cirurgia com finalidade em imersão protética

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cirurgia com finalidade em imersão protética
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CIRURGIA COM FINALIDADE EM IMERSÃO PROTÉTICA TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS TOROS
CIRURGIA COM FINALIDADE EM
IMERSÃO PROTÉTICA TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS TOROS
SURGERY WITH PROSTHETIC
IMERSION FINALITY TORUS SURGICAL TREATMENT
Clóvis MARZOLA *
Filipe HILLE **
_______________________________________________________
* Titular de Cirurgia Aposentado da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São
Paulo. Professor dos Cursos de Especialização e Residência da Associação Paulista de
Cirurgiões Dentistas (APCD) Regional de Bauru, do Colégio Brasileiro de Cirurgia e
Traumatologia Buco Maxilo Facial. Membro Titular Fundador do Colégio Brasileiro de
Cirurgia e Traumatologia BMF. Membro Titular e Presidente da Academia Tiradentes de
Odontologia. Conselheiro da Câmara Brasileira de Cultura e da Academia de Artes e
Ciências da CBC. Membro Titular da Academia Brasileira de Odontologia.
** Graduação em Odontologia, atuando na área de Clínica Geral e Odontopediatria. Pósgraduando em Odontopediatria realiza tratamento de gestantes e neonatos por meio de
pré-natal odontológico e tratamentos preventivos. Curso de extensão universitária em
Ciências Forenses aplicada à Odontologia Legal. Auditoria Odontológica através da
Universidade de São Paulo. Curso de Odontologia Hospitalar do Hospital Sírio Libanês
de São Paulo. Curso de extensão em Bases Moleculares do Câncer. Curso de
Urgências e Emergências em Odontologia pela Universidade de São Paulo. Atualmente
se dedica à pesquisa científica em Odontologia, atuando nos temas de Ética, Célulastronco de dentes decíduos, Processos Patológicos Gerais, Patologia Bucal, Glândulas
Salivares e Metotrexato.
MARZOLA, C.; HILLE, F. Cirurgia com finalidade em imersão protética – Tratamento cirúrgico dos toros. Rev. Odontologia
(ATO), Bauru, SP., v. 15, n. 6, p. 373-387, jun., 2015.
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CIRURGIA COM FINALIDADE EM IMERSÃO PROTÉTICA TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS TOROS
RESUMO
Os toros palatinos podem ser considerados, sob o ponto de vista
clínico, como uma exostose ou protuberância dura, sólida, que varia, tanto em
superfície como em elevação, situada na interseção da sutura intermaxilar com a
palato-maxilar. Os toros mandibulares, também, podem ser considerados como
uma exostose ou proeminência óssea que se encontra na porção lingual da
mandíbula, geralmente, acima da linha miloioidea na região dos pré-molares.
Apresentada uma revista histórica do fato com numerosas revelações e
curiosidades com o objetivo de atualizar todos os Cirurgiões-Dentistas sobre esta
alteração relevante. Em meio às dificuldades encontradas no dia-a-dia clínico do
cirurgião-dentista com relação à remoção das exostoses, optamos por elaborar
um texto simples e ilustrativo acerca do tema proposto, onde destacam-se os
principais tópicos de técnica cirúrgica, exame clínico, caracterização
histopatológica dos tórus, cicatrização e preparação para a intervenção,
baseando-se no que existe de melhor na literatura passada e contemporânea.
Sabemos que muitos profissionais deixam de realizar esse tipo de intervenção
devido à falta de conhecimento e, devido a isso, esse texto servirá como manual
para estudantes de graduação, profissionais e pesquisadores que se interessam
por cirurgia.
