Como diferentes tipos de prótese sobre implantes podem
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Como diferentes tipos de prótese sobre implantes podem
Como diferentes tipos de prótese sobre implantes podem afetar o seu prognóstico? Análise biomecânica How different implant prosthesis design affect your prognosis? Biomechanical analysis Marcos Blatt1; Wellington Cardoso Bonachela2; Niélli Caetano de Souza3; Bruno Gadelha Maia4; Tiago Galvão Neiva5 Resumo O sucesso clínico à longevidade dos implantes dentários está diretamente relacionado como as forças são dirigidas e dissipadas na interface implante-tecido ósseo, sendo importante o não sobrecarregamento deste conjunto, o que poderia ocasionar a falha da osseointegração. Como o fenômeno biomecânico é bastante complexo e cada estilo de prótese apresenta um comportamento diferente, será abordado em duas partes desta publicação. Os artigos completar-se-ão, mas serão independentes entre si, proporcionando uma visão atual da reabilitação oral sobre implantes. Diante disto, o presente trabalho tem por objetivo apresentar diretrizes para um correto planejamento de próteses totais fixas e overdenture. Unitermos: implante dentário; prótese dentária; biomecânica. Abstract The longevity and clinical success of dental implants is directly related to forces applied at the bone-implant interface, being important to avoid implant overloading, which could lead to osseointegration failures. As the biomechanical phenomenon is plenty complex and each prosthesis style presents a different behavior, it will be approached in two parts of this publication. The papers will be complemented, but they will be independent to each other, providing a current vision of the oral rehabilitation with dental implants. Therefore, the present work aimed to present guidelines for a correct planning based on biomechanical rationale to the full-arch fixed prostheses and overdentures. Keywords: dental implantation; dental prosthesis; biomechanics. 1. Especialista em Prótese Dentária pela Fundação Bauruense de Estudos Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Bauru; Mestrando em Implantodontia da Universidade de Santo Amaro 2. Professor Associado do Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia de Bauru; Professor do Curso de Especialização em Prótese Dentária da Fundação Bauruense de Estudos Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Bauru 3. Mestre em Dentística pela Faculdade de Odontologia de Araraquara da Universidade Estadual Paulista; Professora do Curso de Odontologia Centro Universitário Franciscano 4. Especialista em Prótese Dentária pela Fundação Bauruense de Estudos Odontológicos da Faculdade de Odontologia de Bauru; Mestrando em Implantodontia da Universidade de Santo Amaro 5. Especialista em Periodontia pela Faculdade de Odontologia de Piracicaba; Mestrando em Implantodontia da Universidade de Santo Amaro INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS 25 INTRODUÇÃO Originalmente, a utilização de implantes osseointegrados foi proposta para pacientes considerados inválidos orais, com o objetivo de melhorar o conforto, função e auto-estima, evitando a utilização de próteses dentais instáveis. O sucesso clínico dos implantes e seus componentes são determinados pela maneira como o estresse mecânico é transferido do implante ao tecido ósseo circundante, sem gerar forças de grande magnitude, o que poderia colocar em risco a longevidade do implante e a prótese21. Fatores biomecânicos são relatados na literatura como os principais responsáveis pela falhas dos implantes, sendo que muitos desses fatores não são completamente compreendidos19. Com base em informações publicadas, recentemente, mudanças conceituais ocorreram nas reabilitações protéticas ao longo das últimas décadas, desde a descoberta da osseointegração. A cada dia, novos desafios são, rotineiramente, propostos pelos pacientes, muitas vezes mutilados, que procuram Cirurgiões-Dentistas que se dedicam à área da reabilitação oral. Dessa forma, buscamos analisar, separadamente, diferentes