Salvo - Observatorio Social

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Salvo - Observatorio Social
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CADERNO DE RESUMOS
IV JORNADAS INTERNACIONAIS DE PROBLEMAS
LATINO-AMERICANOS: AMÉRICA LATINA: LUTAS,
EXPERIÊNCIAS E DEBATES POR UMA INTEGRAÇÃO DOS
POVOS.
UNILA, UNIOESTE E UNIAMÉRICA.
FOZ DO IGUAÇU – PARANÁ/BRASIL
27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2014.
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APRESENTAÇÃO.
As IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos dão
prosseguimento ao espaço de diálogo e inovação construído em Mar del Plata (2008),
Córdoba (2010) e Mendoza (2012). O evento sempre foi marcado pela vocação latinoamericanista e pela abertura a novos temas e à diversidade e, desta vez, será realizado
numa instituição que tem grande afinidade com seu espírito: a Universidade Federal
da Integração Latino-Americana (UNILA). Desde a sua primeira edição, o evento teve
em sua organização e assistência a atuação de pesquisadores, professores e ativistas
de todas as partes da América Latina e do mundo.
Reunindo a tradição de temáticas debatidas nas Jornadas anteriores e a vocação
da UNILA, propõe-se como tema central América Latina: lutas e debates por uma
integração dos povos. O tema permite abordar uma infinidade de temas, e
especialmente três eixos em particular:
1 - A atuação dos movimentos sociais, sindicatos e da cidadania em geral em defesa de
uma “outra” integração latino-americana, com maior preocupação social e
participação cidadã. Organizações e ativistas vêm atuando em diversos campos como a
luta pela terra, emprego e condições de trabalho dignas, saúde, livre circulação
humana, ecologia, a defesa dos direitos humanos e a memória em torno de suas
violações, por transformações nos espaços e instituições de integração, e propondo
diversas formas de articulação supranacional (como a Via Campesina ou os
movimentos altermundialistas). Se a análise dos espaços e instituições “oficiais” de
integração é importante, também se impõe crescentemente o estudo da atuação da
cidadania supranacional dentro e fora desses espaços, pois as estratégias de ação dos
movimentos sociais adotam cada vez mais uma lógica de articulação transnacional.
2 - Seguem de mãos dadas com esse debate os esforços por se pensar a América Latina
“desde” a América Latina, nos diversos campos do conhecimento relacionados às
ciências humanas e sociais. Debates em torno da colonialidade, da reativação da teoria
crítica e propostas em torno de novos padrões de desenvolvimento (como o “bem
viver”) se tornam frequentes, denotando a crescente necessidade de produção (não
mais apenas reprodução) de pensamento local.
3 - Novos movimentos de protesto, organizações sociais, movimentos políticos,
governos e espaços participativos se impõem como atores no cenário latino-americano
desses primeiros anos do século XXI. Para que se possa pensar em integração e em
novos paradigmas teórico-políticos e um novo horizonte emancipatório para a região,
torna-se essencial refletir sobre problemas como: as relações entre “antigos”, “novos”
e “novíssimos” movimentos sociais, e destes com os partidos; os novos governos
progressistas e Estados refundados, e suas complexas relações com as organizações
populares; e as possibilidades e limites na articulação entre as instituições
representativas e a democracia das ruas; os novos “lugares de memória” e a (re)escrita
da História na América Latina; entre outros.
Como é sua tradição, as Jornadas são marcadas pela apresentação e discussão
de trabalhos em andamento ou concluídos, de jovens ou experientes pesquisadores,
com distintos enfoques teórico-metodológicos. Além disso, as Jornadas se
caracterizam pela interação entre acadêmicos e ativistas de organizações e
movimentos sociais – estando abertas à apresentação das experiências e reflexões de
seus membros.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Agradecemos à CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior) pelo financiamento concedido às IV Jornadas Internacionais de Problemas
Latino-Americanos.
COMITÊ ORGANIZADOR
Eric Cardin (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Esteban Campos (Universidad de Buenos Aires)
Fabricio Pereira da Silva (Universidade Federal Fluminense)
Fernando José Martins (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Gustavo Guevara (Universidad de Buenos Aires)
Ileana Ibáñez (Universidad Nacional de Córdoba)
Lorena Capogrossi (Universidad Nacional de Córdoba)
Javier Moyano (Universidad Nacional de Córdoba)
Luciano Wexell Severo (Universidade Federal da Integração Latino-Americana)
Mario Ayala (Universidad de Buenos Aires)
Melisa Slatman (Universidad de Buenos Aires)
Paula Fernández Hellmund (Universidad Nacional del Sur)
Paula García Schneider (Universidad Nacional de Córdoba)
Paulo Renato Silva (Universidade Federal da Integração Latino-Americana)
Pablo Friggeri (Universidade Federal da Integração Latino-Americana)
Victoria Darling (Universidade Federal da Integração Latino-Americana)
Ximena Cabral (Universidad Nacional de Córdoba)
COMITÊ CIENTÍFICO
Alberto Betancourt Posada (Universidad Nacional Autónoma de México)
Enrique Serra Padrós (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Eric Cardin (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Fernando José Martins (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Gerson Ledezma Meneses (Universidade Federal da Integração Latino-Americana)
Jacques de Novion (Universidade de Brasília)
José Alves de Freitas Neto (Universidade Estadual de Campinas)
Julio Gambina (Universidad Nacional de Rosario, Fundación de Investigaciones Sociales
y Políticas)
Mara Burkart (Universidad de Buenos Aires)
Marcos Fábio Freire Montysuma (Universidade Federal de Santa Catarina)
Maria Elena Santos Pires (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
María Maneiro (Universidad de Buenos Aires)
Regina Coeli Machado e Silva (UNIOESTE - Campus de Foz do Iguaçu - Centro de
Educação, Letras e Saúde - Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e
Fronteiras (PPG-SCF)
Saúl Luis Casas (Universidad Nacional de La Plata)
Silvana Aparecida de Souza (Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Steve Ellner (Universidad de Oriente, Venezuela)
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
INSTITUIÇÕES ORGANIZADORAS
UNILA – Instituto Latino-Americano de Economia, Sociedade e Política (ILAESP),
Instituto Latino-Americano de Arte, Cultura e História (ILAACH) e Mestrado
Interdisciplinar em Estudos Latino-Americanos (IELA)
UNIOESTE
INSTITUIÇÕES APOIADORAS
Cátedra de Problemas Latinoamericanos Contemporáneos, Departamento de Historia,
Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires
Cátedra Historia de América II, Escuela de Historia, Facultad de Filosofía y
Humanidades de la Universidad Nacional de Córdoba
Programa Antropología e Historia de la relación capital-trabajo en el contexto
contemporáneo. Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad –
Unidad Ejecutora de CONICET. Universidad Nacional de Córdoba
Instituto de Altos Estudios Nacionales (Equador)
Bacharelado em Políticas Públicas, Universidade Federal Fluminense
Grupo de Pesquisa Região Andina em Foco
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
| 28 de novembro – 9.00hs - Sala B2. UNIOESTE |
SIMPOSIO 1
ESTRUCTURA SOCIOECONOMICA, CONFLICTO Y MOVIMIENTOS SOCIALES
EN AMERICA CENTRAL Y EL CARIBE (1898-2013)
Coordenadoras: Paula Fernández Hellmund (Universidad Nacional del Sur/CONICET/CEISO)
[email protected]; Marcela Cabrera (Universidad de Buenos Aires)
[email protected]
RESUMO:Los procesos de movilización socio-políticos que se produjeron en América
Central y el Caribe desde la Revolución Cubana han promovido numerosas investigaciones. Sin
embargo, ellas han sido mayoritariamente dispares. Los casos nacionales han sido
desarrollados de manera muy desigual, coexistiendo la abundancia de estudios sobre
determinados procesos históricos, con la escasez de investigaciones sobre algunas
experiencias de movilización revolucionaria o sobre los vínculos de continuidad y/o ruptura
entre movimientos sociales y organizaciones guerrilleras de todo el continente. Además, ha
habido una ausencia de estudios comparados desde una mirada regional lo cual ha dificultado
el entendimiento profundo de algunos procesos.
De esta manera, muchos análisis se han centrado en cuestiones puntuales de países
como Nicaragua, Cuba, Guatemala o El Salvador, o en temas específicos como la violencia, la
militarización, la guerra o bien, en contraposición, la búsqueda de la paz, la democracia y, por
supuesto, la transición.
Desde esta perspectiva, resulta imprescindible no sólo analizar los basamentos
económico-sociales que se dieron en la región, sino también cómo éstos influenciaron en la
dinámica interna de los estados nacionales, los procesos de movilización revolucionaria y
antirrevolucionaria, en la determinación de una violencia de tipo estructural y en el
surgimiento y participación de nuevos y diversos actores y movimientos sociales.
Asimismo, es notoria la carencia de trabajos metodológicamente innovadores donde
se tomen en consideración los aportes interdisciplinarios con propuestas más analíticas y
teóricamente fundamentadas, así como abordajes sobre la dimensión cultural y la actualidad
de la región.
Sobre esta base, el presente simposio pretende ser un lugar de reflexión acerca de los
diferentes procesos por los que atravesó -y atraviesa- América Central y el Caribe, tomando
como periodización la perspectiva del último siglo largo (a la inversa de la tesis de Hobsbawn)
marcado por la vigencia del fenómeno imperialista. Se busca, además, fortalecer este espacio
de encuentro (iniciado en las Jornadas Internacionales de Problemas Latinoamericanos de
2012) que intenta problematizar y otorgar visibilización a una región que, con frecuencia, suele
ser marginada de las currículas de nuestras disciplinas.
RESUMOS
1. ALVAREZ CARDOSO, Silvia
[email protected]
Universidade de Brasília (UnB). Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados Sobre as
Américas (Ceppac)
“Movimentos populares de resistência em Honduras.”
A formação econômico-social e política de Honduras, marcada pela colonização ibérica,
ingerência dos EUA e instabilidade política – aliada a uma economia bananeira nas mãos de
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empresas estrangeiras – foi também composta de grandes movimentos de resistência ao
capital e aos desmandos das elites internas e externas. As greves dos trabalhadores rurais em
Tela no ano de 1952, assim como a luta política clandestina dos anos 80, influenciada pelos
movimentos de libertação nacional centro-americanos, podem ser considerados momentos
constitutivos da resistência popular ao golpe de Estado de 2009, que deu origem à Frente
Nacional de Resistência Popular (FNRP). Desta forma, pretendemos com este estudo relacionar
o atual movimento – muitas vezes considerado espontâneo – com um histórico de organização
política hondurenha ainda pouco estudado e divulgado, especialmente no Brasil, bem como
mapear as forças políticas e sociais presentes nesta luta popular de resistência ao golpe,
contribuindo para melhor entendermos as mudanças recentes na sociedade hondurenha.
Metodologicamente, combinaremos revisão bibliográfica e entrevistas realizadas em campo
com diversos atores sociais da resistência popular.
2. BLANCO, José Gregorio
[email protected]
Licenciado en Relaciones Industriales, miembro de la Dirección Política del Frente de
Profesionales Bolivarianos
“¡Bolívar vive!, la lucha sigue…los movimientos sociales en la Revolución Bolivariana, la
construcción del estado comunal y las perspectivas del socialismo en Venezuela.”
Sea como sea, uno de los apoyos fundamentales del proceso bolivariano venezolano emana de
los Movimientos Sociales. Su articulación con la Revolución Bolivariana iniciada por Hugo
Chávez en 1992, se ha dado de tal manera que en el año 2002, con motivo del Golpe de
Estado, fue un factor clave para la reparación del hilo constitucional roto por la derecha
venezolana con la ayuda internacional de los EE.UU y otros países. El movimiento social en
Venezuela es en esencia de resistencia anticapitalista y se expresa, en lo concreto, en el orden
sindical y político, en organizaciones de mujeres, de pueblos indígenas, de paz, de
profesionales y técnicos, por la defensa del medio ambiente, de estudiantes, de campesinos,
del barrio, comunicacional, por la identidad cultural y de género. Se trata, en sí, de la
cimentación del Poder Popular que es la herramienta más importante para posibilitar la
edificación del Estado Comunal como espacio geográfico de conciencia en donde las
necesidades humanas puedan ser cubiertas con la mayor suma de bienestar posible, en donde
cada hombre y cada mujer, consigan vivir como hermanas y hermanos en armonía con la
naturaleza. Es cierto que ahora no puede hacerse nada eficaz en Venezuela sin la participación
de los Movimientos Sociales, sin ellos será más que imposible resolver las contradicciones que
hay entre fuerzas productivas y relaciones de producción, tampoco la transición del
Socialismo.
3. CABRERA, Marcela Beatriz
[email protected]
Facultad de Filosofía y Letras – UBA
“El mundo del trabajo en Nicaragua durante el siglo XX. Ruptura y Continuidades en el
desarrollo de las organizaciones de trabajadores y su relación con los diferentes gobiernos.”
La estructura socioeconómica de Nicaragua, como de otras tantas Naciones Latinoamericanas,
está centrada en la actividad agroexportadora. Una distinción que se instala desde la creación
de los Estados Nacionales y que a lo largo de la historia impuso ritmo y tiempos de crecimiento
y desarrollo. Estas limitaciones determinaron la instauración de Estados altamente
condicionados por corporaciones extranjeras que despuntaron una ultraespecialización
productiva en donde las zonas rurales serán protagonistas en cada uno de los procesos
históricos. De esta manera lo laboral se enmarca en estas cuestiones. Esta presentación
intenta ver los procesos históricos y su relación con el mundo del trabajo que se desplegaron
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en Nicaragua durante el siglo XX. Es nuestra intención poder transitar a través de ellos desde
las diferentes organizaciones gremiales, sindicales, profesionales así como la relación que cada
uno de los Estados y gobiernos que se sucedieron fueron tejiendo con estas organizaciones en
cada instancia. Si bien el recorrido puede parecer demasiado arduo la idea en esta
oportunidad es poder pensar los ejes principales que marcan los puntos de ruptura y
continuidades en cada uno de los momentos definidos.
4. CONSUEGRA SANFIEL, Alberto
[email protected]
Instituto de Investigaciones en Humanidades y Ciencias Sociales. (UNLP-CONICET). Facultad de
Humanidades y Ciencias de la Educación, Universidad Nacional de La Plata, Argentina
“Cuba: del derrumbe del campo socialista a la actualización de su modelo económico (19902013). Retos y desafíos de un nuevo país.”
El triunfo de la Revolución cubana el 1 de enero de 1959 es considerado por muchos como uno
de los hechos históricos más importantes del siglo XX latinoamericano. Encabezado por el
Comandante Fidel Castro, la llegada al poder del Movimiento 26 de Julio (M-26-7), mediante
una genuina guerra popular de liberación, marcó un punto de inflexión decisivo en la historia
republicana de la Isla permitiendo alcanzar, en medio del permanente acoso de los distintos
gobiernos estadounidenses, importantes avances sociales que coadyuvaron a construir, sin
lugar a dudas, una sociedad más justa y equitativa. Hoy, a poco más de haber transcurrido
medio siglo de la “Crisis de los misiles”, resulta sorprendente comprobar que en poco tiempo
el proceso revolucionario cubano ha experimentado una historia de avances y retrocesos,
enmarcados estos en extremos que van desde el auge de una experiencia nacional de
Socialismo en franca alianza económica y militar con la URSS, por un lado, y la profunda crisis
que supuso para su modelo político y económico el colapso del bloque soviético y la
desaparición del “socialismo real”, por el otro. La reciente celebración del VI° Congreso del
Partido Comunista de Cuba (PCC), y en especial la posterior aplicación de los lineamientos
económicos sociales acordados en el mismo, son considerados para muchos analistas, tanto
fuera como dentro del país caribeño, el inicio de una nueva etapa que propone reestructurar
y/o cambiar el rol del Estado en la economía y en la sociedad, iniciando una lenta transición del
modelo de planificación centralizada ya existente hacia uno que combinaría planificación y
mercado. Sin embargo, aún cuando existe un consenso amplio acerca de la necesidad de una
transformación económica urgente, el debate sobre la posibilidad de que se den algunos
cambios políticos parece no tener mucho peso en la agenda gubernamental cubana,
convirtiéndose este tema en una de las tantas interrogantes abiertas que gravitan hoy día
sobre el actual proceso de cambio, ordenado y gradual, que lleva adelante el primer país
socialista de América Latina. Precisamente, esta ponencia tiene como objetivos analizar, desde
diferentes campos disciplinarios, la situación actual de la Isla, vista no sólo como el resultado
de una coyuntura específica sino como producto de un cúmulo de acontecimientos y procesos
complejos acaecidos durante cincuenta y cuatro años. De igual forma, ya que la experiencia
cubana todavía se considera un paradigma que reformuló la teoría y la práctica de los
revolucionarios en el Tercer Mundo, esta ponencia también pretende examinar críticamente la
dinámica del proceso revolucionario cubano en las últimas dos décadas, lo que contribuirá,
indefectiblemente, a ampliar y profundizar el conocimiento sobre la historia del Cuba.
5. FERNÁNDEZ, PAULA DANIELA
[email protected]
UNILA-Brasil/CEISO-Argentina
“El capital extranjero en Nicaragua: el caso del canal interoceánico.”
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Desde su independencia política, Nicaragua estuvo atravesada por los intereses geopolíticos de
varias potencias extranjeras -en complicidad con las clases dominantes locales-, pudiéndose
destacar la intención de abrir una ruta canalera. Así, en 1840, a raíz del proyecto canalero, el
gobierno nicaragüense comenzó la búsqueda de inversionistas, despertando las ambiciones
geopolíticas de varias potencias. Gran Bretaña fue uno de los primeros países en demostrar
interés, aunque rápidamente los Estados Unidos (EEUU) se erigirían como la principal potencia
de la región desplazando a los británicos. A comienzos del siglo XX, EEUU, ya consagrado como
potencia imperialista, intervino en Nicaragua con el derrocamiento del presidente José Santos
Zelaya (1909) luego de que “desafiara” al país imperialista en el intento de construir una ruta
interoceánica con el financiamiento de otras potencias. Durante los años de la ocupación
militar estadounidense (1912-1924), Nicaragua firmó tratados que dañaron la soberanía
nacional como el famoso tratado Chamorro-Bryan (1914) por medio del cual el gobierno de
Nicaragua concedía a los EEUU los derechos exclusivos y perpetuos de la ruta canalera a
cambio de 3 millones de dólares. El proyecto canalero quedó detenido durante muchos años,
en especial, por la construcción de una ruta alternativa como lo fue el canal de Panamá. Sin
embargo, recientemente, el Frente Sandinista ha estado impulsado la construcción de una ruta
interoceánica con el aporte de capitales chinos. No obstante, las voces en contra de su posible
construcción son muchas, destacándose el problema del impacto socioambiental y las
concesiones que daría el Estado de Nicaragua a la empresa constructora. De esta manera, en el
presente trabajo nos proponemos hacer un breve raconto histórico con el fin analizar la
historia del canal interoceánico en Nicaragua y los intereses locales y extranjeros por
concretarlo, las disputas interiimperialistas en torno a su posible construcción, el reflote del
canal por parte del FSLN y su articulación con el capital extranjero en Nicaragua.
6. GONZÁLEZ, Ana
[email protected]
Cátedra Cultura de Paz y Derechos Humanos, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad
Nacional de Buenos Aires
“Estructura económica, social y étnica y conflicto armado interno y genocidio: El caso de
Guatemala.”
La ponencia presentará un análisis sobre la estructura social, económica y étnica de
Guatemala y su relación con el conflicto armado interno que tuvo lugar en dicho país entre
1960 y 1996, cuando se firmó la Paz. Este abordaje cobra significativa relevancia en el debate
jurídico, social y político actual en Guatemala, respecto a si hubo o no genocidio, exacerbado
en el 2013, por la condena por genocidio, luego dejada en suspenso, del General Efraín Ríos
Montt. Guatemala con una población maya de entre el 45 y el 65 % de población maya, según
sea la fuente, transitó por una revolución liberal en el último cuarto del siglo XIX, que sometió
a servidumbre y trabajo forzado a dicha población, cuyas clases dominantes recurrieron a la
“eterna dictadura” y la captura del Estado para mantener su dominio. Diversas han sido las
interpretaciones respecto del papel de los pueblos mayas en la insurgencia, el conflicto
armado interno, y consecuentemente el análisis sobre el si hubo o no genocidio. Debate
actual en el que participan, con voces disonantes y encontradas, multiplicidad de actores
sociales y políticos.
7. GÜNTHER, María Griselda
[email protected]
Universidad Autónoma Metropolitana, Unidad Xochimilco
SANDOVAL-MORENO, Adriana
[email protected]
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Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Unidad Académica de Estudios Regionales, de la Coordinación de Humanidades, Universidad
Nacional Autónoma de México
“Sustentabilidad, Estado y gestión comunitaria del agua en México y Ecuador.”
El presente trabajo tiene como objeto analizar la gestión comunitaria del agua en dos casos de
América Latina: México y Ecuador, frente al gran reto de sustentabilidad de los recursos
hídricos en el mundo. Las preguntas centrales que guían el trabajo son: ¿De qué manera la
gestión comunitaria del agua se fortalece como respuesta a la ausencia estatal? y ¿cómo las
respuestas comunitarias son respuestas sustentables al problema de abasto de agua? El
trabajo presenta las principales aristas de la política hídrica en ambos países y discute la
pertinencia de abordar el problema del agua mediante los modelos de gestión dominantes y
alternativos, para enmarcar el análisis de la gestión comunitaria del agua para consumo
humano en la Ciénega de Chapala, Michoacán (México) e Imbabura, (Ecuador), destacando sus
aportes en términos de sustentabilidad y en torno a la falta de intención y capacidad estatal en
la gestión del agua para consumo humano.
8. PRADO, Carlos Batista
[email protected]
Professor Substituto do curso de História da UFMS
“A Revolução Cubana e o impacto das reformas econômicas no Pós-URSS.”
Este artigo coloca em discussão a história recente da Revolução Cubana, enfatizando o período
posterior à desaparição da União Soviética. Após uma pequena análise da economia cubana,
em particular do seu caráter de dependência externa, discute o impacto e as consequências
que a derrocada do socialismo no leste europeu legou a ilha caribenha. Sem o apoio do bloco
socialista a revolução precisou instalar uma série de reformas em sua estrutura econômica e
política. Merecem destaque as reformas que, a partir de 1994, ampliaram as relações com o
capital internacional, possibilitando o investimento de empresas estrangeiras na ilha, bem
como o trabalho autônomo. Esse processo trouxe uma série de novos problemas, tais como a
dolarização da economia, que transformou a estrutura social da ilha ao introduzir uma nova
forma de desigualdade econômica. Esse processo de abertura ao capital externo ainda está em
curso e ganhou novo impulso com as reformas introduzidas por Raul Castro. Diante desse
fenômeno complexo, o presente artigo pretende debater o impacto dessas reformas diante da
perspectiva socialista da revolução.
9. RÁBAGO, Ezequiel Luis
[email protected]
Universidad de Buenos Aires, Argentina
“Lucha de clases y singularidades nacionales en la Costa Rica de los años 30.”
Muchas veces se ha presentado en la dinámica de la lucha de clases en Centroamérica a lo
largo del siglo XX, al caso costarricense como diferenciado, singular, incluso excepcional. La
ausencia tanto de largas dictaduras, como de importantes guerrillas, así como la prolongada
estabilidad democrática formal y la supresión de las fuerzas armadas a partir de la Constitución
de 1949, entre otras características, parecerían marcar un panorama muy distinto al de los
demás países de la región. Aun así, estas características no alteraron el posicionamiento de
Costa Rica como “economía de enclave”, ni modificaron el carácter de clase del Estado,
presentando, en primera instancia, la aparente paradoja de un Estado burgués semicolonial sin
una de sus instituciones más importantes, el ejército. Por otra parte, la década de 1930 es
considerada una bisagra para los regímenes de Centro y Sur América ya que la crisis de los
modelos primario exportadores propició en algunos países el nacimiento de gobiernos como el
de Somoza en Nicaragua. En este trabajo, entonces, intentaremos identificar qué
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
particularidades presentaba Costa Rica a fines de los años 20 y para explicar cómo se
desenvolvió, a partir de este panorama, la dinámica de la lucha de clases a lo largo de la
década siguiente, buscando en estos procesos una posible explicación a las particularidades
posteriores de este caso nacional.
10. RIBERTI, Larissa Jacheta
[email protected]
Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Brasil
“A guerra sucia mexicana através do Informe da Fiscalía Especial para Movimientos Sociales
y Políticos del Pasado.”
O período conhecido como “guerra sucia” no México abarca as décadas de 1970 e 1980
quando os governos liderados por presidentes do Partido Revolucionário Institucional (PRI)
intensificaram e aperfeiçoaram as estratégias de combate e perseguição ao chamado
movimento armado mexicano, acarretando prisões ilegais, tortura, mortes e desaparecimento
de militantes políticos. Em 2001, o Presidente da chamada “transição democrática”, Vicente
Fox, do Partido da Ação Nacional (PAN) criou a Femospp (Fiscalía Especial para Movimientos
Sociales y Politicos del Pasado) a partir de uma recomendação da Comissão Nacional de
Direitos Humanos (CNDH). Tal instrumento da justiça transicional do país teve como intuito
investigar e esclarecer as violações aos direitos humanos cometidas pelos agentes do estado,
estabelecendo também responsabilizações aos culpados e reparações as vítimas. O presente
trabalho tem como objetivo, portanto, discutir como a guerra sucia mexicana é compreendida
pela Fiscalía e como esta buscou investigar os acontecimentos dessa época. Para isto, farei uso
do Informe Especial publicado em 2006 quando foram encerradas as atividades da Femospp.
11. RODRIGUEZ, María Soledad
[email protected]
Universidad de Buenos Aires
“Cuba durante el periodo especial: condiciones socio- económicas y educación.”
En este trabajo nos proponemos abordar uno de los periodos más críticos de la historia de
Cuba, a comienzos de los noventa. El derrumbe de la Unión Soviética implicó la pérdida del
principal vínculo de cooperación y comercio con que contaba la isla. A la fuerte contracción
económica se le sumó el recrudecimiento de la ofensiva norteamericana, y de un bloqueo que
ya llevaba en vigencia más de tres décadas. En esta coyuntura, definida por Fidel Castro como
“período especial en tiempos de paz”, la ruptura de los vínculos comerciales al interior del
Consejo de Ayuda Mutua Económica (CAME), produjo el desguace del aparato productivo
cubano, lo que obligó al país a llevar adelante una profunda reestructuración económica, que
tendría amplias repercusiones en todas las esferas de la sociedad. Nos centraremos aquí en la
dimensión socio- educativa de la crisis. La fuerte intromisión de mecanismos de mercado, el
incremento de la desigualdad social, y el levantamiento de voces críticas, tanto al interior,
como en el exterior del país, pusieron en jaque a la hegemonía socialista, ¿qué rol jugó la
educación en esta disputa? ¿Qué estrategias se adoptaron, desde la política educativa, para
contrarrestar las tendencias individualistas y desintegradoras, que acompañaron la apertura
de la economía cubana? Las dificultades del Estado para dar respuesta a los problemas más
acuciantes de estos años ¿Colocaron al sistema educativo en crisis, dados el descrédito de las
instituciones públicas y la pérdida de legitimidad de la educación, como fuente de prestigio
social y vía de acceso a un empleo mejor remunerado?
12. ROSTICA, Julieta; PEDRONI, Nicolás; SALA, Laura
[email protected]
Grupo de Estudios sobre Centroamérica [IEALC] y Comisión Jacobo Arbenz
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Los exiliados guatemaltecos en Argentina de 1954. La guerra fría en América Latina y el
Estado de guerra interno en Argentina.”
El objetivo de la ponencia es analizar el caso de los exiliados guatemaltecos en Argentina tras
el golpe de estado de 1954 a Jacobo Arbenz. Un grupo de ellos fue puesto preso durante 9
meses entre 1954 y 1955 a pesar de estar protegidos por el derecho de asilo político. En el
grupo se encontraban dos comunistas de reconocida trayectoria en Guatemala, Víctor Manuel
Gutiérrez y Carlos Manuel Pellecer, que fueron debidamente señalados por el Comité de
Defensa Nacional contra el Comunismo. El gobierno de Juan Domingo Perón a pesar de haber
mostrado cierta simpatía respecto de los gobiernos revolucionarios de Guatemala y haber
mantenido una posición antiimperialista, a favor del derecho a la autodeterminación de los
pueblos y del principio de no intervención en la Conferencia de Caracas, ya había puesto en
vigencia la ley de Organización de la Nación para Tiempos de Guerra. La articulación de esta ley
con la ley de Residencia permitió apresar a este grupo de guatemaltecos señalado de
comunista. A través de este caso se pueden observar los inicios de la Guerra Fría en América
Latina, la implementación del estado de guerra interno en Argentina y los primeros pasos de la
coordinación supra regional de la represión.
13. SOTILLO INFANTE, Israel Antonio
Abogado y Periodista Profesional. Pertenece al Movimiento Comunal Nacional (MCN).
“¡Bolívar vive!, la lucha sigue…los movimientos sociales en la Revolución Bolivariana, la
construcción del estado comunal y las perspectivas del socialismo en Venezuela”
Sea como sea, uno de los apoyos fundamentales del proceso bolivariano venezolano emana de
los Movimientos Sociales. Su articulación con la Revolución Bolivariana iniciada por Hugo
Chávez en 1992, se ha dado de tal manera que en el año 2002, con motivo del Golpe de
Estado, fue un factor clave para la reparación del hilo constitucional roto por la derecha
venezolana con la ayuda internacional de los EE.UU y otros países. El movimiento social en
Venezuela es en esencia de resistencia anticapitalista y se expresa, en lo concreto, en el orden
sindical y político, en organizaciones de mujeres, de pueblos indígenas, de paz, de
profesionales y técnicos, por la defensa del medio ambiente, de estudiantes, de campesinos,
del barrio, comunicacional, por la identidad cultural y de género. Se trata, en sí, de la
cimentación del Poder Popular que es la herramienta más importante para posibilitar la
edificación del Estado Comunal como espacio geográfico de conciencia en donde las
necesidades humanas puedan ser cubiertas con la mayor suma de bienestar posible, en donde
cada hombre y cada mujer, consigan vivir como hermanas y hermanos en armonía con la
naturaleza. Es cierto que ahora no puede hacerse nada eficaz en Venezuela sin la participación
de los Movimientos Sociales, sin ellos será más que imposible resolver las contradicciones que
hay entre fuerzas productivas y relaciones de producción, tampoco la transición del
Socialismo.
14. YURKIEVICH, Gonzalo Julián
[email protected]
Universidad Nacional de Mar del Plata – CONICET
“Estructura territorial de la actividad pesquera en el noroeste de México. Lógicas, actores y
discursos.”
Este artículo tiene como objetivo revelar los rasgos esenciales de la estructura territorial de la
actividad pesquera en el puerto de Guaymas, Estado de Sonora. La elaboración de un mapa
temático correspondiente representa el resultado principal, entendiendo que la Geografía
Económica en general y la Geografía de la Pesca en particular adolecen de una visión
cartográfica que las respalde. El trabajo se divide en tres partes: en primer término se exponen
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
las posiciones teórico metodológicas de la investigación al tiempo que se contextualiza
debidamente la situación de la actividad pesquera latinoamericana y mexicana; en segundo
término se revisan las condiciones geográfico-físicas del Golfo de California y se caracteriza la
situación general de la actividad pesquera en sus puertos más importantes; en tercer término
se analiza la situación específica del Puerto de Guaymas, observando las principales
contradicciones observadas en el territorio, el discurso de los distintos actores y las distintas
configuraciones que dibuja la actividad en tierra, elementos que se plasman en el mapa final
de la estructura territorial de la ciudad puerto de Guaymas, principal receptor de las descargas
pesqueras de México.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 11.30hs – Sala B2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 3
LOS MOVIMIENTOS SOCIALES EN LA REGIÓN ANDINA-AMAZÓNICA.
ORGANIZACIÓN, RESISTENCIA, DESAFÍOS
Coordenadores: Marisa Gabriela Armida [email protected] (Universidad Nacional
de Rosario); Juan Luis Hernández [email protected] (Universidad de Buenos Aires)
RESUMO:En los últimos 20 años los países del área andina-amazónica estuvieron
atravesados por importantes movilizaciones surgidas desde la sociedad civil. En Venezuela,
Bolivia y Ecuador las luchas de los movimientos sociales desde fines de los ´90 contribuyeron a
desarticular el paradigma neoliberal, posibilitando el surgimiento de gobiernos
“posneoliberales” que se han desarrollado entre una fuerte resistencia de las elites opuestas a
la implementación de reformas socioeconómicas, por un lado y una tensa relación con los
movimientos sociales por el otro.
En el caso de Bolivia y Ecuador, los movimientos sociales lograron inscribir gran parte
de sus demandas en el plano constitucional sancionando un Estado Plurinacional que
incorporó elementos de una democracia participativa y comunitaria con especial énfasis en la
protección de los derechos de la Madre Tierra. En ambos casos interesa saber qué capacidad
para mantener un espacio autónomo con poder de decisión alcanzarán los movimientos
sociales en esta nueva institucionalidad. En Ecuador, Rafael Correa defiende el modelo
extractivista cuestionado por los sectores indígenas integrados en la CONAIE, sosteniendo que
éstos representan intereses corporativos que obstaculizan el desarrollo nacional. En Bolivia
estas tensiones alumbraron el resurgimiento del movimiento obrero encarnado en la
Federación Minera y la Central Obrera, y una diferenciación al interior del campesinado, como
se apreció en el conflicto del Territorio Indígena Parque Nacional Isidoro Sécure (TIPNIS).
En Venezuela, la desaparición de Hugo Chávez unida a las presiones crecientes de la oposición
oligárquica configuró un nuevo escenario, en el cual los movimientos sociales deben defender
las conquistas obtenidas en un marco social ceñido por un horizonte de incertidumbre.
En Colombia y Perú el proceso político tomó otro rumbo. Las clases dominantes se
alinearon con Estados Unidos y procedieron a criminalizar la protesta social aunque no
lograron desactivar las luchas de campesinos, indígenas y otros sectores sociales. En Perú, las
expectativas generadas por el ascenso de Ollanta Humala quedaron sepultadas por la
inclinación de su gobierno a privilegiar los intereses del capital trasnacional y los pactos con la
derecha. En contrapartida, la lucha de los movimientos sociales de la sierra en contra de la
minería y de las organizaciones amazónicas en defensa de sus territorios no ceja.
En síntesis, en la región andina-amazónica cobra hoy relevancia la oposición a la
expansión de la actividad extractiva exportadora por parte de empresas trasnacionales; la
lucha por la recuperación de los territorios ancestrales de los pueblos originarios; y el derecho
de éstos a decidir sobre los alcances y condiciones de la explotación de los recursos naturales.
Se observa asimismo la reactivación del movimiento obrero y estudiantil así como una
reconfiguración de las identidades indígenas-campesinas-originarias.
Nuestro propósito es ofrecer un ámbito de reflexión sobre estas experiencias dando
continuidad al Simposio sobre la región andina-amazónica presentado en las Jornadas de Mar
del Plata (2008), Córdoba (2010) y Mendoza (2012). Apelamos a una perspectiva articuladora
del tiempo largo y la historia reciente, respetando la pluralidad de enfoques existentes en el
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
pensamiento crítico latinoamericano, con el objetivo de contribuir al debate sobre pasado,
presente y perspectivas de los movimientos sociales en la región andina-amazónica.
Atividades Complementares: Como cierre del Simposio, se propone la presentación de
“Ni Calco Ni Copia” Nº 5, Revista del Taller de Problemas de América Latina, de la Facultad de
Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires (UBA), República Argentina.
RESUMOS
1. ANDRADA, Damián Vicente
[email protected]
Universidad del Salvador – FLACSO Argentina
“El nuevo Estado boliviano: la hegemonía desde la sociedad política”
En sus Cuadernos de la Cárcel el intelectual italiano Antonio Gramsci plantea la praxis
revolucionaria en Occidente. Dada la complejidad de los países occidentales, el pensador sardo
se define en contra del ataque frontal realizado en la Rusia de 1917 y propone la estrategia de
la hegemonía: una guerra de posición que construya poder en la sociedad civil con grandes
dosis de paciencia para luego conquistar la sociedad política. En fusión con el concepto de
bloque histórico, la ponencia plantea diferenciar tres bloques del proceso de construcción de
hegemonía según la participación de los pueblos indígena-originario-campesinos en el Estado
(en términos de Antonio Gramsci, sociedad política + sociedad civil) desde la conquista
española al presente. En consecuencia proponemos un primer bloque histórico donde los
indígenas estaban ausentes tanto en la sociedad política como en la sociedad civil desde 1533
hasta 1952. Un segundo bloque donde los indígenas ingresan a la sociedad civil a partir de las
reformas de la Revolución de ’52, pero permanecen ausentes del Gobierno, y, si forman parte,
lo hacen de modo subalterno. Y un último bloque donde los indígenas ingresan también a la
sociedad política con la llegada de Evo Morales al Gobierno.
2. AVILEZ ÁLVAREZ, Mauricio José
[email protected]
UFRGS
“Por una segunda y definitiva independencia: un análisis al movimiento colombiano Marcha
Patriótica”
El presente trabajo busca analizar la dinámica de las organizaciones sociales colombianas que,
desde el mes de abril de 2012, se organizaron en el movimiento social y político Marcha
Patriótica (Guillén, 2014), como acción colectiva (Melucci, 2001). Indaga el porqué esas
organizaciones sociales se articularon a partir de la consigna “por una segunda y definitiva
independencia” e intenta entender que elementos identitarios y que clivajes les permitió
relacionarse, confluir y estructurar ese proceso político. Para esto, se propone desarrollar los
siguientes momentos: primero, se realiza brevemente una revisión de los conceptos de acción
colectiva y movimientos sociales; segundo, se describe el contexto histórico-político
colombiano y su lugar en América Latina; tercero, se caracteriza los distintos sectores sociales
que a partir de sus organizaciones integran la Marcha Patriótica; y como cuarto momento, se
analiza los métodos que se establecieron para la estructuración y la construcción de la
plataforma política de la Marcha Patriótica. De esta forma se espera entender la manera como
se ha ido construyendo la interacción social y la acción política de este nuevo movimiento
colombiano.
3. BIANCO, Luciana [email protected] (Universidad de Buenos Aires); HASSID, Lila
(Universidad de Buenos Aires) [email protected]
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Bolivia, el conflicto de la mediterraneidad. Construcción y transformación de su frontera
con Chile en el imaginario nacional”.
En la actualidad el desarrollo de un discurso y accionar de integración a nivel regional se
encuentra en ascenso. Dicha integración latinoamericana se sostienen en fundamentos
históricos y culturales comunes. Al mismo tiempo, el desarrollo económico de la región se
centra en la exportación de materias primas, que varían según el país. De modo que el
contacto con el exterior, pese a la unificación regional, continúa siendo de suma importancia.
Por lo pronto, uno de los lazos más importantes que se ha establecido con el cono sur es a
través del corredor del Pacífico con China y Japón. En el presente trabajo, nos proponemos
analizar el conflicto de la mediterraneidad de Bolivia en la actualidad. Para ello, es preciso que
nos remontemos a sus orígenes, a partir de la Guerra del Pacífico, para luego enfocarnos en la
construcción de imaginarios colectivos surgidos a posterior de la guerra. Teniendo en cuenta el
devenir histórico nos centraremos en el conflicto puntual entre Bolivia y Chile. Nos
preguntamos ¿por qué en este contexto donde prima el discurso de integración regional
nuevamente aflora con ímpetu el enfrentamiento territorial?
4. CARABAJAL, Sonia Miriam
[email protected]
Universidad de Buenos Aires
“Afrobolivianos: situación social, política y cultural”
El presente trabajo tiene como propósito ampliar las perspectivas de análisis y de
acercamiento hacia la comunidad afroboliviana, sus valores culturales, sociales y políticos.
Hacer visible las diferencias frente a la hegemonía blanca, mestiza e indígena, que permitan
repensar una sociedad incluyente verdaderamente intercultural. También se pretende
visualizar cómo el movimiento afro pone en cuestión las estructuras, en procura del
reconocimiento y la equidad multiétnica y pluricultural, expresada a través de la recuperación
de valores ancestrales como la danza: la saya afroboliviana. Para ello se desarrollará una
metodología que permita intervenir tanto en el debate teórico, como en el análisis de las
cuestiones históricas, con bibliografía especializada y relevamiento de fuentes, en un
contexto internacional de afirmación de identidades afroamericanas y nacional plasmado en la
Nueva Constitución del Estado Plurinacional de Bolivia. En suma, se rastreará el proceso de
conciencia, organización y aceptación de la diversidad, en la búsqueda de una verdadera
justicia social que incluya posibilidades laborales y económicas que eviten nuevas diásporas y
preserven la cultura ancestral.
5. GRANDE, Patricio
[email protected]
Universidad Nacional de Luján
“El derrumbe de la “democracia pactada” en Bolivia: el accionar de la cooperación española
y estadounidense durante el ascenso de los movimientos sociales”
La ponencia analiza las distintas políticas y estrategias implementadas en Bolivia por la
cooperación internacional del Reino España y de los Estados Unidos de América durante el
derrumbe de la “democracia pactada” entre los años 2000 y 2005. Ante la tenaz movilización
social y política iniciada en febrero-abril de 2000, lejos de proclamarse como observadores
externos, ambos cooperantes decidieron involucrarse directamente en el curso de los
acontecimientos, definiendo para ello distintas estrategias y líneas de intervención con el
objeto principal de resguardar sus intereses económicos y geo-políticos presentes en el país
andino/amazónico. No obstante, las respuestas ensayadas fueron diferentes: los cuadros
burocráticos de la cooperación española, como táctica preventiva para impedir una mayor
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
radicalidad de la protesta social, intentaron establecer instancias de diálogo y trabajo conjunto
con los distintos movimientos emergentes. Por su parte, los funcionarios norteamericanos a
través de la agencia oficial USAID, apostaron a fortalecer los vínculos institucionales con el
entonces presidente Carlos Mesa Gisbert, y en contrapartida caracterizaron a los movimientos
sociales como actores que representaban una amenaza hacia sus intereses.
6. HERNÁNDEZ, Juan Luis [email protected] (Universidad de Buenos Aires);
TORRIJO DI MARCO, Guadalupe [email protected] (Universidad de Buenos Aires)
“Bolivia. Debates actuales sobre la subjetividad obrera”
Un nuevo escenario político se abrió en Bolivia a partir del inicio del segundo mandato
presidencial de Evo Morales, en enero de 2010. La derrota del golpe cívico-prefectural a fines
del 2008, y la posterior desarticulación de la derecha oligárquica a nivel nacional, propició
realineamientos en los movimientos sociales, destacándose la reactivación del sindicalismo
nucleado en la Confederación Obrera Boliviana (COB). Es así como una sucesión de conflictos
sindicales que culminaron en la huelga general de mayo de 2013 instaló nuevamente la
discusión sobre la subjetividad obrera. Un debate que había cobrado cierta intensidad a
principios del nuevo milenio, centrado en la viabilidad de los trabajadores como sujeto de
cambio. La mayor parte de la literatura especializada dictaminó la “extinción de la condición
obrera”, es decir, la desaparición de la clase obrera como sujeto político, claramente
influenciada por la derrota minera en Calamarca (1986), la posterior emergencia de las
políticas neoliberales y la aparición de nuevos actores en la escena social. Sin embargo, la
persistencia de la lucha de los trabajadores asalariados y sus organizaciones obligan a
replantear esta discusión. Nuestra intención en esta ponencia es una actualización del debate
sobre la condición obrera en Bolivia, al calor del proceso de reorganización de los trabajadores
actualmente en curso.
7. JIMENEZ GARCÉS, Claudia Mercedes
[email protected]
Universidad de Nariño
“Nueva subjetividad, nuevos movimientos sociales. El cuerpo un lugar de lo político.
Movimiento social piernas cruzadas”
La presente ponencia presenta un escrutinio teórico enmarcadas en un proceso de
investigación denominado: “Hermenéutica del cuerpo como lugar de lo político a partir del
movimiento social piernas cruzadas. Barbacoas, Nariño, Colombia” que reflexiona sobre el
cuerpo de la mujer como lugar de lo político; por esta razón, uno de los temas centrales es
reflexionar sobre el concepto y la práctica de la nueva subjetividad en relación a la apuesta de
los nuevos movimientos sociales. Se trata a partir de estos análisis de proyectar nuevas
miradas de estudio desde las emergencias de lo emergente en una sociedad globalizada. Esta
ponencia se pregunta: ¿Es el cuerpo de la mujer del movimiento de las Piernas Cruzadas un
lugar de lo político? Para ello se invita al escrutinio a autores como Verana Stolcke, Wendy
Harcourt, Elizabeth Jelin, Alain Touraine, Arturo Escobar y Braidotti en conversación con
pensadores de la modernidad, la subjetividad política, la subjetividad y el cuerpo, la diversidad
cultural y los nuevos movimientos sociales.
8. LUPPINO, Damián Andrea [email protected] (Universidad de Buenos Aires);
SÁNCHEZ MAIDANA, Guillermo Daniel [email protected] (Universidad de Buenos
Aires)
“El Movimiento Nacionalista Revolucionario y los límites políticos al proceso de cambio”
[20]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
En los últimos tiempos vimos en varios países de América Latina el ascenso y la llegada al
poder de gobiernos con un perfil abierto a la participación popular. Las posibilidades que este
momento histórico da no son un regalo a los pueblos, sino el complejo resultado de la lucha de
clases en el ocaso de los regímenes neoliberales, acompañada por condiciones particulares de
cada país. En Bolivia, la implementación de dichas políticas neoliberales fue llevada adelante
por un partido político cuyo desarrollo y llegada al poder fue en el escenario de la única
revolución obrera victoriosa de la historia latinoamericana: el Movimiento Nacionalista
Revolucionario (MNR). Su bagaje ideológico y su accionar en los cincuenta años en los que fue
el partido político de mayor importancia deben ser un centro de atención para quienes nos
interesamos por la historia de ese país. Comenzar por preguntarnos acerca de la constitución
del partido, su accionar en relación con las coyunturas regionales y mundiales, el
acompañamiento de diversas políticas económicas y los cambios que sufre durante la década
de los ´50 y ´60. Este trabajo nos puede servir a los fines de entender los desafíos y las
limitaciones que se pueden presentar en momentos históricos donde las posibilidades de una
transformación del orden establecido parecen concretas. Por último, este estudio está
pensado como el inicio de otros trabajos que busquen entender las metamorfosis del MNR
durante la segunda mitad del siglo XX.
9. MARGARUCCI, Ivanna,
[email protected]
“De la trayectoria individual a la historia social: Luis Cusicanqui Durán y la experiencia del
anarquismo boliviano durante las décadas de 1920 a 1940”
Huáscar Rodriguez García señala que “Luis Cusicanqui Durán es una de las figuras más
representativas del anarquismo boliviano” (2010; p. 42). Dicha representatividad emerge no
solo de la importancia de este prolífico militante en lo que atañe a la estructuración
organizativa e ideológica del movimiento anarquista en Bolivia, sino que además, su
“biografía” o “trayectoria” individual, representa el devenir del anarquismo en cuanto
experiencia colectiva en dicho país. La propia vida de Cusicanqui en sus casi veinte años de
militancia al servicio de la causa libertaria en Bolivia, se nos devela como insigne de algunas
características y “momentos” propios del movimiento e ideología anarquista de esa región.
Entre estas, podemos mencionar: la forma y el período de arribo de las ideas a Bolivia y los
grupos sociales en los que arraigó, las diversas modalidades organizativas y prácticas en que
cristalizaron esas ideas -eclosionando en su etapa de auge entre fines de la década del 20 y
principios de 1930-, y las especificidades tomadas por aquellas, merced a las reelaboraciones
locales realizadas en torno a la cuestión étnica. Asimismo, las adversidades padecidas por
Cusicanqui, fueron los mismos avatares que atravesó el movimiento e ideología ácrata, a
saber, la represión y los intentos de cooptación del “sindicalismo paraestatal”, cuestiones que,
junto a otros motivos, explican, para comienzos de 1940, el abandono de la militancia de dicho
personaje y el lento pero irreductible declive del anarquismo. Así, en este trabajo nos
proponemos tomar como punto de partida la historia individual de un sujeto (Luis Cusicanqui)
y con ella, ilustrar el derrotero de la experiencia del anarquismo boliviano entre 1920 y 1940,
al considerar posibles y de ningún modo excluyentes los cruces entre distintas alternativas
metodológicas e historiográficas, tales como la biografía, la microhistoria y la historia social
global.
10. WIURNOS, Natalia Carolina,
[email protected]
Universidad Nacional de Luján
“Movimientos sociales en Bolivia: entre las calles y la política. Una reconstrucción histórica
de la trayectoria de la CSUTCB”
[21]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Desde el año 2006 Bolivia comenzó a atravesar el auto-denominado “Proceso de Cambio”
encabezado el Movimiento Al Socialismo (MAS) y su líder más visible (y actual presidente) Evo
Morales. En este proceso, al menos retóricamente, los movimientos sociales (principalmente
integrados por población indígena y campesina) fueron incluidos como una parte fundamental
del engranaje gubernamental y estatal. Dentro de estas organizaciones sociales, la
Confederación Sindical Única de Trabajadores Campesinos de Bolivia (CSUTCB) aparece como
un actor protagónico en este escenario. No obstante, cabe interrogarse a cerca de la
trayectoria socio-política de este movimiento social, indagando no sólo sus características
organizativas sino también procurando identificar en qué medida la Confederación Sindical ha
proyectado formar parte de las estructuras del Estado y/o “ser gobierno”. Por lo tanto, la
ponencia se centra en describir y analizar el devenir histórico de la CSUTCB en un rango
temporal que se despliega desde su fundación (hacia fines de los años ‘70) hasta los inicios de
la primer gestión del MAS.
[22]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 9.00hs – Sala D1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 4
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E FORMAÇÃO PARA O TRABALHO NA
AMÉRICA LATINA
Coordenador: Michel Goulart da Silva - UFSC
[email protected]
RESUMO: Este simpósio pretende reunir reflexões acerca da educação profissional em
diferentes países da América Latina, proporcionando diálogos críticos acerca da relação entre
educação e trabalho. No contexto brasileiro, foram criados os institutos federais de educação,
ciência e tecnologia, em dezembro de 2008. Essas instituições, além de oferecer o ensino
médio integrado ao ensino médio, oferecidos também pelas antigas escolas técnicas, passaram
a oferecer também cursos superiores ou mesmo de pós-graduação. Contudo, de forma geral,
todos os níveis de formação se caracterizam pelo fato de estarem voltados para a qualificação
para o mercado, ou seja, no caso dos estudantes de ensino médio, seus cursos estão vinculados
a uma formação técnica específica. Os cursos superiores, no geral, possuem duração menor e
um conteúdo mais enxuto se comparado aos cursos oferecidos nas universidades. No caso das
pós-graduações, quando se trata de mestrados, também possuem o viés profissionalizante. Por
fim, essas instituições também oferecem cursos de curta duração, cuja rápida certificação
volta-se a conhecimentos particularizados e voltados aos interesses econômicos de momento
dos empresários locais. Portanto, essas instituições colocam-se no sentido de promover uma
formação voltada à rápida e barata formação de força de trabalho, a partir das demandas
econômicas das burguesias de cada localidade em que os campi são instalados. Nessa
perspectiva, este simpósio temático busca dialogar com as experiências de outros países, seja
no sentido de apontar para aproximações históricas e políticas, seja para identificar e debater
caminhos alternativos, especialmente aqueles que possam apontar para perspectivas de
emancipação
RESUMOS
1. ADAMS, Telmo,
Professor do PPG em Educação - Unisinos
“Educação profissional e formação para a juventude: princípio educativo ou mercadificação
da educação”
O presente trabalho analisa o projeto educacional do Ensino Médio Politécnico do Rio Grande
do Sul, iniciado em 2011. A discussão visa à compreensão do Projeto Pedagógico e da Política
Educacional de Educação Profissional, que estabeleceram como prioridade a democratização
da gestão, do acesso à escola e ao conhecimento com qualidade social, do acesso à
aprendizagem e ao patrimônio cultural objetivando a permanência do aluno na escola, além
da qualificação do Ensino Médio e da Educação Profissional. O texto articula-se com a
provocação: estamos diante de uma reforma educacional originária e desejada pela escola ou
simplesmente diante de uma pressão de lógica capitalista que demanda mão de obra
qualificada com pagamentos de baixos salários, aumentando a precarização das relações de
trabalho? Discute-se em que medida estamos diante de um currículo híbrido, impregnado pela
[23]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
ideologia da “mercadificação” de tudo (Harvey 2005), ou seja, de uma educação profissional
focada na competição. A referência teórica valoriza a problematização sob o olhar de Azevedo,
Adams, Bauman, Freire, Harvey, Gramsci, Reis, Streck, Saviani, entre outros. Além do olhar
teórico, o artigo analisa o processo de implantação da proposta no estado do Rio Grande do
Sul.
2. BORGES, Ernesto Charpinel,
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo
“Ensino profissionalizante e Institutos Federais: ordem técnica e progresso para quem?”
A realidade dos Institutos Federais e, por extensão, do ensino profissionalizante no Brasil vem
demonstrando opções político-pedagógicas que atendem - no início de século XXI - à
modernização do capitalismo global, numa dinâmica que propõe aos governos o investimento
na formação de mão-de-obra qualificada na expectativa de elevar os níveis de emprego formal
e, consequentemente, diminuir os níveis de pobreza, gerando inclusão social. No entanto, é
possível perceber, na gestão da formulação de suas políticas curriculares, nos prognósticos e
pespectivações de oferta de cursos, bem como na própria divisão de disciplinas, a
continuidade de um discurso tecnicista, embasado também na meritocracia e na ideia de
progresso estabelecida pelo capital em sua fase monopolista, ausentando-se, muitas vezes,
possibilidades de diálogo com movimentos sociais historicamente organizados. Nosso estudo
pretende auxiliar no esclarecimento dessa dinâmica, buscando alternativas através da
observação de referenciais teóricos que podem contribuir para a construção de um arsenal
crítico voltado à educação profissional: a crítica ao positivismo, estabelecida pela Nova
História, a crítica à ideia de progresso presente em Walter Benjamin e a utilização da noção
gramsciana para o entendimento da educação como elemento de um confronto de forças que
disputam o poder são nossas propostas para a compreensão deste processo.
3. CAMPOS, Janaina Fátima Sabrina de,
[email protected]
Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE
“Neoliberalismo e as propoposições para a reforma na política educacional na América
Latina”
Este estudo é resultado da pesquisa desenvolvida no Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação Científica – PIBIC. E de discussões obtidas no Núcleo Temático: Serviço Social e
Educação: a Política Educacional no Brasil do Curso de Serviço Social da Unioeste, Campus de
Toledo, que visa uma aproximação com as temáticas neoliberalismo e as políticas
educacionais. Primeiramente trataremos de uma breve contextualização do processo de
acumulação capitalista sob a égide do neoliberalismo. Busca-se explicitar as consequências
dessa reestruturação da produção na economia e na política como a reforma do Estado, e
preferencialmente, no âmbito das políticas sociais na América Latina. Nesse contexto,
procuramos tratar da política educacional, em seguida das proposições para a reforma
educacional presentes no documento “Perspectivas Econômicas de América Latina 2012:
Transformación del Estado para el Desarollo”, OCDE/CEPAL (2011). Ressaltamos a importância
de se destacar as proposições presentes no documento, por se tratar de um documento
recente, produzido pelos Organismos Multilaterais que reconfiguraram formas de gestão e
ações da política da educação na América Latina, como a descentralização, reforma do ensino
superior, formas de avaliações, seleções e remunerações, que reforçam o crescimento do
neoliberalismo na educação e reforçam a formação voltada para o trabalho.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
4. CARPIO, Ariel, [email protected] (Universidad de Buenos Aires); HIRSCH, Dana,
[email protected] (CEIL-CONICET y UNLu); IÑIGO, Luisa, [email protected]
(Universidad de Buenos Aires – Argentina); RIO, Victoria, [email protected] (Universidad
de Buenos Aires – Argentina)
“¿Qué es la educación para el trabajo? o sobre qué educación educa para el trabajo”
El campo de estudios conocido como “Educación y trabajo” se propone conocer, desde
diferentes perspectivas y distintos niveles de análisis, cómo se "vinculan" las políticas y las
prácticas educativas con las necesidades y demandas del mercado de trabajo y el "sector
productivo". Dichos estudios se han centrado, por un lado, en el análisis de "la demanda", esto
es, tanto la investigación de los requerimientos del mercado de trabajo como de los atributos
productivos involucrados en procesos de trabajo concretos. Por el otro, en la investigación en
torno a los procesos educativos (las políticas, los contenidos y las prácticas escolares, etc.) y de
qué manera "la oferta" busca relacionarse con el mercado de trabajo y el "sector productivo".
Las diversas perspectivas teóricas en torno al recorte “educación para el trabajo”, en todos los
casos, se restringen a la formación técnica o instrumental. La formación de otro tipo de
atributos productivos involucrados en el proceso de trabajo es dejada de lado. A su vez, el
recorte deja un "resto" que, entonces, no sería formación "para el trabajo" (y que, en
ocasiones, se denomina como "para la ciudadanía", "para la formación integral", "para la
formación de la persona", etc.). Esta ponencia busca poner en cuestión el recorte mencionado,
partiendo de preguntarse por las determinaciones generales del trabajo y de la educación en
el modo de producción capitalista para luego buscar contestarse qué es, en todo caso, la
"educación para el trabajo".
5. CORBO, Anamaría,
[email protected]
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV/ Fiocruz
“Formação dos trabalhadores e conformação de novas formas de sociabilidade: a formação
dos trabalhadores técnicos em saúde no Mercosul”
Esta comunicação é fruto de pesquisa multicêntrica, coordenada pela EPSJV/Fiocruz, que
objetivou identificar e analisar a formação de trabalhadores técnicos em saúde no MERCOSUL
(Argentina, Brasil e Uruguai), a fim de subsidiar políticas de organização e fortalecimento de
sistemas de saúde, de educação e de cooperação internacional entre estes países, garantindo
a comparabilidade dos estudos nacionais, respeitando as especificidades de cada país. O
referencial teórico-metodológico, de cunho histórico-dialético, considera a formação destes
trabalhadores como uma mediação específica da formação humana na totalidade das relações
sociais, captando elementos que possibilitem compreender como e por que, as características
quanti-qualitativas dessa formação e seus fundamentos teórico-metodológicos buscam
conservar e/ou transformar relações necessárias à conformação psicofísica do trabalhador às
formas de produção hegemônicas. Resultados preliminares apontam que, em que pese a
conformação histórica particular dos sistemas nacionais de educação e de saúde de cada país,
as reformas neoliberais aproximaram as características dessa formação, sobretudo no plano
curricular, conformando esses trabalhadores nos moldes das novas formas de sociabilidade
exigidas pelo capital.
6. COSTA, Renata Luiza da,
[email protected]
Instituto Federal de Goiás
“Educação Profissional e Técnica a Distância: análise crítica de âmbito político-pedagógico do
Programa Rede e-Tec Brasil”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
O presente texto representa uma análise crítica de âmbito histórico-político e pedagógico da
expansão da Educação Profissional e Técnica (EPT) por meio da educação a distância a partir
de 2007, visando enriquecer o debate da relação entre as finalidades da EPT da rede federal
com seus reais modos de oferta. Para a concretização da expansão da EPT no modo a distância
online foi criada a Rede e-Tec Brasil, a qual compreende as redes Federal e Estadual de EPT,
bem como a rede de escolas privadas, incluindo o Sistema S. Tal pesquisa tem sua importância
no fato de que, embora os governos brasileiros dos últimos oito anos tenham investido na
criação de novas escolas técnicas federais, a ampliação das vagas por meio da educação a
distância online tem crescido 7% ao ano e 80% dessas vagas, mesmo as da Rede federal, são
no modo subsequente, o que dá fortes indícios de que existe a intenção de enfraquecimento
dos cursos técnicos no modo integrado ofertados pela rede federal aproximando-a dos
objetivos da rede privada. Dentro desse contexto, este artigo analisa a regulamentação da
Rede e-Tec Brasil e dados do censo da educação a distância em relação aos objetivos nacionais
da EPT e em relação aos objetivos específicos da rede federal de educação técnica.
7. COSTA QUEIROZ, Kamilla Fernanda da
[email protected]
Instituto Federal de Brasília (IFB)
“A alfabetização de mulheres em situação de vulnerabilidade social no âmbito do Instituto
Federal de Brasília (IFB)”
Este artigo visa explicitar como ocorre o projeto de extensão "Alfabetização de Mulheres em
situação de vulnerabilidade social" executado como projeto pioneiro no âmbito do Instituto
Federal de Brasília (IFB). O projeto de alfabetização agrega um conjunto de ações, técnicas e
metodológicas transformadoras, desenvolvidas e aplicadas na interação com a população e
apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social, geração de oportunidades
e melhoria das condições de vida. Tem como objetivo principal a inclusão social de mulheres
em situação de vulnerabilidade social, as quais nunca tiveram oportunidade de serem
alfabetizadas. As escolas, enquanto instituições abertas à sociedade, devem contribuir para
combater a discriminação de gênero, em que as mulheres são as principais vítimas da
sociedade brasileira. Dessa forma está em consonância com a missão dos Institutos Federais
ao qual se destina a contribuir para a formação cidadã e o desenvolvimento humano. Como
instituição de educação pública e comprometida com a justiça social e equidade, o IFB também
deve primar pelo atendimento das principais necessidades educacionais da população
brasileira. O curso caminha para sua quarta turma e já formou quase cem mulheres no âmbito
do Distrito Federal, oferecendo formação inclusiva a mulheres em situação de vulnerabilidade
social, melhorando as condições educativas e sociais em que elas e suas famílias vivem.
8. LIMA, Ricardo Barbosa de
[email protected]
Universidade Federal de Goiás
“A retórica da intransigência na Educação Profissional Brasileira: análise de argumentos
referentes ao Pronatec”
O presente artigo é fruto de leituras que objetivam analisar a educação profissional brasileira.
Nesse sentido, buscou-se problematizar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec), criado pelo Governo Federal em 2011 com o objetivo de ampliar a oferta
de cursos de educação profissional e tecnológica. Para tanto, foram analisados diversos
argumentos referentes ao Pronatec que possibilitassem a identificação do uso das teses da
Ameaça, Perversidade e Futilidade cunhadas por Albert O. Hirschman. Foi possível notar que
entidades representativas contrárias à instituição do programa previam o retrocesso em
relação a vitórias conquistadas (tese da ameaça), seu efeito contrário (tese da perversidade),
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
ou até mesmo nenhum efeito ou mudança sobre a educação profissional (tese da futilidade).
Os argumentos analisados permitiram inferir que tal projeto ainda não se adéqua às demandas
da educação profissional, quais sejam, aumento de sua qualidade – no que diz respeito à
emancipação do trabalhador, sua formação crítica e não meramente para o trabalho –,
aumento da oferta de vagas – sem passar pelo financiamento da iniciativa privada com
recursos públicos – entre outras, como infraestrutura e valorização dos profissionais.
9. MORAES, Rafael Vicente de
[email protected]
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, campus Campo
Grande – IFMS
“As contribuições de Antonio Gramsci para a formação do educador”
Os princípios que constituem a realidade não são uma 'teoria' historicamente pensada, mas
um 'real aparente' que refrata parte dessa totalidade representada por grupos específicos. No
bojo das relações societárias determinadas pelo modo de produção que o homem se faz
homem enquanto determinado e determinante dessas mesmas relações. Assim, o propósito
do texto é discutir o pensamento educacional gramsciano a partir da crítica que se estabelece
ao sistema escolar italiano porque reproduz as desigualdades sociais. A escola articula
subjetividade e objetivação, entendidas não como duas esferas contrárias, mas como relações
dialéticas que estabelecem o objeto enquanto fruto da atividade subjetiva. A escola unitária é
entendida enquanto construção coletiva do espaço de sociabilidade calcada na participação
consciente de todos na gestão da sociedade. Expressa a capacidade conquistada pelas classes
subalternas de se apropriarem dos bens socialmente criados e de ativarem as potencialidades
de emancipação humana. A escola unitária é convocada para desempenhar um papel mais
amplo que combina a educação humanista tradicional com a educação técnica potencializando
o indivíduo para o exercício efetivo de qualquer função, seja ela de operário qualificado ou de
dirigente político o que cinde os elos viciosos de reprodução da elite. Ou seja, a escola unitária
transpõe a dualidade entre conhecimento teórico e conhecimento prático que marca a
organização escolar ocidental desde a sua gestação.
10. MOURA, Luis Claudio Rocha Henriques de
[email protected]
Docente do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Goiás - Câmpus Formosa
“O ensino técnico integrado em tempo integral no IFG: perspectivas e desafios de um novo
modelo”
O presente artigo visa analisar o desenvolvimento do Ensino Médio Técnico Integrado em
"Tempo Integral” que está em fase de implementação no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). Desde o ano 2008 os Institutos Federais de educação estão
em constantes transformações, metamorfoseando-se das antigas escolas técnicas / CEFET para
os atuais Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Este processo de
transformação e de (re)estruturação vem sendo desenvolvido de maneira gradual, não linear e
com possibilidade de se estabelecer novas experiências. No IFG, entre as novas propostas
colocadas em andamento está a mudança na modalidade do funcionamento do Ensino Médio,
com a substituição do Ensino Médio Técnico Integrado em um único turno (em quatro anos)
passando a ser ofertado em Tempo Integral (em três anos). Partindo desta problematização,
realizamos uma pesquisa, com vistas na análise da implantação do novo formato, buscando
aferir as especificidades do processo. Nesta proposta, procurou-se compreender, a partir da
perspectiva dos discentes e dos docentes, os impactos no processo educativo advindos desta
nova organização, como também apreender suas implicações para o processo didáticopedagógico.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
11. OLIVEIRA, Kaithy das Chagas
[email protected]
Docente do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de Goiás - Câmpus Formosa
“O ensino técnico integrado em tempo integral no IFG: perspectivas e desafios de um novo
modelo”
O presente artigo visa analisar o desenvolvimento do Ensino Médio Técnico Integrado em
"Tempo Integral” que está em fase de implementação no Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG). Desde o ano 2008 os Institutos Federais de educação estão
em constantes transformações, metamorfoseando-se das antigas escolas técnicas / CEFET para
os atuais Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Este processo de
transformação e de (re)estruturação vem sendo desenvolvido de maneira gradual, não linear e
com possibilidade de se estabelecer novas experiências. No IFG, entre as novas propostas
colocadas em andamento está a mudança na modalidade do funcionamento do Ensino Médio,
com a substituição do Ensino Médio Técnico Integrado em um único turno (em quatro anos)
passando a ser ofertado em Tempo Integral (em três anos). Partindo desta problematização,
realizamos uma pesquisa, com vistas na análise da implantação do novo formato, buscando
aferir as especificidades do processo. Nesta proposta, procurou-se compreender, a partir da
perspectiva dos discentes e dos docentes, os impactos no processo educativo advindos desta
nova organização, como também apreender suas implicações para o processo didáticopedagógico.
12. POCOROBBA, Juan Ignacio
[email protected]
Universidad de Buenos Aires - Argentina
“Alpargatas sí, libros también… La creación de la Universidad Obrera Nacional”
El tema abordado es la creación de la primera Universidad Obrera de la Argentina en 1952,
durante la segunda presidencia de Juan Perón. Un punto nodal del trabajo reside en establecer
una clara diferenciación entre el proceso de industrialización por sustitución de importaciones
iniciado durante la década del 30’ -como consecuencia de la crisis económica internacional
desatada en 1929- cuyos rasgos salientes serían la improvisación y su carácter meramente
coyuntural, y la política industrialista llevada adelante por el primer Peronismo a partir de su
llegada al poder en 1946, alentada y planificada desde el Estado, la cual apuntaba a
profundizar el proceso sustitutivo en el mediano plazo para luego dar el salto hacia la industria
pesada. Otro punto fuerte de análisis lo constituyen las limitaciones estructurales que podrían
entorpecer dicho proceso. Por ejemplo, tengamos en cuenta que gran parte de los migrantes
internos absorbidos por las industrias sustitutivas provenían del sector rural y carecían de los
conocimientos técnicos necesarios para desempeñar su labor de manera eficaz. En este
sentido, mi conclusión sería que la apertura de la Universidad Obrera constituiría el punto más
alto de una serie de políticas públicas destinadas a la capacitación técnica y a la formación
política de vastos sectores de la clase trabajadora argentina.
13. PRONKO, Marcela
[email protected]
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV/ Fiocruz
“Formação dos trabalhadores e conformação de novas formas de sociabilidade: a formação
dos trabalhadores técnicos em saúde no Mercosul”
Esta comunicação é fruto de pesquisa multicêntrica, coordenada pela EPSJV/Fiocruz, que
objetivou identificar e analisar a formação de trabalhadores técnicos em saúde no MERCOSUL
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
(Argentina, Brasil e Uruguai), a fim de subsidiar políticas de organização e fortalecimento de
sistemas de saúde, de educação e de cooperação internacional entre estes países, garantindo
a comparabilidade dos estudos nacionais, respeitando as especificidades de cada país. O
referencial teórico-metodológico, de cunho histórico-dialético, considera a formação destes
trabalhadores como uma mediação específica da formação humana na totalidade das relações
sociais, captando elementos que possibilitem compreender como e por que, as características
quanti-qualitativas dessa formação e seus fundamentos teórico-metodológicos buscam
conservar e/ou transformar relações necessárias à conformação psicofísica do trabalhador às
formas de produção hegemônicas. Resultados preliminares apontam que, em que pese a
conformação histórica particular dos sistemas nacionais de educação e de saúde de cada país,
as reformas neoliberais aproximaram as características dessa formação, sobretudo no plano
curricular, conformando esses trabalhadores nos moldes das novas formas de sociabilidade
exigidas pelo capital.
14. REIS, Dalton Luiz de Menezes
[email protected]
Instituto Federal Catarinense – IFC - Campus Blumenau
“Anotações sobre a teoria do valor em Marx: fundamentos para o debate sobre o trabalho
como princípio educativo na educação profissional”
A educação profissional é o locus de polêmicos debates que envolvem os limites e as
possibilidades de algumas propostas pedagógicas que se baseiam no trabalho como princípio
educativo. Para dar continuidade neste debate, objetivamos fazer uso de alguns dos
fundamentos teóricos que fornecem amparo a esta proposição. Em particular, pretendemos
realizar alguns apontamentos, de caráter inicial, sobre a teoria do valor em Marx. Para efetuar
este movimento de investigação utilizaremos algumas categorias de análise que compõe o
arsenal teórico produzido por Marx. Destacaremos dentre a vasta obra do pensador alemão as
teorizações contidas em O Capital, no seu livro primeiro. Isto se deve ao fato de
compreendermos que se trata de uma obra matricial deste autor, na qual estão desenvolvidas
as principais categorias de análise da crítica da economia política. Descartando estas
categorias, é pouco provável que consigamos empreender uma análise que articule a
particularidade do trabalho como princípio educativo, na educação profissional, com a
totalidade do fenômeno que é o capital.
15. SEKI, Allan Kenji
[email protected]
Universidade Federal de Santa Catarina
“Os interesses da fração industrial do capital nas universidades públicas brasileiras ao longo
do Governo Lula da Silva (2003-2010)”
O objetivo da pesquisa é analisar as demandas formuladas pela fração industrial do capital, ao
longo do Governo Lula (2003-2010), a respeito das universidades públicas brasileiras. A
pesquisa é de base empírica documental. São analisados os documentos publicados pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL) no período de 2002-2010.
Percebe-se nesta base a emergência de categorias como capital humano, sociedade do
conhecimento, inovação associadas para embasar as propostas pedagógicas da indústria e
seus encaminhamentos políticos. A ideia-força que emerge é “a educação é a base para a
inovação e a elevação da produtividade”. Partimos da hipótese de que a indústria brasileira já
não possui nenhum elemento que pudesse aproximar seus interesses aos da classe
trabalhadora. As proposições desta fração do capital para as universidades públicas brasileiras
são incompatíveis com o pensamento crítico, impossibilitando qualquer aproximação.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
15. SIEBEN, Leandro
[email protected]
Doutorando em Educação – Unisinos
“Educação profissional e formação para a juventude: princípio educativo ou mercadificação
da educação”
O presente trabalho analisa o projeto educacional do Ensino Médio Politécnico do Rio Grande
do Sul, iniciado em 2011. A discussão visa à compreensão do Projeto Pedagógico e da Política
Educacional de Educação Profissional, que estabeleceram como prioridade a democratização
da gestão, do acesso à escola e ao conhecimento com qualidade social, do acesso à
aprendizagem e ao patrimônio cultural objetivando a permanência do aluno na escola, além
da qualificação do Ensino Médio e da Educação Profissional. O texto articula-se com a
provocação: estamos diante de uma reforma educacional originária e desejada pela escola ou
simplesmente diante de uma pressão de lógica capitalista que demanda mão de obra
qualificada com pagamentos de baixos salários, aumentando a precarização das relações de
trabalho? Discute-se em que medida estamos diante de um currículo híbrido, impregnado pela
ideologia da “mercadificação” de tudo (Harvey 2005), ou seja, de uma educação profissional
focada na competição. A referência teórica valoriza a problematização sob o olhar de Azevedo,
Adams, Bauman, Freire, Harvey, Gramsci, Reis, Streck, Saviani, entre outros. Além do olhar
teórico, o artigo analisa o processo de implantação da proposta no estado do Rio Grande do
Sul.
16. SILVA, Bianca
[email protected]
Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina na Universidade
de São Paulo
“Capacitação profissional para imigrantes da Bolívia em São Paulo: perspectivas sobre
trabalho decente, divisão do trabalho e integração regional”
O estudo tem por objetivo analisar experiências de capacitação profissional de imigrantes sulamericanos, especialmente de nacionalidade boliviana, no contexto de seu estabelecimento na
cidade de São Paulo. Interessa-nos discutir os significados atribuídos pelos próprios sujeitos
com relação à formação para o trabalho, bem como sua relevância no que se refere a questões
como a empregabilidade destes imigrantes e o trabalho decente. O foco de analise se dá,
principalmente, em torno dos projetos de capacitação profissional que recentemente têm sido
elaborados para a população imigrante por intermédio do Estado brasileiro e boliviano.
Entende-se que tal problemática se constitui como relevante no âmbito Latino Americano,
tendo em vista o avanço nas discussões quanto a dimensão social dos mecanismos de
integração regional, como no caso do Mercosul e da Unasul.
17. SILVA, Maxmillian Lopes da
[email protected]
Instituto Federal de Goiás
“A retórica da intransigência na Educação Profissional Brasileira: análise de argumentos
referentes ao Pronatec”
O presente artigo é fruto de leituras que objetivam analisar a educação profissional brasileira.
Nesse sentido, buscou-se problematizar o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e
Emprego (Pronatec), criado pelo Governo Federal em 2011 com o objetivo de ampliar a oferta
de cursos de educação profissional e tecnológica. Para tanto, foram analisados diversos
argumentos referentes ao Pronatec que possibilitassem a identificação do uso das teses da
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Ameaça, Perversidade e Futilidade cunhadas por Albert O. Hirschman. Foi possível notar que
entidades representativas contrárias à instituição do programa previam o retrocesso em
relação a vitórias conquistadas (tese da ameaça), seu efeito contrário (tese da perversidade),
ou até mesmo nenhum efeito ou mudança sobre a educação profissional (tese da futilidade).
Os argumentos analisados permitiram inferir que tal projeto ainda não se adéqua às demandas
da educação profissional, quais sejam, aumento de sua qualidade – no que diz respeito à
emancipação do trabalhador, sua formação crítica e não meramente para o trabalho –,
aumento da oferta de vagas – sem passar pelo financiamento da iniciativa privada com
recursos públicos – entre outras, como infraestrutura e valorização dos profissionais.
18. STAUFFER, Anakeila
[email protected]
Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio – EPSJV/ Fiocruz
“Formação dos trabalhadores e conformação de novas formas de sociabilidade: a formação
dos trabalhadores técnicos em saúde no Mercosul”
Esta comunicação é fruto de pesquisa multicêntrica, coordenada pela EPSJV/Fiocruz, que
objetivou identificar e analisar a formação de trabalhadores técnicos em saúde no MERCOSUL
(Argentina, Brasil e Uruguai), a fim de subsidiar políticas de organização e fortalecimento de
sistemas de saúde, de educação e de cooperação internacional entre estes países, garantindo
a comparabilidade dos estudos nacionais, respeitando as especificidades de cada país. O
referencial teórico-metodológico, de cunho histórico-dialético, considera a formação destes
trabalhadores como uma mediação específica da formação humana na totalidade das relações
sociais, captando elementos que possibilitem compreender como e por que, as características
quanti-qualitativas dessa formação e seus fundamentos teórico-metodológicos buscam
conservar e/ou transformar relações necessárias à conformação psicofísica do trabalhador às
formas de produção hegemônicas. Resultados preliminares apontam que, em que pese a
conformação histórica particular dos sistemas nacionais de educação e de saúde de cada país,
as reformas neoliberais aproximaram as características dessa formação, sobretudo no plano
curricular, conformando esses trabalhadores nos moldes das novas formas de sociabilidade
exigidas pelo capital.
19. VELHO, Ricardo Scopel
[email protected]
Instituto Federal Catarinense
“Contradição, politecnia e revolução: limites de uma polêmica”
O objetivo geral do artigo é apresentar a importância da apreensão do movimento
contraditório do capital e a capacidade da classe trabalhadora produzir ação política que se
coloque em enfrentamento com a ordem estabelecida, problematizando a questão
educacional. Considerando que a relação social determinante é a de exploração do capital
sobre o trabalho e, portanto, personificados nas classes antagônicas desse modo de produção,
burguesia e proletariado. Se entendermos o desenvolvimento do modo de produção
capitalista como a materialidade onde se desenrolam determinadas estratégias políticas das
organizações das classes sociais, é preciso também perceber que ao mesmo tempo essas
estratégias e sistemas econômicos “modelam” os diferentes processos educativos. Aqui inicia
o debate a cerca do papel da escola nessas particularidades e também de seu papel no
conjunto da formulação estratégica de cada período histórico. Discutiremos com a concepção
de politecnia e a problematizaremos. Sendo assim, será necessária uma análise da realidade
brasileira para derivar uma estratégia de revolução particular a nossa formação social e
também é necessária uma mesma análise quanto à escola.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
19. VIEIRA, Clarice Barbosa
[email protected]
Instituto Federal de Brasília (IFB)
“A alfabetização de mulheres em situação de vulnerabilidade social no âmbito do Instituto
Federal de Brasília (IFB)”
Este artigo visa explicitar como ocorre o projeto de extensão "Alfabetização de Mulheres em
situação de vulnerabilidade social" executado como projeto pioneiro no âmbito do Instituto
Federal de Brasília (IFB). O projeto de alfabetização agrega um conjunto de ações, técnicas e
metodológicas transformadoras, desenvolvidas e aplicadas na interação com a população e
apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social, geração de oportunidades
e melhoria das condições de vida. Tem como objetivo principal a inclusão social de mulheres
em situação de vulnerabilidade social, as quais nunca tiveram oportunidade de serem
alfabetizadas. As escolas, enquanto instituições abertas à sociedade, devem contribuir para
combater a discriminação de gênero, em que as mulheres são as principais vítimas da
sociedade brasileira. Dessa forma está em consonância com a missão dos Institutos Federais
ao qual se destina a contribuir para a formação cidadã e o desenvolvimento humano. Como
instituição de educação pública e comprometida com a justiça social e equidade, o IFB também
deve primar pelo atendimento das principais necessidades educacionais da população
brasileira. O curso caminha para sua quarta turma e já formou quase cem mulheres no âmbito
do Distrito Federal, oferecendo formação inclusiva a mulheres em situação de vulnerabilidade
social, melhorando as condições educativas e sociais em que elas e suas famílias vivem.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala K4. UNIOESTE|
SIMPOSIO 5
ENERGÍA Y DISPUTAS TERRITORIALES EN AMÉRICA LATINA
Coordenadores: Florencia Puente (CONICET/UNLP); Bruno Fornillo (CONICET/UBA)
[email protected]
RESUMO: Las transformaciones recientes en la lógica del “sistema-mundo capitalista”,
cuya nota distintiva reside en la agudización de las tensiones que emergen de la
multipolarización del poder -particularmente en relación con la descomunal emergencia China, la crisis del patrón energético basado en los combustible fósiles y la visibilización de
profundos riesgos climático-ecológicos, se articula a una escena regional en la que se han
instalado -y paulatinamente consolidado- una serie de gobiernos de carácter progresista
capaces de exhibir tasas de crecimiento, niveles de inclusión social y apelaciones a la soberanía
política mayores que sus antecesores. Empero, la vital apertura a la problematización sobre los
contornos de un horizonte “posneoliberal” para América Latina aun convive con dificultades
para sortear el tradicional papel dependiente y neocolonial, y obstáculos para desplegar
modelos creativos de desarrollo.
La producción, distribución y consumo de energía constituye una de las claves para
comprender el nuevo orden geopolítico mundial. En nuestro continente, es preciso prestar
suma atención al hecho de que los gobiernos progresistas -y profundamente en el MERCOSUR, tienen al área de la energía como uno de los pilares de sus respectivos proyectos de país. De
este modo hay que verlo claramente para el caso de Venezuela y Ecuador, economías que
giran en torno a la extracción del “oro negro”, pero también así hay que vislumbrar las
perspectivas de Brasil, cuyos intentos por profundizar su plataforma industrial y proyectarse
como un país plenamente desarrollado y al comando de la región no poco se asienta en los
recientes descubrimientos de petróleo en las capas pre-sal del mar atlántico, bajo la égida del
gigante Petrobras. Más aún: la realidad socioeconómica concreta de Bolivia es inseparable de
la exportación de gas a sus vecinos y el mayor hecho político-económico del último tiempo en
Argentina, un país que ve declinar peligrosamente sus reservas hidrocarburíferas, ha sido la
nacionalización de YPF; hasta Uruguay y Chile tienen a la “cuestión energética” como punto
central de su agenda, paradójicamente debido a la ausencia de generación propia sustancial.
En este contexto, vale apuntar que no son pocas las tensiones territoriales que han amanecido
al calor de los emprendimientos energéticos en el último tiempo, hecho que merece especial
atención. En suma, proponemos abocarnos a la investigación de uno de los tópicos más
significativos en la hora actual y futura del subcontinente: la geopolítica de la energía.
La idea central de la mesa propuesta consiste en contribuir a la comprensión de la
energía en tanto matrices de producción, distribución y consumo, fuentes de integración y
autonomía y objetos de acción estatal y disputas territoriales bajo el supuesto de que allí se
juega una clave no menor del destino próximo de la región. Por este motivo se esperan
trabajos que entre otras cosas -aunque no excluyentes- puedan estudiar las siguientes
dimensiones de manera simultánea o parcial: A) Realidad, perspectiva y fuentes alternativas
de las matrices energéticas; B) Integración, autonomía regional y geopolítica de los recursos
energéticos; C) Estrategias estatales de desarrollo, políticas y “transición” energética D)
Sociedad civil y disputas territoriales. Esperamos, entonces, que este espacio se constituya
como un marco de discusión desde diferentes marcos disciplinarios y perspectivas políticas.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
RESUMOS:
1. BRITO DA SILVA, Rafaele
[email protected]
Universidade Estadual da Paraíba
“Cooperação Energética na América do Sul: Eletricidade como foco da interação”
O presente artigo tem como objetivo descrever a relação bilateral entre Brasil e Paraguai no
que concerne a cooperação energética para geração de energia elétrica nos países
participantes. Trazendo em seu decorrer detalhes sobre a Usina Itaipu, como resultado
concreto da cooperação e meio eficaz para a produção de eletricidade. Além disto, o artigo
almeja entender as vantagens da integração no cenário em que o Brasil passava por sua crise
energética em 2001, relatando sobre o papel da Usina neste momento e a nova perspectiva do
Brasil sobre os aspectos energéticos desde então. Deste modo, a importância do trabalho darse por este ser um estudo proposto para entender os acontecimentos, a relação e os
resultados da interação entre Brasil e Paraguai, destacando as vantagens e os meios
percorridos para que a cooperação torne-se bem sucedida. Contribuindo assim para que sejam
construídos meios alternativos para se alcançar integração e autonomia regional.
2. BRÚCULO, Celia Romina
[email protected]
CONICET-ARRIAL-IDICSO
“Recursos naturales, perfiles productivos y movimientos sociales. La Rioja- ATACALAR y las
disputas en torno a la actividad minera”
La presente propuesta consiste en una aproximación descriptiva de la cuestión minera en la
provincia La Rioja (Argentina) y de su proyección en el Comité de Integración ATACALAR
(Comité de Integración argentino-chileno) constituido por provincias argentinas: Catamarca, La
Rioja, Tucumán, Santiago del Estero, Córdoba y Santa Fe y la tercera región chilena de
Atacama, teniendo en cuenta que esta unidad subnacional (La Rioja) advierte la influencia
nacional que considera desde hace una década a la minería como política de Estado y la
irradiación del Tratado Binacional Minero (Argentina-Chile), entre otros influjos económicos y
comerciales.En el caso de La Rioja en particular y en toda la zona de influencia que
consideramos en el área de integración argentino-chilena, se intenta poner de relieve las
diversas controversias en torno a esta actividad productiva, donde se integran tensiones en las
comunidades locales, entre los distintos niveles de gobierno (nacional, provincial, municipal),
las relaciones con capitales transnacionales y otros actores. Desde que se instaló nuevamente
en la última década ha sido un tema controvertido. Famatina y Chilecito fueron noticia
nacional luego de echar en 2007 a la minera Barrick Gold y, a inicios de 2012, por las masivas
movilizaciones contra otra empresa minera Osisko. Uno de los movimientos ambientalistas
autoconvocados con una fuerte resistencia a la minería hicieron efectivo detener a los
proyectos mineros de dos grandes multinacionales: Osisko y Barrick Gold, bajo el lema de “no
licencia social”. Las disputas aún persisten y son de diverso orden,por lo que se propone
identificar problemáticas sobresalientes en materia de recursos naturales, particularmente
efectuar una aproximación al caso del modelo productivo extractivo minero que es un
emergente de interés en la sub-región.
3. DE AQUINO, Artur
[email protected]
Unicamp
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Pré-Sal e Questão Nacional – Estado e Empresas na alteração do marco regulatório na área
de petróleo e gás”
A pesquisa aqui exposta no texto decorre de tese de doutorado em andamento, no âmbito do
PPGCS/Unicamp. O tema da pesquisa orbita as circunstâncias políticas e econômicas da sanção
da lei 12.351/2010, que institui o regime de partilha de produção para as jazidas de petróleo e
gás do pré-sal, assim como abre a possibilidade de expandir essa jurisdição para áreas que
forem consideradas ‘estratégicas’. Assim, o tema consiste de uma abordagem da alteração do
marco legal em seus aspectos histórico-políticos, com atenção para os atores sociais
envolvidos no processo de decisão política. Dentro desse tema, o objeto recortado consiste em
observar as relações entre Estado e empresas nesse processo. A instituição do regime de
partilha para o pré-sal, em substituição ao regime de concessão, vigente desde a lei
9.437/1998, caracteriza um avanço do Estado brasileiro em direção ao recurso mineral, em
detrimento às empresas do setor? Uma vez colocada em questão a relação com as empresas
de petróleo, a questão nacional e do desenvolvimento emergem. Seria o regime de partilha
caudatário de um novo projeto de desenvolvimento? Qual o sentido da intervenção estatal no
contexto?
4. DEL PINO, Manuel [email protected] (FCE-UBA); FEITO, Alan [email protected]
(FCE-UBA), ZICARÍ, Julián [email protected] (FCE-UBA)
“El litio en Argentina: procesos, oportunidades y peligros”
El trabajo que proponemos es analizar las diversas aristas que despierta y virtualmente podrá
despertar la explotación el litio como recurso estratégico en la Argentina. Intentando abordar
sus características y las diversas etapas de su trayecto: tipos de explotación, derivados y
procesamientos, como así la ubicación de sus recursos en nuestro país y los virtuales
problemas que podría conllevar esto al ecosistema y a las comunidades indígenas que
circundan dichas áreas.
5. ESTRADA, Victoria
[email protected]
Universidad Nacional de La Rioja
“Análisis geopolítico-prospectivo de la Antártida, reclamos de soberanía de Argentina, Chile
y Gran Bretaña”
La presente investigación asume un abordaje desde la mirada de las Relaciones Internacionales
acerca de un continente colmado de peculiaridades: la Antártida. El mismo se encuentra
actualmente regulado bajo el Tratado Antártico de 1959. Si bien dicho territorio se reserva
como un continente de paz, prohibiéndose de esta manera cualquier tipo de medida de
carácter militar, y permitiéndose la libertad de investigación científica, es evidente la tensión
que emana de las pretensiones divergentes de los países de Argentina, Chile y Reino Unido de
Gran Bretaña respecto a la titularidad de la soberanía y la potencialidad de explotación de
recursos naturales en la región. Desde un análisis geopolítico-estratégico y de políticas
comparadas, se profundizarán las diversas posturas y reclamos de los países antes
mencionados, como así también sus fortalezas y debilidades, teniendo en cuenta las asperezas
existentes entre Argentina y Gran Bretaña en razón de su ya conocida disputa por la soberanía
de las Islas Malvinas. Para comprender la relevancia del tema en la Sociedad Internacional,
será también necesario indagar y analizar las prácticas discursivas de los países involucrados,
plasmados en la política exterior de cada uno de ellos. Asimismo, es oportuno realizar una
revisión del Tratado Antártico, contextualizando sus orígenes e implicancias, en tanto el mismo
entra en vigor en plena época de Guerra Fría.
6. FERRANTE, Sandra Bettina
[35]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected]
Universidad Pablo de Olavide (España)
“Hidrocarburos no convencionales en Argentina, ¿la clave para el autoabastecimiento
energético está en Vaca Muerta?”
La extracción de hidrocarburos no convencionales (HCNC) se expande en América Latina como
alternativa energética para sostener el crecimiento económico. Al mismo tiempo, es
considerada como posible solución a los problemas de déficit en balanza comercial energética
y de pérdida de autoabastecimiento en ese rubro. La viabilidad del fracking, generalmente
fundada en su alta rentabilidad monetaria, no necesariamente es equivalente en términos de
disponibilidad energética neta. En este trabajo se propone reflexionar sobre el potencial de la
extracción de HCNC en la provincia de Neuquén, para contribuir a que Argentina alcance el
autoabastecimiento energético, desde la perspectiva de la economía ecológica. Para cumplir
con ese objetivo: i) se estudian los principales flujos biofísicos (focalizando en el binomio agua
y energía) asociados con la fractura hidráulica en Vaca Muerta, ii) se estima el retorno
energético para el reservorio mencionado iii) se evalúan los requerimientos de combustible
fósil para el abastecimiento a escala nacional. Este trabajo es parte de una investigación en
curso e implica un avance en el abordaje de la problemática del fracking desde la perspectiva
interdisciplinar de la economía ecológica y en relación con las implicancias de tal actividad en
Latinoamérica.
7. FORNILLO, Bruno
[email protected]
Universidad de Buenos Aires -IEALC-CONICET
Matriz energética básica y fuentes renovables en Argentina y Brasil
Repasamos el lugar de las energías renovables en la matriz energética general de Argentina y
Brasil, así como la potencialidad que contienen. Asimismo, caracterizamos la política de
Estado, y de otros actores significativos, a la luz de las proyecciones energéticas futuras. La
hipótesis central es que en los últimos años, a pesar de haber intentado diversificar la matriz
primaria de producción, ninguno de los dos países sudamericanos ha incorporado
decisivamente lineamientos propios de una “transición energética”, esto es, el pasaje hacia
sociedades energéticamente autosostenibles. Debido a ello, postulamos, es preciso asumir una
transformación profunda acerca de la forma en cómo se concibe la energía en la región.
8. GARCÍA CARMONA, Rafael [email protected] (Assistente Social - Mestrando do
Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Estadual de Ponta
Grossa – UEPG); SCHIMANSKI, Edina [email protected] (PhD em Educação Universidade de Londres. Professora Adjunta do Departamento de Serviço Social e do
Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas – UEPG)
“Meio ambiente, gênero e construção de hidrelétricas: um olhar sobre a vida das mulheres
remanejadas”
Este trabalho discute sobre os impactos socioambientais gerados pela construção de usinas
hidrelétricas na história das famílias remanejadas, sobretudo na vida das mulheres. Tem como
referência revisão de literatura sobre meio ambiente, gênero e construção de hidrelétricas de
pesquisa em andamento sobre a temática no Estado do Paraná – Sul do Brasil. O foco principal
situa-se na reflexão teórica sobre a dimensão em que tais impactos atingem as mulheres e
alteram de modo significativo a dinâmica familiar e pessoal a partir do processo de
remanejamento populacional compulsório. Deste modo, são destacados os aspectos
relacionados aos apelos econômicos e sociais da construção de hidrelétricas, os quais estão
fundamentados no discurso de desenvolvimento econômico e social. Assim, a compreensão do
[36]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
impacto socioambiental do remanejamento populacional com recorte de gênero, deve levar
em consideração o modo de produção e reprodução da vida social. É ainda, no contexto de
desigualdade de gênero e contradições próprias da sociedade capitalista que o lugar da mulher
se constitui a partir de uma vulnerabilidade social que é potencializada com a construção de
hidrelétricas dado ao vinculo existente com o espaço vivido bem como o modo de vida.
9. GOMEZ FLORENTÍN, Carlos
[email protected]
Stony Brook University, Departamento de Historia, doctorando.
“La triple frontera como un espacio energético compartido (1950-2000)”
Este trabajo revisa el espacio de la triple frontera en perspectiva histórica como un espacio
energético fluido y cambiante. Desde la era de la madera a mediados del siglo veinte hasta la
emergencia de la represa de Itaipú en la región en la década de 1970, el Alto Paraná ha sido un
espacio fluido de transición de regímenes energéticos. El artículo revisa los cambios ocurridos
en la región con el objetivo de revisar la geopolítica de la energía de la región en tres
momentos diferentes: 1) durante una era temprana de explotación de madera y conflictos
fronterizos (1950-1970); 2)durante la era de Itaipú y las dictaduras militares regionales (19701990); y 3) durante la era de la transición democrática y la creación del Mercosur, enfatizando
el legado del manejo compartido de las aguas del río Paraná entre los gobiernos de Argentina,
Brasil y Paraguay y las resultantes políticas energéticas provenientes de los mismos acuerdos
tripartitos firmados a partir de Itaipú (1990 en adelante). Se parte de la necesidad de revisar
procesos políticos desde una perspectiva energética. Para esto se utiliza, problematización
mediante, el concepto de “régimen energético” utilizado entre otros por autores como Richard
White, John McNeill y Joachim Radkau. El énfasis combina una apreciación política mediada
por una interpretación ambiental de las transformaciones ocurridas en la región. El argumento
sobre el cual se plantea la lectura de las transformaciones de la región del Alto Paraná se basa
en la idea de que la circulación de la energía hidroeléctrica producida por las represas ubicadas
sobre el río Paraná (Itaipú fundamentalmente pero también Yacyretá) otorgó mayor
flexibilidad a las negociaciones sobre los espacios compartidos en la región. Así se puso punto
final a disputas territoriales tradicionales, si bien se proyectaron los conflictos sobre la
repartición de la energía (móvil). De esta manera, el efecto directo de la geopolítica regional se
proyectó sobre todo el Cono Sur.
10. LOPEZ FAGGIANO, Daniel [email protected] Mestre em Ciências Sociais pela Pontifícia
Universidade
Catolica
(PUCSP);
SILVA
DOS
SANTOS,
Elaine
Cristina
[email protected] Socióloga, mestre em Energia (UFABC) e doutoranda em
Ciências Sociais na Universidade de Coimbra (UC/PT); Mallet Guy Guerra, Sinclair
[email protected] (Prof. Dr. do Curso de Pós Graduação em Energia UFABC)
“Integração energética sul americana: rumos e percalços na particularidade de integração
de infra estrutura regional sul americana (IIRSA)”
O presente texto foi elaborado no intuito de um empreendimento maior, cuja pretensão é
analisar as relações de dependência entre os países da América do Sul e os centros
hegemônicos de poder. Desta forma será feito um recorte de um contexto cujo escopo é
demonstrado na constituição das políticas brasileiras relacionadas à energia a partir da década
de 90. Se na América do Sul há o IIRSA, no Brasil há o Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC); perpassa por ambos o objetivo de integrar fluxos de capitais à região Amazônica. No
desenvolvimento de nosso capitalismo atrófico a integração física e energética incide antes
mesmo de uma eventual consolidação econômico-político. Como o crescimento quantitativo
de nosso potencial energético repercute qualitativamente na sociedade brasileira? Este
trabalho tem como base, uma analise imanente, ou seja, acompanhar criticamente, por meio
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
de leitura e interpretação, não apenas os documentos já produzidos acerca desta proposta de
integração, mas também depoimentos das populações diretamente afetadas. O objetivo é
entender o sentido desta ação integracionista, sua proposta resolutiva, considerando como a
correlação de forças e interesses políticos interferem na integração latino-americana buscando
as características deste processo e as potencialidades que isto representa para os povos
presentes nessa região.
11. MALLET GUY GUERRA, Sinclair,
[email protected]
Professor/pesquisador no PGENE/CECS/UFABC.
“A industria de energía e o desenvolvimento socioeconómico nos países de América do Sul”
Diante do cenário energético de instabilidade de preços e degradação ambiental, ocasionados
principalmente pela dependência de combustíveis fósseis, verifica-se a necessidade de ações
capazes de promover o desenvolvimento de alternativas energéticas econômica e
ambientalmente viáveis. As discussões no âmbito energético sempre foram mais voltadas ao
petróleo principalmente do Oriente Médio, contudo, as descobertas de novas reservas, o
desenvolvimento de tecnologias renováveis, bem como a exploração de fontes não
convencionais, passam a apresentar novos atores, diminuindo o poder de barganha de alguns
e aumentando de outros. O fato é que os países precisam formular políticas públicas para
desenvolvimento e expansão para enfrentar os desafios do novo cenário energético e de uma
nova geopolítica energética, superando, por exemplo, as limitações de infraestrutura ou
qualificação de mão de obra, envolvendo agentes e empresas de segmentos diversos, o que
estimula capacitação, inovação e desenvolvimento tecnológico, investimentos, geração de
emprego, renda e crescimento econômico. Este trabalho pretende apresentar as principais
discussões em torno das políticas públicas da indústria de energia e suas possíveis
consequências no desenvolvimento socioeconômico nos países da América do Sul.
12. PARDO MONTENEGRO, Liliana,
[email protected]
CONICET-UBA-IEALC
“La alianza de multinacionales minero-energéticas y el paramilitarismo en Colombia. Análisis
del periodo (2002-2010)”
Durante los dos periodos de gobierno del expresidente Álvaro Uribe Vélez en Colombia, se
ejecutaron los planes de desarrollo Hacia un Estado Comunitario (2002-2006) y Estado
Comunitario: Desarrollo Para Todos (2006-2010), en los cuales se establecieron como ejes
principales la política de Defensa y Seguridad Democrática y una política económica de
Crecimiento Alto y Sostenido, más conocida como política de Confianza Inversionista. La
apuesta del gobierno fue acabar por la vía militar un conflicto armado interno para garantizar
una seguridad interior que permitiera la inversión extranjera, sosteniendo que la inversión
privada resolvería los problemas sociales del país. Las múltiples relaciones del expresidente
Uribe con bloques paramilitares y con la economía transnacional del narcotráfico, hacen de la
ejecución de su gobierno un resultado de violaciones a los derechos humanos de la población
colombiana, ocasionando desplazamientos forzados, desapariciones y seguimiento y
asesinatos selectivos de líderes sociales. La violencia paramilitar en colaboración con la fuerza
pública colombiana y la financiación de las multinacionales mineras y energéticas son el
trasfondo que se quiere presentar con la delimitación de este periodo de estudio de la historia
social y política de Colombia.
13. SLIPAK, Ariel M.,
[email protected]
[38]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Licenciado en Economía (UBA). Doctorando en Ciencias Sociales por la Universidad Nacional de
General Sarmiento (UNGS) y el Instituto para el Desarrollo Económico y Social (IDES). Docente
del Ciclo Básico Común de la Universidad de Buenos Aires (CBC-UBA).
“Implicancias para el debate sobre la matriz energética de Argentina de sus vínculos
crecientes con China”
Uno de los elementos salientes de las transformaciones de las últimas décadas ha resultado la
creciente relevancia de la República Popular de China de como potencia económica, financiera,
política y militar en el planeta. Transcurrido el primer decenio del siglo XXI el país oriental se
ha consolidado como la segunda economía del planeta (conmensurando su PBI a precios
corrientes) y el primer productor mundial de manufacturas, especializándose productos con
alto contenido tecnológico. En el plano financiero, se trata del primer tenedor de reservas
internacionales del planeta, quinto emisor global de flujos de IED y principal acreedor del
Tesoro de EE.UU. Desde el punto de vista militar y su capacidad de influencia política, este país
detenta un asiento permanente en el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas y posee el
segundo presupuesto militar del planeta. Más allá de la persistencia de problemáticas socioeconómicas similares a los de algunos países de la periferia, no se puede negar el rol global de
China como una "gran potencia". El crecimiento del ingreso promedio de la población, las
demandas de insumos del sector industrial y una acelerada urbanización han derivado en que
hacia inicios del siglo XXI la demanda de energía, alimentos y minerales se haya incrementado
de manera exponencial. Por ello, desde aquel entonces China considera el aseguramiento de
éstos productos básicos como una política de estado. Este país -a través de empresas de
capital estatal- despliega políticas muy particulares de desembarco de inversiones en
proyectos primario-extractivos y desarrollo de infraestructura en África y América Latina, con
importantes implicancias en materia de desarrollo económico y social para ambas regiones. En
cuanto a los vínculos sino-latinoamericanos, además de las crecientes relaciones comerciales
desde la década de 1990, luego de la publicación del denominado "libro blanco de las
relaciones de China hacia América Latina" en 2008, comienza el desembarco de un importante
flujo de IED proveniente del país oriental a la región, dirigida a los proyectos del tipo
mencionado y al desarrollo de infraestructura vinculada. Existen varios análisis sobre los
vínculos comerciales y el desembarco de los flujos de IED que tratan problemáticas como la
recreación de viejas relaciones centro-periféricas expuestas por los teóricos dependentistas o
discuten la problemática de la tendencia a la reprimarización de las economías de la región.
Además de estas consecuencias un interesante análisis de Maristella Svampa (2013) expone
que el alza de los precios de los productos básicos ha recreado en la región una perspectiva de
que la expansión de los grandes proyectos primario-extractivos pareciera resultar el sendero
único hacia un camino ineludible hacia el desarrollo. Esta perspectiva la poseen gobiernos
confiados en una inserción comercial internacional tradicional exportadora de materias
primas, pero también aquellos que encuentran en la expansión de estas actividades la
posibilidad de transferencia de recursos a la industria o el despliegue de políticas sociales
inclusivas de sectores amplios de la población. En pos del aseguramiento de los recursos
estratégicos, China despliega en la región una estrategia de negociación bilateral,
presentándose como un país simétrico y exponiendo que tratándose de dos países
"emergentes" quienes negocian existe la posibilidad de relaciones de "mutuo beneficio" o
"ganar-ganar". En el marco teórico de este artículo esto es tomado como un discurso que en lo
fáctico no acontece (Bolinaga y Slipak, 2014). Teniendo en cuenta el marco teórico explicitado,
en este trabajo analizaremos puntualmente el despliegue de inversiones de de firmas de la
República Popular de China, desembolsos de préstamos, acuerdos bilaterales, memorandums
de entendimiento y algunos aspectos comerciales en materia energética y analizaremos sus
impactos en el debate sobre la configuración de la matriz energética argentina y aristas sobre
el desarrollo económico.
[39]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
14. TEIXEIRA JEBAI, Gihan
[email protected]
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais da Universidade Estadual
do Oeste do Paraná – UNIOESTE
“Energias renováveis na América Latina e Caribe: desafios e oportunidades”
O crescimento da população e a melhoria da qualidade de vida na América Latina e Caribe
(ALC) requererão da região significativos incrementos na produção e oferta de energia.
Baseado em uma pesquisa exploratória, o artigo busca elencar os fatores que estimulam os
países da ALC a investirem em fontes alternativas de energia, assumindo-as como estratégia
importante, e muitas vezes prioritária, de incremento das suas matrizes energéticas nacionais.
Para tanto, são apresentados os principais desafios e oportunidades de tal incorporação,
traçando-se uma análise dos benefícios e potencialidades deste novo modelo de produção
energética.
15. TEIXEIRA PHILLIPS, Juan Carlos [email protected] (UFRRJ); Gomez de
Carvalho, Joyce [email protected] (UFRRJ); Azevedo Magalhães, Gabriel
[email protected] (UFRRJ)
“BNDES: perspectivas e contradiçoes dentro dos procesos de desenvolvimento nacional”
O BNDES ao longo dos últimos 25 anos vem ganhando protagonismo tanto no contexto
nacional quanto no internacional, a relevância deste é tamanha que, empréstimos do banco
superaram em 2010 aos do Banco Mundial. Mediante este Banco, criado para fomentar o
“desenvolvimento nacional” e na sua interação com os principais atores que circulam nele,
podemos posicionar nosso foco de análise. Os processos decisórios dentro do Banco tem
impactos nas perspectivas sócio-econômicas como no plano territorial, dentro e fora do país,
veja a expansão de empresas financiadas por esta instituição, principalmente na américa do
sul e no continente africano. A relação entre Estado, Capital, empresariado brasileiro e
movimentos sociais entram em duros embates para direcionar Capital Estatal e materializar
projetos relativos ao desenvolvimento. Resultado destes projetos, podemos observar os
discursos retóricos e teóricos que legitimam o modo de agir da família “benedense” e
simultaneamente quais são os impactos para minorias retentoras de privilégios, quanto
grupos/movimentos sociais que se usam do banco para expandir suas perspectivas como
classe, as articulações do capital internacional, e ao mesmo tempo, quais os retrocessos que os
projetos de “desenvolvimento” do BNDES tem embutidos em si mesmos.
16. VELOSO FRANCISCO, Patricia,
[email protected]
Economista, Mestre em Energia pelo PGENE/CECS/UFABC.
“A industria de energía e o desenvolvimento socioeconómico nos países de América do Sul”
Diante do cenário energético de instabilidade de preços e degradação ambiental, ocasionados
principalmente pela dependência de combustíveis fósseis, verifica-se a necessidade de ações
capazes de promover o desenvolvimento de alternativas energéticas econômica e
ambientalmente viáveis. As discussões no âmbito energético sempre foram mais voltadas ao
petróleo principalmente do Oriente Médio, contudo, as descobertas de novas reservas, o
desenvolvimento de tecnologias renováveis, bem como a exploração de fontes não
convencionais, passam a apresentar novos atores, diminuindo o poder de barganha de alguns
e aumentando de outros. O fato é que os países precisam formular políticas públicas para
desenvolvimento e expansão para enfrentar os desafios do novo cenário energético e de uma
nova geopolítica energética, superando, por exemplo, as limitações de infraestrutura ou
qualificação de mão de obra, envolvendo agentes e empresas de segmentos diversos, o que
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
estimula capacitação, inovação e desenvolvimento tecnológico, investimentos, geração de
emprego, renda e crescimento econômico. Este trabalho pretende apresentar as principais
discussões em torno das políticas públicas da indústria de energia e suas possíveis
consequências no desenvolvimento socioeconômico nos países da América do Sul.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala D3. UNIOESTE|
SIMPOSIO 6
MOVIMIENTO OBRERO E IZQUIERDA EN AMÉRICA LATINA:
EXPERIENCIAS DE ORGANIZACIÓN Y LUCHA EN EL SIGLO XX
Coordenadores:
Hernán
Camarero
(CONICET/Universidad
de
[email protected];
Diego
Ceruso
(Universidad
de
[email protected]; Claudia Santa Cruz (Universidad de
[email protected]
Buenos
Buenos
Buenos
Aires)
Aires)
Aires)
RESUMO: El movimiento obrero ha sido un protagonista fundamental en la historia
social y política de América Latina a lo largo del siglo XX. Como aporte a una mayor
profundización del conocimiento acerca de la estructura y dinámica de este actor, en este
simposio nos proponemos examinar el complejo vínculo tejido entre los trabajadores y las
corrientes de izquierda, en el triple plano de la lucha, la organización y la representación
ideológico-política.
