FAVO COM MEL DIRETO NO VIDRO

Transcrição

FAVO COM MEL DIRETO NO VIDRO
EMATER - PR
Fomento à Novas Tecnologias
“FAVO COM MEL DIRETO NO VIDRO”
NILO DELIBERALI
TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
LOTAÇÃO: SANTA LÚCIA
CASCAVEL
2004
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SUMÁRIO
RESUMO......................................................................................................................03
ANEXOS......................................................................................................................14
1. Introdução..............................................................................................................04
2. Contextualização do projeto.................................................................................06
3. Conceituação do projeto.......................................................................................07
4. Detalhamento da tecnologia.................................................................................10
5. Desenvolvimento do projeto.................................................................................11
6. Resultados..............................................................................................................12
7. Conclusões..............................................................................................................13
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma tecnologia desenvolvida através de
alguns anos pesquisa, na produção de mel, direcionado ao setor apícola da região Oeste e
Sudoeste do Paraná. Primeiramente fizemos uma abordagem geral da história do mel no mundo
e suas peculiaridades na saúde, natureza, comércio dentre outros. Em continuidade ao projeto,
relatamos uma descrição da região onde o projeto foi desenvolvido. Posteriormente foi abordada
uma noção de como esta tecnologia se difundiu, até se transformar em realidade. Apresentamos o
detalhamento desta tecnologia, sua implantação e execução. E por fim os resultados e conclusões
do referido trabalho.
Palavras chaves: Apicultura, Favo com Mel, Diversificação, Agronegócio.
DELIBERALI, Nilo. Favo com Mel Direto no Vidro. Cascavel: 2004. 23p (Extensão Rural EMATER PR).
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1. Introdução
Dados históricos revelam que as abelhas existem no mundo há mais de 5 milhões de
anos e o mais curioso é que quase não sofreram mutações durante este tempo. Já o início da
atividade apícola foi oficialmente reconhecido no Egito, há cerca de 2.400 anos ªC. O mel,
principal produto fabricado pelas abelhas, é velho conhecido do homem. Na antiguidade, além
dos Egípcios, os Gregos recolhiam mel nas montanhas do Hymeto. Na Grécia antiga, o mel era
conhecido como o “Manjar dos deuses”.
Para produzir um quilo de mel, as abelhas necessitam visitar quatro milhões de flores,
percorrendo quarenta mil quilômetros (o equivalente a uma volta ao redor do mundo). Isto se a
florada estiver a 500 metros da colméia. Só para o consumo próprio, uma família normal de
abelhas européias consome 90 quilos de mel e 30 quilos de pólen, o que dá idéia dos
condicionantes ambientais e ecológicos para o desenvolvimento da apicultura. Nos países
desenvolvidos, atribui-se vinte vezes mais valor ao trabalho de polinização que as abelhas fazem
do que a eleboração de mel, pólen, própolis e os demais produtos.
A apicultura é uma atividade oportunizada à homens e mulheres imunes de alergias, que
queiram com zelo e dedicação produzir produtos de alto valor nutritivo e farmacológico. As
abelhas portanto são meio de solução social no Brasil, sendo aplicadas idéias através de projetos
economicamente viávies, que venham a desenvolver os pequenos proprietários rurais, assentados
da reforma agrária, comunidades indígenas e outros, servindo também para reabilitar pessoas
com desvio de conduta moral, conforme depoimento na carta em anexo.
Nos últimos anos nota-se um maior interesse mundial por todos os produtos das abelhas,
não somente o mel. Este interesse se justifica pelo fato dos produtos das abelhas terem
propriedades medicinais e nutritivas incomparáveis. O mel, produto produzido em maior
quantidade pelas abelhas, permite uma alimentação imediata e intensiva de todo o sistema
muscular, especialmente o do coração, através da glicose.
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Ainda, uma maior profundidade na produçâo apícola pode ser dada no que tange um
direcionamento para o mercado consumidor com preferência por produtos orgânicos. O Brasil
pode ser considerado um país com forte potêncial para a modalidade destes produtos,
principalmente em regiões onde as fronteiras agrícolas não são tão agressivas. Este potêncial
deve-se ao fato de utilizarmos as abelhas africanizadas1, e de termos condições climáticas ótimas
que ajudam muito no controle das doenças, pragas e parasitas.
