desertos - Mauro Parolin

Transcrição

desertos - Mauro Parolin
DESERTOS
DESERTOS
Área temperada, subtropical ou tropical, onde a
falta de chuva não permite a presença de árvores
ou qualquer vegetação fechada, apenas herbáceas
que aparecem, sobretudo nas estações curtas de
chuvas. Em algumas regiões a vegetação pode ser
representada por cactáceas.
DESERTOS QUENTES E SEMIDESERTOS OCORREM EM FAIXAS DO MUNDO NAS LATITUDES
BAIXAS E INTERMEDIÁRIAS, ESPECIALMENTE NOS CINTURÕES DE CLIMA SECO, ENTRE 30° E 40°
NORTE E SUL. A CHUVA NÃO É APENAS ESCASSA E SAZONAL, MAS TAMBÉM IMPREVISÍVEL
(MENOS DE 250mm ANUAIS). A CARACTERÍSTICA CHAVE COMUM AOS DESERTOS É QUE A
QUANTIDADE DE CHUVA É MUITO MENOR QUE A EVAPORAÇÃO POTENCIAL.
O POTENCIAL DE EVAPORAÇÃO DOS CLIMAS DE DESERTO QUENTE É TAÕ FORTE QUE MUITAS
PLANTAS TÊM ADAPTAÇÕES ESPECIAIS PARA ABSORVER, ARMAZENAR E IMPEDIR A PERDA DE
ÁGUA.
ALGUMAS REGIÕES EXTREMAMENTE ÁRIDAS PODEM NÃO
EXPERIMENTAR CHUVA POR MUITOS ANOS SEGUIDOS E
TER POUCA OU NENHUMA VEGETAÇÃO PERENE. EM
REGIÕES MENOS ÁRIDAS, A VEGETAÇÃO DOMINANTE
CONSISTE DE ESCASSOS PEQUENOS ARBUSTOS,
ALGUMAS VEZES INTERCALADOS COM VEGETAÇÃO
SUCULENTA (CACTOS, EUFÓRBIAS E AGAVES). ONDE OS
ARBUSTOS PREDOMINAM A VEGETAÇÃO É USUALMENTE
DENOMINADA DE ARBUSTIVA DE DESERTO.
APÓS AS CHUVAS, MACEGAS E
GRAMÍNEAS EFÊMERAS PODEM
CRESCER RAPIDAMENTE EM TAPETES
NO SOLO NORMALMENTE EXPOSTO.
INÚMERAS PLANTAS, EM ESPECIAL AS
SUCULENTAS, SÃO CAPAZES DE
INTUMESCEREM E ARMAZENAREM
ÁGUA E FREQUENTEMENTE POSSUEM
UM SISTEMA DE RAÍZES RASTEIRAS,
QUE ATUAM COMO GUARDA-CHUVA
INVERTIDO, PARA CAPTURAR A ÁGUA
DA CHUVA, ANTES QUE SE INFILTRE
NO SOLO.
Désert
Superficie (km²)
Sahara (Afrique)
9 000 000
Désert Arabique (Afrique)
1 300 000
Désert de Gobi (Asie)
1 125 000
Désert du Kalahari (Afrique)
580 000
Grand Désert de Sable (Australie)
414 000
Karakoum (Asie)
350 000
Taklamakan (Asie)
344 000
Désert du Namib (Afrique)
310 000
Thar (Asie)
260 000
BIOMAS: QUANTIDADE DE CHUVA
DESERTO DE SAARA
O DESERTO DO SAARA NÃO
SE RESUME A COBERTURA DE
DUNAS MÓVEIS.......
O MOSAICO DE ROCHAS
SÓ UMA QUARTA PARTE DO SAARA É CONSTITUÍDO POR DUNAS DE
AREIA. QUASE TODO O RESTO É FORMADO POR UM MOSAICO DE
MONTANHAS E PLANÍCIES, ONDE A ANTIGA BASE DE ROCHAS
CRISTALINAS DO DESERTO FOI MOLDADA REPENTINAMENTE
ATRAVÉS DE MILHÕES DE ANOS, FORMANDO UMA VARIEDADE DE
MATERIAIS GEOLÓGICOS QUE VÃO DAS ROCHAS MAIS DURAS ATÉ
O CASCALHO E – NATURALMENTE – A AREIA.