Son numerosos los partidos, corrientes y grupos políticos latinoamericanos que
propiciaron una indagación y una intervención específica dentro del mundo laboral. Esta
relación, mayormente aunque no exclusivamente desempeñada a través de las organizaciones
sindicales, constituyó un elemento relevante en la historia del subcontinente. Pretendemos
recibir trabajos que prioricen el estudio de los programas, estrategias y prácticas concretas de
las diversas representaciones políticas en relación al movimiento obrero con la intención de
favorecer la discusión de nuevos planteos, abordajes y problemáticas, a partir de
relevamientos de fuentes primarias anteriormente poco conocidas o consultadas. Esto se
complementa con la intención de ahondar las investigaciones sobre los objetivos, actores
involucrados y coyunturas (nos referimos a estructuras económicas, políticas y sociales) en
cada uno de los procesos que se encaren en la discusión del simposio.
Es indudable que la temática propuesta se entrelaza con nudos conceptuales (y
empíricos) que no deben obviarse. Existe una relación entre el eje del simposio y la dinámica
que se desenvuelve con el Estado y, también, con el Capital. Ambos elementos no deben
escindirse para abarcar de manera satisfactoria la dinámica del movimiento obrero y la
izquierda a través del siglo XX latinoamericano.
Además, incentivamos la presentación de trabajos que aborden experiencias en clave
comparativa o que investiguen instancias regionales que trasvasen el estricto orden nacional
con la intención de fomentar una mirada de integración desde la perspectiva de la lucha y la
experiencia organizativa.
En definitiva, el simposio propone reunir trabajos que analicen la relación entre
movimiento obrero y la izquierda con la intención de dar cuenta de los complejos escenarios
locales, nacionales y transnacionales y profundizar el debate sobre la dinámica histórica
latinoamericana.
Atividades complementares: Presentación del n° 5 de la revista “Archivos de historia
del movimiento obrero y la izquierda”.
RESUMOS
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
1. BASTOS, André Luiz,
[email protected]
Aluno Especial do Programa de Pós-Graduação Mestrado em História Universidade Estadual de
Feira de Santana – UEFS
“Nào há fronteiras para os que exploram, não deve haver para os que lutam”: o movimiento
comerciários em luta em feira de Santana”
Identificado como oposição sindical da base dos trabalhadores do comércio de Feira de
Santana, o Movimento Comerciários em Luta ascendera em fins de 1986 na cidade,
apresentando-se como alternativa reivindicatória frente à perspectiva oficial da ação sindical
dos empregados do comércio, seus membros emergidos de segmentos de esquerda como:
partidos políticos, organismos pastorais da Igreja Católica e associações de moradores
trabalhavam na base dos comerciários, militantes passavam para o movimento a perspectiva
de construir um sindicalismo autônomo, democrático e livre do controle do Estado e seus
representantes. Constituir uma análise em torno da perspectiva sindical disseminada pelo
movimento e seus referenciais que convergem com o ideário de um sindicalismo
reivindicatório e a natureza histórica que possibilitou esse desdobramento é em princípio
objetivo dessa pesquisa.
2. BELKIN, Alejandro,
[email protected]
Universidad de Buenos Aires, Facultad de Filosofía y Letras.
“Las estrategias políticas de socialistas, anarquistas y sindicalistas ante la huelga general de
enero de 1907”
En esta ponencia abordaremos la huelga general que tuvo lugar en Argentina en enero de
1907. Examinaremos las estrategias políticas que desarrollaron las principales corrientes
obreras y los balances políticos que realizaron sobre este conflicto de inmensas proporciones.
La disputa se originó en la ciudad de Rosario, cuando el Concejo Deliberante de aquella ciudad
impuso a los carreros la obligación de tramitar una libreta de buena conducta para realizar sus
actividades laborales. La disposición incluía el registro de las huellas digitales, cuestión que era
considerada una humillación por parte de los trabajadores. La huelga iniciada en el gremio del
rodado se extendió rápidamente a otras actividades en la ciudad de Rosario. Ante la
intransigencia de las autoridades, la paralización de actividades pronto se transformó en una
huelga general. La confrontación social asumió proporciones inmensas, cuando la FORA y la
UGT, de manera conjunta, decidieron adherir y convocaron a la huelga general. La estrecha
colaboración entren anarquistas y sindicalistas constituyó una de las particularidades de este
conflicto. El gobierno movilizó una gran cantidad de tropas a la ciudad santafesina para
amedrentar a los huelguistas. Esta gran conflagración social permite examinar sobre el terreno
las diferentes estrategias políticas de las principales corrientes obreras. Nos proponemos
analizar su desempeño en este conflicto, las tácticas utilizadas y los balances políticos
realizados una vez finalizada la huelga general.
3. CAMARERO, Hernán,
[email protected]
CONICET / UBA
“Los primeros pasos de la derrota: represión política, frente popular y pérdida de influencia
del Partido Comunista argentino en el movimiento obrero durante los prolegómenos del
peronismo, 1943-1945”
[43]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Tras dos décadas de creciente inserción del Partido Comunista en el movimiento obrero
argentino, sobre todo, en el sector industrial, a partir del golpe del 4 de junio de 1943 y desde
que el coronel Juan D. Perón impulsara la Secretaría de Trabajo y Previsión, se fue
experimentando un progresivo declive de la influencia comunista en los ámbitos laborales.
Desde el régimen militar, Perón tendió a disolver los sectores sindicales ligados al PC y a
apoyar las medidas de represión sobre dicho partido, al tiempo que iba enhebrando relaciones
con diversas conducciones gremiales, con el fin de articular una nueva estructura afín a sus
posiciones; allí donde el PC controlaba la organización gremial, no dudó en alentar la
fundación de “sindicatos paralelos”, en pos de incrementar su base de apoyo en el movimiento
obrero y de provocar una competencia a la presencia comunista. Perón y su grupo fueron
señalados por el PC como el enemigo principal, en una lectura de la realidad que resultó
incapaz de advertir la compleja trama de realidades y expectativas que comenzaban a tejerse
en torno al vínculo entre ese militar y los trabajadores. En buena medida, ello se debía a la
estrategia de compromiso con las expresiones de la “burguesía democrática” que el PC
levantaba desde 1935 con la aplicación de su línea frentepopulista. El objetivo de esta
ponencia es examinar el momento primero de este ciclo, el ubicado entre junio de 1943 y la
movilización del 17 de octubre de 1945, procurando encontrar algunas pistas para el análisis
de un proceso caracterizado por el éxito del peronismo en ganar la adhesión obrera y la
derrota del PC por impedir este intento.
4. CERUSO, Diego,
[email protected]
UBA
“El Partido Socialista argentino y su desempeño en el sindicalismo industrial en los años
treinta. El caso de la Unión Obrera Textil, 1930-1943”.
El objetivo de la ponencia es aportar a un mejor conocimiento de la trayectoria del Partido
Socialista (PS) en la Argentina en su vinculación específica con el gremialismo en el sector
industrial. En particular, ahondaremos en el caso del gremio textil, uno de los más importantes
de la época por su magnitud e incidencia en el movimiento obrero. Nos proponemos cuatro
objetivos específicos. Primero, reconstruir la estrategia sindical que desplegó el PS en la Unión
Obrera Textil durante el período 1930-1943. Segundo, analizar el recurrente divorcio
programático, y en la praxis, entre la estructura partidaria, las dirigencias gremiales
identificadas con el socialismo. Tercero, mensurar la influencia concreta del PS entre los
trabajadores fabriles textiles procurando distinguir las tácticas particulares y las trayectorias
personales destacadas en ese plano. Por último, indagar la relación que el socialismo entabló
con las otras corrientes ideológicas con presencia en el gremio como fueron el comunismo, el
sindicalismo y, muy minoritariamente, el anarquismo. La relevancia de la propuesta anida en
revisar el recorrido de un partido que construyó un apreciable espacio político, social y cultural
emparentado a los trabajadores imbricándola con la historia del movimiento obrero en su faz
sindical, actor que escaló posiciones en los años treinta y se convirtió en decisivo en la segunda
mitad del siglo XX.
5. DE OLIVEIRA, Eder Renato,
[email protected]
UNESP (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”).
“El papel del Partido Comunista Brasileño (PCB) después de la Segunda Guerra Mundial
(1945-1950)”
El (PCB) fue fundado en 1922 en Niterói - RJ. Surge por necesidades y nuevas contradicciones
entre el capital y el trabajo a princípios del siglo XX en Brasil. El PCB se encargó de legar una
nueva cultura política y la innovación como el primer y más importante partido de "nuevo
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
tipo", o incluso como decía Gramsci - el "príncipe moderno", es decir, el primer partido con la
capacidad de organización de la clase obrera, de hecho. En ilegalidad casi total entre 1922 y
1945, el PCB fue casi aniquilado por el Estado Nuevo (1937-45) de Getúlio Vargas. Con el
advenimiento de la Segunda Guerra Mundial y las nuevas situaciones en las relaciones
internacionales que provocan el derrocamiento de Vargas (1945), el PCB tendrá un gran papel
en la política brasileña. Hecho clave a considerar es la categoría analítica de la revolución
brasileña que se convierte en el proyecto político del PCB a lo largo de la llamada "experiencia
democrática" (1945-1964). En 1947, el PCB es ya el partido comunista más grande de LatinoAmérica con cerca de 200 mil miembros. El partido es registrado ante las Cortes Electorales y
tiene por ejemplo como parlamentario, su líder histórico Luís Carlos Prestes. En el mismo año
se pone en la ilegalidad y es perseguido cómo una organización subversiva. En este contexto se
lanzan la Declaración de enero (1948) y el Manifiesto de agosto (1950) que son documentos
que definen la noción de revolución brasileña, reorientación teórica que guían el partido a las
nuevas prácticas políticas – la guerrilla y el sectarismo.
6. KOPMANN, Walter,
[email protected]
UBA
“Todos juntos y al mismo tiempo. Lucha política y formas de organización del movimiento
obrero argentino: el caso de Electromecánica Argentina (1969-1975)”
La presente ponencia es parte de una investigación aún en curso sobre la lucha política del
movimiento obrero argentino entre los años 1969 y 1975. La emergencia del Cordobazo, en
mayo de 1969, vislumbró el horizonte mayor de una organización histórica independiente de la
clase obrera, perspectiva que reforzó el protagonismo creciente del movimiento de
trabajadores al compás de la agudización de la crisis nacional. En este marco, la lucha por
reivindicaciones económicas y políticas se hizo presente dentro de un amplio conjunto de
lugares de trabajo en torno a los cuales se generó, en el tramo final del ciclo, la experiencia de
las coordinadoras interfabriles de 1975. Asimismo, el avance de direcciones combativas,
antiburocráticas y clasistas prefiguró los contornos de una vanguardia obrera revolucionaria:
los obreros industriales de los destacamentos fabriles como el núcleo políticamente más
avanzado de una clase. En pos de ganar en profundidad, se propone tomar como estudio de
caso la fábrica Electromecánica Argentina (EMA), sita en la zona norte del Gran Buenos Aires y
dirigida entre 1973 y 1975 por la izquierda revolucionaria, Política Obrera (PO). Así, se buscará
ahondar en aquellos elementos que den cuenta de las distintas formas de organización de los
trabajadores, tanto en términos políticos y sindicales como dentro del propio proceso laboral,
indagando sobre las premisas y tareas presentes en las caracterizaciones y planteos políticos
así como también sobre las limitaciones y desenlaces en el vínculo trabajadores-izquierdas.
7. LISSANDRELLO, Guido,
[email protected]
Instituto de Investigaciones Gino Germani – Conicet
“La izquierda y el movimiento obrero en los ’70: La construcción del frente sindical del
Partido Comunista Revolucionario (PCR)”
El objetivo del presente trabajo es discutir con dos supuestos que, implícita o explícitamente,
dominan la historiografía sobre la izquierda en los años ’70: que se desarrolló exclusivamente
estrategias orientadas a la construcción de aparatos militares, y que las organizaciones
revolucionarias no tuvieron inserción de masas. A tal fin, tomamos como observable al Partido
Comunista Revolucionario (PCR), partido que surgió de una ruptura del Partido Comunista
Argentino (PCA) en discusión tanto con el “pacifismo” y “gradualismo” de este, como con
aquellas organizaciones que apostaron a la construcción y puesta en acción de frentes
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
militares. En oposición a ambas propuestas, el PCR aposto a una estrategia de tipo
insurreccionalista que tuvo como eje privilegiado el desarrollo del frente sindical. Recurriendo
a documentos internos, publicaciones periódicas y testimonios orales, reconstruimos los
lineamientos generales con los cuales el PCR construyó las Agrupaciones Primero de Mayo
para dar una disputa política en el interior de los sindicatos. Asimismo, realizamos un primer
acercamiento a su puesta en práctica, reconstruyendo las primeras acciones del PCR en este
plano.
8. MENDONCA CONTI, Natalia,
[email protected]
Mestranda– UFF
“O lugar da mulher no sindicato: o I Congresso da mulher metalúrgica (ABC Paulista) e os
embates acerca da questão de gênero e luta política”
O presente trabalho se situa no período entre 1977 e 1980, no ABC paulista, quando são
travadas as lutas econômicas e políticas na classe operária, seja por direitos como pelo fim da
ditadura civil-militar. No fervilhar dessas movimentações, as mulheres da classe trabalhadora e
das metalúrgicas se destacam por reivindicações e questões particulares. Sendo sua autoorganização mediada por um espaço hegemonizado por uma política masculina, o sindicato, as
metalúrgicas do ABC tinham restringida sua atuação nessa entidade. O I Congresso da Mulher
Metalúrgica, datada de 1978 em São Bernardo do Campo. Sua contribuição consiste no aporte
para uma discussão pouco abordada nas Ciências Sociais no Brasil, qual seja, a intersecção
entre as temáticas de gênero e organização política nos sindicatos, privilegiando a abordagem
de fontes ainda pouco trabalhadas sob a perspectiva do tema.
9. MENOTTI, Paulo [email protected] (UNR/UBA) (UNR/ISHIR); OLIVA, Antonio
[email protected] (UNR/UBA) (UNR/ISHIR)
“No somos carne de cañón”. La lucha de los trabajadores ferroviarios del Central Argentino y
papel del movimiento obrero en el conflicto (1917-18)”
En los años de la Primera Guerra Mundial, el modelo agroexportador argentino se resintió y
mostró signos de una profunda recesión, la que derivó en el alza de los índices de
desocupación y precarización laboral. Entre los sectores estratégicos estrechamente
vinculados al funcionamiento del modelo con dificultades para la reinversión de capital se
encontraban las empresas ferrocarrileras. A mediados de 1917 (año en que comienza la
recuperación económica) los obreros descalificados y mal remunerados de los astilleros y
talleres de la empresa Central-Argentino de capital británico con centro en Rosario y Pérez,
comenzaron un conflicto por el mantenimiento de los puestos de trabajo y contra la
disminución de los días laborales que, a la postre derivó en nuevas reivindicaciones, lo que
significó la paralización temporal de la empresa y una disputa en el seno del movimiento
obrero por terciar en la representación gremial y política de dichos trabajadores que
intentaban salir de una fase meramente defensiva. El trabajo intenta reflexionar sobre la
composición de clase de los trabajadores en conflicto, el ciclo de alzas y bajas de la lucha y las
líneas político-gremiales que intervinieron en la misma.
10. MOLINARO, Leandro,
[email protected]
UBA
“Paso a paso, se viene el chingolazo”. Un análisis de la lucha de los obreros de la planta
Volkswagen de Monte Chingolo en el ocaso de la última dictadura militar”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Tras la derrota argentina en la las Islas Malvinas se inició una fuerte presión de los
trabajadores de base de algunas sectores económicos, principalmente, por mejorar sus
condiciones salariales y por el restablecimiento de convenios laborales y organizaciones de
base ilegalizados por la última dictadura militar. Para este escrito nos detenemos en la lucha
llevada a cabo por los obreros de la planta de Volkswagen de Monte Chingolo en el conurbano
bonaerense entre finales de 1982 y comienzos de 1983. Proponemos un estudio de las
medidas de fuerza realizadas por los operarios de esta empresa automotriz cuyas demandas se
centraron en aumentos de los viáticos y salarios y el reconocimiento de delegados elegidos
democráticamente en la secciones de la planta. El conflicto enfrentó al cuerpo de delgados de
la planta con la patronal y el gobierno militar. También participaron agrupaciones sindicales
del SMATA que pugnaban por el control del sindicato intervenido por el Estado, y el Partido
Obrero, el cual contaba con activistas sindicales al interior de la empresa. En esta ponencia
brindamos un análisis del desarrollo de este conflicto centrándonos en las estrategias de los
diferentes sujetos sociales involucrados directa e indirectamente, y las continuidades y
rupturas existentes con respecto a las luchas llevadas en los años previos.
11. MONSERRAT, María Alejandra
[email protected]
Facultad de Ciencia Política y RRII- Universidad Nacional de Rosario
“Sindicalismo Revolucionario, trabajadores y política en la Argentina de los años veinte”
En la Argentina, la década del veinte constituye una etapa de gran importancia para la historia
de los trabajadores, en tanto allí se comenzaron a definir prácticas sindicales, formas de
vinculación entre el Estado – movimiento obrero – empresarios -, que se consolidaran en los
años treinta. En este contexto el Sindicalismo Revolucionario adquirió un gran protagonismo,
en cuanto a su presencia y liderazgo en los conflictos obreros de la época. Distintas
argumentaciones académicas se han elaborado en los últimos años, en función de dar cuenta
de este proceso que caracterizó a la Argentina pre-peronista. Entre ellas nos interesa
mencionar, la de Joel Horowitz, que señala como una de las razones fundamentales del
crecimiento alcanzado por la tendencia Sindicalista en los gremios más importantes de la
época, a una particular vinculación que esta tendencia ideológica de “izquierda” estableció con
el Yrigoyenismo. Allí se presenta al Sindicalismo como un movimiento receptivo de la política
negociadora del gobierno de Yrigoyen, en una trama de mutua conveniencia y donde ninguno
le disputa el terreno al otro. Esta interpretación destaca el componente pragmático,
corporativo, y de lucha puramente económica, como elementos fundamentales de las
concepciones del Sindicalismo. Y se dejan de lado conceptos fundamentales de este
movimiento, como la lucha revolucionaria, que estructuraban su accionar sindical y que en
momentos la alejaba de posturas reformistas. De este modo, la década del veinte, aparece
como un período de escasa conflictividad y con predominio de prácticas sindicales que se
inclinaban hacia la negociación por sobre el conflicto. En este trabajo nos proponemos analizar
las características del accionar del Sindicalismo Revolucionario en esta etapa, en un proceso de
persistencia de numerosos conflictos obreros, atravesados por particulares formas de
vinculación entre los trabajadores, los empresarios y la política.
12. NAVARRO LÓPEZ, Jorge
[email protected]
Magíster en Historia, Universidad de Santiago de Chile
“En política, somos socialistas revolucionarios y parlamentarios”. “Políticos y “antipolíticos”
en el movimiento obrero chileno (1912-1921)”
Con la formación del Partido Obrero Socialista (POS) en 1912 se inició un proceso de suma
importancia para la configuración política de la izquierda chilena. Con el surgimiento de este
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
partido, el discurso político de los trabajadores comenzó su tránsito por el camino de la
definición socialista, la organización autónoma del proletariado y la activa participación en el
sistema político, fenómeno que se extendería por más de medio siglo. En este proceso, los
socialistas disputaron la hegemonía del movimiento obrero con los anarquistas, que hacia la
segunda década del siglo XX eran los agentes más activos y directos en la lucha gremial. Para
conseguir dicho objetivo, el POS configuró una propuesta que combinaba un discurso radical
(transformar la sociedad chilena a favor de los trabajadores) y una práctica sistémica, como
era la utilización de la representación parlamentaria y municipal. Fue, principalmente, este
segundo aspecto el que más polémica causó con los anarquistas, debido al rechazo de éstos a
la utilización de los medios políticos para luchar contra la explotación capitalista. Si bien ambas
propuestas coincidían en el fondo, la forma (los “medios”) fue el espacio de diferenciación que
prevaleció y las distanció al interior del movimiento obrero. En esta ponencia se busca definir
la opción “política” del POS a través del discurso plasmado en la prensa obrera y partidista. Fue
en estos periódicos donde socialistas (“políticos”) y anarquistas (“antipolíticos”) dieron a
conocer sus propuestas y discutieron sus principales diferencias. La utilización de estas
fuentes, nos permitirá conocer las particularidades de la propuesta política de los socialistas y
la crítica anarquista de la misma en el período 1912-1921, es decir, desde la formación del POS
y la elección de sus primeros parlamentarios.
13. PACHECO, Julieta
[email protected]
Becaria postdoctoral -Conicet-UBA-UNQUI
“Montoneros y los frentes de masas: la Juventud Trabajadora Peronista-JTP (1970-1976)”
Durante los años ’70 la Argentina atravesó un período de gran convulsión social. La crisis
política dio lugar a la formación de numerosas organizaciones de izquierda. Uno de los
agrupamientos más importantes del período fue Montoneros. Por la espectacularidad de sus
primeras acciones armadas pasó a la historia como una organización que desarrolló como
actividad principal la lucha armada, llegando, luego, a tener un desvío militarista. En este
trabajo veremos que, lejos de esta imagen, Montoneros destinó importantes fuerzas hacia el
plano territorial formando agrupaciones, siendo la Juventud Trabajada Peronista (JTP) la más
importante. Este interés en el desarrollo de una organización que agrupara a los trabajadores
se centraba en el hecho de que Montoneros sostenía que este sector social era el único capaz
de liderar la alianza que, con la dirección de Perón, llevaría adelante el “proceso de liberación
nacional”. Asimismo, debido a la importante inserción que tuvo la JTP dentro de las fracciones
antiburocráticas de la clase obrera, consideramos que estudiar su fundación y desarrollo es
indispensable para comprender y aportar al conocimiento sobre la historia de la clase obrera
argentina, así como sus estructuras organizativas y sus luchas. Trabajaremos con sus
documentos internos, así como con su prensa partidaria y diarios comerciales.
14. PERUGIA, Flavia
[email protected]
Universidad Nacional de Quilmes
“Comunicación al servicio del pueblo. Experiencias periodísticas y artísticas vinculadas a la
CGT de los Argentinos (1968-1973)”
La presente propuesta constituye la intención de componer, desde el campo de la
comunicación, un marco desde el cual abordar el problema de la comunicación vinculada a la
organización de los trabajadores, la prensa, los procesos de cambio político y la compleja
relación entre las prácticas socioculturales populares y la crítica contrahegemónica. El
presente trabajo se trata de un análisis exploratorio de dos experiencias de comunicación
ligadas a la organización sindical combativa que tuvieron lugar en la Argentina a fines de la
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
década del 60. Estos son: El semanario de la CGT de los Argentinos, órgano de difusión de la
Central; y el Grupo Cine Liberación, colectivo cinematográfico cuya producción estuvo
fuertemente ligada a los sectores combativos del sindicalismo peronista. Si bien existe una
extensa bibliografía sobre el movimiento sindical argentino, muy poco se ha escrito sobre los
procesos y estrategias de comunicación que desarrollan las organizaciones sindicales. El
objetivo es realizar una descripción de estas experiencias comunicativas, focalizando en los
tipos de interpelación y receptor que construyeron y, a su vez, contemplando la influencia de
la teoría leninista sobre la prensa y la propaganda.
15. SANTA CRUZ, Claudia
[email protected]
UBA
“La política del Partido Socialista ante el problema del transporte en la década de 1930:
posición política y acción gremial”
Para fines de la década de 1930, el avance del proceso de expropiación por parte de la
Corporación del Transporte de la Ciudad de Buenos Aires (CTCBA) en el sector de autos
colectivos fue acompañado por una reorganización del proceso de trabajo que incidirán sobre
las formas y las condiciones laborales de los trabajadores y significará una ruptura con los
procesos y formas de trabajo anteriores características de este sector. El conflicto gremial
hacia el interior del sector, girará en torno a la organización gremial centralizada que oponía a
los dos gremios del sector la Sociedad de Resistencia Unión Chauffers (anarquista) y la
Federación de Líneas de Auto Colectivos (socialista); representando no sólo propuestas
políticas gremiales diferentes sino intereses que comienzan a perfilarse como contradictorios.
El Partido Socialista reconoció la importancia política y social del transporte en relación a los
intereses de los trabajadores. Nuestro trabajo se centrará en reconstruir y analizar la política
gremial propuesta por el Partido Socialista y su acción gremial frente a los avances del Estado y
la CTCBA, al tiempo que dará cuenta de los distintos intereses gremiales y políticos dentro del
sector del transporte automotor. Este partido tuvo una participación activa en el proceso de
construcción de un nuevo sindicato único por rama capaz de adaptarse a las condiciones de
lucha frente a una gran empresa y promovió una intensa política gremial frente al capital
monopólico con resultados inesperados.
16. SCHEINKMAN, Ludmila
[email protected]
(IIEGE-UBA/CONICET)
“Una aproximación a la conflictividad laboral en las fábricas de dulces, galletitas, chocolates
y afines de la ciudad de Buenos Aires (1904-1943)”
Este trabajo se propone un acercamiento inicial y exploratorio a los ciclos de conflictividad
laboral en las fábricas de dulces, galletitas, chocolates y afines de la ciudad de Buenos Aires,
entre 1904 (fecha del primer conflicto registrado en el sector) y 1943. Este rubro, parte de la
rama alimenticia, incluyó grandes y renombrados establecimientos industriales que llegaron a
emplear miles de trabajadores y trabajadoras en el periodo estudiado, tal es el caso de firmas
como Bagley, Aguila Saint Hnos. o Canale. Los conflictos experimentados en estas industrias,
sin embargo, han sido escasamente estudiados. Este artículo pretende aportar a su
conocimiento, y a su vez, trazar los vínculos entre los ciclos de conflictividad y el papel de las
izquierdas en los mismos. Esperamos a partir de esta primera aproximación delinear algunas
conclusiones generales en torno al desarrollo del activismo obrero en el sector.
17. SCHMIDT, Dina
[email protected]
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
UNIOESTE
“Reflexões sobre militância política: trajetórias de militantes do PT”
Considerando o momento vivido pela política brasileira, que há doze anos abriga um governo
petista, este trabalho propõe uma reflexão sobre uma face menos vizibilizada do Partido dos
Trabalhadores. Observando que os holofotes da política enfatizam personagens que ocupam
cargos de governo ou de gestão do próprio partido político, objetivo com este trabalho
dialogar com militantes que ajudaram a construir tanto a proposta quanto a instituição
partidária. Assim como contribuiram para a capilarização das ideias e da legenda do Partido
dos Trabalhadores em lugares distantes dos centros políticos do país, e que foram essenciais
para o fortalecimento e ascenção partido. Para tal empreendimento tomo como objeto de
estudo, sujeitos que militaram pelo PT do município de Santa Helena-PR, entre 1980 e 2013. A
partir de depoimentos orais estabeleço reflexões sobre suas trajetórias enquanto militantes,
buscando compreender como e porque se inseriram no PT, como se desenrolaram suas
experiências militantes e os sentidos que atribuem a elas a partir de suas narrativas no
presente. Além da importância residente na trajetória de cada militante como sujeito
participante do processo histórico político brasileiro, o conjunto delas ajuda a desfocar a
reflexão do centro político para as “periferias”, igualmente importantes para uma reflexão
aprofundada sobre o espectro político atual.
18. TEIXEIRA DE SOUZA, Jocenildo
[email protected]
Acadêmico do Curso de Licenciatura e Bacharelado em Ciências Sociais da Universidade
Federal do Amapá, membro do Grupo de Estudo e Pesquisa sobre Violências e Criminalizações
– GEPVIC
“O movimento anarquista no Brasil durante a primeira República”
Este artigo buscou investigar e compreender quais foram as contribuições políticas do
movimento anarquista do final do século XIX e início do século XX, analisar o porquê dessas
contribuições serem relegadas às margens da história. A metodologia utilizada foi a pesquisa
bibliográfica perfazendo um apanhado histórico, a partir de leitura de artigos e livros. A
pesquisa parte do pressuposto que a história oficial do Brasil ocultou as realizações do
movimento anarquista, o qual representou uma força política importante na organização do
movimento operário; seus líderes e princípios políticos motivaram importantes manifestações
políticas e colocaram em evidência, no início dos anos de 1900 a questão social do trabalho,
culminando com as greves gerais no Rio de Janeiro, Santos, São Paulo e outras). No decorrer
da História, percebe-se que muitas “histórias” são contadas a partir do ponto de vista de um
grupo hegemônico. Com o movimento anarquista no Brasil não foi diferente, pois há dados
suficientes para reescrever a história do Brasil de meados do século XIX até o início da era
Vargas. A pesquisa aponta para fatores combinados como responsáveis por quase obliterar da
memória historiográfica o movimento anarquista, bem como suas realizações, contribuições e
influências durante os primeiros anos da nascente república.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 15.00hs – Sala D3. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 7
POLÍCIAS E POLICIAMENTO NA AMÉRICA LATINA
Coordenadoras: Rosemeri Moreira (Professora do Dpto. de História - Universidade Estadual do
Centro-Oeste/UNICENTRO) [email protected] Andrea Mazurok Schactae
(Professora do Depto. de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG/ FAFIT Faculdades Integradas de Itararé.
RESUMO: Este simpósio propõe debater a(s) prática (s) policial (s) nas sociedades
latino-americanas, ao longo do século XX, bem como o processo de construção dos diversos
modelos de policiamento adotados. Para tanto, serão aceitos trabalhos que versem sobre: as
polícias e os regimes ditatoriais; as concepções sobre segurança nacional versus segurança
pública; a prática policial e os movimentos sociais; polícia e diversidade sexual; a formação dos
policiais; gênero, raça e composição das polícias; a prática policial e o racismo
institucionalizado; as polícias frente aos Estados Democráticos de Direito; greves policiais;
polícia e militarismo; modelos civis de policiamento; relação polícia-imprensa; justicialismo
policial; cultura e identidade policial.
RESUMOS
1. CAÑAVERAL, Lucía
[email protected]
IIGG-UBA/CONICET
“El Plan Integral de Seguridad del Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires: formas de gestión
del uso del espacio público”
Desde mediados de la década del ‘90, la noción de “inseguridad” y la forma en la que debe ser
gestionada fueron adquiriendo cada vez mayor centralidad en la agenda pública argentina,
transformándose en objeto de disputas y discursos diversos. La centralidad que ha adquirido
en estos debates la noción de “inseguridad urbana” ha puesto en el centro de la escena al
espacio urbano como aquel objeto que debe ser gestionado y gobernado en materia de
seguridad. En este marco, desde marzo del año 2008 el Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires
lleva adelante el Plan Integral de Seguridad Ciudadana, que pretende organizar las políticas de
seguridad de la ciudad a través de 4 ejes de acción: Control del Espacio Público, Policía
Metropolitana, Prevención Social y Fortalecimiento de la Justicia. En este trabajo, y como parte
de un proyecto de investigación más general, nos proponemos analizar el Plan Integral de
Seguridad como una nueva intervención gubernamental producida en torno al uso del espacio
público de la ciudad, analizando las estrategias que despliega en la Ciudad de Buenos Aires y
las implicancias que pueden destacarse en relación a las racionalidades políticas que la
atraviesan.
2.GÓMEZ FLORENTÍN, Johana Rocha
[email protected]
Centro de Estudios para la Justicia Social ‘Tierra Digna’ y Universidad Nacional de Colombia
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Los caminos militares del capitalismo: La relación de los procesos de militarización y la
acumulación territorial En América Latina”
América Latina ha sido una región que históricamente ha conocido múltiples fórmulas de
desposesión; ha sido testigo de cómo las más diversas manifestaciones del capitalismo han
encontrado una manera de subsistir y reproducirse para “resolver” sus cíclicas crisis; y, en
medio de todo ello, ha sido un escenario en cruenta disputa. Y lo ha sido justamente porque
ese territorio latinoamericano, es en el esquema del capital una solución espacio-temporal
(HARVEY), y a su vez -en contraste- un escenario de creación y reproducción de subjetividades,
resistencias y alternativas (MANҪANO). Uno de los mecanismos empleados por el capital para
acceder, dominar y transformar esos territorios es la militarización, entendida no como un
fenómeno aislado, sino co-sustancial al capitalismo (CECEÑA), y que en América Latina ha sido
esencial en el proceso de acumulación por desposesión (ZIBECHI), hoy de marcado carácter
extractivista. La propuesta que hoy formulo a este panel, contribuiría con un análisis
geopolítico de los procesos de militarización emprendidos en la región latinoamericana, con
especial énfasis en aquellos consolidados desde la década de los 90’s, y su estrecha relación
con la expansión del proyecto neoliberal en el continente. Esta propuesta concentra su análisis
en una de las más tradicionales fórmulas de la militarización, mas no la única, a saber, la
progresiva sujeción de las instituciones policiales y típicamente militares al servicio de los
objetivos e intereses del capital. Éste es un análisis que mediante evidencias concretas, y en un
ejercicio comparado, explora los mecanismos con los que se ha concretado esa subordinación
en AL, las consecuencias de esa militarización en los territorios, los beneficios para los actores
de ese modelo de desarrollo, su lectura e inclusión en la política internacional y, tanto más, las
resistencias que hoy persisten y desafían al capitalismo, y valientemente a la militarización de
la que se vale para expandirse.
3. KURCHAIDT, Marina Zminko
[email protected]
Instituto de Criminologia e Políticas Criminais (ICPC)
“Policiando a polícia: aspectos das forças de segurança pública do Brasil no contexto latino
americano”
Este trabalho pretende trazer um pouco da história e da prática da polícia brasileira, da sua
trajetória de extermínio, história de sangue, de guerra, de preconceito e de discriminação, que
é a mesma história de sangue, de guerra, do calar de um povo que carrega a América Latina. O
pano de fundo é o processo de redemocratização do Brasil, que nunca se concretizou, ou, pelo
menos, atingiu apenas algumas instituições do Estado e da sociedade civil, característica
também compartilhada pela grande maioria dos países latino-americanos. A importância deste
debate é muito pulsante e muito atual, com o cenário que vivemos de constante violação de
direitos humanos, de abuso do poder, de impunidade por parte das polícias. No entanto, ainda
que muito atual, este cenário se arrasta nos séculos: a história da polícia que perseguia
escravos e capoeiras hoje é a história da polícia que persegue jovens negros e pobres. É
necessário que o modus operandi da polícia latina americana seja desmistificado para que se
quebrem os estigmas carregados pela população e pela própria polícia para que possamos
entender e conhecer a nossa história e, assim, termos condições concretas de transformá-la.
4. LEAL, José Luis dos Santos
[email protected]
UNIFAP
“Ganhei a situação”: uma analise sobre a abordagem e a seletividade policial”
O presente trabalho pretende discutir as ações policiais que visam à busca pessoal em jovens
sob a utilização motivadora da “suspeição policial”, assim pretende-se conhecer os
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
mecanismos e critérios da construção da fundada suspeita praticada pela polícia militar,
buscando compreender a possível articulação entre acusados e suspeitos e a influência de
filtros sociais na seleção do suspeito. A pesquisa foi realizada no ano de 2013 e 2014 na
Baixada do Ambrósio, na cidade de Santana/AP, e desenvolveu-se a partir das seguintes
vertentes: 1) Pesquisa bibliográfica que possibilitou o contado com a literatura pertinente; 2)
Pesquisa de campo com a realização de entrevistas abertas com moradores e policiais
militares. Assim, segundo Michel Misse (2009), a figura do suspeito é um mecanismo ativado
por signos que quebram a expectativa de confiança e que ativam uma atenção seletiva
culturalmente acumulativa. É o processo social pelo qual identidades são construídas e
atribuídas para habitar adequadamente o que é representado como um bandido. Portanto em
pleno século XXI, vê-se a manutenção das ideias da chamada criminologia positivista, no que
diz respeito à interpretação do fenômeno criminal. Desse modo, a tese de Cesare Lombroso,
de que o criminoso tem um biótipo através de suas características físicas, colocando assim o
crime como algo que é determinado pelo biológico ou o argumento de Enrico Ferri, segundo o
qual o criminoso é um indivíduo com poucos recursos econômicos e pertencentes às camadas
pobres, ainda alimentam o imaginário social acerca do crime e do criminoso.
5. MOREIRA, Rosemeri
[email protected]
UNICENTRO-LHAG
“Polícias e Forças Armadas: democratização e usos do Gênero”
Esta pesquisa é uma reflexão sobre o uso do Gênero nas Forças Militares (Polícias Militares e
Forças Armadas) no processo de reconstrução do estado democrático brasileiro, a partir da
inclusão de mulheres nessas instituições. A concepção binária do mundo social, pautada por
atribuições e qualificações dos corpos classificados como femininos ou masculinos, foi
reforçada no processo de inclusão de mulheres nas polícias e nas Forças Armadas brasileiras.
Esse processo foi ampliado na década de 1980 como parte de um declarado processo de
democratização do Estado e humanização dessas instituições no trato com a população. Além
disso, no âmbito dos países ocidentais, os relatórios e as resoluções do Conselho de Segurança
da ONU, desde os anos 1990, tem reiteradamente feito uso das atribuições ditas femininas
para forçar a entrada (ou o percentual) de mulheres em todas as instituições armadas,
principalmente na América Latina, como base necessária a composição dos quadros que
devem participar das Missões de Paz. Por isso, este artigo discute o reforço do gênero no
discurso de inclusão das mulheres nas polícias brasileiras e a presença ativa das mulheres nos
aparatos repressivos durante o período ditatorial; e a construção das estratégias militares da
ONU do Peacekeeping a partir da presença “civilizatória” de mulheres nas Missões de Paz.
6. NASCIMENTO, Gabriel dos Santos
[email protected]
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
“A influência da Doutrina da Guerra Revolucionária na Polícia Militar do Estado de São Paulo
(1969-1982)”
Entre 1969 e 1970, diante de um quadro de crescimento da luta armada, a Ditadura
reestruturou todo o aparato repressivo. Muito já se escreveu sobre o papel da Doutrina de
Segurança Nacional, sob influência dos EUA teria nessa nova organização da repressão. Apenas
recentemente começou-se a abordar o papel da Doutrina da Guerra Revolucionária francesa.
Essa doutrina descreve as cinco fases pelas quais se daria um processo revolucionário: a
propaganda, as manifestações e sabotagens, a guerrilha urbana, a insurreição constituindo
"zonas liberadas" e, por fim, a guerra revolucionária, com estabelecimento de um governo
provisório. Não se tratando de uma guerra convencional, pois o recurso às armas ocorre
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
somente no final do processo, o aparato militar precisa se reestruturar, com unidades
menores e mais dinâmicas, articulando trabalho policial e militar. A expressão mais evidente
dessa influência no Brasil foram os DOI-CODIs, assunto já abordado em trabalhos mais
recentes. No entanto, ainda resta observar como essa Doutrina se manifestou nas Policia
Militares, criadas pela ditadura. A PM é considerada essencial nas primeiras fases da contraguerrilha e isso se reproduz nos seus manuais e discursos. Ocorre um intercâmbio entre
práticas pensadas para o combate à guerrilha e ao crime comum, iniciando um ciclo de
violência policial que vai sobreviver ao regime militar.
7. PEREIRA, Ana Caroline Bonfim
[email protected]
Universidade Federal do Amapá
“Estado, polícia e sociedade: uma análise das ações do batalhão de operações especiais
(BOPE) no Amapá”
O artigo tem o objetivo de analisar qual a percepção das pessoas sobre as ações do Batalhão
de Operações Especiais (BOPE), especialmente dos moradores da baixada do Ambrósio, a
partir de então, analisar o grau e a medida de aceitação, aprovação e reprovação dessas ações,
com esse fulcro compreender como funcionam os mecanismos que legitimam o uso da força
repressora pelo Estado. Problematizando qual limite do uso da força e violência policial? As
análises que decorrem das abordagens de entrevistas com os moradores da baixada do
Ambrósio localizada no Município de Santana (AMAPÁ). As entrevistas foram formuladas com
questões semi estruturadas. O artigo, ora proposto, torna-se mister por apresentar ao meio
acadêmico a discussão sobre um elemento constitutivo do aparelho de segurança do Estado, e
a análise da compreensão de suas ações praticadas. Tendo em vista que essa discussão é
necessária, pois a compreensão dos limites do uso da força do Estado e a significação de
cidadania estão em evidência em cenário nacional; a academia não pode se furtar a essa
discussão.
8. SCHACTAE, Andréa Mazurok
[email protected]
UEPG/FAFIT/NEG-UFPR
“Vestir a Farda: a Constituição de um Espaço para o Feminino na Policia Militar do Estado do
Paraná (1977-2000)”
O espaço institucional – Polícia Militar do Estado do Paraná (PMPR) – como uma construção
simbólica que constitui divisões de gênero, é analisado nesse texto. A instituição será
problematizada como um espaço que institui diferenças de gênero a partir da linguagem
simbólica institucional, que é constituinte de discursos e de identidades. Um espaço social que
reafirma uma construção histórica de divisão entre o masculino e o feminino. Entre as fontes
selecionadas estão documentos institucionais – leis Estaduais e Leis Federais, a legislação da
Polícia Militar (Diretriz, Portarias), entre outros. A análise dessas fontes, que ordenam o
espaço institucional e que constituem uma identidade de gênero para a Polícia Militar, bem
como estão vinculadas a constituição das identidades dos agentes, possibilita problematizar o
espaço institucional como construtor e reprodutor de diferenças entre as masculinidades e
entre o masculino e o feminino.
9. SILVA, César Augusto da
[email protected]
Faculdade de Direito e Relações internacionais (FADIR) - Universidade Federal da Grande
Dourados
[54]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“A política brasileira para refugiados: o papel da polícia federal na política regulatória”
Um das entidades que possuem papel preponderante no desenvolvimento de políticas
públicas brasileiras para refugiados é a Polícia Federal, que se encontra nas fronteiras
territoriais, exercendo o papel de polícia migratória e com presença no CONARE – Comitê
Nacional para Refugiados, órgão ligado ao Ministério da Justiça. Este trabalho procura
evidenciar, com base em entrevistas estruturadas e semiestruturadas, assim como em
pesquisa documental que a execução de múltiplas funções, além do controle migratório,
sempre constituiu um desafio para a Coordenação Geral de Polícia Migratória da Polícia
Federal, em virtude das dificuldades estruturais e pela falta de recursos humanos no setor. A
instituição apresenta um elevado grau de rotatividade de agentes nos postos de trabalho. O
que muitas vezes os impede de acompanhar mais diretamente a temática do refúgio, no
sentido da especialização. Do mesmo modo que os resultados finais das solicitações de refúgio
junto ao CONARE. Nos últimos anos vem aumentando a quantidade de solicitações de refúgio
no país, ao mesmo tempo em que não ocorre uma mudança no setor migratório de
oferecimento de serviços aos estrangeiros.
[55]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 9.00hs - Sala D4. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 8
¿NUEVOS GOBIERNOS, NUEVAS DERECHAS? LA DEMOCRACIA EN
AMÉRICA LATINA
Coordenadoras: Verónica Giordano (UBA/
CONICET/IEALC) [email protected]
CONICET/IEALC);
Lorena
Soler
(UBA/
RESUMO: Si los “nuevos gobiernos” de la región han acaparado buena parte de la
agenda intelectual latinoamericana de los últimos 15 años, las expresiones novedosas y
también recientes de la derecha aún no han sido tan exploradas. En efecto, es notorio la
escasez de estudios sobre las derechas latinoamericanas en contraste con la proliferación de
aquellos que se centran en el análisis del ascenso al poder y la acción de gobierno de las
nuevas izquierdas. Sin embargo, el neoliberalismo ha dejado un legado tiene constataciones
empíricas: desde abril de 2002 hasta la actualidad, varios de los países de América Latina han
soportado golpes de estado de nuevo tipo contra gobiernos democráticos (Venezuela, 2002;
Haití 2004; Honduras, 2009; Paraguay, 2012; práctica que con otro cariz conocieron también
Bolivia, Ecuador y Panamá y Venezuela también en años recientes).
El fenómeno de las derechas que antes era asociado a gobiernos de dictaduras
institucionales de las Fuerzas Armadas o más ampliamente a gobiernos fundados en la
Doctrina de Seguridad Nacional, hoy aparece como “nuevas derechas” en democracia. En
efecto, el mapa político de América Latina está en proceso de reconfiguración con gobiernos
que ampliamente podríamos agrupar como de derecha. En 2009, Ricardo Martinelli asumió la
presidencia en Panamá. En 2010, Sebastián Piñera asumió la presidencia en Chile, Juan Manuel
Santos lo hizo Colombia, y golpe de Estado mediante, Porfirio Lobos en Honduras. En 2012,
después de la presidencia de Felipe Calderón del PAN, el PRI volvió a la presidencia con
Enrique Peña. Y en 2013, con las elecciones celebradas luego de la destitución de Fernando
Lugo, Horacio Cartes asumió la presidencia en Paraguay. Por su parte, la derecha en la
oposición ha demostrado ser fuerte en Bolivia, Ecuador y Venezuela. Y en otros países, como
en Argentina, Brasil y Uruguay, si bien se ha comportado más típicamente como oposición
“leal”, su fortaleza no es nada desdeñable.
La propuesta de este simposio es indagar lo que aparece como la reconfiguración de un nuevo
mapa político en la región, revisar estas experiencias y sopesar la visión de democracia que
traen aparejada las nuevas derechas (con sus partidos y sus intelectuales y el vínculo de las
burguesías en el poder con los medios de comunicación). En otros términos, ¿qué hay de
nuevo en las nuevas derechas latinoamericanas?
El simposio invita así a explorar los perfiles ideológicos de los partidos de derecha
actualmente relevantes en la región y retomar la relación entre los partidos de derecha y la
democracia, enfatizando no ya su posible relación con riesgos de reversión autoritaria, sino sus
posibles efectos sobre la calidad de la democracia. Enfáticamente, el simposio propone abonar
la tradición de pensamiento social crítico latinoamericano, buscando anclar el problema en
una perspectiva que tenga en cuenta la “estructura de las sociedades latinoamericanas”.
Atividades complementares: Apresentação dos livros:
Waldo Ansaldi y Verónica Giordano, coordinadores, América Latina. Tiempos de violencias,
Buenos Aires, Ariel, 2014.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Lorena Soler, La larga invención del golpe. El stronismo y el orden político paraguayo, Imago
Mundi Buenos Aires, Centro de Formación para la Integración Regional (CEFIR), Montevideo
2012 y reedición 2014 Arandura, Paraguay.
Carbone, Rocco y Lorena Soler (editores): El stronismo asediado, GERMINAL, Asunción, 2014.
RESUMOS
1. AGILDA, Leandro Manuel
[email protected]
IEALC/UBA
“Juan Manuel Santos, la innovación restauradora”
La presente intervención buscará identificar y caracterizar algunas de las innovaciones políticas
operadas bajo la presidencia de Juan Manuel Santos en Colombia (2010-2014) respecto de la
construcción ideológica hegemónica consolidada por su antecesor en el cargo, Álvaro Uribe
Vélez (2002-2010), especialmente en función de los parámetros democráticos e institucionales
del Estado de Derecho. Con la intención de contribuir al debate sobre las “nuevas derechas
latinoamericanas”, buscaremos precisar en qué medida el gobierno de Santos formuló
coordenadas ideológicas novedosas para las derechas latinoamericanas, o si acaso expresó una
voluntad “restauradora” de los parámetros tradicionales del ejercicio del poder institucional
en Colombia, respecto a las innovaciones “populistas” introducidas por el liderazgo de Uribe
durante la primera década del siglo.
2. BORDACHAR, Facundo (FSOC – UBA); BUSTOS, Andrés [email protected] (FSOC – UBA)
“No violencia estratégica y su aplicación en Paraguay: desestabilización y
desciudadanización”
Nuestro trabajo de investigación propone como eje central analizar el derrocamiento de
Fernando Lugo en Paraguay en junio del 2012 a partir de un estudio sobre sus consecuencias
en materia de derechos humanos y de deconstrucción de ciudadanía. Indagaremos además de
qué manera se montó la destitución presidencial y cómo se fue desarrollando un plan que
tenía como objetivo último, esa es nuestra hipótesis preliminar, el desplazamiento de un
gobierno que, en mayor o menor medida, abría un espacio para que se posicionaran las
organizaciones populares como una alternativa electoral.
3. COLLIZZOLLI, Martín Fernando
[email protected]
UBA/IEALC
“Entre el desafuero y la destitución: desestabilización de proyectos sub-nacionales
alternativos al neoliberalismo en México y Colombia”
Desde principios del Siglo XXI, la hegemonía neoliberal ha sido puesta en cuestión en América
Latina con el progresivo ascenso de los gobiernos del denominado “giro a la izquierda”. Sin
embargo, este devenir no ha sido uniforme, e incluso, distintos países de la región continúan
presididos a nivel nacional por fuerzas políticas de derecha. Tal es el caso de México y
Colombia. Este artículo se propone reflexionar acerca de las disputas por la hegemonía en
estos dos países, a partir de un análisis comparado, en tanto estudios de casos, de los intentos
de desestabilización que han atravesado los gobiernos progresistas de las respectivas ciudades
capitales nacionales. La referencia es, específicamente, al proceso de desafuero de Andrés
Manuel López Obrador, Jefe de Gobierno del Distrito Federal entre el 2000 y el 2005, y a la
destitución e inhabilitación política de Gustavo Petro, Alcalde Mayor de Bogotá , electo para el
período del 2012 al 2016. Con ese objeto, se señala el desafío al neoliberalismo que suponen
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
los proyectos políticos de estos líderes populares; y se destaca finalmente, que a pesar de las
notables similitudes entre los procesos, mientras el desafuero de López Obrador fue
promovido por una amplia coalición neoliberal conformada con dicho propósito, la destitución
de Petro estuvo sujeta a los vaivenes de los conflictos entre las distintas fracciones del bloque
de poder dominante colombiano.
4. FASCIOLO, María Mercedes
[email protected]
FSOC – UBA
“Destitución de Fernando Lugo en Paraguay: una aproximación desde el concepto de
legitimidad”
El trabajo se propone abordar el juicio político y la destitución en 2012 del presidente de
Paraguay, Fernando Lugo, desde el concepto de legitimidad y el desarrollo teórico de Carl
Schmitt. En el análisis, se busca dar cuenta de dos formas de legitimar el proceso político que
estarán en pugna: una de ellas apelará a la legitimidad formal y descansará en la legalidad
absoluta del texto de la Constitución; y otra, que hará hincapié en la legitimidad de Lugo como
presidente elegido en elecciones democráticas con el 40% de los votos. Estas dos formas de
legitimar el proceso corresponderán a distintos actores políticos involucrados (Poder
Legislativo, Ejecutivo e instituciones supranacionales). La particularidad del caso analizado
radicará en que ambas perspectivas, si bien son contrapuestas, coinciden en la validez del
juicio político como herramienta constitucional para separar de su cargo al Presidente. A lo
largo del análisis se plantean una serie de interrogantes que, además de ser sumamente
actuales, dan cuenta de los nuevos debates y los desafíos en torno al concepto de legitimidad
que se presentan a la hora de defender y garantizar la continuidad democrática en América
latina.
5. GIORDANO, Verónica
[email protected]
UBA/ IEALC/CONICET
“Las derechas y las nuevas derechas. Derivas conceptuales”
Este trabajo explora algunas definiciones del concepto “derechas” para luego reflexionar sobre
otro concepto de cuño más reciente: “nuevas derechas”. Creemos que el pensamiento crítico
latinoamericano tiene algo para aportar respecto de estas formulaciones conceptuales.
Nuestra deriva parte de un trabajo de José Luis Romero (El pensamiento político de la derecha
latinoamericana, 1971) afirma que «con ese nombre [derecha] no se define una doctrina
concreta –como podría ser el liberalismo, el fascismo o el comunismo– sino un haz impreciso
de ideas que se combinan con ciertas actitudes básicas, configurando en conjunto una
corriente polí ca cuyo sen do fundamental está en relación inmediata con los problemas en
juego en cada momento y con las doctrinas y ac tudes del centro y de la izquierda, a su vez
conjuntos también complejos y con frecuencia de nibles ideológicamente sólo por sus
contrarios (Romero, 1971: 11 –el subrayado es mío–). Si las de niciones más trilladas colocan
el eje derecha/izquierda como expresión del carácter con ic vo de la polí ca, la de nición de
Romero llama la atención sobre el carácter histórico del conflicto. Se intenta explorar las
posibilidades de una definición sociológica histórica de los conceptos “derechas” y “nuevas
derechas” a partir del análisis crítico del texto de Romero.
6. GOLDENTUL, Analía
[email protected]
UBA/IEALC
[58]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“La violencia en Colombia como objeto de estudio y de administración. Cosmovisiones del
pasado y del presente (1958-2013)”
La administración de la violencia y el conflicto social ha logrado constituirse como uno de los
ejes de mayor desencuentro entre gobiernos de corte progresista y de “derecha”. Siendo que
desde inicios del nuevo siglo XXI Colombia ha logrado alzarse como paradigma dentro de la
Alianza del Pacífico -arco de países donde la violencia tiene un lugar prominente- el objetivo de
esta ponencia es historizar y emprender una suerte de “genealogía” del concepto de violencia
en Colombia, analizando los abordajes que sobre este objeto de estudio han hecho los
intelectuales de las ciencias sociales entre 1958 y 2013. Interesa entrever en particular las
continuidades, quiebres y rupturas que existen en la interpretación sociohistórica de la
violencia asumiendo, a modo de hipótesis, que tales cambios logran impactar y tener efectos
en la administración política de la violencia llegando incluso a plasmarse en la dicursividad
oficial. En tal dirección, analizaré, en primer lugar, las obras de Orlando Fals Borda como
representante de una sociología histórica y crítica que tuvo su auge entre 1960-1980 y que
logró convertir a la violencia en objeto de estudio. En segundo lugar, abordaré los escritos de
Gonzálo Sánchez y Álvaro Camacho, como expresión de los nuevos violentólogos que, en
calidad de “expertos” en violencia, mantienen desde 1980 hasta la actualidad vínculos directos
con el Estado a través del Instituto de Estudios Políticos y Relaciones Internacionales de la
Universidad Nacional de Colombia (IEPRI).
7. LEONE JOUANNY, Miguel
[email protected]
UBA-CONICET
“Neoliberalismo y políticas indigenistas. Una propuesta teórica para un análisis histórico: los
casos de Chile y Argentina durante los últimos gobiernos democráticos”
Estatales indigenistas de dos países latinoamericanos con distintos modelos políticos y
económicos como son Chile y Argentina.
En primera instancia despliego un esquema analítico orientado a de-construir la noción de
neoliberalismo en torno a tres dimensiones: una dimensión económica relacionada
fundamentalmente con la financiarización de la economía; una dimensión político-institucional
relacionada con una específica forma de estado, lógicas privatizadoras y de descentralización
de la gestión pública, entre otras cosas; y finalmente una dimensión ideológico-discursiva en la
que las nociones de “competencia”, “equidad” y “responsabilización individual” se presentan
como algunas de las ideas centrales.
En una segunda parte, apelando al esquema analítico planteado, repaso algunas de las
principales políticas estatales indigenistas de Argentina y Chile de los últimos tres lustros. El
objetivo es analizar la presencia/ausencia de elementos neoliberales en ellas y el modo en que
éstos se ponen en juego. Especial atención merecen allí conceptos como los de
“empoderamiento” y “comunidad”. Pero a su vez, también pretendo dar cuenta de las
continuidades y las distancias existentes entre políticas indigenistas emprendidas por
gobiernos de diferentes orientaciones políticas y generar así conocimiento en torno a un
ámbito habitualmente poco abordado y aún menos veces trabajado en términos comparativos
como es la política indigenista.
8. MORRESI, Sergio Daniel
[email protected]
UNGS-CONICET
“La difícil construcción de una derecha compatible con la democracia en América Latina”
Desde que se inició el proceso de transición a la democracia en varios países
latinoamericanos, las derechas políticas de la región apostaron por distintas estrategias que
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
les permitieran mantener su capacidad de acción dentro del marco de las nuevas poliarquías.
Este trabajo intenta explorar brevemente algunas de esas estrategias, prestando particular
atención a la construcción de nuevos partidos políticos y nuevas modalidades de acción
partidaria. La comunicación que se presenta abre con una breve introducción histórica y
teórica del tema. Luego se concentra en el caso argentino, pero ofrece referencias analíticas a
las experiencias de otros países sudamericanos (particularmente, Brasil, Chile y Colombia).
Como conclusión, se pone en discusión una agenda de estudio comparativo.
9. NEVES, Aline do Rocio; KAUCHAKJE, Samira; ZAMPIER DA SILVA, Evelise (Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil)
[email protected]
“A PREFERÊNCIA IDEOLÓGICA NA FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS”
O presente artigo tem por finalidade apresentar os resultados da pesquisa sobre as Políticas de
Transferência de Monetária (Conditional Cash Transfer- CCTs) implementadas na América
Latina a partir dos anos 1990. As pesquisas realizadas apontam que 18 dos 20 países
pesquisados (considerando a classificação da CEPAL - Comissão Econômica para a América
Latina) possuem ou já possuíram, no período analisado, políticas do tipo CCT, apesar das
diferenças culturais, econômicas e políticas observadas entre eles. Outra característica que se
destaca é que os governos dos países alvo situam-se em diversas posições do espectro
ideológico, razão pela qual busca-se verificar se esse posicionamento é decisivo na opção por
CCTs como meio de alívio ou erradicação da pobreza. Entre os países pesquisados, optou-se,
pelo critério geográfico, e a fim de selecionar uma amostra que represente diferentes
contextos da região, pelos seguintes países: Brasil, México, Chile e Nicarágua . A pesquisa,
ainda em curso, se desenvolve através de consultas a páginas oficiais dos governos e de
organizações internacionais como Banco Mundial e Organização das Nações Unidas.
10. PAGNANELLI, Cristina Josefina
[email protected]
Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires
“El Nacionalismo Militar Carapintada en la Transición Democrática Argentina”
El nacionalismo (en un sentido moderno-constructivista) ha sido y es una de las ideologías con
mayor plasticidad de la época contemporánea. En el marco de la difícil transición democrática
argentina éste nacionalismo de derechas adquiere un nuevo significado (ofensivo-defensivo)
ya que debe justificarse a la luz de los profundos cambios acontecidos en la década de 1980 en
las relaciones internacionales. Es en ese contexto que adquiere importancia un intento de
explicación su génesis y su desarrollo. La cuestión identitaria y profesional lo connotan
fuertemente, y los contenidos geopolíticos lo fundamentan, todo ello a la luz de un mundo
bipolar que está a punto de cambiar drásticamente generan la doble percepción de que es una
ideología, anacrónica en un sentido y perfectamente vigente y contemporánea en otro. En la
explicación de dichas cuestiones yace nuestra contribución. El alcance de nuestra investigación
se limita al período transicional, pero entendemos que es una ideología de fuerte raigambre en
nuestra historia (desde la década de 1920). La principal particularidad es que no estamos en
presencia de un movimiento intelectual, estamos frente a una ideología que se construye en la
coyuntura y se nutre de la historia política argentina.
11. RODRÍGUEZ, Gina Paola
[email protected]
IEALC- IIGG/UBA
“La derecha se destapa: doce años de uribismo en Colombia (2002-2014)”
[60]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
En Colombia los candidatos de derecha habían sido tradicionalmente derrotados por amplios
márgenes porcentuales. Álvaro Gómez, ícono de la ideología conservadora perdió tres veces la
Presidencia por más de veinte puntos ante sus competidores liberales. Los dos últimos
presidentes de origen conservador, Belisario Betancur y Andrés Pastrana, tuvieron que ocultar
el nombre de su partido y disfrazarlo de pluralismo coalicionista para poder ganar y aún asi,
consiguieron triunfos bastante estrechos. Álvaro Uribe, al no conseguir el aval del
liberalismo, fue candidato en el 2002 con el apoyo del Partido Conservador y creó durante su
mandato la plataforma partidista que le permitió ser reelecto. Su heredero, Oscar Iván
Zuluaga, obtuvo en junio pasado la votación más alta de un candidato con banderas
abiertamente de derecha en los últimos veinticinco años (45%) quedando a poco de su
contendor, el ex-uribista Juan Manuel Santos (51%). Esta transformación no es contingente,
antes bien, es el resultado de un proceso político y armado de consolidación de la derecha que
se inicia en 2002 y que habilita el “destape” actual de las tendencias ultraconservadoras en el
país. Si bien es cierto que la sociedad colombiana alberga de antaño un componente
tradicional y conservador, la novedad radica en que este se ha expresado en las urnas en la
última década. Nuestra ponencia espera ofrecer algunas hipótesis explicativas acerca de los
factores estructurales que concurren en este fenómeno.
12. SALAZAR, Robinson
[email protected]
Red de Investigadores por la democracia y la paz. Mexico
“La nueva derecha y la maldad política”
El mal y la política forman una mezcla tóxica, comenta Alan Wolfe, y tal parece que tamaña
toxicidad es de gran magnitud que arriba a distintas esferas de la vida social y pública,
abruma y cancela toda la porosidad por donde pueda transitar la conciencia humana, hasta
agotarla y dejarla a merced de la maldad política. Entonces la maldad se viste de odio,
violencia, guerra, discriminación, estigmatizaciones y deseos de exterminar a todo aquel que
no piensa o acepta la verdad de los que portadores psicóticos y sociópatas que sufren de
delirio de autoridad infinita. Los dispositivos de la maldad están en los miedos, los odios
exacerbados, el linchamiento, el encono y rencor contra sus semejantes, que están incubados
en sectores sociales que fueron colonizados por la cultura del "nuevo orden" del consumo, el
hedonismo, la belleza estética, el individualismo, la competitividad, la calidad y la moda, cuyo
sendero para alcanzarlos es el dinero. El fin de la maldad no siempre se manifiesta con la
muerte, sino que tiene diferentes facetas para propagarse, en la segunda década del Siglo XXI
afloran expresiones de despojo de derechos y propiedades en grupos y segmentos
vulnerables, revanchismo étnico, desplazamientos humanos por conflictos de carácter
económico, desastres naturales, guerras e invasiones, cuna de larvas de la maldad y el odio.
Entonces la maldad política envuelve en un solo objetivo el mal y al enemigo, cuya finalidad es
exterminar el mal a través de la muerte. Es interesante observar detenidamente la manera en
que la maldad política desplaza paulatina y cautelosamente la amistad del sendero de las
relaciones humanas y políticas, dado que en Aristóteles el sustrato último de la relación
política es la "amistad" al defender este vínculo de reciprocidad afectiva y valórica en
momentos apremiantes de la vida, especialmente en épocas de riqueza, porque es inadmisible
aprovechar y disfrutar de los bienes si no se pueden compartir con quienes se aman y/o siente
que son cercanos a su círculo social, que a su vez son los vecinos más indicados para ayudarnos
a mantenerlos y a administrarlos. Desanclar la maldad y los odios de la política es el mayor
desafío de los gobiernos de izquierda, dado que no es plausible proponer la emancipación
humana sin desterrar los enclaves que nos hereda el neoliberalismo depredador y la nueva
derecha.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
13. SOLER, Lorena
[email protected]
UBA/CONICET IEALC
“¿Cuál golpe de Estado? Una mirada comparada de los procesos de neogolpismo en América
Latina del siglo XXI”
La región vive, desde la llegada de Hugo Chávez a la presidencia de Venezuela (1999), un ciclo
político posneoliberal signado por la presencia de gobiernos reformistas. Sin embargo, el
proceso de cambio muestra cada vez más signos de cierre que de profundización y ha tenido
varias inflexiones. Nuevas formas de golpes de Estado se han producido a los gobiernos electos
por la voluntad popular -como los de Haití (2004) Honduras (2009) y Paraguay (2012)- y otros
que no han logrado su cometido – Venezuela (2002) Bolivia (2008) y Ecuador (2010)– . Estos
nuevos procesos, que aún son marginales a la reflexión de las ciencias sociales, se presentan
como un gran desafío intelectual y político, al poner de manifiesto los nuevos formatos de
golpes de Estado y la configuración de una nueva derecha regional que, vía procesos
electorales o vía formatos destituyentes –con el inédito desplazamiento de las FFAA como
protagonista– accede a los ejecutivos de estos países. En este marco, la ponencia persigue dos
objetivos. Por un lado, realizar un estado del arte de las muy escasas reflexiones de los
llamados neogolpismo en la región a partir de los procesos políticos e históricos específicos.
Por otro, a partir de una mirada comparativa de los países, proponer una conceptualización
posible para pensar los procesos sociohistóricos ocurridos.
14. TURSI COLOMBO, Florencia
[email protected]
FSOC – UBA
“Nuevas medidas económicas en las democracias de América Latina. La política social de
precios en Argentina y Venezuela en el escenario de disputa entre los gobiernos del giro a la
izquierda y la reconfiguración de las derechas”
Durante 2014 se han registrado en Argentina y Venezuela maniobras de especulación
económica y sabotaje por parte de sectores empresariales y parte de las oposiciones de
derecha (son golpes económicos) que aprovechan los incrementos de la demanda (gracias a la
redistribución del ingreso impulsada por los gobiernos) para aumentar sus precios y sus
márgenes de ganancia, a expensas del bienestar del resto de la sociedad. En este escenario
aparece la in ación como una cuestión socialmente problematizada, ante esto, los gobiernos
de Cristina Fernández de Kirchner y Nicolás Maduro han impulsado programas de precios
(Programa Precios Cuidados y Superintendencia de Precios Justos) como tomas de posición
que pretenden combatir la in ación y el desabastecimiento a través de la intervención del
Estado. La solución a la cuestión socialmente problematizada no es sólo una medida
económica de reducción de la in ación, sino que se da pelea desde la democracia abarcando lo
político ya que es una disputa hegemónica y lo social ya que garantiza el acceso al consumo
masivo; no son meras políticas económicas, sino que son por sobre todo políticas sociales que
bene cian a los sectores de menores ingresos garantizando su acceso al consumo.
15. WINER, Sonia
[email protected]
IEALC-FSOC-UBA/ CONICET
“Derechas y recolonización estratégica. Gobierno de Cartes en Paraguay”
El siguiente trabajo se propone realizar un primer abordaje de los elementos centrales a tener
en cuenta al momento de analizar la gestión de Horacio Cartes (agosto de 2013-actualidad), en
tanto sintomática de una ofensiva recolonizadora que se impone a través de una alianza entre
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
corporaciones trasnacionales, partidos tradicionales y oligarquías locales y que apela a la
utilización de las culturas estratégicas subyacentes en los sectores populares, por ejemplo los
paraguayos, para construir y reconstruir la legitimidad de un orden afín al proyecto imperial.
En este sentido, consideramos que el aporte de un estudio incipiente sobre las medidas
gubernamentales tomadas durante el primer año de gestión de Cartes, puede echar luz sobre
dos aspectos fundamentales: por un lado, el tipo de acciones de disciplinamiento desplegadas
sobre los trabajadores del campo y de la ciudad -acompañadas por cambios políticonormativos avalados por el Parlamento en materia de Defensa, Seguridad e Inteligencia-; por
el otro, los beneficios otorgados al gran capital –la denominada ley de “alianza públicoprivada” y otras iniciativas pro-empresariales privatizadoras de bienes públicos-. Aspectos que
cohabitan con un rol central asumido por la embajada estadounidense en Asunción y por la
exacerbación y el resurgir de viejas tradiciones nacionales ligadas al partido colorado y al
periodo stronista en general (1954-1989), las cuales son reimpulsadas por nuevas modalidades
tecnológicas y mediáticas asociadas a los intereses del complejo empresarial-militar
norteamericano.
16. ZURITA, María Delicia
[email protected]
Centro de Investigaciones Socio Históricas. Facultad de Humanidades y Ciencias de la
Educación. Universidad Nacional de La Plata
“Militares y democracia, una puja vigente durante el gobierno de Alfonsín”
La vuelta a la democracia en los países del Cono Sur se correspondió con el cambio de
paradigma por parte de Estados Unidos que privilegió las democracias por sobre las
dictaduras. La administración de Alfonsín hizo uso de todos los instrumentos para la
consolidación de la democracia. Ante la búsqueda de una pronta solución al conflicto limítrofe
con Chile por el canal del Beagle el presidente decidió realizar una consulta popular. Algunos
sectores castrenses se mostraron reticentes a esta medida pretendiendo continuar su
influencia en democracia vigilando al gobierno emergente. El propósito del trabajo reside en
analizar, en primer lugar, las memorias de quienes fueron funcionarios del gobierno en la
cartera de defensa y de algunos miembros de las Fuerzas Armadas en torno a la consulta
popular por el Beagle. Tomando como base teórica a Marc Angenot, quien interpreta que el
discurso social es un dispositivo para ocultar, para desviar la mirada, ya que sirve para
legitimar y para producir consenso en segundo lugar se pretende analizar el contexto de
transición a la democracia en donde convivieron el discurso social propio de la dictadura y el
de la democracia.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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|28 de novembro – 9.00hs – Sala G2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 9
DIÁLOGOS POSSÍVEIS: A CULTURA NAS CIÊNCIAS HUMANAS LATINOAMERICANAS
Coordenadores: Ana Paula Palamartchuk (Professora Adjunta da Universidade Federal de
Alagoas) [email protected]ñ Daniela do Carmo Kabengele (Professora Adjunta da
Faculdade Integrada Tiradentes – Alagoas) [email protected]; Flávio Gonçalves dos
Santos (Professor Adjunto da Universidade Estadual de Santa Cruz). [email protected]
Resumo: O Simpósio Temático “Diálogos possíveis: a cultura nas ciências humanas
latino-americanas” – considerando que o tema ou objeto “cultura” aparece como recorrência
nas fronteiras do conhecimento científicos das humanidades e, partindo do pressuposto de
que as pesquisas que se referem a “cultura” invariavelmente utilizam essa categoria com
significados e significantes distintos – tem por objetivo acolher e discutir trabalhos que
analisem os diálogos travados entre os diversos campos de conhecimento das Ciências
Humanas na América Latina, refletindo sobre as diferentes metodologias e técnicas de
produção de conhecimento. Deste modo, serão bem vindas, propostas de comunicação que se
debrucem a natureza, aplicabilidade e status dos conceitos e noções de “cultura” nos diversos
campos do conhecimento, tanto de uma perspectiva teórica quanto empírica.
RESUMOS
1. AMARAL, Ivoneides Maria Batista do
[email protected]
Centro Universitário UNIVAG
“A Dança dos Mascarados representação cultural de Poconé – MT”
Esta pesquisa trata sobre a Dança dos Mascarados um ritual festivo que acontece em Poconé
cidade no interior do Estado de Mato Grosso localiza-se na região Centro-Oeste do Brasil. A
Dança é uma mistura entre a dança indígena e a contra dança europeia realizada desde o
século XVIII, e mesmo passando por pequenas transformações ao longo dos anos, resistem,
em essência até os dias atuais sendo realizada somente por homens, formando uma teia de
reciprocidade cultural e social entre as pessoas da comunidade que participam como
dançantes ou espectadores. As apresentações propiciam um encontro entre os universos
sociais onde homens comuns ao colocarem seus figurinos tornam-se Mascarados, assumindo
uma identidade central, são elevados de classe, colocando-se acima de todas as diferenças que
tipificam o sistema, representando a coletividade. Uma região privilegiada para se penetrar no
coração cultural da comunidade. As apresentações são realizadas nas ruas, praças ou espaços
alternativos, acontecem de forma alegre e descontraída, atraindo a comunidade, transeuntes
e turistas que queiram participar, pois esta é feita para o povo e por ele transformada.
2. ANDRADE, Gilson José Rodrigues Junior de
[email protected]
“Práticas estatais, famílias e desigualdades: uma análise etnográfica acerca da ação seletiva
do Estado”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Este trabalho tematiza sobre determinadas práticas de agentes estatais frente a mulheres
advindas das classes populares cujos filhos estiveram em abrigos para crianças e adolescentes.
Longe de reificar a noção de ausência estatal no cotidiano destas, problematizarei como
existem distintos valores que engendram as diversas relações que o Estado estabelece com
diferentes modelos familiares. No bojo desta pesquisa, busca-se lapidar o conceito analítico de
ação seletiva, o qual pretende corresponder a práticas partilhadas sócioculturalmente a partir
de lógicas hegemônicas.
3. BRICHTA, Laila,
[email protected]
Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus/BA)
“Ideias de cultura e algumas pesquisas historiográficas sobre o século XX na América Latina e
na África”
A construção da ordem política na América Latina ou na África durante o século XX pôde
contar com indivíduos de diversas origens, que em suas práticas culturais contribuíram na
elaboração da ordem social, mesmo em condição de adversidade política ou econômica. No
Brasil, na Colômbia e em Angola a participação de determinadas parcelas da população na
construção da nação ou na crítica ao modelo de Estado e governo adotados ocorreu
notadamente através da produção intelectual e em diversas práticas culturais. A produção
cultural, que envolve e está envolvida em todas as formas de atividade social – como a ação
intelectual de escritores tais como Gabriel García Márquez, Jorge Amado e Óscar Ribas e que
está presente em suas produções literárias – pode ser tratada como um sistema de
significações, na acepção de Raymond Willians, em que uma ordem social global é comunicada
e vivenciada. Investigar as práticas culturais através da literatura de ficção produzida pelos
escritores permite observar tensões e conflitos, continuidades e rupturas da elaboração do
nacionalismo ocidental no século XX. A reflexão sobre como o processo histórico de
aparelhamento da sociedade contemporânea pode ser estudado através da cultura (tendo
como escopo empírico o Brasil, Angola e a Colômbia) é o objetivo desta comunicação.
4. FERREIRA Janaína Parentes Fortes Costa [email protected]; TEIXEIRA, Jéssika Silva;
CURY, Italo Felipe (Universidade Estadual do Piauí)
“Graffiti – diálogo estampado de cores”
Cuida-se de projeto de extensão que nasce do uso – reapropriação, segundo Giorgio Agamben
– do espaço público como ambiente de: denúncia; potência transformadora da arte; expressão
dos direitos de igualdade e liberdade; crítica social e troca de olhares entre realidades
discrepantes. Parte-se do pressuposto de que as universidades, por tal alcunha, têm o direitodever de inserir o conhecimento maximamente universalizado no seu espaço físico e
acadêmico. A linguagem do graffiti cria diálogo vivo entre atores sociais em conflito que,
através da arte, podem fundir seus horizontes cognitivos. Tem-se como resultados do projeto
uma Oficina de graffiti na Universidade Estadual do Piauí, Mesas Coordenadas e um
documentário síntese do processo de troca de vivências. Esses produtos, juntamente com um
artigo científico sobre a extensão, pretendem-se material de propagação da experiência.
5. KABENGELE, Daniela do Carmo
[email protected]
Faculdades Integradas Tiradentes-Maceió
“O Agregado: traduções machadianas e marcas de uma experiência”
Este artigo examina a situação de agregado de Antonio Ferreira Cesarino (1808-1892), à luz de
algumas personagens da obra de Machado de Assis. A posição de servilidade, a ânsia por
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
ascensão social, a questão da imprescindibilidade e o desejo de ruptura com os laços
senhoriais inscritos nessa situação são elementos que vêm sob o prisma da sociedade
patriarcal. A razão de Machado de Assis figurar neste trabalho está no fato de este autor
pautar, de maneira alargada, o alcance das experiências dos agregados. Considerar as
personagens de alguns livros de Machado de Assis significa trazer para mais perto descrições
cuidadosamente feitas e caracteres que, em alguma medida, estão presentes nos dados de
que disponho. Trata-se de atentar para uma escrita que reconstrói com clareza caleidoscópica
experiências possíveis. Nesse movimento, há ângulos, dinamismos e rendimentos analíticos
possíveis.
6. LARA, Paulo José Olivier Moreira
[email protected]
Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP
“Comunicação Descolonial: o debate entre Cultura e Estética no campo da comunicação na
América Latina”
Em visita ao Brasil durante o período em que elaborava seu “paradigma ético-estético”, Felix
Guattari declarou que a “noção de cultura é extremamente reacionária”. Defensor de práticas
alternativas no campo da comunicação, notadamente da ação das Rádios Livres enquanto
produtoras de subjetividade, o autor teve enorme impacto na estruturação de uma “estética
conceitual” em movimentos sociais, políticos e acadêmicos brasileiros. Recentemente,
correntes ligadas ao pensamento descolonial latinoamericano vêm se debruçando sobre uma
“estética descolonial” enquanto forma criação de um saber em novas bases e de formas de reexistência política, cultural e artística. A noção de cultura, se encontra então novamente em
debate, considerando os fenômenos geopolíticos, tecnológicos, artísticos e comunicacionais
recentes. Esse trabalho tem como objetivo explorar uma noção expandida de estética no e do
ambiente latinoamericano que aparece enquanto politicamente mais forte e socialmente mais
arraigada do que aquela de cultura. Para tanto, utilizaremos elementos históricos da produção
artística e política na América Latina, em especial o universo e usos alternativos do Rádio.
Queremos demonstrar que, do ponto de vista de uma “comunicação descolonial” uma noção
revisitada e expandida de estética se apresenta mais útil do que a de cultura para
compreender e atuar politicamente nas esferas simbólicas que moldam a construção da
subjetividade.
7. MARINO, Aluizio; OLIVEIRA, Humberto Augusto Meratti de; NAKATANI, Tony Shigueki
[email protected]
Universidade de São Paulo
“As caravanas de gestão cultural: imersão nos territórios culturais do interior paulista”
O presente trabalho tem como objetivo discutir as problemáticas da gestão cultural em
municípios do interior do estado de São Paulo, tanto do ponto de vista dos agentes culturais
locais quanto das políticas públicas de cultura. Para tanto, tomaremos como pontos de
discussão um projeto desenvolvido pela Incubadora de Projetos e Iniciativas Culturais (IPIC),
vinculada ao Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (Celacc),
denominado "Caravanas de Gestão Cultural".
As "Caravanas de Gestão Cultural" tem como proposta desenvolver ações formativas e
consultoria, visando à capacitação continuada em gestão de projetos de agentes e coletivos
culturais. A primeira caravana percorreu 5 municípios do Vale do Paraíba, interior do estado de
São Paulo, realizando workshops, consultoria individualizada de projetos, além de uma
discussão em torno de elaboração de projetos e de políticas públicas para a cultura, como
parte de uma ação diagnóstica a ser realizada sobre as dinâmicas culturais locais e regionais.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Já nessa primeira "rodada" realizada pelo projeto "Caravanas de Gestão Cultural", pudemos
perceber no contato com as diversas realidades, a importância, bem como as limitações, que o
poder público pode possuir na articulação e desenvolvimento das manifestações e na
organização dos agentes culturais locais. Elementos que podem contribuir para a construção
de políticas públicas para a cultura que respondam de forma mais apropriada as demandas
locais, bem como as possibilidades de desenvolvimento mais autônomo e sustentável de seus
agentes e manifestações culturais.
8. PALAMARTCHUK, Ana Paula
[email protected]
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS (UFAL)
“Intelectuais, esquerdas e cultura na América Latina: Brasil, Argentina e Chile (1930-1950)”
Por quase um século, a tradição de esquerda forjou-se em “um campo de forças sociais e
políticas e de correntes ideológicas heterogêneas que agrupa socialistas, comunistas (e suas
dissidências), libertários, crescentemente setores cristãos, e que se inscrevem numa
perspectiva crítica ao capitalismo (...)”. Essa é uma definição eminentemente do século XX, ao
que, acrescenta-se para algumas experiências das esquerdas, como no caso brasileiro, o
componente republicano mais caro à cidadania: a luta e inspiração pela igualdade social. O que
se pretende aqui, no entanto, é apenas indicar as possibilidades que se abrem para as
intricadas relações entre os intelectuais, como Jorge Amado, Nise da Silveira, Pablo Neruda,
Raúl González Tuñón, entre outros, na articulação de projetos de esquerda na e para a
América Latina, tomando como ponto de partida o Brasil na busca dos projetos que se
configuraram entre intelectuais de esquerda brasileiros, chilenos e argentinos.
9. PIRES, Nara Suzana Stainr [email protected] (Universidade Federal de Santa Catarina –
UFSC); OLIVEIRA, Rafael Santos de [email protected] (Universidade Federal de Santa
Maria –UFSM)
“Cotas universitárias brasileiras: paradigma possível à mudança da cultura de exclusão”
Dentro da perspectiva de que a cultura envolve todo o cotidiano dos indivíduos, de modo a
permitir sua adaptação ao meio social e natural em que vivem, e superação de exclusão, as
ações afirmativas se encontram associadas a expressões como: cotas, objetivos, tratamentos
preferenciais. Neste sentido como particularidade do sistema as cotas passaram a ser uma
realidade brasileira, implantada pela Lei 12711/2012, que beneficia os candidatos negros,
pardos e indígenas na hora de ingressar nas universidades públicas. A importância sobre as
ações afirmativas, mais que uma questão política trata-se de uma garantia fundamental de
igualdade e ampliação do campo de garantia educacional na busca de integrar culturas. O
trabalho contribui na busca da análise que não basta entender como devido o direito ao
alcance de acesso à educação e cultura, carece sim buscar concretizar garantias deste acesso,
para que todos os cidadãos sejam respeitados e observados. Como alcance, há uma
diversidade de doutrinas e estudos no tema, com posições interdisciplinares do conhecimento
em sentido favorável e contrário. Tal estudo beneficia à experiência jurídica latina americana,
destacando os aspectos, com relevância no Brasil e a sua utilização, bem como as reflexões de
Ronald Dworkin e Alejandro Moreno a respeito da temática aqui desenvolvida.
10. ROCHA, Simone Maria [email protected];
[email protected] (UFMG)
OLIVEIRA, Lívia Fernandes de
“Pensar a “cultura das drogas”: para pensar a sociedade e o papel da televisão”
Adotando uma dimensão antropológica da cultura, que a define como um sistema de signos e
significados criados pelos grupos sociais, propomos abordar o fenômeno das drogas ilícitas –
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
sua produção, circulação, consumo e tráfico – a partir de uma visada cultural que nos auxilie a
compreendê-lo não apenas como um tema policial, mas, também, como um fenômeno
econômico, social e cultural altamente complexo. Tal perspectiva envolve sua ideologia, seus
ícones, seus valores e sentidos construídos que alimentam uma verdadeira cultura em amplas
camadas sociais. A hipótese que orienta nossas reflexões parte do fato de que o fenômeno das
drogas quase sempre está associado aos espaços marginalizados e segregados de nossa
sociedade – favelas, garimpos, prisões, fronteiras, aldeias indígenas – como se só ali se
compartilhasse uma cultura cujos valores não diriam respeito aos demais espaços sociais.
Nossa hipótese nos leva a indagar em que medida identificar e entender certas narrativas que
tratam desse fenômeno têm por fundamento uma “cultura da droga” deixando tantos outros
aspectos fundamentais ausentes do debate público e, consequentemente, de uma das arenas
discursivas mais relevantes na contemporaneidade: a mídia. Empiricamente abordaremos tal
problemática através da análise de uma série de reportagem veiculada no Jornal Nacional (TV
Globo, 2013) – “Crack” –, a fim de evidenciar o quanto a cobertura do tema reforça a hipótese
elaborada.
11. ROCHE, Fabio López de la [email protected]; NEIRA, Luis Felipe (Universidad Nacional
de Colombia, Bogotá)
“La serie de televisión “Escobar, el patrón del mal” y las representaciones ficcionales de la
cultura del narcotráfico en Colombia”
La serie “Escobar, el Patrón del Mal”, construida sobre el libro del periodista, investigador
social y ex alcalde de Medellín, Alonso Salazar, y producida por “Caracol Televisión”, es no sólo
un importante referente interno para el conocimiento del narcotráfico por parte de los
públicos no letrados, sino también una producción de amplio consumo fuera de Colombia,
sobre todo en los países hispanohablantes, que juega un importante papel en la difusión de
representaciones sobre Colombia en el exterior.Aunque existe una copiosa bibliografía sobre
el narcotráfico en Colombia, sus aspectos culturales no han sido objeto de un mayor trabajo
investigativo. Más aún, no hay muchos trabajos sobre las narrativas del narcotráfico y menos
sobre la ficción televisiva sobre el mismo. En América Latina y en particular en Colombia y
México ha surgido una producción ficcional televisiva que representa los estilos de vida y las
relaciones sociales de los narcotraficantes, esto es, la narco-cultura. En un diálogo
interdisciplinario entre la historia, los estudios de comunicación, los estudios políticos y el
análisis cultural, el texto analiza la totalidad de los capítulos de la serie, prestando especial
atención a la tematización de las transformaciones culturales introducidas por el narcotráfico
en las prácticas sociales e institucionales, así como en las actitudes y en los valores de amplios
grupos sociales y ocupacionales.
12. SANTOS, Flávio Gonçalves dos
[email protected]
Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC-Ilhéus/BA)
“Saiam as carroças, entre o progresso!”
Esta comunicação, como o título sugere, está relacionado à substituição de um meio de
transporte. Remonta não ao princípio da utilização das carroças, mas sim à sua agonia
enquanto um meio de transporte e de prestação de serviços urbanos, por volta dos anos de
1930 até seu definitivo desaparecimento das ruas do centro de Salvador, nas décadas de 1970.
A questão que se pretende realçar aqui diz respeito ao modo como uma sociedade opta por
determinadas soluções, em detrimento de outras em nome de uma ideia de progresso.
Considera-se que o de leque opções, assim como as escolhas de uma coletividade estão
sedimentados em um consistente consenso cultural, que é um constructo e um construtor da
história e de histórias. No caso especifico do objeto deste texto, encontra-se no cerne da
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
questão noções como progresso, modernidade e civilização, em oposição a outras noções
como atraso, arcaísmo e barbárie. Ao longo da discussão chamar-se-á à atenção para o modo
como a cultura se entrelaça, por exemplo, na adoção por um tipo de transporte de carga ou
pessoas, cria ritos e comportamentos específicos para os usuários e, principalmente, para os
condutores, de modo tal que cria distintivos sociais, que modelarão as relações entre os
indivíduos e destes com a história.
13. SIMONARD, Pedro
[email protected]
Faculdades Integradas Tiradentes-Maceió
“Mestre Darcy do Jongo da Serrinha e a Personagem de Si”
Darcy Monteiro foi um mestre jongueiro morador do morro da Serrinha, localizado em
Madureira, subúrbio da Zona Norte do Rio de Janeiro. No final dos anos 1960, percebendo que
o jongo estava desaparecendo de sua comunidade devido à interrupção do processo de sua
transmissão, ele criou uma estratégia de preservação e transmissão que tinha por base a
espetacularização do jongo. Com o intuito de implementá-la, ele fez uso de estereótipos para
criar ambientação e mitologia jongueiras, bem como criou uma personagem alter ego, Mestre
Darcy. Ele se apresentava por todo o Rio de Janeiro e outras regiões do Brasil ensinando,
divulgando, transmitindo e preservando o jongo.
14. SILVA, Elisana Alves da [email protected]; GOMES, Icléia Rodrigues de Lima e
(Universidade Federal do Mato Grosso)
“(Con) Vivendo com a diferença, por uma cultura da paz e do respeito”
A diversidade de sujeitos esteve sempre presente em nossas escolas, nem sempre coexistindo
de forma pacifica e tranqüila. A diversidade sexual existente dentro da escola e como trabalhar
as temáticas a ela referentes, ainda desafia educadores. Seria possível perceber a
movimentação efetiva de práticas pedagógicas educacionais preocupadas com a questão da
inclusão, a inserção e a participação de todos os estudantes no processo de ensino e
aprendizagem? A emergência da adoção de políticas públicas que garantam a implantação e a
implementação de práticas pedagógicas, dinâmicas, coletivas e flexíveis, estão na ordem do
dia. A cultura da paz e do respeito necessita ações dentro do coletivo escolar, envolvendo toda
a comunidade, uma vez que a atenção à diversidade de sujeitos é imprescindível no âmbito
educativo. A realidade escolar abriga multiplicidades de sujeitos que ocupam diferentes
papéis/lugares e funções no fazer pedagógico, de modo que a escola necessita se inserir no
contexto social de combate a todas as formas de violência, colocando em pauta estas
discussões.
15. TAVARES, Marcelo Góes [email protected]; BRITO, Tasso Araújo de
“Memórias de lutas sociais e a violência na cultura política: possibilidades para compreensão
do estado de exceção no Brasil e América Latina”
Este trabalho problematiza o uso de memórias decorrentes de estado de exceção, embates
sociais e a violência como prática presente na cultura política do Brasil e América Latina. Desse
modo, é relevante o diálogo entre diversos campos do saber, os quais destaco a História,
Psicologia, Sociologia, Antropologia, Artes e Ciência Política. Esse diálogo, no estudo sobre a
cultura política e violência, torna-se um possível percurso metodológico relevante para a
compreensão sobre o processo de produção social de memórias. Estas são objetos de
apropriações, disputas e batalhas em torno de múltiplas interpretações e registros sobre o
passado, remetendo-se a discursos e práticas políticas que ressoam na produção
historiográfica e outros campos de saber nas ciências humanas no tempo presente,
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
deslocando e ressignificando os usos políticos dessas memórias para o campo do direito e da
cidadania. Pretende-se desse modo, explorar algumas possibilidades de como estas memórias
podem ser utilizadas na produção narrativas historiográficas e outros saberes que tome como
foco central o campo político e a luta por direitos em nossa história recente, buscando
responder questões e demandas sociais na contemporaneidade da América Latina.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs - Sala E1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 10
TRABAJO Y AUTOGESTIÓN: HISTORIA RECIENTE Y PERSPECTIVAS
FUTURAS
Coordenadores: Carlos E. Martínez (Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y
Sociedad, Universidad Nacional de Córdoba) [email protected]; Magali Paz
(Programa Antropología e Historia de la relación capital-trabajo en el contexto
contemporáneo. Centro de Investigaciones y Estudios sobre Cultura y Sociedad- Universidad
Nacional de Córdoba); Fernando Blanco (Escuela de Historia. Facultad de Filosofia y
Humanidades. Universidad Nacional de Córdoba. Argentina. Programa Antropología e Historia
de la relación capital-trabajo en el contexto contemporáneo. Centro de Investigaciones y
Estudios sobre Cultura y Sociedad – Unidad Ejecutora de CONICET. Universidad Nacional de
Córdoba)
RESUMO: En nuestra región y fruto de la fuerte ofensiva del capital contra el trabajo,
amplificada en la década del 90 del pasado siglo, se han abierto nuevas formas asociativas que
pudieron salvaguardar, vía la autogestión productiva, numerosas y disimiles fuentes de
trabajo.
A fines de esa década, en Argentina, se dio un intenso movimiento de lucha por
recuperar fábricas cerradas o abandonadas por la patronal. Esta situación atípica, donde
trabajadores/as se organizan en forma cooperativa para hacer frente a las demandas de la
producción, fue posible debido a una fuerte movilización social y política.
En un contexto de crisis, la experiencia de las fábricas recuperadas tanto en Argentina como en
otros Países del continente terminó por imponer en la agenda de los trabajadores la presencia
de un modelo autogestivo.
La resistencia al modelo neoliberal generó la formación de colectivos de trabajadores
que, autoorganizados y en alianzas políticas con otros movimientos sociales, lograron
imponerle al Estado soluciones basadas en la autogestión productiva.
Estas experiencias se dieron tanto en el ámbito urbano como en el rural y el producto de las
mismas fue la formación de colectivos de trabajadores que desde distintas perspectivas
sostuvieron proyectos autogestivos. Dichos proyectos entroncaron con experiencias
anteriores, y confluyen hoy en un contexto político regional más favorable que en las décadas
precedentes.
Los intensos debates que se dieron al respecto, sumado a la experiencia de los
trabajadores imponiendo un modelo de apropiación social de la producción, abrieron
innumerables fuentes de reflexión sobre el papel del trabajo y de los trabajadores en una
economía capitalista en constante crisis.
Dentro de este marco de debate, una de las cuestiones centrales a tener en cuenta es
la relación de estos trabajadores autogestionados con las estructuras sindicales tradicionales
ya que son los trabajadores en su conjunto quienes sufren las consecuencias de la expansión
del capital en desmedro del salario.
A través de los años transcurridos hasta la actualidad, las diferentes experiencias
fueron creciendo y consolidándose desde el aspecto productivo, económico y político.
Hoy, hay conformada una organización continental, expresada en la organización de cuatro
Encuentros Internacionales, llamados: “La Economía de los Trabajadores” que se realizaron
entre 2005 y 2013 alternativamente, en Argentina, México, Brasil y uno próximo a realizarse
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
en Venezuela (Julio de 2015). En dichos Encuentros se dieron cita e intercambiaron
experiencias y desarrollos teóricos, trabajadores, profesionales, académicos y estudiantes de
diferentes países Latinoamericanos.
La discusión por los sentidos del trabajo autogestivo es, a juicio de este simposio, una
discusión que deben dar tanto los estudiosos de este fenómeno como los propios trabajadores
que han logrado organizar tanto empresas como ámbitos de discusión política e ideológica a
este respecto.
Atividade complementar: Invitados:
Programa Facultad Abierta. Facultad de Filosofía y Letras. Universidad de Buenos Aires.
Argentina.
Casa de los Trabajadores, Provincia de Córdoba. Argentina.
En Julio de 2015 se desarrollará en Punto Fijo, Venezuela el V Encuentro Internacional
"La economía de los trabajadores".
La dinámica de estos encuentros anteriores ha servido para desarrollar vínculos entre
trabajadores, investigadores, docentes, estudiantes, etc.
En este marco, la actividad propuesta para las IV Jornadas de Problemas Latinoamericanos,
como parte del Simposio “Trabajo y autogestión. Historia reciente y perspectivas futuras”,
forma parte del camino a recorrer hacia el encuentro a desarrollase en la República
Bolivariana de Venezuela.
RESUMOS
1. AZEVEDO MAGALHÃES, Gabriel
[email protected]
UFRRJ
“Desenvolvimento Solidário: a possibilidade de mudança através da igualdade e autogestão”
O artigo apresenta uma reflexão teórica através da teoria sociológica de ação social, em Weber
(2012) e da teoria de ação comunicativa, em Habermas (1989), para fundamentar observações
nas teorias do desenvolvimento capitalista -que objetiva-se no lucro econômico- e do
desenvolvimento solidário, que fundamenta-se nas práticas com valores de igualdade e
autogestão. Analisa-se o caráter excludente e competitivo do desenvolvimento capitalista,
compreendendo que a racionalidade capitalista destina aos lucros econômicos a finalidade em
si, fazendo com que se pareça irracional qualquer ação de cunho valorativo. Realizando dessa
maneira, uma sobreposição da ação social racional referente a fins sobre a racional referente a
valores no desenvolvimento capitalista. Baseado nesse arcabouço teórico, o artigo analisa
como através das práticas solidárias- autogestão e igualdade- é possível se reverter esse
processo de sobreposição, e por isso se apresenta como um tema de pesquisa relevante.
Conclui que é possível compreender a lógica das práticas que se engendram internamente nas
teorias do desenvolvimento solidário a partir do referencial teórico adotado.
2. BARRERA CALDERÓN, Emanuel
[email protected]
Universidad Nacional de Villa María – Conicet / Investigador de la RELIESS
“El ‘Programa Trabajo Autogestionado’ impulsado por el Estado Nacional argentino y las
nuevas concepciones de ‘Economía Social’ emergentes”
En Argentina, en la última década, se ha producido un cambio en los temas de agenda de las
políticas sociales que es, en buena medida, resultante de la progresiva instalación de la
problemática de las formas alternativas de producción y subsistencia, cuestión que da cuerpo
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
a las elaboraciones en torno a la economía social. El sesgo asistencialista que predominó
durante la década del ’90, acotaba el campo de intervención de las políticas sociales a la
provisión de subsidios compensatorios de los efectos de la reestructuración económica para
los sectores más desposeídos por el impacto negativo de estas políticas económicas, está
siendo hoy cuestionado, no sólo desde el debate académico y político, sino también en algunas
instancias de formulación de las políticas públicas.
El estudio de este tipo de políticas – que denominaremos de promoción de la Economía Social
(ES)- no puede centrarse en el Estado sino que requiere un enfoque relacional que se sitúe en
la interacción entre la institución estatal y la sociedad civil.
En este contexto, el programa Trabajo Autogestionado implementado por el Ministerio de
Trabajo, Empleo y Seguridad Social de la Nación cumple un rol fundamental en la
cooperativización de las empresas recuperadas y fundamentalmente en su consolidación. El
desafío de este trabajo es identificar la concepción implícita (y analizar la manifiesta) de ES en
el mencionado programa teniendo en cuenta su diseño e implementación.
3. CAPOGROSSI, María Lorena
[email protected]
CIECS-CONICET (Universidad Nacional de Córdoba)
“Del campamento a la cooperativa: los trabajadores petroleros y sus experiencias de
reconversión laboral”
En esta ponencia nos vamos a detener en los procesos de reconversión laboral puestos en
marcha por la dirección de Yacimientos Petrolíferos Fiscales S.A. antes de que fuese
privatizada en el año 1992. El marco legal que permitía estas transformaciones abrevaba en
dos leyes: la Ley 23.697 o de Emergencia Económica, sancionada en septiembre de 1989,
donde se establece que, para asegurar la eficiencia y productividad de los entes públicos el
Poder Ejecutivo Nacional puede promover la formación de cooperativas entre los empleados y
obreros de establecimientos estatales. Y la Ley 23.696 o de Reforma del Estado, donde se
define que todos los entes públicos son plausibles de ser privatizados y se faculta al Poder
Ejecutivo a otorgar preferencias en la adquisición de empresas, bienes de capital, etc. a una
serie de sociedades entre las que se incluyen las cooperativas formadas por empleados de las
empresas públicas sujetas a transformación jurídica.
En el caso de Yacimientos Petrolíferos Fiscales, este proceso tuvo algunas etapas. La primera
de ellas toma forma a partir de la implementación del Plan de Transformación Global, gestado
por el entonces interventor, José Estenssoro. A través de él se establece que todos los servicios
definidos como no estratégicos pueden ser vendidos, concesionados o transferidos al sector
privado con o sin participación del sector laboral. El preludio de estas transformaciones estuvo
dado por la implementación de una serie de cursos de capacitación, orientados a reconvertir
laboralmente a la fuerza de trabajo ypefiana. El paso siguiente -una vez que los trabajadores
fueron desvinculados de la firma-, fue la organización de cooperativas que prestaran servicios
a YPF S.A. En ese marco, la empresa daba prioridad por un año a estos emprendimientos, con
posibilidad de renovar los contratos por un período similar. Luego de ese lapso, las
cooperativas formadas por ex agentes petroleros pasaban a competir en las mismas
condiciones que el resto de las empresas.
Teniendo esto presente, en este trabajo seguiremos la trayectoria de estos procesos,
abordando diferentes aristas que complejizaron la formación de estas cooperativas que fueron
ideadas y motorizadas por la misma empresa petrolera los años previos a su privatización.
4. DE FRANCA LIMA, Cristiano
[email protected]
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Núcleo de Pesquisa Outras Economias (NOEs)/Laboratório de Estudos em Trabalho,
Organizações e Sociedade (LATOS) da Universidade Federal Fluminense. Faculdade Escritor
Osman da Costa Lins (FACOL).
“O cotidiano do trabalho associado no labirinto do capital:o caso da Usina Catende no Brasil”
O presente trabalho resulta da pesquisa de doutorado desenvolvida, entre os anos de 2010 e
2012, na Usina Catende, considerada a maior experiencia autogestionária do Brasil até então.
Tem como objetivo analisar em que medida a realidade de trabalho nas fábricas recuperadas
por trabalhadores se distancia dos arcabouços e arranjos sociais do trabalho assalariado, e se
gera mecanismos de redução e/ou supressão dos aspectos mais proeminentes da relação
capital e trabalho. A relevância desse trabalho concatena-se com a necessidade de trazer à luz
das análises acerca da relação trabalho e autogestão, em particular no contexto brasileiro, os
intervenientes que levou àinterrupção daquela experiência, além de contribuir com o debate
sobre a repolitização do trabalho. Enquanto resultados, foram possíveis identificar (i)aspectos
que obstacularizam o exercício do trabalho associado; (ii) quanto queo trabalho associado
atenua o antagonismo da relação capital e trabalho, vistoque substancia este como um fator
capaz de assegurar autonomia política aostrabalhadores e (iii) a elaboração de um conjunto de
princípios e preceitosreguladores da vida social e econômica, proporcionando ao trabalho
sentidos e (re)signifcados produzidos na interação dos sujeitos.
5. DUARTE, Aldira [email protected]; DOMINGUEZ, Guimarães; OLIVEIRA, L. F. C.; ROSA, M. S.;
JONAS, M. F. (Universidade de Brasília, Faculdade de Ceilândia, Curso de Saúde Coletiva)
“A PERCEPÇÃO DOS TRABALHADORES CATADORES DE RESÍDUO SÓLIDO DO DISTRITO
FEDERAL SOBRE OS AVANÇOS E DESAFIOS DA CATEGORIA NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS”
O aumento da populacional mundial, as mudanças nos hábitos de vida e o consumo
exacerbado têm favorecido o crescimento da quantidade de material reciclável nos lixões em
todo o mundo. No Brasil, o então Presidente da Republica Luis Inácio Lula da Silva assinou a
Lei nº 12.305/10 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS. Essa política
propõe ações que favorecem a reciclagem, a reutilização dos resíduos sólidos, prática de
hábitos de consumo sustentável e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. É clara
a necessidade de ajustes e adaptações para atender a essas novas demandas principalmente
no que se refere às condições de trabalho e qualidade de vida desses trabalhadores.
Comumente as atividades desenvolvidas pela categoria são árduas, envolvem longas jornadas,
exposição a produtos tóxicos, manuseio de materiais perfuro cortantes entre outros.
Acidentes de trabalho e processo de adoecimento são frequentes causas de afastamentos do
trabalho . Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo analisar as percepções dos
trabalhadores sobre os principais avanços e desafios da profissão nos últimos dez anos.
Metodologicamente trabalhou-se com trabalhadores catadores de resíduos sólidos que
trabalham na cooperativa Recicle a Vida localizada na cidade de Ceilândia, Brasília, Distrito
Federal. Para coleta de dados aplicou-se um questionário a sete catadores com questões
relacionadas ao objeto de pesquisa. A análise dos dados foi feita pela técnica de análise do
conteúdo. Os resultados apontam avanços significativos como o amparo das políticas públicas,
no entanto a inserção dos catadores ao Instituto Nacional de Seguro Social aparece como um
dos grandes desafios a ser superado. Espera-se com este estudo ampliar as discussões sobre o
tema e acima de tudo promover mudanças favoráveis à categoria.
6. FERNÁNDEZ GALEANO, Santiago [email protected]; LUPI, Constanza
[email protected] (Agupación El Mate, Universidad de Buenos Aires, proyecto UBACyT
20020110200094, 2012- 2015)
[74]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Incidencia política de organizaciones sociales autogestivas”. Un análisis sobre el entramado
de cooperativas y el movimiento cartonero”
Presentamos un avance de la investigación enmarcada en el proyecto UBACyT sobre Estudio
comparativo de la acción cultural de los movimientos populares urbanos en el AMBA. Somos
universitarios y pertenecemos a una organización social de la Ciudad de Buenos Aires, que
hace aproximadamente cinco años viene desarrollando diferentes proyectos de
investigacion/acción participativa con cooperativas de cartoneros.
Uno de los objetivos
específicos de este investigación es estudiar las formas de incidencia política y cultural
generadas por las organizaciones y el incipiente movimiento cartonero. Miles de personas
excluidas pasaron de realizar una tarea individual y competitiva, a ser parte de organizaciones
sociales autogestivas. La propuesta es reflexionar sobre las vinculaciones entre estas
organizaciones, el Estado y un sector tradicional del sindicalismo argentino (la Asociación de
Trabajadores del Estado-ATE). La importancia de observar la interacción entre estas múltiples
dimensiones y actores radica en que son constitutivos de las acciones colectivas que
conforman los cimientos de este germinal movimiento cartonero. La estrategia para llevar
adelante este proyecto se basó en el análisis de sitios web de organizaciones marco de las
cooperativas, análisis de documentos y entrevistas a referentes políticos de las tres
cooperativas más importantes. Seleccionamos estas cooperativas por la cantidad de
miembros, por la incidencia en la agenda del movimiento cartonero y en las políticas públicas
que el Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires tiene hacia el sector. Nos referimos al Amanecer
de los Cartoneros-MTE, Las Madreselvas y Recuperadores Urbanos del Oeste. En estas
organizaciones, el trabajo fue, y es, el eje organizador de este nuevo movimiento social que
llegó para quedarse.
7. FONTANA, Sonia Silvina
[email protected]
Universidad Nacional de Luján
“El desafío de la autogestión del trabajo y la producción en el marco de la construcción de los
procesos emancipatorios”
En el marco de las actividades de extensión e investigación que llevamos a cabo desde el
equipo de trabajo “Movimientos Populares, educación y producción de conocimiento” de la
Universidad Nacional de Luján; desde hace más de una década acompañamos a las
organizaciones sociales populares con las cuales trabajamos, en el proceso de concreción de
proyectos productivos autogestivos surgidos a partir del 2001.
Históricamente las crisis económicas del capitalismo, preparan las condiciones objetivas que
permiten aflorar las resistencias de los sujetos oprimidos, de la necesidad sumada al ingenio
del ser humano brotó un conjunto de experiencia de auto organización del trabajo y la
producción. Así la autogestión resurgió de los márgenes
Consideramos que, reflexionar sobre las prácticas de autogestión del trabajo y de la
producción que surgen al calor de la crisis, para dar respuesta a las necesidades básicas,
habilitan diferenciar autogestión de micro emprendimientos, ya que ambos se apoyan en
presupuestos ideológicos diferentes.
Nuestra intención es realizar una mirada pedagógica de la potencialidad de los procesos
asociativos autogestivos, como productores de cultura y subjetividad. Vislumbrando que los
cambios sociales son procesos que involucran una relación dialéctica entre las condiciones
objetivas y subjetivas de la sociedad. En este sentido recuperamos el concepto de praxis
entendiendo por el mismo la acción y reflexión orientados a la transformación.
8. GASPERIN, Jaime Casssiano Tams [email protected]; GOTARDO, Solaine
[email protected]; NUNES, Karen [email protected]; VECHIA, Renato da
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Silva Della [email protected]; VICTÓRIA, Lia Beatriz Gomes [email protected]
(Universidade Católica de Pel)
“Capital Social e Economia Solidária: Um caminho associado”
O desenvolvimento da Economia Solidária no Brasil vem indicando a estruturação de um
movimento alicerçado nos Empreendimentos Econômicos Solidários (EES) e impulsionados por
um conjunto de políticas de apoio e incentivo que tem orientado este espaço para uma
organização econômica e política de novo tipo, na medida em que articula a gestão coletiva
dos empreendimentos com a constituição de possibilidades não apenas de geração de
trabalho e renda, mas que ensejam também, um lócus de atuação que busca se firmar
enquanto proposta organizativa de contraposição a atual estrutura e divisão social do
trabalho. A análise proposta referenciará as informações obtidas junto à 20 EES responsáveis
pela produção em segmentos produtivos diversos, na metade sul do RS, na perspectiva da
identificação e estudo em torno dos elementos que caracterizam a história produtiva dos
trabalhadores no processo que antecede o seu ingresso nos EES em contraposição a vivência
posterior marcada pela presença de relações produtivas associativas. Nesse sentido, a
pesquisa busca conhecer as principais motivações destes trabalhadores, bem como, as práticas
de reforço a conceitos chaves como: cooperação, solidariedade, autogestão (Singer) e capital
social (Putnam).
9. OLIVEIRA, Edson Márquez
[email protected]
Unioeste, campus de Toledo, Paraná, Brasil
“FRACASSO DOS EMPREENIDMENTOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA: CAUSAS POSSÍVEIS,
CORREÇÕES NECESSÁRIAS, DESAFIOS INEVITAVEIS”
A presente reflexão é parte dos estudos no pós-doutoramento no CES, Universidade de
Coimbra, Portugal, e na UFPR, Curitiba, Brasil, a partir de uma experiência prática de incubação
de tecnologias sociais e empreendimentos de economia solidaria, na cidade de Toledo, Paraná,
Brasil. Nota-se que ao estudar as causas do fracasso dessa experiência, e de outras, vários
pontos são identificados. Entre eles, a falta de conhecimentos e habilidades específicas de
gestão, a não compreensão e adesão espontânea ao trabalho cooperado, desistência e não
comprometimento com o grupo, preferência por atividades informações e principalmente, a
opção por benefícios assistências, como Bolsa Família. Para além desses fatos, constata-se que
a está em curso uma diminuição de organizações como cooperativas. O que é observado no
mapa da economia solidaria apresentado pela Secretaria Nacional de Economia Solidaria
(2013), onde existe a diminuição de certa de 25% desse tipo de organização. Nota-se também,
que mesmo os empreendimentos em funcionamento, apresentam certo tipo de “fracasso”, na
medida em que os princípios de autogestão, cooperação e solidariedade, via de regra não são
“espontâneos”, afetados pelos processos de individualização gerado pela lógica do
hiperconsumo e da distorção da ética da autenticidade levando a um processo acentuado de
narcisismo de satisfações pessoais, acima das necessidades coletivas, que compromete a
cooperação e fere a solidariedade numa perspectiva emancipatória e libertária.
