Anais - Departamento de Sistemas de Energia Elétrica
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Anais - Departamento de Sistemas de Energia Elétrica
ANAIS DO SisPot 2011 ENCONTRO DE PESQUISADORES EM SISTEMAS DE POTÊNCIA Carlos A. Castro Campinas, abril de 2011. Sumário x Prefácio 5 Programa final 6 Resumos dos trabalhos apresentados 10 [001] Comparação entre o Modelamento de Linha Idealmente Transposta e Linha Transposta por Trechos; M.C. Tavares (P), D. Geraldi (M), G. Perez (C), R. Maciel (M), R. Torquato (IC) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [002] Gerenciamento de refrigeradores para redução de demanda no horário de pico; Glauco Niro (M), Luiz C. P. da Silva (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [003] Análise e Modelamento de um Inversor Monofásico Conectado à Rede Elétrica para Aplicações Fotovoltaicas; Jonas R. Gazoli (D), Marcelo G. Villalva (PD), Marcos F. Espı́ndola (M), Ernesto Ruppert (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [004] Método de Detecção de Perdas não Técnicas em Redes de Distribuição de Energia Elétrica Usando Lógica Nebulosa como Principal Agente Preditivo; Juliano Andrade Silva (M), Carlos A. F. Murari (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [005] Critical analysis of the locational aspect in the transmission cost allocation problem; Elias K. Tomiyama (M), Carlos A. Castro (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [006] Comparison of Load Flow Methods Performance for Ill-conditioned and Infeasible Power Systems; Jorge F. Gutiérrez (D), Manfred F. Bedriñana (PD), Carlos A. Castro (P) . . [007] Aplicação de Lógica Nebulosa para o Monitoramento em Tempo Real da Estabilidade de Tensão em Redes de Energia Elétrica; Regiane Rezende (M), Carlos A. F. Murari (P), Luiz Carlos P. da Silva (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [008] Planejamento da operação de sistemas de distribuição modernos; Ricardo A. Araújo (M), Madson C. Almeida (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [009] Real Time Voltage Stability Margin Estimation Using Auto-regressive Models and PMU Data; Alexandre H. Anzai (D), Luiz C. P. da Silva (P), Walmir Freitas (P), Madson Cortes de Almeida(P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [010] Comparação das Técnicas de Alocação de Banco de Capacitores e Filtros Sintonizados para Correção do Fator de Potência; Tiago Davi Curi Busarello (M), José Antenor Pomilio (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [011] Maximização da Potência Natural de Linhas de Transmissão; R. P. Maciel (M), M. C. D. Tavares (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . –2– 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 [012] Análise e Implementação do Cálculo de Curto-circuito no Domı́nio de Fases Aplicado a Sistemas de Distribuição; Fernanda Caseño Lima Trindade (D), Walmir de Freitas Filho (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [013] Estudo dos Dados do Sistema de Gerenciamento de Interrupções de uma Empresa Distribuidora de Energia Elétrica; Fernanda Caseño Lima Trindade (D), Paulo César Magalhães Meira (D), Walmir de Freitas Filho (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [014] Modeling Industrial Facilities for Power Systems Dynamics Simulations; Tiago R. Ricciardi (D), Walmir Freitas (P), Wilsun Xu (PE, ECE/UofA), Xiaodong Liang (C, Schlumberger Canada) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [015] Analysis of the Energization Test of 2600-km Long AC-Link Composed of Similar Transmission Lines; E. C. Gomes (M), M. C. Tavares (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [016] Steady state analysis of half-wavelength line on the Brazilian electric system; L. C. Ferreira Gomes, (IC), L. C. P. Silva, (P), M. C. Tavares, (P) . . . . . . . . . . . . . . . [017] Fluxo de Potência Ótimo CA pelo Método de Fluxo em Redes; Cassio H. Fujisawa (D), Marcius F. Carvalho (PE, PUC-CAMPINAS), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino Soares (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [018] Modelo de Fluxo de Potência Ótimo em Corrente Contı́nua com as Perdas Representadas como Injeções de Potência Ativa; Cassio H. Fujisawa (D), Marcius F. Carvalho (PE, PUCCAMPINAS), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino Soares (P) . . . . . . . . . [019] Notes on High Performance Implementation of Power Systems Algorithms; Paulo C. M. Meira (D), Walmir Freitas (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [020] Transmission Expansion Planning by using AC-DC Models and Particle Swarm Optimization; Santiago P. Torres (PD), Carlos A. Castro (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . [021] Propagação de Transitórios de Alta Freqüência e o Efeito das Múltiplas Reflexões em Redes Coletoras de Parques Eólicos Marı́timos; F. S. Villar, M. Reza, K. Srivastava, L. C. P. da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [022] A Decision Support System for DC Optimal Power Flow Analysis on Large Scale Interconnected System; Elma P. Santos (D), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino S. Filho (P), Paulo César M. Meira (D) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [023] The DC Optimal Power Flow Evaluation for Medium-Term Hydro-Thermal Dispatch Solutions in Large-Scale Power Systems; Elma P. Santos (D), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino S. Filho (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [024] An efficient method for distribution systems reconfiguration and capacitor placement using a Chu-Beasley based genetic algorithm; Marcos A.N. Guimarães (PD), Carlos A. Castro (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . [025] Análise Comparativa de Estimadores de Fluxo do Estator para Motores de Indução Trifásicos; José L. Azcue P. (D), Ernesto Ruppert (P) . . . . . . . . . . . . . . . . . . [026] Remuneração da Potência Reativa; David Arias (D), Carlos Castro (P) . . . . . . . . . –3– 33 35 37 39 40 42 44 46 48 50 52 54 56 58 60 Palestras convidadas 62 Tomorrow’s Power Grids getting Smarter and Safer through FACTS and HVDC Systems; Mario Nelson Lemes e Carlos Eduardo Tiburcio (Siemens) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63 Merchant transmission projects: An alternative approach to transmission expansion; Harold Salazar (Technological University of Pereira, Colombia) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64 Rede Elétrica Inteligente: Conceitos, Tecnologias e Pesquisas; Márcio Venı́cio Pilar Alcântara (ANEEL) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 –4– Prefácio O SisPot 2011 – Encontro de Pesquisadores em Sistema de Potência – foi realizado entre os dias 18 e 20 de abril de 2011, na Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC) da Universidade Estadual de Campinas. Os principais objetivos do evento foram: • divulgar os trabalhos de pesquisa em andamento ou recentemente concluı́dos na área de Energia Elétrica; • criar uma oportunidade para que os alunos apresentassem seus trabalhos de pesquisa, preparando-os para futuras apresentações em congressos e defesas de dissertações e teses; • criar uma oportunidade para que os alunos novos tomassem um primeiro contato com o ambiente de pesquisa no qual estão se inserindo; • estimular a interação entre docentes e alunos em um ambiente que propiciasse o desenvolvimento de trabalhos conjuntos. Uma maior aproximação entre a universidade e as empresas do setor elétrico é extremamente importante para ambas as partes e o SisPot 2011 teve também o papel de ser uma mostra do potencial de pesquisa da nossa faculdade e de sua capacidade de fornecer produtos e soluções a serem aplicados no setor. Foram submetidos 26 resumos de trabalhos de pesquisa em andamento ou recentemente concluı́dos, realizados por alunos de doutorado, mestrado e graduação, estes últimos envolvidos em projetos de iniciação cientı́fica. As apresentações, na sua grande maioria realizadas por alunos, foram de alto nı́vel, propiciando discussões construtivas. Foram também proferidas três palestras do maior interesse. A primeira, proferida pelos engenheiros Mario Nelson Lemes e Carlos Eduardo Tiburcio (Siemens), teve como tı́tulo “Tomorrow’s Power Grids getting Smarter and Safer through FACTS and HVDC Systems”. A segunda palestra foi apresentada pelo Prof. Dr. Harold Salazar (Technological University of Pereira, Colombia) e teve como tema “Merchant transmission projects: An alternative approach to transmission expansion”. A terceira palestra foi proferida pelo engenheiro Márcio Venı́cio Pilar Alcântara (ANEEL), intitulada “Rede Elétrica Inteligente: Conceitos, Tecnologias e Pesquisas”. A realização do SisPot 2011 só foi possı́vel devido ao incentivo e apoio irrestritos recebidos da diretoria da FEEC, na pessoa do Prof. Dr. Max H.M. Costa, ao qual expressamos o nosso mais profundo agradecimento. Desejamos também agradecer a todos as pessoas que de alguma forma contribuı́ram para o sucesso do evento. Carlos A. Castro, organização do SisPot 2011 . –5– Programa final –6– PROGRAMA 18 abr 2011 - Segunda-feira Início Atividade 09:00 Abertura: Prof. Dr. Ronaldo Pilli, Pró-Reitor de Pesquisa da UNICAMP, Prof. Dr. Gilberto de Martino Januzzi, coordenador do NIPE, Prof. Munir Skaf, Pró-reitoria de Pós-graduação, Prof. Dr. Max H.M. Costa, diretor da FEEC, Prof. Dr. Carlos A. Castro Sessão 1 (Coordenador: Takaaki Ohishi) 09:40 10:00 10:20 10:40 [002] Gerenciamento de refrigeradores para redução de demanda no horário de pico, Glauco Niro (M), Luiz C. P. da Silva (P) [001] Comparação entre o Modelamento de Linha Idealmente Transposta e Linha Transposta por Trechos, M.C. Tavares (P), D. Geraldi (M), G. Perez (C), R. Maciel (M), R. Torquato (IC) [022] A Decision Support System for DC Optimal Power Flow Analysis on Large Scale Interconnected System, Elma P. Santos (D), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino S. Filho (P), and Paulo César M. Meira (D) Café Sessão 2 (Coordenador: Walmir de Freitas Filho) 11:00 11:20 11:40 [004] Método de Detecção de Perdas não Técnicas em Redes de Distribuição de Energia Elétrica Usando Lógica Nebulosa como Principal Agente Preditivo, Juliano Andrade Silva (M), Carlos A. F. Murari (P) [017] Fluxo de Potência Ótimo CA pelo Método de Fluxo em Redes, Cassio H. Fujisawa (D), Marcius F. Carvalho (PE, PUC-CAMPINAS), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino Soares (P) [021] Propagação de Transitórios de Alta Freqüência e o Efeito das Múltiplas Reflexões em Redes Coletoras de Parques Eólicos Marítimos, F. S. Villar, M. Reza, K. Srivastava, L. C. P. da Silva 12:00 12:00 Almoço 14:00 Palestra: Tomorrow´s Power Grids getting Smarter and Safer through FACTS and HVDC Systems; Mario Nelson Lemes, Carlos Eduardo Tiburcio, Siemens 15:00 Café -1- –7– PROGRAMA 19 abr 2011 - Terça-feira Início Atividade Sessão 3 (Coordenador: Luiz Carlos Pereira da Silva) 09:00 09:20 09:40 10:00 10:20 [019] Notes on High Performance Implementation of Power Systems Algorithms, Paulo C. M. Meira (D), Walmir Freitas (P) [003] Análise e Modelamento de um Inversor Monofásico Conectado à Rede Elétrica para Aplicações Fotovoltaicas, Jonas R. Gazoli (D), Marcelo G. Villalva (PD), Marcos F. Espíndola (M), Ernesto Ruppert (P) [005] Critical analysis of the locational aspect in the transmission cost allocation problem, Elias K. Tomiyama (M), Carlos A. Castro (P) [016] Steady state analysis of half-wavelength line on the Brazilian electric system, L. C. Ferreira Gomes (IC), L. C. P. Silva (P), and M. C. Tavares (P) Café Sessão 4 (Coordenador: Ernesto Ruppert Filho) 10:40 11:00 11:20 11:40 12:00 [014] Modeling Industrial Facilities for Power Systems Dynamics Simulations, Tiago R. Ricciardi (D), Walmir Freitas (P), Wilsun Xu (PE, ECE/UofA), Xiaodong Liang (C, Schlumberger Canada) [020] Transmission Expansion Planning by using AC-DC Models and Particle Swarm Optimization, Santiago P. Torres (PD), Carlos A. Castro (P) [010] Comparação das Técnicas de Alocação de Banco de Capacitores e Filtros Sintonizados para Correção do Fator de Potência, Tiago Davi Curi Busarello (M), José Antenor Pomilio (P) [007] Aplicação de Lógica Nebulosa para o Monitoramento em Tempo Real da Estabilidade de Tensão em Redes de Energia Elétrica, Regiane Rezende (M), Carlos A. F. Murari (P), Luiz Carlos P. da Silva (P) Almoço Sessão 5 (Coordenador: Carlos Alberto Favarin Murari) 14:00 14:20 14:40 [012] Análise e Implementação do Cálculo de Curto-circuito no Domínio de Fases Aplicado a Sistemas de Distribuição, Fernanda Caseño Lima Trindade (D), Walmir de Freitas Filho (P) [025] Análise Comparativa de Estimadores de Fluxo do Estator para Motores de Indução Trifásicos, José L. Azcue P. (D), Ernesto Ruppert (P) [026] Remuneração da Potência Reativa, David Arias (D), Carlos Castro (P) 15:00 Palestra: Merchant transmission projects: An alternative approach to transmission expansion; Harold Salazar, Technological University of Pereira, Colombia 16:00 Café -2- –8– PROGRAMA 20 abr 2011 - Quarta-feira Início Atividade Sessão 6 (Coordenador: Secundino Soares Filho) 09:00 10:00 [006] Comparison of Load Flow Methods Performance for Ill-conditioned and Infeasible Power Systems, Jorge F. Gutiérrez (D), Manfred F. Bedriñana (PD), Carlos A. Castro (P) [011] Maximização da Potência Natural de Linhas de Transmissão, R. P. Maciel (M), M. C. D. Tavares (P) [009] Real Time Voltage Stability Margin Estimation Using Auto-regressive Models and PMU Data, Alexandre H. Anzai (D), Luiz C. P. da Silva (P), Walmir Freitas (P), Madson Cortes de Almeida (P) [008] Planejamento da operação de sistemas de distribuição modernos, Ricardo A. Araújo (M), Madson C. Almeida (P) 10:20 Café 09:20 09:40 Sessão 7 (Coordenador: Madson Cortes de Almeida) 10:40 11:00 11:20 11:40 12:00 [015] Analysis of the Energization Test of 2600-km Long AC-Link Composed of Similar Transmission Lines, E. C. Gomes (M), and M. C. Tavares (P) [018] Modelo de Fluxo de Potência Ótimo em Corrente Contínua com as Perdas Representadas como Injeções de Potência Ativa, Cassio H. Fujisawa (D), Marcius F. Carvalho (PE, PUC-CAMPINAS), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino Soares (P) [013] Estudo dos Dados do Sistema de Gerenciamento de Interrupções de uma Empresa Distribuidora de Energia Elétrica, Fernanda Caseño Lima Trindade (D), Paulo César Magalhães Meira (D), Walmir de Freitas Filho (P) [023] The DC Optimal Power Flow Evaluation for Medium-Term Hydro-Thermal Dispatch Solutions in Large-Scale Power Systems, Elma P. Santos (D), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP) and Secundino S. Filho (P) [024] An efficient method for distribution systems reconfiguration and capacitor placement using a Chu-Beasley based genetic algorithm, Marcos A.N. Guimarães (PD), Carlos A. Castro (P) 12:00 Almoço 14:00 Palestra: Rede Elétrica Inteligente: Conceitos, Tecnologias e Pesquisas; Márcio Venício Pilar Alcântara, ANEEL 15:00 Café -3- –9– Resumos dos trabalhos apresentados – 10 – 1 Comparação entre o Modelamento de Linha Idealmente Transposta e Linha Transposta por Trechos M.C. Tavares (P), D. Geraldi (M), G. Perez (C), R. Maciel (M), R. Torquato (IC) Abstract—Transmission line transposition in power systems is a needed practice to reduce unbalances on power flow. An ideally transposed line is often assumed when simulating electromagnetic transients. This model is compared with a more reliable one, where transposition is made on discrete points of the line, so line patches and intermediary reflections can be represented correctly. Results have shown that differences on maximum overvoltage are negligible on most cases but significant on some selected cases. Since it is always more reliable the more detailed model is indicated to be used whenever it is possible. A razão entre a amplitude da onda refletida e a onda incidente é dada por: G = Zx - Zc , onde x pode ser L ou G Z x + Zc (1) Tal constante é chamada de coeficiente de reflexão, e G £ 1 . Mais detalhes sobre a modelagem de linhas de transmissão podem ser encontrados em [1] e [2]. Palavras Chave – Energização, Linha Idealmente Transposta, Linha Transposta por Trechos. I. INTRODUÇÃO A transposição de Linhas de Transmissão é uma técnica necessária para a compensação do desequilíbrio de fluxo de potência, decorrente da geometria da linha, na transmissão de energia na frequência fundamental – 60 Hz. Isso ocorre devido ao desequilíbrio nas indutâncias mútuas que surgem nos condutores, provocando um desequilíbrio nas correntes e tensões das fases externas em relação à fase central. No entanto, essa técnica é otimizada para a frequência fundamental, 60 Hz, e não para as outras frequências, que surgem comumente de manobras e falhas no sistema de transmissão. Para outras frequências seriam necessários outros comprimentos de trechos. Neste trabalho será discutido brevemente as características de linhas com ciclo de transposição de 3 trechos – ou ciclo de transposição completo (LTC) - e será comparado suas sobretensões terminais com as de uma linha idealmente transposta (LIT) quando energizadas via resistores de préinserção (RPI). II. MODELAMENTOS DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO Quando uma linha de transmissão alimenta uma carga de impedância ZL diferente da impedância característica da linha, Zc – situação comum – tanto a onda incidente (que vem do gerador e segue para a carga) quanto a onda refletida (que vem da carga e segue para o gerador) vão existir, ou seja, haverá reflexão do sinal que vem da geração quando a chave de energização da linha for fechada, provocando um transitório e possivelmente sobretensões, ocasionadas pela sobreposição das ondas. Estas reflexões vão existir sempre que houver uma mudança de impedância característica da linha. A. Linha Idealmente Transposta (LIT) A LIT não é possível na prática, pois seriam necessárias transposições no circuito a cada “delta” de comprimento. No entanto, próximo à frequência fundamental (60 Hz), as linhas de transmissão que são transpostas por trechos apresentam um comportamento aproximado a essa linha ideal. A diferença entre as duas está nos transitórios – frequências da ordem de kHz ou mais - quando as LIT mantêm o caráter de idealmente transposta, diferentemente das transpostas por trechos. Matematicamente essa situação é representada pelas matrizes a seguir: (2) Os termos Zp e Yp representam respectivamente a impedância e a admitância própria, e o termo Zm e Ym representam a impedância e admitância mútua respectivamente. Esta característica facilita o uso da linha idealmente transposta na análise de diversos problemas de um sistema de potência. Quando aplicada uma transformação modal nessas matrizes, tem-se uma impedância de modo não homopolar (modo 0) e duas impedâncias iguais de modo homopolar B. Linha Transposta por Trechos (LTT) Uma linha com ciclo de transposição por trechos é a configuração básica presente na maioria das Linhas de Transmissão. Comumente as linhas são transpostas 3 vezes no decorrer do caminho, a fim de voltar as fases na mesma posição física nas subestações. Neste trabalho, as linhas foram transpostas apenas 2 vezes, o que também representa uma transposição completa, resultando em 3 trechos: ABC, CAB e – 11 – 2 BCA. O método utilizado com maior frequência para se representar a propagação de ondas num sistema polifásico é o das transformações modais, no qual as matrizes cheias são transformadas, através de uma matriz de transformação [Ti], em matrizes diagonais, como observado em [3]. Esta transformação pode ser resumida numa mudança de base vetorial caracterizada por desacoplar as equações matriciais da linha polifásica, anulando os termos fora da diagonal na matriz de impedância e de admitância. sobretensões observadas foram de 1,599 pu com a LIT e de 1,564 pu com a LTT. Embora a diferença entre as sobretensões seja pequena observa-se uma forma de onda bastante recortada na simulação da LTT, demorando um tempo levemente maior para amortecer. Foi realizada uma análise estatística para identificar os instantes de fechamento das chaves referentes a 5 casos entre 2 % dos casos com sobretensões mais severas, a tabela V mostra as sobretensões máximas de cada caso. TABELA V TEMPOS DE CHAVEAMENTO E SOBRETENSÕES DOS CASOS CRÍTICOS tensão máxima [pu] Caso nº 1 2 3 4 5 caso ideal 1,984 1,980 1,978 1,978 1,976 caso real 2,042 1,984 2,000 2,007 1,984 III. ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE LIT E LTT Foram realizadas simulações sobre uma linha de transmissão de 500 kV, quatro subcondutores por fase, 300 km de comprimento e transposição a cada 100 km. A. Parâmetros Elétricos da LIT e da LTT As tabelas II e III mostram os parâmetros elétricos por unidade de comprimento da linha modelada como LIT e LTT, respectivamente, calculados para 60 Hz. A figura 2 apresenta o resultado do caso mais severo (1), onde fica evidente a sobretensão mais severa ocorrida na fase C. A diferença entre os valores obtidos com a LIT e LTT é maior que 5 % (25 kV). TABELA II PARÂMETROS ELÉTRICOS POR UNIDADE DE COMPRIMENTO DA LIT A 60 HZ Sequência Resistência Indutância Capacitância ( (mH/km) (µF/km) Zero 0,40015 3,63908 0,00933 Positiva 0,01602 0,72445 0,01624 TABELA III PARÂMETROS ELÉTRICOS POR UNIDADE DE COMPRIMENTO DA LTT A 60 HZ Modo Resistência Indutância Capacitância ( (mH/km) (µF/km) 1 0,39764 3,61451 0,00938 2 0,01633 0,81624 0,01448 3 0,01570 0,63222 0,01796 B. Resultados das Simulações As simulações foram realizadas energizando-se a LT sem carga através um resistor de pré-inserção (com de à impedância característica da R = 211,2 LIT) e após alguns milissegundos este resistor foi colocado em curto-circuito, fechando a chave de bypass. Fig. 2. Tensões no fim da LT para o caso 1 Foram realizadas as mesmas simulações com pára-raios conectados às extremidades da LT. A energia total dissipada pelo dispositivo não foi de grande importância (menor que 90 kJ no caso mais severo) e as diferenças percentuais entre os casos real e ideal não passaram dos 15 %, sendo maior no caso real. IV. CONCLUSÕES As análises de transitórios realizadas com LIT foram bastante satisfatórias exceto em alguns dos casos mais severos selecionados na análise estatística, que apresentaram diferenças que superam 5 % nas sobretensões sendo, portanto, na maioria dos casos uma representação suficiente da linha. V. [1] Fig. 1. Tensões no fim da LT energizada com RPI [2] A figura 1 mostra o resultado da simulação energizando-se a LT no instante t = 0 (quando a tensão na fase A é máxima) e fechando a chave de by-pass após 8 ms. As máximas [3] – 12 – REFERÊNCIAS Kurokawa, S.; Daltin, R. S. ; Prado, J. A.; Bovolato, L. F. ; Pissolato, J, “Decomposição modal de linhas de transmissão a partir do uso de duas matrizes de transformação”, SBA Controle & Automação, vol.18, no.3, Natal Julho/Set. 2007. David K. Cheng , Field and Wave Electromagnetics, Addison-Wesley Publishing Company, 1989. A. Elguera, “Análise da Correta Modelagem da Transposição em Linhas de Transmissão no Domínio da Frequência”, Dissertação-Mestrado, Campinas 2006. 1 Gerenciamento de refrigeradores para redução de demanda no horário de pico Glauco Niro (M), Luiz C. P. da Silva (P) DSEE – FEEC – UNICAMP Resumo—Com o aumento do uso da eletricidade, aumenta também a responsabilidade das concessionárias em fornecer energia com qualidade e segurança. Uma alternativa ao método tradicional de expansão do sistema elétrico (construção de novas usinas e redes de transmissão) é o gerenciamento da demanda, conceito que integra as Smart Grids, definido como um conjunto de medidas que buscam mudar os hábitos de consumo, propiciando benefícios ao sistema elétrico e ao meio ambiente. Neste artigo analisa-se o impacto que o gerenciamento de refrigeradores pode proporcionar ao sistema elétrico, especificamente na redução do consumo de energia no horário de pico. Palavras chave—Gerenciamento da demanda, Refrigerador, Smart Grid. I. INTRODUÇÃO Para atender o aumento de demanda, o sistema elétrico vem sendo expandido na geração, na transmissão e distribuição. Porém esse modelo começa a ser repensado, devido aos altos investimentos e impactos ambientais [1]. Vem havendo consenso da necessidade de uma rede mais inteligente. Nesse contexto aumentam as discussões e os estudos sobre as Smart Grids e os benefícios que elas podem proporcionar. Smart Grids são um modelo de rede que, através de comunicação em duas vias (consumidores enviando e recebendo informações do sistema elétrico) e com a adoção de medidores eletrônicos, permitirá que os consumidores tenham um papel mais ativo na operação do sistema elétrico, através do gerenciamento de alguns de seus equipamentos e de mudanças nos seus hábitos de consumo. O gerenciamento do lado da demanda permite, por exemplo, modificações na curva de carga de uma concessionária, proporcionando benefícios dentre os quais a redução do consumo de energia elétrica no horário de pico. Para incentivar a participação dos consumidores em programas de gerenciamento, as concessionárias poderão oferecer incentivos financeiros e assim gerenciar os equipamentos que permitam isso, ou seja, possam ser ligados e desligados sem acarretar em prejuízo e danos para o usuário. Esse trabalho é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. G. Niro e L. C. P. da Silva são do Departamento de Sistemas de Energia Elétrica da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Universidade Estadual de Campinas, (DSEE/FEEC/UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brasil (emails: (gniro,lui)@dsee.fee.unicamp.br) II. REFRIGERADORES EM SMART GRIDS Para o gerenciamento, o equipamento deve permitir ser ligado e desligado sem interferir na rotina do usuário. Um equipamento que atende essa exigência é o refrigerador doméstico, que graças a sua isolação e inércia térmica pode ser ligado ou desligado por intervalos de tempo sem acarretar em prejuízos. No Brasil, estima-se que em 92,1% das residências tenham refrigeradores [2]. Considerando-se que em cada residência existe pelo menos um aparelho, existem aproximadamente 53 milhões de refrigeradores, que são responsáveis por cerca de 34% do consumo residencial total de energia [3]. Essa quantidade elevada de refrigeradores e consequentemente grande parcela no consumo de energia o habilita a se integrar na operação do sistema elétrico, permitindo que uma concessionária envie um sinal para que os refrigeradores sejam desligados num momento que o sistema elétrico precise de alivio de carga ou liga-los num momento em que seja necessário. A. Modelo térmico do refrigerador Para e análise do impacto dos refrigeradores, procurou-se um modelo que fosse simples, porém descrevesse seu comportamento de forma fiel. O modelo utilizado foi: C dT + G (T − Ta ) + Pdisturbio = − w ⋅ P dt onde C é a capacidade térmica da massa de ar, G é a condutância térmica, P é a potência do aparelho, T é a temperatura interna do ar, Ta é a temperatura ambiente, w = 1 quando o aparelho está ligado e w = 0 quando está desligado e Pdisturbio representa distúrbios como a abertura/fechamento de porta [4]. No início da simulação, os refrigeradores tiveram suas temperaturas internas iniciais distribuídas aleatoriamente dentro da faixa de operação. A temperatura ambiente foi variável de acordo com um dia típico. Quando a porta é aberta o ar quente exterior entra no refrigerador. Esse ar quente provoca um aumento da temperatura interna, ligando o refrigerador para que a temperatura abaixe. Cada evento desses provoca um aumento de 10 Wh no consumo de energia [5]. As aberturas de porta foram modeladas como uma potência constante durante um intervalo de tempo. A ocorrência desses eventos foi sorteada de forma aleatória, com maior probabilidade de incidência nos horários de almoço e jantar. B. Gerenciamento de Refrigeradores A idéia do gerenciamento em refrigeradores é atuar em seu – 13 – 2 onde barra Pgerenc . é a potência da barra após o gerenciamento, Pbarra é a potência da barra sem o gerenciamento, Prefr é a potência do grupo de refrigeradores sem gerenciamento numa dada barra e Prefr.ger é a potência de um grupo de refrigeradores com gerenciamento numa dada barra. Na Figura 3 mostra-se o resultado obtido na subestação do sistema. 