Entrevista com António Mantas - Associação Nacional de Criadores

Transcrição

Entrevista com António Mantas - Associação Nacional de Criadores
avicultura em notícia
Janeiro | Fevereiro | Março 2005
SOCAMPESTRE
associação nacional de criadores de aves campestres
Modo de Produção Biológico
Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas
visita associados da Socampestre
Entrevista com António Mantas - Sativa
e Pedro Couceiro - desportista
nº 04
Janeiro | Fevereiro | Março 2005
avicultura em notícia
Janeiro | Fevereiro | Março 2005
SOCAMPESTRE
associação nacional de criadores de aves campestres
Sumário
nº 04
5 Editorial
Sector Avícola
6
8
14
15
17
O que é a Agricultura Biológica?
Modo de Produção Biológico (MPB) Aplicado a Frangos de Carne
MPB – Requisitos Específicos da Unidade de Produção
MPB – Importância da Água na Alimentação Animal
Inovação e Qualidade nos Produtos Avícolas Nacionais
Notícias do Sector
20 Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas visita
associados da Socampestre
24 Socampestre participa na Feira Terra Sã, Lisboa 2004
26 Socampestre em 2004
Legislação Nacional e Comunitária
29 Legislação Nacional / Legislação Comunitária
31 Especial Rastreabilidade
Entrevista com
34 António Mantas – Sativa – Entidade de controlo e certificação
de Agricultura Biológica
38 Pedro Couceiro – Um piloto "biológico"
Voz Rural
40 Valorizar as Pessoas e a nossa Terra
Agenda
42 Calendário de actividades e formação avícola 2005
Culinária
44 Receitas de Frango de Agricultura Biológica Interaves
Ficha Técnica
Propriedade: Socampestre – Associação Nacional de Criadores de Aves Campestres · Quinta da Venda – Marés, 2584-958 Abrigada Tel.: 263 798 008
Fax: 263 798 016 E-mail: [email protected] Direcção: Júlio Osório/Susana Vitorino Concepção: TerraDesign Design: Maria Helena Prata
Redacção: Carlos Leitão Fotografia: Nuno Saraiva Impressão: Riográfica Tiragem: 500 Depósito Legal: 224655/05
Editorial
O virar de mais um ano…
O fim de cada ano é sempre propício aos inevitáveis balanços.
Fazem-se contas. Pensam-se projectos, resumem-se ideias e vê-se o que correu melhor ou
pior. Tudo com o objectivo de melhorar, de inovar e desenvolver.
Nomeadamente, o sector avícola viveu acontecimentos e momentos importantes que
deixam adivinhar um futuro promissor e a Socampestre esteve lá e deu o seu contributo.
O projecto de Agricultura Biológica foi, sem dúvida, um marco de 2004 para o sector. Foi a
oportunidade para darmos a conhecer a Qualidade e Segurança Alimentar das nossas
produções e produtos que os consumidores agradecem. Este modo de produção constitui
o patamar mais elevado da produção avícola, que permite rentabilizar pequenas
explorações que deixaram de ser competitivas em produção convencional e proporcionar
ao consumidor um produto de elevada qualidade nutricional e sabor.
A juntar a esta boa notícia, a participação da Socampestre e da sua associada Interaves na
Feira Terra Sã Lisboa 2004 em Dezembro, decorreu com grande êxito. Foi divulgado e
promovido o Frango de Agricultura Biológica e o seu Modo de Produção, junto dos consumidores, parceiros de negócio e entidades oficiais.
A Assistência Técnica e Veterinária prestada junto dos associados torna-se cada vez mais
relevante na actividade da Socampestre. Simultaneamente, foram desenvolvidas inúmeras
acções que complementam o seu âmbito de actuação. O resumo da actividade da
Socampestre em 2004 evidencia a nossa aposta nos associados e a garantia de um futuro
sustentado.
O início de 2005 foi igualmente positivo, com a visita do Ministro da Agricultura, Pescas e
Florestas às explorações de Frango de Agricultura Biológica e Frango do Campo e a reunião
com a Direcção da Socampestre e seus associados. Tivemos a oportunidade de dar a conhecer, no terreno, a nossa actividade e debater os nossos projectos e principais preocupações.
Nesta edição reservámos espaço para as Entrevistas sobre Frango Biológico, visando duas
perspectivas: de Responsável pela certificação – Director Geral da SATIVA, António Mantas
– e de Consumidor – Desportista, Pedro Couceiro; para a divulgação do calendário de
Eventos Avícolas e relacionados, para o segundo trimestre de 2005 e deliciosas ideias de
Frango de Agricultura Biológica.
A equipa da Revista "Socampestre" deseja a todos os seus leitores e associados um
excelente 2005.
Júlio Osório
5
Sector Avícola
O que é a
Agricultura Biológica?
«A Agricultura Biológica é um sistema de produção holístico, que promove
e melhora a saúde do ecossistema agrícola, ao fomentar a biodiversidade,
os ciclos biológicos e a actividade biológica do solo. Privilegia o uso de
boas práticas de gestão da exploração agrícola, em lugar do recurso a
factores de produção externos, tendo em conta que os sistemas de
produção devem ser adaptados às condições regionais. Isto é conseguido,
sempre que possível, através do uso de métodos culturais, biológicos e
mecânicos em detrimento da utilização de materiais sintéticos.»
Codex Alimentarius Comission, FAO/WHO, 1999
A Agricultura Biológica, que assegura uma produção
de alimentos equilibrados, é o primeiro motor para o
surgimento duma nova geração de produtores e consumidores revigorada e revitalizada, que visa uma melhoria real das condições de vida humana e da sua qualidade. Questionamo-nos sobre o que é efectivamente
a Agricultura Biológica?
Segundo a AgroBio - Associação Portuguesa de Agricultura Biológica, a Agricultura Biológica caracterizase por possuir uma base:
possam resultar de práticas agrícolas;
Reciclar restos de origem vegetal ou animal de forma
a devolver nutrientes à terra, minimizando deste
modo o uso de recursos não-renováveis;
Depender de recursos renováveis em sistemas
agrícolas organizados a nível local. Assim, exclui a
quase totalidade dos produtos químicos de síntese
como adubos, pesticidas, reguladores de crescimento
e aditivos alimentares para animais.
Socialmente responsável
Ecológica
Baseia-se no funcionamento do ecossistema agrário e
recorre a práticas – como rotações culturais, adubos verdes, consociações, luta biológica contra pragas e doenças - que fomentam o seu equilíbrio e biodiversidade;
Baseia-se na interacção dinâmica entre o solo, as
plantas, os animais e os humanos, considerados como uma cadeia indissociável, em que cada elo afecta
os restantes.
Sustentável
Visa manter e melhorar a fertilidade do solo a longo
prazo, preservando os recursos naturais: solo, água e
ar e minimizar todas as formas de poluição que
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A Agricultura Biológica une os agricultores e os
consumidores na responsabilidade de:
Produzir alimentos e fibras de forma ambiental,
social e economicamente sã e sustentável;
Preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais;
Permitir aos agricultores uma melhor valorização das
suas produções e uma dignificação da sua profissão,
bem como a possibilidade de permanecerem nas
suas comunidades;
Garantir aos consumidores a possibilidade de escolherem consumir alimentos de produção biológica, sem
resíduos de pesticidas de síntese e, consequentemente, melhores para a saúde humana e para o ambiente.
Fonte: Agrobio
Sector Avícola
Modo de Produção Biológico
Aplicado a Frangos de Carne
É verdade que o Modo de Produção Biológico
(MPB) segue um caderno de especificações rigoroso,
no cumprimento do Regulamento (CEE) nº 2092/
91 modificado. Contudo, a interpretação deste regulamento poderá conduzir a um entendimento pouco
perceptível. É neste sentido, que seguem, de forma
sucinta, os princípios e requisitos gerais exigidos aos
Associados da Socampestre, que já avançaram para
este modo de produção, ou estão em vias de o fazer.
Esta informação, disponibilizada pela SATIVA – Organismo Privado de Controlo e Certificação, permitirá
aos nossos associados, cuja produção é feita em MPB,
esclarecem quaisquer questões que surjam. E porque
é da responsabilidade desta entidade de controlo e
certificação garantir o cumprimento destes requisitos,
cumpre a esta entidade proceder à avaliação dos
associados, com base nas visitas às unidades de
produção, como nos explica o Eng. António Mantas,
na entrevista dada à Revista Socampestre.
Princípios gerais
Não é permitida a produção sem terra.
No âmbito da produção animal, todos os animais de
uma mesma unidade de produção devem ser criados
de acordo com as regras do regulamento MPB.
É no entanto aceite a presença na exploração de
animais que não sejam criados em conformidade
com as disposições do presente regulamento, desde
que sejam criados numa unidade cujos edifícios e
parcelas estejam claramente separados da unidade
que produz segundo as regras do regulamento MPB
e desde que pertençam a uma espécie diferente.
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produção de carne, introduzidas na exploração antes
dos 3 dias de idade.
Origem dos animais
Quando o bando for constituído pela primeira vez,
e caso não exista uma quantidade suficiente de
animais criados segundo o modo de produção
biológico, poderão ser introduzidos numa unidade
pecuária que pratica a agricultura biológica animais
não criados segundo o modo de produção biológico, nas seguintes condições: pintos para a
produção de frangos de carne, desde que não
tenham mais de 3 dias.
Conversão
Alimentação
Dez semanas para as aves de capoeira destinadas à
Os animais devem ser alimentados com alimentos
Sector Avícola
produzidos segundo o modo de produção biológico.
É autorizada a incorporação de alimentos em
conversão na ração alimentar, em média, até um
máximo de 30% da fórmula alimentar. Quando tais
alimentos forem provenientes de uma unidade
dentro da própria exploração, esta percentagem
pode aumentar para 60%.
Em derrogação, durante um período transitório que
caduca em 24 de Agosto de 2005, é autorizada a
utilização de uma proporção limitada de alimentos
convencionais, caso o criador se encontre impossibilitado de obter alimentos produzidos exclusivamente segundo o modo de produção biológico. Estes
alimentos têm que obedecer às disposições específicas do Regulamento (não ser e não incluir matérias
primas geneticamente modificadas – OGM, todos os
constituintes têm de constar do Anexo II, não ter
antibióticos, coccidiostáticos, produtos medicinais,
promotores de crescimento ou outras substâncias
destinadas a estimular o crescimento ou a produção,
e sem a utilização de solventes químicos para a
obtenção das matérias primas).
A percentagem máxima autorizada, por ano, de
alimentos convencionais é de 20%. Esta percentagem será calculada anualmente como percentagem
da matéria seca dos alimentos de origem agrícola.
A percentagem máxima de alimentos convencionais
autorizada na ração diária, deve ser de 25%, calculada como percentagem da matéria seca.
Devem ser adicionadas à ração diária das aves de capoeira forragens grosseiras, frescas, secas ou ensiladas.
Profilaxia e assistência veterinária
A utilização de medicamentos veterinários no modo
de produção biológico deve obedecer aos seguintes
princípios:
a) Os produtos fitoterapêuticos, por exemplo, extractos (com exclusão dos antibióticos) e essências de
plantas e homeopáticos, por exemplo, substâncias
vegetais, animais ou minerais, os oligoelementos e os
produtos constantes da parte C, ponto 3, do Anexo II
deverão ser utilizados de preferência aos medicamentos veterinários alopáticos de síntese química ou
antibióticos, desde que os seus efeitos terapêuticos
sejam eficazes para a espécie animal e para o problema
a que o tratamento se destina;
b) Se a utilização dos produtos acima referidos não
se revelar eficaz, ou se for provável que o não seja,
para curar a doença ou a lesão, e se for essencial um
tratamento para evitar o sofrimento ou a aflição do
animal, poderão ser utilizados medicamentos veterinários alopáticos de síntese química ou antibióticos
sob a responsabilidade de um veterinário;
c) É proibida a utilização de medicamentos veterinários alopáticos de síntese química e de antibióticos
nos tratamentos preventivos.