10.
RODRÍGUEZ,
Mónica
[email protected]
;
VISOTSKY,
Jéssica
[email protected] (Facultad de Ciencias de la Educación- Universidad Nacional del
Comahue. Argentina)
“Trabajo-formación en la gestión obrera: la potencialidad de los procesos emancipadores”
En el presente trabajo focalizamos la atención en las posibilidades y restricciones que se les
presenta a los trabajadores de las fábricas recuperadas (particularmente analizaremos el caso
de Zanón), para lograr cierto grado de emancipación en los procesos de trabajo organizados
[76]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
desde la autogestión como forma original de subsistencia. Una experiencia que ha tenido por
objeto ocupar, resistir y producir en un círculo más amplio de relaciones democráticas que
excede el ámbito de la fábrica. Esta posibilidad se encuentra íntimamente asociada con las
estrategias que los obreros movilizan para reposicionarse y alcanzar niveles de autonomía
considerables pero también con las que moviliza el Estado.
Por tal motivo, dos dimensiones han estado en tensión desde los primeros momentos de
puesta en producción de la fábrica: la lucha política y la necesidad de producir en el marco de
un sistema capitalista. A más de una década de recuperación de la misma y habiéndose
gestado, a lo largo de estos años, procesos de resignificación de los dispositivos de
reproducción, propios de la lógica del sistema capitalista, en clara actitud de resistencia por
parte de sus trabajadores, entendemos que estudiar los procesos de formación en el acto de
trabajo, desde una perspectiva cuestionadora del orden social vigente, contribuye a
reflexionar sobre la posibilidad de librar procesos emancipatorios.
11. SOMBRÍO FRONZA, Claudia [email protected] (Doutoranda do curso de PósGraduação em Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina. Professora Substituta
do Departamento de Serviço Social da Universidade Regional de Blumenau); LEMOS, Silvia
[email protected] (Graduada em Serviço Social pela Universidade Regional de
Blumenau)
“PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO E O COOPERATIVISMO: uma análise crítica da experiência da
Fino Toque Têxtil Cooperativa e do Grupo de Inclusão Produtiva - COOPERGIP’S”
Este trabalho analisa as mudanças na relação capital-trabalho no setor têxtil e vestuário
blumenauense e a possibilidade de vivenciar relações autogestionárias por intercessão de uma
cooperativa popular na sociedade capitalista. Apresenta elementos para reflexão sobre as
dificuldades de viabilizar empreendimentos solidários tendo como referencia de análise a Fino
Toque Têxtil Cooperativa e o Grupo de Inclusão Produtiva - COOPERGIP’S. Os resultados das
pesquisas empíricas apontaram: a ampliação do trabalho não significou o aumento do
assalariamento, que as Cooperativas nascem tuteladas pelo Estado e os atuais programas de
apoio à economia solidária, contudo, encontram inúmeras dificuldades estruturais e históricas
para viabilização econômica e fortalecimento dos valores autogestionários. Algumas das
dificuldades presenciadas pelos cooperados são: perdas salariais; aumento da jornada de
trabalho; dificuldades de relacionamento interpessoal e de experimentação da autogestão.
Essas experiências demonstram aspectos relevantes para análise das transformações do
mundo do trabalho e a necessidade emergente de criar estratégias de enfretamento as
desigualdades sociais e o fortalecimento da capacidade da classe trabalhadora resistirem,
contestarem e lutarem por melhores condições de vida.
12. SOUZA PIRES, João Henrique
[email protected]
Mestrado da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp campus Marília
“A Baixa Complementariedade Produtiva em Empreendimentos de Autogestão”
O enfoque teórico deste trabalho parte da negação ao determinismo tecnológico e a
neutralidade científica, assim, abordaremos a causa enquanto problema intrinsecamente
político ideológico, isso significa que compreendemos o desenvolvimento tecnocientífico não
como linear e inexorável, mas como resultado de escolha. Utilizando-se de revisão
bibliográfica e da observação participante não planejada fazemos o debate sobre três atores
essenciais na questão da autogestão: o estado, os empreendimentos de economia solidária e
as entidades de apoio. Disto isto, o debate sobre a autogestão tem ganhado notoriedade nos
últimos, os estudos sobre as organizações de empreendimentos de economia solidária têm
contribuído muito para novas reflexões e experiências sobre o tema. Em casos estudados
[77]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
sobre empreendimentos de economia solidária, se percebe a existência de pelo menos duas
causas latentes que contribui com sua fragilidade, 1ª a falta de recursos para aquisição de
equipamentos e insumos para dar condição a sua organização produtiva, e 2ª a dificuldade de
desenvolver a autogestão, consequência da baixa escolaridade, do histórico de subordinação
alienante, e das dificuldades tecnológicas de gestão e produção.
[78]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala D2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 11
PENSAMENTO DA DIREITA E CHAUVINISMO NA AMÉRICA LATINA
Coordenador: Jefferson Rodrigues Barbosa. Departamento de Ciências Políticas e Econômicas
Universidade Estadual Paulista (UNESP) [email protected]
RESUMO: O presente Simpósio busca reunir pesquisas que abordem o estudo sobre
intelectuais, ideologias, grupos, organizações e partidos políticos que possam ser identificados
entre critérios reconhecidos nos conceitos de Direita e Chauvinismo. Trata-se de estudos e
análises sobre aqueles que defendem o uso da força para a manutenção do status quo, que
congregam elementos de conservadorismo, de antidemocracia, de anticomunismo e práticas
segregadoras e violentas, manifestadas, sobretudo, através de ações marcadas pelo
nacionalismo exacerbado, pela xenofobia, pela homofobia e pelo racismo.
São de interesse deste Simpósio pesquisas sobre investigações empíricas ou
elaborações teóricas que abordem temas como o integralismo, fascismo, nazismo, grupos
fundamentalistas, organizações juvenis, escritores e publicações chauvinistas, assim como
outras expressões de direita em perspectiva crítica.
RESUMOS
1. BARBOSA, Jefferson R.
[email protected]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
“Intelectuais do Sigma e integralismo contemporâneo: os herdeiros de Plínio Salgado”
Os meios jornalísticos e produções acadêmicas nas últimas décadas têm destacado em âmbito
internacional manifestações de movimentos e partidos políticos defensores de ideologias
chauvinistas. Os integralistas contemporâneos são aqui interpretados como expressões
nacionais deste fenômeno e, organizados, estão atuando em núcleos espalhados em mais de
duas dezenas de cidades em diversos estados do país. Novas e antigas gerações de militantes
buscam na contemporaneidade mobilizar adeptos e simpatizantes através das novas formas
de comunicação e propaganda política, que utilizadas como ferramentas diretivas e
organizativas, além dos tradicionais jornais e informativos impressos, potencializam a
interação entre os ativistas. O êxito na reorganização dos militantes é propiciado na atualidade
pela instrumentalização das tecnologias da informação e comunicação para a divulgação de
suas ideias e mobilização de seus membros. As permanências e mudanças na ideologia, às
aproximações destas organizações com outros movimentos nacionalistas, assim como, a
identificação de seus principais líderes e a localização de seus núcleos foram também os
objetivos da investigação. Para o estudo em questão foram utilizados conteúdos de sites e
blogs e textos impressos de jornais, informativos e boletins dos grupos mais expressivos entre
a atual militância que na difusão de concepções anacrônicas e segregadoras se apresentam
como manifestação de uma proposta de ordenamento social legitimada em sua
particularidade por uma concepção ideológica autocrática chauvinista regressiva.
2. DOTTA, Renato
[email protected]
[79]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Universidade de São Paulo (USP)
“O Partido de Representação Popular na mira do DOPS. A reorganização dos integralistas no
imediato pós-guerra (1945)”
Este texto trata sobre a rearticulação dos integralistas ao longo do ano de 1945, às vésperas da
formação do Partido de Representação Popular (PRP), do ponto de vista da documentação do
DOPS-SP. Foram analisados os dossiês, documentação do SS (Serviço Secreto) do
Departamento de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo.
3. PATSCHIKI, Lucas
[email protected]
Universidade Federal de Goiás (UFG)
“O Instituto Millenium e suas interpretações sobre a crise de 2008”
Neste texto analisaremos como o Instituto Millenium (IMIL), atualmente o maior aparelho
privado de hegemonia da classe dominante brasileira, constrói suas interpretações para a crise
econômica global que emerge em 2008 e que ainda encontra-se em seus desdobramentos.
Para tanto, primeiro iremos explorar suas premissas teóricas, buscando assinalar como a
leitura neoclássica serve de ponto de referência, como linguagem específica comum, que os
permite filtrar e depurar as distintas interpretações dentre seus especialistas, visando
constituir um ponto de vista “homogêneo”, coerente. Depois, analisaremos os diagnósticos
“concretos” do especialistas e editores IMIL sobre a crise (que buscarão dar conta de
compreender e explicar as origens, desdobramentos e possíveis soluções para a crise de 2008),
buscando visualizar através das distintas interpretações diferentes interesses entre as frações
da classe dominante representados no IMIL. Por fim, examinaremos suas “soluções”, suas
proposições políticas (positivas e negativas) que servirão para normatizar e guiar a atuação
política coletiva. Esta análise articula-se a uma pesquisa maior, e nos permitirá, em um
momento posterior, vislumbrar a capacidade de atuação política do IMIL (sua “efetividade
real”) em suas diversas articulações com a sociedade política.
4. SILVA, Bruna Aguiar de Almeida e [email protected]; GOMES; Ana Carolina Lima
[email protected] (Universidade Federal de Uberlandia UFU)
“A Oposição Venezuelana: Uma análise das conjunturas políticas de 2002 e 2014 a partir da
mobilização dos grupos de direita”
O presente artigo se propõe a analisar a recente incidência de protestos contrários ao governo
do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fevereiro de 2014, em comparação com as
manifestações oposicionistas ocorridas no ano de 2002, quando da gestão do ex-presidente
Hugo Chávez. Para tanto, será abordada a posição direita na Venezuela, a transformação de
seus repertórios de ação e estratégias de desestabilização perante a Revolução Bolivariana,
bem como os constrangimentos surgidos no âmbito da conjuntura política interna em relação
ao recorte temporal de 2002 e 2014. Isto posto, pretende-se descrever como o movimento de
contestação ao bolivarianismo apresentara maior radicalismo durante o mandato de Chávez
em função de um alto grau de polarização política e social, sobretudo a partir de mudanças
constitucionais no ano de 2002, através das Leis Habilitantes. Analogamente, considera-se que
as recentes manifestações em 2014 objetivavam a deslegitimação institucional do governo do
Maduro, apostanto em estratégias políticas menos agressivas que visariam minar a estrutura
política-econômica em prática no atual governo. A contribuição deste trabalho está na reflexão
de um movimento contemporâneo e tão complexo como é a relação política entre governo e
oposição na Venezuela, e mostrar como age a “nova” oposição aos governos mais populares,
que não é uma realidade limitada a Venezuela, mas a demais países da América Latina.
[80]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 11.00hs – Sala I2. UNIOESTE|
SIMPOSIO 12:
LA CONSTRUCCIÓN DE IDENTIDADES EN ESPACIOS CULTURALES Y
COMUNITARIOS EN AMÉRICA LATINA Y EL CARIBE. PRINCIPALES RETOS Y
PERSPECTIVAS
Coordenadores: Alberto Consuegra Sanfiel (UNLP/Argentina) [email protected];
Esteban Campos [email protected]
RESUMO: Nuestra propuesta de simposio está dirigida a concertar un espacio de debate y
reflexión acerca de los principales retos, perspectivas y fortalezas que exhibe hoy nuestra
región, como escenario cultural y social dinámico, movible y sobre todo cambiante, desde la
construcción de identidades tanto colectivas como individual y su representación en los
sujetos socioculturales. Tomando como referente la importancia, actualidad y pertinencia de
esta temática y los autores que han dedicado parte de su obra al tema, proponemos la
inclusión de nuestra propuesta en esta Jornada Científica a partir de las ideas, criterios y
discusiones que la misma puede suscitar y el impacto que tendría en los círculos intelectuales,
sociopolíticos y culturales. En la contemporaneidad latinoamericana los discursos identitarios,
la construcción de mitos, las imágenes socioculturales, los saberes colectivos e individuales, los
rasgos distintivos, los ritos, los símbolos, etc. reflejan la urgencia de repensar estos entornos
en virtud de la crisis identitaria señalada por autores como Enrique Pineda y Jurgen Habermas;
debido fundamentalmente a la absorción y destrucción de culturas originarias, al modelo de
desarrollo capitalista impuesto, a los procesos de transculturación, deculturación y
aculturación que inciden determinantemente en la transformación de las identidades sociales.
La realidad latinoamericana precisa hoy de respuestas, de la toma de consciencia y de
decisiones. Se torna vital el diseño de acciones y proyectos por parte de los gobiernos, de
líderes comunitarios, investigadores y científicos sociales, en el camino hacia la búsqueda de
transformaciones reales que superen las utopías.
Llegar a conocer la identidad latinoamericana nos acerca a sus procesos, conflictos,
contradicciones, derroteros y potencialidades que enfrenta la región.
RESUMOS
1. VARILLAS LIMA, Juan Carlos
[email protected]
Instituto de Investigaciones Sociales Dr. José María Luis Mora, México
“El enfoque de soberanía alimentaria en México. Un detonante en la construcción de las
identidades de las comunidades campesinas e indígenas”
El problema del hambre y la desnutrición en México es evidente, hay 23 millones de personas
en pobreza alimentaria; ante tal situación las políticas públicas implementadas han seguido
una línea promotora de la seguridad alimentaria desde una concepción capitalista, esto es,
dando preeminencia a los arreglos del mercado alimentario, aumentando las importaciones de
alimentos y aplicando medidas asistencialistas para la población vulnerable. Frente a lo
anterior, el enfoque de Soberanía Alimentaria ha encontrado cabida en los reclamos sociales y
ha sido factor para la organización de los grupos campesinos e indígenas del sur del país. Así, la
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
defensa de la soberanía alimentaria, la consciencia campesina e indígena de recuperar los
saberes tradicionales y las demandas sociales de los campesinos frente al despojo, olvido y
reconversión productiva que favorece a la agroindustria; han sido factores de construcción de
identidades en una serie de comunidades autoorganizadas de campesinos e indígenas, así
como de organizaciones de la sociedad civil que han constituido una corriente alternativa
sobre el problema alimentario que ha ido tomando mayor relevancia en la región
latinoamericana.
2. ROCHA, Keili Lucí.
Mestranda em Desenvolvimento Rural Sustentável – PPGRDS da Unioeste – Universidade
Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
[email protected]
AHLERT, Alvori.
Pesquisador e Docente em Desenvolvimento Rural Sustentável – PPGRDS da Unioeste
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
CARNIATTO, Irene.
Pesquisadora e Docente em Desenvolvimento Rural Sustentável – PPGRDS da Unioeste –
Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Brasil
“Educação ambiental em unidade de conservação: Um contributo para a sustentabilidade”
A educação ambiental é condição para promover o desenvolvimento sustentável. A escola se
coloca como a base para a transformação e melhoria do planeta. Enrique Leff (2009) defende a
educação ambiental para criar novas atitudes nos sujeitos sociais e novos critérios de tomada
de decisões dos governos, guiados pelos princípios da sustentabilidade ecológica. Neste
contexto, a nossa pesquisa objetiva compreender a relação da educação ambiental escolar
com uma Unidade de Conservação - UC existente no município de Santa Helena – região Oeste
do Paraná, criada pela Itaipu Binacional em 1984. A UC é integrante do Programa Corredor da
Biodiversidade Santa Maria, que sustenta uma iniciativa de conservação ambiental, visando à
preservação da fauna e flora e de uma riquíssima biodiversidade. Os resultados da pesquisa
demonstram uma ausência de relações entre a educação ambiental escolar com a Unidade de
Conservação, o que indica a falta de política pública local e o desconhecimento de políticas
públicas de educação ambiental por professores e gestores na educação formal, ocasionando
uma desconexão entre escolas e a UC. Tal realidade impõe limites aos potenciais que o local
oferece para uma educação ambiental sustentada na interdisciplinaridade com vista ao
desenvolvimento sustentável.
3. DUARTE, Pedro Alejandro
[email protected]
IPOSTEL,Venezuela
“¿Cómo fomentar una cultura para la paz en la República Bolivariana de Venezuela?”
¿Cómo fomentar una cultura para la paz en la República Bolivariana de Venezuela? Vivimos en
una sociedad cada vez más agitada donde la dinámica diaria impone la invisilibización de las
situaciones que no nos agradan o que de una u otra forma puedan generar alguna divergencia
de nuestros propios pensamientos o intereses, invirtiendo los valores de fraternidad, amistad
y solidaridad, que por lo demás son inherentes a los seres humanos en lo que debería ser una
sana convivencia. La cultura debe tener una significación siempre asociada a "valores", nunca a
"desvalores". Esta idea ha sido muy bien recogida por el filósofo cubano Pablo Guadarrama
(1990), quien afirma que los "desvalores" o "antivalores" no forman parte de la cultura,
forman parte de la sociedad. Sabemos que el objetivo principal es fomentar una cultura para
la paz, ante un mundo cambiante, donde la violencia ha venido ganando terreno todos los
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
días; es por ello que nace la imperiosa necesidad de idear mecanismos capaces de detener
esta actitud destructiva para la raza humana enfocándolo desde aspectos claves en la cultura,
economía, historia, deporte y sistema de justicia de quince años de revolución bolivariana y
chavista.
4. DE OLIVEIRA, Ian Caetano
[email protected]
Universidade Federal de Goiás, Brasil
DE ASEVEDO SILVA, Rannier Venâncio
Universidade Federal de Goiás,Brasil
“O processo de educação não-formal na Companhia de Santos Reis de Inhumas-go”
Há muito é notada e estudada a profunda relação que se dá entre as manifestações rituais e
suas implicações sociais. Temos por objeto desta opereta entender como se dão os processos
de educação não-formal dentro da C.I.A de Santos Reis de Inhumas. A folia de santos reis é
uma festa histórica, com alto grau de hereditariedade e calcada na proposta de uma
evangelização mantida extra-muros da igreja. Na sua estrutura de preparo e realização a folia
conta com instrumentistas (tocadores de caixa, pandeiro, violão, viola, cavaco, safona), com as
vozes (1ª a 6ª voz, além da poesia própria do palhaço e do Embaixador, figura maior das folias)
e com toda uma estrutura organizacional que envolve diversos moradores da região onde
ocorre a folia, para que esta ocorra. Dentro da festa, se dão processos de passagem de
conhecimento, com intúito de melhor aferir e demonstrar esta passagem de conhecimento,
optamos por demonstrar a ascenção que os foliões têm na parte musical da festa, pois esta se
mostra metodologicamente mais demonstrável, em seu avanço, do que outras formas de
aprendizado, que também serão mencionadas, conquanto com menos enfoque.Antes de
tratarmos dos meandros que encerra a C.I.A de Santos Reis, no que tange a questão da
Educação não-formal, é de bom modo apresentar a estrutura na qual construir-se-á este
trabalho: i) Apresentação do conceito com o qual se trabalhará de educação não formal, e
também contrapondo este conceito ao de educação formal; ii) Expor-se-á nosso procedimento
metodológico de inserção ao campo e de coleta das entrevistas feitas com os foliões, bem
como pormenorização das estruturas de entrevista utilizadas; iii) Descrição da festa e
alinhavamento da relação dos foliões com esta, com vistas a, assim, demonstrar os processos
de educação não-formal ali ocorrentes e, por fim; iv) conclusão com apresentação dos
resultados finais obtidos.
5. RODRÍGUEZ, María Itatí
[email protected]
FLACSO-CONICET, Argentina
KRIGER, Miriam
[email protected]
FLACSO-CONICET, Argentina
“Construyendo al dispositivo Andresito. Reflexiones sobre la invención de la identidad local
en la provincia de Misiones, Argentina”
Andrés Guacurarí y Artigas, conocido como Andresito, fue un indio guaraní, colaborador de
José Gervasio Artigas, quien lo apadrinó y lo adoptó como hijo cuando éste se encomendó a la
causa de la Liga de los Pueblos Libres. Gobernó entre 1811 y 1822 la Provincia Grande de las
Misiones. En 2012 mediante Ley VI N.155/12, la provincia de Misiones ha adoptado a este
personaje histórico como prócer y héroe local, desplegando una serie de dispositivos para la
instalación de su figura en la escena pública.
[83]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Mediante la discusión de los procesos de invención de las identidades y memorias locales,
pretendemos poner en tensión el proceso de producción de esta figura en héroe local. Al
mismo tiempo, nos interesa poder rastrear estos relatos en la escena mediática, política y
escolar de los últimos años. Nos preguntamos ¿es la figura de Andresito representativa de la
memoria histórica de los misioneros u opera como un espacio simbólico que intenta “incluir” a
la provincia (o a aquellos territorios) a los discursos nacionales? En este sentido, nos interesar
discutir cómo se construye un referente de la identidad local en los contextos actuales.
[84]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 11.30hs – Sala K3. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 13
PENSAMENTO E TEORIA SOCIAL E POLÍTICA LATINOAMERICANA EM
PRINCÍPIOS DO SÉCULO XXI
Coordenadores: Jacques de Novion. Professor Doutor do Centro de Pesquisa e Pós-graduação
sobre
as
Américas
(CEPPAC).
Universidade
de
Brasília
(UnB).
Brasil.
[email protected]; Luís Cláudio Rocha Henriques de Moura. Professor Doutor de
História e Antropologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás –
Campus Formosa (IFG). Brasil [email protected]
Comentaristas: Mario Ayala. Instituto Interdisciplinarios de Estudios e Investigaciones sobre
América Latina, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires; Robson dos
Santos. Professor Doutor da Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Ciências Sociais.
Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFG.
RESUMO: Nos últimos sessenta anos os Estudos Latinoamericanos alcançaram um
maior amadurecimento, elevando sua importância entre as Ciências Sociais e Humanas.
Amadurecimento e importância resultantes da crescente produção crítica de conhecimento
sobre os distintos problemas da América Latina e Caribe. Sustentada no estudo sócio-histórico
dos diferentes países e realidades que compõem a denominada região, os Estudos
Latinoamericanos se propõem ao diálogo interdisciplinar, apresentam observações e estudos
em âmbito comparado, e visam a construção de alternativas para a resolução dos dilemas
comuns da região. Nesse sentido, conhecer de forma crítica as Histórias e as sociedades do
continente, desde uma perspectiva própria; aproximar distintas disciplinas com temas e
objetos convergentes ou similares; e confluir distintas realidades sociais e contextos nacionais
com problemáticas comuns são elementos fundamentais para a produção crítica de
conhecimento sobre nossa realidade.
Esse olhar Latinoamericanista aponta para um aprofundado estudo das realidades e
ideias sobre o continente em seus distintos momentos. As particularidades temporais e
espaciais dão mostras das complexidades de cada época. Essas particularidades marcam
importantes momentos na produção do Pensamento Latinoamericano, ou na construção de
visões, olhares, ideias, propostas, alternativas sobre os rumos da região. Relatos de
aventureiros/viajantes, teses depreciativas, ideias exógenas, ideias endógenas, proposições
autonomistas, teorias libertárias, e perspectivas autóctones revelam a complexidade do
conhecimento referente à América Latina e Caribe.
Essa mesma complexidade se estende à produção Teórica Latinoamericana. Com a
institucionalização das Ciências Sociais e Humanas na América Latina, na metade do século XX,
uma produção de alta qualidade teórica e metodológica vem enriquecendo a Teoria Social e
Política Latinoamericana com base na sua própria realidade. Uma produção, a partir dos
diversos problemas comuns dessa macro-região, passam a ganhar profundidade analítica,
perspectiva crítica e propostas alternativas. Temas como Modernidade, Identidade, Nação,
Raças, Estado, Instituições, Desenvolvimento/Subdesenvolvimento, Dependência, Soberania,
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Poder, Miséria, Violência, Democracia, Segurança, Cidadania, entre outros, são evidencias do
amplo leque de temas e objetos que compõem a produção teórica sobre/da região.
Produção essa de crescente qualidade que demonstra a existência de um amplo e
qualificado quadro de intelectuais Latinoamericanos, constituinte de uma identidade
intelectual. Nesse sentido, a presente proposta de Simpósio busca um espaço de dialogo e
debate de ideias sobre o Pensamento e a Teoria Social e Política Latinoamericana, produzidos
nos distintos países da América Latina e Caribe. Sejam observações locais, nacionais, regionais
ou macro regionais, os trabalhos submetidos deverão ser originais e se inserir em um dos
quatro eixos temáticos:
1. Novos enfoques históricos e literários sobre o Pensamento e/ou a Teoria Latinoamericana;
2. Novas observações sobre o Pensamento Latinoamericano em tempos e espaços específicos;
3. Novas observações acerca da produção Teórica Latinoamericana, em tempos e espaços
específicos;
4. Globalização, Crise de Paradigmas e as Novas Temáticas.
Proposta de atividades complementares: Apresentação do Dossiê “Pensamento e Teoria Social
Latinoamericana”, Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas do Centro de Pesquisa e
Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC), da Universidade de Brasília (UnB). Organizado por:
Jacques de Novion, Lucio Oliver y Mario Ayala.
RESUMOS
1. ARROYO RAMÍREZ, Tania
[email protected]
Instituto Politécnico Nacional. México
“El 11-S y la instalación de un Estado de Excepción global, implicaciones para América
Latina”
La hegemonía estadounidense ha operado desde sus inicios como una gran maquinaria que se
despliega a partir de tres grandes estrategias: la económica, la ideológica-política y la militar,
atravesando por ciclos en los que el predominio de una u otra estrategia obscurece el
desempeño de las otras dos, sin que ello implique su desactivación. De esta manera, pareciera
que una de las tres estrategias siempre ocupará un papel protagónico sobre las otras dos y ello
dependerá de la fase por la que atraviese la hegemonía y las condiciones del contexto histórico
en el que ésta opere. Así, desde inicios de los setentas se percibía la gran vulnerabilidad de
EUA en cuanto a su dependencia del abastecimiento externo de petróleo, el cual llegaba ya a
un 25% de su consumo total. Es justo a partir de este momento, cuando ya sea mediante la
presión económica, o bien, la militar sobre los países ricos en recursos energéticos para que
facilitaran la entrada de emporios extractivistas estadounidenses a estos sectores estratégicos,
se vuelve constante y persistente. Bajo este contexto, los sucesos del 11 de septiembre del
2001 se convertirían en el precedente necesario, para que tal hegemonía instalara, por
principio, un Estado de Excepción en territorio estadounidense y, más adelante y tras el
posicionamiento del terrorismo como uno de los temas más importantes en la agenda
internacional, su consecuente expansión hacia fronteras insospechadas. Así, la instalación de
este Estado de Excepción global, so pretexto de garantizar la seguridad internacional frente al
gran enemigo del terrorismo, ha facilitado el camino para la continuidad de esta estrategia
extractivista; en el caso de América Latina, iniciativas como el Plan Puebla Panamá, la
instalación del Corredor Biológico Mesoamericano, el Plan Colombia, así como las iniciativas de
seguridad más recientes como la del Plan Mérida, son una clara muestra de ello. Lo anterior,
nos obliga entonces a reflexionar teóricamente en torno al concepto de Estado de Excepción,
volviendo si sobre las diferencias conceptuales que se proponían entre los planteamientos de
Carl Smith y los correspondientes a Georgio Agamben, pero también poniendo sobre la mesa
la necesaria reactualización del concepto, así como la necesidad de alimentar el debate que ha
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
sido recientemente impulsado por John Saxe-Fernández, con respecto al derecho que de facto
se atribuye el gobierno de los Estados Unidos, por razones de seguridad nacional e
internacional, de implantar dicho Estado de Excepción en cualquier punto del planeta que así
lo amerite. Todo esto, para en última instancia profundizar sobre las graves implicaciones que
la instalación del Estado de Excepción global ha tenido para la Nuestra América Latina, no sólo
en términos de extracción de recursos energéticos, sino también en términos de la reciente
aplicación de un smart power por parte de la administración de Obama que ha promovido y
facilitado la intervención de su gobierno en la región en aras de generar las condiciones
políticas y sociales necesarias para beneficiar los intereses hegemónico-estratégicos que ya
hemos referido.
2. BARBATO DE OLIVEIRA, Marcio César
[email protected]
Instituto de Relações Internacionais (IREL). Universidade de Brasília
“A colonialidade do poder na narrativa nacional de Domingo Faustino Sarmiento: Reflexões
sobre o Facundo a partir dos aportes teóricos de Aníbal Quijano e Santiago Castro-Gómez”
Este artigo analisa a narrativa nacional argentina apresentada por Domingo Faustino
Sarmiento utilizando como ferramental teórico o conceito de colonialidade do poder,
desenvolvido por Aníbal Quijano, problematizado e operacionalizado a partir dos argumentos
teóricos apresentados por Santiago-Castro Gómez, referentes ao caráter heterárquico da
colonialidade do poder, e a sua investigação na escrita disciplinar das sociedades latinoamericanas oitocentistas. Para isso, se apresentará brevemente a discussão realizada por esses
autores a esse respeito, expondo a seguir alguns dados biográficos sobre Sarmiento e
terminando pela análise de sua principal obra, “Facundo: Civilização e Barbárie”. A hipótese
defendida sustenta que se verifica no caso da Argentina pós-independência a presença
discursiva da colonialidade do poder, entendida como uma tipificação étnico/racial que afirma
a superioridade do “europeu ideal” sobre o seu “outro”, engendrndoa relações de poder nas
sociedades modernas-coloniais. Observa-se, além disso, a pertinência da problematização de
Castro-Gómez em relação ao caráter heterárquico da colonialidade do poder, que pode tomar
diferentes formas conforme o contexto local, ao mesmo tempo em que se remete
significativamente a dinâmicas mais amplas de alcance global.
3. CASTILLA CARRASCAL, Ivette Tatiana
[email protected]
Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC). Universidade de Brasília.
“Contribuições para o espaço ‘andino’”
Este artigo tem como objetivo realizar um debate sobre os principais autores que discutem as
categorias ¨indígena-campesino¨ e a categoria de ¨andino¨ em países como Equador e
Colômbia. Para discutir sobre indígena-campesino, obras como as de Diaz Polanco e Bartra
colocam elementos para se pensar, que apesar de ser trabalhos sobre a realidade mexicana,
contemplam muitas semelhanças com a realidade andina. Por outro lado, para pensar na
categoria do ¨andino¨, Devés Valdés no seu livro: ¨Pensamento Latino-Americano na Virada do
Século: temas e figuras relevantes¨ reúne alguns pensadores que tem avançado para discutir
os diversos significados de ser ou pertencer à região andina. Para Alberto Flores Galindo
(1986), o termo andino teve muita utilidade, já que permitiu se desvincular da conotação
racista que implicava a palavra índio, não se limita aos campesinos, mas inclui as pessoas
urbanas e mestiços. Segundo Valdés (2012), o mundo andino foi pensado como lugar
identitário, e as referências a este espaço se encontram marcadas pela consideração do
indígena como recurso identitário, ainda que também como pobreza, marginalidade, e de
reivindicação de direitos econômicos, sociais e culturais.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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4. DA SILVA SANTOS, Elisângela
[email protected]
Universidade Federal de Goiás/Jataí.
“Utopias da nação ideal: os projetos nacionais de Monteiro Lobato e de José Enrique Rodó”
Esta proposta de comunicação tem como objetivo fazer uma análise comparada dos
pensamentos e projetos do pensador brasileiro Monteiro Lobato (1882-1948) e do pensador
uruguaio José Enrique Rodó (1871-1917). O tema principal abordado é a ideia da formação da
nação presente em seus textos localizados no final do Século XIX e início do XX. Estes autores
atuaram na tentativa de construção de modelos de nação a fim de trabalhar de forma mais
adequada os desafios surgidos das diversidades sociais, econômicas, culturais e étnicas. Por
meio do recurso da comparação, percebemos as discrepâncias e os diferentes sentidos de seus
projetos nacionais: enquanto a Monteiro Lobato importava fortalecer a economia do Brasil,
desenvolver as capacidades produtivas e concretas do país, oferecer aos seus habitantes uma
educação técnica e racionalizada, de acordo com as exigências do processo de modernização,
a Rodó importava fortalecer a base intelectual do Uruguai e do restante do Continente,
ampliar a capacidade de pensar, sem a submissão ao modelo econômico e social materialista,
imposto principalmente pelos Estados Unidos, o que importava era uma retomada espiritual e
o desenvolvimento da cultura universalista.
5. GIMENEZ GIUGLIANO, Rogério
[email protected]
Sociologia. Universidade de Brasília
“Transferências diretas de renda para o combate a pobreza no diálogo entre Brasil e Índia:
desafios e perspectivas do diálogo sul-sul”
No final década de 1990, diversos países da periferia do capitalismo mundial foram assolados
por crises econômicas resultantes da adoção políticas de ajustes estruturais. Diante deste
cenário, o Banco Mundial passa a promover a adoção de redes de segurança (SafetyNets)
como forma de alívio ao agravamento do quadro social nos países atingidos. A partir deste
momento, um modelo de políticas públicas de transferência direta condicional de renda passa
a ser desenvolvido na América-latina. Desde meados dos anos 2000, o modelo latinoamericano de rede de segurança passa a ser oficialmente promovido tanto pelo Banco
Mundial quanto pelos fóruns de desenvolvimento sul-sul como BRICS e IBAS e começa a
transbordar a América-latina Desde 2003 a Índia e o Brasil vivem um processo de aproximação
econômica e política em fóruns de diálogo como o IBAS e os BRICS. Por estes canais de
cooperação sul-sul tem-se realizado entre os dois países um debate público sobre a adoção de
transferências de renda para o combate a pobreza em que os modelos latino-americanos tem
se constituído como uma referencia. Ao longo dos anos de 2012 e 2013 realizei pesquisa de
campo sobre o processo de difusão das políticas de transferência de renda entre Brasil e Índia.
Proponho apresentar os resultados desta investigação centrado em três questões: 1. Qual a
importância da categoria espaço para a formulação de uma abordagem epistemológica contrahegemônica ao desenvolvimento? 2.O diálogo entre Brasil e Índia pode ser qualificado como
um caso de cooperação sul-sul? 3. Relações Sul-Sul: contra-hegemonia ou hegemonização do
sul global?
6. MARTINS NAVES, Mônica; HENRIQUES DE MORAES CICERO, Pedro
[email protected]
Relações Internacionais. Universidade Federal de Uberlândia.
“Violência e pobreza: o paradoxo da Venezuela contemporânea”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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A violência urbana é um dos problemas que mais afeta os países da América Latina; os altos
índices de insegurança vivenciada pelos cidadãos da região tem sido motivo de preocupação
de organizações internacionais que trabalham em defesa da paz e da manutenção dos direitos
humanos. Essa epidemia de violência se contrapõe ao desenvolvimento econômico alcançado
nos últimos anos; mesmo com a diminuição da pobreza e a consolidação dos regimes
democráticos, a região ainda sofre com os problemas referentes à segurança de seus cidadãos.
Nesse cenário, a Venezuela é um dos Estados mais afetados com as implicações da violência
tendo em vista os índices divulgados por organizações internacionais e organizações não
governamentais, os quais fazem do país um dos mais violentos do mundo. As causas e
consequências dessa situação nos remetem a um paradoxo referente à relação entre a
diminuição da pobreza e aumento da violência, na medida em que há, claramente, o
decréscimo da primeira sem que ocorra, como esperado, uma queda proporcional nos índices
da última. Com o intuito de compreender as multifacetadas significações que a conjuntura
política, econômica e social impõe aos cidadãos, este estudo terá como objetivo principal
problematizar as questões referentes ao cenário de insegurança vivenciada na Venezuela
contemporânea.
7. NARANJO NOREÑA, Isabel Cristina
[email protected]
Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC). Universidade de Brasília
“Representações da áfrica e dos africanos na produção de intelectuais brasileiros e
colombianos durante o século XIX”
Durante o século XIX, a associação explícita entre os males da escravidão e a inferioridade
racial do negro responde à convergência de argumentos liberais e raciais que explicam o
caráter irracional da escravidão em termos do caráter compulsório do regime de trabalho e
pela inferioridade racial dos escravos africanos. Os estudos empreendidos naquele momento
sobre os africanos e o seu continente, revelavam a tendência inata dos negros à ociosidade e a
sua incapacidade mental era validada pelas pesquisas científicas sobre a conformação do
cérebro africano. Diante deste panorama, o presente trabalho se propõe analisar a produção
intelectual das elites criollas e brasileiras em torno do continente africano e seus descendentes
no continente americano. Para tais efeitos, nos debruçaremos na leitura de alguns dos artigos
que compõem o Semanario del Nuevo Reyno de Granada, publicação periódica sob a direção
de Francisco José de Caldas e que vê a luz em janeiro de 1808. Através deste, um grupo de
intelectuais alimentou os debates sobre a geografia, a população e o clima desta porção do
território americano. Para o caso brasileiro, lançaremos mão de textos produzidos por
intelectuais que como Frederico Burlamaque e Aureliano Tavares Bastos, se comprometeram
com a discussão sobre a inferioridade dos escravos de origem africana e os seus descendentes
no Brasil e os efeitos desta na formação da comunidade nacional brasileira.
8. NUNES DE MOURA E SILVA, Luisa Maria
[email protected]
UFMS/USP/UNILA-CNPq
“Metodologia de Análise na Teoria da Dependência: Da análise dos problemas latinoamericanos ao desenvolvimento de propostas de intervençã”
Pretendemos, neste trabalho, iniciar um mapeamento e aprofundar o entendimento de
conceitos, variáveis e indicadores desenvolvidos nas vertentes criticas originárias da Teoria
da Dependência (Gunder Frank, Ruy Mauro Marini, Vânia Bambirra, Theotonio dos Santos,) e
nas vertentes que vêm se desenvolvendo na atualidade (Teoria do Sistema Mundo, correntes
latino-americanas e brasileiras de pensamento critico). Partimos da dualidade do conceito de
dependência/interdependência e dependência estrutural e de sua validação “científica”,
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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passamos pelos conceitos de troca desigual, super-exploração da força de trabalho, subimperialismo, padrão de reprodução do capital, integração regional, inovação
endógena,subordinação cultural, entre outros, para construirmos um quadro conceitual que
ampliará os horizontes e facilitará o direcionamento das pesquisas comparativas, bem como a
“precisão” da análise na elaboração de diagnósticos de problemas latino-americanos. Do
quadro conceitual serão vislumbradas novas possibilidades de construção de indicadores que
fornecerão elementos para decisões políticas e de intervenção social.
9. PEÑARANDA, Mariana
[email protected]
Facultad de Filosofia y Letras. Universidad de Buenos Aires
“Clase Media y Reforma Universitaria en Argentina. Actualizando el debate en torno a los
estudios sobre la clase media en Argentina”
El comienzo del siglo XX en Latinoamérica es un momento de profundos cambios sociales y
políticos. En muchos países del continente comienzan luchas sociales que provocan la
aparición de nuevos grupos y clases sociales. En Argentina, el nuevo siglo trae aparejada la
lenta pero segura aparición de un sector social que en poco tiempo se dará en llamar “clase
media”, a tono con el surgimiento de grupos similares en Europa. Muchos estudiosos han
marcado que el surgimiento de este grupo social se produce durante el proceso de reforma
universitaria que se despliega desde 1918 en nuestro país y se extiende al resto del continente
en las siguientes décadas. Sin embargo, estudios y teorizaciones recientes ponen en cuestión
de que efectivamente en ese conflicto haya existido participación orgánica de esta nueva clase
en conformación. Nuestro objetivo con este trabajo es hacer un recuento de los trabajos
dedicados a este problema, desde 1918 hasta la fecha, buscando proporcionar un panorama
más actualizado, desde este caso ejemplo, de los debates históricos que existen en torno al
surgimiento de nuevas clases sociales en el siglo XX.
10. TORRES, Esteban
[email protected]
CIECS-CONICET/Universidad Nacional de Córdoba
“El poder y el estado en manuel castells: análisis del periodo 1983- 2003”
En el presente artículo analizamos la relación que establece Manuel Castells entre los
conceptos de poder y de Estado en un período de su producción teórica que abarca desde
1983 hasta 2003. Nos ocupamos de exponer y analizar las distintas modalidades que adquiere
tal vínculo, las transformaciones principales que experimenta, así como la apropiación que
efectúa nuestro autor de las obras de Max Weber y de Michel Foucault. A ello sumamos, hacia
el final del trabajo, un breve contrapunto entre la visión de Castells y el trabajo de Nicos
Poulantzas, la fuente teórica central de sus conceptos de poder y de Estado hasta 1982. La
investigación permite descubrir, entre otros aspectos, el modo en que los trazos normativos
centrales del pensamiento político de Castells, edificados en gran medida a partir del rechazo
del poder soberano del Estado-nación, inspiran la formulación del vínculo en cuestión. A partir
del presente trabajo intentaremos clarificar las implicancias que conllevaría la apropiación de
la teoría social de Castells para pensar hoy la relación entre poder y Estado en América Latina.
11. VAZ, Marcelle S.
[email protected]
Centro de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (CEPPAC). Universidade de Brasília
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“Os desafios para a integração autônoma da América Latina na perspectiva da sociedade civil
no âmbito da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e da Comunidade dos Estados
Latino-americanos e Caribenhos (CELAC)”
O cenário da participação cidadã na América Latina passa por um período de ausência de
mecanismos institucionalizados e de severas restrições à participação popular, o que agrava o
déficit democrático nos projetos regionais. No entanto, instâncias participativas têm sido
criadas no âmbito da UNASUL e CELAC nos últimos anos. O objetivo do artigo é identificar tais
instâncias e promover uma discussão acerca da integração latino-americana a partir dos
projetos contemplados por essas instituições e as diversas iniciativas da sociedade civil que se
manifestam nessa empreitada. A proposta é a de que a UNASUL viabiliza uma integração a
partir de “cima”, enquanto CELAC estaria mais próxima a uma perspectiva a partir de “baixo”.
A discussão recorre aos principais fóruns de participação de cidadãos, as cúpulas sociais
realizadas paralelamente ou em coordenação com cúpulas intergovernamentais no interior
dessas instituições. O debate está situado na mobilização de movimentos sociais e redes de
organizações da sociedade civil que refutaram projetos como a ALCA (Área de Livre Comércio
das Américas) e buscam uma integração autônoma da região a partir de “novos” caminhos.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 9.00hs – Sala E5. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 14
DECOLONIALIDADE: LIMITES, ALCANCES E PERSPECTIVAS
Coordenadores: Alai Garcia Diniz (Departamento de Língua e Literatura Estrangeiras/UFSC,
atualmente na UNILA, PVS - CAPES) [email protected]; Armando de Melo Lisboa (Dpto. de
Economia e Relações Internacionais/UFSC) [email protected]; José Fernando Manzke
(Dpto. de Educação/UFMA) [email protected]
RESUMO: O simpósio será um espaço para que a pluriversidade dos trabalhos e
pesquisas dentro do amplo campo da Teoria Decolonial possa se conectar e, através da
cumplicidade desta experiência compartida, construir um novo conhecimento comum que fará
avançar a própria teoria. Ou seja: mais que um balanço, o simpósio constituirá um marco na
construção desta perspectiva. Esta pretensão se justifica porque a compreensão da
“decolonialidade” passa por um forte processo criativo, vivendo um momento de grande
ebulição teórica, inclusive de revisão autocrítica interna.
Ela vem se desdobrando numa profusão de temas e questões problematizadoras, bem
como diversos e inovadores conceitos, os quais estão sob forte debate e em processo de
construção e afirmação, como, por exemplo, “mundo moderno-colonial”; “diferença colonial
epistêmica”; “matriz colonial de poder”; “giro epistêmico”; “desprendimento epistêmico”; as
“geopolítica”, “corpopolítica” e “teopolítica do conhecimento”; “pensamento de fronteira”...
Além disto, no presente debate também estão sendo retomados e reconceituados categorias
como “colonialismo interno”; “interculturalidade”; “classe”; “indigenismo”; “dependência”;
“negritude”; “feminismo”; “pedagogia”; “emancipação”; “América Latina”; “Tawantinsuyu” ...
No bojo deste processo, está a ocorrer uma profunda releitura de autores como Paulo
Freire; Fanon; Foucault; Césaire; Las Casas; Darcy Ribeiro; Mariátegui; além de muitos outros
que estavam silenciados e passam a ser, literalmente, descobertos e desenterrados, como é o
caso de Guáman Poma e Cuogano, Inclusive os próprios autores centrais do pensamento
decolonial como Quijano; Dussel e Mignolo, também passam por uma transformação e
revisão. Episódios históricos também são repensados e revalorizados, como a independência
do Haiti; insurreições de Túpac Amaru e Túpac Katari...
Por outro lado, o pensamento Decolonial está a provocar um profundo
entrelaçamento, tencionamento e confronto com outras matrizes de pensamento, como a
Filosofia da Libertação; Teologia da Libertação; Teoria da Dependência; Teoria dos SistemasMundo-Moderno; Estudos de Gênero; Pedagogia da Libertação; Estudos Pós-Coloniais... Afinal,
pensar e enfrentar a condição colonial foi o ponto de partida de todas estas correntes.
Infelizmente, aqui no Brasil tem sido poucos os espaços acadêmicos em que este
debate é realizado, em que pese a literatura decolonial estar cada vez mais difundida graças a
internet e ela ser velozmente referenciada num número crescente de trabalhos de conclusão
de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Finalmente, este Simpósio ocorre num momento extremamente oportuno de explosão
das redes sociais e ascensão do movimento indígena, negro, das mulheres, camponês e juvenil,
que perfazem emblemáticos impasses e provocam decisivas inflexões por toda América Latina,
especialmente na Bolívia, Venezuela, Argentina e Brasil.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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RESUMOS
1. ADAMS, Telmo
[email protected]
PPG em Educaçao-UNISINOS (BR)
“(Des)colonialidade e pedagogia libertadora desde uma ótica do sul”
Com o presente trazemos uma discussão desde uma ótica epistemológica do sul que embase
uma educação na perspectiva da descolonialidade e contribua na ampliação de caminhos
emancipatórios. Problematiza-se os sentidos de emancipação na relação com libertação,
especificamente, com a pedagogia libertadora “escavada” de dentro do contexto das heranças
culturais no movimento dialético de superação das heranças coloniais, identificado como
(des)colonialidade. Hegemonicamente prevalece, dentro e fora dos meios acadêmicos, o
paradigma da modernidade eurocêntrica, colocado (e aceito) como parâmetro de um
conhecimento que se autodefiniu como superior e universal, com a decorrente
“desclassificação” dos saberes do sul. Tal paradigma está igualmente incorporado num modo
de ser e se constitui num ethos de dependência ou subserviência cultural, um sustentáculo da
colonialidade. Entre os autores destacados estão Aníbal Quijano, Walter Mignolo e Catherine
Walsch, Paulo Freire, Boaventura de S. Santos, entre outros. A temática é extremamente atual
e pode contribuir para (re)afirmar pontos de referência comuns para a educação e lutas
libertadoras na América Latina e Caribe. A proposta é dialogar e contribuir no debate proposto
por este simpósio e assim clarificar nossos caminhos para o processo de investigação e
educação libertadoras.
2. AMORIM, Elizangela Santos de [email protected] (Universidade Federal do
Maranhão – UFMA); MANZKE, José Fernando [email protected] (Universidade Federal
do Maranhão – UFMA)
“Educaçao Camponesa numa perspectiva decolonial:as limitaçoes das teorías emancipatórias
inclusivas”
A Educação do Campo como modalidade e concepção educativa, de uma forma geral, e
particularmente no Sudoeste do Maranhão, em que pese seu referencial crítico, apresenta
uma prática social reprodutora da colonialidade. Os agentes educativos, em sua maioria
comprometidos com um projeto emancipatório, reproduzem práticas coloniais ao limitar sua
ação à inclusão escolar. O referencial crítico contribui para a afirmação da identidade
camponesa e o fornecimento de equipamento teórico para os embates políticos e sociais com
as instituições públicas e os interesses privados. No entanto, os saberes e as práticas
educacionais ainda operam nos marcos inclusivos da colonialidade. Não existe redenção social
dentro do modelo excludente do capitalismo, por ser esta uma característica intrínseca ao
sistema, nem no modelo de Reforma Agrária praticada no Brasil. As teorias críticas, a partir da
década de1970, com sua abordagem libertária e emancipadora, muito influenciadas pelo
marxismo, e as teorias pós-críticas, a partir de meados da década de 1980, com a
fragmentação temática decorrente das diferentes demandas dos grupos e segmentos sociais,
ao operarem nos marcos conceituais e epistêmicos da modernidade/colonialidade, não
conseguiram apresentar resposta articulada à complexidade dos fatos sociais. A teoria
decolonial representa uma ruptura com o modelo científico tradicional e a busca de respostas
outras a partir das vítimas do processo capitalista eurocêntrico. É neste sentido, que por ora
realizamos uma análise crítica, com a contribuição da teoria decolonial, sobre a educação
camponesa no Estado do Maranhão, a partir de seus referenciais teóricos e práticos, e, a
influência dos movimentos sociais, na organização curricular das escolas do campo.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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3. CÁRDENAS CASTRO, Juan Cristóbal
[email protected]
Programa de Posgrado en Estudios Latinoamericanos, UNAM/México
“Del «giro dependentista» al «giro decolonial». Revalorización crítica de la teoría de la
dependencia emprendida por Enrique D. Dussel (1984-2014)”
Uno de los principales debates que alumbró el devenir del pensamiento crítico
latinoamericano en la década de los sesenta del siglo XX tuvo como epicentro a Chile. Se trata
del cuestionamiento de las teorías del desarrollo, impulsadas en la región a través de la CEPAL,
y del simultáneo intento por sistematizar una teoría de la dependencia. Puede situarse en
1967 el inicio del «giro dependentista», que a la postre marcó el fin del predominio de la
sociología del desarrollo y el despunte de la sociología de la dependencia, punto de inflexión
que es, a la vez, un momento constituyente y esencial del recientemente denominado «giro
decolonial». En gran medida, el «giro dependentista» estuvo posibilitado por el exilio
intelectual que arribó a Chile a partir de los golpes militares de Brasil (1964) y Argentina
(1966). A fines de los años sesenta el debate abierto en Santiago de Chile impactó del otro lado
de la Cordillera de los Andes (en Mendoza, Argentina)– donde Enrique Dussel, quien llegará a
ser uno de los más destacados exponentes de la «filosofía de la liberación», advierte su
importancia y, más tarde, desde mediados de los años ochenta, en su exilio en México,
emprende –desde una relectura de Marx– una revalorización crítica de esa tentativa teórica, la
que continúa hasta el presente.
4. CADAVID BERRIO, Juan Sebastián
[email protected]
Universidad Nacional de Colombia
“El sujeto de la experiencia colonial: hacia una política de lectura pluriversal de la diferencia
cultural”
En un extraordinario trabajo dedicado a La autonomía universitaria como institución
latinoamericana (1982), el infatigable Leopoldo Zea diferenciaba dos nociones de Universidad
sobre las que se levantaban los alegatos autonomistas: una que caracterizaba el modelo
cultural conservador-(neo)liberal de la Universidad occidental metropolitana y la otra que se
desprendía de los movimientos de liberación (teológico-filosófico-político) de la cultura
latinoamericana en el siglo XX. El acento del filósofo mexicano está colocado sobre las
experiencias otras que los sujetos universitarios coloniales modelizan y representan al interior
del eje paradigmático de la institución encargada de lo que la semiótica cultural llamaría “el
problema de la educación de la cultura”. ¿Cuál es el horizonte de inteligibilidad sobre el fondo
del cual deben ser leídas estas experiencias otras de los sujetos universitarios coloniales
descritos por Zea? ¿Qué noción de “diferencia cultural” está presupuesta en los balances y
“comparatísticas” universitarias que glosa Zea y qué vasos comunicantes podemos seguir para
elucidar las tensiones de la actual etapa de estandarización y medición de los niveles
educativos a escala global? Estas preguntas motrices direccionarán la ponencia y me
permitirán hilvanar un cuadro relacional entre la “autonomía universitaria como institución
latinoamericana” (Zea) y la colonialidad del saber-poder universalista desde el escolasticismo
hasta sus actuales remanentes en el sistema capitalista-moderno-colonial.
5. CAVALCANTI DE SOUZA, Maria Nazaré
[email protected]
Universidade Federal do Acre
“Sobre a interculturalidade no cinema: O mestre e o divino”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
O Mestre e o Divino (2013),filme documentário do cineasta Thiago Campos Torres, revela em
imagens a subjetivação da colonialidade do ver instituído pelo imaginário eurocêntrico que se
processa na relação conflitiva entre dois personagens: o imigrante europeu e o nativo latinoamericano. Resgatando um acervo em super-8 organizado pelo missionário alemão Albert e
interstícios da atualidade, o roteiro une uma proposta estética de cinema que aborda a
imagem que se faz, que se publica, que se produz sobre pessoas em diversidade cultural.
Documentário de riqueza impar traz sutilezas que dizem muito sobre a absolutização da
cultura eurocêntrica imposta como referência de criatividade, e, ao mesmo tempo, desdiz
sabiamente quando aponta a luta travada contra a imponência e a inferência na‘domesticação’
indígena. Aborda o processo de interculturalidade questionando a ideia de pertencimento a
uma cultura. Desafia a re-pensar nas imagens cinematográficas a manutenção da invisibilidade
do colonizado diante de imposição religiosa, educacional e a reprodução de imagem de
‘civilidade’ que permanece na América Latina. Tomando como base a teoria da decolonialidade
do ver(Grosfoguel e Barriendos) e as relações de interculturalidades na perspectiva crítica que
defende Catherine Walsh, o filme instiga a refletir sobre o processo de inferiorização racial e
epistêmica impressos nas produções imagéticas de massa na América Latina.
6. FRANCKINI, Tiago Menna
[email protected]
Doutorando em Direito-UFSC; UFPEL/UFSC
“Os estudos decoloniais como camino para repensar a epistemología do Direito no Brasil
atual”
É notório que o campo da epistemologia, em especial, da epistemologia jurídica no Brasil, foi
ao longo dos séculos dominado por (e consolidou-se a partir de) concepções eurocêntricas de
cientificidade. Apesar dos conceitos, teorias, métodos e objetivos científicos criados no norte
global ainda serem o discurso hegemônico dentro da academia, nas últimas décadas é possível
observar a emergência dos discursos pós-coloniais ou decoloniais como um relevante
elemento no campo da epistemologia. A partir da crítica à visão de modernidade ocidental
iluminista (em especial contida em Enrique Dussel) e seu caráter colonial (conforme Aníbal
Quijano), se observa novas formas de compreender o mundo, a ciência e o direito a partir do
denominado sul global geopolítico. Contudo, é possível observar que no campo jurídico
brasileiro, as relevantes transformações emergentes dos debates decoloniais, que já têm
resultado em alterações concretas em outros países latinos, não têm conseguido alcançar
espaços significativos no campo acadêmico – enquanto linha de pesquisa, objeto de estudo
etc. Desse modo, a presente pesquisa realiza a necessária aproximação entre as discussões
decoloniais e a pesquisa jurídica brasileira atual, com o propósito de desvendar em que
medida os estudos decoloniais podem contribuir para a emergência de uma nova forma de
epistemologia jurídica (uma epistemologia a partir do sul – nos termos de Boaventura de S.
Santos) conectada com a realidade histórica, social, política e cultural do país.
7. HASHIZUME, Mauricio
[email protected]
Centro de Estudos Sociais (CES) Universidade de Coimbra (UC) PT
“Notas sobre a formação da colonialidade do poder no Brasil”
Esta reunião de notas têm o intuito de apresentar uma cesta de elementos históricos,
antropológicos e sociológicos que possam ajudar a entender melhor a formação da
colonialidade do poder no Brasil. Em síntese, busca-se aprofundar a compreensão das bases da
"linha abissal" que, conforme Boaventura de Sousa Santos, divide sociedades
contemporâneas, . Em contraste com interpretações históricas que tendem a enfatizar as
disputas de poderes entre a coroa portuguesa, a igreja católica e os chamados colonos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
(proprietários rurais privados) estabelecidos pela empresa colonial, o desafio que aqui se
coloca é o de decifrar como o colonialismo não só propulsionou a expansão mercantil com as
grandes navegações, motor do desenvolvimento capitalista, como se entranhou de forma
meticulosa na institucionalidade "moderna" nascente. Para além da suposta ambiguidade da
legislação e política indígenas coloniais, busca-se aqui mostrar como as "peças se encaixam" na
discriminação dos povos indígenas, isto é, na impregnação da marca profunda da colonialidade
do poder no "espírito" do Estado. Sem compreender os alicerces desse abismo (cultural,
político e econômico), dificilmente será possível averiguar as possibilidades de proposições
"pós-abissais" associadas às possíveis estruturas e políticas públicas com base em concepções
igualmente apresentadas por Santos como a "ecologia de saberes" por meio da "tradução
intercultural".
8. KYRILLOS;, Graciela de Moraes
[email protected]
Doutorando em Direito-UFSC; UFPEL/UFSC
“Os estudos decoloniais como camino para repensar a epistemología do Direito no Brasil
atual”
É notório que o campo da epistemologia, em especial, da epistemologia jurídica no Brasil, foi
ao longo dos séculos dominado por (e consolidou-se a partir de) concepções eurocêntricas de
cientificidade. Apesar dos conceitos, teorias, métodos e objetivos científicos criados no norte
global ainda serem o discurso hegemônico dentro da academia, nas últimas décadas é possível
observar a emergência dos discursos pós-coloniais ou decoloniais como um relevante
elemento no campo da epistemologia. A partir da crítica à visão de modernidade ocidental
iluminista (em especial contida em Enrique Dussel) e seu caráter colonial (conforme Aníbal
Quijano), se observa novas formas de compreender o mundo, a ciência e o direito a partir do
denominado sul global geopolítico. Contudo, é possível observar que no campo jurídico
brasileiro, as relevantes transformações emergentes dos debates decoloniais, que já têm
resultado em alterações concretas em outros países latinos, não têm conseguido alcançar
espaços significativos no campo acadêmico – enquanto linha de pesquisa, objeto de estudo
etc. Desse modo, a presente pesquisa realiza a necessária aproximação entre as discussões
decoloniais e a pesquisa jurídica brasileira atual, com o propósito de desvendar em que
medida os estudos decoloniais podem contribuir para a emergência de uma nova forma de
epistemologia jurídica (uma epistemologia a partir do sul – nos termos de Boaventura de S.
Santos) conectada com a realidade histórica, social, política e cultural do país.
9. LOZADA GALLEGO, Verónica
[email protected]
Universidad Nacional de Colombia
“El sujeto migrante o las fronteras del Estado-Nación’
En la conformación del proyecto de Estado-Nación, construir una identidad férrea permite
tener una línea de horizonte transparente que, en la mayoría de los casos, posibilita el
desarrollo o avance. Las caracterologías y cualidades que definen a los sujetos que habitan
ciertos territorios en lo que se ejecuta un proyecto de Estado-Nación, se plantea como límites
que inhiben la divergencia y la re-construcción de cuerpos. Lo que se encontrará mi lectora en
las páginas en esta ponencia es una reflexión en torno a las fronteras y/o límites del proyecto
de Estado-Nación cuando irrumpe el sujeto de la migración. Los Estados-Nación no sólo
pueden leerse como entes políticos que están a cargo de las instituciones gubernamentales,
como si sólo la legislación fuera la herramienta con que pueden tener o no injerencia en la
constitución de los sujetos, por el contrario estos proyectos, como matrices, toman la forma
del rizoma con el que atraviesan o traspasan nuestros cuerpos. Toda la historia que se escribe
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
desde los Estados-Nación se inscribe, talla en la piel, en el cuerpo. El cuerpo funciona para ese
orden y memoria cultural, como determinación y estabilidad que no permite el pensamiento
fronterizo, o pensar en la frontera.
10. LUCERO, Maria Elena
[email protected]
Universidade Federal de Integraçao Latino-Americana (UNILA) /UNR(AR)
“Imágenes decoloniales sobre la complejidad cultural”
La producción visual de América Latina del siglo XX condensa una variable de emergentes
artísticos diversos no solo por la complejidad histórica que caracteriza al continente sino por la
pluralidad de comunidades nativas que conformaron su territorio geográfico. Así como la
crítica cultural ha abonado fuertemente el terreno de las artes también han surgido otras vías
de estudio enlazadas con dimensiones sociales, económicas y políticas. Cabe mencionar los
aportes al ámbito de las producciones visuales de una perspectiva analítica que en el escenario
latinoamericano se inscribe en el llamado ‘giro decolonial’. América Latina posee una tradición
franqueada por luchas contra el colonialismo y el eurocentrismo. En la actualidad, la esfera
artística contemporánea manifiesta sus posicionamientos colectivos frente a una sociedad
globalizada. Este artículo se enfocará en las contribuciones de la inflexión decolonial a la esfera
artística, permitiendo pensar otros sentidos inherentes a las formulaciones estéticas surgidas
en estas regiones. Se analizarán las obras de Alfredo Jaar, Tania Bruguera y Milagros de la
Torre.
11. PIRES, Nara Suzana Stainr
[email protected]
ULBRA e do Centro Universitário Franciscano-UNIFRA.
“MEIO AMBIENTE, GLOBALIZAÇÃO, TEORIA DECOLONIAL E PERSPECTIVAS SOBRE CIDADANIA
PLANETÁRIA”
A decolonialidade trata-se de uma esfera crítica da epistemologia eurocêntrica e,
consequentemente, dos discursos coloniais, à emergência de diferentes saberes além
fronteiras. Dentro desta perspectiva o debate em relação do capitalismo com o meio
ambiente, frente a globalização tem importância quando implica uma redefinição da relação
entre o Ocidente e seus outros, o que leva a uma mudança do eurocentrismo, emergindo para
uma ideia inovadora, a cidadania planetária. Neste sentido como particularidade do sistema há
necessidade de rever o conjunto de práticas representacionais que participam da produção de
concepções do mundo. O trabalho contribui no esforço de explorar a relação de domínio do
capitalismo com a natureza de maneira a ajudar a desmistificar as verdades emergentes que
escondem a submissão e exploração dos seres humanos e da natureza. Como alcance, há uma
diversidade de doutrinas no campo da Teoria Decolonial para que se possa
interdisciplinarmente, construir um novo conhecimento comum que poderá avançar à própria
teoria. Tal estudo beneficia à experiência jurídica latina americana, destacando os aspectos,
com relevância no Brasil e a sua utilização, bem como as reflexões de Quijano; Dussel; Coronil
e Mignolo a respeito da temática aqui desenvolvida. Enfim, refletir e confrontar a qualidade
colonial é o ponto inicial de todas estas correntes.
12. PEREIRA, Flavio
[email protected]
UNIOESTE-Foz do Iguaçu
“Los conjurados del Quilombo del Gran Chaco como resposta utópica ao isolamento nacional
dos países do Cone Sul: além da nação e da herança colonial”
[97]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
O livro Los conjurados del Quilombo del Gran Chaco é uma obra singular no contexto da
literatura latino-americana contemporânea, pois é fruto da colaboração de quatro escritores
oriundos dos quatro países que se enfrentaram na Guerra contra o Paraguai e fundaram
posteriormente o Mercosul. Este trabalho pretende indagar se a obra pode ser lida como fruto
de uma estratégia pós-colonialista e pós-nacionalista, tendo em vista que estabelece um
território literário utópico como resposta ao isolamento nacional derivado de um processo
histórico colonial posto em marcha pela Europa, por um lado e à primazia do aspecto
econômico no processo de integração regional em marcha no Mercosul, por outro. Desta
forma, o que se tentará fazer é buscar os aspectos formais, motivos literários e tramas que
permitam pensar Los conjurados del Quilombo del Gran Chaco como uma resposta ao
colonialismo europeu e aos seus resultados, perceptíveis ainda hoje nos territórios geográficos
e nos imaginários coletivos destas regiões. Assim, o estabelecimento do Quilombo del Gran
Chaco como território utópico parece um recurso literário fundamental para questionar a
fragmentação do Cone Sul em países/nações e refletir sobre o devir desta zona geográfica do
continente americano. O discurso literário permite então abrir um espaço para um
questionamento tanto do passado como do presente, bem como dos imaginários a eles
associados.
13. PEREIRA, Diana Araujo
[email protected]
Universidade Federal de Integraçao Latino-americana- UNILA
“El reciclaje como trinchera de guerra”: estética cartonera y descolonización literaria”
O movimento cartonero conta hoje com mais de 70 editoras cartoneras espalhadas por toda a
América Latina (além das que existem na Europa e na África). Apesar de haver diferenças entre
elas, de uma maneira geral mantêm elementos comuns: editoras que se configuram como
alternativas e artesanais. O cartonerismo provém do uso do papelão ou “cartón” para a
elaboração das capas de suas edições; geralmente estão vinculadas a grupos que se
autorregulam e gerenciam pela economia solidaria, pelo sistema cooperativo. Os coletivos
cartoneros contra-atacam a lógica do mercado e da indústria cultural, democratizando o
acesso a este suporte livresco tão elitista em muitos sentidos. No entanto, além do aspecto
formal, seu conteúdo também procura abarcar vozes e linguagens marginais ao âmbito
literário canônico, chegando a nutrir uma estética crítica e corrosiva. As cartoneras suscitam,
portanto, uma reflexão sobre os novos caminhos estéticos que estão surgindo na América
Latina, cujo percurso está marcado pela apropriação da realidade histórica e sociocultural,
construídos sobre a fricção e o conflito, mas principalmente sobre a potência (Maffesoli) do
bárbaro tecnizado (Oswald de Andrade).
14. RODRIGUES, Bernardo Salgado
[email protected]
Mestrando do PPG em Economia Política Internacional - (PEPII -UFRJ)
“Colonialidade na América Latina e a descompartimentalização do saber”
O presente trabalho tem por objetivo mostrar o surgimento da transdisciplinaridade e a
necessidade de seu uso no modo de pensar contemporâneo, principalmente na América
Latina, se concentrando na construção teórica do conceito de colonialidade e buscando
apresentar o passado histórico de formação das ciências sociais na contemporaneidade, assim
como de sua influência na América Latina. Assim, constata-se que o modo de pensar e agir na
América latina é, ainda hoje, influenciado pelos centros hegemônicos de poder e pela
colonialidade. A busca por alternativas locais e regionais que engendrem uma
descompartimentalização do saber e um pensamento transdisciplinar compartilhado é um
anseio para que a autonomia teórica, prática e científica na região sejam concretizadas. Desta
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
maneira, propõe-se o desafio para o pensamento social crítico latino-americano de desalojar
os diversos saberes de caixas hermeticamente fechadas e negar o processo de
homogeneização do pensamento, buscando lidar com a complexidade do mundo
contemporâneo a partir de uma perspectiva integrada, dial ética e não coercitiva como a base
sólida da produção científica do século XXI.
15. SIMI, Gianlluca [email protected] (Mestrando University of Nottingham, UK);
WRIGHT, Collin [email protected] (Mestrando University of Nottingham, UK)
“Anauê! Plínio Salgado e a guinada à direita do nacionalismo brasileiro”
Este artigo investiga a relação entre colonialismo e nacionalismo na experiência brasileira com
o desenvolvimento da vertente conservadora e ultranacionalista do Modernismo,
representada pela figura de Plínio Salgado. Partimos das ideias de Frantz Fanon sobre a
situação colonial para entender a construção de uma estrutura de dominação que determina
as condições materiais da vida nas colônias fundamentada no axioma de que os valores
europeus sejam superiores e de que devam, portanto, ser disseminados através de um esforço
civilizatório. As ideias de Fanon também nos auxiliam a compreender o nacionalismo como
uma reação ao colonialismo enquanto aquele se esforça para que a (auto)determinação das
colônias seja radicalmente dissociada da dominação por um poder estrangeiro. A partir daí,
exploramos a hipótese de que o nacionalismo se resuma, no entanto, a um fenômeno elitista,
já que parece, num primeiro momento, ser liderado por um burguesia nacional que floresceu
no espaço ambíguo entre o nativo e o metropolitano. Por fim, concentramo-nos no caso
brasileiro da influência de Plínio Salgado e seus dois manifestos: o Manifesto Verde-Amarelo,
de 1929, e o Manifesto de Outubro, de 1932, e a consequente criação da Associação
Integralista Brasileira.
16. VERAS DE SOUZA, Joao José
[email protected]
Pós-Graduaçao Interdisciplinar CH- UFSC
“A colonialidade do ser amazônico – de simbólico e ontológico”
Parte-se da hipótese, com auxílio dos pressupostos da Teoria Critica Decolonial, de que, pelos
projetos de desenvolvimento provados na Amazônia brasileira, se tem forjado construções
epistêmicas e discursivas no sentido de produzir ambiente propicio à difusão/sustentação da
mentalidade moderno-colonial (colonialidade) e de renovada reafirmação histórica de sua
legitimidade como projeto civilizatório desde os contextos local e global. O produto disso - se
supõe - resulta em um constructo mental que represente/simbolize o novo sujeito social e
ontológico da Amazônia. Não mais o não-ser mas agora o ser, posto que transmudado de
bárbaro para civilizado. Tal intento ao mesmo tempo que é simbólico busca ser ontológico.
Esse novo sujeito é o cidadão da floresta (seringueiros, indigenas...), cuja inclusão nos sistemas
de saberes e poderes modernos há de ser realizada por atos formais de governo – do “governo
da floresta” - e especificamente pela via da florestania - categorias estas forjadas nos
contextos históricos de ações e discursos governamentais desenvolvimentistas operadas no
Estado do Acre. Nessa disposição de fazer o outro representar – no plano simbólico - o seu
(dele) próprio oposto, o projeto moderno-colonial busca, na verdade, é afetar
ontologicamente o então não-ser social reconfigurando o seu modo de agir e pensar ajustado
à racionalidade econômica nos projetos desenvolvimentistas e ambientais.
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Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro - 9.00hs – Sala F1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 15
TENSIONES Y CONFLICTIVIDAD SOCIAL EN TORNO A LA TIERRA EN
AMÉRICA LATINA. SIGLO XX Y PRINCIPIOS DEL SIGLO XXI
Coordenadores:
Javier
[email protected];
[email protected]
Moyano
Saúl Luis
(Universidad
Nacional
Casas (Universidad Nacional
Córdoba)
La Plata)
RESUMO: En Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana (1928) José Carlos
Mariátegui afirmaba que “el progreso del Perú será ficticio, o por lo menos, no será peruano,
mientras no constituya la obra y no signifique el bienestar de la masa peruana que en sus
cuatro quintas partes es indígena.” Mariátegui consideraba a los pueblos originarios del Perú
como protagonistas de su propia historia, y al ser el problema indígena un problema
económico social, dado que la gran masa indígena era campesina “había que buscar el
problema indígena en el problema de la tierra”. La resonancia de este pensamiento, que llega
con extraordinaria nitidez hasta el presente, nos obliga a plantearnos las cuestiones que aún
hoy se encuentran en un espacio conflictivo alrededor de la relación Estado–campesinado
indígena en América Latina.
Cabe destacar que a lo largo del siglo pasado y específicamente desde sus últimas
décadas y en los comienzos del presente, se ha dado el surgimiento o reaparición de procesos
de acción colectiva en torno a la cuestión de la tierra. Estos movimientos sociales (no todos
autodefinidos como “indígenas”) han involucrado diferentes aspectos, que incluyen
demandas, especialmente dirigidas hacia los regímenes políticos, no sólo por cuestiones
estrictamente territoriales, como la reforma agraria, sino otras que combinadas con estas
reivindican las de carácter étnico, etario, de género o incluso el autogobierno local, en donde
la composición étnica y de clase ha demostrado ser heterogénea.
Este simposio tiene el objetivo de invitar a revisitar experiencias y casos donde la tierra
sigue ejerciendo un papel central en la significación de los actores sociales involucrados,
constituyéndose en un incentivo para su movilización y organización. La perspectiva de análisis
se plantea hacerlo desde dos ejes: uno espacio-temporal, que pretende reunir los casos donde
el conflicto por la tierra ha tenido su base fundamental en diferentes regiones de América
latina, pudiéndose hablar incluso, de ciclos de conflictos que caracterizaron al siglo XX y al
comienzo del XXI en la región. A la perspectiva histórica se le sumará posibilidad de un análisis
del tema a partir de la utilización de recursos literarios tanto sea de la literatura de ficción
como de la política, la que nos permitirá una aproximación interdisciplinaria interesante para
el abordaje de las diversas cuestiones de estudio.
Los lineamientos propuestos para el desarrollo de este simposio son:
 Estado actual del debate académico sobre los movimientos sociales en su conjunto.
 Democracia y movimientos sociales en América latina.
 Movimientos indígenas: Tierra, ciudadanía y plurinacionalidad.
 De la rebelión campesina a la Reforma Agraria.
 Crisis del orden neoliberal y nuevos movimientos indígenas en Perú.
 Reforma agraria y cooptación de las organizaciones campesinas.
 De la lucha por la autonomía a la rebelión zapatista en México.
 ¿Hacia un nuevo proyecto integrativo (o represivo) en la región?
 Estado, política y poder en el Ecuador contemporáneo.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.




Manifestaciones étnico-culturales en instancias de construcción de la identidad
nacional.
Lo viejo y lo nuevo en el movimiento indígena y campesino.
Caracterización del sistema político en un contexto de soberanías en disputa.
¿Occidente vs. Oriente? Dinámica regional y problemática actual en Bolivia.
Movimientos campesinos y la lucha por la tierra en los casos de Paraguay y Brasil.
RESUMOS
1. ALDERETE, Nadia
[email protected]
Universidad Nacional de La Plata Argentina
“Los movimientos campesinos frente a la dominación y concentración del poder en
Paraguay”
Paraguay es el país más desigual de América Latina marcado por una altísima concentración de
la tierra. La economía se sostiene en gran parte por la agroexportación y en menor medida por
la industrialización de los productos primarios. El sistema agrario se caracteriza por la
presencia de grandes latifundios que contrastan con los minifundios de las familias
campesinas. Esto da cuenta de una estructura socioeconómica desigual donde aquellos grupos
de poder que controlan la economía también controlan la política, ocupando los empresarios
extranjeros un lugar privilegiado. La posesión o no de la tierra es la que estructura el poder y la
implantación del neoliberalismo da forma a este tipo de modelo dirigido “hacia afuera”. Los
movimientos campesinos son quienes ejercen la mayor presión en contra de este modelo
económico y luchan denunciando el despojo sufrido por la población campesina a causa del
monocultivo, la expansión del ganado y de la soja con sus agrotóxicos, y la ausencia de
políticas de redistribución de la tierra. En el 2008, con Fernando Lugo en la presidencia, se
presentó la posibilidad de un nuevo juego político donde los movimientos campesinos tuvieran
mayor capacidad de acción. Este gobierno fue interrumpido por medio de un juicio político al
presidente, luego de una masacre ocurrida en Curuguaty que dejó doce muertos. El juicio
político presentó muchas irregularidades y ninguna prueba concreta en contra del presidente,
pero sí dejó en claro que fue armado para destituir a Lugo y que detrás de ello existían
intereses amenazados. A dos años de la masacre de Curuguaty todavía no se encontraron
responsables y tampoco hubo una investigación seria por parte del gobierno de Federico
Franco y del actual de Horacio Cartes. Los únicos imputados son campesinos, quienes una vez
más padecen la injusticia e impunidad de los poderosos. La militarización, aumenta la situación
de inseguridad y de violencia contra las comunidades de este modo, desde el Gobierno de
Cartes se reprime a familias rurales, que resisten en un clima de violencia e incertidumbre.
¿Cuáles son las perspectivas del movimiento campesino, frente a una coyuntura que no ha
modificado el estado de cosas y que en cierta forma a acentuado la aplicación de un modelo
económico sostenido en los agronegocios? En esta ponencia intentaremos hacernos algunas
preguntas y plantear algunas hipótesis sobre el futuro del movimiento campesino paraguayo, y
su proyección hacia el futuro.
2. BAYÓN DE TORENA, Nélida Adelaida [email protected]; PARRÓN, Mario Gustavo
[email protected]; BURGOS, Nélida Elizabeth [email protected] (Universidad
Nacional de Salta).
“La cuestión de la territorialidad y la construcción identitaria en el Valle Calchaquí. El caso de
San Carlos”
El presente trabajo forma parte del Proyecto N° 2066/12 del Consejo de Investigaciones de la
Universidad Nacional de Salta; cuyo antecedente lo constituyen las investigaciones realizadas
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
hacia 1993, que estuvieron centradas en el estudio de las estrategias de vida y de las
organizaciones sociopolíticas de los pobladores rurales de la localidad del Barrial, en el
municipio de San Carlos, provincia de Salta. El objetivo principal consiste en analizar las
prácticas sociales colectivas de reproducción cultural de las familias rurales organizadas -del
mencionado municipio- que se encuentran en la actualidad en situaciones de pobreza y de
marginación social. Se trata de interpretar los procesos de construcción identitaria de esos
sujetos, en las acciones y los modos que ellos tienen de entenderlas, en vinculación al impulso
de la producción económica y al desarrollo de la vivienda. Asimismo, este estudio constituye
un aporte interesante sobre la comprensión del funcionamiento de las organizaciones
sociopolíticas en tanto alternativas a las políticas propuestas desde el Estado, en relación con
el turismo y las viviendas de campesinos rurales.
3. JASO GALVÁN, Azucena Citlalli
[email protected]
Mestrado em História Social Universidade de São Paulo – USP
“20 años de autonomía zapatista, 20 años de contrainsurgencia en Chiapas”
La entrada en vigor del Tratado de Libre Comercio de América del Norte, significaba para
México, entre otras cosas, la modificación del artículo 27 constitucional. O sea, la posibilidad
para privatizar tierras que antes estaban bajo un régimen ejidal (tierras comunitarias que no
podían ser vendidas o parceladas). El levantamiento del Ejército Zapatista de Liberación
Nacional el 1 de enero de 1994 (mismo día de entrada en vigor del tratado internacional)
colocó en pauta el despojo que implicaba el cambio en el régimen de tenencia de la tierra, y
junto a otras organizaciones indígenas y campesinas, llevaron a cabo la recuperación de tierras
más importante desde la reforma agraria derivada de la Revolución de 1910. A partir de 2003,
tras un proceso de reorganización, se decreta la constitución de cinco Caracoles,
representando así, un salto cualitativo en la construcción de la autonomía, con base en los
Acuerdos de San Andrés Larráinzar. El objetivo de este trabajo es observar el desarrollo del
combate a la lucha por la tierra y contra la autonomía, que el Estado mexicano ha aplicado a lo
largo de veinte años en Chiapas. Nos referimos a la utilización de las Fuerzas Armadas, el
paramilitarismo y la guerra de baja intensidad en territorio zapatista. Pretendemos de esta
manera discutir las formas contrainsurgentes de combate al zapatismo, a partir de las
denuncias elaboradas por las propias Juntas de Buen Gobierno, apoyándonos, también, en
informes elaborados por organizaciones de derechos humanos y fuentes periodísticas,
principalmente.
4. MELO FIGUEIREDO, Vagner
[email protected]
Aluno do PPGH (Mestrado) da UNIOESTE, campus Mal. Cândido Rondon
“Guerra do Contestado (1912-1916): ações e omissões do Estado”
A Guerra do Contestado foi a repressão do Estado contra um Movimento Social organizado por
trabalhadores rurais na região da fronteira entre os Estados do Paraná e Santa Catarina, de
1912 a 1916. Conhecer os direitos negados àqueles trabalhadores e os interesses da oligarquia
agrária poderá nos levar a perceber os motivos do movimento e as contribuições para a
formação da sua memória. Desta forma, percebendo-se melhor as razões da guerra, pode-se
compreender a intervenção armada no Contestado, através da violência física do Estado, como
um instrumento garantidor de uma determinada dominação de classe e desvendar os
processos de luta pelo controle do Estado por meio de uma disputa de valores e
representações, na construção de uma hegemonia. Alguns assuntos receberão destaque, tais
como: o Coronelismo, o litígio de fronteiras entre os Estados, a questão das terras, o capital
estrangeiro, a imprensa, etc. Este texto pretende relacionar a Guerra do Contestado com o
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
enredo político, econômico e social do Estado Republicano Brasileiro do início do século XX,
ainda em sua fase de consolidação, realizando discussões e diálogos entre autores que nos
ajudarão a pensar na seguinte problemática: quais ações e omissões do Estado brasileiro
exerceram pressões para o surgimento da guerra do Contestado?
5. PARRÓN, Mario Gustavo [email protected]; Bayón de Torena, Nélida Adelaida
[email protected] (Universidad Nacional de Salta)
“La Neutralidad Argentina en el conflicto boliviano-paraguayo, 1932-1925”
El objetivo principal del presente trabajo consiste en analizar de qué manera son presentadas
en la prensa salteña, las acciones llevadas a cabo por la diplomacia argentina en relación con el
conflicto armado del Chaco Boreal. Para ello se selecciona el periodo histórico que se ubica
entre los años 1932-1935, tiempo durante el cual se desarrolló la guerra entre Bolivia y
Paraguay. Se parte del planteo central, ya esbozado por la historiografía boliviana y por
recientes aportes de investigadores argentinos, en donde se precisa que la temática de la
diplomacia argentina es cuestionada por el gobierno y la ciudadanía boliviana de la época.
Particularmente, en lo referido a la ineficacia de la mediación argentina que se iba
redefiniendo a medida que transcurrían los combates en el territorio en litigio; pero
fundamentalmente a partir de las decisiones tomadas que estuvieron condicionadas por los
intereses económicos de particulares y que hicieron que el gobierno argentino se inclinase por
la culminación de la contienda a favor del Paraguay.
6. PEREIRA, Reinaldo Maximiano
[email protected]
Doutorando do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Universidade Federal
de Minas Gerais (PPGCOMM/UFMG), na linha de pesquisa de Processos Comunicativos e
Práticas Sociais, bolsista Fapemig.
“A terra: os conflitos em torno da reforma agrária e a luta por reconhecimento do
trabalhador rural na obra de Benedito Ruy Barbosa”
Este artigo tem por objetivo destacar o papel da televisão na construção de imagens sobre os
conflitos sociais em torno da terra. No Brasil dos anos 1990, essas tensões alçaram a agenda
pública de debates, principalmente, após a repercussão internacional do Massacre de
Eldorado dos Carajás (17 de abril de 1996). Esse fato evidenciou que a questão agrária estava
insoluta, no período de redemocratização. Naquele contexto, a televisão, por sua ancoragem
factual, exerceu um papel importante na construção de imagens do movimento dos
trabalhadores rurais sem terra. Assim, para uma discussão interdisciplinar, avaliamos como
importante considerar as representações dos conflitos agrários, no âmbito, também, da
teledramaturgia. Nesse sentido, observamos a obra do dramaturgo Benedito Ruy Barbosa que
têm a terra como tema transversal. Suas telenovelas representam as relações de mando e as
diferentes acepções de poderes que emanam da posse da terra (econômico e demiúrgico).
Acreditamos que essas obras constroem um conjunto de narrativas sobre a luta por
reconhecimento do trabalhador rural. Para evidenciar empiricamente nossos argumentos
escolhemos algumas sequências da telenovela O rei do gado (TV Globo, 1996) que retratam o
trabalhador rural sem terra e as instâncias de representação política.
7.
PARRÓN,
Mario
Gustavo
[email protected];
[email protected] (Universidad Nacional de Salta)
BURGOS,
Nélida
E.
“Diario Norte de Salta y la construcción del relato periodístico de la guerra del Chaco. 19321935”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
El estudio de las construcciones discursivas elaboradas por la redacción del diario El Norte
permite analizar de qué manera la contienda armada iniciada por Bolivia trajo consigo serios
sesgos de arbitrariedad y de perturbación de la paz en el continente americano; trasladando
sus divisiones internas, locales y regionales al campo de las relaciones internacionales. En este
diario se reproducen noticias y comunicados que muestran como la prensa boliviana se
empeñaba en cuestionar la neutralidad de la Argentina, argumentándose que la existencia de
una connivencia con el Paraguay, habría sido la razón principal por la cual los bolivianos habían
perdido sus combates en el territorio en litigio.
8. RIPPEL, Leomar [email protected] Graduado em História pela UNIPAR - Campus de
Francisco Beltrão, Especialista em Metodologia do Ensino de História pela UNIPAR - Campus de
Francisco Beltrão, Mestre em História Regional pela Universidade de Passo Fundo (UPF);
TAQUES, Welington Cesar [email protected] Graduado em Pedagogia da terra pela
UNIOESTE – Campus de Cascavel, Mestrando em Desenvolvimento Rural Sustentável pela
UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon e Educador da Escola Itinerante Herdeiros
da Luta de Porecatu.
“O CARÁTER SOCIAL DA REFORMA AGRÁRIA: ESTUDO DE CASO DO ASSENTAMENTO
MISSÕES EM FRANCISCO BELTRÃO – PR”
Este artigo tem por objetivo fazer uma retomada da trajetória histórica em que se configura a
concentração de terras no Brasil e a abordagem da Reforma Agrária que é expressa pelo
estudo de caso no Assentamento Missões situado na cidade de Francisco Beltrão no Sudoeste
do Paraná. A pesquisa realizada do assentamento buscou levantar dados acerca da produção e
das formas de organização presentes na realidade das famílias e como as mesmas enfrentam
os aspectos contraditórios da sociedade atual. Também, tentou enfatizar a através de dados
coletados na realidade a importância social e econômica da reforma agrária no Brasil.
9. VIEIRA DA COSTA JÚNIOR, Maurício José [email protected], ANTUNES DE MELO
BANDEIRA, Amon-Rá [email protected] (Universidad Nacional de Salta)
“A super-exploração da força de trabalho indígena no setor sucro-alcooleiro no Mato Grosso
do Sul”
O aumento da participação do Brasil e do Mato Grosso do Sul, no mercado produtor e
exportador de biocombustíveis, desenvolve em território regional uma verdadeira “corrida ao
ouro” no setor agrícola da produção do etanol. Sendo derivado da cana-de-açúcar, demanda
grandes áreas de cultivo e estimula a especulação valorativa dos territórios agriculturáveis,
tornando o país cada vez mais dependente do mercado exterior. Esta situação de valorização
das terras e ocupação em modelo de monocultura demanda cada vez mais territórios
cultivados para o aumento da produção para suprir as demandas de exportação do produto.
Assim, evoluí-se para um quadro atual de disputa de territórios que coloca os povos
tradicionais em uma posição desprovida de seu sustento, privados pela transformação de suas
terras em mercadoria, restando a eles a incorporação no mercado de trabalho sujeitando-se a
remunerações proporcionalmente inferiores ao valor em energia despendida na jornada de
trabalho pesado. Portanto, insuficientes para recomposição desta, caracterizando a superexploração. A impossibilidade de exercício de seus meios tradicionais de subsistência e de sua
cultura pelo desprovimento de seus territórios se mostra a principal causa da subordinação
destes povos ao modelo de trabalho super-explorativo.
[105]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 14.00hs – Sala F1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 16
RELAÇÕES INTERNACIONAIS NA AMÉRICA LATINA: COLONIALISMO E
(SUB)IMPERIALISMO NO SÉCULO XXI
Coordenadores: Luciana Ballestrin (UFPEL) [email protected]; Renata Oliveira (UNILA)
[email protected]; Ramon Blanco (UNILA) [email protected]
RESUMO: Este Simpósio tem como objetivo central ser um ponto de encontro e debate
para pesquisadores/as que têm como cerne de suas preocupações e reflexões um elemento
ainda estruturante, porém muitas vezes silencioso, do cenário internacional atual – a
colonialidade. É notório o enorme e crescente esforço, tanto material quanto intelectual,
dedicado à problematização da realidade internacional, sobretudo no que toca a discussão
dentro da disciplina das Relações Internacionais. Contudo, uma refinada problematização
acerca da colonialidade e do (sub)imperialismo ainda ativo e operante no cenário internacional
é de certo modo marginalizada, quando não ativamente invisibilizada. Nesse sentido, este
Simpósio será um espaço para discussão e realização de um debate ainda emergente dento da
disciplina de Relações Internacionais, objetivando essencialmente abrir novos espaços teóricos
e conceituais, para que assim possam surgir novas e distintas problematizações e
questionamentos acerca da realidade internacional. Assim, busca-se, essencialmente, pensar
coletivamente tal dinâmica, desde a América Latina e por intermédio da profunda
problematização da sua realidade, de modo que sejam dinamizados subsídios teóricos e
conceituais para não somente dar visibilidade à colonialidade presente no cenário
internacional, mas também, e em especial, sejam discutidas e debatidas condições para que a
mesma seja superada. Nesse sentido, neste Simpósio, serão aceitos trabalhos que versem
sobre as seguintes temáticas, distribuídas em três diferentes mesas:
1.
Pós-colonialismos desde a América Latina: anticolonialismo histórico, estudos póscoloniais e perspectivas de-coloniais.
Coordenação: Luciana Ballestrin
2.
Estudos para a paz e transformação de conflitos: Poscolonialismo, Segurança e
Desenvolvimento regional na América Latina
Coordenação: Ramon Blanco
3.
Política Internacional e comparada: América Andina: Política Externa e integração
regional sob o olhar das novas epistemologias do Sul.
Coordenação: Renata Oliveira
Atividades complementares: Além do envio de artigos para as mesas que compõem
este simpósio, serão avaliadas propostas de atividades complementares de cunho artístico e
cultural desde que versem sobre as temáticas deste simpósio. Serão aceitas propostas que se
enquadrem nas seguintes modalidades: a) Exposição de fotografias e artes-plásticas; b) Mostra
audiovisual; c) Teatro e Dança
Serão escolhidas, no máximo, três propostas. Cabe aos proponentes o envio de uma
proposta que demonstre a viabilidade e exequibilidade da mesma, assim como
responsabilidade sobre transporte do material, armazenamento, e recursos envolvidos. As
instituições organizadoras se comprometem, unicamente, em ceder o espaço, divulgar a
[107]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
atividade na programação do evento e ceder equipamento para exibição de recursos
audiovisuais.
RESUMOS
1. BASTO LIMA, Guilherme [email protected] (UFMG); FARIAS, Michele
[email protected] (PUC/Minas)
“Novo Imperialismo” e Neocolonialismo: as faces da dependência no século XXI”
Desenvolvido e debatido por expoentes teóricos diretamente inseridos na vida política do
começo do século XX (LENIN, LUXEMBURGO) o conceito de Imperialismo vem sendo
novamente discutido, agora sob a luz do recrudescimento de práticas militaristas e
expansionistas por parte das potências globais no começo do presente século. O trabalho tem
como objetivo contrapor a ideia do Novo Imperialismo - cunhada por HARVEY - ao conceito de
Neocolonialismo, tendo como base alguns eventos da política internacional na América Latina
dentro do recorte específico do período que se abre com a tentativa de golpe contra Hugo
Chávez quando este se encontrava em seu primeiro mandato como Presidente da Venezuela. É
possível listar elementos que permitiriam caracterizar um novo tipo de Imperialismo nessa
década e meia? Como as práticas coloniais se inserem no contexto de relativo
enfraquecimento do neoliberalismo no continente? São essas algumas questões as quais nos
debruçamos para promover uma aproximação com os fenômenos que constituem a o real na
América Latina contemporânea.
2. FERNANDES MATHEUS, Rafael de Paula
[email protected]
UFFRJ
“Império americano, Banco Mundial e reforma do Estado: alguns pontos de inflexão”
A ordem capitalista sob tutela norte-americana estruturou-se não por um império formal, mas
por intermédio da reconstrução dos Estados como elementos constitutivos de um império
informal. O capital, ao invés de desagregar os Estados, tornou-se mais dependente deles, pois
foi através dos mesmos que a acumulação internacional de capital foi levada a frente. A
reestruturação dos Estados teve as instituições financeiras internacionais como atores
fundamentais. Diante disso, nosso objetivo é o estudo das prescrições do Banco Mundial para
a reforma do Estado no período Pós-Guerra Fria, a partir da análise Relatórios de
Desenvolvimento Mundial. O Banco cumpriu papel fundamental na remodelagem política e
econômica dos Estados periféricos, em especial após a crise da dívida latino-americana na
década de 1980, impondo um conjunto de condicionalidades para concessão de empréstimos.
A organização teve atuação destacada tanto na proliferação do pacote de medidas sintetizado
no “Consenso de Washington”, quanto no debate sobre a superação do mesmo após as crises
em meados dos anos de 1990. Apesar da importância, os estudos sobre o Banco são escassos,
inexistindo trabalhos que estudem a temática em questão de forma pormenorizada.
3. GONZÁLES CALLEJAS, José Luiz
[email protected]
Universidad Autónoma Metropolitana Unidad Xochimilco (México)
“La ontologia política del processo imperial: politicidades em conflicto”
Lo que aparece en nuestros días como económico es en realidad un proceso político que
determina la forma de vida a escala global; por tanto, la cultura y las costumbres de un pueblo
no son suficientes para dar cuenta de la naturaleza de su Estado: es necesario tener en cuenta
la estructura imperial del mundo moderno. Lo que vemos, imaginamos, entendemos y
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
razonamos ha sido el resultado de todo el devenir humano en su contradictorio fluir. Incluye,
claro está, lo que no se admite como civilizado de acuerdo con el sistema de valores que se ha
consolidado como hegemónico: los conflictos, las guerras, las conquistas, las colonizaciones,
etc. deben entenderse en el contexto de la articulación imperial del capital. A partir de este
horizonte hermenéutico estamos en condiciones de comprender la dificultad de instaurar
ciertas instituciones, prácticas y procesos políticos democráticos en América Latina, –
particularmente en México–, sin tener necesidad de invocar aquellos análisis que han ubicado
en la cultura política y en la voluntad las claves de lo que, en su opinión, es un rezago político.
4. LEITE MOREIRA, Carlos Américo
[email protected]
UFC
“Um novo padrão exportador de especialização produtiva? Considerações sobre o caso
brasileiro”
A proposta de um novo padrão de reprodução do capital no continente latino-americano
apresenta como traço distintivo a especialização da produção e da base exportadora em
commodities agrícolas e metálicas assim como produtos industriais de baixo valor agregado.
Tal configuração engendrou uma destruição importante de indústrias, processo caracterizado
como de desindustrialização. Nesse cenário, o capital estrangeiro apresenta-se como
articulador desse novo padrão de especialização produtiva na medida em que os eixos
exportadores constituem, em geral, segmentos de grandes cadeias produtivas globais sob a
direção de empresas multinacionais. A consolidação desse modelo pressupõe o avanço das
exportações em detrimento da dimensão do mercado interno, em especial do consumo de
massas. No caso brasileiro, percebem-se traços diferenciadores desse modelo geral
preconizado para a América Latina. O duplo processo de reprimarização/desindustrialização no
Brasil não resulta da ausência de dinamismo do mercado interno. Na verdade, nos últimos
anos, a expansão do crédito, a geração de emprego formal e a política de valorização do
salário mínimo foram cruciais para a expansão da demanda domestica. Esse fato combinado a
redefinição das estratégias das multinacionais, em uma lógica de financeirização das empresas,
foram
determinantes
para
a
consolidação
desse
duplo
processo
de
reprimarização/desindustrialização.
5. MALCHER SENA, Raissa Lorena
[email protected]
Universidade Federal do Amapá
“Soberania alimentar e o pacto para o desenvolvimento sustentável na Amazônia: uma visão
pós-colonialista das Relações Internacionais”
O presente artigo tem como objetivo apresentar a formação do conceito de Soberania
Alimentar juntamente com suas finalidades e reivindicações para, então, analisar de que forma
essa ideia pode estar presente no Pacto para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia,
firmado em 2012 pelos estados amazônicos brasileiros e apresentado na Rio+20. Para
estabelecer a existência da relação, o trabalho vai partir da pesquisa bibliográfica referente à
temática da Soberania Alimentar e possíveis explicações teóricas da área de Relações
Internacionais ao tema, assim como análise do documento elaborado pelos estados da
Amazônia Legal.
6. MELLO, Rafael Alexandre [email protected]; DAVI FERREIRA, Mariana
[email protected] (UFSC)
“Dívida Pública brasileira e dependencia”
[109]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
O crescente endividamento do Estado brasileiro deve ser compreendido no marco do processo
de financeirização internacional do capitalismo. Em forte contraste com o que aparentaria ser
uma nova fase da inserção internacional do Brasil, como país “emergente” que teria uma
maior autonomia e insercao protagonista na politica internacional, o endividamento aponta o
contrario, representando tanto um mecanismo quanto uma consequência da dependência
vivida por esse país na economia internacional. Neste sentido, o presente trabalho tem como
objetivo analisar, à luz da Teoria Marxista da Dependência (TMD), o papel da dívida pública
brasileira no processo de transferência de valor da periferia para o centro. Para tal, o presente
trabalho está dividido em quatro seções. A primeira seção discutirá as categorias fundamentais
da teoria a serem trabalhadas: dependência, nova fase de financeirização, transferência de
valor e subdesenvolvimento. Em seguida, debruçaremo-nos sobre os diferentes mecanismos
do processo de transferência de valor em geral e sobre o funcionamento dos mecanismos da
dívida em particular, utilizando o conceito de sistema da dívida desenvolvido pela Auditoria
Cidadã da Dívida (FATORELLI, 2013). Por fim, a partir dos elementos da TMD, buscaremos
analisar os principais elementos da posição subordinada do Brasil no sistema capitalista
internacional, frente a atual inserção emergente deste Estado na politica internacional.
7. MELO , Felipe Augusto
[email protected]
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
“Do sentido colonial à soberania política e económica”
Este artigo tem como finalidade discutir o sentido da colonização e sua perpetuação como
forma de desenvolvimentos das economias latino-americanas. Em uma analise
socioeconômica, nota-se uma grande similaridade entre os países do subcontinente: uma
economia pouco diversificada com grande vinculo aos setores primários exportadores e, de
acordo com seu grau de influencia perante aos centros financeiro tem um maior grau de
desenvolvimento; grande diferença entre as classes sociais no que se refere a seu grau de
subsistência, principalmente aqueles países que seguem o modelo neoliberal. Pretende assim,
encontrar uma saída para soberania política e independência econômica para os países latinoamericanos sem que exista um subimperialismo como forma de dominação. Desta forma
pretende esboçar uma analise nas principais causas que levam ao subdesenvolvimento mesmo
que existam países com bastante desenvolvimento das suas forças produtivas. Por fim, o artigo
pretende demonstrar que sem unificação no sentido de se ter uma união no pensamento
latino americano de libertação, onde somente toda a América Latina conseguirá superar os
problemas e anseios sócias causados pela miséria.
8. MOTTER DE SOUZA, Renata
[email protected]
UFRGS
“Espanha e a mediação na crise das papeleras: uma relação antiga”
O caso analisado no presente artigo refere-se ao conflito bilateral ocorrido entre dois países
pertencentes ao Mercosul, Argentina e Uruguai. O conflito é deflagrado em torno da
construção de duas fábricas de papel e celulose na margem oriental do Rio Uruguai. O Rio
Uruguai é divisa natural entre os dois Estados, sendo que o mesmo possui um Tratado,
assinado em 1975, onde ambas as partes visam o bom aproveitamento e mutua cooperação
dos países para preservação do meio ambiente aquático, cabendo aos dois países decidir de
maneira conjunta a melhor maneira de preservá-lo. O que ocorreu é que o Uruguai aprovou a
vinda de duas fábricas, sem o consentimento da Argentina, que alegou que haveria poluição
do rio, desde então o conflito se estende. Sendo, sofreu intervenções regionais e
internacionais. Na esfera regional, tentou-se a mediação através do Mercosul, sem muito
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
sucesso, e no âmbito internacional com a Corte de Haia e a intervenção da Espanha. O objetivo
principal desse artigo é analisar essa última intervenção citada, da Espanha. Pois a mesma foi
solicitada durante a realização da XVI Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estados e de
Governo, em Montevidéu, onde o presidente argentino da época Nestor Kichner solicitou ao
Rei da Espanha que assumisse um papel ativo na tentativa de aproximar relações entre os dois
países. A Cúpula Ibero Americana é a reunião, principalmente das ex-colônias de Portugal e
Espanha, composto por vinte e dois países, onde estes interagem com diversos programas de
cooperação entre eles, se reunindo anualmente. A análise dessa intervenção visa, analisar até
que ponto as ex metrópoles ainda influenciam suas ex colônias. Analisar o pedido argentino
para que sua ex Metrópole mediasse o conflito entre os dois países. Para a realização dos
objetivos propostos procedeu-se uma análise bibliográfica a respeito do tema proposto. Foi
realizada análise de textos, artigos e livros da área. Foi utilizado método dedutivo – lógico com
o objetivo de verificar a aplicação dos conceitos legais à realidade da sociedade. Para o
desenvolvimento da pesquisa foi utilizada, a legislação nacional pertinente. A maneira
escolhida para abordagem foi indireta, ou seja, foi feito uma análise do material recolhido para
que se chegue ao objetivo proposto no início desse trabalho.
9. MATOS, Érico
[email protected]
Flacso, Argentina
“Venezuela y la diplomacia mediática”
El mundo es un espacio complejo cual la seguridad internacional no depende exclusivamente
de las fuerzas armadas, como en el pasado, comunicarse pasó a ser un armamiento poderoso,
que debe ser utilizado previamente al poder militar de facto. Algunos autores realistas como
Aron señalan que los Estados expansionistas modernos cambiaran el uso de las fuerzas
armadas por medios de influenciar la opinión pública ajena, para que pueda así expandir y
mantener su poder. A su vez, Eytan Gilboa describe teóricamente que eso puede pasar a
través del uso de una diplomacia pública o de un concepto elaborado más recientemente, cual
él denominó Diplomacia Mediática, que parte de la presunción que los medios de
comunicación poseen grande influencia sobre la populación, por lo tanto, utilizando nuevos
métodos de hacer política exterior. Así, en América Latina, aunque sin haberlo reivindicado
explícitamente, el país que puede ampliamente caracterizarse por la utilización de esas ideas
es Venezuela bajo todo el desarrollo de una política de comunicación, con la finalidad de
proyectarse internacionalmente, en especial, defenderse de los ataques proveídos del exterior.
Ese trabajo es parte del proyecto de tese a ser defendida en FLACSO cual propongo un debate
sobre los conceptos de diplomacia pública y diplomacia mediática aplicado a realidad
suramericana. Indagando, por fin, cual es la efectividad del uso de ese modelo en ese contexto
donde analizo la creación del canal TELESUR.
10. SILVA RODRIGUES, Rachel
[email protected]
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM)
“A gênese da classe trabalhadora no brasil: da colônia a independencia”
Este trabalho se propõe a estudar, em linhas gerais, as classes sociais no Brasil, tendo como
foco a classe trabalhadora e sua formação específica. Para isto, partiremos da análise da
colônia, estruturada para atender a interesses externos, passando pelo processo de
Independência e abolição da escravatura no Brasil, marcos iniciais fundamentais para a
constituição do capitalismo dependente e subdesenvolvido no país. Essa reflexão ganha
relevo, pois, até os dias atuais permanecem traços que remontam à nossa origem colonial:
concentração de renda e riqueza, desigualdade racial, concentração fundiária, produção
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
monocultora para exportação, superexploração da força de trabalho e dependência externa. A
opção da burguesia brasileira, marcada pela tentativa de manter-se no poder a qualquer custo,
faz com que esta não só se subordine, mas também, se associe à burguesia externa,
impedindo que o processo de revolução burguesa brasileira rompesse com os nexos causais do
passado na construção de uma nação capitalista realmente autônoma e com maior conteúdo
democrático, elementos funcionais ao processo de reversão neocolonial da atualidade.
11. VIEIRA DE ASSIS, Tassiana
[email protected]
UFU
“Democracia enquanto tecnocracia: uma análise da atuação da UNICEF na República
Dominicana”
A forma como o local e o internacional se coconstituem não só nos traz o entendimento de
como são determinadas as ações do Estado domesticamente, como demonstra as
discrepâncias estabelecidas internacionalmente entre os Estados. A percepção dicotômica
observada no cenário internacional (países desenvolvidos/subdesenvolvidos) é constituída
historicamente e não apenas por fatores domésticos e, a partir da análise de programas de
Organismos Internacionais é possível notar o papel do internacional na constituição do local.
Para tal demonstração, a América Latina é bem elucidativa, e o aporte teórico utilizado para o.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 9.00hs – Sala F2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 17
LUCHAS Y EXPERIENCIAS TERRITORIALES EN AMÉRICA LATINA:
CONFLICTOS EN Y CONTRA LAS FORMAS ESTATALES
Coordinadoras: Carla Poth, Investigadora del Programa de Estudios Rurales y Globalización,
UNSAM [email protected]; Mariana Giaretto, Docente e Investigadora de la Carrera de
Sociología, Universidad Nacional del Comahue [email protected]
Comentarista: Alberto Bonnet, Docente e Pesquisador da UBA e UNQ
RESUMO: Las crisis de principios del siglo XXI en América Latina se caracterizaron por
tener como sujeto de construcción, espacios de luchas con un fuerte anclaje en el territorio
(Svampa, 2010; Tobio, 2012). El territorio aparece, en estas instancias, no sólo como un
espacio en o de disputa sino que se presenta con una dinámica multidimensional constituida y
transformada por las relaciones sociales vigentes. Es en esta construcción que el territorio se
alimenta y, al mismo tiempo, nutre y dinamiza subjetividades, prácticas y estrategias políticas
(Mançano Fernandez, 2009). Así, el territorio ha cristalizado, durante estos procesos, disputas
y conflictos socio- políticos que van desde la lucha por un espacio vital en las ciudades, como
son diversas experiencias de toma de tierras, la gestión del territorio que reclaman las
asambleas barriales, al uso y resguardo de los bienes comunes, como se plantean las
asambleas ambientales y diversas organizaciones sociales y políticas.
Ahora bien, la construcción de estos territorios se consolida en el marco de las luchas contra el
capital por el control de los mismos, y en este sentido es el Estado como forma política de la
relación antagónica entre capital y trabajo (Holloway, 1994; Holloway y Piccioto, 1994) la que
cristaliza lógicas específicas del territorio que permanentemente reconfiguran y redefinen la
construcción de estos sujetos en lucha.
La propuesta de este simposio, entonces, es generar un espacio de socialización y
reflexión colectiva acerca de perspectivas, experiencias y desafíos de las luchas territoriales y
sus conflictos recientes con las formas estatales latinoamericanas.
Si en el Estado capitalista se condensan relaciones de fuerzas que tienden a la organizaciónunificación de las fracciones de la clase dominante, y al mismo tiempo desorganizan-dividen a
las clases dominadas cortocircuitando sus organizaciones políticas (Poulantzas,1991) es
fundamental preguntarnos sobre las formas en que el Estado en las últimas décadas ha
redefinido sus estrategias de control del territorio, las formas en que ha articulado las escalas
estatales, y las dinámicas conflictivas internas que han generado estos procesos, tensionando
la propia dinámica de acumulación capitalista.
Desde esta perspectiva, y contra todo resabio de ahistoricismo positivista, la tarea es
analizar las formas variables que adoptan en la dinámica histórica las relaciones concretas
entre individuo, sociedad, y naturaleza, abordando a la sociedad como un proceso vital, un
proceso de socialización total (Adorno y Horkheimer, 1966). Porque partimos del principio de
que “al desaparecer la génesis de un hecho, este aparece como algo natural y, por ello, como
algo que, por principio, no puede ser modificado” (Adorno, 1996: 195), el objetivo que nos
planteamos es mirar, desde la perspectiva crítica, los procesos de lucha de las últimas décadas,
alentando a percibir el 'haber llegado a ser' en aquello que se presenta como 'ser', es decir,
promoviendo la posibilidad de captar el proceso, “deshaciendo el hechizo” .