5 Potencia Ativa (MW) 4.5 4 3.5 3 2.5 2 0 −20 16:00 Temperatura Média (°C) Sem gerenciamento Sem gerenciamento Com gerenciamento 1.5 20 % funcionamento de modo que seja possível reduzir a demanda de potência no horário de pico do sistema. Foi proposto um gerenciamento que atuasse nas temperaturas limites de funcionamento do refrigerador (temperaturas nas quais o refrigerador liga e desliga). O objetivo é armazenar energia térmica durante mais tempo para poder liberá-la no horário de pico. A Figura 1 mostra a temperatura média de um grupo de 100 refrigeradores. Observa-se que quando o gerenciamento é iniciado, a temperatura média diminui, permanecendo próxima do limite mínimo de funcionamento (temperatura na qual o refrigerador é desligado) e quando ocorre o momento de maior carregamento no sistema ela eleva-se, indicando que a energia armazenada está sendo liberada. O resultado desse gerenciamento na demanda de potência desse grupo de 100 refrigeradores é mostrado na Figura 2. Com gerenciamento 18:00 20:00 Tempo (horas) 22:00 24:00 −16 Figura 3 – Demanda de potência ativa na subestação do sistema. −17 Sem o gerenciamento, o pico de consumo ocorre às 19:02, com demanda de potência de 4676 kW. Com a presença de gerenciamento, a demanda de potência nesse instante é de 4344 kW e o maior pico acontece as 19:22, valendo 4582 kW, sendo menor que o pico sem gerenciamento (-2%). Além disso, a demanda de potência fica menor durante 54 minutos. Na parte de baixo da figura observa-se a variação percentual da demanda de potência com o gerenciamento ao longo do período considerado. Durante o período de maior carregamento do sistema, a redução percentual da demanda chega a 13%. −18 −19 −20 16:00 17:00 18:00 19:00 20:00 21:00 Tempo (Horas) 22:00 23:00 24:00 Figura 1 – Temperatura media de um grupo de 100 refrigeradores com e sem gerenciamento. 12 Sem gerenciamento Com gerenciamento III. CONCLUSÕES Potencia (kW) 10 A adoção do gerenciamento de carga mostrou-se capaz de reduzir a demanda de energia no horário de pico e assim ser uma boa saída para atender o crescimento do consumo de energia e aumentar a segurança da operação do sistema elétrico. Para que ela tenha resultados, é necessário utilizar equipamentos que permitam ser ligados e desligados de acordo com o interesse das concessionárias sem afetar os consumidores. 8 6 4 2 18:00 19:00 Tempo (Horas) 20:00 Figura 2 – Demanda de potência de um grupo de 100 refrigeradores com e sem gerenciamento. Esse tipo de gerenciamento apresentou bons resultados, já que não houve pico de potência quando ele foi iniciado, além da demanda de potência permanecer abaixo do original por 47 minutos, sendo então adotado para as analises a seguir. C. Impacto em Sistemas Elétricos Para analisar o impacto do gerenciamento de refrigeradores em sistemas elétricos, utilizou-se uma rede de 70 barras e 69 ramos que no caso base apresenta potência ativa total de 3,8 MW e potência reativa total de 2,7 MVA [6] e considerou que o pico de consumo ocorre às 19:00. Encontrando o número de refrigeradores em cada barra de carga, rodou-se fluxo de carga [7] com a influência dos refrigeradores nas barras, o que foi feito da seguinte forma: barra Pgerenc . = Pbarra − Prefr . + Prefr . ger . IV. REFERENCIAS [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] – 14 – G. T. Bellarmine, "Load management techniques," in 2000 Southeastcon Proceedings of IEEE, pp. 139-145. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Domicílios particulares permanentes, por existência de alguns bens duráveis segundo as Unidades da Federação – PNAD 2007. Empresa de Pesquisa Energética, Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. v.3, n. 35, Jul. 2010. R. Garcia-Valle, L. C. P. da Silva, Z. Xu and J. Ostergaard, "Smart demand for improving short-term voltage control on distribution networks," IET Generation, transmission & distribution, vol. 3, pp. 724732, Jul. 2009. H. H. Masjuki, R. Saidur, I. A. Choudhury and T. M. I. Mahlia, "Factors effecting energy consumption of household refrigerator-freezers," in Proc. 2000 IEEE TENCON, v.2, pp. 92-96. M. E. Baran and F. F. Wu, "Optimal capacitor placement on radial distribution systems," IEEE Trans. Power Delivery, vol. 4, pp. 725-734, Aug. 2002. R. D. Zimmerman, C. E. Murillo-Sánchez, and R. J. Thomas, “Matpower's Extensible Optimal Power Flow Architecture," Power and Energy Society General Meeting, 2009 IEEE, pp. 1-7, Jul. 2009. Análise e Modelamento de um Inversor Monofásico Conectado à Rede Elétrica para Aplicações Fotovoltaicas Jonas R. Gazoli (D), Marcelo G. Villalva (PD), Marcos F. Espíndola (M), Ernesto Ruppert (P) Resumo: Inversores isolados em ponte H para aplicações fotovoltaicas conectadas à rede são normalmente empregados com um transformador de alta freqüência antes das chaves de potência. Este trabalho apresenta a estratégia de controle e modelagem de um inversor monofásico em ponte H com transformador de alta freqüência na saída (HFT) para aplicações em sistemas fotovoltaicos (PV). O conversor é modelado de forma a se obter uma função de transferência para pequenos sinais usada para projetar o controle de corrente. O compensador utilizado é do tipo P+Ressonante. Simulações e uma breve discussão são apresentadas. Uma boa revisão da literatura de topologias MIC proposta pode ser encontrada em [2]. Devido ao fato de que pouco foi explorado na literatura os conversores ponte H com HFT na saída para aplicações PV conectadas e as topologias exploradas apresentaram baixa eficiência, em sua maioria pela presença de várias chaves, este trabalho propõe a topologia simples da Figura 2. Palavras chaves: Conexão à rede, fotovoltaico, inversor ponte H, p+ressonante, transformador de alta frequência I. INTRODUÇÃO Com a crescente demanda global por produção de energia, as energias renováveis, especialmente a fotovoltaica, desempenham atualmente um importante papel no cenário tecnológico mundial. Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede aproveitam aquela energia de forma eficiente, distribuídos próximos dos consumidores e utilizando a própria rede como um backup de energia, sem a utilização de baterias. Isto resulta em vantagens diretas, como menor custo na transmissão, menores perdas e adiamento de investimento por parte do governo com grandes usinas geradoras de energia [1]. Desta forma, estes sistemas estão em ascensão na atualidade e pesquisas demonstram que serão os maiores contribuinte para geração de eletricidade até 2040. Basicamente, um sistema fotovoltaico conectado é composto por, no mínimo: módulo solar, inversor e rede. A Figura 1 ilustra a visão geral deste sistema, na qual uma possível estrutura do inversor está detalhada. Figura 2. Topologia proposta. Conversor ponte H com HFT na saída operando como inversor fonte de corrente. II. MODELAMENTO DO CONVERSOR A. Equacionamento Para o modelamento do estágio conversor considera-se que todas as chaves e o transformador são ideais. Considerase também que a frequência de chaveamento é muito maior do que a frequência da rede, de forma que durante um período de chaveamento em regime estacionário a tensão nos indutores e a corrente nos capacitores são constantes. Considera-se também que não há perda de potência na conversão. As chaves Q1 e Q2 são complementares entre si, assim como as chaves Q3 e Q4. Elas permitem três estados possíveis de chaveamento: U = (1,0,-1). O estado U = 1 é quando Q1e Q4 estão fechadas; U = -1 é quando Q3 e Q2 estão fechadas; e U = 0 é quando todas as chaves estão abertas. Neste trabalho usar-se-á somente os estados U = (1,-1) devido à facilidade de implementação da lei de controle e da análise simplificada do conversor. A tensão média na saída do HFT é dada por (1), onde d é o ciclo de trabalho do conversor e a notação ( ) representa o valor média da variável instantânea x(t). (1) Figura 1. Estrutura geral de um sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica. A literatura sobre conversores eletrônicos para sistemas de energia fotovoltaica é extremamente ampla. Uma aplicação de rápido crescimento em sistemas PV é o microinversor, ou seja, um conversor integrado ao módulo solar (MIC), geralmente com potência nominal abaixo de 500 W. É interessante se obter a função de transferência que descreve o comportamento da corrente de saída do conversor em função do ciclo de trabalho das chaves. As variáveis de estado do sistema são i, ig e v. Escrevendo-se as equações do circuito em termos destas variáveis temos (2) para a malha do indutor L, (3) para a malha do indutor Lg e (4) para o nó entre Rl, Lg e Rc. – 15 – (2) IV. SIMULAÇÃO chaveamento; margem de fase inferior a 180º; e baixo ganho em altas freqüências. (3) (4) Resolvendo este sistema tem-se a função de transferência para pequenos sinais entre a corrente de saída e o ciclo de trabalho do conversor da Figura 2, dada por (5). A simulação foi realizada através do software PSIM, cujo resultado é apresentado na Figura 4. A corrente de saída do conversor segue perfeitamente a referência e leva menos de ¼ de ciclo para sincronizar. A operação do conversor é em potência nominal. No tempo 0.037s diminui-se a referência em 40%, havendo rápido acompanhamento da corrente de saída. (5) 4 ig 2 Reference 0 -2 ig (A) Onde -4 0 0.01 0.02 0.03 0.04 Time (s) 0.05 0.06 0.07 0.08 Figura 4. Resposta de simulação: corrente de saída do conversor. Degrau diminuindo a potência em 40% a 0,037s. B. Validação do Modelo Para a validação do modelo utilizou-se uma simulação no PSIM com a ferramenta de ACSWEEP, obtendo-se a resposta em frequência para o conversor em malha aberta apresentada na Figura 3. Percebe-se que o modelo da equação (5) representa fielmente o circuito. Simulation Model Magnitude (dB) 60 40 20 0 1 10 2 3 10 10 V. CONCLUSÃO Este trabalho abordou a topologia ponte H para conversores em aplicações fotovoltaicas conectadas à rede elétrica com transformador de alta frequência na saída da ponte. Contribui com o modelamento e análise de pequenos sinais deste tipo de circuito, apresentando a forma correta para o projeto do compensador P+Ressonante que estabiliza a planta e anula o erro de regime para o sistema. O artigo completo apresentará os detalhes do modelamento, do projeto do controlador e resultados experimentais de um protótipo de 240W. 4 10 VI. AGRADECIMENTOS Phase (degree) 0 Os autores agradecem à FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por financiar este trabalho. -100 -200 VII. REFERÊNCIAS -300 1 10 2 3 10 10 4 10 Frequency (Hz) Figura 3. Resposta em fequência do sistema em malha aberta. Correspondência entre o modelo e a simulação. [1] European Photovoltaic Industry Association. (2010). Solar Generation 6 – Executive Summary. [Online]. Disponível: http://www.epia.org/fileadmin/EPIA_docs/ documents/Solar_Generation_6_Executive_Summary2.pdf III. PROJETO DO COMPENSADOR O compensador P+Ressonante tem função de transferência dada por (6), onde kp é o ganho proporcional, ki é o ganho integral e 0 é a frequência angular de chaveamento. (6) O projeto do compensador deve fornecer os ganhos kp e ki que podem ser obtidos através do projeto de um controlador PI convencional, dada à equivalência entre os compensadores [3]. Para isto, utilizam-se os critérios de estabilidade clássicos no domínio da frequência, ou seja, frequência de cruzamento igual a 1/10 da frequência de [2] Quan Li and Wolfs, P. (2008). “A Review of the Single Phase Photovoltaic Module Integrated Converter Topologies with Three Different DC Link Configurations”, in IEEE Transactions on Power Electronics, v. 23, pp. 1320. [3] Zmood, D., Holmes, D.N. (2003), “Stationary frame current regulation of pwm inverters with zero steady-state error,” in IEEE Transactions on Power Electronics, vol. 18, pp. 814–822. – 16 – 1 Método de Detecção de Perdas não Técnicas em Redes de Distribuição de Energia Elétrica Usando Lógica Nebulosa como Principal Agente Preditivo Juliano Andrade Silva (M), Carlos A. F. Murari (P) Resumo – O objetivo deste trabalho é desenvolver um método baseado em lógica nebulosa (Fuzzy Logic) para determinar possíveis irregularidades no consumo de energia elétrica visando a redução das perdas não técnicas, que correspondem a furtos de energia, erros de medição, erros no processo de faturamento, unidades consumidoras sem equipamento de medição, dentre outros. Palavras Chave – Perdas não técnicas, redes de distribuição, lógica nebulosa I. INTRODUÇÃO M 1965 Zadeh [1] desenvolveu a Teoria de Conjuntos Nebulosos (Fuzzy Sets) e em 1978 [2], a Teoria de Possibilidades, criando assim uma base teórica que possibilita introduzir em diversos algoritmos de análise de redes de energia elétrica, as imprecisões presentes nos sistemas elétricos de potência. Assim, grandezas como as potências nas barras, que não são nem determinísticas nem probabilísticas, podem ser quantificadas na forma de números nebulosos e serem tratadas através de técnicas conhecidas, tais como o fluxo de carga. A inserção de conjuntos nebulosos em sistemas elétricos de potência começou a ganhar destaque na década de 70, tendo sido inicialmente utilizados para resolver problemas de tomada de decisão. Algumas aplicações têm sido propostas para, por exemplo, processar informações do tipo “a tensão na barra k está alta” [3 a 8]. O objetivo deste trabalho é desenvolver um método baseado em lógica nebulosa (Fuzzy Logic) para determinar possíveis irregularidades no consumo de energia elétrica visando a redução das perdas não técnicas, e assim otimizar as inspeções em unidades consumidoras aumentando a taxa de detecção e promovendo uma substancial diminuição da energia não faturada. Segundo a Resolução Normativa nº 234, de 31 de outubro de 2006, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, perdas não técnicas correspondem às que são apuradas pela diferença entre as perdas totais e as perdas técnicas, considerando, portanto, todas as demais perdas associadas à distribuição de energia elétrica, tais como furtos de energia, erros de medição, erros no processo de faturamento, unidades consumidoras sem equipamento de medição, dentre outros. E II. METODOLOGIA Uma rotina de execução semi-automática com arquivos contemplando dados classificatórios faz a calibragem dos parâmetros nebulosos, para a predição de estados em novas unidades consumidoras em que não foram realizadas inspeções em campo. Para tal é necessário que alguns parâmetros estejam bem definidos para todas as células avaliadas numa região bem definida geograficamente. Um primeiro parâmetro provém da avaliação das unidades consumidoras com base nas quedas de consumo e nas variações em suas curvas típicas [9]. Há um ranqueamento promovendo distinções de comportamento e respectivas classificações. Um segundo parâmetro resulta da identificação dos nichos de unidades consumidoras inspecionadas e não inspecionadas. A partir das instalações inspecionadas uma nova classificação é feita de forma a avaliar aquelas que possuem irregularidades e as que não possuem [10]. Tal procedimento viabilizará o cálculo de um centróide de irregularidade (baricentro), nas unidades que apresentam esta característica. Um vetor irregularidade é calculado para cada instalação e este serve como parâmetro classificatório na lógica nebulosa. Um terceiro parâmetro é a apuração do consumo médio da vizinhança inspecionada e livre de irregularidades e da classificação de cada instalação não inspecionada conforme estes patamares de consumo. A junção destes parâmetros através do método Mandani [4], existente na plataforma MatLab®, resultará em um modelo de classificação para unidades não inspecionadas. Estas serão enviadas a campo para que se possa “calibrar” o método e usálo em outras regiões. III. RESULTADOS ESPERADOS Espera-se que o método proposto apresente acertos diferenciados dos métodos convencionais, aumentando ou complementando os indicadores com irregularidades não encontradas anteriormente. Além disso espera-se também que seja de simples manipulação e parametrização. O uso da lógica nebulosa bem como a introdução do vetor irregularidade são os pontos fortes e diferenciais desta pesquisa. – 17 – 2 IV. BIBLIOGRAFIA [1] L.A. Zadeh, “Fuzzy Sets”. Information and Control 8, pp. 338-353, 1965. [2] L.A. Zadeh, “Fuzzy Sets as a Basis for a Theory of Possibility”. Fuzzy Sets and Systems 1, pp. 3-28, 1978 [3] P.R. Bijwe and G.K.V. Raju, “Fuzzy Distribution Power Flow for Weakly Meshed Systems”. IEEE Transactions on Power Systems, vol. 21, No. 4, pp. 1645-1652, 2006. [4] M.M.P. Lima, “Nova Concepção para Simulação de Fluxos de Carga Fuzzy Incluindo Função de Pertinência Sinusoidal”. Dissertação de M.Sc., Unicamp, Campinas, SP, Brasil, 2000. [5] V. Miranda; M.A.A.C. Matos and J.T. Saraiva, “Fuzzy Load Flow – New Algorithms Incorporating Uncertain Generation and Load Representation”. Proceedings of the Tenth Power Systems Computation Conference, Graz, Austria, pp. 621-627, 1990. [6] C.A.F. Murari; M.A. Pereira and M.P. Lima, “A New Technique to Electrical Distribution System Load Flow Based on Fuzzy Sets”. Fuzzy Sets Based Heuristics for Optimization. Springer-Verlag, Berlin, Heidelberg, 2003. [7] M.A. Pereira. and C.A.F. Murari, “Electrical Distribution Systems Fuzzy Load Estimation”. Inteligent System Application to Power Systems, (ISAP’99), pp. 370-375, 1999. [8] M.A. Pereira; C.A.F. Murari and C.A. Castro Jr., “A Fuzzy Heuristic Algorithm for Distribution Systems’ Service Restoration. Fuzzy Sets and Systems, Elsevier, vol. 102, pp. 125-133, 1990. [9] H. M. Ferreira, Hamilton Melo, “Uso de Ferramentas de Aprendizado de Máquina para Prospecção de Perdas Comerciais em Distribuição de Energia Elétrica”, Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual de Campinas, 2008. [10] C.A.S. Penin, “Uso de Ferramentas de Aprendizado de Máquina para Prospecção de Perdas Comerciais em Distribuição de Energia Elétrica”, Tese de Doutorado – Universidade de São Paulo, 2008. [11] ANEEL - Resolução Normativa nº 234, de 31 de outubro de 2006, em http://www.aneel.gov.br/cedoc/ren2006234.pdf (03/2010) – 18 – – 19 – – 20 – -./01234.5 .6 7.18 9:.; <=>?.84 @=26.2/15A= 6.2 B:: A.583>3.5=8 158 B56=143C:= @.;=2 DE4>=/4 - Jorge F. Gutiérrez (D), Manfred F. Bedriñana (PD), and Carlos A. Castro (P) Abstract-- In this work, the performances of load flow methods are compared, in special when applied to illconditioned and infeasible systems. In such cases, the iterative process may diverge or oscillate when standard Newton Raphson (S NR) based load flow calculation methods are used. S ome known approaches to solve these systems are the Load Flow with S tep S ize Optimization (LFS S O) and the Continuous Newton Power Flow (CNPF) method, proposed recently as a novel approach to solve ill-conditioned systems. Even though the performances of these methods have been reported in several sources, a critical comparison of the convergence characteristics and results for ill-conditioned systems are presented in this work. A modified version of the CNPF is also tested in order to improve its robustness. S imulation results for some IEEE test cases and realistic systems are shown to validate the analysis. Index Terms Load flow analysis, ill-conditioned systems, infeasible systems, step size optimization, continuous Newton method. I. INT RODUCT ION W The load flow is a basic tool for power system analysis, and there are two important features this tool should exhibit: efficiency and robustness . A robust tool will supply the system operator with a load flow tool that: converges to an answer only in cases when the operating point lies within the feasible region, and in some cases will provide appropriate information when the load level corresponds to an infeasible situation. From the solvability point of view, load flow cases can be classified into one of the following categories [1] : 1) Well-conditioned cases. The system operating point can be obtained using classical approaches, such as the standard Newton-Raphson (SNR) method. This point could be: i) a stable equilibrium point (SEP) or operating point ii) an unstable equilibrium point (UEP). 2) Ill-conditioned cases. An ill-conditioned system is the one with a condition number sufficiently large. This large condition number could be a result of: i) the proximity of the load level maximum loadability or maximum loading point (MLP), ii) choosing an initial state that conducts the standard calculation method to a trajectory that diverges and the condition number increases. 3) Infeasible cases. The operating point does not exist because the load exceeds the system MLP. Robust methods are supposed to detect and provide information about the insolvability situation. In order to improve the SNR based methods performance the rectangular version of Load Flow with Step Size Optimization (LFSSO) was proposed in [2]. An approach based on polar coordinates representation has been proposed in [3] and its advantages have been already demonstrated. Recently in [1] a novel approach to the load flow solution based on continuous Newton method has been proposed. The Continuous Newton Power Flow (CNPF) exhibits a formal analogy between the solution of a system of ordinary differential equations and the solution of nonlinear systems based on the Newton-Raphson method. This approach presents a more robust behavior than SNR methods, but its robustness seems to be associated to heuristic rules that could lead to divergence of the iterative process or to an UEP for some ill-conditioned cases, as it will be shown later. The goal of this work is to compare some robust solution techniques to the power flow problem, and to show that a combination of the LFSSO with the CNPF (referred to as the Modified Continuous Newton Power Flow - MCNPF) presents a better performance to solve ill-conditioned and infeasible cases than the original CNPF method. II. THEORET ICAL CONCEPT S A. Standard Newton Raphson Load flow (SNR) The load flow equations are formulated as : g(x) 0 where x V ] , also (2nP Q+ nP V) (1) is the vector of state variables, x = [ t and V nP Q are vectors of bus voltage angles and magnitudes, respectively; nPQ and nPV are the number of PQ and PV buses, respectively; g(x) is t t defined as g = [ t ] , where P nP Q+ nP V and nP Q Q are the real and reactive power mismatches, respectively. Eq. (1) can also be written as: Psch Pcal (x) P ( x) 0 g ( x) (2) Qsch Qcal (x) Q(x) 0 t t nP Q+ nP V where subscripts sch and cal stand for scheduled and calculated terms, respectively. Also, the reactive power generation limits are taken into account, so PV buses are switched to PQ whenever some reactive power limit is reached and can be switched back to PV whenever appropriate. Expanding (1) into Taylor series up to the first order terms and making the assumption that the initial guess is close enough to the system solution, the high order terms can be neglected, yielding the standard Newton-Raphson method for n-dimensional systems as: x "! g # g x (3) % & '()% '* '+%, at iteration r. (r ) (r ) x where – 21 – $g x (r ) 1 (r ) – 22 – 1 Aplicação de Lógica Nebulosa para o Monitoramento em Tempo Real da Estabilidade de Tensão em Redes de Energia Elétrica Regiane Rezende (M), Carlos A. F. Murari (P) e Luiz Carlos P. da Silva (P) Resumo – O contínuo aumento da demanda de energia elétrica bem como a transferência de elevadas quantidades de potência, associadas às exigências de caráter econômico e ambiental, são condições favoráveis para que os sistemas de energia elétrica (SEE) possam operar muito próximos de seus limites de estabilidade, comprometendo a eficiência e a segurança na operação destes sistemas. É neste contexto que se insere a pesquisa descrita neste artigo, sendo que o principal objetivo é a elaboração de um algoritmo computacional que agregue lógica nebulosa para encontrar correlações das medidas obtidas on-line através de PMU (Phasor Measurement Units) com a memória de casos críticos obtidos off-line. Palavras Chave – Estabilidade de tensão, lógica nebulosa, PMU I. INTRODUÇÃO S fenômenos de estabilidade de tensão estão bastante associados ao fluxo de potência reativa na rede, ao comportamento das cargas face às variações de tensão, à ação de dispositivos automáticos de controle de tensão e à limitação de sobre-excitação de geradores, etc.. A instabilidade de tensão, caracterizada por um declínio lento e progressivo das magnitudes das tensões das barras de carga, tem-se constituído no principal obstáculo à operação estável dos sistemas de energia elétrica, e a razão essencial da ocorrência desse fenômeno reside na incapacidade dos sistemas de atender à crescente demanda reativa. Em vista disso, esse fenômeno tem sido intensamente investigado e algumas metodologias têm sido propostas para a sua análise [1-4]. O II. LÓGICA NEBULOSA Em 1965, Zadeh [5] desenvolveu a Teoria de Conjuntos Nebulosos (Fuzzy Sets) e em 1978 [6], a Teoria de Possibilidades, criando assim uma base teórica que possibilita introduzir em diversos algoritmos de análise de redes de energia elétrica, as imprecisões presentes nos sistemas elétricos de potência. Assim, grandezas como as potências nas barras, que não são nem determinísticas nem probabilísticas, podem ser quantificadas na forma de números nebulosos e serem tratadas através de técnicas conhecidas, tais como o fluxo de carga. A inserção de conjuntos nebulosos em sistemas elétricos de potência começou a ganhar destaque na década de 70, tendo sido inicialmente utilizados para resolver problemas de tomada de decisão. Algumas aplicações têm sido propostas para, por exemplo, processar informações do tipo “a tensão na barra k está alta” [7 a 12]. As pesquisas que tem sido realizadas com estas técnicas demonstram que é possível inserir nos algoritmos computacionais, as imprecisões presentes nos sistemas elétricos de potência e também afirmações do tipo “o sistema está próximo de um condição com elevado risco de colapso de tensão”. III. CONTEXTO DA PESQUISA A pesquisa que está em fase inicial, tem como proposta a aplicação de conjuntos nebulosos (fuzzy sets) e lógica nebulosa (fuzzy logic) para monitorar em tempo real a estabilidade de tensão em redes de energia elétrica. A obtenção da distância para uma condição de colapso de tensão ocorrerá a partir do conjunto de medidas das grandezas tensão e corrente obtidas através de PMU (Phasor Measurement Units), as quais serão tratadas na forma de números nebulosos e processadas através de lógica nebulosa para decidir se o sistema atende critério de segurança (N-1) ou se o risco de ocorrência de um colapso de tensão está elevado. Para essa análise será criado um banco de dados (estágio offline) com diferentes estados críticos (N-1) de operação da rede junto com o perfil de tensão nas barras em função de seu carregamento caracterizado pelas respectivas curvas PV. A função da lógica nebulosa, nesse caso, corresponde a encontrar correlações das medidas obtidas on-line com a memória de casos críticos obtidos off-line. IV. BIBLIOGRAFIA [1] L.J. da Silva, “Análise da estabilidade de tensão e áreas críticas da rede elétrica do Estado de São Paulo”. Dissertação de M.Sc., Unicamp, Campinas, SP, Brasil, 2006. [2] D.R.B. Bedoya, “Obtenção da margem mínima de estabilidade de tensão de sistemas elétricos de potência”. Dissertação de M.Sc., Unicamp, Campinas, SP, Brasil, 2007. [3] B.L. Tavares, “Obtenção do ponto de máximo carregamento de sistemas em potência via fluxo de carga com otimização de passo”. Dissertação de M.Sc., Unicamp, Campinas, SP, Brasil, 2010. [4] S.P. Torres, W.H. Peralta, and C.A. Castro, “Power System Loading Margin Estimation Using a Neuro-Fuzzy Approach”. IEEE Transactions on Power Systems, vol. 22, No. 4, pp. 1955-1964, 2007. [5] L.A. Zadeh, “Fuzzy Sets”. Information and Control 8, pp. 338-353, 1965. [6] L.A. Zadeh, “Fuzzy Sets as a Basis for a Theory of Possibility”. Fuzzy Sets and Systems 1, pp. 3-28, 1978 [7] P.R. Bijwe and G.K.V. Raju, “Fuzzy Distribution Power Flow for Weakly Meshed Systems”. IEEE Transactions on Power Systems, vol. 21, No. 4, pp. 1645-1652, 2006. – 23 – 2 [8] M.M.P. Lima, “Nova Concepção para Simulação de Fluxos de Carga Fuzzy Incluindo Função de Pertinência Sinusoidal”. Dissertação de M.Sc., Unicamp, Campinas, SP, Brasil, 2000. [9] V. Miranda; M.A.A.C. Matos and J.T. Saraiva, “Fuzzy Load Flow – New Algorithms Incorporating Uncertain Generation and Load Representation”. Proceedings of the Tenth Power Systems Computation Conference, Graz, Austria, pp. 621-627, 1990. [10] C.A.F. Murari; M.A. Pereira and M.P. Lima, “A New Technique to