à Rua Éden Luiz Figueiredo nº 305, Bairro Paulo Godoy, na cidade de Cascavel no Estado do Paraná, é um estabelecimento de Ensino da Rede Pública Estadual, mantida pelo Governo do Estado do Paraná. No ano de 1997, foram alugadas 22 salas de aula, como extensão do Colégio Estadual Santa Cruz, devido ao excesso de alunos matriculados no referido colégio. As salas ocupadas pertenciam a UNIVEL – União Educacional de Cascavel. Em 04/02/98 ocorreu o desmembramento do Colégio Santa Cruz, pela resolução nº 374/98 a qual autorizou o funcionamento na Escola Estadual Mário Quintana – Ensino de 1º Grau, ofertando curso de 5ª a 8ª série. Neste mesmo ano, foi implantado de forma gradativa o Ensino de 2º Grau Regular, com o curso de 2º Grau Educação Geral, passando a denominar-se Colégio Estadual Mário Quintana – Ensino de 1º e 2º Graus, pela resolução nº 596/98 em 03/03/98, funcionando com (22) vinte e duas turmas no período matutino, sendo (21) vinte e uma de 5ª a 8ª séries, dentre elas (7) sete turmas do Projeto PAIS, e uma turma de 1º ano do 2º grau, tendo como diretor o prof. Nilton Nicolau Ferreira. A Associação de Pais, Mestres e Funcionárias (APMF), foi criada em 26 de fevereiro de 1998, conforme ata nº 01/98, registrada em cartório sob o nº 2326 do livro APJ em 24 de Março de 1998. Neste ano implantou-se o Plano Curricular e o Regimento Interno. O Conselho Escolar foi constituído neste mesmo ano, sob a ata nº 01/98. Pela Resolução nº 3.120/98 de acordo com a LDB nº 9.394/96, o estabelecimento de ensino passa a ser denominado Colégio Estadual Mário Quintana - Ensino Fundamental e Médio. Em outubro de 2001, o Colégio passa a funcionar em suas próprias instalações, dando atendimento a 830 (oitocentos e trinta) alunos. Em 2002 sob a Resolução nº 693/02 de 18 de março de 2002 é autorizado o funcionamento, a partir do primeiro semestre de forma simultânea, do Ensino Fundamental (II Fase) e Médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos. No ano letivo de 2005, o Colégio atende 1.219 alunos, divididos em 33 turmas no Ensino regular (Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série e Ensino Médio) e 02 turmas na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Destas, 15 turmas no período da 11 manhã, 14 no período da tarde e 06 no período da noite. A média de alunos por turmas é de 35. No período da manhã e da tarde, funciona a sala de Apoio Pedagógico nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, para alunos de 5ª série com defasagem de aprendizagem de 1ª a 4ª série. Em 2007, o colégio inicia suas atividades com a proposta de Sala Ambiente e o espaço escolar passa a ter vários laboratórios: 3 salas de Ciências e Biologia, 2 salas com Arte, Ensino Religioso e Sociologia, 1 Sala de Inglês, 2 salas de Geografia e Filosofia, 2 salas de História, 2 salas de Matemática, 1 sala de Matemática e Física, 1 sala de Matemática e Química, 3 salas de Língua Portuguesa , o saguão para as aulas teóricas de Educação Física, e sala multiuso. Em 2008 a diretora permanece sendo Marilda Marchi de Oliveira, sendo que a diretora auxiliar Mariza Rodrigues da Costa Pastri afasta-se para cursar o PDE, assume a direção auxiliar a professora pedagoga Maristela Dias de Miranda. A equipe pedagógica estava formada pelas pedagogas: Ana Luzia Supi de Souza, Delir Freitas Rogowski, Francisca Firmino da Silva Ramos, Vera Trindade Moraes Souza e Zenaide A. G. de L. Vasselai. O corpo docente é formado por 53 professores. A estrutura física da instituição não sofre alterações. A escola atende, nos três turnos, aproximadamente 1.180 alunos. No ano de 2009 a direção do Colégio permanece com a professora Marilda Marchi de Oliveira, tendo na direção auxiliar a professora Therezinha Petriw Rocha Pinheiro, eleitas para a gestão 2009-2011. A equipe pedagógica era composta pelas professoras Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Terezinha Zeli Antunes de Liro, Vera Trindade Moraes, Zenaide Aparecida de Lima Vasselai. O corpo docente era formado por setenta e um professores. A equipe técnica administrativa é composta por 11 funcionários e 12 serviços gerais. Com relação ao espaço físico, permanecem as salas ambientes, a quadra esportiva é coberta, a cobertura do pátio é ampliada. Atendendo aproximadamente 1100 alunos. Contando com os programas de Apoio Pedagógico de Língua Portuguesa e Matemática, Sala de Recursos e duas turmas do Programa Viva Escola: sendo uma na área de Matemática e outro na área de Língua Portuguesa, ofertados em contra-turno. Em 2010 permanece a mesma direção e direção-auxiliar, equipe pedagógica é constituída pelas professoras pedagogas Catiana F. B. Zotti, Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Vera Trindade Moraes e Zenaide Ap. de L. Vasselai e setenta e cinco professores. A equipe técnica administrativa é composta por onze funcionários e 12 doze serviços gerais. A escola atende aproximadamente 1.150 alunos de ensino fundamental e médio, conta com os programas de apoio pedagógico de língua portuguesa e matemática, sala de recurso e três Viva Escola; sendo um na área de Matemática – Investigação Científica, um na área de Língua Portuguesa – Atividades Literárias e um na área de esportes ofertados em contra turno. Em 2011, permanece na direção a professora Marilda Marchi de Oliveira e na direção auxiliar a professora Terezinha Petriw Rocha Pinheiro, a equipe pedagógica é formada pelas pedagogas: Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Maristela Dias de Miranda, Cilça dos Santos Nascimento, Maria Aparecida Freitas de Souza, Inêz de Oliveira B. Bedetti, 50 professores, nove Agentes Educacional II, doze Agentes Educacional I, 1.119 alunos. Neste ano, a escola contou com os serviços de Sala de Apoio Pedagógica nas disciplinas de Português e Matemática para alunos de 5ª e 8ª séries, Sala de Recursos, CELEM na disciplina de Inglês, duas turmas de Atividades de Complementação Curricular, sendo uma Horatreinamento e outra em Música, Arte e Cultura, ofertadas em período contra turno. Em 2012, assume a direção a professora Marilda Marchi de Oliveira e a direção auxiliar o professor Daniel dos Santos. A equipe pedagógica é formada pelas pedagogas Mariza Rodrigues da Costa Pastri, Maristela Dias de Miranda, Nancy de Almeida Souza Fusiger, Leila Aparecida Bonaci Koloski e Sidrânia Maria Posetti, 50 professores, nove Agentes Educacional II, doze Agentes Educacional I. A escola possui 1.146 alunos distribuídos nos seus três turnos de funcionamento. Além disso, a escola oferta os serviços de Sala de Apoio Pedagógico nas disciplinas de Português e Matemática para alunos de 6º e 7º anos e 8º e 9º anos, Sala de Recursos, CELEM na disciplina de Inglês, duas turmas de Atividades de Complementação Curricular, sendo uma Hora-treinamento e outra em Música, Arte e Cultura, ofertadas em período contra turno. 13 TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO I IDENTIFICAÇÃO, LOCALIZAÇÃO E MANTENEDORA Art. 1º - O COLÉGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA – Ensino Fundamental e Médio, situado à rua Éden Luiz Figueiredo, nº 305, Bairro Santa Cruz, Conjunto Paulo Godoy, na cidade de Cascavel, estado do Paraná, é um estabelecimento de ensino da Rede Pública Estadual, mantido pelo Governo do Estado do Paraná, com autorização de funcionamento nº 596/98, de 16/01/1998. CAPÍTULO II DAS FINALIDADES E OBJETIVOS Art. 2º - O Colégio Estadual Mário Quintana tem a finalidade de efetivar o processo de apropriação do conhecimento, respeitando os dispositivos constitucionais Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN nº 9.394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, Lei nº 8.069/90 e a Legislação do Sistema Estadual de Ensino. Art. 3º - O estabelecimento de ensino garante o princípio democrático de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de discriminação e segregação. Art. 4º - O estabelecimento de ensino objetiva a implementação e acompanhamento do seu Projeto Político-Pedagógico, elaborado coletivamente, com observância aos princípios democráticos, e submetido à aprovação do Conselho Escolar. 14 TÍTULO II ORGANIZAÇÃO ESCOLAR CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO Art. 5º - O trabalho pedagógico compreende todas as atividades teóricopráticas desenvolvidas pelos profissionais do estabelecimento de ensino para a realização do processo educativo escolar. Art. 6º - A organização democrática no âmbito escolar fundamenta-se no processo de participação e co-responsabilidade da comunidade escolar na tomada de decisões coletivas, para a elaboração, implementação e acompanhamento do Projeto Político-Pedagógico. Art. 7º - A organização do trabalho pedagógico é constituída pelo Conselho Escolar, Equipe de Direção, Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar, Conselho de Classe, Equipe Pedagógica, Equipe Docente, Equipe Técnicoadministrativa e Assistente de Execução e Equipe Auxiliar Operacional. Art. 8º - São elementos da gestão democrática a escolha do diretor pela comunidade escolar, na conformidade da lei, e a constituição de um órgão máximo de gestão colegiada, denominado de Conselho Escolar. Seção I Do Conselho Escolar Art. 9º - O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da SEED. Art. 10 - O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade escolar e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos com 15 a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o diretor escolar. § 1º - A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais da educação atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e freqüentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos. § 2º - A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados, presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado. Art. 11 - O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos. Art. 12 - O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino. Art. 13 - Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a representatividade dos níveis e modalidades de ensino. Parágrafo Único - As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva. Art. 14 - O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e da proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros: I. diretor ; II. representante da equipe pedagógica; III. representante da equipe docente; IV. representante da equipe técnico-administrativa; V. representante da equipe auxiliar operacional; VI. representante dos discentes; VII. representante dos pais ou responsáveis pelo aluno; VIII. representante do Grêmio Estudantil; 16 IX. representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (APMF, Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde etc.). Art. 15 - O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3 (dois terços) de seus integrantes. Seção II Da Equipe de Direção Art. 16 - A direção escolar é composta pelo diretor e diretor auxiliar, escolhidos democraticamente entre os componentes da comunidade escolar, conforme legislação em vigor. Art. 17 - A função de diretor, como responsável pela efetivação da gestão democrática, é a de assegurar o alcance dos objetivos educacionais definidos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino. Art. 18 - Compete ao diretor(a): cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor; responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse; coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto PolíticoPedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar; coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação; implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar; convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; 17 elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público; prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público; coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE para a devida aprovação; garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual; encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar; deferir os requerimentos de matrícula; elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação; acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos discentes; assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos; promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar; propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos; participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhálos ao Conselho Escolar para aprovação; supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional; presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente; 18 definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional; articular processos de integração da escola com a comunidade; solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED; participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a comunidade escolar; cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e epidemiológica; viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilingüístico da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM; disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial; assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. Art. 19 - Compete ao diretor auxiliar assessorar o diretor em todas as suas atribuições e substituí-lo na sua falta ou por algum impedimento. 19 Seção III Dos Órgãos Colegiados de Representação da Comunidade Escolar Art. 20 - Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como Órgãos Colegiados de representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos por Estatutos e Regulamentos próprios. Art. 21 - A Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado. Parágrafo Único – A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim. Art. 22 - O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus membros. Parágrafo Único – O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim. Seção IV Do Conselho de Classe Art. 23 - O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto PolíticoPedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem. 20 Art. 24 - A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriarse dos conteúdos curriculares estabelecidos. Parágrafo Único - É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe. Art. 25 - Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino. Art. 26 - O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem. Art. 27 - O Conselho de Classe é constituído pelo diretor e/ou diretor auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes que atuam numa mesma turma e/ou série, por meio de: I. Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do pedagogo; II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série. Art. 28 - A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas. Art. 29 - O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário. 21 Art. 30 - As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pelo secretário da escola, como forma de registro das decisões tomadas. Art. 31 - São atribuições do Conselho de Classe: I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino e aprendizagem; II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para a melhoria do processo ensino e aprendizagem; III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola; IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e aprendizagem; V. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de avanço do aluno para série subseqüente ou retenção, após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno; VI. receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 (setenta e duas) horas úteis após sua divulgação em edital. Seção V Da Equipe Pedagógica Art. 32 - A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação. Art. 33 - A equipe pedagógica é composta por professores graduados em Pedagogia. 22 Art. 34 - Compete à equipe pedagógica: I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto PolíticoPedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino; II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva democrática; III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar; IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino; VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes; VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para todos; VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar; IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexãoação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino; X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe; XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas; XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico; 23 XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos; XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar; XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar; XVI. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e Biologia e de Informática; XVII. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola; XVIII. XIX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma; colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED; XX. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; XXI. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino; XXII. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social; XXIII. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino; XXIV. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; XXV. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos; XXVI. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didáticopedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor; XXVII. organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de dias, horas e conteúdos aos discentes; XXVIII. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe; 24 XXIX. registrar o acompanhamento da vida escolar do aluno; XXX. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos docentes do estabelecimento de ensino; XXXI. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais; XXXII. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; XXXIII. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral; XXXIV. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário; XXXV. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos; XXXVI. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola; XXXVII. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular; XXXVIII. acompanhar a oferta e o desenvolvimento do Centro de línguas estrangeiras modernas CELEM. XXXIX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino; XL. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar; XLI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XLII. elaborar seu Plano de Ação; 25 XLIII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra qualquer tratamento discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero, orientação sexual, credo, ideologia, condição sócio cultural; XLIV. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo deensino e aprendizagem; XLV. participar da equipe multidisciplinar da Educação das Relações Étnico-Raciais, subsidiando professores, funcionários e alunos; XLVI. fornecer informações ao responsável pelo Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar no Núcleo Regional de Educação e ao pedagogo que presta serviço na instituição conveniada; XLVII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. Seção VI Da Equipe Docente Art. 35 - A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente habilitados. Art. 36 - Compete aos docentes: I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar; II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto PolíticoPedagógico e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais; III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino; 26 IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente; V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo aluno; VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando prioritariamente o direito do aluno; VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino e neste regimento; VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período letivo; IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário; X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem; XI. XII. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção; assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra qualquer tratamento discriminatório em decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras; XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e aprendizagem; XIV. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento, junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contra turno , a fim de realizar ajustes ou modificações no processo de intervenção educativa; XV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística; 27 XVI. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata; XVII. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania; XVIII. zelar pela freqüência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe pedagógica; XIX. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horasatividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; XX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme determinações da SEED; XXI. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino; XXII. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade; XXIII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o desenvolvimento do processo educativo; XXIV. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa; XXV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de programas a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; XXVI. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado; XXVII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; 28 XXVIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED; XXX. trabalhar a temática da Educação das Relações Ético Raciais e para a o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena nas disciplinas, quando o conteúdo exigir; XXXI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar. Seção VII Da Equipe dos Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares Art. 37 - Os funcionários das áreas de administração escolar e operação de multimeios escolares atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de informática do estabelecimento de ensino. Art. 38 - O funcionário que atua na secretaria como secretário escolar é indicado pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da SEED. Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela direção. Art. 39 - Compete ao Secretário Escolar: I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino; II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que regem o registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino; III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais funcionários; IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada; 29 V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos; VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência e conclusão de curso; VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às autoridades competentes; VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados; IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno e da autenticidade dos documentos escolares; X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno, respondendo por qualquer irregularidade; XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado; XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola, referentes à sua estrutura e funcionamento; XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de ensino, conforme disposições do Regimento Escolar; XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria; XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos; XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar; XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor competente a sua freqüência, em formulário próprio; XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas; 30 XIX. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos; XX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria da escola; XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular (CELEM, Atividades Complementares no Contra turno – CAICs ), quando desta oferta no estabelecimento de ensino; XXIII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos; XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando solicitado; XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XXVIII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função. Art. 40 - Compete funcionários que atuam na secretaria dos estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do secretário: cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e regularização de vida escolar; atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e orientações; cumprir a escala de trabalho previamente estabelecida; participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado aprimoramento profissional de sua função; pela direção, visando ao 31 controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os mesmos a quem de direito; organizar, em colaboração com o secretário escolar, os serviços do seu setor; efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico Escolar, Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade; organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola; classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a movimentação de expedientes; realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do estabelecimento, sempre que solicitado; coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e atualizando o sistema informatizado; executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação; participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; anexar a Ficha Individual de Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar à Ficha Individual do Aluno e, posteriormente, arquivar na Pasta Individual; exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. Art. 41 - Compete ao funcionário que atua na biblioteca escolar, indicado pela direção do estabelecimento de ensino: cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando organização e funcionamento; atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros, de acordo com Regulamento próprio; atuar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica curricular do estabelecimento de ensino; 32 auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros; encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades indicadas pelos usuários; zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo; registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário; receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca; manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua manutenção; participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; atuar na distribuição e recolhimento do livro didático; participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. Art. 42 - Compete ao funcionário indicado pela direção para atuar no laboratório de Informática do estabelecimento de ensino: cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática, assessorando na sua organização e funcionamento; auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e equipamentos de informática; preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para a realização de atividades práticas de ensino no laboratório; assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório; zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos; 33 participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função; receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório de Informática; participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. Art. 43 - Compete aos funcionários que atuam no laboratório de Química, Física e Biologia do estabelecimento de ensino: I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e Biologia; II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo docente e discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos; III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de atividades práticas de ensino; IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório; V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do laboratório; VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório; VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos e equipamentos de uso do laboratório; VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria, desde que autorizado aprimoramento profissional de sua função; pela direção, visando ao 34 IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente ocorridos no laboratório; X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos, solventes, reagentes e demais materiais de consumo; XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função. Seção VIII Da Equipe dos Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando Art. 44 - Os Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando tem a seu encargo zelar pela segurança e realizar os serviços de conservação, manutenção, preservação, alimentação e no âmbito escolar, sendo coordenado e supervisionado pela direção do estabelecimento de ensino. Art. 45 - Compete aos funcionários que zelam pela segurança e atuam nos serviços de conservação, manutenção e preservação do ambiente escolar e de seus utensílios e instalações: I. zelar pelo ambiente físico da escola e de suas instalações, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária vigente; II. utilizar o material de limpeza sem desperdícios e comunicar à direção, com antecedência, a necessidade de reposição dos produtos; III. zelar pela conservação do patrimônio escolar, comunicando qualquer 35 irregularidade à direção; IV. auxiliar no acompanhamento da movimentação dos alunos em horários de recreio, de início e de término dos períodos, mantendo a ordem e a segurança dos estudantes, quando solicitado pela direção; V. atender adequadamente aos alunos com necessidades educacionais especiais temporárias ou permanentes, que demandam apoio de locomoção, de higiene e de alimentação; VI. auxiliar na locomoção dos alunos que fazem uso de cadeira de rodas, andadores, muletas, e outros facilitadores, viabilizando a acessibilidade e a participação no ambiente escolar; VII. auxiliar os alunos com necessidades educacionais especiais quanto a alimentação durante o recreio, atendimento às necessidades básicas de higiene e as correspondentes ao uso do banheiro; VIII. auxiliar nos serviços correlatos à sua função, participando das diversas atividades escolares; IX. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias; X. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional; XI. coletar lixo de todos os ambientes do estabelecimento de ensino, dando-lhe o devido destino, conforme exigências sanitárias; XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem à especificidade de sua função. XVI. coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos períodos de atividades escolares; XVII. zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no 36 estabelecimento de ensino; XVIII. comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança dos alunos; XIX. percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando os alunos quanto às necessidades de orientação e auxílio em situações irregulares; XX. encaminhar ao setor competente do estabelecimento de ensino os alunos que necessitarem de orientação ou atendimento; XXI. observar a entrada e a saída dos alunos para prevenir acidentes e irregularidades; XXII. acompanhar as turmas de alunos em atividades escolares externas, quando se fizer necessário; XXIII. auxiliar a direção, equipe pedagógica, docentes e secretaria na divulgação de comunicados no âmbito escolar; XXIV. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias; XXV. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional; XXVI. zelar pela preservação do ambiente físico, instalações, equipamentos e materiais didático-pedagógicos; XXVII. auxiliar a equipe pedagógica no remanejamento, organização e instalação de equipamentos e materiais didático-pedagógicos; XXVIII. atender e identificar visitantes, prestando informações e orientações quanto à estrutura física e setores do estabelecimento de ensino; XXIX. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XXX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XXXI. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XXXII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função. 37 Art. 46 São atribuições dos funcionários que atuam na cozinha do estabelecimento de ensino: I. zelar pelo ambiente da cozinha e por suas instalações e utensílios, cumprindo as normas estabelecidas na legislação sanitária em vigor; II. selecionar e preparar a merenda escolar balanceada, observando padrões de qualidade nutricional; III. servir a merenda escolar, observando os cuidados básicos de higiene e segurança; IV. informar ao diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição do estoque da merenda escolar; V. conservar o local de preparação, manuseio e armazenamento da merenda escolar, conforme legislação sanitária em vigor; VI. zelar pela organização e limpeza do refeitório, da cozinha e do depósito da merenda escolar; VII. receber, armazenar e prestar contas de todo material adquirido para a cozinha e da merenda escolar; VIII. cumprir integralmente seu horário de trabalho e as escalas previstas, respeitado o seu período de férias; IX. participar de eventos, cursos, reuniões sempre que convocado ou por iniciativa própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional; X. auxiliar nos demais serviços correlatos à sua função, sempre que se fizer necessário; XI. respeitar as normas de segurança ao manusear fogões, aparelhos de preparação ou manipulação de gêneros alimentícios e de refrigeração; XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED; XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias; XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar; XV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da sua função. 38 Art. 47 - As atribuições do permissionário e seus direitos e deveres de uso e ocupação de residência no estabelecimento de ensino estão dispostos e ordenados juridicamente em regulamentação própria, com observância às normas do Programa de Segurança Escolar. CAPÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA Art. 48 - A organização didático-pedagógica é entendida como o conjunto de decisões coletivas, necessárias à realização das atividades escolares, para garantir o processo pedagógico da escola. Art. 49 - A organização didático-pedagógica é constituída pelos seguintes componentes: I. dos níveis e modalidades de ensino da Educação Básica; II. dos fins e objetivos da Educação Básica em cada nível e modalidade de ensino; III. da organização curricular, estrutura e funcionamento; IV. da matrícula; V. do processo de classificação; VI. do processo de reclassificação; VII. da transferência; VIII. da progressão parcial; IX. da freqüência; X. da avaliação, da recuperação de estudos e da promoção; XI. do aproveitamento de estudos; XII. da adaptação; XIII. da revalidação e equivalência; XIV. da regularização da vida escolar; XV. do calendário escolar; XVI. dos registros e arquivos escolares; 39 XVII. da eliminação de documentos escolares; XVIII. da avaliação institucional; XIX. dos espaços pedagógicos. XX. do estágio não remunerado. Seção I Dos Níveis e Modalidades de Ensino da Educação Básica Art. 50 - O estabelecimento de ensino oferta: I. Ensino Fundamental: anos finais – 6º ao 9º ano; II. Ensino Médio; III. Educação Especial - Sala de Recursos Pedagógico, para o Ensino Fundamental e Médio, com apoio especializado no atendimento de alunos com deficiência mental e distúrbios de aprendizagem. Seção II Dos Fins e Objetivos da Educação Básica de cada Nível e Modalidade de Ensino Art. 51 - O estabelecimento de ensino oferece a Educação Básica com base nos seguintes princípios das Constituições Federal e Estadual, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA e Plano Nacional de Direitos Humanos: igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, vedada qualquer forma de discriminação e segregação; gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza vinculadas à matrícula; garantia de uma Educação Básica igualitária e de qualidade. Art. 52 - O Ensino Fundamental, com duração de 9 (nove) anos, é gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, tem por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: 40 I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II. a compreensão do ambiente natural e sociocultural, dos espaços e das relações socioeconômicas e políticas, da tecnologia e seus usos, das artes e dos princípios em que se fundamentam as sociedades; III. o fortalecimento dos vínculos de família e da humanização das relações em que se assenta a vida social; IV. a valorização da cultura local/regional e suas múltiplas relações com os contextos nacional/global; V. o respeito à diversidade étnica, de gênero e de orientação sexual, de credo, de ideologia. Art. 53 - O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, com duração mínima de três anos, tem como finalidade: I. a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II. a formação que possibilite ao aluno, no final do curso, compreender o mundo em que vive em sua complexidade, para que possa nele atuar com vistas à sua transformação; III. o aprimoramento do aluno como cidadão consciente, com formação ética, autonomia intelectual e pensamento crítico; IV. a compreensão do conhecimento historicamente construído, nas suas dimensões filosófica, artística e científica, em sua interdependência nas diferentes disciplinas. Art. 54 - Ao final do Ensino Médio o aluno deve demonstrar: I. domínio dos princípios científicos, tecnológicos e do legado filosófico e artístico da sociedade, que possibilite a compreensão da complexidade histórico-social da mesma; II. conhecimento das formas contemporâneas de linguagem; III. compreensão crítica das relações e da estrutura social, das desigualdades e dos processos de mudança, da diversidade cultural e da ideologia frente aos intensos processos de mundialização, desenvolvimento tecnológico e aprofundamento das formas de exclusão; 41 IV. percepção própria, como indivíduo e personagem social, com consciência, reconhecimento da identidade social e uma compreensão crítica da relação homem-mundo. Art. 55 - A Educação Especial tem como finalidade assegurar educação de qualidade a todos os alunos com necessidades educacionais especiais, em todas as etapas da Educação Básica, oferecendo apoio e complementação dos serviços educacionais regulares. Seção III Da Organização Curricular, Estrutura e Funcionamento Art. 56 - A organização do trabalho pedagógico em todos os níveis e modalidades de ensino segue as orientações expressas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais. Art. 57 - O regime da oferta da Educação Básica é de forma presencial, com a seguinte organização: por ano, nos anos finais do Ensino Fundamental; por ano, no Ensino Médio. por serviços e apoios especializados, conforme especificidade de cada área, na modalidade da Educação Especial. Art. 58 - Os conteúdos curriculares na Educação Básica observam: I. difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II. respeito à diversidade; III. orientação para o trabalho. Art. 59 - O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Fundamental organizado em anos finais, em regime de série/ano, com 4 (quatro) anos de duração, perfazendo um total de 3.200 horas. 42 Art. 60 - Os conteúdos e componentes curriculares estão organizados na Proposta Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e Estaduais. Parágrafo Único – Os conteúdos curriculares estão organizados por disciplinas para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Art. 61 - O estabelecimento de ensino oferta Salas Apoio à Aprendizagem para alunos de 6º e 7º e 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, conforme orientações da SEED. Art. 62 – O estabelecimento de ensino oferta os seguintes Programas de Atividade Complementar em Contratuno: Oficina de Esporte e Saúde e Oficina de Arte, Cultura e Música, para alunos do Ensino Fundamental e Médio. Art. 63 – O estabelecimento de Ensino oferta Sala de Recursos, para o Ensino Fundamental e Médio, com apoio especializado no atendimento de alunos com deficiência mental e distúrbios de aprendizagem Art. 64 - Na organização curricular para os anos finais do Ensino Fundamental consta: I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Artes, Ciências, Educação Física, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna Inglês; II. Ensino Religioso, como disciplina integrante da Matriz Curricular do estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo, será ofertado às turmas de 5ª e 6ª séries; III. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como conteúdos trabalhados ao longo do ano letivo. 43 IV. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História. Art. 65 - O estabelecimento de ensino oferta o Ensino Médio, com duração de três anos, perfazendo um mínimo de 2.400 horas. Art. 66 - Na organização curricular do Ensino Médio consta: I. Base Nacional Comum constituída pelas disciplinas de Arte, Biologia, Química, Física, História, Geografia, Educação Física, Filosofia, Sociologia, Língua Portuguesa e Matemática e de uma Parte Diversificada constituída por Língua Estrangeira Moderna - Espanhol; II. História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, como conteúdos trabalhados ao longo do ano letivo, em todas as disciplinas; III. Conteúdos de História do Paraná na disciplina de História. Art. 67 – O Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação – Prófuncionários, exige a realização de Prática Profissional Supervisionada, conforme carga horária constante do Plano de Curso concomitante ao desenvolvimento de cada módulo. Art. 68 - Oferta do atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais, na área da deficiência intelectual, deficiência visual e deficiência física neuromotora. Parágrafo Único - As necessidades educacionais especiais são definidas pelos distúrbios de aprendizagem apresentados pelo aluno, em caráter temporário ou permanente, e pelos recursos e apoios proporcionados, objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem e participação e o enriquecimento curricular para alunos com superdotação ou altas habilidades. Art. 69 - A organização da Proposta Pedagógica Curricular, toma como base as normas e Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, observando o princípio da 44 flexibilização e garantindo o atendimento pedagógico especializado para atender às necessidades educacionais especiais de seus alunos. Seção IV Da Matrícula Art. 70 - A matrícula é o ato formal que vincula o aluno ao estabelecimento de ensino, conferindo-lhe a condição de aluno. Parágrafo Único – É vedada a cobrança de taxas e/ou contribuições de qualquer natureza vinculadas à matrícula. Art. 71 - O estabelecimento de ensino assegura matrícula inicial ou em curso, conforme normas estabelecidas na legislação em vigor e nas instruções da SEED. Art. 72 - A matrícula deve ser requerida pelo interessado ou seu responsável, quando menor de 18 (dezoito anos), sendo necessária a apresentação dos seguintes documentos: Certidão de Nascimento ou Carteira de Identidade – RG, para alunos maiores de 16 (dezesseis) anos, cópia e original; Comprovante de residência, prioritariamente a fatura de energia elétrica, cópia e original; Histórico Escolar ou Declaração de escolaridade da escola de origem, esta com o Código Geral de Matrícula – CGM; Matriz Curricular, quando a transferência for para o 2º ou 3º ano do Ensino Médio. § 1º - O aluno oriundo da rede estadual de ensino deve apresentar também a documentação específica, disposta nas Instruções Normativas de matrícula emanadas anualmente da SEED. § 2º - Na impossibilidade de apresentação de quaisquer documentos citados neste artigo, o aluno ou seu responsável será orientado e encaminhado aos órgãos competentes para as devidas providências. 45 Art. 73 - A matrícula é deferida pelo diretor, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias. Art. 74 - No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável será informado sobre o funcionamento do estabelecimento de ensino e sua organização, conforme o Projeto Político-Pedagógico, Regimento Escolar, Estatutos e Regulamentos Internos. Art. 75 - No ato da matrícula, o aluno ou seu responsável deverá autodeclarar seu pertencimento Étnico-Racial e optar, na série do Ensino Fundamental, pela freqüência ou não na disciplina de Ensino Religioso. Art. 76 - O período de matrícula será estabelecido pela SEED, por meio de Instruções Normativas. Art. 77 - Ao aluno não vinculado a qualquer estabelecimento de ensino assegura-se a possibilidade de matrícula em qualquer tempo, desde que se submeta a processo de classificação, aproveitamento de estudos e adaptação, previstos no presente Regimento Escolar, conforme legislação vigente. § 1º - O controle de freqüência far-se-á a partir da data da efetivação da matrícula, sendo exigida freqüência mínima de 75% do total da carga horária restante da série. § 2º - O contido no caput desse artigo é extensivo a todo estrangeiro, independentemente de sua condição legal. Art. 78 - O ingresso no Ensino Fundamental será de acordo com a legislação vigente no estado. Art. 79 - O ingresso no Ensino Médio é permitido: aos concluintes do Ensino Fundamental ou seu correspondente legal, ofertado por estabelecimento de ensino regularmente autorizado a funcionar; 46 aos concluintes de estudos equivalentes aos de Ensino Fundamental reconhecidos pelo Conselho Estadual de Educação. Art. 80 - Os alunos com necessidades educacionais especiais serão matriculados em todos os níveis e modalidades de ensino, respeitado o seu direito a atendimento adequado, pelos serviços e apoio. Seção V Do Processo de Classificação Art. 81 - A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o estabelecimento de ensino adota, para posicionar o aluno na etapa de estudos compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios formais ou informais, podendo ser realizada: por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação da escola de origem; independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais. Art. 82 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos profissionais: organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para efetivar o processo; proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe pedagógica; comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para obter o respectivo consentimento; arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados; registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno. 47 Seção VI Do Processo de Reclassificação Art. 83 - A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico Escolar. Art. 84 - Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na série, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação. Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não. Art. 85 - A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o devido consentimento. Art. 86 - A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da reclassificação. Art. 87 - Cabe à Comissão elaborar relatório referente ao processo de reclassificação, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno. 48 Art. 88 - O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem. Art. 89 - O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a Pasta Individual do aluno. Art. 90 - O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à SEED. Art. 91 - A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada. Seção VII Da Transferência Art. 92 - A matrícula por transferência ocorre quando o aluno, ao se desvincular de um estabelecimento de ensino, vincula-se, ato contínuo, a outro, para prosseguimento dos estudos em curso. Art. 93 - A matrícula por transferência é assegurada no estabelecimento de ensino, aos alunos que se desvincularam de outro, devidamente integrado ao sistema de ensino, mediante apresentação da documentação de transferência, com aproveitamento e assiduidade do aluno, com observância da proximidade residencial. Art. 94 - Os registros do estabelecimento de ensino de origem serão transpostos ao estabelecimento de destino, sem modificações. Parágrafo Único - Antes de efetivar a matrícula, se necessário, solicitar à escola de origem os dados para a interpretação dos registros referentes ao aproveitamento escolar e assiduidade do aluno. 49 Art. 95 - As transferências de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos. Art. 96 - O aluno, ao se transferir do estabelecimento de ensino, receberá a documentação escolar necessária para matrícula no estabelecimento de destino, devidamente assinada. § 1º - No caso de transferência em curso, será entregue ao aluno: I. Histórico Escolar das séries concluídas; II. Ficha Individual referente à série em curso. § 2º - Na impossibilidade da emissão dos documentos, no ato da solicitação da transferência, o estabelecimento fornecerá Declaração de Escolaridade, anexando cópia da Matriz Curricular e compromisso de expedição de documento definitivo no prazo de 30 (trinta) dias. § 3º - À documentação dos alunos que freqüentam os serviços de Apoios da Educação Especial, além dos documentos da classe comum, deverão ser acrescentadas cópias do relatório da avaliação pedagógica no contexto escolar e cópia do último relatório de acompanhamento semestral realizado pelo professor do Serviço ou Apoio Especializado. Seção VIII Da Progressão Parcial Art. 97 - A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno, não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado, poderá cursá-las subseqüente e concomitantemente às séries seguintes. Art. 98 - O estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula com Progressão Parcial. 50 Parágrafo Único - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos. Seção IX Da Freqüência Art. 99 - É obrigatória, ao aluno, a freqüência mínima de 75% do total da carga horária do período letivo, para fins de promoção. Art. 100 - É assegurado o regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento pedagógico do estabelecimento de ensino, como forma de compensação da ausência às aulas, aos alunos que apresentarem impedimento de freqüência, conforme as seguintes condições, previstas na legislação vigente: I. portadores de afecções congênitas ou adquiridas, infecções, traumatismos ou outras condições mórbidas; II. gestantes. Art. 101 - É assegurado o abono de faltas ao aluno que estiver matriculado em Órgão de Formação de Reserva e que seja obrigado a faltar a suas atividades civis, por força de exercícios ou manobras, ou reservista que seja chamado para fins de exercício de apresentação das reservas ou cerimônias cívicas, do Dia do Reservista. Parágrafo Único – As faltas tratadas no caput deste artigo deverão ser assentadas no Livro Registro de Classe, porém, não serão consideradas no cômputo geral das faltas. Art. 102 - A relação de alunos, quando menores de idade, que apresentarem quantidade de faltas acima de 50% do percentual permitido em lei, será encaminhada ao Conselho Tutelar do Município, ou ao Juiz competente da Comarca e ao Ministério Público. 51 Seção X Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da Promoção Art. 103 - A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno. Art. 104 - A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Parágrafo Único - Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. Art. 105 - A avaliação é realizada em função dos conteúdos curriculares, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Parágrafo Único - É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação. Art. 106 - Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no Projeto PolíticoPedagógico. Art. 107 - A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si. Art. 108 - O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino. 52 Art. 109 - Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Art. 110 - Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas. Art. 111 - A recuperação de estudos é direito dos alunos, assegurado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), art. 24, inciso V, alínea “e”, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos. Art. 112 - A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Art. 113 - A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. Parágrafo Único - A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina. Art. 114 - A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Art. 115 - Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade de sua vida escolar. Parágrafo Único - Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe ( conforme sistema de avaliação adotado pela instituição de ensino). 53 Art. 116 - A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à apuração da sua freqüência. Art. 117 - Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei. Parágrafo Único – Poderão ser promovidos por Conselho de Classe os alunos que demonstrarem apropriação dos conteúdos mínimos essenciais e que demonstrem condições de dar continuidade de estudos nos anos seguintes. Art. 118 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final do ano letivo. Art. 119 - Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem: I. freqüência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; II. freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina. Art. 120 – O regime para registro das avaliações será Semestral e deverá seguir uma quantidade mínima de avaliações, considerando-se o número de aulas semanais, não podendo o aluno ser submetido a uma única forma de avaliação. Art. 121- As notas atribuídas ao aluno corresponderão aos avanços obtidos na aprendizagem, o resultado da avaliação será expresso através de notas numa escala de 0 (zero) a 10 (dez). 54 Art. 122 - O rendimento mínimo exigido é 6,0 para o Ensino Fundamental e Médio, seguindo a fórmula abaixo para se obter a média anual. MA = 1º Semestre + 2º Semestre = 6,0 2 Art. 123 - A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar. Art. 124 - Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação escolar. Seção XI Do Aproveitamento de Estudos Art. 125 - Os estudos concluídos com êxito serão aproveitados. Parágrafo Único – A carga horária efetivamente cumprida pelo aluno, no estabelecimento de ensino de origem, será transcrita no Histórico Escolar, para fins de cálculo da carga horária total do curso. Seção XII Da Adaptação Art. 126 - A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didáticopedagógica desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo. Art. 127 - A adaptação de estudos far-se-á pela Base Nacional Comum. Parágrafo Único – Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma Língua Estrangeira Moderna. Art. 128 - A adaptação de estudos será realizada durante o período letivo. 55 Art. 129 - A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno. Parágrafo Único – Ao final do processo de adaptação, será elaborada Ata de resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no Relatório Final. Seção XIII Da Revalidação e Equivalência Art. 130 - O estabelecimento de ensino quando credenciado pelo CEE, realizará a revalidação (estudos completos cursados no exterior) referente ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio. Art. 131 - O estabelecimento de ensino, para a equivalência e revalidação de estudos completos e incompletos, deverá observar: I. as precauções indispensáveis ao exame da documentação do processo, cujas peças, quando produzidas no exterior, devem ser autenticadas pelo Cônsul brasileiro da jurisdição ou, na impossibilidade, pelo Cônsul do país de origem, exceto para os documentos escolares encaminhados por via diplomática, expedidos na França e nos países do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL; II. a existência de acordos e convênios internacionais; III. que todos os documentos escolares originais, exceto os de língua espanhola, contenham tradução para o português por tradutor juramentado; IV. as normas para transferência e aproveitamento de estudos constantes na legislação vigente. Art. 132 - Alunos que estudaram em estabelecimentos de ensino brasileiros sediados no exterior, desde que devidamente autorizados pelo Conselho Nacional de Educação, não precisam submeter-se aos procedimentos de equivalência e revalidação de estudos. 56 Parágrafo Único – A documentação escolar do aluno oriundo de escola brasileira sediada no exterior deverá conter o número do parecer do Conselho Nacional de Educação que autorizou o funcionamento da escola no exterior e o visto consular. Art. 133 - Para proceder à equivalência e revalidação de estudos incompletos e completos, o estabelecimento de ensino seguirá as orientações contidas nas instruções emanadas da Secretaria de Estado da Educação. Art. 134 - O estabelecimento de ensino expedirá certificado de conclusão ao aluno que realizar a revalidação de estudos completos do Ensino Fundamental. Art. 135 - A matrícula no Ensino Médio somente poderá ser efetivada após a revalidação de estudos completos do Ensino Fundamental. Art. 136 - A matrícula do aluno proveniente do exterior, que não apresentar documentação escolar, far-se-á mediante processo de classificação, previsto na legislação vigente. Art. 137 - A matrícula de alunos oriundos do exterior, com período letivo concluído após ultrapassados 25% do total de horas letivas previstas no calendário escolar, far-se-á mediante classificação, aproveitamento e adaptação, previstos na legislação vigente, independentemente da apresentação de documentação escolar de estudos realizados. Art. 138 - O estabelecimento de ensino, ao realizar a equivalência ou revalidação de estudos, emitirá a respectiva documentação. Art. 139 - Efetuada a revalidação ou declarada a equivalência, o ato pertinente será registrado junto ao NRE e os resultados integrarão a documentação do aluno. 57 Art. 140 - O aluno oriundo de país estrangeiro, que não apresentar documentação escolar e condições imediatas para classificação, será matriculado na série compatível com sua idade, em qualquer época do ano. Parágrafo Único - A escola elaborará plano próprio para o desenvolvimento dos conhecimentos necessários para o prosseguimento de seus estudos. Seção XIV Da Regularização de Vida Escolar Art. 141 - O processo de regularização de vida escolar é de responsabilidade do diretor do estabelecimento de ensino, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação, conforme normas do Sistema Estadual de Ensino. § 1º - Constatada a irregularidade, o diretor do estabelecimento dará ciência imediata ao Núcleo Regional de Educação. § 2º - O Núcleo Regional de Educação acompanhará o processo pedagógico e administrativo, desde a comunicação do fato até a sua conclusão. § 3º - Ao Núcleo Regional de Educação cabe a emissão do ato de regularização. § 4º - Tratando-se de transferência com irregularidade, caberá à direção da escola registrar os resultados do processo na documentação do aluno. Art. 142 - No caso de irregularidade detectada após o encerramento do curso, o aluno será convocado para exames especiais a serem realizados no estabelecimento de ensino em que concluiu o curso, sob a supervisão do Núcleo Regional de Educação. § 1º - Na impossibilidade de serem efetuados os exames especiais no estabelecimento de ensino em que o aluno concluiu o curso, o Núcleo Regional de Educação deverá credenciar estabelecimento devidamente reconhecido. 58 § 2º - Sob nenhuma hipótese a regularização da vida escolar acarretará ônus financeiro para o aluno. Art. 143 - No caso de insucesso nos exames especiais, o aluno poderá requerer nova oportunidade, decorridos, no mínimo, 60 (sessenta) dias, a partir da publicação dos resultados. Seção XV Do Calendário Escolar Art. 144 - O Calendário Escolar será elaborado anualmente, conforme normas emanadas da SEED, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e, após, enviado ao órgão competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à sua vigência. Art. 145 - O calendário escolar atenderá ao disposto na legislação vigente, garantindo o mínimo de horas e dias letivos previstos para cada nível e modalidade. 59 Seção XVI Dos Registros e Arquivos Escolares Art. 146 - A escrituração e o arquivamento de documentos escolares têm como finalidade assegurar, em qualquer tempo, a verificação de: I. identificação de cada aluno; II. regularidade de seus estudos; III. autenticidade de sua vida escolar. Art. 147 - Os atos escolares, para efeito de registro e arquivamento, são escriturados em livros e fichas padronizadas, observando-se os Regulamentos e disposições legais aplicáveis. Art. 148 - Os livros de escrituração escolar conterão termos de abertura e encerramento, imprescindíveis à identificação e comprovação dos atos que se registrarem, datas e assinaturas que os autentiquem, assegurando, em qualquer tempo, a identidade do aluno, regularidade e autenticidade de sua vida escolar. Art. 149 - O estabelecimento de ensino deverá dispor de documentos escolares para os registros individuais de alunos, professores e outras ocorrências. Art. 150 - São documentos de registro escolar: Requerimento de Matrícula; Ficha Individual Histórico Escolar; Relatório Final; Livro Registro de Classe. 60 Seção XVII Da Eliminação de Documentos Escolares Art. 151 - A eliminação consiste no ato de destruição por fragmentação de documentos escolares que não necessitam permanecer em arquivo escolar, com observância às normas de preservação ambiental e aos prazos dispostos na legislação em vigor. Art. 152 - A direção do estabelecimento de ensino, periodicamente, determinará a seleção dos documentos existentes nos arquivos escolares, sem relevância probatória, a fim de serem retirados e eliminados. Art. 153 - Podem ser eliminados os seguintes documentos escolares: pertinentes ao estabelecimento de ensino: A) Livro Registro de Classe, após 5 (cinco) anos; B) planejamentos didático-pedagógicos, após 5 (cinco) anos; C) calendários escolares, com as cargas horárias anuais efetivamente cumpridas, após 5 (cinco) anos. referentes ao corpo discente: A) instrumentos utilizados para avaliação, após 5 (cinco) anos; B) documentos inativos do aluno: Requerimento de Matrícula, após 1 (um) ano; Ficha Individual, após 5 (cinco) anos; e Ficha Individual com requerimento de transferência, após 1 (um) ano. Art. 154 - Para a eliminação dos documentos escolares será lavrada Ata, na qual deverão constar a natureza do documento, o nome do aluno, o ano letivo e demais informações que eventualmente possam auxiliar na identificação dos documentos destruídos. Parágrafo Único - A referida Ata no caput deste artigo deve ser assinada pelo diretor, secretário e demais funcionários presentes. 61 Seção XVIII Da Avaliação Institucional Art. 155 - A avaliação institucional ocorrerá por meio de mecanismos criados pelo estabelecimento de ensino e/ou por meio de mecanismos criados pela SEED. Parágrafo Único – A avaliação institucional ocorrerá anualmente, preferencialmente no fim do ano letivo, e subsidiará a organização do Plano de Ação da Escola no ano subseqüente. Seção XIX Dos Espaços Pedagógicos Art. 156 - A biblioteca é um espaço pedagógico democrático com acervo bibliográfico à disposição de toda a comunidade escolar. Art. 157 - A biblioteca tem Regulamento específico, elaborado pela equipe pedagógica e aprovado pelo Conselho Escolar, no qual consta sua organização e funcionamento. § 1º - A biblioteca estará sob a responsabilidade de integrante do quadro técnico-administrativo, indicado pela direção, o qual tem suas atribuições especificadas na Seção VII, Capítulo I, Título II, deste Regimento Escolar. Art. 158 - O laboratório de Química, Física e Biologia é um espaço pedagógico para uso dos professores e alunos, com Regulamento próprio, aprovado pelo Conselho Escolar, que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos trabalhados nas disciplinas. Parágrafo Único - O profissional responsável pelo laboratório de Química, Física e Biologia tem suas atribuições especificadas na Seção VII, Capítulo I, Título II, deste Regimento Escolar. 62 Art. 159 - O laboratório de Informática é um espaço pedagógico para uso dos professores e alunos, com Regulamento próprio aprovado pelo Conselho Escolar, que tem por finalidade auxiliar a compreensão de conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas do Ensino Fundamental, Médio e Educação Profissional, como uma alternativa metodológica diferenciada. Parágrafo Único - O laboratório de Informática é de responsabilidade de integrante do quadro técnico-administrativo, indicado pela direção, com domínio básico da ferramenta, e suas atribuições estão especificadas na Seção VII, Capítulo I, Título II, deste Regimento Escolar. Seção XX Dos Estágios não Obrigatórios Art. 160 - Visa à preparação para o mundo do trabalho de educandos que estejam matriculados e freqüentando o ensino regular de ensino médio e anos finais do ensino fundamental. As atividades de estagio serão assumidas por esta instituição de ensino como Ato Educativo. § 1º - Atividades que visem o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e a contextualização do currículo escolar, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. As atividades específicas a serem desenvolvidas pelo estagiário deverão constar no Termo de compromisso de Estágio. § 2º - O estágio será desenvolvido com a mediação de professor orientador, especificamente designado para essa função, o qual fica responsável pelo acompanhamento e avaliação das atividades. § 3º - O Plano de Estágio deverá estar organizado conforme as normas estabelecidas na DELIBERAÇÃO Nº 02/09. 63 TÍTULO III DIREITOS E DEVERES DA COMUNIDADE ESCOLAR CAPÍTULO I DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS DOCENTES, EQUIPE PEDAGÓGICA E DIREÇÃO Seção I Dos Direitos Art. 161 - Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além dos direitos que lhes são assegurados pelo Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado do Paraná - Lei nº 6.174/70 e Estatuto do Magistério - Lei Complementar nº 07/76, são garantidos os seguintes direitos: Ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções; Participar da elaboração e implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola, Regimento Escolar e Regulamentos Internos; Participar de grupos de estudos, encontros, cursos, seminários e outros eventos, ofertados pela SEED e pelo próprio estabelecimento de ensino, tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional; Propor aos diversos setores do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento das atividades; Requisitar ao setor competente o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino; Propor ações que objetivem o aprimoramento dos procedimentos de ensino, da avaliação do processo pedagógico, da administração, da disciplina e das relações de trabalho no estabelecimento de ensino; Utilizar-se das dependências e dos recursos materiais da escola para o desenvolvimento de suas atividades; Ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins; Participar de associações e/ou agremiações afins; 64 Participar da definição da Proposta Pedagógica Curricular da escola e sua Matriz Curricular, conforme normas emanadas da SEED; Ter assegurado, pelo mantenedor, o processo de formação continuada; Ter acesso às orientações e normas emanadas da SEED; Participar da Avaliação Institucional, conforme orientação da SEED; Tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino; Compor equipe multidisciplinar, para orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, ao longo do período letivo; Ter assegurado gozo de férias previsto em lei. Seção II Dos Deveres Art. 162 - Aos docentes, equipe pedagógica e direção, além das atribuições previstas no Capítulo I do Título II, deste Regimento Escolar, compete: Possibilitar que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função, no âmbito de sua competência; Desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino; Elaborar exercícios domiciliares aos alunos impossibilitados de freqüentar a escola, em atendimento ao disposto na Seção IX, do Capítulo II, do Título II, deste Regimento Escolar; Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade; Comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento; Manter e promover relações cooperativas no âmbito escolar; Cumprir as diretrizes definidas no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, no que lhe couber; 65 Manter o ambiente favorável ao desenvolvimento do processo pedagógico; Comunicar aos órgãos competentes quanto à freqüência dos alunos, para tomada das ações cabíveis; Dar atendimento ao aluno independentemente de suas condições de aprendizagem; Organizar e garantir a reflexão sobre o processo pedagógico na escola; Manter os pais ou responsáveis e os alunos informados sobre o Sistema de Avaliação da Escola, no que diz respeito à sua área de atuação; Informar pais ou responsáveis e os alunos sobre a freqüência e desenvolvimento escolar obtidos no decorrer do ano letivo; Estabelecer estratégias de recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, visando à melhoria do aproveitamento escolar; Receber e analisar o pedido de revisão de notas dos alunos no prazo estabelecido no Sistema de Avaliação; Cumprir e fazer cumprir os horários e calendário escolar; proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e dias letivos aos alunos quando se fizer necessário a fim de cumprir o calendário escolar resguardando prioritariamente o direito dos alunos; Ser assíduo, comparecendo pontualmente ao estabelecimento de ensino nas horas efetivas de trabalho e, quando convocado, para outras atividades programadas e decididas pelo coletivo da escola; Comunicar, com antecedência, eventuais atrasos e faltas; Zelar pela conservação e preservação das instalações escolares; Cumprir as disposições do Regimento Escolar. Parágrafo Único - A equipe pedagógica deverá acompanhar o trabalho docente, quando das reposições de conteúdos e carga horária aos discentes. 