Jornal Eleições Sindicato DF 2013

Transcrição

Jornal Eleições Sindicato DF 2013
OPOSIÇÃO BANCÁRIA 3
Brasília-DF, março de 2013
Com os bancários, seguimos na luta!
Na última eleição do Sindicato de Brasília (SEEB), a Oposição
Bancária – Chapa 3 – Independência, Transparência e Luta, alcançou
expressivos 37% dos votos válidos, contra 56% da situação (ligada à
CUT/CONTRAF), e 6% da chapa ligada ao PCO. Este aumento de
votos para a Oposição, e perda de votos da situação em relação ao
pleito anterior, mostra a permanente e crescente insatisfação da
categoria com os atuais dirigentes sindicais. Dos 18.800 eleitores com
direito a voto, menos de 54% participaram da escolha da
representação sindical para os próximos 3 anos. Esse baixo
envolvimento dos bancários na eleição é reflexo da frustração da
categoria com o Sindicato, o qual mostrou que quando tem
“interesse”, mobiliza esforços para garantir-se no poder e chegar até a
base. Não é o bancário que está abandonando o Sindicato. Mas é a
atual direção que tem abandonado a categoria. Os bancários vem há
tempos sendo desrespeitados pela sua direção sindical (há mais de
20 anos no comando), e essa eleição foi mais uma prova da falta de
compromisso com a categoria.
Mesmo com esse vergonhoso cenário instaurado pela atual
direção do Sindicato, reforçamos nosso compromisso de defender a
categoria bancária. Fizemos uma campanha com dignidade.
Construímos uma chapa de composição experiente e renovada.
Defendemos a participação democrática na escolha dos dirigentes
sindicais, e fomos até o fim com pautas em defesa dos trabalhadores.
Os muitos bancários insatisfeitos e abandonados vão continuar tendo
na Oposição Bancária voz e representação.
Aos eleitores que depositaram em nós o voto pela independência,
transparência e luta do Sindicato dos Bancários de Brasília, agradecemos a confiança e reafirmamos nosso compromisso com a categoria. Aos apoiadores
bancários e de outras categorias que se juntaram a nós e fizeram dessa eleição um espaço de crescimento político em prol dos trabalhadores, deixamos
nossa amizade e solidariedade. O trabalho da Oposição Bancária DF continua, agora, com um grande acúmulo de experiência. Seguimos com o mesmo
espírito combativo daqueles que defendem com dignidade e orgulho a classe trabalhadora.
Demissões no BB: precisamos de uma resistência organizada
Os ataques do banco ao funcionalismo vêm se sucedendo. Agora são as
demissões para dar exemplos aos que ousam defender os seus legítimos
direitos. Não vão mudar essa política pelo simples convencimento, pois tem
apoio do governo federal para tal. Cabe aos bancários aumentar a mobilização
rumo a uma forte paralisação da empresa, mas para fazermos isso é preciso
convencer e organizar a base.
Precisamos de uma estratégia global que supere a submissão dos
interesses da categoria aos interesses do governo/banco dentro do
movimento sindical.´ Precisamos utilizar todos os meios jurídicos e
propagandísticos de forma articulada com uma mobilização nacional contra
esses ataques e os seus responsáveis.
Violência e uso da máquina sindical pela chapa da
situação marcam as eleições do sindicato dos bancários
Nestas eleições aconteceu quase tudo, menos o exercício da
democracia. Uma série de fatos – propositadamente organizados foram desmontando toda a possibilidade de igualdade de condições
entre as diferentes chapas. Vejamos os acontecimentos que
construíram um processo eleitoral viciado:
- As mudanças estatutárias impostas pela atual gestão reduziram a
democracia nas nossas eleições estabelecendo que as chapas
inscritas somente possam indicar um observador (sem voto) para a
Comissão Eleitoral;
- Todo o processo eleitoral foi planejado para prejudicar a Oposição
Bancária: a assembleia para a eleição da comissão eleitoral foi
realizada no dia 18 de dezembro, às vésperas do Natal e com
divulgação no dia anterior. As inscrições das chapas foram nos
primeiros dias de janeiro e a eleição para logo após o carnaval. Nos
pleitos passados as eleições foram em maio.