Electrical Distribution System Load Flow Based on Fuzzy Sets”. Fuzzy Sets Based Heuristics for Optimization. Springer-Verlag, Berlin, Heidelberg, 2003. [11] M.A. Pereira. and C.A.F. Murari, “Electrical Distribution Systems Fuzzy Load Estimation”. Inteligent System Application to Power Systems, (ISAP’99), pp. 370-375, 1999. [12] M.A. Pereira; C.A.F. Murari and C.A. Castro Jr., “A Fuzzy Heuristic Algorithm for Distribution Systems’ Service Restoration. Fuzzy Sets and Systems, Elsevier, vol. 102, pp. 125-133, 1990. – 24 – 1 Planejamento da operação de sistemas de distribuição modernos Ricardo A. Araújo(M), Madson C. Almeida(P) Resumo A proposta deste trabalho é modelar e propor soluções para o problema do planejamento da operação de sistemas de distribuição com geradores distribuídos conectados à rede. A partir dos estudos realizados como os modelos propostos, a concessionária poderá definir as melhores condições para o estabelecimento de contratos com os produtores independentes ou definir regras de incentivo para que estes produtores produzam uma maior ou menor quantidade de energia em horários que sejam convenientes as necessidades de redução de perdas e de manutenção de um perfil adequado de tensão. Planejamento da operação, redes de Palavras Chave distribuição, geração distribuída, programação não linear inteiro misto, algoritmo genético. I. INTRODUÇÃO No planejamento da operação de curto-prazo de redes de distribuição de energia elétrica, observam-se os seguintes aspectos: (a) a minimização das perdas elétricas de potências ativa e reativa e (b) a melhoria do perfil de tensão em regime permanente, tudo isso mediante a variação diária das cargas do sistema e, atualmente, dos níveis de geração distribuída. O controle da magnitude da tensão e a redução das perdas elétricas são possíveis, basicamente, pelo uso adequado de transformadores com mudança de tap sob carga, pelo chaveamento de capacitores, pela reconfiguração do sistema ao longo do dia e, nos sistemas modernos, pelo controle das injeções de potências ativa e reativa dos geradores dispersos conectados à rede. Para tanto, restrições como limites de tensão nas barras, limites técnicos dos equipamentos e o balanço das potências nas barras devem ser atendidos. O problema do planejamento da operação apresenta o fenômeno da explosão combinatorial, o que leva a um número extremamente elevado de alternativas de solução. Esse tipo de problema possui um número elevado de ótimos locais, fazendo com que a maioria dos métodos clássicos de otimização encerre o processo de busca em uma solução ótima local que às vezes não é de tão boa qualidade como se deseja. Neste contexto, propõe-se a utilização de um algoritmo genético especializado para a solução do problema. Esta escolha se deve aos resultados promissores obtidos no problema do planejamento da expansão de sistemas de transmissão, que no aspecto computacional se assemelha à proposta deste trabalho [1]. Como o planejamento da operação de curto-prazo será quais são capazes de fornecer uma solução de melhor qualidade para sistemas de maior porte. II. FORMULAÇÃO SIMPLIFICADA DO PROBLEMA E METODOLOGIA APLICADA Neste trabalho entende-se que o planejamento da operação deverá ser realizado em base horária, uma vez que as cargas e o ponto de operação variam durante o dia. No estágio atual de desenvolvimento, as variáveis do problema são: as posições ajustes dos bancos de capacitores e as injeções de potências ativas e reativas dos geradores distribuídos e da subestação de energia. Além disso, atualmente, o problema está sendo solucionado considerando apenas um nível de carregamento, assim, tem-se o chamado problema monoestágio. As funções objetivo desenvolvidas buscam minimizar as perdas ativas e/ou reativas nos ramos da rede e o desvio das tensões nas barras em relação a um perfil especificado. Como exemplo, a formulação utilizada para o problema do desvio de tensão é a seguinte: limitante, o que justifica a opção por algoritmos genéticos, os – 25 – nb min fv wk (Vk Vkesp ) 2 k1 s.a Pkg Pkc Pkca l 0 Qkg Qkc Qkca l 0 Pkmin Pkg Pkmax Qkmin Qkg Qkmax 0.95 Vk 1.05 t iesp , inteiro; c kesp , inteiro; k , irrestrito, exceto para sub 0. Onde: nb é o número de barras da rede; nr é o número de ramos da rede; Vkesp é a tensão especificada para a barra k; wk é a ponderação que permite priorizar a melhora do perfil de tensão na barra k; Vk é a tensão na barra k; P gk e Qgk são as potências ativa e reativa geradas na barra k; P kc e Qkc são as potências ativa e reativa consumidas na barra k; P kcal e Qkcal são as potência ativa e reativa calculadas injetadas para a barra k; P kmin e P kmax são os limites máximos e mínimos de potência ativa gerada na barra k; Qkmin e Qkmax são os limites máximos e mínimos de potência reativa gerada na barra k; 2 tiesp é o tap especificado para o i-ésimo transformador ou regulador de tensão; ckesp é o ajuste especificado para o capacitor alocado na barra k; k é o ângulo da tensão da barra k; sub é o ângulo da tensão da subestação; Neste caso, o modelo proposto busca minimizar a diferença entre os módulos das tensões nas barras e os valores especificados para essas tensões. Dessa forma é possível encontrar uma solução na qual o perfil de tensão se aproxime de um perfil de tensão especificado. Nesse modelo foram incluídas as seguintes restrições: (a) balanço das potências ativas e reativas, (b) limites de injeções de potências ativas e reativas nas barras e (c) limites para os módulos das tensões nas barras. Para a solução da formulação proposta foi utilizado o algoritmo genético desenvolvido por P. C. Chu e J. E Beasley [6]. De maneira resumida o funcionamento deste algoritmo adaptado para o problema de planejamento da operação segue os seguintes passos: 1. Geração da população inicial, com indivíduos diferentes entre si, a partir de uma solução contínua; 2. Avaliação das soluções de cada elemento da população. Os valores da função objetivo são armazenados no vetor fitness e os cortes de carga no vetor unfitness; 3. Verificar o critério de parada. Se o critério de parada for satisfeito, pare. Caso contrário ir ao passo 4; 4. Realizar a seleção baseado em torneio considerando apenas o valor da função fitness; 5. Realizar a recombinação de um ponto das duas propostas de solução selecionadas para gerar dois descendentes e preservar apenas um descendente escolhido de forma aleatória; Espera-se confirmar que essa forma de otimização é melhor que a estratégia de substituição populacional do algoritmo genético tradicional. Os resultados obtidos até o momento mostram que esse algoritmo em conjunto com a estratégia de criação da população inicial tem levado a resultados bastante satisfatórios para redes de pequeno e médio porte. As redes de grande porte ainda não formam testadas. III. TESTES Os testes foram realizados com o sistema de 34 barras do IEEE. Para viabilizar os testes, três reguladores de tensão e quatro capacitores foram incluídos na rede. A tensão da subestação pode ser ajustada, sendo limitada apenas por seus valores máximos e mínimos. As cargas foram modeladas como injeções de potências constantes e a rede foi representada por seu modelo monofásico. Os taps dos transformadores possuem 32 níveis, com limites de 0,9 e 1,1. O capacitor da barra 12 possui quatro níveis de ajuste e os demais capacitores, barras 25, 27 e 33 podem ser ajustados em três níveis. IV. CONSIDERAÇÕES FINAIS Na atual etapa de desenvolvimento do trabalho o algoritmo genético está em fase de implementação e o problema considera apenas um nível de carregamento ao invés de vários níveis de carregamento. Nas etapas posteriores, em que o problema multiestágio será tratado, novas restrições serão inseridas na formulação do problema, como: (a) o número máximo de troca de estado dos dispositivos de controle e o (b) o custo da energia proveniente dos geradores distribuídos e da subestação. Por fim, neste projeto será adicionada a possibilidade de reconfiguração da rede como estratégia de planejamento da operação [7]. V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] 6. Realizar a mutação de um gene do indivíduo; 7. Se o descendente gerado já existe na população, então, descarte esse descendente e volte ao passo 4. Caso contrário, resolva um problema de programação não linear para encontrar o valor das funções fitness e o unfitness desse indivíduo; 8. descendente pode substituir o elemento da população de pior qualidade, desde que ele seja de melhor qualidade. Realizar o teste de substituição. O descendente gerado só pode substituir um indivíduo de pior qualidade. Voltar ao passo 3. Para ocorrer à substituição, o teste realizado consiste em comparar o descendente com os elementos da população corrente, da seguinte forma: 1. Se o descendente for infactível, ele pode substituir a solução infactível de pior qualidade, desde que ele seja de melhor qualidade; 2. Se o descendente for factível, então, ele pode substituir a solução infactível de pior qualidade. Caso todos os elementos da população sejam factíveis, então, o [2] [3] [4] [5] [6] [7] – 26 – Silva Junior, Irênio de Jesus: Planejamento da expansão de sistemas de transmissão considerando segurança e planos de programação da geração. Dissertação de Doutorado, UNICAMP, 2005. M. Baran, f. Wu: Optimal Capacitor Placement on Radial DistributionSystem. IEEE Transaction on Power Delivery. Vol 4, No. 1, January 1989. pp 725-734. A. Safigiani, G. Salis: Optimum voltage regulator placement in radial power distribution network, IEEE Transactions on Power Systems, Vol. 15, No. 2, pp 879-886, 2000. A. Augugliaro, L. Dusonchet, S. Favuzza, E. R. Sanseverino: Voltage regulation and power losses minimization in automated distribution networks by an evolutionary multiobjective approach, IEEE Transactions on Power Systems, Vol. 19, No. 3, pp 1516-1527, 2004. R.A. Gallego, R. Romero, A. Monticelli: Optimal capacitor placement in radial distribution networks, IEEE Transactions on Power Systems, Vol. 16, No. 4, pp 630-637, 2001. P. C. Chu and J. E. Beasley: A Genetic Algorithm for the Generalized Assignment Problem. Computers Operations Research, 24(1), p. 17-23, 1997. Guimarães, Marcos Antonio do Nascimento: Plataforma integrada para o planejamento de sistemas de distribuição de energia elétrica utilizando metaheurísticas. Dissertação de Doutorado, UNICAMP, 2009. Real Time Voltage Stability Margin Estimation Using Auto-regressive Models and PMU Data. Alexandre H. Anzai(D) Luiz C. P. da Silva(P) Walmir Freitas (P) Madson Cortes de Almeida(P) Abstract—This article addresses the development of a tool for real time monitoring of the voltage stability margin of electrical transmission systems. With the advent of the Phasor Measurement Units (PMU), it becomes easer to obtain the system’s state in real time for both the magnitude and the phase angle of the buses voltages. A parametric estimation method of discrete dynamic systems called ARX (Auto-Regressive eXogenous inputs) and a nonlinear ARX were used to determine the parameters from a database obtained in an offline stage. The proposed method allows the estimation of the voltage stability margin value in real time using the measures of PMUs installed on the system. Two criteria for the allocation of the PMUs in the network were tested: the voltage variance and the modal participation factor. I. I NTRODUCTION The work to be performed focus in studying the voltage stability problem in the steady state point of view. Most of the methods presented in the literature for this purpose require enormous computational effort, being inadequate for real time applications or impose oversimplifications of the system’s model [1]–[3]. Usually the analysis are made offline, providing accurate identification of load’s critical levels, critical contingencies, [4] critical areas and the maximum load capacity of the system for (N − 1) contingency scenarios, i.e. the outage of a single element of the system [5]. Furthermore, with the recent advances in the synchronized phasor measurement and telecommunications [6], [7], it becomes feasible to utilize these measures for voltage stability studies, since if these measures are well made, they provide a more reliable perspective of the system and in real time when compared with SCADA (Supervisory Control And Data Acquisition). II. Q UANTITY AND A LLOCATION OF PMU S In order to minimize the costs of implementation of the PMU system, an analysis of the quantity and placement of PMU in the network was made. Two strategies were tested to allocate the PMUs in the system, the buses were classified as a possible candidate to receive the PMU according to their modal participation factor or to their variance in the database of the magnitude values of the voltage. An analysis between the number of PMUs in the system and the quality of the estimation was carried out for the variance criterion, Alexandre H. Anzai is from School of Electrical and Computer Engineering, State University of CampinasEmail:[email protected] Luiz C. P. da Silva is from School of Electrical and Computer Engineering, State University of Campinas Email:[email protected] Walmir de Freitas is from School of Electrical and Computer Engineering, State University of Campinas,Email:[email protected] Madson Cortes de Almeida is from School of Electrical and Computer Engineering, State University of Campinas Email:[email protected] the number of buses with PMUs considered was 5, 4 and 3 buses, from the list of the buses with the highest variance values in the database, it was also considered the set of 5 buses(5,10,11,30,35) from the article [8] for comparison and reference. III. L INEAR AUTO R EGRESSIVE WITH MODEL (ARX) EXOGENOUS INPUTS One of the most used models for system identification is the Auto Regressive with eXogenous inputs, this model is used for the determination of the parameters of a linear dynamic discrete-time system which can be modeled as a difference equation. The general form of the model can be seen in (1). (1) A(q)y(k) = B(q)u(k) + ν(k) For the voltage stability margin estimation problem, the ARX model is used considering that the input signal is composed by the values of the voltage magnitudes and angles of the buses monitored by a PMU unit. In the implementation of the method it was considered that the noise signal ν(k) in (1) is a white noise. Utilizing the MATLAB function arx is possible to calculate the polynomials A(q) e B(q) and therefore the coefficients for the margin estimation, with the polynomials A(q) and B(q), the input signal u(k) is circularly convoluted with the polynomial B(q) and the signal output y(k) is circularly convoluted with the polynomial A(q) [9]. IV. N ONLINEAR AUTO R EGRESSIVE MODEL EXOGENOUS INPUTS (NARX) WITH Linear methods usually are the first attempt to estimate the behavior of systems, since the nonlinear methods present a more elaborate and complex structure. It is common to use non-linear methods when the estimation from linear methods are not adequate, when the system has nonlinearities whose behavior is of interest, or when the linear and non-linear dynamics are represented by separated sets of measures [10], [11]. The NARX estimation method is an extension of the ARX linear model and has the following structure. y(k) = f (y(k − 1), . . . , y(k − na ), u(k − 1), . . . , u(k − nk − nb + 1)) (2) Where y(k) represents the output value at time k, f (· · · ) is a nonlinear function of a finite number of input values u(k − nb + 1) and output values y(k − na ) called regressors, na is the number of output prediction terms used, nb is the number – 27 – 120 Calculated Margin Estimated Margin with load levels Margin % 100 80 60 40 20 0 0 5 10 15 20 25 15 20 25 5 PMUs (Ref.) 5 PMUs 3 PMUs 4 PMUs 5 PMUs (Ref.) 3 PMUs 5 PMUs 4 PMUs Hours Absolute Error % 20 10 0 −10 −20 0 5 10 Fig. 3. Linear estimation correlation Fig. 4. Nonlinear estimation correlawith Variance criterion tion with Variance criterion Hours Fig. 1. Estimated and calculated margin - Linear method 120 Margin % 5 PMUs (Ref.) 3 PMUs Calculated Margin Estimated Margin Nonlinear with load division 100 80 5 PMUs 4 PMUs 5 PMUs (Ref.) 3 PMUs 5 PMUs 4 PMUs 60 40 20 0 0 5 10 15 20 25 Hours Absolute Error % 5 Fig. 5. Linear estimation correlation Fig. 6. Nonlinear estimation correlation with Partic. Fact. criterion with Partic. Fact. criterion 0 −5 −10 0 5 10 15 20 25 Hours Fig. 2. Estimated and calculated margin - Nonlinear method of input prediction terms used and nk is the delay between the input and the output in number of samples. In the case of voltage stability margin estimation, the input vector is composed of several values at the sample time k, which correspond to the measures of the magnitude and angle of the bus voltages where there are a PMU unit installed. Thus a number of coefficients has to be determined for each input signal depending on the order of the polynomials. For tests and simulation, the New england 39 bus system was used. V. S IMULATION R ESULTS The simulation was made considering a minute to minute daily load curve, and a database composed by the voltage stability margins calculated for each point of the curve, in order to improve the accuracy of the method the daily load curve was divided in three portions according to the system’s load level and for each part a ARXn and a NARX model were calculated to estimate the margin in each load level. In Fig. 3, Fig. 4, Fig. 5 and Fig. 6 it is possible to see a representative graphic of the correlation between the estimated margin and the calculated margin for the linear ARX model as a measure of the quality of the estimation, this technique to display the data is inspired from [8]. The graph plots the values of the calculated margin versus the estimated margin and the diagonal gray line represents the match between the estimated and the calculated margin. The results taking into account the linear approach were not satisfactory for the variance criterion, because with the reduction of the number of PMUs in the system the quality of estimation was severely affected. On the other hand, considering the nonlinear method, the results were better even for the case with only 3 PMUs. R EFERENCES [1] S. Corsi and G. N. Taranto, “A real time voltage instability identification algorithm based on local measurements,” IEEE Transactions on Power Systems, vol. 23 Issue 3, pp. 1271–1279, Agosto 2008. [Online]. Available: http://dx.doi.org/10.1109/TPWRS.2008.922586 [2] M. Liu, B. Zhang, L. Yao, M. Han, H. Sun, and W. Wu, “Pmu based voltage stability analysis for transmission corridors,” Third International Conference on Electric Utility Deregulation and Restructuring and Power Technologies, 2008 DPRT 2008, pp. 1815–1820, Abril 2008. [3] C. Xu, J. Liang, Z. Yun, and L. Zhang, “The small-disturbance voltage stability analysis through adaptive ar model based on pmu,” IEEE/PES Transmission and Distribution Conference & Exhibition: Asia and Pacific, pp. 1–5, Agosto 2005. [Online]. Available: http://dx.doi.org/10.1109/TDC.2005.1547097 [4] G. K. Stefopoulos, F. Yang, G. J. Cokkinides, and A. P. Meliopoulos, “Advanced contingency selection methodology,” in Power Symposium, 2005. Proceedings of the 37th Annual North American, 23-25 2005, pp. 67–73. [5] A. M. Abed, “Wscc voltage stability criteria, undervoltage load shedding strategy, and reactive power reserve monitoring methodology,” IEEE Power Engineering Society Summer Meeting, vol. 1, pp. 191–197, 1999. [Online]. 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Este artigo tem por objetivo comparar essas duas técnicas, apresentando as vantagens, desvantagens e o modo de operação em regime permanente. Serão apresentados os resultados de simulação, bem como, comparações com norma relacionada à corrente de linha. O objetivo desse artigo é apresentar uma comparação entre as técnicas de alocação de banco de capacitores e filtros sintonizados conectados diretamente ao PAC. Serão apresentados a planta industrial simulada, as técnicas utilizadas e os resultados do projeto do banco de capacitores e dos filtros. Por fim, serão apresentados os resultados das simulações e comparações destes com a norma relativa à corrente de linha IEE 512-1992 [3]. II. APRESENTAÇÃO DA PLANTA INDUSTRIAL Palavras-chaves—Banco de Capacitores, Correção do Fator de Potência, Filtros Sintonizados I. INTRODUÇÃO O consumo ineficiente de energia elétrica pelas indústrias aumentou significativamente nas últimas décadas. Concomitantemente, foram criadas normas e legislações para evitar que estas utilizassem a energia de forma desordenada. As cargas não lineares existentes nas indústrias são as maiores responsáveis pelo consumo ineficiente, pois drenam corrente com alto conteúdo harmônico e contribuem com a redução do fator de potência. Com a finalidade de manter tais cargas em operação, tornar o consumo de energia eficiente e atender as normas vigentes, várias técnicas de correção do fator de potência foram desenvolvidas ao longo dos anos. Uma das técnicas de correção passiva é a alocação de banco de capacitores no Ponto de Acoplamento de Carga (PAC). Tal técnica caracteriza-se pela simplicidade de projeto e pela sua robustez. Em contrapartida, sua implementação exige controle para conectá-lo e retirá-lo do PAC, uma vez que a utilização continuada pode acarretar em fornecimento excessivo de potência reativa [1]. Adicionalmente, surge uma ressonância indesejada entre o banco e a impedância do transformador conectado no PAC. Outra técnica é a utilização de filtros sintonizados com a freqüência do harmônico que se deseja atenuar. Tal técnica caracteriza-se pela criação de uma baixa impedância na determinada freqüência [2]. J. A. Pomilio. Universidade [email protected]). Estadual de Campinas (e-mail: A planta industrial simulada é composta de um sistema gerador trifásico, um transformador trifásico e cargas com comportamento distintos conectados no PAC. O diagrama de blocos unifilar da planta industrial é apresentado na Fig. 1. O retângulo tracejado indica o local onde será alocado o banco de capacitores ou os filtros sintonizados. A Tabela I apresenta as especificações técnica da planta industrial. A Tabela II apresenta os detalhes das cargas conectadas ao PAC. Fig. 1. Diagrama de Blocos Unifilar da Planta Industrial Simulada TABELA I - ESPECIFICAÇÕES DA PLANTA INDUSTRIAL Parâmetro Valor 500kVA Potência Nominal 380Vef Tensão de Linha no PAC 60Hz Frequência da Rede 0,033 /km Resistência da Linha 100m Distância entre o Transformador e o PAC 5% Impedância do Transformador TABELA II - DETALHES DAS CARGAS Carga Resistor RL com FP=0,6 indutivo Retificador 3 não controlado com filtro capacitivo Retificador 3 controlado altamente indutivo ( =45º) T D. C. Busarello. Universidade Estadual de Campinas (e-mail: [email protected] – 29 – Potência 125kVA 125kVA 125kVA 125kVA 2 III. TÉCNICAS PARA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA As técnicas abordadas nesse artigo reservam-se a alocação de banco de capacitores e filtros sintonizados. Ambas as técnicas objetivam a elevação do fator de potência no PAC, porém, de maneira diversa. componente fundamental da corrente em relação à tensão igual a 29,7º, DHT (Distorção Harmônica Total) de 9,26% e FP 0,865. A. Banco de Capacitores Capacitores devidamente calculados e instalados operam de modo a fornecer potência reativa para a carga. Consequentemente, as perdas são reduzidas e a capacidade de fornecer energia ativa aumenta. Resulta-se então na elevação do fator de potência. Entretanto, a alocação de capacitores faz com que surja uma ressonância entre estes e a indutância do sistema. Essa ressonância pode causar amplificação de tensão e corrente em valores nocivos aos elementos do sistema. Essa é uma das principais observações que se deve considerar no projeto de bancos de capacitores. A freqüência de ressonância do sistema é calculada por (0.1). 1 (0.1) f = 2 ⋅ π ⋅ Ls ⋅ Cbanco Fig. 2. Tensão e Corrente em Uma Fase Onde, Cbanco é a capacitância por fase do banco e Ls é a indutância do transformador. Para as especificações da planta industrial, o projeto do banco de capacitores [1] resultou em potência de 90,7kVAr e capacitância de 1,87mF por fase. A freqüência de ressonância calculada resultou em aproximadamente 593Hz, na qual localiza-se próximo do 10ª harmônico. Esse harmônico é nulo em sistemas trifásicos. Portanto, o banco de capacitores calculado não apresentará problemas de ressonância. Para a situação com correção com banco de capacitores os respectivos resultados foram 15,3º, 13,03% e 0,956. Na situação com filtros sintonizados os respectivos resultados foram 18,70º, 2,07% e 0,947. Verifica-se que ambas as técnicas elevaram o fator de potência para aproximadamente 0,95. No entanto, a técnica de banco de capacitores apresentou DHT superior à dos filtros sintonizados. A Fig. 3 apresenta o conteúdo harmônico para as situações simuladas, bem como, os limites impostos pela norma IEEE 512-1992. Verifica-se que somente a técnica de filtros sintonizados atendeu a norma. B. Filtros Sintonizados Filtros sintonizados são constituídos por resistência, capacitância e indutância nas quais fornecem um caminho de baixa impedância para determinados harmônicos [2]. É necessário projetar um filtro para cada harmônico que se deseja atenuar, tornando essa técnica dispendiosa. Nesse trabalho foi utilizado filtros sintonizados no 5º, 7º e 11º harmônico devido estes possuírem intensidade relativamente superior aos demais. Fig. 3. Conteúdo Harmônico IV. RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES V. CONCLUSÕES Para a obtenção dos resultados foi utilizado o software ORCAD PSpice 9.2 e foram simuladas três situações diversas. Uma consistindo apenas a planta industrial apresentada, uma com a alocação dos bancos de capacitores na planta e, por fim, uma com os filtros sintonizados. Todos os resultados apresentados obtiveram-se em regime permanente. A Fig. 2 apresenta a tensão e corrente em um das fases simuladas para as três situações mencionadas. Verifica-se a presença de alto conteúdo harmônico na corrente do alimentador para a situação sem correção e correção com banco. Os resultados de simulação para a situação sem correção fornecerem valores para o ângulo de deslocamento da Com os resultados de simulações apresentados, conclui-se que ambas as técnicas abordadas nesse artigo elevaram o fator de potência da planta industrial para aproximadamente 0,95. Isso demonstra a eficiência de ambos as técnicas. Todavia, somente a técnica de filtros sintonizados atendeu a norma IEEE 512-1992. VI. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA [1]M. H. Shwehdi and M. R. Sultan, "Power Factor Correction; Essentials and Cautiosn" Power Engineering Society Summer Meeting, 2000. IEEE. [2]D. A. González and J. C. Mccal, "Design of Filter to Reduce Harmonic Distortion in Industrial Poower," IEEE Trans. On Industry Application. 