66 Seção III Das Proibições Art. 163 - Ao docente, a equipe pedagógica e a direção é vedado: Tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico; Ministrar, sob qualquer pretexto, aulas particulares e atendimento especializado remunerado a alunos do estabelecimento de ensino; Discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente qualquer membro da comunidade escolar; Expor colegas de trabalho, alunos ou qualquer membro da comunidade a situações constrangedoras; Retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino; Ocupar-se com atividades alheias à sua função, durante o período de trabalho; Receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino, durante o período de trabalho, sem a prévia autorização do órgão competente; Ausentar-se da escola, sem prévia autorização do órgão competente; Transferir para outras pessoas o desempenho do encargo que lhe foi confiado; Utilizar-se em sala de aula de aparelhos celulares, recebendo e fazendo chamadas telefônicas; Divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar; Promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, envolvendo o nome da escola, sem a prévia autorização da direção; Comparecer à escola embriagado ou com indicativos de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas; Fumar nas dependências do estabelecimento de ensino. Art. 164 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar serão apurados ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas. 67 CAPÍTULO II DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DA EQUIPE DOS FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS AREAS DE ADMINSTRAÇÃO ESCOLAR E OPERAÇÃO DE MULTIMEIOS ESCOLARES E DA EQUIPE DE FUNCIONÁRIOS QUE ATUAM NAS AREAS DE MANUTENÇÃO DE INFRAESTRUTURA ESCOLAR E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE, ALIMENTAÇÃO ESCOLAR E INTERAÇÃO COM O EDUCANDO. Seção I Dos Direitos Art. 165 - A equipe dos Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares e da Equipe de Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando, além dos direitos que lhes são assegurados em lei, têm, ainda, as seguintes prerrogativas: I. ser respeitado na condição de profissional atuante na área da educação e no desempenho de suas funções; II. utilizar-se das dependências, das instalações e dos recursos materiais do estabelecimento, necessários ao exercício de suas funções; III. participar da elaboração e implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola; IV. colaborar na implementação da Proposta Pedagógica Curricular definida no Projeto Político-Pedagógico da escola; V. requisitar o material necessário à sua atividade, dentro das possibilidades do estabelecimento de ensino; VI. sugerir aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino ações que viabilizem um melhor funcionamento de suas atividades; 68 VII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado como representante no Conselho Escolar e associações afins; VIII. participar de associações e/ou agremiações afins; IX. tomar conhecimento das disposições do Regimento Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino. Escolar e do(s) 69 Seção II Dos Deveres Art. 166 - Além das outras atribuições legais, compete: I. cumprir e fazer cumprir os horários e Calendário Escolar; II. ser assíduo, comunicando com antecedência, sempre que possível, os atrasos e faltas eventuais; III. contribuir, no âmbito de sua competência, para que o estabelecimento de ensino cumpra sua função; IV. desempenhar sua função de modo a assegurar o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino; V. manter e promover relações cooperativas no ambiente escolar; VI. manter e fazer manter o respeito e ambiente favorável ao desenvolvimento do processo de trabalho escolar; VII. colaborar na realização dos eventos que o estabelecimento de ensino proporcionar, para os quais for convocado; VIII. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento; IX. zelar pela manutenção e conservação das instalações escolares; X. colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade; XI. cumprir as atribuições inerentes ao seu cargo; XII. tomar conhecimento das disposições contidas no Regimento Escolar; XIII. cumprir e fazer cumprir as disposições do Regimento Escolar, no seu âmbito de ação. 70 Seção III Das Proibições Art. 167 - A equipe dos Funcionários que atuam nas Áreas de Administração Escolar e Operação de Multimeios Escolares e da Equipe de Funcionários que atuam nas Áreas de Manutenção de Infraestrutura Escolar e Preservação do Meio Ambiente, Alimentação Escolar e Interação com o Educando, é vedado: tomar decisões individuais que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento geral da escola; retirar e utilizar qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino, sem a devida permissão do órgão competente; discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente qualquer membro da comunidade escolar; ausentar-se do estabelecimento de ensino no seu horário de trabalho sem a prévia autorização do setor competente; expor alunos, colegas de trabalho ou qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras; receber pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino durante o período de trabalho, sem prévia autorização do órgão competente; ocupar-se, durante o período de trabalho, de atividades estranhas à sua função; transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado; divulgar assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola , por qualquer meio de publicidade, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar; promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, que envolvam o nome da escola, sem a prévia autorização da direção; comparecer ao trabalho e aos eventos da escola embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas; fumar nas dependências. 71 Art. 168 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas. CAPÍTULO III DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E AÇÕES DISCIPLINARES DOS ALUNOS Seção I Dos Direitos Art. 169 - Constituem-se direitos dos alunos, com observância dos dispositivos constitucionais da Lei Federal nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente ECA, da Lei nº 9.394/96 - Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN, Decreto Lei nº 1.044/69 e Lei nº 6.202/75: tomar conhecimento das disposições do Regimento Escolar e do(s) Regulamento(s) Interno(s) do estabelecimento de ensino, no ato da matrícula; ter assegurado que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função de efetivar o processo de ensino e aprendizagem; ter assegurado o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e permanência no estabelecimento de ensino; ser respeitado, sem qualquer forma de discriminação; solicitar orientação dos diversos setores do estabelecimento de ensino; utilizar os serviços, as dependências escolares e os recursos materiais da escola, de acordo com as normas estabelecidas no Regulamento Interno; participar das aulas e das demais atividades escolares; ter assegurada a prática, facultativa, da Educação Física, nos casos previstos em lei; ter ensino de qualidade ministrado por profissionais habilitados para o exercício de suas funções e atualizados em suas áreas de conhecimento; ter acesso a todos os conteúdos previstos na Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino; 72 participar de forma representativa na construção, acompanhamento e avaliação do Projeto Político-Pedagógico da escola; ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino; tomar conhecimento do seu aproveitamento escolar e de sua freqüência, no decorrer do processo de ensino e aprendizagem; solicitar, pelos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, revisão do aproveitamento escolar, de preferência, dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas, a partir da divulgação do mesmo; ter assegurado o direito à recuperação de estudos, no decorrer do ano letivo, mediante metodologias diferenciadas que possibilitem sua aprendizagem; contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores, Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação; requerer transferência ou cancelamento de matrícula por si, quando maior, ou através dos pais ou responsáveis, quando menor; ter reposição das aulas e conteúdos; solicitar os procedimentos didático-pedagógicos previstos na legislação vigente e normatizados pelo Sistema Estadual de Ensino; sugerir, aos diversos setores de serviços do estabelecimento de ensino, ações que viabilizem melhor funcionamento das atividades; ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho Escolar e associações afins; participar de associações e/ou organizar agremiações afins; representar ou fazer-se representar nas reuniões do Pré-Conselho e do Conselho de Classe; realizar as atividades avaliativas, pré-avaliativas em caso de falta às aulas, mediante justificativa e/ou atestado médico; receber regime de exercícios domiciliares, com acompanhamento da escola, sempre que compatível com seu estado de saúde e mediante laudo médico, como forma de compensação da ausência às aulas, quando impossibilitado de freqüentar a escola por motivo de enfermidade ou gestação; receber atendimento escolarização hospitalar, quando impossibilitado de freqüentar a escola por motivos de enfermidade, em virtude de situação de internamento hospitalar. 73 ter registro de carga horária cumprida pelo aluno, no Histórico Escolar, das atividades pedagógicas complementares e do estágio não obrigatório; requerer por escrito, quando maior de 18 anos, a inserção de seu nome social em âmbito escolar e constando somente nos documentos internos do estabelecimento de ensino, tais como espelho do Livro Registro de Classe, Edital de Notas e Boletim Escolar . Seção II Dos Deveres Art. 170 - São deveres dos alunos: manter e promover relações de cooperação no ambiente escolar; realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes; atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino, nos respectivos âmbitos de competência; participar de todas as atividades curriculares programadas e desenvolvidas pelo estabelecimento de ensino; comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento; cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares; compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio da escola, quando comprovada a sua autoria; cumprir as ações disciplinares do estabelecimento de ensino; providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário ao desenvolvimento das atividades escolares; tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas; comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos gerais, sempre que lhe for solicitado; comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares; manter-se em sala durante o período das aulas; apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas; comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor 74 competente; apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas; justificar-se junto à equipe pedagógica ao entrar após o horário de início das aulas; zelar e devolver os livros didáticos recebidos e os pertencentes à biblioteca escolar; observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal, deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento; respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios estabelecidos; cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber. Seção III Das Proibições Art. 171 - Ao aluno é vedado: I. tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento das atividades escolares; II. ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo pedagógico; III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino; IV. trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao estudo; V. ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão competente; VI. receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de ensino; VII. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente 75 colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino; VIII. expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras; IX. entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo professor; X. consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do estabelecimento de ensino; XI. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino, conforme legislação em vigor; XII. comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas; XIII. utilizar-se de aparelhos eletrônicos, na sala de aula, que não estejam vinculados ao processo ensino e aprendizagem; XIV. danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de seus colegas, funcionários e professores; XV. portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em risco a segurança das pessoas; XVI. portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de outrem; XVII. divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar; XVIII. promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização da direção. 76 Seção IV Das Ações Educativas, Pedagógicas Educativas e Disciplinares Art. 172 - O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes ações: I. orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe pedagógica e direção; II. registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura dos pais ou responsável, quando menor; III. comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente; IV. convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com registro e assinatura, e/ou termo de compromisso; V. esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, inclusive do Conselho Escolar, será encaminhado ao Conselho Tutelar, ou promotoria de Justiça da Infância e da Juventude quando criança ou adolescente, para a tomada de providências cabíveis. Art. 172 - Todas as ações pedagógicas disciplinares previstas no Regimento Escolar serão devidamente registradas em Ata e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos competentes para ciência das ações tomadas. Art. 173 - O Ato Infracional praticado pelo aluno será comunicado imediatamente ao Conselho Tutelar ou à Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude. Parágrafo Único – A comunicação da prática do Ato Infracional à autoridade policial, Conselho Tutelar ou à Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude não implica em prejuízo à frequência do aluno acusado no estabelecimento de ensino, salvo decreto de internação provisória . 77 CAPÍTULO IV DOS DIREITOS, DEVERES E PROIBIÇÕES DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS Seção I Dos Direitos Art. 174 - Aos pais ou responsáveis, além dos direitos outorgados por toda a legislação aplicável, têm ainda as seguintes prerrogativas: serem respeitados na condição de pais ou responsáveis, interessados no processo educacional desenvolvido no estabelecimento de ensino; participar das discussões da elaboração e implementação do Projeto PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino; sugerir, aos diversos setores do estabelecimento de ensino, ações que viabilizem melhor funcionamento das atividades; ter conhecimento efetivo do Projeto Político-Pedagógico da escola e das disposições contidas neste Regimento; ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino; ser informado, no decorrer do ano letivo, sobre a freqüência e rendimento escolar obtido pelo aluno; ter acesso ao Calendário Escolar do estabelecimento de ensino; solicitar, no prazo de 72 horas, a partir da divulgação dos resultados, pedido de revisão de notas do aluno; assegurar autonomia na definição dos seus representantes no Conselho Escolar; contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores: Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação; ter garantido o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino; ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho Escolar e associações afins; participar de associações e/ou agremiações afins; representar e/ou ser representado, na condição de segmento, no Conselho Escolar. 78 Seção II Dos Deveres Art. 175 - Aos pais ou responsáveis, além de outras atribuições legais, compete: matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a legislação vigente; exigir que o estabelecimento de ensino cumpra a sua função; manter relações cooperativas no âmbito escolar; assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem a formação educativa do aluno; propiciar condições para o comparecimento e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino; respeitar os horários estabelecidos pelo estabelecimento de ensino para o bom andamento das atividades escolares; requerer transferência ou cancelamento de matrícula quando responsável pelo aluno menor; identificar-se na secretaria do estabelecimento de ensino, para que seja encaminhado ao setor competente, o qual tomará as devidas providências; comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico e administrativo da escola, sempre que se fizer necessário; comparecer às reuniões do Conselho Escolar de que, por força do Regimento Escolar, for membro inerente; acompanhar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é responsável; encaminhar e acompanhar o aluno pelo qual é responsável aos atendimentos especializados solicitados pela escola e ofertados pelas instituições públicas; respeitar e fazer cumprir as decisões tomadas nas assembléias de pais ou responsáveis para as quais for convocado; cumprir as disposições do Regimento Escolar, no que lhe couber. 79 Seção III Das Proibições Art. 176 - Aos pais ou responsáveis é vedado: I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é responsável, no âmbito do estabelecimento de ensino; II. interferir no trabalho dos docentes, entrando em sala de aula sem a permissão do setor competente; III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino; IV. desrespeitar qualquer integrante da comunidade escolar, inclusive o aluno pelo qual é responsável, discriminando-o, usando de violência simbólica, agredindoo fisicamente e/ou verbalmente, no ambiente escolar; V. expor o aluno pelo qual é responsável, funcionário, professor ou qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras; VI. divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome do estabelecimento de ensino, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar; VII. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, em nome do estabelecimento de ensino sem a prévia autorização da direção; VIII. comparecer a reuniões ou eventos da escola embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas; IX. fumar nas dependências. Art. 177- Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas. Parágrafo Único - Nos casos de recusa de assinatura do registro, por parte da pessoa envolvida, o mesmo será validado por assinaturas de testemunhas. 80 TÍTULO IV DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 178 - A comunidade escolar deverá acatar e respeitar o disposto no Regimento Escolar, apreciado pelo Conselho Escolar e aprovado pelo Núcleo Regional de Educação, mediante Ato Administrativo. Art. 179 - O Regimento Escolar pode ser modificado sempre que o aperfeiçoamento do processo educativo assim o exigir, quando da alteração da legislação educacional em vigor, sendo as suas modificações orientadas pela Secretaria de Estado da Educação. Art. 180 - O Regimento Escolar poderá ser modificado por Adendo de Alteração e/ou de Acréscimo, devendo ser submetido à apreciação do Conselho Escolar, com análise e aprovação do Núcleo Regional de Educação. Art. 181 - Todos os profissionais em exercício no estabelecimento de ensino, os alunos regularmente matriculados e respectivos pais ou responsáveis devem tomar conhecimento do disposto no Regimento Escolar. Art. 182 - Os casos omissos no Regimento Escolar serão analisados pelo Conselho Escolar e, se necessário, encaminhados aos órgãos superiores competentes. Art. 183 - O Regimento Escolar entrará em vigor no período letivo subseqüente à sua homologação pelo Núcleo Regional de Educação. 81 3 ESTATUTO DO CONSELHO ESCOLAR APRESENTAÇÃO A expressão da democracia na escola pode ser concebida pela organização do coletivo com representatividade por meio das instâncias colegiadas. O trabalho das Associações de Pais, Mestres e Funcionários e dos Grêmios Estudantis, não somente indica as possibilidades de consolidação do fortalecimento da comunidade, como também a garantia de espaços de discussão e de tomada de decisões no âmbito pedagógico, estrutural e financeiro. Este processo de participação da comunidade organizada nos segmentos de gestão se consolida nos Conselhos Escolares. O Conselho Escolar é o órgão máximo de gestão no interior da escola. É por ele que passam discussões importantes como a construção do Projeto Político-Pedagógico, da Proposta Pedagógica Curricular, do Plano de Ação da escola e do Regimento Escolar. É importante garantir que todas as instâncias da escola tenham representatividade no Conselho Escolar. Isso implica em tornar a escola pública mais democrática e participativa, legitimando-a como espaço de socialização do conhecimento. Este é o maior princípio sobre o qual se entende a função social da escola pública que é a democratização do saber. Portanto, o Conselho Escolar tem a possibilidade de conhecer as esferas legais da educação, de analisar as diferentes concepções pedagógicas, de debater as diretrizes da mantenedora da escola, de aprofundar as políticas públicas da educação e, desta forma, participar do processo de tomada de decisões. Para que a comunidade escolar possa exercer seu papel de “controle” público e acompanhamento das práticas escolares, é preciso que ela tenha os instrumentos necessários para a compreensão deste processo e das questões legais que o sustentam. 82 TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO I DA INSTITUIÇÃO, SEDE E FORO ART. 1º - O presente Estatuto dispõe sobre o Conselho Escolar do COLÉGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA – Ensino Fundamental e Médio, sito à rua Éden Luiz Figueiredo, nº 305, no Bairro Paulo Godoy, no Município de Cascavel, Estado do Paraná, sendo constituído segundo as disposições contidas na Deliberação no 16/99-CEE, aprovado pelo Parecer no ____/____ e homologado conforme a resolução no 4649/08 e pelo Ato Administrativo no ____ do Núcleo Regional de Educação de Cascavel. CAPÍTULO II DA NATUREZA E DOS FINS ART. 2º - O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da Secretaria de Estado da Educação observando a Constituição Federal e Estadual, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Projeto Político-Pedagógico e o Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica da escola. § 1º - A função deliberativa refere-se tanto à tomada de decisões relativas às diretrizes e linhas gerais das ações pedagógicas, administrativas e financeiras quanto ao direcionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito escolar. 83 § 2º - A função consultiva refere-se à emissão de pareceres para dirimir dúvidas e tomar decisões quanto às questões pedagógicas, administrativas e financeiras, no âmbito de sua competência. § 3º - A função avaliativa refere-se ao acompanhamento sistemático das ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar, objetivando a identificação de problemas e alternativas para melhoria de seu desempenho, garantindo o cumprimento das normas da escola, bem como, a qualidade social da instituição escolar. § 4º - A função fiscalizadora refere-se ao acompanhamento e fiscalização da gestão pedagógica, administrativa e financeira da unidade escolar, garantindo a legitimidade de suas ações. ART. 3º - O Conselho Escolar não tem finalidade e/ou vínculo políticopartidário, religioso, racial, étnico ou de qualquer outra natureza, a não ser aquela que diz respeito diretamente à atividade educativa da escola, prevista no seu Projeto Político-Pedagógico. ART. 4º - Os membros do Conselho Escolar não receberão qualquer tipo de remuneração ou benefício pela participação no colegiado, por se tratar de órgão sem fins lucrativos. ART. 5º - O Conselho Escolar é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindo-se como órgão máximo de direção do estabelecimento de ensino. Parágrafo Único - A comunidade escolar é compreendida como o conjunto de profissionais da educação atuantes na escola, alunos devidamente matriculados e freqüentando regularmente, pais e/ ou responsáveis pelos alunos, representantes de segmentos organizados presentes na comunidade, comprometidos com a educação. 84 ART. 6º - O Conselho Escolar, órgão colegiado de direção, deverá ser constituído pelos princípios da representatividade democrática, da legitimidade e da coletividade, sem os quais perde sua finalidade e função político-pedagógica na gestão escolar. ART. 7º - O Conselho Escolar abrange toda a comunidade escolar e tem como principal atribuição discutir, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto PolíticoPedagógico da escola, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida no estabelecimento de ensino. ART. 8º - Poderão participar do Conselho Escolar representantes dos movimentos sociais organizados, comprometidos com a escola pública, assegurando-se que sua representação não ultrapasse 1/5 (um quinto) do colegiado. ART. 9º - A atuação e representação de qualquer um dos integrantes do Conselho Escolar visará ao interesse maior dos alunos, inspirados nas finalidades e objetivos da educação pública, definidos no seu Projeto Político-Pedagógico, para assegurar o cumprimento da função social e específica da escola que é ensinar. ART. 10 - A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes pressupostos: a) a educação é um direito inalienável de todo cidadão; b) a escola deve garantir o acesso e permanência a todos no ensino público; c) a universalização e a gratuidade da educação básica é um dever do Estado; d) a construção contínua e permanente da qualidade da educação pública está diretamente vinculada a um projeto de sociedade; e) a qualidade de ensino e a competência político-pedagógica são elementos indissociáveis num projeto democrático de escola pública; f) o trabalho pedagógico escolar, numa perspectiva emancipadora, é organizado numa dimensão coletiva; g) a democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos que constituem a comunidade escolar; a h) gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência, a cooperação, a responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação em todos os aspectos 85 pedagógicos, administrativos e financeiros da organização do trabalho escolar. CAPÍTULO III DOS OBJETIVOS ART. 11 - Os objetivos do Conselho Escolar são: I - realizar a gestão escolar, numa perspectiva democrática e coletiva, de acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político-Pedagógico da escola; II - constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior da escola, assegurando os espaços de efetiva participação da comunidade escolar nos processos decisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho pedagógico escolar; III - promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a integração e a participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na construção de uma escola pública de qualidade, laica, gratuita e universal; IV - estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho pedagógico na escola a partir dos interesses e expectativas histórico-sociais, em consonância com as orientações da Secretaria de Estado da Educação e a legislação vigente; V - acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade escolar, realizando as intervenções necessárias, tendo como pressuposto o Projeto Político-Pedagógico da escola; VI - garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho pedagógico da escola, de modo que a organização das atividades educativas escolares estejam pautadas nos princípios da gestão democrática. 86 TÍTULO II DO CONSELHO ESCOLAR CAPÍTULO I DA CONSTITUIÇÃO E REPRESENTAÇÃO ART. 12 - O Conselho Escolar é constituído por representantes de todos os segmentos da comunidade escolar, previsto no ART. 16. ART. 13 - O Conselho Escolar terá como membro nato o Diretor do estabelecimento de ensino, eleito democraticamente para o cargo, em conformidade com a legislação pertinente, constituindo-se no Presidente do referido Conselho. Parágrafo Único - O Conselho Escolar constituído elegerá seu Vicepresidente, dentre os membros que o compõe, maiores de 18 (dezoito) anos. ART. 14 - Os representantes do Conselho Escolar serão escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantido a representatividade de todos os níveis e modalidades de ensino. Parágrafo Único - No ato de eleição, para cada membro será eleito também, um suplente. ART. 15 - O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade que abrange toda a comunidade escolar, terá assegurada na sua constituição a paridade (número igual de representantes por segmento) e a seguinte proporcionalidade: I – 50% (cinqüenta por cento) para a categoria profissionais da escola: professores, equipe pedagógica e funcionários; II - 50% (cinqüenta por cento) para a categoria comunidade atendida pela escola: Grêmio e/ou alunos, comunidade. pais de alunos, APMF e movimentos sociais organizados da 87 ART. 16 - O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e proporcionalidade, previstos nos ART. 14 e 15, é constituído pelos seguintes conselheiros: a) diretor; b) representante da equipe pedagógica; c) representante do corpo docente (professores); d) representante da equipe de agentes educacionais II; e) representante da equipe de agentes educacionais I; f) representante dos pais de alunos ou responsáveis; g) representante do Grêmio Estudantil ou alunos (apenas quando o Grêmio não estiver instituído); h) representante da APMF; i) representante dos movimentos sociais organizados da comunidade (Associação de Moradores, Sindicatos, Instituições Religiosas, Conselhos Comunitários, Conselho de Saúde, entre outros). Parágrafo Único - Cabe ao diretor do estabelecimento de ensino suscitar a participação de representantes dos movimentos sociais organizados da comunidade, no Conselho Escolar, que se comprometam com a efetivação da função social e específica da escola pública. Seção I Das Eleições, Posse e Exercício ART. 17 - As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 (dois) anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva. § 1º - As datas, horários e locais das reuniões para as eleições dos representantes, serão estabelecidas pelos respectivos segmentos, sob a coordenação de um Conselheiro indicado pelo seu segmento, para encaminhar o 88 processo de eleição, com registro em Ata. § 2º - No caso do segmento dos alunos, os mesmos poderão ser orientados e assessorados pelos membros da equipe pedagógica. § 3º - Para cada Conselheiro será eleito um suplente, que o substituirá em suas ausências ou vacância do cargo. § 4º - Assegurar que sejam cumpridas todas as etapas do processo de eleição de cada segmento. ART. 18 - O Edital de convocação para as eleições dos representantes de cada segmento será expedido pelo Presidente do Conselho, com antecedência nunca inferior a 30 (trinta) dias, antes do término da gestão e fixará o período destinado ao pleito eleitoral. ART. 19 - Havendo segmento(s) composto(s) por um só profissional da escola este será automaticamente Conselheiro, devendo tal condição ser observada na Ata de posse. Parágrafo Único - No caso de afastamento e licenças do Conselheiro citado neste artigo, este será representado pelo profissional designado para sua função. ART. 20 - O Edital de convocação para as reuniões de eleição dos representantes do Conselho Escolar deverá ser afixado em local visível na unidade escolar, no mínimo 02 (dois) dias úteis, ou seja, 48 (quarenta e oito) horas, antes da sua realização, durante o período letivo. ART. 21 - A eleição dos representantes dos segmentos da comunidade escolar que integrarão o Conselho Escolar, deverá ocorrer mediante votação direta e secreta e o seu resultado lavrado em Ata. ART. 22 - Têm direito a voto os profissionais da educação em efetivo exercício na escola, alunos matriculados com frequência regular, pais e/ou responsáveis dos 89 alunos e representantes dos movimentos sociais organizados da comunidade local. § 1º -Considerar-se-ão, ainda em efetivo exercício, portanto, com direito a voto, os servidores que estiverem afastados com amparo da Lei n. 6.174/70 (licença-gala, férias, licença-nojo, licença-prêmio, licença para tratamento de saúde, licençagestação). § 2º - Os servidores substitutos terão direito a voto desde que não estejam em substituição a servidores afastados em decorrência da Lei n. 6.174/70: férias, licença-prêmio, licença para tratamento de saúde (a partir de trinta dias) e licençagestação. § 3º - No segmento dos professores, o integrante do Quadro Próprio do Magistério detentor de dois padrões na mesma unidade escolar, terá direito a um único voto. § 4º - Cada membro do Conselho Escolar somente poderá representar um segmento da comunidade escolar. § 5º - Os cargos de Conselheiros serão preenchidos por profissionais da educação em exercício no próprio estabelecimento de ensino. § 6º - No segmento dos pais e/ou responsáveis, o voto será um por família (pai ou mãe ou representante legal), independentemente do número de filhos matriculados na escola. § 7º - O segmento dos alunos terá igualmente direito a voz e voto, observando o contido no Art. 37, em seu § 1º. ART. 23 - No caso de vacância do cargo de qualquer um dos Conselheiros e não havendo mais suplentes, serão convocadas novas eleições de representante do respectivo segmento, para complementação do mandato em vigor, obedecidas as disposições deste Estatuto, no ART. 17. 90 ART. 24 - Nenhum dos membros da comunidade escolar poderá acumular voto, não sendo também permitidos os votos por procuração. ART. 25 - Os membros do Conselho Escolar que se ausentarem 03 (três) reuniões consecutivas ou (cinco) intercaladas serão destituídos, assumindo os respectivos suplentes. Parágrafo Único - As ausências deverão ser justificadas, por escrito ou verbalmente, em reunião do Conselho e serão analisadas pelos Conselheiros, cabendo-lhes a decisão da aceitação ou não da justificativa apresentada. ART. 26 - O mandato será cumprido integralmente, no período para o qual os representantes foram eleitos, exceto em caso de destituição ou renúncia. Parágrafo Único - O Conselheiro representante do segmento dos pais, em caso de transferência do aluno, não poderá permanecer no Conselho até o final do período para o qual foi eleito, sendo substituído automaticamente pelo suplente. ART. 27 - A posse dos representantes eleitos dar-se-á em reunião especialmente convocada pelo Presidente do Conselho para esse fim. § 1º - A posse dos representantes eleitos dar-se-á no dia imediatamente subseqüente ao término da gestão anterior. § 2º - O ato de posse dos Conselheiros consistirá de: a) ciência do Estatuto, mediante leitura do mesmo; b) ciência do Regimento Escolar; c) ciência do Projeto Político-Pedagógico da escola; d) assinatura da Ata e Termo de Posse. 91 CAPÍTULO II DO FUNCIONAMENTO DO CONSELHO ESCOLAR ART. 28 - O Conselho Escolar será um fórum permanente de debates e de articulação entre os vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam interferir no funcionamento do estabelecimento de ensino. ART. 29 - O Conselho Escolar encaminhará ações que visem a organização e o funcionamento da escola, de acordo com o Projeto Político-Pedagógico e as políticas educacionais da Secretaria de Estado da Educação, responsabilizando-se pelas suas deliberações. ART. 30 - No desenvolvimento de suas ações, o Conselho Escolar deve evitar: a) burocratizar o desenvolvimento da ação pedagógica e administrativa da escola; b) deliberar sobre aspectos corporativistas. ART. 31 - A presidência do Conselho Escolar será exercida pelo Diretor da escola, cabendo a este diligenciar pela efetiva realização das decisões do colegiado, e da consolidação do Projeto Político-Pedagógico da escola. ART. 32 - O Conselho Escolar deverá reunir-se periodicamente a fim de propor, renovar, acompanhar e avaliar, permanentemente, as ações implementadas na escola, os projetos desenvolvidos, os obstáculos encontrados e o nível de alcance das metas bem como, os objetivos estabelecidos no Projeto Político-Pedagógico da escola. Parágrafo Único - Após a convocação e divulgação da pauta de reunião do Conselho Escolar, cada representante de segmento procederá reunião específica para que seja ouvida e respeitada a opinião de seus pares. ART. 33 - As reuniões do Conselho Escolar poderão ser ordinárias e extraordinárias. 92 I - as reuniões ordinárias serão mensais ou bimestrais, convocadas pelo Presidente do Conselho ou Vice-presidente e, no seu impedimento, por representante designado, dentre os seus componentes, com no mínimo 72 (setenta e duas) horas de antecedência, com pauta claramente definida no Edital de convocação; II - as reuniões extraordinárias serão convocadas, no mínimo, com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência, com pauta claramente definida e por solicitação: a) do Presidente ou Vice-presidente do Conselho; b) da maioria simples de seus membros, através de requerimento dirigido ao Presidente do Conselho especificando o motivo da solicitação. ART. 34 - As reuniões serão realizadas, em primeira convocação, com quórum mínimo de maioria simples (metade mais um) ou em segunda convocação, 30 (trinta) minutos após, com 1/3 (um terço) de seus membros. § 1º - Não havendo quórum suficiente, cancela-se a reunião e registra-se a ocorrência em Ata assinada pelos presentes. § 2º - É permitida a participação de pessoas integrantes da comunidade escolar nas reuniões do Conselho Escolar, com direito a voz e sem direito a voto, quando constar da pauta assunto de seu interesse. ART. 35 - As reuniões do Conselho Escolar serão lavradas em Ata, por Secretário “ad hoc”, em livro próprio. ART. 36 - As deliberações do Conselho Escolar poderão ser tomadas por consenso e/ou voto após esgotadas as argumentações de seus membros. §1º - Entende-se por consenso, para efeito deste Estatuto, a unanimidade de opiniões. § 2º - Não havendo o consenso previsto no § 1o, a matéria será adiada, visando a estudos que embasem a argumentação dos Conselheiros, em busca do consenso. 93 § 3º - Caso não haja consenso, na segunda apreciação da matéria adiada, a deliberação será tomada por votação da maioria de 2/3 (dois terços) dos seus representantes. ART. 37 - Os Conselheiros eleitos ou seus suplentes, em caso de substituição, terão direito a voz e voto. § 1º - Os alunos terão igualmente direito a voz e voto, salvo nos assuntos que, por força legal, sejam restritivos aos que não estiverem no gozo da capacidade civil. § 2º Não serão permitidos votos por procuração. ART. 38 - Para a divulgação das deliberações do Conselho Escolar que devam ser tornadas públicas, serão utilizados Editais ou livros-aviso, garantindo um fluxo de comunicação permanente, de modo que as informações pertinentes sejam divulgadas em tempo hábil. ART. 39 - Os membros titulares e suplentes do Conselho Escolar devem participar de cursos de capacitação/formação continuada, promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, Núcleos Regionais de Educação e pela própria escola. CAPÍTULO III DAS ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR ART. 40 - As atribuições do Conselho Escolar são definidas em função das condições reais da escola, da organização do próprio Conselho e das competências dos profissionais em exercício na unidade escolar. ART. 41 - São atribuições do Conselho Escolar: I - discutir, aprovar e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico da escola; 94 II - analisar e aprovar o Plano de Ação Anual da Escola, com base no seu Projeto Político-Pedagógico; III - criar e garantir mecanismos de participação efetiva e democrática na elaboração do Projeto Político-Pedagógico bem como do Regimento Escolar, incluindo suas formas de funcionamento aprovados pela comunidade escolar; IV - acompanhar e avaliar o desempenho da escola face às diretrizes, prioridades e metas estabelecidas no seu Plano de Ação Anual, redirecionando as ações quando necessário; V - definir critérios para utilização do prédio escolar, observando os dispositivos legais emanados da mantenedora e resguardando o disposto no ART. 10 da Constituição do Estado do Paraná, sem prejuízo ao processo pedagógico da escola; VI - analisar e deliberar sobre projetos elaborados e/ou em execução por quaisquer dos segmentos que compõem a comunidade escolar, no sentido de avaliar sua importância no processo educativo; VII - analisar e propor alternativas de solução a questões de natureza pedagógica, administrativa e financeira, detectadas pelo próprio Conselho Escolar, bem como as encaminhadas, por escrito, pelos diferentes participantes da comunidade escolar, no âmbito de sua competência; VIII - articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para a melhoria da qualidade do processo ensino-aprendizagem, sem sobrepor-se ou suprimir as responsabilidades pedagógicas dos profissionais que atuam no estabelecimento de ensino; IX - elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que se fizer necessário, de acordo com as normas da Secretaria de Estado da Educação e da legislação vigente; X - definir e aprovar o uso dos recursos destinados à escola mediante Planos de Aplicação, bem como, prestação de contas desses recursos, em ação conjunta com a Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF); XI - discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no Regimento Escolar pela comunidade escolar; XII - apoiar a criação e o fortalecimento de entidades representativas dos segmentos escolares; XIII - promover, regularmente, círculos de estudos, objetivando a formação continuada dos Conselheiros a partir de necessidades detectadas, proporcionando 95 um melhor desempenho do seu trabalho; XIV - aprovar e acompanhar o cumprimento do Calendário Escolar, observada a legislação vigente e diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação; XV - discutir e acompanhar a efetivação da proposta curricular da escola, objetivando o aprimoramento do processo pedagógico, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da Educação; XVI - estabelecer critérios para aquisição de material escolar e/ou de outras espécies necessárias à efetivação da Proposta Pedagógica Curricular da escola; XVII - zelar pelo cumprimento e defesa dos direitos da criança e do adolescente, com base na Lei n. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente; XVIII - avaliar, periódica e sistematicamente, as informações referentes ao uso dos recursos financeiros, os serviços prestados pela escola e os resultados pedagógicos obtidos; XIX - encaminhar, quando for necessário, à autoridade competente, solicitação de verificação, com o fim de apurar irregularidades da Direção, Direção-auxiliar e demais profissionais da escola, em decisão tomada pela maioria absoluta de seus membros, em Assembléia Extraordinária convocada para tal fim, com razões fundamentadas, documentadas e devidamente registradas; XX - assessorar, apoiar e colaborar com a Direção em matéria de sua competência e em todas as suas atribuições, com destaque especial para: a) o cumprimento das disposições legais; b) a preservação do prédio e dos equipamentos escolares; c) a aplicação de medidas pedagógicas previstas no Regimento Escolar, quando encaminhadas pela Direção, Equipe Pedagógica e/ou referendadas pelo Conselho de Classe; d) comunicar ao órgão competente as medidas de emergência, adotadas pelo Conselho Escolar, em casos de irregularidades graves na escola; XXI - estabelecer anualmente um cronograma de reuniões ordinárias a ser definido, preferencialmente, no Plano de Ação Anual da escola. Art. 42- Para os fins deste Estatuto, considerar-se-ão irregularidades graves: a) aquelas que representam risco de vida e/ou integridade física das pessoas; b) aquelas que caracterizem risco ao patrimônio escolar; c) desvio de material de qualquer espécie e/ou recursos financeiros; 96 d) aquelas que, comprovadamente, se configurem como trabalho inadequado, comprometendo a aprendizagem e segurança do aluno. Seção I Das Atribuições dos Conselheiros ART. 43 - A ação de todos os integrantes do Conselho Escolar, será sempre com vistas ao coletivo e à qualidade de ensino, evitando-se o trato de questões relativas à defesa de interesses individuais. ART. 44 - A atuação dos Conselheiros será restrita às reuniões do Conselho, ficando vedada sua interferência no trabalho de qualquer profissional ou aluno. Parágrafo Único - Os Conselheiros poderão, individual ou coletivamente, agir junto a órgãos externos, quando tal tarefa lhes for delegada em reunião do Conselho. ART. 45 - São atribuições do Presidente do Conselho: I - convocar, através de Edital e envio de comunicado, todos os Conselheiros, com 72 (setenta e duas) horas de antecedência, para reunião ordinária, em horário compatível com o da maioria destes, com pauta claramente definida na convocatória; II - convocar, sempre que justificadas, reuniões extraordinárias com 48 (quarenta e oito) horas de antecedência e pauta claramente definida; III - planejar, organizar, coordenar e presidir a realização de assembléias e reuniões do Conselho Escolar; IV - diligenciar pela efetiva realização das decisões do Conselho Escolar, tomando medidas que visem a garantir seu bom funcionamento; V - estimular a participação de todos os Conselheiros em todas as reuniões do Conselho Escolar; VI - providenciar as comunicações e divulgações das decisões tomadas pelo Conselho Escolar, que constam em Ata com a assinatura dos presentes; VII - estar inteirado quanto ao andamento do processo pedagógico, acompanhando a implementação do Projeto Político-Pedagógico; 97 VIII - submeter à análise e à aprovação o Plano de Ação Anual da Escola; IX - diligenciar para o efetivo registro das reuniões do Conselho, indicando secretário “ad hoc”; X - desencadear o processo de eleição do Conselho de acordo com o previsto neste Estatuto; XI - encaminhar ao Núcleo Regional de Educação relação nominal dos componentes do Conselho Escolar, seus respectivos suplentes e o prazo de vigência de seu mandato, logo após a sua constituição ou alteração; XII - Encaminhar ao Núcleo Regional de Educação as Atas de eleição de cada segmento, bem como a Ata de posse do Conselho Escolar; XIII - representar o Conselho Escolar, quando designado pelos Conselheiros, para qualquer finalidade; XIV - exercer o voto para fins de desempate, somente quando esgotadas as possibilidades de consenso das deliberações, conforme o § 3o do Art. 36; XV - cumprir e exigir o cumprimento do presente Estatuto. ART. 46 - São atribuições dos Conselheiros: I - cabe aos Conselheiros representar seu segmento discutindo, formulando e avaliando internamente propostas que serão apreciadas nas reuniões do Conselho; II - representar seus segmentos, expressando as posições de seus pares, visando sempre a função social da escola; III - promover reuniões com seus segmentos, a fim de discutir questões referentes à organização e ao funcionamento da escola, bem como o encaminhamento de sugestões e proposições ao Conselho Escolar; IV - participar das reuniões ordinárias e extraordinárias sempre que convocados; V - coordenar os seus segmentos, realizando entre seus pares a eleição de representantes do Conselho; VI - divulgar as decisões do Conselho a seus pares; VII - colaborar na execução das medidas definidas no Conselho Escolar, desenvolvendo ações no âmbito de sua competência; VIII - cumprir e exigir o cumprimento do presente Estatuto. 98 CAPÍTULO IV DOS DIREITOS, DEVERES, PROIBIÇÕES E MEDIDAS DISCIPLINARES DOS CONSELHEIROS Seção I Dos Direitos ART. 47 - Os Conselheiros, além dos direitos assegurados por toda a legislação aplicável, terão os seguintes direitos: I - participar das reuniões do Conselho, opinando, argumentando e representando seus segmentos; II - articular com os demais Conselheiros, solicitando convocação de reunião extraordinária do Conselho em conformidade com o Art. 33, inciso II, deste Estatuto; III - receber, no ato de posse, informações sobre as disposições contidas neste Estatuto; IV - ser informado, em tempo hábil, de todas as reuniões do Conselho Escolar; V - solicitar, em reunião do Conselho, esclarecimentos de qualquer natureza acerca das atividades da escola; VI - consultar, quando se fizer necessário, Atas do Conselho Escolar; VII - votar durante as reuniões do Conselho Escolar quando não houver consenso; VIII - solicitar à Direção da escola o uso de um espaço físico no estabelecimento escolar, a fim de reunir-se com seus segmentos de forma autônoma, para deliberar assuntos indicados em pauta de reunião do Conselho, sem prejuízo das atividades pedagógicas, responsabilizando-se por sua limpeza e conservação. Seção II Dos Deveres Art. 48 - Aos Conselheiros, além de outras atribuições legais, compete: I - representar as idéias e reivindicações de seus segmentos; II - manter discrição sobre assuntos tratados que não devam ser divulgados; III - organizar seu segmento, promovendo eleições de representantes nos prazos previstos no ART. 17, do presente Estatuto; IV - conhecer e respeitar o referido Estatuto bem como as deliberações do Conselho 99 Escolar; V - participar das reuniões do Conselho Escolar e estimular a participação dos demais Conselheiros; VI - justificar, oralmente ou por escrito, suas ausências nas reuniões do Conselho; VII - orientar seus pares quanto aos procedimentos a adotar para o encaminhamento de problemas referentes à escola; VIII - atualizar seu endereço, sempre que necessário, junto à secretaria da escola. Seção III Das Proibições ART. 49 - Aos Conselheiros é vedado: I - tomar decisões individuais que interfiram no processo pedagógico e administrativo da escola; II - expor pessoa ou grupo a situações vexatórias; III - transferir a outra pessoa o desempenho do encargo que lhe foi confiado; IV - interferir no trabalho de qualquer profissional no âmbito escolar; V - divulgar assuntos, do Conselho Escolar, que não se destinem a domínio público, tratados nas reuniões. Seção IV Das Medidas Disciplinares ART. 50 - O Conselheiro que deixar de cumprir as disposições deste Estatuto ficará sujeito às seguintes medidas disciplinares: a) admoestação, em particular, aplicada pelo Presidente do Conselho; b) admoestação, em reunião do Conselho, com registro em Ata e ciência do advertido; c) registro de ocorrência por escrito, aplicada pelo presidente e ciência do advertido; d) afastamento do Conselheiro, por meio de registro em Ata, em reunião do Conselho Escolar. 100 ART. 51 – Nenhuma medida disciplinar poderá ser aplicada sem prévia e ampla defesa por parte do Conselheiro. CAPÍTULO V DOS DIREITOS DOS SEGMENTOS ART. 52 - Os membros dos segmentos, além dos direitos assegurados por toda a legislação aplicável, terão as seguintes prerrogativas: I - ter conhecimento do Estatuto do Conselho Escolar; II - destituir o representante de seu segmento quando este não cumprir as atribuições dos Conselheiros previstas no Art. 46 deste Estatuto, mediante as medidas previstas no Art. 50. ART. 53 - A destituição de um Conselheiro só poderá ocorrer em Assembléia do segmento, especialmente convocada para este fim, com quórum mínimo de maioria simples (metade mais um) de seus integrantes, em conformidade com o Art. 34. §1º - A Assembléia de destituição será convocada por 1/5 (um quinto) dos membros do segmento, desde que dada ciência ao Conselheiro e assegurado o seu direito de defesa. §2º - A Assembléia deverá ser registrada em Ata, com assinatura de todos os membros presentes, constando o motivo da destituição. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS ART. 54 - O presente Estatuto será alterado, quando necessário, pelo Conselho Escolar, em Assembleia extraordinária convocada para este fim, e mediante a aprovação de 2/3 (dois terços) dos seus integrantes, entrando em vigor após sua aprovação. 101 ART. 55 - Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pelo próprio Conselho ou, se for o caso, terão sua solução orientada pelo Núcleo Regional de Educação. ART. 56 - O presente Estatuto entrará em vigor após sua aprovação pelo Núcleo Regional de Educação. 102 4 ESTATUTO DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS CAPÍTULO I DA INSTITUIÇÃO, SEDE E FORO ART. 1º A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do COLÉGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA, APMF/COLÉGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA, com sede e foro no Distrito de Cascavel Município de Cascavel, Estado do Paraná, localizado na Rua Éden Luiz Figueiredo nº 305, reger-se-á pelo presente Estatuto e pelos dispositivos legais ou regulamentares que lhe forem aplicados. CAPÍTULO II DA NATUREZA ART. 2º A APMF, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, não tendo caráter político-partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus Dirigentes e Conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado. CAPÍTULO III DOS OBJETIVOS ART. 3º Os objetivos da APMF são: I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa; II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino; III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade; 103 IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e do Conselho Escolar; V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública, gratuita e universal; VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e desportivas, ouvido o Conselho Escolar; VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata; VIII - colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação. CAPÍTULO IV DAS ATRIBUIÇÕES ART. 4º Compete à APM: I - acompanhar o desenvolvimento da Proposta Pedagógica, sugerindo as alterações que julgar necessárias ao Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino, para deferimento ou não; II - observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resoluções emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das dependências da Unidade Escolar para a realização de eventos próprios do Estabelecimento de Ensino; III - estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos, professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho Escolar; IV - promover palestras, conferências e grupos de estudos envolvendo pais, professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da SEED; 104 V - colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as necessidades dos alunos comprovadamente carentes; VI - convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a Assembleia Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembleia Geral Extraordinária, em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente definida na convocatória; VII - reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como reunir-se para a prestação de contas desses recursos, com registro em ata; VIII - apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através de editais e em Assembleia Geral; IX - registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do Conselho Escolar; X - registrar as Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata próprio e com as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da APMF); XI - registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de bens (patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à Direção do Estabelecimento de Ensino; XII - aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação, comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à Direção do Estabelecimento de Ensino; XIII - receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo preenchido em 02 vias; XIV - promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços temporários na forma prescrita no Código Civil ou na Consolidação das Leis do Trabalho, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação; XV - mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão representativo, para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades; 105 XVI - enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do Estabelecimento de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em seguida, torná-la pública; XVII - apresentar, para aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, atividades com ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino; XVIII - indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, o(os) representante(s) para compor o Conselho Escolar; XIX - celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades curriculares, implantação e implementação de projetos e programas nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Pública Estadual, apresentando plano de aplicação dos recursos públicos eventualmente repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados; XX -celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Federal n° 8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná dos recursos utilizados, com o acompanhamento do Conselho Escolar; XXI - celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas físicas para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente, mediante prévia informação à Secretaria de Estado da Educação; XXII - manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda a documentação referente à APMF, obedecendo aos dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas; XXIII - informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30 dias consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do Estabelecimento de Ensino. Parágrafo Único. Manter atualizado o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Receita Federal, a RAIS junto ao Ministério do Trabalho, a Certidão Negativa de Débitos do INSS, o cadastro da Associação junto ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, para solicitação da Certidão Negativa, e outros documentos da legislação vigente, para os fins necessários. 106 CAPÍTULO V DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ART. 5º A contribuição social voluntária será: I - fixada em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, e Conselho Escolar, com a maioria de seus membros, no final do ano letivo. Tal contribuição não poderá ultrapassar anualmente a 10% do salário mínimo vigente; II - recolhida mediante recibos numerados, emitidos em duas vias, sendo uma via para o integrante contribuinte e a outra para a Tesouraria da Associação de Pais, Mestres e Funcionários; III - fixada por família, independente do número de filhos matriculados na Unidade Escolar, por professores e funcionários: § 1° Aos pais, responsáveis legais ou responsáveis pelo acompanhamento da vida escolar do(a) aluno(a), professores e funcionários que contribuírem com valores maiores do que o limite fixado, será fornecido, além do recibo de contribuição social, outro recibo a título de doação, com a diferença de valor. § 2° O total arrecadado com as contribuições voluntárias será depositado em estabelecimento bancário, em conta vinculada da APMF, ou similares, a ser movimentada conjuntamente pelo Presidente e Tesoureiro da Associação, devendo ser ratificada por um dos pais do Conselho Deliberativo e Fiscal escolhido pelos demais. § 3° Os recursos arrecadados serão utilizados para a melhoria da qualidade do ensino e no atendimento do aluno carente, ouvido o Conselho Escolar, em consonância com a Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino. § 4° A contribuição voluntária não poderá ser vinculada ao ato de matrícula, podendo acontecer em qualquer época do ano letivo. § 5º A contribuição social voluntária poderá ser em moeda corrente ou outras formas de arrecadação, tais como: materiais de consumo, de expediente e serviços. 107 § 6º O descumprimento dos dispositivos elencados neste capítulo ensejará responsabilidade civil dos membros da Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF ou similares, cabendo a defesa com recursos. CAPÍTULO VI DO PATRIMÔNIO Art. 6º O patrimônio da APMF é constituído pelos bens móveis e imóveis, incorporando qualquer título: I - os bens móveis e imóveis, assim como os valores da APMF, devem ser obrigatoriamente contabilizados e inventariados em livro próprio, integrando seu patrimônio e ficando sob a responsabilidade da Diretoria e do Conselho Deliberativo e Fiscal, permanecendo uma cópia atualizada do registro com a Direção do Estabelecimento de Ensino; II - a APMF deve manter em dia o cadastro de seu patrimônio; III - a compra, venda ou doação do todo ou de parte do patrimônio da APMF deverá ser decidida em Assembléia Geral pela maioria dos votos; IV - manter escrituração completa de suas receitas e despesas em livros próprios, assegurando a respectiva exatidão dos registros contábeis. Parágrafo Único. O patrimônio público não integrará o patrimônio da APMF, ou similares, em nenhuma hipótese. CAPÍTULO VII DA CAPTAÇÃO E APLICAÇÃO DOS RECURSOS ART. 7º Os recursos da APMF serão provenientes de: I - contribuição social voluntária dos integrantes; II - auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos pelos poderes públicos e pessoas físicas ou jurídicas; III - campanhas e promoções diversas em conformidade com a legislação vigente; IV - juros bancários e correções monetárias provenientes de aplicações em Caderneta de Poupança e/ou Conta-Corrente; 108 V - investimentos e operações monetárias previamente autorizados pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar; VI - recursos auferidos a partir da celebração de convênios e contratos, administrativos e civis, com pessoas de direito público e privado, observando-se a legislação em vigor; VII - exploração da Cantina Comercial, respeitando-se a legislação específica. ART. 8º A Diretoria e o Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF, no início do ano letivo, deverão elaborar, com base em seus objetivos, um plano de ação da aplicação de recursos, atendendo ao desenvolvimento de ações que representem os reais interesses da comunidade escolar, ouvida a Assessoria Técnica conforme a Proposta Pedagógica: § 1º As despesas mensais da APMF, acima de 3 (três) salários mínimos, deverão ser autorizadas em primeira instância pela Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal , Conselho Escolar, e em segunda instância pela Assembleia Geral ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino. § 2º As despesas mensais da APMF, compreendidas entre 2 (dois) e 3 (três) salários mínimos, serão autorizadas em primeira instância pelo Conselho Deliberativo e Fiscal, e em segunda instância pela Assembléia Geral ouvido o Conselho Escolar, atendendo-se preferencialmente ao disposto no inciso V, do art. 3º, deste Estatuto. § 3º As despesas mensais da APMF, até o limite de 2 (dois) salários mínimos, serão autorizadas pelo Presidente e Tesoureiro, conforme prioridades estabelecidas no inciso V do art. 3°. § 4º As despesas efetuadas com recursos provenientes de convênios e contratos celebrados com entidades públicas deverão ser submetidas, também, à aprovação do Conselho Escolar, conforme determinado no instrumento específico. 109 CAPÍTULO VIII DOS INTEGRANTES ART. 9º O quadro social da APMF será constituído com número ilimitado das seguintes categorias de integrantes: efetivos, colaboradores e honorários: § 1º Serão integrantes efetivos todos os Pais, ou responsáveis legais, Mestres e Funcionários da Unidade Escolar. § 2º Serão integrantes colaboradores, ex-alunos, pais de ex-alunos, ex-professores, ex-funcionários e membros da comunidade que manifestarem o desejo de participar. § 3º Serão integrantes honorários, por indicação dos integrantes efetivos, com a aprovação da Assembleia Geral, todos aqueles que tenham prestado relevantes serviços à Educação e à APMF. § 4º São considerados Mestres para efeito deste Estatuto todos os professores e especialistas em exercício na Unidade Escolar. ART. 10 Constituem direitos dos integrantes efetivos: I - votar e ser votado; II - apresentar novos integrantes para a ampliação do quadro social; III - apresentar sugestões e oferecer colaboração à APMF; IV - convocar Assembleia Geral Extraordinária, observando o disposto no parágrafo único do art. 18; V - solicitar, em Assembleia Geral, esclarecimentos acerca do controle dos recursos e encaminhamentos da APMF; VI - verificar, a qualquer momento que se fizer necessário, livros e documentos da APMF; VII - participar das atividades promovidas pela APMF, bem como solicitar utilização das dependências do estabelecimento nos termos do art. 4° do inciso II deste Estatuto. ART. 11 Constituem deveres dos integrantes efetivos: 110 I - participar e estimular o envolvimento dos demais componentes nas atividades propostas pela APMF; II - conhecer, respeitar e fazer cumprir este Estatuto assim como as deliberações da APMF; III - comparecer às Assembleias Gerais e às reuniões da APMF; IV - desempenhar os cargos e as atribuições que lhe forem confiados; V - colaborar na solução dos problemas do aluno, professor, funcionário e do estabelecimento; VI - tratar com respeito os alunos e demais integrantes. Parágrafo Único. Os integrantes que não compõem o quadro da Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal não respondem subsidiariamente pelas obrigações da Associação. ART. 12 Constituem direitos e deveres dos integrantes colaboradores: I - apresentar sugestões à Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, em Assembleia Geral, oferecendo colaboração à APMF; II - solicitar, em Assembleia Geral, esclarecimentos acerca dos recursos e encaminhamentos da APMF; III - participar das atividades promovidas pela APMF, conhecendo, respeitando e fazendo cumprir este Estatuto; IV - tratar com respeito os alunos e demais integrantes. ART. 13 Constituem direitos e deveres dos integrantes honorários: I - apresentar sugestões à Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, em Assembleia Geral, oferecendo colaboração à APMF; II - participar das atividades promovidas pela APMF, conhecendo, respeitando e fazendo cumprir este Estatuto; III - tratar com respeito os alunos e demais integrantes. CAPÍTULO IX DA ADMINISTRAÇÃO ART. 14 São órgãos da administração da APMF: 111 I - Assembleia Geral; II - Conselho Deliberativo e Fiscal; III - Diretoria; IV - Assessoria Técnica. ART. 15 A Assembleia Geral Ordinária, será constituída pela totalidade dos integrantes, convocada e presidida pelo presidente da APMF. Parágrafo Único. A convocação far-se-á por edital, em local visível e de passagem, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, e por comunicado enviado a todos os integrantes. ART. 16 As Assembleias Gerais e Extraordinárias só poderão ser instaladas, em primeira convocação, com a presença da maioria absoluta (metade mais um) dos integrantes, ou, em segunda convocação, meia hora depois, com a presença de pelo menos 1/3 dos integrantes. Parágrafo Único. Para deliberação de alteração do Estatuto e destituição de administradores, é exigido voto concorde de 2/3 (dois terços) dos presentes à Assembleia especialmente convocada para esse fim, observado no caput, do artigo 16, do presente Estatuto. ART. 17 Compete à Assembleia Geral Ordinária: I - eleger, a cada dois anos, a Diretoria e o Conselho Deliberativo e Fiscal; II - discutir e aprovar o plano anual de trabalho da APMF; III - aprovar o relatório anual e a prestação de contas referentes ao exercício anterior, com base em parecer do Conselho Deliberativo e Fiscal e parecer do Conselho Escolar; IV - deliberar sobre assuntos gerais de interesse da APMF constantes do Edital de convocação. ART. 18 Compete à Assembleia Geral Extraordinária: I - deliberar sobre os assuntos motivadores da convocação; 112 II - deliberar sobre as modificações deste Estatuto e homologá-las em Assembleia Geral convocada para este fim; III - deliberar sobre a dissolução da APMF em Assembleia convocada especificamente para este fim; IV - decidir sobre a prorrogação do mandato da Diretoria e do Conselho Deliberativo e Fiscal, que não poderá exceder a 30 (trinta) dias consecutivos, nos casos em que esteja vencido e as eleições regulamentares não tenham sido realizadas, em Assembleia convocada para este fim; V - definir e aplicar as penalidades para os ocupantes de cargos de Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal em Assembleia Geral designada para este fim; VI - cumprir o disposto no § 1º do art. 8° deste Estatuto; VII - na vacância e/ou ausência do Presidente e Vice-Presidente por mais de 30 (trinta) dias consecutivos, a Assembleia Geral Extraordinária elegerá os substitutos, em reunião convocada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal, para tal finalidade. Parágrafo Único. Sempre que justificado, poderá ser convocada Assembleia Geral Extraordinária da APMF, pelo Presidente, pelo Conselho Deliberativo e Fiscal ou por 1/5 (um quinto) dos integrantes, com 1 (um) dia útil de antecedência, por meio de editais afixados em locais visíveis e do envio de comunicado a todos os integrantes. ART. 19 O Conselho Deliberativo e Fiscal será constituído por 2 (dois) Mestres, 2 (dois) Funcionários e 04 (quatro) Pais, desde que não sejam Mestres ou Funcionários do Estabelecimento de Ensino em questão. ART. 20 Compete ao Conselho Deliberativo e Fiscal: I - examinar, obrigatoriamente a cada semestre ou a qualquer tempo, os livros e documentos fiscais da Diretoria, registrando o parecer no livro ata da APMF; II - apreciar os balancetes semestrais e dar parecer aos relatórios semestrais e anuais, à prestação de contas e ao plano anual de atividades da Diretoria, registrando o parecer no livro ata da APMF; III - emitir parecer sobre a observância dos preceitos do presente Estatuto pelas chapas concorrentes às eleições, previamente à sua votação pela Assembléia Geral; 113 IV - autorizar investimentos e operações monetárias dos recursos provenientes da APMF, registrando o(s) parecer (es) em livro ata da APMF; V - aprovar em primeira e/ou segunda instância as despesas da APMF, de acordo com o disposto nos § 1° e 2° do art. 8° do presente Estatuto; VI - receber sugestões provenientes dos integrantes efetivos; VII - convocar, sempre que justificado, Assembleia Geral Extraordinária; VIII - analisar e aprovar as decisões tomadas pela Diretoria nos casos de emergências não previstas no presente Estatuto; IX - dar parecer quanto à aceitação de doações com encargos para a APMF; X - dar parecer sobre contratos e convênios a serem firmados com outros órgãos e entidades; XI - todas as deliberações do Conselho Deliberativo e Fiscal deverão ser aprovadas por maioria simples, em reunião da qual será lavrada ata em livro próprio da APMF, ou similares; XII - indicar um Conselheiro representante do segmento de Pais para ratificar toda a movimentação financeira da APMF. ART. 21 A Diretoria da Associação de Pais, Mestres e Funcionários será composta de: I - Presidente; II - Vice-Presidente; III - 1° Secretário; IV - 2° Secretário; V - 1° Tesoureiro; VI - 2° Tesoureiro; VII - 1° Diretor Sociocultural e Esportivo; VIII - 2° Diretor Sociocultural e Esportivo. ART. 22 Os Cargos de Diretoria serão ocupados somente por integrantes efetivos, eleitos em Assembleia Geral convocada especificamente para este fim: § 1° - Os cargos de Presidente, Vice-Presidente, 1° Tesoureiro e 2° Tesoureiro serão privativos de pais, e/ou responsáveis legais de alunos matriculados com freqüência regular, vedados aos Servidores Públicos Estaduais. 114 § 2° - Os cargos de 1° e 2º Secretário e 1° e 2º Diretor Sociocultural e Esportivo serão privativos de professores e ou funcionários do Estabelecimento de Ensino, desde que respeitada a paridade. ART. 23 Compete à Diretoria: I - elaborar o plano anual de atividades submetendo-o à aprovação do Conselho Deliberativo e Fiscal, Assembleia Geral, ouvido o Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino; II - elaborar os relatórios semestrais encaminhando-os à apreciação do Conselho Deliberativo e Fiscal e à Assembleia Geral Extraordinária convocada para tal fim e, após, enviar cópia à Direção do Estabelecimento de Ensino; III - elaborar o relatório anual encaminhando-o para a apreciação do Conselho Deliberativo e Fiscal, Conselho Escolar e da Assembleia Geral; IV - gerir os recursos da APMF no cumprimento de seus objetivos; V - colocar em execução o plano anual de atividades e as deliberações aprovadas em Assembleia Geral, bem como as atividades necessárias para o cumprimento da Proposta Pedagógica do Estabelecimento de Ensino; VI - decidir sobre a aceitação de doações com encargos, ouvido o parecer do Conselho Deliberativo e Fiscal e Conselho Escolar; VII - apresentar balancetes semestrais ao Conselho Deliberativo e Fiscal e Conselho Escolar, colocando à sua disposição os livros e os documentos; VIII - executar e fazer executar as atribuições constantes do art. 4° deste Estatuto; IX - reunir-se ordinariamente a cada 03 (três) meses e extraordinariamente, por convocação do Presidente ou 2/3 ( dois terços) de seus membros; X - adotar procedimentos de emergência não previstos neste Estatuto, submetendo-os à posterior aprovação do Conselho Deliberativo e Fiscal e da Assembleia Geral; XI - responsabilizar-se pelo patrimônio da Associação de Pais, Mestres e Funcionários; XII - responsabilizar-se pela elaboração e entrega das obrigações e documentos fiscais, nos prazos previstos em lei, aos órgãos competentes da Administração Pública. 