ABSTRACT
The palatal tori can be considered, from a clinical point of view, as a
exostosis or hard, solid lump, which varies both in surface and in elevation,
located at the intersection of intermaxillary suture with the palate-jaw. The
mandibular tori can also be considered as a exostosis or bony prominence that is
on the lingual portion of the jaw, generally above the line in miloioidea premolar
region. Presented a historical journal of the fact with numerous revelations and
curiosities in order to update all Dentists on this material change. Amid the
difficulties encountered in the clinical day to day of the dentist regarding the
removal of exostosis, we decided to develop a simple and illustrative text about
the theme, where the main topics of surgical technique stand out, clinical
examination, microscopic characterization of the torus, healing and preparation for
intervention, based on what is best in past and contemporary literature. We know
that many professionals fail to do this type of intervention due to lack of knowledge
and because of this, this text will serve as a manual for undergraduate students,
professionals and researchers who are interested in surgery.
UNITERMOS: Toro palatino; Toro mandibular; Literatura; Histórico; Classificação;
Técnica cirúrgica.
UNITERMS: Palatal tori; Mandibular tori; Literature; Historical; Classification;
Surgical Technic.
MARZOLA, C.; HILLE, F. Cirurgia com finalidade em imersão protética – Tratamento cirúrgico dos toros. Rev. Odontologia
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INTRODUÇÃO
As exostoses são protuberâncias ósseas que surgem da cortical
óssea.
Processos de natureza benigna acometendo tanto maxila como
mandíbula. As exostoses ósseas mais comuns são o toro palatino e o toro
mandibular. Baseando em achados bibliográficos, estas alterações foram
classificadas como defeitos do desenvolvimento que, em alguns casos podem
causar incômodo ou interferir nas funções biológicas do indivíduo (NEVILLE,
2009)
CARACTERÍSTICAS MICROSCÓPICAS
DAS EXOSTOSES ÓSSEAS
O exame microscópico de uma exostose revela massa densa de
osso cortical lamelar, com pequena quantidade de medula óssea fibroadiposa.
Afirma-se que, em alguns casos, uma zona mais interna de osso trabecular esteja
presente (NEVILLE, 2009).
O QUE FAZER APÓS A REMOÇÃO
DE UMA EXOSTOSE ÓSSEA?
A dúvida da maioria dos profissionais sobre o que fazer após a
remoção de uma exostose é sempre alvo de discussões e, sendo assim, a
primeira coisa que deve ser levada em consideração é que, as exostoses ósseas
são processos patológicos e, somente após o exame microscópico haverá o
diagnóstico definitivo, ainda que a experiência clínica do cirurgião seja muito boa,
não existe diagnóstico definitivo sem a completa caracterização das estruturas
teciduais da entidade removida. Após ser removido cirurgicamente, o fragmento
deve ser identificado e, encaminhado dentro de um frasco com formol para um
laboratório de patologia oral, passando por um estudo detalhado. Depois de
estudado, o laudo chegará às mãos do Cirurgião-Dentista e, apenas neste caso
existirá um diagnóstico definitivo do quadro. Vale salientar que, isso não impede
que o profissional exerça a sua experiência clínica, colocando em prática, uma
vez que, a hipótese diagnóstica é de extrema importância para solucionar
qualquer problema clínico envolvendo lesões orais (GREENBERG; GLICK, 2008
e NEVILLE, 2009).
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
Os toros do palato podem ser considerados, sob o ponto de vista
clínico, como uma exostose ou protuberância dura, sólida, variando tanto em
superfície como em elevação, situada na interseção da sutura intermaxilar com a
palato-maxilar (Fig. 1).
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Fig. 1 - Um tipo de toro palatino simples.
Fonte – Acervo particular do Prof. Dr. Clóvis Marzola.
Os toros mandibulares, também, podem ser considerados como uma
exostose ou proeminência óssea que se encontra na porção lingual da mandíbula,
geralmente, acima da linha miloioidea na região dos pré-molares (Figs. 2 A, B e
C). Foram descritos no início do século XIX (JOSEPH FOX, 1918), entretanto, o
maior mérito é atribuído (GEORGE CARABELLI, 1842), fazendo uma análise
bastante profunda, sobre esta estrutura.