- A Comissão eleitoral atropelou o estatuto permitindo a inscrição de
uma chapa que não cumpria com os requisitos mínimos. Durante o
processo esta chapa, também da CUT, substituiu um candidato
envolvido com a quadrilha do “golpe do seguro” sem que o estatuto
preveja esta possibilidade.
- O uso da máquina do sindicato foi descarado e em exclusivo
benefício da chapa da situação. Mensagens SMS e E-mails para os
sindicalizados. Recursos do sindicato para “cervejadas” e cafés da
manhã. Funcionários do sindicato fizeram propaganda eleitoral para a
chapa da situação, inclusive durante a coleta dos votos.
- Houve apoio dos bancos para a chapa da situação. No BB
apareceu um “aumento” na PLR no dia da eleição. No BRB, chefes no
Ed. Brasília, constrangeram os que votavam na oposição e na CAIXA,
no primeiro dia da eleição, foi divulgada nos e-mails da empresa uma
nota de propaganda da chapa da situação assinada pelo Presidente da
CUT-DF, Sr. Rodrigo.
- Apenas a chapa da situação dispunha dos roteiros das urnas, o que
lhe proporcionou uma grande vantagem.
- Impuseram uma forte truculência na coleta dos votos com
“mesários-seguranças”. Colhendo onde lhes interessava e impedindo
ou atrasando, pela força, a coleta dos votos da oposição.
- A chapa da situação tinha todas as informações sobre a
localização dos sindicalizados e a nossa chapa recebeu apenas uma
enorme lista em ordem alfabética, às vésperas do pleito.
- Para a coleta de votos a chapa de situação levou um batalhão de
seguranças como nunca visto numa eleição dos bancários de Brasília.
Dezenas de homens para intimidar a Oposição.
- Nas manhãs do primeiro e do segundo dia foram jogadas bombas
de efeito moral embaixo dos carros no estacionamento do sindicato,
onde se reunia a Oposição.
Por ser uma eleição muito fragmentada e dispersa a categoria
pouco pôde ver sobre esses acontecimentos, mas é fácil levantar a
verdade. Existem testemunhas, fotos e documentos. Portanto, o
conjunto desses fatos desmonta qualquer mentira sobre o caráter
democrático dessas eleições. Mais uma vez constatamos que o
discurso da atual diretoria – chapa da situação - não corresponde à
prática, mais do que lamentável isso é uma constatação do seu grau de
degeneração política.
A democracia da “porrada” na noite da apuração
das eleições para o SEEB de Brasília
A verdade se esconde por trás das versões de quem detém o poder. E para
manter encoberta a violência contra a Chapa 3 na noite da apuração, desviam a
atenção de todos para uma foto que não identifica e não retrata os covardes
acontecimentos. Resgatemos o que se passou nessa noite:
1. O local da apuração foi “ocupado” por centenas de seguranças da
Chapa 1, já nas primeiras horas da noite. Além dos “seguranças” avulsos, o
sindicato contratou a empresa de segurança Griffo, que é de propriedade de um
oficial da PM e tem policiais entre os seus colaboradores.
2. Houve uma absoluta desproporcionalidade entre a nossa presença somando candidatos e apoiadores da Chapa 3 – e os componentes da Chapa 1
e os seus seguranças.
3. Esses seguranças e mais alguns membros e apoiadores da Chapa 1
provocaram o tempo todo, tentando nos intimidar e, com isso, acabaram
expulsando vários bancários que foram ver a apuração. Até a ida ao banheiro
era um risco. Uma diretora - componente da Chapa1 – juntamente com uma
segurança ameaçou de “pegar de porrada” uma candidata nossa, que não se
intimidou.
