Camarim 16 - Cooperativa Paulista de Teatro

Transcrição

Camarim 16 - Cooperativa Paulista de Teatro
CAM ARIM
Uma Publicação da Cooperativa Paulista de Teatro - Ano III - N° 16 - N o vem b ro /D e zem b ro 2 0 0 0
Neste número
Cláudio Carneiro
Cômicos e Curtos
com César Gouvêa e Davi Ta lu
direção de Wellington Nogueira
sextas e sábados às 18h
de 11/11 a 17/12
TBC
Rua Major Diogo 315 - Tel.: 3115.4627
O Ó da Viagem
Pirata na Linha
Tuca Vieira
com o Grupo Barata Albina
direção de Débora Dubois
sábados e domingos às 16h
até 3/12
Teatro Popular do Sesi
Av. Paulista 1313 - Tel.: 284.2268
Lucia Mindlin Loeb
com a Companhia do Feijão
direção de Pedro Pires
sextas e sábados às 21 h e domingos às 20h
até 10/12
Teatro N.Ex.T.
Rua Rego Freitas 454 - Tel.: 259.2485
DESTAQUES
Entrevista
Política Cultural
Míriam Muniz conversa sobre sua
vida e direção de atores.
Conselho de Grupos em
mobilização crescente.
O ator-manipulador
Arte Contra a Barbárie
Discussão sobre a função do ator no
teatro de animação.
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10
Manifesto dos atores.
g
I
r
V ^ o m o demonstram alguns textos desta edição, estamos vivendo um
momento onde o artista, em particular o artista de teatro, anda inquieto. Em grande
parte isso se deve à conjuntura profissional extremamente penosa que temos que
enfrentar todos os dias. Como conseqüência, porém, focos de discussões e
iniciativas recém-surgidos das mais variadas fontes de insatisfação vão deixando
cada vez mais clara nossa capacidade de reação, que talvez melhore ainda mais
quando a fronteiriça vaidade jogar definitivamente a toalha. Apesar de não se
saber direito onde chegar e de quem fugir, é certo que já pecamos menos enquanto
classe. E para que esses focos se disseminem são necessários vetores. A participação
cooperativa surge então no horizonte, talvez como uma real possibilidade de
multiplicação de êxitos.
Camarim é uma publicação da Cooperativa Paulista de Teatro - Ano III - Número 16 - Novembro/Dezembro de 2000
Conselho Editorial: Débora Dubois (Diretoria), Luiz Amorim (Diretoria) e Petronio Nascimento (Conselho de Grupos - cargo rotativo).
Edição: Zernesto Pessoa (MTb 19.868/SP). R eportagem : André Corrêa. D iagram ação: Ricardo Lucas. F o to lito : Soft Press. Im pressão:
Fazio Gráfica. C olaboraram nesta edição: Aury Porto, Camila Bolaffi, Cláudia Apóstolo, Elcio Nogueira Seixas, Georgette Fadei, Isabel
Teixeira, José Geraldo Rocha, Luah Guimarãez, Mariana Lima, Mariana Senne e Pedro Pires. Foto da capa: Bonecos da Cia. Trucks, por
Henrique Sitchin. Tiragem : 4000 exemplares. D istribuição gratuita.
Correspondência para a Camarim deverá ser enviada aos cuidados da Redação, incluindo remetente e telefone para contato. M aterial de
divulgação deverá incluir release e fotos. A publicação estará sujeita à disponibilidade de espaço e obedecerá à ordem de entrega do material.
Cooperativa Paulista de Teatro - R. Treze de Maio 240 - Bela Vista - CEP 01327-000 - São Paulo - SP. (11) 258.7457
camarim@ cooperativadeteatro.com.br
V______________________________________________________________________
ENTREVISTA / MÍRIAM MUNIZ
P rofundam ente h u m a n a
ESSA PROFISSÃO"
Os 8 anos que a atriz Mírian Muniz ficou
com o roteiro do filme Amélia valeram a pena.
Sua elogiada interpretação no longa-metragem da
diretora Ana Carolina
vem
lhe
rendendo muito tra­
balho. Seus compro­
missos profissionais
já se estendem até
março do ano que
vem em atuações no
teatro , cinem a e
televisão. M írian
contou à Camarim
um pouco de sua
h istó ria , de seus
novos desafios como
atriz e de sua grande
paixão: ensinar e
dirigir atores. Con­
fira os p rincipais
trechos da entrevista.
Camarim: Conte um
pouco da sua traje­
tória. Como e quando
você com eçou a
trabalhar com teatro?
Míriam Muniz: Eu
comecei na Escola de
Arte Dramática do Alfredo Mesquita, que naquele
tempo ficava na rua Maranhão. Foi em 1958. Eu
era enfermeira e resolvi fazer esse curso de arte
dramática. Acabei virando atriz. Fiz a escola do
Alfredo inteira e já sai contratada pro teatro com
uma peça do Augusto Boal dirigida pelo Antônio
Abujamra, chamada José do Parto à Sepultura. Fiz
muitos anos de teatro, 15 anos sem parar. Depois,
abri o teatro-escola Macunaíma junto com meu
ex-marido Sílvio Zílber. Tínhamos o Marcelo
Peixoto, que era um aluno meu, o Cláudio
Lucchesi e o Flávio
Império ajudando. Aí
o Roberto Freire, que
é psiquiatra, resolveu
m on tar um c o n ­
su ltó rio lá e nós
fizemos um teatroterapia. Fiquei uns
anos nessa escola, até
que fui convidada
pra dirigir o show
Falso Brilhante com a
Elis Regina e foi um
grande sucesso. Eu
ainda não tinha
dirigido nada grande.
Nesse tempo eu me
separei da escola e do
meu marido, deu um
rebu na minha vida.
Fui viver com o Cacá
D A n g re ta , que é
ilu m in ad or. Vivo
com ele até h o je.
Resolvi voltar a dar
aulas e passei a me
interessar pelo ator.