DENTRE AS ROCHAS VISÍVEIS, AS MAIS ANTIGAS SÃO CRISTALINAS
– COMO O GRANITO, FUNDIDAS PELO CALOR ELEVADO E PELA
PRESSÃO, HÁ BILHÕES DE ANOS. A MAIOR PARTE ESTÁ
ENTERRADA NO SUBSOLO DO SAARA, CENTENAS DE METROS
ABAIXO DA SUPERFÍCIE, MAS NO EMARANHADO CAÓTICO DAS
MONTANHAS AHAGGAR E TIBESTI ELAS PERMANECEM EXPOSTAS.
SOBRE A BASE DURA E CRISTALINA DO SAARA ASSENTA-SE UMA
VARIEDADE DE ROCHAS SEDIMENTARES, COMO O ARENITO E O
CALCÁRIO, DEPOSITADOS EM ERAS SUCESSIVAS, QUANDO OS
MARES, OS LAGOS E OS PÂNTANOS PRÉ-HISTÓRICOS COBRIAM A
REGIÃO.
.
AS ROCHAS AINDA MAIS NOVAS COMO O
BASALTO, FORAM LANÇADAS À
SUPERFICIE HÁ 2 MILHÕES DE ANOS,
QUANDO AS ERUPÇÕES VULCÂNICAS
SACUDIRAM O AHAGGAR E O TIBESTI
ARENITO
SEIXOS GRAÚDOS COMPÕEM O “REG”
ROCHAS VULCÂNICAS
SOLO
O substrato pode ser adverso à vegetação e contribuir para acentuar os efeitos de aridez (ou mesmo ser a causa
do aparecimento de ambientes de deserto ou semi-áridos).
O caso mais comum é que nas áreas onde afloram sais, os mesmos aumentam a pressão osmótica que
impedem a absorção de água pelas raízes.
A hidrologia particular de desertos, com falta de equilíbrio de água e grandes áreas endorréicas, favorece a
acumulação de sais ou crostas de carbonato de cálcio sobre a superfície que, por sua vez, aumenta o efeito de
aridez levando a um fenômeno feedback
Além disso, a formação de solo é difícil, se não impossível. A
biomassa é muito baixa (pouca matéria orgânica) e a secura
impede as reações químicas necessárias para pedogênese.
Em desertos tropicais, quando as circunstâncias são
favoráveis ​", solos desérticos vermelhos" podem aparecer, cuja
coloração mostra a abundância de óxidos de ferro desidratados.
Seu desenvolvimento é geralmente pequeno poendo conter
pouco húmus e nutrientes, devido à falta de cobertura vegetal.
Outros solos dominantes em desertos continentais são sierozems ou solos desérticos cinza. Eles
geralmente têm um maior desenvolvimento, mas também são muito pobres, devido ao seu baixo
teor de húmus e da frequência com que crostas calcárias são formadas sobre eles.
OS
ANIMAIS
TAMBÉM
PODEM
EXIBIR
VARIEDADES DE ADAPTAÇÕES A ESSES
AMBIENTES, INCLUÍNDO A HABILIDADE DE
ADQUIRIREM A ÁGUA DE QUE NECESSITAM, DAS
SEMENTES
E
OUTROS
ALIMENTOS,
OU
PERMANECEREM
DIARIAMENTE
OU
SAZONALMENTE INATIVOS, ATÉ QUE AS
CONDIÇÕES DO AMBIENTE SE ESTABILIZEM.
CIPRESTES DO MEDITERRÂNEO
Os desertos são ambientes azonais - existem em todas as latitudes. A este respeito, têm uma grande
diversidade climática, mas todos têm em comum aridez.
Em regiões desérticas tropicais e subtropicais os verões são muito quentes (temperatura do mundo
"record", 59 ° C, é registrada no deserto do Saara, ao sul da Líbia), enquanto os invernos são frios e
ocorre geada.
No entanto, como o aumento da latitude e continentalidade, o gradiente de temperatura de modo que,
latitudes médias, os desertos tem verões quentes, e os invernos podem ser muito frios. Nesses locais,
as baixas temperaturas são um segundo fator de estresse biológico que contribui para a secura.
Nesses desertos o gradiente de temperatura diurna é muito grande (geralmente acima de 20 ° C) como
a atmosfera, extremamente seca, é incapaz de reter a radiação terrestre, portanto esfria muito
rapidamente quando o sol se põe.
