As Viagens no Futuro : ano 2024 - Parte 1 PDF

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As Viagens no Futuro : ano 2024 - Parte 1 PDF
Apresentado por
As Viagens
no Futuro:
ano 2024
Planejamento e reservas
As Viagens no Futuro:
Planejamento e reservas
Introdução: Uma visão do futuro
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1. Parceiros de Viagem Digitais
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2. O virtual torna-se real
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3. Pesquisa semântica
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Conclusão38
Apêndice 1 - Uma perspectiva
das viagens na década de 2020
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Apêndice 2 - Metodologia
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Introdução
Abril, 2024
A AppleTV 3D só transmite más notícias
e o dia de trabalho promete ser longo e
cansativo. Suspirando, TOM (Traveller of the
Millennium, Viajante do Milênio) acena em
direção à TV controlada por gestos, e ela
desliga. É hora de parar um pouco, ele pensa.
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Após uma maratona de semanas trabalhando 12 horas por dia,
até seus alertas MeTube indicam que ele precisa de férias. Siri,
sua companheira virtual, também percebeu sinais de exaustão.
Espontaneamente, ela começa a apresentar opções de viagens que
sabe ser do interesse dele. Talvez uma viagem para ver as manadas
de elefantes em extinção na África? “Apenas 20 anos antes de se
extinguirem de uma vez”, acrescenta.
“Talvez algo mais relaxante”, responde ele.
“Que tal um dos novos hotéis subaquáticos?”, sugere ela, diminuindo
as luzes, enchendo a sala com o som de ondas batendo em corais
e projetando um holograma de uma paisagem marítima de tirar
o fôlego, vista das janelas panorâmicas de um quarto por baixo
das águas cristalinas das ilhas Fiji.
Siri direciona um streaming virtual para a televisão Glyph de terceira
geração e passa os próximos 20 minutos mostrando uma cascata
organizada de imagens, palavras e sons inspiradores, a preços
calculados para despertar em TOM o desejo de viajar.
Finalmente, uma imagem de um dos
novos hotéis espaciais em órbita baixa
sobre a deslumbrante curvatura
azul-turquesa da Terra faz com que ele
se endireite na cadeira e preste atenção.
“Agora estamos nos entendendo”, diz
animado. “Pode fazer minha reserva, Siri”.
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“Dentro de cinco anos, aparelhos como o Google Glass
utilizarão estas áreas da tecnologia e observaremos uma
mudança significativa na forma como lidamos com as
línguas estrangeiras ou escolhemos em qual restaurante
almoçar, com base na sabedoria compartilhada, a que
teremos acesso imediato.”
“TOM é um personagem fictício, mas as tecnologias mencionadas no cenário anterior são reais e já estão
sendo testadas ou em processo de desenvolvimento de protótipos”, afirma o co-fundador do Laboratório
do Futuro, Martin Raymond, que colaborou neste relatório para o Skyscanner.
É tentador olhar de forma cética para as previsões sobre o impacto de tecnologias novas e emergentes
na indústria de viagens da década de 2020, já que é complicado prever quais interfaces e dispositivos
terão sucesso e quais irão desaparecer sem deixar rastro.
Nossas pesquisas e entrevistas com especialistas sugerem que daqui a 10 anos, a era das pequenas
descobertas, pesquisas e reservas de viagem online em diversas plataformas e dispositivos será coisa
do passado.
Como afirma Filip Filipov, Diretor de B2B do Skyscanner: “Em um futuro próximo, haverá uma conversão
do mercado de massa para os aplicativos semânticos, com base na localização e no Big Data [análise
de grandes volumes de dados], que serão de utilização revolucionária para os viajantes”.
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“Dez anos atrás, quem poderia prever que hoje em dia seria normal comunicar-se diretamente com
amigos que estão de férias através do Skype ou do celular, ao invés de enviar um postal, ou ainda
escolher viagens em um site pela tela de computador, ao invés de fazê-lo através de uma brochura em
um agência de viagens?”, pergunta Filipov.
Desde a virada do século, a explosão da Internet e de suas tecnologias digitais associadas abalou
praticamente todos os campos do esforço humano e transformou a forma como planejamos, reservamos
e vivenciamos as viagens.
No entanto, Filipov acredita que esta revolução tecnológica está apenas no início. “Estamos no início de
uma viagem que irá assinalar a personalização de conteúdos e avanços em áreas como a Inteligência
Artificial que irá, uma vez mais, mudar totalmente a forma como reservamos e tiramos nossas férias”,
afirma.
