Culto único de origem portuguesa continua vivo

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Culto único de origem portuguesa continua vivo
THE LEADER
PORTUGUESE CANADIAN NEWSPAPER • CANADA’S LEADING AND LARGEST PORTUGUESE LANGUAGE NEWSPAPER
Semanário / Weekly | Director António Perinú | Editora Alice Perinú
Ano XXXIV | Edição 1652 | Sexta-feira, 12 de Agosto de 2016 | Preço $1.95 |36 páginas
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Festas do Senhor da Pedra de Toronto:
Culto único de origem portuguesa continua
vivo apesar de em menores dimensões
Por Isabel Alves e Noémia Gomes
Sol Português
Próxima da intersecção entre as ruas Dundas e
Grace, em Toronto, em zona em que até há poucos anos
praticamente só se falava português, a Igreja de Santa
Inês continua a manter vivas as festividades do Senhor
da Pedra apesar da crescente dispersão da comunidade
lusófona por outros bairros e distritos.
Este culto religioso, único no Canadá e que em
tempos já foi uma das maiores festas portuguesas, atrai
por isso cada vez menos público, ainda que a fé dos que
Págs. 12-13
continuam a acorrer não pareça...
Centro de Toronto
pode ficar mais verde
A proposta para construir um parque no centro
da baixa de Toronto poderá
vir a alterar, drasticamente, o modo como as pessoas
se relacionam no coração
Pág. 2
da cidade.
55 milhões de euros de
Irmandade dos Clérigos,
prejuízos nos 208 edifícios
Porto, doa 50 mil euros
afectados no Funchal
para famílias afectadas
O presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo
pelos Incêndios na Madeira Cafôfo, estimou em 55 milhões de euros os prejuízos
Incêndios:
Um morto e duas viaturas
dos sapadores destruídas
em Ferreira do Zêzere
materiais provocados em bens privados e públicos no
concelho pelos incêndios que deflagraram na segundafeira.
Governo vai ajudar
solidariamente na
reconstrução da Madeira
A Irmandade dos Clérigos, concelho do Porto,
decidiu doar 50 mil euros para apoiar as famílias
afectadas pelos incêndios na Madeira, informou a
instituição em comunicado.
O Primeiro-ministro,
António Costa, afirmou que o
Governo vai ajudar solidariamente a fase de reconstrução
da Madeira depois dos incêndios, remetendo para o final
da visita à ilha os pormenores
concretos sobre os apoios.
Um incêndio rural na zona de Dornes, no concelho de Ferreira do Zêzere, provocou um morto e
destruiu duas viaturas dos sapadores, disse à Lusa
uma fonte do Comando Distrital de Operações de
Socorro de Santarém.
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12 de Agosto de 2016
CANADÁ EM FOCO
Toronto
Jogadores de Pokemon Go
limparam o cais de
embarque Jack Layton
Dezenas de jogadores de Pokemon Go decidiram limpar o cais fluvial Jack Layton na tarde do
último sábado (6), na esperança de conseguirem
alterar a intenção das autoridades camarárias de
gadores de Pokemon Go
têm aparecido no cais de
embarque Jack Layton, deixando atrás deles um rasto
de lixo e desarrumação.
A Câmara de Toronto
argumenta que, juntamente
com o excesso de lixo, o
proibirem os jogadores de
irem jogar para aquela
área.
Aquela estação terminal de barcos é um lugar muito popular entre os
jogadores, uma vez que
tem muitos “stops” e
“gyms”. Centenas de jo-
amontoar de pessoas está a
criar dores de cabeça àqueles que necessitam de ir para
a ilha, e já pediu à empresa
que desenvolveu o jogo que
retire os “stops” e “gyms”
da área à volta do terminal.
O organizador da acção de limpeza, o estudante
de direito Jermaine Virgo,
afirma que a posição da
Câmara não é justa, e espera que a acção do sábado passado toque no coração
dos
decisores
camarários e os leve a mudarem de opinião.
“Nós quisemos demonstrar que somos capazes de ser utilizadores
responsáveis daquele espaço.”, disse Virgo.
Alguns jogadores
de Pokemon Go admitem
que estão a ter um impacto negativo no terminal
fluvial.
Matthew
Solomon
vive
em
Etobicoke e já veio “um
par de vezes” até Jack
Layton para jogar “umas
três ou quatro horas” cada
vez, e reconhece: “Quando cá estive a última vez,
as mesas estavam cheias
de lixo, e havia caixas e
lixo espalhado pelo chão.”
Apesar de tudo,
Virgo diz que os jogadores já desenvolveram um
sentimento de comunidade, no terminal, e querem
continuar ali.
Centro de Toronto
pode ficar mais verde
A proposta para
O espaço verde que Toronto. As plataformas
construir um parque no está planeado chama-se deverão começar a ser
centro da baixa de Toron- “Rail Deck Park”, e deverá c o n s t r u í d a s n a R u a
Bathurst e estender-se-ão
até Blue Jays Way.
Tendo uma área total, prevista, de 8,5 hectares, o parque criará um espaço verde para os residentes na cidade que, cada
vez mais, estão a optar por
viver e trabalhar no centro
de Toronto.
“Esta é a nossa última oportunidade de garantir uma área de terreno que
ainda pode transformar o
modo
como
experienciamos a nossa cidade”, disse o Presidente
da Câmara, em comunicado.
Apesar de o projecto
ainda não estar finalizado, e de podermos estar
ainda a anos de distância
da sua concretização, John
Tory anunciou que a câmara da cidade vai proteger a área para o seu futuro desenvolvimento, perto poderá vir a alterar, ser instalado em platafor- mitindo, desse modo, que
drasticamente, o modo mas que ficarão sobre as o coração de Toronto ain-
como as pessoas se relaci- linhas de eléctrico que, da venha a ter um pouco
onam no coração da cida- agora, serpenteiam pela de verde.
de.
zona central da cidade de
12 de Agosto de 2016
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CANADÁ EM FOCO
Passageiros tentam voar com armas de fogo,
gás pimenta, pistolas eléctricas e droga
Depois dos atentados
do dia 11 de Setembro de
2001,
a
segurança
aeroportuária foi definitivamente reforçada, e hoje
em dia todos temos a noção
que não podemos voar com
tudo o que quisermos, e que
existem objectos absolutamente proibidos a bordo de
qualquer avião.
Todos temos a noção?
Nem todos.
Ao abrigo da lei de
acesso à informação, a CBC
News obteve a lista de objectos que foram apreendidos ou considerados como
potencialmente perigosos
pela Autoridade Canadiana
de Segurança no Transporte Aéreo, entre 1 de Janeiro
e 31 de Dezembro de 2015.
Nessa lista encontra-
mos de tudo um pouco: desde armas de fogo a drogas,
de estrelas de ninja a todo o
tipo de facas e até espadas.
ma de estrela utilizadas
pelos praticantes de artes
marciais conhecidos por
“ninjas”, facas de cozinha,
O maior número de
apreensões diz respeito a
instrumentos cortantes. As
autoridades retiveram, em
todos os principais aeroportos do país, lâminas em for-
navalhas de abertura automática, navalhas de lâminas rotativas, e até lâminas
de barbear. Também interceptaram uma espada, no
aeroporto de Montreal, que
o passageiro queria levar
com ele na cabine, mas foi
obrigado a despachá-la com
a bagagem.
Em segundo lugar na
lista das apreensões surgem
as armas de fogo. Foram
apreendidas
pistolas,
caçadeiras de canos cerrados, balas, e até granadas.
Felizmente, destas últimas
apenas uma era real, e estava desactivada. As outras
não passavam de simples
isqueiros, e até foi apreendida uma granada, no Aeroporto Pearson, em Toronto, que mais não era que
marijuana moldada com
aquele formato.
Depois, foram também apreendidos arpões de
pesca, foguetes luminosos,
gás pimenta, e marijuana.
Falta água na Nova Escócia
O negócio está em alta
para os distribuidores de
água na província da Nova
Escócia, que tentam responder a todos os pedidos que
têm recebido nas últimas semanas, marcadas por um calor abrasador.
mas este ano tudo mudou:
“Eu diria que as chamadas,
este ano, já mais do que
duplicaram, em comparação com o mesmo período
do ano passado. E para além
da distribuição de água para
consumo doméstico, nós
cio estão a expandir-se. E
sublinha que, devido à já
acentuada falta de chuva,
os habitantes da Nova Escócia estão a ter uma despesa inesperada, porque a
distribuição de água não é
uma actividade barata. Por
Ron McCulloch, proprietário da empresa
Priority Water, tem seis
auto-tanques para distribuir
água na área de Middle
Sackville e arredores. A
maioria dos seus clientes
habituais são industriais,
também fazemos regas de
áreas com relvado, e este
ano está a ser também uma
enorme área de negócio.”,
disse McCulloch.
O proprietário da
Priority Water diz que, este
ano, as fronteiras do negó-
isso, dependendo de quão
perto os clientes estejam do
serviço de distribuição,
cada entrega pode custarlhes mais de 200 dólares.
McCulloch acrescenta ainda que, quando o tempo está
quente e seco, como acon-
tece este ano, esta é uma
despesa que as pessoas devem sempre ter em conta.
A Nova Escócia está
a ser atingida, este ano, por
uma onda de calor que tem
afectado, sobretudo, os
agricultores em toda a província. Na costa Sul e no
condado de Cumberland
continua em vigor a proibição de fazer fogo.
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Toronto
Assassínios com armas
de fogo aumentaram
mais de 100%
Os assassinatos cometidos com armas de fogo
entre os meses de Janeiro e Julho, em Toronto, aumentaram mais do dobro, em comparação com igual
período do ano passado.
Segundo dados divulgados pela Polícia de Toronto, durante os primeiros sete meses de 2015, foram mortas a tiro 12 pessoas na cidade; este ano, o
número de mortes já vai em 25. Por outro lado, o
número de homicídios também aumentou 43 por cento: em 2015 foram registados 28, entre Janeiro e
Setembro; este ano o número de mortos já vai em 40.
Esta situação está a causar “grande preocupação” ao Presidente da Câmara. “Mesmo que tivesse
sido apenas uma morte, já era uma morte a mais.”,
disse John Tory.
Mas, apesar de preocupado, o edil sublinha que
as mortes não acontecem ao acaso: “Os incidentes
que estamos a ver, na sua grande maioria, resultam de
actividades de um grupo muito pequeno de pessoas.
Pessoas que têm problemas umas com as outras.”,
disse Tory, que acrescentou: “Não estou a desculpar,
nem a minimizar o que aconteceu. Mas esse pequeno
grupo de pessoas tem tendência a envolver-se em
disputas, uns com os outros, e em retaliações uns com
os outros, e isso faz com que os incidentes se multipliquem.”
John Tory sublinhou que são estes incidentes
que a polícia está a combater, e acrescentou que o
auxílio do governo federal, nesta luta, pode vir a ser
grande e prolongado.
Recorde-se que no passado mês de Junho, Tory
anunciou um auxílio financeiro extraordinário do
governo de Otava, para contratar 100 pessoas, ao
abrigo do Programa de Experiência de Trabalho no
Verão, que iriam ajudar a combater o crime na cidade.
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12 de Agosto de 2016
INFORMAÇÃO GERAL
Ontário:
“Esquema do atirador”
ameaçou matar senhora
de 76 anos
Uma senhora de 76 anos de idade, de Windsor,
Ontário, recebeu um email no passado mês de Julho,
de um alegado “atirador”, que lhe exigia 8.000 dólares, ou seria morta a tiro.
O autor do email dizia ser o responsável por
vários atentados terroristas, e informava que alguém
da família da senhora o tinha contactado, oferecendolhe dinheiro para que a matasse. O autor acrescentava
ter na sua posse informação pessoal sobre a senhora,
bem como a sua fotografia.
Nas instruções do email era dito que se a senhora
pagasse 3.000 dólares receberia uma cassete, onde
poderia ouvir a conversa com o familiar que a queria
ver morta. Os restantes 5.000 dólares teriam, então,
que ser pagos, caso contrário seria assassinada. – A
vítima era avisada para não contactar com a polícia.
A senhora ficou apavorada e mostrou o email a
um amigo, que lhe disse para ligar para a polícia,
apesar dos avisos feitos no email.
A secção de investigação de crimes financeiros,
da Polícia de Windsor, lançou um alerta público sobre
este tipo de esquemas fraudulentos, e pede aos cidadãos para estarem vigilantes e não caírem nestes esquemas de emails com ameaças genéricas.
O “Esquema do atirador” pode surgir também em
mensagens de texto.
Incêndios em Alberta
levaram à maior queda do
PIB em mais de sete anos
Os incêndios que devastaram a província de
Alberta durante o mês de Maio atingiram fortemente,
também, a economia canadiana, que viu o Produto
Interno Bruto (PIB – GDP, na sigla inglesa) cair 0,6
por cento – a maior queda mensal registada em mais de
sete anos.
O impacto dos incêndios na economia do país foi
maior do que tinha sido estimado. Os economistas
tinham previsto uma queda do PIB nacional em 0,4 por
cento, segundo a Thomson Reuters.
O Instituto de Estatísticas do Canadá refere que
a queda do PIB no mês de Maio se fica a dever,
sobretudo, a uma queda de 22 por cento na extracção
não-convencional de petróleo, naquela que foi a maior
quebra na produção petrolífera desde Maio de 2011. –
Excluindo esta quebra na produção de petróleo, a
queda do PIB nacional situar-se-ia nos 0,1 por cento.
A indústria da manufacturação também foi atingida pelas consequências dos incêndios em Alberta,
caindo 2,4 por cento, em Maio.
Toronto:
Autoridades de saúde já
encontraram mosquitos
portadores do Vírus do Nilo
A Direcção-geral de Saúde de Toronto confirmou na quarta-feira(3) que já foram detectados, na
cidade, mosquitos transmissores do Vírus do Nilo.
“Os resultados positivos dos testes são uma boa
base para relembrar aos residentes de Toronto que
devem tomar medidas para evitarem ser mordidos
pelos mosquitos, e devem remover e eliminar todas as
águas paradas que tenham nos seus jardins, varandas
ou pátios, para assim ajudarem a evitar que as populações de mosquitos encontrem áreas que facilitam a sua
reprodução.”, disse a Dra. Barbara Yaffe, Directorageral de Saúde em funções.
No entanto, e para já, as autoridades de saúde
dizem que o risco de infecção ainda é baixo, e se os
cidadãos se protegerem, vestindo roupas claras que
tapem todo o corpo e aplicando repelente de insectos,
os riscos serão ainda mais diminutos.
Até à quarta-feira, dia 3, ainda não havia qualquer
caso notificado de infecção humana pelo Vírus do Nilo.
O ano passado, entre os meses de Junho e Setembro, foram registados 13 casos de pessoas infectadas
com o Vírus do Nilo.
Retrato de nobre português vai ser
exposto no Grand Palais, em Paris
Uma tela a retratar um
nobre português do século
XVIII, conhecido como “o
primeiro Conde de Mafra”,
vai estar em exposição na
Bienal dos Antiquários no
Grand Palais, em Paris, de
10 a 18 de Setembro.
O retrato faz parte das
obras expostas pela Galeria Mendes, dirigida por
Philippe Mendes, o português que doou uma obra de
Josefa de Óbidos ao
Louvre, e que deverá ser
exposta neste museu em
Outubro, disse o galerista à
agência Lusa.
A 28.ª edição da
“Biennale des Antiquaires”
vai contar com a presença
de 123 expositores de 14
países, incluindo a Galeria
Mendes, localizada no centro de Paris, especializada
em pintura dos séculos XVI
a XIX.
“Como figura central
da exposição encontra-se
uma verdadeira obra-prima
de Louis Gauffier (17621801), o retrato de um nobre português, Lourenço
José Xavier de Lima (17671839), o primeiro Conde de
Mafra (…). O retrato era
conhecido através de relatos de estudiosos desde os
anos cinquenta do século
XX, e foi recentemente descoberto e agora exposto
pela primeira vez ao público”, explicou Philippe
Mendes, em comunicado
enviado à Lusa.
O quadro está datado
de 1793, quando “o primeiro Conde de Mafra, com 30
anos, se encontrava em Florença e tinha um papel diplomático importante”, com
o retrato a pretender “promover a imagem de um cavalheiro numa posição oficial”, que também fez o
“Grand Tour”, a tradicional viagem pela Europa realizada por jovens nobres
entre finais do século XVII
e durante o século XVIII.
O retrato do nobre
português é uma das obras
seleccionadas pela galeria,
a qual escolheu como tema,
para levar à bienal, o
neoclassicismo, contando
também com obras do francês Jacques-Louis David
(1748-1825), dos italianos
Andrea Appiani (17541817) e Felice Giani (17581823), do irlandês Douglas
Hamilton (1740-1808) e do
finlandês Albert Edelfelt
(1854-1905), entre outros.
Emigrado em França
desde os 14 anos, onde estudou História da Arte e
Direito, Philippe Mendes
(ou Filipe Mendes, de acordo com a grafia original
portuguesa) arrematou, no
ano passado, a pintura “Maria Madalena confortada
pelos Anjos”, de Josefa de
Óbidos, por 269 mil dólares (238.615 euros), num
leilão da Sotheby’s, em
Nova Iorque, uma obra que
doou ao museu do Louvre.
“Maria Madalena confortada pelos Anjos” esteve
em exposição no Museu da
Misericórdia do Porto, até
20 de Janeiro, depois de ter
estado em destaque, na exposição “Josefa de Óbidos
e a Invenção do Barroco
Português”, no Museu Na-
cional de Arte Antiga, em
Lisboa, de 16 de Maio a 20
de Setembro de 2015.
Este ano, o galerista
representou o Museu da
Misericórdia do Porto em
outro leilão, também em
Nova Iorque, onde foi adquirida “A Sagrada Família
com São João Batista, Santa Isabel e Anjos”, também
de Josefa de Óbidos, por
250 mil dólares (228 mil
euros). Philippe Mendes
criou ainda, em Março, a
associação Luso Património, empenhada em restaurar obras do património português, tendo angariado
fundos para restaurar dez
esculturas do Museu Nacional de Arte Antiga
(MNAA).
A associação está
também na origem da oferta ao MNAA de uma escultura do século XVIII, “Coroação da Virgem”, de Joaquim José de Barros
Laborão (1762-1820), adquirida por Philippe Mendes, em leilão, em Lisboa.
Conselheiros na Alemanha satisfeitos
com suspensão de transmissão de
dados de emigrantes
Os conselheiros para as
Comunidades Portuguesas
na Alemanha estão satisfeitos com a suspensão temporária da circular da Comissão de Acesso aos Documentos Administrativos, que
possibilita a transmissão de
dados pessoais a terceiros de
emigrantes portugueses inscritos nos consulados.
“Está tudo suspenso,
estamos satisfeitos e espe-
remos que, no futuro, esta
circular fique neutralizada”, disse José Loureiro,
porta-voz dos conselheiros
para as comunidades portuguesas na Alemanha, à
agência Lusa em Berlim.
José Loureiro recebeu
a confirmação através da
embaixada de Portugal em
Berlim, que referiu que “de
acordo com a orientação
entretanto recebida dos ser-
Cidade do Quebeque:
Lar de idosos ganha guerra
contra jogadores de
Pokémon Go
Uma residência para pessoas idosas na Cidade
do Quebeque vai ver-se, finalmente, livre dos enormes grupos de jogadores de Pokémon Go, que todas
as noites perturbam os residentes.
As Habitations du Trait-Carré, no distrito de
Charlesburgo, receberam a confirmação por parte da
empresa que criou o jogo, a Niantic, de que vão ser
retirados todos os “stops” e “gyms” que atraem os
jogadores para aquela zona.
Aquele complexo residencial é um sítio onde
existem vários “Pokestops” e “gyms”, onde os jogadores podem apanhar várias figuras do jogo, e depois
trocá-las entre si.
“As pessoas vêm com as famílias, trazem cobertores e bancos, e instalam-se na nossa propriedade. Jogam Pokémon durante horas, mesmo pela noite
dentro.”, disse Jean-Yves Parent, Director do complexo residencial que tem cerca de 40 unidades.
Parent já teve mesmo que contratar um segurança privado, a quem paga 150 dólares por dia, para
afastar os jogadores de Pokémon Go da propriedade.
viços competentes do Ministério dos Negócios Estrangeiros, enquanto se
aguarda o parecer da Comissão Nacional de Protecção de Dados, fica suspensa
a aplicação da circular relativa à transmissão a terceiros de dados pessoais de
cidadão residentes no estrangeiro com inscrição
consular”.
O conselheiro disse que
o tema criou “uma grande
instabilidade e preocupação
junto da comunidade portuguesa no estrangeiro”, frisando que receberam muitas queixas de portugueses
a viver na Alemanha através das redes sociais.
José Loureiro referiu
ainda que, através de contac-
tos com funcionários dos consulados portugueses na Alemanha, “houve pessoas muito
preocupadas a enviar ‘emails’
a pedir sigilo dos dados”.
O conselheiro ressalvou
que, foi graças ao alerta do
consulado de Madrid que
os conselheiros e os portugueses na Alemanha tomaram conhecimento do novo
parecer da Comissão de
Acesso aos Documentos
Administrativos, referindo
que “os postos consulares
deviam ter tido mais cuidado” com a nova circular que
obrigaria a facultação de
dados pessoais de portugueses a residir no estrangeiro,
excepto se os próprios manifestassem vontade de manter
a informação sob sigilo.
Estremoz/Portugal:
Norte-americanos
expõem “Cor + Som”
“Cor + Som” é o título
de uma exposição da autoria dos norte-americanos
Pat Badt e Scott Sherk, que
abre ao público, no dia 12
deste mês, em Evoramonte,
no concelho de Estremoz,
distrito de Évora.
Patente até ao dia 11
de Setembro na torre do
Castelo, a mostra é promovida pela Direcção Regional de Cultura do Alentejo
(DRCAlen), parceria com a
Fundação Obras e com o
apoio da Câmara de
Estremoz.
A exposição resulta de
uma residência artística,
realizada pelos dois artistas, em 2015, próximo de
Evoramonte, em que recolheram sons do exterior na
envolvente do castelo e observaram e analisaram a cor
e a luz das paisagens.
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Vivências Portuguesas em Terras Americanas:
Textos de uma diplomata que viveu e compreendeu
as nossas comunidades
Por Diniz Borges
Sol Português
Conheci a diplomata Manuela Bairos há cerca de
uma dúzia de anos. Estava eu no Conselho das Comunidades Portuguesas e era o Presidente da Secção dos EUA
e numa das nossas reuniões na Costa Leste tive a oportunidade de a conhecer pessoalmente. Travámos um diálogo que ainda hoje, apesar dos anos e da distância geográfica ainda se mantém.
Nessa longa e saudosa conversa falámos de tudo,
desde política a religião. Não concordámos em tudo, e
ainda bem porque é sinal que somos pessoas livres, mas
ficámos amigos para a vida. Inteligente, directa, audaz,
Manuela Bairos, agora ao serviço da diplomacia portuguesa na cidade de Nova Iorque, foi durante vários anos,
quando a conheci, Cônsul-Geral de Portugal na cidade de
Boston.
Aí marcou, para sempre, a comunidade portuguesa
daquela cidade de todo o estado de Massachusetts. Um
dos seus projectos pioneiros, e até ao momento único na
vida das nossas comunidades nos EUA foi o Boston
Portuguese Festival. Um acontecimento significativo que
tal como a própria diplomata afirma no posfácio, veio
provocar na comunidade daquela cidade, e daquele estado, o sentido tão necessário nas nossas comunidades da
América do Norte, o de reinventarmo-nos, de “redefinir
neste novo tempo a sua (nossa) identidade e a sua (nossa)
ligação a Portugal.”
Manuela Bairos, teve a visão e a audácia de transformar, as por vezes altamente folclóricas e efémeras
celebrações do 10 de Junho, Dia de Camões, de Portugal
e das Comunidades num certame que englobou a riqueza
do mundo cultural português e, literalmente, o atirou,
com coragem e perspicácia, para o mainstream america-
no na zona de uma das cidades mais importantes da Costa
Leste dos EUA, a cidade de Boston.
A comunidade daquela cidade, de toda aquela zona,
é hoje diferente, graças ao esforço de Manuela Bairos e
também graças a esta dinâmica diplomata, Boston vê
Portugal com outros olhos.
O seu trabalho, a sua dedicação, as duas decisões
astuciosas, estão reunidas num belo livro, que mais do
que mais do que uma colectânea de textos em torno do
Boston Portuguese Festival é, como o próprio subtítulo
nos diz: um tributo aos portugueses na América. Dividido em várias secções, pertinentes para se conhecer as
nossas comunidades, este belo livro, como objecto e em
conteúdo, concentra-se em vários pontos fulcrais para se
conhecer quem somos em terras americanas.