[114]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Alentamos la presentación de diferentes formas de socialización de conocimiento tales
como producciones audiovisuales, posters, publicación de revistas y/o libros que posibiliten el
debate y la reflexión crítica sobre la temática propuesta.
RESUMOS
1. CROVELLA, Fernán [email protected]; SAR, Cristian [email protected]; ACEBAL,
Anahí [email protected] (Grupo de Investigación en Socio-Antropología Urbana del
Instituto de Investigaciones en Desarrollo Urbano, Tecnología y Vivienda de la Facultad de
Arquitectura, Urbanismo y Diseño de la Universidad Nacional de Mar del Plata).
“Reflexiones en torno a las confrontaciones e instrumentalidades del orden urbano en tres
ciudades argentinas en la última década”
El presente trabajo pretende reflexionar y rediscutir los avances producidos en nuestros
trabajos de investigación, particularmente, los desarrollos desplegados a partir del capítulo, de
nuestra autoría, “Si no lo creo no lo veo. El campo ciego entre la ‘toma’ y la ‘relocalización’”.
En dichos trabajos venimos abordando la problemática del habitar, como un lugar de
intersección de las dimensiones conceptuales de estatalidad, identidad social y territorialidad,
imbricados en la historicidad de los procesos, en la construcción de subjetivación en relación a
las condiciones sociales y materiales de existencia, y en la dialéctica de la producción del
espacio. Los fenómenos que venimos estudiando, localizados en las ciudades de Mar del Plata,
Santa Fe y Córdoba, despliegan dos momentos diferentes de un proceso social de las luchas
por el acceso a la tierra y a la vivienda. En este trabajo, procuramos plantearnos algunos
interrogantes sobre las denominadas “tomas” y “relocalizaciones” como prácticas de disputa,
para pensar qué instrumentalidad teórica y técnica desenvuelven en dicha confrontación.
Basados en un trabajo de campo principalmente de carácter etnográfico, nuestra dimensión de
análisis apunta a observar y hacer observable cómo se presentan y expresan las
representaciones del espacio ocultas en el campo ciego producido entre ambas, posibilitando
la expropiación de los espacios representacionales -los espacio vividos-. Nuestra interrogación
se basa en analizar qué campo no visible se produce ente ambas y en qué consiste tal ceguera.
2. LÓPEZ, Andrea Noelia
[email protected]
CONICET/ UNJu/ CECHMe (UNQ)
“Más allá del Estado, más acá de la frontera. Experiencias de mujeres ‘bagayeras’ en las
fronteras argentina-bolivianas”
Las fronteras, o ciudades fronterizas, son creaciones del Estado-nación en pos de la soberanía
territorial, límite material de la ficción espacial de las naciones, concebidas como puerta de
entrada o salida al territorio, márgenes de la ciudadanía. Y sin embargo, por fuera del invento
estatal, la ilegitimidad de algunos flujos tensiona de manera permanente y definitiva las
fronteras, haciendo de la práctica cotidiana la irreverencia a la ciudadanía y la reinvención
constante de los límites materiales. El presente trabajo tiene como intensión reflexionar sobre
mujeres en las fronteras argentino-bolivianas que se dedican a cruzar mercadería por circuitos
que evitan los controles limítrofes, denominadas ‘bagayeras’, a los que un sector de la
sociedad y el Estado consideran criminales, pero quienes se desenvuelven en los terrenos
fronterizos desafiando y resistiendo un orden económico, social y político. Aquí, no nos
preguntamos por la legalidad de su práctica como premisa, sino en tanto evidencia de un
emergente sociocultural que implica redes complejas y agencias no previstas para ellas como
sujetos.
3. LOUREIRO DE OLIVEIRA, Anita
[115]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected]
Professora do Departamento de Educação e Sociedade, Coordenadora do curso de Geografia
da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e tutora do grupo PET-Geografia/IM MEC/SESu.
“A ciência e a escuta das vozes insurgentes vindas das ruas: resistências e manifestações
político-culturais no Rio de Janeiro”
Na cidade do Rio de Janeiro, grandes projetos urbanos provocam o deslocamento forçado de
grupos populares e o apagamento de saberes, memórias e desejos coletivos com vistas à
‘modernização’. Vozes insatisfeitas com a produção da imagem da ‘Cidade Olímpica’ e seus
impactos na escala do cotidiano têm sido silenciadas pela mídia corporativa, enquanto
resistências ganham visibilidade utilizando as ruas e as redes sociais de modo inventivo.
Horizontalidades e coletividades criativas propagam-se utilizando variados formatos
organizativos para levar às ruas sua insatisfação transformada em ação política. Por meio do
diálogo com lutas individuais e coletivas que evidenciam a insatisfação, o artigo propõe uma
interpretação científica da realidade que supere a crença de que a ciência moderna é a única
explicação possível da realidade. Trata-se de ressaltar a relevância de uma abordagem
dialógica e crítica ao pragmatismo predominante na interpretação da vida urbana pela ciência.
Os modos objetivos e funcionais da ciência costumam não enxergar os muitos outros sujeitos
que produzem a cidade para além dos interesses dos projetos hegemônicos. Assim, propomos
uma episteme sensível capaz de alcançar insurgências e existências criativas.
4. MORENO, Leonardo Alexis
[email protected]
Licenciado en Información Ambiental Universidad Nacional de Luján
“Integrar las luchas para enfrentar al sistema”
El sistema capitalista nos impone constantemente desafíos en nuestra lucha por derrotarlo. Si
bien en el seno de la lucha de clases, el sujeto revolucionario continúa y continuará siendo
siempre la clase trabajadora, los problemas a enfrentar se diversifican y, por ende, debemos
complejizar la mirada sobre estos temas. La diversidad de problemáticas, tanto ambientales
como sociales, están atravesadas por el mismo eje: es el mismo capitalismo quien las motoriza
y las reproduce. A la diversidad de las problemáticas se deben integrar las luchas, sorteando
los mecanismos de fragmentación del capitalismo, que sectoriza en trabajadores ocupados,
desocupados, estudiantes, ambientalistas, etc., e intenta cooptarlos desde el aparado del
Estado -valga en Argentina los ejemplos del kirchnerismo en todas sus variantes, el macrismo,
etc.-, lo cual se suma a las divisiones propias del campo popular (diversos vicios políticos como
la ponderación de algunos frentes de lucha por sobre otros, de una organización política sobre
otra, etc, se han transformado en un impedimento en la lucha contra el capital). El impacto
del capitalismo y el imperialismo, como fase superior del mismo, en todo Latinoamérica, no
dista mucho de un país a otro, más allá de los valiosos procesos de lucha en países como por
ejemplo Venezuela y Cuba. Sabemos que la mano del imperialismo no podrá evitarse en
Latinoamérica con la lucha fragmentada de país por país: el saqueo imperialista del COSIPLANIIRSA obliga a la unidad y a la integración de las luchas a nivel continental, donde el territorio
es el espacio en disputa, y allí la única división deberá ser entre los que luchamos por una vida
digna y los que quieren seguir enriqueciéndose, explotándonos y enfermándonos.
5. POTH, Carla [email protected] (Investigadora del Programa de Estudios Rurales y
Globalización, UNSAM); GIARETTO, Mariana [email protected] (Docente e
Investigadora de la Carrera de Sociología, Universidad Nacional del Comahue).
[116]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Lo territorial en disputa: aportes para la articulación entre luchas urbanas y luchas socioambientales”
Frente a la mundialización del capital, los movimientos sociales surgidos en estas últimas
décadas han inscripto su dinámica territorial, con un fuerte arraigo con las lógicas espaciales,
tanto en lo retórico como en la construcción de sus prácticas organizativas. Tanto las
experiencias de lucha por el derecho a la ciudad como las luchas socio- ambientales, expresan
la crisis de un régimen basado en la primacía del derecho a la propiedad privada y a la
obtención de ganancias por sobre los derechos humanos. Ambos, lejos de permanecer en
focos territoriales diferenciados -lo urbano o lo rural- se ven cruzados por dinámicas comunes
que producen efectos de continuidad y ruptura. La propuesta de este trabajo es analizar estas
formas organizativas rompiendo con la clásica dislocación que se hace de lo urbano y lo rural.
Nos interesa observar qué dinámicas recorren en común a ambas formas de lucha, cuáles son
sus especificidades, qué lugar ocupan estas dinámicas de ajustes espacio- temporales en la
definición de estas formas de lucha, y qué rol ocupa el Estado en estas dinámicas.
6. SOLÁ PÉREZ, Mercedes [email protected];
GASSULL, Virginia Miranda
[email protected] (UFPE, Pernambuco, Brasil; CIFOT-UNC, Mendoza, Arg.).
“Conflicto por tierra y agua en los sures: Comunidades Huarpes (Mendoza, Argentina) y
campesinos de lo que hoy es Suape (Pernambuco, Brasil)”
El presente artículo tiene como objetivo indagar sobre procesos comunes de conflictos
territoriales específicos en comunidades subalternizadas, entre dos casos de Argentina y Brasil.
Se propone tomar los dos casos analizando cómo desde la lógica del neoextractivismo, las
comunidades resisten en sus tierras tradicionalmente ocupadas, territorios. El caso de estudio
argentino se ubica en las tierras secas del noreste de la provincia, en territorio étnico de las
comunidades indígenas Huarpes, quienes habitan en una extensión de 780.000 has. Los
conflictos principales de las comunidades son hídricos y territoriales, el primero es
consecuente a la pobreza hídrica producto de procesos históricos de administración del agua;
mientras que los conflictos territoriales son expresados en el reclamo de la regularización
dominial de la tierra comunitaria Huarpe. El caso brasileño es de comunidades campesinas que
viven distribuidas en 23 colonias – reminiscencia a los ingenios azucareros – en la costa sur del
estado de Pernambuco. Son alrededor de 25.000 personas en 13.500 has cuyo conflicto es
especialmente territorial debido a la superposición de sus territorios con la instalación del
Complejo Industrial Portuario de Suape - CIPS.
7. VIEIRA RUSCHEL, Caroline
[email protected]
Universidade Federal de Santa Catarina y Universidade do Vale do Itajaí
“Movimento Mundial pela Paz: uma nova forma de viver e pensar o Estado de Direito”
O artigo ora proposto tem como objeto o estudo do Movimento Mundial pela Paz, que tem
adeptos em todo o mundo, mas que, principalmente na América Latina, concentram-se grande
parte de suas “aldeias”. O objetivo do trabalho é o estudo do modo de viver, pensar e agir do
movimento, já que o mesmo vive com uma nova concepção de tempo e espaço, com novas
regras de respeito ao ser humano e a todos os seres vivos. A importância do presente estudo
encontra-se no fato de que, como o Estado de Direito posto encontra-se em um momento de
crise (social, econômica, cultural, ambiental e principalmente, em crise de percepção) novas
alternativas para a construção de um novo modelo estatal faz-se urgente e necessária. O
método utilizado para o desenvolvimento do trabalho é o método sistêmico. O método de
procedimento será o estudo de caso, por meio de entrevista e questionário, além do método
monográfico.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 9.00hs – Sala F4. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 18
LOS TRABAJADORES EN LA ARGENTINA ACTUAL: ACUMULACIÓN DE
CAPITAL, ORGANIZACIÓN, CONFLICTIVIDAD Y HEGEMONÍA
Coordenadores: Paula Varela (UBA/CONICET/IPS) [email protected]; Matías Eskenazi
(UNQ/UADER) [email protected]
RESUMO: El ciclo de acumulación y dominación iniciado tras la devaluación de 2002 ha
comenzado a manifestar, luego de una prolongada fase expansiva, crecientes contradicciones
en los últimos años. En este contexto, proponemos un ámbito de debate y presentación de
resultados de investigación en torno al análisis de las transformaciones económicas, sociales y
políticas que tuvieron lugar durante la post-convertibilidad, su impacto en la situación de la
clase trabajadora y en la configuración de la relación de fuerza entre las clases.
Invitamos a discutir las caracterizaciones de continuidades y cambios en la estructura
del aparato productivo, en la forma de Estado, y especialmente en el mundo de las
trabajadoras y trabajadores: sindicatos, partidos y otros modos de organización, así como en
las formas de la dominación y las resistencias.
Los cambios en el mercado de trabajo han alterado los patrones de conflictividad: si bien las
protestas de los trabajadores desocupados y el "movimiento piquetero" no desaparecen, su
presencia disminuye y comienza a ser acompañada por el incremento del conflicto gremial que
pasa a un primer plano en este periodo. Asimismo, tanto la nueva dinámica de la acumulación
como esta presión de los trabajadores desde los lugares de trabajo, han modificado el abanico
de respuestas promovidas desde el Estado, así como las estrategias de las direcciones sindicales
tradicionales durante el periodo.
Esto ha dado impulso a un renovado protagonismo de las organizaciones sindicales en
la vida política del país, tanto al nivel de las denominadas cúpulas y centrales sindicales como
en lo que hace a diversos sectores de trabajadores que comenzaron a organizarse en sus
lugares de trabajo, por fuera, en forma independiente o en oposición a las direcciones
sindicales oficiales, dando lugar a expresiones de lo que podemos denominar como
sindicalismo “de base" o "antiburocrático".
Simultáneamente, otros problemas relacionados con las condiciones de vida de la clase
trabajadora han cobrado nuevo impulso, dando paso a la estructuración de conflictos de base
territorial en torno a la vivienda, las actividades altamente contaminantes y el transporte
público entre otros.
El Simposio aspira así a discutir los cambios en las formas de lucha y organización de los
trabajadores en el último período, con la pretensión de establecer relaciones determinadas
entre éstas y las condiciones económicas y políticas de las que emergen, al tiempo que las
producen y modifican. Se trata de problematizar las diversas modalidades que adquieren los
antagonismos de clase a través de las experiencias particulares de lucha y organización, y su
significación política.
La colaboración entre los proyectos de investigación convocantes apunta a plasmar una
dinámica de trabajo que incluya no sólo estudios concluidos sino también proyectos y avances
de investigación. La organización del Simposio prevé el comentario de cada una de las
ponencias, la subdivisión temática en sesiones y la previa circulación entre los ponentes de los
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
trabajos presentados en pos de generar una dinámica de taller.
RESUMOS
1.
BIANCHINI,
Facundo
[email protected];
[email protected] (FSOC-UBA, FFyL-UBA)
TORME,
Mauricio
“¿Caso testigo?: El cuerpo de delegados de subterraneos de Buenos Aires y el conflicto
salarial de Noviembre de 2004/ Febrero de 2005”
En el presente trabajo expondremos una descripción y lectura del conflicto entre el Cuerpo de
Delegados de Subterráneos de Buenos Aires y la empresa, en su momento conocido como
“conflicto del 44%” Nos parece necesario estudiar el conflicto de 2005 porque marca
tendencia en dos sentidos: Por un lado, porque rompe la pauta salarial establecida entre el
gobierno, las empresas y la dirigencia de los sindicatos nacionales nucleados en la CGT,
abriendo así el camino para más y mayores reclamos salariales. Por otra parte, junto con el
conflicto de los trabajadores telefónicos de fines de 2004, rompe con la invisibilidad pública de
los conflictos que, hasta ese momento, eran silenciados por el tándem gobierno- medios
masivos de comunicación. Asimismo, nos interesa ponerlo en contexto del debate sobre la
“redistribución de la riqueza” en los últimos años y que rol juega el movimiento obrero en el
mismo.
2. CAMBIASSO, Mariela
[email protected]
UBA/CONICET
“La tradición de organización del sindicato de la alimentación”
El objetivo de la ponencia es analizar la tradición de organización del Sindicato de Trabajadores
de Industrias de la Alimentación (STIA), considerando el caso de la seccional Buenos AiresCapital. La intención es plantear algunas primeras aproximaciones sobre la historia de la
institución, la caracterización de su estructura organizativa -considerando principalmente su
estrategia de organización durante los años noventa-, y las distintas orientaciones políticosindicales que se desarrollaron al interior de dicho organismo. Asimismo, se consideran las tres
variables clásicas sobre las que se focalizan los estudios sobre la revitalización de los sindicatos
(negociación colectiva, niveles de afiliación y conflictividad), para analizar los cambios y
continuidades que pueden registrarse en la etapa de post-convertibilidad. La ponencia
pretende abonar las reflexiones de una tesis de doctorado, en proceso de elaboración, y para
alcanzar el objetivo propuesto se utilizan distintas fuentes de información: el Convenio
Colectivo de Trabajo vigente en la actividad, acuerdos de sector y por empresa, documentos
emitidos por la dirección del sindicato, entrevistas y fuentes hemerográficas de interés.
3. CÁCERES, Paula
[email protected]
FSOC-UBA
“Visibilización de conflictos estructurales: Estudios preliminares de caso en la Provincia de
Tierra del Fuego Antártida e Islas del Atlántico Sur”
Desde la misma constitución del gobierno federal en la Argentina, se plantea la singularidad de
cada unidad subnacional, cada una con autonomía propia pero nunca alejada de la órbita del
control centralizado. Inmersos en un ciclo de conflictividades políticas, que decantan hacia
este fin de ciclo en todos los ámbitos de la esfera pública y privada nacional, es materia de este
trabajo desarrollar bajo este contexto el análisis de caso específico en la Provincia de Tierra del
Fuego Antártida e Islas del Atlántico Sur. Se pretende entender cómo se vinculan los distintos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
actores a partir de una sociedad totalmente sesgada por el antagónico embate de las esferas
públicas y privadas. Entendiendo las complejidades de una provincia que nació con la
promoción de la industria electrónica/textil pero no se consolido sin la dependencia a un gran
sistema burocrático estatal inestable e indudablemente deficitario. La isla que siempre se
caracterizó por ser la burbuja de los niveles socio económicos altos y la baja densidad
poblacional, hoy en día está visibilizando mucho más las problemáticas que se atraviesan.
Desarrollaré sobre el trabajador fueguino, cuya realidad le permite adquirir un automóvil 0 km
antes que tener acceso a la vivienda; sobre la emergencia sanitaria que lleva al vaciamiento de
los hospitales públicos convirtiendo un avión a la capital del país como la única vía de
tratamiento efectivo o sobre el sector docente que un año antes de firmar la mejor paritaria a
nivel país, atesora los lamentables y violentos hechos de toma de la casa de Gobierno
provincial.
4. DE SÁ CAVALCANTE, Ivone Cristina
[email protected]
Universidade Estadual de Londrina
“Piqueteros: refluxo da radicalidade ou reinvenção da organização? A experiência da Frente
Popular Darío Santillán”
O trabalho em questão é um recorte de nossa dissertação de mestrado concluída em 2012,
que teve por objetivo analisar as mudanças ocorridas no movimento “piquetero” argentino
após os anos 2000. A hipótese que norteou nossa investigação foi a de que em um primeiro
momento, meados dos anos 1990, o movimento era constituído basicamente por
trabalhadores desempregados. A partir dos anos 2000, um reaquecimento econômico
possibilita uma diminuição nas taxas de desemprego e outros sujeitos sociais apresentam-se
no cenário de luta com novas reivindicações, impulsionando algumas organizações a mudarem
suas estratégias para o fortalecimento de um programa que contemple as diferentes
demandas dos setores populares. Optamos por analisar a Frente Popular Darío Santillán
(FPDS), uma organização que surge da experiência dos MTD’S (Movimentos de Trabalhadores
Desempregados) e se constitui em uma frente policlassista, crítica às formas tradicionais de
organização dos trabalhadores, como os partidos políticos e sindicatos burocratizados.
Buscamos compreender as formas de organização, estratégias de luta, antecedentes históricos
e o projeto político proposto pela FPDS, para identificar os limites e as potencialidades dessa
organização que têm como principal bandeira a construção do “Poder Popular”.
5. ESKENAZI, Matías
[email protected]
UNQ/ UADER
“Acerca de la relación entre conflictividad laboral y lucha de clases: Subsunción, fetichismo y
antagonismo”
Las luchas y tensiones emergentes en el “mundo del trabajo”, se nos presentan como un
archipiélago de situaciones conflictivas. A primera vista esta imagen parece contradecir la vieja
sentencia de Marx y Engels en el manifiesto comunista que ve a “la historia de la humanidad
hasta nuestros días es la historia de la lucha de clases”. No todo conflicto o protesta social
conlleva necesariamente un carácter “clasista”, y aún cuando esto sucede, no hay motivos
para suponer que la lucha entre las clases deba expresarse abiertamente. Esta constatación,
en principio incontrovertible, constituye la base sobre la que han prosperado los más diversos
intentos por desterrar -o al menos desplazar- al antagonismo de clase como núcleo central del
análisis tanto de la reproducción social como del conflicto en las sociedades capitalistas. Si el
antagonismo entre capital y trabajo resulta clave para comprender el movimiento histórico, no
podemos admitir su desplazamiento como principio de explicación efectiva, mas alla del uso
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
del término “clase” como saludo formal o profesión de fe. Sin embargo, es preciso reconocer
que el antagonismo entre capital y trabajo tomado en sentido estrecho, resulta insuficiente en
términos inmediatos para explicar el desarrollo histórico. Esta contradicción aparente, supone
un desafío para la teoría. Nos proponemos problematizar esta relación y aportar elementos
para abordar el análisis de la conflictividad laboral como expresión del conflicto entre las
clases.
6.
FALVO,
Marina
[email protected];
[email protected] (CEA-UNC-CONICET)
Garcia
Shneider,
Paula
“La hegemonía sindical en disputa: resurgimiento de organizaciones de trabajadores en la
fábrica. El caso de Volkswagen Córdoba”
Después de años de “paz social” entre delegados fieles a las conducciones sindicales de SMATA
y la gerencia de la fábrica Volkswagen Córdoba, un grupo de trabajadores se organiza,
conforma una lista opositora –Lista 2- y se presenta a elecciones en dos oportunidades,
denunciando fraude electoral en la segunda oportunidad. En enero de 2012, 19 trabajadores
fueron despedidos de la multinacional alemana. El conflicto abierto involucra de diversas
maneras a la empresa, la conducción del sindicato y al Estado provincial. En relación a dicho
conflicto pretendemos analizar, por un lado, la dinámica y devenir de la lucha de la lista 2 opositora a la conducción de SMATA-, en pos de la reincorporación de los despedidos y, por
otro lado, el evidenciado pacto empresa-sindicato-estado, tanto en sus generalidades a nivel
nacional, cuanto en sus particularidades cordobesas.
7.
GUEVARA,
Sebastian
[email protected];
[email protected] (CONICET-UBA-CICP)
HIRSCH,
Mariana
“La acumulación de capital en Argentina post2001: análisis de límites y perspectivas desde
sus expresiones en el movimiento sindical”
El presente trabajo analiza el curso seguido por el proceso nacional argentino de acumulación
de capital, desde la profunda crisis que se expresó en el quiebre del régimen de convertibilidad
hasta actualidad, así como las formas políticas mediantes las cuales se fue desarrollando dicho
curso. Específicamente el foco del análisis está puesto en el comportamiento desplegado por
el movimiento sindical, en tanto una de las formas políticas características del período en
análisis. De modo que se presenta una caracterización del proceso de recuperación y
crecimiento que siguió a la profunda crisis que tocó fondo en el año 2003, de sus principales
determinantes y de los límites que se fueron manifestando cada vez con más claridad en los
últimos años. Conjuntamente con el reconocimiento del rol desempeñado por el movimiento
sindical (con su recuperado protagonismo, su fortalecimiento relativo inicial, su posterior
fragmentación, el crecimiento de movimientos opositores a su interior, etc.) tanto en el
momento de recuperación y crecimiento como en la puesta en evidencia de los límites que
porta el proceso de acumulación de capital.
8. HAIDAR, Julieta
[email protected]
IIGG, UBA
“Conflictividad laboral en la post-convertibilidad. El sindicato de Luz y Fuerza Capital”
Existe consenso en la literatura argentina en señalar que en los años 90, frente a las reformas
de mercado, se produjo una crisis de las organizaciones sindicales. Entre los indicadores de
este fenómeno se señala el desplazamiento de los sindicatos como actores centrales de la
conflictividad, frente a nuevas expresiones como el movimiento de trabajadores desocupados.
En contraste, a partir de la post-convertibilidad, los sindicatos recobraron su centralidad, lo
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
cual se evidencia en el rol protagónico que asumen en la dinámica conflictiva. Sobre este
análisis general, en este trabajo vamos a estudiar los alcances de este proceso de retracción y
dinamización del conflicto en el sindicato de Luz y Fuerza Capital, en dos períodos históricos
(1992-2001) y (2002-2011). Para llevar a cabo la comparación vamos a considerar además de la
cantidad de conflictos, cinco dimensiones de carácter cualitativo: contenidos de los reclamos o
demandas; destinatario; organizador; nivel (si involucra a empresas o al sector) y modalidad.
9. JIMÉNEZ BRUCCOLERI, Matilde Jazmín
[email protected]
UNGS-UNCUYO
“Las trabajadoras ajeras de Rodeo del Medio (Mendoza): sus roles y reivindicaciones en el
conflicto de Campo Grande de 2007”
Este trabajo analiza las formas de organización y de lucha, gestadas por ciertas mujeres
trabajadoras, en reclamo de sus derechos en el ámbito de la producción ajera durante la
historia argentina reciente. Asimismo, pretende explorar cómo tales reclamos y formas
organizativas han estado vinculados con la interacción entre las mujeres trabajadoras y
algunas organizaciones involucradas con el movimiento de mujeres y organizaciones político
partidarias. A su vez es importante resaltar que Argentina es el segundo exportador de ajo en
el mundo y Mendoza es responsable del 83% de la producción total. Durante la primera
década del siglo XXI, la producción ajera argentina experimentó un crecimiento sostenido
incentivado por el aumento de la demanda de este producto en el mercado brasileño.
A tales fines y con la intención de rescatar la militancia de las trabajadoras ajeras, se detiene
en el análisis de un conflicto desatado en el año 2007 en la empresa Campo Grande, la
principal compañía exportadora de ajo en la provincia, ubicada en Rodeo del Medio,
departamento de Maipú.
Basado en la perspectiva de historia de los trabajadores e interesado en sus experiencias
cotidianas, este artículo retoma los aportes de los estudios de género para indagar de qué
manera la construcción cultural de la diferencia sexual permeó las ideas y la acción colectiva
de las familias obreras durante este conflicto. De ese modo, procura explorar los roles
socialmente asignados a las mujeres y a los varones dentro del proceso productivo del ajo y de
la organización sindical, así como indagar las múltiples y complejas relaciones que los
atraviesan.
10, KOFMAN, Gabriel
[email protected]
FSOC-UBA
“La supremacía de los sindicatos del transporte en la Argentina post devaluación”
Luego de la crisis de 2001-2002 la economía creció sostenidamente durante casi una década
junto con una recomposición del mercado de trabajo vía incremento del nivel de ocupación. La
conflictividad laboral retornó al centro de la escena aunque esto se ha dado de una manera
desigual y fragmentada en los distintos grupos o sectores de los trabajadores (Etchemendy y
Collier 2006). En la última década se ha consolidado la hegemonía de los sindicatos del
transporte dentro del movimiento obrero. El sindicato de Camioneros llegó a dirigir la CGT
unificada, organizar grandes manifestaciones y algunas huelgas generales en los últimos años.
No obstante, estas huelgas generales y este poder sindical se relacionan principalmente con
demandas específicas del sector mejor remunerado entre los asalariados.
Las preguntas que guían esta investigación son las siguientes: ¿Por qué ciertos sindicatos,
como los del transporte, adquieren un liderazgo fuerte en el sindicalismo argentino en el
período reciente? Pero también, ¿en qué medida este liderazgo es parte de la constitución de
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
un sector relativamente privilegiado dentro de la clase trabajadora, es decir, de una nueva
aristocracia obrera?
11. MARTICORENA, Clara
[email protected]
(CEIL-CONICET/ UBA/ UNGS)
“Negociación colectiva, conflicto laboral y lucha de clases”
A partir del aumento del empleo y de la centralidad asumida por el conflicto laboral durante la
última década en Argentina, diversos estudios recuperaron el análisis de la negociación
colectiva, ya sea como objeto de estudio en sí mismo o como indicador de la denominada
“revitalización sindical”. Sin embargo, las perspectivas dominantes en el estudio de la
negociación colectiva en el ámbito académico local han tendido a desplazar su
problematización teórica y/o conceptual.
En este marco, la ponencia desarrolla una indagación conceptual acerca de la naturaleza
específica de la negociación colectiva y su vínculo con la lucha de clases. Con este propósito,
recuperamos desarrollos clásicos del marxismo y de la academia anglosajona sobre la teoría de
las denominadas “relaciones industriales”, indagando, entre otros aspectos, la relación entre
negociación colectiva y conflicto laboral. A partir de este desarrollo y del estudio de las
características de la negociación colectiva en la última década en la Argentina nos proponemos
plantear también una serie de hipótesis sobre los procesos y dinámicas de la negociación que
servirán para avanzar en nuestros problemas de investigación.
12.
MARTÍNEZ,
Susana
[email protected];
HUENUL,
Hugo;
[email protected]; LUQUE, Élida [email protected]
(Universidad Nacional de la Patagonia Austral)
“La hora de los estatales: la huelga del 2007. ¿Un hito en la historia de los trabajadores de
Santa Cruz?”
Entre los meses de marzo y agosto de 2007, se produjo en la provincia de Santa Cruz un
conflicto social protagonizado por los empleados públicos, que llevó a la caída del gobernador
Carlos Sancho (Frente para la Victoria). La lucha de los estatales iba dirigida contra las políticas
implementadas en los años noventa que implicaron la suspensión de convenios colectivos y de
negociaciones paritarias, el pago en negro, ingreso de personal a la administración pública de
la provincia en condiciones de precarización laboral, reclamándose en particular la
recuperación de la negociación paritaria y el blanqueo salarial. El trabajo forma parte de un
proyecto que pretende, a partir de la descripción del conflicto, conceptualizarlo y ubicarlo en
el proceso histórico reciente de la provincia de Santa Cruz, en el marco de las
transformaciones que sufrió la estructura económico social a partir de la hegemonía del capital
financiero, y a su vez contextualizarlo dentro de los hechos de rebelión protagonizados por los
trabajadores, tanto del sector público como privado, en el espacio regional y nacional.
13. MÉNDEZ, Florencia Magdalena
[email protected]
CIEPP
“Empleadas de casas particulares en la argentina: cambios en el marco normativo y nuevas
configuraciones de lucha sindical en el sector”
El presente artículo presenta los primeros avances de investigación de mi tesis de maestría
“Estudio de trayectorias laborales de empleadas de casas particulares en la Argentina: entre la
precariedad e informalidad laboral (2004-2013)”. El proyecto de investigación se propone
como objetivo general analizar las trayectorias laborales de las empleadas de casas
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
particulares a partir de las transformaciones en el marco normativo y la implementación de
políticas públicas en la última década, identificando como impactaron en este sector en la
entrada, permanencia y salida del mercado laboral y en sus condiciones de empleo. En este
trabajo se presentaran los resultados de la etapa inicial de la indagación en la que se estudia
una síntesis del marco conceptual-analítico utilizado, que permite, por un lado situar el empleo
en el servicio doméstico a Hogares en la Argentina (ESDAH) en el marco del Régimen de
Bienestar y Cuidado, exponiendo su funcionalidad en la organización social del cuidado, y
construir ciertas hipótesis respecto de las razones de la informalidad del sector. Por otro lado,
se analizan los cambios normativos implementados en la última década en materia de
derechos laborales y las formas en que estos cambios repercutieron en este colectivo de
trabajadoras.
14. PERUZARO, Gonzalo Martin
[email protected]
UNMDP
“Movimientos Sociales e Inclusión a través del trabajo. La experiencia de las Cooperativas de
trabajo de la Asociación de Trabajadores Ocupados y Desocupados del Movimiento Social
Teresa Rodríguez en el Partido de General Pueyrredón”
El presente artículo de plantea indagar acerca del significado que se otorga al trabajo en el
marco de las Cooperativas de la Asociación de Trabajadores Ocupados y Desocupados del
Movimiento Social Teresa Rodríguez, a la vez que analizar las estrategias de acción y
organización que el mismo desarrolla, con el objetivo de superar las relaciones que establece
el sistema productivo actual. Para ello se parte de la premisa de que dentro del Movimiento
social, existe una tensión entre la expectativa de inclusión laboral de sus integrantes y el
cuestionamiento de las bases del sistema de producción capitalista, característica de dichas
organizaciones.Se intentara describir las trayectorias de vida laboral de integrantes de las
Cooperativas de Trabajo, analizar sus concepciones acerca del trabajo asociado y la
construcción de nuevas relaciones sociales basadas en la confianza y la solidaridad. A su vez,
contemplar las demandas de dichos actores y visualizar las formas en que expresan las mismas
frente al conjunto de la sociedad, se constituye como una característica central del origen
propio de los Movimientos Sociales.La investigación se enmarca en la beca de investigación
obtenida por el autor, como estudiante avanzado, otorgada por la Universidad Nacional de
Mar del Plata.
15. RAMIRES, Sebastian
[email protected]
UNM-CEICS
“Condiciones de vida y fuentes de ingresos de las unidades domésticas rurales de instalación
reciente en la provincia de Misiones: El caso San Pedro”
La fracción de la burguesía agraria, propietaria de grandes extensiones de tierras destinadas a
la forestación, permitió que se asentaran en ellas fracciones de semiproletariado rural con
tierra entre 1970 y 1990. Su condición de “ocupantes” le garantizó la tenencia efectiva de la
tierra, pero no la reproducción de sus condiciones de vida, por lo que se vieron obligados a
producir para las grandes empresas tabacaleras y/o vender su fuerza de trabajo
extrapredialmente en labores precarias, inestables o temporales. Estamos en presencia
entonces de sobrepoblación relativa en su variante latente. La totalidad de los estudios sobre
el tema consideran la existencia de un sujeto social agrario vinculado a la economía de
subsistencia, entiéndase “colono”, “ocupante”, “plantador” o “campesino sin tierra” (lo que ya
es un contrasentido) categoría esta última, solo aplicable a marcos de relaciones no
capitalistas de producción, mientras que las anteriores si bien encuentran amplios desarrollos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
explicativos no logran mostrar en qué situación se encuentra la población bajo estudio
particularmente en el Departamento de San Pedro. En este proyecto, por el contrario,
consideramos que estas categorías no son del todo útiles para entender la situación actual de
la población rural de la provincia, por lo que planteamos a modo de hipótesis a desarrollar que
para el periodo actual, la población llamada “ocupante” o “sin tierra” encierran a sujetos que
han sido expropiados de sus medios de producción y por lo tanto ven sometidos por a la lógica
del mercado a ocupar tierras en las que cultivan tabaco que luego son vendidas a grandes
empresas tabacales, de lo que obtienen el grueso de sus ingresos.
16. TEIJÓN, Ivana Soledad
[email protected]
UNMDP
“Prácticas de resistencia a la explotación en los trabajadores gastronómicos y hotelería en
Mar del Plata”
El propósito del presente trabajo es analizar el repertorio de prácticas de resistencia que los
trabajadores/as de hotelería y gastronomía de Mar del Plata movilizan contra la explotación
laboral actualmente. El mercado de trabajo en la Argentina se ha visto afectado a su
precarización desde 1974 cuando se legitima a través de la reforma laboral (Ley 20.744), la
cual brinda la posibilidad de despedir sin causa justa, con la sola condición de pagar la
indemnización y el preaviso correspondientes; o contratar trabajadores por medio de
empresas de servicios eventuales. El sector servicios es uno de los más afectados por estas
políticas y es el sector económico más importante en Mar del Plata, por su característica de
ciudad turística. La precarización aparece (conceptualizándola desde una perspectiva política)
como una forma de control del capital sobre los movimientos de la fuerza del trabajo, el (re)
desarrollo de un asalariado “maniatado”, se trata de nuevas modalidades de sometimiento y
control de las clases populares, generando así formas de resistencia que se relacionan con
estos mecanismos. Siguiendo a autores como Scott, encontraremos frente a estas nuevas
modificaciones del capital, nuevas prácticas de resistencia como aquellas prácticas de “falsa
conformidad”, “ignorancia fingida”, “disimulación” que permiten entrever actos de
desobediencia realizados en los espacios silenciosos de la vida y en el trabajo.
17. VARELA, Paula
[email protected]
CEIL-CONICET / UBA IPS
“Las luchas obreras en el purgatorio”
Siempre resulta controversial intentar cualificar los datos que surgen de mediciones
cuantitativas. En el terreno de la conflictividad laboral se agrega que no hay registros oficiales
de mediano y largo plazo, y que los distintos equipos de investigadores que construyen las
bases de datos en la temática, presentan diferencias en la unidad de análisis, el método y las
fuentes. Sin embargo, existen algunos consensos que permiten destacar ciertos rasgos del
ciclo de conflictividad laboral en Argentina de 2003 en adelante y que permiten observar que
las huelgas desarrolladas durante la primera mitad de 2014 expresan un punto de inflexión en
dicho ciclo, señalando el pasaje de los “conflictos del crecimiento” a los “conflictos de la crisis”.
En este artículo analizaremos una serie de elementos de la conflictividad laboral durante el
kirchnerismo a los fines de: a) destacar algunas de sus principales características; b) señalar los
factores que determinan su punto de inflexión en 2014 (con antecedentes en 2012 y 2013); c)
retomar la discusión sobre la relación entre conflictividad laboral y huelga general en la
Argentina reciente, por considerar que la indagación en esta relación resulta fructífera para
reflexionar sobre los aspectos cualitativos de la conflictividad.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
18. VASALO, Débora
[email protected]
Fsoc-UBA
“Sindicalismo de representación del capital: el caso SMATA”
Las políticas de Estado que concretamente fueron implementadas desde 2003 dan cuenta de
una profundización y, por ende, consolidación, de la reforma neoliberal que comenzó a
generalizarse —aunque su implementación se inició en la década de 1970— en los ’90 durante
el gobierno de Carlos Menem. En el ámbito sindical específicamente se dará cuenta de este
proceso a partir del análisis del caso de SMATA, en el que puede observarse la naturalización
de la función sindical en tanto que mediación entre los intereses de los trabajadores y los de
los empresarios. Esta práctica se desarrolla desde la lógica de la conducción política para con
sus representados y la asunción de la perspectiva empresarial, desde la interrelación
rentabilidad/productividad, como única legitimidad a partir de la cual es posible proyectar la
actividad sindical, por lo que es válido concluir que en términos de representación de intereses
el sindicato asume como propios los del capital. El análisis de los acuerdos homologados por el
Ministerio de Trabajo, Empleo y Seguridad Social en el período 2004 – 2013, en el marco de la
política de reapertura de las negociaciones colectivas, dan cuenta de la naturalización de la
lógica neoliberal, en general, y en el funcionamiento de los sindicatos oficialistas, en particular.
Podríamos denominar a la dinámica, lógica y estrategia del sindicalismo que se ha construido
durante los últimos 10 años como sindicalismo de representación del capital.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs - Sala F5. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 19
LAS PROPUESTAS POLÍTICO-PEDAGÓGICAS DE LOS MOVIMIENTOS
SOCIALES: ACTUALIDAD Y DESAFÍOS
Coordenadores: Ana Clara De Mingo (Grupo de Investigación Docencia y Extensión
Movimientos Populares, Educación y Producción de Conocimientos (GIDEMPEC) / UNLu)
[email protected]; Anahi Guelman (Depto. de Educación/IICE. FFyL. UBA)
[email protected]; Fernando Stratta (Gemsep. UBAI) [email protected]
RESUMO: Durante las últimas décadas, los movimientos sociales han dado cuenta de
verdaderos procesos de (re)apropiación, problematización, reformulación y puesta en práctica
de viejas y nuevas experiencias educativas, en la mayor parte de los casos, desde la
perspectiva de las pedagogías crítica o de la educación popular, pero también retomando
tradiciones ideológicas de fuerte arraigo en diferentes momentos históricos. Estos procesos
tienen lugar en escenarios atravesados por problemáticas y experiencias bien diversas, tanto
en el ámbito urbano como en el rural. Así, fábricas recuperadas, organizaciones populares
urbanas, sindicatos, movimientos indígenas y campesinos, han sido protagonistas de procesos
en los que se debaten, al tiempo que se practican, experiencias educativas con niños/as,
jóvenes y adultos.
Todas estas experiencias presentan problemas, enfoques teóricos y políticos
específicos. La demanda educativa efectuada por los movimientos sociales, la mirada de la
educación como derecho y el reclamo que se efectúa al Estado al respecto; la compleja
relación que establecen con la escuela pública (que los conoce y desconoce
al mismo tiempo) y los diferentes actores del campo educativo; la existencia de escuelas
propias y autónomas en sus territorios para la formación de sus hijos/as; los espacios de
formación para el trabajo, así como otras acciones educativas en el marco de los espacios
propios, presentan una gama de concepciones y propuestas para analizar, debatir e
intercambiar. No son sólo alternativas desde el punto de vista pedagógico y político, sino
también un eje constructor de la identidad de los propios movimientos y de la construcción de
sus actores como sujetos políticos. Por eso la lucha por el derecho a la educación no puede
entenderse sino articulada con reivindicaciones más amplias de derechos.
Desde su primera edición en 2008, venimos impulsando en el marco de las Jornadas
Internacionales de Problemas Latinoamericanos un ámbito de encuentro y reflexión para
investigadores/as y militantes de experiencias político-educativas desarrolladas en
movimientos sociales y organizaciones populares. Los resultados han sido muy promisorios,
pues nos permitieron tejer lazos y ampliar el campo de conocimiento a nuevas experiencias,
además de comenzar a discutir algunos núcleos que, más allá de sus particularidades,
atraviesan en su conjunto a las diversas propuestas político-pedagógicas. El propósito del
Simposio en estas IV Jornadas es sin dudas dar continuidad al intercambio con el objetivo de
profundizar los debates abiertos. Creemos que una investigación de carácter transformadora,
que aporte a los procesos en marcha en nuestro continente, es posible desde el compromiso y
la rigurosidad, a partir de la construcción de un conocimiento que se posicione en y desde las
propias experiencias que los movimientos sociales construyen cotidianamente.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Atividades complementares: Mesa-debate con experiencias político-pedagógicas de
movimientos sociales.
RESUMOS
1. BARGA, Noelia [email protected]; DE MINGO, Ana Clara [email protected];
AGUERO, Claudia [email protected] (Universidad Nacional de Luján)
“Expedición Pedagógica Simón Rodríguez: una mirada desde la Educación Popular y la
Investigación Acción Participativa”
En el marco de las actividades de extensión e investigación que llevamos a cabo como grupo
de trabajo “Movimientos populares, educación y producción de conocimiento” es que hemos
sido partícipes de la Expedición Pedagógica Simón Rodríguez el año 2014 en la República
Bolivariana de Venezuela. Dicha expedición se sustenta en un proyecto más amplio: la
construcción y el fortalecimiento del Movimiento Pedagógico Latinoamericano organizado e
impulsado por diversas organizaciones políticas y movimientos del campo popular.
Históricamente dichas expediciones surgen en Colombia a fines de la década del 90 con el fin
de hacer un relevamiento y sistematización de experiencias educativas y prácticas
pedagógicas para posteriormente generar espacios de intercambio y encuentro entre
diferentes colectivos de maestros, organizaciones sindicales y movimientos sociales. Dichos
espacios de encuentro y reflexión tienen el propósito de difundir prácticas que sirvan de
legado para construir una pedagogía liberadora y emancipadora enraizada en las realidades
latinoamericanas de nuestros pueblos. En el presente trabajo nos proponemos abordar la
experiencia vivenciada, a la que hemos hecho mención anteriormente a partir de la
perspectiva de la Educación Popular y la Investigación Acción participativa (IAP). De este modo,
intentaremos plantear algunos nudos críticos, interrogantes y contribuciones que ayuden a
seguir pensando una educación emancipatoria.
2. BARGAS, Noelia Alejandra
[email protected]
Departamento de Educación. Universidad Nacional de Luján.
“Bachilleratos populares en y desde Movimientos Sociales. “Análisis de la experiencia
político- pedagógica de los bachilleratos populares: El Galpón de Moreno y Carlos
Fuentealba de Luján”
El presente trabajo tiene como objetivo analizar desde un enfoque socio pedagógico las
experiencias educativas de dos bachilleratos populares: El Galpón de Moreno, impulsado por
la organización MCB (Mesa Coordinadora Barrial) en el MULCS (Movimiento por la Unidad
latinoamericana y el Cambio Social) y el bachillerato popular Carlos Fuentealba del distrito de
Luján, impulsado por el MTC (Movimiento de trabajadores Comunitarios) que se halla dentro
del Frente Popular Darío Santillán. Los Bachilleratos populares son proyectos políticos
pedagógicos que nacen hacia el interior del campo popular, impulsados por intelectuales de
izquierda y organizaciones sociales. Si bien son experiencias muy interesantes, algunas se
encuentran invisibilizadas o no son difundidas a toda la sociedad, por estos motivos se
considera que es interesante analizarlas , describirlas, contextualizarlas, problematizarlas, pero
también difundirlas como ejemplos de escuelas que recuperan los intereses y necesidades de
los sectores populares construyendo una educación transformadora que denuncia las
injusticias de esta sociedad. En este trabajo se pretende analizar cómo estas escuelas fueron
incorporando una organización interna que se diferencia de la organización y dinámica
institucional propia del sistema educativo para acercarse más a la de los movimientos sociales.
Se pretende describir los procesos de organización que se fueron dando, mostrando cómo
impacta la “autogestión” propia de ambos movimientos y las prácticas asamblearias como
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
instancias colectivas de toma de decisión de los bachilleratos populares, e indagar cómo
influyen estas nuevas formas de participación en la construcción de la subjetividad de quienes
intervienen en estas escuelas, tanto profesores como estudiantes.
3. BENTO, Karla Lucia
[email protected]
[email protected];
BLANK
DE
OLIVEIRA,
Lilian
“Protagonismo social e territorialização nas organizações não governamentais: Um olhar a
partir dos indicadores do instrumento de avaliação do prêmio Itaú/Unicef”
Este trabalho tem por objeto os indicadores presentes no instrumento de avaliação do Prêmio
Itaú/UNICEF que buscam identificar oportunidades de desenvolvimento e educação integral
para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. O objetivo é analisar em
que medida estes indicadores se aproximam dos referenciais teóricos sobre movimentos
sociais, territorialização e protagonismo social, podendo se configurar como base para o
desenvolvimento de ações em outros territórios. A metodologia para o desenvolvimento do
trabalho tomou por base os princípios da análise documental e pesquisa bibliográfica para
levantar e comparar os dados do instrumento de avaliação do Prêmio Itaú/Unicef e
oreferencial teórico básico. Estes dados constam nas apostilas utilizadas para formação dos
avaliadores e nos instrumentos utilizados na análise dos projetos inscritos e nas visitas in loco.
Podemos indicar, a título de considerações finais provisórias que o instrumento busca
identificar ações que levem ao protagonismo social e interferir am na realidade local,
reorganizando o espaço (re)territorializando e construindo identidades para construção de
sujeitos políticos, o que está em consonância com os estudos teóricos sobre o tema.
4. BRUNO, Daniela Paola [email protected]; DODARO, Christian
[email protected]; PALUMBO, María Mercedes [email protected] (FSOC/UBA)
“Un estudio comparativo de espacios de formación política y matrices político-ideológicas en
movimientos populares urbanos en Argentina”
Este trabajo presenta las conclusiones de la investigación “Movimientos populares urbanos y
acción cultural. Estudio comparativo de las experiencias en el AMBA” (Proyecto UBACYT Nro.
20020110200094 perteneciente a la Programación Científica 2012-2015). Uno de los objetivos
específicos de la investigación consistió en el análisis de los espacios de formación política de
la militancia que con algún grado de formalización pedagógica se registran en movimientos
populares urbanos de diferente matriz político ideológica. Nuestro interés particular por el
estudio comparativo de la formación política de movimientos populares de matriz
autonomista y matriz nacional popular se fundamenta en la concepción de estas experiencias
en tanto ensayos instituyentes de la política y de participación política popular, en un contexto
como el actual, de crisis del autonomismo y recomposición de la legitimidad gubernamental.
Focalizamos por ello nuestro trabajo en: el Frente Multisectorial Darío Santillán (FPDS); el
Movimiento Popular La Dignidad (MPLD) y el Movimiento Evita (ME). La estrategia para
producir la base empírica combinó: el análisis de documentos de apoyo a la formación, y
entrevistas individuales y grupales a los responsables del diseño de la formación para abordar
la construcción intersubjetiva de las expectativas, creencias, valores y categorizaciones en
torno a la formación política.
5. DI MATTEO, Javier
[email protected]
Universidad Nacional de Luján, Departamento de Educación
“Formación política en el movimiento campesino: saberes pedagógicos dispersos en el saber
político”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Las reflexiones pedagógicas de los educadores-militantes que participan de experiencias de
movilización y organización popular se construyen en relación con la práctica colectiva y con
los desafíos que expresan un vínculo entre esas prácticas y los proyectos políticos colectivos.
Pueden ser, por eso, reflexiones muy específicas, situadas y particulares que a menudo no
toman la forma de la reflexión pedagógica tal como las solemos comprender los que venimos
del campo académico. La cuestión se pone un poco más interesante cuando quienes
protagonizan las iniciativas de formación provienen de la propia base social de las
organizaciones y su tarea es, aunque reconocida como muy importante, una más en un
conjunto de otras tareas: son actores no especializados, no son profesionales de la educación,
ni se dedican solamente a tareas formativas. En esas condiciones se construyen saberes
pedagógicos, que se hallan dispersos en el conjunto de los saberes políticos y que a pasar de
no facilitar el trabajo de quien pretenda indagar en ellos (forzando alguna que otra reescritura
y provocando algún que otro dolor de cabeza) puede ser alentador el hecho de estudiarlos
porque contienen algunas orientaciones para quienes seguimos buscando colaborar en
procesos populares de protagonismo lúcido y movilizado. Este trabajo expone algunas
reflexiones al respecto a partir de nuestro diálogo (en el marco de nuestras tareas de
investigación) con militantes del MOCASE VC, organización que integra el Movimiento Nacional
Campesino Indígena de Argentina.
6. DOS SANTOS ARAÚJO, Gracieda [email protected] (UNESP/Via Campesina);
RODRIGUES ARAÚJO BOGO, Maria Nalva [email protected] (UFBA / UNEB)
“Desafios atuais da educação do campo na américa latina: Análise de uma proposta em
construção, desde o caso do Brasil”
Este artigo consiste em fazer reflexões acerca dos desafios da formação dos sujeitos do campo,
no atual contexto de expansão do agronegócio, motivado pelo avanço das políticas neoliberais
no campo, na América Latina. As discussões apresentadas ao longo do texto se baseiam nas
concepções de teóricos como Teubal (2008), Martins (2011), Fernandes (2012), Frigoto (2012),
Arroyo e Fernandes (1999), Bogo (2013), dentre outros, a partir dos quais se estabelece um
diálogo sobre a perspectiva da agricultura capitalista e da agricultura camponesa, a relação da
educação com as diferentes concepções políticas de desenvolvimento do campo, bem como as
implicações do capitalismo agrário para o campesinato, as lutas e desafios do movimento
social camponês no sentido da construção de processos contra-hegemônico de educação e de
desenvolvimento. Desta forma, destacamos as conquistas educacionais do MST e de outros
organismos de apoio à reforma agrária, no Brasil, com ênfase ao Programa Nacional de
Educação na Reforma Agrária (PRONERA). Convém registrar que a defesa da educação desde
outra perspectiva de desenvolvimento é parte fundamental na luta pela emancipação humana
e que se faz necessário à construção do projeto da nova sociedade pelo conjunto da classe
trabalhadora.
7. DE MINGO, Ana Clara
[email protected]
Departamento de Educación, Universidad Nacional de Luján. GIDEMPEC
“El abordaje de la educación popular en instancias de participación colectiva: una lectura
desde los denominados “nuevos movimientos sociales”
Los movimientos sociales desde hace ya varias décadas vienen construyendo un proyecto
pedagógico vinculado a los intereses de los sectores populares. En este sentido, la educación
popular posee un papel preponderante en el quehacer de los movimientos sociales. Así, en
este trabajo intentaremos vislumbrar la función principal que posee la educación popular en
instancias de organización colectiva de los movimientos sociales con los cuales venimos
trabajando desde el equipo de trabajo “Movimientos populares, educación y producción de
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
conocimiento” de la Universidad Nacional de Luján. De esta forma, destacaremos la dimensión
política de la educación popular, entendida a la misma como un “acto político” a partir de las
practicas educacionales que llevan a cabo los movimientos y organizaciones. No hay forma de
entender a la EP sin contemplar los procesos socio-históricos-políticos que la atraviesan. En
este sentido la EP se reconoce como una práctica pedagógica la cual se posiciona ante la
realidad que nos interpela, reconociendo a los sujetos como sujetos sociales. Efectivamente, el
desarrollo de la conciencia de clase que intenta producir la EP, se forja desde una práctica
política liberadora, a partir de un proyecto político-pedagógico.
8. DE MINGO, Ana Clara
[email protected]
Departamento de Educación, Universidad Nacional de Luján. GIDEMPEC
“La participación de las organizaciones sociales en la catedra libre de soberanía alimentaria y
agroecología de la Universidad Nacional de Luján: el desafío de pensar formas otras de
producción de conocimiento”
En el marco de las actividades de docencia, extensión e investigación que llevamos a cabo
desde el equipo de trabajo Movimientos populares, educación y producción de conocimiento
de la Universidad Nacional de Luján, es que decidimos participar de un espacio más amplio de
formación y debate junto a docentes, productores rurales y organizaciones sociales urbanas de
la zona de influencia de la UNLu. Así, durante el año 2013 conformamos la Catedra Libre de
Soberanía alimentaria y agroecología (CALISAYA) para dar respuestas a algunas
preocupaciones que comenzaron a surgir en el territorio en donde desarrollamos nuestras
actividades. Desde nuestra experiencia resulta interesante reflexionar acerca de la
participación de las organizaciones dentro de la catedra, pensando en procesos que
democraticen la universidad y el sistema científico-tecnológico. Algunas de nuestras
preocupaciones giran en torno a visualizar determinadas formas de colonialidad en la
producción de conocimiento. En este trabajo nos centramos especialmente a develar los
mecanismos mediante los cuales se legitima ciertas formas de conocimiento a través de un
discurso cientificista legitimador del modelo hegemónico y detractor de los intereses del
pueblo. También incurriremos en el papel principal que posee en las organizaciones y los
movimientos sociales en la posibilidad de construir formas otras de producción y legitimación
de conocimiento, destacando los desafíos que dicha participación plantea la práctica concreta.
9. GONZÁLEZ, Dora Elba [email protected] ; MIGUEZ, María Eugenia
[email protected] (IICE. UBA)
“Movimientos sociales y derecho a la educación en el Plan Fines 2”
Esta ponencia se enmarca en un proyecto de investigación UBACyT en curso y se propone
desarrollar una aproximación a cómo se organiza y se despliega el Plan Fines 2 en cuanto a la
intervención de los movimientos sociales en la implementación de las políticas públicas en
educación en la Provincia de Buenos Aires. Particularmente interesa conocer las tramas que
conmueven esta política pública nacional buscando reconstruir los sentidos que le otorgan los
movimientos sociales y demás actores colectivos al programa en los distritos de la Matanza
(región 3) y en Vicente López (región 6). Nos centramos en el análisis de las relaciones que
confluyen entre los movimientos sociales y el aparato burocrático escolar y cómo éstas entran
en tensión y/o articulación con las establecidas y legitimadas por el sistema educativo. Para
ello buscaremos resaltar las voces de los referentes del campo social, político, religioso y
sindical, inspectores, docentes y estudiantes. Las preguntas que orientan el trabajo son ¿En
qué medida la lógica de los municipios afecta la implementación del programa en el territorio?
¿Existen tensiones entre los distintos actores que intervienen en el programa? ¿Cómo se
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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expresan los conflictos por la disputa de sentido? ¿Cómo perciben los estudiantes la
intervención de estos distintos actores?
10. GUELMAN, Anahi [email protected];
VERGERIO, Gonzalo (Facultad de Filosofia y Letras. UBA)
PALUMBO, Mercedes; MARTÍNEZ
“Los proyectos y procesos productivos como ámbitos de formación para el trabajo en
movimientos sociales”
La presente ponencia presenta algunos de los avances de la investigación “Conocimientos
emergentes en propuestas pedagógicas alternativas desde la perspectiva decolonial”, cuyo
objetivo es contribuir a la caracterización de dinámicas de aprendizaje y construcción de
saberes-conocimientos, a partir de algunas experiencias productivas de movimientos sociales.
Los modos de trabajar y producir de los movimientos que estudiamos, alejados de las lógicas
clásicas del trabajo asalariado, son ámbitos económicos, de producción y reproducción de la
vida, pero también son ámbitos políticos y sociales que vinculan al trabajo con la lucha por el
mismo y con el contexto en el que esta lucha se lleva a cabo. En este sentido, el trabajo se
vuelve principio formativo y espacio de formación en el cotidiano, así lo requieren las nuevas
tareas y prácticas a asumir. Allí también se gestan procesos de construcción de saberes y se
generan (des)aprendizajes, se apela a experiencias previas de las trayectorias y se transitan
procesos de construcción de identidad. Entendemos que los procesos de formación, en los
ámbitos productivos, forman parte de las pedagogías prefigurativas. Intentamos analizar los
modos y dimensiones en que estos procesos se llevan a cabo.
11. GUELMAN, Anahi
[email protected]
Facultad de Filosofia y Letras, IICE (UBA)
“La Escuela de Agroecología del MOCASE-VC. Ámbito de formación de campesinos como
sujetos políticos”
El trabajo que se presenta analiza las prácticas cotidianas y la organización de la escuela de
Agroecología del MOCASE-VC, desde una perspectiva pedagógica. En la escuela confluyen una
perspectiva Freireana con una perspectiva Gramsciana y lo que hemos denominado una
perspectiva descolonial. A través de la modalidad de alternancia y de la convivencia que la
misma plantea, así como de la organización de los espacios curriculares, se trabaja el modo de
concebir al campesino como un sujeto de derechos que pelea colectivamente por ellos y que
construye en el cotidiano las práctica sociales, productivas y políticas a las que aspira. Por lo
tanto la producción agroecológica, la concepción de soberanía alimentaria y de reforma
agraria integral son claves en el quehacer de la escuela. Se analizan en esta ponencia los
modos en que, tanto en los espacios curriculares (materias), como en los espacios cotidianos,
el trabajo pedagógico trasciende lo discursivo y redunda en la formación para el trabajo
campesino como formación política.
12. ITHURRALDE, Raul Esteban [email protected]; PEREIRA, Mariana [email protected]
Educación Popular y trabajo territorial. Reflexiones críticas a partir de la experiencia del
Bachillerato Popular"La Pulpería"
La corriente latinoamericana de Educación Popular tiene ya un amplio recorrido y da lugar a
diferentes interpretaciones. Ya existe una enorme experiencia acumulada y sistematizada,
pero sigue siendo necesaria una continua reflexión dialéctica en los espacios que construyen a
partir de esta concepción. En este trabajo retomamos la experiencia del Bachillerato Popular
“La Pulpería” del barrio de La Boca, que surge a partir del trabajo territorial de la Organización
Popular “La Pulpería”. Realizamos un repaso crítico por su historia, por los aciertos y
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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dificultades, por la producción continua de nuevas formas de trabajo educativo entre docentes
y estudiantes (y de un proyecto político pedagógico en constante reflexión y cambio). En
tensión permanente con estos proyectos educativos, el Estado trabaja para erosionar estas
elaboraciones. Exploramos las razones de docentes y estudiantes para elegir al Bachillerato
Popular “La Pulpería” entre otros espacios existentes en el barrio y problematizamos el
concepto de construcción de una “conciencia crítica” como fin último de los Bachilleratos
Populares. También nos interrogamos acerca de las posibilidades de construir organización
popular por parte de los Bachilleratos Populares en los que el único trabajo es el educativo.
Entendemos que estas reflexiones son útiles a la hora de pensar qué es lo que define a la
Educación Popular, en el marco donde se multiplican las experiencias de Educación Popular,
hasta incluso se impulsan desde el Estado. Una concepción que luego de tanto tiempo sigue
siendo un campo en disputa que habrá que batallar desde nuestras propios proyectos de
Educación Popular.
13. LONGA, Francisco [email protected]; STRATTA, Fernando; WAHREN, Juan (GEMSEP /
UBA)
“Debates en y desde los Bachilleratos Populares: Estado, sindicatos y pedagogías populares”
Al calor de la crisis del neoliberalismo en Argentina y de la consiguiente pérdida de
representatividad de los esquemas tradicionales de acción política, emergieron en el país hacia
finales de la década del 90 un conjunto de movimientos sociales y organizaciones populares
que trajeron aparejadas nuevas formas de construcción política. En ese marco, desde el año
2004 surgen experiencias de Bachilleratos Populares para jóvenes y adultos concebidos en y
desde movimientos sociales tales como fábricas recuperadas, sindicatos, cooperativas y
organizaciones territoriales. El crecimiento y la multiplicación de estas experiencias en el país
devinieron en la constitución en el año 2006 de la “Coordinadora de Bachilleratos Populares en
Lucha”. Más adelante y como desprendimiento de esta coordinación, emergen la “Red de
Bachilleratos Populares y Comunitarios” y la “Coordinadora por la Batalla Educativa”, como
otros dos espacios que aglutinan a diferentes Bachilleratos. Pasados 10 años desde la creación
de los primeros Bachilleratos Populares, el objetivo del presente trabajo es analizar y comparar
los posicionamientos de estos tres espacios de articulación política y pedagógica respecto de
tres ejes: la relación entre los Bachilleratos Populares y el Estado, el vínculo con los sindicatos
docentes, y la dimensión pedagógica de la experiencia de los bachilleratos. Este trabajo, de
carácter exploratorio, se basa principalmente en los registros de un debate público entre
integrantes de estos tres espacios de articulación que aconteció a finales del año 2013 en la
Universidad de Buenos Aires donde se abordaron, entre otras temáticas, los ejes aquí
analizados. En trabajos posteriores se profundizará el análisis a partir de entrevistas semiestructuradas y análisis de documentos de las organizaciones que integran los diferentes
espacios de articulación.
14. MAÑON, María Inés
[email protected]
IICE/ UBA
“Notas desde la “escuela de la organización” para volver a pensar el derecho a la educación”
El horizonte abierto en las últimas dos décadas de luchas sociales en Latinoamérica nos
permite vislumbrar la emergencia de diversos movimientos sociales que disputan la
hegemonía del proyecto neoliberal. Particularmente en el campo pedagógico, resulta
sumamente potente la recuperación de múltiples experiencias de formación desarrolladas por
organizaciones populares que -aún escasamente reconocidas, nombradas y valoradas- podrían
estar colaborando a profundizar debates y a revisar análisis tornando públicas formas y
estrategias pedagógicas alternativas a las dominantes. A partir del estudio de los procesos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
concretos, de la reconstrucción de la historia de las luchas, del intento por descifrar sus claves
de articulación y participación, entendemos posible la renovación del pensamiento crítico. Por
ello, este trabajo recupera particularmente una experiencia educativa desarrollada por una
organización social en la provincia de Buenos Aires como ejercicio para abrir las discusiones en
torno a la compleja relación con el Estado y con la escuela pública, a las demandas por hacer
efectivo el derecho a la educación, a las características que asumen estos espacios de
formación, al lugar de “lo educativo” dentro de un proyecto político social mucho más amplio.
Nos interesa especialmente establecer conversaciones que permitan volver a pensar la
relación educación-desigualdades y nos den pistas para comprender cómo se potencian
proyectos donde “quepan muchos mundos” posibles.
15. ROSSI, Verónica
Departamento de Educación, Universidad Nacional de Luján. GIDEMPEC
“La participación de las organizaciones sociales en la catedra libre de soberanía alimentaria y
agroecología de la Universidad Nacional de Luján: el desafío de pensar formas otras de
producción de conocimiento”
En el marco de las actividades de docencia, extensión e investigación que llevamos a cabo
desde el equipo de trabajo Movimientos populares, educación y producción de conocimiento
de la Universidad Nacional de Luján, es que decidimos participar de un espacio más amplio de
formación y debate junto a docentes, productores rurales y organizaciones sociales urbanas de
la zona de influencia de la UNLu. Así, durante el año 2013 conformamos la Catedra Libre de
Soberanía alimentaria y agroecología (CALISAYA) para dar respuestas a algunas
preocupaciones que comenzaron a surgir en el territorio en donde desarrollamos nuestras
actividades. Desde nuestra experiencia resulta interesante reflexionar acerca de la
participación de las organizaciones dentro de la catedra, pensando en procesos que
democraticen la universidad y el sistema científico-tecnológico. Algunas de nuestras
preocupaciones giran en torno a visualizar determinadas formas de colonialidad en la
producción de conocimiento. En este trabajo nos centramos especialmente a develar los
mecanismos mediante los cuales se legitima ciertas formas de conocimiento a través de un
discurso cientificista legitimador del modelo hegemónico y detractor de los intereses del
pueblo. También incurriremos en el papel principal que posee en las organizaciones y los
movimientos sociales en la posibilidad de construir formas otras de producción y legitimación
de conocimiento, destacando los desafíos que dicha participación plantea la práctica concreta.
16. STRONZAKE, Judite [email protected] (MST/USP/MPAS-UNB); CASADO, Beatriz
[email protected]
(Hegoa-UPV/MPAS-UnB);
STRONZAKE,
Janaina
[email protected] (MST/Hegoa-UPV/MPAS-UNB
“Procesos de formacion politica y agroecologica Protagonizados por movimientos sociales
campesinos Latinoamericanos”
La lógica internacionalizada del sistema capitalista en su actual fase neoliberal, exige a los
movimientos sociales campesinos y urbanos la construcción constante de diagnósticos críticos
de la realidad, organizando resistencias y luchas amplias y plurales: internacionalistas,
anticapitalistas, antiimperialistas, anti-patriarcales y por la soberanía de los pueblos; un
abanico de acciones para avanzar en la transformación de la sociedad en sentido emancipador.
A través de este artículo queremos aportar elementos para el debate sobre cómo se ha ido
sembrando y cultivando en la última década una serie de procesos de formación/educación
política y agroecológica en América Latina, que forman parte de una estrategia política
articulada en una red de Escuelas de formación política e Institutos Agroecológicos
Latinoamericanos (IALAs).Esta red busca responder a las necesidades formativas de los
movimientos sociales articulados en la Coordinación Latino-americana de Organizaciones del
[134]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Campo/CLOC –Via Campesina y la Alianza Latino-americana para los pueblos de nuestra
América/ALBA. Buscamos reflexionar sobre las bases comunes que caracterizan las propuestas
político-pedagógicas de estas experiencias, aportando aprendizajes y desafíos politicopedagógicos que se desprenden de la sistematización y vivencia de estos procesos de acción
educativa emancipadora.
[135]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala G1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 20
MOVIMIENTOS INDÍGENAS, CAMPESINOS Y DE TRABAJADORES
RURALES: PROYECTOS EN DISPUTA Y CONFLICTOS EN AMÉRICA LATINA
Coordenadores: Fabiola Escárzaga - Universidad Autónoma Metropolitana Unidad Xochimilco
(México) [email protected]; Fernando Romero Wimer - Colectivo de Estudios e
Investigaciones Sociales (CEISO)/Universidad Nacional del Sur/Universidad Nacional de Mar del
Plata/Centro Interdisciplinario de Estudios Agrarios (CIEA)-Universidad de Buenos Aires
(Argentina) [email protected]
RESUMO: Nuestra propuesta apunta a actualizar el estudio y la reflexión sobre el
accionar de los movimientos sociales rurales latinoamericanos, focalizándonos en el marco
temporal de las tres últimas décadas.
Desde nuestro enfoque, consideramos que los conflictos sociales que recorren el
período en cuestión son un punto de partida para las indagaciones y precisiones acerca de los
cambios producidos en la trama de relaciones de producción agrarias existentes en la
formaciones económico sociales de América Latina, lo cual nos acerca tanto a las condiciones
objetivas como a los aspectos subjetivos que ellos han implicado para las clases y sectores
intervinientes en estas configuraciones. Dicho abordaje, presupone indagaciones y
caracterizaciones nacionales, regionales y subregionales en torno a territorios específicos del
amplio escenario geográfico latinoamericano.
Por otra parte, nos interesa caracterizar ideológica y sociológicamente algunos de los
principales movimientos sociales rurales latinoamericanos en relación a sus proyectos políticos
que orientaron el sentido de sus luchas, enfatizando el papel de las trayectorias históricas que
sostienen la intrínseca vinculación entre el pasado y el presente de las estructuras y los
distintos sujetos (campesinos, indígenas, trabajadores rurales, etc).
Finalmente, pretendemos promover los análisis de casos con sentido crítico de los
procesos ligados a esta temática particular de la realidad social latinoamericana. En efecto,
apostamos a devolverle al estudio de las ciencias sociales ese carácter de debate y
confrontación de teorías y conocimientos tan necesarios -y tantas veces olvidados en los
espacios educativos y científicos- para la praxis política y social.
Atividades complementares: Presentación de la Revista Interdisciplinaria de Estudios
Sociales. Presentación del libro ORGANIZACIONES Y MOVIMIENTOS SOCIALES EN LA
ARGENTINA RECIENTE (1966-2012) (Compilado por Paula Fernández Hellmund y Mariano
Millán, CEISO/IIGG-UBA, 2014). Presentación del libro MOVIMIENTO INDÍGENA EN AMÉRICA
LATINA: TIERRA-TERRITORIO, AUTONOMÍA, ESTADO Y TRANSFORMACIÓN SOCIAL (Coords.
Fabiola Escárzaga, Raquel Gutiérrez, Juan José Carrillo, Eva Capece y Boerries Nehe. México,
BUAP, UAM-X, CIESAS, 2014.
RESUMOS
[136]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
1. ARELLANO, Diana [email protected] (Universidad Nacional de Misiones,
Argentina); RAMÍREZ, Delia [email protected] (Universidad Nacional de MisionesCONICET, Argentina)
“Biopolítica y derecho a la tierra en paraguay. Modelos de ocupación y producción en
histórica disputa”
En este artículo analizamos las etapas de los procesos socio- históricos de ocupación de la
tierra en Paraguay los que, signados por la conflictividad y la violencia presentan notorias
continuidades a través del tiempo. Los dispositivos de violencia –ajustados a cada época y
orientados al hostigamiento y destrucción de las formas de organización colectiva y el
disciplinamiento de los cuerpos individuales para despojarlos de sus derechos elementales- se
aplican sistemáticamente sobre las comunidades campesinas e indígenas que disputan con el
sector foresto industrial y agroexportador aliado con el Estado y sus mecanismos legales, el
derecho a la posesión y uso de la tierra. Nuestra hipótesis es que en Paraguay, el conflicto por
la tierra se remonta al Siglo XIX y, no se resuelve, en parte porque se reproduce una tensión
flotante entre la cultura campesina de su población y los intereses foráneos aliado a los
sectores de poder que se encaraman al gobierno en cada coyuntura pero que no logran, pese a
todo, menguar la resistencia de la población rural que no percibe a la migración rural urbana
como la única alternativa.
2. BERDUSCO MENEZES, Maria Christine [email protected] (Universidade Estadual de
Maringá-PR, Brasil); CÉLIA FAUSTINO, Rosangela [email protected] (Universidade
Estadual de Maringá-PR, Brasil)
“Educação escolar indígena e o processo de alfabetização e letramento”
Historicamente a educação escolar indígena foi alcançando espaço no âmbito das políticas
educacionais e a partir dos anos de 1990, foi inserida no sistema público de ensino, constituída
por meio de orientações advindas dos organismos internacionais (ONU, OIT, Cepal, Unesco,
PNUD e Banco Mundial), assim, o indígena passou a ter a garantia de participar do processo de
escolarização e da aquisição da leitura e escrita em língua portuguesa como segunda opção.
Entretanto, conforme dados do INEP – Instituto Nacional de Educação e Pesquisa Anísio
Teixeira, a faixa etária que prevalece nas salas de alfabetização é preocupante, pois tratam-se
de crianças de 10 a 11 anos retidas no 1º ano do Ensino Fundamental, derivando uma
alfabetização tardia. A presente pesquisa, inserida nas ações do Observatório da Educação
Escolar Indígena (CAPES/SECADI/INEP/DEB), da Universidade Estadual de Maringá, apresenta a
compreensão das transformações no mundo do trabalho e as ações propostas pelas políticas
educacionais referentes à educação escolar indígena e ao processo de alfabetização e
letramento das crianças na fase inicial de escolarização, bem como a contribuição com a
prática desenvolvida nas escolas indígenas.
3. DE SOUZA FERREIRA, Ana Cláudia
[email protected]
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Brasil
“O processo de extinção das aldeias e a permanência da identidade indígena: em busca da
manutenção de direitos”
O trabalho pretende abordar as possibilidades de estratégias dos indígenas de São Francisco
Xavier de Itaguaí em busca da manutenção de suas terras, durante o século XIX. Visto que, a
partir do século XVIII, com a política de Pombal propunha-se que os índios passassem pelo
processo de assimilação por meio do fim da distinção entre índios e não-índios e do incentivo
da miscigenação. Essa política ainda se intensificaria a partir do século XIX, pois as autoridades
políticas e intelectuais brasileiras começavam a defender a miscigenação dos povos indígenas,
[137]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
na tentativa de diluir o sujeito índio e sua identidade para procederem com a expropriação de
suas terras. Esse processo de lutas dos indígenas no século XIX, nos auxiliam a pensar que a
busca pelos direitos desses grupos se constitui historicamente e é dotado de complexidade e,
ainda se faz presente nos dias atuais, necessitando de maior compreensão, diálogo e respeito.
4. ESCÁRZAGA, Nicté Fabiola
[email protected]
Universidad Autónoma Metropolitana Unidad Xochimilco, México
“El conflicto de intereses entre indígenas y campesinos en el gobierno del cambio en Bolivia”
Analizaré la manera en que luego de la tendencial confluencia en el proceso de lucha
desarrollado entre el 2000 y 2005 contra el neoliberalismo y por la descolonización del estado
en Bolivia protagonizado por distintos sectores indígenas y campesinos, desde el inicio los
trabajos de la Asamblea Constituyente comenzaron a manifestarse posiciones encontradas y
lecturas sectoriales distintas sobre estas demandas, que expresan intereses contrapuestos y
tendencialmente irreconciliables. El nuevo texto constitucional, las leyes reglamentarias y las
políticas implementadas por el gobierno de Evo Morales han afirmado tales diferencias y
formulado un proyecto de reconstitución del estado nación que expresa los intereses de los
sectores campesinos que buscan afirmar su condición de propietarios privados y desarrollar
procesos de acumulación capitalista, a costa de los intereses de los sectores indígenas de
tierras bajas que luchan por defender sus territorios ancestrales y mantener sus condiciones
materiales de vida. Conflicto de intereses que ha hecho crisis en 2011, a partir de la decisión
del gobierno de construir una carretera que atraviesa el TIPNIS y la oposición al proyecto por
parte de los afectados. Una consecuencia de ello ha sido la separación del la CIDOB y el
CONAMAQ del Pacto de Unidad que era la instancia de representación de las organizaciones
sociales más importantes en el gobierno de Evo Morales.
5. DUARTE BRANDÃO, Jefferson [email protected]; GÓMEZ LOMBIDE, Micaela
[email protected]; ZAMBELLI NOBRE, Rafael [email protected];
RODRÍGUEZ RAVERA, Tania [email protected] (Universidad Federal de la Integración
Latinoamericana, Brasil)
“Movimentos populares e políticas sociais na américa latina: la vía campesina como
organização internacional e sua atuação nos países membros do mercosul”
El tema desarrollado en este trabajo es de movimientos populares y políticas sociales de
América Latina, poniendo por objetivo estudiar los movimientos campesinos a través de la
organización internacional, La Vía Campesina, y la influencia de estos en las políticas sociales
del campo especificando la situación en los países que componen el MERCOSUR. El trabajo
está estructurado básicamente en una revisión bibliográfica teniendo como objetivo una
primera aproximación del tema estudiado. A lo largo de dicho trabajo desarrollamos el tema
en cuatro secciones: la primera tratándose de La Vía Campesina como Organización
Internacional, la segunda especificando sobre la misma organización en el territorio
Latinoamericano, la próxima sobre la actualidad agrícola en los países del MERCOSUR y en la
última relacionamos las acciones de La Vía Campesina en estos países. Por último realizamos
algunas consideraciones finales basándonos en esta reseña bibliográfica y en la participación
de tres de los integrantes del grupo en La Décima Jornada de Agroecología realizada en
Londrina-Paraná.
6. LARREA MALDONADO, Fernando
[email protected]
Universidade Federal da Bahia, Brasil
[138]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Domesticando al movimiento indígena: el multiculturalismo en el ecuador neoliberal”
La irrupción del movimiento indígena en el Ecuador en la arena política nacional con su propia
voz y discurso político a partir del ciclo de protestas y levantamientos iniciado en 1990,
confrontó la estructuración política del Estado ecuatoriano. Este ciclo de luchas tuvo como
telón de fondo las transformaciones experimentadas por la sociedad y el Estado ecuatoriano
como consecuencia de la aplicación de las reformas neoliberales. El trabajo indaga sobre las
respuestas del Estado ecuatoriano durante las tres últimas décadas al ciclo de luchas abiertas
por el movimiento, articulando progresivamente una política neoindigenista compatible con el
modelo neoliberal, para preservar los procesos de acumulación capitalista en el campo, que
incorporó la participación de representantes indígenas en su gestión. Esta política de
administración de la población indígena tuvo como eje articulador la adopción por el Estado
del multiculturalismo como discurso dominante y como dispositivo de poder. Así, contribuyó
al desmontaje de los contenidos contestatarios presentes en el discurso indígena,
transformando las expectativas y el perfil de algunos de sus representantes. En este trabajo se
presenta sucintamente este proceso con referencias a algunos momentos clave en la historia
reciente que marcaron políticamente las relaciones del movimiento indígena con el Estado
ecuatoriano.
7. LOUVAIN, Pedro
[email protected]
Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA), Brasil
“Proteção e valorização das sociedades indígenas na legislação brasileira contemporânea: o
reflexo dos mecanismos da constituição do brasil de 1988 nas constituições estaduais
posteriores”
A legislação indigenista sempre foi um tema que preocupou as autoridades brasileiras, em
toda sua história. As tentativas de conciliação dos conflitos entre as comunidades indígenas e
os demais setores da sociedade acabam geralmente adentrando o campo jurídico. Por mais
que a legislação não determine em caráter absoluto a vida cotidiana, ela é indubitavelmente
um reflexo das relações de poder na sociedade. Durante quase cinco séculos a política
indigenista brasileira esteve voltada para a assimilação da cultura indígena e sua integração à
sociedade “civilizada”. Esta ideia estava relacionada à concepção evolucionista de cultura,
onde os povos indígenas eram entendidos como “primitivos” em uma determinada escala de
progresso. Entretanto, há uma ruptura histórica com esta concepção na Constituição de 1988.
O direito dos povos indígenas de viverem enquanto tais, de reproduzirem suas culturas e
transmitirem para gerações futuras, além de uma série de outras garantias, hoje são deveres
do Estado brasileiro. Este trabalho se destina a lançar uma análise sobre a influência (ou não)
da redação da Carta Magna de 88 sobre as cartas constitucionais das demais unidades
federativas promulgadas a partir de 1989, no que tange a salvaguarda dos povos autóctones.
8. PARENTES FORTES COSTA FERREIRA, Janaína [email protected]; AMORIM HOLANDA,
Maurício (Universidade Estadual do Piauí – UESPI, Brasil)
“A resistência que vem da aldeia”
O presente artigo possui dois objetivos principais; o primeiro, estabelecer a relação do índio
com a terra ocupada através de vínculos culturais; o segundo, legitimar, juridicamente e
sociologicamente, o direito de posse sobre esse mesmo solo. Para alcançar com êxito os
objetivos, serão abordados pontos que dialogam com a história pré-cabralina dos nativos,
demonstrando a vida cotidiana indígena, ritos, costumes, tradições, enfim, toda a ligação
“cultura-solo’’ que possa constituir uma conexão vital para esse grupo com o território
ocupado. Aqui se faz mister a contribuição do Direito para o assunto, através da visão de Fustel
[139]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
de Coulanges sobre o direito de propriedade, bastante pertinente e até complementar ao
assunto.
[140]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 9.00hs – Sala G3. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 21:
CINEMA NA AMÉRICA LATINA: HIBRIDISMOS, FRONTEIRAS E ASPECTOS
SÓCIO-CULTURAIS NA PRODUÇÃO AUDIOVISUAL LATINO-AMERICANA
Coordenadores: Karla Holanda – Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
[email protected]; Eduardo Dias Fonseca – Universidade Federal da Integração LatinoAmericana (UNILA) [email protected]; Fabián Núñez – Universidade Federal
Fluminense (UFF) [email protected]
RESUMO: O objetivo do Simpósio é discutir a produção audiovisual na América Latina,
considerando suas especificidades, hibridismos e paralelismos. Para esse intuito, lançamos
mão de análises sobre aspectos culturais, estéticos, econômicos, políticos, sociais,
institucionais e tecnológicos, a partir do esteio da atual revisão historiográfica. A partir dos
anos 1960, com a irrupção do Nuevo Cine Latinoamericano (NCL), o cinema da América Latina
chamou a atenção internacional, estabelecendo um diálogo com a crítica e a teoria
estrangeiras ao buscar se autodefinir, ou seja, compreender as suas singularidades estéticas e
ideológicas, a partir sobretudo de contraposições às produções estrangeiras ou regionais
anteriores ao NCL. Portanto, ao se tornar um marco referencial nas discussões sobre cinema e
América Latina, o NCL sofre o risco de “monumentalização”, convertendo-se no código pelo
qual tudo o que deve ser entendido por “cinema latino-americano” deve ser interpretado.
Frisamos que a maior vítima desse impulso “monumentalizador” é o próprio NCL, uma vez que
se apagam, desse modo, as suas nuances e contradições, inerentes a qualquer processo
artístico. No entanto, recentemente, os novos estudos sobre o cinema latino-americano,
incluindo as pesquisas sobre o NCL, têm sublinhado as peculiaridades do fenômeno
audiovisual em nossos países ao apontar para a pluralidade do cinema na América Latina. Por
isso, conforme alguns autores, o correto seria afirmar a existência de cinemas latinoamericanos (no plural) ou, em um procedimento mais radical, negar a sua existência enquanto
singularidade estética continental ao reconhecer mais as divergências do que as semelhanças
entre as cinematografias que compõem o nosso (sub)continente.
Portanto, o propósito do Simpósio é reunir pesquisas sobre o Audiovisual e a América Latina
com o intuito de estabelecer um campo de reflexões sobre o tema amparando-se na revisão
historiográfica. Por isso, a necessidade de um procedimento interdisciplinar ao estabelecer
novos recortes e vieses de estudo. Assim, o presente Simpósio visa nuclear pesquisadores
preocupados em propor outros métodos teórico-metodológicos na abordagem sobre o
fenômeno audiovisual na América Latina. Entre as nossas preocupações está estabelecer
outras propostas de estudos sobre movimentos estéticos consolidados na historiografia;
analisar filmes e realizadores subestimados pela crítica e historiografia e pelos estudos
acadêmicos; acampar estudos em áreas tradicionalmente não abordadas, como a recepção e a
preservação; debates sobre a produção e a recepção da produção contemporânea e propor
estudos que interrelacionem o audiovisual brasileiro com outras experiências latinoamericanas, visando enfatizar aproximações e distanciamentos entr4e o cinema brasileiro e as
cinematografias vizinhas.
RESUMOS:
1. Alomar, Martin
FADU-UBA, FFYL-UBA
[141]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected]
“DOBLE NACIONALIDAD, Obra Cinematográfica de Carlos Hugo Christensen entre Argentina y
Brasil.”
Carlos Hugo Christensen fue uno de los más destacados directores de cine y guionistas
latinoamericanos, aunque la importancia de su obra se encuentre injustamente subvalorada.
Con 53 títulos, fue uno de los más prolíficos directores de cine de la región, además de un
pionero y uno de los más importantes creadores de la ‘época de oro’ del Cine Argentino. Es un
referente ineludible del Melodrama, género cinematográfico latinoamericano por excelencia; y
pionero en la introducción de elementos del erotismo y de una escritura autoral dentro del
sistema Industrial. Una particularidad de su obra fue que se desarrolló mayoritariamente en
dos países. Se inició en la industria en Argentina donde entre 1939 y 1954 realizó 28 largos
(incluidas sus incursiones a Chile, Perú y Venezuela). En 1954, por desinteligencias con Raúl A.
Apold, el referente del peronismo para la cinematografía y la prensa; abandonó el país y se
radicó en Brasil, donde residió hasta su muerte en 1999. Allí dirigió otras más de veinte
películas. De su obra, son 4 los títulos que establecen un puente directo entre estas dos
cinematografías, dos realizados en cada país: El ángel desnudo (1946), María Magdalena
(1954), Meus amores no Rio/Mis amores en Rio (1959) y A Intrusa/La Intrusa (1979).
2. Accorinti, Verónica Tamara
UBA, FADU-UBA, IUNA
“DOBLE NACIONALIDAD, Obra Cinematográfica de Carlos Hugo Christensen entre Argentina y
Brasil.”
Carlos Hugo Christensen fue uno de los más destacados directores de cine y guionistas
latinoamericanos, aunque la importancia de su obra se encuentre injustamente subvalorada.
Con 53 títulos, fue uno de los más prolíficos directores de cine de la región, además de un
pionero y uno de los más importantes creadores de la ‘época de oro’ del Cine Argentino. Es un
referente ineludible del Melodrama, género cinematográfico latinoamericano por excelencia; y
pionero en la introducción de elementos del erotismo y de una escritura autoral dentro del
sistema Industrial. Una particularidad de su obra fue que se desarrolló mayoritariamente en
dos países. Se inició en la industria en Argentina donde entre 1939 y 1954 realizó 28 largos
(incluidas sus incursiones a Chile, Perú y Venezuela). En 1954, por desinteligencias con Raúl A.
Apold, el referente del peronismo para la cinematografía y la prensa; abandonó el país y se
radicó en Brasil, donde residió hasta su muerte en 1999. Allí dirigió otras más de veinte
películas. De su obra, son 4 los títulos que establecen un puente directo entre estas dos
cinematografías, dos realizados en cada país: El ángel desnudo (1946), María Magdalena
(1954), Meus amores no Rio/Mis amores en Rio (1959) y A Intrusa/La Intrusa (1979).
3. Molfetta, Andrea Celia
CONICET/UBA-Antropologia Social
[email protected]
“El cine que nos empodera: prácticas audiovisuales de los colectivos de la periferia porteña.”
El proyecto de investigación “El cine que nos empodera” estudia la compleja dinámica
intersubjetiva, social y cultural del cine independiente del Gran Buenos Aires Sur (2004-2014),
entendiéndolo en su valor político. Protagonizado por colectivos de producción, formación que
empodera al precariado (Standing, 2011) la investigación está diseñada en tres etapas que
buscan en la matriz interdisciplinaria la clave para la comprensión de la complejidad y riqueza
política del cine en y de los suburbios, hoy.La hipótesis central dice que la práctica
cinematográfica es una estrategia de visibilidad, y auto-legitimación que empodera a los
sectores sociales donde se hace cine y comunicación comunitaria, a través de dos factores: la
[142]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
producción emancipada de contenidos en el horizonte de la revolución digital y la Ley de
Medios Audiovisuales; y, una valorización del impacto económico de las políticas culturales, en
términos de multiplicación de saberes profesionales y generación de espacios de trabajo. El
sentido político de este cine se profundiza cuando observamos que articula otras prácticas
comunitarias vinculadas a salud, economía solidaria, medio ambiente, educación continua y la
participación popular, desenvolviendo una relación de resistencia/colaboración frente al
Estado y la industria.
4. Autran Franco de Sá, Arthur
UFSCAR
[email protected]
“Terra Prometida: os Estrangeiros nos Cinemas da Argentina e do Brasil (1930-1942).”
A proposta em tela integra o contexto da pesquisa “Sonhos industriais: o cinema dos estúdios
na Argentina e no Brasil (1930-1942)”, na qual se busca comparar o desenvolvimento desigual
dessas cinematografias. Uma das diferenças mais notáveis entre os dois países é a contribuição
dos técnicos de origem estrangeira. Na Argentina é possível anotar no período de 1930 a 1942
a presença de profissionais como os diretores de fotografia John Alton (húngaro) e Francis
Boeniger (suíço); o montador Laszlo Kish (húngaro) ou o cenógrafo Gori Muñoz (espanhol). Já
no Brasil, a presença dos estrangeiros foi bem mais restrita e praticamente se reduziu a alguns
portugueses contratados pela Cinédia tais como o diretor Chianca de Garcia e o maquiador
Fernando de Barros. A comunicação buscará indicar os principais profissionais estrangeiros
atuantes nas duas cinematografias, as contribuições para o desenvolvimento de ambas e as
motivações pelas quais o técnico estrangeiro encontrou mais espaço na Argentina – o que
pode ser explicado pelo poder econômico dessa indústria, mas também por razões de ordem
ideológica, pois no Brasil a prevenção em relação ao estrangeiro era manifesta no meio
cinematográfico.
5. de Branco, Cristina
FCSH - Universidade Nova de Lisboa / FFLCH - Universidade de São Paulo
[email protected]
“Invenção e integração latino-americana através do Cinema, a partir da Oficina Popular de
Audiovisual Latino-americano.”
O estudo a ser apresentado pretende pensar a relação entre alguns filmes de certas
cinematografias latino-americanas contemporâneas e a invenção e manutenção da impressão
identitária latino-americana através da análise das reações e observações de um grupo de
jovens imigrantes de primeira e segunda geração residentes na cidade de São Paulo, entre
eles, brasileiros, bolivianos, colombianos, paraguaios e haitianos. A somar a recepção deste
conjunto de filmes registada durante a Oficina Popular de Audiovisual Latino-americano,
realizada no Memorial da América Latina, objetiva-se a reflexão sobre os elos entre a produção
audiovisual latino-americana atual e alguns temas sócio-políticos como a reinvenção da
identidade latino-americana e as
sensações identitárias migrantes.
6. Tavares, Denise
UFF
[email protected]
“DocTV como política pública.”
O Programa DocTV funcionou entre 2003 e 2010 e tinha como meta fomentar a produção de
documentários em cada estado brasileiro. Ao mesmo tempo em que promovia a
[143]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
descentralização da produção, praticava a difusão em rede nacional - os filmes eram exibidos
no mesmo dia e hora através de parceria com as TVs públicas de cada estado. Falaremos sobre
a logística de prática do Programa, bem como as tentativas de construir um modelo exemplar
de política pública que atende às demandas de regionalização e de promoção (problemática)
da diversidade cultural. Também trataremos de um dos desdobramentos da proposta, o DocTV
AL, buscando desenhar um panorama que desvela uma política pública que é, ao mesmo
tempo, inspirada na militância dos anos 1960 mas em uma chave de autocrítica quanto ao
papel da televisão e do cinema na perspectiva de construção de uma identidade latinoamericana.
7. Holanda, Karla
UFJF
[email protected]
“DocTV como política pública.”
O Programa DocTV funcionou entre 2003 e 2010 e tinha como meta fomentar a produção de
documentários em cada estado brasileiro. Ao mesmo tempo em que promovia a
descentralização da produção, praticava a difusão em rede nacional - os filmes eram exibidos
no mesmo dia e hora através de parceria com as TVs públicas de cada estado. Falaremos sobre
a logística de prática do Programa, bem como as tentativas de construir um modelo exemplar
de política pública que atende às demandas de regionalização e de promoção (problemática)
da diversidade cultural. Também trataremos de um dos desdobramentos da proposta, o DocTV
AL, buscando desenhar um panorama que desvela uma política pública que é, ao mesmo
tempo, inspirada na militância dos anos 1960 mas em uma chave de autocrítica quanto ao
papel da televisão e do cinema na perspectiva de construção de uma identidade latinoamericana.
8. Sepulveda Almendra Filho, Dinaldo
UNILA
[email protected]
“Teorias de cinema, teorias da cidade: aproximações políticas aos imaginários ficcionais
urbanos latino-americanos.”
O objetivo deste texto é iniciar uma reflexão teórica orientada para processos de pesquisa de
maior fôlego sobre as relações entre cinemas e cidades no contexto latino-americano
contemporâneo. Cabe observar, desde as margens e periferias urbanas, como as narrativas de
ficção e os discursos teóricos interpelam e interrogam os sentidos e as experiências de se viver
em cidades conflitadas pela globalização do capitalismo tardio. Assim, sabendo-se que o
cinema é a mais importante forma cultural do século XX e a cidade moderna é a mais
importante forma de organização social, isto é, modernidade cultural e experiência urbana são
termos implicados, o texto traz à baila elementos das discussões teóricas em torno das
vanguardas latino-americanas para problematizar, em um viés estético-político, a categoria de
modernidade “tardia” ou “reflexiva”. Trata-se da ideia de “autoconfronto” dos países ditos
centrais com as consequências de crises e de riscos não previstos da modernidade, resultados
inerentes ao nosso pertencimento periférico e à modernização desigual das nossas cidades. As
relações entre as teorias políticas e os discursos ficcionais de obras contemporâneas servem,
no texto, à construção inicial do debate em torno dos imaginários urbanos latino-americanos a
partir da recuperação crítica da “reflexividade” inerente à nossa própria modernidade
periférica.
9. C. de Souza, Éder
UNILA
[144]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected]
“Cinema, Cultura Histórica e América Latina: perspectivas da Didática da História.”
A Didática da História é um campo de pesquisas voltado à compreensão das formas pelas quais
a história é apropriada, partilhada e difundida socialmente e culturalmente (JEISMANN, 1989;
RÜSEN, 2012). No estudo da Cultura Histórica busca-se compreender como os potenciais de
racionalidade do pensamento histórico atuam na vida prática (RÜSEN, 1994). Essa atuação
pode-se fazer em diversas dimensões – política, cognitiva, estética, moral, religiosa. Entendo o
cinema como artefato cultural da cultura histórica, inicialmente em sua dimensão estética,
mas que se relaciona com as outras dimensões. Nesse sentido, a presente comunicação relata
a fundamentação inicial de um projeto de pesquisa que tem como enfoque compreender
como o estudo das obras fílmicas produzidas na e sobre a América Latina pode contribuir para
definir temas, parâmetros, estereótipos e conceitos que dão sentidos a formas de relação com
a história latino-americana. Por estar em fase inicial, o projeto ainda não conta com
resultados, mas a aproximação com outros pesquisadores que estudam de filmes latinoamericanos é uma proposta para se começar a mapear o campo e desenvolver o diálogo a
partir da fundamentação teórica inicialmente mencionada.
10. Capoano, Edson
Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)
[email protected]
“NósOtros: estudo de produção audiovisual em rede na América Latina.”
O artigo apresenta um estudo de caso que propõe novos métodos para a produção audiovisual
latino-americana. O programa NósOtros, financiado pela Fundación Avina para o
Desenvolvimento da América Latina, aborda a empregabilidade de jovens no continente. O
piloto foi realizado por membros do Curso Iberis, rede de mais de 260 jornalistas latinoamericanos. Do seu próprio país, eles discutiram a linha editorial do programa, através de
ferramentas de comunicação Voip e P2P. Os casos escolhidos estão no México, na Guatemala,
na Argentina e no Brasil.Cada jornalista colaborador produziu uma história local, culturalmente
regional, de forma descentralizada e diversificada do que são as várias facetas da América
Latina. Espera-se debater o hibridismo da produção audiovisual em rede, a glocalidade da
mensagens construídas e a convergência entre tecnologia e diversidade cultural.
11. Dias Fonseca, Eduardo
UNILA
[email protected]
“As leis de fomento ao audiovisual no Mercosul e a identidade.”
Essa proposta de apresentação tem por objetivo identificar, através de um processo
comparativo, as simetrias e assimetrias presentes nas leis de incentivo de fomento ao
audiovisual no Mercosul ( levando em conta o Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai). Para
tanto, a proposta direciona o olhar na direção de identificar como é tematizado o território, o
idioma e a formação da identidade nacional que as leis dos mencionados países apresentam.
Utilizaremos as seguintes leis como parte do processo comparativo: Brasil: Lei 8685, de 1993;
Argentina: Lei 17.741 e adaptado com o decreto 24.377, de 1994; Uruguai: Lei Nº 18.284, de
2008; Paraguai: Pré-projeto de lei em desenvolvimento. Há alguma referência nas leis de
fomento ao audiovisual ao território ou idioma como parte do processo de identificação do
audiovisual destes territórios? Como esses artigos presentes nas leis dariam as diretrizes de
conformação do que seria o filme nacional? Seria através do idioma? Seria através do
território? Da nacionalidade dos seus participes? Através desta proposta de apresentação
[145]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
veremos como essas questões são articuladas nas leis do Brasil Argentina e Uruguai e como o
Paraguai faz uso de algumas ideias das leis para a elaboração do seu projeto de lei.
12. de Pinho Garcia, Estevão
USP
[email protected]
“O cinema moderno latino-americano pós-68: em busca de uma análise comparativa.”
A presente comunicação pretende analisar experiências latino-americanas, associadas às
mudanças e redefinições ocorridas no seio do cinema moderno a partir de 1968, ao buscar
estabelecer análises comparativas entre o cinema brasileiro e o argentino. Em cada uma delas
podemos encontrar exemplos de cineastas ou grupos, conectados à modernidade
cinematográfica, mas que, no entanto, não se alinhavam ao modelo ou movimento que a
maior parte da crítica e da historiografia compreendia como sinônimo de um “autêntico”
cinema moderno latino-americano, em outras palavras, o Nuevo Cine Latinoamericano (NCL).
Assim, ao analisarmos aos filmes do grupo argentino CAM e da produtora brasileira Belair, em
contraposição ao Cinema Novo e ao cinema militante, estudaremos os seus principais
elementos de ruptura com o NCL ao repensar a relação entre política e cinema.
13. Chalupe, Hadija
UFF
[email protected]
“O céu não é o limite - animação, infância e coprodução internacional no Brasil.”
Entendemos como coprodução internacional o processo de realização audiovisual entre uma
ou mais produtoras brasileiras em sociedade com produtoras estrangeiras. Um modelo de
realização adotado por duas ou mais instituições visando divisão de encargos e garantia de
maior viabilidade e difusão do produto audiovisual. A modalidade não se restringe ao cinema,
sendo adotada também para a articulação de projetos para televisão como minisséries,
telefilmes e seriados. Ao examinar a produção de conteúdo e adequação de linguagem neste
estilo de produção audiovisual, assim como políticas e iniciativas para a fomento do
audiovisual infantil, notamos que, contemporaneamente, a forma de realização em
coprodução internacional será o artifício utilizado pelas produtoras para o desenvolvimento e
financiamento de obras animadas destinadas à infância. Analisando seriados animados em
coprodução internacional como Princesas do Mar, Meu Amigãozão e Peixonauta, este trabalho
tem o intuito de refletir sobre as seguintes questões: Como o modelo de coprodução de uma
série utiliza as qualidades, talentos e ideias das duas empresas envolvidas? Como criar uma
identidade para crianças de diferentes nacionalidades? O processo de realização destas
produções leva em consideração o conceito de “identidade global” ilustrando características
que transcendem a barreira territorial?
14. Blázquez, Gustavo
Conicet-Universidad Nacional de Córdoba
gustavoblá[email protected]
“El amor de l@s [email protected] y homosexualidad durante el “destape” en Argentina.”
Esta ponencia se detiene en el análisis de los modelos que permiten imaginar y experimentar
relaciones (homo)afectivas a partir de una serie de films argentinos. Específicamente nos
interesa describir y comparar imágenes elaboradas en el “destape alfonsinista” de mediados
de la década de 1980 relacionadas con encuentros homoeróticos. Las películas consideradas
son “Adiós Roberto” (1985) de Enrique Dawi, “Otra historia de amor” (1986) de Ortiz de Zárate
que presentan el amor entre los muchachos y “Atrapadas” (1984) con dirección de Aníbal Di
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Salvo y “Correccional de Mujeres” (1986) dirigida por Emilio Vieyra que escenifican relaciones
lésbicas. Para acercarnos a esos textos visuales que reservan el amor para los varones y ubican
a las lesbianas en la cárcel nos valemos de la noción de “guiones sexuales” elaborada por
Gagnon y Simon en sus estudios sobre la conducta sexual. ¿Qué guiones organizaban esas
producciones cinematográficas y qué sujetos emergían de ellos? El análisis de esas historias de
amor y sexo cinematográficamente objetivadas nos permitirá describir cómo se decían-hacían
diferencialmente posiciones de género, eróticas y de clase en esos años.
15. Ramos Monteiro, Lúcia
Universidade de São Paulo / Universidade Sorbonne Nouvelle Paris 3
[email protected]
“A mise-en-scène do confronto e as armadilhas do cinema etnográfico na América Latina.”
Para realizar O Sangue do Condor (1969), Jorge Sanjinés precisou convencer a população do
povoado de Kaata, na Bolívia, que recusava o projeto — no livro Teoría y práctica de un cine
junto al pueblo (1979), o cineasta descreve o processo e lamenta não tê-lo incluído no filme.
Pois esse tipo de negociação e de confronto entre aquele que filma e aquele que é filmado
aparece em trabalhos posteriores, de diversos países latino-americanos e em diferentes
registros estéticos. Em um panorama vasto e não exaustivo, trabalhamos filmes e vídeos que
trazem situações de resistência à câmera e de confronto. Do artista plástico de origem chilena
Juan Downey, que inicia seu Laughing Alligator (1979) narrando sua negociação com os
Yanomami (eles só aceitavam ser filmados com a condição de que Downey também o fosse) ao
cineasta brasileiro Andrea Tonacci, que em Serras da Desordem (2006) filma a flecha de
Carapiru apontada para a câmera, cineastas e videastas vêm dando destaque para essas
situações conflituosas, e questionando, através delas, o cinema etnográfico, seus limites e
armadilhas. Nossa abordagem se apoia nos estudos do olhar no cinema desenvolvidos por
Laura Mulvey (primeiro ao tratar da imagem da mulher em Hollywood e mais tarde ao abordar
as imagens coloniais), em teorias perspectivistas e na leitura deleuziana e foucaultiana das
relações de poder envolvidas no olhar.
16. Piedras, Pablo
UNILA-CONICET- UBA
[email protected]
“Apropiaciones de la “road-movie” en el documental latinoamericano reciente.”
La ponencia se focalizará en el estudio de los problemas concernientes a la representación del
desplazamiento y de la movilidad en consonancia con el género de la “road-movie” en algunos
documentales contemporáneos en primera persona, toda vez que estos factores son signos
evidentes de transformaciones de la no ficción en el nuevo siglo. En el transcurso de las
últimas décadas el documental ha pedido su estatus de “discurso de sobriedad”, dejando de
lado los pactos comunicativos de veracidad en favor de nuevas propuestas estéticas que
tienden a relativizar el conocimiento sobre el mundo histórico provisto por los films y a
cuestionar las nociones tradicionales de verdad y certeza. Como han sostenido diversos
teóricos del campo (Michael Renov, Bill Nichols, Carl Plantinga, entre otros), la manifestación
de la subjetividad autoral, la puesta en imágenes de la experiencia personal y el creciente
énfasis en la experimentación formal han provocado modificaciones epistémicas en los
discursos del cine documental. En este marco, el cine de no ficción se ha convertido en un
territorio privilegiado para indagaciones sobre la identidad y la memoria. Las construcciones
visuales del documental contemporáneo tienden a expresar estas transformaciones a través
de la movilidad persistente de sus protagonistas en torno de espacios urbanos y suburbanos,
en relación con lo que John Urry y Mimi Scheller han denominado “mobile turn” (2005). El uso
recurrente del plano secuencia y del travelling, así como la profusión de planos largos desde
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
coches, autobuses y trenes, son exponentes del dinamismo y la fluidez visual que caracterizan
las narrativas de no ficción actuales. Este propuesta analizará los problemas descriptos en un
conjunto de documentales latinoamericanos que comparten los caracteres de la movilidad
normalmente asociados al género “road-movie”: Reynalda del Carmen, mi mamá y yo (Lorena
Giachino, 2006), Fotografías (Andrés Di Tella, 2006), The illusion (Susana Barriga, 2009), Viaje
sentimental (Verónica Chen, 2010) e Hija (María Paz González, 2012).
17. Lapera, Pedro
Fundação Biblioteca Nacional
[email protected]
“Por uma sexualidade tropical-radical: retórica racial e intelectuais negros no cinema
brasileiro dos anos 1970.”
Sendo uma das formas privilegiadas de projetar uma comunidade nacional, os contatos
culturais são o fio condutor de inúmeras narrativas populares difundidas através dos produtos
das culturas erudita, popular e massiva. No caso brasileiro, o mito das três raças
(DaMatta,1988) e a doutrina do luso-tropicalismo foram, ao longo da primeira metade do
século XX, as duas narrativas que legitimaram uma visão gregária das relações raciais. Por meio
de ideólogos como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque de Holanda e da eleição de cânones da
literatura do século XIX, elegeram-se como protagonistas do encontro fundador da nação os
homens brancos e as mulheres índias e negras, obliterando seu aspecto de
dominação.Todavia, essa visão a respeito da mestiçagem e, por conseguinte, da sexualidade
fundadora de uma imaginação nacional brasileira não subsistiria nas décadas seguintes sem
ataques frontais, que trouxeram à cena seus polos preteridos (homens negros e índios e
mulheres brancas). Em se tratando do campo do cinema brasileiro, algumas experiências
fílmicas na década de 1970 contestaram as narrativas dominantes em torno das relações
raciais. Nessa década, houve a realização de alguns filmes por diretores negros, além de outras
produções que destacaram os negros como agentes intelectuais integrantes do campo do
cinema brasileiro. A presente comunicação irá se debruçar sobre três produções do período.
Partindo da reflexão presente no livro Brancos e negros em São Paulo, de Roger Bastide e
Florestan Fernandes, Compasso de Espera (Antunes Filho, 1975) focalizou a trajetória de Jorge
de Oliveira (Zózimo Bulbul) e suas angústias de pensar uma sociedade que tornava o negro
invisível socialmente, somando a isso suas relações amorosas conturbadas com mulheres
brancas. As Aventuras amorosas de um padeiro (Waldyr Onofre, 1976) narra a vida da jovem
suburbana Ritinha que, recém-casada porém infeliz ao lado do marido, envolve-se
amorosamente primeiro com Seu Marques, um padeiro português, para depois trocá-lo por
um amante negro. Por sua vez, em Na Boca do Mundo (Antônio Pitanga, 1978), o argumento é
constituído a partir de um melodrama racial: um triângulo amoroso formado por um jovem
frentista (Pitanga), pela jovem negra Terezinha (Sibele Rúbia) e pela grã-fina branca Maria
Teresa (Norma Bengell).
18. Tassi Teixeira-, Rafael
UNESPAR/UTP
[email protected]
“Identidades Transportadas: Representações Cinematográficas em filmes diaspóricos
brasileiros contemporâneos.”
O trabalho pretende pensar a construção das narrativas cinematográficas nos filmes nacionais
realizados a partir de 1995, analisando-os no âmbito das relações entre os processos de
mobilidade (regional, nacional, internacional e transnacional) e a percepção das subjetividades
em contextos de partida e recepção dos coletivos de brasileiros in between. A problemática
central são as interpretações dos sujeitos migratórios em situação de trânsito (expectativas de
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
partida, integração, retorno, etc.) e seus desenvolvimentos nas leituras cinematográficas mais
recentes, tendo como grupo focal dois filmes brasileiros inscritos no cinema ibero-americano
contemporâneo: Terra Estrangeira (Walter Salles e Daniela Thomas, 1995) e Jean Charles
(Henrique Goldman, 2009). Sobretudo, pensar, através de distintas ‘consciências’ fílmicas, o
conceito de identidade “diaspórica” nos filmes brasileiros realizados a partir da década de
1990. Paralelamente, o trabalho tem o objetivo maior de tentar problematizar a questão
contemporânea dos fluxos migratórios e as representações cinematográficas dos
deslocamentos humanos lidos nas imagens fílmicas e a interpretação do fenômeno nos
estudos visuais, enfocando a produção cinematográfica brasileira mais recente para pensá-la
junto à percepção social do fenômeno da mobilidade latino-americana na atualidade.
19. Osorio Flores, Virginia
UNILA
[email protected]
“A desconstrução do espaço naturalista: influências de Martel no som do cinema brasileiro.”