“Os serviços de viagens como o Skyscanner terão capacidade para implementar ferramentas online
semânticas e intuitivas que conhecerão suas preferências: que você viaja regularmente a negócios, leva
apenas bagagem de mão, viaja sempre em primeira classe e gosta de ficar hospedado em hotéis quatro
estrelas que fiquem próximos ao local de sua reunião.
“ Fazer reservas para suas férias de Verão será um processo igualmente fácil e perfeito, sabendo que você
prefere destinos com sol, que fique a uma distância máxima de sete horas de avião, que você geralmente
viaja com duas malas e gosta de hotéis com spa que fiquem próximos à praia.
“Em meados da próxima década, os sites de viagens terão
capacidade de proporcionar inspiração personalizada de
acordo com a tecnologia digital que você tenha em sua
casa, praticamente sem que seja necessário pedir.
“Resumindo, pense em um mundo em que o viajante esteja sempre em primeiro lugar e a tecnologia
junte-se a ele para tornar essa experiência intuitiva, rica e inspiradora.”
Este é o mundo que o relatório Skyscanner Viagens
no Futuro explora, pois revela e explica a variedade de
tecnologias que estão sendo desenvolvidas atualmente e
que irão definir a indústria global de viagens no futuro.
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Em uma década, todos os viajantes terão à sua disposição
uma impressionante variedade de tecnologias digitais
de próxima geração que transformarão a descoberta,
o planejamento e a reserva das suas próximas viagens
em uma experiência intuitiva perfeita.
Como explica Gareth Williams, CEO e co-fundador do Skyscanner: “Fazer pesquisas e reservas de viagens
será tão fácil como comprar um livro na Amazon”.
Na primeira seção do relatório Skyscanner Viagens no Futuro, que está dividido em três partes, iremos
descobrir e analisar os avanços: na tecnologia inteligente de uso corporal, através de dispositivos que
podem ser vestidos; na realidade virtual; nos sites sensoriais, que utilizam-se do tato do usuário para
gerar um feedback tátil; através de mecanismos de pesquisa semântica, que nossos especialistas
e investigadores antecipam que revolucionarão a perspectiva das viagens em 2024.
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1.Parceiros
de Viagem
Digitais
Foi-se o tempo em que TOM tinha que passar
horas online pesquisando e criando diversas
combinações possíveis, em dezenas de sites,
para comparar preços de voos, hotéis e aluguel
de automóveis.
Entre os anos 2000 e 2009, uma variedade de
sites de busca e comparação de preços foram
criados para facilitar o planejamento e reserva
de viagens; porém, em 2024, nosso viajante
terá um novo amigo que facilitará ainda mais a
descoberta, pesquisa e reserva de viagens: o seu
Parceiro de Viagem Digital.
O futurista global Daniel Burrus, autor de
Technotrends: Como usar a Tecnologia para
passar à Frente de seus Concorrentes, explica
melhor a natureza do companheiro de alta
tecnologia que o viajante terá às suas ordens.
“Na década de 2020, cada
um de nós terá um ‘e-agent’
(agente eletrônico) que
irá conosco para todos os
lados, dentro de um relógio
ou de uma pequena joia
ou bijuteria”, afirma.
“Trata-se essencialmente de um dispositivo
de Inteligência Artificial, permanentemente
conectado à Internet, com capacidade de
compreender intimamente nossas preferências
individuais.
“Poderá ter o rosto, a voz e a personalidade do
nosso ator ou comediante preferido e aparecerá
para nós como um holograma em 3D ou em um
ambiente virtual, através de comandos verbais.
“Ele será responsável por personalizar todas as
nossas experiências de viagem, criar roteiros
com base em nossas preferências específicas e
servir como guia turístico, contando histórias
e mencionando temas que sabe ser do nosso
interesse.
“Empresas de viagens poderão alugar um
‘e-agent’ personalizado para seus clientes, como
parte integrante do pacote de férias escolhido.
Os clientes poderão interagir continuamente
com sua agência de viagens para adaptar as
viagens em tempo real e solucionar eventuais
problemas que apareçam”.
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O Parceiro de Viagem Digital do TOM,
nosso viajante do milênio, terá tido origem
em tecnologias emergentes nos dias de
hoje. Desti, um aplicativo de viagens de
conversação da SRI International, instituto
de pesquisa que desenvolveu o sistema
Siri da Apple, faz parte desta nova linha
que está mostrando o caminho para um
mundo onde nossos dispositivos móveis
aprenderão nossos hábitos e preferências,
de acordo com suas interações conosco
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O aplicativo pode encontrar críticas e comentários online de viagens relacionadas, com base nas
preferências de pesquisas realizadas anteriormente pelo usuário. Por exemplo, uma família de viajantes
que tenha crianças pequenas poderá receber sugestões relacionadas a uma seleção de hotéis que
disponham de atividades para crianças e adultos.