estilos e comportamentos de próteses implantossuportadas. Neste primeiro artigo será abordado o comportamento biomecânico de prótese total fixa e overdenture. No próximo artigo, será analisada a biomecânica em prótese parcial fixa, união entre dentes naturais a implantes e associação de prótese parcial removível com implantes osseointegrados. Desta forma, serão abordadas todas as possibilidades terapêuticas para o tratamento do edentulismo total e parcial. Diante desta perspectiva, pretendemos discutir os conceitos atuais de biomecânica como fator de risco para o sucesso e longevidade da osseointegração. REVISÃO DA LITERATURA Prótese total fixa Num trabalho pioneiro18 foram analisados os aspectos biomecânicos relacionados às próteses fixas implantossuportadas e a transmissão de tensão do sistema prótese-implante osseointegrados ao tecido ósseo. Ainda hoje, muitos de seus conceitos são seguidos para o planejamento. É consenso entre os autores que cantiléveres, excessivamente longos, aumentam o risco de complicações. Diante disso, foram avaliados dois comprimentos de cantiléveres (≤15 mm e >15 mm) para prótese fixa sobre implantes. Os resultados demonstraram que cantiléver com comprimento reduzido apresentaram melhor desempenho clínico quando comparados com cantiléver longo17. Avaliaram15 a distribuição de estresse na interface implante/ tecido ósseo. Constataram que o aumento do comprimento 26 Volume 02 - Número 04 - Dezembro/2007 do cantiléver resultou na elevação dos valores de estresse na interface implante/tecido ósseo. No ano seguinte, avaliaram16 a melhor combinação de materiais para a confecção da restauração protética. Para tanto, utilizou resina acrílica, resina composta e porcelana como materiais para a superfície oclusal e diferentes ligas para confecção da infra-estrutura, tais como: ouro, prata-paládio, cromo-cobalto e titânio. Do ponto de vista mecânico, a combinação de materiais com maior módulo de elasticidade proporcionou menor estresse gerado sobre parafusos. Em estudo prospectivo6 com mais de 20 anos, avaliaram, clinicamente, o desempenho de próteses totais mandibulares implanto-suportadas. O índice de sucesso para os implantes e próteses foram 98,9 e 95,6%, respectivamente. Sendo o principal problema protético relacionado à perda do parafuso de retenção. Através de revisão sistemática5, incluindo critérios de metaanálise, não encontraram evidências científicas de que o tratamento através de prótese fixa ou overdenture apresenta-se melhores resultados para pacientes completamente edêntulos. Overdenture O tratamento com overdenture é otimizado quando se utiliza um maior número de implantes possível, sendo que os implantes devem estar unidos através de uma barra rígida8. No ano seguinte, avaliaram11 o comportamento de diferentes sistemas de retenção de overdentures em relação à distribuição de estresse. O sistema barra-clipe apresentou uma melhor distribuição de forças geradas sobre a mucosa posterior, contudo apresentou maior concentração de estresse ao redor do implante. Avaliaram, clinicamente, o prognóstico de overdentures mandibulares e maxilares, retidas por um pequeno número de implantes, utilizando dois tipos diferentes de attachments (barra-clipe e tipo bola). Não foi encontrada diferença entre os sistemas de attachments. Os autores concluíram que a perda de implantes ocorreu, principalmente nos pacientes considerados como grupo de risco, ou seja, apresentavam reabsorção severa do rebordo e qualidade óssea desfavorável, combinados com inserção de implantes curtos e presença de cantiléveres longos. Em 200320, avaliaram a influência de três sistemas de retenção para overdenture no desenvolvimento de estresse ao redor dos implantes. Os sistemas de retenção avaliados foram bola/O´Ring, barra-clipe e magneto. O sistema bola apresentou menor transferência de estresse aos implantes e estabilidade superior ao grupo barra-clipe. O sistema barraclipe apresentou áreas de grande concentração de estresse ao redor dos implantes. Já o sistema magneto apresentou os menores valores de estresse, contudo