1987 [3]IEEE std 512-1992. "Recommended Practices and Requirment for Harmonic Control in Electrical Power System” New York, USA 1993. – 30 – 1 Maximização da Potência Natural de Linhas de Transmissão R. P. Maciel (M), M. C. D. Tavares (P) Abstract--A general optimization process is developed to increase surge impedance loading of a bundled conductor transmission line that can be applied to symmetrical and asymmetrical bundles. This method is based on the descent gradient method for line inductance minimization. Further work will combine both inductance and electric field optimization. Palavras Chave—Linhas de Transmissão, Potência Natural, Condutores em Feixe. I. INTRODUÇÃO A partir da necessidade de transmissão de grandes blocos de energia a aplicação de condutores em feixe tem sido largamente adotada. Os níveis de tensão também têm sido aumentados para suprir a necessidade de maior transferência de energia, havendo estudos realizados com tensões acima de 1000 kV. Os altos níveis de tensão empregados provocam o conhecido efeito corona, cujas conseqüências incluem: ruído audível, rádio interferência, efeito visual e perdas de energia. Alguns trabalhos têm sido desenvolvidos para se reduzir o efeito corona, minimizando a irregularidade do campo elétrico na superfície dos condutores, dentre eles pode-se citar [1]. Na transmissão de energia à potência natural ocorre um balanço entre a potência reativa gerada e consumida pela linha de transmissão. Portanto, a potência natural da linha de transmissão é um valor de referência para o limite de transmissão de energia, sem a necessidade de compensação de energia reativa. O estudo realizado contempla a análise da sensibilidade da reatância externa da linha de transmissão em relação às posições de cada condutor, visando reduzir a potência reativa demandada para sua energização e, assim, ampliar a capacidade de transmissão de energia. II. POTÊNCIA NATURAL DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO A potência natural, ou potência característica, da linha de transmissão pode ser definida como: Pc = U n2 Zc (1) Onde Un é a tensão nominal de operação da linha de transmissão e Zc, a impedância característica, é dada por: Zc = Z1 Y1 (2) Sendo Z1 a impedância longitudinal de seqüência positiva por unidade de comprimento e Y1 a admitância transversal de seqüência positiva por unidade de comprimento da linha. Mais detalhes sobre o cálculo de parâmetros elétricos de linhas de transmissão podem ser encontrados em [2]. A. Impedância de seqüência positiva A impedância de seqüência positiva é definida, em uma linha transposta, como a diferença entre a impedância própria, Zp, e a mútua, Zm, que são a média dos valores das impedâncias próprias de cada fase e das impedâncias mútuas entre as fases, respectivamente. A matriz de impedâncias longitudinais é obtida através do cálculo da impedância interna do condutor, da reatância externa e do efeito da não idealidade do solo, com condutividade finita. A impedância interna do condutor é intrínseca às suas características físicas e, portanto, não sofre variação alguma com a mudança da posição deste condutor. Os cálculos mostram que a parcela correspondente ao solo não ideal tem uma influência pequena na impedância de seqüência positiva, se comparada à parcela correspondente à reatância externa. III. MÉTODO DE OTIMIZAÇÃO PELO GRADIENTE Seja a reatância externa a função objetivo a ser minimizada e as variáveis de controle dadas pelas posições dos condutores, o gradiente desta função objetivo irá indicar a direção de variação das posições dos condutores que proporciona a maior redução da reatância externa, de forma linearizada. Algebricamente, tem-se: ( ) ( ) 2 k +1 k k X ext p k +1 = X ext + t ⋅ ∇X ext p k ⋅ d k + o p k +1 − p k (3) Onde pk é o vetor que contém as coordenadas horizontais e verticais de cada condutor da linha de transmissão na iteração k e Xextk é o valor da reatância externa também na iteração k. O último termo, o(||pk+1 – pk||2), representa o valor resultante dos termos de ordem superior, ou seja, o erro da aproximação linear. O deslocamento dos condutores é dado por: (4) ∆p k = p k +1 − p k = t ⋅ d k Onde a variável dk é a direção de deslocamento dos condutores e t é o tamanho do passo de deslocamento. Para se obter o maior decrescimento da reatância externa é adotado: k ( p k ) (5) d k = −∇X ext O passo da iteração t é calculado de forma a manter o – 31 – 2 desvio percentual inferior a um limite pré-estabelecido. O desvio percentual é a diferença percentual entre a variação prevista na linearização e a variação calculada pelas fórmulas conhecidas. A Eq. (3) resume o processo iterativo que levará à redução da reatância externa. Mais detalhes sobre o método do gradiente podem ser obtidos em [3]. IV. RESULTADOS DA REDUÇÃO DA REATÂNCIA EXTERNA A sensibilidade da reatância externa em relação à posição de cada condutor é obtida através das derivadas parciais das fórmulas que representam a reatância externa em relação às coordenadas de cada condutor. O vetor gradiente é composto por estas sensibilidades. Foi realizado o processo iterativo mostrado na Eq. (3) utilizando o modelo de linha de transmissão descrito na Tabela I operando a 765 kV. TABELA I CARACTERÍSTICAS DA LINHA DE TRANSMISSÃO Diâmetro externo dos condutores de fase (m) Diâmetro interno dos condutores de fase (m) Resistência dos condutores a 60 Hz (Ω/km) Permeabilidade magnética relativa dos condutores Permissividade relativa dos condutores Flecha dos condutores a meio vão (m) Distância horizontal entre os centros das fases (m) Altura dos centros das fases na torre (m) Fig. 3. Variação das posições à altura média dos condutores da fase interna no processo de otimização. A figura 4 ilustra a variação da impedância característica de seqüência positiva da linha de transmissão. 0,032 0,008 0,0509 1 1 13,43 14,34 51,3 A figura 1 mostra a configuração do feixe de condutores. Fig. 4. Variação da impedância característica no processo de otimização. V. CONCLUSÕES Fig. 1. Configuração do feixe de condutores. A figura 2 ilustra a variação das posições à altura média de cada condutor da fase externa, localizada à esquerda, e a escala de cores mostra a potência natural correspondente, em MW. A variação das posições da fase externa localizada à direita é simétrica em relação ao eixo vertical da torre. Os resultados mostram que houve um ganho significativo na potência característica da linha de transmissão variando as posições dos condutores, chegando a novas configurações de feixe. Para se completar a modelagem do problema é necessário considerar a sensibilidade de outros aspectos, como a irregularidade do campo elétrico sobre a superfície dos condutores, relacionada ao efeito corona. Restrições à expansão do feixe, devido a aspectos mecânicos, e à aproximação das fases, devido à ruptura dielétrica do ar, devem ser consideradas para se chegar a uma solução exeqüível. VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] [2] [3] Fig. 2. Variação das posições à altura média dos condutores da fase externa à esquerda no processo de otimização. A figura 3 ilustra a variação das posições à altura média de cada condutor da fase interna. – 32 – J. C. Salari, “Otimização da geometria de feixes de condutores de linhas de transmissão”, Tese de Mestrado, COPPE/UFRJ, Abril, 1993. L. C. Zanetta Jr, “Fundamentos de Sistemas Elétricos de Potência”, 1ª ed., São Paulo: Editora livraria da Física, 2006. J. F. Bonnans, “Numerical optimization: theoretical and practical aspects”, Berlin: Ed. Springer, 2003. 1 Análise e Implementação do Cálculo de Curtocircuito no Domínio de Fases Aplicado a Sistemas de Distribuição Fernanda Caseño Lima Trindade (D), Walmir de Freitas Filho (P) Resumo--Durante muitos anos, as ferramentas de análise de sistemas elétricos foram desenvolvidas principalmente para sistemas de transmissão de energia elétrica. No entanto, a crescente necessidade de confiabilidade e qualidade no fornecimento de energia aos consumidores tem levado ao aumento da importância da realização de estudos especializados de análise de sistemas de distribuição. Uma das ferramentas mais importantes de análise de rede é o programa de cálculo de curtocircuito, que tradicionalmente é realizado através do uso de componentes simétricas. Contudo, o desequilíbrio das impedâncias séries dos alimentadores e a existência de trechos bifásicos e monofásicos fazem com que o uso de componentes simétricas reduza a precisão dessa ferramenta. Neste contexto, este trabalho visa à elaboração de uma análise comparativa da precisão dos resultados do programa de cálculo de curto-circuito em sistemas de distribuição por componentes simétricas e por componentes de fase para apontar o método mais adequado. Palavras-chave—Cálculo de curto-circuito, componentes de fase, componentes simétricas. I. INTRODUÇÃO O S sistemas de potência estão sujeitos a situações adversas que podem provocar distúrbios na condição normal de operação ou defeitos nos componentes do sistema. O tipo de defeito mais comum e mais severo é o curto-circuito, que pode decorrer da falha no isolamento entre o condutor de uma fase e a terra ou entre fases [1]. Portanto, o programa de cálculo de curto-circuito é uma ferramenta importante tanto no planejamento quanto na operação dos sistemas elétricos de potência visto que o conhecimento dos valores das correntes de curto-circuito pode ser aplicado, por exemplo, no dimensionamento e ajuste dos equipamentos de proteção e na escolha do tipo de aterramento de um sistema elétrico. Tradicionalmente, a análise de curtos-circuitos em sistemas de energia elétrica baseia-se no uso da teoria de componentes simétricas, uma ferramenta matemática que permite transformar as grandezas de fase em três componentes desacopladas: componentes de seqüência zero, positiva e negativa. O desenvolvimento da teoria de componentes simétricas iniciou-se em 1918 [2] com o objetivo de facilitar o cálculo das correntes de curto-circuito já que, até meados de Este trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Brasil. F. C. L. Trindade e W. Freitas são do Departamento de Sistemas de Energia Elétrica, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) C.P. 6101, 13081-970 Brasil (e-mail: [email protected]; [email protected]). 1955, os problemas relacionados aos sistemas elétricos eram resolvidos manualmente ou através de analisadores de redes. As primeiras propostas de cálculo digital das correntes de curto-circuito encontram-se nas referências [3] e [4]. Em [3], a proposta de solução iterativa do problema de curto-circuito utiliza o procedimento iterativo de Gauss-Seidel. No entanto, os autores de [4] entenderam que a melhor alternativa é a montagem da matriz impedância nodal que, com a adoção de algumas simplificações, permite a solução direta do problema de curto-circuito. Inicialmente, os desenvolvimentos das ferramentas de análise de sistemas elétricos eram quase que inteiramente voltados aos sistemas de transmissão de energia elétrica, que são sistemas topologicamente equilibrados, e por isso a solução do problema de cálculo de curto-circuito por componentes simétricas sempre foi uma alternativa bastante precisa. Recentemente, a crescente necessidade de confiabilidade e qualidade no fornecimento de energia aos consumidores finais tem levado ao aumento da importância da realização de estudos específicos relacionados a sistemas de distribuição. Nos sistemas de distribuição, as cargas normalmente são distribuídas de maneira desbalanceada, resultando em valores diferentes de corrente e de queda de tensão em cada fase. Outra característica comum, mais importante no contexto deste projeto de pesquisa, é a topologia desequilibrada devido à falta de transposição das linhas e às ramificações monofásicas ou bifásicas dos alimentadores. Esses fatores resultam em desequilíbrios que muitas vezes reduzem a precisão dos métodos baseados em componentes simétricas. Neste contexto, este trabalho visa à realização de um estudo mais profundo sobre a necessidade de utilização de um programa de cálculo de curto-circuito por componentes de fase através da comparação com a técnica de solução do mesmo problema por componentes simétricas para sistemas de distribuição. Tal comparação levará em conta a precisão dos resultados. Detalhes desse estudo serão apresentados nas próximas seções. II. METODOLOGIA DO CÁLCULO DE CURTO-CIRCUITO POR COMPONENTES DE FASE Tradicionalmente, a solução do problema de cálculo das correntes de curto-circuito é realizada por meio de componentes simétricas, utilizando-se as simplificações usualmente empregadas nos métodos tradicionais. De acordo com [5], essas simplificações são: (a) todas as máquinas do – 33 – 2 sistema operam com tensão de magnitude 1,0 pu e ângulo zero; (b) as cargas e todos os outros elementos em derivação são desprezados; (c) os transformadores operam em derivação nominal; (d) as impedâncias de seqüência positiva são iguais às de seqüência negativa. No entanto, com o objetivo de elevar a precisão dos resultados do programa de cálculo de curto-circuito aplicado a sistemas de distribuição, optou-se por investigar a utilização de componentes de fase, considerar todas as tensões pré-falta obtidas por um programa de cálculo de fluxo de potência trifásico e os elementos em derivação foram todos considerados como impedâncias constantes na matriz impedância. Ressalta-se que a matriz admitância construída no programa de cálculo de fluxo de potência pode ser utilizada no cálculo de curto-circuito por componentes de fase. A referência [6] descreve detalhadamente como deve ser feito o cálculo de curto-circuito por componentes de fase. Os resultados obtidos foram comparados com os resultados de simulações no programa ATP (em inglês: Alternative Transient Program), sendo que todas as cargas foram modeladas como impedância constante em todas as simulações deste trabalho. TABELA I VALORES MÁXIMOS DE DESVIOS DA MAGNITUDE DA CORRENTE DE CURTOCIRCUITO Rf (Ω Ω) 0,5 5,0 10,0 Considerando-se que a corrente de base é de 5916,6 A, um desvio de 1,47×10-2, por exemplo, equivale a 87,00 A, para um valor de corrente de falta de 3003,60 A. Esse valor de corrente de falta é o valor para o qual se encontrou a diferença de 1,47×10-2 entre o valor obtido pela simulação no ATP e o cálculo de curto-circuito realizado pelo programa que utiliza o método de componentes simétricas. Em contrapartida, o maior valor de desvio encontrado para a solução do mesmo problema utilizando componentes de fase é 3,02×10-4, que representa 1,79 A. Ressalta-se que esse valor de desvio máximo foi encontrado para um curto-circuito em outra barra e, portanto, a corrente de curto-circuito neste caso é de 2735,60 A. IV. CONCLUSÕES III. COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE CÁLCULO DE CURTO-CIRCUITO Com o objetivo de comparar a precisão dos resultados obtidos em cada metodologia de cálculo de curto-circuito empregada, foram construídos gráficos com valores de desvios (módulo da diferença entre o valor obtido no programa implementado e o valor fornecido pelo ATP) de magnitude e de ângulo da corrente de curto-circuito trifásico e monofásico (fase A-terra) em cada barra, para três diferentes valores de resistência de falta (Rf): 0,5; 5,0 e 10,0 Ω. O sistema elétrico utilizado foi um sistema de 135 barras (Fig.1), cujos dados podem ser encontrados em [7]. Os valores, em pu, dos maiores desvios de magnitude da corrente de curto-circuito encontrados foram dispostos na Tabela I. Com base nos resultados obtidos neste trabalho para uma rede de distribuição de energia, é possível verificar que a precisão do cálculo de curto-circuito por componentes de fase considerando-se os elementos em derivação é maior que se comparada à precisão da solução do mesmo problema utilizando-se componentes simétricas. O desenvolvimento de ferramentas apropriadas para cálculos precisos em sistemas de distribuição é de grande importância devido à crescente necessidade de confiabilidade e qualidade no fornecimento de energia aos consumidores finais. V. REFERÊNCIAS [1] [2] 127 126 60 54 55 125 59 57 53 52 56 [3] 124 88 123 58 122 51 31 29 30 1 5 27 26 28 3 2 4 50 49 61 63 6 7 8 33 35 37 10 22 14 Legenda Disjuntor 13 12 20 19 40 11 15 16 17 18 41 44 45 21 80 81 93 82 83 72 39 73 74 36 38 23 119 129 43 42 120 121 79 66 70 47 68 67 69 71 46 32 34 25 89 90 77 64 65 24 9 76 78 62 48 Alimentador 75 [4] 91 92 94 114 117 115 99 84 113 85 96 95 97 128 86 98 100 101 87 102 116 118 [5] 112 131 104 132 133 130 103 [6] 105 106 134 107 [7] Religador Chave Seccionadora Fusível 108 109 Desvios de corrente (pu) Componentes simétricas Componentes de fase Monofásico Trifásico Monofásico Trifásico (×10-2) (×10-4) (×10-4) (×10-2) 1,47 3,59 3,02 6,30 1,51 2,16 1,02 1,36 1,12 1,23 4,02 4,83 110 111 Fig. 1. Diagrama unifilar do sistema teste. – 34 – F. Sato, “Análise de curto-circuito em sistemas elétricos de potência,” Tese de doutorado, DSEE, UNICAMP, Campinas, São Paulo, 1979. C. L. Fortescue, “Method of Symmetrical Coordinates Applied to the Solution of Polyphase Networks,” Trans. AIEE, pt. II, vol. 37, pp. 1027–1140, 1918. L. W. Coombe; D. G. Lewis,“Digital Calculation of Short-Circuit Currents in Large Complex-Impedance Networks,” Power Apparatus and Systems, Part III. Transactions of the American Institute of Electrical Engineers, vol.75, no.3, pp.1394-1397, Jan. 1956. H. E. Brown; C. E. Person; L. K. Kirchmayer; G. W. Stagg; “Digital Calculation of three-phase short circuits by matrix method,” Power Apparatus and Systems, Part III. Transactions of the American Institute of Electrical Engineers, vol.79, pp.1227-1281, 1960. R. P. Mota, “Cálculos de curtos-circuitos para estudos e análises da proteção de sistemas elétricos,” Tese de doutorado, DSEE, UNICAMP, Campinas, São Paulo, 1998. G. W. Stagg and A. H. El-Abiad, Computer Methods in Power System Analysis, New York: McGraw-Hill, 1968, 426 p. Sistemas teste LaPSEE, Sistema Prático 135 Barras. Disponível em: <http://www.dee.feis.unesp.br/lapsee/interna_downloads_sistemastestes. php>. Acessado em: março de 2011. 1 Estudo dos Dados do Sistema de Gerenciamento de Interrupções de uma Empresa Distribuidora de Energia Elétrica Fernanda Caseño Lima Trindade (D), Paulo César Magalhães Meira (D), Walmir de Freitas Filho (P) Resumo—O conhecimento das principais causas de interrupções, da distribuição da incidência de interrupções ao longo do ano e em ambientes rurais e urbanos é importante para que medidas preventivas sejam tomadas a fim de diminuir a incidência de faltas e/ou o tempo de restauração da rede diante de uma falha permanente. Tal importância vem se destacando à medida que se observa o aumento da utilização de cargas cada vez mais sensíveis à ocorrência de distúrbios na rede, fato que tem sido acompanhado pela maior consciência dos consumidores quanto aos efeitos negativos dessas falhas no desempenho de seus processos. Este trabalho apresenta o estudo de uma grande quantidade de dados associados ao sistema de gerenciamento de interrupções de uma empresa distribuidora de energia norteamericana objetivando a extração de informações úteis para a prevenção e para o reparo das faltas. Palavras-chave—Interrupções, prevenção de defeitos, sistemas de distribuição. I. INTRODUÇÃO A ocorrência de defeitos (faltas) em sistemas de distribuição de energia elétrica deve-se a diversos fatores como condições adversas do tempo (e.g. vento e descargas atmosféricas), contato com animais ou árvores, manutenção inadequada e fim do tempo de vida útil dos equipamentos. Os defeitos prejudicam a confiabilidade do fornecimento de energia elétrica e podem resultar no afundamento de tensão, em interrupções momentâneas ou sustentadas e em elevados custos operacionais [1], [2]. O aumento da utilização de cargas cada vez mais sensíveis à ocorrência de distúrbios na rede tem sido acompanhado pela maior consciência dos consumidores quanto aos efeitos negativos dessas falhas no desempenho de seus processos [3][5]. De forma geral, interrupções momentâneas e sustentadas são classificadas como problemas de qualidade de energia e de confiabilidade, respectivamente, que afetam os diferentes tipos de consumidores de maneiras variadas. Por conseguinte, é interessante distinguir as principais causas de interrupções, assim como a distribuição da incidência das interrupções ao longo do ano e em ambientes rurais e urbanos. O conhecimento dessas variáveis torna possível que medidas preventivas sejam tomadas para diminuir Este trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Brasil. F. C. L. Trindade, P. C. M. Meira e W. Freitas são do Departamento de Sistemas de Energia Elétrica, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) C.P. 6101, 13081-970 Brasil (e-mail: {fernanda, meira, walmir}@dsee.fee.unicamp.br). a incidência de interrupções e/ou o tempo de restauração da rede diante de uma falha permanente. Neste contexto, este trabalho apresenta o estudo de uma grande quantidade de dados associados ao sistema de gerenciamento de interrupções de uma empresa distribuidora de energia norte-americana referentes ao período de janeiro de 2007 a junho de 2009. Detalhes dessas análises serão apresentados nas próximas seções. II. PRINCIPAIS CAUSAS DE INTERRUPÇÃO A primeira análise consiste na observação da parcela de eventos relacionados a cada causa de interrupção conforme a classificação adotada pela concessionária. Ressaltando-se que as interrupções programadas e resultantes de problemas na geração e transmissão não foram computadas. Os resultados desta análise estão dispostos na Tabela I. Observou-se que as causas de interrupção mais incidentes estão relacionadas ao contato de árvores e defeito em equipamentos. TABELA I DISTRIBUIÇÃO DAS INTERRUPÇÕES DE ACORDO COM AS CAUSAS Incidência (%) Descrição das Causas 2007 2008 2009 Desconhecida/outras 8,91 15,77 14,88 Subtransmissão 0,97 1,22 1,00 Contatos de árvores 34,94 28,93 20,30 16,68 8,75 2,15 22,30 27,67 44,42 3,39 Descargas atmosféricas Defeito de equipamentos Clima adverso 4,23 5,60 Ambiente adverso 0,88 1,04 0,90 Elemento humano 0,49 0,29 0,62 Interferência externa 10,60 10,73 12,34 Total 100,00 100,00 100,00 Conhecendo-se as principais causas de interrupção, é possível investir, por exemplo, na realização da poda eficaz de árvores e na manutenção preventiva de equipamentos de forma que a quantidade das interrupções possam ser diminuídas. – 35 – III. INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS CLIMÁTICOS As informações climáticas contidas no banco de dados 2 Quantidade de interrupções 5000 Dias Chuvosos/Críticos/Extremos Todos os Dias do Mês Dias Normais 4000 constatação. 2007 TABELA II DISTRIBUIÇÃO DAS INTERRUPÇÕES DE ACORDO COM O AMBIENTE. Porcentagem Consumidores do total de Interrompidos Ano Ambiente inerrupções Média Máximo Mínimo (%) 64,30 65,96 6715 1 Rural 27,46 104,62 6698 1 Suburbano 8,24 193,92 9309 1 Urbano 59,70 79,61 8447 1 Rural 30,58 115,60 6605 1 Suburbano 9,72 201,31 10599 1 Urbano 2008 foram divididas em: (a) dias normais; (b) dias chuvosos (2,0 beta); (c) dias críticos ou MED (Major Event Day) (2,5 beta); (d) dias extremos (3,5 beta). O uso do método beta para agrupar as informações climáticas é sugerido em [6] e é utilizado no tratamento estatístico das informações climáticas diárias e permite identificar dias críticos ou MED, dias com efeitos catastróficos que excedem os limites de projetos ou limites operacionais do sistema elétrico e ao longo do qual ao menos 10% dos consumidores de uma determinada área sofrem interrupção sustentada durante um período de, no mínimo, 24 horas. O objetivo de utilizar o método beta é permitir que eventos de força maior sejam estudados separadamente das operações em dias normais de forma que as tendências dos dias normais possam ser preservadas e não fiquem camufladas na estatística que considera os dias mais críticos. Observou-se que nos anos analisados e para a região analisada, novembro e dezembro foram marcados por fenômenos climáticos extremos que elevaram significativamente a quantidade de interrupções de energia elétrica impostas aos consumidores. Como exemplo, a Fig. 1 apresenta a quantidade mensal de interrupções para o ano de 2007. V. CHAMADAS DE CONSUMIDORES RELACIONADAS À INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE ENERGIA As chamadas telefônicas de consumidores relacionadas à interrupção no fornecimento de energia elétrica é de grande importância no processo de localização de defeitos. Portanto, no processamento dos dados relacionadas às chamadas adotouse o critério de computar apenas se houve ou não alguma chamada registrada já que com ao menos um registro é possível auxiliar no processo de localização. Notou-se que a falta de registro de chamadas pouco depende do período do dia (durante a noite e durante o dia registrou-se quantidade próxima de chamadas), de ser ou não final de semana e do ambiente em que ocorre a falta: rural, suburbano ou urbano. Observou-se ainda que a relação entre a quantidade de chamadas registradas e de consumidores interrompidos é de cerca de 3 a 5%. 3000 VI. CONCLUSÕES 2000 1000 0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Meses Fig. 1. Quantidade de eventos registrados em cada mês de 2007 agrupados de acordo com as condições climáticas. É interessante observar o mês de novembro de 2007, em que em um único dia mais de 100.000 consumidores ficaram sem energia devido a um fenômeno meteorológico conhecido como “Tempestade Tropical Noel” ou “Furacão Noel”. Esse fenômeno apresentou rajadas de vento de velocidade maior que 100 quilômetros por hora e foi classificado como um dia Extremo. Todos os registros classificados na figura como Dias Chuvosos/Críticos/Extremos do mês de novembro ocorreram nesse dia. Neste trabalho, os resultados obtidos para uma determinada rede de distribuição permitiram apontar as principais causas de interrupção no fornecimento de energia, a influência do clima e do ambiente nessas interrupções. Por fim, analisaram-se as chamadas de consumidores relacionadas à interrupção no fornecimento de energia elétrica. O conhecimento dessas características representa um maior entendimento do problema podendo resultar na melhora da continuidade da energia fornecida. VII. REFERÊNCIAS [1] [2] [3] [4] [5] IV. INFLUÊNCIA DO AMBIENTE No banco de dados, a divisão de ambiente foi feita entre os ambientes: rural, suburbano e urbano. O ambiente rural é onde geralmente existe maior incidência de interrupções que, no entanto, afetam uma menor quantidade de consumidores já que a concentração de pessoas na cidade é muito maior que no ambiente rural. A Tabela II apresenta a confirmação dessa [6] – 36 – T. A. Short, Distribution Reliability and Power Quality. CRC Press, 2006. R. A. F. Pereira, L. G. W. da Silva; J. R. S. Mantovani, "Algoritmo baseado em afundamentos de tensão para localização de faltas em alimentadores de distribuição de energia elétrica," Sba Controle & Automação. Natal, v. 19, n. 3, Setembro de 2008. R. E. Brown, Electric power distribution reliability. CRC Press, 2009. N. Jenkins, R. Allan, P. Crossley, D. Kischen e G. Strbac, Embedded Generation, The Institute of Electrical Engineers, 2000. S. Yun, J. Kim, An evaluation method of voltage sag using a risk assessment model in power distribution systems. International Journal of Electrical Power & Energy Systems, vol. 25, Issue 10, pp. 829-839, Dec. 2003. IEEE Guide for Electric Power Distribution Reliability Indices, IEEE Std 1366-2003, vol., no., pp.0_1, 2004. 