Aula03

Transcrição

Aula03
Evolução dos Metazoários
Aula 03
Evolução dos Metazoários
*
*
Metazoa: multicelular [Protozoa: uma célula]
*
Colônia de flagelados numa matriz conectiva – flagelados portanto como
ancestrais dos Metazoa
*
*
Evidência: sptz flagelado comum em Metazoa
Teoria da Origem Colonial: primeiro metazoário teria estrutura similar a
Volvox
Filo Coanoflagellida: DNA, mitocôndria, fla-gelo, muito similar a
Metazoa (esponjas).
Tecido conectivo (conjuntivo)
*
*
“Tecido” conectivo (conjuntivo)




Células separadas, às vezes amplamente
Matriz extracelular nos espaços entre as céls.
Matriz = água + fibra proteica (colágeno)
Função de sustentação (esquelética) qdo com muito colágeno, ou tb com
espículas
Tecido epitelial

Tecido propriamente dito; células tocam-se
Filo PORIFERA
Esponjas
Latin porus, poro + fero, possuir
Filo PORIFERA
*
Plínio e Aristóteles: esponjas como plantas
*
*
Lamarck, Linnaeus, Cuvier (1700’s): idem!
*
Somente cerca 20 spp. (0,2%) água doce
John Ellis (1765): notou corrente de água; R.E.Grant (1836) classificou
esponjas como animais, criou o filo Porifera

Filo
*
*
*
*
Cegueira do Araguaia (2006): causada por sp de esponja – mais de 300
crianças vitimadas
PORIFERA (apresentação)
Entre 5-10 mil espécies conhecidas

Taxonomia é difícil
Tamanho: desde um grão de arroz até 1 m
Cores vivas e muito variadas

Função das cores é incerta
Quase todas as spp. são sésseis/bentônicas
Esponjas – uso por humanos
*
“For centuries sponges have been used by humans. The ancient Greeks and Romans
used sponges to pad war helmets and suits of armor. They also used them for bathing
and as paintbrushes, mops, and drinking glasses. Early surgeons used soft sponges in
their work. People in the Middle Ages burned sponges and used the ashes in folk
medicines. In prehistoric times sponges were so abundant in some areas that their
skeletal remains formed enormous deposits of flint. Arrowheads and other
implements that primitive peoples made from this flint have been found.”
Filo PORIFERA (caracterização)
*
*
Não possuem tecido verdadeiro
Células são totipotentes

Mudam de forma e função com frequência
*
*
*
Sistema Aquífero & Coanócitos
Endoesqueleto de espículas (SiO2) e/ou espongina, ou calcáreo (CaCO3)
Filtram água constantemente
Filo PORIFERA (classificação)
*
Classificação historicamente baseada nos tipos de espículas
(endoesqueleto)
*
Outros caracteres cada vez mais usados
*

Embriológicos, bioquímicos, citológicos, etc.
Quatro classes aceitas até recentemente:




Classe CALCAREA (esponjas coralineas)
Classe DEMOSPONGIAE (90% das spp.)
Classe HEXACTINELLIDA (ou novo Filo?)
Classe SCLEROSPONGIAE (Parafilética) (1985)
Arquitetura do Corpo (Bauplan)
ASCONOIDE
SICONOIDE
LEUCONOIDE
Filo PORIFERA – Morfologia
*
*
*
*
Asconoide: arquitetura geral mais simples em esponjas.

Poucas espécies atuais
Pinacoderme: camada externa (pinacócitos)
Coanoderme: camada interna (coanócitos)
Mesohilo: espessa matriz gelatinosa entre as duas; tem células ameboides,
espículas, etc.
Filo PORIFERA (Asconoide – continuação)
*
Poros incurrentes (óstios): “perfurações”/ entradas de água delimitadas
por células denominadas porócitos
*
Água passa pelos óstios via corrente produzida pelo batimento flagelar
dos coanócitos

*
*
Leucandra, de 10 cm: 22,5 litros água por dia
Átrio: é o vão central [=Espongiocele]
Ósculo: abertura apical para saída de água
Mesohilo em Porifera
*
Em esponjas coralinas  com espículas que formam esqueleto rochoso de
CaCO3
*
*
Espongina (proteína semelhante ao colágeno)
*
Espículas



Silício ou Calcáreas
Megaescleras (grandes – estrutura)
Microescleras (mais complexas – firmeza)
Espículas às vezes incluídas na espongina
Mesohilo (continuação)
*
*
*
*
*
*
Vários tipos de espículas numa mesma espécie
Espículas encaixam-se p/ maior eficiência
Contém vários tipos de células ameboides:
Arqueócitos: grandes; fagocitose e digestão; são totipotentes
Colenócitos: Secretam colágeno (tecido conectivo)
Esclerócitos: Secretam espículas

Mais de uma célula pode estar envolvida na produção de uma única espícula
Coanoderme
*
*
*
*
Coanócitos: muito similares aos Protozoa do Filo Coanoflagellida
Ovoides, flagelo voltado para o átrio
Produzem corrente de água
Tipo Asconoide tem uma limitação: tamanho