A nossa herança cultural, a presença do ensino da
língua portuguesa e a literatura lusoamericana, as ciências, a música, os
símbolos e heróis, a história das comunidades, uma bela retrospectiva e
um posfácio extremamente pertinente marcam esta obra que recomendamos a todos quantos queiram perceber a presença portuguesa em terras
americanas.
Num belo “prefácio a quatro mãos”, assinado por
José Mariano Gago e Onésimo Teotónio Almeida, escreve-se que: uma só pessoa pode fazer a diferença.
Bela e verídica frase. Há pessoas que pelo seu desempenho, a sua generosidade, a sua labuta, a sua ousadia e a
sua visão fazem a diferença.
Manuela Bairos é uma dessas pessoas. Tal como
nos diz o mesmo prefácio: Manuela Bairos trouxe para
Boston uma visão de largo alcance e uma garra interior
que lhe assegurou persistentes esforços, empenhamento
denodado em lutas em favor de causas várias, desbravando terrenos até aqui completamente impenetrados e
tidos como impenetráveis”.
Boston Festival: um tributo aos portugueses na
América, é mais do que um livro, é um compêndio de
informações, histórias, narrativas, documentos fotográficos e reflexões sobre a trajectória das nossas comunidades em terras americanas que tal como afirma a autora: “serão tão importantes e influentes quanto mais
respeitada e apreciada for a sua cultura, a sua língua de
origem e o contributo da sua herança para a sociedade
americana.”
As nossas comunidades precisavam deste livro!
Califórnia
Agosto 2016
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12 de Agosto de 2016
PENA E LÁPIS
Correspondente do Brasil
Moçambique:
Os Uaque-Uaques - Povos da Proto-História
Por Francisco G. de Amorim
Sol Português
Os Uaque-Uaques aparecem
pela primeira vez na Idade Média
citados por autores árabes, seus
contemporâneos, como al-Masudi
(Abul Hasan Ali Ibn Husain Ibn Ali
Al-Masudi, 888-957), al-Edrisi
(Abu Abdullah Muhammad al-Idrisi, 1110-1165), e outros, referindo-se já a povos que habitavam nas terras
que hoje são o Norte de Moçambique, antes dos bantos
ali chegarem.
Os Uaque-Uaques ou Pré-Bantos, correspondem na
actualidade aos Koisan, que habitam na Namíbia e Sul de
Angola, nos grupos de Bosquímanos e Hotentotes.
As primeiras indicações destes povos aparecem já
em Homero, 1.000 a.C., e Hecateu de Mileto, 546-480
a.C., como habitando o Alto Egito, a quem chamavam
pigmeus e diziam que habitavam em cavernas e tinham
combates com os grous!
Planisfério de Heucateu de Mileto, séc. V a.C. –
restituição de A Forbiguer 1842
Notar, no sul: Pygmaen e Skiapodes (o mito dos
homens só com uma perna e um olho no peito)
Nos princípios da era cristã começa a migração dos
povos Bantos para o Sul, que já dominavam a tecnologia
do ferro, foram exterminando os mais fracos e, em muitos casos cruzando com eles porque só poupariam as
mulheres jovens, mas os portugueses nas primeiras viagens à costa oriental ainda os encontraram.
Este etnónimo, Uaque-Uaque, é onomatopeico em
referência aos “cliques” ou estalidos com a língua, o seu
modo de falarem, em muitos casos ainda hoje, e era
usado pelos bantos que achavam estes “grunhidos” semelhantes aos dos babuínos.
Al-Idrisi: “Estes horríveis aborígenes, cujo modo
de falar lembra assobios, habitavam a região à volta de
Sofala.”
Al-Masudi, no século X, ao tratar dos Mocarangas,
de uma forma confusa fala de um povo seu vizinho com
“ausência de atos de inteligência”.
Frei João dos Santos (1570-1625) no livro Etiópia
Oriental (1609) escreve sobre os Mocarangas:
“Manamotapa e todos os seus vassalos são Mocarangas,
nome que têm por habitar as terras do Mocaranga, e
falarem a linguagem chamada Mocaranga, a qual é a
melhor e mais polida de todas as línguas de cafres que
tenho visto n’esta Ethiopia, porque tem mais brandura,
melhor modo de falar; e assim como os Mouros de África
e de Arábia falam de papo que parece que vomitam, e
arrancam as palavras da garganta, assim pelo contrário
estes Mocarangas falam e pronunciam as palavras com a
ponta da língua e beiços, de tal maneira que muitos
vocábulos dizem quase assobiando, no que tem muita
graça, como eu vi algumas vezes falar os cafres da corte
de Quiteve e do Manamotapa, onde se fala o mocaranga
mais polidamente. O seu modo de falar é por metáforas
e comparações mui próprias e trazidas a propósito e
interesse, em que todo o seu intento se resolve.”
Desde o século XVI que os portugueses contactaram
estes povos, sempre fazendo a distinção entre os de cor
parda e pequena estatura e os bantos, a que chamavam
cafres, de cor negra e corpo grande e forte.
Cafre, como é sabido foi o nome dado pelos muçulmanos a todos os infiéis, kafir, que viviam nas regiões
onde o Islão não chegou.
António Fernandes, 1514-15, que os encontrou nas
suas viagens pelo interior, a caminho do famosos
Monomopata: “O Rei de Mombara está a sete dias de
jornada deste Monomotapa... estes homens são mal proporcionados, não são muito negros e têm rabos como de
carneiro. Estes dos rabos de carneiro adoravam as vacas.
Se algum deles morre, comem-no e enterram uma vaca. E
quanto mais um negro for preto mais dinheiro dão por
ele, para o comerem, e dizem que a carne dos brancos é
mais salgada que a dos pretos... gente que não é muito
negra porém tem cabelo como os da Guiné, e os dos rabos
que adoravam vacas e comem humanos são mais baços
que estes.”
“Rabos de carneiro” é o que hoje se chama a
esteatopigia, que não é exclusiva de alguns povos africanos, como se pode demonstrar:
Pinturas rupestres do Monte Chinhampere
Há muitas evidências dos Uaque-Uaques. Primeiro
o primitivo nome do Rio dos Bons Sinais a quem os
nativos chamavam Quá-Quá; depois o nome do maior
grupo do norte de Moçambique os Macuas, sabendo que
o prefixo Ma indica o plural, temos Ma-cuá; os
Mucuancala e Mucuazama, no sul de Angola, e mais
evidente ainda o grupo Macuácua, povo do Sul do Save,
em Moçambique, as regiões de Gaza e Chibuto e outras
mais.
Até eu guardo com muito cuidado um quadro que
me liga a este povo e do qual já escrevi em 9 de Dezembro de 2010: É de um pintor L. Makwakwa. (o L. parece
que seria Lourinho, de acordo com informações posteriormente recebidas do Hotel Universo, em Maputo, como
se pode ver em http://hoteluniverso.wordpress.com/
2011/09/04/wall-by-makwakwa ) Este Makwakwa, grande artista, sempre andou metido em confusões, não tanto
políticas, mas bebedeiras, brigas, e até drogas.
A pintura dele é rica, intensa, marcadamente
moçambicana. Como não sou crítico de arte não posso
afirmar que seja da escola do mestre Malangatana, mas
a verdade é que parece ter sido este o percursor de um
estilo que distingue, ao primeiro olhar, o artista
moçambicano de qualquer um de outro país africano.
Fomos visitar a sua exposição e o quadro que mais
agradou foi este, o maior, que dominava a sala. Estive
algum tempo a apreciá-lo até que o artista me veio
explicar o seu significado: a Ceia de Cristo, vista por
olhos africanos. Uma reunião entre um Grande Chefe e
António Fernandes nas suas viagens encontrou os seus doze seguidores, onde sempre se bebe muito, e In
Bosquímanos ou Hotentotes, como o seu gado, e ainda Vino Veritas, é grande a alegria e animação de uns e
com os seus costumes, incluindo a antropofagia.
prostração de outros.
Apesar de tudo, esta gente, avessa à civilização,
deixou-nos demonstrações artísticas de grande valor como
são as pinturas rupestres, muitas das quais em
Moçambique: Monte Chinhampere, ao Sul de Vila Pery,
Vumba (Manica e Sofala), Nalelepia, Chifumbuzi (a
norte de Cahora Bassa) e outras, que ninguém sabe
quando foram feitas.
Um dos presentes, depois de ter bebido por uma
cabaça o vinho, ali configurado como fazendo parte do
corpo do Grande Feiticeiro, e com um gesto de falsa
amizade, e ter colocado a mão no Seu ombro, acaba
repudiando a cabaça que está a cair-lhe da mão! Os
outros seguidores, tal como rezam os Evangelhos, são
uns mais tranquilos, outros mais irrequietos, mas sentese um misto de animação e até admiração, reações que
o vinho dá a cada um.
Nota: Não há dúvida que, etimologicamente, eu
também sou um “cafre”!
www.fgamorim.blogspot.com
Anuncie e Divulgue Sol Português
12 de Agosto de 2016
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PENA E LÁPIS
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Na caça dos Pokémons – um jogo que fascina e promete
Com um olho na realidade e o outro no mundo virtual
Por António Justo
Sol Português
Jogadores do “Pokémon Go”, à medida que caminham, coleccionam criaturas virtuais no seu Smartphone.
Actualmente, os programadores do jogo puseram 151
figuras virtuais em marcha. O jogador pode aprisionar,
combater, e treinar as figuras virtuais.
A Necessidade cria o Órgão
Como em tudo o que é vivo há movimento, movimento afirmativo e negativo, na procura de um equilíbrio
que só o sonho satisfaz.
Na ordem natural das coisas a necessidade cria o
órgão e as necessidades actuais criam os seus. Os criadores de jogos de internet notaram que não seria saudável
que os seus utentes passassem o tempo corporalmente
inactivos a treinar apenas as qualidades digitais e as
células cinzentas lúdicas dentro do seu quarto. Os prisioneiros de sofá/Internet também têm necessidade de cor,
de movimento e de conhecerem as regiões onde vivem e
ter encontro com pessoas de carne e osso; a carência
estimulou a criatividade de programadores que conceberam um jogo adequado à necessidade de exercício físico
e que leva a juventude a espreguiçar-se por onde antes só
se viam turistas. Num mundo cada vez mais dirigido, o
“Pokémon Go” tornou-se num achado.
O “Pokémon Go”
O jogo “Pokémon Go” possibilita aos seus utentes
fazer as suas caçadas de Pokémon através da natureza e
deste modo fazerem algo pela saúde e pelo bronzeamento
de uma pele já demasiado esbranquiçada pelas luzes de
néon.
Puxadas pelo jogo, pessoas de todas as camadas
sociais, movimentam-se por montes e vales. De olhar
fixo no visor do Smartphone lá vão elas na caça às
criaturas virtuais. Por vezes também dão de caras com
olhares escusos ou até de troça pela outra legião que faz
parte das massas dos que engordam a taxa de sucesso das
transmissões de TV. “Pokémon Go” é um jogo que
fascina; o efeito de surpresa, aliado à aventura bem como
a sensação de se conseguir algo, aumentam o grau de
satisfação e a impressão de se ter sucesso.
No meio de uma sociedade cada vez mais ensimesmada e com menos perspectivas reais o Pokémon apresenta a vantagem de unir o mundo real ao mundo virtual
e de colocar a malta em peregrinação à procura de
Não adiar a vida perdendo-se
em vivências de ocasião
O problema não está na internet
nem no Pokémon Go; o problema surge no momento em que o jogo ou a
internet ocupa demasiado tempo da
vida e pode distrair a vontade. Do que
me é dado ver, na contemplação da cena, noto que muito
jovem corre o perigo de se distrair da vida real, de não
pegar nela pela frente, com vontade própria, nem estabelecer metas concretas para a vida real.
A vida real passa a ser ameaçada quando se dedica
mais tempo e interesse ao jogo do que aos afazeres
(trabalho, escola, universidade) e quando se passa a ter
como fonte de satisfação da vida prazeres e metas virtuais em vez de prazeres e metas físicas, individuais, sociais e espirituais. Os jogadores têm de estar atentos para
não se tornarem prisioneiros do jogo e de um circuito
fechado de amigos (gueto), todos eles mais ou menos
iguais, prontos a aplaudir o parceiro, que com isto oferecem um reconhecimento social, que periga por poder
substituir o reconhecimento e auto-satisfação que viria
do seguimento de uma vocação ou profissão. (A este
respeito pode clicar em Pegadas do Tempo: Riscos do
crente ad hoc). “Unum facere et alium non omittere”!
Quem mais ganha com o jogo: Nintendo com cerca
de 10% das receitas (= um milhão de € diariamente); os
que mais ganham são: Niantic com 30%, Pokémon com
30% e Apple e Google com 30%.
Desde que Pokémon Go foi lançado, nos Estados
comunicação. Cria vida partilhada e recriação de tempos Unidos, em 6 de Julho de 2016, o jogo tem alastrado por
livres num meio ambiente compartilhado que não se todo o mundo. Há locais, firmas e instituições onde se
limita a relvado para jogo e pode apontar para outras registam incómodos com a grande afluência de jogadores
necessidades da alma.
nas suas áreas.
Aí andam eles com um olho no visor do smartphone
e outro na realidade. Assim se distraem e se mostram
António da Cunha Duarte Justo
como seres visivelmente comunicativos numa sociedade
Pegadas do Tempo
virada para a ilusão.
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12 de Agosto de 2016
PENA E LÁPIS
Correspondente de Portugal:
Um quente Verão de vale-tudo
Por Hélio Bernardo Lopes
Sol Português
todos desejam manter, com as notáveis excepções dos que só pensam em ganhar mais
ainda do que já auferem? Espantoso!
O presente tempo estival está a mostrarUm pouco depois, o caso do IMI, que
se-nos bem acima do que um treino já de décatambém nos dizem agora ser só coisa que
das poderia permitir estimar e enfrentar.
parece mas não é. O problema é que se abre
Depois das mil e uma vicissitudes que a
aqui uma porta para futuro, porque logo que
III República criou, e com que nos ajudou a
a Direita chegue ao poder o que fará será dar
conhecer e a enfrentar a realidade da vida
andamento à parecença de agora, tornando-a
política democrática, o tempo deste Verão é uma verda- uma realidade, como realmente esteve prestes a fazer.
deira novidade. Mormente pela contínua prática do valePor fim, o caso dos jogos do Euro 2016 e dos
tudo.
convites a Fernando Rocha Andrade e dois colegas de
Como realmente teria de dar-se, contínua a acção Governo. Claro que a euforia da circunstância nem perconcertada da Direita alemã com a nossa, sempre lançando a dúvida sobre a capacidade dos portugueses realizaCorrespondente do Brasil:
rem os seus compromissos reiterados. E quem diz a
nossa Direita, diz a facção direitista do PS. Uma objectiva estratégia contra o interesse dos portugueses, sempre procurando recuperar a receita desastrosa que nos
empobreceu como agora o BCE nos veio confirmar em
Por Thatiana Tondato
matéria de despedimentos e esmagamento salarial.
Sol Português
Desta vez, para lá dos nossos oposicionistas, aí nos
surgiu o presidente do Bundesbank, Jens Weidmann,
Recentemente estive em Gramado no Estado do Rio
criticando a falta de actuação da Comissão Europeia
Grande
Do Sul - Brasil. Uma cidade turística e encantarelativamente a Portugal e Espanha – o verdadeiro obdora.
Sua
culinária é espetacular. Você encontra os mais
jectivo é Portugal...–, defendendo que o não cumprimendiversos
tipos
de comida.
to das regras orçamentais devia ter dado lugar a
De
fondue
a rodízio de massas. Adoro um lugar
consequências. Da nossa Direita, tal como de Aníbal
chamado
Per
Voi.
Um restaurante típico italiano, com
Cavaco Silva, de António Ramalho Eanes ou dos nossos
massas
deliciosas
feitas
pela Nona.
bispos católicos, bom, nem uma palavra.
De
sobremesa
escolho
sempre um brigadeiro de
No meio de tudo isto, algumas lembranças de Vecolher
inesquecível.
Mas
Gramado
é muito mais do que
rão. Desde logo, essa infeliz ideia de mandar estudar a
isso.
Existem
algumas
atrações
na
cidade
e nas proximisituação da ADSE, quando a mesma é claramente
dades.
superavitária. Porquê mexer no que está bem e quase
Você pode conhecer lindas esculturas de chocolate
e até conhecer como os chocolates são feitos. Aliás,
existe chocolate para todos os gostos. Você pode se
encantar no Mini Mundo, onde encontrará miniaturas de
castelos e monumentos ou até mesmo ver como o vapor
mitiu pensar no impacto do convite natural e sem maldade ou perda de isenção decisória. Simplesmente, a oposição deita mão de tudo, perante uma Geringonça que
funciona e vai levando a carta ao Garcia. Um perigo
iminente…
Para mim, porém, o mais espantoso é ainda a grande
comunicação social, que agora atua com a mesma falta de
vergonha com que silenciou os casos dos políticos e
jornalistas ligados aos Papéis da Mossack Fonseca.
Nestes casos, estando em causa políticos, jornalistas, banca e secretas, isso da ética sofreu logo um daqueles ares que costumam fazer sumir o inconveniente...
Enfim, já nem se pode descansar no domínio opinativo!
Gramado – Encantos e Gentilezas
movimentou a indústria, no Mundo a
Vapor.
Você poderá conhecer museu
de carro, museu de cera, um parque
de lavandas, vinícolas e viti vinícola
como a Jolimont. Uma viti vinícola
produz as próprias uvas. Você tem
muito para fazer ou simplesmente se
deixar levar pelas ruas de comércio
que são lindas e com uma grande variedade de itens.
O atendimento é fantástico e muitos lugares tem um
sistema de leva e traz, tanto em restaurantes, atrações
quanto museus.
No final do ano acontece o “Natal Luz” com muitos
eventos acontecendo na cidade e você não saberá dizer
qual a melhor época do ano para visitar Gramado.
O clima é sempre gostoso, mesmo se chover ou se
fizer muito frio. Turista é assim mesmo, aproveita cada
segundo.
A cidade possui um detalhe incrível: não existe
semáforo na cidade e ela funciona perfeitamente. Os
carros param na faixa de pedestre ao menor sinal que
você fizer de atravessar.
Para um Paulistano isso é algo muito interessante e
inovador. Uma questão de cultura. Aprendi com outra
cidade do sul, Balneário Camboriú, a ligar o pisca alerta
quando parar na faixa para o pedestre atravessar. Isso
mostra ao pedestre que você está lhe dando passagem e
sinaliza ao carro de trás que irá parar. Gentileza incentiva gentileza.
Pequenos detalhes feitos por muitos e
constantemente origina uma evolução nas cidades. Gramado é um grande exemplo e por isso quando retornei
resolvi compartilhar um pouco da minha experiência,
afinal temos que ser a mudança que desejamos para o
mundo. Entre em contato: [email protected]
Thatiana Tondato
Consultora e Business Coach
12 de Agosto de 2016
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CULTURA EM FOCO
9
Reportagem:
Um grupo folk “Trasga” que canta “unicamente”
inéditos em mirandês
O grupo de música de raiz folk “Trasga” apresentase como o “único” do género que apresenta nos seus
espectáculos um repertório “exclusivamente” preparado
com “inéditos” em língua mirandesa.
“O nosso grande objectivo é o de divulgar a língua
mirandesa através dos nossos originais e, ao mesmo
tempo, acompanhar o que
cantamos com instrumentos tradicionais que são fabricados por mim, na minha oficina”, indicou à
agência Lusa o mentor do
projecto, Célio Pires.
O instrumentista e
artesão disse que as músicas originais mirandesas
são o “único elo de ligação” entre a formação inicial e a actual, já que houve “muitas mudanças” no
processo evolutivo do grupo de música.
Os “Trasga” apareceram no panorama musical da Terra de Miranda como um grupo de gaiteiros
apostados em preservar a tradição dos instrumentistas
tradicionais da raia nordestina, na sua essência musical.
Porém, a mudança de paradigma no campo da música
tradicional “é notória”.
A formação foi evoluindo ao longo dos últimos
anos, e hoje, apresenta uma sonoridade diferente com a
introdução de novos elementos e novos instrumentos
musicais que “conferem à formação uma nova energia
em palco, onde as canções escritas exclusivamente em
mirandês conseguem arrebatar as plateias”.
Os “Trasga” deixaram as tradicionais arruadas
feitas pelos gaiteiros e subiram aos palcos com o intuito
de divulgar a língua mirandesa um pouco por todo o país
e estrangeiro. “A Espanha tem sido um país onde há um
maior registo de actuações fora de portas”, explicou.
“Entraram novos músicos, alguns deles com formação musical superior, e outros com conhecimentos
profundos no campo da música tradicional e popular, que
assenta nos sons e ritmos mirandeses”, acrescentou.
Já António Garcia, um dos elementos da formação,
que ao longo da sua carreira foi tocando também outros
ritmos musicais, disse que este novo projecto é diferente
dos outros do qual fez parte, pela “originalidade” associada à língua mirandesa.
Ricardo Santos, também um músico com formação
académica, afirmou que tem
“o maior prazer” em fazer
parte do grupo e “pegar em
temas originais, traçandolhe linhas melódicas simples, que por vezes se confundem com outros temas já
existentes no cancioneiro”
tradicional.
“Cada um de nós, pelos
conhecimentos musicais que
tem, traz para o projecto as
suas experiências e, após
alguma reflexão e discussão,
chegamos a conclusões que
agradem a todos os elementos do grupo, explicou.
Instrumentos tão tradicionais com a gaita de fole, a sanfona, a charamela, a
caixa de guerra e bombo, a flauta pastoril ou viola beiroa
são alguns dos instrumentos que fazem parte da fundamentação musical da formação com raízes no concelho
de Miranda do Douro.
Os “Trasga” prometem um novo disco de originais
a breve prazo.
Mísia protagoniza em Buenos Aires “Giosefine”, a partir de
um conto de Tabucchi
A cantora Mísia protagoniza, em Buenos Aires,
“Giosefine”, um espectáculo a partir de “Carta desde
Casablanca”, de Antonio Tabucchi, encenado por
Guillermo Heras.
O monólogo “Giosefine” estreia-se no próximo dia
17, no Complejo Teatral de Buenos Aires, na Argentina,
onde estará em cena até ao dia 28.
Trata-se da estreia mundial em castelhano deste
monólogo baseado na narrativa “Carta de Casablanca”,
do livro “O jogo do reverso”, de António Tabucchi
(1943-2012), estando previsto a sua apresentação em
2017 em Lisboa, disse Mísia à agência Lusa.
“‘Giosefine’ está pensada para ser representada em
quatro línguas: português - espero apresentar em 2017
em Lisboa esta peça -, e ainda em francês e italiano, além
do espanhol”, disse Mísia.
Mísia estreou-se em teatro em 2013, no Centro da
Malaposta, em Olival Basto, nos arredores de Lisboa, na
peça “O matadouro invisível”, de Karin Serres, numa
encenação de José Martins.
“‘Giosefine’ é a história de um transexual que
escreve uma carta à irmã, desde Casablanca, cidade onde
as primeiras operações de mudança de sexo costumavam
efectuar-se”, contou Mísia à Lusa.
“Sinto Giosefine como um duplo salto mortal entre
géneros. Da música ao teatro, de homem a mulher, tento
explorar novas identidades artísticas e pessoais, investigando dentro de mim”, disse a artista.
“Saio da minha zona de conforto como intérprete
musical, arriscando outros universos como faz a própria
personagem de Giosefine”, rematou a criadora de “O
manto da rainha”.
Este projecto faz parte do Festival Temps d’Images
Lisboa. O responsável pelo desenho de luzes é Pedro
Leston, o maestro Fabrizio Romano, que tem acompanhado Mísia, é o director musical da peça, e os figurinos
foram desenhados por Maria Gonzaga.
No passado dia 3, Mísia abriu o Festival de Gordes,
no sudeste de França, na região de Vaucluse, e está a
preparar para o próximo Outono a celebração dos seus 25
anos de carreira discográfica.
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12 de Agosto de 2016
PENA E LÁPIS
Olimpíadas na terra do samba
Por Inácio Natividade
Sol Português
Todos sabem que o Brasil vive um
clima económico e político nada
consentâneo com a sua grandeza, nem com
os seus melhores dias, mas há 4 anos o Rio
de Janeiro já havia saído na rifa, como a
capital das olimpíadas de 2016. Com suas
senzalas, samba e futebol, as olimpíadas
tiveram a sua cerimonia de abertura num clima de
alegria comedida, como que a encobrir uma face envergonhada.
Nas redes sociais como o facebook e twitter, o
receio era de que o pior poderia acontecer, mas a
cerimónia de abertura encheu-nos os olhos com imagens alusivas à chegada dos europeus e dos escravos,
quando na terra existiam os índios, hoje cidadãos de
terceira. No primeiro dia, os transportes públicos transbordaram de gente falando diversos idiomas, sem contudo haver grande motivo para alarido.