1 Modeling Industrial Facilities for Power Systems Dynamics Simulations Tiago R. Ricciardi (D), Walmir Freitas (P), Wilsun Xu (PE, ECE/UofA), Xiaodong Liang (C, Schlumberger Canada) Abstract–This paper presents an overview of a research project in progress of a new method for construction of dynamic models for large industrial facilities loads connected directly into power transmission systems. This method presents itself as an alternative to the traditional approaches applied to construct models for computational dynamics simulations supporting power systems operation and planning. Some potentialities of the method under research are exposed and the next steps in this research project are listed Index Terms–Computational modeling, computer simulation, industrial power systems, load modeling, power system analysis computing, power system dynamics, power system modeling. I. INTRODUCTION P OWER SYSTEMS operation and expansion planning rely on computational simulations of mathematical models that describes the electrical energy grid. Although appropriate efforts should be spent in every single pertinent component in system modeling, much attention has been given to models for generation, transmission and distribution equipment. Loads, which jointly with these equipment compose the power systems, however, have received less attention in computational representation and continue to be an area of greater uncertainty [1]. The lack of attention in load modeling is probably due to the difficulties associated with this kind of task, maybe one of the most challenging and adverse in electric power systems engineering. Several factors explain this fact, including [1]: a. Large number of diverse load components; b. Ownership and location of load devices in customer facilities not directly accessible to the electric utility; c. Varying load composition through time, seasons, and weather; d. Lack of precise information on the composition of load; e. Uncertainties regarding the characteristics of many load components, particularly for large voltage or frequency variations. In bulk power system studies, the load is usually referred as a collective power demand at a high voltage level. From the viewpoint of load modeling, the loads can be classified into two categories based on their ownership. The first category includes the power consumption of all devices at distribution level and is commonly aggregated at transmission substation buses, including the collective demand of various utility customers and feeders. The second category comprises large industrial and commercial facilities owned by a single customer and often supplied by a dedicated feeder or substation. The most representative research works have addressed the first category of loads. A lot of works have been conducted in the load model development focusing this class of aggregated load. Industrial facilities loads constitute major loads in power systems. It is critical to model them properly due their large power demand and complex response to system disturbances. Examples are oil refineries, sugarcane, paper and steel mills, mining facilities, large airports and shopping centers. Proper representation of dynamic responses of such loads is very important for power system dynamics studies as transient stability analysis. Unfortunately, research works on modeling large industrial facility loads have been few in number. Regarding industrial load modeling, the most important works recommend that the industrial facility should be modeled as a composition of static loads and induction motors. The North American Western Electric Coordinating Council (WECC) suggests that this composition is about 20% of dynamic (large induction motors) and 80% of static (heat, light) loads. This approach implies that a large oil refinery has a similar response to that of a sugarcane mill. As more and more accurate models are being developed in power systems simulations, this approach should be clearly interim [2]. The load modeling issue regarding industrial facilities is addressed in this research project from a different perspective. The basic idea comprises the concept of model template, the common electrical configuration among several plants of a specific industrial process. II. TEMPLATE BASED INDUSTRIAL FACILITY MODELING This work is supported by São Paulo Research Foundation (FAPESP) under the grant # 2010/17303-8 and by Alberta Power Industry Consortium (APIC): http://www.ece.ualberta.ca/~apic/ T. R. Ricciardi and W. Freitas are with the Department of Electrical Energy Systems of the School of Electrical and Computer Engineering of the University of Campinas (DSEE/FEEC/UNICAMP), Campinas, São Paulo, Brazil (e-mail: [email protected]). X. Liang and W. Xu are with the Department of Electrical and Computer Engineering, University of Alberta (ECE/UofA), Edmonton, Alberta, Canada. The aggregated loads class has been receiving the main research efforts. These works can be classified in two basic approaches: measurement-based and component-based [3]. Both approaches fail in performing an appropriate representation of large industrial loads. The method under development, which aims to cover this gap, is briefly – 37 – 2 explained in this section. A. Creating Templates and Populating the Database The first step of the method consists in the creation of the facility template. A facility template is the most common electric system configuration of a given type of industrial process. This configuration includes industry processes and their electric circuits, the number of circuit branches and voltage levels, the type and sizes of motors, motor voltage levels, types of distribution lines/cables, and so on. The template can be created mainly through design manuals or extracting the common characteristics of several plants of a given type of industrial process. Some typical parameters, configurations and useful information can also be found in technical literature. These facility templates of several industrial processes such as oil refining, mining, metallurgy, etc. can then populate a database of industrial plants models. It is over this database that the proposed method acts, extracting to the output of the algorithm the mathematical/computational model of an industrial load readily available to be integrated with the remaining components of a power system model in power systems analysis software for dynamics simulation. B. Scaling the Template The user input to the method should be the facility type, its power demand and the format of output data desired. The method then searches the database for the template of the selected facility type. The template, however, was built and stored with a particular size. For example, the oil refinery template can represent a typical oil facility of about 100 MW but the user interested in perform a power system simulation needs a smaller refinery, says 50 MW. The second step of the proposed method should scale the template stored in the database to match the power demand level specified by the user. The scaling algorithms should resize the industrial system loads, cables, circuits, etc. according to the specificities of the particular industrial process. The model achieved in the output of this step has the desired size, but still may have a lot of buses, motors, different voltage levels, etc. C. Model Reduction: Aggregating the Components The final step of the method comprises the reduction of the template-scaled output of the previous step. The reduction is performed through aggregation and equivalence algorithms that decrease the number of buses and components in the previous level. The bulk system from which the industrial facility is supplied could present hundreds or thousands of buses. The model derived from the previous stage also has a large number of states. In order to make the models developed through the proposed method useful, it is necessary that the template, after being scaled up or down, be reduced to fewer buses and states. The aggregation techniques should preserve the key electrical response characteristics from the supply side perspective, i.e., the bulk transmission system. Algorithms of induction motor equivalence, synchronous machines aggregation, static loads reduction and so on are of great importance in this step. After the template model reduction and based on the user input information regarding the software that will be used to perform the dynamics simulations, the facility equivalent model in an appropriate format is ready to be included in the power system model under analysis without any editing. III. POSSIBLE APPLICATIONS OF THE PROPOSED METHOD This section deals with some potentialities of application of the method in development. A. Modeling Oil Refineries in North America The template-based method described was applied to model a real oil refinery in North America. Some transient stability frame analysis performed appointed that the template-based refinery model is able to capture major dynamic characteristics of an actual oil refinery response to disturbances in supply system. B. Sugarcane Mills and São Paulo State Transmission Grid There is intention to apply the template-based load modeling procedure to derive models from sugarcane mills. There is a large number of this type of facility in São Paulo State, Brazil, and usually this industrial plant also operates in cogeneration cycles burning the sugarcane bagasse. This energy source is already the third most important in Brazilian energy matrix. The sugarcane mills model obtained can be used in a study evaluating the impacts of the growing penetration of these facilities in São Paulo State transmission system. IV. FUTURE WORKS As the presented method is still under research and development, some aspects should be investigated in order to further improve and add new features to the technique: • Currently, the model reduction step deals only with static loads and induction and synchronous machines. As variable frequency drives are becoming more and more popular in industry applications, new techniques and additional contributions in aggregation of such devices should be investigated. • Extend the template-based concept to other power systems studies such as short-circuit estimation of the industry’s fault current contribution using the template-based model. Also, models for renewable energy plants such as wind and solar farms may be developed using a similar approach. V. REFERENCES [1] [2] [3] – 38 – IEEE Task Force on Load Representation for Dynamic Performance, "Load Representation for Dynamic Performance Analysis," IEEE Trans. Power Systems, vol. 8, pp. 472–482, May. 1993. L. Pereira, D. Kosterev, P. Mackin, D. Davies, J. Undrill, and W. Zhu, "An Interim Dynamic Induction Motor Model for Stability Studies in the WSCC," IEEE Trans. Power Systems, vol. 17, pp. 1108–1115, Nov. 2002. P. Kundur, Power System Stability and Control. New York: McGrawHill, 1994. 1 Analysis of the Energization Test of 2600-km Long AC-Link Composed of Similar Transmission Lines E. C. Gomes (M), and M. C. Tavares (P) I. ABSTRACT T HE increasing grow of large load centers in the world and the exhaustion of almost all energy resources in the proximities of these centers requires the transportation of large blocks of energy through very long distances. In Brazil, a large hydroelectric potential still not used is located in the Amazon Region. This energy has to be transported through distances between 2500 and 3000 km to major load centers. This requires an extensive research for the best solutions and some of the most adequate ones are based in non-conventional transmission systems. Beside the HVDC transmission, a very interesting alternative is the AC-Link, or an AC transmission with a little more than the half-wave length (HWL+), which in Brazilian 60-Hz system corresponds to a transmission line of 2600 km. However, there is no similar system in operation in world, although several studies have been realized since the 60`s, which arouse great caution on part of Brazilian technicians responsible for the electric system expansion. Normally new systems studies are accomplished only through simulations, but as this will be the largest transmission system in the world, the planning technicians are not comfortable to implement a different transmission philosophy without major tests or even a prototype. It was proposed a realization of a field test consisting of simple maneuver under a very well controlled condition. The maneuver would be the energization of an AC-link test composed of three interconnection trunks that have similar electrical characteristics, specifically the Brazilian interconnections North-South I, North-South II and part of North East-South East. Together these transmission systems can form a trunk of 2600 km, a little more than a half-wave length, but as they were three similar but not identical lines some studies regarding the validity of the proposed test have been performed. In the presented work the main results of the evaluation of the use of an AC-Link formed by similar transmission lines to represent a trunk with a little more than a half-wave length for the energization test are presented. An analysis in frequency domain was performed to observe possible reflections at the lines connections and, beside that, some sensitivity analysis of how different the lines could be in other to still represent an AC-Link. The lines analyzed are actual 500-kV lines of Brazilian system. Finally, some results were obtained with PSCAD/EMTDC. The results to be presented are important contributions to subsidize the realization of the proposed test in either in Brazil or in other electrical systems in the world. This work was supported in part by FAPESP - The State of São Paulo Research Foundation and CNPq - The National Council for Scientific and Technological Development, Brazil. E. C. Gomes and M. C. Tavares are with School of Electrical and Computing Engineering, University of Campinas, Campinas, SP 13083-852 Brazil. (e-mail: elsoncg, [email protected]) – 39 – 1 Steady state analysis of half-wavelength line on the Brazilian electric system. L. C. Ferreira Gomes, (IC), L. C. P. Silva, (P), and M. C. Tavares, (P) Abstract—In Brazil, large hydroelectric plants are planned to be or are already being constructed on the Amazon Basin. Energy will flow through considerable distances, about 2500 km, i.e. about half-wavelength on a 60Hz electrical system. A possible solution is an AC transmission system with an electric length little more than half-wave (in order to keep stability)[1]. Given that no such line was ever implemented, intensive studies should be done in order to make it a feasible solution. In this study, a halfwavelength transmission corridor composed by three 800kV lines was inserted in the Brazilian electric system, connecting the Belo Monte power plant to a strong network node on Assis, in the São Paulo state. Losses and voltage profile have been analyzed with normal configuration and with one line trip. Index Terms— half-wavelength transmission line, Brazil, Belo Monte, power transmission lines; 2500 km, steady state, very long transmission systems I. NOMENCLATURE HWL+ - Have-wavelength line INS – (Brazilian) Integrated National System II. INTRODUCTION T He distribution of natural resources for the generation of electricity in Brazil is peculiar, but not unique, it is similar to countries like Russia and China: main loads are located far away from the main available energy resources. In Brazil, the Amazon basin, at the North region, holds more than 60% of the unused hydroelectric resources, while most of the demand is located at Southeast and Northeast regions, both situated more than 2000 km from the Xingu, Tapajós and Madeira rivers, where large hydro power plants are being constructed or planned(11GW, 8 GW and 2x3 GW, respectively). An usual1 transmission solution for transmitting such amount of energy in such distances is the HVDC (High Voltage Direct Current) - taking into account that common AC lines would require high levels of series and shunt compensation in order to maintain acceptable voltage profile and stability. Nevertheless, analyzing the distributed parameters line model it is possible to conclude that a non-compensated AC line could achieve the same objective without any or few reactive power compensation [1]. This kind of line was studied in the 60’s and 90’s and a lifetest was made in the URSS [2]-[5]. In few topics, the primary features of that line observed in these and in recent papers are: • Efficiency is maximum when the load is at SIL and unitary power factor [5],[6]; • Maximum voltages at terminals when load < SIL (minimum at center) and at center when load > SIL (minimum at terminals); • Maximum currents at center when load < SIL; • Few reactive compensation necessary, only to voltage regulation; • High frequencies strongly attenuated at switching; • Constant current at center almost independently of line load (if pf≈1), but variable with line voltage; • Phase shift near 190º at the terminal end; Recently, Brazilian researchers performed comparative costs studies between a HWL+ link and a DC link for the Madeira-São Paulo connection; results seem to be favorable in 24 % for the HWL+ link [7]. In this way, studying a transmission corridor connecting Uchur hydro power plants with South Corea[8], Russian researchers also achieved favorable results for HWL+ against HVDC with cost per kWh reaching up to 20% less in the best configuration. Another advantage is that the HWL+ is not essentially a point-to-point link as HVDC links, enabling load connections, especially near it center [9]. In a practical sense, a real energization test will be soon carried out in the 500 kV NorthSouth corridor of the Brazilian INS. A not yet explored problem in this transmission solution research is the HWL+ behavior when integrated on a real electrical system, subject of the present work, using a future scenario of the INS, specifically, 6 scenarios from the perspective for 2019. III. METHODOLOGY AND RESULTS The analysis of the line behaves was made using ANAREDE, a powerfull tool which performs steady state analysis like AC power flow, optimal power flow, among others. In the used perspective, a HWL+ corridor with three 800 kV lines and 2644 km was inserted connecting the city of Altamira in the state of Amazonas and the city of Assis, in the state of São Paulo and 400 km away from the city of São Paulo. The lines are connected by 500 kV/800 kV transformers at Altamira and Assis with a phase shifter around 180º at Assis and flexible tap range (0.5 to more than 4pu). 1 Not that usual, Madeira’s HVDC transmission system is the first in the world crossing so large distance – 40 – 2 A. Losses Minimization with tap adjustment In hands of 6 scenarios and taking into account that efficiency is improved as the load is closest to the SIL, the transformer’s taps where adjusted to make 2 V HWL + = SIL = P (1) transmitted Z 0 This means that previously knowing: how much power is flowing through the line in each scenario (without any tap optimization); the characteristic impedance Z0 and the base voltage relation (0.625), an ideal tap value could be calculated. That means that efficiency control is made essentially by manipulation on the operational line voltage. This kind of solution is also proposed in [8] as a method to reduce losses. With the ideal tap value, others 11 values of tap were also calculated, 5 below the ideal one, reaching 10 % below ideal and 6 above it, reaching 12 % of calculated value. These 12 values were combined one by one (as there are two taps to adjust, one in each line terminal), resulting in 144 power flows for each scenario. With these results the voltage profiles were flat as seen in fig. 1 and losses were minimized while compared with the losses obtained without tap optimization as observed in the comparative table 1. ( ) Perfil de Tensão depends on inverse quadratic power of akm, it derivative on akm depends on a larger inverse power, i.e. larger the tap, slower de power flow variation. So, power flow solution with the first ideal tap calculated was obtained and a new value of power flowing to the line was obtained and then used to calculate a new ideal tap, which was used in the essay. 2 P = V a g − V a ⋅V g cos(θ ) k km k km km km m km km (k − V ( a ) km ( )⋅ Vmbkm sin(θ km ) ) ( 2) IV. FUTURE STUDIES A. Double line 800 kV Taking into account that the bulk of energy to be transported by the HWL+ trunk could reach more than 7000 MW in some scenarios, another possible choice is to reduce the number of lines as to make voltage operational line nearer nominal, resulting in smaller tap changes. B. 1000 kV Essay Another possible choice is to reduce the number of lines increasing characteristic SIL, as a single 1000 kV line trunk has a larger power capacity than an 800 kV, that possibility will be taken into account despite the fact that reliability is compromised. C. Single Line Fault In order to study reliability, maintaining the normal operation situation values, a line will be removed in each simulation. 0,8 0,7 0,6 Tensão(pu) CEN1 0,5 CEN2 V. REFERENCES CEN4 0,4 CEN5 CEN6 0,3 [1] CEN11 0,2 [2] 0,1 0 1 3 5 7 9 [3] 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 Barra Fig. 1. Voltage profile with tap optimization [4] LOSSES (in %) [5] SCEN1 SCEN2 SCEN4 SCEN5 SCEN6 SCEN11 Without tap opt. 13.18 12.80 24.10 56.33 14.01 12.40 Best 12.38 12.43 12.60 15.52 12.43 12.38 Average 12.47 12.63 13.54 16.26 12.84 12.45 [6] [7] Table 1. Comparative losses. [8] B. Tap adjustment problems Manipulate operational voltage by tap deal with some problems: the tap switch could imply in frequents transients in the line; there are no transformer with such tap range; finally, power flow through the lines decreases considerably with large tap increases (as in scenarios 4 and 5). No such problems were addressed here, except for the last one. To deal with it the power flowing through a line connected by a transformer with a akm: 1 (given by (2)) were analyzed. While power flow [9] – 41 – Portela, C., Tavares, M. C., “Modeling, simulation and optimization of transmission lines. Applicability and limitations of some used procedures”. IEEE T&D Latin America 2002, Brazil, 38p, 2002. Hubert, F.J., Gent, M.R., “Half-Wavelength Power Transmission Lines”. IEEE Transac. On PAS, vol 84, no. 10, pp. 966-973, Oct 1965. Prabhakara, F.S., Parthasarathy, K., Ramachandra Rao, H.N., “Analysis of Natural Half-Wave-Length Power Transmission Lines”. Transac. On PAS, vol 88, no. 12, pp. 1787-1794, Dec 1969, SP, Brazil, 38p, 2002 Gatta, F.M., Iliceto, F., “Analysis of some operation problems of Halfwave length power system lines”. IEEE AFRICON’92 Proc Conference, Sept. 1992 F. Iliceto, E. Cinieri. “Analysis of half-wavelength transmission lines with simulation of corona losses”. IEEE Trans on Power Delivery, 1988, 3(4):2081-2091. R. F. Vidigal, "Análise de uma linha com pouco mais de meio comprimento de onda sob diferentes condições de operação em regime permanente e durante manobra de energização" Master dissertation, School of Electrical and Computing Engineering, Univ. of Campinas, 2010. Tavares, M.C., Portela, C., “Proposition of a Half-Wave Length Energization Case Test”. IPST2009 in Kyoto, Japan June 3-6, 2009 A.A. Drujinin, G.I. Samorodov, V.P.Kobylin, ”Methods of Active Loss Minimization in Half-Wave Lines (by the Example of Power export from Uchur Hydro Power Plants to South Korea)”. Proceedings of Asian Energy Cooperation, Sept.2004 Dias, R. ; Lima, A. ; Portela, C. ; Aredes, .M. - Non Conventional Transmission Line with FACTS in Electromagnetic Transient Programs - IPST 2009, International Conference on Power Systems Transients, 2-6 June 2009, 7 p. , art. 269 – Kyoto, Japan, pp. 1-7, 2009 Fluxo de Potência Ótimo CA pelo Método de Fluxo em Redes Cassio H. Fujisawa (D), Marcius F. Carvalho (PE, PUC-CAMPINAS), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino Soares (P) Index Terms—Fluxo de Potência Ótimo, Modelo de Fluxo em Redes. I. I NTRODUÇ ÃO O problema de fluxo de potência ótimo (FPO) propõese a determinar qual a configuração ótima de geração para atender um perfil predeterminado de demanda ao longo de um horizonte de planejamento discretizado em intervalos de tempo, por exemplo, de uma hora. No caso dos sistemas com predominância de usinas térmicas a configuração ótima de geração é determinada quase sempre pelo atendimento à demanda ao mı́nimo custo de geração. Este problema de mı́nimo custo pode também considerar as perdas de transmissão e ter como restrições as capacidades do sistema de geração e de transmissão. Entretanto, em sistemas de geração onde a predominância é de hidrelétricas como no caso brasileiro que representa 85,6% da geração elétrica produzida [1], o fator motivador deve ser outro. Um objetivo muito utilizado é, para cada gerador, minimizar os afastamentos daquela geração pré-estabelecida pelo despacho hidrotérmico determinado pela atividade de planejamento imediatamente superior, de forma a atender a carga e as restrições de capacidade dos geradores e das linhas de transmissão. A solução deste problema vem no sentido de complementar um despacho de geração que não levou em consideração a configuração e as capacidades da rede elétrica. A este problema pode ser considerada a determinação da configuração da geração que minimize as perdas e atenda as restrições de geração e de transmissão do sistema elétrico. De forma geral o modelo do FPO é composto por: • função objetiva que minimiza o desvio do pré-despacho com a geração ou apenas a minimização da geração; • restrição da lei das correntes de Kirchhoff; • restrição da lei das tensões de Kirchhoff; • restrição da capacidade das linhas de transmissão; • restrição da geração, dentre limites predeterminados; A importância do desenvolvimento do modelo do FPO, no qual admite-se que as barras de geração tenham suas capacidades variando entre limites especificados não está somente na busca de uma solução “ótima” para a alocação da geração. Está principalmente em uma proximidade maior com a realidade da operação de um sistema elétrico. Os sistemas elétricos não têm uma única barra de referência como é assumido nos modelos clássicos de fluxo de potência (também chamado de fluxo de carga) [2]. Estes modelos assumem que toda a diferença entre as potências ativas especificadas das barras de geração e as potências ativas de carga mais as perdas é fornecida por uma única barra tomada como referência [3]. Na operação real de um sistema elétrico várias barras assumem este balanço. Assim o modelo de FPO apresentado, além de se tornar uma representação mais próxima do sistema real pois admite que todas ou parte das barras de geração possam assumir a variação de potência, contribui significativamente para a diminuição das perdas, uma vez que, a potência ativa não flui por toda a rede até o ponto em que ocorre a perda como no caso de uma única barra de referência. As perdas podem ser geradas pela barra mais próxima do local de onde ocorrem. II. M ETODOLOGIA O problema de fluxo de potência será baseado nas correntes, diferente de como normalmente é feito, baseado nas potências. Esse problema tem duas restrições básicas: lei das correntes de Kirchhoff (LCK) e lei das tensões de Kirchhoff (LTK), mostradas nas Equações (1) e (2): AIramo LZIramo = = Ibar 0 (1) (2) no qual A é matriz de incidência da rede, Iramo é o vetor das correntes nos ramos, Ibar é o vetor das injeções de correntes nas barras, L é a matriz de laços e Z é a matriz diagonal das impedâncias dos ramos. O vetor das injeções de correntes nas barras Ibar é composto pela injeção de potência de geração menos a de carga e pelo elemento shunt derivado do modelo π das linhas de transmissão. Quando a barra for do tipo PQ, essa injeção de corrente é definida. E quando for do tipo slack, a parcela do elemento shunt é definida e a parcela da injeção de potência é uma variável. A Equação 3 representa a composição da injeção de corrente: Ibar = Ish + Ipq + Islack (3) Observa-se que a Equação 2 é igual a zero pois não se tem nenhum transformador defasador, o que garante que a soma das quedas de tensão de um laço é zero. Separando a parte real e imaginária das Equações (1) e (2), juntando as equações e colocando as variáveis de decisão do lado esquerdo, tem-se: – 42 – Ag 0 LR 0 LX 0 0 Ag LX 0 LR 0 re Iramo re Islack I im ramo TABLE I S OLUÇÃO PELO M ÉTODO PROPOSTO . Número da Iteração = im Islack re re Ish + Ipq im im Ish + Ipq 0 0 1 2 (4) 3 4 0 no qual os ı́ndices re e im referem-se a parte real e imaginária, respectivamente, e Ag é a matriz incidência considerando injeções de corrente pela barra slack. A função objetivo deste problema será a injeção de corrente da barra do tipo slack. O procedimento iterativo para o cálculo do fluxo de potência será: 1) montar as matrizes Ag , L, R e X; 2) definir um valor inicial para as tensões de todas as barras, exceto a do tipo slack; 3) calcular as parcelas shunt e de potência das injeções de corrente das barras; 4) realizar a otimização do problema com a função objetivo de minimizar a injeção de corrente da barra slack; 5) atualizar as tensões das barras do tipo PQ a partir da tensão da barra slack e das correntes dos ramos; 6) se o problema convergir ele termina, se não, volta ao item 3; III. R ESULTADOS Para testar este modelo foi utilizada a rede teste de 5 barras de [4], na qual se tem 4 barras do tipo PQ, 1 barra do tipo slack e 7 ramos que formam 3 laços. O critério de convergência utilizado foi que a maior diferença entre tensões de uma mesma barra e de iterações consecutivas fosse menor do que 0, 0001. A Tabela I mostra os valores de tensões para cada iteração calculados a partir do modelo proposto. E para efeito de comparação na Tabela II tem-se as tensões para cada iteração realizadas pelo método clássico de Newton-Raphson, esses valores foram retirados de [4] que provavelmente não teve o mesmo critério de parada do modelo proposto. A partir das Tabelas I e II, é possı́vel perceber que o método proposto obtém um resultado muito próximo com o do método de Newton-Raphson e que o número de iterações para se obter a mesma precisão também é muito próximo. IV. C ONCLUS ÃO E 5 Tensão das Barras E2 E3 E4 E5 1.00000 +j 0.00000 1.05112 −j 0.05399 1.04627 −j 0.05073 1.04624 −j 0.05131 1.04618 −j 0.05128 1.04618 −j 0.05128 1.00000 +j 0.00000 1.02793 −j 0.09483 1.02046 −j 0.08826 1.02038 −j 0.08925 1.02029 −j 0.08920 1.02028 −j 0.08921 1.00000 +j 0.00000 1.02741 −j 0.10095 1.01932 −j 0.09405 1.01925 −j 0.09511 1.01915 −j 0.09505 