Para além dos princípios acima enumerados, aplicar-se-ão as seguintes regras:
a) É proibida a utilização de substâncias para estimular o crescimento ou a produção (incluindo antibióticos, coccidiostáticos e outras substâncias artificiais indutoras de crescimento) e de hormonas ou
substâncias similares para controlar a ovulação ou
para outras finalidades. No entanto, é autorizada a
administração de hormonas como tratamento veterinário terapêutico a um animal determinado;
b) São autorizados os tratamentos veterinários dos
animais, bem como as desinfecções dos edifícios, do
equipamento e das instalações, obrigatórios ao abrigo
da legislação nacional ou comunitária, incluindo a
utilização de medicamentos veterinários imunológicos caso seja reconhecida a presença de uma doença
numa zona específica em que se situa a unidade de
produção.
Sempre que forem utilizados medicamentos veterinários, deve ficar claramente registado o tipo de
produto (incluindo a indicação das substâncias
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Sector Avícola
activas), juntamente com a indicação do diagnóstico, a posologia, do método de administração, da
duração do tratamento e do intervalo legal de segurança. Essas informações devem ser comunicadas à
autoridade ou organismo de controlo antes de os
animais ou produtos animais serem comercializados como provenientes do modo de produção biológico. Os animais tratados devem ser claramente
identificados, individualmente ou por lotes, no
caso das aves de capoeira.
Com excepção das vacinas e dos antiparasitários, assim
como de quaisquer planos de erradicação obrigatórios
implementados pelos Estados-Membros, se forem
administrados a um animal ou grupo de animais, mais
de dois ou um máximo de três tratamentos com
medicamentos veterinários alopáticos de síntese
química ou antibióticos no prazo de um ano (ou mais
de um tratamento se o seu ciclo de vida produtivo for
inferior a um ano), os animais em questão, ou os
produtos deles derivados, não poderão ser vendidos
sob a designação de produtos produzidos em conformidade com o presente regulamento, devendo os ani-
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mais ser submetidos aos períodos de conversão estabelecidos no ponto 2, sob reserva do acordo prévio da
autoridade ou organismo de controlo.
Práticas de gestão da produção, transporte
e identificação dos produtos animais
As intervenções em animais, tais como o corte de
bicos, não podem ser efectuadas sistematicamente na
agricultura biológica. Algumas destas operações
podem, no entanto, ser autorizadas pelo organismo
ou autoridade de controlo por razões de segurança,
ou caso se destinem a melhorar o estado sanitário, a
higiene ou o bem-estar dos animais. Essas operações
devem ser efectuadas na idade mais indicada por
pessoal qualificado e deve ser reduzido ao mínimo o
sofrimento dos animais.
A identificação dos animais e respectivos produtos será
assegurada em todas as fases da produção, preparação,
transporte e comercialização (rastreabilidade).
Estrume animal
A quantidade total de estrume animal, tal como
definido na Directiva 91/676/CEE, aplicada na
Sector Avícola
exploração não pode exceder 170kg de azoto/ano
/hectare de superfície agrícola utilizada, valor
previsto no Anexo III da mesma directiva. Se necessário, o encabeçamento total será diminuído de forma a não exceder esse limite.
As explorações que praticam a agricultura biológica
podem cooperar, exclusivamente, com outras explorações e empresas que cumprem o disposto no presente regulamento com vista ao espalhamento do
excedente de estrume animal proveniente do modo
de produção biológico. O limite máximo de 170kg
de azoto/ano/hectare de superfície agrícola utilizada proveniente de estrume animal será calculado
com base no total de unidades que praticam a agricultura biológica abrangidas por essa cooperação.
O equipamento destinado à armazenagem de estrume animal deve ter uma capacidade que permita
impedir a poluição das águas por descarga directa ou
por escorrimento superfícial e infiltração no solo.
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Áreas de movimentação livre e alojamento
As condições de alojamento dos animais devem
satisfazer as suas necessidades biológicas e etológicas
(por exemplo, necessidades comportamentais no
que se refere à liberdade de movimentos adequada e
ao conforto). Os animais devem ter acesso fácil aos
pontos de alimentação e abeberamento. O isolamento, o aquecimento e a ventilação do edifício devem assegurar que a circulação do ar, o nível de
poeiras, a temperatura, a humidade relativa do ar e a
concentração de gases se situem dentro de limites
que não sejam prejudiciais para os animais. Os edifícios devem permitir uma entrada de luz e uma
ventilação naturais suficientes.
As áreas de produção ao ar livre e de exercício ou de
movimentação ao ar livre devem, se necessário, proporcionar protecção suficiente contra a chuva, o
vento, o sol e temperaturas excessivas, segundo as
condições climáticas locais e a raça em questão.
As aves de capoeira devem ser criadas em condições
Sector Avícola
de liberdade de movimentos e não podem ser mantidas em gaiolas.
Os edifícios para aves de capoeira devem satisfazer as
seguintes condições mínimas:
Pelo menos um terço da superfície do solo deve ser
uma construção sólida, isto é, não ser ripada nem
engradada, e ser coberta de um material de cama do
tipo palha, aparas de madeira, areia ou turfa;
Devem possuir poleiros adaptados, em quantidade e
dimensões, à importância do grupo e ao tamanho
dos animais como previsto no Anexo VIII;
As instalações devem dispor de aberturas de entrada/saída com uma dimensão adequada às aves,
devendo essas aberturas ter um comprimento total
de pelo menos 4m por 100m2 de superfície das instalações de que as aves dispõem;
Cada uma das instalações para aves de capoeira não
deve conter mais de 4.800 frangos;
A área total utilizável das instalações destinadas às
aves de capoeira numa única unidade de produção
não deve exceder 1.600m2.
As aves de capoeira devem ter acesso a parques ao ar
livre quando as condições meteorológicas o permitam e, sempre que possível, devem ter acesso a essas
áreas durante pelo menos uma terça parte da sua
vida. Estes parques devem estar maioritariamente
cobertos de vegetação, dispor de equipamentos de
protecção e permitir aos animais o fácil acesso a
bebedouros e comedouros em número suficiente.
Por razões sanitárias, as instalações devem ser esvaziadas de animais entre dois períodos de criação de
aves de capoeira. Neste intervalo de tempo deve ser
feita a desinfecção do edifício e dos respectivos
acessórios. Além disso, no final do período de criação de cada grupo de aves de capoeira, os parques
devem ser desocupados para permitir que a vegetação torne a crescer e por razões sanitárias.
Número máximo de animais por hectare: 580
Área interior (superfície líquida disponível para os
animais):
· Em alojamento fixo: número de animais/m2 - 10,
com um máximo de 21kg de PV/m2
· Em alojamento móvel (só para alojamentos móveis
com superfície não superior a 150m2 que permaneçam abertos durante a noite): número de animais/m2 - 16, com um máximo de 30kg de PV/m2
Área exterior (m2 de superfície disponível em
rotação/cabeça):
· Em alojamento fixo: 4m2 por frango (não pode ser
excedido o limite de 170kg N/ha/ano)
· Em alojamento móvel: 2,5m2 por frango (não pode
ser excedido o limite de 170kg N/ha/ano)
Idade de abate
A idade mínima de abate para os frangos de carne é
de 81 dias.
Sempre que a idade de abate seja superior a este
limite, devem os produtores, utilizar raças de crescimento lento.
Nota: não dispensa a consulta do Regulamento CEE 2092/91,
modificado.
Fonte: Sativa
Sector Avícola
Modo de Produção Biológico:
Requisitos específicos
da Unidade de Produção
De forma a garantir o sucesso do seu Projecto de Agricultura Biológica, ao criador associado cumpre garantir as seguintes exigências, para início da sua actividade
em modo de produção biológico:
• Estabelecer contrato de controlo e certificação,
com o Organismo Privado de Controlo e Certificação
(OPC), entidade oficialmente reconhecida.
• Notificar a actividade junto do Instituto de Desenvolvimento Rural e Hidráulica (IDRHa), por meio de
documento instituído.
Após estas diligências e de reunir todas as condições
e requisitos, dará início ao modo de produção biológico, ou se assim for necessário, ao período de conversão para o modo de produção biológico.
Visitas de controlo
O OPC, para além da visita anual completa, efectuará
uma visita específica baseada numa avaliação geral dos
riscos potenciais em matéria de não conformidade
com o Reg. (CEE) nº 2092/91, modificado. O OPC
dará especial atenção aos pontos críticos de controlo
evidenciados pelo criador, a fim de determinar se as
operações de vigilância e de verificação são devidamente efectuadas. Importa referir ainda que todos os
locais utilizados pelo criador para a sua actividade
poderão ser controlados com uma frequência relacionada com os riscos que lhes estão associados.
Engº. Júlio Osório
(Director Executivo da Socampestre)
Sector Avícola
Modo de Produção Biológico:
Importância da Água
na Alimentação Animal
A água é o princípio nutritivo mais importante para
a vida. A principal função da água é o transporte e a
solução de todo o tipo de substâncias, componentes
celulares (no sangue por exemplo) e moléculas. As
reacções que se dão no organismo, são de hidrólise
(só são possíveis em presença de água). O metabolismo, depende fundamentalmente da presença
de água e, os produtos do catabolismo, só podem ser
adequadamente eliminados se houver água para os
"arrastar" até aos respectivos órgãos de excreção (por
exemplo rins).
Também contribui para a manutenção da termorregulação (regulação da temperatura corporal) através da circulação sanguínea e transpiração.
Entra na constituição do corpo do animal em pelo
menos:
· Água
(65 %)
· Proteínas
(20 %)
· Açucares
(7 %)
· Lípidos
(5 %)
· Minerais
(3 %)
· Vitaminas (0,2 %)
· Consumo de alimentos em diferentes estados de
hidratação;
· Água resultante do metabolismo celular – pequenas
quantidades.
As principais formas, para o corpo obter água, são:
· Ingestão directa de água em estado líquido – maior
parte;
A utilização da água deve ter em conta não só a
racionalidade do uso dos recursos hídricos mas
também o facto de esta poder ser um meio de trans-
Auto-tanque ligado a bebedouros, que pode ser
mudado para diferentes parcelas.
A ingestão de água varia de animal para animal, com
as condições ambientais e com a disponibilidade e
qualidade da própria água. Podem ser consideradas
duas formas mais comuns de fornecimento de água
de bebida aos animais:
· Abeberamento directo em charcos, rios, riachos e
barragens;
· Fornecimento de água em bebedouros.
A qualidade da água fornecida por estas formas, varia
e influencia a saúde do animal, o que determina a
qualidade dos produtos obtidos na exploração em
questão.
Cuidados a ter na utilização da água de
bebida para os animais
Auto-tanque ligado com bebedouros anexos, que
pode ser mudado para diferentes parcelas.
Depósito de água situado em local mais elevado
da exploração.
15
Sector Avícola
A.
Bebedouros distribuídos por diferentes zonas da
exploração e abastecidos através de água
canalizada.
Comparação entre dois bebedouros do mesmo fabrico em que um carece de limpeza e a água está em
mau estado (A) e outro se apresenta em bom estado de limpeza e com água limpa (B).
missão de muitas patologias, cujos agentes podem ser
por esta veiculados.
Os sais nitrogenados que se podem encontrar na
terra como consequência de adubações descontroladas como é o caso do uso abusivo de ureia na
fertilização dos solos em agricultura intensiva, embora na agricultura biológica não se usem, deve-se ter
atenção em virtude de poder existir uma exploração
vizinha em que tal prática se aplique. Porém, na
exploração que pratica o Modo de Produção Biológico, deverá ser respeitado o limite máximo de nitrogénio de 170Kg /ha/ano e, deverá ser feita uma boa
compostagem. Será também importante o cumprimento de um plano de espalhamento de estrume
pela área para a sua eficiente distribuição. Uma
exploração que se encontre numa zona mais baixa
de um terreno declinado e que na zona mais alta se
localiza uma exploração convencional que pratique
adubações com adubos químicos de síntese, poderá
correr o risco de ter as suas fontes de água contaminadas por arrastamento da exploração convencional para a exploração biológica.