Nem sempre o som no espaço sonoro dos filmes passa apenas pela questão da localização in
ou off. Por exemplo, o modo como Lucrecia Martel utiliza os sons em seus trabalhos – e a
referência aqui é, principalmente, ao início de O pântano (2001) – estabelece outro tipo de
observação em relação ao espaço construído.
No filme em questão, os sons, além de estarem ligados a seus referentes no que diz respeito à
imagem e à ação (portanto sons in ligados às suas causas), passam uma estranheza ao
espectador, principalmente pelo excessivo volume (no sentido da amplitude) empregado.Esta
e outras películas da autora exerceram uma larga influência no cinema brasileiro
contemporâneo, num movimento de libertação do espaço perspectivista em direção a uma
construção espacial abstrata e subjetiva, no caso do uso do som. O artigo pretende
compreender a forma como trabalha Lucrécia Martel, no sentido do espaço construído pelo
som, e de que maneira se pode observar, na produção brasileira contemporânea, uma
influência destes modos.
20. Aguilera, Yanet
UNIFESP
[email protected]
“O cineasta e as comunidades indígenas.”
Trata-se de analisar o filme, Las banderas del amanecer, para entender os processos de
negociação entre um cineasta branco, da classe média boliviana, e as grandes mobilizações
camponesas e operárias que foram fundamentais para a reabertura do processo democrático
de 1982 e que, em 2005, levaria Evo Morales à presidência da Bolívia. Este filme nos parece
fundamental para refletir sobre a sociedade dual, um dos problemas fundamentais que
enfrenta a sociedade boliviana, e as estratégias que o cineasta usa para conseguir apresentar
os diversos estratagemas da resistência, ação e militância das comunidades indígenas –
urbanas e camponesas –, que mudaram o cenário político neste país.
[149]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 9.00hs - Sala I1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 22:
COLONIALIDADE E RESISTÊNCIA: A TRADUÇÃO DO SUBALTERNO NOS
PROCESSOS POLÍTICOS GLOBAIS
Coordenadores: Antônio Jose Guimaraes Brito - Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD); Marcos Antônio da Silva - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD);Tchella
Fernandes Maso - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) [email protected]
RESUMO: A conjuntura recente da América Latina está marcada por crises políticas,
econômicas e sociais, que sinalizam os desafios históricos do continente. Em meio a atentados
à democracia, déficits fiscais, reprimarização das economias e desigualdades sociais
encontramos o lado obscuro da modernidade inconclusa no continente: a colonialidade. Ao
passo que tal condição se perpetua, vozes dissonantes seguem existindo. Distintas
mobilizações e movimentos sociais apresentam alternativas (ou alter-n-ativas) ancoradas na
ética da igualdade e no respeito ao diferente. A simultaneidade característica do nosso
momento histórico, verificada na coexistência de projetos políticos distintos, é propícia a
avanços e retrocessos no campo da emancipação humana.
Nesse panorama, a crise das representações modernas e coloniais exige uma compreensão
pluriversa da atoricidade política em suas interfaces locais, nacionais e globais. O interesse do
simpósio é acessar a agencia política e seus processos a partir de diferentes perspectivas e
horizontes, enfatizando os mecanismos de resistência, transgressão, insurgência, criação e
invenção. Partindo de pessoas, povos e referenciais subalternizados, espera-se dialogar
conhecimentos que possam ser validados em sua intervenção na realidade. Como premissa
fundacional do dialogo de saberes que o simpósio espera estabelecer destacamos a existência
como resistência, exemplificada na declaração do EZLN: “Con nuestro silencio nos hicimos
presentes. (…) Cuando no habían cámaras, micrófonos, plumas, oídos y miradas, existíamos.
Cuando nos calumniaron, existíamos. Cuando nos silenciaron, existíamos. Y aquí estamos,
existiendo” .
O simpósio visa reunir pesquisadores do campo das Ciências Sociais, incluindo aí Relações
Internacionais, que discutem a atuação de diversos atores políticos engajados com a
transformação da realidade na América Latina contemporânea. Na interface da ciência política,
sociologia, antropologia e relações internacionais, a proposta visa aproximar estudiosos de
diferentes localidades e estimular espaços coletivos de reflexão e debate sobre os atuais
processos políticos, econômicos, sociais, culturais e identitarios na esteira da colonialidade e
modernidade vigentes e suas crises. A partir de uma perspectiva interdisciplinar, espera-se
reunir contribuições teóricas e empíricas sobre: 1) Colonialidade, Política Internacional e
pensamento crítico latino-americano; 2) Estado, Constitucionalismo Intercultural e
Representação Política; 3) Integração regional e soberania popular; 4) Pedagogias de
Transgressão e a vivência em movimentos sociais na América Latina; 5) A subalternidade e a
agência dos índios e afrodescentes na política global.
Atividades complementares:
Troca de Experiências – Oficina com grupos de estudo e pesquisa de distintas universidades
que trabalham com a América Latina e convidados da sociedade civil e movimentos sociais,
[150]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
com o intuito de comunicar vivências, compartilhar estudos e estimular o diálogo de saberes.
Organização: Laboratório interdisciplinar de estudos sobre América Latina da Universidade
Federal da Grande Dourados (LIAL-UFGD).
Amostra de Audiovisual: filmes latino-americanos, com ênfase em movimentos de resistência e
de luta por justiça democrática. Debatidos por pesquisadores e pessoas ligadas a movimentos
sociais.
RESUMOS
1. Souza Alves da Silva, Vivian
PPCIS/UERJ e LEMTO/UFF
[email protected]
“A (RE)CONSTRUÇÃO TRANSMODERNA DO FEMINISMO: Movimento de Mulheres Negras e a
construção de uma perspectiva feminista negra no Brasil dos anos 1980.”
A classificação social da população mundial na ideia de raça colocou em posição de
subalternidade imensos contingentes de pessoas que, trazidos como mercadorias do
continente africano, foram categorizados como “negros”. A colonialidade do poder os
condenou, pelo escuro de suas peles, a testemunhar o lado obscuro da modernidade. Se o
sistemático processo de negação de suas histórias, modos de vida, formas de pensamento e
legados culturais produziu a subordinação de toda uma heterogeneidade contida na
classificação “negro”; produziu igualmente estratégias de resistência e luta que por muitas
vezes incorporou a classificação do colonizador, subvertendo-a e enchendo-a de um
significado positivo de (com)unidade. Nesse sentido, a transmodernidade e o pensamento de
fronteira são antigos conhecidos desses povos. Com a emergência do feminismo no Brasil nos
anos 1970, muitas mulheres negras passaram a reclamar a construção de uma perspectiva
feminista que assumisse o desafio intelectual de complexificar o sujeito mulher, entendendo
que sua posição social está determinada pelo entrecruzamento entre seu gênero, sua raça, a
classe social a que pertence, entre outros marcadores. Assim, o artigo tem o objetivo de, a
partir do pensamento de mulheres militantes do Movimento de Mulheres Negras (MMN) dos
anos 1980, fazer uma leitura da construção de uma perspectiva feminista negra no país.
Admitindo que o feminismo é uma conceituação cujas origens remontam a um legado
ideológico Iluminista, pretende-se defender a ideia de que o feminismo negro em questão
baseia-se em uma lógica transmoderna; isto é: que não ignora a origem moderna dessa
construção, mas subverte-a em aspectos cruciais e a ressignifica a partir de outras referências
intersubjetivas.
2. Wingler Borba Santiago, Vinícius
IRI/PUC-Rio
[email protected]
“O encontro colonial e o problema da diferença nas Relações Internacionais dentro do
Estado Brasileiro: o nosso outro sob o olhar do cinema.”
Este trabalho visa analisar como o encontro colonial entre o eu e o outro se dá na política
internacional e como essa política dos encontros se traduz no problema da diferença para as
relações internacionais. A política internacional moderna opera nas bases da distinção entre o
dentro/fora, o doméstico/internacional concebendo e naturalizando uma política internacional
cujo modus operandi se caracteriza pelo espaço de ordem no plano doméstico, e caos e
conflito no internacional. Essa lógica dos binarismos que permeia o pensamento político
moderno das Relações Internacionais permite que a diferença seja arremessada para fora do
campo doméstico, para o internacional no intuito de ser erradicada. Essa leitura pode ser feita
dentro das fronteiras nacionais na medida em que o outro interno, a diferença, a saber, o
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
espaço da favela no Brasil, também seja erradicado e o encontro com esse espaço se dá de
modo a assimilar e/ou erradicar essa diferença como visto pelas recentes políticas de
“pacificação”. Esse resquício de colonialidade confere ao outro um lócus de enunciação e um
caráter de agência, de resistência no processo político. Esse empoderamento do subalterno se
faz presente através das narrativas midiáticas, como o cinema, cujo poder de representação
(re)cria subjetividades, espacialidades e temporalidades.
3. Pernomian, Thiago
UFGD
[email protected]
“Aimé Césaire e a recusa da submissão: estratégias culturais de resistência ao colonialismo.”
O presente trabalho tem como intenção tecer considerações sobre a figura de Aimé Césaire
enquanto representante do movimento Négritude e, de uma forma mais abrangente, da
população negra em geral, como se pode considerá-lo segundo o conceito de “intelectual
orgânico” de Antonio Gramsci. Debruça-se aqui, para tanto, sobre o seu Discours sur le
colonialisme, identificando nesse escrito de caráter político as estratégias de resistência e
libertação em relação ao domínio colonial exercido pela Europa em diversos territórios
habitados por povos de cor negra. Essas estratégias desenvolvidas pelo autor estão ligadas ao
fortalecimento de uma identidade negra, que una tanto os negros da América Latina quanto os
da África, estabelecendo assim vínculos culturais que independam da localização geográfica e
possam contrapor-se ao colonialismo exercido pelo homem europeu/branco/capitalista.
4. Rodriguez Soler, Angel
Profesor e Investigador de la Universidad de las Ciencias Informaticas (UCI).
[email protected]; [email protected]
“Redes Sociales como forma de RESISTENCIA: evolución de un escenario tecnocientífico con
impacto en la con figuración de la vida política moderna.”
Los medios constituyen un elemento esencial del sistema representativo, proceso central de
las democracias contemporáneas. Los medios son los instrumentos principales que permiten a
los individuos tener acceso a la esfera de lo político a través de la representación de la política
que éstos ofrecen. Asimismo permiten llevar la política a la escena y entrar así en contacto
con los individuos. La democracia representativa como modelo político necesita participar de
la escena mediática para poder ejercerse. Sin este nuevo espacio, la política o lo político, tal
como está estructurado hoy en día, ni siquiera existe, por tanto, no puede funcionar. A través
de las prácticas del debate que se están dando en las redes, está aproximándose a la
construcción del discurso y con él del consenso a partir de los nuevos espacios de la
cotidianidad que significan las redes. De manera que las nuevas formas de participación
ciudadana, la apropiación o reapropiación de ellas, están condicionando la construcción de
una nueva sensibilidad y un nuevo cuerpo colectivo.
5. Fabelo Concepcin, Sunamis
Profesora e Investigadora del Centro de Investigaciones de Poltica Internacional (CIPI).
[email protected];
“Redes Sociales como forma de RESISTENCIA: evolución de un escenario tecnocientífico con
impacto en la con figuración de la vida política moderna.”
Los medios constituyen un elemento esencial del sistema representativo, proceso central de
las democracias contemporáneas. Los medios son los instrumentos principales que permiten a
los individuos tener acceso a la esfera de lo político a través de la representación de la política
que éstos ofrecen. Asimismo permiten llevar la política a la escena y entrar así en contacto
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
con los individuos. La democracia representativa como modelo político necesita participar de
la escena mediática para poder ejercerse. Sin este nuevo espacio, la política o lo político, tal
como está estructurado hoy en día, ni siquiera existe, por tanto, no puede funcionar. A través
de las prácticas del debate que se están dando en las redes, está aproximándose a la
construcción del discurso y con él del consenso a partir de los nuevos espacios de la
cotidianidad que significan las redes. De manera que las nuevas formas de participación
ciudadana, la apropiación o reapropiación de ellas, están condicionando la construcción de
una nueva sensibilidad y un nuevo cuerpo colectivo.
6. Cruz Piedrafita, Maibet
Especialista de la Universidad de las Ciencias Informáticas (UCI)
[email protected]; [email protected]
“Redes Sociales como forma de RESISTENCIA: evolución de un escenario tecnocientífico con
impacto en la con figuración de la vida política moderna.”
Los medios constituyen un elemento esencial del sistema representativo, proceso central de
las democracias contemporáneas. Los medios son los instrumentos principales que permiten a
los individuos tener acceso a la esfera de lo político a través de la representación de la política
que éstos ofrecen. Asimismo permiten llevar la política a la escena y entrar así en contacto
con los individuos. La democracia representativa como modelo político necesita participar de
la escena mediática para poder ejercerse. Sin este nuevo espacio, la política o lo político, tal
como está estructurado hoy en día, ni siquiera existe, por tanto, no puede funcionar. A través
de las prácticas del debate que se están dando en las redes, está aproximándose a la
construcción del discurso y con él del consenso a partir de los nuevos espacios de la
cotidianidad que significan las redes. De manera que las nuevas formas de participación
ciudadana, la apropiación o reapropiación de ellas, están condicionando la construcción de
una nueva sensibilidad y un nuevo cuerpo colectivo.
7. Riquena Barbosa, Regiane
UFGD
[email protected]
“COLONIALIDADE E EUROCENTRISMO NA AMÉRICA LATINA, UM OLHAR SOBRE O DISCURSO
DE ANÍBAL QUIJANO.”
A reflexão apresentada neste breve resumo é fruto dos debates realizados no grupo de
pesquisa “A tradução do subalterno no projeto político-epistêmico de superação da
colonialidade na América Latina”, em particular os avanços da iniciação científica intitulada
“Colonialidade e Eurocentrismo na América Latina, um olhar sobre o discurso de Aníbal
Quijano”, apresentando os conceitos por ele elaborados e revisando o conjunto da produção
teórico-política, com ênfase nos conceitos de colonialidade e eurocentrismo aplicados à
compreensão da América Latina. Pautado na trajetória do padrão de poder hegemônico de
origem europeia e na forma como este foi imposto à população mundial, Quijano oferece
ferramentas importantes para a compreensão da política global. Destacando a partir de uma
perspectiva latino-americana um elemento central, excluído por grande parte das análises em
Relações Internacionais: a colonialidade. O artigo visa trazer autores da América do Sul para
debater o atual processo de conflitos vividos e sentidos acerca dos conceitos de nação, de
identidade e de democracia, e sobre a busca de uma re-identificação latina, visando uma
transformação social emancipatória.
8. Moura Andrade, Mariana
Universidade Federal de Uberlândia.
[email protected]
[153]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“UMA ANÁLISE PÓS-COLONIAL SOBRE O DESENVOLVIMENTO: O discurso do presidente
Barack Obama na cúpula de revisão dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.”
O presente trabalho busca sintetizar as noções de desenvolvimento em relações internacionais
- notadamente as visões tradicionais que propõem a pobreza como condição dada e a ser
superada - e provocar sua problematização, sob a perspectiva pós-colonial. Como ponto de
partida da análise, será utilizado o discurso do presidente Barack Obama na cúpula de revisão
dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, em 2010. A partir de tal discurso, pode-se
depreender as principais problemáticas do discurso do desenvolvimento, que como objeto de
análise pós-colonial, cria subjetividades e informa práticas e instituições a fim de manter o
chamado “mundo em desenvolvimento” sob o julgo normativo do mundo dito desenvolvido. A
análise aborda temas como a problematização e securitização da pobreza, a construção
discursiva da divisão entre Primeiro e Terceiro Mundo, desenvolvendo argumentos póscoloniais que percebem continuidade entre o discurso colonial e o discurso
desenvolvimentista, que propõe medidas para que nações pobres alcancem desenvolvimento
quando o que o se percebe na prática é a agudização das assimetrias entre mundo
desenvolvido e subdesenvolvido.
9. Yatim, Leila
(UNIOESTE)
[email protected]
“La Vía Campesina: movimento transnacional de resistência.”
O movimento transnacional denominado La Vía Campesina, surge no espaço internacional,
oficialmente em 1993, na Bélgica, como uma organização inédita ao incorporar outros
movimentos sociais de origens local, regional e nacional. Tal característica, aliada as bandeiras
do movimento – em especial a soberania alimentar – constituem um corpo político robusto na
resistência ao modelo de globalização neoliberal em curso. Nesse sentido, o presente trabalho
busca, a partir de uma interface com as Relações Internacionais, observar como a prática do
movimento rompe com o discurso monolítico e fechado das teorias hegemônicas da disciplina.
A transnacionalidade do movimento, a construção de categorias e bandeiras que manifestam
as necessidades da América Latina consituem um desafio as teorias hegemônicas e
demonstram a construção de um modelo desde aqui e para aqui. Para tal empreendimento,
serão utilizados os documentos do movimento, além de ser realizada uma revisão
bibliográfica.
10. Lyrio Gonçalves, Laura
UNB
[email protected]
“Colonialidade do poder, classe e raça: Aníbal Quijano e o lugar das mulheres na América
Latina.”
Este artigo busca retomar o texto “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”,
de Aníbal Quijano, debatendo os elementos dispostos pelo autor com assuntos de gênero.
Quijano recupera a experiência colonial dos povos latino-americanos para compreender as
atuais estruturas de dominação e de exploração, com base na ideia de que persiste uma
colonialidade do poder e do saber. No texto em estudo, o autor identifica uma histórica
classificação hierárquica dos sujeitos latino-americanos, de acordo com a ideia de raça elaboração mental europeia tão poderosa que possibilitou uma nova essência de dominação,
capaz de consolidar a estrutura capitalista de controle do trabalho. Essa é uma obra de amplo
reconhecimento nas discussões contemporâneas acerca da América Latina; contudo, Quijano
faz poucas considerações quanto ao lugar das mulheres. Com o objetivo geral de refletir sobre
[154]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
os desafios contemporâneos para a emancipação humana, este artigo busca, especificamente,
refletir acerca das considerações de Quijano em relação a colonialidade, classe e raça, por
meio de uma intersecção de gênero. Enfim, a intenção é explorar problematizações a respeito
da identidade latino-americana e do papel historicamente conferido às mulheres.
11. Santos Silva, Sandra Regina
UNB
[email protected]
“Colonialidade do poder, classe e raça: Aníbal Quijano e o lugar das mulheres na América
Latina.”
Este artigo busca retomar o texto “Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina”,
de Aníbal Quijano, debatendo os elementos dispostos pelo autor com assuntos de gênero.
Quijano recupera a experiência colonial dos povos latino-americanos para compreender as
atuais estruturas de dominação e de exploração, com base na ideia de que persiste uma
colonialidade do poder e do saber. No texto em estudo, o autor identifica uma histórica
classificação hierárquica dos sujeitos latino-americanos, de acordo com a ideia de raça elaboração mental europeia tão poderosa que possibilitou uma nova essência de dominação,
capaz de consolidar a estrutura capitalista de controle do trabalho. Essa é uma obra de amplo
reconhecimento nas discussões contemporâneas acerca da América Latina; contudo, Quijano
faz poucas considerações quanto ao lugar das mulheres. Com o objetivo geral de refletir sobre
os desafios contemporâneos para a emancipação humana, este artigo busca, especificamente,
refletir acerca das considerações de Quijano em relação a colonialidade, classe e raça, por
meio de uma intersecção de gênero. Enfim, a intenção é explorar problematizações a respeito
da identidade latino-americana e do papel historicamente conferido às mulheres.
12. Demelenne, Julien
Universidad Federal de Integración Latinoamericana (UNILA)
[email protected]
“Paraguay: La Resistencia Tranquila.”
Existe una tendencia a analizar al pueblo paraguayo desde una visión de apatía política, o
inclusive, como un país sin sociedad con destinos eternos. Muchas veces estas
interpretaciones parten de análisis centrado meramente en las instituciones políticas formales
olvidando como durante la dictadura stronista imperó la fachada democrática por más de 35
años, así como el reciente golpe de Estado de 2012 fue legitimado a través del discurso
institucional. Es por ello que urge analizar a la política desde otros espacios. Empezamos la
búsqueda de ese camino en el cotidiano de la población. Nadie consigue explicar la gran
paradoja de su lengua mayoritariamente hablada: el Guarani. Lengua que es fuertemente
excluida de los debates políticos oficiales y de los mismos documentos e instituciones oficiales.
Pero el guaraní resiste en el cotidiano de la gente y la lengua se presenta como una expresión
política. El guaraní sería uno de esos elementos que conformarían esa “tranquilidad”
paraguaya. Tranquilidad presente en el ser paraguayo, tranquilidad que es mucho más activa
que pasiva. De esta forma proponemos que a partir de una descolonización epistémica de la
idea de política podamos iniciar el análisis de expresiones de la misma en otros espacios del
cotidiano de la población paraguaya.
13. Machado Dias, Júlia
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
[email protected]
[155]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“A COLONIALIDADE DO DESENVOLVIMENTO: O Estado Plurinacional e as Alternativas à
Dominação Subjetiva.”
O Estado Plurinacional da Bolívia apresenta formas alternativas de participação política, de
forma a buscar que a sociedade formule suas próprias soluções em relação à suas contradições
internas. Esta nova forma organizativa oferece desafios tanto às perspectivas tradicionais do
pensamento político moderno quanto ao campo tradicional das Relações Internacionais. Este
trabalho tem como objetivo problematizar a concepção moderna de desenvolvimento e se os
mecanismos da “colonialidade do poder”, conforme Quijano, geraram sua aceitação nas
sociedades latinoamericanas. Argumenta-se que a dominação subjetiva advém de perspectivas
eurocêntricas e se desdobra na concepção do Estado-nação e do desenvolvimento políticoeconômico, colocando-os como modelos a serem seguidos pelos Estados que convencionou-se
chamar de subdesenvolvidos. Usando aportes pós-coloniais e a concepção indígena do Sumak
Kawsay, propomos uma reflexão acerca das atuais estruturas de poder da sociedade,
encarando-as como sendo excludentes e propiciando um debate em torno de alternativas que
não perpetuem a subalternização dos povos, a partir do caso boliviano.
14. de Assis Almeida, Lucas
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
[email protected]
“A COLONIALIDADE DO DESENVOLVIMENTO: O Estado Plurinacional e as Alternativas à
Dominação Subjetiva.”
O Estado Plurinacional da Bolívia apresenta formas alternativas de participação política, de
forma a buscar que a sociedade formule suas próprias soluções em relação à suas contradições
internas. Esta nova forma organizativa oferece desafios tanto às perspectivas tradicionais do
pensamento político moderno quanto ao campo tradicional das Relações Internacionais. Este
trabalho tem como objetivo problematizar a concepção moderna de desenvolvimento e se os
mecanismos da “colonialidade do poder”, conforme Quijano, geraram sua aceitação nas
sociedades latinoamericanas. Argumenta-se que a dominação subjetiva advém de perspectivas
eurocêntricas e se desdobra na concepção do Estado-nação e do desenvolvimento políticoeconômico, colocando-os como modelos a serem seguidos pelos Estados que convencionou-se
chamar de subdesenvolvidos. Usando aportes pós-coloniais e a concepção indígena do Sumak
Kawsay, propomos uma reflexão acerca das atuais estruturas de poder da sociedade,
encarando-as como sendo excludentes e propiciando um debate em torno de alternativas que
não perpetuem a subalternização dos povos, a partir do caso boliviano.
15. de Paula Narciso Rocha, Mateus
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
[email protected]
“A COLONIALIDADE DO DESENVOLVIMENTO: O Estado Plurinacional e as Alternativas à
Dominação Subjetiva.”
O Estado Plurinacional da Bolívia apresenta formas alternativas de participação política, de
forma a buscar que a sociedade formule suas próprias soluções em relação à suas contradições
internas. Esta nova forma organizativa oferece desafios tanto às perspectivas tradicionais do
pensamento político moderno quanto ao campo tradicional das Relações Internacionais. Este
trabalho tem como objetivo problematizar a concepção moderna de desenvolvimento e se os
mecanismos da “colonialidade do poder”, conforme Quijano, geraram sua aceitação nas
sociedades latinoamericanas. Argumenta-se que a dominação subjetiva advém de perspectivas
eurocêntricas e se desdobra na concepção do Estado-nação e do desenvolvimento políticoeconômico, colocando-os como modelos a serem seguidos pelos Estados que convencionou-se
chamar de subdesenvolvidos. Usando aportes pós-coloniais e a concepção indígena do Sumak
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Kawsay, propomos uma reflexão acerca das atuais estruturas de poder da sociedade,
encarando-as como sendo excludentes e propiciando um debate em torno de alternativas que
não perpetuem a subalternização dos povos, a partir do caso boliviano.
16. Darling, Jacqueline
[email protected]
“Encuentros deserotizados, afectos productivos. Una reflexión sobre la sexualidad y los
modos de relacionarse en el capitalismo moderno.”
Partiendo de la idea de que la voluntad de saber propia del discurso científico occidental se
ampara en una construcción de verdad sujeta a la formación social en la que está inmersa,
hemos abordado cómo se ha construido “la verdad en torno al sexo” de acuerdo a los
discursos que circulan en torno a éste. Lejos de una mirada nostálgica que concibe los vínculos
humanos propios del pasado como ideales, procuramos dar cuenta de los mecanismos y
dispositivos que están forjando nuevas subjetividades. Hemos advertido entonces, que las
relaciones afectivas son incentivadas y fagocitadas desde una lógica del consumo, regida por
un imperativo ligado al goce y a la constitución de una moralidad hedonista. En este sentido,
cabe dar cuenta de la importancia del sexo como blanco de tecnologías disciplinarias por su
localización estratégica en la intersección entre el cuerpo individual y la población: afecta a
ambos objetivos del biopoder, la mayor prueba acerca del porqué es permanente suscitado y
no reprimido (cómo se suele entender). El sexo, en tanto significante único, constituye un
principio de normalidad. Considerando una sociedad que a diferencia de su antecesora en la
que el poder soberano poseía el poder sobre la muerte, el poder se ejerce en el nivel de los
procesos vitales.
17. Marciani, María Florencia
[email protected]
“Encuentros deserotizados, afectos productivos. Una reflexión sobre la sexualidad y los
modos de relacionarse en el capitalismo moderno.”
Partiendo de la idea de que la voluntad de saber propia del discurso científico occidental se
ampara en una construcción de verdad sujeta a la formación social en la que está inmersa,
hemos abordado cómo se ha construido “la verdad en torno al sexo” de acuerdo a los
discursos que circulan en torno a éste. Lejos de una mirada nostálgica que concibe los vínculos
humanos propios del pasado como ideales, procuramos dar cuenta de los mecanismos y
dispositivos que están forjando nuevas subjetividades. Hemos advertido entonces, que las
relaciones afectivas son incentivadas y fagocitadas desde una lógica del consumo, regida por
un imperativo ligado al goce y a la constitución de una moralidad hedonista. En este sentido,
cabe dar cuenta de la importancia del sexo como blanco de tecnologías disciplinarias por su
localización estratégica en la intersección entre el cuerpo individual y la población: afecta a
ambos objetivos del biopoder, la mayor prueba acerca del porqué es permanente suscitado y
no reprimido (cómo se suele entender). El sexo, en tanto significante único, constituye un
principio de normalidad. Considerando una sociedad que a diferencia de su antecesora en la
que el poder soberano poseía el poder sobre la muerte, el poder se ejerce en el nivel de los
procesos vitales.
18. Barzola, Erika
Universidad Siglo 21; SECyT – CEA – UNC
[email protected]
“La resistencia asamblearia al embate colonial del siglo XXI. La experiencia de la Asamblea
Malvina Lucha por la Vida.”
[157]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
A lo largo de la presente ponencia se pretende ahondar en la dinámica de la colonialidad del
ser del saber y del poder en el contexto Latinoamericano. Para ello, presentaremos un análisis
del caso socio-ambiental que enfrenta a la Asamblea “Malvinas Lucha por la Vida” y a la
multinacional Monsanto, en la provincia de Córdoba- Argentina. La esencia del saber y del
hacer tecnológico de la sociedad occidental se encuentra vinculada con la separación judeocristiana entre Dios, el hombre y la naturaleza. Para Lander (2011), la separación judeocristiana así como la ruptura ontológica propuesta por Descartes entre cuerpo y mente – razón
y mundo fueron las que contribuyeron a concebir un tipo particular de conocimiento dessubjetivado, que no se encuentra presente en otras culturas. Este conocimiento fue el
impulsor del ideal de “progreso” capitalista occidental, al que podemos caracterizar por poseer
regímenes propios de acumulación y desarrollo a partir de los que las economías capitalistas
de los países desarrollados (mediante las multinacionales) basan sus actividades extractivas sin
considerar los costos ecológicos de lo que es concebido como “el crecimiento” y “el progreso”.
19. Reis, Claudio; Chiara dos S. Libraiz, Amanda; Camargo Ferreira, Camila; Medina da Cruz,
Fabiane; Vianna Longhi, Gabriela; Regiane Fernandes Capelaxio, Maíra; Trindade Rodrigues,
Ramille
UFGD
[email protected]
“Filosofia da Práxis como tradutibilidade do subalterno: leituras iniciais.”
A proposta de discussão apresentada aqui, busca ressaltar a possibilidade de identificar no
âmbito da filosofia da práxis aspectos fundamentais para se analisar a questão do subalterno entendido aqui como aquele que vive "à margem da história". Ainda que essa filosofia
revolucionária tenha surgido num terreno operário, em países altamente industrializados, a
sua intervenção teórico-prática mostrou-se concreta em vários países pouco desenvolvidos em
termos capitalistas. Ao longo do século XX é possível perceber uma influência bastante ampla
da filosofia da práxis em vários contextos históricos, marcados por uma heterogeneidade
social e política considerável. Teoricamente, Lenin traduziu essa filosofia para uma realidade
amplamente camponesa. Gramsci, partindo da definição de subalterno como aquele que vive
"à margem da história", avança ainda mais sobre essa questão. Esse avanço teórico foi
impulsionado pelas forças concretas, isto é, a partir do século XX, foi urgente a tentativa de
entender a transformação radical não apenas com referência a um sujeito, o operário, mas a
amplas camadas sociais não operárias. Portanto, será ressaltada aqui a capacidade da filosofia
da práxis, nascida no centro do capitalismo, em se se traduzir nas periferias do sistema.
20. Medina da Cruz, Fabiane
UFGD
[email protected]
“AÇÃO FEMINISTA: POTENCIAIS DE MUDANÇAS.”
O presente trabalho procura identificar as possibilidades que a ação feminista guarda com os
potenciais de mudança apontando a mulher como sujeito subalterno, e mostrando que esse
trânsito cognitivo tem assumido um importante papel sob os referenciais discursivos e
conceituais na teoria social rumo a decolonização do saber na contemporaneidade.
Ultimamente acompanhamos através do movimento de mulheres zapatistas que as mulheres
não precisam ser romantizadas. E como sujeitos das relações de gênero são também afetadas
pelos interesses de classe, dos estados nacionais e da expansão capitalista. Aproximando um
contingente expressivo às lutas por emancipação do subalterno, fazendo frente em antigos
redutos masculinos e denunciando projetos de dominação hegemônica por meio da negação
de propriedades, expropriações e apropriações epistemológicas, renovando o glossário de
significados de ‘ser mulher’ e de ‘luta social’. Portanto, pretendemos ressaltar a capacidade da
[158]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
ação feminista relativa aos potenciais de mudança a partir da dialética entre classe, gênero,
raça, etnia. Ora entendido também como patriarcado, racismo e capitalismo, desvendando
que as desigualdades entre homens e mulheres estão situados numa ordem determinada pela
produção, troca e consumo, além das evidencias das dimensões simbólicas na produção das
subjetividades.
[159]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala J2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 23:
VIOLÊNCIA INTRAFAMILIAR CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES E
POLÍTICAS PÚBLICAS
Coordenadores: André Viana Custódio, Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito –
Mestrado e Doutorado - Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC e Coordenador do Núcleo
de Estudos em Direitos Humanos de Crianças, Adolescentes e Jovens da UNISC, Coordenador
do Projeto de Pesquisa Violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes e políticas
públicas, financiado pelo CNPq. [email protected]; Suzéte da Silva Reis (Doutoranda
em Direito e Professora da Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC); Ismael Francisco de
Souza (Doutorando em Direito na UNISC, Professor do Curso de Direito da Universidade do
Extremo Sul Catarinense (UNESC), Pesquisador do Núcleo de pesquisa em Política, Estado e
Direito (NUPED), e do Laboratório de Direito Sanitário e Saúde Coletiva (LADSSC).
RESUMO: A violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes representa uma
ameaça aos direitos fundamentais e seu enfrentamento demanda um olhar e uma intervenção
embasados em pressupostos teóricos e em uma análise criteriosa da realidade social. A
violação dos direitos de crianças e adolescentes no Brasil e na América Latina precisa de
compreensão fundada na sua própria complexidade levando-se em considerações as
peculiaridades contidas na questão da violência intrafamiliar. Assim, pretende-se não só
debater a violação dos direitos de crianças e adolescentes através de seus reflexos históricos,
jurídicos e políticos, mas propor alternativas para a real efetivação dos direitos fundamentais,
por meio da alteração ou ajustes nas políticas públicas de combate a violência intrafamiliar.
Embora, os direitos da criança e do adolescente encontrem-se protegidos nos textos
constitucionais, bem como em legislação específica, há ainda o déficit na materialização destes
direitos, de forma que a alteração do quadro de violação a tais direitos carece de uma
organização conjunta dos entes sociais, como pode ocorrer através das políticas públicas. A
violência existente no contexto da sociedade atual é extremamente complexa e,
invariavelmente, relacionada com os problemas econômicos existentes. Entretanto, creditar o
descompasso das relações humanas unicamente à pobreza e à desigualdade social seria
ignorar diversos fatores, notadamente fatores políticos, culturais, sociais, dentre outros.
Assim, é importante perceber a relação entre o controle social no contexto da sociedade
contemporânea e os conflitos sociais, fazendo uma abordagem interdisciplinar a fim de
compreender o efeito propugnado pelo neoliberalismo em estabelecer, através de rigorosos
sistemas de controle social, em detrimento de assegurar políticas públicas sociais, tentando
compreender quais os verdadeiros motivos do discurso da atual sobre a falta de efetividade
dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes. O objetivo do presente simpósio é
desenvolver o embasamento teórico sobre os direitos infanto-juvenis e aprofundar a reflexão
sobre as políticas públicas de proteção, promoção, atendimento à situação de violência
intrafamiliar, apontando ajustes e alterações nas formas de combate a tais violações de
direitos fundamentais.
RESUMOS
1. Souza, Izabela Jatene de
Universidade Federal do Pará – UFPA
[email protected]
Chaves, Jadson Fernandes
[160]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
ISCTE- IUL-Instituto universitário de Lisboa
[email protected]
Oliveira, Andreici Marcela Araujo de; Bittencourt, Jorge Antônio Santos; Fonseca, Eugênia;
Aviz, Alan Silva de
Casa Civil-Pa
[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]
“O projeto Pro Paz Integrado: propondo alternativas para a efetivação de direitos sociais.”
O PRO PAZ Integrado tem como missão a atenção a crianças, adolescentes e mulheres em
situação de risco e de violência, através da integração dos serviços médico, psicossocial, de
defesa social e perícia. Tudo isso em um único espaço, promovendo o atendimento integral,
interdisciplinar e de qualidade às vítimas e suas famílias. Atualmente, o projeto conta com
unidades de atendimento em Belém, capital do Pará, e em municípios do interior, funcionando
em rede, a Rede de Enfrentamento, que reúne vários órgãos governamentais e entidades não
governamentais. O projeto atua de forma estratégica, com informações atualizadas
constantemente, reunidas em um banco de dados que permitem o acompanhamento
constante das ocorrências. Esse formato é apontado pelo Ministério da Saúde como modelo
na atenção à saúde integral de vítimas de violência. Apresentar os resultados dessa atuação é
o objetivo deste trabalho, que mostra os índices de violências sofridas por crianças e
adolescentes dentro dos seus lares, a partir de registros nas unidades do Projeto.
2. FALCADE-PEREIRA, Ires Aparecida
SEED, NEAS, NEPS
[email protected]
ASINELLI-LUZ, Araci
UFPR, NEAS, NEPS
[email protected]
“Violência intrafamiliar e o cuidado de crianças e adolescentes – implicações no
desenvolvimento de mulheres privadas de liberdade.”
Este artigo aborda dados da dissertação de mestrado Ética do cuidado x ética da justiça: o
olhar de estudantes privadas de liberdade (2013) - Gilligan (1990) com enfoque referente a
violência intrafamiliar de crianças e adolescentes mulheres. Assim a pesquisa qualitativa e
exploratória aborda os impactos do cuidado recebidos e violências sofridas na infância, bem
como os seus reflexos no desenvolvimento humano e as consequências em suas vidas a partir
do espaço de privação de liberdade. Este estudo teve como participantes dez mulheres do
Sistema Penitenciário, sendo coletado os dados através da entrevista, grupo focal e narrativa.
Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPR. Como resultados são
evidenciados a necessidade de contemplar como direito humano, políticas públicas de apoio e
suporte social às famílias, crianças e adolescentes em situação de pobreza e exclusão no que
concerne aos cuidados básicos aplicados a esta população, ao mesmo tempo em que
comprova a vulnerabilidade de gênero no cotidiano social e na consequente privação de
liberdade.
3. BUENO, Rosa Elena
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
[email protected]
NEVES, Aline do Rocio; XAVIER, Adão Aparecido
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR)
[email protected]; [email protected]
ASINELLI-LUZ, Araci; DARO’Z, Marlene S.
[161]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
[email protected]; [email protected]
“Violência intrafamiliar do micro ao macrossistema: uma perspectiva bioecológica para
pensar a educação por meio da literatura em interface com direitos humanos.”
O presente artigo emerge como fruto do PDE – Programa de Desenvolvimento Educacional,
ofertado pela Secretaria Educação (SEED / PR - 2013). Elaborou-se um projeto sobre
“Literatura em Interfaces com Direitos Humanos”. Como metodologia, foi utilizado o filme e o
romance “Capitães da Areia”, de Jorge Amado (1937), que narra a história dos meninos de rua
em Salvador na década de trinta e as estratégias de sobrevivência, dentre outros assuntos
como a infância abandonada pela família e pela falta de políticas públicas efetivas, a
prostituição, a varíola, o comunismo e as diversas manifestações de violências no ambiente
intra e extrafamiliar. Envolveu alunos do Ensino Médio, bem como comunidade intra e
extraescolar, lideranças comunitárias, representantes das instâncias colegiadas e do fórum de
Combate à Violência. Os debates sobre violação de direitos, desde os micros aos
macrossistemas foram delineados a partir do paradigma bioecológico proposto por
Bronfrenbrenner (2011). Espera-se sensibilizar sobre a importância de um trabalho em rede,
no qual todos os segmentos envolvam efetivamente no desenvolvimento (social, cultural,
afetivo e cognitivo), de crianças e adolescentes, visando à edificação de subjetividades
humanizadas.
4. Dias, Felipe da Veiga; Chaves, Patrícia Adriana
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
[email protected]; [email protected]
“A erradicação da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes através das práticas
restaurativas.”
O objeto do presente estudo é a violência contra criança e adolescente no âmbito familiar. O
objetivo geral irá debater acerca da violência intrafamiliar sofrida por crianças e adolescente,
um comportamento que denota a cultura histórica repressora e de educação violenta, que
buscou sempre a disciplina através do medo, deixando as vítimas em situação de
vulnerabilidade. Os objetivos específicos estão relacionados ao conceito de violência
intrafamiliar, diferenciando-a da violência doméstica, compreendendo assim a amplitude
dessa prática, bem como confrontando-a com a atual legislação brasileira e a Teoria da
Proteção Integral, além da possibilidade de implementação das práticas restaurativas como
forma de combater tais agressões e violações de direitos às crianças e adolescentes. A
metodologia de abordagem utilizada é a dedutiva, e como método de procedimento o
monográfico, aduz-se ainda a técnica de pesquisa de documentação indireta. A intenção do
estudo vai além de abordar a problemática da violência intrafamiliar, mas apresentar uma
proposta inovadora, que busca com as práticas restaurativas uma forma de erradicar o
problema exposto e implementar um novo conceito de educação e proteção aos Direitos da
Criança e do Adolescente.
6. MELLER, Diogo Lentz; Moreira, Rafael Bueno da Rosa
Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC
[email protected]; [email protected]
“A violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes e as políticas públicas de
enfrentamento.”
A violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes é um problema que afeta o
desenvolvimento integral durante a infância. O direito da criança e do adolescente, desde uma
perspectiva internacional, vem buscando garantir, a proteção jurídica contra qualquer forma
[162]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
de violência sexual contra crianças e adolescentes. Em consonância com o ordenamento
jurídico internacional, o Estado brasileiro adotou a teoria da proteção integral como forma de
reconhecimento da situação peculiar de pessoa em desenvolvimento a toda criança e
adolescente, se assegurando a condição de sujeito de direitos. No entanto, mesmo que haja
toda uma proteção jurídica, diversas são as causas para a ocorrência da violência sexual
intrafamiliar contra crianças e adolescentes, dentre elas, as sociais, econômicas, políticas,
culturais, entre outras. Como forma de enfrentamento a violência intrafamiliar contra crianças
e adolescentes e suas causas, as políticas públicas tem uma papel fundamental em garantir os
direitos fundamentais de crianças e adolescentes que foram afetados com tal forma de
violência. Assim, se buscará estudar a violência sexual intrafamiliar contra crianças e
adolescentes, a proteção jurídica contra a violência sexual na infância e as políticas públicas de
enfrentamento a esta forma de violencia.
7. MALDANER, Jane; Zeifert, Anna Paula Bagetti
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul / UNIJUÍ
[email protected]; [email protected]
Preuss, Lislei Teresinha
Estadual de Ponta Grossa, UEPG
[email protected]
“Crianças e adolescentes vítimas de violência e o conselho tutelar.”
O presente trabalho estuda a violência enfrentada por crianças e adolescentes no âmbito do
Município de Ijuí/RS, tendo como foco a atuação do Conselho Tutelar do referido Município,
elucidando sua competência e atribuições. Também, é um trabalho que retrata a violência
sofrida por crianças e adolescentes.A pesquisa visaanalisar, como base na coleta de dados e na
realização de entrevistas com os conselheiros, de que forma o Conselho Tutelar de Ijuí/RS vem
incluindo e acompanhando os adolescentes vulneráveis e em situação de risco pessoal e social,
ou seja, quais são as políticas públicas criadas para tal processo.Estuda, ainda, as dificuldades
encontradas pelos Conselheiros no momento que os mesmos lutam para garantir e efetivar os
direitos fundamentais das crianças e adolescentes.Para a efetivação da pesquisa, além de uma
revisão bibliográfica a respeito do tema, foram feitas entrevistas com os Conselheiros tutelares
do município de Ijuí/RS, buscado observar qual o procedimento adotado pelos mesmos no
momento em que recebem uma denúncia e quais as medidas emergenciais tomadas.
8. OLIVEIRA, Larisse Colen de
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Teófilo Otoni/ Minas Gerais/ Brasil
[email protected]
“Os órgãos de proteção a criança e adolescente no enfrentamento da violência
intrafamiliar.”
O Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) é o resultado de anos de lutas contra a violência
à crianças e adolescentes, entretanto inúmeros desses direitos previstos no ECA são
desrespeitados; a partir desse momento órgãos como CREAS ,Conselho Tutelar , dentre
outros, os quais fazem parte da rede de ,proteção e assistência à crianças e adolescentes, tem
o dever de enfrentar tal situação da quebra do direito. Sendo assim, o objetivo deste trabalho
será demonstrar como é feito o enfrentamento à violência no âmbito familiar contra crianças
e adolescentes, por meio dessa rede socioassistencial de proteção; debatendo sobre os
avanços e as dificuldades que os órgãos em questão enfrentam tanto no âmbito do
atendimento às vitimas quanto no âmbito da prevenção a tal violência ; entendendo que é a
partir das experiências concretas desses órgãos que pode-se e deve-se propor políticas
públicas que visem enfrentar a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes.
[163]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
9. KONNO, Cristiane; TORETTA, Ester Taube; VOIDELO, Ane
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
[email protected]; [email protected]; [email protected]
“Violência sexual intrafamiliar: A violação dos direitos da criança e do adolescente.”
É imprescindível para a intervenção profissional, a apreensão crítica da realidade social;
constituída pelo conjunto de desigualdades sociais, econômicas, políticas e culturais, ou seja,
pelas expressões da “questão social”. Esse contexto interfere no modo como a família
responde a realidade que vivencia,denota suaorganização evariados arranjos. Compreensão
necessária paradebater a manifestação da violência que perpassa a instituição família;
ultrapassando a tradicional e simplistaculpabilização dossujeitospara situar a violência
intrafamiliar como um conjunto complexo que exige do Estado uma resposta pública via
políticas sociais.A partir de dados evidencia-se que a violência intrafamiliar é expressiva e
denota que não necessariamente a família representa espaço de proteção. Dentre os diversos
tipos de violência a violência sexual intrafamiliar é capaz de marcar negativamente o
desenvolvimento biopsicossocial, romper vínculos, instituir vulnerabilidades de crianças e
adolescentes, vítimas de violência sexual.Propomos-nos a discutir a violação dos direitos da
criança e do adolescente e o Sistema de Garantia de Direitos. Neste interim almejamos
contribuir para o debate na América Latina dos avanços e desafios a proteção tendo como
parâmetro o ECA - Estatuto da Criança e Adolescente brasileiro.
10. MUSSI, Vanderléia Paes Leite; QUEIROZ, Vivina Dias Sol
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
[email protected]; [email protected]
“violação dos direitos de jovens indígenas na socioeducação e políticas públicas.”
A presente comunicação visa discutir a problemática étnica vivenciada no contexto da
socioeducação, mais especificamente, as implicações de jovens indígenas guarani e kaiowá em
conflito com a Lei. Dentre as inúmeras tensões culturais, políticas e pedagógicas envolvidas no
embate desses jovens com a sociedade não indígena, a família é a principal intermediadora do
processo de socialização, uma vez que a criança indígena possui um papel importante no
interior do grupo familiar e social. A partir desta compreensão, buscou-se mostrar as principais
implicações dos fatores de mudança no processo de socialização da criança indígena. Os
aspectos legais da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, a
Convenção 169 da OIT, bem como o SINASE serviram de base para esta reflexão. O propósito
era o de verificar em que medida os princípios adotados pelo SINASE respeitam, ou não, as
especificidades culturais deste povo indígena. Neste sentido, é possível verificar os limites, as
contradições e os desafios da interface étnica na socioeducação. Assim, foram feitas algumas
visitas às UNEIS do Estado, que se constituíram em mediadores da investigação, bem como
acontribui para ampliação dos conceitos e métodos implicados.
11. CUSTÓDIO, André Viana; DABULL, Matheus Silva; REIS, Suzéte da Silva
Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
[email protected]; [email protected]; [email protected]
“O direito humano à saúde a partir de políticas públicas específicas para infância no brasil
contemporâreo: uma proposta de novos rumos contra a violência intrafamiliar.”
O assunto revela aspectos sobre o direito à saúde como um direito fundamental normatizado
no ordenamento jurídico brasileiro, elevado a um papel de destaque no combate a violência
intrafamiliar contra a criança e ao adolescente e, na concretização da proteção integral. Para
abordar o objetivo proposto, inicialmente o trabalho acende a existência de políticas públicas
de saúde no âmbito familiar, objetivando a proteção integral de crianças e adolescentes desde
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
a concepção a fase adulta. Sugere, num segundo momento, a alteração e criação de políticas
públicas de saúde no âmbito intrafamiliar em prol da efetivação dos direitos humanos
fundamentais e melhor eficiência no que diz respeito à saúde de qualidade. Por fim, enaltece a
necessidade da criação e permanência de políticas públicas que ultrapassem algumas barreiras
de caráter social, econômico e político como ferramenta essencial na eliminação e
continuidade de qualquer forma de violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. Com
auxílio de pesquisa bibliográfica, o presente trabalho fomenta a ampliação e o fortalecimento
da rede de atores sociais responsáveis pelos direitos fundamentais de crianças e adolescentes
e a implementação de políticas públicas eficazes, principalmente pela promoção da saúde
infantil como um elemento desestruturante da violência intrafamiliar. Foi utilizado o método
de abordagem dedutivo, e, procedimento monográfico. Na conclusão, são demonstrados os
principais pontos alcançados pela pesquisa e alternativas para um melhor combate a violência
intrafamiliar contra crianças e adolescentes.
12. BIDARRA, Zelimar Soares
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
[email protected]
LESSARD, Geneviève
Université Laval (ULaval)/Québec-Canadá
“Violência sexual intrafamiliar contra crianças e adolescentes e violência conjugal – temas
para a intersetorialidade de políticas públicas.”
A violência contra crianças e adolescentes e a violência conjugal, que no Brasil costuma ser
identificada pela ampla nominação de violência doméstica, não são problemas novos. No
contexto internacional e no Brasil somente no final do século XX tivemos o reconhecimento
dessas violências como problema público, que adentrou a agenda dos governos e passou a
integrar o rol das preocupações e das intervenções do Estado. Desde então, o desafio da
sociedade e de governos é o de incentivar a produção de informações e de conhecimentos que
melhorem as formas de intervenção e de controle sobre tais violências, principalmente
quando se elas são produzidas no ambiente intrafamiliar e concomitantemente na vida de
crianças e adolescentes. Por esse motivo, o presente trabalho dispôs-se a tecer argumentos
em favor de se ampliar o interesse e as investigações para que melhor se conheça as
circunstâncias e os fatores de risco para a concomitância entre a violência conjugal e o abuso
sexual de crianças e adolescentes. Dispor de informações acerca dessa sobreposição de
violências favorece o estabelecimento de parâmetros para os trabalhos de natureza
preventivo, psicossocial e psicoterapêutico a serem assegurados pelas políticas públicas.
13. D’AROZ, Marlene Schüssler; LUZ, Araci Asinelli da
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
[email protected]; [email protected]
“O microssistema família na institucionalização de crianças e adolescentes.”
No Brasil, a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) trouxe um novo paradigma
social em relação à infância e a adolescência. Estudos voltados à proteção a criança e ao
adolescente evidenciam o microssistema família como uma das multicausas que levam à
institucionalização, tornando-se a origem da violação dos direitos. Essa pesquisa apresenta o
resultado de análise de dados sobre as relações interpessoais que ocorrem nas famílias e que,
de certa forma, resultaram na institucionalização de crianças e adolescentes. O estudo decorre
da releitura de dados de uma tese de doutorado defendida no Brasil, oriunda do programa de
Pós-Graduação em Educação no Estado do Paraná. Para a coleta de dados utilizou-se a
entrevista clínica priorizando como participantes as mulheres (mães e avós com filhos e netos
institucionalizados), num total dez participantes. A análise dos dados seguiu os pressupostos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
de Aguiar e Ozella (2006) com os Núcleos de Significação. Os dados revelam a fragilidade de
díades mãe-filho/neto, pai-filho; a violência e a negligência familiar e a relação parental
autoritária e negligentes como indicadores do acolhimento institucional de crianças e
adolescentes.
14. GUIMARÃES, Ed Carlos; MEDEIROS, Delque Pantoja; OLIVEIRA, Rubieli de Abreu
Ciências Sociais da UNIFAP
[email protected];
“Uma análise sociológica da Contradição entre a lei e a representação dos adolescentes na
mídia impressa de Macapá.”
Este artigo é um desdobramento e continuação de reflexões iniciadas na pesquisa
“Representações da Criminalidade Urbana: Medo e Insegurança Social no Estado do Amapá”,
realizada pelo GEPVIC (Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Violências e Criminalizações). Esta
pesquisa pretende apresentar as análises feitas sobre a questão de como os jornais retratam
os adolescentes infratores e mais especificamente os que cometeram as infrações de furtos,
roubos e latrocínios. Para tanto apresenta os tipos de discursos que permeiam os jornais e a
construção da representação dos sujeitos e a atribuição de estereótipos. Metodologia
Pesquisa de cunho documental, por meio da qual foram coletados dados de matérias de dois
jornais amapaenses; foram fornecidos pelo jornal A Gazeta 6 meses de matérias digitais, os
restantes das matérias dos dois jornais foram coletados sob as visitas à Biblioteca Pública Elci
Lacerda; Conclusões Discutir sobre as políticas públicas para a prevenção da violência seria um
caminho a se tomar visando a posição do discurso Problematizador, em que a violência, seja
ela praticada por ou contra crianças e adolescentes, ganhe uma visão mais profunda e ampla
do que a geralmente abordada pela mídia, mudando-se também o foco das abordagens.
15. Prestes, Fabiane da Silva; Cenci, Daniel Rubens
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ
[email protected]; [email protected]
“A prevenção da violência intrafamiliar contra a criança a partir da construção de uma nova
ética ecológica.”
No âmbito de discussão sobre relações familiares e os meios de garantir o efetivo
desenvolvimento integral da criança, o presente trabalho procura analisar alternativas para o
enfrentamento da violência intrafamiliar, destacando a fundamental relevância da
incorporação da doutrina da proteção integral. Assim, o objetivo deste artigo, é por meio de
pesquisa de caráter teórico e método indutivo, propor meios para prevenir as manifestações
de violência a partir da ecologia da transformação. Inicialmente, são tecidas considerações,
sobre a evolução histórica dos direitos da criança, desde sua indiferença até seu
reconhecimento. Nesse alinhamento, são analisadas as relações familiares e as formas de
violência intrafamiliar.Por derradeiro, estuda-se, sob a perspectiva do modelo bioecológico do
desenvolvimento humano a concepção de uma nova cultura destinada à proteção da criança,
baseada no novo constitucionalismo da América Latina. Desse modo, enfatiza-se a necessidade
de que seja criada uma nova ética ecológica, que aponte alternativas ao modelo de sociedade
atual e proporcione que se ultrapassem as realidades ainda existentes, reafirmando o
compromisso ético, da família, do Estado e da sociedade.
16. Pires, Nara Suzana Stainr
ULBRA/ Centro Universitário Franciscano/UNIFRA
[email protected]
DE BARROS, Bruno Mello Corrêa
Centro Universitário Franciscano – UNIFRA
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected]
“A mídia e o direito da criança e do adolescente: uma análise jurídica à luz da proteção
integral e do princípio da fraternidade sob o olhar dos direios fundamentais.”
A partir da noção precípua de que a mídia, suas plataformas e demais meios de comunicação
se utilizam de diversos instrumentos e atrativos para angariar audiência e faturamento
comercial, sem o necessário cuidado sobre aquele que assiste, especialmente as crianças e
adolescentes que recebem tal mensagem, que se propõem o presente trabalho. Tal ensaio
tratará a respeito do comportamento da mídia sob o viés do direito da criança e do
adolescente, bem como em consonância com a Doutrina Jurídica da Proteção Integral e o
Princípio da Fraternidade como direitos fundamentais. Pretende-se vislumbrar o caráter
imperioso do comportamento voraz da mídia comercial, que desvela-se em práticas
prejudiciais da condição peculiar de pessoa em desenvolvimento posta a crianças e
adolescentes. Vislumbra-se o tratamento dado por essas estruturas de informação, levando-se
em consideração os ditames da legislação, além de evidenciar que, as plataformas de mídia
conjuntamente com os demais veículos de comunicação de massa ao invés de sopesarem seus
interesses econômico-financeiros passam a transmitir conteúdos potencialmente lesivos à
percepção de crianças e adolescentes, levando em consideração a reflexão sobre as políticas
públicas de proteção, promoção, apontando ajustes nas formas de combate a tais violações de
direitos fundamentais.
[167]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro - 15.00hs. Sala D2 – UNIOESTE|
SIMPÓSIO 24:
CONFLICTIVIDAD SOCIAL, CAMBIOS POLÍTICOS Y RECONFIGURACIÓN DE
LA INTEGRACIÓN REGIONAL EN LA HISTORIA RECIENTE DE AMÉRICA
LATINA (1990-2013)
Coordenadores: Julián Kan (UBA / IDEHESI-CONICET /UNQ) [email protected];
Martín Ribadero (UBA) [email protected]; Alejandro Schneider (UBA/UNLP)
[email protected]
RESUMO: En América Latina, la implementación a comienzos de la década del noventa
de los principios del llamado Consenso de Washington, terminó de consolidar la poderosa
reestructuración capitalista que venía teniendo lugar desde mediados de la década del setenta
a nivel global, y que habían encontrado en las dictaduras militares de la región las primeras
condiciones para su adopción. La apertura económica, el endeudamiento externo, la
privatización de las empresas de servicios públicos, la flexibilización laboral, el avance sobre los
recursos naturales, entre otras políticas, reconfiguraron a Latinoamérica en su conjunto. Sin
embargo, el saldo económico y social de aquella década y la crisis del sistema de partidos y
representación política tradicionales tuvieron como consecuencia un creciente proceso de
movilización y luchas sociales que opusieron resistencia a las reformas neoliberales,
produciendo la caída de varios gobiernos identificados con aquél paradigma.
En la primera década del siglo XXI, el rediseño del mapa político regional, por ejemplo en
América del Sur, indica que varios gobiernos emergieron –de manera más o menos directa– de
aquellas luchas contra el neoliberalismo, cuyos principales protagonistas fueron los
movimientos sociales (por ejemplo, en Venezuela, Bolivia y Ecuador). Ya sean los que se
identificaron con una consideración más tradicional por su composición proletaria o campesina
o aquellos que combinaron éstas y otras identidades sociales, se han comportado como
actores decisivos en el devenir de la política nacional de los países del subcontinente a lo largo
de la historia reciente. A su vez, este rediseño muestra también que otros gobiernos alteraron
sus escenarios políticos habituales de manera más o menos conflictiva (Argentina, Brasil,
Paraguay) y mantuvieron relaciones de dispar fluidez con los diversos sectores subalternos. Al
mismo tiempo, en países donde no se han alterado las políticas neoliberales, movimientos
obreros y campesinos siguen ofreciendo resistencia a ellas y modelan también la agenda de las
políticas gubernamentales, por ejemplo en México, Chile o Perú. Pero la reconfiguración
política posneoliberal no solamente se manifestó a escala nacional, también a escala
continental asistimos a una reconfiguración de la integración regional, es decir, en la
vinculación entre los países de América Latina. La derrota del ALCA, la emergencia del ALBA,
UNASUR y posteriormente CELAC, así como los vaivenes del MERCOSUR y la reciente Alianza
para el Pacífico impulsada por Estados Unidos, evidencian que hubo un reflejo –cuando no la
acción directa, por ejemplo, en la oposición social al ALCA– de aquella conflictividad social y de
los cambios de gobiernos en la integración latinoamericana. En este sentido convocamos a la
presentación de ponencias con el objetivo de contribuir al análisis, la reflexión y la
investigación empírica para pensar la relación entre neoliberalismo, las luchas que los
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
movimientos sociales llevaron adelante al confrontarlo y la correlativa emergencia de nuevos
gobiernos que reconfiguraron el mapa político de América Latina, tanto de los mencionados
casos nacionales como de los que tuvieron lugar a nivel de la integración latinoamericana en la
historia reciente.
RESUMOS
1. AGUIRRE GUEVARA, Emiliano (UBA) [email protected]
SGARZINI, Bruno (TEA) [email protected]
“Guerra de Cuarta Generación y Contrainsurgencia en Venezuela: el caso de las Guarimbas
en el 2014.”
En anterior trabajo nos propusimos describir en qué consiste la nueva política militar que lleva
adelante la Revolución Bolivariana, centrados en el desarrollo de la nueva Doctrina Militar
Bolivariana. En esta ocasión lo que pretendemos exponer y analizar, principalmente, son los
avances en la afirmación de ella y cómo actuó la Fuerza Armada Nacional Bolivariana (FANB)
en los conflictos del primer semestre de este año, conocidas como las guarimbas, e
incorporamos en esta ocasión una caracterización de la actual coyuntura en curso, delimitada
por una contraofensiva del imperialismo estadounidense, marcada por su estrategia de la
militarización de las relaciones hemisféricas, en lo que algunos autores denominan Guerra de
Cuarta Generación.
2. DAVI FERREIRA, Mariana; MELLO, Rafael
UFSC
[email protected]; [email protected]
“Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos
(ALBA-TCP): um novo regionalismo estratégico na América Latina?”
No limiar do século XXI, o cenário político latino-americano passa por mudanças pujantes,
diante da emergência de governos de esquerda, que configuram uma reorientação no perfil da
política externa dos países da região e, consequentemente, uma releitura dos modelos
integrativos. Estabelece-se, assim, um processo de esgotamento do ciclo do regionalismo
aberto, caracterizado pelo cunho eminentemente econômico, o qual fora hegemônico na
América Latina na década de 1990. O esgotamento deste ciclo dá-se a partir do
questionamento da sua viabilidade para fomentar uma integração que corrobore com os reais
interesses dos Estados da região. Emerge, nesse cenário, novos processos de integração na
América Latina, que vem sendo denominado por alguns estudiosos como um “novo
regionalismo estratégico” (Aponte García, 2013), entre outras denominações. Estes estudiosos
vêm buscando compreender um novo ciclo, no qual a integração é posta como instrumento
viabilizador do desenvolvimento da América Latina, a partir do retorno da centralidade do
Estado interventor e distanciamento das políticas neoliberais e tendo maior foco na agenda
política. Tal paradigma se expressa na Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América –
Tratado de Comércio dos Povos (ALBA – TCP), processo integrativo protagonizado pela
Venezuela. . O presente trabalho apresentará os resultados parciais da investigação científica
realizada no projeto de dissertação desenvolvido no PPGRI/UFSC. Destarte, apresenta-se como
objetivo central a análise das possibilidades e desafios para esse novo paradigma integrativo
na região, a partir do estudo do caso da ALBA-TCP, enquanto expressão do novo regionalismo
estratégico. No intento de apreender os determinantes do processo analisado, fora realizada
análise documental à luz de referência bibliográfica que versa sobre o fenômeno do
regionalismo e as relações internacionais latino-americanas.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
3. FERRI, Clarissa
UPF (RS)
[email protected]
“A partidarização na política externa brasileira durante o governo Lula e a sub-regionalização
no continente.”
Historicamente a Política Externa Brasileira sempre mostrou sinais de continuidade, sendo
pouco influenciada por mudanças políticas internas. Contudo, verifica-se nos governos Luiz
Inácio Lula da Silva (2003 – 2006 e de 2007 – 2010) uma partidarização das diretrizes
brasileiras em Relações Internacionais devido à influência do Partido dos Trabalhadores, além
da chamada presidencialização na tomada de decisões na matéria, especialmente no tocante à
América do Sul. Os esforços brasileiros durante o governo Lula seriam no sentido de
fortalecimento das relações intra-regionais para com isso obter ganho de poder de negociação
no cenário internacional, almejando uma posição de ponta de lança no subcontinente. Sendo o
Partido dos Trabalhadores tradicionalmente de esquerda, verifica-se um certo alinhamento
com outros governos de posicionamento político similar, configurando assim duas regiões
diferenciadas na América do Sul a partir da visão brasileira, sendo uma a postura da política
externa brasileira para os países vizinhos com governos esquerdistas e outra para com
governos com orientações políticas diversas.
4. FRANCO RIBEIRO, Maria Teresa; Ferreira de Melo, Adriana; Cerqueira Melo, Marta
UFB UFMG
[email protected]; [email protected]; [email protected]
“Integração Sul -Americana: o atravessamento de espaços- tempos liminosos e opacos.”
No contexto da reestruturação do capital nos anos 1970 os países da America Latina
privilegiaram a integração logística e a expansão do capital. Esse processo, na perspectiva de
Milton Santos, cria não só espaços luminosos, a partir dos eixos de integração do capital, mas
também, espaços opacos ou invisíveis, constituídos por eixos de conflitos socioambientais e
étnicos. Este trabalho visa compreender, no contexto da Integração Latino-Americana, as
dinâmicas socioespaciais relativas à Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana
(IIRSA) nos territórios do Brasil e da Bolívia. Ambos os países, embora apontem para distintos
projetos de desenvolvimento, são cenários consideravelmente impactados pelo processo de
reestruturação produtiva comandado pelas empresas transnacionais, sob a batuta do capital
financeiro. O Brasil tem assumido um destacado papel frente à IIRSA, não só através da
liderança política, mas também como principal financiador deste, através do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Bolívia, por sua vez, tem a sua participação
na IIRSA marcada pela conjugação do fortalecimento da rede articulada em torno da
exploração do seu potencial mineiro e energético e os inúmeros conflitos ambientais
envolvendo as populações indígenas, que têm reagido à iniciativa através da elaboração de
estratégias de resistência por meio dos movimentos sociais.
5. JAQUENOD, Alejandro
CONICET -UNQ /IESAC
[email protected]
“2001 como quiebre en la acumulación y la integración regional en la Argentina reciente.”
Pareciera existir cierto consenso al caracterizar a 2001 como quiebre en el proceso de
acumulación reciente, entre la convertibilidad y la llamada posconvertibilidad. Sin embargo, al
analizar el quiebre en el proyecto integracionista (o los proyectos integracionistas) de las
ultimas décadas, esto no queda del todo claro. Si bien se distinguen dos momentos {uno
neoliberal durante la década del noventa y otro distinto en el nuevo milenio{ el quiebre entre
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
ambos aparece difuso. La caída de la administración radical tras las jornadas del 19 y 20 de
diciembre de 2001, la asunción de Néstor Kirchner en 2003, o el definitivo rechazo al ALCA en
Mar del Plata en 2005 aparecen todos como momentos de quiebre en la relación de Argentina
tanto con sus vecinos latinoamericanos como con los Estados Unidos. En este trabajo nos
proponemos problematizar este quiebre y comparar ambos momentos del proyecto de
integración argentino y su reconfiguración con los mencionados momentos del proceso de
acumulación en la Argentina reciente. Esperamos con esto contri- buir al debate sobre la
historia reciente de los proyectos latinoamericanos.
6. KAN, Julián
UBA / IDEHESI-CONICET / UNQ
[email protected]
“Empresarios y trabajadores ante el rediseño regional. Un análisis de la relación entre
cambios políticos, luchas sociales y reconfiguración del escenario comercialista de la
integración en la primera mitad de la década de 2000.”
A comienzos del siglo XXI los países de America Latina dejaron de lado las premisas
comercialistas en torno a sus ejes de vinculación, dando paso a una repolitización de la
integración regional. Esto se originó a partir de que algunos gobiernos comenzaron a
cuestionar con mayor o menor profundidad, el escenario político y económico neoliberal de la
década del noventa. Sin embargo, desde una mirada crítica sobre los proyectos de integración
regional como el MERCOSUR y las negociaciones por el ALCA y de las relaciones
internacionales en general, entendemos que las decisiones de los gobiernos en política
exterior y regional están en diálogo con las relaciones sociales más generales. En consecuencia,
proponemos aquí analizar la relación entre sociedad civil e integración regional, abordando
posicionamientos y acciones de diversas fracciones y sectores de las clases dominantes y
subalternas que tuvieron relevancia en el rediseño de la integración latinoamericana. La
hipótesis que guía el presente trabajo es que aquél rediseño, especialmente la reorientación
del MERCOSUR y el rechazo al ALCA fueron resultado, tanto de la impugnación “desde arriba”
a partir del cuestionamiento de las clases dominantes locales, como también de la
impugnación “desde abajo”, es decir, de los movimientos obreros y sociales de la región.
7. SCHNEIDER, Alejandro
UBA – UNLP
[email protected]
“Tensiones sociales y políticas durante la segunda presidencia de Evo Morales.”
El propósito de la ponencia consiste en esbozar algunas de las principales características que
asumió la conflictividad social durante los cuatro primeros años de la segunda presidencia de
Evo Morales Ayma en Bolivia. En particular, aquí se aborda y analizan las dificultades que
mantuvo el mandatario con su específica base de apoyo electoral; en particular, en los
departamentos del occidente del país. En Bolivia, los conflictos se caracterizan por poseer un
alto grado de radicalización en su desarrollo. De este modo, nos interesa observar los
diferentes tipos de enfrentamientos que se llevaron adelante, las formas que éstos asumieron
y el contenido de sus reclamos. En este sentido, uno de los propósitos de la investigación fue
reflexionar brevemente sobre las distintas tácticas que empleó el gobierno para canalizar la
protesta social y regional.
8. OLIVEIRI LOPES VIEIRA, Mariana
UNICAMP
[email protected]
[171]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“A Venezuela de Hugo Chávez: uma alternativa ao neoliberalismo?”
Desde os primeiros anos do governo de Hugo Chávez a Venezuela passou a ser objeto de
pesquisa de muitos pesquisadores, principalmente na América Latina, muito devido à posição
conflituosa que tal governo estabeleceu com os EUA, ao Golpe de Estado sofrido em Abril de
2002 e as possíveis manifestações revolucionárias que este processo representava ou poderia
representar. Dentre as diversas análises realizadas sobre este contexto, estão aquelas que
tentam caracterizar o governo Chávez, entender o que de fato representa o processo
bolivariano, uma vez que poderia representar uma alternativa para a situação de dependência
da América Latina frente ao imperialismo norte-americano e às políticas neoliberais. Neste
trabalho buscaremos realizar um balanço teórico do que se tem produzido nos últimos anos
sobre o governo Chávez na Venezuela: analisaremos a tese do populismo do bonapartismo, do
Capitalismo de Estado e do Socialismo do Século XXI. Deste modo analisar se, o carisma do
presidente Chávez junto às classes populares, seu apelo à “unidade nacional” e ao
“desenvolvimento para todos” rumo ao “socialismo do século XXI”, seu projeto de integração
regional visando uma alternativa à dependência da América Latina em relação ao imperialismo
norte-americano, proporcionou uma alternativa revolucionária para a região.
9. SILVA ALVES, Bruna
GPPS-UNIOESTE
[email protected]
VillettiZuck, Débora
Guimarães Nogueira, Francis
[email protected]
“Integração da américa latina, socialismo e democracia na venezuela: um debate necessário
à luta dos povos.”
O artigo objetiva, centralmente, compreender a relação entre integração latino-americana,
Socialismo do Século XXI e democracia participativa e protagônica na Venezuela bolivariana.
Especificamente, procura problematizar a radicalização da democracia burguesa tensionando
igualdade e discutir a integração da América Latina como caminho de difusão do socialismo.
Para tanto, parte da pesquisa de fonte bibliográfica e documental e para se aproximar mais
dessa realidade determinada, suas conexões e aspectos históricos e conceituais, assume como
procedimento metodológico a análise sistêmica. A categoria e as práticas integracionistas em
que a Venezuela está envolvida, como a ALBA-TCP, a UNASUL, a CELAC e o MERCOSUL, são
mecanismos fundamentais para promover a integração na América Latina, e como parte desse
movimento difundem-se orientações teóricas e práticas políticas para consubstanciação do
projeto socialista almejado pelo referido país. Logo, a integração é evocada em diversos
âmbitos, e desde a experiência venezuelana com o governo chavista em contraponto a onda
neoliberal, suas particularidades, problemas e alcances, é importante apreender esse debate,
necessário à luta dos povos latino-americanos.
10. SOTO, Oscar
UNCUYO
[email protected]
“Gobiernos Populares: transformaciones sociopolíticas en América Latina.”
La ponencia se enmarca en un análisis sobre dimensiones fundamentales de los procesos
sociopolíticos que se han desencadenado en los últimos años en América Latina. El continente
ha sido testigo de una articulación política y sociocultural que puede considerarse
contrahegemónica si se tienen en cuenta las nuevas configuraciones estatales y las ansias
emancipatorias de los sectores populares. Para entender la profundidad de los cambios
sucedidos es necesario repensar los modos de hegemonía neoliberal a los que se les ha
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
disputado tanto la lucha social y como la lucha política. Es preciso hacerlo a través de una
lectura teórico-política crítica sobre lo alcanzado, y sobre los desafíos de las tensiones políticas
que sugieren estos nuevos gobiernos latinoamericanos: la disputa de la cuestión nacional (la
batalla antimperial y descolonizadora) ahora está ligada a la disputa por la desconcentración
económica (la redistribución de la riqueza a escala continental), para ello el caso argentino,
entre otros, nos permite pensar qué relaciones de poder se gestan, qué Estado se construye y
en base a esto cómo enfrentan las nuevas izquierdas o gobiernos populares los retos del actual
momento histórico.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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|29 de novembro – 9.00hs – Sala I2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 26:
CONFLITOS POR TERRA E POR TERRITÓRIO NA AMÉRICA LATINA EM
UMA PERSPECTIVA DESCOLONIAL: ENTRE CARTOGRAFIAS E
IDENTIDADES
Coordenadores: Jorge Montenegro (PPGGeo/UFPR), Otávio Gomes Rocha (PPGGeo/UFPR)
[email protected], Valter do Carmo Cruz (PPGGeo/UFF)
RESUMO: Nas últimas décadas, presenciamos um movimento de popularização da
produção cartográfica associado a contextos de luta por terra e território no âmbito latinoamericano. Por um lado, a disseminação da técnica e a facilidade de acesso aos meios de
produção cartográfica ampararam a elaboração de produtos cartográficos, dos mais variados
tipos, que não se restringem aos limites do Estado e das classes dominantes. Por outro lado, a
necessidade de se reconhecer e se situar diante dos conflitos provocou que muitas destas
experiências foram apreendidas por comunidades indígenas, quilombolas e outros povos e
comunidades tradicionais, resultando em poderosos instrumentos de luta por direitos
territoriais e identitários. Ainda, a subversão cartográfica promovida por estes grupos traslada
os conflitos também para o campo epistêmico gerando novos debates onde é possível dialogar
com esses novos processos.
Diversas dessas experiências de mapeamentos construídos desde perspectivas horizontais e
autônomas se articulam assim com elementos que são trazidos ao debate associado à
atualidade das lutas sociais por terra e território na América Latina. Uma das propostas que
ganha densidade e divulgação nos últimos anos é a perspectiva descolonial que denúncia a
multiplicidade de formas de dominação coloniais (poder, saber e ser), mostrando a riqueza e a
profundidade dos conhecimentos e da experiência vivida por sujeitos profundamente
marcados pelo projeto desumano da modernidade colonial, e promovendo junto a esses
sujeitos alternativas às formas coloniais de poder.
Atentos a estes acontecimentos, entendemos que as práticas cartográficas construídas desde
uma perspectiva crítica e popular, que denunciam as mazelas do desenvolvimento, estratégia
central do projeto colonial hoje, são importantes meios para desencadear posições contrahegemônicas na arena de disputa que envolve os conflitos territoriais, lutas por direitos de
reconhecimento identitário, conflitos pelo uso e gestão dos bens comuns, etc. As conexões
existentes entre as representações cartográficas e o mundo real se desvelam através do olhar
atento sobre os mapas e processos críticos de mapeamento. O mapa visto como discurso nos
revela contradições, que nos permitem compreender, apresentar e representar certos
fenômenos sem mascarar sua intencionalidade ou seus objetivos. Nesse sentido,
direcionaremos nossos olhares no Simpósio para experiências de mapeamentos sociais críticos
realizadas na América Latina em contextos de conflitos territoriais e ambientais, disputas por
reconhecimento jurídico de territórios tradicionalmente ocupados, processos de afirmação de
identidade coletiva, etc. que nos permitam dialogar sobre as formas de colonialidade
existentes na América Latina.
Atividades Complementares:
[174]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Mesa redonda para dialogar com outros grupos, pesquisadores, etc. a partir de questões
comuns: movimentos sociais, descolonialidade, mapeamentos populares e críticos, etc.
RESUMOS
1. Gomes de Oliveira, Bruno Elias
UNILA (PPG-IELA)
[email protected]
“Cartografias Americanas: a construção de um continente-em-comum Latino Americano.”
Na segunda metade do século XX, outros conceitos de América Latina passaram a se
estabelecer, juntamente com a consolidação de teorias anticoloniais e anti-imperialistas.
Pensou-se a América Latina a partir de uma identidade continental ampla, politicamente
orientada, que não se baseava em um discurso homogeneizante. A ideia é a de um continentepovo (Termo utilizado em 1972 pelo presidente chileno Salvador Allende, no Congresso
Nacional do México), de uma comunidade latinoamericana unida e diversa. Entre os anos 60 e
80, no campo das artes, surgiram produções que se utilizariam como base mapas e
procedimentos cartográficos para refletir criticamente o território, constituindo discursos
sobre o continente latinoamericano e colocando em disputa a autoridade de estruturas
culturalmente legitimadas. Propõe-se, neste estudo, investigar as produções do argentino
Horacio Zabala e do chileno Elias Adasme, com o propósito de compreender a conformação
crítica de um continente-em-comum latinoamericano, que revela contradições e ilumina as
estruturas normalizadoras e as constantes serializações e reterritorializações propostas pelas
economias hegemônicas.
2. Alarcón Puentes, Johnny Alarcón Puentes
Facultad Experimental de Ciencias.
Departamento de Ciencias Humanas.
Licenciatura en Antropología
[email protected]
“Conflictos y luchas por las tierras Indígenas en Venezuela. 1999-2013.”
La presente investigación tiene como objetivo establecer la conflictividad por los territorios
indígenas en el estado Zulia, Venezuela. En Latinoamérica a partir de la década de los noventa
comienza un resurgimiento de los movimientos indígenas que buscan reconocimiento,
demarcación de sus tierras y participación política en sus respectivos países. En Venezuela, a
partir de la Constitución del año 1999, se re/activan las luchas por el respeto a la identidad, el
territorio e inclusión. Hay un resurgimiento de la conflictividad, en todo el país, generada por
la Leyes sancionadas (Ley de Demarcación y Ley de Pueblos y Comunidades Indígenas) que dan
prerrogativas en lo relativo a lo pluricultural, multiétnico, participación política, y derecho a
territorios ancestrales. Partiendo de la Antropología Política hicimos un bosquejo general de la
situación de los pueblos indígenas en el estado Zulia, para establecer las dinámicas de las
luchas y sus perspectivas para el futuro inmediato.
3. Paz, Carlos
FCH-UNCPBA / Buenos Aires-Argentina
PPGS-FCH-UFGD / MS-Brasil
[email protected]
“Para una geo-grafía del poder nativo: re-discutiendo el parentesco indígena y su visibilidad
cartográfica.”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Tierra y territorio no son dos cuestiones disímiles para las poblaciones indígenas americanas
dado que ellos mismos son parte constitutiva de una y otra categoría. Allí el pensamiento
ontológico nativo ocupa una porción central que es necesario re-posicionar para la
construcción de un nuevo saber.
En la actualidad, las poblaciones indígenas chaqueñas de la Argentina sufren, una vez más,
procesos basados en la violencia económica y extra-económica que tienden a la expropiación
de sus territorios. Acciones que tienen a generar fisuras en la eficacia material y simbólica de
las formas de liderazgo nativa.
El objetivo central de esta presentación consiste en discutir, desde la propuesta del simposio,
los usos y sentidos de la categoría de tierra y territorio en el marco de las disputas que los
grupos indígenas mantienen con la sociedad hispano-criolla. Esta discusión se llevará adelante
partiendo de la necesidad de rescatar el parentesco y su incidencia en la organización del
territorio; sobre todo porque algunas de las acciones violentas que se llevan a cabo contra las
sociedades indígenas afectan centralmente núcleos de parentesco indígena, tendiendo a
desarticular de ese modo la base social del poder. Por ello, se impone la necesidad de
recuperar el parentesco nativo en aras de la construcción de una geo-grafía de la política
nativa que supere el saber cartográfico en sí-mismo y que coloque a las poblaciones nativas en
el centro del debate.
4. Milson Betancourt, Santiago
Universidade Federal Fluminense
[email protected]
“La disputa por tierra, territorio y naturaleza en el marco del avance de las obras de
infraestructura de la IIRSA.”
El documento parte de evidenciar el aumento en la conflictividad relacionada a la disputa por
tierra, territorio y naturaleza en el marco del avance de las obras de infraestructura de la IIRSA
(Iniciativa de Integración de la Infraestructura de Suramérica), así como de los proyectos de
desarrollo económico que viene potenciando en la Amazonía Andina. Las transformaciones
socio-espaciales que impulsa la IIRSA se oponen a las formas de organización socio-espacial de
los pueblos y comunidades campesinas e indígenas que habitan la región. Se considera que la
transformación socio-espacial de la IIRSA se basa en formas de saber y hacer hegemónicas que
se corresponden con las ideas de desarrollo como discurso y práctica moderno/colonial
(Escobar 1998 y 2005; Quijano 2006), y como eje del proceso de reproducción del capitalismo.
Estas formas de saber-hacer hegemónicas entran en conflicto con las formas de saber-hacer
arraigadas a los lugares en donde otras territorialidades se han construido. Esto desata
grandes conflictos y resistencias locales, regionales, nacionales, resistencias que vienen en un
proceso de internacionalización, en tanto que los movimientos sociales han percibido que el
destino de la Amazonía-Andina está hoy en discusión a nivel internacional en el marco de los
procesos de integración regional de las economías y la reconfiguración de la geopolítica del
capital sobre el continente. Se analiza de qué manera este reordenamiento socio-espacial
viene configurando formas de producción de exclusión, dominación, desigualdad y pobreza, así
como reconfiguración de las racionalidades ambientales.
5. Bustos Avila, Camilo Alejandro
Universidade de São Paulo
[email protected]
“Concentração de terras na colômbia contemporânea e sua relação com a crise do capital.”
Em 1949 os territórios reservados aos índios no Paraná passaram por uma nova etapa de
expropriação de terras, através de um Acordo estabelecido entre o Governo da União e do
Estado. Em todo território paranaense seis áreas indígenas foram reestruturadas: Apucarana,
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Queimadas, Ivaí, Faxinal, Rio das Cobras e Mangueirinha. O objetivo é evidenciar a redução
destes territórios, através de mapas georreferenciados, que demonstram as extensões
territoriais das seis áreas indígenas citadas, antes e depois de 1949. E neste processo de
expropriação das terras, ressaltar os objetivos da política indigenista no período, vinculada à
liberação de novas áreas coloniais, sem deixar de enfatizar as estratégias e ações dos próprios
grupos indígenas, enquanto sujeitos históricos, protagonistas em defesa dos seus interesses,
sobretudo, seus territórios. Além disso, desenvolver uma comparação do número de indígenas
que vivia naquelas áreas em meados do século XX, com os da atualidade, possibilitando uma
reflexão em torno das alternativas de sobrevivência dos grupos indígenas em suas terras.
6. Cunha Varella, Marcelo; Ayumi Duarte, Letícia
PPGGeo/UFPR
“O direito à cidade e à identidade de cidadão em um bairro popular de Paranaguá (PR):
notas para ampliar o cânone democrático.”
A importância deste trabalho condiz propriamente com seu objetivo: tentar contribuir com as
discussões acerca ao direito à cidade, entendida, entre outras coisas, ao direito conferido ao
cidadão de participar ativamente da construção de sua cidade a partir da criação e execução
dos Planos Diretores Municipais. Para tanto, partimos dos processos de mobilização social
construídos em torno de uma Cartografia Social que vem sendo realizada pelos moradores do
Bairro Jardim Jacarandá II (Paranaguá-PR) em prol do reconhecimento legal do bairro diante o
Ordenamento Territorial municipal. Assim, a partir dos processos de resistência à ordem
territorial imposta, pretendemos expor à luz algumas das condições de formação de um capital
militante em torno do reconhecimento da identidade de "cidadão" e da regularização do
bairro, além da reinvidicação pelo acesso à cidade (de forma material e simbólica). Além disso,
o trabalho traz como particularidade a produção de mapas que visam ser uma contra-ciência
às verdades colocadas pelo Plano Diretor de Paranaguá - em especial, trataremos sobre os
mapeamentos que acabam, de maneira ou outro, afirmando que os moradores são
impactantes da natureza e que, por isso, não podem ter seus direitos reconhecidos.
7. Novak, Éder da Silva Novak
Universidade Estadual de Maringá – UEM
[email protected]
“O acordo de 1949 e as terras indígenas no Paraná.”
Em 1949 os territórios reservados aos índios no Paraná passaram por uma nova etapa de
expropriação de terras, através de um Acordo estabelecido entre o Governo da União e do
Estado. Em todo território paranaense seis áreas indígenas foram reestruturadas: Apucarana,
Queimadas, Ivaí, Faxinal, Rio das Cobras e Mangueirinha. O objetivo é evidenciar a redução
destes territórios, através de mapas georreferenciados, que demonstram as extensões
territoriais das seis áreas indígenas citadas, antes e depois de 1949. E neste processo de
expropriação das terras, ressaltar os objetivos da política indigenista no período, vinculada à
liberação de novas áreas coloniais, sem deixar de enfatizar as estratégias e ações dos próprios
grupos indígenas, enquanto sujeitos históricos, protagonistas em defesa dos seus interesses,
sobretudo, seus territórios. Além disso, desenvolver uma comparação do número de indígenas
que vivia naquelas áreas em meados do século XX, com os da atualidade, possibilitando uma
reflexão em torno das alternativas de sobrevivência dos grupos indígenas em suas terras
8. Ayumi Duarte, Leticia; Cunha Varella, Marcelo
PPGGeo/UFPR
[email protected]; [email protected]
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Na terra ou no mar, nós vamos lutar”: processos de cartografia social e resistência de
pescadores(as) artesanais e caiçaras no litoral do Paraná.”
O objetivo deste trabalho é tentar contribuir no debate sobre os direitos humanos de grupos
sociais autoidentificados como caiçaras e pescadores(as) artesanais atingidos pelo Parque
Nacional do Superagui a partir do capital militante que vem sendo construído em torno da
resistência à Unidade de Conservação. A sua importância condiz com o atual momento
histórico no qual os conflitos se acirram devido ao inicio da criação de um plano de manejo da
área, o que irá determinar diretamente a vida das populações atingidas. Para analisar essa
realidade, utilizamos duas categorias que dizem respeito aos processos de: politização da
natureza (que nos permite fazer ver o processo de construção de identidades coletivas
objetivadas em movimentos sociais) e o de formação de capital militante (que expõem à luz as
resistências políticas protagonizadas pelo grupo no campo dos direitos humanos). Este
trabalho é particular por utilizar o processo de cartografia social como fio condutor da
contextualização histórica do grupo e, com isso, conseguir compreender como uma
multiplicidade de formas de resistência (como o direito à luz, o enfrentamento às leis
ambientais restritivas e a autodemarcação do território tradicionalmente ocupado) puderam
convergir para a atual luta por direitos humanos.
9. Pinto da Silva, Filipe Gervásio
[email protected]
da Silva Mainar, Alcione Alves
UFPE
[email protected]
“Territórios epistêmicos e educativos do campo: uma leitura decolonial dos paradigmas da
educação do campo.”
Este trabalho trata dos paradigmas da Educação do Campo a partir de uma leitura Decolonial.
Para tanto fazemos um diálogo teórico entre os Estudos Pós-coloniais Latino-americanos
(MIGNOLO, 2005; QUIJANO, 2005; WALSH, 2008, 2010) e a Sociologia das Ausências e a
Sociologia das Emergências SANTOS, 2009; 2010). Neste sentido, objetivamos compreender as
bases paradigmáticas que balizam a educação dos povos que habitam os territórios rurais.
Partimos da prerrogativa de que os territórios rurais sofreram com a subalternização
moderna/colonial em âmbito político/cultural/epistêmico/educacional, mas que, apesar disso
produzem resistências ensejadas em espaços-tempo político/cultural/epistêmico/educacional
outros, impossibilitando a plenitude da modernidade/colonialidade. Assim, evidenciamos uma
tensão paradigmática que coloca como referência as resistências das comunidades rurais
(Paradigma Rural Contra-Hegemônico e Paradigma da Educação do Campo) e a lógica eurourbanocêntrica de pensar a educação nos territórios rurais (Paradigma Rural Hegemônico e
Paradigma da Educação do Campo Funcional).
10. Mika Nishimura, Katia; Barletta Machado, Vitor
UniFOA
[email protected]
“Comunidade quilombola de santana: história de conflitos.”
A Comunidade Quilombola de Santana, em Quatis, sul-fluminense do estado do RJ, está
inserida em um processo social histórico e cultural nacional de reconhecimento dos direitos
dos remanescentes quilombos. Processo que tem sido marcado por conflitos, principalmente
pela questão fundiária e disputas pelas terras onde estão localizados. Considerando que a
história dos quilombos é uma história de resistências, ao abordar a experiência da
Comunidade de Santana, entendemos que quilombo não designa somente o espaço e o
movimento de resistência ao sistema escravista, que remete às comunidades em ruptura com
[178]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
a sociedade oficial, mas que se vincula também ao desenvolvimento de práticas de resistência
na manutenção e reprodução dos seus modos de vida característicos e, reafirmam a cultura e
o estilo de vida africano. Buscando contribuir para o debate acerca dos processos conflituosos
de disputa pela terra e por territórios e encontrar elementos para a reflexão acerca do caso da
Comunidade Quilombola de Santana, este trabalho apresenta os resultados parciais da
pesquisa em desenvolvimento junto à comunidade localizada no município de Quatis, RJ. O
texto procura apresentar e discutir as especificidades que caracterizam esse processo marcado
pelas disputas locais com os latifundiários, em que parte da história do Quilombo quase se
perdeu com o tempo justamente por não haver sido transmitida às gerações mais novas, de
modo que costumes tradicionais, como o Jongo, inexistem atualmente na comunidade.
11. Rocha, Otávio Gomes Rocha
UFPR
[email protected]
“A colonialidade do poder entre mapas e territórios.”
A cartografia na modernidade, alicerçada pela racionalidade científica, alcança o status de
discurso metanarrativo, ou seja, situa-se além das possibilidades de ser questionada. Produtos
da ciência, os mapas modernos têm o poder de universalizar espacialidades locais e naturalizar
formas de enxergar o mundo. Desde uma perspectiva que considere a colonialidade como
elemento constitutivo da modernidade desprende-se a compreensão de que a cartografia
desempenha um papel central para a imposição: 1) da colonialidade do poder como arranjo
estruturante das relações sociais no sistema-mundo moderno/colonial; 2) do imaginário
ocidental/eurocêntrico como padrão de saber universal. Destarte, a cartografia exerce
determinações sobre a produção de ausências como estratégia de invisibilização de
experiências sociais e formas de vida que não se curvam à modernidade ocidental e seus
desígnios territoriais. Entretanto, no contexto de subversão e apropriação da cartografia por
sujeitos subalternizados pelo padrão colonial de poder, os mapas emergem como ferramentas
essenciais de afirmação de identidades e territorialidades alternativas à razão
homogeneizadora ocidental. Neste complexo panorama de produção de múltiplos
mapeamentos, colocamo-nos em debate com perspectivas descoloniais para imergir em um
ambiente de investigação que nos possibilite desconstruir o papel que desempenham estes
mapas, seus agentes produtores, discursos e escalas de ação.
12. Correa Brandão, Rita
Identidade Territorial a partir da Cidadania Efetiva - os Indicadores da Cidadania e o processo
de configuração regional da área de influência do COMPERJ
[email protected]
Feno Neves, Renata
PPGDS/UFF - ESS/UFRJ
[email protected]
“Identidade Territorial a partir da Cidadania Efetiva - os Indicadores da Cidadania e o
processo de configuração regional da área de influência do COMPERJ.”
Esse trabalho compreende uma análise a partir da experiência do Instituto Brasileiro de
Análises Sociais e Econômicas (Ibase) no desenvolvimento de seu Sistema de Indicadores da
Cidadania que tem como espaço territorial piloto os 14 municípios definidos como a área de
influência do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ). Esses municípios
encontram-se distribuídos geograficamente nas Regiões Metropolitana, Serrana e Baixadas
Litorâneas do Estado do Rio de Janeiro. A implementação do projeto Indicadores da Cidadania
(Incid), nessa área, instrumentaliza o tecido associativo a uma atuação conjunta e estratégica
na luta pela garantia de seus direitos. A metodologia adotada pelo Incid a partir do
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
entendimento e avaliação da cidadania efetiva através de quatro dimensões de análises, a
saber: cidadania vivida, cidadania garantida, cidadania percebida e cidadania em ação, bem
como outras ferramentas - em especial o trabalho com mapas e dados georreferenciados contribuem para o fortalecimento da concepção de uma identidade comum que se torna
aparente pelas lutas e formas de articulação da sociedade civil fazendo desses municípios um
território.
13. López Flores, Pabel Camilo
Università di Milano “Bicocca”, Italia
[email protected]
“Resistencias comunitarias al Estado-nación y al capitalismo de despojo (La disputa por la
descolonización territorial en la región Andina-Amazónica).”
Ante la tendencia subcontinental de continuidad y/o relanzamiento del llamado capitalismo de
despojo, a través de la expansión de modelos de desarrollo basados en el extractivismo y/o
neo-extractivismo, diversos conflictos socioterritoriales y socioambientales se manifiestan a lo
largo y ancho de América del Sur, los que, en algunos casos, parecen evidenciar disputas
societales de parte de sujetos políticos indígenas frente a gobiernos, incluidos a los llamados
‘progresistas’ o ‘indigenistas’, reivindicando el respeto y ejercicio de derechos colectivos y
territoriales. En esos conflictos socioterritoriales, comunidades, pueblos y movimientos
indígenas estarían constituyendo núcleos comunitarios de resistencia, no solo frente al avance
territorial del capital sino también ante visiones y políticas provenientes de los mismos
gobiernos que, paradójicamente, pese a su carácter constitucional de plurinacionalidad, como
en los casos de Bolivia y Ecuador, estarían desplegando tendencias de re-centralización y
restauración del Estado-nación, así como de re-colonización estatal del territorio, lo que, a su
vez, supondría estar retrocediendo en los mandatos de descolonización del Estado. Se propone
una lectura crítica y un mapeo des-colonial de los actuales procesos sociopolíticos en la región
Andina-amazónica, a partir de los conflictos socioterritoriales del TIPNIS en Bolivia y el YASUNI
en Ecuador.
14. Simões, Willian Simões
UFFS/UFPR/ENCONTTRA
[email protected]
“Por uma perspectiva de pesquisa participante no território de vida dos povos e
comunidades tradicionais do Brasil.”
O presente trabalho tem a pretensão de potencializar o debate a respeito da pesquisa
participante, como caminho para apreensão da realidade nos territórios de vida dos chamados
povos e comunidades tradicionais. A experiência de pesquisa qualitativa junto a jovens
faxinalenses que habitam no Estado do Paraná, Sul do Brasil, elevou a necessidade de
constituirmos uma “postura investigativa”, objetivando, sobretudo, a elaboração de uma
pesquisa que venha contribuir para tornar visíveis territórios que foram sendo produzidos
historicamente por diferentes antagonistas como invisíveis, como símbolos do atraso e
obstáculos ao progresso. Trata-se de uma postura composta por três elementos estruturantes:
o trabalho de campo, a perspectiva dialógica e a noção de paradigma endógeno, alternativo e
aberto. É desde essa postura que nos inspiramos e nos dispomos a, conjuntamente com a
juventude faxinalense, por meio da convivência e da realização de oficinas pedagógicas,
elaborar o que estamos denominando “vocabulário territorial” – um conjunto de expressões e
verbetes elaborados pelos próprios jovens a partir de diferentes temáticas problematizadas
para o diálogo e que retratam aspectos de seu território de vida. Um vocabulário territorial
que se constitui como fonte principal do processo de elaboração teórica, do diálogo de saberes
que tem a pretensão de culminar na construção de um aporte teórico conceitual que contribua
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
para ampliar a compreensão de como os jovens faxinalenses constituem suas territorialidades,
como vivem em seus territórios.
15. Martins de Souza, Roberto
UDESC;
[email protected]
Ladik Antunes, Douglas
IFPR
[email protected]
“Cartografia Social: Registros sobre a Desterritorialização e Luta Social na Região Sul.”
De 2008 a 2010 um grupo de cipozeiros e cipozeiras da região de Garuva-SC desenvolveu, em
parceria com o Projeto Nova Cartografia Social o trabalho de mapeamento situacional que
teve como objetivos promover o fortalecimento identitário do grupo social, identificar
situações de conflitos sociais e práticas tradicionais de uso do território . Os procedimentos de
pesquisa permitiram um maior autoconhecimento e reconhecimento da condição social dos
cipozeiros não somente em Garuva-SC, mas em pelo menos 5 municípios dos estados de Santa
Catarina e Paraná. A pesquisa qualitativa apontou diversas situações sociais históricas e atuais
que repercutem atualmente na desterritorialização dos cipozeiros. Entre os conflitos sociais
declarados, podemos destacar: o “fechamento” do território tradicionalmente ocupado, a
restrição de acesso aos recursos naturais, as ameaças por pistoleiros, a exploração do trabalho
artesanal, entre outros. A evidencia destas situações sociais pelos próprios cipozeiros tem
colaborado no processo de construção identitária do grupo e, num maior interesse de
conecimento de seus direitos que efetivem a garantia de proteção de seu modo de vida
tradicional . Este trabalho procura trazer algumas reflexões sobre os desafios atuais do
processo de desterritorialização dos cipozeiros e de sua luta, comparada a outros movimentos
sociais.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro - 9.00hs – Sala I3. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 27:
OS 50 ANOS DO GOLPE DE 1964 E A DITADURA BRASILEIRA: PESQUISAS E
INTERVENÇÕES
Coordenadoras: Alessandra Gasparotto - Universidade Federal de Pelotas [email protected]
Carla Luciana Silva - Universidade Estadual do Oeste do Paraná [email protected]
RESUMO: Nos últimos meses, as temáticas vinculadas ao último período ditatorial
brasileiro estão no centro de um intenso debate, especialmente em função da criação da
Comissão Nacional da Verdade, em fins de 2011, e da efeméride relativa aos 50 anos do Golpe
de 1964, completados em 2014. Tal debate, que vem ampliando o conhecimento sobre o
período, na medida em que novos depoimentos e documentos foram revelados, é marcado
por uma série de controvérsias e disputas, tanto no campo acadêmico quanto no debate
público. Neste sentido, este Simpósio Temático visa oportunizar espaços de reflexão crítica
acerca da ditadura brasileira e seus desdobramentos, buscando reunir professores e
pesquisadores que se debruçam sobre o tema. O Simpósio pretende abordar, entre outras
questões, as diferentes interpretações e perspectivas de análise sobre o Golpe e a ditadura,
centrado em análises críticas; a participação civil e empresarial neste processo; a resistência
dos trabalhadores e as organizações de luta contra a ditadura; a atuação do aparato
repressivo; as especificidades do caso brasileiro, em comparação com as demais ditaduras do
Cone Sul e a atuação da grande imprensa, tanto no período como nos debates atuais em torno
das lutas por verdade, memória e justiça; a produção de memória, seja oficial, seja contrahegemônica sobre a Ditadura.
Atividades complementares:
Relatos de Experiência
A presente atividade visa possibilitar um debate acerca das diferentes possibilidades de
intervenção acadêmica e política em relação a atualidade das questões que envolvem o
período ditatorial e a luta por verdade, memória e justiça, no sentido de ampliar a visibilidade
acerca do tema e contribuir para a construção de uma cultura de direitos humanos e "para que
nunca mais aconteça". No primeiro momento, serão apresentadas duas experiências: a
realização de audiências públicas sobre o período ditatorial no Oeste do Paraná, que ouviu
vítimas, sobretudo em Foz do Iguaçu e em Cascavel, no Paraná; e a realização de um circuito
de oficinas sobre juventude e participação política em escolas da rede pública da região sul do
RS. Tais oficinas integraram as atividades do Ponto de Cultura "Memórias em Movimento", do
Instituto Mário Alves (Pelotas), e foram elaboradas a partir da abordagem da luta do
movimento estudantil gaúcho durante a ditadura e no período de redemocratização. No
segundo momento, será realizada uma roda de conversa entre os participantes, na qual será
possível realizar uma troca de ideias sobre outras experiências e possibilidades de intervenção
social vinculadas a estes temas. Para esta parte serão convidados depoentes da região,
especialmente o sr. Aluizio Palmar, com quem desenvolvemos pesquisa conjunta.
RESUMOS
1. Pocorobba, Juan Ignacio
Universidad de Buenos Aires -Argentina
[email protected]
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“El 2do Tratado ABC: Perón, Vargas, Ibáñez del Campo y las espinas en el camino hacia la
unidad latinoamericana.”
El artículo en cuestión analiza el proceso fallido de la firma de un 2do Tratado ABC entre la
Argentina, Brasil y Chile durante la primera mitad de la década del 50’. El proyecto, cuyo
principal promotor sería Juan Perón, radicaba en la conformación de un bloque subregional a
partir del cual pudiera formarse un mercado común suramericano que potenciaría las
economías de los países miembros, y de un “escudo defensivo” tendiente a frenar la creciente
injerencia norteamericana en la región. Otro punto importante del trabajo es el análisis de las
fortísimas presiones que sectores del poder económico y mediático concentrado más
elementos de las Fuerzas Armadas -especialmente en el caso brasileño- junto con el
Departamento de Estado; ejercieron para finalmente conducir al fracasodel intento de
integración. Al mismo tiempo, dentro del artículo hay un apartado dedicado a la comparación
entre el peronismo y el varguismo, buscando identificar sus puntos de contacto y sus
diferencias. Para finalizar, arriesgo como conclusión que la derrota del proyecto ABC
condenaría a la América del Sur a medio siglo de golpes cívico-militares o democracias
formales vacías de contenido vinculadas estrechamente a los designios de Washington.
2. Rocha, Simone Maria
Professora Associada do PPGCOM/UFMG e líder do Grupo de Pesquisa Comunicação e Cultura
em Televisualidades
[email protected]
Barbosa Fialho Martins, Rafael
Mestrando do PPGCOM/UFMG e integrante do COMCULT
[email protected]
“A história através do estilo televisivo II: a representação da ditadura brasileira na ficção
seriada televisiva.”
Este título faz referência à continuidade de uma empreitada que começou em 2013 no âmbito
do
Grupo
de
Pesquisa
Comunicação
e
Cultura
em
Televisualidades
(COMCULT/PPGCOM/UFMG) e que tem procurado visualizar, na dimensão audioverbovisual,
traços da história político-cultural do Brasil no interior de produtos televisivos. Sendo assim,
em “A história através do estilo: a revolta da vacina na telenovela Lado a Lado” procurou-se
compreender como o episódio histórico da revolta da vacina foi figurado na ficção a partir de
intenções específicas dos realizadores Cf. Rocha, Alves e Oliveira. A história através do estilo: a
Revolta da Vacina na telenovela Lado a Lado. Revista Eco-Pós (Online), v. 16, 2013. Diante do
papel relevante ocupado pela televisão em nossas sociedades – conferir visibilidade a eventos
e fatos históricos; contribuir para o tecido de indispensáveis solidariedades coletivas; fomentar
o debate e a opinião pública qualificados; cultivar e elaborar narrativas que alimentem a
memória de um povo – o presente trabalho pretende discutir como foi construída a memória
da ditadura militar na novela Amor e Revolução (SBT, 2011) a partir das escolhas estilísticas
que resultaram em sua vinheta de abertura. Tal produção retratou o regime militar durante os
anos de 1964 a 1985, associando o contexto histórico menos a uma trama melodramática
clássica e mais à discussão para a instauração da Comissão Nacional da Verdade (CNV) em
2011. A premissa da narrativa esteve no movimento de retratar uma época pouco abordada na
televisão de uma maneira diferenciada como, por exemplo, a exibição de inúmeras cenas em
que militantes políticos comunistas eram torturados por militares. Nossa proposta se mostra
relevante pois, conquanto o produto televisivo tenha se apoiado num imaginário já
estabelecido sobre a ditadura, ofereceu um enfoque inovador sobre essa realidade,
atualizando o tema em sintonia com sua ressignificação a partir do debate sobre a CNV.
3. Machado, Ana Paula
[183]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Pontifícia Universidade Católica do Paraná
[email protected]
“Manifestações Culturais e Políticas: Um Recorte da Ditadura Militar.”
O artigo abordará uma das várias formas de manifestações culturais que houve durante a
Ditadura Militar, a música. Vários cantores sofreram opressões por não poderem divulgar suas
canções, onde tiveram sua liberdade de expressão suprimida, pois naquele período o país
sofria uma grande censura. Contudo, os cantores tentaram através das suas composições se
opor ao regime e passar a mesma mensagem a população, como por exemplo, a música
“Cálice” de Gilberto Gil e Chico Buarque e “Pra não dizer que não falei das flores” de Geraldo
Vandré, entre outras.Usarei canções para analisar um período em que esta liberdade foi
reprimida, um tempo em que manifestar-se contra o regime era algo extremamente perigoso
e custou a vida de muitos que lutaram para que a democracia fosse restabelecida no
Brasil.Com toda a censura que a música sofreu durante aquele período, vale a pena refletir e
fazer uma comparação com músicas compostas durante a ditadura e músicas que foram
compostas após o regime (dias atuais). O artigo citará grandes nomes da Filosofia, Sociologia e
História, como Marilena Chauí, Michel Foucault, Caio Prado Junior, Adriano Nervo Codato,
entre tantos outros. Além dos grandes músicos e suas belas canções que marcaram um
período importante na história do país.
4. Larangeira, Álvaro Nunes
Universidade Tuiuti do Paraná - UTP
[email protected]
“Mídia de coturno: o posicionamento de 41 jornais no golpe militar brasileiro de 1964.”
O presente artigo externa o levantamento realizado em 41 jornais na semana do golpe militar
brasileiro em 1964, para desvelar a responsabilidade midiática na derrubada do governo
constitucional do trabalhista João Goulart e na implementação do regime ditatorial, o qual
perdurou por duas décadas. A investigação, crucial para comprovar o protagonismo da
imprensa, fato abrandado e relativizado por ela mesma durante 50 anos – mesmo nas
retratações institucionais como as da Folha de S. Paulo e Organizações Globo –, compreende
os principais diários das sete cidades determinantes no episódio: Rio de Janeiro, centro do
poder na época, embora a capital do país fosse Brasília; São Paulo, base empresarial/financeira
dos golpistas; Belo Horizonte e Juiz de Fora, cidades deflagradoras do movimento militar;
Porto Alegre e Recife, possíveis núcleos da resistência por comportarem forças socialistas, no
caso da capital pernambucana, e trabalhistas, em Porto Alegre; e Santa Maria, maior pólo
militar do país, afora o Rio de Janeiro, e decisiva no posicionamento do 3º Exército. A pesquisa
ilustra, assim, a posição tomada pelo campo midiático diante das alternativas de um governo
popular-reformista democrático e um regime autoritário desenvolvimentista.
5. Rupar, Brenda
UBA-UNQ-CONICET-UFF
[email protected]
Rigueiro, Julia
UFF
[email protected]
“50 años del golpe en Brasil: preguntas y debates en torno a la producción historiográfica.”
Al cumplirse este año el cincuentenario del inicio del Golpe de Estado en Brasil, asistimos a un
incremento de las publicaciones sobre la temática. En las mismas, encontramos un predominio
de las visiones que se centran en estudiar el consenso, las “zonas grises” y la participación civil
en términos ampliados. Como estudiantes e investigadoras argentinas nos surgieron varios
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
interrogantes acerca de las consecuencias políticas de dichas investigaciones. En este trabajo
nos proponemos abordar críticamente las perspectivas historiográficas que se expresan en
dichos escritos. Entendemos que la producción académica no puede estar escindida de la
disputa política de conseguir juzgar a los responsables de la dictadura cívico militar que tuvo
lugar entre 1964 y 1985.
6. Castelano, Maria José
UNIOESTE-PR/PUC-SP
[email protected]
“A Ditadura militar no Oeste do Paraná: os conflitos entre os movimentos sociais, Igreja e
Estado durante a construção da barragem da Hidroelétrica de Itaipu.”
Apresentamos os resultados parciais da nossa pesquisa de doutorado em que se busca
entender o papel e a influência da Comissão Pastoral da Terra junto aos movimentos sociais
organizados no campo nas décadas de 1970/80 e o conflito que se estabeleceu neste período
entre os movimentos sociais, a Igreja e o Estado no Oeste paranaense. Os moradores desta
região que seriam desapropriados para a construção do reservatório do Lago de Itaipu se
organizam inicialmente para reivindicar uma indenização justa por parte da Usina Hidrelétrica
de Itaipu, implementada durante a Ditadura Militar, e, no processo de luta, se conscientizam
dos problemas agrários e políticos vividos pelos trabalhadores na região, materializando-se na
constituição do Movimento dos Agricultores Sem Terra do Oeste e, posteriormente, no
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A “práxis” ou a “experiência”, nos termos
definidos por Thompson, permitem entender os participantes dos movimentos sociais
enquanto sujeitos desafiados a rever práticas e valores e adquirir o aprendizado político nesse
processo. O estudo se situa num período da história brasileira recente cujas mazelas sociais de
longe foram superadas, pois os conflitos sociais no meio agrário e urbano como: a luta por
uma democracia radical, seja na busca de maior participação política nos rumos do país, pela
reforma agrária, por educação, saúde, moradia, mobilidade, entre outros, ainda são bandeiras
estendidas, sobretudo nos movimentos sociais.