Era um curso que durava um ano e no final
fazíamos uma montagem. Fui vivendo assim, dessa
experiência, que eu gosto muito. Nesse entremeio
eu fazia cinem a, televisão e teatro, mas me
dedicava mais ao ensino. Hoje, como já tenho
diretores que eu formei, quando me afasto da
escola pra fazer algum trabalho, eles ficam
dirigindo no meu lugar.
C: Você se sente influenciada por algum diretor
em particular?
MM: Eu me influenciei muito pelo Teatro de
Arena, porque trabalhei nove anos seguidos ali.
Foi onde eu mais trabalhei. Fazíamos teatro
político, queríamos mudar o mundo. Tomar o
poder. Foi onde eu mais aprendi. Tínhamos o Boal,
o Paulo José, o Flávio Império, que cuidava da
parte de cenografia, figurino, era um grande artista.
C: De que é feito o ator? O que você considera
essencial para seguir nessa profissão?
MM: Tem que ser um pouco louco, né? Tem que
ser um pouco louco no bom sentido. Porque o
ator é meio marginal, está um pouco fora da
sociedade. Ele que puxa a sociedade pra frente, a
arte faz isso. É lógico que é preciso ter talento.
Você sente na sua alma quando você é. Eu acho
que desde pequeno. Você vai ao teatro e diz: - é
isso que eu quero fazer. Foi assim que aconteceu
comigo. Eu fui ao teatro e falei assim: - Ué... que
engraçado... é aquilo que eu quero. E fui lá. Eu
não sabia que era tão difícil. É muito cansativo,
mexe muito com a sua cabeça, com o seu corpo,
com a sua emoção, mexe com tudo. É muito
perigoso pirar, né? Fora a dificuldade financeira.
O Brasil não tem condições financeiras para
ajudar a cultura, a arte. Você tem que ir se virando.
Minha vida foi sempre assim. Eu já faço teatro há
40 anos e sempre me virei. Um dá uma coisa,
outro dá outra. Você consegue um pequeno
patrocinador, você pede, implora, chora. Aí, de
repente, você ganha algum prêmio que é um gato
de ouro e que com o tempo fica preto. É assim
que a gente vive. Mas é uma paixão. Tem que ser,
senão você não faz.
C: Que diretores de atores nós temos no Brasil?
MM: Eu conheci muitos. Na EAD, por exemplo,
tinha um italiano chamado Alberto DAversa, que
já morreu, e que era um grande diretor de ator.
Flávio Rangel dirigia ator, já morreu. Adolfo Celli,
um dos italianos que vieram pro Brasil pra
trabalhar no TBC, era um grande diretor de ator.
Todo mundo já morreu. Atualmente, existem
muitos por aí, como não? Chico Medeiros, por
exemplo, dirige ator. José Rubens Siqueira dirige
ator. Quem mais dirige ator? Ah... tem muitos que
dirigem atores. Gianni Ratto também é um grande
diretor de ator, Fauzi Arap. São tantos que a gente
não se lem bra. É que ou tros estão m ais
preocupados com o espetáculo. E como o ator já
vem m eio p rep arad o , ele p ró p rio vai se
resolvendo. Não tem mais aquela coisa de dirigir
o ator. O ator agora é mais esperto, ele se vira.
Quando chega pra trabalhar já estudou um
pouco.
C: Como você vê a preparação de atores para a
televisão?
MM: Hoje tem até preparação de ator dentro da
televisão. Dentro da TV tem uma escola. A Globo
tem uma escola que prepara atores com pessoas
do teatro. Ensinam pelo menos o básico. Não é
uma coisa profunda, de saber história do teatro,
história da arte, estética. Conhecer pintura,
música, ter essa cultura que o ator precisa ter,
isso não. Essa cultura é só ao longo da vida que
você adquire. Mas alguma informação eles têm.
Mais do que na minha geração. É que eu fiz parte
de uma escola de intelectuais, tive sorte. Todos os
meus professores eram intelectuais. Os melhores
da época. A escola era de graça. O Alfredo
Mesquita não cobrava nada e ainda dava comida
pra gente. A gente não tinha dinheiro.
C: Como é o seu processo na direção de atores?
MM: Eu dirijo o ator como ele se apresenta. Eu
olho pra ele e vou fazendo de acordo com o que
ele vai me dizendo que é. Não adianta você querer
torcer a pessoa. Cada um tem uma história, uma
educação, uma neura, uma cultura. Então eu dirijo
cada um de acordo com suas possibilidades. Você
tem que conhecer a pessoa. Primeiro a pessoa.
Como ela é, como ela se comporta, como é o
corpo dela, como ela se relaciona com os outros,
o que ela tem na cabeça, o que ela sabe, o que ela
intui, o que ela leu, como ela vê o mundo, tudo
isso. Espírito ela tem. Não dá pra dirigir de outro
jeito, pra mim não. Não adianta eu querer impor
a minha visão de mundo. É impossível. Eu me
adapto um pouco à visão do ator e procuro fazer
com que ele se adapte à minha. E ver se isso dá
certo, porque às vezes não dá. Você pode achar
/
02
0â
,1
que a minha visão de mundo é uma cretinice... É
um assunto religioso. Eu considero o teatro uma
coisa muito sagrada. Profana também. O diabo
está lá. Deus e o diabo de braços dados. Tudo que
você faz é para o outro. Para que o outro entenda,
pra abrir a cabeça do outro, pra sensibilizar o
outro. A gente trabalha pro outro. Se prepara pra
passar pro outro. E o outro gosta. Acha
maravilhoso e agradece. É pra isso que a gente
trabalha. Profundamente humana essa profissão,
a de artista.
C: Por que você acha que o público anda distante
do teatro?
MM: O teatro é pra elite. É elitista o teatro. Não é
popular. Popular é a televisão. A televisão entra
na sua casa. No teatro você tem que ir até uma
sala, pagar o ingresso, ver ao vivo a pessoa. Tem
começo meio e fim. Não corta para o comercial,
entendeu? Se pudéssemos fazer teatro para o
povo seria maravilhoso. A gente estaria num outro
degrau de evolução.