O uso de águas estagnadas como é o caso dos charcos, em que os animais têm acesso directo, representa um risco para a saúde dos animais porque é um
meio de disseminação de enfermidades porquanto
os animais ao entrarem nos charcos não só bebem
como também libertam os seus excrementos líquidos
e sólidos (bosta e urina) fechando o ciclo dos parasi-
16
B.
tas e aumentado a probabilidade de propagação de
outros agentes causadores de doenças. Além disso,
estes locais são usados pelos animais selvagens para
beber água e transmitindo deste modo doenças
próprias destas espécies mas que podem ser
transmitidas aos animais domésticos.
Existem várias alternativas aos charcos para o fornecimento de água de qualidade aos animais como seja
os auto-tanques, reservas em depósitos e barragens
com canalização para os bebedouros.
Nestes casos a água é canalizada e, por gravidade
abastece os bebedouros localizados em zonas mais
baixas de diferentes locais da exploração.
Entretanto, será de todo conveniente que no uso dos
bebedouros se tenha sempre em atenção a qualidade
da água utilizada e o estado de higiene dos bebedouros sob pena de estes se transformarem em factores
de propagação de doenças e parasitas. Em relação à
qualidade da água, é aconselhável fazer periodicamente análises de água que se usa na exploração para o abeberamento dos animais.
Lázaro Simbine
Médico Veterinário
AGROBIO – Associação Portuguesa de Agricultura Biológica
Telefone: 213641354; Fax: 213623585; [email protected]
Sector Avícola
Inovação e Qualidade
nos Produtos Avícolas
Nacionais
A Interaves concretizou em 2004 o seu projecto de Agricultura
Biológica iniciado dois anos antes. Esta iniciativa de Inovação e
Desenvolvimento de Produto resulta da forte aposta da
empresa, associada da Socampestre, num produto que visa
responder a novos estilos de consumo, que privilegiam o bemestar, a qualidade e segurança alimentares.
Com a aposta clara num conceito de Inovação e
Renovação, a Interaves lançou a 26 de Outubro de
2004, o Frango de Agricultura Biológica Interaves.
Disponível numa gama variada, desde inteiro a derivados, este produto resulta de um modo de produção agrícola que respeita profundamente o meio ambiente e a biodiversidade.
Um dos aspectos mais marcantes deste produto é a
Qualidade, não apenas no que respeita ao cumprimento dos requisitos técnicos e produtivos ao longo
da fileira produtiva (desde a produção até à comercialização), garantidos pela Socampestre e pela Interaves, como num aumento de benefícios para o
consumidor, mais saudáveis. Esta novidade é vista no
mercado como um grande sucesso de vendas, visto
que o consumidor reconhece o produto e a reciprocidade para as suas necessidades, valorizando-o e estando, por isso, disposto a pagar um pouco mais.
A Interaves, responsável pelo Abate, Transformação e
Comercialização de diversos produtos alimentares de
origem animal, nos quais estão incluídos os de
origem biológica, considera fundamental para o sucesso dos produtos avícolas no mercado nacional e
internacional, a total transparência nos processos
produtivos e o controlo integral da fileira produtiva,
pois vê o seu cliente e consumidor como um agente
cada vez mais exigente e conhecedor das características dos produtos alimentares.
Neste sentido, o trabalho conjunto entre os criadores
e transformadores torna-se indispensável para o
desenvolvimento técnico e económico dos agentes
envolvidos, pelo que continuaremos a implementar
as boas práticas de gestão e de parceria entre a Interaves e a Socampestre, junto dos seus associados.
Adicionalmente, e para posicionarmos os nossos produtos como principal preferência dos consumidores,
no mercado interno e nas comunidades portuguesas
no estrangeiro, consideramos a Comunicação outro
factor crítico de sucesso. Para o efeito, e atendendo ao
trabalho positivo realizado nesta área, em 2004, na
17
Sector Avícola
Frango de Agricultura Biológica Interaves
Para o consumidor que privilegia...
Bem-estar
Através de uma alimentação saudável,
rica em nutrientes e com garantia de
sabor e textura naturais, resultantes
do modo de produção biológico.
Qualidade e Segurança Alimentares
De alimentos de produção biológica
melhores para a saúde humana,
controlados rigorosamente ao longo
da fileira produtiva, certificados desde
a origem, e produzidos em espaços
exclusivos de agricultura biológica.
Interaves, foram definidas estratégias de marketing e
comunicação mais consolidadas, sustentadas por um
crescimento de 50% no investimento nesta área.
As perspectivas de evolução para este mercado são
favoráveis, não só pelo crescente incremento produtivo, como através do previsível aumento nas exportações destes produtos.
Porém, os complexos entraves ao desenvolvimento e
crescimento do sector inibem a inovação e a aposta
em novos produtos.
A este propósito, e tendo a Qualidade e Segurança
Alimentares como principais prioridades do sector,
compreende-se a necessidade de desbloquear situações como o do Frango de Agricultura Biológica
Interaves, cuja comercialização se depara com:
· Desconhecimento do consumidor, e do mercado
em geral, sobre as características e vantagens do
Modo de Produção Biológico, como resposta consciente e sustentada aos novos estilos de consumo que
privilegiam o bem estar, a qualidade e segurança alimentares;
· Interpretação pouco clara e confusa dos consumidores sobre a diferenciação das designações e
símbolos associados a diferentes modos de produção
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Ambiente
Com a preservação da biodiversidade
e dos recursos naturais assegurada
pela manutenção e melhoria na
fertilidade dos solos.
(fileiras de qualidade) e "falsos bios";
· Limitado apoio ao desenvolvimento de produtos de
modo de produção biológico, por parte das entidades públicas.
· Inexistência de Controlo vertical de toda a Fileira
por parte das Autoridades Oficiais, em cumprimento
com o dec. Lei 167/96.
· Ausência da Inter-profissionalização na Avicultura
Portuguesa, sendo mais importante nas produções
diferenciadas como são exemplo as Produções de
Frango Campestre e de Frango de Agricultura Biológica.
Susana Vitorino
(Assessora da Administração)
Sector Avícola
Associações de Agricultura Biológica
Arab – Associação Regional de
Agricultores Biológicos da Beira Interior
Quinta Pires Marques,
Lote 242, r/c Esq. Loja B
6000-412 Castelo Branco
Tel.: 272 325 727 Fax: 272 325 726
Acorpsor – Associação de Criadores
de Ovinos da Região de Ponte de Sor
Av. Da Liberdade, 115 – Apartado 51
7400-909 Ponte de Sor
Telef.: 242 291 220 Fax: 242 291 229
E-mail: [email protected]
Elipec – Agrupamento de Produtores
de Pecuária, S.A.
Av. De Badajoz, 3 – Apartado 234
7350-903 Elvas
Telef.: 268 629 354 Telem: 967 055 966
Fax: 268 621 173
E-mail: [email protected]
Agridin – Associação Profissional para o
Desenvolvimento da Agricultura Biológica
e Biodinâmica
Quinta do Carvalhal Lugar de Cerqueda
4890-022 Amoia
Telef.: 255 323 601; 255 322 154
Telem: 969 267 936
E-mail: [email protected]
Acriga – Associação de Criadores de Gado
e Agricultores
Largo da Cooperativa, Apartado 50
5340-279 Macedo de Cavaleiros
Telef.: 278 426 546 Telem: 966 910 989/
914 778 052 Fax: 278 426 547
E-mail: [email protected]
Associação de Agricultores Biológicos
Transmontanos
Rua Fonte do Paço, Edificio Maria da
Fonte, Escritório nº3
5340-268 Macedo de Cavalheiros
Tel.: 278 425 756 Telem: 914 913 256
Fax: 278 426 633 E-mail:
[email protected]
Agrobio – Associação Portuguesa de
Agricultura Biológica
Calçada da Tapada, 39 r/c Dtº
1300 Lisboa
Tel.: 213 623 585/ 213 641 354
Fax: 213 623 586
E-mail: [email protected]
www.agrobio.pt
Bioraia – Associação de Agricultores
Biológicos da Raia
Zona Industrial, Rua A
6060-000 Idanha-A-Nova
Tel.: 277 202 316 Fax: 277 202 316
E-mail: [email protected]
Montes do Nordeste – Associação de
Produtores de Agricultura Biológica
de Trás-os-Montes e Alto Douro
Rua da Regedoura, 3, r/c
5160-256 Torre de Moncorvo
Tel.: 279 254 327 Telem: 917 228 272
Fax: 279 254 327
Apata – Associação de Produtores
Agrícolas Tradicionais e Ambientais
Rua Dr. Casimiro Machado, 6
5200 Mogadouro
Tel.: 279 342 783 Fax: 279 342 783
Agriarbol – Associação dos Produtores
Agro-Florestais da Terra Quente
Av. Infante D. Henrique Edif. Translande,
2º Sala 12 Apart. 165
5340-202 Macedo de Cavaleiros
Tel.: 278 421 698 ou 278 421 779
Fax: 278 421 775
E-mail: [email protected]
[email protected]
Salva – Associação de Produtores em
Agricultura Biológica do Sul
Centro Brito de Carvalho – Antiga Escola
Primária de Salir
8100-202 Salir
Tel.: 289 489 532 Fax: 289 489 531
E-mail: [email protected]
Natura – Associação Açoreana da
Agricultura Biológica
Rua do Rosário – Posto Agrícola da
Ribeira Grande
9600-549 Ribeira Grande
Tel./ Fax. 296 427 223
E-mail: [email protected]
Ajamps – Associação de Jovens
Agricultores da Madeira e Porto Santo
Caminho das Voltas – Jardim Botânico –
Santa Maria Maior
9050 Funchal
Tel./ Fax: 291 222 275
E-mail: [email protected]
Bio-Ana – Associação Nacional
de Agricultores Biológicos
Quinta Pires Marques,
Lote 242, r/c Esq. Loja B
6000-412 Castelo Branco
Tel.: 272 325 727 Fax: 272 325 726
Organismos Privados de Controlo e Certificação
PT/AB04 Certiplanet, Certificação da
Agricultura, Floresta e Pescas,
Unipessoal, Lda
Av. Do Porto de Pescas, Lote C – 15, 1º C,
2520 – 208 Peniche
Tel.: 262 789 005 Fax: 262 789 005
E-mail: [email protected]
PT/AB03 Sativa,
Desenvolvimento Rural, Lda
Av. Visconde Valmor, 11 – 3º
1000-289 Lisboa
Tel.: 217 991 100 Fax: 217 991 119
E-mail: [email protected] Site: www.sativa.pt
PT/AB02 Socert – Portugal – Certificação
Ecológica, Lda
Rua Alexandre Herculano, 68 – 1º Esq.
2520 Peniche
Tel.: 262 785 117 Fax: 262 787 171
E-mail: [email protected]
19
Notícias do sector
Ministro
da Agricultura Pescas e Florestas
visita associados
da Socampestre
O Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas aceitou o convite endereçado
pela Socampestre para visitar alguns dos seus associados, no âmbito do
seu mais recente projecto de Agricultura Biológica, em parceria com a
Interaves, empresa responsável pelo Abate e Transformação. A visita teve o
envolvimento de diversos autarcas da região, incluindo os Presidentes da
Câmara de Rio Maior, Alenquer e Cadaval. Foi com grande sucesso que
demos início a mais um ano da Socampestre.
Entrega de certificado ao primeiro criador de frango de agricultura biológica
20
Notícias do sector
A visita teve início com um almoço na Quinta da
Ferraria, oferecido pelo associado Luís Nobre. Seguidamente procedeu-se às visitas, na Exploração de
Frango de Agricultura Biológica de José Costa & Herdeiros, representada pela Exma. Sra. Maria José Costa
e à Exploração de Frango Campestre, Propor, Lda. na
presença do administrador, Sr. Luís Nobre.
Continuou-se na Área Industrial da Interaves, na
Quinta da Venda – Marés, seguida da Reunião com a
Socampestre, em que o Presidente, Sr. Fernando
Correia deu as boas vindas ao Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas, Sr. Dr. Carlos Henrique da
Costa Neves, tendo este discursado posteriormente.