115 Parágrafo Único. Todas as deliberações da Diretoria deverão ser tomadas em reunião conjunta dos seus membros e constar em livro ata próprio da APMF. ART. 24 Compete ao Presidente: I - administrar a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, representando-a em juízo ou fora dele; II - estimular a participação de toda a comunidade escolar nas atividades da Associação de Pais, Mestres e Funcionários; III - assinar, juntamente com o Tesoureiro, as obrigações mercantis, cheques, balanços e outros documentos com a ratificação do Conselho Fiscal que importem em responsabilidades financeiras ou patrimoniais para a Associação de Pais, Mestres e Funcionários, bem como vistar os livros de escrituração; IV - cumprir o disposto no inciso XVIII do art. 4° deste Estatuto; V - aprovar aplicações, observando o disposto nos § 2° e 3° do art. 8° deste Estatuto; VI - convocar e presidir reuniões ordinárias e extraordinárias da Diretoria e Assembléia Geral; VII - promover atividades diversificadas que possam interessar a todos os integrantes efetivos; VIII - analisar e apreciar o balanço anual e a prestação de contas ao término de seu exercício, com parecer em livro ata da APMF; IX - informar, com 3 (três) dias úteis de antecedência, à Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF seu afastamento da Associação, que não poderá exceder a 30 (trinta) dias consecutivos. ART. 25 Compete ao Vice- Presidente: I - auxiliar o Presidente em todas as suas atribuições e substituí-lo em seus impedimentos por até 30 (trinta) dias consecutivos; II - assumir o cargo do Presidente em caso de vacância, por renúncia e/ou destituição, ou saída da escola do(a) filho(a) do(a) Presidente da APMF no máximo por 30(trinta) dias consecutivos. 116 ART. 26 Compete ao 1° Secretário: I - lavrar as atas das reuniões da Diretoria, Assessoria Técnica e das Assembleias Gerais; II - organizar relatórios semestral e anual de atividades; III - manter atualizados e em ordem os documentos da APMF, observando o disposto no inciso XIV, do art. 4° deste Estatuto; IV - encaminhar os comunicados da APMF aos integrantes. ART. 27 Compete ao 2° Secretário: I - auxiliar o 1° Secretário em todas as suas atribuições e substituí-lo em seus impedimentos por até 30 (trinta) dias consecutivos. ART. 28 Compete ao 1° Tesoureiro: I - assinar, junto com o Presidente da APMF, as obrigações mercantis, cheques, balanços e outros documentos que importem responsabilidade financeira ou patrimonial para a APMF, segundo o art.24 inciso III; II - promover a arrecadação e fazer a escrituração contábil das contribuições dos integrantes e demais receitas da APMF, em livros próprios, assegurando a respectiva exatidão dos registros; III - depositar todos os recursos financeiros da APMF em estabelecimento bancário (Conta Bancária em nome da APMF); III - depositar todos os recursos financeiros da APMF em estabelecimento bancário (Conta Bancária em nome da APMF); IV - controlar os recursos da APMF; V - realizar pagamentos através de cheque nominal ou em espécie, observando o disposto nos § 1°, 2° e 3° do art. 8° deste Estatuto, solicitando as respectivas notas fiscais e/ou recibos; VI - realizar inventário anual dos bens da APMF, responsabilizando-se pela guarda e conservação dessa documentação; VII - fazer balanço anual e prestação de contas ao término de cada exercício, submetendo-os à análise e à apreciação do Presidente, do Conselho Deliberativo e Fiscal e Assembleia Geral, respectivamente; 117 VIII - arquivar notas fiscais, recibos e documentos relativos aos valores recebidos e pagos pela APMF, devidamente preenchidos, responsabilizando-se por sua guarda; IX - responsabilizar-se pela elaboração e entrega das obrigações e documentos fiscais, nos prazos previstos em lei, aos órgãos competentes da Administração Pública; X - apresentar para aprovação em Assembleia Geral a prestação de contas da APMF; XI - fazer a prestação de contas perante a Administração Pública quando houver solicitação; XII - fazer cotação de preços e licitações quando necessário e no mínimo 3(três). ART. 29 Compete ao 2° Tesoureiro: I - auxiliar o 1° Tesoureiro em todas as suas atribuições, substituindo-o em seus impedimentos por até 30 (trinta) dias consecutivos. ART. 30 Compete ao 1° Diretor Sociocultural e Esportivo: I - promover a integração escola-comunidade através do planejamento e da execução de atividades sociais, culturais e esportivas. ART. 31 Compete ao 2° Diretor Sociocultural e Esportivo: I - auxiliar o 1° Diretor Sociocultural e Esportivo em todas as suas atribuições, substituindo-o em seus impedimentos por até 30 (trinta) dias consecutivos. ART. 32 O Diretor Sociocultural e Esportivo deverá colaborar para a elaboração do plano anual de atividades e relatórios semestral e anual, fornecendo subsídios de suas respectivas áreas de atuação. ART. 33 A Assessoria Técnica é constituída pelo (a) Diretor (a) e representantes da equipe pedagógica-administrativa da Unidade Escolar, independente do mandato da Diretoria da APMF. ART. 34 Compete à Assessoria Técnica: I - orientar quanto às normas para criação, funcionamento e registro da APMF; 118 II - apreciar projetos a serem executados pela Associação visando sempre a garantia da execução da Proposta Pedagógica e da assistência ao aluno; III - participar na implantação e complementação do Estatuto da APMF; IV - depositar todos os recursos financeiros da APMF em estabelecimento bancário (Conta Bancária em nome da APMF); V - participar das Assembléias Gerais, reuniões da Diretoria e do Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF; VI - opinar sobre a aplicação dos recursos de acordo com as finalidades da APMF; VII - providenciar a lista de votantes (só para consulta/controle) e a cédula eleitoral da APMF. CAPÍTULO X DAS ELEIÇÕES, POSSE, EXERCÍCIO E MANDATO ART. 35 As eleições para a Diretoria e o Conselho Deliberativo e Fiscal realizar-se-ão bianualmente, podendo ser reeleitos por mais 2(dois) mandatos, observando-se o disposto no Capítulo X. ART. 36 Convocar-se-á a Assembleia Geral para: I - escolher, durante a Assembleia Geral, a comissão eleitoral que será composta por Presidente, Secretário e Suplentes, sendo os cargos preenchidos por pais, mestres e funcionários, paritariamente: a) cabe à comissão eleitoral designar os componentes da(s) mesa(s) apuradora(s) e escrutinadora(s) que serão compostas por Presidente, Secretário e Suplentes, sendo os cargos preenchidos por pais, mestres e funcionários, paritariamente; b) os componentes da mesa apuradora/escrutinadora não poderão fazer parte de nenhuma das chapas concorrentes; c) cada chapa poderá indicar um fiscal por mesa apuradora/escrutinadora para acompanhar os trabalhos. II - definir na Assembleia, data, horário e local para as eleições com antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis; 119 III - apresentar e/ou compor durante a Assembleia Geral as chapas que concorrerão às eleições, incluindo os elementos do Conselho Deliberativo e Fiscal, devendo ser apresentadas por escrito à comissão eleitoral: § 1º Compondo-se, no mínimo, uma chapa completa na Assembleia, não haverá prazo para apresentação de novas chapas. § 2º A partir da composição das chapas será enviado comunicado aos integrantes, apresentando os seus componentes. § 3º Uma mesma pessoa não poderá compor mais de uma chapa, mesmo em cargos distintos. § 4º Havendo participação do casal na composição da mesma chapa, os mesmos não poderão ocupar concomitantemente o cargo de Presidente, Vice-Presidente e 1° e 2° Tesoureiro. IV - definir os critérios para a campanha eleitoral; V - o pleito eleitoral poderá ser acompanhado pelo NRE. ART. 37 A solicitação de impugnação do processo eleitoral deverá ser apresentada, por escrito, embasada em documentos e motivos explicativos relevantes ao Presidente da comissão eleitoral ou a quem por ele designado, até as 18 horas do 1° dia útil subseqüente ao pleito. Parágrafo Único. As deliberações da Assembleia Geral Ordinária ou Extraordinária serão aprovadas por maioria simples dos integrantes presentes, com registro em ata. ART. 38 A campanha eleitoral terá início a partir da composição das chapas até 24 (vinte e quatro) horas antes da realização do pleito. 120 ART. 39 O pleito será realizado por voto secreto e direto, sendo considerada vencedora a chapa que obtiver maior número de votos válidos, não sendo computados os votos brancos ou nulos: § 1º Ocorrendo empate entre as chapas concorrentes, proceder-se-á a uma nova votação entre as chapas empatadas, no prazo de até 7(sete) dias úteis da primeira votação. § 2º Ocorrendo a inscrição de apenas uma chapa, o pleito será realizado por voto secreto e direto e a chapa será considerada eleita se obtiver número maior de votos válidos do que a soma dos votos nulos e brancos. § 3º Caso a chapa única não seja eleita, conforme o citado no § 2º deste artigo, novas eleições serão convocadas no prazo de até 7(sete) dias úteis. ART. 40 O mandato da Diretoria e do Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF será cumprido integralmente, no período para o qual seus membros foram eleitos, exceto em casos de destituição ou renúncia, em que os cargos deverão ser preenchidos até o prazo máximo de 30(trinta) dias consecutivos, mediante convocação de Assembleia Geral Extraordinária. ART. 41 A Assessoria Técnica deverá providenciar a lista dos votantes para consulta/controle e a cédula eleitoral. ART. 42 Terão direito a voto somente os integrantes efetivos: § 1º Cada família terá direito a um voto (pai ou mãe ou responsável), independente do número de filhos matriculados na escola. § 2º O professor que possuir 2 (dois) padrões na mesma escola terá direito a 1(um) voto. § 3º O mestre e o funcionário com filhos freqüentando regularmente o Estabelecimento de Ensino poderão votar na categoria de pais, ou na categoria de mestres e funcionários, tendo direito a apenas um voto. 121 ART. 43 A Diretoria e o Conselho Deliberativo e Fiscal, eleitos, tomarão posse imediatamente após a apuração: § 1º A Diretoria anterior terá o prazo de até 5 (cinco) dias úteis para a prestação de contas de sua gestão, bem como para proceder à entrega de toda a documentação referente à Associação, sendo obrigatória a presença do Presidente, 1° Tesoureiro, 1° Secretário e Conselho Deliberativo e Fiscal de ambas as Diretorias, com registro em ata. § 2º A nova Diretoria deverá analisar em reunião toda a documentação recebida e dar parecer da aceitação das contas. Em caso de dúvidas ou detectadas irregularidades, solicitar esclarecimentos e/ou providências à gestão anterior, mediante ofício, em duas vias, com recebimento em até 15(quinze) dias, registrando em ata as conclusões. ART. 44 O Conselho Deliberativo e Fiscal será considerado eleito em virtude da eleição da Diretoria da APMF com a qual compôs a chapa. CAPÍTULO XI DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES ART. 45 Constitui infração disciplinar dos membros da Diretoria: I - deixar de prestar contas à Assembleia Geral dentro dos prazos previstos; II - exercer funções quando estiver legalmente impedido de fazê-lo; III - valer-se da função exercida para lograr proveito pessoal em detrimento dos interesses da APMF; IV - favorecer a terceiros em detrimento dos interesses da APMF; V - utilizar os bens da APMF, e similares, em assuntos particulares, sem autorização dos membros da Diretoria; VI - constranger ou impedir que os membros da Diretoria exerçam plenamente suas funções; VII - omitir ou sonegar informações sobre a situação financeira, contábil e administrativa aos integrantes da APMF; 122 VIII - praticar usura em todas as suas formas; IX - deixar de atender aos dispositivos do presente Estatuto. ART. 46 As penas disciplinares aplicáveis são: I - destituição da função, nos casos previstos no art. 45, incisos II, VI, VII; II - repreensão por escrito, nos casos previstos no art. 45, incisos I, IX; III - suspensão até noventa dias, nos casos previstos no art. 45, inciso V; IV - expulsão, nos casos previstos no art. 45, incisos III, IV, VIII. Parágrafo Único. Nos casos de reincidência, será aplicada a pena de Expulsão. CAPÍTULO XII DA APURAÇÃO DE IRREGULARIDADES ART. 47 A denúncia de irregularidades será recebida, por escrito, pelo presidente da APMF e/ou Conselho Deliberativo e Fiscal. ART. 48 A apuração das irregularidades dar-se-á mediante procedimento de sindicância realizada por três membros indicados pelo Conselho Deliberativo e Fiscal. ART. 49 A Comissão será presidida conforme a indicação do Conselho Deliberativo e Fiscal. ART. 50 Instaurada a sindicância, a Comissão terá o prazo de 15 (quinze) dias para concluir as diligências que entender necessárias para o esclarecimento dos fatos, devendo encaminhar ao Conselho Deliberativo e Fiscal o relatório circunstanciado. ART. 51 O Conselho Deliberativo e Fiscal encaminhará aos possíveis infratores a cópia do Relatório de Sindicância para, no prazo de 10 (dez) dias, apresentarem defesa por escrito. 123 ART. 52 O Conselho Deliberativo e Fiscal se reunirá para analisar o relatório e a defesa, conforme o disposto no art. 20, inciso XI: § 1° Julgando as denúncias improcedentes, determinará o arquivamento do processo. § 2º Julgando procedentes as denúncias, o Presidente do Conselho Deliberativo e Fiscal convocará a Assembleia Geral Extraordinária e comunicará por escrito ao denunciado. ART. 53 Reunida a Assembleia Geral Extraordinária, será lido o relatório da comissão e a defesa, na presença do denunciado. ART. 54 O denunciado terá direito de apresentar defesa oral por 20 minutos. ART. 55 A Assembleia Geral Extraordinária decidirá sobre a penalidade a ser imposta ao denunciado, dentre as previstas no art. 46, conforme o disposto no art. 16 do presente Estatuto. CAPÍTULO XIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS ART. 56 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários poderá ser dissolvida, quando assim deliberar a Assembleia Geral Extraordinária, convocada especificamente para este fim: I - em virtude da lei, emanada do Poder competente; II - por decisão de 2/3 (dois terços) dos participantes efetivos, manifestada em Assembleia Geral Extraordinária especialmente convocada para este fim. Parágrafo Único. Em caso de dissolução, todos os bens móveis, imóveis e valores de qualquer espécie reverterão em benefício da Unidade Escolar, de acordo com os critérios definidos em Assembleia Geral Extraordinária. 124 ART. 57 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários não distribuirá lucros, bonificações e vantagens a dirigentes, conselheiros mantenedores ou integrantes, sob nenhum pretexto, e empregará suas rendas, exclusivamente, no estabelecimento de ensino, atendendo à Proposta Pedagógica, e na manutenção de seus objetivos institucionais. ART. 58 No exercício de suas atribuições, a APMF manterá rigoroso respeito às disposições legais, de modo a assegurar observância aos princípios fundamentais da política educacional vigente no Estado. ART. 59 O mandato da Diretoria e do Conselho Deliberativo e Fiscal poderá ser prorrogado por até 30 (trinta) dias, quando tomará posse a chapa eleita. Parágrafo Único. A decisão quanto à prorrogação do mandato será de competência da Assembleia Geral convocada para este fim. ART. 60 A Diretoria da Associação de Pais, Mestres e Funcionários providenciará a sua regulamentação junto aos órgãos competentes, a saber: I - Segundo Ofício do Distribuidor; II - Ministério da Fazenda- Receita Federal; III - Banco (os); IV - Secretaria de Estado da Educação; V - Secretaria de Estado da Educação. ART. 61 Em qualquer dos casos previstos neste Estatuto será vedada a dupla representatividade. ART. 62 Os casos omissos deste Estatuto serão dirimidos pela Diretoria e Conselho Deliberativo e Fiscal da APMF, em reunião conjunta e aprovados em Assembleia Geral pela maioria dos presentes. 125 5 ESTATUTO DO GRÊMIO ESTUDANTIL TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO I Da Denominação, Sede e Objetivos ART. 1º O Grêmio Estudantil Mário Quintana é o órgão máximo de representação dos estudantes fundado em ____/_____/_______, com sede no Colégio Estadual Mário Quintana, localizado na cidade de Cascavel – Paraná. Parágrafo Único - As atividades do Grêmio Estudantil reger-se-ão pelo presente Estatuto aprovado em Assembleia Geral convocada para este fim. Art. 2º O Grêmio Estudantil tem por objetivos: I- representar condignamente o corpo discente; II - defender os interesses coletivos e os direitos dos alunos do Estabelecimento de Ensino; III - incentivar o ensino e a cultura literária, artística e desportiva da Comunidade Escolar; IV- promover a cooperação entre administradores, funcionários, professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos; V - realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a filiação às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) ou demais organizações específicas e de caráter social; VI – defender a democracia permanente no Estabelecimento de Ensino, através do direito de participação nos fóruns internos de deliberação do Estabelecimento, com participação garantida no Conselho Escolar. 126 CAPÍTULO II Do Patrimônio, sua Constituição e Utilização ART. 3º O patrimônio do Grêmio Estudantil se constituirá por: I - contribuição voluntária de seus membros; II - contribuição de terceiros; III - subvenções, juros, correções ou dividendos resultantes das contribuições; IV - rendimentos de bens móveis e imóveis que o Grêmio venha a possuir; V - para o caso de promoções e contribuições financeiras, o Grêmio Estudantil, resguardado o direito de maioridade dos membros da entidade, deve estar registrado em cartório e possuir CNPJ. Outra opção para estes fins são eventos e prestação de contas realizados em conjunto com a APMF. ART. 4° A Diretoria será responsável pelos bens patrimoniais do Grêmio Estudantil e responsável por eles perante as instâncias deliberativas. I - Ao assumir a diretoria do Grêmio Estudantil, o Presidente e o Tesoureiro deverão assinar um recibo para o Conselho Fiscal, discriminando todos os bens da entidade; II - ao final de cada mandato, o Conselho Fiscal conferirá os bens e providenciará outro recibo que deverá ser assinado pela nova Diretoria do Grêmio Estudantil; III - na constatação de alguma irregularidade na gestão dos bens, o Conselho Fiscal fará um relatório e o apresentará em Assembléia Geral. Após, entregará ao Conselho de Representantes de Turma e ao Conselho Escolar, para serem tomadas as providências cabíveis; IV - o Grêmio Estudantil não se responsabilizará por obrigações contraídas por estudantes ou grupos sem ter havido prévia autorização da Diretoria. 127 TÍTULO II DA ORGANIZAÇÃO DO GRÊMIO ESTUDANTIL CAPÍTULO I Das Instâncias Deliberativas ART. 5° São instâncias deliberativas do Grêmio Estudantil: I - Assembleia Geral dos Estudantes; II - Conselho de Representantes de Turmas (CRT); III - Diretoria do Grêmio Estudantil. SEÇÃO I Da Assembléia Geral dos Estudantes ART. 6° A Assembléia Geral é o órgão máximo de deliberação da entidade nos termos deste Estatuto e compõe-se de todos os sócios do Grêmio Estudantil e, excepcionalmente, por convidados do Grêmio Estudantil, que se absterão do direito de voto. ART. 7° A Assembléia Geral se reunirá ordinariamente: I - nas datas estipuladas pelos estudantes na própria Assembléia e apresentadas previamente ao Conselho Escolar; II - ao término de cada mandato para deliberar sobre a prestação de contas da Diretoria, parecer do Conselho Fiscal (CF) e formação da Comissão Eleitoral (CE) que deliberará sobre as eleições para a nova Diretoria do Grêmio Estudantil; Parágrafo Único . A convocação para a Assembléia Geral será feita em Edital, com antecedência mínima de quarenta e oito (48) horas, sendo esta de competência da Diretoria do Grêmio Estudantil. ART. 8° A Assembléia Geral se reunirá extraordinariamente quando convocada por 2/3 do CF ou 2/3 do Conselho de Representantes de Turma ou 50% + 1 da Diretoria do Grêmio. Em qualquer caso, a convocação será feita com o mínimo de 128 antecedência de vinte e quatro (24) horas, com discriminação completa e fundamentada dos assuntos a serem tratados em casos não previstos neste Estatuto. ART. 9º As Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias devem ser realizadas, em primeira convocação, com a presença de mais da metade dos alunos do Estabelecimento de Ensino ou, em segunda convocação, trinta (30) minutos depois, com qualquer número de alunos. I - A Assembléia Geral vai deliberar com maioria simples dos votos; II - a Diretoria será responsável pela manutenção da limpeza e da ordem quando for realizado qualquer evento, assembléias ou reunião do Grêmio Estudantil. ART. 10 Compete à Assembléia Geral: I - aprovar e reformular o Estatuto do Grêmio Estudantil; II - eleger a Diretoria do Grêmio Estudantil; III - discutir e votar as teses, recomendações, moções, adendos e propostas apresentados por qualquer um de seus membros; IV - denunciar, suspender ou destituir diretores do Grêmio Estudantil de acordo com resultados de inquéritos procedidos, desde que comunicado e garantido o direito de defesa do acusado, sendo que qualquer decisão tomada neste sentido seja igual ou superior a 2/3 dos votos; V - deliberar sobre a vacância de cargos da Diretoria do Grêmio Estudantil não previstos no Estatuto; VI - receber e considerar os relatórios da Diretoria do Grêmio Estudantil e sua prestação de contas, apresentada juntamente com o Conselho Fiscal; VII - agendar, caso necessário, Assembléia Extraordinária, com dia, hora e pautas fixadas e apresentadas previamente ao Conselho Escolar; VIII - aprovar a constituição da Comissão Eleitoral, sempre composta com alunos de todos os turnos em funcionamento no Estabelecimento de Ensino, com número definidos na Assembleia. 129 SEÇÃO II Do Conselho de Representantes de Turmas ART. 11 O Conselho de Representantes de Turmas (CRT) é a instância intermediária de deliberação do Grêmio Estudantil, é o órgão de representação exclusiva dos estudantes, e será constituído somente pelos representantes de turmas, eleitos pelos estudantes de cada turma conforme organização do Estabelecimento de Ensino. ART. 12 O Conselho de Representantes de Turma se reunirá ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente quando convocado pela Diretoria do Grêmio Estudantil. Parágrafo Único . O Conselho de Representantes de Turma funcionará com a presença da maioria (50% +1) de seus membros, deliberando por maioria simples de voto. ART. 13 Compete ao Conselho de Representantes de Turma: I - discutir e votar sobre propostas da Assembléia Geral e da Diretoria do Grêmio Estudantil; II - zelar pelo cumprimento do Estatuto do Grêmio Estudantil; III - assessorar a diretoria do Grêmio Estudantil na execução de seu programa administrativo; IV - apreciar as atividades da Diretoria do Grêmio Estudantil, podendo convocar para esclarecimentos qualquer um de seus membros; V - deliberar, dentro dos limites legais, sobre assuntos do interesse do corpo discente de cada turma representada; VI – deliberar sobre a vacância de cargos da Diretoria do Grêmio Estudantil não previstos no Estatuto ou em Assembléia Geral. 130 SEÇÃO III Da Diretoria ART. 14 A Diretoria do Grêmio Estudantil poderá ser constituída pelos seguintes cargos: I - Presidente II - Vice-Presidente III - Secretário-Geral IV - Vice-Secretário V - Tesoureiro-Geral VI - Vice- Tesoureiro VII - Diretoria Social VIII- Diretoria de Imprensa IX - Diretoria de Esportes e Lazer X - Diretoria de Cultura e Diversidade XI - Diretoria Pedagógica Parágrafo Único . Cabe à Diretoria do Grêmio Estudantil: I - elaborar o plano de trabalho, submetendo-o ao Conselho de Representantes de Turma e Conselho Escolar; II - colocar em prática o plano aprovado; III - divulgar para a Assembléia Geral: a) as normas que regem o Grêmio Estudantil; b) as atividades desenvolvidas pela Diretoria; c) a programação e a aplicação dos recursos financeiros do Grêmio Estudantil; VII – tomar medidas de emergência, não previstas no Estatuto, e submetê-las ao Conselho de Representantes de Turma; VIII - reunir-se ordinariamente pelo menos uma vez por mês, e extraordinariamente a critério do Presidente ou de 2/3 da Diretoria do Grêmio Estudantil. ART. 15 Compete ao Presidente: I - representar o Grêmio Estudantil dentro do Estabelecimento de Ensino e fora dele; II - convocar e presidir as reuniões ordinárias e extraordinárias do Grêmio Estudantil; 131 III - assinar, juntamente com o Tesoureiro-Geral, os documentos relativos ao movimento financeiro; IV - assinar, juntamente com o Secretário-Geral, a correspondência oficial do Grêmio Estudantil; V - representar o Grêmio Estudantil no Conselho Escolar; VI - cumprir e fazer cumprir as normas do presente Estatuto; VII - desempenhar as demais funções inerentes a seu cargo. ART.16 Compete ao Vice-Presidente: I - auxiliar o Presidente no exercício de suas funções; II - substituir o Presidente nos casos de ausência eventual ou impedimento temporário e nos casos de vacância do cargo do presidente. ART. 17 Compete ao Secretário-Geral: I - publicar avisos e convocações de reuniões, divulgar editais e expedir convites; II - lavrar atas das reuniões de Diretoria e Assembléia Geral; III - redigir e assinar com o Presidente a correspondência oficial do Grêmio Estudantil; IV - manter em dia os arquivos da entidade. ART. 18 Compete ao Vice- Secretário: I - Auxiliar o Secretário-Geral em todas as suas funções e assumir o cargo em caso de vacância do mesmo. ART. 19 Compete ao Tesoureiro-Geral: I - ter sob seu controle todos os bens do Grêmio Estudantil; II - manter em dia a escrituração de todo o movimento financeiro do Grêmio Estudantil ; III - assinar com o Presidente os documentos e balancetes, bem como os relativos à movimentação financeira; IV - apresentar esporadicamente, a prestação de contas ao Conselho Fiscal e, no final do mandato, ao Conselho Escolar; V - acompanhar a prestação de contas da APMF referente aos recursos do Grêmio Estudantil. 132 ART. 20 Compete ao Vice-Tesoureiro: I - auxiliar o Tesoureiro-Geral em todas as suas funções, e assumir o cargo em caso de vacância do mesmo. ART. 21 Compete ao Diretor Social: I - coordenar o serviço de Relações Públicas do Grêmio Estudantil; II - organizar os colaboradores de sua Diretoria; III - organizar eventos promovidos pelo Grêmio Estudantil desde que apresentados ao Conselho Escolar; IV - zelar pelo bom relacionamento do Grêmio Estudantil com os gremistas, com o Estabelecimento de Ensino e com a comunidade. ART. 22 Compete à Diretoria de Imprensa: I - responder pela comunicação da Diretoria com os sócios e do Grêmio Estudantil com a comunidade; II - manter os membros do Grêmio Estudantil informados sobre os fatos de interesse dos estudantes; III - editar o órgão oficial de imprensa do Grêmio Estudantil; IV - escolher os colaboradores para sua Diretoria entre os sócios do Grêmio Estudantil. ART. 23 Compete à Diretoria Cultural e da Diversidade: I - promover a realização de conferências, exposições, concursos, recitais, festivais de música e outras atividades de natureza cultural desde que apresentadas previamente ao Conselho Escolar; II - articular junto a outras instâncias, ações voltadas à Diversidade (Educação Escolar Indígena, do Campo, de Jovens, Adultos e Idosos) desde que condizentes com o Projeto Político-Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular do Estabelecimento de Ensino e previamente apresentadas pelo Conselho Escolar; III - manter relações com entidades culturais; IV - a organização de grupos musicais, teatrais, etc.; V - escolher os colaboradores de sua Diretoria entre os sócios do Grêmio Estudantil. 133 ART. 24 Compete à Diretoria de Esportes e Lazer: I - Coordenar e orientar as atividades esportivas e/ou de lazer promovidas pelo Grêmio Estudantil, desde que apresentadas ao Conselho Escolar; II - Incentivar a prática de esportes, organizando campeonatos internos, desde que apresentados pelo Conselho Escolar; III - Escolher os colaboradores de sua Diretoria entre os integrantes do Grêmio Estudantil. ART. 25 Compete à Diretoria Pedagógica: I - articular junto a outras instâncias, ações voltadas aos Desafios Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Cidadania e Educação em/para Direitos Humanos, Enfrentamento à Violência na escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade e Educação Fiscal), desde que condizentes com o Projeto Político- Pedagógico e a Proposta Pedagógica Curricular do Estabelecimento de Ensino e previamente apresentadas ao Conselho Escolar; II - participar e articular junto a equipe pedagógica do Estabelecimento de Ensino as ações de cunho pedagógico na Organização do Trabalho Pedagógico (Conselho de Classe, discussão do PPP, Regimento Escolar, Estatutos, Semana e Reuniões Pedagógicas, Grupos de Estudos, FICA, entre outros). TÍTULO III DO CONSELHO FISCAL E DOS ASSOCIADOS CAPÍTULO I Do Conselho Fiscal ART. 26 O Conselho Fiscal compõe-se de três (03) membros efetivos e três (03) suplentes, escolhidos na reunião do Conselho de Representantes de Turma entre seus membros. ART. 27 Ao Conselho Fiscal compete: I - examinar os livros contábeis e papéis de escrituração da entidade, a sua situação de caixa e os valores em depósito. Os valores de depósito podem ser em nome do Grêmio Estudantil caso possua CNPJ ou em nome da APMF; 134 II - lavrar o Livro de "Atas e Pareceres" do Conselho Fiscal com os resultados dos exames procedidos; III - apresentar na última Assembléia Geral Ordinária, que antecede a eleição do Grêmio, relatório sobre as atividades econômicas da Diretoria; IV - colher do Presidente e do Tesoureiro-Geral eleitos recibo discriminando os bens do Grêmio Estudantil; V - convocar Assembléia Geral Extraordinária sempre que ocorrerem motivos graves e urgentes dentro da área de sua competência. CAPÍTULO II Dos Associados ART. 28 São sócios do Grêmio Estudantil todos os alunos matriculados e frequentes. ART. 29 São direitos do Associado: I - participar de todas as atividades do Grêmio Estudantil; II - votar e ser votado, observadas as disposições deste Estatuto; III - encaminhar observações, moções e sugestões à Diretoria do Grêmio Estudantil; IV - propor mudanças e alterações parciais ou totais neste Estatuto. ART. 30º São deveres do Associado: I - conhecer e cumprir as normas deste Estatuto; II - informar à Diretoria do Grêmio Estudantil sobre qualquer violação dos direitos dos estudantes cometida na área do Estabelecimento de Ensino ou no entorno dele; III - manter luta incessante pelo fortalecimento do Grêmio Estudantil. TÍTULO IV DO REGIME DISCIPLINAR CAPÍTULO I Da Infração Disciplinar ART. 31 Constitui infração disciplinar: 135 I - usar o Grêmio Estudantil para fins diferentes dos seus objetivos, visando o privilégio pessoal ou de grupos; II - deixar de cumprir as disposições deste Estatuto; III - prestar informações referentes ao Grêmio Estudantil que coloquem em risco a integridade de seus membros; IV - praticar atos que venham a ridicularizar a entidade, seus sócios ou seus símbolos; V - atentar contra a guarda e o emprego dos bens do Grêmio Estudantil. ART. 32 São competentes para apurar as infrações dos incisos "I" a "IV" do artigo 31 o Conselho de Representantes de Turma (CRT) e do inciso "V", o Conselho Fiscal. Parágrafo Único . Em qualquer das hipóteses do artigo será facultado ao infrator o direito de defesa ao CRT, ao CF ou à Assembléia Geral. ART. 33 Apuradas as infrações, serão discutidas na Assembléia Geral e aplicadas as penas de suspensão das atividades promovidas pelo Grêmio Estudantil, conforme a gravidade da falta. Parágrafo Único O infrator, caso seja membro da Diretoria, perderá seu mandato, devendo responder pelas perdas e danos perante as instâncias deliberativas do Grêmio Estudantil. TÍTULO V DO REGIME ELEITORAL CAPÍTULO I Dos Elegíveis e dos Eleitores ART. 34 São elegíveis para os cargos da Diretoria todos os brasileiros natos ou naturalizados matriculados e freqüentes. 136 Parágrafo Único . Para o cargo de Presidente, o aluno não pode estar cursando o 3° ano do Ensino Médio,. ART. 35 São considerados eleitores todos os estudantes matriculados e frequentes. CAPÍTULO II Da Comissão Eleitoral e Forma de Votação ART. 36 A Comissão Eleitoral deve ser escolhida em Assembléia Geral no mínimo um mês antes do final da gestão. A Comissão deve ser composta por alunos de todos os turnos em funcionamento na Escola. Os alunos da Comissão não poderão concorrer às eleições. A Comissão definirá o calendário e as regras eleitorais que devem conter: I - prazo de inscrição de chapas; II - período de campanha; III - data da eleição; IV - regimento interno das eleições. ART. 37 As inscrições de chapas deverão ser feitas com os membros da Comissão Eleitoral, em horários e prazos previamente divulgados, não sendo aceitas inscrições fora do prazo ou horário. ART. 38 Somente serão aceitas inscrições de chapas completas, de acordo com a organização de cargos presente no Estatuto do Grêmio Estudantil do Estabelecimento de Ensino. TÍTULO VI DA PROPAGANDA ELEITORAL ART. 39 A propaganda das chapas será através de material conseguido ou confeccionado pela própria chapa, exceto publicações, cartazes, camisas, bonés, broches ou dísticos (Lei 11.300 de 10/05/2006). 137 Parágrafo Único. É vedada a ajuda de qualquer pessoa que trabalhe no Estabelecimento de Ensino à chapa, na criação, confecção ou fornecimento de material ou dinheiro para a propaganda eleitoral. ART. 40 É expressamente proibida a campanha eleitoral fora do período estipulado pela Comissão Eleitoral bem como a boca de urna no dia das eleições. ART. 41 A destruição ou adulteração da inscrição de qualquer chapa por membros de outra chapa, bem como a desobediência ao que está previsto nos artigos 39 e 40, uma vez comprovadas pela Comissão Eleitoral, implicarão na anulação da inscrição da chapa infratora. Parágrafo Único. Toda decisão de impugnação de chapas só poderá ser tomada por maioria absoluta da comissão eleitoral, após exame de provas e testemunhas. TÍTULO VII DA VOTAÇÃO ART. 42 O voto será direto e secreto, sendo que a votação será realizada em local previamente escolhido pela Comissão Eleitoral e apresentado ao Conselho Escolar do Estabelecimento, no horário normal de funcionamento de cada turno. ART. 43 Cada chapa deverá designar um fiscal, identificado com crachá, para acompanhar todo o processo de votação e apuração dos votos. ART. 44 Só votarão os estudantes presentes na hora da votação. ART. 45 A apuração dos votos deverá ocorrer logo após o término do processo de votação, em uma sala isolada em que permanecerão apenas os membros da Comissão Eleitoral e os fiscais de chapa. Nenhum outro estudante poderá entrar ou permanecer nesta sala durante o processo de apuração. 138 Parágrafo Único Fica assegurado às entidades estudantis e a Direção do Estabelecimento de Ensino o direito de acompanhar todo o processo eleitoral. ART. 46 Todo ato de anulação de votos ou urnas será efetivado a partir da decisão soberana do Presidente da Comissão Eleitoral, baseado na comprovação do ato que implicou na anulação. ART. 47 Não será aceito nenhum pedido de recontagem de votos ou recursos de qualquer chapa após a divulgação dos resultados oficiais das eleições, salvo nos casos em que se comprove inobservância deste regulamento por parte da Comissão Eleitoral. ART. 48 O mandato da Diretoria do Grêmio Estudantil será de no mínimo 1 (um) e máximo 2 (dois) anos a partir da data da posse de acordo com o Estatuto do Grêmio Estudantil do Estabelecimento de Ensino. ART. 49 A Diretoria do Grêmio Estudantil poderá ser reeleita apenas 1 (uma) vez com a mesma distribuição de cargos. ART. 50 Cabe à Comissão Eleitoral dar posse à Diretoria eleita em até 1 (uma) semana após a data da eleição da mesma. TÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO I Das Disposições Gerais e Transitórias ART. 51 O presente Estatuto poderá ser modificado mediante proposta de qualquer sócio do Grêmio Estudantil , do CRT ou pelos membros em Assembléia Geral. 139 Parágrafo Único. As alterações serão discutidas pela Diretoria, pelo CRT e aprovadas em Assembléia Geral através da maioria absoluta de votos. ART. 52 As representações dos sócios do Grêmio Estudantil só serão consideradas pela Diretoria ou pelo CRT quando formuladas por escrito e devidamente fundamentadas e assinadas. ART. 53 A dissolução do Grêmio Estudantil só ocorrerá quando a Escola for extinta, ou quando a Assembléia Geral assim deliberar por maioria absoluta de votos, revertendo-se seus bens a entidades congêneres. ART. 54 Nenhum sócio poderá intitular-se representante do Grêmio Estudantil sem ter participado do processo eleitoral ou aclamado por Assembléia Geral, registrado devidamente em ata. ART. 55 Revogadas as disposições em contrário, este Estatuto entrará em vigor na data de sua aprovação pela Assembléia Geral do corpo discente. ART. 56 Este Estatuto entrará em vigor após a sua aprovação em Assembléia Geral, configurando a entidade como Grêmio Estudantil autônomo, representante dos estudantes do referido Estabelecimento educacional, com finalidades preestabelecidas neste Estatuto, não podendo ser proibido ou cancelado por nenhum indivíduo, grupo ou autoridade, conforme a Lei Federal 7398/85 e a Lei Estadual nº 11057/95. 140 6 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR (PPC) 6.1 ARTE APRESENTAÇÃO A arte é o produto do trabalho humanidade, historicamente construída pelas diversas culturas. Pela Arte, o ser humano se torna consciente da sua existência individual e coletiva e se relaciona com diferentes culturas e formas de conhecimento. Sendo assim, a Arte é um processo de humanização e transformação. Com relação ao ensino da Arte, os saberes específicos das diferentes linguagens artísticas, organizadas no contexto do tempo e do espaço escolar, possibilitando a ampliação do horizonte perceptivo do raciocínio, da sensibilidade, do senso crítico, da criatividade, alterando as relações que os sujeitos estabelecem com o seu meio físico e sociocultural. Por essa razão se faz necessário a mediação do professor sobre os conteúdos historicamente consolidados. Nesta área do conhecimento, aprimorando a capacidade do educando de analisar e compreender os signos verbais e não verbais que as artes são constituídas nas diferentes realidades culturais. OBJETIVOS Expressar e saber comunicar-se em Arte mantendo uma atitude de busca pessoal e coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas; Interagir com materiais, instrumentos e procedimentos variados em Arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), experimentando-os e conhecendo-os de modo a utilizá-los nos trabalhos pessoais; Edificar uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento estético, respeitando a própria produção e a dos colegas,, no percurso de criação que abriga uma multiplicidade de procedimentos e soluções; 141 Compreender e saber identificar a arte como fato histórico contextualizando nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural, identificando a existência de diferenças nos padrões artístico e estético; Observar as relações entre o homem e a realidade com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, indagando, argumentando e apreciando arte de modo sensível; Compreender e saber identificar aspecto da função e dos resultados do trabalho do artista, reconhecendo com sua própria experiência de aprendiz, aspectos do processo percorrido pelo artista; Buscar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas, documentos, acervos nos espaços da escola e fora dela (livros, revistas, jornais, ilustrações, vídeos, discos, cartazes) e acervos públicos (museus, bibliotecas, videotecas, centros culturais), reconhecendo e compreendendo a variedade dos produtos artísticos e concepções estéticas presentes na historia da diferentes culturas e etnias. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O ensino de Arte propõe criar situações nas quais o aluno possa vivenciar e incorporar um processo educativo expressando a leitura dos objetos e da realidade através da linguagem plástica, corporal e estética, expressando também a leitura do homem com outros homens e com a realidade. O encaminhamento de Arte terá como unidade básica de ensino, a criação espontânea, estruturada ou não e produzida por um grupo e individualmente, incentivando e respeitando a individualidade de cada um. Desenvolver exercícios variados colocando em prática os encaminhamentos propostos e explicitados. Serão desenvolvidos o contato freqüente, leitura e discussão de textos simples, imagens e informações orais sobre artistas e suas produções, identificando os significados expressivos e comunicativos das formas visuais, corporais e estéticos. 142 Serão feitos ainda, o reconhecimento e utilização dos elementos da linguagem visual representado, expressado e comunicado por imagens: desenhos, vídeos, televisão entre outras. O teatro e dança como produções coletivas ou individuais proporcionarão o reconhecimento, e a integração com os colegas na elaboração de cenas e improvisações, explorando as competências corporais. Finalmente, no que compete aos encaminhamentos relacionados à música, será feita a apreciação e reflexão sobre músicas regionais, nacionais, internacionais e folclóricas, considerando o ponto de vista da diversidade, valorizando as participações individuais ou coletivas. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 6° Ano Artes Visuais 1. Elementos Formais Ponto - Tipologia Linha – Tipologia e Conceito Formas Básicas – Regulares e Irregulares Cor: Cores Primarias, Cores Secundarias e Monocromia Textura : Tátil, Visual e Gráfica I. Gêneros / Temas Paisagem Natureza morta Retratos Cenas Históricas II. Artistas e Manifestações Culturas III. Arte Rupestre IV. Arte Indígena V. Espaço para Arte 143 Museu – definição, arquitetura, funcionamento, conservação e coleção. Música 1. Elementos Básicos Elementos Básicos da Dança Elementos Básicos da Música Altura – grave/agudo Duração – longo/curto Timbre - “cor” do som Intensidade – forte/fraco Densidade – muitos sons / poucos sons 2. Apreciação Musical Diferentes padrões sonoros ( orquestra, banda, coral ) Improvisação Musical Manifestações musicais ( tribos primitivas, civilizações antigas) 7° Ano Artes Visuais 1. Elementos Composição Ponto Linha – Figura/Fundo Forma – Assimetria / Sobreposição Cor : Cores Quentes e Frias, Cores Terciárias e Cores Complementares. Profundidade e Proporção Movimento Deformação Perspectiva e Proporção 2. Gêneros / Temas 144 Luz e volume ( contraste de claro e escuro) Paisagem Natureza morta Retrato – figura humana Cenas Oníricas 3. Artistas / Manifestações Culturais Surrealismo, Renascimento e História em Quadrinhos Museu de arte Brasileira Centro Cultural Espaços Alternativos – Mac Arte - na Rua Música Ritmo – ostinatos, células simples Melodia - percepção = sons do cotidiano e gravações dirigidas Canto Gregoriano – apreciação Início da Polifonia Gêneros musicais – Bale ,ópera, sinfonia, concerto e canção Improvisação Musical 8° Ano Artes Visuais 1. Elementos Composição Forma Cor: Tonalidade – cor quente/ cor fria /cores neutras / cor pigmento e cor luz movimento Escala repetição Releitura Textura 145 2. Gêneros / Temas Figuração / Abstração Cubismo Abstracionismo História em Quadrinhos Introdução aos Períodos : Clássico , Barroco e Romântico 2. Artistas / Manifestações Culturais Fauvismo Kandinsky Futurismo Beatriz Milhazes Museus no Mundo Galerias Artistas Paranaenses Música Famílias de instrumentos – cordas, sopro (sopro – madeira e metal) , percussão Harmonia Instrumentos eletroacústicos Grandes compositores do período clássico da musica 9° Ano Artes Visuais 1. Elementos Composição Forma – Positivo/Negativo Ritmo Cores Complementares / Cores Análogas / Cores Neutras Contrastes Desenho de observação Desenho de Objetos do Cotidiano 146 Tonalidades Figuras Geométricas (Composição e Decomposição) Anomalia Fragmentação fotografia instalação Repetição de formas Publicidade 2. Artistas / Manifestações Culturais Pop Art Op Art Música Intervalo melódico Intervalo harmônico A música do Séc. XX – o distanciamento do público. A Música popular do séc. XX (samba, bossa nova, blues, jazz, rock, funk, rap, etc.) Música e indústria cultural ENSINO MÉDIO 2º Ano Arte na Pré-História Arte Mesopotâmia Arte Egípcia Arte Grega e Romana Idade Média – Românica, Bizantina e Gótica Renascimento Barroco/Rococó Realismo/Neoclassicismo/Romantismo A música na pré-história 147 A música nos povos na antigüidade Música medieval 3º Ano Arte na Pré-História (brasileira) Arte Indígena Arte Paranaense/ Artistas Arte Afro-Brasileira Arte no séc. XVI e XVII Barroco Arte no Séc. XIX Arte no Séc. XX Modernismo nos anos 20 Modernismo nos anos 30/40 e Anos 50/60 – Formação da Bienal e as Tendências Contemporâneas Impressionismo Vanguardas Artísticas Fauvismo Expressionismo Cubismo Futurismo Abstracionismo Dadaísmo Surrealismo Pop Art Contemporânea A música Indígena A música Africana A música Erudita no Brasil Colônia A música no período republicano e o romantismo Compositores Brasileiros Modernismo musical no Brasil 148 Gêneros populares urbanos: Modinha, lundu, marcha, choro, samba, baião, bossa nova, canção de protesto, tropicalismo e outros. AVALIAÇÃO No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento. Na sala de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de conhecimento do aluno como referência uma aprendizagem continuada. No cotidiano das aulas, isso significa que: é importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque ambas têm o intuito de ensinar; no Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados naquele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de avaliação por ano, para que professor e alunos conheçam os avanços e as dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente; os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o ensino à explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. 149 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ARTES VISUAIS: Identificar as formas geométricas nos planos bidimensional e tridimensional contidos no seu cotidiano. Compreender as cores na sua totalidade, tanto no ponto do vista físico como na pigmentação, relacionando com o espectro solar. Relacionar as dimensões nos planos bidimensional e tridimensional em imagens e formas diversas nos períodos históricos, contextualizando com a modernidade. Conceituar e compreender o papel da arte ao longo da história. Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação teórica e prática de técnicas, tecnologias e modos de composição visual nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. MÚSICA: Identificar os elementos sonoros e os diversos sons da realidade. Reconhecer os elementos que compõem a música, a partir da análise das músicas. Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram, bem como, com a sociedade contemporânea. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 150 Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. TEATRO: Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo presentes no cotidiano. Reconhecer e interpretar histórias. Interpretar histórias, observando os elementos formais do teatro. Improvisar e compreender o espaço cênico, os sonoros e visuais. Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 4 – DANÇA: Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: trabalhos artísticos individuais e em grupo; leitura e composição crítica de imagens audiovisuais; pesquisas bibliográficas e de campo; pesquisa no laboratório de informática: debates em forma de seminários e simpósios; provas orais, escritas teóricas e práticas; exposição dos trabalhos 151 registros em forma de audiovisuais, desenhos, imagens, montagens, recorte, colagens, bidimensionais e tridimensionais e outros. É preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que o aluno aprenda, dentre elas, a recuperação paralela é de fundamental importância, que é o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, critérios e instrumentos avaliativos para assegurar a possibilidade de aprendizagem. A avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos. A disciplina de Arte trabalha com processos de contextualização histórica, comparação, discussões, observação, análise, leituras, releituras e composição. A avaliação também pode ser realizada ao término de um conjunto de atividades que compõem uma unidade didática para analisar como a aprendizagem ocorreu. Por outro lado, é de fundamental importância que o professor discuta seus instrumentos avaliativos, métodos e procedimentos de avaliação junto com todas as pessoas envolvidas no processo. REFERÊNCIAS: GOMBRICH, E.H. A História da Arte, 16ª ed. São Paulo: Ed. LTC,1999. CALÁBRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, história & produção: arte brasileira. São Paulo: FTD, 1997. COCCO, Maria Fernandes; HAILER, Marco Antonio. Análise, linguagem e pensamento: a diversidade de textos numa proposta sócioconstrutivista. São Paulo: FTD, 1993. SCHIMIDT, Maria Auxiliadora. Histórias do cotidiano paranaense. Curitiba: Letraviva, 1996. SCHIMIDT, Mário. Nova História crítica. São Paulo: Nova Geração, 1999 152 KOSIK, Karel. Dialética do Concreto. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica, Curitiba, 2008. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2006. 6.2 BIOLOGIA APRESENTAÇÃO A Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno Vida. Ao longo da história da humanidade muito foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno numa tentativa e explicá-lo e ao mesmo tempo compreendê-lo (PARANÁ, 2008, p. 38). Para o ensino da Biologia compreender o fenômeno Vida e sua diversidade de manifestações significa pensar uma ciência em transformação, cujo caráter provisório do conhecimento garante uma reavaliação dos seus resultados e possibilita um repensar e uma mudança constante de conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico e social (PARANÁ, 2008, p. 38). A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o ser humano a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel como parte deste. Tal interesse sempre esteve relacionado à necessidade de garantir a sobrevivência humana. Desde o paleolítico, o ser humano, caçador e coletor, as observações dos diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram registradas nas pinturas rupestres como forma de representar sua curiosidade em explorar a natureza (PARANÁ, 2008, p. 38). No entanto os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não resultam da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo ser humano – seus paradigmas teóricos –, que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais (PARANÁ, 2008, p. 38). Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações no ensino, 153 buscou-se, na história da ciência, os contextos históricos nos quais influências religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram essa construção (PARANÁ, 2008, p. 38). A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências e transformações da sociedade, aos valores e ideologias e às necessidades materiais do Homem. Ao mesmo tempo em que sofre a sua interferência, nelas interfere (ANDERY, 1988; ARAÚJO, 2002 apud PARANÁ, 2008, p. 50). Em meio a estas necessidades humanas, a ciência visa encontrar explicações sobre os fatos. A crítica atenta às explicações sobre estes pode demarcar momentos de conflito entre as explicações e outras que se fortalecem a partir de filiações conceituais diversas. Estas indagações acerca da própria ciência demarcam saltos qualitativos do conhecimento científico, fortalecendo a concepção de uma ciência que nasce da luta contra o obscurantismo e a superação do senso comum, em que a história da ciência deve ser tão crítica quanto a própria ciência (ASTOLFI & DEVELAY, 1991; LOVO, 2000, apud PARANÁ, 2008, p. 50). A partir da noção de obstáculo epistemológico desenvolvida por Gaston Bachelard, é possível afirmar que “conhecemos contra (grifo do autor) um conhecimento anterior, destruindo conhecimentos [...] aquilo que no próprio espírito constitui um obstáculo à espiritualização”. Para o autor, não se parte do zero para ampliar o conhecimento. “Nada é natural. Nada é dado. Tudo é construído” (BACHELARD, 1971 apud PARANÁ, 2008, p. 50). No processo de ensino-aprendizagem, quando uma resposta se põe a priori, impedindo que o aluno exponha suas hipóteses, sua formulação de resposta à questão, também podemos considerá-la como um obstáculo à aprendizagem. Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988 apud PARANÁ, 2008, p. 50). O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais do ser humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico. De fato, o ser humano sofre a influência das exigências do meio social e das ingerências econômicas dele decorrentes, ao mesmo tempo em que nelas interfere (FREIRE-MAIA, 1990, p. 50 e 51). A metodologia de ensino da Biologia, nessa concepção, envolve o conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de organismo no meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais, políticas, econômicas e culturais (PARANÁ, 2008, p. 53). 154 No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em sua complexidade de relações, ou seja: • na organização dos seres vivos; • no funcionamento dos mecanismos biológicos; • no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e relações ecológicas; • na análise da manipulação genética. O conhecimento da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais, interações entre os seres vivos e a utilização da tecnologia que implica em intensa intervenção no ambiente, levando em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa, oportunizando a construção de uma visão de mundo permitindo a formação de um sujeito crítico, dando subsídios para a tomada de decisões (PARANÁ, 2008, p. 44). Entende-se, assim, que a Biologia contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo, o fenômeno da vida, em sua complexidade, ou seja: na organização dos seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e implicações dos avanços biológicos no fenômeno da vida (PARANÁ, 2008, p. 51). A disciplina de Biologia se pauta na valorização do conhecimento disciplinar, na compreensão da ampla rede de relações entre a produção científica, a validade ou não das diferentes teorias científicas (PARANÁ, 2008, p. 63). OBJETIVOS DA DISCIPLINA Conhecer alguns fatos importantes da historia da Biologia (interesse pela anatomia humana, descoberta da célula, dos micro-organismos, entre outros), relacionando-os com o momento da história em que ocorreram. Compreender a polêmica entre cientistas quanto a origem dos seres vivos, relacionando-as ao contexto histórico em que ocorreram, e reconhecer que o embate de ideias entre os cientistas leva, em geral, novos conhecimentos. 155 Reconhecer a importância dos estudos aprofundados sobre cromossomos e genes para o diagnóstico e para o tratamento de síndromes cromossômicas, o que permite relacionar a ciência com a melhoria das condições de vida da humanidade. Reconhecer a importância da divisão celular na origem, no crescimento e desenvolvimento de qualquer ser vivo, extrapolando essa importância. Compreender que é a sistemática que organiza a diversidade biológica, facilita seu estudo, levando em consideração padrões de semelhança que evidenciam as relações de parentesco evolutivo entre os grupos de organismos. Valorizar os conhecimentos científicos e técnicos sobre os vírus, bactérias, protozoários, fungos, plantas e animais, reconhecendo que esses conhecimentos podem contribuir para a melhoria da vida humana. Valorizar os conhecimentos sobre a estrutura e o funcionamento dos sistemas de órgãos dos seres vivos, reconhecendo-os como necessários tanto para identificação de eventuais estudos como para cuidados com a manutenção da própria saúde. Valorizar os aspectos históricos das ciências, tais como os relativos ao desenvolvimento da genética, reconhecendo que os avanços científicos de uma época dependem de conhecimento desenvolvido em épocas anteriores. Conhecer as principais evidencias da evolução biológica e compreender os fundamentos da teórica evolucionista moderna o que fornece subsídios para a reflexão sobre questões polêmicas, tais como a origem da vida e da espécie humana. Compreender os conceitos da ecologia e justificar a importância dos estudos ecológicos para o futuro da humanidade. Compreender os princípios que explicam a hereditariedade e as variações das manifestações genéticas; utilizar esses conhecimentos para entender situações reais, como casos que envolvem genes letais, características genéticas humanas, de interesse médicos e determinação do sexo e para atuar positivamente na prevenção do tratamento de certas doenças que ocorrem em casos de incompatibilidade genética. 156 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Organização dos Seres Vivos; Mecanismos Biológicos; Biodiversidade; Manipulação Genética. Conteúdos 1º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS Organização dos Seres Vivos Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos A evolução Molecular e o surgimento da vida. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas Características dos seres vivos: citoplasmáticas; Organização celular, desenvolvimento, crescimento , reprodução e evolução. Organismos acelulares: os Vírus 157 Mecanismos Biológicos Biodiversidade Manipulação Genética Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. Química da célula. Estrutura celular: membranas, citoplasma e núcleo. Tipos celulares e sua morfologia. Divisão celular. Metabolismo celular. A diferenciação celular e a caracterização dos tecidos. Classificação dos tecidos. Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem no interior das células; Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia); 158 2º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. Organização dos Seres Vivos Mecanismos Biológicos Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia e Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Mecanismos de desenvolvimento embriológico. ESPECÍFICOS Biodiversidade e classificação dos seres vivos. Vírus (epidemias e endemias dos povos afro-brasileiros e africanos) Monera: características e organização morfológica das arqueobatérias e eubactérias. Protista: características e organização morfológica de organismos unicelulares e pluricelulares. Critérios de AVALIAÇÃO Espera-se do aluno: Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos; Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos; 159 Biodiversidade Manipulação Genética Fungi: características e organização anatomorfofisiológica dos fungos e líquens. Animália: características e organização anatomorfofisiológica dos grupos de invertebrados e vertebrados. Plantae – características e organização anatomorfofisiológica dos grupos vegetais. Fisiologia: processos metabólicos dos seres humanos. Embriologia Animal Estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos vegetais animais, e dos vírus; Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso); 160 3º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS Organização dos Seres Vivos Transmissão das Características hereditárias. Mecanismos Biológicos Os trabalhos de Mendel: 1ª e 2ª lei. Conceitos fundamentais da genética. Polialélia Herança ligada ao sexo. Interação gênica e herança qualitativa Poligenia. Anomalias na espécie humana. Biotecnologias Nanotecnologias Critérios de AVALIAÇÃO Espera-se do aluno: Organismos geneticamente modificados Biodiversidade Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies; Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos; Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética. 161 Teorias Evolutivas Manipulação Genética Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. Princípios da Evolução da Vida. Os impactos das idéias filosóficas e sociológicas para as teorias evolutivas. Herança dos caracteres adquiridos. Teoria da Seleção Natural (DarwinWallace) Teoria Sintética da Evolução. As causas genéticas da evolução: mutações gênicas e cromossômicas. Recombinação e deriva genética. Formação de novas espécies. A origem da espécie humana. Populações e comunidades Ecossistemas Ciclos biogeoquímicos Interações biológicas na comunidade. Biomas terrestres e aquáticos. O ser humano no ambiente e o impacto na biosfera. Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem; Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais; Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica. 162 METODOLOGIA DA DISCIPLINA O ensino dos conteúdos de Biologia apontam para as seguintes estratégias a saber: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno a prática social. A análise da Biologia como resultado da problematização, investigação e transformação do conhecimento deve estar associado a fatos históricos, sociais, políticos , econômicos e culturais de cada realidade. Superando ou adequando conceitos a fim evitar o efeito enciclopédico considerado por KRASILCHIK (2004 apud PARANÁ, 2008. p. 64). Os encaminhamentos metodológicos apontam para atividades que envolvem realizações de pesquisas, atividades experimentais, leitura de textos diversificados, aplicações dos conhecimentos em situações reais do cotidiano, análise e discussão de temas variados que favorecem informações, espírito investigativo e estimulam o desenvolvimento de comunicação buscando atingir o objetivo de compreender o fenômeno da vida e sua complexidade de relações associadas à história da ciência, ao cotidiano e as conquistas tecnológicas e suas implicações éticas (PARANÁ, 2008, p. 66). Entende-se que não é possível a aplicação de uma única metodologia, há que empregar diferentes formas para subsidiar os educandos, como: livro didático, TV Multimídia, vídeo, cartazes, textos de jornais e revistas, a observação, aulas práticas de microscopia e atividades experimentais desenvolvidas no laboratório de Biologia, o trabalho em campo, os jogos de simulação e desempenho de papéis, visitas a industrias, fazendas, museus, projetos individuais e em grupos; palestrantes convidados, redação de cartas para autoridades, fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, e outras atividades que estimulem os educandos ao trabalho coletivo como músicas, desenhos, poesias, livros, jogos, dramatizações, histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras. Serão inclusas no ensino dos conteúdos biológicos as temáticas: Educação Ambiental (Lei n° 9795/99): contemplando aspectos relacionados ao desenvolvimento sustentável, o sócio ambiental, a Agenda 21 Escolar; História e cultura afro-brasileira e Educação Escolar Indígena: buscando a visualização dos 163 sujeitos de forma diferente; Diversidade Educacional: serão contemplados ainda, os alunos com necessidades educacionais especiais. AVALIAÇÃO Os critérios avaliativos a serem utilizados terão pautas na avaliação diagnóstica cognitiva e cumulativa, sendo utilizada como instrumento de intervenção e reformulação dos processos de aprendizagem, a avaliação em Biologia feita através de trabalhos, debates, seminários, provas, relatórios de atividades experimentais e de campo, produção e análise de textos que levarão em consideração os seguintes pontos: uso da modalidade padrão da língua portuguesa, capacidade argumentativa, compreensão de leituras e pesquisas realizadas extra classe e durante a aula, produção de análises críticas (neste ponto serão observados os seguintes critérios: embasamento teórico de fontes fidedignas, coerência, senso comum, conhecimento cientificamente e historicamente construído e validado e ordem formal do uso da escrita). É preciso valorizar as diferenças individuais sem jamais perder de vista o contexto interativo. No processo educativo, avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnostico do processo ensino aprendizagem tanto como instrumento de investigação da pratica pedagógica. Esta presente em todos os segmentos da nossa vida, seja consciente ou inconsciente e reflete uma determinada forma de pensar e agir sobre o mundo. Da mesma forma a pratica avaliativa também revela uma determinada visão sobre o processo de ensino aprendizagem, aluno, professor, saber, escola, ser humano e a sociedade. No cotidiano escolar, a avaliação faz parte do trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo no processo ensino aprendizagem. A avaliação é uma ação intencional e planejada, que contempla a expressão de conhecimento do sujeito. Assim o sistema de avaliação do Colégio Mario Quintana se faz de forma: diagnóstica, processual, contínua, cumulativa, criteriosa, qualitativa e somatória. Será proporcionado aos educandos a recuperação paralela, objetivando a retomada de conteúdos que ficaram em defasagem pelo aluno. Essas avaliações serão aplicadas após a realização da avaliação oficial, ou das atividades que 164 necessitam ser recuperadas, sendo utilizado um instrumento avaliativo diferente do primeiro. A elaboração destas avaliações, serão a partir de um processo de reflexão, tendo como base os objetivos não atingidos, a fim de garantir um processo de aprendizagem processual, continuo, cumulativo, criterioso, de modo que o aluno possa ser promovido para a série seguinte. Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias (PARANA, 2008, p. 69). REFERENCIAS ANDERY, M. A. et al. Para compreender a ciência: uma perspectiva histórica. São Paulo: EDUC, 1988. APPLE, M. W. Ideologia e currículo. Porto Alegre: Artmed, 2006. ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. Em Aberto. ano 7, n. 40, out/ dez, 1988. ASTOLFI, J. P. & DEVELAY, M. A didática das ciências. Campinas: Papirus, 991. BACHELARD, G. A epistemologia. Rio de Janeiro: Edições 70, 1971. BARRA, V. M. & LORENZ, K. M. Produção de materiais didáticos de ciências no Brasil, período: 1950 a 1980. Revista Ciência e Cultura. Campinas, v. 38 n. 12, p. 1970 - 1983, dezembro, 1986. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros curriculares nacionais: Ciências/Secretaria de Educação Fundamental- Brasília: MEC/SEF. BIZZO, N. Ciências Biológicas. In: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004. p. 148-149. CARVALHO, A. M. P. & GIL-PÉREZ, D. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez, 2001. CHAUÍ, M. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2005. DELIZOICOV, N. Ensino do sistema sanguíneo humano: a dimensão histórico- 165 epistemológica. In: SILVA, C.C. (org) Estudos de história e filosofia das ciências: subsídios para a aplicação no ensino. São Paulo: Livrarias da Física, 2006. DEMARCHI D‟AGOSTINI, L. As Leis de Diretrizes e Bases da Educação do Brasil. Resumo, 2000. Disponível em: http://www.virtual.udesc.br/Midiateca/Publicacoes/ tutor_01.htm, acesso em 15/05/2006. FEIJÓ, R. Metodologia e filosofia da ciência. São Paulo: Atlas, 2003. FERNANDES, J. A. B. Ensino de ciências: a biologia na disciplina de ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1, n.0, ago 2005. FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Biologia. Curitiba, 2008. 6.3 CIÊNCIAS APRESENTAÇÃO Para o Ensino Fundamental a ciências é a disciplina integrante do quadro curricular, podendo cooperar na transformação da sociedade ao tratar dos conhecimentos que lhes são inerentes. A disciplina tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza, interpretar as relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida. As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. A história e a filosofia das Ciências mostram que a sistematização do conhecimento científico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem. Tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica com repercussões sociais, econômicas. Éticas e políticas. A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos. A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento 166 científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de pesquisa que o produzem e as instituições que as apóiam (KNELLER, 1980). A concepção que se pretende é que o aluno aprenda os conteúdos construindo, reconstruindo e desconstruindo os conhecimentos, fato que requer a implementação de um amplo repertório de metodologias e estratégias de ensino e avaliação que se complementam. Para tanto é necessário oportunizar aos alunos, por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propiciam uma maneira critica de fatos e fenômenos relacionados à vida, a diversidade cultural, social e da produção científica. Além de oferecer a compreensão das inter-relações e transformações manifestadas no meio, provocando reflexões e a busca de soluções a respeito dos temas contemporâneos, possibilitando ao aluno condições para que assimile os conhecimentos científicos básicos da química e física, a partir dos quais poderá entender fenômenos naturais, tecnológicos e a inter-relação homem-homem e homem-natureza. CONTEÚDOS: Na disciplina de ciências, os conteúdos Estruturantes são construídos a partir da historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, além de estruturar a disciplina frente ao processo acelerado de especialização do seu objeto de estudo e ensino (LOPES, 1999). Os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos na escola. Sendo assim, os conteúdos de Ciências valorizam conhecimentos científicos das diferentes Ciências de referência - Biologia, Física, Geologia, Astronomia, entre outras. Na diretriz Curricular são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade. ASTRONOMIA: Ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do Universo. Conteúdos básicos: Universo, Sistema solar, 167 Movimentos Celestes e Terrestres, Astros, Origem e Evolução do Universo e Gravitação Universal. MATÉRIA: Permite o entendimento sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos, sentimos ou tocamos. Conteúdos básicos: Constituição da matéria e Propriedades da matéria. SISTEMA BIOLÓGICOS: Aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Conteúdos básicos: Níveis de organização, Célula, Morfologia e Fisiologia dos seres vivos, Mecanismos de herança genética. ENERGIA: A ciências não define energia. O propósito ao estudar este conteúdo estruturante é buscar novos conhecimentos na tentativa de compreender o conceito energia no que refere às suas várias manifestações. Conteúdos básicos: Formas de energia, Conservação de energia, Conversão de energia e Transmissão de energia. BIODIVERSIDADE:Visa compreender, o sistema complexo de conhecimentos científicos que interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies atuais e extintas; as relações ecológicas estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido transformações. Conteúdos básicos: Organização dos seres vivos, Sistemática, Ecossistemas, Interações ecológicas, Origem da vida, Evolução dos seres vivos. OBJETIVOS DA DISCIPLINA Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida no mundo de hoje e em sus evolução histórica; Utilizar conceitos científicos básicos associados a energia, matéria, 168 transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida; Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais, a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar; Saber combinar leitura, observação, experimentação e registros para coleta, organização, comunicação e discussão de fatos e informações; Compreender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e comuns que devem ser promovidos pela ação coletiva; Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive e as tecnologias como meios para suprir as necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles prejudiciais ao ser humano e ao equilíbrio da natureza; Valorizar o trabalho em grupo, como meio de desenvolver uma ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento. 169 CONTEÚDOS: 6º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS ASTRONOMIA UNIVERSO SISTEMA SOLAR MOVIMENTOS TERRESTRES MOVIMENTOS CELESTES ASTROS MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA E PROPRIEDADES DA MATÉRIA ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO A terra no espaço. O professor de Ciências precisa estabelecer As estações do ano critérios e selecionar instrumentos a fim de A lua A origem do sistema solar. investigar a aprendizagem significativa sobre: O entendimento das ocorrências A formação da Terra astronômicas como fenômenos da natureza. O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteroides, meteoros e meteoritos. O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e heliocêntricas. A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar. A composição da O entendimento da constituição e crosta terrestre. propriedades da matéria, suas transformações, como fenômenos da Tipos de Rochas. natureza. Os fósseis A compreensão da constituição do planeta Solo Terra, no que se refere à atmosfera e crosta, Desgaste e manejo solos, rochas, minerais, manto e núcleo. adequado do solo. Propriedades da água O conhecimento dos fundamentos teóricos da 170 e tratamento. composição da água presente no planeta Terra. Atmosfera e seus gases e fenômenos. Transformações químicas e físicas dos materiais. SISTEMAS BIOLÓGICOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO CÉLULA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS, MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA, O solo e a saúde. O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo A água e a saúde integrado. A água nos seres O reconhecimento das características gerais vivos dos seres vivos. A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo explicativo da constituição dos organismos. O conhecimento dos níveis de organização celular. ENERGIA FORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA Estados físicos da água e ciclo da água. O ar em movimento. ORGANIZAÇÃO DOS Componentes e BIODIVERSIDADE A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas formas de manifestação. O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra. A interpretação do conceito de transmissão de energia. O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e condução. O entendimento dessas formas de energia 171 SERES VIVOS organização do ecossistema. Relações alimentares e estratégias de vida. Tipos de ecossistemas. relacionadas aos ciclos de matéria na natureza. O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação. A distinção entre ecossistema, comunidade e população. O conhecimento a respeito da extinção de espécies. O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea de energia não renovável. • A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos. 7º ANO ESTRUTURANTES ASTRONOMIA BÁSICOS UNIVERSO SISTEMA SOLAR MOVIMENTOS TERRESTRES MOVIMENTOS CELESTES ASTROS ESPECÍFICOS O Sol e a energia AVALIAÇÃO A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra. A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra. O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações. 