C: Em quais projetos você está envolvida?
MM: Agora eu vou fazer a minissérie Os Maias na
Rede Globo, um personagem interessantíssimo.
Uma mulher horrível. Sovina,
beata, mesquinha... Vou fazer
isso até março do ano que
vem. Me convidaram para
fazer um filme chamado Nina,
em dezembro, e agora me
convidaram para fazer um
outro filme, na Bahia, que se
cham a O Vale de J a fé . Eu
tam bém gostei m uito do
personagem. É uma velha
m acu m b eira, que b en ze,
levita, bebe pinga...adorei. Ela
mija nas calças quando benze
as pessoas, é um personagem
m arav ilh oso. E p reten d o
continuar dando aula. Porque
é isso que eu gosto. De ensinar
o ator.
por André Corrêa
O ATOR-MANIPULADOR
A
ARTE DE INTERPRETAR
SEM SER VISTO
O trabalh o do ator na
manipulação de bonecos ou
o b je to s está ligad o há um
teatro onde o inanimado é o
p e rso n a g e m
c e n tra l.
No
chamado Teatro de A nim ação,
o processo de interpretação
difere e se assemelha ao teatro
c o n v e n c io n a l
em
m u ito s
pontos. Mas quais são essas
d ife re n ça s e essas se m e ­
lhanças?
Seg u n d o
Ana
M aria
Amaral, professora titular de
1
Teatro de Animação da ECA- 0
USP, no teatro de bonecos o
ator cria o personagem mas não é visto, pois o
máscara neutra. “Ela representa o oposto da
público olha para o objeto. “Mesmo assim, o
individualidade. Através dela, o ator começa
ator não se sente dim inuído nem negado,
a se perceber fora de si mesmo. É o momento
porque o boneco é ele também.” No trabalho
de escuta, o ponto zero.” A etapa seguinte é
que desenvolve com seus alunos, Ana inicia a
o treinamento com máscaras expressivas, onde
preparação do ato r-m an ipu lador através da
os atores desenvolvem com posições gestuais
em situ a ç õ e s d eterm in a d a s. S o m en te na
última etapa é que o ator-manipulador começa
a trabalhar com bonecos e objetos. É aí que
surge o trabalho de anim ação que, no Brasil,
vem sendo desenvolvido por muita gente.
O diretor da companhia Truks, Henrique
Sitchin, em cartaz no teatro Crowne Plaza com
o espetáculo S en h or dos S on h os, diz que a
criação interna do personagem é igual tanto
para o ator quanto para o ator-manipulador.
Para e le , “o a to r-m a n ip u la d o r tem que
interpretar como se ele mesmo tivesse em cena,
Tanto que já incorporei isso na
história dele. Ele é Romualdo:
surfista, rastafari, ator, contraregra e multimídia. Um boneco
surfista que chegou a interpretar
H am let.”
Para
o a to r D o m in g o s
Montagner, do grupo Pia Fraus,
no teatro de anim ação “você
tem um objeto pra trabalhar em
cen a além da sua a tu a çã o e
precisa fazer com que ele se
a torne íntim o de sua atividade
t
no palco. É um elemento a mais
que faz muita diferença. Parece
tran sferin d o para o b o n eco toda a carga
sim p le s ,
m as
dramática que usaria como um ator de carne
c o n c e n tra ç ã o e um a té c n ic a e s p e c ífic a .”
re q u e r
o u tro
tip o
de
e osso.” Sitchin acredita que a mudança, no
Montagner conta que muita gente que nunca
teatro de bonecos, é que o ator não cria o
trabalhou com isso sente uma dificuldade
personagem nele m esmo e sim num objeto
intermediário. “Uma grande vantagem é que
um boneco pode fazer coisas que um ator não
faz. Pode fazer coisas fantásticas, como voar.
Ações não hum anas que um ator precisaria
de uma tecnologia absurda para poder fazer.”
Eduardo Alves, diretor da com panhia
Bonecos U rbanos, tam bém acredita que o
p ro c e sso de c r ia ç ã o do a to r e do ato rmanipulador é muito parecido. Em cartaz com
a peça Buzum dos Bonecos, apresentada ao arlivre no Parque da Água Branca, Alves acha
que “a grande diferença está no fato de que
com o boneco você não pode voltar atrás, ele
assume uma personalidade pro resto da vida.
Enquanto ator eu posso estar indo por um
caminho e, de repente, mudar esse caminho
completamente. Com o boneco você até pode
mudar, mas aí terá que confeccionar outro.”
Alves termina dizendo que existem exceções.
“Um boneco que eu confeccionei ganhou tanta
vida que passou a interpretar outros papéis.
f8
muito grande. “No teatro de animação você
tem que am p liar seu u n iv erso c ê n ic o ”,
com pleta. O Pia Fraus está em cartaz até
dezembro no Teatro Popular do Sesi com o
espetáculo F arsa Quixotesca, uma adaptação
de Dom Quixote dirigida por Hugo Possolo.
Muito bem recebido no Festival Beckett
Time, na Escócia, o grupo Sobrevento esteve
em excursão pela Europa durante todo o mês
com atores e não com marionetistas que se
de outubro. Sandra Vargas é outra diretora
sentem incapazes de aparecer em cena. E
que não vê muitas diferenças entre o trabalho
conclu i: “Esconder-se atrás de um boneco
do
sempre tem que ser uma opção e não uma
a to r
e
do
a to r-m a n ip u la d o r.