a prótese demonstrou grande instabilidade. A utilização do sistema bola demonstrou ser superior aos demais sistemas, promovendo melhor estabilidade para o aparelho protético e uma distribuição mais efetiva do estresse. Através de um estudo clínico7, com duração de 60 meses, avaliaram as complicações protéticas em overdentures retidas por dois implantes isolados na região anterior da mandíbula. As falhas mais freqüentes foram: perda de retenção da cápsula de ouro, traumatismos na mucosa e a necessidade de reposição dos componentes de retenção (attachments). DISCUSSÃO Prótese total fixa O desenho de uma prótese fixa implantossuportada compreende uma distribuição espacial para os implantes, necessitando, na maioria dos casos, de um prolongamento para distal e, bilateralmente, das estruturas protéticas, denominadas cantiléveres. Para a maxila é preconizada a utilização de 6 implantes com comprimentos ≥ 10 mm; já para a mandíbula deve-se utilizar o maior número possível de implantes (cinco ou seis), evitando a utilização de implantes curtos13. Para permitir uma distribuição uniforme das forças funcionais ao tecido ósseo sem sobrecarregar a interface implante/osso, é necessário que o comprimento do cantilever não ultrapasse a 15 mm17 no arco inferior (Figura 1) e, na maxila não deve ser incluído ou sua extensão deve ser inferior a 10 mm9 (Figuras 2), devido à pobre qualidade óssea encontrada nessa região. A inclusão de cantiléver em prótese fixa é considerada biomecanicamente, como um importante fator de risco. Diante disso, avaliaram12 o efeito da instalação de implantes na região posterior da mandíbula em pacientes edêntulos durante 1 ano. Os autores12 associaram maior número de falhas aos implantes localizados nesta região, sendo o principal motivo atribuído à deflexão, que ocorre na mandíbula durante os movimentos abertura e lateralidade. Portanto, quando for planejada uma modificação no plano de tratamento convencional, deve-se tomar alguns cuidados especiais, como, por exemplo, utilizar um maior número de implantes nesta região ou mesmo a secção da prótese, a fim de melhorar o prognóstico dos implantes. O material de confecção da infra-estrutura e o de recobrimento oclusal também influenciam, significativamente, o comportamento biomecânico da prótese. Parece não ser válida à utilização de dentes em resina acrílica para a absorção de impacto como era proposto18, sendo que esse mesmo autor recomenda a combinação de uma estrutura em cobaltocromo associada à porcelana como material de recobrimento Figura 01. Prótese fixa inferior (tipo protocolo) suportada por 5 implantes; o cantiléver não deve exceder a 15 mm. Figura 02. Prótese fixa superior suportada por 6 implantes, apresentando cantiléver reduzido. Figura 03. Fratura da prótese provisória devido à falta de infra-estrutura metálica associada ao cantiléver muito extenso. Figura 04. O torque aplicado desenvolve uma força dentro do parafuso chamada pré-carga. O alongamento do parafuso coloca a haste e as roscas em tensão e a recuperação elástica do parafuso cria a força de apertamento que mantém a prótese e o implante juntos. INNOVATIONS IMPLANT JOURNAL - BIOMATERIALS AND ESTHETICS 27 oclusal16. Isto, provavelmente, significa que, a alta resistência da infra-estrutura à torção reduz o risco de sobrecarga mecânica nos parafusos de retenção, especialmente em infraestrutura com extensões em cantiléver (Figura 3). Estudos longitudinais com preservação de mais 15 anos demonstraram que pacientes reabilitados com prótese fixa implantossuportada apresentaram um índice de sucesso superior a 90%6. Ainda, segundo este mesmo autor, o afrouxamento/fratura do parafuso está entre as complicações biomecânicas mais freqüentes relacionadas para as próteses totais fixas, sendo sua causa atribuída, principalmente, à falta de passividade das estruturas protéticas e a uma pré-carga inadequada (Figura 4). Overdenture O tratamento com overdentures pode ser considerado como uma excelente opção de tratamento em relação às próteses totais fixas, em determinadas situações quando o