7. Borges Júnior, Lauro Luís
Professor /Colégio Estadual Carlos Alberto Ribas - Jaguarão/RS
[email protected]
Corrêa Vieira, Daiana
Professora /Instituto Estadual de Educação Ponche Verde, Piratini/RS
[email protected]
“A Democracia Brasileira 50 Anos Depois do Golpe: Lei de Segurança Nacional x Leis
Antiterrorismo.”
O presente trabalho tem como objetivo principal realizar um debate acerca das chamadas leis
de segurança nacional, avaliando as heranças e permanências destas na história política
brasileira. Para isto, apresenta-se um breve histórico das primeiras resoluções e leis deste tipo
lançadas no Brasil, durante os governos de Getúlio Vargas, bem como as principais medidas
adotadas. A seguir, discutimos as medidas de mesmo cunho adotadas pelos governos militares
a partir de 1964, até sua versão final, a Lei de Segurança Nacional, levada a efeito em 1983, já
nos estertores da ditadura. A partir deste momento, procura-se apontar algumas
permanências destas medidas e sua ingerência no funcionamento democrático brasileiro,
destacadamente na relação do Exército e das polícias militares com a sociedade civil. Assim,
chega-se às propostas de leis antiterrorismo, Lei Geral da Copa e Lei de Associação Criminosa,
às vésperas da Copa do Mundo de Futebol. Partimos da análise destes documentos para
apresentar a discussão sobre as prerrogativas legais, as quais permitem que governos,
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
democraticamente eleitos, aumentem o controle sobre ações democráticas e propiciem
condições para um estado de exceção dentro da democracia.
8. Grassi Calil, Gilberto
UNIOESTE/PR
[email protected]
“A ditadura no Oeste e Sudoeste do Paraná: a experiência da Audiência Pública da Comissão
Estadual da Verdade em Cascavel.”
A investigação das dinâmicas da repressão e da resistência em diferentes regiões do interior
do Brasil tem grande importância para a avaliação da amplitude e das particularidades do
aparato repressivo e das lutas empreendidas contra a Ditadura brasileira. No Oeste e Sudoeste
do Paraná, as resistências foram muitas e variadas, desde a deflagração do Golpe até os
últimos suspiros da ditadura, podendo-se citar a prisão e tortura de inúmeros militantes dos
Grupos dos Onze em abril de 1964 e a prisão de Juvêncio Mazzarollo, processado, enquadrado
na LSN e condenado já em 1982, sendo considerado o último preso político da ditadura.
Registra-se ainda a atuação de duas organizações de resistência armada (MR8 e VARPalmares), as resistências camponesas e a resistência indígena contra a construção de Itaipu e
desapropriação de suas terras. Estas histórias, silenciadas pela memória dominante regional,
se expressaram na Audiência Pública ocorrida em março de 2014, perante um público de mais
de 500 participantes. Propomos relatar algumas delas, discutindo sua importância para a
avaliação historiográfica em torno da ditadura, em um momento em que são propagadas
interpretações revisionistas que inclusive relativizam a violência repressiva para os períodos
anterior a 1968 e posterior a 1979 – nos quais ocorreram muitas das violações narradas à
Comissão Estadual da Verdade na Audiência Pública.
9. Benielli, Lucas
Facultad de Filosofía y Letras - Universidad de Buenos Aires
[email protected]
“Las luchas sindicales bajo la dictadura en Brasil (1964-1985).”
El extenso período de dictadura militar en Brasil (1964-1985) estuvo marcado por el intento,
por parte del gobierno autoritario, de implementar una profunda mutación en todos los
ámbitos de la sociedad civil: dinámico y complejo, el proyecto del régimen se propuso
modernizar la economía nacional y suprimir, al mismo tiempo, cualquier tipo de disidencia que
atentase contra el mismo. Un aspecto relevante dentro de esta planificación fue el lugar
previsto para la clase obrera, reflejo de las transformaciones previas en el mundo del trabajo y
de la emergente cultura política en el ámbito popular. El objetivo del trabajo apunta, por una
parte, a examinar la trayectoria del movimiento obrero en su oposición al gobierno militar,
considerando en este caso el rol protagonizado por los sindicatos urbanos de mayor relevancia
a lo largo del período de dictadura. Bajo la premisa de un quiebre de la dinámica de liderazgo
sindical tradicional —heredado del período varguista y los años inminentemente posteriores a
su caída—, producto de la nueva lógica de interrelación entre los trabajadores y el Estado
durante los momentos de mayor vigencia del proyecto autoritario, se analiza en detalle el
proceso de una paulatina recomposición en la lucha sindical desde las instancias más
moleculares de su actividad en las fábricas, que desembocará hacia finales de los años setenta
en una de las mayores demostraciones de oposición y un punto de no retorno frente a las
dinámicas de control previo. En este sentido, el trabajo nos permite comprender a la transición
democrática como un proceso más amplio que el propio de un análisis acotado a la esfera
partidaria y al devenir autónomo de un gobierno dictatorial: nos proponemos, por lo tanto,
pensar la transición brasilera desde abajo.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
10. Vital de Matos Oliveira, Bárbara
Mestranda do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Juiz
de Fora
[email protected]
“O golpe de 1964 e seu cinquentenário na cidade de Juiz de Fora.”
Esse artigo busca abordar a atuação e o posicionamento de Juiz de Fora - MG diante do golpe
civil-militar de 1964, por meio do jornal local Diário Mercantil, e as repercussões de seu
cinquentenário na cidade. Além das tropas que saíram de Juiz de Fora, comandadas por
Olympio Mourão Filho, setores e grupos da sociedade juiz-forana tiveram papel importante
para a legitimação do regime imposto. Entretanto, a cidade não teve um papel singular
somente por esta conjuntura; foi cenário de prisões e cassações, sede da 4ª Região Militar e de
um presídio político, apresentando-se também como um foco de resistência à ditadura.
Cinquenta anos depois, presenciamos todo um movimento de rememoração dessa data,
através da imprensa e dos meios de comunicação, como o jornal Tribuna de Minas e a TV
Integração, e de movimentos como o “Circuito 1964: Memória, História, Cultura e Resistência
– 50 anos do golpe”, promovido entre 29 de março e 4 de abril, contando com exposições,
palestras, intervenções e debates. Além disso, através da iniciativa do poder político local,
temos a criação da Comissão Municipal da Verdade, em abril (2014), contribuindo com a CNV,
tornando-se essencial para esse momento de resgate da história e reconstituição da memória
local, permitindo a abertura para o debate e para novas narrativas.
11. Furlan, Elisangela
[email protected]
“LEI 5.692/71: O ensino de Educação Artística no contexto da ditadura.”
Este trabalho de pesquisa apresenta uma breve análise histórica, social e política do contexto
educacional da década de 1970, bem como os anos que antecedem os “anos de chumbo” da
Ditadura Civil Militar no Brasil. Analisa a criação de uma legislação autoritária para o campo
educacional, denominada LDB 5.692/71, que implantou o ensino de Educação Artística como
obrigatório, com objetivo de controle social, alegava estar a serviço formação integral do
sujeito, desenvolvimento de suas potencialidades e padronizando o ensino, mas atuava
segundo os ditames da lógica de produção industrial, mais precisamente técnicas de desenho
industrial. Esse processo se deu num contexto de reforma do ensino, de formação
profissionalizante para atender a demanda do Brasil desenvolvimentista. Período este que
pressupõe censura a qualquer manifestação contrária ao regime, com vistas a uma suposta
ideologia de segurança nacional, que na realidade era uma luta mascarada contra o
comunismo. Por sua vez, despertou o descontentamento de parcela da população civil e da
classe docente frente às situações de repressão a liberdade de opinião e pensamento. Por fim,
tecer parâmetros acerca da implantação contraditória do ensino de educação artística,
imprópria para uma realidade de repressão as formas de manifestação do pensamento por
meio da produção artística. Possibilitando maior entendimento sobre esse período de
relevância para educação no Brasil.
12. Silveira Gomes, Luisiane da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS
[email protected]
“O movimento estudantil e a resistência ao golpe civil-militar na cidade de Pelotas/RS (19641968).”
O presente trabalho pretende analisar a resistência ao golpe civil-militar em 1964 através da
atuação do movimento estudantil em Pelotas, cidade esta localizada na região sul do Rio
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Grande do Sul. Neste sentido, desde os primeiros momentos da concretização do golpe em
março de 1964, os estudantes pelotenses saíram às ruas para protestar contra o regime
vigente. Na conjuntura da época, o movimento estudantil configurou-se com um dos
movimentos populares mais ativos do país ao encabeçar manifestações e protestos de
resistência ao regime militar, em consequência disso, a UNE e as principais lideranças
estudantis acabaram sendo as primeiras vítimas. Ademais, alguns anos após o golpe,
percebemos o recrudescimento da repressão aos ditos “subversivos” e, o ano de 1968 foi
marcado pela intensificação das lutas estudantis contra a ditadura, assim, numa tentativa de
dar cabo à agitação política os militares editaram o AI-5. Dessa forma, o movimento estudantil
entra em refluxo e acaba sendo derrotado pela ditadura no início da década de 1970.
13. Pinto, Gustavo Louis Henrique
Doutorando em Ciência Política/ Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
[email protected]
“Celso Furtado e o Golpe de 1964: entre a “Fantasia Desfeita” e a crítica política do exílio.”
O projeto desenvolvimentista de Celso Furtado tinha como ponto de chegada a tarefa de
realizar mudanças políticas que pudessem conduzir mudanças sociais e econômicas, de
maneira que a competição e o aprofundamento do capitalismo industrial e financeiro
pudessem fornecer novas bases para transformações institucionais. O momento histórico do
projeto desenvolvimentista antes do Golpe Civil-Militar de 1964 foi posteriormente intitulado
por Furtado como a fantasia desfeita, já que o regime impactou sobre as construções políticas
de uma intelligentsia e, claro, sobre o destino da sociedade. O objeto de análise deste artigo se
refere à interpretação de Furtado sobre o Golpe de 1964 a partir de três perspectivas: a. a
leitura das tensões sociais e o problema democrático contido nas obras A pré-revolução
brasileira (1962) e a Dialética do desenvolvimento (1964); b. a conexão estabelecida por
Furtado entre as reformas de base, a manutenção da velha estrutura agrária e o momento pré
Golpe; c. a identificação dos obstáculos políticos ao desenvolvimento no período do exílio. A
hipótese deste artigo é que Furtado se deparou com a questão de como construir a
modernidade na periferia de matriz colonial, e o espaço da política foi central nesta tarefa,
principalmente com o peso dado à democracia na realização do desenvolvimentismo, como
meio estratégico e fim em Furtado, de base social-democrática. Retomar o pensamento de
Furtado a partir da ciência política possibilita um debate abrangente de um autor que possui
um peso significativo para a interpretação do Golpe Civil-Militar de 1964. Interessa observar as
representações e os diferentes usos dos conceitos na obra do autor, a partir das noções do
contextualismo linguístico e da história dos conceitos (cf. Q. Skinner, J. Pocock, R. Koselleck).
14. Januário de Souza, Hiolly Batista
Aluna especial do Programa de Pós-graduação em História da UNIOESTE
[email protected]
“A Comissão Pastoral da Terra: sua ação e representatividade durante a ditadura civil-militar
no Brasil em seus primeiros anos (1975-1980).”
O trabalho aqui apresentado busca compreender a atuação da Comissão Pastoral da Terra
(CPT), entidade associada à Igreja Católica no Brasil, a partir do ano de sua criação em 1975 até
a publicação do documento Igreja e Problemas da Terra, aprovado na 18° Assembleia da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em 1980. Sua atuação junto aos movimentos sociais
rurais, se posicionando em favor destes com ações de denúncia de abusos cometidos por parte
do governo, das elites locais e dos empresários. Faremos referência às tarefas por ela
desempenhadas nesse período frente ao governo, suas entidades de apoio e contestação,
passando pela problemática da concentração fundiária, do uso abusivo da violência no campo,
do enfrentamento de uma ditadura civil-militar e do início da luta mais contundente pelo
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
processo de redemocratização. Será abordada, ainda que rapidamente, as mudanças
ideológicas ocorridas na Igreja Católica nas décadas de 1960 a 1980, a partir da influência da
Teologia da Libertação.
15. Irigiyen Vander Velden, Alexandre
Mestrando do PPGH-UFF, Universidade Federal Fluminense
[email protected]
“Cineastas à esquerda: uma leitura do golpe civil-militar de 1964 através dos documentários
engajados.”
Essa comunicação objetiva problematizar questões historiográficas acerca do golpe civil-militar
de 1964 utilizando como fonte histórica documentários de cineastas comprometidos com os
projetos das esquerdas da época. Os filmes privilegiados são Maioria Absoluta (Leon Hirszman)
e Viramundo (Geraldo Sarno), projetos freados após a repressão do regime. Montados e
finalizados na clandestinidade, eles percorreram durante os primeiros anos de ditadura um
restrito ciclo subterrâneo, circulando em cineclubes, sindicatos e movimentos sociais.O uso do
cinema enquanto fonte histórica vem se afirmando desde a renovação teórico-metodológica
da Nova História e as pesquisas com esse enfoque crescem atualmente nos programas de pósgraduação do Brasil. Para essa comunicação em específico, os documentários trabalhados
possibilitam ao historiador compreender tanto a identificação dos cineastas com os projetos
da esquerda, bem como as estratégias e caminhos propostos por esses no campo da política e
da arte. Longe de ser apenas expressão de um programa político definido ou de serem
empreendimentos estéticos herméticos, as imagens desses documentários testemunham os
embates e tensões da esquerda no campo político e artístico pré e pós golpe.
16. Souza Silva, David Junior de
Universidade Federal da Grande Dourados
[email protected]
“Brasil pós-ditadura: alcance, limites e obstáculos à reabertura democrática.”
O tema deste trabalho é o processo de reabertura democrática brasileiro pós-ditadura militar.
O texto problematiza o alcance e os limites desse processo, e as dificuldades que persistem
para a consolidação e ampliação efetiva da democracia. A partir do prisma da teoria da
democracia mais radical, aquela que assenta-se sobre a normativa de participação de todos os
cidadãos na direção da sociedade, o trabalho discute e traça um quadro crítico da democracia
brasileira pós-ditadura a partir de dois aspectos.O primeiro, quanto ao modelo formal e
prático da democracia nacional: seus aspectos elitistas, o modo do seu alicerçamento e
legitimação na instituição da representação, e os debates e efetivações (e não-efetivações)
práticas da participação popular nos processos decisórios; e quais as forças sociais e políticas
que atuaram e atuam pela manutenção dessa conformação política. O segundo, a discussão
das persistentes estruturas sociais autoritárias, e da necessária e não concluída
democratização das relações sociais (no sentido do combate a subalternizações e violências
como a do racismo, da homofobia, da violência de gênero, étnica etc.).
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala I3. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 28:
PENSAMENTO POLÍTICO-SOCIAL E INTELECTUAIS NA AMÉRICA LATINA
Coordenadores: André Kaysel (Universidade Federal da Integração Latino-Americana-UNILA)
[email protected]; Aline Marinho Lopes (Universidade Federal do Rio de Janeiro- UFRJ)
[email protected]
RESUMO: As investigações na área do Pensamento Social e Político constituem uma
forte tradição nas Ciências Sociais na América Latina, privilegiando os temas da formação da
nação e da emergência da modernidade. Os intelectuais desempenham um papel fundamental
nesse processo, construindo imagens e interpretações do mundo que acabam sendo
apropriadas por diversos atores coletivos. As representações elaboradas no âmbito do
pensamento social e político latino-americano constituem, portanto, parte integrante da
realidade, atuando de maneira decisiva no processo de conformação histórica da vida social e
política. O simpósio tem por objetivo propor uma discussão sobre a produção do
conhecimento acerca das sociedades latino-americanas e o papel dos intelectuais, explorando
as diversas abordagens que orientam a reflexão em torno dessas temáticas.
RESUMOS
1. Baichman, Alan
UBA/CCC
[email protected]
Cortes, Martín; Tzeiman, Andrés
CCC/UBA/CONICET
[email protected]; [email protected]
“Debates en el exilio mexicano: notas sobre problemas de teoría política latinoamericana.”
El presente trabajo tiene el propósito de sistematizar algunos núcleos problemáticos
estudiados en el marco de una investigación que ya tiene dos años. La misma se dedica al
abordaje de los debates teórico-políticos llevados a cabo durante el exilio mexicano por parte
de una interesante cantidad de intelectuales latinoamericanos congregados en ese país luego
de los golpes de Estado ocurridos fundamentalmente en el Cono Sur de la región. El objetivo
de esta ponencia será entonces exponer algunos temas de teoría política latinoamericana que,
tras el trabajo realizado, parecen ser aquellos núcleos de debate más sistemáticos, según lo
analizado en diversos seminarios, libros y revistas que aglutinaron a diversos intelectuales de
la región a fines de los años setenta y comienzos de los ochenta. Nos referimos principalmente
a problemáticas como la hegemonía, el Estado, la cuestión nacional y el vínculo entre
socialismo y democracia, aunque también hayan existido otras de suma relevancia.
Problemáticas que, tal como trataremos de explicar en este trabajo, se diferencian desde
nuestro punto de vista a las predominantes en las ciencias sociales latinoamericanas tanto de
forma previa al exilio, como de forma posterior a él.
2. Sanchez, Gabriela Noemi
Universidad Nacional de Mar del Plata
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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[email protected]
“Concepto de liberación y su contexto de producción en el marco de las teorías
liberacionistas.”
El presente trabajo intenta recuperar la historia intelectual del concepto de “liberación” en el
contexto Latinoamericano. La intención está centrada en ayudar a comprender su desarrollo
dentro de un proceso más amplio que se produce entre las décadas del 60 y 70 del siglo
pasado El concepto de liberación ha ganado un espacio dentro del pensamiento
latinoamericano. Surgió entre los años 60 y 70 del siglo pasado como una fuerte contestación
ante el sistema de dominación y opresión del capitalismo ejercido sobre América Latina.
Fueron décadas marcadas por profundas transformaciones en distintos planos de la vida
social, cultural y política de Latino América. El trabajo se centra en la Pedagogía de la
Liberación, la Teología de la Liberación y la Filosofía de la Liberación, tratando de identificar
como dentro de estas teorías se recupera el rol de la educación; que lugar le otorgan y como
se puede, si se puede, alcanzar la “liberación” por medio de la educación. A partir de este
analisis nos preguntamos si es pertinente, después de más de tres décadas y con cambios en el
contexto, seguir reflexionando sobre la “liberación” en América Latina del siglo XXI.
3. Cárdenas Castro, Juan Cristóbal
Programa de Posgrado en Estudios Latinoamericanos, Universidad Nacional Autónoma de
México
[email protected]
“Desbordando la academia: el compromiso intelectual con las luchas socio-políticas (la
«larga década» de los sesenta).”
Con posterioridad al golpe militar de 1964 y fruto de la persecusión política, un nutrido grupo
de jóvenes militantes, a la vez que profesores universitarios, se exilió en Chile. Una parte de
ellos se integró al Centro de Estudios Socioeconómicos (CESO) de la Universidad de Chile
(Marini, Bambirra, Dos Santos, Sader, entre otros), desde el cual contribuyeron al intento por
sistematizar una teoría del subdesarrollo y de la dependencia latinoamericana. Puede situarse
en 1967 el inicio del «giro dependentista», que a la postre marcó el fin del predominio de la
sociología del desarrollo y el despunte de la llamada sociología de la dependencia. Ese trabajo
intelectual se dio a la par de su actividad política, ya que desplegaron una abierta e ingente
labor en el agitado campo político chileno que los llevó a militar en diversas organizaciones de
izquierda, varias de las cuales formaron parte de la Unidad Popular que en 1970 apoyó la
triunfante candidatura presidencial de Salvador Allende. Producto de esa doble actividad,
diversos autores han caracterizado a esa joven generación latinoamericana como
«intelectuales militantes» o, más particularmente, «sociólogos comprometidos». Nos
proponemos así dar cuenta de un pensamiento radical emanado desde la praxis política
concreta.
4. Ghellere Rosso, Kelem
Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Faculdade Sagrada Família (FASF)
[email protected]
“Considerações sobre a obra A revolução burguesa no Brasil de Florestan Fernandes.”
Esse trabalho tem o objetivo de identificar e analisar algumas das principais controvérsias
quanto às interpretações da obra A Revolução Burguesa no Brasil de Florestan Fernandes: uma
delas, se há ou não uma ruptura teórico-metodológica entre as duas primeiras partes e a
terceira, separadas por uma interrupção de quase sete anos. A obra, iniciada em 1966 e
retomada somente em 1973, marca o debate dentro da esquerda brasileira quanto à
caracterização da ditadura civil-militar instituída dez anos antes, em 1964. Porém, sua
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
importância vai muito além dessa questão, ela conforma uma das maiores análises da
formação social brasileira. Dentre os autores, cujas contribuições serão analisadas estão: José
de Souza Martins, Maria Arminda do Nascimento Arruda, Gabriel Cohn e José Paulo Netto.
5. Gomes Martins, Tatiana
Unicamp
[email protected]
“Marialice Mencarini Foracchi e os fundamentos de uma Sociologia da Educação.”
O artigo pretende destacar e analisar os pressupostos teórico-metodológicos mobilizados por
Marialice Mencarini Foracchi em sua análise sobre o estudante universitário no início dos anos
1960. De reconhecida importância para a Sociologia da Educação e da Juventude, esses
estudos problematizam, para além dessas especificidades, a figura do Estudante Universitário
em sua interface com as tensões da sociedade brasileira no período, definindo um sentido
sociopolítico à interpretação. Com isso em vista, o artigo busca enfatizar a especificidade da
construção analítica da socióloga acerca do lugar sociopolítico do Estudante Universitário e da
Universidade às vésperas da Ditadura Militar no Brasil, bem como as transformações sofridas
por esses setores a partir dessa nova configuração política.
6. Teodoro, Ailton
Universidade de São Paulo
[email protected]
“Octavio Ianni: crise e metamorfoses.”
Em abril de 2014 completou-se 10 anos do falecimento de Octavio Ianni, um dos mais
importantes sociólogos brasileiros e latino-americanos. Seu campo de trabalho estendeu-se
desde as pesquisas sobre a crise da escravatura no Brasil meridional, realizadas sob a
orientação de Florestan Fernandes entre 1955 e 1960, passando pelos estudos sobre o
desenvolvimento econômico, populismo, imperialismo e dependência, culminando nas
análises sobre a globalização. Tentando periodizar sua produção intelectual, meu campo de
investigação concentra-se sobre o intervalo em que atuou como professor da Universidade de
São Paulo (USP) até ser cassado pelo AI-5 em 1969 e participar, um tanto a contra gosto, da
criação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP). Neste espaço de tempo, foi
possível localizar em sua obra uma interpretação original sobre o papel do Estado no processo
de desenvolvimento econômico brasileiro, bem como rastrear os desdobramentos dessa
interpretação e suas consequentes rupturas no momento que sucede imediatamente o golpe
de 1964. Apesar da mencionada originalidade, cabe destacar a marginalização das ideias de
Ianni no debate acadêmico e político que se consolida após as cassações, em contraposição à
projeção de Fernando Henrique Cardoso em ambos os meios.
7. De Aquino, Arthur
Universidade Estadual de Campinas
[email protected]
“A Controvérsia do Planejamento Econômico e a Consolidação do Projeto Industrialista
(1943-1945): liberalismo e desenvolvimentismo em luta pela hegemonia.”
O trabalho a ser apresentado no referido Simpósio consiste de pesquisa realizada durante o
mestrado, no âmbito do PPGCP/Unicamp. A pesquisa versa sobre a célebre ‘Controvérsia’ do
planejamento econômico, entre Roberto Simonsen e Eugênio Gudin, e cujo pano de fundo
consistiu da consolidação de um projeto industrialista de nação. Tal projeto vinha sendo
construído gradual e paulatinamente já desde a década de 1920, e encontrou em Roberto
Simonsen seu intelectual orgânico. A construção de tal projeto anda a par com a construção da
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
própria fração de classe burguesa industrial, seja no âmbito econômico, seja em termos de
identidade. Um segundo movimento que vem em paralelo e que dá forma e contornos à
ideologia industrialista foi a própria luta pela sua afirmação, seja socialmente com a
hegemonia cafeeira – ela mesma em gradual processo de decadência, mas ainda hegemônica
– seja ideologicamente, com o pensamento liberal – que encontra em Eugênio Gudin sua
expressão por excelência. Tanto os debates dentro das comissões do I Congresso Brasileiro de
Economia de 1943 quanto na ‘Controvérsia’ dentro da Comissão de Planejamento Econômico,
entre 1944-1945, consistem do ponto alto dessa tensão, que se traduz em luta pela
hegemonia.
8. Haro Sly, Andrea; Garofali, Angela
UNILA
[email protected]; [email protected]
“Estudio de las principales categorías formuladas por Ruy Mauro Marini para la comprensión
de la dependencia.”
El presente articulo se propone presentar preliminarmente una revisión crítica de algunos de
los fundamentos teóricos de Ruy Mauro Marini sobre la dependencia latinoamericana. Se
intentará aproximarse a un análisis de las formulaciones sobre superexplotación, dependencia
y subimpimperialismo; con el objetivo de constatar la vigencia de las categorías para explicar la
realidad actual. El interés de retomar las contribuciones del autor surge ante la necesidad de
aspirar comprender las especificidades del proceso de acumulación latinoamericano.
9. Alonso, Rodrigo
UNILA
[email protected]
“Estudio de las principales categorías formuladas por Ruy Mauro Marini para la comprensión
de la dependencia.”
El presente articulo se propone presentar preliminarmente una revisión crítica de algunos de
los fundamentos teóricos de Ruy Mauro Marini sobre la dependencia latinoamericana. Se
intentará aproximarse a un análisis de las formulaciones sobre superexplotación, dependencia
y subimpimperialismo; con el objetivo de constatar la vigencia de las categorías para explicar la
realidad actual. El interés de retomar las contribuciones del autor surge ante la necesidad de
aspirar comprender las especificidades del proceso de acumulación latinoamericano.
10. Dolce, Gregorio
Centro de Investigaciones Socio Históricas. Facultad de Humanidades y Ciencias de la
Educación. Universidad Nacional de La Plata
[email protected]
“Intelectuales kirchneristas: una lectura abierta a Carta.”
El colectivo de intelectuales argentino Carta Abierta y su adhesión al kirchnerismo plantean
posibilidades y desafíos para comprender el presente político. Las expresiones culturales de
cada época siempre estuvieron mediadas por determinadas tradiciones y cosmovisiones, por
lo que estudiar el escenario político a través de los intelectuales es una de las intenciones de
este trabajo. Para ello se indagarán las primeras expresiones públicas que tuvo el colectivo,
para luego poder observar cómo ven al gobierno argentino y cómo piensan a América Latina
en su conjunto. A su vez, se realizará un esbozo comparativo entre Carta Abierta y grupos
intelectuales del primer peronismo con el objetivo de vislumbrar continuidades y rupturas con
respecto a estos actores afines al kirchnerismo.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
11. Paz, Sergio
Universidad Nacional de Quilmes
[email protected]
“El progreso técnico en Prebisch.”
La obra de Raúl Prebisch cubre un extenso periodo del Siglo XX, donde se configuraron
transformaciones profundas en el orden internacional y en la economía argentina, a la par que
se experimentaron cambios sustanciales en la teoría económica. Su trabajo estuvo al servicio
de moldear el pensamiento sobre desarrollo en América Latina, vinculando la reflexión teórica
con la búsqueda concreta de influenciar la política económica de sus países. Esto definió el
carácter de su producción intelectual y también de sus funciones en el ámbito académico y
profesional. Prebisch realizó un esfuerzo de teorización capaz de interpretar las dimensiones
del desarrollo latinoamericano.El rol asignado por Prebisch al progreso técnico proveniente del
centro abrió un campo teórico extenso y permitió integrar las nociones sobre el sistema
internacional compatibles con la presencia de posiciones asimétricas de poder. En este trabajo
se repasan los puntos en el pensamiento de Prebisch relacionados con el estudio del cambio
técnico en la periferia para luego establecer los elementos vigentes de su enfoque en relación
con las nuevas miradas en la teoría latinoamericana del desarrollo.
12. Sumno, Marcelo
Universidad Nacional de Tres de Febrero (UNTreF)
summomarceloºyahoo.com.ar
“La nación latinoamericana en las interpretaciones del joven Jorge Abelardo Ramos.”
Nuestro trabajo se ocupará del problema de la nación latinoamericana circunscribiéndolos al
análisis de las interpretaciones que el intelectual marxista argentino Jorge Abelardo Ramos
realizó al respecto en un momento específico de su itinerario político-intelectual; el que se
refiere al período 1951-1955, años en los que colaboró activamente en la prensa escrita del
peronismo. Nos proponemos explorar la matriz político-intelectual que éste elaboró para
pensar la realidad latinoamericana y el proceso histórico en el cual se inscribe. En ese sentido,
nuestros objetivos específicos son los de analizar sus interpretaciones en torno a la “cuestión
nacional latinoamericana”, el problema de la cultura y el rol de los intelectuales para las
colonias y “semicolonias” que componen la región. Las fuentes que analizamos son sus
artículos periodísticos publicados en los diarios La Prensa y Democracia en los cuales se
expresa su adscripción, en términos de un “apoyo crítico”, a los regímenes caracterizados por
él como “revoluciones nacionales”, entre ellos el justicialista.
13. Canavese, Mariana
Universidad de Buenos Aires (UBA) / Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas
(CONICET)
[email protected]
“La centralidad de un análisis de los usos en la historia intelectual latinoamericana.”
Fascinadas, piadosas, teóricas, en relación con el debate político, seducidas por la sofisticación,
desencantadas, con reparos, esquivas, críticas, las lecturas argentinas de las producciones de
Michel Foucault habilitaron concurrencias y divergencias. A 30 años de la muerte del filósofo
francés, el campo intelectual local es prolífico en usos foucaultianos. En mi tesis doctoral,
investigué la recepción de los postulados de Foucault en Argentina entre 1958 y 1989. Esta
contribución quiere problematizar algunas premisas teóricas de esa intersección posible entre
una historia intelectual (de discursos y significaciones) y una historia de los intelectuales (en
tanto actores) que permiten abordar la circulación y recepción internacional de ideas, pensar
la transferencia transcultural y los intercambios entre países europeos y latinoamericanos, e
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
indagar en la productividad de la categoría de uso. Propongo entonces un análisis de la
recepción de ideas, no como un estudio de las fuentes y de las influencias, sino como uno
signado por la diferencia; un análisis de los usos. Una indagación tal, no puede sino atender a
redes de sociabilidad enmarcadas regionalmente que permitan reponer quiénes animaron
dichas circulaciones y cuál fue el rol de esas mediaciones de interpretación y de soporte.
14. Comamala Arbusa, Karla Estefânia
UNIOESTE
[email protected]
“LITERATURA E MIGRAÇÃO: O Migrante na obra “Doze Contos Peregrinos” de Gabriel García
Márquez.”
A produção artística e especialmente a literária é uma prática humana. Como tal, ela é o
resultado das relações dialéticas estabelecidas entre as trajetórias individuais e os contextos
sociais vivenciados pelos artistas. Estudar a produção literária e a vida de um destes sujeitos
permite entendermos momentos e interpretações do mundo e dos fenômenos sociais que o
compõem. Com isso, as Ciências Sociais encontra um autêntico objeto de pesquisa em
romances, crônicas, contos e poesias. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa realizada foi
estudar uma das obras escritas por Gabriel García Márquez, “Doze Contos Peregrinos”, com o
intuito de visualizar as relações entre os elementos contextuais vividos pelo autor e aquilo que
lhe é próprio como artista, além de refletir sobre seu estilo literário e sobre a importância da
categoria migrante no interior da obra escolhida.
15. Aragon, William
UNIVERSIDAD DEL CAUCA
[email protected]
“Manuel zapata como intelectual afrodiasporico.”
La idea es hacer una exposición sobre la vida y obra del escritor colombiano manuel zapata
olivella( 1920-.1998)quien fue medico, antropologo, novelista. Me pienso detener en su
reflexión sobre la sociedad y la historia y la cultura latinoamericana desde una perspectiva
afrodiasporica y es allí, a partir desde donde nos detendremos a analizar y elucidar su rol como
intelectual desde su pensamiento social de izquierda. Me interesa contextualizar la vida de
manuel con movimientos políticos e intelectuales como la negritud , el renacimiento negro de
harlem y con el surgimiento del movimiento politico afrocolombiano. Manuel llevo a cabo
varios congresos mundiales sobre la cultura afrolatinoamericana donde siempre exalto el
compromiso pero tambien el distanciamiento con las modas artísticas,poéticas, literaria.
Creemos que la discusión no ha terminado y la ahondaremos desde escuelas filosóficaliterarias- políticas como la decolonialidad y es preciso ver la posición de los intelectuales afros
hoy frente a la politica afrolatinoamericana desde un pensamiento propio, autónomo.
16. Dorella, Priscila
Universidade Federal de Viçosa
[email protected]
“Uma questão para história intelectual: O centenário de Octavio Paz, em vivas
homenagens.”
As comemorações do centenário de nascimento do aclamado poeta e ensaísta mexicano
Octavio Paz (1914-1998) foram intensas. Políticos, intelectuais e artistas mexicanos exaltaram
vivamente o seu legado para cultura universal em declarações por vezes dramáticas. O
objetivo desta comunicação é problematizar sobre as formas públicas de reconhecimento do
poeta no México, uma vez que em vida foi duramente criticado pelos seus posicionamentos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
políticos e após sua morte se torna expressão social emblemática do que deveria ser o
intelectual na América Latina, inclusive para aqueles que o criticaram.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs - Sala I4. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 29:
DIMENSÕES DO MUNDO DO TRABALHO
Coordenador: Alexandre dos Santos Lopes - Professor de Sociologia do Instituto Federal de
Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul, Campus Coxim [email protected]
RESUMO: Esse simpósio, dentro de uma perspectiva interdisciplinar, propõe
investigações para as múltiplas determinações e dimensões do trabalho e da sociabilidade, da
inserção no processo produtivo da vida material e as representações culturais e ideológicas
que embasam a manifestação de movimentos sociais e políticos, sejam aqueles que
configuram o trabalho como classe ou aqueles que reproduzem a situação de
estranhamento/alienação e subalternidade. a. formas de organização e expressões da
subjetividade do mundo do trabalho frente ao capital, como associações, partidos, sindicatos e
movimentos sociais; b. relação entre Estado de classe e suas determinações, intelectuais,
capital e mundos do trabalho; c. teoria social e política vinculada ao protagonismo histórico
das classes subalternas.
RESUMOS
1. Lopes, dos Santos, Alexandre
Instituto Federal do Mato Grosso do Sul
[email protected]
“Uma Reflexão acerca da Luta de Classes.”
Discutir a obra teórica de Marx e Engels e os chamados marxistas é um grande desafio frente
aos impactos das derrotas sofridas pelos regimes socialistas, e também pela propaganda
capitalista burguesa anti socialista, acerca de um novo mundo. No Manifesto do Partido
Comunista de 1848, aparece que a história de todas as sociedades até hoje é a história das
lutas de classes. Marx e Engels indicaram – e sua posição passou a ser o ponto de vista
marxista mais generalizado – que é na sociedade capitalista que as classes fundamentais se
diferenciam mais claramente, que a consciência de classe se diferenciam mais claramente, que
a consciência de classe se desenvolve de maneira mais completa e que as lutas de classes são
mais agudas. Com as pesquisas e os debates marxistas se concentraram, no desenvolvimento
da luta de classes nos tempos modernos, desde o surgimento do movimento operário século
XIX até os dias de hoje. A questão crítica a saber é se, durante esse período, houve, na
realidade, uma intensificação da luta de classes.
2. Muniz, Serino Lacerda, Cláudia Maria
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)
[email protected]
“Deslizes do movimento sindical e repercussões para a classe trabalhadora: o caso dos
profissionais secretários e secretários executivos.”
O Movimento Sindical brasileiro, desde o final do século XX, vive uma crise de identidade,
ocasionada pela queda do socialismo real e, sobretudo, pelas transformações advindas do
novo sistema de produção. Assim, este trabalho se propõe a identificar como se deu o
enfraquecimento das práticas marxistas, nas lutas de classe, ao longo dos anos, bem como a
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
pulverização do sindicato, apontando as repercussões desta fragmentação para o proletariado.
Toma-se por base os trabalhadores Secretários e Secretários Executivos, analisados a partir do
principal veículo de comunicação da categoria - a Revista Excelência – em exemplares que
contemplam a temática. A fundamentação teórica se dá por meio de autores como Marx e
Engels apud Borin (2014), Antunes (1996), Braga apud Toledo (2009), Montaño e Duriguetto
(2010), Mészáros apud Barbosa (2014), dentre outros. Os resultados apontam para uma
substancial perda de consciência de classe, por parte destes profissionais, em razão da
precarização do trabalho, demandando do Movimento Sindical contemporâneo a renovação
de suas estratégias e táticas, a retomada histórica de suas lutas – para além do imediatismo - e
o desenvolvimento de estruturas horizontais, que visem à unicidade sindical e à superação da
organização por categorias profissionais.
3. Santos, Storms dos e Poltronieri, Rubia, Daniele e Francielli
UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
[email protected]
[email protected]
“Greve: uma análise do movimento dos trabalhadores da rede pública de ensino do Paraná.”
O presente artigo tem por finalidade resgatar por meio de revisão bibliográfica a greve como
um movimento social; além de realizar um balanço do movimento grevista dos professores da
rede pública do Estado do Paraná que aconteceu em abril de 2014; que perdurou pouco mais
de uma semana; enfatizando o fenômeno ocorrido na cidade de Foz do Iguaçu (interior do
Estado). A partir dessa experiência, identificar as motivações que contribuíram para a
deflagração do movimento; além disso, contribuir com o debate acerca das estratégias de luta
da categoria. Salientamos que apesar de curta, a greve foi iniciada com a adesão de 87% dos
profissionais de educação básica do Estado – entre eles professores e agentes educacionais.
Assim como várias outras greves que, historicamente, marcaram a trajetória das lutas e
conquistas do educador, juntamente com a APP sindicato, esse não foi um movimento apenas
pela maior remuneração (sendo essa a condição principal para a valorização do profissional);
mas que buscava benefícios e qualidade para a educação pública.
4. Vaneli júnior, Dario
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul.
[email protected]
“As políticas públicas para o campo e sua constante exclusão da pequena propriedade –
(1964-2006).”
Este ensaio visa a uma análise das políticas públicas para o campo, demonstrando a constante
marginalização da pequena propriedade, ou, agora denominado agricultor familiar, partindo
especificamente do governo militar, seguindo com a redemocratização do país, chegando ao
ano de 2006. No período inicial as políticas são claramente voltadas à grande propriedade
agroindustrial, o que sufocou o produtor acima mencionado, dando continuidade com o
ressurgimento da esperança de viabilizar políticas públicas com a redemocratização do país na
década de 1980. Foi disseminado no imaginário brasileiro durante o governo militar que a
grande propriedade traz progresso, gera riqueza, o que de fato é uma inverdade plantada pelo
capital externo que passa a monopolizar não só as grandes cidades, mas também o campo,
com uma massiva mecanização. Por fim, serão elucidados significativos avanços e novos
desafios nas últimas décadas do século XX e primeiros anos do século XXI, no sentido de
desenvolver social e economicamente o campo, de maneira a privilegiar não apenas uma
minoria que tem por foco a monocultura.
5. Góes, Pinto de, Eliane
[198]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná
[email protected]
“A saúde dos trabalhadores de frigorífico de aves: um relato de experiências vividas na
região oeste do Paraná.”
O presente estudo teve como avaliar os riscos aos quais estão expostos os trabalhadores de
um abatedouro de aves no interior do Estado do Paraná, estruturado em modelo
cooperativista. Trata-se de um estudo epidemiológico transversal com amostra composta por
1.567 trabalhadores, com taxa de resposta de 77%. As principais doenças com diagnóstico
médico foram: músculo-esqueléticas, lesões por acidente de trabalho e as cardiovasculares.
Destacam-se também vários fatores de risco relacionados à atividade desenvolvida e a vida
laborativa, tais como, elevado tempo de permanência em pé, movimentos repetitivos,
jornadas extensas, exposição a ruídos e baixos gradientes de temperatura. Com base nos
resultados obtidos é importante que a empresa reveja alguns conceitos, ampliando a visão das
condições de trabalho, com o propósito de valorização humana e promoção da saúde dos
trabalhadores.
6. Pires, Maia Iêda Maria
Conselho Estadual de Educação
[email protected]
“Professora(o) de educação infantil: profissional desvalorizada(o).”
A 14ª Semana Nacional em Defesa da Educação Pública de Qualidade, ocorrida de 22 a 26 de
abril de 2013, no Brasil, trouxe como slogan: “Nem herói, nem culpado: Professor tem de ser
valorizado”. As particularidades da profissão do professor de educação infantil são alvos de
muitas pesquisas e críticas. Não se dá a devida importância a formação inicial e a qualificação
específica, nem mesmo a uma remuneração condigna para a categoria desse
profissional que tem a responsabilidade, se bem formado, de possibilitar atenção, educação e
cuidado de forma indissociável para todas as crianças na faixa etária de 0 a 5 anos e 11 meses
de idade. Historicamente, há negligência de políticas públicas de formação, ao
ambiente de trabalho apropriado, à profissionalização e à dignidade desses profissionais.
Dessa forma, a importância deste trabalho reside em tratar teoricamente a questão da
desvalorização deste professor no Brasil, considerando o contexto internacional, cujos alcance
e contribuições são inerentes ao desenvolvimento infantil a partir da promoção de
uma educação de qualidade. Será conferida atenção às particularidades relativas a formação
inicial e continuada, bem como as condições de trabalho e a carreira profissional e de
remuneração para que esta categoria deixe de viver numa situação de precariedades.
7. Torres, Jefferson Florêncio
Universidade Federal de Pernambuco
[email protected]
“A relação entre as condições de trabalho docente e a autonomia dos sujeitos no processo
de formação continuada e as influências neoliberais. um olhar a partir da rede estadual de
ensino de Pernambuco – Brasil.”
Influencias neoliberales em La formulación de políticas educativas en Brasil, es un tema que
viene conesto significativamente em los debates educativos. En este artículo es un recorte de
monografía de pedagogía, que buscaba comprender lãs posibilidades de materialización de lãs
estrategias de auto-formativas em el proceso de formación continua de los profesores de lãs
escuelas del estado de Pernambuco-Brasil, mantenernos al Programa Integral de educación
que es una de las políticas educativas del estado, analizando cómo permite La materialización
de estas estratégias auto-formativas de las condiciones de trabajo ofrecidas a los maestros,
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
estimular la autonomía, el eteniendo em cuenta La singularidad Del sujeto y cuestionando la
homogeneización de los grupos que se insertanen los contextos estudiados. Basado em la idea
de Nóvoa (1992), Tardif & Lessard (2011), Oliveira (2004), Soares (2009), entre otros, de una
metodologia cualitativa segundo Minayo (2008) y la técnica de análisis de contenido según
Bardin (2004), los resultados apuntan a una práctica profesional basada em la perspectiva
hegemónica y globalizado. Estas prácticas que reflejan directamente sobre los conceptos y
valores neoliberales que impregnanel proceso formativo de los estudiantes de La acción de los
docentes.
8. Dasten Vejar, Alfonso Julián
Friedrich Schiller Universität-Jena
[email protected]
“La relación entre sindicatos, clase social y gobierno en Chile. Tendencias en el sindicalismo y
sus nuevas orientaciones políticas.”
En este artículo pretendemos referirnos a la centralidad que va asumiendo la conformación de
una cultura sindical-laboral, de parte de los trabajadores, como actores activos de “lo público”,
de sus avances y retrocesos en materia de ampliación de los espacios de negociación y
participación política. La importancia de este texto se centra en descifrar las principales
tendencias que recorren las reorientaciones estratégicas del sindicalismo y su heterogeneidad
en la actualidad de la sociedad chilena. Los alcances de esta propuesta pueden ser enfocados
en caracterizar un contexto social en que se plantean serias contradicciones para el actor
sindical en el objetivo de abrirse a un esquema global del trabajo, vinculado simbióticamente a
la politización de las relaciones laborales e industriales. Por lo tanto, nuestra propuesta
encuentra una orientación “pública” de la sociología del trabajo, introduciendo un debate
entre los actores sindicales y su revitalización. Nuestras contribuciones se centran en
relocalizar la clase trabajadora como sujeto en el Chile neoliberal del presente periodo, dando
cuenta de su alta permeabilidad a los proyectos de las elites políticas y a los partidos políticos
oficialistas, sumado a una identificación corporativa con el proyecto empresarial.
9. CERRI DE JESUS, Natália.
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) / Brasil
[email protected]
“Neoliberalismo na américa latina: superexploração, informalidade e a nova configuração
das politicas de trabalho.”
Apesar dos avanços econômicos, a classe trabalhadora latino-americana ainda é submissa a
política neoliberal e convive diariamente com a violação de seus direitos sociais básicos, com
uma profunda exploração do trabalho, altas taxas de desemprego, crise social,
desregulamentação das relações trabalhistas e expansão da informalidade- são 127 milhões
segundo a OIT- continuando a ser, como denominou o sociólogo Ricardo Antunes, o
“continente do labor”. Por isto, com o incentivo de organismos multilaterais, vem desenhando
novos programas e políticas de trabalho a fim de combater a precariedade e a informalidade,
mesclando conteúdos novos e arcaicos para oferecer opções de sobrevivência aos
trabalhadores dentro da barbárie capitalista. Este trabalho tem como objeto apresentar, de
forma mais geral, o atual desenho das Políticas de Trabalho neste continente, de modo a
suscitar a reflexão sobre o jogo de interesses na proposição e execução das mesmas,
enfatizando o empreendedorismo como o ponto chave de combate a informalidade. Nisto
reside à importância deste trabalho, que coloca em questão a contradição existente entre as
Políticas de Trabalho apresentado como um meio para emancipação do trabalhador, ao tempo
em que contribui para legitimação do sistema e outras representações ideológicas neoliberais,
como empreendedorismo.
[200]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
10. Rovetto, Laura; Caudana e Borsani, Florencia; Luciana e Ana Clara
CONICET / UNIVERSIDAD NACIONAL DE ENTRE RIOS / UNIVERSIDAD NACIONAL DE ROSARIO
[email protected]
“División sexual del trabajo: diferencias de género y distribución de poder en la industria
mediática.”
Este trabajo aborda las prácticas de producción de contenidos informativos y de ficción en la
industria mediática local, a partir de la mirada de las y los profesionales, teniendo en cuenta la
articulación con los condicionantes de género y la organización socio laboral en el contexto de
cambios normativos e institucionales actuales. Relevar el punto de vista de las y los
profesionales, también nos permite proyectar nuevos marcos interpretativos para elaborar
propuestas concretas de intervención para que los escenarios donde se produce los
contenidos periodísticos y de ficción sean más acordes con las exigencias sociales e incluyan
una mirada equitativa y plural sobre el conjunto de mujeres y varones que formamos parte de
las actuales sociedades democráticas. Asimismo, se relevan las posibilidades actuales para la
incorporación del debate sobre equidad e “igualdad de oportunidades” entre varones y
mujeres en los medios de comunicación como un problema de derechos. Finalmente, con este
trabajo se apunta a visibilizar las modalidades de trabajo de las mujeres en los medios de
comunicación con el fin de encontrar posibles soluciones para fomentar una participación
equilibrada en las prácticas periodísticas y en la producción ficcional en un contexto social y
normativo favorable para tales propósitos.
11. Jesus, Samuel de
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
[email protected]
“O caso da greve dos controladores de voo: a quebra do consenso.”
O estudo de caso dos controladores de voo permite a discussão sobre a ampliação das novas
funções que rompem com aquelas tradicionais exercidas pelos trabalhadores da indústria,
agora chamadas de atividades não industriais O presente trabalho elenca as principais
discussões entre os autores mencionados sobre o sistema de produção capitalista e procura
estabelecer possíveis relações com o caso dos controladores de voo que envolve precariedade,
longas jornadas de trabalho a qual estão submetidos, baixos salários ou até mesmo a
precariedade dos equipamentos que operam. A função de controladores do trafego aéreo
poderá ser um objeto de análise à luz dos estudos sobre o mundo do trabalho.
12. Ribeiro, Orlando, Silene
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
[email protected]
“Exímios Remeiros do Arsenal da Marinha: Um estudo sobre o trabalho indígena no Rio de
Janeiro (1763-1850).”
Este trabalho pretende analisar o processo de recrutamento e o regime de trabalho vivenciado
pelos indígenas aldeados e não-aldeados no Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro entre a
segunda metade do século XVIII e a primeira metade do século XIX.Enfocaremos um grupo
específico de trabalhadores do Arsenal da Marinha: os remeiros ou remadores. Assim sendo,
buscamos refletir qual seria o impacto do recrutamento e do regime de trabalho para os
indígenas, os mecanismos de obtenção desses trabalhadores, sua especificidade, as
sociabilidades e vicissitudes próprias do mundo do trabalho. A historiografia tem demonstrado
que no processo de formação da economia fluminense tanto a política de alianças com as
populações indígenas como o uso do trabalho compulsório dos ameríndios tido como inimigos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
foi fundamental. No entanto, poucos são as pesquisas que investigam as formas de utilização
do trabalho indígena pelo Estado nos chamados serviços públicos durante os séculos XVIII e
XIX. O estudo desta temática é importante para dar conta de aspectos poucos conhecidos
sobre a aplicação da legislação indigenista no Rio de Janeiro e das relações entre o Estado e as
populações aldeadas e não-aldeadas após a reforma pombalina e durante o Estado
Monárquico.
13. Barreto Silva, Sonia
Universidade Estadual de Campinas
[email protected]
“Trabalho e sofrimento nas organizações educacionais: um estudo do assédio moral e suas
implicações sobe a saúde do trabalhador docente.”
O artigo discute resultados iniciais da pesquisa em desenvolvimento no curso de doutorado da
Unicamp, cujo estudo tem como objetivo investigar as práticas do assédio moral nas
organizações escolares da rede pública estadual de ensino, em Sergipe, no período de 2003 a
2010, bem como suas implicações sobre a saúde do trabalhador docente. O estudo do assédio
moral em sua relação com as novas formas de organização do trabalho em vigor nas
instituições escolares visa compreender o papel que a violência psicológica ocupa no
movimento do capital em sua relação de contradição com o trabalho.Nessa direção torna-se
imperativo estabelecerconexões entre as transformações contemporâneas no mundo do
trabalho e as mudanças administrativas introduzidas pela Secretaria de Estado da Educação a
partir de 2003, destacando o papel do Estado brasileiro na mediação dessas mudanças.
Portanto, é a partir desse contexto que o artigo se propõe a contribuir na discussão sobre o
assédio, trabalho e sofrimento nas organizações educacionais.
14. Suassuna Vaz Lira,, Terçália
Universidade Federal de Pernambuco
[email protected]
“A exploração do trabalho infantil na américa latina e o discurso da erradicação.”
O estudo tem como centro de análise os elementos que configuram a exploração do trabalho
infantil no cenário econômico e político latino americano no contexto atual de crise do
capitalismo mundial e na contramão do processo o discurso da erradicação do trabalho
infantil. Os elementos apresentados levantam o seguinte questionamento: considerando o
sentido do termo erradicação, que significa “exterminar pela raiz”,no modo de produção
capitalista e em especial nos países de capitalismo dependente, é possível, diante das atuais
configurações, erradicar o trabalho infantil? Como efetivar a erradicação do trabalho infantil
num contexto onde se tem o aumento da exploração da força humana de trabalho, da
pobreza, do desemprego e da precarizaçãodo trabalho, elementos que historicamente tem
sido a base determinante de inserção de crianças e adolescentes no mundo do trabalho? O
trabalho busca mostrar que a incidência da exploração do trabalho infantil é impactada por
determinações advindas da esfera da produção/reprodução social, estando relacionada
diretamente com as condições econômicas, históricas e sociaisexistentes. As ideias
apresentadas têm como fundamento uma orientação teórica que parte do entendimento que
o trabalho infantil contém a generalidade da condição do trabalho humano.
15. Munchow, Zoia., Cleiton
Instituto Federal do Mato Grosso do Sul
[email protected]
“Corpus pornograficus: a farmacopornografia e as novas dimensões do trabalho.”
[202]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Investigaremos os processos de pornificação do trabalho a partir da ficção autopolítica
empreendida pela filósofa Beatriz Preciado (B.P) em Testo Yonqui, livro no qual a autora leva a
cabo uma análise sexopolítica da economia mundial. De acordo com B.P, as análises dos
teóricos pós-fordistas param quando chegam à cintura, desconsiderando a centralidade da
sexualidade nas novas dinâmicas do tecnocapitalismo avançado que colocou em marcha, em
meados dos anos 1970, uma nova forma de governamentabilidade do ser vivo: biomolecular
(fármaco) e semiótico-técnica (pornô), ambas constitutivas da Era Farmacopornográfica em
que reina não uma cooperação de cérebros (Negri e Hardt), mas, sim, uma cooperação
masturbatória regulada por uma lógica que nos excita e controla com a finalidade de extrair
mais valia: tecnogozo. Nos encontramos diante de uma teorização capaz de recolocar a
questão do trabalho e do sujeito político a partir das novas dinâmicas de poder e das
resistências que constituem o proletário farmacopornográfico, o corpus pornograficus, vida
desprovida de direitos, “exposta e construída pelos aparatos de vigilância”, a emanação dos
detritos dos sujeitos políticos malogrados do feminismo radical, do movimento queer, dos
movimentos medicinais alopáticos, dos movimentos de liberação das drogas.
[203]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro – 9.00hs – Sala J2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 30:
MUNDO DO TRABALHO E “POPULISMOS” LATINOAMERICANOS EM UMA
PERSPECTIVA REGIONAL: OS ALTOS E BAIXOS DE UMA RELAÇÃO
COMPLEXA
Coordenadores: Edgar Ávila Gandra (NPHR-PPGH-UFPel); Paula García Schneider (CONICETUNC-CEA) [email protected]; Agustín Nieto (CONICET-UNMDP-GESMar)
[email protected]
RESUMO: Até não faz muito tempo, o campo de estudos sobre os vínculos entre
movimento trabalhista e regimes populistas-trabalhistas latinoamericanos arrastava cargas
analíticas das primeiras interpretações que hegemonizaram o campo. Estas interpretações
foram, em muitas ocasiões, quase contemporâneas aos “populismos”. Vale ressaltar que o
conceito de populismo-trabalhismo entendemos como não monolítico, como um campo
infestado de tensões. Dois se apresentam como os casos mais paradigmáticos, atualmente
alvo de muitas críticas. Uma é a abordagem germiniana e outra é cultivada por Ianni. São
muitos os aportes que estas aproximações legaram às novas gerações de estudiosos/as, talvez
o mais importante tenha sido a demarcação de um objeto e um campo de estudos. Também
moldaram uma forma de entender aquela relação que em pelo menos dois aspectos é passível
de revisão. Em primeiro lugar, a caracterização da classe trabalhadora e suas organizações
como “heteronomias”, “manipuladas” desde o vértice do Estado personificado por Perón,
Vargas, Cárdenas (nomeados os três mais destacados). As organizações trabalhadoras eram
uma “correia de transmissão dos sentimentos e desejos da elite e líderes populistas. Desde
este ângulo interpretativo, pouco ou nada foi deixado para a iniciativa das classes subalternas
sob regimes populistas. Em segundo lugar, uma grande porção de investigações referidas a
este tópico sofre de um olhar focado nas grandes capitais políticas, industriais e/ou
econômicas dos respectivos países. Como sustenta Silvia Petersen, cidades como México D.F.,
São Paulo e Buenos Aires, se converteram em centros doadores de sentidos para a
historiografia trabalhista hegemônica. Esta situação motiva um dos objetivos deste Simpósio:
reunir trabalhos que tenham como principal inquietação revisar a ideia de “heteronomia
trabalhista” e as visões “capitalinocêntricas”, desde uma perspectiva analítica e interpretativa
centrada em pequenas e médias cidades “periféricas” que nos permita propiciar espaços de
intercâmbio e discussão que contribuam a uma “renovação” do campo. Por isso, estendemos a
convocatória para aqueles que realizam trabalhos de investigação sobre as experiências
trabalhistas durante os governos populistas latinoamericanos sem restrições disciplinares nem
teóricas, mas que assentem suas investigações em processos históricos concretos.
Convocamos aos participantes a uma dinâmica de trabalho que inclua não só estudos
concluídos, mas também projetos e avanços de investigação. A organização do Simpósio prevê
o comentário dos trabalhos pelos coordenadores, a subdivisão temática em sessões e, em
interesse de uma dinâmica de oficina, a prévia circulação entre os oradores de todos os
trabalhos apresentados. Finalmente, é importante destacar que entendemos o Simpósio como
uma atividade dirigida à construção de redes permanentes de intercâmbio sobre este campo
de investigação.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
RESUMOS
1. Anigstein, Cecilia
CONICET-UNGS
[email protected]
“Lo nacional popular y el sindicalismo peronista en los gobiernos kirchneristas.”
Durante los gobiernos kirchneristas los valores, ideas e imágenes sociales asociadas a lo
nacional popular peronista experimentaron un relanzamiento. Esta reactualización dejó al
descubierto el carácter paradójico de matriz sociopolítica emergente en el ciclo en curso.
Planteó, asimismo, una serie de interrogantes acerca de las especificidades del proceso de
recomposición de las organizaciones del trabajo. Recomposición cuyas condiciones de
emergencia se hallan fundamentalmente en la disminución del desempleo y la
reindustrialización sustitutiva. El clima social imperante en esta etapa favoreció reformas que
rectificaron parcialmente el impulso hacia la individualización, informalización y precarización
de las relaciones y mundos del trabajo, presente desde mediados de los setenta y
profundizado en los noventa, en el contexto de la reestructuración capitalista y la ofensiva
conservadora neoliberal. ¿Cómo se inscribió en el sindicalismo peronista el fenómeno de
reemergencia de la narrativa nacional popular durante los gobiernos kirchneristas? Distintos
abordajes sobre el fenómeno del populismo brindan elementos para reflexionar acerca de las
relaciones entre movimiento sindical y sistema político, tanto en la experiencia histórica como
actualidad.
2. Coan Lago, Mayra
Programa de Pós-Graduação Interunidades em Integração da América Latina-PROLAM/USP
[email protected]
“ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O TRABALHADOR NO VARGUISMO E NO PERONISMO.”
Como pensar o varguismo e o peronismo depois de, aproximadamente, setenta anos? O
varguismo e o peronismo podem ser considerados projetos políticos liderados por Getúlio
Vargas e Juan Domingo Perón, que incluíam os trabalhadores e buscavam alternativas
nacionais para seus países, ou foram simplesmente governos “populistas” na América Latina?
Se considerarmos o varguismo e o peronismo, fundamentalmente, no Estado Novo e no
Primeiro Governo Peronista, como projetos políticos: quais eram suas propostas para os
trabalhadores de seus países? Trabalhismo e peronismo são faces diferentes da mesma
moeda? Como observar o legado do varguismo e do peronismo no Brasil e na Argentina atual?
Estas são algumas das perguntas que norteiam este estudo. Acreditamos que sessenta anos
da morte de Getúlio Vargas em agosto e quarenta anos da morte de Juan Domingo Perón em
julho é uma justificativa para se comemorar, (re) pensar e refletir não apenas os governantes,
mas, fundamentalmente, seus governos “emblemáticos” em seus países e na América Latina.
3. Contreras, Gustavo Nicolás
CONICET/ UNMdP
[email protected]
“Algunos problemas generales sobre la participación política y sindical de los trabajadores
durante el primer gobierno peronista (1946 – 1955).”
Siguiendo la convocatoria de la mesa, nos proponemos revisar uno de los aspectos más
persistentes en las interpretaciones más influyentes sobre la participación de los trabajadores
en los regímenes populistas. En este marco, el objetivo principal perseguido es poner en
cuestión algunos conceptos centrales utilizados por los intérpretes iniciales sobre la cuestión,
como heteronomia, pasividad, anomia, disponibilidad, economicismo, falsa conciencia…, a
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
través de los aportes que la historiografía argentina sobre el tema brindó en la última década y
los resultados obtenidos mediante el seguimiento de cinco casos en mi tesis doctoral dedicada
a los trabajadores y el peronismo. La ponencia tendrá como preocupación central la
participación sindical y política de los trabajadores, aunque no se privará de hacer referencia a
otros aspectos. Entendemos que inicialmente el estudio de la participación de los trabajadores
durante el primer gobierno peronista (1946-1955) ha circunscrito el rol de los sindicatos a la
esfera económico-corporativa, mientras que la actividad política fue reconocida en el espacio
del estado dirigido por el peronismo o en los partidos políticos opositores. Esta división se
corresponde con una concepción teórica que ordena lo socio-económico y lo político
diferenciándolos respectivamente en la sociedad civil y el estado. Este esquema, sin embargo,
entra en tensión cuando empíricamente se observa que las prácticas sindicales durante el
período no estuvieron escindidas de la activación política, actividad que no debe seguir siendo
vista como una intromisión externa del estado y los partidos políticos, como propusieron gran
parte de los actores de la época y muchas de las interpretaciones historiográficas. Por lo tanto,
en esta ponencia se pretende recuperar algunas dimensiones de las prácticas y las
formulaciones políticas nacidas desde los propios sindicatos, considerando distintas tendencias
y las especificidades propias de la actividad política en las asociaciones gremiales, la cual se
enmarcaba en complejas relaciones determinadas por intereses inmediatos, corporativos y de
clase, por sus relaciones con el estado y las patronales, por sus vínculos con los partidos
políticos y las diversas ideologías que bregaban en el movimiento obrero. Sostendremos que la
situación mencionada se comprende con mayor claridad si las esferas de la sociedad civil y el
estado se relacionan y entrecruzan con la esfera de la sociedad política. Nos interesa una
vinculación analítica de este tipo porque favorece la visualización de las iniciativas de los
propios trabajadores y visibiliza las activaciones y militancias político-sindicales, las influencias,
los acuerdos, los logros y las derrotas obtenidos por ellos en el populismo. Se espera,
particularmente, que una reflexión de carácter conceptual, como la que se pretende, habilite
el dialogo con estudios dedicados a otros casos nacionales o regionales de los llamados
populismos latinoamericanos.
4. García Schneider, Paula
CONICET-CEA-UNC
[email protected]
“Estado-clase trabajadora en Brasil. Una aproximación a los análisis de una relación
compleja.”
En esta propuesta pretendo presentar y avanzar en el análisis de la producción académica
generada a partir de la relación Estado-clase trabajadora en Brasil del periodo 1930-1965. Para
ello presentaré tres perspectivas sobre este núcleo de análisis. Una primera, datada entre los
años 50 y 60, que identificada en los estudios que denominan a ese período como “populista”.
Una segunda, configurada entre la transición y abandonado de ese término y adopción del
vocablo “trabalhista”, iniciada a finales de los años 80. Y por último, la perspectiva
preponderante en la actualidad iniciada en la década del 90, con gran influencia del historiador
marxista inglés Thompson.
5. Nieto, Agustín
GESMar-UNMdP/EHPQ-CONICET
[email protected]
“Mundo obrero y activismo populista en clave aldeana. Experiencias de organización y lucha
obrera en un contexto de hegemonía sindical peronista, Mar del Plata (1945-1975).”
En el presente ensayo se buscará rastrear los rasgos más característicos que presentó el
activismo peronista en el mundo obrero, a fin de identificar las singularidades que presento el
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
sindicalismo peronista a lo largo de las tres presidencias de Perón. Este objetivo pretende ser
alcanzado desde una perspectiva analítica microhistórica. Razón por la cual nos ocuparemos
de reconstruir algunos itinerarios del activismo sindical peronista a ras del suelo. Esta impronta
investigativa se legitima cuando se explicita que lo que se pretende identificar son las capilares
experiencias de activismo sindical desplegadas durante aquellos años. En este sentido se torna
imprescindible adoptar un punto de vista situado en la ‘aldea’, por eso optamos por una
ciudad distante de la capital argentina: Mar del Plata. La conjetura que guía nuestra pesquisa
refiere a la inviabilidad de la díada conceptual autonomía/heteronomía para interpretar el
acontecer sindical peronista. El material heurístico a ser indagado consta de prensa comercial,
expedientes judiciales, informes policiales y documentos empresariales. Nuestra estrategia
metodológica será eminentemente cualitativa, en la misma se articularán técnicas de
muestreo teórico con técnicas de observación documental, técnicas de análisis de contenido y
técnicas de interpretación a partir de la ‘teoría fundamentada’.
6. Pereira de Pinho, Pâmela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
[email protected]
“Populismo ou Trabalhismo? Reflexões sobre os usos dos conceitos na historiografia.”
O presente trabalho tem por objetivo discutir, à luz de uma breve revisão bibliográfica, como o
conceito de populismo e de trabalhismo foi sendo delineado, especialmente, na historiografia
brasileira. O exercício proposto busca compreender os alcances e os limites que os dois
conceitos proporcionaram, e ainda proporcionam à escrita histórica. Nesse ínterim considerase relevante também a abordagem de outro conceito que vem no rescaldo das discussões
sobre populismo, o neo-populismo. Mais do que revisar a bibliografia específica sobre o tema,
parece fundamental que se trace conjuntamente a esta revisão a análise de alguns trabalhos
importantes que utilizaram os conceitos para explicar processos históricos. Ainda que
historiadores e cientistas sociais tenham-se debruçado largamente sobre o tema, as discussões
sobre estes conceitos, tão caros a política latino-americana, parecem inesgotáveis do ponto de
vista historiográfico. É nesse sentido, que se busca lançar mais uma interpretação sobre o
tema.
7. Santella, Agustín
CONICET-IIGG-UBA.
[email protected]
“Populismo, relaciones laborales y conflicto de clase en América Látina. Comentarios críticos
sobre la obra de Francisco Zapata.”
En la siguiente ponencia nos proponemos realizar un aporte al debate sobre populismo en
América Latina. Específicamente nos interesa discutir la modalidad en que el populismo
construye los marcos de las relaciones laborales y las formas del conflicto laboral en América
Latina. Para este objetivo nos centramos en una exposición crítica de la obra del sociólogo
Francisco Zapata. En diversos libros y ensayos largos (1986, 1993, 2004, 2010) Zapata ha
desarrollado una investigación comparada de la acción sindical en diferentes comportamientos
nacionales en el continente. Allí sostiene que el populismo es una clave para el entendimiento
de las relaciones laborales latinoamericanas. Intentaremos apuntar diversas críticas a su
trabajo cuestionando la dinámica del populismo expuesta. La perspectiva populista en Zapata
interpreta a los marcos institucionales como impuestos a los actores de clase sujetos del
conflicto laboral, principalmente los trabajadores. La perspectiva de interpretación populista
en Zapata pertenece al enfoque más tradicional sobre el fenómeno que no tenía
suficientemente en cuenta las relaciones de fuerzas entre las clases. El texto de la ponencia
dará cuenta de la obra criticada en extensión, así como sus aportes todavía no superados en la
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
investigación latinoamericana, particularmente su estudio empírico sobre las huelgas. La crítica
aquí esbozada entonces reconoce una tarea empírica abierta por la obra criticada, que reclama
nuevos avances sistemáticos en la investigación.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro – 9.00hs – Sala K1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 31
ESTADO, POLÍTICAS PÚBLICAS E AS LUTAS DOS MOVIMENTOS SOCIAIS
NA AMÉRICA LATINA
Coordenadores: Douglas Ribeiro Barboza (Universidade Federal de Ouro Preto)
[email protected]; Jacqueline Aline Botelho Lima Barboza (Universidade Veiga
de Almeida)
RESUMO: O Simpósio “Estado, políticas públicas e as lutas dos movimentos sociais na
América Latina” visa refletir sobre as particularidades das formações históricas dos países
latino-americanos e os atuais processos de resistência e luta dos movimentos sociais pela
construção de um espaço efetivamente público e democrático.
No caso da América Latina, o processo de re-institucionalização da democracia
desenvolvido a partir dos anos 80 do século XX pode ter representado um avanço político
significativo na região, onde países com pouca ou nenhuma tradição democrática prévia
passaram a reconhecer instituições e procedimentos que permitiram a inclusão formal de
milhões de cidadãos no processo de escolha das elites políticas encarregadas das decisões
coletivas. Entretanto, o modelo de democracia que se desenvolveu acabou se tornando
efetivamente num mecanismo de governabilidade, preservando os conflitos na medida em
que filtra e controla as demandas sociais até níveis tolerados pelo sistema.
Na atual quadra histórica, formas gritantes de segregação são significativamente
ampliadas no mesmo ritmo de crescimento do desemprego e da precarização das relações de
trabalho, acentuando-se, assim, os problemas sociais de uma imensa parcela da população.
Por outro lado, a continuidade de processos de exploração e dominação com ampliação
crescente da barbarização da vida social tem sido comumente justificada em nome da
democracia, onde a divisão de classes, as desigualdades e as novas formas de exploração do
trabalho são dissimuladas por simulacros democráticos que, por trás da aparente participação
eleitoral e da eficiência jurídico-administrativa, vendem a imagem da harmonização em um
único sistema. Considerando este cenário, nossa proposta objetiva aprofundar o debate acerca
dos processos sociais que moldam as relações entre o Estado e sociedade de classes na
contemporaneidade latino-americana, na tensão entre continuidade e ruptura com a herança
de nossa formação histórica, desvendando os principais desafios das lutas dos movimentos
sociais no conjunto de restrições democráticas e da negação da organização social para a
defesa e ampliação dos direitos e da socialização da política. Tal proposta se fundamenta na
premissa de que a atual conjuntura exige a produção do conhecimento sobre os conflitos
sociais, a caracterização dos protagonistas das lutas, assim como o debate acerca das grandes
orientações estratégicas. Nisto, os confrontos teórico- práticos sobre o imperialismo, o lugar
do Estado nos conflitos de hoje, assim como os limites e possibilidades dos sindicatos e
movimentos sociais precisam ser reexaminados.
RESUMOS
1. ARAÚJO BORDALO, Caroline
[email protected]
Doutoranda em Ciências Sociais pela PUC-RJ e docente do Centro Federal de Educação
Tecnológica Celso Suckow da Fonseca/RJ
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Lutas e organização política no meio rural brasileiro: notas a partir dos movimentos de
mulheres trabalhadoras rurais”
O propósito deste trabalho é analisar os movimentos de mulheres trabalhadoras rurais no
Brasil a partir de uma perspectiva comparativa. Tais movimentos surgiram no final da década
de 1970 e início na década de 1980 num contexto de intensa ebulição política e de forte
questionamento do sindicalismo levado a cabo até aquele período. Dois movimentos serão
norteadores para esse desiderato: o Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do
Nordeste e o Movimento de Mulheres Camponesas. Partimos aqui da hipótese de que ambos
representam tradições politicas e formas distintas de diálogo com o Estado, o que nos permite
compor um quadro amplo de análise que leve em consideração não apenas a efervescência
politica da década de 1980 mas as relações historicamente delineadas nacional e
internacionalmente antes e depois desse marco. Trata-se, portanto, de estabelecer uma
espécie de cartografia das relações construídas entre os movimentos sociais e as demais
organizações (sindicalismo rural e sua forte tradição no Nordeste, o MST na região Sul, a Via
Campesina, demais movimentos de luta pela terra) que compõe o campo de disputa pela
representação política das trabalhadoras e trabalhadores rurais a partir da dinâmica com o
Estado.
2. BUJOKAS DE SIQUEIRA, Rosângela [email protected] (Universidade Estadual de
Ponta Grossa – UEPG, Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas; Universidade
Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO, Departamento de Serviço Social); ESTRUFIKA
CANTÓIA LUIZ, Danuta [email protected] (Universidade Estadual de Ponta Grossa –
UEPG, Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais Aplicadas, Departamento de Serviço
Social)
“Rede Puxirão dos Povos e Comunidades Tradicionais: relatos de conflitos e demandas para
as políticas públicas”
O estudo é resultado preliminar de reflexões realizadas durante a observação das reuniões de
articulação do movimento social Rede Puxirão dos Povos e Comunidades Tradicionais, entre
dezembro de 2012 até junho de 2014, que articula segmentos étnicos tradicionais da região
sul do Brasil, especialmente do Paraná. Tal movimento nasceu em 2008, como forma de
denúncia da situação de invisibilidade social vivenciada por tais povos e se configura como
espaço de resistência ao modelo político-econômico vigente, que submete os recursos
naturais aos interesses do mercado. A Rede Puxirão tem contribuído para a articulação de um
sujeito coletivo, para a formação política e para o tensionamento da relação entre os
segmentos étnicos organizados e os agentes estatais. Os conflitos territoriais e as formas de
opressão vêm sendo publicizadas e um dos resultados desta mobilização política foi a criação,
recentemente, do Conselho Estadual de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do
Estado do Paraná – CPICT/PR. Os conflitos relatados denunciam o agronegócio, instâncias e
burocracias governamentais, bem como instituições conservadoras que oprimem , de
diferentes maneiras, o modo tradicional de vida destes povos.
3. COELHO DO CARMO, Roberto
[email protected]
Mestre em Serviço Social pela UERJ e professor Assistente I do curso de Serviço Social da UFOP
“Sofrimento do trabalhador brasileiro: organismos internacionais, políticas públicas e a
organização trabalhadora”
Desde os anos 1980, o Brasil, como o restante do mundo capitalista, vem passando por um
denso processo de mudanças produtivas e organizacionais. Sabemos que essas mudanças não
são só materiais ou objetivas, mas repercutem também como subjetivação capitalista, de
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
modo que os trabalhadores inculcam os valores da competição dos processos de trabalho
levando à corrosão da percepção de classe que o fordismo periférico virtualmente havia
proporcionado. Com esta veia analítica o trabalho proposto busca apresentar resultado de
investigação sobre o sofrimento mental no Brasil tendo documentação como fonte dados, esta
pesquisa buscou em fontes secundárias contemporâneas de pesquisa científica os alicerces
comprobatórios do crescimento dos transtornos mentais relacionados à organização
contemporânea do trabalho. Estatísticas oficiais foram utilizadas para a mesma finalidade. De
outra maneira, buscaremos esboçar a preocupação de organismos internacionais e nacionais
como a Organização Internacional do Trabalho e a Organização Mundial da Saúde e, no Brasil,
traremos ao debate as organizações de trabalhadores expressas nas centrais sindicais do país.
4. DA SILVA, Vanesa
[email protected]
Universidad de Buenos Aires-Argentina
“Movimientos sociales y acción colectiva el MTP argentino y la toma del cuartel de la
Tablada”
La intención de este trabajo es analizar el copamiento del III Regimiento de La Tablada -en
Democracia en Buenos Aires, Argentina en 1989- por el Movimiento Todos por la Patria, y
lograr al menos un acercamiento a su causa sustanciosa, a saber, el por qué de La Tablada, que
excede el análisis de este trabajo. Para este trabajo he realizado entrevistas semiestructuradas a ex militantes del Movimiento Todos por la Patria, en el período 2010-2011, en
la Argentina, Buenos Aires. Las entrevistas fueron individuales, y obraron como una
herramienta metodológica que facilitaron superar un análisis meramente descriptivo. La
estrategia utilizada para la elaboración de este trabajo fue “la teoría fundamentada”, su uso
implica la codificación de datos, el método de comparación constante y el muestreo teórico,
que fueron utilizados en este trabajo. Se abordará a la primera pregunta, eje del trabajo,
aplicando el uso conceptual de “las oportunidades políticas” desarrollado por teóricos de los
movimientos sociales y la acción colectiva.
5. DE MORAES KYRILLOS, Gabriela
[email protected]
Universidade Federal de Santa Catarina – Doutorado em Direito
“Políticas públicas sociais para os povos indígenas no Brasil: reflexões a partir do estudo de
caso no cras indígena de Caarapó/MS”
As políticas públicas sociais brasileiras, entendidas como ações do Estado em prol da
concretização de certos direitos de cidadania por meio da efetivação de condições dignas de
vida, possuem caráter geral e são feitas por e para a sociedade dominante. O estudo de caso a
partir do qual se realizam as análises da pesquisa, buscou perceber como se concretizam as
políticas sociais dentro da aldeia indígena Te’yikue, no município de Caarapó/MS. Para isso,
realizou-se uma pesquisa empírica em um dos raros Centros de Referência em Assistência
Social (CRAS) localizado dentro de uma aldeia. Na medida em que a pluralidade étnica não é
tomada em consideração no momento de elaboração das políticas sociais, praticamente se
inviabiliza a implementação do Sistema Único da Assistência Social para grupos e comunidades
indígenas. Desse modo, a pesquisa pretende destacar a importância de um novo modo de
pensar as políticas públicas sociais, coerente com a conquista dos movimentos sociais
indígenas de superação formal do assimilacionismo (em especial nas suas lutas durante a
Constituinte de 1988). Espera-se, portanto, destacar que não cabe ao Estado lançar mão de
práticas assimilacionistas (ainda que pelo suposto esquecimento dessa parcela plural de sua
população), e que o exercício dos direitos de cidadania da população indígena brasileira, que
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
em grande parte se encontra em situação de vulnerabilidade social, não pode estar
condicionado ao abandono de sua identidade étnica.
6. DOS SANTOS, Tamires Cristina [email protected] (Graduanda em Ciências Sociais
Pela Universidade Federal de São Carlos-UFSCar, Bolsista de Iniciação Cientifica
Capes/Observatório da educação escolar indígena da UFSCar, CAPES/CNPQ); COHN, Clarice
[email protected] (Professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de
Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de São Carlos. Coordena o
Observatório da Educação Escolar Indígena da UFSCar e o Laboratório de Estudos e Pesquisas
em Antropología)
“Entre Movimentos: Diálogos e Perspectivas a respeito da Lei 11.645/2008”
Este trabalho propõe uma etnografia a respeito da Lei n° 11.645, de 10 de março de 2008, que
estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede
de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. O
objetivo central da pesquisa é observar como Estado, Movimento Indígena e Movimento
Negro se relacionam no que tange a Lei. Quais seriam as perspectivas destes atores? Existe
alguma espécie de diálogo entre eles? Essas são algumas das questões levantadas, através das
quais pretendo desenvolver este trabalho.
7. GOES NUNES PEREIRA, Thaylizze [email protected] (Bacharel em Ciências Sociais pela
Faculdade de Filosofia e Ciências UNESP, Campus de Marília. Atualmente é Mestranda do
Curso de Pós Graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe, no
Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais); LOURENCÃO SIMONETTI, Mirian
Claudia [email protected] (Professora dos cursos de graduação e pós-graduação em
Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista, Campus de Marília. Doutora em Geogra a
Humana pela Universidade de São Paulo. Coordenadora do Centro de Pesquisa e Estudos
Agrários e Ambientais (CPE)
“A questão agrária brasileira: uma analise dos governos do Partido dos Trabalhadores entre
os anos de 2003-2010”
Esta pesquisa está ligada as pesquisas mais amplas denominadas “Territorialidades em tensão:
movimentos sociais, agronegócio e políticas de reforma agrária no Brasil entre 1985 a 2010” e
vem sendo desenvolvidas junto ao Centro de Pesquisa e Estudos Agrários e Ambientais – CPEA
na UNESP, com o financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico – CNPq. Tem-se a intenção de analisar os limites e as possibilidades das políticas
públicas dos governos do partido dos trabalhadores para a realização da Reforma Agrária no
Brasil, analisando também seu projeto de reforma agrária e sua implementação no período de
2003-2010. Desenvolvendo uma análise acerca das permanências e/ou as mudanças de ações
adotadas respectivamente no primeiro e segundo mandato e traçando um panorama das suas
propostas e projetos anteriores e posteriores as vitórias nas urnas. Sobretudo, procurar-se-á
desenvolver essa problemática a partir da análise dos processos resultantes do II Plano
Nacional de Reforma Agrária, desde a sua elaboração até quando esse foi deixado para trás em
2007.
8. GOMES DE MOURA, Luiz Henrique [email protected] (UFG-IESA e MST); DE MELO, Thiago
Sebastiano [email protected] (UFG-IESA); MISNEROVICZ, José Valdir
[email protected] (UFG-IESA e MST)
“Unidade camponesa: resistências e novos processos de luta em Goiás”
O atual estágio de aprofundamento da acumulação capitalista a partir da apropriação dos bens
comuns e naturais gera uma nova onda de conflitos territoriais, bloqueando a realização da
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
reforma agrária, a criação de territórios indígenas e quilombolas e promovendo a
desterritorialização de comunidades camponesas tradicionais. Diante dessa realidade, as
principais organizações camponesas brasileiras realizaram, em agosto de 2012, o I Encontro
Unitário dos Trabalhadores e Trabalhadoras e Povos do Campo, das Águas e das Florestas.
Processo de construção de unidade de classes singular na história recente brasileira, a
articulação unitária teve diversos desdobramentos posteriores, dentre eles a reconfiguração
da luta camponesa em Goiás. Assim, partindo do reconhecimento por este espaço de reflexão
sobre a importância e imprescindibilidade da busca de entendimento do papel dos
movimentos sociais nessa fase atual de desenvolvimento do capitalismo na América Latina em
relação à mediação com o Estado no avanço de conquistas democráticas e populares, o
trabalho apresentado objetiva analisar essa reconfiguração das lutas no campo goiano, bem
como a articulação dos sujeitos que a levam a cabo, à luz de uma importante conquista: a
Política Estadual da Agricultura Familiar Camponesa.
9.GRABOIS, Victória Lavínia (Presidente do GTNM/RJ); DE BARROS SALGADO, Lívia
[email protected] (Bolsista de mestrado da Capes pelo Programa de Pós-Graduação
em Ciências Sociais, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
“O Grupo Tortura Nunca Mais: um olhar etnográfico”
O Grupo Tortura Nunca Mais/RJ (GTNM/RJ) foi fundado em 1985, por iniciativa de familiares
de mortos e desaparecidos políticos, militantes e ex-presos políticos que viveram situações de
clandestinidade, tortura e prisão durante a ditadura civil-militar. Desta maneira, assumiu
compromisso na luta contra as violações dos direitos humanos; pelo esclarecimento das
circunstâncias de morte e desaparecimento de militantes políticos. Embora tenha como
objetivo esclarecer as questões referentes ao período ditatorial, o GTNM se coloca contrário
ao modo como Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-Rio) atua. Criada como
subsidiária da Comissão Nacional da Verdade - cujo objetivo é esclarecer as violações de
direitos humanos praticadas no período e efetivar o direito à memória e à verdade histórica -,
a CEV-Rio tem organizado inúmeros eventos, entre eles uma audiência pública sobre o caso
Mário Alves. Diante do exposto, a proposta é analisar o histórico de luta do GTNM,
demonstrando o modo como atua no cenário político. Além disso, pretende-se, a partir do
trabalho de campo, analisar as críticas que o Grupo faz à CEV-Rio, sobretudo as que foram
expressas de forma pública na audiência em questão.
10. GRASSIOLLI, Isabel
[email protected]
UNESPAR
“A nova racionalização da pobreza no Brasil e seus limites: Programa Bolsa Família”
A presente comunicação se propõe a pensar as transformações anunciadas pelo governo Lula
(2003-2010) através do Programa Bolsa Família, entendendo que este Programa se configura
como importante alicerce na construção e manutenção da hegemonia burguesa sob o governo
petista. Neste sentido, buscamos analisar a implementação do Programa Bolsa Família, por
meio da problematização dos conceitos que alicerçam essa política, tais como: cidadania,
pobreza, extrema pobreza, inclusão e exclusão. Os referidos conceitos têm conferido uma
“nova racionalidade” às desigualdades sociais, na tentativa de apagar os antagonismos de
classe vividos na sociedade capitalista. Buscamos compreender de que forma esse arsenal
conceitual e a nova linguagem adotada pelo Partido dos Trabalhadores criou condições para
que o Programa Bolsa Família saísse do campo majoritário do dissenso e das polêmicas para se
tornar uma política relativamente “consensual” perante a opinião pública, passando a ser
disputada por diferentes forças políticas. Para isso, vamos analisar os materiais oficiais
vinculados ao Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) bem como as
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
opiniões proferidas pelos ideólogos do Programa, entendendo que esses materiais se
constituem enquanto instrumento privilegiado de afirmação da hegemonia burguesa.
11. GÜNTHER, Maria Griselda
[email protected]
Profesora-investigadora de la Universidad Autónoma Metropolitana, unidad Xochimilco
“Sustentabilidad, Estado y gestión comunitaria del agua en México y Ecuador”
El presente trabajo tiene como objeto analizar la gestión comunitaria del agua en dos casos de
América Latina: México y Ecuador, frente al gran reto de sustentabilidad de los recursos
hídricos en el mundo. Las preguntas centrales que guían el trabajo son: ¿De qué manera la
gestión comunitaria del agua se fortalece como respuesta a la ausencia estatal? y ¿cómo las
respuestas comunitarias son respuestas sustentables al problema de abasto de agua? El
trabajo presenta las principales aristas de la política hídrica en ambos países y discute la
pertinencia de abordar el problema del agua mediante los modelos de gestión dominantes y
alternativos, para enmarcar el análisis de la gestión comunitaria del agua para consumo
humano en la Ciénega de Chapala, Michoacán (México) e Imbabura, (Ecuador), destacando sus
aportes en términos de sustentabilidad y en torno a la falta de intención y capacidad estatal en
la gestión del agua para consumo humano.
12. JUNGEMANN, Beate
[email protected]
Centro de Estudios del Desarrollo (CENDES), Universidad Central de Venezuela (UCV)
“Participación popular y políticas públicas: Campamento de Pioneros en el marco de la Gran
Misión Vivienda Venezuela (GMVV)”
Desde la última década Venezuela está pasando por un proceso de cambio social donde las
políticas públicas juegan un papel central y el poder popular organizado comienza a ocupar y
conquistar espacios de transformación social y territorial. Una de las políticas públicas más
emblemática, única en America Latina, es la GMVV, una política de inclusión social urbana con
diversas formas de participación popular. La organización de base, Campamento de Pioneros,
lucha como parte del Movimiento de Pobladores por la democratización del suelo urbano y
una ciudad justa e incluyente. Su participación en la GMVV se materializa a través de sus
experiencias concretas de construcción y autogestión de viviendas. El trabajo propuesto es una
primera aproximación de análisis de esta participación popular en la gestión de la política de
vivienda, evidenciando la complejidad que caracteriza el proceso de construir vivienda y
hábitat popular contrario a la reproducción de la lógica mercantilista y en una relación
contradictoria, entre autonomía y dependencia, con el Estado. Este trabajo forma parte de un
proyecto mayor de investigación sobre los impactos de la GMVV en la segregación urbana de
la Caracas Metropolitana desde una perspectiva de la integración socioterritorial.
13. MORAES ARCOVERDE, Marcos Augusto
[email protected]
UNIOESTE
“O PAPEL DO SERVIÇOS DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO ENFRENTAMENTO DA
POBREZA: UMA ANÁLISE PRELIMINAR DOS MUNICÍPIOS DA 9ª REGIONAL DE SAÚDE DO
PARANÁ – BRASIL”
Apesar da Constituição Federal do Brasil de 1988 ter instituído formalmente que o acesso à
saúde é um direito de todos e um dever do Estado, isso não foi suficiente para assegurar o
atendimento primário de saúde a toda a população. Na década de 1990, no ápice do
neoliberalismo, verificou-se um agravamento da questão social e da pobreza, sobretudo nos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
países periféricos que passaram a adotar Políticas de Transferência de Renda dirigidas às
populações extremamente pobres, quase sempre condicionadas à educação, saúde e
assistência social. No Brasil, foi implementado o Programa Bolsa Família. Assim, pretende-se
nesse trabalho, a partir de uma pesquisa documental e bibliográfica, analisar os indicadores de
atenção primária à saúde aos beneficiários do Programa Bolsa Família, nos municípios da 9ª
Regional de Saúde do Paraná-Brasil. Considerando que o Sistema único de Saúde é universal,
entende-se que a cobertura da população total é baixa, contudo, se considerarmos apenas a
população pobre perfil bolsa família, observa-se que a cobertura é maior, indicando que as
famílias pobres tem tido maior acesso aos serviços básicos de saúde. Por fim, destaca-se que a
expansão da cobertura da atenção primária somente será possível mediante a ampliação do
número de equipes de saúde da família.
14. OLIVEIRA, Nathalia Cristina
[email protected]
Doutoranda em ciência política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e
pesquisadora do Centro de Estudos Marxistas (Cemarx)
“As reivindicações dos sem-teto no Brasil e as respostas do Estado: um breve balanço dos
anos 1990 e 2000”
Neste artigo, tratamos da luta por moradia digna das famílias de trabalhadores sem-teto no
Brasil. Analisamos, particularmente, os movimentos dos sem-teto, nas duas últimas décadas,
de modo a destacar suas principais reivindicações, os métodos de lutas utilizados para alcançar
o que objetivam e as respostas do Estado às demandas destes movimentos. Lembramos que a
relação entre movimentos sociais e Estado é muito debatida na sociologia e na ciência política
brasileiras e mundiais. Neste debate, despontam os mais diversos conceitos (como autonomia,
institucionalização, cooptação, clientelismo, entre outros) e teses variadas (como a “De costas
para o Estado, longe do parlamento” ou a “De frente para o Estado, em busca do
parlamento”). Neste artigo, além de contribuirmos criticamente com esta discussão,
apresentamos um trabalho desafiador de análise, a saber, abordar os movimentos dos semteto, em uma dimensão nacional, levando em consideração a diversidade existente entre os
movimentos, principalmente no que se refere às orientações político-ideológicas.
15. OLIVEIRA RODRIGUES, Emilia [email protected] Graduanda em Serviço Social
pela UFOP. Bolsista de Iniciação Científica do projeto de Pesquisa “Democracia,
desenvolvimento capitalista e as lutas dos trabalhadores no Brasil” (UFOP/PROBIC/FAPEMIG);
e integrante do Grupo de Estudos Marxismo e realidade br; DA CONCEICÃO TIMOTEO,
Fabiana, [email protected] Graduanda em Serviço Social pela UFOP. Bolsista de
Iniciação À Pesquisa do projeto de Pesquisa “Democracia, desenvolvimento capitalista e as
lutas dos trabalhadores no Brasil” (UFOP/PIP/); e integrante do Grupo de Estudos Marxismo e
realidade brasileira; DE BRITO, Daniele Cristina [email protected] Graduanda em
Serviço Social pela UFOP. Bolsista de Iniciação Científica do projeto de Pesquisa “Democracia,
desenvolvimento capitalista e as lutas dos trabalhadores no Brasil” (UFOP/PIBIC/CNPQ); e
integrante do Grupo de Estudos Marxismo e realidade brasil; FIGUEIREDO, Flávia Mauricio
[email protected] Graduanda em Serviço Social pela UFOP. Bolsista de Iniciação à
Pesquisa do projeto de Pesquisa “Democracia, desenvolvimento capitalista e as lutas dos
trabalhadores no Brasil” (UFOP/PIP); e integrante do Grupo de Estudos Marxismo e realidade
brasileira; RIBEIRO BARBOZA, Douglas [email protected] Professor Adjunto do
curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto (DECSO/ICSA/UFOP).
Coordenador do Programa de Estudos e Pesquisas em Lutas Sociais, Trabalho e Política no
Brasil (PROLUTA) e do Grupo de Estudos Marxismo e realidade brasileira; BOTELHO LIMA
BARBOZA, Jacqueline Aline [email protected] Professora Assistente do curso de
Serviço Social da Universidade Federal Fluminense (UFF-Niterói). Pesquisadora associada do
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Programa de Estudos e Pesquisas em Lutas Sociais, Trabalho e Política no Brasil (PROLUTA) e
do Grupo de Estudos Marxismo e realidade
“Democracia, desenvolvimento capitalista e as lutas dos trabalhadores no Brasil
(2013/2014)”
Partindo da compreensão das desigualdades históricas que presidem o processo de
desenvolvimento do capitalismo no Brasil e da feição antidemocrática assumida pela revolução
burguesa, a pesquisa busca investigar a relação entre a construção da democracia e as
transformações societárias engendradas pelo atual estágio de desenvolvimento do
capitalismo, resgatando as possibilidades de reflexão mediante as particularidades da
formação histórica brasileira e os processos de resistência e luta dos trabalhadores pela
construção de um espaço efetivamente público e democrático em nossa sociedade. A análise
se fundamenta através do mapeamento dos conflitos sociais brasileiros ocorridos no período
de 2013/2014, a partir do acompanhamento e seleção de notícias divulgadas em mídias
impressa e digital que tratem dos desafios às lutas dos trabalhadores no conjunto de restrições
democráticas e da negação da organização social para a defesa e ampliação de direitos.
16. RISSATO, Denise
[email protected]
UERJ/UNIOESTE
“O papel do serviços de atenção primária à saúde no enfrentamento da pobreza: uma
análise preliminar dos municípios da 9ª regional de saúde do Paraná – Brasil”
Apesar da Constituição Federal do Brasil de 1988 ter instituído formalmente que o acesso à
saúde é um direito de todos e um dever do Estado, isso não foi suficiente para assegurar o
atendimento primário de saúde a toda a população. Na década de 1990, no ápice do
neoliberalismo, verificou-se um agravamento da questão social e da pobreza, sobretudo nos
países periféricos que passaram a adotar Políticas de Transferência de Renda dirigidas às
populações extremamente pobres, quase sempre condicionadas à educação, saúde e
assistência social. No Brasil, foi implementado o Programa Bolsa Família. Assim, pretende-se
nesse trabalho, a partir de uma pesquisa documental e bibliográfica, analisar os indicadores de
atenção primária à saúde aos beneficiários do Programa Bolsa Família, nos municípios da 9ª
Regional de Saúde do Paraná-Brasil. Considerando que o Sistema único de Saúde é universal,
entende-se que a cobertura da população total é baixa, contudo, se considerarmos apenas a
população pobre perfil bolsa família, observa-se que a cobertura é maior, indicando que as
famílias pobres tem tido maior acesso aos serviços básicos de saúde. Por fim, destaca-se que a
expansão da cobertura da atenção primária somente será possível mediante a ampliação do
número de equipes de saúde da família.
17. SANDOVAL MORENO, Adriana
[email protected]
Investigadora en la Unidad Académica de Estudios Regionales, de la Coordinación de
Humanidades, Universidad Nacional Autónoma de México
“Sustentabilidad, Estado y gestión comunitaria del agua en México y Ecuador”
El presente trabajo tiene como objeto analizar la gestión comunitaria del agua en dos casos de
América Latina: México y Ecuador, frente al gran reto de sustentabilidad de los recursos
hídricos en el mundo. Las preguntas centrales que guían el trabajo son: ¿De qué manera la
gestión comunitaria del agua se fortalece como respuesta a la ausencia estatal? y ¿cómo las
respuestas comunitarias son respuestas sustentables al problema de abasto de agua? El
trabajo presenta las principales aristas de la política hídrica en ambos países y discute la
pertinencia de abordar el problema del agua mediante los modelos de gestión dominantes y
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
alternativos, para enmarcar el análisis de la gestión comunitaria del agua para consumo
humano en la Ciénega de Chapala, Michoacán (México) e Imbabura, (Ecuador), destacando sus
aportes en términos de sustentabilidad y en torno a la falta de intención y capacidad estatal en
la gestión del agua para consumo humano.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala K1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 32
HISTÓRIA, MEMÓRIA E PATRIMÔNIO
Coordenadores: Giane da Silva Mariano Lessa (Curso de Letras, Artes e Mediação Cultural,
UNILA) [email protected] Hernán Venegas Marcelo (Curso de História – América Latina,
UNILA) [email protected]ñ Rosangela de Jesus Silva (Curso de História – América
Latina, UNILA) [email protected]
RESUMO: O Simpósio Temático “História, patrimônio e memória” visa estabelecer
diálogos com docentes-pesquisadores, discentes de pós-graduação e graduação interessados
no estudo e pesquisa da história, da memória e do patrimônio. Os espaços de cultura, a
construção, apropriação e reivindicação de lugares de memória proporcionam aos
movimentos sociais possibilidades de inserção e reflexão. Algumas políticas de Estado em
países da América Latina têm criado algumas aberturas que proporcionam a manifestação de
diferentes grupos nas escolhas e discussões da construção dos lugares de memória.
Igualmente o simpósio temático proposto contempla, em suas linhas de debate e reflexão,
trabalhos relacionados ao estudo histórico dos conceitos de memória e patrimônio; suas
representações histórico-culturais e ficcionais; à história das políticas públicas de preservação
patrimonial e de construções de memórias e à dinâmica da renovação das tradições. Nesse
sentido vale lembrar que ao passo que certas memórias se constituem como emblemáticas e
identitárias de certos grupos sociais, outras submergem e são soterradas. É por meio dos
discursos de diversas áreas do conhecimento e de diversas esferas sociais e do uso de
diferentes linguagens, nos quais estão implicadas relações de poder, que se dão as
construções de memórias e identidades. Daí a importância desse estudo na América Latina,
cuja história implica o encontro e duelo de forças de disputa pela memória. A trajetória do
evento e o perfil da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA) propiciam
uma oportunidade ímpar para a abrangência dos trabalhos em diversos contextos
socioculturais. As diversas pesquisas e áreas trabalhadas pelos proponentes dentro desse tripé
– patrimônio, história e memória, e a concepção do ST garantem o viés interdisciplinar para
pensarmos o Brasil em diálogo com os demais países da América Latina. Assim convidamos
pesquisadores interessados em discutir e analisar, à luz das relações entre o Estado e os
movimentos sociais, aqueles conceitos e as construções discursivas neles implicadas no âmbito
e na dinâmica da história da América Latina.
RESUMOS
1. FAGUNDES, Valda de Oliveira
[email protected]
Ecomuseu Dr. Agobar Fagundes
“Del Museo Tradicional al Ecomuseo: una trayectoria de História, Memória y Patrimonio”
Históricamente, los museos estaban estructurados, especialmente, para preservar y
salvaguardar un determinado acervo – conjunto de objetos que poseían significativo valor
histórico, monetario, artístico y natural. Con el advenimiento de la llamada Nueva Museología,
el foco museal hoy gira en torno a la relación entre este acervo y la sociedad. En este sentido,
[218]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
museos dejan de entenderse como instituciones permanentes, espacios de sacralización
destinados a pocos, para consubstanciarse como organismos dinámicos y vivos que, como
tales, pueden nacer, crecer y morir, dependiendo del papel que asuman con su entorno. Eso se
hace aún más fuerte cuando se habla de ecomuseos, pues uno de los objetivos de este tipo de
institución es actuar en pro del acogimiento, investigación, preservación
y promoción
comunicación
de la fauna, de la flora y de todo el patrimonio material e inmaterial
circundante – lo que hoy llamamos de ecología contemporánea. Así, más allá de las demás
topologías museales, la ecomuseología exige una postura dialógica, permeada por un oír
sensible como base de acción, dónde si inscriben, la Historia, la Memória y el Patrimonio.
2. FRESCURATO, Caruanã Guatara Oliveira
[email protected]
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
“O uso da oralidade na educação pública como guarda da memória e do patrimônio de um
povo”
O presente trabalho relata a experiência e a pesquisa realizada com estudantes da rede
pública do Rio de Janeiro através dos conceitos de História e Memória, tendo como objetivo o
estudo dos conceitos que se passam nas escolas sobre patrimônio, História e memória,
levando em conta a importância da participação dos alunos e de seus familiares na própria
construção da História. Criou-se um trabalho de granjeio com os estudantes das suas histórias
e de seus familiares, fazendo com que as suas identidades sejam lembradas, unindo suas
múltiplas culturas comunitárias. O produto final levou a conscientização do ensino de memória
e patrimônio e a sua importância para os alunos.
3. JEBAI, Soraya Teixeira
[email protected]
UNILA
“Intervenções urbanas na América Latina. A revalorização dos centros urbanos como direito
às cidades”
O estudo de processos de revitalização urbana têm se apresentado como tema importante
para a compreensão da dinâmica urbana contemporânea, visto que interferem nas relações
econômicas, sociais e culturais das cidades. Na América Latina, a consolidação do modelo
urbanístico “centro-periferia” das décadas de 1970-1990, fez surgir processos de fragmentação
urbana e fenômenos de segregação, que passaram a ser modificadas através de intervenções
urbanas específicas. Neste artigo serão avaliadas as experiências recentes de revitalização
ocorridas na América Latina, enfocando, sobretudo as intervenções urbanas nos centros das
cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires. O artigo pretende demonstrar como esses
processos desencadeados nas duas últimas décadas do século XX, têm se configurado como
ferramentas importantes de resgate do patrimônio cultural, social e de revalorização da
urbanidade.
4. LOUZADA, Natália do Carmo
[email protected]
CPDOC/FGV/Rio de Janeiro
“De que patrimônio estamos falando? Apontamentos sobre a patrimonialização federal de
Candomblés no Brasil (1984-2013)”
Desde 1984, quando foi patrimonializado o Ilê Axé Iyá Nassô Oká - terreiro soteropolitano
considerado como mais antigo do país e o primeiro a ser tombado - o Candomblé vem sendo
enquadrado nas políticas nacionais de preservação patrimonial como Bem Cultural de
[219]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Natureza Material. Nesse sentido, a presente comunicação objetiva problematizar o
tombamento de terreiros de Candomblé pelos órgãos federais de preservação, a fim de
compreender como o a religião de matriz africana vem sendo historicamente interpretada e
ressemantizada pelos processos oficiais de patrimonialização. Propomo-nos aqui a investigar
as justificativas apresentadas no âmbito dos referidos processos, procurando analisar
preliminarmente os motivos pelos quais mesmo após a criação pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional de instrumentos adequados ao reconhecimento e à preservação
de Bens Culturais Imateriais, nos anos 2000 e 2004, os candomblés continuam a ser
entendidos como Patrimônio Cultural de Natureza Material.
5. MATTIAUDA, Daniela Ivanna Galli
[email protected]
UNILA
KARPINSKI, Cezar.
[email protected]
UNILA
La “Cuestión de Palmas” y sus influencias en la definición del límite entre Brasil y Argentina
en las Cataratas del Iguazú (1860-1920)
El presente trabajo busca exponer las discusiones que vienen siendo estudiadas en los últimos
dos años del proyecto “Cataratas e Parque Nacional do Iguaçu: relações históricas entre Brasil
e Argentina no domínio pela paisagem (1860-1920)”, que involucraron en un primer momento
la catalogación de archivos históricos sobre la zona misionera. En la actualidad a través del
análisis de estos, se pretende mostrar cuales fueron los conflictos bilaterales entre Brasil y
Argentina en dicha zona. El principal objetivo es discutir como ocurre la apropiación de la
denominada “zona misionera” o “questão das palmas” por parte de Brasil, que influencia de
esta forma la definición de los límites entre los dos países en el paisaje Cataratas del Iguazú,
hoy mundialmente conocida como “Patrimonio Natural de la Humanidad”.
6. MIYASATO, Paola Miyagusuku
[email protected]
Facultad de Ciencias Sociales – UBA
“Problemática actual de los sitios de memoria desde las políticas públicas tras la violencia
política peruana de 1980 – 2000”
Los sitios de memoria en Perú tras el conflicto armado de 1980 a 2000 han sido impulsados e
instaurados por varios actores, incluidos organismos de DDHH, familiares de desaparecidos,
sociedad civil y el gobierno. Las pugnas entre los actores son muy fuertes, pues al incluir como
víctimas de la violencia política a militares, terroristas, poblaciones campesinas e indígenas
asesinadas sistemáticamente con personajes específicos envueltos o no en el conflicto, queda
aún irresuelta la discusión sobre quiénes son víctimas. ¿Cuáles son los criterios que deben
primar en una obra conmemorativa? Desde un discurso oficial, el caso del museo estatal
“Lugar de la Memoria, la Tolerancia e Inclusión Social” conlleva preguntas de mayor peso:
cómo representar y recordar lo sucedido, integrando discursos paralelos al oficial, en un
espacio físico que no contiene carga histórica directa. Además, dada la coyuntura pre electoral
en Perú, donde posibles candidatos están ligados a violación de derechos humanos, ¿cómo
serán manejadas las políticas sobre memoria si alguno es elegido? El presente texto busca
poner en cuestión la problemática de los sitios de memoria desde las políticas públicas,
centrado en los conflictos entre los diferentes actores y las dificultades de concretar la
reconciliación en el discurso oficial con el derecho privado de las víctimas. Asimismo, invita a la
comparación con el caso argentino, especialmente el CC por la Memoria Haroldo Conti y el
Archivo Provincial de la Memoria de Córdoba.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
7. SILVA, Benedito Walderlino de Souza
[email protected]
UFPA
“Por uma gestão participativa nas políticas públicas de salvaguarda do patrimônio cultural
no Brasil”
Este trabalho analisa princípios defendidos e instrumentos usados pelas políticas públicas de
preservação e valorização do patrimônio cultural no Brasil e seus resultados para a gestão
participativa destas políticas atualmente. Assim, enquanto primeira instituição estatal voltada
à salvaguarda cultural no país, abordaremos a atuação do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, sobretudo, entre 1930 e 1980, a partir do Decreto nº 25 de 1937 que
institui o Tombamento, um instrumento voltado a vertente material do patrimônio.
Igualmente, a influência que discursos paralelos tiveram nesse contexto e como ingressaram
nas políticas estatais de salvaguarda, ponderando o papel que o Centro Nacional de
Referências Culturais teve sobre a reconfiguração destas políticas após 1980, levando a
Constituição de 1988 a instituir o reconhecimento tanto das vertentes material e imaterial do
patrimônio cultural brasileiro quanto da importância de uma gestão participativa que garanta
a ação direta não só do estado como também da sociedade. Entendemos que tal condição foi
impulsionada a partir do Decreto nº 3.551 de 2000 que cria o Programa Nacional do
Patrimônio Imaterial e institui o Registro, um instrumento voltado a vertente imaterial do
patrimônio; bem como, do Inventário Nacional de Referência Cultural e do Decreto nº 7.387
de 2010 que institui o Inventário Nacional da Diversidade Linguística. Enquanto instrumentos
de salvaguarda de bens referências a história e memória social do Brasil, consideramos que
são fundamentais para permitir uma gestão cultural participativa e, assim, a afirmação de
identidades que são patrimônios da cultura do país. Ainda permitem ao Brasil ocupar lugar de
destaque nas ações de cooperação internacional ligadas a salvaguarda do patrimônio cultural
na América Latina.
8. SLAVUTSKY, Ariel Ignacio
[email protected]
Facultad de Humanidades y Ciencias Sociales de la Universidad Nacional de Jujuy-Consejo
Nacional de Investigaciones Científicas y Tecnológicas (CONICET)
“Patrimonio Cultural y Memoria. Una relación no tan clara como parece”
El Patrimonio Cultural se postula como una forma de establecer una conexión directa entre el
pasado y el presente (Hernandez Ballart,J y Treserras, J 2007) sin embargo esta relación nunca
es ni tan clara ni tan lineal, mucho menos cuando el bien activado hace referencia al pasado
reciente. Dado que, los bienes culturales cobran sentido en un contexto material y discursivo.
En este sentido la activación de un objeto produce una separación física del mismo
incluyéndolo en una lógica museística clásica separándolos de la vida cotidiana e incluyéndolo
en un discurso legitimado que se propone justificar su activación al mismo tiempo que lo sitúa
en una narración histórica que intenta fortalecer un proyecto identitario (Prats, L. 2004).
Frente a esto nos planteamos las siguientes preguntas ¿Hacia quien está dirigido estos
discursos? ¿Son efectivas? ¿Quién elige que se recuerda y que no? Me propongo reflexionar
sobre estas cuestiones teniendo en cuenta las prácticas mnémicas llevadas a cabo por la
última dictadura militar y su posterior recuperación y discusión durante la última década en la
Argentina focalizándonos en las provincias del Noroeste del país.