“O
Sobrevento pensa o teatro de bonecos como
Teatro, acima de tudo. Acredito que a maior
d ific u ld a d e
e ste ja
que, em bonecos, o
a sp e cto té c n ic o é
muito presente e isso
faz com que o ator
ten h a que se c o n ­
ce n tra r em m u itas
co isas s im u lta n e a ­
m e n te .” Em atores
que não estão acos­
tum ados co m isso,
Sa n d ra
n o ta
um
pouco de ansiedade
mas, m esm o assim,
p re fe re
tra b a lh a r
falta de opção.” ©
por André Corrêa
p o l ít ic a c u l t u r a l
C onselho
O Conselho de Grupos da Cooperativa
de
•
G
rupos
Discussão para elaboração de propostas de
Paulista de Teatro vem se reunindo nos últimos
ocupação de espaços públicos diversos, hoje
quatro meses com o objetivo de criar propostas
aban d on ad os ou su b -u tiliz a d o s, que
que viabilizem projetos dos grupos cooperados,
propiciem continuidade aos trabalhos de
tomando com o ponto de partida as atuais
pesquisa de grupos. Paralelamente, projetos
circunstâncias sociais, políticas e econômicas que
só cio -cu ltu ra is ju n to às com u nid ad es
estamos vivendo.
envolvidas poderão estreitar a ligação entre
cultura e educação, além de promover a
Veja a seguir os principais assuntos que vêm
formação de um novo público para o teatro.
sendo discutidos:
•
•
Apoio e participação na elaboração do
•
Gestões ju n to à Secretaria Estadual de
Projeto de Lei para a criação do Fundo Mu­
Cultura para a reativação do Prêmio Estímulo
nicipal de Cultura, destinado a apoiar e
(leia artigo de José Geraldo Rocha na página ao
su p ortar fin an ceiram en te p ro je to s de
lado).
natureza artístico-cultural e a comunicação
Além dessas questões, o Conselho de Grupos
comunitária no município de São Paulo,
pretende levar adiante novas discussões sobre as
idealizado pelo vereador Vicente Cândido.
relações trabalhistas e tributárias do ator, custos
Apoio da Cooperativa à proposta de Projeto
de produção, ética profissional e mercado, entre
de Lei formulado pelo movimento Arte Con­
tra a Barbárie, que cria o Programa Munici­
outras.
Sinal de que o interesse e a necessidade estão
pal de Fomento ao Teatro para a Cidade de
aumentando, o quórum do Conselho de Grupos
São Paulo, primeiro programa permanente
está crescendo, mas ainda é baixo em relação ao
de teatro para uma ação pública em âmbito
número de cooperados. Mais participação implica,
m unicipal. O program a aponta para o
entre outras coisas, em maior abrangência e
trab alho co n tin u ad o de e x ce lê n cia e
representatividade de qualquer decisão que se tome.
qu alid ad e, com n ú cle o s estáveis, em
Por isso sua presença é importante, compareça! As
contraposição à reunião de elencos em tomo
reuniões acontecem todas as segundas-feiras às
de produções eventuais.
14h30, na sede da Cooperativa. ®
N ão
e s t a m o s e m e x t in ç ã o
No último dia 4 de setembro, a Cooperativa
e o Sindicato tiveram uma reunião com o
Secretário Estadual de Cultura para cobrar uma
posição sobre o “falecido” Prêmio Estímulo, que
durante algum tempo criou uma expectativa de
um programa de teatro para a classe teatral. Para
quem não sabe, o Prêmio Estímulo tinha como
princípio vários projetos, entre eles: Bolsa de
Dramaturgia, Consolidação de Grupo, AuxílioMontagem, e Pesquisa de Linguagem Cênica.
Depois das tradicionais explicações de falta
de recursos, corte de verba, chegamos mais uma
vez à constatação de que a Secretaria não tem
nenhuma proposta de política cultural, mas de
eventos pontuais e de curto prazo. Mais grave
ainda é ler um subtexto claro e preciso de que
temos pouca representatividade e não
conseguimos nos mobilizar para garantir aumento
de verbas no orçamento para que alguns projetos
tenham continuidade e espaço para acontecer a
médio e longo prazo. É o mais recente flagelo da
economia neo-liberal, criar ‘“lobbies” em todos
os setores, onde o que vale é o apadrinhamento e
o número de contatos e relações.
Uma das perguntas que normalmente fica
sem resposta quando se tenta o diálogo com os
administradores públicos, em todas as esferas, é
sobre a incompetência de conseguir recursos
mínimos e gerenciamento para o teatro. Estamos
vivendo momentos de barbárie e aniquilamento
da criação e da produção teatral. Estamos mais
uma vez sendo obrigados a repensar o
significado e, consequentemente, os caminhos
da nossa arte. Temos que evoluir para uma
mudança de paradigma mais sensível e humano,
em sintonia e conexão com os verdadeiros
valores de nossa espécie.
A Cooperativa tem aproximadamente 220
grupos com mais de 1100 associados e cada vez
mais sentimos a dificuldade de conseguirmos
convencer os representantes do poder público
de que fazer teatro e cultura nesse país é respirar
e transpirar. Não temos obrigação nenhuma de
fazer “lo b b ies” e mendigar recursos para
continuar existindo como grupos expressivos
que atuam fora do mercado convencional. É
função e obrigação do Estado reconhecer a
nossa existência e sobretudo garantir espaços e
recursos para que tenhamos continuidade.
Nosso ofício é atestado de convicção, coragem,
resistência e sobretudo sobrevivência. Uma
sobrevivência de aprendizagem que vem dos
antigos homens p ré-históricos, quando se
disfarçavam de animais para comer e beber.
Não somos uma espécie em extinção,
evoluímos, e no processo evolutivo descobrimos
que não podemos viver sem arte nem
sensibilidade, como condições essenciais para
existir e perpetuar-se... ®
por José Geraldo Rocha
Vice-presidente da Cooperativa
ARTE CONTRA A BARBARIE
O texto a seguir foi criado pelos atores Luah Guimarãez, Aury
Porto, Isabel Teixeira, G eorgette Fadei, M ariana Senne,
Cláudia Apóstolo, Elcio Nogueira Seixas, Cuca Bolaffi, Pedro
Pires e Mariana Lima e apresentado num dos encontros do
movimento Arte Contra a Barbárie.