Também estão sendo desenvolvidos dispositivos móveis que podem reproduzir a fala e compreender
nossas respostas verbais e até nossas expressões faciais. A Microsoft desenvolveu o Cortana, um
assistente pessoal ativado por voz que agirá como uma interface com características humanas para
todas as funções de e-mail e busca da empresa.
Outras marcas de tecnologia estão desenvolvendo dispositivos interativos que se parecem mais com
amigos do que com máquinas. O sistema SAMI de inteligência artificial da Samsung irá monitorar
automaticamente o estilo de vida e a saúde de seu usuário, associando os resultados com dados
agregados por 1,5 trilhões de smartphones com sensores, dispositivos de uso corporal ou outros
dispositivos inteligentes que existirão até 2020, de acordo com Luc Julia, diretor do projeto.
“O sistema será profundamente personalizado, com base na inteligência avançada e quase mágica da
nossa nuvem, que aprende cada vez mais sobre as pessoas e o mundo com o passar do tempo”, afirma
Steve Ballmer, antigo CEO e atual Diretor da Microsoft.
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E o mais importante, ao analisar nossas pesquisas online e cruzá-las com temas como comida, viagens
e hotéis, o sistema usará algoritmos preditivos para oferecer sugestões originais adaptadas à nossa faixa
de preço e necessidades pessoais, e se normalmente preferimos uma viagem relaxante ou férias mais
agitadas.
O co-fundador do Laboratório do Futuro afirma: “Estamos acostumados a receber sugestões de produtos
da Amazon ou do Google. Em breve, este tipo de software preditivo irá agregar experiências de viagens
detalhadas e personalizadas, como nosso agente digital personalizado”.
A própria Unidade de Inteligência Artificial do Facebook, lançada em outubro de 2013, também está
trabalhando para criar um sistema de reconhecimento de voz inteligente. “O objetivo é utilizar novas
abordagens à inteligência artificial para nos ajudar a entender todos os conteúdos que as pessoas
compartilham, para que possamos gerar novas perspectivas sobre o mundo e responder algumas
perguntas” afirma o CEO Mark Zuckerberg.
“Em algum tempo, acredito que será possível criar serviços com uma interação mais natural e que
ajudem a resolver muito mais problemas do que qualquer outra tecnologia existente no momento”,
diz ele.
“Considerando por exemplo a grande quantidade de dados pessoais
que publicamos sobre nós mesmos em redes sociais como o Facebook,
Twitter, Mixi, SinaWeibo, Cyworld, Kaixin001, Orkut, Vine e Instagram,
o sistema apresentará roteiros pessoais surpreendentes, incluindo
viagens centradas em comidas exóticas e até visitas guiadas a bairros
onde é provável que você encontre pessoas com os mesmos interesses
em relação a comida, bebida e convívio social”.
O passo em direção à chegada
do Parceiro de Viagem Digital
já foi dado: a empresa russa
i-Free criou um sistema de
inteligência artificial que
reconhece perguntas e fornece
respostas verbais adequadas
em segundos, permitindo que
Frank, o bio-robô da marca,
consiga manter conversas
sequenciais e significativas.
A câmera 3D RealSense da Intel é um exemplo do
tipo de tecnologia que os dispositivos de viagem
usarão na década de 2020 para reconhecer e reagir às
emoções humanas. A câmera está sendo criada para
determinar o humor de seus usuários de acordo com
suas expressões faciais e linguagem corporal, e para
compreender e reagir a comandos coloquiais.
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À medida que os sistemas de software
convergem para criar uma entidade virtual
que fala e aprende, criando a “mente”
do nosso Parceiro de Viagem Digital, há
também uma variedade de equipamentos
interconectados e miniaturizados de uso
corporal que servirão como seu “corpo”.
A primeira geração deste tipo de dispositivo
já está ganhando espaço no mercado. As
vendas anuais de tecnologia de uso corporal
como relógios de pulso com funcionalidades
de smartphone, incluindo o Smartwatch
da Sony e o Samsung Galaxy, atingirão 485
milhões de unidades até 2018, de acordo
com uma pesquisa da empresa ABI Research.
O Google venderá 6,6 milhões de unidades
por ano do Google Glass, os óculos
inteligentes com câmera, até 2016, quando
a tecnologia chegará ao mercado de massa,
segundo a IMS Research.
No entanto, na década de
2020, os dispositivos de uso
corporal serão ainda
menores e mais rápidos,
com diversas funcionalidades
adicionais, proporcionando
a tecnologia necessária para
tornar o Parceiro de Viagem
Digital uma realidade prática.