As chuvas são sempre escassos e isto pode ser devido a várias razões:
Presença permanente de anticiclones em regiões tropicais e intertropicais (Saara, o deserto árabe,
Kalahari ...).
Presença de correntes marítimas frias...(Atacama, Namíbia...)
Localização a sotavento de grandes cordilheiras ou depressões profundas (Mohave, Judéia-Mar Morto,
Tibet, Patagônia ...).
Distância e extremas de fontes de umidade - continentais (Gobi, na Ásia Central ...).
Acima da nuvem capaz de fornecer precipitação (Andes) de altitude.
Embora todos eles compartilhem a aridez
o clima desértico é variado o que contribui
para a sua diversidade. Da esquerda para
a direita, climodiagramas de Asswan
(Egipto), Nukus (Uzbequistão) e Iquique
(Chile), representando desertos tropicais,
continentais e costeiros, respectivamente.
SAQUARO – DESERTO DE SONORA
OÁSIS
Oásis são verdadeiros paraísos em meio ao deserto. Formados graças à proximidade com fontes
ou nascentes de água, neles, a vegetação se desenvolve graças à fertilidade do solo. Geralmente,
os oásis se formam em regiões com depressões, nas quais o lençol de água subterrâneo (lençol
freático) está mais próximo da superfície. No entanto, existem oásis irrigados por fontes
subterrâneas, cuja origem pode estar a centenas de quilômetros de distância, por poços ou
constituídos por irrigações artificiais.
A tamareira, palmeira cujo fruto é a tâmara, é a espécie vegetal mais comum nos oásis, e é a
principal fonte de alimento. É, à sombra das tamareiras, é que pequenas plantações (irrigadas) de
legumes e verduras suportam o calor do deserto. São cultivados também figos, pêssegos, frutas
cítricas, damascos, entre outros. Camelos e carneiros são os principais animais criados ao redor
dos oásis.
Nos oásis é que as caravanas de comerciantes descansam e se abastecem de água para cruzar
os desertos. Existem oásis de diferentes dimensões, mas na África são encontrados os maiores do
planeta, principalmente no Deserto do Saara.
Em alguns oásis, sobretudo nos maiores e com mais tempo de ocupação, pequenos povoados se
estabeleceram, dando subsídios para os viajantes que por eles passam.
Oasis em deserto no Peru. Foto: Martchan /
Shutterstock.com
Oásis de Guardaia – Guardaia é uma das
cinco cidades fortificadas do Vale do
M'zab, na Argélia, região habitada a partir
de 1012. Em Guardaia, assim como nas
demais cidades, a arquitetura é destaque.
O oásis, também conhecido como oásis de
M'zab, abastece as cinco cidades graças a
um avançado sistema de irrigação.
Oásis Bahariya – Localizado a 300 km do
Cairo, esse oásis é ocupado desde antes
de Cristo. Em 1996, foram encontrados
200 sepulcros, nos quais estima-se que
pode haver cerca de 10000 múmias. Os
cadáveres estudados até então são do
período entre 31 a.C. ao ano de 395.
Oásis Timimoun – Localizado ao sul da
Argélia (cerca de 1200 km), no Grand Erg
Ocidental (grande área de dunas), o Oásis
Timimoun é um dos mais bonitos do país.
As casas do local são feitas de um barro
vermelho, característica da arquitetura
sudanesa
Huacachinaé (Peru)
Crescent Lake - China
Khar Nuur - Mongólia
Timia - Nigéria
Al-Hasa - Arábia Saudita
Wadi Bani Khaled - Omã
Ein Gedi - Israel
A FAUNA DO
DESERTO
Cadeia Alimentar
Quilocalorias disponíveis nos
corpos dos consumidores
terciários - menos de 0,2
quilocalorias por metro quadrado
por ano
Quilocalorias disponíveis nos corpos
dos consumidores secundários menos de 2 quilocalorias por metro
quadrado por ano
Quilocalorias disponíveis nos corpos
dos consumidores primários - menos
de 20 quilocalorias por metro
quadrado por ano
Produtores primários: plantas
espalhadas menos de 200
quilocalorias de alimentos para
animais - por metro quadrado por
ano
LIFE´S TOO
SHORT TO
DANCE WITH
UGLY MEN....
A vida é demasiado curta dançar com
homens feios
O HOMEM DO
DESERTO

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