O movimento Arte Contra a Barbárie nos
trouxe, como um presente, o encontro entre
atores de diversos grupos de teatro da cidade
de São Paulo. Nós aproveitamos o estímulo
do m ovim ento para falar sobre o que nos
interessa mais diretamente: o ator.
Nesses encontros, muitas questões foram
levantadas: Qual o papel do ator na sociedade
em que vivemos? O ator é um pensador? O
ator é criador? O teatro é útil?
Apesar das nossas diferentes histórias,
e dá espaço para o que há de mais nobre no
hom em : a co n sciên cia, que não deve ser
medida pelo valor mercadológico. Como ter
condições de produzir e fazer teatro, sem ter
que, obrigatoriam ente, responder às leis de
mercado? É justo que sobrevivamos do nosso
ofício e para o n osso o fício . É ju sto que
possamos exercê-lo com integridade.
experiências e opções sobre o nosso ofício,
N O S E N C O N T R A M O S. P a rtim o s de
d ep o im en tos p esso ais, que m u itas vezes
soaram com o d esa b a fo s, e, aos p o u co s,
detectam os um interesse com um que nos
despertou a vontade de uma participação ativa
e consciente do ator no panorama do teatro
atual. O nosso o b jetiv o m aior não é um
levantamento de soluções imediatas e sim a
abertura de um espaço com um onde a troca
de inform ações gere a ação con scien te do
artista dentro da sua sociedade. A discussão
e a ação fu n d am entad a p o d em ser m ais
poderosas do que a cartilha de reclamações
infrutíferas que estamos cansados de repetir.
Temos uma grande produção de Teatro
em São P aulo e n ó s, a to re s , so m o s os
Kuka Bolaffi
principais produtores deste teatro. Contudo,
so m o s ta m b ém os m ais p re ju d ic a d o s
financeiram ente. Trabalham os m uito, por
muito pouco. E muitas vezes por nada. O que
nós produzimos é cultura, aquilo que fortifica
Há uma compreensão da realidade que
está estruturada de acordo com a seguinte
premissa: “ter” em vez de “ser”! A economia
não vive m ais em função do h om em , é o
homem que vive em função da economia. E o
teatro passa a ter seu valor m ercadológico
como fator decisivo na sua viabilização. Nesse
esquema o teatro, como mercadoria, se afasta
do h o m em e o ato r se to rn a apenas um
a p ê n d ice a n ô n im o e ín fim o , em b o ra
im prescindível.
gerações e gerações - para poder dizer com a
certeza temos hoje: estamos prontos e mais
prontos para assumirmos o nosso papel de
O ator que faz teatro hoje como profissão,
exerce um sacerdócio e se oferece em sacrifício.
No exercício desse sacerdócio, passamos por
“apaixonados” ou, num outro m om ento de
maturidade do ofício, “militantes”, ou, numa
etapa mais triste, “desanimados”.
Achamos que a nossa geração ainda não
resp o n d er ao n o sso papel so cia l de criar
sempre o MELHOR DOS MUNDOS.
E sta m o s p ro n to s para o in íc io da
deu sua real contribuição para o teatro. Nossa
liberdade está restrita. No silêncio das salas
de ensaio, sempre o receio: nada nos garante
que amanhã poderemos estar ali. Apesar da
nossa entrega, de nossos mergulhos solitários,
p e rc e b e m o s qu e n o s falta a rtic u la ç ã o .
Produzim os obras isolad am ente, m as não
produzimos um corpo com força política e
social que tenha ressonância.
Estivemos por longo tempo esperando -
atores. Estamos prontos para derramar nossas
forças em favor da transform ação da vida.
Estamos prontos para poder dizer em nome
de tod os que acred itam em C R ESC ER : o
homem é, sim, feito para a felicidade. Estamos
prontos para assumir com responsabilidade e
força nosso papel divino de participantes da
CRIAÇÃO. E estamos mais que prontos para
conversa.
Nós temos loucura, paixão, saúde, força
de trabalho. Acreditamos que a consciência,
o senso de responsabilidade e de fraternidade
terá com o resultado a gênese de uma nova
escala de valores dentro do nosso ofício. O
espaço para a troca está sendo aberto agora.
Dar continuidade a isso depende só de nós
mesmos.
M E R D A !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
0 Espaço da Cena - Teatro Oficina, rua Jaceguai
520 (3106.2818), segundas-feiras às 20h, com
entrada franca.
“O Teatro é um dos instrum entos úteis e significativos
para a edificação de um país: constitui o barôm etro que
assinala sua grandeza e sua decadência. Um teatro
sensível e bem orientado em todos os setores, da
tragédia ao vaudeville, pode m udar em poucos anos a
sensibilidade de um povo. Um teatro lam entável pode
em brutecer e adorm ecer um a nação inteira.”
Federico Garcia Lorca
SERVIÇOS
Sua carteira de associado dá direito a descontos e prom oções nos locais e serviços
relacionados na página ao lado. Se você ainda não tem a sua, entre em contato conosco.
Novos convênios continuam sendo firmados.
0 convênio para Plano de Saúde para cooperados encontra-se em fase final de definição
do fornecedor. O cadastro continua sendo feito em nossa sede, onde poderão ser obtidos
maiores detalhes.
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í ASSESSORIA JURÍDICA
Todas as 3“ e 5as das 14h às 17h, com a Dra. Martha Macruz de Sá. Para cooperados
e-mail: [email protected]
•
Não deixe de visitar nosso site. Lá você poderá encontrar informações dos
núcleos e seus espetáculos, lista completa de associados, edição virtual
da revista Camarim , fórum de discussões e links especiais.
•
Os grupos que não enviaram material para o site da Cooperativa devem
fazê-lo pelo e-mail [email protected] (deverão constar histórico,
repertório, dados para contato e fotos).