A cerimónia de abertura encantou o público presente, como o hino nacional brasileiro cantado por
Paulinho da Viola. A modelo Gisel Bündchen brilhou
ao desfilar ao som de “Garota de Ipanema”, o cantor
Jorge Ben animou a galera ao som de “País Tropical”
e o trio Caetano Veloso, Gilberto Gil e Anitta fecharam a noite acompanhados das principais escolas de
samba do Rio. O corredor Vanderlei Nunes foi o
responsável por acender a faixa olímpica.
Gisel Bündchen é o melhor que há no Brasil em
tempos de crise, mas o país não vive de passarelas, nem
de redes sociais.
O Brasil está a pagar uma factura alta pela
irresponsabilidade dos seus dirigentes, que se fartaram
de roubar e danificar a imagem do país. Hoje em dia
como folclore todos falam na rua do escândalo Lava
Jato; um escândalo que atingiu a elite governativa,
onde um esquema beneficiava os partidos políticos
responsáveis pela indicação dos directores da Petrobras
que colaboravam com o esquema na estatal onde envolviam empresas como Andrade Gutierrez, Odebrecht,
OAS, Carioca, Camargo Correa, Delta e outras, alem
do impeachement da presidente Dilma.
Como se isso não bastasse a situação económica
é caótica, com desemprego a atingir números assustadores, mais de 12 milhões de brasileiros no desemprego. O Banco Central (BC) revisou a estimativa do
Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de queda de
3,5% para retracção de 3,3% neste ano, de acordo com
informações publicadas em seu Relatório Trimestral
de Inflação, divulgado.
Se a economia está em queda livre, as
elites continuam a ‘gladiar-se’ havendo por
todo lado apoiantes da deposta Dilma
Rousself do PT, inconformados com o processo de impeachemnt, e manifestar-se conforme foi, quando Presidente em exercício
Michele Temer discursou para dar início
dos jogos; mas entre os inconformados existem os apoiantes do ex-presidente do Senado também deposto, o todo poderoso Eduardo Cunha do PMDB.
O país organiza os jogos no meio de tourada
política, e tem conseguido tirar protagonismo a
Espanha, que há sete meses sem governo se encontra à
beira de organizar as terceira legislativas, caso não
haja consenso entre o PP e o partido socialista espanhol.
Mas voltando ao jogos olímpicos, mesmo nos
anos economicamente mais conseguidos, o Brasil por
causa da pobreza das suas senzalas e da pobreza e
desigualdade social , racial e económica, nunca abandonou a sua costela terceiro mundista.
Não foi por acaso que o empreendimento jogos
olímpicos 2016, tem sido seguido com toda cautela,
por todos nós, afinal a componente desportiva deve
ser salvaguardada do crime e da desorganização. Desorganização foi o que aconteceu, quando as delegações começaram a chegar, caso da Austrália.
Nos apartamentos reservados à selecção australiana, os esgotos e outras partes do edifico estavam
por acabar, a par disso a baia do Guanabara constatouse ser a mais poluída do mundo.
Os australianos tiveram de pernoitar no hotel,
enquanto a construtora efectuava os acabamentos, e
quanto a baia exigiu uma limpeza extra. Houve muitos
bilhetes falsos e já agora, e porque e não dizê-lo,
tentativas de violação sexual, com dois a três atletas
presos. Não entendo como um atleta pode descer tão
baixo, querendo imitar actos inusitados, fazendo lembrar o antigo director do FMI, Dominique StraussKahn.
No que concerne aos jogos as grandes potências
económicas e do desporto actual, Estados Unidos e
China, já conquistaram as suas primeiras medalhas de
ouro na natação. Esperamos que no fim o desporto
prevaleça sobre a política, e os melhores do mundo
venham a melhorar os seus tempos.
Nas olimpíadas do Rio de Janeiro espero que
venhamos a testemunhar a vitória do homem sobre o
relógio e da minha parte, votos para que os africanos
façam o pleno de medalhas de ouro, nas modalidades
de fundo.
PR promulga diploma que
põe fim à apresentação
quinzenal de desempregados
O Presidente da República promulgou terça-feira o diploma da Assembleia da República que põe fim
à apresentação quinzenal de desempregados, alertando
que apesar de ser um “modelo teoricamente cheio de
virtualidades, a sua exequibilidade é complexa”.
Esta é uma das 17 promulgações que Marcelo
Rebelo de Sousa publicou neste dia na página da
Presidência da República, justificando que “a ampla
votação não
contrária ao
conteúdo do diploma justifica
que o Presidente da República tenha promulgado o diploma que elimina
a
obrigatoriedade
de apresentação quinzenal dos desempregados”.
“Constituindo um modelo teoricamente cheio de
virtualidades, a sua exequibilidade é complexa, sobretudo se não envolver um indesejável acréscimo de
despesas na execução do Orçamento de 2016, ademais
por iniciativa parlamentar”, refere ainda Marcelo Rebelo de Sousa.
A Assembleia da República aprovou a 20 de
Julho o fim da obrigação de apresentação quinzenal
dos desempregados em centros de emprego ou juntas de
freguesia, apesar dos votos contra de PSD e CDS-PP, uma
proposta de lei que havia sido apresentada pelo BE.
PS, BE, PCP, PEV e PAN confirmaram, em plenário, a decisão na especialidade da Comissão Parlamentar
de Trabalho e Segurança Social sobre a alteração do
decreto-lei 220/2006, que estipulava aquelas presenças para garantir o direito ao subsídio de desemprego.
O texto prevê a sua entrada em vigor em 1 de
Outubro, devendo o seu artigo 85.º, sobre “modalidades e formas de execução do Plano Pessoal de Emprego (PPE)” e “realização e demonstração probatória da
procura activa de emprego”, ser regulamentado até
Novembro.
O denominado PPE, definido no artigo 17.º do
novo projecto de lei, “é um sistema de acompanhamento integrado, centrado no beneficiário das prestações de desemprego com o objectivo de garantir: apoio,
acompanhamento e orientação do beneficiário, activação na procura de emprego, através da formação e aquisição de competências” e “monitorização e fiscalização
do cumprimento das obrigações previstas na lei, garantindo o rigor na utilização destas prestações”.
Segundo o texto, prevê-se a criação do PPE de
cada pessoa até ao máximo de 15 dias depois da sua
inscrição no centro de emprego, bem como a sua
“actualização e reavaliação regular”, sem especificar
prazos, além de “sessões de procura de emprego acompanhada”, “sessões colectivas de carácter informativo, nomeadamente sobre direitos e deveres dos
beneficiários”, entre outras.
12 de Agosto de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
PORTUGAL EM FOCO
11
Ponte de Salazar ou Ponte Sobre o Tejo celebra
50 anos a unir Lisboa e Almada
A primeira ponte sobre o Tejo em Lisboa, baptizada com o nome de
Salazar e que depois da
Revolução de 1974 passou
a ser conhecida como Ponte 25 de Abril, celebrou sábado meio século a unir a
capital e Almada.
“Um dia histórico:
inaugurou-se a Ponte”, des-
trito de Guarda), Carlos
Braz encontrava-se de férias na capital.
Naquele sábado quente de 6 de Agosto de 1966,
o plano seria ter mais um
dia de praia, na linha de
Cascais, mas o entusiasmo
para ver a inauguração da
ponte falou mais alto.
Acompanhado de dois
tacou à época o Diário Popular, escrevendo ainda que
“a inauguração da grande
ponte sobre o Tejo atraiu
milhares e milhares de pessoas a todos os pontos altos
de Lisboa e de Almada, desejosas de assistirem a esse
momento histórico”.
Carlos Braz assistiu
de muito perto à inauguração e tornou-se um dos protagonista do acontecimento - foi o primeiro automobilista a atravessar a ponte
sobre o Tejo, de Lisboa para
Almada.
Natural de Seia (dis-
amigos, o automobilista arrancou cedo - por volta das
09:00 - em direcção ao troço da ponte em Lisboa, mas
teve de esperar cerca de cinco horas até que a polícia
de trânsito mandasse avançar, o que só aconteceu às
15:00.
“A fila era grande”,
lembrou à agência Lusa,
afirmando que “foi uma sorte” ter sido o primeiro a
atravessar a ponte.
O automobilista não
teve medo de ser o primeiro
a avançar. Sem carros à
frente, aproveitou para ir
“devagarinho e a ver a pai- sam-na todos os dias mais
sagem”.
de 140 mil automóveis e
Após atravessar a
ponte até Almada, Carlos
Braz foi cumprimentado
pelo chefe de Governo,
António de Oliveira
Salazar, pelo presidente da
República, Américo Tomás,
pelo ministro das Obras
Públicas, Arantes e Oliveira, e pelo cardeal da igreja
católica Manuel Cerejeira.
“Deram-me
um
livrozinho [da cerimónia de
inauguração da ponte], uma
moeda de 20 escudos e uma
medalha em ouro com a fotografia de Salazar e com a
fotografia da ponte”, recordou.
Nesse dia, foi entrevistado por vários jornalistas. Apareceu depois nos
jornais, na televisão e na
rádio, tornando-se num dos
protagonistas da inauguração.
Apesar de ter sido o
primeiro automobilista a
atravessar a ponte, no sentido Lisboa - Almada,
Carlos Bráz não conseguiu
fazer o percurso oposto cerca 140 comboios.
através da ponte, tal era a
Segundo dados do
fila.
“Fui a Cacilhas
[Almada] esperar que viesse o barco e entrei com o
carro para o barco”, referiu.
Carlos Bráz vivenciou
de perto à inauguração da
ponte. Já “cem milhões de
europeus viram pela televisão a maior e a mais bela
ponte do velho continente”,
escreveu à época o Diário
de Notícias, considerando
que era “a maior obra pública” realizada até à data
em Portugal.
A ponte começou a ser
construída a 05 de Novembro de 1962, tendo a obra
ficado concluída passados
quase quatro anos - seis
meses antes do prazo previsto.
Actualmente, atraves-
Comando Metropolitano de 381 acidentes, que resultaLisboa da Polícia de Segu- ram em dois mortos, sete
feridos graves e 124 feridos leves. O ano mais dramático foi 2009, verificando-se 99 acidentes, que envolveram um morto, dois
feridos graves e 16 feridos
leves.
Até final de Julho deste ano, registaram-se nove
acidentes com apenas três
feridos leves, informou à
Lusa a PSP.
Para celebrar os 50
anos da inauguração, a empresa Infraestruturas de
Portugal vai construir um
núcleo interpretativo da
Ponte 25 de Abril, projecto
apresentado publicamente
na terça-feira.
Este núcleo vai incluir
a construção de um elevador panorâmico a partir da
base do pilar de Alcântara.
“É das poucas pontes
com esta envergadura que
não é visitada de forma regular. Queremos abrir a
ponte às pessoas”, afirmou
o vice-presidente da
Infraestruturas de Portugal,
rança Pública (PSP), entre José Serrano Gordo.
2007 e 2015 registaram-se
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12 de Agosto de 2016
COMUNIDADE EM FOCO
Festas do Senhor da Pedra de Toronto:
Culto único de origem portuguesa continua
vivo apesar de em menores dimensões
Por Isabel Alves e Noémia Gomes
Sol Português
Próxima da intersecção entre as ruas Dundas e
Grace, em Toronto, em zona em que até há poucos anos
praticamente só se falava português, a Igreja de Santa
Inês continua a manter vivas as festividades do Senhor
da Pedra apesar da crescente dispersão da comunidade
lusófona por outros bairros e distritos.
Este culto religioso, único no Canadá e que em
tempos já foi uma das maiores festas portuguesas, atrai
por isso cada vez menos público, ainda que a fé dos que
continuam a acorrer não pareça em nada diminuída.
Antes pelo contrário, dizem os seus organizadores,
um comité de voluntários especificamente constituído
para dar forma às festividades e que teima em não deixar
esmorecer o espírito do evento.
A mais recente edição desta grande festa anual
decorreu no último fim-de-semana, registando-se os já
habituais ritos religiosos que marcam o evento – com
particular destaque para a sua majestosa procissão du-
rante a tarde de domingo – e um arraial profano com dois
dias de espectáculos.
A organização voltou este ano a apostar não só nos
artistas locais, incluindo uma participação da comunidade brasileira, mas também na contratação de um cantor vindo dos Estados Unidos da América.
Dois dias de festa
As actividades religiosas incluíram uma missa vespertina, que teve lugar no sábado (6), seguindo-se a
abertura do arraial durante o qual, para além da música
tradicional portuguesa, houve oportunidade para degustar iguarias típicas, incluindo bifanas e iscas, bem como
apostar e tentar a sorte num pequeno bazar.
A edição deste ano ficou marcada pela inauguração de um novo quadro com a imagem do Senhor da
Pedra, o qual ficou instalado sob as portas da Igreja de
Santa Inês durante as festividades.
A imagem veio substituir um quadro semelhante
que já se apresentava em notório estado de degradação.
O mestre de cerimónias durante os dois dias de
arraial foi José “O Carteiro” Lima que na introdução dos
espectáculos pediu um minuto de silêncio em memória
de um dos fundadores destas festividades, que faleceu
no último ano, Francisco Domingos.
Mantendo a tradição dos arraiais à portuguesa, foi
uma vez mais instalado um coreto no adro da Igreja a
servir de palco aos diferentes artistas que actuaram nos
dois dias de festa.
O espectáculo abriu com as músicas de Brad Martin,
seguido de um pequeno concerto pela Banda Nossa
Senhora de Fátima.
Continuou depois com música tradicional portuguesa, trazida por Jessica Amaro e Henrik Cipriano,
12 de Agosto de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
COMUNIDADES EM FOCO
dois conhecidos artistas locais, e culminou com a intervenção de Nelson Rego, cantor que se deslocou até nós
vindo dos Estados Unidos
da América e que actuou
acompanhado das suas
bailarinas.
As celebrações religiosas prosseguiram no
dia seguinte (7) com a realização da missa dominical às 10h30 da manhã,
registando-se algumas horas mais tarde o momento
mais auspicioso destas comemorações: a procissão.
O cortejo arrancou
da Igreja de Santa Inês por
volta das 15h00 e percorreu as ruas circunvizinhas,
levando a desfilar as imagens de Santa Inês, São José e
do Senhor da Pedra, réplica de uma famosa estátua
existente em Vila Franca do Campo e que inspirou uma
fechar o cortejo, em silêncio ou em oração, enquanto dos
passeios o público assistia, aglomerando-se sobretudo
onde a sombra abundava.
O cortejo regressou à Igreja para as bênçãos finais,
dando por concluída a componente religiosa das festividades, após o que se iniciou a componente profana desse
dia.
O coreto voltou a servir de palco e em seu redor
aglomerou-se uma pequena multidão que, de pé ou sentada nas suas próprias cadeiras, assistiu ao segundo dia
do festival de música em língua portuguesa que encerrou
o certame deste ano.
Os concertos prosseguiram dentro dos mesmos
moldes da noite de sábado, desta feita com actuações de
Brad Martin, Luís Lourenço, João Marques e o brasileiro Allan Castro.
Para além dos artistas comunitários que fizeram
com que o adro se transformasse numa pista de dança,
escutou-se ainda um concerto pela Banda Lira Portuguesa de Brampton.
Origens
A origem da devoção ao Senhor da Pedra é algo
que se desconhece, contado-se a seu propósito várias
histórias e lendas.
Apesar de se reproduzirem em diversas localidades de Portugal continental, são as que têm por base o
culto de Vila Franca do Campo, na ilha de S. Miguel,
Açores, que inspiraram as festividades na Igreja de
Santa Inês.
Estas mantêm-se vivas no Canadá graças à teimosia e fé de uma comissão que há já dez anos é dirigida
pelo presidente José Luís Tavares e pelo vice-presidente, Emanuel Vigário, já que, como explicaram à nossa
reportagem, é difícil encontrar quem queira assumir a
13
Portuguesa de 16 anos conquista
terceira distinção internacional
com ‘curta’ sobre imigração
A curta-metragem “4242”, de Sara Eustáquio, 16
anos, sobre o processo de adaptação de uma imigrante,
recebeu o prémio de mérito, o segundo mais importante,
nos IndieFest Film Awards, em Los Angeles, EUA, somando a terceira distinção internacional.
O trabalho da jovem de Torres Vedras já tinha conquistado uma menção especial de mérito do júri no
BestShorts Competition, igualmente na Califórnia, e o
prémio revelação no Festival Near Nazareth, em Israel.
Na quinta-feira foi anunciada a nova distinção pelo festival norte-americano.
A ‘curta’, que também já foi seleccionada para o
Josiah Media Festival, que se realiza em Outubro, no
Texas, inspira-se na experiência da protagonista, a aluna
romena Cristina Caldararu, de 18 anos, da mesma escola
de Eustáquio, a Secundária Henriques Nogueira, em Torres Vedras.
Residente em Portugal desde 2015, longe da família,
para terminar o ensino secundário, com a expectativa de
assim poder entrar mais facilmente numa universidade,
Cristina Caldararu teve de aprender português em tempo
recorde, adaptar-se ao país, criar novos laços.
Colega de turma da Sara Eustáquio, Caldararu escreveu sobre a sua experiência, para um trabalho escolar, e
esse texto depressa se tornou no ponto de partida da
curta-metragem.
No final deste mês, “4242” vai ser exibida pela
primeira vez em Portugal no FARCUME, Festival de
Curtas-Metragens de Faro, no qual está igualmente a
concurso.
Sara Eustáquio prepara agora uma nova curtametragem, desta vez rodada em Nova Iorque, cidade
onde esteve nas últimas semanas a frequentar um curso
intensivo de realização cinematográfica na New York
Film Academy.
interessante variante deste culto nos Açores.
Encabeçado pelo Guião – transportado por homens vestidos a preceito – um grupo de crianças trajadas de anjos e outras figuras bíblicas marchavam orde-
Conselho de Ministros aprova
criação de novo Consulado
Geral de Portugal na China
nadamente e em silêncio, ao som das músicas tocadas
pelas Bandas Nossa Senhora de Fátima e Lira Portuguesa de Brampton, que marcavam o passo do préstito.
Um séquito de sacerdotes da Igreja e de outras
paróquias acompanhavam a imagem do Senhor da Pedra, seguidos por uma pequena multidão de fiéis a
A criação de um Consulado-Geral de Portugal em
Cantão, na República Popular da China, foi quinta-feira
aprovada em Conselho de Ministros, segundo um comunicado de imprensa.
“O Conselho de Ministros aprovou o acordo entre os
Governos da República Portuguesa e da República Popular da China para a criação de um Consulado-Geral da
República Portuguesa em Cantão”, lê-se na nota.
O novo Consulado-Geral terá como área de jurisdição as províncias de Guangdong, Hainan, Hunan, Fujian
e a Região Autónoma de Guangxi Zhuang.
“Por sua vez, e tendo em conta o princípio da reciprocidade, a República Popular da China terá o direito de
estabelecer um posto consular no território da República
Portuguesa, cuja localização e área de jurisdição será
objecto de negociações por via diplomática”, destaca-se
ainda no comunicado.
Na China já existe uma secção consular na Embaixada de Portugal em Pequim, um Consulado-Geral em
Xangai e um outro Consulado-Geral na Região Administrativa Especial de Macau (RAEM).
Há ainda um consulado honorário de Portugal na
Região Administrativa Especial de Hong Kong.
responsabilidade pela organização dos festejos.
Expressando-se sobre a dimensão das festas, atribuem-na a dois factores principais.
Por um lado, a expansão e o alargamento da comunidade portuguesa para outras localidades fez com que
noutras cidades nos arredores de Toronto também se
realizem eventos nas mesmas datas, o que, naturalmente, dispersa a população.
Por outro lado, há toda uma série de dificuldades
e custos acrescidos à realização da festa no parque
Trinity-Bellwoods – que foi durante anos o seu palco
tradicional, quando o evento estava no auge da sua
popularidade – uma vez que os preços que a autarquia
cobra para aluguer do espaço e outras licenças se tornaram incomportáveis.
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
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12 de Agosto de 2016
PORTUGAL EM FOCO
Alterações ao POSEI criam maior justiça entre os produtores
de leite na atribuição dos apoios
O Secretário Regional
da Agricultura e Ambiente
destacou segunda-feira, em
Ponta Delgada, que a proposta de revisão do POSEI
remetida à Comissão
Europeia, além de contribuir para a regulação da
produção face às dificuldades de escoamento nos mercados, vai impedir rateios
no prémio aos produtores
de leite e criar maior justiça na atribuição desse apoio
entre os lavradores açorianos.
Luís Neto Viveiros,
que falava aos jornalistas
no final da reunião do Centro Açoriano de Leite e Lacticínios (CALL), salientou
que se evita, desta forma,
que haja produtores na Região duplamente penaliza-
dos por limitações de entrega em fábrica e pela correspondente redução no
prémio do POSEI.
Até agora, frisou o
Secretário Regional, este
prémio “incrementava a
produção” numa decisão tomada “num cenário completamente distinto do actual,
há dois anos”, pelo que importava rever os critérios
de atribuição.
Nesse sentido e na sequência das negociações
com a Federação Agrícola
dos Açores e consensualizadas em reunião do
CALL, a Região propôs a
Bruxelas como critério de
pagamento um limite máximo “de 95 por cento da produção” registada, por cada
produtor, em 2015.
Esta proposta permite
que, caso um produtor produza em 2016 mais do que
produziu nesse ano de referência, receba o prémio correspondente até essa percentagem máxima.
Na eventualidade de
produzir tanto ou menos de
95 por cento da produção
de 2015, receberá em função do leite que a sua exploração produziu e sem
qualquer penalização.
O titular da pasta da
Agricultura, nas declarações prestadas aos jornalistas após a reunião do
CALL, realçou igualmente
algum consenso existente
entre os parceiros relativamente aos principais crité-
Festival Internacional de Folclore é um dos
maiores eventos que ocorrem nos Açores
O Vice-presidente do
Governo dos Açores afirmou terça-feira, em Angra
do Heroísmo, que o Festival Internacional de Folclore “é, sem dúvida, um dos
principais eventos que
ocorrem na Região”.
“Pela dimensão que o
festival tem conseguido ampliar de ano para ano, é uma
referência na cultura não só
da nossa Região, como do
nosso país”, frisou Sérgio
Ávila, na cerimónia de
boas-vindas aos participantes no 32.º Folk Azores Festival Internacional de
Folclore dos Açores, a que
presidiu em representação
do Presidente do Governo.
Na sua intervenção,
Sérgio Ávila elogiou a organização do certame, que
reúne na edição deste ano
mais de quatro centenas de
pessoas, “provenientes das
mais diversas partes do
mundo”, que, durante uma
semana, “vão espalhar cul-
tura na Ilha Terceira e nos
Açores”.
“Esta semana podemos dizer que o mundo está
também centrado aqui nos
Açores”, afirmou o Vice-
presidente, que formulou
votos para que a experiência que os participantes no
festival vão viver “seja um
contributo para que tenham
o desejo de voltar e para
que possam levar um pouco
dos Açores para os seus países”.
rios para operacionalização
dos fundos atribuídos a Portugal por parte da Comissão Europeia a título de ajudas excepcionais à produção.
Designadamente, adiantou Neto Viveiros, os que
beneficiam a agricultura de
pequena dimensão e modos
de produção amigos do
ambiente.
“Vai ser agora alvo de
um trabalho mais detalhado, mais exaustivo, por forma a que, ainda no final
desta semana, possamos remeter para o Ministério da
Agricultura a proposta dos
Açores”, afirmou o Secretário Regional, de forma
que integre a posição nacional que vai ser formalizada junto da Comissão
Europeia até 25 de Agosto,
refletindo o peso e a realidade da produção regional.
Neto Viveiros reafirmou também que o envelope financeiro de cerca de
quatro milhões de euros
atribuído a Portugal, no
âmbito dos 350 milhões de
ajudas extraordinárias a
atribuir aos produtores de
leite europeus, é manifestamente insuficiente.
Os associados fundadores do CALL são o Governo dos Açores, a Federação Agrícola dos Açores,
a Lactaçores – União das
Cooperativas de Lacticínios
dos Açores e as indústrias
Insulac – Produtos Lácteos
Açoreanos, Fromageries Bel
Portugal e Pronicol – Produtos Lácteos.
Brito e Abreu faz balanço “muito positivo” do
programa ‘Melhor Pesca, Mais Rendimento’
O Secretário Regional
do Mar, Ciência e
Tecnologia anunciou, na
Horta, que “mais de dois
terços” das medidas propostas no documento estratégico ‘Melhor Pesca, Mais
Rendimento’, apresentado
no ano passado, já foram
cumpridas, frisando que “15
das 22 medidas do documento foram executadas,
estando cinco ainda em execução e apenas duas por
executar”.