172 O entendimento da composição físicoquímica do Sol e a respeito da produção de energia solar. MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA E PROPRIEDADES DA MATÉRIA A constituição da matéria no processo de fotossíntese e respiração. O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida. A compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da vida. SISTEMAS BIOLÓGICOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO CÉLULA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS, MECANISMOS DE HERANÇA GENÉTICA, A Organização dos seres vivos. A célula e suas principais estruturas. As células procariontes e eucariontes. O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula. O conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os tipos celulares. FORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA O calor e os seres vivos. A luz e os seres vivos. As estratégias dos seres vivos. A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de energia na célula. As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares. O entendimento do conceito de energia luminosa. O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância para com os seres vivos. A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravermelha. ENERGIA 173 BIODIVERSIDADE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOSFORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA As interações entre os O entendimento do conceito de calor com seres vivos. energia térmica e suas relações com sistemas endotérmicos e ectotérmicos. Diversidade da vida- A classificação dos seres O entendimento do conceito de vivos. biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistema e os Os vírus. processos evolutivos. Os cinco Reinos: Monera, protista, fungos, plantas e O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias taxonômicas, animais. filogenia. O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos e heterótrofos. O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da vida, geração espontânea e biogênese. 7ª série ESTRUTURANTES ASTRONOMIA BÁSICOS UNIVERSO SISTEMA SOLAR MOVIMENTOS TERRESTRES MOVIMENTOS CELESTES ASTROS ESPECÍFICOS A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do Universo. O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados, nebulosas, buracos negros, lei de Hubble, AVALIAÇÃO A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo. As relações entre as teorias e sua evolução histórica. A diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que consideram o universo cíclico. O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, 174 idade do Universo, escala do Universos) aglomerados, nebulosas, buracos negros, lei de Hubble, idade do Universo, escala do Universo). MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA Composição da matéria O conhecimento sobre o conceito de matéria e MATÉRIA constituinte do corpo humano. sua constituição, com base nos modelos E PROPRIEDADES O conhecimento dos compostos atômicos. DA MATÉRIA orgânicos (alimentos) e relações O conceito de átomo, íons, elementos destes com a constituição dos químicos, substâncias, ligações químicas, organismos vivos. reações químicas. O conhecimento das leis da conservação da massa. O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos. Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares. O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário. SISTEMAS BIOLÓGICOS NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO CÉLULA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DOS SERES VIVOS, MECANISMOS DE HERANÇA Morfologia e fisiologia celular. Estrutura e funcionamento dos tecidos. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas relacionados com a nutrição: digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário. Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. A relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP). 175 GENÉTICA, O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas relacionados com a relação: muscular, esquelético, sensorial. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas relacionados com a coordenação: nervoso e endócrino. O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas relacionados com a reprodução: reprodutor masculino e feminino. ENERGIA FORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA Os fundamentos da energia química e suas fontes (alimentos), modos de transmissão e armazenamento (em tecido adiposo no corpo humano). A relação dos fundamentos da energia química com a célula. BIODIVERSIDADE CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA E PROPRIEDADES DA MATÉRIA Evolução dos seres vivos, especialmente o ser humano. Condições biofísicas que possibilitaram a adaptação humana. Hereditariedade humana O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. • O entendimento das teorias evolutivas. 176 9º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO ASTRONOMIA UNIVERSO SISTEMA SOLAR MOVIMENTOS TERRESTRES MOVIMENTOS CELESTES ASTROS O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas. O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal. A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés. MATÉRIA CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA E PROPRIEDADES DA MATÉRIA Matéria propriedade, estados A compreensão das propriedades da matéria, físicos e mudanças, e massa, volume, densidade, compressibilidade, características dos átomos elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, (partículas formadoras, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, organização, número atômico, flexibilidade, permeabilidade, dureza, número de massa e tenacidade, cor, brilho, sabor. distribuição eletrônica). CEmatéria e energia e tecnologia. Substâncias moleculares, iônicas e puras.*Misturas e combinações- separação de misturas homogêneas e heterogêneas. Elementos químicos; Tabela periódica; Ligações químicas; Noções de reações químicas. SISTEMAS BIOLÓGICOS CONSTITUIÇÃO DA MATÉRIA E PROPRIEDADES DA MATÉRIA Ciclos biogeoquímicos: A compreensão dos fundamentos teóricos que carbono, oxigênio e nitrogênio descrevem os sistemas nervoso, sensorial, e compostos orgânicos. reprodutor e endócrino. O entendimento dos mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes, os Astronáuticatelecomunicações, satélites, sondas, foguetes, ônibus espaciais, velocidade de escape e relação de adaptação do homem às viagens espaciais. 177 processos de mitose e meiose. Movimento: Força-força e as leis do movimento; Força de atrito, trabalho, potência e energia; Máquina simples. Calor e temperatura (escalas termométricas, calor específico, produção, propagação e efeitos do calor) Ondas, Som, Luz. Magnetismo (imã e campo magnético) e importância do magnetismo para a proteção da Terra. Eletricidade (eletrostática, eletrodinâmica,cuidados com a eletricidade e consumo de energia elétrica). ENERGIA FORMAS DE ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA BIODIVERSIDADE ORGANIZAÇÃO Teoria evolutivas: Lamarckista, DOS SERES VIVOS darwinista, Mendel, Origem da FORMAS DE vida. ENERGIA CONVERSÃO DE ENERGIA TRANSMISSÃO DE ENERGIA A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua relação com a Lei da conservação da energia. As relações entre sistemas conservativos. O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência. O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo. O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas. 178 METODOLOGIA DA DISCIPLINA: O aluno deve ser instrumentalizado para compreender a interação existente entre o mundo físico, químico, biológico e social, coordenando informações, posicionando-se diante delas e construindo seus conhecimentos, de forma crítica e reflexiva. Ao tratar os conteúdos específicos, a partir dos conteúdos estruturantes serão explorados aspectos relacionados com a historicidade da produção do conhecimento em questão, através do qual, será possível conhecer em que contexto tal conhecimento foi produzido, como também identificar a intencionalidade da produção científica, e a aplicabilidade deste conhecimento. É importante também focar a idéia de que a ciência é provisória, pois no decorrer do tempo os conhecimentos se superam, surgindo opções mais viáveis e renovadas. Os conteúdos abordados tanto do ponto estruturante como dos específicos, poderão ser explorados ainda, privilegiando diferentes aspectos como: políticos, econômicos, sociais, éticos e históricos gerando assim, a possibilidade de análise e reflexão, numa perspectiva crítica. Pensando ciências assim, entende-se que não é possível a aplicação de um único método, há que empregar diferentes formas para subsidiar os educandos, como: a observação, o trabalho em campo, os jogos de simulação e desempenho de papéis, visitas a industria, fazenda, museus, projetos individuais e em grupos; palestrantes convidados, redação de cartas para autoridades, fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, e outras atividades que estimulem os educandos ao trabalho coletivo como musicas, desenhos, poesias, livros, jogos, dramatizações, histórias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e feiras, entre outras. Para atingir o objetivo geral da disciplina, em função do conteúdo específico apresentado, poderão ser utilizados os seguintes recursos metodológicos: livro didático, TV, Vídeo, Cartazes, textos de jornais e revistas, laboratório de Ciências, materiais alternativos (frascos, embalagens e utensílios domésticos, dentre descartáveis e/ou reutilizáveis). Entende-se que a disciplina de Ciências tem a principal função de estudar os fenômenos naturais por meio do tratamento de conteúdos específicos, de forma crítica e histórica e que todos os partícipes do processo de ensino aprendizagem possam colaborar para propiciar ao educando a busca da construção de sua 179 autonomia intelectual. A disciplina de Ciências deve proporcionar ao aluno uma interação maior com o meio, onde esse possa compreender o mundo através de seus desafios contemporâneos. A educação ambiental promove a reflexão das ações humanas nos ecossistemas deve contemplar todos os conteúdos trabalhandos em diferentes séries, o entendimento das relações etno-raciais juntamente com a cultura afrobrasileiros e africana pode ser abordado quando apresenta-se o conteúdo estruturante biodiversidade. Ao se trabalhar os sistemas biológicos é o momento de abordar questões que envolvam a Prevenção e o uso indevido de Drogas. AVALIAÇÃO No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permite que haja uma reflexão da prática pedagógica. Não é a fase no ciclo da aprendizagem, mas se constitui um processo, ou seja, uma sequência de eventos que devem ocorrer ao longo do desenvolvimento das atividades escolares. E a efetivação desse processo ocorrerá mediante os princípios da educação que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, porque é fundamental contemplar as necessidades de todos os educandos. Portanto serão inúmeras as estratégias de avaliação que podem ser desenvolvidas como: Avaliar o envolvimento do educando nas atividades executadas; Consolidar a avaliação diagnóstica; Selecionar conteúdos específicos para as provas, sendo eles, reflexivos, relacionais e compreensíveis; Empregar os conhecimentos adquiridos na resolução de problemas do cotidiano; Por fim, a avaliação determina um caráter que julga resultados da aprendizagem no contexto da sala de aula e para além dela, sendo importante recorrer à recuperação paralela nos momentos em que a aprendizagem revelou-se pouco efetiva, estabelecendo principalmente a dialogicidade como forma de autosustentação para determinar o grau de autonomia conquistado no espaço e no 180 tempo e avançar para novas conquistas que se graduam pelo amadurecimento da cidadania organizada. REFERÊNCIAS: BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental, Parâmetros curriculares nacionais: Ciências/Secretaria de Educação Fundamental- Brasília: MEC/SEF. CANTO, E.L- Ciências Naturais - Aprendendo com o Cotidiano- Editora Moderna. 1966. GOWDAK, D.- Ciências Novo Pensar- Editora FTD. BARROS, C. - Ciências - Editora Ática. 2006 FAVALI, L. D. - Projeto RADIX : Ciências – Editora Scipione- 2009. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Ciências, Versão Preliminar, 2008. 6.4 EDUCAÇÃO FÍSICA APRESENTAÇÃO A Educação Física como disciplina escolar passou por inúmeras transformações desde o século passado até o presente, teorias, propostas ou formas diferenciadas de tratar o conhecimento foram e ainda, são debatidas e institucionalizadas. Nesta apresentação, faremos uma breve viagem ao tempo para que possamos deixar clara a sua trajetória. As práticas pedagógicas escolares da Educação Física foram influenciadas pela instituição militar e pela medicina emergentes dos séculos XVIII e XIX. Os exercícios sistematizados pela instituição militar foram re-elaborados pelo conhecimento médico numa perspectiva pedagógica. Para atender os objetivos de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos, foram importados da Europa, práticas conformativas como o modelo de saúde e os sistemas ginásticos. Estes foram fundamentais para o surgimento e incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares. 181 Através do conhecimento médico-científico aumentou a eficácia mecânica, construindo, assim, corpos saudáveis e adaptando o sujeito ao processo produtivo que até então era o grande objetivo da disciplina. Surgia então, a Educação Física Higienista que pregava os princípios de um corpo forte e saudável. Na década de 30, utilizava-se o esporte como principal conteúdo da disciplina, promover o reconhecimento da pátria pela esportivização era o principio ideal. Foram criando grandes centros de treinamentos e a importação de especialistas de modalidades esportivas bem como, a oferta de bolsas de estudo no exterior para aprimoramento do conhecimento, desta forma, incentivando a prática desportiva para promover políticas nacionalistas. O esporte passou a ser, tratado com mais ênfase a partir de 1964 dominando os currículos escolares através do método tecnicista centrado em desempenho nas competições. Procurando a formação de atletas para chegar ao alto nível, com intenção de representar o país em competições. Com a Lei 5692/71 através do seu artigo 7 o e pelo Decreto 69450/71 a Educação Física passou a ter legislação especifica, sendo atividade escolar e regular e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino. Nas décadas de 70 e 80 surgem os movimentos denominados renovadores na educação física, a psicomotricidade ganha destaque entre os profissionais. Mas, com o passar do tempo nota-se que ela, na verdade promovia uma subordinação a outras disciplinas, contribuindo para a negação de conteúdos tidos como próprios da disciplina. A educação pelo movimento, como pregava ela, foi perdendo suas forças e em meados dos anos 80 surge a Educação Física “progressista” visando um movimento renovador na disciplina. Surgindo de propostas que dirigiram suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da esportivização. Destacam-se as abordagens as correntes ou tendências progressistas: Desenvolvimentista – defende a idéia que o movimento é o principal meio e fim da Educação Física (psicologia do desenvolvimento e aprendizagem). Construtivista – Fundamenta-se também na psicologia do desenvolvimento, incluindo as dimensões afetivas e cognitivas ao movimento humano. Crítico Superadora – o objetivo da área de conhecimento é a cultura corporal, concretizando-se nos seus diferentes conteúdos. O conhecimento é sistematizado em ciclos. 182 Crítico Emancipatória – concepção de movimento denominada de dialógica. A crítica se dá através de uma ressignificação do movimento, sem considerar questões sócio-econômicas. Na década de 90, após a elaboração do Currículo Básico, a Educação Física está embasada na pedagogia histórico-crítica da Educação. Tendência esta, denominada, por alguns teóricos, como Educações Físicas progressista, revolucionárias e críticas, com os fundamentos teóricos pautados no materialismo histórico-dialético. O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta pedagógica avançada com oferta de formação continuada, mas as mudanças nas políticas públicas do estado enfraqueceram a força político-pedagógica do Currículo Básico. Recaindo a ênfase na Educação Física nas dimensões tradicionais, ou seja, com enfoque biológico, mecânico ou na dimensão psicológica. A proposta curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física fundamentou-se na concepção histórico-crítica de educação procurando resgatar o compromisso social da ação pedagógica da Educação Física. Esta proposta representou um marco para a disciplina, destacando a importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como a expressão de identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica e cultural dos povos, relativos à ginástica, dança aos desportos, aos jogos, bem como, às atividades que correspondam às características regionais. O documento elaborado para o Ensino Fundamental pelo Ministério de Educação e do Desporto, concepção neoliberal, apresentou-se como um referencial curricular comum à elaboração de propostas curriculares com a função de subsidiar propostas dos Estados e Municípios. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física do Ensino Fundamental buscaram romper com as perspectivas da aptidão física, fundamentando em aspectos técnicos e fisiológicos, destacando as dimensões culturais, sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseada em concepções teóricas que discutem o corpo em movimento. Contudo não há coerência na proposta curricular contendo elementos da pedagogia construtivista 183 piagetiana, abordagem tecnicista com a idéia de eficiência e também a perspectiva da saúde e qualidade de vida do aluno pautada na aptidão física. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio, há uma desvalorização da teoria, em nome de questões imediatistas e abstratas, presentes na pedagogia das competências. Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física do Ensino Fundamental e Médio, trazem uma proposta acrítica com uma redação aparentemente progressista. Considerando os diversos momentos da Educação Física e perspectiva teórica torna-se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem estas diretrizes, procurando avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e continua aplicando à Educação Física à função de treinar o corpo, sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal. A prática das atividades físicas vem desde o princípio da história do homem que, para garantir sua subsistência, já praticava de forma espontânea aos atos de correr, marchar, lançar, saltar, arremessar, escalar atacar e defender. Portanto, a Educação Física escolar deve proporcionar acima de tudo, oportunidades no desenvolvimento através de experiências concretas de movimentos onde busque formas de expressão, onde se motive a realizar atividades corporais, onde esteja preparado para analisar, criticar e se posicionar frente às diferentes situações impostas pela sociedade, seja nos modelos, seja nas opiniões de massa, seja em qualquer situação. Ainda capaz de, desenvolver o interesse pelo esporte através de atividades voltadas a ampliar as habilidades do aluno e ainda conscientizá-lo da importância do trabalho em equipe, adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos, esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta, valorizando a questão regras, valorizar o trabalho de relacionamento de ambos os sexos, desenvolvendo a afetividade, o companheirismo e o respeito mútuo, desenvolver atividades motoras adequadas de acordo com a aptidão física do aluno, vivenciar experiências de competições esportivas que possam promover a compreensão quanto às decisões de grupo, percebendo a importância e a necessidade de se respeitar regras, analisar e perceber os próprios limites corporais na vivência dos movimentos rítmicos e expressivos, ginásticas, manifestações esportivas, jogos e brincadeiras, respeitando o desenvolvimento cultural e social de cada aluno. Importa que a educação física 184 escolar leve aos indivíduos viver plenamente sua corporeidade, com equilíbrio, criatividade e beleza construindo assim condições satisfatórias a humanização das relações humanas na escola, mas também na relação do meio em que vive para poder transformá-lo. Desta forma, assume se o grande objetivo, que é o da formação de um indivíduo integro frente à sociedade. E através da proposta pedagógica do Estado do Paraná, procurar resgatar ou impor um compromisso social da ação pedagógica da Educação Física, onde, vislumbra-se a transformação de uma sociedade fundada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária. CONTEÚDOS Os conteúdos estruturantes da Educação Física devem ser abordados em complexidade crescente sendo tratado sob uma abordagem que contemple os fundamentos da disciplina, em articulação com aspectos políticos, histórico, sociais, econômicos, culturais, valorizando assim o trabalho coletivo respeitando as diferenças do contexto. Deixa-se de lado a ênfase na competição, o rendimento e prioriza-se o envolvimento social e coletivo, imprescindíveis para a formação do educando mais humano e crítico. Portanto o ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve contemplar a técnica, a tática e regras básicas da modalidade, mas não se limitar a isso. É importante que o professor, possibilite a análise crítica do esporte em estudo. Os Jogos e brincadeiras são pensados de maneira complementar, mesmo cada um apresentando as suas especificidades. Além de seu aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as possibilidades de flexibilização das regras e da organização coletiva. Os trabalhos com os jogos e brincadeiras são de relevância para o desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de representação do real através de situações imaginárias. Tanto os jogos como brincadeiras são conteúdos que podem ser abordados conforme a realidade regional e cultural do grupo, tendo como ponto de partida a valorização das manifestações corporais próprias desse ambiente cultural. 185 Dessa maneira, como conteúdo estruturante da disciplina de Educação Física, os jogos e brincadeiras compõem um conjunto de intervenções dos alunos envolvidos nas diferentes atividades. Entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo. O objetivo de ensino desse conteúdo deve ser as diferentes formas de representação das ginásticas. Espera-se que os alunos tenham subsídios para questionar os padrões estéticos, a busca exacerbada pelo culto ao corpo e aos exercícios físicos, bem como os modismos que atualmente se fazem presentes nas diversas práticas corporais, inclusive na ginástica. Por meio da ginástica, o professor poderá organizar a aula de maneira que os alunos se movimentem, descubram e reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. As lutas constituem as mais variadas formas de conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de simbologias. As lutas devem ser abordadas de maneira reflexivas direcionada a propósitos, mais abrangentes do que somente desenvolver capacidades e potencialidades físicas. Dessa forma, os alunos precisam perceber e vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando sempre que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive. A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se concretizam em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais), folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras. Dessa maneira, é importante que o professor, reconheça que a dança se constitui como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar, pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a cooperação, entre outros aspectos. A cultura-afro brasileira constitui em conteúdo obrigatório frente a diferentes culturas trabalhadas na disciplina. Denomina-se cultura afro-brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que sofreram algum grau de influência da cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade. A cultura da África chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pelos escravos negros na época do tráfico de escravos. Trabalhar como componente curricular torna-se uma 186 obrigatoriedade para que nossos alunos conheçam, analisem e discutam sobre a contribuição destes povos nas diferentes culturas, seja na música, na culinária, na religião, no folclore e claro no esporte. As expressões de música afro-brasileiras mais conhecidas são o samba, maracatu, ijexá, jongo, carimbó, lambada e o maxixe. As Danças por sua vez possam e devem ser lembradas dentro do conteúdo estruturante dança. As lutas, também é um instrumento que deve ser trabalhado levando-se em consideração a cultura afro. Aproveitando se da capoeira, luta tipicamente afro, estabelecer um paralelo entre a prática e a historia de sua criação. Os diferentes esportes também devem ser abordados, afim de que possamos analisar a predominância do negro em determinados esportes, a discriminação, as conquistas frente a diferentes trajetórias históricas e outros assuntos que surgirão de acordo com o trabalho escolar. 187 CONTEÚDOS 6º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEUDOS ESPECIFICOS ABORDAGEM ESPECIFICAS COLETIVO FUTSAL, BASQUETEBOL, VOLEIBOL E HANDEBOL Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história; princípios dos esportes, elementos básicos constitutivos dos esportes (fundamentos); atividades pré desportivas: esportes com e sem materiais e regras adaptadas. INDIVIDUAL ATLETISMO Atletismo: Discutir sua história, citando e exemplificando os acontecimentos que contribuíram para sua criação. Dentro desse conteúdo, demonstrar as diferentes provas da modalidade, utilizando jogos de pegar, correr, saltar, jogos individuais e em grupos, corridas por tempo, jogos simulando competições de velocidade, resistências e saltos. ESPORTE CONTEÚDOS ARTICULADORES Cultura Corporal e Corpo; Cultura Corporal e Ludicidade; Cultura Corporal e Saúde; Cultura Corporal e Mundo do Trabalho. 188 JOGOSE BRNCADEIRAS JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES JOGOS DE TABULEIRO JOGOS COOPERATIVOS. - AMARELINHA, ELÁSTICO, PETECA E OUTROS - XADREZ, TRILHA, DAMA - VOLEIÇOL, CADEIRA LIVRE, DANÇA DAS CADEIRAS. Diferentes manifestações e tipos de jogos; jogos e brincadeiras com e sem materiais; brinquedos e brincadeiras tradicionais; 189 RITMICA CIRCENSE GERAL GINÁSICA DANÇA OS ELEMENTOS ARCO, FITA, CORDA E BOLA MALABARES JOGOS RITMICOS CRIATIVA ELEMENTOS DE FOLCLORICA MOVIMENTO QUADRILHA E FREVO. -Diferentes tipos de Ginástica: -ginástica rítmica: discutir com os alunos os diferentes tipos de aparelhos, vivenciar os fundamentos básicos como: saltar, equilibrar, girar, rolar, correr. Interagir com os elementos próprios da GR. - Ginástica circense: discutir com os alunos sobre o circo, como profissão e promoção do lazer. Em grupos executar na práica movimentos da cultura circense. * Higiene geral: definir higiene, o que é? Corpo sujo e corpo limpo, higiene corporal geral, higiene bucal, higiene do sono. Alimentação: Porque comemos? A alimentação e atividade física, sua importância e necessidade, alimentos e calorias e necessidade de uma alimentação equilibrada para uma vida saudável. A dança como possibilidade de manifestação corporal expressão corporal com e sem materiais; diferentes tipos de dança; Origem e histórico e contextualização. 190 DE APROXIMAÇÃO CAPOEIRA (ANGOLA) Origem, histórico e filosofia das diferentes formas de lutas e se possível vivenciar algumas manifestações; Jogos de oposição. COLETIVO FUTSAL, BASQUETEBOL, VOLEIBOL E HANDEBOL O sentido da competição esportiva; práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos; princípios dos esportes, noções de regras; possibilidades dos esportes como atividade corporal; · Futebol, handebol, voleibol, basquetebol, atletismo, tênis de mesa, futsal, LUTAS 7° ANO ESPORTE Cultura Corporal e Corpo; Cultura Corporal e Ludicidade; Cultura Corporal e Diversidade; Cultura Corporal e Mídia 191 INDIVIDUAL JOGOS E BRINCADEIR AS JOGOS POPULARES E BRINCADEIRAS JOGOS DE TABULEIRO JOGOS COOPERATIVOS ATLETISMO O correr e o andar são formas naturais de locomoção do ser humano. Utilizando se disso fazer com que o aluno associe formas naturais com formas institucionalizada desses movimentos; Levar o aluno a ter um conhecimento amplo sobre o esporte, afim de que ele possa analisar, discutir, interpretar dados organizacional, gestual, histórico, regras, e ainda fazer com que o aluno associe os gestos dos esportes com gesto do seu dia-adia. - Corridas de velocidade, resistência. - AMARELINHA, ELÁSTICO, PETECA E OUTROS - XADREZ, TRILHA, DAMA - VOLEIÇOL, CADEIRA LIVRE, DANÇA DAS CADEIRAS. Jogos e brincadeiras com e sem materiais; diferenças entre jogo, esporte e brincadeira; Jogos e brincadeiras da Cultura Africana e sua ressignificação nas práticas corporais afro-brasileiras; Jogos, brincadeiras e suas diferenças regionais. CRIATIVA ELEMENTOS DE FOLCLORICA MOVIMENTO DANÇA DE ATIVIDADES DE Danças tradicionais e folclóricas; Desenvolvimento de formas corporais rítmico 192 DANÇA GINÁSTICA RUA EXPRESSÃO CORPORAL QUADRILHA, HIPHOP expressivas; criação e adaptação de coreografias; construção de instrumentos musicais. RITMICA CIRCENSE GERAL OS ELEMENTOS ARCO, FITA, CORDA E BOLA MALABARES JOGOS RITMICOS Oportunizar a participação do maior número de pessoas em atividades físicas de lazer fundamentadas nas atividades de ginástica. Integrar várias possibilidades de manifestações corporais às atividades gímnicas; Oportunizar a auto-superação individual e coletiva, sem parâmetros comparativos com outros; Oportunizar a valorização do trabalho coletivo, sem deixar de valorizar a individualidade neste contexto. Conteúdo básico da disciplina, deve-se tornar obrigatório o estudo dessa modalidade, afim de que os alunos possam desmistificar que ginástica é só pra mulheres. Desenvolver no aluno, um senso critico a respeito da ginástica competitiva e a ginástica volta a saúde; O estudo da ginástica servirá pra 193 mostrar aos educandos que mesmo sem querermos praticamos a ginástica natural, através de nossos movimentos diários. Fazer com que o aluno demonstre atitudes de respeito junto ao professor, sociedade e colegas. Tornar um indivíduo critico quando o assunto é a alimentação saudável, aja visto que no mundo que nós vivemos, isso tona-se de extrema importância. DE APROXIMAÇÃO CAPOEIRA (ANGOLA) Origem das lutas, mudanças no decorrer da história; jogos de oposição. COLETIVO FUTSAL, BASQUETEBOL, VOLEIBOL E HANDEBOL Recorte histórico delimitando tempos e espaços no esporte; esporte e mídia; o esporte como fenômeno de massa; possibilidades dos esportes como atividade corporal: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico; práticas esportivas: esportes com e sem materiais; Esporte: benefícios e LUTAS 8º ANO ESPORTE Cultura Corporal e Desportivização; Cultura Corporal e Lazer. 194 malefícios à saúde; discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas. RADICAIS SKATE, RAPPEL E Esporte como atividade corporal. RAFTING. -Esporte; benefícios e malefícios para a saúde - conhecer o corpo uma questão de cultura; JOGOS E BRINCADEIR AS POPULARES JOGOS DE TABULEIRO JOGOS DRAMATICO S ATIVIDADES COM CORDAS, BETES, STOP, FITA E QUEIMADA. DAMA, TRILHA, RESTA UM, XADREZ, BANCO IMOBILIARIO. IMITAÇÃO E MIMICA. ESPORTE JOGOS E BRINCADEIRAS DANÇA GINASTICA Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brincadeiras e brinquedos; festivais; estratégias de jogo. CRIATIVAS ELEMENTOS DE DANÇAS MOVIMENTO E CIRCULARES EXPRESSÃO CORPORAL FOLCLÓRICA E SAGRADA Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança; RITMICA, CIRCENSE Discussão dos diferentes tipos de ginásticas ; - movimentos básicos da ginástica rítmica, movimentos com e sem elementos; - discussão sobre a ginástica ELEMENTOS (ARCO, FITA, CORDA E BOLA) MALABARES, TRAPEZIO. 195 artística bem como, seus equipamentos e tipos de movimentos; - discussão sobre circo, atividades circense, ginástica circense, piruetas e malabares - Força muscular: conceito, tipo de força, diferentes atividades de força; -Resistência muscular: conceito, tipo de força, diferentes atividades de força; - Lesões na pratica: tipo de lesões, gravidade das lesões. LUTAS LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR CAPOEIRA ESGRIMA KENDÔ CAPOEIRA ANGOLA E REGIONAL. Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de luta e se possível vivenciar algumas manifestações. 196 9º ANO COLETIVO FUTSAL, BASQUETEBOL, VOLEIBOL E HANDEBOL RADICAIS BUNGEE Diferentes linhas da Educação JUMPING, SURF E Física: TREKING. - A importância da atividade física na vida dos seres humanos - Diferentes tipos de esportes radicais - Rappel, surf e skate, elementos usados em sua prática, noções básicas do esporte JOGOS DE TABULEIRO JOGOS DRAMÁTICO SE COOPRERATI VOS XADREZ, DAMA E TRILHA. JOGOS DRAMATICOS: INTERPRETAÇÃO ATIVIDADES E DINAMICAS DE COOPERAÇÃO ESPORTE JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos; Princípios dos esportes, táticas e regras; o sentido da competição esportiva; súmulas, noções e preenchimento; organização de festivais esportivos; análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brincadeiras e brinquedos; festivais; estratégias de jogo. Cultura Corporal – técnica e tática; Cultura Corporal e Saúde; Cultura Corporal e Mídia. 197 DIVERSAS. DANÇA CRIATIVAS E IMPROVISAÇÃO CIRCULARES RITMO ATIVIDADES DE EXPRESSÃO CORPORAL CONTEMPORANEAS E SAGRADAS. Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança; elementos e técnicas de dança; organização de festivais. RITMICA E GERAL OS 5 ELEMENTOS, ATIVIDADES DE SOLO JOGOS GIMINISTICO E ATIVIDADE DE CONDIÇÃO FISICA GERAL Recorte Histórico Ginástica Rítmica: 5 elementos (corda, arco, fita, maças e bola) movimentos com os elementos, montagem de série. - Definição e aplicabilidade de: Força, Flexibilidade, equilíbrio, coordenação motora e noção espaço temporal. Ginástica Geral: Jogos gímnicos, movimentos de corrida, de salto, de queda, giro, parada de Mão de cabeça. INSTRUMENTO MEDIADOR CAPOEIRA ESGRIMA CAPOEIRA ANGOLA E REGIONAL. Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais; lutas x artes marciais; artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias; apropriação da luta pela indústria cultural. GINASTICA LUTAS 198 ENSINO MÉDIO 1º ano CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BASICOS COLETIVO FUTSAL, BASQUETEBOL, VOLEIBOL E HANDEBOL INDIVIDUAL TENIS DE MESA, ATLETISMO JOGOS DE TABULEIRO JOGOS DRAMATICOS JOGOS DE RACIOCÍNIO JOGOS DE INTERPRETAÇÃO ESPORTE JOGOS E BRINCADEIRAS CONTEUDOS ESPECIFICO ABORDAGEM ESPECIFICAS Sistemas de jogo Pratica do jogo Regras oficiais Mini-eventos Influência da mídia, da ciência e da Indústria Cultural no Esporte; Doping e recursos ergogênicos; Nutrição; CONTEÚDOS ARTICULADORES Cultura Corporal Corpo; Cultura Corporal Ludicidade; Cultura Corporal Saúde; Cultura Corporal Mundo do Trabalho; Cultura Corporal Desportivização; Cultura Corporal Técnica e Recorte histórico Análise de movimento de diferentes Tática; provas, competições, capacidades Cultura Corporal Lazer; físicas envolvidas e predominante, Cultura Corporal atividades de lazer e de competição Diversidade; A apropriação dos jogos pela indústria Cultural; Dinâmicas de grupo promovendo a aproximação e respeitando as individualidades; 199 DANÇA FOLCLÓRICAS SALÃO QUADRILHA E SAMBA DE RODA SAMBA E VANERÃO GINÁSTICA ARTISTICA CONDICIONAM ENTO FISICO APARELHOS Influência da Mídia, da ciência e da ALONGAMENTO E Indústria Cultural na Ginástica; GINASTICA AERÓBICA LUTAS APROXIMAÇÃO JUDÔ, SUMÔ E LUTAS QUE KARATÊ, MANTENHAM TAEKWONDO. DISTÂNCIA Ritmos e Expressões culturais por meio da dança; Aspectos Históricos e Filosóficos e as características das diferentes manifestações das lutas; Diferença entre lutas e artes marciais; Apropriação das lutas pela Indústria Cultural; 2º ANO CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BASICOS COLETIVO ESPORTE CONTEUDOS ESPECIFICO FUTSAL, BASQUETE-BOL, VOLEIBOL E HANDEBOL ABORDAGEM ESPECIFICAS Recorte histórico Sistemas de jogos Esporte rendimento e esporte lazer, diferentes capacidades físicas, Diferença entre esporte da escola, esporte rendimento e a relação entre esporte e lazer; CONTEÚDOS ARTICULADORES Cultura Corporal Corpo; Cultura Corporal Ludicidade; Cultura Corporal Saúde; Cultura Corporal Mundo do Trabalho; Cultura Corporal Desportivização; 200 JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES DANÇA GINASTICA INDIVIDUAL ATLETISMO E TENIS DE MESA Analise, discussão, pratica, eventos competitivos, saúde e rendimento, comparações de rendimento. RADICAIS SKATE BUNGEE JUMPING E SURF Análise, discussão de diferentes esportes. JOGOS DE TABULEIROS JOGOS COOPERATIVOS JOGOS DE RACIOCÍNIO ATIVIDADES DE COOPERAÇÃO Vivencia de diferentes jogos motores, dinâmicas cooperativas, analise e discussão de seus objetivos. DANÇA FOLCOLÓRICA DANÇA DE SALÃO QUADRILHA DANÇA DE FITA VALSA XOTE Diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento; OLIMPICA CONDICIONA MENTO FISICO TÉCNICAS DE Questões biológicas, ergonômicas APARELHOS e fisiológicas que envolvem a ATIVIDADES DE ginástica. PREVENÇÃO E DOENÇAS OCUPACIONAIS E POSTURAIS. Cultura Corporal Técnica-tática; Cultura Corporal Lazer; Cultura Corporal Diversidade; Cultura Corporal Mídia; 201 LUTAS LUTAS COM APROXIMAÇÃO LUTAS QUE MANTEM DISTÂNCIA JIU-JITSU E LUTA OLIMPICA. MUAY THAI E BOXE Aspectos filosóficos, postura ética, vivencia de movimentos, analise e discussão. 3º ANO CONTEUDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BASICOS CONTEUDOS ESPECIFICO ABORDAGEM ESPECIFICAS COLETIVO FUTSAL, BASQUETEBOL, VOLEIBOL E HANDEBOL Organizar e vivenciar atividades esportivas com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento; a função social do esporte; Regras, sistemas de jogo, movimentações; INDIVIDUAL ATLETISMO TENIS DE MESA Vivencia pratica de diferentes tipos de corridas, analise de diferentes capacidades físicas, lazer, saúde. Mini-eventos. RADICAIS RAPPEL E SKATE Discussão da pratica, analise de vídeo, visitas em eventos. ESPORTE CONTEÚDOS ARTICULADORES Cultura Corporal Corpo; Cultura Corporal Ludicidade; Cultura Corporal Saúde; Cultura Corporal Mundo do Trabalho; Cultura Corporal Desportivização; Cultura Corporal Técnica e Tática; Cultura Corporal Lazer; Cultura Corporal Diversidade; Cultura Corporal Mídia; 202 JOGOS E BRINCADEIRAS JOGOS DE JOGOS DE RACIOCÍNIO E DE TABULEIRO CRIAÇÃO. JOGOS DINAMICAS DE COOPERATIV COOPERAÇÃO OS MÚTUA Vivência prática de diferentes dinâmicas, jogos analisando e discutindo sobre suas diferentes contribuições, seja social, mental e saúde. DANÇA DANÇA RUA DANÇA DE SALÃO BREAK E FUNK VALSA E FORRÓ Vivencia, analise e discussão de diferentes ritmos. GINASTICA ARTISTICA GERAL CONDICIONA MENTO FISICO ADAPTAÇÃO PRATICA DOS APARELHOS JOGOS GIMINISTICO ATIVIDADES VOLTADAS A SAÚDE Análise de diferentes tipos de ginásticas, perigos, benefícios, a ideal, o ritmo, intensidade, capacidades motoras exigidas ou desenvolvidas. LUTAS DE LUTA OLIMPICA E APROXIMA- SUMÔ ÇÃO ESGRIMA COMO INSTRUMENTO MEDIADOR Diferentes ritmos, golpes, posturas, condução e formas de deslocamento; Liberdades e Limites do corpo nos golpes 203 METODOLOGIA DA DISCIPLINA A sistematização dos conteúdos possibilita que o aluno adquira conhecimentos diversos no que toca o campo da Educação Física. Conhecimentos estes, que foram construídos ao longo do tempo por diferentes gerações e que chegam a nós como verdades a serem seguidas, discutidas, analisadas e praticadas. Portanto, desenvolver o conhecimento através de uma metodologia que tenha como eixo central a construção do conhecimento que leva em consideração a teoria e práxis. É preciso levar em conta aquilo que o aluno traz como referência acerca do conteúdo proposto. Uma primeira leitura da realidade, uma preparação e mobilização do aluno para construção do conhecimento escolar. Reconhecendo que a dimensão corporal é resultado de experiências objetivas fruto de nossa interação social nos diferentes contextos em que se efetiva, sejam eles a família, a escola, o trabalho e o lazer. Em outras palavras, devemos seguir os passos da metodologia históricocrítica que pregam as DCE (Diretrizes curriculares Estadual) que são: pratica social inicial, problematização, instrumentalização, e prática social final. Partimos do ponto que o aluno sabe o conhecimento prático, para transformarmos o que ele não sabe conhecimento científico. Ainda, para condução do trabalho, devemos nos dispor de todos os tipos de recursos que a escola nos oferece. Desta forma, cito a metodologia empregada nos usos de diferentes recursos: Aulas expositivas: Em sala de aula os temas serão expostos no quadro ou através de cartazes com imagem ou escritas para melhor entendimento do assunto. Aulas Práticas: constituem-se como um recurso imprescindível para o bom direcionamento as aulas. Utilizando-se dos diversos conteúdos contidos no planejamento, serão traçadas estratégia que propicie ao aluno a vivência das diversas culturas corporais. Debates: Serão utilizados assuntos que instiguem os alunos a debaterem com idéias ou ações para melhor compreensão dos conteúdos. Pesquisas: utilizada em diferentes momentos das aulas para melhor compreensão dos conteúdos vistos, e estimular os alunos pela leitura e investigação 204 de temas propostos, afim de que tragam dúvidas, conceitos ou soluções de problemas encontrados. Serão utilizados ainda como recursos na execução desse planejamento diversos materiais que auxiliarão no encaminhamento do processo pedagógico a ser citado: Jornais/revistas: Serão utilizados para ilustrar com figuras ou simplesmente corroborar com as discussões realizadas em sala de aula. Aja visto que as revistas e jornais muitas vezes trazem temas que retratam o período atual de diversos acontecimentos. Quadro/giz: Material utilizado para esboçar, descrever sobre os temas abordados em sala de aula. Vídeos: Com a TV – pendraive colocada a disposição das salas de aulas e com o laboratório de informática a disposição de todos os professores, a organização de vídeo-aula, torna-se uma necessidade para bom entendimento do aluno nos conteúdos propostos. Bolas/quadra/cones/bambolês: Tabuleiro de Xadrez, Dama, Trilha, Dominó. Raquetes e bola de tênis de mesa: Materiais extremamente necessários para a aplicação dos conteúdos trabalhados de acordo com o planejamento. Aparelho de som: utilizado nas aulas de ginástica e de expressão corporal para melhor entendimento do conteúdo. Ainda, a disciplina de Educação física deve oferecer ao aluno um momento de debate, analise e criticidade frente a diferentes assuntos que norteie o dia-a-dia do educando. Assuntos esses que denominamos desafios contemporâneos a ser citado: Educação Ambiental – entendem-se os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade, constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem como de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. Educação Fiscal – com o objetivo de promover e institucionalizar a educação fiscal para o pleno exercício da cidadania, sensibilizar o cidadão para a função socioeconômica do tributo, levar o conhecimento ao cidadão sobre administração pública e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. Cultura Afro-Brasileira e Africana – procurando conhecer a cultura dos povos e suas 205 interações através de atividades que possuem origem em povos afros revelando seus costumes e tradições. Diversidade sexual: propiciar um momento para que possamos refletir sobre a diversidade sexual, afim de que possamos entender, respeitar e agir de forma consciente sobre a orientação de cada um. AVALIAÇÃO A prática avaliativa nesta disciplina será um processo contínuo, permanente e cumulativo para aluno e professor repensarem sua prática, revisando o trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o objetivo de replanejar e propor encaminhamentos. Como critério de avaliação será observado: O comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Participação das atividades teóricas e práticas respeitando as regras, a organização, os colegas e o professor, com responsabilidade, interesse e pontualidade. Interação com seus colegas sem estigmatizar ou discriminar por razões físicas, sociais, culturais ou de gênero. Estabelecimento de algumas relações entre a prática de atividade corporal e a melhora da saúde individual e coletiva. Capacidade de criação e resolução de situações problemas e apreensão dos objetivos inicialmente traçados pelo professor; Valorização e apreciação das diversas manifestações da cultura corporal, identificando suas possibilidades de lazer e aprendizagem. Instrumentos de Avaliação: Pesquisas Escolares; Trabalhos individuais e em grupos; Provas escritas; Provas práticas; Produção de textos (cartazes, folders, relatórios) A recuperação de estudos acontecerá conforme disposto no Projeto Político Pedagógico da Escola tendo como foco privilegiar a aprendizagem do aluno com a 206 retomada dos conteúdos por meio de novas abordagens metodológicas e novos instrumentos de avaliação. REFERÊNCIAS BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n. 9.394/96, de 20/12/96 BREGOLATO, Roseli Aparecida – Textos de Ed. Física para sala de aula. Assoeste, 1994. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez,1992. GONÇALVES, Maria Cristina. Aprendendo a Educação Física. Bolsa nacional do livro. 1996. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física Paraná, 2008 TEIXEIRA, Hudson Ventura – Educação Física e Desportos. Ed. Saraiva, 1997. 6.5 ENSINO RELIGIOSO APRESENTAÇÃO No princípio a escolarização do Ensino Religioso, no Brasil, caracterizou-se pelo modelo catequético. Essa diretriz de ensino se fazia na escola pela memorização e reprodução de perguntas e respostas da doutrina cristã católica. As mudanças no plano econômico, social, político e cultural da sociedade moderna influenciaram as transformações do currículo de Ensino Religioso. Nesse sentido o quadro foi aprimorado de maneira a atender a demanda do indivíduo em seu desenvolvimento humano. Desta forma o Ensino Religioso é compreendido como a educação da cultura religiosa dos brasileiros, a qual organiza os aspectos da tradição deste povo. Isso é reconhecido pelo artigo quinto da Constituição (1988): “É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias”. 207 O mistério da criação do mundo, o surgimento do homem, dos animais e de todas as matérias que compõem o universo, são questionamentos que remontam a antiguidade. Em sua tentativa de compreender a existência humana o homem se relaciona com o Sagrado, objeto de estudo do Ensino Religioso. Todas as religiões, culturas e nações procuram de alguma forma responder essas perguntas. Os egípcios afirmam que o mundo foi criado a partir de Num (deus-oceano semelhante ao Rio Nilo) o qual deu origem a Atum (senhor todo poderoso) e dele nasceram dois filhos Chu (ar) e Tefnut (umidade), geradores de Geb (terra seca) e Nut (céu). A Grécia respondeu afirmando que os titãs, deuses e homens surgiram a partir do casamento entre Gaia (terra) e Urano (céu). A narrativa hebraica da criação está registrada na Genesis da Bíblia Sagrada, sendo Deus Javé o criador da Terra e de tudo que nela existe. Os apontamentos mencionados demonstram que quer sejam indígenas, africanos, gregos, orientais, grandes ou pequenas, novas ou antigas todas as religiões tem respostas próprias sobre o tempo da criação do mundo e, é nesse momento que reconhecemos a diversidade religiosa no mundo. Refletir sobre a origem, o desenvolvimento histórico, os fundadores, os textos, espaços e tempos sagrados, a relação do homem com o sagrado e o profano, as datas religiosas são algumas das intenções do Ensino Religioso. Nesse sentido, o historiador Mircea Eliade define o sagrado como aquilo que é totalmente diverso do profano e que se manifesta por meio de uma hierofania (algo do sagrado se nos revela). Há um paradoxo em toda hierofania, pois, quando um objeto manifesta o sagrado, ele se torna outra coisa sem, contudo, deixar de ser ele mesmo. (ELIADE, 1992, p. 13) A definição do Sagrado como objeto de estudo do Ensino Religioso tem como objetivo a compreensão, o conhecimento e o respeito das expressões religiosas advindas de culturas diferentes, inclusive das que não se organizam em instituições, e suas elaborações sobre o fenômeno religioso. (DCE‟s, 2009, p. 56) Sob todas as suas formas, as religiões acompanham a história da humanidade, inspirando até mesmo expressões contemporâneas da literatura e das artes plásticas e cênicas. As religiões expressam o cotidiano cultural religioso de um país, logo a riqueza e os conflitos decorrentes da diversidade religiosa são os elementos essencias para construção de saberes importantes a formação básica do aluno. 208 Considerando, ainda, a importância da disciplina por evidenciar ao aluno sua diferenciação como homem. Alguns animais podem sobressair-se em certas atitudes, tais como agudeza ou percepção sensitiva, mas nenhum, que se saiba, tem dado prova alguma de vida religiosa, nem de ter feito algo que lembre uma preparação para vida depois da morte. Segundo Peter Berger, Como os outros mamíferos, o homem está em um mundo que precede o seu aparecimento. Mas à diferença dos outros mamíferos, este mundo não é simplesmente dado, pré-fabricado para ele. O homem precisa fazer um mundo para si (BERGER,1985, p.18). Berger com a obra “Dossel Sagrado” realiza uma análise sociológica da religião, baseando seu pensamento em três grandes autores: Marx, Durkhein e Weber. Ele define sagrado como algo conhecido pelo homem e que tem um poder misterioso. Isso o leva a concluir que contrário do sagrado é o profano, e esta dicotomia finda em marcar a religião, reduzindo a vida a estas duas esferas. Entre os caçadores nômades e os agricultores sedentários existe diferente experiência religiosa que se explica pela economia, cultura e organização social – numa palavra, pela história. Contudo, há uma similitude de comportamento mais importante do que suas diferenças: tanto uns como outros vivem num Cosmos sacralizado. O homem religioso conhece intervalos de tempo que são “sagrados”, pois não participam da duração temporal que os precede e os sucede. O sagrado não é homogêneo nem contínuo. Existe o tempo das festas (na sua grande maioria, festas periódicas); por outro lado, há o Tempo profano, a duração temporal ordinária na qual se inscrevem os atos privados de significado religioso. A Religião, portanto, dá a uma pessoa aquilo que lhe é impossível receber de qualquer outra fonte: fé, expressada na união pessoal com o sagrado, o ganz andere. Por outro lado como nem toda realidade é religiosa, cabe ao professor: “possibilitar ao educando conhecimentos a respeito não só da experiência do sagrado e também das organizações religiosas, bem como de fundamentos de vida não religiosos, que também levam à compreensão da realidade”. (Caderno Pedagógico, 2008, p. 10) 209 JUSTIFICATIVA "Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender e, se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar." (Nelson Mandela) A pluralidade, construída por várias raças, culturas, religiões, permite que todos sejam iguais, cada um com suas diferenças. É o que faz do Brasil, Brasil. Certamente, deveríamos, pela diversidade de nossa origem, pela convivência entre os diferentes, servir de exemplo para o mundo. No Brasil de hoje, a intolerância religiosa não produz guerras, nem matanças. Entretanto, muitas vezes, o preconceito existe e se manifesta pela humilhação imposta àquele que é “diferente”. Outras vezes o preconceito se manifesta pela violência. No momento em que alguém é humilhado, discriminado, agredido devido à sua cor ou à sua crença, ele tem seus direitos constitucionais, seus direitos humanos violados; este alguém é vítima de um crime – e o Código Penal Brasileiro prevê punição para os criminosos. O Brasil é um país que possui uma rica diversidade religiosa e, portanto, o conteúdo tratado na disciplina de Ensino Religioso contribuirá para a superação do preconceito à ausência ou a presença de qualquer crença religiosa. Considerando, que o espaço não é o da legitimação da manifestação do sagrado, mas de pesquisa, ensino e aprendizagem do outro em sua crença. Sabemos que, o sujeito é fruto de seu tempo histórico e das relações sociais que mantém, por isso, atua no mundo a partir do modo como o compreende. Ao definir qual formação que se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui para determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza, um forte caráter político. Fundamentando-se nos princípios teóricos expostos, propõe-se que o currículo da Educação Básica ofereça, ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo. (DCE‟s, 2009, p. 20)E, nessa perspectiva é que está centrado o Ensino Religioso. 210 OBJETIVOS Reconhecer as principais diferenças entre as “aulas de religião” e o Ensino Religioso como disciplina escolar; Entender como os grupos sociais se organizam culturalmente e como se relacionam com o Sagrado; Estabelecer relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de religiosidade; Superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por conseqüência, o direito à liberdade individual e política; Compreender o processo de origem, doutrina e precursores das maiores e mais antigas Religiões Mundiais. Fornecer conhecimentos e ferramentas para auxiliar o aluno na identificação de diferenças e similaridades entre as principais religiões. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – 6º ANO E 7º ANO Paisagem Religiosa; Universo Simbólico Religioso; Textos Sagrados CONTEÚDOS BÁSICOS PARA 6º ANO: Organizações Religiosas; Lugares Sagrados; Textos Sagrados orais ou escritos; Símbolos Religiosos CONTEÚDOS BÁSICOS PARA 7º ANO: Temporalidade Sagrada; Festas Religiosas; Ritos; Vida e Morte 211 METODOLOGIA O professor pode propor uma pesquisa na internet sobre as tradições religiosas apresentadas em sala de aula e indicar para aos alunos as seguintes tarefas: Identificar como está organizada a hierarquia das tradições religiosas representadas, relacionando seus principais líderes e/ou fundadores. Poderá, ainda, fazer um painel com fotografias ou figuras adquiridas sobre o conteúdo estudado. Pode-se, também, organizar uma exposição na escola com cantos, poemas e cópias de textos sagrados, convidando a comunidade escolar para participar, passar recortes de filmes e vídeos disponíveis no site do NRE ou na própria internet utilizando a TV Multimídia, e propor a confecção de alguns símbolos para encenar pequenas dramatizações sobre os conteúdos estudados em sala. AVALIAÇÃO No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. (DCE‟s, 2009, p. 67) O critério consiste em construir no aluno uma cultura de respeito à diversidade religiosa. Compreender as organizações religiosas, conhecendo e identificando seus líderes/fundadores. Distinguir os locais Sagrados, os textos Sagrados, as festas religiosas, os símbolos, os ritos, a temporalidade Sagrada, e o entendimento de vida e morte dentro de cada organização religiosa já trabalhada. Entender como o Sagrado se manifesta em cada organização. Os instrumentos de avaliação são: trabalho de pesquisa, confecção de painel, exposição de poemas e textos sagrados, apresentação de peças de teatro, pequenas dramatizações, seminários, debates, prova escrita e outros. Considerando, que o ensino-aprendizagem é um processo contínuo, serão implementadas práticas avaliativas com a intenção de acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno. Diante dos resultados o professor poderá 212 planejar as intervenções necessárias ao processo pedagógico. Como por exemplo: retomar as desapropriações identificadas na aprendizagem do aluno e auxiliá-lo na interpretação e compreensão do conteúdo estudado. Ao professor compete observar, indagar e levantar contradições a fim de levar o aluno a descobrir soluções, e compor novas estruturas de raciocínio. REFERÊNCIAS BERGER, Peter. O dossel sagrado. Elementos para uma teoria sociológica da religião. São Paulo: Editora Paulus, 1985. ELIADE, M. O Sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Disponível em: http://www.xiconhoca.net/MirceaEliade/OSagradoEOProfano.pdf. Acesso em: 29/04/2011. GADOTTI, M. História das idéias pedagógicas. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2004. GEERTZ, Clifford James. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1989. GRENZ, Stanley J.; GURETZKI, David; NORDLING, Cherith Fee. Dicionário de Teologia. São Paulo: Editora Vida, 2005. Secretaria De Estado Da Educação Do Paraná. Departamento De Educação Básica. Diretrizes Curriculares Da Educação Básica Ensino Religioso. Governo do Estado: Paraná, 2009. Secretaria De Estado Da Educação Do Paraná. Departamento De Educação Básica. Caderno Pedagógico do Ensino Religioso. Governo do Estado: Paraná, 2008. 6.6 FILOSOFIA APRESENTAÇÃO A filosofia se constituiu como pensamento racional e sistemático ha mais de 2600 anos. A historia desse pensamento traz consigo o problema de seu ensino, de modo que a questão pedagógica do conhecimento filosófico e uma temática tão antiga quanto a filosofia. 213 O problema já estava presente no embate entre o pensamento de Platão e as teses dos sofistas. Naquel momento, tratava-se de saber a relação entre o conhecimento e o papel da retórica do ensino. Platão admitia que, sem uma noção básica das técnicas de persuasão, a pratica do ensino da filosofia teria um efeito nulo sobre os jovens. Por outro lado, ele também pensava que se o ensino de filosofia se limitasse a transmissão de técnicas de sedução do ouvinte por meio de discursos, o perigo seria outro: a filosofia favoreceria posturas nada elegantes, como o relativismo moral ou o uso pernicioso do conhecimento. E por isso que a delimitação de uma boa estratégia para o ensino de filosofia e um tema bastante debatido na historia da filosofia. A preocupação maior e garantir que as metodologias de ensino não deturpem o conteúdo da filosofia. A ideia de quem as áreas como, por exemplo, moral e política, praticamente não existem verdades absolutas e uma tese frequentemente defendida pelos filósofos. Dai a importância que o ensino desses temas da ao exercício de analisar conceitos morais antigos e modernos, medir perspectivas epistemológicas, identificar fontes de ideias, etc. Ocorre que, ao levar para a sala de aula a discussão sobre esses temas, será inevitável o estranhamento que a ausência de conclusões definitivas provocara nos estudantes. Essa e uma característica da filosofia que deve, antes de tudo, ser muito bem compreendida e, de preferência, como lição preliminar a qualquer conteúdo filosófico. A Filosofia se apresenta como exercício que possibilita ao estudante desenvolver estilo próprio de pensamento. O ensino de Filosofia e um espaço para analise e criação de conceitos, que une a filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita. A filosofia caracteriza-se pela capacidade de indagação e crítica; qualidades de sistematização, de fundamentação; combate a qualquer forma de dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, alem da defesa radical da emancipação humana do pensamento e da ação livres de qualquer forma de dominação. Se perguntarmos a um matemático, a um historiador ou a qualquer outro homem de saber, que corpo exato de verdades a sua ciência descobriu, a sua resposta durará o tempo que estivermos dispostos a escuta-la. Mas se colocarmos a mesma questão a um filosofo, se for sincero terá de confessar que o seu estudo não 214 chegou a resultados positivos como aqueles a que chegaram outras ciências. E verdade que isto se explica em parte pelo fato de que assim que se torna possível um conhecimento exato acerca de qualquer assunto, este assunto deixa de se chamar filosofia e passa a ser uma ciência separada. Isso não significa que a filosofia seja uma área do saber cujo trabalho termina tão logo a ciência encontre uma resposta eficaz para um problema. Embora trabalhe com os mesmos problemas, a abordagem filosófica e diferente. A filosofia e uma atividade que se ocupa de questões cujas respostas estão longe de serem obtidas pela ciência. Russell diz que problemas como a estrutura do universo, a origem das noções de bem e mal, os efeitos que a consciência humana projeta sobre o mundo, etc., são temas discutidos mais propriamente pela filosofia, porque eles ainda são desafiantes e carecem de respostas. O ensino da filosofia terá neste estabelecimento de ensino, o caráter de desenvolver o pensamento critico do educando e para isso usara de diversas metodologias e buscara conhecimento em diferentes fontes e autores, com vistas a alcançar os objetivos propostos por esta disciplina, contemplando a historia da cultura afro-brasileira, a cultura indígena, a história do Paraná, o meio ambiente e o Programa Nacional de Educação Fiscal. De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia (2008), sabe-se que no Brasil, a Filosofia, enquanto disciplina escolar, figura nos currículos escolares desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais, podemos delimitar quatro grandes períodos do ensino de filosofia no Brasil: 1500 – 1889: predominância do ensino jesuítico, sob as leis do Ratio Studiorum. Nessa perspectiva, a filosofia era entendida como instrumento de formação moral e intelectual, sob os cânones da Igreja Católica e do poder cartorial local; 1889 – 1961: durante este período, a filosofia fez parte dos currículos oficiais inclusive figurando como disciplina obrigatória. Esta presença não significou, porem, um movimento de critica a configuração social e política brasileira que, nesse período, oscilou entre a democracia formal, o populismo e a ditadura. 1961 – 1985: com a Lei 4024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória e, sobretudo, com a lei 5692/71, em pleno regime militar, o currículo escolar não da espaço para o ensino e estudo da filosofia. A filosofia desaparece totalmente dos currículos escolares do Ensino Médio durante a ditadura militar, principalmente por 215 não servir aos interesses econômicos e técnicos do momento, que visavam formar um cidadão produtivo, porem não critico. O pensamento critico deveria ser reprimido, bem como as possíveis ações dele decorrentes. 1985 aos dias atuais: durante as duas ultimas décadas, o ensino de filosofia do nível médio tem sido amplamente discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais (Resolução CEB/CNE n. 3/98 e PCNEM de 1999) seja mantê-lo em posição de saber transversal as disciplinas do currículo. A LDB de 1996, no art. 36, determina que, ao final do Ensino Médio, o estudante devera “dominar os conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal dos conteúdos filosóficos, que aparece com bastante clareza na Resolução 03/98 DCENEM, não cumpre a exigência da LDB quanto a necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, uma vez que joga a filosofia para a transversalidade. Esta disciplina, a partir de 2007, tornou-se obrigatória em âmbito nacional e certamente iniciou o seu processo de consolidação, já que e no espaço escolar que a filosofia pode exercer aquilo que lhe e próprio: o exercício do pensamento critico, da resistência, da criação e reelaboração do conhecimento. A filosofia torna vivo esse espaço escolar, povoando-o de sujeitos que exercitam sua inteligência buscando, no diálogo e no embate entre as diferenças, a sua convivência e a construção da sua história. OBJETIVOS GERAIS O tratamento da Filosofia – e sua inserção no Ensino Médio – responde a uma demanda social que requer, dos sujeitos, a tomada de posições, que tenham autonomia nos julgamentos, que confrontem argumentos e respeitem a palavra do outro. A Filosofia, entendida como um conjunto de conhecimentos que recebem um tratamento disciplinar, tem seu lugar na formação do jovem estudante do Ensino Médio. A presença dessa disciplina no currículo do Ensino Médio justifica-se, também, pela sua inegável capacidade de dialogar com outras disciplinas e contribuir para reafirma-las enquanto momento de um processo de formação orgânico, cumulativo, criativo e critico que chamamos de educação. 216 Assim, a disciplina de Filosofia ira contribuir, em especial, para a ressignificação da experiência do aluno, para afirmar sua singularidade e problematizar seus valores, formando-o para uma leitura de olhar mais críticos sobre a realidade. Contribuir na formação de sujeitos livres, porque, alem da abertura para reflexão sobre temas relacionados a política, a ética, a estética, a ciência, ao conhecimento e a existência, irá possibilitar aos educandos o acesso as produções teóricas e culturais da Filosofia elaboradas pela humanidade. Para que estes objetivos sejam alcançados serão estudados diferentes textos filosóficos, fazendo-se discussões e debates para que os educandos consigam analisar criticamente textos escritos e saibam argumentar sobre os mesmos e tenham condições de compreender sua realidade a partir de estudo teórico e possam agir sobre a mesma. Assim, podemos afirmar que o aprendizado dos conteúdos, como mediadores da reflexão filosófica, deve recorrer, necessariamente, a tradição filosófica, confrontando diferentes pontos de vistas e concepções, de modo que o estudante perceba a diversidade de problemas e de abordagens. Num ambiente de dialogo investigativo, de re-descobertas e recriações, pode-se garantir aos educandos a possibilidade de elaborarem, de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de respostas. Nesse sentido, cabe ao ensino da filosofia mobilizar os discentes para o conhecimento, problematizando, investigando e criando conceitos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Os conteúdos estruturantes serão: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética. Sendo que: Mito e Filosofia será o conteúdo de introdução a Filosofia, seguido pela Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Filosofia da Ciência e Estética. 217 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1º ANO MITO E FILOSOFIA Origem da Filosofia Etimologia do termo “Filosofia” Condições históricas e sociais que contribuíram para o surgimento da filosofia. Condições para o surgimento da Filosofia Importância da Filosofia Definições de Filosofia Objeto da Filosofia Reflexão crítica SABER FILOSÓFICO características da filosofia inicial; condições históricas, políticas e culturais para o surgimento da Filosofia; filosóficos pré-socráticos (possibilidade de trabalho com fragmentos de textos). SABER MÍTICO o que e mito? Características do mito; funções do mito; mitos e rituais gregos; mitos e rituais de outros povos. RELAÇÃO MITO E FILOSOFIA mito e filosofia: formas de conhecimento do real; passagem do mito para filosofia 218 surgimento da filosofia: ruptura abrupta do conhecimento mítico ou formação progressiva de uma nova forma de conhecimento. As implicações político-sociais do surgimento da filosofia (conservação de privilégios x novas reivindicações das classes emergentes); ATUALIDADE DO MITO Os possíveis significados/necessidades do pensamento mítico (imaginação, fabulação, interpretação do real, expressão de desejos humanos...); mitos e rituais contemporâneos. O QUE É FILOSOFIA? características da atitude filosófica (reflexão, questionamento, criticidade, radicalidade, sistematicidade...); principais períodos da historia da filosofia e suas características essenciais; campos de investigação da filosofia (antes e a partir da modernidade). TEORIA DO CONHECIMENTO O que é conhecimento? conhecimento enquanto compreensão e explicação do real, enquanto crença justificada; sujeito e objeto: elementos do processo de conhecer. POSSIBILIDADES DO CONHECIMENTO dogmatismo: a certeza do conhecimento verdadeiro; ceticismo absoluto: impossibilidade do conhecimento verdadeiro; ceticismo relativo: suspensão do juízo – conhecimento apenas no domínio do provável; criticismo: as condições de possibilidade do conhecimento. Reflexão sobre possíveis conseqüências de cada postura na vida pratica (moral, política, ciência, religião...). ORIGENS DO CONHECIMENTO conhecimento inato; 219 conhecimento empírico ou sensorial; conhecimento racional; conhecimento a priori e a posteriori; AS FORMAS DE CONHECIMENTO conhecimento de senso comum; conhecimento científico conhecimento filosófico conhecimento intuitivo conhecimento religioso O PROBLEMA DA VERDADE distinção entre realidade (coisa) e a verdade (juízo sobre a coisa); concepções de verdade (aletheia – verdade como evidencia das coisas; veritas – verdade como correspondência, como enunciado correto acerca de coisas; emunah – verdade como confiança nas coisa que virão, convenção e consenso). Critérios de verdade (evidencia, coerência, consenso, comunicabilidade...); A QUESTÃO DO MÉTODO o que e método, importância do método; método indutivo; método dedutivo; formulação de hipóteses; ciências, métodos e suas implicações; CONHECIMENTO E LÓGICA o problema de Parmênides e Heráclito e o surgimento da lógica; lógica: princípios e critérios para o pensar racional; lógica tradicional/aristotélica (termos, proposições, princípios lógicos, relações entre proposições, silogismo); lógica matemática/simbólica (noções: símbolos, tabelas de verdade). 