Editorial - CPTEC/INPE
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Editorial - CPTEC/INPE
Informativo Institucional do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos O O final de ano se aproxima e as tempestades severas e as “chuvas contínuas” voltam a fazer parte do cotidiano dos habitantes de várias regiões do País. O CPTEC já está preparado para a previsão e monitoramento do tempo destes eventos, que contarão com o suporte do novo supercomputador Cray XT6 no início do ano que vem. Novos avanços na modelagem e um aumento substancial de armazenamento de dados farão parte de uma nova fase do CPTEC. Estão previstos também novos recursos para a Web TV, um radar móvel e uma área adicional de 2000 m2 que ampliará a capacidade de pesquisa e atendimento das demandas da sociedade. Para alcançar este novo patamar, o CPTEC enfrentou vários desafios, como a realização de um concurso para quase 100 vagas sem interromper o serviço operacional; e administrou a transição da cobertura dos satélites da NOAA para a América do Sul, que levou a uma queda na freqüência de imagens, problema contornado sem provocar perdas significativas aos usuários. Em relação ao novo supercomputador, um grande empenho de coordenação foi dirigido aos trabalhos de instalação e adaptação dos modelos operacionais à nova arquitetura de processamento do XT6, enquanto se investiu na melhoria de infra-estrutura de energia do prédio do CPTEC. Como fruto deste esforço, o Modelo Global estará operacional já no início de janeiro. Com o resultado da 1ª pesquisa sobre o perfil dos usuários do CPTEC foi possível estruturar melhor os novos cursos e treinamentos. A pesquisa permitiu também planejar a criação do novo portal do CPTEC, que passou a apresentar inúmeras inovações e facilidades baseadas nas necessidades do usuário. A navegação tornou-se mais ágil e amigável, com novos recursos visuais para a apresentação das previsões e informações sobre o tempo e clima. Em apenas dois meses, as visitas ao portal aumentaram 24%. A evolução dos acessos tem sido crescente e expressiva; de 2008 a 2010, aumentaram 140%. Em outro campo de atividade, o Laboratório de Instrumentação Meteorológica (LIM) esteve envolvido com experimentos e manutenção de redes de medidas, deslocando em média um homem por dia a missões de campo. Todos estes esforços, acompanhados de novos desenvolvimentos e aplicativos, foram realizados sem prejudicar a pesquisa. Novos projetos temáticos foram aprovados e as publicações em revistas especializadas, livros e anais de Congresso atingiram uma média de um artigo publicado por dia. Para a plena condução destas atividades, foram criados diversos comitês operacionais e administrativos, mantendo os já existentes ativos, como os de Receitas e o Assessor. Desejo a todos um Feliz Natal e um 2011 de Paz, saúde e tranqüilidade, em especial à equipe do CPTEC que não mediu esforços para enfrentar desafios ao longo deste ano, demonstrando capacidade de superação e de crescente excelência nos serviços de tempo e clima. Feliz 2011 ! Luiz Augusto T. Machado Coordenador Geral do CPTEC Facilidades do Gempak agilizam e dão mais eficiência aos serviços meteorológicos Projeto temático irá investigar formação de nuvens quentes O trabalho diário num centro de previsão de tempo envolve a recepção, processamento e análise de grande variedade de dados meteorológicos, além do uso de sistemas de visualização que permitem desenvolver com agilidade e rapidez análises integradas das condições e da previsão do tempo. Há alguns anos o CPTEC/INPE começou a utilizar o Gempak (General Meteorological Package), ferramenta que reúne características como estas, a fim de atender às necessidades de especialistas em previsão do tempo. atualmente o sistema, permitindo a elas explorar melhor as possibilidades do IDDBrasil, que tem no CPTEC o seu centro mais ativo. O Centro de Hidrografia da Marinha, que já utilizava a ferramenta há alguns anos, está modernizando seu sistema de previsão do tempo em colaboração com o CPTEC, ampliando o uso desta tecnologia para a geração diária de cartas sinóticas. No exterior, o Gempak passou a ser utilizado em Portugal e começa a ser implantado em outros países da