4. As agressões mais abertas começaram sob o controle do Presidente da
CUT-DF, Sr. Rodrigo, na lateral das arquibancadas. Algumas pessoas que ali
estavam foram cercadas e saíram expulsas do ginásio.
5. Em seguida vários “seguranças” – destacando-se um “segurançamesário” que já havia sido truculento durante a coleta de votos nas
urnas do BB SIA OI e na Matriz da CAIXA – invadiram o espaço/quadra
da apuração e atacaram covardemente o nosso observador junto a
Comissão Eleitoral, Sr. Varela.
6. Seguiu-se uma sessão de pancadaria, onde nosso observador foi
atingido e somente escapou dos “seguranças” devido à intervenção de alguns
da nossa chapa e de membros da própria Comissão Eleitoral, que tentavam
deter a barbárie instalada. Alguns dos “seguranças” estavam tão descontrolados
que tiveram que ser contidos a força por membros da Comissão Eleitoral o que
levou a uma briga entre os próprios componentes da chapa 1.
7. Na sequência, várias agressões contra membros e apoiadores da
Chapa 3 ocorreram. Na mais covarde delas um jovem apoiador da nossa chapa
foi brutalmente atacado por mais de uma dezena de seguranças. Muitos
testemunharam a agressão, mas não conseguiram impedir, pois os
“seguranças” eram muitos, que somente pararam quando um dos policiais - que
fazia “extra” na eleição – interviu.
8. Uma apoiadora nossa, do BB-Tecnologia, que fotografava essa
barbárie foi agredida e teve a sua máquina fotográfica quebrada pelos
seguranças da chapa 1.
9. Com o caos instalado, a apuração foi suspensa e nós chamamos a
policia. Vieram algumas viaturas da PM e, mais tarde, alguns policiais civis.
10. O oficial da PM declarou que somente poderia permanecer no local se o
sindicato fizesse a solicitação. Os componentes da chapa 1 na Comissão
Eleitoral e outros diretores se recusaram a pedir a presença da polícia!
11. O motivo dessa recusa era fácil de compreender:
a) A presença da policia impediria a continuidade das
agressões/intimidações. O que dificultaria outros possíveis atos de
violência, caso o resultado das eleições lhes fosse desfavorável.
b) Não queriam testemunhas oficiais - no exercício do dever-
soubessem das agressões já ocorridas.
c) Não queriam que a polícia identificasse os policiais (armados) que
faziam parte do “esquema de segurança”.
14. Apesar de todos esses fatos, nós – Chapa 3 – avaliamos que era
necessário respeitar a votação dos bancários e seguir com a apuração, para isso
definimos que era necessária a retirada de todos os “seguranças” do clube.
Como que por “mágica”, a quase totalidade dos “seguranças” sumiram da Apcef!
O que comprova a armação!
16. Todos os nossos que foram agredidos registraram o B.O. nas delegacias
e os devidos processos serão instaurados.
Infelizmente a banalização da violência pela atual direção do sindicato vem
se tornando uma prática recorrente. Nesta gestão um diretor do sindicato
agrediu um funcionário do BB-DITEC durante uma greve, foi processado e
declarado culpado pelo crime, mas nada foi feito pelo Sindicato. Este mesmo
agressor continuou como diretor – e na chapa da situação – e seguiu
ameaçando as pessoas, inclusive durante o processo de apuração. Lembramos
também que há muito as assembleias são realizadas com a forte presença de
“seguranças”, para intimidar manifestações críticas ou contrárias àquelas da
situação. Temos que acabar com essa violência!
Contato – Chapa 3: http://www.chapa3oposicaobancaria.com.br/
Emai-l : [email protected]
Http://www.facebook.com/chapa3sindicatodeverdade
Independência - Transparência - Luta

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