220 2º ANO ÉTICA ÉTICA E MORAL diferentes valores/valores morais; o que e moral? O que e ética? Juízo de valor a construção dos valores morais no tempo e no espaço; a finalidade da moral virtudes e vícios. PLURALIDADE ÉTICA algumas elaborações éticas no curso da historia ocidental (ética racional, ética dos desejos, ética da vontade, ética do dever, ética possibilidades...); implicações éticas na condução da política, da ciência, das religiões, etc. ÉTICA E VIOLÊNCIA as diferentes formas de violência; diferentes conceitos de violências em cultas diversas; violência e ideologias implícitas em formulações éticas; ética e controle da violência. RAZÃO, DESEJO E VONTADE desejo/paixões e vida moral; vontade/decisão e vida moral; razão (conhecimento/ignorância) e vida moral; a heteronomia e a autonomia do sujeito. LIBERDADE: AUTONOMIA DO SUJEITO E NECESSIDADE DAS NORMAS liberdade e determinismo; das 221 o caráter histórico e social da moral; o caráter pessoal da moral; a formação do sujeito moral; responsabilidade, dever e liberdade; características do sujeito moral. FILOSOFIA POLÍTICA RELAÇÕES ENTRE COMUNIDADE E PODER o que e Filosofia Política? O que e poder; o que e poder político? O que é o Estado; Estado, poder e violência; comunidade e exercício da política. LIBERDADE E IGUALDADE POLÍTICA conflito entre liberdade e igualdade política; proposta liberal x proposta socialista; regimes totalitários e regimes democráticos. POLÍTICA E IDEOLOGIA o que é ideologia? Conhecimento, política e ideologia; ideologia e totalitarismo; implicações políticas na ciência, na ética, na arte, na religião, etc. ESFERA PÚBLICA E PRIVADA características e delimitações da esfera pública e da esfera privada; interesse particular e interesse comum; individualismo, consciência de si e consciência social; interferências e limites da esfera pública na esfera privada e vice-versa. 222 ORIGENS DO PODER POLÍTICO poder despótico ou patriarcal; a “invenção” da política o poder teológico-político; as teorias contratualistas; as teorias revolucionárias CIDADANIA FORMAL E/OU PARTICIPATIVA cidadania de direito e cidadania de fato; cidadania participativa; democracia e representatividade política 3º ANO FILOSOFIA DA CIÊNCIA CONCEPÇÕES DE CIÊNCIA o que e Filosofia da Ciência? A etimologia do termo “ciência”; características da atitude científica; ciência x tecnologia; concepções de ciência: racionalista/dedutiva, empirista/indutiva e construtivista. Diferença entre senso comum e conhecimento científico; o ideal científico; a teoria cientifica nos diferentes períodos históricos: contribuições e limites; o uso das ciências na atualidade. A QUESTÃO DO MÉTODO CIENTÍFICO a separação entre filosofia e ciência; método científico tradicional (positivista/verificacionista) e o critério de verdade; etapas do método indutivo tradicional; as críticas ao método tradicional (falseacionismo, revoluções científicas, anarquismo epistemológico...). 223 CONTRIBUIÇÕES E LIMITES DA CIÊNCIA o estabelecimento da ciência como instituição social; o desenvolvimento cientifico: cumulativo ou por ruptura? Provisoriedade do conhecimento cientifico. CIÊNCIA E IDEOLOGIA cientificismo; ilusão da neutralidade científica; razão instrumental. CIÊNCIA E ÉTICA o problema do uso das ciências; possibilidades e limites para as Ciências da natureza e para as ciências humanas; direcionamento dos benefícios da ciência; ciência e poder. ESTÉTICA NATUREZA DA ARTE o que é arte? Funções da arte; arte como forma de pensamento; artes nos diferentes períodos históricos; diferentes expressões da arte (musica, dança, pintura, escultura, teatro...); arte e conhecimento intuitivo, sensibilidade, imaginação, sentimento, expressão e criação; finalidades/funções da arte (função utilitarista: finalidade pedagógica, social, religiosa, política; função naturalista: foco no conteúdo com finalidade representativa; função formalista: foco nos elementos composicionais com finalidade contemplativa); concepções estéticas; naturalismo grego. 224 FILOSOFIA E ARTE o que e a estética? Etimologia do termo “estética”; a experiência estética e a produção artística como questão determinada histórico-socialmente; a questão do gosto. CATEGORIAS ESTÉTICAS o feio, o belo, o sublime, o trágico, o cômico e o grotesco. ESTÉTICA E SOCIEDADE culturas/contextos histórico-sociais e conceitos diversos de arte; arte erudita, arte popular, arte de massa; indústria cultural; a educação estética. METODOLOGIA DA DISCIPLINA No cenário mundial e brasileiro, onde se questionam os sentidos dos valores éticos, políticos, estéticos e epistemológicos, a Filosofia tem espaço a ocupar e uma contribuição relevante: enquanto investigação de problemas que tem recorrência histórica e criação de conceitos que são ressignicados também historicamente, gera, em seus processos, discussões promissoras e criativas que podem desencadear ações transformadoras, individuais e coletivas. E por essa razão que os conhecimentos, os processos filosóficos permanecem válidos e atuais e que o trabalho com estes processos, na disciplina de Filosofia, adquire relevância no contexto do Ensino Médio. A partir destas considerações a metodologia utilizada em sala de aula sera a seguinte: aulas expositivas e dialogadas; uso do livro conhecimento; debates didático: “Filosofia” (SEED), para mobilização do 225 trabalhos em grupos e individuais realização de trabalhos conceituais como forma de exercícios reflexivos; estudos de textos: literários, jornalísticos e imagens exposição e analise de filmes e músicas reflexão acerca de slides no multimídia e transparências no retroprojetor; uso da tv pendrive; Tendo em vista os desafios contemporâneos para o ensino da Filosofia, segue em anexo um projeto sobre a diversidade da cultura afro-brasileira e indígena. Será também dado ênfase durante as aulas aos demais desafios como o meio ambiente incluindo passeio nas Cataratas do Iguaçu e na Usina de Itaipu, a história do Paraná como estudo e passeio em Vila Velha, bem como o programa nacional de educação fiscal. Nessa perspectiva, apos mobilizar os alunos para o conhecimento, o trabalho filosófico, inicia-se como levantamento de questões, identificação de problemas e investigação de conteúdos, remetendo-os a realidade dos educandos, levando em consideração que todos os conteúdos explanados nos eixos estruturantes e específicos acima serão explorados com utilização de trechos de textos filosóficos. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto e, ela não possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional que professores, estudantes e a própria instituição de ensino estão construindo coletivamente. A avaliação da disciplina será progressiva e continua, pois tem em vista os objetivos expressos nos objetos de ensino. Para a realização das avaliações serão utilizados: • Teste de aproveitamento oral; • apresentação de seminários; • provas escritas com ou sem consultas; • trabalhos em forma de pesquisa para o aprofundamento do conteúdo; • tarefas especificas para fazer em casa; 226 • produção de textos. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1º ANO MITO E MITOLOGIA compreender fundamentalmente o que e mito e o que e filosofia, a relação que existe entre esses dois âmbitos; conhecer como se deu e quais foram as condições que permitiram a passagem do mito a filosofia; compreender a diferença entre mito e filosofia e como ocorreu o nascimento da filosofia pela superação dos mitos; perceber que os mesmos conflitos entre mito e razão, vividos pelos gregos, são problemas presentes, ainda hoje, em nossa sociedade. TEORIA DO CONHECIMENTO qual a importância da teoria do conhecimento para a historia da filosofia; compreender historicamente que o surgimento do pensamento racional, conceitual, entre os gregos, foi decisivo no desenvolvimento da cultura da civilizacao ocidental; conhecer o contexto histórico e político do surgimento da filosofia; compreender as questões sobre a origem, a essência e certeza do conhecimento humano; as diferentes formas de conhecimentos, suas metodologias e o problema da verdade. 2º ANO DO ENSINO MÉDIO ETICA compreender os fundamentos e a finalidade da Ética bem como a sua reação com a política; entender a relação entre o sujeito e a norma; verificar o entendimento dos alunos sobre a ética e mora, bem como as diferenças éticas existentes na sociedade; 227 ser capaz de perceber que o agir fundamentado propicia conseqüências melhores e mais racionais que o agir sem razoes ou justificativas. FILOSOFIA POLITICA compreender as relações de poder e os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos; problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, dentre outros; analisar a compreensão dos alunos sobre a realidade política, seu entendimento das relações de poder existentes, das ideologias, desenvolvendo o senso crítico sobre as formas de governo e políticas existentes na sociedade contemporânea. 3º ANO DO ENSINO MÉDIO FILOSOFIA DA CIÊNCIA compreender o que e ciência, suas condições e possibilidades, sua intenção; refletir criticamente o conhecimento científico; entender que o conhecimento cientifico e provisório, jamais acabado ou definitivo, sempre tributário, de fundo ideológico, religioso, econômico, político e histórico; verificar os avanços científicos no campo da bioética e suas implicações éticopolíticas e sociais. ESTÉTICA compreender os fundamentos da Estética enquanto reflexão sobre a beleza, a sensibilidade e a arte; compreender a apreensão da realidade pela via da sensibilidade, percebendo que o conhecimento não é apenas resultado da atividade intelectual, mas fruto também da imaginação, da intuição e da fruição; o entendimento dos educandos para a realidade estética, verificando como esta pode estar a serviço de interesses econômicos, religiosos, sociais, políticos etc, ao longo da história. Os diferentes padrões de beleza e a relação belo e o grotesco. 228 RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS A recuperação de estudos será feita de forma continua no inicio de cada aula, com a retomada do conteúdo da aula anterior e apos cada avaliação, não utilizando-se de recursos como TV pendrive, quadro, exposição de conteúdo oralmente e em debates com a turma. REFERÊNCIAS ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no Ensino Medio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, n.o 64. A Filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004. CHAUI, Marilena. Convites à Filosofia. São Paulo: Ática. [obra disponível na internet] DUSSEL, H. Ética da libertação. Petrópolis: vozes, 2000. GALLO, S.; KOHAN, W.O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: vozes, 2000. GRAMSCI, A. Maquiavel, a política e o estado moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1884. MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico da Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Filosofando. São Paulo, Moderna, 2000. PARANA. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia. Curitiba, 2008; __________. Departamento de Educação Básica. Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público) REALE, G; ANTESERI, D. História da Filosofia. Vol.III. São Paulo: Paulus, 1991. SOUZA BRANDAO, J. DE. Mitologia Grega. Petrópolis: Vozes, 1997. VASQUEZ, A.S. Convite à Estética. Tradução de Gilson Baptista Soares. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. VASQUEZ, A.S. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. São Paulo: Difel, 1984. 229 6.7 FÍSICA APRESENTAÇÃO A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida, segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. Ressaltes e que os conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa natureza. Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com o interesse dos gregos em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia1, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos. Entretanto, apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência conhecida pode ser resumida à Geometria Euclidiana, à Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (150 d. C.) e à Física de Aristóteles (384-322 a.C.). Na escola secundária, o ensino de Física era uma realidade desde 1808, com a vinda da família Real ao Brasil. A inserção desse conhecimento no currículo visava atender os anseios da corte para a formação de uma intelectualidade local. Destinava-se, inicialmente, aos cursos de formação de engenheiros e médicos, portanto, não era para todos. [...] o que já se iniciara com o mercantilismo, quando os seres humanos passaram a ser também força-de-trabalho e a natureza passou também a ser matéria-prima. O poder, antes centrado no domínio territorial, a partir de então passou a ser, cada vez mais, definido pela capacidade de produzir mercadorias e de controlar mercados. (MENEZES, 2005, p. 20-21). O calor passou a ser entendido como uma forma de energia relacionada ao movimento, o que possibilitou o estabelecimento das leis da termodinâmica, outra grande unificação na Física. Em 1842, Mayer concluiu que calor e trabalho são 230 manifestações de energia e elaborou uma síntese na qual afirmava que a energia criada. Em conjunto com as máquinas, a incorporação da ciência ao sistema fabril como força produtiva reduziu o homem a mero operador de máquinas. O trabalho do artesão que dominava todas as etapas do seu ofício foi substituído pelo trabalho especializado e fragmentado. A compreensão do complexo sistema fabril era para poucos, com mudanças na formação do trabalhador, que era diferenciada da formação dos dirigentes. O conhecimento físico tornou-se, então, um importante aliado para o avanço da sociedade capitalista. Nesse contexto houve mais uma unificação na Física, cuja sistematização coube ao escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861. Em 1837, foi criado, no Rio de Janeiro, o Colégio Pedro II, para servir de padrão de ensino secundário e modelo para os demais colégios a serem criados nas províncias. Foi adotada uma Física matematizada, quantitativa, ensinada por meio dos manuais franceses, com ênfase na transmissão e aquisição de conteúdos, relacionados aos problemas europeus, distantes da realidade brasileira. Os autores adotados constituíam uma elite no mundo intelectual da época e eram os mesmos utilizados pelas escolas francesas, conforme observou Lorenz (1986). Essa predominância por materiais didáticos traduzidos ou adaptados dos manuais europeus perdurou até meados do século XX, quando começaram a surgir outras produções, inclusive nacionais. A busca por novas tecnologias de guerra, iniciada com o desenvolvimento da bomba atômica, ampliou o clima de rivalidade entre as duas grandes potências (Estados Unidos e Rússia) e acirrou a corrida armamentista. De modo geral, o fim da Segunda Guerra Mundial marcou um momento de euforia no ensino de Ciências e provocou mudanças no currículo escolar da disciplina (KRASILCHIK, 1987). Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes, propostos nestas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das idéias e dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de 231 Física à memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como verdades absolutas, como coisas reais. Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e social. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS O recorte histórico da Física, apresentado na primeira parte deste documento, teve por objetivo buscar um quadro conceitual de referência capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência – o Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem. Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos de estudo da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX: • A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica); • A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius, Kelvin, Helmholtz e outros; • O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de homens como Ampére e Faraday. A primeira síntese refere-se ao estudo dos movimentos (mecânica e gravitação) presente nos trabalhos de Newton e desenvolvida posteriormente por outros cientistas, como Lagrange, Laplace e Hamilton. A segunda síntese, a termodinâmica, deu-se a partir do estudo dos fenômenos térmicos e sua axiomatização.É resultante da integração entre os estudos da mecânica e do calor, de onde se desenvolveu o Princípio da Conservação da Energia. A terceira síntese, do eletromagnetismo, deu-se a partir do estudo dos fenômenos elétricos e magnéticos. Sua elaboração deveu-se a estudos de diversos cientistas, entre eles Ampère, Faraday e Lenz. Os resultados desses estudo permitiram a Maxwell sistematizar as quatro leis do eletromagnetismo. Para entender o processo de construção desse quadro conceitual da Física e dos conceitos fundamentais que o sustentam, é imperativo que a pesquisa faça parte do processo educacional, ou seja, que cada professor, ao preparar suas aulas, 232 estude e se fundamente na História e na Epistemologia da Física. Trilhar esse caminho é imprescindível para se repensar o currículo para a disciplina. OBJETIVO GERAL O ensino de física deve propiciar ao aluno uma educação voltada para compreensão crítica do mundo em que vive, de modo que ele possa enfrentar as mudanças e atuar sobre elas. Nesse sentido a aquisição do conhecimento científico é fundamental que permita elaborar modelos, que desenvolva o senso critico e permita reflexões acerca do saber cientifico. Assim ao lado de uma caráter mais prático, a física revela também uma dimensão filosófica, e seu aprendizado deve estimular os educandos a acompanhar notícias cientificas, promovendo meios para a interpretação de seus significados. OBJETIVO ESPECÍFICO Compreender enunciados que envolvam códigos e símbolos físicos. Compreender manuais de instalação e utilização de aparelhos; Utilizar e compreender tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão do saber físico. Ser capaz de diferenciar e traduzir as linguagens matemática e discursiva; Expressar-se corretamente utilizando a linguagem física adequada e elementos de sua representação simbólica. Apresentar de forma clara e objetiva o conhecimento aprendido através de tal linguagem; Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes, sabendo interpretar notícias científicas; Elaborar síntese ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados. Desenvolver a capacidade de investigar física. Classificar, organizar, sistematizar. Identificar regularidades. Observar hipóteses, testar. Conhecer e utilizar conceitos físicos. Relacionar grandezas, quantificar parâmetros relevantes. Compreender e utilizar leis e teorias físicas. Compreender a física presente no mundo vivencial e nos equipamentos e procedimentos tecnológicos. Descobrir o como funcionam os aparelhos. Investigar situações problema, identificar situações, prever, avaliar, analisar previsões. 233 Articular o conhecimento físico como conhecimento de outras áreas do saber científico. Reconhecer a física enquanto construção humana, aspectos de sua história e relação com o contexto cultural, social, político e econômico. Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outra forma de expressão da cultura humana. Reconhecer o papel da física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico. Dimensionar a capacidade crescente do homem propiciada pela tecnologia. Ser capaz de emitir juízos de valores em relação a situações sociais que envolvam aspectos físicos e/ou tecnológicos relevantes. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio. Nos fundamentos teórico-metodológicos apresentaram-se as três grandes sínteses que compunham o quadro conceitual de referência da Física no final do século XIX e início do século XX. Essas três sínteses – Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo – doravante serão denominadas “conteúdos estruturantes”. Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas. MOVIMENTO No estudo dos movimentos, é indispensável trabalhar as ideias de conservação de momentum e energia, pois elas pressupõem o estudo de simetrias e leis de conservação, em particular da Lei da Conservação da Energia, desenvolvida nos estudos da termodinâmica, no século XIX, e considerada uma das mais 234 importantes leis da Física. A conservação de momentum está enraizada na própria concepção de homogeneidade do espaço – simetria de translação no espaço – ao menos do ponto de vista clássico. Além disso, encontra lugar no estudo de colisões ou de eventos em que algum tipo de recuo se manifesta, como no caso de colisões entre partículas. A conservação de momentum é também um instrumento da Física de partículas, uma importante área da Física moderna, ligada à cosmologia e à teoria quântica de campos, pois as colisões são importantes para o estudo do comportamento, constituição e interações de partículas subatômicas (EISBERG,1979). TERMODINÂMICA No campo da termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a partir das Leis da termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor (entendido como energia em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de energia, sobretudo os trabalhos de Mayer, Helmholtz, Maxwell e Gibbs. A Lei Zero da termodinâmica é um bom enfoque para o estudo das noções preliminares de calor como energia em trânsito, equilíbrio térmico, propriedades termométricas e até uma breve discussão sobre medidas de temperatura. O conceito de temperatura deve ser abordado como modelo baseado em propriedades de um material, não uma mera medida do grau de agitação molecular de um sistema. A primeira lei da termodinâmica, que também porta a ideia de calor como forma de energia, permite identificar sistemas termodinâmicos postos a realizar trabalho. Os conceitos de calor e trabalho, hoje, são entendidos como processos de transferência/transformação de energia, ou seja, a energia está diretamente ligada ao trabalho. Destacando-se, mais uma vez, a Lei da Conservação da Energia como uma importante lei da Física. O estudo da segunda lei da termodinâmica é importante para a compreensão das máquinas térmicas, mas vai além, pois conduz ao conceito de entropia. Nem todos os eventos que obedecem à Lei da Conservação da Energia podem, de fato, acontecer, o que se deve à existência de outro princípio natural – os processos espontâneos são irreversíveis, o que colabora para que cresça a desordem do sistema, medida pela entropia. 235 ELETROMAGNETISMO Historicamente, um dos resultados mais importantes dos trabalhos de Maxwell é a apresentação da luz como uma onda eletromagnética e o estudo das suas equações que levam às quatro leis do eletromagnetismo clássico. Estudar o eletromagnetismo possibilita compreender carga elétrica, o que pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas, ao estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no tempo leva à ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo magnético, o que leva às equações de Maxwell. O trabalho sobre o eletromagnetismo enseja, ainda, tratar conteúdos relacionados a circuitos elétricos e eletrônicos, responsáveis pela presença da eletricidade e dos aparelhos eletroeletrônicos no cotidiano, com a presença da eletricidade em nossas casas. Esses temas ainda são objetos de estudo em muitas pesquisas, sejam relativas à tecnologia incorporada aos sistemas produtivos ou aos novos materiais e técnicas. Ao serem abordados na escola, é preciso considerar, também, seu papel nas mudanças econômicas e sociais da sociedade contemporânea, bem como o fato de não serem acessíveis para todos. 236 Conteúdos de forma seriada 1º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS Espera-se que o aluno: • formule uma visão geral da ciência (Física), - Grandezas físicas; presente no final do século XIX e compreenda a - Sistema Internacional de - - visão de mundo dela decorrente; • compreenda a limitação do modelo clássico Unidades; no estudo dos movimentos de partículas Momentum e inércia - Potência e notação subatômicas, a qual exige outros modelos Conservação físicos e outros princípios (entre eles o da científica. de quantidade Incerteza); de movimento • perceba (do ponto de vista relativístico e - CINEMÁTICA (momentum) quântico) a necessidade de redefinir o conceito Movimento Retilíneo Variação da de massa inercial, espaço e tempo e, como quantidade de Espaço, tempo e movimento; consequência, um conceito básico da mecânica movimento = Impulso clássica: trajetória; Velocidade média e 2ª Lei de Newton • compreenda o conceito de massa (nas 3ª Lei de Newton e translações) como uma construção científica instantânea; condições de equilíbrio ligada à concepção de força, entendendo-a (do Velocidade constante; ponto de vista clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma constante Estudo do movimento de movimento e o momentum como uma retilíneo uniforme. medida dessa resistência (translação); - Introdução; MOVIMENTO CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 237 • compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade Uniformemente Variado apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objetoe à distribuição Aceleração constante; dessa massa em relação ao eixo de rotação. Movimento retilíneo Ou seja, que a diminuição do momento de inércia implica num aumento de velocidade de uniformemente variado. giro e vice-versa; • associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema – LEIS DE NEWTON: (impulso), à variação da velocidade de um - Equilíbrio objeto (aceleração ou desaceleração) e à Desenvolvimento do conceito concepção de massa e inércia; • entenda as medidas das grandezas de força; (velocidade, quantidade de movimento, etc.) como 1a. Lei de Newton – Lei da dependentes inércia; do referencial e de natureza vetorial; a 3 . Lei de Newton – Ação e • perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que reação; acontecem devido à conservação de uma Equilíbrio de uma partícula; grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade Força e atrito. de movimento translacional ou linear; • compreenda, além disso, a conservação da Força e Aceleração quantidade de movimento para os movimentos - Conceito de massa; rotacionais; a • perceba que os movimentos acontecem - 2 . Lei de Newton; sempre uns - Massa e peso; acoplados aos outros, tanto os translacionais - Movimento Retilíneo 238 - Aplicação das 2a. Lei de como os rotacionais; Newton. • perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo; • aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei de Newton e as noções de equilíbrio estável e instável. • reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações. • conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas e, no caso da energia mecânica, - INTERAÇÃO ENTRE OS em energias cinética, potencial elástica e potencial gravitacional; CORPOS • perceba o trabalho como uma grandeza física Quantidade de movimentos; relacionada à transformação/variação de energia; Princípio da conservação e • compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema quantidade de movimento. físico. Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia, indicada pela grandeza física potência. - Trabalho e energia Energia e o Princípio da Conservação da energia 239 Gravitação - Gravitação Universal -Leis de Kepler - Teoria da Relatividade • associe a gravitação com as leis de Kepler; • identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de vista clássico. • compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria da Relatividade Geral. 240 2º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS AVALIAÇÃO Termodinâmica - Temperatura e dilatação térmica Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica 1ª Lei da Termodinâmica 2ª Lei da Termodinâmica TERMODINAMICA Temperatura, escalas termométricas, termômetros; Dilatação, coeficiente de dilatação. Calor e Temperatura Calor Calor como forma de energia; Capacidade térmica; Calor específico; Mudanças de fase. PRIMEIRA LEI DA • compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o desenvolvimento das idéias na termodinâmica; • formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e extrapole o conceito a outras aplicações físicas; • entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema; • diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica; • compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia; • associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor. • compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da 241 mesma forma, o conceito de calor latente; • identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e Trabalho e energia b) os irreversíveis, que vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. interna: Esse princípio físico deve ser compreendido como tão Experiência de Joule: universal quanto o de conservação de energia e a 1 .Lei da Termodinâmica sugere um estudo da entropia; • compreenda a entropia, uma grandeza que pode 2ª Lei da Termodinâmica variar em processos espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade; TERMODINÂMICA 242 • entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo; ÓPTICA • conceba a luz como parte da radiação elétromagnética, localizada entre as radiações de alta Reflexão da luz e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, Espelhos planos, imagem em o ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria; espelhos planos; • entenda os processos de desvio da luz, a refração Leis da reflexão; que pode ocorrer tanto com a mudança do meio Espelhos esféricos, imagens quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem em espelhos esféricos. A natureza da luz mudança de meio; e • entenda os fenômenos luminosos como os de suas propriedades reflexão total, reflexão difusa, dispersão e absorção da Refração da luz luz, dentre outros importantes para a compreensão de ONDULATORIA 243 Fenômenos ELÉTROMAGNETIS MO devidos refração; Índice de refração; Leis da refração; Lentes esféricas; Instrumentos ópticos Luz e radiação à fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se sobressai; • associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do arco íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos estudados; • compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa), ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual; • extrapole o conhecimento da dualidade ondapartícula à matéria, como por exemplo ao elétron 244 3º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS – ELETRICIDADE Eletrostática ELÉTROMAGNETISMO Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas Força eletromagnética Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday) Fenômenos elétricos Carga; Lei de Coulomb; Campo elétrico; Potencial; Condutores – ELETRODINÂMICA 10.1 Circuitos elétricos Correntes; Resistores; Tensão; Lei de ohm; Potência e rendimento. AVALIÇÃO • compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a fundamentam. • compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga. • compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador da interação entre cargas; • compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos; • entenda o campo como uma entidade física dotado de energia; • apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a corrente 245 elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais; ELETROMAGNETISMO • associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica; Fenômenos magnéticos; • conheça as propriedades elétricas dos Imãs materiais, como por exemplo, a resistividade e a condutividade; • conheça as propriedades magnéticas dos materiais; • entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo; Fenômenos • reconheça as interações elétricas como as responsáveis eletromagnéticos pela coesão dos sólidos, pelas propriedades Campo magnético de uma apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) corrente elétrica; e Força magnética sobre uma propriedades dos gases; • compreenda a força magnética como o corrente elétrica; resultado da ação do campo magnético sobre a Indução eletromagnética corrente elétrica; • entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos constituintes; • conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de Fenômenos energia, como a nuclear e a eólica. • compreenda a potência elétrica como uma eletromagnéticos medida de eficiência de um sistema elétrico; (aplicação) • perceba o trabalho elétrico como uma 246 Galvanômetro; Motor elétrico; Gerador; Transmissão e distribuição de energia elétrica Física moderna grandeza física relacionada à transformação/ energia elétrica. variação de 247 ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO O ensino-aprendizagem, em Física, deve partir do conhecimento prévio trazido pelos estudantes como fruto de sua experiência de vida em seu contexto social, onde se incluem as concepções alternativa ou espontânea, sobre as quais a ciência tem um conceito científico. Que a experimentação faz parte de uma metodologia de ensino e contribui para fazer a ligação entre a teoria e prática, propiciando uma melhor interação entre professor e alunos e, entre grupos de aluno, contribuído para o desenvolvimento cognitivo e social dos educandos, dentro de um contexto especial que é a escola. O professor deve mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está pronto e acabado, mas que deve ser superado. Muitas das ideias dos estudantes já foram consideradas pelos cientistas, pois também o conhecimento científico não se constitui, originalmente, em uma verdade absoluta e definitiva. Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados na busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o conhecimento prévio do sujeito e, simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e enriquecem o saber já existente, inclusive com a possibilidade de substituí-lo. Para Tavares (2004), a partir do conhecimento físico, o estudante deve ser capaz de perceber e aprender, em outras circunstâncias semelhantes às trabalhadas em aula, para transformar a nova informação em conhecimento. Então, qualquer que seja a metodologia, o professor deve buscar uma avaliação cujo sentido seja verificar a apropriação do respectivo conteúdo, para posteriores intervenções ou mudança de postura metodológica. Professor e educando devem buscar e compartilhar significativamente a aprendizagem como processo interativo, não esquecendo a mediação do educador como agente organizador e sistematizador, do conhecimento físico considerando este como produção cultural, construído e produzido nas relações sociais. Os livros didáticos de Física dirigidos ao Ensino Médio, de uma maneira geral, apresentam a Física como uma ciência que permite compreender uma imensidade de fenômenos naturais, indispensável para a formação profissional, a preparação para o vestibular, a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitos. 248 Os resultados de muitas pesquisas em ensino de física são unânimes em considerar a importância das atividades experimentais para uma melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos. Essas pesquisas sugerem que as atividades experimentais podem suscitar a compreensão de conceitos ou a percepção da relação de um conceito com alguma ideia anteriormente discutida. No segundo caso, a atividade precisa contribuir para que o estudante perceba, além da teoria, as limitações que esta pode ter. Mesmo as dificuldades e os erros decorrentes das experiências de laboratório devem contribuir para uma reflexão dos estudantes em torno do estudo da ciência. Assim, é fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos na ciência, no processo de construção do conhecimento científico. Essa compreensão determina a necessidade (ou não) das atividades experimentais nas aulas de física. Convivemos, diariamente, professores e estudantes, com aparatos tecnológicos dos mais simples aos mais sofisticados, em nossas casas e no ambiente escolar: retroprojetores, televisores, aparelho de vídeo cassete e DVD, computador, dentre outros. Portanto, não se trata mais de ser a favor ou contra, usar ou não usar, mas de planejar o uso do recurso tecnológico conforme a necessidade, a serviço de uma formação integral dos sujeitos, de modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos. A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via pendrive, abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física. Outra situação, que permite ir além das animações, são as simulações. Diferente das animações, as simulações permitem uma interatividade entre o estudante e a máquina e podem ser utilizadas on-line. Entretanto, ao se utilizar de simulações, é necessário lembrar que elas são modelos de uma situação real apresentados como realidade virtual. 249 AVALIAÇÃO A avaliação deve considerar os aspectos históricos, conceituais, e culturais, a evolução das ideias em Física, a não neutralidade da ciência, o progresso de educando quanto a esses aspectos. Garantir o objeto de estudo da Física. Considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes. Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se verificar: • A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada; • A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos; • A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos; • A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física. Como exemplo de instrumentos de avaliação, a partir de uma aula de experimentação, pode-se pedir ao estudante um relatório individual, com questões abertas que permitam a exposição de suas ideias. Isso o levará a refletir sobre o fenômeno discutido nas questões. No caso de uma prática demonstrativa, isto é, realizada pelo professor, pode-se pedir um relato explicativo, por escrito, da experiência. O relatório individual e o relato explicativo são, nesse caso, os instrumentos de avaliação. Nas questões que estruturam esses instrumentos estarão os critérios de avaliação. No entanto, a avaliação tem como o objetivo auxiliar o aluno na aprendizagem. Ou seja, trata-se de tomá-la como instrumento para intervir no processo de aprendizagem do estudante. Avaliar o envolvimento do educando nas atividades executadas; Consolidar a avaliação diagnóstica; Selecionar conteúdos específicos para as provas, sendo eles, reflexivas, relacionais e compreensíveis; Empregar os conhecimentos adquiridos na resolução de problemas do cotidiano. Através do resultado da avaliação do educando, a retomada dos conteúdos não assimilados, deverá acontecer paralela através de trabalhos e pesquisas envolvendo de forma especifica e direcionada, buscando reverter individualmente a deficiência identificada. 250 recuperação trabalhos escritos pesquisas bibliográficas Apresentação e exposição oral dos trabalhos práticos assim como funcionamento Seminários Debates em grupo. Por fim, a avaliação determina um caráter que julga resultados da aprendizagem no contexto da sala de aula e para além dela, sendo importante recorrer à recuperação paralela nos momentos em que a aprendizagem revelou-se pouco efetiva, estabelecendo principalmente a dialogicidade como forma de autosustentação para determinar o grau de autonomia conquistado no espaço e no tempo e avançar para novas conquistas que se graduam pelo amadurecimento da cidadania organizada. REFERENCIAS DCE – Diretrizes Curriculares da Educação Básica Física. Curitiba 2008. ZIN, S. L. B., MASSOT, A. E. Física por experimentos demonstrativos. In: Atas do X SNEF, 25-Chaves, A: Física: Mecânica. Volume 1. Rio de Janeiro: Reichmann e Affonso Editores, 2000. Feynman, R. P.; Leighton, R. B.; Sands, M.: The Feynman Lectures on Physics. London: Addison-Wesley Publishing Company, Inc., 1964. Rocha, J. F.: Origens e Evolução das Idéias da Física. 1º Edição, Salvador: EDUFBA, 2002. Marion, J. B.; Thornton, S. T.: Classical Dynamics of Particules and Systems. 4ª Edição. Thomson editores.Tipler, P.; Llewellyn, R.: Física Moderna. 3º Edição, Rio de Janeiro: LTC, 2001. GREF – Grupo de Reelaboração do Ensino de Física. Física/Vol. 1 - Mecânica. São Paulo: Edusp. Sakurai, J. J.: Modern Quantum Mechanics. Addison Wesley Editores. 251 Shankar. Principles of Quantum Mechanics. Plenum, Newton, I.: The Principia. Califórnia Ed.; Eisberg, R.; Resnick R.: Física Quântica. Rio de Janeiro, Editora Campus; Tipler, P.: Física – Vol. 2: Gravitação, Ondas e Termodinâmica. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos Ed. S.A., Terceira Edição, 1995; Carey, V. P.: Liquid-Vapor Phase Change Phenomena. Taylor & Francis Ed.,1992; Cohen; Tannoudji. Quantum Mechanics – Vol. 2. John Wiley Ed.; Chaves, A: FísicaSistemas Complexos e Outras Fronteiras . Rio de Janeiro, Reichmann & Affonso Editores, 2000; Uang, K.: Statistical Mechanics. John Wiley Ed.; Quadros, S.: A Termodinâmica e a Invenção das Máquinas Térmicas. São Paulo, Editora Scipione, 1996; Pureur, P.: Estado Sólido. Porto Alegre, Editora do Instituto de Física da UFRGS, 2001; Jackson, J. D.: Eletrodinâmica Clássica. Rio de Janeiro, Editora Guanabara Dois S. A., Segunda Edição, 1983; CHROBAK, R.; HERRERA, C. Experiencia Piloto para el Desarrollo de un Nuevo Modelo Instrucional. Revista Brasileira de Ensino de Física, São Paulo, v. .18, no 2, p. 122-136, 1996. COX, D. R. Planning of Experiments. New York: John Wiley & Sons, 1960, 308p. KUTSCHER, E. Physics Research Activities. Annapolis: Alpha Publishing Company, 1988. 239p. 29/ janeiro 1993, p. 708-711. 6.8 GEOGRAFIA APRESENTAÇÃO A escola pública nos últimos anos atende a toda a sociedade. Portanto, o enfoque educacional deve promover a articulação dos saberes adquiridos ao conhecimento científico, reafirmando este último como base principal na formação da sociedade que se quer. Todo sujeito é produto do seu tempo histórico e das relações que estabelece com a sociedade, na qual está inserido, mas em sua singularidade age a partir de sua compreensão e visão de mundo. Na Geografia, como nas demais disciplinas curriculares os sujeitos da Educação Básica, crianças, jovens, e adultos devem e precisam ser contemplados 252 do seu universo geográfico, sejam famílias assalariadas, urbanas, rurais, indígenas, comunidades de diferentes origens étnicas e culturais segundo, FRlGOTTO, (2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. DIMENSÃO HISTÓRICA DA DISCIPLINA A relação homem-natureza acontece desde os primórdios da humanidade, originada no cerne de cada indivíduo está a busca por atender suas necessidades primárias de subsistência. Ao se organizar socialmente para caçadores e coletores, foi fundamental observar a dinâmica das estações do ano e, com isso compreender o ciclo reprodutivo natural. De nômades a sedentários, as estações climáticas determinaram as atividades diárias da humanidade. As variações climáticas e a alternância entre período seco e chuvoso estabeleceu o plantio e a colheita. Para realizar as grandes descobertas marítimas ou mesmo para as atividades de pesca, foi preciso conhecer a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés, isso representa as condições de existência. Na Antiguidade Oriental, os povos da Mesopotâmia e do Egito, desenvolveram tecnologias de irrigação e controle das forças naturais, para modificar os efeitos naturais em seu próprio benefício. Os egípcios observaram os regimes fluviais do Nilo, Tigre e Eufrates e estudos de geometria, pois as cheias desses rios influenciavam a demarcação das áreas para cultivo. A Antiguidade clássica abriu os arcabouços para exploração e elaboração de mapas, assim como para pensar a forma e o tamanho da Terra, da distribuição de terras e águas, bem como a defesa da tese da esfericidade da Terra, o cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e definições climáticas, entre outros. Na Idade Média, a distribuição das terras e das águas na superfície da Terra também provocou grandes discussões entre sábios e pensadores, em consequência da expansão do mundo conhecido, provocada pelos movimentos religiosos e pelo interesse comercial. (ANDRADE, 1987. p. 34) 253 Com a chegada do século XVI, os viajantes colonizadores passaram a descrever para seus conterrâneos elementos do espaço e também as relações homem-natureza. O levantamento de terras e a divisão de territórios eram elementos de cartas e documentos oficiais. Isso acendeu o interesse pelo conhecimento disciplinar da Geografia por parte do Estado, comércio, relações de poder, aproveitamento dos recursos minerais e crescimento populacional, foram delimitando e construindo o saber geográfico. Em fins do século XVII, o reconhecimento do método indutivo experimental como método científico atribuiu às pesquisas sobre a natureza uma legitimidade científica que, mais tarde, abrangeria as pesquisas em Geografia (ARAÚJO, 2003, p. Sem acontecer a sistematização da produção do conhecimento geográfico, até o século XIX, os estudos relativos a esse campo do conhecimento estavam dispersos em obras diversas, desde literárias até relatórios administrativos. Nesse período em alguns países europeus, foram criadas sociedades geográficas que organizavam expedições científicas para a África, Ásia e América do Sul, a fim de conhecer as condições naturais desses continentes, catalogando e inventariando criteriosamente suas riquezas. Dessa atividade surgiram as escolas nacionais de pensamento geográfico, destacadamente, a alemã e a francesa. Os percursores do pensamento geográfico alemão são Humboldt (17691859) e Ritter (1779-1859), mas Ratzel (1844-1904) é apontado como fundador da Geografia sistematizada, institucionalizada e considerada científica. Na escola francesa o destaque ficou por conta de Vidal de La Blache (1845-1918) . Para Ratzel e a escola alemã, a relação Sociedade x Natureza influenciava o que ele denominava "conquistas cultas" de um povo, quanto mais culto um povo, maior o domínio sobre a Natureza, o que proporcionaria melhores condições de vida. Surgindo, assim, o conceito de espaço vital, justificando a necessidade do Império Alemão conquistar novas possessões territoriais na África. Vidal de La Blache e a escola francesa, observavam a relação Sociedade x Natureza como arte criadora de um gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade. O contato entre diferentes gêneros de vida seria, então, um elemento 254 fundamental para o progresso humano, pois, para Vidal de La Blache, esse contato propiciaria verdadeiras oficinas de civilização. No Brasil a Geografia foi trabalhada como matéria de ensino, as ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar brasileiro no século XIX (VLACH, 2004) e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No Ensino Médio, o Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, em sua estrutura curricular definida pelo artigo 30 do decreto de 02 de dezembro de 1837, que previa, como um dos conteúdos contemplados, os chamados princípios de Geografia. A institucionalização da Geografia no Brasil consolidou-se apenas a partir da década de 1930, quando as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o território brasileiro, fazia-se necessário um levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do país. Após a Segunda Guerra Mundial no Brasil os confrontos teóricos e ideológicos entre Capitalismo e Socialismo, entre desenvolvimento e subdesenvolvimento, estimularam a emergência de leituras de mundo mais críticas, que interferiram no pensamento geográfico sob diversos aspectos. Essas transformações se intensificaram e originaram a análise do espaço geográfico, além de reformulações no campo temático da Geografia. Assim, as mudanças que marcaram o período histórico do pós Segunda Guerra Mundial possibilitaram tanto reformulações teóricas na Geografia quanto o desenvolvimento de novas abordagens para seus campos de estudo. Tal abordagem foi denominada de Geografia Crítica. (DCE, Geografia, 2008). A ênfase na orientação e formação profissional no primeiro e segundo graus, respectivamente, contribuiu para transformações significativas no ensino, regulamentadas pela Lei no. 5692/71, que afetou, sobretudo, as disciplinas relacionadas às Ciências Humanas e instituiu a área de estudo denominada Estudos Sociais. (DCE, Geografia, 2008). Os currículos duplos Geografia e História foram empobrecidos para integrarem uma disciplina única. 255 Nos anos de 1980, ocorreram movimentos visando ao desmembramento da disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da História. No Estado do Paraná, esse movimento iniciou-se em 1983, quando a Associação Paranaense de História (APAH) promoveu o primeiro encontro paranaense de História e Geografia como disciplinas isoladas, resultando na produção de um documento enviado, posteriormente, à Secretaria de Estado da Educação. (DCE, Geografia, 2008) . Nessa contraposição teórica, o então emergente movimento da Geografia Crítica no Brasil estabelecia embates com as demais correntes de pensamento. Esses fatos encaminharam para o nascimento da Geografia Crítica no Brasil, com destaque para o Encontro Nacional de Geógrafos Brasileiros, em 1978, promovido pela Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), em Fortaleza. O momento registrou o retorno do exílio do professor Milton Santos ao Brasil e teve como principal tema de discussão a Geografia Crítica, baseada na publicação do livro de Yves Lacoste, A Geografia: Isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. No Paraná, as discussões sobre a emergente Geografia Crítica ocorreram no final da década de 1980, em cursos de formação continuada e em discussões sobre reformulação curricular, promovidos pela Secretaria de Estado da Educação, que publicou, em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. (DCE, Geografia, 2008). A compreensão e a incorporação da Geografia Crítica foram gradativas e, inicialmente, vinculadas, tanto aos programas de formação continuada que aconteceram no final dos anos de 1980 e início dos de 1990, quanto à utilização de livros didáticos fundamentados nessa perspectiva teórica. No entanto, essa incorporação da Geografia Crítica no ensino básico sofreu avanços e retrocessos em função do contexto histórico da década de 1990, quando aconteceram reformas políticas e econômicas vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação. (DCE, Geografia, 2008). Assim, com os governos neoliberais tanto no Parana quanto no Brasil a partir de 1994, as organizações financeiras internacionais, como o Banco Mundial, passaram a condicionar seus empréstimos a países como o Brasil, à implantação 256 de políticas sociais e educacionais que atendessem aos interesses daquelas mudanças. Esse contexto fundamentou a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDBN no. 9394/96), bem como a elaboração dos PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, aprovadas em 1998. (DCE, Geografia, 2008). Referente aos PCN de Geografia, as críticas recaíram sobre as linhas de pensamento Tradicional e Crítica. Ambas foram acusadas de terem negligenciado a dimensão sensível de perceber o mundo, e a Geografia Crítica de enfatizar a economia e de fazer política militante (BRASIL, 2002, p. 22). Por outro lado as questões ambientais e culturais estiveram inseridas no temário geográfico desde a institucionalização da Geografia e foram abordadas de várias perspectivas teóricas, das descritivas às críticas, isso significa que inseri-las no currículo, não representa dar criticidade à disciplina. No Paraná, essa concepção teórica, associada a uma política neoliberal, que interpretou a autonomia da escola como não-responsabilidade do Estado, resultou numa ampla variedade de disciplinas ofertadas na parte diversificada do currículo da Educação Básica. Algumas se relacionavam com os saberes geográficos, mas sem clareza do seu objeto de estudo, nem rigor teórico-conceitual. Como efeito daquela política, o objeto da Geografia, seus conceitos e perspectivas analíticas foram vulgarizados (OLNEIRA, 1999). As Diretrizes Curriculares se apresentam como documento norteador para um repensar da prática pedagógica dos professores de Geografia, a partir de questões epistemológicas, teóricas e metodológicas que estimulam a reflexão sobre essa disciplina e seu ensino. Problematizar a abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento, bem como reconhecer os impasses e contradições existentes são procedimentos fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no atual período histórico. (DCE, Geografia, 2008). 257 CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL - 6º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESTRUTURANTES Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dimensão econômica do espaço geográfico Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. 1)Geografia e regionalização do espaço paisagem, espaço, lugar; 2) O trabalho e a transformação do espaço geográfico; 3) Recursos naturais: formação e exploração; 4 )Dinâmica da natureza e sua alteração pela ação humana, bem como a reorganização espacial; 5) A cidade e o campo: Modo capitalista de produção; 6) Os principais problemas urbanos Evolução demográfica, distribuição da população, -Problemas ambientais no campo -Indicadores estatísticos -Mapas Espera-se que o aluno: Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas. Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica. Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas. Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia. Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas. Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos, naturais e econômicos. 258 A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. Dimensão socioambiental do espaço geográfico. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. 7) Do artesanato ao robô: Manifestações da diversidade cultural; 8) Atividades econômicas I: Extrativismo e agropecuária Atividades econômicas II: Indústria, comércio e prestação de serviços Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organização espacial. Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico. As diversas regionalizações do espaço geográfico. ENSINO FUNDAMENTAL - 7º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES 1. A formação, mobilidade das fronteiras e a 2. reconfiguração do 3. Dimensão território brasileiro. econômica do 4. espaço geográfico A dinâmica da natureza e5. sua alteração pelo emprego de tecnologias 6. de exploração e produção. Dimensão política do espaço geográfico As diversas CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade 2. Urbanização e industrializaçãoe lugar. Desenvolvimento sustentável Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes formas 3. Ocupação e exploração do de regionalização do espaço geográfico. território brasileiro Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do 4. As manifestações território. socioespaciais da diversidade Entenda o espaço brasileiro dentro do cultural contexto mundial, compreendendo suas regionalizações do espaço relações econômicas, culturais e políticas 1. Extensão do território, limites territoriais e expansão territorial. 259 brasileiro. Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico 5. O crescimento da população, a com outros países. pirâmide etária, população Compreenda o processo de crescimento As manifestações economicamente ativa PEA da população e sua mobilidade no socioespaciais da território. diversidade cultural. 6. Migrações internas e externas Relacione as migrações e a ocupação do - conceito de migração território brasileiro. A evolução demográfica Identifique a importância dos fatores da população, sua 7. Produção agrícola, a naturais e o uso de novas tecnologias na distribuição espacial e modernização da agricultura agropecuária brasileira. indicadores estatísticos. Entenda o processo de formação e 8. A expansão urbana, rede e localização dos microterritórios urbanos. Movimentos migratórios e hierarquia urbana Compreenda como a industrialização suas motivações. influenciou o processo de urbanização 9. Ocupação e exploração do brasileira. O espaço rural e a espaço geográfico brasileiro Entenda o processo de transformação modernização da Atividades econômicas, urbanas e das paisagens brasileiras, levando em agricultura. rurais. consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a A formação, o 10. A população e o trabalho, dinâmica populacional e a diversidade crescimento das cidades, econômico informal, o cultural. a dinâmica dos espaços desemprego e seus fatores Reconheça a configuração do espaço de urbanos e a urbanização. circulação de mão-de-obra, mercadorias e sua relação com os espaços produtivos A distribuição espacial das brasileiros. atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. A circulação de mão-deobra, das mercadorias e das informações. 260 ENSINO FUNDAMENTAL - 8º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS ESTRUTURANTES As diversas regionalizações do espaço geográfico. Dimensão econômica A formação, mobilidade do espaço das fronteiras e a geográfico; reconfiguração dos territórios do continente americano. Dimensão política do espaço geográfico; A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. Dimensão cultural e demográfica do O comércio em suas espaço geográfico; implicações socioespaciais. Dimensão socioambiental do espaço geográfico; A circulação da mão-deobra, do capital, das mercadorias e das informações. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 1. A regionalização do mundo contemporâneo, primeiro, segundo e terceiro mundo. - países ricos e pobres, - países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Espera-se que o aluno: 2. Espaço, poder e territórios nacionais: - América do Norte, - América Central, - América Latina. 3. O cenário geopolítico mundial - Povos, nações e estados do mundo; 4. As atividades econômicas e a transformação do espaço geográfico. 5. A divisão social do trabalho. A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. 6. Projeções cartográficas: visões do mundo 7. A dinâmica do espaço: as relações do campo e da cidade - A urbanização excludente As relações entre o 8. O campo e o desafio de Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar. Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens. Diferencie as formas de regionalização do Continente Americano nos diversos critérios adotados. Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do Continente Americano. Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua exploração econômica no continente Americano. Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas questões ambientais. Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização. Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação com a apropriação dos recursos naturais. Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações socioespaciais. 261 campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço rural e a modernização da agricultura. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. Os movimentos migratórios e suas motivações. As manifestações Sócio-espaciais da diversidade cultural. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. alimentar - Agropecuária de subsistência 9. IDH - Movimentos Populacionais 10. Fluxos Migratórios 11. Religião elemento cultural 12. A natureza seus fenômenos e a transformação do espaço natural. - criando e recriando as paisagens: a utilização dos recursos naturais. Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial. Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos. Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea. Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano. 262 ENSINO FUNDAMENTAL - 9º ANO CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ESTRUTURANTES As diversas 1. Estado, Nação e Território regionalizações do espaço geográfico. 2. Globalização e organizações mundiais Dimensão econômica A nova ordem mundial, os do espaço geográfico territórios supranacionais 3. Organizações políticas e o papel do Estado. internacionais e regionais A revolução técnicoDimensão política do científico-informacional e espaço geográfico os novos arranjos no espaço da produção. Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico O comércio mundial e as implicações socioespaciais. 4. Organizações econômicas regionais 5. União Européia e CEI 6. Modelo econômico versus meio ambiente A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. 7. Socialismo e Reforma Agrária A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. 9. Territórios hostis a ocupação humana As manifestações socioespaciais da 11. Regiões polares: recursos naturais 8. Políticas de Controle Demográfico 10. Diversidade Cultural: África CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza, sociedades, região. Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na regionalização mundial. Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política global, mas também apresentam particularidades. Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade cultural. Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço geográfico. Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de energia. 263 diversidade cultural. Os movimentos migratóriosmundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial. 264 ENSINO MÉDIO 1º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES *Dimensão Econômica do Espaço Geográfico *Dimensão Política do Espaço Geográfico *Dimensão Cultural Demográfica do Espaço Geográfico *Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS 1.Formação e transformação das paisagens. 2.A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 1.A dinâmica da natureza Processo de desenvolvimento do capitalismo O subdesenvolvimento. Geopolítica e economia do período pós-Segunda Guerra. O comércio internacional. Geografia das industrias. Produção mundial de energia Reino Unido e França: os primeiros países a se industrializar. Estados Unidos: o processo de industrialização da superpotência. Alemanha: a emergência de uma potência. Japão: do nascimento da potência à crise. De União Soviética a Rússia: ascensão e queda de uma super potência. China: “a economia CRITÉRIOS E AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Aproprie -se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar. Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia -mapas, tabelas, gráficos e imagens. Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista. Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas; Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas atividades produtivas. Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia na sociedade industrializada. Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais. Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias primas e a organização espacial Reconheça as influências das 265 socialista de mercado”. Os países emergentes. manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos no processo de configuração do espaço geográfico. Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos naturais frente a sua importância estratégica. Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica. Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas , nos deslocamentos de população e na distribuição da população. Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional em sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de consumo. Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde as industriais se instalam. Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico. Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de transformação do espaço. Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo 266 agropecuário moderno. Entenda a importância das redes de comunicação e de informação a formação de cidades mundiais. Reconheça a importância da circulação da mercadorias, mão-de-obra, capital e das informações na organização espaço mundial Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e social. Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas sociais e ambientais. Reconheça as interdependências econômicas e culturais, entre campo e cidade. Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural e urbano. Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas. Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco. Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais. Compreenda que os espaços de lazer 267 são também espaços de trabalho, consumo e de produção. Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural. Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores sociais. Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas de planejamento familiar. Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países. Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de expansão das fronteiras agrícolas. Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais. Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e produtivas. Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na configuração do espaço mundial. Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica, da OMC para o comércio mundial Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas 268 internacionais,FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do espaço geográfico mundial. Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos. Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e de poder na nova ordem mundial. Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios. Entenda o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais. 269 ENSINO MÉDIO 2º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Estrutura geológica As estruturas e as formas do relevo Clima Solo 2) A distribuição espacial das atividades produtivas a transformação da paisagem, a (re) organização do espaço geográfico. Hidrografia Biomas e formações vegetais: classificação e situação atual Localização e Orientação 3) A Formação, Localização e exploração dos recursos naturais. Os mapas Representação gráfica Tecnologias modernas aplicadas na cartográfia 1) A Formação e Transformação das Paisagens. CRITÉRIOS E AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Aproprie -se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar. Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia -mapas, tabelas, gráficos e imagens. Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista. Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas. Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas atividades produtivas. Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia na sociedade industrializada. Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais. Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias primas e a organização espacial Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes 270 grupos étnicos no processo de configuração do espaço geográfico. Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos naturais frente a sua importância estratégica. Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica. Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas , nos deslocamentos de população e na distribuição da população. Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional em sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de consumo. Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde as industriais se instalam. Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico. Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de transformação do espaço. Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo agropecuário moderno. 271 Entenda a importância das redes de comunicação e de informação a formação de cidades mundiais. Reconheça a importância da circulação da mercadorias, mão-de-obra, capital e das informações na organização espaço mundial Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e social. Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas sociais e ambientais. Reconheça as interdependência, econômicas e culturais, entre campo e cidade. Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural e urbano. Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas. Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco. Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais. Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, 272 consumo e de produção. Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural. Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores sociais. Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas de planejamento familiar. Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países. Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de expansão das fronteiras agrícolas. Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais. Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e produtivas. Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na configuração do espaço mundial. Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica, da OMC para o comércio mundial Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,FMI e Banco Mundial, em 273 suas implicações na organização do espaço geográfico mundial. Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos. Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e de poder na nova ordem mundial. Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios. Entenda o papel da ONU na mediação de conflitos internacionais. 274 ENSINO MÉDIO 3º ANO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Dimensão Econômica do Espaço Geográfico Dimensão Política do Espaço Geográfico Dimensão Cultural Demográfica do Espaço Geográfico Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS O espaço rural e a modernização da agricultura. Industrialização brasileira A economia brasileira contemporânea A produção de energia no Brasil Características e crescimento da população mundial Os fluxos migratórios e a estrutura da população. O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial. A circulação de mãode-obra, do capital, das mercadorias e das informações Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios A população brasileira. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. O espaço urbano do mundo contemporâneo As cidades e a urbanização brasileira. Impactos ambientais urbanos Atividades econômicas do espaço rural. A agricultura brasileira. A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente. Os movimentos sociais, urbanos e CRITÉRIOS E AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Aproprie -se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar. Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia mapas, tabelas, gráficos e imagens. Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista. Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas. Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas atividade produtivas. Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia na sociedade industrializada. Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais. Evidencie a importância das atividades extrativistas para a 275 rurais, e a apropriação do espaço. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. Os movimentos migratórios e suas motivações. A mobilidade populacional e as manifestações sócioespaciais da diversidade cultural. O comércio e as implicações sócioespaciais. As diversas regionalizações do espaço geográfico. As implicações sócioespaciais do processo de mundialização. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o produção de matérias primas e a organização espacial Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos no processo de configuração do espaço geográfico. Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos naturais frente a sua importância estratégica. Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância política, estratégica e econômica. Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades produtivas , nos deslocamentos de população e na distribuição da população. Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional em sua relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias, e nas formas de consumo. Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões onde as industriais se instalam. Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, 276 papel do Estado. nas comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço geográfico. Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator de transformação do espaço. Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo agropecuário moderno. Entenda a importância das redes de comunicação e de informação a formação de cidades mundiais. Reconheça a importância da circulação da mercadorias, mão-deobra, capital e das informações na organização espaço mundial Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na atualidade e sua repercussão ambiental e social. Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas sociais e ambientais. Reconheça as interdependência, econômicas e culturais, entre campo e cidade. Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural e urbano. Relacione o processo de urbanização com as atividades 277 econômicas. Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco. Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais. Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, consumo e de produção. Discuta a ação dos movimentos sociais na disputa do espaço urbano e rural. Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos indicadores sociais. Reconheça as relações entre os índices demográficos e as políticas de planejamento familiar. Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países. Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de expansão das fronteiras agrícolas. Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais. 278 Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e produtivas. Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na configuração do espaço mundial. Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica, da OMC para o comércio mundial Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do espaço geográfico mundial. Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos. Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações econômicas e de poder na nova ordem mundial. Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios. Entenda o papel da ONU na 279 mediação de conflitos internacionais. 280 REFERÊNCIAS ALMEIDA, J. Da ideologia do progresso à idéia de desenvolvimento (rural) sustentável. In: ALMEIDA, J.; NAVARRO, Z. Reconstruindo a agricultura: idéia e ideais na perspectivas de um desenvolvimento rural sustentável. Porto Alegre: Editora da UFRG, 1997. p.23-55. AB'SABER, Aziz Nacib (1974). O domínio morfoc1imático das caatingas brasileiras. São Paulo, Instituto de Geografia, USp, Geomorfologia, n. 43 . ___________. (1977 a). Problemática da desertificação no Brasil intertropical. São Paulo, Instituto de Geografia, USp, Geomorfologia, n. 53. ___________. (1977b). Os domínios morfoc1imático da América do Sul - Primeira Aproximação. São Paulo, Instituto de Geografia, USp' Geomorfologia, n. 52. CUSTÓDIO, H. B. Legislação brasileira do estudo de impacto ambiental. In: TAUK, TORNOSIELO, S.M. et al, (Org.). Análise Ambiental: uma visão multidisciplinar. São Paulo: Editora UNESp, 1995. p. 45-64. ECO, Umberto. Superinterpretando textos. In: ECO, Umberto. Interpretação e Superinterpretação. São Paulo. Martins Fontes. 1994: 79-104. FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (1974). Moçoró: um centro regional do Oeste Potiguar. Rio de Janeiro, FIBGE. _________ (1971a). Picos e sua região. Rio de Janeiro, FIBGE. _________ (1972). Divisão do Brasil em regiões funcionais urbanas. Rio de Janeiro. 281 6.9 HISTÓRIA APRESENTAÇÃO Através da Diretriz Curricular, o Ensino de História na Educação Básica tem como princípio básico despertar reflexões a respeito de aspectos políticos, culturais, econômicos, sociais e das relações entre o ensino da disciplina e a produção do conhecimento histórico. O ensino de História pode ser analisado de diferentes perspectivas, a partir dos interesses do governo ou do poder institucional e também, das contradições dos diferentes pontos de vista, do currículo e dos livros didáticos e aquela ensinada na cultura escolar. A História passou a existir enquanto disciplina escolar a partir de 1837. Antes, existiam apenas produções influenciadas por uma História metódica e positivista com uma racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos e pela valorização política dos herois. O modelo de nação brasileira devia ser visto como extensão da história da Europa Ocidental e esse modelo perdurou até meados do século XX, no governo Getúlio Vargas que vinculava o ensino da disciplina ao projeto político nacionalista do Estado Novo. Entretanto havia, desde o início da década de 1930, debates teóricos sobre a inclusão da disciplina de Estudos Sociais na escola. A partir da década de 1960, durante o regime militar, o ensino de História manteve um caráter político pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista factual. Mantiveram-se os grandes herois como exemplos a serem seguidos pelas novas gerações, modelo da ordem estabelecida, numa sociedade hierarquizada e nacionalista. O ensino não tinha espaço para análise crítica e interpretações diversificadas sobre fatos e visava formar indivíduos que aceitassem e valorizassem a organização da pátria. O ensino de História tinha como prioridade ajustar o aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos, bem como privilegiava noções e conceitos básicos para adaptá-los à realidade. A prática docente era composta por aulas expositivas e aos alunos cabia a memorização e a repetição do que era ensinado como verdade inquestionável. 282 Com o início do processo de redemocratização da sociedade brasileira, na década de 1980, iniciou-se uma aproximação entre a Educação Básica e a Superior. A partir de então, cresceram debates em torno das reformas educacionais, o que levou tanto à produção diferenciada materiais didáticos e paradidáticos quanto à elaboração de novas propostas curriculares. No Paraná, a tentativa de aproximação acadêmica de História ao ensino da disciplina na educação básica fundamentou-se na pedagogia histórico-crítica por meio do Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná, que buscava valorizar as ações dos sujeitos em relação às estruturas em mudança. No entanto, apesar do avanço das propostas neste momento, os documentos apresentavam limitações em vários aspectos. A História do Paraná e da América Latina foi apresentada com pouca relevância nos contextos estudados e a ausência de cursos de formação continuada para os docentes dificultou a implementação das novas propostas pois, até então, os professores estavam acostumados a ministrar aulas de Estudos Sociais, Organização Social e Política do Brasil e Educação Moral e Cívica. Durante as reformas educacionais da década de 1990, o Ministério da Educação divulgou os PCNs para o Ensino Fundamental e Médio, composto por divisões em áreas de conhecimento e a disciplina de História fazia parte das Ciências Humanas. A disciplina, neste momento, apresentou-se de forma pragmática, tendo como função resolver problemas imediatos e próximos dos alunos ressaltando-se a relação que o conhecimento deve ter com a vivência do educando, sobretudo no contexto do trabalho e do exercício da cidadania e, em contrapartida, apesar de proporem uma valorização do ensino humanístico, a preocupação maior era de preparar o indivíduo para o mercado de trabalho. A implementação do PCNs na Rede Pública do Paraná ofereceu pouca oportunidade de formação aos professores de História. Ocorria somente um encontro anual e em conjunto com outras disciplinas da área de humanas. Porém, como a proposta era muito abrangente, houve dificuldade de apropriação por parte dos professores. A partir de 2003, iniciou-se uma discussão coletiva entre professores da rede estadual com o objetivo de elaborar novas Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino de História. Sob uma perspectiva de inclusão social, essas diretrizes consideram a diversidade cultural e a memória paranaenses, de modo a contemplar 283 demandas históricas, em que também se situam os movimentos sociais organizados, possibilitando reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes foram produzidos e repercutiram na organização da disciplina. O desenvolvimento do conhecimento historiográfico tem como prioridade a formação do pensamento histórico, possibilitando o aprimoramento da consciência histórica para a produção de narrativas históricas. A produção de conhecimento histórico ocorre através de métodos específicos, baseados na explicação e na interpretação de fatos passados, por meio de fontes historiográficas, o confronto de documentos entre si, com o contexto social e teórico da produção historiográfica existente. O conhecimento histórico possui diferentes formas de explicar o seu objeto de investigação, contribui para a formação de uma consciência histórico-crítica dos educandos, bem como favorece a compreensão da vida social em sua complexidade. Para que haja a compreensão do conhecimento histórico observarse-á as contribuições específicas de diferentes correntes historiográficas e a prática da metodologia histórico-crítica. Pois a disciplina de História possibilita aos educandos a identificação da sua identidade e do seu papel no meio social em que vive, compreendendo-se como agente transformador desse meio, contribuindo na formação do pensamento histórico. A ciência História objetiva analisar o processo socioeconômico, valendo-se de uma linguagem histórica, considerando-se as contribuições das correntes historiográficas. Também, levar em consideração a investigação científica do trabalho, do poder e da cultura, subsidiados por diversas fontes e por momentos históricos distintos. A que se considerar, além disso, a polifonia advinda dos sujeitos históricos para que seja oportunizado o desenvolvimento constituinte do pensamento histórico. Ou seja, para que se efetiva a consciência histórica a que se levar em conta os elementos oriundos da abordagem histórico-crítica responsável, também, pela constituição dos sujeitos epistêmicos, com a finalidade de produzirem narrativas de apresentação dos conhecimentos históricos. A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, pensar, sentir, representar, imaginar, instituir e de se relacionar social, cultural e politicamente. 284 A produção ou desenvolvimento do conhecimento historiográfico objetiva a formação do pensamento histórico, possibilitando a ampliação da consciência histórica para a produção de narrativas históricas. Os Conteúdos Estruturantes relações de trabalho, de poder e culturais permitem construir uma fundamentação histórica das abordagens relativas aos temas ou conteúdos básicos e aos conteúdos históricos específicos. Isso porque materializam as orientações do agir humano estruturadas na formação do pensamento histórico. Esta formação é constituída por metodologias de ensino e de aprendizagem articuladas às especificidades dos ensinos fundamental e médio. 2. CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de trabalho Relações culturais Relações de poder 6°ANO - Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias CONTEÚDOS BÁSICOS A experiência humana no tempo; Os sujeitos e suas relações com o outro tempo; As culturas locais e a cultura comum AÇÃO 7°ANO - A Constituição Histórica do Mundo Rural e Urbano e a Formação da Propriedade em Diferentes Tempos e Espaços CONTEÚDOS BÁSICOS História das relações da humanidade com o trabalho; O trabalho e a vida em sociedade; O trabalho e as contradições da modernidade; Os trabalhadores e as conquistas de direito. 285 8°ANO - O Mundo do Trabalho e os Movimentos de Resistência História das relações da humanidade com o trabalho; O trabalho e a vida em sociedade; O trabalho e as contradições da modernidade; Os trabalhadores e as conquistas de direito. 9º ANO - Relações de Dominação e Resistência: A Formação do Estado e das Instituições Sociais A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e Revoluções. ENSINO MÉDIO 1º ANO CONTEÚDOS BÁSICOS: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre; Urbanização e Industrialização 2º ANO CONTEÚDOS BÁSICOS: O Estado e as relações de poder; Os sujeitos, as revoltas e as guerras. 3º ANO CONTEÚDOS BÁSICOS: Movimentos sociais, políticos e culturais; Guerras e Revoluções; Cultura e religiosidade 286 METODOLOGIA DA DISCIPLINA Para os anos finais do Ensino Fundamental propõe-se que os conteúdos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e comparações com a História mundial. Para o Ensino Médio, a proposta é um ensino por temas históricos, ou seja, os conteúdos terão como finalidade a discussão e a busca de solução para um tema/problema previamente proposto. Entretanto, é necessário ressaltar que a História Temática será utilizada quando o conteúdo em desenvolvimento oportunizar a utilização desta prática pedagógica. Buscando a compreensão do conhecimento histórico, observar-se-á contribuições específicas das diferentes correntes historiográficas e a prática da abordagem histórico-crítica. Através da interpretação, análise e compreensão dos diferentes processos e acontecimentos históricos objetiva-se a formação do pensamento histórico, a ampliação da consciência histórica, capacitando o estudante para a produção de narrativas históricas. Contribuindo para operacionalização cotidiana das aulas de História, dialogadas, expositivas e interativas, considerar-se-á a problematização dos conteúdos, consulta a diferentes fontes, contextualização dos acontecimentos históricos, observando o significado das diferentes temporalidades e a busca de conceitos através da prática interdisciplinar, quando este encaminhamento se fizer necessário. Instrumentalizando os estudantes na compreensão do processo histórico serão utilizados diferentes recursos didático-pedagógicos tais como: leitura e análise de textos, interpretação e releitura de imagens, desenhos, ilustrações e fotografias, exibição de documentários e fragmentos fílmicos, produção de charges, paródias e versos rimados, encenação dos acontecimentos históricos, confecção e interpretação de mapas históricos, análise de gráficos e dados estatísticos, desenho e ilustração de fatos históricos, organização de história em quadrinhos, entre outros. Utilizar-se-á na prática pedagógica cotidiana a TV Multimídia, o Laboratório de Informática como espaço de pesquisa e produção, exibições de slides por meio de Projetor Multimídia, bem como, outras tecnologias que contribuam com o desenvolvimento do conhecimento científico. 287 No contexto do desenvolvimento dos conteúdos históricos serão oportunizados, projetos, reflexões, sensibilização, convencimento, implementação, Semana Cultural da Consciência Negra (20/11), Semana Cultural dos Povos Tradicionais Indígenas (19/04) e atividades para a visualização dos sujeitos históricos africanos, negros, afro-brasileiros (Lei 10.639/03) e comunidades tradicionais indígenas (Lei 11.645/08), como personalidades historicamente discriminados no projeto de formação e organização da nação brasileira e suas contribuições próprias para a história e cultura do país. Será oportunizado, também, o conhecimento das especificidades políticas, econômicas, históricas e socioculturais do Estado do Paraná (Lei 13.381/01), bem como sua importância no cenário regional e nacional. No desenvolvimento das aulas serão escolarizados os desafios contemporâneos (Sexualidade – Violência – Questões ambientais – Drogadição – Consumo – Mídia – Tecnologia/internet – Questão da terra, entre outros), objetivando, análise, reflexão, orientação para superação dos mesmos na comunidade em que estabelecimento estiver inserido. AVALIAÇÃO Fundamentado na Diretriz Curricular de História, que propõe reflexões sobre a avaliação no ensino de História, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os estudantes, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo. Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório, autoritário, que desvinculam a função da aprendizagem, que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as concepções definidas no projeto político-pedagógico da escola. Uma avaliação autoritária e classificatória materializa um modelo excludente de escolarização e de sociedade, com o qual a escola pública tem o compromisso de superação. Considerar-se-á os fundamentos avaliativos propostos pelas modalidades de Avaliação Diagnóstica, Formativa, Somativa e/ou Progressão e Contínua no processo de aplicação de diferentes instrumentos de avaliação. 288 No cotidiano pedagógico, ao se aplicar diferentes instrumentos de avaliação, o professor estará observando nas narrativas históricas produzidas pelos estudantes os seguintes critérios: Lista, Cita, Caracteriza, Explica, Produz, Elabora, Representa, Interpreta, Reflete, Analisa, Conceitua, Compara, Compreende, Identifica, Sintetiza, Seqüência, Diferencia, entre outros. Para avaliar/investigar a progressão e a compreensão dos estudantes sobre os conteúdos do processo histórico desenvolvidos, serão utilizados diferentes recursos instrumentos, tais como: leitura e análise de textos, interpretação e releitura de imagens, desenhos, ilustrações e fotografias, produção/elaboração de textos, resolução de atividades e exercícios, confecção de cartazes, murais e painéis, realização de trabalhos de pesquisa individuais e de grupo, realização de seminários, produção de charges, paródias e versos rimados, encenação dos acontecimentos históricos, confecção e interpretação de mapas históricos, análise de gráficos e dados estatísticos, desenho e ilustração de fatos históricos, organização de história em quadrinhos, testes orais e escritos, entre outros. Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, após a avaliação diagnóstica, o professor e seus estudantes poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá ao professor planejar e propor outros encaminhamentos para a recuperação/superação das dificuldades constatadas. Nesta oportunidade serão aplicados novos e diferenciados instrumentos avaliativos como: produção de narrativas históricas, testes orais e escritos, elaboração de trabalhos com roteiro determinado pelo professor, representação dos conteúdos através de mapa conceitual, resolução de roteiro de interpretação de texto e imagem, entre outros. REFERÊNCIAS BARCA, I. O pensamento histórico dos jovens: idéias dos adolescentes acerca da provisoriedade da explicação histórica. Braga: Universidade do Minho, 2000. BITTENCOURT, M.C. Ensino de História: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez, 2004. BURKE, P. A escrita da História: Novas perspectivas. São Paulo: Unesp, 1992. HOBSBAWM. E. Sobre História. São Paulo: Cia das letras, 1998. 289 LUCKESI, C.C. A avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2002. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. História. Curitiba: SEED, 2008. PELLEGRINI, Marco; DIAS, Adriana Machado & GRINBERG, Keila. Vontade de saber História. 1ª Edição. São Paulo, 2009. SCHMIDT, M.; CAINELLI, M. Ensinar História. São Paulo: Scipione, 2004 (pensamento e ação no magistério). THOMPSON, E.P. A miséria da teoria: ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. 6.10 LÍNGUA ESPANHOLA APRESENTAÇÃO O ensino de Língua Estrangeira no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica, pois as propostas curriculares e os métodos de ensino atendem às expectativas e demandas sociais. Após estudos e discussões, foi-se constatado que o sóciointeracionismo discursivo tem orientado os trabalhos em sala de aula, na qual a língua é concebida como um sistema para a expressão do significado num contexto interativo. O ensino de LEM – Língua Estrangeira Moderna tem por objetivo melhorar a instrução pública e também tornar o aluno mais competente em sua comunicação, propiciando a interação dele com o seu meio social através das práticas discursivas da leitura, escrita e oralidade. As Diretrizes Curriculares primam sobre a importância do ensino LEM como construção de identidades, além disso, há também todos os componentes culturais que o aluno recebe através do estudo da língua. No contexto histórico podemos ver que a Língua Espanhola esteve presente nas grades curriculares. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB nº 9394, determinou que fosse incluída no Ensino Médio uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória e uma segunda em caráter optativo. Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua 290 Estrangeira para o Ensino Médio, para atender as demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e profissional. Para destacar o Brasil no Mercosul, foi criada a Lei 11.161 de 5 de agosto de 2005, que torna obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio, com objetivo de atender os interesses político-econômicos, e também melhorar as relações comerciais entre o Brasil e os países de Língua Espanhola. Para que o ensino de Língua Estrangeira seja valorizado, a SEED em 2004, abriu concurso público para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para professores de Espanhol, para suprir a demanda prevista na lei. JUSTIFICATIVA Aprender Espanhol não é apenas importante do ponto de vista econômico e comercial, pois além da aprendizagem de línguas estrangeiras possibilitar o desenvolvimento da auto percepção do aluno como ser humano e como cidadão, mas principalmente no ponto de vista cultural e universal. A língua espanhola contribui para o processo educacional como um todo, indo muito além da aquisição de um conjunto de habilidades lingüísticas. Leva a uma nova percepção da natureza da linguagem, aumenta a compreensão de como a linguagem funciona e desenvolve uma maior consciência do funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo, ao promover uma apreciação dos costumes e valores de outras culturas, contribui para desenvolver a percepção da própria cultura através da compreensão de cultura(s) estrangeira(s). O desenvolvimento da habilidade de entender/dizer o que outras pessoas, em outros países diriam em determinadas situações leva, portanto à compreensão tanto das culturas estrangeiras quanto da cultura materna. Essa compreensão intercultural promove, ainda, a aceitação das diferenças nas maneiras de expressão e do comportamento. Há ainda outro aspecto a ser considerado, o ponto de vista educacional. É a função interdisciplinar que a aprendizagem da Língua Espanhola pode desempenhar no currículo. O beneficio resultante é mútuo. O estudo de outras disciplinas, notadamente passa a ter outro significado, se em certos momentos forem proporcionadas atividades conjugadas com o ensino de Língua Espanhola, levandose em consideração é claro, o projeto educacional na prática de sala de aula. 291 A aprendizagem da Língua Espanhola não é só um exercício intelectual de aprendizagem de formas e estruturas lingüísticas em um código diferente; é assim, uma experiência de vida, pois amplia as possibilidades de se agir discursivamente no mundo. O papel educacional da Língua Espanhola é importante, desse modo, para o desenvolvimento integral do indivíduo, devendo seu ensino proporcionar ao aluno essa nova experiência de vida. Experiência que deveria significar uma abertura para o mundo, tanto o mundo próximo, quanto o mundo distante, em outras culturas. Pretende-se assim que o aluno cada vez mais desenvolva o senso crítico, analisando as informações que recebe, trocando opiniões, comparando, discutindo, somando experiências, fazendo sempre uma ligação com o seu mundo, dessa forma, promovendo o seu próprio crescimento. Tanto a língua materna quanto a língua estrangeira encaram o desafio de fornecer aos indivíduos um instrumento de ação no mundo, desenvolver a consciência crítica e ser capaz de dialogar com o mundo contemporâneo multicultural em que estão inseridos. Espera-se que o aluno tenha uma compreensão teórica e de conhecimentos necessários para uma compreensão mais profunda da Analise do Discurso como Prática Social, utilizando a língua para construir significados no mundo social. Dessa forma, a LEM tem a incumbência de proporcionar ao aluno: A utilização da língua materna como apoio para a construção de significados na Língua Espanhola, Identificar a comunicação como formação profissional, acadêmica ou pessoal, a partir de conhecimentos de um mundo pré-existente no aluno. Aprender a engajar-se no discurso por meio da Língua Espanhola, Compreender e a produzir enunciados corretos no idioma; Atingir um nível de competência linguística, capaz de permitir-lhe acesso a informações de vários tipos, ao mesmo tempo em que contribua para a sua formação geral enquanto cidadão, Ser capaz de usar o novo idioma em situações reais de comunicações, Conscientizar o aluno do papel da Língua Espanhola como Língua Internacional, 292 Compreender de que forma, determinada maneira de expressão pode ser literalmente interpretada em razão de aspectos sociais e/ ou culturais, Compreender em que medidas esses enunciados refletem a forma de pensar, agir e sentir de quem os produz, Dominar as estratégias verbais e não-verbais que entram em ação para compensar falhas na comunicação, Utilizar aspectos como coerência e coesão na produção em Língua Espanhola (oral e escrita), Levar o aluno a entender, falar, ler e escrever de acordo com a situação e necessidade atual, Utilizar outras habilidades comunicativas e interpretativas de modo a poder atuar em diversas situações. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Estando relacionados com o momento histórico-social e ao tomar a língua como interação verbal e um espaço de produção de sentidos, segundo as DCE`s, o Discurso como prática social é o conteúdo estruturante da Língua Estrangeira Moderna. CONTEÚDOS BÁSICOS Oralidade Tema do texto; Intencionalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Variedades lingüísticas; Adequação da fala ao contexto; Exemplo de pronúncias e vocábulos da língua estudada; Elementos extralingüísticos: entonação, pausas e gestos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica. 293 Leitura Identificação do tema, do argumento principal e secundários; Interpretação observando: conteúdo vinculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto; As particularidades do texto em registro formal e informal; Realização de leitura não linear dos diversos textos; Intertextualidade; Elementos composicionais do gênero; Sentido conotativo e denotativo; Polissemia; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais, pontuação, recursos gráficos. Escrita Tema do texto; Finalidade; Interlocutor; Referência textual; Discurso direto e indireto; Emprego do sentido conotativo e denotativo; Ortografia; Acentuação gráfica; Concordância verbal/nominal; Adequação aos gêneros: elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas; Paragrafação; Clareza nas idéias. Gêneros textuais – 1º Ano 294 Esfera cotidiana Bilhete Carta pessoal Cartão felicitações Cartão postal Convite Letra de música Esfera publicitária Anúncio** Comercial para radio* Folder Paródia Placa Esfera produção Bula Regra de jogo Esfera artística Autobiografia Biografia Esfera jornalística Anúncio classificados Cartum Charge Entrevista** Horóscopo Reportagem** Sinopse de filme Esfera midiática Telejornal* Telenovela* Videoclipe* Esfera escolar Esfera literária Cartaz Fábula Diálogo** História em Exposição oral* quadrinhos Mapa Poema Resumo *Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir. **Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua. Gêneros textuais – 2º Ano Esfera cotidiana Exposição oral* Receita culinária Lista de compras Piada** Telefonema* Esfera jurídica Contrato Lei Esfera publicitária Anúncio** Comercial para televisão* Folder Slogan Esfera escolar Aula em vídeo* Exposição oral Esfera produção Embalagem Instrução de uso Manual técnico Esfera jornalística Boletim do tempo** Entrevista** Notícia** Esfera literária Esfera midiática Contação de Aula virtual Conversação chat história* Conto Correio eletrônico (e-mail) Sarau de poema* Peça de teatro* *Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir. **Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua. 295 METODOLOGIA O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não verbal. Através do conteúdo estruturante “Discurso como prática social” serão trabalhadas questões lingüísticas, sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, incluindo as práticas do uso da Língua Estrangeira: leitura, oralidade e escrita, abordando os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas que exploram a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência, etc. Reitera-se que todo o trabalho direcionado pelo professor será realizado na língua meta, ou seja, comunicando-se pela língua que se está ensinando, facilitando assim o processo de aquisição1 da língua estrangeira que, nos termos de Krashen (1982), difere do processo da aprendizagem2. Nesta perspectiva, o trabalho com diferentes gêneros textuais dar-se-á por meio da oralidade, da leitura e da produção escrita, de maneira que o texto e as discussões, tanto na língua materna como na língua meta, sejam entendidos como toda produção lingüística significativa, falada ou escrita, nas mais diversas situações sociais e de produção de sentidos. Entendendo o texto como uma manifestação do discurso, não se pode deixar de considerar o caráter ideológico dos discursos, pois como afirma Bakhtin (1997, p.31) “tudo que é ideológico possui um significado e remete a algo situado fora de si mesmo”, não desconsiderando que a ideologia é um reflexo das estruturas sociais. Portanto, anúncios, receitas, folhetos, tiras, anedotas, poemas, músicas, textos literários, cinema, são alguns dos gêneros textuais que servirão de base para o desenvolvimento da linguagem e da aquisição da Língua Espanhola por parte do aluno. O trabalho docente também propiciará a abordagem de conteúdos relacionados à história e cultura afro-brasileira e africana, tão como a história e cultura dos povos indígenas, em concordância com a com a lei n. 11.645/08; entre De acordo com Krashen (1982), apud Carioni (1988), a aquisição de uma língua se dá através de um processo subconsciente, similar, senão idêntico, à forma como as crianças desenvolvem a habilidade na primeira língua. Normalmente as pessoas, não estão conscientes do fato de que estão adquirindo a linguagem, mas estão conscientes de que elas a estão usando para a comunicação. Não há preocupação com as regras e as sentenças gramaticais “soam” ou “sente-se” que elas estão certas ou erradas, mas não se sabe que regra foi violada. 1 296 outros desafios contemporâneos como Educação Ambiental, conforme a lei n. 9.795/99; Gênero e Diversidade Sexual; Cidadania e Direitos Humanos e Prevenção ao uso Indevido de Drogas. Serão utilizados materiais disponíveis tais como: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, internet e TV multimídia. AVALIAÇÃO Avaliação é uma prática pedagógica que está dentro do processo ensino/aprendizagem, tem a função de diagnosticar o nível de aquisição do conhecimento pelo aluno. Conforme consta no PPP do Colégio Estadual Mario Quintana no seu respectivo Regimento Escolar, o regime de avaliação é semestral; o professor manterá o registro dos conteúdos, freqüência e avaliação no livro de chamada; as notas de cada um dos semestres será o resultado dos valores atribuídos em cada instrumento de avaliação. Quanto à recuperação de conteúdos, ela será concomitante às aulas e será organizada com atividades trabalhadas e retomada de conteúdo, com procedimentos didático-metodológicos diversificados. A sistemática da avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos de acordo com o currículo e objetivos dessa proposta pedagógica e os resultados expressos em notas de 0,0 a 10,0. Para ser aprovado o educando deverá atingir média final anual 6,0 (seis) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento). REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. Em relação à aprendizagem, Krashen (1982) coloca que esta se refere ao conhecimento consciente de uma segunda língua, o conhecimento das regras, estar consciente delas, e ser capaz de falar sobre elas. É o conhecimento formal da língua. 2 297 CARIONI, Lilia. Aquisição de segunda língua: a teoria de Krashen. In: BOHN, H. E VANDRESEN, P. (Org.). Tópicos de Lingüística Aplicada: o ensino de línguas estrangeiras. Florianópolis: UFSC, 1988, p. 50-74. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação, Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para Educação Básica, Curitiba, 2009. SEDYCIAS, João. Por que os brasileiros devem aprender espanhol? In: SEDYCIAS, João (org.). O ensino do espanhol no Brasil: passado, presente, futuro. São Paulo: Parábola, 2005, p. 35-44. 6.11 LÍNGUA INGLESA APRESENTAÇÃO A aprendizagem da Língua Inglesa contribui para o processo educacional como um todo, indo além da aquisição de um conjunto de habilidades linguísticas. Uma nova concepção da linguagem funciona e desenvolve maior consciência do funcionamento da própria língua materna. Ao mesmo tempo. Promove e contribui para apreciação dos costumes e valores de outras culturas. O aluno vem para a escola trazendo consigo determinadas leituras de mundo que constitui a sua cultura e como tal deve ser respeitados. Ao utilizar uma língua estrangeira na interação com outras culturas, os alunos podem ser levados a refletir sobre a língua como um meio cultural, como um produto que constrói e é construído por determinadas comunidades, podendo reconhecer a diversidade cultural em diferentes línguas, culturas e modo de pensar, compreendendo que os dignificados são sociais e historicamente construídos e possíveis de transformação. Compreender a importância do ensino e do aprendizado de Línguas Estrangeiras Modernas na Educação Básica implica conhecer o percurso histórico percorrido para o reconhecimento e adoção desta disciplina no currículo escolar. Conforme demonstram as Diretrizes Curriculares Estaduais desta disciplina, desde a época da colonização, o conhecimento de uma língua estrangeira remete ao conhecimento de outra cultura, o que representa que o sujeito que a domina se torna 298 de certa forma, mais independente, já que é capaz de compreender uma língua diferente da sua. Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar. Ao definir qual formação se quer proporcionar a esses sujeitos, a escola contribui para determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza, um forte caráter político. Nestas diretrizes, propõe-se uma reorientação na política curricular com o objetivo de construir uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos. O que de fato leva a integração de uma língua estrangeira no currículo é a possibilidade de formar cidadãos mais críticos, capazes de compreender outra língua e, por meio deste aprendizado, conhecer e compreender valores e implicações históricas de outras culturas. Considerar o currículo tão somente como um documento impresso e uma orientação pedagógica sobre o conhecimento a ser desenvolvido na escola e uma mera lista de objetivos, métodos e conteúdos necessários para o desenvolvimento dos saberes escolares, faz-se desprezar seu caráter político e sua condição de elemento que pressupõe um projeto de futuro para a sociedade que o produz. Sendo necessária, então, uma análise mais ampla e crítica, ancorada na ideia de que nesse documento, está impresso o resultados de embates políticos que produzem um projeto pedagógico vinculado a um projeto social. Assim, da tentativa de responder o que é currículo, outras duas questões indissociáveis se colocam como eixos para o debate: a intenção política que o currículo traduz e a tensão constante entre seu caráter prescritivo e a prática docente. Como documento institucional, o currículo pode tanto ser resultado de amplos debates que tenham envolvido professores, alunos, comunidades, quanto a ser fruto de discussões centralizadas, feitas em gabinetes, sem a participação dos sujeitos diretamente interessados em sua constituição final. No caso de um currículo imposto às escolas, a prática pedagógica dos sujeitos que ficaram à margem do processo de discussão e construção curricular, em geral, transgride o currículo documento. 299 Isso, porém, não se dá de forma autônoma, pois o documento impresso, ou seja, “o estabelecimento de normas e critérios tem significado, mesmo quando a prática procura contradizer ou transcender essa definição pré-ativa (de currículo). Com isso, ficamos vinculados a formas prévis de reprodução, mesmo quando nos tornamos criadores de novas formas” (GOODSON, 1995, p. 18). O currículo como configurador da prática, produto de ampla discussão entre os sujeitos da educação, fundamento nas teorias críticas e com organização disciplinar é a proposta destas Diretrizes para a rede estadual de ensino do Paraná, no atual contexto histórico. Estas Diretrizes Curriculares, por sua vez, se apresentam como frutos daquela matriz curricular, porém, duas décadas se passaram e o documento atual tem as marcas de outra metodologia de construção, por meio da qual a discussão contou com a participação maçica dos professores da rede. Buscou-se manter o vínculo com o campo das teorias críticas da educação e com as metodologias que priorizem diferentes formas de ensinar, de aprender e de avaliar. Além disso, nestas diretrizes a concepção do conhecimento considera suas dimensões científica, filosófica e artística, enfatizando-se a importância de todas as disciplinas. Tal função está relacionada, principalmente, ao uso que se faz ao uso da língua estrangeira via leitura, embora se possam também considerar outras habilidades comunicativas em função da especificidade de algumas línguas e das condições existentes no contexto escolar. Um outro fator é a língua inglesa ser a mais falada do mundo dos negócios. O objetivo do ensino de LEM é instrumentalizar os alunos para que eles possam se comunicar e ter acesso as informações, assim como abrir possibilidade para entender o mundo, desenvolvendo-se como pessoas autônomas nas relações de vivência; construir um sujeito ativo, com habilidade de comunicação real, capaz de refletir e transformar o ambiente ao redor; compreender a sua realidade e criar significativos para a mesma, valorizar a prática linguística, compreender que a Língua Estrangeira exerce papel de mediadora das relações entre pessoas de diferentes línguas maternas. Ainda que a língua permite compreender-se pertence a uma comunidade global, permitindo o rompimento de fronteiras geopolíticas sociais, culturais, raciais e outras, e que com ela, identidades se constrói e são construídas. Assim, temos como meta, resgatar a função social educacionail do nosso objetivo de estudo: A Língua. De modo a superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou 300 instrumentais que historicamente tem marcado o ensino desta disciplina. Desta forma, no final Ensino Básico, esperamos que os alunos: sejam capazes de usarem a língua em situação de comunicação oral e escrita; vivenciem na aula de língua estrangeira, formas de participação que lhes possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreendam que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, possíveis de transformação na prática social; tenham maior consciência do papel das línguas na sociedade; reconheçam e compreendam a diversidade linguística e cultura, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país; CONTEÚDOS Toda língua se constrói historicamente, através das culturas e promovem transformações, como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico: é heterogênea, ideológica e opaca. Repleta de sentidos conferidos por nossas culturas e sociedades, a língua organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e estabelece entendimentos possíveis. Para BARKTIN (1988), para haver comunicação é necessário a voz do eu e do outro. Segundo ele, não discurso individual, tudo acontece num processo de interação na relação entre eu e o tu, que os que os sujeitos se constituem socialmente. E é no engajamento discursivo com o outro dando forma ao que dizemos e ao que somos. Assim, a língua estrangeira apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade. O discurso como prática social, que se realiza total ou parcialmente por intermédio de texto, envolve as condições de produção, ou seja, o contexto sócio histórico e ideológico. A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio – histórica como princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõe uma articulação que vá além dos limites cognitivos próprios das disciplinas escolares, sem, no entanto, recair no relativismo epistemológico. Ao contrário, elas reforçam essas disciplinas ao se fundamentarem em aproximações 301 conceituais coerentes e nos contextos sócio-históricos, possibilitando as condições de existência e constituição dos objetos dos conhecimentos disciplinares. CONTEÚDOS BÁSICOS LEITURA Conteúdo temático Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situcionalidade Intertextualidade Elementos composicionais Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos Ambiguidade Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto ESCRITA Conteúdo temático Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Situcionalidade Intertextualidade Vozes sociais presentes no texto Elementos composicionais do gênero Marcas linguísticas: coesão, coerência, funlção das classes gramaticais no texto, pontuação Significado das palavras ORALIDADE 302 Conteúdo temático Finalidade Aceitabilidade do texto Informatividade Papel do locutor e interlocutor Adequação do discurso ao gênero Turnos da fala – diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito 6º ANO LEITURA Tema do texto Interlocutor Finalidade Aceitabilidade do texto Informatividade Elementos composicionais do gênero Léxico Repetição proposital de palavras ESCRITA Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Elementos composicionais do gênero Ortografia ORALIDADE Tema do texto Finalidade Papel do locutor e interlocutor Adequação do discurso ao genêro 303 Turnos da fala Variações linguísticas 7º ANO LEITURA Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Situcionalidade Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Léxico Repetição proposital de palavras Marcas linguísticas ESCRITA Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Dirscurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Marcas linguísticas Ortografia Concordância verbal/nominal ORALIDADE Tema do texto Finalidade Papel do locutor e interlocutor Elementos extralinguísticos: Entonação, pausas, gestos, etc. Adequação do discurso ao gênero 304 Turnos de fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição 8º ANO LEITURA Conteúdo temático Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situcionalidade Intertextualidade Elementos composicionais do gênero Marcas linguísticas: coesão, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos Ambiguidade Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto ESCRITA Conteúdo temático Interlocutor Finalidade do texto Informatividade Situcionalidade Intertextualidade Vozes sociais presentes no texto Elementos composicionais do gênero Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação Significado das palavras 305 9º ANO LEITURA Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situcionalidade Intertextualidade Temporalidade Discurso direto e indireto Elementos composicionais do gênero Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto Polissemia ESCRITA Tema do texto Interlocutor Finalidade do texto Aceitabilidade do texto Informatividade Situcionalidade Intertextualidade Temporalidade Discurso direto e indireto Elementos composicionais Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto Polissemia Processo de formação de palavras Ortografia 306 ORALIDADE Conteúdo temático Finalidade Aceitabilidade do texto Informatividade Papel do locutor e interlocutor Adequação do discurso ao gênero Turnos da fala – diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito METODOLOGIA Tomando como ponto de partida o conteúdo Estruturante da disciplina de Língua Estrangeira, o discurso como Prática Social, serão abordadas questões linguísticas, discursivas, sócios pragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua leitura, escrita e oralidade por meio da leitura, compreensão e problematização de textos de diferentes gêneros (DCE, 29: 2009). Serão, para tanto, utilizadas estratégias de leitura por meio de atividades de pré-leitura (apresentação de vocabulário, estruturais e expressões, que possibilitem a decodificação e interpretação do texto leitura e pós – leitura (questões para reflexão, problematização, atividades de pesquisa, apresentação e produção textual). As discussões, conforme orientações dispostas nas Diretrizes desta disciplina poderão ocorrer em língua materna, já que o que se tem vista o desenvolvimento de uma prática analítica e crítica que visa a ampliação dos conhecimentos linguístico – culturais, suas implicações sociais, históricas e ideológicas. São muitas as transformações sociais que muito rapidamente vão interferindo no panorama mundial e isso intensifica a necessidade de comunicação entre povos s culturas. Nesse contexto, a Língua Estrangeira Moderna facilitará ao aluno sua participação das novas relações comunicativas. Serão utilizados materiais diversos, tais como: revistas, livros didáticos, imagens, vídeos, dentre outros. Os recursos, por sua vez, compreendem multimídias, cds, Laboratório de Informática da escola, quadro de giz. 307 A Língua Inglesa através da leitura escrita critica e reflexiva, priorizando a visão globalizada do aluno, o qual será preparado para ser um cidadão fluente e comunicativo. Serão abordados os principais tempos verbais, vocabulários pertinentes diferenciados, pontos gramaticais e interpretação de textos. Num globalizado como o nosso, a língua estrageira assume importância cada vez maior. Esta é a condição para que se possa sentir-se inserido na realidade dela e participar ativamente. Além disso, adquiri-se um instrumento a mais para entender o seu papel como cidadão ao ter acesso a uma variedade de informações em diversos campos do conhecimento, ênfase na oralidade e escrita contextualizada. Entende-se também que o ensino de uma língua inglesa deve-se considerar as relações que podem ser estabelecidas entre a língua estudada e a inclusão social, objetivando o desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade e o reconhecimento das diversidades culturais. A diversidade da Língua, dentro de suas possibilidades serão tratados de maneira que contemplem os desafios contemporâneos e a diversidade educacional: A História da Cultura Afro-Brasileira (Lei nº 10639/03), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Meio Ambiente (Lei nº 9795/99), Cultura Indígena (Lei 11645/08) e Programa Nacional de Educação Fiscal (Portaria nº 413/02). AVALIAÇÃO A avaliação deverá ser um processo e como tal tem um sentido dinâmico de crescimento, de processo. Deve estar centrada na tendência pedagógica que movimenta o planejamento, a execução e a avaliação do processo evidenciado. Não pode ser uma tarefa perdida. Deve sim, ser contínua, diagnóstica e formativa valorizando tudo que o aluno aprender e produzir, baseando-se principalmente no seu conhecimento de mundo. Partirá do acompanhamento do professor com relação ao engajamento discursivo do aluno em sala de aula, bem como, sua interação verbal, interação com textos e atitudes de busca a soluções de problemas nas atividades propostas. Serão utilizados instrumentos diversos para avaliação das práticas discursivas, tais como, debates, apresentações orais, interpretações de textos com questões discursivas e objetivas, atividades com recursos audivisuais, dentre outros. 308 Serão considerados, como critérios para avaliação da aprendizagem: Na leitura: compreensão do texto, levando em consideração suas condições de produção, informações explícitas e implícitas, além do papel dos interlocutores, emissão de opiniões a respeito do tema e do conteúdo do texto, conhecimento e utilização da língua estrangeira como instrumento de acesso a informações de outras culturas e outros grupos sociais. Na escrita: produção de textos atendendo a circunstâncias da proposta, identificação dos níveis de linguagem (formal/informal), uso adequado dos recursos linguísticos, ampliação do vocabulário na língua estrangeira. Na oralidade: reconhecimento de elementos extralinguísticos e marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal. É importante, nesse processo, que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo na sala de aula se faz pela interação verbal, a partir da escolha de textos pertinentes, e de diferentes formas: entre alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação com o material didático; nas conversas em língua estrangeiras; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias (Vygostky, 1989). O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto curricular a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados, estão envolvidos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos destas Diretrizes. A análise qualitativa é que fornece ao educador os subsídios essenciais ao processo mediador. O que um aluno ainda não compreendeu precisa da intervenção do professor no sentido de encontrar alternativas pedagógicas que forneçam o entendimento do aluno sobre o que dele foi exigido. O processo de avaliação representa um compromisso do professor investigar e acompanhar o processo de aprendizagem do aluno no seu cotidiano, contínua e gradativamente, buscando não só compreender e participar da caminhada do aluno, mas intervir, fazendo provações intelectuais significativas; o de conhecimento das observações sobre o desempenho dos alunos : nenhuma decisão sobre os alunos deverá ser tomada sem uma extensiva análise do seu desempenho; quaisquer registros ou anotações feitas sobre o desempenho do aluno ao longo do processo será considerados provisórios e sujeitos a complementação. 309 O processo avaliativo mediador tem de ser por sua natureza, preventivo, cumulativo, qualitativo e quantitativo e estes se complementam. Por isso a recuperação paralela já faz parte destes princípios. O conhecimento pelo professor, das dificuldades específicas de cada aluno, será superadas pela ação docente, paralelamente a cada conteúdo trabalhado. A medida que as dificuldades surgem, o professor deve proporcionar a recuperação paralela para todos os alunos, que não tenham atingido a meta estabelecida e também aqueles alunos que tenha êxito inicial. REFERÊNCIAS GIMENEZ, T. Inovação Educacional e o Ensino de línguas Estrageiras Modernas: o caso do Paraná. Signum, v. 2 1999 LUCKESI, C.C. A Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez. 1995 LOPES, P. L. M. A nova ordem mundial, os parâmetros curriculares nacionais e o ensino de inglês no Brasil: a base intelectual para uma ação política. In: BARBARA, R. X. Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas: Mercado das Letras, 2003. PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para Educação Básica. Curitiba, 2008. 6.12 LÍNGUA PORTUGUESA APRESENTAÇÃO De caráter imanentemente social, a linguagem institui-se nos processos de interação, nos quais se constituem as relações sociais e a atuação dos sujeitos, por meio da produção discursiva. Assim, constituída nas diferentes atividades e esferas sociais, a língua permeia os processos de interação numa perspectiva dialógica, por meio da qual os sujeitos participam de forma ativa e responsiva, alternando seus papéis, ao assumir a função ora de ouvinte, ora de falante. 310 Desse modo, conforme dispõe Bakhtin (2000), os enunciados constituem-se em elos da cadeia enunciativa, visto que O enunciado deve ser considerado acima de tudo como uma resposta a enunciados anteriores dentro de uma dada esfera: refuta-os, confirma-os, completa-os, baseia-se neles, supõe-nos conhecidos e, de um modo ou de outro conta com eles. (BAKHTIN, 2000, p. 316). Considerando essa perspectiva dialógica e social da linguagem, as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Portuguesa – do Estado do Paraná, (DCEs, 2008), destacam que o ensino de Língua Portuguesa, ali proposto, orientase pela natureza social dos processos de interação entre os sujeitos, nos diferentes contextos discursivos. Assim, Ensinar a língua materna, a partir dessa concepção, requer que se considerem os aspectos sociais e históricos em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que os seus significados são sociais e historicamente construídos. A palavra significa na relação com o outro, em seu contexto de produção. (PARANÁ, 2008, p. 49). De acordo com tal postulado, os sujeitos atuam como agentes ativos no processo dinâmico e histórico da interação verbal, na ação com e pela linguagem, pois, segundo Koch (2003) Quando interagimos através da linguagem (quando nos propomos a jogar o „jogo‟), temos sempre objetivos, fins a serem atingidos, há relações que desejamos estabelecer, efeitos que pretendemos causar, comportamentos que queremos ver desencadeados (...) (KOCH, 2003, p. 29). Nesse sentido, ao considerar o ato interlocutivo realizado por meio dos discursos, para os quais os sujeitos mobilizam tanto os gêneros quanto os mecanismos linguísticos adequados à intenção comunicativa, reiteram as DCEs O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos, para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir com esses discursos.(PARANÁ, 2008, p.50) Sob essa perspectiva, os discursos/textos são entendidos como constructos sociais dados nas relações dialógicas, nos diferentes contextos e esferas sociais, que se concretizam por meio dos gêneros discursivos, os quais, segundo o que 311 propõe Bakhtin, instituem-se em “um dado tipo de enunciado relativamente estável do ponto de vista temático, estilístico e composicional” (BAKHTIN, 2000, p. 284). Assim, para atender às finalidades comunicativas, os discursos se moldam às especificidades contextuais de produção dos enunciados, materializadas por meio dos gêneros, cuja organização constituída social e historicamente, institui-se como fator essencial ao entendimento entre os interlocutores no momento da interação verbal. Desse modo, O querer dizer do locutor se realiza acima de tudo na escolha de um gênero do discurso. Essa escolha é determinada em função da especificidade de uma dada esfera da comunicação verbal, das necessidades de uma temática (do objeto de sentido), do conjunto constituído dos parceiros. Depois disso, o intuito discursivo do locutor, sem que este renuncie à sua individualidade e à sua subjetividade, adapta-se e ajusta-se ao gênero escolhido. (BAKHTIN, 2000, p.301). Reiterando esses pressupostos, Marcuschi (2006) ressalta que os gêneros instituem-se, portanto, como um modo de atuação sócio-discursiva numa dada cultura e, assim, mais do que um simples modo de produção textual, caracterizamse como formas interativas, multimodalizadas e flexíveis de organização e de produção de sentidos, cuja ação é sempre uma seleção tática de ferramentas adequadas aos propósitos comunicativos. Nesse sentido, o trabalho com os gêneros discursivos em sala de aula possibilita que se traga ao espaço escolar os discursos do cotidiano, produzidos nas diferentes esferas e contextos sociais e, desse modo, conforme reiteram as DCEs, O aprimoramento da competência linguística do aluno acontecerá com maior propriedade se lhe for dado conhecer, nas práticas de leitura, escrita e oralidade, o caráter dinâmico dos gêneros discursivos. O trânsito pelas diferentes esferas de comunicação possibilitará ao educando uma inserção social mais produtiva no sentido de poder formular seu próprio discurso e interferir na sociedade em que está inserido. (PARANÁ, 2010, p. 53). Nessa direção, o processo de ensino-aprendizagem da disciplina de Língua Portuguesa, nas práticas discursivas da oralidade, da leitura e da escrita, orienta-se pela atividade co-textual e contextual que compreende os atos discursivos na análise com e sobre a linguagem, intencionando, assim, o aprimoramento dos conhecimentos linguísticos do aluno, bem como a compreensão e a interação deste com os discursos produzidos socialmente. 312 CONTEÚDOS Pautado na produção discursiva, constituída nas diferentes atividades sociais e organizada pelos diferentes gêneros, o ensino da língua materna objetiva, prioritariamente, o estudo dos textos/discursos em seus aspectos textuais e contextuais. E, sob essa concepção de língua que se institui o conteúdo estruturante da disciplina de Língua Portuguesa: O discurso como prática social. Nesse enfoque, os conteúdos elencados por esta Proposta Pedagógica Curricular para cada ano do Ensino Fundamental e Médio destaca os diferentes gêneros discursivos como Conteúdos Básicos, os quais orientam as práticas discursivas da oralidade, leitura e da escrita. Cabe reiterar também, que as atividades de Análise Linguística estão incorporadas às demais práticas, na análise dos elementos co-textuais e contextuais que compõem os atos discursivos. Os gêneros discursivos propostos para cada ano, assim como os conteúdos apontados nas práticas da oralidade, da leitura e da escrita, estão organizados de forma anual para que o professor proceda a seleção/divisão destes e seus desdobramentos, nos conteúdos específicos, em seu Plano de trabalho Docente, de acordo com o contexto escolar e as especificidades de cada série/turma. ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos Causos; Trava-línguas; Convites; Contos de fadas Comunicado; Bilhete; Fábulas; Exposição oral; Haicai; Piadas; Histórias em quadrinhos; Provérbios; Lendas; Relatos de experiências vividas; Músicas; contemporâneos; 313 Receitas; Placas; Narrativas míticas; Panfletos; Narrativas de aventura; Anúncio: slogan e marca; Poemas; Comercial para TV (tevê); Texto dramático; Regras de jogo; Diálogo; Bulas; Pesquisa; Desenho animado; Verbetes do dicionário; Filmes; Entrevista oral e escrita; Rótulos e embalagens; Mapas; Texto de opinião; Notícia; Paródias. Tiras; A) PRÁTICAS DISCURSIVAS I) LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Argumentos do texto; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência; Função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito). II) ESCRITA Contexto de produção; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Argumentatividade; 314 Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão, coerência; Função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Processo de formação das palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. Os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do texto; III) ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Adequação da linguagem ao contexto de uso; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos. 7º ANO Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos Contos; Entrevistas (oral e escrita); Lendas; Notícias; Histórias em quadrinhos; Fábulas contemporâneas; 315 Relatos; Texto jornalístico (notícia); Poemas; Pesquisa; Textos dramáticos; Paródia; Narrativas de aventura; Aviso; Relatório; Crônicas de ficção; Texto argumentativo; Texto de opinião (Troca de Texto dissertativo; opiniões); Telejornal; Exposição oral (Declamação de Filmes. poemas); A) PRÁTICAS DISCURSIVAS I) LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital de palavras; Léxico; Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito). II) ESCRITA Contexto de produção; Interlocutor; 316 Finalidade do texto; Adequação da linguagem ao contexto de uso; Informatividade; As diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a linguagem formal e a informal. Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação das palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal; Estruturação dos parágrafos. III) ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Semântica. 8º ANO Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos Relatos de experiências vividas; Entrevista (oral e escrita); Debate (troca de opinião); Texto instrucional; Oratória; Narrativa fantástica: romance e Exposição oral/Seminário; conto; 317 Crônicas de ficção; Sinopse de filme e de livro; Notícia; Relatório de visita ou passeio; Reportagem; Charge; Artigo de opinião; Filmes; Manifesto; Cartazes; Publicidade comercial; E-mail; Anúncio; Paródias; Romance (narrativas de terror e Texto descritivo; de humor); Telejornal; Poema; Requerimento. Resumo; A) PRÁTICAS DISCURSIVAS I) LEITURA Conteúdo temático: Interlocutor; Intencionalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido figurado/expressões que denotam ironia e humor no texto. 318 II) ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Concordância verbal e nominal; Regência nominal e verbal; Os conectivos como mecanismos que colaboram com a coerência e coesão textual; Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de sentido; Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto. III) ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e do interlocutor; 319 Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas, etc.; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 9º ANO Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos Relato: depoimento pessoal; Conto; Artigo de opinião; Músicas; Charge; Resenha crítica; Debates; Narrativas de ficção científica; Entrevista oral e escrita; Narrativas de humor; Reportagem; Relatórios de visitas e passeios; Notícia; Manifestos; Editorial; Seminário; Telejornal; Romance; Poema; Texto Paródia e paráfrase; Texto argumentativo: carta de Pesquisas; reclamação; Cartazes; Texto argumentativo: texto de Anúncio publicitário; opinião; Texto teatral; Crônica humorística; Curriculum vitae. midiático: messenger, sites; e-mail, 320 A) PRÁTICAS DISCURSIVAS I) LEITURA Conteúdo temático: Interlocutor; Intencionalidade do texto; Argumentos do texto; Contexto de produção; Discurso ideológico presente no texto; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas no texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido figurado; - figuras de linguagem; - expressões que denotam ironia e humor no texto. II) ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; 321 Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Partículas conectivas no texto; Progressão referencial no texto; Valor sintático e semântico dos temos e modos verbais; Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação das palavras; Vícios de linguagem; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia III) ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Argumentos; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas,...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas); Marcas linguísticas: coesão (conectivos), coerência, gírias, repetição; Semântica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. 322 ENSINO MÉDIO Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social Conteúdos Básicos: Gêneros discursivos 1º ANO 2º ANO Debate; 3º ANO Debate regrado: Exposição oral; Seminário; contra- Fotografias; Anúncio argumentação; Desenhos; Pinturas; publicitário; Seminário; Relatos; Relatos; Charges; Palestras; Palestra; Gráficos; Texto dramático; Texto dramático; Histórias em Reportagem; Troca de opiniões; quadrinhos; Notícia; Júri simulado; Poemas; Entrevista; Reportagem; E-mail; Edital; Notícia; Artigo de opinião; Depoimento; Entrevista; Vocábulos Conto; Edital; científicos; Crônica; Depoimento; Texto descritivo; Poema; Conto; Texto narrativo; Romances; Crônica; Texto dissertativo; Texto dissertativo; Poema; Romances; Gráfico; Romances; Relatos Editorial; Gráfico; científicos; Biografias; Editorial; Síntese; Charges; Biografias; Fábula Tiras; Charges; contemporânea; Resenhas; Tiras; Debate; Artigo científico. Resenhas; Relatório de Artigo científico; experiência Carta ao leitor; 323 científica Carta argumentativa; Texto dissertativo. A) PRÁTICAS DISCURSIVAS I) LEITURA Conteúdo temático: Interlocutor; Finalidade do texto; Intencionalidade; Argumentos do texto; Contexto de produção; Discurso ideológico presente no texto; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Contexto de produção da obra literária; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas no texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores;; - figuras de linguagem; II) ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; 324 Finalidade do texto; Intencionalidade; Informatividade; Contexto de produção; Intertextualidade; Referência textual; Vozes sociais presentes no texto; Ideologia presente no texto; Elementos composicionais do gênero; Progressão referencial; Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência; Vícios de linguagem; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - figuras de linguagem. III) ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Intencionalidade; Argumentos; Papel do locutor e do interlocutor; Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas,...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas); Marcas linguísticas: coesão (conectivos), coerência, gírias, repetição; 325 Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Considerando-se a linguagem em uso, isto é, o discurso como prática social como princípio norteador do ensino-aprendizagem de língua materna, as práticas discursivas da oralidade, da leitura, da escrita e da análise linguística centram suas atividades nos processos interlocutivos, materializados por meio dos gêneros discursivos. Nessa direção, o trabalho com os gêneros, propostos para cada série/ano do Ensino Fundamental e Médio, compreende os seus aspectos temáticos, composicionais e estilísticos, observando-se, assim, os seus componentes textuais e contextuais. Cabe destacar que a seleção dos gêneros discursivos, feita pelo professor, para cada série/ano, orienta-se pela realidade escolar, considerando-se os conhecimentos linguísticos que os alunos já possuem e aqueles que precisam ser aprimorados. Desse modo, o trabalho com as práticas discursivas, produzidas nos diferentes gêneros e esferas sociais, prioriza as atividades que contemplem o letramento e o multiletramento, na análise de textos provenientes das múltiplas linguagens. Aqui, ressalta-se o uso dos recursos tecnológicos e dos textos da esfera midiática (tv pen drive, vídeos, músicas, filmes, fotos, gravuras, obras de arte, etc.) trazidos ao contexto escolar para que o aluno possa compreender e interagir com as múltiplas linguagens. Nessa mesma perspectiva, ressalta-se, também, o trabalho de análise de texto que considere não só as questões metalinguísticas, mas também os aspectos epilinguísticos que compõem a produção textual, ou seja, o trabalho, conforme Geraldi (1997), com e sobre a linguagem. Cabe reiterar, ainda, que o trabalho com os diferentes gêneros discursivos em sala de aula contemplam as temáticas propostas pela História e Cultura AfroBrasileira, bem como os demais temas que envolvam a diversidade social, racial e 326 de gênero, as questões ambientais, interdisciplinares e as referentes à ética, a cidadania e ao enfrentamento da violência. E, como Complementação Curricular ao proposto ao ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, por esta Proposta Pedagógica Curricular, o Colégio Mário Quintana oferece também o Programa de Salas de Apoio à Aprendizagem – SAA – com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos de 5ª série/6º ano. O programa prevê o atendimento aos alunos, no período de contraturno, com o intento de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos dados pelas práticas da oralidade, da leitura e da escrita. A escola conta também com o Projeto Viva Escola com atividades na área de Língua Portuguesa como forma de complementação curricular e de viabilizar o acesso, a permanência e a participação dos educandos em atividades pedagógicas diversificadas e em período de contraturno. Na consideração dos pressupostos teóricos apresentados e observando as especificidades do Colégio Estadual Mário Quintana, os encaminhamentos metodológicos de ensino-aprendizagem da língua materna, aqui propostos, ancoram-se ao que preconizam as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa no que se refere ao trabalho com os conteúdos básicos – os gêneros discursivos – na abordagem das práticas da oralidade, da leitura, da escrita e da análise linguística, cujos objetivos principais são descritos na sequência. I) PRÁTICA DA LEITURA Propiciar práticas de leitura dos diferentes gêneros, produzidos nas diferentes esferas sociais; Considerar os conhecimentos prévios dos alunos; Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Promover discussões sobre: tema, finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; Contextualizar a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade época; 327 Utilizar textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; Relacionar o tema com o contexto atual; Oportunizar a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; Instigar a identificação e reflexão dos sentidos de palavras e/ou expressões figuradas e que denotem ironia e humor; Promover atividades de percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Proporcionar atividades de análises para estabelecer a referência textual; Estimular leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; Conduzir leituras para a compreensão das partículas conectivas; Desenvolver atividades de leitura levando em consideração as estratégias:cognitivas, sociointeracionais e textuais. LITERATURA Proporcionar momentos de debates e reflexões sobre as obras lidas, tendo como base o Método Recepcional, considerando-se as cinco etapas propostas nas DCEs: determinação do horizonte de expectativas, atendimento ao horizonte de expectativas, ruptura do horizonte de expectativas, questionamento do horizonte de expectativas e, por último, a ampliação do horizonte de expectativas; No Ensino Fundamental, propor atividades de interação entre a obra e o leitor, resgatar o leitor de sua “passividade”, valorizar obra, autor e leitor, despertar o gosto pela leitura e o hábito de ler, socializar a leitura em sala, privilegiar a leitura/fruição; Garantir o estudo das Escolas Literárias no Ensino Médio, contextualizando as produções: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Explorar nas obras literárias: estilos do autor, a época, situar o momento de produção e estabelecer o diálogo com o momento atual, bem como com outras áreas do conhecimento (Arte, Biologia, Sociologia, História, etc.); Instigar os alunos a perceber o texto literário com o olhar da sensibilidade e 328 da identificação; Explorar os diferentes gêneros literários, observando os recursos que podem ser observados e aprofundados em cada série/ano; Abordar a Cultura Afro-Brasileira (Desafio Contemporâneo); Propor a abordagem de temáticas presentes em obras clássicas e contemporâneas, valorizando as diferentes vozes sociais. II) PRÁTICA DA ESCRITA Propor/planejar atividades de produção dos gêneros de modo interlocutivo: o aluno precisa ter o que dizer, razão para dizer, como dizer e interlocutores para quem dizer; Proporcionar momentos de produção que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto; Instigar o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo; Encaminhar reescrita dos textos, conduzindo a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos e coerentes ao gênero discursivo; Propor atividades de reconhecimento e uso das partículas conectivas; Reforçar os elementos de organização do texto escrito: unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutores, dentre outros; Acompanhar a produção do texto; Analisar nas produções se há coerência e coesão, continuidade temática, finalidade, linguagem adequada ao contexto e ao gênero solicitado; Elaborar atividades de análise linguística que atendam ao levantamento das dificuldades apresentadas pelos alunos; Propor atividades que levem à reflexão dos aspectos discursivos, normativos e estruturais. 