Sem título-16 - Brasil Sustentável Editora

Transcrição

Sem título-16 - Brasil Sustentável Editora
DESER
TO
DESERT
DESER
TO
DESERT
Os desertos raramente são desprovidos de vida. Nele vivem muitos
animais e vegetais muito bem adaptados que desenvolveram muitos
mecanismos para tolerar ou evitar
os extremos de aridez e temperatura que podem ser encontrados
nesses ambientes.
Existem dois tipos de deserto: os desertos quentes e secos e os desertos frios. Os quentes e secos têm poucas plantas e os animais se enterram
durante o dia para vencer o calor. Os
desertos frios são recobertos por
neve. Não há calor suficiente para
que as plantas se desenvolvam, com
Parte integrante do Dicionário O Ser Humano e o Meio Ambiente de A a Z, 3ª. e 4ª Edições. Todos os direitos
reservados, proibida a reprodução total ou parcial de forma alguma sem a permissão da Editora. Brasil Sustentável
Editora Ltda - www.brasilsustentaveleditora.com.br
Cacto
3) Na sombra de chuva de altas
montanhas. Quando massas de ar
são forçadas a subir as encostas da
montanha, vai se esfriando e a
umidade precipita nesta face da
montanha. Já apos a montanha,
quando o ar seco vai agora descer,
ele se aquece e aumenta a sua
capacidade de reter o restante do
vapor de água. A evaporação
excede a precipitação e um
ambiente árido (a sombra de chuva
ou sombra de montanha) cria-se no
lado oposto da montanha. Bons
exemplos são o deserto da Morte,
na Califórnia (EUA), o deserto da
Patagônia na Argentina e o deserto
do Peru.
4) Na sombra de chuva de altas
montanhas no interior dos
continentes. Geralmente uma
combinação do efeito da sombra de
chuva com a maior distância da
principal fonte de umidade do ar
resulta em um clima seco no interior
de um continente. O deserto Great
Basin dos Estados Unidos, o deserto
australiano e o deserto de Gobi na
Mongólia são devidos, em grande
parte, a esta situação.
Os desertos cobrem cerca de um
quinto da superfície dos continentes.
Os desertos quentes e secos ficam
próximo dos trópicos de Câncer e de
Capricórnio e os desertos frios ficam
próximo ao Ártico.
Clima: Os desertos recebem menos
de 20 cm/ano de precipitação
pluviométrica. A evaporação potencial excede a precipitação no balanço hídrico anual. Além disso, as
quedas de chuva são localizadas e
de ocorrência imprevisível, embora
DESER
TO
DESERT
Os deser tos quentes e secos
formam-se quando alguma coisa
impede a chegada de nuvens de
chuva, o que pode ser causada por
ventos ou por barreira de
montanhas. Pode-se considerar a
existência de quatro determinantes
desta formação:
1) Sob áreas de alta pressão
atmosférica associada com os
subtrópicos, próximos de 30ºde
latitude norte e sul. O ar que desce
das altas atmosferas nessas latitudes
faz com que a evaporação supere a
precipitação. A maior parte do Saara
e do deserto australiano podem ser
associados com este fenômeno.
continentes,
2) Costa oeste de continentes
entre as latitudes de 20º e 30º N e S,
próximos por tanto dos oceanos.
Nestas latitudes os ventos
preponderantes vêm do leste e
impedem a entrada do ar úmido do
mar. Correntes oceânicas frias
também ocorrem nesses locais e a
umidade do mar condensa-se como
neblina ao longo da costa. Alguns
dos desertos mais secos do mundo
estão localizados nas costas
continentais; a maior par te da
umidade que eles recebem provém
da neblina. É o que ocorre no
deserto da Baja Califórnia na América
do Norte, no oeste do Saara no norte
da África; o deserto de Atacama na
América do Sul e a deser to da
Namíbia no sul da África.
Lagar to
exceção de algumas gramíneas e
musgos. Os animais também se enterram, agora para conservar o calor. Vamos aqui tratar dos desertos
quentes e secos.
sazonal. Por isso, pode-se verificar
uma grande variação de precipitação durante o ano.
Os desertos frios têm grande quantidade de neve, e podem apresentar
chuva na primavera. A precipitação
média cai em torno de 20 cm/ano.
As pessoas acreditam que os
desertos quentes e secos têm temperaturas muito altas durante todo o
tempo. Existe uma grande diferença
entre as temperaturas do dia e da
noite. Nos desertos quentes, a temperatura varia entre cerca de 40ºC
(durante o dia) até 0ºC (à noite),
Flor
a: As plantas do deserto estão
lora:
adaptadas à ausência de chuvas.
Muitas têm raízes que se espalham
no solo próximo à superfície para