MINISTRO DA AGRICULTURA VISITA FRANGOS BIOLÓGICOS
Com o objectivo de conhecer a produção de frangos
biológicos, o novo produto da empresa Interaves –
Ministro da Agricultura com Eng.ª
Maria José Costa (Exploração José
Costa e Herdeiros)
sediada na Quinta da Venda, Marés, concelho de
Alenquer – e de valorizar esta nova vertente da agricultura biológica, o Ministro da Agricultura, Pescas e
Florestas, Carlos Costa Neves, visitou no dia 5 de
Janeiro, algumas explorações de aves e a área
industrial da sociedade agro-pecuária.
A produção de frangos biológicos é o mais recente
produto da Interaves, comercializado desde 26 de
Outubro de 2004, que resulta da combinação de práticas tradicionais com técnicas moderadas, garantindo
a preservação do meio ambiente e da biodiversidade.
Os frangos são produzidos exclusivamente com
produtos também eles originários da agricultura
biológica. "Os pastos onde são criados têm que ser
locais, onde nos últimos três anos não foram usados
quaisquer produtos, por exemplo produtos químicos,
pois só assim estes mesmos terrenos são acreditados e
certificados para se desenvolver este tipo de
Júlio Osório (Dir. Socampestre); Carlos Costa Neves (Min. da
Agricultura), Augusto Figueiredo (Pres. Junta de Freg. da
Asseceira) e Fernando Correia (Pres. Socampestre)
Fernando Madureira – Director da Draro, Carlos Costa Neves – Ministro
da Agricultura e Fernando Correia – Presidente da Socampestre
Visita à Exploração de Frango Campestre
(Propor), da responsabilidade do Sr. Luís Nobre
Associados e membros da Socampestre
21
Notícias do sector
Entrega de certificado a Manuel Joaquim Azóia,
criador de frango de agricultura biológica
Recepção na visita à Interaves
produção", explicou ao Nova Verdade o administrador
executivo da empresa, Fernando Correia.
Este é um produto dirigido a um nicho de mercado
especial, que se preocupa em comer apenas
alimentos biológicos e que privilegia o bem-estar, a
qualidade e segurança alimentar. Tendo uma produção necessariamente diferente à habitual, o produto acaba por ficar mais caro mas, de acordo com
Fernando Correia, "se tivermos em conta a relação
produto/preço, não podemos considerar que seja
substancialmente mais caro". "O que acontece é que
este tipo de produto tem um período de criação mais
moroso e naturalmente com custos de produção
também mais elevados, mas não podemos considerar
que os frangos biológicos sejam excessivamente caros
(para o consumidor)", sublinhou o administrador
executivo da Interaves.
Para o Ministro da Agricultura, que saiu bastante
satisfeito desta visita , esta produção representa um
forte incentivo a novas produções biológicas e, segundo o mesmo, "é necessário valorizar estes produtos junto dos consumidores".
Carlos Costa Neves pensa que se deve "informar o
mercado conjuntamente com outros parceiros do
22
Entrega de certificado a Márcio Reis, criador de
frango de agricultura biológica
Entrega de certificado a Henrique Madeira, em
representação de Elvira Madeira, primeira criadora
de frango de agricultura biológica
sector, sobre actividades desenvolvidas nesta área,
bem como sensibilizar os consumidores sobre as
vantagens deste modo de produção e sobre falsos
alimentos biológicos".
A visita terminou com uma reunião entre o Ministro
da Agricultura e a direcção da Socampestre e seus
associados, onde foi explicado o modo de produção
biológico para produtos avícolas nacionais, os entraves existentes e o sistema de controlo de qualidade
que a Interaves usa no processo de produção de
frangos biológicos.
in Jornal "Nova Verdade", de 15 de Janeiro de 2005
Quinta
da
Cortiçada
Soc. Agro-Pecuária Vicente Nobre, S.A.
Localizada num vale privilegiado cercado de vinhedos situada no distrito de Santarém a 40 minutos de
Lisboa é o local ideal para uma estadia longe dos
grandes centros urbanos. A Quinta da Cortiçada está
simultaneamente perto e longe de tudo é a contradição que faz desta um espaço muito especial.
Numa harmoniosa combinação entre o tradicional e
o moderno, o rural e o funcional, a Quinta da Cortiçada oferece um conjunto de serviços à medida das
suas necessidades e às da Sua Empresa, colocando à
disposição diversas estruturas para a realização de seminários, apresentação de produtos, programas de
incentivo, actividades outdoor, “workshops”, diversos
programas de animação com especial destaque para
a temática do vinho ou qualquer festa de âmbito familiar seja casamento, baptizado ou aniversário.
Dispondo de 6 quartos e duas suites, totalmente equipados, salas de refeições, sala de jogos e sala de reuniões esta Quinta tem ainda um grande jardim, pis-
cina, capela, corte de ténis, basquete, bicicletas, capela, lagar de azeite, adega onde produz o seu próprio
vinho, proporciona aos seus clientes uma boa opção
se pretende organizar qualquer tipo de evento ou
simplesmente descansar.
Oferece-lhe também esta Empresa um Hotel Rural
na mesma zona, proporcionando idênticas actividades, num ambiente com identidade própria, é um
local que sem dúvida vale a pena visitar e usufruir das
comodidades e hospitalidade desta "Casa Portuguesa" onde se sentirá como num pequeno paraíso.
A Sociedade Agro-Pecuária além destas actividades
relacionadas com o Turismo e a Vinicultura é também produtora de Frango Campestre em regime de
integração com a Empresa Interaves – Soc. Agro-pecuária, S.A., produzindo 160 mil frangos/ano.
Cumpre-nos destacar e agradecer a visita do Excelentíssimo Sr. Ministro da Agricultura, no passado mês
de Janeiro.
"QUINTA DA CORTIÇADA" Outeiro da Cortiçada – Rio Maior Telf: 243470000 – Fax 243470009
Mail: [email protected] Site: www.quintacorticada.com
Notícias do sector
Socampestre participa na
Feira Terra Sã
Lisboa 2004
A Socampestre participou pela 1ª vez na XVII edição da Feira de Agricultura Biológica, Ambiente e Qualidade de Vida, realizada no Pavilhão Principal do Centro de Congressos de Lisboa, nos dias 10, 11 e 12 de Dezembro
de 2004. Esta feira é o evento mais importante, a nível nacional, que
conjuga o sector de Agricultura Biológica com o do Ambiente.
A Socampestre aproveitou esta presença para divulgar junto dos
consumidores finais, os requisitos e características do Modo de Produção
Biológico de Aves, através dos seus Assistentes Técnicos e da informação
disponibilizada aos visitantes. A visualização de um vídeo sobre o meio
ambiente dos Frangos de Agricultura Biológica permitiu esclarecer
algumas das questões apresentadas.
Feira de Agricultura Biológica – Terra Sã
A agricultura biológica ganhou foros de cidade.
É desta forma que António Marques da Cruz, presidente da Agrobio, caracteriza a nova fase de vida de
uma das mais importantes feiras de produtos biológicos do país, a Terra Sã. Do espaço improvisado e
com poucas condições da Fundição de Oeiras, onde
se vinha realizando há alguns anos, o evento
transferiu-se para o Centro de Congressos de Lisboa
(antiga FIL) e lucrou com a mudança: melhores condições, mais público e mais vendas. Para a Agrobio,
Associação Portuguesa de Agricultura Biológica que
organiza a Terra Sã, a feira ganhou "a dignidade que
a agricultura biológica exige e merece". O "salto
qualitativo" foi de facto a opinião quase unânime de
muitos dos 150 expositores presentes, partilhada por
24
alguns dos cerca de 30 mil visitantes que, de 10 a 12
de Dezembro, foram conhecer as "biopropostas".
O Natal ditou as escolhas de um público preocupado em compor a mesa festiva com uma opção
mais saudável; os queijos, frutos secos e compotas
esgotaram os stocks, mas no que toca a provas foram
as panquecas biológicas da Zona Bio e o Cordon verde do Celeiro os mais concorridos. No primeiro andar e porque é objectivo da Agrobio defender a "saúde do Homem e da Terra", o espaço foi reservado
aos temas de ambiente e desenvolvimento sustentável, onde 4.000 alunos de escolas nacionais puderam participar em ateliers destinados a promover a
educação ambiental.
Notícias do sector
Carne biológica: o convidado de honra
A contrastar com edições anteriores, a carne começa a
marcar uma presença constante nas feiras biológicas,
provando que não é o parente pobre deste tipo de
agricultura. Aliás, de acordo com Jaime Ferreira, director da Agrobio, as pastagens e as forragens compõem
cerca de 40% da área de agricultura biológica nacional, pelo que é de esperar um crescimento da indústria de carne biológica. "Só este ano registaram-se mais
cem produtores", revela o responsável da Agrobio.
Um deles apresenta-se "naturalmente, com mais
sabor". Na sua estreia na Terra Sã, a Interaves apresentou o frango de origem biológica, um produto
que pretende responder à intensa procura de carnes
de qualidade, da parte de consumidores que privi-
legiam o bem-estar, o ambiente, e principalmente a
segurança alimentar. Conta Susana Vitorino, da Interaves, que estas carnes se demarcam pelo tipo de
matéria-prima utilizada na alimentação dos animais
(exclusivamente de origem biológica), pelo modo de
produção (os animais estão em espaços exclusivos de
agricultura biológica, que respeitam a biodiversidade
e preservam a fertilidade dos solos) e pelas áreas de
produção. Tudo devidamente controlado segundo as
normas da União Europeia, tendo em conta a
segurança alimentar e o bem-estar animal.
In Revista "Perfomance" de Janeiro de 2005
25
Notícias do sector
Socampestre
em 2004
Desde a sua constituição, em 1998, a Socampestre –
Associação Nacional de Criadores de Aves Campestres, potenciou a sua actividade no sector avícola
nacional, traduzida em iniciativas focalizadas nos
seus associados, e em iniciativas relacionadas com a
sua promoção e divulgação junto de organismos e
entidades oficiais, e junto dos consumidores.
Volumes de Produção
(por tipo de ave)
Frango Standard
14.000.000
Frango Campestre
Peru
Peru Campestre
Codorniz
Assistência Técnica e Veterinária
No que respeita à actividade dominante da Associação, os números demonstram um maior foco na produção de Frango Campestre e Perus, e o início da
actividade do Frango de Agricultura Biológica. O
nosso quadro técnico, composto por 2 Médicos
Veterinários, 1 Eng. Zootécnico,1 Eng. Agro-Alimentar, 3 Eng. Produção Animal e 5 Técnicos de Produção, garantiu a prestação de Assistência Técnica e
Veterinária aos nossos 240 associados, repartida conforme apresentado na Tabela 1.
O acompanhamento técnico prestado inclui actividades desde o aconselhamento técnico de início de
actividade avícola, passando pelo apoio à implan-
26
16.000.000 2.000.000 (14,3%)
520.000
612.000
92.000 (17,7%)
0
2.000
2.000
290.000
286.000
- 4.000 (-1,4%)
7.500
2.000
- 5.500 (-73%)
5.000.000
4.800.000
- 200.000 (-4%)
19.817.500
21.702.000
1.884.500
Frango Agricultura Biológico*
Total
O ano de 2004 apresenta resultados muito interessantes relativos à actividade principal da Associação,
mas não só. As acções desenvolvidas no âmbito da
promoção e divulgação da Associação foram fundamentais para bem posicionar a nossa actividade no
sector agrícola nacional. A presença em feiras nacionais, onde se destaca a presença na Feira Nacional da
Agricultura 2004, em Santarém e na Feira Terra Sã
2004 em Lisboa, são disso um bom exemplo.
Produção 2003 Produção 2004
Variação
(# aves)
(# aves)
(2003/2004)
(*) Entrada do 1º bando no 2º semestre de 2004.
Tabela 1.
tação de explorações, eleição do tipo de instalações e
equipamentos. É, contudo, nas actividades de verificação das condições de higienização das instalações,
antes da recepção das aves, e de acompanhamento
durante todo o ciclo produtivo das aves, com visitas
semanais às explorações, que os técnicos têm a sua
maior intervenção.