329 III) PRÁTICA DA ORALIDADE Propiciar momentos para que os alunos exponham suas ideias e opiniões a respeito dos gêneros explorados; Organizar apresentações em forma de pequenos seminários para que sejam exploradas as marcas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Estimular a declamação de poemas e contação de histórias; observando todos os recursos expressivos (extralinguísticos) próprios do gênero; Seleção de outros discursos para que sejam analisados e comparados os recursos da oralidade: desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, dentre outros; Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais; Propiciar análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes, como jornais, emissoras de tevê, rádio, etc., a fim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; Estimular a participação em oficinas de oratória; Propor atividades de dramatização. 4. AVALIAÇÃO A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN – nº 9394/96 dispõe que a avaliação deve ser contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos, ante os quantitativos e dos resultados ao longo do período e, nesse aspecto,destaca, especificamente, a avaliação formativa. Nessa perspectiva, o processo avaliativo enquanto instrumento de investigação do ensino- aprendizagem assume dimensão formadora, pois é por meio da verificação que se colhem subsídios para interferir na prática pedagógica. Nessa mesma concepção, as DCEs (2008) ressaltam o caráter formativo da avaliação ao se destacar A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, 330 aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.( PARANÁ, 2008, p. 81). Ainda nessa direção, o Colégio Estadual Mário Quintana, por meio do que normatiza o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar, reitera, em seu sistema de avaliação, a natureza diagnóstica, processual, contínua, cumulativa e formativa do processo avaliativo. E, no que concerne aos critérios de avaliação da disciplina de Língua Portuguesa, no ensino Fundamental e Médio, objetiva-se prioritariamente o aprimoramento dos conhecimentos linguísticos do aluno, para que este possa compreender e interagir com os discursos produzidos nas diferentes esferas sociais e materializados nos gêneros discursivos. Nesse sentido, apontamse os critérios de avaliação propostos para as práticas discursivas da oralidade, da leitura, da escrita e da análise linguística para cada série/ano, visando a ação e a interação dos sujeitos nas diferentes práticas sociais intermediadas pela linguagem. 4.1. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO Oralidade Leitura Escrita Espera-se que o Espera-se que o aluno: Espera-se que o aluno: aluno: - identifique o tema; - expresse as ideias com - utilize o discurso - realize leitura clareza; de acordo com a compreensiva do texto; - elabore/reelabore textos do situação de - localize informações gênero solicitado, considerando produção; explícitas no texto; o contexto de produção, bem - apresente ideias - posicione-se como os aspectos estruturais com clareza, argumentativamente; que os compõem; coerência e - amplie seu horizonte - diferencie o contexto de uso argumentatividade; de expectativas; da linguagem formal e informal; - compreenda - amplie seu léxico; - use recursos textuais como argumentos no - identifique a ideia coesão e coerência, 331 discurso do outro; principal do texto. informatividade, etc.; - explane diferentes - utilize adequadamente textos, utilizando recursos linguísticos como adequadamente pontuação, o uso e função do entonação, pausas, artigo, pronome, numeral, gestos, etc.; substantivo, etc. - respeite os turnos de fala. 7º ANO Oralidade Leitura Escrita Espera-se que o Espera-se que o aluno: Espera-se que o aluno: aluno: - identifique o tema; - expresse as ideias com - utilize o discurso - realize leitura clareza; de acordo com a compreensiva do texto; - elabore textos atendendo às situação de - localize informações situações de produção e à produção; explícitas no texto; continuidade temática, bem - apresente ideias - posicione-se como os aspectos estruturais com clareza, argumentativamente; que os compõem; coerência e - amplie seu horizonte - diferencie o contexto de uso argumentatividade; de expectativas; da linguagem formal e - expresse - amplie seu léxico; informal; oralmente suas - perceba o ambiente - use recursos textuais como ideias de modo no qual o gênero coesão e coerência, fluente e adequado circula; informatividade, etc.; ao gênero proposto; - - compreenda principal do texto; recursos linguísticos como argumentos no - analise as intenções pontuação, o uso e função do discurso do outro; do autor; artigo, pronome, numeral, - exponha - deduza os sentidos substantivo, etc. objetivamente seus das palavras e/ou argumentos; expressões a partir do - organize a contexto. identifique a ideia - utilize adequadamente 332 sequência de sua fala; - explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.; - respeite os turnos de fala; - analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações; - participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc. 8º ANO Oralidade Leitura Escrita Espera-se que o aluno: Espera-se que o Espera-se que o aluno: - utilize o discurso de aluno: - expresse as ideias com acordo com a situação - identifique o tema; clareza; de produção; - realize leitura - elabore textos atendendo - apresente ideias com compreensiva do às situações de produção clareza, coerência e texto; e à continuidade temática, argumentatividade; - localize informações bem como os aspectos - expresse oralmente explícitas e implícitas estruturais que os suas ideias de modo no texto; compõem; fluente e adequado ao - posicione-se - diferencie o contexto de gênero proposto; argumentativamente uso da linguagem formal e 333 - compreenda - amplie seu horizonte informal; argumentos no discurso de expectativas; - utilize recursos textuais do outro; - amplie seu léxico; como coesão e coerência, - exponha objetivamente - perceba o ambiente informatividade, etc.; seus argumentos; no qual o gênero - utilize adequadamente - organize a sequência circula; recursos linguísticos como de sua fala; - identifique a ideia pontuação, o uso e função - explane diferentes principal do texto; do artigo, pronome, textos, utilizando - analise as intenções numeral, adjetivo, adequadamente do autor; advérbio, substantivo, etc; entonação, pausas, - reconheça palavras - empregue palavras e/ou gestos, etc.; e/ou expressões que expressões no sentido - respeite os turnos de denotem ironia e conotativo e denotativo; fala; humor. - entenda o papel sintático - analise os argumentos - compreenda as e estilístico dos pronomes dos colegas de classe diferenças decorrridas na organização, em suas apresentações; do uso de palavras retomadas e sequenciação - participe ativamente e/ou expressões no do texto; dos diálogos, relatos, sentido conotativo e - perceba a pertinência e discussões, etc; denotativo; use os elementos - utilize conscientemente - identifique e reflita discursivos, textuais, expressões faciais, sobre as vozes sociais estruturais e normativos, corporais e gestuais, presentes no texto; bem como os recursos de pausas e entonação nas - conheça e utilize os causa e consequência exposições orais, entre recursos para entre as partes e outros elementos determinar causa e elementos do texto. extralingüísticos; conseqüência entre as - analise recursos da partes e elementos do oralidade em cenas de texto. desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. 334 9º ANO Oralidade Leitura Escrita Espera-se que o Espera-se que o aluno: Espera-se que o aluno: aluno: - identifique o tema; - expresse as ideias com - utilize o discurso de - realize leitura clareza; acordo com a compreensiva do texto e - elabore textos atendendo situação de produção das partículas conectivas; às situações de produção (formal e informal); - localize informações e à continuidade temática, - apresente ideias explícitas e implícitas no bem como os aspectos com clareza, texto; estruturais que os coerência e - posicione-se compõem; argumentatividade; argumentativamente - diferencie o contexto de - expresse oralmente - amplie seu horizonte de uso da linguagem formal e suas ideias de modo expectativas; informal; fluente e adequado - amplie seu léxico; - utilize recursos textuais ao gênero proposto; - perceba o ambiente no como coesão e coerência, - compreenda qual o gênero circula; informatividade, argumentos no - discurso do outro; principal do texto; - utilize adequadamente - exponha - analise as intenções do recursos linguísticos como objetivamente seus autor; pontuação, o uso e função argumentos; - deduza os sentidos de do artigo, pronome, - organize a palavras e/ou expressões numeral, adjetivo, sequência de sua a partir do contexto; advérbio, verbo, fala; - reconheça palavras e/ou substantivo, preposição, - respeite os turnos expressões que conjunção, etc; de fala; estabelecem a progressão - empregue palavras e/ou - analise os referencial; expressões no sentido argumentos dos - compreenda as conotativo; colegas de classe diferenças decorrridas do - perceba a pertinência e em suas uso de palavras e/ou use os elementos apresentações; expressões no sentido discursivos, textuais, identifique a ideia intertextualidade, etc.; 335 - participe ativamente conotativo e denotativo; estruturais e normativos, de diálogos, relatos, - identifique e reflita sobre bem como os recursos de discussões, etc; as vozes sociais presentes causa e consequência - utilize no texto; entre as partes e conscientemente - conheça e utilize os elementos do texto; expressões faciais, recursos para determinar - reconheça palavras e/ou corporais e gestuais, causa e conseqüência expressões que pausas e entonação entre as partes e estabelecem a progressão nas exposições elementos do texto; referencial. orais, entre outros - reconheça o estilo, elementos próprio de cada gênero. extralingüísticos; - analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas juvenis, infanto- entrevistas, reportagem, entre outros. ENSINO MÉDIO Oralidade Leitura Escrita Espera-se que o Espera-se que o aluno: Espera-se que o aluno: aluno: - efetue leitura - expresse as ideias com - utilize seu compreensiva, global, clareza; discurso de acordo crítica e analítica de - elabore textos atendendo às com a situação de textos verbais e não- situações de produção produção (formal/ verbais; (gênero, interlocutor, informal); - produza inferências a finalidade...) e à continuidade - apresente ideias partir de pistas textuais; temática, bem como os com clareza; - identifique o tema; aspectos estruturais que os 336 - expresse - posicione-se compõem; oralmente suas argumentativamente - diferencie o contexto de uso ideias de modo - referente à obra da linguagem formal e fluente e adequado literária, amplie seu informal; ao gênero horizonte de - use recursos textuais como proposto; expectativas, perceba os coesão e coerência, - compreenda diferentes estilos e informatividade, argumentos no estabeleça relações intertextualidade, etc.; discurso do outro; entre obras de - utilize adequadamente - exponha diferentes épocas com o recursos linguísticos como objetivamente seus contexto histórico atual; pontuação, o uso e função do argumentos e - amplie seu léxico; artigo, pronome, numeral, defenda - perceba o ambiente no adjetivo, advérbio, verbo, claramente suas qual o gênero circula; substantivo, preposição, ideias; - - organize a principal do texto; sequência de sua - analise as intenções do expressões no sentido fala de modo que autor; identifique a ideia conjunção, etc; - empregue palavras e/ou conotativo; as informações não - deduza os sentidos de - perceba a pertinência e use se percam; palavras e/ou os elementos discursivos, - respeite os turnos expressões a partir do textuais, estruturais e de fala; contexto; normativos; - analise, - reconheça palavras - reconheça palavras e/ou contraponha, e/ou expressões que expressões que estabelecem a discuta os estabelecem a progressão referencial. argumentos progressão referencial; - entenda o estilo, que é apresentados pelos - compreenda as colegas de classe diferenças decorrridas em suas do uso de palavras e/ou apresentações e/ou expressões no sentido nos gêneros orais conotativo; trabalhados; - identifique e reflita - contra-argumente sobre as vozes sociais próprio de cada gênero. 337 ideias formuladas presentes no texto; pelos colegas em - conheça e utilize os discussões, recursos para debates, mesas determinar causa e redondas, diálogos, conseqüência entre as etc.; partes e elementos do - utilize de forma texto; intencional e - entenda o estilo, que é consciente próprio de cada gênero. expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos. 5. REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e Filosofia da Linguagem. Trad. de Michel Lahud e Yara Frateschi. São Paulo: Hucitec, 1999. BRASIL. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em: <http://www.mec.gov.br>. Acesso em: julho de 2010. ______________. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997. GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de aula. 8 ed. Cascavel: Assoeste, 1984. ______________. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1997. KOCH, I. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2003. MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI, A. M., GAYDECZKA, B., BRITO, K. S. (Orgs.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006. 338 PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba, 2008. 6.13 MATEMÁTICA APRESENTAÇÃO A matemática é uma das áreas do conhecimento que esta presente em todos os ramos das ciências e se apresenta no cotidiano das pessoas, assim esta disciplina precisa ser encarada na escola de uma forma em que ela seja útil para que os educandos compreendam e utilizem desse conhecimento, percebendo que o objeto de estudo ainda está em construção e centrado na prática pedagógica que engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem. Busca-se a construção desse conhecimento a partir da prática social, superando a crença na autonomia e na dependência absoluta da educação em face das condições sociais vigentes. Na matemática essa tendência é vista como um saber vivo, dinâmico, construído para atender as necessidades sociais, econômicas e teóricas em um determinado período histórico. A aprendizagem da matemática consiste em criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. Desse modo supera o ensino baseado em desenvolver habilidades, como calcular e resolver problemas ou fixar conceitos pela memorização ou lista de exercícios, assim partindo do simples para a complexidade. O ensino de matemática dispõe também das tendências metodológicas que compõe o campo de estudo da Educação Matemática as quais tem grande importância entre si e complementam-se uma às outras. Dessa maneira são inseridas as diversas formas de ensinar e aprender, e o processo de produção do conhecimento que não se esgotam, mas significam o acesso ao saber cultural para o entendimento da sociedade em que vivemos. 339 CONTEÚDOS Os conteúdos escolares a serem abordados no ensino fundamental e ensino médio estão organizados de acordo com o que prevê as Diretrizes Curriculares da Educação Básica, que proporciona conhecimentos de grande amplitude, conceitos e práticas que identificam e organizam os campos de estudos da disciplina de matemática. Números e álgebra Os números estão sempre presentes na vida do ser humano, estando inseridos em contextos articulados com os demais conteúdos da matemática e a álgebra é muito abrangente porque possui uma linguagem complexa, pois não pode ser concebidas somente por conteúdos trabalhados isoladamente. É necessário que os números e a álgebra sejam compreendidos de forma ampla, para que se analise e descrevam relações em vários contextos onde se situam as abordagens matemáticas, explorando os significados que possam ser produzidos a partir destes conteúdos. Grandezas e medidas O conteúdo de grandezas e medidas favorece diálogo entre as pessoas de diferentes nacionalidades devendo ser abordado no contexto com os demais conteúdos sendo que a ação de medir é uma faculdade inerente ao homem fazendo parte de seus atributos e de sua inteligencia podendo ser considerada um dos principais fatores que sustentam e fortalecem a sociedade. Geometria As ideias geométricas abstraídas das formas da natureza, que aparecem tanto na vida inanimada como na vida orgânica e nos objetos produzidos pelas diversas culturas, influenciam muito no desenvolvimento humano. Os conceitos deste conteúdo são fundamentais para que o aluno amplie seu conhecimento e pensamento geométrico de forma a valorizar as definições, abordagens e a demonstração de seus resultados, favorecendo a compreensão do objeto e não reduzindo apenas ás demostrações geométricas em seus aspectos formais. 340 Funções As funções devem ser vistas como construção histórica e dinâmica capaz de provocar mobilidade às explorações matemáticas, por conta da variabilidade e da possibilidade de análise do seu objeto de estudo e por sua atuação em outros conteúdos específicos da matemática. Tal mobilidade oferece ao aluno a noção analítica de leitura do objeto matemático. O seu estudo ganha relevância na leitura e interpretação da linguagem gráfica que favorece a compreensão do significado das variações das grandezas envolvidas. Tratamento da Informação O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para a interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou descrever informações. Os conceitos estatísticos devem servir de aporte aos conceitos de outros conteúdos com os quais sejam estabelecidos vínculos para quantificar, qualificar, selecionar, analisar e contextualizar informações, de maneira que sejam incorporadas às experiências do cotidiano. 341 ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Números e Álgebra Sistemas de numeração Números Naturais Múltiplos e divisores Potenciação e radiação Números fracionários Números decimais Grandezas e Medidas Medidas de comprimento Medidas de massa Critérios de Avaliação Espera-se que o aluno: Conheça os diferentes sistemas de numeração; Identifique o conjunto dos naturais, comparando e reconhecendo seus elementos. Realize operações com números naturais; Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam operações com números naturais; Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal, fração e número misto; Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação com sua operação inversa; Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões números e geométricos. Identifique o metro como unidadepadrão de medida de comprimento; 342 Medidas de área Medidas de volume Medidas de tempo Medidas de ângulos Sistema monetário Geometrias Geometria Plana Geometria Espacial Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; Calcule o perímetro usando unidades de medidas padronizadas; Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada. Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta; Conceitue e classifique polígonos; Identifique corpos redondos; Identifique e relacione elementos geométricos que envolvam o cálculo de área e perímetro de diferentes figuras planas; Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos. 343 Tratamento da Informação Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem 7º ANO Conteúdos Estruturantes Números e Álgebra Conteúdos Básicos Números Inteiros Números Racionais Equação e Inequação do 1º Grau Razão e proporção Regra de três simples Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária. Critérios de Avaliação Espera-se que o aluno: Reconheça números inteiros em diferentes contextos; Realize operações com números inteiros; Reconheça números racionais em diferentes contextos; Realize operações com números racionais; Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; Compreenda o conceito de incógnita; Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas 344 Grandezas e Medidas Geometrias Tratamento da Informação Medidas de temperatura Medidas de ângulos Geometria Plana Geometria Espacial Geometrias não-eucledianas Pesquisa Estatística Média Aritmética Moda e mediana Juros Simples numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; Resolva situações-problema aplicando regra de três simples Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; Compreenda o conceito de ângulo; Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los. Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados. Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; Leia, interprete, construa e analise gráficos; Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples 345 8º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Números e Álgebra Números Racionais e Irracionais Sistemas de Equações do 1º Grau Potências Monômios e Polinômios Produtos notáveis Grandezas e Medidas Medidas de comprimento Medidas de área Medidas de volume Medidas de ângulos Critérios de Avaliação Espera-se que o aluno: Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; Reconheça números irracionais em diferentes contextos; Realize operações com números irracionais; Compreenda, identifique e reconheça o número (pi) como um número irracional especial; Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; Opere com sistema de equações do 1º grau; Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas Calcule o comprimento da circunferência; Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal Realize cálculo de área e volume de 346 Geometrias Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Analítica Geometria não-eucledianas Tratamento da Informação Gráfico e Informação População e amostra poliedros. Reconheça triângulos semelhantes; Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta seus propriedades. Interprete e represente dados em diferentes gráficos; Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados. 9º ANO Conteúdos Estruturantes Números e Álgebra Conteúdos Básicos Números Reais; Propriedades dos radicais Equação do 2º Grau Teorema e Pitágoras Critérios de Avaliação Espera-se que o aluno: Opere com expoentes fracionários; Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as 347 Equações Irracionais Equações Biquadradas Regra de Três Composta Grandezas e Medidas Funções Relações Métricas no Triângulo Retângulo Trigonometria no Triângulo Retângulo Noção intuitiva de função afim Noção intuitiva de função quadrática propriedades para sua simplificação Extraia uma raiz usando fatoração; Identifique uma equação do 2º Grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos. Determine as raízes de uma equação do 2º Grau utilizando diferentes processos; Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; Identifique e resolva equações irracionais; Resolva equações biquadradas através das equações do 2º Grau; Utilize a regra de três composta em situações-problema. Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo. Expresse a dependência de uma variável em relação à outra. Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função. Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função. Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a 348 Geometrias Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Analítica Geometria não-euclidianas Tratamento da Informação Noções de análise combinatória Noções de probabilidade Estatística Juros Compostos concavidade da parábola em relação ao sinal da função. Analise graficamente as funções afins. Analise graficamente as funções quadráticas. Verifique se dois polígonos são semelhantes estabelecendo relações entre eles. Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problema. Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos. Aplique o Teorema de Tales em situações-problema. Desenvolva noções básicas de geometria projetiva. Realize cálculo da superfície e volume de poliedros. Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório. Calcule as chances de ocorrência de uma determinado evento. Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos. 349 ENSINO MÉDIO 1º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Números e Álgebra Grandezas e Medidas Funções Critérios de Avaliação Espera-se que o aluno: Números reais Amplie os conhecimentos sobre Equações e Inequações Exponenciais, conjuntos numéricos e aplique em Logarítmicas e Modulares diferentes contextos. Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais logarítmicas e modulares. Trigonometria Aplique a lei dos senos e a lei de cossenos de um triângulo para determinar elementos desconhecidos. Função afim Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as. Função quadrática Aplique os conhecimentos sobre Função polinomial funções para resolver situaçõesFunção exponencial problema. Função logarítmica Realize análise gráfica de diferentes Função trigonométrica funções. Função modular Reconheça, nas seqüências numéricas, Progressão Aritmética particularidades geométricas. Progressão Geométrica Generalize cálculos para a determinação de termos de uma seqüência numérica. 350 2º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Números e Álgebra Sistema lineares Matrizes e Determinantes Tratamento da Informação Análise Combinatória Binômio de Newton Estudo das Probabilidades Estatística Matemática Financeira Critérios de Avaliação Espera-se que o aluno: Conceitue e interprete matrizes e suas operações. Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante. Recolha, interprete e analise dados através de cálculos permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos. Realize cálculos utilizando Binômio de Newton. Compreenda a idéia de probabilidade. Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas. Compreenda a Matemática Financeira aplicada aos diversos ramos da atividade humana. Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa. 351 3º ANO Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Números e Álgebra Números Complexos Polinômios Grandezas Medidas Medidas de Área Medidas de Volume Medidas de Grandezas Vetoriais Medidas de informática Medidas de Energia Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Analítica Geometria não-euclidianas Geometrias Critérios de Avaliação Espera-se que o aluno: Compreenda os números complexos e suas operações. Identifique e realize operações com polinômios. Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda as relações matemáticas existentes nas suas unidades. Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial. Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria Analítica. Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides. Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das teorias científicas. Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa. Conheça os conceitos básicos da 352 Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal (Geometria da superfície esférica) 353 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Dentro da tendência histórico-crítica propõe-se articular os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em patamares distintos e sem vínculos. Os conteúdos devem ser apresentados de modo que um seja abordado sob o contexto de outro. Assim, os conteúdos estruturantes transitam entre si através destas articulações. Os recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos que serão utilizados no decorrer do processo de ensino-aprendizagem que visa atender uma clientela que está em constante desenvolvimento sócio-político-cultural, levando o aluno ao exercício da análise crítica e da reflexão conscientizando-o a respeito da transformação de seu contexto social em que está inserido. Como não existe um caminho que possa ser identificado como único e melhor para o ensino-aprendizagem em qualquer disciplina, são apresentados aqui algumas considerações sobre as tendências metodológicas que compõe o campo de estudo da educação matemática as quais têm grande importância similar entre si e complementam-se umas às outras. A resolução de problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos e ajuda a vê-los como um conhecimento possível de ser aprendido pelos sujeitos do processo de ensino e aprendizagem. A etnomatemática mostra que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos, e que é por meio destes ensinos que se valoriza a história dos estudantes pelo reconhecimento e respeito a suas raízes culturais, o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho. Por meio da modelagem matemática, fenômenos diários, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo. Consiste na arte de transformar problemas reais com os problemas matemáticos e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real. As mídias tecnológicas são interfaces importantes no desenvolvimento de ações em educação matemática. Abordar atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatiza um aspecto fundamental da disciplina, que é a 354 experimentação, onde se insere diversas formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de conhecimentos. A abordagem da história da matemática deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, às circunstâncias históricas e às correntes filosóficas que determinam o pensamento e influenciaram o avanço científico de cada época. A história da matemática deve ser o fio condutor que direciona as explicações, possibilitando ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados fatos, raciocínios e procedimentos. Promovendo assim uma aprendizagem significativa, pois propicia ao estudante que o conhecimento matemático é construído historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais. Os conteúdos matemáticos dentro de suas possibilidades serão abordados de maneira que contemplem os desafios contemporâneos e a diversidade educacional: A História da Cultura Afro-Brasileira ( Lei nº 10.639/03 ), História do Paraná ( Lei nº 13.381/01 ), Meio Ambiente ( Lei nº 9.795/99 ), Cultura Índigena ( Lei nº 11.645/08 ) e Programa Nacional de Educação Fiscal ( Portaria nº 413/02 ). O Programa Sala de Apoio à Aprendizagem de Matemática é desenvolvido utilizando-se de metodologias que possibilitem aos educandos a compreensão dos conteúdos básicos da matemática para que estes construam requisitos necessários para o avanço em sua aprendizagem, assim é utilizado a metodologia dos jogos matemáticos e resolução de problemas. No programa Viva a Escola é utilizado metodologias que proporcione aos alunos a possibilidade de relacionar os conteúdos matemáticos entre si, para esse processo de conhecimento serão utilizadas as metodologias: Modelagem Matemática, História da Matemática, Resolução de Problemas, Mídias Tecnológicas e Investigação Matemática, pois estas permitem a construção dos jogos e das regras, assim os educandos são capazes de formular conjecturas sobre o conteúdo trabalhado e utilizar o raciocínio matemático no desenvolvimento dos jogos e atividades. Dessa forma o desfio e lúdica se unem para proporcionar a aprendizagem matemática a qual contribuirá efetivamente para a aprendizagem de outros conteúdos. O atendimento em Sala de Recursos utiliza metodologias que atendam as necessidades específicas de cada aluno para a busca da superação das 355 dificuldades apresentadas, para tanto são usadas as diferentes linguagens-verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal, como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias , interpretar e usufruir das produções culturais em diferentes contextos. AVALIAÇÃO Na prática avaliativa atual, considera-se que a avaliação deve acontecer ao longo do processo de ensino-aprendizagem, de forma: diagnóstica, processual, contínua, cumulativa, criteriosa, qualitativa e somatória, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada por ele. Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliações claros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino aprendizagem quando necessários. Assim, a finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu próprio trabalho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno. Dentro deste contexto o estabelecimento de ensino abrangerá como avaliação, todo o trabalho realizado pelo aluno, não ficando restrita a um só momento ou a uma única forma de avaliar. Ela é parte integrante do processo desenvolvido com os alunos, onde os membros serão solicitados constantemente a participar, questionar e criar, oportunizando assim, sempre que necessário uma retomada de ensino aprendizagem para posteriormente um novo processo de avaliação. As formas de avaliar serão realizadas de maneira diversificada, contínua e formativa, usando a diversidade de instrumentos que visam a aprendizagem e a formação do aluno, tendo em vista que esta continuidade precisa se concretizar, de fato nas diferentes atividades de ensino aprendizagem que aconteceu na sala, tais como: memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise critica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros; sendo realizados através de seminários, debates, trabalhos, discussões, provas e outros. 356 Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da aprendizagem. A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A recuperação é justamento isso: o esforço de retomar, de volta ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DCE, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba,2008. MEDEIROS, C.F. Por uma educação matemática com intersubjetividade. In:BICUDO,M. CASTRUCI, Benedito. Conquista da Matemática. São Paulo, FTD, 1992. BIGODE, Lopes J.A. Matemática Atual, São Paulo, Editora Atual, 1998. PROJETO ARARIBÁ, Editora Moderna, 1ª edição, São Paulo,2006. P.P.P. Do Colégio Estadual Mário Quintana., Cascavel, 2010. 6.14 QUÍMICA APRESENTAÇÃO Tendo em vista que, “o desenvolvimento de saberes e de práticas ligadas à transformação da matéria e presentes na formação das diversas civilizações, foi estimulado por necessidades humanas[...] ” (Diretrizes Curriculares da Educação Básica, 2010). Atribuímos à Química uma importância, como área do conhecimento, pois foi e é com ela que podemos descobrir como a vida é formada e funciona no seu nível mais fundamental, partindo das interações atômicas que formam 357 desde a estrutura fundamental da vida o Ácido Desoxirribonucleico (DNA) até como desenvolver novas tecnologias para a melhoria da qualidade de vida, como por exemplo, a nanotecnologia que possibilita uma melhor eficiência em aparelhos eletroeletrônicos como no caso dos marca-passos utilizados por cardiopatas que necessitam desses aparelhos para sobreviverem. A Química tem como Conteúdos Estruturantes, segundo as DCEs de 2008: MATÉRIA E SUA NATUREZA - É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: a matéria e sua natureza. É ele que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais conteúdos estruturantes. A abordagem da história da Química é necessária para a compreensão de teorias e, em especial, dos modelos atômicos. A concepção de átomo é imprescindível para que se possam entender os aspectos macroscópicos dos materiais com que o ser humano está em contato diário e perceber o que ocorre no interior dessas substâncias, ou seja, o comportamento atômicomolecular. BIOGEOQUÍMICA - Adota-se este termo como forma de entender as complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos, geológicos e químicos. QUÍMICA SINTÉTICA - Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos. O avanço dos aparatos tecnológicos, atrelado ao conhecimento científico cada vez mais aprofundado sobre as propriedades da matéria, trouxe algumas mudanças na produção e aumento das possibilidades de consumo. Como exemplos podem-se mencionar o uso de fertilizantes e de agrotóxicos que possibilitam maior produtividade nas plantações; o desenvolvimento da fibra óptica, que permite a comunicação muito mais ágil; 358 e a utilização dos conservantes, para que os alimentos não pereçam rapidamente. O conhecimento científico químico, atrelado ao conhecimento técnico, favorece o desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e materiais, desenvolvida na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou um aumento notável no crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de polímeros. Por estar a Química indissociavelmente ligada a outras áreas do conhecimento, sobre ela recai a importante missão de entender tanto a vida, os organismos e o meio ambiente quanto as suas inter e intra relações do ponto de vista mais elementar possível, cabe a ela buscar explicações e tentar desvendar como se dá a interação mais básica observada na natureza e como é o comportamento da matéria que participa destas relações e dessa forma possibilita toda a diversidade de vida com a qual nos deparamos durante a nossa existência. A Importância da Química como saber escolar é disponibilizar aos alunos o conhecimento necessário para compreender o mundo que o cerca, valorizá-lo e com isso despertar no futuro cidadão o sentimento de responsabilidade, tanto como agente de mudanças sobre o meio em que vive como também sujeito que sofre as consequências das ações alheias sobre o mesmo meio ambiente. METODOLOGIA O encaminhamento metodológico do ensino de Química deverá ser feito de forma que inclua o desenvolvimento científico-tecnológico, cuja decorrência têm alcance econômico, social e político. O educando interagirá com o conhecimento químico por diferentes meios, como a tradição cultural, que tem saberes fundamentados do ponto de vista químico e científico e baseados em crenças populares. Lhe será esclarecido que há, por exemplo, fundamentos químicos que justificam ações 359 terapêuticas de certas plantas e que se investem recursos na pesquisa de seus princípios ativos e em suas aplicações, levando o educando a romper coma a visão estereotipada dos cientistas e da atividade científica. Busca-se também, preparar o aluno para analisar as informações dadas pelos meios de comunicação, que intencionalmente, pretendem formar e moldar opiniões à serviço de determinados interesses. Informações estas, que são superficiais, errôneas ou exageradamente técnicas, transformando a Química na grande vilã da sociedade contemporânea, enfatizando os efeitos poluentes que certas substâncias causam no ar, na água e no solo. Dessa forma, o educando verá a Química como uma ferramenta capaz de controlar as fontes poluidoras, melhorando os processos industriais e tornando mais eficaz o tratamento de efluentes, através de uma compreensão ampla da realidade e do papel da Química. Na compreensão do conceito de energia dos modelos de átomos e de moléculas e da conservação de energia enfatizar-se-á a interpretação dos fenômenos naturais e tecnológicos como: fermentação, combustão, evaporação e condensação, dissolução, emissão e recepção de radiação térmica e luminosa, sendo que, estes conteúdos serão trabalhados junto à Química, as disciplinas de biologia, Física e Matemática. Serão enfatizadas às propriedades gerais da matéria; as transformações geradoras de novos materiais, onde será propiciada, ao educando, a compreensão que estas transformações estão presentes e podem ser reconhecidas nos alimentos, medicamentos, fibras têxteis, corantes, materiais de construções, papéis, combustíveis, lubrificantes, embalagens e recipientes. A disciplina será trabalhada de forma que o educando veja a utilização do conhecimento químico com competência e responsabilidade, e que o uso inadequado de produtos químicos pode, por exemplo, causar alterações na atmosfera, hidrosfera, litosfera e biosfera. Por sua vez, o desequilíbrio e o equilíbrio devem ser entendidos como uma relação entre concentrações de reagentes e produtos e não meramente uma fórmula matemática. Ainda, na elaboração das atividades deve-se 360 considerar o desenvolvimento, habilidades cognitivas e valores, como controle de variáveis, tradução da informação de uma forma de comunicação para outra (gráficos, tabelas, equações químicas), elaboração de estratégias para a resolução de problemas, tomadas de decisões baseada em análise de dados, integridade na comunicação dos dados, respeito às idéias dos colegas e nas suas próprias, elaboração do trabalho coletivo, etc. Como o ensino-aprendizagem é um processo ativo e coletivo, deve estar baseado nas interações aluno-aluno e aluno-professor como objeto do conhecimento. Essas interações podem ser auxiliadas por recursos tais como: Leitura de textos, como ponto de partida para o debate de idéias; Experimentação formal, com discussões pré e pós-laboratório e visando a construção e ampliação dos conceitos; Demonstrações experimentais, como recurso para coleta de dados e posteriores discussões; Estudo do meio, através do qual se pode ter idéias interdisciplinares dos campos do conhecimento (visitas a sistemas produtivos, industriais e rurais); Aulas dialógicas nas quais o professor deve instigar o diálogo sobre o objeto de estudo; O trabalho audiovisual, da mesma forma que o experimental, envolve períodos de discussão pré e pós-atividade e deve facilitar a construção e ampliação dos conceitos; Utilizaçaõ do laboratório de informática como fontes de busca dados e de informações. 361 CONTEÚDOS: 1º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS MATÉRIA MATÉRIA E SUA NATUREZA LIGAÇÃO QUÍMICA ESPECÍFICOS Constituição da matéria; • Estados de agregação; • Natureza elétrica da matéria; • Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...). • Estudo dos metais. • Tabela Periódica. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da Química; Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos; Problematize a construção dos conceitos químicos; • Tabela periódica; Tome posições frente às situações • Propriedade dos materiais; sociais e ambientais desencadeadas • Tipos de ligações químicas em relação as pela produção do conhecimento propriedades dos materiais; químico. • Solubilidade e as ligações químicas; Compreenda a constituição química da • Interações intermoleculares e as matéria a partir dos conhecimentos propriedades das substâncias moleculares; sobre modelos atômicos, estados de • Ligações de Hidrogênio; agregação e natureza elétrica da • Ligação metálica (elétrons semi-livres) matéria. • Ligações sigma e pi; Elabore o conceito de ligação química, • Ligações polares e apolares; na perspectiva da interação entre o • Alotropia. núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico; 362 2º ANO ESTRUTURANTES BÁSICOS Solução BIOGEOQUÍMICA Velocidade Reações ESPECÍFICOS das Substância: simples e composta; Misturas; Métodos de separação; Solubilidade; Concentração; Forças intermoleculares; Temperatura e pressão; Densidade; Dispersão e suspensão; Reações químicas; Lei das reações químicas; Representação das reações químicas; Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão) Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores); Lei da velocidade das reações químicas; Reações químicas reversíveis; Concentração; Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio); CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc; Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores; Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso; Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico; Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na natureza, partindo dos conteúdos 363 Equilíbrio Químico Reações Químicas Radioatividade específicos que compõe esse conteúdo Deslocamento de equilíbrio (príncipio básico; de Le Chatelier): concentração, pressão, temperatura e efeito dos Diferencie gás de vapor, a partir dos catalizadores; estados físicos da matéria, propriedades dos gases, modelo de partículas e as leis Equilíbrio químico em meio aquoso dos gases. (pH, constante de ionização, Ks ). Tabela Periódica Reações de Oxi-redução Reações exotérmicas e endotérmicas; Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas; Variação de entalpia; Calorias; Equações termoquímicas; Princípios da termodinâmica; Lei de Hess; Entropia e energia livre; Calorimetria; Tabela Periódica. Modelos Atômicos (Rutherford); Elementos químicos (radioativos); Tabela Periódica; Reações químicas; Velocidades das reações; Emissões radioativas; Leis da radioatividade; Cinética das reações químicas; Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear); 364 Gases Estados físicos da matéria; Tabela periódica; Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume); Modelo de partículas para os materiais gasosos; Misturas gasosas; Diferença entre gás e vapor; Leis dos gases 3º ANO ESTRUTURANTES Química Sintética BÁSICOS ESPECÍFICOS • Funções Orgânicas • Funções Inorgânicas Funções Químicas • Tabela Periódica CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que o aluno: Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie com a qual estabelece interação. 365 AVALIAÇÃO: Depois de cumprido os objetivos, o professor precisará avaliar em que medida está obtendo sucesso e ter uma noção do progresso de cada aluno, tendo assim, oportunidade de repensar seu planejamento. Por outro lado, o aluno também necessita avaliar seus resultados, ele se sente motivado com seus sucessos, porém, quando o resultado não for satisfatório, ele, deverá ter uma outra oportunidade para melhorar seu aproveitamento. Essa avaliação será de forma contínua. Durante esse processo de ensinoaprendizagem, envolvendo não somente o professor, mas também alunos, pais e a comunidade escolar, participando passo-a-passo do progresso do educando, a avaliação será de forma variada, onde dá oportunidade ao aluno de perceber e demonstrar as evolução. Essa diversidade será da seguinte maneira: testes escritos, teste de múltipla escolha, chamadas orais, relatórios de atividades práticas (individuais ou em grupos), redações sobre temas estudados, mostra de ciências, trabalhos na semana do meio ambiente, etc. e todas as técnicas usadas ao longo do curso. A leitura de textos, as discussões e idéias pré e pós-laboratório e atividades audiovisuais também serão utilizadas como fonte de avaliação. BIBLIOGRAFIA BRASIL, PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – QUÍMICA – Paraná, 2008. 75 P. CARVALHO, G.C. Química: de olho no mundo do trabalho para o ensino médio: volume único / Geraldo Camargo de Carvalho, Celso Lopes de Souza. – São Paulo: Scipione, 2003. FELTRE, R., 1928 – Químicia/Ricardo Feltre. - 6. ed.- São Paulo: Moderna, 2004. 384 p. vol. 1 Química Geral. Coleção Química. ___________. Químicia/Ricardo Feltre. - 6. ed.- São Paulo: Moderna, 2004. 417 p. vol. 2 Físico-química. Coleção Química. ___________. Químicia/Ricardo Feltre. - 6. ed.- São Paulo: Moderna, 2004. 427 p. vol. 3 Química orgânica. Coleção Química. 366 FONSECA, M.R.M. Química integral : ensino médio : livro único / Martha Reis. – Nova Ed. – São Paulo: FTD, 2004. FONSECA, M.R.M. Interatividade química: cidadania, participação e transformação: volume único / Martha Reis Fonseca. – São Paulo: FTD, 2003. – (Coleção Delta). SANTOS, Wildson Luiz Pereira; MÓL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. /volume único. São Paulo: Nova Geração, 2005. USBERCO, J. Química essencial / João Usberco, Edgard Salvador – 1. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2001. UTIMURA, T.Y. Química Fundamental: livro único / Teruko Yamamoto Utimura, Maria Linguanoto; ilustrações de Exata Editoração S/C Ltda. – São Paulo: FTD. 6.15 SOCIOLOGIA APRESENTAÇÃO O objeto de estudo da disciplina são as relações sociais decorrentes das mudanças estruturais impostas pela formação do modo de produção capitalista. Estas relações materializam-se nas diversas instâncias sociais: instituições sociais, movimentos sociais, práticas políticas culturais, as quais devem ser estudadas em sua especificidade e historicidade. Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista não cessa a sua dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão, o que implica em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente. A concepção da disciplina é a de uma Sociologia Crítica, mas os seus conteúdos fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas, os clássicos, a saber, são: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber. Contemporaneamente, Antônio Framsci, Pierre Bourdieu, Florestan Fernandes entre outros, também buscaram responder as questões surgidas nos diferentes contextos da sociedade, pensando as relações políticas e sociais. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, descontruindo pré-noções e préconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e ações políticas direcionadas a transformação social.Desnaturalização das ações 367 que se estabelecem na sociedade – percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída. Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais que, assim como textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges, em sua prática social, possibilitam a construção coletiva dos novos saberes. Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. Para que o aluno seja colocado como sujeito do aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõe a matriz curricular do Ensino Médio. Assim sendo, seus objetivos são: Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade – percepção de que a realidade social é histórica e socialmente construída; Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade imediata, mas que também percebe o que se estabelece além dela; questionamento quanto a existência de verdades absolutas, sejam elas na compreensão comum do cotidiano, ou na constituição da ciência; CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1 – O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; Teorias Sociológicas Clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. O desenvolvimento da Sociologia no Brasil. 368 Desta forma, os conteúdos básicos abordados devem ser, especificadamente: formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social. Teorias Sociológicas Clássicas: Comte, Durkheim, Engels, Marx, Weber. O desenvolvimento da sociologia no Brasil. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que os estudantes compreendam: o processo histórico de constituição da Sociologia como ciência; Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo; Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da sociedade e dos indivíduos. Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca. Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a diversidade de interesses existentes na sociedade. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS O conteúdo deve ser retomado durante todo o bimestre, novamente com a explanação de Professor em sala de aula e a posterior proposição de exercícios de fixação aos alunos. 2 – Processo de socialização e instituições sociais: As instituições devem ser situadas no tempo e no espaço, ou seja, não é possível estabelecer comparações entre as instituições de sociedades diferentes, e devem ser estudadas em suas dinâmicas e contadições, entendidas como construções sociais, passíveis de críticas e mudanças. Desta forma, os conteúdos básicos especificadamente: dinâmica do processo de socialização instituições sociais: escolar, familiar, religiosa. abordados devem ser, 369 Instituições de reinserção: prisóes, manicômios, educandários, asilos e etc. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que os estudantes: Identifiquem-se como seres eminentemente sociais; Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo; reflitam sobre suas ações individuais e percebem que as suas ações sociais são interdependentes. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS: O conteúdo deve ser retomado durante todo o bimestre, novamente com a explanação de Professor em sala de aula e a posterior proposição de exercícios de fixação aos alunos. 3 – Cultura e indústria cultural Esse conteúdo deve problematizar e desnaturalizar os conceitos de cultura e suas derivações. As diferentes sociedades e grupos sociais não podem ser comparadas entre si e classificadas como mais, ou menos importantes, pois possuem desenvolvimento política, ecônomico e social bastante diversificado. Abordando os seguintes conteúdos básicos, especificadamente: conceitos de cultura etnocentrismo relativismo cultural identidade cultural cultura e gênero etnia e minorias indústria cultural meios de comunicação de massa a sociedade do consumo indústria cultural no Brasil Cultura afro-brasileira e africana culturas indígenas 370 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que os estudantes: identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades; Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea; Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que transformam os meios de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos; Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que está relacionada a um determinado sistema eletrônico, político e social. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS O conteúdo deve ser retomado durante todo o bimestre, novamente com a explanação de Professor em sala de aula e a posterior proposição de exercícios de fixação aos alunos. 4 – Trabalho, Produção e Classes Sociais As mudanças estruturais das sociedades modernas e contemporâneas e as decorrentes mudanças nas relações de trabalho. Construção das relações de trabalho na sociedade capitalista, mudanças no mundo do trabalho nas sociedades contemporâneas neoliberais, desemprego, subemprego, novas configurações das classes sociais. Desta forma, os conteúdos básicos abordados devem especificadamente: o conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições globalização e neoliberalismo relações de trabalho trabalho no Brasil ser, 371 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que os estudantes compreendam, de forma crítica: a diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história; A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela. As especificidades do trabalho na sociedade capitalista; Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política; As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS O conteúdo deve ser retomado durante todo o bimestre, novamente com a explanação de Professor em sala de aula e a posterior proposição de exercícios de fixação aos alunos. 5 – Poder, Política e Ideologia Problematização a respeito da constituição do poder: este não se constitui por si só, mas possui estratégia, um discurso e uma forma para se legitimar. Portanto, em sua forma de efetivação será embutida a ideologia que se manifesta a partir de práticas políticas. Os conceitos poderão ser trabalhados separadamente, mas deverão estar sempre em diálogo. Conceitos de poder, política e ideologia, bem como suas implicações nas diversas instâncias. Desta forma, os conteúdos básicos abordados especificadamente: formação e desenvolvimento do Estado Moderno democracia, autoritarismo e totalitarismo estado no Brasil conceitos do Poder, Ideologia, Dominação e Legitimidade as expressões de violência nas sociedades contemporâneas devem ser, 372 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que os estudantes: Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições políticas; Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes nas sociedades. Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais. Compreendam os diversos mecanismo de dominação existentes nas diferentes sociedades. Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e se estabelece na sociedade. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS O conteúdo deve ser retomado durante todo o bimestre, novamente com a explanação de Professor em sala de aula e a posterior proposição de exercícios de fixação aos alunos. 6 – Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais Este conteúdo articula os conceitos de direito, cidadania e movimentos sociais, pois na análise dos direitos deve-se considerar que esses foram sendo inscritos nas leis, lentamente, ou foram sendo conquistados pela pressão dos que não tinham direito. São os direitos que definem a cidadania, ou seja, a possibilidade de sermos indivíduos atuantes com direitos e deveres. Mas os direitos só se tornam plenos, e portanto, elementos da cidadania, se forem exercidos no cotidiano das ações humanas. Por isso, a vinculação à criação de novos direitos ou no sentido de fazer valer os que já estçao inscritos na lei. Conceitos de direito, cidadania e movimentos sociais, movimentos sociais rurais, movimentos sociais urbanos, movimentos estudantis, movimentos conservadores, dentre outras formas de organização e participação social. Desta forma, os conteúdos especificadamente: direitos humanos, civis, políticos e sociais conceitos de cidadania movimentos sociais básicos abordados devem ser, 373 movimentos sociais no brasil a questão ambiental e os movimentos ambientalistas a questão das ONG'S. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: Espera-se que os estudantes: Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a cidadania; Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo; Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos; Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania. Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em suas especificidades. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS: O conteúdo deve ser retomado durante todo o bimestre, novamente com a explanação de Professor em sala de aula e a posterior proposição de exercícios de fixação aos alunos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Tendo em vista a divisão seriada do Ensino Médio, os conteúdos estruturantes propostos devem seguir a mesma tendência, haja vista, a partir disso, a possibilidade de uma maior dinamização dos conteúdos e da proposta de uma qualidade maior para o desenvolvimento pedagógico da disciplina. Deste modo, temos: 1ª ANO 1 – o surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas Formação e consolidação da sociedade capilista e o desenvolvimento do pensamento social; Teorias Sociológicas Clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. O desenvolvimento da Sociologia no Brasil. Desta forma, os conteúdos abordados devem ser, especificadamente: 374 formação e consolidação da sociedade capilista e o desenvolvimento do pensamento social; teorias Sociológicas Clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber. O desenvolvimento da Sociologia no Brasil. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera que os estudantes compreendam: o processo histórico de constituição da Sociologia como ciência; Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo; Que o pensamento sociológico constrói dferentes conceitos para compreensão da sociedade e dos indivíduos. Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca. Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem a diversidade de interesses existentes na sociedade. 2 – Processo de Socialização e as Instituições Sociais As instituições devem ser situadas no tempo e no espaço, ou seja, não é possível estabelecer comparações entre instituições de sociedades diferentes, e devem ser estudadas em suas dinâmicas e contradições, entendidas como construções sociais, passíveis de crítica e mudanças; Dinâmica do processo de socialização; Instituições Sociais: escolares, familiares, religiosas; Instituições de Reinserção: presidiárias, manicômios, asilos e etc. Desta forma, os conteúdos básicos abordados devem especificadamente: dinâmica do processo de socialização instituições sociais: escolar, familiar, religiosa instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos e etc. ser, 375 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que os estudantes: Identifiquem-se como seres eminentemente sociais; Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo; Reflitam sobre suas ações individuais e percebem que as suas ações em sociedade são interdependentes. 2ª ANO 1 – A cultura e a Indústria Cultural Esse conteúdo deve problematizar e desnaturalizar os conceitos de cultura e suas derivações. As diferentes sociedades e grupos sociais não podem ser comparadas entre si e classificadas como mais, ou menos importantes, pois possuem desenvolvimento político, ecônomico e social bastante diversificado. Abordando os seguintes conteúdos básicos, especificadamente: conceitos de cultura indústria cultural etnocentrismo meios de comunicação de massa relativismo cultural a sociedade do consumo identidade cultural indústria cultural no Brasil cultura e gênero cultura afro-brasileira e africana etnia e minorias culturas indígenas CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que os estudantes: Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as diferenças sexuais e de gênero presentes na sociedades; Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de dominação na sociedade contemporânea; Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos que transformam os meios de formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos; Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que estã relacionada a um determinado sistema econômico, político e social. 376 2 – Trabalho, produção e classes sociais As mudanças estruturais das sociedades modernas e contemporâneas e as decorrentes mudanças nas relações de trabalho. Construção das relações de trabalho na sociedade capitalista, mudanças no mundo do trabalho nas sociedades contemporâneas neoliberais, desemprego, subemprego, novas configurações das classes sociais. Desta forma, os conteúdos básicos abordados devem ser, especificadamente: o conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições globalização e neoliberalismo relação de trabalho trabalho no Brasil CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que os estudantes compreendam, de forma crítica: a diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história; A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho diversas a ela. As especificidades do trabalho na sociedade capitalista; Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são “naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de apropriação econômica e de dominação política; As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de globalização. 3º ANO 1 – Poder, política e Ideologia Problematização a respeito da constituição do poder: este não se constitui por si só, mas possui uma estratégia, um discurso e uma forma para se legitimar. 377 Portanto, em sua forma de efetivação está embutida a ideologia que se manifesta a partir de práticas políticas. Os conceitos poderão ser trabalhados separadamente, mas deverão estar sempre em diálogo. Conceitos de poder, política e ideologia, bem como suas implicações nas diversas instâncias sociais. Desta forma, os conteúdos básicos abordados devem ser, especificadamente: formação e desenvolvimento do Estado Moderno Democracia, autoritarismo e totalitarismo Estado no Brasil Conceitos de Poder, Ideologia, Dominação e Legitimidade As expressões de violência nas sociedades contemporâneas CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que os estudantes: Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado Moderno, e as contradições do processo de formação das instituições políticas; Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder presentes na sociedade. Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários contextos sociais. Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes sociedades. Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e se estabelece na sociedade. 2 – Direito, Cidadania e Movimentos Sociais Este conteúdo articula os conceitos de direito, cidadania e movimentos sociais, pois na análise dos direitos deve-se considerar que esses foram sendo inscritos nas leis, lentamente, ou foram sendo conquistados pela pressão dos que não tinham direito. São os direitos que definem a cidadania, ou seja, a possibilidade de sermos indivíduos atuantes com direitos e deveres. Mas os direitos só se tornam plenos, e portanto, elementos da cidadania, se forem exercidos no cotidiano das ações humanas. 378 Por isso, a vinculação desta temática com os movimentos sociais. Estes têm sua existência vinculada à criação de novos direitos ou no sentido de fazer valer os que já estão inscritos na lei. Conceitos de direito, cidadania e movimentos sociais, movimentos sociais rurais, movimentos sociais urbanos, movimentos estudantis, movimentos conservadores, dentre outras formas de organização e participação social. Desta forma, os conteúdos básicos abordados devem ser, especificadamente: direitos humanos, civis, políticos e sociais conceito de cidadania movimentos sociais movimentos sociais no Brasil a questão ambiental e os movimentos ambientalistas a questão das ONG'S CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Espera-se que os estudantes: Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a cidadania; Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da luta de diversos indivíduos ao longo do tempo; Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos; Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania. Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos sociais em suas especificidades. METODOLOGIA DA DISCIPLINA Essas diretrizes sugerem que a disciplina seja iniciada, a título de introdução, com uma breve contextualização da construção histórica da Sociologia, e das teorias sociológicas fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas, numa perspectiva crítica, no sentido de fundamentar teoricamente os conteúdos específicos. Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e a agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e participativa. 379 O ensino da Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa de campo, ou a análise de filmes, imagens ou charges, mais importa que o aluno esteja constantemente provocado a relacionar a teoria com a prática, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO O processo de avaliação no âmbito do ensino da Sociologia deve perpassar todas as atividades relacionadas à disciplina, e ser pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser discutidos por todos os envolvidos na disciplina. A apreensão de alguns conceitos básicos da ciência articulados com a prática social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e coerência na exposição das ideias, seja no texto oral ou escrito, dão alguns critérios possíveis de serem verificados no decorrer do ano letivo. A mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim como a iniciativa e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas que rompam com a acomodação e o senso comum, são dados que informarão aos professores, o alcance e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos. As formas de avaliação em Sociologia acompanham as práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina. Reflexão crítica nos debates, que acompanham os textos ou filmes, participação nas pesquisas de campo, produção de textos, devem demonstrar a capacidade de articulação entre teoria e prática. Podem ser de diferentes formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido da apreensão, compreensão e reflexão dos conteúdos pelo aluno. Por fim, entendemos que não só o aluno, mas também os professores e a instituição escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões práticas e discursivas e, principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e a democracia. 380 PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS Pretende-se promover, sempre que possível, a retomada dos conteúdos trabalhados, no intuito de permitir uma fixação dos mesmos com maior qualidade e também, uma segunda oportunidade de aprendizado àqueles estudantes que apresentarem dificuldades de entendimento e apreensão do conteúdo. Desta forma, propõe-se a retomada dos conteúdos, a partir da explanação em sala de aula, de acordo com o bimestre inserido bem como, a proposição de trabalhos de pesquisa ou exercícios a serem resolvidos em casa ou em sala de aula afim de que o contato do aluno em situação de dificuldades, com a matéria, seja efetivado. REFERÊNCIAS PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Sociologia. Curitiba: SEED-PR, 2008. BERMAN, Marshall. Tudo o que é sólido se desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Cia das Letras, 2986. BRYM, Robert et al. Sociologia: sua bússola para um novo mundo. São Paulo: Thompson Learning, 2006. COSTA, Cristina. Sociologia: introdução a ciência da sociedade. São Paulo: Moderna, 1997. DURKHEIM, Émile. As regras dos métodos sociológicos. São Paulo: Loiola, 1993. MENDEL, Ernest. O capitalismo tardio. São Paulo. Brasiliense, 1986. MARX, Karl. O capital. Coleção os Economistas. V. 1. Tombo2. Ed. Abril. Victor Civita, 1984. MEKSENAS, Paulo. Sociologia. São Paulo: Cortez, 1992. MOYA, Carlos, Imagem crítica da Sociologia. São Paulo: Cultrix, 1977. OLIVEIRA, Pérsio, S. de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 2003. VILA NOVA. Sebastião. Introdução à Sociologia. São Paulo: Atlas, 2000. 