•
Envie seu e-mail para nosso cadastro:
[email protected]
CONVÊNIO
ODONTOLÓGICO
Dra. Adriana Pêcego M. Romano
Dra. Emília M ioko Yokote
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Tel.: 57 0.5 45 3 / 5 7 2.1 95 9 / 57 3.2 28 8 bibancos@ uol.com .br
Procedimentos:
• Telefonar com antecedência para marcar consulta;
• Informar sobre form a de pagamento;
• Não esquecer a carteira de associado.
V_______________________________________________
Convênio entre a Cooperativa e o SIMPRO Sindicato dos Professores de São Paulo perm ite
divulgação de peças de cooperados no roteiro
de te atro do Jornal do Professor, distribuído a
20 mil filiados, m ediante desconto de 50% aos
sócios do sindicato. M aterial para a Cooperativa,
aos cuidados de Fatão.
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M áfia Siciliana Bar e Cantina - 25 % nas refeições
R. M artins Francisco 261 - S ta . Cecília
Tel.: 3 6 6 3 .4 0 5 8
NOTICIAS
CRITICA DA CRITICA
CRÍTICA 2
No esteio da mobilização que vem ocorrendo em diversas instâncias no
sentido de rever o momento cultural que atravessamos, a tão esperada
e paradoxalmente tão execrada Critica também vem sendo discutida. Em
outubro foi realizado o ciclo de debates A Crítica da Crítica, que reuniu
artistas, jornalistas, acadêmicos, produtores culturais e público,
promovido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) no Centro
Cultural São Paulo. Nos debates presenciados pela Cam arim , porém,
chamou a atenção o baixíssimo comparecimento da classe artística,
representando a perda de uma rara oportunidade de confrontar e discutir
os critérios e as funções dos críticos e seus reflexos sobre o trabalho do
artista. Depois não reclamem...
O site w w w .antaprofana.com .br,
de Sebastião Milaré, oferece uma
seção onde você pode responder
a críticas, criticar espetáculos e
em itir opinião sobre os críticos.
Dedicado ao te a tro brasileiro,
lusófono e latino-americano, o site
possui ainda seções de notícias
de in te re sse da c o m u n id a d e
teatral, história, críticas, festivais,
artigos e fotos.
ÁGORA LIVRE
Agora e Cooperativa Paulista de Teatro
convidam para os últimos encontros de 2000 do Projeto ÁGORA LIVRE
6 /1 1 - Convidado a confirmar
20/11 - Cacá Rosset
4/12 - Encerramento do Projeto Ágora Livre neste ano, com Roberto Lage e Celso Frateschi
Sempre às segundas-feiras às 21 h, com o teatro aberto desde as 20h. A entrada é gratuita
Mímica Corporal Dramática - Workshop com Ana Teixeira, de 20 a 24/11 das 14h às 18h. 15 vagas
Ágora
Rua Rui Barbosa 672 - Bela Vista -Tel.: 284.0290 / 284.8532
www.cooperativadeteatro.com.br - [email protected]
Rio C o o p e ra tiv o 2000 - Id e n tid a d e C o o p e ra tiv a
para o N ovo M ilê n io
Maior evento do cooperativismo mundial até hoje, acontecerá entre 3 e 8
de dezembro de 2000 no Rio de Janeiro, reunindo cinco eventos:o XII
Congresso Brasileiro de Cooperativismo, o II Fórum Global da Aliança
Cooperativa Internacional - ACI, a Conferência Ibero-A m ericana de
Cooperativismo, a IV Assembléia da ACI Américas e a III Expocoop Exposição de Produtos e Serviços de Cooperativas Brasileiras e Feira
Internacional de Produtos e Serviços de C oop erativas. Serão 20 0 0
participantes reunidos, discutindo os rumos do cooperativismo brasileiro
e mundial. Maiores informações - www.riocoop2000.org .
NOTÍCIAS
TEATRO X - PROJETO FACES DO TEATRO
Quintas, Sextas e Sábados, sempre às 21 h. Na quinta de cada semana haverá a
perform ance CENTELHA M ÁGICA com Alexandre Henrique e Luciana Zola.
de 9 a 11/11: DANTEAde Mariana M u n iz -d ia 12:Workshop
de 16a 18/11: BOMBA ANATÔMICA de Gerson E steves-dia 19:Workshop
de 23 a 25/11: WERTHER NA VEIA de Celso Cruz - dia 26: Workshop
de 30/11 a 02/12: MULHER DAMA BORBOLETA de Rita Martins - dia 3: Workshop
de 7/12 a 9/12: A DESPEDIDA DE LAURAde Edson de S a n ta n a -d ia 10: Workshop
de 14/12 à 16/12: RASHOMON de Viviane Dias
17/12: PP CONTA HH de Paula Preta às 20h no encontro das produções do projeto Faces do Teatro.
Terças-feiras - Projeto Cena Musical — 21 h — R$ 5
Domingos - Roda de Choro com o Grupo Bola Preta — 18h — R$ 3
Estúdio Teatro X
Cia Teatro X da Cooperativa Paulista de Teatro
Rua Barão de Tatuí 258 - Santa Cecília - São Paulo - SP
Tel.: 3661.1318
http://membro.intermega.com.br/teatrox - [email protected]
Se o seu grupo está em cartaz, não deixe de enviar material para a Cooperativa.
iram
■ Dirceu
Amadio
IN D Ú S T R IA ■ C U L T U R A ■ C ID A D A N IA
www.iram.com.br
[email protected]
- VALORIZANDO O TALENTO -
THEATRO
PEDRO
são
Restaurado em 1998, depois de 15
anos em obras, oTheatro São Pedro
ganhou livro e ensaio fotográfico.
Editado pela Associação de Amigos
do Arquivo do Estado em parceria
com Secretaria de Estado da
Cultura, o livro Theatro São Pedro
- resistência e preservação conta
a trajetória do teatro desde sua
co n stru çã o em 1917 até a
reinauguraçãoem 1998.