Fausto Brito e Abreu
falava à margem da reunião
ordinária do Conselho Regional das Pescas, um órgão consultivo da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, que pretende assegurar o diálogo e
a cooperação com as entidades e as organizações
açorianas do sector.
O Secretário Regional
do Mar, que fez um “balanço muito positivo” da
implementação das medidas
do ‘Melhor Pesca, Mais
Rendimento’, salientou que
nesta reunião estiveram
também em discussão a regulamentação da primeira
venda de pescado, nomeadamente as portarias para a
marcação de pescado, a
venda directa ao consumidor final e a ‘caldeirada’, e
a proposta de várias associações do sector para aumentar o tamanho mínimo do
goraz.
Para o titular da pasta
das Pescas, considerando as
descargas de goraz em
2015,
“se
fosse
implementado na Região
um tamanho mínimo de captura de 32 centímetros para
esta espécie, os pescadores
açorianos iriam capturar
menos 136 toneladas de
goraz”, salientando que esta
medida “poderá assumir um
carácter importante para a
gestão da pescaria e da quota de captura, que sofreu
uma redução em 2016 de
171 toneladas”.
“O goraz efectua a
primeira desova a partir dos
32 centímetros”, disse, sustentando que esta medida,
mentou que a frota atuneira
esteja, “pelo terceiro ano
consecutivo, a enfrentar falta de atum”, salientando,
nesse sentido, que foram
discutidas no Conselho Regional das Pescas várias
iniciativas para, junto da
que recebeu apoio do Conselho Regional, “permite ao
goraz desovar pelo menos
uma vez, indo, assim, ao
encontro das recomendações do ICES [Conselho
Internacional para a Exploração do Mar] e da União
Europeia, que pretendem
aumentar o tamanho mínimo de captura do goraz para
os 35 centímetros”.
Brito e Abreu afirmou
que as quotas de pesca são
um dos aspectos centrais da
gestão das pescarias dos
Açores, lembrando que o
goraz representa cerca de
25% dos rendimentos dos
pescadores açorianos.
O governante referiu
que, em Novembro, o Conselho da União Europeia
para as Pescas vai emitir as
quotas para o biénio 20172018, sendo que “o objectivo central da política do
Governo dos Açores nesta
área é garantir, no mínimo,
a defesa da quota de goraz
de 507 toneladas”.
Relativamente à pescaria de tunídeos, o Secretário Regional do Mar la-
União Europeia, defender
os interesses da Região e
de Portugal, em especial
impondo algumas limitações às frotas internacionais de cercadores, “que
têm uma forma de pescar
muito mais predatória que
a pesca artesanal de salto e
vara” praticada nos Açores.
Brito e Abreu apontou ainda como uma medida para mitigar este problema “a mobilização do apoio
de algumas organizações de
defesa do ambiente internacionais que contribuam
para a valorização do tipo
de pescaria realizado nos
Açores, diferenciando-a da
pesca dos cercadores”.
Nesse sentido, revelou que tem agendada uma
reunião com o Secretário
de Estado das Pescas, a 22
Agosto, em Lisboa, para
“discutir problemas da faina de atum, tipos de apoios
e iniciativas que Portugal
pode tomar em sede de organismos internacionais
para defender os interesses
das pescas dos Açores”.
12 de Agosto de 2016
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INFORMAÇÃO GERAL
15
Xutos, Expensive Soul e Quim Barreiros actuam
na Concentração de Motos de Góis
Xutos & Pontapés, Expensive Soul e Quim Barreiros
vão actuar na 23.ª Concentração Internacional de Motos,
em Góis, de 18 a 21 de Agosto, na qual são esperadas
milhares de pessoas.
Esta edição da Concentração de Motos de Góis, no
distrito de Coimbra, coincide com a celebração do 25.º
aniversário do Moto Clube local, que organiza o encontro com apoio da Câmara Municipal, empresas e outras
entidades.
No dia 18, além do espectáculo com Quim Barreiros,
no palco principal, a noite conta com os ‘disc jockey’
(DJ) Vassalo, Fontes e Chris Alves na tenda electrónica,
que funcionou pela primeira vez no ano passado.
“O tempo tem ajudado em anos anteriores e esperamos que também desta vez corresponda às expectativas”,
disse à Lusa Jaime Garcia, da organização.
O presidente da assembleia geral do Góis Moto
Clube salientou que a concentração é também uma oportunidade “para potenciar a economia local”, com a entidade organizadora a dar prioridade aos fornecedores do
concelho na aquisição de bens e serviços.
“A promoção do turismo do concelho e da região é
outro dos nossos objectivos”, acrescentou.
No dia 19, o programa inclui os concertos principais - de Expensive Soul, David Antunes & Midnight
Band e Mau Maria, além da actuação de Pete Tha Zouk
e do DJ Vassalo, estes na tenda electrónica.
Música regressa à Herdade
da Casa Branca entre 2 e 6
de Agosto de 2017
“Muito calor”, “fogo de artifício” e “recordes de
público” na Herdade da Casa Branca, em Odemira, marcaram a 20.ª edição do festival Meo Sudoeste que tem
regresso marcado para o próximo ano, entre 2 e 6 de Agosto.
“Correu muito bem o fogo-de-artifício, foi um momento de arrepiar feito com muito carinho”, destacou o
promotor do festival, Luís Montez, a propósito da forma
escolhida para assinalar a 20.ª edição do certame que
leva milhares de pessoas a rumar até à costa alentejana
desde 1997.
Com 32 mil pessoas na quarta-feira, 41 mil na
quinta-feira, 39 mil na sexta-feira e 48 mil no sábado,
Luís Montez assegurou, embora não tenham ainda sido
divulgados os números de domingo, terem sido batidos
“recordes de público”.
Com o festival a terminar, o promotor está já a
preparar a próxima edição, que vai decorrer de “2 a 6 de
Agosto, no sítio do costume”, no ano em que se celebram os
20 anos do festival.
Com dois palcos, três dias de concertos rock e muito
pó, o festival Sudoeste estreou-se em 1997, na Herdade da
Casa Branca, em Odemira, desbravando terreno para passar
a “cultivar música” em plena costa alentejana, tendo chegado à 20.ª edição com mais palcos, mais espectáculos, mais
público, novas tecnologias e nove dias de campismo.
Ainda nos anos noventa, apesar das “dúvidas”, Luís
Montez apostou na costa alentejana como o local ideal
para promover um festival de música.
“Achava que havia apetência para este tipo de
eventos, porque tínhamos um clima único e esta costa
vicentina é inacreditável, mas daí a que o público se
deslocasse a 200 quilómetros de Lisboa para vir assistir
a um concerto no meio do Alentejo, tinha dúvidas”,
confessou, em declarações à agência Lusa.
Das primeiras edições, com concertos de bandas
rock reconhecidas internacionalmente, como Marilyn
Manson, dEus, Blur, Suede ou, entre outras, The Cure, o
festival foi-se adaptando até aos dias de hoje, em que se
foca na música electrónica, sendo esta, segundo Luíz
Montez, uma forma de diferenciação e de enfrentar a
concorrência que foi surgindo.
“Temos um posicionamento, este é um festival
jovem, mas que não esquece os mais adultos”, disse,
lembrando a actuação na edição deste ano de artistas
como Sia, Seu Jorge, ou James Morrison, que “são para
todas as idades”.
A par da música, também os serviços e as
infraestruturas, como as zonas de concertos e de campismo têm evoluído, desde a primeira edição.
Hoje há quatro palcos, relva em vez de pó, wi-fi
gratuito, aplicações móveis, roda gigante, animação
durante a tarde com concursos e jogos oferecidos por
diferentes patrocinadores, locais para carregar telemóveis,
supermercado, cozinha comunitária, cinema e sessões com
DJ’s no canal, que tem agora nadadores salvadores.
O espectáculo dos Xutos &
pelo clube Aço na Estrada, no ParPontapés acontece na última noite,
que do Cerejal.
no dia 20. Anarchicks e Calle Del
O Vespa Clube do Açor, da
Ruido são outras das presenças desvizinha vila de Arganil, colabora
sa noite, de sábado para domingo, a
no 12.º Encontro Nacional de Vesque se juntam os DJ Menasso e
pas, decorrendo em simultâneo o
Vassalo.
encontro Mini-Trail.
A organização prevê a inscriApoiada por centenas de voção de pelo menos 15 mil ‘motards’,
luntários, maioritariamente jovens,
o mesmo número do ano passado,
a organização promove mais uma
mas, durante a iniciativa, a presença
vez uma campanha de solidariedade visitantes em Góis deverá ultrade com os Bombeiros Voluntários
passar os 20 mil, numa vila cuja
de Góis.
população ronda os 2.000 habitanNo momento da inscrição, os
tes.
participantes são incentivados a
O programa tira partido dos
ajudar os Bombeiros, ficando ainrecantos, esplanadas e praias do rio
da habilitados ao sorteio de dois
Ceira, que atravessa a vila e todo o
capacetes e senhas de combustível.
recinto, na Quinta do Baião.
“À semelhança de todas as
Com um bilhete único, cujo
outras edições, consciencializamopreço se mantém nos 25 euros do
nos das nossas responsabilidades e
ano passado, os ‘motards’ e demais
continuamos a estimular um ambivisitantes têm acesso a todos os esente onde a tolerância, liberdade,
paços e momentos do programa.
respeito e civismo sejam valores indissociáveis deste
A concentração inclui o Bike Show, promovido evento”, refere a organização no seu sítio na internet.
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16
12 de Agosto de 2016
INFORMAÇÃO GERAL
Senadores brasileiros
decidem levar Dilma
Rousseff a julgamento
Os senadores brasileiros decidiram quarta-feira,
por 59 votos contra 21, levar a Presidente com mandato suspenso, Dilma Rousseff, a julgamento, num processo que poderá afastá-la definitivamente da Presidência do Brasil.
A maioria dos senadores seguiu o parecer do
relator António Anastasia, do Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB), favorável à continuidade do
processo e cujo relatório tinha antes sido aprovado
pela comissão especial do ‘impeachment’ (destituição) de Dilma Rousseff na quinta-feira da semana
passada.
Dilma Rousseff é acusada de ter cometido crime
de responsabilidade ao praticar manobras fiscais com
a intenção de melhorar as contas públicas e assinar
decretos a autorizar despesas que não estavam previstas no orçamento.
Breves Internacionais
Pelo menos 45.000 combatentes do Estado
Islâmico mortos no Iraque e Síria - EUA
Pelo menos 45.000 ‘jihadistas’ foram mortos no
Iraque e na Síria desde que os Estados Unidos iniciaram, há dois anos, a operação para combater o grupo
extremista Estado Islâmico (EI), disse quarta-feira um
general norte-americano.
Emitido alerta de bomba para dois aviões com
destino a Bruxelas
Um alerta de bomba foi emitido para dois aviões
com destino ao aeroporto internacional de BruxelasZaventem, noticiou quarta-feira a imprensa belga.
Estados Unidos prometem mais 33 milhões de
euros para vítimas do Boko Haram
Os Estados Unidos vão ajudar com mais 37 milhões
de dólares (33 milhões de euros) as populações da
região do lago Chade, vítimas da revolta do grupo
extremista nigeriano Boko Haram, anunciaram quartafeira diplomatas norte-americanos.
Hillary Clinton critica o plano económico
apresentado por Donald Trump
A candidata democrata à presidência dos Estados
Unidos, Hillary Clinton, criticou segunda-feira o plano económico do rival republicano, Donald Trump,
dizendo que beneficiará, com grandes reduções fiscais, as grandes empresas.
Worten Espanha multada em 10.000 € por
vender disco com dados dos empregados
A agência de protecção de dados espanhola (AEPD,
na sigla espanhola) multou em 10.000 euros a cadeia
de lojas electrónica Worten em Espanha por ter vendido um disco que continha dados pessoais de todos os
empregados da empresa.
OPEP revê em alta procura mundial de petróleo este ano
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(OPEP) estimou que a procura mundial de petróleo vai
crescer 1,31% face a 2015, atingindo os 94,26 milhões
de barris diários, mais 90.000 do que previa até ao mês
passado.
Novo défice angolano sobe para 6,2 mil
M€ e chega aos 6,8% do PIB em 2016
O défice das contas
públicas angolanas deverá
atingir este ano 6,2 mil milhões de euros, 6,8% do
Produto Interno Bruto
(PIB), segundo o relatório
de fundamentação da revisão do Orçamento do Estado, a que a Lusa teve quarta-feira acesso.
“O novo défice fundamenta-se pelo impulso de
reanimação de que precisa
a economia, via investimento público, que tem sido o
motor do crescimento pelo
lado da procura”, justifica
o documento do Governo,
com a revisão do Orçamento Geral do Estado (OGE)
de 2016, com votação na
generalidade,
na
Assembleia Nacional, já
agendada para 15 de Agosto.
A previsão de défice
para 2016, nesta revisão, é
ainda superior aos 6% avançados a 11 de Julho pelo
Ministério das Finanças,
num comunicado emitido
então sobre os novos indicadores macro-económicos
do país, decorrente da exe-
cução orçamental no primeiro semestre, fortemente
influenciada pela quebra
nas receitas petrolíferas.
No OGE ainda em vigor, o Governo angolano
estimava um défice fiscal
de 5,5%.
Nesta revisão do Orçamento, o limite da receita
e da despesa para 2016 passa dos actuais 6,429 biliões
de kwanzas (34,9 mil milhões de euros), para 6,959
biliões de kwanzas (37,8 mil
milhões de euros).
Nas novas previsões,
a taxa de crescimento do
PIB passa dos 3,3% inicialmente previstos para 1,1%
(em Julho a previsão era de
1,3%), o preço médio do
barril de crude exportado
desce de 45 para 41 dólares, enquanto a inflação dispara dos 11% para 38,5%.
No Orçamento inicial
de 2016 o Governo angolano estimava um PIB de 14,2
biliões de kwanzas (77,3 mil
milhões de euros), revisto
agora, em alta, para 16,8
mil milhões de kwanzas
(91,7 mil milhões de euros).
Neste cenário, o
défice das contas públicas
sobe dos 782 mil milhões
de kwanzas (4,2 mil milhões de euros), referente à
previsão de 5,5%, para
1,147 biliões de kwanzas
(6,2 mil milhões de euros),
no novo cenário, de 6,8%.
O OGE de 2016 prevê
uma receita fiscal de 3,514
biliões de kwanzas (19,1
mil milhões de euros), mas
a revisão desce essa componente para 3,484 biliões
de kwanzas (18,9 mil milhões de euros), dos quais
1,535 biliões de kwanzas
(8,3 mil milhões de euros)
provenientes do sector petrolífero.
A despesa fiscal passa dos actuais 4,295 biliões
de kwanzas (23,3 mil milhões de euros) para estimativas actualizadas de
4,626 biliões de kwanzas
(25,1 mil milhões de euros).
A diferença entre as
receitas e despesas estimadas resulta no défice fiscal
projectado equivalente a
6,8% do PIB.
“O aumento do défice
é consistente com a necessidade de reforço do crescimento. A estratégia fiscal
preconizada contempla um
impulso económico através
da despesa pública para níveis para próximos dos níveis médios dos anos recentes”, justifica o Governo angolano.
O último ano de saldo
positivo nas contas públicas de Angola foi 2013, com
32,2 mil milhões de kwanzas
(175 milhões de euros, à taxa
de câmbio actual).
Na origem dos défices
de 2015 (4,2%) e 2016 (previsão de 5,5% passa para
6,8%) está a crise da cotação do petróleo no mercado internacional, em quebra desde final de 2014, o
que fez as receitas angolanas com a exportação de
crude a caírem para metade.
O PIB petrolífero
sobe apenas 0,8% face aos
4,8% em vigor, enquanto o
PIB não petrolífero (toda a
riqueza produzida fora deste sector) aumenta 1,2%,
contra os 2,7% iniciais.
Marrocos cede dois aviões Canadair
para combate aos fogos em Portugal
A ministra da Administração Interna, Constança
Urbano de Sousa, anunciou
quarta-feira que Marrocos
vai ceder dois aviões
Canadair para ajudar no
combate aos incêndios em
Portugal.
“Neste momento já
accionámos mais mecanismos. Já conseguimos mais
dois Canadair que vêm de
Marrocos e que quinta-feira já estão operacionais.
Uma oferta do Reino de
Marrocos que agradecemos, mas, neste momento, o
nosso foco tem que ser nesta
luta contra este fenómeno que
é, naturalmente, agravado por
uma meteorologia adversa”,
afirmou a governante.
A ministra anunciou
ainda ter sido accionado o
protocolo bilateral estabelecido com a Federação
Russa para a vinda de mais
meios, sem especificar, porém, quantos são ou quando chegam.
O anúncio da governante foi feito em Viana do Castelo, um dos distritos mais
afectados pelos fogos florestais dos últimos dias. Estes
meios marroquinos juntam-se
ao Canadair já cedido por Itália e a outros dois disponibilizados por Espanha.
Quarta-feira, o Governo português accionou formalmente o mecanismo europeu de protecção civil e
obteve a resposta positiva
de um avião Canadair italiano que virá para Portugal
ajudar no combate aos incêndios, disse fonte oficial.
A ministra da Administração Interna, que se
referiu.
Segundo a fonte do
Ministério da Administração Interna, o Governo português já fez o pedido formal de ajuda aos Estadosmembros da União Europeia
em matéria de protecção civil para fazer face aos muitos
incêndios que lavram no Norte e Centro do país.
Na terça-feira, dois
aviões Canadair espanhóis
eram esperados na zona de
Viana do Castelo para reforçar o combate aos 11
incêndios então em curso
no distrito, revelou o presidente da Comissão Distrital
da Protecção Civil (CDPC),
José Maria Costa.
Mais
de
2.000
operacionais estavam quarta-feira, às 19:50, a combater 13 grandes fogos florestais no Continente português e vários focos de incêndio na Ilha da Madeira.
Forças Armadas com mais de 600
militares nas operações de socorro
reuniu com o presidente da
Comissão Distrital de Protecção Civil e autarca de
Viana do Castelo, José Maria Costa, e com os
operacionais do Comando
Distrital de Operações de
Socorro (CDOS) disse que
o Alto Minho está a enfrentar uma situação “bastante
grave”, mas rejeitou a falta
de meios para combate aos
fogos que fustigam a região.
“Este distrito tem tido
muita ajuda nacional. Tem
tido todos os meios disponíveis que também têm que
estar disponíveis para outros distritos que, igualmente estão a ser assolados”,
As Forças Armadas
têm mais de 600 militares
no apoio às operações de
socorro, entre o continente
e a Madeira, disse à Lusa o
coronel Helder Perdigão,
do gabinete do Chefe do
Estado Maior das Forças
Armadas (CEMGFA).
Hélder Perdigão adiantou que “estão empenhados 624 militares, apoiados
por 119 viaturas”, no combate e apoio às “operações
de socorro da Autoridade
Nacional de Protecção Civil
(ANPC)” nos distritos de
Aveiro, Viana do Castelo,
Viseu, Porto, Vila Real,
Braga e Faro e Madeira de
“diversas unidades proveni-
entes de norte a sul do país”.
“O maior empenho
operacional, neste momento,
desenvolve-se na Madeira”,
através do Regimento de
Guarnição 3, para “onde estão a ser reencaminhados
grande parte dos desalojados”, referiu o coronel.
As Forças Armadas
prestam “apoio sanitário de
emergência, alimentação,
fornecimento de água, evacuação de desalojados,
patrulhamento e vigilância
dos incêndios que deflagraram nas zonas altas do
Funchal, desde a madrugada de dia 9 de Agosto, precisou Helder Perdigão.
Nas operações estão
“os regimentos de Engenharia, equipados com máquinas de rasto”, dos “Regimento
de Engenharia 3 e Engenharia
1”, e da Companhia de Engenharia de Combate Pesada da
Brigada Mecanizada, na
“abertura de faixas de gestão de combustíveis (cortafogos) e no melhoramento
de itinerários” de acesso aos
operacionais de socorro,
acrescentou Helder Perdigão.
12 de Agosto de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
PORTUGAL EM FOCO
17
Incêndios: Mais de 2.000 operacionais combatem
maiores fogos no Continente e na Madeira
Mais
de
2.000
operacionais estavam quarta, às 19:50, a combater 13
grandes fogos florestais no
Continente português e vários focos de incêndio na
ilha da Madeira.
O Funchal e outros
concelhos da Madeira estão a ser afectados por vári-
os focos de incêndio desde
segunda-feira, o que já provocou três mortos na freguesia de Santa Luzia
(Funchal), cerca de mil desalojados provisórios, muitas dezenas de casas
destruídas e elevados danos materiais.
O presidente da Câ-
mara Municipal do Funchal
afirmou nessa tarde que
persistem dois cenários
complicados de incêndios
no concelho nas zonas das
Carreiras e do Parque Ecológico, estando no terreno
170 efectivos de diversas
corporações.
Para a região foram
enviados 150 elementos do
continente português e dos
Açores.
No Continente, a Autoridade de Protecção Civil
(ANPC) considerava como
“ocorrências importantes”,
no seu ‘site’, às 19:50, 13
Gondomar, no distrito do
Porto, reacendeu um incêndio numa zona de mato que
teve início na segunda-feira às 14:55. No combate às
chamas estão 223 elementos, 64 veículos e um meio
aéreo.
Em Viseu, há também
a reactivação de um fogo
que deflagrou na segundafeira, cerca das 11:15, num
povoamento florestal, tendo já mobilizado 125
operacionais, 33 viaturas e
um meio aéreo.
O incêndio em
Castanheira de Pêra, no
distrito de Leiria, contando com 216 operacionais,
está a mobilizar 169
operacionais, apoiados por
60 meios terrestres e dois
aéreos.
Em Aveiro, no concelho de Santa Maria da Feira,
encontram-se
85
operacionais e 23 viaturas a
combater um incêndio que
teve início este domingo num
povoamento florestal.
Um fogo que deflagrou
numa zona de mato, no concelho de Vieira do Minho
(distrito de Braga), às 09:45,
mobiliza 75 elementos, 27
viaturas e um meio aéreo.
No concelho de Viana
do Castelo, na localidade de
Carvoeiro e Barroselas, de-
incêndios rurais nos distritos de Aveiro, Porto, Viseu,
Leiria, Viana do Castelo e
Braga.
O incêndio no concelho de Águeda, no distrito
de Aveiro, tem quatro frentes activas. No local, numa
zona florestal, estão 332
operacionais, apoiados por
108 meios terrestres e três
aéreos.
De acordo com a
ANPC, o fogo, que teve início na madrugada de segunda-feira, já chegou a ser
considerado dominado.
No concelho de
69 meios terrestres e dois
aéreos no combate às chamas, que lavram numa área
florestal.
Segundo a Protecção
Civil, o incêndio tem três
frentes activas e trata-se de
um novo reacendimento.
Já o incêndio rural que
decorre no concelho de
Arouca, no distrito de
Aveiro, está a ser combatido por 180 elementos e 57
veículos. As chamas estão
a deflagrar num povoamento florestal desde as 14:35
de segunda-feira, consumindo uma área de mato.
No concelho de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, o
fogo que teve início na madrugada de segunda-feira
corre um incêndio desde as
18:35 de terça-feira, numa
área de mato. O incêndio,
com duas frentes activas,
mobiliza 71 bombeiros e 22
meios terrestres.
Ainda neste concelho,
na localidade de Igreja Vilar
Murteda, encontram-se 93
elementos e 27 viaturas a
combater as chamas que
deflagraram numa zona de
mato. O incêndio tem duas
frentes activas.
Em Albergaria-a-Velha, no concelho de Aveiro,
reacendeu um fogo que teve
início pelas 19:00 de terçafeira. As chamas consomem
um povoamento florestal e
já
mobilizaram
63
operacionais e 19 veículos.
No concelho de Cami-
Incêndios: Governo da Madeira vai solicitar
apoio financeiro imediato ao Estado
O Conselho do Governo Regional da Madeira
decidiu quarta-feira solicitar apoio financeiro ao Estado para custear a reconstrução e recuperação das
infraestruturas e actividades económicas e sociais afectadas pelos incêndios que lavram desde segunda-feira na
ilha.
“Para fazer face a
estas despesas, o Conselho de Governo decidiu solicitar de imediato o apoio ao Estado, nos
termos previstos no Número 5 do Artigo 8.º da Lei
das Finanças da Região Autónoma da Madeira”, disse
a secretária regional da Inclusão e Assuntos Socais,
Rubina Leal, após reunião
extraordinária do executivo regional.
A governante salientou que, antes estabelecer
uma verba para essa ajuda,
é necessário efectuar o levantamento de todas as situações decorrentes dos in-
cêndios, bem como das “necessidades imediatas de
apoio” ao nível social, de
saúde, das habitações, das
actividades económicas e
das áreas agrícolas e florestais.