Até o ano de 2017, usaremos dispositivos
corporais ativados por microchips de apenas
sete nanômetros de comprimento – a largura
de 15 a 20 átomos – que irão “transformar
todas as áreas de nossas vidas”, de acordo
com Renée James, Presidente da Intel.
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Segundo Raymond, “a miniaturização
da tecnologia abrirá um novo mundo
de possibilidades à medida que a
tecnologia de uso corporal seja combinada
com tecnologias praticamente invisíveis.
Atualmente, vários pais já utilizam
rastreadores para monitorar seus filhos
- através de dispositivos telefônicos que
indicam sua localização geográfica e até
etiquetas que podem ser fixadas na roupa
ou sob a pele.
Acrescente a isso a possibilidade do uso
de câmeras para a retina – câmeras tão
pequenas que poderão ser instaladas nos
óculos e não parecerão nada como a versão
atual do Google Glass. Não apenas você
poderá rastrear seu filho, como poderá
também ver como estão sendo suas férias
e onde ele está, do ponto de vista dele.”
A habilidade de ver o destino do ponto de
vista de outra pessoa, o chamado “turismo
de controle remoto”, tem se tornado uma
opção cada vez mais popular em cidades
como Melbourne. Nessas viagens, turistas
e guias turísticos especiais usam câmeras
instaladas em capacetes, enquanto usuários
sugerem locais para a próxima caminhada
ou passeio de bicicleta, diretamente de
suas casas. “Embora não seja exatamente
o mesmo”, diz Raymond, “é possível
imaginar como as tecnologias instaláveis
e de uso corporal serão utilizadas no futuro.”
Rumores indicam que a Apple estaria
desenvolvendo um relógio inteligente de
próxima geração, supostamente chamado
de iWatch, que teria visores holográficos
3D, acesso à Internet e que também poderia
projetar paisagens urbanas, a topografia
de um terreno, versões em 3D de uma
caminhada pelo bairro ou o caminho mais
rápido dentro de um aeroporto, tudo na
ponta dos dedos.
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A tendência de miniaturização dos dispositivos móveis
ganhará impulso com os avanços atuais, como os circuitos
dobráveis microscópicos desenvolvidos pelo Instituto Federal
Suíço de Tecnologia – com 1/60 da espessura de um fio de
cabelo humano e implantáveis em uma lente de contato
– que chegarão ao mercado de massa até o final desta
década. Tudo isso facilitará o acesso e o transporte dos
dispositivos de uso corporal, ou bodyTECH, também
chamados de buddyTech (amigo tech).
Alistair Hann, Diretor de Tecnologia do Skyscanner, prevê que o aparecimento do Parceiro de Viagem
Digital modifique não só a forma como os viajantes planejam e reservam suas viagens, mas também
a própria experiência de viagem.
“Imagine usar um dispositivo que forneça uma tradução verbal simultânea daquilo que seu taxista
está dizendo em chinês”, afirma ele.
“Ou um dispositivo que seja capaz de traduzir o cardápio do restaurante de russo para inglês em
segundos? As possibilidades destas tecnologias são infinitas. Subitamente, viajar não será mais
motivo para qualquer tipo de receio.”
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Frequentemente temos anúncios com previsões de surgimento de tecnologias totalmente inovadoras,
mas cujas datas de lançamento nos projetam para um futuro ainda distante.
Contudo, o Dr Ian Yeoman, Futurologista de Viagens e Professor Associado da disciplina de Futuro do
Turismo, na Victoria University de Wellington, acredita que os dispositivos de uso corporal avançados
chegarão ao mercado consumidor até o final desta década.
“Avanços como o Google Glass chegarão ao mercado de massa no período de 18 meses. Em cinco anos,
tudo o que o Google Glass consegue fazer agora estará disponível em uma lente de contato”, afirma ele.
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2.O virtual
torna-se real
Um simples comando verbal faz com que nosso viajante
de 2024 inicie sua jornada de busca por viagens do conforto
de sua própria cama. “Preciso mesmo de férias” confessa
ele, colocando seu Parceiro de Viagem Digital em ação
no seu lugar.
Seu dispositivo de uso corporal de inteligência
artificial está conectado a uma nova geração
de sites que permitem “experimentar antes
de comprar” e são operados por diversas
empresas de viagens.
Ele retorna com uma variedade de amostras
de realidade virtual que permitem que nosso
viajante aprecie as vistas, ouça os sons e até
sinta a paisagem, entre uma variedade de
experiências de viagens diferentes.
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Sua sensação de antecipação e entusiasmo
será despertada por um passeio 3D
multissensorial em uma praia ensolarada na
Costa Rica, um passeio a pé por um caminho
coberto de neve no topo dos Andes ou um
mergulho em um recife de corais.