América do Sul e da África de língua O sistema foi desenvolvido pelo Centro portuguesa. Nacional de Previsão Ambiental (National O CPTEC/INPE tem oferecido ainda Center for Environmental Prediction - NCEP), dos treinamentos e material disponível na internet Estados Unidos, para ser utilizado no (http://gadm.cptec.inpe.br/) a diversas monitoramento e na previsão de tempo por instituições, além de uma série de soluções, serviços meteorológicos. Através do programa adaptações e modificações no sistema para UNIDATA (University Data), que reúne atender a necessidades específicas, como a diversas instituições dos Estados Unidos, o inclusão de dados da rede de estações Gempak passou a ser distribuído gratuitamente automáticas, de imagens do satélite GOES-12 e com código aberto (open-source). Mais tarde, foi modelos numéricos regionais. integrado ao IDD (Internet Data Distribution), As versões modificadas do Gempak estão uma rede mundial de distribuição de dados d i s p o n í v e i s n a i n t e r n e t meteorológicos pela internet, da qual o CPTEC (http://downloads.cptec.inpe.br/publicacoes faz parte. /distribuicao.jsp). Um DVD de instalação do Segundo Waldenio Almeida, coordenador dos desenvolvimentos do Gempak no CPTEC/INPE, este sistema foi desenvolvido para integrar diferentes funcionalidades, como aquisição, processamento, armazenamento e visualização de dados em uma única ferramenta. Com isso, estas operações, antes partes de diferentes sistemas, passaram a ser executadas com maior facilidade e eficiência, além de conferir redução de gastos com a aquisição de softwares proprietários. Almeida destaca que a inovação representou uma quebra de paradigma. Desde que o CPTEC/INPE passou a utilizar esta ferramenta de código aberto, foi possível desenvolver avanços dedicados a necessidades locais e nacionais, atraindo o interesse de outras instituições no Brasil e no exterior. Treze instituições brasileiras utilizam Expediente Editorial CPTEComunica – www.cptec.inpe.br Ano 2. Número 6 - Setembro, Outubro e Novembro de 2010. Assessoria de Imprensa Livia Teixeira Telefone (12) 3186-8535 E-mail [email protected] Jornalista Responsável Paulo Escada - MTB: 24.975 Linux com o sistema completo também pode ser solicitado. Almeida destaca ainda o reprocessamento de 15 anos de dados observacionais, trabalho em fase de conclusão, que estará em formato compatível com o Gempak, a ser distribuído em DVD. Campanhas científicas estão previstas em diferentes regiões do País. Os processos físicos relacionados à evolução de nuvens de tempestade são ainda desconhecidos e ainda poucos descritos com precisão pelos modelos numéricos de previsão de tempo e clima. Com a melhor capacidade de processamento do novo supercomputador do INPE, permitindo modelos de maior resolução espacial, o desenvolvimento de algoritmos para tais processos meteorológicos, que evoluem em escalas de alguns quilômetros, passa a ser de interesse à área de previsão de tempo e clima e às pesquisas em mudanças climáticas. O projeto temático Chuva, aprovado recentemente pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), irá se concentrar nos diferentes processos que ocorrem no interior de nuvens quentes. Estas nuvens, típicas de regiões tropicais, e que não contam com a presença de partículas de gelo, estão associadas a chuvas fortes e contínuas, que costumam provocar deslizamentos de encosta e enchentes, como ocorreram este ano nos estados do Rio de Janeiro, Alagoas e Pernambuco. Luiz Augusto Machado, coordenador principal do Chuva. As contribuições nesta área serão incorporadas ao satélite brasileiro a ser lançado em 2014, como parte da constelação de satélites do programa Global Precipitation Measurement (GPM), ou Medidas Globais de Precipitação, liderado pelas agências espaciais dos Estados Unidos (NASA) e do Japão (JAXA). Os resultados da pesquisa serão aplicados também à área de mudanças climáticas, em análises dos efeitos dos aerossóis (partículas de queimadas) na formação de nuvens de chuva e na modelagem de alta resolução espacial que deverá detalhar melhor estes processos. O projeto é composto por cinco grupos de trabalho diferentes que irão atuar de forma integrada. Sete locais