Rubina Leal explicou
que este levantamento será
feito no prazo de duas se-
manas e coordenado pela
Secretaria da Inclusão e
Assuntos Sociais, ao passo
que a afectação das respectivas fontes de financiamento às áreas de intervenção
caberá à Secretaria das
Finanças.
O Número 5 do
Artigo 8.º da Lei das
Finanças da Região Autónoma da Madeira estabelece que “a solidariedade nacional vincula também o Estado para
com as regiões autónomas em situações imprevistas resultantes de catástrofes naturais e para as quais
estas não disponham de
meios financeiros”, visando acções de reconstrução
e recuperação e apoio às
populações.
Na sequência desta
reunião extraordinária, o
Conselho de Governo Regional endereçou o seu “pesar
e consternação” a todos os
que foram afectados pessoalmente e materialmente
pelos incêndios e, em particular, “aos familiares dos
[três] madeirenses que tragicamente perderam a vida”.
O executivo louvou,
por outro lado, todas as forças envolvidas no combate
aos fogos e no auxílio às
vítimas, bem como a população em geral pelo comportamento altruísta.
“É nestes momentos de
tormenta que vem ao de cima
a capacidade de resiliência
do povo madeirense e a sua
natural generosidade”, afirmou Rubina Leal, sublinhando ainda o apoio em homens
e meios já disponibilizado
pelo Estado e pelo Governo
Regional dos Açores.
nho, no distrito de Viana
do Castelo, decorre um incêndio desde as 15:10 de
terça-feira numa área de
mato. No local estão 61
elementos, apoiados por
23 meios terrestres e dois
meios aéreos.
Em Aveiro, no concelho de Anadia, 61 elementos e 16 veículos combatem um incêndio florestal que teve início na madrugada de hoje. O fogo
tem duas frentes activas.
O incêndio que menos meios mobiliza, entre
a lista dos mais significativos, lavra no concelho de
Castelo de Paiva, também
no distrito de Aveiro. No
local encontram-se 60
operacionais e 16 veículos
a combater um fogo que lavra num povoamento florestal.
A Protecção Civil destaca na página como “ocorrências importantes” os fogos com duração superior a
três horas e com mais de 15
meios de protecção e socorro envolvidos, mas apenas contempla os incidentes do continente, já que as
regiões autónomas têm serviços próprios nesta área.
Incêndios: Cerca 35% dos
fogos que fustigam o Alto
Minho “têm mão humana”
O
Comandante
Operacional de Agrupamento Distrital do Norte,
Paulo Esteves, afirmou terça-feira, em Viana do Castelo, que 35% dos incêndios florestais que fustigam
o Alto Minho deflagraram
à noite e “têm mão humana”.
“É fácil de ver que há
mão humana quando se reportam incêndios
nocturnos na ordem dos 30 a 35%.
Termos seis focos
no espaço de um
quarto de hora, em
quatro freguesias
seguidas do concelho de Ponte de
Lima, é um facto”, referiu
aquele responsável.
Paulo Esteves, que
falava em conferência de
imprensa no Centro
Distrital de Operações de
Socorro (CDOS) de Viana
do Castelo adiantou que “o
número de ignições”
registadas nos últimos dias
do Alto Minho “é que está
na génese de tudo”.
“Não fácil de compreender como é que algumas ignições acontecem a
determinadas horas e em
determinados locais. Só
resulta uma conclusão,
mão humana. A investigação não compete à Autoridade Nacional da Proteção
Civil (ANPC), mas o que é
certo é que há mão humana”, frisou.
Para aquele responsável, “não são só as condições meteorológicas”
que explicam as causas dos
fogos e especificou: “Tivemos dias em que Porto,
Braga e Viana do Castelo
tiveram um número ignições elevadíssimo e tivemos um distrito, que me
reservo de dizer qual para
não acontecer outra coisa,
com zero ignições e onde
habitualmente as temperaturas são mais altas”.
O
Comandante
Operacional de Agrupamento Distrital do Norte
apelou “à população que
agora ajuda os bombeiros
a ter um comportamento
responsável e adequado, no
sentido de proteger a floresta”, adiantando que o
estado de alerta especial
‘Laranja’ estaria em vigor
até dia 11 Agosto às 20:00.
O comandante Operacional Distrital de Viana do
Castelo, Armando Silva
adiantou que “desde as
meia-noites de segunda-fei-
ra o distrito de Viana do
Castelo registou 26 incêndios, 19 estão ainda em curso e 11 já se encontram dominados”.
No terreno, no combate às chamas “estão envolvidos 639 operacionais
apoiados por 189 viaturas,
nove meios aéreos nacionais e um meio aéreo espanhol”.
Os incêndios que
“mais preocupam” as autoridades são os que fustigam
os concelhos Monção, Ponte de Lima, Paredes de
Coura, Arcos de Valdevez,
Caminha e Viana do Castelo.
Já o presidente da
Comissão Distrital da Protecção Civil (CDPC), José
Maria Costa, fez um reconhecimento público do
“combate sem tréguas levado a cabo por operacionais
e população, por considerar que a região “está, de
facto, a travar uma guerra”.
“É um enorme esforço que estas pessoas têm
feito, com temperaturas de
40 a 42 graus, em situações
de grande dificuldade, devido aos fumos. A capacidade de resistência e dedicação que têm tido neste
combate, feito em condições muito difíceis face à
orografia muito complicada da região”, sublinhou o
também autarca de Viana
do Castelo.
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
18
12 de Agosto de 2016
FINANÇAS EM FOCO
Melhor mês para vender.
Será Agosto ou Setembro?
Por Jorge Oliveira
Sol Português
Para ajudar a responder a
esta pergunta, vamos primeiro
analisar as estatísticas do mês
de Junho porque o mês de Julho já está completo mas ainda
não saíram as estatísticas.
Conforme as estatísticas revelam,
os compradores têm sido mais activos
nesta Primavera de que o ano passado.
Apesar do forte aumento dos preços, até agora em 2016 muitas famílias
continuam a sentirem-se confortáveis
com os pagamentos mensais de hipotecas associados com a compra de uma
casa.
Os custos de empréstimos, ou seja
a taxa de juro têm-se mantido a níveis
excepcionalmente baixos ao longo dos
últimos meses.
O número de venda de casas através do sistema Toronto MLS e o preço
médio de venda aumentaram em Junho
em comparação como há um ano atrás.
As vendas totais de Junho de 2016
elevou-se a 12.794.
Este resultado subiu 7,5 por cento
em comparação com 11.905 vendas em
Junho de 2015.
Uma decisão por vezes
difícil. Os preços incríveis que
nós acabamos de analisar no
mês de Junho e que continuaram no mês de Julho, quando
saírem as estatísticas referentes a este mês.
A primeira, a melhor opção será alistar em Agosto. Mas
analisando as estatísticas do ano passado esta pode não ser a solução certa.
Em Agosto de 2015 venderam-se
7.998 propriedades em comparação com
um aumento em Setembro de 2015 para
mais de 8.200 propriedades vendidas.
Mas ainda mais importante é a diferença entre o preço médio atingido
nestes mesmos meses. Agosto $602.607
dólares enquanto para aqueles vendedores que esperaram até Setembro para
alistar e venderam a sua casa viram o
preço médio aumentar para mais de
$627.395.
O mês de Agosto normalmente é
altura do início de férias e existe a preocupação em manter as crianças ocupadas
até começar a escola.
Até porque no ano passado o preço
médio de Agosto baixou em comparação
com o mês de Julho 2015, exactamente
por estas razões. Já há muito tempo que
nós não falávamos de preços
a baixar mas foi o que aconteceu no ano passado.
Portanto, concluindo a
questão de qual o melhor mês
para vender: Agosto ou Setembro?. Existem situações
onde não se pode escolher a
altura certa para vender e não
quer dizer que nós não vendamos casas no mês de Agosto, mas mais uma vez continuo com a opinião que deve
esperar para vender quando
as crianças regressam para a
escola em Setembro e isto é o que as
estatísticas provam.
Aproveite esta altura para preparar
a sua casa para venda, aqueles reparos
que este bom tempo permite fazer. E é
esse mesmo o nosso tópico para a semana que vem, intitulado: como preparar a
sua casa para venda.
O preço médio para estas vendas
aumentou para $746,546, representando 16 por cento de aumento ano-sobreano em comparação com o preço médio
de Junho 2015.
O número de casas alistadas para
venda ainda conseguiu ser menor do que
o ano passado cerca de 3,8% por cento.
Por isso chegando a esta altura do
ano, estando no mês de Agosto, aqueles
Jorge Oliveira é agente imobiliário
que pretendem vender a sua casa enfrentam a dúvida de alistar a sua casa em Toronto e pode ser contactado através
do telefone 416 535-8000
agora ou esperar até Setembro.
Investimentos e protecção
financeira
“O futuro é quase sempre construído com
as bases que preparamos no presente”
Por Alexandre Sousa
Sol Português
É comum quando visitamos ou atendemos um cliente
pela primeira vez, constatar
que durante alguns anos este
não analisou o seu dossier financeiro para perceber como
as coisas estavam concretamente a correr.
Há várias razões para isto acontecer, como por exemplo, o anterior consultor financeiro já não estar a trabalhar
no mesmo sítio, ter por alguma razão
abandonado a profissão ou até, em alguns casos mais graves, em virtude de
falecimento. Pelo que o tempo vai passando e na falta de contacto por iniciativa de algum agente financeiro, o cliente
também se vai acomodando não prestando a devida atenção ao seus investimentos e protecção financeira.
Por vezes é devido a situações de
conjuntura, que até pode nem ser grave.
Os investimentos podem ter sido feitos
numa óptica de médio e longo prazo, não
tendo havido grandes mudanças estruturais e os motivos que levaram a contratar
um instrumento de protecção financeira
(seguro de vida, doenças críticas ou incapacidade) continuam inalterados pelo
que não é necessário efectuar ajustamentos.
Devo dizer no entanto, que com o
passar do tempo, isto é algo tendenciosamente invulgar, pois as nossas vidas
são actualmente um verdadeiro turbilhão onde a mudança é uma palavra constante e na vertente financeira isto não é
menos verdade.
De certeza que todos nós em determinado momento das nossas vidas nos
deparamos com situações em que é necessário fazer uma revisão.
Estas são bastante variadas podendo ir de uma revisão à sua viatura, um
exame aos seus dentes ou a uma limpeza
de chaminés e tubagens na sua casa.
Todas elas no entanto têm algo em
comum: a prevenção contra algo que
possa afectar a boa performance desse
bem e a consequente análise e decisão
sobre a necessidade de alterar alguma
coisa, seja uma substituição de uma peça
gasta, a reposição de um determinado
componente com data de validade a expirar, ou até a venda da actual viatura
para a compra de uma outra que venha
satisfazer as novas necessidades da sua
família.
Na sua vida financeira acontece
precisamente o mesmo.
Os pressupostos que o
levaram a investir em determinados activos financeiros
ou a contratar um seguro de
protecção podem também já
estar desactualizados. Pode
até ser o momento certo para
contratar um outro seguro que
anteriormente não fazia sentido para a
sua situação anterior, mas que se torna
agora essencial para cobrir determinadas situações da sua vida que entretanto
se alteraram.
O nascimento de um filho, a compra de uma nova casa, um divórcio ou
uma herança são tudo exemplos fáceis
de perceber que fazem mudar todos os
pressupostos anteriores das nossas vidas.
Mas há muitos outros mais que não
tendo eventualmente tanto peso nas suas
decisões financeiras, pelo menos no imediato, não devem no entanto ser menosprezados.
A entrada de um filho para a Universidade ou o seu casamento trazem
normalmente agregadas outras decisões
no curto ou médio prazo.
Os investimentos acabam por estar
sempre em actualização.
O futuro é quase sempre construído
com as bases que preparamos no presente. As decisões ou a ausência delas, irão
definir muito mais o seu futuro do que
na verdade pensa neste momento.
Seja jovem ou menos jovem, o caro
leitor pode facilmente fazer um pequeno exercício de retroceder no tempo e
pensar naquela decisão que tomou e que
influenciou a sua vida para sempre, ou
até naquela que não tomou e que por
isso mesmo também veio a ter o mesmo
efeito.
Bem sei que estamos em período
de férias, mas arranje lá um minutinho
para colocar um lembrete na sua agenda
de bolso ou electronicamente no seu
smart phone.
Quando acabar este seu período
bem merecido de férias marque um encontro connosco ou com o seu consultor
financeiro e reveja o seu dossier financeiro.
O seu Futuro agradece.
Alexandre Sousa é membro da firma Maia & Associates, consultores financeiros e especialistas em seguros, e
pode ser contactado através do telefone
647 463-8984.
Desemprego cai para 10,8% no 2.º trimestre
e toca mínimo desde início de 2011
A taxa de desemprego foi de 10,8%
no segundo trimestre, inferior em 1,6
pontos percentuais (p.p.) à do trimestre
anterior e 1,1 p.p. abaixo do trimestre
homólogo de 2015, situando-se no valor
mais baixo desde o primeiro trimestre de
2011.
De acordo com as estatísticas do
emprego quarta-feira divulgadas pelo
Instituto Nacional de Estatística (INE),
a população desempregada, estimada em
559,3 mil pessoas, recuou 12,6% face
ao trimestre anterior (menos 80,9 mil
pessoas) e diminuiu 9,8% face ao trimestre homólogo de 2015 (menos 61,1
mil pessoas).
A população empregada, estimada
em 4 602,5 mil pessoas, subiu 2% face
ao trimestre anterior (mais 89,2 mil pessoas) e 0,5% face ao período homólogo
do ano passado (mais 21,7 mil pessoas),
segundo o INE.
12 de Agosto de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
INFORMAÇÃO GERAL
19
Alheira de Mirandela vai chegar ao Brasil
O mais conhecido
enchido português preparase para chegar ao mercado
brasileiro com o primeiro
Festival da Alheira de
Mirandela, na cidade de São
Paulo, que deverá decorrer
em Outubro, informou a
entidade responsável.
O
primeiro
contentor com 30 mil
alheiras certificadas
para exportar para o
Brasil aguarda apenas
as últimas autorizações
para seguir viagem, segundo adiantou à Lusa
Jorge Morais, presidente da Associação
Comercial
de
Mirandela, a entidade
gestora da Indicação Geográfica Protegida (IGP)
atribuída recentemente
àquela que consta das maravilhas da gastronomia
portuguesa.
“Neste momento, já
temos lá os parceiros, já
temos lá a rede de escoamento para lançarmos o primeiro contentor para fazer
o primeiro Festival da
Alheira de Mirandela”, afirmou, apontando a data de
realização do evento para
dentro de dois meses.
A maior fábrica de
alheiras de Mirandela, a
Eurofumeiro, será a primei-
ra a entrar no mercado ambicionado pelos produtores
locais, pelo número de lusodescendentes que, só na
zona de São Paulo, ascende
a sete milhões e meio de
pessoas, a maior parte com
raízes em Trás-os-Montes,
segundo o presidente da associação comercial de
Mirandela.
A iniciativa está integrada num projecto mais
vasto que a associação promete divulgar em breve e
que engloba uma série de
lojas em São Paulo com produtos portugueses e ofertas
turísticas a partir de
Trás-os-Montes.
A intenção
desta entidade é
levar os produtos
das origens a essa
comunidade, mas
também atrair os
luso-descendentes
às raízes.
A Alheira de
Mirandela fará parte
do futuro projecto e
é o mote para uma
nova oferta que a associação comercial pretende introduzir na região: o
turismo industrial.
Para Jorge Morais, o
mais difícil de encontrar
para o Turismo é um chamariz e Mirandela já o tem.
“A
Alheira
de
Mirandela, o Vinho do Porto e o Mateus Rosé são os
três produtos mais conhe-
cidos de Portugal”, indicou,
realçando que têm todos
origem
na
região
transmontana.
O presidente da associação comercial quer lançar e discutir com os parceiros locais “novas estratégias” para criar pacotes
turísticos a partir do ícone
local, que levem as pessoas
a passar um fim de semana
a Mirandela “e não poderem ir embora sem visitar
uma fábrica de alheiras e
fazer uma degustação”.
A Associação Comercial de Mirandela é a entidade gestora da protecção
comunitária atribuída à
alheira que representa um
volume de negócios anual
de 30 milhões de euros apenas neste concelho do distrito de Bragança.
A fileira, na qual sobressaem 12 grandes produtores, gera 600 postos de
trabalho directos.
A alheira certificada
obedece a critérios definidos, só pode ser produzida
no concelho de Mirandela e
Projecto de portuguesa para capacitar mulheres
pela tecnologia conquista América Latina
Por Fernanda Barbosa
O projecto Chicas Poderosas, da ‘designer’ de
conteúdos digitais portuguesa Mariana Santos, ganhou a América Latina com
tecnologia e habilidades
digitais focadas em capacitar mulheres comunicadoras
e prevê chegar a Lisboa ainda este ano.
Chicas Poderosas nasceu em 2013 de um programa de bolsas da jornalista
no ICFJ (Internacional
Center for Journalists), em
Washington, Estados Unidos. Três anos depois, cerca de 2.500 pessoas já participaram nos cursos em
mais de dez países, incluindo a Colômbia, afirmou a
‘designer’ de conteúdos e
jornalista à Lusa.
A escolha da América
Latina baseou-se na desigualdade de género que
existe na região em relação
ao acesso a cargos de liderança. “Algumas mulheres
vivem com o chip do ‘eu
não posso’, mas com Chicas
[Poderosas] vêem-se numa
rede de apoio de mulheres e
podem confiar umas nas
outras”, afirmou Mariana
Santos, actualmente directora de Interacção e Animação na Fusion, uma
“joint venture” entre
Disney/ABC e Univisión,
nos Estados Unidos.
O objectivo é que,
capacitadas, mais mulheres
possam ocupar cargos de
destaque nos meios de comunicação em que trabalham, além de contribuir
com investigações e projectos de jornalismo de dados,
por exemplo.
As oficinas de Chicas
Poderosas são realizadas
durante três ou quatro dias,
normalmente de forma gratuita, com aulas que incluem temas como comunicação, inovação, tecnologia e
metadados, dependendo do
público-alvo.
O projecto já capaci-
tou 2.500 pessoas, a maioria mulheres, em áreas urbanas e rurais de México,
Colômbia,
Bolívia,
Venezuela, Costa Rica, Nicarágua, Peru, Chile, Argentina, Brasil e Uruguai.
Os cursos são voltados, segundo a criadora, para “mulheres e homens, mas principalmente mulheres, que
queiram trabalhar com inovação e tecnologia e seguir
adiante com projectos próprios”.
O projecto em Portugal está a ser planeado por
uma equipa multidisciplinar
que inclui uma jornalista e
um programador, e está previsto para Outubro, na região da grande Lisboa, afirmou Mariana Barbosa.
“Queremos que este
seja um evento de apresentação oficial do projecto a
nível ibérico e europeu. A
ideia é que o Chicas Poderosas possa, através da
energia latino-americana
que lhe serviu de base, ser
catalisador de inspiração e
de progressão a projectos
jornalísticos europeus à escala global”, afirmou.
A chegada do projecto a Portugal integra a estratégia de crescimento de
Chicas Poderosas nos próximos anos e “é essencial
para dar a conhecer e partilhar melhores maneiras de
investigar e contar histórias”, disse Mariana Barbosa.
Em 2015, Chicas Poderosas ganhou um novo
fôlego: através de uma parceria com a Universidade
de Stanford, Mariana Santos levou jornalistas, programadoras e formadoras a
um curso de quatro dias nos
Estados Unidos, apresentando o que havia de recente na área, para as preparar
como embaixadoras do projecto para criarem oficinas
e eventos nos seus países,
para que o projecto continue de forma independente.
é a única que pode ser
comercializada com a designação
específica
“Alheira de Mirandela”.
Representa, contudo
ainda cerca de um terço das
100 mil que saem todos os
dias de Mirandela para o
mercado, que continua a
consumir mais a chamada
alheira corrente, por ser
mais barata, quase metade
do preço da certificada.
O mercado nacional
absorve o grosso do produto que é exportado para alguns países europeus, como
a França, e ainda em pequenas quantidades para Macau
e Angola.
Feira Raiana junta em
Moraleja 140 expositores
de Portugal e Espanha
A Feira Raiana, cuja realização é alternada entre
Portugal e Espanha, decorre este ano em Moraleja,
província espanhola de Cáceres, entre os dias 1 e 5 de
Setembro, com a participação de 140 expositores dos
dois países.
“Esta 20.ª edição da Feira Raiana demonstra também a nossa vontade cada vez maior em trabalhar em
conjunto na cooperação não só das actividades económicas, mas também culturais e sociais”, disse o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.
O autarca, que falava segunda-feira em Idanha-aNova, no distrito de Castelo Branco, durante a apresentação do certame, explicou que este evento constitui uma “verdadeira forma” de cooperação
transfronteiriça entre Portugal e Espanha.
“A nossa ambição é muito significativa neste âmbito [cooperação]. Além das actividades culturais e
económicas, pretende-se que seja um espaço de reflexão sobre o desenvolvimento do mundo rural, a economia verde, a inovação e o empreendedorismo”,
disse.
A 20.ª edição da Feira Raiana vai custar este ano
cerca de 400 mil euros, a que se somam 30 mil para a
realização da segunda edição do Fórum Mundial de
Inovação Rural.
O alcaide de Moraleja, Julio Cesar Herrero, adiantou que nesta edição haverá um novo espaço de
quatro mil metros quadrados para a feira, que terá um
total de 20 mil metros quadrados de exposição.
“Vamos receber 140 expositores dos dois países
divididos por cinco áreas: gastronómica, empresarial,
artesanal, agrícola e ganadeira”, disse o responsável
do município de Moraleja, entidade que tem a cargo a
organização do evento.
O responsável destacou ainda a parte lúdica do
programa, com diferentes espectáculos musicais com
artistas dos dois países, além das actividades recreativas e desportivas que decorrem durante os quatro
dias do certame.
Já o vice-presidente da Diputácion de Cáceres,
Fernando Cano, destacou a realização do 2.º Fórum
Mundial de Inovação Rural, cuja primeira edição decorreu no ano passado em Idanha-a-Nova.
“É uma grande oportunidade para desenvolver
esta iniciativa e dar a conhecer experiências inovadoras que funcionam muito bem no âmbito do mundo
rural e que ajudaram a fixar população”, disse.
Este ano, os municípios de Idanha-a-Nova e de
Moraleja vão partilhar um espaço comum, ao contrário do que tem sucedido em edições anteriores.
“Nada é mais bonito do que duas administrações
partilharem um mesmo espaço”, concluiu Julio Cesar
Herrero.
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SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
20
12 de Agosto de 2016
CULINÁRIA EM FOCO
Pudim de coco e cereja
Pensamento da Semana
Arroz de polvo
Ingredientes:
Caramelo:
200 gr de açúcar
100 ml de água
6 cerejas cristalizadas
Pudim:
300 gr de açúcar
300 ml de água
200 gr de coco ralado
4 gemas
5 ovos
Raspa de 1 limão
“É bom ter escrúpulos, especialmente para discriminar o que nos pertence e dizê-lo seja como for”.
- Manuel Teixeira Gomes (1860-1941), escritor,
diplomata e político, antigo Presidente da República
Portuguesa.
Ingredientes:
1.5 kg de polvo
½ cenoura
2 cebolas pequenas
4 dentes de alho
50 ml de azeite
2 tomates maduros
1 colher (sopa) de polpa de tomate
350 gr de arroz
1 raminho de salsa
Sal e pimenta q.b.
Confecção: Comece por fazer o caramelo: Leve o açúcar e a água ao
lume até atingir ponto de caramelo. Retire do calor e aplique-o para barrar
uma forma rectangular.
Coloque imediatamente as cerejas na forma de maneira a ficarem
coladas no caramelo.
Prepare o pudim colocando o açúcar e a água num tacho. Leve ao
lume e deixe ferver durante 3 minutos. Retire do lume.
Ligue o forno nos 350ºF.
À parte junte o coco ralado com as gemas, os ovos e a raspa de limão.
Mexa bem e junte-os em fio e mexendo sempre a calda de açúcar.
Coloque na forma e leve ao forno em banho-maria durante 1 hora.
Desenforme frio e sirva fresco.
- Silvina F.
Aceitam-se receitas de cozinha
AS
TE
CANETAS
CHEQU CANECPORTA-CH PLACAS PUZZLES AVEN E-SHIRTS
AVES
TAIS
ES
TAPETES DE RATO
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Colabore e faça também parte da equipa de Sol Português.
Confecção: Coza o polvo numa panela de pressão, com a água temperada
de sal e pimenta, a cenoura e metade da
cebola e dos alhos durante 25 minutos.
Retire o polvo coe o caldo e reserve 700 ml do caldo.
Refogue no azeite a restante cebola e os alhos restantes ambos picados.
Pique o tomate junte ao refogado.
Deixe apurar e acrescente a polpa
de tomate. Adicione o arroz e mexa.