B
A
C
Figs. 2 – (A, B e C) Toros mandibulares salientes e simples em pacientes dentados, notando-se
as duas protuberâncias na altura dos pré-molares e as várias exostoses em outra.
Nesses pacientes, sua remoção seria necessária, caso houvesse prejuízo de sua
fonação, caso contrário não. Nota-se o magnífico toro mandibular de grandes
proporções, que inclusive dificultava a fonação da paciente, impossibilitando-a de
adaptar sua língua convenientemente na boca.
Fonte – Acervo particular do Prof. Dr. Clóvis Marzola.
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Alguns dos primeiros investigadores associavam o toro palatino à
lues, sendo relatada como uma formação que ocorria normalmente, em muitos
indivíduos (DIDAY, 1850). Contudo, ainda concluía que o toro era uma forma de
exostose.
Esta condição ainda é descrita como uma falha de conformação
(DUPLAY; FOLLIN, 1875), enquanto que o termo "torus palatinus" é introduzido
pela primeira vez na literatura (KUPFFER; BESSEL HAGEN, 1897).
Pode, também, ser citada como uma exostose palatina mediana
(GAYRAUD, 1884), num artigo citando um autor (TOIRAC in GAYRAUD, 1884).
Chama, ainda, atenção ao fato de que, esta condição, tinha um crescimento
espontâneo e progressivo na região da linha mediana do palato, sem qualquer
sinal de malignidade. Concorda, também, que a protuberância na linha média do
palato, é mais proveniente da conformação, de que uma manifestação de
qualquer diátese mórbida (TOIRAC; DUPLAY in GAYRAUD, 1884).
O assunto permaneceu obscuro, até a publicação de excelente
monografia, que abordava esta condição de maneira bastante sucinta. A primeira
referência sobre o torus nos arquivos da literatura médica inglesa apresenta um
estudo minucioso sobre o toro palatino diante da Royal Society of Medicine
(GODLEE, 1909).
Esta variação anatômica foi, também, observada e mencionada por
vários autores (LISSAUER, 1878; MERKEL, 1890; TARANETZKY, 1890;
MORAL; KUEMMEL, 1922; HERBST; SPFFELDSTAEDT, 1928; MILLER;
ROTH, 1940 e MARZOLA, 2008).
A literatura concernente às causas destas formações é bastante
controvertida (MARZOLA, 2000, 2005 e 2008), incluindo:
1. Estímulos funcionais (HOOTON, 1918; MATTHEWS, 1933;
DRENNAN, 1937; HRDLICKA, 1940; WEINNAN; SICHER, 1947 e JOHNSON,
1959).
2. Hereditariedade (CARABELLI, 1842; KORNER, 1910;
WEIDENREICH, 1936; DRENNAN, 1937; KRAHE, 1949; LASKER, 1950; WOO,
1950; MOORREES, 1957; SUZUKI; SAKAI, 1960 e GOULD, 1964).
3. Processo de crescimento contínuo (MILLER; ROTH, 1940;
THOMA, 1950; ELLERTSON, 1969 e TOPAZIAN; MULLEN; CONN, 1977).
4. Causas patológicas, tais como a sífilis (CHASSAIGNAC;
HUGUIER, 1950) e, raquitismo (LACHMANN, 1927).
5. Desconhecida (REZAI; JACSON; SALAMAT, 1985).
Ocorrem frequentemente, em adultos de ambos os gêneros
(MILLER; ROTH, 1940; KOLAS et al., 1953; VIDIC, 1966; KING; MOORE, 1971;
MAYHALL; MAYHALL, 1971; BERNABA, 1977; BALAEZ; DIAZ; PEREZ, 1983;
CHEW, 1984; REICHART; NEUHAUS; SOOKASEM, 1988; RENON et al., 1994
e MARZOLA, 2008), sendo mais comuns no gênero feminino que no masculino,
sendo contrário a esta opinião (HRDLICKA, 1940).