As visitas semanais às explorações constituem
verdadeiras auditorias, onde são identificadas acções
de melhoria adequadas e concretas, para o bom
desempenho dos critérios zootécnicos, e simultaneamente assegurarem os melhores resultados técnico –
económicos para o produtor associado e oferta de
produtos de qualidade junto dos seus clientes.
No que respeita aos resultados dos parâmetros técnicos, verificam-se valores referidos na tabela 2.
Tipo de Aves
Indicadores
% Baixas
IM
PM
IC
IP
Frango Standard
2,4
38,6
1,881
1,774
268
99,49
Frango Campestre
5,3
73,1
2,838
2,798
131,4
92,86
0,77
Fr. Agric. Biológica
3,1
98,6
3,34
3,522
93,2
0
0,076
Peru
6,3
123,3
12,043
2,625
348,6
96,47
1,65
Codorniz
6,6
40,1
0,203
3,173
14,9
60,34
2,33
Tabela 2.
% Granel % Rejeições
0,44
Notícias do sector
Muito mais que Assistência Técnica e
Veterinária…
A Socampestre teve em 2004 uma dedicação especial
a outras áreas para além da Assistência Técnica e
Veterinária, cujos objectivos foram desde logo bem
definidos e quantificados.
1. Análises Laboratoriais
O Laboratório Socampestre realizou 11.505 pesquisas
(ver tabela 3), cumprindo o rigoroso controlo efectuado ao longo de toda a fileira produtiva, desde a
produção de aves, abate, transformação e distribuição
do produto final.
As categorias dos tipos de análises concretizadas e as
pesquisas realizadas, incluem-se no âmbito da actividade definida para esta área da Socampestre.
2. Execução do Projecto Agro-Medida 10
Com o objectivo de continuidade na valorização e
enriquecimento técnicos, dos recursos humanos afectos à actividade de produção de aves bem como dos
associados, foram realizadas acções de divulgação/formação (ver tabela 4), produzidos cadernos técnicos e
guias de maneio específicos para os tipos de produções, e publicadas 3 edições da revista Socampestre.
Tipo Pesquisa
Nº pesquisas realizadas (2004)
Pesquisa Salmonella
Pesquisa Staphylococcus Aureus
Pesquisa E. Coli
Pesquisa Coliformes
Microrganismos a 30 Graus
Enterobactérias
Contagens totais viáveis (CTV)
SE/ST
Pesquisa Coliformes Fecais
Streptococcus Fecais
Nº de Colónias 22 Graus
Nº de Colónias 37 Graus
Cont. Esp.Clostridiuns Sulfito-redutores
Pesquisa Aspergillose
Pesquisa PH
Pesquisa resíduos de antibióticos
Pesquisa Listéria Monocytogenes
Pesquisa Ferro
IBD
Pesquisa de Cloro Livre
Pesquisa de Cloro Total
Superfície (37 Graus)
Pesquisa Coccidiose
IBV
MG
ORT
Mésofilos
ART
Pesquisa Clostridiuns Perfringens
Mycoplasma gallisepticum
Outros
Pesquisa de Campylobacter
Pesq.Esp.Clostridiuns Sulfito-redutores
Nº de Colónias 22 Graus
Nº de Colónias 37 Graus
Contagem microrganismos psicrotróficos
Pesquisa de Pseudomonas
Mycoplasma synoviae
Pesquisa Clostridiuns Perfrigens
Aborto Azul
Aujesky
Pesquisa Bolores e leveduras
Pesquisa de Streptococcus
Mal Rubro
Parvovirose
Total global
1800
1136
1122
1060
972
874
752
479
302
300
284
280
276
249
222
135
123
98
97
97
97
93
84
81
65
58
57
48
43
32
30
23
21
19
18
17
17
12
12
4
4
4
4
2
2
11505
Tabela 3.
27
Notícias do sector
Divulgação e Formação
DATA
LOCAL
TEMA
05-02-2004
Azenha dos Tanoeiros
AVES EM REGIME EXTENSIVO
PRESENÇAS
11
3
19-02-2004
Rostos
EQUIP.E MELHORIA DE. COND. AMB.
20
3
26-02-2004
Alfouvés
GESTÃO AVÍCOLA
PRODUÇÃO AVÍCOLA
21-04-2004
Qta Várzea - Espinheira
MANEIO ALIMENTAR
11-06-2004
CNEMA - Santarém
AVES EM REGIME INTENSIVO
AVES EM REGIME EXTENSIVO
13-10-2004
Coop. Agricola de Rio Maior
2
19
12
Chã de Baixo – Pernes
48
12-11-2004
Oliveira de Frades
06-12-2004
Qta da Venda – Marés
AVES EM REGIME EXTENSIVO
1
1H30
17
AVES EM REGIME INTENSIVO
COND. EQUIP.E MELHORIA DE.AMB.
1
1
AVES EM REGIME EXTENSIVO
AVES EM REGIME INTENSIVO
4
1
EQUIP.E MELHORIA DE COND.AMB.
10-11-2004
2
1
162
AVES EM REGIME INTENSIVO
AVES EM REGIME EXTENSIVO
HORAS
1H30
2
54
13
1H30
2
Tabela 4.
3. Participação em Feiras
A Socampestre participou em 3 eventos, todos eles de
elevada visibilidade quer para os organismos e entidades oficiais, quer para o consumidor de carne de aves.
· Horexpo 2004 (17 a 20/04/2004): Feira internacional dedicada à Restauração Colectiva.
· Feira Nacional da Agricultura 2004 (de 5 a 13/06/
2004): maior evento nacional do sector agrícola e pecuário.
· Feira Terra Sã Lisboa 2004 (de 10 a 12/12/2004):
Feira dedicada à Agricultura Biológica.
Feira Nacional da Agricultura 2004 (de 5 a
13/06/2004) – Stand Próprio
28
Horexpo 2004 – Stand Makro Quality: participação em parceria com o
nosso associado Interaves e o cliente MAKRO Cash&Carry (na foto:
Eng. José Maia - Socampestre)
Feira Nacional da Agricultura 2004 (de 5 a
13/06/2004) – Zona exterior
Terra Sã, Lisboa 2004 – Stand Interaves: participação em parceria com o associado Interaves,
no lançamento do Frango de Agric. Biológica (na
foto: Colaboradores da Interaves Norte - Viseu).
Legislação Nacional e Comunitária
Legislação
Nacional
Legislação Comunitária
Resumo de Legislação referente ao sector avícola e
alimentar associado ao período Outubro/Dezembro 2004
Regulamento (CE) n.o 1800/2004
da Comissão, de 15 de Outubro de
2004.
Relativo à autorização, por um
período de dez anos, do aditivo
Cycostat 66G, pertencente ao
grupo dos coccidiostáticos e outras
substâncias medicamentosas, na
alimentação para animais.
Decreto-Lei n.º 216/2004, de 8 de
Outubro.
Transpõe para a ordem jurídica
interna a Directiva n.º 2003/115
/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 22 de Dezembro, que
altera a Directiva n.º 94/35/CE,
relativa aos edulcorantes para
utilização nos géneros alimentícios,
primeira alteração ao Decreto-Lei
n.º 394/98, de 10 de Dezembro.
Decreto-Lei n.º 218/2004, de 13 de
Outubro.
Transpõe para a ordem jurídica
interna a Directiva n.º 2003/126
/CE, da Comissão, de 23 de Dezembro, relativa ao método analítico para a determinação de
constituintes de origem animal no
quadro do controlo oficial dos alimentos para animais, revogando o
Decreto-Lei n.º 46/99, de 12 de
Fevereiro.
Regulamento (CE) n.o 1814/2004
da Comissão, de 19 de Outubro de
2004.
Fixa os preços representativos nos
sectores da carne de aves de
capoeira e dos ovos, bem como
para a ovalbumina, e altera o Regulamento (CE) n.o 1484/95.
Regulamento (CE) n.o 1851/2004
da Comissão, de 25 de Outubro de
2004.
Altera o anexo I do Regulamento
(CEE) n.o 2377/90 do Conselho
que prevê um processo comunitário para o estabelecimento de limites máximos de resíduos de medicamentos veterinários nos alimentos de origem animal.
Regulamento (CE) n.o 1875/2004
da Comissão, de 28 de Outubro de
2004.
Altera os anexos II e III do Regulamento (CEE) n.o 2377/90 do
Conselho que prevê um processo
comunitário para o estabelecimento de limites máximos de
resíduos de medicamentos veterinários nos alimentos de origem
animal, no que diz respeito ao salicilato de sódio e ao fenvalerato.
Regulamento (CE) n.o 1935/2004
do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de Outubro de 2004.
Relativo aos materiais e objectos
destinados a entrar em contacto
com os alimentos e que revoga as
Directivas 80/590/CEE e 89/109/
CEE.
Regulamento (CE) n.o 1972/ 2004
da Comissão, de 16 de Novembro
de 2004.
Fixa os preços representativos nos
sectores da carne de aves de capoeira e dos ovos, bem como para a
ovalbumina, e altera o Regulamento (CE) n.o 1484/95.
Regulamento (CE) N.o 2006/ 2004
do parlamento Europeu e do
Conselho, de 27 de Outubro de
2004.
Relativo à cooperação entre as
autoridades nacionais responsáveis
pela aplicação da legislação de
defesa do consumidor (regulamento relativo à cooperação no
domínio da defesa do consumidor).
29
Legislação Nacional e Comunitária
Regulamento (CE) n.o 2129/ 2004
da Comissão, de 14 de Dezembro
de 2004.
Fixa os preços representativos nos
sectores da carne de aves de capoeira e dos ovos, bem como para a
ovalbumina, e altera o Regulamento (CE) n.o 1484/95.
Regulamento (CE) n.o 2131/2004
da Comissão, de 14 de Dezembro
de 2004.
Fixa as restituições à exportação no
sector da carne de aves de capoeira
aplicáveis a partir, de 15 de Dezembro de 2004.
Regulamento (CE) n.o 2148/2004
da Comissão, de 16 de Dezembro
de 2004.
Relativo às autorizações definitivas
e provisórias de determinados aditivos e à autorização de novas utilizações de um aditivo já autorizado
em alimentos para animais.
30
da carne de aves de capoeira apresentados em Dezembro de 2004 ao
abrigo dos Regulamentos (CE) n.o
593/2004 e (CE) n.o 1251/96.
Regulamento (CE) n.o 2210/2004
da Comissão, de 21 de Dezembro
de 2004.
Determina em que medida podem
ser aceites os pedidos de certificados de importação de determinados produtos do sector da carne
de aves de capoeira apresentados
em Dezembro de 2004 ao abrigo
do regime previsto no Regulamento (CE) n.o 774/94 do Conselho
relativo à abertura e modo de
gestão de determinados contingentes pautais comunitários de carne
de aves de capoeira e outros produtos agrícolas.
Regulamento (CE) n.o 2159/ 2004
da Comissão, de 16 de Dezembro
de 2004.
Fixa as restituições aplicáveis à
exportação de alimentos para animais compostos à base de cereais.
Regulamento (CE) n.o 2211/2004
da Comissão, de 21 de Dezembro
de 2004.
Determina em que medida podem
ser aceites os pedidos de certificados de importação de determinados produtos do sector da carne
de aves de capoeira apresentados
em Dezembro de 2004 ao abrigo do
Regulamento (CE) n.o 2497/96.
Regulamento (CE) n.o 2209/2004
da Comissão, de 21 de Dezembro
de 2004.
Determina em que medida podem
ser aceites os pedidos de certificados de importação de determinados produtos do sector dos ovos e
Regulamento (CE) n.o 1/2005 do
Conselho, de 22 de Dezembro de
2004.
Relativo à protecção dos animais
durante o transporte e operações
afins e que altera as Directivas
64/432/CEE e 93/119/ CE e o
Regulamento (CE) n.o 1255/97.
Regulamento (CE) n.o 2230/2004
da Comissão, de 23 de Dezembro
de 2004.
Estabelece normas de execução do
Regulamento (CE) n.o 178/2002
no que diz respeito à criação de
redes de organismos que trabalhem
nos domínios da competência da
Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos.