1.01914 −j 0.09507 1.00000 +j 0.00000 1.02241 −j 0.11604 1.01229 −j 0.10778 1.01221 −j 0.10912 1.01208 −j 0.10904 1.01208 −j 0.10906 TABLE II S OLUÇÃO PELO M ÉTODO DE N EWTON -R APHSON . Número da Iteração 0 1 2 Tensão das Barras E2 E3 E4 E5 1, 00000 +j 0, 00000 1, 05505 −j 0, 05084 1, 04629 −j 0, 05128 1, 00000 +j 0, 00000 1, 03176 −j 0, 09123 1, 02043 −j 0, 08922 1, 00000 +j 0, 00000 1, 03136 −j 0, 09747 1, 01930 −j 0, 09508 1, 00000 +j 0, 00000 1, 02652 −j 0, 11284 1, 01228 −j 0, 10909 tem restrições aplicadas a essas variáveis, e também o modelo permite a utilização de várias barras slack. As próximas etapas dessa pesquisa são: aplicar o modelo em outras redes maiores, modelar a barra do tipo PV e outros equipamentos básicos do sistema de potência e a alteração na função objetivo para minimizar o desvio de pré-despacho com a geração. R EFER ÊNCIAS [1] A G ÊNCIA N ACIONAL DE E NERGIA E L ÉTRICA ( BRASIL ) Atlas de Energia Elétrica do Brasil, 3a ed. Brası́lia: ANEEL, 2008. [2] B. S TOTT Review of Load-Flow Calculation Methods. Proceedings of the IEEE 62, 7 (1974), 916–929. [3] A. J. C ONEJO , J. M. A RROYO , N. A LGUACIL AND A. L. G UIJARRO Transmission Loss Allocation: A Comparison of Different Practical Algorithms. IEEE Trans. on Power Syst. 17, 3 (2002), 571–576. [4] G. W. S TAGG AND A. H. E L -A BIAD Computer Methods in Power System Analysis. McGraw-Hill, Inc., 1968. T RABALHOS F UTUROS A partir desse resultado inicial com a rede teste de 5 barras, é possı́vel perceber que o modelo proposto é bem próximo do método clássico de Newton-Raphson, quanto a precisão e a convergência, além disso tem a vantagem de lidar diretamente com os limites de geração e de fluxo dos ramos quando se – 43 – Modelo de Fluxo de Potência Ótimo em Corrente Contı́nua com as Perdas Representadas como Injeções de Potência Ativa Cassio H. Fujisawa (D), Marcius F. Carvalho (PE, PUC-CAMPINAS), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino Soares (P) Index Terms—Fluxo de Potência Ótimo em Corrente Contı́nua, Perdas de Transmissão, Modelo de Fluxo em Redes. I. I NTRODUÇ ÃO O planejamento da geração, transmissão e distribuição do sistema elétrico de potência é extremamente complexo especialmente em um grande paı́s com grande predominância de usinas de geração hidrelétrica. Neste caso, para considerar adequadamente a interdependência das usinas definida pela rede hidráulica, sazonalidade das vazões, restrição da rede de transmissão, variação de demanda e uma função de geração complexa não–convexa, o problema é dividido em estágios. O primeiro estágio resolve o problema do despacho de potência ótimo que busca otimizar o uso dos recursos hidráulicos e térmicos para atender uma demanda determinı́stica representada pelos intervalos mensais no longo prazo. Depois da determinação da melhor polı́tica para o uso dos recursos de energia, e consequentemente, o despacho de geração pré–definida, deveria ser verificada a capacidade de transmissão do sistema de potência para atender a demanda de carga. Neste estágio é utilizado o cálculo do fluxo de poténcia, e para este propósito o método escolhido é o fluxo de potência ótimo em corrente contı́nua (FPO–CC) devido a sua robustez, eficiência e adequada precisão para calcular os fluxos de potência para a rede de transmissão mesmo em sistemas de potência de grande escala. [1]. Desde os anos 70, alguns problemas de FPO – CC (também chamado fluxo de poténcia ativa ótimo) foram formulados utilizando o modelo de fluxo em redes como uma alternativa à abordagem clássica baseada na formulação nodal [2]–[5]. Uma vantagem da abordagem do fluxo em redes é que os fluxos de potência são representados explicitamente no modelo. Essa estrutura permite as capacidades de transmissão serem manipuladas diretamente como a imposição de limites nas variáveis de transmissão, a consideração das funções dependentes dos fluxos de potência, como as perdas, como o critério de otimização [6]–[8], e a adequada representação dos dispositivos FACTS (flexible ac transmission systems) [9], [10]. Este artigo apresenta precisamente as perdas de transmissão através das equações de restrição do FPO – CC. E a função objetivo desse problema consiste em minimizar o custo de geração que leva a minimização das perdas de transmissão em um sistema puramente hidráulico (no qual todo gerador tem o mesmo custo de geração). Este modelo é usado para analisar a sensibilidade das perdas com a variação dos limites de geração. II. M ETODOLOGIA M in St φ1 (p) (1) (A + 12 |A|RF )f − p = −d LXf = 0 (2) (3) fmin ≤ f ≤ fmax pmin ≤ p ≤ pmax (4) (5) no qual p é o vetor da geração de potência, A é a matriz incidência da rede, R é a matriz diagonal das resistências de cada ramo, F e f são os fluxo dos ramos na forma de matriz diagonal e de vetor, respectivamente, d é o vetor da demanda de carga em cada nó, L é a matriz dos laços, X é a matriz diagonal das reatâncias dos ramos. A função objetivo (1) é o critério φ1 (p) dependente das gerações de potência. Neste artigo todos os geradores terão o mesmo peso. A Equação (2) representa a lei das correntes de Kirchhoff (LCK) com a inclusão das perdas. A Equação (3) representa a lei das tensões de Kirchhoff (LTK), e as Equações (4) e (5) representam os limites das variáveis de fluxo e de geração, respectivamente. III. R ESULTADOS A. Perdas de Transmissão do Sistema As perdas de transmissão do sistema são causadas por duas principais razões: os parâmetros da linha de transmissão e o fluxo de potência dessas linhas. A primeira razão é a caracterı́stica da linha que é fixa, a segunda, depende do estado de operação do sistema. Portanto, para reduzir as perdas de transmissão sem trocar as linhas de transmissão a única maneira possı́vel é modificando os dispositivos de controle do sistema que determinam o estado de operação. Neste artigo, somente a alocação da geração de potência ativa é modificada. A Figura 1 mostra as perdas de transmissão do sistema IEEE57BUS relacionado a flexibilidade dos limites de geração, variando de uma situação com os limites inflexı́veis – 44 – 1500 140 120 100 1000 750 500 250 80 0 60 0 Fig. 1. G1 G2 G3 G4 Generator Number 50 100 150 200 250 Generation Bound Flexibility [%] Fig. 2. Distribuição de geração. Perdas de transmissão do sistema IEEE57BUS matemático com um maior grau de liberdade despacha os geradores com o intuito de minimizar as perdas de transmissão mesmo se as perdas são impostas como restrições. Do ponto de vista do operador do sistema, é possı́vel identificar onde é a melhor alocação de geração de potência objetivando a redução de perdas de transmissão. TABLE I S ISTEMA IEEE57BUS: G ERAÇÃO DE CADA CASO . Case Case Case Case case 1 case 2 case 3 case 4 1250 160 Generation [MW] System Losses [MW] 180 1 2 3 4 G1 [MW] 1301.25 1236.19 1171.13 374.54 G2 [MW] 100.00 105.00 110.00 379.33 G3 [MW] 1125.00 1134.03 1143.97 999.44 G4 [MW] 775.00 813.75 852.50 1449.15 IV. para uma com os limites totalmente flexı́veis. Então pode ser vista a mı́nima perda de transmissão possı́vel, que é 75.46 MW, se somente for controlada a alocação de geração de potência. E as perdas de transmissão alcançam 80 MW, que é muito próxima do valor mı́nimo, quando é dada 89.1% de flexibilidade de geração. Neste ponto as perdas começam a decrescer lentamente. Nesta figura também é possı́vel ver o perfil desta curva. A Figura 2 e a Tabela I mostram os geradores do mesmo sistema IEEE57BUS, e sua respectiva quantidade de potência gerada para os quatro casos testados. É possı́vel ver o comportamento de cada gerador quando ele almeja a redução de perdas. No caso 1 todos os quatro geradores tem sua geração de potência ativa fixada no valor base. Nos casos 2 e 3 os geradores podem variar 5% e 10% acima ou abaixo do valor base, respectivamente, como resultado, G1 decresce até atingir seu limite enquanto G2 e G4 aumentam até os seus limites, e G3 somente aumenta, não variando significativamente. O caso 4 analisa o melhor despacho de geração com respeito da minimização de perdas, no qual o limite inferior de geração é ajustado em zero e o limite superior é deixado aberto. Neste cenário é identificado que G4 controla melhor as perdas do sistema de potência para esta determinada distribuição de carga. Depois de todos esses resultados é possı́vel ver uma tendência dos geradores G1, G2 e G4, o primeiro tende a reduzir e os dois últimos tendem a aumentar. E G3 não tem uma tendência, ele varia conforme a situação, provavelmente, porque ele causa menos perdas de transmissão do que G1, portanto, é melhor aumentar a sua geração do que a de G1, considerando G2 e G4 nos seus limites superiores de geração. A partir desse resultado e de testes em outros dois sistemas (IEEE14BUS e IEEE24BUS) é possı́vel verificar que o modelo CONCLUS ÃO O modelo de FPO-CC proposto neste artigo considera as perdas de transmissão precisamente. Quando a função objetivo minimiza a geração de potência, é obtido indiretamente a minimização das perdas de transmissão. Os teste feitos com os três sistemas de potência possibilitou analisar a influência dos geradores nas perdas de transmissão. Os resultados mostraram que a flexibilidade nos limites de geração podem reduzir as perdas de transmissão. Além disso, o teste sem os limites de geração mostrou qual é a melhor barra geradora para se alocar a geração com o intuito de reduzir as perdas. R EFER ÊNCIAS [1] B. S TOTT, J. JARDIM AND O. A LSA DC Power Flow Revisited. IEEE Trans. on Power Syst. 24, 3 (2009), 1290–1300. [2] A.T. A ZEVEDO , C.A. C ASTRO , A.R.L. O LIVEIRA , S. S OARES Security constrained optimal active power flow via network model and interior point method. Sba Controle & Automação 20, 2 (2009), 206–216. [3] L. L. G ARVER Transmission network estimation using linear programming. IEEE Trans. on PAS PAS-89 (1970), 1688–1696. [4] M. C ARVALHO , S. S OARES AND T. O HISHI Optimal active power dispatch by network flow approach. IEEE Trans. on Power Syst. 3 (1988), 1640–1647. [5] S. S OARES AND C. T. S ALMAZO Minimum loss predispatch model for hydroelectric systems. IEEE Trans. on Power Syst. 12 (1997), 1220–1228. 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Meira (D), Walmir Freitas (P) Abstract This work presents a miscellanea of notes on how to achieve extra computing performance on power system algorithms by exploring modern compiler and processor features such as OpenMP and SIMD instructions. Index Terms computer performance, power system analysis computing, power system simulation, programming. I. INTRODUCTION LTHOUGH many times a more carefully thought algorithm is more than enough to achieve better performance in power systems simulations, fundamental algorithms such as the power flow computation can still be improved by applying several programming techniques. These improvements may greatly assist performance-critical tasks or allow greater levels of detail in simulations and studies in general but are usually overlooked by most researchers. In modern power system applications, it has become evident the use of techniques like sparse storage and factorization [1]-[3] are not only a recommendation, but a requirement. Other less used programming techniques can be applied to yield incremental and even substantial performance gains. With that in mind, the following sections try to briefly introduce some other important aspects and techniques in power systems related programming, targeted to desktop environments. A II. CHOICE OF LANGUAGE While in general the choice of programming language is an arbitrary decision, high performance computing for power systems is biased to languages with static, native compilation that can more easily be used to exploit lower level aspects of programming. The most viable and widely used candidates are usually Fortran, C and C++. Languages that are interpreted or use virtual machines, such as Java, MATLAB and Python, are usually ill-suited for bleeding edge performance, if used alone. Most of them, however, can use extensions built in other languages [4]-[6]. Python, specifically, have various tools for building bindings code to other libraries [7]-[9]. With these tools, performance critical code can be written, for example, in C++ and used in a scripting environment during prototype stages. With this hybrid approach, e.g., using Python and C++, a modular design is very important, as it eases both the creation of This work was supported by FAPESP, Brazil. P. C. M. Meira and W. Freitas are with the Department of Electrical Energy Systems, University of Campinas, Campinas, 13083-852, Brazil (e-mails: {pmeira, walmir}@ieee.org). bindings and the maintenance of the code. As an example, suppose that someone is researching a new load model for use in a power flow program. Since it is research, it is clear that the model is not yet known, and could go through several interactions. The use of an easier-to-write language, without a compilation step, can greatly improve the productivity at this stage. The prototype code could then be translated and integrated into the high performance algorithm framework. III. LIBRARIES If a third-party library is used in the implementation, it is important to learn how it works. It is also recommended to run at least simple benchmarks with both small and large systems to assert how it behaves with different system dimensions. A common mistake is to use a library that has well-known good performance for general problems, but fails to address the specifics of the target problem. In power systems, an example of this is to use SuperLU [10] or other general sparse matrix libraries to solve a system of linear equations when KLU [11] is more adequate to circuit-like analysis. floating-point units (FPUs) have been IV. PROCESSORS integrated into desktop processors [12]. Yet even today, it is surprising how little they are used. It is important to check if the math library that is being used explores the FPU. For example, in a power flow algorithm, thousands of sines and cosines are calculated. A good speed up can be achieved by calculating both the sine and cosine at the same time using the FSINCOS opcode directly or through a library function. A simple benchmark shows that this alone can yield a 20 to 40% faster power flow solution, depending on the system dimensions. Nowadays, even processors targeted at mobile devices, such as Intel Atom, have single instruction, multiple data (SIMD) capabilities, available in streaming SIMD extensions (SSE) families of instructions [13],[14]. SIMD provides a mechanism for data level parallelism. Note that although most optimizing compilers try to use SSE when possible, it is important to provide hints such as using block computations, and even use SSE instructions directly if suitable. SSE instructions do not include transcendental function calculations, but its basic arithmetic instructions can be exploited to calculate very good approximations. Free implementations are available and show over seven times the – 46 – 2 throughput of the non-SSE versions [15],[16]. V. ORDERED DATA High performance processors usually have several megabytes of cache memory on die, organized in a few levels. If a word is in the first cache level of the processor (L1), accessing it from this level will be an order of magnitude faster than reading it from the second level (L2). If the word is not cached at all, it will be even slower to read it from the main RAM modules. For better exploiting how SIMD instructions and memory accesses work, it is important to coalesce the data. Coalescing works in two ways. Firstly, SIMD instructions require sequential data, so it is necessary to at least copy the data to a temporary sequential buffer. If the original data is not scattered at many memory addresses, this copy by itself can be faster. Secondly, if the original data is in fact coalesced, a nice little chunk of memory can be cached and worked upon. This results in fewer cache misses and an overall faster implementation. Another good optimization for large scale systems is to use collections of items, processing similar items at a single large step. For example, suppose a power flow program have three distinct models of load. Common approaches to treat those models would be to either use a large loop that processes a switch statement for each load, or to use virtual functions. Both of this would need a selection step on each iteration of the power flow solution. By ordering and grouping the loads into three collections of elements according to their model type in a preparation step before the calculation, this selection can be avoided entirely during the solution and these three collections could then be processed much faster. VI. MULTITHREADING CUDA [19], ATI Stream [20], and OpenCL [21] give hints of a many-core future. While CUDA and Stream are vendorspecific and available only on GPUs, OpenCL is a royalty-free standard and implementations are available for both GPUs and CPUs. In the future, OpenCL is expected to work transparently across the multiple resources available, using GPUs and CPUs available in the system. It is important to emphasize that the concepts exposed in Sections V and VI can be easily applied to this many-core trend. VIII. CONCLUSIONS The information exposed in the previous sections, although introductory, can be applied to the implementation of different algorithms in power systems to obtain relevant benefits. The authors hope to raise awareness, discussion on the topic and better usage of the available computational resources. IX. REFERENCES [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7] [8] The Intel Core and AMD Phenom families of processors have multiple processor cores in the same device. Quad-core processors are becoming mainstream. In addition, recent Intel processors have Hyper-Threading technology [17]. All those means a single processor core can run several threads in parallel, efficiently. There are several ways to exploit multithreading, but not all are as easy as OpenMP [18], which is available for many C, C++ and Fortran compilers. With an OpenMP-enabled compiler, simple shared-memory parallelism can be achieved by adding a single l common in power systems to run many, even thousands, of simulation cases with slight variations. If each simulated case is independent or use a read-only shared-memory approach, a large performance gain can be achieved with little extra work. It is important to note that most desktop processors on the market have a shared L2 cache architecture. If some frequently used data is shared among the threads, performance gain is possible. VII. THE FUTURE Quad-core processors are becoming commonplace, and some six- and eight-core processors are already in the market. Right now, mid-range graphics processing units (GPUs) may contain hundreds of cores and technologies such as NVIDIA * &,(! $ ! " # ! %& '()& ( ' ( '+!' -)&(' . (+& / (!0!0 &!1)! *%&(!2&( 3 Proceedings of the IEEE, vol.55, no.11, pp.1801-1809, November 1967. Duff, I.S.; Erisman, A.M.; Reid, J.K.; # Direct Methods for Sparse Matrices,3 Clarendon Press, New York, NY, USA, 1987. Davis, T.A.; # Direct Methods for Sparse Linear Systems,3 Society for Industrial and Applied Mathematics Philadelphia, Philadelphia, PA, USA, 2006. 1 5 # The Java Native Interface: Programmer's Guide and 4 00 Specification,3 6 '( -Wesley, June 1999. &8,(! ' # MEX-Files Guide.3 URL: 7 http://www.mathworks.com/support/tech-notes/1600/1605.html : ('')/ ; $! # Python/C API Manual3 <! & 5+% 9 4 Paramount, CA, 2009. $ 59 !! # '& )/ ! % %(/+)&& ( ' , &8 <&8( 3 Proceedings of the 8th Python in Science Conference, pp.15-22, 2009. 2 0 * * 1 = $ #6)&(/& 7 '% & % '( &,! 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Due to power computing capability and network complexity, only DC models have been widely used by planners in order to know optimal network topologies. Nowadays, with more computing power available, the use of AC models is also feasible and is being proposed by researchers. Regarding to optimization tools, heuristic methods have emerged as alternatives to analytical techniques; however, they both have problems in finding optimal or near optimal solutions. Particle Swarm Optimization, a metaheuristic technique, has been an evolving research area in the last ten years and has presented some good results in power system applications. In this work, a Particle Swarm Optimization (PSO) variant is proposed, which is used as an optimization tool for the TEP problem, using both DC and AC models. Tests with IEEE 24 bus system are presented. Index Terms AC Model, DC Model, Electric Power Systems, Swarm Intelligence, Transmission Expansion Planning, Unified Particle Swarm Optimization (UPSO). and local PSO variants, in terms of their exploitation/exploration properties, in a generalized manner. It can be described by the following equations. v (t ) c R p (t ) x (t ) c R p (t ) x (t ) , (1) L (t 1) v (t ) c R p (t ) x (t ) c R p (t ) x (t ) , Gij (t 1) ij ij 1 1 ij ij 2 2 gj ij 1 1 ij ij 2 2 lj ij ij (2) uG (t 1) (1 u)L (t 1), (3) (4) x (t 1) round ( x (t ) v (t 1)), j= 1, 2,...,m, t represents the iteration where i= 1, 2 vij (t 1) ij ij ij ij ij counter; R1 and R2 are random variables distributed uniformly within [0, 1], c1 and c2 are weighting factors. Gij(t+1) is the velocity update of the particle xi for each component j, for the global PSO variant, g denotes the index of the overall best position P g. Lij(t+1) is the corresponding part of the local PSO variant, l represents the index of the best position P l in the neighborhood of xi, is a parameter called the constriction factor, u [0, 1] is the unification factor, which controls the influence of the global and local velocity update. I. INTRODUCTION The Transmission Expansion Planning (TEP) entails to determine all the changes needed in the transmission system infrastructure, i.e. additions, modifications and/or replacements of obsolete transmission facilities, in order to allow the balance between projected demand and the power supply, at minimum investment and operational costs. First, the use of many approaches based on DC models was proposed, however, nowadays, researchers also look for the application of AC models to the TEP problem [1]. Classical and heuristic optimization techniques were employed in seeking solutions to the TEP problem, and today novel metaheuristic techniques like Particle Swarm Optimization (PSO) have been successful in tackling power systems related problems [2]. In this research, the main objective is to present an approach to solve the TEP using the AC and DC models network, and an optimization technique known as Unified Particle Swarm Optimization (UPSO). A. Mathematical Modeling AC Model The objective function used in this work to cope with the expansion problem is as follows. min v ckl nkl ck qk w , (5) # % ! ( k ,l ) '( )*+ , -./01 .1/ 2 3 )44 42 )+ 56.1 &.7 ; = 8 <8 9: k > > ? @P ?r A 0 Q(V, , n, q) Q Q r 0 B P B P? @ ? A P BQ BQ Q Br Br r Br Br r Subject to P (V, , n, q) PG G The Unified Particle Swarm Optimization (UPSO), developed by Parsapoulus and Vrahatis [5], tries to combine the global – 48 – Q G G G G P This work was supported in part by the Brazilian funding agency Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo / FAPESP) S. Torres and C. Castro are with the University of Campinas (UNICAMP), Brazil, Campinas (email: [email protected]; [email protected]) $ k where variable v is the investment due to the addition of new circuits and capacitor banks to the network, ckl corresponds to the cost of a circuit that can be added to the right of way k-l, nkl the number of circuits added in the right of way k-l, ck the cost of a capacitor added to a PQ node, qk the number of capacitor banks added to bus k, and w the load shedding. is the set of all rights of wa The operation problem is handled by using the AC model: min w ( 1rPk (6) 2 rQk ) G II. MATHEMATICAL TOOLS $% " G D D P Q (7) (8) (9) (10) P P (11) Q Q (12) 2 V V V q q q ( N N 0 ) S from (13) ( N N 0 ) S to (14) ( N N 0 )S ( N N 0 )S (15) (16) 0 n n (17) n integer; unbounded where c and n represent the circuit cost vector and the added lines vector, respectively; N and N0 are diagonal matrices containing vector n and the existing circuits in the base case configuration respectively; n is a vector containing the maximum number of circuits in the base configuration. is the phase angles vector; P G and QG are the existing real and reactive power generation vectors; P D and QD are the real and reactive power demand vectors; V is the voltage magnitudes vector; r P and r Q are the active and reactive load shedding; 1 and 2 are the costs of the load shedding; P G , QG ,V are the vectors of maximum real and reactive power generation limits and voltage magnitudes, respectively. In this work, the maximum and minimum voltage magnitude limits are set to 95 and 105% of the nominal value. S from , Sto , S are the apparent power flow vectors (MVA) through the branches in both terminals and their limits. For space reasons, only the AC model is presented. III. IMPLEMENTATION ISSUES A. Pseudo code of UPSO 1) Prepare electric data network. 2) Set parameters of UPSO (i.e. swarm size, number of neighbors, maximum number of iterations, c1, c2, , initial iteration, unification parameter, etc). 3) Initialize particles positions and velocities randomly. 4) Evaluate the objective function by using the optimal AC/DC power flow presented in C (equations 5-17). 5) Update the best overall, individual, and local particle positions. 6) While stop criteria is not met, do the following: 6.1) Increase iterations counter. 6.2) For each particle update velocities by using equations (1-4). 6.3) Check velocity limits. 6.4) Update swarm. 6.5) Check swarm limits. 6.6) Evaluate the objective function using the optimal AC/DC power flow presented in C (equations 5-17). 6.7) Update the best overall, individual, and local particle positions. 7) End used and a maximum of 150 iterations was allowed for this test system. The tests performed were the following: a) By using the DC model, the line additions were n6-10=1, n7-8=2, n10-12=1, n14-16=1, and the total cost v = US $152 · 106, which matches the best result reported in the research literature so far. b) By using the AC model and without shunt compensation, the line additions were n1-3=1, n2-4=1, n3-24=2, n6-10=2, n78=2, n9-11=1, n10-12=1, n15-24=1. The cost associated to the additions was of US $ 424 · 106. This outperforms the reported cost obtained in [4] of US $ 515 · 10 6, where a Constructive Heuristic Algorithm was used. c) By using the AC model and fix capacitors with cost of US $ 20,000 per Mvar, the line additions were n6-10= 1 n7-8=1, n14-16=1. The buses where shunt compensation was added were 3, 9, and 10 with a total reactive power of 724 Mvar. The cost of the lines is US $ 86 · 106 and the total cost of shunt compensation is US $ 14.48 · 106. V. CONCLUSION This work shows the use of a state of art PSO variation, called Unified Particle Swarm Optimization applied to the Transmission Expansion Planning in electrical networks, using the DC and AC model. It presents a formulation based on a load shedding scheme. Good results have been presented in the IEEE 24 bus test system, which slightly outperform some other works so far. More research is needed in order to test the performance of this approach in larger test systems. Also, additional work will be carried out in order to improve the calculation time performance of this approach. VI. REFERENCES [1] [2] [3] K. Y. Lee, M. A. El-Sharkawi, et. al., ! "#$ -0471-45711-4, IEEE Press, USA, 2008. %& ' ! ( Valle, et.al )Y.Del *& %' + ,,, Evolutionary Vol. 12, No. 2, April 2008. %- Computation, (- *- ( .- %/& 0- 1 ( 2 Particle Based Meta-heuristics for the Electric Transmission '3 Swarm ,4 %&/ %5& accepted for publication at IEEE General Meeting %& 6 2011. ,47 7 [4] M. 