Quando começar a absorver a gordura, regue com o caldo reservado, baixe o lume e rectifique os temperos. Tape
e deixe cozinhar por 25 minutos.
Corte o polvo em pedaços e envolva-o no arroz.
Polvilhe com a salsa picada e sirva.
- Silvina F.
Leia e Divulgue
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Horóscopo
CARNEIRO
21 Março a 20 Abril
Amor: Reaja com calma a
todas as situações da vida
afectiva, ser flexível vai ajudar a ultrapassar conflitos.
Finanças: Terá de enfrentar
posições diferentes das suas,
e nada fáceis de ultrapassar,
evite confrontos directos.
Saúde: Procure uma ocupação de tempos livres que o
ajude a relaxar, não é altura
para acumular tensões.
BALANÇA
24 Setembro a 22 Outubro
Amor: Está mais protegido/a à noite, sobretudo para
pensar e definir sentimentos. Finanças: Pode obter
fortes melhorias e sentir o
renascer de esperanças.
Saúde: Não se mostre indiferente a sinais que o seu
corpo lhe vai dando. Tenha
mais respeito pela sua saúde.
TOURO
21 Abril a 21 Maio
Amor: Viva de forma descomprometida, a sua vida
sentimental tem bons indicadores. Finanças: Sopram
ventos de mudança no sector profissional que podem
alterar completamente o
rumo da sua vida. Saúde:
Alguns acontecimentos vão
melhorar o seu estado
anímico.
ESCORPIÃO
23 Outubro a 21 Novembro
Amor: Precisa de sentir
mais apoio para encontrar
satisfação na sua vida, se
não conseguir não fique a
marcar passo. Finanças:
Pode ter algum medo de
falhar em assuntos cruciais
mas tudo indica que se irá
aguentar muito bem. Saúde: Tenha cuidado em práticas sexuais, pode ter problemas recorrentes.
GÉMEOS
22 Maio a 21 Junho
Amor: Poderá viver momentos felizes se for capaz de
quebrar rotinas e demonstrar mais os seus sentimentos. Finanças: Mostre-se
convicto/a e seguro/a das
suas posições. Enfrente tensões mas sem alimentar neuroses. Saúde: Desenvolva
hábitos relaxantes e vai sentir mais tranquilidade.
SAGITÁRIO
22 Novembro a 21 Dezembro
Amor: Não aceite convites
ou desafios que não lhe
agradam totalmente, precisa de conseguir dizer não.
Finanças: Controle melhor
a sua conta bancária e não
entre despesas extravagantes. Saúde: Grande instabilidade de energias, tende a
passar também por diversos estados de humor.
CARANGUEJO
22 Junho a 23 Julho
Amor: Não prolongue comportamentos perturbadores,
assuma erros e mude as atitudes. Finanças: Poderá alterar a sua situação profissional mas movimente-se
apenas com certezas e garantias. Saúde: Tendência
a problemas musculares
como consequência de posturas incorrectas.
CAPRICÓRNIO
22 Dezembro a 20 Janeiro
Amor: Alguns acontecimentos provocados por terceiros podem afectar de forma dramática a sua vida.
Finanças: Este período não
é propicio a grandes evoluções, esteja muito atento/a
para não cometer erros.
Saúde: Tende a indisposições imprevistas que podem
causar grande transtorno.
LEÃO
24 Julho a 23 Agosto
Amor: Momento favorável
no amor, pontos de vista
diferentes podem concertar-se e sentir-se um clima
de amor. Finanças: Seja
moderado/a a utilizar argumentos muito fortes. Pode
complicar o seu percurso
profissional. Saúde: Corte
mesmo a sério com alguns
alimentos nocivos.
AQUÁRIO
21 Janeiro a 19 Fevereiro
Amor: Se tiver dúvidas sobre sentimentos ou comportamentos deve pedir esclarecimentos. Finanças: Neste momento deve estabelecer objectivos e lutar. Sabe
que nada conseguirá sem
esforço. Saúde: Alguns problemas de sexualidade devem ser enfrentados para
serem resolvidos.
VIRGEM
24 Agosto a 23 Setembro
Amor: Não adie decisões,
nem alimente falsas esperanças. Ponha ponto final
em situações que estão no
limite. Finanças: Neste momento tente ser discreto/a,
não fale muito acerca de assuntos pessoais no local de
trabalho ou em círculos de
amigos. Saúde: Tenha cuidado com a sua tensão arterial
sobretudo se é hipertenso.
PEIXES
20 Fevereiro a 20 Março
Amor: Não seja insistente
na manifestação de afectos,
neste momento o/a seu parceiro/a necessita de espaço. Finanças: Algumas meias palavras podem ser mal
interpretadas por isso seja
muito explicito e objectivo/a. Saúde: Tente não fazer esforços suplementares.
12 de Agosto de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
CULTURA EM FOCO
Chaves recua dois mil anos
até à época romana durante
a “Festa dos Povos”
A cidade de Chaves recua dois mil anos até à
época romana, entre os dias 19 e 21, durante a “Festa
dos Povos” que vai transformar centenas de figurantes
em gladiadores, legionários, senadores ou escravos.
A Câmara de Chaves, no distrito de Vila Real,
anunciou segunda-feira que, durante três dias, a “Aquae
Flaviae” vai viajar até ao império de Tito Flávio
Vespasiano.
Em comunicado, o município referiu que se trata
de “uma iniciativa que pretende valorizar a matriz
local, cultural e social, através da preservação de
valores e da constante afirmação da identidade da
memória colectiva”.
A “Festa dos Povos” inclui recriações históricas,
o mercado galaico romano, espectáculos e cortejos,
envolvendo à volta de 100 expositores (artesãos, artífices e mercadores) e centenas de figurantes.
As alamedas de Trajano e do Tabolado e as ruas
circundantes serão o palco para a realização do evento, onde se irão misturar o artesãos, gladiadores, senadores, músicos, bailarinos, mendigos, escravos,
falcoeiros, personagens mitológicas e divindades.
Do programa também faz parte a segunda edição
dos jogos de “Aquae Flaviae”, com o envolvimento
das juntas de freguesia, cortejos nocturnos, tortura de
escravos, visitas guiadas pela cidade, bailados,
workshops, uma conferência sobre os castros no concelho e teatro.
Decorrerá ainda um jantar galaico-romano sobre
a ponte romana de Trajano.
Segundo explicou a autarquia, a cidade envolvese na iniciativa através dos bares, que vão organizar
festins de bebidas, dos restaurantes que vão apresentar iguarias gastronómicas e do comércio local que vai
decorar as vitrinas das lojas.
As legiões romanas chegaram ao território há
cerca de dois milénios. Fixaram-se onde hoje é a
cidade e distribuíram pequenas fortificações,
edificaram a primeira muralha que envolveu o aglomerado populacional, construíram a ponte de Trajano,
tiraram proveito das águas minerais, implantaram balneários termais, exploraram filões auríferos e outros
recursos.
Este núcleo urbano adquiriu tanta importância,
nessa época, que foi elevado à categoria de município,
quando no ano 79 dominava Vespasiano, primeiro
César da Família Flavia. Será esta a origem de Aquae
Flaviae, designação antiga da actual cidade de Chaves. A Festa dos Povos - Mercado Galaico-Romano é
organizada pelo município de Chaves e pela empresa
Empreendimentos Hidroeléctricos do Alto Tâmega e
Barroso.
Tem negócio ou trabalha por conta própria? Não
deixe de se promover a si e à sua firma. Anuncie em
Sol Português, o jornal de
Língua portuguesa de maior projecção no Canadá.
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Há mais de 32 anos a servir a Comunidade
Cavaleiro Tauromáquico
Doce brisa
Por Maria José Branco
Sol Português
Por Luís Marcelino
Sol Português
Quando tu entras na arena
Ó cavaleiro afamado
Tua presença é serena
Com o povo entusiasmado
Brisa que vens da montanha
Suave até à cidade
Tua suavidade se entranha
Deixando em mim a saudade
Com tua casaca bela
E o teu cavalo alazão
Sentado em tua sela
Alegras teu coração
Qual brisa salgada
Que vem nas ondas do mar
P’la alta-maré embalada
Onde me deixo naufragar
Esperas com atenção
O toiro que foi chamado
Existe em teu coração
Tua luta, teu cuidado
Sopras leve, levemente
Brisa que parece gente
Que p’la brisa se deixa embalar
Nunca esqueças cavaleiro
Sobre o cavalo sentado
Que o toiro é traiçoeiro
Ó cavaleiro afamado
Ao dares a lide por fim
Tu revelas euforia
O cavaleiro é assim
Ao viver sua alegria.
(In livro, Vida, Amor e Saudade)
Palavras
Por Manuela Matos Silva
Sol Português
Palavras que não sabia
Ganharam vida
Encaixaram-se entre elas
Escultura. Pirâmide. Parede.
Dedos de mãe em prece.
Desafiando a simetria tomaram formas
Arestas, côncavos galhos d’acácia
Cedeu ao capricho
Do construtor das palavras.
(In livro alma d’água)
Converse com Jesus
Converse com Jesus todos os dias. Meu Jesus, em Vós
depositei toda a minha confiança, Vós sabeis de tudo, Pai
e Senhor do Universo. Sois o Rei dos Reis. Vós que fizeste
o paralítico andar, o morto voltar a viver, o leproso sarar.
Vós que vedes as minhas angústias, as minhas lágrimas,
bem sabeis, Divino Amigo, como preciso alcançar de Vós
esta grande graça (pede-se a graça com fé). A minha
conversa Convosco, Mestre me dá ânimo e alegria de
viver. Só de Vós espero com fé e confiança (pede-se a
graça com fé). Fazei, Divino Jesus, que eu alcance esta
graça que peço com fé. Com gratidão publicarei esta
oração para que outros que precisam de Vós aprendam a
ter fé e confiança na Vossa misericórdia. Ilumine os meus
passos, assim como o sol ilumina todos os dias o amanhecer e testemunhe a nossa conversa. Jesus tenho confiança
em Vós. Cada vez mais aumenta a minha fé, por graças
alcançadas. M.C.A.M. N.P.
21
Brisa doce, doce brisa
Que o meu coração precisa
Só para te poder amar
Anuncie e Divulgue Sol Português
Novena Irresistível
Ó Jesus, que disseste: “Procurai e achareis, batei à porta
e abrir-se-vos-á pedi e recebereis”, com Maria, Vossa
Santíssima Mãe, nós, procuramos, nós batemos à porta,
nós pedimos que as nossas orações sejam ouvidas. (Três
vezes) Meu Deus, vinde em meu auxílio; senhor apressaiVos a socorrer-me. Glória ao Pai, etc. Ó Jesus, que dissestes:
Tudo o que pedires a meu Pai, em Meu nome, Ele, Vo-lo
concederá”, com Maria Vossa Mãe Santíssima, a Vosso
Pai em Vosso nome, pedimos humildemente e instantemente
que as nossas orações sejam ouvidas. (Três vezes) Meu
Deus, vinde em meu auxílio, etc. Ó Jesus que dissestes: “O
céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”, pela intercessão de Maria Vossa Santíssima Mãe, nós
obteremos que sejam as nossas orações. (Três vezes) Meu
Deus, vinde em meu auxílio, etc. Esta novena tem-se
mostrado tão eficaz quando feita com grande fé e piedade,
que o povo lhe pôs o nome de Novena Irresistível. P.P.
Oração a Santo Expedito
(Se você está com algum problema de difícil solução e
precisa de ajuda urgente, peça esta ajuda a Santo Expedito.
Este Santo é invocado nos negócios que demandam Pronta
Solução e cuja invocação nunca é tardia.). “Meu Santo Expedito das causas justas e urgentes,
interceda por mim junto ao nosso
Senhor Jesus Cristo, socorre-me nesta
hora de aflição e desespero. Vós que
sois um Santo Guerreiro, Vós que
sois o Santo dos aflitos, Vós que
sois o Santo dos desesperados, Vós
que sois o Santo das causas urgentes, protegei-me, ajudai-me, daime força, coragem e serenidade.
Atendei o meu pedido. (Fazer o pedido) Meu Santo Expedito! Ajudame a superar estas horas difíceis,
proteja-me de todos que possam
prejudicar-me, proteja a minha família, atenda ao meu pedido com
urgência. Devolva-me a Paz e a tranquilidade. Meu Santo
Expedito! Serei grata(o) pelo resto da minha vida e levarei
seu nome a todos que têm fé. Muito Obrigada. (Rezar um Pai
Nosso, uma Avé Maria e fazer o sinal da Cruz. Mandar
publicar após o pedido). P.P.
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
22
12 de Agosto de 2016
SAÚDE EM FOCO
Câmara das Caldas da Rainha
diz que hospital termal estará
reaberto em 2017
A Câmara das Caldas da Rainha anunciou segunda-feira que a substituição da rede de distribuição de
água do hospital termal ficará concluída até ao início
de Outubro e permitirá reabrir os tratamentos termais
em 2017.
A intervenção de substituição da rede de adução e
distribuição de água termal ao hospital, adjudicada
em Maio, “está sensivelmente a meio e ficará concluída até ao final de Setembro ou início de Outubro”,
afirmou o presidente da câmara, Fernando Tinta
Ferreira, durante uma visita à obra.
A substituição da rede que transporta a água termal das captações (situadas na Mata Rainha D. Leonor)
ao hospital termal foi uma das condições impostas
pelo delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do
Tejo, António Tavares, em 2013, depois de aquela
unidade ter sido encerrada devido a presença da bactéria ‘legionella’.
“A conclusão desta obra permitirá reabrir os tratamentos em 2017”, sublinhou o autarca, convicto de
que a intervenção possibilitará “reduzir para valores
residuais a hipótese de poder voltar a haver problemas
com a ‘legionella’”.
A obra consiste na modernização dos sistemas de
bombagem da água, que será reduzida para 2,5 litros
de água termal por segundo, para que a redução de
caudal reduza também os organismos patogénicos
transportados até ao hospital.
É substituída toda a canalização por novos tubos
de aço inox, que permitam a execução de desinfecções
com água a 85º centígrados, temperatura que destrói a
bactéria. Esta desenvolve-se precisamente à temperatura da água das termas das Caldas da Rainha, ou seja,
entre os 34º e os 37º.
A obra contempla ainda um sistema de monitorização da água, preparado para “emitir um alarme em
caso de alteração dos valores definidos”, permitindo uma
mais rápida intervenção de desinfecção das tubagens.
A empreitada, orçada em 600 mil euros, é a primeira intervenção da Câmara das Caldas da Rainha
visando a reabertura do hospital, cuja gestão foi entregue pelo Estado à autarquia em Dezembro de 2015.
O objectivo da autarquia é concessionar o hospital
termal a privados, estando actualmente em negociações com uma associação mutualista que já presta
serviços na área da saúde e com o Ministério da Saúde
para que os tratamentos termais sejam retomados.
“O objectivo é que haja uma parceria com o Ministério da Saúde para que a componente de
reumatologia possa ser feita no hospital termal, com
ligação ao hospital distrital”, explicou o autarca, defendendo que “parte dos custos com pessoal [clínico]
possa ser suportada pelo ministério”.
Porém, assegurou Tinta Ferreira, “não existindo
esse entendimento, o município, ou com parceiro ou
sozinho, contratará os profissionais para que o hospital reabra em 2017”.
Musicoterapeutas querem ver
reconhecida a sua profissão
A Associação Portuguesa de Musicoterapia
(APMT) lançou uma petição, que conta com quase
1.200 assinaturas, para o
reconhecimento da profissão de musicoterapeuta, ficando legislado quem pode
exercer esta prática.
“A nossa grande meta
agora é o reconhecimento
profissional”, refere a vicepresidente da APMT, Rita
Maia, adiantando que o objectivo é atingir pelo menos
4.000 assinaturas para a petição poder ser discutida na
Assembleia da República.
Segundo a musicoterapeuta, o reconhecimento da
profissão torna-se importante porque há “falta de conhecimento e de validação”, sendo esta terapia, por vezes,
praticada por pessoas não
qualificadas, enquanto em
alguns países a profissão já
se encontra devidamente regulada e integrada nos serviços de saúde.
“Cada vez mais temos
conhecimento de técnicos
não qualificados que estão
a exercer como musicotera-
peutas, ou seja, as instituições procuram o serviço
mas não sabem que padrão
ou qualificação vão exigir
de quem vai exercer”, revela Rita Maia, em declarações à Lusa.
Em Portugal não existem números oficiais sobre
musicoterapeutas, pelo que
a APMT está a realizar um
levantamento nacional do
número de técnicos de
musicoterapia a trabalhar
no activo e em que regiões
do país, estimando-se que,
até à data, existam cerca de
50 musicoterapeutas distribuídos a nível nacional.
Internacionalmente a
musicoterapia está mais desenvolvida em países como o
Reino Unido, Áustria, Alemanha, Noruega, Espanha e
Israel, havendo várias instituições espalhadas em cada
um destes países.
A musicoterapia atua
desde a idade pré-natal até
ao fim da vida. “Temos colegas que trabalham em cuidados paliativos e em fase
terminal de vida ou de consciência alterada e em pro-
cessos de reabilitação e de
prevenção”, afirma Rita
Maia.
Actualmente há mais
procura na área das demências, das deficiências e também em intervenções em
lares de terceira idade.
Rita Maia destaca a
vantagem da musicoterapia
que pode ser não-verbal em
estados avançados de demência, como o Parkinson e
o Alzheimer, em que a “verbalização, a comunicação e o
diálogo estão já comprometidos” mas que com a música são estimulados.
“A música consegue
despertar emoções que a
própria doença vai omitindo, provocar processos de
reminiscência, que é quando as pessoas se remontam
a lembranças em determinados períodos da sua
vida”, explica a vice-presidente da APMT.
A musicoterapeuta
esclarece, relativamente ao
tipo de música escolhida
para cada doente, que é
como se houvesse um “ADN
musical para cada pessoa”,
através de um levantamento sobre os seus gostos e a
sua “identidade sonora”.
Quando não existe
conhecimento prévio sobre
o doente, os musicoterapeutas têm de “ir à descoberta” para escolherem o tipo
de música mais adequada.
A musicoterapia surgiu nos Estados Unidos
após a 2.ª Guerra Mundial
para tratar essencialmente
doentes com ‘stress’ póstraumático e como alternativa complementar à medicação.
Em Portugal, é no final dos anos 80 que surgem
as primeiras pessoas interessadas em praticar esta
terapia.
A Associação Portuguesa de Musicoterapia é
uma organização sem fins
lucrativos fundada em
1996, com a missão de reunir os profissionais da área
e promover o seu desenvolvimento, tendo como projecto futuro a criação de
uma revista anual que dê a
conhecer a experiência destes técnicos.
Câmara de Vinhais diz haver falta de médicos
no centro de saúde local
O presidente da Câmara de Vinhais, Américo Pereira, disse segunda-feira
que tem havido falta de médicos no centro de saúde
local e que o caso foi transmitindo à Unidade Local de
Saúde do Nordeste (ULS/
Nordeste).
“O modelo de implementação organizacional da
saúde no distrito de Bragança
não surtiu efeito e foi um
autêntico desastre. A transformação do centro hospitalar em unidade de saúde correu mal, porque a agregação dos cuidados de saúde
primários só veio a agravar
a situação”, referiu o
autarca socialista.
O também presidente
da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-osMontes acrescentou que os
centros de saúde do território tinham uma organização
“ própria” e que o seu funcionamento era “melhor” em
relação ao que acontece actualmente”.
“Na semana passada a
questão piorou e a situação
é vergonhosa: praticamente todo a semana sem médico”, apontou.
Numa altura em que a
população aumenta consideravelmente devido, nomeadamente, às férias dos
emigrantes, o autarca diz
não aceitar que não existam
médicos no centro de saúde
para atender às populações.
“No século XXI e num
país da Europa isto não
pode acontecer”, atirou.
Caso o assunto não se
resolva nos próximos dias,
o autarca deixou o aviso de
que poderão ser decididas
novas tomadas de posição,
sem especificar quais. “A
saúde das pessoas não pode
estar sujeita a critérios
economicistas, de partidos
ou de políticas”, enfatizou.
Em nota enviada à
agência Lusa, a ULS Nordeste faz saber que é garantida pela toda a assistência
clínica devida aos seus
utentes, através dos três
Hospitais e dos 14 Centros
de Saúde que a integram.
“Na defesa dos seus
utentes e da garantia da assistência clínica dos mesmos, a ULS Nordeste desenvolve uma estratégia de
partilha de recursos humanos, nomeadamente médicos, com vista a minimizar
imprevistos dessa ordem e
eventuais constrangimentos
daí decorrentes, o que se
verifica de igual modo, sempre que necessário, no Centro de Saúde de Vinhais”
indicou.
Segundo a mesma nota,
O mês de Agosto, por ser
um período em que se regista um maior número de
profissionais de saúde em
gozo de férias, é também,
por isso, um daqueles que, a
par de outras épocas festivas
como o Natal ou a Páscoa.
“Neste caso exige um
maior esforço na organiza-
ção de escalas de trabalho neste caso dos cinco médicos em funções no Centro
de Saúde de Vinhais - o que
é tido em conta por esta ULS,
de modo a garantir a necessária e adequada assistência”,
destaca aquela entidade.
A ULS Nordeste admitiu que se verificaram algumas dificuldades na
operacionalização dessas
escalas, mas considerou tratar-se de situações pontuais, e não “toda a semana
sem médico”, como foi declarado pela Câmara Municipal de Vinhais.
“Aliás, na semana de 1
a 5 de Agosto, dos cinco
médicos do quadro daquele
Centro de Saúde, quatro
estiveram ao serviço, com
excepção de um, por motivo de doença, comprovada
através de atestado”, diz.
A ULS do Nordeste refuta, deste modo, qualquer
acusação no sentido de obedecer a “critérios economicistas, de partidos ou de políticas”, reforçando que a sua
missão “se pauta pela primazia da salvaguarda dos superiores interesses dos seus
utentes”.
12 de Agosto de 2016
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
SAÚDE EM FOCO
23
Abraço recorda que Portugal é o país da UE com mais
novos diagnósticos de VIH
A Abraço iniciou segunda-feira, em Matosinhos,
uma campanha nacional de
apelo à realização do teste
para o VIH, recordando que
“Portugal é o país da União
Europeia (UE) com mais
novos diagnósticos por
ano”.
Em declarações à
agência Lusa, o psicólogo e
coordenador da campanha
para a zona Norte, Pedro
Morais, explicou que o objectivo, de uma campanha
que na primeira semana passa
por
praias
de
Matosinhos, Porto e Vila
Nova de Gaia e a partir do
dia 16 continua na zona de
Lisboa, é “sensibilizar as
pessoas à detecção precoce
do VIH”, aproveitando os
espaços balneares com maior afluência e onde é possível conversar “num ambi-
ente mais descontraído”.
“Continuamos a ser o
país da UE com mais novos
diagnósticos por ano.
Estamos a decrescer no número de novas infecções
detectadas mas Portugal
está a fazer este decréscimo de forma muito lenta.
Estamos a falhar muito na
detecção precoce. Temos
muitos diagnósticos tardios, muita gente a descobrir
com quatro ou cinco anos
de infecção, aumentando a
probabilidade de infectar
outras pessoas por não saber que está infectada”, descreveu o psicólogo à Lusa.
Ao longo desta campanha cerca de dez voluntários percorrem diariamente as praias onde está estacionada uma carrinha da
Abraço para conversar com
as pessoas, distribuir infor-
Petição com mais de cinco mil assinaturas pede
estatuto de cuidador de doentes de Alzheimer
Uma petição pela criação do estatuto do
cuidador informal de pessoa com doença de
Alzheimer conseguiu mais
de cinco mil assinaturas, em
apenas quatro dias, lembrando que esta é uma doença com graves repercussões na família.
A petição está disponível no ‘site’ da Petição
Pública e visa recolher as
assinaturas necessárias para
levar o assunto a debate na
Assembleia da República,
objectivo já conseguido,
uma vez que já estão ultrapassadas as quatro mil assinaturas necessárias para a
realização de debate em
plenário.
Para já, e em apenas
quatro dias – já que a petição foi iniciada na quintafeira, dia 4 de Agosto –,
5.386 pessoas assinaramna, mas a intenção do grupo
de cuidadores que arrancou
com a iniciativa é de continuar a recolher assinaturas
e de envolver o máximo
possível de cuidadores,
indo também recolher assinaturas em papel, por vários pontos do país.
Em declarações à
agência Lusa, uma das pessoas que dinamizou a criação da petição disse ter ficado surpreendida com o
número de assinaturas recolhidas até ao momento,
mas frisou, por outro lado,
conhecer a realidade de
quem é cuidador e garantiu
que “todos ansiavam por
isto”.
Sofia Figueiredo, 39
anos, contou que cuida da
avó e que, no local onde
reside, não tem quaisquer
serviços de apoio específicos para pessoas com a doença de Alzheimer.