A produção de mel orgânico precisa respeitar certas características do meio ambiente e
manejar adequadamente a criação de abelhas, como por exemplo evitar o uso de produtos
químicos, tanto no controle de pragas e doenças em
lavouras e criações, como também
antibióticos nas colméias. Em função disto, normalmente não necessitamos realizar tratamentos
preventivos ou curativos, como ocorre em várias partes do mundo e desta forma nossos produtos
possuem boa qualidade e aceitação.
O mercado com produtos de origem agrícola vem passando por sérias mudanças nos últimos
anos. A abertura das fronteiras comerciais internacionais deu ao consumidor o direito de escolher
entre os produtos, os que aliam qualidade e preço.
Este novo panorama exige do produtor criatividade na forma de gerenciar seu
agronegócio, especialmente a forma de produzir e vender seus produtos. A apicultura não poderia
ficar de fora destas mudanças. Pensando nisso é que pesquisei uma técnica para produzir o favo
com mel diretamente no vidro. Uma alternativa de renda com padrão diferenciado, que agrega
valor à produção além de oferecer ao cliente um produto seguro e higiênico, com
acondicionamento que facilite o consumo de mel em favo.
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As abelhas afriacanas: abelhas de raça adansoni (africana) cruzada com raças européias, são mais resistentes à
pragas e doenças
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2. Contextualização do projeto
Na região Oeste e Sudoeste do Paraná se insere enorme quantidade de vegetação formada
por variadas espécies de plantas, o que nos dá a garantia de boas produções de mel. Entre elas
temos: guabirobeiras, pitangueiras, canelas, angicos, guajuviras, loros, cinamomo, açoitas,
assapeixe, maria mole, ingá, tarumã, plantas cítricas em geral além de eucaliptos, uva japão,
vassouras, e tantas outras plantas, arbustos e vegetação rasteira.
A maioria das propriedades rurais são formadas pela agricultura familiar, na qual sua
característica principal é a preservação de mata ciliar e reservas de preservação permanente,
permitindo em cada microregião, haver um grande número de fragmentos2 . O clima temperado
da região favorece o desenvolvimento de florestas. Por outro lado temos as cidades da região com
população numerosa necessitando de alimentos com qualidade para consumo como, mel, pólen,
própolis, etc.
Na região a apicultura tem muito a avançar, em tecnologia, a produção e coleta de mel
necessitam de incrementos e no campo de atuação há muito espaço a ser preenchido. Percebe-se
que muitas propriedades rurais seriam fortes locais de instalação de apiários mas, nem todos os
proprietários dessas áreas tem afinidades com a criação de abelhas.
Somente no Oeste do Paraná existem segundo pesquisas realizadas pelo Jornal O Paraná,
de agosto 20023, uma população de 1.138.019 habitantes, , 3.370 indústrias, 58.379 propriedades
rurais, das quais cerca de 400 propriedades localizadas em Santa Lúcia e Lindoeste - Paraná, são
atendidas pela emater sob minha responsabilidade.
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Pequenas áreas com presença de mata nativa.
Jornal O Paraná edição especial de agosto de 2002, sobre levantamento das cidades do Oeste do Paraná.
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A agricultura passa por mudanças onde o valor dado a cada produto deve ser encarado
com profissionalismo e criteriosamente avaliado. A produção de mel é sem sombra de dúvidas
uma excelente alternativa de conhecimentos e de renda. Pensando nisto é que procurei cada vez
mais conhecer e estudar o referido assunto.
3. Conceituação do projeto
Ao ingressar na EMATER-PR em 1980 percebeu-se que havia necessidade de informação
na área de apicultura e muitos produtores desejavam produzir mel e não o faziam por não saber
lidar com as abelhas. Os poucos que atuavam, com coragem, enfrentavam sérias dificuldades
como: Perda de enxames por ataque de pragas (Formigas, traças, tatus, etc.), deficiência nas
instalações de coleta do mel, precariedade no manejo das colmeias, poucos e deficientes
equipamentos de proteção individual e estoque de mel com qualidade duvidosa.
Em abril de 1982 participei do primeiro curso de apicultura promovido pelo
INCRA/FAEP. Em setembro do mesmo ano, frequentei outro curso pela EMATER-PR. Naquele
mesmo ano programamos um curso de apicultura no município de atuação em Sapopema - PR,
com o auxílio do projeto VER - Vídeo Educativo Rural.