9. SOUZA, Aparecida Darc de
[email protected]
Universidade Estadual do Oeste do Paraná Campus - Marechal Cândido Rondon
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Memória e História: a formação da vocação turística de Foz do Iguaçu”
Esta comunicação tem como objetivo problematizar o modo como uma determinada memória
organizada pelos grupos dominantes de Foz do Iguaçu se tornou referência comum na
interpretação do passado da cidade. Assim, a partir da análise de diversos textos produzidos
por memorialistas locais, entre os anos de 1970 e 1990, buscaremos identificar o modo como
as elites tradicionais da cidade produziram uma memória cujo conteúdo fosse capaz de moldar
uma visão histórica de Foz do Iguaçu como uma cidade que, desde sua fundação, estaria
destinada a ser um centro de atração turística. Em termos gerais, o que se pretende é discutir
quando, como, por que e por quem foi construída a idéia da vocação turística de Foz do
Iguaçu. Trata-se também de tomar a memória não apenas como uma produção social, mas
também histórica, uma vez que destacaremos como contexto de transformação urbana vivido
por Foz do Iguaçu a partir da construção da usina de Itaipu influenciou a organização desta
memória sobre a cidade.
10. ZAPATA, Horacio Miguel Hernán
[email protected]
Universidad Nacional del Nordeste (UNNE)/Universidad Nacional de Rosario (UNR), Argentina
“La cultura material indígena en el Museo Histórico Provincial “Dr. Julio Marc” de Rosario
(Argentina): visibilidades y ocultamientos de una memoria patrimonializada”
En Argentina, las formas de apropiarse del "otro" indígena han evidenciado a lo largo de los
siglos diferentes estrategias. La colección y exhibición de múltiples objetos pertenecientes a la
cultura material de esos “otros” en museos ha sido una de ellas. Ya sea como herramienta
documental o como legado estético, la patrimonialización de tales elementos ha servido para
construir una memoria particular de la alteridad étnica a partir de los parámetros de la propia
cultura de quien elige conservarlos. En efecto, la presencia de la historia indígena en las
instituciones museísticas ha sido uno de los temas en que la asignación estereotipada de
determinadas pautas de organización social, territorialidades e identidades se muestra con
mayor fuerza, ya que los modelos seleccionados para su (re)presentación museográfica han
seguido los parámetros occidentales. La intención de esta ponencia es analizar los modos en
que se han nominado y representado los pueblos indígenas en el Museo Histórico Provincial
“Dr. Julio Marc” de la ciudad de Rosario, centrándonos en la construcción, permanencia y
pliegues de una retórica procedente de la época en que se fundó tal institución a principios del
siglo XX. En tal sentido, indagamos en las potencialidades de la cultura material indígena como
discurso legitimador del guión museográfico y como modo de interpelación crítica al público
visitante, enfatizando tanto en su presencia (visibilidades) como en su ausencia
(ocultamiento), en otras palabras, en lo “visto y no visto”.
[222]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro – 9.00hs – Sala K2. UNIOESTE|
SIMPOSIO 33
LA COMUNICACIÓN EN LOS ESCENARIOS DE CONFLICTO EN AMERICA
LATINA: PRÀCTICAS, DISPUTAS Y REENMARCAMIENTOS MEDIÀTICOS
Coordinadores: Ximena Cabral - Universidad Nacional de Córdoba (UNC)
[email protected]; Patricia Sorribas- Universidad Nacional de Córdoba (UNC);
Universidad Católica de Córdoba (UCC) [email protected]
RESUMO: El crecimiento de la conflictividad social en América Latina se materializa
tanto desde el espacio massmediatico como a partir de diferentes formas de expresión de la
protesta social y la acción colectiva. Allí, los actores recurren a diferentes manifestaciones
estético-expresivas, desde las protestas caracterizadas por formatos más tradicionales hasta
formas emergentes de expresión, que les permitan enmarcar sus discursos sobre los bienes en
disputa y sus propias prácticas.
En este escenario, reconocemos que los medios de comunicación masiva son un actor
privilegiado en la construcción social del conflicto: visibilizando/ invisibilizando actores y
discursos, configurando marcos de percepción acerca de los sujetos, la protesta y su relevancia
política y social. Sin embargo, en los últimos años se han multiplicado expresiones de la
prensa “propia”, colectivos de prensa desde los movimientos, y otras expresiones como
periodismo militante que caracterizan nuevas formas de re-escriturar las manifestaciones en la
disputa.
En ese sentido, la comunicación como fenómeno pluridimensional se constituye en
objeto de indagación y de reflexión tanto desde las apropiaciones discursivas y los espacios de
mediación que se tornan relevantes para abordar los diferentes conflictos en la región, como
de los diferentes ensayos y prácticas de comunicación alternativa y expresiva que se dan los
colectivos sociales.
En este simposio queremos compartir indagaciones y discutir sobre los diferentes
espacios de producción, mediación y circulación de discursos. Asimismo, queremos abordar
aquellos otros modos de inscribir y producir sentidos sociales.
Para ello, proponemos tres ejes temáticos:
1- Experiencias que manifiestan la necesidad de algunos colectivos y movimientos sociales
por inscribir sus demandas y sensibilidades en un contexto de fuerte constricción de los
espacios mediáticos. Las radios comunitarias, las redes de comunicación alternativa y la
pluralidad de soportes que los movimientos utilizan dan cuenta de la importancia de generar
estrategias para que su palabra circule y crezca desde el pie, desde los intersticios para
alcanzar la visibilidad social.
2- Las formas de mediación y mediatización mediáticas. Las diferentes versiones de la prensa
gráfica, televisiva, radiofónica y digital. La construcción monopólica y las líneas editoriales.
3- Estéticas emergentes y reapropiaciones de recursos expresivos dentro de la acción
colectiva y la protesta. Prácticas de producción de sentido surgidas desde el arte, el grafitti, la
música, las murgas, el baile entre otros modos de decir- hacer.
Invitamos a integrantes de movimientos sociales, militantes, periodistas,
comunicadores e investigadores a compartir sus experiencias en relación a discusiones,
interrogantes o avances de trabajos que aborden alguno de estos ejes.
Actividades complementarias (abierto a propuestas)
[223]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.



Muestra fotográfica
Video Debate
Presentación de revistas
RESUMOS
1. CABRAL, Ximena
[email protected]
Escuela de Ciencias de la Información. Universidad Nacional de Córdoba, Circulo Sindical de la
Prensa y la Comunicación (Cispren), Observatorio de Conflictos laborales y socioambientales
de la provincia de Córdoba.
“¿Quién dice qué? Las disputas de sentido y las tácticas contraexpropiatorias de los
colectivos contra la depredación socioambiental”
Las diferentes formas expresivas manifiestas en la protesta constituyen claves de ingreso para
aproximarnos a los estudios de la acción colectiva desde una perspectiva crítica sobre los
campos conflictuales y los procesos de enmarcados. En ese sentido, proponer un abordaje
desde la expresividad supone una vía privilegiada para indagar sobre la constitución y las
disputas de sentido y, al mismo tiempo, ensayar sobre las potencialidades de la expresión
estética como fuerza per-formativa y parte de las agencias tácticas desde los escenarios de
protesta. Por ello, en nuestro trabajo indagamos sobre las posibilidades de análisis de la acción
colectiva desde su expresividad y a partir de las propios registros de prensa de los colectivos y
de los medios comunitarios o alternativos que escapan a la lógica del primming que desde los
medios hegemónicos invisibillizan, estigmatizan o reenmarcan los sentidos y demandas que los
movimientos y colectivos ponen en escena. Como parte de las indagaciones en un marco de
investigación mayor sobre la protesta social dentro de un modelo neo extractivo de
acumulación se referenciará parte de las dinámicas y recursos expresivos presentes en los
últimos años en Argentina y dentro de las luchas contraexpropiatorias que los colectivos y
movimientos sociales desarrollan en la región.
2. GIULIANI, Julia
[email protected]
Secretaria de Prensa de la CTA (Central de Trabajadores de la Argentina) Río Cuarto y de ATE
(Asociación de Trabajadores del Estado). Militante social en barrios periféricos de la ciudad.
Comunicadora y fotógrafa popular
“La construcción desde abajo: el rol de los movimientos sociales en los procesos de
transformación. La importancia de la comunicación propia”
La Constituyente Social que promueve la Central de Trabajadores Argentinos junto a otras
organizaciones a partir de la crisis del 2001 implicó avanzar en la conciencia desde la clase
trabajadora de realizar una crítica al sistema hegemónico capitalista donde la participación
desde los movimientos y los trabajadores se presenta como el motor vital para llevar adelante
la transformación social.
Desde una perspectiva Latinoamericana, tomaremos en este trabajo las perspectiva crítica de
Boaventura De Sousa Santos para desde una epistemología del sur, ver las posibilidades
propias de producir y disputar sentido de los actores sociales organizadores. Desde allí
analizamos la experiencia de la constituyente y la creación de la prensa propia como trinchera
en la que nos recostamos para escribir nuestro relato, lo que si queremos desde donde ir
escribiendo la propia historia
La crisis del capitalismo visibiliza los procesos contestatarios como marchas, movilizaciones y la
importancia que reviste contar con herramientas comunicacionales propias para poder
[224]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
difundir esa propuesta, ese proyecto político, social, cultural de emancipación y liberación y
que estrategias poseemos desde los Movimientos Sociales para poder desarrollarlas.
Como trabajadores, como militantes sociales de la Central de Trabajadores de la Argentina,
consideramos imprescindible reconocernos como generadores de cultura y conocimiento,
porque debemos pasar de ser sujetos pasivos, definidos por muchos como “objetos de
estudio”, para sabernos sujetos políticos y transformadores.
3. GONZÁLEZ LAVANDERO, Marianela
[email protected]
Periodista e investigadora, Casa de las Américas, La Habana, Cuba. Maestrante en Historia
Contemporánea y Relaciones Internacionales, con Mención en América Latina por la
Universidad de La Habana. Editora de la revista cubana Temas. Cultura, ideología y sociedad
“¿Alternativa o reciclaje? estado, políticas públicas y sistemas de comunicación en la américa
latina contemporánea: las deudas del viejo topo”
La región ha pasado a ser el escenario de proliferación de gobiernos llegados al poder como
resultado de una acumulación de experiencias de lucha popular. Como signo, una
recuperación del Estado regulador que se constituye y busca su legitimidad en ese mismo
corpus de lucha.
Una de las agendas ha sido la transformación del campo comunicacional neoliberal. Por el
amplio espectro de sujetos que intervienen, la complejidad de este proceso dentro del
concierto de políticas públicas, la estrecha relación que el asunto guarda con la memoria
histórica más reciente y con la tradición política del continente, y sobre todo, por la
implicación de todo este campo de fuerzas como sujeto histórico al/del cambio, el sistema de
comunicación en la América Latina ha emergido en los últimos años como una las más
polémicas aristas de los estudios sobre la región, desde cualquiera de las disciplinas.
Pero ¿hasta qué punto constituyen estas políticas solo una vía de ganar espacio en la
correlación de fuerzas, y hasta dónde, entonces, una apuesta por un sistema comunicacional
que permita la reconstrucción/democratización del espacio público latinoamericano tras
décadas de vaciamiento, invisibilización y sometimiento estructural?
4. MACHADO LÓPEZ, Mabel
[email protected] / [email protected]
Facultad de Comunicación de la Universidad de La Habana
“Hacia la actualización de las políticas de comunicación en Cuba. Un estudio sobre la gestión
y sostenibilidad de las organizaciones periodísticas de cara a las transformaciones
estructurales del modelo social cubano promovidas desde el gobierno”
Aunque para Cuba representa una fortaleza contar con un sistema de medios libre del control
privado (punto de partida vital para su funcionamiento democrático), la fuerte estatalización
del sector no es necesariamente sinónimo de control social sobre los mismos. Partiendo de tal
premisa, este estudio se dedica a encontrar las bases teórico-metodológicas que pueden
aplicarse a un modelo de organización periodística sustentable y coherente con los principios
fundamentales del sistema social cubano con énfasis en la revisión de los principios de la
economía creativa, en un momento en que se apuesta por la renovación socioeconómica en el
país. El aparato teórico que sustenta esta indagación aborda de manera crítica la regulación de
la comunicación y el trazado de políticas públicas, la producción científica sobre la gestión y
administración de medios, los análisis actuales sobre a economía de medios y mercado
informativo y los aportes de las ciencias sociales al debate sobre la dimensión cultural del
desarrollo.
5. MOHADED ZANELLI, Myriam Silvana
[225]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected] [email protected]
Escuela de Ciencias de la Información- Área de Educación a Distancia. Coordinadora del Centro
de Documentación Juan Carlos Garat, integrante de Periodistas Argentinas en Red (PAR) Escuela de Ciencias de la Información.
“Las representaciones de género en el trabajo dentro de los medios masivos de
comunicación”
El área del trabajo es el de mayor vulnerabilidad para las mujeres y representa un gran desafío
para la equidad. En nuestro país, es en el mercado laboral donde más derechos se infringen y
la equidad de género dentro de los sindicatos no es un tema importante. Hay algunas
tentativas por alcanzar la equidad en cuanto a convenios colectivos, discusiones, ley de cupo,
pero es la gran materia pendiente del siglo XXI. Desde Córdoba mostraremos lo que sucede en
este tema en el ámbito de los medios de comunicación. Considerando que la perspectiva de
género es crítica a las nociones de trabajo por la naturaleza asexuada del término, el intento
es indagar acerca de los mecanismos invisibles y no tanto que hacen que las mujeres se
encuentran en desventaja en el acceso al mercado laboral, desigualdades en las condiciones y
también en el acceso a puestos de trabajo clave. En este sentido, reconocemos que están
permeadas por una cultura institucional que se perpetúa. Lo público y lo privado ponen de
manifiesto una división en la esfera profesional y en la esfera doméstica donde los derechos
marcan la inequidad. Indagar y avanzar sobre las masculinidades y sobre los derechos de los
varones en cuanto a sus roles en la vida doméstica implicaría revisar también las causas
fundamentales de porqué las mujeres quedan entrampadas en la repetición de modelos
arcaicos o se ven limitadas por "el techo de cristal". ¿Será que los valores androcéntricos
siguen presidiendo la configuración y la valoración laboral y las estructuras organizativas de la
vida misma? (lo que Bourdieu llamaría "violencia simbólica"). "Ninguna sociedad en la que una
parte de sus ciudadanía no pueda ver reconocidos y ejercer sus derechos, puede considerarse
una democracia legítima", dice Rosa Cobos. El feminismo aporta herramientas que son vitales
para poder pensar y practicar cambios sociales en las prácticas cotidianas, en ese sentido nos
interesa desmontar el patriarcado en las dinámicas diarias y no enunciar el antipatriarcado
como un principio político abstracto o como una definición. A pesar de que cada vez son más
las mujeres que trabajan en medios de comunicación en Córdoba, no son las que ocupan los
cargos de decisión, ni las jefaturas. Y en casos de que ocupen algún cargo de decisión de
ninguna manera accede a los mismos derechos, y menos aún al mismo salario. ¿Cómo se
democratizarán las comunicaciones sin en el seno de ellas se producen estas fuertes
desigualdades?
6. PADILLA, Débora
[email protected]
Portal de Comunicación
http://ecoscordoba.com.ar/
Ecología
Colectiva
de
las
organizaciones
Sociales
“Informando en la era de la desinformación neoextractivista. Medios Alternativos y
Conflictos Socioambientales, realidades y desafíos”
¿Qué hacer cuando en América Latina tiemblan los derechos a causa del neoextractivismo y
la criminalización de aquellos que se involucran en defenderlos? ¿Qué hacer cuando los
gobiernos en complicidad con grupos económicos suscriben acuerdos a su servicio,
invisibilizando, justificando, menospreciando y manipulando la información de aquello que
atenta contra la salud y la vida de la sociedad y el ecosistema? ¿Qué hacer en una sociedad
profundamente mediatizada y digitalizada donde la mayor parte de la ciudadanía construye
su noción de realidad sólo y a través de los medios masivos comerciales y las redes sociales?
Frente a este emergente territorio en nuestro continente, el cual adquirió más fuerza en los
últimos años , el papel de la comunicación alternativa en la investigación y cobertura de los
[226]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
conflictos socioambientales, se vuelve imprescindible frente a un hegemónico discurso
neoextractivista, pero también se conflictua debido a una eminente coaptación política de
muchos medios alternativos y la estigmatización de pensar lo socioambiental como “verde”,
sin poder comprender los nuevos espacios de lucha material y simbólica. Los anteriores
cuestionamientos, surgen como desafíos en el camino de no perder de vista el objetivo de una
comunicación independiente y alternativa, nuevos esquemas se van presentado y nuevas
formas de entenderla y hacerla se hacen necesarios en la urgente necesidad de visibilizar y
actuar frente al actual saqueo y contaminación de nuestro continente y nuestras
comunidades.
7. PÁEZ, Florencia María
[email protected]
Universidad Nacional de Córdoba, Escuela de Ciencias de la Información- Seminario de
Culturas Populares y Cultura Masiva
“Micro-resistencias creativas en la danza folklórica en la Argentina de ‘los noventa’”
La perspectiva teórica de Michel De Certeau nos invita a situar la atención en las maniobras o
“tácticas” de los sujetos comunes en sus vidas cotidianas; prácticas que –aunque inestables,
plurales y difícilmente inteligibles- escapan al control de los sistemas de dominación y ponen
en cuestión el supuesto disciplinamiento total de las personas. Recuperamos esta guía de
lectura para interrogarnos cómo este tipo de tácticas culturales se manifiestan en los cuerpos
en la actividad de ‘bailar’ folklore argentino, en tensión con las disposiciones que regulan dicha
actividad, en el contexto de la Provincia de Córdoba, Argentina (1990 – 1995). Procuramos
observar ciertas prácticas que tuvieron lugar entre bailarines de aquella época, para intentar
re-componer sus itinerarios y los “usos” de la danza producidos por ellos, a través de los cuales
provocaron ciertas desviaciones en relación al orden de ‘lo tradicional’ y dominante propuesto
en las instancias festivaleras y competencias, espacios dominantes de consagración. De estas
búsquedas surge el Movimiento Artístico Popular Argentino que tendrá una gran repercusión
en las maneras de bailar folklore en un importante sector de la población cordobesa y en otras
ciudades y pueblos del país.
8. SORRIBAS, Patricia Mariel
[email protected]
Universidad Nacional de Córdoba – Universidad Católica de Córdoba. Observatorio de
Conflictos laborales y socioambientales de la provincia de Córdoba
“Mapeando conflictos y organizaciones en la provincia en defensa del agua”
En este artículo nos proponemos contribuir al reconocimiento y visibilidad de la compleja
conflictividad que emerge en torno al AGUA en el territorio de la provincia de Córdoba. Para
ello partimos de los datos que son relevados y sistematizados por el “Observatorio de
conflictos laborales y socio-ambientales de la provincia de Córdoba” a través de fuentes
secundarias y primarias. El énfasis de la descripción está puesto en la localización de la
conflictividad y de la acción colectiva (pueden o no coincidir) y en la identificación de los
principales antagonistas hacia los cuales se dirige la acción colectiva o hacia quienes se
construyen las atribuciones de responsabilidad por el estado de situación del bien AGUA. A su
vez, aquí se avanza en el intento por establecer tipos de conflictos por el AGUA en Córdoba. En
tal sentido, el AGUA puede ser un bien en disputa debido a que los servicios de agua en
contextos urbanos proveen agua contaminada que afecta la salud de la población o bien
puede disputarse la cuestión del uso de la tierra por parte de los agronegocios en tanto
deforestación que impide directamente la producción de agua, o también el conflicto del agua
puede emerger debido las decisiones político-gubernamentales en relación a las obras públicas
y a las autorizaciones para urbanización. El esfuerzo por establecer una tipología de conflictos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
obedece al carácter fragmentario que asume la emergencia de los conflictos por el AGUA. A
partir de esta descripción podremos ir esbozando un mapeo más integral que permita ir
estableciendo los nexos causales entre diferentes factores asociados a las dimensiones más
manifiestas de la conflictividad por el agua. A su vez, el énfasis en la identificación de los
actores antagonistas también contribuye a la construcción de una caracterización menos
fragmentaria de la conflictividad.
9.
ZANELLI,
Silvana
[email protected];
MANDAKOVIC,
María
Ana
[email protected] (Escuela de Ciencias de la Información. Universidad Nacional de
Córdoba y Círculo Sindical de la Prensa y la Comunicación de Córdoba)
“Medios sin fines de lucro: una nueva institucionalidad. (Entre la búsqueda de
sustentabilidad, salarios dignos y organización sindical)”
La Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual sancionada en 2009, reconoce a las radios y
televisoras sin fines de lucro como prestadores legales de radiodifusión y les reserva un tercio
del espectro radioeléctrico. La consideración de este sector constituye sin dudas, un avance
inédito en la historia de la radiodifusión argentina. Pero, paralelamente se abren nuevos
interrogantes que comienzan a plantearse frente a la legalización de estos medios sin fines de
lucro.
La situación legal y gremial de los trabajadores del sector social comunitario y cooperativo es
uno de ellos. Esto se vincula directamente con las posibilidades de sustentabilidad de estos
nuevos medios audiovisuales bajo la premisa que los mismos sirvan para garantizar el nuevo
modelo comunicacional que la ley diseña, contribuyendo a la pluralidad y diversidad de la
información pero también generando nuevas fuentes de trabajo.
Reflexionar sobre esta realidad nos obliga a definir nuevas categorías y conceptos de análisis
sobre las posibilidades reales de sustentabilidad, salarios y condiciones de trabajo dignas para
los trabajadores de prensa y la comunicación, el rol del Estado y la posición de las entidades
gremiales. Para encontrar una solución al problema, es necesario contemplar las
particularidades de los medios sin fines de lucro desde su objetivo, organización y relación
social, considerar los diversos tipos de tareas desempeñadas por los trabajadores, las
características de las regiones donde se desarrollan y el contexto general en que se producen.
[228]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala K2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 34
MILITANCIAS, MOVILIZACIONES SOCIALES Y JUVENTUDES EN AMÉRICA
LATINA
Coordenadores:
Pablo
Vommaro
/
CLACSO
–
UBA/CONICET
(Argentina)
[email protected];
Melina
Vázquez
/
UBA
–
CONICET
(Argentina)
[email protected]; Juan Pablo Paredes / UPLA- UCH (Chile) [email protected]
RESUMO: A lo largo de los últimos años hemos asistido a un escenario de recurrentes
movilizaciones en América Latina que tuvieron no sólo un intenso impacto en la visibilización
de las demandas de amplios sectores sociales sino además, en las dinámicas de los propios
sectores que participaron y en sus condiciones de clase. Organizaciones sociales conformadas
particularmente por jóvenes, nominadas como juveniles o autopercibidas como tales, se
destacaron evidenciando nuevos repertorios y formas de significar y experimentar la política
como praxis cotidiana. Tanto en el marco de la lucha por la tierra, en el reclamo por visibilizar
la subalternización de la mujer, en la demanda por condiciones dignas de vida, así como en la
defensa de los derechos humanos, los derechos de la tierra y los recursos naturales, el Abya
Yala y el buen vivir, el derecho a la ciudad y al espacio público, o contra la mercantilización
creciente y por la mejora en la calidad de la educación, entre otras cuestiones, los jóvenes desde distintos territorios de América Latina develaron nuevas prácticas y discursos que exigen
para su comprensión un análisis diferenciado y singular que asuma la situación actual en toda
su complejidad y diversidad.
Las particularidades que adquieren los vínculos de organizaciones sociales, movimientos
políticos, partidos, sindicatos y movimientos sociales, con el Estado desafían así las
construcciones teóricas para su comprensión y explicación. Incluso, la existencia de redes que
exceden la territorialidad del Estado-nación convocan a un análisis que profundice en los
aspectos que refieren a la comunicabilidad de sus reivindicaciones, condición necesaria para
un proceso integrador.
En ese sentido, abrimos la lente a las diversas formas y formatos que asume la acción
política de los jóvenes considerando que este cristal no sólo permite dar cuenta de una idea de
proyecto cristalizado en expectativas, sino también, de una óptica útil desde la cual entender
el cambio social. Así, convocamos a investigadoras/es, de diversas áreas y disciplinas de las
ciencias sociales, a participar en el simposio con sus contribuciones, desde diferentes cuerpos
teóricos y categorías analíticas, para dar cuenta de la multiplicidad de experiencias, prácticas y
discursos que los jóvenes despliegan en sus acciones políticas y militancias en distintas
regiones de América Latina y el Caribe.
Atividades complementares: Workshop a cargo de Lia Pinheiro, de la Universidad de
Ceará, Brasil. Presentación de libros
RESUMOS
1. BIVORT, Bruno [email protected] (Universidad del Bío-Bío, Chile / Latina, Universidad de
Córdoba, Argentina); ORELLANA, Cristian [email protected] (Universidad del Bío-Bío, Chile /
Latina, Universidad de Córdoba, Argentina); Farías, Fernando [email protected] (Universidad
del Bío-Bío, Chile / Latina, Universidad de Córdoba, Argentina); Martínez, Soledad
[229]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected] (Universidad del Bío-Bío, Chile / Latina, Universidad de Córdoba,
Argentina)
“Los colectivos: aproximaciones a la política desde los/las jóvenes”
En esta ponencia se analiza desde una perspectiva de género, las nuevas formas de
participación política juvenil, poniendo especial énfasis en la inclusión y participación de las
mujeres en organizaciones políticas no tradicionales en Chile (Colectivos Políticos). Se exploran
las representaciones de los/las jóvenes sobre las formas tradicionales de participación política,
y se caracteriza como esta es asumida en los Colectivos Juveniles, se analiza además la brecha
de género que persiste a través de las generaciones, en ambas entidades (Colectivos y
Partidos) a pesar de los discursos igualitaristas, respecto de los derechos y la inclusión de las
mujeres en igualdad de condiciones. Se examinan los factores que podrían estar limitando o
facilitando la eficacia política de las mujeres en los diferentes espacios de participación
democrática. Sugerimos que las nuevas formas de participación juvenil, permiten a las mujeres
insertarse en espacios democráticos, pero que no logran modificar las formas histórica y
culturalmente arraigadas en los partidos políticos, replicando los modelos de división de
funciones, asociadas a su condición de género.
2. CERRILLO GARNICA, Omar
[email protected]
Universidad Autónoma del Estado de Morelos, México.
“Activismo digital: ¿nuevos repertorios juveniles o movilización efímera? El caso #yosoy132”
En 2012, apareció en la agenda electoral de México un inesperado movimiento estudiantil
#yosoy132, que se manifestó de forma incluyente; movilizado y agilizado por una amplia
comunicación a través de las redes sociales digitales. En este trabajo analizaremos el
movimiento a partir de conceptos de las teorías de acción colectiva, comorepertorio, identidad
y ciclo de protesta; aplicados particularmente al activismo digital.Asimismo, revisaremos las
prácticas comunicativas a efecto de analizar las prácticas comunicativas y organizativas del
movimiento en relación al uso de medios digitales de comunicación. Con ello, buscamos
revisar dos caras de la misma moneda: por una parte, consideramos que los movimientos
sociales se están reconfigurando a partir del empleo de herramientas digitales de
comunicación; particularmente, en su capacidad organizativa, sus implicaciones
epistemológicas, y fundamentalmente, nuevos repertorios de campaña. Por otra parte, el
vertiginoso formato digital de comunicación conlleva también un ciclo de protesta efímero con
los consecuentes efectos de identidades débiles y fragmentaciones de los movimientos.
3. DARLING, Victoria
[email protected]
UNILA
“El dilema de la autonomía: movilización social y proyectos alternativos en América Latina”
Gran parte de los análisis sobre movimientos sociales en América Latina dan cuenta de una
heterogeneidad de experiencias de reivindicación social que exceden conceptualizaciones y
debates tradicionales. Conceptos como “poscolonial”, “contrahegemónico”, “altermundo”,
“rebelde” o “de resistencia” refieren, en la contemporaneidad, a experiencias organizativas
que difícilmente alcanzan grados de precisión analítica en torno a su conformación estructural
o a su proyecto político. En este marco general, existen dos características particulares,
distintivas de los movimientos sociales territoriales -de base- que compusieron el ciclo de
protesta manifiesto los primeros años del 2000 en la región, la reivindicación de autonomía y
el sujeto al cual orientaban sus demandas: el Estado. Aquello que percibimos los últimos años,
en contraposición, es el surgimiento de organizaciones políticas que ya no orientan hacia el
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Estado sus reclamos sino que, paradójicamente, encuentran en el propio Estado “cobijo” y
recursos para su reproducción. En este sentido, proponemos un análisis que considera la
perspectiva de grupos de jóvenes del MST en Brasil, el EZLN en Mexico y la Cámpora en
Argentina, para dar cuenta de la transformación citada. Más aún, es posible considerar que
este cambio de modo de organización exige un nuevo andamiaje conceptual desde la
Sociología, y una nueva lente que, colocando la autonomía como cristal, permita repensar el
marco analítico y las potencialidades de métodos alternativos para pensar la militancia.
4. DOS SANTOS ARÁUJO, Joane
[email protected]
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
“Entre o antigo e o novo: considerações sobre as novas formas de atuação política das
juventudes organizadas”
A história política do Brasil mostra a importância da juventude na disputa por projetos e na
luta por direitos, por isso a ênfase dada às mobilizações juvenis das décadas de 1960/70 que
mitificaram uma imagem de juventude. Depois da redemocratização do país temos uma
geração de jovens situada em um contexto sociopolítico e cultural de maiores liberdades, e
com outros desafios a enfrentar. Novos olhares surgem em torno da participação política
dessa geração. Os contextos marcados pelos efeitos da globalização e novas configurações do
Mercado e do Estado, alteraram as realidades e as práticas associativas. Essa geração é menos
atraída por partidos políticos, sindicatos e outros canais convencionais de participação.
Predominam os grupos e movimentos no campo cultural, os coletivos organizados em torno de
identidades étnicas e de gênero, as mobilizações esporádicas por eventos ou temas etc. Essa
discussão é fundamental para a compreensão dos limites e das potencialidades sociopolíticas
transformadoras das formas de atuação política das juventudes organizadas. Há
generalizações e simplificações analíticas no caso brasileiro quanto ao tema da não militância
dos jovens de hoje, quando no horizonte de comparações está a juventude do período da préditadura e do Governo militar. As juventudes vêm imprimindo novos significados à noção de
participação e de militância, o que torna urgente novo debate sobre o tema da apatia e
acomodação.
5. ERMOSI, Débora Elizabet
[email protected]
IDAES/UNSAM
“Militancia e imaginario comunista: La actividad política de la FJC en la Argentina de la postdictadura (1983-1989)”
En el presente trabajo se analizarán las prácticas políticas desarrolladas por los jóvenes
comunistas nucleados en la Federación Juvenil Comunista en la Ciudad de Buenos Aires
(Argentina), para lo cual se indagará sobre las formas y los espacios de militancia privilegiados
durante la post-dictadura (1983-1989). En este sentido, se analizarán, en primer lugar, los
distintos “frentes” en los que actuó la FJC. Es decir, los diversos espacios donde los jóvenes
que integraron la organización desarrollaron su práctica política, tales como: los colegios
secundarios, las universidades, los sindicatos, entre otros. Con el fin de brindar un nuevo
aporte desde el campo historiográfico a las discusiones en torno a la militancia juvenil, en
segundo lugar, a partir del análisis de los distintos ámbitos de acción en el que se
desenvolvieron, especialmente el estudiantil, se pretende reconstruir parte del imaginario de
los jóvenes comunistas. Para ello se deberán analizar las consecuencias que tuvo para estos
jóvenes la adopción del “viraje revolucionario” a partir del XVI Congreso del Partido en 1986.
Es decir, será necesario indagar sobre el creciente latinoamericanismo que impregnó sus
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
prácticas políticas y que ayudaron a definir (o a recuperar) una serie de tradiciones, de valores,
de símbolos, en un contexto de transición hacia un orden democrático.
6. FERNÁNDEZ GAETE, Manuel [email protected]; OORTIZ FIGUEROA, Matías
[email protected] (Universidad Academia de Humanismo Cristiano / Universidad de
Santiago de Chile, Santiago, Chile)
“Retomando las fuerzas de la historia”. Lecturas del mirismo chileno en la juventud actual:
apuntes para una investigación”
La presentación que acá se presenta, tiene por objetivo estudiar y comprender la forma en que
un segmento de la juventud actual recoge las tradiciones políticas revolucionarias del mirismo
chileno, particularmente del que va entre 1965 y 1973, configurando en este ejercicio su
propia identidad política. Para ello, proponemos como primer eje investigar cuáles son los
elementos que de la cultura política mirista de los sesenta y setenta se retoman y la forma en
que esto se da. A sí mismo, como segundo eje y final pretendemos visualizar qué lecturas se
realizan de las prácticas históricas y políticas para construir su orientación ideológica en el
presente y, en definitiva, comprender la formación de la identidad política en los estudiados.
En ese sentido, la presentación es un esbozo de una investigación de más largo aliento. Por
ello, en una fase preliminar, pretendemos solo rastrear y describir cómo se percibe, en el
presente y por los jóvenes acá estudiados, el legado político de una organización del pasado.
Para ello se trabajó con entrevistas orales, documentos orgánicos de organizaciones juveniles y
bibliografía atingente.
7. GONZÁLEZ LAVANDERO, Marianela
[email protected]
Universidad de La Habana.
“La revolución vintage: los jóvenes intelectuales y la militancia política en Latinoamérica”
Durante décadas, el compromiso intelectual ante la transformación social ha sido un tropo de
profundas implicaciones en los campos político, cultural y social del continente. Escritores,
investigadores de las ciencias sociales y las humanidades, artistas; sus obras y el pensamiento
crítico que en ellas se acumula, han aportado a la construcción de representaciones sociales,
imaginarios, estereotipos sobre el pasado, presente y futuro en América Latina. En la
actualidad, qué representaciones sobre este rol portan los jóvenes intelectuales y, a su vez,
qué representaciones sobre sus alcances y roles portan los movimientos juveniles de
transformación social? Un camino de idas y vueltas que ha tenido un simbólico punto de
confluencia en la Casa de las Américas, en Cuba, en los años 1986, 2009 (50 aniversario de la
Revolución Cubana) y 2013.
8. LYRA DE ARAUJO, Angélica
[email protected]
UNESP/FCLAR
“UMA PROPOSTA DE ESTUDO INVESTIGATIVO SOBRE AS RELAÇÕES DOS JOVENS DE
LONDRINA/PR E O VOTO FACULTATIVO”
A proposta deste estudo pretende investigar as representações sociais dos jovens entre 16 e
17 anos do Ensino Médio acerca da vida política nacional. Os jovens são compreendidos como
categoria social e histórica, marcada por situada num contexto de transição socioeconômica,
política e cultural que marca o fim da infância e o início da vida adulta. Indagamos: O que os
jovens dessa faixa etária de Londrina, do Estado do Paraná pensam acerca da política nacional?
Como o jovem concebe e representa a política? Quais as razões que o levam a não participar
dos pleitos políticos? Diante dessas preocupações, este estudo visa analisar de que maneira os
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
jovens estudantes, entre 16 e 17 anos externalizam suas representações dos partidos, do
Congresso e das instituições políticas, das eleições presidenciais e municipais, detectando as
razões que levam a não participar do processo eleitoral. A amostra, baseada na pesquisa
quantitativa será coletada nos colégios públicos do município de Londrina, representados
geograficamente em cinco regiões. Para dar conta desse objeto, recorremos à teoria das
Representações Sociais, de Sérgio Moscovici. Acreditamos que essa teoria é pertinente, pois
pressupõe que as representações são construídas por sujeitos em suas ações e diálogos
cotidianos. Dessa forma, a sociedade deve se ocupar dessa reflexão no sentido de situar e repropor os espaços sociais e políticos da juventude.
9. MENDONCA DA SILVA, Carla Etiene
[email protected]
Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)
“Jovens das Américas e o uso da autocomunicação de massa nas mobilizações sociais da
sociedade da informação: uma comparação possível”
Proponho a apresentação dos resultados de uma pesquisa exploratória que buscou
compreender e explicar, nos termos da ação social weberiana, como jovens de países de
diferentes culturas nas Américas usam ferramentas de autocomunicação de massa com o fim
de engajamento cívico e participação pública no contexto da sociedade da informação. A
pesquisa parte da contextualização na sociedade em rede e utiliza novos conceitos de
engajamento cívico e participação política, os quais consideram a emergência de uma nova
esfera pública, híbrida de digital e de urbana. Ressalta o papel da juventude nos movimentos
sociais em rede e a possibilidade da existência de pontes de comunicação entre esses
indivíduos oriundos de diferentes culturas nacionais. Na pesquisa qualitativa, com o uso de
análise de conteúdo, foram avaliados artigos publicados em blogs por brasileiros e americanos
da faixa etária de 14 a 25 anos sobre os protestos no Brasil em 2013 e o movimento Occupy
Wall Street em 2011. Na pesquisa comparativa, identificou-se que eles usam essas
ferramentas compartilhando protocolos de comunicação semelhantes como expressão de
valores cosmopolitas, multiculturais e de individualismo em rede.
10. ROCCA RIVAROLA, Dolores
[email protected]
IIGG-UBA-CONICET
“Una operación de antítesis: los libros de Sandra Russo y Laura Di Marco como fuentes
periodísticas y su respectivo aporte para la investigación social sobre La Cámpora”
Con dos años de diferencia entre su respectiva edición, La Cámpora: Historia secreta de los
herederos de Néstor y Cristina Kirchner, escrito por Laura Di Marco, y Fuerza propia: La
Cámpora por dentro, de Sandra Russo pueden ser analizados de modo antitético, como el libro
“malo” y el libro “bueno” sobre La Cámpora. Por supuesto, esos calificativos no refieren a la
calidad de ambos, sino a su posicionamiento a la hora de caracterizar a la agrupación, las
motivaciones de sus dirigentes y el propio devenir del gobierno. Ambos comparten el mismo
objeto de estudio. Pero además, ambas autoras se interrogan sobre una misma cuestión
referida a la organización: su posición relativa dentro del oficialismo como fuerza o espacio
privilegiado por el gobierno, especialmente desde 2010 (y el proceso que llevó a ese
posicionamiento). ¿Por qué examinar, con un objetivo académico, dos libros de este tipo? Las
investigaciones periodísticas –y los testimonios de militantes en ellas obtenidos– cobran un
valor notable como fuentes para la investigación académica, en primer lugar, ante la dificultad
en el acceso, en términos de trabajo de campo cualitativo, a la organización y sus miembros
debido a su marcado hermetismo (hecho reconocido por ambas periodistas); y, por otro lado,
ante la aún escasa producción académica especializada sobre La Cámpora –con algunas
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
excepciones como los análisis de Vázquez y Vommaro (2012) y Flax (2013 a y 2013b), o, como
las reflexiones acerca de la organización enmarcadas en un estudio más general sobre otros
temas, observadas en Sarlo (2011) y Natanson (2012). Esta ponencia, entonces, se dedicará a
un análisis comparativo de ambos libros en tanto fuentes periodísticas desde sus propósitos
explícitos, su modo de abordaje de la organización, sus conclusiones y su respectivo aporte a
interrogantes de nuestra investigación cualitativa acerca de la militancia oficialista en el
kirchnerismo.
11. ROJAS VILCHES, Natalie
[email protected]
Universidad de Playa Ancha
“Todos juntos y al mismo tiempo: Análisis de la construcción de la identidad Colectiva del
Movimiento Estudiantil en Valparaíso durante el año 2011 desde el Frame Analysis”
En Chile, los movimientos sociales cumplen un rol fundamental dentro de su devenir político
desde el año 2011, cuando la sociedad chilena fue testigo de una de las movilizaciones más
grandes en cuanto a masividad y apoyo ciudadano desde el retorno a la democracia.
Valparaíso fue la ciudad elegida para convertirse en escenario de esta investigación, ya que fue
ahí en donde se gesta en primera instancia la consigna “Educación Gratuita Ahora”. El
propósito de esta investigación fue conocer el proceso de construcción de la identidad
colectiva del movimiento estudiantil porteño durante la movilización del año 2011. Para
lograrlo fue necesario definir las motivaciones y creencias de los actores que dieron vida al
movimiento estudiantil, identificar los objetivos comunes que construyeron, explorar en los
medios y formas de acción que éste utilizó, describir su estructura organizacional y finalmente
comprender el significado de las creencias, prácticas y acciones de los estudiantes. El sustento
teórico del estudio se realizó sobre el concepto Movimientos Sociales desde distintos autores,
centrado en el concepto de Identidad Colectiva, el que nos conduce hacia una Teoría de los
Marcos para la Acción Colectiva, conceptos sustentados en la corriente teórica del
Interaccionismo Simbólico. Metodológicamente corresponde a un estudio cualitativo, en
donde los estudiantes mediante la aplicación de entrevistas en profundidad dieron vida a esta
investigación. El análisis de los datos fue realizado, en primera instancia desde una codificación
simple, para luego insertar estos códigos en marcos propuestos por el frame analysis: marco
de diagnóstico, marco motivacional y marco de pronóstico. Los hallazgos de esta investigación
resultan un aporte al conocimiento de las dinámicas del movimiento estudiantil chileno, en
donde sus participantes construyen una identidad colectiva desde su auto-reconocimiento
como protagonistas del conflicto, enfrentados a un Estado y frente una ciudadanía
observadora y pasiva a la que los estudiantes buscan seducir movidos por un sentimiento de
solidaridad entre sus miembros. Utilizan para ello diversas dinámicas (pacíficas como
violentas) de movilización caracterizadas por el uso de su creatividad (performance), mediante
la cual buscan alcanzar su objetivo central, es decir, la educación pública, gratuita y de calidad.
12. SANDER, Cristiane
[email protected]
UNIOESTE/ Toledo PR
“JUVENTUDE BRASILEIRA: sua realidade e sua participação na Política Nacional de
Juventude”
A juventude enquanto foco central da política social é algo recente no Brasil. A Política
Nacional da Juventude (PNJ) começa a ganhar cara e ação em 2005, no entanto, a juventude
tem estado em cena em diferentes contextos e períodos históricos, mas seu reconhecimento
enquanto sujeitos de direitos e protagonistas é recente. A inserção da juventude nas políticas
sociais públicas não pode significar simplesmente inclusão passiva e os projetos sociais cujo
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
público é jovem devem considerar isso. Nesse sentido, o fortalecimento de espaços e
organizações da própria juventude é fundamental para o avanço da implantação da Política de
Juventude e para a efetivação da cidadania e de formas de socialização da mesma. Para tanto,
é preciso que as respectivas organizações, políticas, programas e projetos sejam com os jovens
e não para os jovens. O presente artigo traz um olhar sobre a realidade da juventude
brasileira, apresentando alguns dados que mostram como vivem os jovens hoje no Brasil,
demostrando a importância da efetivação da Política Nacional de Juventude e do Estatuto da
Juventude, como forma de garantir os direitos e a participação ativa dessa parcela da
população, tema esse de aproximação aos estudos e atividades do Pós-doutorado. Para tanto,
utilizamos dados estatísticos e de pesquisas de opinião de diferentes institutos de pesquisa e
órgãos públicos, além de diversas bibliografias.
13. SCHROEDER, Joana [email protected]; DE CARVALHO BECKER LEITE, Ciro
[email protected] (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro).
“Juventudes para além do Estado: um olhar sobre a transnacionalização da ONG TETO na
América Latina e Caribe”
Este artigo procura contribuir com os debates sobre a participação das juventudes nos
processos de transnacionalização de movimentos sociais no contexto latinoamericano, tendo
como objeto de estudo a organização não governamental TETO. Criado por estudantes
universitários no Chile, em 1997, o TETO hoje está presente em 19 países da América Latina e
Caribe, e tem como missão a superação da extrema pobreza, por meio da ação de voluntários
jovens nas comunidades mais vulneráveis do continente. Considerando a sua rápida expansão,
sua capacidade de mobilização de voluntários e seu foco nas juventudes, as experiências,
práticas e discursos produzidos pelo TETO oferecem oportunidades de reflexão sobre a ação
política dos jovens latinoamericanos para além das fronteiras dos Estados. Neste sentido,
serão observados três eixos de análise: (1) histórico e expansão, investigando o processo de
transnacionalização do TETO, (2) processos de mobilização e participação das juventudes,
identificando as estratégias de inserção e atuação dos jovens na organização e (3) techeros e
políticas da amizade, compreendendo a construção de identidades e o compartilhamento de
valores entre os voluntários. Por fim, avaliamos contribuições e limitações da experiência do
TETO para pensar sobre os desafios na mobilização social das juventudes na América Latina.
14. TORINELLI, Michele Caroline
[email protected]
Universidade Federal do Paraná
“Mediações em tempo de redes digitais: cultura, comunicação e hegemonia nos movimentos
sociais em rede”
Na década de 1980, Jesús Martín-Barbero deslocou o debate acerca da comunicação desde os
meios até as mediações. Tratava-se de superar as abordagens ideologicistas e funcionalistas
para investigar as disputas de sentido que se dão no processo da comunicação e historicizar o
entrelaçamento entre cultura, comunicação e política na América Latina. A comunicação foi
então entendida como espaço privilegiado de conflito e de criação e subversão de sentido. Em
tempos de popularização do digital e de revoltas populares protagonizadas pela juventude,
faz-se interessante resgatar tal debate, pois a perspectiva das mediações é potente para
pensar a comunicação em redes digitais para além da dualidade emancipação/controle. Em
junho de 2013, milhares de jovens foram às ruas dos Brasil em protestos motivados
inicialmente pelo aumento da tarifa do transporte público – e sua atuação nas ruas esteve
entramada com a atuação nas redes digitais. Assim como o massivo, o digital também é espaço
de constituição e luta por hegemonia – e a juventude, com sua cultura, impõe mudanças na
dinâmica de mediações tanto na política quanto na comunicação. Mostra-se promissor apostar
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
na convergência da perspectiva das mediações – com enfoque nos processos conflituosos que
constituem a trama entre comunicação, cultura e política – e a contemporaneidade da
interação em redes digitais para pensar a dinâmica dos ativismos políticos contemporâneos,
em especial as manifestações de junho de 2013 no Brasil, que contam com o protagonismo de
uma juventude cuja atuação se dá de maneira híbrida entre o material e o digital.
15. VERNUCCI, da Silva, Lenina [email protected] (UNESP – Araraquara);
SEBASTIANO DE MELO, Thiago [email protected] (UFG – IESA)
“Mulher, juventude e processos de mobilizações sociais: uma leitura a partir do cotidiano de
jovens militantes”
Juventude, mulheres e luta pela terra estão interligados nesse artigo que busca compreender
o papel do feminismo dentro dos movimentos de luta pela terra e mobilizações da juventude.
A sociedade é machista e os sujeitos sociais não escapam disso, mesmo dentro de movimentos
contestadores da ordem, o que é sempre um desafio pedagógico na formação da juventude.
Assim, qual o cenário em que a mulher, nesse caso notadamente jovens, encontra nos espaços
de mobilização social? Como essas jovens atuam enquanto militantes e lideranças? Há
diferenças entre os espaços ocupados por elas e os ocupados por jovens homens? Esse é o
desafio sobre o qual o trabalho apresentado se propõe a pensar. O objetivo é entender em
quais medidas as realidades encontradas nas experiências práticas da autora e do autor
comportam níveis de generalização, e podem contribuir para o avanço nos processos de
(re)organização interna dos sujeitos que se propõem a se organizar coletivamente para
construção de outra realidade social, marcadamente em movimentos sociais e partidos
políticos. Para tanto, além das experiências empíricas da autora e do autor é também feita
uma revisão bibliográfica com recorte interdisciplinar sobre juventude, gênero e movimentos
sociais.
[236]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala K3. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 35
HISTÓRIA, TEORIA E PRÁTICAS DA EDUCACÃO POPULAR
LATINOAMERICANA
Coordenadores: Fernando Martins (Unioeste) [email protected];
Roberto Elisalde (UBA-CLACSO-Argentina) [email protected]
RESUMO: O objetivo deste simpósio é promover o intercâmbio e discussão de uma
abordagem multidisciplinar para ciências humanas e sociais, distintas questões, como os
problemas e debates sobre a História e Teoria da Educação Popular na América Latina durante
o período compreendido entre o fim do século XIX e nosso presente, no século XXI.
Enfatizando as diferentes concepções teóricas sobre a função social da educação e da escola,
suas manifestações no mundo do trabalho, a dimensão cultural dos processos educativos, a
particularidade dos debates epistemológicos, as concepções sobre a história da educação e
com seus processos históricos diretos desenvolvidos em nossos vínculos América.
A ideia é aprofundar o estudo e o diálogo de diferentes debates historiográficos e
metodológicos sobre a gênese e consolidação das várias experiências educacionais latinoamericanas de educação popular: uma série de experiências de resistência a ordem social e
educativas imperantes, partindo da problematização da prevalecente história da educação
como um campo de análise, produção e pesquisa social.
A proposta é criar um espaço de reflexão e diálogo sobre a história e a teoria latinoamericana
da Educação Popular a partir dos seguintes temas: a) Natureza da História da Educação
Popular, b) estratégias para a organização sindical dos Trabalhadores em educação, c) a
relação entre a educação formal / estado e movimentos sociais e educação popular em
contextos históricos e sociais d) a análise do desenvolvimento de experiências pedagógicas
contra-hegemônicas de educação popular como as distintas relações entre educação e
trabalho, e) os movimentos sociais e educação.
RESUMOS
1. ACRI, Martín A.
[email protected]
FFYL-UBA
“La producción historiográfica sobre las primeras organizaciones sindicales docentes, entre
fines del siglo XIX y principios del XX. Debates, tensiones y rupturas”
La presente ponencia aborda las perspectivas historiográficas que analizaron la historia de las
primeras asociaciones gremiales docentes de la Argentina, entre fines del siglo XIX y principios
del XX. Campo de producción analítica que viene desarrollando diferentes trabajos sobre los
procesos de organización, estructuración y consolidación del sindicalismo docente argentino,
tanto a partir del establecimiento de determinadas normas y reglas de funcionamiento del
campo, como por la realización de nuevos trabajos que ponen a discusión las visiones
históricas dominantes sobre el mundo del trabajo y el mundo de trabajo docente, en los
ámbitos escolares y sindicales. Se analizan así aquellas visiones historiográficas que han tenido
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
en cuenta hasta el presente, la influencia de la historia social de la educación para dar cuenta
de las problemáticas docentes, como las del conjunto de la clase trabajadora, que se
encuentran atravesadas por una serie de luchas entre los análisis dominantes y los ingresantes,
los marginales y la crisis de los grandes relatos. Junto a la particularidad histórica de los
objetivos (estructurales y coyunturales) de las organizaciones sindicales y los propios
trabajadores de la educación, que defendieron la educación pública y popular, lucharon por
mejores salarios, por nuevos lugares de clase y la real adquisición de saberes por parte de las
clases populares. Mediante una labor docente de agremiación desde abajo hacia arriba, con
instancias de dialogo y acciones colectivas de lucha, que les permitieron dejar las formas
expresivas del malestar individual (abandono del cargo o traslado) para dar forma a una serie
de acciones colectivas de defensa laboral y social de la docencia en su conjunto.
2. AHLERT, Alvori
[email protected]
Unioeste
“Educação popular: a construção da esperança no centro de formação urbano-rural Irmã
Araújo – Cefuria”
O texto discute a esperança como um conceito/categoria em formação popular, desenvolvida
pelo Centro de Formação Urbano-Rural Irmã Araújo – CEFURIA. As investigações
fundamentaram-se em diálogos de avaliação com lideranças da entidade e em documentos
produzidos pelo CEFURIA, especialmente na obra CEFURIA: 25 anos fazendo história popular,
de Ana Inês Souza. Como referencial teórico, elegemos as obras de Moltmann, Bloch, Freire,
Torres Carrillo e Streck. Na primeira procuramos fazer uma discussão sobre o tema da
esperança para a Educação Popular fundamentada nas reflexões teológicas e pedagógicas
enquanto áreas do conhecimento parceiras da formação popular. Na segunda parte do texto
trazemos uma reflexão sobre a construção da esperança na educação popular a partir de uma
investigação sobre um centro de formação popular.A pesquisa evidenciou que a
esperança/utopia é um conceito/categoria que perpassa toda a trajetória do CEFURIA e
representa a busca pela construção de uma grande utopia: a esperança de construção do
socialismo, compreendido como uma sociedade, justa, fraterna e democrática.
3. BACHETTA, Patricia [email protected]; Rapp, Ariel [email protected] ;
Wrobel, Iván [email protected] (Universidad de Buenos Aires)
“Las propuestas educativas en el brasil de la primera república”
El presente trabajo busca realizar un análisis sobre el orígen del sistema de instrucción pública
a nivel nacional en el Brasil de la Primera República (1889-1930), desde una perspectiva que
dé cuenta tanto del proyecto impulsado a nivel estatal por parte de los sectores dominantes,
como también algunas de las experiencias contrahegemónicas del campo popular, que
intentaron disputar en el campo educativo el avance del Estado plantenado porpuestas
educativas propias que contemplan sus propias necesidades de formación, y que en algunos
casos resultaron más completas que la educación que el Estado ofrecía para ellos tanto en el
ámbito urbano como en el rural.
4. DE MATTOS ALMEIDA, Janaina Aparecida [email protected] ; Martins, Fernando José
[email protected] (Unioeste)
“Educação popular e o sistema educacional: o caso do forum em defesa da escla pública limites e possibilidades”
O presente estudo tem como objetivo central analisar a constituição, a atuação, os limites e as
possibilidades do Fórum em Defesa da Escola Pública nos principais embates, proposições e
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
encaminhamentos ao sistema educacional brasileiro desde a década de 1980 até os dias
atuais. Historicamente a década 1980 foi extremamente profícua para a reorganização dos
movimentos sociais, tanto no campo de disputa política pela redemocratização do país, como
na luta pelos nos direitos sociais. No campo da Educação, a constituição do Fórum sinalizava
uma organização popular dos setores educacionais em defesa dos direitos considerados
fundamentais, como, a escola pública gratuita, laica e democrática. Interessa neste estudo, a
partir da revisão bibliográfica e de campo apresentar mesmo que brevemente um panorama
da trajetória do Fórum nos principais embates educacionais nas ultimas quatro décadas, com a
perspectiva de analisar importância, os limites e as possibilidades do referido Fórum no
cenário educacional atual.
5. DE NOVAIS DANCINI, Alex [email protected] PEREIRA MELO, José Joaquim
[email protected] (UEM)
“O conceito de educação popular em simón bolívar e as lutas sociais do período
independentista da América espanhola”
Este trabalho pretende refletir sobre o significado do conceito de “educação popular” no
interior do projeto educacional de Simón Bolívar. Tal reflexão leva em consideração as lutas
históricas do período independentista dos países da América espanhola que formavam a GrãColômbia, bem como o ideário político, econômico e educacional de Simón Bolívar em relação
à Grã Colômbia e à América espanhola como um todo. Propõe entender esse período de
instabilidade política entre os grupos políticos que representavam os setores dominantes, e
entre estes últimos e os setores explorados, representados por escravos, índios e mestiços.
Nesse terreno de conflitos sociais, Bolívar elabora sua proposta educacional, propondo uma
educação pública, gratuita, destinada a todos os cidadãos e sob os cuidados do Estado. A
proposta que se coloca com esse texto é fazer um diálogo entre alguns documentos nos quais
Bolívar tratou do tema educação e a realidade histórica vivida no primeiro quarto do século
XIX por países da Grã-Colômbia, buscando compreender a ação bolivariana em meio aos
conflitos sociais do referido período histórico da América Latina.
6. DUARTE, Daniel Oscar
[email protected]
Universidad de Buenos Aires
“La crisis de 1873 y la reorientación productiva de la educación argentina”
El presente artículo tiene como objetivo indagar en la relación existente entre crisis y la
emergencia de propuestas alternativas o laterales al tradicional sistema educativo estatal.
Nuestra intención es vincular las recientes propuestas de inclusión y continuidad educativa
desplegadas por el Estado (FINES, Educación de adultos, reforma de la escuela media) y las
experiencias de carácter militante (Bachilleratos Populares y otras experiencias de educación
no formal) con la constante descomposición del sistema educativo estatal. Este ensayo es un
primer adelanto a un trabajo más amplio que propone poner el eje en el concepto de crisis
capitalista y la descomposición de sus organizaciones de todo orden, en particular de la
educación.
7. FERREIRA PRAÇA, Marina
[email protected]
UFFRJ
“Experiência política-formativa na favela “Cerro Corá” no Rio de Janeiro: discutindo o papel
da educação popular na militância territorial”
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
O que é ser educador popular? Como nos formamos para tal? Esse trabalho busca entender as
respostas para essas questões a partir do que é mais valioso para os grandes pensadores do
tema: a prática política. Por meio de um relato sobre a experiência vivida na favela Cerro Corá
localizada na zona sul da cidade do Rio de Janeiro buscamos discutir o papel do educador
popular, as bases da práxis educativa, a conjuntura política e o papel da militância territorial na
conjunção de forças transformadoras no Brasil e na América Latina no século XXI. Utilizando-se
de uma forma de escrita narrativa com base em experiências políticas em movimento e na
definição de um processo de trabalho de base construído na favela serão descritos os
princípios da educação popular identificados como fundamentais no processo formativo e
organizativo de um grupo de jovens da favela, que se tornou o “Cerro corá: Moradores em
Movimento”. Um processo construído pelo caminho militante, a utopia transformadora, a
realidade social limítrofe e pela formação política formulada a partir de ações culturais e do
fortalecimento da identidade de resistência histórica dos sujeitos das favelas.
8. GHEDINI, Maria Cecilia
[email protected]
Unioeste
“Educação popular e sistematização: ação, enraizamento e resistência - a referência do Bico
do Papagaio – To”
Este artigo propõe-se a debater aspectos da Sistematização, uma concepção da Educação
Popular (EP), em curso desde os anos 1980, na América Latina, tendo como foco contribuir
para produção da EP e a continuidade de suas ações. Referencia-se em Jara (2006, 2011),
Mejia J. (1995; 2001) e Falckembach (1995; 2006), e também a ampliações e aprofundamentos
com base nas teorias críticas de educação. Esta concepção de EP é compreendida como um
processo de ação e formação no qual se entrelaçam apostas, sentidos e formas de organizar a
sociedade, as ações humanas e as transformações dali derivadas, contribuindo, desde a
produção do saber dos próprios sujeitos da ação, com a elaboração de um conhecimento com
enraizamento e potencial de resistência. Trata-se concretamente de uma referência em curso
no Tocantins, região do Bico do Papagaio, em organizações de camponeses e extrativistas.
Metodologicamente, se reconstroem os nexos históricos de lutas populares das décadas de
1970-1980, por terra e direitos destes povos, problematizados com as contradições postas
pelo Agronegócio e suas consequências, e pela necessidade de reconceituação das lutas atuais,
buscando consolidar uma “rede” de resistências à lógica hegemônica.
9. IGLESIAS VÁZQUEZ, Mónica
[email protected]
Universidad Nacional Autónoma de México
“Educadores populares contra la dictadura chilena: construyendo el protagonismo popular
(1980-1990)”
El golpe de Estado en Chile supuso la derrota del proyecto de transformación social y política,
encarnado en la unidad popular, al tiempo que colapsaban los enfoques teóricos que lo
sustentaban. La dictadura ejerció una represión sistemática sobre los sectores populares. En
ese contexto se afianzó, principalmente entre los historiadores sociales, la necesidad de una
propuesta (auto)educativa que contribuyera a reinstalar el protagonismo popular. En los
ochenta fue desplegándose la reflexión y la práctica en torno de la educación popular.
Emergieron organizaciones y colectivos de profesionales preocupados por proporcionar
elementos a los pobladores (los sin casa) para reescribir la/su historia, construir su memoria –
como dispositivo para la acción y no como simple fijación en el pasado– y favorecer procesos
de encuentro y reconstrucción de los vínculos sociales de solidaridad, en condiciones de
represión extrema. Al calor de las protestas nacionales y de la organización comunitaria de los
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
pobladores, la dimensión (auto)educativa fue ganando densidad histórica. Paradójicamente, el
retorno de la democracia política bloqueó el desarrollo de la educación popular.
10. PALUDETTO, Melina Casari [email protected]; Dal Ri, Neusa Maria
[email protected] (Unesp – Marilia)
“O caráter potencialmente revolucionário da pedagogia do Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra (MST)”
O objetivo principal deste artigo é evidenciar o caráter potencialmente revolucionário
presente na pedagogia do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e sua relação
com o trabalho. Certamente essa pedagogia não se caracteriza exclusivamente pela existência
de escolas nos assentamentos e nos acampamentos, ou ainda por um conjunto de práticas
especificamente escolares. Nesse caso, a questão fundamental que se coloca é compreender a
pedagogia do Movimento pelo seu viés emancipatório. O caráter libertador e, portanto,
potencialmente revolucionário, encontra-se na relação estabelecida entre a organização e
produção de conhecimento e a luta travada pela terra pelo Movimento. Isso significa dizer que
a luta engendrada pelos Sem Terra fundamenta os princípios pedagógicos e, ao mesmo tempo,
que os conteúdos e métodos educacionais orientam e qualificam a própria luta. Portanto, uma
pedagogia cuja especificidade é formar seres humanos capazes de assumir coletivamente a
condição de sujeitos de seu próprio destino e luta por meio de um tipo específico de
conhecimento produzido na e pela ação prática.
11. SOUZA PIRES, João Henrique [email protected]; Tahan, Henrique Novaes
(PPGE/Unesp campus de Marília)
“A experiência dos cursos de agroecologia do MST/PR”
O modelo produtivo do agronegócio baseado em transgênicos, agrotóxicos, grandes
propriedades e máquinas pesadas, não condizem com o ideal de produção almejado pelo
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST que toma desde o seu IV Congresso Nacional
que ocorreu no ano 2000 como modo produtivo a agroecologia. Desde então, o MST no
Paraná/PR vem trabalhando na construção de Centros/Escolas e na formação técnica em
agroecologia. Utilizando-se como método a revisão bibliográfica e a observação participante
não estruturada, trabalhamos o processo conjuntural que gerou a concepção dos
Centros/Escolas do MST/PR. Para tanto, abordamos alguns temas que consideramos essencial
para compreensão, dos quais destacamos a formação do Sem Terra, que busca demonstrar
como esse sujeito vai se formando no processo de participação do movimento, a educação do
campo e o Pronera, que pretende apresentar essa bandeira de luta e seu desdobramento que
chegou ao Pronera, e por último os Centros/Escolas do MST/PR e a formação técnica em
agroecologia que demonstrar o histórico de criação dos Centros e a organização pedagógica
dos cursos técnicos em agroecologia.
12. URTEAGA, Mariano
[email protected]
FFYL-UBA
“Organización gremial docente en la Argentina durante la década infame, 1930-1943”
La organización sindical docente y los procesos de lucha se fueron construyendo en la
Argentina desde fines del siglo XIX época en que se masifica la educación de acuerdo a un
complejo proceso en donde interactuaron las necesidades del capital y las demandas de las
clases subalternas y en particular de los trabajadores. Para los docentes como grupo social
definido su autopercepción como trabajadores fue un proceso de construcción complejo y no
sin tensiones. Sí bien las primeras organizaciones y conflictos docentes tienen origen a fines
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
del siglo XIX, recién entrada la segunda mitad del siglo XX, la mayoría de los docentes se
empiezan a reconocer como trabajadores confluyendo con un auge de demandas y conflictos
del movimiento. En este sentido, el presente trabajo se propone indagar en el período
1930/1943 que constituye un capítulo singular para la historia de este proceso de construcción
de la identidad docente y fue denominado como la “década infame”. El objetivo que nos
proponemos es dar cuenta de cómo las luchas y los debates del sindicalismo docente se fueron
dando en el marco de las transformaciones políticas económicas y educativas del período.
13. VRUBEL, Natalia
[email protected]
CONICET-UNLP-UNaM
“Antecedentes de una universidad popular en el territorio nacional de Misiones. 1947-1950
aproximadamente”
Los primeros antecedentes de instituciones de educación superior del sistema formal en la
provincia del Misiones, República Argentina, se remontan a la década del sesenta, pero sin
embargo, a finales del la década del cuarenta existió en el Territorio una academia de artes y
oficios que posteriormente bajo el gobierno del Aparicio Almeida, ex socialista convertido al
Partido Laborista y luego al Justicialismo, esa institución es catalogada como “La universidad
Popular Sarmiento”. Las características así como el concepto de Universidad y de Popular,
serán las bases para analizar y explicar las concepciones de época, así como la comparación
con el sistema universitario nacional. Además y según las fuentes analizadas, lo que se podía
estudiar en esa “universidad” no eran carreras tradicionales, sino carreras cortas y vinculadas
al sector de servicios como ser: dactilografía, contabilidad, telegrafía y radiotelegrafía.
Conceptualmente a lo que los Misioneros en ese contexto histórico denominaban universidad
distaba mucho de ser una de las seis universidades nacionales que se hallaban funcionando y
algunas con trayectorias de más de tres siglos como la Universidad Nacional de Córdoba, de
igual modo es en este periodo en el Territorio Nacional de Misiones es cuando se comienza a
gestar la idea de la necesidad de una institución que se encargue de la enseñanza superior y
universitaria. Consideramos la experiencia de esta universidad popular una de las primeras de
la región nordeste del país.
14. XIQUES, Mario
[email protected]
Universidad de Buenos Aires
“Educación popular. Teoría pedagógica y formación de escuelas”
La educación popular surgida a fines de los ’60, ha pretendido ser un movimiento pedagógico
fundante de una educación liberadora, luego un movimiento popular que incorpora un
movimiento pedagógico y finalmente una propuesta política a través de la educación al
servicio de proyectos, sujetos y movimientos populares de construcción de una nueva
hegemonía en el interior de la sociedad capitalista. En Argentina, al ataque a la educación
pública que comenzó a fines de los ’50, en la actualidad se ha sumado el Estado al tratar de
sacarse de encima a estudiantes y docentes en nombre del futuro, la eficiencia y la
modernización. De allí que la lucha por la educación pública debe ser asumida por los
educadores populares, hasta por los que la han rechazado en el pasado. Debemos apoyarnos
en el creciente interés que han suscitado las experiencias educativas llevadas adelante por
organizaciones sociales o articuladas con éstas. No estamos hablando aquí de las denominadas
“prácticas de formación” o “talleres” cuyas temáticas se orientan hacia la formación política,
las cuestiones de género, lo productivo, lo organizativo, entre otras. En nuestro caso hablamos
de la educación popular en la formación de escuelas a partir de los movimientos sociales
populares y las fábricas recuperadas orientadas a las clases subalternas. El tipo de iniciativa
[242]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
que impulsa la UTD en G. Mosconi (Salta) con la Universidad en la localidad de Vespucio. La
posibilidad de desarrollar la educación popular masivamente como desafío.
[243]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro – 9.00hs – Sala K5. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 36
PRÁCTICAS SOCIALES Y CONFLICTO: EXPERIENCIAS URBANAS
CONTEMPORÁNEAS DE /EN LA CIUDADES DEL SUR GLOBAL
Coordenadores: Ileana Ibáñez (Escuela de Ciencias de la Información. Universidad Nacional de
Córdoba) [email protected]; Belén Espoz (CIECS- CONICET- UNC) [email protected];
Corina Echevarría (CIECS- CONICET- UNC) [email protected]
RESUMO: El tiempo y el espacio han sido en efecto cruciales para la discusión sobre la
globalización. El discurso sobre la “compresión del tiempo y el espacio”, articulado por vez
primera por David Harvey, se ha convertido en una especie de cliché en los debates actuales.
Pienso que debemos ir más allá de este cliché, e intentar investigar transformaciones mucho
más profundas en la articulación del espacio y el tiempo que parecen anunciar una especie de
experiencia política, económica, social y cultural significativamente diferente del “cronotopo”,
por decirlo a la manera de Mijail Bajtin, que ha sido característico de la modernidad (Sandro
Mezzadra. Vivir en transición. Hacia una teoría heterolingüe de la multitud). Convocamos en
este simposio a discutir y problematizar sobre las tramas conflictuales que se tejen a partir del
despliegue planetario y las transformaciones del sistema capitalista en su versión neocolonial. En este sentido, el Sur Global se trama en experiencias diferenciales con respecto a
esa dinámica. Particularmente en el S. XXI una de las principales problemáticas es el ‘espacio’:
la reconfiguración de los escenarios urbanos actuales plantea nuevos interrogantes en torno a
los desafíos siempre pendientes de la producción de conocimiento ‘crítico’ sobre los estados
socio-subjetivos en las formaciones sociales actuales. Los cambios de/en las urbes van
imponiendo dinámicas de interacción social y subjetiva que impactan en las modalidades de
‘ser y estar’ con otros. Algunos de los rasgos comunes refieren a procesos cada vez más
marcados de socio-segregación, a estrategias de embellecimiento estratégico de las urbes, a la
espectacularización de la vida cotidiana como experiencia y a la mediatización de la vida en la
ciudad por centralidad y operatoria de las tecnologías. De este modo, creemos que este lugar
de lectura y acción aporta al debate y la formulación de estrategias para la integración de los
pueblos. Invitamos a compartir miradas y perspectivas de investigación, como así también
producciones y prácticas de los movimientos sociales, que permitan en esta instancia
reconocer el mapa de acciones, procesos y conflictos en la región con relación al espacio.
Algunos ejes vinculados
•
Nudos de conflictividad en escenarios urbanos actuales;
•
Prácticas sociales y modalidades expresivas de las formas actuales del conflicto social;
•
Estrategias de indagación y /o intervención, referidas a fenómenos existentes y
emergentes que traman las experiencias de conflicto de/en la ciudad.
•
Producción de datos, generación de estrategias metodológicas tendientes a hacer
factible modalidades de interrogación que den cuenta de la complejidad de los escenarios
urbanos.
Atividades complementares: Paneles de debate con actores y organizaciones sociales/
presentación de libros
RESUMOS
1. BRITES, Walter F
[244]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected]; [email protected]
Universidad Nacional de Misiones. CONICET
“Efectos sociales de la recomposición urbanística. Elitización en espacios urbanos
revalorizados”
Durante la última década las ciudades fronterizas de Posadas (Argentina) y Encarnación
(Paraguay) situadas a orillas del río Paraná han escenificados cambios radicales en su
morfología: inundación de cientos de hectáreas de superficies, grandes obras de
infraestructura de defensas, reconstitución del tejido urbano, zonas recuperadas, etc. En el
centro de estos cambios esta la hidroeléctrica Yacyretá, sus consecuencias en el ecosistema
urbano y las repercusiones socio-culturales son extendidamente conocidas en el contexto
científico sudamericano. Al margen de los difundidos efectos del proyecto Yacyretá, esta
ponencia plantea una serie de interrogantes. ¿Las obras complementarias han generado una
revalorización urbana sin precedentes? ¿El nuevo margen de costa y los terrenos liberados son
objeto de disputas entre los diferentes sectores sociales? Finalizadas las relocalizaciones
¿existen hoy nuevas formas de desplazamientos, sin acción directa del Estado? ¿Está
emergiendo un nuevo patrón de segregación socio-espacial? De ser así, ¿ese patrón tiene
similar impacto en ambas ciudades? Estas y otras cuestiones son analizadas a partir de un
abordaje exploratorio descriptivo de la conurbación internacional Posadas-Encarnación, un
caso de singular alcance.
2. BESERRA, Maria dos Remédios [email protected]; ROCHA VIANA, Masilene
[email protected] (UFPI)
“Plano diretor e participação popular na gestão da cidade: uma análise do caso de PicosPiauí”
Atualmente vem se processando transformações no processo de planejamento e gestão das
cidades brasileiras em decorrência dos princípios introduzidos pelo Estatuto da Cidade, Lei n.
10.257 de 10 de julho de 2001. No entanto, tais mudanças nem sempre ultrapassam a forma
das leis e planos formais, construídos não raras vezes sem participação efetiva da população
citadina, o que, em geral, produz documentos distantes do necessário enfrentamento da
questão urbana, notadamente dos processos segregatórios que historicamente marcam o
espaço urbano brasileiro. A pesquisa em andamento, reflete sobre o alcance da participação
da sociedade civil no processo de planejamento e gestão do Plano Diretor do município de
Picos-Piauí, entendendo que os mais vulneráveis e que ocupam os espaços mais opacos das
cidades, devem ter um papel ativo no processo de construção e gestão das políticas urbanas.
As explorações iniciais dão conta que embora Picos seja um município com significativa
organização política de movimentos sociais, a construção do Plano Diretor e sua
implementação carecem de formas efetivas de participação e controle social que possam
influenciar na tomada de decisões e ampliar as possibilidades de construção de uma política
urbana com gestão democrática no âmbito local.
3. CAETANO RAMOS MOREIRA, Mariana
[email protected]
(PUC-Rio)
“Rio, Cidade Aberta: A (re)Produção do Espaço Urbano Global Subdesenvolvido via
Megaeventos”
As transformações desencadeadas pelo conjunto de processos que se convencionou chamar
de globalização repercutiram profundamente em diversas escalas e, na contramão do discurso
dos fluxos e do fim das fronteiras, encontramo-nos cada vez mais concentrados nos espaços
urbanos, que vêm exercendo o papel de grandes centros dinâmicos da nova economia. Assim,
[245]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
partindo da hipótese de que o modelo prescritivo neoliberal institucionalizado pelo Consenso
de Washington foi projetado na cidade sob a forma do planejamento estratégico, o presente
artigo procurará enquadrar o Rio de Janeiro não apenas como uma síntese dos processos
hegemônicos de mercadorização das relações e espaços, de espetacularização e espoliação
urbana compartilhados pela maioria das cidades contemporâneas, que encontram nos
megaeventos grandes catalisadores, mas também como representante de todas as
contradições impostas pelo contexto histórico-geográfico de um Brasil marcado pela
desigualdade e pelo subdesenvolvimento.
4. CAMARGO FURTADO, Lays da Cunha
[email protected]
UNILA - Universidad Federal de la Integración Latinoamericana
“Entre panambis y arcoíris - la reificación de memorias por derechos humanos y de género
en Asunción, Paraguay”
A través de una lectura etnográfica de la construcción de los iconos y los flujos
contemporáneos de la comunidad LGBTI de Asunción, - en la post-dictadura Stronista - tengo
la intención de exponer, cómo asociaciones de género de la ciudad se han organizado para
instituir sus derechos sociales históricamente negados por el Estado paraguayo. Y desde
entonces, reflexionar sobre cómo estás prácticas de este movimiento ha transfigurado y
potencializado los elementos de identidad de género, en favor del apoderando de estos
sujetos y sus subjetividades. La construcción de esta auto-afirmación de la diversidad sexual en
el ámbito socio-político ha sido instrumentalizada por la reivindicación de la inclusión social de
estas identidades, sobre las base de un reconocimiento en el campo de los derechos humanos.
Por medio de las redes de asociaciones nacionales e internacionales, el movimiento ha
ejercido una presión en común, con el fin de crear un reglamento que determine al Estado
nacional acciones y políticas efectivas que vengan a garantizar una ciudadanía inclusiva y
emancipadora, que incluya las especificaciones correspondientes a la población dado al
reconociendo de la diversidad de género a que la constituye.
5. EMILIOZZI, Mauro
[email protected]
Universidad Nacional de Rosario
“Naturaleza, territorio y movimientos sociales: aproximaciones hacia una politización de la
ontología en América”
Una de las cuestiones que América nos muestra como particular en relación al problema de la
originalidad de su pensar, es el lugar que la naturaleza ocupa en el marco de una visión
existencial donde lo real no siempre se identifica con lo racional. En la presente exposición nos
proponemos trazar un recorrido que yendo desde lo ontológico hacia lo político nos de la
oportunidad de profundizar la cuestión del territorio, trascendiendo el mero rol de escenario
donde se despliegan las diversas prácticas sociales en la actualidad. Para alcanzar este
objetivo, nos ubicaremos en las perspectivas teóricas de autores como Rodolfo Kusch, Denis
Merklen y Maristella Svampa. El anclaje en la experiencia pasará por el análisis de los
movimientos piqueteros que alcanzaron su mayor punto de desarrollo hacia finales de la
década del 90, en el particular contexto que significó el despliegue de una de las facetas más
crudas del neoliberalismo en América Latina.
6. ESPINOSA HERNÁNDEZ, Rolando
[email protected]
Observatorio Socioambiental (OSA) de la Unión de Científicos Comprometidos con la Sociedad
y del Centro de Ciencias de la Complejidad de la Universidad Nacional Autónoma de México
[246]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Conflictos socioambientales y pobreza: el caso de la Zona Metropolitana de la Ciudad de
México”
Este artigo aborda a relação entre os processos urbanos de precarização social e ambiental e a
emergência dos conflitos socioambientais em zonas urbanas. O suposto dilema entre antiecologismo e ecologismo dos pobres é discutido, desde o problema clássico da escala
geográfica. O argumento conclui com a ilustração do caso da Cidade do México, a fim de
formular a relevância da categoria de conflito socioambiental para o desenvolvimento de uma
geografia crítica do conflito.
7. ECHAVARRIA, Corina
[email protected]
CIECS-CONICET y UNC – UCC
“Política urbana y gestión democrática: el derecho a la ciudad a la luz de las experiencias del
sur”
Los debates actuales se articulan en torno de las implicancias éticas, sociales y políticas del rol
del Estado en las ciudades actuales. Algunos, inclusive hablan de un nuevo enfoque de la
política urbana del gobierno local, en un Estado que guiado por las lógicas del mercado (o
‘sector privado’) se muestra dispuesto a disputar los beneficios de los desarrollos
inmobiliarios. En este contexto, son diversos los instrumentos de planificación e intervención,
que han sido internacionalmente difundidos desde la década de noventa y que han
contribuido a construir y desarrollar la ciudad como una mercancía: concesiones urbanísticas,
permisos especiales de construcción, cooperaciones público-privadas, grandes proyectos
urbanos, megaeventos, etc. En este trabajo, nos preguntamos: ¿Cómo valorar las “aperturas”
experimentadas en los procesos públicos de toma de decisiones que construyen la ciudad?
¿Cuáles son las ganancias y/o pérdidas que estos procesos representan en el ejercicio del
derecho a la ciudad? En definitiva, parafraseando a Harvey: ¿existe alguna vía para ejercer de
manera efectiva el derecho a decidir en la construcción de la ciudad? Para esto tomamos como
referencia experiencias de organización, lucha y resistencia desarrolladas en las ciudades
argentinas y brasileñas.
8. GONZÁLEZ FOUTEL, Laura Marcela
[email protected]
CENTRO DE ESTUDIOS SOCIALES – UNNE – CONICET
“Organizaciones sociales: escenario de participación, conflicto y cultura política. Sobre la
ciudad de Corrientes -Región NEA – Argentina”
Las organizaciones de la sociedad civil -OSC- se han convertido en los últimos tiempos en
espacios significativos de socialización – subjetivación política. En la Argentina, para Ippolito
O´Donnell (2010: 25) “ha habido un crecimiento exponencial entre 1995 – 2005 donde se
asegura que existen 2.9 organizaciones cada mil habitantes”. El barrio, lo comunitario, se
convierte en el espacio de socialización política de los sectores populares, ante la pérdida del
lugar en el mundo del trabajo y de la actividad política centrada en los partidos y en los
sindicatos. Las organizaciones toman el centro de la escena, reproduciendo en algunos casos
las formas políticas tradicionales, o planteando, en otros, una ruptura respecto a cómo se
entiende la política y lo político. Con base en estas consideraciones se asume la importancia de
las organizaciones sociales en la conformación de la subjetividad política y en la producción y
reproducción de la cultura política. La misma se constituye en un soporte simbólico, que
permite interpretar y valorar hechos y circunstancias de la vida política, la cual es histórica y
deriva de múltiples interacciones que se suceden en un contexto social y político determinado
(Sain, M. 2008, p. 226 - 227). De ahí que en estos escenarios las organizaciones como los
[247]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
actores políticos y sociales pueden llegar a cuestionar el campo de poder, de la dominación y
de la hegemonía y disputar políticamente lo instituido.
9. MARTINS CARVALHO, Ananda [email protected]; SPYER VIEIRA ASSAD, Carolina
[email protected] (Programa Cidade e Alteridade – Universidade Federal de Minas
Gerais)
“O exercício do direito à moradia adequada no contexto das grandes metrópoles: a
reconfiguração do cenário urbano pela Comunidade Dandara, em Belo Horizonte, Minas
Gerais”
Belo Horizonte encontra-se entre as metrópoles brasileiras que têm pior distribuição de renda
entre as camadas da população em toda a América Latina e déficit habitacional crescente nos
últimos anos, em que pese o aumento da renda da população. Neste contexto, as disparidades
sociais e a infraestrutura urbana segregadora geram disputas pelo exercício do direito à
moradia adequada por intermédio das ocupações urbanas. Entre as ocupações urbanas
estudadas no âmbito dos programas “Cidade e Alteridade” e “Pólos de Cidadania”, da
Faculdade de Direito da UFMG, ressalta-se o caso da Comunidade Dandara. Além da luta social
pela moradia, o caso destaca-se por pautar, no Poder Judiciário Mineiro, a discussão sobre o
conflito entre o direito de propriedade e a segurança na posse, bem como de influenciar a
definição das políticas públicas municipais de moradia a partir das ações promovidas pelos
ocupantes, grupos sociais e políticos de apoio. O artigo a ser apresentado irá expor as
concepções dos moradores da Dandara sobre direito a cidade, moradia, posse e propriedade,
a partir das entrevistas e oficina de cartografia social realizadas em 2013 e 2014, na tentativa
de identificar que peculiaridades deste caso podem contribuir para o debate sobre a
efetividade do direito à moradia e os conflitos que o permeiam em outras metrópoles
latinoamericanas.
10. PAIVA, Aline
[email protected]
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
“Mobilizações urbanas no século XXI: Primavera Árabe e Jornadas de Junho no Brasil”
Neste trabalho pretende-se desenvolver uma discussão relacionando as similitudes e
diferenças nas mobilizações sociais urbanas contemporâneas, como Primavera Árabe que, a
qual se espalhou por vários países do Norte da África e Oriente Médio, em um contexto
marcado por governos autoritários; e as Jornadas de junho de 2013 no Brasil, o qual teve início
com pautas relacionadas ao transporte público, e em pouco tempo se abriu para diversas
demandas relacionadas a questões políticas como corrupção, democracia deliberativa e
investimentos públicos. A escolha destas mobilizações se deu principalmente pela proximidade
temporal no qual elas ocorrem, e pelos processos similares de organização que se deram a
partir do uso de redes sociais. As novas tecnologias comunicacionais que surgiram nos últimos
anos, tem grande relação com estas mobilizações, na medida em que possibilitaram que os
sujeitos pudessem se auto-organizar e automobilizar mais facilmente, sem estarem sujeitos a
meios que poderiam barrar esta comunicação, isso trás as mobilizações contemporâneas
grande densidade e rapidez desde o processo comunicativo inicial até ao acontecimento das
ações coletivas em si.
11. PARENTES FORTES COSTA PEREIRA, Janaina [email protected]; SILVA TEIXEIRA,
Jessika (Universidade Estadual do Piauí – UESPI)
“O justiçamento: o espetáculo do urbano (a vingança privada da atualidades)”
[248]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
A violência captada nas imagens dos celulares transforma o justiçamento urbano no novo
espetáculo do século XXI. A apoderação de um indivíduo pelo grupo justiceiro marca a
vingança privada como tempo de excitação e desaguamento das angústias da sociedade do
risco; em meio à aflição do condenado saltam risadas de satisfação; a multidão faz-se em
consciência hermética e destrutiva do outro. O conflito violento entre indivíduos (reificados
pelo mercado e alijados de políticas estatais efetivas) faz do espaço urbano o espelho do
desamparo, do medo e da impotência – agentes propulsores para uma reconfiguração do
comportamento contemporâneo. Dessa forma, é imprescindível que esse debate se estenda a
todos os fatores envolvidos, sejam históricos, sociais, políticos ou psicológicos. O artigo se
propõe a entendê-lo como um fenômeno de sócio segregação resultado dos conflitos sociais,
embasado principalmente pela filosofia de Michel Foucault.
12. RODRÍGUEZ BERLANGA, Rafael
[email protected]
Instituto de Historia de Cuba
“Cool party: utopías de bolsillo. Usos sociales de los proyectos audiovisuales en La Habana”
Los proyectos audiovisuales (grupos creativos que organizan fiestas y otras actividades de ocio
fundamentalmente para el público joven) forman parte de un fenómeno singular y ascendente
en el panorama recreativo cubano, que es analizado en esta investigación cualitativa desde la
categoría usos sociales. A partir de técnicas como la observación participante y el método
etnográfico, y teniendo en cuenta los presupuestos teóricos de los Estudios Culturales y la
Economía Política de la Comunicación y la Cultura, el estudio intenta arrojar luces en torno a
los referentes simbólicos de los sujetos que asisten a estos espacios, gestionados por grupos
de emprendedores como Sarao y Fiesta Havana, en el contexto de cambios trascendentales
por los que atraviesa la sociedad cubana actual.
13. RIBEIRO, Danilo George
[email protected]
Universidade estadual do oeste do Paraná, UNIOESTE
“Metamorfoses na cidade: Conflitos sociais em torno da produção do espaço urbano na
cidade de Foz do iguaçu de 1996-2013”
O trabalho tem como objetivo apresentar aspectos dos conflitos sociais que envolvem a
produção do espaço urbano na cidade de Foz do Iguaçu-PR, expressos na relação entre os
fenômenos da expansão do setor turístico, na tentativa de homogeneização do espaço, na
remodelação urbana e sua relação com o processo de segregação sócio espacial das camadas
de baixa renda na cidade. O salto dessas contradições ocorre a partir da construção da Avenida
Beira-rio no ano de 1996, que destinava-se a formar um eixo de aproveitamento turístico nas
margens do Rio Paraná, região que concentra uma série de favelas. A partir da tentativa de
expansão do setor turístico para essa região inicia-se o movimento de deslocamento das
populações pobres das áreas centrais para regiões afastadas das atividades turísticas. Esse
afastamento das populações pobres originou uma série de conflitos sociais e culminou na
construção do Cidade Nova. Um loteamento de conjunto de casas populares construído no
ano de 1997 por meio da remoção de quatro áreas consideradas irregulares no centro da
cidade, a Favela da Marinha, Favela do Monsenhor, Favela do Bambu e a Favela do Cemitério.
14. SEVESO ZANIN, Emilio J.
[email protected]
“Esbozo sobre los procesos de circulación mercantil y su impacto en la ciudad de San
Luis/Argentina”
[249]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
El propósito de este trabajo es mapear los procesos de circulación de mercancías,
reconociendo el impacto que sus pautas y patrones tienen para la producción de una
estructura expulsógena en la ciudad. Para ello parto de informes y cifras estadísticas oficiales
publicados por el Gobierno de la Provincia de San Luis, en cruce con una mirada crítica sobre la
dinámica productiva y reproductiva del sistema capitalista hoy. En términos de Fernando
Braudel, las circulaciones comprenden “al conjunto de movimientos económicos que supone
el funcionamiento de toda sociedad, esos que ella asegura naturalmente, esos que ella se
esfuerza por promover, aun si ella no tuviera motivo” (1986: 227-228). En la lógica específica
que detentan las sociedades capitalistas contemporáneas, es posible indicar, desde cierto
punto de vista, que las circulaciones mercantiles se fundamentan a su vez en una dinámica
expropiatoria y depredatoria crecientes. La misma puede ser identificada, así como las marcan
que imprime en la estructura social. Las circulaciones soportan la economía, pero también dan
forma a la sociedad, a la cultura, al espacio, concretándose histórico-espacialmente en la
extensión, densidad y forma de las ciudades. Constituyen un tejido denso que define patrones
específicos en el movimiento de la sociedad. Sus flujos tienen un predominante impacto
material, concreto, que se articula con estructuras y funciones sociales. Este trabajo propone
precisamente un abordaje situado de esta dinámica a través del dobles interpretativo
circulaciones/expulsiones.
15. SAAVEDRA CRUZ, Oscar Hernán
[email protected]
UNIVERISDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT)
Praticas artísticas situadas e a provocação de memorias
O artigo tenta constituir um marco conceptual que permita pensarem-se as práticas artísticas
situadas como ações simbólicas realizadas por sujeitos em espações reais e à margem das
logicas de produção das indústrias culturais. Além disso, se explicaram as práticas artísticas
como ações que buscam serem significativas e transformadoras dos imaginários sociais ao
procurar a construção de relatos de memoria, os quais possam apresentar relações outras,
distintas ás versões oficiais, entre o presente e um passado próximo. Por ultimo, se propõe a
possibilidade de realizar práticas artísticas em contextos urbanos das cidades colombianas
onde fica população deslocada forçosamente das zonas rurais do país, para ajudar à
construção de relatos que possam contribuir a compreender os impediemntos que impõe o
conflito armado colombiano aos modos de vida e à cotidianidade de pessoas que o tem
sofrido.
16. ZOREK DANIEL, Vanessa Cristhina
[email protected]
Universidade Estadual do Oeste do Paraná
“Mobilizações urbanas no século XXI: Primavera Árabe e Jornadas de Junho no Brasil”
Neste trabalho pretende-se desenvolver uma discussão relacionando as similitudes e
diferenças nas mobilizações sociais urbanas contemporâneas, como Primavera Árabe que, a
qual se espalhou por vários países do Norte da África e Oriente Médio, em um contexto
marcado por governos autoritários; e as Jornadas de junho de 2013 no Brasil, o qual teve início
com pautas relacionadas ao transporte público, e em pouco tempo se abriu para diversas
demandas relacionadas a questões políticas como corrupção, democracia deliberativa e
investimentos públicos. A escolha destas mobilizações se deu principalmente pela proximidade
temporal no qual elas ocorrem, e pelos processos similares de organização que se deram a
partir do uso de redes sociais. As novas tecnologias comunicacionais que surgiram nos últimos
anos, tem grande relação com estas mobilizações, na medida em que possibilitaram que os
sujeitos pudessem se auto-organizar e automobilizar mais facilmente, sem estarem sujeitos a
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
meios que poderiam barrar esta comunicação, isso trás as mobilizações contemporâneas
grande densidade e rapidez desde o processo comunicativo inicial até ao acontecimento das
ações coletivas em si.
17. ZUCARELLI, Marcos Cristiano
[email protected]
Universidade Fumec
“Os impactos da mineração e os conflitos socioambientais no contexto urbano de Conceição
do Mato Dentro-MG, Brasil”
O processo de intensificação da produção e da exportação de commodities tem representado
um aprofundamento da mercantilização de territórios nos chamados países do sul global. A
participação neste mercado se insere na mundialização do capital, no seio do qual emerge
uma nova divisão internacional do trabalho definida pelos níveis tecnológicos de produção,
pelas formas de gestão e pelas relações de trabalho dominantes. Neste cenário, a extração
minerária é um exemplo do conflito que evidencia os diferentes processos de construção dos
territórios e as formas desproporcionais de uso do espaço praticadas por grupos sociais
heterogêneos. A partir de um estudo de caso, pretende-se analisar as principais mudanças
sociais ocorridas no contexto urbano de uma pequena cidade de Minas Gerais, provocadas
pelo Projeto Minas-Rio, um dos maiores empreendimentos minerários em fase de implantação
no Brasil. O complexo conta com a estrutura de uma mina de exploração de minério de ferro,
localizada nos municípios de Conceição do Mato Dentro-MG e Alvorada de Minas-MG, um
mineroduto de 525km de extensão que corta 26 cidades mineiras e 7 cariocas, além de um
porto marítimo no litoral norte do Estado do Rio de Janeiro.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro – 9.00hs – Sala K3. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 37
FRONTERAS ENTRE EL CONFLICTO Y EL POSTCONFLICTO EN COLOMBIA
(1964-2014). ACERCA DE LAS DISYUNTIVAS DEL RECIENTE PROCESO DE
PAZ
Coordenadores: Ricardo Oviedo Arevalo (Observatorio Social, Departamento de Sociología,
Universidad de Nariño); Rainiero Jimenez Martinez (Universidad Nacional de Colombia)
[email protected]; Sergio Astorga (Observatorio Andino de los Derechos Humanos Centro de Estudios Trasandinos y Latinoamericanos, Universidad Nacional de Cuyo) [email protected]
RESUMO: La siguiente propuesta circunscripta en el marco de diversos grupos de
investigación vinculados a los estudios sobre los conflictos sociales y políticos, así como a las
organizaciones de los derechos humanos, tiene el objetivo de conocer interpretaciones y
análisis exhaustivos sobre la historia de la violencia política, extender los debates y discusiones
de temáticas centrales como sus antecedentes socio-históricos, estudios comparados,
contextualización social regional, los modelos de desarrollo - extractivismo, territorio y
conflicto-, la situación de los derechos humanos, memoria y reparación de víctimas, el papel
de los movimientos sociales y estudiantiles y el desplazamiento forzado por la guerra. Se hará
hincapié en la descripción de los procesos de paz, los discursos vigentes y las miradas de los
actores sociales y políticos. Conflicto y Posconflicto son categorías predominantes en los
estudios recientes de la ciencia política, la sociología, la historia y otras disciplinas en este país,
por lo cual se espera que los aportes contribuyan a la discusión epistémica sobre ésta temática
en los estudios sociales y políticos. La línea de trabajo propuesta da continuidad a numerosos
encuentros y reuniones científicas académicas previas concretadas en varios países de América
Latina y Europa.Se promoverá la publicación de los mejores artículos enviados a través de la
coordinación de las instituciones convocantes.
RESUMOS
1. ASTORGA, Sergio Gustavo
[email protected]
Observatorio Andino de los Derechos Humanos, Centro de Estudios Trasandinos y
Latinoamericanos, Universidad Nacional de Cuyo
“Mercantilización de la educación superior en América Latina. El caso de la M.A.N.E. y las
luchas contrahegemónicas en el sistema universitario colombiano (2011-2013)”
En los últimos años ha revivido el encuentro entre las discusiones intrateóricas y las
experiencias empíricas de movilización, cambio y transformación en la universidad, se ha
hecho necesario entender de las lógicas y dinámicas de producción del conocimiento en las
diversas realidades nacionales de nuestra América. En ese contexto, la siguiente investigación,
en tanto estudio de caso, se propone analizar el proceso de alta mercantilización de la
educación superior en Colombia, haciendo referencia a las luchas contrahegemónicas
recientes que tienen a la M.A.N.E. (Mesa Amplia Nacional Estudiantil) desde 2011 como una de
sus principales protagonistas, que a través de discursos y acción política buscan la construcción
de una propuesta alternativa de educación superior. Se analizan discursos, agendas y
escenarios en el sistema universitario colombiano.
[252]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
2. CENTURIÓN CÁCERES, Cynthia Leonor
[email protected]
Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
“Se buscan colombianos para vivir en Canadá”: Analizando el desplazamiento forzado y de
refugiados a Canadá como consecuencias del confllicto armado interno en Colombia”
El desplazamiento de colombianos y colombianas a Canadá a consecuencia de la situación de
guerra que vive la nación latinoamericana es tema de este trabajo, que pretende contribuir
con la discusión epistémica, teniendo en consideración las diversas interpretaciones y análisis
ya realizados sobre este asunto, dando un enfoque especial a los discursos vigentes de los
actores sociales y políticos, tanto a nivel interno e internacional. Canadá por su parte es
considerado el segundo país receptor de refugiados en el mundo y Colombia en la actualidad
es el país con mayor índice de desplazados en todo el mundo, esta situación es
verdaderamente preocupante por ese motivo es importante analizar este hecho teniendo en
cuenta varios factores que envuelven este fenómeno por su particularidad como las dinámicas
migratorias existentes, las tipologías específicas de migración forzada, cuáles son las ciudades
canadienses que cuentan con mayor concentración de la población refugiada y desplazada,
cómo son las experiencias de refugiados y desplazados, que posibilidades de integración existe
entre los desplazados y refugiados con la sociedad canadiense y cuáles son los proyectos de
vida de las personas refugiadas en Canadá, estas serán premisas que serán abordadas dentro
del trabajo.
3. DINIZ SCHWETHER, Natalia
[email protected]
Universidade Federal de Santa Catarina
“Securitização e dessecuritização das FARC: análise das ações dos governos colombianos no
período de 2002 a 2014”
Na Colômbia, identificamos o grupo armado FARC, o qual utiliza da violência como mecanismo
de solução de controvérsias políticas, desta forma, dado suas práticas de guerrilha, foi
classificado por agentes do sistema internacional como uma ameaça existencial. De antemão
conscientes da importância dos discursos na definição daquilo que será temido pela população
e na criação do inimigo público, este artigo objetiva, inicialmente, analisar as concepções
empregadas e ações empreendidas pelos tomadores de decisões no governo colombiano, para
legitimar um processo cunhado pela Escola de Copenhague como securitização. Entretanto,
com vistas nas dificuldades enfrentadas para obter a segurança nacional pretendida, procurase mostrar que a securitização de um tema não proporciona, necessariamente o fim das
vulnerabilidades, assim como, apontar caminhos que possivelmente sejam mais logradouros.
Para tanto, estabeleceremos um paralelo entre as práticas adotadas durante os anos de 2002 à
2014, período que abarca uma transição de governo e alteração de conduta fundamental para
compreensão da problemática.
4. OLIVEROS AYA, César
[email protected]
Universidad Militar Nueva Granada
“El Conflicto y posconflicto colombiano en la narrativa fílmica”
La ponencia se enfoca en el tratamiento narrativo que hace el cine colombiano de las diversas
etapas de violencia presentadas en su historia desde los años cincuenta hasta la actualidad.
Hace un recorrido por las diversas líneas argumentales desarrolladas en obras como El río de
las tumbas (Julio Luzardo, 1965), Canaguaro (Dunav Kuzmanich, 1981), Carne de tu carne
[253]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
(Carlos Mayolo, 1983), Cóndores no entierran todos los días (Francisco Norden, 1984),
Confesión a Laura (Jaime Osorio, 1991), Golpe de Estadio (Sergio Cabrera, 1998), La primera
noche (Luis Alberto Restrepo, 2003), La milagrosa (Rafael Lara, 2008), Saluda al diablo de mi
parte (Juan Felipe Orozco, 2011), que se han ocupado del conflicto agrario, el surgimiento de
las guerrillas, la violencia iniciada con El Bogotazo el 9 de abril de 1948, las polarizaciones
partidistas, el desplazamiento forzado, el paramilitarismo, desde la óptica de diferentes
protagonistas en su respectivo contexto. El seguimiento cronológico de las obras fílmicas está
matizado con el estudio semiótico de algunas secuencias que permiten identificar los aspectos
sustanciales de la temática abordada.
5. OTÁLORA CORTÉS, Rosalvina
[email protected]
Universidad Libre
“Recursos mineros y el conflicto armado en Colombia. Experiencia investigativa del Semillero
de investigación Economía y Conflicto de la Universidad Libre”
El Semillero de Investigación ‘Economía y conflicto’ surge como respuesta a la necesidad
sentida de introducir a los estudiantes y jóvenes profesionales en un proceso investigación
científica, a partir de la centralidad que adquiere en América Latina la preocupación por los
recursos naturales y los conflictos socio ambientales que se derivan de su extracción. La
ponencia presentará la experiencia investigativa del semillero, cuya misión es analizar las
relaciones entre la presencia de recursos naturales en Colombia y el conflicto en torno de su
extracción y apropiación por parte de diferentes actores (económicos, políticos, armados,
etc.). Su visión parte de un análisis transdisciplinarios que, desde el derecho, la economía, la
ciencia política, la sociología jurídica y las relaciones internacionales, aporte elementos que
permitan explicar las relaciones entre los recursos y el conflicto, con especial énfasis en el
impacto y el análisis de la política del sector minero energético.
6. ROJAS
BOLAÑOS, Omar [email protected]; JIMÉNEZ MARTÍNEZ, Rainiero
[email protected] (Universidad Nacional de Colombia)
“ALMAS DE-BOTAS: Una narrativa de los Falsos Positivos como expresión del Terrorismo de
Estado en Colombia”
Centra su atención en un fenómeno sociopolítico denominado Falsos Positivos, expresión y
hechos que son ejecuciones extrajudiciales, según la Corte Penal Internacional para
caracterizar los crímenes llevados a cabo en Colombia por las fuerzas militares, los cuales son
presentados ante la sociedad como guerrilleros dados de baja o muertos en acciones militares
como combates u operativos realizadas por el ejército en zonas de conflicto. El resultado de
esta investigación se logra gracias a la aplicación de técnicas y herramientas, haciendo
pesquisas en fuentes primarias y secundarias y recurriendo a víctimas, familiares de estas, a
miembros de las fuerzas armadas, obteniendo sus testimonios, vivencias e historias ante una
práctica delictiva que se ha convertido en el modus operandi por parte del ejército y el
gobierno en los últimos periodos presidenciales, como evidencia que se le está ganando el
conflicto armado a la guerrilla a costa de asesinar la población civil indefensa, utilizando
argucias que los ponen en el nivel de crímenes y terrorismo de Estado. Se presenta este
informe de una manera innovadora y cuidando la integridad de sus autores, recurriendo a la
re-creación de la verdad, a través de un texto literario narrativo, en el cual se presenta la
descarnada realidad de las ejecuciones extrajudiciales, acompañada de un análisis politológico
en el que el terrorismo de Estado es la categoría que complementa la disfuncionalidad de la
democracia en Colombia.
7. ROSSO DE OLIVEIRA, Ana Carolina
[254]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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[email protected]
Universidade Federal de Santa Catarina
“De Uribe a Santos: a transição da agenda colombiana no combate às drogas”
O campo de Segurança Internacional abrangeu, até durante a Guerra Fria, problemas ligados
às questões militares. Entretanto, com o alargamento da agenda de segurança e com o
surgimento de novos atores capazes de desestabilizar o sistema internacional, os Estados
encontraram-se, a partir do século XXI, vulneráveis a novos tipos de ameaças, também
denominadas ameaças transnacionais, como o crime organizado, o terrorismo e o narcotráfico.
Na América Latina, a questão do crime transnacional das drogas tornou-se uma das principais
preocupações, nos anos 1990, devido ao crescimento da atividade ilícita na região e à inserção
da Colômbia na indústria das drogas. A situação tornou-se ainda mais complexa quando o
tráfico de drogas tornou-se uma das principais fontes de financiamento às guerrilhas. Devido
ao cenário instaurado na Colômbia, desde o governo Pastrana tem-se combatido
incansavelmente, especialmente por meio do Plano Colômbia, o tráfico de drogas e o conflito
armado interno que o país enfrenta. No próprio governo de Álvaro Uribe, a ênfase se deu ao
combate militarizado dos ilícitos e das guerrilhas, por meio do fortalecimento das forças
militares estatais e do enfraquecimento dos grupos armados. Entretanto, a partir de 2010,
com a presidência de Juan Manuel Santos, houve um redirecionamento, dado por este, ao
conflito interno colombiano através da solução negociada do conflito que vive o país. O
objetivo deste artigo, portanto, é analisar em que medida é possível ponderar uma mudança
discursiva no combate ao tráfico de drogas e ao conflito colombiano entre o governo Uribe e
Santos. Esta pesquisa é importante por trazer a agenda governamental da Colômbia para um
momento mais atual, indo além do que foi produzido sobre o Plano Colômbia, enfatizando os
dois últimos governos do país.
8. SANTANA FELIX DOS SANTOS, Ricardo
[email protected]
Universidade Federal de Santa Catarina
“Políticas (e poéticas) de memória e verdade histórica ante as políticas sexuais do terror e do
extermínio: narrativizando discursos ocultos, politizando (e poetizando) experiências e
reinterpretando as violências de gênero no conflito armado colombiano”
O presente trabalho pretende contribuir com a abordagem das políticas de memória histórica
relativas ao conflito armado colombiano e suas ressonâncias sócio-políticas e culturais
vinculadas aos direitos relativos à chamada “transição política” e “justiça de transição
democrática” (direitos à memória, verdade, justiça e reparação). Procura-se aliar a perspectiva
das mesmas sob o prisma da sociologia histórica, dos estudos de gênero e da epistemologia
feminista (bem como sua práxis, promovida e reverberada pelos movimentos sociais e
organizações políticas de mulheres). Para tanto, se faz necessário contextualizar a conjuntura
sócio-histórica que determinou a emergência do conflito, enquadrando o lugar latinoamericano na atualidade da geopolítica do imperialismo – e o papel desempenhado pelo
Estado colombiano neste contexto. Compreendendo as bases de uma prática de terrorismo de
Estado através da militarização da vida social e do extermínio enquanto fator político, trata-se
de chegar à sua dimensão sexual (a especificidade da expressão da ordem patriarcal na
complexa estrutura sócio-política da guerra). Assim, busca-se enunciar o trabalho perpetrado
por movimentos sociais protagonizados por mulheres na “guerra de narrativas”; pela
afirmação da memória das vítimas e sua visibilização; pelo esforço de se fazer emergir as
verdades históricas ocultas das inúmeras violações de direitos humanos, dos crimes de Estado
e das negligências relacionadas à reparação necessária, tal qual a Comissão da Verdade e
Memória das Mulheres Colombianas vítimas do conflito – além das reformas institucionais
para tanto. Aproximando experiências levadas a cabo no campo da arte política, pretende-se
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
relacionar tais políticas de memória histórica com suas poéticas, estetizadas através das
performances dramáticas do grupo de mães de Soacha – evocativas da dor, do sofrimento e do
horror provocado pela guerra.
9. OVIEDO ARÉVALO, Ricardo
[email protected]
Departamento de Sociología, Universidad de Nariño
“Reconstrucción de la memoria histórica de las víctimas del conflicto armado en la llanura
del Pacífico Sur (Tumaco), en el departamento de Nariño, Colombia”
La Llanura del Pacífico del Departamento de Nariño, por muchos años fue considerado un
territorio de paz, poblada en un 96% por comunidades afro descendientes, prácticamente no
participó en el periodo conocido eufemísticamente como la “violencia” (1948-1958), ocurrido
a mitad del siglo pasado y se vinculó tardíamente al actual conflicto armado, en los años
ochenta del siglo pasado, en pleno crecimiento de los frentes de guerra de las FARC EP y ELN y
a finales de los años noventa con el ingreso de los llamados paramilitares, Además, hizo
presencia, los cultivos ilícitos y todas las consecuencias sociales que estos traen. De ser una
región con bajos índices de muertes por arma de fuego hoy encabeza la lista de las más
violentas del país, fracturando las organizaciones comunales y cívicas, generando un
desplazamiento interno importante, abriéndoles la puerta a todos los actores del conflicto
armado colombiano. Por sus características étnicas y culturales específicas, la metodología
utilizada para auscultar el origen del conflicto social, son las técnicas cualitativas que permiten
la construcción de relatos e historias de vida a partir de la narración oral de sus principales
víctimas, para identificar las causas y responsables, que permitan el diseño de políticas de
justicia y reparación, además de posibles escenarios de posconflicto.
10. RODRÍGUEZ TRIVIÑO, Oscar Hernán
[email protected]
UNESP/Via Campesina
“Movimentos sociais na Colômbia: da opressão à insurgência”
O presente artigo se propõe a fazer uma breve análise da conjuntura sócio-política e
econômica da Colômbia, buscando compreender os limites, desafios e as perspectivas da luta
dos movimentos sociais civis, em face da ofensiva capitalista/imperialista dos EUA e de
governos aliados. Através dos estudos de teóricos como Checchia (2007), Izquierdo (2007),
Montaña (2013), Suárez (2013), dentre outros, discutimos o problema da questão agrária no
país e os conflitos sócio territoriais que produzem as lutas de resistências, bem como a
trajetória das lutas insurgentes guerrilheras e suas atuais negociações de paz ate os nacentes
movimentos sociais, no enfrentamento ao poder conservadorista repressivo do Estado. Na
Colômbia verifica-se que a atuação do movimento social, a exemplo da trajetória da União
Patriótica (UP) e da recente criação da Marcha Patriótica (MP) e Congreso de los Pueblos, tem
sido de extrema relevância na perspectiva da luta pela transformação das estruturas sóciopolíticas e econômicas injustas, criadas pelo poder hegemônico imperialista naquele país.
11. SUÁREZ PINZÓN, IVONNE
[email protected]
Escuela de Historia, Universidad Industrial de Santander
“Colombia: violencia de género y desplazamiento interno”
El texto aborda una temática de marcado interés, a saber: las formas específicas de violencia
sufridas por mujeres colombianas que son víctimas de desplazamientos forzados en el
contexto del conflicto armado interno. Su objetivo es interpretar dichas formas de violencia
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
desde una perspectiva que asume el género como categoría central de análisis. La información
fue obtenida mediante la metodología de historia oral y construcción de trayectorias vitales
que le permiten presentar como soporte empírico el análisis de un conjunto acotado de casos.
En las conclusiones se destaca que la violencia de género que se vive en el marco del conflicto
es una resultante de formas de violencia de orden genérico presentes en la sociedad.