No local onde trabalha deixaram-na adaptar o
seu horário e passar a entrar às 06:30 para sair a
horas de receber a avó,
quando ela sai do centro de
dia, mas Sofia sabe que essa
não é a realidade da maioria dos cuidadores.
Ainda assim, é obrigada a acordar todos os dias
às 05:00 e passa as tardes
com a avó, a conversar com
ela e a estimulá-la, para que
a doença não avance demasiado rápido e a avó não vá
perdendo vocabulário.
“É muito desgastante
porque estamos a falar de
24 horas e eu ainda tenho a
sorte de a minha mãe ficar
com a minha avó à noite e
eu poder dormir para me levantar às 05:00”, contou,
alertando que, quando só
existe um cuidador, essa pessoa não consegue descansar.
De acordo com Sofia
Figueiredo, a petição surge
na sequência do I Encontro
Nacional de Cuidadores de
Doentes de Alzheimer e
outras Demências Similares, que decorreu em Lisboa a 18 de Junho, lem-
brando que o aumento da
esperança média de vida
também trouxe o aumento
de doenças crónicas, nomeadamente das doenças
neurodegenerativas associadas ao envelhecimento, e
que estas são doenças com
um forte impacto na dinâmica familiar.
Com a petição, o grupo de cuidadores quer não
só que seja criado o estatuto de Cuidador Informal da
pessoa com doença de
Alzheimer ou outras demências, com o devido reconhecimento social e jurídico, mas também que estas
pessoas tenham direito a
uma redução do seu horário
laboral em 50%, sem perda
de vencimento.
Querem também um
sistema fiscal equitativo,
apoio de terceira pessoa na
assistência ao cuidador, reforço do apoio a instituições para formação e
aconselhamento das pessoas com demência, bem como
mais estruturas formais para
o doente e estruturas de descanso para o cuidador.
Pretendem que os
cuidadores tenham direito
a uma pensão de sobrevivência mensal após a morte
do doente, que tenham direito a um subsídio por
morte e que conte para efeitos de reforma o tempo dependido enquanto cuidador,
assim como que o doente tenha atendimento prioritário
nos cuidados de saúde.
Por último, querem
que o dia 18 de Junho passe
a ser o Dia Nacional do/a
Cuidador/a.
Sofia Figueiredo disse não acreditar que a recomendação da Assembleia da
República para a criação do
estatuto do Cuidador Informal venha a ser tornado realidade e que acautele as
necessidades específicas
das pessoas com Alzheimer
ou outras demências.
Defendeu ainda que
todos os cuidadores informais de qualquer que seja a
doença se unam e façam
uma petição, “mediante as
suas reais necessidades”,
para a criação de um estatuto específico.
mação e preservativos, sem
esquecer o convite para realizar um “teste rápido” de
VIH que é feito de forma
anónima, gratuita e confidencial.
Quem decidir deslocar-se à carrinha da Abraço
é sujeito a um pré e pós
aconselhamento com um
técnico de psicologia que
procura saber qual a motivação para o rastreio e que
dá informação sobre o tema
e cabe à equipa de enfermagem fazer a colheita de sangue para o teste, cujo resultado demora meia hora.
Pedro Morais apontou
que “Portugal falha na procura do teste”, porque “a
população não está sensibilizada para o fazer ou não
considera as práticas que
tem como de risco”.
De acordo com dados
da Abraço “há mais registos e maior taxa de infecção na relação sexual
desprotegida seja ela anal,
vaginal ou oral”.
“É nestes casos que
mais de 95% da transmissão acontece. A troca de
seringas tem uma percentagem mínima neste momento de transmissão de VIH”,
descrevem os responsáveis
da associação que aproveitam estas campanhas também para recordar que “as
relações desprotegidas
acontecem de forma transversal em toda a população” e que “já não faz sentido falar em grupos de risco”.
“Procuramos passar a
mensagem à população porque infelizmente ainda é
estereotipado.
No último ano 64%
das novas transmissões foi
na comunidade heterossexual”, referiu Pedro Morais.
A Abraço esteve segunda-feira na praia de Leça da
Palmeira, seguindo-se Aterro (terça-feira), Salgueiros
(quarta) e Edifício Transparente (quinta) e Matosinhos
hoje (sexta-feira).
Em Lisboa as acções
têm início na praia do Guincho (dia 16), Duquesa/Conceição (dia17), Tamariz (dia
18), Carcavelos (dia 19),
Meco (dia 20), Fonte da Telha (dia 21), Morena (dia 22)
e São João (dia 23).
Os responsáveis estimam que serão distribuídos
10 mil kits (um preservativo, um lubrificante, um cartão informativo) e 6.000
preservativos a avulso.
A unidade móvel esclarece dúvidas sobre VIH
e Infecções Sexualmente
Transmissíveis (ISTs), e
realiza testes rápidos ao
VIH/SIDA, VHB (hepatite
B), VHC (hepatite C) e Sífilis.
SOL PORTUGUÊS | PORTUGUESE SUN
24
12 de Agosto de 2016
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1621 Dupont Street West, Toronto. Tel.: 416-533-2401
Sábado e domingo, 13 e 14 de Agosto: Festa da Nossa Senhora do Monte,
no Madeira Park. Informações: 416-795-7553.
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1130 Dupont Street, Toronto. Tel.: 416-537-7766
Taça Alentejo - 1º Torneio de futebol e jantar. - Torneio: Domingo, 14 de
Agosto às 13h00 e Sábado, 20 de Agosto às 14h00 no Estádio de Brockton.
- Jantar: Sábado 20 de Agosto às 19h30.
CONSULADO GERAL DE PORTUGAL EM TORONTO
438 University Avenue, 14th floor, Toronto. Tel.: 416-217-0966 ext. 227
*Programa “Portugal no Coração”: destina-se a cidadãos portugueses
com mais de 65 anos de idade, residentes fora da Europa e que por razões
de carência económica, não visitam o país há mais de 20 anos. As fichas
resultantes da pré-selecção devem ser remetidas à DGACCP/EMI até ao
próximo dia 5 de Setembro. Encontram-se abertas as candidaturas para a
21.ª Edição do Programa INOV Contacto, 2016/2017. Inscrições abertas
para os jovens licenciados até às 15h00 do dia 15 de Setembro de 2016 e
para as entidades de acolhimento. Prolongam-se até ao dia 30 de Setembro
do mesmo ano. As candidaturas são feitas exclusivamente on-line em www.
inovcontacto.pt. De 24 de Agosto a 20 de Outubro: fase de inscrição das
escolas interessadas em participar no “Parlamento dos Jovens 2016-2017”.
Regulamentos e calendário do programa disponíveis no início de Setembro
na página www.jovens.parlamento.pt.*
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Sábado e domingo, 13 e 14 de Agosto: Grandes Festas em Honra de Nossa
Senhora dos Anjos. Sábado: Missa às 18h00 seguida de arraial com Conjunto
Unique Touch, Courtney Flor, Inês Henriques e Tony Câmara. Domingo: Missa
às 12h00, seguida de procissão. Arraial com Victor Martins, Inês Henriques,
Michelle Madeira, VP Musik Connection e Mário Marinho.
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sábado de Stephanie Tavares e Allan Castro e no domingo de Jessica Vidal
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PORTUGAL EM FOCO
“As árvores morrem de pé” em cena por La Féria,
de “alma e coração”
Por Miguel A. Lopes
O encenador Filipe La
Féria levou à cena, quintafeira, a peça “As árvores
morrem de pé”, de
Alejandro Casona, numa
produção que lhe leva “a
alma e o coração”, mas sem
revelar o orçamento.
O encenador realçou
a receber quando a peça
estrear”, disse o encenador
que revelou que muitos dos
adereços de cenas, como
móveis ou candeeiros, vieram da sua residência.
A peça é protagonizada por Eunice Muñoz, no
papel de “avó”, que alterna
com Manuela Maria, e Ruy
de Carvalho, que alterna
A actriz Eunice Muñoz conversa com o encenador
Filipe La Féria na conferência de apresentação da
peça de teatro “As árvores morrem de pé”
que não tinha qualquer ajuda do Estado, “apenas uma
pequena ajuda da fundação
mutualista Montepio, que
dá para os cartazes”, sem
revelar outras fontes de investimento.
Os actores, “alguns
receberam metade do ordenado e outros só começam
com João d’Ávila, sendo o
restante elenco constituído
por Carlos Paulo, Maria
João Abreu, Hugo Rendas,
Ricardo Castro, Paula Fonseca, Rosa Areia, João
Duarte Costa, Patrícia
Resende, João Sá Coelho,
Pedro Goulão e Francisco
Magalhães.
Referindo-se ao dramaturgo espanhol Alejandro
Casona (1903-1965), La
Féria afirmou que era “um
filósofo, com um teatro poético tal como [Federico
García] Lorca, e com uma
grande influência de [Luigi]
Pirandello”, fazendo “um
teatro dentro do teatro”.
“A peça, embora seja
compreensível e tangencial
a todo o público, é uma peça
com uma grande profundidade e estrutura, porque, de
facto, o Casona devia ser
um grande encenador, pois
sabe todos os cordelinhos,
toda a técnica do teatro, e o
público vibra, pois tanto é
dramático, como é cómico,
como tem todo o ‘suspense’
que uma peça de teatro deve
ter”, afirmou La Féria.
O encenador realçou
ainda o facto de “as personagens serem muito bem
construídas”, e profetizou
que “vão sempre apaixonar
gerações e gerações de actores, como as [personagens
de] Tennessee Williams”.
“São feitas com uma estrutura tão forte, que os actores vão sempre apaixonarse por este autor [Alejandro
Casona]”.
La Féria defendeu a
importância dos actores e
do autor, pelo que conside-
rou que esta peça irá ser
sempre revisitada, e afirmou: “O teatro pode ser feito sem encenador, pode ser
feito sem cenários, sem dinheiro, como é o meu caso,
mas não pode ser feito sem
actores”.
Para La Féria, encenar “As árvores morrem de
pé” é a concretização de
algo há muito projectado a
três: por si e pelos actores
Ruy de Carvalho e Eunice
Muñoz.
Eunice Muñoz, que
recentemente teve uma intervenção cirúrgica, afirmou que “chegou a altura”
de fazer a peça, apesar de a
sua saúde “não ter estado
muito brilhante”.
A actriz, de 88 anos,
ternar o papel com “a grande Eunice”, que tanto admira, e que considera ser
“a nossa melhor actriz”, “é
um atrevimento”.
“Peço-lhe imensa
desculpa, mas acontece assim na nossa profissão e é
uma grande honra, é um
atrevimento e peço desculpa pelo atrevimento”, disse Manuela Maria, de 81
anos.
Eunice Muñoz afirmou que tinha “muitas saudades desta peça”, que viu
muitas vezes interpretada
por Palmira Bastos (18751967), que apontou como
sua mestra.
“Ela [Palmira Bastos], aos 80 anos, sabia os
papéis antes de nós, e dizia
drinha de palco”, pois foi a
seu lado que se estreou no
teatro, com quem muito
aprendeu.
Na encenação de La
Féria, João d’Ávila alterna
o papel com Ruy de Carvalho, que hoje se referiu à
peça como “uma história
maravilhosa”.
“É uma história saborosa que sabe bem a um
actor representar, e a uma
companhia. Uma peça que
traz alguns conselhos. Ajuda-nos a viver melhor e a
saber que alguém se preocupa connosco, assim como
não se preocupam com o
teatro em Portugal. Eu gostava que se preocupassem
com o teatro em Portugal,
como nós nos preocupamos
Os actores Ruy de Carvalho (E) e Manuela Maria (C) acompanhados pelo
encenador Filipe La Féria (D) na conferência de apresentação da peça de teatro
“As árvores morrem de pé”
não sabe ainda quando subirá ao palco do Politeama,
em Lisboa, mas prometeu
que espera, “dentro de pouco tempo, poder estrear no
Politeama esta peça”.
“Tenho de estar em
casa mais tempo a descansar, mas, de qualquer modo,
tenho muita satisfação em
estar aqui, em ser dirigida
por ele [Filipe La Féria], e
ter estes colegas lindíssimos, em saber perfeitamente que a Manuela [Maria]
vai interpretar maravilhosamente este papel”.
Manuela Maria, por
seu turno, afirmou que al-
muito surpreendida: ‘Então
vocês ainda não sabem os
papéis? Mas se já sei…’”.
“Fui várias vezes
dirigida por ela, era uma
mulher encantadora e muito talentosa”, rematou.
La Féria recordou
igualmente a sua memória
de menino, de ter visto
Palmira Bastos protagonizar
esta peça, no demolido Teatro Avenida, em Lisboa, e
quando foi transmitida pela
RTP, em 1966, “em que o
país parou, do Minho a Vila
Real de Santo António”.
João d’Ávila recordou que foi ela a sua “ma-
com as peças, e com o serviço público que fazemos”,
disse Ruy de Carvalho, que
completará 90 anos, dentro
de sete meses.
“Estou a dizer isto
porque me magoa muito
pensar que uma companhia
como esta não tem o apoio
do Estado. Não têm o orgulho de terem uma companhia como esta a funcionar
em Portugal, e isso toca-me
profundamente. Há pouco
orgulho na qualidade dos
portugueses, e sobretudo
naqueles que praticam a
cultura”, justificou o veterano actor.
Arcos de Valdevez:
Centro Interpretativo do Barroco
na Igreja do Espírito Santo
A Câmara Municipal
de Arcos de Valdevez indicou, em comunicado, que
foi aprovado o seu projecto
para criação de um Centro
Interpretativo do Barroco na
Igreja do Espírito Santo
“O projecto, integrado no próprio monumento
religioso de grande valor
estilístico, cultural e arquitectónico, é uma aposta da
autarquia dos Arcos de
Valdevez, que pretende assim promover a recuperação do edifício e do
valiosíssimo espólio arquitectónico”, refere o comunicado
Pretende, ao mesmo
tempo, “potenciar o uso
cultural com programa alusivo ao estilo artístico do
Barroco e divulgar junto do
público em geral e do
educativo o conhecimento
da arte, da sociedade e do
pensamento da época barroca”. O centro será uma
porta de entrada da Rede
do Barroco na região.
A Igreja do Espírito
Santo está classificada
como imóvel de interesse
público, sendo, segundo a
autarquia, “um dos mais
icónicos monumentos do
estilo de arte Barroca do
alto Minho”.
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Director António Perinú | Editora Alice Perinú | Tel. 416 538-1788
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Ano XXVIII | Edição 1242
Sexta-feira, 12 de Agosto de 2016
I Liga de futebol 16/17:
Benfica, que procura histórico ‘tetra’, Sporting e
FC Porto são os candidatos
O principal campeonato português de futebol
avança a partir do próximo
fim de semana para a sua
83.ª edição e com o trio de
candidatos ‘de sempre’,
Benfica, Sporting e FC Porto, a justificarem as principais atenções.
Os ‘encarnados’ procuram um inédito ‘tetra’,
novamente sob orientação
de Rui Vitória, o homem
que ‘conquistou’ o clube
com o campeonato do ano
passado, aliado a uma bela
presença na Liga dos Cam-
peões e uma autoritária vitória na Taça da Liga, com
6-2 sobre o Marítimo.
Já no passado domingo, no primeiro jogo oficial
da época, o Benfica manteve a atitude ganhadora, batendo na final da Supertaça
o ‘quarto grande’ da actualidade, o Sporting de Braga,
vergado por 3-0.
Do lado da concorrên-
cia, o Sporting vai para segunda época com Jorge Jesus, enquanto o FC Porto
começa com Nuno Espírito
Santo, antigo jogador ‘da
Incêndios:
Telma Monteiro, medalha
de bronze envia mensagem
de apoio a bombeiros e
pessoas afectadas
A judoca Telma Monteiro, medalha de bronze
nos Jogos Olímpicos Rio2016, deixou quarta-feira
uma mensagem de agradecimento a todos os bombeiros envolvidos
no combate
aos incêndios
que assolam
Portugal e de
apoio às pessoas afectadas.
”Quero
deixar uma
mensagem de
solidariedade,
de muita força
e de agradecimento a todos
os bombeiros
que estão neste momento a proteger todos os portugueses e a todas as pessoas que têm sido afectadas”,
afirmou a judoca, num vídeo publicado no Twitter do
seu clube, o Benfica.
Numa mensagem gravada na Aldeia Olímpica,
Telma Monteiro, que na segunda-feira alcançou o
bronze no torneio olímpico de judo da categoria 57kg, apela à responsabilidade cívica de todos os
portugueses, e lembra que “basta um cigarro aceso
para prejudicar uma floresta inteira e milhares de
pessoas”.
Nos últimos dias, Portugal tem sido assolado por
vários incêndios de grandes dimensões, com a situação a atingir níveis particularmente graves na Madeira, onde já morreram três pessoas e centenas estão
desalojadas.
casa’ que foi buscar depois
da experiência no Valência,
da Liga espanhola.
Mesmo sem Gaitán e
Renato Sanches (a grande
venda do ‘defeso’), o
Benfica parte com evidente
vontade de chegar ao 36.º
título nacional da carreira.
Manteve a ‘nata’ do seu ataque, com Jonas, Mitroglou
e Raúl Jimenez e vê entrar
talentos como Cervi (exRosario Central), Zivkovic
(ex-Partizan) e Celis
(Junior Barranquilla).
No Sporting, Jesus
tem direito a um plantel de
orçamento idêntico ao das
‘águias’ (30/40 milhões de
euros) e volta a apontar forte para a reconquista de um
título que já lhe escapa vai
para 15 anos.
Os ‘leões’ ainda não
fizeram jogos oficiais mas
têm dado boas indicações
nos particulares disputados,
com uma equipa que, após
os regressos dos campeões
da Europa, é essencialmente a mesma do ano passado.
As ‘jóias da coroa’,
como
Rui
Patrício,
Slimani, William Carvalho, Adrien, João Mário e
Bryan Ruiz continuam, o
que dá alguma garantia de
melhor afinação para o esquema de Jorge Jesus. A
nível de entradas, sobressaem Alan Ruiz (ex-Colon)
e Spalvis (ex-Aalborg), que
no entanto está lesionado.
O FC Porto, terceiro
na época passada a distância inusitada para os seus
‘pergaminhos’, sente a clara pressão de encurtar distâncias e por isso mesmo
‘revolucionou’ a equipa
técnica e avança com um
orçamento que deverá ser
superior ao dos dois rivais
juntos.
titularidade, como o central Felipe (Corinthians) ou
o lateral Alex Telles
(Galatasaray).
A maior parte da verba é para segurar vedetas
como Brahimi, Corona,
Herrera, Casillas ou Maxi
Pereira, mas deu ainda para
a entrada de jogadores que
devem ir directos para a
Enquanto o belga
Depoitre (ex-Gent) não
chega para reforçar o ataque, a grande expectativa é
ver até onde chegará André
Silva, o novo candidato a
Pág. 3
Rio2016: Atletas portugueses querem
aproveitar Jogos Olímpicos
Vários atletas portugueses partiram quarta-feira, de Lisboa para o Rio de
Janeiro, para participar nos
Jogos
Olímpicos
Rio2016, alguns em estreia absoluta e com o
principal objectivo de
desfrutar da competição.
“As minhas expectativas são as maiores
porque são os meus terceiros Jogos. Já não sou
a miúda de 2008, em que
foi só para se divertir. A
responsabilidade é superior, os resultados têm
sido muito bons e isso
faz sentir mais garra e
emoção para partir para
estes jogos”, afirmou
Ana Cabecinha, que vai
participar nos 20 quilómetros marcha.
À partida para o Brasil, Ana Cabecinha não escondeu o desejo de “no mínimo” ser finalista.
“Os jogos são o maior
sonho, todos querem lá chegar. O meu sonho é ir aos
jogos e lutar por uma medalha, quero estar na minha
máxima força, treinei bem,
espero que seja o meu dia,
para que seja no mínimo
finalista. Um diploma olímpico é um sonho de qualquer atleta”, vincou a atleta, acrescentando que “o
sonho fica mais perto”, uma Jogos Olímpicos, disse quevez que a Rússia não parti- rer aproveitar ao máximo a
cipa.
sua estreia.
O também marchador
“Preparei-me bem
Pedro Isidro mostrou-se
expectante quanto à sua participação e embora confirme ter objectivos delineados, não os quis divulgar.
“As minhas expectativas são óptimas, espero
chegar lá e que tudo corra
bem. Treinei bem, as coisas
correram bem, expectativas
é que saia algo bom, melhores que saíram em Londres [2012]. Tenho um objectivo, mas não vou dizer.
É uma questão de fé, é o
que sair, mas tenho boas
expectativas”, sublinhou.
Já Miguel Nascimento, que se vai estrear nuns
para a minha estreia, quero
aproveitar ao máximo, ficar a meio da tabela e bater
o meu recorde pessoal. É
um sonho realizado. Só
quem cá está é que sabe”,
vincou.
Já Vânia Neves, nada-
dora de águas abertas, não
se mostrou incomodada
com a poluição presente nas
águas brasileiras.
“As minhas expectativas são as melhores,
vou estar entre as melhores do mundo e espero que corra tudo bem.
Duvido que a água seja
tão poluída, mas são coisas que não podemos
controlar. Quero acabar
a prova com a sensação
que tudo correu bem. Temos de ter noção da realidade que está a acontecer”, disse.
Partiram também
do aeroporto de Lisboa
vários canoístas, entre
eles os Emanuel Silva e
Fernando Pimenta, medalhas de prata em Londres2012, enquanto do aeroporto de Sá Carneiro, no
Porto, partiram as atletas
Dulce Félix e Vanessa
Fernandes.
Rio2016:
Gastão Elias e João Sousa eliminados
na segunda ronda de pares
Os tenistas portugueses João Sousa e Gastão
Elias foram segunda-feira eliminados na segunda ronda do torneio de pares dos Jogos Olímpicos Rio2016,
ao perderem com os canadianos Vasek Pospisil e Daniel
Nestor.
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GOLO | GOAL
Rio2016: Canoístas portugueses apontam às finais para
depois lutar por medalhas
Os canoístas Emanuel
Silva, Fernando Pimenta e
João Ribeiro partiram quarta-feira para o Rio de Janeiro com a ambição de continuar o trabalho feito em
Londres2012, apontando às
finais, mas com o sonho na
conquista de medalhas
olímpicas.
“Não existe responsabilidade. Temos provado ao
longo dos anos que estamos
numa boa ‘maré’ e temos de
acreditar que os resultados
podem continuar, não vamos sentir pressão, porque
fazemos o que mais gostamos, acreditar que é possível lutar pelos lugares da
frente, vamos ser realistas.
Os resultados falam por si e
temos de dar o nosso melhor”, afirmou Emanuel Silva, no Aeroporto Humberto
Delgado, em Lisboa.
Emanuel Silva já não
vai participar com Fernando
Pimenta na prova de K2
1000 metros, onde, em
2012, em Londres, conseguiu a medalha de prata,
tendo agora como parceiro
João Ribeiro, que se vai
estrear nos Jogos Olímpicos, algo que considera ser
possível.
É uma vantagem [fazer
par
com
João
Rodrigues]. Ele tem experiência em Campeonatos do
Mundo e da Europa, vai ser
novidade nos Jogos e isso
só ajuda, pois vai ser
motivador, vai haver auto
superação, como aconteceu
em Londres comigo e com
o Fernando Pimenta. Vou
tentar ajudá-lo para que dê
o melhor e que ele seja bom
atleta como é”, sublinhou.
O canoísta não escon-
deu a vontade de conquistar uma medalha no
Rio2016: “ Sonho todos os
dias com uma medalha
olímpica, não posso dizer
que não sonho com isso, se
não, não tinha lógica eu
ausentar-me de casa 100
dias no ano. Sonhamos com
medalhas, mas com os pés
assentes na terra. Já ganhámos e perdemos por 100
milésimos. Eu e o João
Rodrigues estamos na calha, chegando à final podem contar que nós vamos
lá para ganhar”.
Quanto a Fernando
Pimenta, que vai competir
em K1 e em K4, aí tendo
Emanuel Silva como um
dos colegas, vincou que se
pode esperar o melhor da
sua prestação.
“Pode-se esperar o
melhor de sempre. A pre-
paração foi muito bem feita, treinei mais e melhor do
que nunca, dei o meu melhor para a minha preparação e agora é esperar que
tudo aconteça naturalmente, alcançar as finais e aí
voltamos todos à linha da
partida”, afirmou o atleta
de Ponte de Lima.
Fernando Pimenta sublinhou que o nível de
canoagem está muito alto,
mas ainda assim deixou claro que trabalha para conquistar medalhas.
“Cada prova é uma
prova, o nível de canoagem
está muito alto, a canoagem
é feita de pormenores e espero que caíam para nosso
favor, para termos bons resultados. A final é um grande objectivo, mas trabalhamos para medalhas, vamos
dar o melhor, esperamos re-
presentar e orgulhar todos
os portugueses”, disse.