Quanto à idade, afirma-se que são frequentemente observados
(STONES, 1954), iniciando seu crescimento na puberdade e aumentando
rapidamente com a idade (MILLER; ROTH, 1940; KOLAS et al., 1953 e KING;
MOORE, 1971).
Com respeito a sua frequência, a média é de 20 a 25% em uma
determinada população, de acordo com a maioria dos autores (BERNABA, 1977;
BALAEZ; DIAZ; PEREZ, 1983 e MARZOLA, 2008).
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A incidência dos toros palatinos e mandibulares foi estudada em
cem pacientes edentados totais, que receberam os aparelhos protéticos na
Clínica de Prótese Dental da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade
de São Paulo (TAMAKI; MARZOLA; TAMAKI, 1971 e MARZOLA, 2008).
Examinando clinicamente os modelos de estudo, concluíram os autores que, para
finalidade de planejamento de prótese total, há necessidade de verificar-se no
modelo de estudo, o detalhe do toro, visto que o exame clínico acusa apenas os
casos mais flagrantes. Verificou-se, também, que a incidência do toro palatino é
superior a 20% e, que é mais comumente encontrado que o mandibular (12%).
Por outro lado, todos os aparelhos protéticos totais foram confeccionados, sem
intervenção cirúrgica, uma vez que não se constatou nenhum toro do tipo saliente.
Numerosos estudos foram realizados em diferentes populações, na
sua grande maioria em crânios, para ser constatada a presença de toro palatino
(RENON et al., 1994).
Assim, foram pesquisados em populações diversas, tais como:
1. Esquimós (FURST; HANSEN, 1915; HOOTON, 1918;
HRDLICKA, 1930; SCHREINER, 1931 e HRDLICKA, 1940).
2. Aleutas (HRDLICKA, 1940 e MOORREES, 1951 e 1957).
3. Indios americanos (RUSSELL; HUXLEY, 1899; HOOTON, 1918 e
1930 e HRDLICKA, 1940).
4. Chineses (MIYASITA, 1935 e MARUYAMA, 1937).
5. Japoneses (AKABORI, 1939).
6. Africanos (PERIER, 1933; DRENNAN, 1937 e HRDLICKA, 1940).
7. Americanos (KOLAS et al., 1953; AUSTIN; RADFORD; BANKS,
1965 e SCHAUMANN; PEAGLER; GORLIN, 1970).
8. Escandinavos (FURST; HANSEN, 1915 e MELLQUIST;
SANDBERG, 1939).
9. Italianos (HOOTON, 1918).
10. Noruegueses (SCHREINER, 1931).
11. Franceses e suíços (PERIER, 1933).
12. Alemães (GRIM, 1938 e REICHART; NEUHAUS; SOOKASEM,
1988).
13. Chilenos (WITKOP; BARROS, 1952).
14. Americanos (MAYHALL; MAYHHALL, 1971).
15. Índios brasileiros (BERNABA, 1977).
16. Cubanos (BALAEZ; DIAZ; PEREZ, 1983).
17. Tailandeses (REICHART; NEUHAUS; SOOKASEM, 1988).
18. Brasileiros (TAMAKI; MARZOLA; TAMAKI, 1971; RENON et
al., 1994).
Clinicamente, o toro palatino varia desde uma discreta saliência até
a uma grande proeminência, podendo ocupar até dois terços do palato duro, ser
simétrico ou não. Sua consistência, bem como daqueles da mandíbula é, em
determinadas ocasiões, de um osso esponjoso e, às vezes, de osso compacto,
podendo, também, crescer de maneira muitas vezes avantajada (ELLERTSON,
1969). A mucosa que os reveste é, geralmente, bastante delgada, quer pela
pressão interna exercida pelo tecido ósseo, ou pela externa, provocada pela
língua ou ainda, pelo impacto alimentar (MILLER; ROTH, 1940; TAMAKI;
MARZOLA; TAMAKI, 1971; CHEW; TAN, 1984; ECKLES; MILLER, 1988 e
MARZOLA, 2008).
