ANALISE POPULACIONAL URBANA E RURAL DA REGIAO
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ANALISE POPULACIONAL URBANA E RURAL DA REGIAO
ANÁLISE POPULACIONAL URBANA E RURAL DA REGIÃO METROPOLITANA DE LONDRINA E ARCO NORTE URBAN AND RURAL ANALYSIS OF POPULATION METROPOLITAN REGION OF LONDRINA AND NORTH ARCH Carolina Zundt Correa 1 [email protected]; Palavras-chaves: Região Metropolitana; Análise geográfica cartografia; População. Keywords: Metropolitan Region, Geographic mapping analysis; Population. Este trabalho é resultado das pesquisas realizadas em projeto de Iniciação Científica pela aluna Carolina Zundt Correa, coordenado pelo Professor Dr. Omar Neto Fernandes Barros Professor Associado do Departamento de Geociências, coordenador do projeto de pesquisa CNPq/UEL No 470220/2007-4. Seu objetivo principal é analisar a região Metropolitana de Londrina e Arco Norte em suas características populacionais urbanas e rurais e sócio-econômicas. Para tanto foi utilizada como técnica, a cartografia, que é um procedimento próprio da geografia, gerando cartas temáticas com o uso de dados oficiais do IBGE e processado em software PHILCARTO. Através da análise dos dados de cada região verificou-se que o Arco Norte possui forte ligação dos seus municípios em termos das suas características sócio-econômicas, bem superior que aquelas apresentadas pela RML. Para se estabelecer uma análise da população e como surgiram as aglomerações populacionais urbanas na parte norte do Paraná, é preciso antes entender um pouco do histórico das cidades que a compõe. As primeiras cidades a serem povoadas no terceiro planalto paranaense, dito norte do Paraná, em que está localizada a região metropolitana de Londrina, foram as cidades de Jacarezinho (1900) e Cambará (1904) . Esse Povoamento esteve vinculado estritamente com a ação do Governo Imperial brasileiro, com a fundação da colônia agro-militar de Jataí, localizado na margem direita do rio Tibagi. A economia dessas cidades, em meados de 1920, foi pautada na criação de suínos pela instalação do primeiro frigorífico em Jaguaraíva. Suínos de Maringá, Campo Mourão, Apucarana, Londrina também eram conduzidos para o frigorífico mais ao sul do estado. 1 Aluna do terceiro ano do curso de Geografia, do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Londrina e bolsista do projeto CNPq/UEL N°: Região Metropolitana de Londrina ou Arco Norte: Uma Análise Cartográfica. Esta estrutura econômica do estado do Paraná foi sendo gradativamente desmontada na medida em que se expandia à cafeicultura, tornando-se uma atividade econômica mais rentável que a primeira (FRESCA 2007 p. 212). Por conta desse fato e a proximidade da frente pioneira paulista alterações no início do séc. XX resultaram na incorporação de novas terras através da expansão e deslocamento de fazendeiros e trabalhadores paulistas com o objetivo de produzir café na região norte paranaense. O povoamento se estendeu até o atual município de Tamarana e Marilândia do Sul e por volta de 1929 arrefeceu. Segundo o Professor Orlando Valverde apud Fresca No ano de 1929 a conjuntura desfavorável do café faz com que a acupação do norte do Paraná ganhe mais vigor com a participação da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP). Na época muitas famílias de colonos do estado de São Paulo foram para o Norte do Paraná, no interesse de obter seu primeiro lote de terra. As ligações entre as cidades eram feitas através das estradas que eram construídas pela CTNP, que mais tarde iam ajudar na construção dos trilhos. Fresca ainda explica que como as áreas eram dividias em lotes, “é preciso que houvesse um núcleo urbano para atender os novos proprietários sem que as distâncias fossem longas. Daí a necessidade de fundar núcleos a cada 10 ou 15 km”. Não mais apenas os lotes rurais, mas os urbanos passaram a ser comercializados também como em razão da escala de produção que não renunciava o núcleo urbano para assegurar o acesso as mercadorias e obter bens e serviços necessários. Como foi a partir do século XX que as ocupações avançaram em direção ao oeste do estado, tendo a cafeicultura como