Daí em diante sempre produzi mel para o próprio consumo com venda do excedente. Em
1984 viemos atuar na região oeste e 21 cursos foram ministrados nos vários municípios sendo:
Jesuítas, Tupãssi, Vera Cruz do Oeste, Diamante do Oeste, Nova Aurora, Cascavel, Três Barras
do Paraná, Campo Bonito, Lindoeste, Santa Lúcia, Guaraniaçú e Capitão Leônidas Marques.
Em 1992, ao me estabelecer com a família em Cascavel, iniciei parceria com amigos
apicultores atuando nos horários fora de expediente. Com o aumento da produção de mel,
comecei a ficar conhecido na cidade e muitos clientes solicitavam mel em favo. As dificuldades
em manipular um favo de mel na hora do cunsumo, levava o cliente a não mais adquirir esse
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produto. Duas situações ocorrem neste caso: a primeira em colocar o favo de mel sob
refrigeração onde muda sua aparência, perdendo a naturalidade, na segunda situação se deixar o
favo de mel em temperatura ambiente pode atrair insetos e com a presença de umidade do ar
danifica-se facilmente.
Refletindo numa nova forma de atender a necessidade do consumidor com um produto
que tivesse alta qualidade natural, passasse confiabilidade de pureza, boa aparência e
durabilidade com segurança higiênica na forma de embalar e consumir. Também aliado a
necessidade de inovar para bem representar a área de tecnologias da EMATER-PR no Show
Rural/Coopavel foi que surgiu a idéia de produzir o “Favo com mel direto no vidro”.
Diante desta situação, em outubro de 1998 deram-se os primeiros passos para colocação
dos vidros sobre as colmeias em total experimentação. Como já possuia algumas caixas em
produção, resolvi adaptar um teste na ocasião, foi providenciado uma tábua do tamanho de uma
caixa padrão americano, onde foram feitos desesseis orifícios do tamanho da boca do vidro que
pertencia à experiência, no interior deste vidro, foi colocada uma lâmina de cera alveulada.
Posteriormente uma sobre-caixa sem os caixílhos para suportar a tampa e manter o ambiente sem
apresença de claridade onde os vidros ficariam.
Naquele primeiro ano, apenas dois vidros ficaram prontos, com o favo totalmente
operculado, como segue em anexo uma foto ilustrativa do produto. A curiosidade era enorme à
quem visse o produto final. Dúvidas e novas idéias surgiram junto aos apicultores atendidos em
cursos e visitas de campo, mas só dispunha daqueles dois vidros para apresentação, a confiança
da nova tecnologia era tanta, que resolvi no ano seguinte mostrar ao público no Show Rural/
Coopavel realizado em fevereiro de 1999,
sendo que muitos apicultores mostraram-se
interessados em experimentar o invento em suas propriedades, bem como autoridades e
consumidores no desejo de adquirir o produto finalizado.
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Com a necessidade de assegurar o invento, elaborei um folheto detalhado da tecnologia,
ao qual encontra-se em anexo no presente trabalho, depois o enviei para registro do texto "Mel
com favo direto no vidro”, na Fundação Biblioteca Nacional –Ministério da Cultura do Rio de
Janeiro cujo número é 194.473, no livro334 e folha 129, estando o mesmo nos anexos. Solicitei à
EMATER-PR através da gráfica na Unidade Central, tiragem de 2.000 exemplares do folheto.
Na primavera de 1999 muitos vidros foram colocados em produção e no Show Rural/
Coopavel em fevereiro do ano de 2000 esses vidros prontos, foram expostos como forma de
demonstração da viabilidade desta alternativa de produção. Nos dias do Show Rural/Coopavel os
vidros em exposição chamaram a atenção de vários canais de comunicação, então fui procurado
para divulgar a tecnologia através da TV Paranaense, TV Tarobá, TV Rede Vida, através da
EMATER-PR , TV CNT – Carimã e por fim a Rede Globo de Televisão do Programa Globo
Rural, onde a matéria desta última, foi veiculada em 30 de abril de 2000. A Rede Globo divulgou
retorno de resposta caso envio da solicitação do folheto à Unidade Municipal da EMATER de
Lindoeste. O resultado foi superior a 1.700 cartas que foram recebidas de todos os Estados do
Brasil e duas de procedência internacional. Todas as correspondências foram respondidas com no
mínimo o envio do folheto com a tecnologia, muitas com contra respostas, sendo que nas
correspondências vieram perguntas inusitadas, histórias de vida, administradores municipais
preocupados com as comunidades indígenas, folhetos de apicultura, livros regionais, cartões
postais e de apiários, endereços de associações, em fim uma repercursão e interação além do
esperado.