poder absorver a água rapidamente, antes que ela evapore. Estão também adaptadas para armazenar a
água obtida. As mais comuns das
plantas de desertos são os cactos,
mas há outros tipos de cactáceas,
como o peiote, do deserto de México, do qual se extrai a mescalina,
uma substância alucinógena.
Algumas apresentam raízes achatadas e longas (com de 5 a 10 m) para
capturar a água do solo, como a
Welwitschia mirabilis, da Namíbia.
Outras plantas são suculentas e armazenam grande quantidade de
água em várias partes do vegetal,
como as cactáceas e agaves das
Américas, as euforbiáceas e aloés
da África. Entretanto, estas suculentas não toleram temperaturas próximas ao ponto de congelamento.
Algumas espécies são plantas
efêmeras, que germinam, crescem
e florescem em alguns dias e depois
murcham e morrem. As plantas do
deserto são de grande importância
para os animais, que encontram aí a
maior parte de sua comida e de
água.
A formação vegetal básica é
arbustiva, que pode ser permanen-
Fauna: Quando se pensa em animais do deserto, rapidamente vêm à
mente camelos, serpentes e lagartos, mas há muitos outros animais que
vivem neste bioma. Todos eles, assim
como os vegetais, desenvolveram
adaptações para enfrentar este ambiente seco e quente. A mais comum
destas adaptações é manter-se enterrados em tocas durante o dia, para
fugir do calor, saindo para a superfície durante a noite, para procurar
alimento, como o fazem lagartos e
roedores. A temperatura nas tocas
pode ser até de 30ºC abaixo daquela
da superfície exposta.
DESER
TO
DESERT
São lugares áridos, independentemente de serem quentes ou
frios, de serem dominados por montanhas ou planícies, por pedras ou
areia. A areia está intimamente associada à idéia de deserto, mas cobre apenas 20% dos territórios deste bioma.
te ou decídua. Tipicamente tem folhas pequenas, ou transformadas em
espinhos, e possuem óleos aromáticos. São plantas xerófitas (adaptadas à seca). Exceto nos períodos
“chuvosos”, são esparsas, e deixam
o solo exposto entre elas.
Camelo
Vegetação
levando a temperatura média de 2º
a 25ºC, mas com extremos de 49ºC e
-5ºC. Nos desertos frios, a temperatura do dia durante o inverno pode
ficar abaixo de zero.
DESER
TO
DESERT
Escorpião
Coruja
Cobra
Cacto
Os animais devem viver com o mínimo possível de água. A maior parte
da água ingerida provém de sementes e caules de plantas. Os camelos,
os mais famosos animais do deserto, podem viver sem água, desde
que tenham plantas suficientes para
sua alimentação. Mesmo sem vegetação, vivem por até 10 dias usando a
água armazenada em sua gordura.
se para evitar o calor excessivo, são
os animais mais comuns no deserto.
Os répteis, por possuírem pele
impermeável, excreção de ácido
úrico, ovos de casca resistente,
capacidade de absor ver calor
diretamente da luz solar e enterrar-
Im
por
tância
Impor
portância
tância:: Para nós, o deserto
parece morto e sem vida, mas constitui uma fonte natural de recursos,
tanto como hábitat para certos tipos
de plantas e animais, quanto por seu
Vivem no deserto ratos-cangurus,
coiotes, raposas, pecaris, antílopes,
gambás, cervos, javalis, tarântulas,
escorpiões. Existe ainda uma
abundância de pequenos animais que
alimentam populações de falcões,
corujas, bútio e águias. Pica-paus
fazem seus ninhos nos cactos.
grande potencial de energia. Dois
terços do petróleo cru obtido no
mundo provêm de perfurações no
deserto. Ainda, deserto apresentase com grande fonte alternativa de
energia, em relação à energia solar
e eólica. Também são invadidos pelo
ecoturismo, pelas suas areias coloridas e suas formações rochosas, e
por vários outros tipos de recreação. Atualmente, os deser tos
atraem grande número de pesquisadores interessados nas mudanças
climá-ticas mundiais que encontram
nas áreas marginais dos desertos,
que constituem intersecções entre
ecossistemas áridos e úmidos. Esta
posição geográfica torna essas margens muito reativas às mudanças
climáticas.
Na atualidade, o aumento ou
crescimento dos desertos é um problema ambiental grave, conhecido
pelo nome de desertificação.

Documentos relacionados

desertos - Mauro Parolin

desertos - Mauro Parolin O substrato pode ser adverso à vegetação e contribuir para acentuar os efeitos de aridez (ou mesmo ser a causa do aparecimento de ambientes de deserto ou semi-áridos). O caso mais comum é que nas á...

Leia mais