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Castro ; " from the University of Campinas (UNICAMP), Campinas, Brazil, in 1982 and 1985, respectively, and the Ph.D. degree from Arizona State University, Tempe, in 1993. He has been with UNICAMP since 1983, where he is currently an Associate Professor. – 49 – 1 Propagação de Transitórios de Alta Freqüência e o Efeito das Múltiplas Reflexões em Redes Coletoras de Parques Eólicos Marítimos F. S. Villar, M. Reza, K. Srivastava, L. C. P. da Silva consideração estas particularidades das redes coletoras. Resumo—Os planos da indústria eólica européia para contribuir com os objetivos do programa 20-20-20 incluem metas de transformar a energia eólica marítima a fonte mais competitiva na Europa até 2030, quando é esperado que os parques eólicos supram 33% da demanda energética do continente[1]. Entretanto, o pequeno número de instalações deste tipo em operação atualmente faz com que exista ainda bastante falta de conhecimento a respeito do comportamento dinâmico destes parques[2]. Suspeita-se que as curtas distâncias envolvidas na rede coletora, somadas aos múltiplos pontos de reflexão e possibilidade de interferência construtiva sejam responsáveis por criar níveis de sobre tensão maiores do que os níveis aceitáveis pelos equipamentos[3]. Palavras Chave—Nível Básico de Impulso (NBI), Rede de Cabos, Transitórios, Reflexão, Refração, Transformadores, Energia Eólica. I. INTRODUÇÃO A ntes da conexão com a rede de transmissão principal, todos os geradores de um parque eólico marítimo são interconectados através de uma rede de cabos submarinos, chamada de rede coletora, que por sua vez é interligada por meio de um cabo único e um transformador de grande porte ao sistema de transmissão. Este rede coletora possui algumas particularidades em comparação com as redes de transmissão aéreas tradicionais. Apesar da velocidade de propagação dos transitórios nestes cabos submarinos ser menor do que em cabos nus (utilizados nas linhas de transmissão aéreas tradicionais), as curtas distâncias envolvidas e os múltiplos pontos de reflexão resultam em formas de onda com componentes de freqüência mais elevada e aumentam a possibilidade de ocorrência de interferência construtiva. Ainda, a impedância característica menor dos cabos submarinos faz com que as formas de onda dos transitórios de tensão sejam mais íngremes. Entretanto, os disjuntores e transformadores empregados nestes parques eólicos marítimos são os mesmos utilizados em redes de transmissão tradicionais, e atendem normas de fabricação [3] que não levam em II. MODELAGEM A modelagem do problema de propagação de transitórios de tensão nas redes coletoras consistiu basicamente em, partindo das impedâncias características dos cabos utilizados nas redes coletoras, estudar os coeficientes de reflexão e refração em todos os pontos de descontinuidade da rede (todas as bases de torres e terminais de transformadores) e também como os fenômenos de múltiplas reflexões e interferência construtiva aplicados às configurações típicas de Parques Eólicos Marítimos determinam a forma de onda resultante dos transientes em questão, e conseqüentemente o seu valor de pico. Neste momento, os cabos foram considerados como ideais, sendo desprezadas as perdas ôhmicas e a distorção associada. As equações dos coeficientes de reflexão () e refração () para transitórios de tensão utilizadas em função das impedâncias características envolvidas foram: α= ZB − ZA ZB + ZA (1) β= 2⋅ ZB ZB + ZA ( 2) Sendo ZA a impedância que conduz as onda de tensão incidente e refletida, e ZB a impedância que conduz a onda de tensão refratada. Duas configurações principais de parques eólicos marítimos foram estudadas. Seus unifilares típicos estão mostrados nas figuras 1 e 2. Esta pesquisa foi parte da dissertação de mestrado desenvolvida por Fernanda Spada Villar em parceria com ABB Corporate Research em Västerås, Suécia. F.S.Villar ([email protected]) e L.C.P. da Silva são colaboradores da Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Brasil. M. Reza e K. Srivastava são colaboradores da ABB Corporate Researach, Västerås, Suécia. – 50 – 2 Fig. 1. Configuração com múltiplos alimentadores. B. Caso com 6 alimentadores, cada um com 6 torres TABELA II PICOS DE TENSÃO NOS TERMINAIS DOS TRANSFORMADORES CASO COM 36 TORRES Phase A Phase B Phase C Torre 1 25.79 kV 26.44 kV -52.24 kV Torre 2 26.25 kV 26.82 kV -53.07 kV Torre 3 26.49 kV 26.96 kV -53.45 kV Torre 4 26.73 kV 27.08 kV -53.82 kV Torre 5 26.82 kV 27.04 kV -53.86 kV Torre 6 27.19 kV 27.32 kV -54.52 kV Fig. 2. Configuração de rede em estrela. C. Caso de Rede em Estrela – 7 torres III. MÚLTIPLAS REFLEXÕES X REFRAÇÕES CONSECUTIVAS TABELA III É inegável que para todas as configurações de parques eólicos marítimos consideradas, as bases das torres configuram um ponto de reflexão, e a simetria resultante da distância fixa entre torres torna a ocorrência de interferência construtiva possível em todos estes nós. Este fenômeno contribui consideravelmente para o aumento da tensão de pico durante um transiente. Entretanto, para as mesmas configurações, se o coeficiente de refração nas bases das torres for menor do que 1, e ele de fato é na grande maioria das situações, o efeito do amortecimento resultante das refrações consecutivas às quais uma frente de onda de tensão é submetida quando propagandose pela rede de cabos é também muito significativo, impedindo que a interferência construtiva eleve o pico de tensão a níveis inaceitáveis para os transformadores instalados. PICOS DE TENSÃO NOS TERMINAIS DOS TRANSFORMADORES – CASO COM 7 TORRES, REDE DE CABOS EM ESTRELA Fase A Fase B Fase C Torres 1-6 30.02 kV 30.19 kV -60.21 kV Torre 7 29.64 kV 29.83 kV -59.47 kV IV. SIMULAÇÕES UTILIZANDO O SOFTWARE PSCAD A energização de redes coletoras para as configurações de Parques Eólicos Marítimos estudadas, sempre ocorrendo a partir da plataforma, foram simuladas utilizando o software PSCAD. As máximas tensões obtidas para alguns casos estão resumidas nas tabelas abaixo. Como os alimentadores são idênticos, estão mostrados os picos de tensão nos terminais dos transformadores localizados nos topos das torres somente para 1 alimentador. Os transientes de tensão observados nos outros é igual. O Nível Básico de Impulso sugerido pela norma do IEEE para este tipo de transformadores [8] é 150 kV, considerando nível de tensão da rede coletora de 36 kV. A. Caso com 4 alimentadores, cada um com 4 torres V. CONCLUSÕES A principal conclusão deste estudo é de que os transformadores alocados no topo das torres conectadas à rede coletora, mesmo com seus múltiplos pontos de reflexão e ocorrência de interferência construtiva nas bases de todas as torres, não são submetidos a sobretensões perigosas durante a energização do parque eólico. Isto ocorre porque o coeficiente de refração () nas bases das torres é menor do que 1 na grande maioria dos casos, fazendo com que o efeito amortecedor das refrações consecutivas amenize significativamente o efeito da interferência construtiva resultante das múltiplas reflexões. VI. TRABALHOS FUTUROS • • VII. REFERÊNCIAS PRINCIPAIS [1] The European Wind Energy Association, “The European Wind Initiative, Wind power research and development for the next ten years”,http://www.ewea.org/fileadmin/ewea_documents/documents/pu blications/EWI/EWI_2010_final.pdf. [2] W. Sweet, “Danish turbines take unfortunate turn”, Spectrum, IEEE, vol. 41, Issue 11, pp. 30-34, Nov. 2004. [3] General Requirements for Dry Type Ventilated Distribution, Power and Regulating Transformers, IEEE Standard. C57.12.01-2005 A. Greenwood, “Electrical Transients in Power Systems”, John Wiley & Sons Ltd, Unites States, 1991. L. van der Sluis, “Transients in Power Systems”, John Wiley & Sons Ltd, Delft University of Technology, the Netherlands, 2001. TABELA I PICOS DE TENSÃO NOS TERMINAIS DOS TRANSFORMADORES CASO COM 16 TORRES Torre 1 Torre 2 Torre 3 Torre 4 Fase A 26.72 kV 26.96 kV 27.28 kV 27.69 kV Fase B 27.67 kV 28.00 kV 28.00 kV 28.29 kV Fase C -54.40 kV -54.97 kV -55.28 kV -55.99 kV Análise da propagação de transientes na rede coletora originados pela eliminação de falta, tanto interna quanto externa à rede. Comparação da forma de onda dos transientes de tensão obtidas dentro da rede coletora durante a sua energização com o padrão utilizado para ensaios de impulso dos transformadores sugerido pela norma do IEEE [3]. [4] [5] – 51 – 1 A Decision Support System for DC Optimal Power Flow Analysis on Large Scale Interconnected System Elma P. Santos (D), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP), Secundino S. Filho (P), and Paulo César M. Meira (D) Abstract—This paper proposes a decision support system for the National Interconnected System in Brazil. The developed decision support system is a tool that uses a DC optimal power flow to obtain the operating status of the network and enable the solution analysis for various problems, such as economic dispatch, sensitivity analysis of generation and transmission, expansion planning of generation and transmission. Index Terms—DC optimal power flow, decision support system electric. the location of branches with violations or significant changes in the network. A DSS was implemented using the graphical development environment Borland C++ Builder 5. System C++ Builder is an appropriate system for developing applications for computers that needs the development of efficient programs and control memory in a object-oriented framework. The Borland C++ Builder characteristics place him as one of the best tools available for developing computer systems in C++. I. I NTRODUCTION The Brazilian Interconnected System (BIS) is a large scale electric power transmission grid composed of approximately 6000 branches and 4000 bars. This large number of elements to be monitored, thus, turns indispensable the use of a decision support system (DSS) that enables: • The search and the organization of the system information in order to understand system behavior under specific conditions. • Assist the user in the use of specific models and displays the related results in a manner that different models solutions could be easily compared and analyzed. Then, the DSS could be used, for example, for search flows which transmission line limit is violated and to compare dispatches given by different models. The DSS also has a DC Optimal Power Flow Model (DC OPF) integrate in its code enabling the power flow computation associated to a given dispatch. The DC OPF is adopt because of its robustness and efficiency to provide the power flows for the transmission network even when DSS is dealing with a large scale power system. The main purpose of this article is to present an a decision support system with appropriate interface that enables the analysis of large scale power systems which state is given by the solution of a DC OPF for different scenarios. The support system also enables the impact evaluation of different models which constraints include transmission limits. One important tool integrated into DSS program enables the comparison of different DC OPF solutions through graphics created in real time and even the geo-referenced information is not available. For this purpose, a special automatic generation technique based on generic graphs was developed. This tool also can create histograms and unifilar representation for the power system analysis. The graphics are integrated in an intuitive manner with the data which enables the search of information by the area code, for example. It also facilitates II. NOTATION m n A L X p pmin pmax d f fmin fmax α,β φ1 φ2 ∗ number of branches. number of bars. network incidence matrix (n × m). network loop matrix (l × m). reactance diagonal matrix (m × m). active power generation vector (g × 1). lower bound for active power generation p. upper bound for active power generation p. active power demand vector (n × 1). active power flow vector (m × 1). lower bound for active power flow f . upper bound for active power flow f . weight constants. function associated with power flow vector. function associated with generation vector. symbol for fixed or target value. III. OPTIMAL ACTIVE POWER FLOW MODELING The optimal active power flow problem can then be formulated as the following bounded network flow model with additional linear constraints M in St αφ1 (f ) + βφ2 (p) Af = p − d LXf = 0 (1) (2) (3) fmin ≤ f ≤ fmax pmin ≤ p ≤ pmax (4) (5) The objective function (1) is the composition of two different criteria, the first one depending on power flows, φ1 (f ), and the second one depending on power generations, φ2 (p). Both criteria are represented by quadratic and separable functions, – 52 – 2 and are combined through scalar weights α and β in a biobjective optimization framework. φ1 (f ) can be a quadratic separable function expressed by: 1 t f M1 f + mt2 f + m3 . (6) 2 where M1 , m2 , m3 are given diagonal matrix, vector and scalar parameters, respectively. By setting M1 = R, m2 = 0 and m3 = 0, function φ1 (f ) can represent an approximation of the transmission power losses in the network. φ2 (p) can be a quadratic separable function expressed by: φ1 (f ) = 1 t p N1 p + nt2 p + n3 . (7) 2 where N1 , n2 and n3 are given diagonal matrix, vector and scalar parameters, respectively. By setting appropriated values for N1 , n2 and n3 , function φ2 (p) can represent quadratic generation costs. A quite useful objective function φ2 (p) is the quadratic deviation from a desirable generation dispatch. Such a dispatch can arise from a pool auction in an electricity market or from a dispatch model which does not take into consideration transmission network constraints. In such case φ2 (p) can be represented by φ2 (p) = 1 (8) (p − p∗ )t W (p − p∗ ), 2 where W is a diagonal matrix with the component wi as the penalty term associated with deviation from the desired generation p∗i . The Equation (8) could be derived from Eq (7) by setting N1 = W , nt2 = −(p∗ )t W and n3 = 12 p∗ W p∗ . Note that model (1)-(5) corresponds to a bounded nonlinear minimum cost network flow problem with additional linear constraints, whose special structure allows efficient solution by IPM techniques. The recently predictor-corrector IPM proposed by [14] efficiently solves the optimal active power flow problem modeled by the network flow approach. φ2 (p) = IV. SOLUTION TECHNIQUE The Interior Point methods (IPM) have been successfully applied in the study area of load flow analysis for large problems. In general, the choice of interior point methods (IPMs) was based on the robustness and efficiency reported for their use in OPF problems [8], [16], [21], and its ability to handle large problems [20], [1], [2]. Most primal-dual interior point methods can be seen as variants of the application of Newton’s method to the first order optimality conditions. The following outlines a framework for such methods, where x = (f, p, sf , sp ) and t = (zf , zp , wf , wp ) are used. Assume y 0 and x0 , t0 > 0. For k = 0, 1, 2, · · · , do 1) Choose σ k ∈ [0, 1) and set µk = σ k γ k /n , where n is the dimension of x and γ k = (xk )′ tk . 2) Compute Newton search directions ∆xk , ∆y k , ∆tk . 3) Choose an appropriate step size so that the point remains interior: αk = min(1, τ k ρkp , τ k ρkd ), where τ k ∈ (0, 1), ρkp = (−1/mini (∆xki /xki )), and ρkd = (−1/mini (∆tki /tki )). 4) Compute xk+1 , yk+1 , tk+1 = xk , y k , tk + k k k k α ∆x , ∆y , ∆t . More details about the IPM adopted for the developed DSS are described in [1], [2], [14]. R EFERENCES [1] A.T. A ZEVEDO , C.A. C ASTRO , A.R.L. O LIVEIRA , S. S OARES Security constrained optimal active power flow via network model and interior point method. Sba Controle & Automação 20, 2 (2009), 206–216. [2] A.T. A ZEVEDO , A.R.L. O LIVEIRA , M.J. R IDER , S. S OARES How to Efficiently Incorporate FACTS Devices in Optimal Active Power Flow Model. Journal of Industrial and Management Optimization 6, 2 (2010), 315–331. [3] C ARVALHO , M., S OARES , S., AND O HISHI , T. Optimal active power dispatch by network flow approach. IEEE Trans. on Power Syst. 3 (1988), 1640–1647. [4] F RANCO , P., C ARVALHO , M. F., AND S OARES , S. A network flow model for short-term hydro-dominated hydrothermal scheduling problem. IEEE Trans. on Power Syst. 9 (1994), 1016–1021. [5] G ARVER , L. L. Transmission network estimation using linear programming. IEEE Trans. on PAS PAS-89 (1970), 1688–1696. [6] G ARVER , L. L., H ORNE , P. R. V., AND W IRGAN , K. A. Load supplying capability of generation - transmission systems. IEEE Trans. on PAS PAS-98 (1979), 957–962. [7] G E , S. Y., AND C HUNG , T. S. Optimal active power flow incorporating power flow control needs in flexible ac transmission systems. IEEE Trans. on Power Syst. 14 (1999), 738–744. [8] S. G RANVILLE Optimal reactive dispatch through interior point methods. IEEE Trans. on Power Syst. 9 1, 1994, 136-146. [9] H OBSON , E., F LETCHER , D. L., AND S TADLIN , W. O. Network flow linear programming and their application to fuel scheduling and contigency analysis. IEEE Trans. on Power Syst. PAS-109 (1984), 1684– 1691. [10] L EE , T. H., T HORNE , D. H., AND H ILL , E. F. A transportation method for economic dispatching - applications and comparison. IEEE Trans. Power Apparat. Syst. PAS-99 (1980), 2373–2385. [11] L UO , J. S., H ILL , E. F., AND L EE , T. H. Power system economic dispatch via network approach. IEEE Trans. on PAS PAS-101 (1984), 1242–1248. [12] L UO , J. S., H ILL , E. F., AND L EE , T. H. Bus incremental costs and economic dispatch. IEEE Trans. on Power Systems 106 PWRS-1 (1986), 161–167. [13] M ONTICELLI , A. J., J R , A. S., P EREIRA , M. V., C UNHA , S. H., PARKER , B. J., AND CA , J. C. P. Iteractive transmission network planning using a least-effort criterion. IEEE Trans. on Power Syst. PAS-10 (1982), 3919–3925. [14] O LIVEIRA , A. R. L., S OARES , S., AND N EPOMUCENO , L. Optimal active power dispatch combining network flow and interior point approaches. IEEE Trans. on Power Syst. 18, 4 (2003), 1235–1240. [15] O LIVEIRA , E. J., L IMA , J. W. M., AND A LMEIDA , K. C. Allocation of facts devices in hydrothermal systems. IEEE Transactions on Power Systems 15, 1 (2000), 276–282. [16] V ICTOR H. Q UINTANA AND G ERALDO L. T ORRES AND J OS É M EDINA -PALOMO Interior-Point Methods and Their Applications to Power Systems: Classification of Publications and Software Codes. IEEE Trans. on Power Syst. 15, 1 (2000), 170–176. [17] S TOTT, B., AND H OBSON , E. Power system security control calculations using linear programming, part i. IEEE Transactions on Power Apparatus and Systems. PAS-97, 5 (1978), 1713–1720. [18] S ULLIVAN , R. L. Power System Planning. McGraw-Hill, Inc., New York, 1977. [19] TARANTO , G. N., P INTO , L. M. V. G., AND P EREIRA , M. V. F. Representation of facts devices in power system economic dispatch. IEEE Transactions on Power Systems 7, 2 (1992), 572–576. [20] L. S. VARGAS AND V. H. Q UINTANA AND A. VANNELLI A Tutorial Description of an Interior Point Method and its Applications to SecurityConstrained Economic Dispatch. IEEE Transactions on Power Systems 8, 3 (1993), 1315–1324. [21] W EI YAN AND J UAN Y U AND DAVID C. Y U AND K ALU B HATTARAI A new optimal reactive power flow model in rectangular form and its solution by predictor corrector primal dual interior point method. IEEE Transactions on Power Delivery 21, 1 (2006), 61–67. – 53 – 1 The DC Optimal Power Flow Evaluation for Medium-Term Hydro-Thermal Dispatch Solutions in Large-Scale Power Systems Elma P. Santos (D), Anibal T. Azevedo (PE, UNESP) and Secundino S. Filho (P) Abstract—In this article, the medium-term hydrothermal dispatch solutions are evaluated in order to verify how much they violate constraints related with transmission system. For this purpose a promising approach based on the solution of the medium-term problem in its deterministic version is employed and then the corresponding flows are computed in a detailed representation of the electrical network. For this representation the DC optimal power flow model were used which is more appropriate because of its simplicity and the satisfactory degree of accuracy for large scale power systems. St (rit −rit−1 )/∆tt = rit ≤ rit ≤ rit vit ≥ 0 ri1 , ∀i, i = 1, 2, ..., N, given ∀t, t = 2, 3, ..., T, ∀i, i = 1, 2, ..., N rit + rit−1 ) − θi (qit + vit ) − ςi (qit ))qit 2 hit = ki (φi ( The MTHD problem can be formulated as the following nonlinear programming problem: M in T X t=1 Ψt (Dt − N X i=1 hit ) (1) (3) (4) (5) (6) (7) Where, t Month index. T Number of months in the planning period. i Hydro plant index. N Number of hydro plants. Set of immediate upstream plants for plant i. Ωi Ψt Operational cost (dollars). Ht Total hydroelectric generation (M W ). hit Hydroelectric generation function (M W ). Dt Load demand (M W ). rit Water storage in reservoir (m3 ). rit , rit Bounds on reservoir storage. qit Water discharge through turbines (m3 /s). q it ,q it Bounds on water discharge. Water spillage from reservoir (m3 /s). vit ki Constant factor (M W/m3 /s/m). Forebay elevation function (m). φi θi Tailrace elevation function (m). ςi (qit ) Penstock head loss function (m). yi t Incremental water inflow (m3 /s). ∆tt Number of seconds in a month. n Double the number of all nonnegative variables. I. I NTRODUCTION II. M EDIUM -T ERM H YDROTHERMAL S CHEDULING M ODELING (qjt +vjt )−(qit +vit )+yit (2) j∈Ωi q it ≤ qit ≤ q it Index Terms—Medium-term hydrothermal dispatch, DC optimal power flow, large-scale power system The medium-term hydrothermal dispatch (MTHD) involves the determination of hydraulic and thermal generation on a monthly basis for three load level scenarios for a planning period horizon up to five years that must meet the market and minimize the expected cost of system operation. The methodologies currently in use in the Brazilian electric sector consider MTHD with a simplified representation of the transmission network electrical that imposes constraints on the power generated between subsystems [3]. This paper proposes a new methodology which evaluates the MTHD generation in a detailed DC optimal power flow (DC OPF) in order to verify the quality of the proposed generation in terms of viability to delivery the power along transmission system. The DC OPF was formulated as a network flow model with additional constraints [1, 4, 5, 6]. An advantage of this formulation is that, with independent representation of Kirchhoff’s laws, the power flows are explicitly represented, allowing the consideration of direct transmission limits as constraints. The performance criterion used is the quadratic deviation of the dispatch of generation compared to that obtained by MTHD. To evaluate the solutions obtained with MTHD by using the DC OPF the National Interconnected System tests were performed with computational studies with about 170 plants, 6000 branches and 4000 bars. X The objective function (1) minimizes the operational cost Ψt which represents the minimal cost for complementary nonhydraulic sources, such as thermoelectric generation, imports from neighboring systems, and load shortage. The operational cost Ψt obtained from the optimal economic dispatch of these non-hydraulic sources results in a convex increasing operational cost function. The definition of hit represents a precise modeling of hydro generation as a function of net water head and water discharge through the turbines. The constant ki depends on water density, gravity acceleration, and average turbine-generator efficiency. Forebay φi () and – 54 – 2 tailrace elevations θi () are represented by polynomial functions of storage and release variables, respectively, while forebay elevation φi () is calculated on the basis of the average storage during a month. Tailrace elevation θi () depends on discharge and spillage variables. Penstock head loss ςi () is a function of water discharge. The equality constraints in (2) represent the water balance in the reservoir for each month. No time delay for water displacement is being considered in this formulation, since the problem is concerned with MTHD, which encompasses the time interval of a month. Lower and upper bounds on variables, expressed by constraints (3)(5), are imposed by the physical operational constraints of the hydro plant, as well as other constraints associated with multiple uses of water, such as irrigation, navigation, and flood control. One important feature of model (1)(7) is the precise representation of hydropower output by hit . All nonlinear relations which influence the water head, such as forebay and tailrace elevations, and penstock head loss, were taken into consideration. Therefore, the main objective of MTHD, which is the optimal seasonal management of reservoir storage, can be met precisely, although this may not be assured by models assuming simplified hydropower output functions based on linear and/or piecewise linear approximations such as the IPMs proposed in the literature. III. OPTIMAL ACTIVE POWER FLOW MODELING The optimal active power flow problem can then be formulated as the following bounded network flow model with additional linear constraints M in St αφ1 (f ) + βφ2 (p) Af = p − d LXf = 0 (8) (9) (10) fmin ≤ f ≤ fmax pmin ≤ p ≤ pmax (11) (12) Where, m number of branches. n number of bars. A network incidence matrix (n × m). L network loop matrix (l × m). X reactance diagonal matrix (m × m). p active power generation vector (g × 1). pmin lower bound for active power generation p. pmax upper bound for active power generation p. d active power demand vector (n × 1). f active power flow vector (m × 1). fmin lower bound for active power flow f . fmax upper bound for active power flow f . α,β weight constants. φ1 function associated with power flow vector. φ2 function associated with generation vector. ∗ symbol for fixed or target value. the second one depending on power generations, φ2 (p). Both criteria are represented by quadratic and separable functions, and are combined through scalar weights α and β in a biobjective optimization framework. φ1 (f ) can be a quadratic separable function expressed by: 1 t f M1 f + mt2 f + m3 . (13) 2 where M1 , m2 , m3 are given diagonal matrix, vector and scalar parameters, respectively. By setting M1 = R, m2 = 0 and m3 = 0, function φ1 (f ) can represent an approximation of the transmission power losses in the network. φ2 (p) can be a quadratic separable function expressed by: φ1 (f ) = 1 t (14) p N1 p + nt2 p + n3 . 