Casos como, de uma família de apicultores no município de Floresta-PR, que entrou em
contato por inúmeras vezes, onde iniciou a produção exatamente conforme o indicado no folheto,
com algumas sugestões e adaptações, este apicultor considera-se como satisfeito com a nova
tecnologia adotada, conforme segue
anexo carta e fotos
de envio pelo mesmo. Tive a
oprtunidade de visitá-lo e comprovar in-loco que sua produção está superando os 200 vidros em
uma safra, com apenas 10 caixas produzindo, das 82 do total em campo.
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4. Detalhamento da tecnologia
O processo inicía-se com a obtenção de colméias populosas instaladas no apiário, com as
devidas condições de uso como: suporte anti-formiga, caixa padrão americano, tela excluidora,
boa cobertura da caixa. Consiste em preparação de uma tábua de 41cm x 51cm com 2cm de
espessura. Colocar uma sobre-caixa em cima da mesma e riscar com lápis por dentro.
Dividir o retângulo interno da sobre-caixa em 20 partes onde cada uma delas deve ser
feito um orifício do tamanho da boca do vidro com ele para baixo. O vidro a ser utilizado é
padrão, para conservas de palmitos, pepinos e outros, que mede 13,5cm de altura , e possui
diâmetro superior de 7cm e inferior de 8,5cm com o mesmo em pé.
O vidro e a tampa novos, devem ser adquiridos em lojas especializadas e esterelizados.
Posteriormente, a cera alveolada deve ser cortada na largura da boca do vidro observando sempre
a linha dos alvéolos que deverá ficar horizontalmente ao vidro em pé e fixada na base em seu
interior com o auxílio de uma seringa com cera líquida.
Para instalção no campo retira-se a tampa que cobre o ninho coloca-se a tela excluidora
depois a tábua com os 20 vidros posicionados de boca para baixo, direcionando os mesmos com a
cera logitudinal ao sentidos dos caixílhos do ninho. Depois procede-se a colocação de uma sobrecaixa sem caixílhos no redor dos vidros e coloca-se a tampa, em seguida o coberto. A coleta dos
vidros deve ser realizada em dia ensolarado e ainda no campo proceder o fechamento dos mesmo
com tampa nova.
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5. Desenvolvimento do projeto
Posterior a data da realização do Show Rural/Coopavel de fevereiro de 1999, iniciei uma
proposta para produção fomentando a nova tecnologia aos produtores por mim atendidos, muitos
deles não conseguiam produzir, casos como: Após a simples verificação da tecnologia no Show
Rural/Coopavel, colocou os vidros, mas deixou de instalar a sobre-caixa para escurecer o
ambiente, outros colocaram vidros fora do padrão, cuja tampa nova não estava disponível no
mercado para aquisição. Ao contrário de muitos, que seguiram
as informações corretas e
obtiveram sucesso na produção de Mel no vidro.
Diante de uma necessidade por cursos em apicultura aos agricultores da região, foram
ministrados por mim 14 cursos nesta área, com todas as etapa de apreendizagem referentes a
produção de favo com mel direto no vidro, onde aproveitei a ocasião para incluir a nova
tecnologia aos seus conhecimentos. Passei por cidades como Três Barras do Paraná, Boa Vista da
Aparecida, Capitão, Santa Lúcia, Lindoeste, Vera Cruz do Oeste, Cascavel, Campo Bonito,
Guaraniaçú dentre outros.
A nova tecnologia exige do apicultor estrutura adequada, como colméias padrão,
cuidados especiais e mão de obra com maior dispêndio de tempo para preparo do material na
produção de mel no vidro, muitos dos agricultores por alguns destes motivos não adotaram a
nova tecnologia, ao cotrário de outros, que pela difusão da novidade divulgada nos meios de
comunicação, fez com que a produção de mel no vidro se estendesse para outras localidades do
estado e país.