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“A realidade virtual não irá substituir as viagens reais, como é frequentemente retratado nos filmes
de ficção científica”, afirma Daniel Burrus.
“Ela se tornará uma nova forma de apresentação, uma
incrível amostra 3D de um destino que fará com que os
viajantes anseiem por viver a experiência na vida real”.
Em 2014, a tecnologia para transformar esta visão futura em realidade já está surgindo. Uma ferramenta
CGI desenvolvida pela empresa de tecnologia 3RD Planet permite que os usuários façam uma caminhada
incrivelmente realista pelas ruas de uma cidade.
Uma equipe de pesquisa da Universidade da Carolina do Norte recriou em realidade virtual uma cena
de 1622 no exterior da St Paul’s Cathedral, em Londres, que permite que os visitantes experimentem
diferentes pontos de vista da mesma cena.
Os novos fones de ouvido Oculus Rift VR, da empresa americana Oculus VR, são os antecessores dos
dispositivos de realidade virtual que o nosso viajante terá em sua casa, à sua disposição, para testar
em 3D diferentes cenários de férias.
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Semelhantes a óculos de ski, os fones de ouvido
combinam a tecnologia do smartphone com sensores
de movimento para criar uma experiência semelhante a
estar cercado por uma tela IMAX infinita. Essencialmente,
as imagens são projetadas na retina praticamente da
mesma forma que os projetores antigos projetavam
imagens em uma tela.
Criado por uma equipe da Universidade de Tecnologia de Viena, outra peça de realidade virtual permite
que um usuário acredite que está andando por um labirinto interminável, quando na realidade está
andando em círculos dentro de um quarto pequeno. De acordo com a revista New Scientist,
os pesquisadores agora estão acrescentando tecnologias de movimento e detecção de proximidade
que irão permitir que duas pessoas ou mais experimentem o mesmo labirinto simultaneamente
e não se encontrem.
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Outros avanços irão acrescentar uma nova categoria
de sensações à experiência de realidade virtual: o
sentido do tato através de tecnologias sensoriais.
A Disney criou uma nova interface chamada REVEL que proporciona uma reação tátil
através de minúsculas vibrações geradas por objetos 3D. O sistema permitirá que
os usuários sintam as crateras da Lua, os espinhos de um cacto ou os contornos de
um objeto delicado. A NHK, rede de rádio pública do Japão, está neste momento
desenvolvendo um protótipo de um sistema semelhante que permite que os
espectadores “sintam” as superfícies e texturas de objetos visualizados na tela,
incluindo a areia, o mar e as folhas das árvores. Enquanto isso, no Tachi Lab no Japão,
o investigador Masashi Nakatani trabalha no kit de ferramentas sensoriais TECHTILE,
um dispositivo que permitirá a conversão de sons em texturas e superfícies que
poderão ser sentidos.
“Imagine como seria sentir o calor do sol nas mãos”, diz Martin Raymond do Laboratório
do Futuro. “Com softwares como o TECHTILE, que converte o som das ondas em
sensações táteis, você poderá sentir o som de uma gamela em Bali ou tocar nas
esvoaçantes bandeiras de oração no Tibete ou no Butão.”
Até 2020, técnicas sensoriais baseadas em vibrações semelhantes permitirão que os
compradores sintam a textura da lã, da seda ou do algodão da peça que estão prestes
a comprar em seu tablet, de acordo com Robyn Schwartz, Diretor Associado da divisão
de Pesquisa e Análise de Varejo da IBM. Até a próxima década, os viajantes poderão
utilizar tecnologias semelhantes para sentir a areia entre os dedos de uma praia
que esteja a milhares de quilômetros de distância.
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“Em 10 anos, um viajante poderá fazer
um passeio virtual em tempo real pelo
hotel onde planeja fazer uma reserva”,
afirma Nik Gupta, Diretor de Hotéis
do Skyscanner.
“Poderemos ver os funcionários em
ação, preparando seu quarto em tempo
real e ver os chefs cozinhando seu prato
preferido. Esse sistema será totalmente
revolucionário – uma ferramenta
incrivelmente poderosa para criar
envolvimento e confiança entre
o viajante e a marca”.
A relaxante e empolgante viagem
em realidade virtual de TOM por uma
série de cenários de viagem muito
diferentes, permite que ele possa
descobrir exatamente o que busca.
Agora ele está mais consciente sobre
suas preferências e sabe se prefere
uma pausa na cidade em vez de uma
caminhada nas montanhas ou uma
viagem idílica para uma praia exótica.
Reagindo instantaneamente à sua
decisão, seu Parceiro de Viagem Digital
inicia a segunda fase da descoberta:
procurar ativamente e, por último,
planejar e reservar a viagem escolhida.