Regulamento (CE) n.o 2232/2004
da Comissão, de 23 de Dezembro
de 2004.
Altera os anexos I, II e III do
Regulamento (CEE) n.o 2377/ 90
do Conselho que prevê um processo comunitário para o estabelecimento de limites máximos de resíduos de medicamentos veterinários
nos alimentos de origem animal,
no que diz respeito ao altrenogest,
dipropionato de beclometasona,
cloprostenol, R-cloprostenol, sesquioleato de sorbitano e toltrazuril.
Regulamento (CE) n.o 2254/2004
da Comissão, de 27 de Dezembro
de 2004.
Altera o Regulamento (CEE) n.o
2092/91 do Conselho relativo ao
modo de produção biológico de
produtos agrícolas e à sua indicação nos produtos agrícolas e nos
géneros alimentícios.
Legislação Nacional e Comunitária
Especial Rastreabilidade
Em todos os Estados Membros e
em muitos países Terceiros, os princípios subjacentes à segurança
alimentar e à protecção dos consumidores encontram-se nas respectivas legislações nacionais.
Contudo, a nível comunitário, a legislação alimentar evoluiu sem que
muitos dos princípios básicos
tenham sido definidos num instrumento legal.
1. Objectivos da Legislação
Alimentar
• Assegurar um elevado nível de
protecção da vida e saúde humana,
tendo em conta a protecção e o
bem-estar dos animais, a protecção
das plantas e o ambiente, conseguida pela abordagem integrada
"do prado ao prato", hoje considerada como o princípio basilar da
política de segurança alimentar na
Europa;
• Estabelecer os direitos dos consumidores a disporem de alimentos
seguros e a serem informados de
forma precisa e honesta;
• Harmonizar as regras nacionais, de
modo a garantir a livre circulação de
alimentos e alimentos para animais.
2. Princípios da Legislação • Processo: os operadores das emAlimentar
presas do sector alimentar e do
Os princípios gerais da legislação
alimentar, em vigor desde 21 de
Fevereiro de 2002, serão adoptados
à medida que respectivas medidas
de aplicação forem sendo aprovadas, de modo a serem conformes
ao Regulamento n.º 178/2002.
Esta tarefa encontra- se em fase de
implementação e deverá estar concluída até 1 de Janeiro de 2007.
Nelas se encontram a rastreabilidade, análise de risco, princípio da precaução, responsabilidade dos agentes económicos e a transparência.
2.1 Rastreabilidade
• Objectivo: tornar possível a retirada de alimentos e permitir que
seja fornecida ao consumidor informação relativa aos produtos;
• Aplicação: a partir de 1 de Janeiro
de 2005
• Conceito: segundo o Regulamento Comunitário, a rastreabilidade
consiste na capacidade de detectar a
origem e de seguir o rasto de um
género alimentício, de um alimento
para animais, de um animal produtor de géneros alimentícios ou de
uma substância, destinados a ser incorporados em géneros alimentícios ou em alimentos para animais,
ou com probabilidades de o ser, ao
longo de todas as fases da produção,
transformação e distribuição.
sector dos alimentos para animais
devem estar em condições de
identificar o fornecedor de um
género alimentício, de um alimento para animais, de um animal
produtor de géneros alimentícios,
ou de qualquer outra substância
destinada a ser incorporada num
género alimentício ou num alimento para animais, ou com probabilidades de o ser.
Para o efeito, devem dispor de sistemas e procedimentos que permitam que essa informação seja colocada à disposição das autoridades
competentes, a seu pedido.
• Rotulagem: os géneros alimentícios
e os alimentos para animais que
sejam colocados no mercado comunitário, ou susceptíveis de o ser, devem ser adequadamente rotulados
ou identificados por forma a facilitar
a sua rastreabilidade, através de documentação ou informação cabal, de
acordo com os requisitos pertinentes
de disposições mais específicas.
2.2 Análise de risco
Na legislação alimentar estão
definidos os princípios da análise
de risco e a estrutura e os mecanismos para a avaliação técnica e
científica, a observar pela EFSA.
Ficam assim consignados na regulamentação comunitária, as três
componentes da análise de risco.
31
Legislação Nacional e Comunitária
• A avaliação do risco: tem de ser
realizada por uma entidade independente, objectiva e transparente;
• A gestão do risco: consiste num
processo de avaliação de medidas
alternativas que têm em conta os
resultados da avaliação de riscos e
que, se necessário, definem as acções apropriadas para evitar, reduzir ou eliminar os riscos, de modo a
assegurar um elevado nível de protecção da saúde;
• A comunicação do risco: pretende-se melhorar a comunicação relativa à segurança e à forma de avaliar e explicar os riscos potenciais,
incluindo uma total transparência
das opiniões científicas. Cabe à
Agência Alimentar Europeia desempenhar este papel.
2.3 Princípio da Precaução
Este princípio aplica-se quando os
gestores do risco têm de tomar
decisões para proteger a saúde,
mas a informação científica disponível é, em certa medida, insuficiente, inconclusiva, ou incompleta.
É relevante nos casos em que os
gestores do risco identificaram uma
razoável quantidade de dúvidas
quanto à possibilidade de existir um
nível de risco inaceitável para a saúde, mas a informação que a sustenta
e os dados disponíveis, não são suficientes para permitir uma avaliação
de risco compreensível.
Perante esta situação específica,
quem tem de decidir, pode tomar
medidas para proteger a saúde,
baseadas no princípio da precaução, enquanto se procura informação científica ou outro tipo de dados, mais concretos.
Estas medidas têm de estar conformes aos princípios normais de nãodiscriminação e proporcionalidade
e devem ser considerados como
provisórios, até ao momento em
que uma informação mais compreensível sobre o risco envolvido se
encontre disponível.
2.4 Responsabilidade dos agentes
económicos
Cabe aos agentes económicos do
sector, a principal responsabilidade
pelo cumprimento das regras
relativas aos géneros alimentícios,
em particular, as relativas à segurança dos alimentos.
A complementar e consolidar este
princípio terá de haver um controlo adequado e efectivo a realizar
pelos Estados Membros.
2.5 Transparência
A transparência na preparação de
legislação e a consulta pública são
elementos essenciais para a construção da confiança.
3. Instrumentos de Garantia
3.1 Sistema de Alerta Rápido –
(RASFF)
Foi implementado em 1979 e, consiste num sistema de informação
em rede, de notificação obrigatória
sempre que tenha sido detectada
uma situação que envolve riscos para a saúde humana.
• Objectivo: dotar as autoridades
de controlo, de um instrumento
eficiente de troca de informação
nas medidas tomadas para garantir
a segurança dos alimentos;
• Constituição: a rede é constituída
pela Comissão Europeia, Estados
Membros, países terceiros e organizações internacionais.
3.2 Procedimentos de emergência
As crises alimentares demostraram
a necessidade de estabelecer medi-
Legislação Nacional e Comunitária
das apropriadas às situações de
emergência, de modo a assegurar
que qualquer alimento ou alimento para animal, independentemente da sua origem, está submetido a
regras idênticas, em caso de ser detectado um risco sério para a saúde
ou para o ambiente.
Para isso, o Regulamento confere
poderes especiais à Comissão Europeia para tomar medidas, que podem ser desencadeadas pela própria Comissão ou a pedido de um
Estado Membro. As medidas previstas são a retirada do mercado ou
imposição de condições especiais
na sua comercialização.
3.3 Gestão das crises
Cabe à Comissão Europeia gerir as
situações de crise.
A gestão assenta num Plano de
Gestão e na criação de uma Unidade de Crise, sendo o processo
desencadeado quando a Comissão
identifica situações que o justifiquem.
A EFSA participa na Unidade de
Crise e fornece assistência técnica e
científica.
Encontram-se já concluídas as
Regras de Actuação em caso de Crise, definidas pela Comissão Europeia, depois de ouvida a EFSA.
In Dossier Técnico: SEGURANÇA ALIMENTAR,
Princípios e Instrumentos, Revista do Agricultor,
Nov/Dez.2004
A. Rastreabilidade
Enquadramento Legal
1. Todos os produtos, excepto os
que têm regulamentação específica: Art. 18ª do Reg. 178/2002
2. Exemplos de produtos com
regulamentação especifica:
• Sector da carne de bovino aplica-se o Reg. 1760/2000
(SNIRB)
• OGM’s: aplica-se o previsto no
Reg .1830/2003
NOTA: os procedimentos relacionados com a certificação não são
reconhecidos como passíveis de
cumprir as exigências de rastreabilidade.
B. Gestão do Risco
Particularidades
O regulamento n.º 178/2002 estabelece o princípio de que as
medidas a adoptar em caso de
gestão do risco não se devem
basear exclusivamente na avaliação científica, pois devem ter também em conta outros factores, de
toda a ordem, para legitimar as
questões em causa.
Esses factores incluem, por exemplo, a exequibilidade do controlo
do risco, a fase da cadeia alimentar em que ocorrem os problemas
e, as medidas de controlo adequadas a essa fase, a logística das
operações apropriadas à retirada
do mercado, os efeitos sócio-económicos e o impacto ambiental.
C. Notificações de Alerta
Informações em rede
São enviadas sempre que os
alimentos ou alimentos para animais, que se encontram no mercado representam um risco e por
isso torna-se necessária uma acção
imediata.
Os membros da rede devem informar a Comissão Europeia e explicar os casos em que:
Tenham sido tomadas medidas
restritivas na colocação de alimentos no mercado ou forçada a retirada, pelos próprios ou pelas
autoridades, de alimentos ou alimentos para animais da cadeia
alimentar;
Qualquer medida, que envolva os
agentes económicos do sector,
vise a prevenção ou o controlo na
utilização de um alimento ou
alimento para animal;
Qualquer rejeição de um alimento ou alimento para animal numa
fronteira externa da União Europeia, realizada por uma autoridade competente.
33
Entrevista com
SATIVA Entidade de controlo
e certificação
de Agricultura Biológica
Eng.º António Mantas
O Engenheiro António Mantas é o responsável pelo Departamento de
Certificação da Sativa, e é um homem convicto relativamente à
agricultura biológica. Objectivo, crítico e sem rodeios, dá-nos conta das
suas opiniões e das suas expectativas para um sector que, apesar de tudo,
se está a desenvolver em Portugal.
34
Como é realizado o controlo nas produções de
frango biológico e em produções de agricultura
biológica, junto dos produtores?
É feito através de visitas às unidades de produção, em
que são verificados aspectos fundamentais dessas
mesmas produções. Geralmente é realizada uma
primeira visita, mais pormenorizada, onde se analisa,
por exemplo, as dimensões das aberturas dos
galinheiros para os animais saírem para o espaço
livre, a alimentação, o que têm os componentes das
farinhas, tal como uma série de características
indispensáveis de uma primeira visita. As seguintes
serão feitas, umas sem aviso, outras com avisos mais
curtos.
precisamos de lá voltar rapidamente para fazer
segundas avaliações ou se as coisas estão mais ou
menos dentro dos parâmetros esperados. Se as coisas
estão em sintonia com os regulamentos, as visitas são
mais espaçadas, se nos depararmos com o cenário
contrário ou se temos um receio maior, apertamos
mais na periodicidade das mesmas. Nesse caso há a
possibilidade de aplicação de sanções que podem ser
ao nível da advertência ou podem ser ao nível da
suspensão, quando chegamos à conclusão que
alguma coisa não está inteiramente bem. Por
consequência, o produtor fica impossibilitado,
durante um determinado período de tempo, de
colocar o produto no mercado.
E nessas visitas surgem surpresas menos agradáveis?...
Quando se faz a primeira visita, elaboramos logo
uma avaliação do produtor e percebemos se
Quais as funções e as responsabilidades desta
entidade no processo de certificação?
Nós somos um organismo de controlo de certificação
reconhecido. Temos que verificar e confirmar que os
Entrevista com
produtos de agricultura biológica que vão para o
mercado cumprem o regulamento europeu que
existe. A responsabilidade de colocação do produto
no mercado é sempre do produtor ou do operador
que o coloca.
"Este é um mercado
que está a crescer"
Ao nível dos apoios, a Sativa tem um papel activo?