com diferentes regimes de chuva e padrões climáticos foram escolhidos para a realização das campanhas científicas. Os experimentos contarão com a participação da NOAA (National Oceanic Atmospheric Administration), NASA, universidades dos Estados Unidos e européias. Chuvas provocadas por nuvens quentes não são consideradas nas estimativas de precipitação dos atuais satélites em órbita, Campanha científica em Alcântara (MA), em março uma das principais preocupações do projeto deste ano, reuniu diversos instrumentos para estudar segundo o pesquisador do CPTEC/INPE os processos de formação de nuvens quentes Experimento em Alcântara – o programa GPM, liderado pela Nasa e Jaxa, que inspirou o projeto Chuva, também vem estimulando outras iniciativas científicas. Durante o mês de março deste ano, foi realizada a campanha "GPM 2010 Chuva", com o apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB). A base dos experimentos foi o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O objetivo foi estudar a formação das gotas de chuva de "nuvens quentes" e aperfeiçoar modelos de previsão de tempo e a estimativa da precipitação a partir de dados de satélites meteorológicos. Informações sobre o GPM Brasil: http://www.aeb.gov.br/mini.php?secao=gpm Aerossóis de queimadas aumentam na Amazônia Uso do Gempak se ampliou nos últimos anos entre os meteorologistas do Grupo de Previsão do Tempo do CPTEC/INPE Edição e Redação Paulo Escada Projeto Gráfico e Diagramação Claudinei de Camargo e Ana Paula Tavares Impressão e Tiragem Resolução Gráfica - 2 mil exemplares Diretor do INPE Gilberto Câmara Coordenador Geral do CPTEC Luiz Augusto Machado Ministério da Ciência e Tecnologia A emissão de aerossóis, fuligem de queimadas em suspensão na atmosfera, aumentou significativamente na Amazônia em relação aos dois últimos anos (2008 e 2009). A constatação é do grupo de pesquisa de Qualidade do Ar, do CPTEC/INPE. Os aerossóis são emitidos pelas queimadas, produtos da queima da biomassa, com maior incidência nos meses de agosto e setembro. O pesquisador do CPTEC, Saulo Freitas, explica que as emissões de queimadas das regiões centrais e norte do País teriam migrado neste período para o oeste e noroeste da Amazônia, pela ação dos ventos. Nestas regiões, onde já ocorria um período de estiagem, os aerossóis podem ter ajudado a intensificar a seca, já que estas partículas na atmosfera tendem a inibir a formação de nuvens. Estudos recentes e preliminares vêm apontando a possibilidade de os aerossóis assumirem um papel relevante no clima destas regiões amazônicas ao impactar o regime de chuvas. Segundo Freitas, o tema, ainda muito recente, começa a atrair grupos de pesquisa do país e exterior, que procuram investigar a relação entre aerossóis e o clima da região. A concentração dos aerossóis é obtida de forma indireta, a partir de dados do sensor Modis, dos satélites Terra e Acqua, da Nasa. Alta concentração de aerossóis na Amazônia e região Centro-Oeste devido às queimadas. Índices foram superiores em relação aos dois últimos anos. Informativo Institucional do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos Novo portal do CPTEC ultrapassa os 200 mil acessos diários Após o lançamento do novo portal do CPTEC em setembro deste ano, deixando sua página mais dinâmica e amigável ao usuário, a média diária dos acessos às suas páginas ultrapassou a marca inédita dos 200 mil. No mês de agosto, de acordo com a contagem do AwStats, software que registra as visitas às páginas do CPTEC, foram registrados cerca de 5 milhões de acessos, uma média de 166,6 mil por dia. Em outubro, o portal já renovado, contou com 6,2 milhões de acessos, uma média 206,6 mil visitas por dia, um aumento de 24%. Com base em outro cálculo, que utiliza a contagem do Google Analitcs, a média diária dos acessos aumentou 50%, embora o número de acessos para efeito de cálculo seja menor. Esta metodologia contabiliza o acesso do usuário, excluindo as visitas adicionais que este faz dentro da homepage. O aumento proporcional superior em relação à primeira metodologia pode estar indicando um aumento no número de novos usuários que passaram a acessar a página. Entre primeiro de janeiro de 2010 até 12/09, um