impulsionador da frente pioneira, Fresca (2002) coloca também que neste período ocorreram às primeiras iniciativas de colonização e fundação de cidades através dos loteamentos estruturados a partir da concessão de terras. É o caso de Primeiro de Maio, Sertanópolis e Santo Inácio. Principal destaque desta época foi dado a Londrina que nasceu em 1929 e teve sua primeira ocupação “de uma fase vindoura: a dos grandes projetos de loteamentos”. Até o final dos anos 1950 ocorreu a gênese dos núcleos urbanos desta última etapa da ocupação da área em estudo. A parir dos anos 60 foi um período marcado pela grande migração urbana e ocasionado pela mudança no padrão de porção agrícola. A Região Metropolitana de Londrina foi instituída pela Lei Complementar nº 81, em 17 de junho de 1998, alterada pelas Leis nº 86, de 07/07/2000 e nº 91, de 05/06/2002, sancionadas pelo governo Jaime Lerner. Integrando as cidades Londrina, Bela Vista do Paraíso, Cambé, Ibiporã, Jataizinho, Rolândia, Sertanópolis e Tamarana (Figura1). O Arco Norte tem por objetivo integrar Londrina aos municípios de Ibiporã, Cambé, Rolândia (essas pertencentes à Região Metropolitana de Londrina), Arapongas e Apucarana. Figura 1: Mapa com os municípios que compõe a Região Metropolitana de Londrina e Arco Norte. De acordo com o Atlas da mundialização, publicado em 2009, um mapa “é a imagem gráfica que deve permitir uma percepção instantânea e uma memorização fácil da informação representada; Eles são formas subjetivas de representar, através de imagens, símbolos e cores, uma natureza de dados. Com o software Philcarto, a partir de dados disponibilizados pelo IBGE, foram elaborados mapas que representam o grau de urbanização da RML Para estabelecer uma consideração sobre o rural e o urbano no Brasil o IBGE(2000) adota o critério leva em conta as áreas internas dos municípios e a população que vive nas mesmas. Para os municípios em sua totalidade o instituto (IBGE) propõe uma tipologia a fim de permitir uma análise e determinar a definição da rede urbana brasileira. Os municípios são classificados segundo dimensões demográfica, econômica e grau de urbanização que são consideradas simultaneamente, resultando na classificação final. A figura 2 representa segundo o IBGE a tipologia dos municípios a partir dos critérios estabelecidos por esse instituto. Figura 2: Tipologia segundo IBGE para uma determinação do rural e do urbano dos municípios na RML e Arco Norte. A população urbana da região metropolitana de Londrina é predominante. Este quadro apresentado é resultado de um processo histórico. Assim como Londrina, que surgiu de uma fase vindoura dos projetos de loteamento, outros municípios foram povoados e urbanizados em função do abastecimento da população que necessitava de uma infra-estrutura para se estabelecer na cidades. Com a análise dos mapas podemos ver que os municípios em geral que possuem um desenvolvimento urbano mais fraco estão ligados as atividades rurais. Portanto como a RML apresenta relativamente uma fraca relação com a agricultura podemos considerar que ela está um alto grau de desenvolvimento urbano. Referencial Teórico: BARROS, M. V. F.; Barros, O. N. F. ; MELLO, N. A. & THÉRY, H. Londrina, de la ville pionnière à la maturité, en quatre-vingts ans. Revue Mappemonde, no 73, vol. 1, 2004. Disponível em http://mappemonde.mgm.fr/nim1/articles/art04106.html DURAND, M. F.; COPINSCHI, B.M; PLACIDI, D. Atlas da Mundialização. São Paulo: Editora Saraiva, 2009 FRESCA, T. M. A Estruturação Da Rede Urbana Do Norte Do Paraná – Geografia do norte do Paraná: um resgate histórico - volume 2 / organizadores: Tânia Maria Fresca; Márcia Siqueira de Carvalho. – Londrina: Edições Humanidades. IBGE. Censo de 2000. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/censo/>. Acesso em: 07 de Abril de 2010. IBGE. Contagem da população 2007. Disponível em: <http://www.ibge.com.br/cidadesat>. Acesso em: 07 de Abril de 2010. PHILCARTO. Software disponível para download em: http://philgeo.club.fr. THÉRY, H., MELLO, N. A. de Atlas do Brasil – Disparidades e Dinâmicas do Território. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.