381 6.16 CELEM - ESPANHOL APRESENTAÇÃO ...aprender uma língua estrangeira é um empreendimento essencialmente humanístico e não uma tarefa afeta às elites ou estritamente metodológica, e a força da sua importância deve decorrer da relevância de sua função afirmativa, emancipadora e democrática. Henry A Giroux Conhecer novas culturas implica constatar que uma cultura não é necessariamente melhor nem pior que outra, mas sim diferente. É reconhecer que as novas palavras não são simplesmente novos rótulos para os velhos conceitos. A análise linguística não é apenas uma nova maneira de palavras, e as novas pronúncias não são somente as distintas maneiras de articular sons, mas representam um universo sócio-histórico e ideologicamente marcado. Destaca-se que nenhuma língua é neutra, e as línguas podem representar diversas culturas e maneiras de viver; inclusive, podem passar a ser um espaço de comunicação intercultural, por serem usadas em diversas comunidades, muitas vezes até por falantes que não as têm como língua materna. O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. A fim de valorizar o ensino de Língua Estrangeira Moderna, no ano de 2004, a SEED abriu concurso público para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para professores de Espanhol, para suprir a demanda prevista pela lei. Também ampliou o número de escolas que ofertam cursos do CELEM, estabeleceu parcerias para formação e aprimoramento pedagógico dos professores e adquiriu livros de fundamentação teórica de Língua Estrangeira para as escolas de todo o Estado. Ao contextualizar o ensino da Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o tem marcado, sejam eles políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais. A 382 partir dessa análise, serão apresentados os fundamentos teórico-metodológicos que orientarão o ensino de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual. O CELEM ESPANHOL, atenderá a Instrução Normativa nº 019/2008 e concepções de ensino apresentadas nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de Língua Estrangeira Moderna. O curso está estruturado com uma carga horária de 320 horas/aulas distribuídas em 4 semestres de 80 horas/aulas cada, sendo 4 horas/aulas distribuídas em 2 dias. São matriculados um mínimo de 10 alunos e máximo de 20 alunos. Diante disso, propõe-se que a aula de Língua Estrangeira Moderna – Espanhol, constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA Ampliar o tempo de contato do aluno, professor, funcionário com o Espanhol. OBJETIVOS ESPECÍFICOS De acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, o ensino de Língua Estrangeira Moderna, na Educação Básica, propõe superar os fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que historicamente têm marcado o ensino desta disciplina. Desta forma, espera-se que o aluno: use a língua em situações de comunicação oral e escrita; vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social; tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; 383 reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as diferenças regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte comum na seleção de conteúdos específicos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Gêneros Discursivos e seus elementos composicionais: Leitura, escrita e oralidade. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS Os conteúdos específicos contemplam diversos gêneros discursivos, além de elementos linguístico-discursivos, tais como: unidades linguísticas que se configuram como as unidades de linguagem, derivadas da posição que o locutor exerce no enunciado; temáticas que se referem ao objeto ou finalidade discursiva, ou seja, ao que pode tornar-se dizível por meio de um gênero; composicionais, compreendidas como a estrutura específica dos textos pertencentes a um gênero (BAKHTIN, 1992). 1. - ¿Español o Castellano? 2. - ¿Latinoamericano o Brasileño? 3. - Americanismos 4. - Turismo em Hispanoamérica 5. - El arte de la gastronomía 6. - Derechos Humanos 7. - El medio ambiente 8. - Los deportes 9. - El folclore 10. - Literatura Hispanoamericana 11. - Literatura Española 12. - La religión 384 CONTEÚDOS COMPLEMENTARES Músicas Filmes Trechos de rádio e televisão Teatro METODOLOGIA A partir de reflexões e de suas implicações no ensino de Língua Estrangeira Moderna, serão apresentados alguns dos fundamentos teórico-metodológicos que referenciam estas Diretrizes e os princípios que orientam esta escolha: • o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em relação às demais obrigatórias do currículo; • o resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no currículo da Educação Básica; • o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural. Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que sustenta as Diretrizes Curriculares, também no ensino da Língua Espanhola, por ser esta a tônica de uma abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade. Por outro lado, a partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e nãoverbal, como unidade de linguagem em uso. Sendo assim, a metodologia a ser utilizada nas aulas partiram da abordagem de vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. 385 Além disso, o trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua solução deverá despertar o interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos linguístico-culturais e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num discurso – no qual se revele o respeito às diferenças culturais, crenças e valores. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos: a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero; b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado; c) Variedade Linguística: formal ou informal; d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série. e) Atividades: • Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado. Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão consideradas pesquisas. • Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade poderá ser feita em Língua Materna. • Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor. AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está articulada aos fundamentos teóricos explicitados nestas Diretrizes e na LDB n. 9394/96. 386 A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de açãoreflexão-ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno, carregado de significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las. O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto curricular, a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados, estão envolvidos neste processo. A avaliação estará articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos destas Diretrizes. REFERÊNCIAS BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. ________. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999. GIROUX, H. A. Qual o papel da pedagogia crítica nos estudos de língua e cultura. Disponível em:<http://www.henryagiroux.com/RoleOfCritPedagogy_Port. htm > Acesso em: 12 de maio de 2011. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – LEM. Curitiba, 2008. ________.Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Língua Estrangeira Moderna. Espanhol e Inglês. Curitiba, 2006. 387 6.17 CELEM - INGLÊS APRESENTAÇÃO O ensino de Língua Estrangeira Moderna no Brasil não é um tema puramente escolar, está relacionado a questões sociais, políticas, históricas e culturais do país. E partindo deste preceito, cabe ressaltar que seu papel não se restringe à instrumentalização do sujeito; aprender um idioma é também reconhecer diferenças, descobrir culturas, compreender a trajetória de um povo e redescobrir-se no outro. Tendo em vista as exigências do mercado de trabalho atual e, principalmente, a necessidade de alargar horizontes de alunos e comunidade escolar derrocando a hegemonia cultural instaurada pelo estudo de uma só língua estrangeira na escola, fez-se necessário a implementação do CELEM (Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) no Colégio Estadual Mario Quintana, situado no bairro Paulo Godói em Cascavel - em que oportunidades de aprimoramentos dos estudos ou qualificação profissional limitam-se ao espaço escolar. O CELEM foi criado e implantado no estado do Paraná e no município de Cascavel na década de 80 com as disciplinas de Alemão, Espanhol e Francês. Atualmente, em Cascavel, oferta cursos de Espanhol, Francês, Inglês, Italiano, Ucraniano e, possivelmente, Mandarim. O colégio Mario Quintana optou pela Língua Inglesa pois a língua Espanhola é oferecida na grade curricular do ensino médio. A oferta de ensino extracurricular, plurilinguista e gratuita de Cursos Básicos em LEM, são destinadas aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica, matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos. Esta oferta é estendida aos professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções em estabelecimentos de ensino da Rede Pública Estadual de Educação Básica, SEED e NRE, num total de 10% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma. A Comunidade também poderá usufruir dos cursos, num total de até 10% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma, desde que comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental. 388 2 – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA: Os cursos ofertados estão pautados nas DCEs e, portanto, primam pela formação de um aluno que: Use a língua em situações de comunicação; Estabeleça relações entre ações individuais e coletivas; Reconheça a importância do papel das línguas na sociedade; Compreenda a diversidade lingüística e cultural, contemplando também história e cultura afro-brasileira; Entenda que os significados são historicamente construídos e suscetíveis à transformação na prática social. Assim, o Colégio Estadual Mário Quintana busca com mais este recurso oferecer aos seus educandos esta complementação curricular que é de grande valia para a formação intelectual e de cidadania. O Colégio estadual Mário Quintana, neste contexto, busca que seus alunos sejam como agentes sociais, que aprendam uma língua e uma cultura para poder atuar nela e assim desenvolver suas competências lingüísticas e comunicativas. 3 – CONTEÚDOS: CONTEÚDO ESTRUTURANTE: O discurso como prática social CONTEÚDOS BÁSICOS: P1 GÊNEROS TEXTUAIS: Esfera cotidiana de circulação: Bilhete Carta pessoal Cartão postal Letra de música Esfera publicitária de circulação: Anúncio Publicidade Comercial Slogan 389 Esfera produção de circulação: Embalagem Regra de jogo Esfera jornalística de circulação: Entrevista Reportagem Esfera artística de circulação: Biografia Esfera escolar de circulação: Cartaz Diálogo Exposição oral Resumo Esfera literária de circulação: Conto História em quadrinhos Poema Esfera midiática de circulação: Correio eletrônico (e-mail) Videoclipe ORALIDADE: Fatores de textualidade centradas no leitor: • Tema do texto; • Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; • Informatividade do texto; • Intencionalidade do texto; • Situacionalidade do texto; • Papel do locutor e interlocutor; • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos • Adequação do discurso ao gênero e variação lingüística. 390 Fatores de textualidade centradas no texto: • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos • Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões e repetições • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. LEITURA: Fatores de textualidade centradas no leitor: • Tema do texto; • Conteúdo temático do gênero; • Elementos composicionais do gênero; • Propriedades estilísticas do gênero; • Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; • Informatividade do texto; • Intencionalidade do texto; • Situacionalidade do texto; • Papel do locutor e interlocutor; • Conhecimento de mundo; • Temporalidade e referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto: • Intertextualidade; • Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos. • Partículas conectivas básicas do texto. ESCRITA: Fatores de textualidade centradas no leitor: • Tema do texto; • Conteúdo temático do texto; • Elementos composicionais do gênero; • Propriedades estilísticas do gênero; • Aceitabilidade do texto; • Finalidade do texto; 391 • Informatividade do texto; • Intencionalidade do texto; • Situacionalidade do texto; • Papel do locutor e interlocutor; • Conhecimento de mundo • Temporalidade; • Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto: • Intertextualidade; • Partículas conectivas básicas do texto; • Vozes do discurso: direto e indireto; • Léxico: emprego de repetições, conotação, de polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem. • Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto e recursos gráficos • Acentuação gráfica, ortografia e concordância verbal e nominal. CONTEÚDOS BÁSICOS: P2 GÊNEROS TEXTUAIS: Esfera cotidiana de circulação: Curriculum Vitae Exposição oral Ficha de inscrição Lista de compras Piada Telefonema Esfera publicitária de circulação: Anúncio Comercial para televisão Propaganda Esfera produção de circulação: Instrução de uso Esfera jornalística de circulação: 392 Artigo de opinião Boletim do tempo, entrevista e notícia. Esfera escolar de circulação: Exposição oral Resenha Texto de opinião Esfera literária de circulação: Conto Peça de teatro Esfera midiática de circulação: Conversação chat Correio eletrônico (e-mail) Mensagem de texto (SMS) Videoclipe ORALIDADE: Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações linguísticas. Fatores de textualidade centradas no texto: Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições); 393 Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito. LEITURA: Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); Partículas conectivas básicas do texto; Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios. ESCRITA: Fatores de textualidade centradas no leitor: Tema do texto; Conteúdo temático do texto; Elementos composicionais do gênero; Propriedades estilísticas do gênero; Aceitabilidade do texto; Finalidade do texto; 394 Informatividade do texto; Intencionalidade do texto; Situacionalidade do texto; Papel do locutor e interlocutor; Conhecimento de mundo; Temporalidade; Referência textual. Fatores de textualidade centradas no texto: Intertextualidade; Partículas conectivas básicas do texto; Vozes do discurso: direto e indireto; Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem; Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal e nominal. 4 – ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: Aprender uma LEM abrange configurações específicas de afetividade (motivações, ansiedades, entre outros) que serão atendidas ou frustradas ao longo do processo ensino/aprendizagem, e o desencontro delas é fonte de problemas, resistências, dificuldades, fracasso e desânimo no processo. Por isso, ao abordarmos o ensino da LEM através de gêneros textuais como prática social, entende-se que, quando adentramos em nossas salas de aula podemos possibilitar ao aluno não somente a sistematização do código linguístico, mas também a oportunidade de transportá-lo para outros lugares, outras situações. Logo, torna-se relevante identificar as diferentes experiências de vida, etnias e grupos sociais que mantém a escola. 395 Sendo então, proposta das DCEs (principal documento norteador do estado do Paraná) para o ensino de LEM, no trabalho com gêneros textuais, precisamos mostrar ao aluno que ele é capaz de posicionar-se e expressar-se diante das diferentes situações sociais de interação apreendendo o contexto de produção e circulação de tais gêneros. Para que o docente torne isso realidade em uma sala de aula, “Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si. Sendo assim, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, abandoná-la.” (DCE – LEM, 2008, p.63). O curso de Língua Inglesa funcionará em contra-turno e será ministrada 4 aulas semanais. A duração do curso básico é de 2 anos, sendo subdividido em 160 horas anuais, perfazendo um total de 320 horas de duração. A base metodológica para as aulas será o ensino a partir de vários gêneros textuais. Tendo em conta o “Discurso” como conteúdo estruturante do ensino de LEM (DCE – 2006) e seus objetivos educacionais, serão desenvolvidas atividades como: Atividades prévias a compreensão oral e escrita; Tarefas especialmente elaboradas para trabalhos em grupos ou duplas; Exercícios de produção oral e escrita; Atividades com material áudio-visual (música, vídeos, filmes etc.); Atividades de pesquisas na Internet; Pesquisas; Atividades culturais (teatro, poesia, exposições etc.). Assim, a partir de textos de diversos gêneros – aqui entendidos como parte das práticas discursivas e instrumentos de propagação de formações discursivoideológicas - serão abordadas questões lingüísticas, sociais e culturais, e serão realizadas práticas de leitura, escrita e oralidade. Para que o encaminhamento citado se torne possível, o docente tem a disposição vários equipamentos: reprodutor de DVD player, reprodutor de CD de áudio, projetor multimídia, salas equipadas com televisor Pen Drive e laboratório de informática com diversos terminais. 396 No CELEM – Língua Inglesa será contemplado os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação Ambiental (Lei nº 9.7950/99) - Agenda 21 Escolar; Educação Fiscal (Portaria 413/2002), Cidadania e Direitos Humanos; Enfrentamento a Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e a Diversidade Educacional: Educação para as Relações Étnico Raciais e Cultura Afro-brasileira e Africana (Lei nº 10.639/03), Educação Escolar Indígena (Lei nº 11.645) e Gênero e Diversidade Sexual, Educação do Campo (DCE do Campo), além da Inclusão Educacional. 5 – AVALIAÇÃO: A avaliação como instrumento diagnóstico deve subsidiar a construção da aprendizagem, deixando de ser utilizada como um recurso que determina o destino dos educandos. Constituída numa ferramenta que permita a busca de intervenções pedagógicas que auxilia no sucesso dos alunos quanto aos objetivos específicos a serem alcançados. Sendo a avaliação, um processo dinâmico de crescimento e progresso, deve objetivar as discussões em torno dos avanços e dificuldades encontradas pelos alunos no processo de ensino aprendizagem de LEM. Nessa perspectiva, o aluno estará intrinsecamente envolvido na construção do seu conhecimento, já que ao perceber suas dificuldades e avanços será capaz de levantar hipóteses na busca da superação de seus limites e construir uma aprendizagem mais significativa. Caberá então, ao professor a observação da participação ativa e da interação verbal dos alunos e no desempenho destes no envolvimento diário com atividade orais e escritas, bem como a evolução de cada educando na construção dos significados, na interação com texto e nas produções escritas individuais ou coletivamente, propiciando ao aluno um retorno do seu desempenho e o entendimento de que o erro é parte integrante da aprendizagem. A avaliação será diagnóstica e contínua, através da participação em sala de aula, avaliações orais, escritas, auditivas além de atividades em grupo, trabalhos e pesquisas. Através da avaliação, verificar a construção dos significados na interação com textos e nas produções textuais dos alunos, tendo em vista que vários significados são possíveis e válidos, desde que apropriadamente justificados. 397 O método mais adequado de avaliação no processo educativo leva em consideração o conhecimento prévio do aluno, e como ele supera suas concepções espontâneas, além de orientar e facilitar a aprendizagem. 6 – REFERÊNCIAS: BAKHTIN, M.; VOLOSHINOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Ed. Hucitec, 1992. Linguagens, códigos e suas tecnologias/ Secretaria de Educação Básica. – Brasilia: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006. 239 p. (Orientações curriculares para o ensino médio; volume 1) ORLANDI, E.P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6 ed. São Paulo: Ponte, 2005. PARANÁ - Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008. 398 7 REGIMENTO INTERNO DA BIBLIOTECA CAPITULO I – DOS OBJETIVOS Art. 1º A Biblioteca do Colégio Estadual Mário Quintana, por intermédio de suas instalações, do seu acervo, dos seus recursos humanos e dos serviços oferecidos aos seus usuários, têm objetivo geral: Ser um centro de informações capaz de dar suporte bibliográfico ao processo de ensino aprendizagem, contribuindo para a extensão do conhecimento. Parágrafo Único – O funcionamento da biblioteca será regido por este regulamento para que se cumpram suas funções e objetivos. CAPÍTULO II – DA ORGANIZAÇÃO TÉCNICA Art. 2º O sistema de classificação adotado na Biblioteca é feito através de posicionamento espacial e classificação literária. Para catalogação e organização do acervo é utilizado o sistema Biblioteca Fácil desenvolvido pela MTG Software Ltda. CAPÍTULO III – DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA Art. 3º Subordinada a Direção do Colégio Estadual Mário Quintana, juntamente com os Agentes Educacionais II, alocados na Biblioteca. Parágrafo Único – O quadro de pessoal é planejado e constituído de acordo com as necessidades da Biblioteca. Art. 4º O quadro de funcionários da Biblioteca é composto pelos seguintes membros: 399 Agentes Educacionais II responsáveis pelo setor. CAPÍTULO IV – DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Art. 5º A Biblioteca do Colégio Estadual Mário Quintana está à disposição dos usuários nos horários das 7:30 às 9:55 - 10:15h às 12:00; 13:30 às 15:45 16:05 às 17:45; 19:00 às 21:15 - das 21:30 às 22:30 de segunda a sexta-feira. CAPÍTULO V – DO ACERVO Art. 6º O acervo da Biblioteca é composto por materiais bibliográficos e materiais didáticos. § 1º Classifica-se como acervo Bibliográfico – livros, periódicos, obras de referência e obras raras. § 2º Classifica-se como material Didático – mapas. CAPÍTULO VI – DOS CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO, AQUISIÇÃO E DESCARTE DO ACERVO Art. 7º O acervo será submetido a uma triagem para que seja feito o descarte por doação, permuta e/ou eliminação. Art. 8º O material bibliográfico recebido por doação será submetido aos Agentes Educacionais II para selecionar e incorporar à coleção repasse a outras instituições ou descarte. § O doador deverá preencher uma ficha de doação no momento da entrega dos exemplares, onde ele irá listar os exemplares e a quantidade dos mesmos. Art. 9º Os livros considerados inservíveis serão disponibilizados para 400 doação a comunidade escolar. Parágrafo Único: Consideram-se inservíveis os livros didáticos substituídos pelo governo e livros eliminados no processo de triagem. Art. 10º Os livros considerados irrecuperáveis serão encaminhados para reciclagem. Parágrafo Único: Considera-se irrecuperável, quando o exemplar não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina, devido a perda de suas características, danos irrecuperáveis ou em razão da inviabilidade econômica de sua recuperação. CAPÍTULO VII – DOS USUÁRIOS Art. 11º São usuários da Biblioteca: Discentes, Docentes e Funcionários do Colégio Estadual Mário Quintana, bem como visitantes da comunidade externa. Art. 12º Os usuários têm o direito de utilizar todos os recursos e serviços oferecidos pela Biblioteca, bem como fazer sugestões e reclamações. Art. 13º Os visitantes serão atendidos de acordo com a disponibilidade de espaço, não tendo direito a empréstimo domiciliar, apenas à consulta. Art. 14º O usuário tem o dever de: observar o silêncio, a ordem e a disciplina no recinto da Biblioteca; identificar-se, a pedido de qualquer funcionário da Biblioteca, sempre que solicitado; atender aos pedidos de comparecimento à Biblioteca; obedecer aos prazos de empréstimo e devoluções; pagar as multas devidas no caso de atraso nas devoluções; 401 assumir total responsabilidade sobre o extravio ou dano do material que estiver em seu poder, substituindo-o por outro igual; responsabilizar-se por móveis e equipamentos da Biblioteca, enquanto usuário dos mesmos; comunicar ao Agente Educacional II qualquer ocorrência em relação aos materiais utilizados na Biblioteca; agendar com antecedência de pelo menos um período de dia suas pesquisas; trazer seu material para fazer suas pesquisas; Art. 15º É vedado ao usuário: utilizar a dependência da Biblioteca para a guarda de objetos pessoais; fazer o uso do salão de leitura para reuniões de grupo de estudos que possam gerar discussões ou debates; sair da Biblioteca com qualquer exemplar de consulta (dicionários, enciclopédias, periódicos, apostilas, livros-texto, etc.) sem a devida autorização; fazer qualquer atividade que seja necessário o uso de tesouras, colas ou qualquer outro material cortante dentro do ambiente da Biblioteca; trazer acompanhantes quando estiver em horário de pesquisa; permanecer na biblioteca sem o comprovante de agendamento de pesquisa; trazer qualquer tipo de alimento e bebidas (de qualquer espécie) dentro da Biblioteca; utilizar-se de aparelhos eletrônicos (celulares, mp3, etc.) que possam vir a atrapalhar o ambiente da Biblioteca; entrar na Biblioteca com mochila, a mesma deve permanecer no armário; permanecer na biblioteca se este for expulso de sala de aula, estiver sendo trazido à biblioteca por um problema de indisciplina, doença ou algo que não diga respeito às atividades da biblioteca; permanência na biblioteca em horário de aula, sem prévio agendamento do professor; Parágrafo Único: A autorização que trata a alínea “c” deve ser dada pelo Agente Educacionais II, e com a utilização da carteira da biblioteca. 402 CAPÍTULO VIII – DAS CONSULTAS Art. 16º As consultas de obra de referência deverão ser feitas dentro do ambiente da biblioteca. CAPÍTULO IX – DOS AGENDAMENTOS Art. 17º Os agendamentos de pesquisa por parte dos discentes deverão ser feitos com antecedência de pelo menos 1 (um) período. § 1º Só será permitido o agendamento mediante a apresentação da carteirinha da biblioteca, para a identificação do aluno. § 2º O discente só pode agendar um horário em período diferente ao seu período letivo. § 3º Só é permitido o agendamento de 5 (cinco) discentes da mesma série por horário. § 4º Para comprovação do horário de agendamento será entregue um comprovante de agendamento, o mesmo deverá ser apresentado na biblioteca no horário de agendamento. Art. 18º Os agendamentos por partes dos docentes para a utilização das dependências da biblioteca deverá ser feita com antecedência de pelo menos 3 (três) dias úteis. § 1º Os prazo de agendamento deve ser respeitado para que não ocorram problemas com excesso de usuários na biblioteca e para que os docentes possam exercer suas atividades de forma mais cômoda. § 2º No caso da biblioteca já estiver agendada para docente, os discentes 403 não poderão agendar horário, o mesmo vale para caso discentes já tenham agendado horário. § 3º O Docente deve permanecer na biblioteca junto com sua turma para a realização da aula. CAPÍTULO X – DOS EMPRÉSTIMOS DOMICILIARES Art. 19º Serão permitidos empréstimos domiciliares para Discentes, Docentes e Funcionários do Colégio Estadual Mario Quintana. Art. 20º Podem ser retirados para empréstimos domiciliares quaisquer obras pertencentes ao acervo da Biblioteca, com exceção das obras especiais, de referência, periódicos e exemplares reservados para consulta local. § 1º Só será permitido o empréstimo para discentes mediante a apresentação da carteira da biblioteca emitida pelo Colégio Estadual Mário Quintana. § 2º A carteira da Biblioteca é intransferível. Art. 21º Os Discentes tem direito à retirada, por empréstimo, de 02 (dois) volumes. § 1º Os volumes didáticos têm o prazo de 1 (um) dia, ou seja, o discente deverá devolvê-lo no próximo dia letivo a contar da data do empréstimo. § 2º Os volumes de literatura têm o prazo de 7 (sete) dias, a contar da data do empréstimo. Art. 22º Os Docentes e Funcionários têm o direito à retirada, por empréstimo, de 03 (três) volumes, por 30 (trinta) dias consecutivos a contar da data do empréstimo. 404 Art. 23º Os visitantes não tem direito a empréstimos domiciliares. Art. 24º Os usuários tem o direito a renovar o empréstimo. Art. 25º Não será permitido retirar dois exemplares do mesmo título, pelo mesmo solicitante, exceto nos casos previstos neste regulamento. Art. 26º As devoluções efetuadas com atraso incorrem em multa de R$ 0,10 (dez centavos) o dia. Art. 27º As obras extraviadas ou danificadas, sob responsabilidade do usuário, devem ser substituídas por outras do mesmo título, do mesmo autor e em bom estado de conservação. Parágrafo Único - Quando tais obras não estiverem mais disponíveis para aquisição, os Agentes Educacionais II estipularam obra substituta. CAPÍTULO XI – DO EMPRÉSTIMO PARA SALAS DE AULA Art. 28º O Docente poderá requisitar exemplares bibliográficos e materiais didáticos para serem utilizados em sala de aula. § 1º O Docente deverá buscar as obras na Biblioteca ou enviar um Discente portando um bilhete de requisição de material assinado por ele e crachá de identificação do docente. § 2º O bilhete de requisição de material pode ser fornecido pela biblioteca, caso o docente solicite, o mesmo deve ser retirado pelo próprio. § 3º No bilhete de requisição de material deve constar data, qual o material requisitado, quantidade, turma, sala em que se encontra a turma, nome do docente e assinatura. 405 § 4º O material requisitado deve ser devolvido à biblioteca antes do termino de funcionamento da mesma. § 5º Permitir-se-á a renovação por igual período, caso não tenha sido solicitado por outro docente. § 6º – Em caso de perca, danos ou a não devolução do material, o docente será advertido e suspenso das atividades do setor até que a situação seja normalizada. CAPÍTULO XII – DAS SANÇÕES DISCIPLINARES Art. 29º O usuário que não cumprir as normas estabelecidas por este regulamento poderá ser punido por meio de multa, advertência verbal, advertência por escrito e suspensão. Art. 30º São passiveis de punição, de acordo com o artigo anterior, atitudes do usuário que se enquadrem nas situações caracterizadas a seguir: Desrespeito aos funcionários da Biblioteca e a outras pessoas que estejam no recinto; Provocação de desordem perturbando o bom andamento do estudo e dos trabalhos na Biblioteca; Cometimento de danos ou estragos ao acervo, móveis, equipamentos e ao ambiente da Biblioteca; Art. 31º Em caso de roubo comprovado do acervo, o usuário será automaticamente excluído da Biblioteca e o fato será notificado à Direção do Colégio Estadual Mario Quintana para outras providencias cabíveis. Art. 32º O usuário que não efetuar a devolução do material bibliográfico no prazo estipulado pagará multa diária, após o prazo da devolução. 406 § 1º: Serão contados também finais de semana, feriados e dias em que o colégio encontre-se fechado. § 2º: A multa não será cobrada mediante apresentação de atestado médico para justificar a falta. CAPÍTULO XIII – DAS SUGESTÕES E RECLAMAÇÕES Art. 33º O usuário tem o direito de encaminhar sugestões ou reclamações aos Agentes Educacionais II da Biblioteca ou a Direção do Colégio Estadual Mario Quintana. CAPÍTULO XIV – DAS DIPOSIÇÕES GERAIS Art. 34º O presente Regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. 407 8 REGIMENTO INTERNO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA CAPITULO I – DOS OBJETIVOS Art. 1º O Laboratório de Informática do Colégio por intermédio de suas instalações, dos Estadual Mário Quintana, equipamentos, do seu recursos humanos e dos serviços oferecidos aos seus usuários, têm por objetivo geral: Ser um centro de informações capaz de dar suporte informativo educacional ao processo de ensino e aprendizagem, contribuindo para a extensão do conhecimento às diversas tecnologias. Parágrafo Único – O funcionamento do Laboratório será regido por este regulamento para que se cumpram suas funções e objetivos. CAPÍTULO II – DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA Art. 2º Subordinado à Direção do Colégio Estadual Mário Quintana. Parágrafo Único – O quadro de pessoal é planejado e constituído de acordo com as necessidades do Laboratório de Informática. Art. 3º O quadro de funcionários do Laboratório de Informática é composto pelos seguintes membros: Agentes Educacionais II (Técnicos Administrativos) responsáveis pelo setor. CAPÍTULO III – DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Art. 4º O Laboratório de Informática do Colégio Estadual Mário Quintana está à disposição dos usuários nos horários das 8:00 às 10:00, 10:15 às 11:45, 13:30 às 15:50, 16:05 às 17:30, 19:00 às 21:15 e das 21:25 às 22:30, de segunda à sextafeira. 408 CAPÍTULO IV – DOS COMPUTADORES Art. 5º O Laboratório de Informática é composto por 36 (trinta e seis) computadores conectados à Internet para uso de discentes, docentes, funcionários e visitantes, sendo que um computador principal de uso exclusivo do funcionário do setor. CAPÍTULO V – DOS USÚARIOS Art. 6º São usuários do Laboratório: Discentes, Docentes e Agentes Educacionais I e II, do Colégio Estadual Mário Quintana, bem como visitantes da comunidade externa. Art. 7º Os usuários têm o direito de utilizar os recursos e serviços oferecidos pelo Laboratório, bem como fazer sugestões e reclamações. Art. 8º Os visitantes só serão atendidos de acordo com a disponibilidade de espaço e horário. Art. 9º O usuário tem o dever de: a) observar o silêncio, a ordem e a disciplina no recinto do Laboratório; b) identificar-se, a pedido do responsável imediato pelo Laboratório, sempre que solicitado; c) zelar pela limpeza e organização do recinto e quanto aos computadores; d) memorizar o Login (usuário) e a senha que são de uso exclusivo do mesmo; Art. 10º É vedado ao usuário: a) utilizar as dependências do Laboratório para guardar objetos pessoais; b) entrar com alimentos e bebidas em geral no ambiente do Laboratório; c) fazer qualquer tipo de manutenção nos equipamentos; d) efetuar impressão sem autorização do responsável pelo Laboratório; e) utilização de pendrives, disquetes, cds sem autorização do responsável; 409 f) o acesso qualquer tipo de sítio (site) que não seja de cunho informativo e educativo; g) a escrita com giz no quadro negro; h) utilizar borracha sobre a bancada de computadores. i) utilizar o laboratório, caso por ventura tenha sido expulso da sala de aula. § A autorização que trata a alínea “d”, “e” deverá ser dada pelo Agente Educacional II responsável pelo setor. § A utilização de giz tratada na alínea “g” deve-se ao fato que o pó do mesmo danifica o equipamento do Laboratório. § A utilização da borracha na alínea “h” deve-se ao fato de a mesma após seu uso, deixar sujeira sobre a mesa e vindo a ocasionar a danificação dos mouses e teclados. CAPÍTULO VI – DOS AGENDAMENTOS Art. 11º Os agendamentos de pesquisa por parte dos discentes deverão ser feitos com antecedência de 1 (um) período. § 1º O discente só pode agendar pesquisa em horário diferente ao seu período letivo, com a apresentação da carteirinha de leitor da biblioteca, para sua identificação. § 2º Para comprovação do horário de agendamento será entregue um comprovante de agendamento, o mesmo deverá ser obrigatoriamente apresentado no laboratório no momento de sua chegada. Art. 12º Os agendamentos por partes dos docentes para a utilização das dependências do laboratório deverá ser feita com antecedência de pelo menos 2 (três) dias útil, evitando assim, uma compatibilidade de horário com pesquisas dos alunos. 410 § 1º Os prazo de agendamento deve ser respeitado para que não ocorram problemas com excesso de usuários no Laboratório e para que os docentes possam exercer suas atividades de forma mais cômoda. § 2º No caso do Laboratório já estiver agendada para docente, os discentes não poderão agendar horário, o mesmo vale para caso discentes já tenham agendado horário. § 3º Somente docentes fazem agendamento para pesquisas no período noturno. CAPÍTULO VII – DAS SANÇÕES DISCIPLINARES Art. 13º O usuário que não cumprir as normas estabelecidas por este regulamento poderá ser punido por meio advertência verbal, advertência por escrito e suspensão da utilização do Laboratório. Art. 14º São passíveis de punição, de acordo com o artigo anterior, atitudes do usuário que se enquadrem nas situações caracterizadas a seguir: Desrespeito aos funcionários do Laboratório e a outras pessoas que estejam no recinto; Provocação de desordem perturbando o bom andamento do estudo e dos trabalhos no Laboratório; Cometimento de danos ou estragos aos móveis, equipamentos e ao ambiente do Laboratório; Acesso a sitíos indevidos, seja de jogos, vídeos e outros assuntos que não sejam de cunho educativo e informativo. Art. 15º Em caso de roubo comprovado de algum equipamento, o usuário será automaticamente excluído do Laboratório e o fato será notificado à Direção do Colégio Estadual Mario Quintana para outras providencias cabíveis. 411 Art. 16º Em caso de desaparecimento de equipamento do laboratório durante a aula, caso não apareça o material, a turma ficará suspensa do uso do laboratório até a recuperação ou reposição do mesmo. § O docente responsável pela turma causadora do desaparecimento, também estará sujeito a mesma sanção imposta a turma. CAPÍTULO VIII – DAS SUGESTÕES E RECLAMAÇÕES Art. 17º O usuário tem o direito de encaminhar aos Agentes Educacionais do Laboratório ou a Direção do Colégio Estadual Mario Quintana. CAPÍTULO IX – DAS DIPOSIÇÕES GERAIS Art. 18º O presente Regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. 412 9 REGIMENTO INTERNO DA MECANOGRAFIA CAPITULO I – DOS OBJETIVOS Art. 1º A Mecanografia do Colégio Estadual Mário Quintana, por intermédio de suas instalações, do seu acervo material, dos seus recursos humanos e dos serviços oferecidos aos seus usuários, têm objetivo geral: Ser um centro de cooperação capaz de dar suporte ao processo de ensino aprendizagem, contribuindo para a extensão do conhecimento. Parágrafo Único – O funcionamento da mecanografia será regido por este regulamento para que se cumpra suas funções e objetivos. CAPÍTULO II – DA ORGANIZAÇÃO Art. 2º Tem por função auxiliar no suporte de multimeios para todo o ambiente escolar, auxiliando docentes, discentes e educadores. CAPÍTULO III – DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA Art. 3º Subordinada a Direção do Colégio Estadual Mário Quintana, juntamente com os Agentes Educacionais II, alocados na Mecanografia. Parágrafo Único – O quadro de pessoal é planejado e constituído de acordo com as necessidades da Mecanografia. Art. 4º O quadro de funcionários da Mecanografia é composto pelos seguintes membros: Agentes Educacionais II responsáveis pelo setor 413 CAPÍTULO IV – DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO Art. 5º A Mecanografia do Colégio Estadual Mário Quintana está à disposição dos usuários nos horários das 7:30 às 10:00, 10:15 às 12:00, 13:00 às 15:50, 16:05 às 17:45, 19:00 às 21:15 e das 21:25 às 22:45, de segunda a sexta-feira. CAPÍTULO V – DO ACERVO Art. 6º O acervo da Mecanografia é composto por materiais didáticos e multimídias. § 1º Classifica-se como material Didático – materiais de apoio ao aluno e professores, como por exemplo cola, tesoura e congêneres. § 2º Classifica-se como material Multimídias – Projetores, Reprodutores de som e de vídeo e materiais lúdicos. CAPÍTULO VI – DOS USUÁRIOS Art. 7º São usuários da Mecanografia: Docentes, Educadores e Discentes do Colégio Estadual Mário Quintana. Art. 8º Os usuários têm o direito de utilizar os recursos e serviços oferecidos pela Mecanografia, bem como fazer sugestões e reclamações. Art. 9º O usuário tem o dever de: identificar-se, a pedido de qualquer funcionário, sempre que solicitado; atender aos pedidos de comparecimento à Mecanografia; obedecer aos prazos de empréstimo e devoluções; assumir total responsabilidade sobre o extravio ou dano do material que estiver em seu poder, substituindo-o por outro igual; 414 responsabilizar-se por equipamentos cedidos pela Mecanografia, enquanto usuário dos mesmos; comunicar ao Agente Educacional II qualquer ocorrência em relação aos materiais utilizados; solicitar com antecedência os serviços prestados pela Mecanografia; Art. 10º É vedado ao usuário: utilizar a dependência da Mecanografia para a guarda de objetos pessoais; retirar da Mecanografia com qualquer material sem a devida autorização. CAPÍTULO IX – DAS SOLICITAÇÕES Art. 11º As solicitações de digitação por parte dos docentes deverão ser feitos com antecedência de pelo menos 3 (três) dias úteis. Art. 12º As solicitações de impressão por parte dos docentes deverão ser feitos com antecedência de pelo menos 1 (um) dias úteis. Art. 13º As solicitações de encadernação por parte dos docentes deverão ser feitos com antecedência de pelo menos 1 (um) dias úteis. Art. 14º As solicitações de impressão via correio eletrônico por parte dos docentes deverão ser feitos com antecedência de pelo menos 1 (um) dias úteis. CAPÍTULO X – DO EMPRÉSTIMO DE MATERIAIS Art. 15º O Docente poderá requisitar exemplares materiais didáticos para serem utilizados em sala de aula. 415 § 1º O Docente deverá buscar o material ou enviar um Discente portando um bilhete de requisição de material assinado por ele e crachá de identificação do docente. § 2º O bilhete de requisição de material pode ser fornecido pela mecanografia, caso o docente solicite, o mesmo deve ser retirado pelo próprio. § 3º No bilhete de requisição de material deve constar data, qual o material requisitado, quantidade, turma, sala em que se encontra a turma, nome do docente e assinatura. § 4º O material requisitado deve ser devolvido a mecanografia antes do termino de funcionamento da mesma. § 5º Permitir-se-á a renovação por igual período, caso não tenha sido solicitado por outro docente. CAPÍTULO XI – DAS SANÇÕES DISCIPLINARES Art. 16º O usuário que não cumprir as normas estabelecidas por este regulamento poderá ser punido por meio de advertência verbal e advertência por escrito. Art. 17º São passiveis de punição, de acordo com o artigo anterior, atitudes do usuário que se enquadrem nas situações caracterizadas a seguir: Desrespeito aos funcionários da Mecanografia e a outras pessoas que estejam no recinto; Provocação de desordem perturbando o bom andamento dos trabalhos desenvolvidos na Mecanografia; Cometimento de danos ou estragos ao acervo, móveis, equipamentos e ao ambiente da Mecanografia; Art. 18º Em caso de roubo comprovado do material, será notificado à Direção do Colégio Estadual Mario Quintana para outras providencias cabíveis 416 Art. 19º O usuário que não efetuar a devolução do material no prazo será advertido verbalmente. CAPÍTULO XII – DAS SUGESTÕES E RECLAMAÇÕES Art. 20º O usuário tem o direito de encaminhar sugestões ou reclamações aos Agentes Educacionais II da Mecanografia ou a Direção do Colégio Estadual Mario Quintana. CAPÍTULO XIII – DAS DIPOSIÇÕES GERAIS Art. 21º O presente Regulamento entrará em vigor na data de sua aprovação, revogadas as disposições em contrário. 417 10 FICHA DE ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO Aluno(a): Data nascimento: Endereço: Pai: Mãe: Responsável: Fone: Fone: Ano: 1º Semestre / / Foto Série: Turma Nº 2º Semestre Resultado: _________________________________________________________ Ano: 1º Semestre Série: Turma Nº 2º Semestre Resultado: _________________________________________________________ Ano: 1º Semestre Série: Turma Nº 2º Semestre Resultado: _________________________________________________________ Ano: 1º Semestre Série: Turma Nº 2º Semestre Resultado: _________________________________________________________ 418 Problemas enfrentados pelo aluno(a): ( ) De Saúde ( ) De relacionamento com os pais ( ) De relacionamento com professores ( ) De relacionamento com colegas ( ) Com disciplinas ( ) Outros ______________________ OBSERVAÇÕES: 419 11 FICHA DE PRÉ-CONSELHO DE CLASSE Turma: _______ Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Aluno(a) ENSINO FUNDAMENTAL Port Art E. Fís Mat Ciên Período: ( ) M ( Hist Geo Ingl E. Rel )T( )N Observações 420 COLÉGIO ESTADUAL MÁRIO QUINTANA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FICHA DE PRÉ CONSELHO 2012 – ENSINO MÉDIO Turma: _______ Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 Aluno(a) Período: ( Port Art E.Fís Mat Biol Fis Quim Hist )M( Geo )T( Ing )N Soc Filo Observações 421 12 PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná (2008, pág. 14), um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido, mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e como dele lhe é possível participar. Neste sentido, é papel da escola ofertar uma educação integral que possibilite a este sujeito interagir com qualidade, ética, responsabilidade, criticidade, solidariedade e cidadania, de modo que ele saiba integrar-se ao mundo do trabalho e valorize a vida humana em detrimento a formas de discriminação, preconceito, violência e exclusão social. Assim, o Plano de Ação do Colégio Estadual Mário Quintana visa implementar mecanismos de participação e de interação família-escola, de modo a contribuir para a universalização da educação pública de qualidade e promover a formação integral do aluno. Para tanto, serão promovidas ações que estimulem a participação do coletivo escolar em atividades culturais, recreativas e desportivas nas quais se valorize o espírito de união, a criatividade, o companheirismo, a responsabilidade social, revelando e desenvolvendo talentos individuais e coletivos. 12.1 GINCANA NO ESTUDANTE GINCANA CULTURAL E RECREATIVA DO ESTUDANTE - REGULAMENTO OBJETIVOS: Desenvolver o hábito da prática recreativa sadia e da sociabilidade, despertando o interesse, a participação, o dinamismo, proporcionando a integração e o espírito de cooperação entre os estudantes. Envolver o educando no convívio escolar, respeitando os bons hábitos. II. PARTICIPANTES: Poderão participar todos os alunos do Ensino Médio, regularmente matriculados e que estejam freqüentando as aulas do Estabelecimento de 422 Ensino, constituindo cada série uma grande equipe, organizada pelos Professores. Não será permitida a junção de turmas. III. COMPOSIÇÃO: Compõe-se a presente Gincana de três etapas distintas: Cultural, Participativa e Recreativa, as quais serão realizadas sucessivamente no dia: 10 de Agosto de 2011 – No horário da aula – Na escola. I. RECREATIVA A) Esta etapa será realizada na sexta-feira, dia 10/08/2012, a partir da 2ª aula, na quadra de esportes, para todas as turmas, a qual constará das seguintes provas: corrida do saco; acerte a cesta (basquete) – 03 tentativas estourar balão no pé bola na trave – 03 tentativas resistência do bambolê dança da cadeira cabo de guerra desfile com roupas de material reciclável circuito CORRIDA DO SACO: UM ALUNO → consiste em pular dentro de um saco, um percurso pré estabelecido pela organização. CABO DE GUERRA: UM ALUNO → consiste em uma prova de força, onde os competidores puxam uma corda, cada um de lado. Vence aquele que conseguir fazer o adversário pisar em um espaço determinado no chão. 423 ACERTE A CESTA (BASQUETE): UM ALUNO → consiste em acertar a bola na cesta de basquete, a partir da marca do pênalti. O aluno terá três tentativas, as quais valerão 10 pontos cada acerto. ESTOURAR O BALÃO COM O PÉ: UM ALUNO cada participante terá um balão amarrado com barbante em seu tornozelo. A prova consiste em estourar com o pé o balão dos adversários, protegendo o seu próprio balão. Vence o último que permanecer com o balão sem estourar. RESISTÊNCIA DO BAMBOLÊ: UM ALUNO A prova medirá a habilidade e a resistência dos competidores em conseguir manter o bambolê, circulando em sua cintura, sem deixa-lo tocar o chão, a mão ou os braços. Vence o competidor que permanecer bamboleando o maior número de tempo. BOLA NA TRAVE (CHUTE): UM ALUNO A prova consiste em, com um chute, acertar a trave do gol em pontos prédeterminados. Nas laterais e na barra horizontal, cada acerto valerá 05 pontos. No encontro das astes (quina), valerá 10 pontos. Cada competidor lançará o chute da marca do pênalti, tendo apenas três oportunidades de chute. Em caso de equipes empatarem na pontuação, será oportunizado mais um chute a cada competidor, de modo a haver o desempate do jogo. DANÇA DA CADEIRA: UM ALUNO Os competidores irão circular um grupo de cadeiras, dançando ao som de uma música, até que seja desligada a música, para que eles possam sentar-se. Sempre haverá uma cadeira a menos, de modo que fique sempre alguém em pé pela falta de cadeiras suficientes. O competidor que ficar em pé, será eliminado da prova. Vence o competidor que conseguir ser o último a sentar. DESFILE COM ROUPAS RECICLÁVEIS: DOIS ALUNOS A equipe da sala usará de criatividade para criar roupas com materiais recicláveis, para que dois competidores possam representar sua turma. Durante o desfile, os candidatos serão julgados por cinco professores. Serão analisados os seguintes 424 critérios: CRIATIVIDADE NA CRIAÇÃO DA ROUPA, SIMPATIA DOS CANDIDATOS E DESENVOLTURA AO DESFILAR. Cada um destes itens valerá de 50 a 100 pontos, sendo que a prova toda, valerá 300 pontos. CIRCUITO: UM ALUNO A prova consiste em uma corrida com obstáculos em volta da quadra. Os candidatos terão o tempo cronometrado e vence aquele que concluir a prova em menos tempo. Caso haja empate entre os competidores, os mesmos repetirão a prova para o desempate. B) Cada prova, deverá ser representada pelo número de alunos estipulado no regulamento. Não será permitido que um mesmo aluno represente a turma em mais que uma prova. C) O(s) representante(s) da turma (em cada prova) será(ão) escolhido(s) pelo professor que estiver em sala na primeira aula e acompanhando a turma neste dia. II. CULTURAL Esta etapa constitui-se da modalidade: Questões Relâmpago. A) QUESTÕES RELÂMPAGO As questões relâmpago versarão sobre conhecimentos gerais e atualidades. Cada turma deverá escolher um(a) aluno(a) para responder as questões (por escrito), entregando-as a mesa julgadora. A turma que “soprar” a resposta, será desclassificada. O representante da turma, só poderá responder a questão, a partir do sinal indicativo: “VALENDO” , o qual será dado pelo locutor. Cada questão respondida com acerto, valerá 10 pontos. Esta etapa, ao todo, valerá 200 pontos. 425 PARCIPATIVA 2.A MELHOR TORCIDA: Será premiado com 200 pontos a melhor torcida organizada e caracterizada; Para a caracterização da turma poderão ser usados diversos adereços: chapéus, cores de roupas, cartazes, pompons, rostos pintados, balões, acessórios, etc.; Não será aceito como caracterização roupas decotadas ou extravagantes que ferem princípios morais da comunidade escolar; A organização da torcida é de responsabilidade de cada turma, a escola não irá fornecer materiais para caracterização da mesma; Não será permita as torcidas o uso de materiais sonoros como tambores, pandeiros, apitos, cornetas, etc.; Durante a torcida, não será permitido insultar os competidores, nem tampouco as torcidas adversárias; O grupo de professores é que decidirá qual a melhor torcida. 2.B PRESENÇA NO DIA DA GINCANA Como parte da gincana, também será considerada a presença neste dia. Os alunos que tiverem faltas no dia da gincana, salvo sob Atestado Médico, não poderão participar da premiação. A chamada será feita na primeira aula pelo professor que estiver em sala. Não será permitida a saída de alunos antes do horário de término da aula. IV - PONTUAÇÃO Os pontos obtidos na 1ª, 2ª e 3ª etapas da Gincana serão somados. Será considerada campeã a equipe que obtiver maior pontuação no total. Só receberá a premiação, o aluno que tiver contribuído com sua equipe e que não tiver nenhuma falta, no dia da gincana. Considerando as diferenças entre idade-série e o nível dos competidores, a gincana se dividirá em PROVAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL e PROVAS PARA O ENSINO MÉDIO. De modo que os competidores concorram dentro do seu nível educacional. 426 V - PREMIAÇÃO A) Esta Gincana é de cunho cultural, portanto os participantes serão avaliados pela participação. B) Como premiação, será ofertado um passeio cultural, no final do ano letivo, em data a ser estipulada pela direção da escola. C) Só poderão participar da premiação os alunos que não tiverem faltas no dia da gincana. D) Serão premiados: uma turma do Ensino Fundamental e uma turma do Ensino Médio. VI – INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Neste dia todos os alunos deverão comparecer em horário de aula e com roupas adequadas a atividade física. Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora. VII – AVALIAÇÃO: - A avaliação dar-se-á através da observação da participação e empenho dos alunos. PARTICIPE E DIVIRTA-SE!!! 427 12.2 FESTIVAL DE MÚSICA MÁRIO QUINTANA JUSTIFICATIVA A educação deve ser vista como um processo global, progressivo e permanente, que necessita de diversas formas de estudos para seu aperfeiçoamento, pois em qualquer meio sempre haverá diferenças individuais, diversidade das condições ambientais que são originários dos alunos e que necessitam de um tratamento diferenciado. Neste sentido deve-se desencadear atividades que contribuam para o desenvolvimento da inteligência e pensamento crítico do educando, ao mesmo tempo em que ele descobre formas diferenciadas de se expressar e demonstrar sentimentos e emoções. Desde muito pequena, a criança precisa ser estimulada a perceber os sons do mundo, aprimorando meios de se relacionar com o outro e desenvolver seu potencial auditivo, sensitivo e emocional. Quando bem trabalhada, a música desenvolve o raciocínio, a criatividade, a memória, a expressão corporal e gestual, bem como meios de interpretar melodias e letras sobre inúmeros assuntos. A expressão musical desempenha importante papel na vida recreativa do indivíduo, pois ao mesmo tempo em que desenvolve sua criatividade, promove a autodisciplina e desperta a consciência rítmica e estética. A música também cria um terreno favorável para a imaginação quando desperta as faculdades criadoras de cada um. A educação pela música proporciona uma educação profunda e total. Como qualquer outra forma artística, a música acompanha historicamente o desenvolvimento da humanidade. Ela é algo constante na vida da humanidade, bem como nas mais diversas formas de organização social. Por meio da música é possível conhecer a cultura de um povo e as formas que tem de expressa-la. 428 Neste sentido, o Festival de Música Mário Quintana visa estimular os talentos musicais da comunidade escolar, numa mostra de talentos aberta a todo público. Ao se trabalhar a música na escola pretende-se reforçar laços afetivos e sensibilizar a comunidade ao reconhecimento de conhecimentos artísticos dos nossos alunos. OBJETIVOS Revelar talentos musicais da comunidade escolar; Estimular meios para a expressão artística dos alunos, utilizando-se da música como metodologia; Promover uma competição saudável para destacar talentos musicais da escola; Viabilizar meios de integração escola-família-escola. METODOLOGIA O Festival de Música Mário Quintana será realizado em momentos distintos: a preparação e a apresentação. A preparação consiste no ensaio que o participante fará para interpretar uma música. A apresentação será o momento em que ele irá interpreta-la para a comunidade escolar. Cada participante terá a liberdade de escolher a música que deseja interpretar, podendo o mesmo tocar instrumentos para compor a melodia ou utilizarse de CD com Play Back. No dia da apresentação, os participantes serão distribuídos em categorias: Infanto-Juvenil; Adulto e Sertanejo. As apresentações serão avaliadas por um corpo de jurados, dos quais participam membros da comunidade escolar. Os participantes que tiverem a melhor performance musical, a ser apontada pelos jurados, receberão a premiação. O Festival de Música tem um regulamento próprio que é divulgada a toda a comunidade escolar. 429 AVALIAÇÃO A avaliação acontecerá durante após a realização do Festival de Música, através de reuniões com os membros dos órgãos colegiados e comunidade escolar. As ações do projeto poderão ser redimensionadas de acordo com as necessidades que venham a surgir para que se cumpram com os objetivos propostos. Como meio de avaliação poderão ser organizados eventos dentro e fora do espaço escolar, as quais visam a integração da comunidade e da família nas ações do projeto. 430 12.3 MOSTRA CULTURAL JUSTIFICATIVA No cotidiano escolar, por meio da prática sistematizada do ato educativo, o aluno é levado a conhecer a cultura, as ciências e formas diferenciadas de expressão artística de brasileiros e de outros povos que se destacam nas artes plásticas, na dança, na música, no teatro, no cinema, etc. São muitas as metodologias aplicadas em sala de aula para que o aluno compreenda, aproprie-se e produza conhecimentos que o humanizam e o integram a sociedade em que se insere. Com isso, a Mostra Cultural Mário Quintana abre a possibilidade para que a comunidade escolar aprecie e conheça um pouco das atividades realizadas no ano letivo por educandos e educadores. Este momento coletivo de participação da comunidade escolar visa divulgar a prática educativa escolar, estimulando e reconhecendo talentos de nossos educandos, através de linguagens diferenciadas em que se configuram as diversas áreas do conhecimento. Sobretudo, a Mostra Cultural permite a integração da família e da comunidade com o trabalho realizado pela escola. OBJETIVOS Expor atividades realizadas nas diversas disciplinas durante o ano letivo; Viabilizar a prática do trabalho em equipe para a divulgação de trabalhos e de temas; Incentivar a prática de atividades de cunho cultural, científico e artístico; Possibilitar a ampliação da criatividade, da criticidade, da sociabilidade, da oralidade e da expressão corporal; 431 Relacionar os conteúdos científicos ministrados na escola com o cotidiano social e cultural; Reforçar as relações interpessoais na escola e a integração família-escolacomunidade. 432 METODOLOGIA A Mostra Cultural será o ponto alto da exibição de alguns trabalhos feitos durante o ano letivo. Anualmente ela trabalhará com temas diferenciados e contemporâneos, que englobem conhecimentos científicos, culturais e artísticos. Poderão ser realizados trabalhos escritos, produções textuais, confecção de cartazes e painéis, maquetes, fantoches, etc. Além disso, a Mostra Cultural também terá apresentação de atividades de expressão corporal e artística, tais como: capoeira, danças, teatro, recital de poesia, desfiles, oratória, etc. AVALIAÇÃO Durante todo o processo de preparação, organização e apresentação dos trabalhos, os alunos serão avaliados. A Mostra Cultural também será avaliada durante reuniões com os órgãos colegiados e com a comunidade escolar, com vistas a levantar os avanços e os limites do projeto, buscando meios para superar as dificuldades. 433 12.4 CAPOEIRA NA ESCOLA PROJETO CAPOEIRA NA ESCOLA JUSTIFICATIVA A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta. Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros. A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta. Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro. 434 A Capoeira é essencialmente dialética e dinâmica; e por ser uma manifestação que se espalhou pelo mundo muito recentemente, recebe milhares de análises em seus diversos aspectos – teórico, técnico, didático, tático, filosófico etc. e cada uma delas baseada na realidade de cada norteador de um trabalho (entendase: Mestre, Professor, Instrutor etc.). Por outro lado, a cada dia que passa, a cada ano, mais a Capoeira tem se incorporado ao ambiente escolar, seja nas aulas de Educação Física, atividades extracurriculares, datas comemorativas, apresentações de grupos da comunidade, etc. Porem, foi a partir da criação dos PCN's em 1998, que a Educação Física passou a contemplar mais esta modalidade de esporte, jogo, folclore, arte, cultura com legitimação. Hoje com a lei 10.639/03 que institui o ensino de assuntos e historia da África nos currículos escolares, a Capoeira pode ganhar maior força para ser reconhecida como conteúdo riquíssimo para o acervo cultural do aluno, desenvolvendo não somente o aspecto motor, mas também o cognitivo e afetivosocial. Diante disso, o Projeto Capoeira na Escola do Colégio Mário Quintana de Cascavel, visa a aprendizagem desta arte-esportiva, resgatando a importância da cultura afro-brasileira para a formação de nossa sociedade. Além disso, o projeto se justifica pela possibilidade de integração família-escola-comunidade e por possibilitar meios para que o aluno construa integralmente seus conhecimentos. OBJETIVOS: Possibilitar a aprendizagem da cultura afro-brasileira; Desenvolver habilidades físicas, concentração e disciplina por meio da prática da capoeira; Ampliar os conhecimentos teóricos acerca da formação da cultura brasileira, por meio de atividades práticas; Incentivar o espírito de equipe e a valorização da comunidade escolar; Ampliar a integração família-escola-comunidade; Possibilitar atividades de cunho cultural e desportivo a alunos em risco de vulnerabilidade social. 435 METODOLOGIA O projeto será desenvolvido por meio de atividades práticas e teóricas, sobre a cultura afro-brasileira e a capoeira. Além disso, serão possibilitados trabalhos de expressão corporal e aperfeiçoamento dos passos ritmados da capoeira. Os alunos terão aula uma vez por semana, em período contraturno. Durante o ano letivo, poderão ser realizadas apresentações culturais de modo que os mesmos exponham os conhecimentos obtidos. AVALIAÇÃO A avaliação será contínua e permanente, tendo como critérios a participação, o desempenho nas atividades propostas, o envolvimento do alunos em atividades na escola e nas apresentações externos e a freqüência. Também serão consideradas a dedicação, a disciplina e a postura ética e respeitosa do aluno com a toda comunidade escolar. 436 12.1 DANÇA NA ESCOLA PROJETO DANÇANDO NA ESCOLA JUSTIFICATIVA A dança é uma das maiores catalisadoras da manifestação e expressão do movimento humano. No âmbito educativo, ela é pedagógica e ensina, tanto quanto os esportes, jogos e brincadeiras, a organização, disciplina e postura corporal colaborando para a ampliação da capacidade de aprendizagem também em outras áreas do conhecimento. Por meio da dança inúmeros conteúdos podem ser trabalhados de forma lúdica e prazerosa ao educando e ao educador. Ao interpretar uma música e expressa-la através dos movimentos do corpo, o aluno amplia sua visão de mundo, compreendendo muitos conteúdos teóricos trabalhados em sala de aula. A dança é um meio quase ilimitado de aprendizagem. Contudo, devem se respeitar os vários gêneros da cultura nacional e mundial, tomando o cuidado para não reforçar modismos que colaboram para a elitização de algumas culturas e povos, em detrimento a outros. O projeto Dançando na Escola do Colégio Estadual Mário Quintana, de Cascavel – PR, se justifica por possibilitar aos educandos valências ecléticas e fundamentais ao desenvolvimento humano, bem como o conhecimento do seu próprio corpo, aumentando a capacidade cardiorespiratório, a socialização, a sensibilização, o equilíbrio, a lateralidade, a destreza, a coordenação motora fina, entre outros conhecimentos. O projeto justifica-se por oportunizar meios para a integração escola-família-comunidade e para que alunos em vulnerabilidade social encontrem na escola um local seguro para sua formação integral. 437 OBJETIVOS Possibilitar a aprendizagem da dança e da expressão corporal; Desenvolver habilidades físicas, concentração e disciplina por meio da prática da dança; Ampliar os conhecimentos teóricos acerca da formação da cultura brasileira, por meio de atividades físicas e de expressão corporal; Incentivar o espírito de equipe e a valorização da comunidade escolar; Ampliar a integração família-escola-comunidade; Possibilitar atividades de cunho cultural e desportivo a alunos em risco de vulnerabilidade social. METODOLOGIA O projeto será desenvolvido por meio de atividades práticas de dança, coreografia e expressão corporal, na medida em que o aluno interpreta vários gêneros musicais nacionais e internacionais. Além disso, serão possibilitados trabalhos de expressão corporal e aperfeiçoamento de passos ritmados de vários gêneros musicais. Os alunos terão aula uma vez por semana, em período contra turno. Durante o ano letivo, poderão ser realizadas apresentações culturais de modo que os mesmos exponham os conhecimentos obtidos. AVALIAÇÃO A avaliação será contínua e permanente, tendo como critérios a participação, o desempenho nas atividades propostas, o envolvimento do alunos em atividades na escola e nas apresentações externos e a freqüência. Também serão consideradas a dedicação, a disciplina e a postura ética e respeitosa do aluno com a toda comunidade escolar. 438 12.6 MEIO AMBIENTE EM FOCO JUSTIFICATIVA De acordo com a Constituição Federal de 1988, “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” (BRASIL, 1988, art. 225) Contudo, para que o educando aprenda a importância do cuidado com o meio ambiente para a garantia de uma vida com qualidade e saúde, faz-se necessário que a escola trabalhe mais do que conceitos teóricos. Para além disso, é fundamental desenvolver também no espaço escolar ações que promovam a conscientização e a valorização do meio ambiente da própria escola, no sentido de que os alunos se tornem multiplicadores de uma consciência ambiental, ampliando seus conhecimentos também com a família e a comunidade em que ele se insere. No ano de 2006, o Colégio Estadual Mário Quintana convivia com uma realidade dura e, infelizmente, muito comum na escola pública: a degradação do meio ambiente da escola feita, em sua maioria, por alunos e membros da comunidade. Ao constatar que de nada adiantava trabalhar conteúdos científicos sem coloca-los em prática no sentido de preservar o meio ambiente, a escola percebeu que havia muito ainda a ser feito para desenvolver valores que conduzissem os alunos a uma cultura de preservação ambiental. Para tanto, foram realizadas atividades teóricas como palestras, trabalhos de pesquisa, oratória, gincanas, exposição de filmes e de trabalhos. Além disso, foram realizadas atividades práticas de limpeza da escola, pintura do muro, plantio de árvores, ajardimento interno da escola, implantação de cestas coletivas de lixo, entre outros. 439 O diferencial deste trabalho, foi a participação e o envolvimento dos alunos, que contribuíram para ações de mudanças atitudinais dentro da escola. Na medida em que os alunos participavam das atividades, desenvolvia-se o comprometimento de conservação dos espaços que haviam sido revitalizados pela comunidade escolar. Outro fato bastante positivo, foi que os alunos começaram a desenvolver ações também junto a seus familiares, como o incentivo a coleta seletiva de lixo, por exemplo. O trabalho de conscientização também foi feito com a comunidade do entorno da escola que, atualmente, colabora com a preservação da área externa da escola, denunciando atos de vandalismo. O projeto Meio Ambiente em Foco justifica-se pela crescente necessidade de trabalharmos a Educação Ambiental na escola. Por mais complexas e angustiantes que sejam as questões ambientais, já que se relacionam à viabilidade da existência humana neste planeta, não há como não fazer nada. A educação tem um papel fundamental na sociedade e o educador não deve estar alienado dos problemas ambientais. OBJETIVOS Fazer com que os alunos percebam que fazem parte do ambiente em que vivem e que suas atitudes influenciam o meio ambiente. Refletir sobre ações que necessitamos ter cotidianamente para a preservação do espaço em que vivemos; Compreender que tudo aquilo que nos rodeia é meio ambiente e que ao colaborar com a preservação e a limpeza da escola também desenvolvo ações que preservam o meio ambiente; Multiplicar conhecimentos escolares, conscientizando familiares e membros da comunidade da necessidade de se preservar o meio ambiente, economizando, reutilizando e reciclando materiais que poluem e danificam o nosso meio; Provocar mudanças de hábitos na comunidade escolar para que conservem, colaborem, reconheçam e valorizem o trabalho coletivo de conservação, limpeza e preservação dos espaços escolares. 440 METODOLOGIA O projeto Meio Ambiente em Foco pressupõe ações teóricas e práticas por parte de toda comunidade escolar. Como ações teóricas podemos citar o estudo de textos, a interpretação de matérias jornalísticas, a confecção de cartazes, a participação em palestras e exibições de filmes, o estudo de vários conteúdos sobre a realidade do meio ambiente no município, no Paraná, no Brasil e no mundo. Como ações práticas, entre outras coisas, a comunidade escolar irá pintar o muro revitalizando-o, plantar árvores no pátio e no entorno da escola, realizar o ajardimento do pátio e da área externa da escola, implantar lixeiras para a separação do lixo da escola, organizar a horta escolar, realizar visitas a moradores da comunidade, realizar gincana para coleta de lixo reciclável que será vendido e a renda será destinada a alimentação do projeto, concurso de oratória, entre outras. Todas as ações do projeto, sejam elas práticas ou teóricas, visam o aprimoramento dos conhecimentos científicos e o desenvolvimento de ações positivas para com a preservação ambiental, sejam elas dentro do espaço escolar, na família ou na comunidade. AVALIAÇÃO A avaliação acontecerá durante todo o ano letivo, em momentos de reuniões com órgãos colegiados e comunidade escolar. As ações do projeto poderão ser redimensionadas de acordo com as necessidades que venham a surgir para que se cumpram com os objetivos propostos. Os alunos serão avaliados em suas ações nas diversas disciplinas, podendo obter notas na medida em que demonstram a aprendizagem dos conteúdos. Como meio de avaliação poderão ser organizados eventos dentro e fora do espaço escolar, as quais visam a integração da comunidade e da família nas ações do projeto. 441 CONSIDERAÇÕES FINAIS As ações realizadas no Colégio Quintana buscam o desenvolvimento integral do educando, a integração escola-família-comunidade, para que a escola cumpra com sua função social: a democratização do conhecimento científico e emancipação das camadas populares. Mais do que os projeto já apresentados neste documento, a escola realiza com os alunos visitas técnicas e viagens culturais. Dentre os lugares que tem sido visitado estão: indústrias, zoológico, Lago Municipal, Museu e a biblioteca municipal de Cascavel; a usina Hidrelétrica de Itaipu Binacional, o Polo Astronômico, as Cataratas do Iguaçu, o Templo Budista, a Mesquita e o Parque das Aves em Foz do Iguaçu. Além disso, os alunos do 3º ano do Ensino Médio, realizam visitas técnicas as universidades do município. Estas visitas proporcionam o conhecimento sobre os cursos ofertados por estas instituições, bem como o desenvolvimento de atividades práticas em alguns laboratórios destas universidades. Com os docentes, funcionários e membros dos órgãos colegiados também são realizadas viagens culturais. Dentre algumas já realizadas destacam-se: Foz do Iguaçu, o Parque Nacional de Vila Velha, Curitiba, Estrada da Graciosa (descida de trem), Argentina, Morretes, Matinhos, entre outros. Estas visitas buscam a integração entre a comunidade escolar, além do fato de reforçar as relações interpessoais dos profissionais que atuam na escola, estreitando laços de amizade e companheirismos entre os mesmos. Percebe-se que, quando realizam visitas técnicas e viagens culturais, os alunos têm uma maior aproximação com o docente e com o conhecimento científico. Este estreitamento nas relações proporcionam um diálogo permanente entre os mesmos, a valorização do respeito mútuo e a ampliação da visão de mundo do aluno e do docente na medida em que conhecem outras realidades e vivenciam novas experiências. Por fim, vale ressaltar que a escola é um espaço de diversidade, onde o trabalho desenvolvido é sistemático, planejado e articulado com vistas a desenvolver integralmente o educando. Para tanto, cada atividade realizada pela escola, seja em seu interior ou em ambientes externos a ela, visam estimular a construção de uma identidade escolar e uma unidade dentro da diversidade. Percebe-se que este 442 trabalho tem surtido muitos benefícios na medida em que a comunidade cria laços de amizade, de companheiro, de respeito mútuo, de valorização da vida e do meio ambiente, etc. Constata-se a diminuição de atos de vandalismo na escola, bem como a diminuição de casos de brigas e agressões entre alunos. Isso porque os projetos, as visitas técnicas e as viagens culturais são prova de que é possível fazer muito mais pelo aluno do que aulas teóricas. Ao oportunizar momentos para o confronto da teoria com a prática, para a integração da comunidade escolar, para que o educando tenha diversos meios de expor conhecimentos, conhecer outras realidades e vivenciar novas experiências, contribui-se efetivamente para a formação integral do aluno e para que a escola cumpra com sua função social.