dia antes do lançamento do portal, a média diária de acessos era de 67,9 mil, passando a 101,7 mil para o período de 13/09 a 23/11. Evolução de visitas ao site no período entre julho e novembro indicada pelo Google Analytics I n s t i t u t o N a c i o n a l d e P e s q u i s a s E s p a c i a i s Novo supercomputador começa a gerar previsões em fevereiro O novo supercomputador do INPE, o modelo XT-6 da Cray, que recebeu o nome de Tupã, irá começar a gerar rotineiramente as previsões de tempo em fevereiro do ano que vem. A nova infra-estrutura computacional, instalada no CPTEC, em Cachoeira Paulista, foi adquirida com recursos do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Além de processar diariamente as previsões do CPTEC, a nova máquina atenderá também o Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST) do próprio INPE, entre outros grupos de pesquisa, instituições e universidades. O grupo de Processamento de Alto Desempenho do CPTEC/INPE vem realizando um extenso trabalho de adaptação desde meados deste ano, reescrevendo todos os modelos de previsão de tempo e clima. A modificação vem sendo realizada devido à arquitetura de processamento do Cray XT-6, do tipo massivamente paralelo, diferente do atual supercomputador NEC SX-6, de processamento vetorial. O XT-6 chegou ao CPTEC no dia 5 de outubro, iniciando sua montagem na seqüência. Finalizada a fase de montagem em meados de novembro, os técnicos da Cray iniciaram o processo de instalação de programas, que inclui o sistema operacional, bibliotecas, entre outros aplicativos relacionados à rotina do supercomputador. Os testes finais devem ser encerrados no final de dezembro. Em seguida inicia a fase de instalação e testes dos modelos Global e Regional de previsão de tempo e clima, de qualidade do ar CATTBRAMS e os de mudanças climáticas, para a geração de cenários de longo prazo. O novo supercomputador deve assumir a operação das previsões de tempo diárias em fevereiro, substituindo o atual NEC X6. Já os avanços esperados com o novo supercomputador, melhorias na modelagem de assimilação e dos próprios modelos de previsão de tempo e clima, serão implementados aos poucos. Outubro, Novembro e Dezembro de 2010 - Edição - 06 - Ano 02 I n f o r m a t i v o I n s t i t u c i o n a l d o C e n t r o d e P r e v i s ã o d e Te m p o e E s t u d o s C l i m á t i c o s 1 Verão coloca meteorologistas de prontidão 2 Facilidades do Gempak agilizam e dão mais eficiência aos serviços meteorológicos 3 Aerossóis de queimada aumentam na Amazônia 4 Novo supercomputador começa a gerar previsões em fevereiro Verão coloca meteorologistas de prontidão Equipe do CPTEC/INPE se prepara para a nova temporada de chuvas. Preocupação são as chuvas torrenciais e ZCAS Com a chegada do verão, oficialmente no dia 21 de dezembro, os dias ficam mais quentes e úmidos, iniciando a estação chuvosa em boa parte do País, trazendo também preocupação quanto aos impactos que costumam acompanhar os excessos de chuva. Tanto as pancadas de chuva, rápidas e de grandes acumulados, típicas de verão, como as chuvas prolongadas, que podem durar por mais de quatro dias nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste, tendem a provocar enchentes em centros urbanos, desmoronamentos de encostas, entre outros problemas, que resultam em grandes estragos, desabrigados e mortes. Um dos mais poderosos do mundo De acordo com a mais nova relação do Top 500 da supercomputação (http://www.top500.org), lista dos mais rápidos sistemas computacionais do mundo, o supercomputador do INPE ocupa a 29º posição, a mais alta colocação já alcançada por uma máquina instalada no Brasil. O desempenho teórico de pico do XT6 da Cray é de 258 TFlops (Teraflops), com desempenho máximo de 205 TFlops na avaliação da organização do TOP500, o que equivale a 205 trilhões de cálculos por segundo. Já o desempenho efetivo do supercomputador, rodando o modelo Global de Previsão de Tempo do CPTEC, é de 16,6 Tflops. A máquina do INPE é hoje a terceira mais poderosa entre aquelas dedicadas à previsão operacional de tempo e clima sazonal. No ranking das máquinas voltadas a aplicações em mudanças climáticas, fica em oitavo lugar. As chuvas que ocorrem