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Radiograficamente, os toros mandibulares aparecem como uma
saliência óssea radiopaca, situada por lingual entre os caninos e os molares. Os
toros palatinos na radiografia oclusal não são visíveis, porém, quando da tomada
de uma radiografia periapical da região de molares superiores, uma sombra
radiopaca desta alteração quase sempre se projeta sobre aquela do seio maxilar,
podendo parecer como exostose do antro (MARZOLA, 2008).
Com referência aos toros palatinos e à confecção das próteses
totais, observou-se que eles atuam como um fulcro, sobre o qual a prótese oscila
tanto de um lado quanto de outro, como também de frente para trás (NAGLE;
SEARS, 1965; TAMAKI; MARZOLA; TAMAKI, 1971 e MARZOLA, 2008).
Para o êxito imediato da prótese, não é necessário o alívio da região
dos toros, porém observa que, com o tempo e o uso, a dentadura se assentará e
a tendência é de exercer maior pressão sobre a parte central do palato. Por este
motivo principalmente, quando existe o toro, aquela maior pressão tem duas
consequências, como o aparelho tende a fazer báscula, tendo a linha média como
ponto de apoio, perdendo assim, a estabilidade e, por outro lado, a prótese
poderá romper-se na linha média, devido à flexão e reflexão durante a mastigação
(SAIZAR, 1958 e TAMAKI; MARZOLA; TAMAKI, 1971). É por isso que, na
opinião de muitos autores, a região dos toros deverá ser aliviada (TAMAKI, 1971
e CERVEIRA NETO, 1987). Para outros, entretanto, é desnecessário este
procedimento (BEESON, 1942), porém, em casos extremos, se os toros tenderem
a crescer prejudicando a retenção da prótese, indica-se a eliminação cirúrgica
(SCHLOSSER; GEHL, 1957 e TAMAKI; MARZOLA; TAMAKI, 1971).
Quanto aos toros mandibulares, também, está recoberto por uma
capa de tecido bastante delgada, sendo por esta razão muito sensível, devendo
ser eliminado cirurgicamente (SWENSON, 1948 e MARZOLA, 1988, 1997, 2005
e 2008), ou quando não é muito exagerado, apenas aliviado (TAMAKI, 1971).
INDICAÇÕES E OBJETIVOS
As indicações cirúrgicas são as seguintes (TAMAKI; MARZOLA;
TAMAKI, 1971 e MARZOLA, 1997, 2000, 2005 e 2008):
1. Para todos os tipos de toros, que possam interferir com a
estabilidade de uma prótese total.
2. Para eliminar possíveis dificuldades, no que diz respeito à dicção.
3. Para prevenir irritações da mucosa, com possíveis degenerações
para malignidade.
Baseado nestas indicações pode-se optar pela técnica cirúrgica que,
quando bem realizada, não apresenta quaisquer complicações no pós-operatório
(ARMBRECHT; SCHWETZ, 1964; GORE; MINN, 1968 e MARZOLA, 1988, 1997,
2000, 2005 e 2008).
O objetivo desta cirurgia é, sem dúvida alguma, a possibilidade da
instalação correta dos aparelhos protéticos, pois numerosas tentativas têm sido
realizadas, a fim de colocar-se uma prótese sobre um determinado tipo de toros.
Todas elas resultaram em falhas, pois em alguns casos, a alteração aumentou de
volume, deslocando completamente a prótese e em outros provocava movimentos
acentuados de báscula.