A Sativa não faz mais que controlo e certificação. Em
relação aos apoios, nomeadamente à formação, essa
é uma tarefa destinada a outras entidades que estão
especificamente viradas para esse tipo de matérias.
Nós não devemos nem podemos entrar por aí, aliás
estaríamos a criar uma incompatibilidade entre
quem controla e quem fornece apoio técnico.
Quais as principais dificuldades sentidas pelos
produtores?
A grande dificuldade, penso eu, é o apoio técnico.
Este é um modo de produção, em certa medida, novo
– há em Portugal pouco mais de 1.000 produtores – e
há algumas dificuldades técnicas, por exemplo na
pecuária, porque existe pouco alimento de agricultura
biológica, e então é preciso comprá-lo geralmente fo-
ra. Por outro lado, continua a haver questões relacionadas com problemas veterinários porque muitas
vezes as pessoas não cumprem os regulamentos.
Qual é o tipo de envolvimento das entidades oficiais?
Esse é um problema, neste país, que se estende a
quase todas as actividades. São prometidos apoios
que não vêm, são prometidas prioridades que não
são dadas, são-nos levantados entraves porque o
modo de produção biológico não está de acordo
com a lei nem com o regulamento que fala de aves, e
portanto criam-se muitos problemas aos produtores,
muitos deles sem razão de ser. E, como tal, a questão
do envolvimento está sempre presente, mas não é
pior na agricultura biológica do que no resto.
Na vertente do produtor, que expectativas existem
para este género de produção?
Este é um mercado que está a crescer e a desenvolver-se, mas também não é o mercado que muitas pessoas
pensam, em que chegam e julgam que vão ganhar
mundos e fundos. É óbvio que é ligeiramente mais
remunerado, mas também tem mais obrigações,
portanto a remuneração que vem a mais resulta do
maior número de obrigações: há que pagar o
controlo, há que, nalguns casos, pagar o apoio
técnico, etc., são tudo despesas acrescidas. Mas,
apesar de tudo, acredito que esta actividade cresça
35
Entrevista com
no futuro. Porém é um mercado bastante mais
desenvolvido noutros países, comparativamente a
Portugal, nomeadamente na parte dos frangos, mas
acredito que em Portugal haverá cada vez mais
condições para a agricultura biológica se implantar.
E na vertente do consumidor, como avalia o futuro
destas produções em Portugal e na União Europeia?
O consumidor não está muito virado para este tipo
de produtos. Se perguntar a um consumidor se está
disponível para pagar mais por este tipo de produtos,
ele diz-lhe que sim, e reconhece que é um produto
que lhe dá mais garantias e, como tal, deve ser mais
caro. Mas se chegar ao fim do mês e tiver que pagar
mais "x" por produto, se calhar não está para isso. As
coisas são mesmo assim, à partida toda a gente está
disposta a aderir, efectivamente há uma procura crescente destes produtos mas há ainda um caminho a
percorrer no sentido de tornar a relação entre consumidor e agricultura biológica mais harmoniosa.
36
Que acções poderão ser desencadeadas junto dos
consumidores para incentivar o consumo da
agricultura biológica?
Temos apoiado algumas acções, mas não
directamente. Aparecemos, em alguns casos, a
apresentar a forma como se faz o controlo a
consumidores, através de sessões de esclarecimento,
mas não fazemos propaganda directa à agricultura
biológica. Mas ela deve ser feita, conforme ficou
definido no Plano Nacional para o Desenvolvimento
da Agricultura Biológica, aprovado pelo governo de
Durão Barroso, onde eram contempladas medidas e
acções de apoio para o desenvolvimento da
agricultura biológica, mas quando entrou este
governo, todo esse plano ficou congelado e a linha
política foi outra. Eu gostaria bastante de ver esse
plano em prática, com apoios directos aos produtores, com cortes na fiscalização sobre a nossa actividade, para que definitivamente a agricultura biológica ganhe credibilidade e quantidade no nosso país.
Entrevista com
Um piloto
"biológico"
Pedro Couceiro
É um dos nomes mais conhecidos do desporto automóvel nacional, é
igualmente um dos mais lúcidos desportistas actuais, e é um homem
ansioso pela confirmação da agricultura biológica em Portugal.
Pedro quer ver no pódio a saúde pública, a alteração dos hábitos alimentares e a aposta definitiva na divulgação de produtos mais saudáveis.
É um adepto da agricultura biológica?
Sou o chamado adepto teórico. Neste momento,
tenho-me limitado a ser um consumidor da cultura
biológica por simples curiosidade. Confesso que, na
prática gostaria de consumir um maior número de
produtos deste género, mas infelizmente ainda não
entrei num ritmo de verdadeira habituação. Julgo
que é necessário e que, no futuro, será mesmo
indispensável, porém, para já, ainda não existe um
estímulo efectivo para os consumidores portugueses.
É esta a melhor via para aperfeiçoar a qualidade
daquilo que se come?
Julgo que tudo devemos fazer no sentido de evoluirmos, ou mesmo regressarmos a uma alimentação
baseada em produtos naturais, sem recurso a químicos
ou quaisquer outros elementos estabilizadores ou
conservantes. O nosso organismo por certo
agradecerá. Apesar de toda a evolução a que o corpo
38
humano tem sido sujeito ao longo dos tempos, não
me parece que ele esteja preparado para a
enormidade de produtos alterados ou sujeitos a
elementos terceiros como corantes e conservantes,
que diariamente consumimos e, como tal, a
agricultura biológica ganha um papel de grande
relevância para alterar essa tendência que, para mal
dos nossos pecados, já é histórica.
Como vê os desenvolvimentos nesta área junto dos
consumidores?
Vejo naturalmente com agrado. Penso que será um
trabalho moroso, dada a filosofia que se impõe a tal
acção, mas julgo que vale realmente o esforço, pelo
bem que trará principalmente à saúde pública. Mas
ainda falta muito? Francamente acho que sim. Pela
pouca promoção e pela falta de informação nos locais
onde os adquirimos, supermercados ou outros, em
conjunto com os elevados preços praticados, talvez
Entrevista com
devido à sua pouca quantidade de produção, faz com
que estes produtos ainda sejam vistos como "produtos
elitistas". E se essa imagem continuar a passar, dificilmente se conseguirá inverter esse lugar comum.
“O nosso organismo por
certo agradecerá”
Quais os alimentos a que dá mais preferência e quais
os que gostava de ver aderir a este tipo de agricultura?
Há três tipos de alimentos em que me parece cada
vez mais indispensável a aposta na produção
biológica, a saber: frutas e legumes, mas também as
carnes. Os primeiros passos estão dados e, nesta
altura, é só cimentar a aposta e os resultados
aparecerão mais cedo ou mais tarde.
simplesmente na falta de informação e de promoção
perante o consumidor, um facto indesmentível e que
merece uma nova e redobrada atenção.
Como desportista, o regime alimentar é de fulcral
importância. A agricultura biológica tem (ou deve
ter) um papel de relevo?
O desportista é alguém que leva constantemente as
suas capacidades físicas ao limite. Tudo o que
pudermos fazer para que a nossa "máquina" possa
estar em melhores condições, maiores serão os
dividendos para nós próprios. Infelizmente muitos
recorrem precisamente ao oposto, mas existirá
sempre uma forma "natural" de termos uma
alimentação condizente com as nossas necessidades,
sem que percamos o nosso nível competitivo. Se
assim pensarmos, a qualidade dos desportistas
ganhará igualmente com isso.
Do ponto de vista do consumidor, considera que
Portugal é um exemplo nesta matéria?
Julgo que não, mas a minha resposta baseia-se
Ao nível da economia, acha que esta é uma actividade
a ter em conta?
Da forma como está a ser encarada, infelizmente,
acho que levará bastante mais tempo do que
deveríamos pretender e do que muitos esperariam. É
cada vez mais urgente existirem medidas mais
aliciantes que sirvam de incentivo junto dos
produtores e também dos consumidores. Estamos a
falar, sem rodeios, em saúde pública e os efeitos não
se vão notar já, mas sim a longo prazo. É normal
exigirmos medidas que tenham resultados, de
preferência, já amanhã, mas deveremos ter bom
senso nesta matéria e fazer as coisas gradualmente,
com pés e cabeça, para que o seu desenvolvimento se
dê de uma forma equilibrada e natural.
Qual seria para si, a refeição biológica ideal?
Indiscutivelmente, um bife de frango grelhado com
legumes, regado por um bom sumo de laranja e,
para sobremesa, muita fruta. Será assim tão chocante
para os mais cépticos?
Voz Rural
Valorizar as Pessoas
e a nossa Terra
Prof. Augusto Figueiredo
Presidente da Junta de Freguesia da Asseiceira
A freguesia de Asseiceira é uma das grandes dinamizadoras do modo de produção biológico em Portugal. A voz da região é assumida, aqui, pelo professor Augusto Figueiredo,
um homem convicto, sensível e apostado em lançar a agricultura biológica, de uma vez
por todas, para o topo das prioridades, não só dos governos, mas da população em geral.
Na primeira pessoa…
A agricultura biológica é a única que respeita a natureza e o ser humano, integralmente. Tem obrigatoriamente de respeitar o tempo de cada árvore, de cada
planta, de cada ser vivo, seja vegetal ou animal, de cada
estação do ano e os ritmos de crescimento natural. Os
pesticidas, herbicidas, transgénitos e outros produtos
sintéticos são proibidos. Os males, as pestes, as bactérias, os micróbios são combatidos com os produtos
naturais ou com técnicas não inimigas do ambiente.
A agricultura biológica é a que melhor serve o desenvolvimento sustentável do planeta, nos seus múltiplos
aspectos, com relevância para a saúde do ser humano,
o ambiente e os ecossistemas, bem como as linhas de
água, rios e ribeiras. A um jovem devemos dizer que a
agricultura biológica é aquela que é feita com tudo o
que é natural, logo é boa.
A Junta de Freguesia de Asseiceira há cerca de sete
anos, tem um executivo que assenta a sua acção no
seguinte lema "Valorizar as pessoas e a nossa terra" e
tem por base o melhor de cada Freguesia, isto é, as
pessoas e a qualidade do ambiente da nossa terra.
Com a Lei 169/99, as Juntas de Freguesia passaram a
ter competências explicitas, próprias ou delegadas –
poucas – no âmbito do desenvolvimento sustentado, e
em particular, nas áreas do social, cultural, económico,
ambiente e património. A Junta de Freguesia assume
que pode e deve ser uma promotora / potenciadora
destas áreas e campos novos de trabalho e do exercício
da cidadania plena por cada um dos habitantes.
No sector avícola, começámos por apoiar e incentivar
a constituição da ALIBIO – Cooperativa de Consumo
e Alimentação produzida de modo Biológico, CRL –
40
que tem a sua sede e o entreposto, câmara de frio e refrigeração na Asseiceira, composta por 24 cooperantes, com três postos de trabalho directos e um indirecto. Possui três pontos de venda, Asseiceira, Rio Maior
e Caldas da Rainha e um serviço de entrega domiciliária de todos os produtos.
Esta Cooperativa teve o condão e decisão estratégica de
valorizar os aspectos da defesa do ambiente (e o cumprimento desse objectivo como forma de estar na vida
de todos os dias) e da valorização da partilha, da cooperação e do cooperativismo como terceiro sector da economia nacional e um dos mais importantes da economia social para o século XXI. Este projecto contou com
os fundos comunitários no âmbito do Fundo Social
Europeu, o Estado Português, através do Ministério do
Trabalho e da Segurança Social, do I.E.F.P. e do INSCOP
– António Sérgio e o Programa PRODESCOOP.
Seguiu-se, por óbvios efeitos de procura e do desenvolvimento local em rede, a "Quinta da Ribaldeira" –
Cooperativa de Agricultura em modo de Produção
Biológica, CRL. Produtor essencialmente de frutos e
hortícolas, tem actualmente em expansão os doces e
as compotas biológicas. É já hoje um caso de sucesso.