2 where N1 , n2 and n3 are given diagonal matrix, vector and scalar parameters, respectively. By setting appropriated values for N1 , n2 and n3 , function φ2 (p) can represent quadratic generation costs. A quite useful objective function φ2 (p) is the quadratic deviation from a desirable generation dispatch. Such a dispatch can arise from a pool auction in an electricity market or from a dispatch model which does not take into consideration transmission network constraints. In such case φ2 (p) can be represented by φ2 (p) = 1 (p − p∗ )t W (p − p∗ ), (15) 2 where W is a diagonal matrix with the component wi as the penalty term associated with deviation from the desired generation p∗i . The Equation (15) could be derived from Eq (14) by setting N1 = W , nt2 = −(p∗ )t W and n3 = 12 p∗ W p∗ . Note that model (8)-(12) corresponds to a bounded nonlinear minimum cost network flow problem with additional linear constraints, whose special structure allows efficient solution by IPM techniques. φ2 (p) = R EFERENCES The objective function (8) is the composition of two different criteria, the first one depending on power flows, φ1 (f ), and [1] A HUJA , R AVINDRA K., M AGNANTI , T HOMAS L., O RLIN , JAMES B. Network flows: theory, algorithms and applications. Upper Saddle River: Prentice Hall (1993). [2] A.T. A ZEVEDO , C.A. C ASTRO , A.R.L. O LIVEIRA , S. S OARES Security constrained optimal active power flow via network model and interior point method. Sba Controle & Automação 20, 2 (2009), 206–216. [3] .S.A. M ARTINS , S. S OARES , A.T. A ZEVEDO A nonlinear model for the long-term hydro-thermal generation scheduling problem over multiple areas with transmission constraints. Power Systems Conference and Exposition - PSCE (2009), 1–7. [4] C ARVALHO , M., S OARES , S., AND O HISHI , T. Optimal active power dispatch by network flow approach. IEEE Trans. on Power Syst. 3 (1988), 1640–1647. [5] F RANCO , P., C ARVALHO , M. F., AND S OARES , S. A network flow model for short-term hydro-dominated hydrothermal scheduling problem. IEEE Trans. on Power Syst. 9 (1994), 1016–1021. [6] J ENSEN , PAUL A., BARNES , J. W ESLEY Network Flow programming. New York: Wiley (1980). [7] O LIVEIRA , A. R. L., S OARES , S., AND N EPOMUCENO , L. Optimal active power dispatch combining network flow and interior point approaches. IEEE Trans. on Power Syst. 18, 4 (2003), 1235–1240. – 55 – An efficient method for distribution systems reconfiguration and capacitor placement using a Chu-Beasley based genetic algorithm Marcos A.N. Guimarães (PD) and Carlos A. Castro (P) Abstract—This paper presents an approach for reconfiguration and optimal placement and sizing of fixed and automatic capacitors banks in radial distribution systems for the purpose of minimizing real power losses and enhancing the voltage profile. A modified, dedicated Chu and Beasley based genetic algorithm (CBGA) approach has been successfully developed and implemented. It presents low computational effort and is able to find good quality configurations. The implementation problems related to the crossover operation have been solved using a minimal spanning tree algorithm (Kruskal). Simulation results for a radial 69-bus and a radial, realistic 135-bus systems are presented and commented. I. I NTRODUCTION Appropriate planning and maintenance of distribution systems are crucial for an efficient operation, with high quality services being provided to consumers. In this context, power quality becomes a very important issue, since it defines the final product delivered to consumers. Voltages must be maintained within the limits specified by regulatory agencies, without introducing harmonics, and the service should not suffer any interruptions. Installing capacitor banks can be an interesting strategy for decreasing reactive power flows through the network, thus reducing voltage drops and real power losses. Another resource that can be used is the network reconfiguration. Reconfiguration consists of modifying the network topology by changing the status of sectionalizing (normally closed) and tie line (normally open) switches. In this paper both reconfiguration and capacitor placement are dealt with by a joint strategy, taking advantage of the installed resources of the network. A modified, dedicated Chu and Beasley based genetic algorithm (CBGA) approach [1] has been successfully developed and implemented. The genetic algorithm proposed by Chu and Beasley was initially designed to solve the generalized assignment problem. The CBGA has special characteristics such as: 1) it uses a fitness function to identify the value of the objective function, and also uses an unfitness function that quantifies the unfeasibility of the tested solution; 2) it is different from the GA proposed by Holland [2], since it replaces only one individual of the population at each iteration; and 3) it is based on an efficient local improvement strategy for each tested individual. Some modifications in the CBGA are proposed so that the algorithm can solve the reconfiguration and capacitor placement problems in a more efficient way. II. C ODIFICATION OF THE SOLUTIONS The proposed codification methodology is quite simple and consists of using a decimal coding system for representation of the bus and the respective capacitor in single digit. For example, a 1200 kVAr fixed capacitor bank should be allocated in the bus 117. The 1200 kVAr bank is represented by number 4. Thus, [Bus=117], [Bank = 4], [Position = Bus*10 + Bank], [Position = 1174]. The same criteria is applied for the automatic capacitor banks, so, [Bus=117], [Bank = 4], [Position = Bus*10000 + Bank*1000 + level]. The level positions are: Heavy load (001), medium load (010) and light load (100). III. G ENERAL OVERVIEW OF THE PROPOSED METHOD A. Initial population The initial population is generated by a heuristic algorithm that takes into account the inherent characteristics of distribution systems, avoiding the generation of unfeasible configurations regarding radial topology. B. Parents’ selection Once the initial population is formed, the tournament selection process in carried out to generate pairs of individuals that will eventually act as parents of the new population. C. Crossover For the reconfiguration problem, a minimum spanning tree algorithm (Kruskal)[6] is utilized to perform the crossover operation. D. Mutation The mutation algorithm incorporates a local improvement that takes into account the inherent characteristics of distribution systems. E. Objective function The objective function takes in account the real power losses and capacitor costs, as in (1). 𝐹 = ∑𝑛𝑟 𝑃𝑗2 +𝑄2𝑗 𝑖=0 𝑇𝑖 𝑗=1 𝑟𝑗 ∣𝑉𝑗2 ∣ + ∑𝑛𝑐𝑓 ∑𝑛𝑐𝑎 𝐾1 𝑗=1 𝐶𝑓𝑗 + 𝐾2 𝑗=1 𝐶𝑎𝑗 𝐾𝑒 ∑𝑛𝑡 (1) . In CBGA the voltage and current violations are treated separately and are normally referred to “unfitness”, as in (2). – 56 – 𝑈𝑁𝐹 𝑛=0 𝑛 𝑗=1 Δ𝑉𝑗 + 𝑛=0 𝑖=1 ∑𝑛𝑡 ∑𝑛𝑟 where Δ𝑉𝑗𝑛 and = ∑𝑛𝑡 ∑𝑛𝑏 ⎧ ⎨ 0 (𝑉𝑗 − 𝑉𝑚𝑎𝑥 )2 = ⎩ (𝑉𝑗 − 𝑉𝑚𝑖𝑛 )2 𝐼𝑟𝑖𝑛 = { 0 ∣𝐼𝑖 ∣ − 𝐼𝑚𝑎𝑥,𝑖 Δ𝐼𝑟𝑖𝑛 , 𝑉𝑚𝑖𝑛 ≤ 𝑉𝑗 ≤ 𝑉𝑚𝑎𝑥 𝑉𝑗 > 𝑉𝑚𝑎𝑥 𝑉𝑗 < 𝑉𝑚𝑖𝑛 TABLE I 69- BUS SYSTEM : C OST ANALYSIS (2) Base case 146,390.00 0 (3) TABLE II 135- BUS SYSTEM : C OST ANALYSIS Base case ∣𝐼𝑖 ∣ ≤ 𝐼𝑚𝑎𝑥,𝑖 ∣𝐼𝑖 ∣ > 𝐼𝑚𝑎𝑥,𝑖 . 201,573.99 (4) 0 𝐾1 and 𝐾2 represent the costs of fixed (𝐶𝑓 ) and automatic (𝐶𝑎) capacitor banks respectively, in US$/kVar. 𝑛𝑐𝑓 and 𝑛𝑐𝑎 are the numbers of fixed and automatic capacitor banks respectively. 𝑉𝑚𝑎𝑥 and 𝑉𝑚𝑖𝑛 are respectively the upper and lower voltage limits at bus 𝑘, 𝐼𝑖 is the current flow through branch 𝑖, 𝐼𝑚𝑎𝑥,𝑖 represents the maximum current flow through branch 𝑖, 𝑛𝑟 is the total number of branches and 𝑛𝑏 is the total number of buses. IV. P ROPOSED CONCLUSION Tables I and II show a summary of costs for the 69- and 135-bus systems respectively, while Tables III and IV show the power losses and computational times for all simulated situations. Despite the gains obtained for the 69- and 135-bus systems are close to those obtained by [5], the gain in computational time is significant. Reconf. and alloc. 173,420.70 5,100.00 Base case capacitor Reconf. Reconf. and alloc. only only alloc. Medium load power loss (kW) 225,00 146,97 99,62 68,05 Computational time (s) 0 0,70 1,35 2,37 TABLE IV 135- BUS SYSTEM : R EAL POWER LOSSES AND COMPUTATIONAL TIMES The basic steps of the proposed algorithm are described below. V. R ESULTS AND capacitor Reconf. alloc. only only Objective function (US$) 193,735.00 175,082.84 Capacitor costs (US$) 5,700.00 0 TABLE III 69- BUS SYSTEM : R EAL POWER LOSSES AND COMPUTATIONAL TIMES ALGORITHM 1 Define the initial parameters of the CBGA; 2 Generate the initial population and evaluate both fitness (by the objective function) and unfitness (by the sum of constraint violations) for each generated individual; 3 Select two parents using tournament selection; 4 Perform the crossover, keeping only the best individual generated; 5 Perform the mutation algorithm. The child solution is accepted if it is better than parent; 6 If a newly created individual is a duplicate of another in the population, it is discarded; otherwise its fitness and unfitness are evaluated. The individual is accepted only if it outperforms the worst individual in the current population, i.e. the individual with the highest unfitness or, if all members are feasible, the one with the the lowest fitness. The worst individual is replaced by new one. 7 Repeat the steps 3 to 6 until the number of the generations are reached. capacitor Reconf. Reconf. and alloc. only only alloc. Objective function (US$) 105,309.80 62,970.50 50,930.00 Capacitor costs (US$) 8,100.00 0 4,500.00 Base case capacitor Reconf. Reconf. and alloc. only only alloc. Medium load power loss (kW) 320,27 286,89 280,16 258,60 Computational time (s) 0 5,40 15,90 25,51 R EFERENCES [1] P. C. Chu and J. E. Beasley, “A genetic algorithm for the generalized assignment problem,” Comput. Oper. Res., vol. 24, n. 1, pp. 1723, 1997. [2] J.H. Holland, “Adaptive in Nature and Artificial Systems,” Ann Arbor, MI: Univ. Michigan Press, 1975. [3] M.E. Baran and F. Wu, “Optimal Capacitor Placement on Radial Distribution Systems,” IEEE Trans. on Power Delivery, vol. 4, n. 1, pp. 725-734, Apr. 1989. [4] J.R.S. Mantovani, F. Casari and R. Romero “Reconfiguration of radial systems using the voltage drop criterion,” SBA Control and Automation, vol. 11, n. 3, pp. 150-159, 2000. (in Portuguese) [5] M.A.N. Guimaraes, C.A. Castro, R. Romero “Distribution systems operation optimisation through reconfiguration and capacitor allocation by a dedicated genetic algorithm,” Generation, Transmission and Distribution IET, vol. 4 , n. 11, pp. 1213-1222, 2010. [6] H.J. Greenberg, “Greedy Algorithms for Minimum Spanning Tree,” University of Colorado at Denver, http://www.cudenver.edu/hgreenbe/, March 28, 1998. – 57 – Análise Comparativa de Estimadores de Fluxo do Estator para Motores de Indução Trifásicos José L. Azcue P. (D) Ernesto Ruppert (P) [email protected] [email protected] Resumo—Neste trabalho apresenta-se uma análise comparativa de três métodos para a estimação do fluxo do estator e do rotor presente no motor de indução trifásico. Os estimadores foram simulados no ambiente MATLAB utilizando o conjunto de blocos do Simulink. Os estimadores foram testados em diversas situações de operação e considerando variação da resistência do estator e do rotor. I. I NTRODUÇÃO Na área de controle de maquinas elétricas, especificamente no controle vetorial, tanto o fluxo do estator como o fluxo do rotor são duas variáveis que necessariamente devem ser estimadas, dado que a medição dessas variáveis é uma tarefa difícil de se realizar. Neste trabalho serão analisados três métodos de estimação diferentes, a primeira delas é baseado no modelo do rotor para a estimação do fluxo do rotor, o segundo método é baseado no modelo da tensão do motor, e finalmente, analisa-se o método que considera o modelo da tensão e da corrente para estimar os fluxos. Consideremos as equações dinâmicas do motor de indução, no sistema de referência estacionário, representados em função dos vetores espaciais [1]: u~s = Rs i~s + ~ur = Rr i~r + ψ~s ψ~r = = tem = tem = dψ~s dt dψ~r − jωr ψ~r dt Ls i~s + Lm i~r Lr i~r + Lm i~s 3 Lm ~ P ψr × ψ~s 2 Lr Ls σ 3 Lm ~ ~ P ψr ψs sin(γ) 2 Lr Ls σ (1) (2) (3) (4) (5) (6) As variáveis u~s , u~r , i~s , i~r , ψ~s , ψ~r , ωr são os vetores espaciais da tensão do estator, tensão do rotor, corrente do estator, corrente do rotor, fluxo concatenado do estator, fluxo concatenado do rotor e velocidade angular do rotor respetivamente, Rs , Rr , Ls , Lr , Lm e γ são a resistência do enrolamento de estator, resistência do enrolamento de rotor, indutância do estator, indutância do rotor, indutância mutua e ângulo de carga respetivamente, sabe-se também que σ = 1 − L2m /Ls Lr . II. M ÉTODOS DE E STIMAÇÃO DO F LUXO DO ROTOR DO E STATOR E A. Estimador do Fluxo do Rotor Baseado no Modelo do Rotor O estimador é implementado no sistema de referência estacionário por [3]: Z 1 (Lm~is − (1 − jτr ωr )ψ̂r )dt (7) ψ̂r = τr Por outro lado, o fluxo do estator pode ser calculado a partir do fluxo do rotor estimado e com a corrente do estator. Das equações (3) e (4), tem-se: Lr ψ̂s = σLs~is + ψ̂r (8) Lm Os fluxos determinados com as equações (7) e (8) são substituídas na equação (5) para calcular o torque eletromagnético presente no motor. B. Estimador do Fluxo do Estator utilizando o Modelo da Tensão Do modelo da tensão do estator é isolado o fluxo do estator da equação (1), então: Z ~s = (~us − Rs · ~is )dt ψ (9) Uma vez calculada o fluxo do estator pode-se calcular o fluxo do rotor, considerando as equações (3) e (4), tem-se: ~ r = Lr ψ ~s − Ls Lr σ~is ψ (10) Lm Lm Substituindo as equações (9) e (10) em (5) tem-se o torque eletromagnético presente no motor. C. Observador de Fluxo usando o Modelo da Tensão e da Corrente Este método utiliza o modelo da tensão e da corrente do motor para estimar o fluxo do estator. O modelo da corrente em malha aberta produz valores precisos, principalmente em operações de baixa velocidade onde a queda na resistência do estator não é mais desprezível. Entanto que, o modelo adaptativo da tensão trabalha bem numa ampla variedade de velocidades [2]. O fluxo do rotor representado no sistema de referência fixado no fluxo do rotor é: – 58 – ~rdq = ψ Lm ~ ωψ − ωr ~ isdq − j r ψrdq 1 + sTr 1 + sTr (11) Sendo que Tr = Lr /Rr é a constante de tempo do rotor. Sabe-se que no sistema de referência fixado no fluxo do rotor ~rq = 0, então da equação (11), tem-se: ψ (Wb) s ^ ψ E −0.05 Lm isd 1 + sTr (12) 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1 1.1 1.2 1.3 1.4 tempo (s) 1.5 1.6 1.7 1.8 ψ s E^ (Wb) 0.05 (13) 0 E ^ ψ s is 1.1 0 −0.1 (Wb) L2m~ 1 0.1 O fluxo do estator calculado com o modelo da corrente em malha aberta é representado por: Sendo que ψri é o fluxo do rotor estimado com a equação (12). O modelo da tensão é baseado na equação (1) e utiliza as tensões e correntes medidas no estator. O fluxo do estator no sistema de referência estacionário é dado por: Fig. 1. Erro do Fluxo do Estator Estimado para um Incremento de 20%Rs . Erro do Fluxo do Estator Estimado s 0.1 (14) 0 ψ ~s = 1 (vs − Rs is − Ucomp ) ψ s −0.05 E^ (Wb) ~ i = Lm ψ ~ i + Ls Lr − ψ s Lr r Lr 0 Com o objetivo de corrigir erros associados com a integração pura e a medida da resistência, presente na estimação do fluxo do estator, o modelo da tensão é adaptado através do controlador PI. −0.1 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1 1.1 1.2 1.3 1.4 tempo (s) 1.5 1.6 1.7 1.8 0 ψ E^ (Wb) 0.1 s ~rd = ψ Erro do Fluxo do Estator Estimado 0.05 −0.1 (15) 0.05 (Wb) 1 Ucomp = (Kp + Ki )(ψs − ψsi ) s ~ s − Ls Lr − ~ r = Lr ψ ψ Lm Lm L2m~ is (16) E −0.05 Fig. 2. Erro do Fluxo do Estator Estimado para um Incremento de 20%Rs e 20%Rr . Este método estima os fluxos do estator e do rotor com boa precisão em toda a faixa de velocidades. III. R ESULTADOS DAS S IMULAÇÕES O motor de indução trifásico considerado nas simulações é de 3HP de potência nominal, freqüência de 60Hz e de 4 pólos. Para realizar os testes foi implementado na simulação o controle direto de torque proposto em [3], considerando o primeiro método para a estimação dos fluxos e do torque eletromagnético. No entanto, foram colocados em paralelo os outros dois métodos de estimação de forma a assegurar condições similares de teste para os três estimadores. Foi medido o erro na estimação do fluxo nos três métodos com o motor de indução operando a 20 por cento de sua velocidade nominal. Num primeiro teste a resistência do estator foi incrementando em um 20 por cento verificando-se claramente que o terceiro método apresenta o menor erro, seguido pelo primeiro método como se observa na Figura 1 . Num segundo teste tanto a resistência do estator como do rotor foi incrementando em um 20 por cento observando-se um resultado similar ao teste anterior com um incremento no erro da estimação no primeiro método [Figura 2]. 0 ^ ψ s Os coeficientes Kp e Ki podem ser calculados com as recomendações feitas em [2]. O fluxo do rotor ψr no sistema de referência estacionário é calculado através de: IV. C ONCLUSÃO Dos resultados pode-se concluir que o observador de fluxo baseado no modelo da tensão e da corrente tem o menor erro na estimação do fluxo do estator em relação aos outros dois métodos analisados. R EFERÊNCIAS [1] P. Vas, Sensorless Vector and Direct Torque Control. Oxford University Press, Inc., 1998. [2] Lascu, C.; Boldea, I.; Blaabjerg, F.; , "A modified direct torque control for induction motor sensorless drive,"Industry Applications, IEEE Transactions on , vol.36, no.1, pp.122-130, Jan/Feb 2000 [3] J. Rodriguez, J. Pontt, C. Silva, S. Kouro and H. Miranda, A Novel Direct Torque Control Scheme for Induction Machines with Space Vector Modulation, 35th Annual IEEE Power Electronics Specialists Conference, 2004. – 59 – 1 Remuneração da Potência Reativa David Arias (D), Carlos Castro (P) Resumo—Em um sistema de potência desregulado a principal responsabilidade do operador do sistema é manter a confiabilidade e segurança do sistema, mediante o uso dos serviços ancilares. Assim, torna-se necessária a identificação destes custos e sua justa partição entre os agentes do sistema, o que traz vantagens sobre a eficiência econômica na operação e planejamento dos sistemas. Muitas propostas objetivando uma remuneração justa pelo provimento de serviços ancilares têm sido apresentadas nos últimos anos. Entretanto, não há um consenso sobre qual atende melhor aos requisitos técnicos de cada sistema, sendo, portanto um problema ainda sem solução definitiva. O suporte de potência reativa é um desses serviços ancilares que será abordado neste trabalho. O objetivo deste artigo é apresentar algumas metodologias atuais aplicadas em diferentes países assim como mencionar algumas propostas encontradas na literatura, visando encontrar uma nova metodologia que possa contribuir a uma remuneração da potência reativa o mais justa possível entre os agentes. Index Terms—Renuneração da potencia ativa, Serviços ancilares. I. INTRODUÇÃO A função dos sistemas de potência não se restringe à geração, transmissão e distribuição de energia. Também são requeridos padrões de qualidade e segurança no fornecimento de energia, evitando eventuais contingências. Para que estes padrões sejam alcançados, é necessário o uso de serviços auxiliares à operação, chamados serviços ancilares num ambiente competitivo de mercado de potência ativa e reativa [1]. Os serviços ancilares são definidos como todas as atividades desempenhadas em um sistema interconectado, que são necessárias para o suporte dos fluxos de potência enquanto mantêm a operação confiável, assegurando um determinado grau de qualidade pelo fornecimento de eletricidade. Os tipos de serviços ancilares mais importantes são [1]: controle de frequência, reserva operativa, suporte de potência reativa, partida autônoma (black-start), serviços de programação de despacho. Dentre os serviços ancilares descritos, este trabalho enfatiza o suporte de potência reativa para assegurar níveis de tensão adequados, de forma a identificar as contribuições individuais das fontes para os consumidores e alocar os respectivos custos. D. A. Arias and Carlos A. Castro are with the University of Campinas (UNICAMP), Power Systems Department, Campinas, SP, Brazil, (e-mail: [email protected], [email protected]). II. SUPORTE DE POTENCIA ATIVA COMO SERVIÇO ANCILAR Em um sistema de potência, a garantia do perfil de tensão nas barras em uma faixa especificada é um requisito básico. Isto se faz necessário pelo fato de todos os equipamentos a ele ligados funcionarem adequadamente à tensão nominal. Outro aspecto relevante é o aumento da capacidade do sistema de suportar distúrbios operando em limites aceitáveis de tensão [2]. Este suporte é realizado comumente com a instalação de diversos equipamentos, tais como capacitores e/ou reatores em derivação, geradores, compensadores síncronos e compensadores estáticos. A. Revisão Bibliográfica A alocação dos custos do suporte de potência reativa é um tema que vem sendo estudado por diversos autores como Noriega [2], Shangyou [3], Marzano [4], na busca de soluções para a formação de uma estrutura eficiente de remuneração que atenda aos novos requisitos do ambiente competitivo. Esses autores propõem diferentes métodos para solucionar o problema. Neste trabalho ressaltaremos alguns artigos que usam métodos de partição dos custos do suporte de potência reativa baseados na teoria de circuitos, por levarem em conta, as características de utilização da rede de transmissão, o forte acoplamento entre a potência reativa e magnitudes das tensões nodais e a natureza local da potência reativa. No tocante aos métodos de partição dos custos do suporte de potência reativa baseadas em leis de circuitos, uma importante contribuição foi dada por When-Chen [5], em que é proposta uma alocação segundo as contribuições de cada fonte para as tensões de barra do sistema. Estas contribuições são calculadas segundo o princípio da superposição e levam em consideração as características elétricas da rede de transmissão. Bialek [6] propõe o cálculo das proporções de potência ativa e reativa de cada fonte no atendimento das cargas, bem como as proporções de cada fonte para os fluxos nos ramos baseando-se no princípio da divisão proporcional, e na lei de Kirchhoff. Neste trabalho também é apresentado um algoritmo para alocação das perdas na transmissão entre os agentes segundo o mesmo princípio. Com relação à alocação dos fluxos de potência reativa nos ramos, as injeções de potência das linhas são representadas por barras fictícias podendo gerar ou absorver potência. B. Custo pelo fornecimento de suporte de potência Reativa Na maioria dos sistemas, apenas os geradores e compensadores síncronos são considerados como provedores de serviços ancilares [1], e, portanto são remunerados como – 60 – 2 tal. Os geradores possuem uma composição de custos mais complexa devido a sua importância no mercado de potência ativa, o que também determina seu papel para o suporte de potência reativa. Para o caso de um gerador de pólos salientes e em regime permanente, existem basicamente cinco limitações que restringem a geração de potências ativa e reativa que determinam a. região de operação do gerador, como pode ser ver na Figura 1. NEMMCO /Austrália New York/ EUA PJM / EUA IESO/Canadá NGC/Reino Unido X X X X X X A letra de cada coluna informa o tipo de legislação utilizado pelo operador, conforme descrito a seguir: A – Obrigatória, sem remuneração; B – Remunerado, a partir de certo afastamento do fator de potência unitário; C – Remuneração por perda de oportunidade de fornecer potência ativa (LOC “Lost Opportunity Cost”); D – Remuneração de custos adicionais devidos o fornecimento de reativos. E – Remuneração baseada em cadastramento e preço definido por concorrência, eventualmente considerando diferentes preços conforme o afastamento de fp = 1; F - Remuneração só de geradores operando como compensadores síncronos (pagando só o custo da operação). IV. CONCLUSÕES Fig. 1. Curva de capabilidade de um gerador síncrono Os geradores, assim como os demais equipamentos de suporte de potência reativa, possuem custos diretos (combustível consumido e da manutenção), e custos indiretos, que de acordo com a Figura 1, assumindo que uma unidade geradora está operando em ( , caso seja necessário um aumento de geração de potência reativa de base ( , haverá um aumento nas perdas dos enrolamentos acarretando em um aumento em seus custos. Este custo pode ser chamado de componente de custos por perdas e ocorre para geradores com produção de potência reativa (gerando ou absorvendo). Para uma produção de potência reativa maior que ( , será necessária a redução na geração de potência ativa de forma a se manterem as restrições impostas pelos limites de aquecimento da excitatriz e da armadura. Isto irá resultar então no custo de oportunidade (Cop). Estas componentes de custo usualmente são apresentadas pelos equipamentos de compensação de potência reativa, embora existam diferenças quanto à remuneração entre os países. Na seção seguinte, alguns exemplos de mecanismos de remuneração são apresentados em países da América do Norte, Europa, Oceania e o Brasil. Os perfis das tensões no sistema estão fortemente relacionados ao suporte de potência reativa e torna-se necessária a correta mensuração dos custos para produção da energia reativa e as devidas parcelas de responsabilidades de todos os agentes criando assim ambientes competitivos de mercados de potência reativa, que garantam a segurança do sistema. Pode-se concluir da revisão bibliográfica e métodos que atualmente usam outros países, que a definição dos custos do suporte de potência reativa é variável de acordo com a regulamentação de cada país e que não existe ainda uma metodologia que encontre uma partição o mais justa possível dos custos associados à produção da potência reativa. V. REFERÊNCIAS [1] [2] [3] [4] [5] [6] III. ESTRATÉGIAS DE REMUNERAÇÃO NO MUNDO A Tabela 1 apresenta uma síntese das diversas legislações nos países no mundo referentes ao suporte de reativos, por geradores síncronos. TABLA I OPERADORES/PAÍSES CITADOS E TIPO DE LEGISLAÇÃO Operador/País ONS/Brasil Califórnia ISSO/EUA A X B C D E F X X – 61 – K. Bhattacharya, M. Bollen, and J. Daalder, "Operation of restructured power systems," Boston, Kluwer Academic Publisher, 1 ed, 2001. G. Nogueira "Identificação dos beneficiários e alocação de custos de fontes de potência reativa," Dissertação de Mestrado, PUC, Rio de Janeirs, 2003. H. Shangyou and A Papalexopoulo “Reative power pricing and management”, IEEE Transactions on Power Systems, Vol. 12, No. 1, p. 95-102. L. G. Marzano “Estudo de alternativas de partição de custos de potencia reativa em sistemas de transmissão em ambientes competitivos” Dissertação de Mestrado, PUC-Rio, 1998. C. When-Chen and C. Bin-Kwie “Allocation the Costs of Reative Power Purchased in an ancillary service market by modified Y-Bus matrix method”, IEEE Transactions on Power System, Vol. 19, No. 1 p. 174179. J. Bialek and P. Kattuman. “Proportional Sharing Assumption in tracing Methodology”, IEE Pproceedings on Generation, Transmission and Distribution, Vol. 151, No. 4, p. 526-532. Palestras convidadas – 62 – Palestra: Tomorrow’s Power Grids getting Smarter and Safer through FACTS and HVDC Systems; Mario Nelson Lemes e Carlos Eduardo Tiburcio (Siemens) Mario Nelson Lemes has been at Siemens since 1975. He received his BSc degree in 1974 at the Federal University of Itajubá (UNIFEI). He has also worked at KWU Kraftwerk Union Erlangen, Germany, Siemens AG Erlangen. Mr.Lemes is active in Cigré. He is member of Group B4 (HVDC & Power Electronics) and Administrative Council. He is author and co-author of several technical papers at conferences. Carlos Eduardo Tiburcio joined Siemens in 2003, one year before he received his BSc degree from the University of Campinas (UNICAMP). He has also worked at Siemens AG Erlangen, Germany. Since 2010, Mr. Tibúrcio is the manager of the Sales and Marketing department of the Power Solutions area of the Energy Transmission division of Siemens Ltda. in Brazil, responsible for the FACTS and HVDC projects and also for Siemens’ first Power Capacitors factory. – 63 – Palestra: Merchant transmission projects: An alternative approach to transmission expansion; Harold Salazar (Technological University of Pereira, Colombia) Prof. Dr. Harold Salazar is Associate Professor at the Technological University of Pereira, in Colombia (UTP). He earned the Ph.D. in Electrical Engineering and the M.S. in Economics from Iowa State University. He earned the Bachelor and M.S degrees in Electrical Engineering from UTP. His research interests include power system economics and non-traditional transmission expansion. Dr. Salazar is also a consultant of the National Energy and Gas Regulatory Commission of Colombia (CREG). His consulting work entails the development of an economic incentive to loss reduction in distribution systems in Colombia, and the analysis of potential economies of scale in distribution systems in Colombia. – 64 – Palestra: Rede Elétrica Inteligente: Conceitos, Tecnologias e Pesquisas; Márcio Venı́cio Pilar Alcântara (ANEEL) Márcio Venı́cio Pilar Alcântara é Doutorando (desde 2009) e Mestre em Engenharia Elétrica (2005) pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP e Graduado em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás – UFG (2002). Atualmente é Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia Elétrica da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. Tem experiência na área de Engenharia Elétrica, com ênfase em Sistemas de Potência, atuando principalmente nos seguintes temas: rede inteligente (smart grid), eficiência energética, operação de sistemas elétricos, alocação ótima de bancos de capacitores, redução de perdas, alimentadores radiais de distribuição e sistemas inteligentes. Na ANEEL desde novembro de 2008 trabalha na Superintendência de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética – SPE com regulação, avaliação e aprovação de projetos e programas de P&D e eficiência energética desenvolvidos pelos Agentes do Setor Elétrico Brasileiro. Além de proferir apresentações em congressos sobre o tema de rede inteligente, é integrante do Grupo de Trabalho – GT do Ministério de Minas e Energia – MME com o objetivo de analisar e identificar ações necessárias para subsidiar o estabelecimento de polı́ticas públicas para a implantação de um Programa Brasileiro de Rede Elétrica Inteligente – “Smart Grid”. Criou e mantém desde 2009 o site www.redeinteligente.com como forma de acompanhar o tema de rede inteligente no Brasil e no mundo. – 65 –