Sendo a mucosa que reveste a alteração bastante delgada, qualquer
trauma ou irritação, poderá provocar a degeneração da mesma, ou ainda
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alterações no osso palatino, como uma osteomielite (PASQUAL; PASQUAL,
1968). Como o toro é uma alteração que não apresenta capacidade de recidiva,
sua remoção somente viria beneficiar, tanto o paciente quanto o profissional,
tendo em vista uma colocação de uma prótese.
CLASSIFICAÇÃO E TÉCNICA CIRÚRGICA
Os toros palatinos podem ser classificados em achatados,
pontiagudos, nodulares e lobulados (THOMA, 1969). Os toros mandibulares em
unilaterais simples ou múltiplos e bilaterais, simples ou múltiplos. Podem ainda
ser classificados em pequenos, moderados e marcantes (MILLER; ROTH, 1940).
Tanto para os toros palatinos quanto para os mandibulares, a
seguinte classificação pode ainda ser adotada, como os salientes, médios e
discretos (TAMAKI; MARZOLA; TAMAKI, 1971). Os toros salientes são aqueles
que devido ao seu volume apreciável, interfere nos movimentos da língua, na
fonação e na fisiologia da mastigação, necessitando por isso mesmo, ser
eliminado cirurgicamente. Considera-se um toro médio, aquele que apresenta
certo volume que, contudo, não chega a interferir nos movimentos normais da
língua, na fonação ou na mastigação. Os toros palatinos médios necessitam ser
aliviados e os mandibulares ser contornados, isto é, não englobado dentro da
área chapeável, a fim de se garantir a estabilidade das próteses. Os toros
discretos são aqueles que apresentam pequenas saliências e, que não oferecem
nenhum problema na moldagem (TAMAKI; MARZOLA; TAMAKI, 1971 e
MARZOLA, 2000, 2005 e 2008).
Sessenta por cento (60%) dos toros palatinos encontrados foram
considerados discretos; 40% do tipo médio, não se constatando nenhum toro
saliente. Noventa por cento (90%) dos toros mandibulares eram discretos; 10%
do tipo médio, não sendo encontrado nenhum caso do tipo saliente (TAMAKI;
MARZOLA; TAMAKI, 1971 e MARZOLA, 2000, 2005 e 2008).
Para a exérese desta alteração, podem ser seguidos os seguintes
tempos operatórios (THOMA, 1969; DAVIS, 1979 e MARZOLA, 1988, 1997,
2000, 2005 e 2008):
1. Anestesia:
Por bloqueio regional dos nervos palatinos maiores e nasopalatino,
ou mesmo a anestesia terminal infiltrativa da região, para a maxila. Para a
mandíbula, utiliza-se a anestesia por bloqueio regional dos nervos alveolar
inferior, lingual e bucal, complementada com anestesia terminal infiltrativa
subperiostal (MARZOLA, 1999, 2005 e 2008).
2. Incisão:
Podem ser empregados os seguintes tipos de incisões para os toros
palatinos, como a de DORRANCE (1929), que aconselha um duplo Y, traçado na
porção mediana da alteração, sendo aquela que apresenta melhores resultados
devido ao amplo campo visualizado (Figs. 3 A e B). CHRISTENSEN-BRADLEY
traçam uma incisão reta na linha média do toros, sendo contraindicada. WINTER
aconselha incisão semilunar unilateral. AVELLANAL prefere a incisão semilunar
completa. Estes dois últimos tipos, também, podem ser utilizados, contudo, dá-se
preferência à incisão de DORRANCE (1929).
MARZOLA, C.; HILLE, F. Cirurgia com finalidade em imersão protética – Tratamento cirúrgico dos toros. Rev. Odontologia
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Para os toros mandibulares a incisão deverá ser realizada pouco
acima da saliência, em linha reta, acompanhando a curvatura do processo
alveolar, numa extensão ligeiramente maior do que a do osso a ser eliminado.
Além disso, poderá ser ligeiramente curva com uma concavidade inferior. Em
pacientes dentados, somente incisão de papilas, pela face lingual, de pré-molar a
pré-molar, dependendo da extensão do processo (Figs. 4 A e B).