Encontra-se em avançado processo de elaboração, a
candidatura para uma cooperativa de serviços de restauração, chamada "Boa-Boca", que tem como objectivo, promover, explorar e rentabilizar um restaurante
A um jovem devemos dizer que
a agricultura biológica é aquela
que é feita com tudo o que é
natural, logo é boa
Voz Rural
com cozinha unicamente de produção biológica, nos
produtos e nos métodos de confecção.
Quanto ao frango de agricultura biológica, é fruto da dinamização local, ao nível individual e de empresas, das
quais destacamos a D. Elvira Madeira e a Eng.ª Maria José
Costa (José Costa & Herdeiros), dos primeiros a apostar
na avicultura em modo de produção biológico, sempre
com o apoio técnico e veterinário da Socampestre.
Na minha opinião, é um caminho para o pequeno e
médio produtor agrícola tornar apetecível a sua vida,
pois as pequenas e médias explorações, na actual
sociedade altamente competitiva e de mercados tão
agressivos, não têm espaço. Mas com inovação, rigor
científico, trabalho e uma boa distribuição, é possível
colocar esses produtos em "nichos" de mercado, em
Portugal e na Europa, com relevância para o centro e
norte da Europa, onde os cidadãos com disponibilidade financeira privilegiam a saúde e o bem-estar.
A Asseiceira teve a felicidade, devido às suas gentes e
ao apoio da Socampestre, de ter sido uma das primeiras zonas a produzir frango de agricultura biológica.
Embora não se vejam já os efeitos, em breve teremos
as explorações que foram abandonadas, que possuem
boa área de campo envolvente, certamente a ganharem nova vida. Lanço desde já o desafio à produção de
cereais de modo de produção biológico, já que actualmente importamos tudo.
A visita do Sr. Ministro da Agricultura à Freguesia da
Asseiceira é um sinal significativo da importância dada
A Asseiceira teve a felicidade
de ter sido uma das primeiras
zonas a produzir frango de
agricultura biológica
a este segmento da agricultura portuguesa, no sentido
da inovação e dos consequentes ganhos de quotas de
mercado. É altura das políticas deixarem de desincentivar a produção, de apoiar estes e outros sectores da agricultura portuguesa e os seus agricultores, no âmbito do
incentivo da promoção dos produtos, aqui e lá fora. É
bom lembrar que o frango de agricultura biológica é integralmente controlado, ao longo de todo o processo
de produção, sendo também controlado ao longo dos
processos de abate, armazenamento e distribuição.
Dentro da nossa pequenez, da insuficiência de verbas e
de meios que dispomos, temos a consciência de que
este é e será um dos bons caminhos que a humanidade
tem de trilhar, se não se quiser auto-destruir. Estamos
muito atrasados em relação à União Europeia, neste sector da agricultura biológica, mas temos condições de
carácter humano climatérico e ambiental excepcionais.
Como alguém disse um dia "O planeta Terra não é
nosso, foi-nos emprestado pelas gerações futuras".
Saibamos entregá-lo, pelo menos igual ao que recebemos. Não o destruamos.
Acreditemos, pois, na Agricultura Biológica.
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Agenda
Calendário de Actividades e Formação Avícola 2005
Março
Abril
Maio
03-05 Feriagro
Buenos Aires, Argentina
03-07 Fiera Agrícola 2005
Verona, Itália
07-11 Expodirecto Cotrijal 2005
Cotrijal
09-12 Expo Chacra 2005
Santa Fé, Argentina
09-13 Agro 2005*
Braga, Portugal
15-17 Sifel 2005
Agen, França
16-18 Vivasia 2005
Bangkok, Tailândia
16-20 Feira Agrícola 2005
Zagreb, Croácia
17-19 Field Days 2005
Feilding, Nova Zelândia
29-01. Abril Vetrana 2005
Amman, Jordânia
30-02.Abril Northlands Farm &
Ranch Show 2005
Edmonton, Canadá
31-03.Abril
Mondial Bioenergie 2005
Paris, França
01-03 Agriumbria 2005
Peruggia, Itália
05-09 Fima 2005
Saragoça, Espanha
05-09 Agrishow Comigo 2005
Rio Verde, Brasil
05-10 Agropecruz 2005
Santa Cruz, Bolívia
06-07 In Food 2005
Paris, França
07-11 Fiera Nazionale della
Agricoltura
Chieti, Itália
07-17 7ª Ruraltech 2005
Londrina, Brasil
10-13 Alimentaria*
Lisboa, Portugal
19-23 Agrishow Cerrado 2005
Rondonopólis, Brasil
20-24 Kontarim 2005
Konia, Turquia
30-09.Maio Salon de l’Agriculture
Aquitaine 2005 Bordéus, França
09-11 Irrigation Australia 2005
Brisbane, Austrália
11-13 Avesui 2005
Florianopólis, Brasil
14-21 International Agricultural
Faire 2005
Novi Sad, Sérvia Montenegro
15-19 9º Siconbiol – Simpósio
de Controlo Biológico
Recife, Brasil
16-21 Agrishow Ribeirão Preto –
Feira Internacional de Tecnologia
Agrícola
Ribeirão Preto, Brasil
22-27 V Congresso Ibérico de
Ciências Hortícolas
Seminário de Vilar, Portugal
24-27 Zootec 2005
Campo Grande, Brasil
26-29 SMA Sfax 2005
Sfax, Tunísia
26-29 Agritex 2005
Damasco, Síria
Agenda
* Agro Braga
A 38.ª edição da AGRO – Feira
Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação vai decorrer
entre 9 e 13 de Março de 2005, nas
instalações do parque de Exposições de Braga.
O certame, onde se encontram
representados todos os sectores
agrícolas, da maquinaria à pecuária, sem esquecer a indústria e redes alimentares, assume-se como
um dos maiores e mais importantes do seu género constituindo,
por essa razão, um ponto de
encontro privilegiado para todos
quantos têm ligações profissionais
à agricultura.
Ao apresentar uma componente
exposicional extremamente forte,
particularmente no sector da
maquinaria agrícola, a AGRO é
também um excelente polo de
oportunidades de negócio. Por
outro lado, o fórum de discussão
dos temas mais candentes da
agricultura portuguesa, através das
jornadas paralelas dirigidas especialmente aos agricultores, constitui uma mais valia não desprezível
tanto mais que se trata de um
conjunto de acções com um
particular papel formativo e informativo, permitindo uma actualização da informação e do conhecimento, mais difíceis de obter por
outros meios.
A AGRO proporciona igualmente a
oportunidade de divulgação única
das raças autóctones, quer através
da exposição permanente de
exemplares representativos no
recinto da feira, quer ainda através
da realização dos concursos pecuários: o concurso nacional da raça
barrosã e o concurso regional das
raças galega, arouquesa e maronesa, eventos únicos realizados a
nível nacional pela importância das
adesões de que se reveste.
Paralelamente, como complemento do seu perfil exposicional, realizam-se o Salão do Vinho, que
acolhe uma variedade diversificada
dos vinhos de Portugal, e o Salão
de Utilidades, onde pontificam o
artesanato e os produtos de origem
regional.
da influência que exerce num certame que conta com o apoio activo
de todos os canais de distribuição e
do comércio alimentar português.
O Salão contará com 9 salões
monográficos distribuídos pelos
25.000m2 de exposição.
A associada Interaves presente
neste evento, irá ter o seu espaço
na área dedicada à Agricultura Biológica, com o intuito de divulgar e
promover o seu mais recente projecto de Frango de Agricultura Biológica Interaves.
* Alimentária
A Alimentária Lisboa 2005 é o mais
importante evento do sector da
Alimentação na Península Ibérica
em 2005 e uma das mais importantes da Europa.
A 8ª edição deste evento, organizado pela Feira Internacional de
Lisboa e a Alimentária Exhibitions,
decorrerá na FIL, Parque das Nações, entre 10 e 13 de Abril de
2005.
A Alimentária 2005 é uma feira
dedicada aos profissionais que
operam no sector, conhecedores
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Culinária
Receitas
Frango de Agricultura Biológica
Frango ao Sal
Ingredientes:
1 Frango de Agricultura
Biológica Interaves
Sal
Alecrim
Louro
Cebolinho
Coentros
Execução:
Lavar o Frango de Agricultura Biológica
Interaves e escorrer bem. Secar com um
pano. À parte, misturar sal com ervas
aromáticas (alecrim, louro, cebolinho e
coentros – tudo picado).
Dispor sal no fundo de uma canoa,
colocar o Frango de Agricultura
Biológica Interaves e depois cobrir todo
o frango com o sal aromatizado.
Assar o Frango de Agricultura Biológica
Interaves no forno a 180º, cerca de uma
hora.
NOTA: O Frango de Agricultura Biológica
Interaves não pode ter a pele rota para o
sal não entrar no seu interior.
Preparação: 30 min.
Tempo: 1 hora
Peito de Frango Recheado com Presunto
Ingredientes:
4 Peitos de Frango de
Agricultura Biológica
Interaves
4 Fatias de Presunto
Azeite
1 Cebola
1 Cabeça de Alho
Louro e Pimenta
2 Pacotes de Natas
Preparação: 30 min.
Tempo: 45 min.
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Execução:
Abrir o peito de Frango de Agricultura
Biológica Interaves com a ajuda de uma
faca. Dispor uma fatia de presunto,
enrolar e atar com fio ou palitos.
Num tacho colocar azeite, cebola
picada, alho, louro e pimenta em
pedaços. Deixar alourar. Juntar os
peitos de Frango de Agricultura
Biológica Interaves e deixar cozer
virando de um lado e de outro.
Temperar com sal e pimenta. Juntar as
natas e deixar cozer mais uns minutos.
Retirar os peitos de Frango de
Agricultura Biológica Interaves, triturar
o molho e rectificar temperos. Juntar
novamente os peitos de Frango de
Agricultura Biológica Interaves sem o
fio.
Servir com arroz branco ou legumes.
NOTA: Também se pode colocar uma
fatia de queijo juntamente com o
presunto.
Culinária
Perna de Frango com cogumelos
Ingredientes:
4 Pernas de Frango de
Agricultura Biológico
Interaves
1 Farinheira
Sal e pimenta
Azeite
Preparação: 45m
Tempo: 45m
Execução:
Desossar as pernas de frango
Biológico Interaves e
rechear com farinheira sem
pele. Fechar com a ajuda de
palitos. Temperar com sal e
pimenta a gosto. Regar com
azeite e levar a assar. Servir
com legumes.
Asas de Frango no Forno
Ingredientes:
4 Asas de Frango de
Agricultura Biológica
Interaves
1 Cabeça de Alho
2 Malaguetas
Mostarda
Sal e Pimenta
Folhas de Louro
Ervas da Provença
Vinho Branco
Execução:
Temperar as asas de Frango de
Agricultura Biológica Interaves com
alho, malagueta, mostarda, sal, pimenta,
louro, ervas da Provença e vinho
branco.
Colocar as asas de Frango de
Agricultura Biológica Interaves no
tabuleiro com pedaços de manteiga.
Levar as asas de Frango de Agricultura
Biológica Interaves a assar.
Preparação: 15 min.
Tempo: 35 min.
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Laboratório
Socampestre
O nosso laboratório desempenha
um rigoroso controlo efectuado
durante toda a linha produtiva,
desde o pinto até ao produto para
comercialização.
Tipos de Análises
Tipos de Pesquisas
Microbiológicas
E.Coli
pH, Ferro
Químicas
Salmonella
Cloro livre e total
Micológicas
Staphylococcus aureus
Dureza
Anatomopatológicas
Enterobactérias
IBD, IBV, ORT
Sorológicas
Mesófilos
ART, SE/ST, MG
Coliformes
Parvovirose
Streptococcus
Aujesky
Enterococcus
Mal rubro
Aspergillose
Aborto Azul
Clostridium Perfrigens
Antibiogramas
Bolores e leveduras
Inibidores
Mycoplasma
M.O 37 °C e 30 °C
Coloração Gram
Psicrotróficos
Coccidiose
...
Quinta da Venda . Marés . 2584-958 Abrigada . Telem. 965 393 115 . Fax 263 798 016 . e-mail: [email protected]

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