[257]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|28 de novembro – 9.00hs – Sala E2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 38
UNIVERSIDADES EN MOVIMIENTO: CRISIS, CAMBIOS INSTITUCIONALES Y
REIVINDICACIONES DE LOS SUJETOS UNIVERSITARIOS. HACIA NUEVOS
ROLES Y MODELOS DE EDUCACIÓN SUPERIOR
Coordenadores: Celia Romina Bruculo (Universidad Nacional de La Rioja-CONICET)
[email protected]; José Jatuff (Universidad Nacional de La Rioja-Universidad Nacional
de Córdoba); Sergio Astorga (Universidad Nacional de Cuyo) [email protected]
RESUMO: Pensar las universidades latinoamericanas en las últimas décadas implica
reconocer contextos cambiantes donde se evidencian transformaciones en lo social, cultural,
económico, político y en los cuales las instituciones universitarias se van resignificando sobre
una diversidad de procesos que pueden observarse como lógicas particulares de cada país
pero también como integrantes de problemáticas que se reproducen en el nivel regional. Así,
proponemos pensar el rol de las universidades en las sociedades teniendo presentes las
diversas experiencias y estadios en los que estas instituciones se hallan, donde se reproducen
momentos de estabilidad y escasas transformaciones, momentos de cambios profundos que
auguran nuevas configuraciones institucionales, el impacto de los cambios sociales, la
necesidad de saberes puestos al servicios de sus comunidades, entre otras problemáticas que
colocan a los diversos sujetos universitarios ante múltiples desafíos.
RESUMOS
1. ANDRADA, Marcos Javier [email protected] (CIECS - CONICET – UNC);
BERTONE, Carola Leticia [email protected] (CONICET – UNLaR)
“Cambios demográficos relacionados con la oferta de estudios superiores. El caso de la
Provincia de La Rioja, Argentina. 1991-2010”
Argentina tuvo una importante y temprana alfabetización de su población desde finales del
siglo XIX (Ley 1.420), la cual contribuyó fuertemente al cumplimiento de la escolarización hasta
el nivel primario de la mayor parte de la población. La Ley 24.195/1993 amplió la
obligatoriedad de la “educación general básica” hasta 10 años. Más tarde, la Ley Nº
26206/2006 la extiende a todo el nivel medio (13 años de educación). Esto pareció estimular la
continuación de los estudios superiores, más notablemente donde la oferta de estudios
terciarios y universitarios se amplió, como ocurrió en la provincia de La Rioja en las últimas
décadas. En esta investigación se propone estudiar el patrón de escolarización de la población
de la provincia de La Rioja a propósito del aumento de instituciones de estudios superiores,
tanto del ámbito privado como del sector público, y los cambios demográficos que lo
acompañaron a nivel provincial. La importancia del trabajo radica en mostrar el notable
crecimiento de la matrícula de todos los niveles educativos, especialmente los que afectan a la
población universitaria y que se dan concomitantemente con ciertos fenómenos demográficos
como la disminución de la fecundidad y el crecimiento de los sectores jóvenes de la población
provincial producto de la migración. Se utilizará como fuente los censos nacionales de los años
1991, 2001 y 2010 y registros de estadísticas oficiales. La metodología seleccionada será la
estimación de indicadores clásicos en los que se identificarán las características generales de
los patrones de escolarización de la población entre los años 1991 y el año 2010.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Posteriormente se describirá el comportamiento de los componentes demográficos en el
periodo.
2. ASTORGA, Sergio
Universidad Nacional de Cuyo / Observatorio Andino de los Derechos Humanos
“(Trans) formación, trabajo y democratización. Acerca de os desafíos y posibilidades de las
estrategias de capacitación del personal de apoyo académico en el sistema univeritario
argentino”
Se concibe el trabajo universitario, no sólo como trabajo docente, sino de investigación y de
extensión, donde también el trabajo llevado a cabo por el personal de apoyo académico se ha
resignificado en los últimos años. Donde el involucramiento de éstos, junto a los docentes,
estudiantes y egresados puede fortalecer tanto las instancias de cogobierno, de gestión
universitaria como de producción de conocimientos. A principios de la década del 2000 en el
sistema universitario argentino afloró la necesidad y pertinencia de diversas estrategias de
formación del personal de apoyo académico, codocentes o personal no docente, teniendo en
cuenta diversos factores como: la masificación de los estudios superiores, el incremento del
presupuesto, las nuevas tecnologías de gestión pública, las políticas desburocratizadoras de las
organizaciones universitarias, el desarrollo de la carrera administrativa y las mejoras de las
condiciones laborales. En la actualidad, también se hace necesario contar con científicos
técnicos especializados, que entre otras cuestiones, promuevan la creatividad y la innovación
en la gestión y la democratización universitaria. En primer lugar, se realiza una descripción de
las transformaciones en el mundo del trabajo como punto de partida. Seguidamente, se
mencionan los antecedentes de las estrategias de formación de los y las trabajadores
universitarios, el impacto del Convenio Colectivo de Trabajo (2006), asimismo se realiza un
análisis comparado de los estudios en gestión y administración universitaria dirigidos en
general a personal en servicio dentro de las universidades, dando cuenta de los principales
desafíos y oportunidades en el marco de la complejidad de las instituciones universitarias y la
democratización universitaria en marcha. Finalmente, se da cuenta de la participación del
personal de apoyo académico en éste proceso heterogéneo emprendido en varias
instituciones de educación superior, que ha incluido desde reformas estatutarias, planes
estratégicos, mayor representación en los órganos de gobierno y protagonismo en la vida
universitaria, mayor duración de los mandatos y amplia participación en todas las funciones de
los órganos de gobierno, antes limitadas éstas últimas sólo a cuestiones vinculadas a su
claustro.
3. BRUCULO, Celia Romina
[email protected]
CONICET-UNLaR-IDICSO
“Reflexiones sobre luchas, sujetos y discursos en la construcción de identidades
universitarias. Caso La toma (del poder?) en la Universidad Nacional de LaRioja – 2013 y
después…”
Reflexionar sobre la toma del poder remite a espacios y formas que tendemos a asimilar en las
organizaciones políticas modernas, reconocidas legalmente en la estructura del Estado.
Entonces pensar “la toma del poder” no sería correcto como simplificación para ser aplicada
como categorías dentro de un ámbito universitario, o si? O tal vez si en la relación que
estrecha a la universidad con lo estatal y público. Tal vez eso implique que las analogías con
los procesos políticos más amplios sean revisitadas una y otra vez en las lecturas actuales de
las relaciones de poder en el seno del proceso de la crisis y el conjunto de mediaciones hacia la
“normalización” de la Universidad Nacional de La Rioja. Para una aproximación a las
deconstrucciones y construcciones de los discursos universitarios, revisamos algunos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
momentos que integraron e integran el proceso de crisis institucional y re-acomodamientos
reformadores que atraviesa a la Universidad Nacional de La Rioja desde mediados de
septiembre de 2013. La toma como acontecimiento sacudió algunas estructuras y
superestructuras de la universidad nacional de La Rioja desde septiembre de 2013 y fue
transcurriendo sobre un continuo enlace de experiencias que irían recreando espacios y
posiciones de todos los actores que la protagonizaron. Desde los bordes, desde el núcleo,
desde las diferencias de clases (o claustros), las voces y los discursos fueron reflejando el
contenido o los contenidos de la lucha.
4. DEMELENNE, Julien
[email protected]
Universidad Federal de Integración Latinoamericana (UNILA)
“La UNILA en construcción”
Se hace cada vez más necesario reflexionar sobre las universidades en América Latina. Desde
esta perspectiva se propone realizar un análisis del proceso de construcción de una
universidad que surge como propuesta innovadora dentro del contexto de la educación
superior latinoamericana. La UNILA surge a partir de tres pilares centrales: Por un lado la
propuesta integracionista que a su vez se presenta como una cuestión epistemológica de
pensar América Latina desde y para América Latina. Por otro lado una propuesta
interdisciplinaria a través del diálogo entre las diferentes áreas de conocimiento, y por último
una propuesta de educación bilingüe con base en la intercomprensión mutua entre el
portugués y el español. Estos tres ejes se traducen en diferentes especificidades de la
universidad que en muchas ocasiones confronta con los esquemas de las universidades
tradicionales. La propuesta de este trabajo es discutir como se dio ese proceso de construcción
en estos primeros cuatro años. Las continuidades y modificaciones por las cuales transitó el
proyecto original, las discusiones con respecto como al proceso de institucionalización y
burocratización, así como los desafíos de la construcción de una universidad de integración
latinoamericana bajo los esquemas de educación superior brasileño.
5. FLORES VARELA, Claudia [email protected]; DEL VALLE MONTEAGUDO, Cecilia
[email protected]; Pacheco, Yesica Alesandra (Universidad Nacional de La Rioja)
“Liderazgo político en mujeres universitarias. El papel fundamental de la mujer en el proceso
pre-toma-post de la Universidad Nacional de La Rioja”
Como protagonistas de un hecho histórico acontecido en la Universidad Nacional de la Rioja
(UnLaR) el 11 de septiembre de 2013, en donde un grupo de estudiantes dan surgimiento a la
primera asamblea estudiantil en reclamo por sus derechos no reconocidos, ante un régimen
universitario absolutista el cual llevaba 26 años de permanencia en el poder. Tras las diversas
situaciones de indiferencia vividas por parte de las autoridades competentes, los estudiantes
deciden “la toma de toda la universidad” en la cual se reunieron los cuatro claustros con un
mismo objetivo que era lograr la destitución del rector vigente en ese momento. Teniendo en
cuenta la lucha histórica en contra de la discriminación y desigualdad del género nuestro
estudio de caso hará su enfoque en resaltar en este contexto la imponente participación que
tuvo la mujer en el proceso pre-toma-post. Con el fin de la “toma” se inicia el proceso de
democratización de la UnLaR, dando lugar al surgimiento de distintas agrupaciones entre ellas
la primera agrupación femenina MUM (mujeres universitarias en movimiento) orientadas
principalmente a la reivindicación del género y a la construcción de una identidad colectiva en
común entre los diversos sujetos con coherencia ideológica entre sí, porque es el primer paso
para comenzar a realizar transformaciones.
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
6. GOMES DE MOURA, Luiz Henrique [email protected] (IESA/UFG); Casado Baides, Beatriz
[email protected] (MPAS/UnB)
“Residência Agrária e movimentos sociais: reflexões sobre o curso Matrizes Produtivas da
Vida no Campo – UnB”
O presente trabalho abordará a construção e realização do curso de especialização Matrizes
Produtivas da Vida no Campo, Residência Agrária promovido pela UnB em parceria com o
CNPq, o PRONERA/INCRA e a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF). Oriundo de um
processo de luta dos movimentos sociais camponeses pelo ensino superior para suas bases e
para os que atuam junto às comunidades camponesas, o curso tem como objetivo
complementar a formação de graduados de diferentes áreas do conhecimento, buscando
superar os limites da histórica separação entre universidade e campesinato. Nesse artigo,
abordaremos a base pedagógica aportada pela ENFF, tendo por elementos centrais o trabalho
como princípio pedagógico, o sistema da alternância (Tempo Comunidade e Tempo
Universidade) e a organicidade (engenharia organizativa que articula instâncias, atribuições e
fluxos de decisões, permitindo que os educandos sejam sujeitos da própria formação).
Exploraremos também o perfil da turma e a composição disciplinar do curso, formado por um
eixo comum à toda turma, baseado na pesquisa, formação política e teoria crítica do
pensamento, e dois eixos paralelos de habilitação: agroecologia e organização de
assentamentos; e cultura, arte e comunicação. Por fim, abordaremos a forma organizativa que
foi desenvolvida para uma atuação articulada entre teórica e pratica pelos educandos durante
o Tempo Comunidade nos territórios de abrangência do curso (DF e entorno, Mato Grosso e
Mato Grosso do Sul), que são as Escolas Itinerantes de Formação.
7. JATUFF José,
[email protected]
UNLAR-UNC
“Notas para una crítica filosófica del proceso educativo”
Desde los tiempos de Prometeo se entiende que el hombre sin cultura vive en la miseria
material y moral. Entendía la educación como el proceso mediante el cual la cultura pasa de
generación en generación, el presente trabajo aborda la cuestión de la finalidad de la misma.
En tal sentido se pregunta si la educación solo debe custodiar las técnicas culturales que
garanticen la supervivencia del grupo o debe, también, velar por la formación de una
subjetividad autónoma. Se da cuenta, desde el ámbito del proceso educativo, de la tensión
entre el grupo y el individuo: las pretensiones del grupo pueden generar una subjetividad
alienada, a su vez, una subjetividad sin ninguna disciplina queda excluida del grupo. Desde
esta tensión se aborda, a través de grandes pensadores de la educación, y desde la clara
conciencia de su contexto histórico, la disciplina en su doble implicación, a saber, como
mecanismo de control establecido desde una finalidad no expresa y como necesaria puerta de
entrada al mundo de la cultura. Por último, se elaboran algunas conclusiones abiertas a la
espera de que sean utilizadas como disparador de alguna discusión posible.
8. MERCADO MOTT, Macarena [email protected]; MACIAS MAYCO, Alejandro
[email protected] (Universidad Nacional de La Rioja)
“Democratización y trasformación. Universidad Nacional de La Rioja y el conflicto
universitario del 2013”
EI presente trabajo pretende abordar en primera instancia el debate en torno a la Idea de
Universidad que se contextualiza en relación a la Universidad Nacional de La Rioja y los
procesos internos que refleja para la discusión del neoliberalismo y su inserción, movimientos
estudiantiles, estrategias, programas políticos, universidades, reformas, crisis y aquellos rasgos
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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sociales que plantea las siguientes preguntas: ¿Qué caracteriza a un proceso real de
democratización y trasformación? ¿Qué conflicto universitario se gestó en el 2013? Se
comenzará precisando la situación de la educación superior a nivel nacional, en el marco de los
proyectos neoliberales a los que nuestro país adscribió, y cuyas políticas ejecutó, siendo en el
área de la educación pública, una de las más afectadas. Cambios neoliberales que se vieron
favorecidos por la desmovilización y marginación que atravesaban los actores universitarios
(estudiantes, sindicatos de trabajadores universitarios, grupos de docentes e investigadores)
contextualizados en la época, y que continuaron hasta el estallido del conflicto universitario.
Desde un análisis inductivo, se pretende enumerar una serie de factores exógenos y
endógenos que determinaron estas situaciones en la Universidad. Se tiene la intensión de
identificar y reflexionar sobre los factores endógenos que generaron la perpetuidad de
aquellas estructuras que legitimaron las crisis de la Universidad Nacional de La Rioja y cómo el
movimiento estudiantil emergente tiene la responsabilidad de comenzar por repensar y
replantear los principios y fines de la universidad, sin que estos nortes sean impuestos o
determinados por actores y factores externos a la misma.
9. MOREIRA, Eduardo [email protected] (IFF/campus Bom Jesus do Itabapoana); DO
CARMO TAVARES, Gerson [email protected] (UENF)
“PODER E POLÍTICA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE O PROCESSO DE (RE) CONSTRUÇÃO DA
MEMÓRIA INSTITUCIONAL NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO – Ifs”
O presente trabalho se constitui num estudo de caso sobre o recente processo de
interiorização dos IFs que corresponde tanto a criação quanto a ampliação da capacidade já
instalada desta modalidade educativa pelas diversas regiões brasileiras. Busca-se analisar esta
passagem sob a ótica das tensões originadas por este contexto entre os docentes (antigos e
entrantes) como um evento gerador de lutas em torno do poder de (re) configuração da
identidade desta nova instituição que passa a integrar em seu interior um considerável
número de professores oriundos de várias realidades socioculturais, gerando campos de poder
com distintos (por vezes opostos) símbolos consensuais inter-relacionados às ideias de
moderno/antigo, rural/urbano, tradição/inovação, como elementos que se excluem e por isso
geradores de disputas. Como as instituições e suas políticas são construções sociais, a
instalação do IFs esbarra, em certo sentido, nas complexidades das relações sociais locais em
sua interface com os sujeitos advindos de outras realidades com diferentes referenciais e
valores. Tais eventos podem se tornar limitadores de uma política educativa emancipadora,
que evidencie o histórico processo de hierarquização de saberes gerador de desigualdades
materiais e imateriais entre as regiões em nosso país.
10. PEREIRA LOBO DE LIMA, Wesley
[email protected]
Grupo de Estudos de Crítica da Economia Política (GECEP\UFVJM)
“IES Capitalistas: o ensino como mercadoria”
O trabalho analisa as Instituições Privadas de Ensino Superior no Brasil (IPES), as quais, a rigor,
são IES capitalistas. Parte significativa do ensino superior no Brasil está mercantilizada,
diferenciando-se do ensino superior público. Este se diferencia das IPES não somente por não
ter no seu ensino a lógica da mercadoria, mas também por: diferença das porcentagens de
professores com mestrados e doutorados; qualidade dos cursos; e pela quantidade de
matrículas, números de instituições e a qualidade da aprendizagem dos alunos. Podemos
observar também que o setor educacional privado se tornou ainda mais rentável, lucrativo
para os capitalistas, sobretudo a partir da última década, quando algumas empresas do setor
educacional abriram capitais na bolsa de valores para se capitalizar. O que era mercantilizado,
agora, além deste aspecto, segue o ritmo e os imperativos do “mercado de capitais”. Conclui[262]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
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se que a lógica e a dinâmica capitalista tornaram a educação numa mercadoria ainda mais
lucrativa, intensificando a má qualidade do ensino, proporcionando, assim, um estudante sem
o domínio do saber científico e tecnológico, sem o fomento da consciência crítica para com a
realidade social e para enfrentar os problemas do desenvolvimento do Brasil.
11. ROMERO, Belén del Huerto
[email protected]
Universidad Nacional de La Rioja
“Desafíos de convergencia feminista: occidentalización del feminismo”
Las perspectivas del centro y periferia no solo se dan en diferentes tipos de países sino dentro
de un mismo, así como lo rural y lo urbano son ámbitos de demandas múltiples, el feminismo
también se encuentra en disyuntiva al tratar de unificar criterios dentro de Argentina, a partir
de los últimos 20 años. Las conquistas de movimientos sociales en cuanto a lo ambiental como
Esquel y Famatina en cuanto a la participación de las mujeres trazan un paradigma de
feminismo nuevo. En el caso del feminismo urbano que está en concordancia con lo occidental
como la ley de fertilización asistida, matrimonio igualitario, ley de identidad de género y cupo
femenino como así también el aborto no punible en caso de violación y la legalización de este
que aún sigue el camino de la lucha. Así es como estos feminismos parecen encontrarse en
caminos distintos en cuanto a la emancipación del sistema patriarcal. La unificación de estos es
el desafío para los procesos de identificación de los motores de reivindicación de la mujer
como la soberanía de su cuerpo y de su suelo. ¿Pero cómo convergen el individualismo y el
colectivismo? Lo nuevo en este movimiento es que no hay transformación colectiva sin
transformación individual, porque se empieza a transformar el cuerpo en una metáfora del
territorio. La autodeterminación del cuerpo, que es mucho más importante para las mujeres,
porque su cuerpo fue más disputado como mercancía, más veces, más tiempo, por una cultura
machista, androcéntrica y patriarcal. Este trabajo intentara hacer puntualizar en los ámbitos de
convergencia del cuerpo y del suelo apelando a la concepción latinoamericana de tierra, a la
economía con perspectiva feminista e intentara replantear los nuevos desafíos del movimiento
feminista argentino en la nueva realidad desde la perspectiva universitaria como formas de
abordaje.
12. ROVETTO, Florencia [email protected] (CONICET); Zanuccoli, Mariel
(UNIVERSIDAD NACIONAL DE ENTRE RIOS) Caudana, Luciana (CONICET); Taruselli, M. Victoria
(UNIVERSIDAD NACIONAL DE ENTRE RIOS)
“Feminismos en la Universidad. Estrategias de innovación pedagógica, demandas
estudiantiles y necesidades sociales”
En este trabajo presentamos los resultados del proyecto de innovación a la docencia, titulado
Talleres de reflexión: Mirar en violeta. Género y Feminismos en la construcción de
conocimiento, realizado en la Facultad de Trabajo Social de la Universidad Nacional de Entre
Ríos. Su objetivo principal consistió en generar un espacio de reflexión sobre los aportes de las
teorías feministas y la perspectiva de género para el análisis de la realidad social y el desarrollo
de las prácticas de intervención en el marco de las futuras inserciones profesionales. Entre los
antecedentes que dan origen a este proyecto se destaca la demanda formulada por
representantes del Centro de Estudiantes y el diagnóstico de ambos claustros en torno a la
ausencia de la perspectiva de género y los aportes de los feminismos en la formación de grado
en las carreras de ciencias sociales que se desarrollan la Facultad. También se parte de
considerar que las actuales transformaciones sociales desafían los imaginarios culturales que
campean las universidades y hacen necesarias nuevas interpretaciones y formas de
interrelación que permitan superar ciertas resistencias ancladas aún en estructuras de saber[263]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
poder que ponen de manifiesto las desigualdades de género en el campo de la producción de
conocimientos y de las prácticas profesionales.
13. RODRÍGUEZ, Mónica [email protected] (Facultad de Ciencias de la EducaciónUniversidad
Nacional
del
Comahue.
Argentina);
VISOTSKY,
Jéssica
[email protected] (Facultad de Ciencias de la Educación- Universidad Nacional del
Comahue. Argentina)
“Función social de la universidad pública y poder popular: el caso de un proyecto de
extensión”
El trabajo recupera una experiencia que llevamos a cabo en el marco de un proyecto de
extensión universitaria cuyo foco de atención son los procesos de formación que impulsan
para sí trabajadores organizados bajo la figura de autogestión obrera. Se trata de una escuela
pública de gestión estatal de jóvenes y adultos situada en la capital neuquina, que desarrolla
sus actividades en el predio de una fábrica recuperada. Con el propósito de reflexionar sobre el
alcance y las limitaciones de dicho proyecto en términos de contribuir a generar “poder
popular”, se analiza la disputa por el sentido y significado de los procesos educativos que
tienen lugar en la escuela en tensión con el rol que asume el Estado respecto a la educación y
con los procesos de trabajo que se desarrollan en la fábrica. Se hace hincapié en la función
social de la universidad pública y en la necesidad de recuperar los principios y postulados
inspirados en la tradición democrática de la extensión universitaria -en contraposición a la
tendencia de “venta de servicios” heredada de la década del ’90-, en estrecha relación con las
posibilidades de promover procesos que coadyuven a la transformación social.
14. SOARES DOS SANTOS, Geremias
[email protected]
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
“Políticas afirmativas no contexto educacional: atuações da PROPAAE-UFRB na garantia do
acesso e permanência de estudantes de origem popular”
A complexidade e dificuldade de acesso e permanência são características da educação
superior no Brasil, sobretudo para estudantes de origem popular que, em sua maioria, tiveram
um precário processo de escolarização na Educação Básica e Ensino Médio da rede pública de
ensino. Diante desse cenário, a UFRB, por meio da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e
Assuntos Estudantis (PROPAAE), tem articulado e implementado políticas e ações que visam à
democratização do acesso e permanência de estudantes no ensino superior. O presente
estudo tem como objetivo caracterizar as políticas e práticas voltadas ao acesso e
permanência de estudantes no Ensino Superior desenvolvidas no contexto na UFRB. Utilizouse como fonte de dados os documentos institucionais disponibilizados no site da referida
universidade. A análise dos documentos encontrados permite afirmar que o número de
assistidos pela PROPAAE-UFRB tem crescido ao longo dos anos, totalizando 2089 graduandos
em 2013. Dentre as ações desenvolvidas por este órgão destacam-se: Bolsas de Auxílio à
Moradia/ à Alimentação/ Bolsas Pecuniárias vinculadas a projetos institucionais e
acompanhamento psico-social. Ademais, nota-se a importância dessas ações na garantia de
condições básicas para o desenvolvimento das potencialidades dos estudantes durante seus
percursos formativos.
15. VERSIANI SCOTT, Renata [email protected]; JAUMONT, Jonathan Henri Sebastião;
RIBAS, Ana Carla (IESP/UERJ)
“PEPo (Pólo de Extensão Popular): por uma construção popular e crítica de pesquisa e
extensão”
[264]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
O presente artigo pretende debater uma experiência teórico-metodológica de pesquisa e de
extensão que se encontra em construção no Pólo de Extensão Popular (PEPo), localizado no
Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) da Universidade Federal de Santa Catarina. Esta
apresentação está inserida numa necessária contextualização dos impactos do pacto de
classes neodesenvolvimentista brasileiro sobre o sistema de educação superior. Aponta, assim,
os limites, potencialidades e desafios de uma proposta extencionista crítica e popular na
conjuntura atual. Referido projeto tem buscado retomar a tradição crítica da América Latina
que buscou produzir conhecimento a partir da articulação entre reflexão e ação para forjar
uma proposta teórico-metodológica de pesquisa militante que almeja contemplar, de maneira
sistemática, a articulação orgânica entre teoria e prática, a superação entre sujeito e objeto de
pesquisa, a valorização dos saberes populares, ancestrais e coletivos e a construção do poder
popular nos territórios. No primeiro capitulo, analisaremos o papel da universidade brasileira
no contexto atual para, na segunda parte, apresentar o PEPo como uma das possibilidades de
construção crítica e popular da pesquisa e da extensão no ensino superior brasileiro. Ao final,
proporemos breves discussões e desafios.
16. ÁVILA HUIDOBRO, Rodrigo [email protected]; ELSEGOOD, Liliana [email protected];
GARAÑO,
Ignacio
[email protected];
Harguinteguy,
Facundo
[email protected] (UNDAV)
“Universidad territorializada: miradas, prácticas y desafíos desde la extensión universitaria
en la Universidad Nacional de Avellaneda”
La Universidad Nacional de Avellaneda (UNDAV) una de las más recientes de Argentina, creada
por ley en el año 2009 y cuyo primer ciclo lectivo fue en 2011. Desde el inicio de la Universidad
se viene trabajando fuertemente en este sentido, a través del desarrollo del área de extensión
universitária. Y ello implica también discutir qué sentidos e impronta le damos a la extensión.
Consideramos necesaria una reconfiguración el rol extensionista de “llevar la universidad a”,
pensando en profundidad en formas de comunicación y produción de saberes y prácticas más
democráticas y bidireccionales entre los actores universitarios y el resto de la comunidad.
Territorializar la universidad implica, pues, que ésta sea pensada en relación con y atravesada
por las problemáticas sociales y por los saberes frutos de luchas por la transformación y la
liberación, dejando de pensarse a sí misma como un enclave desde donde se irradia muchas
veces la denominada “alta cultura”. Al territorializarse, la Universidad se propone participa
activamente junto a las organizaciones populares en el abordaje de las problemáticas de su
comunidad, rompiendo la concepción de territorio como espacio vacío, y pensándolo como un
entramado complejo donde las identidades sociales se construyen, se refuerzan y se rehacen
en la experiencia cotidiana.
[265]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro – 9.00hs - Sala D1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 39
DICTADURAS DE SEGURIDAD NACIONAL EN EL CONO SUR: HISTORIA Y
MEMORIA DE LA REPRESIÓN Y LA RESISTENCIA
Coordenadores: Enrique Serra Padrós (UFRGS/Brasil) [email protected]; Melisa Slatman
(UBA/Argentina) [email protected]; Jorge Fernández (UFMS/ Brasil)
[email protected]
RESUMO: Entre 1964 y 1991, como consecuencia de la consolidación de los Estado
Terroristas en el Cono Sur, se encadenaron procesos históricos que atravesaron a toda la
región. Entre estos procesos puede mencionarse a las migraciones forzadas, la conformación
de comunidades de exiliados, el desplazamiento clandestino de militantes políticos por los
países, la confluencia de organizaciones políticas, político-militares y de derechos humanos en
organismos coordinadores de diferentes características, todos los cuales cuestionaban a los
regímenes dictatoriales y fueron percibidos por estos últimos como un peligro para la
reconstrucción de la hegemonía de las fuerzas sociales dominantes en estas sociedades, dando
lugares a la emergencia de diferentes redes de coordinación represiva.Durante los últimos
años han venido desarrollándose en los países de la región investigaciones que estudian las
diversas interconexiones entre estos procesos, desde diferentes objetos, ejes analíticos y
perspectivas metodológicas, entre las que se encuentran los estudios transnacionales, los
estudios comparativos y de caso. A su vez, se han producido diferentes modos de intervención
de los investigadores en los procesos de construcción memoria locales y regionales, que se
manifiesta en la existencia de una cantidad importante de equipos de investigación que se
encuentran trabajando conjuntamente con organismos gubernamentales y no
gubernamentales, actores judiciales, organizaciones de derechos humanos y asociaciones de
familiares Este simposio, se propone facilitar un espacio para el encuentro, reflexión y debate
de la situación actual de las investigaciones sobre la represión y la resistencia durante el último
ciclo de dictaduras de seguridad nacional en el Cono Sur y de los modos en que estas
investigaciones se entrelazan con la acción de los emprendedores de la memoria.
Ejes de discusión propuestos:
- Terrorismo de estado en el Cono Sur: agenda, problemas y archivos.
- Terrorismo de estado, resistencia interna, exilio y experiencias transnacionales
- La dimensión internacional del terrorismo de Estado: proceso histórico de coordinaciones
represivas en el Cono Sur.
- Las experiencias de intervención de investigadores o equipos de investigación sobre el
terrorismo de Estado en la construcción de memoria.
RESUMOS
1. ALCARAZA SOSA,
Francisco
[email protected]
Universidad Nacional de Asunción
[266]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Memoria histórica del caso 108 durante el régimen represivo del stronato”
El régimen autoritario de Alfredo Stroessner (1954- 1989) había sentado las bases de la
discriminación, sistemática y continua de personas por causa de su orientación sexual. Al
respecto de pretender observar en esta investigación en detalle desde la perspectiva histórica,
la represión y la intolerancia de que fueron víctimas varones gays, quienes por causa de su
orientación sexual sufrieron atropellos a sus derechos fundamentales, fueron violentados los
derechos humanos y utilizando toda forma de represión en la consignación de la lista de 108
personas consideradas amorales, verificándose la instalación de esta práctica en las sucesivas
intervenciones represivas, con distintos casos que se sucedieron a lo largo de la dictadura con
las mismas connotaciones del caso 108, incluso para detener y torturar a opositores del
régimen bajo este pretexto igualados a ser homosexual con el ser comunista.
2. AMORIM, Bianca Rihan Pinheiro
[email protected]
Universidade Federal Fluminense
“O arquivo pessoal de Ernesto Geisel e a desmemoria da repressão”
Ernesto Geisel tomou posse como presidente do Brasil em 15 de março de 1974. Sucessor de
Emílio Médici, Geisel assumiu a presidência em uma conjuntura de recrudescimento dos
arbítrios - principalmente após o Ato Institucional nº 5 – que fez inflar o movimento de
oposição. Por outro lado, era pressionado a encontrar uma solução positiva frente à crise
energética mundial, que ameaçava um dos mais eficientes pilares de propaganda
governamental: o crescimento conseguido com o chamado “milagre econômico”.Entendendo
o momento delicado pelo qual passava o regime civil-militar que viria a dirigir, Geisel iniciou
seu mandato defendendo novos paradigmas para o mesmo. O general destacou-se na cena
pública pelo discurso de flexibilização dos moldes autoritários predominantes nos governos
anteriores, o que, segundo ele, levaria, naturalmente, a uma lenta, gradual e segura abertura
política.Assim, apesar de a violência ter se configurado como uma característica central de
todos os governos militares pós 1964, que a usaram no intuito de desfazer mobilizações,
reprimir, coagir e retirar o caráter político da luta social, o governo Geisel conseguiu manter-se
praticamente isento do legado da repressão. Em seu arquivo pessoal, Ernesto Geisel constróise como o presidente militar preocupado com a legalidade, não poupando esforços em
condenar os excessos de violência ligados à atuação da linha dura. A retórica da “mínima
segurança indispensável” passou a marcar os discursos do presidente, que reafirmava
recorrentemente o empenho de seu governo “para que a exigência de segurança venha
gradativamente a reduzir-se”. Nesse sentido, nosso trabalho pretende confrontando a
interpretação pessoal do ex-presidente Geisel sobre o próprio governo, no que diz respeito ao
apagamento do aparato repressivo, explicitando as contradições dos discursos publicizados no
arquivo.
3. BEBER CASTILHO, Alessandra
[email protected]
Programa de pós-graduação em Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de
Janeiro (PPGRI-UERJ)
“A diplomacia brasileira dentro do contexto repressivo: o apoio ao golpe de estado chileno
em 1973”
O Ministério das Relações Exteriores até hoje se orgulha de sua capacidade de manter uma
política externa coerente e contínua, sem rupturas e com grande autonomia perante as
questões internas do país, não permitindo "contaminar-se" por elas. Este trabalho tem como
objetivo - a partir da análise do papel desempenhado pela diplomacia brasileira no golpe de
estado chileno de 1973 - a desconstrução do mito do insulamento do Itamaraty.
[267]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Através das hipóteses de que questões internas interferem na formulação da política externa e
que o corpo diplomático do Itamaraty é formado por membros de uma elite burocrática que
muito interessava às Forças Armadas, em especial aos formuladores da Doutrina de Segurança
Nacional (DSN). Este trabalho investigará a relação entre estes dois órgãos, dentro do contexto
repressivo e de aplicação da DSN, especialmente no que tange à “exportação” desta doutrina,
através do fomento e apoio logístico a golpes de Estado nos países vizinhos.
4. BUHL RICHTER, Henrique (Mestrando em Ciências Criminais na Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul); DA SILVEIRA STEFFENS, Isadora (Graduanda em Relações
Internacionais
na
Universidade
Federal
do
Rio
Grande
do
Sul)
[email protected]
“A justiça transicional e impactos na cultura política da Argentina e do Brasil”
Atualmente, verificamos a persistência de resquícios autoritários nos países da América Latina
que passaram por ditaduras civil-militares na segunda metade do século XX, afetando
negativamente a consolidação democrática nesses países. Para a compreensão de tal
fenômeno, uma abordagem por meio da cultura política é pertinente, pois, se esta
permanecer atrelada ao passado autoritário, os procedimentos formais não serão suficientes
para a configuração da soberania popular. Nesse contexto, sustentamos que uma justiça
transicional eficiente pode ter efeitos positivos nas atitudes e comportamentos políticos dos
indivíduos, levando a um enfraquecimento da herança autoritária. Para testar tal hipótese,
estudamos os casos do Brasil e da Argentina, cujas transições democráticas deram-se de
maneira bastante distinta. Após delinearmos os principais aspectos da justiça transicional
nestes países e apresentarmos a teoria da cultura política, analisamos dados do
Latinobarómetro (2010) a respeito das percepções políticas de argentinos e brasileiros. Por
meio dessa análise, buscamos oferecer uma perspectiva pouco explorada sobre a importância
da justiça transicional e da memória para a sociedade, isto é, a perspectiva da cultura política.
5. DA COSTA MACHADO, Patrícia.
[email protected]
Mestranda em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
“Crimes de lesa humanidade: sistema internacional de proteção aos direitos humanos e os
casos brasileiro e argentino”
Considerando a discrepância entre os entendimentos das Supremas Cortes de Argentina e
Brasil, países assolados por Ditaduras de Segurança Nacional entre as décadas de 1960 e 1980,
o presente artigo, que compõe parte da pesquisa de mestrado que vem sendo desenvolvida no
Programa de Pós-Graduação em História da UFRGS, propõe analisar o papel das instâncias
máximas do Poder Judiciário de ambos os países no que diz respeito à responsabilização
judicial dos violadores de direitos humanos. Para tanto, analisaremos o julgamento da
Arguição de Descumprimento a Preceito Fundamental nº 153 pelo Supremo Tribunal Federal,
e dos casos paradigmáticos julgados pela Corte Suprema de la Nación Argentina (casos Símon,
Arancibia Clavel e Mazzeo), buscando compreender como estes tribunais consolidaram
jurisprudências tão diversas no tocante aos julgamentos de crimes de lesa humanidade
cometidos no período das ditaduras.
6. DÁVILLA SÁVIO, Eliane
[email protected]
Acadêmica do curso de Letras/espanhol da UNIOESTE, Campus de Foz do Iguaçu-PR
“Yo, el supremo”. Un estudio sobre la dictadura política paraguaya a través de la obra de
Augusto Roa Bastos y los reflejos en la actualidad”
[268]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Además de la propuesta del simposio 39: “dictaduras de seguridad nacional en el cono sur:
historia y memoria de la represión y la resistencia” es posible relacionar esta propuesta “Yo, el
supremo”. Un estudio sobre la dictadura política paraguaya a través de la obra de Augusto Roa
Bastos y los reflejos en la actualidad” . El autor es uno de los más importantes representantes
de la literatura del Paraguay y su obra se conecta con la cuestión en razón de que vivió gran
parte de su vida victimizado por la dictadura. La obra se relaciona directamente con la historia
y la literatura latinoamericana, pues es una novela que tiene como enfoque la vida del dictador
paraguayo Rodríguez de Francia, persona que para muchos es responsable por todas las
barreras sociales, económicas y otros problemas que el país sufre hasta los días actuales. Los
estudios acerca de la historia del Paraguay apuntan que los problemas que hoy tiene son
resultantes de un gobierno autoritario que empezó mucho antes de la proclamación de su
independencia en 1811. Por lo tanto, la importancia del presente trabajo es comprobar que la
literatura mantiene una estrecha relación con la política en la revisión de la historia, por medio
del trabajo con el lenguaje literario.
7. DIAS CASTELLI, Natasha
[email protected]
UNISINOS (Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
“1986: Os dez anos do golpe civil militar argentino e o nono aniversário da Asociación Civil
Madres de Plaza de Mayo através do periódico Madres de Plaza de Mayo”
O presente trabalho busca, através da análise do periódico das Madres de Plaza de Mayo
referente ao ano de 1986, enfatizar a construção realizada por este movimento sobre os dez
anos do “último” regime civil militar argentino. O ano em questão também marca o aniversário
de nove anos da Asociación Madres de Plaza de Mayo e, ao mesmo tempo, a separação do
grupo de mães em duas vertentes de luta, as Madres de Plaza de Mayo Línea Fundadora, e a
supracitada Asociación Madres de Plaza de Mayo. Entendendo que um jornal é um projeto
coletivo no qual se pretende difundir uma ideia, buscamos analisá-lo enquanto possível
instrumento capaz de veicular, desde um discurso que narra uma trajetória política e de luta
do movimento em questão (que se deseja difundir), assim como, demonstra as prioridades e
insígnias a serem destacadas.
8. DOMÍNGUEZ, Fabián
[email protected]
Universidad de General Sarmiento (UNGS) - Centro de Estudios e Investigaciones Históricas y
Sociales (CEIHS)
“Un cura en las garras del Cóndor”
El 26 de junio de 1980 el sacerdote Jorge Adur, capellán del Ejército Montonero, fue visto por
última vez en la frontera entre la Argentina y Brasil en el puente binacional Paso de los LibresUruguayana. Dentro del plan guerrillero, conocido como Segunda Contraofensiva Montonera,
el cura llegó a la región con varias misiones, y fue capturado por la red de las dictaduras del
Cono Sur denominado Plan Cóndor. Tres meses más tarde, se lo vio por última vez con vida en
una casa operativa clandestina a pocos metros de la guarnición militar de Campo de Mayo.
¿Por qué el cura se arriesgo a acercarse a una zona de alto peligro para su seguridad? ¿Cuáles
eran las misiones que le había encomendado la conducción guerrillera? ¿Qué lugares visitó
antes de su caída? ¿Con quiénes se entrevistó? ¿Dónde fue secuestrado? ¿Quiénes lo
secuestraron? ¿Fue secuestrado con otros o solo? ¿Qué se sabe del itinerario después de su
caída? ¿Recibió ayuda de la Iglesia a nivel institucional antes, durante o después de su
desaparición? Cada una de esas preguntas se intentará responder en la ponencia, como un
aporte que busca esclarecer el rol de integrantes de la Iglesia contra la dictadura en la
Argentina.
[269]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
9. FERNÁNDEZ, Jorge Christian
[email protected]
Professor de História da América/ História Contemporânea do Curso de História (Campus
Campo Grande/MS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
“Rota de fuga, “trampolim” ou “sair da frigideira ao fogo”? Ambiguidades e contradições no
uso do território brasileiro como refúgio temporário do exílio argentino, 1976-1983”
Durante o último período ditatorial da Argentina (1976-1983), muitos cidadãos argentinos,
perseguidos pelo aparato repressivo local em função de seus posicionamentos políticos,
desembarcaram no Brasil sem muita possibilidade de escolha. O que lhes urgia era sair do seu
país. Assim, sem possuir qualquer relação com o Brasil, muitos perseguidos tiveram que se
aventurar em terras brasileiras aproveitando-se, por um lado, das fronteiras relativamente
permeáveis e do suposto anonimato que propiciaria um país-continente, bem como da
existência de instituições não governamentais dedicadas à proteção dos direitos humanos e
dos refugiados. Mas, por outro lado, o Brasil distava de ser um lugar seguro, pois, além de
estar sob uma ditadura análoga aos dos vizinhos do Cone Sul, ainda colaborava de forma
sistemática com estes na dimensão extraterritorial da repressão, nos marcos estabelecidos
pela Doutrina de Segurança Nacional. Logo, por meio do presente artigo, objetivamos
apresentar um estudo preliminar sobre o papel ambíguo, complexo e paradoxal
desempenhado pelo Brasil naquele contexto específico. Com esse propósito analisamos e
cotejamos diversos tipos de fontes históricas, destacando as entrevistas orais e os documentos
inéditos dos órgãos repressivos, bem como memorandos e relatórios diplomáticos.
10. LIMA GALLAGHER, Jennifer Dympna
[email protected]
Programa de posgrado en Historia de la Universidad Federal de Santa Catarina (PPGH/UFSC)
“La Comisión Nacional de la Verdad de Brasil: cuestiones sobre el gobierno de la memoria y
la construcción del sujeto de la resistencia”
La presente ponencia pretende investigar la reciente instalación de la Comisión Nacional de la
Verdad de Brasil (CNV) en sus relaciones con otros hitos significativos para la construcción de
una memoria colectiva sobre la dictadura civil-militar en ese país. Ubicando ese aparato estatal
en un contexto más amplio de “gubernamentalización” de memorias colectivas acerca de
regímenes represivos alrededor del mundo, y problematizando algunos de sus aspectos ante la
historia del tratamiento oficial dado a la memoria de ese régimen específico en tensión con la
presión de movimientos sociales por verdad y justicia, este trabajo se propone a cuestionar
cómo se construyen los sujetos de la resistencia en las publicaciones de la CNV. De esa
manera, objetivase analizar el pasaje de discursos extraoficiales de resistencia hacia el ámbito
de sanción estatal, movimiento que pone en evidencia un campo de disputas de poder
alrededor de la memoria colectiva y permite interrogar los límites y potencialidades de las
comisiones de/por la verdad en la esfera contradictoria de los derechos humanos.
11. KREUZ, Débora Strieder
[email protected]
Mestranda em História – Universidade Federal de Pelotas
A repressão e a resistência no norte gaúcho: a (s) guerrilha (s) de Três Passos
A presente proposta de trabalho objetiva analisar e apresentar a produção historiográfica
existente acerca da repressão e resistência na chamada “Guerrilha de Três Passos”, ocorrida
no norte do Rio Grande do Sul, especialmente entre os municípios de Três Passos e Tenente
Portela. Tal nomenclatura para tais fatos, desde já se salienta, é equivocado, tendo em vista
[270]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
que foram dois os momentos em que ocorreram no local tentativas de resistência armada: o
primeiro diz respeito a um dos primeiros focos da oposição que pegou em armas, já em 1965 e
ligada a um projeto nacionalista, especialmente com a presença de setores das Forças
Armadas; o segundo se relacionada com a tentativa de implementação de um foco guerrilheiro
ligado a Vanguarda Popular Revolucionária, já no início da década de 1970. Acredita-se que os
dois momentos ainda não foram suficientemente analisados e, com tal perspectiva, o trabalho
pretende contribuir com a difusão e posterior aprofundamento da temática elencada, pois, ao
se localizar no interior do Estado, os estudos sobre a região, especialmente a atuação da
repressão e da resistência, são esparsos.
12. HERLER, Thomaz Joezer
[email protected]
Programa de Pós-Graduação em História da Unioeste/Campus Marechal C. Rondon
A formação das “novas esquerdas” no Brasil após o Golpe Civil-Militar
Nesta comunicação será discutido o processo de formação dos vários grupos armados de
orientação comunista ocorrido após o Golpe em 1964. Tal contextualização será feita com
base na contribuição de importantes autores como Jacob Gorender, Marcelo Ridenti, Jean
Rodrigues Sales, entre outros. Dentre os vários objetivos que este artigo possui, há a
preocupação em compreender o surgimento destas organizações armadas dentro do contexto
em que se encontravam. Deste modo, serão levadas em consideração as várias determinações
e influências de um momento marcado pelo cesarismo instaurado pela Ditadura Civil-Militar
no Brasil. Será também importante compreender a crise de paradigmas ocorrido no seio da
esquerda brasileira (na qual o PCB era hegemônico) e a vitória do processo revolucionário que
havia recentemente ocorrido em Cuba. O sucesso desta revolução inspirou diversas esquerdas
no mundo inteiro a seguirem o mesmo exemplo, renegando provisoriamente a estrutura
tradicional dos partidos comunistas e organizando-se em guerrilhas. No Brasil, além disto, a
influência de movimentos, partidos e pensadores que contrapunham-se à direção do PCB (tais
como Polop, PCdoB e Caio Prado Jr) também foi decisiva na formação destes grupos
guerrilheiros.
13. RIBEIRO, Marcos Vinicius
[email protected]
SEED-PR
“De “Masacrado en Nochebuena” a detido do Plan Condor: O caso de Remigio Giménez
Gamarra”
Em 24 de dezembro de 1960, na localidade de Paranhos, Mato Grosso do Sul, próximo a
fronteira com o Paraguai, na altura de Ypejhú, Departamento de Canindeyú, rematou-se a
trajetória de 8 militantes do movimento guerrilheiro 14 de Mayo que fora fundado em 14 de
maio de 1959. Os combatentes caíram ao tentar derrotar a ditadura do general Alfredo
Stroessner do Paraguai. O evento foi registrado por Efrain Martinez Cuevas no livro
“Masacrados en Nochebuena”. Dele participou Remigio Gimenez Gamarra que mais tarde, no
ano de 1969, foi preso no Brasil por participar de uma ação armada. Até meados do ano de
1986, sua trajetória foi marcada por arbitrariedades cometidas pelos diversos órgãos de
repressão das ditaduras brasileira e paraguaia. Remigio Gimenez foi preso no Brasil e enviado
ao Paraguai sem reconhecimento de qualquer processo de extradição. Algumas preocupações
desta trajetória singular, articulada aos diversos mecanismos da Operação ou Plan Condor é o
objetivo desta discussão.
14. RODRÍGUEZ AGÜERO, Laura
[email protected]
[271]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
UNCuyo
“Algunas notas sobre la represión paraestatal en Mendoza (Argentina), 1973-1976”
En Argentina, durante el tercer gobierno peronista (1973-1976) comenzó a montarse el
dispositivo represivo que marcó los prolegómenos del Terrorismo de Estado llevado adelante
por la dictadura militar de 1976. En Mendoza, la violencia paraestatal fue llevada a cabo por
distintos comandos parapoliciales. En este trabajo nos proponemos analizar a partir del uso de
fuentes escritas y del testimonio de algunos/as sobrevivientes, por un lado, cómo se
constituyeron en la dinámica local, las redes de relaciones implicadas en la práctica represiva y
la inflexión que implicó noviembre de 1975 en la centralización de la represión; y por otro
lado, cómo se manifestó el carácter internacional de la represión y cómo actuaron factores
poco explorados tales como los “negociados” al interior de la policía, en la persecución del
denominado “enemigo interno” en la provincia de Mendoza.
15. RODRIGUES MARQUES, Sabrina Da
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), graduanda em História-Licenciatura, 8º
semestre
“Da perplexidade à demonização: O discurso sobre a Revolução Cubana e sua evolução nas
páginas do Jornal do Comércio de Campo Grande (1959-1965)”
A Revolução Cubana foi um processo histórico que não só trouxe influências nas organizações
políticas brasileiras, como também em toda a América Latina. No Brasil, Cuba passou a ser
destaque em publicações jornalísticas nacionais e locais. Nesse trabalho analisaremos os
impactos da Revolução Cubana nas páginas do Jornal do Comércio, periódico que atuava em
Campo Grande, na região sul do antigo estado de Mato Grosso. Nossos objetos de estudo
foram às reportagens publicadas desde 1959-1965 e à recepção/difusão jornalística deste
evento histórico. Além dos fatos mais importantes deste processo revolucionário, procuramos
evidenciar nesse artigo, a construção da imagem de Cuba e o avanço do “perigo comunista”
por meio dos editoriais publicados desde o primeiro ano da Revolução Cubana até o Golpe de
1964 no Brasil. Cabe destacar que o Jornal do Comércio era um impresso aliado às classes
produtoras, difundindo opiniões, valores e atuando como um mecanismo político e ideológico
no marco de um acirramento da Guerra Fria no subcontinente.
16. ROJAS BOLAÑOS, Omar [email protected] ; JIMÉNEZ MARTÍNEZ, Rainiero
[email protected] (UNIVERSIDAD NACIONAL DE COLOMBIA)
“ALMAS DE-BOTAS: Una narrativa de los Falsos Positivos como expresión del Terrorismo de
Estado en Colombia”
Centra su atención en un fenómeno sociopolítico denominado Falsos Positivos, expresión y
hechos que son ejecuciones extrajudiciales, según la Corte Penal Internacional para
caracterizar los crímenes llevados a cabo en Colombia por las fuerzas militares, los cuales son
presentados ante la sociedad como guerrilleros dados de baja o muertos en acciones militares
como combates u operativos realizadas por el ejército en zonas de conflicto.
El resultado de esta investigación se logra gracias a la aplicación de técnicas y herramientas,
haciendo pesquisas en fuentes primarias y secundarias y recurriendo a víctimas, familiares de
estas, a miembros de las fuerzas armadas, obteniendo sus testimonios, vivencias e historias
ante una práctica delictiva que se ha convertido en el modus operandi por parte del ejército y
el gobierno en los últimos periodos presidenciales, como evidencia que se le está ganando el
conflicto armado a la guerrilla a costa de asesinar la población civil indefensa, utilizando
argucias que los ponen en el nivel de crímenes y terrorismo de Estado.
Se presenta este informe de una manera innovadora y cuidando la integridad de sus autores,
recurriendo a la re-creación de la verdad, a través de un texto literario narrativo, en el cual se
[272]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
presenta la descarnada realidad de las ejecuciones extrajudiciales, acompañada de un análisis
politológico en el que el terrorismo de Estado es la categoría que complementa la
disfuncionalidad de la democracia en Colombia.
17. SERRA PADRÓS, Enrique
[email protected]
PPG-História/Universidade Federal do Rio Grande do Sul
“A imprensa brasileira e o governo Allende: do ativismo golpista ao “distanciamento
objetivo”
O artigo propõe resgatar o acompanhamento da imprensa brasileira - em um contexto
marcado pela consolidação da ditadura de segurança nacional – sobre os acontecimentos
fundamentais vinculados com o governo da Unidade Popular e a luta de classes no Chile. A
proposta está focada na identificação e análise de matérias publicados nos jornais O Globo,
Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Correio do Povo, Zero Hora, e na
revista semanal Veja. O objetivo é procurar avaliar a evolução da postura política e do ativismo
pró-golpe desencadeado pela grande imprensa brasileira em relação a um conjunto de fatos
que permitem integrar em perspectiva histórica o desenvolvimento da “via chilena ao
socialismo”. Para tanto serão analisados notícias e editoriais que dizem respeito à campanha
eleitoral da UP, ao resultado eleitoral, à assunção de Allende à presidência, aos processos de
nacionalização, ao Tancazo e ao golpe do 11 de setembro. Será objeto de avaliação, ainda, a
repercussão dos interesses brasileiros “em jogo”, a postura da ditadura brasileira (através do
governo, Itamaraty, empresários e Forças Armadas), bem como, também, o espaço dado ao
papel e interesses dos EUA no que tange às questões do país transandino.
18. SLATMAN, Melisa
[email protected]
Doctoranda, UBA
“El terrorismo de Estado en Chile y sus víctimas argentinas”
Los anexos de la Comisión Nacional sobre la Desaparición de Personas de Argentina no brindan
información de denuncias sobre argentinos desaparecidos o ejecutados en Chile, con
excepción de un caso con denuncia incompleta. Sin embargo, informes elaborados por el
Estado Chileno y por organismos de Derechos Humanos de ese país permiten contabilizar doce
casos de víctimas argentina ejecutadas sumariamente o desaparecidas s en Chile. De estos
casos, uno es previo al golpe de Estado: el asesinato de Leonardo Henrichsen, quien trabajaba
como camarógrafo para la televisión nacional sueca. Fue asesinado el 29 de junio de 1973
durante el “Tanquetazo”, un fallido golpe de Estado contra el gobierno democrático de
Salvador Allende. Este asesinato se tornó emblemático y fue repudiado internacionalmente,
tras recuperarse los rollos de film en los cuales quedó asentado cómo este camarógrafo
registró su propio asesinato. Pese al impacto internacional que tuvo este caso, no se encuentra
agregado al Informe de la Corporación Verdad y Reconciliación, probablemente porque se lo
consideró como producido antes del golpe de Estado. Los otros casos – Carlos Adler, Oscar
Hector Bugallo, Beatriz Elena Díaz Agüero, Héctor Benjamín Garzón Morillo, Teodoro Konoba,
Miguel Angel Lacorte, Bernardo Mario Lejderman Konujowska, José Luque Schurman, Manuel
Roberto Mezquita Ramirez, Alberto Esteban Palacio Gonzalez y Hugo Norberto Ratier Nogueratuvieron lugar entre 1973 y 1989. En esta ponencia, se analizan estos casos de ejecución
sumaria o desaparición forzada proponiendo entender a qué lógicas locales y/o
transnacionales respondieron.
19. SOTO GUTIÉRREZ, Carmen Gloria
[email protected]
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
Universidad de Chile
“La experiencia concentracionaria a través del relato testimonial. Los casos del Estadio
Nacional y Villa Grimaldi. Chile, 1973-1990”
Plantear un imaginario del terror, durante la dictadura militar chilena (1973-1990), implica
abordar los discursos y representaciones, tanto en lo material y simbólico, en torno al ejercicio
de la violencia política al interior del país. Aún así, independiente del despliegue represivo, y la
supresión de la memoria, este objetivo se vio imposibilitado frente al testimonio de las
víctimas y las posteriores denuncias.
En este contexto, gran relevancia adquirió el relato testimonial al posibilitar la emergencia de
la voz de los silenciados, en tanto sujetos activos y, en muchos casos, no doblegados por la
experiencia del terror.
En este escrito se plantea la reconstrucción de la experiencia concentracionaria a través del
relato testimonial, concretamente a partir del análisis comparativo de las obras “Frazadas del
Estadio Nacional” (2003) de Jorge Montealegre y “Una mujer en Villa Grimaldi” (2011) de
Nubia Becker. Ambas obras se caracterizan por el énfasis en las categorías de espacio y
cuerpos, es decir, es un espacio físico que forma parte de un mayor aparataje de dominación y
encarcelamiento. Asimismo, una segunda temática que media ambas obras es la tortura, lo
cual nos sitúa en el tema del cuerpo, es decir, es un cuerpo el privado de libertad y sujeto a
suplicios, pero también es un cuerpo que cobra voz y se dedica a denunciar los crímenes
perpetrados por la institucionalidad chilena.
[274]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro – 9.00hs – Sala E1. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 40
LUTAS ANTI-DITATORIAIS NA AMÉRICA LATINA: MILITÂNCIA, EXÍLIO E
JUSTIÇA DE TRANSIÇÃO
Em memória del Prof. Cleo Sabadi Bonotto (1982-2011)
Coordenadores: Isabel Cristina Leite (UFRJ/ Brasil) [email protected]; Mario Ayala (UBA/
Argentina) [email protected]; Diego Omar da Silveira (Universidade do Estado do
Amazonas-Brasil) [email protected]
Comentaristas: Enrique Serra Padrós (UFRGS/ Brasil), Jacques Novión (UnB/BRasil), Jorge
Fernández (UFMS/Brasil), Ananda Simões Fernandes (UFRGS/ Brasil), Jean Rodrigues Sales
(UFRRJ/Brasil), Melisa Slatman (UBA/ Argentina).
RESUMO: Pretendemos com este Simpósio dar continuidade as discussões iniciadas no
anos de 2010 e 2012, nas Jornadas Internacionales de Problemas Latinoamericanos, sobre as
lutas anti-ditatoriais na América Latina e o legado deixado por estas. Desde então, em alguns
países latino-americanos ocorreram importantes acontecimentos relacionados à
implementação de políticas reparatórias, ou punitivas, como forma de reconhecimento dos
danos causados pelas ditaduras civis-militares na vida de seus oponentes. Criação da comissão
da verdade no Brasil, reabertura dos julgamentos na Argentina, ou mesmo a reabertura,
seguido do cancelamento dos julgamentos na Guatemala. Deste modo, o debate vem
paulatinamente saindo do âmbito acadêmico e tomado o espaço público. Ao mesmo tempo,
também existe um debate historiográfico que tenta revisar o papel da sociedade e dos civis
nestes governos e nas relações com a guerrilha, bem como novos estudos sobre a militância
contra as ditaduras civis-militares nas dimensões nacionais e transnacionais. Nesta última
perspectiva, da militância, foi incorporada o papel das organizações políticas de exilados e
direitos humanos nos exílios, as quais realizaram uma importante atividade de denúncia nas
sociedades de acolhida e ante opinião pública mundial e os organismos internacionais, com o
objetivo de pressionar seus estados para mudar sua política repressiva. Em suma, este
simpósio propõe ver a luta anti-ditatorial em suas dimensiones nacionais e transnacionais seja
de militantes no exílio, seja dos organismos de direitos humanos, bem como a revisão sobre
participação de civis nestes governos.
Atividades complementares: Apresentação dos livros
1. Daniel Aarão Reis Filho, Janaina Cordeiro, Diego Omar Silveira e Isabel Leite. À somba das
ditaduras. Brasil e América Latina. Rio de Janeiro: Mauad, 2014.
2. Jean Rodrigues Sales. Guerrilha e revolução: a luta armada contra a ditadura militar no
Brasil. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014.
3. Diego Omar Silveira, Isabel Leite, Mario Ayala (Organizadores). Questões de América Latina
Contemporânea, Universidad do Estado de Amazonas, 2014.
RESUMOS
1. ANTONINI, Anaclara Volpi
[email protected]
Universidade de São Paulo/ Brasil
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Os lugares de memória da ditadura militar no contexto da justiça de transição brasileira”
Na justiça de transição brasileira, iniciativas como a criação da Comissão Nacional da Verdade
e comissões locais da verdade, políticas de reparação financeira e simbólica, entre outros, são
partes de um processo que vem se ampliando nos últimos dez anos. Trata-se de um modelo
ainda afastado do julgamento das violações cometidas por agentes do Estado repressivo e
marcado por um caráter predominantemente econômico e individual. Neste processo,
também se destacam movimentos pela preservação e recuperação de lugares que registram
material ou simbolicamente memórias da repressão política e da violência de Estado. Neste
artigo, serão analisadas as experiências de três lugares na cidade de São Paulo: os antigos
edifícios do DOPS (atual Memorial da Resistência de São Paulo), do DOI-CODI (tombado pelo
conselho estadual de defesa do patrimônio e ocupado por uma delegacia de polícia) e a
Auditoria Militar (atualmente cedida à OAB para a criação de um memorial). Ao entendê-los
como lugares de memória da ditadura militar que recuperam tanto as marcas da violência
estatal como a resistência dos perseguidos políticos, busca-se debater a luta por esses lugares,
que não está apenas ligada à restituição do passado, mas também a uma postura resistente
nos dias atuais ao se constituírem como reparação simbólica e coletiva, direcionada a toda a
sociedade.
2. AYALA, Mario
[email protected]
Programa de Historia Oral, Instituto Interdisciplinario de Estudios e Investigaciones de América
Latina, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires
“Exilados argentinos en Venezuela: campañas de denuncia locales e internacionales contra la
dictadura, 1977-1983”
El retorno a la democracia en Venezuela a partir de 1958 la transformó en un país de refugio
de exiliados de paises de la región, gracias a su estabilidad política y crecimiento económico
sostenido apoyado en los ingresos petroleros. A partir de la instalación de Dictaduras de
Seguridad Nacional en Chile (1973), Uruguay (1973) y Argentina (1976) recibió varios miles de
conosureños que optaron que salir a hacia este país aprovechando las oportunidades políticas,
socioeconómicas y la cercanía geográfica, cultural y lingüística con su país de origen. En una
región hegemonizada por dictaduras y gobiernos autoritarios, el país andino-caribeño brindó a
los exiliados condiciones políticas democráticas y de libertad personal para organizarse y
realizar actividades de denuncia contra su país de origen y hacia la esfera política regional e
internacional, además de permitirles participar de las organizaciones políticas venezolanas. En
el caso de los exiliados argentinos, a partir de 1976 se organización en comités y redes amplias
para realizar campañas de denuncia de las violaciones de los derechos humanos y la política
económica de la dictadura militar con el objetivo de lograr la solidaridad internacional de
gobiernos y organizaciones gubernamentales y no gubernamentales internacionales para que
presionen a la dictadura argentina a un cambio en su política represiva y una apertura
democrática. La ponencia, apoyada en fuentes orales y escritas, analiza algunas de estas
campañas y movilizaciones de los exiliados argentinos en Venezuela entre 1977 y 1983.
3. FERNANDES, Ananda Simões
[email protected]
Universidade Federal do Rio Grande do Sul/ Brasil. Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul
“O controle da resistência e da solidariedade dos refugiados políticos no brasil pela
comunidade de segurança e informação da ditadura civil-militar brasileira”
O artigo pretende analisar a atuação de diversos órgãos que integravam o aparato repressivo
da ditadura no Brasil no tocante às atividades dos refugiados políticos presentes em território
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
brasileiro, destacadamente no final dos anos 1970. Com o processo de distensão iniciado pelo
ditador Ernesto Geisel, a comunidade de informação e segurança substituiu uma atitude
repressiva indiscriminada por uma ação repressiva qualificada. Os órgãos repressivos passaram
a buscar novas vítimas que justificassem e legitimassem sua razão de ser, visto que a luta
armada já havia sido derrotada no Brasil. Desse modo, um dos novos “inimigos” da ditadura
brasileira, na concepção da Doutrina de Segurança nacional, eram os refugiados que, devido
ao processo de abertura no Brasil, aqui vinham buscar asilo político, principalmente,
argentinos e uruguaios. Assim, busca-se demonstrar como as ações de resistência e de
solidariedade dos movimentos de refugiados políticos em território brasileiro foram
monitorados e controlados pelo aparato repressivo brasileiro.
4. FERNANDES, Margarida
[email protected]
CRIA – Centro em Rede de Investigação em Antropologia / Portugal. Universidade Nova de
Lisboa
“E da dor se fez arte: Ideologia, memória e representação das ditaduras”
A recorrência do tema das ditaduras sul americanas como fonte de inspiração para a produção
artística e literária não pode ser acidental. Trata-se de um trabalho arriscado de militância, por
vezes produzido no exílio e divulgado, com considerável impacto, no exterior onde ajudam a
configurar o imaginário sobre a América do Sul. As novelas são, na perspectiva de Edward Said,
“[…] do mundo, até certo ponto são eventos, e mesmo quando parecem negá-lo, são todavia,
uma parte do mundo social, da vida humana e, claro, do momento histórico em que estão
situadas e são interpretadas.” (Said, 1983: 4 – tradução minha). O mesmo poderá dizer-se de
outras formas de expressão artística. Sem pretender fazer da ficção um objecto histórico
detenho-me na construção das narrativas no pressuposto de que “[...] (Uma acção que se
invente é sempre uma acção possível, real, portanto.)” (Carvalho, 1992[1977]:20). Esta análise
– que não se pretende exaustiva –, pretende apresentar uma abordagem antropológica que
trata a arte como fonte, atribuindo aos autores – e às suas personagens – o papel de
informante complexo que contribui para a formulação da memória cultural, social e política de
cada um dos países e do continente.
5. FERNANDÉZ, Jorge Christian
[email protected]
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ Brasil
“Rebeldes, prófugos e conspiradores: O exílio dos militares de esquerda brasileiros na
Argentina e Uruguai, 1936-1942”
O objetivo principal nesse trabalho é examinar a trajetória de alguns ex-militares do Exército
Brasileiro em seus exílios no Uruguai e Argentina. Herdeiros dos tenentes rebeldes de 1922 e,
principalmente, do militar e líder comunista Luiz Carlos Prestes, sua formação militar foi
marcada pela atmosfera da época, em meio à levantes armados e uma crescente radicalização
política. Expulsos da caserna após a sua vinculação com a “Intentona Comunista” de 1935, os
ex-militares enfrentaram diversos obstáculos, tais como o cárcere, a perseguição, a fuga e o
posterior exílio. Os vizinhos Uruguai e Argentina foram, historicamente, lugares de refúgio
para os opositores derrotados das disputas políticas internas, e também espaços de
articulação política ou até base para a continuidade das lutas. Entretanto, no contexto dos
anos 1930, tais atividades políticas enfrentavam um cerceamento, especialmente se partissem
de setores de esquerda, e já se evidenciavam as embrionárias conexões repressivas entre as
forças de segurança regionais visando à contenção do “bolchevismo”. Paralelamente, o
polarizado e dinâmico cenário político-ideológico internacional do entreguerras encaminhou o
grupo de ex-militares a transcender duplamente, tanto limites geográficos quanto
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
compromissos de militância, trilhando caminhos na Guerra Civil da Espanha e na Segunda
Guerra Mundial.
6. FURLAN, Elisangela
[email protected]
Universidade Estadual do Oeste do Paraná/ Brasil
“Década de 1970: o despertar pra realidade nas obras de Cildo Meirelles”
Este trabalho de pesquisa apresenta uma breve análise contextual da década de 1970 como
referencial de tempos de repressão e autoritarismo, próprio do regime militar implantado
após o Golpe militar de 1964. Partindo da expressão artística, como registro de um tempo,
como meio de estudo historiográfico que embasa este trabalho, por hora, de caráter
introdutório, toma-se como meio de pesquisa as obras de artistas da década de 1970, que por
estarem descontentes com a realidade da época, expressam suas ideias em obras de protesto,
como uma arte que denuncia a realidade do regime militar. Principalmente, por meio das
obras de Cildo Meirelles e Artur Barrio que propunham em suas obras uma proposta política e
socialmente críticas, de direcionamento questionador de ordem informativa, fazendo com que
as pessoas refletissem a respeito dos acontecimentos próprios desse período. Além de outros
artistas plásticos da época, e também da música que sofreram duras penas, por tentar expor
sua opinião, frente aos ditames do regime militar. Enfim, busca por compreender e ampliar
conhecimentos acerca das produções artística da década de 1970, bem como, a violência
estatal frente aos artistas da época, dos quais, buscavam por expor sua posição diante da
tamanha limitação do direito de opinião.
7. GUMIERI, Julia Cerqueira
[email protected]
Universidade de São Paulo/ Brasil
“A transição política brasileira: a falta de responsabilização e a flexiblização nos direitos
humanos”
Este trabalho propõe investigar os alcances do legado autoritário do regime militar brasileiro
na redemocratização do país a partir de dois elementos: a transição política e as políticas de
memória. Ao analisar a transição à democracia acompanharemos o caminho adotado para a
reinstalação gradual das garantias aos direitos políticos e sociais no país a partir de 1974.
Passamos depois ao detalhamento das balizas da política de reparação que o Estado
democrático brasileiro adotou frente aos atos de lesa-humanidade praticados pelos militares
entre 1964-1985. Como a literatura especializada afirma: as condições herdadas dos períodos
ditatoriais influem nos caminhos para a efetivação da justiça transicional e,
consequentemente, nas possibilidades das políticas reparatórias posteriores. Nosso objetivo
principal, neste artigo, é apontar como nossa transição à democracia e como o modelo de
nossa política de memória podem alimentar valores não democráticos dos brasileiros em
relação ao uso da violência e das violações aos direitos humanos no país, contribuindo para a
sobrevivência, ainda hoje, de uma cultura policial violenta. Para tal nos utilizaremos da
pesquisa divulgada em junho de 2012 pelo Núcleo de Estudos de Violência da USP que mostra,
a partir de dados recolhidos em 2010, que cerca da metade da população de 11 capitais
brasileiras concordava, totalmente ou em parte, com o uso da tortura por parte da polícia,
como método para obter provas de suspeitos.
8. KONDOLF, Cecilia B.
[email protected]
Programa de Historia Oral, Instituto Interdisciplinario de Estudios e Investigaciones de América
Latina, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“El tercer gobierno peronista y los exiliados chilenos en la Argentina, 1973-1976”
Luego del golpe de Estado que derrocó al gobierno constitucional chileno de la Unidad Popular
el 11 de septiembre de 1973, alrededor de 15.000 chilenos exiliados se refugiaron en
Argentina (Sznadjer y Roniger, 2013: 206) buscando la protección del tercer gobierno peronista
con el apoyo del ACNUR y de organizaciones no gubernamentales y religiosas. En esta
ponencia propongo analizar la posición del tercer gobierno peronista respecto a los miles de
exiliados de ese país que llegaron al país por aquellos años en busca de refugio, de un espacio
de reorganización y resistencia, o de un lugar de tránsito hacia otros países de Latinoamérica y
Europa. El trabajo se apoya en fuentes hemerográficas, no gubernamentales y testimonios
editados. Forma parte de una investigación más amplia que se propone reconstruir los
itinerarios y experiencias de la militancia chilena de izquierda exiliada en Buenos Aires durante
el periodo.
9. LEITE, Isabel Cristina
[email protected]
Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Brasil
“Releituras do passado: o debate sobre a violência revolucionária na revista La Ciudad Futura
(1986 -2007)”
Nosso objetivo nesta comunicação é analisar uma das diversas publicações que auxiliam no
debate sobre a violência revolucionária praticada na Argentina entre os anos 1960 e 1970.
Faremos uma contextualização do periódico La ciudad Futura. Tal fonte se mostra como
espaços privilegiados para que militantes/ intelectuais realizem a revisão crítica das
organizações, da militância e da luta armada. La ciudad Futura, foi publicada entre 1986 e
2007, dentro do Club de Cultura Socialista. A partir dos momentos finais da ditadura emergiu
uma série de dilemas teóricos sobre qual democracia estava por ser construída e como a
esquerda poderia fazer parte desta construção também era uma questão. O núcleo de
intelectuais que integraram La Ciudad Futura fez um esforço no sentido de dar conta destes
temas.
10. LEITE, Maria Cláudia Moraes
[email protected]
Universidade Federal do Rio Grande do Sul / Brasil
“Políticos exilados no Uruguai e a luta contra a ditadura brasileira”
O presente artigo objetiva apresentar a forma como os políticos exilados no Uruguai lutaram
contra a ditadura militar instituída no Brasil com o golpe de 31 de março de 1964. Sera
analisada especificamente a rede de sociabilidade formada em torno de Leonel de Moura
Brizola, um dos mais articulados políticos brasileiro exilado no país vizinho, com o intuito de
demonstrar como esses indivíduos articularam-se para combater a ditadura brasileira e a rede
repressiva formada entre Brasil e Uruguai. Dessa forma, pretendemos contribuir com o tema
proposto, levantando algumas hipóteses que podem ser discutidas e aprofundadas acerca do
exílio durante a ditadura militar brasileira.
11. MONTYSUMA, Marcos [email protected] ; SILVEIRA, Vássia (UFSC)
“El caso Herzog: dos historias y una solo imagen del Brasil dictatorial (1964-1985)”
Abordamos en esta ponencia la decisión del gobierno brasileño de investigar los casos de
violación de los derechos humanos, sucedidos durante la dictadura militar, que en Brasil
empezó con el golpe de 1964 y se mantuvo hasta 1985. La decisión de volver a este periodo
rompe con el silencio oficial de más de cuatro décadas. Esta actitud abre nuevos caminos en la
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
historia del tiempo presente del país y viene movilizando amplios sectores de la sociedad. El
hecho que tomamos como referencia en esta discusión remite al "ahorcamiento" del
periodista Vladimir Herzog sucedido en 1975 - esto es lo que consta en los documentos
oficiales. Actualmente, la prensa viene noticiando el reconocimiento por parte del gobierno,
de que este fue una de las víctimas del régimen, que falleció en consecuencia de torturas
sufridas en el DOI-CODI. Los análisis aquí expuestos están situados en el campo designado por
historia del tiempo presente. Consideramos las categorías imagen y memoria como
instrumentos que nos instigan a lanzar la mirada indignada sobre la realidad. Las fuentes
preferenciales recaen sobre imágenes y prensa del periodo.
12. PEÑALOZA PALMA, Carla
[email protected]
Universidad de Chile
“Solidaridad con Chile: antecedentes de un fenómeno global en tiempo de la guerra fría”
Tras el golpe militar de 1973 la solidaridad con Chile se expresó de múltiples maneras en todo
el mundo. Otorgando refugio a los perseguidos, denunciando la represión en los organismos
internacionales, entre otras manifestaciones que tuvieron como protagonistas tanto a chilenos
víctimas de la violencia, como a ciudadanos de todo el mundo que se condolieron con sus
padecimientos y abrazaron su causa política. Nuestra hipótesis es que la solidaridad hacia
Chile tiene una raíz anterior al golpe de Estado, y dice relación con la esperanza que la vía
chilena al socialismo encarnada por Salvador Allende representaba para el mundo progresista
en el contexto de la Guerra Fría. Al mismo tiempo, esa solidaridad se convirtió en un actor muy
relevante en la lucha contra la dictadura. Si bien existen numerosos registros sobre el exilio y la
solidaridad con Chile, no se hallan muchos estudios académicos de la militancia política y de la
solidaridad como fenómeno colectivo. En este trabajo abordamos este tema apoyándonos en
la prensa periódica, documentos políticos y entrevistas.
13. REGINATTO, Ana Carolina
[email protected]
Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Brasil
“O marco dos direitos humanos como luta política: A atuação pioneira do Grupo de Apoio
Mútuo na Guatemala”
O marco dos direitos humanos cumpriu um papel imprescindível nas transições políticas
latino-americanas. As reivindicações de seus grupos de defesa não só ajudaram a impulsionar
os processos de abertura, como também, a travar um intenso debate público sobre os
mecanismos a serem adotados para reparar as vítimas da violência sistemática, esclarecer as
violações cometidas, punir os violadores e, sob uma perspectiva mais ampla, discutir os
legados dos regimes autoritários na formação de um novo pacto político democrático. Na
Guatemala, o retorno ao regime civil e constitucionalista em 1986 não significou o início de um
processo de democratização mais amplo. Neste contexto, os atores civis acabaram
encontrando na defesa dos direitos humanos um ponto de convergência para fazer oposição
às violações que ainda ocorriam e mobilizar suas demandas históricas de participação e
ampliação democrática. A proposta deste trabalho é analisar, especificamente, a atuação do
Grupo de Apoio Mútuo, criado ainda em 1984, e pioneiro na atuação política ativa das
mulheres, na reivindicação dos desaparecidos políticos e na articulação com outras
organizações internacionais.
14. SALES, Jean Rodrigues
[email protected]
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/ Brasil
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CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“50 anos depois: um balanço dos estudos e debates sobre a luta armada contra a ditadura
militar no Brasil”
Nesse momento em que se completam cinquenta anos do golpe militar de 1964 brasileiro, o
objetivo desse texto é apresentar um panorama dos estudos e debates existentes no Brasil
sobre a temática da luta armada contra a ditadura militar. O que se pretende é, a partir da
citação de algumas obras representativas, traçar um itinerário dos estudos e das discussões
que marcaram essa área de pesquisa desde meados dos anos 1970 até os días atuais.
15. SEITZ, Ana Inés
[email protected]
CONICET/UNLP/UNS/ Argentina
“Los testimonios en su historicidad. El caso de los estudiantes de la ENET Nº1 de Bahía
Blanca (Argentina)”
En su testimonio, el testigo no relata sólo los hechos históricos en los que ha participado;
también nos habla de su presente, de sus grupos de pertenencia, de la sociedad de la que
forma parte, de su relación con los medios de comunicación. Más aún, el testimonio lleva
siempre la marca de los que es posible decir (y oír) en la sociedad del tiempo en el que se
produce el relato. Partiendo de estas afirmaciones, este trabajo se interroga, a partir de un
análisis de caso, acerca de las marcas que sucesivos contextos sociales e históricos han dejado
en la producción testimonial sobre la represión en la última dictadura militar en Argentina. La
ponencia se centra en el análisis de los testimonios producidos en torno a un caso
emblemático de represión dictatorial que tuvo como protagonistas a un grupo de estudiantes
secundarios que asistían a la E.N.E.T. N°1 de la ciudad de Bahía Blanca durante 1976. El análisis
se basa en los relatos referidos al caso producidos en las diversas instancias judiciales que se
han desarrollado en las últimas tres décadas en la ciudad y en el país (Juicio a las Juntas
Militares, Juicios por la Verdad, Juicios por Crímenes de Lesa Humanidad), así como en los
testimonios publicados en diversos soportes (literatura, films, medios de comunicación, etc.) a
lo largo de dicho período.
16. SÓTENOS, Abner F.
[email protected]
Universidade Federal do Rio de Janeiro/ Brasil
“Sob o fio da navalha: os movimentos sociais populares sob o olhar da teoria social e do
aparato repressivo durante a distensão política no Brasil”
O objetivo deste artigo é discutir sob a luz da abordagem teórica utilizada no Brasil como
referencial analítico durante os anos 1980, sob a atuação dos movimentos sociais populares no
período de distensão política, especialmente aqueles que ganharam proeminência pós 1974.
Esperamos com isso demonstrar a partir da experiência de organização e atuação do
Movimento Amigos de Bairros (MAB) no Rio de Janeiro em que medida a investida sobre esse
tipo de mobilização subvalorizou a contribuição desses grupos como oposição a ditadura
militar. Ademais, o término da ditadura brasileira em grande medida atribuído a um projeto de
descompressão executado pelo governo, se em parte da conta de um dos elementos
responsáveis pela “abertura”, por outro, oblitera a contribuição que os movimentos sociais de
oposição tiveram como catalizador e mesmo promotor de um ritmo de “transição”. Nosso
escopo neste trabalho é ainda perceber a partir da documentação produzida pelo aparato
repressivo, como a comunidade de informação percebeu a atuação dos movimentos sociais
populares tendo em vista a dinâmica contestatória desses grupos.
17. SILVA, Fernanda Raquel Abreu
[281]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
[email protected]
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro / Brasil
"Por motivação exclusivamente política": movimento sindical e as dificuldades na busca pela
anistia”
Algumas questões evidenciam os dilemas que o Brasil está enfrentando para enquadrar o seu
passado que, inclusive, interfere no presente por ocasião da luta pela anistia. Aqui
discutiremos as leis sobre anistia política e outras atribuições, além dos preceitos elaborados
pelo Estado para a concessão da qualidade de anistiado político e os processos de
requerimentos de anistia de Clodesmidth Riani e Geraldo Cândido enviados à Comissão da
Anistia. Mostraremos os critérios exigidos pela Comissão para o envio do pedido de anistia e
discutiremos como esses ex-líderes sindicais estão respondendo ao Estado e as dificuldades
que estão encontrando pelo caminho. No entanto, para isso utilizaremos não só os processos
como fonte histórica, mas também entrevistas realizadas através da metodologia da História
Oral aos sindicalistas Clodesmidt Riani, Geraldo Cândido e José Ibrahin. Isso se dá por conta
das expressivas críticas formuladas por Geraldo Cândido e José Ibrahin a respeito da forma
como esse processo é conduzido. Portanto, procuramos entender como e porquê esses
operários sindicalistas estão encarando algumas dificuldades para obter o deferimento de seus
pedidos de anistia e qual estrutura criada em torno das leis de anistia e suas formas de
viabilização.
18. SILVEIRA, Diego Omar
[email protected]
Professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA)
“Memórias do cárcere, engajamento e ditadura no brasil: Leituras de Frei Betto e de Thiago
de Mello”
Nos últimos anos tem ganhado espaço na historiografia e nas ciências sociais brasileiras o
equacionamento entre as memórias da ditadura civil-militar brasileira, o reconhecimento pelo
Estado dos crimes cometidos contra os direitos humanos e a necessidade de reparação às
vítimas. Ao lado dos debates sobre a justiça de transição, um amplo leque de estudos tem
debatido os processos de atualização dessas memórias, bem como alguns suportes que
tornam possíveis reinventar as representações desse período, com ênfase especial para a
literatura e o cinema. O presente trabalho discute como as memórias do cárcere e o
engajamento na luta contra a ditadura aparecem nos livros de dois importantes intelectuais
brasileiros nas décadas de 1960 e 1970: Frei Betto – frade dominicano preso no episódio que
levou à morte do guerrilheiro Carlos Marighella – e o poeta amazonense Thiago de Mello.
19. STERLING, German
[email protected]
UNIOESTE
“Músicos no exílio e a ideia de América Latina”
Neste artigo temos por objetivo apresentar e discutir o processo de resistência aos regimes
ditatoriais no exílio de músicos, nas décadas de 1970 e 1980, em especial da agrupação
uruguaia; "Camerata Punta del Este". Este conjunto musical, que transitava entre o erudito e o
popular, depois de participar ativamente na consolidação do Frente Amplio no Uruguai no
início da década de 1970, foi perseguida, seus integrantes presos e posteriormente forçados
ao exílio no México. Nesse pais de acolhida desempenham importante papel de resistência ao
participar da organização das "Jornadas del Exilio Uruguayo" nas quais serão convocados
importantes músicos da nova canção latino-americana, alguns deles no inicio de carreira.
Estas jornadas, como a intensa atividade cultural de denuncia em outros palcos aos regimes
[282]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
militares espalhados pela América Central e do Sul, contribuíram para que diversas gerações se
apropriassem da Idea de América Latina, na medida em que musicas y letras propagavam essa
ideia, não nova, mas agora mais militante e popular do que antes. Os exílios provocaram
encontros entre músicos de diversos países latino-americanos que permitiram diálogos
culturais, onde o nacional, não disputava espaços, e sim possibilitavam a complementaridade
na ideia supranacional da América Latina.
[283]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
|29 de novembro – 9.00hs – Sala D2. UNIOESTE|
SIMPÓSIO 41
FLUXOS, TRABALHO E MIGRAÇÃO NA AMÉRICA LATINA
Coordenadores: Eric Gustavo Cardin (UNIOESTE) [email protected]; Cíntia Fiorotti
(SEED-PR/UFU)
RESUMO: As desigualdades políticas, econômicas e tributarias dos países latinoamericanos fomentam uma conjuntura onde se visualizam diferentes fluxos de trabalhadores,
capitais e mercadorias. Neste sentido, destacam-se a migração pendular típica das regiões
fronteiriças e os processos de imigração de caráter mais permanente realizados por
trabalhadores de diferentes nacionalidades que buscam oportunidades nos grandes centros
econômicos ou naqueles ainda em expansão. Assim, o Simpósio “Fluxos, Trabalho e Migração
na América Latina” tem como objetivo discutir as práticas sociais e as experiências destes
trabalhadores migrantes, assim como os sistemas de produção e de circulação de mercadorias
e serviços nas fronteiras latino-americanas; os processos de organização e resistência dos
trabalhadores; a exploração do trabalho de crianças e adolescentes; o trabalho clandestino,
subterrâneo e ilegal; e os processos de inserção da força de trabalho migrante no mercado de
trabalho. Além disso, observará as abordagens teóricas e metodológicas relacionadas à
construção de identidades em torno de experiências formativas do trabalho, como processo
que atravessa e define subjetividades em diferentes contextos, bem como a complexidade
teórica dos circuitos produtivos, econômicos e mercantis em níveis distintos da vida social dos
sujeitos e suas regulações, observando os métodos, as formas de ação e as respostas coletivas.
RESUMOS
1. CARRILLO, Claudia
[email protected]
Universidad Tecnológica Metropolitana (UTEM)
“¿A quién llamamos inmigrante en Chile?”
Esta ponencia pretende desarrollar una discusión bibliográfica acerca del concepto inmigrante
en Chile. Desde esta perspectiva, se discuten los significados atribuidos a dicho concepto y su
uso desde el discurso político. Para responder a este propósito, en un primer momento se
plantean las migraciones internacionales en América Latina asociadas principalmente a
factores económicos. En este contexto, es importante considerar que Chile ha representado un
importante polo de recepción debido a un comportamiento económico diferencial en la región
creando condiciones para absorber la mano de obra migrante. Esto responde en cierta
manera, al hecho de la crisis económica y social que afectó a las principales sociedades de
destino extrarregionales de los “migrantes” latinoamericanos, lo cual ocasionó la caída de las
actividades económicas y el deterioro de los mercados laborales en aquellos países, y por
tanto, redujo la salida de las personas hacia los destinos fuera de la región (OIM, 2012), así
entonces, se fue configurando en Chile una inmigración intrarregional principalmente. En un
segundo momento, se presenta la discusión bibliográfica sobre el concepto a partir de las
definiciones lingüísticas, cuyas denominaciones se encuentran cargadas de sentido y
constituyen los puntos de vista subjetivos que circulan en el entramado de las interacciones
sociales. En un tercer momento, se problematizan algunos aspectos normativos
[284]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
administrativos en Chile, los cuales han ido configurando una suerte de filtro en el acceso
selectivo de las personas según sea el país de origen, color de piel, capital cultural y capital
económico. En este punto, se presentan datos cuantitativos acerca de las estadísticas
migratorias entre los años 2003 y 2013 según el tipo de permiso otorgado por el
Departamento de Extranjería y Migración del Ministerio del Interior en Chile. Finalmente, a
partir de la discusión de los tópicos mencionados anteriormente se intenta definir quiénes son
llamados “inmigrantes” en Chile, presentando una problematización a partir de tres
perspectivas: desde los medios de comunicación escritos/visuales que construyen imaginarios
y representaciones; desde la opinión pública a través de los foros en la web; y desde el
discurso político en la construcción de la representación del “otro” en Chile.
2.
CAVALCANTI,
Leonardo
[email protected];
PROFIT,
[email protected]; BOTEGA, Tuíla [email protected] (CEPPAC/UnB)
Alena
“Análise das relações familiares no contexto da migração internacional de retorno”
A migração internacional de retorno ganha notoriedade a partir dos anos de 2007 e 2008,
estando relacionada à crise econômica que se instalou nos Estados Unidos e Europa,
tradicionais locais de destino dos emigrantes brasileiros. O retorno é um fenômeno complexo
e uma categoria fundamental para o estudo do fenômeno migratório, uma vez que dá sentido
à condição do migrante. Além disso, o processo de volta à sociedade de origem abarca as
dimensões da integração e da reinserção, especialmente no ambiente familiar, no país de
origem, e em relação aos familiares que permaneceram no país de destino, ou que se
encontram em outras localidades. Dado uma lacuna de pesquisa, busca-se refletir sobre como
as relações familiares se reconfiguram após uma experiência de migração, possibilitando
reconfigurações no que se refere à organização familiar, e, também, nas relações de afeto e
cuidado. Baseadas em entrevistas realizadas no Distrito Federal (DF) e nas cidades de Anápolis
(GO) e Goiânia (GO), entre maio e julho de 2014, o trabalho realiza-se a partir de brasileiros/as
retornados/as oriundos da região Centro Oeste do Brasil e que viveram uma experiência
migratória na Espanha.
3. CARVALHO, Joselene Ieda dos Santos Lopes de
[email protected]
UNIOESTE
Trabalho e cidade: discussões acerca dos “bairros de má fama” da cidade de Guaira-PR”
Esta comunicação propõe discutir algumas das questões presentes na elaboração da
dissertação de mestrado que está em andamento. Nesta pesquisa, discutimos aspectos
relacionados ao trabalho e aos espaços habitados pela classe trabalhadora na cidade de
Guaíra, localizada na região Oeste do Paraná. Estes bairros localizam-se em regiões periféricas
da cidade e de forte estigmatização social. São denominados pela burguesia de locais de
extrema violência e o sentido que se atribui aos seus moradores é, principalmente o de uma
“classe perigosa”. Ao pesquisarmos estes bairros, utilizamos a caracterização de “bairros de
má fama”, termo empregado por Friedrich Engels,em “A situação da classe trabalhadora na
Inglaterra”, para se referir aos bairros mais pobres de Londres habitados pelos trabalhadores
de indústrias. Uma das questões principais desta pesquisa são os processos de constituição da
cidade que se desencadeiam por dinâmicas que explicitam as contradições da sociedade
capitalista; favorece a burguesia e estigmatiza a classe trabalhadora.
4. COSSI, Carla Antonella
[email protected]
UnaM/CEDIT/CONICET
[285]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Flujos y fijos. La influencia de los proyectos de desarrollo y las políticas públicas en las
relaciones fronterizas”
En este trabajo nos proponemos analizar desde una perspectiva antropológica, las estrategias
de comercialización y consumo transfronterizo que desarrollaron los ciudadanos de Posadas
(Misiones-Argentina) y Encarnación (Itapúa-Paraguay) durante el período 2011- 2014. Un
espacio temporal caracterizado por presentar en esta frontera un contexto social sumamente
dinámico, que provocó que el flujo de personas y bienes que circula entre ambas plazas
comerciales, se viera afectado de manera notoria, tanto por las consecuencias que los grandes
proyectos desarrollistas tuvieron en la región, como por las medidas político-económicas que
los poderes centrales de ambos países implementaron. Intentaremos a lo largo de la ponencia,
comprender la manera en que estos grupos nacionales de comerciantes y clientes en
permanente contacto, se adaptan a los cambios que les producen distintas políticas
implementadas por sus Estados centrales, analizando la incidencia que en su relación, tuvieron
algunos macro procesos que jugaron un papel preponderante en la coyuntura actual de la
región, intentando siempre distanciarnos de aquellas explicaciones simplistas y
unidimensionales que destacan solo los aspectos de la competencia económica, y abordando
el tema desde la complejidad que suscita tal relación.
5. DA SILVA, Jorge Henrique Baptista
[email protected]
UNIOESTE
“A discrepância da legalidade sob a ótica do regime de tributação unificado: do descaminho
a falsa perspectiva de autonomia dos sacoleiros”
No decorrer de décadas, a repressão a produtos oriundos de importação ilegal (vulgo
contrabando e/ou descaminho) nas cidades da fronteira entre Brasil e Paraguai por órgãos
fiscalizadores, como Receita Federal e Polícia Federal Brasileira, trouxe a tona a problemática
complexa e de difícil solução destas distintas atividades. Este artigo vem a ser construído no
intuito de observar e cruzar o fator de legalização das mercadorias que, antes produtos de
contrabando, ao rigor dos órgãos de regulamentação, tornam os sacoleiros microimportadores
amparados sob a luz da Lei 11.898/09, sob o nome de Regime de Tributação Unificado ou ‘Lei
dos Sacoleiros”.
6. DA SILVA LOZANO, da, Giovane
[email protected]
UNIOESTE
“Migração pendular: o vai e vem incansável”
Este artigo é resultado de um estudo que tem como intuito analisar as práticas sociais dos
trabalhadores de rua conhecidos como vendedores ambulantes, mais especificamente aqueles
que vendem especiarias, como frutas, erva mate e balas de goma nos semáforos e em alguns
pontos específicos da cidade, principalmente nas avenidas e nas ruas mais movimentadas do
município de Foz do Iguaçu - Paraná. A especificidade desses trabalhadores investigados
encontra-se no fato de se deslocarem diariamente do município de Ciudad del Este/PY e
atravessam a Ponte da Amizade todos os dias para vender suas mercadorias e produtos nas
ruas da cidade brasileira, e ao final do dia retornam ao seu país de origem, configurando aquilo
que se conhece como migração pendular. Em grande medida, os trabalhadores paraguaios que
atuam nas ruas do Brasil fazem o processo inverso em relação aos brasileiros que vendem sua
força de trabalho ou que compram mercadorias no comércio paraguaio para revenderem em
diferentes em regiões do território brasileiro. Para verificar esse fenômeno da migração
pendular será utilizado questionário semiestruturado, análises das trajetórias de vida e de
[286]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
bibliografias referentes à fronteira no intuito de refletir as experiências e práticas sociais
vinculadas a essa migração diária.
7. DE PAULA, Adriano Makux
[email protected]
UFPR
“Agricultura camponesa no município de Pitanga-PR: des-reterritorialização, expropriação e
trabalho”
Este trabalho será discutido os resultados da pesquisa em nível de mestrado que está sendo
desenvolvida e que tem por objetivo analisar o processo de expropriação e desterritorialização
da agricultura camponesa em Pitanga-PR. Especificamente, procura-se analisar como foi e
continua sendo expropriados os camponeses da terra, da renda e do trabalho, revelando
também a des-reterritorialização que este processo implica. Metodologicamente a pesquisa
que resultou neste trabalho se utilizou de revisão bibliográfica, análise documental, coleta de
dados estatísticos e trabalhos de campo com a aplicação de entrevistas com camponeses que
migraram do campo no referido município. Dessa forma com este trabalho temos constatado
que as condições históricas de acesso à terra têm expropriado a população camponesa de
Pitanga-PR, gerando uma alta concentração de terras e em contrapartida uma alta
concentração de minifúndios que não conseguem garantir a reprodução familiar,
principalmente as novas gerações. Também conseguimos verificar como a monopolização do
território pelo capital acaba restringindo a geração de renda das pequenas propriedades
camponesas, obrigando que estes migrem para as cidades em busca de trabalho e da
transformação social.
8. FIOROTTI, Cíntia
[email protected]
SEED-PR/BR e UFU
“Fluxos e experiências de trabalhadores no contrabando na fronteira Brasil-Paraguai (1960 A
1990)”
Nesta comunicação busca-se discutir as tentativas de disciplinarização por parte do Estado
através de legislações e fiscalizações voltadas para as práticas dos trabalhadores envolvidos no
transporte e comércio de mercadorias não regulamentadas em algumas cidades localizadas na
região Oeste do Paraná na fronteira com o Paraguai entre 1960 e 1990. Em conjunto a isto,
pretende-se analisar o que é socialmente e culturalmente aceito e/ou refutado por estes
sujeitos, buscando estudar os valores construídos, atribuídos, reafirmados e/ou rejeitados.
Para tanto, foram pesquisados autos criminais referentes à contrabando no Núcleo de
Documentação e Pesquisa-NDP, Unioeste, referentes a Comarca de Toledo entre 1954 e 1980
e, na Comarca de Foz do Iguaçu entre 1980 e 1990. Estes autos criminais trouxeram registros
das falas dos apreensores, promotores, juízes e dos trabalhadores apreendidos sobre a prática
do transporte e comercialização de mercadorias na fronteira na Região Oeste do Paraná na
fronteira com o Paraguai. Também foram realizadas entrevistas com trabalhadores e
moradores, com militares do exército e policiais aposentados, com ex-fiscais da receita federal
e estadual que viveram e trabalharam em Guaíra-PR, Mundo Novo-MS e Salto Del Guayrá/PY
no período estudado, buscando compreender como eles lidavam e interpretam estas práticas.
Desta forma, pretende-se trazer informações indicando as mudanças vividas ao longo do
período pesquisado de modo a promover o debate em torno do tema.
9. MALLMANN, Arthur Lersch [email protected]; PEREIRA, Cecília Maieron
[email protected]; CÉSARO, Filipe Seefeldt de
[email protected]
(UFSM)
[287]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
“Securitização da migração: noções de cidadania e cultura nas sociedades de recebimento”
As mudanças globais que sucederam o fim da Guerra Fria e que se materializaram com os
ataques terroristas de 11 de setembro tiveram um impacto importante na percepção do que
consistiria a ameaça externa, ou, em outras palavras, o que realmente merecia ser
securitizado. Trabalhando no projeto Duplas cidadanias: duplos pertencimentos? Um estudo
sobre os ítalo-brasileiros no Rio Grande do Sul, estudamos movimentos migratórios (autores
como Nina Glick Schiller e Sayad) que nos levaram a problematizar a questão da cidadania e
seu vínculo com as nacionalidades além da marginalização destinada aos migrantes, tratados,
muitas vezes, como problema de segurança nacional no país hospedeiro. Por fim, a ideia é
problematizar a migração e suas consequências no estudo feito por Buzan e Waever (2007) em
que eles dissertam sobre a “ameaça” da migração, fenômeno que tomou a denominação de
securitização.
10. MANARIN, Odirlei
[email protected]
SEED/PR
“Trajetórias dos operários que trabalharam na barragem de Itaipu”
Esta comunicação é fruto da pesquisa realizada no programa de pós-graduação nível mestrado
pela UNIOESTE, no ano de 2008, relacionando com as algumas reflexões atuais sobre as
trajetórias e experiências dos trabalhadores que vieram em meados da década de 1970 para
trabalhar na construção da Hidrelétrica de Itaipu. Busca-se apresentar uma análise a partir das
experiências dos operários, por entender que é dela que emerge a dinâmica do processo de
construção e composição da barragem. Analisando as expectativas desses trabalhadores na
busca pelo emprego na obra, as dificuldades enfrentadas quando chegaram à cidade até
conseguir emprego, moradia e adaptação ao serviço. Portanto, compreender como os
trabalhadores viveram tais situações, por entender estas relações como disputas, onde valores
são projetados, elaborados e perpetuados num processo de construção e reconstrução do
passado.
11. MARTÍN M SC., Felipe Venegas San
Facultad de Ciencias Sociales de la Universidad de Playa Ancha.
“Flujos migratorios intra Cono Sur: realidades y desafíos de políticas públicas desde el
enfoque de derechos”
En los últimos años, los movimientos migratorios se han vuelto más densos y complejos,
abarcando todos los continentes con flujos cruzados norte/sur y de manera creciente sur/sur.
Todos los Estados deben ahora hacer frente a la imperiosa necesidad de integrar y respetar los
derechos de los migrantes como parte de una estrategia de desarrollo, especialmente desde la
perspectiva del Desarrollo humano. En América Latina el fenómeno migratorio está
conociendo fuertes evoluciones relacionadas con la relativa salud económica de los países de
la región y la prolongada crisis económica de Estados Unidos y Europa. Varios estados del Cono
Sur se han vuelto países receptores de migrantes aunque carezcan de los dispositivos
legislativos y las políticas públicas adaptadas a esta nueva realidad, ya que la mayoría de las
legislaciones datan de los años 70 y 80. En el caso de Chile, la legislación vigente data de 1975,
en un contexto de dictadura con el ánimo de impedir el ingreso y expulsar a los extranjeros
opositores al régimen en un contexto marcado por la Doctrina de Seguridad Nacional. La falta
de interés de los actores políticos genera una realidad de precariedad de los sectores
migrantes, en especial de los más carenciados económicamente y que tienden a coincidir con
flujos intrarregionales en ámbitos fundamentales como el acceso a la salud, la educación, el
trabajo, la vivienda entre otras, lo que plantea un desafío de actualización de los mismos en el
[288]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
nuevo contexto subregional. El objetivo del presente trabajo pretende establecer la realidad
socioeconómica de las poblaciones migrantes intra Cono Sur asentadas en Chile y proponer
aspectos centrales para una política pública orientada a esta nueva realidad que se adapte al
contexto actual de la región desde el enfoque de derechos.
12. MARTINS, Fernando José [email protected]; JAQUEIRA, Manoela
Marli [email protected] (UNIOESTE)
“O trabalhador fronteiriço e o regime jurídico de trabalho na fronteira”
O presente trabalho versa acerca da temática do trabalhador fronteiriço no Brasil, para tanto
se estuda a concepção de fronteira, cenário o qual esse trabalhador está inserido, tem como
objetivo geral analisar a legislação trabalhista existente e as normas internacionais protetoras
dos direitos trabalhistas dos imigrantes. Essa temática é desenvolvida a partir de uma
constatação da retomada de fluxos migratórios no Brasil com o processo massificado da
globalização, bem como o aumento da circulação de trabalhadores de países fronteiriços em
cidades limítrofes em busca de trabalho, e consequente problemática da violação do princípio
da dignidade da pessoa humana, a respeito das condições de trabalho que por muitas vezes é
análoga à escravo, ferindo diretamente o direito à igualdade e a não discriminação do
trabalhador migrante. O estudo é realizado a partir de pesquisas bibliográficas, onde se analisa
o trabalhador fronteiriço, que é aquele que sai de seu país de origem todos os dias para
trabalhar no país vizinho regressando após o labor, dentro dessa perspectiva, quer se avaliar
se lhe é assegurado os mesmos direitos que os nacionais.
13. SALGADO, Paula D.
[email protected]
Universidad Nacional de Tres de Febrero (Buenos Aires)
“Migración y trabajo: las “fronteras” de la explotación. El caso de la industria de la
indumentaria. Buenos Aires, 2001-2003”
La presente ponencia resulta de la indagación en torno a la articulación que se da en la
industria de la confección de indumentaria argentina –particularmente en Buenos Aires- entre
migración y trabajo. El acento está puesto en la primera de estas dimensiones, siendo
abordada como generadora de una particular condición de vulnerabilidad que ha promovido la
explotación laboral en condiciones de reducción a la servidumbre en el sector. La industria de
la confección de indumentaria en Argentina ha reportado un notable crecimiento a partir del
año 2002 que ha ido acompañado de un aumento del trabajo no registrado. Esta tendencia es
la resultante del vuelco de gran cantidad de empresas al desligamiento de la producción hacia
talleres no registrados laboral, ni impositivamente. Según estimaciones oficiales de 2005 casi
el 75% de las-os trabajadoras-es no estaba registrado. Gran parte de esta cifra se explica por la
proliferación de talleres de confección clandestinos en los que se emplea a migrantes
procedentes de Bolivia, en su mayoría. Gran parte de ell@s son traídos mediante redes de
trata: a través de engaños en cuanto a las condiciones de trabajo y vivienda, acceden a
endeudarse con quien los traslada –por los gastos del viaje y de alojamiento-, ingresando así
en un círculo de dependencia que se inscribe en lo definido como “servidumbre por deudas”.
El objetivo que perseguimos aquí es problematizar particularmente la mirada desde la que se
reflexiona en torno a la migración a la luz del caso y valiéndonos de una estrategia de
triangulación metodológica. Para ello nos adentraremos primero en la conceptualización de
la/s frontera/s y las (i)legalidades que su existencia produce. Seguidamente se analizan
distintas alternativas de abordaje de lo transnacional en lo local, atendiendo particularmente a
las posiciones ontológicas subyacentes a cada una de estas perspectivas. Finalmente se expone
la interseccionalidad como camino aglutinador de la multiplicidad de perspectivas desde las
que se analiza el fenómeno.
[289]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
14. SOUZA, Aparecida Darc de
[email protected]
UNIOESTE
“O trabalho nas fronteiras de foz do iguaçu a partir das narrativas de trabalhadores”
Esta comunicação tem como objetivo apresentar um estudo sobre o trabalho na fronteira a
partir das narrativas de trabalhadores de Foz do Iguaçu que viveram direta ou indiretamente
do comércio de mercadorias com as cidades fronteiriças, Puerto Iguazu (Argentina) e Ciudad
del Este (Paraguai). Essas narrativas indicaram que o envolvimento dos trabalhadores no
comércio de mercadorias, na fronteira, não é um fenômeno recente, na história da cidade. Ao
contrário, os relatos apresentados sugeriram que este comércio constituiu uma forma
bastante comum e cotidiana de estratégia de sobrevivência de muitos trabalhadores, desde a
década de 1940. Assim, a partir das memórias dos trabalhadores entrevistados buscaremos
discutir o contrabando e o trabalho na fronteira sob uma perspectiva histórica e social. Tratase sobretudo de tomar as experiências destes trabalhadores na fronteira constituídas em
contextos históricos determinados para compreender os sentidos do legal e ilegal não só em
termos econômicos, mas também sociais.
15. SOUZA, Fernando José Pires
[email protected]
Universidade Federal do Ceará – UFC
“Precariedade do mercado de trabalho e mobilidade de trabalhadores: implicações
inquietantes do neoliberalismo na América Latina”
A “reforma” do Estado passou a ser uma exigência da crise capitalista desencadeada a partir
da metade dos anos setenta, do século passado. Em conseqüência, a flexibilização e
desregulamentação se estenderam praticamente a todos os domínios, reduzindo direitos e
aumentando a precariedade social e do mundo do trabalho. A importância deste artigo
consiste então em analisar essa problemática cujos alcance e contribuições são inerentes ao
contexto latino-americano marcado por particularidades relativas a fatores determinantes,
histórico-estruturais, os quais passaram a sofrer fortes influências do processo de globalização
sob a égide neoliberal. Atenção especial será conferida à questão da liberalização do mercado
de trabalho e sua consequente precarização em nível interno dos países, suas repercussões
sobre os sistemas de proteção social e as novas tendências relativas ao fluxo internacional de
mão-de-obra. Por um lado, analisaremos até que ponto há resistência a uma maior mobilidade
do fator trabalho, ferindo assim, “paradoxalmente”, o imperativo neoliberal de livre circulação
de fatores, de bens e de capital e, por outro lado, verificaremos quais as estratégias e formas
adotadas hoje para possibilitar notadamente a migração temporária de trabalhadores.
16. ZANELLA, Vanessa Gomes
[email protected]
IRI/PUC-Rio.
“Movimentos sociais de imigrantes bolivianas/os na cidade de São Paulo: uma cartografia da
ação social”
Acontecimentos recentes na área das migrações internacionais no Brasil evidenciaram alguns
fenômenos antes “invisíveis” à sociedade brasileira, ainda que em plena manifestação. Dentre
outros, a notória força da ação social de imigrantes, consciente e organizada, trouxe ao debate
a perspectiva do sujeito migrante sobre a necessidade de mudança das relações sociais e de
trabalho no seio de nossa sociedade. O objetivo do presente trabalho é compreender os
modos de organização e particularidades dos movimentos sociais de imigrantes bolivianas/os
[290]
CADERNO DE RESUMOS| IV Jornadas Internacionais de Problemas Latino-Americanos
Foz do Iguaçu/Brasil, 27 a 29 de novembro de 2014.
na cidade de São Paulo partindo de uma análise estrutural dos espaços: os lugares que ocupam
tanto no atual ordenamento mundial – distinguido por norte/sul, centro/periferia,
desenvolvido/subdesenvolvido –quanto no próprio espaço urbano da cidade de São Paulo –
superfície/subterrâneo, público/privado, nacional/clandestino. Entende-se que a definição de
tais “espaços” passa, obrigatoriamente, pela produção geográfica de desigualdades advinda do
processo de desenvolvimento do capitalismo neoliberal na América Latina e agravada pela
composição do complexo estrangeiro – pobre – indígena – latino-americano – mulher, que
atravessa as categorias de classe, raça e gênero.
17. UEBEL, Roberto Rodolfo Georg
[email protected]
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
“A americanização da dialética imigrante no Brasil no século XXI”
O presente artigo decorre das pesquisas oriundas de dissertação de mestrado acerca do perfil
das migrações internacionais para o Brasil nos Censos de 2000 e 2010, quando da observação
dos fenômenos imigratórios recentes de três grupos principais de imigrantes em três estados
diferentes: senegaleses no Rio Grande do Sul, bolivianos em São Paulo e haitianos no Acre.
Observadas estas três correntes imigratórias contemporâneas, analisou-se o tripé: abordagem
da mídia, política estatal e percepção da sociedade, vis-à-vis a inserção e atuação destes
imigrantes no espaço social compartilhado. Ademais, com base em estudos de Klein e Bergad
(2010), inferimos (o início) de uma transformação do pensamento e percepção comum da
sociedade brasileira em relação aos novos grupos imigrantes que chegaram ao país desde a
primeira década do século XXI, diferentemente das relações e percepções asseveradas nos
processos de imigração em massa ocorridos nos séculos XIX e início do século XX (UEBEL,
2012). Argui-se uma americanização da dialética imigrante no Brasil nestes dois primeiros
decênios do século XXI, isto é, percebe-se uma similaridade entre a abordagem da mídia
brasileira (parte dela) e discurso da sociedade nacional (setores desta) com o que ocorrera em
maior grau nas últimas duas décadas nos Estados Unidos da América, onde setores da mídia e
da sociedade civil norte-americana colocaram-se contra à presença de imigrantes no território
daquele país. Logo, este artigo busca mostrar estas similaridades e propor a discussão desta
nova dialética, bem como suas contribuições à problemática e discussões das imigrações no
contexto também da América Latina.
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