NOTÍCIAS
CONCURSO DE DRA M ATU RG IA
A Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre, através da Coordenação
de Artes Cênicas, estará recebendo inscrições para o 3o Concurso de
Dramaturgia - Prêmio Carlos Carvalho. Cópias do Regulamento na
Cooperativa. Os prêmios são em dinheiro: R$ 4.000 (1o lugar), R$ 2.500
(2o lugar) e R$ 1.500 (3° lugar). Além disso, as obras vencedoras serão
publicadas no volume 3 o Concurso de Dramaturgia - Prêmio Carlos
Carvalho. Os interessados deverão inscrever seus trabalhos até 18 de
dezembro de 2000 pelo correio ou diretamente na Coordenação de Artes
Cênicas, A v. Érico Veríssimo 307, CEP 90.160-181, Porto Alegre - RS,
telefax: (051) 221.6622 ramais 241 e 234, site www.portoalegre.rs.gov.br/
eventos/dramaturgia, e-mail: [email protected]
CARAS DO
RECLAME
Movimento independente de atores
e La^ lzes Pr° fls s|0nais q ue
trabalham no mercado publicitário,
*ca„
melllores condições
trabalho e remuneração. As
reuniões acontecem todas as
te rÇas-feiras as 20h na Escola
Carmina Domus^a Rua Jacurid 81
[email protected]
AULAS M A G N A S E LEITURAS DRAM ÁTICAS
O Empório Alquimia da Cena - Casa do Estudo do Ator promove entre 21 e 26 de novembro, sempre às 20h,
com entrada gratuita, em São Caetano, uma semana de Aulas Magnas e Leituras Dramáticas com textos
inéditos de dramaturgos emergentes. Maiores informações pelo 4221.2118.
SITES DE TEATRO
w w w .teatrochik.com .br - site parceiro da Cooperativa, de Francisco Carlos Vieira de Souza, o Chiquinho,
com espetáculos, grupos, história, localização e apresentação de teatros.
w w w .in te rp a lc o .c o m .b r - site de Fabiano M artins e Ivan Pinho, traz história, entrevistas, artigos,
críticas e dicas.
w w w .m ediacast.com .br - seção multimídia de teatro com espetáculos, críticas, entrevistas e roteiros.
w w w .iram .com .br - apoiadora de diversos espetáculos e grupos teatrais em São Paulo, a Iram Indústria
Mecânica representa uma exceção no mundo empresarial, com uma mentalidade que visa em primeiro lugar a
cidadania.
Se o seu site trata de teatro, envie informações à Camarim .
ATENÇÃO COOPERADO
Não deixe de fazer sua prestação de contas de cada nota em itida por
seus trabalhos. Compareça à Cooperativa!
C o o perativa
D ire to ria : Presidente - Luiz Am orim ; Vice-Presidente - José Geraldo Rocha; Secretário - Neto de Oliveira;
Segundo Secretário - Alexandre Roit; Tesoureiro - José Eduardo Petean; Segunda Tesoureira - Débora Dubois;
V o g a l- Cristiani Zonzini. Conselho Fiscal: Hugo Possolo, Sérgio Santiago e Beto Andreatta. S uplentes do
Conselho Fiscal: Luciano Draetta, Flávio Faustinoni e Luis André C herubini.
pa u lista
DCTEATRQ
No Front: A d m in istra d o ra -Maricene Gregorut; Auxiliar A dm in istra tiva -Audrei Luana; Relações P ú b lic a s -Fátima
Ribeiro; Auxiliar de Escritório - André Araújo; Recepcionista - Luana Kavanji; Assessora Técnica - Dulce Maschio;
F a xin eira -Maria das Montanhas; Office-boy - Ricardo Pereira Barroso; Contabilidade - Âncora Assessoria Contábil.
18
A Barraca do Nosor
com o Teatro dos Quinto
direção de Soraya Saide
terças e quartas às 19h30 - até 13/12
Centro Cultural São Paulo - Sala Adoniran Barbosa
Rua Vergueiro 1000 - Tel.: 3277.3611 r. 250
Procurando Firme
com o Grupo Já
direção de Neyde Veneziano
sábados e domingos às 16h - até 16/11
Teatro Imprensa
Rua Jaceguai 400 - Tel.: 239.4203
Quero a Lua
com a Companhia Letras em Cena
direção de Kiko Jaess
sábados e domingos às 16h - até 3/12
Teatro Maria Delia Costa
Rua Paim 72 - Tel.: 256.9115
Uma Peça por Outra
com a Companhia Elevador de Teatro Panorâmico
direção de Marcelo Lazzaratto
de terça a quinta às 21 h30 - até 16/11
Centro Cultural São Paulo - Sala Jardel Filho
Rua Vergueiro 1000 - Tel.: 3277.3611 r. 250
I ztLk J C o o per a tiva
PAULISTA
L n  yJ DETEATRO
GRUPOS QUE FAZEM O TEATRO ACONTECER
CIA. DO DIVINO
CIA. DO FEIJÃO
CIA. DO LATÃO
CIA. DOS CONTRÁRIOS
CIA. DOS INSÍGTHS
CIA. DOS LOBOS
CIA. DOS SETE
CIA. ELEVADOR DE TEATRO PANORÂMICO
CIA. FALBALÁ
CIA.FRATERNAL DE ARTES E MALAS ARTES
CIA. LETRAS EM CENA
CIA. DRAMÁTICA
CIA. LIVRE
CIA. LÚDICA
CIA. MARIA BONITA
CIA. MULUNGO
CIA. PAULICEA
CIA. PAULISTA DE TEATRO
CIA. PAULISTA DE PANTOMINA
CIA. PANTURRILHA DE TEATRO
CIA. PAVANELLI
CIA. PIC E NIC 2
CIA. POMPA CÔMICA
CIA. PRAZENTEIRA DE TEATRO
CIA. RASO DA CATARINA
CIA. S. JORGE DE VARIEDADES
CIA. SOLITÁRIA
CIA. STROMBOLI
CIA. TATALIS
CIA. TEATRAL ARTE & VIDA
CIA. TEATRAL ARTEIROS
CIA. TEATRAL TERRA BRASILEIRA
CIA. TEATRO DE PAPEL
CIA. TRIPTAL DECISUS
CIA.TRUKS-TEATRO DE BONECOS
CIA.VANDENRIZZO DE TEATRO
CIA. ZAGREU DE TEATRO
CINCOINCENA
CIRANDAR
CIRCO E CIA.