por dias consecutivos no verão estão relacionadas a um conjunto de fatores que dificultam a dispersão da nebulosidade e nuvens de tempestade, que se concentram ao longo de uma grande faixa de extensão, de milhares de quilômetros, do sul da Amazônia até a região central do Atlântico Sul, passando pelo centro-oeste e sudeste brasileiro. Essa nebulosidade quase estacionária é conhecida como Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS). Em alguns pontos, dentro de sua abrangência, podem ocorrer chuvas torrenciais, com acumulados que podem ultrapassar os 100 milímetros em menos de 24 horas. A configuração da ZCAS, segundo Gustavo Escobar, chefe do Grupo de Previsão do Tempo do CPTEC/INPE, coloca a equipe de meteorologistas do Centro em estado de atenção. A Defesa Civil Nacional é notificada com até três dias de antecedência quando as condições do tempo dão sinais de que podem gerar grandes acumulados, como ocorreu às vésperas de boa parte dos fenômenos extremos deste ano. Escobar admite que mesmo com o aumento da confiabilidade e da qualidade das previsões numéricas do tempo para períodos mais longos com uso de supercomputadores mais potentes, dificilmente será possível prever com grande precisão a localização e o volume das chuvas. Daí, afirma, a importância do acompanhamento sistemático das condições do tempo, considerando ainda os diferentes níveis de vulnerabilidade das áreas de risco em todo o País. Cinqüenta milímetros de chuva podem representar uma situação normal para muitos municípios, mas para outros, seriam o suficiente para colocar em prontidão a Defesa Civil e mobilizar moradores de áreas de risco. O QUE É A ZCAS? Cursos e Eventos Agenda de cursos e treinamentos será ampliada no próximo ano Ao longo de 2010 o Grupo de Difusão do Conhecimento organizou e ofereceu suporte e apoio a mais de 20 eventos dirigidos ao público interno (funcionários, bolsistas e estudantes de pós-graduação) e externo. Foram organizados durante o ano workshops, treinamentos e cursos voltados à utilização de dados, imagens de satélites, modelos numéricos, entre outros produtos meteorológicos do CPTEC. A expectativa é ampliar a agenda de eventos para o próximo ano. Segundo Aluisio Silva, responsável pelo Grupo de Difusão do Conhecimento, uma das áreas a serem contempladas é a de meteorologia aplicada à agricultura, sugestão apontada pela Primeira Pesquisa sobre o Perfil dos Usuários do CPTEC - 2009 (http://www.cptec.inpe.br/Pesquisa/). A pesquisa identificou 45 tipos diferentes de indicação de cursos e treinamentos. Segundo Silva, a pesquisa irá ajudar a definir a agenda de eventos, mas outras demandas também serão atendidas. Agenda para Dezembro 13 a 17 - Laboratório de Análise e Previsão de Tempo – CPTEC/Cachoeira Paulista (http://cursos.cptec.inpe.br/laboratorio-previsao/) 14 a 22 - Treinamento para Usuários do supercomputador Cray – CPTEC/Cachoeira Paulista Mais informações: http://www.cptec.inpe.br/cursoeeventos.shtm A Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) é identificada, nas imagens de satélite, como uma banda de nebulosidade no sentido noroeste-sudeste do País, estendendo-se do sul da região Amazônica até a região central do Atlântico Sul. Sua atuação é bem caracterizada nos meses de verão, entre dezembro e março. Persistem, em média, por quatro dias. Dentro de sua área de abrangência podem ocorrer chuvas torrenciais, de grande volume em poucas horas. Os mecanismos que dão origem e mantêm a ZCAS ainda não estão totalmente definidos, mas estudos observacionais e numéricos indicam que este sistema sofre influências tanto de fatores remotos quanto locais. Aparentemente elementos remotos, como convecções na região centrooeste do Pacífico, determinariam a duração e localização da ZCAS. Fatores locais, por sua vez, como chuvas na região amazônica, e um vórtice ciclônico em altos níveis atmosféricos, que oscila sobre o nordeste brasileiro e o Atlântico Norte, poderiam ser apontados como responsáveis, entre outros fatores, por deflagrar o fenômeno. Banda de nebulosidade sobre as regiões Centro-Oeste e Sudeste do país que favorecem as chuvas. Imagens GOES-12, de 30/11/2010.
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