Átrio não pode ser muito grande, senão corrente de água gerada pelos
coanócitos deixa de ser eficiente
Arquitetura do Corpo (Bauplan)
ASCONOIDE
SICONOIDE
LEUCONOIDE
Filo PORIFERA – Siconoide
*
*
*
*
*
Siconoide: Parede do corpo dobrada (muito variado); átrio é reduzido
Aumenta superfície de contato com a água
Coanócitos tem pouco volume d’água por câmara para bombear –
aumenta eficiência
Tamanho agora pode aumentar livremente
Simetria não é mais necessária
Filo PORIFERA (Siconoide – continuação)
*
*
Aberturas externas agora são denominadas Canais incurrentes
Em cada lóbulo, internamente, há um espaço para a água equivalente ao
átrio. São os Canais flagelados
Arquitetura do Corpo (Bauplan)
ASCONOIDE
SICONOIDE
LEUCONOIDE
Filo PORIFERA – Leuconoide
*
*
*
Tipo especializado de Siconoide
*
*
Água em canais sucessivos (excurrentes), até o óstium
Dobras da parede corporal são múltiplas
Canais flagelados tem forma mais bem definida, esférica, e são
denominados Câmaras flageladas
Canais excurrentes revestidos p/ pinacócitos
Filo PORIFERA (Leuconoide – continuação)
*
Microciona prolifera


Cerca de 10.000 câmaras flageladas por mm3
Cada uma c/ 20-39 micrômetros e 57 coanócitos
*
*
O tipo leuconoide é o que mais ocorre, indicando sua eficiência
*
Populações de arqueócitos podem sair do mesohilo para fagocitar
partículas no lado de fora da pinacoderme
*
Simbiose com fotossintéticos é frequente (até 33% da massa corporal da
esponja)
O tipo leuconoide claramente evoluiu (i.e., apareceu na natureza) mais de
uma vez

Ex.: com dinoflagelados, cianobactéria, etc.
Filo PORIFERA – Reprodução
*
Assexual



Fragmentos regeneram-se
Mesmo se esponja for “espremida” através de uma malha de seda

Céls reagregam-se em várias novas esponjas
Gêmulas – altamente resistentes; liberadas no início do inverno, quando a
esponja-mãe desintegra-se
Filo PORIFERA (Reprodução – continuação)
*
Sexual






Hermafroditas ou Dióicas. Indivíduos podem ser macho ou fêmea,
permanentemente ou alternadamente
Espermatozoide (origina-se de coanócitos)
Óvulos (de coanócitos ou arqueócitos)

Estocados no mesohilo
Esperma é ejetado fortemente via ósculum
Entra em outras esponjas via sistema aquífero
Sptz conduzidos aos oócitos via coanócitos
Filo PORIFERA – Outros aspectos
*
Esponjas são comumente dominantes na fauna bentônica. Vivem de 1-100
anos.
*
*
*
Amplo espectro de biotoxinas conhecidas
*
*
Muitas também produzem aleloquímicos
Grande importância farmacológica

Pois possuem muitos químicos bioativos
Bioerosão (em corais, ostras, etc) – p/ proteção
Spongicolla (camarão) em Euplectella

Documentos relacionados

FILO PORIFERA

FILO PORIFERA  Porus : Poro  Ferre: portador de.. • São animais que têm o corpo coberto de poros.

Leia mais

Aula 05 Zoologia

Aula 05 Zoologia diferem entre si pela complexidade da parede do corpo. Leuconóide – é o tipo mais complexo; o átrio é reduzido, enquanto a parede do corpo é bastante desenvolvida e percorrida por um complicado sis...

Leia mais

roteiro aula 01(metazoa

roteiro aula 01(metazoa estimativas até 30 ou mesmo 100-200 milhões de espécies de animais

Leia mais

4. Filo Porifera

4. Filo Porifera A esta classe pertence a maioria das esponjas. São todas do tipo leucon e apresentam formatos irregulares. Vivem em águas rasas e profundas, e entre elas estão as esponjas de banho. Apresentam esqu...

Leia mais

01 Porifera

01 Porifera assemelhar-se, superficialmente, a outros tipos de fósseis, em particular àqueles que originam massas estratificadas em forma de doma e possuem microestruturas dificilmente discerníveis a olho nú: ...

Leia mais

Porifera Classes - laboratório de zoologia

Porifera Classes - laboratório de zoologia Apresenta espículas SÍLICA (dióxido de silício SiO2)‫‏‬ Chamadas de “ESPONJAS DE VIDRO”

Leia mais

Conceitos de Sistemática, Protozoários, Poríferos, Cnidários e

Conceitos de Sistemática, Protozoários, Poríferos, Cnidários e animais e plantas para sua alimentação, cura de doenças, fabricação de armas, objetos agrícolas e abrigo. A necessidade de transmitir as experiências adquiridas para os descendentes forçou-o a deno...

Leia mais