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3.Pesquisa
semântica
A fase seguinte do envolvimento de
TOM é com as ferramentas de pesquisa
fortemente intuitivas e semânticas
que serão implementadas online
pelas empresas de viagens líderes
da próxima década.
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Conectado através do seu Parceiro de Viagem Digital, que comunica preferências altamente
personalizadas, desde seu café da manhã preferido até sua série de exercícios frequentes na academia,
passando pela sua preferência sobre a quantidade de fios dos lençóis de algodão da sua cama, ele utiliza
gestos e comandos verbais para interagir, à medida que as ferramentas buscam dados analíticos do Big
Data para criar uma seleção de pacotes de férias ideais.
“Antes do voo, a tecnologia permitirá que você pesquise e reserve o voo, e organize sua viagem
local. No aeroporto, ela irá orientá-lo pelo terminal, dizer onde você deve efetuar o check-in, rastrear
sua bagagem, trocar dinheiro e ajudá-lo a planejar sua chegada, reservar um quarto ou alugar um
automóvel, bem como disponibilizar todas as informações que você vai precisar quando chegar ao seu
destino.”
Trata-se de uma experiência onde você pode encontrar tudo em um só local, com todos os aspectos da
viagem pesquisados, ponderados e reservados. Conforme afirma Stefan Rust, CEO da Exicon: “Em um
futuro próximo, é provável que os aplicativos móveis mais abrangentes ofereçam um serviço rigoroso,
de ponta a ponta – agregadores de empresas aéreas, aeroportos, hotéis e sistemas de transporte
terrestre irão fornecer as ferramentas para todos os elementos da viagem.
A tecnologia e as empresas digitais estão rapidamente desenvolvendo novas abordagens intuitivas
para facilitar as pesquisas no ciberespaço.
As Viagens no Futuro: ano 2024
Os usuários passarão a esperar que suas preferências e filtros de pesquisa anteriores sejam gravados,
permitindo inclusive que as marcas acessem suas redes sociais, histórico de pesquisas e até sequências
de e-mails de forma mais proativa, com a finalidade de desenvolver cartogramas mais íntimos e
abrangentes de suas necessidades, gostos e tendências de comportamento futuro.
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Margaret Rice-Jones, Presidente do Skyscanner, acredita que esta tecnologia permitirá
que as empresas de viagens utilizem informações presentes nas redes sociais de forma
mais eficaz e até ofereçam sugestões e dicas a partir do feedback observado em fóruns
e comunidades, sugerindo opções de viagens segmentadas de acordo com os interesses
dos usuários.
“No futuro próximo, iremos observar uma maior integração transversal aos sites de
viagens e sites de redes sociais”, afirma ela.
Até 2024, esta abordagem intuitiva será ainda mais
desenvolvida, com softwares com capacidade para
ler expressões faciais ou criar um DNA digital com as
preferências do usuário.
A empresa de tecnologia Affectiva está criando um algoritmo de codificação
facial que permitirá que o software do mecanismo de pesquisa leia as
expressões humanas e, deste modo, avalie se os resultados que está
oferecendo agradam ou são frustrantes para o usuário. Nara, o novo
mecanismo de descoberta pessoal, recorre a conceitos da neurociência
para reproduzir e compreender os padrões de pensamento do cérebro
humano, permitindo a criação de um “DNA digital” com as preferências
do usuário.
A pesquisa gráfica do Facebook responde a perguntas em inglês coloquial
– e até em inglês gramaticalmente incorreto – e oferece sugestões intuitivas
com base em dados das redes sociais.
Progressivamente, estas ferramentas buscarão automaticamente uma
enorme quantidade de dados pessoais dos consumidores à sua disposição,
para instantaneamente garantir que os resultados das pesquisas de viagens
estejam de acordo com as exigências e desejos dos usuários individuais.
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Em 2024, TOM estará acostumado a lidar com toda uma
série de softwares de pesquisa online, com habilidade
de falar com ele e avaliar suas reações com a finalidade
de antecipar suas necessidades de viagem.
“O sistema Big Data pode ser uma força poderosa na transformação da indústria de viagens”, segundo
o Amadeus IT Group. “Poderá ser uma das iniciativas mais influentes desde o sistema de reservas
online”.
Conforme afirma o Futurologista de Viagens, Dr. Ian Yeoman: “As crianças mais novas acharão
perfeitamente normal falar com uma máquina que os compreenda sem que tenham que tocar em um
teclado ou em uma tela.
No entanto, nem todos concordam com isto. Especialistas em tecnologia, como Betsy Bilhorn,
Vice-Presidente de Gerenciamento de Produtos da Scribe Software, rejeita esta premissa como sendo
superestimada e por sua probabilidade de provocar confusão através da sobrecarga de informações,
em vez de fornecer uma visão holística das necessidades dos clientes.