paciente, por limitações financeiras e biológicas (com rebordo residual muito reabsorvido e relações maxilares desfavoráveis), não pode ser submetido à modalidade de tratamento mais complexa1. Nestes casos a indicação de overdenture proporcionaria uma significativa melhora nas funções orais. Estão disponíveis no mercado três sistemas de retenção para overdenture, sendo compostos por dispositivos do tipo barra/ clipe, do tipo anel de retenção (O´rings) e do tipo magneto, os quais apresentam um comportamento biomecânico diferente entre si4. O sistema tipo bola, por ser mais resiliente, permite à prótese movimentos limitados nos sentidos ântero-posterior, lateral e intrusivo, já o magneto, apresenta movimento em todas as direções e, no sistema de retenção barra-clipe, apenas o movimento ântero-posterior é observado. A presença de múltiplos implantes unidos através de uma barra rígida apresenta uma melhor distribuição de tensões entre implantes e tecido ósseo8. Contudo, trabalhos mais recentes, utilizando strang gauge e análise por elemento finito, demonstram que o sistema tipo bola favorece a distribuição das tensões e minimiza o movimento do aparelho protético 11,18 . Vários estudos1,19 foram desenvolvidos com objetivo de avaliar o comportamento das overdentures sobre os implantes, contudo não há evidências que um sistema seja superior ao outro. Em 199913, algumas considerações foram apresentadas para otimizar um correto planejamento, como a necessidade de instalação de apenas dois implantes seria suficiente para reter uma overdenture mandibular, desde que, sejam observados alguns protocolos como paralelismo e distância entre os implantes (Figuras 5). Já para overdenture maxilar deve-se utilizar, pelo menos, 4 (quatro) implantes unidos por uma 28 Volume 02 - Número 04 - Dezembro/2007 Figura 05. Desenho overdenture mandibular retida por dois implantes associados diferentes sistemas de retenção. A - Tipo O´Ring B- Tipo Barra-clip. Figura 06. Overdenture superior suportada por 4 implantes unidos através de uma barra. barra rígida (Figura 6), devido ao fato dessa região apresentar um volume e qualidade óssea desfavoráveis. Ainda, a utilização de uma ampla aérea de suporte (tuberosidade, palato, trígono retromolar, entre outras) é imprescindível, devendo aproximar-se à área de suporte utilizada para próteses totais convencionais para que o funcionamento biomecânico da prótese seja adequado2,13. Através de estudo longitudinal7 demonstraram que as principais complicações protéticas encontradas com overdentures, sendo a necessidade de ativação do clipe e perda de retenção do anel as falhas mais encontradas para cada sistema. A estabilidade da prótese é um importante fator de satisfação para o paciente20. Por isso, é necessária a utilização de sistemas eficazes que otimizam a retenção e favoreçam a distribuição das tensões, sendo fatores importantes para obter longevidade no trabalho reabilitador. CONCLUSÕES 1) Próteses totais fixas devem ser confeccionadas com materiais com alto módulo de elasticidade, pois apresentam uma melhor distribuição das forças entre os implantes. Ainda não se deve exceder o comprimento do cantiléver, a fim de não sobrecarregar o conjunto; 2) Independente do sistema de retenção (Tipo Bola ou Barra/ Clip) utilizado nas overdentures, ambos apresentam bons resultados clínicos. A escolha por um determinado sistema parece estar associada a uma questão pessoal; 3) Um maior índice de falhas de implantes osseointegrados está relacionado a condições limites como, por exemplo, rebordos, severamente reabsorvidos, qualidade óssea desfavorável, combinados com inserção de implantes curtos e presença cantiléveres longos. Referências Bibliográficas 1. Bergendal T, Engquist B. Implant-Supported Overdentures: A Longitudinal Prospective Study. Int J Oral Maxillofac Implants 1998, 13(2):253-262. 2. Bo Rangert ME et al. Bending Overload and Implant Fracture: A retrospective Clinical Analsys. Int J Oral Maxillofac Implants 1995, 10(3):326-334. 3. Bo Rangert ME et al. 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