Com uma espátula número 7 ou destaca-periósteo de Mead,
descola-se o retalho em toda a extensão, tomando-se muito cuidado para não
dilacerar o mesmo nessa manobra, devido ao fato da mucosa encontrar-se
bastante delgada. O retalho deverá ser mantido afastado por fios de sutura, ou
com afastadores adequados, com bastante delicadeza, para não traumatizá-lo.
B
Figs. 3 – (A) Técnica cirúrgica esquemática pela técnica da incisão em duplo Y. (B) Configuração
esquemática da eliminação de um toro mandibular.
Fonte – Acervo particular do Prof. Dr. Clóvis Marzola.
A
B
Figs. 4 – (A e B) Apresentação de extenso toro mandibular, prejudicando a fonação e a
estabilização da língua, vendo-se detalhes da intervenção.
Fonte – Acervo particular do Prof. Dr. Clóvis Marzola.
3. Ostectomia:
Esta manobra é demorada e lenta, pois se deve eliminar esta
exostose com bastante cuidado para não se perfurar o soalho das fossas nasais.
Inicialmente, fazem-se perfurações com broca de fissura ou esférica, em toda sua
extensão, para diminuir a resistência do osso, ficando mais fácil sua remoção com
cinzel à pressão manual, ou com martelo cirúrgico.
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Para os toros mandibulares, pode-se também fazer perfurações com
broca, com a finalidade de diminuir a resistência óssea que nesta região é
considerável, retirando-se em seguida, com cinzel e martelo, ou ainda à pressão
manual. Pode-se notar a magnífica sequência de um toro mandibular de grandes
proporções (Figs. 4 A e B e 5 A a E).
A
B
D
C
E
Figs. 5 – (A a E) Apresentação de toro mandibular saliente, prejudicando inclusive a fonação do
paciente e a estabilização de sua língua na cavidade bucal, vendo-se detalhes da
incisão, descolamento do retalho, da ostectomia com vários seccionamentos do toro e, o
caso após a eliminação e sua limagem e sutura final.
Fonte – Acervo particular do Prof. Dr. Clóvis Marzola.
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Após a eliminação do osso com cinzel, utiliza-se no local, a broca
cirúrgica esférica multifacetada, com a finalidade de alisar-se perfeitamente a
superfície óssea. Ao mesmo tempo, faz-se irrigação com soro fisiológico, para
evitar-se o superaquecimento no local e, também, para eliminar esquírolas ósseas
que porventura possam ainda existir. Estes fragmentos, também poderão ser
removidos com o auxílio de curetas. Pode-se colocar uma prótese no local para
fazer a contenção dos retalhos.
4. Sutura:
Após a correta limpeza do local, os retalhos são colocados em
posição, retirados os excessos e, suturados com fio de seda 3-0 ou Dexon 3-0.
Quando realizada de maneira correta a técnica cirúrgica,
geralmente, o pós-operatório decorre sem eventualidades. Deve-se aconselhar o
paciente para praticar boa higienização bucal, além de instruí-lo com relação à
fisioterapia e antibioticoterapia.
CONCLUSÕES
Pode-se concluir após todas estas considerações que:
1. Devem ser tomadas providências quando do seu surgimento
prevenindo-se contra possíveis traumas nestas estruturas.
2. As técnicas cirúrgicas devem ser avaliadas e praticadas com
eficiência para serem minimizados os problemas.
3. Os toros são exostoses ósseas e como qualquer entidade
patológica deve passar pelo exame histopatológico.
4. O diagnóstico clínico de uma exostose é muito importante, porém,
só haverá um diagnóstico definitivo após a análise tecidual do fragmento
removido.
5. As exostoses são defeitos do desenvolvimento que se
caracterizam por protuberâncias ósseas benignas em maxila e mandíbula e
devem ser removidas quando interferem nas funções biológicas.
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