“O reconhecimento de voz envolvendo agentes inteligentes que usam uma linguagem mais natural
e aprendem com a experiência, já está se tornando mais convencional.”
Contudo, Martin Raymond, do Laboratório do Futuro destaca que: “Assim como a tecnologia está
influenciando a tecnologia, a forma como desenvolvemos a tecnologia é fortemente influenciada
pelo consumidor.
“Na nossa pesquisa com pré-adolescentes da Geração I (Geração Interativa) e seus irmãos e irmãs
mais velhos, a chamada Geração D (Digital), concluímos que poucos temem a chegada do Big Data, e
que muitos estão abertos a ideia, desde que faça com que fiquem mais próximos dos seus ideais de
comunicações sem falhas com o mundo que os rodeia”.
Em poucos minutos, o dispositivo de inteligência artificial de uso corporal do TOM irá apresentá-lo
uma seleção de pacotes de viagem personalizados para sua análise.
Quando tiver feito sua escolha, seu Parceiro de Viagem Digital fará todas as reservas - e gerenciará as
transações de pagamento - fazendo a ligação com o sistema de software inteligente das empresas de
viagens.
Assim serão as descobertas de viagens em 2024. Uma viagem testada, pesquisada e reservada, de forma
intuitiva e contínua em menos de uma hora – sem que seja preciso sair de casa.
É um mundo que parecerá perfeitamente normal para nosso viajante. Martin Raymond conclui:
“Os viajantes e usuários de nossos dias suspeitam de sistemas online que tenham este nível profundo
de compreensão de seus pensamentos e sentimentos.
“Porém, os adolescentes e crianças com menos de 10 anos não compreendem o motivo de tanta
preocupação. Eles esperam que a tecnologia trabalhe de forma intuitiva, a fim de oferecer soluções
à medida que eles precisam delas, sem que nunca precisem pedir diretamente.”
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Conclusão
A experiência que TOM terá na reserva e planejamento
de sua viagem será incrivelmente colaborativa, integrada,
sob medida e envolvente.
O Parceiro de Viagem Digital, um dispositivo de inteligência artificial de
uso corporal que incorpora a mais recente tecnologia controlada por voz
e gestos, irá intuitivamente examinar a sobrecarga de informações online
com o objetivo de criar a viagem dos seus sonhos.
As descobertas serão reforçadas por sites de empresas que irão
implementar a realidade virtual da próxima geração e ferramentas
sensoriais para permitir que os viajantes vejam, ouçam e sintam uma
série de possíveis destinos, do conforto de sua casa.
A reserva será uma experiência rápida, fácil, sem ansiedade ou tensão e
contínua, realizada através de sites semânticos capazes de aprender as
preferências de um usuário partindo de suas ações online anteriores e
conversando com eles verbalmente na linguagem do cotidiano.
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Apêndice 1:
Uma perspectiva das viagens na década de 2020
Para compreender as viagens dos nossos viajantes na década de 2020, é necessário que tenhamos em
consideração as forças tecnológicas, econômicas e sociais que irão redefinir a indústria global de viagens
nos próximos 10 anos.
Talvez o fator mais significativo com que nos deparamos seja o crescimento em direção à Maturidade
Digital. Em 2014, o ciberespaço e suas tecnologias associadas deixaram de ser encaradas como
novidade ou surpresa e estão se tornando o cenário para tudo em nossas vidas.
Atualmente na China, 464 milhões de pessoas, ou 34,5% da população chinesa, tem acesso à Internet
através de smartphones ou dispositivos móveis sem fio, de acordo com o China Internet Network
Information Center. A Ásia irá registrar o maior crescimento da classe média – prevê-se que triplique
para 1,7 bilhões até 2020, segundo a Brookings Institution – cujo poder de compra estimulará novos
comportamentos e atitudes globais em relação à tecnologia digital.
Até 2024, a conectividade à Internet e os dispositivos móveis serão tão triviais como a iluminação elétrica
e o ar condicionado central são hoje em dia. A tecnologia estará perfeitamente integrada ao cotidiano
dos viajantes, tanto nas economias desenvolvidas como nas economias em desenvolvimento. Segundo a
Cisco Systems, serão 50 bilhões de dispositivos conectados à Internet até 2020.
Simultaneamente, haverá uma explosão nas viagens provenientes dos Mercados Prósperos da Ásia,
América do Sul e África – as novas economias emergentes de cada região – à medida que seu poder de
compra cresce significativamente.