Um dos motivos mais fortes que evidenciei, foi que, cada produtor de mel estava em uma
fase de produção, ou seja, ele poderia somente produzir mel, poderia ir além, implementando
seus conhecimentos para atuar produzindo outros produtos elaborados pelas abelhas, como pólen,
geléia real, apitoxína e outros. Como a técnica buscava este último estilo de produtor apícola,
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ocorreu de primeiro momento uma seleção natural dos produtores na região por mim atendida.
Dos que obtiveram sucesso com a produção de favo com mel direto no vidro, a produção
continua sendo muito satisfatória entre eles.
Desde a data de início da divulgação e conscientização dos primeiros apicultores até a
data recente, muitos deles vieram a produzir, outros apenas testaram a tecnologia, enquanto
outros migraram com a técnica para diferentes lugares. Em fim, a esperada técnica esta difundida
em várias regiões do país onde foi bem aceita.
6. Resultados
De primeiro momento na pesquisa iniciada no campo, até a sua estruturação de um
esboço do projeto, a tecnologia vinha com uma previsão de melhora do produto, que é o mel,
afim de transformar e agregar maior valor na produção apícola.
A divulgação de todos os anos no Show Rural COOPAVEL, reportagens em
revistas, programas de TV, jornais, e outros meios de comunicação, fez com que a tecnologia se
espalhasse pelo país, bem como o nome da Emater-PR, sempre vinculado à mesma. Somou-se
aos resultados os artigos e publicações em vários canais com trocas de informações sobre o
asssunto nas respostas em telefonemas, depoimentos e carta recebidas. A dissiminação da notícia
na época motivou os apicultores da região a produzir mais mel, dispertando neles o interesse em
criar também novas tecnologia e promover melhorias na atividade.
Nos cursos que ministrei foram abordados assuntos do setor junto aos agricultores,
os quais sempre se mostraram favoráveis em adotar imediatamente a nova tecnologia em seus
apiários. Trouxe também, uma valorização e dedicação na atividade apícola da região e junto aos
agricultores, que passaram a comercializar seus produtos em feiras, lanchonetes em beira de
rodovias, exposições, venda direta e outros meios.
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Desde o início do projeto, os resultados ainda são progressivos, mas sem uma
mensuração exata de todos os produtores atuantes com a nova tecnologia, pois foi e está sendo
implantada em diferentes partes do país. Delimitando para minha região os agricultores que estão
atuando na apicultura e utulizando-se da tecnologia "Favo com mel direto no vidro" estão
otimistas por ser um investimento compensador.
7. Conclusões
No decorrer de todo o tempo de desenvolvimento e da colocação da técnica em
prática muitos passos devem ser observados, como: organização do apiário, instalação em áreas
de boas floradas, intensificação de produção na estação da primavera, persistência por parte do
apicultor, , dentre outros pontos para viabilização da produção de favo com mel.
Quanto a aplicabilidade do projeto fica ressalvas de algumas limitações para a
produção de favo com mel direto no vidro, sendo a disponibilidade de quantidades mínimas de
colméias, materiais e orientação técnica de produção, dispêndio de investimento inicial, busca de
clientes potenciais, cujo produto é de alto valor agregado e tem como direcionamento um nicho
de mercado pré-estabelecido.
Do inicio até a atual situação deste trabalho, junto aos meus atendidos, a
tecnologia vem sendo implementada com mudanças que estão melhorando a produção com o
foco na eficiência máxima.
No que se refere ao lado pessoal e profissional, estou motivado a evoluir cada vez
mais para proporcionar melhoria na área de apicultura, já que em nossa região somos tratados
como "especialistas" no assunto, e muito bem gratificados com a receptividade dos agricultores.
Com a sinergia entre meu trabalho e os agricultores por mim atendidos, faz com que a cada dia
venho a buscar um diferencial em minha profissão, assim beneficiando-os.
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ANEXOS
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Fotos do produto pronto:
16
Fotos do produtor de Floresta-Pr
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Fotos de cursos ministrados dentro da Emater-PR
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Cartas recebidas:
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21
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Folheto da tecnologia
vidro"
e certificado de registro "Favo com mel direto no

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