Pensando em medalhas, Pimenta deixou um
elogio a Telma Monteiro,
destacando a superação da
judoca, que lhe valeu a medalha de bronze no Rio de
Janeiro, em -57 kg.
“Foi muito gratificante
ver a Telma a conseguir a
medalha, uma atleta que foi
criticada e é muito bom ver
que os atletas se conseguem
superar. Procuramos inspiração nos outros, temos de
nos apoiar com a equipa portuguesa. Somos 92 atletas, somos uma delegação mais pequena que outras potências,
conseguimos estar muito mais
unidos”, concluiu.
Já João Ribeiro, que
se estreia em Jogos Olímpicos, competindo em K2 com
Emanuel Silva e em K4, dis-
se estar motivado para alcançar um bom resultado.
“Temos valor, temos
ambição, temos de estar nos
nossos dias e fazer aquilo
que mais bem sabemos fazer. O Emanuel tem experiência de Jogos Olímpicos,
juntamos a experiência à
minha primeira participação. Vou motivado para fazer um grande resultado”,
destacou.
Para
além
dos
canoístas, partiram também
do aeroporto de Lisboa os
marchadores
Ana
Cabecinha, Pedro Isidro e
Miguel Carvalho, a nadadora de águas abertas Vânia Neves.
Já do aeroporto de Sá
Carneiro, no Porto, partiram as atletas Dulce Félix e
Vanessa Fernandes.
Qualidade do ataque benfiquista valeu primeira
conquista da época
A maior frieza e experiência dos avançados do
Benfica valeram domingo a
conquista
da
sexta
Supertaça Cândido de Oliveira de futebol, com uma
vitória por 3-0 sobre o
Sporting de Braga, que ‘só’
falhou no capítulo da pontaria.
À justeza do desfecho
no Estádio Municipal de
Aveiro, os minhotos apenas podem contra-argumentar com uma série de oportunidades falhadas quando
o resultado se encontrava
apenas em 1-0 (golo de
Cervi aos 10 minutos), até
ao restantes tentos dos ‘encarnados’ (Jonas, 75, e
Pizzi, 90+2).
Não se pense, no entanto, que o tricampeão nacional teve 100 por cento
de eficácia, antes pelo contrário, pois também dispôs
de várias oportunidades e,
durante grande parte do
tempo, manteve um controlo em modo ofensivo bas-
tante consistente.
A equipa de Rui Vitória, sem Eliseu (chegou
mais tarde à preparação da
época), Ederson, Jardel e
André
Almeida
(lesionados), contou, na
defesa, com o guarda-redes
Júlio César, Luisão e
Lindelof a centrais,
Grimaldo e Nelson Semedo
nas laterais.
Daí para a frente, nota
para a titularidade dos reforços André Horta (ex-Vitória de Setúbal) e Cervi
(ex-Rosário Central), a
meio-campo, e uma combinação de tricampeões nacionais, num 4x4x2 com a
dupla de avançados Jonas e
Mitroglou, apoiada ainda
por Fejsa e Pizzi.
Os bracarenses, por
sua vez, apresentaram um
‘onze’ exclusivamente
composto por jogadores
que transitaram da época
anterior, com destaque para
o campeão europeu Rafa e
o francês Boly, que nos úl-
Rio2016:
Kristin Armstrong sagra-se
tricampeã de contra-relógio
A ciclista norte-americana Kristin Armstrong
sagrou-se quarta-feira tricampeã olímpica de contrarelógio, nos Jogos Rio2016.
Na véspera de celebrar o 43.º aniversário,
Armstrong, também campeã em Pequim2008 e Londres2012, superou a russa Olga Zabelinskaya, medalha de prata, e a holandesa Anna van der Breggen,
bronze.
A mais velha campeã olímpica de ciclismo foi a
mais rápida a completar um traçado de 29,7 quilómetros, bastante escorregadio devido à chuva que caiu
durante toda a prova.
Força Selecção
Força Selecção
timos dias têm sido alvo de
grande especulação quanto
às suas possíveis transferências.
Quem melhor apro-
veitou o nervo inicial foi o
argentino Franco Cervi, aos
10 minutos, que entrou em
velocidade pelo lado esquerdo e, depois de tirar
dois adversários do caminho, rematou sem hipóteses para Marafona.
Aos 15, Nelson
Semedo rematou de fora da
área e a bola tabelou num
defesa e na trave, quase traindo o guardião minhoto,
aproveitando
algum
desnorte bracarense, remetido à sua intermediária graças à pressão ‘encarnada’.
O Sporting de Braga
só respondeu aos 23 minutos, quando Pedro Santos
‘investiu’ sozinho e rematou da zona frontal, contrariado por uma defesa apertada de Júlio César, e aos
38, quando Rafa falhou o
remate de primeira, no bico
da pequena área, após cruzamento da esquerda.
A primeira parte terminou com os bracarenses
mais afoitos e o Benfica
bem mais atrás, no que apenas resultou um remate potente de Marcelo Goiano, a
dois minutos do intervalo,
para nova intervenção aplicada de Júlio César.
Já no segundo período, a primeira oportunidade de golo pertenceu ao
Sporting de Braga (51), mas
Pedro Tiba chegou uns centímetros atrasado ao cruzamento de Rafa.
Jonas respondeu cinco minutos depois, com um
remate da zona frontal, após
boa jogada de Cervi pela
esquerda, mas a bola foi travada por André Pinto, o que
repetiu pouco depois, mas
com Boly no caminho.
José Peseiro foi o primeiro a mexer (64), fazendo entrar Wilson Eduardo
para a vez de Pedro Tiba, o
que antecedeu nova oportunidade para os minhotos,
mas Júlio César saiu-se bem
aos pés de Rafa.
Aos 68, Mitroglou deu
o lugar a Raul Jiménez, pelo
Benfica,
enquanto
Stojiljkovic foi substituído
por Hassan: tudo apostas
ofensivas.
No lance imediato,
Rafa, depois de ter passado
por Júlio César e com a baliza à mercê, rematou à
malha lateral.
A um quarto de hora
do final, e depois de uma
fase de enorme poderio
minhoto, Jonas escapou à
marcação e recebeu um passe milimétrico de Pizzi para
fazer o segundo golo da
partida.
Mauro, Baiano e Rafa
ainda tentaram o sucesso
mais algumas vezes, mas a
bola saiu sempre um pouco
mais ao lado do que o pretendido ou parou nas mãos
de Júlio César.
Dois minutos depois
do período regulamentar, e
já com os bracarenses
completamente inclinados
para o ataque, Pizzi fez um
‘chapéu’ a Marafona e a
vários defesas adversários,
‘selando’ o desfecho.
Laurent Depoitre não pode defrontar a
Roma e FC Porto vai substituí-lo na UEFA
O FC Porto revelou
terça-feira que vai substituir o avançado Laurent
Depoitre na lista de futebolistas enviada à UEFA
para o ‘play-off’ de acesso
à Liga dos Campeões de
futebol, uma vez que o belga não poderá defrontar a
Roma.
“Face a diferentes interpretações regulamentares, especialmente no que
diz respeito à interacção
entre Liga dos Campeões e
Liga Europa, o FC Porto
pediu esclarecimentos sobre a elegibilidade do atleta para o ‘play-off’ da Liga
dos Campeões”, explicam
os ‘azuis e brancos’, em
curto comunicado.
O FC Porto esclarece
que “por mera cautela” entendeu incluir o ex-avançado dos belgas do Gent na
lista provisória enviada à
UEFA dentro do prazo, que
terminou terça-feira, porém
a resposta da UEFA não está
de acordo com o seu entendimento.
“Tendo-se chegado à
conclusão da impossibilidade da sua utilização, o
jogador será substituído
dentro do prazo previsto”,
assume o FC Porto, que
relembra a duração do contrato, de quatro anos.
Um futebolista não
pode jogar por dois clubes
nas competições europeias
da mesma época, exceptuando as pré-eliminatórias,
em que um atleta pode competir até ao ‘play-off’ por
um clube e disputar a fase
de grupos por outro.
O reforço portista já
representou esta época o
Gent numa pré-eliminatória da Liga Europa frente
aos romenos do Viitorul
Constanta, pelo que agora
só poderá representar os
portuenses numa fase de
grupos.
Face a este impedimento, André Silva surge,
para já, como o único ponta-de-lança disponível para
atacar um dos principais
objectivos da época, a presença na fase de grupos da
‘liga milionária’, uma vez
que o Aboubakar nem sequer foi inscrito, já que estará de saída, não tendo entrado nos planos do treinador Nuno Espírito Santo.
Os ‘dragões’, terceiros classificados no último
campeonato, começam por
receber os italianos, a 16 ou
17 de Agosto, com a segunda mão marcada para 23 e
24 de Agosto.
12 de Agosto de 2016
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‘Grandes’ tentam assumir-se desde a primeira
jornada da I Liga de futebol
Os três ‘grandes vão tentar assumir-se desde a primeira jornada da I Liga portuguesa de futebol, em que o
tricampeão Benfica visita o Tondela, o FC Porto o Rio
Ave e o Sporting recebe o Marítimo.
Os ‘encarnados’ têm teoricamente a tarefa mais acessível, por defrontarem uma equipa que se salvou à última
hora da descida e por já terem vencido a Supertaça Cândido Oliveira, diante do Sporting de Braga (3-0), mas
deparando-se com um adversário potencialmente motivado por finalmente receber um ‘grande’ na sua casa.
Depois de ter defrontado os ‘grandes’ em Aveiro, na
estreia no principal escalão, o Tondela procedeu à
requalificação do Estádio João Cardoso e apresentou-o
como ‘palco’ para o jogo com o Benfica, apesar de o
relvado não aparentar estar nas melhores condições.
A formação de Rui Vitória deve apresentar um ‘onze’
semelhante ao utilizado na Supertaça, com Luisão no
lugar do lesionado Jardel, André Horta no do agora
‘bávaro’ Renato Sanches e Cervi no do ‘colchonero’
Gaitán, perante um dos vários pretendentes à permanência na I Liga.
Mais complicada poderá ser a missão do renovado
FC Porto no terreno do Rio Ave, no reencontro do técnico
Benfica, que procura
histórico ‘tetra’,
Sporting e FC Porto são
os candidatos
Continuação da pág. 1
goleador do clube, vindo da equipa B.
A razoável distância, mais como claro ‘quarto grande’, vem o Sporting de Braga. No domingo, foi impotente
para travar o Benfica, na Supertaça, e no campeonato não
se deve intrometer na luta do título.
Os pupilos de José Peseiro (rendeu Paulo Fonseca,
que foi para a Ucrânia) esperarão por um eventual ‘colapso’ dos primeiros, para regressar a Liga dos Campeões. Se
não for o caso, será grande ‘escândalo’ se não se mantiverem na zona da Liga Europa.
Primeiro adversário do FC Porto na I Liga, o Rio
Ave bateu-se bem nas pré-eliminatórias da Liga Europa,
ao ser eliminado, com dois empates, pelo Slavia de Praga.
A equipa de Nuno Capucho volta a assumir-se como um
candidato europeu.
O mesmo se pode dizer do Arouca, do carismático
Lito Vidigal, que passou uma ronda prévia da Liga Europa
(afastou o Heracles, da Holanda), na sua estreia europeia
e do que se quer consolidação na Liga de um clube que
ainda há 10 anos estava nos distritais.
Os históricos’ Belenenses, Vitória de Guimarães e
os dois clubes da Madeira, Nacional e Marítimo, serão
muito provavelmente os outros candidatos europeus, numa
Liga que ‘saúda’ o regresso de duas equipas que já andaram pela primeira divisão – Desportivo de Chaves e
Feirense.
‘azul e branco’ com os vila-condenses, agora treinados
pelo ex-‘dragão’ Nuno Capucho.
O jogo de inauguração da I Liga, marcado para
hoje (sexta-feira), vai servir de ‘ensaio’ para o FC
Porto, que começa a meio da semana a disputar a presença na fase de grupos da Liga dos Campeões, frente à
Roma, podendo também servir de redenção para o Rio
Ave, após o afastamento diante do Slavia Praga na
terceira pré-eliminatória da Liga Europa.
Também o vice-campeão Sporting poderá ter uma
tarefa árdua diante do Marítimo, agora orientado por
Paulo César Gusmão, uma vez que praticamente não
conta com avançados, devido ao castigo do argelino
Slimani e à lesão de Spalvis.
Para domingo está agendado o embate entre os
‘grandes’ do Minho, Vitória de Guimarães e Sporting
de Braga, no domingo, no Estádio Afonso Henriques,
onde Pedro Martins vai estrear-se oficialmente no banco vimaranense.
Destaque ainda para a visita do ‘europeu’ Arouca
ao terreno do Boavista, antes de iniciar a ‘luta’ pela
presença na fase de grupos frente aos gregos do
Olympiacos, depois de terem superado na estreia na
competição continental diante dos holandeses do
Heracles.
I Liga, 1.ª jornada:
- Sexta-feira, 12 Ago:
Rio Ave – FC Porto, 20:30 (SportTV1)
- Sábado, 13 Ago:
Moreirense – Paços de Ferreira, 16:00 (SportTV1)
Sporting – Marítimo, 18:15 (SportTV1)
Tondela – Benfica, 20:30 (SportTV1)
- Domingo, 14 Ago:
Boavista – Arouca, 16:00 (SportTV2)
Nacional – Desportivo de Chaves, 16 (SportTV1)
Vitória de Setúbal – Belenenses, 18:00 (SportTV1)
Vitória de Guimarães – Sporting de Braga, 20:15
(SportTV1)
- Segunda-feira, 15 Ago 2016
Estoril-Praia - Feirense, 20:00 (SportTV1)
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12 de Agosto de 2016
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Rui Vinhas venceu primeira vez a Volta a Portugal em bicicleta
O português Rui Vinhas venceu domingo pela
primeira vez a Volta a Portugal em bicicleta, após a
décima e última etapa, um
contra-relógio entre Vila
Franca de Xira e Lisboa,
ganho pelo seu colega espanhol Gustavo Veloso.
Portador da camisola
amarela desde a terceira
etapa, Vinhas, de 29 anos,
partiu para os 32 quilómetros finais com 2.25 minutos de vantagem sobre o
galego e conseguiu gerir a
vantagem sobre o vencedor
das duas últimas edições,
terminando o ‘crono’ em
quarto, a 54 segundos do
galego. O espanhol Raúl
Alarcón (W52-FC Porto), a
47 segundos, e Daniel Silva
(Rádio
PopularBoavista), a 50, foram segundo e terceiro na etapa.
Rui Vinhas, primeiro
português a vencer a Volta
a Portugal desde o triunfo
do agora seu companheiro
de equipa Ricardo Mestre
em 2011, ofereceu a quarta
vitória seguida à equipa de
Sobrado, Valongo, e foi
acompanhado no pódio por
Gustavo Veloso e por
Daniel Silva (Rádio Popular-Boavista).
Também ele natural
de Sobrado, Rui Vinhas é
um inesperado vencedor da
78.ª edição da Volta a Portugal, uma vez que a aposta
assumida de início pela
Incêndios: Sporting vai recolher
alimentos para bombeiros na
recepção ao Marítimo
O Sporting anunciou quarta-feira a organização
de uma recolha de alimentos em solidariedade com os
bombeiros portugueses, no sábado, por ocasião da
recepção ao Marítimo, da primeira jornada da I Liga
de futebol.
“O Sporting Clube de Portugal vai promover uma
acção de ajuda aos bombeiros, os heróis de Portugal.
No próximo dia 13 de Agosto, aproveitando a realização do jogo Sporting – Marítimo, no Estádio José
Alvalade, não fiques em casa e traz água, barras de
cereais, fruta fresca e leite para entregar aos voluntários que estarão junto aos torniquetes”, lê-se no
Facebook dos ‘leões’.
O vice-campeão Sporting estreia-se na I Liga
frente ao Marítimo no sábado, às 18:15.
O presidente da Mesa da Assembleia-Geral do
Sporting, Jaime Marta Soares, é também presidente da
Liga dos Bombeiros Portugueses.
***
Incêndios: Leonardo Jardim
expressa apoio aos afectados
em Portugal
O treinador de futebol do Mónaco, Leonardo
Jardim, expressou quarta-feira o seu apoio a todos os
afectados por incêndios no território português, durante uma conferência de imprensa do clube da Liga
francesa.
“O meu pensamento está com todas as pessoas
atingidas pelos incêndios na Madeira e em Portugal
Continental. Quero mostrar-lhes o meu apoio”, referiu
o técnico natural de Barcelona, na Venezuela, mas que
cresceu na ilha da Madeira.
O treinador iniciou a sua carreira em solo
madeirense, no Camacha, antes de orientar clubes
como Desportivo de Chaves, Beira-Mar, Sporting de
Braga, Olympiacos, Sporting e, actualmente, o Mónaco.
A Madeira tem sido assolada por vários incêndios desde segunda-feira que provocaram três mortos no
Funchal, centenas de desalojados, dezenas de casas
destruídas e avultados danos materiais.
***
Rio2016: Phelps ajuda estafeta
norte-americana nos 4x200
metros livres e conquista 21.º ouro
O nadador Michael Phelps alargou para 21 as
medalhas de ouro em Jogos Olímpicos, ao integrar a
estafeta norte-americana vencedora da prova dos 4x200
metros livres do Rio2016.
Phelps, que cerca de uma hora antes tinha alcançado nova vitória na final de 200 metros mariposa,
conduziu os Estados Unidos à vitória, com o tempo de
7.00,66 minutos, numa equipa composta ainda por
Conor Dwyer, Townley Haas e Ryan Lochte.
A Grã-Bretanha assegurou a medalha de prata,
enquanto a de bronze foi para o Japão.
equipa, este ano associada
ao FC Porto, era a terceira
vitória seguida de Gustavo
Veloso, que procurava igualar o feito de Joaquim Agos-
liderança e acabou por penalizar Gustavo Veloso.
Sem vencer qualquer etapa, o português capitalizou
a vantagem alcançada em
etapas-chave, ou seja, a chegada à Senhora da Graça
(4.ª), a tirada da Serra da
Estrela (6.ª) e o contra-relógio final, mas o tempo
A equipa W52/FC Porto festeja no pódio a vitória de Rui Vinhas e por equipas
na 78a da Volta a Portugal em bicicleta, depois da 10a e última etapa
tinho (1970, 1971 e 1972) e
do compatriota David
Blanco (2008, 2009 e
2010).
Uma fuga consentida
pelo pelotão na terceira etapa conduziu Rui Vinhas à
Macedo de Cavaleiros e
geriu-a diariamente, sem
fraquejar nos momentos
mais difíceis.
Veloso confirmou que
era o corredor mais forte
do pelotão, com vitórias nas
perdido na terceira etapa foi
irrecuperável.
Vinhas completou os
1.608,7 quilómetros da Volta a Portugal em 40:57.66
horas, com 1.31 minutos de
vantagem sobre Veloso,
enquanto Daniel Silva, que
alcançou a sua melhor classificação de sempre, terminou a 2.49.
O corredor da W52FC Porto é apenas o terceiro português a vencer no
século XXI, depois do êxito de Nuno Ribeiro, seu actual director desportivo, em
2003, e de Ricardo Mestre
em 2011, numa prova que
tem sido amplamente dominada por galegos: David
Blanco (2006, 2008, 2009,
2010, 2012), Alejandro
Marque (2013) e Gustavo
Veloso (2014 e 2015).
Para Veloso ficou a
consolação da camisola
verde, a da classificação
por pontos, enquanto o colombiano Wilson Diaz
(Funvic Soul Cycles) terminou vestido de azul, símbolo de ‘rei’ da montanha,
e o russo Alexander
Vdovin, 26.º da geral, foi o
melhor jovem.
Com três corredores
entre os quatro primeiros
da geral - Vinhas, Veloso e
Raúl Alarcón, que terminou em quarto -, a W52-FC
Porto ganhou a classificação por equipas pelo terceiro ano seguido.
Rio2016:
Portugal ‘de poupança’ cede
empate com Argélia
Portugal jogou quarta-feira em Belo Horizonte
contra a Argélia já virtualmente apurado para os quartos de final do torneio olímpico do Rio2016 e fez por
‘poupar esforços’ no empate 1-1 com os magrebinos.
Vindos de duas vitórias e de duas derrotas no
Grupo D, respectivamente,
Portugal e Argélia já sabiam que qualquer que fosse
o resultado isso não ia influenciar muito a classificação, o que acabou por
manifestamente se reflectir
na qualidade do jogo.
Com dois triunfos e
um empate, Portugal ganha
o agrupamento e agora espera pelo adversário de sábado em Brasília, o segundo do Grupo C, que pode
ser o México (campeão em
título), a Coreia do Sul ou
ainda a Alemanha.
Rui Jorge, depois de
ter assegurado a meta de
passagem aos ‘quartos’ logo
ao segundo jogo, não contou neste dia com Tobias
Figueiredo e Sérgio Oliveira, suspensos por um jogo,
e decidiu ‘poupar’ Fernando
Fonseca, André Martins,
Bruno Fernandes e Salvador Agra. Com o decorrer
do jogo, começou nas substituições por tirar Ricardo
Esgaio, já advertido, que
assim também não arriscou
a presença nos ‘quartos’.
Em contrapartida,
premiou Pité com a
titularidade, após ter sido
suplente utilizado com ren-
dimento bem positivo, colocando também em campo
Ilori, Francisco Ramos,
Paulo Henrique, Tiago Silva e Carlos Mané.
Para Belo Horizonte
nem sequer foram todos os
jogadores - o banco de suplentes esteve com cinco,
uma situação que curiosamente até foi suplantada pela
Argélia, com dois suplentes
e só uma troca no jogo.
A formação das ‘quinas’ começou melhor e justificou a vantagem, mas depois o empate argelino também foi perfeitamente justo, com um excelente golo,
antes de uma segunda parte
mais do que entediante, com
ambas as formações a cumprirem pura e simplesmente calendário.
Portugal teve mais
posse de bola (59%), enquanto a Argélia acabou por
ser um pouco mais incisiva
nos ataques (5-0) em rema-
tes à baliza, sendo manifesto em ambos que faltava
grandes motivação neste
jogo em Belo Horizonte.
Valeu aos ‘lusos’, no
evitar a derrota, as boas intervenções do guarda-redes
Bruno Varela e o erro de
avaliação do árbitro norteamericano (que apita habitualmente no campeonato
neozelandês), que assinalou
mal a grande penalidade que
Gonçalo Paciência converteu.
O
guarda-redes
Methazem acabou por entrar em contacto com Carlos
Mané, na defesa de um lance de perigo, e o português
caiu no relvado, com o árbitro a apitar para penálti.
Gonçalo Paciência,
que tinha servido Mané para
a jogada da alegada falta,
marcou o castigo, e assim
‘factura’ em três jogos consecutivos dos Jogos Olímpicos - iguala Vítor Silva
na campanha de 1928 - e
em sete em todas as provas.
Com justiça, a Argélia empatou volvidos cinco
minutos, aos 30, numa execução
magnífica
de
Benkablia.
O argelino desembaraçou-se da pressão de
Tiago Ilori e depois rematou em arco sobre Bruno
Varela, fora do alcance do
guarda-redes português.
A Argélia, motivada,
ainda apoquentou mais algumas vezes a baliza portuguesa, sem sucesso.
Na segunda parte, enquanto os magrebinos, cansados e sem ‘banco’ desmoralizavam, Portugal refrescou bem a equipa, com
Salvador Agra e André
Martins, numa perspectiva
de contenção, o que foi
bem-sucedido.
Jogo no Estádio Governador Magalhães Pinto,
em Belo Horizonte.
Rio2016: Canoísta
Rio2016:
britânico Joseph Clark
Judoca japonesa Haruka
campeão de slalom em K1 Tachimoto campeã em -70 kg
O canoísta britânico Joseph
Clarke sagrou-se quarta-feira campeão olímpico de slalom em K1, ao
vencer a final dos Jogos Rio2016.
Terceiro nas meias-finais,
Clarke fez uma descida sem faltas
para conquistar o ouro e suceder ao
italiano Daniele Molmenti, campeão
em Londres2012, relegando o
esloveno Peter Kauzer para a medalha de prata e o checo Jiri Prskavec
para o bronze.
A judoca japonesa Haruka Tachimoto
sagrou-se quarta-feira campeã olímpica na
categoria de -70 kg ao vencer a final dos Jogos
Rio2016, dando a segunda medalha de ouro ao
Japão, berço e maior referência na modalidade.
Sétima em Londres2012, Tachimoto, de
26 anos, bateu por ‘ippon’ a colombiana Yuri
Alvear, que há quatro anos tinha conquistado
a medalha de bronze.
A britânica Sally Conway e a alemã Laura
Vargas ficaram com as medalhas de bronze.