Até 2030, a Ásia, a economia regional com o crescimento mais rápido do mundo, duplicará seu PIB para
67 trilhões de dólares, ultrapassando as previsões do PIB para a Europa e para as Américas, de acordo
com o Boston Consulting Group.
Os milhões de viajantes dos Mercados Prósperos serão introduzidos em uma era de Mobilidade Global,
com a indústria global de viagens e a procura por oportunidades e experiências de viagem expandindose rapidamente na próxima década.
O entusiasmo financeiro dos Mercados Prósperos será um antídoto global necessário para a contínua
turbulência econômica que definirá a atitude dos viajantes nos Mercados Maduros – as economias na
Europa e nos EUA que tiveram seu crescimento reduzido nos últimos cinco anos devido às dívidas
pós-crise e à austeridade.
De acordo com o relatório Global Travel Trends de 2012/2013 do IPK International: “Um número cada
vez maior destes países não tem capacidade de pagar suas dívidas; a crise da dívida não chegou ao
fim e os impactos negativos resultam no comportamento das viagens – a denominada “mobilidade
descendente” – na Europa Ocidental, nos EUA e no Japão.”
O fator decisivo para a definição da indústria de viagens global da década de 2020 é o fator social.
Uma Bomba-relógio demográfica está à espera, enquanto a população mundial envelhece a um ritmo
sem precedentes.
No último século foi registrado o declínio mais rápido da taxa de mortalidade da história da
humanidade, com a expectativa de vida mundial média subindo de 47 anos entre 1950 e 1955 para
69 entre 2005 e 2010, de acordo com a ONU.
Em 1950, havia duas crianças com menos de 15 anos para cada adulto com mais de 60. Até 2050,
o número de adultos com idade superior a 60 anos será o dobro do número de crianças.
Desta forma, em 2024, nosso viajante fará sua viagem em um mundo onde a procura dos Mercados
Prósperos por novas experiências será contraposta pela preocupação financeira dos Mercados
Maduros da Europa e dos EUA, ainda em recuperação.
O viajante não se surpreenderá com o fato de que cada aspecto da viagem, começando pela descoberta
e reserva, passando pelo período de trânsito e voo, irá incorporar a mais recente tecnologia digital
da mesma forma que ele o faz: perfeita e intuitivamente.
O World Travel & Tourism Council prevê um crescimento de 3,2% nas viagens globais em 2013,
ultrapassando facilmente o crescimento previsto de 2,4% do PIB mundial. A disparidade foi ainda
mais acentuada nas economias emergentes em 2012, com a China e a África do Sul registrando um
crescimento anual em viagens de 7% e a Indonésia um aumento de 6%.
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As Viagens no Futuro: ano 2024
41
Apêndice 2:
Metodologia de pesquisa
Este relatório do Skyscanner é o resultado do trabalho de uma influente equipe de 56 editores,
investigadores e especialistas em tendências do futuro nas mais importantes cidades internacionais,
com a finalidade de criar uma representação detalhada dos próximos 10 anos, no que diz respeito a
tecnologias inovadoras e a novos e entusiasmantes destinos que definirão a indústria global de viagens
na década de 2020.
Os especialistas
Exploramos as tecnologias de viagens e os comportamentos futuros combinando o conhecimento de
um painel de especialistas mundialmente reconhecidos, incluindo o Futurista Daniel Burrus, autor
de Technotrends: Como usar a tecnologia para ficar à frente dos concorrentes, e do Futurologista de
Viagens, Dr Ian Yeoman.
Também nos apoiamos em ensinamentos prévios fornecidos pelo estrategista digital Daljit Singh, Chefe
de Previsões da Microsoft no Reino Unido; Steve Vranakis, Diretor Criativo Executivo do Google; Kevin
Warwick, Professor de Cibernética da Universidade de Reading; e Martin Raymond, co-fundador do
Laboratório do Futuro e autor de CreATE, as pessoas do amanhã e do Guia de previsão de tendências.
Os seguintes especialistas do Skyscanner participaram com suas perspectivas e conhecimento
especializado: Margaret Rice-Jones, Presidente; Gareth Williams, CEO e co-fundador, Alistair Hann, CTO,
Filip Filipov, Chefe de B2B; Nik Gupta, Diretor de Hotéis; e Doug Campbell, Gerente de Marketing de
Produto.
Além dos profissionais previamente citados, a rede online do Laboratório do futuro, LS:N Global,
e os resultados da série anual de relatórios sobre o futuro das viagens, tecnologia, comida
e acomodação do Laboratório do Futuro também foram usados para complementar a pesquisa.
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As Viagens no Futuro: ano 2024
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Para informações adicionais sobre este relatório, entre em contato com Tahiana
Rodrigues, no e-mail:
[email protected] ou pelo telefone: (+1)305-967 6311.
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