CIRCO GRAFITTI
CIRCODÉLICO
CIRCO MlNIMO
CLIPS E CLOPS
COAN E CIA.
CONFRARIA DA CRIAÇÃO
CONFRARIA DE PEQUENAS MENTIRAS
CONFRARIA DETEATRO NIHIL
CONTANDO FLORES
COROPOSTA
DELlRIO URBANO
DESESPERADA
DRAGÃO 7
DRAMARAMA
DUO CLOWN
DUOMARCEFERRAN
DUO TEATRAL
ESCOLA LIVRE DETEATRO
CIA DETEATRO OS VENDEDORES DE MÁSCARAS ESCRITÓRIO FANTASIA
EUREKA
CIA. DE TEATRO PANDORGA
EUGENIOSLÁVIA CIA. DE TEATRO
CIA. DELIRIUM TREMENS
ENCENAÇÃO
CIA. DO ACASO
A LÍRICO CIA. PAULISTA
A PALAVRA E 0 CESTO
ABACIRCO
ACORDES CELESTINOS
ACROBÁTICO FRATELLI
ANDALUZ- TEATRO DE ANIMAÇÃO
ARARAMA
A SANTA PALAVRA
AS MENINAS DO CONTO
ATELIÊ TEATRO
ATMOSFERA MÁGICA
AVES DE ARRIBAÇÃO
B'LUME CENA & CIA
BAMBU DE VEZ
BALANGANDAÇA CIA.
BALEIA AZUL
BARRACÃO TEATRO
BENDITA TROUPE
BICICLETAS VOADORAS
BONECOS URBANOS
BOTO VERMELHO
CADERNO COR DE ROSA
CAIXA DE FUXICO
CAIXA DE IMAGENS
CALIBAN
CANTOS E ATOS
CAVALEIRO DA MÃO DE FERRO
CENTRO DEARTES CÊNICAS DO TUCA
CHIQUITITAS
CIA. A CASA DO SOL
CIA. ALÉM TEMPO
CIA ANJOS VOADORES DE GRCO-TEATRO
CIA. ARTHUR ARNALDO
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CIA.ATURARTE
CIA. AUTO FALANTE
CIA. BANDO
CIABRASILflRADEMYSTÍRIOSENOVIDADES.
CIA. BURLANTIM
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CIA. CÊNICA NAU DE ÍCAROS
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CIA. CIRCENSE VARIETE ETECETERA
CIA. DE TEATRO FURUNFUNFUN
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CIA. COISA E TRECO
CIA. CONCEIÇÃO ACIOLI
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CIA. DE ROCOCÔZ
CIA. DE TEATRO ERA UMA VEZ
CIA. DE TEATRO FÁBRICA SÃO PAULO
CIA. DE TEATRO ÓPERA NA MALA
CIA. DE TEATRO MEVITEVENDO
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FÁBRICA CÊNICA
FABRICA CIA. DE TEATRO
FÁBRICA LÚDICA
FARÃNDOLA TROUPE
FIM DOS CONFINS
FRACTONS
FOLIAS DRAMÁTICAS
G IO CONDA CRIAÇÃO TEATRAL
GIRA CIA. TEATRAL
GIRASONHOS
GRUPO ABAPORU
GRUPO A JACA EST
GRUPO AGORA DE ATORES
GRUPO ARLEQUINS DO TEATRO
GRUPO AS GRAÇAS
GRUPO ASFALTO SELVAGEM
GRUPO BARATA ALBINA
GRUPO CIRCO BRANCO
GRUPO ClRCULO DE COMEDIANTES
GRUPO DE TEATRO BENDITOS E MALDITOS
GRUPO DE TEATRO ESTAÇÃO CIÊNCIA
GRUPO DE TEATRO FILHOS DE PRÓSPEROS
GRUPO DE TEATRO X
GRUPO ESTRANGEIRO
GRUPO FORÇA TAREFA
GRUPO JÁ
GRUPO LÉ COM CRÊ
GRUPO MANIFESTA DE ARTE CÔMICA
GRUPO MANGARÁ
GRUPO MOMA
GRUPO O CACHORRO DA CACILDA
GRUPO PASÁRGADA
GRUPO TEATRAL CÊNICOS E ClNICOS
GRUPO TEATRO DE RISCO
GRUPO TEMPO
GRUPO VIRAMUNDO
IMÃ CIA. TEATRAL
IRMÃOS NICOLAU
KAPAFICUS
KYO
LADRÕES DE METÁFORA
LA MamaNina
LA MlNIMA
LE PLAT DU JOUR
LINHAS AÉREAS
LUARNOAR
LUX IN TENEBRIS
LUZ E RIBALTA
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TEATRO BALAGAN
TEATRO CARTEL
TEATRO DIADOKAI
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TEATRO DEMAMULENGO MESTRE VALDECK
TEATRO DO MITO
TEATRO DOS QUINTO
t e a t r o I n t im o
TEATRO POR UM TRIZ
TEATRO 4GAR0UPAS
TEATRO SEM NOME
TEATRO VENTO FORTE
TEATRO VIVO
TEATRO X
TEATRO AOS TRAGOS
THE SOLITARY GOATS
TRAGÉDIA POUCA É BOCAGE
TRAQUEJOSEALENTOS
TRECOS E CACARECOS
TREINADORES DA ALEGRIA
TREINART "IN COMPANY"
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TROUPE DE ATMOSFERA NÔMADE
TRUPETRUZ
TRUPE VERMELHA
VAGALUM TUM-TUM
VILA SÉSAMO
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